SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bases filosóficas e cientificidade
FROM: "socrates1" <socrates1@bol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/06/1999 01:44


-----Mensagem Original-----
De: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 22 de junho de 2001 10:51
Assunto: [ciencialist] Re: Bases filosóficas e cientificidade



>
> Isso motivou (nos idos de 1910-1920) ao nascimento do
> behaviorismo (comportamentalismo), quase como uma reação
> à falta de metodologia por parte das outras ciências. Só
> que os behavioristas foram longe demais em seu radicalismo.
> Baseiam sua ciência apenas em estímulo-resposta e evitam
> a todo custo modelar a "mente", achando que isso é
> desnecessário e perigoso (em termos metafísicos). O
> behaviorismo sofreu muito com a entrada da ciência cognitiva
> que, com Chomsky, Miller e outros, tomou a dianteira.
>
> Hoje nós temos a neurociência cognitiva e as áreas modernas
> da ciência cognitiva produzindo ciência com C maiúsculo.
> O behaviorismo ainda é pesquisado, e com o mesmo radicalismo
> (frequentemente tenho discussões com behavioristas radicais
> americanos, e eles continuam intransigentes). A ciência
> cognitiva moderna é, na minha visão, a melhor forma de
> entender o cérebro e a mente.

Sérgio,
só para relembrar o comportamentalismo de Skinner difere do primeiro
comportamentalismo de Watson.
Acho que vc deve de conhecer a distinção entre behaviorismo metodológico e
radical.
O behaviorismo radical é chamado radical por dois motivos.1- Afastas toda a
metafísica do saber, acho que porque visão dualista não é aceita pois não é
passível de experimentação e nem por fins pragmaticos pode ser justificada
,segundo Skinner.
2- O Behaviorismo Radical considera capaz o estudo de eventos privados
(pensamentos). Mas considera os pensamentos como qualquer outro
comportamento, diferindo em nada de outros comportamentos públicos.
A tríplice contingência consiste na ferramenta de estudo do comportamento.
S-R-SR.
Um estímulo(S) afeta o organismo que emite uma resposta e pode ser reforçado
ou punido.
A contingência de Watson, consistia na relação mecanicista similar a física
newtoniana. S-R
Um estímulo elicia uma resposta em uma relação linear e contígua.
A contingência na psicologia cognitiva é a S-O-R. Um estímulo afeta o
organismo, o organismo processa a informação e emite uma resposta.
Continunando, a mente ou entidades mentais como o Ego,Id e Superego assim
como outros conceitos metafísicos constituem em ficções explanatórias para o
behaviorista skinneriano. São explicações que interrompem a pergunta: porque
um organismo se comportou de determinada maneira???
Por exemplo: Vejo um sujeito adulto que sempre grita( comportamento de
raiva) com sua namorada quando ela pede para ele não sair de casa sem ela.
Posso dizer que é o Id que o faz agir assim. Tb posso dizer que é a
personalidade dele que o faz agir assim.Também posso dizer que foi a mente
dele que o fez agir daquela forma. Mas qual é a evidência da existência do
Id, ??? É o próprio comportamento de raiva. Ou seja, usamos algo que iriamos
tentar explicar(o porque do comportamento de gritar) como evidência da
explicação de algo( ID).
Assim a explicação fica totalmente circular.Dizer que o foi por causa do Id
que o sujeito agiu daquela forma levanta a seguinte questão. Porque o Id fez
com que o sujeito agisse daquela forma.
Do mesmo jeito, poderíamos dizer que tem foi um bonequinho x na mente do
sujeito que o fez agir assim.
Vai surgir a pergunta, porque o comportamento do bonequinho x foi esse? Para
explicar, novamente teriamos que criar o bonequinho y ,e para explicar o
comportamento do bonequinho y teríamos que criar o bonequinho w.
Assim sucessivamente e infinitamente.
DEu pra entender???? Espero que sim....



Acho que é só por enquanto,
té mais,
Henrique



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bases filosóficas e cientificidade
FROM: "socrates1" <socrates1@bol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/06/1999 01:44

>
> Existem varias abordagens ou ramos da psicologia a que eu considero a
> "mais cientifica" eh a chamada "psicologia evolutiva" que nao utiliza
> a psicanalise de Freud mas sim o neo-darwinismo como base de sustentacao.
>
> Todo comportamento eh analisado sob o ponto de vista da maximizacao
> da perpetuacao de genes. Eh uma area nova e bastante promissora.
> Se eu fosse vc eu daria uma olhada nesta abordagem.

Pois é João,
a maior influência do behaviorismo radical é Darwin. A analogia que Skinner
faz com a Teoria da evolução das espécies é fantástica.
1-O comportamento precisa de ser exibido = a espécie precisa surgir
2- O organismo precisa possuir uma variação de comportamentos = diveros
genótipos
3- o comportamento é repetido pelo organismo = Herança Genética
4- O comportamento é selecionado pelo reforço e/ou punição = Aptidão
deiferencial
5- AS explicações substitutas para ambas as teorias são:
Behaviorismo- Vontade, Mente, Desejos
Darwinismo - Deus criador

Dizemos que existem três tipos de seleção.
A seleção ao nível filogenético,( estudada pela psicologia evolutiva ou
etologia), onde o organismo apresenta os comportamentos respondentes de sua
espécie que não necessitam de aprendizagem e foram surgindo ao longo do
desenvolvimento da espécie.
A seleção ao nível ontogenético( estudada pelo behaviorismo radical),onde o
organismo individual é afetado pelas consequências de seu comportamento. Seu
sucesso em adquirir reforçadores.
Outra seleção seria ao nível cultural, onde através das práticas culturais
mais úteis, os comportamentos mais efetivos seriam perpetuados.

Abraços,

Henrique


Imagine o darwinismo posto na psicologia, então vc verá o behaviorismo
radical.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bases filosóficas e cientificidade
FROM: "socrates1" <socrates1@bol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/06/1999 01:44


>
> Outra coisa: por que não estudar, além do comportamento, o 'discurso'?
>

Manuel,
adorei a sua deixa. Foi ótima para eu falar rapidinho sobre um assunto bem
interessante.
Ótima colocação...Por que não analisar o discurso??? Concordo totalmente com
a sua opinião e Skinner também.
Nós fazemos exatamente isso. O livro mais importante do behaviorismo radical
é chamado de "Comportamento Verbal".
O discurso é visto como um comportamento como qualquer outro , só que é
considerado um comportamento bem mais interessante e intrigante que outros.
AS palavras ou discurso passam a ser analisados não mais por sua topografia,
mas pela sua função.
Por exemplo: Uma criança diz "mamãe, perdi minha moeda" supondo que a
criança realmente perdeu a moeda quando ela caiu no bueiro.
Dizemos que a criança está descrevendo um evento que realmente aconteceu.
Isto se chama "tato".
Daí a criança ganha outra moeda da mãe por ter perdido a sua.
Como a criança foi reforçada , ou seja as consequências que seu
comportamento obteve aumentaram a probabilidade de que esse comportamento
seja emitido novamente.
Da mesma forma que uma espécie é selecionada caso se adapte a um ambiente, o
comportamento também foi bem adaptado a esse ambiente e foi selecionado e
vai ter sua frequência aumentada.
Agora, a criança emite a mesma resposta de antes ("mamãe, perdi minha
moeda"). A topografia do discurso continua o mesmo, só que a funcionalidade
dele não. Antes a criança era controlada por um evento que aconteceu( moeda
cair no bueiro) e agora a variável controladora é o reforço adquirido por
determinado discurso. Este comportamento se chama "mando".
O exemplo foi só para ilustrar dois comportamentos verbais muito importantes
usados no estudo do discurso. Mas, tem muito mais.
Assim, não definimos o discurso pela sua topografia, mas por sua
funcionalidade.
Dessa forma, um "não" nem sempre tem significado de ""não", pode na verdade
ter siginificado de "sim". E vice versa.

Até mais pessoal,
Henrique




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bases filosóficas e cientificida de
FROM: "socrates1" <socrates1@bol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/06/1999 20:25


>
> De qualquer forma, mesmo sem conhecer o trabalho de Chomsky, creio que ele
> merecia uma resposta de Skinner. Assim como acredito merecer comentários
> daqueles que afirmam que minhas teorias não têm fundamentos. Ou será que
os
> físicos modernos não conseguem fundamentar suas críticas às minhas
teorias?
> :-))
>


Acho que quando o Skinner não comentou o artigo de Chomsky ele estava
aplicando os princípios da Análise do comportamento na vida cotidiana.
Resolveu não responder, pois sua resposta seria um reforço para o
comportamento de Chomsky. Então com a ausência de reforço o comportamento é
extinto.
:-)
Brincadeira!!!!
O Skinner tb não se pronunciou quando outros estudiosos behavioristas
radicais fizeram críticas sobre sua teoria.
Ele ficou calado tb.
Essa postura não me agrada muito. Mas talvez ele pensasse da forma que eu
disse na brincadeira e previa que naum precisava de se defender de críticas
sem grande valor( na opiniao dele). Outros behavioristas menos conhecidos
poderiam fazer isto por ele.
E foi o que aconteceu. Mas mesmo assim, volto a dizer que naum acho que o
comportamento dele foi o mais correto a ser emitido nessa situação.

Henrique



SUBJECT: Re:evoluo quntica
FROM: "................ ..........................." <roncolato.s@c4.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 19:23

On Tue, 12 Dec 2000 16:17:04 -0200 Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br> wrote:
>
>
>"................ ..........................." wrote:
>
>> Como sabemos q eles(estes universos) esto l? Foi feito um clculo de um fatorial de 250 dgitos por meio de interferncia quntica(a filosofia a seguinte: vrios universos trabalham juntos para dar a resposta em um nico universo - neste caso o nosso). Para fatorar esse nmero seria impraticvel s dispondo do nosso universo pois a resposta seria gerada por um processo de computar 10 elevado a 500 clculos (todos nossos computadores tarbalhando juntos e sem parar levariam + de 1 bilho de anos para faz-lo; e se empregssemos toda a matria disponvel em nosso universo ainda assim seria impossvel (s temos estimadamente 10 elevado a 80 tomos no nosso universo), ento como foi feito o clculo?? (prometo mandar a referncia desse argumento!)
>>
>
> De onde vc tirou isso? Quem disse que a fsica quntica prev vrios
>universos?
>
> Isto no existe, no cientfico, no mensurvel e no segue a
>estrutura lgica da fsica quntica. Esta histria da fatorao no tem
>nada a ver com multi universos. T parecendo o Gilberto Gil e a
>Cristiane Torloni que afirmaram que a mecnica quntica nos aproxima
>mais de Deus...
>
> Afirmaes totalmente infundadas como essa levam o Alberto a duvidar da
>mecnica quntica. Alis, entendo at a sua antipatia. Depois de ver
>coisas como psicoterapia quntica, espiritualidade quntica, auto-ajuda
>quntica o nome "quntica" d nos nervos.
>
> []'s Eduardo.
>


Bem, confesso que tive a idia de levantar uma discusso at que vigorosa sobre a quntica por uma nica razo: "a propriedade intrnseca de alguns conceitos qunticos causarem 'rebulio'" :)

Por outro lado, quero seriamente discutir sobre este assunto pois sou Bilogo (formado este ano!), e uma recemte publicao me chamou a ateno pois trata a evoluo de um prisma diferente: a partir de explicaes qunticas. Mas para no assustar quanto a origem dessas idias vou referenciar a obra:

A ESSNCIA DA REALIDADE publicado em 2000
Ttulo original: The fabric of reality

O livro foi escrito por DAVID DEUSTSCH terico em Universos Paralelos, membro do Grupo de Pesquisa em Computao Quntica e Criptografia do Laboratrio Clarendon da Universidade de Oxford. O livro foi revisado pelo Prof. Andr Kock Torres Assis(q no conheo) do Instituto de Fsica e Pesquisador de Eletromagnetismo, Gravitao e Cosmologia da Unicamp.

Os manuscritos do livro foram lidos e comentados (a no ser q ele mentiu rs.) inclusive por RICHARD DAWKINS E FRANK TIPLER, os quais ele trabalha e desenvolve em seu texto.

O livro trabalha centrado em 4 autores principais: POPPER, DAWKINS, TURING E EVERETT, os quais ele denomina de "os 4 elementos", e discorre de assuntos, dentre outros, como evoluo, tempo, teoria de tudo, fim do universo, matemtica, realidade virtual e computao quntica.

Gostaria de comentrios sobre este assunto pois confesso q ainda no estou enterado em fsica quntica.


Saudaes a todos.
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SUBJECT: Mudanças na Rotação e Translação da Terra?
FROM: felipediesel <felipediesel@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/03/2001 01:08

Ola

Estudo no 3º Ano do 2º Grau, e hoje na aula foi levantada uma questão:
" Pode um meteoro alterar o movimento de rotação e/ou translação da
Terra?
Se sim, qual o tamanho de ]ste meteoro?

Desde já obrigado

FeLipe



SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/03/2001 13:52


[Sérgio Taborda]
[...]Onde está a experiencia que mostra electrões Unicos com
comportamento de onda?

[Leandro]
Na verdade, a quântica prediz que TODAS as partículas são
localizadas e não espalhadas por aí.

[eu outra vez :-)]

o que eu disse nada tem a haver com isto.
Pegua num único electrão, livre em movimento.
Onde está o seu comportamento de onda ?



[Sérgio Taborda]
[...]Até lá , serei ceptico e me fico pelas "bolinhas de
newton", com massa e carga, e essas coisas , clássicas (já agora, como
se dá massa a uma onda ?, ou carga... ? sempre dou de caras
com este problema).

[Leandro]
O fenômeno de interferência é independente de massa ou
carga.

[eu outra vez]
Eu não disse que dependia. Estava a falar de como modelar "carga" e "massa"
com ondas.
Ou seja , onde é que na função f(x,t)=Asen(kx-wt) está a massa ? ou carga ?


[Eduardo Gueron]
[...]Na realidade, nunca se poderá dizer que passará um
elétron por vez já que, se a fenda for mantida aberta, não será
possível a medida de frequência dos elétrons.

[Sérgio Taborda]
[...]Isso não está a preocupar agora. Só se ele passa e por
onde.

[Leandro]
Isso vai contra o princípio da complentaridade:

[eu outra vez ]
Não não vai . tu propio o disseste. Coloca-se um fotomultiplicador e ou o
electrão chega lá, ou não chega lá.
ou seja, ou passa, ou não passa.
Depois , moves o fotomultiplicador num eixo , ou num plano e procuras
efeitos de interferencia.(tratamento dos dados)


>não dá para
>se saber por onde a partícula passou, pois a figura de interferência é
>destruída se qualquer instrumento de detecção for colocado em frente a
>uma das fendas e cria-se uma distribuição tipo gaussiana.

Não precisas de saber por onde ele passou , para saber se o electrão único
apresenta ou não comportamento de onda.

Imaginemos que temos uma máquina que emite um electrão em cada 100 s
então, entre 1 e 99 segundos tomamos nota dos dados registados por um array
de fotomultiplicadores localizados num eixo a X distância das fendas.
Tratamos os dados e verificamos que existe ou não, padrão de interferência.

| D>
F> | D>
| D>

F> fonte
| fendas
D> detectores (fotomultiplicadores , por exemplo)



SUBJECT: Re: Pode um computador ter uma mente?
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/03/2001 08:46

Na verdade talvez a pergunta correta seria :
"Pode um computador NAO ter uma mente? "

Acredito que a mente , entendida como o processamento de sinais no
cerebro, nao dependa da estrutura fisica do "cerebro" mas sim de
sua complexidade e estrutura logica.

Poderiamos assim, teoricamente, simular cada neuronio de um cerebro
de modo a termos um cerebro de silicio que deveria, neste modelo,
expressar o mesmo comportamento de um cerebro biologico como
consciencia, sensações etc...

Na verdade o que nos preocupa eh a capacidade intrinseca de sentir
destes automatos. Quando uma maquina processadora eh capaz de sentir?

Eu formulei uma questao fundamental :

"QUAL O MENOR SISTEMA CAPAZ DE SENTIR?"

Acredito que esta questao eh mais fundamental e devera substituir
a primitiva "O que eh vida?".

Sem uma resposta a esta questao nao poderemos avancar muito
em problemas fundamentais como uma etica universal, direito etc...

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Memes X Genes : Perpetuacao e Felicidade
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/03/2001 08:47

Em uma mensagem de 21/03/01 19:53:13 Hora padrão leste da Am. Sul,
jocax@usp.br escreveu:

> Um seguidor de uma religiao ou doutrina, que acredite q esta o levara
> a imortalidade, obtera um prazer memetico que podera deixa-la
> realmente mais feliz do que se ela nao acreditasse nisso.
> Isso significa que uma pessoa seguidora desta crenca poderia ter um
> nivel de satisfacao na vida, ou seja, de felicidade, superior a uma
> outra pessoa sem esta perspectiva imortal.
>
> Dessa conclusao surge uma pergunta fundamental :
> Seria a constatacao que um aumento de felicidade devido a crenca na
> imortalidade um motivo de indicacao para uma prescricao doutrinaria?

Manuel - "Verdade", "Bem" e "Beleza" são coisas diferentes. A verdade só é
incondicionalmente boa e bela para aqueles que a amam acima de tudo.

Nietzsche, em seu livro Vontade de Potência, diz que "a beleza foi-nos dada
para nos impedir de morrer da verdade".

Já Baudelaire certa vez escreveu que, para suportar o fardo do tempo, é
necessário que se esteja embriagado. E não importa se de vinho, de ciência ou
de virtude: a embriaguês por si basta.

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: Memes X Genes : Perpetuacao e Felicidade
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/03/2001 09:36

--- In ciencialist@y..., manuelbulcao@a... wrote:
> Em uma mensagem de 21/03/01 19:53:13 Hora padrão leste da Am. Sul,
> jocax@u... escreveu:
>
> > Um seguidor de uma religiao ou doutrina, que acredite q esta o
levara
> > a imortalidade, obtera um prazer memetico que podera deixa-la
> > realmente mais feliz do que se ela nao acreditasse nisso.
> > Isso significa que uma pessoa seguidora desta crenca poderia ter
um
> > nivel de satisfacao na vida, ou seja, de felicidade, superior a
uma
> > outra pessoa sem esta perspectiva imortal.
> >
> > Dessa conclusao surge uma pergunta fundamental :
> > Seria a constatacao que um aumento de felicidade devido a crenca
na
> > imortalidade um motivo de indicacao para uma prescricao
doutrinaria?
>
> Manuel - "Verdade", "Bem" e "Beleza" são coisas diferentes.

Sim, mas eu as utilizei como sinonimos em algum canto?

>A verdade só é
> incondicionalmente boa e bela para aqueles que a amam acima de tudo.

A verdade eh bela?
O problema eh que talvez, na "verdade", nunca saberemos ao certo qual
a verdade e por isso nunca teremos muita certeza se estaremos
realmente amando a verdade ou uma impostora, embora poderemos
acreditar que sim. Seria um falso amor?
Neste caso talvez a "busca pela verdade" seja um amor mais promissor!

>
> Nietzsche, em seu livro Vontade de Potência, diz que "a beleza
foi-nos dada
> para nos impedir de morrer da verdade".

Nao no meu modo de ver. Como encaro todos nossas sensacoes como
um modo de genes se adaptarem aa maxima perpetuacao, a beleza deve ser
uma caracteristica que confira vantagens evolutivas.
Como poderia ser isso? Se o organismo procura a beleza entao este
criterio deve indicar tudo que auxilie sua perpetuacao:
Saude ( o q for saudavel deve parecer belo) , Verdade ( O q parecer
verdadeiro deve parecer belo ), Poder ( O q nos leva ao poder deve
parecer belo) etc..


>
> Já Baudelaire certa vez escreveu que, para suportar o fardo do
tempo, é
> necessário que se esteja embriagado. E não importa se de vinho, de
ciência ou
> de virtude: a embriaguês por si basta.
>

Estranho... Por um lado todos procuram maximizar seu tempo de vida
com exercicios, vitaminas, etc..
mas se o tempo eh um fardo por que razao procurar isto?
Talvez para passar mais tempo embriagado....

[]s
jocax
(PS: Eu prefiro a lucidez )



SUBJECT: Re: Gravitacao
FROM: ozelo@radioalarme.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/03/2001 09:48

Olá pessoal! :o)

Manuel:
"E deste arrebatamento não escapou nem mesmo aquela pergunta que
representa o questionamento e o ceticismo levado às últimas
conseqüências e que, segundo Heidegger, é a questão fundamental da
filosofia: 'por que o ser existe ao invés de nada?'."

Não duvido que aqui também reside a questão de que a gravitação é
ou não uma consequência direta da existência. Mas defendemos a
existência como tudo aquilo que ocupa lugar no espaço? Não,
defendemos também existências que não ocupam lugar no espaço. Ou
seja, acredito que esse argumento não pode ser usado para fundamentar
que basta mensurar massa para obter força gravitacional, mas
justifica para mim o 'ser' de Heidegger.

Nesse caso, é difícil crer também que um argumento para o oposto
do 'ser' de Heidegger sugira 'gravitação repulsiva', em hipotese
alguma 'antigravitação'. Como equacionar estes termos? Me parece
claro que existe um suposto desequilíbrio em favor do 'ser' de
Heidegger.

Jocax:
"E se tivermos como resposta X2. A pergunta pode continuar ad
infinituumm... ( Pq X2 ao inves do nada? )

Ou seja , nunca teremos uma resposta satisfatoria para a origem de
todas as causas."

E de fato, por várias reflexões em busca de perceber algo no
universo que possua um critério de auto-definição referencial de
observação jamais encontrei razões que pudessem me permitir afirmar
que 'algo é'. Embora acredite que nós seres humanos estamos fadados a
apenas afirmar 'como se comporta' mediante referenciais impossíveis
de se tornarem absolutos, não deixo de buscar peculiaridades a favor
de uma 'verdade absoluta' aparentemente inexistente.

"(PS: Nao verdade talvez tenhamos a resposta : 'Porque SIM!' :-))"

Concordo o Jocax nesse sentido. Para uma compreensão
possivelmente clara de mecanismo existencial tenho assumido o
pressuposto de que o universo sempre existiu e sempre existirá no
tempo. Talvez seja a eterna e bem conhecida conservação da energia...
E baseado neste, atualmente questiono os limites existencias do
universo a serem finitos ou infinitos coexistindo com a gravitação.

Básicamente entre dois temas:

(Universo limite) Pode toda a matéria do universo realmente não
colapsar em seu centro supondo que o universo gire para contra-
balancear essa tendência ou ele vai girar tão rápido quanto mais
entrar em colapso até condicionar o universo à voltar para os
primórdios do Big Bang?

(Universo sem limite) Pode toda a matéria do universo realmente
não colapsar em seu centro supondo apenas que não existe centro ou
ele é totalmente dinâmico ao ponto de serem as galáxias os únicos
universos possuem origem e destino bem definidos?

[ ]'s people! ;o) valews... t+
Ozelo



SUBJECT: RES: Pode um computador ter uma mente?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/03/2001 09:57

Jocax escreveu:
> Acredito que a mente , entendida como o processamento de sinais no
> cerebro, nao dependa da estrutura fisica do "cerebro" mas sim de
> sua complexidade e estrutura logica.

Afinal, a mente humana é resultado de um processo exclusivamente
físico-químico ou há algo sobrenatural que faz o "negócio" funcionar?
É uma pergunta capciosa, sei disso. E nenhum de vocês da lista se
atreveria a dizer que há algo de sobrenatural, paranormal, além da
física, no funcionamento do cérebro, não é?

Sendo assim, se *o cérebro funciona sem agredir qualquer lei da física*,
ninguém pode dizer que é impossível criar um cérebro artificial. Pode
ser até improvável atualmente, mas não impossível!

Isto posto, afirmo que um computador pode ter uma mente, sim. Poderá
demandar séculos, mas é inevitável. Poderá ser um computador eletrônico,
quântico (mas que diabo é isso? :-)), ou orgânico...

O livro "Como a Mente Funciona" de Steven Pinker (ainda não terminei
de ler :-() não fornece soluções (no máximo mostra alguns caminhos),
mas, mais importante que soluções, propõe questões. O simples fato de
propor questões, remove a cúpula mística que escondia o mistério.
Continua sendo mistério, mas agora é tratado pela ciência. Um bom
avanço, devemos admitir.

Está sendo um trabalho colossal. Envolve psicólogos, físicos,
matemáticos, engenheiros, pedagogos, filósofos da ciência, analista de
sistemas e programadores. Cada um contribui um pouquinho. É um trabalho
multidisciplinar.

Não concordo muito com o Jocax quando ele diz que o processamento de
sinais não depende da estrutura física do cérebro, pois não consigo
imaginar uma complexidade lógica sem um suporte físico complexo. Do
ponto de vista físico o cérebro é extremamente complexo, tanto quanto
a complexidade daquilo que chamamos "mente". Vamos precisar de um
hardware muitíssimo mais complexo do que os melhores processadores
existentes atualmente. O mesmo vale para a programação dos
algorítimos, ou softwares.

Ainda temos muito o que aprender. Honestamente, não acho que um
supercomputador seja muito melhor que um inseto. Acreditem ou não, a
estrutura neurológica de um inseto é muito complexa. O bichinho vê,
cheira, locomove-se com precisão. Nenhum supercomputador pode fazer
o que ele faz com um "cérebro" tão diminuto. Nenhum consegue enxergar
tão bem que seja capaz de guiar nosso carro.

A estrutura física do cérebro (hardware) tem de ser complexa para
suportar uma mente complexa (software).

[]'s

Alexandre Medeiros


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SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Pode um computador ter uma mente?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 23/03/2001 10:17

"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

> Jocax escreveu:
> > Acredito que a mente , entendida como o processamento de sinais no
> > cerebro, nao dependa da estrutura fisica do "cerebro" mas sim de
> > sua complexidade e estrutura logica.
>
>
> Não concordo muito com o Jocax quando ele diz que o processamento de
> sinais não depende da estrutura física do cérebro, pois não consigo
> imaginar uma complexidade lógica sem um suporte físico complexo. Do
> ponto de vista físico o cérebro é extremamente complexo, tanto quanto
> a complexidade daquilo que chamamos "mente". Vamos precisar de um
> hardware muitíssimo mais complexo do que os melhores processadores
> existentes atualmente. O mesmo vale para a programação dos
> algorítimos, ou softwares.

Vou tentar me explicar......
suponha um computador com um programa que simule o funcionamento do cerebro.

Note que se a descricao , o modelo, do cerebro for quase perfeito a simulacao

devera ser quase perfeita.

Note que o hardware do computador ( seus componentes fisicos ) nao precisa
ser complexo e sim o modelo , o software que descreve a arquitetura neuroal
do
cerebro e as interconexoes neoronais etc..
Pois bem, se este software pode simular o cerebro isso implicaria que os
mesmos
inputs gerariam os mesmos outputs !!

Ou seja, teriamos uma correspondencia entre o cerebro organico e sua
simulacao
num computador. Nao estou dizendo que o tempo de resposta seja o mesmo,
pois este dependeria do poder computacional do simulador, mas
que deveriamos ter as mesmas respostas e os MESMOS pensamentos !!

O hardware poderia ser por exemplo um 386 da decada passada com
um HD gigantesco claro q no tempo q um cerebro levaria para pensar :
"Que piada engracada !" o simulador poderia levar alguns anos para chegar
nesta mesma conclusao.

[]s
jocax

.





SUBJECT: RES: Pode um computador ter uma mente?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/03/2001 11:41

Jocax ecreveu:
> Vou tentar me explicar......
> suponha um computador com um programa que simule o funcionamento do
cerebro.
> Note que se a descricao , o modelo, do cerebro for quase perfeito
> a simulacao devera ser quase perfeita.
> Note que o hardware do computador ( seus componentes fisicos ) nao precisa
> ser complexo e sim o modelo , o software que descreve a arquitetura
neuroal
> do cerebro e as interconexoes neoronais etc..

Ok, Jocax, agora ficou mais claro!

Sem a menor sombra de dúvida o software de simulação do cérebro humano
é alguma coisa de tirar o chão sob os nossos pés. Não queria estar na
pele dos programadores (aliás, queria sim!).

Por falar em simulação, nosso próprio cérebro abriga um fabuloso
software de simulação de realidade (dê uma olhada no último capítulo
do "Desvendando o Arco-Íris" de Richard Dawkins). O que os órgão
dos sentidos fazem é a parte mais fácil. O difícil mesmo é a
interpretação dos sinais que ocorre no cérebro. O mais frustrante
é que isso não é exclusividade nossa. Mamíferos, répteis, peixes,
todos têm seus softwares de simulação de realidade. E de uma modo
mais simples, até os insetos são capazes de construir um modelo
da realidade. Podemos até admitir que a realidade dentro do
cérebro é a realidade virtual!

Mas porque digo isso é frustrante? Porque é só a ponta do
iceberg; a parte que interessa ao debate, a mente com sua
"consciência expandida", é uma função muito mais complexa que
o "simples" software de realidade virtual, e sem este,
não há mente.

Recentemente assisti um documentário no canal Discovery que
ilustrava a enorme dificuldade que é fazer um computador enxergar
através de uma interface com uma câmera de video. O computadorzinho
"apanha" para reconhecer um rosto. Relatei este exemplo apenas
para dar mais contorno à frustração dos cintistas.

Há muita coisa envolvida: memória, processamento, conhecimento,
resposta, "instinto" (sou cético com este termo: chamamos de
instinto tudo que não conseguimos explicar sobre o comportamento).

O conhecimento não é um mero amontoado de dados, é uma rede de
conexões construtivista. A estrutura do conhecimento é análogo à
própria estrutura cerebral, com sua magnífica arquitetura de
sinapses. Não há um lugar específico nesta estrutura onde esteja
armazenado um conceito específico. A harmonia do conjunto responde
integralmente à requisição de soluções para os problemas advindos
do ambiente. O cérebro apresenta resultados cartesianos, gráficos,
não algarismos (é rídicula aquela telinha de números que o
Terminator vê! he-he-he); fornece aproximações matemáticas muito
razoáveis para as necessidades do cotidiano; modelos gráficos de
volume, distância, densidade, tempo, etc. Não foi concebido para
dar resultados precisos. Ninguém precisa conhecer as fórmulas para
cálculo de balística para jogar pingue-pongue ou vôlei, mas o
cérebro executa esses cálculos sem nos darmos conta!

Imagine a seguinte situação: você está debaixo de um guindaste
que está erguendo um imensa barra de ferro. De repente a barra
se desprende e começa a cair. O cérebro avalia a distância do
objeto, sua massa, densidade, velocidade, aceleração e o tempo
necessário até o impacto... sobre sua cabeça. Avalia também quais
os músculos do seu corpo que deverão entrar em ação, a intensidade
do impulso para saltar, a topografia do terreno, a quantidade
de adrenalina que será descarregada na corrente sangüínea, etc,
etc, etc... Enfim, você levou um tremendo susto, mas escapou
são e salvo. Se alguém lhe indagasse sobre a distância em
milímetros do objeto, sua massa em gramas, sua densidade em g/mm3,
a aceleração em m/s2, velocidade em Km/h, sem falar das aferições
relativas às reações do seu organismo... você certamente não poderia
responder. Mas seu cérebro processou todos estes dados. Mas para a
consciência, os resultados parciais são irrelevantes; o resultado
final, salvar a pele, é o que importa! Qual foi o papel da memória
nesta ação? Você tem armazenado em memória uma *noção* de barra de
ferro, uma *noção* de distância, força de atração gravitacional,
velocidade, peso, dor, perigo, etc. etc... Nenhuma destas
informações tem qualquer utilidade sem um contexto que as
insere no meio ambiente.

Quem não pagou o mico de erguer uma sacola vazia pensando que ela
estivesse cheia? O bração erguendo-se loucamente... :-))). O quê é
isso? Falha de interpretação de dados do nosso software de
realidade virtual...

A mente humana não é reducionista, não se interessa pela precisão
ou pela especialização. Todo o processo mental é estruturado em
múltiplos sistemas integrados de informação (redes e mais redes),
produz aproximações, analogias e generalizações. Esta tendência
pode até ser prejudicial para o estudo científico cujo paradigma
é o reducionismo (não é por acaso que poucos seguem uma carreira
científica!), ou seja, aparar as arestas de tudo aquilo que
pode "poluir" a explicação de um fenômeno. A maior expressão desta
idéia reporta-se ao Princípio da Navalha de Ockam. Todavia,
atualmente há uma corrente de pensadores da ciência que estão
percebendo a necessidade de se estudar certos fenômenos complexos
multidisciplinarmente, abrangendo vários ramos do conhecimento em
teorias complexas. Estudos sobre fractais, inteligência artificial,
meteorologia, entre outros, exigem o esforço conjunto de variados
ramos do conhecimento, cuja aplicação do reducionaismo "parece" que
atrapalha mais do que ajuda. Uma era de visão global de contexto. Talvez
um novo paradigma para a cinência.

É Jocax, acho que um 386 leveria mais do que décadas para rodar
nosso software da mente!

Abraços,

PS: Acho que me empolguei, desculpem!


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SUBJECT: As partículas elementares
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/03/2001 12:38

Olá de novo a todos:

Tenho estado ausente porque tivem alguns problemas para seguir as mensagens e decidim retomar há uns dias a lista. Contodo, gosto mais de ler (e procurar aprender algo) do que intervir na lista.

Desta vez intervenho para comentar o seguinte:

Estou a ler um livro dum escritor francês que tivo grande sucesso no seu país quando foi publicado. As partículas elementares, de Michel Houellebecq (pola traduçom portuguesa; acho que a brasileira é Partículas Elementares). Ainda nom acabei a leitura da obra, mas julgo-a de grande interesse por vários aspectos. Um deles é porque a obra está semeada desde início por reflexões que relacionam a Física com aspectos filosóficos. Dada a minha ignoráncia em Física nom sou capaz de avaliar estas digressões que comento. O autor nom é Físico mas engenheiro informático e por isso parece meritório o trabalho que terá feito para poder escrever o romance tratando continuamente aspectos relativos à Física.

Vou transcrever umha das passagens, no capítulo que estou a ler, que me resultam mais obscuras:

"Segundo a teoria de Margenau, a consciência de cada indivíduo pode ser comparada a um campo de probabilidades num espaço de Fock, que é definido como a soma directa dos espaços de Hilbert. Este espaço pode, em princípio, ser construído a nível de acontecimentos electrónicos elementares que se dão ao nível das micro-sinapses. O comportamento normal seria, assim, entendido como uma deformação elástica do campo, e o acto livre como um corte: mas em que topologia? Não é de maneira nenhuma evidente que a topologia natural dos espaços hilbertianos permita que nos demos conta do aparecimento de actos livres; nem sequer que haja a possibilidade de de colocarmos a questao actualmente; a nao ser em termos extremamente metafóricos. Contudo, Michel estava convencido disso, havia a necessidade de um novo quadro conceptual (...) A consciência individual tinha aparecido bruscamente sem razao aparente, no meio de linhagens animais, e parecia ter sido determinada sobretudo pela linguagem. Com o seu determinismo inconsciente, os darwinianos salientavam, claro, as hipotéticas vantagens selectivas que a consciência teria trazido, o que, também evidentemente, nao explicava nada e nao passava de umha reconstruçao mítica simpática. Mas o princípio antrópico, neste caso, também nao era mais convincente. Houve seres que apareceram com olhos capazes de contemplar e um cérebro capaz de compreender; sim, e depois? Isso nao ajudava a compreender o fenómeno. A consciência de si, ausente nas nematóides, tinha sido analisada em lagartos pouco especializados como o Lacerta agilis; e denotava provavelmente a existência de um sistema nervoso central e qualquer coisa mais. Este "qualquer coisa" permanecia um mistério total; o aparecimento da consciência nao parecia estar ligado a nenhum dado anatómico, biológico ou celular. Era desencorajador"

Alguém pode aclarar-me o sentido deste parágrafo (apenas omitim, entre parênteses, referências sem importáncia à personagem do romance). É consistente o que se diz ou é verborreia?

Alguém leu esse romance? Que opiniom tem dos comentários sobre Física? E das implicações que tira no aspecto filosófico desses comentários contidos no livro?

Obrigadinho,

J. Manuel Outeiro



SUBJECT: RES: [ciencialist] RES: Pode um computador ter uma mente?
FROM: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/03/2001 12:58

Não posso deixar de meter minha colher neste assunto...

> suponha um computador com um programa que simule o funcionamento do
cerebro.

Estima-se que o cérebro tenha cerca de 100 bilhoes (10^11) de neurônios
e que cada um deles esteja ligado a outros milhões (10^6) de neurônios.
Sabe-se também que um neurônio tem o estado de "ativado" e "desativado"
(dependendo das excitações que ele recebe dos seus vizinhos que,
eventualmente podem ser neuronios dos nervos dos orgaos dos sentidos).
Sendo assim, seriam necessárias pelo menos 10^17 bits de informação para
representar este modelo extremamente simplificado da "rede" de conexões
que é o nosso cérebro. Isto dá muito mais do que qualquer memoria de
computador já construída mas pelo menos é um número "possível" eu diria
para os próximos dez ou vinte anos...

Mas, é claro, outros fatores têm que ser levados em consideração:

1) Apenas a informação de "ligado" e "desligado" não é suficiente para
representar um neurônio. Existe também o "fator de ativação" que poderia
ser representado como um número real e identifica o valor a partir do
qual o neurônio é "ativado" e envia seu sinal para neurônios conectados...

2) O processo que criou o cérebro humano foi a evolução que, como se sabe,
nem sempre dá a solução mais eficiente para determinado problema (e também
não tem a capacidade de "apagar tudo o que já foi feito e fazer de novo
melhor). No caso de um "projeto" de uma máquina simuladora do cérebro nós
poderíamos tentar ser mais eficientes...I

É claro que existe uma série de outros fatores que eu não coloquei aqui
deliberadamente porque o assunto é intrinsecamente complexo e misterioso.
Nós não temos, por exemplo, a menor idéia de como o nosso "ser" fica
armazenado no cérebro. Suspeita-se que seja nas conexões entre os neurônios
e nos seus "fatores de ativação", mas isto é pouco mais que especulação...

Abraços,

<Moacir>


SUBJECT: quero sair [help OFF TOPIC]
FROM: "Tarcisio Borges da Silva" <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/03/2001 13:03

> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com

Estou desativando este meu email e no consigo sair da lista usando o modo
supra-citado.

Owner?!?!? D para dar uma mozinha e fazer sito por mim???

Ou ento trocar meu email pelo que se segue:

TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br

Perdoem-me pela atrapalhada.




SUBJECT: Re: fisica quantica
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/03/2001 13:11

> > A quântica diz o seguinte, o elétron atravessa as duas fendas ao
> > mesmo tempo.
> > A não ser que eu tenha sido enganado pela sua semântica eu me
questiono:
> > Qual é a diferença?
> Já que você gosta de física quântica, sugiro antes que leia David
Bhom. Ele
> escreveu vários artigos e livros sobre o assunto, ainda que assumindo
uma
> posição diferente da minha no sentido em que apoia-se em alguns dos
dogmas
> da física quântica, ainda que não todos. Para os que não gostam de
física
> quântica a recomendação perde um pouco o sentido, a não ser que sejam
> críticos e/ou interessados em metodologia da ciência ou, ainda, em
alguns
> aspectos da podridão que paira no Olimpo Acadêmico.
> Alberto


OK!OK! A mesma teoria da conspiração de sempre...

Mas vc não respondeu minha pergunta.

TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] RES: Pode um computador ter uma mente?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/03/2001 13:16

Moacir suas consideracoes sao pertinentes mas vc deve considerar:
A capacidade dos chips de memoria dobra a cada 2 anos ( ou algo assim )
A capacidade de processamento tambem.
Se considerarmos q esta evolucao continue neste ritmo
em nao mais em que 3 seculos ( ou coisa que o valha ) qqr chip tera
mais bits por cm2 do q nos temos neuronios na cabeca ....

Mas de qqr jeito eu soh quis elucidar q o cerebro pode ser
teoricamente emulado por um 386 e a diferenca vai estar na velocidade
de processamento e nao no conteudo.
Eh um resultado filosofico e nao pratico.

[]s
jocax



Moacir Alves Schmidt wrote:

> Não posso deixar de meter minha colher neste assunto...
>
> > suponha um computador com um programa que simule o funcionamento do
> cerebro.
>
> Estima-se que o cérebro tenha cerca de 100 bilhoes (10^11) de neurônios
> e que cada um deles esteja ligado a outros milhões (10^6) de neurônios.
> Sabe-se também que um neurônio tem o estado de "ativado" e "desativado"
> (dependendo das excitações que ele recebe dos seus vizinhos que,
> eventualmente podem ser neuronios dos nervos dos orgaos dos sentidos).
> Sendo assim, seriam necessárias pelo menos 10^17 bits de informação para
> representar este modelo extremamente simplificado da "rede" de conexões
> que é o nosso cérebro. Isto dá muito mais do que qualquer memoria de
> computador já construída mas pelo menos é um número "possível" eu diria
> para os próximos dez ou vinte anos...
>
> Mas, é claro, outros fatores têm que ser levados em consideração:
>
> 1) Apenas a informação de "ligado" e "desligado" não é suficiente para
> representar um neurônio. Existe também o "fator de ativação" que poderia
> ser representado como um número real e identifica o valor a partir do
> qual o neurônio é "ativado" e envia seu sinal para neurônios conectados...
>
> 2) O processo que criou o cérebro humano foi a evolução que, como se sabe,
> nem sempre dá a solução mais eficiente para determinado problema (e também
> não tem a capacidade de "apagar tudo o que já foi feito e fazer de novo
> melhor). No caso de um "projeto" de uma máquina simuladora do cérebro nós
> poderíamos tentar ser mais eficientes...I
>
> É claro que existe uma série de outros fatores que eu não coloquei aqui
> deliberadamente porque o assunto é intrinsecamente complexo e misterioso.
> Nós não temos, por exemplo, a menor idéia de como o nosso "ser" fica
> armazenado no cérebro. Suspeita-se que seja nas conexões entre os neurônios
> e nos seus "fatores de ativação", mas isto é pouco mais que especulação...
>
> Abraços,
>
> <Moacir>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Your use of Yahoo! Groups is subject to http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] RES: Pode um computador ter uma mente?
FROM: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/03/2001 13:52

[Jocax]
>Moacir suas consideracoes sao pertinentes mas vc deve considerar:
>A capacidade dos chips de memoria dobra a cada 2 anos ( ou algo assim )
>A capacidade de processamento tambem.
>Se considerarmos q esta evolucao continue neste ritmo
>em nao mais em que 3 seculos ( ou coisa que o valha ) qqr chip tera
>mais bits por cm2 do q nos temos neuronios na cabeca ....

[Moacir]
Apenas para esclarecer eu não estava me referindo a bits por cm2 mas a
sistemas de informação com número de bits igual ao número de nossos
neurônios. Nada nos impede de associar "n" chips em paralelo para conseguir
um sistema com tal quantidade de bits em bem menos que 3 séculos.

Abraços,

<Moacir>


SUBJECT: Re: fisica quantica
FROM: "leandro" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/03/2001 13:59

> [Leandro]
> Mas, quando se resolve a equacao de Schroedinger ve-se que tal
modelo
> nao condiz: existe propabilidade nao nula de o eletron ser detectado
> fora do raio de Bohr.
>
> [Sérgio Taborda]
> Podias explicar onde e como ?
>
[Leandro]
Revolva a equação de Schroedinger para o átomo de
hidrogênio. Pegue a solução para a qual não há dependência angular, ou
seja, quando o esférico harmônico dá um: Y(theta, phi)=Y(0,0)=1.
Agora calcule a probabilidade de o elétron estar entre r=0
e r=a0 (raio de Bohr).
Viu como é não nula a probabilidade?


> [Leandro]
> (...)
> Da mesma forma, quando a quantica descreve uma particula como tendo
> probabilidade de estar numa regiao nao significa que a particula
> estara' dividida pela regiao.
>
> [Sérgio Taborda]
> Eu nunca disse isso

[Leandro]

Aqui parece que concordamos.

[Sérgio Taborda]

:-) Deus (Luiz?) me livre !!

[Leandro]
Ou seria Buda te livre? Ou Alá?

Abraços,
Leandro.



SUBJECT: Re: As partículas elementares
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/03/2001 14:02

--- In ciencialist@y..., jmanuel.otero@i... wrote:
> Olá de novo a todos:
>
> Tenho estado ausente porque tivem alguns problemas para seguir as
mensagens e decidim retomar há uns dias a lista. Contodo, gosto mais
de ler (e procurar aprender algo) do que intervir na lista.
>
> Desta vez intervenho para comentar o seguinte:
>
> Estou a ler um livro dum escritor francês que tivo grande sucesso no
seu país quando foi publicado. As partículas elementares, de Michel
Houellebecq (pola traduçom portuguesa; acho que a brasileira é
Partículas Elementares). Ainda nom acabei a leitura da obra, mas
julgo-a de grande interesse por vários aspectos. Um deles é porque a
obra está semeada desde início por reflexões que relacionam a Física
com aspectos filosóficos. Dada a minha ignoráncia em Física nom sou
capaz de avaliar estas digressões que comento. O autor nom é Físico
mas engenheiro informático e por isso parece meritório o trabalho que
terá feito para poder escrever o romance tratando continuamente
aspectos relativos à Física.
>
> Vou transcrever umha das passagens, no capítulo que estou a ler, que
me resultam mais obscuras:
>
> "Segundo a teoria de Margenau, a consciência de cada indivíduo pode
ser comparada a um campo de probabilidades num espaço de Fock, que é
definido como a soma directa dos espaços de Hilbert. Este espaço pode,
em princípio, ser construído a nível de acontecimentos electrónicos
elementares que se dão ao nível das micro-sinapses. O comportamento
normal seria, assim, entendido como uma deformação elástica do campo,
e o acto livre como um corte: mas em que topologia? Não é de maneira
nenhuma evidente que a topologia natural dos espaços hilbertianos
permita que nos demos conta do aparecimento de actos livres; nem
sequer que haja a possibilidade de de colocarmos a questao
actualmente; a nao ser em termos extremamente metafóricos. Contudo,
Michel estava convencido disso, havia a necessidade de um novo quadro
conceptual (...)

JOcax -> Este paragrafo nada mais eh do que um texto pos-modernista
sem peh nem cabeca ! :-)
Nestes texto a unica coisa q importa sao frases de efeito mesclados
a palavras de alta tecnologia com fisica quantica.


> A consciência individual tinha aparecido bruscamente
sem razao aparente, no meio de linhagens animais, e parecia ter sido
determinada sobretudo pela linguagem. Com o seu determinismo
inconsciente, os darwinianos salientavam, claro, as hipotéticas
vantagens selectivas que a consciência teria trazido, o que, também
evidentemente, nao explicava nada e nao passava de umha reconstruçao
mítica simpática.

Jocax -> o meu determnismo eh consciente ! :-)
Mas a ideia eh q a imagem de si mesmo ( self ) interagindo
na imagem do ambiente realmente proporciona um melhor
planejamento neste ambiente e esta deve ser a origem do
consciente.


> Mas o princípio antrópico, neste caso, também nao
era mais convincente. Houve seres que apareceram com olhos capazes de
contemplar e um cérebro capaz de compreender; sim, e depois? Isso nao
ajudava a compreender o fenómeno. A consciência de si, ausente nas
nematóides, tinha sido analisada em lagartos pouco especializados como
o Lacerta agilis; e denotava provavelmente a existência de um sistema
nervoso central e qualquer coisa mais. Este "qualquer coisa"
permanecia um mistério total; o aparecimento da consciência nao
parecia estar ligado a nenhum dado anatómico, biológico ou celular.
Era desencorajador"

Eh pq a consciencia eh derivada da imagem de si junto com
a imagem do ambiente. Isso capacitava uma simulacao e planejamento
neste ambiente antes de ter q se arriscar nele.
Sendo derivado de uma auto-imagem, eh natural q a consciencia , no
inicio ao menos, fizesse parte dos processos ja existemntes
no cerebro .

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Pode um computador ter uma mente?
FROM: "Casa das Bombas Hidráulicas Pr Ltda." <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/03/2001 15:44

Olá a todos!

Estou iniciando minha participação na lista e me sinto honrado e bla,bla
bla,bla...
Vamos ao que interessa:
Particularmente sigo a linha de pensamento do Medeiros (alias, recomendo que
termine seu livro, é muito bom).
Mas vou meter os bedelhos no que o Moacir disse:

> 1) Apenas a informação de "ligado" e "desligado" não é suficiente para
> representar um neurônio. Existe também o "fator de ativação" que poderia
> ser representado como um número real e identifica o valor a partir do
> qual o neurônio é "ativado" e envia seu sinal para neurônios conectados...
Ok! Está correto, mas muito simplificado. Na verdade não é bem isso que
acontece. O neurônio não é tão simples como um interruptor que
liga-e-desliga, disparando um impulso elétrico quando ativado e mantendo-se
desativado o restante do tempo. Muitos neurônios, por exemplo, continuam a
disparar numa "freqüência de repouso" mesmo quando não estão no estado
ativo. Ao serem estimulados, estes neurônios passam a disparar com uma
freqüência muito maior. Hoje admite-se inclusive que talvez a importância
não seja a freqüência, mas quando, em que momento no conjunto e
particularmente se coincidem com relação ao disparo de um ou muitos outros
neurônios. Em neurociência hoje é o tempo que é a fronteira.

> 2) O processo que criou o cérebro humano foi a evolução que, como se sabe,
> nem sempre dá a solução mais eficiente para determinado problema (e também
> não tem a capacidade de "apagar tudo o que já foi feito e fazer de novo
> melhor). No caso de um "projeto" de uma máquina simuladora do cérebro nós
> poderíamos tentar ser mais eficientes...I
Aí é que está, nosso atual computador é extremamente tosco se comparado ao
cérebro (mas é a melhor ferramenta de analogia).
Assim, de tão lerdo que é, ñ conseguimos nem mesmo acelera-lo mentalmente a
ponto de que tenha exercido o processamento de, por exemplo, um "sentimento"
humano. (particularmente acho que ñ conseguimos é desacelerar o sentimento).
Que vamos ter capacidade de criar uma máquina com capacidade da nossa mente,
é, no meu ponto de vista, muito evidente. Mais certamente teremos capacidade
de construir algo muito melhor que nossa reles mente fadada a tantos tilt's.
A questão é (ou será) se queremos construir tal máquina. - De modo
"Socrático" - Deveremos ou não lhe dar a imortalidade a essa suposta
máquina? Se sim, como "equipa-lo" com sentimentos semelhantes aos nossos, já
que boa parte é oriunda (ou amplificada) pela ansiedade frente à morte? Se
não, então ele terá um inicio, desenvolve-se e morre; e o que o diferenciará
de um ser vivo? Se o aceitarmos como "vida", então o que é a "não vida"? Se
não o aceitarmos como "vida", então o que nos diferencia de uma pedra?
É, é meio viajem e filosofadas afins. Mas o que quero dizer é que me parece
que em determinado estágio veremos que o intransponível talvez possa não ser
a tecnologia, e sim nós mesmos.


Inté+
Mauro





SUBJECT: Re: Pode um computador ter uma mente?
FROM: "Casa das Bombas Hidráulicas Pr Ltda." <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/03/2001 17:22

Olá Moacir


> Legal sua participação. Acho que concordamos em muitos pontos...Mas eu não
> pequei a discussão toda e não sei a que livro você se referiu abaixo...
>
> [Mauro]
> >Particularmente sigo a linha de pensamento do Medeiros (alias, recomendo
> que
> >termine seu livro, é muito bom).
> >Mas vou meter os bedelhos no que o Moacir disse:
>
> Fiquei curioso sobre que livro é. Você tem as informações completas
(Título,
> autor, etc...). Vou ver se compro pela internet.

Ops, scap's! Esqueci realmente de mencionar o nome do livro, vai lá: "Como a
mente funciONa" é do Steve Pinker (psicólogo cognitivo do MIT) - tem umas
800 pgs (dá até arrepio de pensar em começa-lo), mas vale a pena, tem suas
partes engraçadas, sonolentas, besteirois, mas acima disso muita coisa
interessante. Tem um outro livro, que por acaso estou com ele na mão,
chama-se "O Bit e o Pendulo" - Tom Siegfried, que também tem ideias
correlacionadas, estranhamente (penso eu) vc vai acha-lo na área de física
das livrarias. Ha outros que seguem essa linha de funcionalidade
computacional da mente. Recentemente foi tocado nesse assunto na lista da
SBCR, lá tive oportunidade de debater com o Rodrigo Quintanilhas (será que
ele tmb está por aqui?) e que me indicou uma série de livros (alguns dos
quais ainda estou lendo), vou tentar buscar essa lista completa e depois te
informo, tá legal?

Inté+
Mauro



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Pode um computador ter uma mente?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/03/2001 17:33

> interessante. Tem um outro livro, que por acaso estou com ele na mão,
> chama-se "O Bit e o Pendulo" - Tom Siegfried, que também tem ideias
> correlacionadas, estranhamente (penso eu) vc vai acha-lo na
> área de física das livrarias. Ha outros que seguem essa linha de
> funcionalidade computacional da mente. Recentemente foi tocado
> nesse assunto [...]

E por falar em livros, lá vai uma ótima sugestão:

"O Quinto Milagre", Paul Davies, Cia. das Letras

Do mesmo autor: "O Enigma do Tempo", "A Mente de Deus" (fora de
catálogo para minha decepção)

Abraços,

Alexandre Medeiros

> -----Mensagem original-----
> De: Casa das Bombas Hidráulicas Pr Ltda. [mailto:bombaspr@uol.com.br]
> Enviada em: Sexta-feira, 23 de Março de 2001 09:22
> Para: ciencialist@yahoogroups.com
> Assunto: [ciencialist] Re: Pode um computador ter uma mente?
>
>
> Olá Moacir
>
>
> > Legal sua participação. Acho que concordamos em muitos
> pontos...Mas eu não
> > pequei a discussão toda e não sei a que livro você se
> referiu abaixo...
> >
> > [Mauro]
> > >Particularmente sigo a linha de pensamento do Medeiros
> (alias, recomendo
> > que
> > >termine seu livro, é muito bom).
> > >Mas vou meter os bedelhos no que o Moacir disse:
> >
> > Fiquei curioso sobre que livro é. Você tem as informações completas
> (Título,
> > autor, etc...). Vou ver se compro pela internet.
>
> Ops, scap's! Esqueci realmente de mencionar o nome do livro,
> vai lá: "Como a
> mente funciONa" é do Steve Pinker (psicólogo cognitivo do
> MIT) - tem umas
> 800 pgs (dá até arrepio de pensar em começa-lo), mas vale a
> pena, tem suas
> partes engraçadas, sonolentas, besteirois, mas acima disso muita coisa
> interessante. Tem um outro livro, que por acaso estou com ele na mão,
> chama-se "O Bit e o Pendulo" - Tom Siegfried, que também tem ideias
> correlacionadas, estranhamente (penso eu) vc vai acha-lo na
> área de física
> das livrarias. Ha outros que seguem essa linha de funcionalidade
> computacional da mente. Recentemente foi tocado nesse assunto
> na lista da
> SBCR, lá tive oportunidade de debater com o Rodrigo
> Quintanilhas (será que
> ele tmb está por aqui?) e que me indicou uma série de livros
> (alguns dos
> quais ainda estou lendo), vou tentar buscar essa lista
> completa e depois te
> informo, tá legal?
>
> Inté+
> Mauro
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pode um computador ter uma mente?
FROM: "Casa das Bombas Hidráulicas Pr Ltda." <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/03/2001 18:08

Olá Alexandre.

> E por falar em livros, lá vai uma ótima sugestão:
>
> "O Quinto Milagre", Paul Davies, Cia. das Letras
>
> Do mesmo autor: "O Enigma do Tempo", "A Mente de Deus" (fora de
> catálogo para minha decepção)
E é bom mesmo (o mesmo ñ posso dizer do O Enigma do Tempo), principalmente
no seu inicio (+ ou - até a pg 100 ou 150) quando ele aborda a questão "o
que é vida?", é de dar nó nos nossos pré-conceitos sobre a questão.
Endosso sua sugestão.

Inté+
Mauro




SUBJECT: Re: [ciencialist] As partículas elementares
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/03/2001 18:39

Em uma mensagem de 23/03/01 12:59:19 Hora padrão leste da Am. Sul,
jmanuel.otero@icaa.mcu.es escreveu:

> alguém leu esse romance? Que opiniom tem dos comentários sobre Física? E
das
> implicações que tira no aspecto filosófico desses comentários contidos no
> livro?

Manuel - Li o romance de Michel Houellebecq, 'Partículas Elementares'.
Excelente romance. O tema do livro é o sexo como forma de diferenciação
narcísica e o sofrimento que isso causa na grande maioria das pessoas. Michel
Houellebecq vai aos porões da revolução sexual e tece uma crítica ferina à
contracultura, às seitas 'new age' e ao pós-modernismo. Sim, o autor, embora
de nacionalidade francesa, não tem a menor simpatia pelo pós-modernismo e sua
verborragia.

Quanto às idéias do autor acerca da consciência, não estão elas em
contradição ou em desacordo com as de muitos biólogos que não advogam o
pan-selecionismo, corrente da teoria da evolução que defende que 'todos' as
características de um organismo tem um sentido adaptativo. Para esses
biólogos ditos 'neutralistas', algumas características fenotípicas e
comportamentais não são diretamente selecionados. Vale dizer: "1) Os
organismos são sistemas integrados e uma mudança numa das suas partes pode
levar a modificações não adaptativas de outras características ('correlação
de crescimento', nas palavras de Darwin); 2) Um órgão construído para um
papel específico sob a influência da seleção pode ser capaz, em conseqüência
da sua estrutura, de desempenhar também muitas outras funções não
selecionadas." (S. J. Gould; O Polegar do Panda; Gradiva; pág. 55.) -- Como,
por exemplo, o cérebro humano.

Decerto que o psiquismo 'consciente' conferiu aos homens grandes benefícios
adaptativos. Mas, em contrapartida, trouxe ele também uma ansiedade perene,
conseqüência direta da 'consciência' da morte, da dúvida e da renúncia. Se a
dor -- que começa no parto -- é um "efeito colateral" da vida, se as
vantagens seletivas das espécies animais pluricelulares custaram aos seus
indivíduos o destino de uma "morte natural" (segundo Weismann, num certo
sentido as bactérias não morrem naturalmente, pois a morte determinada por
razões internas pressupõe a divisão do organismo num germoplasma e num
somatoplasma), a consciência, por sua vez, tem como "preço" a angústia e uma
sensação de falta. E não são poucos os que não querem pagar esse preço.

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/03/2001 18:44

O q. vcs acham disso?

Apagando as Ma's Lembrancas
http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid984778529,69171,

'Um estudo recente, publicado na revista inglesa Nature parece sugerir que
podemos simplesmente bloquear lembrancas indesejadas, desde que tentemos
arduamente elimina'-las.'

Some choose to lose memory
http://www.nature.com/nsu/010315/010315-10.html

[Aparentemente isso vai contra o famoso dito: 'O melhor modo de manter uma
ideia fixa na mente eh tentar esquece-la'.]

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/03/2001 19:13

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> O q. vcs acham disso?
>
> Apagando as Ma's Lembrancas
> http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid984778529,69171,
>
> 'Um estudo recente, publicado na revista inglesa Nature parece sugerir que
> podemos simplesmente bloquear lembrancas indesejadas, desde que tentemos
> arduamente elimina'-las.'
>
> Some choose to lose memory
> http://www.nature.com/nsu/010315/010315-10.html
>
> [Aparentemente isso vai contra o famoso dito: 'O melhor modo de manter uma
> ideia fixa na mente eh tentar esquece-la'.]
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>

Oi,

e', acho que o Freud tinha razao em algumas de suas hipoteses...

[]'s Eduardo



SUBJECT: fisica quantica
FROM: "leandro" <holanda-lb@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/03/2001 00:38

> [Sérgio Taborda]
> [...]Onde está a experiencia que mostra electrões Unicos
com comportamento de onda?
>
> [Leandro]
> Na verdade, a quântica prediz que TODAS as partículas são
localizadas e não espalhadas por aí.
>
[Sérgio Taborda]
>
> o que eu disse nada tem a haver com isto.
> Pegua num único electrão, livre em movimento.
> Onde está o seu comportamento de onda ?

[Leandro]
Eu não entendi sua pergunta. Vou supor que me perguntou se
podemos associar uma onda à um elétron (ou outra partícula). A
resposta é sim: mas uma onda de probabilidade. Essa onda significa,
grosso modo, que a cada ponto do espaço-tempo, associa-se a ele uma
probabilidade de o elétron (ou outra partícula) estar ali.
Como já disse, associar a distribuição de probalididades à uma
partícula não implica em distribuição de massa ou carga ou spin... e
todos os observáveis físicos.
Como já fora discutido aqui na lista, experiências com poucas
partículas (só não me lembro, no momento se com uma única) já foram
realizados. Quando se realiza tal experimento, vê-se que as partículas
produzem um impacto bem localizado - tipo um borrão pontual - e a
figura de interferência desaparecia (a figura que aparecia era pontos
espalhados randomicamente pelo anteparo). Conclusão: a interpretação
puramente ondulatória tem que ser descartada. E mais: (ainda dentro da
mesma experiência de mandar um número pequeno de partículas) quando se
deixava o anteparo (que era basicamente um filme) recebendo-as durante
um tempo longo, o padrão de interferência reaparecia - formado pelos
marcas localidas das partículas.


> [Sérgio Taborda]
[...]Até lá , serei ceptico e me fico pelas "bolinhas de newton", com
massa e carga, e essas coisas , clássicas (já agora, como se dá massa
a uma onda ?, ou carga... ? sempre dou de caras com este problema).
>
> [Leandro]
O fenômeno de interferência é independente de massa ou carga.
[eu de novo]
Aqui, quis dizer, que independe das partículas terem massa ou
não e carga ou não.
>
[Sérgio Taborda]
> Eu não disse que dependia.

[Leandro]

Aqui parece que não há confusão, então.

[Sérgio Taborda]

Estava a falar de como modelar "carga" e "massa" com ondas.
Ou seja , onde é que na função f(x,t)=Asen(kx-wt) está a massa ? ou
carga ?

[Leandro]

Um campo que trata de partículas carregadas é o campo complexo
de Klein-Gordon. Para esse campo, em partículas, são associados à
partículas carregadas de massa m e spin zero. Existe um operador
carga.

Abraços
Leandro.




SUBJECT: fisica quantica II
FROM: holanda-lb@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/03/2001 01:30

>>>> [Eduardo Gueron]
>>>> [...]Na realidade, nunca se poderá dizer que passará um
>>>>elétron por vez já que, se a fenda for mantida aberta, não será
>>>>possível a medida de frequência dos elétrons.
>>>
>>> [Sérgio Taborda]
>>> [...]Isso não está a preocupar agora. Só se ele passa e
>>por onde.
>>
>> [Leandro]
>> Isso vai contra o princípio da complentaridade: não dá para se
>>saber por onde a partícula passou, pois a figura de interferência é
>>destruída se qualquer instrumento de detecção for colocado em frente
>>a uma das fendas e cria-se uma distribuição tipo >gaussiana.

>
> [Sérgio Taborda]
> Não não vai . tu propio o disseste. Coloca-se um
>fotomultiplicador e ou o electrão chega lá, ou não chega lá.
>ou seja, ou passa, ou não passa. Depois , moves o fotomultiplicador
>num eixo , ou num plano e procuras efeitos de
>interferencia.(tratamento dos dados).
> Não precisas de saber por onde ele passou , para saber se o
>electrão único apresenta ou não comportamento de onda.
> Imaginemos que temos uma máquina que emite um electrão em cada
>100 s então, entre 1 e 99 segundos tomamos nota dos dados registados
>por um arrayde fotomultiplicadores localizados num eixo a X distância
>das fendas.
> Tratamos os dados e verificamos que existe ou não, padrão de
>interferência.
>
> | D>
> F> | D>
> | D>
>
> F> fonte
> | fendas
> D> detectores (fotomultiplicadores , por exemplo)
>
[Leandro]
Tornando mais claro: REALMENTE dá para se saber por onde a
partícula passou, MAS o padrão de interferência é destruído e o
princípio da complementaridade continua válido: os modelos corpuscular
são complementares; se uma medida revela o caráter corpuscular (por
exemplo: a sua com fotomultiplicadores) o caráter ondulatório é
impossível de se revelar e vice-versa.
Vamos ver se eu entendi. Suponha que você preparará um
dispositivo que dispare 5 elétrons. Agora suponha que 3 passaram pela
fenda A e 2 pela fenda B, isso não implica que, entre os próximos 5
elétrons que passarem por uma das fendas, que 3 passarão por A e 2 por
B. São eventos não correlacionados. Lembre-se que em experiências
feitas em laboratório com poucas partículas, quer sejam fótons ou
elétrons ou outras partículas, o padrão era randômico. De modo que não
existe um tratamento de dados adequado para se correlacionar o padrão
com qual fenda a partícula passou.
Pelo que entendi, o princípio da complementaridade continuará
valendo.

Abraços
Leandro.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/03/2001 02:02

Em uma mensagem de 23/03/01 20:13:17 Hora padrão leste da Am. Sul,
rmt@ib.usp.br escreveu:

> Um estudo recente, publicado na revista inglesa Nature parece sugerir que
> podemos simplesmente bloquear lembrancas indesejadas, desde que tentemos
> arduamente elimina'-las.'
>
> Some choose to lose memory
> http://www.nature.com/nsu/010315/010315-10.html
>
> [Aparentemente isso vai contra o famoso dito: 'O melhor modo de manter uma
> ideia fixa na mente eh tentar esquece-la'.]

Manuel - Sim, apenas aparentemente vai contra o famoso dito. Na realidade, o
ato de suprimir da consciência uma idéia indesejada exige esforço, e esse
esforço dura enquanto durar a repressão. Ora, esse esforço permanente para
esquecer, esse dispêndio continuado de energia para manter afastada da mente
(da parte consciente da mente) uma idéia implica, paradoxalmente, uma
"fixação" nessa idéia "inconsciente". Essa idéia "inconsciente" é como o
inimigo que, embora "invisível", mantém a sentinela em estado de alerta. E
assim como todo barulho que pode ser um sinal de aproximação do inimigo
aumenta a ansiedade da sentinela, do mesmo modo quem está a recalcar uma
idéia passará a evitar coisas e outras idéias que mantêm com a idéia
recalcada uma relação seja de semelhança, de contigüidade, de causa e efeito,
etc., visto que tais coisas e idéias atiçam a angústia. Em suma, os sintomas
neuróticos (como as fobias e os rituais obsessivo-compulsivos) são, via de
regra, manifestações dolorosas de uma "idéia fixa inconsciente".

De modo que está absolutamente certo o "velho deitado" quando diz: "O melhor
modo de manter uma ideia fixa na mente é tentar esquecê-la".

Ipso facto, conforme estabelece o método terapêutico de Freud, "o primeiro
passo para se libertar de uma idéia fixa é lembrar-se dela." :-)

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/03/2001 02:34



Oi Sergio e Leandro,

eu sei que a discussão é entre vcs dois mas eu queria dar o meu
pitaco... Creio que vcs devam saber haja vista a citação da eq. de Klein
Gordon mas é bom que se separe a mecânica quântica associada à eq de
Schrodinger, princípio da incerteza e cia (primeira quantização) da
quântica proveniente da segunda quantização que lida com teorias de
campo tipo eletrodinâmica...

Pensando na mecânica quântica associada a 1ª quantização, esta teoria
NÃO prevê se uma partícula é localizada ou não. Quando resolvemos uma
equação como a de Heisenberg ou Schrodinger via formalismo de pacotes
de onda estamos assumindo a localização preferencial da partícula apesar
de ela poder ser encontrada em qq lugar do espaço com probabilidade não
nula (a menos de casos como poços infinitos). Associar uma partícula a
um pacote de onda gaussiano ou a um pico de onda tipo delta ou a um
pulso quadrado é mera opção (razoáveis para o que se propõe) de quem
resolve o problema. Isso nada tem a ver com os princípios da MQ. O que
ocorre é que podemos localizar a partícula em um determinado
tempo-espaço, ou seja, podemos localizar um evento mas isso não
significa que a partícula é localizada até porque depois o pacote sempre
dispersa se estiver livre de interações.

Quando medimos que o elétron foi absorvido pelo detector que estava em
uma das fendas dizemos que o mesmo passou por aquele lugar num
determinado tempo. É bom ressaltar tb que medir a posição não implica
necessariamente na destruição total do padrão de interferência. Pode-se
montar experiências tipo a fenda dupla em que um padrão baixo de
interferência é notado por exemplo quando as duas fendas estão muito
próximas. O que significa que a localização da partícula não é tão
imprecisa porque ela passou por uma das fendas que está muito perto da
outra.


um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: fisica quantica
FROM: holanda-lb@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/03/2001 04:21

[Eduardo Gueron]
> Oi Sergio e Leandro,

>eu sei que a discussão é entre vcs dois mas eu queria dar o meu
pitaco...

[Leandro]

Sê bem-vindo

[Eduardo Gueron]

>Creio que vcs devam saber haja vista a citação da eq. de Klein Gordon
mas é bom que se separe a mecânica >quântica associada à eq de
Schrodinger, princípio da incerteza e cia (primeira quantização) da
quântica >proveniente da segunda quantização que lida com teorias
campo tipo eletrodinâmica...

[Leandro]

Eu concordo que separando as "mecânicas quânticas"
interpretaremos diferentemente o comportamento das partículas e
campos... mas não vejo o porquê do desejo de separá-las. [Repare que
coloque mecânicas quânticas entre aspas.]

[Eduardo Gueron]

> Pensando na mecânica quântica associada a 1ª quantização, esta
teoria NÃO prevê se uma partícula é >localizada ou não.

[Leandro]

Na verdade, essa divisão de mecânica quântica de 1ª ou 2ª
quantização, além do valor histórico, não é muito útil. Tanto que cada
vez menos físicos fazem tal separação. Existem aqueles que vão mais
longe: acham o termo ou incorreto, ou que não é se adequa ao que ele
quer significar. Matematicamente, e grosso modo, trata-se de tratar os
Psi como operadores de campo e não como funções de onda ordinárias.
Há, inclusive, uma conexão entre teoria quântica de campos e a
formulação de muitos corpos, este último também conhecido por Espaço
de Fock.
Com relação à "1ª " quantização, ela prevê sim trata de
localidades sim. Veja: No caso da radiação, Einstein foi quem unificou
as teorias ondulatória e corpuscular quando ele deu uma interpretação
estatística da intensidade para explica o efeito fotoelétrico
(corpuscular) e tentar adequá-lo ao modelo ondulatório. Einstein
sugeriu que as ondas em si não tem energia: são uma grandeza cja
intensidade mede o número médio de fótons por unidade de volume.
Max Born sugeriu uma unificação semelhante para a dualidade
onda-partícula da matéria. Foi ele quem primeiro deu uma interpretação
probabilística às funções de onda de Schroedinger relacionando o
comportamento da função de onda ao COMPORTAMENTO da partícula
associada.


[Eduardo Gueron]
> [...] Quando resolvemos uma equação como a de Heisenberg ou
Schrodinger via formalismo de pacotes >de onda estamos assumindo a
localização preferencial da partícula de ela poder ser encontrada em
qq lugar >do espaço com probabilidade não nula (a menos de casos como
poços infinitos).

[Leandro]
Nisso, interpretamos de modo equivalente.


[Eduardo Gueron]

>Associar uma partícula a um pacote de onda gaussiano ou a um pico
de onda tipo delta ou a um pulso >quadrado é mera opção (razoáveis
para o que se propõe) de quem resolve o problema. Isso nada tem a ver
>com os princípios da MQ. O que ocorre é que podemos localizar a
partícula em um determinado tempo->espaço, ou seja, podemos localizar
um evento mas isso não significa que a partícula é localizada até
porque >depois o pacote sempre dispersa se estiver livre de
interações.

[Leandro]

Tentei exemplificar, quando disse sobre a gaussiana, e tentei
parecendo generalista. Concordo, a gaussiana são soluções (ou
candidatas) de determinados problemas. Nós usufruímos muito disso
quando usamos o método variacional.
Tem razão.


[Eduardo Gueron]

Quando medimos que o elétron foi absorvido pelo detector que
estava em uma das fendas dizemos que o mesmo passou por aquele lugar
num determinado tempo. É bom ressaltar tb que medir a posição não
implica necessariamente na destruição total do padrão de
interferência. Pode-se montar experiências tipo a fenda dupla em que
um padrão baixo de interferência é notado por exemplo quando as duas
fendas estão muito próximas. O que significa que a localização da
partícula não é imprecisa porque ela passou por uma das fendas que
está muito perto da outra.

[Leandro]

Agora, saber por qual fenda ela passou e ainda obter a figura
de interferência é que não é possível.

Abraços
Leandro.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/03/2001 06:57

Olá Manuel e pessoal,

----- Original Message ----- From: <manuelbulcao@aol.com>

> > [Aparentemente isso vai contra o famoso dito: 'O melhor modo de manter
uma
> > ideia fixa na mente eh tentar esquece-la'.]
>
> Manuel - Sim, apenas aparentemente vai contra o famoso dito. Na realidade,
o
> ato de suprimir da consciência uma idéia indesejada exige esforço, e esse
> esforço dura enquanto durar a repressão. Ora, esse esforço permanente para
> esquecer, esse dispêndio continuado de energia para manter afastada da
mente
> (da parte consciente da mente) uma idéia implica, paradoxalmente, uma
> "fixação" nessa idéia "inconsciente". Essa idéia "inconsciente" é como o
> inimigo que, embora "invisível", mantém a sentinela em estado de alerta. E
> assim como todo barulho que pode ser um sinal de aproximação do inimigo
> aumenta a ansiedade da sentinela, do mesmo modo quem está a recalcar uma
> idéia passará a evitar coisas e outras idéias que mantêm com a idéia
> recalcada uma relação seja de semelhança, de contigüidade, de causa e
efeito,
> etc., visto que tais coisas e idéias atiçam a angústia. Em suma, os
sintomas
> neuróticos (como as fobias e os rituais obsessivo-compulsivos) são, via de
> regra, manifestações dolorosas de uma "idéia fixa inconsciente".
>

Acho que existe uma grande diferença entre reprimir, por exemplo, o impulso
sexual, e reprimir uma memória perdida no tempo. Enquanto reprimir impulsos
requer um esforço constante, já que o impulso está sempre renascendo, não
vejo como o mesmo raciocínio pode se aplicar a uma lembrança ou memória.
Duvido que o esquecimento voluntário de uma memória desagradável possa
causar algum transtorno psíquico, como uma neurose. Na verdade,
provavelmente o que ocorre é exatamente o oposto: O "esquecimento"
voluntário de memórias traumáticas ou angustiantes pode ser uma adaptação e
um recurso extramamente útil para a manutenção do equilíbrio psicológico.

A famosa "idéia fixa" em geral é sintoma de algum transtorno obssessivo, e
ocorre comumente em pacientes com Autismo ou Síndrome de Asperger, que são
doenças provavelmente causadas por "defeitos" cerebrais inatos ou
adquiridos. Pode estar também relacionada a uma repressão de origem sexual,
mas esta explicação tinha mais sentido na época vitoriana do que hoje.
Pode-se dizer que a maioria dos compulsivos por sexo hoje em dia sejam tudo,
menos pessoas reprimidas!! Os compulsivos sexuais só pensam naquilo, embora
pratiquem continuamente. Parece mais um vício do que uma neurose causada por
repressão.

[]´s

André Baptista






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: fisica quantica
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/03/2001 19:17

holanda-lb@bol.com.br wrote:

> [Eduardo Gueron]
> > Oi Sergio e Leandro,
>
> >eu sei que a discussão é entre vcs dois mas eu queria dar o meu
> pitaco...
>
> [Leandro]
>
> Sê bem-vindo
>
> [Eduardo Gueron]
>
> >Creio que vcs devam saber haja vista a citação da eq. de Klein Gordon
> mas é bom que se separe a mecânica >quântica associada à eq de
> Schrodinger, princípio da incerteza e cia (primeira quantização) da
> quântica >proveniente da segunda quantização que lida com teorias
> campo tipo eletrodinâmica...
>
> [Leandro]
>
> Eu concordo que separando as "mecânicas quânticas"
> interpretaremos diferentemente o comportamento das partículas e
> campos... mas não vejo o porquê do desejo de separá-las. [Repare que
> coloque mecânicas quânticas entre aspas.]
>
> [Eduardo Gueron]
>
> > Pensando na mecânica quântica associada a 1ª quantização, esta
> teoria NÃO prevê se uma partícula é >localizada ou não.
>
> [Leandro]
>
> Na verdade, essa divisão de mecânica quântica de 1ª ou 2ª
> quantização, além do valor histórico, não é muito útil. Tanto que cada
> vez menos físicos fazem tal separação. Existem aqueles que vão mais
> longe: acham o termo ou incorreto, ou que não é se adequa ao que ele
> quer significar. Matematicamente, e grosso modo, trata-se de tratar os
> Psi como operadores de campo e não como funções de onda ordinárias.
> Há, inclusive, uma conexão entre teoria quântica de campos e a
> formulação de muitos corpos, este último também conhecido por Espaço
> de Fock.
> Com relação à "1ª " quantização, ela prevê sim trata de
> localidades sim. Veja: No caso da radiação, Einstein foi quem unificou
> as teorias ondulatória e corpuscular quando ele deu uma interpretação
> estatística da intensidade para explica o efeito fotoelétrico
> (corpuscular) e tentar adequá-lo ao modelo ondulatório. Einstein
> sugeriu que as ondas em si não tem energia: são uma grandeza cja
> intensidade mede o número médio de fótons por unidade de volume.
> Max Born sugeriu uma unificação semelhante para a dualidade
> onda-partícula da matéria. Foi ele quem primeiro deu uma interpretação
> probabilística às funções de onda de Schroedinger relacionando o
> comportamento da função de onda ao COMPORTAMENTO da partícula
> associada.
>


Oi, eu quase concordo com vc mas discordo..:P Interpretacao corpuscular
nao equivale a localizacao da particula. A interpretacao corpuscular eh
associada a quantas de grandezas de energia mas nao a posicao definida da
particula. A confusao se faz porque aspectos corpusculares sao medidos
geralmente via detectores ou anteparos que localizam a particula.
Outra discordancia, a segunda quantizacao eh importante na nossa
discussao porque ela quantiza os campos que sao tratados classicamente em
uma equacao de Schrodinger, por exemplo, na resolucao para o atomo de
Hidrogenio vc considera um potencial tipo Coulomb. Na segunda quantizacao
construimos uma teoria de campo que quantiza o eletromagnetismo via
eletrodinamica quantica. Ha fisicos que dizem que devemos pular da fisica
classica (particularmente da formulacao lagrangeana da mecanica e do
eletromagnetismo) para a segunda quantizacao. Ta certo que a maioria dos
fisicos que trabalha com fundamentos ou teoria de campo quantico usa a
segunda quantizacao ate porque pode-se dizer que a primeira e restrita, ela
da conta apenas de problemas onde o campo pode ser considerado classico.
De qq maneira, eu concordo com a linha de raciocinio geral que critica o
termo dualidade onda-particula. Ha nomes usados na mecanica quantica que dao
margem a fantasias. O que interessa basicamente eh que, dependendo de como
estamos fazendo a medida e o que estamos medindo, observaremos ou nao um
fenomeno tipo interferencia. Seja medindo spin na direcao z quando a
particula foi preparada em um auto estado do spin na direcao x ou na
experiencia da fenda dupla.



SUBJECT: Re: fisica quantica
FROM: ego_sun@brasilmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/03/2001 02:24

Olá gentes,

O que é possível dizer, de acordo com a MQ atual, a respeito da idéia
de ondas-guia, ou seja, partículas que seriam orientadas, em seu
movimento, por um campo ondulatório, q daria origem à interferência?

[]´s

Ego



--- In ciencialist@y..., "leandro" <holanda-lb@b...> wrote:
> > [Sérgio Taborda]
> > [...]Onde está a experiencia que mostra electrões
Unicos
> com comportamento de onda?
> >
> > [Leandro]
> > Na verdade, a quântica prediz que TODAS as partículas
são
> localizadas e não espalhadas por aí.
> >
> [Sérgio Taborda]
> >
> > o que eu disse nada tem a haver com isto.
> > Pegua num único electrão, livre em movimento.
> > Onde está o seu comportamento de onda ?
>
> [Leandro]
> Eu não entendi sua pergunta. Vou supor que me perguntou se
> podemos associar uma onda à um elétron (ou outra partícula). A
> resposta é sim: mas uma onda de probabilidade. Essa onda significa,
> grosso modo, que a cada ponto do espaço-tempo, associa-se a ele uma
> probabilidade de o elétron (ou outra partícula) estar ali.
> Como já disse, associar a distribuição de probalididades à
uma
> partícula não implica em distribuição de massa ou carga ou spin...
e
> todos os observáveis físicos.
> Como já fora discutido aqui na lista, experiências com poucas
> partículas (só não me lembro, no momento se com uma única) já foram
> realizados. Quando se realiza tal experimento, vê-se que as
partículas
> produzem um impacto bem localizado - tipo um borrão pontual - e a
> figura de interferência desaparecia (a figura que aparecia era
pontos
> espalhados randomicamente pelo anteparo). Conclusão: a
interpretação
> puramente ondulatória tem que ser descartada. E mais: (ainda dentro
da
> mesma experiência de mandar um número pequeno de partículas) quando



SUBJECT: fisica quantica
FROM: holanda-lb@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/03/2001 03:02

[Eduardo Gueron]
Oi, eu quase concordo com vc mas discordo..:P Interpretacao
corpuscular nao equivale a localizacao da particula. [...]

[Leandro]
Gostaria de saber onde eu disse isso.
Podemos observar o comportamento corpuscular OU ondulatório da
radiação (que é constuída de fótons); mas o princípio da incerteza nos
impede de observar os comportamentos ao mesmo tempo. O mesmo é válido
para o comportamento onda-partícula da matéria.
De fato, uma partícula é localizável no sentido de que ela
possui uma posição ainda que uma função de onda governe a
distribuição de sua posição. O que significa isso? Significa o que já
disse: que, para cada ponto no espaço-tempo, existe uma probabilidade
de a partícula estar ali, não significando que uma parte da partícula
esteja ali e outra parte noutro lugar. Um exemplo onde isso fica mais
claro é quando se analisa a função de onda na base dos momentos e dos
espaços. Se significasse que a distribuição de probabilidades é a
distribuição de carga, massa, momento angular, etc. pelo espaço-tempo,
significaria também que uma partícula teria vários momentos ao mesmo
tempo! Ou Pior: cada "pedacinho" da partícula teria um momento
diferente! Ou, talvez ainda, vários momentos! Como isso não pode,
diz-se que a partícula é localizável - se preferir, diga que ela é
pontual, ou ainda, diga que tem dimensões "diminutas".


[Eduardo Gueron]
[...]A interpretacao corpuscular eh associada a quantas de grandezas
de energia mas nao a posicao definida da particula. [...]

[Leandro]
Acho que foi isso o que eu disse acima.

[Eduardo Gueron]
Outra discordancia, a segunda quantizacao eh importante na
nossa discussao porque ela quantiza os campos que sao tratados
classicamente em uma equacao de Schrodinger,[...]

[Leandro]

Acho que agora serei mais claro. Se está te estressando o fato
de a partícula ser o fóton, então experimente com o elétron ou o
nêutron ou o próton. Verá que para cada um dos casos, o princípio da
incerteza continuará válido; que os três são partículas cujas funções
de onda são probabilísticas - ainda que para o fóton seja um operador
campo; e que o padrão de interferência para os três apresentam os
mesmos efeitos para as causas relacionados com a interferência com
fótons; ainda que as equações que governem cada um não sejam as
mesmas; os elétrons, prótons e nêutrons possuem uma estatística e os
fótons, outra.
Resumindo, mesmo que a segunda quantização trate do
comportamento granular da radiação, não é necessário tocar nesse ponto
para falar sobre padrão de interferência. Isso explica porque quando
eu conversava com o Sérgio Taborda, me referia ao comportumento dual
ser independente da partícula em questão. O próprio comportamento
granular da radiação fora proposto antes de se falar em quantização de
campos via função de onda - ou melhor, operador campo - quando a luz
sofria interferência para algumas experiências e era corpuscular para
outras, tal como o efeito fotoelétrico. Mas tens razão quando diz que
não dá para deixar de falar em Segunda quantização para tratar de
efeito dual para a luz.
Agora tem uma coisa que você disse que eu não entendi:

[Eduardo Gueron]

Quando medimos que o elétron foi absorvido pelo detector que
estava em uma das fendas dizemos que o mesmo passou por aquele lugar
num determinado tempo. É bom ressaltar tb que medir a posição não
implica necessariamente na destruição total do padrão de
interferência. [...]

[Leandro]
Agora, saber por qual fenda ela passou e ainda obter a figura
de interferência é que não é possível.

[eu de novo]
Eu entendi que o princípio da complementaridade era sempre
válido. Encontrou uma não-validade para ele?

Abraços
Leandro.




SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/03/2001 04:02



> [Leandro]
> Gostaria de saber onde eu disse isso.
> Podemos observar o comportamento corpuscular OU ondulatório da
> radiação (que é constuída de fótons); mas o princípio da incerteza nos
> impede de observar os comportamentos ao mesmo tempo. O mesmo é válido
> para o comportamento onda-partícula da matéria.
> De fato, uma partícula é localizável no sentido de que ela
> possui uma posição ainda que uma função de onda governe a
> distribuição de sua posição. O que significa isso? Significa o que já
> disse: que, para cada ponto no espaço-tempo, existe uma probabilidade
> de a partícula estar ali, não significando que uma parte da partícula
> esteja ali e outra parte noutro lugar. Um exemplo onde isso fica mais
> claro é quando se analisa a função de onda na base dos momentos e dos
> espaços. Se significasse que a distribuição de probabilidades é a
> distribuição de carga, massa, momento angular, etc. pelo espaço-tempo,
> significaria também que uma partícula teria vários momentos ao mesmo
> tempo! Ou Pior: cada "pedacinho" da partícula teria um momento
> diferente! Ou, talvez ainda, vários momentos! Como isso não pode,
> diz-se que a partícula é localizável - se preferir, diga que ela é
> pontual, ou ainda, diga que tem dimensões "diminutas".
>
Não concordo com algumas interpretações suas. Primeiro se deve tomar um
cuidado especial com a carga que - diferentemente da posição, momento
linear ou angular - não obedece um princípio equivalente ao da
incerteza. A partícula de fato não pode ser subdividida em pedacinhos
mas isso não implica em sua localização. Tanto que, quando determinamos
exatamente o seu momento linear não temos a mínima idéia de sua posição.
A função de onda associada ao operador posição é uma onda plana portanto
totalmente espalhada (pode-se obter tal resultado via transformada da
delta de Dirac associada a uma medida precisa de momento).
Note que uma partícula não tem uma posição independente da medida. A
localização só é possível via alguma interação (por exemplo o detector
em uma das fendas). Quando não medimos a sua posição ela não está
localizada. Portanto vc só pode dizer que a partícula tem dimensões
diminutas se for efetuada uma medida de posição com precisão suficiente
para tanto. Resumindo, a partícula não tem nada até que se meça. Então
ela terá o que for medido.

>
> [Leandro]
>
> Acho que agora serei mais claro. Se está te estressando o fato
> de a partícula ser o fóton, então experimente com o elétron ou o
> nêutron ou o próton. Verá que para cada um dos casos, o princípio da
> incerteza continuará válido; que os três são partículas cujas funções
> de onda são probabilísticas - ainda que para o fóton seja um operador
> campo; e que o padrão de interferência para os três apresentam os
> mesmos efeitos para as causas relacionados com a interferência com
> fótons; ainda que as equações que governem cada um não sejam as
> mesmas; os elétrons, prótons e nêutrons possuem uma estatística e os
> fótons, outra.

Não entendi. Onde eu disse que havia problema de a partícula ser fóton?
aliás estamos nos referindo, que eu saiba, à experiência de fenda dupla
para o elétron.
A minha insistência na segunda quantização é explicada porque
precisamos de teorias de campos quânticos para explicar características
de partículas elementares, só isso, nada a ver com a experiência da
fenda dupla. Concordo que comportamento odulatório/corpuscular ou o
princípio da incerteza não dependem de maneira nenhuma da quantização
dos campos.
Note, inclusive, que na mensagem anterior eu disse que o fenômeno de
interferência existe para qualquer observável citei como exemplo a
projeção do Spin. Interferência é associada a um determinado operador,
significa que a função de onda associada a partícula está em um estado
misto, ou seja, composto por mais de um auto estado do operador em
questão. Ex, fenda A e fenda B. Quando as fendas estao abertas temos uma
função de onda associada F escrita da forma

F1=a|A>+b|B> (a e b são constantes tais que |a|^2+|b|^2=1)

Se medimos que a partícula passou pela fenda A, modificamos F de modo
que ela será escrita como

F2=|A>

F1 apresenta padrão de interferência para a posição porque não está
escrita em função de somente um auto estado de posição enquanto que F2
não apresenta pois é exatamente um auto-estado do operador A. Veja que
se pode fazer o mesmo raciocínio para qq operador com auto estados
associados. Por isso eu penso que a idéia de dualidade onda-partícula é
mais histórica (para usar um termo seu) do que qq outra coisa. Ela só
tem sentido quando pensamos em medir posição ou momento, mas em estados
de interferências associados a outros operadores não tem sentido usar
este termo. O que interessa mesmo é o princípio de Heisenberg e suas
generalizações (para qualquer par de observável que não comuta).

> Resumindo, mesmo que a segunda quantização trate do
> comportamento granular da radiação, não é necessário tocar nesse ponto
> para falar sobre padrão de interferência. Isso explica porque quando
> eu conversava com o Sérgio Taborda, me referia ao comportumento dual
> ser independente da partícula em questão. O próprio comportamento
> granular da radiação fora proposto antes de se falar em quantização de
> campos via função de onda - ou melhor, operador campo - quando a luz
> sofria interferência para algumas experiências e era corpuscular para
> outras, tal como o efeito fotoelétrico. Mas tens razão quando diz que
> não dá para deixar de falar em Segunda quantização para tratar de
> efeito dual para a luz.

Eu sei, não disse o contrário como insisto na resposta acima.

> Agora tem uma coisa que você disse que eu não entendi:
>
> [Eduardo Gueron]
>
> Quando medimos que o elétron foi absorvido pelo detector que
> estava em uma das fendas dizemos que o mesmo passou por aquele lugar
> num determinado tempo. É bom ressaltar tb que medir a posição não
> implica necessariamente na destruição total do padrão de
> interferência. [...]
>
O que vc não entendeu? Vc não disse...

> [Leandro]
> Agora, saber por qual fenda ela passou e ainda obter a figura
> de interferência é que não é possível.
>

Mas vc pode obter construir um aparato tal que a partícula tenha uma
probabilidade maior de ter passado pela fenda A e a figura de
interferência ser menos nítida (imagine, por exemplo, feixes
direcionados ou fendas de tamanho diferentes).

> [eu de novo]
> Eu entendi que o princípio da complementaridade era sempre
> válido. Encontrou uma não-validade para ele?

Eu não me propus a isto. Citei alguns aspectos da experiência de fenda
dupla e só.


um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] URGENTE!!
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/03/2001 09:40

Abuso da forma democrática como é estabelecida a Ciencialist, por se
tratar de uma lista não-moderada.

SPAMERS, CORRENTES, PIRÂMIDES, ETC.

Sugestão: BANIMENTO

Peterson Leal.



SUBJECT: Psiquiatria x psicologia x terapia de vidas passadas
FROM: "Ricardo Gentil de Araújo Pereira" <ricardo@samnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
CC: ceticismo-br@intl.egroups.com
DATE: 25/03/2001 10:35

Bem, recentemente minha namorada (que é espírita) comentou
sobre um livro de um psiquiatra americano chamado Brian Weiss
que, segundo ela, relata casos de pacientes seus que
supostamente dão apoio à reencarnação, memórias de vidas
pasadas, etc.
Fiquei um pouco intrigado, pois sempre achei que no ramo da
psiquiatria as pessoas tivessem um caráter um pouco mais
cético/científico que o da psicologia (não desmerecendo nenhuma,
mas apenas pelo fato de a psiquiatria também lidar com o
funcionamento do cérebro - pelo menos penso eu).
Como não nego antecipadamente a existência de vida após a
morte (e demais fenômenos "paranormais" ou "sobrenaturais"),
mas apenas não acredito até o momento por não ter "evidências"
significativas para tanto, tentei encontrar mais informações na HP
do Conselho Federal de Medicina (que está fora do ar), pois se não
me engano, ouvira alguém falar sobre a reprovação de tal técnica
(TVP) por parte dos psiquiatras (ou psicólogos) em geral.
Se alguém tiver algo a respeito da fronteira entre a psiquiatria e
a psicologia (sou leigo no assunto) e sobre o funcionamento do
cérebro (principalmente do ponto de vista de gravação,
manutenção e recuperação da memória), ficarei muito grato.

P.S.: Alguém já ouviu falar desse tal de Brian Weiss (o
psiquiatra da TVP)?

[]'s...and justice for all.

/^\
\ / CAMPANHA DA FITA ASCII - CONTRA MAIL HTML
X ASCII RIBBON CAMPAIGN - AGAINST HTML MAIL
/ \

Ricardo Gentil de Araújo Pereira
e-mail 1: ricardo@samnet.com.br (default)
e-mail 2: rhalah_rikota@ig.com.br
e-mail 3: rhalah@yahoo.com
ICQ: 13306676


SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/03/2001 13:57

Manuel Bulcão wrote:

>Ipso facto, conforme estabelece o método terapêutico de >Freud, "o primeiro
passo para se libertar de uma idéia fixa é >lembrar-se dela."

Prezados listeiros:

Tenho lido tudo o que se escreveu nos últimos dias sobre Freud e a
psicanálise. Efetivamente todos os que se manifestam demonstram muito
respeito por tudo e noto que se cuidam um pouco e não repudiar abertamente a
psicanálise e louvo este respeito. No entanto comprendo a razão de tantas
dúvidas.

Na Enciclopedia Britânica., o proprio Freud escreveu a definição de
psicanálise. Disse que era o nome dado :
1. a um método de investigação de certos fenómenos diferente aos métodos
então conhecidos;
2. um método de cura de certas afecções, decorrentes desta investigação;
3. um acervo de conhecimentos que, de modo progressivo, vão-se constituindo
como uma nova disciplina científica.

O que primeiro salta é que as pessoas querem testar a psicanálise sem ter em
conta que suas conclusões se originam no modo de investigar psicanalítico.
Não nego que os métodos tradicionais das ciencias biológicas até possam
descobrir o inconsciente, no entanto o que se pode esperar é muito pouco. O
que se espera é não se poder comprovar enunciados psicanalíticos usando o
método das outras disciplinas.

O que primeiro se devia por à prova é o método psicanalítico:
Um estudo do discurso sob a denominada associação livre, escutadocom a
atenção flutuante. Primeiro se deve provar este método. Depois, se for o
caso, mostrar seus erros.

Querer que um condutista, um biólogo, um físico ou mesmo um filósofo
encontre o mesmo que um psicanalista é uma ideia bastante impropria.

Proponho o caso hipotético de um investigador que, examinando o discurso de
um individuo tenha aplicado certas operações matemáticas e encontrado por
casualidade, nas relações entre ritmos de orações, número de palavras na
unidade de tempo, etc., o numero Pi. Suponhamos que outro cientista haja
dissecado a pessoa, aplicado métodos físicos e não haja encontrado nenhum
Pi. Se o sujeito não fala e não se examina o seu discurso, é quase
impossivel que se encontre um Pi.

Por outro lado, vejam como o proprio Freud foi cuidadoso e, na terceira
parte da definição disse que a conclusões teórica vão gradualmente na
direção de converter-se numa disciplina científica. Nunca foi dogmático.

Abraços
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar





SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/03/2001 16:32

Olá André Batista e lista,

André Batista - Acho que existe uma grande diferença entre reprimir, por
exemplo, o impulso sexual, e reprimir uma memória perdida no tempo. Enquanto
reprimir impulsos requer um esforço constante, já que o impulso está sempre
renascendo, não vejo como o mesmo raciocínio pode se aplicar a uma lembrança
ou memória. Duvido que o esquecimento voluntário de uma memória desagradável
possa causar algum transtorno psíquico, como uma neurose.

Manuel Bulcão - Uma lembrança é a representação mental (uma imagem psíquica,
uma idéia) de um acontecimento passado. Ora, reprime-se uma 'idéia' quando a
esta idéia está associada uma emoção negativa muito forte, tal como o terror.
Mas observe-se que, entre os humanos, uma idéia é uma abstração, isto é, um
significado que não se prende a um único significante, porém a vários. A
idéia de 'casa', por exemplo, pode ser 'recordada', por alguém que fale
português e inglês, através dos sinais ortográficos 'casa', 'house', 'lar',
'moradia', 'habitação', etc. e dos seus equivalentes sonoros, bem como por
meio de qualquer fotografia ou desenho de uma casa ou ainda por intermédio de
vários outros sinais audiovisuais que, em nossa cultura, constituem metáfora
ou metonímia da idéia em tela. Aliás, foi realizada uma experiência (ver
artigo sobre o efeito placebo, publicado na revista virtual Cérebro & Mente,
http://www.epub.org.br/cm/home.htm) em que uma pessoa, ao mesmo tempo que
ouvia a palavra 'estrada' recebia na mão uma descarga elétrica. Isso feito
repetidas vezes terminou por gerar um reflexo condicionado: toda vez que
pronunciavam perto do indivíduo que se submeteu a essa experiência a palavra
'estrada', ele puxava a mão. O interessante é que não apenas o som da palavra
'estrada' funcionava como sinal desencadeante do reflexo: slides em que lhe
eram mostrado a simples grafia da palavra 'estrada' ou de qualquer um dos
seus sinônimos -- 'caminho', por exemplo -- ou ainda a imagem de uma estrada
faziam com que a cobaia humana reagisse com um puxão da mão. Naturalmente,
isso não aconteceria com um cachorro, visto que este animal não tem lá um
grande poder de abstração e, por isso, não lida com símbolos (relações
significado/significante) complexos. Para um cão, o som da palavra 'estrada',
sua grafia, a palavra 'caminho' e a imagem de uma estrada são coisas muito
diferentes, sem quaisquer relações entre si.

O que quero dizer é que, entre nós seres humanos, e dado que somos animais
'simbólicos', uma idéia (imagem psíquica) a qual está associada uma sensação
de extremo desconforto pode ser evocada por uma vasta gama de objetos em/do
nosso dia-a-dia. Tais objetos funcionam como sinais acústicos, visuais ou
olfativos (significantes) da idéia ou lembrança desagradável, seja por
convenção, semelhança, contiguidade, relação de causa e efeito, etc. Ou seja,
uma vez que vivemos em meio a uma intrincada rede de significantes, estamos
constantemente nos deparando com coisas que, de uma maneira ou de outra,
'lembram' acontecimentos que, por serem traumáticos, não desejamos recordar.
Por isso, tal como ocorre na repressão de uma pulsão erótica ou agressiva, o
recalque de uma imagem mental desagradável também exige do indivíduo um
esforço permanente, um contínuo dispêndio de energia, um incessante estado de
tensão e de ansiedade que, dependendo do grau de intensidade (o que, por sua
vez, está relacionado com a gravidade do choque ou trauma decorrente do
acontecimento passado), pode ser ou não qualificado como uma neurose.
Lembre-se do distúrbio de estresse pós-traumático, um gênero de síndrome
psicológica do qual a 'neurose' de guerra é espécie.

Talvez exista uma correlação intrínseca e necessária entre o inconsciente
psicanalítico, o mecanismo da repressão e a faculdade mental de abstrair,
generalizar e substituir coisas por símbolos.

Mas, afinal, por que as lembranças muito desagradáveis são apenas
'bloqueadas' (retiradas da consciência, porém mantidas na memória remota) e
não simplesmente 'apagadas'? Por que as conexões neurais responsáveis por
essas lembranças simplesmente não se desfazem? Bem, talvez isso se deva a um
possível caráter 'ambivalente' de tais lembranças; ou seja, essas imagens
psíquicas suscitam ao mesmo tempo aversão e desejo intensos. Lembre-se de que
existem desejos 'necrófilos' e 'masoquistas' de auto-aniquilação e de dor;
que muitas vezes o extremamente feio, de tão hediondo que é acaba por
tornar-se 'sublime', isto é, em objeto de apreciação estética; que a
reprodução do grupo ou da sociedade amiúde exige um enorme poder de
sacrifício por parte dos indivíduos, sobretudo quando o eixo da sociedade são
relações de dominação e de exploração, o que confere a esses estranhos
desejos um sentido adaptativo.

André Batista - Na verdade, provavelmente o que ocorre é exatamente o oposto:
O "esquecimento" voluntário de memórias traumáticas ou angustiantes pode ser
uma adaptação e um recurso extremamente útil para a manutenção do equilíbrio
psicológico.

Manuel Bulcão - Em alguns casos sim, em outros não. Pois o que é traumático
muitas vezes não é o acontecimento em si, mas a 'interpretação' que se faz
dele. Ora, em muitos casos o trauma é devido a um equívoco, a uma má
interpretação do fato ocorrido, de modo que o desfazimento do equívoco (o que
só é possível se a lembrança desagradável emergir na consciência) acarreta,
obviamente, muito mais benefícios ao indivíduo do que a continuidade do
esforço que o recalcamento exige. Nesses casos, o indivíduo nada ganha com a
repressão, ou o ganho não é suficiente para cobrir o custo, que é a
ansiedade, a angústia.

Esses equívocos, essas interpretações distorcidas de acontecimentos são
comuns, mormente na infância, pois a criança não está preparada para
compreender ou suportar certas situações. Ademais, a criança tem um
pensamento mágico, isto é, ela confunde com freqüência a coisa com o signo, o
significado com o significante, além do que os significantes são em geral
polissêmicos, ou seja, apresentam várias significações diferentes, o que pode
gerar confusão.

O método psicanalítico é eficaz para curar esse tipo de neurose porque, nas
palavras do antropólogo vietnamita Trân Duc Thao, 'a doença em questão,
consistindo no desenvolvimento exagerado de uma distorção semântica, pode
definir-se como uma doença da linguagem, o que implica a possibilidade de um
tratamento pela própria linguagem.''(Trân Duc Thao; Estudos Sobre a Origem da
Consciência e da Linguagem; Ed. Estampa; 1974; pág. 292)

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/03/2001 16:34

Olá,

Essa discussão sobre física quântica causou-me ontem à noite uma horrível dor
de cabeça (não estou brincando). Por isso, não vou mais participar dela.
Vocês adultos que se entendam. Mas li na revista Ciência Hoje deste mês (nr.
169) uma notícia que vai interessar a vocês. Transcrevo-a abaixo:

<<FÓTONS SOLITÁRIOS - Uma equipe de pesquisadores dos Estados Unidos e da
Turquia desenvolveu um método para produzir partículas de luz (fótons)
isoladas.

O método para produzir fótons solitários é um passo fundamental para se
implementar a chamada criptografia quântica, técnica que tornaria
praticamente inviolável a mensagem enviada com o auxílio dessas e de outras
partículas. Se a partícula fosse interceptada, isso deixaria uma 'marca' na
mensagem e assim se saberia que ela sofreu algum tipo de intervenção
indesejada.

O artefato, à base de pulsos de luz laser, foi desenvolvido por pesquisadores
da Universidade da Califórnia, Santa Bárbara (Estados Unidos), e da
Universidade de Sabanci (Turquia). "A realização de uma fonte como essa tem
sido considerada um tipo de 'Santo Graal' pela pesquisa em eletrônica
quântica", afirma o estudo. (Science, 22/12/00).>>

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re:fisica quantica
FROM: "holanda-lb"<holanda-lb@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/03/2001 16:34

[Eduardo Gueron]
No concordo com algumas interpretaes suas. Primeiro se deve
tomar um cuidado especial com a carga que - diferentemente da
posio, momento linear ou angular - no obedece um princpio
equivalente ao da incerteza.[...]

[Leandro]
Concordo. Tambm devemos tomar cuidado quando tratamos da
carga. A carga que ns medimos depende da distncia que se est do
eltron - se for dele a carga que medimos. A carga que estava-se
medindo at ento estava blindada pela polarizao do vcuo, efeito
previsto pelo princpio da incerteza. Para distncia menores que
2,46x10^-10 cm a carga efetiva aumenta. Para distnticias maiores o
que medimos a no a carga real de uma partcula. Mas isso, j
assunto para a teoria quntica de campos, como voc iria dizer.

[Eduardo Gueron]
[...] A partcula de fato no pode ser subdividida em pedacinhos mas
isso no implica em sua localizao. [...]

[Leandro]
Concordo.

[Eduardo Gueron]
[...]Tanto que, quando determinamos exatamente o seu momento linear
no temos a mnima idia de sua posio.

[Leandro]
Aqui eu concordo parcialmente: prefiro dizer que n d para se
determinar nem o momento nem a posio de uma partcula
exatamente. Concordo que, uma preciso total do momento implicaria
no completo desconhecimento da posio... mas pena que no existe
preciso total nem da posio, nem do momento.

[Eduardo Gueron]
Note que uma partcula no tem uma posio independente da
medida. A localizao s possvel via alguma interao (por exemplo o
detector em uma das fendas).[...]

[Leandro]

Concordo com voc.

[Eduardo Gueron]
[...]Portanto vc s pode dizer que a partcula tem dimenses diminutas
se for efetuada uma medida de posio com preciso suficiente para
tanto. Resumindo, a partcula no tem nada at que se mea. Ento ela
ter o que for medido.

[Leandro]
Aqui voc defende a Escola de Copenhagen. A maioria dos
fsicos defende esta interpretao.


[Eduardo Gueron]
> No entendi. Onde eu disse que havia problema de a partcula
ser fton? alis estamos nos referindo, que eu saiba, experincia de
fenda dupla para o eltron.

[Leandro]
OK, estamos nos referiando experincia de fenda dupla para
o eltron.

[Eduardo Gueron]
> A minha insistncia na segunda quantizao explicada
porque precisamos de teorias de campos qunticos para explicar
caractersticas de partculas elementares, s isso, nada a ver com a
experincia da fenda dupla.

[Leandro]
Mas no estamos falando da esperincia de fenda dupla para o
eltron? Faz assim, quando chegar o contexto, falamos de 2
quantizao.

[Eduardo Gueron]
[...]Concordo que comportamento odulatrio/corpuscular ou o princpio
da incerteza no dependem de maneira nenhuma da quantizao dos
campos.

[Leandro]
Aqui no h confuso, ento.
Abraos
Leandro.



__________________________________________________________________________
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SUBJECT: En: [ciencialist] Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/03/2001 16:51

----- Original Message -----
From: <manuelbulcao@aol.com>

"...
Mas, afinal, por que as lembranças muito desagradáveis são apenas
'bloqueadas' (retiradas da consciência, porém mantidas na memória remota) e
não simplesmente 'apagadas'? Por que as conexões neurais responsáveis por
essas lembranças simplesmente não se desfazem? Bem, talvez isso se deva a um
possível caráter 'ambivalente' de tais lembranças; ou seja, essas imagens
psíquicas suscitam ao mesmo tempo aversão e desejo intensos. Lembre-se de
que
existem desejos 'necrófilos' e 'masoquistas' de auto-aniquilação e de dor;
que muitas vezes o extremamente feio, de tão hediondo que é acaba por
tornar-se 'sublime', isto é, em objeto de apreciação estética; que a
reprodução do grupo ou da sociedade amiúde exige um enorme poder de
sacrifício por parte dos indivíduos, sobretudo quando o eixo da sociedade
são
relações de dominação e de exploração, o que confere a esses estranhos
desejos um sentido adaptativo.
"

Além dessa explicação, não seria possível ainda, que tal memória fosse
mantida como mecanismo de aprendizado, para que em a pessoa qdo exposta a
uma situação similar pudesse "identificar" um suposto perigo estando mais
capacitado a se defender?

[]s,
Sheila.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:fisica quantica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/03/2001 20:24

Agora que já começaram a concordar em alguns pontos 'quânticos' parece-me que cabe uma colocação (e é bem provável que seja um tolice):

Admitamos que na experiência da fenda dupla o elétron exiba comportamento puramente ondulatório, ou seja, frentes de onda chegam ás fendas. Ao chegarem, vamos recorrer á teoria de Huyghens para propor que cada ponto da frente de onda que atinja a fenda passe a funcionar como fonte de novas ondinhas (de mesma características das ondas originais) e, são essas ondinhas que justificam a difração na fenda e sejam responsáveis pelos padrões de interferência na tela sensível (provavelmente recoberta com platino cianeto de bário).
Ora, admitindo-se isso, deveríamos ter ondinhas TAMBÉM na região anterior do anteparo onde existem as fendas (lado da fenda por onde chegam as ondas originais) e, conseqüentemente, se o detetor for colocado ANTES DA FENDA ele deverá também registrar esses padrões de interferência.
Cabe as perguntas:
(a) registra-se padrões de interferência na região anterior ao anteparo que contém as fendas?

anterior | posterior
>>>fonte>>>>>>|
|
(fendas)
(b) se tais ondinhas não ocorrem, para justificar os padrões, como explicá-los (os padrões) na hipótese de elétron-partícula?

(c) se a colocação inicial das ondinhas de Huyghens é verdadeira (e isso justificaria plenamente o problema das fendas) porque não há padrões de interferência do tipo dos observados, por exemplo, com o método de Young?

Fim da bicorada .........
[]'
Léo
===================
-----Mensagem Original-----
De: "holanda-lb" <holanda-lb@bol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: domingo, 25 de março de 2001 16:34
Assunto: [ciencialist] Re:fisica quantica


[Eduardo Gueron]
Não concordo com algumas interpretações suas. Primeiro se deve
tomar um cuidado especial com a carga que - diferentemente da
posição, momento linear ou angular - não obedece um princípio
equivalente ao da incerteza.[...]

[Leandro]
Concordo. Também devemos tomar cuidado quando tratamos da
carga. A carga que nós medimos depende da distância que se está do
elétron - se for dele a carga que medimos. A carga que estava-se
medindo até então estava blindada pela polarização do vácuo, efeito
previsto pelo princípio da incerteza. Para distância menores que
2,46x10^-10 cm a carga efetiva aumenta. Para distânticias maiores o
que medimos a não é a carga real de uma partícula. Mas isso, já é
assunto para a teoria quântica de campos, como você iria dizer.

[Eduardo Gueron]
[...] A partícula de fato não pode ser subdividida em pedacinhos mas
isso não implica em sua localização. [...]

[Leandro]
Concordo.

[Eduardo Gueron]
[...]Tanto que, quando determinamos exatamente o seu momento linear
não temos a mínima idéia de sua posição.

[Leandro]
Aqui eu concordo parcialmente: prefiro dizer que nã dá para se
determinar nem o momento nem a posição de uma partícula
exatamente. Concordo que, uma precisão total do momento implicaria
no completo desconhecimento da posição... mas pena que não existe
precisão total nem da posição, nem do momento.

[Eduardo Gueron]
Note que uma partícula não tem uma posição independente da
medida. A localização só é possível via alguma interação (por exemplo o
detector em uma das fendas).[...]

[Leandro]

Concordo com você.

[Eduardo Gueron]
[...]Portanto vc só pode dizer que a partícula tem dimensões diminutas
se for efetuada uma medida de posição com precisão suficiente para
tanto. Resumindo, a partícula não tem nada até que se meça. Então ela
terá o que for medido.

[Leandro]
Aqui você defende a Escola de Copenhagen. A maioria dos
físicos defende esta interpretação.


[Eduardo Gueron]
> Não entendi. Onde eu disse que havia problema de a partícula
ser fóton? aliás estamos nos referindo, que eu saiba, à experiência de
fenda dupla para o elétron.

[Leandro]
OK, estamos nos referiando à experiência de fenda dupla para
o elétron.

[Eduardo Gueron]
> A minha insistência na segunda quantização é explicada
porque precisamos de teorias de campos quânticos para explicar
características de partículas elementares, só isso, nada a ver com a
experiência da fenda dupla.

[Leandro]
Mas não estamos falando da esperiência de fenda dupla para o
elétron? Faz assim, quando chegar o contexto, falamos de 2ª
quantização.

[Eduardo Gueron]
[...]Concordo que comportamento odulatório/corpuscular ou o princípio
da incerteza não dependem de maneira nenhuma da quantização dos
campos.

[Leandro]
Aqui não há confusão, então.
Abraços
Leandro.



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SUBJECT: Plástico condutor de eletricidade
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/03/2001 21:21

Plastic superconductor created at ultralow temperature
By The Associated Press
Special to CNET News.com
March 8, 2001, 1:50 p.m. PT

U.S. scientists have created the first plastic that can
conduct electricity without any resistance.

European experts in organic-materials engineering and
condensed-matter physics who did not participate in the
experiment praised the finding as a "stunning" breakthrough.

"It opens new vistas for coming studies," Olle Inganas of
Linkoping University in Sweden said in a statement.

Eventually, it could lead to the manufacture of plastic
components for a new generation of extremely fast components
that would be based on quantum mechanics.

However, Bertram Batlogg and fellow researchers who
conducted the study at Bell Labs in Murray Hill, N.J., said
practical uses for the plastic remain a distant possibility
because its superconducting properties are apparent only
when the material is cooled to minus 455 degrees Fahrenheit,
or about 4 degrees above absolute zero.

The results are in the current issue of the journal Nature.

Previous attempts to turn carbon-based polymers into
superconductors had failed, in part because most polymers
have a messy atomic structure that creates resistance and
impedes the flow of electrons.

In the experiment, researchers used a plastic called
polythiophene. They created a solution containing the
polymer and sprayed it in a thin film onto a layer of
aluminum oxide and gold. The electric field created by this
exotic wafer of metals and plastic pulled electrons through
the plastic without disruption, the engineers reported.

Scientists at Bell Labs and other research centers said they
are searching for other plastics that will demonstrate
superconducting properties at much warmer temperatures using
similar methods.

If they succeed, it would be a commercial breakthrough
because plastics are easier and cheaper to use in electronic
components than more exotic materials.

Last year, the Nobel Prize for chemistry was awarded to
researchers who originally demonstrated that plastics can
conduct electricity.

Bell Labs is the research and development arm of Lucent
Technologies.


Retirado de:
http://news.cnet.com/news/0-1006-202-5069368.html


#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"I'm going to my psychoanalyst one more year, then I'm going
to Lourdes." - Woody Allen




SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/03/2001 01:29


-----Mensagem Original-----
De: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: domingo, 25 de março de 2001 13:57
Assunto: Re: [ciencialist] Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?


Olá Marco ( e o Bulcão na moita...)

| Querer que um condutista, um biólogo, um físico ou mesmo um filósofo
| encontre o mesmo que um psicanalista é uma ideia bastante impropria.

Não sei o que é um condutista mas, com cerca cautela com respeito aos biólogos, acredito que jamais dois filósofos ou dois psicanalistas chegarão ao mesmo consenso na análise de um discurso quer entre sí (os dois) quer entre eles (os quatro).
|
| Proponho o caso hipotético de um investigador que, examinando o discurso de
| um individuo tenha aplicado certas operações matemáticas e encontrado por
| casualidade, nas relações entre ritmos de orações, número de palavras na
| unidade de tempo, etc., o numero Pi. Suponhamos que outro cientista haja
| dissecado a pessoa, aplicado métodos físicos e não haja encontrado nenhum
| Pi. Se o sujeito não fala e não se examina o seu discurso, é quase
| impossivel que se encontre um Pi.

Com certeza o encontro do Pi foi mais que uma casualidade, foi uma fatalidade pois jamais o psicanalista irá saber o que fazer com ele. Não duvido que procurando bem entre as relações matemáticas encontre também o "e" (2,718281....) e por que não o "i" e talvez, com certo propósito redescrubra a fórmula de Euler (e^ix = cosx + i) que, para x = pi dá e^(pi).i = -1 !
Dessas casualidades forçadas também já me aproveitei
(veja: http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto09.htm).
Quantos outros textos equivalentes não poderá sair desse?
Ora, se os dois "cientistas" apontados no texto acima examinaram o mesmo indivíduo, um aplicando 'chutometria matemática' e o outro 'métodos físicos' é bem de se esperar o resultado comentado. Eu particularmente obteria esse pi do indivíduo de forma bem mais simples: mediria a circunferência da barriga (ou da cabeça) e dividiria pela medida do diâmetro dela!

|
| Por outro lado, vejam como o proprio Freud foi cuidadoso e, na terceira
| parte da definição disse que a conclusões teórica vão gradualmente na
| direção de converter-se numa disciplina científica. Nunca foi dogmático.

Assim como nunca foi cientista.:-)))

[]'
Léo ... hoje, meio rude, pois a minha casa está em reformas, minha gang tá na casa do sogro e eu estou precariamente instalado no laboratório com 200 máquinas á minha volta! E ainda tenho que tomar conta e conferir os materiais que vão chegando ........ brrrr!

|
| Abraços
| Marco A. Andrade
| logos@pccp.com.ar
|
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:fisica quantica
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/03/2001 02:47



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Agora que já começaram a concordar em alguns pontos 'quânticos' parece-me que cabe uma colocação (e é bem provável que seja um tolice):
>
> Admitamos que na experiência da fenda dupla o elétron exiba comportamento puramente ondulatório, ou seja, frentes de onda chegam ás fendas. Ao chegarem, vamos recorrer á teoria de Huyghens para propor que cada ponto da frente de onda que atinja a fenda passe a funcionar como fonte de novas ondinhas (de mesma características das ondas originais) e, são essas ondinhas que justificam a difração na fenda e sejam responsáveis pelos padrões de interferência na tela sensível (provavelmente recoberta com platino cianeto de bário).
> Ora, admitindo-se isso, deveríamos ter ondinhas TAMBÉM na região anterior do anteparo onde existem as fendas (lado da fenda por onde chegam as ondas originais) e, conseqüentemente, se o detetor for colocado ANTES DA FENDA ele deverá também registrar esses padrões de interferência.
> Cabe as perguntas:
> (a) registra-se padrões de interferência na região anterior ao anteparo que contém as fendas?
>
> anterior | posterior
> >>>fonte>>>>>>|
> |
> (fendas)

Oi Léo,

sinceramente não entendi o problema por vc proposto. Onde há outras
fendas? O anteparo tem de ser colocado após as duas fendas e não vejo
como poder-se-ia executar a experiência de outra maneira.
Bem, não entendi mesmo se vc puder explicar de outra maneira em outra
mensagem eu agradeço e, eventualmente, dou meus palpites.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: matéria escura
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/03/2001 03:08

Oi,

dois resultados muito importantes na astrofísica começam a pôr em xeque
a idéia de matéria escura não bariônica, ou seja, matéria escura formada
por partículas exóticas (bárions são partículas compostas por quarks,
entre elas estão os nêutrons e os prótons. O elétron é um lépton). A
matéria escura bariônica seria, basicamente, formada por objetos
astrofísicos normais cuja luz emitida seria indetectável, os padrões
são: buracos negros, anãs brancas, estrelas de nêutrons, júpiters.

No primeiro dos artigos a que me refiro é mostrado uma análise dos
dados detectados pelo Boomerang onde se diz que o pico de densidade
associado teoricamente à matéria escura é muito pequeno (dentro da
possibilidade de ruído). Seria esperado, pelas teorias que dizem que 90%
da matéria no universo é escura e não bariônica, um pico bem maior. O
artigo pode ser obtido em vários formatos (latex, pdf ou postscript) no
end:
http://xxx.if.usp.br/abs/astro-ph/0008188

O outro, que acabou de ser publicado na Science cujo acesso é restrito,
diz que foram observadas anãs-brancas frias e proporcionalmente pesadas
(o Sol acabará como uma anã-branca e estas têm em média 8 vezes a sua
massa). Estas seriam responsáveis por uma fração da massa não luminosa
presente na via láctea. O autor diz que até 35% da massa escura pode ser
formada por esse tipo de anã branca apesar de que o que foi observado
garante 3%. Uma resenha do artigo pode ser obtida em:

http://www.newscientist.com/dailynews/news.jsp?id=ns9999550

Interessante notar que os físicos pela falta de adequação das contas
teóricas com a observação começaram a inventar uma série de partículas
exóticas para explicar a matéria escura, entretanto ela pode ser formada
por astros "normais" distribuídos de uma maneira desconhecida.
Se tivessem estudado melhor o problema de 3 corpos de Poincaré saberiam
que teorias simples (no caso gravitação newtoniana) podem implicar em
configurações altamente imprevisíveis.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Reflexoes dominicais sobre etica e ciencia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/03/2001 10:27

Reflexões dominicais sobre ética e ciência
Marcelo Gleiser
especial para a Folha , 25 de março de 2001

A ciência precisa de liberdade para progredir. É difícil imaginar que
idéias possam fluir em uma realidade cheia de obstáculos morais e
censuras legislativas. A ciência, aqui, não difere de cultura em geral:
é difícil também imaginar que a produtividade cultural possa sobreviver
apenas clandestinamente, se bem que esse foi e é o caso em ditaduras
militares ou religiosas. A censura e a rigidez moral castram a
criatividade, mas não conseguem destruí-la.

Por outro lado, se a ciência serve à sociedade, ela deve prestar contas
ao cidadão. Afinal, ao menos em pesquisa mais básica, quem paga a conta
são os governos, a partir da coleta de impostos. E, como quem paga os
impostos é o cidadão, a produtividade científica é financiada, em grande
parte, pela sociedade.

Claro, existe também a pesquisa financiada diretamente pela indústria,
com fins lucrativos. Ou a pesquisa financiada pelo governo com fins
militares. Com o desenvolvimento acelerado da tecnologia nos últimos 20
anos, essas linhas divisórias têm se tornado cada vez mais invisíveis.
Um físico desenvolvendo um novo tipo de liga metálica pode estar
interessado em suas propriedades a baixíssimas temperaturas (a ciência
básica, pois baixas temperaturas não são viáveis comercialmente), ou na
sua utilização na construção civil (a ciência aplicada), ou na sua
utilização em mísseis intercontinentais (a ciência bélica). A liga
metálica é a mesma, mas ela pode servir a propósitos completamente
distintos.

Aqui surge um dilema para o cientista: até que ponto sua obrigação
profissional deve interferir em sua atividade criativa? Será que o
físico trabalhando em uma universidade, sabendo que sua nova liga
metálica pode ser usada em mísseis, deve divulgar seus resultados?

Para citar um exemplo histórico, Leonardo da Vinci construiu várias
armas de guerra para o seu patrono. Mas ele recusou-se a divulgar seus
planos para a construção de um submarino, pois sabia que seu uso, aliado
à perversidade do homem, provocaria mortes horrendas sob as águas. Da
Vinci não queria ter seu nome associado a tal máquina de destruição.
Hoje, apenas um submarino da Marinha norte-americana é capaz de carregar
24 mísseis nucleares de alcance intercontinental, suficientes para
destruir uma boa fração da vida na Terra.

A lição dessa história é clara: nenhuma invenção permanecerá "escondida"
por muito tempo. Alguém acabará por redescobri-la mais cedo ou mais
tarde. Os norte-americanos ficaram completamente boquiabertos quando os
soviéticos detonaram uma bomba atômica logo após o fim da Segunda
Guerra, seguida de uma bomba de hidrogênio.

O Projeto Genoma, envolvendo centenas de cientistas espalhados pelo
mundo, compete com laboratórios privados na corrida pelo mapeamento do
genoma humano. A biotecnologia levanta uma série de novos desafios
éticos, questões que a sociedade precisa confrontar. Este mês, um trio
de médicos anunciou em Roma que a clonagem de humanos é uma questão de
tempo. E não muito. Várias pessoas têm uma verdadeira aversão à idéia de
que será possível construirmos cópias exatas de um ser humano. Mais
ainda, com a manipulação direta do gene, será também possível
"encomendar" uma pessoa, como encomendamos um terno no alfaiate. Essa
cor de olhos, essa altura, essa cor de pele, um bom atleta, Q.I. alto.

A primeira reação é: "Mas que absurdo! Isso deve ser proibido!" Mas essa
reação é inútil. Porque a pesquisa irá continuar, proibida ou não, do
mesmo modo que jornalistas, músicos e cineastas continuam a trabalhar
sob regimes de ditadura.

Países irão adotar políticas diferentes, alguns mais liberais do que
outros.
Veja o exemplo recente do Reino Unido, autorizando a pesquisa que usa
embriões para buscar a cura de várias doenças. Portanto, fora
laboratórios clandestinos, os cientistas podem sempre emigrar para
países mais liberais. É fácil criticar os cientistas pela sua
"ganância", por esse apetite de querer sempre ir em frente. Mas essa é
justamente a força da ciência. Sem essa curiosidade, ela entra em
estagnação.

O que a sociedade deve exigir dos cientistas é um compromisso moral com
a verdade, um franco diálogo em que as repercussões das pesquisas são
discutidas abertamente. É hipócrita culpar o inventor da pólvora pela
morte de todas as pessoas em guerras. Somos nós que vamos à guerra,
nossos governos, nossos soldados, nossos cientistas.

Marcelo Gleiser é professor de física teórica do Dartmouth College, em
Hanover (EUA), e autor do livro "A Dança do Universo"




SUBJECT: Novas descobertas ameacam futuro da clonagem
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/03/2001 10:36

Novas descobertas ameaçam futuro da clonagem
GINA KOLATA - The New York Times, March 25, 2001

Quatro anos depois de os pesquisadores escoceses terem assombrado o
mundo, ao anunciar que haviam clonado uma ovelha chamada Dolly,
cientistas afirmam que há evidências crescentes de que a criação de
animais saudáveis através da clonagem é algo mais difícil do que se
havia imaginado.

Segundo eles, os clones produzidos até o momento muitas vezes têm
problemas suficientemente graves para fazer com que se pense duas vezes
antes de se considerar aa clonagem de um ser humano. Esses problemas
incluem atraso no desenvolvimento do organismo, defeitos cardíacos,
problemas pulmonares e disfunções do sistema imunológico. Em um exemplo,
que parece ter saído de uma estória de ficção científica, alguns ratos
clonados, que pareciam ser inteiramente normais, de repente, ao se
tornarem adultos jovens, ficaram grotescamente obesos.

Não é que um fator em particular saia errado, ou que um aspecto
específico do desenvolvimento apresente problemas, segundo os
cientistas. Ao contrário, de acordo com o depoimento de especialistas
proeminentes em clonagem e de biólogos do desenvolvimento orgânico, o
processo de clonagem parece criar erros aleatórios na expressão de genes
individuais. Esses erros podem gerar um número indeterminado de
problemas imprevisíveis, em qualquer estágio da vida.

Antes da estréia de Dolly, em 1997, os cientistas pensavam que os
mamíferos não poderiam ser clonados. Mas, atualmente, já foram clonados
não só ovelhas, mas também ratos, vacas, porcos e cabras. No caso dos
ratos, os pesquisadores chegaram a fazer clones de clones, em uma
seqüência que chega a até seis gerações.

Dolly, o primeiro clone, atingiu confortavelmente a idade adulta. E dois
especialistas em infertilidade anunciaram recentemente que desejam
clonar seres humanos.

Os receios iniciais com relação aos clones - por exemplo, a
possibilidade de que eles pudessem envelhecer rapidamente ou que viessem
a sofrer de câncer - mostraram ser infundados, segundo os cientistas.
Mas, conforme os pesquisadores foram acumulando mais experiência na
área, e tentaram descobrir porque as tentativas tantas vezes terminam em
fracassos, surgiram novas dúvidas sobre a segurança do processo. Menos
de 3% de todas as tentativas de clonagem resultam em sucesso.

No processo de clonagem, os cientistas inserem a célula de um organismo
adulto em uma célula-ovo que teve o seu material genético removido. A
partir daí, o ovo reprograma os genes da célula adulta, de forma que
eles se preparem para dirigir o desenvolvimento de um embrião, a seguir
de um feto e, depois, de um recém-nascido, que é geneticamente idêntico
ao adulto cuja célula foi utilizada para iniciar o processo. Ninguém
sabe como a célula-ovo reprograma os genes da célula adulta, mas é aí
que, segundo os cientistas, reside a fonte das potenciais calamidades
que podem ser causadas pela clonagem.

Segundo eles, o problema parece ser que o óvulo tem que realizar em
minutos ou horas uma tarefa que, normalmente, levaria meses ou anos.
Durantes os meses que o espermatozóide leva para amadurecer, os seus
genes são reprogramados. O mesmo acontece com os óvulos, que, durante
anos amadurecem lentamente nos ovários. E essa reprogramação tem que ser
perfeita, dizem os cientistas, caso contrário os genes individuais podem
gerar problemas para o indivíduo, durante qualquer período do seu
desenvolvimento, ou no decorrer da vida.

"No processo de clonagem, exige-se que um óvulo faça a reprogramação em
minutos ou, no máximo, em horas", diz Rudolph Jaenisch, professor de
biologia do Instituto Whitehead, do Instituto de Tecnologia de
Massachusetts. "É aí que reside o problema", diz ele.

Para os cientistas, toda a evidência colhida até o momento indica que o
processo de reprogramação, extremamente rápido, durante a clonagem, pode
introduzir erros aleatórios no DNA do clone, alterando sutilmente os
genes individuais, com conseqüências que podem impedir o desenvolvimento
do embrião ou do feto, matando o clone. Ou então as alterações genéticas
podem ser fatais logo após o nascimento ou levar a graves problemas
médicos no decorrer da vida.

Alguns cientistas sentem calafrios ao pensar no que poderia acontecer,
caso seres humanos fossem clonados com a atual tecnologia. Embora a
polêmica sobre o aspecto ético da clonagem humana tenha dominado a
discussão, esses cientistas dizem que o problema real está na
probabilidade de que os clones tenham anomalias genéticas que poderiam
ser imediatamente fatais. Ou, então, sutis, mas devastadoras. Segundo
eles, até que se resolva esse problema, a clonagem humana estará fora de
cogitação.

"Isso seria moralmente indefensável", diz Brigid Hogan, professora de
biologia celular do Centro Médico da Universidade Vanderbilt, em
Nashville, no Tennessee, e pesquisadora do Instituto Médico Howard
Hughes.

"Seria uma atitude apressada e irresponsável", afirma Jaenisch. "O que
fazer com seres humanos que nascem com a metade de um rim ou destituídos
de um sistema imunológico?", questiona. "E o que dizer da possibilidade
real de se gerar uma criança que pareça normal, mas cujos genes,
encarregados do desenvolvimento neurológico, não funcionem
corretamente?".

Os cientistas afirmam se deparar com fenômenos, que parecem ser
problemas genéticos, toda vez que tentam realizar uma clonagem.

Por exemplo, alguns clones de rato ficam obesos. Em certos casos,
monstruosamente obesos, ainda que recebam exatamente a mesma quantidade
de comida que outros ratos aparentemente idênticos, mas que não são
produto de clonagem. Os ratos gordos se desenvolvem bem até uma idade
que seria equivalente aos trinta anos de um ser humano. A partir daí o
seu peso começa a aumentar velozmente, afirma Ryuzo Yanagimachi,
pesquisador da Universidade do Havaí, que foi o primeiro a clonar esses
animais, e que tem estudado neles as conseqüências da clonagem.

Os ratos clonados também tendem a apresentar anomalias de
desenvolvimento, levando mais tempo para atingir etapas como a abertura
dos olhos e a movimentação das orelhas, segundo descobriu Yanagimachi.

Os clones de vacas nascem, muitas vezes, com corações hipertrofiados ou
com pulmões mal desenvolvidos, diz Mark E. Westhusin, especialista em
clonagem da Universidade A&M do Texas, em College Station. A própria
Dolly, embora aparentemente saudável, ficou gorda e teve que ser
separada das outras ovelhas e fazer dieta. Mas é difícil de se
interpretar esse episódio, já que é complicado chegar a conclusões sobre
a predisposição à obesidade em um animal.

Os efeitos genéticos parecem geralmente ser fatais no início da vida,
segundo os pesquisadores. No caso dos bovinos, por exemplo, de 100
tentativas de se criar um clone, geralmente se consegue um único bezerro
vivo, diz Westhusin.

Já a clonagem de ratos é mais eficiente, de acordo com Yanagimachi. Mas,
mesmo nesse caso, apenas entre 2% e 3% das tentativas resultam em
sucesso.

"Os embriões de clones apresentam sérios problemas genéticos e de
desenvolvimento", afirma Yanagimachi, que geralmente os elimina antes do
nascimento. Logo após o nascimento, diz o pesquisador, mais animais
morrem, geralmente devido a problemas pulmonares. Ele afirma que as
linhagens puras são bem mais difíceis de serem clonadas do que as
híbridas. E isso, segundo ele, faz sentido, já que as linhagens puras
apresentam muito menos diversidade genética e, portanto, menos
oportunidade de contornar os erros genéticos do que os animas híbridos.

Westhusin diz que, quando pensa sobre aquilo que acontece na clonagem,
acha que "é surpreendente que essa técnica chegue a funcionar".

Os cientistas sabem que toda célula do corpo possui os mesmos genes, e,
portanto, teoricamente, todas as instruções para fazer uma nova cópia de
um indivíduo adulto estão presentes em todas as células. Mas a maior
parte dos genes de células adultas, como as células da pele, os
neurônios, ou células de fígado, está inativa. É por esse motivo que
essas células, que atingiram o seu estágio final de desenvolvimento,
nunca mudam. Uma célula da pele não se transforma em uma do coração. Um
neurônio não vira uma célula do fígado. E ninguém esperava que uma
célula-ovo pudesse reprogramar uma célula adulta, de alguma forma
desnudando os genes das suas máscaras químicas.

Jaenisch e Westhusin afirmam que, a partir de experiências preliminares
com biologia molecular, eles passaram a ver confirmadas as suas crenças
de que a reprogramação poderia resultar em fracassos. Eles estão
examinando padrões moleculares de expressão genética em embriões criados
pela clonagem, e comparando-os com os padrões criados pela fertilização
normal. Até o momento, os resultados são consistentes com a sua hipótese
de que a reprogramação pode resultar em erros aleatórios em quase todos
os genes.

Mas os cientistas afirmam que todas as espécies são diferentes, e é
possível que seja mais fácil e seguro clonar seres humanos do que outras
espécies.

Óvulos de ratos são frágeis, segundo Jaenisch, o que pode complicar a
tentativa de clonagem. As soluções químicas utilizadas para banhar os
embriões de vacas enquanto eles se desenvolvem em laboratório parecem
criar uma síndrome de animais grandes, resultando em placentas e animais
avolumados, que muitas vezes morrem antes do nascimento. Mas as clínicas
de fertilização que fazem a fecundação in-vitro possuem grande
experiência em desenvolver embriões humanos no laboratório e
aperfeiçoaram o método.

Alguns cientistas, como Richard Rawlins, que dirige o laboratório de
fertilização in vitro do Sistema de Saúde Rush, em Chicago, afirmam que
é só uma questão de tempo até que alguém anuncie a clonagem de um ser
humano. "Na minha opinião", diz Rawlins, "tudo do que se necessita é de
tempo, dinheiro e talento".

Para Rawlins, a única questão é saber quem fará primeiro a clonagem.
Podem ser os dois especialistas em fertilidade que anunciaram
recentemente que desejam clonar um ser humano, Panayiotis Zavos, do
Instituto de Andrologia, em Lexington, Kentucky, e Severino Antinori,
médico de fertilidade de Roma. Ou pode ser alguém relativamente
desconhecido.

Os cientistas acadêmicos dizem que não ousariam pensar em clonar um ser
humano no momento. A própria experiência poderia ser tão controversa que
faria daqueles que a realizassem verdadeiros párias científicos, na
opinião de Alan H. DeCherney, diretor do departamento de obstetrícia e
ginecologia da Universidade da Califórnia em Los Angeles. "Quem fizer
isso poderá arruinar a própria carreira", diz ele.

Enquanto isso, o Subcomitê Parlamentar de Investigação sobre Energia e
Comércio vai realizar audiências sobre clonagem na próxima quarta-feira,
e ouvirá uma lista de indivíduos que inclui especialistas em ética,
cientistas, além de Zavos e outros que pretendem clonar seres humanos.
Tradução: Danilo Fonseca






SUBJECT: Clones:Brasil tambem ja domina a tecnica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/03/2001 10:39

Brasil também já domina a técnica



DA REDAÇÃO , Folha de São Paulo, 26 de março de 2001


Vitória, o clone apresentado quarta-feira passada pela Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), nasceu sadia. Seu peso,
50 kg, foi considerado normal, só 2 kg abaixo do usual.

Isso provavelmente se deve à técnica utilizada para clonar a bezerra,
com uma diferença crucial em relação à empregada para produzir Dolly:
Vitória não foi clonada da célula de um adulto, mas sim de material
proveniente de um embrião.

Não existe, portanto, um animal adulto do qual Vitória seria cópia quase
idêntica. Nunca chegou a nascer o embrião cuja célula foi separada e
fundida com o óvulo desnucleado de outra vaca.

Células embrionárias têm uma vantagem sobre células adultas, na hora da
clonagem -são, por assim dizer, geneticamente ingênuas. Como ainda não
foram muito diferenciadas, ou seja, não se tornaram células
especializadas de órgãos determinados, seus genes ainda se encontram
disponíveis para muitas possibilidades de desenvolvimento no organismo.
Para a pesquisa agropecuária brasileira, o nascimento de Vitória é um
marco. Nos Estados Unidos, contudo, a técnica já se encaminha para
tornar-se rotina de mercado, segundo reportagem de ontem no jornal
norte-americano "The Washington Post".

Clones de matrizes de alta qualidade estão sendo comercializados em
feiras agropecuárias. Mandy, uma leiteira Holstein avaliada em US$ 120
mil, já "produz" clones -que vão nascer só em setembro- a US$ 82 mil por
cabeça.




SUBJECT: O corpo molecular
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, despertar <despertar@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>, fflch <fflch@egroups.com>, filosofia <filosofia@yahoogroups.com>, ifusp <ifusp-ex-alunos@egroups.com>, movimento-filo <movimento-filo@egroups.com>, scientia_una <scientia_una@egroups.com>
DATE: 26/03/2001 10:46



O corpo molecular

Decifração do genoma humano, realizada no ano passado, muda para sempre

a biologia e traz novas percepções dos enigmas filosóficos, como o
livre-arbítrio
por Matt Ridley – Folha de São Paulo - 25 de março de 2001

Imagine que um dia pouse na Terra uma nave espacial carregando 1 milhão

de pedaços de papel, cada qual portando trechos de uma escrita
desconhecida. Os melhores cérebros do mundo são encarregados de
decifrar
o código, o que demora cerca de dez anos.....
................

Artigo completo:
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/208

[]s
jocax





SUBJECT: Re:Re: [ciencialist] Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/03/2001 12:58

Ol Manuel e pessoal,

>Manuel Bulco - Uma lembrana a representao mental (uma imagem psquica,
(.....)
>uma vez que vivemos em meio a uma intrincada rede de significantes, estamos
>constantemente nos deparando com coisas que, de uma maneira ou de outra,
>'lembram' acontecimentos que, por serem traumticos, no desejamos recordar.
>Por isso, tal como ocorre na represso de uma pulso ertica ou agressiva, o
>recalque de uma imagem mental desagradvel tambm exige do indivduo um
>esforo permanente, um contnuo dispndio de energia, um incessante estado de
>tenso e de ansiedade que,

Exige esforo constante?
(1) No o que parece dizer o experimento em questo;
(2) No vejo uma razo biolgica ou evolutiva para tal.

dependendo do grau de intensidade (o que, por sua
>vez, est relacionado com a gravidade do choque ou trauma decorrente do
>acontecimento passado), pode ser ou no qualificado como uma neurose.
>Lembre-se do distrbio de estresse ps-traumtico, um gnero de sndrome
>psicolgica do qual a 'neurose' de guerra espcie.

Agora voc est falando de outro nvel de trauma, traumas profundos e e de longa durao, que possivelmente deixam sequelas neurolgicas. Uma criana que foi repetidamente espancada na infncia, ou uma vtima de guerra, podem sofrer futuramente no por causa de lembranas do trauma, mas sim por efeito direto do prprio trauma no crebro. Muhamed Ali no est doente por causa da lembrana dos socos que tomou, mas por causa dos prprios socos! Entendo que a "sndrome do estresse ps-traumtico" pode ser atribuda a um dano cerebral causado pelo trauma. Por dano cerebral quero dizer no apenas a sequela de um golpe violento e imediato, mas tambm as sequelas de desenvolvimento neurologico que uma violencia "moderada" e constante pode acarretar.


>
>Talvez exista uma correlao intrnseca e necessria entre o inconsciente
>psicanaltico, o mecanismo da represso e a faculdade mental de abstrair,
>generalizar e substituir coisas por smbolos.
>
>Mas, afinal, por que as lembranas muito desagradveis so apenas
>'bloqueadas' (retiradas da conscincia, porm mantidas na memria remota) e
>no simplesmente 'apagadas'? Por que as conexes neurais responsveis por
>essas lembranas simplesmente no se desfazem?

Como a Sheila observou, existe interesse biolgico na preservao parcial da memria, no da sensao de sofrimento e dor, mas pelo menos da identificao da ameaa e/ou do agressor, para da prxima vez a vtima possa reagir ou fugir.

>Bem, talvez isso se deva a um
>possvel carter 'ambivalente' de tais lembranas; ou seja, essas imagens
>psquicas suscitam ao mesmo tempo averso e desejo intensos.

Isso especulao braba! Ser que a lembrana de um campo de concentrao causa desejo intenso? Ser que a bomba que caiu na minha casa e matou meus filhos e minha esposa e me deixou aleijado causa desejo intenso, por isso no consigo esquecer? (Na verdade, parece que muitos sobreviventes de campo de concentrao no querem realmente esquecer o que aconteceu - por uma questo de tica, de respeito para com os que morreram, e para evitar que tragdia caia no esquecimento e possa se repetir novamente. Mas esta foi a tragdia de um povo, e no uma s pessoa, e existe um sentido herico em manter viva a lembrana, o que no existe no caso de um trauma pessoal)



Lembre-se de que
>existem desejos 'necrfilos' e 'masoquistas' de auto-aniquilao e de dor;
>que muitas vezes o extremamente feio, de to hediondo que acaba por
>tornar-se 'sublime', isto , em objeto de apreciao esttica;

Para uma porcentagem da populao, mas no para todos.


que a
>reproduo do grupo ou da sociedade amide exige um enorme poder de
>sacrifcio por parte dos indivduos, sobretudo quando o eixo da sociedade so
>relaes de dominao e de explorao, o que confere a esses estranhos
>desejos um sentido adaptativo.

Voc diz sacrifcio atravs do trabalho? Isso tipicamente latino-americano, ou de sociedades com tradio escravocrata em geral - a associao entre trabalho e sofrimento. Essa uma das piores heranas que o regime escravocrata deixou, para negros e brancos tambm. Como disse o Chico Buarque: "Vai te estragar, vai te enforcar, vai trabalhar..." mas eu prefiro Raimundo Fagner: "Sem o seu trabalho, um homem no tem honra, sem a sua honra, se morre, se mata..." :-) Mas no vamos extrapolar essa discusso para a poltica, por favor, sob risco de sermos defenestrados do grupo!



>Andr Batista - Na verdade, provavelmente o que ocorre exatamente o oposto:
>O "esquecimento" voluntrio de memrias traumticas ou angustiantes pode ser
>uma adaptao e um recurso extremamente til para a manuteno do equilbrio
>psicolgico.
>
>Esses equvocos, essas interpretaes distorcidas de acontecimentos so
>comuns, mormente na infncia, pois a criana no est preparada para
>compreender ou suportar certas situaes.

Um pequeno depoimento pessoal. Em junho do ano passado minha filha de 2 anos foi internada com uma doena rara, a "sndrome de kawasaki". em dez dias de hospital, ela sofreu continuamente, primeiro com a doena, que causa um inchao generalizado, febre alta, descamao das mos e mucosas, depois com o tratamento, que exige aplicao constante de soro, diversas coletas de sangue, que eram extremamente difceis e doloridas devido ao inchao generalizado. Imaginei que talvez depois daquele sofrimento talvez ela no voltasse a ser a menina alegre de antes, ou talvez precisasse de algum tratamento psicolgico. Porm dois dias aps a alta ela estava fazendo baguna em casa, como se nada tivesse ocorrido. Foi como se a lembrana daqueles dias tivesse "evaporado" de sua mente. Esses dias ela foi fazer um exame de rotina, com coleta de sangue, e no chorou nem mostrou medo. Tudo parece indicar que a lembrana do sofrimento no hospital desapareceu.



Ademais, a criana tem um
>pensamento mgico, isto , ela confunde com freqncia a coisa com o signo, o
>significado com o significante, alm do que os significantes so em geral
>polissmicos, ou seja, apresentam vrias significaes diferentes, o que pode
>gerar confuso.
>
>O mtodo psicanaltico eficaz para curar esse tipo de neurose porque, nas
>palavras do antroplogo vietnamita Trn Duc Thao, 'a doena em questo,
>consistindo no desenvolvimento exagerado de uma distoro semntica, pode
>definir-se como uma doena da linguagem, o que implica a possibilidade de um
>tratamento pela prpria linguagem.''

Tran Duc Thao disse, mas provou? Como eu fao para diagnosticar que estou com uma distoro semntica?

Recentemente vieram a tona nos Estados Unidos diversos casos de pacientes de psicoterapias que acusaram injustamente pais e outros parentes de abuso sexual na infncia, o que causou inclusive diversos processos judiciais. Aps investigaes, descobriu-se que muitas acusaes partiram de lembranas falsas ou induzidas pelo psicoterapeuta. preciso ter muito cuidado nesse tipo de tratamento. Quando no h base cientfica, eu prefiro ser conservador.

abraos,

Andr Baptista



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:fisica quantica
FROM: holanda-lb@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/03/2001 13:26

"Luiz Ferraz Netto"

Admitamos que na experiência da fenda dupla o elétron exiba
comportamento puramente ondulatório, ou seja, frentes de onda chegam
ás fendas.

"Leandro"
Aqui tem um problema. Seguindo análise de vários experimentos
vê-se que o elétron não poderia ter um comportamento puramente
ondulatório. Essa experiência, então, torna-se hipotética demais ao
ponto de que ela não é realizável.
Se o feixe disparar apenas um elétron por vez, não aparecerá a
figura de interferência. O elétron marcará o anteparo com um pequeno
borrão localizado e não o espectro de interferência. É claro que, se
deixar um tempo de exposição suficiente, cada elétron fará uma marca
que na soma, dará a figura de interferência.

"Luiz Ferraz Netto"
Ao chegarem, vamos recorrer á teoria de Huyghens para propor
que cada ponto da frente de onda que atinja a fenda passe a funcionar
como fonte de novas ondinhas (de mesma características das ondas
originais) e, são essas ondinhas que justificam a difração na fenda e
sejam responsáveis pelos padrões de interferência na tela sensível
(provavelmente recoberta com platino cianeto de bário).
Ora, admitindo-se isso, deveríamos ter ondinhas TAMBÉM na
região anterior do anteparo onde existem as fendas (lado da fenda por
onde chegam as ondas originais) e, conseqüentemente, se o detetor for
colocado ANTES DA FENDA deverá também registrar esses padrões de
interferência.

"Leandro"
Não vejo o porquê disso. Antes da fenda temos ondas planas e
são as fendas que modificam a onda permitindo que o padrão de
interferência se forme. É como você dissesse que, por um lado existe
um efeito posterior a uma causa, mas a causa poderia vir depois do
efeito também!
Se você der uma olhada no princípio de Huygens, verá que nele
mesmo não afirma tal coisa!

"Luiz Ferraz Netto"

Cabe as perguntas:

(a) registra-se padrões de interferência na região anterior ao
anteparo que contém as fendas?

anterior | posterior
>>>fonte>>>>>>|
|
(fendas)

"Leandro"
Não.


"Luiz Ferraz Netto"
(b) se tais ondinhas não ocorrem, para justificar os padrões,
como explicá-los (os padrões) na hipótese de elétron-partícula?

"Leandro"
Ou quer dizer partícula-onda?
Se você ficou surpreso com o resultado você não é o único.
Realmente, as leis que governam os comportamentos das partículas fogem
ao senso comum.

"Luiz Ferraz Netto"
(c) se a colocação inicial das ondinhas de Huyghens é
verdadeira (e isso justificaria plenamente o problema das fendas)
porque não há padrões de interferência do tipo dos observados, por
exemplo, com o método de Young?

"Leandro"
Quando se realiza o experimento que você propôs com um único
elétron, a figura de interferência não aparece.
O princípio de Huygens não prevê de forma alguma que ANTES de
a onda passar pelo obstáculo com fendas ela já deveria sofrer processo
de interferência: se tirar o obstárculo com fendas e deixar apenas o
anteparo, o que se vê é que qualquer ponto dele poderia ser atingido
não formando a figura de interferência.

Abraços
Leandro.




SUBJECT: Psiquiatria x psicologia x terapia de vidas passadas
FROM: "Fernando Lage Bastos" <lage@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
CC: <ricardo@samnet.com.br>
DATE: 26/03/2001 19:11

Oi Ricardo!

Este Brian Weiss é o rei dos chalatães modernos na área de saúde mental, com
direto à marketing profissional, livros e um título de PhD (sabe-se lá em
que, e tirado aonde). Foi ele que conseguiu com que esta história de
Terapias de Vidas Passadas ficasse tão popular.

Em relação à delimitação entre psiquiatria e psicologia, a situação hoje é
bem mais confusa do que já foi há um tempo atrás. Oficialmente a Psicologia
é o estudo do comportamento, e a Psiquiatria, o estudo da doença mental
feito pela medicina. No fim das contas, tanto psicólogos quanto psiquiatras
acabam atendendo quase o mesmo tipo de paciente e como acontece com
praticamente tudo que lida com o comportamento e saúde mental não há um
consenso. Eu por exemplo, faço psicologia, sou cético, agnóstico, e só me
convenço que algo funciona quando há uma boa dose de evidência científica
por trás (aliás por isto vou trabalhar com neuropsicologia e psicologia
comportamental e não com outras áreas). No meu curso existem psiquiatras
dando aula que explicam tudo baseados em teorias sem fundamentação
científica, assim como psicólogos que só abrem a boca com uma referência
para bancar o que dizem.

Eu entendo o sua impressão que deveriam haver mais psiquiatras céticos do
que psicólogos, afinal o psiquiatra receberia uma formação mais "científica"
, porém, na prática esta diferença não se mostra tão clara. Até mesmo quando
se trata de regulamentação, a coisa é bem complicada. Tanto o CFM, como o
CFP (Psicologia), proibiram os seus membros de anunciar tratamentos
"alternativos" junto com o registro do CRM ou CRP (o cara pode até ler
tarot, mas não pode dizer que é psicólogo ou médico especializado na área).
Eu não sei como andam as coisas no CFM, mas o CFP proibiu os seus
profissionais de cobrarem por qualquer tratamento "alternativo", que segundo
a portaria deles, deveria ser tratado como "tratamento experimental", com o
consentimento do paciente e sem a cobrança de honorários. Nem preciso dizer
que o interesse por terpias alternativas caiu muito desde então.

Se você olhar a situação de um ponto de vista neutro, vai perceber que
existe muita política envolvida, pois a TVP não tem nenhuma comprovação
científica séria, porém grande parte das linhas de psicoterapia
regulamentadas pelo CFP também não. A diferença está na política envolvida,
pois a TVP chegou muito depois de outras e foi barrada logo de cara. Quem
chegou mais cedo na festa não teve o mesmo destino.

Qualquer dúvida adicional me avise,

Até mais,

Fernando (lage@uol.com.br)




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:fisica quantica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/03/2001 21:21


"Luiz Ferraz Netto"

Admitamos que na experiência da fenda dupla o elétron exiba
comportamento puramente ondulatório, ou seja, frentes de onda chegam
ás fendas.

"Leandro"
Aqui tem um problema. Seguindo análise de vários experimentos
vê-se que o elétron não poderia ter um comportamento puramente
ondulatório. Essa experiência, então, torna-se hipotética demais ao
ponto de que ela não é realizável.
Se o feixe disparar apenas um elétron por vez, não aparecerá a
figura de interferência. O elétron marcará o anteparo com um pequeno
borrão localizado e não o espectro de interferência. É claro que, se
deixar um tempo de exposição suficiente, cada elétron fará uma marca
que na soma, dará a figura de interferência.

>> Não entendo como um conjunto randômico de borrões pode ser identificado como uma figura de interferência.

"Luiz Ferraz Netto"
Ao chegarem, vamos recorrer á teoria de Huyghens para propor
que cada ponto da frente de onda que atinja a fenda passe a funcionar
como fonte de novas ondinhas (de mesma características das ondas
originais) e, são essas ondinhas que justificam a difração na fenda e
sejam responsáveis pelos padrões de interferência na tela sensível
(provavelmente recoberta com platino cianeto de bário).
Ora, admitindo-se isso, deveríamos ter ondinhas TAMBÉM na
região anterior do anteparo onde existem as fendas (lado da fenda por
onde chegam as ondas originais) e, conseqüentemente, se o detetor for
colocado ANTES DA FENDA deverá também registrar esses padrões de
interferência.

"Leandro"
Não vejo o porquê disso. Antes da fenda temos ondas planas e
são as fendas que modificam a onda permitindo que o padrão de
interferência se forme.

>>> Como tais fendas modificam essas ondas?<<<
>>> Se antes das fendas existem ondas planas é porque o feixe de elétrons está se comportando como um trem de ondas planas e, para que tais ondas difratem-se nas fendas e venham a formar padrões de interferência só encontro a hipótese de Huyghens para justificar isso!<<<


É como você dissesse que, por um lado existe
um efeito posterior a uma causa, mas a causa poderia vir depois do
efeito também!
Se você der uma olhada no princípio de Huygens, verá que nele
mesmo não afirma tal coisa!

>>>Não, não disse isso, recordemos: na hipótese de Huyghens cada ponto da frente de onda que chega a uma das fendas comporta-se como um novo centro emissor de ondas (causa); essas ondinhas provenientes das duas fendas (dois novos centros emissores) propagam-se e chegam ao anteparo produzindo os padrões de interferência (efeito). O que coloquei como pergunta é se tais ondinhas provenientes das fendas (causa) também poderiam se propagar para trás e produzir tb, em outro anteparo, outros padrões de interferência (efeito).
A causa é uma só (novas ondinhas produzidas nas fendas) e os efeitos (posteriores á causa) são dois (um padrão de interferência em cada anteparo - um na frente e outro atrás da fenda, em lugar adequado para não atrapalhar o trem de ondas original)<<<


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Léo
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SUBJECT: Re:fisica quantica
FROM: holanda-lb@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/03/2001 00:20

"Luiz Ferraz Netto"

Admitamos que na experiência da fenda dupla o elétron exiba
comportamento puramente ondulatório, ou seja, frentes de onda chegam
ás fendas.

"Leandro"
Aqui tem um problema. Seguindo análise de vários experimentos
vê-se que o elétron não poderia ter um comportamento puramente
ondulatório. Essa experiência, então, torna-se hipotética demais ao
ponto de que ela não é realizável.
Se o feixe disparar apenas um elétron por vez, não aparecerá a
figura de interferência. O elétron marcará o anteparo com um pequeno
borrão localizado e não o espectro de interferência. É claro que, se
deixar um tempo de exposição suficiente, cada elétron fará uma marca
que na soma, dará a figura de interferência.

"Luiz Ferraz Netto"
>> Não entendo como um conjunto randômico de borrões pode ser
identificado como uma figura de interferência.

"Leandro"
Se isso lhe parecer estranho, pense no lançamento de um dado
honesto. Cada face possui 1/6 de chance de ser obtida. Isso não
significa que após lançarmos 6 vezes seguidas o dado obteremos cada
face uma vez. Mas após um número grande de jogadas, o número de vezes
que sairam cada uma das faces será aproximadamente igual. Viu como
mesmo sendo as faces obtidas de forma randômica (de modo que não há
uma sequência bem definida nem privilegiada) forma uma figura regular?
Ainda que estejamos falando de estatística quântica para os elétrons e
clássicas para os dados, a analogia penso ser boa.
Pense também na analogia com moedas honestas, onde após um
grande número de lançamentos, aproximadamente metade daria cara e a
outra coroa..
Um conjunto de pontos randômicos, desde que devidamente
marcados, podem formar um espetro de interferência. Pode parecer
estranho que um segmento de reta seja um conjunto de pontos
convenientemente distribuídos. Mas é intuitivo. Não concorda que eu
poderia colocar os pontos de forma randômica, mas devidamente
distribuídos poderiam formar um segmento de retal?
Poderia os pontos serem"colocados" assim
1º 3º 7º 5º 4º 6º 8º 2º 9º
randomicamente certo?
Mas a figura obtida seria:
.........
que é uma figura "regular" (um segmento de reta), certo?
Conseguiu captar?

Abraços,
Leandro.




SUBJECT: Re: fisica quantica
FROM: holanda-lb@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/03/2001 00:33

"Luiz Ferraz Netto"
>>> Como tais fendas modificam essas ondas?<<<
>>> Se antes das fendas existem ondas planas é porque o feixe
de elétrons está se comportando como um trem de ondas planas e, para
que tais ondas difratem-se nas fendas e venham a formar padrões de
interferência só encontro a hipótese de Huyghens para justificar
isso!<<<

"Leandro"
Usando uma interpretação clássica o princípio de Huygens é o
que basta para explicar a experiência de Young.

"Luiz Ferraz Netto"
>>>Não, não disse isso, recordemos: na hipótese de Huyghens
cada ponto da frente de onda que chega a uma das fendas comporta-se
como um novo centro emissor de ondas (causa); essas ondinhas
provenientes das duas fendas (dois novos centros emissores)
propagam-se e chegam ao anteparo produzindo os padrões de
interferência (efeito). O que coloquei como pergunta é se tais
ondinhas provenientes das fendas (causa) também poderiam se propagar
para trás e produzir tb, em outro anteparo, outros padrões de
interferência (efeito).

"Leandro"
Não me lembro de ter feito a experiência que você cita.
Acredito que vá produzir alguma interferência, mas não muita, devido
ao efeito de reflexão das bordas das fendas. Essa é apenas uma
expeculação minha.


Abraços,
Leandro.




SUBJECT: Re:fisica quantica
FROM: holanda-lb@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/03/2001 01:19

> "Luiz Ferraz Netto"
>> Não entendo como um conjunto randômico de borrões pode ser
> identificado como uma figura de interferência.
>
"Leandro"
É ÓBVIO que não é qualquer conjunto randômico de borrões
formaria uma figura de interferência. Poderia formar uma outra figura
(por ex.: um segmento de reta, um quadrado...).Ou poderia formar coisa
nenhuma. Mas, para a experiência de Young com poucos elétrons,
vê-se que o conjunto randômico de borrões forma uma figura de
interferência.

Abraços,
Leandro.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:fisica quantica
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/03/2001 05:48

Em uma mensagem de 26/03/01 21:17:44 Hora padrão leste da Am. Sul, Leandro
escreveu:

> Se o feixe disparar apenas um elétron por vez, não aparecerá a
> figura de interferência. O elétron marcará o anteparo com um pequeno
> borrão localizado e não o espectro de interferência.

Manuel - Mas, neste caso, a detectação do elétron no anteparo pode se dar
numa região em que ele não apareceria caso o elétron, durante o trajeto (da
fonte ao anteparo), se comportasse como uma partícula, e não como onda.

Logo, pode-se inferir que, durante o trajeto, o elétron era onda, e não
partícula.
É claro que se pode afirmar também que o elétron era partícula, sim, mas uma
partícula que se comporta como bumerangue, e não como bolinha de gude; mas
creio que afirmar isso ou algo que o valha é querer complicar ainda mais, é
querer adaptar a observação a esse leito de procusto que é o senso-comum.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Recalques, abusos sexuais, Psicanlise e Homeopatia
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/03/2001 09:49

Prezados amigos da lista:

Não sei até que ponto o Freud foi charlatão ou embusteiro, e
também não quero discutir aqui o título da Psicanálise como a MÃE DAS
PSEUDOCIÊNCIAS, tal como preferem os céticos da linha dura. Mas
continuo afirmando que psicanalistas em sua maioria tem uma grande
predisposição a aceitar aromaterapias, cromoterapias e homeopatias.
Pode ser um fato chato, mas conhecido por todos aqueles que acompanham
as notícias dos descobridores de "provas da reencarnação", "holismo",
etc.
Como terapia não passa de auto-ajuda, onde Hinnes descreveu que
jamais foi provado que a Psicanálise trouxe melhores resultados, no
objetivo que se propõe, do que as outras formas de auto-ajuda
propiciado pela religião, pelas seitas new-age e pelo efeito placebo.

Carl Sagan, em "O Mundo Assombrado pelos Demônios", no capítulo
intitulado "Terapia" (pág. 154):

"Lembranças lúcidas, mas totalmente falsas, podem ser induzidas
com facilidade por algumas dicas e perguntas, sobretudo no ambiente
terapêutico. A memória pode ser contaminada".

"Há um século, Sigmundo Freud instroduziu o conceito de repressão,
o fato de esquecermos certos acontecimentos para eviar a intensa dor
psíquica, como um mecanismo de luta essencial para a saúde mental.
Parecia se manifestar especialmente em paciantes com diagnósticos de
histeria, cujos sintomas incluíam alucinações e paralisia. A
princípio, Freud acreditava que por trás de cada caso de histeria
havia uma lembraça de abuso sexual reprimido na infância. Mas acabou
mudando sua explicação, para afirmar que a histeria é causada por
**fantasias**, nem todas desagradáveis, de ter sofrido abuso sexual
quando criança".

"São muito questionáveis os casos em que a "lembrança" vem à tona
de repente, especialmente com a ajuda de um psicoterapeuta ou
hipnotizador, e em que as primeiras "recordações" tem qualidade
fantasmagórica ou onírica".
"Não me interessa saber se é verdade", replica um terapeuda da
Califórnia".

"Se não conseguimos lidar com a vida, se estamos sobrecarregados
de culpa por não ter desenvolvido nossas potencialidades, não
acolheríamos de bom grado a opinião profissional de um terapeuta, com
um diploma na parede, de que a falha não é nossa, de que nada temos a
ver com o problema, de que satanistas, estupradores ou alienígenas são
os responsáveis? Não estaríamos dispostos a pagar um bom dinheiro por
essa confiança renovada?"
"A Psicanálise não é uma profissão muito autocritica, mas pelo
menos muitos de seus profissionais tem o título de mestre"...
"A maioria dos currículos médicos compreende contato significativo
com métodos e resultados científicos. Mas muitos dos que tratam dos
casos de abuso parecem ter, na melhor das hipóteses, um conhecimento
causal da ciência. "

"A maioria desses terapeutas afirma que sua responsabilidade não é
questionar, ser cético ou levantar dúvidas, mas dar apoio a seus
pacientes. O que quer que seja apresentado, por mais bizarro que
pareça, é aceito".
E dá um exemplo:
"Tirado do boletim da Fundação da Síndrome da Falsa Memória, vol.
4 n. 4, p. 3, 1005):
Meu ex-terapeuta declarou que ainda acredita que meu pai me
molestou. Foi um sistema de crenças enganoso de meu terapeuta, junto
com as técnicas que envolvem sugestão e persuasão, que me levou a
acreditar que as mentiras eram lembranças. Quando duvidei da realidade
das lembranças, ele insistiu que eram verdadeiras. Não apenas insistiu
que eram verdadeiras, ele me informou que se eu quisesse melhorar,
deveria não só aceitá-las como reais, mas também me lembrar de todas
elas".

Conclui:
"Na Ciência, as teorias estão sendo sempre reavaliadas e
confrontadas com novos fatos; se estes estão seriamente
discordantes -- ultrapassando as margens de erro -- talvez seja
preciso rever a teoria".

Muito ainda há a comentar, mas como acredito que muitos devem
possuir ou ter acesso ao livro, percebe-se que o capítulo que sucede e
os dois capítulos que antecedem mostram argumentos interessantes para
avaliarmos a situação da Psicanálise perante a Ciência.
Sei que o fato de que a maioria dos Psicanalistas são inclinados à
outras teorias pseudocientíficas e místicas, templos de reencarnação,
religiões e abusos sexuais não é exatamente um bom argumento para se
condenar o estudo de Freud, mas é um fato inegável que esse tipo de
crendiçe e superstição não acomete da mesma forma e com tanta
intensidade outros ramos de conhecimentos, tais como os científicos,
especialmente físicos, biólogos e químicos.
Não é de se pensar?

Peterson.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/03/2001 13:56

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Não sei o que é um condutista mas, com cerca cautela com respeito aos
biólogos, acredito que jamais dois filósofos ou dois psicanalistas chegarão
ao mesmo consenso na análise de um discurso quer entre sí (os dois) quer
entre eles (os quatro).

Não sei de onde você tirou isso. É possivel que você tenha estado em lugares
onde a gente se comportou dessa maneira. Eu não sou assim. Posso assegurar
que nos melhores centros psicanalíticos do mundo (membros da Associação
Psicanalítica Internacional) não são assim. Muitas vezes estão de acordo e
quando há discussão é sempre bem aceita. Todos os que estudam e pesquisam
discutem.Porque os psicanalistas não podem discutir? É são discutir.

> Com certeza o encontro do Pi foi mais que uma casualidade, foi uma
fatalidade pois jamais o psicanalista irá saber o que fazer com ele.

Não sei o que você entendeu. É possivel que eu não haja explicado bem. Se um
paciente neurotico me procura, eu acho que é falta de ética proporlhe
problemas matemáticos. Um psicanalista, neste caso, não deve nem se
interessar pelo Pi. Deve tratar de entender seu sofrimento. Não é bom tratar
de ajudar uma pessoa que está sofrendo? Eu afirmo que é bom. Como eu não
duvido de sua boa fé, creio que não entendeu que o importante é ocupar-se do
problema do paciente e tratar de usar um método para tentar resolvê-lo.

> Assim como nunca foi cientista.:-)))

Não entendo porque você afirma isso. Como argumento não serve. Como
provocação científica tampouco. Acredito que como provocação, sim. Às vezes
penso que sua resposta parece sangrenta. Eu bem que gostaría de pensar onde
está a ferida. Oxalá eu esteja enganado, mas não entendo porque esta
intervenção tão pouco amigavel.

Os títulos do velho estão por toda parte. Como o choro é livre, todos podem
dizer o que lhes pareça. Não creio que você pense que não existem mais de 50
trabalhos neurológicos (pesquisa sobre células nervosas, com cortes
histológicos abundantes) e uma forte influencia da anatomia. É bastante
clássico um trabalho sobre as afasias. Já estão desatualizados, mas, para a
época, foi importante.

Se Freud não tivesse se interessado pela psicanálise (algo para você
condenar), tería, com certeza. descoberto o neuronio. Quando Ramón y Cajal
publicou seus trabalhos, Freud ja tinha uma grande documentação. Não seguiu
porque não se interessou.

O odio pelo velho pode muito bem sugerir que foi ótimo a neurologia ter
perdido um valor tão baixo. É também uma opinião e como tal deve ser
respeitada, embora errada. Não sai ninguém prejudicado.

>Léo ... hoje, meio rude, ...
>...E ainda tenho que tomar conta e conferir os materiais que vão chegando
........ brrrr!

Espero que a descarga tenha sido boa. Assim você vai ter uma obra feita e
vai poder estar mais contente com o progresso. Desejo que a tarefas lhe
sejam leves. Sorte.
[]

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/03/2001 14:18




> Acho que existe uma grande diferença entre reprimir, por exemplo, o
impulso
> sexual, e reprimir uma memória perdida no tempo. Enquanto reprimir
impulsos
> requer um esforço constante, já que o impulso está sempre renascendo, não
> vejo como o mesmo raciocínio pode se aplicar a uma lembrança ou memória.
> Duvido que o esquecimento voluntário de uma memória desagradável possa
> causar algum transtorno psíquico, como uma neurose. >

André.

Eu não sei do que você está falando. As palavras "repressão" ou "recalque" ,
além de conceitos psicanalíticos pertencem ao vacabulario comum. O último
termo pode até ter conotações hidráulicas.

Em psicanálise se referem a um conceito puramente teórico, relacionado com a
explicação da causa da interrupção da livre associação do paciente, dentro
da sessão analítica. Fora deste contexto, a psicanálise não tem nada que
dizer. Repressão tem um correlato clínico observavel. Qualquer pessoa que
trate de investigar psicanaliticamente a um paciente em sessão, notará que a
associação, depois de certo tempo, se detém inexoravelmente.

Este fenômeno foi chamado "resistencia". Se o analista não conversa com o
paciente sobre o tema, a associação não segue, ou muda de rumo. Depois de
varias tentativas frustradas de analisar, o paciente se cansa e vai embora.
Se o analista se interessa e tratam de resolver o impasse, a análise
prossegue.

Freud recorreu a uma teoria para explicar a resistencia. Surgiu o conceito
puramente teórico de repressão. É um caso análogo ao do famoso "stress". Seu
inventor, Hans Selye postulou uma entidade teórica com tanto poder de
explicação, que as pessoas aceitaram sem tanta crítica. Hoje, como aconteceu
com a psicanálise, o uso do termo se popularizou e todos o usam de qualquer
geito, com qualquer significação. A essa altura da partida devem existir
mais de 20 ideias sobre o que seja stress, totalmente diferentes da
original. Só alguns podem aproveitar o conceito para fazer algo útil para as
pessoas. O termo serve até para a medicina alternativa.

Não posso entender o que algumas pessoas pensam quando usam palavras que
pertencem ao vocabulario psicanalítico para dizer que realizam terapias com
vidas passada (sic). Vejo que as pessoas tomam palavras e contam qualquer
conto e fazem versos e trovas.

É bem possivel que você até tenha razão sobre a sua repressão.
Psicanaliticamente, só concordo com alguns retalhos dos seus argumento.

[]´s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar





SUBJECT: Re: [ciencialist] As partículas elementares
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/03/2001 14:25


J. Manuel Outeiro escreveu :

>O autor nom é Físico mas engenheiro informático e por isso parece meritório
o trabalho que terá feito para >poder escrever o romance tratando
continuamente aspectos relativos à Física.

-Bom, por alguma razão os informáticos tendem a gostar de física , mas a
compreendê-la muito...digamos... superfluamente, da mesma forma que um
fisico compreende a informática.

J. Manuel Outeiro
"Segundo a teoria de Margenau, a consciência de cada indivíduo pode ser
comparada a um campo de probabilidades num espaço de Fock, que é definido
como a soma directa dos espaços de Hilbert. "

Isto é pura e simples matemática. Embora o Espaço de Hilbert seja usado na
MQ, não pertence à MQ.
E portanto , não ha fisica aqui.

"Este espaço pode, em princípio, ser construído a nível de acontecimentos
electrónicos elementares que se dão ao nível das micro-sinapses."

Isto é matemática e biologia. Tb não ha fisica aqui.
(atenção, fisica no sentido da ciencia chamada fisica, e não na realidade
das forças fisicas ou de participantes como o electrão )

" O comportamento normal seria, assim, entendido como uma deformação
elástica do campo, e o acto livre como um corte: mas em que topologia? "

-Isto é uma hipotese matemático-bio-psicologica. Tb não ha fisica aqui.
O uso de "deformação elastica" significa "deformação continua" ,ou seja, uma
função derivável.
É Só matemática. Fala-se que o comportamento normal seria modelado por uma
função continua e o comportamento "acto livre" seria modelado por uma função
descontinua.
Básicamente é uma ideia simples, apenas complicada pelo uso de palavras
demasiado tecnicas.

"Não é de maneira nenhuma evidente que a topologia natural dos espaços
hilbertianos permita que nos demos conta do aparecimento de actos livres;
nem sequer que haja a possibilidade de de colocarmos a questao actualmente;
a nao ser em termos extremamente metafóricos."

-Refutação inicial da hipotese com base no obvio.Passagem à Modelação, ou
seja: "Assumindo que sim...."
Como segue no texto :

" Contudo, Michel estava convencido disso, havia a necessidade de um novo
quadro conceptual (...) A consciência individual tinha aparecido
bruscamente sem razao aparente, no meio de linhagens animais, e parecia ter
sido determinada sobretudo pela linguagem."

Portanto, este tipo chamado Michel postulou que o tal espaço de Fock e as
tais funções continuas ou não.
O resto é Teoria de Evolução , ou seja, Biologia , Com execpção de :

"A consciência de si, ausente nas nematóides, tinha sido analisada em
lagartos pouco especializados como o Lacerta agilis; e denotava
provavelmente a existência de um sistema nervoso central e qualquer coisa
mais. Este "qualquer coisa" permanecia um mistério total; o aparecimento da
consciência nao parecia estar ligado a nenhum dado anatómico, biológico ou
celular. Era desencorajador"

A hipotese de que a consciencia deriva da biologia é portanto relegada para
"insuficiente". E é preciso o "algo mais"

J. Manuel Outeiro
>Alguém pode aclarar-me o sentido deste parágrafo (apenas omitim, entre
parênteses, referências sem >importáncia à personagem do romance). É
consistente o que se diz ou é verborreia?

-E concistente mas extremamaente pobre. Usam-se as palavras mais complicadas
e tecnicas para dizer as coisas mais simples. Isso pode ser considerado
verborreia.

J. Manuel Outeiro
>Alguém leu esse romance?

Não li

>Que opiniom tem dos comentários sobre Física?

-Quais comentários sobre física ? :-))
eu pelo menos não vi nenhuns neste texto.

J. Manuel Outeiro
>E das implicações que tira no aspecto filosófico desses comentários
contidos no livro?

-Toda a ciência é um exercício filosófico pautado por um método de teste de
hipóteses. (coisa que a filosofia "normal" não tem )
É muitas vezes (se não todas) mais importante entender pq se pensar que a
formula X representa determinada lei do que a formula em si. A lei é sempre
mais importante e essa é inerentemente filosófica.
Primeira lei de Newton : Todo o corpo permanece em movimento com a mesma
velocidade e direcção se a soma das forças aplicadas sobre ele for nula.
A formula que representa isto é F = dp/dt

Eu acho que é sempre melhor saber e entender a Lei de Newton que saber a
formula... a formula tira-se do enunciado da lei. Da mesma forma a ciência
tira-se da historia das ideias , ao longos dos tempos, se adicionarmos o tal
método ...dito, método cientifico.
A Física sempre esteve lado a lado com a evolução da ciência e por isso
estudar a história da ciência é estudar em ampla parte a historia da Física.
As sociedades mudaram de vida graças a essa historia. E portanto, as
consciências também :-))

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda






SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/03/2001 14:39

Oi,

[Sérgio Taborda]
>
> o que eu disse nada tem a haver com isto.
> Pegua num único electrão, livre em movimento.
> Onde está o seu comportamento de onda ?

[Leandro]
Eu não entendi sua pergunta. Vou supor que me perguntou se
podemos associar uma onda à um elétron (ou outra partícula). A
resposta é sim: mas uma onda de probabilidade.

[sergio]
Está a cometer uma "mudança de argumentação" .
Estás a substituir no que escreves "função de onda" por "função de
probabilidade"
Podes fazê-lo,já que Hilbert (acho) postulou essa igualdade. Mas isso apenas
no campo da MQ é que é o mesmo e apenas se aceitarmos a hipotese de Hilbert.
Mas isto não significa que efectivamente seja assim.

Quando eu falei de electrão livre em movimento, e perguntei pelo
comportamento de onda, eu referia-me a:
- onde/como/quando é que o electrão apresenta fenômenos de interferencia ?

Quando tens vários electrões é obvio que eles interferem, mais que não seja,
porque são fermiões.
Por isso eles destribuem-se e o padrão matemático final é semelhante ao de
ondas.
Mas conceptualmente no contexto físico , pensar no electrão como uma
particula, uma onda, ou modelado por uma onda, ou modelado por uma função
densidade de probabildiade, são coisas bem diferentes.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica II
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/03/2001 14:51


[Leandro]
Tornando mais claro: REALMENTE dá para se saber por onde a
partícula passou, MAS o padrão de interferência é destruído e o
princípio da complementaridade continua válido: os modelos corpuscular
são complementares; se uma medida revela o caráter corpuscular (por
exemplo: a sua com fotomultiplicadores) o caráter ondulatório é
impossível de se revelar e vice-versa.

[sergio]

O principio de complementariedade não tem nada a ver com o que descotiamos
sobre o efeito ondulatório é isto que eu pretendia referir.
O fotomultiplicador tanto detecta um efeito como o o outro, já que ele
apenas detecta electrões. (independnetemente de como eles são "enpacotados"
:-) )

O que falas é de detectar por qual orificio passa o electrão. E isso sim é
que destroi o comportamento ondulatório. Mas não era objectivo nosso (pelo
menso meu ) de detectar por onde ele passa, mas sim, se ele tem efeito de
onda ou de particula

Uma particula passa sempre em frente, com um desvio "pequeno".
Imagina um caixa. Faz-lhe dois furos. Por dentor da caixa separa-a colocando
uma parede entre os furos.
Isola tudo para evitar possivel efeito tunel.
Se o electrão for uam onda e realmente passar pelos dois orificios então
teremos a detecção de 2 sinais, a patir de um unico electrão.
Isto destroi a interferencia ?
Sim.
Isto prova que o electrão não é uma onda ?
Não sei.
A luz , passaria por ambos os orificios e iluminaria ambas partes.
Mas a luz não é uma particula. O Fotão é um quanta e não uma particula.


[Leandro]
Vamos ver se eu entendi. Suponha que você preparará um
dispositivo que dispare 5 elétrons. Agora suponha que 3 passaram pela
fenda A e 2 pela fenda B, isso não implica que, entre os próximos 5
elétrons que passarem por uma das fendas, que 3 passarão por A e 2 por
B. São eventos não correlacionados.

[sergio]
Isto não estava em causa.


>Pelo que entendi, o princípio da complementaridade continuará valendo.

Sim, mas a questão nada tem a ver com saber por onde passou o electrão, mas
sim se ele passa ou não pelas duas fendas como a luz.

A unica forma de isso acontecer é tendo mais que um electrão. E ai , o
comportamento de onda é da população dos electrões e não do electrão em si.
É esta diferença que estava em jogo.
A MQ afirma que é o electrão em si (hipotese de De Broglie). A experiencia
apenas mostra para populações de electrões.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/03/2001 15:06


Manuel
>Mas li na revista Ciência Hoje deste mês (nr.
169) uma notícia que vai interessar a vocês. Transcrevo-a abaixo:

<<FÓTONS SOLITÁRIOS

[sergio]
-O titulo é exagerado como veremos depois e isto pq é preciso que seja já
que como se refere :

"A realização de uma fonte como essa tem
sido considerada um tipo de 'Santo Graal' "

>"O artefato, à base de pulsos de luz laser(..)"

Pulsos de luz laser e fotões são coisas diferentes e fotões não são
partículas: São Quantas.
Alias o termo usado é "pacotes de energia" e não "partículas"
(fotões não são bolinhas de Newton)

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:fisica quantica
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/03/2001 15:17

Luiz Ferraz Netto escreveu :

(...)Ora, admitindo-se isso, deveríamos ter ondinhas TAMBÉM na região
anterior do anteparo onde existem as fendas (lado da fenda por onde chegam
as ondas originais)

[sergio]
Concordo

[Luiz Ferraz Netto]
e, conseqüentemente, se o detetor for colocado ANTES DA FENDA ele deverá
também registrar esses padrões de interferência.

[Sergio]

Discordo.Para haver padrão de interferencia é logicamente preciso que haja
interferencia e para tal é preciso que haja passagem atrazés do anteparo,
seja lá como se der essa passagem.
Portanto, antes do anteparo, não ha interferencia para ninguém.

Para fazer experiencia de interferencia com electrões e sem anteparo
teriamos de usar métodos como o ponto escuro que existe no cruzamento de
dois feixes de luz.
Isso sim, estaria mais perto de provar que o electrão individual é uma onda.

[Luiz Ferraz Netto]
Cabe as perguntas:
(a) registra-se padrões de interferência na região anterior ao anteparo que
contém as fendas?

[sergio]
Não me parece . Mas podes sempre tentar a experiencia :-)

Luiz Ferraz Netto
(b) se tais ondinhas não ocorrem, para justificar os padrões, como
explicá-los (os padrões) na hipótese de elétron-partícula?

A questão está no Antes e no Após o anteparo. São duas situações
fisicamente diferentes.
Experimente-se com luz , e verifique-se.

Luiz Ferraz Netto
(c) se a colocação inicial das ondinhas de Huyghens é verdadeira (e isso
justificaria plenamente o problema das fendas) porque não há padrões de
interferência do tipo dos observados, por exemplo, com o método de Young?

[sérgio]
Qual é ?

Nota: Assume-se que a luz é onda porque :
1) interfere criando padrões de interferencia destrutiva e construtiva.
(pelo cruzamento de dois feixes e não pela existencia de anteparaos . É um
teste 'interno' )
2) Porque Maxwell a partir das suas equações chegou à conclusão que, luz ,
poderia ser a vibração de dois campos , um eléctrico e outro magnético.

Mas a hipótese corpuscular de Newton, aproveitada por Einstein é igualmente
"boa" , desde que dê o mesmo o resultado.
A questão é que para umas experiências é preciso uma, e para outras , a
outra :-))



SUBJECT: Re: [ciencialist] matéria escura
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/03/2001 15:27


> Interessante notar que os físicos pela falta de adequação das contas
> teóricas com a observação começaram a inventar uma série de partículas
> exóticas para explicar a matéria escura

A qual já é exótica de per si :-)
Mas quando escreves "os físicos" não será que está a referir-te a uma
"seita" especifica liderada por Hawkins e companhia ?
É que tudo isso são ilusões apropriadas para episódios do Star Treck , mas
não para a física real.

"Faça um scanner de campo e taquiões JÁ!! , ou nunca poderemos voltar para o
nosso presente" - diria alguém num episódio desses :-)))

além disso ha outra coisa, terem errado as contas para calcular a massa
presente no universo. donde não seria necessária matéria escura, ou pelo
menos em menos quantidade que poderia ser devida simplesmente a astros sem
luz , como as citadas anãs-brancas.

Além disso, quando se diz "matéria que não se vê" , estamos a referimo-nos a
que banda do espectro electromagnético ? Não será possível que simplesmente
não a vêem pq não a procuram devidamente ?

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Psiquiatria x psicologia x terapia de vidas passadas
FROM: "Ricardo Gentil de Araújo Pereira" <ricardo@samnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/03/2001 15:35

jksd
Muito obrigado pelos esclarecimentos, Fernando!
:-)
Qualquer dúvida em particular sobre psicologia e afins, avisarei,
então.

On 26 Mar 01, at 21:11, Fernando Lage Bastos wrote:

To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Copies to: <ricardo@samnet.com.br>
Organization: www.psicobiologia.com.br
From: "Fernando Lage Bastos" <lage@uol.com.br>
Date sent: Mon, 26 Mar 2001 21:11:47 -0100
Send reply to: ciencialist@yahoogroups.com
Subject: [ciencialist] Psiquiatria x psicologia x terapia de vidas passadas

> Oi Ricardo!
.
.
.
> Este Brian Weiss é o rei dos chalatães modernos na área de saúde mental, com
> direto à marketing profissional, livros e um título de PhD (sabe-se lá em
> que, e tirado aonde). Foi ele que conseguiu com que esta história de
científica séria, porém grande parte das linhas de psicoterapia
> regulamentadas pelo CFP também não. A diferença está na política envolvida,
> pois a TVP chegou muito depois de outras e foi barrada logo de cara. Quem
> chegou mais cedo na festa não teve o mesmo destino.
>
> Qualquer dúvida adicional me avise,
>
> Até mais,
>
> Fernando (lage@uol.com.br)


[]'s...and justice for all.

/^\
\ / CAMPANHA DA FITA ASCII - CONTRA MAIL HTML
X ASCII RIBBON CAMPAIGN - AGAINST HTML MAIL
/ \

Ricardo Gentil de Araújo Pereira
e-mail 1: ricardo@samnet.com.br (default)
e-mail 2: rhalah_rikota@ig.com.br
e-mail 3: rhalah@yahoo.com
ICQ: 13306676


SUBJECT: Recalques, abusos sexuais, Psicanlise e Homeopatia
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/03/2001 17:08

Amigo Manuel Bulcão:

>> Pelo fato de seduzir tantos espíritos crentes, religiosos
>> e supersticiosos, tanto quanto a psicanálise, não seria a
>> física moderna nada mais que uma mística, uma
>> pseudociência?

Ah, mas isso os próprios físicos, biólogos e químicos da lista
(além de um senso-comum) sabem que suas ciências não influenciam
**tanto** crentes, religiosos e supersticiosos quanto a Psicanálise.
Parece que essa última foi feita, sob encomenda, para esse intento...
Como o próprio Sagan disse, cada ramo da ciência tem seu
correspondente à pseudociência. Isso eu jamais negaria. Mas não há
dúvida que, nesse sentido, a Psicanálise ganha a corrida antes mesmo
do "tiro" de largada...

Porquê será... ?

Abraços.

Peterson Leal.



SUBJECT: Re: [ciencialist] matéria escura
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/03/2001 22:11

Sérgio Taborda wrote:

> > Interessante notar que os físicos pela falta de adequação das contas
> > teóricas com a observação começaram a inventar uma série de partículas
> > exóticas para explicar a matéria escura
>
> A qual já é exótica de per si :-)
> Mas quando escreves "os físicos" não será que está a referir-te a uma
> "seita" especifica liderada por Hawkins e companhia ?
> É que tudo isso são ilusões apropriadas para episódios do Star Treck , mas
> não para a física real.
>
> "Faça um scanner de campo e taquiões JÁ!! , ou nunca poderemos voltar para o
> nosso presente" - diria alguém num episódio desses :-)))
>
> além disso ha outra coisa, terem errado as contas para calcular a massa
> presente no universo. donde não seria necessária matéria escura, ou pelo
> menos em menos quantidade que poderia ser devida simplesmente a astros sem
> luz , como as citadas anãs-brancas.
>
> Além disso, quando se diz "matéria que não se vê" , estamos a referimo-nos a
> que banda do espectro electromagnético ? Não será possível que simplesmente
> não a vêem pq não a procuram devidamente ?
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio M. M. Taborda
>
>

Oi,

o Hawking nao estuda muito materia escura, uma das coisas que ele mais
estudou, buraco negro, certamente contribui com a porcao de materia nao visivel
e ha cada vez mais observacoes que garantem a existencia de tais entidades.
Nao ha uma seita de fisicos, ha grupos rivais e coisas do genero. Apesar de
varios exageros politiqueiros no meio, as divergencias teoricas sao normais
dentro de uma ciencia cujas observacoes ainda nao sao muito abrangentes por
isso, inclusive, se diz que a cosmologia sera um dos ramos da fisica mais
promissores nesse seculo gracas a satelites e observatorios de nova geracao
alem de detectores de radiacao cosmica.
Anas Brancas, Estrelas de Neutrons e BN sao formacoes exoticas e ainda nao
totalmente explicadas (no que diz respeito a sua distribuicao e aos limites
fechados de estabilidade de cada um) mas que certamente existem (buracos negros
eh um pouco mais complexo).
Os principais argumentos a favor de materia escura sao curvas de densidades
de galaxias proximas como a propria via lactea. Eh necessaria uma materia
adicional nao detectada para que a galaxia permaneca estavel do jeito que esta
a consequencia em cosmologia eh posterior. Devo ressaltar, ainda, que, a
despeito dos resultados mais recentes, a grande maioria dos astrofisicos ainda
acredita em uma materia escura nao barionica. E interessante observar tambem
que um dos fatores que corroboram a inexistencia desta materia escura exotica e
a medida de aceleracao repulsiva no universo explicada, provavelmente, por
formas de energia muito mais exoticas do que qualquer particula formadora da
materia escura.
Para finalizar, a materia escura, seja ela o que for, eh formada por
estruturas cuja emissao de luz eh muito pequena e nao fora do espectro visivel
ate porque existe astronomia de raio X e detectores de raios gama. Anas Brancas
ouEstrelas de Neutrons sao mantidas estaveis por repulsao eletromagnetica ou
via repulsao neutronica (falando a grosso modo) e portanto nao ha emissao de
radiacao como nas estrelas convencionais cujo combustivel eh gerado por fusao
atomica que implica em uma liberacao enorme de radiacao.

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalques, abusos sexuais, Psicanálise e Homeopatia
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/03/2001 22:26

Em uma mensagem de 27/03/01 15:36:07 Hora padrão leste da Am. Sul,
peterlsm@terra.com.br escreveu:

> Sei que o fato de que a maioria dos Psicanalistas são inclinados à
> outras teorias pseudocientíficas e místicas, templos de reencarnação,
> religiões e abusos sexuais não é exatamente um bom argumento para se
> condenar o estudo de Freud, mas é um fato inegável que esse tipo de
> crendiçe e superstição não acomete da mesma forma e com tanta
> intensidade outros ramos de conhecimentos, tais como os científicos,
> especialmente físicos, biólogos e químicos.
> Não é de se pensar?

Manuel - E o que você me diz da utilização por parte de místicos, sobretudo
pelas seitas 'new age', de conceitos da física moderna, tal como "salto
quântico", "universos paralelos", princípio antrópico, etc., como meio de
racionalização de seus dogmas? E o que vc acha de físicos como o "holista" e
taoísta Fritjof Capra? E do fato de o criador da teoria do Big-Bang, o físico
belga Georges Lemaître, ser um padre? E do físico Paul Davies, um dos maiores
divulgadores da ciência, que "desacredita da religião mas crê que a ciência é
o caminho mais seguro para a compreensão de Deus"? E desse outro grande
físico David Bohm, "que desacredita do conceito de Deus mas crê que um
impulso religioso é o mais seguro caminho na direção da globalidade em
ciência"?

Pelo fato de seduzir tantos espíritos crentes, religiosos e supersticiosos,
tanto quanto a psicanálise, não seria a física moderna nada mais que uma
mística, uma pseudociência? Nós céticos porretas, cientistas arretados,
racionalistas da gota serena, devemos continuar estudando essa tal de física
moderna?

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalques, abusos sexuais, Psicanálise e Homeopatia
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/03/2001 03:15

Em uma mensagem de 27/03/01 23:14:52 Hora padrão leste da Am. Sul,
peterlsm@terra.com.br escreveu:


Ah, mas isso os próprios físicos, biólogos e químicos da lista (além de um
senso-comum) sabem que suas ciências não influenciam **tanto** crentes,
religiosos e supersticiosos quanto a Psicanálise. Parece que essa última foi
feita, sob encomenda, para este intento... Como o próprio Sagan disse, cada
ramo da ciência tem seu correspondente à pseudociência. Isso eu jamais
negaria. Mas não há dúvida que, nesse sentido, a Psicanálise ganha a corrida
antes mesmo do "tiro" de largada...

Porquê será... ?

Manuel - "Como o próprio Sagan disse"... o Sagan, que era um cético, em quase
todos os seus livros faz referências positivas e muito elogiosas ao
pensamento de Freud. E às vezes até exagera: no livro "Sombras de
Antepassados Esquecidos", chegou mesmo a afirmar que os chimpanzés também
vivenciam a crise edipiana.

Esses "céticos" com ares de Torquemada, que alguém certa vez batizou de
"inquisidores da razão sem rumo e sem prumo", repetem feito papagaio a
asserção de Popper de que a psicanálise não é uma ciência porque suas
hipóteses não são testáveis. Mas esquecem-se de que, para Popper, o que não é
testável não é necessariamente detestável, e que o que não é ciência não é
necessariamente uma pseudociência. Pode ser uma proto-ciência, ou uma
filosofia racionalista (como a dele). Aliás, para Popper, Freud era um
pensador racionalista e como tal o estimava. Em seu ensaio "Modelos,
Instrumentos e Verdade (O Estatuto do Princípio da Racionalidade nas Ciências
Sociais), escreveu ele: "Direi apenas, a propósito do método de terapia de
Freud, que ele é ainda mais racionalista do que o seu método de diagnóstico
ou explicação (porque se baseia na suposição de que, desde que um homem
compreenda o que lhe aconteceu quando criança, se liberta da neurose)."

Há uma distância enorme entre essa avaliação de Popper e aquela outra,
simplória e preconceituosa, que afirma ser a psicanálise "a mãe de todas as
pseudociências."

Peterson, informe-se mais sobre a psicanálise (não fique apenas lendo e
relendo o que diz o "Dicionário Céptico" e outros almanaques tendenciosos)
que você só tem a ganhar. E pare com afirmações terminantes e peremptórias do
tipo "mas não há dúvidas que...", pois tais afirmações não combinam com o
ceticismo.

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: fisica quantica
FROM: "Srgio Taborda" <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/03/2001 13:28

From: <ego_sun@brasilmail.com.br>


>Olá gentes,

Olá

>O que é possível dizer, de acordo com a MQ atual, a respeito da idéia
>de ondas-guia, ou seja, partículas que seriam orientadas, em seu
>movimento, por um campo ondulatório, q daria origem à interferência?

Bom ,eu tive fora , mas se bem me lembro foste tu que colocaste aquele link
sobre partículas sem massa a orbitar em conjunto e tal e tal.... espero não
em enganar ...

Tal como para isso a MQ tb não diz nada sobre ondas-guia.
Sinceramente , acho que isso é apenas um nome para a função de onda
associada à partícula
Basicamente é quebrar o ridículo da expressão partícula-onda, quando toda a
gente sabe que isso é irreal. Mais que não seja pelo próprio Principio da
Completividade. (aquele que diz que não é possível observa o efeito onda e
partícula simultaneamente )

Quanto à ideia da onda fazer de trilha de trem ..ahumm...linha do comboio...
não me parece muito "físico" , mas pode funcional como modelo. Não digo que
não :-))

Abraço,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Formacao Academica & Misticismo
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/03/2001 14:01

Salve lista,

Estou elaborando um material para apoiar algumas teses. Necessito fortalecer
meus argumentos para as seguintes questões:

O que leva uma pessoa com formação acadêmica científica a se inclinar para o
misticismo, a religião ou pseudo-ciências?
O que faltou na formação e porquê faltou?
P.Ex.: Médicos e florais de bach, psicanalistas e terapia de vidas
passadas...

Conto com o discernimento e a inteligência de todos vocês,

Abraços,

"Mudanças são a única coisa permanente no Universo" (Heráclito)
Alexandre P.Cabral de Medeiros
Analista Consultor * mailto:alexandre.medeiros@consultmail.net
AC Nielsen do Brasil * http://www.acnielsen.com
Tel. *(0xx11) 4613-7469 - Fax (0xx11) 4613-7077


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Freud e Psicanálise
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/03/2001 14:13

Daniel Leal Freire wrote:

> Sou leigo na área, mas a Psicanálise não é utilizada em todo o mundo como
terapia? Se é, como ela pode não ter valor terapêutico?

Você não tem nenhum motivo para acreditar no que disse o André Baptista:

>Psicanálise pode ser uma filosofia da mente
> interessante, mas não tem valor terapêutico.

Em primeiro lugar nunca foi nem pretendeu ser uma filosofia da mente (uma
boa referencia é a Enciclopedia Britânica). Sempre foi definida como um
método de investigação. Não da mente, mas dos fenômenos do discurso (não da
mente) que foram denominados inconscientes.

Tampouco sei porque diz com tanta segurança que não tem valor terapêutico.
Não passa de uma afirmação dogmática.

[]'s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Freud e Psicanálise
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/03/2001 14:29

Sheila wrote:
> Não compreendi qdo diz que a psicanálise não tem valor terapêutico. No
entanto, concordo que o "outras coisas", por mtas vezes, poderiam atrapalhem
uma terapia psicanalítica. Principalmente qdo essas tais coisas são usadas
como elementos de manipulação pra contento do próprio administrador.

Sheila. Como muito pouca gente sabe o que é realmente psicanálise, usa o
vocabulario psicanalítico como propaganda.
A única forma de ler psicanálise bem é na obra do Freud, que, felizmente,
está em qualquer biblioteca. o resto é chute. Se você ler as conferencias de
Introdução à Psicanálise, vai ver que a maioria das pessoas que atacam a
psicanálise nem estão.

Falam qualquer coisa como se fosse psicanálise. A única coisa que eu
respondo é que não estão atacando enunciados psicanalíticos. Nem é possivel
argumentar. É como se as pessoas dissessem: "A prova de que a psicanálise é
falsa está na realidade de que as galinhas são ovíparas". A segunda parte do
enunciado não tem nada que ver com a primeira.

> Nesse site há o exemplo de psicanálise misturado a "outras coisas" (ou
talvez seja: "outras coisas" misturada com psicanálise, não sei bem)

Ninguém pode misturar qualquer coisa com psicanálise. Ou é ou não é. Quando
se usa o método de uma ciência para provar um enunciado de outra, se tem uma
redução. No entanto as reduções devem ser provadas. Em todo caso a afirmação
provada fica incorporada na segunda ciência. Não tem como "misturar". Isto
não passa de palavrorio.

> No link "Vacine-se" o autor (um psicólogo/psicanalista) defende a teoria
do Complexo de Édipo ser uma fraude gerada a partir de interesses nefastos.

Este é um argumento usado para defender ou justificar ideologias. É muito
demagógico. Harold Blum chama ao conjunto destas afirmações de Escola do
Ressentimento.

[]s,

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Freud e Psicanálise
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/03/2001 14:37

André Baptista wrote:

> Psicanálise não cura depressão, síndrome do pânico, mania, esquizofrenia,
distúrbio bipolar, enfim, os distúrbios mentais mais comuns. A psicanálise
não resolve nenhum transtorno que não possa ser resolvido pelo próprio
indivíduo.

É absolutamente correto o que você escreveu. Só que é incompleto. É um
método de investigação feito pelo proprio individuo (não pelo psicanalista,
como muitos iluminados creem), com assinalamentos do psicanalista que o
ajuda na manutenção do método de associação livre. É um dos métodos em que o
paciente é sujeito.

Não entendo porque você não disse: "sem ajuda de ninguém, nem usando nenhum
método". Aí já não seria tão verdadeiro.

[]'s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Formacao Academica & Misticismo
FROM: "Ricardo Gentil de Araújo Pereira" <ricardo@samnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/03/2001 14:45

Aproveitando a deixa, gostaria de fazer uma pergunta:

Onde posso encontrar algo (sério!?!?) sobre terapia de vidas
passadas? Apesar de não acreditar, tentei pesquisar alguma
informação relevante (testes, pareceres "gerais" de proficionais
respeitados, de grupos de estudo, etc), mas só achei páginas de
leigos ou dos próprios "proficionais" usuários dessas técnicas.
Obs.: Com a pesquisa estou tentando não ser
"preconceituoso" com as teorias que, a princípio, me parecem
sem fundamento. Mas que é difícil achar informação é.
:-)

On 28 Mar 01, at 11:01, Medeiros, Alexandre Pimentel wrote:

To: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Date sent: Wed, 28 Mar 2001 11:01:49 -0600
Send reply to: ciencialist@yahoogroups.com
Subject: [ciencialist] Formacao Academica & Misticismo

> Salve lista,
>
> Estou elaborando um material para apoiar algumas teses. Necessito fortalecer
> meus argumentos para as seguintes questões:
>
> O que leva uma pessoa com formação acadêmica científica a se inclinar para o
> misticismo, a religião ou pseudo-ciências?
> O que faltou na formação e porquê faltou?
> P.Ex.: Médicos e florais de bach, psicanalistas e terapia de vidas
> passadas...
>
> Conto com o discernimento e a inteligência de todos vocês,
>
> Abraços,
>
> "Mudanças são a única coisa permanente no Universo" (Heráclito)
> Alexandre P.Cabral de Medeiros
> Analista Consultor * mailto:alexandre.medeiros@consultmail.net
> AC Nielsen do Brasil * http://www.acnielsen.com
> Tel. *(0xx11) 4613-7469 - Fax (0xx11) 4613-7077
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Formacao Academica & Misticismo
FROM: "Srgio Taborda" <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/03/2001 14:49

From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"

>Estou elaborando um material para apoiar algumas teses. Necessito
fortalecer
>meus argumentos para as seguintes questões:

>O que leva uma pessoa com formação acadêmica científica a se inclinar para
o
>misticismo, a religião ou pseudo-ciências?

Não sei o que leva as pessoa a isso, apenas posso te falar sobre o que me
levou a mim.
A resposta é simples e divide-se em 2 partes:
1) A ciência é boa, mas não é tudo.
Os argumentos que a religião , o misticismo ou o que queiseres, não é
cientifico é verdade, mas isso não implica que sejam falsos. Apenas que não
os podes provar universalmente verdadeiros.
2) O método cientifico pode ser aplicado a qq coisa. E portanto a essas
coisas também.
Mas enqaunto a ciencia tem um caracter objectivo as outras coisas , não.

>O que faltou na formação e porquê faltou?

Não vejo que tenha falhado nada. Quando se trata de "ser sério" , é-se
sério. Escreve-se a bibliografia no fim, faz-se pesquisa , essas coisas...
quando é para dar opiniões, é para dar opiniões.
Pensar que falhou algo, é um preconceito.

Acho muito mais imparcial , e portanto cientifico, ao menos ler sobre esses
temas do que dizer baboseiras que se pensam que as pessoas que estão
naquelas áreas , acreditam, quando é mentira que tal aconteça.
(por exemplo, pensar que a Astrologia é uma ciência, quando todos os
astrólogos e pessoas dentro do "ramo" sabem que isso não e´verdade e
referem-se a Astrologia como uma arte. Depois inventam-se termos
depreciativos tipo "pseudo-ciência" quando nunca ninguém afirmou , sequer,
algo semelhante.)

O primeiro passo do Método cientifico é : Procurar , juntar e assimilar
informação.
É isso que estou a fazer , pelos menos , penso que é isso que estou a fazer,
quando me dedico a discutir os temas supra-citados.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Freud e Psicanálise
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/03/2001 14:55

In ciencialist@y..., "Manuel Bulcão<manuelbulcao@aol.com>
wrote:

> > Veja o artigo sobre psicanálise no Dicionário Cético:

Eu desafio a um exame crítico do artigo sobre psicanálise do Dicionario
Cético. Embora seja um conjunto de enunciados céticos bastante útil, não
chega a ser um verdadeiro dicionario desde o ponto de vista da Terminologia
(como disciplina ligüística). Por outro lado não deve ser usado como livro
sagrado. Tem muita besteira e muita balela.

Quem pretender argumentar usando unicamente a informação desse dicionario,
sai equivocado e, o que é pior, em muitas afirmações, enganado. Contem
coisas boas, mas tambem uns bons embustes. Não nego que seja útil, mas só
para as pessoas com espírito verdadeiramente crítico.

Se o consultante não se informa sobre as afirmações obtidas aí, pode errar
feio.

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/03/2001 15:11

André wrote:


> Acho que existe uma grande diferença entre reprimir, por exemplo, o
impulso
> sexual, e reprimir uma memória perdida no tempo. Enquanto reprimir
impulsos
> requer um esforço constante, já que o impulso está sempre renascendo, não
> vejo como o mesmo raciocínio pode se aplicar a uma lembrança ou memória.
> Duvido que o esquecimento voluntário de uma memória desagradável possa
> causar algum transtorno psíquico, como uma neurose. >

André.

Eu não sei do que você está falando. As palavras "repressão" ou "recalque" ,
além de conceitos psicanalíticos pertencem ao vacabulario comum. O último
termo pode até ter conotações hidráulicas.

Em psicanálise se referem a um conceito puramente teórico, relacionado com a
explicação da causa da interrupção da livre associação do paciente, dentro
da sessão analítica. Fora deste contexto, a psicanálise não tem nada que
dizer. Repressão tem um correlato clínico observavel. Qualquer pessoa que
trate de investigar psicanaliticamente a um paciente em sessão, notará que a
associação, depois de certo tempo, se detém inexoravelmente.

Este fenômeno foi chamado "resistencia". Se o analista não conversa com o
paciente sobre o tema, a associação não segue, ou muda de rumo. Depois de
varias tentativas frustradas de analisar, o paciente se cansa e vai embora.
Se o analista se interessa e tratam de resolver o impasse, a análise
prossegue.

Freud recorreu a uma teoria para explicar a resistencia. Surgiu o conceito
puramente teórico de repressão. É um caso análogo ao do famoso "stress". Seu
inventor, Hans Selye postulou uma entidade teórica com tanto poder de
explicação, que as pessoas aceitaram sem tanta crítica. Hoje, como aconteceu
com a psicanálise, o uso do termo se popularizou e todos o usam de qualquer
geito, com qualquer significação. A essa altura da partida devem existir
mais de 20 ideias sobre o que seja stress, totalmente diferentes da
original. Só alguns podem aproveitar o conceito para fazer algo útil para as
pessoas. O termo serve até para a medicina alternativa.

Não posso entender o que algumas pessoas pensam quando usam palavras que
pertencem ao vocabulario psicanalítico para dizer que realizam terapias com
vidas passada (sic). Vejo que as pessoas tomam palavras e contam qualquer
conto e fazem versos e trovas.

É bem possivel que você até tenha razão sobre a sua repressão.
Psicanaliticamente, só concordo com alguns retalhos dos seus argumento.

[]´s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar







SUBJECT: O Livre-Arbitrio segundo Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, despertar <despertar@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>, fflch <fflch@egroups.com>, filosofia <filosofia@yahoogroups.com>, ifusp <ifusp-ex-alunos@egroups.com>, movimento-filo <movimento-filo@egroups.com>, scientia_una <scientia_una@egroups.com>
DATE: 28/03/2001 15:37

O Livre-Arbitrio segundo Jocax
================================

O Livre Arbitrio (LA) eh um conceito abstrato e interessante.
A importancia do LA relaciona-se nao somente aa etica, via
responsabilidade, mas tambem ao nosso proprio sentimento de
que estamos no controle de nossas acoes ( seriam estes
sentimentos simples alucinacoes? ).


Artigo completo em :

http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/211



[]s
jocax



SUBJECT: Fapesp vai sequenciar genoma de verme
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/03/2001 15:49

GENÉTICA – Folha de São Paulo, 27 de março de 2001

Serão investidos US$ 850 mil para mapear o Schistosoma, que causa
esquistossomose em 10 milhões de brasileiros

Fapesp vai sequenciar genoma de verme
ISABEL GERHARDT- ENVIADA ESPECIAL A ANGRA DOS REIS

O próximo genoma a ser enfrentado por cientistas de São Paulo será o do
verme Schistosoma mansoni, causador da doença esquistossomose. O anúncio
foi feito pelo diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo), José Fernando Perez, na abertura do
Primeiro Congresso Internacional de Genômica, que começou ontem em Angra
dos Reis.

Sequenciar um genoma é transcrever na ordem certa todas as "letras" do
DNA da espécie, nas quais estão contidas as instruções para formar um
organismo. O genoma do esquistossoma, causador da esquistossomose
(doença que atinge cerca de 10 milhões de brasileiros), tem 300 milhões
de "letras" químicas e é dividido em oito cromossomos.

Não será o genoma completo do parasita que vai ser sequenciado. Os
pesquisadores irão atrás somente dos fragmentos dos genes que estão
ativos no organismo. Esses genes são os que contêm a "mensagem" para que
o esquistossoma produza proteínas, por exemplo as responsáveis pela
infecção no homem.

Segundo Sérgio Verjovski de Almeida, do Instituto de Química da USP,
coordenador do projeto, o objetivo da pesquisa será chegar a uma droga
ou vacina de DNA contra o parasita.
"Usaremos os dados gerados pelo sequenciamento do genoma para ir atrás
das ESTs (sequências relacionadas com genes ativos)", afirmou Almeida.

A previsão do pesquisador é que num período de 12 a 18 meses sejam
produzidas cerca de 120 mil ESTs. "Já fizemos um pequeno projeto-piloto
e estamos com 3.000 sequências. Nesse um ano e meio, deveremos ter
condições de escolher os genes-alvo para a produção de drogas."

De acordo com Almeida, um dos objetivos é concentrar o foco nos estágios
do parasita para os quais ainda existe pouca informação. "Um deles é a
cercária, que justamente é o parasita no estágio que passa do caramujo
para o pé do homem", explica.

O sequenciamento do esquistossoma será feito por sete laboratórios da
rede Onsa: 4 da USP, 1 da Unicamp, 1 do Instituto Butantan e 1 do
Instituto Ludwig. Os investimentos previstos são da ordem de US$ 850
mil.

O esquistossoma penetra pela pele, fica alojado na veia porta, a partir
da qual suas larvas caem na circulação sanguínea (veja quadro). O
bloqueio de artérias e veias pode levar à insuficiência hepática e à
desnutrição.

Nordeste e Centro-Oeste são as regiões do país mais afetadas pela
doença. O praziquantel, única droga disponível para tratamento, já perde
eficácia diante de formas resistentes do parasita.

Na França, um grupo financiado pelo consórcio Genoscope começou o
sequenciamento do cromossomo 3. Nesse caso, os dados do sequenciamento
não abrangerão apenas genes, mas também todo o DNA que não contém
receitas para fabricar proteínas.


Nobel
Na abertura da conferência, Walter Gilbert, Prêmio Nobel de Química de
1980, disse que, se hoje as atenções estão voltadas para a genômica, o
amanhã pertence à proteômica (análise de proteínas). Mas as dificuldades
para pesquisar em larga escala as proteínas são bem maiores, pois não
basta saber suas sequências. É preciso conhecer suas estruturas e as
interações entre elas.
"O sequenciamento de DNA é muito direto. Você começa num ponto e acaba
no outro. Já identificar genes é outra história. O grau de dificuldade
vai aumentando, até chegar às proteínas", afirmou.





SUBJECT: Celera sai em defesa do genoma completo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/03/2001 15:54


Celera sai em defesa do genoma completo

ISABEL GERHARDT
ENVIADA ESPECIAL A ANGRA DOS REIS

Enquanto boa parte dos geneticistas está preocupada com a identificação
de genes em uso pelo corpo, a empresa norte-americana Celera justifica o
seu investimento no sequenciamento de todo o genoma humano: "A beleza do
genoma é que toda a informação está lá", disse à Folha Gene Myers,
vice-presidente de Pesquisa de Informática da Celera.

A Celera concorreu com o consórcio público Projeto Genoma Humano pela
transcrição do código genético da espécie, publicado em fevereiro.
Sequenciar o genoma é transcrever, na ordem certa, todas as letras
químicas do texto escrito nos genes (receitas para confecção de
proteínas).

Myers está pela terceira vez no Brasil, agora como participante da BIG
Conference, o nome abreviado em inglês da Conferência Internacional
Brasileira do Genoma, em Angra dos Reis (RJ). O principal projeto
brasileiro sobre o genoma humano busca somente genes envolvidos no
câncer.

Segundo Myers, a Celera está um passo à frente dos demais grupos. Graças
à comparação do genoma humano com o do camundongo ("Devemos estar
liberando alguma coisa em um ou dois meses"), ele afirmou que está
encontrando dados muito interessantes sobre uma parte do genoma que até
o momento parecia ter ficado de lado: as sequências reguladoras dos
genes.

"Encontramos segmentos de DNA presentes nas mesmas regiões reguladoras
do homem e do camundongo", disse. "É o nosso próximo alvo." O cientista
afirmou que informações de outros genomas serão adicionadas ao banco de
dados que a empresa está montando: "Incluiremos ainda o do rato e o do
cachorro".


Genes ligados e desligados

A importância das sequências reguladoras é que elas contêm a informação
sobre quando e onde um gene deve ser "ligado" (ativado, ou expresso) e
"desligado", já que nem todos os genes estão ativos ao mesmo tempo.

No homem, por exemplo, existem genes que são ligados somente numa
determinada fase da vida. Outros, num determinado órgão. E outros,
ainda, apenas quando alguma doença está em curso. A possibilidade de
identificar um fragmento de DNA regulador e poder interferir nessa
regulação abre caminho para novos alvos para medicamentos.

"A Celera, cada vez mais, está procurando alvos potenciais para
terapia", disse Myers. "Encontrar um inibidor da ativação de um gene que
aja especificamente sobre um fenômeno particular na célula é de nosso
total interesse."

O pesquisador reconhece que isso não será tão simples. Afinal, ligar ou
desligar um gene pode ter reflexos sobre a ação de vários outros.
"Queremos construir uma rede de regulação. Sabemos que a coisa não é tão
simples, que existem interações de proteínas com proteínas, mas a
estratégia de procurar identificar essas sequências já restringe
bastante o que temos de procurar", afirmou.

Por isso Myers não pretende apenas ficar com os dados gerados pela
análise dos genomas. Seu grupo irá também conferir na prática, ou "na
bancada" (de laboratório), se as possíveis sequências regulatórias são
de fato o que eles acreditam que elas sejam.
Além disso, Myers afirma que, hoje, um dos principais objetivos e
qualidades da Celera é não apenas gerar informação, mas integrar todo
tipo de informação (genoma humano, da drosófila e do camundongo, genoma
comparativo, proteômica) para auxiliar na pesquisa e no desenvolvimento.

Myers, que era professor de ciências da computação da Universidade do
Arizona, está na empresa desde sua criação. E fala com admiração do
chefe: "Craig (Venter) pensa grande. Se ele chega e diz "Quero que você
produza 1 milhão de proteínas hoje", é o que tenho de fazer", disse,
rindo, enquanto batia continência.

O pesquisador exaltou ainda as qualidades do método de sequenciamento da
Celera, o "shotgun", que consiste em picotar todo o genoma e, depois de
sequenciar os fragmentos, encaixá-los como um grande quebra-cabeças.

E deu uma cutucada nos colegas do consórcio público: "É uma questão de
estratégia. Fizemos todo o trabalho com apenas oito pessoas. Assim, foi
muito mais fácil, inclusive, identificar onde havia problemas. No
consórcio público, em que várias pessoas e instituições participavam,
ficava muito mais difícil saber de onde um eventual erro havia vindo".




SUBJECT: Re:Re: [ciencialist] Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/03/2001 19:05

Olá André Baptista e lista,

Manuel Bulcão - (...) Por isso, tal como ocorre na repressão de uma
pulsão erótica ou agressiva, o recalque de uma imagem mental
desagradável também exige do indivíduo um esforço permanente...

André Baptista - Exige esforço constante?
(1) Não é o que parece dizer o experimento em questão;
(2) Não vejo uma razão biológica ou evolutiva para tal.

Manuel Bulcão - (1) Com o experimento relatado em minha mensagem
anterior (transcrito no final da presente mensagem), quis apenas
deixar claro que, no homem, uma idéia que desencadeia forte emoção
negativa pode ser suscitada por várias coisas diferentes e com as
quais lidamos em nosso cotidiano, haja vista que, para o homem, as
coisas, os objetos são também símbolos. Uma rosa, por exemplo, além
de ser uma coisa (uma réles florzinha) é também símbolo da paixão'.
Uma coisa 'lembra' outra coisa que 'lembra' outra coisa 'ad
infinitum', isto é, vivemos numa intrincada rede de significantes. De
modo que a coisa desagradável (a lembrança, a representação 'ideal'
do fato traumático) está constantemente sendo evocada por outras
coisas aparentemente triviais. Por esta razão, o mecanismo de
bloqueio da lembrança desagradável tem que estar funcionando o tempo
todo.

Até porque entre as crianças e os homens primitivos imperam as leis
do 'pensamento mágico', que é um pensamento pré-lógico, dado que
anterior à conceituação do princípio da identidade da lógica formal.
Ora, o pensamento mágico -- também chamado de mítico -- não
estabelece uma clara distinção entre a coisa e o signo, entre o
objeto e a representação do objeto, entre o real e o imaginário,
entre o ser e o pensamento, e, por conseguinte, "entre o fato
traumático e a imagem do fato". E se não há uma linha de demarcação
entre as coisas do pensamento e as coisas do mundo real, então todas
as coisas objetivas e subjetivas associam-se entre si da mesma forma
como se processam as associações entre as idéias: associações por
similaridade -- o semelhante evoca o semelhante -- e por
contigüidade -- a parte equivale ao todo. (Essas leis de associação
das idéias, como se sabe, foram as que presidiram o processo de
formação da linguagem.)

Sendo assim, para uma criança ou um primitivo, afastar da consciência
a lembrança de um acontecimento traumático é, na realidade, tentar
exorcizar o próprio acontecimento, buscar desfazer o que foi feito. É
a tática da avestruz: "se não vejo a fera, a fera não existe" (aliás,
tenho um filho autista: quando estou no quarto dele e ele quer que eu
vá embora, põe as mãozinhas em concha sobre os olhos). E como se
consegue isso? Através de rituais mágicos que consistem em afastar da
percepção o que é semelhante ao ou contíguo do acontecimento
traumático, ou seja, em mascarar ou evitar tudo que serve de metáfora
ou de metonímia da idéia desagradável.

Sim, os sintomas neuróticos, sobretudo os obsessivo-compulsivos, têm
tudo a ver com rituais mágicos. Trata-se de uma maneira infantil,
irracional, pré-lógica e 'mágica' de lidar com os problemas. O método
psicanalítico de cura consiste, pois, num 'chamamento à razão'. Por
meio deste método, o paciente toma consciência de que o tempo é
irreversível (o que passou passou e não volta mais) e de que as leis
da linguagem não são as mesmas que regem o mundo real. Karl Popper
foi um dos que ressaltaram o caráter racionalista da psicanálise. Em
seu ensaio "Modelos, Instrumentos e Verdade"escreveu o
filósofo: "direi apenas, a propósito do método de terapia de Freud,
que ele é ainda mais racionalista do que o seu método de diagnóstico
ou explicação (porque se baseia na suposição de que, desde que um
homem compreenda o que lhe aconteceu quando criança, se liberta da
neurose)."

Agora, um adendo: no que diz respeito aos povos primitivos, é
provável que essa confusão da coisa com o signo se deva a que, entre
eles, o conhecimento do princípio da identidade é ainda meramente
intuitivo, isto é, não-teórico (o pensamento da humanidade arcaica
não é reflexivo, não converte suas próprias leis em objeto de
conhecimento). Por isso que "as metáforas, as imagens mais confusas,
as fantasias 'foram' durante séculos e séculos o próprio pensamento,
e continuam a ser o fundo da consciência de enormes massas humanas"
(Henri Lefebvre). Mas, nas crianças até uma certa idade, tal
indistinção decorre da própria imaturidade do sistema nervoso. Daí
porque pode até ser que o desenvolvimento de alguns tipos de neurose
assente-se também em fatores genético-constitucionais, tais como a
permanência, na idade adulta, de uma estrutura cerebral infantil.

(2) Você diz que não vê uma razão biológica ou evolutiva para tal.
Bem, um caráter fenotípico ou comportamental não tem que ter
necessariamente um valor evolutivo, adaptativo. Acontece com muita
freqüência de um gene, que determina mais de um caráter, ser
selecionado porque um e apenas um desses caráteres confere ao
organismo uma vantagem adaptativa. Os outros caráteres por ele
determinados, neutros ou mesmo nocivos do ponto de vista evolutivo
(porém não tanto), vêm de brinde. Não sei se a magia tem ou não um
valor adaptativo. Sobre isso não tenho uma opinião formada, embora
ache que em qualquer avaliação deve pesar o fato de que o placebo
efetivamente alivia e, em muitas ocasiões, promove até mesmo a cura.
O que sei é que o Homo sapiens tem aproximadamente cem mil anos de
idade e que, durante 95% desse tempo de vida o homem, para sobreviver
a todas as terríveis dificuldades, não contou com a ajuda de um
conhecimento 'científico' no sentido estrito do termo. Para fazer
frente às feras, as doenças, às catástrofes naturais, à angústia
decorrente da consciência da morte etc., só contávamos nós com um
conhecimento empírico bastante limitado e com a magia, essa técnica
da qual se vale tanto a neurose quanto a religião. (Segundo Freud, a
neurose é uma religião privada e a religião, uma neurose
institucionalizada.)


Manuel Bulcão - Lembre-se do distúrbio de estresse pós-traumático, um
gênero de síndrome psicológica do qual a 'neurose' de guerra é
espécie.

André Baptista - Agora você está falando de outro nível de trauma,
traumas profundos e e de longa duração, que possivelmente deixam
sequelas neurológicas. Uma criança que foi repetidamente espancada na
infância, ou uma vítima de guerra, podem sofrer futuramente não por
causa de lembranças do trauma, mas sim por efeito direto do próprio
trauma no cérebro. Muhamed Ali não está doente por causa da lembrança
dos socos que tomou, mas por causa dos próprios socos! Entendo que
a "síndrome do estresse pós-traumático" pode ser atribuída a um dano
cerebral causado pelo trauma. Por dano cerebral quero dizer não
apenas a sequela de um golpe violento e imediato, mas também as
sequelas de desenvolvimento neurologico que uma violencia "moderada"
e constante pode acarretar.

Manuel Bulcão - Sim, Muhamed Ali está com uma doença neurológica
(Mal de Parkinson) não por causa da lembrança dos socos que ele
tomou, mas devido aos próprios socos "que ele levou na cabeça". Frise-
se, "na cabeça", na parte do corpo onde se localiza o cérebro. Mas o
distúrbio de estresse pós-traumático é uma afecção de natureza
psicológica, e não orgânica; uma doença da mente -- a mente, que o
Marco Aurélio definiu muito bem como um órgão 'virtual',
um 'programa' --, e não do cérebro. Aliás, não se deve confundir uma
coisa com outra, sob pena de resvalar no reducionismo ingênuo. Lembre-
se que muitos defeitos em seu computador não são defeitos de
Hardware, mas problemas de software, nada que um anti-vírus
atualizado não possa resolver. A não ser que o vírus destrua
o "bootstrap-loader", que, segundo o Jocax, consiste naquele "pequeno
programa embutido no hardware para que ele (o computador) possa
carregar o sistema operacional e então estar pronto para executar o
software." Se não me engano -- desculpem-me os especialistas em
computação caso eu esteja falando alguma besteira --, neste caso o
disco rígido fica imprestável.

Ao contrário do Mal de Parkinson, uma neurose de guerra pode ser
efetivamente tratada por meio de psicoterapia ou "terapia da
conversa", como ficou demonstrado ainda em 1918 com a cura total de
diversos soldados alemães durante a 1a. Guerra Mundial, os quais,
acometidos por esta doença, foram submetidos a sessões de "catarse"
por Simmel. O método da catarse, vale lembrar, foi o primeiro passo
no sentido de uma técnica psicanalítica. Ora, a cura de uma neurose
traumática por meio de psicoterapia só é possível porque os sintomas
dessa doença são de origem psicogênica, e não orgânica. Porém, é
muito pertinente a hipótese de que, durante o período de
amadurecimento do sistema nervoso, mormente nas primeiras fases,
fatores psicológicos possam vir a determinar mudanças na estrutura do
cérebro -- um desvio do desenvolvimento ou mesmo estagnação,
subdesenvolvimento.

Manuel Bulcão - Mas, afinal, por que as lembranças muito
desagradáveis são apenas 'bloqueadas' (retiradas da consciência,
porém mantidas na memória remota) e não simplesmente 'apagadas'? Por
que as conexões neurais responsáveis por essas lembranças
simplesmente não se desfazem?

André Baptista - Como a Sheila observou, existe interesse biológico
na preservação parcial da memória, não da sensação de sofrimento e
dor, mas pelo menos da identificação da ameaça e/ou do agressor, para
da próxima vez a vítima possa reagir ou fugir.

Manuel Bulcão - A Sheila tem razão.

Manuel Bulcão - Bem, talvez isso se deva [também] a um possível
caráter 'ambivalente' de tais lembranças; ou seja, essas imagens
psíquicas suscitam ao mesmo tempo aversão e desejo intensos.

André Baptista - Isso é especulação braba!...

Manuel Bulcão - Não, não é especulação braba, mas uma conjectura
bastante razoável. A ambivalência emocional (Ambivalência; Dic.
Aurélio; 2. Psicol. Estado de quem experimenta ao mesmo tempo, numa
determinada situação, sentimentos opostos) é endêmica no gênero
humano. Os tabus, bem como os imperativos da ética e do direito
assentam-se em larga medida na ambivalência. Com efeito, se a
proibição de uma ação (não faça isso) é, por um lado, a manifestação
de um desejo, por outro lado tal proibição pressupõe um desejo
contrário de executar a ação proibida. Pois, obviamente, se não
existisse esse desejo contrário, não seria necessário proibir e
ameaçar com sanções. A interdição funda-se num conflito entre duas
tendências contrárias em que uma delas é, na maioria das vezes,
inconsciente.

Sobre a relação entre ambivalência emocional e tabu, Freud
escreveu: "a base do tabu é uma ação proibida, para cuja realização
existe forte inclinação do inconsciente." (...) "O tabu é uma
proibição primeva forçadamente imposta (por alguma autoridade) de
fora, e dirigida contra os anseios mais poderosos a que estão
sujeitos os seres humanos. O desejo de violá-lo persiste no
inconsciente; aqueles que obedecem ao tabu têm uma atitude
ambivalente quanto ao que o tabu proibe." (Freud; Totem e Tabu;
Imago; Vol. XIII, pp. 52 e 54)

Manuel Bulcão - Lembre-se de que existem desejos 'necrófilos'
e 'masoquistas' de auto-aniquilação e de dor; que muitas vezes o
extremamente feio, de tão hediondo que é acaba por tornar-
se 'sublime', isto é, um objeto de apreciação estética;

André Baptista - Para uma porcentagem da população, mas não para
todos.

Manuel Bulcão - Se assim fosse, a tragédia e toda arte que tematiza o
grotesco e o absurdo (como 'Frankenstein', 'O Grito' de Edward Munch,
etc.) não teria um caráter universal. Penso que todos nós -- com
raríssimas exceções -- temos pulsões sadomasoquistas e necrófilas, em
maior ou menor escala. Em algumas pessoas, tais pulsões dominam a
personalidade, em outras não. Concordo com Edgar Morin quando ele
diz: "nós temos sem dúvida várias personalidades, uma dominante e
outras que emergem ocasionalmente."

Manuel Bulcão - que a reprodução do grupo ou da sociedade amiúde
exige um enorme poder de sacrifício por parte dos indivíduos,
sobretudo quando o eixo da sociedade são relações de dominação e de
exploração, o que confere a esses estranhos desejos um sentido
adaptativo.

André Baptista - Você diz sacrifício através do trabalho? Isso é
tipicamente latino-americano...

Manuel Bulcão - Não, não me refiro ao sacrifício através do trabalho.
Refiro-me ao fato de que, para a natureza, o bem-estar do indivíduo
não importa, ou melhor, na natureza o indivíduo é tão-somente um meio
para a reprodução-perpetuação do grupo ou da espécie a qual pertence;
seu valor na ordem natural das coisas é apenas instrumental. O que
conta realmente, isto é, o "fim" da natureza viva -- se se pode
atribuir uma finalidade a esse mundo inteiramente movido por causas
eficientes -- é a reprodução pela reprodução seja dos genes egoístas,
do grupo, da espécie, de Gaia ou ainda dos memes. Tanto é assim que,
em muitas espécies, a morte do indivíduo se dá no momento exato em
que termina o orgasmo. Em um tipo de inseto vulgarmente
chamado "louva-a-deus" (na verdade uma família, que compreende mais
de quatrocentas espécies), enquanto o macho copula com a fêmea, esta,
impiedosamente, devora a sua cabeça. Outro exemplo é o do salmão,
que, no período da desova, consomem todas as suas energias escalando
quilômetros e mais quilômetros de corredeiras, até que, em trechos
menos tormentosos do rio (nos leitos pedregosos onde eles próprios um
dia nasceram), põem os seus milhares de ovos para em seguida,
silenciosamente, falecerem (isto para que seus corpos apodrecidos
fertilizem a água do rio, proporcionando deste modo alimentos aos
alevinos). Poderia citar aqui muitos outros casos homólogos;
fenômenos que demonstram que o indivíduo não ocupa em absoluto o
centro da biosfera; que a maioria das espécies, sobretudo as menos
complexas, apresentam uma estratégia reprodutiva nem um pouco
econômica em termos de sofrimento e morte prematura para os seus
próprios indivíduos. Até o prazer sexual é algo que só pode ser
experimentado por uns poucos indivíduos (na maior parte das espécies,
somente os machos são biologicamente projetados para desfrutar esse
prazer, agravando o fato de que somente os mais fortes desfrutam-no
realmente) e amiúde envolve muita violência. A propósito, em um
artigo meu que postei na presente lista, intitulado "Ética, Natureza
e Mercado", sobre essa não-correspondência entre os interesses do
indivíduo (bem-estar, felicidade...) e os da espécie como entidade
autônoma (perpetuação) escrevi: A natureza orgânica, bem como essa
natureza humana coisificada que é o mercado, são amorais, isto é, o
que as orienta não é um propósito ético, mas a mera reprodução da
vida, o que amiúde se dá a expensas da felicidade e do bem-estar dos
indivíduos. A vida é ordem que se reproduz, ora simples, ora
ampliadamente, e os indivíduos de quaisquer espécies nada mais são
que "meios" para a perpetuação e a propagação dessas moléculas
egoístas denominadas "genes". Nosso corpo, o 'somatoplasma', é apenas
o veículo do 'germoplasma', um mensageiro cuja função é passar para a
frente a mensagem genética e depois perecer. Ou, numa visão holista:
para Gaia o indivíduo vale como instrumento, e o que é bom para Gaia
nem sempre -- ou melhor, quase nunca -- representa um bem para os
indivíduos."

É isso o que quis dizer quando me referi ao fato de a sociedade
demandar um enorme poder de sacrifício por parte dos indivíduos, e
que talvez seja isso o que confere a tais desejos de auto-aniquilação
e de dor um sentido adaptativo.

Manuel Bulcão - O método psicanalítico é eficaz para curar esse tipo
de neurose porque, nas palavras do antropólogo vietnamita Trân Duc
Thao, 'a doença em questão, consistindo no desenvolvimento exagerado
de uma distorção semântica, pode definir-se como uma doença da
linguagem, o que implica a possibilidade de um tratamento pela
própria linguagem.''

André Baptista -Recentemente vieram a tona nos Estados Unidos
diversos casos de pacientes de psicoterapias que acusaram
injustamente pais e outros parentes de abuso sexual na infância, o
que causou inclusive diversos processos judiciais. Após
investigações, descobriu-se que muitas acusações partiram de
lembranças falsas ou induzidas pelo psicoterapeuta. É preciso ter
muito cuidado nesse tipo de tratamento. Quando não há base
científica, eu prefiro ser conservador.

Manuel Bulcão - Com certeza, isso é um problema sério. Concordo com
você: é preciso ter muito cuidado, mas acrescento: mesmo quando o
tratamento, como o psicanalítico, tem uma base científica. (sim, o
método psicanalítico de investigação do psiquismo e de tratamento das
afecções psíquicas é científico, mas sobre isso escreverei em outra
ocasião. Aliás, o nosso colega Marco Aurélio é, de longe, o mais
preparado para falar sobre isso.)

Numa psicoterapia, o analista deve ter muita cautela ao interpretar
os sintomas, do mesmo modo que um cirurgião deve ter o máximo cuidado
no manuseio do seu bisturi. Infelizmente, em todas as áreas há
profissionais incompetentes, despreparados, irresponsáveis, ineptos,
mercenários e venais. Não é verdade?:-)

Já estou prevendo o anti-argumento, o insulto, a provocação: "no
direito e na psicanálise tem muito mais" :-)) Mas sei que tal
provocação jamais partiria de você, André.

Abraços,
Manuel Bulcão

PS: <<foi realizada uma experiência (ver artigo sobre o efeito
placebo, publicado na revista virtual Cérebro & Mente,
http://www.epub.org.br/cm/home.htm) em que uma pessoa, ao mesmo tempo
que ouvia a palavra `estrada' recebia na mão uma descarga elétrica.
Isso feito repetidas vezes terminou por gerar um reflexo
condicionado: toda vez que pronunciavam perto do indivíduo que se
submeteu a essa experiência a palavra `estrada', ele puxava a mão. O
interessante é que não apenas o som da palavra `estrada' funcionava
como sinal desencadeante do reflexo: slides em que lhe eram mostrado
a simples grafia da palavra `estrada' ou de qualquer um dos seus
sinônimos -- `caminho', por exemplo -- ou ainda a imagem de uma
estrada faziam com que a cobaia humana reagisse com um puxão da mão.
Naturalmente, isso não aconteceria com um cachorro, visto que este
animal não tem lá um grande poder de abstração e, por isso, não lida
com símbolos (relações significado/significante) complexos. Para um
cão, o som da palavra `estrada', sua grafia, a palavra `caminho' e a
imagem de uma estrada são coisas muito diferentes, sem quaisquer
relações entre si.>>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pode um computador ter uma mente?
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/03/2001 19:38

In ciencialist@yahoogroups.com, "Joao Carlos Holland de Barcellos"
<jocax@usp.br> wrote:

> Acredito que a mente , entendida como o processamento de sinais no
cerebro, nao dependa da estrutura fisica do "cerebro" mas sim de sua
complexidade e estrutura logica.

Jocax:

Tive uma ideia que não sei se serve. O fim do dia faz a gente cansado e por
isso às vezes se perde lucidez. Pensei na relação do estômago com os
alimentos e a digestão. A estrutu íntima desse órgão não tem nada que ver
com o bolo alimentar. Pensei se a mente não seria um "bolo lógico" que
poderia ser elaborado nó cérebro ou numa máquina.

[]s

Marco A.Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/03/2001 19:53

In ciencialist@yahoogroups.com, "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>


> 'Um estudo recente, publicado na revista inglesa Nature >parece sugerir
que podemos simplesmente bloquear >lembrancas indesejadas, desde que
tentemos arduamente >elimina'-las.'

É interessante a ideia de "bloquear lembrancas indesejadas". O que todos os
psicanalista notamos é que a ideia que se denomina "reprimida" em realidade
não desaparece. Está bloqueada como acesso ao pleno dominio consciente da
mesma. Como cada ideia que se bloqueia é um principio de ação, a mesma
aparece sob diferentes forma. Muitas vezes é equivalente a rituais, outras
vezes aparece como exagero de certos pontos de vista, atos que se repetem
como hábitos e costumes não muito cômodos, etc. O interessante é que a ideia
não é esquecida no sentido de desaparecer. Se mantém sempre ativa
funcionando como sintoma Este, na verdade não é mais que um conjunto de
ideias bloqueadas.

[]s,

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/03/2001 19:57

In ciencialist@yahoogroups.com, Eduardo" <dgueron@mailbr.com.br> wrote:

>...e', acho que o Freud tinha razao em algumas de suas >hipoteses...

Gostaria que voce, se não é pedir demais, mencionasse algumas ideias de
Freud com las que concorda e uma com la qual não concorda. Ajudaria para um
estudo que estou fazendo. Muito obrigado.

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar





SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/03/2001 20:19



> Duvido que o esquecimento voluntário de uma memória >desagradável possa
causar algum transtorno psíquico, como >uma neurose.

Na verdade as coisas, segundo a psicanálise (isto prova que você não leu
nada psicanalítico) funcionam como você disse. Freud escreveu isto em 1895
(hoje é senso comum). As ideias "bem" esquecidas não causam neurose. O que a
psicanálise comprovou é que a neurose ocorre quando não estão "bem"
esquecidas. Veja como não é uma coisa tão impossivel.

Você também disse:

>Na verdade, provavelmente o que ocorre é >exatamente o >oposto: O
"esquecimento" voluntário de memórias >traumáticas ou angustiantes pode ser
uma adaptação e um >recurso extramamente útil para a manutenção do
equilíbrio >psicológico.

Se você continuar pensando de modo tão lúcido vai-se tornar psicanalista. No
ano 2001 está pensando do mesmo modo que Freud em 1895. Não venha com a
hisória de que qualquer um poderia pensar estas coisas. Nem todos seguem
ideias até chegar a uma conclusão

> A famosa "idéia fixa" em geral é sintoma de algum transtorno obssessivo, e
ocorre comumente em pacientes com Autismo ou Síndrome de Asperger, que são
doenças provavelmente causadas por "defeitos" cerebrais inatos ou
adquiridos.

É exatamente assim. No entanto a ideia fixa nem sempre é patogênica. Só o é
quando implica algum sofrimento. Eu neste momento poderia criar uma ideia
fixa em quem leia este texto (algumas vezes funciona) se , por exemplo,
sugiro que o famoso Pensador de Rodin não está pensando e que, na verdade
está defecando. Muita gente me contou que sempre que se conecta de algum
modo com esta obra, surge a ideia de que está defecando. É uma ideia fixa,
desde o ponto de vista da psiquiatria.


> mas esta explicação tinha mais sentido na época vitoriana do que hoje.

Você poderia seguir afinando a pontaria se lê psicanálise. Se se da ao
trabalho de escrever na lista seus pensamentos é porque gosta, pelo menos de
combatê-la (uma paixão respeitavel e instrutiva). Se você melhora a pontaria
vai ver que a sexualidade a que Freud se refere não tem que ver estritamente
com o funcionamento, exibição ou ocultamento de orgãos ou ideias sexuais
explícitas.

A expressão mais adequada seria psico-sexualidade. Tem que ver com tudo o
que se relaciona com a economia do prazer em termos psicológicos. Os temas
estritamente sexuais são apenas um aspecto.

> menos pessoas reprimidas!! Os compulsivos sexuais só pensam naquilo,
embora pratiquem continuamente.

Este tipo de coisas nem sempre é patológico. Se seguir assim, lúcido, você
vai longe

[]´s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/03/2001 20:28

In Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>, Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
wrote

> Mas, afinal, por que as lembranças muito desagradáveis são >apenas
'bloqueadas' (retiradas da consciência, porém >mantidas na memória remota) e
não simplesmente >'apagadas'? Por que as conexões neurais responsáveis por
>essas lembranças simplesmente não se desfazem?

Concordo inteiramente com o que você diz. A memoria é uma função que serve
para manter o sentimento de identidade. Nós nos reconhecemos porque temos
constantemente a atividade dos registros passados. Este não só se mantem
ativos como também adquirem novos sentidos e podem enriquecer seus
significados ou empobrecê-los.

Nunca recordaremos um fato tal como sucedeu e nunca o contamos da mesma
maneira. Sempre interpretamos. Em certo sentido, não vivemos, somos vividos
por nossas interpretações. A neurose é simplesmente uma interpretação de uma
experiencia vivida. Não é nenhum fato "em si" o que provoca sintomas, são
sempre as interpretações.

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/03/2001 22:50


Na teoria aprendemos que o campo eletrico dentro de um corpo condutor em
equilibrio é zero.

Tal fato é facilmente demonstrado em laboratório, encostando qualquer
material condutor dentro do corpo mencionado e observando a não transferência
de cargas (sinal de que não há cargas em excesso naquele ponto)

A explicação para tal fato não sei ao certo. Então resumidamente venho neste
email perguntar :

Pq o campo elétrico no interior de corpos condutores (em equilibrio) é nulo ?


SUBJECT: Re: fisica quantica
FROM: ego_sun@brasilmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/03/2001 01:40

Olá! Olá Sérgio,

--- In ciencialist@y..., "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@h...> wrote:
> From: <ego_sun@b...>
>
>
> >Olá gentes,
>
> Olá
>
> >O que é possível dizer, de acordo com a MQ atual, a respeito da
idéia
> >de ondas-guia, ou seja, partículas que seriam orientadas, em seu
> >movimento, por um campo ondulatório, q daria origem à
interferência?
>
> Bom ,eu tive fora , mas se bem me lembro foste tu que colocaste
aquele link
> sobre partículas sem massa a orbitar em conjunto e tal e tal....
espero não
> em enganar ...


Bem, receio q tenha sido outro. :o)





>
> Tal como para isso a MQ tb não diz nada sobre ondas-guia.
> Sinceramente , acho que isso é apenas um nome para a função de onda
> associada à partícula

Não me recordo muito bem onde li esse termo. Foi em algum livro de
divulgação científica, creio. Acredito q o David Bohm falou algo
nesse sentido. Talvez o De Broglie.



> Basicamente é quebrar o ridículo da expressão partícula-onda,
quando toda a
> gente sabe que isso é irreal. Mais que não seja pelo próprio
Principio da
> Completividade. (aquele que diz que não é possível observa o efeito
onda e
> partícula simultaneamente )

A onda-guia e a partícula seriam, ambas, entidades reais, sendo a
primeira uma espécie de campo no qual a segunda se move. A grande
vantagem dessa imagem é que ela permite, ao menos como possibilidade,
manter a intuitividade da MQ, e abre caminhos de teorização a partir
dessa intuitividade. Trata-se, portanto, de uma interpretação das
equações e fenômenos quânticos.



>
> Quanto à ideia da onda fazer de trilha de trem ..ahumm...linha do
comboio...
> não me parece muito "físico" , mas pode funcional como modelo. Não
digo que
> não :-))
>

hehe. Acho q esse foi outro q mandou. :o)

[]´s

Ego




SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/03/2001 07:17

De: "Leonardo Stern" <roxo@jedi.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 28 de março de 2001 22:50
Assunto: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.


|
| Pq o campo elétrico no interior de corpos condutores (em equilibrio) é nulo ?
|

Olá Stern,
a resposta é: do mesmo modo que a camada de terra que envolve um corpo não participa do campo gravitacional para acelerá-lo. Explico melhor ... vamos fazer um buraco (túnel) na Terra, atravessando-a de 'lado a lado'. Pela boca do buraco abandona-se um corpo. Conforme o corpo vai caindo, sua aceleração vai diminuindo progressivamente e anula-se no centro da Terra; isso porque a massa que vai ficando para trás não participa mais do campo gravitacional. Para ler mais a respeito: www.feiradeciencias.com.br/sala18/index18.htm - 16 em 1 ... o MHS - veja 'gravitacional'.
O mesmo vale para o condutor eletrizado em equilíbrio eletrostático; em qualquer ponto do interior o campo devido ás cargas 'de um lado' anulam o efeito das cargas do outro.
Para a demonstração completa, basta pegar um ponto qualquer no interior e considerar um pequeno ângulo sólido definindo na superfície as áreas A e A' e as cargas q e q' nelas depositadas.
Como a simbologia fica 'ruim' aqui (os htm e anexos não são permitidos) e, se interessar, coloco essa demonstração no sitio provisório do Imperdível.

[]'
Léo
================
===========



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/03/2001 07:22

Ah! um detalhe sobre o tema:
Independentemente da demonstração 'rigorosa', pode-se pensar assim: se o campo no interior do condutor eletrizado em equilíbrio de cargas não fosse nulo, uma carga ali colocada sofreria a ação desse campo e aceleraria (movimento) ... o que não condiz com a hipótese de que as cargas estão em equilíbrio eletrostático em relação ao condutor.
[]'
Léo
==================
-----Mensagem Original-----
De: "Leonardo Stern" <roxo@jedi.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 28 de março de 2001 22:50
Assunto: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.


|
| Na teoria aprendemos que o campo eletrico dentro de um corpo condutor em
| equilibrio é zero.
|
| Tal fato é facilmente demonstrado em laboratório, encostando qualquer
| material condutor dentro do corpo mencionado e observando a não transferência
| de cargas (sinal de que não há cargas em excesso naquele ponto)
|
| A explicação para tal fato não sei ao certo. Então resumidamente venho neste
| email perguntar :
|
| Pq o campo elétrico no interior de corpos condutores (em equilibrio) é nulo ?
|
|
| &&& --- &&&
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| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
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|
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/03/2001 07:56

Leonardo Stern wrote:

> Na teoria aprendemos que o campo eletrico dentro de um corpo condutor em
> equilibrio é zero.
>
> Tal fato é facilmente demonstrado em laboratório, encostando qualquer
> material condutor dentro do corpo mencionado e observando a não transferência
> de cargas (sinal de que não há cargas em excesso naquele ponto)
>
> A explicação para tal fato não sei ao certo. Então resumidamente venho neste
> email perguntar :
>
> Pq o campo elétrico no interior de corpos condutores (em equilibrio) é nulo ?
>

O Leo eh a pessoa + indicada para responder mas eu posso arriscar
uma resposta :
Se o campo nao fosse nulo haveria movimentacao de eletrons na direcao do campo.
Senao existe esta movimentacao ( por estar em equilibrio ) eh pq o campo
eletrico eh nulo.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/03/2001 08:21

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Thursday, March 29, 2001 7:17 AM

Em resposta a:
> De: "Leonardo Stern"
> Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Enviada em: quarta-feira, 28 de março de 2001 22:50
> Assunto: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.

> > | Pq o campo elétrico no interior de corpos condutores (em equilibrio) é
> > nulo ?

> Olá Stern,
> a resposta é: do mesmo modo que a camada de terra que envolve um corpo não
> participa do campo gravitacional para acelerá-lo

Olá Stern e Léo

Exatamente. E isso acontece para todos objetos de prova sujeitos a forças do
tipo gravitacional (massas) ou elétrica (cargas elétricas). Como já disse e
demonstro isso em minha teoria, o elétron não é uma carga elétrica no
sentido de obedecer a lei de Coulomb. Logo, está sujeito a outros campos.
Logo, um elétron está sujeito a uma força eletromagnética quando situado no
interior de um condutor. Esta é uma das previsões da minha teoria e muito
fácil de ser demonstrada em laboratório para feixes de elétrons: Um feixe de
elétron ao trafegar no interior de uma "gaiola de Faraday" terá seus
elétrons sujeitos a uma força capaz de curvar a trajetória do feixe segundo
uma equação previsível por minha teoria, sendo suficiente o conhecimento da
geometria do condutor para o estabelecimento da equação. Essa experiência,
se efetuada, não apenas confirmará (ou falseará) a minha teoria como também
poderá falsear a teoria de Maxwell (em suas aplicações a partículas
elementares) assim como todas as teorias a que deu origem. Se algum físico
experimental estiver disposto a efetuar essa experiência estarei a
disposição para dar maiores informações, ainda que tudo o que possa afirmar
está descrito em meu Web. Nunca foi tão fácil encontrar tema para uma tese
ou, quem sabe, para algo mais.

Como vêem, a minha teoria faz previsões e é por isso que ela atormenta tanto
aqueles que passaram a vida estudando uma física que está com seus dias
contados. Dependendo do resultado das experiências a checarem essas
previsões eles não terão mais o que fazer a não ser enfiar a viola no saco
e/ou se aposentarem.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm

PS.: Ando sem tempo para comentar as msgs da ciencialist mas tenho lido a
maioria e percebo que a ciencialist funciona muito bem apesar de minha
ausência temporária. Parabens aos participantes ativos.



SUBJECT: Re: Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/03/2001 09:15

--- In ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
wrote:
> interior de um condutor. Esta é uma das previsões da minha teoria e
muito
> fácil de ser demonstrada em laboratório para feixes de elétrons: Um
feixe de
> elétron ao trafegar no interior de uma "gaiola de Faraday" terá seus
> elétrons sujeitos a uma força capaz de curvar a trajetória do feixe
segundo
> uma equação previsível por minha teoria, sendo suficiente o
conhecimento da
> geometria do condutor para o estabelecimento da equação. Essa
experiência,
> se efetuada, não apenas confirmará (ou falseará) a minha teoria como
também
> poderá falsear a teoria de Maxwell (em suas aplicações a partículas
> elementares) assim como todas as teorias a que deu origem. Se algum
físico
> experimental estiver disposto a efetuar essa experiência estarei a
> disposição para dar maiores informações, ainda que tudo o que possa
afirmar
> está descrito em meu Web. Nunca foi tão fácil encontrar tema para
uma tese
> ou, quem sabe, para algo mais.
>
> Como vêem, a minha teoria faz previsões e é por isso que ela
atormenta tanto
> aqueles que passaram a vida estudando uma física que está com seus
dias
> contados. Dependendo do resultado das experiências a checarem essas
> previsões eles não terão mais o que fazer a não ser enfiar a viola
no saco
> e/ou se aposentarem.
>


--------------------------------
Bom, acho q finalmente temos uma maneira pratica de acabar com
esta celeuma.
E, quem sabe, colocar o Brasil na capa da Nature de novo ? :-)

[]s
jocax







SUBJECT: Re: [ciencialist] Mudanças na Rotação e Translação da Terra?
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/03/2001 09:34

On Thu, 1 Mar 2001, felipediesel wrote:
> Estudo no 3º Ano do 2º Grau, e hoje na aula foi levantada uma questão:
> " Pode um meteoro alterar o movimento de rotação e/ou translação da
> Terra?
> Se sim, qual o tamanho de ]ste meteoro?

Existe um conceito físico chamado momento, que nada mais passa da massa
vezes a velocidade [p=m.v]. Esta é uma daquelas coisa magnificas que na
física se conservam [ex:energia, força, entropia...] dependendo da
situação.

A massa da Terra vezes a velocidade da Terra [M.V] mais a massa do meteoro
vezes a velocidade do meteoro [m.v] antes da aproximação [M.V+m.v] é igual
a M.V+m.v depois da interação entre os objetos celestes. A variação do
momento que cada um recebe é chamado de impulso [I=p'-p].

Se a Terra se move em uma determinada direção e sentido e o meteoro também
se move na mesma direção e sentido se aproximando da Terra por trás de seu
movimento, o meteoro vai ganhar velocidade devido ao impulso [variação do
momento, como a massa dos dois objetos não varia, o que vai mudar é a
velocidade] e a Terra vai perder velocidade [desprezível neste caso]. Note
que não importa a massa do meteoro, esta interação sempre vai acontecer.

Se o meteoro vier de encontro a Terra no sentido contrário, ele vai perder
velocidade e a Terra vai ganhar.

Isto é o que se chama de efeito estilingue. Foi usado pela NASA para
enviar sondas para outros planetas economizando combustível.

[]s

TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/03/2001 09:52

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
wrote:
> Leonardo Stern wrote:
>
> > Na teoria aprendemos que o campo eletrico dentro de um corpo
condutor em
> > equilibrio é zero.
> >
> > Tal fato é facilmente demonstrado em laboratório, encostando
qualquer
> > material condutor dentro do corpo mencionado e observando a não
transferência
> > de cargas (sinal de que não há cargas em excesso naquele ponto)
> >
> > A explicação para tal fato não sei ao certo. Então resumidamente
venho neste
> > email perguntar :
> >
> > Pq o campo elétrico no interior de corpos condutores (em
equilibrio) é nulo ?
> >
>
> O Leo eh a pessoa + indicada para responder mas eu posso arriscar
> uma resposta :
> Se o campo nao fosse nulo haveria movimentacao de eletrons na
direcao do campo.
> Senao existe esta movimentacao ( por estar em equilibrio ) eh pq o
campo
> eletrico eh nulo.
>

===============================
Aqui vai uma auto critica e uma duvida/conjectura ....

Minha sugestao nao "explica" pq o interior do condutor em
equilibrio tem campo zero. Ela mostra q o condutor em equilibrio
DEVE ter campo eletrico nulo.

Por outro lado eu estava me perguntando pq eu cometeria erro tao
grotesco....

E comecei a pensar na explicacao da casca de eletrons sobre a
superficie e pensei : esta casca de eletrons na superficie
faz o campo interiro ser nulo.. Mas o q levou os eletrons irem ateh
la? Ateh a superficie do condutor?
Por certo um campo eletrico.

Entao os eletrons devido ao campo repulsivo se espalharam pela
superficie ateh nao restar mais nenhum em seu interior.....

Se calcularmos o campo eletrico atraves dos elementos da superficie
ele se anula no interior... Esta eh a explicacao?

Mas se restassem 2 eletrons livres la dentro eles migrariam
para a superficie devido aa sua repulsao...

Mas se colocarmos apenas um eletron la dentro ele nao saira de la
pois as cargas em volta produzem campo zero
e nao existe outro eletron para expulsa-lo de la
Mas por outro lado este eletron emite um campo eletrico entao
podemos dizer q no interior de um condutor em repouso pode haver um
campo eletrico nao nulo causado por um unico eletron !!

[]s
jocax

PS1: Desculpem acho q estou pirando
Ps2: Isso sempre acontece qdo um fisico se metamorfosea para um
(pseudo) filosofo..













SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/03/2001 09:53

On Thu, 29 Mar 2001, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Exatamente. E isso acontece para todos objetos de prova sujeitos a forças do
> tipo gravitacional (massas) ou elétrica (cargas elétricas). Como já disse e
> demonstro isso em minha teoria, o elétron não é uma carga elétrica no
> sentido de obedecer a lei de Coulomb. Logo, está sujeito a outros campos.
> Logo, um elétron está sujeito a uma força eletromagnética quando situado no
> interior de um condutor. Esta é uma das previsões da minha teoria e muito
> fácil de ser demonstrada em laboratório para feixes de elétrons: Um feixe de
> elétron ao trafegar no interior de uma "gaiola de Faraday" terá seus
> elétrons sujeitos a uma força capaz de curvar a trajetória do feixe segundo
> uma equação previsível por minha teoria, sendo suficiente o conhecimento da
> geometria do condutor para o estabelecimento da equação. Essa experiência,
> se efetuada, não apenas confirmará (ou falseará) a minha teoria como também
> poderá falsear a teoria de Maxwell (em suas aplicações a partículas
> elementares) assim como todas as teorias a que deu origem. Se algum físico
> experimental estiver disposto a efetuar essa experiência estarei a
> disposição para dar maiores informações, ainda que tudo o que possa afirmar
> está descrito em meu Web. Nunca foi tão fácil encontrar tema para uma tese
> ou, quem sabe, para algo mais.

Poderia indicar um link para que eu possa dar uma olhada nisso com mais
carinho?

Não sei se existe alguma sutilidade aqui, mas aparentemente vc está
considerando a aceleração da gravidade [a não ser que eu esteja errado] e
neste caso os cientistas usam feixe de elétrons para se medir 'g'
justamente registrando a alteração da trajetória.

Mas mande o link, quero dar uma olhada.

[]s

TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Brasil testa genoma feito em Harvard
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/03/2001 10:06

Brasil testa genoma feito em Harvard

ISABEL GERHARDT
ENVIADA ESPECIAL A ANGRA DOS REIS ,
Um coleção com 23 mil clones (cópias) de leveduras, criada pelo
Instituto de Proteômica da Escola de Medicina Harvard (EUA), será
validada (sequenciada) pelo Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer,
em São Paulo.
As leveduras -fungos unicelulares que são modelo de estudo na biologia-
já tiveram seu genoma sequenciado, e cerca de 6.300 genes foram
identificados. O que o Ludwig irá fazer é checar se todos os genes estão
representados na coleção de 23 mil clones.
O banco foi criado na tentativa de estabelecer um sistema eficiente de
análise das proteínas de um organismo. Com a coleção, as sequências de
DNA correspondentes a todos os genes da levedura podem ser expressas
(ativadas) para a produção das proteínas.
A principal questão apresentada pelos pesquisadores na BIG Conference (o
nome abreviado em inglês da Conferência Internacional Brasileira do
Genoma), em Angra dos Reis (RJ), é justamente como achar genes de forma
eficiente nos genomas.
Como são as proteínas que realizam o "trabalho" celular, o interesse dos
cientistas começa a se voltar para o estudo de caracterização e função
dessas moléculas.
"As questões globais referentes às proteínas estão principalmente
relacionadas à localização, à estrutura tridimensional e a interações
entre essas moléculas", afirmou Joshua LaBaer, diretor do instituto de
Harvard. No entanto, estudar proteínas de uma maneira automatizada,
produzindo rapidamente muitos dados, é muito mais complicado do que o
sequenciamento de DNA.
Com o banco de clones, o pesquisador poderá buscar, de maneira rápida e
eficiente, proteínas de interesse que interajam com outras proteínas ou
com algum tipo de droga que ele queira testar.
No entanto, os genes dessa coleção precisam ser sequenciados para ver se
tudo está correto. Para fazer esse trabalho, Richard Kolodner,
pesquisador do Instituto Ludwig de San Diego, Califórnia, sugeriu que o
braço brasileiro da instituição fizesse esse trabalho.
Andrew Simpson, do Ludwig brasileiro, considera a participação uma porta
para uma futura participação do país na coleção de genes humanos.
LaBaer já está montando um banco com genes ligados ao câncer (já reuniu
1.500 genes), mas a idéia é chegar a todos os genes do homem, o que,
segundo ele, deverá levar mais quatro anos.







SUBJECT: Congresso americano quer proibir clonagem
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/03/2001 10:09

REPRODUÇÃO- Folha de São Paulo, 29 de março de 2001

Presidente também é contra

Congresso americano quer proibir clonagem
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Preocupados com os atuais esforços de cientistas para clonar seres
humanos, parlamentares norte-americanos pediram ontem ao Congresso que
proíba a prática nos EUA. O presidente George W. Bush também manifestou
vontade de trabalhar com os congressistas para impedir experimentos em
solo americano.

As declarações foram dadas durante uma reunião do Congresso, em
Washington.
A audiência reuniu os maiores defensores e críticos da clonagem humana.

"É nossa responsabilidade legislar para garantir que a clonagem humana
não seja aceita nos EUA", disse o democrata Peter Deutsch, no início da
reunião.

O Partido Republicano, de Bush, também se mostra contrário ao
procedimento. "A perturbadora evidência de defeitos, deformidades e
mortes observadas em clonagens animais deveriam servir como um claro
aviso", disse o republicano James Greenwood.

Bush se manifestou por meio de seu porta-voz, Ari Fleischer. "O
presidente se opõe à clonagem humana e trabalhará com o Congresso porque
considera que nenhum estudo que leve à criação de um ser humano deva ser
realizado nos Estados Unidos", disse.

Também estavam representados os grupos favoráveis à clonagem humana,
como Rael, líder de uma seita religiosa e da Clonaid, a primeira
companhia de clonagem humana. A empresa, que estima seu valor em US$ 100
milhões, pretende entrar no mercado de ações em breve. O grupo diz que
pretende clonar a criança morta de um casal em um laboratório secreto
nos EUA.

Panayiotis Zavos, pesquisador cipriota naturalizado americano que
anunciou, com um colega italiano, planos para a clonagem de seres
humanos, estava presente, e defendeu que sua técnica é segura. "Não
temos intenção de passar por cima de cadáveres ou bebês deformados para
fazê-lo", disse.

O grupo liderado por Zavos anunciou recentemente que realizará o
procedimento em um país do Mediterrâneo, mas o local exato permanece em
segredo.





SUBJECT: Re: Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Leonardo Stern" <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/03/2001 15:38


LS > Pq o campo elétrico no interior de corpos condutores (em
equilibrio) é nulo ?

Léo > vamos fazer um buraco (túnel) na Terra, atravessando-a de
'lado a lado'. Pela boca do buraco abandona-se um corpo. Conforme o
corpo vai caindo, sua aceleração vai diminuindo progressivamente e
anula-se no centro da Terra; isso porque a massa que vai ficando para
trás não participa mais do campo gravitacional.

[snip]

Léo > O mesmo vale para o condutor eletrizado em equilíbrio
eletrostático; em qualquer ponto do interior o campo devido ás cargas
'de um lado' anulam o efeito das cargas do outro.

No exemplo da Terra, a massa fica igualmente distribuida ao redor
centro anulando a força gravitacional que elas geram.

Na passagem de Terra para condutor eletrizado, entendi o porque do
campo nulo no centro. No entando ele é nulo em todo o interior.

Num condutor esférico, por exemplo, um ponto no interior do condutor
próximo á superfície externa teria um grupo de cargas mais proximas ao
ponto e outras mais distantes entretando o campo elétrico é nulo e é
isso que não entendo.

Outra questão : Por que os elétrons se distribuem apenas na superfície
externa do condutor se a maior distância possível entre eles seria uma
distribuição homogênea em todo o condutor.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/03/2001 16:20

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, March 29, 2001 9:15 AM
Subject: [ciencialist] Re: Duvida sobre condutores e campo eletrico.

> > Como vêem, a minha teoria faz previsões e é por isso que ela
> > atormenta tanto aqueles que passaram a vida estudando uma física que
> > está com seus dias contados. Dependendo do resultado das experiências a
> > checarem essas previsões eles não terão mais o que fazer a não ser
> > enfiar a viola no saco e/ou se aposentarem.

> --------------------------------
> Bom, acho q finalmente temos uma maneira pratica de acabar com
> esta celeuma. E, quem sabe, colocar o Brasil na capa da Nature de novo ?
> :-)
> --------------------------------

A coisa não é tão fácil assim. Já apresentei estas previsões para inúmeros
físicos experimentais, da Usp e da Unesp, que me deixaram falando sozinho.
Inclusive fiz uma palestra na Unesp (Bauru) há mais ou menos 7 anos e o
chefe do Departamento de Eletromagnetismo aparentou ficar deslumbrado com o
que ouviu. Solicitou-me mesmo que o ajudasse a orientar alunos de
pós-graduação que se interessassem pelo tema. Pouco após soube pelas más
línguas que ele foi proibido de prosseguir nesses estudos (parece-me que
iriam cortar todas suas verbas caso enfrentasse os leões que comandam as
agencias financiadoras de pesquisas na área de física). Aliás, a história é
bem mais comprida mas prefiro parar por aqui. O Secretário da Cultura de
Bauru da época, um físico amador, poderá confirmar ou não o que digo.
Aliás, toda a conversa com o chefe do Departamento de Eletromagnetismo foi
efetuada em sua presença, durante um jantar num restaurante da cidade.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/03/2001 16:20

----- Original Message -----
From: "Tarcisio Borges da Silva Jr."
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, March 29, 2001 9:53 AM
Subject: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.


> > Logo, um elétron está sujeito a uma força eletromagnética quando situado
> > no interior de um condutor. Esta é uma das previsões da minha teoria e
> > muito fácil de ser demonstrada em laboratório para feixes de elétrons:
> > Um feixe de elétron ao trafegar no interior de uma "gaiola de Faraday"
> > terá seus elétrons sujeitos a uma força capaz de curvar a trajetória do
> > feixe segundo uma equação previsível por minha teoria, sendo suficiente
> > o conhecimento da geometria do condutor para o estabelecimento da
> > equação.

> Poderia indicar um link para que eu possa dar uma olhada nisso com mais
> carinho?

O campo a que o elétron está sujeito no interior de uma casca condutora
*esférica* é dado pela equação 4.11 para r < R em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron/eletron421.htm . A
dedução começa em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron/eletron42.htm . A
força que age sobre "um" elétron é dada pela equação 4.15 em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron/eletron431.htm . Os
argumentos utilizados estão no artigo
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron/eletron0.htm ou, em
forma resumida, em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron2/eletronfismat1.htm

> Não sei se existe alguma sutilidade aqui, mas aparentemente vc está
> considerando a aceleração da gravidade [a não ser que eu esteja errado] e
> neste caso os cientistas usam feixe de elétrons para se medir 'g'
> justamente registrando a alteração da trajetória.

Não sei a que você se refere mas diria que os efeitos eletromagnéticos
esperados são tais que a aceleração da gravidade poderia no caso ser
considerada desprezível. Creio que a experiência que você cita não foi
realizada no interior de condutores carregados (gaiola de Faraday) e sim em
espaços onde os campos eletromagnéticos capazes de agir em elétrons são
realmente nulos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: [ciencialist] Formacao Academica & Misticismo
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/03/2001 17:24

Sergio Taborda escreveu:
>(por exemplo, pensar que a Astrologia é uma ciência, quando
todos os
>astrólogos e pessoas dentro do "ramo" sabem que isso não
e´verdade e
>referem-se a Astrologia como uma arte. Depois inventam-se
termos
>depreciativos tipo "pseudo-ciência" quando nunca ninguém
afirmou , sequer,
>algo semelhante.)

Apenas um comentário: das inúmeras pessoas que conheço e que
acreditam ou pelo menos consultam a astrologia, não conheço
nenhuma que trate a astrologia como arte. Todas,
invariavelmente, a chamam de ciência. Obviamente elas não
sabem o que é realmente uma ciência, mas isso não importa, o
efeito acaba sendo o mesmo. Até mesmo os astrólogos que vi
em entrevistas chamam a asrtologia de ciência. Na verdade,
nunca havia visto ninguém chamar a astrologia de arte.
Talvez tenha me faltado algum estudo mais profundo do
assunto, nunca vi estatísticas oficiais sobre isso. Mas
acredito que essa seja a situação da maioria do povo,
também. Portanto, creio que a maioria identifique a
astrologia como ciência, e não como arte. Mesmo que os
"entendidos" nela a considerem como arte.

Abraços,

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"Sometimes I worry about being a success in a mediocre
world." - Lily Tomlin




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/03/2001 18:07

> Num condutor esférico, por exemplo, um ponto no interior do condutor
> próximo á superfície externa teria um grupo de cargas mais proximas ao
> ponto e outras mais distantes entretando o campo elétrico é nulo e é
> isso que não entendo.
>

A maneira honesta de verificar isso e calcular o potencial eletrico em
qualquer ponto interior a esfera da maneira mais trabalhosa, ou seja,
integrando dq/|r-r0| onde r0 seria o vetor que liga o ponto a ser medido e a
origem do sistema e r -variavel a ser integrada quando escrevermos q(r)-
liga o ponto da superficie esferica e a origem.
Em qualquer superficie fechada, esta integral dara nula para r0 na
regiao interna. Uma maneira de se demonstrar isso eh via teorema de Gauss. A
outra, mais comlpicada porem mais direta, eh se integrar tudo usando angulo
solido.
O que acontece intuitivamente e o seguinte: Quando vc esta perto de um
canto da superficie ha cargas muito mais proximas do que outra que,
individualmente, sao responsaveis por um campo eletrico maior. Entretanto,
ha muito mais cargas (considerando que a carga ej discreta mas o raciocinio
eh o mesmo quando integramos dq) do outro lado, ou seja, contribuindo com
uma forca eletrica ou um campo eletrico no sentido oposto ao causado pelas
cargas mais proximas. Algebricamente falando, vc tera algo como n*N-N*n=0
onde N eh um numero muito maior que n. N pode ser associado a forca eletrica
de cada carga proxima e n ao numero de cargas proxima ou entao n pode ser
associado a forca eletrica de cada carga distante e N o numero de cargas
distantes (claro que nao se faz assim, o que interessa eh a integral mesmo).
Eh como se vc fizesse um cabo de guerra com 5 halterofilistas de um lado e
300 criancas de 10 anos do outro.

>
> Outra questão : Por que os elétrons se distribuem apenas na superfície
> externa do condutor se a maior distância possível entre eles seria uma
> distribuição homogênea em todo o condutor.
>

A maior distancia possivel entre eles de modo que a repulsao eletrica
seja a menor possivel eh quando eles estao de fato na superficie externa.
Faca as contas com 2, 3,4 e 5 cargas que vc vera que eh assim. Ha fatores
mais complicados envolvidos quando levamos em conta a estrutura atomica dos
condutores mas isso nao interessa muito agora.

Um abraco, Eduardo.



SUBJECT: God Game
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, despertar <despertar@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>, filosofia <filosofia@yahoogroups.com>, scientia_una <scientia_una@egroups.com>
DATE: 29/03/2001 18:20

A Electronic Arts está lançando no Brasil o mais
esperado game do gênero "God game" ("jogo de
deus") este ano. Nele, age como um ser supremo,
controlando a vida e os rumos de civilizações
inteiras. Black & White levou mais de três anos
para ser desenvolvido e traz conceitos novos e
originais para este tipo de game de estratégia.

Ver noticia em :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/213

Compare com o texto do simulador :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/39

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: Luis Roberto Brudna Holzle <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/03/2001 19:32

>Alberto escreveu:
> fcil de ser demonstrada em laboratrio para feixes de eltrons: Um feixe de
> eltron ao trafegar no interior de uma "gaiola de Faraday" ter seus
> eltrons sujeitos a uma fora capaz de curvar a trajetria do feixe segundo
> uma equao previsvel por minha teoria, sendo suficiente o conhecimento da
> geometria do condutor para o estabelecimento da equao. Essa experincia,
> se efetuada, no apenas confirmar (ou falsear) a minha teoria como tambm
> poder falsear a teoria de Maxwell (em suas aplicaes a partculas
> elementares) assim como todas as teorias a que deu origem. Se algum fsico
> experimental estiver disposto a efetuar essa experincia estarei a
> disposio para dar maiores informaes, ainda que tudo o que possa afirmar
> est descrito em meu Web. Nunca foi to fcil encontrar tema para uma tese
> ou, quem sabe, para algo mais.

Como seria esse experimento? Tem mais detalhes?
...
Fiquei curioso pq o laboratorio onde trabalho eh todo ele uma 'Gaiola de
Faraday'... apesar de que eh relativamente capenga... porque eh possivel
sintonizar radio e atender celular dentro do laboratorio. :)

Tbem lembrei que na epoca em que aconteceram as rebelioes organizadas
pelo PCC,
um fisico(?) sugeriu revestir os presidios com uma tela de metal para
bloquear o sinal de celular... hehehe... talvez essa seria uma boa
solucao para impedir as fugas. :)


Ateh mais.
Luis Brudna




SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/03/2001 20:45

Não sou físico e entendo pouco do assunto, mas, tentando usar um pouco do
que lembro do segundo grau, não seria por que os elétrons se repelem indo
todos para as partes mais exteriores do condutor?

Francisco


> Pq o campo elétrico no interior de corpos condutores (em equilibrio) é
nulo ?
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/03/2001 21:00


-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron" <dgueron@mailbr.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 29 de março de 2001 18:07
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre condutores e campo eletrico.


| > Num condutor esférico, por exemplo, um ponto no interior do condutor
| > próximo á superfície externa teria um grupo de cargas mais proximas ao
| > ponto e outras mais distantes entretando o campo elétrico é nulo e é
| > isso que não entendo.
| >
|
| A maneira honesta de verificar isso e calcular o potencial eletrico em
| qualquer ponto interior a esfera da maneira mais trabalhosa, ou seja,
| integrando dq/|r-r0| onde r0 seria o vetor que liga o ponto a ser medido e a
| origem do sistema e r -variavel a ser integrada quando escrevermos q(r)-
| liga o ponto da superficie esferica e a origem.
| Em qualquer superficie fechada, esta integral dara nula para r0 na
| regiao interna. Uma maneira de se demonstrar isso eh via teorema de Gauss. A
| outra, mais comlpicada porem mais direta, eh se integrar tudo usando angulo
| solido.

Há algum engano quanto á grandeza em questão; não se trata do * potencial elétrico* pois, para todo e qualquer condutor em equilíbrio eletrostático o potencial em qualquer ponto interno ou da superfície é o mesmo e é uma constante caracterísitica do condutor.
O contra argumento é simples; se houvesse qualquer diferença de potencial entre duas regiões quaisquer, as cargas ai existentes não poderiam estar em equilíbrio, pois pertenceriam a um condutor entre cujas extremidades há uma diferença de potencial e teríamos, como consequencia, uma corrente elétrica. Aliás, o conceito de equilíbrio é justamente a constância do potencial elétrico do condutor inteiro.

| O que acontece intuitivamente e o seguinte: Quando vc esta perto de um
| canto da superficie ha cargas muito mais proximas do que outra que,
| individualmente, sao responsaveis por um campo eletrico maior. Entretanto,
| ha muito mais cargas (considerando que a carga ej discreta mas o raciocinio
| eh o mesmo quando integramos dq) do outro lado, ou seja, contribuindo com
| uma forca eletrica ou um campo eletrico no sentido oposto ao causado pelas
| cargas mais proximas. Algebricamente falando, vc tera algo como n*N-N*n=0
| onde N eh um numero muito maior que n. N pode ser associado a forca eletrica
| de cada carga proxima e n ao numero de cargas proxima ou entao n pode ser
| associado a forca eletrica de cada carga distante e N o numero de cargas
| distantes (claro que nao se faz assim, o que interessa eh a integral mesmo).
| Eh como se vc fizesse um cabo de guerra com 5 halterofilistas de um lado e
| 300 criancas de 10 anos do outro.

Esse é exatamente o procedimento que se faz usando-se do ângulo sólido. Para um ponto P genérico no interior da esfera (onde podemos colocar uma carga de prova q) considere o ângulo sólido de abertura & com origem nele; ele delimita na superfícies as áreas A1 (á distância d1) e A2 (á distância d2) (d1 +d2 = R), com cargas Q1 e Q2 (em quantidades proporcionais ás áreas uma vez que a densidade superficial de carga é uma constante). Essas áreas, por sua vez, são diretamente proporcionais ao quadrado da distância até P, assim como as quantidades de cargas Q1 e Q2, como decorrência. As intensidades de campo, no interior, devido a essas cargas, em P são, por um lado proporcionais ás cargas e por outro lado inversamente proporcionais ao quadrado das distâncias. As forças sobre q, portanto, têm mesma intensidade e sentidos opostos, anulando-se.
Como isso vale para qqer par de regiões de a'reas A1 e A2 que se correspondem sob mesmo ângulo sólido, conclue-se pela nulidade do campo nos pontos do interior da esfera.

|
| >
| > Outra questão : Por que os elétrons se distribuem apenas na superfície
| > externa do condutor se a maior distância possível entre eles seria uma
| > distribuição homogênea em todo o condutor.
| >
|
| A maior distancia possivel entre eles de modo que a repulsao eletrica
| seja a menor possivel eh quando eles estao de fato na superficie externa.
| Faca as contas com 2, 3,4 e 5 cargas que vc vera que eh assim. Ha fatores
| mais complicados envolvidos quando levamos em conta a estrutura atomica dos
| condutores mas isso nao interessa muito agora.

Pleno acordo.


| Um abraco, Eduardo.
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/03/2001 21:07


-----Mensagem Original-----
De: "Leonardo Stern" <roxo@jedi.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 29 de março de 2001 15:38
Assunto: [ciencialist] Re: Duvida sobre condutores e campo eletrico.



LS > Pq o campo elétrico no interior de corpos condutores (em
equilibrio) é nulo ?

Léo > vamos fazer um buraco (túnel) na Terra, atravessando-a de
'lado a lado'. Pela boca do buraco abandona-se um corpo. Conforme o
corpo vai caindo, sua aceleração vai diminuindo progressivamente e
anula-se no centro da Terra; isso porque a massa que vai ficando para
trás não participa mais do campo gravitacional.

[snip]

###Para completar o [snip], considere que esse buraco não precisa passar pelo centro da Terra; pode cortar a Terra segundo qqer corda e o efeito continua válido. Acredito que vc não leu mesmo no Imperdível essa questão sobre o MHS que os corpos executam quando abandonados da boc desses buracos. Aliás, sob condições ideais, o tempo de percurso é o mesmo para qqer corda ou diâmetro, cerca de 42 minutos para atravessar o buraco. Para ir de sua casa a qqer lugar do mundo através de túneis escavados na Terra, em linha reta, o tempo é o mesmo.###


[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/03/2001 21:26


-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 29 de março de 2001 09:52
Assunto: [ciencialist] Re: Duvida sobre condutores e campo eletrico.
> O Leo eh a pessoa + indicada para responder mas eu posso arriscar
> uma resposta :
> Se o campo nao fosse nulo haveria movimentacao de eletrons na
direcao do campo.
> Senao existe esta movimentacao ( por estar em equilibrio ) eh pq o
campo
> eletrico eh nulo.
>
==============================
Jocax chega ao extremo de 1 elétron:
===============================
Aqui vai uma auto critica e uma duvida/conjectura ....

Minha sugestao nao "explica" pq o interior do condutor em
equilibrio tem campo zero. Ela mostra q o condutor em equilibrio
DEVE ter campo eletrico nulo.

###Na falta de outra prova melhor, não há dúvida de que esse DEVE seria perfeitamente aceito. Isso é um tratamento muito utilizado em geometria, por exemplo. Acredito até, que antes da demonstração de Newton de que toda a massa da Terra, para efeito de cálculo de campo no exterior, podia ser concentrada no centro, a 'demonstração aceita por Franklin e demais era essa mesmo!###

Por outro lado eu estava me perguntando pq eu cometeria erro tao
grotesco....

###Não foi erro grotesco. Erro grotesco seria indicar para a nulidade do campo no interior, a presença de ectoplasma, cuja ação elástica expulsaria o campo para fora.###

E comecei a pensar na explicacao da casca de eletrons sobre a
superficie e pensei : esta casca de eletrons na superficie
faz o campo interiro ser nulo.. Mas o q levou os eletrons irem ateh
la? Ateh a superficie do condutor?
Por certo um campo eletrico.

###Não entendi essa interrogação "Ateh a superficie do condutor?" mas, com certeza, quem leva essas cargas lá não é um campo elétrico e sim a força do operador. Vejamos; a esfera está neutra e vc encosta nela uma esferinha de prova eletrizada que lhe confere a pequena carga q. Agora ela tem uma carga q, a próxima, para chegar lá tem que vencer as forças de campo de repulsão dessa primeira carga q (e quem faz isso é o operador --- aliás, o trabalho 'gasto' por ele será armazenado como energia potencial elétrica na esfera!). Cada vez fica mais complicado acrescentar novos q na esfera ... por isso o amigo Franklin inventou a técnica do balde!###


Entao os eletrons devido ao campo repulsivo se espalharam pela
superficie ateh nao restar mais nenhum em seu interior.....

Se calcularmos o campo eletrico atraves dos elementos da superficie
ele se anula no interior... Esta eh a explicacao?

### sim###

Mas se restassem 2 eletrons livres la dentro eles migrariam
para a superficie devido aa sua repulsao...

Mas se colocarmos apenas um eletron la dentro ele nao saira de la
pois as cargas em volta produzem campo zero
e nao existe outro eletron para expulsa-lo de la

### e tb vc não poderá detetá-lo. Parece simples a idéia prática de colocar um só eletron la dentro, como pegá-lo, com uma pinça? O próprio ar atmosférico ao redor da experiência tem zilhões de elétrons saltitantes, há uma flutuação enorme, o próprio campo elétrico terrestre local garante essa flutuação. A idéia teórica é interessante ... na prática............###

Mas por outro lado este eletron emite um campo eletrico entao
podemos dizer q no interior de um condutor em repouso pode haver um
campo eletrico nao nulo causado por um unico eletron !!

# Teóricamente, em condições esdruxulantemente complicada, concordo com vc.#

[]'
Léo


[]s
jocax

PS1: Desculpem acho q estou pirando
Ps2: Isso sempre acontece qdo um fisico se metamorfosea para um
(pseudo) filosofo..













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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/03/2001 21:35


> Acredito que vc não leu mesmo no Imperdível essa questão
> sobre o MHS que os corpos executam quando abandonados da boc desses
> buracos.

Hehehe .. nao mesmo
Vou ler imediatamente !
Adianto que entendi a questao do campo nulo no interior dos condutores.
Agradeco a todos que ajudaram ou tentaram ajudar :)



> Aliás, sob condições ideais, o tempo de percurso é o mesmo para
> qqer corda ou diâmetro, cerca de 42 minutos para atravessar o buraco. Para
> ir de sua casa a qqer lugar do mundo através de túneis escavados na Terra,
> em linha reta, o tempo é o mesmo.###

E sem gastar uma gota de petroleo.
Poderiamos ter um servico de entrega de correios (ou pizza) automatizado e
eficiente.
Nao esquecendo que sempre ia ter algum desavisado jogando lixo no tunel
achando que vai cair em outro pais (preferencialmente a china)

Claro que desconsiderando os custos, requisitos tecnologicos , consequencias


SUBJECT: Re: [ciencialist] Formacao Academica & Misticismo
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/03/2001 22:37

> Sergio Taborda escreveu:
> >(por exemplo, pensar que a Astrologia é uma ciência, quando
> todos os
> >astrólogos e pessoas dentro do "ramo" sabem que isso não
> e´verdade e
> >referem-se a Astrologia como uma arte. Depois inventam-se
> termos
> >depreciativos tipo "pseudo-ciência" quando nunca ninguém
> afirmou , sequer,
> >algo semelhante.)
>

É mesmo! A astrologia é uma arte. Quem, senão verdadeiros artistas, seriam
capazes de inventar tanto e fazer com que as pessoas acreditem? Astrologia
não é para qualquer um, afinal de contas, "leitura fria" é uma arte. Mas
ainda resta uma dúvida conceitual. A pintura é, por exemplo, a arte de
pintar; e a astrologia seria a arte de que? De enganar? De inventar?
Se astrologia é mesmo uma arte, meu oscar vai para Mãe Diná.

[ ]'s
Raul

"Una opinión equivocada puede ser tolerada donde la razón es libre de
combatirla".
Thomas Jefferson





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/03/2001 01:12

Luiz Ferraz Netto wrote:

> -----Mensagem Original-----
> De: "Eduardo Gueron" <dgueron@mailbr.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Enviada em: quinta-feira, 29 de março de 2001 18:07
> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre condutores e campo eletrico.
>
> | > Num condutor esférico, por exemplo, um ponto no interior do condutor
> | > próximo á superfície externa teria um grupo de cargas mais proximas ao
> | > ponto e outras mais distantes entretando o campo elétrico é nulo e é
> | > isso que não entendo.
> | >
> |
> | A maneira honesta de verificar isso e calcular o potencial eletrico em
> | qualquer ponto interior a esfera da maneira mais trabalhosa, ou seja,
> | integrando dq/|r-r0| onde r0 seria o vetor que liga o ponto a ser medido e a
> | origem do sistema e r -variavel a ser integrada quando escrevermos q(r)-
> | liga o ponto da superficie esferica e a origem.
> | Em qualquer superficie fechada, esta integral dara nula para r0 na
> | regiao interna. Uma maneira de se demonstrar isso eh via teorema de Gauss. A
> | outra, mais comlpicada porem mais direta, eh se integrar tudo usando angulo
> | solido.
>
> Há algum engano quanto á grandeza em questão; não se trata do * potencial elétrico* pois, para todo e qualquer condutor em equilíbrio eletrostático o potencial em qualquer ponto interno ou da superfície é o mesmo e é uma constante caracterísitica do condutor.
> O contra argumento é simples; se houvesse qualquer diferença de potencial entre duas regiões quaisquer, as cargas ai existentes não poderiam estar em equilíbrio, pois pertenceriam a um condutor entre cujas extremidades há uma diferença de potencial e teríamos, como consequencia, uma corrente elétrica. Aliás, o conceito de equilíbrio é justamente a constância do potencial elétrico do condutor inteiro.

Nao entendi o erro.. De qualquer maneira, lembre-se que a integral a que me refiro serve para calcular o potencial eletrostatico e o seu resultado sera nulo entretanto, eh bom que se diga que sempre se pode somar uma constante diferente de zero a um potencial e o resultado fisico sera exatamente o mesmo quando essa constante for somada em todo o espaco ja que a corrente e o campo eletrico dependem de derivadas do potencial. Enfim, 0 ou constante eh apenas uma convencao. O que importa e a DDP.
Se vc convenciona que o potencial do condutor eh 10V, o potencial interior da superficie sera tb 10V. Mas nada impede que vc assuma como 0 o potencial do condutor, isso eh so uma convencao.
Ademais, Integral de 0=constante arbitraria.

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/03/2001 10:17

----- Original Message -----
From: "Luis Roberto Brudna Holzle" <lrb@if.ufrgs.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, March 29, 2001 7:32 PM
Subject: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.

> >Alberto escreveu:
> > fácil de ser demonstrada em laboratório para feixes de elétrons: Um
> > feixe de elétron ao trafegar no interior de uma "gaiola de Faraday" terá
> > seus elétrons sujeitos a uma força capaz de curvar a trajetória do feixe
> > segundo uma equação previsível por minha teoria, sendo suficiente o
> > conhecimento da geometria do condutor para o estabelecimento da equação.

> Como seria esse experimento? Tem mais detalhes?

Em teoria a coisa é muito simples. Imagine um feixe de elétrons evoluindo em
direção a uma casca condutora carregada com carga positiva e dotada de um
orifício A e tal que os elétrons penetrem por esse orifício. O orifício é de
tamanho suficiente para que não haja difração considerável do feixe. Após
entrarem no espaço envolvido pela casca condutora os elétrons, em
concordância com a teoria de Maxwell, não estarão mais sujeitos a nenhum
campo eletromagnético, sendo de se esperar uma trajetória retilínea como
mostrado na figura gif em anexo (estando conectado à Internet clique em
http://sites.uol.com.br/albmesq/trajet.gif ). Ou seja, de acordo com a
teoria de Maxwell o feixe de eletrons deverá sair da casca condutora pelo
ponto A', o que pode registrado num anteparo adequado. Pela minha teoria os
elétrons estarão sujeitos a um campo eletromagnético diferente de zero e
portanto sairão por outro ponto B'. Este ponto B' de saída é previsível pela
teoria e pode ser calculado desde que se conheça a carga da casca condutora
carregada e a geometria desta casca, pois com esses dados é possível
calcular-se o campo que, pela teoria de Maxwell, não existiria.

Creio que a casca condutora mais propensa para um teste seria cilíndrica e
os detalhes experimentais seriam muito parecidos com aqueles utilizados na
experiência de Thomsom.

O Assis da Unicamp também prevê um campo diferente de zero porém não conheço
detalhes de sua teoria, sinto que ela é totalmente diferente da minha e não
sei se ele consegue fornecer detalhes do cálculo da trajetória.

> Fiquei curioso pq o laboratorio onde trabalho eh todo ele uma 'Gaiola de
> Faraday'... apesar de que eh relativamente capenga... porque eh possivel
> sintonizar radio e atender celular dentro do laboratorio. :)

Se for verdade, não sei se a carga envolvendo o laboratório seria suficiente
para criar um campo considerável a agir sobre elétrons (mas não sobre cargas
elétricas).

Ao que parece esse campo da minha teoria já foi detectado em determinadas
condições mas permanece como um dos mistérios do eletromagnetismo, do tipo
daqueles que costumam dizer que a física clássica não explica (efeito
Aharonov-Bhom, etc). Há alguns anos atrás encontrei um engenheiro da Philips
que se interessou pelo assunto pois achava ser possível explicar, com a
minha teoria, algumas imagens fantasmas observadas em tubos de raios
catódicos. Como não sou especialista no assunto, fiquei aguardando um novo
pronunciamento e deixei a coisa no ar. Esse engenheiro era alemão em visita
ao Brasil e não tive mais notícias dele.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: En: SÍNDROME DE ASPERGER
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/03/2001 12:19

Nova pagina 1Tem quem invente tese de todo tipo...

Sheila.


----- Original Message -----
From: Claudius
To: mailto:Undisclosed-Recipient:@parkinson.uol.com.br
Sent: Friday, March 30, 2001 10:26 AM
Subject: SÍNDROME DE ASPERGER


http://www.cnnbrasil.com/2001/saude/03/28/calculobiliar/index.html
SÍNDROME DE ASPERGER
Doença mental pode estar associada aos hackers, afirmam psicólogos
M.J. Zuckerman

Temple Grandin relembra a sensação de reconhecimento que a atingiu quando assistiu a uma entrevista do notório hacker Kevin Mitnick ao programa de televisão "60 Minutes", cerca de um ano atrás.

Os telespectadores casuais podem ter reparado nos maneirismos de Mitnick -uma dificuldade de se acomodar, sua incapacidade de encarar as pessoas nos olhos, a formalidade problemática de sua dicção, seu obsessivo interesse por tecnologia- mas Grandin percebeu algo mais: possíveis sinais de SA, ou Síndrome de Asperger.

Grandin, uma professora de Ciências Animais na Universidade Estadual do Colorado e autoridade internacionalmente respeitada sobre a indústria da carne bovina, é talvez a mais famosa vítima da SA no mundo. Ela reconheceu os traços exibidos por Mitnick como típicos da síndrome, um distúrbio recentemente identificado e associado estreitamente ao autismo.

Grandin, Mitnick e diversos importantes pesquisadores médicos alegam que existem evidências suficientes para perguntar se a SA poderia ser um indicador de que uma criança corre o risco de se tornar hacker.

"Não acredito que a SA possa ser descrita como a doença dos hackers", diz Grandin, professora e objeto de estudos nas comunidades relacionadas ao autismo e à SA, e freqüente porta-voz de grupos de pacientes. "Existe muita gente que sofre de SA e trabalha duro e de maneira produtiva. Mas eles se sentem atraídos pelos computadores e, se não tiverem orientação cuidadosa, suponho que uma carreira como hacker possa começar".

O próprio Mitnick veio a suspeitar que poderia estar sofrendo de SA quando o Serviço Federal de Investigações (FBI) o perseguia em uma caçada cibernética nacional em 1995.

"Depois que fui detido, encontrei um hacker britânico que me disse que tinha a SA: pessoas que não são muito boas em relacionamentos sociais, mas são ótimas com números, ótimas em se concentrar em um problema por um período de tempo muito longo", diz Mitnick, que agora saiu da prisão e se arrepende por ter invadido numerosas redes corporativas de computação. (Ele contesta as alegações governamentais de que causou danos da ordem de US$ 300 milhões (R$ 630 milhões), no entanto.)

"Da forma como o hacker descreveu a doença, percebi que estava descrevendo a mim. Quando mais pensava nisso, mais a descrição parecia se enquadrar aos hackers", diz.


Ligação entre hackers e SA: não comprovada

Não foram realizadas até hoje pesquisas sobre uma possível conexão entre a SA e os hackers; os psiquiatras e outros especialistas em SA abordados quanto à possibilidade parecem divididos.

Peter Szatmari, psiquiatra clínico da Universidade McMaster, do Canadá, rejeita a idéia: "Não conheço ninguém que seja um hacker, e não conheço nenhum garoto com síndrome de Asperger que seja hacker, ou tenha sequer tentado".

Na verdade, Szatmari e outros ressaltam que os pacientes da SA são profundamente honestos e respeitadores da lei, ao ponto do exagero.

Mas isso ocasionalmente os faz agir contra aquilo que vêem como injustiças e a assumir o crédito por suas ações, como os hackers que defendem suas ações de invasão de redes com a alegação de que estão testando maus sistemas de segurança, e não tentando lucrar com o roubo de dados, dizem especialistas.

John Ratey, professor associado de psiquiatria na Escola de Medicina de Harvard, diz que é provável que exista uma conexão entre a SA e os hackers. "Posso ver claramente a conexão entre os hackers e os nerds", diz Ratey, autor de "A User's Guide to the Brain" ["Guia do Usuário Para o Cérebro"].

E o psiquiatra Simon Baron-Cohen, da Universidade de Cambridge, um importante pesquisador da SA, diz que os traços compartilhados entre os pacientes da síndrome e os hackers são óbvios demais para que sejam rejeitados.

"É justo propor uma conexão especulativa, mas até agora não tivemos estudos reais dos hackers e SA", diz. "Não tive hackers em minha clínica. Mas os pacientes de SA se sentem confortáveis usando computadores. Passam quase todo o seu tempo livre ao computador. No geral, viciam-se em computadores".

Capacidades matemáticas e de engenharia são comuns entre os pacientes que sofrem de autismo ou SA, ambos distúrbios genéticos. O estudo de Baron-Cohen sobre famílias com história de autismo ou SA encontrou duas vezes mais parentes imediatos (pais, irmãos e avós) engenheiros do que a média entre a população geral.


"Autismo leve"

A síndrome de Asperger foi formalmente reconhecida como doença pela Associação Psiquiátrica Norte-Americana em 1994, 50 anos depois que o médico austríaco Hans Asperger a identificou em crianças com capacidades sociais e de comunicação reduzidas.

Grandin, 53, foi diagnosticada como autista altamente inteligente na infância, Nos últimos 10 anos, porém, as comunidades médicas européia e norte-americana vieram a reconhecer que aquilo que há muito viam como uma forma amena de autismo era de fato um distúrbio diferente. Grandin e outros tiveram seu diagnóstico alterado para SA, o que os tornava capazes de aprender a funcionar socialmente a despeito de sintomas semelhantes aos do autismo.

Hoje, uma em cada mil crianças é supostamente autista. A síndrome de Asperger, muitas vezes descrita como "uma síndrome paralela", ou "autismo leve", aconteceria em uma de cada 200 crianças.

Tipicamente, os pacientes de SA são inteligentes, se bem que não necessariamente brilhantes. E embora sejam mais capazes socialmente do que os autistas, continuam incomodamente concentrados em si mesmos.

De acordo com alguns relatos, Albert Einstein mostrava sinais de autismo ou SA. O pintor Vincent van Gogh e o filósofo Ludwig Wittgenstein foram mencionados em contexto semelhante, na literatura popular bem como em pesquisas médicas.

Mas tentar vincular os hackers, uma forte cultura online com numerosos defensores, a uma condição médica é um território espinhoso, e repleto de potencial para estereótipos injustos. É seguro alegar que nem todos os pacientes de SA serão hackers, e nem todo hacker uma vítima da SA.

Além disso, o termo hacker em si é usado de forma incorreta, dizem os especialistas. Nem todo hacker é criminoso; a maior parte deles são pessoas com inclinações experimentais. Quando cruzam intencionalmente a fronteira do crime, com a intenção de roubar ou danificar sistemas, são considerados "crackers" e não hackers. Os hackers são os que têm probabilidade maior de ter características de SA.

O Laboratório de Comportamento do FBI, em Quantico, Virgínia, é renomado por seu estudo de personalidades criminosas, estabelecendo "perfis" padronizados para terroristas, incendiários, assassinos seriais, seqüestradores e espiões. Mas não produziu ainda um "perfil de hacker", dizem seus funcionários.

De fato, de acordo com diversas autoridades, não existe um perfil único de hacker. Donn Parker, autor de "Fighting Computer Crime" ["Combatendo o Crime de Computador"], entrevistou mais de 200 criminosos da computação ao longo de 30 anos de estudos sérios e tem alguma idéia quanto aos traços comuns dos hackers.

É um erro presumir que todos eles se enquadrem em um tipo de personalidade ou distúrbio, acautela Parker.

"A cada vez que você pensa que obteve um perfil definitivo, a entrevista seguinte desmantela a idéia", diz.

Mas depois de ler algumas das pesquisas médicas sobre a SA, diz Parker, ele concluiu que existem "semelhanças significativas" entre a SA e muitos dos hackers que entrevistou -"particularmente os traços sociais de falar alto demais, não esperar por uma pausa na conversação antes de interferir ou aparentemente não se incomodar quanto à compreensão do outro sobre o que está sendo dito", afirma.

Terry Gudaitis, especialista em perfis virtuais na Predictive Systems, de Reston, Virgínia, concorda em que existem semelhanças, mas diz que elas são insuficientes para estabelecer a SA como indicação de comportamento criminal.

"Tenho problemas quanto a esse salto gigantesco" de vincular alguém que gosta de fuçar em computadores ao mundo do crime computadorizado, diz ela.


Orientação é crucial

Existe um acordo geral, no entanto, de que tanto a SA quanto os hackers possam ser tratados por meio de orientação -identificação das crianças expostas, auxílio para que comprendam as regras adequadas de conduta e explicação de que assim que cruzarem a fronteira entre hacker e cracker, o fato de que são portadoras da SA ou qualquer alegação de que o que fizeram era uma simples brincadeira não as isentará de uma sentença de prisão.

Grandin muitas vezes deu palestras sobre a necessidade de orientar as crianças com SA a escolher carreiras que ressaltem seus pontos fortes, particularmente a programação de computadores.

"Elas precisam de mentores no mundo real", diz Grandin. "E, pelo amor de Deus, precisamos fazer alguma coisa sobre a provocação, a tortura terrível que essas crianças enfrentam por serem diferentes".

Ratey ressalta que as crianças se tornam vítimas porque não se enquadram. "Jamais decoraram o roteiro da vida cotidiana", diz.

"Existe uma necessidade de que elas tenham interação e recebam instruções de um mentor sobre como serem sociáveis, e o que social quer dizer".

No final, diz ele, essa pode ser a maneira mais efetiva de "compensar o comportamento aberrante que causa toda espécie de problema a essas pessoas".


Traços comuns de comportamento entre os hackers de computadores e os portadores da síndrome de Asperger:

- Baixa capacidade social; evitar contato ocular; crianças solitárias e ridicularizadas.

- Falar alto demais, rápido demais, com voz enfadonha, sem se incomodar com que os estejam ouvindo ou não.

- Incapacidade de ler sinais sociais, expressões sociais ou linguagem corporal. - Movimentos persistentes e repetitivos -por exemplo, balançar o corpo quando sentados.

- Facilmente distraídos, dificuldade para retomar a concentração; tipicamente fracos quanto a múltiplas tarefas, ainda que capazes de se concentrar por muito tempo em um problema técnico.

- Muitas vezes colecionadores de coisas esquisitas e afeitas aos seus interesses técnicos.

- Capacidade excepcional de memorizar longas séries de números.

"Eu não tenho uma agenda de telefones", diz Kevin Mitnick, condenado como hacker por invadir diversas redes de computadores empresariais. "Se disco um número uma vez, o lembro para sempre".

Tradução: Paulo Migliacci

www.soropositivo.org

"um país capaz de colocar um presidente nas ruas tem que ser capaz de tirar suas crianças delas"



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/03/2001 12:29

On Thu, 29 Mar 2001, Alberto Mesquita Filho wrote:
> > > Logo, um elétron está sujeito a uma força eletromagnética quando situado
> > > no interior de um condutor. Esta é uma das previsões da minha teoria e
> > > muito fácil de ser demonstrada em laboratório para feixes de elétrons:
> > > Um feixe de elétron ao trafegar no interior de uma "gaiola de Faraday"
> > > terá seus elétrons sujeitos a uma força capaz de curvar a trajetória do
> > > feixe segundo uma equação previsível por minha teoria, sendo suficiente
> > > o conhecimento da geometria do condutor para o estabelecimento da
> > > equação.
> > Poderia indicar um link para que eu possa dar uma olhada nisso com mais
> > carinho?
> http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron/eletron0.htm
> Alberto


Eu na verdade queria dar uma olhada no esquema da experiência proposta e
as suas conclusões para esperar uma mudança na trajetória que não é
esperada na teoria clássica. Dependendo da situação eu até posso tentar
montar o experimento.

Não consegui encontrá-la nos links que vc enviou.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re:Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/03/2001 12:42

>>Andr wrote:
>
>
>> Acho que existe uma grande diferena entre reprimir, por exemplo, o
>impulso
>> sexual, e reprimir uma memria perdida no tempo. Enquanto reprimir
>impulsos
>> requer um esforo constante, j que o impulso est sempre renascendo, no
>> vejo como o mesmo raciocnio pode se aplicar a uma lembrana ou memria.
>> Duvido que o esquecimento voluntrio de uma memria desagradvel possa
>> causar algum transtorno psquico, como uma neurose. >
>

Marco Andrade:

>
>Eu no sei do que voc est falando. As palavras "represso" ou "recalque" ,
>alm de conceitos psicanalticos pertencem ao vacabulario comum. O ltimo
>termo pode at ter conotaes hidrulicas.

Milhares de palavras da lingua portuguesa tem mais de um sentido, mas geralmente isso no causa nenhum problema de comunicao, j que o sentido das palavras costuma ser definido pelo contexto. Eu no sabia que "recalque" tem conotaes hidrulicas, mas pelo contexto evidente que no neste sentido que esta palavra est sendo usada. Se voc no sabe do que eu estou falando, pergunte, que eu tentarei esclarecer o que falei com outras palavras.
>
>Em psicanlise se referem a um conceito puramente terico, relacionado com a
>explicao da causa da interrupo da livre associao do paciente, dentro
>da sesso analtica. Fora deste contexto, a psicanlise no tem nada que
>dizer.

Eu no sou psicanalista, e este no frum especfico de psicanlise. Aqui discute-se qualquer coisa, inclusive temas altamente abstratos como mecnica quntica, gentica, etc, em linguagem comum, sem a necessidade de se apelar para o jargo tcnico. Se at a mecnica quntica pode ser razoavelmente explicada em bom portugus, porque no podemos discutir temas psicanalise sem apelar para o jargo?

Represso tem um correlato clnico observavel. Qualquer pessoa que
>trate de investigar psicanaliticamente a um paciente em sesso, notar que a
>associao, depois de certo tempo, se detm inexoravelmente.
>
>Este fenmeno foi chamado "resistencia". Se o analista no conversa com o
>paciente sobre o tema, a associao no segue, ou muda de rumo. Depois de
>varias tentativas frustradas de analisar, o paciente se cansa e vai embora.
>Se o analista se interessa e tratam de resolver o impasse, a anlise
>prossegue.
>

Ningum estava falando sobre "resistncia" ou "psicanlise". Estavamos falando sobre a possibilidade ou no de se esquecer ou no alguma coisa, um fato ou uma idia, de maneira voluntria.


>Freud recorreu a uma teoria para explicar a resistencia. Surgiu o conceito
>puramente terico de represso. um caso anlogo ao do famoso "stress". Seu
>inventor, Hans Selye postulou uma entidade terica com tanto poder de
>explicao, que as pessoas aceitaram sem tanta crtica. Hoje, como aconteceu
>com a psicanlise, o uso do termo se popularizou e todos o usam de qualquer
>geito, com qualquer significao. A essa altura da partida devem existir
>mais de 20 ideias sobre o que seja stress, totalmente diferentes da
>original. S alguns podem aproveitar o conceito para fazer algo til para as
>pessoas. O termo serve at para a medicina alternativa.
>
>No posso entender o que algumas pessoas pensam quando usam palavras que
>pertencem ao vocabulario psicanaltico para dizer que realizam terapias com
>vidas passada (sic). Vejo que as pessoas tomam palavras e contam qualquer
>conto e fazem versos e trovas.

Quem falou sobre vidas passadas?

>
> bem possivel que voc at tenha razo sobre a sua represso.


Qual a minha "represso"? Estvamos discutindo se memrias podem ou no ser apagadas do crebro de maneira voluntria, e como isso pode ocorrer. A psicanlise entrou na histria apenas por acaso. Se voc quer
defender a psicanlise, tem que fazer isso usando argumentos externos a mesma.

>>Psicanaliticamente, s concordo com alguns retalhos dos seus argumento.

Quais? Porqu? Esclarea por favor, porque eu no posso responder a uma acusao to vaga.


[]s

Andr




SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalques, abusos sexuais, Psicanálise e Homeopatia
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/03/2001 13:55

In ciencialist@yahoogroups.com, Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
wrote:


> continuo afirmando que psicanalistas em sua maioria tem >uma grande
predisposição a aceitar aromaterapias, >cromoterapias e homeopatias.

Você esta enganado. A Asociação Psicanalitica Internacional, fundada por
Freud, reune mais de 10 000 psicanalistas que recebem, nas Associações
Membros, uma formação estritamente psicanalítica e existe, nestas
associações, nenhum psicanalista que aceitem estas coisas que você afirma.
Como pode ser que você, ignorando a população de psicanalistas, diga "a
maioria"? É simplesmente mentira.

Que qualquer um se entitule psicanalista, mesmo sem sê-lo, não o autoriza a
afirmar isto. Se no Brasil é assim, no resto do mundo não é. Eu lhe afirmo
que no resto do mundo ha mais analistas que no Brasil. Ninguem se importa
que qualquer um se entitule psicanalista, total, curar, qualquer um se mete
a fazer. Isso sim, os órgãos médicos perseguem os que se entitulam médicos
sem sê-lo. Pelos psicanalistas só se interessam os proprioo psicanalistas.

> Como terapia não passa de auto-ajuda, onde Hinnes >descreveu que
jamais foi provado que a Psicanálise trouxe >melhores resultados, no
objetivo que se propõe, do que as >outras formas de auto-ajuda

Os relatorios dos serviços de saúde dos EE.UU. não dizem isso. Se é o
paciente que conduz o processo, com a livre associação pode muito bem ser
auto-ajuda, talvez a única.

>Carl Sagan, em "O Mundo Assombrado pelos >Demônios", no capítulo
intitulado "Terapia" (pág. 154):

Sagan não fala contra a psicanálise. Citá-lo como exemplo é duplamente
falacioso. Não se deve inventar. Inferir é arriscado.

> "A Psicanálise não é uma profissão muito autocritica, mas pelo menos
muitos de seus profissionais tem o título de mestre"...

Esta é outra afirmação falsa e falaciosa. Todo encontro analítico se faz com
supervisão clínica (ampla discussão de casos). Afirmo do mesmo modo que
você. Convido visitar uma Associação Psicanalítica filiada à Internacional
(só para ver como se discute).

> "A maioria desses terapeutas afirma que sua responsabilidade não é
questionar, ser cético ou levantar dúvidas, mas dar apoio a seus pacientes.
O que quer que seja apresentado, por mais bizarro que pareça, é aceito".

A única coisa errada que você afirmou é a palavra "aceito". Se você disser
"analisado", estou de acordo. É muito diferente de ser aceito.

> Quando duvidei da realidade das lembranças, ele insistiu que >eram
verdadeiras. Não apenas insistiu que eram verdadeiras, >ele me informou que
se >eu quisesse melhorar, deveria não >só aceitá-las como reais, mas também
me lembrar de todas
> elas".

Não sei porque sempre que alguem diz terapeuta, se lê psicanalista. Isto que
foi dito acima não é psicanálise. Afirmar que é não passa de falta de
informação (para não dizer ignorancia) ou má fé.

> Sei que o fato de que a maioria dos Psicanalistas são inclinados à
outras teorias pseudocientíficas e místicas,

Lá vem você com a maioria novamente. Parece crença.

> Não é de se pensar?

Mais que afirmações de um ressentido que escreveu um livro contra a
psicanálise, não vejo nada que signifique pensar cientificamente. Quero ver
um argumento psicanalítico discutido. Mais, estou disposto a discutir e
aceitar as conclusões.

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalques, abusos sexuais, Psicanálise e Homeopatia
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/03/2001 13:56


----- Original Message -----
From: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, March 27, 2001 5:08 PM
Subject: [ciencialist] Recalques, abusos sexuais, Psicanálise e Homeopatia


> Amigo Manuel Bulcão:
>
> >> Pelo fato de seduzir tantos espíritos crentes, religiosos
> >> e supersticiosos, tanto quanto a psicanálise, não seria a
> >> física moderna nada mais que uma mística, uma
> >> pseudociência?
>
> Ah, mas isso os próprios físicos, biólogos e químicos da lista
> (além de um senso-comum) sabem que suas ciências não influenciam
> **tanto** crentes, religiosos e supersticiosos quanto a Psicanálise.
> Parece que essa última foi feita, sob encomenda, para esse intento...
> Como o próprio Sagan disse, cada ramo da ciência tem seu
> correspondente à pseudociência. Isso eu jamais negaria. Mas não há
> dúvida que, nesse sentido, a Psicanálise ganha a corrida antes mesmo
> do "tiro" de largada...
>
> Porquê será... ?
>
> Abraços.
>
> Peterson Leal.
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Your use of Yahoo! Groups is subject to http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalques, abusos sexuais, Psicanálise e Homeopatia
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/03/2001 14:03

"Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br> wrote:

> Ah, mas isso os próprios físicos, biólogos e químicos da >lista (além
>de um senso-comum) sabem que suas ciências não >influenciam **tanto**
>crentes, religiosos e supersticiosos quanto a Psicanálise.

Não afirme isto que não é verdade. Freud escreveu "O Futuro de uma Ilusão",
mostrando como a religião possui todos os elementos de uma neurose obsesiva.
Leia-o e surprenda-se pelo agnosticismo do velho.

> Como o próprio Sagan disse, >

Não cite o Sagan para afirmar coisas que ele não disse. Um dos grandes
exemplos no seu último livro é um caso do Psicanalista Robert Lindner.

[]s
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar





SUBJECT: Re: Formacao Academica & Misticismo
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/03/2001 14:53

>
> É mesmo! A astrologia é uma arte. Quem, senão verdadeiros artistas,
seriam
> capazes de inventar tanto e fazer com que as pessoas acreditem?
Astrologia
> não é para qualquer um, afinal de contas, "leitura fria" é uma
arte. Mas
> ainda resta uma dúvida conceitual. A pintura é, por exemplo, a arte
de
> pintar; e a astrologia seria a arte de que? De enganar? De inventar?
> Se astrologia é mesmo uma arte, meu oscar vai para Mãe Diná.
>

Realmente, saiu pior a emenda do que o soneto. Esse argumento de que
a Astrologia é uma arte é difícil de engulir! Que coisa absurda. Meu
oscar também vai para mãe diná (poderia falar alguma coisa mais
engraçada, mas estou sem imaginação hoje - bem que meu horóscopo
avisou que hoje não seria um bom dia para postar mensagens em grupos
de discussão).

>
> "Una opinión equivocada puede ser tolerada donde la razón es libre
de
> combatirla".
> Thomas Jefferson

Ué, Thomas Jefferson falava castelhano ???

abraços,

André Baptista



SUBJECT: Re: En: SÍNDROME DE ASPERGER
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/03/2001 15:28

Interessante, é a segunda vez em quinze dias que eu leio uma notícia
sobre essa doença. Parece que está na moda, ou será que os advogados
descobriram mais uma forma de atenuar a culpa dos malandros? Quando
li sobre essa doença a primeira vez, fiquei tão interessado que
passei a noite na internet pesquisando sobre o assunto. Quanto mais
eu lia, mais me convencia que eu talvez sofra dessa doença também. Um
dos sintomas é justamente a preocupação obsessiva com algum assunto
irrelevante, e eu não conseguia parar de pensar sobre isso, o que
realimentava minha desconfiança. Outro sintoma é o discurso
desconexo, que pula de um assunto para outro sem nenhuma conexão
entre si. Quem tem lido minhas mensagens sabe do que estou falando.
Ponto pra mim. Outro sintoma é a incapacidade de prestar atenção no
sentimento das pessoas que estão próximas. Perguntem para minha
esposa. Outro sintoma: quando criança essas pessoas tendem a se
interessar sobre assuntos obscuros, não raro tornando-se
especialistas em coisas como dinossauros e planetas. Eu era assim!!
Mais um sintoma: estas pessoas se sentem mais a vontade conversando
através da Internet, pois assim não precisam prestar atenção
na "linguagem corporal" na qual são totalmente anlfabetos! Ponto para
nós! Quando conversam, essas pessoas preferem assuntos objetivos,
como ciência tecnologia, e não gostam de conversar sobre amenidades.
Mais um ponto. A conclusão é que eu tenho essa doença, e devo me
internar imediatamente. Talvez consiga aposentadoria por invalidez.
Pelo menos estou em boa companhia: Jefferson, Einstein, Newton...
Isso me faz lembrar aquela música "...mais louco é quem me diz, e não
é feliz..." essa música é do Arnaldo Dias Baptista, que por
coincidência é meu parente. Chamem a ambulância.

[]´s

André Baptista



SUBJECT: Re: Pode um computador ter uma mente?
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/03/2001 16:11

--- In ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <logos@p...> wrote:
> In ciencialist@y..., "Joao Carlos Holland de Barcellos"
> <jocax@u...> wrote:
>
> > Acredito que a mente , entendida como o processamento de sinais no
> cerebro, nao dependa da estrutura fisica do "cerebro" mas sim de sua
> complexidade e estrutura logica.
>
> Jocax:
>
> Tive uma ideia que não sei se serve. O fim do dia faz a gente
cansado e por
> isso às vezes se perde lucidez. Pensei na relação do estômago com os
> alimentos e a digestão. A estrutu íntima desse órgão não tem nada
que ver
> com o bolo alimentar. Pensei se a mente não seria um "bolo lógico"
que
> poderia ser elaborado nó cérebro ou numa máquina.
>


Desculpa a demora em responder mas nao estou recebendo todas
as msgs do Yahoo.
Soh agora passando pelas msgs q percebi esta...

Se vc pensar no modelo da simulacao cerebral vc vera q a mente
nao fica em nenhuma parte especifica deste modelo : nem nos algoritmos
computacionais q o simulam, nem eh o hardware processador.
E tambem nao se pode dizer que ela eh o codigo binario da
massa de dados da simulacao.

Acredito que a mente seja melhor representado pela estrutura logica,
do estado do processamento ou melhor, o *estado do sistema*.
Entao a mente poderia ser o produto do processamento, ou seja, todo o
controle das variaveis mentais.

Mas o estado do sistema nao representa nada sem o controle logico que
o interprete.
Isso quer dizer q a mente nao pode existir sem que exista o
programa que o simule. No caso biologico o programa e o hardware
se misturam, ou seja, o programa esta embutido no hardware que sao,
basicamente, as conexoes neuronais. No caso geral o hardware (cerebro)
nao eh necessario conquanto qualquer processador que possa executar
o programa que simule o cerebro deveria produzir o mesmo resultado
(a mente).
Entao a mente poderia ser definida como o estado do sistema
associado ao programa logico que o intrepreta.

No caso do cerebro o estado seria os valores associados aa tensao
eletroquimica de cada neuronio e de cada dentrito/axonio
juntamente com a estrutura fisica neurologica (rede) destas ligacoes.

No caso de um ser cibernetico a mente seria o connjunto de valores
de todos os dados da memoria ( virtual ou nao ) associados
com o programa que o interpreta.

[]s
jocax






SUBJECT: Re: [ciencialist] Formacao Academica & Misticismo
FROM: "Srgio Taborda" <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/03/2001 18:49

Porque será que as respostas caem sempre na astrologia e não no assunto
principal que era o de pessoas com suposta formação cientifica abraçam, mais
, ou menos, conceitos místicos.
Por exemplo, o Einstein era Teosofo , bom o.k., até podia não ser , mas lia
umas coisas e tinha amizades nessa sociedade. E ele , como todos sabem
revolucionou.
Copérnico era padre , Mendel era monge. Newton era uma fanático (estou a
exagerar , mas ele tb era exagerado) cristão. Portanto, não vejo que a
coisa seja assim tão má.

> É mesmo! A astrologia é uma arte. Quem, senão verdadeiros artistas, seriam
> capazes de inventar tanto e fazer com que as pessoas acreditem?

Se eu te faço acreditar que a MQ é verdadeira , isso faz de mim um artista ?
Repara, para acreditar cientificamente em algo é preciso experimentar esse
algo.
Quantos de vós já experimentaram , com as "proprias maos" a MQ ? E a
relatividade ?
E se não experimentaram nunca, pq acreditam ?
Resposta: Porque vos disseram que era assim, e vos disseram que a pessoa Y
testou e viu que era correcto.
Talvez não seja por acaso que nem todos estão confortáveis com a MQ ou a
R.Geral.

>Astrologia não é para qualquer um, afinal de contas, "leitura fria" é uma
arte.

??

>Mas ainda resta uma dúvida conceitual. A pintura é, por exemplo, a arte de
> pintar; e a astrologia seria a arte de que?

De interpretar.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda


SUBJECT: Re: [ciencialist] Formacao Academica & Misticismo
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/03/2001 19:36


Acredito que a coisa não é bem assim, pelo que sei Einstein não era lá muito
chegado num laboratorio, mas nas consequencias lógico-matemáticas das
proposições científicas.
A grande diferença entre uma verdade religiosa e uma verdade filosófica, ou
científica (se é que se pode falar em verdades filsóficas ou científicas) é
que na religião e nos misticismos, o uso do argumento da autoridade é
predominante "è assim por que o profeta falou, i tá acabado!". Ou então a
base é de cunho extritamente emocional, voce acredita por que acreditar lhe
tráz algum conforto psicológico ou te dá uma sensação de superioridade
(falsa modéstia) perante aos demais que estariam "com os olhos fechados para
a verdade".

Aliás, a preferencia pelos argumentos de autoridade é o maior impecilho para
os religiosos compreenderem o método científico. Ontem mesmo um camarada,
próximo a mim, afirmou categoricamente que a evolução não pode ser
verdadeira pois um cientista, cuja publicação que ele leu mencionava,
afirmava que ela não tem lógica, não tem base e que não havia experimentos
que a corroborasse. E olha lá, a publicação discorria os doutorados e PhD´s
do tal cientista. Na cabeça do cara, se um cientísta com PhD afirma que a
coisa não é verdade, então, o assunto está encerrado. E quem é o Chico pra
contradizer a palavra da autoridade?

Em ciência, como todos voces sabem melhor do que eu, esse tipo de argumento
tem pouco, ou nenhum valor para corroborar qualquer idéia.

Para se acreditar em ciência, penso eu, é necessário que as premissas do que
se está propondo tenham lógica e coerencia. É necessário que explique alguma
coisa de forma eficiente e racional e (isso eu aprendi com os colegas aqui
da lista) que a teoria possa ser refutável, pois qualquer teoria que não
possa ser passível de refutação, não pode ser verificada. É claro que se for
possível verificar a teoria de forma experimental, isso é o preferível. Eu,
pessoalmente, não gosto de usar a palavra crer em ciência. Costumo dizer que
em ciência não se cre, se verifica a validade da teoria.

Não sou físico, mas pelo que sei muito colegas da lista sãoe, como tal,
tiveram a oportunidade de verificar a validade da Mecanica Quantica. Muitos
se convenceram de sua validade para explicar certos fenomenos e outros se
convenceram de sua total invalidade. Tenho certeza de que, tanto os
primeiros, quanto os ultimos, não se valeram da fé para chegar a suas
conclusões. Essa diferença de posicionamento, perante a teoria gera debates
e antagonismos, gera discórdias e discussões, mas penso que tudo isso faz
parte do processo científico verdadeiro e que é o caminho para se chegar a
um consenso, mesmo que isto aconteça a longo prazo. Aliás, essa
característica do processo científico é outra coisa que os religiosos
fundamentalistas e místicos de plantão (aqueles que dizem que nunca estamos
preparados para conhecer determinada verdade) gostam de usar para "provar
que a ciência" está errada, pois se estivesse certa, todos teriam que
concordar com a verdade apregoada, a qual seria absoluta, coisa que eles
alegam ter, "verdade absoluta".

Quanto a astrologia ( por que todo mundo escreve astrologia começando com
maiúsculas?!!?), algo que o Rogério Mourão falou sobre a cartomancia se
encaixa muito bem a ela: "As cartas não mentem, elas não dizem nada!"

Desculpem-me pelo tamanho do texto.

Francisco

P.S. - Ultimamente tenho ouvido muito de religiosos que o objetivo da
ciência é unicamente desacreditar a religião!
>
> Se eu te faço acreditar que a MQ é verdadeira , isso faz de mim um artista
?
> Repara, para acreditar cientificamente em algo é preciso experimentar esse
> algo.
> Quantos de vós já experimentaram , com as "proprias maos" a MQ ? E a
> relatividade ?
> E se não experimentaram nunca, pq acreditam ?
> Resposta: Porque vos disseram que era assim, e vos disseram que a pessoa Y
> testou e viu que era correcto.
> Talvez não seja por acaso que nem todos estão confortáveis com a MQ ou a
> R.Geral.
>
> >Astrologia não é para qualquer um, afinal de contas, "leitura fria" é uma
> arte.
>
> ??
>
> >Mas ainda resta uma dúvida conceitual. A pintura é, por exemplo, a arte
de
> > pintar; e a astrologia seria a arte de que?
>
> De interpretar.
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio M. M. Taborda
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Formacao Academica & Misticismo
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/03/2001 10:50

> A grande diferença entre uma verdade religiosa e uma verdade filosófica,
ou
> científica (se é que se pode falar em verdades filsóficas ou científicas)
é
> que na religião e nos misticismos, o uso do argumento da autoridade é
> predominante "è assim por que o profeta falou, i tá acabado!".

Não.
Em algumas religões , digamos , clássicas, como o cristianismo o judaismo e
o islamismo isso funciona assim.
Mas por exemplo na teosofia não.
Místicismo e Religião não são a mesma coisa.

> Ou então a
> base é de cunho extritamente emocional, voce acredita por que acreditar
lhe
> tráz algum conforto psicológico ou te dá uma sensação de superioridade
> (falsa modéstia) perante aos demais que estariam "com os olhos fechados
para
> a verdade".

Esqueceste do mais fundamental. Acrediar pq isso te dá uam nova forma de
raciocinal com a qual resolves problemas aparentemente complicados. A nivel
emocional, claro.
Mas repara que é aquilo que sentes que marca a forma como actuas.

> Aliás, a preferencia pelos argumentos de autoridade é o maior impecilho
para
> os religiosos compreenderem o método científico.

Não diria tanto...

>Ontem mesmo um camarada,
> próximo a mim, afirmou categoricamente que a evolução não pode ser
> verdadeira pois um cientista, cuja publicação que ele leu mencionava,
> afirmava que ela não tem lógica, não tem base e que não havia experimentos
> que a corroborasse.

A evolução não foi ainda provada cientificamente. É uam hipotese se
trabalho.
Muitos acham que "uma muito boa hipotese" , outros estão tentando encontrar
novas hipoteses.
A ideia de "evolução" é obiva a qq mente deste seculo, mas a forma como se
processa já não. E é por ai que a coisa anda a 'evoluir' :-).

> Não sou físico, mas pelo que sei muito colegas da lista sãoe, como tal,
> tiveram a oportunidade de verificar a validade da Mecanica Quantica.

Então que façam o favor de dizer , quando e como.

>Muitos
> se convenceram de sua validade para explicar certos fenomenos e outros se
> convenceram de sua total invalidade. Tenho certeza de que, tanto os
> primeiros, quanto os ultimos, não se valeram da fé para chegar a suas
> conclusões.

MQ : Um electrão passa por dois buracos separados ao mesmo tempo e sem se
dividir.
Se isto não é Fé, não sei o que poderá ser...
Repara que nunca ninguem viu este efeito, apenas a causa (supostamente a
causa) deste efeito, que ao os tais padrões de interferencia já aqui
mensionados noutro thread.


>Essa diferença de posicionamento, perante a teoria gera debates
> e antagonismos, gera discórdias e discussões, mas penso que tudo isso faz
> parte do processo científico verdadeiro e que é o caminho para se chegar a
> um consenso, mesmo que isto aconteça a longo prazo. Aliás, essa
> característica do processo científico é outra coisa que os religiosos
> fundamentalistas e místicos de plantão (aqueles que dizem que nunca
estamos
> preparados para conhecer determinada verdade)

Esses não são misticos.
Um mistico real não te diz aquilo. ele tenta ensinar-te para que tu possas
entender.
O problema é que 1) isso demora tempo, tempo que as pessoas não têm, ou
dizem não ter. 2) normalemnte quem tenta ensinar isso a quem não quer
aprender submete-se ao ridiculo e à gozação por parte dessa pessoa. Por isso
, como gato escaldado de água fria tem medo, o mistico opta pelo "se sequer
saber pergunta-me com bons modos" e por isso muitos usam o "vc não está
preparado para saber" . Na realidade não é mentira nenhuma, mas tb não é
verdade.
Todos podem aprender , basta que queiram.


gostam de usar para "provar
> que a ciência" está errada,

Isso é tudo treta. Isso é o que eu chamo de Misticos Pimba ... ou seja,
pensam que sabem e por que leram meia duzia de livros sobre o assunto acham
que são os Mestres do Universo.
A Humildade é uma das principais caracteristicas de um Mistico real.


> Quanto a astrologia ( por que todo mundo escreve astrologia começando com
> maiúsculas?!!?),

Pela mesma razão que se escreve Física ou MQ com maiuscula.
É um substantivo próprio.

>algo que o Rogério Mourão falou sobre a cartomancia se
> encaixa muito bem a ela: "As cartas não mentem, elas não dizem nada!"

Elas não precisam falar para comunicar.
Mas as cartas é outra história. Eu tb não gosto muito, mas ha quem goste.

Antes de criticar essas coisas, para mim, o critico tem de demonstrar que
sabe do que está a falar.
Caso contrário, tudo o que disser contra (ou mesmo a favor) é irrelevante e
inválido. Simplesmente porque viola o 1º passo do Método Cientifico:
Recolher informação sobre o fenómeno.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/03/2001 11:09

----- Original Message -----
From: "Tarcisio Borges da Silva Jr."
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Friday, March 30, 2001 12:29 PM
Subject: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.


> Eu na verdade queria dar uma olhada no esquema da experiência proposta e
> as suas conclusões para esperar uma mudança na trajetória que não é
> esperada na teoria clássica. Dependendo da situação eu até posso tentar
> montar o experimento.
> Não consegui encontrá-la nos links que vc enviou.

Olá Tarcisio

Na realidade eu não fiz um "esquema da experiência" mas sim tracei um
"esboço" experimental a mostrar didaticamente como uma previsão de minha
teoria poderia ser analisado por um físico experimental. Inclui a esse
esboço uma figura, em msg recente à ciencialist, em resposta ao Brudna, e
que está em http://sites.uol.com.br/albmesq/trajet.gif. Do esboço para a
experiência propriamente dita há um caminho a ser percorrido e a depender de
inúmeros fatores tais como: equipamentos disponíveis, equipamentos a serem
improvisados e/ou fabricados, sagacidade própria ao experimentador, etc. Com
respeito a esse último item diria, citando Popper, que "o experimentador não
está principalmente empenhado em fazer observações exatas; seu trabalho é,
também, em grande parte, de natureza teórica. A teoria domina o trabalho
experimental, desde o seu planejamento inicial até os toques finais, no
laboratório".

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Formacao Academica & Misticismo
FROM: "Fabiano Caruso" <auron@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/03/2001 23:21

Em minha adolescencia estudei astrologia e várias outras (pseudo-ciências) de caráter rotulista em relação ao comportamento humano. Depois, graças a continua curiosidade acerca da verdade, e com a admiração perante a racionalidade de alguns amigos, deixei de "acreditar" em Astrologia. Depois de um certo tempo me fiz uma pergunta: Independente de verdadeiros ou não, por que os rótulos faziam sentido? Por que as pessoas de Capricórnio se comportavam de uma forma e as de Escorpião... ? Acreditando, meu cerebro estaria condicionado a observar nas pessoas caracteristicas que justificassem a idéia principal, rótulo que antes fora criado sobre elas ?
O cerebro deve trabalhar com estes tipos de associações e justificativas em relação a o que acreditamos ?
Sei que procurando em estudos recentes sobre Neurologia, possa saber melhor se estou certo ou não... Enquanto isto, vou contando as idéias construtivas da lista.

Abraços,
Fabiano Caruso
AURON


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Recalque: teste de hipotese da teoria psicanalitica?
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/04/2001 01:04

In <ciencialist@yahoogroups.com>, andrebaptista@uol.com.br wrote


>Estávamos discutindo se memórias podem ou não ser >apagadas do cérebro de
maneira voluntária, e como isso >pode ocorrer.

Os tratamentos com narco-análise (eu fiz alguns) parecem demonstrar que,
ainda que se queira, apagar não se pode. O contexto nem sempre explica. O
que em geral se quer dizer quando se emprega a palavra esquecer o mesmo
reprimir, é não poder recordar verbalmente a experiencia passada. A chave
dessa questão está na linguagem. Tudo o que se pensa se expressa sempre sob
a forma de uma linguagem. Sem linguagem se pode pensar, mas não se pode
comunicar. Se a gente não pode comunicar se torna muito dificil para
esquisar.

O que se pode observar é que em geral, parece que nada pode ser apagado. O
que as pessoas não podem lembrar parece ser sempre um problema lingüístico.
As experiencias (que em espanhol se chamam vivencias) referidas como
esquecidas, em realidade foram desalojadas da linguajem verbal e deslocadas
para uma forma de expressão num idioma distinto, como reações corporais,
ações substitutivas, emoções não controladas conscientemente, sonhos, etc.

Quando a gente começa a estudar a linguagem não-verbal, também começa a
entender e tentar a tradução. Depois de certo tempo se aprende. O que causa
surpresa é que nada foi apagado. Tem-se a impressão de que somos
pantomnésicos.

Muitas vezes o que ocorre é que re-traduzir o que foi desalojado da
linguagem verbal causa uma angustia que é sentida como dificil de suportar.
Então a pessoa se resiste a recordar (pensar o ocorrido em linguagem
verbal). Isto é que se chama de resistencia.

A narco-análise é muito efetiva para fatos traumáticos. No entanto, quando
as coisas são muito dolorosas, não há modo de fazer o paciente recordar. Ele
não quer. Fica dizendo e recitando as coisas no idioma corporal ou de ação.
Freud dizia que os neuróticos viviam para não recordar.

Depois de certo tempo, qualquer psicanalista pode aprender a traduzir os
sintomas em linguagem verbal. Nem sempre se pode fazer, porque os pacientes
não suportam. É por isso que eu digo que, em realidade, nada se pode apagar
do cérebro (às vezes, mesmo danificando o cérebro, a lembranças se
conservam). As neuroses traumáticas (de guerra, dos campos de concentração,
por exemplo) se traduzem em sintomas que expressam fatos que seguem sendo
vividos. Quando a gente tenta fazer que se traduzam este fatos em linguagem
corrente, não se consegue.

Então se tenta fazer que os fatos sejam apagados. Isto não é possivel. Até
agora, apagar só se consegue, quando o cérebro é perigosamente danificado.

> >>Psicanaliticamente, só concordo com alguns retalhos dos seus argumento.
> Quais? Porquê? Esclareça por favor, porque eu não posso responder a uma
acusação tão vaga.

Em outras mensagens vou mostrar porque esta já está demasiado longa.

[]´s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Recalques, abusos sexuais, Psicanálise e Homeopatia
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/04/2001 01:18


O problema em relação à psicanálise é a terminologia. Tenho visto uma grande
quantidade de gente usando termos de mecânica quântica, relatividade,
objetos fractais, energia (esta palavra é a mais abusada) para tentar
justificar conceitos místicos. Não parece que a psicanálise é campeã neste
tema. Existem mais livros que pretendem provar misticismos com vocabulario
da física que com vocabulario psicanalític. Conte e verá.

A psicanálise não contém um jargão proprio como muitos pretendem. Seus
conceitos são da linguagem comun. Por este motivo se presta mais à
apropriação vocabular indébita. Ás vezes percebo odio excessivo contra um
tipo de conhecimento que bem podia ser usado para beneficiar as pessoas
causado pelo uso indevido de seu vocabulario (não dos seus conceitos).

Não me parece justo tentar destruir os conceitos psicanalíticos só porque
alguns inventam coisas usando as mesmas palavras.

> Parece que essa última foi feita, sob encomenda, para esse intento...

Feito sob encomenda foi seu vocabulario. Para ser usado sem complicação. O
tiro saiu pela culatra. Resultou um conhecimento com conceitos proprios e
vocabulario comum.

Abraços.

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/04/2001 01:50

F e cincia de mos dadas no fim do milnio

Globo.com

As afinidades entre religio e cincia sero o tema do I Frum Mundial Esprito e Cincia, que acontece a partir de amanh, quarta-feira, e que rene os mais conhecidos especialistas nacionais e internacionais sobre o tema em Braslia.

Em uma iniciativa da Legio da Boa Vontade (LBV), o encontro, que acontece no ParlaMundi da LBV, contar com a presena de personalidades como o cosmonauta russo Alexander Lazutkin e do astronauta Edgar Mitchell que, aps a misso Apollo 14, vivenciou uma forte experincia espiritual ao ver a Terra do espao. Lazutkin tratar das 'Perspectivas futuras de civilizao humana no cosmos' e apresentar um vdeo com sua participao na misso Mir-23.

A separao entre cincia e religio que se definiu a partir do sculo 17 comea a ser abalada com as descobertas da fsica quntica, notadamente a partir da dcada de 60.

"Uma das grandes mentiras que tm sido espalhadas por a que Cincia e Religio esto em guerra, em conflito, e que uma no tem nada a ver com a outra. A cincia e a f complementam-se, as pessoas precisam das duas. No adianta voc ter uma viso puramente racional do mundo. Existem certas coisas que a cincia no se prope a explicar, afirmou o fsico Marcelo Gleiser.

---------------------------------------

Pois ... Os comentrios so dispensveis mas se me permitem, achei bastante curioso que o reprter, que provavelmente deve cobrir corrida de minhocas, afirma que participaram do esdrxulo Frum os "mais conhecidos especialistas nacionais e internacionais sobre o tema", que incluem o cosmonauta russo Alexander Lazutkin, o astronauta Edgar Mitchell e at o brazuca Marcelo Gleiser que perdeu uma tima chance de ter ficado quieto.

Essa de usar a fsica quntica para compactuar com esse tipo de perverso intelectual parece ter virado moda mesmo!

[ ]'s
Raul




[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/04/2001 11:37


>Essa de usar a física quântica para compactuar com esse tipo de perversão
intelectual parece ter virado moda >mesmo!

Talvez porque haja uma razão racional para isso ser assim.

Mas fazemos assim, listamos o nome das pessoais que fizeram revolucionar a
ciência e depois vemos quantos desses eram ateus puros.

Se realmente a fé a ciência nada têm a ver , o numero de ateus e crentes
deverá ser o mesmo , numa distribuição aleatória.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/04/2001 11:52

DIVINA RAZÃO


"No princípio era o Logos
e o Logos estava com Deus
e o Logos era Deus."

João 1:1


Estive observando que quando alguém se reporta a Deus, afirmando-o ou negando
sua existência, está se referindo a um Ser onipotente, onisciente e
onipresente criador do Universo. Mas será esta a correta definição de Deus?

Se pararmos para pensar, verificaremos que "deus" sempre foi um grande
problema semântico. Realmente, não há muita coisa em comum entre um
paleolítico urubu-totem, a divindade de uma tribo agropastoril metade gente
metade gato que faz chover e ventar, os antepassados dos árias também tidos
como deuses (os manes e os lares) e o omnipresente Deus judaico-cristão (que
Maomé, mais tarde, transformou em Alá), o qual se autodefiniu desta forma:
"Eu sou o que sou". (Êxodo; 3;14)

Se existe algo em comum que possa valer como definição da palavra deus, este
só pode ser o fato de que todos os deuses são objeto de adoração e temor; e,
também, fonte de uma ética.

Sendo assim, muitas outras coisas podem ser incluídas no conjunto-universo
dos deuses, de modo que aquele ateu que conhecemos, longe de ser um ateu, é
na verdade um crente como qualquer outro.

Sabe-se que os iluministas combateram o Deus católico - que se valia da
ignorância e do terror para manter a população européia serva do estamento
sacerdotal - por meio da Razão. Se antes, na época de Descartes, Spinoza e
Leibniz, a Razão era uma dádiva de Deus aos homens, com Diderot, Condorcet e
outros enciclopedistas Deus e Razão se transformaram em termos mutuamente
excludentes, ou seja, segundo estes que inspiraram a Revolução Francesa, no
mundo descortinado pela Razão não há lugar para deuses.

Mas será que existe uma diferença de qualidade entre a Razão iluminista e o
Deus judaico-cristão?

Acredito que não. Creio firmemente que muito mais diferenças há entre o
animal totem dos povos paleolíticos e o Deus judaico-cristão do que entre
este e a Razão iluminista. Senão vejamos:

Conforme a definição bíblica, Deus "é o que é", vale dizer, Deus é o Ser com
"S" maiúsculo, o Ser cujo predicado é ele mesmo (o Ser é o Ser), um ser que
se basta a si mesmo, portanto um ser "indeterminado". Deus seria, então, a
Lei mais fundamental, aquele Princípio que determina todas as coisas; em
síntese: Deus seria a "razão" por que existe "necessariamente" algo ao invés
de nada - a Razão-de-Ser.

Spinoza, um filósofo judeu racionalista que certa vez disse "Deus, ou seja, a
Natureza", distinguiu na Natureza (isto é, Deus) dois aspectos: a "Natura
Naturans" e a "Natura Naturata". A "Natura Naturans" é a Ordem Eterna (a Lei,
a Razão Objetiva) e a "Natura Naturata" é a Natureza gerada conforme esta
Ordem.

Ora, a corrente filosófica denominada Naturalismo (ou Materialismo) foi
amplamente influenciada tanto pela metafísica do panteísta Spinoza (e outros
racionalistas, como Descartes e Leibniz) como pelas grandes descobertas da
ciência moderna, realizadas por Copérnico, Galileu, Kepler e Newton. A
dicotomia Spinozeana, natura naturans/natura naturata, foi abandonada (dado
que, para os revolucionários, o latim era a língua utilizada pelos
intelectuais ligados ao clero e com o intuito de esconder das massas o
conhecimento) e, em seu lugar empregadas as seguintes expressões "laicas" ou
"seculares": Natura Naturans > as Leis, a Razão Objetiva (em oposição à razão
subjetiva, isto é, a faculdade cognitiva do homem); Natura Naturata > a
Natureza, a Matéria.

Não obstante isso, a Razão, do mesmo modo que o deposto Deus católico,
permaneceu um objeto de culto, de adoração e de temor. E assim como o Deus
judaico-cristão era, no passado, a única fonte ético-moral, a Razão passou
também a deter o monopólio da moral e da ética. Isto é, a Razão objetiva é o
"Bem" (a Verdade e o Bem são a mesma coisa), de sorte que a razão como
faculdade cognitiva humana não só é um instrumento para explorar o mundo como
também uma norma para "julgar" pensamentos e ações.

Realmente, os filósofos naturalistas e os cientistas que professam essa
corrente de pensamento consideram como éticas as "leis" da natureza e da
história: os economistas liberais entendem que as leis do mercado são justas
e boas; os social-darwinistas afirmam que o Estado não deve suprimir da
sociedade a lei da seleção natural (a sobrevivência dos mais aptos e o
perecimento dos inaptos), caso contrário a humanidade se extinguirá devido ao
acúmulo de "males"; os materialistas históricos propugnam que as leis que
regem a História da Sociedade Humana a conduzirá inelutavelmente do Reino das
Necessidades para o Reino da Liberdade; os sociobiologistas dizem que as
normas éticas e morais jazem em nosso patrimônio genético, etc.

Em suma, há uma racionalidade na Natureza, e essa razão é ética.

Falei, em outra ocasião, que o tempo linear dos judeus está na raiz da
ideologia "científica" do progresso. Se a Civilização Ocidental tivesse se
aferrado ao tempo circular dos gregos, estaríamos até hoje, muito
provavelmente, presos num "círculo" vicioso de estagnação.

Mas parece que a dívida da "Sociedade Aberta" para com o
judaísmo-cristianismo é ainda maior, consistindo nessa identidade que subjaz
entre Deus e a Razão objeto de crença - de "culto" - dos seculares e dos
cientistas. E, com efeito, sem a "fé" na Razão a humanidade não teria
conhecido o desenvolvimento do pensamento científico, a transformação da
ciência em força produtiva e, conseqüentemente, as sucessivas revoluções
científico-tecnológicas que nos deram o motor a explosão, a estrada-de-ferro,
a máquina-ferramenta, a luz elétrica, o automóvel, o avião, o televisor, o
computador e outras maravilhas.

É, talvez Max Weber esteja certo: a consciência determina mais o ser do que
vice-versa.

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/04/2001 12:06

Oi pessoal da thread,
apreciaria dar uns palpites sobre o experimento proposto pelo Alberto.

Antes do palpite básico (experimento), um palpite 'corolário':
Um feixe de elétrons penetra pelo orifício A e passa a percorrer o interior de um condutor eletrizado (casca) mantido a um potencial elétrico constante. Já sabemos de discussões anteriores que, por questões relativistas, os elétrons do feixe não afetam um aos outros e conseqüentemente não há dispersão (abertura) do feixe.
Mas, a hipótese da inexistência do campo elétrico no interior refere-se a um condutor eletrizado, isolado e em equilíbrio de cargas. Ora, o interior faz parte do condutor e, se nesse interior há movimento de cargas não podemos mais aplicar a idéia da nulidade do campo no interior. Por outro lado, as cargas pertencentes a esse feixe exercem, por indução, ação sobre as cargas na superfície do condutor. Explico melhor:
Quando o feixe de elétron cruza o interior do condutor, as cargas negativas não interferem-se entre si, MAS INTERFEREM com as cargas livres da casca que as revestem, determinando deslocamentos elementares em suas posições médias. Tais deslocamentos (algo parecido com as correntes de Faucault) geram desequilíbrio de cargas e EVENTUALMENTE (acredito eu) campos elétricos internos, previsíveis e, como tal, a possibilidade de se calcular os desvios sofridos pelo feixe.
Estou a pensar mais sobre as conseqüências e interação entre as cargas do feixe e as cargas depositadas no condutor (casca).

O experimento básico:
Tomemos um TRC retirado de um velho televisor. Vamos nos utilizar apenas da tensão que alimenta seu filamento, do sistema oscilador (transistor + flyback) para gerar a alta tensão no TRC e as tensões de polarização e centralização do feixe. Considere que esse TRC seja dotado de deflexão eletrostática e que as placas defletoras H e V estejam desligadas de suas fontes (agora inexistentes).
Ligando-se o tubo teremos forçosamente um feixe de elétrons e um ponto único bem no centro da tela. Seu 'brilho' (intensidade) pode ser ajustado pela tensão na grade aceleradora, assim como o 'foco'. Ajustado isso, não mexeremos mais nesses parâmetros.
Agora vamos ao experimento efetivo; para tanto, vamos eletrizar as placas defletoras horizontais ... COM CARGAS DE MESMO SINAL ...,por exemplo, ligando-as a uma garrafas de Leyden. Ora, essas placas, de mesmo sinal e de mesma quantidade, simula perfeitamente o condutor eletrizado em equilíbrio de cargas ... e, como tal, (talvez a mesmos de efeitos de bordas) o campo em seu interior deve ser nulo.
Eis o experimento, com as placas defletoras eletrizadas com cargas de mesmo sinal a posição do ponto na tela não deve se modificar!

Continuarei a pensar no experimento e talvez até a colocá-lo em prática usando do próprio osciloscópio que tenho aqui.

[]'
Léo
================
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: sábado, 31 de março de 2001 11:09
Assunto: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.


| ----- Original Message -----
| From: "Tarcisio Borges da Silva Jr."
| To: <ciencialist@yahoogroups.com>
| Sent: Friday, March 30, 2001 12:29 PM
| Subject: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.
|
|
| > Eu na verdade queria dar uma olhada no esquema da experiência proposta e
| > as suas conclusões para esperar uma mudança na trajetória que não é
| > esperada na teoria clássica. Dependendo da situação eu até posso tentar
| > montar o experimento.
| > Não consegui encontrá-la nos links que vc enviou.
|
| Olá Tarcisio
|
| Na realidade eu não fiz um "esquema da experiência" mas sim tracei um
| "esboço" experimental a mostrar didaticamente como uma previsão de minha
| teoria poderia ser analisado por um físico experimental. Inclui a esse
| esboço uma figura, em msg recente à ciencialist, em resposta ao Brudna, e
| que está em http://sites.uol.com.br/albmesq/trajet.gif. Do esboço para a
| experiência propriamente dita há um caminho a ser percorrido e a depender de
| inúmeros fatores tais como: equipamentos disponíveis, equipamentos a serem
| improvisados e/ou fabricados, sagacidade própria ao experimentador, etc. Com
| respeito a esse último item diria, citando Popper, que "o experimentador não
| está principalmente empenhado em fazer observações exatas; seu trabalho é,
| também, em grande parte, de natureza teórica. A teoria domina o trabalho
| experimental, desde o seu planejamento inicial até os toques finais, no
| laboratório".
|
| [ ]'s
| Alberto
| http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm
|
|
|
| &&& --- &&&
| VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
| ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
| &&& --- &&&
|
| Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
|
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/04/2001 13:56

>From: <manuelbulcao@aol.com>


>DIVINA RAZÃO
(...)
>E, com efeito, sem a "fé" na Razão a humanidade não teria
>conhecido o desenvolvimento do pensamento científico, a transformação da
>ciência em força produtiva
(...)

Concordo com o que esceveste e subscrevo.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: I chiquen out
FROM: Inácio Ferrarini <lupino@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/04/2001 22:22

Por favor, Me tirem desta lista.
- Inácio - lupino@ig.com.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] I chiquen out
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/04/2001 22:35

Já repararam que os pedidos de saída da lista tendem a ocorrer
ao Domingo?

Todas as mensagens vindas da listas contêm as instruções necessárias
para se sair da lista.

> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com

Joao

Inácio Ferrarini wrote:
>
> Por favor, Me tirem desta lista.
> - Inácio - lupino@ig.com.br
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: (sem assunto)
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/04/2001 22:43

Cientistas dos EUA investigam ligação entre saúde e emoções
Por Will Dunham

BETHESDA, Estados Unidos (Reuters) - Especialistas médicos reuniram-se na
segunda-feira nos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, órgão máximo médico
do país, para discutir um conceito que já foi considerado balela da Nova Era
-- como as emoções influenciam a saúde ou a doença nas pessoas.

Pesquisadores destacados em medicina, neurociência, microbiologia, psicologia
e ciências sociais participaram de uma conferência divisora de águas sobre a
interação mente-corpo.

Claro, em vez de recorrer à cultura popular ou a temas de auto-ajuda, eles
examinaram os mecanismos fisiológicos precisos envolvidos na conexão entre o
estado mental da pessoa e sua saúde física.

"O que acontece é que esse campo de repente tornou-se aceito (na ciência
tradicional). Certamente, há cinco anos, era considerado Nova Era", disse
Esther Sternberg, do Instituto Nacional de Saúde Mental, em entrevista.

"Essa noção de que as emoções têm alguma coisa a ver com a doença -- de que o
stress pode levar uma pessoa a adoecer, de que acreditar pode levar à cura --
tudo isso é parte da cultura popular há milhares de anos. E, até
recentemente, não tínhamos os meios científicos de provar essas conexões de
um modo científico e rigoroso", disse Sternberg.

Sternberg chefia uma programa no instituto que investiga o papel das emoções
no sistema imunológico humano. Ela é uma entre muitos pesquisadores que
começaram a estudar esse campo, usando tecnologias médicas avançadas para
exames de cérebro, hormônios e do sistema imune.

O médico Robert Rose, diretor da Rede MacArthur de Interações entre a Mente e
o Corpo, disse que a meta é ajudar as pessoas a se ajudarem, respondendo
melhor à doença e a sintomas.

Segundo ele, os relacionamentos, a esperança e o amor são importantes nos
processos de cura, mas ainda são necessário mais estudos para entender como
funcionam as reações e os mecanismos do corpo.

"Não se trata de Nova Era", disse Rose. "Trata-se de ciência, de entender
cientificamente como o cérebro responde ao ambiente."





SUBJECT: Cientistas questionam o conceito de gene
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 07:47

GENÉTICA – Folha de São Paulo.31 de março de 2001


Dados do sequenciamento do genoma humano sugerem que princípio da
biologia molecular deve ser reavaliado

Cientistas questionam o conceito de gene
ISABEL GERHARDT
ENVIADA ESPECIAL A ANGRA DOS REIS

De acordo com a genética clássica, um gene é visto como uma unidade
física do cromossomo, relacionada a uma função específica, como a
síntese de uma proteína. Essa é a regra básica que está nos livros de
biologia. Mas talvez não seja bem assim, pôde-se ouvir na BIG Conference
(nome à inglesa da Conferência Internacional Brasileira do Genoma), que
terminou quinta-feira em Angra dos Reis (RJ).

"Precisamos reavaliar nosso conceito do que é um gene. A impressão que
tenho é a de que pensamos que estamos falando sobre a mesma coisa, mas
na verdade falamos sobre coisas diferentes", alertou Charles Auffray,
diretor de pesquisa do Laboratório Genethon (França).

"O fato é que a partir de um único gene podem-se ter, por exemplo, três
transcritos (leituras do gene que darão origem a três proteínas
diferentes)", disse à Folha Anamaria Camargo, do Instituto Ludwig de
Pesquisa sobre o Câncer de São Paulo.
Gene é uma sequência de DNA que contém a receita para uma cadeia de
aminoácidos, os blocos construtores das proteínas (veja quadro abaixo).
O transcrito é a versão do DNA sob a forma de uma outra molécula, o RNA
mensageiro. Essa pode ser considerada a versão final da informação, a
receita para produzir proteínas.

Com o sequenciamento do genoma humano, os pesquisadores encontraram, no
entanto, mais e mais evidências sobre a complexidade do genoma. Entre
elas a de que, numa unidade física do DNA, pode estar contido mais de um
gene (considerando-se a idéia um gene/uma proteína).

"Existem genes que se sobrepõem um ao outro e existem genes dentro de
outros genes", afirmou Sandro de Souza, coordenador de bioinformática do
Ludwig.

Como se não bastasse, quando a sequência de DNA é traduzida para a forma
de RNA, podem-se encontrar pontos alternativos para o início da produção
da proteína e para o final dela. Além disso, a molécula de RNA poder ser
editada de formas alternativas, resultando em proteínas diferentes.

Pescando peixes
O que se viu durante a conferência em Angra foi um esforço maciço para
fisgar genes, principalmente por meio do uso de sequências ESTs
(fragmentos de RNA que correspondem a pedaços de proteínas). No entanto,
conhecer a estrutura física do genoma (e por consequência dos genes)
também ajudaria a tornar mais produtiva a pescaria.

"Trabalhar com ESTs é como tentar pescar um peixe, só que pela metade",
disse Gene Myers, vice-presidente de informática da Celera, empresa que
decifrou o genoma humano. "Com a informação do genoma, pode-se pegar o
peixe inteiro", disse Myers, vendendo seu próprio pescado.

Pode-se deduzir, dos debates em Angra, que todas essas técnicas devem
ser usadas em paralelo para chegar às respostas que todos procuram:
quantos e quais são os genes que fazem parte do genoma humano.

"As estimativas do número de genes variam em até 30%", diz Camargo.
"Identificar genes é o mais importante e difícil desafio que temos pela
frente."





SUBJECT: Argumento contra clonagem omite questao etica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 07:52

Argumento técnico contra clonagem omite questão ética
MARCELO LEITE
EDITOR DE CIÊNCIA , Folha de São Paulo, 30 de março de 2001

O texto de Rudolf Jaenisch e Ian Wilmut é um reconhecimento de
limitações raro em cientistas com interesses nas práticas
biotecnológicas, como a da clonagem. No entanto, sua argumentação pode
contribuir para desencaminhar de vez o debate público sobre a questão,
omitindo o essencial.

"Há muitas razões sociais e éticas pelas quais jamais seríamos
favoráveis a copiar pessoas", dizem Jaenisch e Wilmut, com o que apenas
roçam o problema. Abandonam o tema, de pronto, para concentrar-se na
ineficiência da técnica, ou seja, nas más-formações que ela engendra.

A pergunta que se impõe é óbvia: se puder ser melhorada, a técnica de
clonagem poderia ser considerada aceitável?

Eles sugerem que não, mas não dizem por quê. Talvez por razões
religiosas, mas essas não se prestam a fundar um consenso público sobre
a questão. As posições de católicos e raelianos (seita que prometeu
clonar seres humanos em breve), por exemplo, são e permanecerão
irredutíveis.

Falta debater é se há ou não motivos éticos, no sentido forte e
universal da palavra, para renunciar à clonagem. Para o filósofo alemão
Jürgen Habermas, não resta dúvida: "A repulsa arcaica que sentimos
diante de um retrato fiel clonado tem um núcleo racional", escreveu no
diário "Süddeutsche Zeitung" em janeiro de 1998.

Seu argumento é que a predeterminação do programa genético de alguém,
pela "cópia" de outrem, equivale a controlar suas possibilidades futuras
de ação: "Para o clone, na definição de um código irrevogável se
perpetua um juízo que outra pessoa impôs sobre ele antes do nascimento".

Seu pressuposto é que o genoma de alguém estabelece as condições de
formação de sua identidade, de sua dignidade como pessoa. Retirá-lo da
esfera do acaso natural de certo modo a transforma numa coisa: "O
projetista determina de modo irrevogável e assimétrico a forma inicial
de seu produto", afirmou Habermas em outro artigo, de março de 1998,
para o semanário "Die Zeit".





SUBJECT: Clones++
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 08:00

OPINIÃO

Não clonem seres humanos!
RUDOLF JAENISCH E IAN WILMUT
ESPECIAL PARA A FOLHA , 31 de março de 2001

OS SUCESSOS na clonagem de animais sugerem que a tecnologia já
amadureceu o suficiente para justificar sua aplicação à clonagem humana.
Um especialista em fertilização in vitro e um fisiologista reprodutivo
anunciaram a sua intenção de clonar bebês em um ano. Há muitas razões
sociais e éticas pelas quais jamais seríamos favoráveis a copiar
pessoas. Entretanto, nossa preocupação mais imediata é que a proposta
não considera os problemas da clonagem de animais.

Nos três anos após o nascimento de Dolly, foi relatada a clonagem
bem-sucedida de camundongos, vacas, cabras e porcos, e acumulou-se
experiência suficiente para perceber os riscos. A clonagem animal é
ineficiente e provavelmente continuará assim no futuro próximo. A maior
parte dos procedimentos de clonagem resulta em falhas de desenvolvimento
que se manifestam durante a gestação ou no período pós-parto. Na melhor
das hipóteses, uma pequena porcentagem dos embriões de transferência
nuclear sobrevivem até o nascimento e, desses, muitos morrem no período
perinatal. Não há motivo para acreditar que o resultado de uma tentativa
de clonar humanos venha a ser diferente.

Os poucos clones ruminantes que sobreviveram ao período inicial e que
aparentam ser normais frequentemente têm tamanho acima do normal, a
"síndrome da prole aumentada". Defeitos drásticos que ocorrem durante o
desenvolvimento são muito mais comuns. Acredita-se que anomalias da
placenta sejam a causa da morte embrionária durante a gestação. Clones
recém-nascidos frequentemente apresentam problemas respiratórios e
circulatórios, que se acredita serem as causas mais comuns de morte
neonatal.

Mesmo sobreviventes aparentemente saudáveis podem sofrer de disfunção
imunológica, malformação dos rins ou do cérebro, que podem contribuir
para a sua morte. Logo, no caso de uma tentativa de clonar seres
humanos, a preocupação não é apenas com os embriões que morrem cedo, mas
também com aqueles que viverão para se tornarem crianças ou adultos
anormais.

As anormalidades nos fetos e naqueles poucos clones que nascem vivos não
podem ser facilmente rastreadas até o núcleo do doador. A explicação
mais provável pode estar na falha da reprogramação genômica. O
desenvolvimento normal depende de uma sequência precisa de mudanças na
configuração da cromatina e no estado de metilação (espécie de
demarcação química) do DNA genômico. Essas alterações epigenéticas
controlam a expressão genética específica nos tecidos.

A reprogramação epigenética do genoma é geralmente feita durante a
espermatogênese e a oogênese, processos que, em humanos, demoram meses e
anos, respectivamente. Durante a clonagem do núcleo, a reprogramação do
núcleo somático do doador deve ocorrer dentro de minutos ou, no máximo,
horas, entre o tempo em que a transferência nuclear é completada e o
começo da divisão do óvulo ativado.

A mortalidade pré-natal de clones nucleares pode ocorrer devido a uma
reprogramação inadequada, que por sua vez poderia levar a uma
desregulação da expressão dos genes. Alguns sobreviventes têm
probabilidade de apresentar defeitos epigenéticos sutis, no longo prazo,
abaixo do patamar de inviabilidade.

Não há informação publicada sobre desregulação genética em animais
clonados, mas evidências circunstanciais começam a indicar defeitos na
programação da expressão gênica. A expressão de genes marcados
("imprinted") foi significativamente alterada quando embriões foram
cultivados in vitro antes de serem implantados no útero. Isso indica que
até uma perturbação mínima do ambiente do embrião pode levar a uma
desregulação epigenética dos principais genes do desenvolvimento.

Além disso, observações preliminares sugerem que o amplo espectro de
desregulação gênica em camundongos clonados está associado com
letalidade neonatal.

Todos os motivos levam a pensar que os experimentos de clonagem humana
anunciados por P. Zavos e S. Antinori vão ter as mesas taxas de fracasso
que os laboratórios têm apresentado ao tentar a clonagem animal. Zavos
tentou acalmar o público ao dizer: "Nós podemos classificar embriões.
Nós podemos fazer seleção genética. Nós podemos fazer controle de
qualidade". A implicação é que eles planejam usar métodos rotineiros de
diagnóstico pré-natal, empregados para a detecção de anormalidades
cromossômicas e genéticas em geral. Entretanto, não existem métodos
disponíveis, agora ou no futuro próximo, para examinar o estado
epigenético geral do genoma.

A reação pública às falhas da clonagem humana poderiam prejudicar a
pesquisa com células-tronco embrionárias para a recuperação de órgãos e
tecidos. Há pesquisas para reprogramar essas células e transformá-las em
tipos específicos de tecidos, que poderiam ser usados para regenerar,
por exemplo, células nervosas e do músculo cardíaco, beneficiando
pacientes do mal de Alzheimer e de doenças cardíacas.
O benefício potencial dessa clonagem terapêutica de células será enorme,
e essa pesquisa não deve ser confundida com a dos ativistas da clonagem
humana.
Acreditamos que as tentativas de clonar seres humanos, no momento em que
as questões científicas da clonagem nuclear não foram esclarecidas, é
perigosa e irresponsável.
Nos Estados Unidos, a Comissão Consultiva Nacional de Bioética chegou à
seguinte conclusão, cinco anos atrás: "No presente, o uso dessa técnica
para gerar uma criança seria um experimento prematuro, que exporia o
feto e a criança em desenvolvimento a riscos inaceitáveis".

Todos os dados coletados desde então reforçam tal ponto de vista.

Ian Wilmut é pesquisador do Instituto Roslin (Escócia), onde foi clonada
a ovelha Dolly.

Rudolph Jaenisch é pesquisador do Instituto Whitehead, no MIT (Instituto
de Tecnologia de Massachusetts)
Publicado originalmente na revista "Science" (Volume 291, 30.mar.2001)

Copyright 2001 The American Association for the Advancement of Science





SUBJECT: Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 09:03

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
>
> >Essa de usar a física quântica para compactuar com esse tipo de
perversão
> intelectual parece ter virado moda >mesmo!
>
> Talvez porque haja uma razão racional para isso ser assim.
>
> Mas fazemos assim, listamos o nome das pessoais que fizeram
revolucionar a
> ciência e depois vemos quantos desses eram ateus puros.
>
> Se realmente a fé a ciência nada têm a ver , o numero de ateus e
crentes
> deverá ser o mesmo , numa distribuição aleatória.
>

Nao concordo com o metodo.

Esta me parecendo o mesmo metodo no qual se prova que a cama
eh o lugar mais perigoso do mundo, mostrando quantas pessoas
morrem sobre uma e quantas morrem fora dela.

Devemos observar que o cerebro tem areas especializadas em
determinadas tarefas e se uma pessoa eh muito boa numa dada tarefa
nao implica que ela seja boa em outra.

Claro q existem pessoas que sao muito boas em muitos ramos do
conhecimento dando valiosas contribuicoes em muitos deles, mas
em geral nao eh o que ocorre. Se alguem eh bom mo xadrez nao implica
que seja bom em fisica ou em musica etc...

Sim, existem muitas habilidades que dependem do raciocinio logico
ou matematico ou abstrato etc.. e assim, uma pessoa que tenha
uma boa capacidade num ramo do conhecimento que requer um tipo
especializado de raciocinio, eh provavel que tera grande habilidade em
uma outra area que tambem faca uso desta capacidade cognitiva.

Poderiamos entao pensar que a tendencia aa feh religiosa eh
independente de qualquer outro tipo de habilidade.
Na verdade parece-me que a tendencia aa feh religiosa tem carater
genetico, mas independente disso e o que nos leva ao espanto eh
que a religiosidade, particularmente em relacao aas religioes
tradicionais, esta em oposicao aa razao.

E isto parece-me um verdadeiro contrasenso:
Como poderia um habilidoso cientista, que usa da razao e da logica
como sua ferramenta mais importante, ser "ludibriado" por uma
religiosidade e uma feh que aparentemente eh tao "ilogica" ?

Acho que existe uma resposta para cada caso em que alguns dos fatores
que relaciono abaixo entraria com um peso especifico :

1-Falta de conhecimento.

Antes da teoria de Darwin, da Fisica moderna etc...
Nao se tinha conhecimentos que pudessem explicar de uma forma
racional a diversidade da vida , a origem das estrelas etc...
A unica fonte de explicacao era a religiao.
Eh de se esperar entao q a quantidade de ateus aumente
conforme a ciencia tambem avance ( e divulgue ) suas conquistas.

2-Necessidade psicologica

Muitos tem uma necessidade de se sentirem protegidos e observados
como o eram pelos pais em tenra infancia. Assim mesmo q a
religiosidade pareca um contra-senso a dor de nao a possui-la,
que acarretaria uma forte sensacao de desamparo, eh maior que a
vontade de pensar seriamente sobre o assunto e encarar suas
contradicoes inerentes: Simplesmente nao se pensa nisso.

3-Crencas arraigadas

Ensinamentos obtidos desde a infancia como religiao, Deus etc..
sao como virus que se "prendem" ao nosso cerebro e que dificilmente
conseguimos nos libertar. Dawkins explica muito bem isso em seu
artigo :
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/meme.htm

[]s
jocax




SUBJECT: Re: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 09:21

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> >From: <manuelbulcao@a...>
>
>
> >DIVINA RAZÃO
> (...)
> >E, com efeito, sem a "fé" na Razão a humanidade não teria
> >conhecido o desenvolvimento do pensamento científico, a
transformação da
> >ciência em força produtiva
> (...)

Soh que a razao e a ciencia vem dando mostras que funciona e que
por isso se pode continuar acreditando, enquanto que deus e as
religioes baseadas nele nao : Por mais que se reze, se cultue
ou se faca qualquer coisa de cunho religioso, esta religiosidade
nao mostra qualquer sinal de que funcione ( a nao ser como
efeito placebo isto eh, como forma de auto-engano, para trazer
conforto psicologico).

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 09:45

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Sunday, April 01, 2001 12:06 PM
Subject: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.

> Um feixe de elétrons penetra pelo orifício A e passa a percorrer o
> interior de um condutor eletrizado (casca) mantido a um potencial elétrico
> constante. Já sabemos de discussões anteriores que, por questões
> relativistas, os elétrons do feixe não afetam um aos outros e
> conseqüentemente não há dispersão (abertura) do feixe.
> Mas, a hipótese da inexistência do campo elétrico no interior refere-se a
> um condutor eletrizado, isolado e em equilíbrio de cargas. Ora, o interior
> faz parte do condutor e, se nesse interior há movimento de cargas não
> podemos mais aplicar a idéia da nulidade do campo no interior. Por outro
> lado, as cargas pertencentes a esse feixe exercem, por indução, ação sobre
> as cargas na superfície do condutor.

Com efeito. A esse respeito diria que a experiência estará tão mais próxima
da realidade esperada pela previsão da teoria quanto mais o feixe se
aproximar de um único elétron.

> Agora vamos ao experimento efetivo; para tanto, vamos eletrizar as placas
> defletoras horizontais ... COM CARGAS DE MESMO SINAL ...,por exemplo,
> ligando-as a uma garrafas de Leyden. Ora, essas placas, de mesmo sinal e
> de mesma quantidade, simula perfeitamente o condutor eletrizado em
> equilíbrio de cargas ... e, como tal, (talvez a mesmos de efeitos de
> bordas) o campo em seu interior deve ser nulo.
> Eis o experimento, com as placas defletoras eletrizadas com cargas de
> mesmo sinal a posição do ponto na tela não deve se modificar!

Como a finalidade da experiência foi proposta no sentido de verificar a
inflexão da trajetória de "um" elétron, e não outros efeitos sobre este
elétron (por exemplo, aceleração na direção da trajetória e devida ao
campo), não sei até que ponto seria de se esperar uma inflexão no modelo
citado. Exemplifico: No caso do esquema apresentado na figura
http://sites.uol.com.br/albmesq/trajet.gif tomei o cuidado de fazer o feixe
primitivo não incidir sobre o ponto central da casca condutora (no caso uma
superfície esférica); se o feixe passasse pelo centro da esfera o elétron
estaria sujeito a acelerações na direção da trajetória, não devendo-se
esperar, pela minha teoria, deflexão alguma.

O modelo parece-me interessante e estou apenas chamando a atenção para a
importância das assimetrias no sentido de que o efeito previsto possa ser
detectado. Tão logo tenha um tempo disponível pensarei com mais carinho no
mesmo a ponto de calcular qual seria o campo previsto pela teoria entre as
placas defletoras eletrizadas com cargas de mesmo sinal, bem como, até que
ponto poderíamos considerar o campo de Maxwell nulo para as trajetórias
afastadas do eixo central das placas (em direção à periferia); ou seja, a
partir de que ponto os efeitos de borda assinalados seriam importantes e a
mascarar outros efeitos esperados. De qualquer forma, e como tratam-se de
campos diferentes, não é impossível que as trajetórias esperadas sejam
diferentes para cada caso.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Luis Marcelo de Mattos Zeri" <luismarcelozeri@bol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 09:55

Não gosto de achar que minha religião é um conforto psicológico, um placebo.
Se acredito nela, é porque tenho subsídios suficientes para tal. É uma
crença minha, não obrigo ninguém a aceitá-la.
Como estava escrito numa mensagem anterior, a religião é mesmo um vírus, que
gruda no nossa cérebro e não nos deixa mais. Talvez a palavra que descreva
isso seja Fé.

E também é muito complicado discutir a crença de cada um. Se formos por esse
caminho, seria melhor abrir uma nova lista, porque a conversa vai longe e
vai se afastar da Ciência desta lista (infelismente Ciência e Religião ainda
não caminham juntas..).

Lµi§ Ma®¢elo

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, April 02, 2001 9:21 AM
Subject: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas

Soh que a razao e a ciencia vem dando mostras que funciona e que
por isso se pode continuar acreditando, enquanto que deus e as
religioes baseadas nele nao : Por mais que se reze, se cultue
ou se faca qualquer coisa de cunho religioso, esta religiosidade
nao mostra qualquer sinal de que funcione ( a nao ser como
efeito placebo isto eh, como forma de auto-engano, para trazer
conforto psicologico).

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 10:48

> Se realmente a fé a ciência nada têm a ver , o numero de ateus e
crentes
> deverá ser o mesmo , numa distribuição aleatória.
>

Jocax-
Nao concordo com o metodo.

- Ainda bem que ha alguem que discorda...já estava a ficar assustado...

Jocax-
Sim, existem muitas habilidades que dependem do raciocinio logico
ou matematico ou abstrato etc.. e assim, uma pessoa que tenha
uma boa capacidade num ramo do conhecimento que requer um tipo
especializado de raciocinio, eh provavel que tera grande habilidade em
uma outra area que tambem faca uso desta capacidade cognitiva.

Poderiamos entao pensar que a tendencia aa feh religiosa eh
independente de qualquer outro tipo de habilidade.

- Aqui contradizes-te , se existem aquelas habilidades dependnetes do
raciocinio abstracto , então a fé pode ser uma delas.

Jocax-
Na verdade parece-me que a tendencia aa feh religiosa tem carater
genetico,

E para ti, o que é que não tem caracter genético ? :-)) Aposto que até a
genética tem caracter genético para ti ;-))

Jocax-
mas independente disso e o que nos leva ao espanto eh
que a religiosidade, particularmente em relacao aas religioes
tradicionais, esta em oposicao aa razao.

-Não. Isso é incorrecto. Não está errado, mas é incorrecto.
Estás a julgar as religiões "tradicionais" pelo que conheces delas hoje ,e
não pelo que elas eram quando começaram.

Jocax-
E isto parece-me um verdadeiro contrasenso:
Como poderia um habilidoso cientista, que usa da razao e da logica
como sua ferramenta mais importante, ser "ludibriado" por uma
religiosidade e uma feh que aparentemente eh tao "ilogica" ?

Não é contrasenso, simplesmente estás enganado nas hipoteses.
É aparentemente ilógica para quem está de fora.

Jocax-
Acho que existe uma resposta para cada caso em que alguns dos fatores
que relaciono abaixo entraria com um peso especifico :

1-Falta de conhecimento.

Antes da teoria de Darwin, da Fisica moderna etc...
Nao se tinha conhecimentos que pudessem explicar de uma forma
racional a diversidade da vida , a origem das estrelas etc...
A unica fonte de explicacao era a religiao.
Eh de se esperar entao q a quantidade de ateus aumente
conforme a ciencia tambem avance ( e divulgue ) suas conquistas.


-Isto é simplesmente insustentável.
O nº de ateu aumenta pq a ilusão cientifica aumenta. A ciencia tornou-se tão
"mágica" como a religião e por isso é facil substituir a religião pela
ciencia. A relatividade e a MQ têm esse papel. Para quem não é físico ambas
parecem coisas "mágicas"... irreais... isto pq essas pessoas desconhecem os
principios em que se fundamentam essas teorias. A teoria do Big Bang é
outra. A interpretação cientifica da Tdo BB é completamente diferente da
interpretação da pessoa da rua.
O mesmo acontece co ma religião.

Jocax-
2-Necessidade psicologica

Muitos tem uma necessidade de se sentirem protegidos e observados
como o eram pelos pais em tenra infancia. Assim mesmo q a
religiosidade pareca um contra-senso a dor de nao a possui-la,
que acarretaria uma forte sensacao de desamparo, eh maior que a
vontade de pensar seriamente sobre o assunto e encarar suas
contradicoes inerentes: Simplesmente nao se pensa nisso.

-Aqui já está mais perto. Mas nem todas as pessoas procuram amparo na
religião.
E não esquecer que a coisa era Misticismo e Religião. E no misticismo,
amparo é algo que não se procura.
Procura-se conhecimento, poder, sabedoria, mas não amparo.

Jocax-
3-Crencas arraigadas

Ensinamentos obtidos desde a infancia como religiao, Deus etc..
sao como virus que se "prendem" ao nosso cerebro e que dificilmente
conseguimos nos libertar.

-Se isso fosse verdade não haveria ateus , ou pessoas que mudam de religião.
Do tipo o pai é de uma e o filho de outra.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 11:12

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> -Isto é simplesmente insustentável.
> O nº de ateu aumenta pq a ilusão cientifica aumenta. A ciencia tornou-se =
tão

Acho q. estamos a falar de coisas q. nao se ligam.

Primeiro -- o numero de ateus *nao* tem aumentado de modo significativo. Ne=
m mesmo de agnosticos.

Ha' duas relacoes q. se pode pensar em termos de religiosidade e escolarida=
de.

Uma eh a analise de um recorte momentaneo:

Sim, entre os cientistas eh menor o numero de pessoas q. acreditam em divin=
dades, comparando-se com a populacao em geral. E, sim, ha' uma religiosidade=
um
pouco menor em relacao a uma escolaridade um pouco mais alta. A excecao dos=
EUA, paises mais desenvolvidos tEm uma maior propensao de apresentar um
numero maior de ateus e agnosticos.

Outra eh a analise temporal de uma serie de pesquisas:

Os numeros no entanto tEm se mantido praticamente sem alteracao no ultimo s=
eculo, a despeito dos avancos cientificos e das melhorias do nivel de
conhecimento cientifico medio da populacao. 60% dos cientistas (ao menos os=
americanos) sao ateus ou agnosticos e 90-95% da populacao acredita em Deus =
(ou
outra divindade).

Eh possivel q. em comparacao com a idade antiga, media ou do sec. 19 haja u=
ma variacao -- mesmo em termos globais -- mas isso so' pode ser especulado a=

partir de bases indiretas.

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 11:21

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> > Se realmente a fé a ciência nada têm a ver , o numero de ateus e
> crentes
> > deverá ser o mesmo , numa distribuição aleatória.
> >
>
> Jocax-
> Nao concordo com o metodo.
>
> - Ainda bem que ha alguem que discorda...já estava a ficar
assustado...
>
> Jocax-
> Sim, existem muitas habilidades que dependem do raciocinio logico
> ou matematico ou abstrato etc.. e assim, uma pessoa que tenha
> uma boa capacidade num ramo do conhecimento que requer um tipo
> especializado de raciocinio, eh provavel que tera grande habilidade
em
> uma outra area que tambem faca uso desta capacidade cognitiva.
>
> Poderiamos entao pensar que a tendencia aa feh religiosa eh
> independente de qualquer outro tipo de habilidade.
>
> - Aqui contradizes-te , se existem aquelas habilidades dependnetes
do
> raciocinio abstracto , então a fé pode ser uma delas.

Vc nao entendeu : Existem habilidades que dependem de outras
e existem as que nao dependem. Por exemplo habilidade logica
e habilidade matematica devem estar associadas mas habilidade
verbal e matematica nao. Por isso disse que a feh religiosa
*poderia* ser algo independente de todas as outras mas, mais
adiante, eu mostro que na verdade isto parece um contrasenso
e analiso a questao.



>
>> Jocax-
> mas independente disso e o que nos leva ao espanto eh
> que a religiosidade, particularmente em relacao aas religioes
> tradicionais, esta em oposicao aa razao.
>
> -Não. Isso é incorrecto. Não está errado, mas é incorrecto.
> Estás a julgar as religiões "tradicionais" pelo que conheces delas
hoje ,e
> não pelo que elas eram quando começaram.

Por que esta incorreto?
Vc esta dizendo que as religioes eram corretas quando comecaram
e hoje ja nao sao mais corretas ?
O que mudou de antes para agora ?
Tenho alguns dialogos que exploram as inconsistencias
logicas religiosas :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/37



>
>> Jocax-
> E isto parece-me um verdadeiro contrasenso:
> Como poderia um habilidoso cientista, que usa da razao e da logica
> como sua ferramenta mais importante, ser "ludibriado" por uma
> religiosidade e uma feh que aparentemente eh tao "ilogica" ?
>
> Não é contrasenso, simplesmente estás enganado nas hipoteses.
> É aparentemente ilógica para quem está de fora.

Eh contrasenso se vc adotar a concepcao tradicional de Deus,
a concepcao que eh utilizada pela maioria da populacao.
Se vc tem uma concepcao diferente do normal eu gostaria de
saber para poder analisar. Leias os dialogos acima e vc
vera as contradicoes a que me refiro.


>
>> Jocax-
> Acho que existe uma resposta para cada caso em que alguns dos
fatores
> que relaciono abaixo entraria com um peso especifico :
>
> 1-Falta de conhecimento.
>
> Antes da teoria de Darwin, da Fisica moderna etc...
> Nao se tinha conhecimentos que pudessem explicar de uma forma
> racional a diversidade da vida , a origem das estrelas etc...
> A unica fonte de explicacao era a religiao.
> Eh de se esperar entao q a quantidade de ateus aumente
> conforme a ciencia tambem avance ( e divulgue ) suas conquistas.
>
>
> -Isto é simplesmente insustentável.
> O nº de ateu aumenta pq a ilusão cientifica aumenta. A ciencia
tornou-se tão
> "mágica" como a religião e por isso é facil substituir a religião
pela
> ciencia. A relatividade e a MQ têm esse papel. Para quem não é
físico ambas
> parecem coisas "mágicas"... irreais... isto pq essas pessoas
desconhecem os
> principios em que se fundamentam essas teorias. A teoria do Big
Bang é
> outra. A interpretação cientifica da Tdo BB é completamente
diferente da
> interpretação da pessoa da rua.

Nao importa se as pessoas conhecem ou nao ciencia ou saibam seus
fundamentos. Apenas o fato de a ciencia explicar muita coisa
que antes *apenas* a religiao explicava ja eh motivo para
pensar duas vezes antes de se tornar um religioso.
Quero dizer que como *fonte de explicacao* a religiao ja nao esta
mais satisfazendo e esta eh mais uma razao de nao se precisar da
crenca em deus ( nao a unica ).



> O mesmo acontece co ma religião.


Nao, mesmo sem conhecer sobre ciencia as pessoas sabem que ela
pode levar o homem aa lua ao passo que a religiao nao pode.
Alias cabe a pergunta : o que a religiao pode fazer?



>
> Jocax-
> 2-Necessidade psicologica
>
> Muitos tem uma necessidade de se sentirem protegidos e observados
> como o eram pelos pais em tenra infancia. Assim mesmo q a
> religiosidade pareca um contra-senso a dor de nao a possui-la,
> que acarretaria uma forte sensacao de desamparo, eh maior que a
> vontade de pensar seriamente sobre o assunto e encarar suas
> contradicoes inerentes: Simplesmente nao se pensa nisso.
>
> -Aqui já está mais perto. Mas nem todas as pessoas procuram amparo
na
> religião.
> E não esquecer que a coisa era Misticismo e Religião. E no
misticismo,
> amparo é algo que não se procura.
> Procura-se conhecimento, poder, sabedoria, mas não amparo.

Eu digo que se procura amparo, seguranca mesmo q a pessoa nao
saiba disso. Por isso as pessoas costumam chamar deus de "Pai",
simplesmente pq ele substitui, psicologicamente, o pai da infancia
que dava conforto e seguranca.


>
> Jocax-
> 3-Crencas arraigadas
>
> Ensinamentos obtidos desde a infancia como religiao, Deus etc..
> sao como virus que se "prendem" ao nosso cerebro e que dificilmente
> conseguimos nos libertar.
>
> -Se isso fosse verdade não haveria ateus , ou pessoas que mudam de
religião.
> Do tipo o pai é de uma e o filho de outra.
>


Mas existem pessoas que sao imunes aa determinados virus e outras nao,
algums sao vacinadas contra os virus e outras nao.
Quero dizer q a variabiliade genetica pode fazer que uma pessoa
se torne religiosa e outra nao.


[]s
jocax



SUBJECT: Programa criado por pesquisador da Embrapa
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 11:27

Programa criado por pesquisador da Embrapa já foi
acessado mais de 5 milhões de vezes em todo o mundo

"Ferrão" ajuda a achar função de proteína
ISABEL GERHARDT
DA REPORTAGEM LOCAL- Folha de São Paulo,2 de abril de
2001

Para aqueles que acompanham os projetos genoma
brasileiros, é bom saber que o país não entende apenas de
DNA, mas de proteína também. Uma ferramenta de
bioinformática nacional, que auxilia no estudo da função
de proteínas, já está disponível inclusive no site do PDB
(Protein Data Bank), o "oráculo" mundial de sequências de
proteínas -equivalente ao GenBank, onde são depositadas
as sequências de DNA.
O software Sting (Sequence To and withIN Graphics), que
quer dizer "ferrão" em inglês e tem como símbolo uma
abelha, foi criado pelos pesquisadores da Embrapa
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Goran
Neshich e Roberto Togawa, além de Georgios Pappas Jr., da
Universidade Católica de Brasília, do americano Barry
Honig, da Universidade Columbia, e sete estudantes da
Universidade de Brasília.
"É um programa que facilita o estudo de interações entre
proteínas", explica Neshich à Folha, enquanto mostra a
estrutura tridimensional de uma protease (proteína que
degrada outras proteínas) na tela de seu computador, na
Embrapa Informática Agropecuária, em Campinas (SP).
Apesar de toda a festa com os genomas sequenciados, já
não é de hoje que os cientistas vêm dizendo que não basta
conhecer a sequência de DNA de um organismo. Afinal, o
DNA é apenas o repositório da informação, que precisa ser
traduzida para a linguagem dos aminoácidos -os blocos
construtores das proteínas. São estas moléculas as
principais responsáveis pelas reações no interior das
células que fazem os seres vivos serem como são.
Só que proteínas não agem sozinhas. Ou elas se ligam a
outras proteínas, ou a outros tipos de moléculas, como
vitaminas.
O diferencial do Sting com relação aos demais programas
que existem no mercado está justamente na ênfase que ele
dá a essas interações, pois revela os detalhes das
superfícies das proteínas.
"Se você tem mais de uma cadeia protéica, o Sting diz
quais são os aminoácidos pertencentes às diferentes
cadeias. Pode-se observar a interface das proteínas, e é
lá que as coisas acontecem", explica.
Segundo Neshich, nos dois anos e meio desde o seu
surgimento, o Sting foi acessado mais de 5 milhões de
vezes.

Pioneiro da rede
Neshich é físico-químico de origem sérvia (em sua página
na Internet existem links sobre a guerra na Iugoslávia),
com doutorado em Illinois (EUA). Acabou vindo parar no
Brasil porque conheceu e se casou com uma brasileira,
Damares Monte, também pesquisadora da Embrapa.
Neshich é um pioneiro da bioinformática nacional. Foi ele
o idealizador da BBNet (BrazilianBioNet), uma rede de
usuários de bioinformática, formada em 1992, que permitiu
o primeiro acesso dos cientistas brasileiros aos
programas de análise de sequências de DNA de forma
gratuita, por intermédio de um computador (servidor) da
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
"Pode-se dizer que a história do Sting vem dessa época. O
pessoal usava o GCG e o GenBank (softwares para análise
de DNA) e sempre pedia para fazer alguma coisa com
estrutura de proteínas, também de forma gratuita", conta
Neshich. Ele diz que os pacotes comerciais de análise de
proteínas podem custar até US$ 100 mil.
O pesquisador afirma que a nova versão do Sting deverá
estar no Protein Data Bank como parte integral da página
do banco de dados de proteínas. Pelo menos esse foi o
convite que Neshich recebeu no início de março de Phil
Bourne, do Centro de Supercomputação da Universidade da
Califórnia em San Diego e um dos coordenadores do Protein
Data Bank.
"O pessoal de biologia molecular não sabe como fazer um
programa desses, mas tem necessidade, e os bioinformatas
sabem, mas não têm interesse", diz.
O pesquisador explica que o funcionamento do programa é
bastante simples. Quem quiser conferir, basta clicar no
endereço www.cbi.cnptia.embrapa.br. Lá, além do Sting,
estão outros programas para análise de proteínas.







SUBJECT: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 12:35

[ Luis Marcelo ]:
>> Não gosto de achar que minha religião é um conforto
>> psicológico, um placebo. Se acredito nela, é porque
>> tenho subsídios suficientes para tal.

Acho que compreendo sua situação. No município de Ilha Comprida,
estado de São Paulo, o bairro de Pedrinhas é habitado por pescadores
que acreditam em sereias. É uma crença local que diz que no terceiro
dia da lua cheia não se deve pescar, sob o perigo de deparar com a
sereia. Por outro lado, quando essa regra é respeitada, o restante dos
dias é "abençoado" com fartas pescarias. Imagino que eles também não
gostao de pensar que sua crença é mero conforto psicológico.
Há pessoas também que acreditam em cristais, gnomos e saint
germains. Há uma religião chamada Wicca, que afirma que elementais
(duendes) e espíritos de gente morta intercedem aos deuses pelos
humanos.
De qualquer forma, todas essas pessoas dizem ter subsídios
suficientes para acreditar em tais coisas, e jamais diriam que os bons
efeitos de suas observações sejam apenas uma forma de efeito placebo.

Só que essas pessoas normalmente evitam confrontar seus argumentos
com a realidade e com a lógica racional. Alguns dizem que suas
crendiçes não podem ser compreendidas pela razão pura, e sim pela fé.
Essa é uma boa saída para evitar algum tipo de exigência de "subsídios
suficientes" para uma crença que se pretenda realmente honesta, embora
eu mesmo penso que deva ser respeitada.
Afinal, onde a lógica racional e o confronto com a realidade não
são aplicáveis, é possível argumentar qualquer coisa que possa existir
na imaginação. Aqui não se pode provar a ausência de nada: nem de
sacis-pererês, jeovás, iemanjás, orixás, alás, mitras, anjos, zeus,
demônios ou fadas.
Aproveito a oportunidade para manifestar minha nova religião. Ela
diz que um elefante cor-de-rosa de seis braços é a energia do amor no
mundo. Que o universo é apenas um sonho de deus (que está dormindo), e
ele acorda exatamente no momento que o mundo colapsar em um
big-crunch. Como se pode perceber, minha religião também é exposta
necessitando razão e fé.
Mas não quero discutir isso aqui (...) afinal seria necessário
criar uma lista de religião para que se pudesse compreender a
profundidade e subjetividade desses conceitos.

[]'s

Peterson.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 12:47

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, April 02, 2001 11:21 AM
Subject: [ciencialist] Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio


> Vc esta dizendo que as religioes eram corretas quando comecaram
> e hoje ja nao sao mais corretas ?
> O que mudou de antes para agora ?

Sem querer entrar no mérito da questão, pois do contrário vamos ficar
naquela de discutir a navalha de Occam, lembro que o Taoismo de Lao Tse nada
mais é senão uma filosofia de vida e, por sinal, de elevadíssimo nível. Já o
Taoismo de seu discípulo principal (não me lembro o nome) nada mais é senão
algo que muito se assemelha a uma religião, a meu ver por demais medíocre.
Em outras palavras, Lao Tse não fundou nenhuma religião e, não obstante,
qualquer adepto de sua filosofia chega a ser confundido como alguém a
defender o misticismo (mais relacionado ao confucionismo) e/ou as religiões
orientais.

> Nao, mesmo sem conhecer sobre ciencia as pessoas sabem que ela
> pode levar o homem aa lua ao passo que a religiao nao pode.

Como não? Os físicos quânticos vivem no mundo da Lua e creio que foram
levados lá por sua religião. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: A mae de todas as simbioses
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 13:49

Livro traz idéias de Lynn Margulis, a personalidade mais
instigante da biologia

A mãe de todas as simbioses

IsabeIGerhardt
da ReportagemLocal

O que o projeto Seti (Busca por Inteligência
Extraterrestre, na sigla em inglês) .—que teve o
astrônomo Carl Sagan como um de seus maiores divulgadores—
tem a ver com a teoria SET (Teoria da Endossimbiose
Sequencial, em inglês) desenvolvida pela bióloga Lynn
Margulis, segundo a qual células animais e vegetais
surgiram por meio de unia sequência especifica de
incorporações de diferentes tipos de bactérias?
Muito mais coisas além do que se pode deduzir apenas pela
semellança dos nomes.

Sagan e Margulis foram casados por cinco anos. Foi
durante esse período que Margulis, com formação acadêmica
originalmente na área de ciências humanas, passou a se
interessar por genética e começou a juntar os elementos
que dariam origem à SET. Assim como Sagan, que desde o
início de sua carreira buscou a vida em outros planetas,
Margulis tambem se dedicou à compreensão do surgimento da
vida. Só que na Terra.

Com pitadas de autobiografia, que revelam a progressão de
seu peIsa~Iento cientffico, nolivro “O Planeta Simbiótico
— Uma Nova Perspectiva da Evolução” Margulis explica ao
público leigo não só a teoria da endossimbiose, mas
também outra teoria bastante controvertida: Gaia.

Proposta pelo químico inglês James Lovelock no início da
década de 70, Gaia tem na pesquisadora um de seus
maiores defensores. Além disso, aproveita para
desenvolver uma terceira hipótese (na verdade, um
aprofundamento da teoria da endossimbiose), a de que
novas espécies surgem a partir de fusões entre membros de
espécies antigas.

Idéias polemicas sempre acompanharam a cientista. Apesar
de a idéia de que os cloroplastos (órgãos da célula em
que se realiza a fotossíntese) e as mitocôndrias
(responsáveis pela
Geração de energia) foram originalmente
bactérias “incorporadas” à célula hoje ser ensinada nas
escolas de ensino médio, sua aceitação pela comunidade
cientifica não foi fácil. Margulis conta no livro que a
primeira exposição da SET só foi aceita para publicação
em l966 no “Journal of Theoretical Biology», após a
intervenção direta de James Danielli, na época redator
dessa revista científica. E não antes de ter passado por
l5 rejeições.

Provocandp ambientalistas. Asegunda teoria po1êmica a
envolver Margulis surgiu a partir de sua colaboração com
Love1ock. Gaia, afirma a cientista, é só um nome
conveniente para um fenômeno que abrange toda a Terra: “
O ajuste de temperatura, acidez/alcalinidade e composição
gasosa. Gala é a série de ecossistemas em interação que
compõem um simples e enorme ecossistema na superfície da
Terra. Ponto final”. Ou, como definiu Greg Hinkle, um ex-
aluno de doutorado de Margulis: «Gaia é tão somente a
simbiose vista do espaço»
No entanto, Gaia foi incorporada por grupos
ambientalistas na
condição de representação da Terra como um só organismo
vivo e, portanto, suscetível ‘a ação destruidora do
homem. Neste sentido, a hipótese é duramente criticada
por Margulis, que chegou, inclusive, a desativar seu e-
mail da Universidade de Massachusetts em Amherst (RUA),
onde é professora do Departamento de Geociências, para
evitar ser procurada por pessoas que têm de Gaia a visão
que a pesquisadora repudia.

“Na minha opinião, a atitude do homem de se
responsabilizar pela Terra é cômica. Indícios fósseis
mostram que a vida na Terra resitiu a numerosos impactos
iguais ou maiores que a detonação de todas as 5.000
bombas nucleares em estoque. Nós, seres humanos, somos
exatamente como nossos colegas de planeta. Não podemos
dar um fim à natureza: só representamos uma ameaça a nós
mesmos”,escreve.

O livro de MarguIis, lançado nos EUA em 1998, é resultado
também dos novos interesses da cientista. A pesquisadora
quase não orienta mais alunos de mestrado ou doutorado.
Dedica-se a aulas de graduação, a trabalhos de divulgação
científica e a provar sua terceira teoria, da evolução
das espécies a partir da simbiose. Considerando toda a
sua história e sua persistência, fica difícil duvidar de
que ela vá conseguir.

O Planeta Simbiótico, 140págs.R$ 21,00

De Lynn Margulis.Tradução de Laura Neves.
Editora Rocco.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 15:06

>Há uma religião chamada Wicca, que afirma que elementais
> (duendes) e espíritos de gente morta intercedem aos deuses pelos
> humanos.

Isso é errado.
Os elementais não são duendes.Os elementais são as forças activas da
natureza.
Duende é uma figura foclórica criada lá pelas irlandas que supostamente é a
"encarnação" do elemental natural das forestas. Não é a mesma coisa . Duende
está ao nivel do pai-natal, os elementais estão ao nivel das forças físicas.

Tb é falso que Wicca acredite que os espiritos intercedem junto dos deuses ,
já que em Wicca não existem deuses.
Não sei onde teraste esta informação é completamente falsa. E é obvio pq, em
Wicca não ha deuses.

> Aproveito a oportunidade para manifestar minha nova religião. Ela
> diz que um elefante cor-de-rosa de seis braços é a energia do amor no
> mundo. Que o universo é apenas um sonho de deus (que está dormindo), e
> ele acorda exatamente no momento que o mundo colapsar em um
> big-crunch. Como se pode perceber, minha religião também é exposta
> necessitando razão e fé.

Porquê um elefante cor-de rosa ?
Se é cor de rosa isso implca que impreciona o teu nervo optico de alguma
forma.
Como ?
E Quando aconteceu isso ? Ou seja, quando o viste ?
E como sabes que esse elefante cor-de-rosa é energia ? Pela lei E=mc² ? E se
sim, qual é a sua massa ?
Como o pesaste ?
Elucida-me por favor , estou curioso e talvez possa aderir à tua religião.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 15:27

Jocax-
Por isso disse que a feh religiosa
*poderia* ser algo independente de todas as outras mas, mais
adiante, eu mostro que na verdade isto parece um contrasenso
e analiso a questao.

-Só uma pergunta: O que é "fé" para ti ?

>> Jocax-
> mas independente disso e o que nos leva ao espanto eh
> que a religiosidade, particularmente em relacao aas religioes
> tradicionais, esta em oposicao aa razao.
>
> -Não. Isso é incorrecto. Não está errado, mas é incorrecto.
> Estás a julgar as religiões "tradicionais" pelo que conheces delas
hoje ,e
> não pelo que elas eram quando começaram.

Jocax-
Por que esta incorreto?

Exactamente por isso. Por estares a julgar pelo que conheces.
Tlv o que cnheces, e da forma como conehces esteja em desacordo com a razão.
Mas não é assim sempre.
Por outro lado, lá pq o cirstianismo ou o judaismo ou o islamismo , ou qq
outra estão em desacordo com a razão não quer dizer que a religião em geral
esteja. Está a tomar o todo pela parte ,e isso tb é incorrecto.

Jocax-
Vc esta dizendo que as religioes eram corretas quando comecaram
e hoje ja nao sao mais corretas ?

-Não. Estou dizendo que as religiões que conheces hoje nada têm a ver com as
que eram quando começaram.
As coisas evoluem, mudam.

Jocax-
O que mudou de antes para agora ?

A sociedade, a politica, a forma como se ganha dinheiro e a forma se gasta
dinehrio, o tipo de crimes que existem, o conhecimento de outros paises ,
culturas e costumes (a globalização), etc...
Muitas coisas mudaram...


>
>> Jocax-
> E isto parece-me um verdadeiro contrasenso:
> Como poderia um habilidoso cientista, que usa da razao e da logica
> como sua ferramenta mais importante, ser "ludibriado" por uma
> religiosidade e uma feh que aparentemente eh tao "ilogica" ?
>
> Não é contrasenso, simplesmente estás enganado nas hipoteses.
> É aparentemente ilógica para quem está de fora.

Jocax-Eh contrasenso se vc adotar a concepcao tradicional de Deus,

-Não o tenho de fazer. Simplesmente não tenho.
Nos teus dialogos apenas provas que determinado tipo de Deus não existe.
Aquele que é omnipotente.
Não provas que Deus (outro , que não aquele ) não exista.

Jocax-a concepcao que eh utilizada pela maioria da populacao.

-Como todos sabemos, pq isto é uma lista de ciencia, não é por todos acharem
o mesmo que está certo.
Apenas provas que a concepção usada pela maioria das pessoas está errada. Só
.Nada mais.
Provas protanto que a maioria das pessoas é inculta religiosamente, nada
mais que isso.

Jocax-Se vc tem uma concepcao diferente do normal eu gostaria de
saber para poder analisar.

Sim. Eu comunico ctg por mail privado se não te importares.


> -Isto é simplesmente insustentável.
> O nº de ateu aumenta pq a ilusão cientifica aumenta. A ciencia
tornou-se tão
> "mágica" como a religião e por isso é facil substituir a religião
pela
> ciencia. A relatividade e a MQ têm esse papel. Para quem não é
físico ambas
> parecem coisas "mágicas"... irreais... isto pq essas pessoas
desconhecem os
> principios em que se fundamentam essas teorias. A teoria do Big
Bang é
> outra. A interpretação cientifica da Tdo BB é completamente
diferente da
> interpretação da pessoa da rua.

Jocax-
Nao importa se as pessoas conhecem ou nao ciencia ou saibam seus
fundamentos. Apenas o fato de a ciencia explicar muita coisa
que antes *apenas* a religiao explicava ja eh motivo para
pensar duas vezes antes de se tornar um religioso.
Quero dizer que como *fonte de explicacao* a religiao ja nao esta
mais satisfazendo e esta eh mais uma razao de nao se precisar da
crenca em deus ( nao a unica ).

Vês ? A religião nunca foi uma fonte de explicação, isto que dizes nem
sequer é coerente.
O que aconteceu é que algumas pessoas quiseram explicar tudo usando a
bilbia. Como aquele padre que pretendeu calcular a idade da terra. A ideia
dele era boa, mas o método é que não.
É ai que entra o método cientificio, o qual usado por Kelvin , levou ao
resultado certo.
O problema não e´da religião, mas do que se faz com ela.
É como a politica, o mal não é da politica, mas de alguns que a usam para se
tornar ditadores.

Jocax-Alias cabe a pergunta : o que a religiao pode fazer?

-Algo simples. Ajudar-te a entender o porquê estás aqui.
Não o como, mas o porquê. Dá-te um horizonte e prepectivas para encarares o
local onde vives ...chamemos-lhe universo.

Jocax-
Quero dizer q a variabiliade genetica pode fazer que uma pessoa
se torne religiosa e outra nao.

-Não. O tempo de vida, não permite mutações que levem da crença `descrença.
E ha pessoas que mudam de crença.

Além disso, se a religião fosse algo genético , deveria tender para o que é
mais propicio à espécie.
E isso não me parece que aconteça.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 16:26

Em uma mensagem de 02/04/01 09:22:19 Hora padrão leste da Am. Sul,
jocax@usp.br escreveu:

> Soh que a razao e a ciencia vem dando mostras que funciona e que
> por isso se pode continuar acreditando, enquanto que deus e as
> religioes baseadas nele nao : Por mais que se reze, se cultue
> ou se faca qualquer coisa de cunho religioso, esta religiosidade
> nao mostra qualquer sinal de que funcione ( a nao ser como
> efeito placebo isto eh, como forma de auto-engano, para trazer
> conforto psicologico).

Manuel - Placebo é uma coisa, efeito placebo é outra. placebo é o tratamento
inócuo. Efeito placebo é quando se obtém um resultado a partir da
administração de um placebo.

A neuropsicologia tem demonstrado ultimamente que o efeito placebo muitas
vezes não consiste em mero "conforto psicológico" (o que já é algo
'positivo') ou numa camuflagem dos sintomas; isto é, que o efeito placebo
pode muito bem coincidir com uma melhora significativa ou mesmo com a cura
(consistindo, portanto, em algo diametralmente oposto àquilo que você chama
de "uma forma de auto-engano").

Os neuropsicólogos Júlio R. Amaral e Renato M. Sabattini, num artigo
intitulado "Efeito Placebo: O Poder da Pílula de Açucar", escreveram o
seguinte:

<<O efeito placebo é poderoso. Em um estudo realizado na Universidade de
Harvard, testou-se sua eficácia em uma ampla gama de distúrbios, incluindo
dor, hipertensão arterial e asma. O resultado foi impressionante: cerca de 30
a 40% dos pacientes obtiveram alívio pelo uso de placebo!

<<Além disso, ele não se limita a medicamentos, mas pode aparecer em qualquer
procedimento médico. Em uma pesquisa sobre o valor da cirurgia de ligação de
uma artéria no tórax na angina de peito (dor provocada por isquemia cardíaca
crônica), o placebo consistia apenas em anestesiar o paciente e cortar a
pele. Pois bem: os pacientes operados ficticiamente tiveram 80% de melhora.
Os que foram operados de verdade tiveram apenas 40%. Em outras palavras: o
placebo funcionou melhor que a cirurgia.>>

Jocax, não subestime o poder do símbolo e da ação do psíquico sobre o
somático. Você, que defende a memética, não pode esquecer que os memes de
maior sucesso darwiniano são aqueles que, simbioticamente, contribuem para
manter vivos os seus hospedeiros.

Como escrevi em outra mensagem: "Não sei se a magia tem ou não um valor
adaptativo. Sobre isso não tenho uma opinião formada, embora ache que em
qualquer avaliação deve pesar o fato de que o placebo efetivamente alivia e,
em muitas ocasiões, promove até mesmo a cura. O que sei é que o Homo sapiens
tem aproximadamente cem mil anos de idade e que, durante 95% desse tempo de
vida o homem, para sobreviver a todas as terríveis dificuldades, não contou
com a ajuda de um conhecimento 'científico' no sentido estrito do termo. Para
fazer frente às feras, as doenças, às catástrofes naturais, à angústia
decorrente da consciência da morte etc., só contávamos nós com um
conhecimento empírico bastante limitado e com a magia."

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 16:44

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> Jocax-
> Por isso disse que a feh religiosa
> *poderia* ser algo independente de todas as outras mas, mais
> adiante, eu mostro que na verdade isto parece um contrasenso
> e analiso a questao.
>
> -Só uma pergunta: O que é "fé" para ti ?

Para mim eh uma crenca que nao necessariamente precisa ter
algum fundamento com a realidade.


>
> >> Jocax-
> > mas independente disso e o que nos leva ao espanto eh
> > que a religiosidade, particularmente em relacao aas religioes
> > tradicionais, esta em oposicao aa razao.
> >
> > -Não. Isso é incorrecto. Não está errado, mas é incorrecto.
> > Estás a julgar as religiões "tradicionais" pelo que conheces delas
> hoje ,e
> > não pelo que elas eram quando começaram.
>
> Jocax-
> Por que esta incorreto?
>
> Exactamente por isso. Por estares a julgar pelo que conheces.
> Tlv o que cnheces, e da forma como conehces esteja em desacordo com
a razão.

Jocax-> Sim mas eh dentro do que eu disse : das religioes deistas
tradicionais q eu estava julgando, as que tem como verdade
um deus bom e todo poderoso etc.... Com relacao a estas eu disse
que sao contrarias aa razao.


> Mas não é assim sempre.
> Por outro lado, lá pq o cirstianismo ou o judaismo ou o islamismo ,
ou qq
> outra estão em desacordo com a razão não quer dizer que a religião
em geral
> esteja. Está a tomar o todo pela parte ,e isso tb é incorrecto.

jocax -> veja bem, eu TAMBEM fundei uma doutrina filosofica que pode
ser seguida como uma religiao ( O Genismo ), por isso eu nao disse
que todas as religioes sao contra a razao se eu fizesse isso eu
estaria contra minha propria religiao ateista !
As religioes que sao contraditorias com a realidade sao aquelas
que pregam um deus bom e poderoso etc..



>
> Jocax-
> Vc esta dizendo que as religioes eram corretas quando comecaram
> e hoje ja nao sao mais corretas ?
>
> -Não. Estou dizendo que as religiões que conheces hoje nada têm a
ver com as
> que eram quando começaram.
> As coisas evoluem, mudam.

jocax-> Sim, o Genismo eh uma que comecou correta e vai continuar
correta ( espero ). Mas o q eu estou dizendo eh q religioes baseadas
em deus sao provavelmente falsas. Claro q isso vai depender da
definicao de deus dada por elas, mas *em geral* sempre falam a mesma
coisa : Deus eh bom , eh o criador, etc... E isso sempre
leva aa contradicoes logicas como apontei naquele link.

>
> Jocax-
> O que mudou de antes para agora ?
>
> A sociedade, a politica, a forma como se ganha dinheiro e a forma se
gasta
> dinehrio, o tipo de crimes que existem, o conhecimento de outros
paises ,
> culturas e costumes (a globalização), etc...
> Muitas coisas mudaram...

Jocax -> Estava a falar das religioes, dos seus dogmas, e nao do
mundo....

>
>
> >
> >> Jocax-
> > E isto parece-me um verdadeiro contrasenso:
> > Como poderia um habilidoso cientista, que usa da razao e da logica
> > como sua ferramenta mais importante, ser "ludibriado" por uma
> > religiosidade e uma feh que aparentemente eh tao "ilogica" ?
> >
> > Não é contrasenso, simplesmente estás enganado nas hipoteses.
> > É aparentemente ilógica para quem está de fora.
>
> Jocax-Eh contrasenso se vc adotar a concepcao tradicional de Deus,
>
> -Não o tenho de fazer. Simplesmente não tenho.
> Nos teus dialogos apenas provas que determinado tipo de Deus não
existe.
> Aquele que é omnipotente.
> Não provas que Deus (outro , que não aquele ) não exista.

Jocax -> Sim, mas diga que tipo de deus voce acha que pode existir
para que eu possa analisa-lo.

>
> Jocax-a concepcao que eh utilizada pela maioria da populacao.
>
> -Como todos sabemos, pq isto é uma lista de ciencia, não é por todos
acharem
> o mesmo que está certo.
> Apenas provas que a concepção usada pela maioria das pessoas está
errada. Só
> .Nada mais.
> Provas protanto que a maioria das pessoas é inculta religiosamente,
nada
> mais que isso.

Jocax -> Sim, mas para fazer uma analise de outras concepcoes
eu preciso conhece-las. Se vc me disser qual a concepcao mais
provavel de deus, quem sabe cheguemos a algum acordo ?


>
> Jocax-Se vc tem uma concepcao diferente do normal eu gostaria de
> saber para poder analisar.
>
> Sim. Eu comunico ctg por mail privado se não te importares.

Jocax -> Ok

>
>
> > -Isto é simplesmente insustentável.
> > O nº de ateu aumenta pq a ilusão cientifica aumenta. A ciencia
> tornou-se tão
> > "mágica" como a religião e por isso é facil substituir a religião
> pela
> > ciencia. A relatividade e a MQ têm esse papel. Para quem não é
> físico ambas
> > parecem coisas "mágicas"... irreais... isto pq essas pessoas
> desconhecem os
> > principios em que se fundamentam essas teorias. A teoria do Big
> Bang é
> > outra. A interpretação cientifica da Tdo BB é completamente
> diferente da
> > interpretação da pessoa da rua.
>
> Jocax-
> Nao importa se as pessoas conhecem ou nao ciencia ou saibam seus
> fundamentos. Apenas o fato de a ciencia explicar muita coisa
> que antes *apenas* a religiao explicava ja eh motivo para
> pensar duas vezes antes de se tornar um religioso.
> Quero dizer que como *fonte de explicacao* a religiao ja nao esta
> mais satisfazendo e esta eh mais uma razao de nao se precisar da
> crenca em deus ( nao a unica ).
>
> Vês ? A religião nunca foi uma fonte de explicação, isto que dizes
>nem sequer é coerente.

Jocax -> Nao concordo. Acredito que todas as religioes *sempre*
foram fontes de explicacoes. Alem de fontes de explicacoes elas
(sao) eram tambem fonte de uma etica ou moral.
Se as religioes eram fontes de moral e de explicacoes e agora
deixa de ser uma delas entao devera cair a necessidade de se abarcar
uma delas.Se ela deixar TAMBEM de ser fonte de moral sobrara pouca
coisa mais do que ser simplesmente uma fonte de ilusao.


> O problema não e´da religião, mas do que se faz com ela.

Nao eh bem assim. A propria religiao faz com os que as segue
e nao vice-versa. Se a religiao eh fonte de moral ela manipula
as pessoas mais do que eh manipulada por elas. Claro q sempre
tem os interpretadores dos textos mas aih eh outro caso...

> É como a politica, o mal não é da politica, mas de alguns que a usam
para se
> tornar ditadores.

jocax-> Eh verdade q existem aproveitadores em todas as areas,
mas o q estou a dizer eh q , em geral, a propria religiao, em si
mesma, costuma ser anti-racional.
Claro que falo em termos gerais, principalmente das religioes
deistas, pois nao conheco todas as religioes.


>
> Jocax-Alias cabe a pergunta : o que a religiao pode fazer?
>
> -Algo simples. Ajudar-te a entender o porquê estás aqui.
> Não o como, mas o porquê. Dá-te um horizonte e prepectivas para
encarares o
> local onde vives ...chamemos-lhe universo.

jocax -> Nao vejo como nem onde nem porque a religiao pode fazer
entender isso. Entao me diga o porque estou aqui segundo este ponto
de vista religioso?
( sera que finalmente vc vai resolver o grande enigma do universo?:)
)


>
> Jocax-
> Quero dizer q a variabiliade genetica pode fazer que uma pessoa
> se torne religiosa e outra nao.
>
> -Não. O tempo de vida, não permite mutações que levem da crença
`descrença.
> E ha pessoas que mudam de crença.

jocax -> Aqui vc se engana. Uma lagarta se metamorfosea em
uma borboleta sem que nao haja nenhuma mutacao. Ja estava programado
nos genes esta transformacao.
Existem pessoas que tambem podem ter
a capacidade de mudar de crenca e outras que simplesmente nao
conseguem faze-lo. Claro que o ambiente em que ela se desenvolve
pode favorecer isso, mas vai depender tambem de sua capacidade de
raciocinio e muitos outros fatores. Assim, acredito que pessoas
muito bitoladas tenham mais dificuldade de aceitarem evidencias e
mudarem de crencas. O "bitolamento" eh um fator hereditario.



>
> Além disso, se a religião fosse algo genético , deveria tender para
o que é
> mais propicio à espécie.
> E isso não me parece que aconteça.

Li certa vez, que existe uma propensao genetica de pessoas
serem mais religiosas que outras. Nao sao os genes que
vao dizer QUAL religiao elas deverao seguir e sim que elas terao
uma propensao grande ( ou nao ) aa serem religiosas.

[]s
jocax



SUBJECT: Quéops...
FROM: "FeLipe"<felipediesel@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 16:54

Pirmide de Quops

A mais antiga data para a construo da grande Pirmide
de Quops, foi apresentada pelo escritor rabe Abu Zayd
el Balkhy. Baseado em antigas inscries, diz que a
pirmide foi construda no tempo em que a Lira
encontrava-se na constelao de Cncer, ou seja, h
73.000 a.C.
Curiosamente essa data corresponde muito aproximadamente
aos resultados dos testes feitos com o carbono-14, que
atriburam Pirmide a idade de 71.000 a.C.
Igualmente fantstico so os resultados obtidos no exame
das pedras usadas na construo da Pirmide...acima do
Nilo, perto de Assuan, encontra-se a pedreira de onde
foram extrados os blocos de pedra utilizados na
construo de Quops onde ainda existem alguns blocos
cortados mas que no chegaram a ser utilizados.
curioso como eles encaixam-se perfeitamente nos buracos
das rochas, como tampas. at concebivel que os
egpcios tivessem conseguido fazer dois cortes
horizontais, mas como fariam o corte do fundo?
interessante observar que esses blocos parecem ter sido
cortados por alguma lmina de serra, e neles so
encontrados vrios furos perfeitos, que parecem ter sido
feitos por alguma broca de perfurao. Os engenheiros
examinaram esses furos e concluram que eles foram
feitos por instrumentos de grande preciso e que seria
preciso muitas toneladas de presso para impelir o
perfurador e abrir um buraco de alguns centmetros de
dimetro e vrios de profundidade. Existe uma teoria que
diz que as pedras teriam sido cortadas por algum
instrumento tipo raio laser...essa teoria explicaria as
marcas de serra nos blocos encontrados, pois o laser
poderia facilmente produzir marcas semelhantes.
Segundo o engenheiro Mauro Pinheiro, pioneiro na
introduo da psicotrnica nos EUA: "Pesquisadores
descobriram recentemente, nas medidas internas de
Quops, novos dados astronmicos e geodsicos que
revelam a intenso dos construtores de perpetuar um
conhecimento tecnolgico milenar assombroso, que s
conseguimos entender se admitirmos a passagem de seres
extraterrestres ou de civilizaes mais antigas e
avanadas sobre a Terra". A funo geradora de radiao
energtica da Pirmide tem uma hiptese bastante
plausvel: foi detectada a penetrao dessa radiao a
20 quilmetros de profundidade sob sua base, e
possvel que a radiao superior do pice se prolongue
at os confins da via-lctea, visvel aos instrumentos
ticos especiais, desconhecidos por ns. Isso revelaria
que, h milnios, e quem sabe at hoje, a Pirmide
funcione como uma espcie de Farol de Alexandria para
astronautas extra-galcticos, provveis construtores
desse e de outros monumentos inexplicveis.
Seria mesmo um mero acaso que a altura da Pirmide de
Quops, multiplicada por um bilho, corresponda
aproximadamente distncia Terra-Sol? Isto , a
149.450.000 Km? um acaso, que um meridiano que passe
pelo centro da pirmide divide continentes e oceanos em
duas metades exatamente iguais? um acaso, que a
circunferncia da pirmide, dividida pelo dobro de sua
altura, tenha como resultado o famoso nmero de Ludof,
Pi=3,1416? acaso, que fornea clculos sobre o peso da
Terra, e tambm acaso que o solo rochoso sobre o qual
se levanta a construo esteja cuidadosa e exatamente
nivelado? Hoje, no sculo XX, nenhum arquiteto, mesmo
que estivesse sua disposio os recursos tcnicos de
todos os continentes, poderia imitar a construo da
Pirmide de Quops! Com cerca de 150m de altura e
31.200.000 ton. de peso, 2.600.000 blocos gigantescos
foram recortados das pedreiras, lapidados, transportados
e, no local da construo, unidos exatamente at o
milmetro. E l no fundo, no interior das galerias,
foram feitos desenhos minuciosos em todas as paredes em
cores variadas!


__________________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 16:55

Em uma mensagem de 02/04/01 09:04:28 Hora padrão leste da Am. Sul,
jocax@usp.br escreveu:

> ensinamentos obtidos desde a infancia como religiao, Deus etc..
> sao como virus que se "prendem" ao nosso cerebro e que dificilmente
> conseguimos nos libertar. Dawkins explica muito bem isso em seu
> artigo :
> http://www.strbrasil.com.br/Scientia/meme.htm

Manuel - Ainda sou cético em relação à memética. Mas, raciocinando como um
memeticista (o termo é esse?), um meme pode ser tanto um vírus mortal como
uma benéfica monera dessas que fazem parte da nossa flora intestinal. A
relação do meme com o seu hospedeiro pode ser de parasitismo ou então de
simbiose.

Os memes do cientificismo (social-darwinismo, por exemplo) demonstram serem
vírus tão ou mais perigosos que os memes do fundamentalismo islâmico ou
cristão.

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 17:08

--- In ciencialist@y..., manuelbulcao@a... wrote:
> Em uma mensagem de 02/04/01 09:22:19 Hora padrão leste da Am. Sul,
> jocax@u... escreveu:
>
> > Soh que a razao e a ciencia vem dando mostras que funciona e que
> > por isso se pode continuar acreditando, enquanto que deus e as
> > religioes baseadas nele nao : Por mais que se reze, se cultue
> > ou se faca qualquer coisa de cunho religioso, esta religiosidade
> > nao mostra qualquer sinal de que funcione ( a nao ser como
> > efeito placebo isto eh, como forma de auto-engano, para trazer
> > conforto psicologico).
>



Concordo com voce que o efeito placebo pode trazer algum beneficio
psicologico ou mesmo fisico.
Mas se fosse sempre assim nao se precisaria receitar ( ou fabricar)
remedios apenas placebos seria suficiente ! :-)

Por outro lado o placebo, para ter efeito, tem que ser tomado com
a *crenca* de que eh um remedio real e isso se caracteriza em
um engano. Qdo a pessoa tem bases para saber q o placebo nao eh
real entao ela esta se auto-enganando.

Escrevi um artigo justamente falando sobre isso :

"...Um seguidor de uma religiao ou doutrina, que acredite q esta o
levara
a imortalidade, obtera um prazer memetico que podera deixa-la
realmente mais feliz do que se ela nao acreditasse nisso.
Isso significa que uma pessoa seguidora desta crenca poderia ter um
nivel de satisfacao na vida, ou seja, de felicidade, superior a uma
outra pessoa sem esta perspectiva imortal.
Dessa conclusao surge uma pergunta fundamental :

Seria a constatacao que um aumento de felicidade devido a crenca na
imortalidade um motivo de indicacao para uma prescricao doutrinaria?"
em :

http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/202

[]s
jocax




> Manuel - Placebo é uma coisa, efeito placebo é outra. placebo é o
tratamento
> inócuo. Efeito placebo é quando se obtém um resultado a partir da
> administração de um placebo.
>
> A neuropsicologia tem demonstrado ultimamente que o efeito placebo
muitas
> vezes não consiste em mero "conforto psicológico" (o que já é algo
> 'positivo') ou numa camuflagem dos sintomas; isto é, que o efeito
placebo
> pode muito bem coincidir com uma melhora significativa ou mesmo com
a cura
.....




SUBJECT: Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 17:19

--- In ciencialist@y..., manuelbulcao@a... wrote:
> Em uma mensagem de 02/04/01 09:04:28 Hora padrão leste da Am. Sul,
> jocax@u... escreveu:
>
> > ensinamentos obtidos desde a infancia como religiao, Deus etc..
> > sao como virus que se "prendem" ao nosso cerebro e que
dificilmente
> > conseguimos nos libertar. Dawkins explica muito bem isso em seu
> > artigo :
> > http://www.strbrasil.com.br/Scientia/meme.htm
>
> Manuel - Ainda sou cético em relação à memética. Mas, raciocinando
como um
> memeticista (o termo é esse?),

Nao sei o termo....

>um meme pode ser tanto um vírus
mortal como
> uma benéfica monera dessas que fazem parte da nossa flora
intestinal. A
> relação do meme com o seu hospedeiro pode ser de parasitismo ou
então de
> simbiose.
>
> Os memes do cientificismo (social-darwinismo, por exemplo)
demonstram serem
> vírus tão ou mais perigosos que os memes do fundamentalismo islâmico
ou
> cristão.


Analisa-lo-emos entao...
Quais sao os principios deste cientificismo/"social-darwinismo"
que mencionastes ?


[]s
jocax
(PS: nao pense q estou querendo substituir as religioes tradicionaois
por esta nova q estas a expor)



SUBJECT: Re: Quéops...
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 17:24

--- In ciencialist@y..., "FeLipe"<felipediesel@b...> wrote:
> Pirâmide de Quéops
>
> A mais antiga data para a construção da grande Pirâmide
> de Quéops, foi apresentada pelo escritor árabe Abu Zayd
> el Balkhy. Baseado em antigas inscrições, diz que a
> pirâmide foi construída no tempo em que a Lira
> encontrava-se na constelação de Câncer, ou seja, há
> 73.000 a.C.
> Curiosamente essa data corresponde muito aproximadamente
> aos resultados dos testes feitos com o carbono-14, que
> atribuíram à Pirâmide a idade de 71.000 a.C.

Onde estao publicados esses resultados?

Datacao de carbono-14 para granitos?

> Igualmente fantástico são os resultados obtidos no exame
> das pedras usadas na construção da Pirâmide...acima do
> Nilo, perto de Assuan, encontra-se a pedreira de onde
> foram extraídos os blocos de pedra utilizados na
> construção de Quéops onde ainda existem alguns blocos
> cortados mas que não chegaram a ser utilizados. É
> curioso como eles encaixam-se perfeitamente nos buracos
> das rochas, como tampas. É até concebivel que os
> egípcios tivessem conseguido fazer dois cortes
> horizontais, mas como fariam o corte do fundo?

Uma simples batida eh capaz de quebrar a rocha. Quem ja' viu aquelas aprese=
ntacoes de carate sabe do q. estou falando.

A pedra pode tbm quebrar sob seu proprio peso. Experimento: pegue uma peca =
de queijo minas e separe uma fatia mais ou menos retangular. Segure por uma =

das extremidades e deixe a outra suspensa. Comece a cortar a fatia e veja o=
q. acontece.

O resto eh pura imaginacao correndo totalmente 'a solta.

Vao dizer q. os granitos la' da Irlanda (sao da Irlanda) tbm sao obras de a=
lienigenas ou de um civilizacao avancada?

Ah, titio Danniken, qto mal o sr. andou fazendo...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Quéops...
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 17:32

Vários comentários:


1 - as pirãmides são feitos de rochas, as rochas não podem
ser datadas por carbono 14
2 - o método do carbono 14 tem um limite de validade nos 55 mil anos
e não pode ser usado para datar objectos com 70 mil anos.
3 - Mauro Pinheiro não é nome de americano
4 - Não é possível medir radiação a 20 km de profundidade porque
não existe nenhuma perfuração artificial ou natural com mais do
que 13 km. 20 km deve ser muito próximo do limite inferior da
crusta terrestre.
5 - A pirâmide de Quéops tem 5 840 000 ton e não 2.600.000
6 - A altura original da pirâmide vezes um bilião é igual a
146.500.000 km e não 149.450.000 Km.
7 - O diâmetro da pirâmide a dividir pelo dobro da sua altura é igual
a 0.555
8 - dia 1 de abril foi ontem


--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Quéops...
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 17:36



João Mário Miranda wrote:

> 5 - A pirâmide de Quéops tem 5 840 000 ton e não 2.600.000

eu queria dizer "e não 31.200.000 ton."

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 18:44

Caro Luis e lista

Assim como você não gosta de achar que sua religião é um placebo, os
cientistas também não gostam de pensar que sua teoria está errada, muitos
até brigam por causa disso.
No entanto, mesmo não gostando, o pesquisador expõe suas idéias ao debate e
verifica se ela se sustenta, caso contrário deixa-a de lado e vai procurar
coisa mais útil.

Mesmo tendo sido derrubada uma idéia como falsa, a ciência avançou, ganhou
com isso, seja pelo exercício ou seja por ter-se mostrado um caminho a não
ser trilhado. O cientista enquanto homem também amadureceu um pouquinho
mais, pois aprendeu a abandonar uma idéia que lhe era cara, mas se
demonstrou inválida.

Acredito que a religião também ganharia algo se um processo parecido fosse
posto em prática pelos religiosos. Desculpe-me, não quero ofende-lo, mas,
nesse aspecto, considero desonestos a maioria dos religiosos!

Francisco
(Será que alguém ainda perde tempo com o que escrevo?)
----- Original Message -----
From: "Luis Marcelo de Mattos Zeri" <luismarcelozeri@bol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, April 02, 2001 9:55 AM
Subject: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar...
G. Gil


> Não gosto de achar que minha religião é um conforto psicológico, um
placebo.
> Se acredito nela, é porque tenho subsídios suficientes para tal. É uma
> crença minha, não obrigo ninguém a aceitá-la.
> Como estava escrito numa mensagem anterior, a religião é mesmo um vírus,
que
> gruda no nossa cérebro e não nos deixa mais. Talvez a palavra que descreva
> isso seja Fé.
>
> E também é muito complicado discutir a crença de cada um. Se formos por
esse
> caminho, seria melhor abrir uma nova lista, porque a conversa vai longe e
> vai se afastar da Ciência desta lista (infelismente Ciência e Religião
ainda
> não caminham juntas..).
>
> Lµi§ Ma®¢elo
>




SUBJECT: Re: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 18:50

--- In ciencialist@y..., "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@u...>
wrote:
> --- In ciencialist@y..., manuelbulcao@a... wrote:
> Concordo com voce que o efeito placebo pode trazer algum beneficio
> psicologico ou mesmo fisico.
> Mas se fosse sempre assim nao se precisaria receitar ( ou fabricar)
> remedios apenas placebos seria suficiente ! :-)

Manuel - Concordo com você. Nem sempre o placebo tem efeito. Por outro lado,
um agente terapêutico farmacologicamente ativo não produz necessariamente a
sua esperada ação curativa. Um indivíduo X pode tomar Prozac e livrar-se da
depressão, ao passo que um outro indivíduo Y, ao tomar o mesmo medicamento,
só experimenta os seus efeitos colaterais.

Em ambos os casos, o efeito seja do placebo ou do fármaco depende do paciente.

Mas o ideal é que a substância seja farmacologicamente ativa, e que sua ação
seja reforçada pela expectativa de cura, que é o fator psicológico
responsável pelo efeito placebo.

Acresce ainda que algums problemas que atormentam o homem não poderão jamais
ser resolvidos por uma tecnologia fundada na ciência; como, por exemplo, a
morte (a minha morte e a dos meus entes queridos). Neste caso, a própria
ciência é um placebo, talvez de menor eficácia. Com efeito, o que ela nos
pode oferecer além da narcose dos ansiolíticos? E qual a diferença entre essa
narcose e aquela outra decorrente da crença numa vida eterna?

Jocax - Por outro lado o placebo, para ter efeito, tem que ser tomado com a
*crenca* de que eh um remedio real e isso se caracteriza em um engano. Qdo a
pessoa tem bases para saber q o placebo nao eh real entao ela esta se
auto-enganando.

Manuel - Se cura ou mitiga, então trata-se de um remédio "real", pouco
importanto se a cura ou o alívio decorre de uma ação imediata
(físico-química) ou mediata (psicológica). Aliás, lembre-se que a eficácia
dos fármacos, quando administrados em indivíduos conscientes, também depende
em larga medida da expectativa de cura ou de alívio.

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Luis Marcelo de Mattos Zeri" <luismarcelozeri@bol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 19:19

É mesmo muito complicado discutir religião..

O nosso método científico nunca provou nada sobre a alma, sobre Jesus e seus
milagres. Será que algum dia vai provar? Pode ser que sim, e pode ser que
não. Mas será que podemos dizer que já conhecemos tudo? Somos possuidores de
toda a verdade do universo? Sou físico, pela regra não deveria acreditar em
religião alguma, afinal nenhuma está explicadinha num artigo científico,
numa revista de renome internacional.

Acho que posso dizer que tive professores desonestos (como são os religiosos
pra você), afinal eles acreditavam na mesma religião que eu. Não deveriam,
né?

A Ciência ainda tem tantos buracos inexplicados.. quando é que todos serão
preenchidos pela razão?

Aceito a religião com a Fé e espero algum dia que possa compreendê-la com a
Razão.

Lµi§ Ma®¢elo


----- Original Message -----
From: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, April 02, 2001 6:44 PM
Subject: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma
falhar... G. Gil


> O BOL é Top3 no iBest! Vote já para torná-lo Top1!
> http://www.bol.com.br/ibest.html
>
>
> Caro Luis e lista
>
> Assim como você não gosta de achar que sua religião é um placebo, os
> cientistas também não gostam de pensar que sua teoria está errada, muitos
> até brigam por causa disso.
> No entanto, mesmo não gostando, o pesquisador expõe suas idéias ao debate
e
> verifica se ela se sustenta, caso contrário deixa-a de lado e vai procurar
> coisa mais útil.
>
> Mesmo tendo sido derrubada uma idéia como falsa, a ciência avançou, ganhou
> com isso, seja pelo exercício ou seja por ter-se mostrado um caminho a não
> ser trilhado. O cientista enquanto homem também amadureceu um pouquinho
> mais, pois aprendeu a abandonar uma idéia que lhe era cara, mas se
> demonstrou inválida.
>
> Acredito que a religião também ganharia algo se um processo parecido fosse
> posto em prática pelos religiosos. Desculpe-me, não quero ofende-lo, mas,
> nesse aspecto, considero desonestos a maioria dos religiosos!
>
> Francisco
> (Será que alguém ainda perde tempo com o que escrevo?)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quéops...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 19:19


De: <rmt@ib.usp.br>


--- In ciencialist@y..., "FeLipe"<felipediesel@b...> wrote:
> Pirâmide de Quéops
>
> A mais antiga data para a construção da grande Pirâmide
> de Quéops, foi apresentada pelo escritor árabe Abu Zayd
> el Balkhy. Baseado em antigas inscrições, diz que a
> pirâmide foi construída no tempo em que a Lira
> encontrava-se na constelação de Câncer, ou seja, há
> 73.000 a.C.
> Curiosamente essa data corresponde muito aproximadamente
> aos resultados dos testes feitos com o carbono-14, que
> atribuíram à Pirâmide a idade de 71.000 a.C.


O resto eh pura imaginacao correndo totalmente 'a solta.

Vao dizer q. os granitos la' da Irlanda (sao da Irlanda) tbm sao obras de a=
lienigenas ou de um civilizacao avancada?

Ah, titio Danniken, qto mal o sr. andou fazendo...

[]s,

Roberto Takata


Titio Daniken e toda a sorte de 'profetas místicos' são resultados do "Despertar dos Mágicos" de Jacques Bergier e Louis Pauwels, introdutores do 'realisto fantástico'.
Participam da Série: O golem (Gustav Meyrink); As escravas do diabo (Georges J. Demaix); Governantes invisíveis - e sociedades secretas - (Serge Hutin); Os livros malditos (Jacques Bergier); Os extraterrestres na história (Jacques Bergier); Bêstas, homens e deuses (F. Ossendowski) etc.

[]'
Léo
===================



SUBJECT: Re: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 19:25

--- In ciencialist@y..., manuelbulcao@a... wrote:
> --- In ciencialist@y..., "Joao Carlos Holland de Barcellos"
<jocax@u...>
> wrote:
> > --- In ciencialist@y..., manuelbulcao@a... wrote:
> > Concordo com voce que o efeito placebo pode trazer algum beneficio
> > psicologico ou mesmo fisico.
> > Mas se fosse sempre assim nao se precisaria receitar ( ou
fabricar)
> > remedios apenas placebos seria suficiente ! :-)
>
> Manuel - Concordo com você. Nem sempre o placebo tem efeito. Por
outro lado,
> um agente terapêutico farmacologicamente ativo não produz
necessariamente a
> sua esperada ação curativa. Um indivíduo X pode tomar Prozac e
livrar-se da
> depressão, ao passo que um outro indivíduo Y, ao tomar o mesmo
medicamento,
> só experimenta os seus efeitos colaterais.

Jocax-> Mas vc esta a esquecer algo fundamental nesta questao do
efeito placebo: O efeito quantitativo. Se o efeito placebo pode ser
eficiente em 0,1% dos casos, a substancia ativa talvez o seja
em 99,9% deles. Nao estou com os dados exatos mas as porcentagens
devem ter por volta destas diferencas, pois se nao fosse assim
a policia nao estaria atras dos falsificadores de remedios para
prende-los e sim estaria dando premios a eles ja q seus placebos
alem de curar nao produzem efeitos colaterias , nao eh?


>
> Acresce ainda que algums problemas que atormentam o homem não
poderão jamais
> ser resolvidos por uma tecnologia fundada na ciência; como, por
exemplo, a
> morte (a minha morte e a dos meus entes queridos).

Jocax -> Calma, qto tempo tem a ciencia? 1000 anos ?
*nao* se pode dizer com certeza que daqui a 100 mil anos o problema
da morte nao tenha sido ainda resolvido. Talvez havera uma terapia
genetica para que as pessoas nao morram por doenca nem envelhecam...


>Neste caso, a
própria
> ciência é um placebo, talvez de menor eficácia. Com efeito, o que
ela nos
> pode oferecer além da narcose dos ansiolíticos? E qual a diferença
entre essa
> narcose e aquela outra decorrente da crença numa vida eterna?


Existe uma diferenca, narcose por narcose fico com a dos ansioliticos
pois estes vc nao precisa se enganar para remover a depressao,
vc podera toma-lo com dignidade, sem a necessidade de se enganar.

Mas existe um problema filosofico grave na crenca da vida eterna
que eu preciso analisa-lo num artigo aa parte. Eh o problema da
crenca e no empenho para alcancar o inexistente.
Eu ainda nao pensei profundamente na questao mas posso te dar
algumas ideias : Imagina alguem que guarda seu dinheiro para uma
velhice mais feliz. Esta pessoa poderia estar usufruindo desta
poupanca em vida e poderia ser mais feliz q o outro que guardou
sem saber que sua poupanca seria consumida por uma falencia
fraudulenta do banco. Quero dizer que o que se engana com uma
vida eterna que nao vira podera estar trocando uma felicidade
real por uma que nao vira !!


[]s
jocax




SUBJECT: Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 19:39

--- In ciencialist@y..., "Luis Marcelo de Mattos Zeri"
<luismarcelozeri@b...> wrote:
> É mesmo muito complicado discutir religião..
>
>...Sou físico, pela regra não deveria acreditar em
> religião alguma, afinal nenhuma está explicadinha num artigo
científico,
> numa revista de renome internacional.
>

Eh de fato Luis vc tocou num ponto q acho *muito* importante.
O "cinismo" da comunidade cientifica com relacao a esta questao.

Se Deus existe e interage com nosso mundo fisico seria bastante
natural que os fisicos tentassem se comunicar com Ele, medir
suas propriedades e tudo o mais que uma descoberta deste vulto
poderia nos dar. Mas eles nao se preocupam com isso, por que ?

Acredito que esta seja a maior farsa, o maior cinismo institucional
da historia da humanidade!

Daqui uns 20 mil anos nossos descendentes ( todos ateus ) se
perguntarao indignados : Se eles acreditavam que existia um Deus
fonte de toda a sabedoria por que entao nao utilizavam todos
os recursos disponiveis para se comunucar abertamente com Ele????


[]s
jocax
"Deus eh a maior farsa da historia da humanidade"
Jocax abril/2001




SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 19:41


-----Mensagem Original-----
De: "Luis Marcelo de Mattos Zeri" <luismarcelozeri@bol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 2 de abril de 2001 09:55
Assunto: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil


| Não gosto de achar que minha religião é um conforto psicológico, um placebo.
| Se acredito nela, é porque tenho subsídios suficientes para tal. É uma
| crença minha, não obrigo ninguém a aceitá-la.
| Como estava escrito numa mensagem anterior, a religião é mesmo um vírus, que
| gruda no nossa cérebro e não nos deixa mais. Talvez a palavra que descreva
| isso seja Fé.

Olá quase chará (meu Luiz é com 'z'), continue com sua fé, pois ela remove montanhas mas, se não se importar continuaremos usando TNT ou C4 para tal finalidade.
Os religiosos poderiam pelo menos ser um pouco práticos e, com sua fé, nos ajudar a implodir prédios, restaurar florestas, despoluir rios etc. Se a religião não pode fazer nada de prático para o mundo em que vivemos, sua finalidade é precária. É menos do que mero placebo. É apenas um 'ocultamento' da impossibilidade de fazer algo construtivo e útil.
Lute para que todas as igrejas e templos sejam aproveitados para Escolas e que o dinheiro recolhido 'para as almas' sejam revertidos em subsídios para tais escolas. Seus filhos e netos (e dos outros) agradecerão.

|
| E também é muito complicado discutir a crença de cada um. Se formos por esse
| caminho, seria melhor abrir uma nova lista, porque a conversa vai longe e
| vai se afastar da Ciência desta lista (infelismente Ciência e Religião ainda
| não caminham juntas..).
|
| Lµi§ Ma®¢elo

É complicado discutir a crença de cada um, mas não é complicado discutir ciência que é comum a todos. E, se for abrir lista para discutir tais crenças, não seria 'nova lista' e sim 'novas listas', tal a diversidade dos misticismos religiosos e crenças. E teríamos um monte de listas inúteis, cada qual com seu sexo para os anjos.
Será que é tão difícil abrir os olhos, olhar para o mundo e ver que religião não contribuiu com absolutamente nada! Não fez sua calça, sua cueca, seu sapato, sua camisa, seu pente, seu chuveiro, seu espelho, sua porta, sua casa, sua geladeira, seu carro, sua escola, seu livro (!), seu ...........................................................................................................................................

[]'
Léo ... ainda rude e com a casa em reformas!




SUBJECT: Rabdo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 19:54


Olá listeiros,
como sabem, respondo uma pancada de consultas para os 'adoradores' do Imperdível. Quando a questão escapa á lógica e razão científica procuro opiniões para dar a 'melhor resposta' ao consulente. Essa é uma delas! Help.
[]'
Léo
=====================

Olá Professor Luiz tudo bem? Espero que sim!

Professor, tenho uma propriedade rural, com uma mina pequena na propriedade, e tenho vontade de achar outras minas com maior fluxo de água para fazer um tanque e criar peixes. A quetão é a seguinte:

- O senhor sabe como faço, para localizar água no solo? Que seja prático e barato? Pode ser até com ramo de amora ou pêssego que os antigos dizem que funciona, só que eu não sei como se faz para sentir a vibração, quando se está em cima do veio d´água. Por favor sou totalmente leigo neste assunto, não sei se faz parte de Ciências, mas se puder me ajudar eu agradeceria muito.


Muito obrigado pela atenção dispensada para leitura deste e-mail!


Luiz Antonio Alves
=====================

Luiz Ferraz Netto [Léo]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Luis Marcelo de Mattos Zeri" <luismarcelozeri@bol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 20:53

>----- Original Message -----
>From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
>To: <ciencialist@yahoogroups.com>
>Sent: Monday, April 02, 2001 7:41 PM
>Subject: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma
falhar... G. Gil

...
Será que é tão difícil abrir os olhos, olhar para o mundo e ver que religião
não contribuiu com absolutamente nada! Não fez sua calça, sua cueca, seu
sapato, sua camisa, seu pente, seu chuveiro, seu espelho, sua porta, sua
casa, sua geladeira, seu carro, sua escola, seu livro (!), seu
............................................................................
...............................................................

[]'
Léo ... ainda rude e com a casa em reformas!

Puxa, você está rude mesmo..

Mas você dizer que não precisamos de religião só porque ela não constrói
nada de material é um caminho errado. Se fosse assim pra quê precisaríamos
das artes, da música, da pintura, da dança, da poesia e literatura, essas
sim, construtoras de países inteiros.


Lµi§ Ma®¢elo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Luis Marcelo de Mattos Zeri" <luismarcelozeri@bol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 21:03


----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, April 02, 2001 7:39 PM
Subject: [ciencialist] Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma
falhar... G. Gil
...
Daqui uns 20 mil anos nossos descendentes ( todos ateus ) se
perguntarao indignados : Se eles acreditavam que existia um Deus
fonte de toda a sabedoria por que entao nao utilizavam todos
os recursos disponiveis para se comunucar abertamente com Ele????


[]s
jocax
"Deus eh a maior farsa da historia da humanidade"
Jocax abril/2001


Ou senão, todos crentes em Deus, dirão:

-Que tolos foram eles por tratarem com desdém Tal questão levando assim
tanto tempo pra descobrir que a peça que faltava na ciência deles era Deus.

Pode ser que aconteça isso, não? Quem sabe?

Lµi§ Ma®¢elo -

Manchete num jornal no futuro: "Deus, finalmente descoberto pela Ciência"



SUBJECT: Re: Rabdo
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 21:06

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
>
> Olá listeiros,
> como sabem, respondo uma pancada de consultas para os 'adoradores' do Imp=
erdível. Quando a questão escapa á lógica e razão científica procuro opiniõe=
s para dar a 'melhor resposta' ao consulente. Essa é uma delas! Help.

Se ele souber ler em inglês:

Testing Dowsing: The Failure of the Munich Experiments
http://www.csicop.org/si/9901/dowsing.html

dowsing (a.k.a. water witching)
http://www.skepdic.com/dowsing.html

se não:

Vedores
http://frontpage.teleweb.pt/~ceptico/entradas/vedores.html
(o Ronaldo precisa atualizar esta pagina)

o metodo mais seguro e barato de encontrar agua subterranea eh contratando =
uma empresa especializada, idonea, com bom nome no mercado -- alem de propec=
tar
agua, eles podem avaliar a qualidade, a disponibilidade, avaliar o impacto =
q. a sua utilizacao pode causar no aquifero local.

a rabdomancia nao eh capaz de encontrar agua com um grau de acerto maior do=
q. o chute -- se a pessoa tem bom conhecimento do terreno nao sera' melhor =
do q.
esse conhecimento previo. as chances maiores sao de q. se perca tempo e din=
heiro com a tecnica. (talvez obrigue a fazer varios e varios furos ateh se e=
ncontrar
agua -- tecnica q. qq um pode desenvolver com ou sem varinhas para encontra=
r agua.) se a pessoa tiver muita sorte eh capaz ateh de encontrar a agua -- =
mas isso
eh questao puramente de sorte e nao da tecnica.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 21:12

--- In ciencialist@y..., "Luis Marcelo de Mattos Zeri" <luismarcelozeri@b..=
.> wrote:
> Manchete num jornal no futuro: "Deus, finalmente descoberto pela Ciência"=


Nao conte com isso... E nem para seus filhos ou filhos de seus filhos ou fi=
lhos dos filhos de seus filhos ou de qq geracao vindoura de sua linhagem.

Nao q. Deus exista ou nao (sob qq outra denominacao --- ou grupamento de di=
vindades) -- a questao eh q. a Ciencia se restringe 'a exploracao do mundo n=
atural,
do plano fisico.

Deus, por definicao, eh um misterio, um ser transcedental. A Ciencia so' po=
de explorar o q. eh imanente. Se tornamos Deus objeto de estudo da Ciencia, =
por
definicao esse Deus nao eh Deus, pois passa a ser material, tangivel, mensu=
ravel -- eh como falar em circulos quadrados.

Isso eh mais ou menos o q. ocorre qdo estudamos a religiosidade sob a optic=
a das neurociencias -- num sentido materialista podemos dizer q. estamos est=
udando
'deus' -- 'Deus existe e mora no sistema limbico'. Mas isso nao eh o ser em=
si.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Rabdo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 21:17



Wladimir wrote:
>
> Por favor não tenho tempo para ler tatas msgs e não sei como sair da lista,
> me tirem da lista...
>
> Tks,
>
> Wladimir

Instruções para sair da lista no fim de cada mensagem.

Joao


> ----- Original Message -----
> From: <rmt@ib.usp.br>
> To: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Sent: Monday, April 02, 2001 9:06 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Rabdo
>
> --- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> >
> > Olá listeiros,
> > como sabem, respondo uma pancada de consultas para os 'adoradores' do Imp=
> erdível. Quando a questão escapa á lógica e razão científica procuro
> opiniõe=
> s para dar a 'melhor resposta' ao consulente. Essa é uma delas! Help.
>
> Se ele souber ler em inglês:
>
> Testing Dowsing: The Failure of the Munich Experiments
> http://www.csicop.org/si/9901/dowsing.html
>
> dowsing (a.k.a. water witching)
> http://www.skepdic.com/dowsing.html
>
> se não:
>
> Vedores
> http://frontpage.teleweb.pt/~ceptico/entradas/vedores.html
> (o Ronaldo precisa atualizar esta pagina)
>
> o metodo mais seguro e barato de encontrar agua subterranea eh contratando =
> uma empresa especializada, idonea, com bom nome no mercado -- alem de
> propec=
> tar
> agua, eles podem avaliar a qualidade, a disponibilidade, avaliar o impacto =
> q. a sua utilizacao pode causar no aquifero local.
>
> a rabdomancia nao eh capaz de encontrar agua com um grau de acerto maior do=
> q. o chute -- se a pessoa tem bom conhecimento do terreno nao sera' melhor
> =
> do q.
> esse conhecimento previo. as chances maiores sao de q. se perca tempo e din=
> heiro com a tecnica. (talvez obrigue a fazer varios e varios furos ateh se
> e=
> ncontrar
> agua -- tecnica q. qq um pode desenvolver com ou sem varinhas para encontra=
> r agua.) se a pessoa tiver muita sorte eh capaz ateh de encontrar a agua --
> =
> mas isso
> eh questao puramente de sorte e nao da tecnica.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Wladimir" <wladnob@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 21:17

Por favor não tenho tempo para ler tatas msgs e não sei como sair da lista,
me tirem da lista...

Tks,

Wladimir
----- Original Message -----
From: Luis Marcelo de Mattos Zeri <luismarcelozeri@bol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, April 02, 2001 8:53 PM
Subject: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma
falhar... G. Gil


> >----- Original Message -----
> >From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
> >To: <ciencialist@yahoogroups.com>
> >Sent: Monday, April 02, 2001 7:41 PM
> >Subject: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma
> falhar... G. Gil
>
> ...
> Será que é tão difícil abrir os olhos, olhar para o mundo e ver que
religião
> não contribuiu com absolutamente nada! Não fez sua calça, sua cueca, seu
> sapato, sua camisa, seu pente, seu chuveiro, seu espelho, sua porta, sua
> casa, sua geladeira, seu carro, sua escola, seu livro (!), seu
>
............................................................................
> ...............................................................
>
> []'
> Léo ... ainda rude e com a casa em reformas!
>
> Puxa, você está rude mesmo..
>
> Mas você dizer que não precisamos de religião só porque ela não constrói
> nada de material é um caminho errado. Se fosse assim pra quê precisaríamos
> das artes, da música, da pintura, da dança, da poesia e literatura, essas
> sim, construtoras de países inteiros.
>
>
> Lµi§ Ma®¢elo
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Wladimir" <wladnob@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 21:17

Por favor não tenho tempo para ler tatas msgs e não sei como sair da lista,
me tirem da lista...

Tks,

Wladimir

----- Original Message -----
From: Luis Marcelo de Mattos Zeri <luismarcelozeri@bol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, April 02, 2001 9:03 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma
falhar... G. Gil


>
> ----- Original Message -----
> From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
> To: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Sent: Monday, April 02, 2001 7:39 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma
> falhar... G. Gil
> ...
> Daqui uns 20 mil anos nossos descendentes ( todos ateus ) se
> perguntarao indignados : Se eles acreditavam que existia um Deus
> fonte de toda a sabedoria por que entao nao utilizavam todos
> os recursos disponiveis para se comunucar abertamente com Ele????
>
>
> []s
> jocax
> "Deus eh a maior farsa da historia da humanidade"
> Jocax abril/2001
>
>
> Ou senão, todos crentes em Deus, dirão:
>
> -Que tolos foram eles por tratarem com desdém Tal questão levando assim
> tanto tempo pra descobrir que a peça que faltava na ciência deles era
Deus.
>
> Pode ser que aconteça isso, não? Quem sabe?
>
> Lµi§ Ma®¢elo -
>
> Manchete num jornal no futuro: "Deus, finalmente descoberto pela Ciência"
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Rabdo
FROM: "Wladimir" <wladnob@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 21:18

Por favor não tenho tempo para ler tatas msgs e não sei como sair da lista,
me tirem da lista...

Tks,

Wladimir

----- Original Message -----
From: <rmt@ib.usp.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, April 02, 2001 9:06 PM
Subject: [ciencialist] Re: Rabdo


--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
>
> Olá listeiros,
> como sabem, respondo uma pancada de consultas para os 'adoradores' do Imp=
erdível. Quando a questão escapa á lógica e razão científica procuro
opiniõe=
s para dar a 'melhor resposta' ao consulente. Essa é uma delas! Help.

Se ele souber ler em inglês:

Testing Dowsing: The Failure of the Munich Experiments
http://www.csicop.org/si/9901/dowsing.html

dowsing (a.k.a. water witching)
http://www.skepdic.com/dowsing.html

se não:

Vedores
http://frontpage.teleweb.pt/~ceptico/entradas/vedores.html
(o Ronaldo precisa atualizar esta pagina)

o metodo mais seguro e barato de encontrar agua subterranea eh contratando =
uma empresa especializada, idonea, com bom nome no mercado -- alem de
propec=
tar
agua, eles podem avaliar a qualidade, a disponibilidade, avaliar o impacto =
q. a sua utilizacao pode causar no aquifero local.

a rabdomancia nao eh capaz de encontrar agua com um grau de acerto maior do=
q. o chute -- se a pessoa tem bom conhecimento do terreno nao sera' melhor
=
do q.
esse conhecimento previo. as chances maiores sao de q. se perca tempo e din=
heiro com a tecnica. (talvez obrigue a fazer varios e varios furos ateh se
e=
ncontrar
agua -- tecnica q. qq um pode desenvolver com ou sem varinhas para encontra=
r agua.) se a pessoa tiver muita sorte eh capaz ateh de encontrar a agua --
=
mas isso
eh questao puramente de sorte e nao da tecnica.

[]s,

Roberto Takata




&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/





SUBJECT: Verdade sobre o cancer ou SPAM ?
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 21:24

Recebi este email (deixei apenas as partes interessantes para a discussão)
que veio sobre a forma de uma daquelas longas correntes onde 90% das
mensagens recebidas são spam.

Este me deixou meio na dúvida, então pergunto aqui na lista se tem algum
fundamento ...


------- email original -----------

Durante o debate perguntei por que a região mais comum (e, ao que
parece, mais mortal) de Câncer de Seio estava perto da axila.

[snip]

A causa principal de Câncer de Seio é o uso de antiperspirante.
O quê? Uma concentração de toxínas e chumbo para mutação de células
a.k.a. = CÂNCER.
Sim, ANTIPERSPIRANTE. A maioria dos produtos é uma combinação de
antiperspirante com desodorante. Confira as etiquetas. Desodorante,
tudo bem, mas antiperspirante, NÃO!
E eis o porquê: O corpo humano tem algumas áreas que usa para purgar
toxínas - atrás dos joelhos, atrás das orelhas, área da virilha e
axilas - onde as toxínas são purgadas na forma de transpiração.
O antiperspirante, como o nome claramente indica, o previne de suar,
inibindo assim o corpo de purgar toxínas debaixo das axilas. Estas
toxínas não desaparecem num passe de mágica.
Ao invés disso, o corpo os deposita nos nódulos linfáticos debaixo
dos braços, já que não pode transpirar.
Quase todos os tumores de Câncer de Seio acontecem no quadrante
superior da área do peito. É justamente onde os nódulos linfáticos
estão localizados.
Além disso, os homens têm menos probabilidade ( embora não sejam
completamente isentos ) de desenvolver Câncer de Seio devido ao uso
de antiperspirante, porque a maior parte do produto fica nos pelos
e não é diretamente aplicado na pele.
Mulheres que aplicam antiperspirante logo depois de raspar as axilas,
aumentam o risco porque raspar causa cortes quase imperceptíveis na
pele, que dão às substâncias químicas canais para penetrar no corpo
através da área das axilas.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Verdade sobre o cancer ou SPAM ?
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/04/2001 22:21

Leonardo,

Eh SPAM puro. Incrivel com uma lorota de 1998 ainda circula pela rede...

E-mail Rumor Inaccurately Links Antiperspirants and Breast Cancer
http://www.breastcancerinfo.com/news/html/062499.asp

Antiperspirants and Breast Cancer
http://www3.cancer.org/cancerinfo/load_cont.asp?ct=5&doc=23

The Breast Defense
http://www.snopes2.com/toxins/breast.htm

False Rumor Links Antiperspirants to Breast Cancer
http://urbanlegends.about.com/science/urbanlegends/library/blnotes8.htm?once=true&




SUBJECT: Randi no Larry King Live
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 22:40

Atenção fãs do James Randi! Amanhã (terça-feira) ele estará
no Larry King Live (CNN), debatendo com Michael Shermer
sobre fantasmas!

Abaixo, a mensagem original que recebi de seu mailling list:

" I'll be on the Larry King Live show Tuesday night --
tomorrow.

Speaking with Michael Shermer -- on ghosts.....

--- Randi"


Abraços a todos,

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br





SUBJECT: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 22:52

Abaixo, cito alguns dados estatísticos para ilustrar o
debate...

> Sim, entre os cientistas eh menor o numero de pessoas q.
acreditam em divin=
> dades, comparando-se com a populacao em geral. E, sim, ha'
uma religiosidade=
> um
> pouco menor em relacao a uma escolaridade um pouco mais
alta. A excecao dos=
> EUA, paises mais desenvolvidos tEm uma maior propensao de
apresentar um
> numero maior de ateus e agnosticos.

Veículo: Gallup International online
Seção: Gallup International Millennium Survey; Título:
"Religion in the world at the end of the millennium"
Endereço: http://www.gallup-international.com/survey15.htm
Data e horário de acesso: 19/04/2000 21h48 (-3h00 GMT)
Pesquisa realizada em 60 países (cujas populações somam 1,25
bilhão de pessoas) - divulgada em dezembro de 1999.

Pertence a alguma religião:
total - 87%
Africa Ocidental - 99%
America Latina - 96%
America do Norte - 91%
Europa Ocidental - 88%
Europa Oriental - 84%
Sudeste Asiatico - 77%
notas: não foram considerados os 2% (não sabem/não opinaram)

São religiosos:
escolaridade primária - 70%
secundária - 54%
superior - 52%
mulheres - 69%
homens - 57%
jovens - 56%
adultos - 59%
idosos - 63%

Rep. Checa - 64% deus não é importante.
Suécia - 55%
Noruega - 52%
Dinamarca - 49%

Gana, Nigéria, Filipinas, Colômbia, Paquistão - ~100% deus é
muito importante.



Veículo: O Estado de São Paulo online
Seção: NetEstado/Espaço Aberto; Título: "Ciência e religião"
Endereço eletrônico:
http://www.estado.com.br/edicao/pano/99/10/18/ARTBTXT.HTM
Data e horário de acesso: 19/04/2000 20h31 (-3h00 GMT)
Autor: José Goldemberg
Pesquisa realizada pelo psicólogo americano, James Leuba, em
1913 (ou 1914) entre cientistas (principalmente físicos e
biólogos) - respostas admitidas: apenas 'sim' ou 'não'.

'Acredita num Deus em comunicação intelectual e afetiva com
o homem a quem pode orar na expectativa de receber uma
resposta?'
40% sim
60% não

'Acredita que exista vida após a morte biológica, isto é,
acredita na imortalidade?'
50% sim
50% não

1933 - pesquisa nos mesmos moldes
'Acredita num Deus em comunicação intelectual e afetiva com
o homem a quem pode orar na expectativa de receber uma
resposta?'
40% sim
60% não

'Acredita que exista vida após a morte biológica, isto é,
acredita na imortalidade?'
40% sim
60% não

1998 - outra repetição (mas separadamente foram questionados
1.800 cientistas da Academia Nacional de Ciências).
'Acredita num Deus em comunicação intelectual e afetiva com
o homem a quem pode orar na expectativa de receber uma
resposta?'
40% sim
60% não

'Acredita que exista vida após a morte biológica, isto é,
acredita na imortalidade?'
40% sim
60% não
nota: 90% dos membros da academia são ateus ou agnósticos e
90% não crêem na imortalidade. (95% entre os biólogos e 85%
entre os matemáticos.)



#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"Retirement at sixty-five is ridiculous. When I was
sixty-five, I still had pimples." - George Burns




SUBJECT: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 23:28

[ Sérgio Taborda ]:
>> Os elementais não são duendes.Os elementais são as forças
>> activas da natureza. Duende é uma figura foclórica criada
>> lá pelas irlandas que supostamente é a "encarnação" do
>> elemental natural das forestas. Não é a mesma coisa

Isso é óbvio, meu caro. Só que eu não quis entrar em detalhes
sobre "a natureza esotérica dos elementais" porquê isso não é objeto
de estudo científico. Aliás, a corrente intitulada Teosofia fala sobre
a encarnação dos elementais em cinco seres chamados "Silgos, Elfos,
Gnomos, Salamandras e Ondinas". (Fonte: BLAVATSKI, H.P. "A Doutrina
Secreta"). O resumo que fiz foi apenas para demonstrar a natureza
especulativa desse tema.

>> Tb é falso que Wicca acredite que os espiritos intercedem
>> junto dos deuses , já que em Wicca não existem deuses.
>> Não sei onde teraste esta informação é completamente falsa.
>> E é obvio pq, em Wicca não ha deuses.

A informação deve parecer falsa para você porquê obviamente você
jamais fez parte de algum grupo Wicca autêntico. Fui iniciado na Ordem
dos Templarios do Oriente (OTO), que juntamente com a Ordem Hermética
da Aurora Dourada desdobra a crença wicca através de um estudo que
fala sobre o culto da deusa Diana (lua), Baron de Loá, Baron de
Cemitere e Baron de Samedi, que são entidades-deuses utilizados para
prática de magia natural. Mas, afinal, se quiser, podemos levar essa
discussão para a lista dos Templários, e lá você poderá berrar à
vontade que "em wicca não há deuses"...

>> Porquê um elefante cor-de rosa ? Se é cor de rosa isso
>> implca que impreciona o teu nervo optico de alguma
>> forma. Como ? E Quando aconteceu isso ? Ou seja,
>> quando o viste ? E como sabes que esse elefante
>> cor-de-rosa é energia ? Pela lei E=mc² ? E se
>> sim, qual é a sua massa ? Como o pesaste ?
>> Elucida-me por favor , estou curioso e talvez possa
>> aderir à tua religião.

Sobre o elefante cor-de-rosa você pode ter informações em um livro
chamado BAGAVAD-GITÃ, nos termos das facções da religião Hindú (como o
Brahmanismo) que o adotam. Lá também fala sobre mulheres de oito
braços, homens azuis tocando flautas no paraíso, etc. Só não me peça
para dar informações racionais da religião, pois como toda religião,
essa também é irracional.
Aliás, assim como o jeová, a iemanjá, o orixá, o mitra, o zeus, o
alá, etc. Só existem na imaginação humana.
Só.

[]'s.

Peterson.



SUBJECT: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 23:41

[ Sérgio Taborda fala à Jocax ]:
>>Nos teus dialogos apenas provas que determinado tipo de
>> Deus não existe.Aquele que é omnipotente.Não provas
>> que Deus (outro , que não aquele ) não exista.

É... mas duvido um pouco que o Jocax consiga provar também que não
exista o pé-grande, um computador com "windows milenium" orbitando a
estrela Vega, pepinos gigantes inteligentes nos observando de discos
voadores, um unicórnio "verde" invisível, o elefante cor-de-rosa dos
hindús, o saci-pererê, o boitatá, etc...

>> O problema não e´da religião, mas do que se faz com ela.
>> É como a politica, o mal não é da politica, mas de alguns
>> que a usam para se tornar ditadores.

Bah, então o problema da religião é o mesmo da política? A
diferença é que política pode ter causas e efeitos perceptíveis, e a
religião só existe na imaginação humana.

>> Jocax-Alias cabe a pergunta : o que a religiao pode fazer?
>> Sérgio -Algo simples. Ajudar-te a entender o porquê estás
>> aqui. Não o como, mas o porquê. Dá-te um horizonte e
>> prepectivas para encarares o local onde vives
>> ...chamemos-lhe universo.

Oh, isso pode ser uma verdade, se você se contentar com o mero
fruto da imaginação das pessoas. Com isso, posso concluir que estamos
aqui até Brahma dispertar de seu sono. Ou então que estamos aqui para
irmos para o paraíso se formos bons ou ao inferno se formos ruins. Ou
ainda para reencarnar. Ou para transmigrar para o corpo de algum
animal. Ou ainda para nossa alma ir para outro planeta. Ou para outra
dimensão. Ou para voltar para as Plêiades (segundo o livro "Os
Exilados da Capela"). Ou para morar em na cidade de ouro e pedras
preciosas, com rios de leite e mel ("Nova Jerusalém"). Ou para
perdermos nossa consciência no cósmico. Ou ainda milhares de outras
possibilidades.
Basta escolher. É um "porquê" estamos aqui... mas não quer dizer
que seja verdade. Todavia, "de ilusão também se vive"...

[]'

Peterson.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 23:44


Jocax-> Sim mas eh dentro do que eu disse : das religioes deistas
tradicionais q eu estava julgando, as que tem como verdade
um deus bom e todo poderoso etc.... Com relacao a estas eu disse
que sao contrarias aa razao.

- Não necessáriamente.
Uma coisa é a ideologia da religiao, outra aquilo que um crente te diz.
Ele vai falar-te daquilo em que acredita, da forma que acredita porque
acredita e vai usar a sau propria capacidade de expressão para te comunicar
isso. Ele , normalmente, não te vai explicar a ideologia , pela simples
razão que a amior parte dos crentes, não a conhece.
O que estou dizendo e´que as pessaos se enganam, e "quem conta u mconto,
acrescenta um ponto" (não sei se tem esse ditado por ai ) ... ou seja,
aquilo que era um com determinaas caracteristisas as pessoas trasnformaram
noutro com outras pensando que é o mesmo que o primeiro.
Clar oque assim, é facil haver contradições e mostrar que este novo deus ,
não existe.


jocax -> veja bem, eu TAMBEM fundei uma doutrina filosofica que pode
ser seguida como uma religiao ( O Genismo ), por isso eu nao disse
que todas as religioes sao contra a razao se eu fizesse isso eu
estaria contra minha propria religiao ateista !


- És o primeiro ateu que vejo que sabe assumir que o ateismo é uma religião
Meus parabens sinceros. Ao menos não vives iludido.

Jocax-As religioes que sao contraditorias com a realidade sao aquelas
que pregam um deus bom e poderoso etc..

Concordo em geral. mas no especifico das razões que te elvam a dizer isto eu
discordo.


jocax-> Sim, o Genismo eh uma que comecou correta e vai continuar
correta ( espero ). Mas o q eu estou dizendo eh q religioes baseadas
em deus sao provavelmente falsas.

Não tens como provar isso.Nem o contrário.
Isso é um juizo de valor simples. Que depende da tua educação e dos teus
genes ( já que gostas tantos deles)


Claro q isso vai depender da
definicao de deus dada por elas, mas *em geral* sempre falam a mesma
coisa : Deus eh bom , eh o criador, etc... E isso sempre
leva aa contradicoes logicas como apontei naquele link.

Não vi grandes contradições de lógica lá, apenas argumentos classicos do
ateu do tipo "se Deus é todo poderoso , pq deixa morrer as criancinhas"
Este pensmaneto implica numa coisa básica que é "morrer é mau" .
Coisa que só um ateu acredita.Todo o resto, tem duvidas.


> A sociedade, a politica, a forma como se ganha dinheiro e a forma se
gasta
> dinehrio, o tipo de crimes que existem, o conhecimento de outros
paises ,
> culturas e costumes (a globalização), etc...
> Muitas coisas mudaram...

Jocax -> Estava a falar das religioes, dos seus dogmas, e nao do
mundo....

- Tens de entender que não e´possivel separar a evolução religiosa da do
mundo e a do mundo da religiosa


> > Não é contrasenso, simplesmente estás enganado nas hipoteses.
> > É aparentemente ilógica para quem está de fora.
>
> Jocax-Eh contrasenso se vc adotar a concepcao tradicional de Deus,

Depedne do que chamas tradicional....

Jocax -> Sim, mas para fazer uma analise de outras concepcoes
eu preciso conhece-las. Se vc me disser qual a concepcao mais
provavel de deus, quem sabe cheguemos a algum acordo ?

-Não existe concepção mais "provável" .
Pode existir a mais lógica, a mais simples, a mais racional, a mais idiota,
mas mais ôca ou a mais sólida, mas não a mais provável.


> Jocax-
> Nao importa se as pessoas conhecem ou nao ciencia ou saibam seus
> fundamentos. Apenas o fato de a ciencia explicar muita coisa
> que antes *apenas* a religiao explicava ja eh motivo para
> pensar duas vezes antes de se tornar um religioso.
> Quero dizer que como *fonte de explicacao* a religiao ja nao esta
> mais satisfazendo e esta eh mais uma razao de nao se precisar da
> crenca em deus ( nao a unica ).
>
> Vês ? A religião nunca foi uma fonte de explicação, isto que dizes
>nem sequer é coerente.

Jocax -> Nao concordo. Acredito que todas as religioes *sempre*
foram fontes de explicacoes.

- "Mãe , donde vêm os bebés?"
- "Veêm da Barriga das maes"

Isto não é uma explicação.
Do mesmo modo
- "Quem criou o mundo ?"
- "Deus"

Tb não. Não explcia nada sobre o mundo... da mesma forma que a resposta da
mae não explica nada sobre concepção.


Jocax-
Alem de fontes de explicacoes elas
(sao) eram tambem fonte de uma etica ou moral.

- Elas SÓ são fontes de ética e moral.
Por isso é que Religião, msiticismo e ciencia não são incompativeis.


jocax-> Eh verdade q existem aproveitadores em todas as areas,
mas o q estou a dizer eh q , em geral, a propria religiao, em si
mesma, costuma ser anti-racional.
Claro que falo em termos gerais, principalmente das religioes
deistas, pois nao conheco todas as religioes.

-então és ateu apenas para as que conheces... ?

>
> Jocax-Alias cabe a pergunta : o que a religiao pode fazer?
>
> -Algo simples. Ajudar-te a entender o porquê estás aqui.
> Não o como, mas o porquê. Dá-te um horizonte e prepectivas para
encarares o
> local onde vives ...chamemos-lhe universo.

jocax -> Nao vejo como nem onde nem porque a religiao pode fazer
entender isso. Entao me diga o porque estou aqui segundo este ponto
de vista religioso?

-A resposta é estupidamente simples.
"Porque precisas estar"
Pode parecer ridiculo, mas não tanto assim.
Se como cientistas acreditamos que cada efeito tem uma causa, a nossa
estadia aqui tem uma causa.
saber qual e´essa causa seria interessante.
O misticismo, e a religião podem te ajudar nisso. A ciencia não pode.
A conclusão a que chegas pode ser uam ilusão pois não tens como a testar
cienificamente. alías, algo testado por apenas 1 , nunca é cientifico.
Por isso, se um dia encontrares a orientação da tua vida, não tentes
submetê-la à ciencia.

Jocax-( sera que finalmente vc vai resolver o grande enigma do
universo?:) )

-Sim, já conheço esta piada.
Os ateus têm esta mania de pensar que resposta importante como essa ve
mservida em bandeja de prata como o nº de bases do DNA ou o valor da massa
do Sol...


> Jocax-
> Quero dizer q a variabiliade genetica pode fazer que uma pessoa
> se torne religiosa e outra nao.
>
> -Não. O tempo de vida, não permite mutações que levem da crença
`descrença.
> E ha pessoas que mudam de crença.

jocax -> Aqui vc se engana. Uma lagarta se metamorfosea em
uma borboleta sem que nao haja nenhuma mutacao. Ja estava programado
nos genes esta transformacao.

Estás saindo do guião.
Estamso falando de mudanças de crença, não de metamorfose de borboleta (que
é algo fisico )

Jocax-Existem pessoas que tambem podem ter
a capacidade de mudar de crenca e outras que simplesmente nao
conseguem faze-lo.

E o "não querem" , está contabilizado ai ?


>
> Além disso, se a religião fosse algo genético , deveria tender para
o que é
> mais propicio à espécie.
> E isso não me parece que aconteça.

Jocax-Li certa vez, que existe uma propensao genetica de pessoas
serem mais religiosas que outras.

Li certa vez que o homem nunca tinha pisado nao lua.
Li certa vez que Deus disse "Eu sou aquele que sou"
Li certa vez que "Deus morreu" (como se nunca esteve vivo ?)
Li certa vez que ....

Não acredite em tudo o que lê...

Tu podes ser ateu , mas tens uma religião, o Genismo.
E és tão crente nisso, que é super fácil te "enganar" com coisas do tipo "a
propriedade X é devida a propensão genética"... qq dia , dirás que Deus está
nos genes... :-)))
Entendes ? Tens um ponto fraco, que é a tua crença absoluta no poder dos
genes.
Tudo, para ti, advém dos genes.
Mas existem coisas que não advém dos genes.... as pedras por exemplo.
Então a tua crença é insuficiente para explicar o mundo onde vives, mesmo
que seja óptima explicando uma parte dele.Ai precisarás de outras coisas,
outras crenças, outras ideias e outros conceitos.

A religião, o misticismo, a ciência , fazem parte de u conjunto de
ferramentas que te podem revelar o mundo , todo, e não apenas uma parte.
A ciência é óptima para explica pq um telemóvel funciona, mas péssima para
explicar o porquê ele funciona assim.
Por exemplo, o básico: Principio da conservação da energia. Porquê ?? porque
raios ela se conserva ? o que tem de especial ? ...
A ciência não responde a isto.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 23:49

>> Concordo com voce que o efeito placebo pode trazer algum
>> beneficio psicologico ou mesmo fisico. Mas se fosse sempre
>> assim nao se precisaria receitar ( ou fabricar)
>> remedios apenas placebos seria suficiente ! :-)

Realmente. Os problemas "resolvidos" pela superstição nas seitas
religiosas são apenas aqueles que poderiam ser resolvidos por
placebos.
Nunca ouvi dizer nada sobre membros perdidos ou amputados voltando
a crescer em uma sessão de oração. Nem nos templos de reencarnação do
espiritismo, nem na seita católica ou evangélica. Nem em nenhuma
outra.

Peterson.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 23:51


> Acredito que a religião também ganharia algo se um processo parecido fosse
> posto em prática pelos religiosos. Desculpe-me, não quero ofende-lo, mas,
> nesse aspecto, considero desonestos a maioria dos religiosos!
>
> Francisco
> (Será que alguém ainda perde tempo com o que escrevo?)

gasto sim (perder é algo relativo :-)) ) e concordo ctg.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/04/2001 23:56


Jocax -> Calma, qto tempo tem a ciencia? 1000 anos ?
*nao* se pode dizer com certeza que daqui a 100 mil anos o problema
da morte nao tenha sido ainda resolvido. Talvez havera uma terapia
genetica para que as pessoas nao morram por doenca nem envelhecam...

Noto duas cosias aqui:
1) a morte é um problema
2) que pdoe ser resolvido

E depois os religiosos que são acusados de terem fés "bobas" :-)))

Jocax- (...)Quero dizer que o que se engana com uma
vida eterna que nao vira podera estar trocando uma felicidade
real por uma que nao vira !!

Nada a ver.
A "vida eterna" não é "periodo de tempo infinito passado no planeta terra"
Esse teu exemplo materialista das moedas não é uma boa analogia

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 00:01

Luiz-Os religiosos poderiam pelo menos ser um pouco práticos e, com sua fé,
nos ajudar a implodir prédios, restaurar florestas, despoluir rios etc.

E desempregar toda a ciência ? LOL
Acho mais que ridiculo achar que a religião serve para implodir prédios ou
pintar paredes.
A religião serve para aquilo que é estricatemtne humano, como a moral por
exemplo.
A religiã oserve para dar esperança, mesmo que falsa, mas manter a pessoa
viva , para tenah prédios que implodir ou pintar. Que esteja viva para ter
filhos e os poder educar com sapiencia e não ser como so pais de hoje ,
incultos , que deixam os filhos à solta pensando que Escola faz milagres...
ou pelo menso que faz o que os pais já não sabem fazer.
Religião é algo complicado de descutir é certo, mas Moral não.
A Religião serve para dar moral, criar ética. A ciência nunca foi capaz
disto e nunca será. Alguem conhece a ciencia cuja variável pricipal seja o
Amor , a Educação , a Solideriedade , por exemplo ?

Luiz- Se a religião não pode fazer nada de prático para o mundo em que
vivemos, sua finalidade é precária.

Se achas que a tua vida é precária , isso é lá ctg...

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 00:10


Jocax-
>Eh de fato Luis vc tocou num ponto q acho *muito* importante.
>O "cinismo" da comunidade cientifica com relacao a esta questao.

>Se Deus existe e interage com nosso mundo fisico

...O que é uma hipotese simplesmente , errada.

>seria bastante
>natural que os fisicos tentassem se comunicar com Ele,

Isso se a tua hipotese tivesse ponta por onde pegar. O que não tem.
A tua ideia de Deus é muito "humana" , ahcas que Deus é aquele senhorde
barba sentado num trono de outro no céu olhando os humanos ... isso é
ridiculo e não corresponde a nada de aceitável..

> medir
>suas propriedades e tudo o mais que uma descoberta deste vulto
>poderia nos dar. Mas eles nao se preocupam com isso, por que ?

-Porque simplesmente ,a física não lida com a váriável "deus".

>Acredito que esta seja a maior farsa, o maior cinismo institucional
>da historia da humanidade!

Tem graça que eu vejo cinismo nestas afirmações completamente desfasadas da
realidade religiosa e/ou misitica.
Meus caros, se querem ser chamados de cientistas ,sejam cientistas. E NÂO
INVENTEM!
Não baseiem sues argumentos em agumentos falaciosos.... em lógicas "feitas à
medida para dar errado"
Por favor...

>Daqui uns 20 mil anos nossos descendentes ( todos ateus ) se
>perguntarao indignados : Se eles acreditavam que existia um Deus
>fonte de toda a sabedoria por que entao nao utilizavam todos
>os recursos disponiveis para se comunucar abertamente com Ele????

-Eles fizeram isso, mas os ateus não entendem como. Por isso, essa
descendencia , toda ateia, faria esta pregunta. A pergunta é optima,
inflizmente não sabem a resposta verdadeira.Chama-se a isto, incultura.
Eu devo dizer : falta de capacidade de entender?




SUBJECT: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 00:15

[ Sergio Taborda ]:
>> A religião serve para aquilo que é estricatemtne humano,
>> como a moral por exemplo.
(...)
>>A Religião serve para dar moral, criar ética.
(...)

OH, claro! A moral do machismo, da escravidão, do estupro
permitido por deus, da matança de crianças, das guerras "em nome de
deus", etc. Realmente. A religião é a arma mais eficaz para essa forma
de "ética"...

>> A religiã oserve para dar esperança, mesmo que falsa, mas
>> manter a pessoa viva , para tenah prédios que implodir ou pintar.

Esperança falsa. Concordo. Eu mesmo já tinha escrito anteriormente
em uma mensagem que "de ilusão também se vive". Só não estou certo se
isso é mesmo viver.

>> A ciência nunca foi capaz disto e nunca será. Alguem
>> conhece a ciencia cuja variável pricipal seja o
>> Amor , a Educação , a Solideriedade , por exemplo ?

AMOR - não é o ponto forte religião. Condenar pessoas ao "fogo
eterno" ou a lugares onde haverão "prantos e ranger de dentes para
sempre" está mais para uma noção de insanidade.
EDUCAÇÃO - Você nunca ouviu falar de DIDÁTICA e PEDAGOGIA???
SOLIDARIEDADE - Isso não existe entre ateus, céticos e agnósticos?
Certamente é um exemplo bem melhor do que aquele que vemos entre
palestinos e israelenses, católicos e protestantes na Grâ-Betanha,
cristãos e muçulmanos no oriente médio, e mesmo entre católicos e
protestantes, ou ainda entre protestantes e espíritas no Brasil.

[]'s.

Peterson.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 00:19


Vida Eterna, será que realmente a queremos???
Francisco

> A "vida eterna" não é "periodo de tempo infinito passado no planeta terra"
> Esse teu exemplo materialista das moedas não é uma boa analogia
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 00:23



> Será que é tão difícil abrir os olhos, olhar para o mundo e ver que
religião
> não contribuiu com absolutamente nada! Não fez sua calça, sua cueca, seu
> sapato, sua camisa, seu pente, seu chuveiro, seu espelho, sua porta, sua
> casa, sua geladeira, seu carro, sua escola, seu livro (!), seu

Será tão difícil abrir os olhos e olhar o mundo e ver que a ciência não
contribuiu com absolutamente nada !
Não respondeu ao pq estamos aqui, onde estamos e para onde vamos. Quando
tempo a humanidade vai durar e em que condições. Se a política é algo bom ou
mau, não tornou os ladrões em arrependidos , apenas os mata na cadeira
eléctrica ou testa se dizem a verdade...não facilitou a vida de ninguém e em
vez disso apenas nos bombardeia com tecnologia , cara ,que nos faz gastar
dinheiro. Trouxe imensas curas , mas imensas doenças.
Trouxe a Bomba atómica. e o terror nuclear, mutações disformes ... Trouxe a
luta pelo poder tecnológico, a inflação mundial devida à tecnologia num
mundo onda os paises ricos contam Mbites de informação de seus lucros e em
que os paises pobres nem têm rede de distribuição de electricidade....
Trouxe a penicilina e as armas biológicas... a bomba de neutrões , que só
mata o que é vivo e mantém tudo no lugar....belo cenário que a ciência nos
trouxe...

A calça nasceu pq o homem teve frio. Teve frio pq preciso ude se mover de
lugares quentes onde vivia.
Teve de se mover pq tinha que comer. E tinha que comer pq queria estar vivo.
E queria estar vivo porque tinha medo de morrer. E tinha medo de morrer pq
não sabia o que andava aqui a fazer , pelo que não sabia o que faria depois.
Tudo o que ´homem faz é na esperança de permanecer vivo. E ele quer estar
vivo para poder encontrar uma verdade qq que o torne senhor do seu destino.
Quer elevar-se e ser deus de si mesmo.
A cueca, a calça , o pente, o espelho,o chuveiro , servem apenas para tentar
ganhar tempo, para matar Deus.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 00:25


> Vida Eterna, será que realmente a queremos???

Existência eterna é o que queremos.
Vida eterna , não sei... depende em que circunstâncias e na companhia de
quem. :-)

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 00:33

[ Sergio Taborda ]:
>> Será tão difícil abrir os olhos e olhar o mundo e ver
>> que a ciência não contribuiu com absolutamente nada !

Sérgio, se a ciência não contribuiu com absolutamente nada para o
mundo, não seria melhor jogar seu computador fora? (afinal, ele é
produto de algo que não contribui em nada, portanto também não deve
ser de muita utilidade). Que tal ao invés de prevermos o tempo,
começarmos a batucarmos tambores e fazer o ritual da dança-da-chuva
sempre que a desejarmos? Aliás, dá também pra jogarmos fora a medicina
e contratar pajés, xamãs e curandeiros (O Alberto vai ser um bom
candidato). Também dá pra tentar voltar aos princípios da alquimia.
Afinal, realmente... tudo fica mais fácil. Vamos logo concluir que
a Terra é plana. Que as estrelas são buraquinhos no "firmamento".
Vamos voltar a lascar pedras para produzir artefatos. A friccionar
gravetos para produzir fogo. A colocar estátuas de jacarés na cabeça
(como faziam os egípcios) para curar cefaléia?
Enfim, entre tantas outras coisas que realmente podemos mudar com
a falta da ciência, como realmente "a ciência não contribuiu com
absolutamente nada", que tal fazermos uma lista-de-discussão com
sinais de fumaça???

[]'s.

Peterson.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 00:53


----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, April 02, 2001 4:44 PM
Subject: [ciencialist] Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio


> --- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> > Jocax-
> > Por isso disse que a feh religiosa
> > *poderia* ser algo independente de todas as outras mas, mais
> > adiante, eu mostro que na verdade isto parece um contrasenso
> > e analiso a questao.
> >
> > -Só uma pergunta: O que é "fé" para ti ?
>
> Para mim eh uma crenca que nao necessariamente precisa ter
> algum fundamento com a realidade.
>
>
> >
> > >> Jocax-
> > > mas independente disso e o que nos leva ao espanto eh
> > > que a religiosidade, particularmente em relacao aas religioes
> > > tradicionais, esta em oposicao aa razao.
> > >
> > > -Não. Isso é incorrecto. Não está errado, mas é incorrecto.
> > > Estás a julgar as religiões "tradicionais" pelo que conheces delas
> > hoje ,e
> > > não pelo que elas eram quando começaram.
> >
> > Jocax-
> > Por que esta incorreto?
> >
> > Exactamente por isso. Por estares a julgar pelo que conheces.
> > Tlv o que cnheces, e da forma como conehces esteja em desacordo com
> a razão.
>
> Jocax-> Sim mas eh dentro do que eu disse : das religioes deistas
> tradicionais q eu estava julgando, as que tem como verdade
> um deus bom e todo poderoso etc.... Com relacao a estas eu disse
> que sao contrarias aa razao.
>
>
> > Mas não é assim sempre.
> > Por outro lado, lá pq o cirstianismo ou o judaismo ou o islamismo ,
> ou qq
> > outra estão em desacordo com a razão não quer dizer que a religião
> em geral
> > esteja. Está a tomar o todo pela parte ,e isso tb é incorrecto.
>
> jocax -> veja bem, eu TAMBEM fundei uma doutrina filosofica que pode
> ser seguida como uma religiao ( O Genismo ), por isso eu nao disse
> que todas as religioes sao contra a razao se eu fizesse isso eu
> estaria contra minha propria religiao ateista !
> As religioes que sao contraditorias com a realidade sao aquelas
> que pregam um deus bom e poderoso etc..
>
>
>
> >
> > Jocax-
> > Vc esta dizendo que as religioes eram corretas quando comecaram
> > e hoje ja nao sao mais corretas ?
> >
> > -Não. Estou dizendo que as religiões que conheces hoje nada têm a
> ver com as
> > que eram quando começaram.
> > As coisas evoluem, mudam.
>
> jocax-> Sim, o Genismo eh uma que comecou correta e vai continuar
> correta ( espero ). Mas o q eu estou dizendo eh q religioes baseadas
> em deus sao provavelmente falsas. Claro q isso vai depender da
> definicao de deus dada por elas, mas *em geral* sempre falam a mesma
> coisa : Deus eh bom , eh o criador, etc... E isso sempre
> leva aa contradicoes logicas como apontei naquele link.
>
> >
> > Jocax-
> > O que mudou de antes para agora ?
> >
> > A sociedade, a politica, a forma como se ganha dinheiro e a forma se
> gasta
> > dinehrio, o tipo de crimes que existem, o conhecimento de outros
> paises ,
> > culturas e costumes (a globalização), etc...
> > Muitas coisas mudaram...
>
> Jocax -> Estava a falar das religioes, dos seus dogmas, e nao do
> mundo....
>
> >
> >
> > >
> > >> Jocax-
> > > E isto parece-me um verdadeiro contrasenso:
> > > Como poderia um habilidoso cientista, que usa da razao e da logica
> > > como sua ferramenta mais importante, ser "ludibriado" por uma
> > > religiosidade e uma feh que aparentemente eh tao "ilogica" ?
> > >
> > > Não é contrasenso, simplesmente estás enganado nas hipoteses.
> > > É aparentemente ilógica para quem está de fora.
> >
> > Jocax-Eh contrasenso se vc adotar a concepcao tradicional de Deus,
> >
> > -Não o tenho de fazer. Simplesmente não tenho.
> > Nos teus dialogos apenas provas que determinado tipo de Deus não
> existe.
> > Aquele que é omnipotente.
> > Não provas que Deus (outro , que não aquele ) não exista.
>
> Jocax -> Sim, mas diga que tipo de deus voce acha que pode existir
> para que eu possa analisa-lo.
>
> >
> > Jocax-a concepcao que eh utilizada pela maioria da populacao.
> >
> > -Como todos sabemos, pq isto é uma lista de ciencia, não é por todos
> acharem
> > o mesmo que está certo.
> > Apenas provas que a concepção usada pela maioria das pessoas está
> errada. Só
> > .Nada mais.
> > Provas protanto que a maioria das pessoas é inculta religiosamente,
> nada
> > mais que isso.
>
> Jocax -> Sim, mas para fazer uma analise de outras concepcoes
> eu preciso conhece-las. Se vc me disser qual a concepcao mais
> provavel de deus, quem sabe cheguemos a algum acordo ?
>
>
> >
> > Jocax-Se vc tem uma concepcao diferente do normal eu gostaria de
> > saber para poder analisar.
> >
> > Sim. Eu comunico ctg por mail privado se não te importares.
>
> Jocax -> Ok
>
> >
> >
> > > -Isto é simplesmente insustentável.
> > > O nº de ateu aumenta pq a ilusão cientifica aumenta. A ciencia
> > tornou-se tão
> > > "mágica" como a religião e por isso é facil substituir a religião
> > pela
> > > ciencia. A relatividade e a MQ têm esse papel. Para quem não é
> > físico ambas
> > > parecem coisas "mágicas"... irreais... isto pq essas pessoas
> > desconhecem os
> > > principios em que se fundamentam essas teorias. A teoria do Big
> > Bang é
> > > outra. A interpretação cientifica da Tdo BB é completamente
> > diferente da
> > > interpretação da pessoa da rua.
> >
> > Jocax-
> > Nao importa se as pessoas conhecem ou nao ciencia ou saibam seus
> > fundamentos. Apenas o fato de a ciencia explicar muita coisa
> > que antes *apenas* a religiao explicava ja eh motivo para
> > pensar duas vezes antes de se tornar um religioso.
> > Quero dizer que como *fonte de explicacao* a religiao ja nao esta
> > mais satisfazendo e esta eh mais uma razao de nao se precisar da
> > crenca em deus ( nao a unica ).
> >
> > Vês ? A religião nunca foi uma fonte de explicação, isto que dizes
> >nem sequer é coerente.
>
> Jocax -> Nao concordo. Acredito que todas as religioes *sempre*
> foram fontes de explicacoes. Alem de fontes de explicacoes elas
> (sao) eram tambem fonte de uma etica ou moral.
> Se as religioes eram fontes de moral e de explicacoes e agora
> deixa de ser uma delas entao devera cair a necessidade de se abarcar
> uma delas.Se ela deixar TAMBEM de ser fonte de moral sobrara pouca
> coisa mais do que ser simplesmente uma fonte de ilusao.
>
>
> > O problema não e´da religião, mas do que se faz com ela.
>
> Nao eh bem assim. A propria religiao faz com os que as segue
> e nao vice-versa. Se a religiao eh fonte de moral ela manipula
> as pessoas mais do que eh manipulada por elas. Claro q sempre
> tem os interpretadores dos textos mas aih eh outro caso...
>
> > É como a politica, o mal não é da politica, mas de alguns que a usam
> para se
> > tornar ditadores.
>
> jocax-> Eh verdade q existem aproveitadores em todas as areas,
> mas o q estou a dizer eh q , em geral, a propria religiao, em si
> mesma, costuma ser anti-racional.
> Claro que falo em termos gerais, principalmente das religioes
> deistas, pois nao conheco todas as religioes.
>
>
> >
> > Jocax-Alias cabe a pergunta : o que a religiao pode fazer?
> >
> > -Algo simples. Ajudar-te a entender o porquê estás aqui.
> > Não o como, mas o porquê. Dá-te um horizonte e prepectivas para
> encarares o
> > local onde vives ...chamemos-lhe universo.
>
> jocax -> Nao vejo como nem onde nem porque a religiao pode fazer
> entender isso. Entao me diga o porque estou aqui segundo este ponto
> de vista religioso?
> ( sera que finalmente vc vai resolver o grande enigma do universo?:)
> )
>
>
> >
> > Jocax-
> > Quero dizer q a variabiliade genetica pode fazer que uma pessoa
> > se torne religiosa e outra nao.
> >
> > -Não. O tempo de vida, não permite mutações que levem da crença
> `descrença.
> > E ha pessoas que mudam de crença.
>
> jocax -> Aqui vc se engana. Uma lagarta se metamorfosea em
> uma borboleta sem que nao haja nenhuma mutacao. Ja estava programado
> nos genes esta transformacao.
> Existem pessoas que tambem podem ter
> a capacidade de mudar de crenca e outras que simplesmente nao
> conseguem faze-lo. Claro que o ambiente em que ela se desenvolve
> pode favorecer isso, mas vai depender tambem de sua capacidade de
> raciocinio e muitos outros fatores. Assim, acredito que pessoas
> muito bitoladas tenham mais dificuldade de aceitarem evidencias e
> mudarem de crencas. O "bitolamento" eh um fator hereditario.
>
>
>
> >
> > Além disso, se a religião fosse algo genético , deveria tender para
> o que é
> > mais propicio à espécie.
> > E isso não me parece que aconteça.
>
> Li certa vez, que existe uma propensao genetica de pessoas
> serem mais religiosas que outras. Nao sao os genes que
> vao dizer QUAL religiao elas deverao seguir e sim que elas terao
> uma propensao grande ( ou nao ) aa serem religiosas.
>
> []s
> jocax
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 01:09

In ciencialist@yahoogroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos"
<jocax@usp.br wrote:

> Li certa vez, que existe uma propensao genetica de pessoas
> serem mais religiosas que outras. Nao sao os genes que
> vao dizer QUAL religiao elas deverao seguir e sim que elas >terao uma
propensao grande ( ou nao ) a serem religiosas.

Marco A. Andrade:- Creio que é bastante interessante observar como o tema
religioso despertou entusiasmo. O que eu noto é uma certa incoerencia no
discurso científico (não em todos os da lista). Cada coisa que se diz ou
afirma tem dois aspectos: um conteúdo manifesto, semântico, literal, por
assim dizer e um conteúdo relacional, afetivo.

Embora no aspecto idiomático e aristotélico as pessoas se caracterizem por
ser a favor ou contra as ideias religiosas, algumas das que se dizem contra
o fazem deixando transparecer uma forte paixão religiosa. Creio que
religião, mais que uma doutrina explícita, é uma atitude.

Não creio que seja hipocrisia científica, como alguns afirmam. Penso que o
gen (será um meme?) religioso está também nos que defendem o ateismo de modo
tão religioso.

Não esperava que este tema despertasse tanto interesse. Até me parece
assombroso que se possam dar o trabalho de responder certas afirmações
piegas de alguns listeiros. Parece que o bichinho da religião é mais
interessante do que muitos (como eu) imaginavam.
[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 01:21

In ciencialist@yahoogroups.com, Sérgio Taborda" <sergiotaborda@hotmail.com>
wrote:

>A Religião serve para dar moral, criar ética. A ciência nunca >foi capaz
disto e nunca será.

Marco A. Andrade:- Não creio que a moral e a ética sejam originadas pela
religião. De fato seus mandamentos são dotados de natureza ética, no entanto
são de um valor que pode ser discutido. Para a religião, tudo o que não está
proibido, é obrigatorio. A virtude é um orgulho que enche o que renuncia ao
prazer. A propria cultura humana leva, para a preservação da especie, a
renunciar ao que podem prejudicar a humanidade como um todo ou a um
terceiros com representante dessa humanidade.

Para ser bom não faz falta ser religioso. A ciencia não tem como finalidade
pregar normas éticas. Nem a arte, nem a filosofia. A ética pode ou não
existir em qualquer tipo de conhecimento humano.

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas no fim do milenio
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 07:07

Em uma mensagem de 03/04/01 01:07:59 Hora padrão leste da Am. Sul,
logos@pccp.com.ar escreveu:

> Marco A. Andrade:- Creio que é bastante interessante observar como o tema
> religioso despertou entusiasmo. O que eu noto é uma certa incoerencia no
> discurso científico (não em todos os da lista). Cada coisa que se diz ou
> afirma tem dois aspectos: um conteúdo manifesto, semântico, literal, por
> assim dizer e um conteúdo relacional, afetivo.
>
> Embora no aspecto idiomático e aristotélico as pessoas se caracterizem por
> ser a favor ou contra as ideias religiosas, algumas das que se dizem contra
> o fazem deixando transparecer uma forte paixão religiosa. Creio que
> religião, mais que uma doutrina explícita, é uma atitude.

Manuel Bulcão - O que observo é que o ateísmo, em muitos casos, apenas
camufla um grande ódio a Deus. Ora, o ódio, assim como o amor, é uma paixão,
de modo que muitos que se dizem ateus na verdade estão mesmo é (ou continuam)
perdidamente apaixonados por Deus. Isto é, embora "descrentes", não conseguem
viver sem Deus.

O ódio ao Deus judaico-cristão por parte de alguns "amantes da Razão" apenas
reforça aquela minha tese de que entre o judaísmo-catolicismo e o
cientificismo existe uma relação de continuidade -- ver minha mensagem
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9004 --, ou seja, Calígula
foi assassinado mas o Império dos Cézares permanece.

A religião mitológica fez vítimas? E a religião cientificista, nas diversas
ocasiões em que Estados supostamente ateus ou laicos a professaram, também
não o fez? A fé cientificista também teve os seus Torquemadas, como, por
exemplo, o biólogo soviético Lyssenko.

É, não é desmotivada a ojeriza que muitos cientificistas têm por Freud. Essa
ojeriza é apenas ressentimento. Afinal, Freud explica :-))

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 07:33

> []s
> jocax
> "Deus eh a maior farsa da historia da humanidade"
> Jocax abril/2001
>
>
> Ou senão, todos crentes em Deus, dirão:
>
> -Que tolos foram eles por tratarem com desdém Tal questão levando
assim
> tanto tempo pra descobrir que a peça que faltava na ciência deles
era Deus.
>
> Pode ser que aconteça isso, não? Quem sabe?

Tudo indica que nao, haja visto as contradicoes que apontei nos
"dialogos" e a ausencia total de evidencias neste sentido.

[]s
jocax

Do Agapito:

Já quebrei meus grilhões, dirás talvez. Também o cão, com grande
esforço, arranca-se da cadeia e foge.
Mas, preso à coleira, vai arrastando um bom pedaço de corrente.
PÉRSIO, Sat. V, 158






SUBJECT: Re: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 07:43

--- In ciencialist@y..., "Peterson Leal" <peterlsm@t...> wrote:
Realmente. Os problemas "resolvidos" pela superstição nas seitas
religiosas são apenas aqueles que poderiam ser resolvidos por
placebos.

Manuel Bulcão - Discordo. Os rituais religiosos curam não apenas
devido ao efeito placebo. Curam "também" porque muitas das ervas
utilizadas em tais rituais têm, de fato, um princípio ativo curativo.
Aliás, os grandes laboratórios produtores de fármacos sempre
estiveram de olho no que fazem os nossos índios com a fauna e a flora
amazônicas.

[]'s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 07:52

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
>
> Jocax -> Calma, qto tempo tem a ciencia? 1000 anos ?
> *nao* se pode dizer com certeza que daqui a 100 mil anos o problema
> da morte nao tenha sido ainda resolvido. Talvez havera uma terapia
> genetica para que as pessoas nao morram por doenca nem envelhecam...
>
> Noto duas cosias aqui:
> 1) a morte é um problema
> 2) que pdoe ser resolvido
>
> E depois os religiosos que são acusados de terem fés "bobas" :-)))

Jocax-> 1) particularmente para mima a morte nao eh um problema
muito serio ja que eu transferi aos genes minha "imortalidade".
2)O problema do envelhecimento eh estudada pela ciencia ha muito
tempo e as ultima noticias que vi a respeito dizia-se que este
problema era causado pelo encurtamento dos telomeros ( se nao me
engano) que ficam nas extremidades dos cromossomos (acho).



>
> Jocax- (...)Quero dizer que o que se engana com uma
> vida eterna que nao vira podera estar trocando uma felicidade
> real por uma que nao vira !!
>
> Nada a ver.
> A "vida eterna" não é "periodo de tempo infinito passado no planeta
terra"
> Esse teu exemplo materialista das moedas não é uma boa analogia
>

Acho que vc nao entendeu meu exemplo.
Eu disse que a crenca numa imortalidade religiosa, no ceu ou
no paraiso, poderia ser equivalente a um deposito diario de
esperanca (e tudo o mais que seja necessario para esta "passagem"
ao paraiso) soh que por fim nao se tera aquilo que se acumulou.
Foi um deposito em vao.
Acredito q se a pessoa souber de antemao que ela nao vai ao ceu
nem ao paraiso nem que sua alma sera salva em alguma outra dimensao
ela podera usufruir com mais eficiencia sua vida.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 08:02

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> Luiz-Os religiosos poderiam pelo menos ser um pouco práticos e, com
sua fé,

> A religião serve para aquilo que é estricatemtne humano, como a
>moral por exemplo.

Servia... Para muitos, ainda, infelizmente serve.
A moral nao precisa da religiao para ser ensinada/aprendida e se
depedesse dela estaria/estara desacreditada. Como pode a fonte
de moral ser proveniente de algo que eh totalmente falso??


> A religiã oserve para dar esperança, mesmo que falsa, mas manter a
>pessoa viva

Sim, serve para dar *falsas* esperancas mas o custo beneficio disso
nao creio q seja compensador. Com relacao a manter a pessoa
viva, bom, como vc explicaria que os ateus, como eu,
estao bem vivinhos ? :-)


> Religião é algo complicado de descutir é certo, mas Moral não.
> A Religião serve para dar moral, criar ética. A ciência nunca foi
>capaz disto e nunca será.

Aqui vc esta enganado porque vc ainda nao conhece a
Meta-etica-cientifica criado pelo messias do 3.milenio,
o grande jocax !
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/183


Alguem conhece a ciencia cuja variável pricipal
seja o
> Amor , a Educação , a Solideriedade , por exemplo ?

Sim, veja a minha meta-etica-cientifica acima.


[]s
jocax



SUBJECT: Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 08:11

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
>
> Jocax-
> >Eh de fato Luis vc tocou num ponto q acho *muito* importante.
> >O "cinismo" da comunidade cientifica com relacao a esta questao.
>
> >Se Deus existe e interage com nosso mundo fisico
>
> ...O que é uma hipotese simplesmente , errada.

Jocax-> Nao eh nao. Se Deus NAO interage com o mundo fisico entao
pq as pessoas rezam a deus ?? Se deus nao interagem com o mundo
fisico como os grandes profetas receberam a revelacao ?
Como existiriam os milagres ? nao criou o universo?
A abertura dos mares e todas aquelas baboseiras ?

Eh claro q para 99,99% das religioes Deus interage sim com o
mundo fisico.


>
> >seria bastante
> >natural que os fisicos tentassem se comunicar com Ele,
>
> Isso se a tua hipotese tivesse ponta por onde pegar. O que não tem.
> A tua ideia de Deus é muito "humana" , ahcas que Deus é aquele
>senhorde
> barba sentado num trono de outro no céu olhando os humanos ... isso
>é ridiculo e não corresponde a nada de aceitável..
>

Nao eh minha esta ideia de Deus que interage com os humanos,
acho q vc esta enganado se as pessoas achassem que Deus nao interage
com nosso mundo nao existiria NENHUM tipo de culto ou reza em
nenhuma religiao.


> > medir
> >suas propriedades e tudo o mais que uma descoberta deste vulto
> >poderia nos dar. Mas eles nao se preocupam com isso, por que ?
>
> -Porque simplesmente ,a física não lida com a váriável "deus".

Nao lida porque este cinismo eh universal, e a farsa eh um tabu
que nao se pode falar a respeito, talvez resquicio da epoca
da inquisicao onde cientistas iam aa fogueira....


[]s
jocax



SUBJECT: Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 08:32

>
> Será tão difícil abrir os olhos e olhar o mundo e ver que a ciência
>não contribuiu com absolutamente nada !

Putz ! Vc acha realmente isso ?????

> Não respondeu ao pq estamos aqui, onde estamos e para onde vamos.

Ok, o messias jocax respondera ,finalmente,estas questoes para ti :
Estamos aqui por acaso. Uma serie de acasos produziu a vida,
e a selecao natural aprimorou a vida ateh chegarmos onde estamos.
Para onde vamos ? Vamos todos morrer e desaparecer.

Se vc prefere as respostas das religioes isso nao significa que
elas estejam certas e o jocax errado.Mas vc pode se iludir com
elas se eh ilusao que vc procura.


>Quando
> tempo a humanidade vai durar e em que condições.

A humanidade vai durar o tempo que a ciencia conseguir faze-la
durar. As condicoes dependerao da politica a ser adotada.

>Se a política é algo bom ou
> mau,

A politica existe assim como existe a sociedade. Ela sera
boa ou ruim conforme promova felicidade ou nao desta sociedade.

> eléctrica ou testa se dizem a verdade...não facilitou a vida de
>ninguém e em vez disso apenas nos bombardeia com tecnologia

Cara, acho q vc esta pirando ou se mostrando um fundamentalista
radical ! :-))


> dinheiro. Trouxe imensas curas , mas imensas doenças.
> Trouxe a Bomba atómica. e o terror nuclear, mutações disformes ...
Trouxe a
> luta pelo poder tecnológico, a inflação mundial devida à tecnologia
num
> mundo onda os paises ricos contam Mbites de informação de seus
lucros e em
> que os paises pobres nem têm rede de distribuição de
electricidade....
> Trouxe a penicilina e as armas biológicas... a bomba de neutrões ,
que só
> mata o que é vivo e mantém tudo no lugar....belo cenário que a
ciência nos
> trouxe...

Ah.. quer dizer que voce propoe que voltemos a idade das cavernas?
Mas nao existe cavernas para todos! O q vc propoe? Que construiremos
novas ? Mas aih precisaremos de tratores para isso , mas estes
tratores precisarao de diesel que precisa ser extraido do fundo
da terra e para isso deveremos precisar de brocas resistentes
mas para fabrica-las precisaremos....


> Teve de se mover pq tinha que comer. E tinha que comer pq queria
>estar vivo.
> E queria estar vivo porque tinha medo de morrer.

Nao. Os animais nao sabem o que eh a morte e querem estar vivos.
O que faz os animais ( inclusive nos ) querer estarem vivos
sao os instintos programados para perpetuar genes. Apenas
isso. Nosso medo da morte decorre da selecao dos genes que
faziam com que o organismo se mantivesse longe do perigo.


>E tinha medo de morrer pq
> não sabia o que andava aqui a fazer

Nao eh nada disso.

Aconselho a estudares um pouco mais de evolucao.
Comece por ler minha introducao ao Genismo que talvez
te estimule a isso:
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/1


[]s
jocax



SUBJECT: Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 08:41

> Não creio que seja hipocrisia científica, como alguns afirmam. Penso
que o
> gen (será um meme?) religioso está também nos que defendem o ateismo
de modo
> tão religioso.
>

Creio q vc pode ter razao e talvez estes genes simplesmente nos fazem
defender com veemencia aquilo que acreditamos !
Sejam religiosos sejam ateus....
Mas se as evidencias nos mostram que estamos certos ....
Bom, vc tem razao num ponto: Poderiamos deixar estar e nao retrucarmos
aas acusacoes ou provocacoes, mas poderiamos tornar esta lista uma
lista de fanaticos religiosos e por isso temos que defende-la
antes que seja tomada por uma horda de fundamentalistas ! :-)))

[]s
jocax



SUBJECT: Re: Fe' e ciencia de maos dadas no fim do milenio
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 09:00

> Manuel Bulcão - O que observo é que o ateísmo, em muitos casos,
apenas camufla um grande ódio a Deus.

Nao se pode odiar aquilo que sabemos nao existir.

Por outro lado SE o Deus-padrao-bom-e-poderoso existisse ele
deveria ser motivo de odio para muitos pois ele ve as criancas
morrerem de fome frio e doencas e sadicamente nao faz nada !

Pq nao nos leva a todos ao paraiso de uma vez ? :-)

[]s
jocax

Do Agapito:
Já quebrei meus grilhões, dirás talvez. Também o cão, com grande
esforço, arranca-se da cadeia e foge.
Mas, preso à coleira, vai arrastando um bom pedaço de corrente.
PÉRSIO, Sat. V, 158





SUBJECT: trazeiros de cavalos
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 09:05

Nao ei se eh verdade mas eh interessante :
----------------------------------------------

Aqui está o mais puro exemplo de como temos, muitas vezes, de nos
adaptar à atitudes
tomadas no passado:
A bitola das ferrovias (distância entre os dois trilhos) nos Estados
Unidos é de 4 pés e
8,5 polegadas.
Por que esse número foi utilizado?
Porque era esta a bitola das ferrovias inglesas e como as americanas
foram
construídas pelos ingleses, esta foi a medida utilizada.
Por que os ingleses usavam esta medida?
Porque as empresas inglesas que construíam os vagões eram as mesmas que
construíam as carroças, antes das ferrovias e se utilizavam dos mesmos
ferramentais
das carroças.
Por que das medidas (4 pés e 8,5 polegadas) para as carroças?
Porque a distância entre as rodas das carroças deveria servir para as
estradas antigas
da Europa, que tinham esta medida.
E por que tinham esta medida?
Porque essas estradas foram abertas pelo antigo império romano, quando
de suas
conquistas, e tinham as medidas baseadas nas antigas bigas romanas.
E por que as medidas das bigas foram definidas assim?
Porque foram feitas para acomodar dois trazeiros de cavalos!
Finalmente... O ônibus espacial americano, o Space Shuttle, utiliza dois
tanques de
combustível sólido (SRB - Solid Rocket Booster) que são fabricados pela
Thiokol, em
Utah. Os engenheiros que os projetaram queriam
fazê-lo mais largo, porém tinham a limitação dos túneis das ferrovias
por onde eles
seriam transportados, os quais tinham suas medidas baseadas na bitola da
linha.

Conclusão: O exemplo mais avançado da engenharia mundial em design e
tecnologia
acaba sendo afetado pelo tamanho da bunda do cavalo da Roma antiga.

PS.:Existem várias empresas de liderança tecnológica que também tem um
monte de
coisas definidas por bundões...



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas no fim do milenio
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 09:29

Em uma mensagem de 03/04/01 09:00:52 Hora padrão leste da Am. Sul,
jocax@usp.br escreveu:

> Manuel Bulcão - O que observo é que o ateísmo, em muitos casos,
> apenas camufla um grande ódio a Deus.
>
> Jocax - Nao se pode odiar aquilo que sabemos nao existir.

Manuel - Por que não? Tem muita gente que não acredita em almas, mas que,
entretanto, morre de medo delas.

Tem até uma música que diz:

<< Ai meu coração que não entende
O compasso do meu pensamento
O pensamento se protege
E o coração se entrega inteiro sem razão
Se o pensamento foge dela
O coração a busca aflito
E o corpo todo sai tremendo
Massacrado e ferido no conflito>>
(Petrúcio Maia-Climério)

[]'s
Manuel Bulcão


SUBJECT: RES: [ciencialist] Rabdo
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 09:30

Se no terreno do Luiz Antonio já tem uma mina d'água, muito provavelmente
mais de 90% do sobsolo possui água. (Quero ver mesmo é um rabdomante
encontrar um lugar onde não há sequer uma gota d'água!). Para um tanque de
piscicultura ele vai precisar de muita, muita água, e do quanto ele quiser
produzir, creio que apenas algumas minas d'água ou poços não vão dar conta.
O ideal é ter um pequeno curso d'agua e represá-lo.

Abraços,

> -----Mensagem original-----
> De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
> Enviada em: Segunda-feira, 2 de Abril de 2001 11:55
> Para: ciencialist
> Assunto: [ciencialist] Rabdo
>
>
>
> Olá listeiros,
> como sabem, respondo uma pancada de consultas para os
> 'adoradores' do Imperdível. Quando a questão escapa á lógica
> e razão científica procuro opiniões para dar a 'melhor
> resposta' ao consulente. Essa é uma delas! Help.
> []'
> Léo
> =====================
>
> Olá Professor Luiz tudo bem? Espero que sim!
>
> Professor, tenho uma propriedade rural, com uma mina pequena
> na propriedade, e tenho vontade de achar outras minas com
> maior fluxo de água para fazer um tanque e criar peixes. A
> quetão é a seguinte:
>
> - O senhor sabe como faço, para localizar água no solo? Que
> seja prático e barato? Pode ser até com ramo de amora ou
> pêssego que os antigos dizem que funciona, só que eu não sei
> como se faz para sentir a vibração, quando se está em cima do
> veio d´água. Por favor sou totalmente leigo neste assunto,
> não sei se faz parte de Ciências, mas se puder me ajudar eu
> agradeceria muito.
>
>
> Muito obrigado pela atenção dispensada para leitura deste e-mail!
>
>
> Luiz Antonio Alves
> =====================
>
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> UIN#: 31028111
> leo@barretos.com.br
> leo@esquinas.com.br
> www.feiradeciencias.com.br
>
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> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas no fim do milenio
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 10:12

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, April 03, 2001 9:00 AM
Subject: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas no fim do milenio


> > Manuel Bulcão - O que observo é que o ateísmo, em muitos casos,
> > apenas camufla um grande ódio a Deus.
> Nao se pode odiar aquilo que sabemos nao existir.

Sim, mas como podemos realmente saber algo sobre aquilo que não existe? Será
que realmente "existe" algo oni-ausente, nihil-potente... Sem dúvida, estou
falando com o grande Jocax, aquele que tudo sabe mas... para nós pobre
mortais não há como distinguir o que não existe daquilo que não manifesta
sua existência. Crer nesta inexistência é tão absurdo como crer na
existência do que não existe e/ou do que não se manifesta. E concordo com ao
Manuel ao afirmar que existe muito ódio entre os crentes de facções
antagônicas e que, por um descuido de linguagem, são conhecidos como crentes
e descrentes. Sob esse aspecto creio que os agnósticos retratam um pouco
menos de seu ódio ao próximo.

> Por outro lado SE o Deus-padrao-bom-e-poderoso existisse ele
> deveria ser motivo de odio para muitos pois ele ve as criancas
> morrerem de fome frio e doencas e sadicamente nao faz nada !
> Pq nao nos leva a todos ao paraiso de uma vez ? :-)

Pois eu diria que o seu deus-inexistente também não nos leva a nada a não
ser poluir a Ciencialist com msgs de pouco interesse científico. Uma coisa é
discutir a existência de Deus, algo que, existindo ou não, repercute
socialmente sua existência real ou virtual. Outra coisa é assumir o
inexistente como objeto de pesquisa científica. Ou seja, abolimos as
chamadas religiões oficiais para abraçarmos o cientificismo, a religião do
nada, a religião que sabemos não nos levar a nada. E é por isso que eu digo
que misturar ciência com religião retrata a insegurança daqueles que se
dizem cientistas sem realmente saberem o que é ciência e/ou daqueles que se
dizem religiosos porém a necessitarem de uma bengala (a ciência) a sustentar
sua fé. E existem ainda aqueles que têm como única preocupação destruir essa
bengala, não com uma finalidade educacional, o que teria um efeito positivo,
mas no sentido de manifestar seu latente ódio ao próximo.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: Fe' e ciencia de maos dadas no fim do milenio
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 10:30

--- In ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
>
>
> > > Manuel Bulcão - O que observo é que o ateísmo, em muitos casos,
> > > apenas camufla um grande ódio a Deus.
> > Nao se pode odiar aquilo que sabemos nao existir.
>
> Sim, mas como podemos realmente saber algo sobre aquilo que não
>existe?

Pelas suas propriedades anunciadas.

Define-se um objeto por suas propriedades e prova-se que
este se nao existe. Por exemplo diz-se que papai-noel deve
distribuir presentes vestido de vermelho por todas as casas
mas isto nao seria possivel se a crianca fizesse umas contas
para verificar q ele deveria etc.. etc...


>Será que realmente "existe" algo oni-ausente, nihil-potente... Sem
>dúvida, estou
> falando com o grande Jocax, aquele que tudo sabe mas... para nós
>pobre
> mortais não há como distinguir o que não existe daquilo que não
>manifesta sua existência.

Neste caso basta preguntar ao grande jocax que ele te levara a luz.
E o grande jocax diz que nao existe deus nenhum.


>Crer nesta inexistência é tão absurdo como crer na
> existência do que não existe e/ou do que não se manifesta.

Nao eh absurdo nao.
Vc acredita em duendes, saci-perere, papai-noel, fadas, bruxas
e etc??
Se vc ainda acredita nisso ja nao poderei mais salvar sua alma.
E estaras condenado para sempre a acreditar em um Deus.


> E concordo com ao
> Manuel ao afirmar que existe muito ódio entre os crentes de facções
> antagônicas e que, por um descuido de linguagem, são conhecidos como
>crentes
> e descrentes. Sob esse aspecto creio que os agnósticos retratam um
>pouco menos de seu ódio ao próximo.


Mas pq vcs querem sempre por odio onde ele nao existe?



>
> > Por outro lado SE o Deus-padrao-bom-e-poderoso existisse ele
> > deveria ser motivo de odio para muitos pois ele ve as criancas
> > morrerem de fome frio e doencas e sadicamente nao faz nada !
> > Pq nao nos leva a todos ao paraiso de uma vez ? :-)
>
> Pois eu diria que o seu deus-inexistente também não nos leva a nada
>a não ser poluir a Ciencialist com msgs de pouco interesse
>científico.

Se fosse de tao pouco interesse assim nao haveria tantos replies
nem esse seu reply.


>Uma coisa é
> discutir a existência de Deus, algo que, existindo ou não, repercute
> socialmente sua existência real ou virtual. Outra coisa é assumir o
> inexistente como objeto de pesquisa científica. Ou seja, abolimos as
> chamadas religiões oficiais para abraçarmos o cientificismo, a
>religião do nada, a religião que sabemos não nos levar a nada.

Ah vc esta dizendo q a ciencia nao leva a nada e as religioes
levam a alguma coisa???
Nao sei o q eh cientificismo mas me parece melhor que outras
que pregam a ilusao e a mentira.

Estou reafirmanso q se as pessoas acreditam em um Deus que
interage com o mundo fisico, de fato este poderia ser objeto
de pesquisa cientifica. Se nao eh assim eh por um cinismo-tabu.



>E é por isso que eu digo
> que misturar ciência com religião retrata a insegurança daqueles que
>se dizem cientistas sem realmente saberem o que é ciência e/ou
>daqueles que se
> dizem religiosos porém a necessitarem de uma bengala (a ciência) a
>sustentar sua fé.

Em absoluto nao creio nisso.
Trata-se simlesmente de ser coerente e buscar a verdade ateh mesmo
em nossa vida particular e nao apenas nos laboratorios.


[]s
jocax



SUBJECT: RES: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 10:47

>Sérgio Taborda escreveu:
>Será tão difícil abrir os olhos e olhar o mundo e ver que a ciência não
>contribuiu com absolutamente nada !
>Não respondeu ao pq estamos aqui, onde estamos e para onde vamos.

Como a ciência não contribuiu em absolutamente nada? Como seria a vida se
abdicássemos de energia elétrica, água potável, anestésicos, agricultura,
etc. Voltaríamos todos pra caverna? O problema é que não há caverna para
quase 6 bilhões de pessoas...

Tampouco qualquer religião fornece respostas do porquê estamos aqui ou para
onde vamos. No máximo, fornece uma ilusão de conforto. Não cabe à ciência
responder a estas questões, pois não têm respostas se admitirmos (ou
aceitarmos) que nós não somos o propósito do Universo; somos um acidente.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quéops...
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 11:19

> Vao dizer q. os granitos la' da Irlanda (sao da Irlanda) tbm sao obras de a=
> lienigenas ou de um civilizacao avancada?
> Ah, titio Danniken, qto mal o sr. andou fazendo...
> Roberto Takata

Vc não precisa ir para a Irlanda. No interior do Paraná também existe uma
formação idêntica à ponte dos gigantes da Irlanda [colunas exagonais].

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: RES: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 11:25

>Sergio Taborda:
>A religião serve para aquilo que é estricatemtne humano, como a
>moral por exemplo.

>Jocax:
> Servia... Para muitos, ainda, infelizmente serve.
> A moral nao precisa da religiao para ser ensinada/aprendida e se
> depedesse dela estaria/estara desacreditada. Como pode a fonte
> de moral ser proveniente de algo que eh totalmente falso??

Ops! O caldo engrossou.

Religião ou ciência, meus caros, não determinam a moral!!!

Sabemos da existência de pessoas religiosas e ateus que levam uma vida de
retidão moral invejável. Seria uma terrível grosseria atacar uma pessoa por
se deixar levar pela "enganação religiosa" ou pela "ateísmo herético". É uma
total falta de respeito!

Da mesma forma existem religiosos (os Aiatolás) e ateus (os Stalins) que são
verdadeiras bestas-feras.

Moral não depende de genes, memes, inteligência, cultura, autoridade,
ignorância, família, religião, orientação sexual, violência, sofrimento,
etc, etc... Depende da somatória de tudo isso e sua relação com o indivíduo.

Concordam comigo?

Moral é outra coisa.

Moral não é o tema desta lista de discussão.

Moral é tema de discussão de todas as listas.

Vamos discutir moral do ponto de vista da ciência? O que vocês acham?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 12:46

[ Manual Bulcão ]:
>> Os rituais religiosos curam não apenas devido ao efeito
>> placebo. Curam "também" porque muitas das ervas
>> utilizadas em tais rituais têm, de fato, um princípio ativo
>> curativo.

Exatamente. Ou seja: não é o ritual religioso, e sim as formas de
terapia cientificamente comprováveis que fornecem os casos de cura,
nas situações em que as tais ervas são usadas. As ervas (medicinais)
vão continuar curando, haja ritual religioso petencostal, xamanista,
satanista ou espírita. Ou ainda a ausência de quaisquer um destes.

[ Luiz Ferraz e demais listeiros ]:
Que tal resolvermos essa questão sobre ele/ela/isso (deus)
semelhante como foi resolvida a questão do "espiritismo x método
científico", que envolveu o ex-listeiro e adepto da seita espírita
Flávio? Lembro-me que o Léo disponibilizou seu laboratório para que se
fizessem pesquisas de comprovação dos fenômenos espíritas.
Sem querer parecer desafiador demais, mas já que estamos em uma
lista de Ciência, o que o professor acha de disponibilizar seu
laboratório para testar as teorias que comprovem a existência de
deus??

[]'s

Peterson.



SUBJECT: Re: RES: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 12:53

> Vamos discutir moral do ponto de vista da ciência? O que vocês
acham?
>

Pra comecar vc pode dar uma olhada na minha proposta a respeito:
A meta-etica-cientifica que proponho ser a mae de todas
as eticas e baseada no principio da maxima felicidade do grupo.

http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/183


[]s
jocax



SUBJECT: Re: Queops...
FROM: hcaprini@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 14:21

--- In ciencialist@y..., rmt@i... wrote:

> --- In ciencialist@y..., "FeLipe"<felipediesel@b...> wrote:
> > Pirâmide de Quéops
> >
> > A mais antiga data para a construção da grande Pirâmide
> > de Quéops, foi apresentada pelo escritor árabe Abu Zayd
> > el Balkhy. Baseado em antigas inscrições, diz que a
> > pirâmide foi construída no tempo em que a Lira
> > encontrava-se na constelação de Câncer, ou seja, há
> > 73.000 a.C.
> > Curiosamente essa data corresponde muito aproximadamente
> > aos resultados dos testes feitos com o carbono-14, que
> > atribuíram à Pirâmide a idade de 71.000 a.C.
>
> Onde estao publicados esses resultados?
>
> Datacao de carbono-14 para granitos?


Nao tenho a menor ideia donde foram publicados esses dados, mas
acredito que a datacao tenha sido feita utilizando material organico.
Nao teria sentido datar as rochas, pois nao sao as idades destas que
esta em questa ao se falar sobre a construcao da piramide.


> > Igualmente fantástico são os resultados obtidos no exame
> > das pedras usadas na construção da Pirâmide...acima do
> > Nilo, perto de Assuan, encontra-se a pedreira de onde
> > foram extraídos os blocos de pedra utilizados na
> > construção de Quéops onde ainda existem alguns blocos
> > cortados mas que não chegaram a ser utilizados. É
> > curioso como eles encaixam-se perfeitamente nos buracos
> > das rochas, como tampas. É até concebivel que os
> > egípcios tivessem conseguido fazer dois cortes
> > horizontais, mas como fariam o corte do fundo?
>
> Uma simples batida eh capaz de quebrar a rocha. Quem ja' viu
aquelas aprese=
> ntacoes de carate sabe do q. estou falando.
>
> A pedra pode tbm quebrar sob seu proprio peso. Experimento: pegue
uma peca =
> de queijo minas e separe uma fatia mais ou menos retangular. Segure
por uma =
>
> das extremidades e deixe a outra suspensa. Comece a cortar a fatia
e veja o=
> q. acontece.
>
> O resto eh pura imaginacao correndo totalmente 'a solta.


Sem duvida deu um trabalhao o corte dos blocos, e escavacao de
galeria subterranea. Impossivel, nao eh, mas o trabalho foi feroz.
O que nao entendo eh como conseguiram soerguer blocos tao pesados, e
arraja-los da forma feita.


> Vao dizer q. os granitos la' da Irlanda (sao da Irlanda) tbm sao
obras de a=
> lienigenas ou de um civilizacao avancada?


Tem quem nao acredite q a natureza seja capaz de esculpir formas como
a Pedra da Gavea (RJ). Por sinal, nao faltam exemplos.


> Ah, titio Danniken, qto mal o sr. andou fazendo...
>
> []s,
>
> Roberto Takata

Um site melhorzinho sobre Queops em

http://www.guardians.net/egypt/khufu.htm

[]s,

Sheila.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO:
CC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 14:34

On Tue, 3 Apr 2001, Sérgio Taborda wrote:
> Será tão difícil abrir os olhos e olhar o mundo e ver que a ciência não
> contribuiu com absolutamente nada !
> Não respondeu ao pq estamos aqui, onde estamos e para onde vamos. Quando
> tempo a humanidade vai durar e em que condições.
> A calça nasceu pq o homem teve frio. Teve frio pq preciso ude se mover de
> lugares quentes onde vivia.
> Teve de se mover pq tinha que comer. E tinha que comer pq queria estar vivo.
> E queria estar vivo porque tinha medo de morrer. E tinha medo de morrer pq
> não sabia o que andava aqui a fazer , pelo que não sabia o que faria depois.
> Tudo o que ´homem faz é na esperança de permanecer vivo. E ele quer estar
> vivo para poder encontrar uma verdade qq que o torne senhor do seu destino.
> Quer elevar-se e ser deus de si mesmo.
> A cueca, a calça , o pente, o espelho,o chuveiro , servem apenas para tentar
> ganhar tempo, para matar Deus.
> Sérgio M. M. Taborda

Tudo o que homem faz é na esperança de permanecer vivo. E ele quer estar
vivo para poder encontrar uma fêmea que lhe perpetue seus genes.

Assim funciona com todos os animais e vegetais [e outros seres
reprodutivos].

Ninguém está nem aí para uma verdade suprema [seja isso o que for] que o
ilumine [seja isso o que for].

Verdades não enchem a barriga de ninguém [fora os sacedotes], não salva o
rabo de ninguém nem perpetua seus os genes. Não produz nada para a
sociedade [a não ser para sua própria publicidade] e se mantém com os
poucos recursos da maioria da população que é essencialmente pobre.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO:
CC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 14:46

> Sobre o elefante cor-de-rosa você pode ter informações em um livro
> chamado BAGAVAD-GITÃ, nos termos das facções da religião Hindú (como o
> Brahmanismo) que o adotam. Lá também fala sobre mulheres de oito
> braços, homens azuis tocando flautas no paraíso, etc. Só não me peça
> para dar informações racionais da religião, pois como toda religião,
> essa também é irracional.

Já li Bhagavad Gita e não encontrei nenhuma menção sobre elefantes cor de
rosa, mulheres de oito braços e nem de homens azuis [mas não tenho o Maha
Bhárata inteiro para ler]. A única coisa que há lá é um tal cara chamado
Krishna [supostamente o tal homenzinho azul] conversando com um guerreiro
chamado Árjuna. Já notaram a semelhança do nome Jeseu Krishna com Jesus
Cristo? Essencialmente o texto dos dois é idêntico, então temos um pequeno
problema de copyright do JC pois Krishna é muito anterior a ele.

> Aliás, assim como o jeová, a iemanjá, o orixá, o mitra, o zeus, o
> alá, etc. Só existem na imaginação humana.
> Peterson.

Está chovendo no molhado.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas no fim do milenio
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO:
CC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 15:04

> > Nao se pode odiar aquilo que sabemos nao existir.

Nisto eu concordo com o titio Jocax :-)

> Sim, mas como podemos realmente saber algo sobre aquilo que não existe?

Não podemos saber nada sobre algo que não existe, senão estamos falando de
metafísica. Agora se a pergunta é: "como podemos saber se aquilo
realmente não existe?" então a resposta é o método científico do titio
Popper: monta-se experiências onde o tal objeto a ser analizado possa ser
medido. Se as medidas derem frutos o objeto existe, senão, o objeto não
existe. É muito simples.

Eu pessoalmente desconfio que o dragão-invisível-voador-cuspidor-de-fogo
do titio Sagan era na verdade deus e não os ETs. Embora os dois sejam
indistinguíveis.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO:
CC: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 15:10

> Religião ou ciência, meus caros, não determinam a moral!!!
> Alexandre Medeiros

A religião determina a moral sim. Mas isto não significa que os religiosos
sejam pessoas morais.

Já a ciência não se preocupa com a moral e sim com a ética. O que não
significa que os cientistas seja éticos.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: RES: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 16:00

--- In ciencialist@y..., "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@f...> wrote:=

> Já a ciência não se preocupa com a moral e sim com a ética. O que não
> significa que os cientistas seja éticos.

Problemas nomenclaturais:

- grosso modo a moral eh o sentido de certo, do errado e tbm do mais ou me=
nos certo ou mais ou menos errado (no maniqueismo ha' apenas o bom e mau, o =

certo e o errado...)

- etica eh um ramo da filosofia q. estuda a moral.

em geral, etica e moral devem ser encaradas como a mesma coisa: do mesmo mo=
do como se diz ecologia de um organismo -- qdo se refere 'as relacoes ecolog=
icas
desse organismo... ateh se pode querer dar 'a moral uma conotacao personali=
sta ou mais emotiva e a etica algo mais social ou racionalista, mas uma defi=
nicao
dessa natureza eh pouco apropriada --- eh um pouco equivalente 'as definico=
es arbitrarias de 'energia' e 'vibracao' q. os misticos de plantao aplicam, =
deturpando os
conceitos bem estabelecidos q. possuem no ambito cientifico.

Ciencia em si nao tem moralidade, ela eh amoral. Os cientistas tEm sua prop=
ria moral/etica q. podem ou nao emprestar das religioes a q. se filiam.

A Ciencia pode estudar a moral, mas nao no sentido de valida'-la ou invalid=
a'-la -- apenas entender o sistema etico/moral q. um dado grupo de pessoas p=
ossuem.
Repetindo o chavao: dizer como o mundo eh, nao implica em dizer como o mund=
o deveria ser. Esta discussao ja' ocorreu inumeras vezes nesta lista e, como=
cada
qual sempre mantem nao apenas as mesmissimas visoes pessoais, mas tbm os me=
smissimos discursos e argumentos, parece estabelecer q. ela eh totalmente
infrutifera.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 16:10


> >A Religião serve para dar moral, criar ética. A ciência nunca >foi capaz
> disto e nunca será.
>
> Marco A. Andrade:- Não creio que a moral e a ética sejam originadas pela
> religião.

Concordo, eu tb não disse isso. Eu não disse que a religião originava , eu
disse que dava , que criava ética.
A religião X cria a ética X e a religião Y a ética Y.
A ética, em si, sei lá de onde vem...

>De fato seus mandamentos são dotados de natureza ética, no entanto
> são de um valor que pode ser discutido.

Tudo pode ser descutido, mesmo o que é cientifico ( é por isso que esta
lista existe )

>Para a religião, tudo o que não está
> proibido, é obrigatorio.

Correcção: Para algumas religiões...

> Para ser bom não faz falta ser religioso.

ninguem disse que fazia. A religião não é a moral.
Ser bom ou mau é algo inerente às pessoas. A religião pretende entender pq
as pessoas se dividem em boas é más. É a "ciencia da moral" , por assim
dizer.
Em Física, não está em causa que tenha peso, mas o pq de eu o ter.
Em Religião, não está em causa que sejas bom ou mau, mas o porquê se seres
bom ou mau. no que isso implica, e que actitude/posição tomar.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: Queops...
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 16:13

--- In ciencialist@y..., hcaprini@u... wrote:
> Nao tenho a menor ideia donde foram publicados esses dados, mas
> acredito que a datacao tenha sido feita utilizando material organico.
> Nao teria sentido datar as rochas, pois nao sao as idades destas que
> esta em questa ao se falar sobre a construcao da piramide.

O mais provavel eh q. nao foi feito datacao nenhuma... Nao uma q. dej mais de 10.000 anos.

> Sem duvida deu um trabalhao o corte dos blocos, e escavacao de
> galeria subterranea. Impossivel, nao eh, mas o trabalho foi feroz.
> O que nao entendo eh como conseguiram soerguer blocos tao pesados, e
> arraja-los da forma feita.

Planos inclinados de terra, pedra e areia e muita, mas muita mao-de-obra escrava: algo em torno de 100.000 escravos durante 20 anos -- o q. da' fantasticos 9
bilhoes de homens-hora de trabalho.

Deu trabalho? Com certeza. Mas tecnologia disponivel 'a epoca eh o suficiente para a construcao dessa magifica obra.

> > Vao dizer q. os granitos la' da Irlanda (sao da Irlanda) tbm sao obras de alienigenas ou de um civilizacao avancada?
>
> Tem quem nao acredite q a natureza seja capaz de esculpir formas como
> a Pedra da Gavea (RJ). Por sinal, nao faltam exemplos.

Fazer o q? Eh o mesmo argumento criacionista: "Eu sou totalmente ignorante sobre o modo como isso poderia ter acontecido. E como nao gosto de admitir
minha ignorancia e tenho horror a ficar sem uma resposta, lanco mao de uma explicacao totalmente esdruxula, mas q. faz bem ao meu ego. Alem de q. isso esta'
de acordo com as minhas conviccoes pessoais sobre a natureza." Aproveitando pra corrigir: parace q. eh na Irlanda do Norte e nao na Irlanda e sao basaltos e nao
granitos as formacoes a q. me referia (Giant's causeway)... (irei verificar).

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 16:18

> >> O problema não e´da religião, mas do que se faz com ela.
> >> É como a politica, o mal não é da politica, mas de alguns
> >> que a usam para se tornar ditadores.
>
> Bah, então o problema da religião é o mesmo da política?

Sim. É o facto de ambas serem geridas por seres humanos.

>A
> diferença é que política pode ter causas e efeitos perceptíveis, e a
> religião só existe na imaginação humana.

Vai dizer isso às pessoas que morreram, ou perderam pessoas chegadas , nas
guerras religiosas.
A politica é em si, um efeito perceptivel da religião.
(os paises dividem-se , entre outras coisas , pela sua religião
'maioritária')


> Oh, isso pode ser uma verdade, se você se contentar com o mero
> fruto da imaginação das pessoas. Com isso, posso concluir que estamos
> aqui até Brahma dispertar de seu sono. Ou então que estamos aqui para
> irmos para o paraíso se formos bons ou ao inferno se formos ruins. Ou
> ainda para reencarnar. Ou para transmigrar para o corpo de algum
> animal. Ou ainda para nossa alma ir para outro planeta. Ou para outra
> dimensão. Ou para voltar para as Plêiades (segundo o livro "Os
> Exilados da Capela"). Ou para morar em na cidade de ouro e pedras
> preciosas, com rios de leite e mel ("Nova Jerusalém"). Ou para
> perdermos nossa consciência no cósmico. Ou ainda milhares de outras
> possibilidades.
> Basta escolher. É um "porquê" estamos aqui... mas não quer dizer
> que seja verdade. Todavia, "de ilusão também se vive"...

Eu escrevi aqui "Ajudar-te a entender o porquê estás aqui"
Tu responde-te o "Até quando estamos aqui". Não foi isso que eu falei...

Isso de ser ilusão é algo pessoal e subjectivo. Por isso a Liberdade e a
Tolerância, são cosias fundamentais numa filosofia religiosa. Exactamente,
pq a religião sabe que deves ter Liberdade para opinar diferente , e
Tolerância com os que opinam diferente de ti.
Vai dai, a Liberdade e a Tolerância são princípios ético-morais básicos.
Contudo, nem todo o mundo concordará com esta afirmação.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda





SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 16:28

> [ Sergio Taborda ]:
> >> A religião serve para aquilo que é estricatemtne humano,
> >> como a moral por exemplo.
> (...)
> >>A Religião serve para dar moral, criar ética.
> (...)
>
> OH, claro! A moral do machismo, da escravidão, do estupro
> permitido por deus, da matança de crianças, das guerras "em nome de
> deus", etc. Realmente. A religião é a arma mais eficaz para essa forma
> de "ética"...

Estás a confundir o que é Religião, como aquilo que os homens fizeram com
ela. Com a forma como a usaram.
A forma como o povo islamico é controlado religiosamente , nada tem ver com
religião, mas como um sistema de controlo chamado ditadura.
Para teu prejuizo , existem filosofias religiosas onde a Mulher é mais
importante que o homem.
Onde todos são livres e donos de si. Onde matar é errado, onde a guerra é
estupida.
Tlv não conheças, mas há.


> >> A religiã oserve para dar esperança, mesmo que falsa, mas
> >> manter a pessoa viva , para tenah prédios que implodir ou pintar.
>
> Esperança falsa.

Não existe falsa experança, quando não consegues provar qual é a verdadeira.
Foi esperado, por alguns ainda é esperado (como que esperando um Messias)
que a ciencia prove qual éa verdaderia esperança. E apra essas pessoas , e
apenas para essas, Religião e Ciencia são opostos.
Isto pq , essas pessoas tb têm uma "religião" imcompativel com a Religião...
a Ciencia. A Ciencia a religião dessas pessoas. E estas pessoas odeiam a
religião , como um judeu odeia um cristão.

> >> A ciência nunca foi capaz disto e nunca será. Alguem
> >> conhece a ciencia cuja variável pricipal seja o
> >> Amor , a Educação , a Solideriedade , por exemplo ?
>
> AMOR - não é o ponto forte religião. Condenar pessoas ao "fogo
> eterno" ou a lugares onde haverão "prantos e ranger de dentes para
> sempre" está mais para uma noção de insanidade.

Ninguem condena ninguem. Muito menos a Religião, que não é ninguem.
Para te explicar pq se chegou ao "fogo eterno" teria de ocupar muito espaço
, assim ,para resumir, eu digo-te que isso é Foclore.
O inferno é um estado mental, de extrema infelicidade , desespero e
trsiteza.
Quando se diz que a pessoa vai para o inferno, quer-se dizer , que quando
ela morrer, terá tempo de pensar pelo que passou, e vai ver as asneiras que
fez ,e vai se dar conta que não as pode remediar. Ai cairá na infelicidade,
desespero etc... Por isso é importante fazer correcto agora, para que não te
caias, num inferno.

> EDUCAÇÃO - Você nunca ouviu falar de DIDÁTICA e PEDAGOGIA???

Tenta fazer um pouco de Didática ctg proprio em questões de religião.
Verás que essa tua frase é super superflua...
Mas , mesmo que tenhamos a Didática e a Pedagogia,... qual é a
cientificidade disso ??? A mesma da psicologia ?

> SOLIDARIEDADE - Isso não existe entre ateus, céticos e agnósticos?

Alguem disso o contrário ? Eu disse que a religião estudada , no sentido que
o fisico estuda um efeito, a solidariedade.

Um abraço,

Sérgio


SUBJECT: Re: [ciencialist] Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 16:30

> Realmente. Os problemas "resolvidos" pela superstição nas seitas
> religiosas são apenas aqueles que poderiam ser resolvidos por
> placebos.
> Nunca ouvi dizer nada sobre membros perdidos ou amputados voltando
> a crescer em uma sessão de oração. Nem nos templos de reencarnação do
> espiritismo, nem na seita católica ou evangélica. Nem em nenhuma
> outra.

Este comentário é completamente irrelevante.
Eu tb nunca vi a ciência fazer crescer um braço de novo.
Transplanta-los, o.k., mas fazê-los crescer , não.

Sérgio


SUBJECT: engenharia alternativa
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 16:34

http://www.strbrasil.com.br/Humor/alteng.htm

Como diria minha professora de literatura do 2o grau:

"Seria cômico se não fosse trágico"

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 16:42

> [ Sérgio Taborda ]:
> >> Os elementais não são duendes.Os elementais são as forças
> >> activas da natureza. Duende é uma figura foclórica criada
> >> lá pelas irlandas que supostamente é a "encarnação" do
> >> elemental natural das forestas. Não é a mesma coisa
>
> Isso é óbvio, meu caro. (...)O resumo que fiz foi apenas para
demonstrar a natureza
> especulativa desse tema.

Mas não o fizes-te correctamente.
cito-te
"Há uma religião chamada Wicca, que afirma que elementais (duendes)"

Agora dizes-me que não é a mesma coisa, quando tu, erradamente , deste a
entender que era , colocando aquilo entre parentesis.
É por estas e por outras que depois nunca ninguem acredita em nada.

> >> Tb é falso que Wicca acredite que os espiritos intercedem
> >> junto dos deuses , já que em Wicca não existem deuses.
> >> Não sei onde teraste esta informação é completamente falsa.
> >> E é obvio pq, em Wicca não ha deuses.
>
> A informação deve parecer falsa para você porquê obviamente você
> jamais fez parte de algum grupo Wicca autêntico. Fui iniciado na Ordem
> dos Templarios do Oriente (OTO), que juntamente com a Ordem Hermética
> da Aurora Dourada desdobra a crença wicca

Isto é o que eu chamaria um tiro no pé....
se "desdobra" a crença wicca então não é wicca, ora bolas!...

>através de um estudo que
> fala sobre o culto da deusa Diana (lua), Baron de Loá, Baron de
> Cemitere e Baron de Samedi, que são entidades-deuses utilizados para
> prática de magia natural.

Magia natural dessa(s) ordem(s) templária(s).
Tu próprio disses-te tudo, e não disses-te uma unica vez que pertencias , ou
seguias,
uma crença puramente wicca.
E , mesmo assim ficamos na mesma... em wicca admitem-se deidades, que são
coisas bem diferentes de deuses.



> Mas, afinal, se quiser, podemos levar essa
> discussão para a lista dos Templários, e lá você poderá berrar à
> vontade que "em wicca não há deuses"...

Não é preciso. Tu mesmo escreveste ".. que são entidades-deuses"
por alguma razão não escreves-te "...que são deuses"...
E essa razão é aquela que eu disse : em wicca não ha deuses.

> >> Porquê um elefante cor-de rosa ? Se é cor de rosa isso
> >> implca que impreciona o teu nervo optico de alguma
> >> forma. Como ? E Quando aconteceu isso ? Ou seja,
> >> quando o viste ? E como sabes que esse elefante
> >> cor-de-rosa é energia ? Pela lei E=mc² ? E se
> >> sim, qual é a sua massa ? Como o pesaste ?
> >> Elucida-me por favor , estou curioso e talvez possa
> >> aderir à tua religião.
>
> Sobre o elefante cor-de-rosa você pode ter informações em um livro
> chamado BAGAVAD-GITÃ, nos termos das facções da religião Hindú (como o
> Brahmanismo) que o adotam.

Isso é bem diferente do que tu escreveste

"Aproveito a oportunidade para manifestar minha nova religião. Ela
diz que um elefante cor-de-rosa de seis braços é a energia do amor no
mundo"

> Lá também fala sobre mulheres de oito
> braços, homens azuis tocando flautas no paraíso, etc. Só não me peça
> para dar informações racionais da religião, pois como toda religião,
> essa também é irracional.

Eu pedi informação racional sobre aquilo que escreveste.
Se tu (por hipotese) acreditavas naquele elefante, eu simplesmente te
perguntei pq.
A resposta não tem de ser racional (ausente de sentimento)

Só te peço que para a próxima, não enganes o pessoal com frases dúbias que
dizem uma coisa, quando sabes bem que não é bem assim. (o que ainda é pior,
se fosse por ignorância ainda passava... agora tu, tinhas obrigação de não
cometer estes erros... eu acho )

[[]]

Sérgio


SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 16:47

> [ Sergio Taborda ]:
> >> Será tão difícil abrir os olhos e olhar o mundo e ver
> >> que a ciência não contribuiu com absolutamente nada !
>
> Sérgio, se a ciência não contribuiu com absolutamente nada para o
> mundo, não seria melhor jogar seu computador fora?

Caso não tenhas entendido, a resposta era ironia simples e pura.
Tudo o resto que escreves é irrelevante.

Foi escrito que a religião não servia para nada pq não fazia calças ou
sapatos, eu disse que a ciencia não servia para nada , pq não te trazia "paz
de espirito" , e pior, trazia bombas e destruição.
Eu acho que é clara , a minha intenção com isto.
A religião e a ciência servem para cosias diferentes. Dizer que religião não
serve para nada pq não faz calças , cuecas e sapatos, é ridículo. Nem sequer
é um argumento.

Sérgio


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 17:05

> Noto duas cosias aqui:
> 1) a morte é um problema
> 2) que pdoe ser resolvido
>
> E depois os religiosos que são acusados de terem fés "bobas" :-)))

Jocax-> 1) particularmente para mima a morte nao eh um problema
muito serio ja que eu transferi aos genes minha "imortalidade".

-Pois.... isso para mim é a tua fé.
Não vais transferir nada nos teus genes exepcto eles mesmos.

2)O problema do envelhecimento eh estudada pela ciencia ha muito
tempo e as ultima noticias que vi a respeito dizia-se que este
problema era causado pelo encurtamento dos telomeros ( se nao me
engano) que ficam nas extremidades dos cromossomos (acho).

Sim...mas já ouvi coisas diferentes... mais sofisticadas.. como não é o meu
ramo...

Jocax-
Eu disse que a crenca numa imortalidade religiosa, no ceu ou
no paraiso, poderia ser equivalente a um deposito diario de
esperanca (e tudo o mais que seja necessario para esta "passagem"
ao paraiso) soh que por fim nao se tera aquilo que se acumulou.

Um depósito de esperança é tudo que é preciso.
Um cientista continua procurando as respostas às perguntas pq tem esperança
em as encontrar.
Caso contrário pararia de procurar.
Repara, no fim, se depois de morrer não houva nada mais, a pessoa que
depositou esperanças viveu feliz, ajudou o resto do mundo e tudo issso...
alguem sem esperança é mais provável que não seja capaz de viver tão bem.
Alías, a falta de esperança leva ao suicidio.

>Foi um deposito em vao.

Não cncordo que foi em vão.


Acredito q se a pessoa souber de antemao que ela nao vai ao ceu
nem ao paraiso nem que sua alma sera salva em alguma outra dimensao
ela podera usufruir com mais eficiencia sua vida.

Eu não. Porque no fim, a tua vida extra-terrena não interfere com a terrena
que tens agora.
A eficiencia com que as pessoas vivem a vida não depende de acreditarem ou
não na vida eterna, mas sim das suas capacidades, do seu entendimento,
conhecimentos,e inteligencia, quer racional quer emocional.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 17:11


Jocax- Como pode a fonte
de moral ser proveniente de algo que eh totalmente falso??

Porque não existe o totalmente verdadeiro. Como cientistas sabemos isso.
Existem modelos, mais ou menos adquados....
Não existem coisas falsas ou verdadeiras.

> A religiã oserve para dar esperança, mesmo que falsa, mas manter a
>pessoa viva

Sim, serve para dar *falsas* esperancas mas o custo beneficio disso
nao creio q seja compensador. Com relacao a manter a pessoa
viva, bom, como vc explicaria que os ateus, como eu,
estao bem vivinhos ? :-)

Tu não és ateu. Tu és des-crente no deus-Bom-e-Omnipotente.
Mas tens religião. Nota-se muito bem até.
Defendes as tuas posições com posições igualmente não-provadas.
Seja a teoria genética da memória além da morte, ou a
"meta-ética-cientifica"
Fazes com que determinado Modelo, seja explicativo de tudo.
Isso é o 1º sindroma de um religioso.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 17:22

> >Se Deus existe e interage com nosso mundo fisico
>
> ...O que é uma hipotese simplesmente , errada.

Jocax-> Nao eh nao. Se Deus NAO interage com o mundo fisico entao
pq as pessoas rezam a deus ??

- Ahahahaha... LOL...
Porque elas PENSAM, ACREDITAM , que ele pode interagir.
Começo a pensar que tu tb acreditas nisso....

Todos os "bons" religiosos sabem que orar não é pedir a intervenção de Deus.

> Se deus nao interagem com o mundo
>fisico como os grandes profetas receberam a revelacao ?

Eu imagino coisas com as quais nunca interagi no mundo fisico.
Tudo o que eu escrevo posso dizer que é Inspirado por Deus. Isso não implica
que o seja.

Jocax-Como existiriam os milagres ?

Quando me derem provas que existiram eu discuto isso ctg.

Jocax - nao criou o universo?

Não necessáriamente.Mas suponhamos que sim. E dai ?
Quando o universo ainda não existia, não existia mundo fisico. E portanto
aidna não existia interacção com o mundo fisico, pelas simples razão que
esse mundo não existia.
Depois de criado o universo o mundo fisico passou a existir, mas ai , deus
tb passou a não intervir.
A criação do universo não pode ser considerada uma interacção com o mundo
fisico.
Pela mesma razão que manipular um ovo (conjunto do gameta femenino com o
masculino ) não pode ser considerado manipulação de embriões. Explico-me?


Jocax-Eh claro q para 99,99% das religioes Deus interage sim com o
mundo fisico.

-E em 100% dessas religiões, ninguem sabe como . Nunca ninguem viu, e sempre
"leram em algum lado"
Isso não faz com que seja verdade. Isso sim, se pode dizer que é intervenção
...inter-invenção.
:-))

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 17:29

> Não respondeu ao pq estamos aqui, onde estamos e para onde vamos.

Jocax-Ok, o messias jocax respondera ,finalmente,estas questoes para ti :
Estamos aqui por acaso.

- Então, segundo isto, Deus = Acaso.
Repara, Deus é omnipresente. O Acaso tb (segundo o que acabas de escrever)
Deus pode tudo,o Acaso tb.... até criar a vida.
Deus criou o Universo, o Acaso tb.

Pronto. Aqui tens a tua Solução cientifica para a identidade de Deus.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda


P.S:

ha! e mais...
Quem criou Deus ? O Acaso.
Se todos os problemas se resolvessem assim tão facilmente...




P:S 2

Quem criou o Acaso ... ahummm... bolas!!... estava a correr tão bem :-(((
O Acaso auto-criou-se ?
O Acaso apareceu por acaso ? :-))


SUBJECT: Re: Formacao Academica & Misticismo
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 17:33

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> A evolução não foi ainda provada cientificamente. É uam hipotese se
> trabalho.
> Muitos acham que "uma muito boa hipotese" , outros estão tentando encontr=
ar
> novas hipoteses.
> A ideia de "evolução" é obiva a qq mente deste seculo, mas a forma como s=
e
> processa já não. E é por ai que a coisa anda a 'evoluir' :-).

opa!

vamos tentar entender esse 'provada cientificamente'.

se for uma prova absoluta, realmente nao. do mesmo modo como nada o foi e i=
sso nao eh um empecilho maior.

se for uma prova acima de qq duvida razoavel -- q. eh o q. mais se aproxima=
do termo 'cientificamente provado' -- aih certamente a teoria evolutiva est=
a' muito
bem servida.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 18:16


>Tudo o que homem faz é na esperança de permanecer vivo. E ele quer estar
>vivo para poder encontrar uma fêmea que lhe perpetue seus genes.

Perpétue ??
Como se pode perpétuar algo que é passivel de sofrer mutações ?
Esta história está muito mal contada...

>Assim funciona com todos os animais e vegetais [e outros seres
>reprodutivos].

E aqueles onde não existe diferenciação de sexo... ou naquelas que os têm a
ambos...
Não é a prepétuação dos genes que está em causa, mas sim a preétuação do seu
"cruzar" para que possam evoluir....

>Ninguém está nem aí para uma verdade suprema [seja isso o que for] que o
>ilumine [seja isso o que for].

Ninguem ? Não tou tão certo disso.

>Verdades não enchem a barriga de ninguém [fora os sacedotes], não salva o
>rabo de ninguém nem perpetua seus os genes.

...hum... a Historia, a Filosofia, a Moral e a Ética, a Música , a Poesia,
tb não .... e daí ?

>Não produz nada para a
>sociedade [a não ser para sua própria publicidade] e se mantém com os
>poucos recursos da maioria da população que é essencialmente pobre.

Os clubes de futebol tb , e dai ?

Vamos varrer todas estas coisas inúteis que existem ?
Força!
No fim terias toda a ciência do mundo, toda a tecnologia , e nada onde a
usar.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas no fim do milenio
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 18:21

TARCISIO BORGES
Eu pessoalmente desconfio que o dragão-invisível-voador-cuspidor-de-fogo
do titio Sagan era na verdade deus e não os ETs. Embora os dois sejam
indistinguíveis.

Esta é genial... :-))
Então ET's e Deus são coisas indestinguiveis ?
Que eu saiba , os ET , a existirem, detém corpo. Deus, a existir, não.
Que eu saiba, Deus, a existir, é omnipresente. os ET's não. Apenas estão em
seu planeta , ou suas naves...

Indestinguiveis... e ainda achas que consegues pensar cientificamente (isto
é, imparcial e independentemente ) depois de dizer que ET's e Deus são
indestinguiveis ?
E depois falam do método cientifico e essas coisas... quando em algo básico
como isto, se esquecem de o usar...

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 19:24

Cara, já é difícil dar conta da leitura de tantos e-mails que recebo. Agora
vou ter que ficar de olho grudado no céu, esperando os sinais de fumaça,
para acompanhar as discussões da lista????

Francisco


> Enfim, entre tantas outras coisas que realmente podemos mudar com
> a falta da ciência, como realmente "a ciência não contribuiu com
> absolutamente nada", que tal fazermos uma lista-de-discussão com
> sinais de fumaça???
>
> []'s.
>
> Peterson.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 19:28

Vejam como a gente se engana, eu sempre achei que moral fossem aquelas
normas de conduta que regem o convívio entre as pessoas.
Sempre achei que a moral surgia sempre que duas ou mais pessoas resolviam
manter relacionamentos de quaisquer tipos e que eram uma coisa bastante
natural.
Nunca imaginei que a moral fosse fruto da religião.

Francisco

----- Original Message -----
From: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, April 03, 2001 12:15 AM
Subject: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar...
G. Gil


> [ Sergio Taborda ]:
> >> A religião serve para aquilo que é estricatemtne humano,
> >> como a moral por exemplo.
> (...)
> >>A Religião serve para dar moral, criar ética.
> (...)
>




SUBJECT: Re: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 19:32

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> > Noto duas cosias aqui:
> > 1) a morte é um problema
> > 2) que pdoe ser resolvido
> >
> > E depois os religiosos que são acusados de terem fés "bobas" :-)))
>
> Jocax-> 1) particularmente para mima a morte nao eh um problema
> muito serio ja que eu transferi aos genes minha "imortalidade".
>
> -Pois.... isso para mim é a tua fé.
> Não vais transferir nada nos teus genes exepcto eles mesmos.

Eh o que me basta. E sei que eh real e nao ilusao :
Vai-se a vida ficam os genes.

>
> 2)O problema do envelhecimento eh estudada pela ciencia ha muito
> tempo e as ultima noticias que vi a respeito dizia-se que este
> problema era causado pelo encurtamento dos telomeros ( se nao me
> engano) que ficam nas extremidades dos cromossomos (acho).
>
> Sim...mas já ouvi coisas diferentes... mais sofisticadas.. como não
é o meu
> ramo...
>
> Jocax-
> Eu disse que a crenca numa imortalidade religiosa, no ceu ou
> no paraiso, poderia ser equivalente a um deposito diario de
> esperanca (e tudo o mais que seja necessario para esta "passagem"
> ao paraiso) soh que por fim nao se tera aquilo que se acumulou.
>
> Um depósito de esperança é tudo que é preciso.

Nao se esta esperanca eh verdadeiramente uma ilusao, neste caso
a esperanca deixa de ser esperanca para ser certeza de que nao
ocorrera.


> Um cientista continua procurando as respostas às perguntas pq tem
>esperança em as encontrar.

Sim mas se ele sabe que existe provas de que o que ele procura
nao sera achado ele sabiamente interrompe esta procura inutil.

> Caso contrário pararia de procurar.
> Repara, no fim, se depois de morrer não houva nada mais, a pessoa
>que
> depositou esperanças viveu feliz, ajudou o resto do mundo e tudo
>issso...


Esta eh uma maneira de viver : Viver de ilusao sabendo que existe
a verdade. O que eu estou a dizer eh que esta maneira esta baseado
na falsidade e por isso nao necessariamente tem-se o melhor
aproveitamento da vida, e, dependendo da religiao tem-se um
aproveitamento muito pior dependendo das 'parcelas mensais'
que vc tera que 'depositar' para se ter esta falsa esperanca
e que no fim nao sera recompensado.

Pensa bem : Se a pessoa souber que suas esperancas
sao falsas ( sua alma nao se imortalizara ) ela agiria em vida
da mesma maneira? Creio que nao , ela agiria de forma a maximizar
sua felicidade sabendo q morrera. Quero dizer que devemos mostrar
as pessoas que sua esperanca eh falsa e que por isso esta pessoa
podera reprogramar sua vida para viver mais feliz e dentro
da realidade.

O prazer da esperanca da imortalidade nao necessariamente suplanta
o prazer de ter uma vida mais feliz, e, alem do mais, se ela for
adepta do Genimo ela tera as DUAS COISAS !



> alguem sem esperança é mais provável que não seja capaz de viver tão
>bem.
> Alías, a falta de esperança leva ao suicidio.

Depende, se for a falta de esperanca de encontrar a verdade em
meio a um mundo de religiao e misticismo pode ser.


>
> >Foi um deposito em vao.
>
> Não cncordo que foi em vão.
>
>
>> Acredito q se a pessoa souber de antemao que ela nao vai ao ceu
> nem ao paraiso nem que sua alma sera salva em alguma outra dimensao
>> ela podera usufruir com mais eficiencia sua vida.
>
> Eu não. Porque no fim, a tua vida extra-terrena não interfere com a
>terrena que tens agora.

O problema eh que tu nao vais ter esta vida extra-terrena q
mencionaste e por isso o deposito sera em vao mesmo.


> A eficiencia com que as pessoas vivem a vida não depende de
>acreditarem ou
> não na vida eterna, mas sim das suas capacidades, do seu
entendimento,
> conhecimentos,e inteligencia, quer racional quer emocional.


Eficiencia na busca da felicidade.
Se a pessoa sabe que sua alma nao se imortalizara ela deixara
de perder tempo indo aa igreja , rezando etc....
Ao inves disso ela podera ir ao parque e passear...
Houve um ganho de felicidade com a descoberta da verdade.



[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 19:39

Isso não quer dizer que ciência não o possa fazer um dia. Devemos lembrar
que a ciência, ao contrário da religião, é um cabedal de conhecimentos que
se completa e se corrige a cada dia. O que antes era considerado impossível,
amanhã será corriqueiro.

Francisco

> Este comentário é completamente irrelevante.
> Eu tb nunca vi a ciência fazer crescer um braço de novo.
> Transplanta-los, o.k., mas fazê-los crescer , não.
>
> Sérgio




SUBJECT: Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 19:44

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
>
> Jocax- Como pode a fonte
> de moral ser proveniente de algo que eh totalmente falso??
>
> Porque não existe o totalmente verdadeiro.

Mas existem coisas que sao totalmente falsas.
E basear a moral numa coisa que eh falsa, com certeza
nao eh uma boa pratica.


>Como cientistas sabemos isso.
> Existem modelos, mais ou menos adquados....
> Não existem coisas falsas ou verdadeiras.

Jocax->Existem sim. A existencia de um "Deus padrao" eh falso.
E a minha existencia eh verdadeira, ou negas isso?.


>
> > A religiã oserve para dar esperança, mesmo que falsa, mas manter a
> >pessoa viva
>
> Sim, serve para dar *falsas* esperancas mas o custo beneficio disso
> nao creio q seja compensador. Com relacao a manter a pessoa
> viva, bom, como vc explicaria que os ateus, como eu,
> estao bem vivinhos ? :-)
>
> Tu não és ateu. Tu és des-crente no deus-Bom-e-Omnipotente.
> Mas tens religião. Nota-se muito bem até.

Jocax->Ateu eh aquele que NAO cre en Deus ou vc esta a mudar o
significado das palavras para adequa-las aa sua crenca?

Minha religiao eh o Genismo e ela abole deus em seus mandamentos.


> Defendes as tuas posições com posições igualmente não-provadas.

Jocax-> Quais posicoes q eu defendo nao sao provadas ?

> Seja a teoria genética da memória além da morte, ou a

Que memoria alem da morte ??????
A memoria se perde totalmente ! Soh sobram os genes.
Vc deve ler sobre o Genismo para entender , leia o FAQ em :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/140


> "meta-ética-cientifica"
> Fazes com que determinado Modelo, seja explicativo de tudo.
> Isso é o 1º sindroma de um religioso.

Jocax-> Vc tambem nao entendeu a meta-etica !
Ela nao se propoe a explicar nada e sim ser um paradigma
cientifico para a construcao de todas as eticas.


[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 19:50

Isso me parece contraditório.
Uma vez que a moral, como norma de conduta social determina sim o que é bom
ou mal, do ponto de vista de uma dada sociedade, e que voce afirma que a
religião dá uma moral (o que é o mesmo que dizer que ela cria uma moral),
então a religião determina sim o que é bom e o que é mal, não apenas
investiga o por que do bom e do mal.
A ciência (ou filosofia) da moral é a ética e esta sim procura entender por
que algo é bom e por que algo não o é. Talvés a filosofia da religião também
faça isso, não sei.
Mas a religião não é uma doutrina especulativa do bem ou do mal, ela
determina o que é bom e o que é mal, até mesmo promete recompensas e
castigos para determinados comportamentos. De uma forma ou de outra todas as
religiões agem assim.

Francisco

> Concordo, eu tb não disse isso. Eu não disse que a religião originava , eu
> disse que dava , que criava ética.
> A religião X cria a ética X e a religião Y a ética Y.
> A ética, em si, sei lá de onde vem...
> ..................
> >De fato seus mandamentos são dotados de natureza ética, no entanto
> > são de um valor que pode ser discutido.
........
> ninguem disse que fazia. A religião não é a moral.
> Ser bom ou mau é algo inerente às pessoas. A religião pretende entender pq
> as pessoas se dividem em boas é más. É a "ciencia da moral" , por assim
> dizer.
> Em Física, não está em causa que tenha peso, mas o pq de eu o ter.
> Em Religião, não está em causa que sejas bom ou mau, mas o porquê se seres
> bom ou mau. no que isso implica, e que actitude/posição tomar.
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio M. M. Taborda
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 19:54

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> > >Se Deus existe e interage com nosso mundo fisico
> >
> > ...O que é uma hipotese simplesmente , errada.
>
> Jocax-> Nao eh nao. Se Deus NAO interage com o mundo fisico entao
> pq as pessoas rezam a deus ??
>
> - Ahahahaha... LOL...
> Porque elas PENSAM, ACREDITAM , que ele pode interagir.
> Começo a pensar que tu tb acreditas nisso....

Se nao interage ninguem faria nenhum tipo de culto religioso
ou reza. Vc esta a falar de uma religiao q soh existe na tua
propria mente e nao na mente das pessoas que acreditam em deus.


>
> Todos os "bons" religiosos sabem que orar não é pedir a intervenção
>de Deus.

Todos bons nao, talvez soh vc acredita nisso.
Veja qualquer texto religioso e vera que deus pode interferir
no mundo fisico sim. ( se Ele existisse claro )

>
> > Se deus nao interagem com o mundo
> >fisico como os grandes profetas receberam a revelacao ?
>
> Eu imagino coisas com as quais nunca interagi no mundo fisico.
> Tudo o que eu escrevo posso dizer que é Inspirado por Deus. Isso não
implica
> que o seja.
>
> Jocax-Como existiriam os milagres ?
>
> Quando me derem provas que existiram eu discuto isso ctg.

Eu nao estou dizendo que existem milagres estou dizendo q
as pessoas *acreditam* nesta interferencia !!!

[]s
jocax

Ps: esta conversa ja esta ficando sem graca e monotona
e improdutiva




SUBJECT: Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/04/2001 20:05

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
>
> >Tudo o que homem faz é na esperança de permanecer vivo. E ele quer
estar
> >vivo para poder encontrar uma fêmea que lhe perpetue seus genes.
>
> Perpétue ??

Do dicionario Michaellis:
perpetuar
v. 1. Tr. dir. Tornar perpétuo. 2. Tr. dir. Propagar. 3. Pron.
Eternizar-se. 4. Pron. Transmitir-se de geração a geração. 5. Pron.
Suceder-se (uma geração, uma raça).

> Como se pode perpétuar algo que é passivel de sofrer mutações ?
> Esta história está muito mal contada...

Nao esta nao. Toda biologia evolutiva moderna explica os processos
evolutivos segundo este paradigma gene-perpetuativo.
Os genes podem sofrer mutacoes mas em geral estas sao relativamente
muito poucas, se fossem muitas inviabilizaria a vida do feto.
Quero dizer que vc foi programado para perpetuar seus genes e
vc ainda nao sabe disso.


>
> >Assim funciona com todos os animais e vegetais [e outros seres
> >reprodutivos].
>
> E aqueles onde não existe diferenciação de sexo... ou naquelas que
>os têm a ambos...

Estes tambem estao programados para perpetuarem seus genes
soh que nao aa custo da reproducao. Se vc esta a pensar nos
homossexuais veja minha explicacao sobre isso em :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/170

Como vc parece nao entender nada do paradigma neodarwiniano
vc naturalmente tera muita dificuldade em entender estas
teorias.....


[]s
jocax



SUBJECT: En: [ciencialist] Re: Queops...
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 20:16


----- Original Message -----
From: <rmt@ib.usp.br>

Aproveitando pra corrigir: parace q. eh na Irlanda do Norte e nao na Irlanda
e sao basaltos e nao granitos as formacoes a q. me referia (Giant's
causeway)... (irei verificar).

É isso sim... Gint's Causeway fica na Irlanda do Norte, e suponho que ele
seja o mais famoso monumento de juntas colunares basálticas no mundo.

Como se estava falando de edificação, a denominação "granito" não fazia
diferença, pois normalmente as chamadas rochas ornamentais são divididas em
"marmores" e "granitos", de uma forma geral.

[]s,

Sheila.






SUBJECT: É possível uma pesquisa científica sobre a existência de deus?
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/04/2001 21:16

[ Sérgio Taborda ]:
>> Para teu prejuizo , existem filosofias religiosas onde
>> a Mulher é mais importante que o homem.

Para meu prejuízo??? De onde vem essa conclusão precipitada de
minha maneira de pensar acerca das relações sociais baseadas na
diferenciação sexual??? Nem para meu prejuízo, nem para o da sociedade
que a escolheu, haja vista que trata-se da reiteração da vontade
coletiva, com vistas a perpetuar uma norma de trato social difusamente
aceito. Portanto, nada tem a ver com a sociedade em que vivo, o que já
exclui qualquer "prejuízo" que pudesse existir no âmago de alguma
personalidade, se essa fosse machista (o que, ainda por cima, não é
meu caso)...

>> A Ciencia a religião dessas pessoas. E estas pessoas
>> odeiam a religião , como um judeu odeia um cristão.

Refutar pela falta de provas racionais jamais pode ser confundido
com "odiar"!

[ Jocax ] :
>> >> A grande diferença entre uma verdade religiosa e uma verdade
>> >> filosófica, ou científica (se é que se pode falar em verdades
>> >> filsóficas ou científicas) é que na religião e nos misticismos,
o
>> >> uso do argumento da autoridade é predominante "è assim
>> >> por que o profeta falou, i tá acabado!".

[ Sérgio Taborda ]:
>> Não. Em algumas religões , digamos , clássicas, como o
>> cristianismo o judaismo e o islamismo isso funciona assim.
>> Mas por exemplo na teosofia não.

O QUÊ??? Você nunca frequentou algum grupo organizado da Sociedade
Teosófica? Experimente dizer para eles que tem pelo menos "uma pequena
dúvida" sobre as doutrinas de Saint Germain ou Morya El pra ver se
eles não te excluem do grupo! Aliás, a Doutrina Secreta, coletânea de
livros que formam o dogma básico da Teosofia foi criado metade baseado
na tradição esotérica de "autoridades" em assuntos místicos e a outra
metade por ocasião das canalizações medinúnicas de Blavatski. Quase
todo mundo sabe que na Teosofia tudo tem que ser aceito na base da
"autoridade" espiritual dos "mestres ascensos e iluminados".

>> A forma como o povo islamico é controlado religiosamente,
>> nada tem ver com religião, mas como um sistema de controle
(...)
>> Todos os "bons" religiosos sabem que orar não é pedir a
>> intervenção de Deus.
(...)
>> Esses não são misticos. Um mistico real não te diz aquilo.

Caso clássico de uma falácia "Nenhum Escocês de Verdade".

[ Peterson ] :
>> >> Nunca ouvi dizer nada sobre membros perdidos ou
>> >> amputados voltando a crescer em uma sessão de
>> >> oração. Nem nos templos de reencarnação do
>> >> espiritismo, nem na seita católica ou evangélica.
>> >> Nem em nenhuma outra.

[ Sérgio Taborda ] :
>> Este comentário é completamente irrelevante.
>> Eu tb nunca vi a ciência fazer crescer um braço
>> de novo. Transplanta-los, o.k., mas fazê-los
>> crescer , não.

O comentário seria irrelevante se não houvesse uma conexão entre
as premissas e a conclusão que objetivou ser alcançada. Nesse caso,
tratou-se de um fator de apoio à conclusão da ineficácia da religião
como meio de atingir finalidades determinadas, em que se excluam o
efeito placebo e os efeitos diversos atingidos por meios indenpentes
de seus rituais.

>> Este pensmaneto implica numa coisa básica que é
>> "morrer é mau" .Coisa que só um ateu acredita.

Ah... só um ateu acredita que morrer é mau? Da forma como você
colocou, ficam perfeitamente explicadas aquelas seitas religiosas que
matam "em nome de deus" ou ainda aquelas que quase todo fim de ano
aparecem na mídia com casos de suicídio coletivo...

>> Se como cientistas acreditamos que cada efeito tem uma
>> causa, a nossa estadia aqui tem uma causa.saber qual é
>> essa causa seria interessante.O misticismo, e a religião
>> podem te ajudar nisso. A ciencia não pode.

Falácia da Analogia Estendida. A causa vinculada ao contexto
científico implica os eventos que estabeleçam um nexo de causalidade
perceptível. Você estendeu as analogias quando confundiu CAUSA com
MOTIVO ou INTENÇÃO.

>> Os ateus têm esta mania de pensar que resposta importante
>> como essa vem servida em bandeja de prata como o nº de
>> bases do DNA ou o valor da massa do Sol...

Argumento "Ad Hominem". Além disso, você estendeu a interpretação
da palavra "ateu" para que esta comportasse, implicitamente, a
aceitação dos preceitos científicos; o que sem sempre ocorre.

>> Tu podes ser ateu , mas tens uma religião, o
>> Genismo.

Só se a palavra religião mudou de significado. Do grego "religare"
e do latim "religione", significa literalmente "culto prestado à
divindade" (dicionário Aurélio). Uma exploração mais profunda mostra
que o significado originário em grego provém do dogma de que "o homem
e deus se separaram", e a religião é a forma de culto pela qual ambos
podem ser reatados (religados) (Enciclopédia Brittânica Barsa).
Pelo que percebi do Genismo, isso nada tem a ver com a implicação
de uma divindade, nem mesmo dentro da interpretação ampliada das duas
palavras em questão.

>> Correcção: Para algumas religiões...
(...)
>> Não. Em algumas religões , digamos , clássicas,
(...)
>> Quando se diz que a pessoa vai para o inferno,
>> quer-se dizer , que quando ela morrer, terá tempo
>> de pensar pelo que passou, e vai ver as asneiras que
>> fez ,e vai se dar conta que não as pode remediar.
>> Ai cairá na infelicidade, desespero etc.

Acho que ninguém aqui está duvidando da boa intenção do amigo em
querer pregar sua religião, ou salvar nossas almas do inferno tal como
disse que acredita ser, ou ainda de seu bom sentimento relativo à sua
crença.
Mas no fim, me parece que você está simplesmente fazendo a seleção
desta ou daquela religião para eleger uma espécie "religião
fundamental gnoseológica" ou um arquétipo do que seria "A religião".
Mesmo se não for assim, está fazendo discriminações de religiões onde
não conseguiu, em momento algum, mostrar que seus argumentos são
diferentes do que todas as outras religiões, da maneira que surgem: um
"modelo diferente" de crença em deus, ou algo assim.
Isso está bastante evidente em suas mensagens. Seus argumentos não
conseguem sair do puramente improvável, mas busca chamar a atenção
para alguma forma de religião que não seja "tradicional", o que mostra
o desejo de ou de conceito ecumênico teosófico (há um "princípio
universal" nas religiões) OU ainda de algo novo, que se apoie em
evidências retiradas de uma "seleção de amostras" (falácia bastante
conhecida). Tanto em um caso como em outro, meu ceticismo acende a luz
vermelha, pois tacitamente esse contexto implica em um "Ad Novitatem"
para amoldar-se às refutações que vão lhe sendo imputadas.
Só posso dizer que respeito sua crença, assim como as crenças
daqueles que pregam as seitas da "nova era", os petencostais, os
espíritas, os islâmicos e outros. Mas não acho que aqui é exatamente o
lugar ideal para suas pregações.
Os argumentos estão fraquíssimos, e até agora não apontaram
nenhuma evidência suficiente para ser sequer enquadrada em uma
pesquisa científica. Não são preceitos falseáveis, verificáveis ou
mensuráveis. Não estou dizendo que não existem outras formas de se
chegar a um objetivo determinado, só que para os objetivos que aspiram
a uma efetividade no campo da realidade que conhecemos, a aceitação ou
não de uma religião não interfere no produto final dessa busca. Pelo
menos não enquanto não exista um princípio determinado pelo qual se
possa basear racionalmente.
Embora eu seja um estudante do ateísmo teórico, considero-me um
ateísta prático, ou seja, eu considero a POSSIBILIDADE de existir algo
semelhante a ele/ela/isso (o chamado deus). Não digo que exista, mas
deixo ao benefício da dúvida. Só que não me preocupo com isso, ou pelo
menos na exteriorização disso, especialmente em uma lista de discussão
sobre ciência.
Sugiro que deixemos a discussão sobre religião para outro tipo de
lista, OU então que possamos sugerir evidências sólidas de algum
caminho ou método de investigação para o tema, pois da maneira como
está não é possível haver progresso.
Em verdade, eu prefiro não utilizar o termo religião, pois isso
pressupõe uma institucionalização de um fato que ainda desconhecemos.
É esse tipo de humildade que deveria ser a base de qualquer
empreendimento nesse sentido. Utilizar termos "a priori"como "paraíso"
ou "inferno" ou ainda querer dizer como é ou deixa de ser a
personalidade e os modos de manifestação de um ente que sequer podemos
mensurar é no mínimo a arrogância de supor-se com a posse de algo pelo
menos muito discutível, e motivo das mais diversas e antagônicas
interpretações entre nossa espécie. Esse dado não deve ser ignorado.
Não sei se estou conseguindo me fazer compreender (não sou bom em
didática), mas digo que não é (e não deve) ser aceitável quaisquer
informações provenientes de fundamentalismos ou ainda o uso de
terminologias que já são emprestadas ao sobrenatural puramente
imaginário.
É possível uma pesquisa sobre o tema, dentro desses limites? Não
sei. Mas penso que a demonstração da sobrevivência da consciência após
a morte já seria um bom começo, até para o mais cético de nós. Porém
devemos lembrar que as coisas podem ter explicações alternativas, e
que só devemos aceitar a possibilidade de algo aparentemente estranho
ao senso-comum teórico dos cientistas aquilo que realmente sobreviver
às mais rígidas buscas dentro de nossa realidade conhecida. A
bifurcação das possibilidades deve ser uma das coisas mais evitadas,
tanto em um extremo quanto em outro.
Fugir dessa importante e fundamental assepsia é um desnecessário
sacrifício de nossa capacidade racional.

Conto com seu bom-senso ao interpretar da melhor maneira possível
o contexto de minha opinião.

Um sincero e fraterno abraço.

Peterson.



SUBJECT: Protetor de tela para o Windows ajuda no combate ao cancer
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 00:02

Folha On-Line - Informática

03/04/2001 - 18h54

Protetor de tela para o Windows ajuda no combate ao câncer

da Folha Online*

Um projeto anunciado hoje em Londres pode permitir aos milhões de usuários de PCs ajudar os cientistas a encontrarem a cura para o câncer _um protetor de tela que, enquanto o micro não é utilizado, ajuda a processar informações e a enviá-las de volta para os cientistas.

O projeto é semelhante ao "Seti at home", desenvolvido pelas autoridades dos EUA que procuram vida fora da Terra. Nesse programa, o usuário baixa um soft que faz cálculos e ajuda na descoberta de seres inteligentes em outros planetas.

A Universidade de Oxford, na Inglaterra, e as companhias norte-americanas Intel e United Devices, que participam do projeto, esperam que a iniciativa acelere a descoberta de novas drogas contra o câncer.

Estudos citados pela universidade estimam que os usuários consomem, em média, apenas 20% do poder de processamento de seus PCs. O projeto espera usar um pouco dos outros 80% para mapear 250 milhões de moléculas.

"O tamanho do projeto e a energia necessária para empreendê-lo o tornariam inviável se esse método de peer-to-peer (conexão entre computadores). Mesmo com um supercomputador, um cientista não poderia ver um projeto desse terminado enquanto ele estivesse vivo", diz comunicado de Oxford.

Os pesquisadores esperam que um milhão de pessoas participem do programa pelo menos uma vez, o que resultaria no mapeamento das 250 milhões de moléculas.

Quem participar do projeto receberá um pacote inicial de 100 moléculas pela internet. Junto, vem um aplicativo chamado Think e modelos das proteínas que, sabe-se, causam o câncer.

Keith Davies, que desenvolveu o Think em Oxford, estima que o novo método pode adiantar em dois anos as pesquisas sobre a cura do câncer. "Quem tem um PC tem a chance de ajudar sem gastar nada", disse.

Para participar do projeto, basta visitar o site da United Devices (www.ud.com) e fazer o download do programa.


*com Reuters


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 00:28

Se o ateísmo é religião, e religião é o religarse com a divindade (sinto,
mas não vejo diferença entre divindades e deuses), com quais divindades
estará se religando o ateu?
>
> - És o primeiro ateu que vejo que sabe assumir que o ateismo é uma
religião
> Meus parabens sinceros. Ao menos não vives iludido.

De que forma a religão pode explicar o porque da conservação de energia?
Por que deus quer assim?

Francisco

>
> A religião, o misticismo, a ciência , fazem parte de u conjunto de
> ferramentas que te podem revelar o mundo , todo, e não apenas uma parte.
> A ciência é óptima para explica pq um telemóvel funciona, mas péssima para
> explicar o porquê ele funciona assim.
> Por exemplo, o básico: Principio da conservação da energia. Porquê ??
porque
> raios ela se conserva ? o que tem de especial ? ...
> A ciência não responde a isto.
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio M. M. Taborda
>
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 00:32

Ora, existência eterna o amigo genista já oferece, a ciência postula.
Existir não é o mesmo que viver, vamos todos existir eternamente, talvés não
nessa forma que temos, talvés espalhados em bilhões de partes, talvés como
calor apenas, mas existiremos para sempre.

Francisco

----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, April 03, 2001 12:25 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas


>
> > Vida Eterna, será que realmente a queremos???
>
> Existência eterna é o que queremos.
> Vida eterna , não sei... depende em que circunstâncias e na companhia de
> quem. :-)
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio M. M. Taborda
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Critica da razao enlouquecida
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/04/2001 00:51

Há deuses para todos os gostos.

Há os que adoram idéias abstratas, como "Humanidade",
outros idolatram forças da natureza.
Outros cultuam antepassados
e alguns reverenciam bichos.

Mas existe até quem divinize uma... uma... molécula, um polímero de carbono.
Pessoal, cadê o bom senso?

[]s
Manuel Bulcão
PS: Acho o gene uma molécula muito interessante, mas daí a transformá-lo em
objeto de adoração religiosa...


SUBJECT: Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/04/2001 08:06

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
>
> Jocax-> Sim mas eh dentro do que eu disse : das religioes deistas
> tradicionais q eu estava julgando, as que tem como verdade
> um deus bom e todo poderoso etc.... Com relacao a estas eu disse
> que sao contrarias aa razao.
>
> - Não necessáriamente.

Sim necessariamente. Eu nao estou me baseando naquilo que um crente
me diz mas sim no que todos os representantes oficiais destas
doutrinas dizem e se eles nao tem autoridade para representar
suas seitas quem mais as teria?.

>
>> jocax -> veja bem, eu TAMBEM fundei uma doutrina filosofica que
pode
> ser seguida como uma religiao ( O Genismo ), por isso eu nao disse
> que todas as religioes sao contra a razao se eu fizesse isso eu
>> estaria contra minha propria religiao ateista !
>
>
> - És o primeiro ateu que vejo que sabe assumir que o ateismo é uma
religião
> Meus parabens sinceros. Ao menos não vives iludido.

Note bem, eu nao estou dizendo que o ateismo eh uma religiao !!
Estou dizendo que o Genismo pode ser, e sendo o Genismo uma
doutrina que extirpa deus entao teremos uma religiao SEM Deus.
Seria a primeira do mundo ?


>
> Jocax-As religioes que sao contraditorias com a realidade sao
aquelas
> que pregam um deus bom e poderoso etc..
>
> Concordo em geral. mas no especifico das razões que te elvam a dizer
isto eu
> discordo.
>
>
>> jocax-> Sim, o Genismo eh uma que comecou correta e vai continuar
> correta ( espero ). Mas o q eu estou dizendo eh q religioes baseadas
>> em deus sao provavelmente falsas.
>
> Não tens como provar isso.Nem o contrário.

Tenho como provar sim.
Hipotese:
Deus Bom ==> Deus quer bondade = ausencia de sofrimento
Deus poderoso ==> Deus pode tudo
Logica ==> Deus que pode tudo e nao quer sofrimento pode
impedir o sofrimento.
Fato ==> Crianca morrendo de fome = sofendo ateh a morte

Conclusao ==> As hipoteses nao podem ser verdadeiras pois
contradiz o fato
(Baseado em Hume )



>
> Não vi grandes contradições de lógica lá, apenas argumentos
classicos do
> ateu do tipo "se Deus é todo poderoso , pq deixa morrer as
criancinhas"
> Este pensmaneto implica numa coisa básica que é "morrer é mau" .
> Coisa que só um ateu acredita.Todo o resto, tem duvidas.

Nao estou dizendo que morrer eh um mau (embora acredito que possa
ser considerado assim sob um determinado ponto de vista).
Disse que o *sofrimento* eh mau .


>
> > Jocax-
> > Nao importa se as pessoas conhecem ou nao ciencia ou saibam seus
> > fundamentos. Apenas o fato de a ciencia explicar muita coisa
> > que antes *apenas* a religiao explicava ja eh motivo para
> > pensar duas vezes antes de se tornar um religioso.
> > Quero dizer que como *fonte de explicacao* a religiao ja nao esta
> > mais satisfazendo e esta eh mais uma razao de nao se precisar da
> > crenca em deus ( nao a unica ).
> >
> > Vês ? A religião nunca foi uma fonte de explicação, isto que dizes
> >nem sequer é coerente.
>
> Jocax -> Nao concordo. Acredito que todas as religioes *sempre*
> foram fontes de explicacoes.
>
> - "Mãe , donde vêm os bebés?"
> - "Veêm da Barriga das maes"
>
> Isto não é uma explicação.
> Do mesmo modo
> - "Quem criou o mundo ?"
> - "Deus"
>
> Tb não. Não explcia nada sobre o mundo... da mesma forma que a
>resposta da
> mae não explica nada sobre concepção.
>

Estas enganado. Dependendo do nivel de detalhamento estas sao
explicacoes sim. Os bebes vem da barriga das maes pode ser
satisfatorio para uma crianca.
Existem niveis niveis de explicacoes cabe ao perguntador saber
qual lhe eh satisfatoria.

>
> Jocax-
> Alem de fontes de explicacoes elas
> (sao) eram tambem fonte de uma etica ou moral.
>
> - Elas SÓ são fontes de ética e moral.

Isto nao eh verdade :
As religioes sao fonte de etica para voce mas nao eh para um ateu.
E elas sao fonte de explicacoes para a maioria da populacao crente
mesmo que vc nao queira admitir isso.


> Por isso é que Religião, msiticismo e ciencia não são incompativeis.

Sao sim na medida que interagem com o mundo fisico atraves de suas
divindades.

>
>
> jocax-> Eh verdade q existem aproveitadores em todas as areas,
> mas o q estou a dizer eh q , em geral, a propria religiao, em si
> mesma, costuma ser anti-racional.
> Claro que falo em termos gerais, principalmente das religioes
> deistas, pois nao conheco todas as religioes.
>
> -então és ateu apenas para as que conheces... ?

Ateu eh o q nao acredita em deus simplesmente isso.

>
> >
> > Jocax-Alias cabe a pergunta : o que a religiao pode fazer?
> >
> > -Algo simples. Ajudar-te a entender o porquê estás aqui.
> > Não o como, mas o porquê. Dá-te um horizonte e prepectivas para
> encarares o
> > local onde vives ...chamemos-lhe universo.
>
> jocax -> Nao vejo como nem onde nem porque a religiao pode fazer
> entender isso. Entao me diga o porque estou aqui segundo este ponto
> de vista religioso?
>
> -A resposta é estupidamente simples.
> "Porque precisas estar"
> Pode parecer ridiculo, mas não tanto assim.

"Precisar" assume uma finalidade entao vc diz que precisamos estar
aqui mas falta dizer para que finalidade devemos estar aqui.

Eu abomino isso, nao vejo nenhuma razao para que precisemos estar
aqui. "Precisar star aqui" eh tao arbitrario e ilogico quanto
dizer que precisamos estar aqui porque o elefante cor de rosa quer.


> Se como cientistas acreditamos que cada efeito tem uma causa, a
>nossa estadia aqui tem uma causa.

Nao tenho certeza de que todo acontecimento tenha uma causa.
Qual a causa de um decaimento de uma particula?


> saber qual e´essa causa seria interessante.
> O misticismo, e a religião podem te ajudar nisso.

Nao pode ajudar nao. Ela pode nos enganar apenas,eu prefiro
continuar na duvida a ser enganado com uma falsa certeza.
O que o faz pensar q as religioes sao corretas?
Apenas por satisfazer a necessidade de respostas?


> jocax -> Aqui vc se engana. Uma lagarta se metamorfosea em
> uma borboleta sem que nao haja nenhuma mutacao. Ja estava programado
> nos genes esta transformacao.
>
> Estás saindo do guião.
> Estamso falando de mudanças de crença, não de metamorfose de
borboleta (que
> é algo fisico )

Vc nao entendeu : Estou falando que, apartir de uma certa idade
seus genes *podem* fazer com que sua logica e capacidade de
discernimento seja suficientemente alta que consiga faze-lo
se libertar destas doces mentiras que sao os misticismos e
religioes assim como uma lagarta que deixa de rastejar e passa
a voar !

>
> Tu podes ser ateu , mas tens uma religião, o Genismo.
> E és tão crente nisso, que é super fácil te "enganar" com coisas do
>tipo "a propriedade X é devida a propensão genética"... qq dia ,
>dirás que Deus está nos genes... :-)))
> Entendes ? Tens um ponto fraco, que é a tua crença absoluta no poder
>dos genes.
> Tudo, para ti, advém dos genes.

Eu obviamente nunca disse que tudo advem dos genes.
E nunca disse que os genes tem algum tipo de "poder".
O q estou dizendo eh que nos somos criados por eles e se
quisermos ser coerentes e mais felizes deveremos assumir nossa
condicao de maquina-perpetuadora-de-genes. Essa crenca faria
minimizar as contradicoes memeticas-geneticas permitindo
um grau maior de prazer *em vida*.


> Então a tua crença é insuficiente para explicar o mundo onde vives,
>mesmo que seja óptima explicando uma parte dele.Ai precisarás de
>outras coisas,
> outras crenças, outras ideias e outros conceitos.

Nada que a ciencia nao possa faze-lo e aonde ela nao puder
nao vai ser uma crenca irracional que ira faze-lo.
Para ti, me parece, que tudo o que importa eh que seus
desejos de satisfacao aas perguntas sejam satisfeitas
INDEPENDENTEMENTE destas explicacoes serem reais ou fantasias.
Muitos, como eu, pensam de modo diferente e preferimos ficar
sem a resposta do que nos iludirmos com a mentira.


[]s
jocax



SUBJECT: tecnocracia e cientificismo
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/04/2001 08:36

Olá,

Manuel - Os memes do cientificismo (social-darwinismo, por exemplo)
demonstram serem vírus tão ou mais perigosos que os memes do fundamentalismo
islâmico ou cristão.

Jocax - Analisa-lo-emos entao... Quais sao os principios deste
cientificismo/"social-darwinismo" que mencionastes ?

Manuel - Analisemos apenas um, o princípio de que a tecnologia é um bem em si
e que, portanto, a sociedade deve ser governada por técnicos cujas decisões
não devem ser questionadas. Olha, não tenho nada contra quem faz da ciência a
sua religião "privada". O problema é que a tecnocracia quer fazer da sua
religião -- o cientificismo -- uma religião de Estado, ou seja, a tecnocracia
tem a mesma pretensão de todo e qualquer clero fundamentalista.

Obviamente que, no sonho da tecnocracia (ou de uma fração dela), não está
incluído a autodeterminação do povo, a democracia. Veja o que você mesmo
escreveu no final da mensagem
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/8737:

<<Se partirmos da premissa, que eu defendo, que a maximizacao da felicidade
do grupo ( humanidade ) eh o que se deseja, entao poderemos pensar em outras
formas de governo, e a democracia nao seria, necessariamente, a melhor
forma. Talvez um mundo governado por computadores-administradores seja melhor
que a eleicao de um humano( com todos seus incorrigiveis defeitos)>>

Jocax - nao pense q estou querendo substituir as religioes tradicionais por
esta nova q estas a expor.

Manuel - Sei que você é uma pessoa bem intencionada, tanto quanto Lenin.
Aliás, Lenin com certeza não intencionava o inferno burocrático em que
culminou a revolução por ele liderada. Infelizmente, Jocax, o inferno está
cheio de boas intenções.

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: Critica da razao enlouquecida
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/04/2001 08:47

--- In ciencialist@y..., manuelbulcao@a... wrote:
> Há deuses para todos os gostos.
>
> Há os que adoram idéias abstratas, como "Humanidade",
> outros idolatram forças da natureza.
> Outros cultuam antepassados
> e alguns reverenciam bichos.
>
> Mas existe até quem divinize uma... uma... molécula, um polímero de
carbono.
> Pessoal, cadê o bom senso?
>

Manoel vc nao entendeu a essencia do Genismo.

O Genismo nao propoe que vc adore os genes do mesmo modo
que vc adora a um deus, como um ser poderoso e fonte de toda
a sabedoria.

O Genismo propoe que vc adore seus genes como vc adora a si mesmo !

Vc nao se ama?

O Genismo propoe que vc ame seus genes, mas seus genes nao estao
apenas em seu corpo ele esta em diferentes proporcoes nas
diferentes pessoas : Seus genes estao em maior quantidade
em seus filhos, entao vc deve ama-los mais do que ama ao seu vizinho.

Mas seu vizinho tambem possui seus genes entao vc deve ama-lo
tambem. Nao tanto quanto vc ama seu filho, ou a voce mesmo, mas num
grau menor, que eh funcao do compartilhamento genetico que ele
tem com vc.

O amor fraternal vem deste compartilhamento genetico da especie.

Alem do mais, como vc deve saber, todos os seres vivos tem
como premissa biologica basica de sua vida perpetuar seus genes.
Qualquer compendio de biologia moderna faz esta constatacao.

Entao, a coisa *mais natural do mundo* eh colocar em sua cultura
esta premissa biologica basica do ser vivo. E eh isto que quer
o Genismo : Que ASSUMAMOS NOSSA CONDICAO DE PERPETUADORES GENETICOS.

O que faz da doutrina Genismo se tornar uma religiao eh o seu
terceiro mandamento que quer que vc ACREDITE que sua unica forma
de imortalidade eh atraves de seus genes. Desta forma vc podera
ter um nivel de imortalidade que rivaliza com a imortalidade
da alma ( religiosa ), com a vantagem de que isto NAO eh uma
ilusao pois, apos sua morte, a maioria de seus genes vao sobreviver.

E se vc acreditar que isso sera sua imortalidade vc tera um
prazer imortal que um ateu-nao-genista nao teria e isso
significa q vc podera ser mais feliz dentro desta perspectiva.


[]s
jocax

PS:
O Genismo como religiao:

1- "Os Genes te criaram e a eles vc deve servir"
2-"A felicidade é trilhar o caminho da perpetuação genética"
3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte
é através de seus genes, principalmente em seus descendentes"
4-"Seus genes sao seu bem mais precioso"
5- "Vc deve respeitar os genes dos outros para que
os outros respeitem os seus."






SUBJECT: Re: tecnocracia e cientificismo
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/04/2001 09:04

--- In ciencialist@y..., manuelbulcao@a... wrote:
> Olá,
>
> Manuel - Os memes do cientificismo (social-darwinismo, por exemplo)

> demonstram serem vírus tão ou mais perigosos que os memes do
fundamentalismo
> islâmico ou cristão.
>
> Jocax - Analisa-lo-emos entao... Quais sao os principios deste
> cientificismo/"social-darwinismo" que mencionastes ?
>
> Manuel - Analisemos apenas um, o princípio de que a tecnologia é um
>bem em si

A tecnologia nao eh um bem em si pois a mesma tecnologia pode ser
usada para causar a dor tanto como para promover a felicidade.
Todos sabemos que a politica de seu uso que vai determinar
isso. De qualquer modo mesmo sendo este um principio FALSO ele
ainda eh melhor do que aqualas religioes que promovema
"morte aos infiéis", nao achas?


> e que, portanto, a sociedade deve ser governada por técnicos cujas
>decisões
> não devem ser questionadas.

O problema eh que estes tecnicos, como todos sabemos, sao humanos
e nem sempre levam a etica da maximizacao da felicidade acima da
etica da propria felicidade. Este eh o grande problema politico
da humanidade, sejam eles tecnicos ou religiosos ou nao.


>Olha, não tenho nada contra quem faz da
>ciência a
> sua religião "privada". O problema é que a tecnocracia quer fazer da
> sua
> religião -- o cientificismo -- uma religião de Estado, ou seja, a
>tecnocracia
> tem a mesma pretensão de todo e qualquer clero fundamentalista.

A pretensao da tecnocracia nao eh determinada univocamente como
vc parece querer implicar. Existem pretensoes e pretensoes assim
como existem religioes e religioes...
Quero dizer que eh muito vago falar que existem pretensoes sem
discrimina-las.

>
> Obviamente que, no sonho da tecnocracia (ou de uma fração dela), não
>está
> incluído a autodeterminação do povo, a democracia. Veja o que você
mesmo
> escreveu no final da mensagem
> http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/8737:
>
> <<Se partirmos da premissa, que eu defendo, que a maximizacao da
felicidade
> do grupo ( humanidade ) eh o que se deseja, entao poderemos pensar
em outras
> formas de governo, e a democracia nao seria, necessariamente, a
melhor
> forma. Talvez um mundo governado por computadores-administradores
seja melhor
> que a eleicao de um humano( com todos seus incorrigiveis defeitos)>>

Sim , concordo plenamente como q escrevi.
Eh o modo mais seguro de combatermos a injustica e a corrupcao:
Deixando a governabilidade a ser administradas por seres de silicio.

Note que a PROGRAMACAO destes seres ou no minimo suas premissas
basicas, devem ser dadas pela comunidade ( humanidade ) e assim
a democracia seria mais real pois nao existiriam as castas
dos governantes e a dos governados.
Nao achas q seria mais justo?


[]s
jocax



SUBJECT: RES: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 09:21

> > Alexandre Medeiros escreveu:
> > Religião ou ciência, meus caros, não determinam a moral!!!
>
> Tarcisio Borges da Silva Jr. escreveu:
> A religião determina a moral sim. Mas isto não significa que
> os religiosos
> sejam pessoas morais.
>
> Já a ciência não se preocupa com a moral e sim com a ética. O que não
> significa que os cientistas seja éticos.
>
Fui mal interpretado. Eu disse que religião ou ciência não DETERMINAM
(stricto sensu) a moral, porém influenciam sim!

Tarciso, distinga Moral e Ética. Estudei Direito (não jogue pedras, não sou
advogado!) e li alguns livros sobre o tema que confundem mais que elucidam
(Miguel Reale, Kelsen, Aristóteles, Iering). Honestamente, os conceitos se
misturam. Para alguns Ética é ramo da Moral e para outros Moral é ramo da
Ética que por sua vez é ramo da Filosofia.

Abraços,

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 09:46

> Isso não quer dizer que ciência não o possa fazer um dia. Devemos lembrar
> que a ciência, ao contrário da religião, é um cabedal de conhecimentos que
> se completa e se corrige a cada dia.

A Religião tb pode usar do mesmo processo. Apenas o método é diferente.
Repara, por exemplo, a matemática. ela usa um processo desses de
"regeneração" , mas de uma forma muito diferente. Para já , a
experimentação, não faz parte integrante.Aparece como um instrumento e não
como um fundamento. Para a Física, por exemplo , um processo sem
experimentação é inutil.
Portanto, a cada coisa , adpatasse um processo especifico, que leva ao
elovuir da coisa.
A Filosofia, tb evolui, e não se baseia em nada de concreto, ou
mensurável... contudo, a ciência é baseada na Filosofia....

Sérgio


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 09:50

>Como cientistas sabemos isso.
> Existem modelos, mais ou menos adquados....
> Não existem coisas falsas ou verdadeiras.

Jocax->Existem sim. A existencia de um "Deus padrao" eh falso.
E a minha existencia eh verdadeira, ou negas isso?.

-Eu não a comprovei. Tanto quanto sei, alguem poderia ter ter duas contas de
mail, usar dois nomes diferentes e se fazer passar por duas pessoas
diferentes...
A tua existencia é verdadeira em hipotese, em potencial, ou por "default"
... mas eu não a comprovei.
O mesmo para a de Deus.

> > A religiã oserve para dar esperança, mesmo que falsa, mas manter a
> >pessoa viva
>
> Sim, serve para dar *falsas* esperancas mas o custo beneficio disso
> nao creio q seja compensador. Com relacao a manter a pessoa
> viva, bom, como vc explicaria que os ateus, como eu,
> estao bem vivinhos ? :-)
>
> Tu não és ateu. Tu és des-crente no deus-Bom-e-Omnipotente.
> Mas tens religião. Nota-se muito bem até.

Jocax->Ateu eh aquele que NAO cre en Deus ou vc esta a mudar o
significado das palavras para adequa-las aa sua crenca?
Minha religiao eh o Genismo e ela abole deus em seus mandamentos.

Então, aceitas que tens uam religião. E assumes que essa é verdadeira ,
ja´que dizes que as outras são falsas.
Este é o 2ª sindroma de um religioso, assumir que sua religião é verdadeira
, e as outras falsas.
Mas como tu já te assumiste como um religioso (=aquele que tem religião) ,
paro por aqui.
Era só aqui que eu queria chegar.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Formacao Academica & Misticismo
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO:
CC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/04/2001 09:54

On Tue, 3 Apr 2001 rmt@ib.usp.br wrote:
> --- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> > A evolução não foi ainda provada cientificamente. É uam hipotese se
> > trabalho.
> > Muitos acham que "uma muito boa hipotese" , outros estão tentando encontr=
> ar
> > novas hipoteses.
> > A ideia de "evolução" é obiva a qq mente deste seculo, mas a forma como s=
> e
> > processa já não. E é por ai que a coisa anda a 'evoluir' :-).

> vamos tentar entender esse 'provada cientificamente'.
> se for uma prova absoluta, realmente nao. do mesmo modo como nada o foi e i=
> sso nao eh um empecilho maior.
> se for uma prova acima de qq duvida razoavel -- q. eh o q. mais se aproxima=
> do termo 'cientificamente provado' -- aih certamente a teoria evolutiva est=
> a' muito bem servida.
> Roberto Takata

A questão é que muitos criacionistas confundem evolução [que é um fato
científico] com a teoria da seleção natural [que é o modo como a
evolução acontece]. Entendido a diferença, acaba-se com a controvérsia
[mas não no caso dos criacionistas que fazem questão de confundir].

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu nao vou pq a fe´ costuma falhar...
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO:
CC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/04/2001 10:15

On Tue, 3 Apr 2001, Sérgio Taborda wrote:
> Foi escrito que a religião não servia para nada pq não fazia calças ou
> sapatos, eu disse que a ciencia não servia para nada , pq não te trazia "paz
> de espirito" , e pior, trazia bombas e destruição.

A ciência me deu paz de espírito me livrando da culpa do pecado. Trocando
em miúdos, a religião cristã traz a idéia de pecado e a necessidade de
constantemente se pedir perdão disso, senão o inferno será sua pousada
eterna. Isto é um crime conhecido legalmente como tortura.

A ciência me fez raciocinar sobre a validade da religião cristã [e outras
religiões também] e depois de muito raciocinar me fez concluir que não
valia uma fralda suja. Tive que jogar tudo em que eu acreditava fora, mas
o benefício é que estou livre e me sinto muito mais feliz do que estava
anteriormente sendo um crentino.

Diziam que eu era escravo do pecado, mas agora eu vejo que era escravo da
igreja. Eu dava o meu tempo e dinheiro para fazer mais escravos de
JC. Esta é a produção a que se dedica a religião [neste caso cristã, mas
as outras funcionam de modo semelhante].

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Energia escura?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 10:29

Imagem da supernova mais antiga, com 10 bilhões de anos, indica que
expansão do Universo está se acelerando

Estrela distante ressuscita "antigravidade"
SALVADOR NOGUEIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA ,4 de abril de 2001

Cair para cima parece um absurdo inconcebível para qualquer terráqueo -a
não ser que se trate de especialistas em cosmologia. Pois uma estrela
fotografada por acaso pelo telescópio espacial Hubble pode ajudá-los a
colocar uma força parecida com a idéia de antigravidade na lista dos
conceitos consagrados da física.

Numa rotineira observação do espaço profundo, o Hubble capturou a luz de
uma supernova de 10 bilhões de anos (apenas 4 bilhões de anos mais nova
que o Universo). Supernovas são estrelas que entram em colapso após
consumir seu combustível, explodindo de modo muito brilhante.

Após juntar o quebra-cabeça de informações das imagens acidentais, de
1997, cientistas liderados por Adam Riess, do Space Telescope Science
Institute (Baltimore, EUA), concluíram que a estrela estava se afastando
da Terra a uma velocidade inferior à esperada. O Universo estava se
expandindo mais lentamente na época em que a luz da estrela havia sido
emitida, 10 bilhões de anos atrás.

Imagens de objetos ainda mais antigos mostravam uma taxa de aceleração
maior. Objetos mais recentes mostravam também uma taxa de aceleração
maior. Ou seja, o Universo, em dado momento, tirou o pé do acelerador,
para depois voltar a acelerar.

"Essa supernova nos mostra que o Universo está se comportando como um
motorista que reduz a velocidade ao se aproximar de um sinal vermelho e
pisa no acelerador quando o semáforo fica verde", comparou Riess, em uma
entrevista coletiva realizada anteontem no quartel-general da Nasa
(agência espacial norte-americana), em Washington.

A desaceleração do Universo já havia sido prevista no início do século
20 pelo astrônomo Edwin Hubble, o responsável pela constatação de que o
Universo está em expansão (leia texto acima).

A idéia é que, alguns bilhões de anos após o Big Bang (explosão inicial
que teria dado origem ao Universo), a força gravitacional gerada por
toda a massa do cosmos começaria a atrair os corpos uns na direção dos
outros, reduzindo o ritmo de crescimento.

A surpresa agora foi constatar que, depois de um tempo freando, o
Universo voltou a acelerar -por intervenção de uma força desconhecida,
que os cientistas estão chamando de "energia escura". Ela agiria como o
oposto da gravidade, causando repulsão entre as diversas massas.

As primeiras pistas sobre a energia escura surgiram em 1998, quando
cientistas obtiveram evidências de que a expansão do Universo estava se
acelerando. Os resultados apresentados agora são mais sólidos, pois
flagraram um objeto que existiu na época da desaceleração do Universo,
testemunhando que a ação da gravidade como freio da expansão do cosmos
já foi maior do que agora.

O único porém é que ainda será preciso certificar-se da exatidão dos
resultados. As dúvidas existem em razão da distância da supernova -cerca
de 10 bilhões de anos-luz. Os cientistas não acreditavam que o
telescópio Hubble pudesse obter tantos dados de um objeto tão distante,
ainda mais em uma observação feita por acaso.

"Quanto mais distante está um objeto, menos seguros são os resultados
das observações. Para esse tipo de pesquisa, nós estávamos procurando
estrelas a cerca de 7 bilhões de anos-luz", disse à Folha John Torny, um
dos astrônomos envolvidos no estudo.

========================
SAIBA MAIS

Einstein foi o primeiro a propor idéia
FREE-LANCE PARA A FOLHA ,4 de abril de 2001

O primeiro cientista a propor a existência de uma força contrária à
gravidade foi Albert Einstein, em sua teoria da relatividade geral, de
1916. Ela denunciava a ação da gravidade sobre a evolução do cosmos, que
faria com que ele terminasse em uma grande implosão.

Por acreditar que o Universo era estacionário (não estava nem
aumentando, nem diminuindo), Einstein introduziu em seu modelo uma
quantidade, a chamada "constante cosmológica", para representar uma
força que contrabalançasse os efeitos gravitacionais e mantivesse o
cosmos parado.

Em 1927, Edwin Hubble comprovou que o Universo estava de fato em
expansão. Isso levou Einstein a repensar seu artifício cosmológico, que
ele acabou classificando como o maior erro de sua carreira.

Mal podia imaginar que um outro Hubble, dessa vez o telescópio espacial,
iria redimir seu conceito original, mostrando que a gravidade é
suplantada por uma força ainda mais misteriosa, provavelmente emanada do
próprio vácuo, que age repelindo os corpos. A constante cosmológica
agora é chamada "energia escura". (SN)







SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 10:32

> Isso me parece contraditório.
> Uma vez que a moral, como norma de conduta social determina sim o que é
bom
> ou mal, do ponto de vista de uma dada sociedade, e que voce afirma que a
> religião dá uma moral (o que é o mesmo que dizer que ela cria uma moral),
> então a religião determina sim o que é bom e o que é mal, não apenas
> investiga o por que do bom e do mal.

A sua função principal é "investigar" o que é o Bem e o Mal.
Depois, como conclusão dessa investigação, ela concluirá o que é Bom e Mal.
Assim, cada Grupo religioso concluirá um modelo para o Bem/Mal e
intrepretará o mundo com ele.
Repara, a ciencia diz que a exposição ao raios UV (ultra-violeta) provoca
cancro, por exemplo.
Ela não diz que isso é bom ou mau. Ele poderá no máximo dizer que isso
provoca alterações de algum tipo , que perturbem a linha de evolução que o
ser estava a seguir... qq coisa deste tipo. Mas a ciencia não diz se é bom
ou mau. Isso cabe a cada um decidir.
Na 2ª Guerra , matavam-se pessoas com gás, depois fizeram-se armas
biologicas. Virus e bactérias artificiais criados especialmente para matar.
A ciencia deu a ferramenta e o conhecimento para isto. A ciencia em si não é
boa nem má. Isto é o principio de Imparcialidade de que ela se reveste.
MAS ninguem quer apanhar cancro, ninguem quer ser submetido a armas
biologicas. Porquê ? Porque isso é mau. E quem disse que era mau ? A
sociedade.
E Porque ela disse isso ? Porque tem determinado padrão moral do que é bom e
mau.
E quem lho deu ? Ela mesma, como é obvio.
E quem estuda essas padrões ? A Religião.

O que acotnece é que o termo "religião" se banalizou tanto , que hoje em dia
é sinónimo de "seita de malucos desesperados" ou "coitadinhos que não matem
nem moscas".
Ora, isto não é Religião, tal como Eng Alternativa (assunto de outro thread)
não é Ciencia.


> A ciência (ou filosofia) da moral é a ética e esta sim procura entender
por
> que algo é bom e por que algo não o é. Talvés a filosofia da religião
também
> faça isso, não sei.

Sim. A "ciencia" da moral é a ética. Mas antes de teres ciencia, antes de
teres hipoteses , tens de ter conceitos e conhecimento natural. (aquele que
advém do facto de existires e observares) É com este conhecimento que
elaboras teorias e depois as verificas.
A diferença entre Ética e Religião, é que a primeira pretende encontrar um
modelo do "Bem/Mal" comum a todos os seres ,através de estudos/pareceres
ciencitificos. As religiões vulgares e comuns, dão um modelo "pre-feito" do
Bem/Mal. Mas isto é uma distorção daquilo que é a Religião.
A propria ética é um modelo de "Bem/mal" , e é em si parte da Religião.Por
isso eu disse que a Religião cria Ética.

> Mas a religião não é uma doutrina especulativa do bem ou do mal, ela
> determina o que é bom e o que é mal, até mesmo promete recompensas e
> castigos para determinados comportamentos. De uma forma ou de outra todas
as
> religiões agem assim.

Essa das recompensas e castigos, é algo introduzido á posteriori durante o
período conhecido como Idade da Trevas, ou Idade Média... em que tudo foi
muito, mas muito, confundido , pela mistura repentina de vários povos ,
desde os Celtas ao Árabes, passando por Gregos, Romanos, etc..
E depois , tb advém da incultura das pessoas face aos assuntos e ao abuso de
linguagem dos "elucidados"
Por exemplo, os cientistas comentem o abuso de linguagem "isto é assim" ,
quando o que eles querem dizer "suponho que isto seja assim, dentro deste
modelo" , mas quem está de fora, entende "isto é assim. É mesmo assim, não
tem outro jeito"
Estes equívocos, integrados em mais de 4000 anos de existência dos humanos
"actuais" , dão muita asneira...
E depois, as pessoas , em vez de tentarem ser imparciais, como o método
cientifico aconselha, não. Deixam-se ir nas conversas e nas ideias
ridículas...
Quando um católico diz "Jesus é Deus" , ele acredita mesmo que é . E jurará
isso, em tribunal, se for preciso. Aquilo para ele é a pura verdade , apenas
a verdade , e nada mais que a verdade.
Mas, o que a Religião católica, apenas pode afirmar é "assumimos que Jesus é
Deus, porque A , B , C ...etc..." , sem nenhuma prova, ou razão palpável.
A diferença entre estas duas coisas é a fé , com minúscula. Aquela que o
Jacax definiu como "aquilo em que se crê , sem razão "
E por isto, a MQ é usada muitas vezes como exemplo. Porque ela (ou melhor,
quem a usa indevidamente) , tem uma fé deste tipo , como já vimos antes.
Essa pessoas dizem "O electrão tem comportamento de onda" quando a MQ só
afirma "assumimos ,neste modelo, que uma população de electrões pode ser
descrita como uma função de onda, para efeitos de calculo da energia dos
estados do sistema"
Função de onda , e Onda, são duas coisas diferentes.
Função de onda é uma combinação linear de funções sin e cos. Uma onda , é um
simples sin
É portanto um caso partícula de Função de Onda.
Por isso é que tentar imaginar o electrão em analogia com ondas de água, não
dá. Por isso , imaginar a luz , como ondas de aether, não dá...
Espero que me esteja a explicar...

Sérgio




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO:
CC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/04/2001 10:38

> Note bem, eu nao estou dizendo que o ateismo eh uma religiao !!
> Estou dizendo que o Genismo pode ser, e sendo o Genismo uma
> doutrina que extirpa deus entao teremos uma religiao SEM Deus.
> Seria a primeira do mundo ?
> jocax

Na verdade não. No budismo ortodoxo também não existe deus ou entidade
divina. Aliás, Buda tem frases maravilhosas do tipo: "não acredite no que
está escrito, esperimente". Mas assim como outras religiões, o budismo já
no primeiro concílio [+- 170 anos após a morte de Gautama] foi deturpado e
moldado segundo interesse dos sacerdotes.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
CC: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 10:49

On Wed, 4 Apr 2001, Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de wrote:
> Tarciso, distinga Moral e Ética.

Moral: conjunto de regras que influenciam sua vida pessoal [ex.: não
comer carne vermelha nas sextas-feiras]

Ética: conjunto de regras que influenciam o convívio social [ex.: não
matar]

A religião trata de regras morais e transforma regras éticas em morais
[ex.: não adulterarás, pois deus estará te olhando].

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 11:12

Jocax-> Eu nao estou me baseando naquilo que um crente
me diz mas sim no que todos os representantes oficiais destas
doutrinas dizem e se eles nao tem autoridade para representar
suas seitas quem mais as teria?.

-Autoriadades para representar seitas LOL....
E tu acreditas nisso ? Diz-me sinseramente, achas que alguém pdoe
representar a vonmtade de uma população inteira de pessoas ? achas que
alguem tem autoridade para se sobrepor a outro alguém ? Ainda para mais num
assunto como este ... ora , façam-me um favor....
Vais-me dizer que falaste com o papa... ou com bispos... e tu achas que eles
detém a verdade?
Porque não falas com uma pessoa da "plebe religiosa" ? Achares que existe
,sequer, a chance , de alguem ter autoridade nestas matérias é simplesmente
não-cientifico.
Se em ciencia ninguem tem autoriade, como é que em religião a teria ?
Isso, sim, não faz sentido.

Jocax-
Estou dizendo que o Genismo pode ser, e sendo o Genismo uma
doutrina que extirpa deus entao teremos uma religiao SEM Deus.
Seria a primeira do mundo ?

-Não.


> Não tens como provar isso.Nem o contrário.

Jocax- Tenho como provar sim.
Hipotese:
Deus Bom ==> Deus quer bondade = ausencia de sofrimento
Deus poderoso ==> Deus pode tudo
Logica ==> Deus que pode tudo e nao quer sofrimento pode
impedir o sofrimento.

Sérgio
Aqui está um erro. Inseriste uma hipotese extra que não estava no incio.
Inseriste "Ele não quer"
Quem te disse que ele não quer ?
Lá pq é bondoso , implica que nunca deixe ninguem sofrer ?

Dou um exemplo simples.
A professora , pega no pão que o carlos trouxe para o lanche e divide-o ao
meio, dando uma parte ao carlos e outra ao afonso. Para o afonso ,a
professora foi bondosa pq usou o seu poder de profesora para lhe dar
alimento. Para o carlos a professora não foi bondosa, pois usou o seu poder
para lhe retirar alimento.
A bondade é relativa.... E não pdoes usar lógica aristotélica com coisas
relativas...

Fato ==> Crianca morrendo de fome = sofendo ateh a morte

Conclusao ==> As hipoteses nao podem ser verdadeiras pois
contradiz o fato
(Baseado em Hume )

Sérgio
-As hipoteses estão mal feitas. E a lógica, mal engendrada.


> Tb não. Não explcia nada sobre o mundo... da mesma forma que a
>resposta da
> mae não explica nada sobre concepção.
>

Jocax-Estas enganado. Dependendo do nivel de detalhamento estas sao
explicacoes sim. Os bebes vem da barriga das maes pode ser
satisfatorio para uma crianca.
Existem niveis niveis de explicacoes cabe ao perguntador saber
qual lhe eh satisfatoria.

-Para um crente "básico", a resposta "Deus" , tb pode ser suficiente.
Para um crente "avançado" , não.


> Jocax-
> Alem de fontes de explicacoes elas
> (sao) eram tambem fonte de uma etica ou moral.
>
> - Elas SÓ são fontes de ética e moral.

Isto nao eh verdade :
As religioes sao fonte de etica para voce mas nao eh para um ateu.
E elas sao fonte de explicacoes para a maioria da populacao crente
mesmo que vc nao queira admitir isso.

-Isso é falso e facilmente demosntravél.
Chegas ao pé de um crente e dizes "Explica-me pq o meu isqueiro não está a
funcionar, usando a tua religião"
Ele seguramente dirá " A minha religião, não responde a isso"
Portanto, as religiões, não são fonte de explicação.
E mesmo que sejam. Não o são de todas as perguntas, donde, não o são.


> jocax -> Nao vejo como nem onde nem porque a religiao pode fazer
> entender isso. Entao me diga o porque estou aqui segundo este ponto
> de vista religioso?
>
> -A resposta é estupidamente simples.
> "Porque precisas estar"
> Pode parecer ridiculo, mas não tanto assim.

Jocax-"Precisar" assume uma finalidade entao vc diz que precisamos estar
aqui mas falta dizer para que finalidade devemos estar aqui.

Segundo aquilo que escresve-te , estás aqui para prepétuar os genes que
"transportas".
Ai tens a [tua] finalidade.

Jocax-Eu abomino isso, nao vejo nenhuma razao para que precisemos estar
aqui. "Precisar star aqui" eh tao arbitrario e ilogico quanto
dizer que precisamos estar aqui porque o elefante cor de rosa quer.

-Ou... Porque os genes o comandam...


Jocax-Nao tenho certeza de que todo acontecimento tenha uma causa.
Qual a causa de um decaimento de uma particula?

Se não me engano, a força electrofraca. (Força Electrica em cojunção com a
Força Fraca)



> jocax -> Aqui vc se engana. Uma lagarta se metamorfosea em


Jocax-Muitos, como eu, pensam de modo diferente e preferimos ficar
sem a resposta do que nos iludirmos com a mentira.

-Quando eu não quero a resposta, não faço a pergunta.


Cumprimentos
:-)
Sérgio


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Critica da razao enlouquecida
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 11:17


Jocax-Mas seu vizinho tambem possui seus genes entao vc deve ama-lo
tambem.

Explica-me lá, como é que o meu vizinho tem os MEUS genes.
.... estranho... muito estranho...
Ainda se tivesse havido alguma transfusão , ou transplante ou contacto
sexual.. ainda vá lá... mas u mvizinho qq , escolhido ao acaso, tem meus
genes ?

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida sobre condutores e campo eletrico.
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO:
CC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/04/2001 11:30

On Sat, 31 Mar 2001, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Na realidade eu não fiz um "esquema da experiência" mas sim tracei um
> "esboço" experimental a mostrar didaticamente como uma previsão de minha
> teoria poderia ser analisado por um físico experimental.

Era exatamente isso que eu queria.

> Com
> respeito a esse último item diria, citando Popper, que "o experimentador não
> está principalmente empenhado em fazer observações exatas; seu trabalho é,
> também, em grande parte, de natureza teórica. A teoria domina o trabalho
> experimental, desde o seu planejamento inicial até os toques finais, no
> laboratório".

Então vamos ver o que a teoria diz sobre seu experimento. Uma casca
metálica eletricamente carregada [positivamente] possui campo elétrico
interno nulo, mas um potencial elétrico não nulo e constante. Vc seguere a
introdução de um feixe de elétrons dentro da casca. A teoria diz que a
introdução de qualquer carga elétrica dentro da casca [em moviment ou não]
faz com que o campo interno não seja nulo. Portanto a situação ideal já
não existe mais.

É exatamente o que o titio Leo já respondeu.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Moral e Etica
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 11:43

> De: Tarcisio Borges da Silva Jr. [mailto:tbs97@fisica.ufpr.br]
>
> Moral: conjunto de regras que influenciam sua vida pessoal [ex.: não
> comer carne vermelha nas sextas-feiras]
>
> Ética: conjunto de regras que influenciam o convívio social [ex.: não
> matar]
>
> A religião trata de regras morais e transforma regras éticas em morais
> [ex.: não adulterarás, pois deus estará te olhando].

Durante um tempo defendi conceitos semelhantes, mas os abandonei em razão da
facilidade com que podem ser confundidos, mais apropriadamente em razão da
imprecisão dos termos. Ainda estou trabalhando neles. Mas, em linhas gerais
proponho o seguinte (não são conceitos):

Ética: deve ter validade universal, independente do lugar e do tempo; deve
ser
aplicável a qualquer ecossistema (?!?!);

Moral: validade relativa, subjetiva, variável no tempo e no espaço;
aplicável
somente à espécie humana (?!?!) num determinado contexto de tempo e espaço;

No Direito há uma máxima que exprime: "Nem tudo que é legal é moral"; pois,
minha intuição leva a crer que "nem tudo que é moral é ético".

Deu pra ter uma idéia? PS: Arrumei ou não pra cabeça? (risos)

Repito: Ainda estou trabalhando nisso!

Abraços,

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] É possível uma pesquisa científica sobre a existência de deus?
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 11:45

> [ Sérgio Taborda ]:
> >> Para teu prejuizo , existem filosofias religiosas onde
> >> a Mulher é mais importante que o homem.
>
> Para meu prejuízo???

Para prejuizo do teu argumento.


>De onde vem essa conclusão precipitada de
> minha maneira de pensar acerca das relações sociais baseadas na
> diferenciação sexual???

Yooohhh..calma.... não estava falando de nada disto.
Talvez me tenah expressado mal. Peço desculpa.
Eu so queria dizer "para contrariar o teu argumento"


> [ Jocax ] :
(...)
> >> >> uso do argumento da autoridade é predominante "è assim
> >> >> por que o profeta falou, i tá acabado!".
>
> [ Sérgio Taborda ]:
> >> Não. Em algumas religões , digamos , clássicas, como o
> >> cristianismo o judaismo e o islamismo isso funciona assim.
> >> Mas por exemplo na teosofia não.
>
> O QUÊ??? Você nunca frequentou algum grupo organizado da Sociedade
> Teosófica? Experimente dizer para eles que tem pelo menos "uma pequena
> dúvida" sobre as doutrinas de Saint Germain ou Morya El pra ver se
> eles não te excluem do grupo!

Pois, mas isso não é problema da Teosofia mas sim da Sociedade Teosofica, ou
melhor, do grupo a que pertences. Ou seja, são as pessoas que não te
admitem, e não a [doutrina] Teosofica
Na teosofia o eixo pricipal é aprender , entender, a sabedoria. Ora , para
isto, é necessário que se duvide e pergunte. Claro que com bons modos... mas
tirando isso de lado, é essencial para teosofia que as pessoas façam
perguntas. Para os cristianismo, judaismo, etc... é essencial que elas
queiram respostas, e quando não aceitam a resposta que ha para dar, essas
pessoas são "convidadas a sair"...normalmente saem antes, por seu próprio
pé.


Aliás, a Doutrina Secreta, coletânea de
> livros que formam o dogma básico da Teosofia foi criado metade baseado
> na tradição esotérica de "autoridades" em assuntos místicos e a outra
> metade por ocasião das canalizações medinúnicas de Blavatski. Quase
> todo mundo sabe que na Teosofia tudo tem que ser aceito na base da
> "autoridade" espiritual dos "mestres ascensos e iluminados".

Exactamente por isso, eu nunca ingressei num grupo teosófico, pq detectei
que aquilo era apenas outra religião.
Religião diferente, com conceitos diferentes como o de Logos , e não
tendo/precisando do conceito de Deus.. mas uma religião mesmo assim. Os
menbros se baseavam nso livros e não em si mesmos, como é suposto essa mesma
doutrina ensinar.

> >> A forma como o povo islamico é controlado religiosamente,
> >> nada tem ver com religião, mas como um sistema de controle
> (...)
> >> Todos os "bons" religiosos sabem que orar não é pedir a
> >> intervenção de Deus.
> (...)
> >> Esses não são misticos. Um mistico real não te diz aquilo.
>
> Caso clássico de uma falácia "Nenhum Escocês de Verdade".
>
> [ Peterson ] :
> O comentário [sobre transplantes e coisas que tais] seria irrelevante
> se não houvesse uma conexão entre
> as premissas e a conclusão que objetivou ser alcançada. Nesse caso,
> tratou-se de um fator de apoio à conclusão da ineficácia da religião
> como meio de atingir finalidades determinadas, em que se excluam o
> efeito placebo e os efeitos diversos atingidos por meios indenpentes
> de seus rituais.

Mas quem quer a Religião para isso, não sabe o que é religião.
Acho que concordarás.

> >> Este pensmaneto implica numa coisa básica que é
> >> "morrer é mau" .Coisa que só um ateu acredita.
>
> Ah... só um ateu acredita que morrer é mau? Da forma como você
> colocou, ficam perfeitamente explicadas aquelas seitas religiosas que
> matam "em nome de deus" ou ainda aquelas que quase todo fim de ano
> aparecem na mídia com casos de suicídio coletivo...

Cortaste o resto onde dizia "Todo o resto, tem dúvidas"
Muitas vezes é considerado um bem (sobretudo em sacrificios, colectivos ou
não)


>(...)Tanto em um caso como em outro, meu ceticismo acende a luz
> vermelha, pois tacitamente esse contexto implica em um "Ad Novitatem"
> para amoldar-se às refutações que vão lhe sendo imputadas.

Aquilo que escreves está correcto. Mas a minah intenção é pura e
simplesmente dizer "Vocês podem estar enganados" . Para fazer isto, uso
diversas coisas, e até o "Ad Novitatem"
Minha intenção não que que adiram a uma religião, ou À Religião, mas apenas
que estejam preparados para estarem engandos. Já que , cientificamene, é
disso que se trata.
Quando se fala em Religião em ciencia, a primeira reacção é "São
incompativeis".
A história prova que não. Diversas pessoas foram religiosos e cientistas
simultaneamente.
E depois para contradizer este facto, tenta-se puxar para a conversa de
Deus, que não pdoe se provado e essas coisas... Mais uma vez é treta, pq
nunca nenhum religioso tentou provar Deus. Isso é um pensamento puramente
cientifico, mas que encalha no primeiro passo do método cientifico :
Recolher Informação.
E é isso que eu pretendo chamar a atenção, para o facto de as pessoas
estarem a ser tomar posições abolutas como "Deus não existe" , baseadas em
informações parciais colhidas aqui e ali.
Cientificamente, a colcusão deveria ser "Segundo o que sei, pela informação
que disponho, e pelo raciocinio que faço , Deus não existe" . Isto seria
cientifico, por ser imparcial e independente. Não seria experimentalmente
usável, mas poder-se ia descutir a lógica do problema, como Einstein e Bohr
fizeram para a MQ, criando experiencias conceptuais as quais nunca passaram
de ideias e esquemas.
Portanto, a falácia aqui, é de cientistas que se esquecem de usar o método
cientifico quando trantam este assunto. Como já foi dito, e eu concordo,
provavelemnte porque estte assunto lida com paixões e ódios , que levam as
pessoas a tomar posiçoes Absolutas.
Para mim, estas pessoas , com posições absolutas, que se dizem não-crentes,
estão ao mesmo nivel que os crentes, mas no outro lado "do espelho"


> Em verdade, eu prefiro não utilizar o termo religião, pois isso
> pressupõe uma institucionalização de um fato que ainda desconhecemos.

Pois ,eu tb não. Mas ja´sei o que acontece se eu tentar usar outro termo.


> Um sincero e fraterno abraço.

Outro.
Tens razão,em cause tudo, o que dizes.
Espero que entendas agora a minha posição face ao tema.
Relembro que foi est tipo de questão "Porque alguns cientistas se dedicam À
religião e/ou ao misticismo"
Que originou a conversa. O resto, são as divergências do costume, cada vez
que se fala destas coisas.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 11:46



> Se o ateísmo é religião, e religião é o religarse com a divindade (sinto,
> mas não vejo diferença entre divindades e deuses), com quais divindades
> estará se religando o ateu?


Se A => B for verdadeiro , e B=>C for verdadeiro, então é verdadeiro que A
=> C
No teu raciocínio tem uma implicação falsa que é "se religião é religar-se
com a divindade"
Donde sai uma conclusão falsa "o ateu está religado com uma divindade"

Se aquela premissa fosse verdadeira, o budismo não seria uma religião.

> De que forma a religião pode explicar o porque da conservação de energia?

Eu não disse que a religião explicava a conservação da energia, eu disse que
a Ciência não a explicava.
É bem diferente! :-)

Sérgio




SUBJECT: Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/04/2001 12:20

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> >Como cientistas sabemos isso.
> > Existem modelos, mais ou menos adquados....
> > Não existem coisas falsas ou verdadeiras.
>
> Jocax->Existem sim. A existencia de um "Deus padrao" eh falso.
> E a minha existencia eh verdadeira, ou negas isso?.
>
> -Eu não a comprovei. Tanto quanto sei, alguem poderia ter ter duas
contas de
> mail, usar dois nomes diferentes e se fazer passar por duas pessoas
> diferentes...
> A tua existencia é verdadeira em hipotese, em potencial, ou por
"default"
> ... mas eu não a comprovei.

Ok, entao o que me dizes da TUA existencia ? :-)


> O mesmo para a de Deus.

Para Deus eu ja te demonstrei naquela
deducao de Hume ==>

>
> > > A religiã oserve para dar esperança, mesmo que falsa, mas manter
a
> > >pessoa viva
> >
> > Sim, serve para dar *falsas* esperancas mas o custo beneficio
disso
> > nao creio q seja compensador. Com relacao a manter a pessoa
> > viva, bom, como vc explicaria que os ateus, como eu,
> > estao bem vivinhos ? :-)
> >
> > Tu não és ateu. Tu és des-crente no deus-Bom-e-Omnipotente.
> > Mas tens religião. Nota-se muito bem até.
>
> Jocax->Ateu eh aquele que NAO cre en Deus ou vc esta a mudar o
> significado das palavras para adequa-las aa sua crenca?
> Minha religiao eh o Genismo e ela abole deus em seus mandamentos.
>
> Então, aceitas que tens uam religião. E assumes que essa é
>verdadeira ,
> ja´que dizes que as outras são falsas.


O Genismo nao eh soh uma religiao mas tambem uma teoria cientifica
e, portanto, sujeita a refutacao, vc deve ler o FAQ do Genismo
para entender isso:
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/140

Na medida que ninguem provou sua falsidade posso consedera-la
como verdadeira e segui-la. Na medida que a ciencia avanca eu
posso modificar o Genismo e passa-la para a versao 2.0 isto
quer dizer que o Genismo avanca junto com a Ciencia !!!!
Que religiao vc conhece que pode avancar junto com a ciencia??

Sim, as outras religioes sao falsas na medida que propoe
um Deus que nao pode existir, como ja demonstrado.


> Este é o 2ª sindroma de um religioso, assumir que sua religião é
>verdadeira , e as outras falsas.
> Mas como tu já te assumiste como um religioso (=aquele que tem
religião) ,
> paro por aqui.
> Era só aqui que eu queria chegar.
>

Soh que o termo religioso, aqui no Brasil, tem uma conotacao
pejorativa que denota crenca em deus por exemplo e portanto,
segundo esta conotacao eu nao sou religioso.


[]s
jocax





SUBJECT: Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/04/2001 12:34

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:

> MAS ninguem quer apanhar cancro, ninguem quer ser submetido a armas
> biologicas. Porquê ? Porque isso é mau. E quem disse que era mau ? A
> sociedade.
> E Porque ela disse isso ? Porque tem determinado padrão moral do que
>é bom e mau.
> E quem lho deu ? Ela mesma, como é obvio.
> E quem estuda essas padrões ? A Religião.
>

Estudava, diga-se de passagem...

Depois do jocax as religioes nao foram mais as mesmas,
o messias do 3. milenio retirou o conceito de bem e mal das
religioes e passou-o ao dominio da ciencia com a sua genial
Meta-Etica-cientifica :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/183

Alem disso provou que sua revolucionaria doutrina, o Genismo,
eh a solucao para a salvacao da humanidade :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/95


[]s
jocax





SUBJECT: Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/04/2001 13:03

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> Jocax-> Eu nao estou me baseando naquilo que um crente
> me diz mas sim no que todos os representantes oficiais destas
> doutrinas dizem e se eles nao tem autoridade para representar
> suas seitas quem mais as teria?.
>
> -Autoriadades para representar seitas LOL....
> E tu acreditas nisso ? Diz-me sinseramente, achas que alguém pdoe
> representar a vonmtade de uma população inteira de pessoas ? achas
que
> alguem tem autoridade para se sobrepor a outro alguém ? Ainda para
mais num
> assunto como este ... ora , façam-me um favor....

Ta bom, vais me dizer agora que VOCE tem a autoridade para
dizer o que eh Deus e o que nao eh ? Pq eu deveria tomar tuas
palavras para julgar uma religiao e nao de seus representantes
maximos?

Alem do mais se falas no que a populacao acredita devo lhes dizer
que a opiniao delas (na media , claro) nao eh diferente dos
representantes delas pois eh por meio deles que estas pessoas
sao doutrinadas.( Missas, batismos etc.. )

>
> Jocax- Tenho como provar sim.
> Hipotese:
> Deus Bom ==> Deus quer bondade = ausencia de sofrimento
> Deus poderoso ==> Deus pode tudo
> Logica ==> Deus que pode tudo e nao quer sofrimento pode
> impedir o sofrimento.
>
> Sérgio
> Aqui está um erro. Inseriste uma hipotese extra que não estava no
incio.
> Inseriste "Ele não quer"
> Quem te disse que ele não quer ?
> Lá pq é bondoso , implica que nunca deixe ninguem sofrer ?

Exatamente , ser bondoso implica que nao querer sofrimento.
Agora, nao deixar sofrer eh uma questao de ter poder para tanto.
E para uma divindade com poderes absolutos isso nao eh dificil.

>
> Dou um exemplo simples.
> A professora , pega no pão que o carlos trouxe para o lanche e
divide-o ao
> meio, dando uma parte ao carlos e outra ao afonso. Para o afonso ,a
> professora foi bondosa pq usou o seu poder de profesora para lhe dar
> alimento. Para o carlos a professora não foi bondosa, pois usou o
seu poder
> para lhe retirar alimento.
> A bondade é relativa.... E não pdoes usar lógica aristotélica com
coisas
> relativas...

Embora eu pudesse entrar com o criterio de justica isso nao eh
necessario, pois se a professora tivesse os poderes q se
atribui a Deus ela poderia dar um pao aa cada um ou melhor:
Leva-los os 2 ao paraiso , ou melhor ainda : Levar toda a humanidade
para la, ou melhor ainda : Nunca te-la deixado sofrer aqui na terra.



>
> Fato ==> Crianca morrendo de fome = sofrendo ateh a morte
>
> Conclusao ==> As hipoteses nao podem ser verdadeiras pois
> contradiz o fato
> (Baseado em Hume )
>
> Sérgio
> -As hipoteses estão mal feitas. E a lógica, mal engendrada.

Nao estao nao.
Soh se o seu criterio de bondade nao eh humano , neste caso
se bondade = sadismo eu concordo q a prova nao eh valida.
Mas no sentido humano da palavra,
ser bondoso implica *necessariamente* em nao querer sofrimento
e por isso sua conjectura q as hipoteses sao falsas nao eh
verdadeira.


>
>
> > Jocax-
> > Alem de fontes de explicacoes elas
> > (sao) eram tambem fonte de uma etica ou moral.
> >
> > - Elas SÓ são fontes de ética e moral.
>
> Isto nao eh verdade :
> As religioes sao fonte de etica para voce mas nao eh para um ateu.
> E elas sao fonte de explicacoes para a maioria da populacao crente
> mesmo que vc nao queira admitir isso.
>
> -Isso é falso e facilmente demosntravél.
> Chegas ao pé de um crente e dizes "Explica-me pq o meu isqueiro não
está a
> funcionar, usando a tua religião"
> Ele seguramente dirá " A minha religião, não responde a isso"

Nao eh verdade ele podera dizer : Pq Deus quis assim !
Da mesma forma quando alguem morre eles dizem : Deus quis
levar a sua alma !
Alem do mais eu nao disse q a religiao eh fonte de TODAS as
explicacoes dos crente mas , em geral, das explicacoes mais
filosoficas ou dificeis.


> Portanto, as religiões, não são fonte de explicação.
> E mesmo que sejam. Não o são de todas as perguntas, donde, não o
>são.

Eu nao disse q eram fontes de explicacao de TODAS as perguntas
eu disse q eram fontes de explicacao simplesmente e, se vc for
perguntando para um crente as razoes de suas explicacoes
sucessivamente ele acabara por recorrer a Deus , isto eh a *origem*
de *todas* as explicacoes para eles esta em sua religiao.

>
>
> > jocax -> Nao vejo como nem onde nem porque a religiao pode fazer
> > entender isso. Entao me diga o porque estou aqui segundo este
ponto
> > de vista religioso?
> >
> > -A resposta é estupidamente simples.
> > "Porque precisas estar"
> > Pode parecer ridiculo, mas não tanto assim.
>
> Jocax-"Precisar" assume uma finalidade entao vc diz que precisamos
>estar
> aqui mas falta dizer para que finalidade devemos estar aqui.
>
> Segundo aquilo que escresve-te , estás aqui para prepétuar os genes
>que "transportas".
> Ai tens a [tua] finalidade.

Se esta resposta depende de quem responde entao vc esta a endossar
que, do ponto de vista religioso, todas as atrocidades humanas :

Os algozes ( nazistas/inquisidores/etcc) precisaram estar aqui
para cumprir seu papel : matar pessoas e faze-las sofrer !
Tua resposta nao se sustenta....

>
> Jocax-Nao tenho certeza de que todo acontecimento tenha uma causa.
> Qual a causa de um decaimento de uma particula?
>
> Se não me engano, a força electrofraca. (Força Electrica em cojunção
>com a Força Fraca)


Nao creio, pois estas forcas sempre existiram mas eh de um momento
para o outro q a particula sofre decaimento.
Pq vc nao diz que foi Deus q quis ?
Seria coerente com seu pensamento.


>
>
>
> > jocax -> Aqui vc se engana. Uma lagarta se metamorfosea em
>
>
> Jocax-Muitos, como eu, pensam de modo diferente e preferimos ficar
> sem a resposta do que nos iludirmos com a mentira.
>
> -Quando eu não quero a resposta, não faço a pergunta.
>
>

Mas eu quero a resposta e nao a obterei sem fazer a pergunta
nem que seja pra mim mesmo.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: Critica da razao enlouquecida
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/04/2001 13:09

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
>
> Jocax-Mas seu vizinho tambem possui seus genes entao vc deve ama-lo
> tambem.
>
> Explica-me lá, como é que o meu vizinho tem os MEUS genes.
> .... estranho... muito estranho...
> Ainda se tivesse havido alguma transfusão , ou transplante ou
contacto
> sexual.. ainda vá lá... mas u mvizinho qq , escolhido ao acaso, tem
meus
> genes ?


Claro q tem, ateh mesmo uma samambaia pode ter alguns de seus
genes.

A razao eh que todos os seres vivos descendem de um unico
microorganismo que originou a vida.
O livro do Dawkins ( O Gene egoista )fala um pouco sobre isso.

O Roberto talvez possa te indicar alguma literatura
mais basica...

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 13:58

> --- In ciencialist@y..., manuelbulcao@aol.com wrote:

> Discordo. Os rituais religiosos curam não apenas
> devido ao efeito placebo. Curam "também" porque muitas das ervas
utilizadas em tais rituais têm, de fato, um princípio ativo curativo.
> Aliás, os grandes laboratórios produtores de fármacos sempre estiveram de
olho no que fazem os nossos índios com a fauna e a flora amazônicas.

Manuel:

É certo o que você diz, mas permita-me recordar que você mencionou um tema
que eu não gostaria de deixar passar. O da eficacia simbólica. A
antropologia estrutural tem um interessante capítulo sobre o efeito do
símbolo. Claude Lévi-Strauss escreveu ha muito tempo um lindo e meduloso
artigo exatamente com este título (A Eficacia Simbólica). Também escreveu "O
Feiticeiro e sua Magia", sobre o mesmo tema.

Creio que simplesmente chamar placebo ao efeito do símbolo, é pouco. A gente
bem poderia extender o significado do placebo, mas penso que ainda assim,
ficaria curto. Os estudos com os símbolos foram feitos com dosagens de
neurotransmissores e existem tantos trabalhos, que nem me lembro exatamente
onde buscar. Se alguem puder acudir, benvindo.

[]'s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas no fim do milenio
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 14:00


----- Original Message -----
From: <manuelbulcao@aol.com>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, April 03, 2001 7:07 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas no fim do milenio


> Em uma mensagem de 03/04/01 01:07:59 Hora padrão leste da Am. Sul,
> logos@pccp.com.ar escreveu:
>
> > Marco A. Andrade:- Creio que é bastante interessante observar como o
tema
> > religioso despertou entusiasmo. O que eu noto é uma certa incoerencia
no
> > discurso científico (não em todos os da lista). Cada coisa que se diz
ou
> > afirma tem dois aspectos: um conteúdo manifesto, semântico, literal,
por
> > assim dizer e um conteúdo relacional, afetivo.
> >
> > Embora no aspecto idiomático e aristotélico as pessoas se caracterizem
por
> > ser a favor ou contra as ideias religiosas, algumas das que se dizem
contra
> > o fazem deixando transparecer uma forte paixão religiosa. Creio que
> > religião, mais que uma doutrina explícita, é uma atitude.
>
> Manuel Bulcão - O que observo é que o ateísmo, em muitos casos, apenas
> camufla um grande ódio a Deus. Ora, o ódio, assim como o amor, é uma
paixão,
> de modo que muitos que se dizem ateus na verdade estão mesmo é (ou
continuam)
> perdidamente apaixonados por Deus. Isto é, embora "descrentes", não
conseguem
> viver sem Deus.
>
> O ódio ao Deus judaico-cristão por parte de alguns "amantes da Razão"
apenas
> reforça aquela minha tese de que entre o judaísmo-catolicismo e o
> cientificismo existe uma relação de continuidade -- ver minha mensagem
> http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9004 --, ou seja,
Calígula
> foi assassinado mas o Império dos Cézares permanece.
>
> A religião mitológica fez vítimas? E a religião cientificista, nas
diversas
> ocasiões em que Estados supostamente ateus ou laicos a professaram, também
> não o fez? A fé cientificista também teve os seus Torquemadas, como, por
> exemplo, o biólogo soviético Lyssenko.
>
> É, não é desmotivada a ojeriza que muitos cientificistas têm por Freud.
Essa
> ojeriza é apenas ressentimento. Afinal, Freud explica :-))
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fe' e ciencia de maos dadas no fim do milenio
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 14:10

In ciencialist@yahoogroups.com, manuelbulcao@aol.com wrote:

>Ora, o ódio, assim como o amor, é uma paixão,
> de modo que muitos que se dizem ateus na verdade estão >mesmo é (ou
continuam) perdidamente apaixonados por >Deus. Isto é, embora "descrentes",
não conseguem
> viver sem Deus.

Creio que sua observação é muito acetada. Veja, a palavra "paixão" vem do
latim "passio", palavra que tem "passivo" com termo da mesma familia. Paixão
é uma emoção que não se pode dominar. Quem a experimenta se sente passivo,
vítima dela. Muitas pessoas até dizem "Não está em mim" (onde estaria?).

Assistindo a essas discussões me vem à mente a metáfora da hemorragia. A
gente vê o sangue, embora a ferida esteja oculta. Prefiro a da ferida que a
do fogo (onde há fumaça há fogo), porque estas paixões são algo tristes. Não
posso deixar de ver uma grande saudade nelas. Saudades do papai Noel?
É claro que eu não generalizo. Muitos discutem muito bem.

[]s
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar






SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu nao vou pq a fe´ costuma falhar...
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 14:33


----- Original Message -----
From: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
Cc: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, April 04, 2001 2:15 PM
Subject: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu nao vou pq a fe´ costuma
falhar...


On Tue, 3 Apr 2001, Sérgio Taborda wrote:
> Foi escrito que a religião não servia para nada pq não fazia calças ou
> sapatos, eu disse que a ciencia não servia para nada , pq não te trazia
"paz
> de espirito" , e pior, trazia bombas e destruição.

A ciência me deu paz de espírito me livrando da culpa do pecado. Trocando
em miúdos, a religião cristã traz a idéia de pecado e a necessidade de
constantemente se pedir perdão disso, senão o inferno será sua pousada
eterna. Isto é um crime conhecido legalmente como tortura.

HA!! então não foi A Religião , mas UMA religião que te fez ser como és.
Espero que entendas a diferença. A religião cristão é apenas uma entre
muitas ,e não é todas , nem muito menos se pode pensar que é 'A' Religião
(como um modo).
Mas uma vez o tipico, o tomar a parte pelo todo e conlcuir pelo todo: Se
esta religião é um lixo, todas são.

>A ciência me fez raciocinar sobre a validade da religião cristã [e outras
>religiões também] e depois de muito raciocinar me fez concluir que não
>valia uma fralda suja.

Tlv pela validade do que as igrejas cristãs dizem.
Comprende que "religião cristã" é apenas e só a doutrina ensinada por aquele
a quem se chama o Cristo.
Da mesma forma que Budismo, é apenas a doutrina daquele a que se chama o
Buda
(curioso que Cristo significa Ungido, Escolhido, e Buda significa O
Iluminado ... nunca significou "o Deus" )
Tb o socialismo cientifico é apenas e só a doutrina defendida por Marx e por
ai fora.
Depois vêm os sucessores, os pupilos, os alunos, os apóstulos... e a
confusão começa.

Tenta ler o novo testamento, as passagens em que Jesus fala. Faz isto
nolmanete, sem pensar que ele é Deus ou ele é seja lá o que for. Pensa que
ele é apenas mais um homem e lê o que ele disse.
Aquilo de que ele falou, a ciencia não nega, nem tem meios para negar ou
deixar de negar.
Ele fala de regras ,moral, ética... a dele, claro, mas é disto que ele fala.
O resto é Foclore.

>Tive que jogar tudo em que eu acreditava fora, mas
>o benefício é que estou livre e me sinto muito mais feliz do que estava
>anteriormente sendo um crentino.

Se jogas-te pela janela, não acho que realmente acreditasses... como se diz
por aqui "ias comendo o que te punham no prato" , até que um dia te fartaste
de comer sempre o mesmo...

[]

Sérgio



SUBJECT: Re: Protetor de tela para o Windows ajuda no combate ao cancer
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/04/2001 15:40


A um tempo atras enviei uma mensagem indicando alguns desses
projetos. O problema eh que a maioria deles precisa de computadores
com no minimo 64MB, alguns ateh rodam com 32MB mas a velocidade de
processamento fica bastante lenta.. e eh desanimador ver voce
processando 1 unidade a cada semana enquanto outros colaboradores
conseguem 10 por dia. :)

http://www.nyx.net/~kpearson/distrib.html (mais especificamente
http://www.nyx.net/~kpearson/distrib-projects.html )

Uma duvida que fica no ar... serah que todos projetos sao bonzinhos?
Ou acabamos processando informacoes que sao vendidas?

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna




> 03/04/2001 - 18h54
>
> Protetor de tela para o Windows ajuda no combate ao câncer
>
> da Folha Online*
>




SUBJECT: É possível uma pesquisa científica sobre a existência de deus?
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 15:49

[ Sérgio Taborda] :
>> Para fazer isto, uso diversas coisas, e até o "Ad Novitatem"
>> Minha intenção não que que adiram a uma religião, ou À
>> Religião, mas apenas que estejam preparados para estarem
>> engandos.

Admiro sua humildade em reconhecer que utiliza de falácias como o
"Ad Novitatem" para coroar seus argumentos.

>> E é isso que eu pretendo chamar a atenção, para o facto de
>> as pessoas estarem a ser tomar posições abolutas como "Deus
>> não existe" , baseadas em informações parciais colhidas aqui
>> e ali.

Sou um ateísta prático. Eu não afirmo que "deus não existe". Digo
que "em face das evidências apresentadas, presumo que ele não existe".
Além disso, provar que deus não existe não é obrigação do cientista;
talvez do antiteísta (ateu teórico-dogmático). Meu ateísmo prático é
uma derivação lógica do meu ceticismo. Ou seja, todas as coisas são
presumidamente inexistentes até que se provem que existem (o "ônus
probandi" é sempre de quem alega ou quer provar algo).
A lenda do lobisomem é quase universal. Mas o encadeamento lógico
das coisas trazem mais conclusões de que não existe tal ser. Ainda
assim, minha postura de descrença sobre tal ser não é imutável.
Bastaria que trouxessem UM lobisomem para que eu passasse a aceitar
sua existência. Da mesma forma, minha descrença em deus não é
absoluta, embora seja presumida.

>> Para mim, estas pessoas , com posições absolutas, que se dizem
>> não-crentes, estão ao mesmo nivel que os crentes, mas no outro
>> lado "do espelho"

É quase isso. Simplesmente é impossível provar que "deus não
existe", assim também como é impossível demonstrar que não existe vida
em outros planetas que desconhecemos. O próprio Carl Sagan costuma
dizer em seus livros que "a ausência de evidências não é a evidência
da ausência".
Em Direito aprendemos que todo cidadão é inocente, até que se
prove o contrário. A prova de acusação é possível, embora nem sempre
aconteça. O nome disso chama-se "presunção da inocência". É isso que
deve ser aplicado às coisas que não foram provadas: presunção da
inexistência. O que não significa a negação absoluta que "nunca se
poderá provar o contrário". ** A presunção não é o mesmo que a certeza
absoluta. É um estado puramente lógico em que se encontram as coisas
que ainda não se demonstraram encaixar em um estado fora do padrão
razoável ou presumido **.
É nesse, e apenas nesse sentido de presunção que sou um descrente.
Pode-se dizer que isso é ser cético ou, mais especificamente,
agnóstico.

Só tenho uma observação a fazer, e espero que você acompanhe o
raciocínio que vou desenvolver. Tentarei ser o mais simples possível.
Você disse que os não-crentes "absolutistas" estão no mesmo nível
dos crentes dessa natureza, mas apenas no outro lado "do espelho". A
princípio o argumento do amigo pode parecer coerente, mas quando
analisamos sua decorrência prática no confronto com a realidade,
percebemos que implicar que as duas formas distintas de concepção
sobre deus estão "no mesmo nível" só pode ser verdadeiro dentro de uma
noção incompleta da inferência abrangida pela chamada presunção da
inexistência, que já comentei.
Vamos analisar isso de maneira a considerar as implicações
lógicas, tanto de uma postura quanto de outra.
Parece que chegamos a um consenso de que tanto afirmar que deus
existe de forma dogmática, sem provar ou discutir não é ideal, nem
religiosamente, muito menos cientificamente. Por outro lado, o amigo
disse que afirmar que "deus não existe", dogmaticamente e sem
discussões insere o discurso em um contexto tão maculado quando o
primeiro.
O que é preciso estar muito atendo nesses casos, é que embora
aparentemente as duas posições sejam radicais, a segunda tem o
respaldo da presunção da inexistência! Veja bem, isso não significa
que a última posição seja absolutamente verdadeira *por essa
presunção* (como já vimos, a presunção é apenas um estado "default", é
a regra, e não absoluto), mas justamente pela presunção ser a de
inexistência, pode-se tranquilamente concluir que é **menos** errado,
menos ilógico e mais plausível forçar todas as condições para a regra
geral do que para a exceção (como acontece com aqueles que afirmam,
sem o benefício da dúvida, que deus existe)!
A aplicação desse contexto em um critério racional nos mostra
assim que não é uma comparação exata aquela que envolve crentes
teístas e "crentes ateus", não sendo aplicável, portanto, dizer que
ambas estão apenas em "do outro lado do espelho". Nesse caso, o
ateísmo dogmático (embora eu já tenha dito que não é uma posição que
eu apoio) leva uma grande vantagem sobre o teísmo/crença dogmática.
Sendo assim, nem mesmo uma posição de agnosticismo "ideal" (uso
esse termo para especular sobre um agnosticismo puramente neutro) pode
deixar de ser influenciado pela regra da presunção da inexistência,
quando é confrontado com a realidade.
De qualquer forma, e embora ainda não tenha acontecido (e pela
presunção, dificilmente acontecerá), isso não exclui de forma absoluta
a possibilidade de que um dia venhamos a poder mudar nossa concepção,
caso boas evidências venham a surgir.

>> Tens razão,em cause tudo, o que dizes. Espero
>> que entendas agora a minha posição face ao tema.

Resalvando os comentários "ab-rogatórios" que fiz, espero também
que você tenha compreendido a mirada que inseri no tema.

Abraços!

Peterson.



SUBJECT: Re: Protetor de tela para o Windows ajuda no combate ao cancer
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 16:55


----- Original Message -----
From: <lrb@if.ufrgs.br>

*Uma duvida que fica no ar... serah que todos projetos sao bonzinhos?
Ou acabamos processando informacoes que sao vendidas?*

Ao meu ver eles terão mão-de-obra gratuita, sem terem despesas com máquinas
e etc., prô desenvolvimento de drogas que serão vendidas a preços elevados.
Quem não quer um mole desses?

E tudo em nome da filantropia...

[]s,
Sheila.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 18:47

Só me resta perguntar a você o significado da palavra "religião" e, também,
o que é religião.

Francisco

> No teu raciocínio tem uma implicação falsa que é "se religião é religar-se
> com a divindade"
> Donde sai uma conclusão falsa "o ateu está religado com uma divindade"
>




SUBJECT: Re: É possível uma pesquisa científica sobre a existência de deus?
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/04/2001 18:54

--- In ciencialist@y..., "Peterson Leal" <peterlsm@t...> wrote:

>.... Simplesmente é impossível provar que "deus não
> existe", assim também como é impossível demonstrar ...
> Peterson.


Peterson, eu nao concordo com isso.
O que vc achou de errado na minha demonstracao da inexistencia de
Deus baseada em Hume que postei a pouco?

Se vc dissesse que *nao* se pode provar que Lobisimens nao existem
ou que saci-perere nao existe eu *concordaria* com voce, mas em se
tratando de uma entidade com propriedades bem definidas a coisa
eh diferente.

[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] Moral e Etica
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 19:33

> Ética: deve ter validade universal, independente do lugar
e do tempo; deve
> ser
> aplicável a qualquer ecossistema (?!?!);
>
> Moral: validade relativa, subjetiva, variável no tempo e
no espaço;
> aplicável
> somente à espécie humana (?!?!) num determinado contexto
de tempo e espaço;

Acho que vale a pena dar uma olhada na definição da
Enciclopédia Britânica:

"Ethics, also called moral philosophy: the discipline
concerned with what is morally good and bad, right and
wrong. The term is also applied to any system or theory of
moral values or principles.
[...]
The terms ethics and morality are closely related. We now
often refer to ethical judgments or ethical principles where
it once would have been more common to speak of moral
judgments or moral principles. These applications are an
extension of the meaning of ethics. Strictly speaking,
however, the term refers not to morality itself but to the
field of study, or branch of inquiry, that has morality as
its subject matter. In this sense, ethics is equivalent to
moral philosophy."

Para consultar no site, procurar pelo verbete "ethics".

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"The thought of being President frightens me and I do not
think I want the job." - Ronald Reagan in 1973





SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 21:49


----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, April 04, 2001 10:32 AM
Subject: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma
falhar... G. Gil


A verdade religiosa é ditada por algum princípio sobrenatural, seja pela
revelação ou seja pela iluminação. O neófito deve aceitar esse princípio
conforme lhe é passado pela autoridade religiosa. Não há investigação.
Investigação pressupõe uma atitude critica e racional. A religião não é uma
nem outra coisa.
O grupo não conclui um modelo, o grupo acata o modelo pronto.

> A sua função principal é "investigar" o que é o Bem e o Mal.
> Depois, como conclusão dessa investigação, ela concluirá o que é Bom e
Mal.
> Assim, cada Grupo religioso concluirá um modelo para o Bem/Mal e
> intrepretará o mundo com ele.


> Repara, a ciencia diz que a exposição ao raios UV (ultra-violeta) provoca
> cancro, por exemplo.
> Ela não diz que isso é bom ou mau. Ele poderá no máximo dizer que isso
> provoca alterações de algum tipo , que perturbem a linha de evolução que o
> ser estava a seguir... qq coisa deste tipo. Mas a ciencia não diz se é bom
> ou mau. Isso cabe a cada um decidir.

Exato, contrário às religiões, especialmente as de origem judaica, a ciência
não faz juízos de valor.

> Na 2ª Guerra , matavam-se pessoas com gás, depois fizeram-se armas
> biologicas. Virus e bactérias artificiais criados especialmente para
matar.
> A ciencia deu a ferramenta e o conhecimento para isto. A ciencia em si não
é
> boa nem má. Isto é o principio de Imparcialidade de que ela se reveste.
> MAS ninguem quer apanhar cancro, ninguem quer ser submetido a armas
> biologicas. Porquê ? Porque isso é mau. E quem disse que era mau ? A
> sociedade.
> E Porque ela disse isso ? Porque tem determinado padrão moral do que é bom
e
> mau.
> E quem lho deu ? Ela mesma, como é obvio.
> E quem estuda essas padrões ? A Religião.

Não, nada disso é obvio. É, no máximo, equivocado. Dizer que pegar um cancro
ou outra doença qualquer, ou levar um tiro é mau, não é uma questão Ética.
Não é a Ética que afirma que a doença é má, é o próprio individuo que está
doente que percebe que isso não é bom, mas não bom da forma Ética. A doença
tráz desconforto físico, é sentida fisicamente, pode levar a morte e todo
ser vivo busca preservar a própria vida. Já pensou uma sociedade que
pretendesse que o homem bom é o homem resfriado?!!? Que absurdo!

Já, o que fazemos com nossos doentes ou idosos, aí entra a moral.



> O que acotnece é que o termo "religião" se banalizou tanto , que hoje em
dia
> é sinónimo de "seita de malucos desesperados" ou "coitadinhos que não
matem
> nem moscas".
> Ora, isto não é Religião, tal como Eng Alternativa (assunto de outro
thread)
> não é Ciencia.

Eu acreditava que o termo religião se referisse ao religar-se com o divino,
mas você disse que não....

> Sim. A "ciencia" da moral é a ética. Mas antes de teres ciencia, antes de
> teres hipoteses , tens de ter conceitos e conhecimento natural. (aquele
que
> advém do facto de existires e observares) É com este conhecimento que
> elaboras teorias e depois as verificas.

A Ética não é ciência, é disciplina filosófica que investiga as relações do
homem enquanto ser social, a essas relações chamamos moral.

> A diferença entre Ética e Religião, é que a primeira pretende encontrar um
> modelo do "Bem/Mal" comum a todos os seres ,através de estudos/pareceres
> ciencitificos. As religiões vulgares e comuns, dão um modelo "pre-feito"
do
> Bem/Mal. Mas isto é uma distorção daquilo que é a Religião.
> A propria ética é um modelo de "Bem/mal" , e é em si parte da
Religião.Por
> isso eu disse que a Religião cria Ética.

O objetivo da Ética não é encontrar um modelo do "Bem/Mal", mas investigar e
descrever as relações que existem e que se formam sempre que duas ou mais
pessoas tem algum tipo de relacionamento. Estudiosos da moral, muitas vezes,
ficaram tentados a descrever umá moral perfeita e muitos o fizeram o que deu
origem a várias Utopias, felizmente bem poucos tiveram a oportunidade de
colocar suas idéias em prática.

Não sei o que é que você chama de religiões "vulgares e comuns", existe
alguma que não o seja? Parece-me que todas as formas de religião impuseram
seus modelos Éticos. São as utopias que funcionaram, para mal ou para bem. A
religião realmente cria um modelo Ético e este é imposto aos seguidores
dessa religião. Ou esses seguidores são levados a aceitar esse modelo como
"verdade", o que acaba dando na mesma.

> Essa das recompensas e castigos, é algo introduzido á posteriori durante o
> período conhecido como Idade da Trevas, ou Idade Média... em que tudo foi
> muito, mas muito, confundido , pela mistura repentina de vários povos ,
> desde os Celtas ao Árabes, passando por Gregos, Romanos, etc..

Isso não está de acordo com a história, todas as religiões impoem castigoa
para aqueles que não aceitam suas verdades, sejam estes castigos aqui na
terra ou prometidos para além tumulo, sempre há castigos. Isso não é
invenção da Idade Média.

> E depois , tb advém da incultura das pessoas face aos assuntos e ao abuso
de
> linguagem dos "elucidados"
> Por exemplo, os cientistas comentem o abuso de linguagem "isto é assim" ,
> quando o que eles querem dizer "suponho que isto seja assim, dentro deste
> modelo" , mas quem está de fora, entende "isto é assim. É mesmo assim, não
> tem outro jeito"
> Estes equívocos, integrados em mais de 4000 anos de existência dos humanos
> "actuais" , dão muita asneira...
> E depois, as pessoas , em vez de tentarem ser imparciais, como o método
> cientifico aconselha, não. Deixam-se ir nas conversas e nas ideias
> ridículas...

Não creio que o problema seja simplesmente de abuso da linguagem e nem que
um numero significativo de cientistas deixem-se levar por idéias ridículas,
isso é ridículo.

> Quando um católico diz "Jesus é Deus" , ele acredita mesmo que é . E
jurará
> isso, em tribunal, se for preciso. Aquilo para ele é a pura verdade ,
apenas
> a verdade , e nada mais que a verdade.
> Mas, o que a Religião católica, apenas pode afirmar é "assumimos que Jesus
é
> Deus, porque A , B , C ...etc..." , sem nenhuma prova, ou razão palpável.
> A diferença entre estas duas coisas é a fé , com minúscula. Aquela que o
> Jacax definiu como "aquilo em que se crê , sem razão "

E o Jocax estava coberto de razão ao afirmar isso.

A afirmar que religião é Ética, me parece estar querendo dar uma caráter
racional à religião, apesar de muitos terem feito, ou tentado fazer isso,
acredito que este não seja o caminho.

Francisco




SUBJECT: Re: [ciencialist] Moral e Etica
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/04/2001 21:57

A rigor, Moral é o conjunto de normas e regras, não escritas e aceitas pelo
costume e tradição, que regem o convívio entre os homens. Definindo o que é
certo ou errado dentro de determinado grupo humano. A Ética é a disciplina
filosófica que se propoe a investigar a Moral, muitas vezes influenciando-a.
Se a Moral muda com o desenvolvimento da sociedade, a leitura que a Ética
faz dela deverá mudar também. Somente as religiões propoem uma Ética
imutável e universal, mesmo elas não conseguem isso, apesar de acharem que
"as coisas sempre foram assim por que Deus mandou". A Moral é um fenomeno
exclusivamente humano, embora possa ser aplicado às questões ambientais, de
como devemos nos portar em relação aos diferentes ecossistemas, ela o faz
visando o bem estar humano.

Francisco

----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, April 04, 2001 11:43 AM
Subject: [ciencialist] Moral e Etica


> De: Tarcisio Borges da Silva Jr. [mailto:tbs97@fisica.ufpr.br]
>
> Moral: conjunto de regras que influenciam sua vida pessoal [ex.: não
> comer carne vermelha nas sextas-feiras]
>
> Ética: conjunto de regras que influenciam o convívio social [ex.: não
> matar]
>
> A religião trata de regras morais e transforma regras éticas em morais
> [ex.: não adulterarás, pois deus estará te olhando].

Durante um tempo defendi conceitos semelhantes, mas os abandonei em razão da
facilidade com que podem ser confundidos, mais apropriadamente em razão da
imprecisão dos termos. Ainda estou trabalhando neles. Mas, em linhas gerais
proponho o seguinte (não são conceitos):

Ética: deve ter validade universal, independente do lugar e do tempo; deve
ser
aplicável a qualquer ecossistema (?!?!);

Moral: validade relativa, subjetiva, variável no tempo e no espaço;
aplicável
somente à espécie humana (?!?!) num determinado contexto de tempo e espaço;

No Direito há uma máxima que exprime: "Nem tudo que é legal é moral"; pois,
minha intuição leva a crer que "nem tudo que é moral é ético".

Deu pra ter uma idéia? PS: Arrumei ou não pra cabeça? (risos)

Repito: Ainda estou trabalhando nisso!

Abraços,

Alexandre Medeiros






SUBJECT: É possível uma pesquisa científica sobre a existência de deus?
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/04/2001 00:04

Colega Jocax:

Afirmei que não é possível provar a inexistência de deus,
embora a presunção de sua inexistência seja muito mais óbvia do que
a de sua existência. Em outras palavras, penso mesmo é muito
improvável que deus exista, embora não haja um procedimento pelo
qual se forneça prova absoluta (diferente da presumida) que ele não
existe. Óbvio.

Argumento de Hume:
Deus Bom ==> Deus quer bondade = ausencia de sofrimento
Deus poderoso ==> Deus pode tudo
Logica ==> Deus que pode tudo e nao quer sofrimento pode
impedir o sofrimento.
Fato ==> Crianca morrendo de fome = sofendo ateh a morte

Conclusao ==> As hipoteses nao podem ser verdadeiras pois
contradiz o fato
(Baseado em Hume )

[ Jocax ]:
>> Peterson, eu nao concordo com isso.
>> O que vc achou de errado na minha demonstracao
>> da inexistencia de Deus baseada em Hume que postei
>> a pouco?
(...)
>> Se vc dissesse que *nao* se pode provar que Lobisimens
>> nao existem ou que saci-perere nao existe eu *concordaria*
>> com voce, mas em se tratando de uma entidade com
>> propriedades bem definidas a coisa eh diferente.

João Carlos, caríssimo e respeitável colega listeiro, é
necessário que para esboçar minha humilde explicação aponte para o
fato de que o deus que me refiro não possui propriedades definidas,
tal como o referido pelo amigo. Esse é um dos motivos pelo qual eu
jamais escrevo deus com letra maiúscula, pois não se trata de um
"tipo" de deus inventado, tal como o jeová, o orixá (obatalá), o
mitra, o zeus, o krishna, o alá ou outros. Não aceito a descrição
de nenhum destes nem como hipótese especulativa para falar sobre o
tema. Até as personalidades de deuses-homens, como o tal jesus, o
qual não há nenhuma evidência histórica bem fundamentada, não
considero para fins hipotéticos.
Quando eu falo no deus, simplesmente utilizo a palavra como
*referencial* de algo pouco ou nada criado pelas "viagens"
imaginativas do homem. Em meu pensamento, isso poderia ser *um pouc
o* análogo ao limitado conceito de Steven Halking, que em "Diálogo
com Cientistas e Sábios" (Cultrix, 1996) afirmou que *talvez* deus
seja apenas o produto das frequências universais e das leis
naturais. Ele disse, nesse sentido que "se tivéssemos atualmente
informações para criar satisfatoriamente um arquétipo de 'campo
unificado' para a compreensão do mecanismo do universo, se
soubéssemos exatamente o que ocorreu nos primeiros segundos do
big-bang, estaríamos talvez compreendendo a mente de 'deus'".
Assim, o tal deus é sem dúvida algo puramente impessoal, um
termo quase desnecessário como pode ver. Mas é claro que quando eu
disse sobre a improvabilidade da inexistência do deus para o amigo
Sérgio Taborda estava um pouco disposto a achar um "meio termo"
para que nosso diálogo pudesse ter fluência até chegarmos em alguma
conclusão. Uma forma de dialética considerando o fato de que as
idéias distantes da realidade sempre chegam à sua própria
contradição, quando seriamente tratadas. Nesse contexto (e somente
nesse contexto do diálogo com o Sérgio), deus *poderia* comportar
alguma forma de consciência universal OU intenção. Mesmo dentro
dessa mirada da consciência universal, esta poderia ser impessoal,
e portanto sua definição de "bondade" não iria realmente ser uma
questão de "atributo de personalidade" (já que é impessoal) com
efetividade prática. Quanto à intenção, não exige,
obrigatoriamente, um poder manifestável aquém da nossa percepção
espaço-temporal, sendo obrigado a jogar pelas regras da própria
natureza. E isso é uma limitação.
De qualquer forma, é completamente condizente com o deus
explanado por Halking, tal como foi mencionada. Assim, no argumento
do filósofo Hume (terminei ontem de ler o livro "Pensadores", sobre
ele), já há a pressuposição de um deus *pessoal* e com propriedades
bem definidas (deus bom E poderoso). E é somente dentro desse
contexto pessoal e definido de deus é possível o argumento de Hume
invalidar a questão.

[]'s.

Peterson.



SUBJECT: Hume e o argumento cosmologico
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/04/2001 04:54

Colegas Peterson e Jocax,

David Hume pôs em xeque o argumento cosmológico da existência de Deus (isto
é, o argumento segundo o qual o universo tem que ter uma causa e essa causa é
Deus) levantando a seguinte questão: "e o que causou Deus?"

O problema é que esta pergunta nos leva a outra: "e o que causou aquilo que
causou Deus?". Ora, e o que causou aquilo que causou aquilo que causou...

Hume então conclui: "Se pararmos e não vamos além (de Deus), então porque ir
tão longe? Porque não parar no mundo material? ... Ao supormos que ele contém
o princípio da sua ordem em si mesmo, estamos na realidade a afirmar que ele
é Deus."

"Essa citação de Hume" -- escreveu Paul Davies -- "faz lembrar a vaga crença
de muitos cientistas de que Deus é a Natureza, ou que Deus é o Universo." Tal
é a crença de Einstein e de Hawking.

Ou seja, nem mesmo Hume consegue demonstrar a inexistência de Deus. O que
Hume demonstra por meio da pura argumentação é que um Deus "transcendente"
(isto é, "anterior" ao universo) não é logicamente necessário.

Mas, e o que dizer de um Deus "imanente"? "Imanente" é o que "sempre"
acompanha alguma coisa. Ora, o universo muda com o tempo, tendo ele já
atravessado várias fases (era de Planck, era hadrônica, era leptônica, era
nucleossintética, etc.). Mas neste universo em que até a lei da gravidade é
"datada" (isto é, ela nem sempre existiu) deve haver algo que lhe seja
contemporâneo: um princípio fundamental ou aquilo que Leibniz chama de "razão
suficiente": "Há uma razão na natureza para que ela exista em vez de não
existir."

Existe essa "Razão"?

Caso exista, por que chamá-la de Deus? Tudo bem, chame-a como quiser. Mas,
certamente, o tropismo do sujeito cognoscente em relação a essa lei
fundamental é tão forte quanto o do crente relativamente a Deus. Que o diga
Einstein com a sua "religiosidade cósmica". Ou seja, um e outro -- a razão
subjetiva e a razão objetiva -- são termos de uma relação religiosa, se por
religião (do latim "religare") entende-se "ligar novamente", "reunir" ou
reintegrar num nível mais elevado. Aliás, é bom lembrar que a próprio
consciência "se define por uma oposição básica, uma distância em relação ao
mundo em que se cria a possibilidade de níveis mais altos de integração."

E, por fim, pode a ciência um dia nos revelar essa Razão? Tenho cá minhas
dúvidas.

A idéia de um deus imanente -- deus como razão-de-ser -- não contradiz a
lógica ou a matemática. Com efeito, pode ser que haja uma "Razão" para o fato
estranhíssimo de haver algo ao invés de nada. É por isso -- por ser
logicamente coerente -- que considero a idéia de Deus como uma HIPÓTESE. Eu,
particularmente, não acredito nesta "hipótese", pois trago na manga uma outra
hipótese alternativa, também lógica e matematicamente coerente (isto é,
possivelmente verdadeira) e que, ademais, conta a seu favor com o princípio
da economia. Mas sobre isso pretendo falar em outra ocasião.

Mas, se a idéia de Deus é uma hipótese, não se trata, entretanto, de uma
hipótese suscetível de ser comprovada por meios empíricos, ou seja, Deus não
pode jamais vir a ser objeto de investigações de uma ciência empírica. Em
síntese: não podemos nunca saber se Deus existe REALMENTE. - Mas por quê? Por
uma razão simples: - A ciência empírica, que tudo mede e pesa, não consegue
lidar com o incomensurável, isto é, o infinito. Ademais, o pensamento
científico reflete o "geral", o "estável", o "contínuo", em suma: o que se
repete. Por conseguinte, o "singular" constitui, para a ciência, um corpo
estranho, imponderável. Ora, Deus é, por definição, infinito, isto é,
incomensurável, e singular, ou seja, imponderável.

Trocando em miúdos: Deus é uma hipótese, no sentido de ser uma idéia lógica e
matematicamente coerente -- ou seja, possivelmente verdadeira --, só que
permanecerá para sempre uma mera hipótese "metafísica", dado que, devido a
seus atributos, não pode ter a realidade da sua existência comprovada
empiricamente.

Por isso que, quanto à relação ateísmo/agnosticismo, prefiro me definir
agnóstico, pois o agnosticismo aceita a diferença, induz à tolerância e
afirma o pluralismo, na medida em que propugna que as respostas para as
questões mais abstratas (a existência de Deus, o sentido da vida, etc) não
podem ser comprovadas empiricamente, nem constituem verdades "apriorísticas"
acessíveis seja através da fé, da intuição ou do raciocínio
lógico-matemático. De modo que tais questões, se por um lado são universais,
por outro lado suas resoluções são de âmbito pessoal.

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: Hume e o argumento cosmologico
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/04/2001 08:33

--- In ciencialist@y..., manuelbulcao@a... wrote:
> Colegas Peterson e Jocax,
>
>
> "Essa citação de Hume" -- escreveu Paul Davies -- "faz lembrar a
vaga crença
> de muitos cientistas de que Deus é a Natureza, ou que Deus é o
Universo." Tal
> é a crença de Einstein e de Hawking.


O que parece estar acontecendo eh q se usa a palavra "Deus" como
um coringa, para significar tudo o que se queira ou ateh mesmo
aquilo que nao se compreende e isto se presta para provocar confusoes
e ao mesmo tempo estimulo!

Veja, um acredita num Deus-antropocentrico outros num Deus-Natureza
outros num Deus-amor cada um com suas proprias particularidades
e, contudo, estas pessoas dizem "Gracas a Deus" de um modo a
congracarem-se umas as outras e se solidarizarem-se com
suas crencas mesmo que uma nao tenha nada a ver com a outra !

Eh como se umas dissessem a outra "Olha eu tomo este Deus-prozac
para me aliviar o sofrimento e vc faz o mesmo?" A outra
responde "Gracas a Deus" querendo dizer sim: tomamos todos e para
que este deus-prozac tenha efeito eh preciso que todos acreditemos
pois eh a unica forma de nos mesmos acreditarmos nele e sentirmos
seus efeitos psicoticos. Se este prozac nao for bem disseminado
poderemos nos tornar uma minoria e sermos discriminados por
acreditarmos em nossa doce ilusao e acabaremos, nós memos, deixando
de acreditar nela e , como consequencia fatal, perderemos o efeito
prozac e nos sentiremos orfaos no universo da realidade, sera um
verdadeiro inferno astral por isso iludamo-nos e a todos !"

E o cinismo de Deus eh entao perpetuado a todos os infelizes
nascituros que desde cedo terao que perpetuar o meme deus-prozac.

Veja bem : se vc chamar de Deus a natureza ou o universo ou
sua sala de jantar ou qualquer outra coisa isso nao teria importancia
se : Este Deus nao fosse consciente-julgador etc...

Quero dizer que o verdadeiro problema surge quando as pessoas
seguem suas vidas com a crenca num deus que julga e que observa
e que interage, este eh o problema.
Pois crendo nisso, esta pessoa muda sua vida que pode variar desde
a perder tempo a rezar um terco ateh a se matar, ou pior,
matar milhares em nome deste Deus. A crenca leva a acao !.

O que acredito eh que se deva combater este Deus que nao existe
e que eh ilusao. Chamar a natureza ou o universo de Deus
soh servira para perpetuar o congracamento crente, estimulando
que uma crenca num deus natureza, se propague para um outro deus
julgador, simplesmente por se dar aos dois a mesma nomenclatura.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ eu nao vou pq a fe´ costuma falhar...
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO:
CC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/04/2001 09:59

> HA!! então não foi A Religião , mas UMA religião que te fez ser como és.

Exatamente isso. A religião que me foi imposta pelos meus pais [e
parentes] e a que a sociedade me impôs também. Todas as religiões ditas
critãs são essencialmente idênticas e diferem muito pouco do judaísmo, do
islamismo, taoísmo, budismo, xamanismo, induísmo, etc.


> Espero que entendas a diferença. A religião cristão é apenas uma entre
> muitas ,e não é todas , nem muito menos se pode pensar que é 'A' Religião
> (como um modo).
> Mas uma vez o tipico, o tomar a parte pelo todo e conlcuir pelo todo: Se
> esta religião é um lixo, todas são.

Eu estava preso a uma determinada religião cristã que a simples
curiosidade por outras religiões era suprimida. Ao abandoná-la tive um
interesse "científico" por outras religiões para saber exatamente no que
elas diferiam e no que eram idênticas. Meu interesse não era escolher
outra religião, mas sim fazer um turismo mundial e conhecer outras
culturas.

> Tlv pela validade do que as igrejas cristãs dizem.

Pela validade do que a igreja critã é.

> Comprende que "religião cristã" é apenas e só a doutrina ensinada por aquele
> a quem se chama o Cristo.

Quem foi Cristo??? Não existem provas que ele sequer tenha existido,
quanto mais falado alguma coisa. Seus ensinamentos são indênticos a muitos
outros textos orientais que são muito mais antigos que a suposta
existência de Cristo. Novamente o problema de Copyright.


> Da mesma forma que Budismo, é apenas a doutrina daquele a que se chama o
> Buda

O budismo e o cristianismo são o que os sacerdotes dizem que têm que ser,
se vc ler o que Buda e Cristo disseram e for ver o que o budismo e o
cristianismo são, vai ver que há uma diferença gigantesca. A
multiplicidade de seitas em ambas as religiões só mostra que quem manda
são os sacerdotes e no comflito de interesses há as cisões.

> Tenta ler o novo testamento, as passagens em que Jesus fala. Faz isto
> nolmanete, sem pensar que ele é Deus ou ele é seja lá o que for. Pensa que
> ele é apenas mais um homem e lê o que ele disse.

Prefiro ler Confúcio ou Buda, nenhum dos dois diz ser o filho de deus nem
que vai trazer a espada e que haverá ranger de dentes e que pais se
voltarão contra os filhos e etc.

> Aquilo de que ele falou, a ciencia não nega, nem tem meios para negar ou
> deixar de negar.
> Ele fala de regras ,moral, ética... a dele, claro, mas é disto que ele fala.
> O resto é Foclore.

Tudo o que eu tenho pesquisado de Cristo tem se revelado folclore.

> Se jogas-te pela janela, não acho que realmente acreditasses... como se diz
> por aqui "ias comendo o que te punham no prato" , até que um dia te fartaste
> de comer sempre o mesmo...
> Sérgio

Não me fartei de comer sempre o mesmo. O que aconteceu é que descobri que
a hóstia era transgência.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br




SUBJECT: Estudo desvenda fraude do Archaeoraptor
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/04/2001 10:21

PALEONTOLOGIA

Tomografia computadorizada mostra que fóssil foi montado com pedaços de
cinco animais diferentes

Estudo desvenda fraude do Archaeoraptor
CLAUDIO ANGELO
DA REPORTAGEM LOCAL , Folha de São Paulo, 5 de abril de 2001

Uma das maiores fraudes da história da ciência chegou ao seu capítulo
final. A revista britânica "Nature" publicou a análise de tomografia
computadorizada do Archaeoraptor, o fóssil forjado que enganou
paleontólogos do mundo todo e expôs ao ridículo outra revista
importante, a americana "National Geographic".
O estudo do paleontólogo Tim Rowe, da Universidade do Texas em Austin
(EUA), publicado semana passada pela revista (www. nature.com), mostra
que o fóssil é o mosaico de pedaços de uma ave e quatro dinossauros
diferentes.
O Archaeoraptor foi assunto de capa da "National Geographic" em novembro
de 99. O caso era sensacional: um fóssil de dinossauro descoberto na
China apresentava uma "combinação dramática" de características de
pássaro e de dromeossauro, um dino carnívoro. Era, definitivamente, o
elo perdido entre aves e répteis. Em outubro do ano passado, no entanto,
a revista foi forçada a admitir que havia comprado gato por lebre.
Descobriu-se que a tal "combinação dramática" não fora moldada pela
evolução, e sim por contrabandistas de fósseis chineses. Para elevar o
valor de mercado da peça, eles juntaram metade do corpo de um pássaro
fóssil com a cauda e as patas traseiras de um dromeossauro.
O fóssil foi retirado ilegalmente da China e vendido nos EUA ao artista
plástico Stephen Czerkas, por US$ 80 mil. Czerkas chamou dois
paleontólogos, o canadense Philip Currie e o chinês Xu Xing, para
descrever o animal.
A idéia de era coincidir a descrição científica do bicho com uma matéria
sobre o animal na "National Geographic". A fim de publicar a descrição
na "Nature" ou na sua rival, a "Science", Czerkas contratou Tim Rowe
para fazer uma análise de tomografia computadorizada no fóssil. "Levou
só algumas horas para perceber que o espécime estava quebrado em muitos
pedaços e que nem todos haviam sido rearranjados corretamente", disse
Rowe à Folha.
Mas Czerkas resolveu levar a publicação na "National Geographic" à
frente, mesmo depois de o trabalho ter sido rejeitado pelas duas
revistas científicas. E ameaçou Rowe de processo caso publicasse os
dados da tomografia.
A tramóia só veio abaixo um mês depois, quando Xing Xu encontrou, na
China, um fóssil de dromeossauro cuja cauda era, sem dúvida, a do
Archaeoraptor, e a "National Geographic" foi obrigada a desmentir a
capa.
Só agora, depois de resolvidas as questões legais -o tal processo
aconteceu, de fato-, o trabalho de Rowe (concluído desde outubro de 99)
aparece na "Nature". A análise mostra que a laje contendo o
Archaeoraptor foi montada a partir de 88 cacos de pedra. Parte deles
contém meio fóssil de um pássaro ainda desconhecido para a ciência, que
está sendo estudado por Xu. Outra parte tem restos de dromeossauros que
não podem ser atribuídos a um só espécime.
Para o paleontólogo, a fraude do Archaeoraptor mostra como o comércio de
fósseis atrapalha a ciência. "Qualquer espécime que tenha uma etiqueta
de preço é uma fraude em potencial", disse. "Felizmente, um conjunto
cada vez maior de técnicas pode ser aplicado agora à análise de
fósseis", afirma no estudo.
No Brasil, onde o comércio de fósseis é ilegal (assim como na China), as
fraudes têm uma origem certa: a chapada do Araripe, no Ceará, uma das
maiores minas de fósseis do planeta.
Uma dessas fraudes acabou eternizada no nome de um dinossauro. O bicho
em questão era um crânio de espinossauro (carnívoro com focinho de
crocodilo), contrabandeado para a Europa e descrito pelo paleontólogo
David Martill, da Universidade de Portsmouth (Reino Unido), em 1996.
Durante a preparação (processo em que o fóssil é separado da rocha que o
contém), a equipe de Martill descobriu que a ponta do focinho original
havia sido quebrada e alongada artificialmente, para que os traficantes
pudessem vender o restante. Martill ficou tão irado com a fraude que
batizou o bicho de Irritator.





SUBJECT: Hume e o argumento cosmologico
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/04/2001 10:57


[ Manuel Bulcão ]:

>> Por isso que, quanto à relação ateísmo/agnosticismo, prefiro
>> me definir agnóstico, pois o agnosticismo aceita a diferença,
>> induz à tolerância e afirma o pluralismo, na medida em que
>> propugna que as respostas para as questões mais abstratas
>> (a existência de Deus, o sentido da vida, etc) não podem
>> ser comprovadas empiricamente, nem constituem verdades
>> "apriorísticas" acessíveis seja através da fé, da intuição ou
>> do raciocínio lógico-matemático. De modo que tais
>> questões, se por um lado são universais, por outro lado
>> suas resoluções são de âmbito pessoal.

Penso muito semelhante ao citado amigo listeiro, justo motivo
pelo qual inseri em meu diálogo com o Sérgio a colocação que "É
nesse, e apenas nesse sentido de presunção que sou um descrente.
Pode-se dizer que isso é ser cético ou, mais especificamente,
agnóstico".

Acho que a *tolerância* é mesmo um ótimo motivo para nossa
posição, especialmente no contexto colocado pelo amigo: "De modo
que tais questões, se por um lado são universais, por outro lado
suas resoluções são de âmbito pessoal".

[]'s

Peterson.



SUBJECT: Re: datação
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: Francisco <fbrito@globo.com.br>
CC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/04/2001 11:02

Francisco,

Assim, a datacao pelo C-14 obviamente so' pode se aplicar a compostos q.
possuam C. E como a meia-vida do C-14 eh relativamente curta, pouco mais
de 6.000 anos, a sensibilidade dos aparelhos so' permite a medicao de
idades ate' cerca de 100.000 anos (os mais modernos) -- fora disso, a
medicao eh tao pequena e incerta q. eh pouco confiavel.

A datacao de outros objetos eh feita utilizando-se outros elementos q
apresentem isotopos radioativos.

Pode-se usar a datacao Rb-87/Sr-87: q. tem meia-vida (t1/2) de 47 bilhoes
de anos -- e serve para datar objetos de 10 milhoes a 4,6 bilhoes de anos.

U-238/Pb-206: t1/2 = 4,5 bilhoes de anos; K-40/Ar-40: t1/2 = 1.3 bilhoes
de anos... entre outros.

E, claro, sempre existe uma margem de erro -- mesmo aplicando-se a tecnica
corretamente.

Por exemplo, no caso do Santo Sudario, a datacao foi de q. o objeto foi
fabricado no ano de 1325 com margem de erro de 65 anos para mais ou para
menos... um erro de 5%. Mas esse erro depende da idade da amostra, ja' q.
qto mais antigo, menos C-14 havera' (relativamente ao C-12) e qq alteracao
por menor q. seja causara' uma gde variacao na medicao.

Por outro lado, elementos com meia-vida muito longa nao servem pra datar
objetos muito novos, ja' q. a variacao na qtdade de material pode ser
muito pequena para q. os aparelhos possam detectar.

(Vale lembrar q. o decaimento radioativo nao eh um fenomeno constante, mas
estocastico -- um dado atomo pode ou nao decair em um dado momento com uma
certa probabilidade. Podemos considerar a taxa de decaimento mais ou menos
constante apenas em um sentido estatistico, daih tbm a importancia do
numero de atomos desse elemento presente na amostra...)

Mas temos uma geologa, a Sheila, na lista q. pode comentar sobre isso com
mais propriedade. (A quem agradeco tbm sobre os comentarios sobre o
Giant's Causeway e tbm ao T-Borges.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Hume e o argumento cosmologico
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/04/2001 12:46

--- In ciencialist@y..., "Peterson Leal" <peterlsm@t...> wrote:
> Acho que a *tolerância* é mesmo um ótimo motivo para nossa
> posição, especialmente no contexto colocado pelo amigo: "De modo
> que tais questões, se por um lado são universais, por outro lado
> suas resoluções são de âmbito pessoal".
>

Caro colegas Manuel e Peterson,
nao estou propondo a intolerancia com sua talvez
consequencia "morte aos fiéis" :)

Mas sim um chamado aa "razao critica" aquela que deveria obedecer
ao principio da economia/parcimonia ou melhor aa navalha de occam.

Se queres ser um crente, seja-o !,
mas antes deverias saber onde iras te meter, pois um crente,
antes de tudo, eh um ser que acredita sem razao e acreditar
sem razao induz ao ato sem razao.

O candidato a crente deveria saber que entrar numa crenca eh facil
como entrar num vicio de drogas : Sair eh que sao elas , e,
se conseguires sair desta corres o risco de estar sempre arrastando
antigos grilhoes presos aos tornozelos.

Estou sendo radical, do ponto de vista de nossa era semi-medieval,
onde o normal eh crer, talvez, mas nao intolerante : meus proprios
filhos sao crentes !


[]s
jocax

Já quebrei meus grilhões, dirás talvez. Também o cão, com grande
esforço, arranca-se da cadeia e foge.
Mas, preso à coleira, vai arrastando um bom pedaço de corrente.
PÉRSIO, Sat. V, 158





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/04/2001 13:31

Bolas, cheguei do Rancho, 100 mensagens do ciencialist e ... sem querer deletei a mensagem anterior a essa na qual o colega 'espirituoso' Luis M^2 Zeni fala de música, poesia etc. que não nos traz nada de material.

Entre essa ARTE e a arte divina há uma enorme distância, pois são desenvolvidas por pessoas físicas distintas. É um prazer ver o quadro da santa ceia, o que denota um pintor de imaginação fértil, se bem que o que retrata não existiu.
Isso me recorda algo como a letra do hino nacional, que não 'retrata' nada de realidade, além de ser um 'rebosteio' de palavreado típicos dos imortais (eles adoram isso) ... e não do povo que deveria cantá-lo! A música do HN, por outro lado, é das coisas mais belas que já ouvi (usando de uma sinfônica e não da banda do coreto de tiririca da serra).
Nota: Sou triplamente imortal ... sou deus e pertenço a duas Academias (ABC e ALAB).

Apreciaria comentar aqui a frase dirigida ao Jocax:
"| Manchete num jornal no futuro: "Deus, finalmente descoberto pela Ciência" "

Isso é o que se chama de boa piada científica ... e O Brudna deveria colocar isso no 'humorciência'. Isso lembra uma que enviei para ele: "Todos sabem que os trilhos dilatam-se com o calor, e é por isso que eles são fabricados em tamanhos menores que os encomendados."

Imagine o seguinte: O homem fabrica um liquidificador e tal mecanismo vai evoluindo com o decorrer do tempo, ao sabor das novas tecnologias. Chegará um ponto que o liquidificador estará tão evoluído que será capaz de desenvolver uma teoria para explicar a sua origem .... o homem!

Troque homem por deus e liquidificador por homem ... e estamos conversados.

[]''
Léo ... ainda rude ... e isso vai durar mais 2 semanas!
===================






SUBJECT: Re: [ciencialist] Randi no Larry King Live
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/04/2001 13:37

Por favor, quem são James Randi, Larry King, Michael Shermer?
[]'
Léo
=================
-----Mensagem Original-----
De: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 2 de abril de 2001 22:40
Assunto: [ciencialist] Randi no Larry King Live


| Atenção fãs do James Randi! Amanhã (terça-feira) ele estará
| no Larry King Live (CNN), debatendo com Michael Shermer
| sobre fantasmas!
|
| Abaixo, a mensagem original que recebi de seu mailling list:
|
| " I'll be on the Larry King Live show Tuesday night --
| tomorrow.
|
| Speaking with Michael Shermer -- on ghosts.....
|
| --- Randi"
|




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/04/2001 13:57

> Só me resta perguntar a você o significado da palavra "religião" e,
também,
> o que é religião.
>
> Francisco

O Peterson, já te descreveu aqui aquilo que seria a religião. E segundo ele
[e não só],
seria a religação a [um] deus.
Mas esta divisão simples, não se aplica mais a coisas que chamamos [ou
podemos chamar] religiões.
Tecnicamente, o budismo não precisa/admite nenhum deus. Apenas os budistas ,
alguns, aceita Buda como um deus. O que não é o mesmo. Mas, podemos chamar o
budismo de religião, que ninguém se vai ofender.
Tecnicamente o Espiritismo não precisa de considerar deus. Mas todos
dizemos que o Espiritismo é uma religião. Estes são só alguns exemplos.
Nas Nova Zelândia foi formada à pouco tempo uma igreja nova, a igreja de
Jedi (sim, o do Star Wars) , que nem sequer fala de deuses
Então, parece-me que uma religião não é mais caracterizada pela necessidade
de um deus.
Uma religião, encontra-se nos hábitos dos seus membros. O prestar Culto
(vulgo missa) , a existência de Escrituras Sagradas (se a religião for
revelada ) ou regras de conduta, a hierarquização desde os "não-crentes" aos
"sumo-sacerdotes".
Portanto, uma religião, prende-se mais com o caracter social das relações
entre os seus membros que com a religação a deus.
Para mim, a religião não é uma religação com deus, mas sim, uma religação à
com outras pessoas. (com as quais já somos ligados por elas tb serem humanas
, como nós)

Apenas ha, a meu ver, uma forma de dizer que o ateísmo não é uma religião.
Para que um grupo social seja uma religião, ele precisa de ser um grupo
antes de mais. Os ateus, não são um grupo social. São uma espécie de
free-lancers , que se desligam da religião da sua infância., ou que nunca se
ligaram com uma.
Sob este ponto de vista, eles não são uma religião. Porque não formam um
grupo.
Mas se eles não formam um grupo, e não existe uma "filosofia ateia" , então
o ateísmo não existe. É apenas uma palavra sem realidade concreta.
Se existir o ateísmo, então o ateu segue o ateísmo, que é uma doutrina como
qq outra, e então existe uma religação.

Numa religião, objectivo não é a relação directa entre o ser e o deus. O
deus é apenas uma "desculpa" , um "motivo", para levar uma sociedade (grupo
de pessoas) a se reunir, a criar a tal re-ligação.

Existe outra forma de entender o ateísmo como uma religião.
Nem todas as religiões são religiões reveladas, isto é, nem todas derivam de
profetas que escreveram ou viram algo. Existe a religião natural, que é a
ligação da pessoa ao que a rodeia, pelo simples uso das suas capacidades e
interacção com o real. Este tipo de religião, é mais parecida como o que
chamamos Filosofia , ou filosofia de vida, mas é tb uma religião.
O ateísmo parte desta forma de actuar. Entende o mundo apenas pelo que é
capaz de ver ,e como não vê Deus, põe.-o de lado. Contudo é pleno das
capacidades e interacções que levam um ateu a esta conclusão. E deste ponto
de vista, o ateísmo pode ser considerado uma filosofia de vida, e portanto,
uma religião natural.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda






SUBJECT: Randi no Larry King Live
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/04/2001 14:00

[ Léo ]:
>> Por favor, quem são James Randi, Larry King,
>> Michael Shermer?

Randi é um cético da linha dura (aliás, duríssima), mágico e
desmascarador de místicos e paranormais. Faz parte do CSICOP
(Comissão para Investigação Científica das Alegações dos
Paranormais) e do núcleo de pesquisas sobre a veracidade de artigos
da Nature.
Foi amigo pessoal de Carl Sagan, e este último dedicou um
capítulo inteiro do seu livro "O Mundo Assombrado pelos Demônios"
para Randi e seus assuntos, chamado "Obcecado pela Realidade" (Cap.
13, pág. 218).

Nesse mesmo capítulo, Sagan fala um pouco sobre a necessidade
de cada um de nós atuar como um Randi, dentro de suas
possibilidades:

"No filme o Mágico de Oz, o Espantalho, o Homem de Lata e o
Leão Covarde foram intimidados -- na verdade aterrorizados -- pela
enorme figura oracular do Grande Oz. Mas Totó, o cachorrinho de
Dorothy, morde uma cortina dissimuladora que revela que o Grande Oz
é na realidade uma máquina operada por um homenzinho assustado e
atarracado, um desterrado naquele país estranho assim como eles.
Acho que temos sorte de James Randi estar puxando a cortina. Mas
seria tão perigoso deixar sobre os seus ombros a responsabilidade
de desmascarar todos os curandeiros, impostores e farsantes do
mundo, quanto acreditar nesses mesmos charlatães. Se não queremos
ser enganados, nós é que temos que fazer o trabalho".

Achei alguns artigos bastante prazeirosos, de autoria do
própria Randi na Sociedade da Terra Redonda. Vale a pena checar:

É Hora da Ciência Assumir Sua Posição Novamente
www.strbrasil.com.br/scientia/hora.htm

Randi na Caltech: Um Relatório das Trincheiras do Paranormal
www.strbrasil.com.br/str/caltech.htm

James Randi e O Grande Carlos
www.strbrasil.com.br/str/carlos.htm

[]'s.

Peterson.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ e o Jovem Novo Selvagem
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/04/2001 14:14

Sérgio,
do Imperdível (Sala 19 - item 00) especial para vc:
==================================================

Jovem Novo Selvagem
leo@barretos.com.br


A respeito da Ciência, permitam-me iniciar com uma breve relato verídico.

Na II Guerra Mundial os selvagens papuas, da Nova Guiné, assistiram à chegada dos brancos que abriam pistas na floresta, falavam dentro de latas, e logo depois faziam chegar enormes pássaros metálicos cheios de alimentos e coisas admiráveis. Os brancos afirmavam ser os fabricantes da comida e latas e dos aviões, coisa em que nenhum papua acreditou.

O que os brancos tinham era uma mágica eficiente para chamar aqueles pássaros. E logo os papuas começaram a fazer suas próprias pistas e a fabricar imitações das estações de rádios dos brancos, erguendo fios sobre antenas de bambu, falando dentro das latas que imitavam microfones. Não dava resultado! Os aviões não desciam no "aeroporto" dos papuas? Paciência. A mágica não fora bem feita. E recomeçavam tudo de novo.

E uma nova religião, o culto cargo (nome inglês para carregamento), nasceu da observação da técnica científica por parte de quem não tem a menor idéia do que seja a Ciência.

O relato não nos dá motivos para rir dos selvagens.

A magia --- ilusão pré-científica de que é possível obter poder sobre as coisas manipulando obscuramente forças desconhecidas --- floresce ainda nas nossas sociedades industriais. É tal o seu peso que algo de muito estranho se deu: a própria Ciência passou a ser vista como uma espécie de feitiçaria. O cientista é imaginado como um mago que obtém seu poder de fontes obscuras e de uma inteligência inacessível ao comum dos mortais.

Façamos uma experiência: vamos perguntar ao homem da rua por que, quando ele aciona um interruptor, a luz acende. Obteremos uma vaga resposta referente a uma entidade mitológica chamada eletricidade. Se aprofundarmos o inquérito, ele nos dirá que se trata de coisas muito complicadas, que só os cientistas (talvez ele use a palavra engenheiros) --- isto é, os novos feiticeiros --- são capazes de entender. Além disso, a Ciência, para ele, só se manifesta através de uma coisa chamada matemática --- mistura confusa de números e símbolos dotada de poder evocatório, como os antigos ritos.

O selvagem não se espanta com os milagres técnicos. Para quem vive cercado de milagres e tudo é mágica --- chuva, caça, vento, fogo ou doença --- , que podem importar algumas mágicas a mais? Daí sua indiferença pela fotografia, rádio, avião ou luz elétrica.

Nossos avós, que saíam de um mundinho pacato, tradicional, onde as poucas coisas que mudavam o faziam lentamente, espantavam-se e ainda se espantam com os contínuos triunfos da era científica.

Mas o homem comum contemporâneo voltou a uma situação muito parecida com a dos selvagens.

Nascido num mundo em contínuas transformações, apesar de acreditar na natureza mágica da Ciência, nada mais lhe parece estranho. O anúncio de que homens pousaram na Lua causa muito menos entusiasmo que a notícia sobre Santos Dumont erguendo vôo num aparelho mais pesado que o ar ou, num exemplo mais moderno, personagens de novela falando com familiares, em outro continente, via computador.

Os papuas fracassaram em sua tentativa de usar a "Ciência" para fazer descer os aviões do céu. Desistiram dela, voltando à vidinha que têm levado no último meio milhão de anos.

Mas suponhamos que nós tivéssemos de desistir do uso da Ciência. Suponhamos uma estranha amnésia atacando subitamente os cientistas e técnicos do mundo. Todos esqueceriam o que sabem e seriam incapazes de ler os livros científicos, de repente tão misteriosos para eles quanto o são para os homens da rua. Estupefatos, olhariam para seus aparelhos tornados incompreensíveis, tentando adivinhar para que servem.

Em questão de horas, grande parte da maquinaria industrial começaria a agonizar e a imobilizar-se, enquanto seus responsáveis procurariam manipulá-la ao acaso. Em poucos dias, milhões de cadáveres juncariam as ruas das cidades. O colapso iniciado com a falta de petróleo e eletricidade e o fim dos transportes rápidos, com o passar da horas, atingiria os estoques alimentares das cidades, que se esgotariam sem ser substituídos. À noite, nas cidades paralisadas, apenas o clarão dos incêndios acidentais e a Lua iluminariam as multidões em luta por restos de comida.

Das montanhas de lixo sairiam os fantasmas abolidos do passado: peste, cólera, varíola, escarlatina. E as populações urbanas fugiriam das cidades apenas para encontrar de novo a morte nos campos e florestas.

O motivo é simples: o Brasil, na época da independência, tinha 4 milhões de habitantes, bem menos do que tem hoje a cidade de São Paulo. Produzindo alimento em escala nunca sonhada na história do mundo, e diminuindo a mortalidade, a técnica científica permitiu um imenso aumento populacional. Sem a possibilidade de produzir alimento em massa, transportá-lo rapidamente e privado dos recursos da medicina, esse "excedente" de população industrial morreria em poucos meses.

Morreria mesmo muito mais que esse "excedente".

Um selvagem abandonado numa ilha deserta tem mais possibilidade de sobreviver que um funcionário de banco.

O homem da cidade científica não se assemelha a um antigo camponês egípcio ou chinês: parece-se muito mais com uma formiga, que morre quando desgarra de seu formigueiro.

Não podemos agora viver sem a Ciência.

Mais ainda --- não podemos viver sem que ela progrida. A população não pára de crescer e a aplicação da Ciência, que fez surgirem as imensas populações das sociedades industriais, criou para elas problemas que antes não existiam: poluição da água e do ar, superpopulação, novas doenças, habitação, transporte, educação para milhões.

Só a Ciência pode resolver os novos problemas que ela mesma suscitou.

E a Ciência tem respondido ao desafio, ampliando a produção dos alimentos, criando novos medicamentos, inventando computadores que processam milhões de dados em velocidade fulminante e máquinas de educar, estudando o cérebro humano e os recursos naturais, planejando, prevendo, pesquisando.

Mais e mais a sociedade precisa de cientistas e de conhecimento científico para progredir e manter-se viva. Passo a passo, irreversivelmente, a vida se torna mais e mais científica.

O paradoxo de nossa época é que massas de homens, que sem a Ciência estariam mortas, ignoram tudo da Ciência. O " novo jovem selvagem" passeia por entre "mágicas familiares" --- máquinas de ver à distância, de voar, de curar --- e não tem a menor idéia de como funcionam.

Entre os mais educados dos "novos selvagens" --- e há entre eles pessoas altamente educadas, universitários, literatos, jornalistas, juristas, filósofos --- existe mesmo a crença, muito divulgada, de que a Ciência criou uma vida antinatural para o homem.

Mas o que é natural? Que é voltar à natureza, ao mundo de antes da Ciência? Um moinho de vento, uma enxada, um machado de pedra, o fogo que cozinha os alimentos nada têm de naturais. São invenções humanas. Em que um moinho de vento é mais natural que um moinho elétrico, o uso do fogo mais natural que o da energia atômica e o emprego da pedra lascada mais natural que o do aço?

Não há caminho de volta.

Nossa sociedade só pode resolver os problemas nascidos da aplicação da técnica científica desenvolvendo a Ciência, aumentando o número de técnicos, educando em massa sua população.

Essa educação não se pode processar apenas nas escolas. Mais e mais a divulgação científica, dedicada aos não-profissionais da Ciência, ao homem da rua, aos jovens, aos especialistas de outros ramos, será uma atividade fundamental para a Humanidade.

Nosso conselho aos jovens --- participem da Ciência, não tornem-se um Jovem Novo Selvagem.

====================
[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] É possível uma pesquisa científica sobre a existência de deus?
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/04/2001 14:17

> >> E é isso que eu pretendo chamar a atenção, para o facto de
> >> as pessoas estarem a ser tomar posições abolutas como "Deus
> >> não existe" , baseadas em informações parciais colhidas aqui
> >> e ali.
>
> Sou um ateísta prático. Eu não afirmo que "deus não existe". Digo
> que "em face das evidências apresentadas, presumo que ele não existe".

Isso és tu. Mas nem todos os ateus pensam, ou mesmo que pensem, actuam
assim.

> Em Direito aprendemos que todo cidadão é inocente, até que se
> prove o contrário. (..)O nome disso chama-se "presunção da inocência".

Sim.
Agora repara. Poderias igualmente usar a "presunção de culpabilidade" em que
o cidadão e´culpado até prova em contrário.
Apenas não usamos isto, pq considramos , atravez de um juizo de valor ,
chamado Justiça, que presumir tal coisa , não é certo. Não é bom.
Então sobra-nos, depois de usar esse juizo de valor, apenas a hipotese da
presunção de inocância.

Tu ligas, portanto, o principio de presunção de inexistencia , e à
necessidade de prova da exisdtencia.
"nada exite até que se prova que existe" é o teu mote.
Mas igualmente, como no direito, poderias usar o principio de presunção da
existencia, e a necessidade de prova da inexistência. Logicamente , estes
dosi principios são equivalentes, como o eram o de inocência e
culpabildiade.
MAS , da mesma forma que antes , usas um valor, à semelhança da Justiça para
decidir.
Neste caso usas a Cientificidade, ou a Crença , e escolhes um dos
principios.
O crente escolhe o de presunção de existencia , até prova em contrário. E o
ateu, o outro.
Por isso, falei que eram iguais como do outro lado do espelho.

Espero que o principio de inocencia em si, não é certo nem errado, e que é o
teu conceito de justiça que determina se o consideras bom, ou mau. Da mesma
forma para o principio de existencia.


Por outro lado, se alguém acredita que é realmente verdade que Deus , não
existe, então deve ser fácil provar isso. Não ?
Então pq eles não o fazem ?
Lá porque o ónus da prova caiba à defesa, se a acusação provar o contrário a
defesa não tem como argumentar.
Refugiar-se no ónus da prova acho infantil, e um adiamento da resolução do
"problema"
A resposta, é que da mesma forma que um crente não é capaz de provar a
existência de Deus, um ateu não é capaz de provar a sua inexistência, e só
nos restam os princípios de in/existência e a consideração de juízo de valor
sobre qual adoptar.

Se eu adoptasse o principio de inexistência para tudo, meus professores
teriam o exponencial do trabalho a me ensinar física... não ?
Eu , até que me provem, continuo a presumir a inexistência de velocidade
máxima para a propagação da luz no vácuo. Ou posso assumir que : "dentro de
um modelo chamado Relatividade segundo os postulados de Eisntein, a
velocidade da luz no vácuo tem um máximo de propagação"
Eu não estou a dizer que é , ou não assim. Estou a assumir, apenas para
efeito de estudo, que funciona assim.

Da mesma forma, em religião eu aceito que dentro do modelo "Catolicismo" se
considere a Santíssima Trindade, que dentro do modelo "Espitistimo" se
aceite a existência de espiritos, como aceito que no modelo "Alienista"
existam aliens.
Isto não significa que estou a acreditar, apenas que estou a aceitar. E
dentro dessa lógica, tentar entender o que isso me adianta para resolver os
meus problemas.
MODELOS. As religiões , como as ciências, são modelos. Nenhumas são
verdadeiras ou falsas.
É isto que eu pensava que, como cientistas, fosse claro a todos, e ao
parecer não é. Alguns ainda acham que a ciência é verdadeira em si mesma.
Acreditar nisso, é tb uma forma de fé. E é contra esta incoerência que eu me
revolto.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda





SUBJECT: Hume e o argumento cosmologico
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/04/2001 14:27

[ Jocax ]:
>>nao estou propondo a intolerancia com sua
>> talvez consequencia "morte aos fiéis" :)

Em momento algum te chamamos de intolerante. Até acho
interessante ver os ateus mais "linha dura" detonando os crentes.
Eu mesmo travei um debate de três meses em uma lista de religião
com 54 membros que simplesmente encerrou a thread! Só estávamos
justificando nosso agnosticismo, que na prática pode ser percebido
como ateísmo (daí o termo "ateísmo prático").

[ Sérgio Taborda ]:
>> Poderias igualmente usar a "presunção de culpabilidade"
>> em que o cidadão e´culpado até prova em contrário.
(...)
>> Se eu adoptasse o principio de inexistência para tudo,
>> meus professores teriam o exponencial do trabalho a
>> me ensinar física... não ?

Agora você está levando as coisas ao máximo de suas
consequências, introduzindo suposições desnecessárias dentro do
contexto de algo que não comporta a natureza de seus argumentos. SE
o Direito presume inocência, deve-se ao fato de que seu OBJETIVO
como instituição é a pacificação dos conflitos sociais. Da mesma
forma, se a razão presume a inexistência, é porque seu objetivo
visa a consecução da efetividade à qual aspira. Somente isso.

>> Tu ligas, portanto, o principio de presunção de inexistencia ,
>> e à necessidade de prova da exisdtencia. "nada exite até
>> que se prova que existe" é o teu mote.

Não sou "eu" quem liga isso. É que essa é uma das bases
principais da *lógica* (fonte: COPI, Irving Marmer. Introdução à
Lógica. "in" 5:Preposições Categóricas; 10: Funções Proposicionais
e Quantificadores; 12: Conexões Causais. 2°. Ed. São Paulo: Jou,
1978.).
Não é, portanto, o *meu* "mote". Em "Provando uma Negação",
Richard Carrier www.strbrasil.com.br/scientia/negacao.htm demonstra
muito bem os motivos dessa necessidade.

>> Espero que o principio de inocencia em si, não é certo nem
>> errado, e que é o teu conceito de justiça que determina se
>> o consideras bom, ou mau. Da mesma forma para o
>> principio de existencia.

Certamente errado não, pois do contrário seria ilógico. Sua
argumentação aqui maculou-se por um "reductio ad absurdum". Todos
seriam "culpados" e portanto não haveria Estado (qual seria seu
objetivo?), nem poder, nem nada. MAS, se você quiser mesmo assim
forçar as consequências ao máximo, basta dizer.
Nesse caso, tudo existe. A Terra é oca. Sereias, minotauros,
unicórnios e todo o panteão grego, egípcio e romano estão por aqui.

É o tipo má filosofia que fala sobre "a maneira de como os
extraterrestres Zetas coibem os casos de bestialidade, onde seus
habitantes copulam com xylasks (devem ser animais da galáxia "Y") e
introjetam na ordem implítita as criações imaginativas que irão
brotar na nossa realidade como os terríveis chupacabras".

Desculpe se pareço desinteressado pelo assunto da "presunção de
que tudo existe", mas quando a lógica não pode ser utilizada como
critério, os diálogos perdem sua capacidade de serem efetivamente
construtivos.

[]'s.

Peterson.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fe' e ciencia de maos dadas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/04/2001 15:05

|
| [ Luiz Ferraz e demais listeiros ]:
| Que tal resolvermos essa questão sobre ele/ela/isso (deus)
| semelhante como foi resolvida a questão do "espiritismo x método
| científico", que envolveu o ex-listeiro e adepto da seita espírita
| Flávio? Lembro-me que o Léo disponibilizou seu laboratório para que se
| fizessem pesquisas de comprovação dos fenômenos espíritas.
| Sem querer parecer desafiador demais, mas já que estamos em uma
| lista de Ciência, o que o professor acha de disponibilizar seu
| laboratório para testar as teorias que comprovem a existência de
| deus??
|
| []'s
|
| Peterson.

Léo e seu laboratório á mais ampla disposição.
Mas, aqui vejo um problema; entre o espiritismo (e as baboseiras da reenganação e seus ectoplasmas) e o parâmetros virtual 'deus' há uma grande distância. Lá no espiritismo eles tentam falar em ciência (mesmo sem saber do que se trata) e atestam interações com a matéria ... ai fica fácil descambar o ato circense (eu mesmo já fui assistir a dois dessas espetáculos de reencarnação --- algo digno de ser descrito aqui no ciencialist) e, mais fácil ainda quando ocorre batuque na mesa e coisas que tais. Experimentos para refutar essa ao aquela teoria que comprovem algo de natureza virtual ainda não tentei ... nem saberia dizer em que parâmetro fixar a atenção.
Será que algo assim seria científico: Trarei 10 senhoras crentes e todas rezariam (fervorosamente) pedindo uma graça bem localizada no tempo e espaço, algo assim: "deus, sua existência está em jogo, será que vossa divindade poderia interagir com a matéria e dar um sinal de sua existência, digamos, algo simples como, hoje á meia noite, fazer nossa igreja elevar-se uns 5 metros do solo e assim ficar por cerca de 10 minutos?"
Tal empreendimento poderia ser tentado digamos 100 vezes.

Como se depreende, aguardo sugestões científicas para tais experimentos.

Para facilitar suas idéias comunico que não tenho no laboratório nenhum bevatron, quando muito um pequeno acelerador de partícula linear movido a Van de Graaff com 1,5 MV. Osciloscópio traço duplo, polarímetros, fontes de altas tensões, geradores de sinais (AF e RF), estroboscópios, sensores Hall, sensores de aproximação, de fumaça de peso, de campo magnético, de campo eletrostático, amplificadores, levitadores, ímãs de neodímio, radiômetros de Crookes, fonte de sódio, analisadores espectrais, tubos de Pucker, giroscópios, espelhos curvos e parabólicos, Bobinas de Tesla, máquina a vapor e toda parafernália típica de laboratório comum ficam á disposição para tais experimentos.

Por outro lado, a menos dessas duas próximas semanas para encerrar as reformas da casa-base, os interessados estão convidados a virem visitar-me e usufruir diretamente desse equipamento. Serão bem vindos.

Ah!, aqui á minha esquerda, cerca de 1 m de mim, está o protótipo do primeiro transmissor de ondas eletromagnéticas do mundo ... lindamente envernizado e brilhando (e funcionando, claro!) e, logo ao seu lado está meu relógio digital ... que funciona com duas rodelas de batatas!

[]'
Léo
========================





SUBJECT: Re: Randi no Larry King Live
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/04/2001 15:11

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Por favor, quem são James Randi, Larry King, Michael Shermer?

James Randi eh um magico profissional q. se dedica a desmascarar charlataes=
de toda sorte -- em especial os q. se dizem ligados ao alem. Ele e a instit=
uicao q.
fundou oferece um premio de mais de 1 milhao de dolares quem conseguir prov=
ar possuir poderes paranormais.

http://www.randi.org

Larry King eh o pai da formula dos talk-shows comanda o Larry King Live des=
de 1985 na CNN. (Seu program serviu de modelo para o do Jo Soares).

http://www.cnn.com/CNN/Programs/larry.king.live/

Michael Shermer eh diretor da Skeptical Society e editor da revista dessa e=
ntidade a Skeptical

http://www.skeptic.com/

(todos celebridades americanas -- bem, mais ou menos isso -- o mais famosos=
certamente eh o Larry King)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Site da STR.
FROM: Luis Roberto Brudna Holzle <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/04/2001 16:45


O site da STR ( http://www.strbrasil.com.br ) estah
(frequentemente) fora do ar devido a
problemas com o servico de hospedagem, Internet2001.

Isto aconteceu porque a STR cresceu e as visitas ao site aumentaram
muito, a Internet2001 reclamou que estava tendo aumento
de custos por causa disto... e tirou a STR do ar!!

O detalhe eh que quando foi feito o contrato estava claro que nao seria
cobrado nenhum valor a mais por causa de aumentos de trafego.

Jah estamos resolvendo o problema... eh soh ter paciencia.


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna

ps: pra quem ainda nao entendeu porque o administrador da Ciencialist
estah
dando explicacoes sobre a STR... aviso que sou editor da area de links
daquele site. :)



SUBJECT: A hipotese H1
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, despertar <despertar@yahoogroups.com>, PortAberta <PortAberta@yahoogroups.com>
DATE: 05/04/2001 16:48

Sérgio Taborda wrote:

> Isto não significa que estou a acreditar, apenas que estou a aceitar. E
> dentro dessa lógica, tentar entender o que isso me adianta para resolver os
> meus problemas.
> MODELOS. As religiões , como as ciências, são modelos. Nenhumas são
> verdadeiras ou falsas.
> É isto que eu pensava que, como cientistas, fosse claro a todos, e ao
> parecer não é. Alguns ainda acham que a ciência é verdadeira em si mesma.
> Acreditar nisso, é tb uma forma de fé. E é contra esta incoerência que eu me
> revolto.
>

Caro Sergio,
Vai ser dificil eu fazer-me entender mas vou tentar...

A palavra acreditar parace nao existir no seu dicionario....

Veja bem estas palavras : "acreditar" , "verdade", "aceitar", "evidencia", etc...
Elas existem dentro de um pretenso universo denotando uma variedade de
graus de crencas de aceitacao.

Veja , todos sabemos que tudo aqui ( inclusive o universo ) pode ser "falso"
no sentido que podemos estar apenas no "sonho da borboleta".

Sim, podemos estar num sonho de uma "borboleta" ou num universo virtual de
uma maquina simuladora. Entao eu poderia te perguntar :
"O que vc acredita?"
E qualquer q fosse a resposta eu poderia dizer :
NAO, isso pode nao ser verdade !!
Vc pode estar sendo simulado num computador e este pode ser desligado
ou os modelos de leis fisicas que o regem serem completamente alterados ou seja
eu poco supor literalmente *qualquer coisa* e vc nao podera me provar que
esta sua crenca seja verdadeira !

Por isso que eu digo q estas palavras assumem um contexto de probabilidade,
acreditar , verdade, aceitacao , sao palavras que exprimem nosso grau de
confianca nesta realidade ( q a rigor, agora sabemos, pode ser falsa).

Mas nao podemos ficar a nos perguntar o tempo todo se tudo eh real ou nao, pois
se o fizermos corremos o risco de nao sairmos do lugar e nao chegarmos a lugar
nenhum, ficaremos apenas a duvidar de tudo o tempo todo.

O que fazemos todos eh assumirmos que nosso universo eh real e que nos
existimos etc.. e vamos em frente..

Mas o que significa isso?
Significaria aceitar tudo como verdadeiro?
O que deveremos tomar como verdade ou acreditar e o que nao deveremos?

Parece que a humanidade, principalmente os cientistas, adotaram tres criterios
basicos para isso :
1- Consistencia logica ( assumimos que o universo funcione logicamente )
2- As evidencias (fisicas).
3- A navalha de ocam , ou principio da parcimonia / economia.

Veja bem, sempre podemos arguir que tudo eh falso, e realmente pode ser ,
mas estamos a restringir este grau de liberdade para facilitar a comunicacao
de modo que, ao inves de dizermos : "Se nosso universo for real, se eu nao estou
sonhando, se ..., entao a agua ferve a 100 graus centigrados" simplesmente
falamos entao: "A agua ferve a 100 graus centigrados".


1-Consistencia logica:
Se alguma coisa (teoria) nao tem consistencia logica assumimos que ela
eh falsa e, se tiver, assumimos que *podera* ser verdadeira.

2-As evidencias :
Sao os indicios ou provas materiais de que algo que se acredita seja verdadeiro. Isto quer
dizer que de 2 hipoteses consistentes,excludentes, que pouco sabemos,
deveremos escolher aquela que apresente evidencias, isto eh, fatos que a
corrobore.
A outra, que nao apresenta tais evidencias, devera ser preterida.
Sim, podera haver um erro e na verdade a segunda era verdadeira e a primeira
falsa. Mas se tivermos que escolher uma das hipoteses para tomarmos uma
decisao este eh o principio mais se utilizado.
Veja que eh um principio, da mesma maneira que eh um principio assumirmos
que nosso universo eh real. Poderiamos escolher a hipotese que *nao* apresente
tais evidencias mas o principio da evidencia foi escolhido por que talvez seja o que
mais de resultados, embora possa nao funcionar sempre.

3-A navalha de ocam eh o *principio* que estabelece que se tivermos varias
teorias que nao podem ser escolhidas pelos criterios 1 ou 2, entao
deveremos escolher a mais simples, ou a que requer menos hipoteses que as
outras. Eh o criterio da simplicidade : devemos escolher a hipotese mais simples.
Novamente : isso nao implica que seja a verdadeira !

Por que se utiliza deste principio e nao outro? bom, talvez por que a teoria
que requeira menos hipoteses seja a mais provavel de ser verdadeira.
Mas eh um principio aceito tacitamente e muitos o aplicam sem na verdade saber
que o estao aplicando.

Segundo Popper, o filosofo que definiu a ciencia moderna, uma teoria
soh eh cientifica se puder ser falseada, ou seja, submetida a testes que possam
a principio refuta-la E nenhuma teoria cientifica pode ser considerada verdadeira
elas soh pode ser considerada falsa ( no momento que eh refutada).
Enquanto a teoria nao for refutada ela pode ser considerada a mais verdadeira
ou o modelo mais correto que temos.

Todo cientista que estuda um pouco de filosofia da ciencia deveria saber isso.
Entao, quando um cientista aceita uma teoria como "verdadeira" ele esta
falando dentro do contexto assumido como sendo a teoria "mais verdadeira"
*ateh agora* sabendo , a principio e esta teoria pode vir a cair a qualquer hora.

Entao, da mesma forma, quando ele acredita qua a velocidade da luz eh
a mesma no vacuo ele esta tacitamente assumindo que : O universo existe,
que nao esta sonhando, que o mundo nao eh imaginacao de um dromedario,
que etc..... e que as leis fisicas vigentes sao verdadeiras ( ateh prova em contrario)
mas nao que isto seja uma verdade absoluta. Eh uma verdade dentro deste
contexto pratico.

Se temos uma ideia qualquer, para sermos coerentes, deveremos aplicar
estes conceitos de igual maneira tanto na vida pratica como na vida academica,
por exemplo , testemos 2 hipoteses:

H1-Lobisomens existem
H2-Lobisomens nao existem

Apliquemos nossos principios para analisar isso:

1-Coerencia:
Ambas hipoteses podem ser logicamente coerentes ( a principio )
Passemos ao criterio 2

2- Evidencias fisicas : Nao existem evidencias de que lobisomens existem
Portanto a hipotese 2 esta descartada.

Outro teste :
H1-Deus (inteligente e criador do universo ) existe
H2-Deus nao existe

1-Coerencia : podemos assumir q ambas sao coerentes
2-Evidencias: Podemos assumir q ambas hipoteses apresentem evidencias
3-Navalha de ocam : A hipotese H1 eh mais complexa que a hip H2
pois H1 requer um ser que tenha inteligencia e massa (energia) suficiente
para criar o universo.
H2 requer apenas que a massa ( energia ) exista.

Entao H1 deve ser rejeitada por ocam.


Claro que podemos nao aceitar nenhum destes principios como validos
e fazermos nossa propria "pseudo-ciencia" mas se quisermos
ser *COERENTES* com os principios cientificos deveremos segui-los
e isso implica em REJEITAR A HIPOTESE H1.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] É possível uma pesquisa ci entífica sobre a existência de deus?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/04/2001 17:12



Sérgio Taborda wrote:

> MODELOS. As religiões , como as ciências, são modelos. Nenhumas são
> verdadeiras ou falsas.
> É isto que eu pensava que, como cientistas, fosse claro a todos, e ao
> parecer não é. Alguns ainda acham que a ciência é verdadeira em si mesma.
> Acreditar nisso, é tb uma forma de fé. E é contra esta incoerência que eu me
> revolto.
>

Existe uma diferenca ABISSAL entre os modelos religiosos e os cientificos
Os modelos religiosos nao sao testados e quando o sao as provas
NUNCA sao consideradas ( apenas as provas a favor )

Os modelos cientificos sao sumariamente rejeitados se os testes
os refutarem, mesmo q seus autores rezem a Deus dias e noites
contra isso.

Para sermos coerentes com nossa posicao de cientistas
deveremos submeter a nossa religiosidade aa teste tambem.

Eh contra esta incoerencia q eu me revolto !

[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fé e ciência de mãos dadas no fim do milênio
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/04/2001 20:59

Ora, então dessa forma, você deve também chamar de religião:

Partidos Políticos
Sociedades de Amigos de Bairro
Associações Beneficientes
Empresas
A Ciência
As Diversas Correntes Filosóficas
A Humanidade
..........................

Tudo Religião

Francisco




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/04/2001 21:08

Sua rude fase não lhe permite ver o evidente!

O HOMEM NÃO EXISTE PÔ!!!!!!!!!!!

Francisco

Imagine o seguinte: O homem fabrica um liquidificador e tal mecanismo vai
evoluindo com o decorrer do tempo, ao sabor das novas tecnologias. Chegará
um ponto que o liquidificador estará tão evoluído que será capaz de
desenvolver uma teoria para explicar a sua origem .... o homem!

Troque homem por deus e liquidificador por homem ... e estamos conversados.

[]''
Léo ... ainda rude ... e isso vai durar mais 2 semanas!
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ e o Jovem Novo Selvagem
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/04/2001 21:17

Jovem Novo Selvagem
leo@barretos.com.br


O texto é seu???
É tão bom que, se voce permitir, minha esposa vai usá-lo em suas aulas de
Filosofia e vai apresenta-lo aos professores na escola onde trabalha.

Francisco



SUBJECT: Re: [ciencialist] Randi no Larry King Live
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/04/2001 21:49

> Randi é um cético da linha dura (aliás, duríssima),
mágico e
> desmascarador de místicos e paranormais. Faz parte do
CSICOP
> (Comissão para Investigação Científica das Alegações dos
> Paranormais) e do núcleo de pesquisas sobre a veracidade
de artigos
> da Nature.

Para complementar: no site da Fundação do James Randi
(www.randi.org) é publicada, toda sexta-feira, uma coluna
com os "comentários da semana", escrita pelo próprio Randi.
Vale a pena ser lida. Nela, ele comenta sobre várias coisas,
dentre elas: novos "causos" de paranormais que se inscrevem
para ganhar o prêmio de US$ 1M; puzzles; comentários sobre
pseudo-ciências, etc.

Curiosidade: em 6 de março último, em "aparição" no Larry
King Live, a parapsicóloga/medium Sylvia Browne aceitou o
desafio do James Randi, dizendo que entraria em contato com
ele para iniciar os testes. Desde então Randi colocou um
relógio em sua home page mostrando quantos dias já se
passaram sem que Sylvia o tenha procurado. Já se passaram 30
dias...

Abraços,

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"Is this the party to whom I am speaking?" - Lily Tomlin as
Ernestine the operator





SUBJECT: Re: [ciencialist] Andar com fe´ e o Jovem Novo Selvagem
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/04/2001 09:22

Use e abuse.
Esse meu texto está á disposição na Sala 19 do Imperdível ... além de outros que aqui reproduzo para facilitar as 'viagens':



Sala 19 - Leituras Recomendadas - www.feiradeciencias.com.br/sala19/index19.htm

00 - Jovem Novo Selvagem
01 - Massa ... em pratos limpos
02 - Estações do ano
03 - O Barômetro
04 - Ciência ... para que serve? (I)
05 - Ciência ... para que serve? (II)
06 - Coisas no ar (I) (da alquimia á química)
07 - Coisas no ar (II) (da alquimia á química)
08 - Lenha na fogueira (temperatura e calor)
09 - Metade de Nossa História
10 - Peso ... uma aventura
11 - Corrigindo velhos chavões
12 - Relatórios Escolares (5ª-8ª) (modelos)
13 - A Física de Liliput
14 - Onda sonora e onda de choque
15 - Alvorecer da Relatividade I
16 - Alvorecer da Relatividade II
17 - A queda da autoridade e do senso comum
18 - As Conversões de energia
19 - Período de Oscilação (recomendado)
20 - Interferência - Método de Young
21 - Ciência - Visão de Futuro
22 - A Necessidade da Divulgação Científica
23 - Pressão exercida pela água (c/ dicas p/ o professor)
24 - Paradoxo da lata furada
25 - Paradoxo das marés
26 - O Empuxo de Newton
27 - O perigo dos raios (também p/os usuários de piscina)
28 - Prensa, pressão e paradoxo
29 - Reconhecendo as nuvens
30 - Problema dos ladrilhos
31 - Navegando contra o vento
32 - Os flúxions de Newton
33 - O paradóxo da lata furada (complementação)
34 - Esvaziando a lata furada

[]'
Léo
=====================



-----Mensagem Original-----
De: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 5 de abril de 2001 21:17
Assunto: Re: [ciencialist] Andar com fe´ e o Jovem Novo Selvagem


| Jovem Novo Selvagem
| leo@barretos.com.br
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| O texto é seu???
| É tão bom que, se voce permitir, minha esposa vai usá-lo em suas aulas de
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Andar com fe´ eu vou pq a fe´ nao costuma falhar... G. Gil
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/04/2001 09:26



| Sua rude fase não lhe permite ver o evidente!
|
| O HOMEM NÃO EXISTE PÔ!!!!!!!!!!!
|
| Francisco
|

Mas o liquidificador sim! E é isso que interessa pois, nada impede que, no futuro, os liquidificadóides sejam a espécie dominante.

[]'
Léo
====================



SUBJECT: Eficacia simbolica
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/04/2001 14:37

Em uma mensagem de 04/04/01 23:04:49 Hora padrão leste da Am. Sul,
logos@pccp.com.ar (Marco Aurélio) escreveu:

<<A antropologia estrutural tem um interessante capítulo sobre o efeito do
símbolo. Claude Lévi-Strauss escreveu ha muito tempo um lindo e meduloso
artigo exatamente com este título (A Eficacia Simbólica). Também escreveu "O
Feiticeiro e sua Magia", sobre o mesmo tema.>>

Manuel Bulcão - Realmente, muitos experimentos realizados em laboratório vêm
demonstrando que as pessoas reagem aos símbolos (falo aqui em reações
psicossomáticas) como se os símbolos fossem objetos físicos. Ou seja,
frequentemente o organismo humano comporta-se como se não distinguisse
agentes mentais de agentes físicos, seres "noológicos" de seres "corpóreos".
Daí a "eficácia simbólica"; daí o poder da palavra: a palavra como agente
patogênico e terapêutico. A respeito disso, o neurologista russo Bykov
(discípulo de Pavlov) escreveu: "uma palavra pode produzir mudanças profundas
no organismo inteiro."

Quer um exemplo?

Entre os maoris da Nova Zelândia observa-se um fenômeno intrigante,
denominado "morte vodu". Esse fenômeno ocorre quando o xamã, ao apontar um
membro da tribo com um osso, declara-o tabu, ou então quando o nativo ingere
algum alimento proibido em sua cultura (proibido, porém não venenoso). Após
isso, e transcorrido algum tempo, o indivíduo morre. O antropólogo E.
Tregear, que testemunhou alguns casos de morte vodu, assim a descreve: "Vi um
jovem robusto morrer no mesmo dia em que foi 'declarado tabu'; as vítimas
morrem como se toda a sua energia se escoasse como água."

É claro que existe uma explicação fisiológica para a morte vodu: trata-se de
uma morte provocada por uma intensa e persistente estimulação
simpático-supra-renal, estimulação esta para a qual não há uma correspondente
descarga em ação. Fenômeno semelhante pode ser facilmente produzido em
laboratório com ratos e outros animais nos quais são inibidos os efeitos
moderadores do córtex sobre a excitação emocional.

Mas para o caso em questão a explicação fisiológica não basta. Na morte vodu
as razões endócrinas e neurofisiológicas são secundárias, isto é, participam
apenas como mediadores entre a causa principal e o efeito, sendo a causa
principal um fator psicológico: a expectativa da morte iminente. Vale dizer,
o que mata o maori não é nada que se possa qualificar como "físico" - um
germe, uma toxina, o choque de uma pedra, a ação de um objeto
perfurocortante, etc. -, mas um agente mental, ou melhor, uma informação ou a
ação de um signo: o movimento de indicação realizado pelo bruxo com um osso,
o qual tem por significado a sentença "você vai morrer".

E se considerarmos como proto-símbolos aqueles sinais que Pavlov chamou de
"estímulos condicionados" (o som da campainha, no caso dos experimentos com
cães), podemos estender este fenômeno - a eficácia simbólica - a muitos
outros animais. A propósito, numa experiência relatada pelos
neurofisiologistas Júlio Amaral e Renato Sabbatini no artigo "Efeito Placebo:
O Poder da Pílula de Açúcar", restou provado que a ação de um agente mental
(um sinal) no organismo pode ser mais poderosa que a de um agente físico.

Sabe-se que a acetilcolina e a adrenalina (agentes físicos) produzem no
organismo efeitos contrários. A primeira faz cair a pressão arterial, ao
passo que a segunda eleva-a.

Pois bem, conforme o artigo supracitado, "após fazer soar um estímulo sonoro,
aplica-se, em um cão, uma injeção de acetilcolina. Em resposta à acetilcolina
o cão tem hipotensão (queda da pressão arterial). Se, depois de diversas
combinações do som com a injeção, substituirmos a acetilcolina por
adrenalina, o cão continuará a ter hipotensão. Deveria ter hipertensão
(aumento da pressão arterial), portanto o condicionamento mudou completamente
a resposta ao segundo agente. A ação farmacológica da adrenalina foi anulada.
Seria de se esperar que o cão, ao recebê-la, tivesse aumento da pressão
arterial; mas como está recebendo aquela injeção temporalmente associada ao
estímulo sonoro, que para ele é sinal de hipotensão, sua pressão continua a
baixar. O organismo do cão ignora o efeito farmacológico da adrenalina e
obedece ao sinal de hipotensão, registrado no sistema nervoso central." (
http://www.epub.org.br/cm/n09/mente/placebo1.htm )

Isto posto, a afirmação pretensamente céptica de que "os efeitos da magia são
ilusórios" não passa de um preconceito cientificista, uma asserção
"pseudocientífica" tão danosa para a ciência humana (que ainda engatinha)
quanto aquele dogma skinneriano segundo o qual "mente" e "significado" não
são conceitos científicos. (Esses cientistas "duros" que negam a
subjetividade humana - um "óbvio ululante", diria Nelson Rodrigues - não
deveriam lamentar o avanço do irracionalismo, pois são eles os principais
responsáveis por isso. São eles que, com a sua negligência e estultice,
alimentam a fera.)

"Seria uma tolice negar a existência do mundo subjetivo. É claro que existe."
(Ivan Petrovich Pavlov)

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: Eficacia simbolica
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/04/2001 15:13

--- In ciencialist@y..., manuelbulcao@a... wrote:

> Entre os maoris da Nova Zelândia observa-se um fenômeno intrigante,
> denominado "morte vodu". Esse fenômeno ocorre quando o xamã, ao
>apontar um membro da tribo com um osso, declara-o tabu, ...
>Após isso, e transcorrido algum tempo, o indivíduo morre. O
>antropólogo E. Tregear, que testemunhou alguns casos de morte vodu,
>assim a descreve: "Vi um jovem robusto morrer no mesmo dia em que foi
>'declarado tabu';


James Randi !! CADE VC ?!?!?!?



[]s
jocax



SUBJECT: Duvida relativa aa superficies equipotenciais
FROM: "Leonardo Stern" <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/04/2001 15:45

Numa experiência de laboratório cujo objetivo é traçar superficies
equipotenciais e verificar o perfil das superficies geradas por dois
eletrodos puntiformes, bem como calcular o campo eletrico médio gerado
pelos eletrodos, colocamos 2 eletrodos ligados numa fonta 8 VDC dentro
de uma cuba circular com 1 dedo de água.

A cuba ficava em cima de um papel milimetrado. Os dois eletrodos ficam
distantes 10 cm um do outro. Com um multimetro medimos o potencial aa
1 cm de um dos eletrodos e procuramos outros 5 pontos na cuba com o
mesmo potencial.

Repetimos o procedimento para 2cm, 3 , ... 9 cm e com os 45 pontos
marcados em outra parte do papel milimetrado, temos que chegar ao
objetivo da experiência.

O problema é, a cuba era um pouco pequena, não tem como obervar a
metade inferior das elipses equipotencias. O gráfico se assemelha mais
aa uma parabola.

Procuro sugestões para chegar mais perto das conclusões esperadas sem
"roubar" (alguma conclusão do tipo .... é isso pq a formula é .. ou pq
está no livro...)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida relativa aa superficies equipotenciais
FROM: Adam Luiz de Azevedo <adam@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/04/2001 15:50

Com um pouco de cálculo, mostra-se que uma parábola é uma
elipse com um dos focos tendem ao infinito. Assim, para se ter certeza de
que as curvas são uma elipse ou não, você deve analisar a equação.

On Fri, 6 Apr 2001, Leonardo Stern wrote:

> Numa experiência de laboratório cujo objetivo é traçar superficies
> equipotenciais e verificar o perfil das superficies geradas por dois
> eletrodos puntiformes, bem como calcular o campo eletrico médio gerado
> pelos eletrodos, colocamos 2 eletrodos ligados numa fonta 8 VDC dentro
> de uma cuba circular com 1 dedo de água.
>
> A cuba ficava em cima de um papel milimetrado. Os dois eletrodos ficam
> distantes 10 cm um do outro. Com um multimetro medimos o potencial aa
> 1 cm de um dos eletrodos e procuramos outros 5 pontos na cuba com o
> mesmo potencial.
>
> Repetimos o procedimento para 2cm, 3 , ... 9 cm e com os 45 pontos
> marcados em outra parte do papel milimetrado, temos que chegar ao
> objetivo da experiência.
>
> O problema é, a cuba era um pouco pequena, não tem como obervar a
> metade inferior das elipses equipotencias. O gráfico se assemelha mais
> aa uma parabola.
>
> Procuro sugestões para chegar mais perto das conclusões esperadas sem
> "roubar" (alguma conclusão do tipo .... é isso pq a formula é .. ou pq
> está no livro...)
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida relativa aa superficies equipotenciais
FROM: Luis Roberto Brudna Holzle <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/04/2001 17:16

>
> Procuro sugestes para chegar mais perto das concluses esperadas sem
> "roubar" (alguma concluso do tipo .... isso pq a formula .. ou pq
> est no livro...)

Isso era uma coisa que me irritava muito nas aulas de fisica
experimental feitas em grupo. A maioria das pessoas queria fazer um atalho
para as conclusoes, ou seja, chegavam a alterar os dados para corroborar
com o que estava nos livros. Sempre fui do time que "que 'se deu errado'
entao vamos explicar o que aconteceu" e nao simplesmente forcar o
resultado.

Jah fiz essa experiencia das superficies equipotenciais, mas nao lembro
se encontrei problemas semelhantes.... isso jah faz um bom tempo. :)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna





SUBJECT: Astrologia
FROM: Mauro Pennafort <mpennafort@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/04/2001 23:56

Caros colegas,

Obviamente a astrologia nco i uma cijncia no sentido
popperiano moderno da palavra. Mas nco acredito que a
maioria dos adeptos da astrologia, sejam praticantes,
consulentes ou estudiosos, tenham muito bem a nogco da
relagco cijncia/mitodo cientmfico. Penso que eles usam
o termo no sentido etimolsgico, com significado de
estudo.

Ha muito o que estudar na astrologia. Primeiro i
necessario dominar a mitologia greco-romana a um nmvel
profundo, nas caractermsticas mntimas e relacionais
dos personagens. Depois parte-se para um estudo de
diversos textos da chamada astrologia psicolsgica que
vco desde Stephen Arroyo ati Liz Greene. Se o adepto
for sirio vai querer entender "as bases psicolsgicas",
lendo os textos de C.G. Jung e ati mesmo Freud.

Ha ati uma corrente astrolsgica chamada de "astrologia
cientmfica" (sic), que parece querer incorporar o
mitodo cientmfico. A idiia nco i nova e quem gosta de
filosofia e histsria da cijncia vai lembrar que ati
Kepler tentou a mesma coisa. Paul Choisnard fez uma
pesquisa estatmstica de baixmssima qualidade, mas, ao
menos tentou encontrar relagco entre personalidades e
os mapas astrais correspondentes. Depois o psicslogo
francjs Michel Gauguelin fez uma pesquisa estatmstica
com mais de 100.000 pessoas e nco encontrou quase nada
alim da aleatoriedade esperada, mas, entre artistas
famosos, parece haver dois ou trjs porcento de
vantagem da astrologia em relagco ` distribuigco
aleatsria. Esses 2% foram festejadmssimos pelos
astrslogos, que usam essa pesquisa como argumento ati
hoje. O prsprio Gauguelin duvidava da astrologia.

Na "moderna astrologia", os "pesquisadores"
interpretam ati mesmo astersides descobertos
recentemente e ha convengues de astrslogos para
discutir qual serco seus verdadeiros significados.
Alguns astrtnomos participam como convidados,
explicando os movimentos e permodos orbitais, que sco
prontamente analisados como influjncias poderosas
sobre as massas humanas.

Aqueles que acreditam que, um dia, a cijncia oficial
vai aceitar essa doutrina como cientmfica acham que a
classificagco como pseudo-cijncia nco passa de
preconceito de cientistas que nco gostariam de perder
seu status quo. Entre as justificativas desses adeptos
figuram idiias que vco desde a ingjnua comparagco do
efeito das maris com influjncia psicolsgica ati a
nogco de que o Teorema de Bell "prova a astrologia",
passando, nesse mnterim, pelo "trauma do nascimento"
de Jung. Uma salada autjntica.

Certa vez um aluno me afirmou que a astrologia pode
ser refutada experimentalmente e que, por isso, podia
ser considerada cijncia. Achei interessante que ele
estivesse utilizando um dos princmpios da pesquisa
cientmfica com tanta propriedade para um aluno de
ensino midio, afinal o que ele dizia fazia sentido.
Tive que responder que a astrologia tanto i falseavel
que ati ja foi falseada. E tome dados, registros,
pesquisas, publicagues.

Qual i a ligco dessas oportunidades? I que, ao
contrario do que se pensa, astrslogos, mmsticos e
estudiosos das "cijncias ocultas" nco sco pessoas
ignorantes, desprovidas de inteligjncia ou
irracionais. Muito pelo contrario, sco pessoas com
grande capacidade de abstragco, concentragco e
pesquisa. Geralmente possuem vocabulario extenso e sco
bastante articuladas em seu discurso. Temos visto
exemplo disso aqui na lista mesmo.

Alguim disse, no meio da discussco, que sistemas nco
cientmficos nco podem ser lsgicos. I um grande erro.
Para um sistema ser lsgico ele deve ter premissas
iniciais, conceitos primitivos, e regras bem
definidas. A astrologia i um sistema lsgico? De certo
ponto de vista i sim, pois ha toda uma metodologia e
um sistema de interpretagco que fazem sentido. Mas, em
testes controlados, quando diferentes astrslogos
interpretam um mesmo mapa natal independentemente, os
resultados nem sempre sco iguais. Mas basta que
uns leiam a interpretagco dos colegas para que surja
consenso. Certa vez um defensor das pseudo-cijncias,
colega de profissco, me contra-argumentou que esse
processo i igual a professores de pri-vestibular
conferindo o gabarito das questues antes de entrar em
sala para ensina-las. Uma analogia bastante imprspria,
mas que pode soar muito bem numa discussco acalorada.

Por tudo isso, se alguim quer defender o racionalismo,
o mitodo cientmfico, i preciso parar de tratar os
mmsticos e pseudo-cientistas como pessoas inferiores,
a quem os "infalmveis argumentos racionais" reduzirco
a ps. Argumentos lsgicos, presungco de inexistjncia,
desqualificagco de falacias e coisas do tipo podem nco
funcionar. I preciso conhecer os meandros das prsprias
"cijncias ocultas" para que se possa argumentar.

Ainda assim i preciso cuidado. @s vezes, mesmo
conhecendo em detalhes as filosofias e ordens
esotiricas, fica-se ` mercj de modelos ideais e
utspicos daquilo que, em tese, deveria ser religico,
misticismo, astrologia, cartomancia, teosofia etc...

Os exemplos de Newton e Einstein como cientistas
prolmficos apesar de religiosos e mmsticos i bastante
ilustrativo desses padrues de comportamento. Quando se
faz cijncia se i racional, quando se crj em Deus,
suspende-se essa racionalidade para satisfazer uma
necessidade.

Nco subestimem o poder que as crengas tjm de se
arraigar nas mentes das pessoas. O discurso emocional,
de qualquer das partes, i um terreno lodoso em que as
respostas sco lmmbicas e agressivas e podem acabar
traindo aquele que fala.

Forte abrago!

Mauro Pennafort

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/04/2001 02:16

Oi,

Manuel - Entre os maoris da Nova Zelândia observa-se um fenômeno intrigante,
denominado "morte vodu". Esse fenômeno ocorre quando o xamã, ao apontar um
membro da tribo com um osso, declara-o tabu, ...Após isso, e transcorrido
algum tempo, o indivíduo morre. O antropólogo E. Tregear, que testemunhou
alguns casos de morte vodu, assim a descreve: "Vi um jovem robusto morrer no
mesmo dia em que foi 'declarado tabu'.

Jocax - James Randi !! CADE VC ?!?!?!

Manuel - Esta te deixou sem fôlego e gago, não foi, Jocax? Ao ponto do teu
único contra-argumento reduzir-se a uma piada. Olha, antropólogos são
cientistas, pesquisadores conscienciosos que costumam curva-se aos fatos, e
não crédulos observadores, paranormais ou coisa do gênero, esse tipo de gente
com a qual se ocupa o mágico James Randi & Cia.

Mas, se você se permitir um pouco mais de abertura, perceberá que a morte
vodu nada tem de "coisa do outro mundo". Trata-se apenas de uma morte causada
por ansiedade esmagadora, a qual não é muito difícil de ser observada. O
psiquiatra George Engel, em seu livro "Psychological Development in Health
and Disease", relata muitos casos de "morte de choque na guerra, quando
nenhum trauma físico nem qualquer dos conhecidos fatores que acentuam o
choque puderam explicar a condição desastrosa."

"...soldados jovens e saudáveis, em combate, que morreram sem ferimentos, e
de pessoas envolvidas em desastres que sucumbiram quando perderam a
esperança... No folclore e na realidade da vida, pode-se dizer que uma pessoa
'morre de pesar'. E, poderíamos acrescentar, de crenças 'vodu' e muitas
outras coisas que nada têm a ver com as causas físicas." (Rollo May; O
Significado de Ansiedade; Zahar; p. 88).

Agora, colocando de lado o senso de humor, o que você acha da experiência
relatada em minha mensagem anterior, envolvendo campainha, cachorro,
acetilcolina e adrenalina? Não é intrigante que um réles sinal neutralize, ou
melhor, inverta a ação de um agente físico (a adrenalina) no organismo do cão?

E você, um memeticista, não acha que a denominada "eficácia simbólica",
quando tal eficácia é terapêutica, está em perfeita consonância com a
memética, ou mais especificamente, com a tese de que entre um meme e o seu
organismo hospedeiro (entre a crença e o crente) pode haver uma relação de
simbiose?

[]s
Manuel Bulcão




SUBJECT: Balelas 'new age'?
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/04/2001 09:37

Cientistas dos EUA investigam ligação entre saúde e emoções
Por Will Dunham

BETHESDA, Estados Unidos (Reuters) - Especialistas médicos reuniram-
se na
segunda-feira nos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, órgão máximo
médico
do país, para discutir um conceito que já foi considerado balela da
Nova Era
-- como as emoções influenciam a saúde ou a doença nas pessoas.

Pesquisadores destacados em medicina, neurociência, microbiologia,
psicologia
e ciências sociais participaram de uma conferência divisora de águas
sobre a
interação mente-corpo.

Claro, em vez de recorrer à cultura popular ou a temas de auto-ajuda,
eles
examinaram os mecanismos fisiológicos precisos envolvidos na conexão
entre o
estado mental da pessoa e sua saúde física.

"O que acontece é que esse campo de repente tornou-se aceito (na
ciência
tradicional). Certamente, há cinco anos, era considerado Nova Era",
disse
Esther Sternberg, do Instituto Nacional de Saúde Mental, em
entrevista.

"Essa noção de que as emoções têm alguma coisa a ver com a doença --
de que o
stress pode levar uma pessoa a adoecer, de que acreditar pode levar à
cura --
tudo isso é parte da cultura popular há milhares de anos. E, até
recentemente, não tínhamos os meios científicos de provar essas
conexões de
um modo científico e rigoroso", disse Sternberg.

Sternberg chefia uma programa no instituto que investiga o papel das
emoções
no sistema imunológico humano. Ela é uma entre muitos pesquisadores
que
começaram a estudar esse campo, usando tecnologias médicas avançadas
para
exames de cérebro, hormônios e do sistema imune.

O médico Robert Rose, diretor da Rede MacArthur de Interações entre a
Mente e
o Corpo, disse que a meta é ajudar as pessoas a se ajudarem,
respondendo
melhor à doença e a sintomas.

Segundo ele, os relacionamentos, a esperança e o amor são importantes
nos
processos de cura, mas ainda são necessário mais estudos para
entender como
funcionam as reações e os mecanismos do corpo.

"Não se trata de Nova Era", disse Rose. "Trata-se de ciência, de
entender
cientificamente como o cérebro responde ao ambiente."






SUBJECT: Re: [ciencialist] Eficacia simbolica
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/04/2001 10:19

> Entre os maoris da Nova Zelândia observa-se um fenômeno
intrigante,
> denominado "morte vodu". Esse fenômeno ocorre quando o
xamã, ao apontar um
> membro da tribo com um osso, declara-o tabu, ou então
quando o nativo ingere
> algum alimento proibido em sua cultura (proibido, porém
não venenoso). Após
> isso, e transcorrido algum tempo, o indivíduo morre. O
antropólogo E.
> Tregear, que testemunhou alguns casos de morte vodu, assim
a descreve: "Vi um
> jovem robusto morrer no mesmo dia em que foi 'declarado
tabu'; as vítimas
> morrem como se toda a sua energia se escoasse como água."

Quantos cientistas investigaram essas mortes maoris? Será
que ele têm certeza que o xamã não envenenou o "condenado"
depois, longe dos cientistas e de outros membros da tribo?
Sabemos que xamãs, feiticeiros e curandeiros sempre foram
aqueles com algum conhecimento "científico", maior do que o
restante da tribo, mas que faz suas apresentações dizendo
que são magias.

Não duvido do efeito que a mente pode ter sobre o corpo,
isso já foi amplamente comprovado, em maior ou menor escala.
Mas daí a afirmar que a morte do maori é necessariamente
devido a isso, já é uma outra história! Foi bem oportuna a
menção do Randi pelo Jocax, pois cientistas não são as
pessoas mais indicadas para descobrirem falcatruas
realizadas por mágicos e xamãs. Somente outros mágicos
possuem o dom de desmascará-los.


> É claro que existe uma explicação fisiológica para a morte
vodu: trata-se de
> uma morte provocada por uma intensa e persistente
estimulação
> simpático-supra-renal, estimulação esta para a qual não há
uma correspondente
> descarga em ação. Fenômeno semelhante pode ser facilmente
produzido em
> laboratório com ratos e outros animais nos quais são
inibidos os efeitos
> moderadores do córtex sobre a excitação emocional.

Explicação essa que poderia ser ad hoc para o caso maori?
Essa conclusão foi tirada após a autópsia do maori morto por
vodu? Ou aproveitou-se a experiência com ratos para se
explicar a morte dele? Novamente, não duvido que o maori até
possa realmente morrer por tal estímulo, mas para se ter
certeza é preciso uma investigação real, bem profunda, com
análises do corpo, observação contínua do indivíduo até a
hora da morte, etc.


>
> Mas para o caso em questão a explicação fisiológica não
basta. Na morte vodu
> as razões endócrinas e neurofisiológicas são secundárias,
isto é, participam
> apenas como mediadores entre a causa principal e o efeito,
sendo a causa
> principal um fator psicológico: a expectativa da morte
iminente. Vale dizer,
> o que mata o maori não é nada que se possa qualificar como
"físico" - um
> germe, uma toxina, o choque de uma pedra, a ação de um
objeto
> perfurocortante, etc. -, mas um agente mental, ou melhor,
uma informação ou a
> ação de um signo: o movimento de indicação realizado pelo
bruxo com um osso,
> o qual tem por significado a sentença "você vai morrer".

O que dizer então dos condenados do "corredor da morte"?
Todos sabem, com dias de antecedência, que vão morrer.
Apesar disso, não conheço relatos de alguém que tenha
morrido antes...


#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"Somebody left the cork out of my lunch." - W.C. Fields




SUBJECT: Astrologia
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/04/2001 14:23

[ Mauro Pennafort ]:
>> Depois o psicólogo francês Michel Gauguelin fez
>> uma pesquisa estatísticacom mais de 100.000 pessoas
>> e não encontrou quase nada além da aleatoriedade
>> esperada, mas, entre artistas famosos, parece
>> haver dois ou três porcento de vantagem da
>> astrologia em relação à distribuição aleatória.
>> Esses 2% foram festejadíssimos pelos astrólogos,
>> que usam essa pesquisa como argumento até
>> hoje.

Lembremos que normalmente artistas são pessoas extremamente
versáteis, é até mesmo difícil encontrar algum que não tenha
passado por vários casamentos, dificuldades, depressões e
reestruturações desses momentos. Muitas vezes sua própria vida
poderia servir para representar a vida e características de muitas
pessoas, especialmente quando as descrições estão no campo da
interpretação subjetiva. Será que a astrologia possui um método
eficiente apenas para alguns artistas famosos, ou será que artistas
famosos tem mais possibilidades de ter diversas mudanças na vida, e
englobarem um maior número de possibilidades de expressões
características que podem se enquadrar nos "chutes" das previsões
astrológicas? O que eu achei interessante aqui é que *apenas* 2%
das descrições conseguiram ser encaixadas na descrição da vida ou
personalidade de artistas famosos...

>> Argumentos lógicos, presunção de inexistência,
>> desqualificação de falácias e coisas do tipo podem não
>> funcionar.

Onde a lógica não funciona não existe maneira de uma construção
objetiva. Ou mesmo subjetiva prática. É preciso lembrar que até
mesmo as formações de ordem caótica só formam possibilidades
compreensíveis quando passam pelo filtro de leis naturais bem
lógicas, previsíveis e racionais.
Não sei se estou me fazendo compreender, mas vou tentar isso
lembrando de que o surgimento da vida em nosso planeta pode ser
explicada através da reunião aparentemente caótica de elementos
básicos, mas a agregação e evolução desses elementos é compreendida
quando as variáveis caóticas são agremiadas e submetidas às leis
lógicas. Os elementos podem ter se agremiado caoticamente, mas só
lograram êxito dentro do desenvolvimento de leis conhecidas.
Desclassificar os argumentos lógicos ou a presunção da
inexistência só pode servir para transformar nossa compreensão das
leis naturais na justificativa de qualquer coisa que nossa
imaginação querer, e esse é justamente o terreno em que não apenas
a astrologia, mas também os gnomos, a terra oca, os unicórnios e os
"deuses gregos" podem ser explicados. Mas tornam-se ao mesmo tempo
nulos, pois os evangélicos diriam que isso é "coisa do diabo", e
não haveriam igualmente argumentos lógicos e racionais para refutar
suas crenças. Não saberíamos se, derrepente, eles teriam razão! Não
haveria também um argumento mais lógico para dizer que vale uma
coisa do que outra (uma vez que a lógica deveria ser abolida). O
diabo existiria e poderia muito bem usar da astrologia ou dos
deuses gregos para iludir o homem e os afastar de Jesus (como eles
pregam!!). Depois esses também seriam nulos, pois os islâmicos
diriam que todos estão errados, pois Aláh condena tudo isso. A
confusão seria absurda se admitirmos que alguma coisa pode ser
explicada e compreendida racionalmente, sem ir contra a realidade
quando a lógica e a experimentação não pode ser utilizada. Isso me
lembra exatamente o período da idade média conhecido como "idade
das trevas", em que o mundo parecia realmente ser assombrado por
demônios.

>> É preciso conhecer os meandros das próprias
>> "ciências ocultas" para que se possa argumentar.

Certo, mas por essa regra deveríamos conhecer todas as
religiões (que são centenas ou milhares) para que se pudesse
refutar ou argumentar com cada uma delas. Ou haveria um argumento
"mais lógico" para se estudar primeiro a alquimia, digo,
astrologia? E se quando estudássemos as "ciências ocultas",
teríamos certeza de que a lógica baseada em suas premissas são
verdadeiras, haja vista que as premisas compõe-se de falácias
"petitio principii"? E se alguém argumentasse que se você não
concordou é porquê não estudou direito, ou não vivenciou? Quantos
anos são necessários para se compreender e ainda por cima
"vivenciar" o ocultismo? Como ex-maçom, martinista, templário e
rosacruz estudei Pappus, Éliphas Lévi, Philip de Lion, Stanillas de
Guaita, Martinés de Pasqualles, Jacob Boheme, Aleyster Crowley
(embora não o considere um ocultista), etc. Não fui capaz de
iniciar minha vivência desse modelo de verdade em menos de 4 anos
após o primeiro contato com eles (agora já fazem 8 anos). E ainda
assim dizem que fui muito rápido, que "queimei algumas etapas"...
Seria justo que, depois de tudo isso, para refutar a seita
vodoo eu precisasse vivenciar a seita, e em alguns momentos
espetasse alguns bonecos e comesse carne decomposta durante alguns
anos? E quanto ao budismo, então, cujo estudo de doutoramento médio
em sua filosofia dura 12 anos, e um dala-lama requer 25 anos???
Lembro-me que quando começei a me tornar cético, pedi para que
um mestre da temida (por alguns ocultistas) Ordem Hermética da
Aurora Dourada (Golden Dawn) fizesse uma demonstração prática de
levitação. Ele me falou que era necessário, para que eu "percebesse
a levitação", que adentrasse à Ordem até o IX°, "O Mote to
Megaterion". Mas isso não deveria ser necessário. Bastava que ele
realizasse a levitação para que eu acreditasse (caso comprovasse
que não houve embuste) e desejasse adquirir o conhecimento para
tal.
Pode parecer um pouco duro, mas é assim que as coisas
funcionam. Um cientista não pede para que você estude a Teoria da
Propulsão à Jato para que possa "perceber" um foguete partindo da
Terra à Lua. Sua evidência está aí para todos verem. Seu
conhecimento foi submetido à experiência. Pedir menos do que isso
para a astrologia é uma atitude de má-fé.
Mas eu não estou dizendo que a astrologia nunca possa vir a
ser, um dia, comprovada racionalmente, e passar pelas provas
preliminares da lógica das falácias, da experiência e da realidade
prática.
Além disso, ninguém é obrigado a aceitar a ciência, experiência
ou a lógica como únicos caminhos para se atingir sua finalidade
pessoal. Mas, do mesmo modo, a ciência não é (e nem deve) dobrar
seu método para satisfazer as necessidades emocionais ou
sentimentais das pessoas que desejam que seu pensamento seja
verdadeiro.

>> Aqueles que acreditam que, um dia, a ciência oficial
>> vai aceitar essa doutrina como científica acham que a
>> classificação como pseudo-ciência não passa de
>> preconceito de cientistas que não gostariam de perder
>> seu status quo.

Disso não há dúvida alguma. Tenho um amigo teólogo que diz algo
semelhante, mas sobre outro assunto. Ele fala que "os cientistas
não se dobram às evidências bíblicas por puro orgulho". Os
espíritas usam o mesmo argumento quanto à sua seita, e assim por
diante. Todos desejam ardentemente o aval da ciência.
Mas, às vezes eu fico me perguntando e vou aproveitar a
oportunidade para falar com todos os amigos da lista.

SE a comunidade científica é tão "arrogante", "insensível",
"dura" ou "cética" a ponto de ignorarem condições que poderiam
trazer "novas perspectivas", então PORQUÊ essas pessoas que
criticam esses mesmos cientistas não estudam ciência e não se fazem
aquilo que eles queriam que aqueles homens "céticos" fizessem nos
mesmos experimentos? Parece-me que é muito fácil ficar criticando a
"cabeça dura" de alguém quando se está sentado na cadeira, de
braços cruzados, simplesmente observando. Porquê esses "cientistas"
alternativos ou que querem mudar o adjetivo de alguma pseudociência
não conseguem resultados práticos tão ou mais eficazes do que os
cientistas "insensíveis"? Na verdade parece que esse povo perde
noites de sono preocupados com o que pensam seres tão
inferiores!!!!
JÁ SEI ! Devem estar tão preocupados com o destino de nossas
almas mesquinhas que nem tem condições psicológicas para terminarem
de desenvolver seus foguetes movidos à ectoplasma, ou então
terminar de realizar suas pesquisas para o aperfeiçoamento da
astrologia!
Daqui a pouco eu é que vou acabar perguntando a um
*psicanalista* se é possível alguém ter prazer masoquista fora da
esfera físico-sexual, tendo prazer ao gostar de se dizer (ou se
sentir...) torturado e humilhado pelo ceticismo científico.
Obviamente seria mais fácil ocupar o tempo da crítica
trabalhando na superação científica das hipóteses, até a consecução
de sua efetividade; que está sendo tão interrompida pelas crises de
advertência ao arrependimento e à conversão... Alguém saberia me
explicar o motivo coisa não estar sendo assim?
Quando eu quero provar que minha teoria é mais provável e
prática do que outra, eu posso trabalhar nela, aperfeiçoa-la até
que se torne experimental e útil OU eu posso simplesmente deixar
de trabalhar naquilo que eu *digo* acreditar e falar que ela é
certa, e dizer que quem não está vendo o dragão invisível é porquê
não soube como percebê-lo, porquê não "tem fé" ou porquê está sendo
lógico demais, está "muito apegado à realidade", às coisas
materiais, etc.
A "nova roupa do rei", invisível, tornava-se até visível quando
se diziam aos súditos que somente os tolos, os poucos inteligentes
e os que não tinham "mente aberta" ou "visão artística" não
conseguiam percebê-la.
Mas argumentos assim não provam nada, e só podem ser eficazes
mesmo quando se faz o "sutil" apelo para que algo passe pelo senso
crítico das falácias, das lógicas e da experiência.

-- Mas eu posso estar errado --. E gostaria muito que alguém
tivesse argumentos pelo menos *plausíveis* (seria exigir muito?)
para tal demonstração. Só que não se espere que isso seja feito sem
questionamentos do motivo pelo qual essa ou aquela falácia, essa ou
aquela ignorância da realidade, ou até mesmo da lógica comparada a
outros sistemas e crenças deve ser excluída.

>> Por tudo isso, se alguém quer defender o racionalismo,
>> o método científico, é preciso parar de tratar os
>> místicos e pseudo-cientistas como pessoas inferiores,
>> a quem os "infalíveis argumentos racionais" reduzirão
>> a pó.

Concordo plenamente com isso. Muitos místicos e
pseudocientistas podem ter tanta ou talvez até mais capacidade
científica do que muitos de nós. Mesmo que suas pesquisas não
tenham utilidade prática, não podemos ignorar que muitas pesquisas
*podem* chegar a tê-la, e algumas teorias que já foram
ridicularizadas no passado mostram-se perfeitamente condizentes com
nosso conhecimento atual.
Por outro lado, é preciso também que os místicos e
pseudocientistas não sejam melindrosos. Alguns ficam gravemente
ofendidos até mesmo quando lhes fazemos perguntas básicas, e saem
com uma má impressão bastante preconceituosa sobre o método
científico por causa de um ou outro cientista ou cético. Algumas
dessas pessoas passam a pesquisar de forma independente ou
transformam suas teorias não provadas em doutrinas, quando isso
poderia ser substituído pela humildade de simplesmente continuar
buscando mais evidências.
Acima de tudo isso, a abordagem humana e os bons tratos devem
estar acima de qualquer preconceitos, tanto por parte de dos
pseudocientistas quanto dos cientistas mais céticos. O
relacionamento ideal deveria ser de respeito por ambos os lados.
Também é muito importante não confundir a discussão argumentativa
sobre IDÉIAS com ataques pessoais.
Jugar um pseudocientista ou um místico como "pessoas
inferiores" é mesmo um preconceito arrogante e injustificável.

"Numa vida curta e incerta, parece cruel fazer qualquer coisa
que possa privar as pessoas do consolo da fé, quando a ciência não
pode remediar sua angústia. Aqueles que não conseguem suportar o
peso da ciência, tem a liberdade de ignorar seus preceitos". Carl
Sagan.

Perdoe se em algum momento pareci um pouco rude.

[]'s

Peterson.



SUBJECT: Astrologia
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/04/2001 17:27

[ Mauro Pennafort ]:
>> Depois o psicólogo francês Michel Gauguelin fez
>> uma pesquisa estatísticacom mais de 100.000 pessoas
>> e não encontrou quase nada além da aleatoriedade
>> esperada, mas, entre artistas famosos, parece
>> haver dois ou três porcento de vantagem da
>> astrologia em relação à distribuição aleatória.
>> Esses 2% foram festejadíssimos pelos astrólogos,
>> que usam essa pesquisa como argumento até
>> hoje.

Lembremos que normalmente artistas são pessoas extremamente
versáteis, é até mesmo difícil encontrar algum que não tenha
passado por vários casamentos, dificuldades, depressões e
reestruturações desses momentos. Muitas vezes sua própria vida
poderia servir para representar a vida e características de muitas
pessoas, especialmente quando as descrições estão no campo da
interpretação subjetiva. Será que a astrologia possui um método
eficiente apenas para alguns artistas famosos, ou será que artistas
famosos tem mais possibilidades de ter diversas mudanças na vida, e
englobarem um maior número de possibilidades de expressões
características que podem se enquadrar nos "chutes" das previsões
astrológicas? O que eu achei interessante aqui é que *apenas* 2%
das descrições conseguiram ser encaixadas na descrição da vida ou
personalidade de artistas famosos...

>> Argumentos lógicos, presunção de inexistência,
>> desqualificação de falácias e coisas do tipo podem não
>> funcionar.

Onde a lógica não funciona não existe maneira de uma construção
objetiva. Ou mesmo subjetiva prática. É preciso lembrar que até
mesmo as formações de ordem caótica só formam possibilidades
compreensíveis quando passam pelo filtro de leis naturais bem
lógicas, previsíveis e racionais.
Não sei se estou me fazendo compreender, mas vou tentar isso
lembrando de que o surgimento da vida em nosso planeta pode ser
explicada através da reunião aparentemente caótica de elementos
básicos, mas a agregação e evolução desses elementos é compreendida
quando as variáveis caóticas são agremiadas e submetidas às leis
lógicas. Os elementos podem ter se agremiado caoticamente, mas só
lograram êxito dentro do desenvolvimento de leis conhecidas.
Desclassificar os argumentos lógicos ou a presunção da
inexistência só pode servir para transformar nossa compreensão das
leis naturais na justificativa de qualquer coisa que nossa
imaginação querer, e esse é justamente o terreno em que não apenas
a astrologia, mas também os gnomos, a terra oca, os unicórnios e os
"deuses gregos" podem ser explicados. Mas tornam-se ao mesmo tempo
nulos, pois os evangélicos diriam que isso é "coisa do diabo", e
não haveriam igualmente argumentos lógicos e racionais para refutar
suas crenças. Não saberíamos se, derrepente, eles teriam razão! Não
haveria também um argumento mais lógico para dizer que vale uma
coisa do que outra (uma vez que a lógica deveria ser abolida). O
diabo existiria e poderia muito bem usar da astrologia ou dos
deuses gregos para iludir o homem e os afastar de Jesus (como eles
pregam!!). Depois esses também seriam nulos, pois os islâmicos
diriam que todos estão errados, pois Aláh condena tudo isso. A
confusão seria absurda se admitirmos que alguma coisa pode ser
explicada e compreendida racionalmente, sem ir contra a realidade
quando a lógica e a experimentação não pode ser utilizada. Isso me
lembra exatamente o período da idade média conhecido como "idade
das trevas", em que o mundo parecia realmente ser assombrado por
demônios.

>> É preciso conhecer os meandros das próprias
>> "ciências ocultas" para que se possa argumentar.

Certo, mas por essa regra deveríamos conhecer todas as
religiões (que são centenas ou milhares) para que se pudesse
refutar ou argumentar com cada uma delas. Ou haveria um argumento
"mais lógico" para se estudar primeiro a alquimia, digo,
astrologia? E se quando estudássemos as "ciências ocultas",
teríamos certeza de que a lógica baseada em suas premissas são
verdadeiras, haja vista que as premisas compõe-se de falácias
"petitio principii"? E se alguém argumentasse que se você não
concordou é porquê não estudou direito, ou não vivenciou? Quantos
anos são necessários para se compreender e ainda por cima
"vivenciar" o ocultismo? Como ex-maçom, martinista, templário e
rosacruz estudei Pappus, Éliphas Lévi, Philip de Lion, Stanillas de
Guaita, Martinés de Pasqualles, Jacob Boheme, Aleyster Crowley
(embora não o considere um ocultista), etc. Não fui capaz de
iniciar minha vivência desse modelo de verdade em menos de 4 anos
após o primeiro contato com eles (agora já fazem 8 anos). E ainda
assim dizem que fui muito rápido, que "queimei algumas etapas"...
Seria justo que, depois de tudo isso, para refutar a seita
vodoo eu precisasse vivenciar a seita, e em alguns momentos
espetasse alguns bonecos e comesse carne decomposta durante alguns
anos? E quanto ao budismo, então, cujo estudo de doutoramento médio
em sua filosofia dura 12 anos, e um dala-lama requer 25 anos???
Lembro-me que quando começei a me tornar cético, pedi para que
um mestre da temida (por alguns ocultistas) Ordem Hermética da
Aurora Dourada (Golden Dawn) fizesse uma demonstração prática de
levitação. Ele me falou que era necessário, para que eu "percebesse
a levitação", que adentrasse à Ordem até o IX°, "O Mote to
Megaterion". Mas isso não deveria ser necessário. Bastava que ele
realizasse a levitação para que eu acreditasse (caso comprovasse
que não houve embuste) e desejasse adquirir o conhecimento para
tal.
Pode parecer um pouco duro, mas é assim que as coisas
funcionam. Um cientista não pede para que você estude a Teoria da
Propulsão à Jato para que possa "perceber" um foguete partindo da
Terra à Lua. Sua evidência está aí para todos verem. Seu
conhecimento foi submetido à experiência. Pedir menos do que isso
para a astrologia é uma atitude de má-fé.
Mas eu não estou dizendo que a astrologia nunca possa vir a
ser, um dia, comprovada racionalmente, e passar pelas provas
preliminares da lógica das falácias, da experiência e da realidade
prática.
Além disso, ninguém é obrigado a aceitar a ciência, experiência
ou a lógica como únicos caminhos para se atingir sua finalidade
pessoal. Mas, do mesmo modo, a ciência não é (e nem deve) dobrar
seu método para satisfazer as necessidades emocionais ou
sentimentais das pessoas que desejam que seu pensamento seja
verdadeiro.

>> Aqueles que acreditam que, um dia, a ciência oficial
>> vai aceitar essa doutrina como científica acham que a
>> classificação como pseudo-ciência não passa de
>> preconceito de cientistas que não gostariam de perder
>> seu status quo.

Disso não há dúvida alguma. Tenho um amigo teólogo que diz algo
semelhante, mas sobre outro assunto. Ele fala que "os cientistas
não se dobram às evidências bíblicas por puro orgulho". Os
espíritas usam o mesmo argumento quanto à sua seita, e assim por
diante. Todos desejam ardentemente o aval da ciência.
Mas, às vezes eu fico me perguntando e vou aproveitar a
oportunidade para falar com todos os amigos da lista.

SE a comunidade científica é tão "arrogante", "insensível",
"dura" ou "cética" a ponto de ignorarem condições que poderiam
trazer "novas perspectivas", então PORQUÊ essas pessoas que
criticam esses mesmos cientistas não estudam ciência e não se fazem
aquilo que eles queriam que aqueles homens "céticos" fizessem nos
mesmos experimentos? Parece-me que é muito fácil ficar criticando a
"cabeça dura" de alguém quando se está sentado na cadeira, de
braços cruzados, simplesmente observando. Porquê esses "cientistas"
alternativos ou que querem mudar o adjetivo de alguma pseudociência
não conseguem resultados práticos tão ou mais eficazes do que os
cientistas "insensíveis"? Na verdade parece que esse povo perde
noites de sono preocupados com o que pensam seres tão
inferiores!!!!
JÁ SEI ! Devem estar tão preocupados com o destino de nossas
almas mesquinhas que nem tem condições psicológicas para terminarem
de desenvolver seus foguetes movidos à ectoplasma, ou então
terminar de realizar suas pesquisas para o aperfeiçoamento da
astrologia!
Daqui a pouco eu é que vou acabar perguntando a um
*psicanalista* se é possível alguém ter prazer masoquista fora da
esfera físico-sexual, tendo prazer ao gostar de se dizer (ou se
sentir...) torturado e humilhado pelo ceticismo científico.
Obviamente seria mais fácil ocupar o tempo da crítica
trabalhando na superação científica das hipóteses, até a consecução
de sua efetividade; que está sendo tão interrompida pelas crises de
advertência ao arrependimento e à conversão... Alguém saberia me
explicar o motivo coisa não estar sendo assim?
Quando eu quero provar que minha teoria é mais provável e
prática do que outra, eu posso trabalhar nela, aperfeiçoa-la até
que se torne experimental e útil OU eu posso simplesmente deixar
de trabalhar naquilo que eu *digo* acreditar e falar que ela é
certa, e dizer que quem não está vendo o dragão invisível é porquê
não soube como percebê-lo, porquê não "tem fé" ou porquê está sendo
lógico demais, está "muito apegado à realidade", às coisas
materiais, etc.
A "nova roupa do rei", invisível, tornava-se até visível quando
se diziam aos súditos que somente os tolos, os poucos inteligentes
e os que não tinham "mente aberta" ou "visão artística" não
conseguiam percebê-la.
Mas argumentos assim não provam nada, e só podem ser eficazes
mesmo quando se faz o "sutil" apelo para que algo passe pelo senso
crítico das falácias, das lógicas e da experiência.

-- Mas eu posso estar errado --. E gostaria muito que alguém
tivesse argumentos pelo menos *plausíveis* (seria exigir muito?)
para tal demonstração. Só que não se espere que isso seja feito sem
questionamentos do motivo pelo qual essa ou aquela falácia, essa ou
aquela ignorância da realidade, ou até mesmo da lógica comparada a
outros sistemas e crenças deve ser excluída.

>> Por tudo isso, se alguém quer defender o racionalismo,
>> o método científico, é preciso parar de tratar os
>> místicos e pseudo-cientistas como pessoas inferiores,
>> a quem os "infalíveis argumentos racionais" reduzirão
>> a pó.

Concordo plenamente com isso. Muitos místicos e
pseudocientistas podem ter tanta ou talvez até mais capacidade
científica do que muitos de nós. Mesmo que suas pesquisas não
tenham utilidade prática, não podemos ignorar que muitas pesquisas
*podem* chegar a tê-la, e algumas teorias que já foram
ridicularizadas no passado mostram-se perfeitamente condizentes com
nosso conhecimento atual.
Por outro lado, é preciso também que os místicos e
pseudocientistas não sejam melindrosos. Alguns ficam gravemente
ofendidos até mesmo quando lhes fazemos perguntas básicas, e saem
com uma má impressão bastante preconceituosa sobre o método
científico por causa de um ou outro cientista ou cético. Algumas
dessas pessoas passam a pesquisar de forma independente ou
transformam suas teorias não provadas em doutrinas, quando isso
poderia ser substituído pela humildade de simplesmente continuar
buscando mais evidências.
Acima de tudo isso, a abordagem humana e os bons tratos devem
estar acima de qualquer preconceitos, tanto por parte de dos
pseudocientistas quanto dos cientistas mais céticos. O
relacionamento ideal deveria ser de respeito por ambos os lados.
Também é muito importante não confundir a discussão argumentativa
sobre IDÉIAS com ataques pessoais.
Jugar um pseudocientista ou um místico como "pessoas
inferiores" é mesmo um preconceito arrogante e injustificável.

"Numa vida curta e incerta, parece cruel fazer qualquer coisa
que possa privar as pessoas do consolo da fé, quando a ciência não
pode remediar sua angústia. Aqueles que não conseguem suportar o
peso da ciência, tem a liberdade de ignorar seus preceitos". Carl
Sagan.

Perdoe se em algum momento pareci um pouco rude.

[]'s

Peterson.




SUBJECT: Modelo Atomico Atual
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/04/2001 02:41

Alguém sabe uma página onde eu possa encontrar informações (e se possível
figuras) do modelo atomico atual?

[ ]'s

--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| Rio de Janeiro - Brasil
| http://www.geocities.com/dfreirebr/
| daniellf@scientist.com daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein




SUBJECT:
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/04/2001 14:11

--- In ciencialist@y..., "Daniel Leal Freire" <daniellf@h...> wrote:
> Alguem sabe uma pagina onde eu possa encontrar informacoes (e se
> possivel figuras) do modelo atomico atual?


Daniel,

The atomic model
http://pc65.frontier.osrhe.edu/hs/science/pmodel.htm

Development of atomic theory
http://www.britannica.com/eb/article?eu=119283

Atomic structure: Schrodinger quantum mechanical model
http://learn.chem.vt.edu/tutorials/atomic/schrodinger.html

Aventura das Particulas
http://www.aventuradasparticulas.ift.unesp.br/
http://www.aventuradasparticulas.ift.unesp.br/atom_fund.html
http://www.aventuradasparticulas.ift.unesp.br/frames.html

Cern: Explore the Atom
http://public.web.cern.ch/Public/SCIENCE/Welcome.html


[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Eficacia simbolica
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/04/2001 16:58

Olá Marcelo Barbosa e lista,

Manuel Bulcão - Entre os maoris da Nova Zelândia observa-se um fenômeno
intrigante, denominado "morte vodu". Esse fenômeno ocorre quando o xamã, ao
apontar um membro da tribo com um osso, declara-o tabu, ou então quando o
nativo ingere algum alimento proibido em sua cultura (proibido, porém não
venenoso). Após isso, e transcorrido algum tempo, o indivíduo morre. O
antropólogo E. Tregear, que testemunhou alguns casos de morte vodu, assim a
descreve: "Vi um jovem robusto morrer no mesmo dia em que foi 'declarado
tabu'; as vítimas morrem como se toda a sua energia se escoasse como água."

Marcelo Barbosa - Quantos cientistas investigaram essas mortes maoris? Será
que ele têm certeza que o xamã não envenenou o "condenado" depois, longe dos
cientistas e de outros membros da tribo? Sabemos que xamãs, feiticeiros e
curandeiros sempre foram aqueles com algum conhecimento "científico", maior
do que o restante da tribo, mas que faz suas apresentações dizendo que são
magias.

Manuel Bulcão - Não confunda um xamã paleolítico com um "civilizado"
embusteiro explorador da ingenuidade alheia. Se tem muito picareta ganhando a
vida como curandeiro, isso não significa que todo curandeiro seja
necessariamente picareta. Alguns, decerto muito poucos (e com certeza os mais
pobres) não o são. Aliás, é consenso entre os antropólogos, sobretudo entre
os que fazem pesquisa de campo, que, ao menos naquelas comunidades indígenas
pouco ou não aculturadas - onde ainda não entrou cachaça, dinheiro,
concorrência (vários curandeiros competindo no mercado) e... ceticismo
científico :-) - a regra é que os xamãs sejam tão crédulos quanto o restante
da tribo. Aquela velha benzedeira descendente de bugres que, no sertão dos
Cafundós, faz sarar ferida braba rezando em cima com ramos de mastruço, esta
acredita piamente no poder curativo das suas rezas, tanto quanto os enfermos
que a procuram. Do mesmo modo um pajé, ao executar a dança da chuva, crê que
tal ritual trará realmente a chuva. A não ser que os deuses estejam muito,
muito bravos mesmo, o que quase sempre é o caso. Sim, há sempre uma
explicação igualmente mágica para o fracasso dos ritos, inclusive o do osso
apontado - isto é, para quando o maori não morre -, explicações que os xamãs
tiram dos seus delírios psicóticos (induzidos ou não por alguma bebida
alucinógena) e nas quais eles próprios acreditam. Não há necessidade, pois,
de o xamã apelar para o ardil. Pode até ser que um e outro lance mão disso.
Afinal, longe estou de crer no mito do bom selvagem. Mas, se há uma outra
explicação cientificamente fundamentada para a morte vodu que não seja o
envenenamento (por exemplo: a firme crença do nativo no poder do xamã faz com
que o seu gesto de indicação ative de uma forma demasiado intensa o eixo
hipotálamo-hipófise-adrenal, o que pode provocar a morte por ataque cardíaco
ou trombose), então por que não considerar que, em alguns casos,
provavelmente na maioria das vezes, é isso o que acontece?

Vale lembrar: o xamã cura e mata com os seus rituais mágicos porque há uma
crença coletiva, inclusive compartilhada por ele, no poder desses rituais. O
segredo da eficácia da magia está, portanto, na fé que se deposita em tal
técnica de manipulação de símbolos: se não se crê na magia, esta deixa de
produzir os seus efeitos psíquicos e psicossomáticos. Em suma: parece que a
crença numa idéia confere a essa idéia um poder físico sobre o organismo do
crente, poder este às vezes tão ou mais forte que o de um veneno ou de um
fármaco com princípio ativo comprovadamente curativo.

Dito em outros termos, muitos fatos indicam que os efeitos da magia não são
todos ilusórios. A magia, quando se crê nela, é capaz de produzir muitos
efeitos "reais". Alguns deles formidáveis.

Marcelo Barbosa - Não duvido do efeito que a mente pode ter sobre o corpo,
isso já foi amplamente comprovado, em maior ou menor escala. Mas daí a
afirmar que a morte do maori é necessariamente devido a isso, já é uma outra
história!

Manuel Bulcão - Sem dúvida. O poder da mente sobre o corpo é um fato. Quem já
não ouviu falar em cegueiras e paralisias histéricas (incríveis somatizações
de conflitos psíquicos) curáveis com hipnose? Quanto a morte do maori, também
concordo com você: Não há certezas. Certo mesmo é que há duas explicações
igualmente válidas (possibilidades 'reais', e não meramente 'formais') para a
morte do maori: ou ele foi envenenado ou então literalmente "morreu de medo".
Pelas razões que expus acima, a segunda hipótese parece ser a mais provável
para a maioria das vezes em que isso se deu.

Marcelo Barbosa - Foi bem oportuna a menção do Randi pelo Jocax, pois
cientistas não são as pessoas mais indicadas para descobrirem falcatruas
realizadas por mágicos e xamãs. Somente outros mágicos possuem o dom de
desmascará-los.

Manuel Bulcão - Por que em vez de um mágico não se chama um médico para fazer
a autópsia do maori morto? No caso em questão, trata-se de elucidar se o
nativo foi envenenado ou não. Ora, um médico pode esclarecer isso melhor do
que um mágico. Na verdade, apela-se para um ilusionista porque parte-se do
pressuposto - idéia preconcebida, preconceito, juízo 'a priori', crença,
crendice, dogma - de que todo xamã é também um ilusionista inconfesso que
deve ser des-mas-ca-ra-do (êta palavrinha para denotar prepotência!); logo,
que os efeitos da magia são todos ilusões, farsas, falcatruas. Trata-se, como
já falei, de um preconceito cientificista profundamente arraigado, corolário
de um julgamento de valor: "o mito e o rito são males em si mesmos". Esse
preconceito estúpido vem atrapalhando sobremaneira a investigação científica
desse surpreendente fenômeno: a ação da psique sobre o soma.

Se um adepto do xamanismo parte da CRENÇA de que a magia produz efeitos reais
(e hoje se sabe que é precisamente essa crença que faz com que a magia seja
eficaz "no que pode ser eficaz"), alguns cépticos, por sua vez, partem da
CRENÇA de que a magia só produz efeitos ilusórios (razão pela qual jamais uma
benzedeira conseguirá curar úlceras vasculares na perna de cientistas
postulantes do reducionismo fisicalista). Porém, há uma coisa em comum entre
um e outro? A CREDULIDADE. Em suma: o céptico inquisidor sedento para
desmascarar não é na verdade um céptico, mas um incauto, um crédulo, um
ingênuo, uma pessoa movida por juízos 'a priori'. E, o que é pior, não sabe
que é.

De resto, um xamã é um mágico não na acepção de prestidigitador ou
ilusionista, mas no sentido de 'mago', e um mago não anda necessariamente por
aí enganando os outros, fazendo com que experiências normais pareçam
fenômenos paranormais. Aliás, quando há mercado e, portanto, concorrência,
bem como disputa por recursos para pesquisa (isso nunca cultura em que o
prestígio e o sucesso individual são valores absolutos), até mesmo cientistas
comportam-se como prestidigitadores. Há até um que transformou um orangotango
num troglodita (o famoso homem de Piltdown).

Manuel Bulcão - É claro que existe uma explicação fisiológica para a morte
vodu: trata-se de uma morte provocada por uma intensa e persistente
estimulação simpático-supra-renal, estimulação esta para a qual não há uma
correspondente descarga em ação. Fenômeno semelhante pode ser facilmente
produzido em laboratório com ratos e outros animais nos quais são inibidos os
efeitos moderadores do córtex sobre a excitação emocional.

Marcelo Barbosa - Explicação essa que poderia ser ad hoc para o caso maori?
Essa conclusão foi tirada após a autópsia do maori morto por vodu? Ou
aproveitou-se a experiência com ratos para se explicar a morte dele?
Novamente, não duvido que o maori até possa realmente morrer por tal
estímulo, mas para se ter certeza é preciso uma investigação real, bem
profunda, com análises do corpo, observação contínua do indivíduo até a hora
da morte, etc.

Manuel Bulcão - Na verdade, se formos demasiadamente rigorosos teremos que
admitir que nem com uma investigação real, bem profunda... pode-se ter
certeza. As explicações científicas para todo e qualquer fenômeno são sempre
conjecturas, nunca verdades absolutas (não há certezas no mundo da ciência).
Ademais, como bem demonstrou Popper -- e, antes dele, muitos outros filósofos
denominados 'idealistas' --, não se pode ter certeza nem mesmo da existência
de uma realidade objetiva independente da consciência. Com efeito, quem prova
o caráter objetivo de um fenômeno prova para "alguém", isto é, para outra
consciência. De modo que um solipsista pode muito bem dizer que se trata de
uma explicação ad hoc a assertiva de que "se você desaparecer, esse jarro
continuará existindo; logo, se todos nós desaparecermos, o mundo permanecerá."

Tanto o envenenamento quanto o estresse agudo podem servir de explicação para
a morte vodu. Como entre os maoris, desde épocas imemoriais, ocorrem mortes
vodu, e como há testemunhos da existência de fenômenos análogos em todos os
continentes, então por que não admitir que, em muitos casos particulares,
esse tipo de morte se deva à eficácia simbólica? O colega mesmo não duvida
que o maori possa realmente morrer por tal estímulo. Aceite, portanto, as
últimas conseqüências lógicas do seu raciocínio.

A respeito da ocorrência de mortes vodu em outros lugares, o antropólogo A.
G. Leonard, em seu livro "The Lower Niger and its Tribes" (Londres, 1906),
relata: "Vi mais de um veterano e empedernido soldado haussa morrer aos
poucos, invariavelmente, por acreditar que estava enfeitiçado; nenhuma
alimentação ou medicamento que se lhe desse surtia o menor efeito, fosse para
controlar o mal ou para melhorar o seu estado, e nada era capaz de o desviar
de um destino que ele considerava inevitável. Do mesmo modo, e em condições
muito semelhantes, vi homens Kru e outros morrerem apesar de todos os
esforços feitos para salvá-los, simplesmente porque haviam tomado a decisão,
não de morrer (como supusemos nessa época), mas, pelo fato de estarem sob o
domínio de demônios malignos, de terem fatalmente de morrer."

Manuel Bulcão - Mas para o caso em questão a explicação fisiológica não
basta. Na morte vodu as razões endócrinas e neurofisiológicas são
secundárias, isto é, participam apenas como mediadores entre a causa
principal e o efeito, sendo a causa principal um fator psicológico: a
expectativa da morte iminente. Vale dizer, o que mata o maori não é nada que
se possa qualificar como "físico" - um germe, uma toxina, o choque de uma
pedra, a ação de um objeto perfurocortante, etc. -, mas um agente mental, ou
melhor, uma informação ou a ação de um signo: o movimento de indicação
realizado pelo bruxo com um osso, o qual tem por significado a sentença "você
vai morrer".

Marcelo Barbosa - O que dizer então dos condenados do "corredor da morte"?
Todos sabem, com dias de antecedência, que vão morrer. Apesar disso, não
conheço relatos de alguém que tenha morrido antes...

Manuel Bulcão - Assim como o xamã, supremo guardião dos tabus da tribo, o
juiz sentenciou: "você vai morrer...". Só que acrescentou: "...na cadeira
elétrica". Felizmente, para o condenado à morte, pode-se recorrer da sentença
várias vezes, o que mantém acesa a chama da esperança. E são tantos os
recursos (apelação, recurso especial, embargos infringentes, recurso
extraordinário, etc.) que entre o proferimento da sentença de primeira
instância e a execução - que, para o esperançoso condenado, é provável porém
não certa - anos e até mesmo décadas podem transcorrer.

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Ciência e Fé
FROM: Álvaro Prieto <alprieto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/04/2001 18:10

Em que momento e em que ponto após tanto tempo de avanço cientifico e
técnico relevante e com tremendo impacto na vida de pessoas comuns,
ingressamos nesta nova idade de trevas em que a compreensão dos fenômenos
não está mais disponível ao leigo?

Pergunto isto tendo em vista que meu primo de 16 anos, pertencente à alta
classe média, e tendo acesso a ensino e informação de qualidade, me afirmou
que quem controlava as portas do shopping center era uma camêra de vídeo e
que um operador as abria.

Fiquei pensando que neste mundo cada vez menos mecânico, vai parecendo cada
vez mais mágico a quem não é capaz de entender, como no exemplo, que um
dispositivo pode ser sensível ao calor, ou ao movimento, etc.

Isto demanda um certo grau de aprofundamento mas em algum ponto a
transmissão do conhecimento se quebrou. Portanto, do ponto de vista céptico
uma explicação de que as "portas se abrem" porque alguém vê que você deseja
passar e faz isto por você é mais razoável que esperar que alguém sem
elementos venha a compreender uma célula fotoelétrica pode comandar uma
abertura de portas, exigir isto é esperar que esse indivíduo na verde
acredite na "Ciência" e na tal explicação, não que tenha realmente
compreendido.
Álvaro



SUBJECT:
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/04/2001 19:05

--- In ciencialist@y..., çlvaro Prieto <alprieto@u...> wrote:
> Em que momento e em que ponto apos tanto tempo de avanco cientifico e
> tecnico relevante e com tremendo impacto na vida de pessoas comuns,
> ingressamos nesta nova idade de trevas em que a compreensao dos
> fenomenos nao esta' mais disponivel ao leigo?

Em momento algum. Pois nunca houve essa transmissao ao publico leigo.

Atualmente, em media, as pessoas leigas da populacao entendem mais de
ciencia do q. antes. Mas simplesmente continua sem acompanhar o ritmo de
crescimento do conhecimento cientifico.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Ciência e Fé
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/04/2001 20:22

> Pergunto isto tendo em vista que meu primo de 16 anos,
pertencente à alta
> classe média, e tendo acesso a ensino e informação de
qualidade, me afirmou
> que quem controlava as portas do shopping center era uma
camêra de vídeo e
> que um operador as abria.

É o velho "ghost in the machine"! As pessoas normalmente
gostam desse tipo explicações. É mais fácil aceitar que tem
um "alguém" dentro da máquina fazendo o serviço! Indígenas
não achavam que havia um anão dentro do rádio, falando? Não
é mais fácil para o povo achar que existe um espírito dentro
de nós nos comandando? É o mesmo tipo de raciocínio...
Infelizmente.

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"He who is firm and resolute in will moulds the world to
himself." - Goethe




SUBJECT: Re: [ciencialist] (unknown)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/04/2001 20:41



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> Atualmente, em media, as pessoas leigas da populacao entendem mais de
> ciencia do q. antes. Mas simplesmente continua sem acompanhar o ritmo de
> crescimento do conhecimento cientifico.

Muito bem visto. Nunca tinha pensado nisso.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e Fé
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/04/2001 21:19

Sei que não tem nada a ver mas, quando criança eu jurava que o jornaleiro
morava dentro da banca. Lembram aquelas bancas de jornal feitas de lata que
só cabia o vendedor e os jornais dentro?

Francisco

> É o velho "ghost in the machine"! As pessoas normalmente
> gostam desse tipo explicações. É mais fácil aceitar que tem
> um "alguém" dentro da máquina fazendo o serviço! Indígenas
> não achavam que havia um anão dentro do rádio, falando? Não
> é mais fácil para o povo achar que existe um espírito dentro
> de nós nos comandando? É o mesmo tipo de raciocínio...
> Infelizmente.
>
> #--------------------<>------------------#
> Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
> embs@uol.com.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e Fé
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/04/2001 23:57

Olá Álvaro (e demais que nos alegram com suas presenças),

O texto que escrevi "O Jovem Novo Selvagem" e aqui postei em 05/04/01 é totalmente pertinente a esse tema. Volte atrás e dê uma passada d'olhos.

Ainda não li as próximas mensagens (estou chegando do rancho) porém, acredito, que todos concordarão que 'as pessoas comuns' nunca participaram nem da 'ciência já complementada' nem dos enormes 'avanços científicos'. Para o leigo tudo é uma caixa preta!
Para as pessoas comuns a televisão é um 'aparelho' que funciona assim: puxa-se um botão (ou, se o aperta) e lá dentro faz um tchek'sssssss e a seguir deve iluminar a tela e sair o som. Troca-se de canal apertando-se novas teclas. SE qualquer uma dessas operações não der o feedback esperado ... FIM! FIM mesmo! Lá está uma caixa que não tem a mais remota possibilidade de ser útil, independente de gritos, chutes, rezas, palavrões etc. É preciso chamar o 'técnico' ... e lá vem ele, e vira a TV, liga ... e na presença de todos com olhar esbugalhado, saca de uma longa chave de fenda, aproxima-a da chupeta do flyback e .... eta, um chispa pula dominando todo o cenário místico. Todos soltam aquele ar aprisionado nos pulmões já a dois minutos! Esse é o povo comum e esse é o 'técnico' comum.

Acredito, acredito mesmo, que não há qualquer interesse por parte de nenhum governante que o povo comum saiba algo de ciência; há sim interesse que 'domine' o misticismo, a astrologia, o Tarô, que exista igreja, religiões (quanto mais, melhor), maçonaria, espiritismo, rosa cruz e muitos etc. Isso 'embolora' o cérebro e desvia sua atenção.

Se o povo comum soubesse o mínimo de ciência, o comércio teria problemas tétricos. O povo comum começaria a saber julgar e avaliar os produtos de consumo. O povo comum não mais chegaria a uma loja de artigos de som e pediria "Quero um alto-falante pesado" (pediria um alto-falante com campo concatenado de intensidade 0,2T --- e o vendedor ficaria a ver navios!); não mais compraria lâmpada de '100 velas", não falaria mais "me dá 5 quilos de açúcar", não compraria carnes em açougues iluminados por lâmpadas incandescentes (que fornecem o lindo aspecto vermelho ás carnes); não compraria 'jeans' em lojas iluminadas com lâmpadas fluorescentes (que fornecem o lindo tom de azul ao tecido), não . (não vou citar os embustes místicos --- fica muito longo).... não seria mais tão injuriado como o é atualmente.

Se nem mesmo aqueles que julgam a ciência como 'prepotente' para se dignar a estudar suas 'artes místicas' estudam ciência, por que o povo comum o faria?

Ciência mínima (traços) só são expostas ao público em horário de 'despertai', na TV ou pequenos anúncios incompletos em horários de reportagens. Nosso jornalismo científico ainda engatinha (se tanto!).

[]'
Léo
====================



-----Mensagem Original-----
De: "Álvaro Prieto" <alprieto@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: domingo, 8 de abril de 2001 18:10
Assunto: [ciencialist] Ciência e Fé


| Em que momento e em que ponto após tanto tempo de avanço cientifico e
| técnico relevante e com tremendo impacto na vida de pessoas comuns,
| ingressamos nesta nova idade de trevas em que a compreensão dos fenômenos
| não está mais disponível ao leigo?
|
| Pergunto isto tendo em vista que meu primo de 16 anos, pertencente à alta
| classe média, e tendo acesso a ensino e informação de qualidade, me afirmou
| que quem controlava as portas do shopping center era uma camêra de vídeo e
| que um operador as abria.
|
| Fiquei pensando que neste mundo cada vez menos mecânico, vai parecendo cada
| vez mais mágico a quem não é capaz de entender, como no exemplo, que um
| dispositivo pode ser sensível ao calor, ou ao movimento, etc.
|
| Isto demanda um certo grau de aprofundamento mas em algum ponto a
| transmissão do conhecimento se quebrou. Portanto, do ponto de vista céptico
| uma explicação de que as "portas se abrem" porque alguém vê que você deseja
| passar e faz isto por você é mais razoável que esperar que alguém sem
| elementos venha a compreender uma célula fotoelétrica pode comandar uma
| abertura de portas, exigir isto é esperar que esse indivíduo na verde
| acredite na "Ciência" e na tal explicação, não que tenha realmente
| compreendido.
| Álvaro
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SUBJECT: Ciência de antes, de hoje ... e as médias.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/04/2001 00:20

Como era de se esperar.
Eis o Takata solidificando a idéia de minha mensagem anterior.

Apenas discordo dessa 'média' de que as pessoas comuns sabem mais de ciência do que antes. Antes havia menor número de pessoas e, a enorme maioria não entendia nada de ciências; hoje há uma tremenda quantidade de pessoas e, a absoluta maioria não tem a mais remota idéia do que é ciência. Percentualmente a 'maioria' de hoje é maior que a 'maioria' de antes.

A propósito, nesse final de semana, no rancho, dediquei-me (entre outras) ás médias. Escrevi um trabalho para o item de Cinemática comentando a média aritmética (e como tem aluno que quer usar isso para um monte de coisas!), a média harmônica (que dá as velocidades médias da cinemática escalar), a média geométrica. Comentei as médias anti-harmônica e a quadrática. Citei o trabalho de Gauss sobre as funções elípticas e a sua introdução de uma peculiar média, 'híbrida' da aritmética e geométrica.
Finalizei o trabalho dizendo que tais médias não são inventadas por mera distração e sim porque surge a necessidade delas não só na ciência como tb em outras esferas da atividade humana. E ai empaquei!
Gostaria de citar exemplos do uso das médias nos vários setores de atividade (Direito, Sociologia, Gerenciamento de Firmas, Bancos, Produções, Biologia etc, etc.) ... isso sai fora de minha praia e, naturalmente, empaquei.
Apreciaria exemplos curtos, sintéticos, de tais aplicações; algo assim: os ritmos médios de desenvolvimento da produção é feito pela média geométrica; o ........ (como observam, nem sei dar os exemplos!).

[]'
Léo



-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: domingo, 8 de abril de 2001 19:05
Assunto: [ciencialist] (unknown)


--- In ciencialist@y..., çlvaro Prieto <alprieto@u...> wrote:
> Em que momento e em que ponto apos tanto tempo de avanco cientifico e
> tecnico relevante e com tremendo impacto na vida de pessoas comuns,
> ingressamos nesta nova idade de trevas em que a compreensao dos
> fenomenos nao esta' mais disponivel ao leigo?

Em momento algum. Pois nunca houve essa transmissao ao publico leigo.

Atualmente, em media, as pessoas leigas da populacao entendem mais de
ciencia do q. antes. Mas simplesmente continua sem acompanhar o ritmo de
crescimento do conhecimento cientifico.

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Balelas 'new age'?
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/04/2001 00:34

In ciencialist@yahoogroups.com, manuelbulcao@aol.com wrote:


> Pesquisadores destacados em medicina, neurociência, >microbiologia,
psicologia e ciências sociais participaram de >uma conferência divisora de
águas sobre a interação mente->corpo....

Em muitos âmbitos se fala de uma TGU (Teoria de Grande Unificação). Há uma
tendencia a articular todos os conhecimentos formando um pensamento
complexo. Não sei se a gente pode realmente unificar tudo, no entanto a
concepção de uma unidade psico-física indissolúvel parece ser bastante
auspiciosa.

Parece não haver uma só emoção, um único pensamento ou transformação no
corpo que não envolva ao mesmo tempo fenômenos puramente psíquicos e
puramente biológicos ao mesmo tempo (entenda-se fenômenos físico-químicos).

Uma pessoa sob pesquisa recebe em N. York a noticia da morte de sua mão no
Havaí e começa a se entristecer. Durante a viagem para buscar o corpo da
mãe, houve uma perturbação crescente na captação e secreção de
neurotransmissores, de modo idêntico ao que ocorre em certas depressões. A
causa foi uma informação verbal digna de crença. A informação propiciou uma
emoção que condicionou alterações bioquímicas.

Tudo parece indicar que não ocorre um só flato no organismo que não seja
concomitante, causado ou causante de reações físico-químicas. As
investigações sobre esta influencia mútua são bastante promissoras. Em
qualquer centro de saúde mental mais ou menos bom, as estatísticas mostram
que os mais beneficiados são os que recebem tratamentos nas duas pontas
(psicoterapia e psicofarmacoterapia).

A eficacia simbólica foi muito bem comprovada por pesquisadores franceses e
os antropólogos estruturalistas não são meros teóricos. Os trabalhos de
campo são abundantes. Afirmar que o feiticeiro deu um veneninho ao indio
declarado morto é dizer que gente que goza da fama de ser seria (os
pesquisadores dos anos 60 e 70) se comporta como tonto e crente (New Age).
Creio que é uma atitude não cética, senão ridícula.

Metr ceticismo em tudo o que não se conhece é muito similar à atitude dos
religiosos que antecipam a fé a qualquer afirmação.

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar






SUBJECT: Re: Eficacia simbolica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/04/2001 08:47




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Eficacia simbolica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/04/2001 08:48

Droga, mandei o mail mas acho que se perdeu pelas teias ciberneticas
terei q responde-lo novamente :

manuelbulcao@aol.com wrote:

> Oi,
>
> Manuel - Entre os maoris da Nova Zelândia observa-se um fenômeno
intrigante,
> denominado "morte vodu". Esse fenômeno ocorre quando o xamã, ao
apontar um
> membro da tribo com um osso, declara-o tabu, ...Após isso, e
transcorrido
> algum tempo, o indivíduo morre. O antropólogo E. Tregear, que
testemunhou
> alguns casos de morte vodu, assim a descreve: "Vi um jovem robusto
morrer no
> mesmo dia em que foi 'declarado tabu'.
>
> Jocax - James Randi !! CADE VC ?!?!?!
>
> Manuel - Esta te deixou sem fôlego e gago, não foi, Jocax? Ao ponto do
teu
> único contra-argumento reduzir-se a uma piada. Olha, antropólogos são
> cientistas, pesquisadores conscienciosos que costumam curva-se aos
fatos, e
> não crédulos observadores, paranormais ou coisa do gênero, esse tipo
de gente
> com a qual se ocupa o mágico James Randi & Cia.
>
>

Enquanto este tipo de morte nao for divulgada num periodico de
prestigio
( Nature, Science etc.. ) nao tenho razao para acreditar pois nunca
ouvi falar que a mente tinha capacidade de matar o seu possuidor
apenas por acreditar que iria morrer.
E , alem do mais , um cientista soh nao faz verao. Um unico relato
nao prova que este tipo de coisa realmente seja verdade.

Com relacao aos efeitos da mente sobre o corpo , bom,
isso eh a coisa mais natural do mundo : Se nao fosse assim nao
existiria cinemas, teatros , romances etc...
Outro exemplo : A noticia q vc ganhou um premio pode libertar
adrenalina na corrente sanguinea assim como a noticia da morte de um
parente pode levar aa tristeza profunda..


> E você, um memeticista, não acha que a denominada "eficácia
simbólica",
> quando tal eficácia é terapêutica, está em perfeita consonância com a
> memética, ou mais especificamente, com a tese de que entre um meme e o
seu
> organismo hospedeiro (entre a crença e o crente) pode haver uma
relação de
> simbiose?
>

Sim pode haver uma relacao de simbiose ou de "parasitismo" entre o
meme e seu hospedeiro.
Mas acredito que tal relacao dependa de alguns criterios
que poderao ser subjetivos sob algum ponto de vista.
[]s
jocax





SUBJECT: Re: Cincia de antes, de hoje ... e as mŽdias.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/04/2001 11:16

-- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Apenas discordo dessa 'media' de que as pessoas comuns sabem mais de
> ciencia do que antes. Antes havia menor numero de pessoas e, a enorme
> maioria nao entendia nada de ciencias; hoje ha' uma tremenda quantidade
> de pessoas e, a absoluta maioria nao tem a mais remota ideia do que e'
> ciencia. Percentualmente a 'maioria' de hoje e' maior que a 'maioria' de
> antes.

Nao sei, nao. Claro, nao eh uma media mundial, mas algumas pesquisas
indicam q. ha' sim um aumento geral -- timido frente ao q. precisaria ser,
mas eh um aumento -- de conhecimento de alguns itens basicos.

A escolaridade media no Brasil tem aumentado -- mesmo com a queda da
qualidade, isso contribui para q. a media aumente.

Tavez seja um pouco como dizer q. a media passou da indigencia para a
miseria...

Um esquema q. tenho na cabeca, porem ainda precisa de confirmacao eh
assim:


^ / A
| /
| /
| /
| /
| /
| /
|-----/ ****B
| --/
|-------*
|

Sendo a inclinacao da curva A a taxa de crescimento do conhecimento
cientifico e/ou a importancia desse conhecimento na vida das pessoas e a
de B do aumento do conhecimento desses processos e/ou a consciencia da
importancia desses conhecimentos em suas vidas.

A taxa de crescimento do conhecimento cientifico eh mais ou menos
objetivamente verifcavel. Aceita-se q. o conhecimento -- supondo
aproximadamente cumulativo -- dobre a cada 10 anos (num ritmo q. se
mantem no ultimo sec., mas q. certamente devera' sofrer uma deflexao em
algum ponto futuro).

A taxa de crescimento do conhecimento da populacao tbm pode ser medida.
Desde a escolaridade media, ateh perguntas sobre questoes basicas como: o
q. eh mais rapido, a luz ou o som? o q. eh uma molecula? e assim por
diante. Ainda eh bastante baixo, mas ha' um crescimento consistente.
(Excecao para questoes q. batem diretamente contra suas crencas
religiosas: como a teoria evolutiva para os fundamentalistas biblicos --
mas mesmo nesse caso, as pessoas, em media, conhecem mais/melhor a teoria,
apenas continuam a rejeita'-la.)

Ja' a importancia do conhecimento cientifico na vida das pessoas eh um
pouco mais complicado de se medir. E pior ainda a importancia q. as
pessoas dao a esses conhecimentos.

Certamente existem alguns dados sobre perguntas do tipo: 'Pra vc as
Ciencias eh nada, muito pouco, pouco, razoavelmente, bastante ou muito
importante em sua vida diaria?' E numa analise de uma serie temporal
devera' se notar um aumento.

O gde problema, caso esse esquema esteja certo, eh o aumento da razao A/B.
Mas nossos politicos antenados q. estao 'as questoes q. atingem a
populacao em breve resolverao o problema: diminuirao a taxa de crescimento
da curva A. :-/ (pessimista eu?)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Balelas 'new age'?
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/04/2001 11:18

--- In ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <logos@p...> wrote:
> Parece não haver uma só emoção, um único pensamento ou transformação no
> corpo que não envolva ao mesmo tempo fenômenos puramente psíquicos e
> puramente biológicos ao mesmo tempo (entenda-se fenômenos físico-químicos=
).

Marco,

o psiquico eh biologico...

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Cincia de antes, de hoje ... e as mZdias.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/04/2001 12:23

Oi Roberto,
não consegui abrir esse anexo que recebi via yahoogroups.
Agradeço que re-envie em pvt.
[]'
Léo
================

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 9 de abril de 2001 11:16
Assunto: [ciencialist] Re: Cincia de antes, de hoje ... e as mZdias.





SUBJECT: Nem a do Roberto e nem a minha
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/04/2001 12:33

Que será que houve com a mensagem, com anexo, do Roberto?
Não consegui abrir o anexo e cliquei sobre a mensagem para avisar isso ao R.Takata ... nem a dele e nem a minha permitem qualquer abertura!
Oi Roberto, re-envie-me esse anexo via pvt. Grato,
[]'
Léo
===============
Luiz Ferraz Netto [Léo]
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leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br



SUBJECT: Muito alem da clonagem
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 09/04/2001 13:20

São Paulo, domingo, 08 de abril de 2001

Em "De Volta ao Éden", biólogo americano faz previsões
sinistras para a espécie humana

Muito além da clonagem

Marcelo Coelho
do Conselho Editoria

Sempre me considerei bem moderninho em questões como
aborto, seleção de embriões ou engenharia genética. Mesmo a
clonagem humana não me assusta muito. Mas este livro de Lee
M.
Silver, professor de biologia em Princeton, é capaz de dar
arrepios no mais avançado dos leitores.

Você já ouviu falar em "quimeras humanas"?
É mais esquisito do que os clones. Trata-se
de seres humanos criados a partir da "fusão" de dois
embriões
diferentes. Em camundongos, a técnica existe desde 1961.
Silver
projeta para logo seu uso na espécie humana. Eis o caso
hipotético que ele descreve. Duas lésbicas, Cheryl e
Madelaine,
querem ter uma criança. Não uma adotada. Não uma que seja
filha de Cheryl com um homem. Ou de Madelaine. Querem uma
criança que de fato misture o patrimônio genético das duas.
Nenhum problema. A médica retira óvulos de Cheryl e de
Madelaine. Os óvulos são fecundados in vitro com os
espermatozóides de um doador escolhido por catálogo. Surgem
saudáveis embriões. A médica escolhe um embrião de Cheryl e
outro de Madelaine. "Com um empurrão delicado, a doutora
Shapiro faz o embrião de Cheryl aproximar-se do de
Madelaine.
Ao entrar em contato, os dois embriões se colam
instantaneamente." O procedimento é repetido com outros
embriões. As duas decidem ser mães: um embrião é implantado
no útero de cada uma, e ambas ficam grávidas. Um detalhe:
não é
muito bom que Cheryl e Madelaine tenham cores de pele muito
diferentes. Pois o bebê provavelmente nasceria malhado. Como

uma vaca ou um dálmata. Silver não se abala muito e discute
técnicas que possam contornar esse problema. Outra coisa:
se,
em vez de Cheryl e Madelaine, tivermos Bob e Jimmy, não há
impedimentos de monta para que ambos fiquem grávidos.
Embriões não precisam de útero para se desenvolver -a
gravidez
extra-uterina ocorre em muitas mulheres- e, com dosagem
hormonal adequada, qualquer homem poderia engravidar. O
procedimento há de ser interessante para transexuais, por
exemplo.

Nada antinatural Tudo parece brincadeira ou ficção
científica. O
mais fascinante no livro de Silver, entretanto, é que seus
argumentos são expostos com máxima honestidade e bom senso.
Para cada ponto que defende -do aborto às quimeras humanas-
o
autor tem detalhadas explicações provando que nada do que
imagina é tão antinatural assim.
Tome-se o caso da clonagem humana. Em primeiro lugar, a
própria natureza produz clones -são os gêmeos idênticos- e
não
há motivos para alguém se sentir traumatizado com isso.
Produzir
um clone de si mesmo seria a mesma coisa do que ter um irmão

gêmeo vários anos mais moço -que, obviamente, terá
experiências
de vida distintas e criará sua própria personalidade.
Por que clonar um ser humano? Silver dá exemplos de
situações
em que isso pode não ser um simples capricho narcisista.
Conta
um caso real, o de uma estudante chamada Anissa Ayala,
vítima
de leucemia mielóide. Poderia ser salva por transplante de
medula.
Ninguém de sua família tinha compatibilidade de tecidos para
ser
doador. A solução seria os pais de Anissa, já quarentões,
terem
outra criança. Mesmo assim, só haveria 25% de chance de
nascer
uma criança capaz de doar tecidos para o transplante. Deu
certo.
Anissa hoje deve sua vida à irmã, que também está muito
feliz.
Ora, se em vez de uma irmã "natural" Anissa tivesse um
clone, a
chance de transplante seria de 100%, e não de 25%. E a
irmã-clone de Anissa ficaria duplamente feliz: não só salvou
a vida
da irmã, mas deve sua própria vida a ela. Um argumento
contra
essa clonagem seria o de que não se deve gerar uma criança
apenas com um propósito utilitário, como quem compra um
remédio na farmácia.
Mas Silver é convincente. Se a irmã de Anissa fosse
"descartada"
depois do transplante, é óbvio que estaríamos diante de uma
imoralidade absoluta. Não parece plausível que isso viesse a

acontecer; a clone seria tão amada quanto a original ou como

qualquer irmã gêmea deste mundo.
No tocante à seleção de embriões e à engenharia genética, as

previsões feitas em "De Volta ao Éden" são bem mais
assustadoras. Silver sugere que, daqui a três ou quatro
séculos, a
espécie humana terminará se dividindo em duas.
Haverá os "genricos", ou seja, frutos de gerações e gerações

selecionadas em função de características genéticas
desejáveis, e
os "naturais", isto é, os filhos de pais pobres e sem acesso
à
tecnologia. A partir de certo momento, esses dois grupos não

mais serão compatíveis. Filhos de um "genrico" com uma
"natural"
serão estéreis como um jegue ou tão impossíveis de existir
como o
resultado do cruzamento de um orangotango com uma mulher.
Bem, talvez em 2400 também seja possível cruzar orangotangos
e
mulheres. Aliás, produzir espermatozóides humanos em
testículos
de porco é uma possibilidade da qual alguns cientistas,
desde já,
cogitam seriamente.
Desnecessário dizer que a futurologia de Silver pode ser
contestada de inúmeras maneiras. Mas o ponto forte do livro,

nesse aspecto, está em apontar o pequeno poder de
pseudo-argumentos éticos e religiosos diante do
desenvolvimento
tecnológico, ainda mais quando aliado ao natural interesse
dos
pais em ter filhos saudáveis e, digamos, "bem equipados"
para a
vida competitiva em sociedade. Nunca fomos tão darwinistas.
Diante de possibilidades tão estranhas quanto as discutidas
por
Silver, o leitor termina no mínimo um pouco nervoso. Daí o
tom
meio humorístico desta resenha, que não faz justiça à
seriedade do
livro. "De Volta ao Éden" exige certa paciência do leitor,
dada a
quantidade de descobertas que tem para explicar e de
preconceitos que tem a dissolver. A exposição de pormenores
científicos é contudo bastante acessível, e as discussões
éticas do
livro me parecem conduzidas com grande sensatez. Insensata,
mesmo, parece ser a Criação.

De Volta ao Éden
316 págs., R$ 35,00 de Lee M. Silver. Tradução de Dinah de
Abreu Azevedo. Ed. Mercuryo (al. dos Guaramomis, 1.267, CEP
04076-012, SP, tel. 0/xx/ 11/ 531-8222).



SUBJECT: ontem no discovery
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/04/2001 13:23

Estava eu belo e formoso trocando de canal quando vejo que no discovery
channel iria começar um documentário sobre Stonehenge. Beleza, deixa aí!

Papo vai papo vem e eles citam aquela história de datar pedra com C-14, já
fiquei com a pulga atrás da orelha. Mas a maior bomba veio depois.

Estavam mostrando uma trilha que ia em direção ao círculo que era alinhada
com o nascer do sol no solstício de verão e que [segundo eles] era
alinhada também com pôr do sol no solstício de inverno [diametralmente
oposto]. Um comentário aparentemente inocente. A não ser pelo seguinte
detalhe.

Stonehenge é de localização sub-tropical [sul da Inglaterra], sendo assim
o sol JAMAIS passa exatamente a pino. Portanto o solstício de verão se dá
entre o leste e o sul. Tanto o nascer quanto o pôr do sol terá o mesmo
ângulo em relação ao leste [ou oeste] na direção sul. Mas acontece que o
solstício de inverno se dá mais ao sul ainda, tanto o nascer quanto o pôr
do sol.

Não existe como em uma única linhe reta se alinhar o nascer do sol no
solstício de verão com o pôr do sol no solstício de inverno neste local
[ou em qualquer outro fora da linha do equador].

Existiam outros absurdos é claro, mas estão fora de minha área.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: A evolucao tem um sentido ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 09/04/2001 13:36



Folha de São Paulo, domingo, 08 de abril de 2001

+ ciência

Livro do americano Robert Wright desafia biólogos e
antropólogos ao afirmar que a evolução tem um sentido

Para o alto e avante

Reuters
Segundo Wright, sociedades tribais como os dani, da Indonésia,
tendem a evoluir para oEstado

Claudio Angelo
da Reportagem Local

Quando inventaram a teoria dos jogos, no início da década de
40,
os cientistas norte-americanos John von Neumann e Oskar
Morgenstern só estavam pensando em usar a matemática para
resolver problemas teóricos em economia. Jamais imaginariam
que
alguém fosse usar sua criação para explicar o sentido da
vida.
Mas é exatamente isso que se propõe a fazer o ensaísta e
divulgador científico americano Robert Wright em "Não Zero -
A
Lógica do Destino Humano" (Ed. Campus, Rio de Janeiro).
Aplicando a teoria dos jogos às idéias de Charles Darwin,
Wright
tenta demonstrar que tanto a evolução biológica quanto a da
cultura humana são produtos de uma mesma força, que lhes dá
uma direção certa.

Cooperação na cadeia
A obra parte de um experimento mental clássico da teoria dos

jogos, o chamado dilema do prisioneiro. Nesse jogo
imaginário,
dois comparsas condenados por um crime são deixados
incomunicáveis e levados separadamente a interrogatório. Se
ambos cooperarem e confessarem o delito, pegam um ano de
prisão. Se um denunciar o outro, é solto imediatamente. Mas,
se o
parceiro tiver feito a denúncia antes, os dois pegam dez
anos. O
dilema do prisioneiro é um típico jogo de soma não-zero. Ou
seja,
o resultado é ganha-ganha (soma positiva) ou perde-perde
(soma
negativa). Diferente de um jogo de tênis, por exemplo, em
que a
vitória de um jogador representa, necessariamente, a derrota
do
outro (uma soma zero, portanto). Para Wright, a história
humana e
a evolução das espécies são um grande dilema do prisioneiro,

onde pessoas, células e até cromossomos precisam cooperar
para
sobreviver. Quanto maior a cooperação, maior a complexidade
atingida por uma sociedade ou um sistema vivo. Quanto maior
a
complexidade, maior a necessidade de cooperação. E, assim,
surge uma progressão de somas não-zero (todo mundo ganha ou
todo mundo perde) que acaba dando uma direção à história.
"Quando olhamos além da superfície turbulenta dos
acontecimentos humanos, além das idas e vindas de regimes
específicos, vemos uma seta começando há dezenas de milhares

de anos e continuando até o presente." A tal seta teria sido

disparada há quase 4 bilhões de anos, quando moléculas
orgânicas competindo no ambiente hostil da Terra primitiva
se
uniram para formar a primeira célula. A partir daí, como
consequência lógica de um jogo de soma não-zero, o
surgimento
da vida inteligente era inevitável -ao contrário do que
pregam os
modernos interpretadores de Darwin, como o paleontólogo
Stephen Jay Gould, que afirma que a evolução é uma
"caminhada
aleatória" e que, se um asteróide caísse hoje na Terra, a
probabilidade do surgimento de vida inteligente seria muito
pequena. Ao analisar a história humana, Wright, que se
define
como "um evolucionista cultural radical", retoma as idéias
um tanto
fora de moda do antropólogo norte-americano Lewis Henry
Morgan. Foi ele que, em 1877, dividiu os grupos humanos em
"selvagens", "bárbaros" e "civilizados". Suas teorias foram
condenadas por gente como o também americano Franz Boas,
que achava que elas serviam de desculpa para a eliminação
dos
"selvagens" pelos "civilizados". Wright vai dos índios
norte-americanos até a Internet, passando por cacicados da
Polinésia, chineses e astecas, para argumentar que o impulso

civilizatório é irresistível. Grosso modo, o recado é: junte
um
punhado de pessoas num ambiente adequado, deixe-as trocando
idéias por alguns milênios sobre como resolver problemas
práticos
-como arranjar comida, por exemplo- e você terá na outra
ponta
ou um povo extinto ou uma grande civilização. A mágica está
no
trânsito de informação propiciado pela soma não-zero.
Argumenta
Wright que inovações como a escrita e a agricultura foram
criadas
mais de uma vez, em períodos diferentes e em lugares
isolados,
como o Oriente Médio, a China e a Mesoamérica. Eram
inevitáveis porque eram boas idéias. E aumentavam o "bem
comum". Sim, Wright acredita no "bem comum". Esse é o ponto:
a
soma não-zero faz a seta da história apontar para a
prosperidade
generalizada, para a paz global e para o crescimento moral
contínuo da espécie humana (não por acaso, seu último livro
se
chama "O Animal Moral") . E mais: a humanidade, na era da
informação, está à beira de uma "transformação decisiva".
Pela
primeira vez, escreve, "a soma não-zero prospera na Terra
sem
ter a soma zero como sua fonte última". Ou seja, a
cooperação
não existe mais para proteger o grupo de algo externo, como
a
fome ou os inimigos, mas é quase um fim em si mesma.

Aldeia global
Guardando o melhor para o final, Wright aponta a
globalização
como responsável por essa mudança. Afinal, ao instituir a
interdependência global -vide a crise argentina-, ela está
fazendo
com que a soma zero (escravidão, guerras, exploração de todo

tipo e problemas econômicos) deixe de ser um bom negócio.
Bom, devagar com o andor. O americano tem uma prosa
inteligente e uma argumentação instigante. Consegue defender

teorias antropológicas tidas como ultrapassadas sem parecer
racista e atacar o "mainstream" das ciências biológicas sem
parecer de todo ingênuo. Mas exagerou na futurologia.
Escrevendo na próspera era Clinton, anima-se: "Os países
pobres
vão se tornar cada vez mais ricos, fazendo da guerra uma
perspectiva remota em uma parcela cada vez maior do
planeta."
Diga isso ao presidente George W. Bush, cuja primeira medida

depois da posse foi bombardear o Iraque. Ou aos milhões de
africanos que morrerão de Aids antes de poder usufruir da
soma
não-zero alheia. Ao pregar a inexorabilidade da evolução,
Wright
se esqueceu de um detalhe: algumas espécies são
selecionadas.
Outras se extinguem.

Não Zero: A Lógica do Destino Humano
416 págs. R$ 49.
De Robert Wright. Tradução de Cristiana Serra.
Editora Campus.



SUBJECT: Re: [ciencialist] ontem no discovery
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/04/2001 13:41



"Tarcisio Borges da Silva Jr." wrote:

> Stonehenge é de localização sub-tropical [sul da Inglaterra], sendo assim
> o sol JAMAIS passa exatamente a pino. Portanto o solstício de verão se dá
> entre o leste e o sul. Tanto o nascer quanto o pôr do sol terá o mesmo
> ângulo em relação ao leste [ou oeste] na direção sul. Mas acontece que o
> solstício de inverno se dá mais ao sul ainda, tanto o nascer quanto o pôr
> do sol.

Acho que não é assim. No solsticio de Verão, à latitude de Stonehenge, o
Sol
nasce entre este e norte, e não entre este e sul, põe-se entre oeste
e norte, e não entre oeste e sul. Lembre-se que no circulo polar artico
o sol nunca se põe nesse dia. No entanto, não tenho a certeza se o
sol passa exactamente a pino. A minha impressão é que o ponto em que o
sol está exactamente a pino ao meio dia oscila entre os trópicos ao
longo do ano.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] ontem no discovery
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
CC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/04/2001 14:37

On Mon, 9 Apr 2001, João Mário Miranda wrote:
> > Stonehenge é de localização sub-tropical [sul da Inglaterra], sendo assim
> > o sol JAMAIS passa exatamente a pino.

> Acho que não é assim. No solsticio de Verão, à latitude de Stonehenge, o
> Sol
> nasce entre este e norte, e não entre este e sul, põe-se entre oeste
> e norte, e não entre oeste e sul.

Pegue um globo terrestre e dê uma olhadinha. Vc vai ver que eu estou
certo.

> Lembre-se que no circulo polar artico
> o sol nunca se põe nesse dia.

Mas ele está sempre nas imediações sul. No polo norte, o sol está sempre
no sul :-)

> No entanto, não tenho a certeza se o
> sol passa exactamente a pino.

Portugal é um país sub-tropical, assim como o estado onde moro [Paraná] e
o sol JAMAIS, em toda a minha vida, passou a pino sobre minha cabeça.

> A minha impressão é que o ponto em que o
> sol está exactamente a pino ao meio dia oscila entre os trópicos ao
> longo do ano.

Exatamente. Por isso esta região é chamada tropical e é tão quente. Quando
o sol está exatamente sobre as linhas de trópico é chamado solstício.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Alguem tem essa informação?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/04/2001 14:57

Nome : Wilson Custódio
Idade : 32
Sexo : Masculino
Cidade : São Paulo
Estado: SP
Pais : Brasil
CEP : 03570480
Nivel:Universitário
Gosto da:Esquina da Ciência
Profissao:Técnico de Planejamento
Receber:Não
Sugestao:Qual é a temperatura de um raio ?


[]'
Léo
===========



SUBJECT: Re: [ciencialist] ontem no discovery
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/04/2001 16:03



"Tarcisio Borges da Silva Jr." wrote:
>
> On Mon, 9 Apr 2001, João Mário Miranda wrote:
> > > Stonehenge é de localização sub-tropical [sul da Inglaterra], sendo assim
> > > o sol JAMAIS passa exatamente a pino.
>
> > Acho que não é assim. No solsticio de Verão, à latitude de Stonehenge, o
> > Sol
> > nasce entre este e norte, e não entre este e sul, põe-se entre oeste
> > e norte, e não entre oeste e sul.
>
> Pegue um globo terrestre e dê uma olhadinha. Vc vai ver que eu estou
> certo.

O Sol acabou de se pôr aqui em Portugal. O ângulo entre a posição
onde o sol se pos e o norte é de 80 graus, e não 90 (oeste). No Verão
essa posição desloca-se ainda mais para norte e chega aos 60 graus.
Usei uma bussola para localizar o norte.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Alguem tem essa informação?
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/04/2001 16:54

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Nome : Wilson Custódio
> Idade : 32
> Sexo : Masculino
> Cidade : São Paulo
> Estado: SP
> Pais : Brasil
> CEP : 03570480
> Nivel:Universitário
> Gosto da:Esquina da Ciência
> Profissao:Técnico de Planejamento
> Receber:Não
> Sugestao:Qual é a temperatura de um raio ?
>
> []'
> Léo
> ===========

Oi,

eu nao tenho certeza mas acho que e da ordem de milhoes de graus (sei que e mais quente do
que a superficie do Sol). Vi na Discovery um programa especial sobre raios que falava o valor
medio mas esqueci. O interessante tambem eh que gracas as altissimas temperaturas dos raios
sao sintetizadas moleculas de ozonio e varios hidrocarbonetos levando-nos a concluir que as
tempestades sao cruciais para a existencia e equilibrio da vida na Terra.

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Re: ontem no discovery
FROM: ego_sun@brasilmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/04/2001 21:57

Olá pessoal, olá Tarcísio,


--- In ciencialist@y..., "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@f...>
wrote:
> On Mon, 9 Apr 2001, João Mário Miranda wrote:

> Exatamente. Por isso esta região é chamada tropical e é tão quente.
Quando
> o sol está exatamente sobre as linhas de trópico é chamado
solstício.
>
> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@f...


Não entendi. Se a posição do sol oscila entre os trópicos, e temos um
trópico no sl e outro no norte, as regiões entre eles não deveriam
ver o sol alternadamente ao sul e ao norte?

[]´s

Ego



SUBJECT: Balelas 'new age'?
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/04/2001 22:19

> A eficacia simbólica foi muito bem comprovada por
pesquisadores franceses e
> os antropólogos estruturalistas não são meros teóricos. Os
trabalhos de
> campo são abundantes. Afirmar que o feiticeiro deu um
veneninho ao indio
> declarado morto é dizer que gente que goza da fama de ser
seria (os
> pesquisadores dos anos 60 e 70) se comporta como tonto e
crente (New Age).
> Creio que é uma atitude não cética, senão ridícula.
>
> Metr ceticismo em tudo o que não se conhece é muito
similar à atitude dos
> religiosos que antecipam a fé a qualquer afirmação.

Apenas mostre o paper ou a publicação com os resultados
dessa pesquisa antropológia que me darei por satisfeito! Não
se esqueça de que vários cientistas (alguns de ótima
reputação) já foram humilhantemente enganados por
"paranormais". Alguns com PhD (Dr. Gary Schwartz,
http://www.randi.org/jr/04-06-2001.html e
http://www.randi.org/jr/03-30-2001.html ) ainda são
"coniventes" com eles, usando métodos científicos totalmente
discutíveis para "comprovar" sua eficiência. Portanto, dizer
que são pessoas "que gozam a fama de ser séria", não quer
dizer muito. Só fama não basta, tem que ter o suporte do
resto da comunidade.

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"The reason why worry kills more people than work is that
more people worry than work." - Robert Frost




SUBJECT: Re: [ciencialist] Alguem tem essa informação?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/04/2001 22:21

Olá Eduardo,
sumido?!

A temperatura na superfície do Sol é de apenas cerca de 5000 graus célsius (ou kelvin, tanto faz!) ... lá prá dentro é que a coisa começa realmente a esquentar1

A respeito das benesses dos raios OK. Tenho até um texto que escrevi sobre isso ... pera ai, vou ver se o acho.....
Ah..... cá está (vejamos como sai)
NOTA: Escrevi isso faz tempo e não passou por qualquer revisão


Chuva ácida: uma dádiva da natureza ( ou um desastre ecológico ?)
Luiz Ferraz Netto
leo@barretos.com.br

Vamos observar o lado bom da chuva ácida, pois nem sempre é prejudicial. Há chuvas ácidas que, além de boas, desempenham um papel ativo na proteção da vida terrestre.
Um bocado de chuva ácida é mais salutar do que se pensa. Vejamos o porque.

(a) Em todas as moléculas-chave dos tecidos vivos, um dos elementos importantes é o nitrogênio.
(b) Na terra (solo), os átomos de nitrogênio estão presentes como componentes das substâncias minerais chamadas nitratos. Todos os nitratos, sem exceção, são facilmente solúveis em água. Isso significa que, quando as plantas absorvem água da terra, estão incorporando um pouco de nitrato. As plantas utilizam-se desse nitrato para formar compostos que contêm nitrogênio e são essenciais à vida; dentre eles destacam-se as proteínas e os ácidos nucléicos.

(c) Os animais que se alimentam de plantas ( e/ou de outros animais que também se alimentam de plantas * recorde suas aulas de cadeia alimentar!) decompõem essas proteínas e ácidos nucléicos em unidades básicas mais simples, depois absorvem essas unidades e tornam a construir com elas as suas próprias variedades de proteínas e ácidos nucléicos.
Desse modo, toda vida terrestre depende dos nitratos que há na terra. Mas, como os nitratos são solúveis, a chuva tende a lavá-los e depositá-los nos riachos, rios e finalmente no mar. Com o tempo, os nitratos desapareceriam e, embora a vida continuasse a existir no mar, onde os nitratos acabam parando, a terra se transformaria em um deserto absoluto * a menos que os nitratos pudessem ser substituídos. Entretanto.......

Quatro quintos da atmosfera terrestre são formados por nitrogênio puro. Se um pouco desse nitrogênio pudesse ser fixado (ou seja, combinado com outro elemento), poderia ser aproveitado pelas plantas, mas o nitrogênio é do tipo insociável e dificilmente desce de seu troninho para combinar-se com outros átomos. Apesar disso, ainda há nitratos na terra e são substituídos (após serem lavados pelas águas). Como ? Como?

Acontece que existem bactérias cuja capacidade de forçar o nitrogênio contido no ar a se combinar com outros átomos é inusitada.. Chamam-se bactérias fixadoras de nitrogênio e são encontradas especialmente nos nódulos ligados às raízes das plantas leguminosas, como a ervilha e o feijão. Essas bactérias têm uma importância vital para a vida em geral, o que nos inclui. Mas .... e os outros vegetais? Ah! Alegria, alegria lá vem o lampejo salvador. Os raios! E é aqui que entra a chuva ácida.



Quando o relâmpago (que é quem permite a visão do raio) risca o ar, o raio aquece momentaneamente o ar que o cerca até temperaturas muito elevadas. O ar resfria-se depressa, mas antes disso o calor força as moléculas de nitrogênio e oxigênio que existe no ar a se combinarem e produzirem o bióxido de nitrogênio. Este óxido dissolve-se na água ( pois geralmente está chovendo nessas ocasiões ) e forma o ácido nítrico, que produz uma espécie de chuva ácida. Quando o ácido nítrico chega ao solo, é transformado em nitratos, que ajudam a fertilizar a terra e possibilitam a vida terrestre.
Quem diria, os raios, por mais perigosos que sejam, matando pessoas e incendiando florestas, no compto geral, com o bem que fazem, ultrapassam em muito o males que causam.
No entanto, se a chuva ácida produzida pelos raios é tão essencial para a vida, por que a expressão chuva ácida infunde tanto medo? Por que é considerada assassina?
Porque a chuva ácida que tememos é aquela causada pela queima de carvão e petróleo impuros, que contêm átomos de enxofre e de nitrogênio. A chuva ácida produzida pelo homem contém ácido nítrico (o mocinho) mas também ácido sulfúrico (o bandido), que é particularmente nocivo e não faz parte da chuva ácida produzida pelos raios. Além disso, a chuva ácida feita pelos homens é considerada mais ácida do que a dos raios, pois onde quer que caia, acumula um excesso considerável de ácido. É esse excesso que deixa as florestas mirradas e mata as populações de peixes dos açudes e lagos.

Combata a desorientação educacional dos humanos e não a benfeitora natureza com seus belíssimos raios e suas chuvas ácidas.

Para os alunos que se utilizarão deste texto para trabalho escolar sugerimos as seguintes ilustrações:
1.Uma floresta viçosa
2.Chuva numa região de vegetação e um lago perto ( ou riacho)
3.Um desenho de cadeia alimentar : planta, animal, homem (veja desenhos nos cadernos de ecologia do seu curso), acentuando a transferência dos nitratos e subprodutos
4.Uma chuva com relâmpagos
5.Carros e fábricas com fumaça negra e poluição (e uma vegetação minguada próxima)
6.Uma queimada de floresta
7. Um cartaz de protesto ao consumo inadequado do petróleo e queimadas
==================
Nem li ......

[]'
Léo



-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo" <dgueron@mailbr.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 9 de abril de 2001 16:54
Assunto: Re: [ciencialist] Alguem tem essa informação?


| Luiz Ferraz Netto wrote:
|
| > Nome : Wilson Custódio
| > Idade : 32
| > Sexo : Masculino
| > Cidade : São Paulo
| > Estado: SP
| > Pais : Brasil
| > CEP : 03570480
| > Nivel:Universitário
| > Gosto da:Esquina da Ciência
| > Profissao:Técnico de Planejamento
| > Receber:Não
| > Sugestao:Qual é a temperatura de um raio ?
| >
| > []'
| > Léo
| > ===========
|
| Oi,
|
| eu nao tenho certeza mas acho que e da ordem de milhoes de graus (sei que e mais quente do
| que a superficie do Sol). Vi na Discovery um programa especial sobre raios que falava o valor
| medio mas esqueci. O interessante tambem eh que gracas as altissimas temperaturas dos raios
| sao sintetizadas moleculas de ozonio e varios hidrocarbonetos levando-nos a concluir que as
| tempestades sao cruciais para a existencia e equilibrio da vida na Terra.
|
| um abraco, Eduardo.
|
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SUBJECT: Alguem tem essa informação?
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/04/2001 22:50

> > Nome : Wilson Custódio
> > Idade : 32
> > Sexo : Masculino
> > Cidade : São Paulo
> > Estado: SP
> > Pais : Brasil
> > CEP : 03570480
> > Nivel:Universitário
> > Gosto da:Esquina da Ciência
> > Profissao:Técnico de Planejamento
> > Receber:Não
> > Sugestao:Qual é a temperatura de um raio ?

Para quem entende um "pouco" de química, parece que esta
página oferece algumas respostas:
http://endeav.org/evolut/text/ball/ball.htm

Quem conseguir "traduzir" isso, depois me diz a temperatura
afinal de contas...

Esta outra página pode não ter a temperatura, mas fala
(quase) tudo sobre raios:
http://www.lightningsafety.com/


#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"Give a man a free hand and he'll run it all over you." -
Mae West (1892-1980)




SUBJECT: Possessões demoniacas
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/04/2001 00:33

Caros colegas,

Vejam se podem me ajudar. Esta semana um paciente chegou ao ambulatorio de psiquiatria no hospital onde eu sou aluno, e disse que estava sofrendo uma "possesso demonca". Ento houve uma grande discusso em torno da pergunta: como o mdico pode ajudar este paciente? Durante minha argumentao eu disse que possesses demonacas no existem e que deveramos nos concentrar no disturbio psiquitrico do paciente, mas claro, respeitando sua f. Para minha surpresa ( mas nem tanta ), muitos me disseram que no podemos dizer isto porque no sabemos. Aquela velha estria de que "eu tambm no posso provar que no existem cogumelos astronautas nos espionando". Eu tentei argumentar, mas percebi que esse campo filosfico cientfico ainda obscuro para mim. Ser que algum colega ctico poderia me ajudar? Segue um trecho de um dos e-mails, que foram postados durante as discusses por um colega meu:

" Apesar de concordar que devemos sempre respeitar a f e as crenas das pessoas (no caso, pacientes), se o psiquiatra se dispe a tratar algum paciente como esse exemplificado, ele parte do pressuposto que aquela crena falsa, e que no passa de uma sndrome sei-l-o-qu ou um distrbio X.... O ponto onde quero chegar que acho que muitas vezes o mdico rotula os problemas dos pacientes e acha que pode sempre resolv-los com a lgica do pensamento cientfico materialista, mas devemos lembrar que muitas coisas (a maioria delas) a cincia ainda no explica....
Na minha opinio (discordando um pouco do Raul!), no podemos simplesmente dizer que "no existe possesso demonaca!" porque no podemos provar isso... No estou dizendo que existe, mas tambm no posso chegar e restringir os problemas do paciente a receptores, sinapses, neurotransmissores etc. Claro que isso uma opinio pessoal, e se formos discutir isso vamos cair num debate filosfico sem fim...."

Aguardo ansioso as respostas.

[]'s
Raul


[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resumo 400
FROM: Álvaro Prieto <alprieto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/04/2001 00:45

Havia lido teu artigo Leo e foi por isso que me lembrei do meu primo.
Entretanto, creio mesmo que não posso partilhar do otimismo do Roberto, acho
que hoje a imensa maioria está muito despreparada para entender o mundo, que
dirá para acompanhar a velocidade do avanço. Acho mesmo que de maneira geral
o cientista é despreparado até mesmo do ponto de vista de formação geral em
filosofia e pedagogia em saber justificar e explicar o que faz.

Porquê as pessoas tem então a noção que ciência funciona e é importante?
julgam o trabalho do cientista sagrado, à maneira do sarcedote? Como podem
opinar sobre temas a que são chamados a opinar ao sabor da moda, seja sobre
uso de energia nuclear, seja sobre plantas transgênicas, seja sobre a
possibilidade de clonar humanos através de suas células somáticas?

Como o cientista faz para destinguir o que faz, daquilo em que ele acredita
ou milita?

Vejam um exemplo prático:
Não sei se assitiram a entrevista da Mayanna Zats no Jô Soares, mas ele quis
saber se não houvessem problemas de ordem técnica, nem riscos e acidentes na
clonagem tal como vem sendo feito em animais, e se a técnica fosse
totalmente rotineira, simples e segura, porque não se deveria clonar seres
humanos?
Porque os cientistas são contra?

Foi mais ou menos esta a pergunta ao que me lembre... Ao que ela respondeu:
"Porque é contra a natureza!"

Da resposta eu lembro bem... fiquei pasmo, porque quando se pede uma
explicação e há uma boa oportunidade do cientista elucidar o público mais
amplo, ele se sai com tal argumentação pífia.

Vejam que o Jô ainda perguntou: "mas toda a intervenção humana e por
consequente da ciência é por definição "contra natura" , explorar petróleo é
contra a natureza...."

Tratar alguém com pneumonia com antibióticos está ao alcance do nosso
estágio técnico-científico, mas é artificial ou contra a natureza? estamos
preparados para explicar? temos posicionamento ético e moral, ou é isto
irrelevante quando sabemos o que sabemos?

Creio que aqui na lista a preocupação com a informação e a desmistificação
esteja acima da média, mas de maneira geral entre meus pares cientistas a
preocupação é mínima e poucos sabem porque fazem o que fazem.

Abraços
Álvaro Prieto



SUBJECT: En: [ciencialist] ontem no discovery
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/04/2001 01:14


----- Original Message -----
From: Tarcisio Borges da Silva Jr.


*Papo vai papo vem e eles citam aquela história de datar pedra com C-14, já
fiquei com a pulga atrás da orelha. Mas a maior bomba veio depois.

Por favor, Tarcisio, vc saberia me dizer que tipo(os) de rocha(as) eles
disseram terem datado pelo método C14?

[]s,
Sheila.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Possessões demoniacas
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/04/2001 02:35

Peterson escreveu:

> Demônios não existem, mas então porquê algumas pessoas dizem
> que eles podem possuir corpos? Posso responder isso devolvendo
> outra pergunta: já percebeu que só as pessoas crentes no demônio
> são suscetíveis de serem possuídas pelos mesmos?
> É preciso estar vivenciando este "modelo de verdade", baseando
> sua realidade pessoal nos princípios dessa crença para que os
> efeitos psicossomáticos possam se manifestar.

Perfeito. E digo mais, ainda que o demônio apareça para mim em pessoa eu não
estaria convencido. Todos sabemos que alucinações são bastante comuns em
pessoas normais em estados de privação de sono, desnutrição, medo, etc...
Assim, para me convencer não adianta o diabo aprecer só pra mim, tem que
aparecer pra pelo menos mais um amigo presente.

> É interessante, mas até mesmo os que se consideram paranormais,
> místicos, gurus ou religiosos se obrigam a admitir que nenhum de
> seus embustes, digo, de seus fenômenos ocorrem com céticos,
> tornando-se impossíveis diante de ateus teóricos ou dos céticos da
> "linha dura". Outros afirmam que céticos tem uma capacidade de
> dizimar as "energias" boas ou más que poderiam lhe influenciar,
> pois suas mentes são barreiras fechadas para viscissitudes das
> realidades que dependem da imaginação do sobrenatural.

> Esses fatos são um bom começo.

> A Bíblia também contem versículos que mencionam dragões
> (Jeremias 51:34), Unicórnios (Isaías 34:7) e outros animais
> fabulosos (Isaías 11:8). Com base nestes versos, muitos
> naturalistas da Idade Média acreditavam que essas criaturas míticas
> de fato existiram.

Aqui surge um grande paradoxo religioso. Quando confrontados com passagens
bíblicas como a de Daniel 5:5, seus defensores dizem que não devemos toma-la
ao pé-da-letra, no entanto eles seguem e acreditam em diversos ensinamentos
bíblicos ao pé-da-letra. E aí? Quem é que decide o que deve-se interpretar e
o que deve-se seguir literalmente? Eles decidem da maneira que lhes convém.
Sempre foi assim...

Outro dia um padre amigo da família, que tentava me converter a pedido de
minha esposa que é católica, me disse que quando a bíblia diz "temei a
Deus", na verdade ela não diz para que tenhamos medo de seus castigos e sim
para que tenhamos medo de perde-lo. Tenha santa paciência! Aí já estão
forçando muito a barra.

Não defendo que a bíblia seja queimada e nem penso que contenha apenas
mentiras. Apenas acho que deve ser encarada como um mero livro filosófico.
Meio ruimzinho por sinal...

> É preciso demonstrar que o "demônio" está na mesma perspectiva
> desses mitos e incongruências, desse mundo estranho e absurdo que
> só existe na bíblia. Não é de se estranhar que vivenciar isso tudo
> como verdade só pode trazer estados alterados de consciência, para
> não dizer perturbação da sanidade mental.

Tem toda a razão. Eu penso também que este tipo de crença religiosa é
prejudicial, principalmente para as crianças. Veja o meu exemplo, que fui
criado em uma família espírita. Apesar de nunca ter visto nenhum espírito
( e olha que me diziam que eu tinha uma "mediunidade" acentuada ), sempre
morri de medo pois tinha essa crença bastante arraigada. Isso me trouxe
problemas para dormir e para ficar em casa sozinho durante toda a
adolescência, pois pensava que por ser de família espírita cedo ou tarde
eles apareceriam. Nunca vieram e ainda hoje ( cético e ateu ) uma parte de
mim ainda não apagou esse trauma infantil. Por sorte meu filho poderá
crescer livre de "demônios".

> Muito ainda poderia se falar sobre isso, mas muito provém de
> abstrações e analogias lógicas contidas aqui. Espero poder ter
> ajudado um pouco.

E como... Obrigado pela ajuda.

[]'s
Raul




SUBJECT: Re: [ciencialist] Possessões demoniacas
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/04/2001 04:21

Em uma mensagem de 10/04/01 01:32:52 Hora padrão leste da Am. Sul,
peterlsm@terra.com.br escreveu:

Raul, percebo que o problema da tal "possessão demoníaca" está muito
relacionado ao contexto discutido aqui mesmo na lista sobre o sacerdote vodu
que "mata" o crente de sua seita através de simples gesto simbólico. Demônios
não existem, mas então porquê algumas pessoas dizem que eles podem possuir
corpos? Posso responder isso devolvendo outra pergunta: já percebeu que só as
pessoas crentes no demônio são suscetíveis de serem possuídas pelos mesmos? É
preciso estar vivenciando este "modelo de verdade", baseando sua realidade
pessoal nos princípios dessa crença para que os efeitos psicossomáticos
possam se manifestar.

Manuel - Muitas vezes a forma como se manifesta um determinado tipo de doença
psíquica depende da cultura em que o enfermo vive. Um conhecido meu, que
sofria de neurose obsessivo-compulsiva, todos os dias, às quatro horas da
tarde em ponto, tinha que realizar um determinado ritual: dar três pulinhos
em frente do forno de micro-ondas. Ele achava que, se não executasse aquele
rito, alguma coisa terrível ele iria fazer com os seus familiares. Ele não
compreendia aquilo. Tinha plena consciência de quanto era irracional e
despropositado aquele ato. Mas não tinha controle sobre si mesmo: não
conseguia evitar.

Sabe como ele ficou bom? Esse sujeito, que não era religioso, converteu-se
novamente ao catolicismo. De novo passou a crer em demônios. "agora sei, era
o demônio querendo que eu assassinasse a minha família", disse-me ele. Depois
que passou a ir à missa todos os dias da semana nunca mais sofreu aquela
pressão luciferina.

Mas será que ele ficou bom mesmo? Creio que não. Ele apenas substituiu aquele
ritual ridículo (três pulos em frente do forno de micro-ondas, pode?) por um
outro ritual não tão bizarro, mas um pouco exagerado: rezar na igreja todo
santo dia.

E o demônio? O demônio pertence a nossa cultura e, no caso, serviu para dar
nome a uma pulsão sádica que o indivíduo tem mas não aceita e sobre a qual
vem perdendo o controle.

Mas é só uma hipótese. :-)

[]s
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: [ciencialist] Resumo 400
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/04/2001 07:21


Álvaro Prieto escreve:


| Havia lido teu artigo Leo e foi por isso que me lembrei do meu primo.
| Entretanto, creio mesmo que não posso partilhar do otimismo do Roberto, acho
| que hoje a imensa maioria está muito despreparada para entender o mundo, que
| dirá para acompanhar a velocidade do avanço. Acho mesmo que de maneira geral
| o cientista é despreparado até mesmo do ponto de vista de formação geral em
| filosofia e pedagogia em saber justificar e explicar o que faz.

E vai piorar Álvaro, tudo é consequencia do crescimento do bolo do conhecimento e tecnologias e o pequeno tempo de vida do homem. Antigamente, até antes da época de Newton diria eu, era comum tachar o homem de cientísta, filósofo, matemático, poéta e artísta. Muitos ostentavam esses qualificativos, o conhecimento era menor, a tecnologia pouco avançada etc. dava tempo para se 'saber um pouco disso tudo'.
Hoje, nem mesmo dentro de um único assunto é possível manter-se 'em dia'. Desde pequeno tive uma queda para a eletrônica e comecei cedo, mesmo empiricamente a fuçar nessas coisas, construí transmissores e consertei rádios e televisores por puro hobby ... hoje nem me atrevo a abrir um desses televisores modernos cujos dedicados de ajustes são feitos na fábrica, por controle remoto e de modo 'automático'. Não há o que 'consertar'! O defeito atualmente está numa parte de um chip 'enorme em suas funções', com 32 perninhas e tamanho de um botão de camisa. Não há mais a 'peça' defeituosa ... e lá se vão os componentes discretos.
Que eletrônico hoje tem a petulância de dizer que está em dia com a eletrônica? O mundinho de cada cientista de hoje é um mundão perto do conhecimento do cientista de outrora, mas é uma poeira espacial dentro do conhecimento total acumulado pela humanidade.
No futuro só haverá o homem 'específicus', como o especialista em bisel do bisel da cunha do plano inclinado da rosca do parafuso!

|
| Porquê as pessoas tem então a noção que ciência funciona e é importante?
| julgam o trabalho do cientista sagrado, à maneira do sarcedote? Como podem
| opinar sobre temas a que são chamados a opinar ao sabor da moda, seja sobre
| uso de energia nuclear, seja sobre plantas transgênicas, seja sobre a
| possibilidade de clonar humanos através de suas células somáticas?
|
| Como o cientista faz para destinguir o que faz, daquilo em que ele acredita
| ou milita?

O povo comum nada entende de nada, seu conhecimento paira na repetição do dia-a-dia e é uma aventura participar pela TV do show do milhão tentando dar a resposta da pergunta do sirvosanto ... (e isso se repete pelo mundo afora). A alegria de acertar algumas daquelas perguntas, profundas, de altíssimo cunho científico é a glória final do dia.
Quando um cientista é entrevistado, ele o será sobre assunto específico. Nenhum cientista da área da energia nuclear deveria ser entrevistado sobre clonagem humana ... mas o entrevistador não percebe isso, para ele cientista é cientista, e pergunta coisas fora da esfera que ele (parcialmente) domina.
Só os crentes têm resposta para tudo!


|
| Vejam um exemplo prático:
| Não sei se assitiram a entrevista da Mayanna Zats no Jô Soares, mas ele quis
| saber se não houvessem problemas de ordem técnica, nem riscos e acidentes na
| clonagem tal como vem sendo feito em animais, e se a técnica fosse
| totalmente rotineira, simples e segura, porque não se deveria clonar seres
| humanos?
| Porque os cientistas são contra?
|
| Foi mais ou menos esta a pergunta ao que me lembre... Ao que ela respondeu:
| "Porque é contra a natureza!"
|

O que deixa claro que Mayanna Zats e Jô Soares não entendem nada sobre o que é Natureza! E muito menos o público lá do auditório e praticamente zero a enorme maioria de quem o assiste.
O que é ser natural? Imagino que a essa pergunta só a fauna e a flora 'poderiam' responder ... eles são os 'naturais'. O homem há muito tempo deixou de o ser!


| Da resposta eu lembro bem... fiquei pasmo, porque quando se pede uma
| explicação e há uma boa oportunidade do cientista elucidar o público mais
| amplo, ele se sai com tal argumentação pífia.


Não, não há como o cientista elucidar o público (honestamente).
Entre o cientista e o público deveria haver um mediador, alguém que pega o pacote lá do alto da prateleira, abre, examina e conta para o público, ao rés do chão, o que há dentro do pacote. Isso seria a finalidade do jornalismo científico (pisei no calo do Belisario?), que ainda engatinha e se deixa enrolar por teorias rebuscadas, com encontros, simpósios, com fóruns etc. ... e não cumpre a missão!
(A respeito disso recomendo a leitura do Fórum Mundial: movimentos sociais e ciência, do Newsletter do Labjor-UNICAMP)


|
| Vejam que o Jô ainda perguntou: "mas toda a intervenção humana e por
| consequente da ciência é por definição "contra natura" , explorar petróleo é
| contra a natureza...."
|
| Tratar alguém com pneumonia com antibióticos está ao alcance do nosso
| estágio técnico-científico, mas é artificial ou contra a natureza? estamos
| preparados para explicar? temos posicionamento ético e moral, ou é isto
| irrelevante quando sabemos o que sabemos?
|
| Creio que aqui na lista a preocupação com a informação e a desmistificação
| esteja acima da média, mas de maneira geral entre meus pares cientistas a
| preocupação é mínima e poucos sabem porque fazem o que fazem.
|
| Abraços
| Álvaro Prieto

[]'
Léo



SUBJECT: RES: Resumo 400
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/04/2001 10:04

> Leo escreveu:
> Antigamente, até antes da época de Newton diria eu,
> era comum tachar o homem de cientísta, filósofo, matemático,
> poéta e artísta. Muitos ostentavam esses qualificativos, o
> conhecimento era menor, a tecnologia pouco avançada etc. dava
> tempo para se 'saber um pouco disso tudo'.
> Hoje, nem mesmo dentro de um único assunto é possível
> manter-se 'em dia'.

Sobre tudo isso lembro-me da máxima de, se não estou enganado, Bernard Shaw.
Ele disse mais ou menos isso: Hoje temos especialistas, que são pessoas que
sabem demais sobre muito pouco; no futuro, saberão de tudo sobre o nada...

Dá para refletir...

Imaginemos, num futuro relativamente distante, com o advento da tecnologia
da informação, uma forma de inteligência artificial, que cuidará de
praticamente todas os nossos meios de produção de bens high tech. Ninguém
saberá como as essas maravilhas funcionam, apenas usufruirão. Que coisa
mágica! É só apertar um botão, ou melhor, é só desejar com o pensamento (uma
interface conectada ao córtex cerebral) e você pode fazer máquinas
funcionarem!

É de fazer pena... Como perguntar a uma criança urbana de onde vêm os ovos.
"Do Carrefour, ora!"...

Triste...

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Criacionistas
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/04/2001 10:18

Ontem a noite dei uma espiada no site criacionista www.scb.com.br citado
pelo Takata. Francamente, acho essa turma perigosa. Todos nós sabemos, ou
deveríamos saber, o quanto a ingenuidade, a ignorância, pode ser perigosa.
Alguém aí, já ouviu falar da Juventude Nazista? Pois é...

Só falta eles retificarem em assembléia as leis do movimento, da gravidade
ou da termodinâmica... Aí sim, estamos fritos...

"Mudanças são a única coisa permanente no Universo" (Heráclito)
Alexandre P.Cabral de Medeiros
Analista Consultor * mailto:alexandre.medeiros@consultmail.net
AC Nielsen do Brasil * http://www.acnielsen.com
Tel. *(0xx11) 4613-7469 - Fax (0xx11) 4613-7077


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] ontem no discovery
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/04/2001 11:19

On Mon, 9 Apr 2001, João Mário Miranda wrote:
> > Pegue um globo terrestre e dê uma olhadinha. Vc vai ver que eu estou
> > certo.
> O Sol acabou de se pôr aqui em Portugal. O ângulo entre a posição
> onde o sol se pos e o norte é de 80 graus, e não 90 (oeste). No Verão
> essa posição desloca-se ainda mais para norte e chega aos 60 graus.
> Usei uma bussola para localizar o norte.

Tem um pequeno detalhe. Vc está esquecendo a declinação magnética local de
Portugal. Vc pode dar uma olhada aqui:
http://www.ngdc.noaa.gov/cgi-bin/seg/gmag/fldsnth1.pl

Aqui vc vai ver como descobrir os pontos cardeais reais em relação à
medida feita pela bússola:
http://www.helderagnes.hpg.com.br/Paginas/bussola.htm

Outra coisa boa de se fazer é garantir a precisão das medidas. Estou
falando sério quando falo que é impossível ver o sol nascer ou se por ao
norte quando se está acima do trópico de câncer e o mesmo [de modo
inverso] com o trópico de capricórnio [no meu caso].

Já fazem alguns anos que me interesso por astronomia e tenho observado
diversos fenômenos meteorológicos e astronômicos. Um modo de garantir o
leste-oeste [e consequentemente o norte-sul] é medir a sombra da ponta de
um poste quando for nove horas da manhã e medir quando for três horas da
tarde, a linha que liga os dois pontos é o leste-oeste real, para qualquer
dia do ano.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ontem no discovery
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/04/2001 12:21

On Tue, 10 Apr 2001 ego_sun@brasilmail.com.br wrote:
> Olá pessoal, olá Tarcísio,

Oi!

> > Exatamente. Por isso esta região é chamada tropical e é tão quente.
> Quando
> > o sol está exatamente sobre as linhas de trópico é chamado
> solstício.
>
> Não entendi.

Eu não entendi o que vc não entendeu. Tá certo que eu não fui muito claro,
mas respirando fundo e contando até dez vc começa a entender :-)

> Se a posição do sol oscila entre os trópicos, e temos um
> trópico no sl e outro no norte, as regiões entre eles não deveriam
> ver o sol alternadamente ao sul e ao norte?
> Ego

Exatamente. Esta é a região tropical [ou inter-tropical por estar entre os
trópicos]. Mas exatamente sobre o trópico de capricórnio vc vê o sol
sempre ao norte, com excessão do solstício de verão [em dezembro] em que o
sol estará a pino [ao meio dia, é claro].

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: En: [ciencialist] ontem no discovery
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/04/2001 12:26

Poutz! Não me lembro, mas eles chamavam algumas pedras pequenas e internas
de pedra azul.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br

On Tue, 10 Apr 2001, Sheila wrote:
> Por favor, Tarcisio, vc saberia me dizer que tipo(os) de rocha(as) eles
> disseram terem datado pelo método C14?
> Sheila.



SUBJECT: Natuzeza - homem, ser natural?
FROM: "Ricardo Gentil de Araújo Pereira" <ricardo@samnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/04/2001 12:48

On 10 Apr 01, at 7:21, Luiz Ferraz Netto wrote:

To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Organization: Particular
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Date sent: Tue, 10 Apr 2001 07:21:23 -0300
Send reply to: ciencialist@yahoogroups.com
Subject: Re: [ciencialist] Resumo 400

> O que é ser natural? Imagino que a essa pergunta só a fauna e
> a flora 'poderiam' responder ... eles são os 'naturais'. O homem
>há muito tempo deixou de o ser!
>
Jocax postou um artigo justamente sobre isso, onde Lynn
Margulis (que foi casada com Carl Sagan) defende o conceito de
Gaia, mas não como a maioria das pessoas acha e sim como um
macroorganismo compreendendo todos os seres vivos em
sistemas integrados da terra (pelo menos foi o que entendi). Se
não me engano ela fala justamente sobre a pretensão do homem
de se colocar "fora" da natureza, até mesmo quando fala em
preservá-la.
Concordo com ela, pois acho que não importa o nosso
desenvolvimento. Sempre estaremos inseridos na naturena e
faremos parte dela (talvez fosse bom uma discussão sobre o
conceito de natureza).
Não vejo diferença entre um animal que usa suas ferramentas
(mesmo que elas façam parte de seu corpo, como dentes e unhas)
para sobreviver e nós, a não ser a nível de "refinamento" de
ferramentas. Digo isso porque muitas pessoas acham que a nossa
tecnologia muitas vezes é contra a "natureza", mas acham que
qualquer animal é "bonzinho" e perfeitamente natural, apesar deles
devorarem outros seres e cometerem outros atos semelhantes aos
dos humanos.
T+

[]'s...and justice for all.

/^\
\ / CAMPANHA DA FITA ASCII - CONTRA MAIL HTML
X ASCII RIBBON CAMPAIGN - AGAINST HTML MAIL
/ \

Ricardo Gentil de Araújo Pereira
e-mail 1: ricardo@samnet.com.br (default)
e-mail 2: rhalah_rikota@ig.com.br
e-mail 3: rhalah@yahoo.com
ICQ: 13306676


SUBJECT: Homem: especialista x generalista
FROM: "Ricardo Gentil de Araújo Pereira" <ricardo@samnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/04/2001 12:48

Oi, Alexandre! Olá, demais listeiros!

O destino que o conhecimento vem tomando ultimamente (nos
últimos milênios) cada vez mais me faz refletir sobre a estagnação
da evolução "intelectual" do homem.
O que mais nos diferencia dos demais animais aqui na terra é
(ao meu ver) a nossa capacidade de "entender" e "trabalhar" com a
matéria prima que a natureza nos disponibiliza, usando-a bruta ou
trabalhada para nosso próprio bem estar/desenvolvimento.
Pois bem. Já conversei com um amigo e ambos chegamos a
um consenso: uma das coisas mais importantes (se não a mais
importante) para a definição do "caminho" que trilharemos no futuro
é justamente o modo como lidaremos com o conhecimento (ou
aquisição desse). É que hoje em dia as pessoas estão cada vez
mais especialistas, o que se justifica pela quantidade (e
"complexidade") de informação disponível, que é praticamente
inalcançável ao mais inteligente dos homens (falo aqui do domínio
de toda a ciência ou, digamos, pelo menos uns 80% dela). O que
se fez, então, foi dividir cada vez mais o conhecimento até que
esse pudesse ser controlado por cada pessoa.
Tem-se um problema aí (na verdade dois). Primeiramente
digamos que o homem, em geral tem uma capacidade máxima de
lidar/gerenciar com conhecimento. Bem, ele naturalmente lida com
uma quantidade bem menor que sua capacidade por uma questão
de conforto/esforço (já que atualmente essa "capacidade" cerebral
é mais que suficiente para a sobrevivência individual), o que faz
com que a divisão do conhecimento seja cada vez maior e ele
persiga cada vez mais o "necessário" à sua sobrevivência
individual. Isso praticamente força a estagnação do nosso
desenvolvimento intelectual (assim acho eu).
O segundo problema, na verdade seria mais uma
consequência do primeiro. Já que cada homem estará
devidamente empregado em sua profissão superespecialista (algo
como "engenheiro de telecomunicações especializado em
medidas de desempenho de antenas fractais" - que seria uma
baita especialização da engenharia elétrica, que já é uma
especialização da engenharia, etc), não seria cada vez mais difícil
a "comunicação" entre esses especialistas? Não ficaria cada vez
mais limitada a nossa "visão"? Como chegariamos a
conhecimentos que fossem ligados a (ou dependessem de) várias
áreas do conhecimento?
Realmente me perturba a idéia de, mesmo sendo estudante
concluinte de engenharia elétrica, não entender bem o
funcionamento de vários equipamentos ou várias tecnologias e
conhecimentos disponíveis na minha área e perceber que a
tendência é piorar (sim, há não muito tempo havia apenas
Engenharia, e o engenheiro sabia calcular as vigas e fazer a
instalação elétrica de um prédio. Hoje em dia ainda se vêem
algumas disciplinas de outro cursos, mas muito parcamente).

Problema/solução: Evolução?

Que acham?

P.S.: Quando mais jovem eu mesmo criticava o conhecimento
genérico, inclusive no segundo grau eu achava um saco algums
assuntos, como números complexos, logarítmos, matrizes e
outros. "Ora! Eu quero saber só o que vou precisar!", pensava.
Qual não foi minha surpreza quando percebi a importância
deles para uma infinidade de coisas (inclusive na explicação de
fenômenos que ocorrem em nossas próprias casas).
Só para concluir, há também o oposto da frase colocada por
Alexandre, que diz: "O generalista é aquele que sabe menos sobre
cada vez mais, até que um dia ele não saberá nada sobre tudo".
T+



On 10 Apr 01, at 8:04, Medeiros, Alexandre Pimentel wrote:

To: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Date sent: Tue, 10 Apr 2001 08:04:46 -0500
Send reply to: ciencialist@yahoogroups.com
Subject: [ciencialist] RES: Resumo 400

>
> Dá para refletir...
>
> Imaginemos, num futuro relativamente distante, com o advento da tecnologia
> da informação, uma forma de inteligência artificial, que cuidará de
> praticamente todas os nossos meios de produção de bens high tech. Ninguém
> saberá como as essas maravilhas funcionam, apenas usufruirão. Que coisa
> mágica! É só apertar um botão, ou melhor, é só desejar com o pensamento (uma
> interface conectada ao córtex cerebral) e você pode fazer máquinas
> funcionarem!
>
> É de fazer pena... Como perguntar a uma criança urbana de onde vêm os ovos.
> "Do Carrefour, ora!"...
>
> Triste...
>
> Alexandre Medeiros


[]'s...and justice for all.

/^\
\ / CAMPANHA DA FITA ASCII - CONTRA MAIL HTML
X ASCII RIBBON CAMPAIGN - AGAINST HTML MAIL
/ \

Ricardo Gentil de Araújo Pereira
e-mail 1: ricardo@samnet.com.br (default)
e-mail 2: rhalah_rikota@ig.com.br
e-mail 3: rhalah@yahoo.com
ICQ: 13306676


SUBJECT: RES: [ciencialist] Homem: especialista x generalista
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/04/2001 13:30

> Ricardo Gentil de Araújo Pereira escreveu:
> O destino que o conhecimento vem tomando ultimamente (nos
> últimos milênios) cada vez mais me faz refletir sobre a estagnação
> da evolução "intelectual" do homem.

Entendo o que vc quer dizer. Todavia, eu não diria estagnação, mas
limitação. Digo mais: o cérebro humano não foi feito para resolver os
enigmas do universo, mas para catar coquinho no mato e correr de onça. Usar
para resolver enigmas do universo é necessidade secundária. PS: Mas poderá
ser essencial para uma civilização interplanetária...

> O que mais nos diferencia dos demais animais aqui na terra é
> (ao meu ver) a nossa capacidade de "entender" e "trabalhar" com a
> matéria prima que a natureza nos disponibiliza, usando-a bruta ou
> trabalhada para nosso próprio bem estar/desenvolvimento.
> Pois bem. Já conversei com um amigo e ambos chegamos a
> um consenso: uma das coisas mais importantes (se não a mais
> importante) para a definição do "caminho" que trilharemos no futuro
> é justamente o modo como lidaremos com o conhecimento (ou
> aquisição desse). É que hoje em dia as pessoas estão cada vez
> mais especialistas, o que se justifica pela quantidade (e
> "complexidade") de informação disponível, que é praticamente
> inalcançável ao mais inteligente dos homens (falo aqui do domínio
> de toda a ciência ou, digamos, pelo menos uns 80% dela). O que
> se fez, então, foi dividir cada vez mais o conhecimento até que
> esse pudesse ser controlado por cada pessoa.

Isso não será sempre assim. Podem jogar pedras à vontade com o que vou
dizer, mas o "Admirável Mundo Novo" (A.Huxley) é inevitável: uma pequena
percentagem de Alfas, um pouco mais de Betas, muitos Gamas e Deltas e uma
"renca" de semi-aleijões Ypsilon. Quanto mais estúpido, mais feliz (os
Ypsilons são programados para adorar trabalho repetitivo!). Por exclusão,
imagino que os Alfas terão uma capacidade de memória e raciocínio
elevadíssimos se comparados com os gênios que já existiram até hoje, capaz
de assimilar *muito sobre muita coisa*... Haverá ainda uma classe, os Alfa+
(os líderes) com amplo conhecimento multidisciplinar responsáveis pela
administração dos demais. Expeculações...

> Tem-se um problema aí (na verdade dois). Primeiramente
> digamos que o homem, em geral tem uma capacidade máxima de
> lidar/gerenciar com conhecimento. Bem, ele naturalmente lida com
> uma quantidade bem menor que sua capacidade por uma questão
> de conforto/esforço (já que atualmente essa "capacidade" cerebral
> é mais que suficiente para a sobrevivência individual), o que faz
> com que a divisão do conhecimento seja cada vez maior e ele
> persiga cada vez mais o "necessário" à sua sobrevivência
> individual. Isso praticamente força a estagnação do nosso
> desenvolvimento intelectual (assim acho eu).

Até o presente isso é correto. Mas para o futuro... com essa tal de
genética...

> O segundo problema, na verdade seria mais uma
> consequência do primeiro. Já que cada homem estará
> devidamente empregado em sua profissão superespecialista (algo
> como "engenheiro de telecomunicações especializado em
> medidas de desempenho de antenas fractais" - que seria uma
> baita especialização da engenharia elétrica, que já é uma
> especialização da engenharia, etc), não seria cada vez mais difícil
> a "comunicação" entre esses especialistas? Não ficaria cada vez
> mais limitada a nossa "visão"? Como chegariamos a
> conhecimentos que fossem ligados a (ou dependessem de) várias
> áreas do conhecimento?
> Realmente me perturba a idéia de, mesmo sendo estudante
> concluinte de engenharia elétrica, não entender bem o
> funcionamento de vários equipamentos ou várias tecnologias e
> conhecimentos disponíveis na minha área e perceber que a
> tendência é piorar (sim, há não muito tempo havia apenas
> Engenharia, e o engenheiro sabia calcular as vigas e fazer a
> instalação elétrica de um prédio. Hoje em dia ainda se vêem
> algumas disciplinas de outro cursos, mas muito parcamente).
>
> Problema/solução: Evolução?
>
> Que acham?

Problema/solução: evolução "artificial". Senão, extinção...

> P.S.: Quando mais jovem eu mesmo criticava o conhecimento
> genérico, inclusive no segundo grau eu achava um saco algums
> assuntos, como números complexos, logarítmos, matrizes e
> outros. "Ora! Eu quero saber só o que vou precisar!", pensava.
> Qual não foi minha surpreza quando percebi a importância
> deles para uma infinidade de coisas (inclusive na explicação de
> fenômenos que ocorrem em nossas próprias casas).
> Só para concluir, há também o oposto da frase colocada por
> Alexandre, que diz: "O generalista é aquele que sabe menos sobre
> cada vez mais, até que um dia ele não saberá nada sobre tudo".

Um futuro perturbador...

Abraços,

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Balelas 'new age'?
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/04/2001 13:31

In ciencialist@yahoogroups.com, "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br> wrote:

> Apenas mostre o paper ou a publicação com os resultados
> dessa pesquisa antropológia que me darei por satisfeito!

Dou-lhe um nome Claude Lévi-Strauss. Um livro em que aparecem dois artigos
sobre o tema ("Eficacia simbólica" e "O Feiticeiro e sua Magia") é uma
compilação cujo título é Antropologia Estrutural (A que eu li está em
espanhol se chama "Antropología estructural". da Editorial Eudeba. B.
Aires). Como se trata de um pesquisador importante, (esteve no Brasil), deve
ter sites na web. É francês e está vivo. Não faz falta maior quantidade de
dados. Só com o nome, já basta. A partir deste autor, pode-se cpseguir
outros, só com a bibliografia dele.
[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar













SUBJECT: RES: Natuzeza - homem, ser natural?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/04/2001 13:39

> Ricardo Gentil de Araújo Pereira escreveu:
>
> > O que é ser natural? Imagino que a essa pergunta só a fauna e
> > a flora 'poderiam' responder ... eles são os 'naturais'. O homem
> >há muito tempo deixou de o ser!
> >
> Jocax postou um artigo justamente sobre isso, onde Lynn
> Margulis (que foi casada com Carl Sagan) defende o conceito de
> Gaia, mas não como a maioria das pessoas acha e sim como um
> macroorganismo compreendendo todos os seres vivos em
> sistemas integrados da terra (pelo menos foi o que entendi). Se
> não me engano ela fala justamente sobre a pretensão do homem
> de se colocar "fora" da natureza, até mesmo quando fala em
> preservá-la.
> Concordo com ela, pois acho que não importa o nosso
> desenvolvimento. Sempre estaremos inseridos na naturena e
> faremos parte dela (talvez fosse bom uma discussão sobre o
> conceito de natureza).

Sempre inseridos na natureza, mesmo que uma ínfima parcela dela nos pareça
artificial. É da natureza que provemos nosso sustento. Assim, nossas
máquinas são, grosso modo, um apêndice da natureza.

Imagino os primeiros exploradores de Marte. Eles deverão utilizar o que o
ambiente marciano pode, numa primeira etapa, oferecer. Certamente, as
primeiras acomodações serão feitas de rochas. É um modo lúdico de ver que
retornamos à caverna, mas em grande estilo. :-)

Abraços,

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Balelas 'new age'?
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/04/2001 13:42

In ciencialist@yahoogroups.com, rmtakata@altavista.net wrote:

> Marco,
> o psiquico eh biologico...

Estou inteiramente de acordo. Embora alguns investigadores da Inteligencia
Artificial creiam que também pode ser informático (ver site de Marvin Minsky
ou do M.I.T.). Não vejo como pensar em algo psíquico fora de um ser vivo.

Também acho que o psiquismo tem graus de complexidade mais ou menos
proporcional à complexidade do ser que o apresenta. Não imagino como, desde
um ponto de vista racional, se possa conceber algo psíquico sem ter em conta
o conhecimento biológico atual (desde a biologia molecular, a bioquímica
cerebral, etc.).

Agradeço sua intervenção, que tem se evidenciado como produto de uma das
mentes especialmente lúcidas da lista. Sempre coerente e sem exageros. Você
é um bom exemplo ra gente seguir.

[]s,

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar





SUBJECT: Re: Natuzeza - homem, ser natural?
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/04/2001 15:53

> No vejo diferena entre um animal que usa suas ferramentas
>(mesmo que elas faam parte de seu corpo, como dentes e unhas)
>para sobreviver e ns, a no ser a nvel de "refinamento" de
>ferramentas. Digo isso porque muitas pessoas acham que a nossa
>tecnologia muitas vezes contra a "natureza", mas acham que
>qualquer animal "bonzinho" e perfeitamente natural, apesar deles
>devorarem outros seres e cometerem outros atos semelhantes aos
>dos humanos.

A diferena que ns temos suficiente capacidade de discernimento para podermos optar entre destruir e preservar. Diante de uma rvore, eu posso escolher se a derrubo, vendo a madeira e enfio o dinheiro no bolso ou se a preservo para que meus netos tambm possam descansar sua sombra. Animais no so bonzinhos nem malvados, pois no possuem capacidade de discernimento. Se voc considera o homem totalmente natural, ento deveria reagir da mesma maneira se seu automvel fosse destrudo por um elefante ou por um vndalo! Na primeira hiptese talvez voc lamentasse: "como fui estpido por estacionar meu carro num local frequentado por elefantes", enquanto no segundo caso voc provavelmente ficaria com raiva do vndalo e o denunciaria a polcia. No se pode aceitar a estupidez humana como natural (embora muitas vezes ela seja).

abraos

Andr Baptista


SUBJECT: Polinomios Ortogonais
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/04/2001 16:55

Desculpe por momentâneamente estar usando a lista de discussão como um
tira-dúvidas pessoal sem participar ativamente das outras discussões , não
tenho tido muito tempo livre. Prometo participar melhor logo logo :)

Ai vai :

Gostaria de aprender um pouco mais sobre polinômios ortogonais
(importantissimos para computação de dados experimentais), alguem poderia me
indicar alguma referência que explique como chegar à polinomios ortogonais ?


SUBJECT: Resumo 400
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/04/2001 18:58

> Sobre tudo isso lembro-me da máxima de, se não estou
enganado, Bernard Shaw.
> Ele disse mais ou menos isso: Hoje temos especialistas,
que são pessoas que
> sabem demais sobre muito pouco; no futuro, saberão de tudo
sobre o nada...

Eu conheço esta, de Konrad Lorenz (zoólogo austríaco,
1903-1989):

"Every man gets a narrower and narrower field of knowledge
in which he must be an expert in order to compete with other
people. The specialist knows more and more about less and
less and finally knows everything about nothing."


#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"Experience is a good teacher, but her fees are very
high." - W.R. Inge




SUBJECT: Re: [ciencialist] Possessões demoniacas
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/04/2001 19:49

Cero, eu também não acreditaria.
Mas pense em toda a carga cultural que você carrega em seu subconsciente.
Imagina só o susto que você ia tomar.
Como diria o mestre:
"Não ia querer estar em suas sandálias, gafanhoto!"

Francisco
(Para não deixar de ser chato!)


> Perfeito. E digo mais, ainda que o demônio apareça para mim em pessoa eu
não
> estaria convencido. Todos sabemos que alucinações são bastante comuns em
> pessoas normais em estados de privação de sono, desnutrição, medo, etc...
> Assim, para me convencer não adianta o diabo aprecer só pra mim, tem que
> aparecer pra pelo menos mais um amigo presente.
>




SUBJECT: Não me diga??
FROM: "Salgado" <jmsalgado@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/04/2001 22:36

Gostaria que as pessoas que fazem parte desta lista emitissem sua opinião
sobre o caso abaixo!
Não sei se é verdade, só estou repassando...
Grato.
> Distraidamente estava trocando os canais da televisão... Quando passei por
um canal que mostrava imagens do homem na lua... Parei para ver do que se
tratava, esse assunto de lua sempre me interessou muito. Para minha
surpresa!!!! A Fox estava passando uma materia sobre a maior mentira de
nossa era!!
> Uma hora e meia de uma reportagem científica provando por A + B que o
homem nunca pisou na lua!!!
> NAO ME DIGA??? JURA???
>
> O programa mostrou todas as falhas... Todas as provas... todas as
informaçoes... Melhor dizendo... Mostrou tudo o que as pessoas ja
conseguiram decobrir, ainda tem muito mais coisas para serem desvendadas...
Muito mais coisas...
> Fico aqui sentada, assistindo tudo de camarote... Finalmente vendo e
ouvindo o que j sei ha mais de 10 anos. O homem nunca pisou na lua.
> No meu livro  Cosnciencia Plena", da editora Record, no capitulo 5 a
partir da página 135... A cosnciencia me fala bem claramente que o homem
nunca pisou na lua... Tive que assinar o nome Rachael por causa desse
capítulo... Os parceiros empresarias que trabalhavam comigo, me pediram para
eu mudar de nome. Disseram quese soubessem que a Evelyn nao acreditava que o
homem foi na lua... Isso poderia prejudicar os negocios de todos...NAO ME
DIGA?
>
> Fatos provam que foi descoberto a ponta de um Iceberg de mentiras chamado
NASA... Esse eh o inicio do desmoronamento (junto com a MIR), de uma
parceria secreta USA/Russia... Fique atendo... Quando voce estiver
consciente da verdade, as informaçoes começarao a chegar fazendo mais
sentido para voce...
>
> No programa da FOX, os cientistas disseram:
> A lua nao tem gravidade, eh impossível toca-la.
> NAO ME DIGA?
> As tomadas de câmera estao perfeitas com imagens diversificadas, inclusive
na hora da partida um cinegrafista deve ter ficado na lua para poder gravar
todos os detalhes da partida.
> NAO ME DIGA?
> As sombras das fotos e filmagens estão a cada instante numa posiçao
diferente, como se tivesse sido imagens montadas.
> NAO ME DIGA?
> Na lua nao tem vento. Tem algumas imagens que a bandeira Americana esta
balançando.
> NAO ME DIGA?
> Nao havia tecnologia em 1969 para tal viagem, se esta fosse possível.
> NAO ME DIGA?
> Se o homem foi na lua ha 32 anos atrás, sem problemas, deverímos estar
muito mais avançados hoje em termos de viagens espaciais.
> NAO ME DIGA??
> Estava passando o olho na televisão... Vi uma materia de algumas pessoas
que afirmam que o ser humano nao precisa de comida para viver e sim de ar e
luz solar!!!
> Pensei... Eh mesmo... NAO ME DIGA??
> Veja na matéria QUEM SAO ELES e descubra mais coisas interessantes!
http://prana.justclick.net/pt/email/032201/index.html




SUBJECT: Holanda legaliza eutanasia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/04/2001 08:35

Do UOL :
Holanda legaliza eutanásia
15h28 - 10/04/2001


HAIA, 10 abr (AFP) - Os senadores holandeses
aprovaram esta
terça-feira uma lei que aprova a eutanásia,
convertendo a Holanda no
primeiro país a adotar essa decisão a respeito
desta controvertida
prática médica.

Os senadores aprovaram por uma maioria de 46 votos
contra 28 esta
iniciativa que legaliza a eutanásia com algumas
condições.

O texto já tinha sido adotado por ampla maioria de
deputados em
novembro passado. Pode entrar em vigor dentro de
três ou quatro
meses, esclareceu à AFP um porta-voz do ministério
da justiça.

Entre as condições para levar a cabo uma eutanásia
estão que os
médicos deverão se assegurar que o paciente padece
de "sofrimentos
insuportáveis", que não tem nenhuma esperança de
sobrevivência e
que, também, efetivamente, esteja lúcido e que
manifeste claramente
o desejo de por fim à vida.

Depois, deverão submeter o caso ao controle de
comissões regionais
encarregadas de vigiar o respeito dessas
condições. Essas
comissões serão integradas por um médico, um
jurista e um
especialista em ética.

Os menores de entre 12 até 16 anos de idade também
terão a
possibilidade de recorrer a eutanásia, com o
consentimento de seus
país.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Balelas 'new age'?
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/04/2001 09:38

Em uma mensagem de 11/04/01 00:21:37 Hora padrão leste da Am. Sul,
logos@pccp.com.ar escreveu:

> In ciencialist@yahoogroups.com, "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br> wrote:
>
> > Apenas mostre o paper ou a publicação com os resultados
> > dessa pesquisa antropológia que me darei por satisfeito!
>
> Dou-lhe um nome Claude Lévi-Strauss. Um livro em que aparecem dois artigos
> sobre o tema ("Eficacia simbólica" e "O Feiticeiro e sua Magia") é uma
> compilação cujo título é Antropologia Estrutural (A que eu li está em
> espanhol se chama "Antropología estructural". da Editorial Eudeba. B.
> Aires). Como se trata de um pesquisador importante, (esteve no Brasil),
deve
> ter sites na web. É francês e está vivo. Não faz falta maior quantidade de
> dados. Só com o nome, já basta. A partir deste autor, pode-se cpseguir
> outros, só com a bibliografia dele.

Manuel - Segue abaixo outros trabalhos:

1. TURNER, V., 1974a. Processo Ritual. Petrópolis: Vozes.

2. TURNER, V., 1980. La Selva de los Símbolos. México: Siglo Veintiuno.

3. TURNER, V., 1981. Social dramas and stories about them. In: On Narrative
(W. J. T. Mitchell, ed.), pp. 137-164. Chicago: University of Chicago Press.

4. LAUGHLIN, C. D.; McMANUS, J.& d'AQUILI, E. G., 1990. Brain, Symbol &
Experience. Toward a Neurophenomelogy of Human Counsciousness. Boston:
Shambhala.

5. MAY, Rollo, 1980, O Significado de Ansiedade, Rio de Janeiro, Zahar.

6. CANNON, Walter B., 1942, Voodoo Death, Amer. Anthrop.

7. MONTERO, Paula, 1986, Magia e Pensamento Mágico, Rio de Janeiro, Ed. Ática.

8. MONTERO, Paula, 1985, Da Doença à Desordem: A Cura Mágica na Umbanda, Rio
de Janeiro, Graal.

[]s
Manuel Bulcão


SUBJECT: Materia escura pode explicar comportamento do universo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/04/2001 10:13

Matéria escura pode explicar comportamento do universo
DENNIS OVERBYE
The New Yok Times,11 de abril de 2001.

BALTIMORE, Maryland - A platéia presente no auditório do
Instituto de Ciência do Telescópio Espacial prendeu a
respiração, na quarta-feira passada (4), quando Adam
Riess, um jovem astrônomo do instituto, colocou a última
marca sobre o seu diagrama de Hubble, um gráfico do
brilho e velocidade de objetos distantes utilizados pelos
astrônomos para traçar a história do universo.

Os Darth Vaders da astronomia se encontraram aqui para
trocar informações sobre a sua área de estudo, que cresce
e fica mais escura a cada dia. Antigamente a astronomia
dizia respeito aquilo que podia ser observado no céu.
Luzes que pareciam jóias movendo-se em trajetórias
eternamente recorrentes, além do brilho suave das
galáxias e dos cometas.

Agora, essa ciência diz respeito àquilo que não pode ser
visto. Nas últimas décadas os astrônomos se depararam com
a possibilidade de que as estrelas e as galáxias - isso
sem mencionar as criaturas que lá residem - seriam apenas
bolhas de espuma boiando em um mar tempestuoso de matéria
escura.

Riess apresentou aos seus companheiros a evidência,
baseada em observações de uma estrela que explodiu 11
bilhões de anos atrás, de que o universo - incluindo a
matéria escura - está se fragmentando devido à influência
de uma misteriosa força antigravitacional, conhecida
como "energia escura".

"Estamos fazendo a astronomia do invisível", admite Mario
Livio, astrofísico teórico do Instituto do Telescópio
Espacial, que organizou o seminário, "O Universo Escuro:
Matéria, Energia e Gravidade", no último outono.

O encontro acabou coincidindo com uma conferência da
Nasa, anunciando a inédita descoberta feita por Riess e
seus colegas. O seminário foi, portanto, dominado por
discussões sobre novos telescópios espaciais e novas
dimensões no universo, enquanto os astrônomos meditavam
sobre o significado da energia escura e como medi-la.

Agora, os físicos, alguns dos quais têm demonstrado
relutância em levar a sério a idéia de aceleração do
universo, terão que explicar em que consiste a matéria
escura. "Esses números são alarmantes e, aparentemente,
verdadeiros", diz Michael Dine, físico teórico da
Universidade da Califórnia em Santa Cruz. Ele relatou que
os seus colegas estão, atualmente,
trabalhando "freneticamente" para encontrar uma
explicação.

Em determinado nível, o universo, com toda a sua "bagagem
escura", parece fazer sentido. A quantidade total de
matéria e energia parece ser exatamente aquela necessária
para assegurar que a geometria em grande escala do espaço-
tempo seja "achatada", ou euclidiana, um resultado que os
cosmologistas por muito tempo consideraram como sendo o
mais desejável e estético. Por outro lado, a fragmentação
detalhada dos constituintes do cosmos é, nas palavras de
Livio, "feia" - 65% de matéria escura, 30% de matéria
escura de natureza desconhecida e somente 5% de estrelas,
gás e poeira cósmica.

"Vivemos em um universo absurdo", afirma Michael Turner,
astrofísico da Universidade de Chicago. "Energia escura.
De onde veio isso?".

É claro que foi Einstein que originalmente trouxe a
energia escura para o campo teórico, ao inserir nas suas
equações gravitacionais que descreviam o universo um
fator artificial, chamado constante cosmológica. Lambda
(a letra grega), conforme a constante é também conhecida,
representa uma espécie de repulsão cósmica associada com
o próprio espaço, que impede que o cosmos entre em
colapso, desabando sobre si mesmo, devido ao seu próprio
peso. Einstein abandonou a constante cosmológica quando
se descobriu que o universo estava em expansão, e
resistiu às tentativas de traze-la de volta, tendo
chegado, certa vez, a afirmar que a constante lambda foi
a sua maior tolice.

Mas a sua afirmação não conseguiu expulsar lambda do
campo teórico para sempre. Em 1998 duas equipes rivais de
astrônomos que tentavam determinar como a expansão do
universo estava se desacelerando devido à gravidade
cósmica, descobriram que o cosmos estava, na verdade,
movendo-se com uma velocidade cada vez maior, como se as
galáxias estivessem sendo empurradas por uma força -
denominada, segundo o espírito da época, de "energia
escura".

"Esse resultado foi muito estranho", relembra Riess, que
era membro de uma das equipes. "Foi o oposto do que
pensávamos estar a fazer". Aquela velha constante
cosmológica de Einstein era mesmo um erro, ou algo ainda
mais estranho?

O "efeito lambda" se revelou na forma uma inesperada
ofuscação por parte de certas estrelas em processo de
explosão, conhecidas como supernovas, que os astrônomos
utilizavam como "velas padrão", objetos cuja distância
pode ser determinada por meio do seu brilho aparente. Os
astrônomos deduziram que essas estrelas estavam muito
mais distante do que deveriam, em um universo que se
expandisse de maneira uniforme e que, portanto, a
expansão estava, na verdade, em processo de aceleração.

Mas a poeira ou alterações químicas ocorridas no decorrer
das eras cósmicas com as estrelas também poderiam ter
obscurecido as supernovas. O teste mais acurado da
hipótese da aceleração e da energia escura, segundo
Riess, consistiria em encontrar supernovas cada vez mais
distantes no tempo, a meio-caminho até o Big Bang, a
Grande Explosão que originou o universo, ou talvez até
além. Devido ao fato de o próprio espaço gerar o empurrão
repulsivo, segundo as equações de Einstein, esse empurrão
deve ter se iniciado de uma forma discreta, quando o
universo era ainda diminuto, aumentando conforme o cosmos
se expandisse. A aceleração cósmica aumentaria apenas
quando o empurrão de lambda se tornasse suficientemente
forte para dominar a gravidade inerente à matéria e à
energia comuns do universo, há cerca de cinco ou seis
bilhões de anos. Antes disso, a expansão do universo
estaria em desaceleração, como um objeto lançado para o
alto que ainda não tivesse alcançado o ápice da sua
trajetória. Uma supernova observada a tal distância
pareceria relativamente mais brilhante do que deveria
ser. Se a poeira ou a evolução química fosse a
responsável pelo fenômeno, essas estrelas distantes
aparentariam ser ainda menos brilhantes.

Por acaso, o Telescópio Espacial Hubble observou uma
supernova no final de 1997 e início de 1998, provando que
ela estava a 11 bilhões de anos-luz da Terra - o objeto
desse tipo mais distante já observado. No diagrama Hubble
de Riess, ela apresenta o dobro do brilho que deveria
ter.

"Alegações extraordinárias requerem evidências
extraordinárias", disse Riess à audiência. Mas
concluiu, "A constante cosmológica se encaixa bem com
essa supernova".

"Um ano atrás, provavelmente uma grande parte da
audiência presente nessa sala não teria acreditado
nisso", afirma Livio.

Porém, há explicações mais complicadas. Outras formas de
energia escura, além da constante cosmológica presente
nas mesas de trabalho dos físicos, bem como a
possibilidade de que os astrônomos ainda estejam sendo
ludibriados. A fim de explicar a natureza da energia
escura, os astrônomos precisam observar mais supernovas,
a uma distância de até 11 bilhões de anos luz, para
alcançarem o período no qual o universo começou a ser
acelerado.

"Qual foi o aumento de velocidade ocorrido entre a
desaceleração e a aceleração?", questiona Riess. A
resposta a tais questões poderia auxiliar os astrônomos a
determinar com que intensidade a energia escura está
empurrando o universo, e a comparar esses valores com as
previsões para a constante cosmológica. "Uma alteração
rápida na aceleração permitiria dizer qual o efeito de um
grau determinado de energia escura", diz Riess.

"A constante cosmológica é a régua para se medir esses
efeitos", afirma.

"Para encontrar supernovas a uma distância tão grande os
cosmologistas terão que realizar observações a partir do
espaço", diz Saul Perlmutter, físico do Laboratório
Nacional Berkeley da Universidade da Califórnia, e
caçador veterano de matéria escura.

No solo, os pesquisadores de supernovas têm que empregar
uma grande rede de indivíduos e telescópios para detectar
as explosões, diagnosticar o seu tipo e, depois, observa-
las perder a intensidade. Perlmutter descreveu um
telescópio orbital que desempenharia as três funções. A
Sonda de Aceleração e de Supernovas (SNAP, na sigla em
inglês), combinaria um espelho de dois metros (apenas 16%
menor do que o Hubble), uma câmera eletrônica gigante com
uma resolução de bilhões de pixels (pontos luminosos) e
um espectroscópio especial.

Se tudo corresse bem, diz Perlmutter, o telescópio
poderia ser lançado em 2008. Com três anos de operação,
ele estima que o SNAP poderia descobrir cerca de duas mil
supernovas. Para fazer uma seleção entre as diferentes
teorias sobre a energia escura, as observações teriam que
ser refinadas até um nível de incerteza de apenas 1% ou
2%.

"Estamos todos entusiasmados", afirma.

E entusiasmados estão também os físicos. A sua lista de
suspeitos começa com a constante cosmológica de Einstein,
mas é aí que reside um problema. À época que Einstein a
abandonou, a mecânica quântica - o conjunto de leis que
governam o reino subatômico - estava criando uma fundação
teórica para a constante cosmológica. De acordo com a
teoria quântica, o espaço vazio deve estar repleto de
partículas temporárias, e a sua energia cumulativa
superaria em cerca de 120 ordens de magnitude a matéria
existente no universo, incluindo a matéria escura. Ou
seja, um fator de 10 seguido de 119 zeros. Nesse nível, a
força do vácuo teria feito com que o universo entrasse em
colapso, desmoranando sobre si mesmo, ou então com que
explodisse, antes mesmo que um átomo sequer tivesse a
oportunidade de ter sido formado.

O fato de que o universo esteja, na verdade, apenas se
expandindo suavemente, sugere que há algo de fundamental
sobre a física e o universo que ainda é desconhecido para
os físicos. Steven Weinberg, ganhador do Prêmio Nobel e
físico de partículas da Universidade do Texas, afirma que
a constante cosmológica é "o osso atravessado na nossa
garganta". Se a energia escura for realmente a constante
cosmológica de Einstein, então os físicos terão que achar
respostas para fatos tais como a sua pequena intensidade -
comparável, de fato, à densidade da matéria em nossa
era.

Considerando a total inexistência de uma resposta, até
mesmo por parte da teoria das cordas, alguns teóricos
lançaram mão de uma noção controversa e, de certa forma,
filosófica, chamada de princípio antrópico, que,
basicamente, afirma que os físicos precisam sopesar as
suas próprias existências quando pensam sobre o universo.
De todos os universos possíveis de serem imaginados,
segundo essa linha de raciocínio, os únicos nos quais os
seres humanos conseguem se encaixar são aqueles que
conduzem à vida humana.

Isso significa, segundo Weinberg, que a constante
cosmológica tem que ser suficientemente pequena para dar
tempo para que as galáxias e estrelas se condensem, a
partir da nebulosa primordial, antes de começar a agir e
promover a explosão do universo.

Alex Vilenkin, da Universidade Tufts, em Massachusetts,
disse para a audiência reunida para o encontro Universo
Escuro, que o universo estava no seu ápice, criando
estrelas, cerca de cinco ou seis bilhões de anos atrás.
Por volta dessa época a energia escura e a densidade da
matéria teriam sido equivalentes. O nosso próprio sol,
que tem cerca de 4,5 bilhões de anos, estava na
extremidade final dessa onda, e, por isso, estamos
aqui. "Os observadores se encontram onde estão as
galáxias", diz Vilenkin. "Um observador típico
presenciaria uma pequena constante cosmológica".

Muitos físicos sentem desconforto com essa linha de
raciocínio, e procuram a resposta em diferentes
categorias teóricas conhecidas como quintessência, que
deriva da palavra grega para o quinto elemento. Paul
Steinhardt, físico teórico da Universidade de Princeton,
afirma que a física moderna está repleta de misteriosos
campos de energia que apresentariam gravidade negativa. O
segredo, segundo Steinhardt, é encontrar um campo que
atuaria como a energia escura, sem muitas das artimanhas
utilizadas pelos físicos teóricos.

"As observações estão nos forçando a isso", diz ele. "A
energia escura se constitui em um problema interessante.
Qualquer solução é bastante interessante".

Uma teoria que fascinou os astrônomos presentes em
Baltimore foi uma modificação da gravidade, recentemente
proposta por três cientistas que trabalham com a teoria
das cordas na Universidade de Nova York: Gia Dvali,
Gregory Gabadadze e Massimo Porrati. Segundo a teoria das
cordas - assim denominada por descrever as partículas
elementares como minúsculas cordas vibrantes - o mundo
comum é freqüentemente visualizado como sendo uma ilha
tridimensional (uma membrana, ou "brane", conforme o
jargão dos teóricos) flutuando em um espaço com 10 ou 11
dimensões. Partículas comuns como os elétrons e os
quarks, e forças como o eletromagnetismo, estão
confinadas a três dimensões - à "brane" - mas esse não é
o caso com a gravidade.

Como resultado, Dvali sugere que a gravidade só poderia
transitar através do espaço convencional antes de passar
para as dimensões extras, o que causaria o seu
enfraquecimento. Para um observador localizado no
tradicional espaço de três dimensões, o universo
pareceria estar em aceleração. A constante cosmológica,
na verdade, é uma espécie de dreno da membrana
gravitacional. "A gravidade engana a si própria", diz
Dvali. "Ela 'vê' a si mesma como sendo uma constante
cosmológica".

A teoria de Dvali foi bem recebida pelos astrônomos, como
um sinal de que a teoria das cordas estaria começando a
sair da torre de marfim das suas abstrações para se
tornar útil, possibilitando previsões testáveis a
respeito do mundo real. Em uma outra contribuição da
teoria das cordas, Steinhardt introduziu uma nova teoria
do universo primordial, na qual o Big Bang é desencadeado
por um par de membranas, chocando-se uma com a outra como
címbalos.

Mais tarde, Riess e Perlmutter questionaram Dvalis sobre
aquilo que eles veriam quando olhassem para além do ponto
onde a gravidade começasse a desaparecer do cosmos. Será
que a transição entre um universo em desaceleração e um
outro em aceleração seria mais abrupta no caso da
constante cosmológica? Dvali diz que não fez nenhum
cálculo, mas o seu "palpite" é de que a transição seria
mais suave do que aquela em um mundo regido por lambda.

"Eu adoraria ver esse cara fazendo alguns diagramas de
Hubble", diz Riess.

Ainda que Dvalis pudesse ser persuadido a fazer uma
previsão, o sucesso quanto à identificação da energia
negra não estaria garantido aos astrônomos. Denominando a
sim mesmo de "porta-voz de um estranho ponto de vista",
Steinhardt observa que a muitas vezes proclamada "era da
cosmologia de precisão" estava destinada a se chocar com
os seus limites. Outros parâmetros cosmológicos,
particularmente a densidade cósmica da matéria no
universo, têm poucas possibilidades de serem
suficientemente conhecidos para permitir - até mesmo para
o SNAP - a decifração dos modelos dentro dos quais a
quintessência variou através dos tempos. Preocupado com a
possibilidade de que um excesso de otimismo quanto ao
SNAP possa minar a vontade dos astrônomos de elaborar
novas idéias, ele afirma: "Devemos dar o menor número de
declarações possível".

Turner se recusa a abrir mão da sua "exuberância
irracional". Apelando para o orgulho dos astrônomos, ele
apela para que os colegas sejam ambiciosos. "Estamos
tendo uma chance de fazer física fundamental",
explica. "Veremos se podemos quebrar essa noz. Talvez
caiamos sobre as nossas próprias faces. Talvez "Paul
(Steinhardt), o Estranho" tenha razão. Ainda tenho muitos
fluidos jovens circulando pelo meu corpo".

Tradução: Danilo Fonseca






SUBJECT: Re: [ciencialist] Materia escura pode explicar comportamento do universo
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/04/2001 10:30

On Wed, 11 Apr 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Os Darth Vaders da astronomia se encontraram aqui para
> trocar informações sobre a sua área de estudo, que cresce
> e fica mais escura a cada dia. Antigamente a astronomia
> Riess apresentou aos seus companheiros a evidência,
> baseada em observações de uma estrela que explodiu 11
> bilhões de anos atrás, de que o universo - incluindo a
> matéria escura - está se fragmentando devido à influência
> de uma misteriosa força antigravitacional, conhecida
> como "energia escura".

Ah! Então isso é a tal energia escura! Pensei que se tratava do lado negro
da força.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br

Use the force, Luke.



SUBJECT: Retrovirus estao no genoma
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/04/2001 10:32

Retrovírus estão no genoma há milhões de anos

DA REPORTAGEM LOCAL , Folha de São Paulo,11 de abril de
2001.

Retrovírus são vírus cujo material genético está na forma
de RNA e não de DNA, como nos demais organismos. O HIV,
agente causal da Aids, é um exemplo de retrovírus.
O RNA (ácido ribonucléico) é um parente do DNA
(desoxirribonucléico). Em geral, ele é usado na tradução
de mensagens genéticas para a fabricação de proteínas.
Os retrovírus têm a capacidade de converter seu RNA em
DNA, depois que infectam uma célula. Com isso, tornam-se
capazes de se integrar ao genoma de seu hospedeiro.
O genoma humano contém muitas sequências de genes ou
fragmentos de retrovírus, cuja ativação tem sido
relacionada a uma série de doenças crônicas, como a
esclerose múltipla, a artrite auto-imune e o diabetes.
Essas sequências de retrovírus incorporadas ao genoma
recebem o nome de Hervs (retrovírus endógeno humano, na
sigla em inglês). Mais de 1% do genoma é composto por
Hervs e seus fragmentos.
A incorporação dos Hervs aconteceu há milhares ou milhões
de anos, quando seus ancestrais virais invadiram as
células dos antepassados humanos. Por alguma razão, eles
estabeleceram residência permanente no genoma.
Muitos dos pedaços de Hervs no genoma humano encontram-se
inativos. Outros continuam capazes de produzir proteínas
virais. Outros, ainda, ficam pulando pelo genoma, de um
lado para o outro, e podem multiplicar cópias de si
mesmos. Essas repetições compõem parte do que se chama
de "DNA-lixo".







SUBJECT: Contagem do genoma humano concluida?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/04/2001 10:48

Contagem do genoma humano ainda não foi concluída, dizem
cientistas

Raja Mishra

THE BOSTON GLOBE, April 11, 2001

Estão perdidas em dentro dos gigantescos
microprocessadores que zunem incessantemente nas salas da
firma de biotecnologia Human Genome Sciences Inc. de
Maryland as sequências de 60.000 genes humanos que ainda
são desconhecidos.
Nestes genes está a chave para a compreensão de centenas
de doenças e, quem sabe a explicação para a natureza
humana. E o trabalho incessante para se mapear o genoma
humano que atraiu as atenções de todo o mundo no ano
passado não foi o suficiente para identificá-los.
Pelo menos é o que garante o dr. William Haseltine,
presidente da Human Genome Sciences. Ele quer uma
recontagem. E pelo visto, não é o único.
Os mapeadores do genoma humano concluíram em fevereiro,
para surpresa de todos, que existem somente cerca de
30.000 genes humanos, ou no máximo 35.000, o que
significa que os humanos são somente 50% geneticamente
mais complexos do que o mais baixo dos vermes.
Porém nas semanas que se seguiram diversos pesquisadores -
entre eles alguns integrantes do próprio Projeto Genoma
Humano - afirmaram que esta contagem estava muito longe
de ser exata. Este número provavelmente ficará maior nos
próximos anos, eles esperam. Como isto irá acontecer já é
uma questão que provoca debates intensos e às vezes
violentos.
Haseltine, um dos mais respeitados - e ricos -
geneticistas de sua geração, tem um palpite: 120.000. Ele
garante que os maiores estudiosos da genética do planeta
deixaram de lado dezenas de milhares de genes no afã de
produzir um mapa completo do genoma humano.
"Nós acreditamos que eles deixaram de lado cerca de dois
terços dos genes existentes", afirmou Haseltine em uma
entrevista. "Na minha opinião eles praticaram mal a
ciência e chegaram a más conclusões".
Cientistas do instituto Whitehead do MIT (Instituto de
tecnologia de Massachusetts), que participou da contagem,
ridicularizaram sua suposição e apresentaram um
desafio: "Caso alguém queira apresentar um número maior,
nós escolheremos aleatoriamente 3% do genoma e faremos
novamente a contagem", afirmou Eric Lander, chefe do
centro de estudo de sequenciamento do genoma do Instituto
Whitehead. "Vamos ver os dados que ele vai apresentar".
Haseltine disse que pretende tornar pública sua contagem
de genes, embora tenha se recusado a eleger um
fórum. "Parece improvável que hajam outros milhares de
genes", disse Lander. "Mas esta contagem com toda certeza
não está completa".
Embora o número exato dos genes humanos não seja uma
informação que possua um valor intrínseco, esta contagem
possui um valor inestimável para aqueles que combatem em
guerras contra várias doenças.
"O mais importante seria identificar todas as seqüências,
de tal modo que os pesquisadores tivessem à disposição
instrumentos para estudá-las", afirmou o dr. Linday
Farrer, chefe dos estudos de genética da universidade de
Boston, que faz pesquisas sobre o mal de Alzheimer e a
hipertensão.
O genoma humano é uma imensa corrente de informações
químicas, simbolizadas pelas letras A, T, C. e G. duas
cópias microscópicas de todo o genoma estão presentes em
cada célula humana.
A maior parte do genoma humano não possui nenhuma função
aparente. Porém ao longo destas trilhas do assim
chamado "DNA inútil" estão genes, pequenas correntes das
letras A, T, C, e G que funcionam como modelos para a
produção de proteínas.
As proteínas são responsáveis pela criação e pela
regulação da vida. Os cientistas descobriram que o verme
C. elegans possui cerca de 19.000 genes; a drosófila
possui 13.000. Os humanos possuem algo entre 30.000 e
35.000, segundo constataram pesquisadores do Projeto
Genoma Humano - que conta com financiamento público - e
da empresa privada Celera Genomics, que promoveu um
mapeamento paralelo do genoma.
No entanto, os humanos possuem uma complexidade celular
bilhões de vezes maior do que a dos C. elegans. De acordo
com a explicação dos cientistas, nossa complexidade
provavelmente se encontra no nível protéico; e a maior
parte de nossos genes, ao contrário do que comumente se
acredita, é capaz de produzir mais de uma proteína.
Proteínas mal desenhadas, produzidas por genes
defeituosos, resultam em centenas de doenças. Mas muitas
vezes o surgimento de doenças requer a interação de
diversos genes. Por esta razão todos aqueles que realizam
pesquisas a respeito de doenças, e que estão em busca dos
genes responsáveis, precisam saber qual o número exato de
genes suspeitos.
Haseltine, por sua vez, acredita que está sendo negado
aos pesquisadores um material da mais alta importância.
"O problema é que os dados não são completos. A contagem
ainda não terminou", ele disse. "Há lacunas, lacunas
muito grandes".
Haseltine tornou-se um homem extremamente rico após ter
fundado a Human Genome Sciences com o geneticista J.
Craig Venter em 1992, e hoje possui US$ 300 milhões
(aproximadamente R$ 645 milhões) apenas em ações. Venter
desfez a parceria em 1997 e criou a Celera.
Ele é conhecido por sua coragem e seu estilo de vida
glamoroso e refinado. Mas o seu currículo é respeitável.
Ele estudou biologia com o prêmio Nobel Walter Gilbert em
Harvard e depois ingressou na Escola de Medicina de
Harvard. Lá ele se tornou um pioneiro no estudo da
constituição genética do HIV, o vírus responsável pela
AIDS.
Sua empresa, ao lado de várias outras que entraram no
ramo da biotecnologia, vinha anunciando há vários anos o
acesso a 60.000 ou mais genes humanos. A Double Twist de
Oakland, por exemplo, afirmou que poderia vender aos
pesquisadores os códigos para algo entre 65.000 e 105.000
genes. Mas quando o Projeto Genoma Humano e a Celera
anunciaram seus resultados, a Double Twist, Haseltine e
vários outros ficaram sem ter muito o que dizer.
Nick Tsinoremas, vice-presidente da Double Twist, afirmou
que a previsão da empresa estava baseada em provas
inconclusivas. Ele disse que ainda acreditava que o
número seria maior que 35.000, e que apresentaria até o
final do mês um estudo que comprovaria sua tese.
"Boa parte da abordagem deles (do Projeto Genoma Humano e
da Celera) era muito conservadora", ele disse,
acrescentando que seu palpite (que ele prefere não
revelar) não é tão alto quanto o de Haseltine.
A abordagem à qual ele se refere envolve estimativas
realizadas com o auxílio de computadores. Durante três
décadas, pesquisadores sequenciaram a duras penas
milhares de genes, uma parte pequena do total, e seguiram
quase que manualmente cada uma das "letras" (A , T, C,
G). Para decodificar o restante, os cientistas
programaram computadores de última geração que
identificaram seqüências similares àquelas que eles já
conheciam.
"Os únicos genes que podem ser encontrados são aqueles
que já foram isolados ou genes que são muito próximos a
eles", afirmou Haseltine, explicando sua crítica do
método que foi utilizado.
Haseltine e dezenas de outros pesquisadores afirmam que
genes especiais, inteiramente diferentes de todos aqueles
que já foram decodificados, ainda aguardam quem os
descubra. A grande questão é: quantos são estes genes?
Terry Gaasterland, que chefia o laboratório de computação
de genoma da Universidade Rockfeller em Nova York,
publicou recentemente um estudo que revela que uma
técnica similar de estimativa havia sido empregada para
mapear o genoma da drosófila, e que isto provavelmente
resultou em uma contagem mais baixa. Afirmou-se que a
drosófila possuía cerca de 13.000 genes. A equipe de
Gaasterland encontrou 19.410 genes "possíveis".
"Eles parecem genes, tem cheiro de genes", ela disse.
Ela observou ainda que tanto o Projeto Genoma Humano
quanto o Celera deixam margem para uma contagem que
chegaria a cerca de 57.000, embora este dado não tenha
sido devidamente divulgado.
"Este é o número mínimo. Ele pode ser 57.000 ou ainda
mais", ela disse. Marc Vidal, um geneticista do instituto
do câncer Dana Farber em Boston, também elaborou uma
técnica para chegar a uma contagem mais precisa de genes
e acredita que os humanos possuam mais do que 35.000
genes.
"Esta é uma descoberta tão imensa, tão nova, que não se
pode esperar que ela seja perfeita", disse ele a respeito
do Projeto Genoma Humano.
Embora vários pesquisadores acadêmicos afirmem que o
número de genes seja maior, eles desconfiam que pessoas
ligadas ao mercado como Haseltine defendam um número
maior de genes para porque isto significaria um lucro
potencial maior para patentes e licenças de genes.
Haseltine nega veementemente estas acusações.
"Não é uma questão comercial. É uma questão médica e
científica", ele disse. "Se as pessoas resolverem
trabalhar com este número de 30.000, nós lutaremos contra
as doenças sem todas as armas disponíveis".
Na verdade, a comunidade científica parece estar
convencida de que ainda surgirão vários outros genes, e
está disposta a pagar o preço por esta suposição. Uma
pesquisa realizada pelo Centro Sanger, parceiro britânico
do Projeto Genoma Humano, está colhendo apostas a
respeito deste número: cada aposta sai por US$ 5 dólares
(aproximadamente R$ 11.50) este ano e US$ 20
(aproximadamente R$ 46) em 2002. A contagem final irá
ocorrer em um encontro científico em Cold Spring Harbor,
Nova Iorque, em 2003.
Até a semana passada, a aposta mais baixa era de 61.710
genes.
Tradução: André Medina Carone








SUBJECT: Re: [ciencialist] Materia escura pode explicar comportamento do universo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/04/2001 13:11

Este artigo confunde dois conceitos distintos:

"Energia Escura" é reponsável por uma força repulsiva oposta à
gravidade e foi proposta para explicar um universo em expansão
cada vez mais rápida. Esta energia escura é uma outra versão
da constante cosmologica de Einstein.

"Matéria Escura" é a matéria invisivel que se pensa que existe e
que é responsável por uma força atractiva, provavelmente a gravidade
e que explica a distribuição de estrelas nas galáxias.

Quando eles escrevem:

>Por outro lado, a fragmentação
> detalhada dos constituintes do cosmos é, nas palavras de
> Livio, "feia" - 65% de matéria escura, 30% de matéria
> escura de natureza desconhecida e somente 5% de estrelas,
> gás e poeira cósmica.

Acho que eles querem dizer "65% de energia escura" e não
"65% de matéria escura".

Joao

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> Matéria escura pode explicar comportamento do universo
> DENNIS OVERBYE
> The New Yok Times,11 de abril de 2001.
>
> BALTIMORE, Maryland - A platéia presente no auditório do
> Instituto de Ciência do Telescópio Espacial prendeu a
> respiração, na quarta-feira passada (4), quando Adam
> Riess, um jovem astrônomo do instituto, colocou a última
> marca sobre o seu diagrama de Hubble, um gráfico do
> brilho e velocidade de objetos distantes utilizados pelos
> astrônomos para traçar a história do universo.
>
> Os Darth Vaders da astronomia se encontraram aqui para
> trocar informações sobre a sua área de estudo, que cresce
> e fica mais escura a cada dia. Antigamente a astronomia
> dizia respeito aquilo que podia ser observado no céu.
> Luzes que pareciam jóias movendo-se em trajetórias
> eternamente recorrentes, além do brilho suave das
> galáxias e dos cometas.
>
> Agora, essa ciência diz respeito àquilo que não pode ser
> visto. Nas últimas décadas os astrônomos se depararam com
> a possibilidade de que as estrelas e as galáxias - isso
> sem mencionar as criaturas que lá residem - seriam apenas
> bolhas de espuma boiando em um mar tempestuoso de matéria
> escura.
>
> Riess apresentou aos seus companheiros a evidência,
> baseada em observações de uma estrela que explodiu 11
> bilhões de anos atrás, de que o universo - incluindo a
> matéria escura - está se fragmentando devido à influência
> de uma misteriosa força antigravitacional, conhecida
> como "energia escura".
>
> "Estamos fazendo a astronomia do invisível", admite Mario
> Livio, astrofísico teórico do Instituto do Telescópio
> Espacial, que organizou o seminário, "O Universo Escuro:
> Matéria, Energia e Gravidade", no último outono.
>
> O encontro acabou coincidindo com uma conferência da
> Nasa, anunciando a inédita descoberta feita por Riess e
> seus colegas. O seminário foi, portanto, dominado por
> discussões sobre novos telescópios espaciais e novas
> dimensões no universo, enquanto os astrônomos meditavam
> sobre o significado da energia escura e como medi-la.
>
> Agora, os físicos, alguns dos quais têm demonstrado
> relutância em levar a sério a idéia de aceleração do
> universo, terão que explicar em que consiste a matéria
> escura. "Esses números são alarmantes e, aparentemente,
> verdadeiros", diz Michael Dine, físico teórico da
> Universidade da Califórnia em Santa Cruz. Ele relatou que
> os seus colegas estão, atualmente,
> trabalhando "freneticamente" para encontrar uma
> explicação.
>
> Em determinado nível, o universo, com toda a sua "bagagem
> escura", parece fazer sentido. A quantidade total de
> matéria e energia parece ser exatamente aquela necessária
> para assegurar que a geometria em grande escala do espaço-
> tempo seja "achatada", ou euclidiana, um resultado que os
> cosmologistas por muito tempo consideraram como sendo o
> mais desejável e estético. Por outro lado, a fragmentação
> detalhada dos constituintes do cosmos é, nas palavras de
> Livio, "feia" - 65% de matéria escura, 30% de matéria
> escura de natureza desconhecida e somente 5% de estrelas,
> gás e poeira cósmica.
>
> "Vivemos em um universo absurdo", afirma Michael Turner,
> astrofísico da Universidade de Chicago. "Energia escura.
> De onde veio isso?".
>
> É claro que foi Einstein que originalmente trouxe a
> energia escura para o campo teórico, ao inserir nas suas
> equações gravitacionais que descreviam o universo um
> fator artificial, chamado constante cosmológica. Lambda
> (a letra grega), conforme a constante é também conhecida,
> representa uma espécie de repulsão cósmica associada com
> o próprio espaço, que impede que o cosmos entre em
> colapso, desabando sobre si mesmo, devido ao seu próprio
> peso. Einstein abandonou a constante cosmológica quando
> se descobriu que o universo estava em expansão, e
> resistiu às tentativas de traze-la de volta, tendo
> chegado, certa vez, a afirmar que a constante lambda foi
> a sua maior tolice.
>
> Mas a sua afirmação não conseguiu expulsar lambda do
> campo teórico para sempre. Em 1998 duas equipes rivais de
> astrônomos que tentavam determinar como a expansão do
> universo estava se desacelerando devido à gravidade
> cósmica, descobriram que o cosmos estava, na verdade,
> movendo-se com uma velocidade cada vez maior, como se as
> galáxias estivessem sendo empurradas por uma força -
> denominada, segundo o espírito da época, de "energia
> escura".
>
> "Esse resultado foi muito estranho", relembra Riess, que
> era membro de uma das equipes. "Foi o oposto do que
> pensávamos estar a fazer". Aquela velha constante
> cosmológica de Einstein era mesmo um erro, ou algo ainda
> mais estranho?
>
> O "efeito lambda" se revelou na forma uma inesperada
> ofuscação por parte de certas estrelas em processo de
> explosão, conhecidas como supernovas, que os astrônomos
> utilizavam como "velas padrão", objetos cuja distância
> pode ser determinada por meio do seu brilho aparente. Os
> astrônomos deduziram que essas estrelas estavam muito
> mais distante do que deveriam, em um universo que se
> expandisse de maneira uniforme e que, portanto, a
> expansão estava, na verdade, em processo de aceleração.
>
> Mas a poeira ou alterações químicas ocorridas no decorrer
> das eras cósmicas com as estrelas também poderiam ter
> obscurecido as supernovas. O teste mais acurado da
> hipótese da aceleração e da energia escura, segundo
> Riess, consistiria em encontrar supernovas cada vez mais
> distantes no tempo, a meio-caminho até o Big Bang, a
> Grande Explosão que originou o universo, ou talvez até
> além. Devido ao fato de o próprio espaço gerar o empurrão
> repulsivo, segundo as equações de Einstein, esse empurrão
> deve ter se iniciado de uma forma discreta, quando o
> universo era ainda diminuto, aumentando conforme o cosmos
> se expandisse. A aceleração cósmica aumentaria apenas
> quando o empurrão de lambda se tornasse suficientemente
> forte para dominar a gravidade inerente à matéria e à
> energia comuns do universo, há cerca de cinco ou seis
> bilhões de anos. Antes disso, a expansão do universo
> estaria em desaceleração, como um objeto lançado para o
> alto que ainda não tivesse alcançado o ápice da sua
> trajetória. Uma supernova observada a tal distância
> pareceria relativamente mais brilhante do que deveria
> ser. Se a poeira ou a evolução química fosse a
> responsável pelo fenômeno, essas estrelas distantes
> aparentariam ser ainda menos brilhantes.
>
> Por acaso, o Telescópio Espacial Hubble observou uma
> supernova no final de 1997 e início de 1998, provando que
> ela estava a 11 bilhões de anos-luz da Terra - o objeto
> desse tipo mais distante já observado. No diagrama Hubble
> de Riess, ela apresenta o dobro do brilho que deveria
> ter.
>
> "Alegações extraordinárias requerem evidências
> extraordinárias", disse Riess à audiência. Mas
> concluiu, "A constante cosmológica se encaixa bem com
> essa supernova".
>
> "Um ano atrás, provavelmente uma grande parte da
> audiência presente nessa sala não teria acreditado
> nisso", afirma Livio.
>
> Porém, há explicações mais complicadas. Outras formas de
> energia escura, além da constante cosmológica presente
> nas mesas de trabalho dos físicos, bem como a
> possibilidade de que os astrônomos ainda estejam sendo
> ludibriados. A fim de explicar a natureza da energia
> escura, os astrônomos precisam observar mais supernovas,
> a uma distância de até 11 bilhões de anos luz, para
> alcançarem o período no qual o universo começou a ser
> acelerado.
>
> "Qual foi o aumento de velocidade ocorrido entre a
> desaceleração e a aceleração?", questiona Riess. A
> resposta a tais questões poderia auxiliar os astrônomos a
> determinar com que intensidade a energia escura está
> empurrando o universo, e a comparar esses valores com as
> previsões para a constante cosmológica. "Uma alteração
> rápida na aceleração permitiria dizer qual o efeito de um
> grau determinado de energia escura", diz Riess.
>
> "A constante cosmológica é a régua para se medir esses
> efeitos", afirma.
>
> "Para encontrar supernovas a uma distância tão grande os
> cosmologistas terão que realizar observações a partir do
> espaço", diz Saul Perlmutter, físico do Laboratório
> Nacional Berkeley da Universidade da Califórnia, e
> caçador veterano de matéria escura.
>
> No solo, os pesquisadores de supernovas têm que empregar
> uma grande rede de indivíduos e telescópios para detectar
> as explosões, diagnosticar o seu tipo e, depois, observa-
> las perder a intensidade. Perlmutter descreveu um
> telescópio orbital que desempenharia as três funções. A
> Sonda de Aceleração e de Supernovas (SNAP, na sigla em
> inglês), combinaria um espelho de dois metros (apenas 16%
> menor do que o Hubble), uma câmera eletrônica gigante com
> uma resolução de bilhões de pixels (pontos luminosos) e
> um espectroscópio especial.
>
> Se tudo corresse bem, diz Perlmutter, o telescópio
> poderia ser lançado em 2008. Com três anos de operação,
> ele estima que o SNAP poderia descobrir cerca de duas mil
> supernovas. Para fazer uma seleção entre as diferentes
> teorias sobre a energia escura, as observações teriam que
> ser refinadas até um nível de incerteza de apenas 1% ou
> 2%.
>
> "Estamos todos entusiasmados", afirma.
>
> E entusiasmados estão também os físicos. A sua lista de
> suspeitos começa com a constante cosmológica de Einstein,
> mas é aí que reside um problema. À época que Einstein a
> abandonou, a mecânica quântica - o conjunto de leis que
> governam o reino subatômico - estava criando uma fundação
> teórica para a constante cosmológica. De acordo com a
> teoria quântica, o espaço vazio deve estar repleto de
> partículas temporárias, e a sua energia cumulativa
> superaria em cerca de 120 ordens de magnitude a matéria
> existente no universo, incluindo a matéria escura. Ou
> seja, um fator de 10 seguido de 119 zeros. Nesse nível, a
> força do vácuo teria feito com que o universo entrasse em
> colapso, desmoranando sobre si mesmo, ou então com que
> explodisse, antes mesmo que um átomo sequer tivesse a
> oportunidade de ter sido formado.
>
> O fato de que o universo esteja, na verdade, apenas se
> expandindo suavemente, sugere que há algo de fundamental
> sobre a física e o universo que ainda é desconhecido para
> os físicos. Steven Weinberg, ganhador do Prêmio Nobel e
> físico de partículas da Universidade do Texas, afirma que
> a constante cosmológica é "o osso atravessado na nossa
> garganta". Se a energia escura for realmente a constante
> cosmológica de Einstein, então os físicos terão que achar
> respostas para fatos tais como a sua pequena intensidade -
> comparável, de fato, à densidade da matéria em nossa
> era.
>
> Considerando a total inexistência de uma resposta, até
> mesmo por parte da teoria das cordas, alguns teóricos
> lançaram mão de uma noção controversa e, de certa forma,
> filosófica, chamada de princípio antrópico, que,
> basicamente, afirma que os físicos precisam sopesar as
> suas próprias existências quando pensam sobre o universo.
> De todos os universos possíveis de serem imaginados,
> segundo essa linha de raciocínio, os únicos nos quais os
> seres humanos conseguem se encaixar são aqueles que
> conduzem à vida humana.
>
> Isso significa, segundo Weinberg, que a constante
> cosmológica tem que ser suficientemente pequena para dar
> tempo para que as galáxias e estrelas se condensem, a
> partir da nebulosa primordial, antes de começar a agir e
> promover a explosão do universo.
>
> Alex Vilenkin, da Universidade Tufts, em Massachusetts,
> disse para a audiência reunida para o encontro Universo
> Escuro, que o universo estava no seu ápice, criando
> estrelas, cerca de cinco ou seis bilhões de anos atrás.
> Por volta dessa época a energia escura e a densidade da
> matéria teriam sido equivalentes. O nosso próprio sol,
> que tem cerca de 4,5 bilhões de anos, estava na
> extremidade final dessa onda, e, por isso, estamos
> aqui. "Os observadores se encontram onde estão as
> galáxias", diz Vilenkin. "Um observador típico
> presenciaria uma pequena constante cosmológica".
>
> Muitos físicos sentem desconforto com essa linha de
> raciocínio, e procuram a resposta em diferentes
> categorias teóricas conhecidas como quintessência, que
> deriva da palavra grega para o quinto elemento. Paul
> Steinhardt, físico teórico da Universidade de Princeton,
> afirma que a física moderna está repleta de misteriosos
> campos de energia que apresentariam gravidade negativa. O
> segredo, segundo Steinhardt, é encontrar um campo que
> atuaria como a energia escura, sem muitas das artimanhas
> utilizadas pelos físicos teóricos.
>
> "As observações estão nos forçando a isso", diz ele. "A
> energia escura se constitui em um problema interessante.
> Qualquer solução é bastante interessante".
>
> Uma teoria que fascinou os astrônomos presentes em
> Baltimore foi uma modificação da gravidade, recentemente
> proposta por três cientistas que trabalham com a teoria
> das cordas na Universidade de Nova York: Gia Dvali,
> Gregory Gabadadze e Massimo Porrati. Segundo a teoria das
> cordas - assim denominada por descrever as partículas
> elementares como minúsculas cordas vibrantes - o mundo
> comum é freqüentemente visualizado como sendo uma ilha
> tridimensional (uma membrana, ou "brane", conforme o
> jargão dos teóricos) flutuando em um espaço com 10 ou 11
> dimensões. Partículas comuns como os elétrons e os
> quarks, e forças como o eletromagnetismo, estão
> confinadas a três dimensões - à "brane" - mas esse não é
> o caso com a gravidade.
>
> Como resultado, Dvali sugere que a gravidade só poderia
> transitar através do espaço convencional antes de passar
> para as dimensões extras, o que causaria o seu
> enfraquecimento. Para um observador localizado no
> tradicional espaço de três dimensões, o universo
> pareceria estar em aceleração. A constante cosmológica,
> na verdade, é uma espécie de dreno da membrana
> gravitacional. "A gravidade engana a si própria", diz
> Dvali. "Ela 'vê' a si mesma como sendo uma constante
> cosmológica".
>
> A teoria de Dvali foi bem recebida pelos astrônomos, como
> um sinal de que a teoria das cordas estaria começando a
> sair da torre de marfim das suas abstrações para se
> tornar útil, possibilitando previsões testáveis a
> respeito do mundo real. Em uma outra contribuição da
> teoria das cordas, Steinhardt introduziu uma nova teoria
> do universo primordial, na qual o Big Bang é desencadeado
> por um par de membranas, chocando-se uma com a outra como
> címbalos.
>
> Mais tarde, Riess e Perlmutter questionaram Dvalis sobre
> aquilo que eles veriam quando olhassem para além do ponto
> onde a gravidade começasse a desaparecer do cosmos. Será
> que a transição entre um universo em desaceleração e um
> outro em aceleração seria mais abrupta no caso da
> constante cosmológica? Dvali diz que não fez nenhum
> cálculo, mas o seu "palpite" é de que a transição seria
> mais suave do que aquela em um mundo regido por lambda.
>
> "Eu adoraria ver esse cara fazendo alguns diagramas de
> Hubble", diz Riess.
>
> Ainda que Dvalis pudesse ser persuadido a fazer uma
> previsão, o sucesso quanto à identificação da energia
> negra não estaria garantido aos astrônomos. Denominando a
> sim mesmo de "porta-voz de um estranho ponto de vista",
> Steinhardt observa que a muitas vezes proclamada "era da
> cosmologia de precisão" estava destinada a se chocar com
> os seus limites. Outros parâmetros cosmológicos,
> particularmente a densidade cósmica da matéria no
> universo, têm poucas possibilidades de serem
> suficientemente conhecidos para permitir - até mesmo para
> o SNAP - a decifração dos modelos dentro dos quais a
> quintessência variou através dos tempos. Preocupado com a
> possibilidade de que um excesso de otimismo quanto ao
> SNAP possa minar a vontade dos astrônomos de elaborar
> novas idéias, ele afirma: "Devemos dar o menor número de
> declarações possível".
>
> Turner se recusa a abrir mão da sua "exuberância
> irracional". Apelando para o orgulho dos astrônomos, ele
> apela para que os colegas sejam ambiciosos. "Estamos
> tendo uma chance de fazer física fundamental",
> explica. "Veremos se podemos quebrar essa noz. Talvez
> caiamos sobre as nossas próprias faces. Talvez "Paul
> (Steinhardt), o Estranho" tenha razão. Ainda tenho muitos
> fluidos jovens circulando pelo meu corpo".
>
> Tradução: Danilo Fonseca
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joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Materia escura pode explicar comportamento do universo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/04/2001 15:41

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
To: "CienciaList" <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, April 11, 2001 10:13 AM
Subject: [ciencialist] Materia escura pode explicar comportamento do
universo

Olá Jocax e demais ciencialisteiros. Pincei alguns detalhes a meu ver
relevantes de sua msg:

> Os Darth Vaders da astronomia se encontraram aqui para
> trocar informações sobre a sua área de estudo, que cresce
> e fica mais escura a cada dia.

Parece-me que os astrofísicos estão se dando conta de um princípio milenar e
que havia sido abolido pela arrogância dos "donos" da física do século XX:
"Quanto mais sei mais percebo que nada sei".

> "Esses números são alarmantes e, aparentemente,
> verdadeiros", diz Michael Dine, físico teórico da
> Universidade da Califórnia em Santa Cruz.
> "Vivemos em um universo absurdo", afirma Michael Turner,
> astrofísico da Universidade de Chicago.

Eu diria isso de maneira diferente: Os físicos do século XX, através da
relatividade moderna e da física quântica, "criaram" um universo puramente
matemático e fisicamente absurdo. Hoje estão meramente se defrontando com os
absurdos criados.

> "Um ano atrás, provavelmente uma grande parte da
> audiência presente nessa sala não teria acreditado
> nisso", afirma Livio.

Essa frase já ouvi mais de uma centena de vezes e em oportunidades
diferentes. A cada vez que ouvi essa frase colocou-se algo embaixo do tapete
khuniano e criou-se mais algum absurdo a apoiar os conceitos estapafúrdios a
ocultarem as falácias das físicas quântica e/ou relativista. O "acreditar
nisso" obviamente vai em direção à observação experimental mas comporta um
acreditar em outras coisas a desafiarem totalmente o método científico. Não
vejo diferença alguma entre bruxaria, astrologia, ufologia, etc e as táticas
aceitas pelos físicos a defenderem sua fé naquilo que por si só é
inacreditável, inenarrável e logicamente injustificável.

> Se a energia escura for realmente a constante
> cosmológica de Einstein, então os físicos terão que achar
> respostas para fatos tais como a sua pequena intensidade -
> comparável, de fato, à densidade da matéria em nossa
> era. Considerando a total inexistência de uma resposta, até
> mesmo por parte da teoria das cordas, alguns teóricos
> lançaram mão de uma noção controversa e, de certa forma,
> filosófica, chamada de princípio antrópico, que,
> basicamente, afirma que os físicos precisam sopesar as
> suas próprias existências quando pensam sobre o universo.
> Muitos físicos sentem desconforto com essa linha de
> raciocínio, e procuram a resposta em diferentes
> categorias teóricas conhecidas como quintessência, que
> deriva da palavra grega para o quinto elemento.

Pois então vamos ressuscitar a "quintessência newtoniana", o causador dos
campos, a propagação das vibrações da matéria ou o espírito da matéria, o
verdadeiro agente da "ação à distância", algo imaterial e sem conteúdo
energético e a agir sobre a matéria, impondo-lhe movimento, ou seja, energia
cinética.

> Paul Steinhardt, físico teórico da Universidade de Princeton,
> afirma que a física moderna está repleta de misteriosos
> campos de energia que apresentariam gravidade negativa.

Com efeito, a física moderna está repleta de mistérios. Não obstante, o
único mistério realmente importante reside em sua perfeição matemática. Como
uma física repleta de imperfeições e erros do ponto de vista físico pode nos
levar a equações que funcionam? Aliás, não é a primeira vez que caímos
nesses erros. O universo de Ptolomeu leva-nos a equações que funcionam tão
bem quanto o universo de Copérnico e nada disso nos garante que o primeiro
seja mais verdadeiro que o segundo. Talvez possamos aqui utilizar a navalha
de Occam mas... alguém já tentou aplicar a navalha de Occam na física
moderna? O dia que fizerem isso não sobrará quantum sobre quantum.

> Qualquer solução é bastante interessante".
> Steinhardt afirma: "Devemos dar o menor número de
> declarações possível".

Com efeito, os físicos modernos estão num labirinto sem saída. Diria mesmo
que estão muito próximos do princípio do fim. Aos velhos teimosos sugiro a
aposentadoria. Aos jovens, a procura por novas saídas a se apoiarem nos
conhecimentos vigentes por volta do ano de 1900. A partir daí é só se
questionar sobre: Onde erramos? Como compatibilizar a mecânica newtoniana, à
óptica e ao eletromagnetismo sem cairmos nos absurdos que vigoraram por todo
o século XX.

> Turner se recusa a abrir mão da sua "exuberância
> irracional".

Para os que pensam assim, minha sugestão está dada: Aposentem-se e dêem
lugar aos jovens de boa vontade. Parem de promover a lavagem cerebral na
juventude.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Materia escura pode explicar comportamento do universo
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/04/2001 15:56

João Mário Miranda wrote:

> Este artigo confunde dois conceitos distintos:
>
> "Energia Escura" é reponsável por uma força repulsiva oposta à
> gravidade e foi proposta para explicar um universo em expansão
> cada vez mais rápida. Esta energia escura é uma outra versão
> da constante cosmologica de Einstein.
>
> "Matéria Escura" é a matéria invisivel que se pensa que existe e
> que é responsável por uma força atractiva, provavelmente a gravidade
> e que explica a distribuição de estrelas nas galáxias.
>
> Quando eles escrevem:
>
> >Por outro lado, a fragmentação
> > detalhada dos constituintes do cosmos é, nas palavras de
> > Livio, "feia" - 65% de matéria escura, 30% de matéria
> > escura de natureza desconhecida e somente 5% de estrelas,
> > gás e poeira cósmica.
>
> Acho que eles querem dizer "65% de energia escura" e não
> "65% de matéria escura".
>
> Joao

Oi,

ha uma confusao dos diabos nessa area. A tal "energia escura" a que eles se referem e aquela
que pode ser associada a constante cosmologica ou o efeito gravitacional repulsivo do vacuo
tambem chamada de quintessence. Ha, atualmente, dois grandes problemas nessa area: A natureza da
forca repulsiva aparentemente observada atraves de explosao de supernovas que nos leva a crer que
o Universo tende a ser dominado por uma energia do vacuo, ou seja, a maior parte da energia do
universo estara no vacuo e nao na materia fria e radiacao (ou materia quente).

O outro problema eh que a materia escura, ou seja, materia que nao emite luz suficiente para
que possamos observa-la, pode ser barionica. O que significa, basicamente, que toda a materia
escura seria constituida de protons e neutros e organizada em estrelas de neutrons, anas brancas,
jupiteres e buracos negros. So que a nucleossintese, teoria que explica muito bem a formacao de
nucleos atomicos (fora de estrelas) na epoca do universo primordial, preve um valor para a
materia barionica (protons, neutrons e cia) bem menor do que a quantidade de materia escura
necessaria para equilibrar as galaxias que hoje observamos. A questao entao eh: ou uma parte da
materia escura eh formada de particulas exoticas nao barionicas (candidatos: axion, neutrino,
gravitino, monopolos magneticos, neutralinos ...) ou ela eh toda formada de barions e ha uma
falha desconhecida na nucleossintese (teoria que preve com precisao muito grande a distribuicao
de atomos como helio, litio, deuterio, tritium). As ultimas observacao dizem que a porcao de
materia escura nao barionica eh nula ou muito pequena.

Notem que a existencia de materia escura nao barionica nao interfere diretamente na natureza
da quintessence ou energia do vacuo. Elas so se relacionam quando se estuda a cosmologia de
maneira global, ou seja, incluindo todas as formas existentes de materia.

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/04/2001 19:02

In "CienciaList" <ciencialist@yahoogroups.com>, "Joao Carlos Holland de
Barcellos" <jocax@usp.br> wrote:

>nao tenho razao para acreditar pois nunca
> ouvi falar que a mente tinha capacidade de matar o seu >possuidor apenas
por acreditar que iria morrer.

Jocax,

Você já teve intervenções mais lúcidas. Creio que é nada mais que algo que
saiu
apressado. Em primeiro lugar, dizer que uma mente é possuida por alguém,
pode até parecer dualista. A separação mente-corpo é nada mais que uma
metáfora. Usa-se para fins puramente didáticos.

A gente pode pensar que é o estômago que mata o seu possuidor quando tem,
por exemplo, um cancer? O cancer é do sujeito. Só em sentido metafórico se
pode dizer que o matou o câncer. As pessoas falam e até dizem: "Fulano tem
um cancer de estômago".

É difícil pensar que a mente de Sicrano está triste, ou que seus
neurotransmissores estão conspirando.

Eu até poderia pensar que tal ou qual sujeito possui memes que o induzem à
auto-destruição (tratando, evidentemente, de não atribuir personalidade aos
memes). Ficando claro que os
considero como estruturas cognitivas.

Veja tudo sobre eficacia simbólica em Claude Lévi-Strauss. Tem site na web.
Está vivo e não é uma
andorinha solta. É cabeça do estruturalismo em Antropologia (que tem muitos
adeptos, e escreveram muito, é só buscar). Só porque uns pocos brasileiros
não o conhecem, não pode ser qualificado de desconhecido. Não é nenhum
louvor que não seja conecido no Brasil, pois foi um dos pocos países que
visitou e onde lecionou. É um homem importante. Não é nenhum religioso, nem
místico, nem desses que pregam vidas passadas (nem futuras). É lógico que
qualquer um pode dizer, sem informar-se, que não tem porque crer nele. Sem
conhecê-lo, até que está bem.

Os suicidas se matam porque, de algum modo, sua mente os mata. Assim, se
conservamos a metáfora, foi uma decisão gerada na mente que os levou a
matar-se. Certos tricíclicos anti-depressivos tem ação seletiva "sobre a
mente". Alguns melhoram o humor, outros a decisão, outros são mais parelhos,
etc. Quando se medica um paciente deprimido (muito triste) com um
anti-depressivo que
aumenta a capacidade de decisão, o sujeito se mata. O psicofármaco aumenta
seu poder de decisão, sem melhorar o humor. Sua "mente" o mata? É difícil
fazer metáfora. Em todo caso, se pode dizer que foi a droga. Ou foi o
médico?

Que os afetos possam ser medidos por secreção ou captação de
neuro-transmissores, ja é um fato. Qualquer psiquiatra sabe isto para poder
medicar (alguns, efetivamente, não sabem, o que é muito mau). Que a
comunicação inter-pessoal seja acompanhada de alteraçoes dos
neuro-transmissores (serotonina, nor-adrenalina, feniletilamina, etc.), não
é nenhum segredo e até nos países menos ricos já se pode comprovar
experimentalmente.

Por isso, a mente pode matar. Não é novidade. Até penso que achar que alguém
convencido realmente de que está morto para seu grupo, morra, é mais fácil
que tratar de provar que não morre nem se deprime. A depressão existe. É tão
real como uma febre amarela.

A capacidade vincular dos seres humanos está nos gens, não é um simples
produto cultural. Todo o mundo sabe. Os livros de textos de Biologia até
trazem (li um cujo autor é um tal Curtiss). Quando uma estrutura mental
vincular, altamente investida se transtorna, é de esperar que o transtorno
neuro-químico seja tal, que o possa matar. Um deprimido deixa de comer e de
beber e ... morre.

Se alguém, por ser declarado morto para sua tribo, sofrer uma profunda
depressão, deixará de comer e beber e simplesmente morrerá. Sem beber a
morte vem mais rápida. Um execrado não será atendido pelos membros de seu
grupo e morrerá como qualquer paciente deprimido sem atender.

Em qualquer manual de psicopatologia (Henry Ey, Noyes, etc.) se pode ler que
a depressão é um estado que pode ocorrer em qualquer etapa da vida de
qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo. Também se lê que sempre se
desencadeia por situações que o paciente vive como perda profunda. Assim
que...não vejo por que tanta reflexão em torno desse problema.

As ideias podem até ser lógicas, mas a verdade está nas mais simples e
clássicas constatações psicopatológicas. Nem são teorias. São fatos que
estão mais que comprovados.

[]s
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Possessão demonícaca
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/04/2001 19:25

Em uma mensagem de 11/04/01 01:11:08 Hora padrão leste da Am. Sul,
peterlsm@terra.com.br escreveu:

> Achei um site com explicações interessantes sobre possessões
> demoníacas, médiuns e incorporação de espíritos, que procura uma
> orientação científica e sugere alguns desafios. Estou "devorando"
> os textos e, embora não concorde exatamente com tudo, não há
> dúvidas que o tema é tratado de forma interessante e bastante
> objetiva.
> Vai aí a sugestão: http://www.seitahell.hpg.com.br
>
> Acho que alguns artigos merecem ser até comentados.

Manuel - Dei uma lida num artigo sobre feitiços que consta nesse site. O
autor cita um caso típico de morte vodu envolvendo um rei.

<<...Fernando IV, rei de Castela e Leão passou à história como o "emprazado";
tendo condenado à morte dois irmãos acusados de assassinato; estes, antes de
enfrentarem o verdugo e, protestando inocência perante o tribunal, deram ao
rei trinta dias de vida; o rei morreu dentro deste prazo, fatalmente
"assassinado"... por seu próprio medo.>>

[]s
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem: especialista x generalista
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/04/2001 19:52

In <ciencialist@yahoogroups.com>, "Ricardo Gentil de Araújo Pereira"
<ricardo@samnet.com.br> wrote:

>O destino que o conhecimento vem tomando >ultimamente (nos últimos
milênios) cada vez mais me faz >refletir sobre a estagnação
> da evolução "intelectual" do homem.


Ricardo,

Concordo com a maior parte do que você diz, mas é muito difícil pensar com
coerencia, sem precisar o que você entende por conhecimento. Existe uma
disciplina filosófica que se chama crítica do conhecimento, que aborda o
tema de sua definição desde múltiplos pontos de vista.

Também temos, na outra ponta, os engenheiros cognitivos (estudiosos da
inteligencia artificial) que definem conhecimento como a confirmação de que
o conjunto de todos os elementos de um sinal enviado foi recebido e, por sua
vez, interpretado e/ou representado pelo receptor. Esta definição abre a
perspetiva de que as máquinas possam encerrar conhecimento.

Os cultores da engenharia lingüística afirmam que todo conteúdo mental só
pode expressar-se, se for por meio de uma linguagem. Assim qualquer entidade
lingüística é uma estrutura cognitiva. Pode existir, desde este ponto de
vista, conhecimento sem sujeito cognoscente. As bibliotecas são exemplos.

Por outro lado surge o tema da informação. Não estou seguro, mas penso que
sua preocupação é com a circulação do conhecimento através da gestão da
informação. Há muitos estudos sobre este tema na web.

>Já conversei com um amigo e ambos chegamos a
> um consenso: uma das coisas mais importantes (se não a >mais importante)
para a definição do "caminho" que >trilharemos no futuro
> é justamente o modo como lidaremos com o conhecimento >(ou aquisição
desse).

Não ha dúvida de que existe um darwinismo relacionado com o conhecimento. No
entanto, nada disso garante a felicidade. Não poderia afirmar que existe
estagnação intelectual. Hoje se domina muito mais coisas. É certo que o
número dos que guardam conhecimento é cada vez menor e o número dos pobres e
ignorantes é cada vez maior, mas o poder da minoria é também maior. Está
tudo muito mal dividido.

>É que hoje em dia as pessoas estão cada vez
> mais especialistas, o que se justifica pela quantidade (e
> "complexidade") de informação disponível, que é >praticamente
> inalcançável ao mais inteligente dos homens
(...)
> não seria cada vez mais difícil
> a "comunicação" entre esses especialistas? Não ficaria cada >vez
> mais limitada a nossa "visão"? Como chegariamos a
> conhecimentos que fossem ligados a (ou dependessem de) >várias
> áreas do conhecimento?

Alvim Tofler fala que o poder (em seu livro "Power Shift") num futuro não
muito distante estará nas mãos de que tem conhecimentos especializados e que
a generalização será também um conhecimento "especializado". Haverá
especialistas em generalidades.

Creio que sou tremendamente antiquado, porque penso que cultivar o
imperativo Kantiano, para os que tem acesso a certa informação, é bastante
adequado. A formulação de Kant não é religiosa.

O futuro, com suas facilidades e aumento do conforto material, vai levar ao
grupo dos que possam gozar desses beneficios a se preocupar com a satisfação
e a tranqüilidade. Vão começar as discussões nas listas de felicidade (por
exemplo, uma felicilist) onde a gente vai discutir modos de produzir
felicidade. Vai ser interessante. Espero viver para alcançar nem que seja um
pouco disso.

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar





SUBJECT: Re: [ciencialist] Possessões demoniacas
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/04/2001 20:26

In "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>, "Raul Sturari Jr."
<raulsturari@ig.com.br> wrote:

> Vejam se podem me ajudar. Esta semana um paciente >chegou ao ambulatorio
de psiquiatria no hospital onde eu sou >aluno, e disse que estava sofrendo
uma "possessão >demoníca".

Raul

Como sou médico psicanalista (já fiz psiquiatria) e tive bastante
experiencia de casos conhecidos vulgarmente como possessão diabólica. Quase
todos estes casos estão muito relacionados com o meio socio-cultural do
paciente. Os ataques de loucura, muitas vezes, envolvem costumes, aspectos
folclóricos, mitos e temas religiosos. O importante é o que a pessoa faz.

Pessoalmente nunca vi fenómenos fora do normal. Nenhum possuído moveu
objetos sem tocá-los, nem fez chover em tempo seco.

Todos os casos em que interferi se tratavam de pessoas muito infelizes que
atuavam como resposta a ataques do meio. Uma conversa com os demonios sempre
os desmascarou. As pessoas não podem assumir a responsabilidade de responder
ao que elas julgam ser uma enorme maldade de gente do seu ambiente. Quase
sempre assume formas que provocam muito temor no meio em que vivem.

Depois de uma conversa comprensiva (que pode durar varias entrevistas) a
gente entende os demonios. Posso garantir que é assim. Não vi nenhum
misterio até hoje. Sempre que ocorreu alguma coisa que eu não entendi, nunca
pensei que fosse por coisas sobrenaturais. Sempre pensei que houve erro de
percepçãp, falta de uma correta observação e coisas como essas. A gente não
pode estar atento a tudo, mas tampouco deve pensar em coisas que não
ajudam.

Eu posso rspeitar fé ou crença de qualquer um, mas se existe conflito
psíquico, sorry. Com ou sem religião se deve abordá-lo. Sempre surte efeito,
é só ter habilidade e a dor, a tristeza e a desilusão odiosa surgem. Assim
terminam as possessões.

Demonio é sempre infelicidade não comprendida.
Os exorcistas perguntavam "Satanás, por que vieste?"
Hoje perguntamos: "Porque falas assim ? Fala por ti mesmo que eu te escuto e
vou tentar ajudar-te".

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Não me diga??
FROM: Luis Roberto Brudna Holzle <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/04/2001 22:23


Vou responder rapidamente esta mensagem... pq daqui a pouco vou
viajar.

Existem varios sites que destroem todas as besteiras que essa anta falou.
Peguei rapidamente um
http://www.badastronomy.com/bad/tv/foxapollo.html

Reuni algumas imagens de satira na internet e coloquei no meu site de
humor
http://www.geocities.com/humornaciencia/Conteudo/Pseudo/lua.htm
demora um pouco pra carregar. Os com mania de conspiracao iriam adorar ver
a montagem bem humorada feita pela propria Nasa (ultima figura da
pagina).. eh certo que iriam dizer que isso eh mais uma prova :).

Quando li as ultimas linhas dessa mensagem quase nao acreditei... eh uma
praticante de Respiratorianismo? Isso soh pode ser uma piada!
Sobre respiratorianismo ver em
http://frontpage.teleweb.pt/~ceptico/entradas/inedia.html

Alguem quer comentar o "a Lua nao tem gravidade" ???! :)))

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - quase perdendo o onibus. :)



On Tue, 10 Apr 2001, Salgado wrote:

> Gostaria que as pessoas que fazem parte desta lista emitissem sua opinio
> sobre o caso abaixo!
> No sei se verdade, s estou repassando...
> Grato.
> > Distraidamente estava trocando os canais da televiso... Quando passei por
> um canal que mostrava imagens do homem na lua... Parei para ver do que se
> tratava, esse assunto de lua sempre me interessou muito. Para minha
> surpresa!!!! A Fox estava passando uma materia sobre a maior mentira de
> nossa era!!
> > Uma hora e meia de uma reportagem cientfica provando por A + B que o
> homem nunca pisou na lua!!!
> > NAO ME DIGA??? JURA???
> >
> > O programa mostrou todas as falhas... Todas as provas... todas as
> informaoes... Melhor dizendo... Mostrou tudo o que as pessoas ja
> conseguiram decobrir, ainda tem muito mais coisas para serem desvendadas...
> Muito mais coisas...
> > Fico aqui sentada, assistindo tudo de camarote... Finalmente vendo e
> ouvindo o que j sei ha mais de 10 anos. O homem nunca pisou na lua.
> > No meu livro Cosnciencia Plena", da editora Record, no capitulo 5 a
> partir da pgina 135... A cosnciencia me fala bem claramente que o homem
> nunca pisou na lua... Tive que assinar o nome Rachael por causa desse
> captulo... Os parceiros empresarias que trabalhavam comigo, me pediram para
> eu mudar de nome. Disseram quese soubessem que a Evelyn nao acreditava que o
> homem foi na lua... Isso poderia prejudicar os negocios de todos...NAO ME
> DIGA?
> >
> > Fatos provam que foi descoberto a ponta de um Iceberg de mentiras chamado
> NASA... Esse eh o inicio do desmoronamento (junto com a MIR), de uma
> parceria secreta USA/Russia... Fique atendo... Quando voce estiver
> consciente da verdade, as informaoes comearao a chegar fazendo mais
> sentido para voce...
> >
> > No programa da FOX, os cientistas disseram:
> > A lua nao tem gravidade, eh impossvel toca-la.
> > NAO ME DIGA?
> > As tomadas de cmera estao perfeitas com imagens diversificadas, inclusive
> na hora da partida um cinegrafista deve ter ficado na lua para poder gravar
> todos os detalhes da partida.
> > NAO ME DIGA?
> > As sombras das fotos e filmagens esto a cada instante numa posiao
> diferente, como se tivesse sido imagens montadas.
> > NAO ME DIGA?
> > Na lua nao tem vento. Tem algumas imagens que a bandeira Americana esta
> balanando.
> > NAO ME DIGA?
> > Nao havia tecnologia em 1969 para tal viagem, se esta fosse possvel.
> > NAO ME DIGA?
> > Se o homem foi na lua ha 32 anos atrs, sem problemas, devermos estar
> muito mais avanados hoje em termos de viagens espaciais.
> > NAO ME DIGA??
> > Estava passando o olho na televiso... Vi uma materia de algumas pessoas
> que afirmam que o ser humano nao precisa de comida para viver e sim de ar e
> luz solar!!!
> > Pensei... Eh mesmo... NAO ME DIGA??
> > Veja na matria QUEM SAO ELES e descubra mais coisas interessantes!
> http://prana.justclick.net/pt/email/032201/index.html
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Não me diga??
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/04/2001 23:36

A unica coisa que me vem a mente agora é:

"Ignorância tem gravidade"

Somente alguém que ignora gravemente qualquer conceito, por mais básico que
seja, a respeito da gravidade poderia afirmar algo assim !

Francisco


Alguem quer comentar o "a Lua nao tem gravidade" ???! :)))

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - quase perdendo o onibus. :)






SUBJECT: Re: [ciencialist] Não me diga??
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/04/2001 01:08

----- Original Message -----
From: "Francisco"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, April 11, 2001 11:36 PM
Subject: Re: [ciencialist] Não me diga??


> A unica coisa que me vem a mente agora é:
> "Ignorância tem gravidade"

Talvez não no sentido físico do termo. Porém tenho notado que os programas
de televisão têm um índice de audiência (ibope) diretamente proporcional à
imbecilidade, real ou forçada, do apresentador. Sob esse aspecto diria que a
ignorância tem o poder de atrair e/ou conquistar o público. Em outras
palavras, a ignorância atrai os ignorantes assim como a matéria atrai a
matéria. Como corolário nota-se que esses apresentadores, a exemplo dos
políticos (creio que comentado recentemente pelo Léo), estão plenamente
satisfeitos com o baixo índice educacional da população brasileira. Sob
certos aspectos estamos ainda vivenciando a era do "quanto pior melhor" e/ou
do "levar vantagem em tudo", lei consensual da mídia, erroneamente e
injustamente conhecida como lei do Gerson. Aliás, a lei consensual da mídia
(levar vantagem em tudo), sob outro nome, é um dos princípios básicos da
economia de Adam Smith.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Não me diga??
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/04/2001 01:09

Eu concordo com o Salgado e com os cientistas do programa da Fox, a Lua não tem gravidade. O que acontece é que a gravidade da Terra reflete-se na Lua e atrai, por tabela, os corpos próximos. Para todos os efeitos, tudo se passa como se fosse a Lua que tivesse atraído o corpo próximo. Do mesmo modo a Lua não é luminosa. O que acontece é que a luz do Sol reflete-se na Lua e viaja até a Terra. Para todos os efeitos, é como se a Luz tivesse 'nascido' na Lua. É isso ai Salgado, tou contigo e não abro!

Nota: Aprendi essa técnica com um padre; ele dizia: quando quiser convencer alguém use uma frase longa, onde apenas metade dela seja verdadeira, ... a outra metade irá na onda.


E tb concordo com o Francisco que "ignorância tem gravidade" ... e complementaria "e é genética".

[]'
Léo
==================



-----Mensagem Original-----
De: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 11 de abril de 2001 23:36
Assunto: Re: [ciencialist] Não me diga??


| A unica coisa que me vem a mente agora é:
|
| "Ignorância tem gravidade"
|
| Somente alguém que ignora gravemente qualquer conceito, por mais básico que
| seja, a respeito da gravidade poderia afirmar algo assim !
|
| Francisco
|
|
| Alguem quer comentar o "a Lua nao tem gravidade" ???! :)))
|
| Ateh mais.
| Luis Roberto Brudna - quase perdendo o onibus. :)
|
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem: especialista x generalista
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/04/2001 01:51



Ricardo wrote:|
| >O destino que o conhecimento vem tomando >ultimamente (nos últimos
| milênios) cada vez mais me faz >refletir sobre a estagnação
| > da evolução "intelectual" do homem.
|
Marco argumenta:|
| Concordo com a maior parte do que você diz, mas é muito difícil pensar com
| coerencia, sem precisar o que você entende por conhecimento. Existe uma
| disciplina filosófica que se chama crítica do conhecimento, que aborda o
| tema de sua definição desde múltiplos pontos de vista.

Léo comenta:
Se é filosófico, não pode ser levado muito a sério e não é prático. Conhecimento, para todos os efeitos práticos, é tudo o que foi absorvido e está disponível quando necessário. Se não foi devidamente assimilado ou, se quando necessário, não estiver á disposição, não é conhecimento. Só mesmo a filosofia poderia enxergar nessa simplicidade "múltiplos pontos de vista".
Filosofia é apenas a arte do "por quê?"; retire-se isso do vocabulário ... e a filosofia acaba.:-)

Marcos:|
| Também temos, na outra ponta, os engenheiros cognitivos (estudiosos da
| inteligencia artificial) que definem conhecimento como a *confirmação* de que
| o conjunto de todos os elementos de um sinal enviado foi recebido e, por sua
| vez, interpretado e/ou representado pelo receptor. Esta definição abre a
| perspetiva de que as máquinas possam encerrar conhecimento.

Léo:
Isso não é conhecimento, é apenas uma máquina (ou uma rede delas) que cumpre a sua função corretamente. Tinha que ser alguém "cognitivo" (ou ser engenheiro) para botar uma definição dessas! Como é que uma 'confirmação', mero resultado de um feedback positivo, pode ser entendida como *conhecimento*?


Marcos:|
| Os cultores da engenharia lingüística afirmam que todo conteúdo mental só
| pode expressar-se, se for por meio de uma linguagem. Assim qualquer entidade
| lingüística é uma estrutura cognitiva. Pode existir, desde este ponto de
| vista, conhecimento sem sujeito cognoscente. As bibliotecas são exemplos.

Léo:
Sim, as bibliotecas 'encerram' muito conhecimento ... dos autores que lá têm seus livros etc. E ainda fico na expectativa de saber o que é "conteúdo mental'!

Ricardo wrote:|
| >Já conversei com um amigo e ambos chegamos a
| > um consenso: uma das coisas mais importantes (se não a >mais importante)
| para a definição do "caminho" que >trilharemos no futuro
| > é justamente o modo como lidaremos com o conhecimento >(ou aquisição
| desse).

Léo:
Esse foi o consenso mais amplo de que tenho notícia: os DOIS chegaram á conclusão do caminho que trilharão no futuro!


Mauro:|
| Não ha dúvida de que existe um darwinismo relacionado com o conhecimento. No
| entanto, nada disso garante a felicidade. Não poderia afirmar que existe
| estagnação intelectual. Hoje se domina muito mais coisas. É certo que o
| número dos que guardam conhecimento é cada vez menor e o número dos pobres e
| ignorantes é cada vez maior, mas o poder da minoria é também maior. Está
| tudo muito mal dividido.

Léo:
Só não digo que isso é alta filosofia porque não encontrei na frase o "por quê?". Mas, "Não há dúvida de que ....".


[]'
Léo

Stop ... cada vez mais rude com o atraso do andamento da reforma.

Em tempo: Um consulente do Imperdível pergunta:
"caro professor.... solicito se possível o esclarecimento de uma dúvida.
Qual a explicação lógica quando ao encher uma garrafa plástica (essas de refrigerante) de água quente e tampa-la, colocando-a imediatamente debaixo de uma torneira de água fria, esta garrafa se deforma? obrigado. san.val@terra.com.br "

Não fiz esse experimento e portanto não tenho o significado 'visual' desse "se deforma' a que ele se refere. O que me vem á mente de imediato é que a água fria condensa rapidamente os vapores d'água com uma conseqüente brusca queda de pressão interna --- dai a deformação determinada pelo diferencial pressão externa/interna. Entretanto, ele diz "encher uma garrafa" e como tal entendo "sem deixar espaço para vapores".
Alguém quer dar uma sugestão?

=======================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Não me diga??
FROM: "MARCELO" <mgd.ez@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/04/2001 07:21

Talvez não no sentido físico do termo. Porém tenho notado que os programas
> de televisão têm um índice de audiência (ibope) diretamente proporcional à
> imbecilidade, real ou forçada, do apresentador. Sob esse aspecto diria que
a
> ignorância tem o poder de atrair e/ou conquistar o público. Em outras
> palavras, a ignorância atrai os ignorantes assim como a matéria atrai a
> matéria. Como corolário nota-se que esses apresentadores, a exemplo dos
> políticos (creio que comentado recentemente pelo Léo), estão plenamente
> satisfeitos com o baixo índice educacional da população brasileira. Sob
> certos aspectos estamos ainda vivenciando a era do "quanto pior melhor"
e/ou
> do "levar vantagem em tudo", lei consensual da mídia, erroneamente e
> injustamente conhecida como lei do Gerson. Aliás, a lei consensual da
mídia
> (levar vantagem em tudo), sob outro nome, é um dos princípios básicos da
> economia de Adam Smith.

Oi, sou novo nesta lista e gostaria de fazer minha primeira intervenção:

Concordo quando dizes que a ignorância atrai ignorantes, porém a lei de
"levar vantagem em tudo" não é um dos pressupostos básicos da economia, nem
está presente na obra de Adam Smith.
Adam Smith afirma que quando os indivíduos objetivam maximizar a sua
utilidade pessoal(bem estar) eles estão maximizando a utilidade da economia
como um todo, isto é, maximizando a utilidade de todas entidades econômicas,
o fato de almejarem o máximo de bem estar pessoal usualmente não pressupoe
levar vantagem sobre outros ou tirar de uns para dar a outros, visto que a
economia nao eh um sistema hermetico de soma zero, normalmente se obtem
melhores resultados quando se visa a maximizaçao de resultados conjuntos
pois, entes econômicos isolados não sobrevivem em um ambiente polivalente e
quando buscamos resulatados derivados de interrelaçao e trocas como o
comercio auferimos resultados muito superiores aos que poderiamos obter
sozinhos.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/04/2001 08:15

"Marco A. Andrade" wrote:

> In "CienciaList" <ciencialist@yahoogroups.com>, "Joao Carlos Holland de
> Barcellos" <jocax@usp.br> wrote:
>
> >nao tenho razao para acreditar pois nunca
> > ouvi falar que a mente tinha capacidade de matar o seu >possuidor apenas
> por acreditar que iria morrer.
>
> Jocax,
>
> Você já teve intervenções mais lúcidas. Creio que é nada mais que algo que
> saiu
> apressado. Em primeiro lugar, dizer que uma mente é possuida por alguém,
> pode até parecer dualista. A separação mente-corpo é nada mais que uma
> metáfora. Usa-se para fins puramente didáticos.
>

Podemos considerar os memes como entidades desassociadas dos corpos
pois eles utilizam-se dos corpos ( cerebros ) como seus hospedeiros e
como um vetor de propagacao, mas o meme em si eh uma ideia apenas,
uma informacao. O que eu estou duvidando eh que a ideia de que a pessoa
vai morrer provoque sua *rapida* morte.

Veja bem, todos *sabemos* que iremos morrer e de fato morreremos ,
mas vc dira q isto eh responsavel por nossa morte? Ninguem em sa consciencia
concordaria com isso mesmo pq nao basta achar q nao se vai morrer para q nao se
morra.
Entao esta provado que acreditar q se vai morrer, como todos acreditamos,
nao provocara nossa morte.

Agora existem ideias ou crencas que provocam extremo estresse como a morte
de um parente , a perda de bens , um grande susto , e ateh mesmo o perigo da
morte iminente. Nestes casos, um coracao nao muito saudavel podera acarretar
a morte do individuo ou mesmo vir provocar um cancer.

Todo mundo sabe q uma pessoa cardiaca nao pode sofrer grandes abalos emocionais sob risco de
ataque cardiaco. O mesmo nao se pode dizer de um ser
saudavel, ou melhor deve existir uma gama de estados fisicos da pessoa q a torna
mais ou menos susceptivel aos estresses emocionais. O que eu quero dizer eh que
deve ser ridiculamente pequena a quantidade de pessoas que venham a morrer
a curto prazo pela noticia de que irao morrer num prazo nao tao curto.
Ver em : condenados aa morte, doentes terminais etc...

Se vc disser q eles nao tem certeza pois tem esperanca de um remedio milagroso
de ultimo momento entao, bom os que recebem a sentenca de "tabu" poderiam pensar q o curandeiro
tambem poderia absolve-los e retirar a sentenca
e a esperanca seria a mesma.

O caso do suicidio eh diferente : ele nao morre pq acha q vai morrer,
ele morre principalmente porque quer morrer.

Quanto ao Claude L-S , bom vc acreditaria que o proprio Newton era
extremamente mistico? Como disse, o fato de uma pessoa ser uma boa
especialista num ramo do conhecimento nao a torna mestre em outro.

O que o pobre Levy poderia saber sobre coracoes doentes, magias,
e todo tipo de falcatruas que um curandeiro esperto poderia proporcionar?
Por isso q eu digo que um relato de um cientista (ou 2 ) soh nao prova o
fato mesmo q este cientista seja o Claude LS.

Talvez a pergunta correta seria : Quanto tempo a vida de uma pessoa pode
ser abreviada por uma crenca psicologica em sua propria morte?
Como a saude poderia alterar este tempo?
[]s
jocax
PS: Soh estou aqui ateh as 12:00 de quinta , depois soh volto segunda feira.



SUBJECT: En: [ciencialist] Possessões demoniacas
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/04/2001 09:27

Achei curioso imaginar um paciente procurando um psicanalista dizendo estar
sofrendo de possessão demoníaca?
Entendo que um paciente possa chegar a um atendimento em hospital, ser
encaminhado à psiquiatria, e então, encontrar profissionais dedicados a
psicanálise, porém, seria mto interessante se ele houvesse buscado a
psicanálise por conta de sua "possessão demoníaca". A não ser que esteja
usando essa expressão num sentido metafórico. Afinal, todos nós criamos e
não estamos livres de sermos perfeitamente possuídos por nossos demônios e
infernos.

[]s,

Sheila.

----- Original Message -----
From: Marco A. Andrade <logos@pccp.com.ar>

In "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>, "Raul Sturari Jr."
<raulsturari@ig.com.br> wrote:

Raul -
> Vejam se podem me ajudar. Esta semana um paciente >chegou ao ambulatorio
de psiquiatria no hospital onde eu sou >aluno, e disse que estava sofrendo
uma "possessão >demoníca".


Marco A. Andrade -
....
Demonio é sempre infelicidade não comprendida.
Os exorcistas perguntavam "Satanás, por que vieste?"
Hoje perguntamos: "Porque falas assim ? Fala por ti mesmo que eu te escuto e
vou tentar ajudar-te".



SUBJECT: Re: [ciencialist] Materia escura pode explicar comportamento do universo
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/04/2001 09:54

> > Turner se recusa a abrir mão da sua "exuberância
> > irracional".
> Para os que pensam assim, minha sugestão está dada: Aposentem-se e dêem
> lugar aos jovens de boa vontade. Parem de promover a lavagem cerebral na
> juventude.
> Alberto

Eu sugeriria reescrever a última frase assim:

"Parem de promover a lavagem cerebral na juventude e se submetam
a minha.
Alberto"

:-)

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem: especialista x generalista
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/04/2001 11:40

Em uma mensagem de 12/04/01 01:48:40 Hora padrão leste da Am. Sul,
leo@barretos.com.br escreveu:

Léo comenta:
Se é filosófico, não pode ser levado muito a sério e não é prático.

Manuel - Essa afirmação do Léo é um dos princípios básicos de uma filosofia
espontânea vulgarmente conhecida pela alcunha de "senso-comum" (ou concepção
prático-utilitária do mundo), o que prova que absolutamente ninguém está
livre da filosofia.

É sempre bom lembrar que um copo vazio está cheio de ar.

A afirmação do Léo também prova que nem todo senso comum é bom senso.

[]s
Manuel Bulcão, meio rude :-))


SUBJECT: Re: [ciencialist] Não me diga??
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/04/2001 18:09

----- Original Message -----
From: "MARCELO"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, April 12, 2001 7:21 AM
Subject: Re: [ciencialist] Não me diga??

> Oi, sou novo nesta lista e gostaria de fazer minha primeira intervenção:

Olá, Marcelo,

Seja bem vindo à ciencialist.

> Concordo quando dizes que a ignorância atrai ignorantes, porém a lei de
> "levar vantagem em tudo" não é um dos pressupostos básicos da economia,
> nem está presente na obra de Adam Smith.

É possível que você tenha razão pois não sou economista e estou apenas
expressando algo que captei do livro "O Erro de Adam Smith - De como um
filósofo moral inventou a Economia e pôs fim à moralidade", escrito por
Kenneth Lux, edit. Nobel (tradução). Segundo o autor, o princípio a que me
refiro seria decorrente do "princípio (ou teoria) do interesse próprio",
associado à política do "laissez-faire", a meu ver uma versão deturpada e
egopolarizada do sábio princípio oriental da não-ação. Sob certos aspectos e
efetuando poucas deduções chegamos, a meu ver, quase como corolário, ao
princípio consensual da mídia: "levar vantagens em tudo".

> Adam Smith afirma que quando os indivíduos objetivam maximizar a sua
> utilidade pessoal(bem estar) eles estão maximizando a utilidade da
> economia como um todo, isto é, maximizando a utilidade de todas entidades
> econômicas, o fato de almejarem o máximo de bem estar pessoal usualmente
> não pressupoe levar vantagem sobre outros ou tirar de uns para dar a
> outros, visto que a economia nao eh um sistema hermetico de soma zero,
> normalmente se obtem melhores resultados quando se visa a maximizaçao de
> resultados conjuntos pois, entes econômicos isolados não sobrevivem em um
> ambiente polivalente e quando buscamos resulatados derivados de
> interrelaçao e trocas como o comercio auferimos resultados muito
> superiores aos que poderiamos obter sozinhos.

É por isso que chamo a atençao para a obtenção do princípio consensual da
mídia como corolário de uma teoria mais geral. Associe o princípio de Adam
Smith à imperfeição do ser humano e chegamos a uma sociedade como ela é nos
tempos atuais. Em outras palavras, "na prática a teoria é outra", ou seja,
na prática deve-se "somar" as conseqüências de todas as teorias aceitas como
"verdadeiras". Do contrário estaremos meramente brincando com sistemas
ideais e a queda do muro de Berlim demonstrou que a concretização prática de
sistemas ideais nem sempre representa uma boa opção.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/04/2001 18:30

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Enquanto este tipo de morte nao for divulgada num periodico de
> prestigio
> ( Nature, Science etc.. ) nao tenho razao para acreditar pois nunca
> ouvi falar que a mente tinha capacidade de matar o seu possuidor
> apenas por acreditar que iria morrer.
> E , alem do mais , um cientista soh nao faz verao. Um unico relato
> nao prova que este tipo de coisa realmente seja verdade.
>
> Com relacao aos efeitos da mente sobre o corpo , bom,
> isso eh a coisa mais natural do mundo : Se nao fosse assim nao
> existiria cinemas, teatros , romances etc...
> Outro exemplo : A noticia q vc ganhou um premio pode libertar
> adrenalina na corrente sanguinea assim como a noticia da morte de um
> parente pode levar aa tristeza profunda..


Você nunca leu sobre pessoas que morrem de ataque cardiaco porque se assustaram, ou porque a equipa de futebol perdeu, ou porque algum ente querido morreu, etc... ?

É bem sabido que emoções fortes podem provocar a morte em pessoas com problemas cardiacos.

Provavelmente emoções suficientemente fortes podem provocar a morte de qualquer pessoa, porque afinal de contas os seus sistemas vitais estão ligados ao sistema nervoso central, ainda que de uma forma indirecta.

Eu lembro-me dum sonho que eu tive já há uns anos, em que eu morria. Eu acordei e tomei consciencia de que era um sonho, mas o meu corpo não estava em bom estado. O coração batia duma forma bastante esquisita e o meu corpo primeiro estava paralisado (apesar de eu ter consciência plena não consegui movimentar-me) e depois tremia todo. Só ao fim duns minutos fiquei normal. E isso penso que resultou da sugestão dum sonho. Provavelmente se eu fosse uma pessoa menos saudável teria morrido.

Devo dizer também que eu não acordei apavorado. No sonho eu tinha uma morte bastante calma e indolor. No entanto quase ia ficando apavorado pouco depois, vendo como o meu corpo não queria reagir e sentido-me esquisito e fraco, talvez devido à batida cardiaca irregular. Pode-se dar a hipotese de que talvez tenha sido um problema fisico que motivou o sonho. Mas eu inclino-me mais para que tenha sido o sonho que motivou o problema fisico. Não sei, mas seria interessante que alguém me pudesse esclarecer mais sobre esses assuntos.

--
email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc or http://www.poboxes.com/rnbc
IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)
Guaranteed not to change but a bit unreliable: rnbc@poboxes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem: especialista x generalista
FROM: "Ricardo Gentil de Araújo Pereira" <ricardo@samnet.com.br>
TO: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>, ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/04/2001 00:19

sf
OK, tá certo que o uso de "consenso" foi imprópio, mas não
precisa pisar, né? :-))

On 12 Apr 01, at 1:51, Luiz Ferraz Netto wrote:

To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Organization: Particular
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Date sent: Thu, 12 Apr 2001 01:51:20 -0300
Send reply to: ciencialist@yahoogroups.com
Subject: Re: [ciencialist] Homem: especialista x generalista

> Léo:
> Esse foi o consenso mais amplo de que tenho notícia: os DOIS chegaram á conclusão do caminho que trilharão no futuro!
>


[]'s...and justice for all.

/^\
\ / CAMPANHA DA FITA ASCII - CONTRA MAIL HTML
X ASCII RIBBON CAMPAIGN - AGAINST HTML MAIL
/ \

Ricardo Gentil de Araújo Pereira
e-mail 1: ricardo@samnet.com.br (default)
e-mail 2: rhalah_rikota@ig.com.br
e-mail 3: rhalah@yahoo.com
ICQ: 13306676


SUBJECT: Universo paralelo pode ter gerado Big Bang
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/04/2001 02:08

Folha On-Line - Ciência

http://www.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u3297.shtml

12/04/2001 - 22h45
Universo paralelo pode ter gerado Big Bang

GOVERT SCHILLING
da "New Scientist"

Tudo estava incrivelmente calmo no nosso Universo: um imenso vazio sem qualquer forma de matéria ou energia. Então outro universo colidiu com ele. Subitamente o espaço se tornou uma sopa incandescente de partículas e radiação, muito mais quente e denso que o centro do Sol.

Isso, segundo uma equipe de físicos, é como o Big Bang, explosão que deu origem ao cosmos, teria acontecido. A aproximação de um universo paralelo teria sido a causa da expansão do espaço, e a colisão teria produzido toda matéria e energia. Uma descrição abrangente e detalhada dessa teoria foi enviada para a revista científica "Physical Review D".

O modelo é uma alternativa viável à teoria da inflação cósmica, que foi elaborada para resolver alguns dos problemas da teoria clássica do Big Bang. Segundo a teoria da inflação, o Universo teria passado por um período de expansão em ritmo extraordinariamente rápido na primeira fração de segundo de sua existência.

"Nosso novo modelo resolve os mesmos problemas", diz o co-autor Paul Steinhardt, da Universidade Princeton (EUA). Ele foi um dos fundadores da teoria da inflação, cerca de 20 anos atrás.

O novo modelo explica como essa colisão primordial teria ocorrido. Ele parte do pressuposto de que o Universo tridimensional é apenas uma de duas superfícies existentes em um espaço de quatro dimensões, como se fossem duas superfícies de um CD. Segundo a teoria, havia outro universo nessa fatia da quarta dimensão que acabou ultrapassando os limites da fatia tridimensional.

Quando essa mistura levou a uma colisão, a energia liberada resultou na explosão do Big Bang.

Ao contrário do da inflação, o novo modelo _chamado de "universo ekpirótico" pelos seus autores, fazendo menção à idéia grega de "fogo cósmico"_ se encaixa com a popular, mas especulativa, teoria das cordas desenvolvida pela física de partículas.

Essa teoria diz que toda as partículas que observamos são vibrações diferentes de um mesmo tipo de material _as supercordas_ em um Universo que teria nada menos que dez dimensões.

"Essa é uma das coisas empolgantes sobre ela", diz Neil Turok, da Universidade Cambridge (Reino Unido), co-autor da pesquisa.

"Estou encantado em ver uma imagem alternativa para o Universo primordial", diz o cosmólogo Jim Peebles, também de Princeton. "Tem sido frustrante para mim não ter nenhuma alternativa à teoria da inflação, que eu acredito ter sido aceita fácil demais por muitos cosmólogos."

Sobre a credibilidade do modelo, ele diz: "Não tenho ouvido meus colegas da teoria das cordas reclamarem. É um bom sinal".

Se houver outras camadas com outros universos ainda flutuando pelo espaço quadridimensional, poderia o mundo estar ameaçado por um outro Big Bang? Turok diz que isso não pode ser descartado. Por sorte, o fato de que a constante gravitacional de Newton não está mudando implica que estamos seguros de uma nova colisão por muitos bilhões de anos.

* publicado na Folha de S.Paulo



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem: especialista x generalista
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/04/2001 15:07


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, April 12, 2001 1:51 AM
Subject: Re: [ciencialist] Homem: especialista x generalista


>
>
> Ricardo wrote:|
> | >O destino que o conhecimento vem tomando >ultimamente (nos últimos
> | milênios) cada vez mais me faz >refletir sobre a estagnação
> | > da evolução "intelectual" do homem.
> |
> Marco argumenta:|
> | Concordo com a maior parte do que você diz, mas é muito difícil pensar
com
> | coerencia, sem precisar o que você entende por conhecimento. Existe uma
> | disciplina filosófica que se chama crítica do conhecimento, que aborda o
> | tema de sua definição desde múltiplos pontos de vista.


:
> Se é filosófico, não pode ser levado muito a sério e não é >prático.
Conhecimento, para todos os efeitos práticos, é tudo >o que foi absorvido e
está disponível quando necessário. Se >não foi devidamente assimilado ou, se
quando necessário, >não estiver á disposição, não é conhecimento
********
Leo,
Sua primeira afirmação parece maniqueista. Estas proposições têm um
cheirinho fundamentalista. Em relação a suas afirmações sobre a filosofia,
eu diria (como paráfrase de Voltaire) que não concordo com o que você disse,
mas defendería até a morte seu direito de dizê-lo. Você efetivamente tem
todo direito de fazer afirmações soberbas. Karl Popper foi nada mais que
filósofo. Cada vez que se fala em epistemologia, ninguém diz que Popper não
deve ser levado a serio só porque é filósofo.

Creio que ninguém é tão tonto para apoiá-lo só porque é filósofo ou só
porque é Popper. Foi um grande epistemólogo, no entanto, todos sabemos, não
foi o único. Talvez, isso sim, o único lido?

> Filosofia é apenas a arte do "por quê?"; retire-se isso do >vocabulário
... e a filosofia acaba.:-)
*******

Sinceramente, não creio que você acredite no que diz. Parece gozação. Embora
"capenga", sua definição de conhecimento é bastante "filosófica".

Aproveito para dizer que este homem, que para você, infelizmente é um
filósofo (Karl Popper) escreveu um livro cujo título é "Conhecimento
Objetivo" e tem como subtítulo "Epistemologia sem Sujeito Cognoscente".
Neste livro ele fala, entre outras coisas, que justamente o que se encontra
nos livros é um conhecimento (como você diz) "assimilado" (não é uma boa
metáfora, parece algo digestivo), posto nas bibliotecas à disposição. Coloca
este conhecimento no que ele chama "terceiro mundo".
*****
> Isso não é conhecimento, é apenas uma máquina (ou uma >rede delas) que
cumpre a sua função corretamente. Tinha >que ser alguém "cognitivo" (ou ser
engenheiro) para botar >uma definição dessas! Como é que uma 'confirmação',
mero >resultado de um feedback positivo, pode ser entendida como
>*conhecimento*?

Mais um parágrafo que começa com uma afirmação dogmática (cada um tem
direita a acreditar ou não em dogmas). Não penso que só por ser engenheiro
nãp possa pensar. Tampoco se deve pensar que a engenharia lingüística ou a
cognitiva sejam bobagens. Os engenheiros são justamente aqueles que tornam
possível usar para algo útil certas teorías dos físicos teóricos. Eu não
daria tanto status moral ao conhecimento como você postula. É uma postura
bastante ingênua. É bastante piegas pensar que a única sede de conhecimento
é a mente de uma pessoa.
***********
> Sim, as bibliotecas 'encerram' muito conhecimento ... dos >autores que lá
têm seus livros etc. E ainda fico na >expectativa de saber o que é
"conteúdo mental'!

As bibliotecas encerram conhecimento. Niguém deve pensar que é o único
conhecimento disponível. Conteúdo mental são estruturas cognitivas. Podem
ser de qualquer tipo, as ideias da Madre Tereza, são conteúdos mentais.
Planificação e execução de crimes pelos "serial killers", também são
conteúdos mentais. Basta que esteja funcionando em um aparelho psíquico, é
mental. A teoria da relatividade pode ser um conteúdo mental ou conhecimento
objetivo (fora da mente).

Só porque você acha que as coisas "devem" ser do modo como você diz,
necessariamente não significa que, para todos sejam a melhor coisa ou a mais
adquada.

(Às vezes você me diz Marcos, outra vezes Mauro. Meu nome é Marco,
decida-se).

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Não me diga??
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/04/2001 15:14

In <ciencialist@yahoogroups.com>, "Francisco" <fbrito@globo.com.br> wrote:


> A unica coisa que me vem a mente agora é:
> "Ignorância tem gravidade".
> Somente alguém que ignora gravemente qualquer conceito, >por mais básico
que seja, a respeito da gravidade poderia >afirmar algo assim !


Creio que você, como seguramente é uma boa pessoa, pensa que todos são bons.
Eu não estaria tão seguro que existe ignorancia. Se isto rendeu uns cobres,
não houve ignorancia. Creio que há intenção. Perversa e corrupta,
evidentemente.

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Possessões demoniacas
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/04/2001 15:37


----- Original Message -----
From: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
To: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, April 12, 2001 9:27 AM
Subject: En: [ciencialist] Possessões demoniacas


> Achei curioso imaginar um paciente procurando um psicanalista dizendo
estar sofrendo de possessão demoníaca?

Creio que você apenas imaginou, Sheila. Não creio que realmente pensou que
as coisas foram assim. Você, por acaso, pensa que psicanalista só está num
consultorio privado? Eu mrncionei que havia praticado psiquiatria. É lógico
que estava no lantão de um serviço de emergência psiquiátrica. Só posso
pensar que é gozação sua, só porque não gosta de psicanálise (nada mais que
uma questão de gosto, mas que deve ser respeitada).

Achei muito engraçado pensar que alguém pudesse chagar e dizer, no
consultorio: "Dr., eu tenho possessão diabólica e quero que você me cure".
Ora, vê se pode! Espero que haja sido uma brincadeira. Não a creio ignorante
nem com má fé.

Estas coisas são muito comuns nos ambulatorios de emergência. Quem os atende
e medica são os psiquiatras. Embora existam pessoas que usam
indiscriminadamente o título de psicanalista, ha outros que, além de
psicanalistas (como eu, por exemplo) são médicos e psiquiatras. Nos EEUU,
muitos diretores de hospitais são médicos, psiquiatras e ... pasme,
psicanalistas. A concorrencia de psiquiatras nos cursos de pos graduação das
associações psicanalíticas filhadas à IPA (Internationa Psychoanalytic
Association) é muito grande. Um famoso manual de psiquiatria tem como
autores Noyes & Kolbe. Ambos são respeitaveis médicos, psiquiatras
e...psicanalistas.

Estas ocorrencias são sempre em ambulatorios públicos. Muitas delas nem
chegam a ser atendidas. Ficam no âmbito das comunidades religiosas e nem
ficamos sabendo delas. Nas dependencias de certas seitas protestante, existe
bastante desse fenômeno. São, em sua grande maioría, crises histéricas. Nada
mais. Além do mais, são coisas muitíssimo freqüentes.

Existe uma epidemiologia sobre esse tipo de patologia. A maior parte das
vezes, uma ineção de determinado psicofármaco ja basta. Só os casos mais
rebeldes requerem intervenção psicoterapêutica mais complexa. Será tão
estranho este fato? Os psicanalistas não somos tabus, podemos estar fora dos
consultorios e prestar serviços de saúde mental.

Sua intervenção foi muito marota. Espero que estivesse brincando.

[]s,
>
> Sheila.
>
> ----- Original Message -----
> From: Marco A. Andrade <logos@pccp.com.ar>
>
> In "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>, "Raul Sturari Jr."
> <raulsturari@ig.com.br> wrote:
>
> Raul -
> > Vejam se podem me ajudar. Esta semana um paciente >chegou ao ambulatorio
> de psiquiatria no hospital onde eu sou >aluno, e disse que estava sofrendo
> uma "possessão >demoníca".
>
>
> Marco A. Andrade -
> ....
> Demonio é sempre infelicidade não comprendida.
> Os exorcistas perguntavam "Satanás, por que vieste?"
> Hoje perguntamos: "Porque falas assim ? Fala por ti mesmo que eu te escuto
e
> vou tentar ajudar-te".
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/04/2001 16:08

In ciencialist@yahoogroups.com, "Joao Carlos Holland de Barcellos"
<jocax@usp.br> wrote:

>O que eu estou duvidando eh que a ideia de que a pessoa
> vai morrer provoque sua *rapida* morte.

Jocax,

A historia da rapidez é evidentemente duvidosa. Em todo caso seria útil
saber em que tempo. A grande maioria dos casos que eu conheço têm que ver
com fenômenos depressivos. Não pense que o fato de sentir que a única razão
da existencia é a tribo seja algo para ser encarado como uma simples crença
religiosa. Vai muito mais além da religião. É um fenômeno cultural
complexíssimo.

> Veja bem, todos *sabemos* que iremos morrer e de fato >morreremos, mas vc
dira q isto eh responsavel por nossa >morte?

Não torça as coisas. O execrado morre não é por saber, como nós, que vai
morrer um dia. Ele *sabe* que existe um juizo mortal e sente um verdadeiro
terror (pânico) por esse juizo. O que êle "sabe" é que este juizo é tão
mortal como uma flechada. Além disso estas tribos não andam decretando
mortes a torto e a direito. São coisas, para eles, extremamente serias. São
poucos os casos. A pena capital não é para qualquer crime. A literatura está
cheias deses casos porque as pessoas se interessaram por eles. Por outro
lado, só os que não entraram em contato com a cultura mais civilizada é que
estão sujeito a essas ocorrencias.

Informe-se sobre os fenômenos tribais, que poderia ser muito instrutivo. Às
vezes parecem coisas de outro planeta. São naturais.

> Entao esta provado que acreditar q se vai morrer, como >todos acreditamos,
nao provocara nossa morte.

Não é precisamente "como todos acreditamos". É como "êles" acreditam. Você
nem imagina como é.

> Agora existem ideias ou crencas que provocam extremo >estresse como a
morte de um parente , a perda de bens , um >grande susto , e ateh mesmo o
perigo da
> morte iminente.

O estresse continuado mata em pouco tempo.O desgaste é muito grande. Não
creio que seja instantâneo. Pode ser que algum cardíaco...

> Ver em : condenados aa morte, doentes terminais etc...

Os terminais são um fenômeno aparte. Poderia conversar sobre êles. Tenho uma
casuística bastante numerosa. São outra coisa. Nada que ver com os execrados
tribais.

> O caso do suicidio eh diferente : ele nao morre pq acha q vai >morrer, ele
morre principalmente porque quer morrer.

Eu diria que eles morrem porque, além de querer morrer, sabem como provocar
a propria morte, embora às vezes saia mal.

> Quanto ao Claude L-S , bom vc acreditaria que o proprio >Newton era
extremamente mistico?

Não é o caso do Lévi-Strauss. Em vez de opinar sem conhecê-lo, busque-o. Não
chute.

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar

PS: Sigo apreciando suas intervenções. Muitas são sérias e outras, além
disso, são divertidas.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/04/2001 16:35

In ciencialist@yahoogroups.com, "Rodrigo Nuno Bragança da Cunha"
<rnbc@rnl.ist.utl.pt> wrote:

> Eu lembro-me dum sonho que eu tive já há uns anos, em que >eu morria.

Efetivamente, muitos cardíacos que morrem durante a noite, estão sonhando.
Muitos estavam ligados a um aparelho (EEG, por ex.) e estavam em periodo
REM. Outros tiveram o infarto e viveram para contar que haviam estado
sonhando.

> Devo dizer também que eu não acordei apavorado. No >sonho eu tinha uma
morte bastante calma e indolor. No >entanto quase ia ficando apavorado pouco
depois, vendo >como o meu corpo não queria reagir e sentido-me esquisito e
>fraco

Durante o periodo REM ocorre uma paralisia flácida. É mais ou menos como
quando cortam a medula espinhal ao nível do pescoço. Às vezes a conciência
da vigilia ocorre primeiro a nivel perceptivo, com um certo atrazo da
resposta motora. É bastante comum a gente "acordar" de um sonho e sentir que
não pode se mover. É este o caso.

>Pode-se dar a hipotese de que talvez tenha sido um >problema fisico que
motivou o sonho. Mas eu inclino-me >mais para que tenha sido o sonho que
motivou o problema >fisico.

Os fenômenos que ocorrem em periodo REM nem sempre são sonhos. São
pensamentos expressados em imagens, porque neste periodo os pensamentos são
representações plásticas. Só são considerados sonhos os que se resistem a
ser esquecidos e quando se tem a impressão nitida, durante o sono, que não
se está sonhando. Estes são os verdadeiros sonhos e estão sempre provocados
pela angustia.

Depois de conversar um pouco, você poderia até descifrar as imagens de seu
sonho. Você não sonhou com a morte. Ninguém sabe como é morrer (não sobra
nada para contar). Provavelmente era uma fantasía angustiosa sobre a morte.
A gente sonha para não se angustiar. A angustia que provoca o sonho pode ou
não ser sentido depois de acordar.

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: Eficacia simbolica
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/04/2001 17:04

> Os suicidas se matam porque, de algum modo, sua mente os
mata. Assim, se
> conservamos a metáfora, foi uma decisão gerada na mente
que os levou a
> matar-se. Certos tricíclicos anti-depressivos tem ação
seletiva "sobre a
> mente". Alguns melhoram o humor, outros a decisão, outros
são mais parelhos,
> etc. Quando se medica um paciente deprimido (muito triste)
com um
> anti-depressivo que
> aumenta a capacidade de decisão, o sujeito se mata. O
psicofármaco aumenta
> seu poder de decisão, sem melhorar o humor. Sua "mente" o
mata? É difícil
> fazer metáfora. Em todo caso, se pode dizer que foi a
droga. Ou foi o
> médico?

> Por isso, a mente pode matar. Não é novidade. Até penso
que achar que alguém
> convencido realmente de que está morto para seu grupo,
morra, é mais fácil
> que tratar de provar que não morre nem se deprime. A
depressão existe. É tão
> real como uma febre amarela.

> Um deprimido deixa de comer e de beber e ... morre.

> Se alguém, por ser declarado morto para sua tribo, sofrer
uma profunda
> depressão, deixará de comer e beber e simplesmente
morrerá. Sem beber a
> morte vem mais rápida. Um execrado não será atendido pelos
membros de seu
> grupo e morrerá como qualquer paciente deprimido sem
atender.

Todos esses exemplos são de morte lenta, onde houve uma
causa de morte bem mais "tangível", como falta de alimento
ou água, ou ingestão de remédios e drogas, ou suicídio de
alguma outra forma, para usar apenas exemplos dados por você
mesmo, reproduzidos acima. E não duvido de nada disso!
Somente estou com a pulga atrás da orelha com relação ao
caso do cara "condenado" pelo feiticeiro e que morre ao
final do dia (sem a ajuda aparente de drogas, armas ou falta
de alimentação).


#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"Experience is a good teacher, but her fees are very
high." - W.R. Inge




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/04/2001 21:19

Em uma mensagem de 13/04/01 17:05:53 Hora padrão leste da Am. Sul,
embs@uol.com.br escreveu:

> Todos esses exemplos são de morte lenta, onde houve uma
> causa de morte bem mais "tangível", como falta de alimento
> ou água, ou ingestão de remédios e drogas, ou suicídio de
> alguma outra forma, para usar apenas exemplos dados por você
> mesmo, reproduzidos acima. E não duvido de nada disso!
> Somente estou com a pulga atrás da orelha com relação ao
> caso do cara "condenado" pelo feiticeiro e que morre ao
> final do dia (sem a ajuda aparente de drogas, armas ou falta
> de alimentação).

Manuel - Acho que a chave para a compreensão da eficácia simbólica está na
experiência com cães que citei, em que se comprova que um mero sinal ou
estímulo condicionado (o som de uma campainha, por exemplo) pode neutralizar
e até mesmo inverter o efeito de um agente químico, no caso, a adrenalina.

<<E se considerarmos como proto-símbolos aqueles sinais que Pavlov chamou de
"estímulos condicionados" (o som da campainha, no caso dos experimentos com
cães), podemos estender este fenômeno - a eficácia simbólica - a muitos
outros animais. A propósito, numa experiência relatada pelos
neurofisiologistas Júlio Amaral e Renato Sabbatini no artigo "Efeito Placebo:
O Poder da Pílula de Açúcar", restou provado que a ação de um agente mental
(um sinal) no organismo pode ser mais poderosa que a de um agente físico.

<<Sabe-se que a acetilcolina e a adrenalina (agentes físicos) produzem no
organismo efeitos contrários. A primeira faz cair a pressão arterial, ao
passo que a segunda eleva-a.

<<Pois bem, conforme o artigo supracitado, "após fazer soar um estímulo
sonoro, aplica-se, em um cão, uma injeção de acetilcolina. Em resposta à
acetilcolina o cão tem hipotensão (queda da pressão arterial). Se, depois de
diversas
combinações do som com a injeção, substituirmos a acetilcolina por
adrenalina, o cão continuará a ter hipotensão. Deveria ter hipertensão
(aumento da pressão arterial), portanto o condicionamento mudou completamente
a resposta ao segundo agente. A ação farmacológica da adrenalina foi anulada.
Seria de se esperar que o cão, ao recebê-la, tivesse aumento da pressão
arterial; mas como está recebendo aquela injeção temporalmente associada ao
estímulo sonoro, que para ele é sinal de hipotensão, sua pressão continua a
baixar. O organismo do cão ignora o efeito farmacológico da adrenalina e
obedece ao sinal de hipotensão, registrado no sistema nervoso central.
"(http://www.epub.org.br/cm/n09/mente/placebo1.htm )>>

Tal experiência é simples e pode ser reproduzida por qualquer mortal. Não é
preciso chamar o Randi :-)

Quanto à morte vodu, vale ressaltar que ela ocorre entre todos os povos
"animistas" seja na América, na África, na Ásia ou Oceania, e que também pode
ser causada pela ingestão involuntária de qualquer alimento considerado tabu
pela tribo, como, por exemplo, a carne do animal totem, que só pode ser
comida ritualisticamente e em situações muito especiais. Vou transcrever o
trecho do livro de Rollo May (O Significado de Ansiedade; 1980; Zahar; pp.
87/89) em que ele trata da morte vodu. Os grifos são meus:

<<A condição de medo e ansiedade traumáticos pode ser tão crucial e
devastadora para o organismo que resulte dela a morte. A frase "morto de
medo" não é uma descrição exagerada do que acontece em certos casos. Há
alguns anos, Cannon analisou o fenômeno da morte 'vodu' a essa luz (Walter B.
Cannon, 'Voodoo Death', Amer. Anthrop., 1942, 44:2, 169-181). ELE CITA
NUMEROSOS CASOS DE MORTE, COMPETENTEMENTE OBSERVADOS, que ocorreram a nativos
que eram vítimas de algum poderoso ato simbólico considerado letal pela sua
tribo, como a mágica do 'osso apontado' pelo feiticeiro ou a ingestão de
alimentos tabus, o que a comunidade ACREDITAVA resultar em morte. (...) O
nativo acreditava, como a sua comunidade acreditava, que o tabu continha o
poder de causar a morte. Pode muito bem ser verdade, diz Cannon, que "um
sinistro e persistente estado de medo possa pôr fim à vida de um homem."

<<Os aspectos fisiológicos da morte vodu não são difíceis de entender. OS
SINTOMAS DESCRITOS DE NATIVOS QUE MORRERAM EM CONSEQÜÊNCIA DE PRÁTICAS DE
VODU, como o osso apontado ou a ingestão de alimentos tabus, estão de acordo
com as de um organismo que seja submetido a uma persistente estimulação
simpático-supra-renal. Se essa estimulação prossegue sem uma correspondente
descarga em ação -- e a vítima vodu, paralisada pela angústia, uma vez que
ela própria acredita que morrerá, carece de qualquer saída eficaz através da
ação -- a morte poderá resultar. Cannon descobriu em seus experimentos com
gatos descorticados, que careciam dos habituais efeitos moderadores do córtex
sobre a excitação emocional, que após várias horas de 'falsa cólera' os
animais expiravam. "Na falsa cólera, como no choque traumático causado por
ferimentos, a morte pode ser explicada em virtude dos órgãos essenciais
deixarem de receber um suprimento suficiente de sangue ou, especificamente,
um suprimento suficiente de oxigênio, a fim de manterem seus serviços."
[Ibid., p. 178]

<<Mas as questões psicológicas na morte vodu -- tais como que interpretação o
nativo faz de seu ambiente que o leva a sentir tão grave ameaça -- não são
tão fáceis de responder, principalmente porque nos faltam dados sobre as
experiências subjetivas dos nativos envolvidos. Cannon sugere uma explicação
psicológica, baseada na idéia de William James de ser 'abandonado para
morrer' quando os outros, 'no grupo dessa pessoa passam a ignorá-lo. A vítima
primitiva do tabu é certamente abandonada para morrer, e ela deve
experimentar uma poderosa sugestão psicológica em decorrência do fato de toda
a sua comunidade não só acreditar que esse indivíduo morrerá, mas, na
verdade, comporta-se para com ele como se já estivesse morto.>>

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/04/2001 01:33

In ciencialist@yahoogroups.com, "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br> wrote:


> Somente estou com a pulga atrás da orelha com relação ao
> caso do cara "condenado" pelo feiticeiro e que morre ao
> final do dia (sem a ajuda aparente de drogas, armas ou falta
> de alimentação).

Eu lhe convido a passar algumas horas num serviço de emergencia
psiquiátrica. Vai-se encher de pulgas. Se em vez de gastar tanto tempo
duvidando e pensando que as pessoas são bobas, crentes ou sei lá o que,
aproxime-se de uma sala de plantão psiquiátrico. Aí sim, "cessa tudo o que a
antiga musa canta". Os fatos falarão por sí mesmos. Não tem nada de
sobrenatural, nem fora do que possa ser considerado como mero fenômeno
bio-psicológico.
[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: En: [ciencialist] Possessões demoniacas
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/04/2001 02:12

Marcos,

Não era meu intuito que fosse interpretado como uma gozação o que escrevi.
Não me lembro agora de nenhuma profissão que eu não respeite, qto mais a
psiquiatria e psicanálise, pois acredito na eficiência de todas as duas
profissões, e tenho como mto necessário os profissionais dessas áreas.
Sou portadora de pequeno mal com ausências, perda de tônus muscular e
cristas eventuais de grande-mal (principalmente noturnas). E tb sou dislexa.
Fui procurar ajuda psiquiatria e psicanalista por iniciativa própria, e até
hoje pago minha conta social por isso. A conta social não tem sido barata.

Vc acertou qdo disse que eu estava imaginando. E não acho impossível que
isso possa ocorrer. Foi um ato falho meu. Na verdade, me lembrei duma
situação em que um amigo se queixou d'eu ter queimado seu ar condicionado
através da "força do pensamento", mas que o psicanalista dele iria ajudá-lo
a afastar minhas vibrações diabólicas dele (consultório privado).
Ele julgava estar fazendo coisas sem nexo, por conta d'eu estar dominando a
mente dele através de "minha grande força demoníaca".

Pelo que disse, vc pode ver o que escrevi, sem pensar direito, foi na
verdade um desabafo.

Peço desculpas a vc, aos profissionais da área, e a todos da lista.

Abraços,

Sheila.


----- Original Message -----
From: Marco A. Andrade <logos@pccp.com.ar>


----- Original Message -----
From: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
To: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, April 12, 2001 9:27 AM
Subject: En: [ciencialist] Possessões demoniacas


> Achei curioso imaginar um paciente procurando um psicanalista dizendo
estar sofrendo de possessão demoníaca?

Creio que você apenas imaginou, Sheila. Não creio que realmente pensou que
as coisas foram assim. Você, por acaso, pensa que psicanalista só está num
consultorio privado? Eu mrncionei que havia praticado psiquiatria. É lógico
que estava no lantão de um serviço de emergência psiquiátrica. Só posso
pensar que é gozação sua, só porque não gosta de psicanálise (nada mais que
uma questão de gosto, mas que deve ser respeitada).

Achei muito engraçado pensar que alguém pudesse chagar e dizer, no
consultorio: "Dr., eu tenho possessão diabólica e quero que você me cure".
Ora, vê se pode! Espero que haja sido uma brincadeira. Não a creio ignorante
nem com má fé.

Estas coisas são muito comuns nos ambulatorios de emergência. Quem os atende
e medica são os psiquiatras. Embora existam pessoas que usam
indiscriminadamente o título de psicanalista, ha outros que, além de
psicanalistas (como eu, por exemplo) são médicos e psiquiatras. Nos EEUU,
muitos diretores de hospitais são médicos, psiquiatras e ... pasme,
psicanalistas. A concorrencia de psiquiatras nos cursos de pos graduação das
associações psicanalíticas filhadas à IPA (Internationa Psychoanalytic
Association) é muito grande. Um famoso manual de psiquiatria tem como
autores Noyes & Kolbe. Ambos são respeitaveis médicos, psiquiatras
e...psicanalistas.

Estas ocorrencias são sempre em ambulatorios públicos. Muitas delas nem
chegam a ser atendidas. Ficam no âmbito das comunidades religiosas e nem
ficamos sabendo delas. Nas dependencias de certas seitas protestante, existe
bastante desse fenômeno. São, em sua grande maioría, crises histéricas. Nada
mais. Além do mais, são coisas muitíssimo freqüentes.

Existe uma epidemiologia sobre esse tipo de patologia. A maior parte das
vezes, uma ineção de determinado psicofármaco ja basta. Só os casos mais
rebeldes requerem intervenção psicoterapêutica mais complexa. Será tão
estranho este fato? Os psicanalistas não somos tabus, podemos estar fora dos
consultorios e prestar serviços de saúde mental.

Sua intervenção foi muito marota. Espero que estivesse brincando.

[]s,
>
> Sheila.
>
> ----- Original Message -----
> From: Marco A. Andrade <logos@pccp.com.ar>
>
> In "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>, "Raul Sturari Jr."
> <raulsturari@ig.com.br> wrote:
>
> Raul -
> > Vejam se podem me ajudar. Esta semana um paciente >chegou ao ambulatorio
> de psiquiatria no hospital onde eu sou >aluno, e disse que estava sofrendo
> uma "possessão >demoníca".
>
>
> Marco A. Andrade -
> ....
> Demonio é sempre infelicidade não comprendida.
> Os exorcistas perguntavam "Satanás, por que vieste?"
> Hoje perguntamos: "Porque falas assim ? Fala por ti mesmo que eu te escuto
e
> vou tentar ajudar-te".



SUBJECT: Re: Eficacia simbolica
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/04/2001 18:36

> > Somente estou com a pulga atrás da orelha com relação ao
> > caso do cara "condenado" pelo feiticeiro e que morre ao
> > final do dia (sem a ajuda aparente de drogas, armas ou
falta
> > de alimentação).
>
> Eu lhe convido a passar algumas horas num serviço de
emergencia
> psiquiátrica. Vai-se encher de pulgas. Se em vez de gastar
tanto tempo
> duvidando e pensando que as pessoas são bobas, crentes ou
sei lá o que,
> aproxime-se de uma sala de plantão psiquiátrico. Aí sim,
"cessa tudo o que a
> antiga musa canta". Os fatos falarão por sí mesmos. Não
tem nada de
> sobrenatural, nem fora do que possa ser considerado como
mero fenômeno
> bio-psicológico.

Vocês recebem muitos pacientes que foram efeitiçados por
vodu diariamente e que estão à beira da morte? Se não, o que
vc quer provar com minha ida a um plantão médico? Será que o
fato de eu passar algumas horas ao lado de pessoas com
problemas vai me fazer deixar de ser cético? Se os fatos
falam por si mesmos, para que raios precisamos de Ciência,
de teorias, de ceticismo, de "provas"... O que tem a ver um
plantão médico com vc me convencer da morte vodu? O Manuel
mandou um correio muito mais expressivo sobre o assunto,
citando fontes e casos. Estou muito mais apto a aceitar a
idéia da morte vodu, mas pela argumentação do colega Manuel,
e não pela sua, que não posso classificar nem como
"argumentação".


#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"Thought is the seed of action." - Ralph Waldo Emerson




SUBJECT: Re: Eficacia simbolica
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/04/2001 19:16

> <<A condição de medo e ansiedade traumáticos pode ser tão
crucial e
> devastadora para o organismo que resulte dela a morte. A
frase "morto de
> medo" não é uma descrição exagerada do que acontece em
certos casos. Há
> alguns anos, Cannon analisou o fenômeno da morte 'vodu' a
essa luz (Walter B.
> Cannon, 'Voodoo Death', Amer. Anthrop., 1942, 44:2,
169-181). ELE CITA
> NUMEROSOS CASOS DE MORTE, COMPETENTEMENTE OBSERVADOS, que
ocorreram a nativos
> que eram vítimas de algum poderoso ato simbólico
considerado letal pela sua
> tribo, como a mágica do 'osso apontado' pelo feiticeiro ou
a ingestão de
> alimentos tabus, o que a comunidade ACREDITAVA resultar em
morte. (...) O
> nativo acreditava, como a sua comunidade acreditava, que o
tabu continha o
> poder de causar a morte. Pode muito bem ser verdade, diz
Cannon, que "um
> sinistro e persistente estado de medo possa pôr fim à vida
de um homem."
>
> <<Os aspectos fisiológicos da morte vodu não são difíceis
de entender. OS
> SINTOMAS DESCRITOS DE NATIVOS QUE MORRERAM EM CONSEQÜÊNCIA
DE PRÁTICAS DE
> VODU, como o osso apontado ou a ingestão de alimentos
tabus, estão de acordo
> com as de um organismo que seja submetido a uma
persistente estimulação
> simpático-supra-renal. Se essa estimulação prossegue sem
uma correspondente
> descarga em ação -- e a vítima vodu, paralisada pela
angústia, uma vez que
> ela própria acredita que morrerá, carece de qualquer saída
eficaz através da
> ação -- a morte poderá resultar. Cannon descobriu em seus
experimentos com
> gatos descorticados, que careciam dos habituais efeitos
moderadores do córtex
> sobre a excitação emocional, que após várias horas de
'falsa cólera' os
> animais expiravam. "Na falsa cólera, como no choque
traumático causado por
> ferimentos, a morte pode ser explicada em virtude dos
órgãos essenciais
> deixarem de receber um suprimento suficiente de sangue ou,
especificamente,
> um suprimento suficiente de oxigênio, a fim de manterem
seus serviços."
> [Ibid., p. 178]

Segundo andei pesquisando, parece que a causa de morte acaba
sendo não pela super-estimulação simpática, e sim por um
retorno muito "brusco" da atividade parassimpática, fazendo
o coração desacelerar demais. Veja os seguintes trechos:

Introdução à Psicologia - Universidade de Minnesota
A. Autonomic Nervous System
1. Opponent Process Theory of Emotion
2. Physiology changes under stress
3. ANS and Voodoo Death
- Occur when a stimulus, e.g., being cursed, terrifies an
individual so much that their sympathetic system causes a
major
physiological breakdown (Walter Cannon, 1942)
- Death occurs not because of the fear, but because
following the fear reaction, the massive parasympathetic
rebound causes the
heart to slow to the point where the system stops (Solomon,
1980)
http://www.psych.umn.edu/psycourses/CDeVore/PSY1001/outline1
1.html


State Univerity of New Jersey
Sudden Death
Laborit was not alone in challenging Cannon's sympathetic
model of stress. In a paper that was originally published in
1942, Cannon had suggested that massive overreaction of the
adrenal system could lead to Voodoo death (sudden death that
was caused by emotional rather than physical stress). The
most impressive evidence against this model came from an
elegant series of experiments performed by a psychologist,
Curt Richter, who investigated this curious phenomenon of
sudden death.
(...)
Richter searched beyond the superficial aspects of these
results. He suspected that this sudden exhaustion and death
of the wild rats might be related to the Voodoo death
phenomenon, as suggested by Cannon. The prediction to be
made by Cannon's sympathetic model was clear--the release of
adrenaline should cause the heart to beat faster and faster
until it no longer had time to fill between beats, leading
to death in systole (i.e, a contracted heart). The actual
results were exactly opposite. The heart rate of the wild
rats became slower and slower, with the autopsy showing the
heart to be completely engorged with blood. These results
bore all the earmarks of a massive parasympathetic response.
(...)
http://www.rci.rutgers.edu/~lwh/drugs/chap04.htm


Abraços,

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

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SUBJECT: Qual a diferenca entre um tatu e uma bala de revolver ?
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/04/2001 07:04

Amigos:

- Sei que esta lista nao e' do tipo "tira-duvidas",
mas estou com uma duvida "conceitual" a respeito
de dois exercicios de Fisica, que me deixaram
com a pulga atras da orelha.

(Obs.: Talvez possa me "desculpar" de estar enviando
uma questao deste tipo para esta lista se
considerarmos a questao subjacente que e'
a didatica no ensino de ciencias. Aprendemos
muitas vezes na base do "decoreba" diversos
conceitos cientificos, e nao assimilamos realmente
os assuntos. E' isto o que terei de fazer,
se nao encontrar uma resposta clara para a questao
a seguir. De qualquer forma, se considerarem
que a minha pergunta nao e' pertinente, solicito
a gentileza de me enviar uma resposta EM PRIVATE).


- No livro "Fundamentos de Fisica",
volume 1 - Mecanica, de Halliday, Resnick e Walker,
4a. edicao, editora LTC) ha' dois exercicios,
que ja' consegui resolver, com a ajuda do professor,
mas que ainda me deixaram duvidas. A duvida
se refere `a velocidade inicial (Vo) dos "objetos"
de cada problema. Os dois objetos partem do repouso,
mas no caso do primeiro exercicio, Vo NAO E' ZERO !
Ja' no segundo exercicio, Vo E' ZERO ! Por que^ ?



- Exercicio 67P, pagina 33 (capitulo 2):
"Um tatu assustado salta para cima, subindo 0,544 m
em 0,200 s. a) Qual era sua velocidade inicial ?
b) Qual a sua velocidade nessa altura ? c) Quanto
ele ainda subira' ?

a) Resp.: Neste exercicio, considerando que o tatu
se move como uma particula em queda livre,
usamos a formula
Y = Yo + Vot -(gt^2)/2, com g = 9,8 m/s^2

A solucao para a velocidade inicial Vo
foi 3,7 m/s, calculada assim:

0,544 = 0 + Vo.0,2 -(9,8 . (0,2)^2 ) /2

(nos outros itens do problema, nao tenho duvidas)


- Exercicio 98, pagina 35, capitulo 2:
"A velocidade de um projetil, ao sair de um cano de
1,2 m de comprimento, e' de 640 m/s. Considerando a
aceleracao constante, calcule por quanto tempo o projetil
fica dentro do cano apos o disparo.

Resp.: Agora, usando a mesma equacao acima, mas sem
saber qual e' a aceleracao do projetil, calculamos assim:

- Como falta a aceleracao, usamos primeiramente
a formula da velocidade, para poder substituir
na equacao de posicao:

V = Vo + a.t ===> a = 640/t


- Depois, usamos a equacao da posicao:

X = Xo + Vo.t + (a.t^2)/2

Usando o valor da aceleracao encontrado na primeira
equacao, ficamos com:

1,2 = 0 + 0.t + ((640/t).t^2) /2

e finalmente encontramos:

t = 0,00375 ===> 3,75 ms (milissegundos)


Pergunta:
=========

- No segundo exercicio, o projetil partiu do repouso,
e foi acelerando ate' que saiu de dentro do cano.
Esse exercicio eu entendi. A velocidade inicial (Vo)
e' zero, pois o projetil, antes de ser disparado,
esta' em repouso, dentro do cano.

- Porem, no segundo exercicio, foi encontrada a velocidade
inicial (Vo) do tatu, de 3,7 m/s.
Ora, agora eu nao entendi. Se o tatu tambem estava parado
no solo, quando tomou impulso para saltar, com suas proprias
pernas, por que e' que a sua velocidade inicial nao e' zero,
como no caso da bala ?

- Meu professor disse que e' por que nos temos que considerar
que o tatu ganhou uma velocidade instantaneamente, quando iniciou
o salto com suas pernas, enquanto o projetil foi ganhando
velocidade "aos poucos". Mas ainda nao entendi. O projetil
nao ganhou velocidade de forma ainda mais "instantanea" que o
tatu (o projetil levou 0,00375 s para percorrer 1,2 m, enquanto
o tatu levou 0,2 s para percorrer 0,544 m) ?

Afinal, por que e' que Vo do tatu nao e' zero, e a Vo do projetil
e' zero ? Deve haver algum tipo de raciocinio padrao que eu
possa usar... Por acaso e' por que o tatu esta' em queda
livre ? E se o projetil fosse disparado para cima, em
vez de para a frente ? Isso alteraria a Vo do projetil ?
Sim ? Nao ? Talvez ? Por que^ ?

E se fosse o tatu que estivesse dentro do cano e de repente
desse um salto para a frente ? Agora a velocidade inicial do
tatu seria zero ?


- Grato pela atencao de todos.


Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: Qual a diferenca entre um tatu e uma bala de revolver ?
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/04/2001 08:28

Olá Paulo,


> - Exercicio 67P, pagina 33 (capitulo 2):
> "Um tatu assustado salta para cima, subindo 0,544 m
> em 0,200 s. a) Qual era sua velocidade inicial ?
> b) Qual a sua velocidade nessa altura ? c) Quanto
> ele ainda subira' ?

Esse problema realmente é esquisito e mal-formulado. Desde quando tatus
assustados saltam para cima? Que eu saiba eles cavam buracos para baixo! :-)

Mas, admitindo que estamos diante de um tatu-canguru,

>
> a) Resp.: Neste exercicio, considerando que o tatu
> se move como uma particula em queda livre,
> usamos a formula
> Y = Yo + Vot -(gt^2)/2, com g = 9,8 m/s^2

A chave do problema está justamente na expressão "considerando que o tatu se
move como uma partícula em queda livre". Deste modo você está desprezando a
aceleração fornecida pela contração repentina dos músculos da perna do tatu,
que aceleram o corpo do repouso (V = 0) até o "Vo" do problema, que é a
velocidade inicial do tatu *ao perder o contato com o solo*. Se você
considerar como posição vertical do tatu a posição do pé do tatu, então essa
simplificação não parecerá tão artificial, pois o pé do tatu é puxado para
cima pelo corpo do tatu com uma aceleração praticamente instantânea.


>
> A solucao para a velocidade inicial Vo
> foi 3,7 m/s, calculada assim:
>
> 0,544 = 0 + Vo.0,2 -(9,8 . (0,2)^2 ) /2
>

Essa é a velocidade do corpo do tatu após a contração dos músculos da perna.
Como os pés ainda estão em contato com o solo, podemos simplificar o
problema e considerar essa velocidade como Vo.


um abraço,

André Baptista



SUBJECT: Re: Eficacia simbolica
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/04/2001 08:41

--- In ciencialist@y..., Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@r...>

> Provavelmente emoções suficientemente fortes podem provocar a morte
>de qualquer pessoa, porque afinal de contas os seus sistemas vitais
>estão ligados ao sistema nervoso central, ainda que de uma forma
>indirecta.


Acho que chegamos ao cerne da questao.
Meu ponto de vista eh contrario a isso, quero dizer simplesmente
que......... DUVIDO DISSO !.

Como nao podemos fazer experiencias mortais com seres humanos
tudo o que nos resta eh usar as pobres e indefesas cobais
para tal intento.

Fica entao uma pergunta : O susto mata qualquer cobaia?

Talvez nem esta resposta seja suficiente, pois o condenado vudu
tambem nao morreria de susto e sim de medo e estresse em algumas
horas....

O estresse prolongado mataria estas cobaias em poucas horas ?


Claro q qualquer q seja a resposta poderiamos arguir que cobaias
nao sao seres humanos e ficaria o dito pelo nao dito. Bom,
mas pelo menos teriamos alguma evidencia a apoiar
um de nossos pontos de vista.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: Eficacia simbolica
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/04/2001 09:04

--- In ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <logos@p...> wrote:
> In ciencialist@y..., "Joao Carlos Holland de Barcellos"
> <jocax@u...> wrote:
>
> >O que eu estou duvidando eh que a ideia de que a pessoa
> > vai morrer provoque sua *rapida* morte.
>
> Jocax,
>
> A historia da rapidez é evidentemente duvidosa. Em todo caso seria
útil
> saber em que tempo. A grande maioria dos casos que eu conheço têm
que ver
> com fenômenos depressivos. Não pense que o fato de sentir que a
única razão
> da existencia é a tribo seja algo para ser encarado como uma simples
crença
> religiosa. Vai muito mais além da religião. É um fenômeno cultural
> complexíssimo.


O fator tempo eh crucial nesta nossa discussao.
Veja q se o tempo se extender muito o condenado pode passar a
a duvidar de que a sentenca efetivamente se cumprira...


>
> > Veja bem, todos *sabemos* que iremos morrer e de fato >morreremos,
mas vc
> dira q isto eh responsavel por nossa >morte?
>
> Não torça as coisas. O execrado morre não é por saber, como nós, que
vai
> morrer um dia. Ele *sabe* que existe um juizo mortal e sente um
verdadeiro
> terror (pânico) por esse juizo. O que êle "sabe" é que este juizo é
tão
> mortal como uma flechada.


Eu estava simplesmente definindo o problema e restringindo-o
para ser analisado. O que provocaria a suposta morte?
A crenca na morte? O estresse? O susto ?
Com a minha assercao eu eliminei a "crenca na morte" como fator
unico isolado. Entao a crenca simplesmente nao eh suficiente,
ela teria que estar atrelada no minimo ao estresse ou ao susto.


>
> > Ver em : condenados aa morte, doentes terminais etc...
>
> Os terminais são um fenômeno aparte. Poderia conversar sobre êles.
Tenho uma
> casuística bastante numerosa. São outra coisa. Nada que ver com os
execrados
> tribais.

Veja bem , num julgamento a pessoa eh condenada aa morte.
Ela sabe que a chance de morrer eh altissima.
Agora eu te pergunto : Todos os vudus senteciados a TABU morrem?
Por certo que nao. Provavelmente o indice de mortes efetifadas
pela sentenca deve ser bem menor que um condenado aa morte
no Texas. E note q os condenados no Texas ficam presos e nao
podem fugir como um condenado vudu. Obviamente tudo leva a crer
que esta historia de morte vudu nao passa de uma lenda ou mito.


[]s
jocax




SUBJECT: Gente como a gente?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>
DATE: 16/04/2001 09:42

Gente como a gente
Superinteressante, março de 2001

Galileu vivia em bordéis. Newton era apaixonado por um matemático.
Einstein era pão-duro e desleixado. A vida dos grandes cientistas
mistura lances de genialidade com hábitos, paixões
e manias que nada ficam a dever ao mais comum dos mortais
Por Mariana Mello com Ilustração de Cláudio Duarte


Lembra aquelas aulas de geometria em que, pela primeira vez, você ouviu
falar de Pitágoras? Seu professor provavelmente levou horas explicando o
famoso teorema estabelecido por esse brilhante matemático e filósofo
grego. Com catetos e hipotenusas boiando na mente, naquele dia você
certamente voltou para casa convicto de que tomara conhecimento da
existência de um gênio da geometria. Nascido na ilha grega de Samos,
Pitágoras (565-490 a.C.) revolucionou a matemática. Suas teorias, por
exemplo, seriam aplicadas com êxito no estudo do movimento dos astros 17
séculos mais tarde. O que o seu professor talvez não tenha contado é que
o sábio grego tinha lá suas esquisitices.

Pitágoras acreditava que olhar a própria imagem no espelho à luz de
velas atraía azar. Deixar de arrumar a cama, idem. E achava que tocar em
um frango vivo era pedir para que algo de ruim acontecesse. Acostumado a
raciocínios lógicos, Pitágoras nutria um leque de superstições digno de
um babalorixá. Era um gênio matemático e também um místico: liderava uma
seita que pregava a reencarnação e a metempsicose – a volta à Terra de
alguém que cometeu crimes em vidas passadas, encarnado no corpo de um
animal. Tinha também atitudes dignas de um Francisco de Assis, o santo
cristão apaixonado pela natureza. Quando não estava calculando,
Pitágoras podia ser visto conversando com os bois. Certa vez, chegou a
bater com a bengala em um homem que maltratava um cachorro. “Não faça
isso”, disse. “Este aí é um amigo que morreu há pouco tempo e
reencarnou.”

Não se espante, caro leitor, nem julgue que lances assim, na vida dos
gênios da ciência, só aconteciam num tempo em que ciência, filosofia e
religião conviviam com mais promiscuidade. Impulsos, obsessões, manias e
crenças nada científicas eram e são comuns, em menor ou maior grau, aos
mais luminosos cérebros que já existiram. Dos gregos a Lavoisier, de
Newton a Einstein, o lado às vezes comum, às vezes pitoresco dos homens
de ciência exibe páginas em que o gracioso e o inusitado compõem a
antimagem do mito que todos cultuamos.

“O cientista é como qualquer pessoa: tem paixões e ambições”, afirma
Shozo Motoyama, chefe do Departamento de História da Ciência da
Faculdade de História da Universidade de São Paulo. “É ingenuidade
imaginar que se trata de alguém acima das vaidades humanas.” Muitos
gênios, aliás, foram flagrados em atitudes que revelam uma malandragem
digna dos românticos morros cariocas de outrora. Vejamos o caso do
astrônomo italiano Galileu Galilei (1564-1642). O jovem Galileu,
falastrão e polemista, teve coragem suficiente para desafiar a Igreja
com a sua teoria de que a Terra girava em torno do Sol, e não o
contrário. Mas não conseguiu resistir à tentação de se apoderar de
idéias alheias para alcançar prestígio e conseguir recursos para manter
a vida boêmia.



Fiel freguês dos bordéis de Pádua, cidade do interior da Itália onde
lecionava filosofia, Galileu amou muitas prostitutas e acabou casando-se
com uma delas, Marina de Gamba. Ambos tinham 35 anos. Com muitas contas
para pagar, não viu outra saída senão usar a sua inteligência como
inventor. Numa viagem a Veneza, o astrônomo ouviu rumores a respeito de
um fabricante de óculos que acabara de inventar um instrumento que
permitia observar objetos distantes como se estivessem perto. Voltou
para casa correndo e só descansou depois que o telescópio, o invento com
que iria abalar a cosmogonia da época, estava pronto e patenteado com o
seu nome.

Galileu também tropeçou, ao menos uma vez, na seriedade e na precisão
que se espera de um dos maiores homens de ciência da história. Empolgado
com cálculos e sempre pronto a detonar uma polêmica, o cientista
italiano – que, apesar de sua herética teoria heliocêntrica, era
católico – anunciou em praça pública que revelaria as dimensões e a
localização matemáticas do inferno. Calculou então que os domínios do
Diabo tinham a forma de um cone invertido, ocupavam um doze avos do
volume da Terra e ficavam exatamente abaixo da cidade de Jerusalém. Como
se não bastasse, arriscou esboçar a altura de Lúcifer que, pelas suas
contas, mediria 1 935 braças (mais de 4 quilômetros).

Galileu não está sozinho no time dos que não hesitaram em surrupiar a
idéia do próximo. Antoine Lavoisier (1743–1794), o químico francês que
imortalizou a expressão “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo
se transforma”, ganhou notoriedade em 1788 ao demonstrar que o ar é
composto por vários gases (até então


pensava-se que o ar era uma substância pura) e que o oxigênio é
fundamental para a combustão. Tudo bem, não fosse um pequeno detalhe:
quem descobriu a existência do oxigênio não foi Lavoisier, mas seu amigo
Joseph Priestley (1733-1804), que teve a infelicidade de confidenciar a
descoberta ao colega francês durante uma festa regada a vinho. Lavoisier
que, naquela semana, tinha concluído um trabalho científico sobre
combustão em que não fazia uma única referência ao oxigênio, vislumbrou
ali, na revelação etílica de Priestley, o seu momento de glória.
Terminada a farra, reescreveu o trabalho, adicionando as idéias do
amigo, e entrou para os anais da ciência como autor de uma descoberta
que mudou os rumos da química.

Mas há também, no cotidiano dos sábios fora dos laboratórios e da
Academia, gestos de boa vontade e camaradagem. Lá está o naturalista
inglês Charles Darwin (1809-1882), que não nos deixa mentir. (E nem
mentia.) Tímido além da conta, Darwin detestava discussões e, por não
ter concluído os estudos superiores, não se considerava um cientista.
Teria passado pela vida como um homem comum, casado com uma prima em
segundo grau, não fosse um empurrãozinho do amigo Alfred Wallace
(1823-1913). Foi uma carta de Wallace que o levou a retirar do baú os
manuscritos de sua Teoria da Evolução das Espécies. Na carta, o amigo
indagara se ele via fundamento na idéia de que as plantas e os animais
evoluem para se adaptarem ao meio e, ao saber que Darwin já havia
pensado sobre isso anos antes, estimulou-o a publicar suas idéias,
escondidas sob o temor de entrar em conflito com a Igreja.

Se Darwin não gostava de confusão, o mesmo não se pode dizer de Isaac
Newton (1642-1727), o físico inglês que conseguiu enxergar na queda de
uma maçã o rastro de uma força invisível que age sobre todas as coisas
que estão ao redor e sobre a Terra: a gravidade. Newton dava um boi para
entrar numa encrenca e uma boiada para não sair. Criado sem pai, longe
da mãe, o menino Newton teve que ser camareiro de um professor em troca
da bolsa de estudos na escola elementar. Mais tarde se tornaria um homem
fechado, agressivo e ambicioso.

Tão logo a Teoria da Gravitação Universal foi publicada, o físico Robert
Hooke (1635-1703) cutucou a onça com vara curta, acusando Newton de
plágio. Hooke jurava que tinha feito a descoberta primeiro. Não sabia
com quem estava lidando. Newton revidou e os dois, além das alfinetadas
por cartas e artigos em jornais, chegaram a trocar sopapos nos
corredores da Royal Society, sociedade científica inglesa presidida por
Newton. “Hooke deveria ser tão conhecido na época quanto Newton”, diz
Shozo. Mas só Newton entrou para a história.

Em 1699, o físico inglês foi nomeado diretor da Casa da Moeda Britânica,
cargo que ocupou por 20 anos. O importante posto lhe permitiu ajudar
amigos com empréstimos e, claro, prejudicar os inimigos. Além disso,
também assinou mais de 100 ordens de prisão e decretou alguns
enforcamentos por não pagamento de dívidas. Envolvido com tanto
trabalho, dizia não ter tempo para mulheres e nunca se casou. Os
inimigos não perderam a chance de acertá-lo no rim: é que Newton não se
casou, mas se apaixonou perdidamente. Por um homem. Durante anos trocou
cartas carinhosas com o jovem matemático suíço Fatio Duillier.

Em excentricidade nenhum cientista até hoje conseguiu desbancar Albert
Einstein (1879-1955), autor da Teoria da Relatividade, um dos pilares da
física moderna. Para começar, Einstein costumava deitar na banheira
vazia para estudar, imaginando estar sentado na escrivaninha. Caminhava
debaixo de tempestades sem se dar conta da chuva, rabiscava fórmulas na
toalha da mesa, comia suas refeições, geladas no prato, horas depois que
as outras pessoas já haviam comido, e escrevia discursos de
agradecimento no verso de notas fiscais.



Absolutamente absorto em seu mundo particular, Einstein vivia
praticamente sem um tostão no bolso. Toda a sua renda vinha do modesto
salário de professor de física, que acabava rapidamente. Isso ajuda a
explicar, em parte, sua aparência descuidada. Ele raramente cortava o
cabelo, vestia calças que acabavam no meio das canelas, só fazia barba
com água e sabão (creme de barbear era supérfluo) e ia para todo lado de
bicicleta – não tinha carro.

O ar desleixado, a cabeleira branca e os olhos grandes, por incrível que
pareça, funcionavam muito bem junto às mulheres. Einstein recebia
centenas de cartas de pretendentes apaixonadas, principalmente depois
que ficou viúvo de Elsa Löwenthal, sua segunda esposa, aos 57 anos.
Segundo os biógrafos, ele soube tirar proveito do fã-clube feminino,
levando mulheres para demorados passeios de barco em Zurique.

Einstein também era humilde e solidário. Respondia cartas de crianças,
que lhe enviavam perguntas sobre álgebra. E salvou o colega Leopold
Infield da miséria, aceitando participar de uma farsa por uma boa causa.
“Quando foi demitido da universidade, Infield escreveu um livro sobre
história da física e Einstein entrou como co-autor sem ter lido um
parágrafo. Infield viveu o resto da vida graças aos direitos autorais
dessa obra”, diz Shozo.

Einstein e Sigmund Freud (1858-1939), o pai da psicanálise, eram amigos
e, vez por outra, se reuniam para conversar. Nessas ocasiões, o físico
gostava de dizer que a humanidade ainda não estava pronta para quebrar o
átomo e Freud pegava a deixa para mais um discurso sobre a pulsão de
morte que alimenta a agressividade humana. Militando em áreas de
conhecimento distintas, tinham em comum o senso de humor e o gosto pelo
tabaco. (Freud fumava tanto cachimbo que teve câncer na boca. Einstein,
sem grana, foi visto várias vezes catando bitucas de cigarro nas ruas.)

Freud, ele mesmo diria a seu respeito se pudesse se autoanalisar,
carregava um complexo de inferioridade por ser pobre e judeu num mundo
de maioria cristã. Ele não concordava com o desprezo dos médicos pelo
lado psicológico dos pacientes e criou uma nova maneira de abordar e
entender o funcionamento do ser humano. Na mão contrária de suas idéias
revolucionárias, era um marido conservador e um pai austero. Fazia as
refeições sempre nos mesmos horários, visitava a mãe sempre no mesmo dia
da semana, caminhava e jogava tarô com outros médicos com hora marcada.

Pitágoras, Galileu, Darwin, Einstein. “Todos eles eram, sobretudo,
pessoas como eu e você”, diz Carlos Maia, do Departamento de História da
Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Você decide se o mais difícil é
acreditar que eram mesmo pessoas normais tendo feito as descobertas que
fizeram ou se eram mesmo gênios da raça com todo esse maravilhoso e
burlesco repertório de extravagâncias.
Para saber mais:
Na livraria:
Einstein: A Ciência da Vida,
Denis Brian, Editora Ática, São Paulo, 1996
Isaac Newton - O Último Feiticeiro,
Michael White, Editora Record, São Paulo, 2000
Coleção Cientistas em 90 Minutos,
Paul Strathern, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 1998
Grandes Debates da Ciência,
Hal Hellman, Editora Unesp, São Paulo, 1999
A Dança do Universo: dos Mitos de Criação ao Big-Bang,
Marcelo Gleiser, Companhia das Letras, São Paulo, 1999





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/04/2001 11:55

Em uma mensagem de 16/04/01 09:05:28 Hora padrão leste da Am. Sul,
jocax@usp.br escreveu:


Jocax - O fator tempo eh crucial nesta nossa discussao. Veja q se o tempo se
extender muito o condenado pode passar a a duvidar de que a sentenca
efetivamente se cumprira...

Manuel - "Os aspectos fisiológicos da morte vodu não são difíceis de
entender. OS SINTOMAS DESCRITOS DE NATIVOS QUE MORRERAM EM CONSEQÜÊNCIA DE
PRÁTICAS DE VODU, como o osso apontado ou a ingestão de alimentos tabus,
estão de acordo com as de um organismo que seja submetido a uma persistente
estimulação
simpático-supra-renal. Se essa estimulação prossegue sem uma correspondente
descarga em ação -- e a vítima vodu, paralisada pela angústia, uma vez que
ela própria acredita que morrerá, carece de qualquer saída eficaz através da
ação -- a morte poderá resultar. Cannon descobriu em seus experimentos com
gatos descorticados, que careciam dos habituais efeitos moderadores do córtex
sobre a excitação emocional, que APÓS VÁRIAS HORAS de 'falsa cólera' os
animais expiravam. "Na falsa cólera, como no choque traumático causado por
ferimentos, a morte pode ser explicada em virtude dos órgãos essenciais
deixarem de receber um suprimento suficiente de sangue ou, especificamente,
um suprimento suficiente de oxigênio, a fim de manterem seus serviços."

Jocax - Eu estava simplesmente definindo o problema e restringindo-o para ser
analisado. O que provocaria a suposta morte? A crenca na morte? O estresse? O
susto ? Com a minha assercao eu eliminei a "crenca na morte" como fator unico
isolado. Entao a crenca simplesmente nao eh suficiente,ela teria que estar
atrelada no minimo ao estresse ou ao susto.

Manuel - Mas o que causou o estresse, isto é, qual foi o fator estressor?
Resposta: a expectativa da morte iminente, a certeza da morte, decorrente da
CRENÇA no poder do xamã.

Jocax - ...Obviamente tudo leva a crer que esta historia de morte vudu nao
passa de uma lenda ou mito.

Manuel - Acho que você é que não está querendo enxergar os fatos. É visível
que toda a sua argumentação não passa de mera "racionalização" de uma crença.
Sim, você "acredita piamente" que a morte vodu é uma lenda ou mito, isto é,
você, do mesmo modo que o nativo maori, é um indivíduo movido por uma crença,
por juízos a priori. A única diferença que vejo entre você e o nativo é que o
nativo CRÊ em A, ao passo que você CRÊ em B.

Você, Jocax, o fundador de uma nova religião (o genismo), está sempre a
transformar discussões científicas -- como a presente, sobre a morte vodu --
em querelas religiosas. Ora, religião não se discute...

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/04/2001 12:16

manuelbulcao@aol.com wrote:

> Em uma mensagem de 16/04/01 09:05:28 Hora padrão leste da Am. Sul,
> jocax@usp.br escreveu:
>
>
> Jocax - O fator tempo eh crucial nesta nossa discussao. Veja q se o tempo se
> extender muito o condenado pode passar a a duvidar de que a sentenca
> efetivamente se cumprira...
>
> Manuel - "Os aspectos fisiológicos da morte vodu não são difíceis de
> entender. OS SINTOMAS DESCRITOS DE NATIVOS QUE MORRERAM EM CONSEQÜÊNCIA DE
> PRÁTICAS DE VODU, como o osso apontado ou a ingestão de alimentos tabus,
> estão de acordo com as de um organismo que seja submetido a uma persistente
> estimulação
> simpático-supra-renal. Se essa estimulação prossegue sem uma correspondente
> descarga em ação -- e a vítima vodu, paralisada pela angústia, uma vez que
> ela própria acredita que morrerá, carece de qualquer saída eficaz através da
> ação -- a morte poderá resultar.

OU PODERA NAO RESULTAR.
Estou dizendo que PODEM existir alguns casos em que a morte pode resultar
assim como MUITOS casos em que a morte pode NAO resultar.

Por acaso vc tem dados estatisticos de qtos EFETIVAMENTE morrem por
ser condenados aa morte?????????????????????????????




> Cannon descobriu em seus experimentos com
> gatos descorticados, que careciam dos habituais efeitos moderadores do córtex
> sobre a excitação emocional, que APÓS VÁRIAS HORAS de 'falsa cólera' os
> animais expiravam. "Na falsa cólera, como no choque traumático causado por
> ferimentos, a morte pode ser explicada em virtude dos órgãos essenciais
> deixarem de receber um suprimento suficiente de sangue ou, especificamente,
> um suprimento suficiente de oxigênio, a fim de manterem seus serviços."

Como disse nao basta o relato de alguns cientistas para q se prove o fato.
Isto tem q ser efetivamente observados por OUTROS tambem
O cara pode muito bem ser charlatao como existem muitos por ai...

Se vc mostrar este tipo de morte publicado num periodico cientifico
SERIO eu ireo acreditar, mas como disse o CORREDOR DA MORTE
e os doentes terminais sao EVIDENCIAS CLARAS que a morte vudu
nao passa de crendice.


>
>
> Jocax - Eu estava simplesmente definindo o problema e restringindo-o para ser
> analisado. O que provocaria a suposta morte? A crenca na morte? O estresse? O
> susto ? Com a minha assercao eu eliminei a "crenca na morte" como fator unico
> isolado. Entao a crenca simplesmente nao eh suficiente,ela teria que estar
> atrelada no minimo ao estresse ou ao susto.
>
> Manuel - Mas o que causou o estresse, isto é, qual foi o fator estressor?
> Resposta: a expectativa da morte iminente, a certeza da morte, decorrente da
> CRENÇA no poder do xamã.
>
> Jocax - ...Obviamente tudo leva a crer que esta historia de morte vudu nao
> passa de uma lenda ou mito.
>
> Manuel - Acho que você é que não está querendo enxergar os fatos. É visível
> que toda a sua argumentação não passa de mera "racionalização" de uma crença.
> Sim, você "acredita piamente" que a morte vodu é uma lenda ou mito, isto é,
> você, do mesmo modo que o nativo maori, é um indivíduo movido por uma crença,
> por juízos a priori. A única diferença que vejo entre você e o nativo é que o
> nativo CRÊ em A, ao passo que você CRÊ em B.
>
> Você, Jocax, o fundador de uma nova religião (o genismo), está sempre a
> transformar discussões científicas -- como a presente, sobre a morte vodu --
> em querelas religiosas. Ora, religião não se discute...
>

Nao Sr. eu estou me apoiando em fatos como os que ocorrem todos os
anos nos corredores da morte e nos doentes que recebem o diagnostico
de morte iminente.

[]s
jocax
PS: Se vc quiser achar relatos falsos as pencas eh soh procurar relatos
de UFOS/OVNIS na internet q vc achara numa proporcao
de 1/1000000 em relacao aa morte vudu.
Mas aposto que nenhum foi publicado na science como verdadeiros.



SUBJECT: Biologia sem fronteiras & Genoma adquirido
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/04/2001 12:22

"......A idéia é mostrar que esses dois organismos podem viver de
maneira associada. Sua teoria afirma também
que novas
espécies surgem a partir da simbiose de
velhas espécies.
Certo. Estou trabalhando num livro, que
devo terminar até o
final
de agosto e se chamará "Origins of Species:
Inheritance of
Acquired Genomes" ("Origem das Espécies:
Herança de
Genomas Adquiridos"). Eu o vejo indo além
das teorias
evolutivas
de Darwin e Lamarck......"

Artigo completo:
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/234

[]s
jocax



SUBJECT: O problema do Chapeu
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 16/04/2001 12:35

THE NEW YORK TIMES, April 16, 2001

Matemáticos buscam solução para problema do chapéu
SARA ROBINSON

BERKELEY, Califórnia - É necessário um problema
especialmente complicado para confundir a mente de alguém
que esteja acostumado a fazer "ginástica mental".
Realmente, o desafio que está dando trabalho a vários
grupos de matemáticos, não diz respeito a um probleminha
comum. Conhecido como "o problema do chapéu", na sua
versão mais popular, esse quebra-cabeças aparentemente
simples está consumindo cérebros nas universidades e
laboratórios de pesquisa do país, e se tornou um
acalorado tópico de discussão na Internet.
De acordo com os matemáticos, a razão pela qual esse
problema cativa tanta gente é que não se trata de apenas
uma charada recreativa para ser resolvida e colocada de
lado.
Pelo contrário, ele tem conexões profundas e inesperadas
com a teoria da codificação ou encriptação, uma área
ativa da pesquisa matemática, com amplas implicações para
as telecomunicações e a ciência da computação.
Ao tentar encontrar uma solução completa para o problema,
os matemáticos estão testando novos teoremas em teoria da
codificação, que podem ser aplicados em áreas que vão
além dos problemas matemáticos.
"Esse problema é único, já que conecta questões
matemáticas não resolvidas", diz Joe Buhler, diretor do
Instituto de Pesquisas de Ciências Matemáticas, aqui em
Berkeley, e um pesquisador entusiasmado do problema do
chapéu.
O problema do chapéu consiste no seguinte: Três jogadores
entram em uma sala e um chapéu vermelho ou azul é
colocado na cabeça de cada um. A cor de cada chapéu é
determinada por um jogo de cara ou coroa. O resultado de
cada lançamento da moeda não tem efeito algum sobre as
outras jogadas. Cada jogador pode ver o chapéu dos
outros, mas não o seu próprio.
Não é permitida comunicação de espécie alguma entre os
jogadores, com exceção de um encontro para discussão de
estratégia antes do início do jogo. Tão logo tenham a
oportunidade de ver os chapéus dos companheiros, os
jogadores devem adivinhar simultaneamente a cor dos seus
próprios chapéus, ou ficar calados. O grupo dividirá um
prêmio hipotético de US$ 3 milhões (R$ 6,46 milhões) se
pelo menos um dos jogadores adivinhar as cores dos
chapéus e se nenhum deles adivinhar incorretamente.
Pode participar do jogo qualquer número de jogadores. O
problema geral é encontrar uma estratégia para que o
grupo maximize as suas chances de ganhar o prêmio.
Uma estratégia óbvia a ser utilizada pelos jogadores
seria, por exemplo, que um dos jogadores
sempre "adivinhasse" vermelho, enquanto que os outros
permanecessem em silêncio quando chegasse a sua vez. Isso
daria ao grupo uma chance de 50% de ganhar o prêmio. Mas
será que o grupo poderia fazer melhor do que isso? A
princípio, a maioria dos matemáticos acha que não.
Considerando que a cor do chapéu de cada pessoa independe
da cores usadas pelos outros, e que nenhuma comunicação é
permitida entre os jogadores, parece impossível que os
participantes descubram qualquer coisa apenas olhando
para os outros. Aparentemente, tudo o que os jogadores
podem fazer é adivinhar.
"Quando explico o problema a uma pessoa, a única coisa
que ela pensa é que não há condições para resolve-lo",
diz Peter Winkler, diretor de pesquisas com matemática
fundamental nos Laboratórios Bell de Tecnologias de Luz,
em Murray Hill, Nova Jersey. "Por outro lado, ao se
tentar provar que a solução do problema é impossível, não
se chega a resultado algum".
Os matemáticos atribuem a autoria do problema a Todd
Ebert, um instrutor de ciência de computação da
Universidade da Califórnia em Irvine, que introduziu a
charada na sua tese de doutorado pela Universidade da
Califórnia em Santa Barbara, em 1998. Ebert afirma que só
recentemente percebeu as implicações do problema, quando
ofereceu créditos extras aos seus estudantes para que
resolvessem uma versão de sete jogadores, chamada de "o
problema dos sete prisioneiros".
Ebert conta que, depois disso, o problema passou a ser
divulgado nos grupos e salas de discussão da
Internet. "Passei a receber e-mails de todo o país", diz
Ebert.
Enquanto isso, Winkler, um coletor e distribuidor
conhecido de desafios inteligentes, ouviu falar sobre o
problema do chapéu, através de um colega, e o difundiu
amplamente. O problema passou pelo Centro de Pesquisas da
Microsoft, em Redmond, Washington, pelos laboratórios da
Hewlett-Packard, em Palo Alto, Califórnia, e por
departamentos de matemática, estatística e ciência da
computação de universidades de todo o país.
O problema do chapéu foi parar até no Caribe. Durante um
seminário em um instituto de pesquisas em Barbados, um
grupo de cientistas teóricos de computação passou toda
uma noite às claras, tomando rum, em um jogo de bebidas
baseado no problema.
O desafio se disseminou em Berkeley, depois que Winkler
encontrou Elwyn Berlekamp, professor do departamento de
matemática da Universidade de Berkeley, em uma
conferência em Nova Orleans, em janeiro deste ano.
"Eu falei a ele sobre o problema e passei a receber
mensagens na secretária eletrônica do meu hotel,
dizendo, 'É um grande problema, ainda não o resolvi'. Até
que um dia havia a mensagem, 'Problema resolvido!', diz
Winkler. "Eu achei que, com o seu conhecimento de teoria
da codificação, Berlekamp tivesse descoberto uma solução,
e ele não me desapontou".
Berlekamp, um especialista em teoria da codificação,
afirmou que havia descoberto uma solução para o caso mais
simples em cerca de meia hora, mas que só havia percebido
a conexão com a teoria da codificação quando tinha ido
dormir.
"Se olharmos para questões antigas que conhecemos por um
ângulo diferente, algumas vezes não conseguimos vê-las",
explica o cientista.
O primeiro detalhe percebido por Berlekamp foi que , no
caso dos três jogadores, é possível que o grupo ganhe em
três quartos das tentativas.
Em três quartos das jogadas, dois dos jogadores terão
chapéus da mesma cor, e o chapéu do terceiro jogador vai
ter a outra cor possível. O grupo pode ganhar sempre que
isso ocorrer, utilizando a seguinte estratégia: tão logo
se inicie o jogo, cada jogador examina a cor do chapéu
dos outros dois. Se os dois chapéus forem de cores
diferentes, ele se abstém de dar um palpite. Se forem da
mesma cor, o jogador diz que o seu chapéu é de cor
diferente.
Dessa forma, todas as vezes que as cores dos chapéus
estiverem distribuídas em uma razão de dois para um, um
dos jogadores vai dar um palpite correto, enquanto os
outros dois vão se abster de adivinhar, e o grupo ganhará
o jogo. No entanto, quando os três chapéus tiverem a
mesma cor, todos os jogadores darão um palpite errado, e
o grupo perderá.
"Se examinarmos o número total de adivinhações,
perceberemos que metade é certa e metade é errada",
afirma Winkler. "Só se progride no jogo se, quando os
jogadores estiverem dando palpites errados, a maioria
estiver errada". A estratégia fica bem mais complicada
para um número maior de jogadores. Ainda assim, tudo se
resume a assegurar que na maioria das vezes ninguém
esteja errado e que, ocasionalmente, todos estejam
errados simultaneamente.
Conforme se descobriu, essa exigência só pode ser
perfeitamente satisfeita quando o número de jogadores for
menor do que uma potência de dois (três, sete, 15, e
assim por diante). Por exemplo, em um jogo com 15
jogadores, há uma estratégia para a qual o grupo sai
vencedor em 15 vezes a cada 16 jogadas.
Essa estratégia pode ser descrita por meio de elegantes
estruturas matemáticas conhecidas como códigos Hamming.
Esses códigos, que têm esse nome em homenagem a Richard
Hamming, o matemático que os descobriu, são ferramentas
básicas estudadas por estudantes de engenharia do mundo
todo.
Os códigos Hamming definem a fronteira entre dois tipos
de objetos matemáticos: os códigos de correção de erros e
os códigos de ocultação.
Os códigos de correção de erros, técnicas para a correção
de erros em dados enviados através de canais ruidosos,
são utilizados em uma série de dispositivos, desde aos
telefones celulares até os discos compactos. Os códigos
de ocultação podem ser utilizados para a compressão de
dados, de forma que esses ocupem menos espaço na memória
dos computadores.
"Os códigos Hamming são estruturas perfeitas, semelhantes
a cristais, no sentido de que não se pode mover um átomo
sequer sem que se destrua completamente a estrutura",
explica Amin Shokrollah, cientista chefe da Digital
Fountain, que utiliza a teoria da codificação para
acelerar as transmissões de dados via Internet. "Quando
se examina atentamente a essência do problema do chapéu,
descobre-se que aquilo de que se necessita são exatamente
os códigos Hamming".
Quando se joga com menos de nove participantes, a melhor
solução pode ser determinada por meio da utilização de
vários tipos de códigos. Para números maiores de
jogadores, que não sejam menores em uma unidade do que
uma potência de dois, uma estratégia elaborada com base
na solução encontrada com os códigos Hamming funciona em
quase 100% dos casos, conforme aumenta o número de
participantes do jogo.
Hendrik Lenstra, professor de matemática em Berkeley, e
Gadiel Seroussi, diretor de pesquisa em teoria de
informações nos laboratórios da Hewlett-Packard,
desenvolveram um novo tipo de código de ocultação, para
definir uma estratégia ainda melhor para um número maior
de jogadores.
Embora essa estratégia seja, até o momento, a melhor, não
se sabe se ela é sempre a derradeira. A solução
derradeira para o problema do chapéu, para qualquer
número de jogadores, ainda é desconhecida.
"Ainda estamos trabalhando para encontrar uma solução",
diz Seroussi. "E, como conseqüência de estarmos
trabalhando no problema, temos alguns resultados em
teoria da codificação que são interessantes por si
próprios".
Por enquanto, segundo os pesquisadores, parece improvável
que se encontre uma solução com imediatas aplicações
práticas. Ainda assim, nunca se sabe o que o futuro
reserva para o problema do chapéu. "A minha experiência
diz que todo trabalho matemático cedo ou tarde termina
demonstrando ter alguma utilidade", diz Seroussi.
Tendo ou não uma utilidade prática, para alguns
pesquisadores o problema do chapéu possui importantes
implicações sociais. "Gosto de problemas que têm
implicações filosóficas", diz Berlekamp., citando duas
lições de vida que podem ser extraídas do problema:
"A primeira é não há problemas em se cometer erros,
contanto que se tome providências para que não se erre
sozinho", diz ele. "A outra lição, que é mais importante,
diz respeito à necessidade de um trabalho de equipe que
vai contra a intuição da maioria dos matemáticos. Se a
evidência sugerir que alguém na sua equipe sabe mais do
que você, deve-se ficar calado. A maioria de nós acredita
que a estratégia de cada jogador objetiva um acerto
individual. Mas isso não é verdade. Trata-se de toda a
equipe".

Tradução: Danilo Fonseca






SUBJECT: Re: [ciencialist] Qual a diferenca entre um tatu e uma bala de revolver ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/04/2001 12:47

Olá Paulo,
bem vindo ao ciencialist.
Não se preocupe em colocar aqui suas dúvidas de Física, perfeitamente dentro do contexto da ciência. Aqui, entretanto, praticamente vale tudo que dê margem a um bom exercício mental e, como todos são pessoas, não estranhe se de vez em quando ler algo um tanto mais rude (do qual tenho sido bom exemplo nessas últimas semanas), no fim tudo acaba em pizza científica.:-)

Vejamos se posso ajudá-lo nessa praia da cinemática escalar do Halliday et all.

1) Tais livros são traduções e como tal, não se preocupe que sapo vire tatu e saia pulando verticalmente por ai.

2) A intenção é o movimento do ponto material e, como trata-se de lançamento de partículas, a técnica utilizada para que a partícula adquira a velocidade inicial (Vo) não é lá muito importante.
Em todos os exercícios vc pode pensar numa mola comprimida utilizada para impulsionar a partícula e adotar como posição zero (Xo =0) o instante (to = 0) em que a partícula abandona a mola. No caso do sapo (que virou tatu) suas pernas estão substituindo a mola (apenas o sapo levou a mola junto com o salto!); no caso do projétil na alma da arma os gases em expansão substituem a mola (e a mola não acompanha o projétil). De qualquer modo, para que a partícula de massa m 'suba' contra a ação da gravidade é sempre necessário uma velocidade inicial ou alguma outra interação (por exemplo, uma partícula ferromagnética sob a ação de campo magnético).

3) A cinemática escalar/vetorial encerra conceitos que pode pegar de 'calças curtas' alunos e professores. Para que vc tenha uma tênue idéia disso recomendo a leitura do Imperdível na Sala 04 (Questões Conceituais). Preparei tais questões exatamente para mostrar como é fácil 'furar' conceitos. Se AINDA não visitou o Imperdível eis o endereço dessa Sala: www.feiradeciencias.com.br/sala04/index4.htm
Nota: Não sei se meu webmaster já colocou as respostas dessas questões on-line; se não colocou avise-me que dou o endereço do provisório onde elas lá estão.

4) Na cinemática em geral existe um tipo de função, extremamente útil, e que poucos se utilizam delas; são as equações de Torricelli.
Para todos os movimentos, denominamos equação de Torricelli á função que relaciona V (velocidade) com x (posição, espaço, deslocamento). Em particular, para o MUV (movimentos com aceleração escalar constante em relação ao tempo; constante não nula) tem-se : V"^2 = V'^2 + 2.a.X
Essas equações são sempre obtidas 'eliminando-se' o t (tempo) entre as funções x = x(t) e v = v(t).
Particularmente importante em vários assuntos é a equação de Torricelli para o MHS.
Permita-me lembrá-lo:
lei de movimento: x = A.cos(wt)
lei de velocidade: v = dx/dt = -wA.sen(wt)

que podem ser escritas assim:
x/A = cos(wt)
v/(-wA) = sen(wt)

elevando-se ambas quadrado e somando m.a.m. vem: (x/A)^2 + [v/(-wA)]^2 = 1 ou
x^2/A^2 + v^2/w^2A^2 = 1 (equação de uma elipse)

5) Pela lei da inércia, repouso e velocidade vetorial constante são equivalentes para a dinâmica. Assim, não pense na palavra, 'repouso', como posição invariável no decorrer do tempo num dado referencial inercial em todas as questões! Pode se dar mal!

6) Tratemos do 'sapo/tatu' e bala de revolver:
O sapo é tratado como partícula e, para que possa saltar, deve possuir, necessariamente, um Vo (dado pelas 'molas' da perna). Bala de revolver, tb tratada como partícula, tb deve ter uma 'mola' para impulsioná-la ao longo da alma da arma. O fenômeno da expansão dos gases (contra a pequena massa da bala) é apenas uma 'mola' mais eficiente que a tensão muscular do sapo (contra sua 'grande' massa), mas a finalidade cinemática é a mesma.
Sob o ponto de vista da cinemática os dois movimentos são idênticos: ambos partem do repouso, passam por uma fase de aceleração (impulsão) e adquirem uma velocidade inicial (ao terminar o salto / ao sair da boca da arma); essas posições finais é que devem ser tomadas como 'início do estudo do movimento na cinemática'.

7) O sapo:
Adotemos eixo de movimento vertical e orientado para cima, com origem no ponto onde o sapo perde contato com o solo (esse evento, perder contato com o solo) será adotado como instante t=0).
A lei de movimento será Y = Vo.t - (1/2)g.t^2
No instante t = 0,200 s, sua altura é Y = 0,544 m (adotando g =9,80 m/s^2) vem:
Vo = 3,70 m/s ... e não 3,7 (veja algarismos significativos).

8) O projétil:
A questão pede algo "após o disparo"; então esse é o evento para o qual se deve associar t=0.
No instante do disparo a bala parte do repouso (Vo = 0), entra na fase de aceleração constante (A) e abandona a arma com velocidade final Vf = 640 m/s, após percorrer a distância x = 1,20 m.
Claramente a questão está implorando para a equação de Torricelli:
Vf^2 = Vo^2 +2.A.x ou 640^2 = 0 + 2.A.1,20, então
A = 170 666, 67 m/s^2 (valor ainda 'não regulado' com significativos)
Tendo-se A, calcula-se o t da lei das velocidades:
Vf = Vo + A.t ou 640 = 0 + 170 666,67.t donde
t = 0,00375 s ou 3,75 x 10^-3 s

Advertência: Se a cinemática pretende continuar a estudar o movimento desse projétil "após abandonar a alma da arma", será 'conveniente' adotar novo sistema de referência (adequado á direção da Vo) com nova origem (boca da arma) e novo instante to (instante em que a bala abandona a 'mola' dos gases, ou seja, sai pela boca da arma).

Nova advertência: Como vc pode perceber, o repouso e a velocidade inicial dependem do que se pretende na questão ... e não deve ser tomado com qualquer 'espanto'.
O espanto maior é querer estudar o movimento do projétil, após sair da alma como mera 'queda livre'. É um afastamento total da realidade balística.
De início temos o movimento giroscópico do projétil (rotação adquirida ao percorrer as estrias da alma da arma); esse eixo giroscópico é quem garante a 'pontaria' no tiro. A seguir tem o ar que age tremendamente sobre o alcance da arma reduzindo de 40km (no cálculo simplista) para 4 km no cálculo real; além do desvio de Coriolis e os efeitos dos 24 (?) movimentos da Terra (sem contar a contração relativista de seu eixo no sentido do movimento!) !!!!!!!!! e outros ........ em suma, por pelo menos 40 motivos o projétil não descreverá aquele lindo arco de parábola!

[]'
Léo
------------------------







-----Mensagem Original-----
De: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 16 de abril de 2001 07:04
Assunto: [ciencialist] Qual a diferenca entre um tatu e uma bala de revolver ?


| - No livro "Fundamentos de Fisica",
| volume 1 - Mecanica, de Halliday, Resnick e Walker,
| 4a. edicao, editora LTC) ha' dois exercicios,
| que ja' consegui resolver, com a ajuda do professor,
| mas que ainda me deixaram duvidas. A duvida
| se refere `a velocidade inicial (Vo) dos "objetos"
| de cada problema. Os dois objetos partem do repouso,
| mas no caso do primeiro exercicio, Vo NAO E' ZERO !
| Ja' no segundo exercicio, Vo E' ZERO ! Por que^ ?
|
|
|
| - Exercicio 67P, pagina 33 (capitulo 2):
| "Um tatu assustado salta para cima, subindo 0,544 m
| em 0,200 s. a) Qual era sua velocidade inicial ?
| b) Qual a sua velocidade nessa altura ? c) Quanto
| ele ainda subira' ?
|
| a) Resp.: Neste exercicio, considerando que o tatu
| se move como uma particula em queda livre,
| usamos a formula
| Y = Yo + Vot -(gt^2)/2, com g = 9,8 m/s^2
|
| A solucao para a velocidade inicial Vo
| foi 3,7 m/s, calculada assim:
|
| 0,544 = 0 + Vo.0,2 -(9,8 . (0,2)^2 ) /2
|
| (nos outros itens do problema, nao tenho duvidas)
|
|
| - Exercicio 98, pagina 35, capitulo 2:
| "A velocidade de um projetil, ao sair de um cano de
| 1,2 m de comprimento, e' de 640 m/s. Considerando a
| aceleracao constante, calcule por quanto tempo o projetil
| fica dentro do cano apos o disparo.
|
| Resp.: Agora, usando a mesma equacao acima, mas sem
| saber qual e' a aceleracao do projetil, calculamos assim:
|
| - Como falta a aceleracao, usamos primeiramente
| a formula da velocidade, para poder substituir
| na equacao de posicao:
|
| V = Vo + a.t ===> a = 640/t
|
|
| - Depois, usamos a equacao da posicao:
|
| X = Xo + Vo.t + (a.t^2)/2
|
| Usando o valor da aceleracao encontrado na primeira
| equacao, ficamos com:
|
| 1,2 = 0 + 0.t + ((640/t).t^2) /2
|
| e finalmente encontramos:
|
| t = 0,00375 ===> 3,75 ms (milissegundos)
|
|
| Pergunta:
| =========
|
| - No segundo exercicio, o projetil partiu do repouso,
| e foi acelerando ate' que saiu de dentro do cano.
| Esse exercicio eu entendi. A velocidade inicial (Vo)
| e' zero, pois o projetil, antes de ser disparado,
| esta' em repouso, dentro do cano.
|
| - Porem, no segundo exercicio, foi encontrada a velocidade
| inicial (Vo) do tatu, de 3,7 m/s.
| Ora, agora eu nao entendi. Se o tatu tambem estava parado
| no solo, quando tomou impulso para saltar, com suas proprias
| pernas, por que e' que a sua velocidade inicial nao e' zero,
| como no caso da bala ?
|
| - Meu professor disse que e' por que nos temos que considerar
| que o tatu ganhou uma velocidade instantaneamente, quando iniciou
| o salto com suas pernas, enquanto o projetil foi ganhando
| velocidade "aos poucos". Mas ainda nao entendi. O projetil
| nao ganhou velocidade de forma ainda mais "instantanea" que o
| tatu (o projetil levou 0,00375 s para percorrer 1,2 m, enquanto
| o tatu levou 0,2 s para percorrer 0,544 m) ?
|
| Afinal, por que e' que Vo do tatu nao e' zero, e a Vo do projetil
| e' zero ? Deve haver algum tipo de raciocinio padrao que eu
| possa usar... Por acaso e' por que o tatu esta' em queda
| livre ? E se o projetil fosse disparado para cima, em
| vez de para a frente ? Isso alteraria a Vo do projetil ?
| Sim ? Nao ? Talvez ? Por que^ ?
|
| E se fosse o tatu que estivesse dentro do cano e de repente
| desse um salto para a frente ? Agora a velocidade inicial do
| tatu seria zero ?
|
|
| - Grato pela atencao de todos.
|
|
| Paulo Sérgio Dias
| psdias@globo.com.br
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Qual a diferenca entre um tatu e uma bala de revolver ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/04/2001 13:14

De minha mensagem anterior:


"Preparei tais questões exatamente para mostrar como é fácil 'furar' conceitos. Se AINDA não visitou o Imperdível eis o endereço dessa Sala: www.feiradeciencias.com.br/sala04/index4.htm
Nota: Não sei se meu webmaster já colocou as respostas dessas questões on-line; se não colocou avise-me que dou o endereço do provisório onde elas lá estão."

As respostas das questões já estão on-line.

[]'
Léo
================





SUBJECT: Re: [ciencialist] Qual a diferenca entre um tatu e uma bala de revolver ?
FROM: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/04/2001 13:36


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, April 16, 2001 12:47 PM
Subject: Re: [ciencialist] Qual a diferenca entre um tatu e uma bala de
revolver ?


> 1) Tais livros são traduções e como tal, não se preocupe que sapo vire
tatu e saia pulando verticalmente por ai.

Na verdade, o tatu qundo alarmado pula, provavelmente para ver eventuais
predadores sobre a vegetação rasteira. No original inglês do problema (pág.
41 do original, 67P, 4 ed., John Wiley) temos "A startled armadillo leaps
upward...", e uma fotografia do dito-cujo embaixo do problema. Desta vez o
problema não é da tradução, bastante boa por sinal (ao contrário da
execrável primeira tradução, a da segunda edição norte-americana dos
"Fundamentos").

Quanto às justificativas físicas, o Léo é, como sempre, irrepreensível. Devo
reforçar, contudo, o fato de que em cada problema deste tipo são desprezadas
diversas variáveis, o que torna a análise exata de um fenômeno real por
vezes bastante diferente da solução apresentada nos compêndios.

Um abraço,

Godoy



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem: especialista x generalista
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/04/2001 13:57

Marco (feita a decisão) contesta:

| Só porque você acha que as coisas "devem" ser do modo como você diz,
| necessariamente não significa que, para todos sejam a melhor coisa ou a mais
| adquada.
|
| (Às vezes você me diz Marcos, outra vezes Mauro. Meu nome é Marco,
| decida-se).

Quando eu digo que é assim, é assim mesmo! E, para todos, deve ser a melhor coisa e a mais adequada.
Como ousa contestar uma divindade !

[]'
deus ... que tb é rude e assim continuarei por mais uma semana.

PS: Os professores de história das ciências, já que nada entendem de ciência e ficam procurando estórias sobre as vidas pessoais dos terráqueos Newton, Darwin, Galileu etc., poderiam procurar também as "falhas" do filho de deus na Terra. Com certeza, se existiu, fez alguma cag---! Será que o 'papo' carinhoso não era com judas?

============





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/04/2001 15:17

In ciencialist@yahoogroups.com, "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br> wrote:

> Vocês recebem muitos pacientes que foram efeitiçados por
> vodu diariamente e que estão à beira da morte?


O que eu quero dizer é que existem tantos casos de gente que sofre
diferentes tipos de problemas emocionais e tantos são os resultados, que, se
alguém morre em 24 horas por algo puramente psíquico, não passa de uma
rotina mais.

De fato estes casos abundam. Evidentemente não atendi nunca uma pessoa que
venha enfeitiçada, condenada a morrer. Os que são condenados, são
efetivamente considerados como mortos. A ligação tribal não torna possivel
nenhuma ingerencia civilizada. Desculpe se não fui claro. Relendo minha
mensagem, me dei conta que parecia uma declaração fundamentalista.

Simplesmente o que tentei dizer é que mortes relativamente rápidas por
causas puramente psíquicas, são coisas comuns. Um stress constante, sem
água e sem nenhum tipo de ingesta, é coisa rápida. Ha pouco tempo, uma
senhora que deixou de comer e beber, foi levada a um serviço. Aparentemente
fazia 24 horas que se mantinha assim, em estupor depressivo. Em 6 horas
morreu porque não houve clínico que a conseguisse compensar. Houve
desidratação e desequilibrio hidro-eletrolítico.

Os rituais tribais nunca são simples. Envolvem longas cerimonias, rezos,
quase sempre precedidos por julgamentos.
As faltas são consideradas muito graves. Depois de muitas horas sob
julgamento e sem nenhum gesto de piedade ou de misericordia, (nem os pais,
nem ninguém o considera mais como vivo, depois de tudo). Para estas pessoas
fora da tribo, não existe vida. Realmente seu mundo cai. Que morram, é uma
conseqüência até certo ponto, comum.

Creio que a documentação do Manuel é muito boa. Em realidade eu me deixei
levar pela emoção, porque me pareceu tão simples o tema.

A ideia de vc ir ao plantão (reconheço que é infantil) era no sentido de
verificar que esta historia de morrer por símbolos não é só coisa de membros
das tribos.

Quanto ao seu ceticismo, creio que está muito bem.

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar










SUBJECT: Re: Marquês de Sade
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/04/2001 18:17

Uma vez eu escrevi um mail parecido com este para minha oponente
que era crente ( eh a mesma daquele dos dialogos ) :
----------------------------------------------------------------------

Ola Sandra !!
O q eu te mandei , a historia , eu, na verdade, NAO LI pois alem de
ser
muito longa , falava de religiao que, para mim, é assunto encerrado
:o)

Agora vou te dizer algo q vou por no meu livro que pode me levar aa
MORTE :

Sendo que Deus nao existe , como fica a situacao de Jesus??
Se Deus nao existe e como ele ( Jesus ) alega ser filho de Deus
entao :

a)-Ele estava mentindo , de ma' Fe' , para amealhar beneficios e
regalias e
portanto
era um SALAFRARIO e impostor.
ou
b)- Ele acreditava mesmo que era alguem especial mesmo ( enviado de
Deus )
e,
como nao era verdade, ele era um LOUCO
ou
c)- Ele foi doutrinado/ preparado pelos ROMANOS para ser uma especie
de espiao que iria doutrinar os parias/felisteus/pe's rapados para
que, com
essa nova doutrina ( cristianismo ) estes "virassem o outro lado do
rosto para bater " qdo os romanos chegassem para domina-los,
SEM RESISTENCIA.

Conclusao triste nao é ?

Beijos
Joao Carlos






SUBJECT: Re: Marquês de Sade
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/04/2001 20:48


----- Original Message ----- From: "Peterson Leal"

> Saudações amigos listeiros!
>
> Gostaria que alguém pudesse me dizer se o texto abaixo é mesmo
> do Marquês de Sade.
> Segue aí um épico leterário. Prendam a respiração... essa é a
> nossa lei, e a alegria do mundo!


Não sei se é do próprio ou não, mas este "épico leterário" está bem a altura
do que foi o "gênio" Marquês de Sade. Um pobre coitado revoltado. Deixando
preferências de lado, é bom lembrar que esta lista é sobre ciência e não
sobre "leteratura" ou religião.

abraços,

André Baptista







SUBJECT: Eletrodinmica
FROM: Mauro Pennafort <mpennafort@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/04/2001 22:12

Caros colisteiros,

Recebi na lista Urbnia e achei interessante:
=============================================
"Caros Amigos...
Estudo Fisica na UFRGS e meu professor me deu uma
questao para pesquisa que segundo ele toca na "ferida"

do problema, tal questco vale boa parte da nota da 1:
area e pego a ajuda nos dignissimos e sabios colegas
para me ajudarem...
A questco i basicamente teorica.
Desde ja agradego MUITO...

"um dos fatos mais impressionantes a respeito da forga

de Coulomb eh o seguinte: cargas de mesmo sinal se
repelem com a mesma intensidade com que cargas de
sinais
opostos se atraem. Para ver que isto nao eh uma
simples
questao de definigao e explorar algumas de suas
consequencias, imaginemos um mundo diferente do nosso
em
um detalhe: definimos neste mundo a unidade da carga
em
termos da forga entre cargas iguais. Duas cargas
positivas unitarias se repelem com uma forga de 1 dina

quando colocadas a 1 cm de distancia. O mesmo vale
para
duas cargas unitaria negativas. A lei do inverso do
quadrado da distancia eh obedecida e vale o principio
da
superposigao. Mas uma carga unitaria positiva e outra
unitaria negativa se atraem com uma forga de k dinas,
onde k >1. Mostre que neste mundo eh possivel achar
uma
situagao onde tres cargas se atraiam. Isso seria
possivel no nosso mundo? Seria necessario generalizar
neste mundo o conceito de quantidade de carga? E o
conceito de campo eletrico? Quantas medidas seriam
necessarias, usando cargas teste em um ponto do
espago,
para predizer a forga que qualquer corpo carregado
sentiria se colocado la? Para k <1 descreva uma
situagco
fisica possivel neste mundo diferente de tudo o que
conhecemos no nosso!"
=============================================
Forte abrago!

Mauro Pennafort

__________________________________________________
Do You Yahoo!?
Get email at your own domain with Yahoo! Mail.
http://personal.mail.yahoo.com/


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/04/2001 23:32

Em uma mensagem de 16/04/01 12:16:15 Hora padrão leste da Am. Sul,
jocax@usp.br escreveu:

> Por acaso vc tem dados estatisticos de qtos EFETIVAMENTE morrem por
> ser condenados aa morte?????????????????????????????

Manuel - Para que tantos pontos de
interrogação?????????????????????????????????????????????????????


SUBJECT: Re: Eletrodinâmica
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/04/2001 07:32

--- In ciencialist@y..., Mauro Pennafort <mpennafort@y...> wrote:
> Caros colisteiros,
>
> Recebi na lista Urânia e achei interessante:
> =============================================
> "Caros Amigos...
> Estudo Fisica na UFRGS e meu professor me deu uma
> questao para pesquisa que segundo ele toca na "ferida"
>
> do problema, tal questão vale boa parte da nota da 1º
> area e peço a ajuda nos dignissimos e sábios colegas
> para me ajudarem...
> A questão é basicamente teorica.
> Desde já agradeço MUITO...
>
> "um dos fatos mais impressionantes a respeito da força
>
> de Coulomb eh o seguinte: cargas de mesmo sinal se
> repelem com a mesma intensidade com que cargas de
> sinais
> opostos se atraem. Para ver que isto nao eh uma
> simples
> questao de definiçao e explorar algumas de suas
> consequencias, imaginemos um mundo diferente do nosso
> em
> um detalhe: definimos neste mundo a unidade da carga
> em
> termos da força entre cargas iguais. Duas cargas
> positivas unitarias se repelem com uma força de 1 dina
>
> quando colocadas a 1 cm de distancia. O mesmo vale
> para
> duas cargas unitaria negativas. A lei do inverso do
> quadrado da distancia eh obedecida e vale o principio
> da
> superposiçao. Mas uma carga unitaria positiva e outra
> unitaria negativa se atraem com uma força de k dinas,
> onde k >1.

Acho q isto eh impossivel ou seja k deve ser 1:
Suponha 2 cargas de sinais contrarios (+A e -B) separadas por 1 cm
agora numa delas (-B) se sobreponha uma de sinal contrario (+C).
Veja que a carga total (+C-B=0) desta sobreposicao eh zero e portanto
ira anular a forca exercida sobre a outra carga (+A).
Mas esta nova carga (+C) que foi sobreposta tem influencoa
de 1 dina sobre a carga (+A) isso significa que a carga (-B)
teria um campo de mesma intensidade mas com sinal contrario.



> Mostre que neste mundo eh possivel achar
> uma
> situaçao onde tres cargas se atraiam. Isso seria
> possivel no nosso mundo?

3 cargas alinhadas assim :
+A -B +C
elas se atrairiam. Em nosso mundo tambem.


[]s
jocax




SUBJECT: Re: Marquês de Sade
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/04/2001 08:29


>
> [ André Roviralta ]:
> >> Não sei se é do próprio ou não, mas este "épico leterário"
> >> está bem a altura do que foi o "gênio" Marquês de Sade.
>

Peterson Leal:
> Não tenho conhecimento se o tal Marquês de Sade foi ou deixou
> de ser um gênio. Além do mais, desculpe se o texto ofendeu suas
> superstições (não estou dizendo que foi isso que ocorreu),

Esse texto ofendeu meu bom gosto, e não minhas superstições, mesmo porque a
única que eu tenho é usar sempre a mesma camisa em finais de campeonato
paulista! :-)

> reconsiderei e acho que esta lista não foi mesmo o melhor lugar
> para tirar esse tipo de dúvida. Você tem razão.

Eu também faço parte das listas fcb, ceticismo-br e sbcr, que são locais
mais adequados para se discutir esse tipo de coisa. Mesmo assim não acho
interessante a veiculação de textos sarcásticos e agressivos como este. Como
já observou o Manuel Bulcão, esse tipo de ateísmo agressivo passa um idéia
de "ódio a Deus" , de "religiosidade invertida", algo que não tem sentido
para um cético verdadeiro.

> Ah, e sobre o termo "leterário" eu o coloquei sob o prisma
> semiótico,

Explique para um leigo

> na pressa acho que esqueci de colocar as aspas (estou
> com teclado novo, daqueles ergonômicos e pouco acostumado com o
> mesmo -- e quase cometo o "pecado" de digitar seu sobrenome como
> "reviravolta").

Hahaha! Não ia ser o primeiro nem o último. Tenho que conviver com esse
trocadilho infame a vida inteira! :-)

[ ] ´s

André Baptista



SUBJECT: Links ou apostilas sobre estes assuntos
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/04/2001 08:35

Amigos:

- Alguem conhece algum link ou apostila
que trate dos seguintes assuntos ?

a) Erros de medicao em experimentos:
Erros grosseiros, Erros estatisticos,
Erros sistematicos (metodologicos, instrumentais), etc.

b) Algarismos significativos.


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Eletrodinâmica
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/04/2001 09:29

On Mon, 16 Apr 2001, Mauro Pennafort wrote:
> Mas uma carga unitaria positiva e outra unitaria negativa se atraem
> com uma força de k dinas, onde k >1. Mostre que neste mundo eh
> possivel achar uma situaçao onde tres cargas se atraiam. Isso seria
> possivel no nosso mundo?

É possível, desde que as cargas não seja unitárias [elétron - próton]. Vc
coloca alinhados uma carga +Q; uma carga neutra; e uma carga -Q. A carga
neutra sofrerá indução de cargas por causa do campo elétrico das cargas +Q
e -Q e acabará sendo atraído [e atraindo] as outras duas cargas.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Links ou apostilas sobre estes assuntos
FROM: regis barros <regisgbarros@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/04/2001 09:32

Conheço dois livros que falam sobre o assunto e onde
eu estudo tem uma apostila que faz uma pequena sintese
de como trabalhar com erros.
Qq contato pode ser pela lista:

Atenciosamente:


REGIS

--- Paulo Sergio Dias <psdias@globo.com.br> escreveu:
> Amigos:
>
> - Alguem conhece algum link ou apostila
> que trate dos seguintes assuntos ?
>
> a) Erros de medicao em experimentos:
> Erros grosseiros, Erros estatisticos,
> Erros sistematicos (metodologicos, instrumentais),
> etc.
>
> b) Algarismos significativos.
>
>
> []'s
> Paulo Sérgio Dias
> psdias@globo.com.br
>
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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> Para sair da lista envie um mail para
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> descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eletrodinâmica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/04/2001 10:22



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> > de Coulomb eh o seguinte: cargas de mesmo sinal se
> > repelem com a mesma intensidade com que cargas de
> > sinais
> > opostos se atraem. Para ver que isto nao eh uma
> > simples
> > questao de definiçao e explorar algumas de suas
> > consequencias, imaginemos um mundo diferente do nosso
> > em
> > um detalhe: definimos neste mundo a unidade da carga
> > em
> > termos da força entre cargas iguais. Duas cargas
> > positivas unitarias se repelem com uma força de 1 dina
> >
> > quando colocadas a 1 cm de distancia. O mesmo vale
> > para
> > duas cargas unitaria negativas. A lei do inverso do
> > quadrado da distancia eh obedecida e vale o principio
> > da
> > superposiçao. Mas uma carga unitaria positiva e outra
> > unitaria negativa se atraem com uma força de k dinas,
> > onde k >1.
>
> Acho q isto eh impossivel ou seja k deve ser 1:
> Suponha 2 cargas de sinais contrarios (+A e -B) separadas por 1 cm
> agora numa delas (-B) se sobreponha uma de sinal contrario (+C).
> Veja que a carga total (+C-B=0) desta sobreposicao eh zero e portanto
> ira anular a forca exercida sobre a outra carga (+A).
> Mas esta nova carga (+C) que foi sobreposta tem influencoa
> de 1 dina sobre a carga (+A) isso significa que a carga (-B)
> teria um campo de mesma intensidade mas com sinal contrario.
>

Nao Sr., Sr jocax,
Vc esta esquecendo que cargas de sinais contrarios nao tem o mesmo valor
como ocorre no nosso mundo .
Assim, *nao* vale o principio de que cargas de sinais contrarios se anulam
quando superpostas, que eh o q vc usou na sua demonstracao.


[]s
jocax




SUBJECT: Re: Qual a diferenca entre um tatu e uma bala de revolver ?
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/04/2001 10:44

Antonio Godoy:

>
> Na verdade, o tatu qundo alarmado pula, provavelmente para ver
eventuais
> predadores sobre a vegetação rasteira.

então engulo minhas palavras

tudo sobre tatus: http://www.msu.edu/~nixonjos/armadillo/

vivendo e aprendendo

abraços

André Baptista






SUBJECT: Re: [ciencialist] Eletrodinâmica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/04/2001 13:34

Oi Mauro (acertei?!) et all.,
vamos bicorar na questão de eletrostática.

Nosso mundinho:
1) Na eletrostática (e por simplicidade) a carga elétrica puntiforme e unitária é definida, no sistema CGS (o que foi adotado na questão proposta), como 1statC, a qual repele outra igual (em valor e sinal) a 1 cm de distância com força de intensidade 1 dina (1 dy). Nesse sistema e com essas convenções a carga elementar terá valor de 4,8 x 10^(-10) statC. A equação de definição adotada é, sem dúvida, a lei de Coulomb (F = K(Q1.Q2)/r^2), com K = 1.

2) Comentários de apoio á resposta:
a) Devido a uma cag--- de B. Franklin, estabeleceu-se a convenção --- até hoje adotada --- de que os elétrons são negativos (se bem que o coitado não tem culpa pelo fato do elétron só tenha sido descoberto 100 depois). Se ele tivesse adotado o inverso (hoje o elétron seria positivo) os alunos entenderiam bem melhor as correntes nos condutores, em válvulas eletrônicas, transistores etc. e não teríamos a tal 'corrente convencional'.
b) O conceito de carga tem semelhança com o conceito de massa. Da mesma forma que a todo corpo ou partícula associa-se o atributo 'abstrato' de massa ligado a ele, todo corpo ou partícula tem uma carga inerente que pode ser positiva, negativa ou nula. Para os corpos e partículas 'descobrimos' que os cálculos das interações entre eles (suas acelerações relativas etc.) são grandemente simplificados pela introdução do conceito de massa. De modo análogo a introdução do conceito de carga nos dá uma interpretação simples deste novo tipo de força que pode manter os átomos juntos, como pode tb separá-los.
Essa frase do amigo B.Russell cai bem para explicar a realidade da carga: "Quando digo que um elétron tem uma certa quantidade de carga negativa, afirmo simplesmente que ele se comporta de uma certa maneira. Carga não é, como tinta vermelha, uma substância que se pode por no elétron e remover novamente; é meramente um nome conveniente para certas leis físicas".
c) Se uma carga Q1 e depois uma carga Q2 forem introduzidas num corpo, a carga resultante será Q1 + Q2? Existe algum método pelo qual a carga possa ser criada ou destruída? A resposta é que a conservação da carga é postulada como uma lei física estritamente obedecida. Como outras leis básicas da física, não tem prova absoluta. A única prova que temos para as leis da conservação e outras leis da natureza é que elas continuam a resistir a repetidos testes.

3) A unidade de carga foi definida para uma 'certa' quantidade de carga, com um dado sinal, numa dada distância, para um dado valor da força de repulsão, num dado sistema, sob uma dada lei e adotando-se K =1. Todas as demais quantidades de cargas são definidas a partir dessa.
Assim, se a definição for aplicada a dois elétrons, o confronto das forças (com aquela da definição) decidirá qual a carga do elétron. Se a definição for aplicada a dois prótons é, novamente, o confronto das forças quem decidirá pelo valor de sua carga. E a definição não foi feita nem com próton ou elétron.
É desses confrontos com a definição que resultou os resultados experimentais: a menos dos sinais (e isso resulta da alteração dos sentidos das forças), as quantidades de cargas dos prótons e elétrons individuais são iguais.

Nota:
Observe a inconsistência da frase colocada na questão: ""um dos fatos mais impressionantes a respeito da força
de Coulomb eh o seguinte: cargas de mesmo sinal se repelem com a mesma intensidade com que cargas de sinais opostos se atraem. Para ver que isto nao eh uma simples questao de definiçao e explorar algumas de suas consequencias"

Como podemos observar, a condição de igualdade ou desigualdade dos sinais não é suficiente para julgar a intensidade e, por outro lado, para ambos os casos não se trata de uma definição.

4) Em outro mundinho:
a) a questão proposta informa: ", imaginemos um mundo diferente do nosso em um detalhe: definimos neste mundo a unidade da carga em termos da força entre cargas iguais. Duas cargas positivas unitarias se repelem com uma força de 1 dina quando colocadas a 1 cm de distancia."

b) Vamos aceitar isso como definição e, como tal, ficará implícito todos os demais parâmetros da definição em nosso mundinho: A unidade será denominada Q = 1 statC, a lei é a de Coulomb, o sistema é o CGS e a constante K = 1.

c) Então, a seqüência:
"O mesmo vale para duas cargas unitaria negativas", é um 'corolário', e não uma definição. E, para se chegar a esse 'colorário' deve ter sido feita a seguinte seqüencial experimental:
a) Q (da definição) a 1cm de -Q (primeira carga de teste) deu força de 'atração' de 1 dy;
b) Q (da definição) a 1 cm de -Q (a segunda carga de teste) deu força de 'atração'de 1 dy;
c) (-Q) (primeira) a 1cm (-Q) (segunda), deu força de 'repulsão' de 1 dy.
Logo, em valor absoluto |Q| = |-Q|

5) Ainda dentro do outro mundinho:

da questão:"Mas uma carga unitaria positiva e outra unitaria negativa se atraem com uma força de k dinas, onde k >1".

Como vimos, e se demonstrou, |Q| = |-Q|. Assim, no experimento:
Q a 1 cm de -Q deve resultar força de 'atração' de 1 dy e K = 1.

A proposição K>1 fura a possibilidade, nesse outro mundinho, da afirmação indicada em 4-c. Cargas unitárias negativas a 1cm de distância não poderão se repelir com força de intensidade 1 dy.

Para que seja possível a proposta K > 1, o meio que envolve as cargas deve ter sido alterado, fugindo das condições de definição.

6) No nosso e no outro mundinho, usemos o princípio da superposição e o conceito de carga puntiforme:

Adote a seguinte disposição de cargas:

(+)
(-) (-)

Á esquerda, (+) e (-) estão algo próximas e muito afastadas da outra carga (-).
Para as cargas algo próximas (+) e (-) não cabe o conceito de cargas puntiformes; entretanto haverá atração entre elas e a distância considerada será entre os centros de carga elétrica.
Para a carga (-) muito afastada, o conjunto (+)(-), pelo princípio da superposição, atuará com uma única partícula (puntiforme) de carga nula e, por indução, haverá atração entre (-) e o conjunto (o).

Com isso, temos 3 cargas e entre elas só prevalece a condição de 'atração'.

Ufa!!! cansei. Paro por aqui. retorno se necessário dar mais palpites.

[]'
Léo
================





-----Mensagem Original-----
De: "Mauro Pennafort" <mpennafort@yahoo.com>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 16 de abril de 2001 22:12
Assunto: [ciencialist] Eletrodinâmica


| Caros colisteiros,
|
| Recebi na lista Urânia e achei interessante:
| =============================================
| "Caros Amigos...
| Estudo Fisica na UFRGS e meu professor me deu uma
| questao para pesquisa que segundo ele toca na "ferida"
|
| do problema, tal questão vale boa parte da nota da 1º
| area e peço a ajuda nos dignissimos e sábios colegas
| para me ajudarem...
| A questão é basicamente teorica.
| Desde já agradeço MUITO...
|
| "um dos fatos mais impressionantes a respeito da força
|
| de Coulomb eh o seguinte: cargas de mesmo sinal se
| repelem com a mesma intensidade com que cargas de
| sinais
| opostos se atraem. Para ver que isto nao eh uma
| simples
| questao de definiçao e explorar algumas de suas
| consequencias, imaginemos um mundo diferente do nosso
| em
| um detalhe: definimos neste mundo a unidade da carga
| em
| termos da força entre cargas iguais. Duas cargas
| positivas unitarias se repelem com uma força de 1 dina
|
| quando colocadas a 1 cm de distancia. O mesmo vale
| para
| duas cargas unitaria negativas. A lei do inverso do
| quadrado da distancia eh obedecida e vale o principio
| da
| superposiçao. Mas uma carga unitaria positiva e outra
| unitaria negativa se atraem com uma força de k dinas,
| onde k >1. Mostre que neste mundo eh possivel achar
| uma
| situaçao onde tres cargas se atraiam. Isso seria
| possivel no nosso mundo? Seria necessario generalizar
| neste mundo o conceito de quantidade de carga? E o
| conceito de campo eletrico? Quantas medidas seriam
| necessarias, usando cargas teste em um ponto do
| espaço,
| para predizer a força que qualquer corpo carregado
| sentiria se colocado la? Para k <1 descreva uma
| situação
| fisica possivel neste mundo diferente de tudo o que
| conhecemos no nosso!"
| =============================================
| Forte abraço!
|
| Mauro Pennafort
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SUBJECT: Hidromagnetoterapia
FROM: "Ricardo Gentil de Araújo Pereira" <ricardo@samnet.com.br>
TO: ceticismo-br@intl.egroups.com, ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/04/2001 14:45

Acabo de assistir (boquiaberto) um anúncio no canal CNT
sobre a venda de magnetos para "imantar" a água. O apresentador
dizia claramente que os magnetos imantavam a água e que a tal
"água imantada" era boa na prevenção da várias doênças e
propiciava melhoria na saúde das pessoas.
Aparece até a imagem de um garrafão daqueles de 20 L de
água mineral com vários pequenos ímãs ao redor.
Ou estou muito desatualizado a respeito das descobertas
atuais da ciência ou os vendedores estão mais descarados que
pensei...
???
Se não me engano o produto é vendido pelo famoso portal
www.polishop.com (ou www.polishop.com.br, não lembro-me).

[]'s...and justice for all.

/^\
\ / CAMPANHA DA FITA ASCII - CONTRA MAIL HTML
X ASCII RIBBON CAMPAIGN - AGAINST HTML MAIL
/ \

Ricardo Gentil de Araújo Pereira
e-mail 1: ricardo@samnet.com.br (default)
e-mail 2: rhalah_rikota@ig.com.br
e-mail 3: rhalah@yahoo.com
ICQ: 13306676


SUBJECT: Re: [ciencialist] Hidromagnetoterapia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/04/2001 19:40

Já que dizem que a água tem memória, esses ímãs não irão apagar essas memórias?
Teremos água desmemoriadas! Que farão os homeopatas?
Outra coisa, os pequenos ímãs ao redor estão todos com a polaridade correta? Se estiverem, não bastaria mover adequadamente alguns deles para criar um campo girante e a água começar a rodar dentro do garrafão?
Ajustando-se devidamente esses ímãs do campo girante não dá para fazer a água girar tipo motor de passo?

[]'
Léo
==============
-----Mensagem Original-----
De: "Ricardo Gentil de Araújo Pereira" <ricardo@samnet.com.br>
Para: <ceticismo-br@intl.egroups.com>; <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: terça-feira, 17 de abril de 2001 14:45
Assunto: [ciencialist] Hidromagnetoterapia


Acabo de assistir (boquiaberto) um anúncio no canal CNT
sobre a venda de magnetos para "imantar" a água. O apresentador
dizia claramente que os magnetos imantavam a água e que a tal
"água imantada" era boa na prevenção da várias doênças e
propiciava melhoria na saúde das pessoas.
Aparece até a imagem de um garrafão daqueles de 20 L de
água mineral com vários pequenos ímãs ao redor.
Ou estou muito desatualizado a respeito das descobertas
atuais da ciência ou os vendedores estão mais descarados que
pensei...
???
Se não me engano o produto é vendido pelo famoso portal
www.polishop.com (ou www.polishop.com.br, não lembro-me).

[]'s...and justice for all.

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Ricardo Gentil de Araújo Pereira
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Hidromagnetoterapia
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/04/2001 19:48

Isso está no site www.polishop.com.br, e custa a bagatela de R$119,00.
Dinheiro muito bem empregado se voce quizer troca-lo por coisa nenhuma.

Francisco


----- Original Message -----
From: "Ricardo Gentil de Araújo Pereira" <ricardo@samnet.com.br>
To: <ceticismo-br@intl.egroups.com>; <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, April 17, 2001 2:45 PM
Subject: [ciencialist] Hidromagnetoterapia


Acabo de assistir (boquiaberto) um anúncio no canal CNT
sobre a venda de magnetos para "imantar" a água. O apresentador
dizia claramente que os magnetos imantavam a água e que a tal
"água imantada" era boa na prevenção da várias doênças e
propiciava melhoria na saúde das pessoas.
Aparece até a imagem de um garrafão daqueles de 20 L de
água mineral com vários pequenos ímãs ao redor.
Ou estou muito desatualizado a respeito das descobertas
atuais da ciência ou os vendedores estão mais descarados que
pensei...
???
Se não me engano o produto é vendido pelo famoso portal
www.polishop.com (ou www.polishop.com.br, não lembro-me).



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/04/2001 23:21

> > Devo dizer também que eu não acordei apavorado. No >sonho eu tinha uma
> morte bastante calma e indolor. No >entanto quase ia ficando apavorado pouco
> depois, vendo >como o meu corpo não queria reagir e sentido-me esquisito e
> >fraco
>
> Durante o periodo REM ocorre uma paralisia flácida. É mais ou menos como
> quando cortam a medula espinhal ao nível do pescoço. Às vezes a conciência
> da vigilia ocorre primeiro a nivel perceptivo, com um certo atrazo da
> resposta motora. É bastante comum a gente "acordar" de um sonho e sentir que
> não pode se mover. É este o caso.

Interessante... desconhecia isso, mas no entanto muitas vezes acordo a meio de sonhos (devido ao conteudo deles, ou porque me acordam) e não noto isso... Mas acredito que isso possa ter acontecido por ser um sonho bastante calmo, sem grande actividade fisica. Sonhos onde acordamos por darmos um pontapé na cama não contam porque obviamente aí não há paralisia flácida, e esses são a grande maioria dos que nos fazem acordar :-)

Em suma: parece lógico.

> >Pode-se dar a hipotese de que talvez tenha sido um >problema fisico que
> motivou o sonho. Mas eu inclino-me >mais para que tenha sido o sonho que
> motivou o problema >fisico.
>
> Os fenômenos que ocorrem em periodo REM nem sempre são sonhos. São
> pensamentos expressados em imagens, porque neste periodo os pensamentos são
> representações plásticas. Só são considerados sonhos os que se resistem a
> ser esquecidos e quando se tem a impressão nitida, durante o sono, que não
> se está sonhando. Estes são os verdadeiros sonhos e estão sempre provocados
> pela angustia.

Nem sempre. Podem ser pensamentos devidos a acontecimentos bem agradáveis... e eles próprios bastante agradáveis. Não falo aqui de sexo (mas também, em certas ocasiões), mas falo de coisas que se obteve, sucessos na carreira, dinheiro, etc. Você nunca sonhou com coisas intrinsecamente agradáveis? Eu já, embora a (enorme) maioria dos sonhos sejam devidos a problemas.

> Depois de conversar um pouco, você poderia até descifrar as imagens de seu
> sonho. Você não sonhou com a morte. Ninguém sabe como é morrer (não sobra
> nada para contar). Provavelmente era uma fantasía angustiosa sobre a morte.
> A gente sonha para não se angustiar. A angustia que provoca o sonho pode ou
> não ser sentido depois de acordar.

Permita-me discordar: Eu sonhei com a morte, segundo o que eu conheço acerca dela, que pode ou não ser verdade, claro. E quanto a "ninguém sabe o que é morrer"... enfim, a natureza da morte (dum ser vivo complexo) é bastante óbvia, pelo menos para um ateu como eu. O caso das plantas é mais complexo: elas podem viver a partir dum simples ramo, por exemplo, e ganhar de novo o tamanho original. Mas no caso dum mamifero a morte é a degradação biológica que resulta no colapso das funções nervosas superiores, ou pelo menos assim pensa a ciência actual (+/- isso, mas a consciencia termina de qualquer das formas)

Como é que isso se sente... não sei, mas provavelmente não se sente grande coisa. É curioso que uma análise mais detalhada do meu sonho não revela falhas cientificas... eu sonhei usando o meu conhecimento cientifico, o que é atipico, porque a maioria dos meus sonhos é bastante pouco cientifica. Neste os meus actos, desde o principio, foram bastante verosimeis.

Claro que nunca pude sentir a ausência, primeiro porque seria ilógico sentir a minha inexistência, segundo porque acordei (obviamente, né?), e terceiro porque fui destruido instantaneamente numa explosão, e por isso não poderia sentir o que quer que fosse (isso simplifica bastante as coisas em termos de imaginação hehehe). Aliás, eu sabia que ela ia acontecer num prazo de alguns segundos, mas não sabia exactamente quando. Mas não me sentia nada mal com isso. O sonho em si não foi desagradável,... o que mais uma vez corresponde à minha conduta e maneira de pensar quando estou acordado e posso supostamente pensar com frieza e lógica visto que não encaro a morte como algo mau ou desagradável.

Agradecia comentários, apesar de isto ter sido escrito meio à pressa e não ter grande conteudo :-)



--
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SUBJECT: Algarismos significativos
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/04/2001 07:19

Amigos:

- Meu professor de Fisica nos passou
um exercicio sobre "algarismos significativos",
que a classe ja' desenvolveu e o professor
corrigiu.

- No entanto, fiquei com inumeras duvidas.
Gostaria de saber se alguem poderia conferir
as respostas abaixo, e dizer se de fato
estao corretas, pois nao consegui compreender
a resolucao do professor em muitos itens
(eu havia dado outra resposta):

- Ja' inclui abaixo as respostas do professor.
- Os itens em que tenho duvidas eu marquei
com asteriscos. No entanto, se alguem discordar
de algo mais, solicito a gentileza de enviar
seus comentarios.

"Expressar em notacao cientifica, com TRES algarismos
significativos, arredondando quando necessario:

a) 3800 = 3,8 . 10^3 (* por que somente 2 alg. sig. ?)
b) 3845 = 3,84 . 10^3
c) 20015 = 2,0 . 10^4 (* por que somente 2 alg. sig. ?)
d) 4679 = 4,68 . 10^3
e) 0,0046819 = 4,68 . 10^-3
f) 4,2251 = 0,422 . 10
g) 67,89 = 6,79 . 10
h) 94,53 = 9,45 . 10
i) 0,0207 = 2,1 . 10^-2
j) 0,0004554 = 4,55 . 10^-4


- Obrigado pela atencao de todos.


Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Algarismos significativos
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/04/2001 07:39



Paulo Sergio Dias wrote:

>
> "Expressar em notacao cientifica, com TRES algarismos
> significativos, arredondando quando necessario:
>
> a) 3800 = 3,8 . 10^3 (* por que somente 2 alg. sig. ?)
Está errado
resposta: 3800 = 3,80 . 10^3

> b) 3845 = 3,84 . 10^3
está errado
resposta: 20015 = 2,00 . 10^4

> f) 4,2251 = 0,422 . 10
errado: 4,2251 > 4,225 arredonda para cima
resposta: 4,2251 = 0,423 . 10

> i) 0,0207 = 2,1 . 10^-2
errado: 2,1 só tem 2 algarismos significativos e devia
ter 3.
resposta: 2,07 . 10^-2


--
joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Algarismos significativos
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/04/2001 07:48



João Mário Miranda wrote:
>
> Paulo Sergio Dias wrote:
>
> >
> > "Expressar em notacao cientifica, com TRES algarismos
> > significativos, arredondando quando necessario:
> >
> > a) 3800 = 3,8 . 10^3 (* por que somente 2 alg. sig. ?)
> Está errado
> resposta: 3800 = 3,80 . 10^3
>
> > b) 3845 = 3,84 . 10^3
> está errado
> resposta: 20015 = 2,00 . 10^4
Aqui houve gralha. O que está errado é
c) 20015 = 2,0 . 10^4
resposta: 20015 = 2,00 . 10^4


--
joão
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SUBJECT: Re: Eficacia simbolica
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/04/2001 09:38

> Interessante... desconhecia isso, mas no entanto muitas
vezes acordo a meio de sonhos (devido ao conteudo deles, ou
porque me acordam) e não noto isso...

Será que não achamos que sempre acordo no meio dos sonhos
justamente porque é mais fácil de lembrarmos dos sonho
quando acordamos durante, ou imediatamente após, a eles?
Aqueles sonhos que temos no "meio" do sono não acabariam
sendo mais facilmente esquecidos? Assim ficaria a impressão
que sempre sonhamos quando estamos prestes a acordar. Pelo
menos essa é a impressão que eu tenho...

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"Working with Julie Andrews is like getting hit over the
head with a valentine." - Christopher Plummer




SUBJECT: Re: [ciencialist] Algarismos significativos
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/04/2001 11:18

João Miranda Escreveu em resposta Paulo Sérgio Dias

>> f) 4,2251 = 0,422 . 10
>errado: 4,2251 > 4,225 arredonda para cima
>resposta: 4,2251 = 0,423 . 10

A mim ensinaram-me que o nº deve ser apresentado sem zeros à esquerda
no caso a resposta seria simplesmente 4.23 (o expoente de 10 é zero)

Outra coisa que está neste exemplo é o uso do algarismo 5 para
arredondamentos.
Alguma pessoas usam a regra do nº par ou impar (anterior ao 5...neste caso
seria o 2 )
Mas existem 10 algarismos 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9 sempre que for 0,1,2,3,4
areedonda-se por defeito, e se for 5,6,7,8 ou 9 por escesso.

outros exemplos com que não concordei plenamente
d) 4679 = 4,68 . 10^3 => 4,7x10^3
e) 0,0046819 = 4,68 . 10^-3 => 4,7x10^-3
g) 67,89 = 6,79 . 10 =>6,8x10

quando o numero 1º algarismo é superior a 5 considera-se que vale por 2
algarismos significativos.
Assim, seria melhor, por exemplo, 6,8x10 usando apenas uma algarismo depois
da virgula, arredondado por excesso.
Esta regra é mais discutível , mas pronto. Os companheiros da lista poderão
ajuizar da sua validade.
A mim, ensinaram-me assim.
a) 3800 = 3,8 . 10^3 (* por que somente 2 alg. sig. ?)

não são 2, são 3, o 8 vale por dois.

b) 3845 = 3,84 . 10^3 => 3,8x10^3 por coerência com a alínea a) caso aqui
seja 3,84x10^3, em a) tem de ser 3,80x10^3

c) 20015 = 2,0 . 10^4 (* por que somente 2 alg. sig. ?)

tb concordo com o João ,seria 2,00x10^4

d) 4679 = 4,68 . 10^3 => 4,7x10^3
e) 0,0046819 = 4,68 . 10^-3 => 4,7x10^3
f) 4,2251 = 0,422 . 10 =>4,23
g) 67,89 = 6,79 . 10 =>6,8x10
h) 94,53 = 9,45 . 10, este é igual
i) 0,0207 = 2,1 . 10^-2 => 2,07 x10^-2
j) 0,0004554 = 4,55 . 10^-4, este tb é igual.

Espero que ajude...

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/04/2001 11:43




> > > Devo dizer também que eu não acordei apavorado. No >sonho eu tinha uma
> > morte bastante calma e indolor. No >entanto quase ia ficando apavorado
pouco
> > depois, vendo >como o meu corpo não queria reagir e sentido-me esquisito
e
> > >fraco
> >
> > Durante o periodo REM ocorre uma paralisia flácida. É mais ou menos como
> > quando cortam a medula espinhal ao nível do pescoço. Às vezes a
conciência
> > da vigilia ocorre primeiro a nivel perceptivo, com um certo atrazo da
> > resposta motora. É bastante comum a gente "acordar" de um sonho e sentir
que
> > não pode se mover. É este o caso.
>
> Interessante... desconhecia isso, mas no entanto muitas vezes acordo a
meio de sonhos (devido ao conteudo deles, ou porque me acordam) e não noto
isso...

A mim já me aconteceu 2 ou 3 vezes acordar e não me conseguir mexer.Mas
básicamente foi sempre que sonhei que "morria". Sentia um enorme formigueio
por todo o corpo e ele não respondia às minhas ordens de locomoção.
Esperando um pouco, o formigueio passava e a locomoção era restaurada.
Não sei se será o tipo de fenómeno descrito acima...mas a mim me parece que
sim.

> Mas acredito que isso possa ter acontecido por ser um sonho bastante
calmo, sem grande actividade fisica. >Sonhos onde acordamos por darmos um
pontapé na cama não contam porque obviamente aí não há paralisia >flácida, e
esses são a grande maioria dos que nos fazem acordar :-)

Para ti, um sonho calmo é aquele em que o corpo não se move. A mim não me
parece que essa seja uma boa definição de sonho calmo. Seria de "dormir
calmamente" , isso sim.

> > Os fenômenos que ocorrem em periodo REM nem sempre são sonhos. São
> > pensamentos expressados em imagens, porque neste periodo os pensamentos
são
> > representações plásticas. Só são considerados sonhos os que se resistem
a
> > ser esquecidos e quando se tem a impressão nitida, durante o sono, que
não
> > se está sonhando. Estes são os verdadeiros sonhos e estão sempre
provocados
> > pela angustia.

Notar que Angustia apenas representa o focar de todas as nossas antenções em
algo que queremso ver realizado e que não o está ainda. Misturado com o
desejo de acontecer, isso provoca o sonho.

> Nem sempre. Podem ser pensamentos devidos a acontecimentos bem
agradáveis... e eles próprios bastante agradáveis. Não falo aqui de sexo
(mas também, em certas ocasiões), mas falo de coisas que se obteve, sucessos
na carreira, dinheiro, etc. Você nunca sonhou com coisas intrinsecamente
agradáveis? Eu já, embora a (enorme) maioria dos sonhos sejam devidos a
problemas.

Mas aposto que sempre sonhaste com coisas que estavam no teu foco de
atenção. Portanto , devidas a angustia. Sucessos de carreira e dinheiro me
parecem 2 bons exemplos como qq outros.

> > Depois de conversar um pouco, você poderia até descifrar as imagens de
seu
> > sonho. Você não sonhou com a morte. Ninguém sabe como é morrer (não
sobra
> > nada para contar).

Bom, da minha experiencia pessoal , não se sonha com a morte, mas sim que se
morre.
Quando se sonha que se morre , é um fenómeno meramente psicologico. Exemplo,
as pessoas sonham que caem infinitamente e livremente. O facto de não
pensarem onde chegarão, não lhes traz osentimento de morte.
Se eu sonhar, como já acotneceu, que caiuo e que lá no fundo temo chão de
pedra, no instante que "bato" no chão, isso é intrepretado como morte, e
acordo.
O mesmo se levar um tiro. no instante em que a bala passa no corpo, que
"doi" , é activada a interpretação de morte , e acordo.

>Provavelmente era uma fantasía angustiosa sobre a morte.

Nem sempre.
Sonhar que se morre , não tem, oniricamente, nada a ver com morrer na
realidade.
Curiosamente, sempre se aponta que sonhar com a morte é representação que
não iremos morrer tão cedo.
Exactamente pq a conhecemos e sabemos "evitá-la"

> > A gente sonha para não se angustiar. A angustia que provoca o sonho pode
ou
> > não ser sentido depois de acordar.
>
> Permita-me discordar: Eu sonhei com a morte, segundo o que eu conheço
acerca dela, que pode ou não ser >verdade, claro. E quanto a "ninguém sabe o
que é morrer"...

Como foi esse sonho ?

>
> Como é que isso se sente... não sei, mas provavelmente não se sente grande
coisa. É curioso que uma análise mais detalhada do meu sonho não revela
falhas cientificas... eu sonhei usando o meu conhecimento cientifico, o que
é atipico, porque a maioria dos meus sonhos é bastante pouco cientifica.
Neste os meus actos, desde o principio, foram bastante verosimeis.

Isto, a meu ver, demonstra a tua angustia face ao desconhecido. De tal forma
que te baseias anquilo em que acreditas ser o mais real, a ciencia.
Básicamente , o não revelar falhas cientificas, demonstra que tens apenas
"fé" naquilo que é cientifico. Qq outra coisa seria imaginação para ti.
Então, sonhar "cientificamente" dá-te uma noção de realidade ao sonho, o que
provavelmente te faz pensar mais de perto sobre ele.
Na minha opinião, claro.

> Claro que nunca pude sentir a ausência, primeiro porque seria ilógico
sentir a minha inexistência, segundo >porque acordei (obviamente, né?), e
terceiro porque fui destruido instantaneamente numa explosão, e por isso
>não poderia sentir o que quer que fosse (isso simplifica bastante as coisas
em termos de imaginação hehehe).

Eu diria que em termos de crença... mas ok.

>Aliás, eu sabia que ela ia acontecer num prazo de alguns segundos, mas não
sabia exactamente quando.

Racionalização do sonho. Quando fazemos isso durante o sonho ele tente a
modificar-se e a probabilidade acordar aumenta. Normalmente os sonhos
controlados, não duram muito , exactamente por isto.

>Mas não me sentia nada mal com isso. O sonho em si não foi desagradável,...
o que mais uma vez >corresponde à minha conduta e maneira de pensar quando
estou acordado e posso supostamente pensar com >frieza e lógica visto que
não encaro a morte como algo mau ou desagradável.

Se usas a lógica quando sonhas, não estás a sonhar livremente, estás a
controlar aquilo que sonhas.
A lógica é para ser usada à posteriori depois de deixar o sonho correr
livremente.

Algo que tenho notado é que as imagens usadas no sonho dependem estritamente
das imagens que captamos no dia a dia, mas a historia, o argumento do sonho,
depende da nossa vivência, das nossas angustias e desejos.
Por isso, sempre que possível é melhor deixar a historia correr solta , para
depois podermos saber o que nos angustia , e lidar com isso.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Eugenia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/04/2001 11:47

BIOTECNOLOGIA – Folha de São Paulo, 18 de abril de 2001

James Watson, descobridor da hélice dupla, afirma que é
legítimo modificar os genes das futuras gerações

Pioneiro do DNA defende a nova eugenia
STEVE CONNOR
DO "THE INDEPENDENT"

James Watson, o "pai" da ciência do DNA, está pedindo que
as leis sejam modificadas para que os cientistas possam
alterar genes de espermatozóides, óvulos e embriões para
livrar as gerações futuras de defeitos genéticos.

Watson, que com Francis Crick dividiu o Prêmio Nobel de
1962 pela descoberta da estrutura de dupla hélice do DNA,
feita em 1953, diz que os temores sobre a criação
de "bebês sob medida" são equivocados e que os benefícios
potenciais de controlar a evolução humana sobrepujam
facilmente os riscos.

Alterar os genes de espermatozóides, óvulos e embriões, a
geneterapia de células germinativas (veja quadro à
direita), é proibido no Reino Unido, nos EUA e em muitos
outros países, por causa dos riscos de mexer no material
genético e introduzir possíveis efeitos colaterais, que
serão passados às gerações futuras.

Há também preocupações morais e éticas sobre "consertar"
o DNA humano para melhorar o material genético de uma
família, eliminando genes "ruins" ou introduzindo
genes "bons". Os críticos dizem que a idéia traz de volta
o espectro da eugenia (aperfeiçoamento genético),
defendida pelos nazistas.

Watson, que teve um papel de incentivador do projeto de
decifração do genoma humano e é presidente do prestigiado
Cold Spring Harbor Laboratory, no Estado de Nova York,
defende apaixonadamente que a sociedade deve rever sua
oposição a geneterapia em células germinativas.

"Sou fortemente favorável a controlar o destino genético
de nossos filhos. Trabalhar inteligente e sabiamente para
fazer com que bons genes dominem o maior número de vidas
possível é o modo verdadeiramente moral de procedermos",
diz Watson.

Respondendo aos que se opõem a modificações genéticas de
plantas e animais, ele argumenta: "Até onde sei, nenhuma
doença, e muito menos fatalidade, foi causada por um
organismo geneticamente manipulado".

Tentativas de impedir a geneterapia em células
germinativas humanas ecoam as medidas criadas para
limitar o uso da manipulação do DNA, há 25 anos, quando
cientistas concordaram com uma moratória temporária sobre
a tecnologia, afirma Watson.

"A moral que eu tiro desse doloroso episódio é: nunca
adie experimentos que já definiram claramente benefícios
futuros, por temor de perigos que não podem ser
quantificados", diz.

Moratória foi proposta em 74
DA REDAÇÃO

A moratória de pesquisas mencionada por James Watson
surgiu em julho de 1974, com uma carta de vários
geneticistas à revista "Science" (vol. 185, pág. 303).

Eles propunham a suspensão de experimentos genéticos até
que se adotassem regras de segurança, o que ocorreria em
1975, na Conferência de Asilomar (Califórnia). As normas
também saíram na "Science" (vol. 188, pág. 991).







SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/04/2001 11:50



> > Interessante... desconhecia isso, mas no entanto muitas
> vezes acordo a meio de sonhos (devido ao conteudo deles, ou
> porque me acordam) e não noto isso...
>
> Será que não achamos que sempre acordo no meio dos sonhos
> justamente porque é mais fácil de lembrarmos dos sonho
> quando acordamos durante, ou imediatamente após, a eles?

É mais facil nos lembrar-mos se acordarmos logo, claro. Mas isso não implica
que só nso lembremso do que snhamos antes de acordar.
A lembrança do sonho é "em tempo real" , ou seja, quando estás a sonhar,
sabes que estás a sonhar.
Vais gravando tudo aqui. A diferença é se o gravas no consciente, ou não. Se
o fizeres é mais facil lembrar depois.
Muitas vezes dou por mim a pensar em algo de que não me lembro ter
acontecido, ou que me lembro mas não consigo identificar de onde.
Normalmente atavés dessas imagens soltas e me esforçando lembro de um desses
sonhos intermédios. Nem sempre.
Outra coisa é se não acordas entre sonhos, o sonho que tens é encarado como
um só. E muitas vezes as leis "da fisica" são quebradas para poder ligar um
com o outro. a Continuidade :-)
Outra vezes temos uma tempo em "branco" entre os sonhos, e é ai que é mais
dificil nos lembrarmos deles. O mesmo se tivermos um "branco" antes de
acrodar, dizemos "hoje não sonhei nada" , mas no correr do dia , pode ser
que nos lembremos de que afinal sonhamos sim.


> Aqueles sonhos que temos no "meio" do sono não acabariam
> sendo mais facilmente esquecidos?

Depende da importância que lhes damos.

>Assim ficaria a impressão
> que sempre sonhamos quando estamos prestes a acordar. Pelo
> menos essa é a impressão que eu tenho...

eu não ;-))

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: Bioerros
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/04/2001 12:09

--- In ciencialist@y..., "Peterson Leal" <peterlsm@t...> wrote:
> E também:
> Explicação de algumas falácias:
> http://www.ssilva777.hpg.com.br/evol/falacias_indice.htm

A parte de falacias esta' razoavel, pena q. o autor (ou autora) nao aplica =
esses criterios na porcao sobre evolucao.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Algarismos significativos
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/04/2001 12:09



Sérgio Taborda wrote:
>
> João Miranda Escreveu em resposta Paulo Sérgio Dias
>
> >> f) 4,2251 = 0,422 . 10
> >errado: 4,2251 > 4,225 arredonda para cima
> >resposta: 4,2251 = 0,423 . 10
>
> A mim ensinaram-me que o nº deve ser apresentado sem zeros à esquerda
> no caso a resposta seria simplesmente 4.23 (o expoente de 10 é zero)

Acho que tens razão.


> Outra coisa que está neste exemplo é o uso do algarismo 5 para
> arredondamentos.
> Alguma pessoas usam a regra do nº par ou impar (anterior ao 5...neste caso
> seria o 2 )
> Mas existem 10 algarismos 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9 sempre que for 0,1,2,3,4
> areedonda-se por defeito, e se for 5,6,7,8 ou 9 por escesso.

Essa regra está correcta, mas não se aplica neste caso porque
só é válida quando o 5 está sozinho. Neste caso tens que arredondar
para cima porque 4,2251 > 4,225. Se fosse 4,225 arredondarias
para 4,22.

> outros exemplos com que não concordei plenamente
> d) 4679 = 4,68 . 10^3 => 4,7x10^3
> e) 0,0046819 = 4,68 . 10^-3 => 4,7x10^-3
> g) 67,89 = 6,79 . 10 =>6,8x10
>
> quando o numero 1º algarismo é superior a 5 considera-se que vale por 2
> algarismos significativos.
> Assim, seria melhor, por exemplo, 6,8x10 usando apenas uma algarismo depois
> da virgula, arredondado por excesso.
> Esta regra é mais discutível , mas pronto. Os companheiros da lista poderão
> ajuizar da sua validade.


Nunca ouvi falar dessa regra nem acho que faça sentido

Por exemplo

6.2 tanto pode ser 6.25 como pode ser 6.150...1
se multiplicares por 100 obtens o intervalo:

(625;615.000...1)

isto tem um erro de +-5. O terceiro algarismo é incerto e não
é significativo. Logo

6.2*100=62*10 e não 620

a tua regra implica que 6.2*100 seja igual a 620 porque nesse
caso 6.2 tem 3 algarismos e não 2. como nas multiplicações se
mantem o número minimo de algarismos significativos e como
100 tem, implicitamente, 3 então 6.2*100 deveria ter 3 algarismos
e não 2.

> A mim, ensinaram-me assim.
> a) 3800 = 3,8 . 10^3 (* por que somente 2 alg. sig. ?)
>
> não são 2, são 3, o 8 vale por dois.

Porquê o 8 e não o 3?


--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: Bioerros
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/04/2001 12:09

--- In ciencialist@y..., "Peterson Leal" <peterlsm@t...> wrote:
> Pesquisando um pouco na NET encontrei o site:
>
> BIOERROS - Home page dos erros dos livros de ciências e biologia.
> http://euripedeshomepage.vila.bol.com.br/inicial.htm
>
> Neste site são comentados 79 de um total de 368 erros
> detectados nos livros de biologia de Amabis, Sônia Lopes, José Luis
> Soares, Sérgio Linhares e Wilson Paulino, respectivamente das
> editoras Moderna, Saraiva, Scipione e Ática,os dois últimos.
> É também analisado 46 erros, de um total de 1002 erros,
> encontrados em 10 livros de ciências da 7ª série (o corpo humano).
> Como segunda propositura, apresenta também colunas
> interessantes para os professores e alunos: biocuriosidades,
> biomacetes, biocontrovérsias e erros nos dicionários da língua
> portuguesa.
>
> E também:
> Explicação de algumas falácias:
> http://www.ssilva777.hpg.com.br/evol/falacias_indice.htm
>
> [ ] 's
> Peterson Leal.




SUBJECT: Re: Hidromagnetoterapia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/04/2001 12:32

Nao de deixa de ser ironico q. haja uma certa campanha contra ondas
eletromagneticas, mas o pessoal se empolgue com supostas propriedades
curativas do magnetismo.

A agua 'imantada' eh apenas mais um de uma linha de produtos -- nao deve
ser de desconhecimento da maioria aqueles colchoes e travesseiros com
magnetos q. supostamente proporcionariam uma noite de sono tranquila,
limpeza do sangue, cura de artrite e outros milagres da era moderna aliada
'a sabedoria chinesa.

O engracado nisso eh q. a agua eh uma substancia diamagnetica -- i.e., ela
apresenta um ligeira repelencia em relacao a um magneto, independentemente
do polo. A presenca de um campo magnetico gera um campo nas moleculas de
agua q. produz a repelencia. (Mas o efeito eh bem sutil -- eh preciso um
campo muito intenso para q. isso seja perceptivel: aquela historia da
levitacao do sapo se devia 'a producao desse campo.)

De qq forma esse campo rapidamente se desfaz qdo o magneto eh afastado,
devido 'a agitacao termica das particulas -- q. desalinha os campos das
moleculas.

Criando um Ima
http://www.dfisica.bauru.unesp.br/docentes/fcl/expers/ele14.htm

MATERIALES MAGNETICOS
http://www.fisica.unlp.edu.ar/magnet/c5.htm

Magnets
http://maxwell.byu.edu/~spencerr/websumm122/node75.html

MAGNET AND MAGNETISM FAQ
http://www.wondermagnet.com/dev/magfaq.html

Diamagnetic Levitation
http://www.physics.ucla.edu/marty/diamag/

PHYS1259
Lecture 4 (Magnetic Induction)
http://newt.phys.unsw.edu.au/~epe/1259.L4/1259.L4.small.html
Lecture 6 (Magnetic materials)
http://newt.phys.unsw.edu.au/~epe/1259.L6/1259.L6.small.html

Diamagnetism
http://www.exploratorium.edu/snacks/diamagnetism_www/index.html

Magnetic Therapy: Plausible Attraction?
http://www.csicop.org/si/9807/magnet.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Algarismos significativos
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/04/2001 13:11


>> quando o numero 1º algarismo é superior a 5 considera-se que vale por 2
>> algarismos significativos.

>Nunca ouvi falar dessa regra nem acho que faça sentido

>Por exemplo

>6.2 tanto pode ser 6.25 como pode ser 6.150...1
>se multiplicares por 100 obtens o intervalo:

>(625;615.000...1)

>isto tem um erro de +-5. O terceiro algarismo é incerto e não
>é significativo. Logo

>6.2*100=62*10 e não 620

>a tua regra implica que 6.2*100 seja igual a 620 porque nesse
>caso 6.2 tem 3 algarismos e não 2.

100 = 1x10^2 , portanto 6.2*100 = 6.2x10^2 , o numero de algarismo é mantido
seja 2 ou 3

>como nas multiplicações se
>mantem o número minimo de algarismos significativos e como
>100 tem, implicitamente, 3 então 6.2*100 deveria ter 3 algarismos
>e não 2.

Não percebo a lógica deste exemplo.

>> A mim, ensinaram-me assim.
>> a) 3800 = 3,8 . 10^3 (* por que somente 2 alg. sig. ?)
>>
>> não são 2, são 3, o 8 vale por dois.

>Porquê o 8 e não o 3?

É o ultimo algarismo e não o primeiro.
Mas como disse, é uma regra discutível.
O que interessa é que se se usar, se use sempre, e se não se usar , não se
use nunca.
No exemplo dado , não é coerente o uso desta regra entre as alinhas a) e b)

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Hidromagnetoterapia
FROM: Luis Roberto Brudna Holzle <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/04/2001 14:39


Nao sei se eh coincidencia, mas este eh o assunto da
coluna 'O Cetico' da Revista da Folha deste ultimo domingo. O texto estah
disponivel para leitura no site http://www.uol.com.br/revista/ (o acesso
deve ser soh pra quem eh assinante UOL).


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna




SUBJECT: Popper X Marx, Freud e... Darwin
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/04/2001 11:16

Olá,

Ao passar a vista pelo site que o Peterson indicou --
http://www.ssilva777.hpg.com.br/index.htm -- deparei-me com um artigo de
Enézio E. de Almeida Filho, "Desnudando Darwin: Ciência ou Ideologia?" ou "A
Relação Incestuosa da Mídia Brasileira com a Nomenklatura científica." Não
sei se o fulano (pesquisador em Educação em Ciências) é criacionista ou não.
De qualquer modo, o seu artigo demonstra o quanto uma epistemologia
limitadora e excludente, como a de Popper, pode ser útil para os adversários
do racionalismo.

Vejam o seguinte trecho:

<<Esse silêncio da mídia em torno das dificuldades teórico-empíricas do
neodarwinismo é devido ao fato de Darwin ser um ícone científico. Ídolo. É,
mas todo ídolo está destinado à destruição. Marx e Freud, como ídolos
científicos já foram. Quem será o Finéias de Darwin?... Teoria Especial da
Evolução - Darwin tem toda a razão. Teoria Geral da Evolução - Darwin não tem
razão nenhuma, está nu e há algo de podre na nomenklatura científica em não
querer divulgar isso para os estudantes e o público leitor não-especializado.

<<Quando Karl Popper concluiu em 1976 que "o darwinismo não é uma teoria
científica testável, mas um programa de pesquisa metafísica" (Unended quest:
an intellectual autobiography, La Salle, IL, Open Court, p. 168), qual foi a
reação da Nomenklatura científica? Lidar com a proposição popperiana,
demonstrar o contrário ou negar-lhe cidadania no reino científico por não
'rezar' pelo cânon vigente? Não lidaram com a proposição popperiana e quase
lhe cassaram a cidadania no reino científico - este, por razões pragmáticas
de sobrevivência na academia, abjurou de muitas de suas teses céticas em
relação à ciência biológica. Patrulhamento ideológico. Verdadeira Inquisição.
Sem fogueiras... Tratamento diferente do dispensado a Galileu? Não!>>

[]'s
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: Popper X Marx, Freud e... Darwin
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/04/2001 12:28

--- In ciencialist@y..., manuelbulcao@a... wrote:
> Olá,
>
> Ao passar a vista pelo site que o Peterson indicou --
> http://www.ssilva777.hpg.com.br/index.htm -- deparei-me com um artigo de =

> Enézio E. de Almeida Filho, "Desnudando Darwin: Ciência ou Ideologia?" ou=
"A
> Relação Incestuosa da Mídia Brasileira com a Nomenklatura científica." Nã=
o
> sei se o fulano (pesquisador em Educação em Ciências) é criacionista ou n=
ão.
> De qualquer modo, o seu artigo demonstra o quanto uma epistemologia
> limitadora e excludente, como a de Popper, pode ser útil para os adversár=
ios
> do racionalismo.

Manuel,

o Enezio eh um criacionista q. nao gosta de se identificar como tal.

Esse texto acabou sendo publicado tbm no Observatorio da Imprensa, recebend=
o pronta resposta de Orlando Tambosi e do Claudio W. Abramo (o filho do tal)=


Desnudando Darwin: ciência ou ideologia? ou A relação incestuosa da mídia b=
rasileira com a Nomenklatura científica - E. Almeida
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc201298.htm

A cruzada dos criacionistas contra Darwin e o evolucionismo - O. Tambosi
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc200399c.htm

O contra-ataque da nomenklatura científica - E. Almeida
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc200499.htm

Uma reação típica da nomenklatura científica - E. Almeida
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc050399d.htm

Crítica nebulosa ao darwinismo - Claudio W. Abramo
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc200199b.htm

Crítica nebulosa ou devastadora ao darwinismo? - E. Almeida
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc200199b.htm

Bem, tive a oportunidade de conversar com Enezio. Tto qto me pareceu eh uma=
boa pessoa, mas como quase todo criacionista mal-informado sobre a questao =
e
nao muito afeito a, digamos, rever pontos de vista, receber emendas, buscar=
com mais afinco informacoes pertinentes (ele insistia em dizer evolucao mic=
ro e
macromolecular, a despeito das minhas seguidas correcoes de q. ele deveria =
aplicar os termos micro e macroevolucao para o q. ele queria dar a entender)=
-- o q.
nao eh exclusividade dele em ser um debatedor renitente (uma parede sem ouv=
idos). A tatica eh a mesma da gde maioria dos criacionistas: citacoes fora =
de
contexto, distorcoes (intencionais ou nao) de conceitos e palavras... Sempr=
e q. eu oferecia literatura pertinente disponivel para ele poder ir mais a f=
undo do q.
simples reproducoes de trechos descontextualizados e distorcidos, delicadam=
ente declinava, idem para experimentos de laboratorio. (Eh bem capaz dele vi=
r a saber
desta mensagem, nao sei se ele ira' querer responder... infelizmente, ele e=
h menos conciso ainda do q. eu.)

Mas, Manuel, nao eh apenas Popper q. pode ser mal usado. Basicamente qq ide=
ia, conceito ou expressao pode ser empregada de modo abusivo.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Dia Mundial Contra a Propagação Acrítica de Emails
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: sbcr@intl.egroups.com
DATE: 19/04/2001 14:06

Dia 7 de Maio de 2001
Dia Mundial Contra a Propagação Acrítica de Emails

O Conselho Mundial da Internet é a organização mundial que
gere o tráfego de emails em toda a internet e está preocupado
com o excesso de tráfego. São enviados todos os dias 50 mil
milhões de emails, a maior parte do quais são cartas em cadeia e
falsos avisos de vírus. Se a situação continuar assim o número de
emails atingirá a fantástica cifra de 1 trilião em 2005.

Para terminar com esta situação o Conselho Mundial da Internet
declarou o dia 7 de Maio como o Dia Mundial Contra a
Propagação Acrítica de Emails.

Assim, Segunda Feira dia 7 de Maio de 2001 os internautas
devem recusar-se a reenviar todos os emails suspeitos de serem
cartas em cadeia ou falsos avisos de vírus.

Esta mensagem é apoiada pelos Cépticos do Mundo que tem por
objectivo estimular o pensamento crítico e que pretende levar as
pessoas a pensarem duas vezes antes de reenviar um email, pois é
sabido que os males que advêm da propagação acrítica de emails
são muito maiores do que os supostos bens que eles apregoam.

É vital para o sucesso desta iniciativa que esta mensagem chegue
a todos os internautas antes do dia 7 de Maio. Assim, pedimos-lhe
que reenvie este email a todos os seus amigos o mais depressa
possível. Lembre-se que se um único cibernauta reenviar um
email nesse dia ele poderá gerar uma reacção em cadeia que
destruirá por completo esta iniciativa tão meritória.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: RES: [ciencialist] Dia Mundial Contra a Propagação Acrítica de Emails
FROM: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>, "'sbcr@intl.egroups.com'" <sbcr@intl.egroups.com>
DATE: 19/04/2001 14:21

-----Mensagem original-----
De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
>É vital para o sucesso desta iniciativa que esta mensagem chegue
>a todos os internautas antes do dia 7 de Maio. Assim, pedimos-lhe
>que reenvie este email a todos os seus amigos o mais depressa
>possível. Lembre-se que se um único cibernauta reenviar um
>email nesse dia ele poderá gerar uma reacção em cadeia que
>destruirá por completo esta iniciativa tão meritória.

Ou seria o dia mundial de fazer os internautas de bobo?

<moacir>


SUBJECT: Re: [ciencialist] Dia Mundial Contra a Propagação Acrítica de Emails
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/04/2001 16:05


> É vital para o sucesso desta iniciativa que esta mensagem chegue <BR>
> a todos os internautas antes do dia 7 de Maio. Assim, pedimos-lhe <BR>
> que reenvie este email a todos os seus amigos o mais depressa <BR>
> possível. Lembre-se que se um único cibernauta reenviar um <BR>
> email nesse dia ele poderá gerar uma reacção em cadeia que <BR>
> destruirá por completo esta iniciativa tão meritória.<BR>

me parece que este email é um daqueles spams mais bem elaborados :))
esta ultima frase dispara o alarme SPAM :)


SUBJECT: Re: [ciencialist] Dia Mundial Contra a Propagação Acrítica de Emails
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/04/2001 21:47

João ...

"Esta mensagem é apoiada pelos Cépticos do Mundo que tem por
objectivo estimular o pensamento crítico e que pretende levar as
pessoas a pensarem duas vezes antes de reenviar um email"

"Assim, pedimos-lhe
que reenvie este email a todos os seus amigos o mais depressa
possível. "


E a pergunta é : Não é isto, tb uma chain letter ? :-))

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Leia com atenção E DIVULGUE !! - Segurança
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/04/2001 23:21

> > > DIVULGUEM, ISTO É MUITO IMPORTANTE

Dia 7 de Maio de 2001
Dia Mundial Contra a Propagação Acrítica de Emails

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Leia com atenção E DIVULGUE !! - Segurança
FROM: "Salgado" <jmsalgado@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>, <prevencaoacidentes@intl.egroups.com>, <prevencaoacidentes@yahoogroups.com>, <segmanews-subscribe@egroups.com>
DATE: 19/04/2001 23:32

> > Maurício Guimarães Soares, titular da Delegacia Anti-Seqüestros de São
Paulo, fez palestra no último dia 6 de novembro na Amcham-SP sobre violência
e medidas preventivas de segurança que podem ser adotadas.
> > Segundo ele, os perfis da vítima e do seqüestrado mudaram; há casos de
seqüestros com pedido de resgate que variam de R$ 3.000,00 a R$3.000.000,00.
> > Prevenção, acrescenta, implica mudança de comportamento, e requer:
> > -Saber o que está acontecendo.
> > -Conscientizar-se que pode acontecer com você.
> > -Adotar medidas para minimizar riscos.
> > -Soares citou algumas medidas que devem se incorporadas no dia-a-dia:
> > -Não anotar telefone residencial no verso de cheques, especialmente em
postos de gasolina. No caso de assalto ao posto, as informações pessoais
podem ser usadas para ameaças, especialmente contra mulheres. Anote sempre o
telefone comercial.
> > -Não exibir currículo no carro, como: adesivo de faculdade, do
condomínio onde reside (adesivos como: Eu amo Ubatuba), da academia de
ginastica, etc.
> > Um extorsionário deduz desses sinais a vida de pessoa e os usa para
fazer ameaças.
> > -Evitar compras por telefone ou Internet fornecendo o número do cartão
de crédito, peça boleto bancário.
> > -O ladrão prefere pessoas desatentas, aproveita-se do elemento surpresa.
> > -O objetivo do ladrão é patrimonial e não pessoal, escolhe as vitimas
pelo fator comportamental. (Fato comprovado após entrevistas com vitimas e
com marginais).
> > -Jamais reagir, só em filmes dá certo. O elemento surpresa é favorável
ao bandido, que nunca está sozinho e não tem nada a perder.
> > -Manter distância segura do carro da frente, para poder sair numa só
manobra, sem bater. Distância segura é poder enxergar pelo menos parte do
pneu do carro da frente.
> > -O risco de morrer em roubo de farol é absurdamente maior do que num
seqüestro. Nessa situação mantenha as mãos no volante e tente comunicar-se,
indicando claramente o que vai fazer:
> > - Se for tirar o cinto de segurança: - Vou tirar o cinto com esta mão,
posso?
> > - Se pedir a carteira: - A carteira está no bolso de trás (ou dentro da
bolsa), posso pegar ?
> > -À noite, calcule tempo e velocidade para evitar parar num farol
vermelho.
> > -Não há registro de assalto com carro em movimento.
> >
> > DIVULGUEM, ISTO É MUITO IMPORTANTE





SUBJECT: Imagens violentas & Criancas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/04/2001 10:05

UOL - Universo On-Line 20/04/2001

MÍDIA
Imagens violentas na TV alteram as
atividades cerebrais das crianças

Marilyn Elias

A violência que a mídia exibe pode deflagrar instintos de
agressividade nas crianças ao estimular regiões do cérebro
envolvidas na luta pela sobrevivência e ao armazenar
memórias
traumáticas de fácil convocação posterior, de acordo com os

resultados de uma pesquisa científica que serão divulgados
ainda
esta semana.

Exames de ressonância magnética funcional conhecidos como
MRI demonstram que imagens de violência em filmes ativam os

cérebros das crianças de acordo com um padrão distinto, e
potencialmente capaz de promover práticas violentas, diz
John
Murray, um psicólogo e professor na Universidade Estadual
do
Kansas. Ele vai fazer uma palestra na reunião da Sociedade
de
Pesquisa sobre o Desenvolvimento da Criança, em
Minneapolis.

Os exames de ressonância magnética no cérebro foram
realizados
em oito crianças entre os oito e os 13 anos de idade,
enquanto
elas assistiam televisão por 18 minutos, em trechos de seis
minutos
de cenas de boxe extraídas do filme "Rocky IV", seis
minutos de
imagens não violentas extraídas da rede de televisão
pública
norte-americana PBS e seis minutos em que não havia outras
imagens na tela além de um X.

Comparados aos exames de ressonância magnética cerebral
realizados antes do estudo e aos exames dos períodos em que
as
cenas em exibição não continham violência, as imagens de
boxe
parecem ter evocado uma ativação consideravelmente mais
intensa de três regiões do cérebro das crianças
participantes da
pesquisa:

- A amídala (sic), que registra atividades emocionais e
detecta
ameaças à sobrevivência.

- O córtex pré-motor, uma área que se acredita ser ativada
intensamente quando a pessoa está pensando sobre como
responder à percepção de uma ameaça.

- O cingulado posterior, reservado à armazenagem de
memórias
de longo prazo relacionadas a eventos importantes, até
mesmo
perturbadores. Por exemplo, essa é a área ativada quando
veteranos norte-americanos dos combates no Vietnã rememoram

seus traumas.

Ainda que as crianças possam estar conscientes, de um ponto
de
vista intelectual, que a violência vista na tela não é
real, "seus
cérebros optam por tratá-la como completamente real, como
uma
verdade quase religiosa", disse Murray. Não existem provas
de
que a ativação dessas regiões do cérebro termine por
deflagrar
impulsos agressivos, "mas a situação certamente nos dá
sérios
motivos de preocupação".

Em momentos de estresse posteriores a um trauma, é comum
que
surjam memórias involuntárias de elementos associados ao
trauma; as imagens de violência e agressão nas telas podem
ressurgir e influenciar o comportamento das crianças, de
acordo
com Murray.

Um estudo conduzido pela Universidade Yale demonstrou um
efeito retardado alguns dias depois que jovens assistiram a

imagens de televisão violentas. Quando estimulados por
sinais
semelhantes aos contidos nas cenas televisivas, eles
reagiam de
maneira semelhantemente agressiva.

Mas o estudo de Murray "tem dimensões pequenas demais para
que possamos apontar para uma prova" da ligação entre
imagens
de agressão e o cérebro humano, diz Dorothy Singer, uma
psicóloga de Yale e especialista na maneira pela qual a
televisão
afeta as crianças. "Trata-se de um tema extremamente
importante,
mas precisamos de pesquisas envolvendo número
substancialmente maior de crianças para apontar uma
ligação".

Os hábitos de consumo de televisão das crianças têm menor
probabilidade de promover comportamento beligerante entre
as
crianças do que exposição a violência real e o fracasso dos
país
em vigiar de perto as atividades de seus filhos, de acordo
com um
recente estudo infantil envolvendo 2.245 estudantes
norte-americanos.

Ainda assim, "se o seu filho está assistindo televisão em
excesso,
você decerto tem motivos para se preocupar", diz Mark
Singer,
da Universidade Case Western Reserve, em Cleveland.
"Muitos,
muitos estudos demonstram que isso não é nada saudável para

uma criança".

Tradução: Paulo Migliacci




SUBJECT: Re: Dia Mundial Contra a Propagação Acrítica de Emails
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/04/2001 12:00

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> E a pergunta é : Não é isto, tb uma chain letter ? :-))

Certamente q. eh.

Entao lanco este email de alerta contra o email do Dia Mundial Contra a Pro=
pagacao Acritica de Emails. Repasse este email para o maior numero de pessoa=
s,
para que elas nao caiam na corrente contra as correntes.

Como existem pessoas desavisadas neste mundo:
Eh uma brincadeira, *NAO* repasse este email.

[]s,

Roberto Takata
(so' ficar de fora um tempinho pra chover mensagens...)




SUBJECT: Re: [ciencialist] O Problema das 11 moedas
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/04/2001 19:17


Eu conheço esse problema, mas com doze moedas.


joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> Nao sei o q esta acontecendo mas estou achando estas listas um tanto
> quanto paradas......
>
> Entao, resolvi postar o DIFICILIMO problema das 11 moedas.
>
> Este problema me foi passado por meu pai qdo tinha cerca de 18 anos.
> Nao fiz outra coisa durante uma semana inteira ateh por fim resolve-lo.
>
> O problema consiste em determinar qual a moeda falsa de um lote de 11
> moedas,
> utilizando-se uma balanca de 2 pratos.
>
> Com apenas no maximo 3 pesagens determinar qual a moeda falsa e
> se ela eh mais leve ou mais pesadas que as demais. As outras 10
> tem o mesmo peso e a falsa pode ser + leve ou + pesada q as demais.
>
> Uma balanca de 2 pratos soh mede diferencas de pesos que estao nos
> pratos , dizendo apenas qual o lado mais pesado. Nao da nenhum valor
> numerico.
>
> Divirtam-se !
>
> []s
> jocax
>
> PS-1 : Eu o fiz ha muito tempo e ja nao lembro mais da resposta.
> Para saber teria que pegar o problema e pensar de novo....
> PS-2: Eu nao acho q valha a pena discutir este problema nesta lista
> eh um passatempo inteligente apenas ( e divertido para quem gosta de
> pensar.)
> PS-3: Tive um novo insight mais ainda nao sei se dara um novo e-mail
> historico :)
> ou nao posteriormente talvez mande-o aa lista
> PS-4: Eh muito agradavel ser excentrico e convencido *de vez enquando*,
> ainda nao entendi o por que disso....
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: O Problema das 11 moedas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 20/04/2001 19:19

Nao sei o q esta acontecendo mas estou achando estas listas um tanto
quanto paradas......

Entao, resolvi postar o DIFICILIMO problema das 11 moedas.

Este problema me foi passado por meu pai qdo tinha cerca de 18 anos.
Nao fiz outra coisa durante uma semana inteira ateh por fim resolve-lo.

O problema consiste em determinar qual a moeda falsa de um lote de 11
moedas,
utilizando-se uma balanca de 2 pratos.

Com apenas no maximo 3 pesagens determinar qual a moeda falsa e
se ela eh mais leve ou mais pesadas que as demais. As outras 10
tem o mesmo peso e a falsa pode ser + leve ou + pesada q as demais.

Uma balanca de 2 pratos soh mede diferencas de pesos que estao nos
pratos , dizendo apenas qual o lado mais pesado. Nao da nenhum valor
numerico.

Divirtam-se !

[]s
jocax

PS-1 : Eu o fiz ha muito tempo e ja nao lembro mais da resposta.
Para saber teria que pegar o problema e pensar de novo....
PS-2: Eu nao acho q valha a pena discutir este problema nesta lista
eh um passatempo inteligente apenas ( e divertido para quem gosta de
pensar.)
PS-3: Tive um novo insight mais ainda nao sei se dara um novo e-mail
historico :)
ou nao posteriormente talvez mande-o aa lista
PS-4: Eh muito agradavel ser excentrico e convencido *de vez enquando*,
ainda nao entendi o por que disso....



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Problema das 11 moedas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/04/2001 19:24

Eu vou verificar ,
mas tenho quase certeza absoluta que eram 11 moedas.
[]s
jocax


João Mário Miranda wrote:

> Eu conheço esse problema, mas com doze moedas.
>
> joão
> http://www.nonio.com
> http://www.explicacoes.com
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > Nao sei o q esta acontecendo mas estou achando estas listas um tanto
> > quanto paradas......
> >
> > Entao, resolvi postar o DIFICILIMO problema das 11 moedas.
> >
> > Este problema me foi passado por meu pai qdo tinha cerca de 18 anos.
> > Nao fiz outra coisa durante uma semana inteira ateh por fim resolve-lo.
> >
> > O problema consiste em determinar qual a moeda falsa de um lote de 11
> > moedas,
> > utilizando-se uma balanca de 2 pratos.
> >
> > Com apenas no maximo 3 pesagens determinar qual a moeda falsa e
> > se ela eh mais leve ou mais pesadas que as demais. As outras 10
> > tem o mesmo peso e a falsa pode ser + leve ou + pesada q as demais.
> >
> > Uma balanca de 2 pratos soh mede diferencas de pesos que estao nos
> > pratos , dizendo apenas qual o lado mais pesado. Nao da nenhum valor
> > numerico.
> >
> > Divirtam-se !
> >
> > []s
> > jocax
> >
> > PS-1 : Eu o fiz ha muito tempo e ja nao lembro mais da resposta.
> > Para saber teria que pegar o problema e pensar de novo....
> > PS-2: Eu nao acho q valha a pena discutir este problema nesta lista
> > eh um passatempo inteligente apenas ( e divertido para quem gosta de
> > pensar.)
> > PS-3: Tive um novo insight mais ainda nao sei se dara um novo e-mail
> > historico :)
> > ou nao posteriormente talvez mande-o aa lista
> > PS-4: Eh muito agradavel ser excentrico e convencido *de vez enquando*,
> > ainda nao entendi o por que disso....
> >
> > &&& --- &&&
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> > &&& --- &&&
> >
> > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
> --
> joão
> http://www.nonio.com
> http://www.explicacoes.com
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Re: Imagens violentas & Criancas
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/04/2001 12:36

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
wrote:
> UOL - Universo On-Line 20/04/2001
>
> MÍDIA
> Imagens violentas na TV alteram as
> atividades cerebrais das crianças


Brilhante conclusão! Deveria ser bastante óbvio o fato de que a
visualização de imagens violentas tenha forte efeito sobre o cérebro,
e que esse efeito seja semelhante ao da realidade. Steven Pinker em
"Como a Mente Funciona" já relata que as regiões do cérebro envolvidas
com o processamento visual são as mesmas quando a pessoa visualiza
objetos e quando se pede que ela, de olhos fechados, imagine figuras.
Se isso não funcionasse, ou seja, se as imagens não tivessem efeitos
sobre o cérebro semelhantes aos da realidade, o que seria das revistas
eróticas?

O problema é supor, a partir de estudos como esse, que a exposição a
imagens violentas torne as crianças violentas no futuro. Ainda não
conheço algum estudo sério mostrando uma correlação, mas isso deve ser
uma preocupação de países desenvolvidos. Aqui no Brasil, uma pesquisa
com presos condenados provavelmente descobriria que a maioria deles
nunca teve oportunidade na infância de ficar horas diante da televisão
ou talvez nunca tenha colocado as mãos num videogame dito violento.

[]s
Ronaldo Cordeiro

Dicionário Céptico: http://www.dicceptico.cjb.net



SUBJECT: Água imantada
FROM: "Ricardo Gentil de Araújo Pereira" <ricardo@samnet.com.br>
TO: ceticismo-br@intl.egroups.com
CC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/04/2001 12:46

Achei o seguinte link (que mensiona a revita Galileu de 1999
número 96).
http://www6.via-rs.com.br/magnetizadordeagua/textos.html

Talvez alguém queira discutir.
A princípio achei algumas afirmativas (tanto da revista como da
HP postada) meio "exaltadas", mas lerei com mais cuidado.
Que acham?

[]'s...and justice for all.

/^\
\ / CAMPANHA DA FITA ASCII - CONTRA MAIL HTML
X ASCII RIBBON CAMPAIGN - AGAINST HTML MAIL
/ \

Ricardo Gentil de Araújo Pereira
e-mail 1: ricardo@samnet.com.br (default)
e-mail 2: rhalah_rikota@ig.com.br
e-mail 3: rhalah@yahoo.com
ICQ: 13306676


SUBJECT: Re: Imagens violentas & Criancas
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/04/2001 12:48

De: <rcordeiro@writeme.com>
> > MÍDIA
> > Imagens violentas na TV alteram as
> > atividades cerebrais das crianças
>
> Brilhante conclusão! Deveria ser bastante óbvio o fato de
que a
> visualização de imagens violentas tenha forte efeito sobre
o cérebro,
> e que esse efeito seja semelhante ao da realidade. Steven
Pinker em
> "Como a Mente Funciona" já relata que as regiões do
cérebro envolvidas
> com o processamento visual são as mesmas quando a pessoa
visualiza
> objetos e quando se pede que ela, de olhos fechados,
imagine figuras.
> Se isso não funcionasse, ou seja, se as imagens não
tivessem efeitos
> sobre o cérebro semelhantes aos da realidade, o que seria
das revistas
> eróticas?

"O Erro de Descartes", de Antonio Damasio, também confirma o
acima exposto. Ou seja, lembranças de impressões sensoriais
são processadas exatamente na mesma região em que o são no
momento da aquisição dessas impressões, através de nossos
sentidos.


#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"The trouble with group sex is that you never know where to
put your elbows." - Martin Cruz Smith




SUBJECT: Re: [ciencialist] Resumo 412
FROM: "Salgado" <jmsalgado@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/04/2001 15:18

Data: Thu, 19 Apr 2001 18:06:27 +0100
De: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
Assunto: Dia Mundial Contra a Propagação Acrítica de Emails

Dia 7 de Maio de 2001
Dia Mundial Contra a Propagação Acrítica de Emails

O Conselho Mundial da Internet é a organização mundial que gere o tráfego de
emails em toda a internet e está preocupado com o excesso de tráfego. São
enviados todos os dias 50 mil milhões de emails, a maior parte do quais são
cartas em cadeia e falsos avisos de vírus. Se a situação continuar assim o
número de emails atingirá a fantástica cifra de 1 trilião em 2005.

Para terminar com esta situação o Conselho Mundial da Internet declarou o
dia 7 de Maio como o Dia Mundial Contra a Propagação Acrítica de Emails.

Assim, Segunda Feira dia 7 de Maio de 2001 os internautas devem recusar-se
a reenviar todos os emails suspeitos de serem cartas em cadeia ou falsos
avisos de vírus.

Esta mensagem é apoiada pelos Cépticos do Mundo que tem por objectivo
estimular o pensamento crítico e que pretende levar as pessoas a pensarem
duas vezes antes de reenviar um email, pois é sabido que os males que advêm
da propagação acrítica de emails são muito maiores do que os supostos bens
que eles apregoam.

É vital para o sucesso desta iniciativa que esta mensagem chegue a todos os
internautas antes do dia 7 de Maio. Assim, pedimos-lhe que reenvie este
email a todos os seus amigos o mais depressa possível. Lembre-se que se um
único cibernauta reenviar um email nesse dia ele poderá gerar uma reacção em
cadeia que destruirá por completo esta iniciativa tão meritória.
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: O Problema das 11 moedas
FROM: holanda-lb@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/04/2001 15:36

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
wrote:
> Eu vou verificar ,
> mas tenho quase certeza absoluta que eram 11 moedas.
> []s
> jocax
>
>
> João Mário Miranda wrote:
>
> > Eu conheço esse problema, mas com doze moedas.
> >

Eu conhecia este problema com 10 moedas! ... mas a solução que
encontrei também vale para 13 moedas. Ou seja, com 13 moedas e 3
pesagens numa balança de equilíbrio descobre-se qual é a moeda com
peso diferente não preocupando-se em descobrir se a que tem peso
diferente é a mais leve ou a mais pesada; pois, com apenas 3 pesagens
não dá para se obter essa informação - a menos que o acaso ajude.

Abraços
Leandro.



SUBJECT: Desafio
FROM: "Enrico" <enrico@rol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/04/2001 19:13

Em vista do último problema proposto, resolvir dar minha colaboração:


Carlos foi para a Inglaterra passar suas férias. Após quatro semanas seu dinheiro estava acabando por isso ele resolveu escrever ao seu pai pedindo mais dinheiro. Como ambos eram matemáticos Carlos escreveu na carta.



SEND
+ MORE
MONEY

Qual foi a quantia que Carlos pediu ao seu pai?



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: [ciencialist] Re: O Problema das 11 moedas
FROM: Patryk Sofia Lykawka <pksl@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 00:50

At 18:36 22/04/01 +0000, Leandro wrote:

>> Eu vou verificar ,
>> mas tenho quase certeza absoluta que eram 11 moedas.
>> []s
>> jocax

>> João Mário Miranda wrote:
>>
>> > Eu conheço esse problema, mas com doze moedas.
>> >

> Eu conhecia este problema com 10 moedas! ... mas a solução que
>encontrei também vale para 13 moedas. Ou seja, com 13 moedas e 3
>pesagens numa balança de equilíbrio descobre-se qual é a moeda com
>peso diferente não preocupando-se em descobrir se a que tem peso
>diferente é a mais leve ou a mais pesada; pois, com apenas 3 pesagens
>não dá para se obter essa informação - a menos que o acaso ajude.

Eu conheci esse problema das moedas numa disciplina de teoria dos
numeros. No caso, provamos por inducao que com 3 pesagens era possivel
descobrir a moeda adulterada dentre 27 moedas..
Sendo assim, e' possivel mostrar que o expoente da potencia de 3
revela o numero de pesagens minimo para que seja possivel descobrir a moeda
adulterada. Por exemplo: se temos 3 moedas, basta 1 pesagem; com 9 moedas,
bastam 2 pesagens; com 27 moedas, 3 pesagens e assim por diante..
O interessante e' que da' para aplicar a ideia para qualquer numero de
moedas que variam entre uma potencia de 3 e outra. Como no caso dos varios
numeros de moedas que "pipocaram" aqui na lista: 10 moedas, 11.. 12.. 13..
etc. Entao, de 10 ate' 27 moedas o problema e' solucionado com 3 pesagens!
De 4 moedas ate' 9 com duas pesagens.. Imaginemos agora o mesmo problema ao
escolhermos um numero de moedas qualquer entre 28 e 81 para desafiar alguem a
achar a moeda falsa com 4 pesagens...
No mais era isso, um abraco.

Patryk



SUBJECT: Superdesinformante
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/04/2001 01:32

Caros colegas,

Na revista Superinteressante deste ms, nossa revista modelo de desinformao, o jornalista "especializado em cincia" Evanildo da Silveira, fez uma reportagem a respeito de um dos pioneiros da homeopatia na pas. At a tudo bem, no fossem algumas prolas dentre as quais se destaca:

"Em 1946, soube da teoria do mdico alemo Wilhelm von Brehmer, segundo a qual o cncer poderia ser causado por micrbios chamados Siphonospora polymorpha que, espantosamente, seriam criados pelo prprio sangue. Nessa poca, trabalhava at altas horas num pequeno laboratrio, no fundo de casa. Ainda na dcada de 50, desenvolveu uma vacina que foi usada em casos de cncer e de paralisia infantil, (quando ainda no havia a vacina Sabin). Segundo seus relatos, chegou a salvar vidas."

Reportagem disponvel em:
http://www2.uol.com.br/super/revista/supernov/0401/1634.html

[]s
Raul







[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Problema das 11 moedas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 07:47

Ja confirmei , sao realmente 11 moedas e o problema eh descobrir
qual eh a falsa E TAMBEM se a falsa eh mais leve ou mais pesada que
as outras.
Joao nonio, no seu problema das 12 moedas vc consegue descobrir se
a falsa eh + leve ou + pesada?

[]s
jocax

holanda-lb@bol.com.br wrote:

> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
> wrote:
> > Eu vou verificar ,
> > mas tenho quase certeza absoluta que eram 11 moedas.
> > []s
> > jocax
> >
> >
> > João Mário Miranda wrote:
> >
> > > Eu conheço esse problema, mas com doze moedas.
> > >
>
> Eu conhecia este problema com 10 moedas! ... mas a solução que
> encontrei também vale para 13 moedas. Ou seja, com 13 moedas e 3
> pesagens numa balança de equilíbrio descobre-se qual é a moeda com
> peso diferente não preocupando-se em descobrir se a que tem peso
> diferente é a mais leve ou a mais pesada; pois, com apenas 3 pesagens
> não dá para se obter essa informação - a menos que o acaso ajude.
>
> Abraços
> Leandro.
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Depoimento anonimo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, ifusp <ifusp-ex-alunos@egroups.com>
DATE: 23/04/2001 07:55

Subject:
FW: Depoimento anônimo, mas verdadeiro................
Date:
Mon, 9 Apr 2001 15:07:05 -0500
From:
"Adriano Capusso (EDB)" <adriano.capusso@edb.ericsson.se>
To:
"Elizeu Camargo (EDB)" <elizeu.camargo@edb.ericsson.se>,
jcarneiro@prsp.mpf.gov.br



Olha aí galera

-----Original Message-----
From: Diogo Mattos Guimaraes (EDB)
Sent: Segunda-feira, 9 de Abril de 2001 17:01
To: Adriano Capusso (EDB); Mauricio Meireles Mancini (EDB); Wellington
Goncalves de Aguiar (EDB)
Subject: Depoimento anônimo, mas verdadeiro................


Para os casados, ex-casados e futuramente casados......


Pessoal abaixo está uma das melhores desculpas que já ouvi para uma
traição!


Senhores, o que vocês lerão abaixo é um depoimento anônimo, mas com
certeza
verdadeiro e bastante interessante, sugiro que leiam com bastante
atenção
quando tiverem tempo pois é um pouco grande.

Por que precisamos trair:

Muitos são os nomes dados ao homem que, mesmo tendo uma parceira fixa,
resolve sair com outras garotas. Cafajeste, canalha, mau-caráter,
galinha... já ouvimos de tudo. O que eu quero tentar explicar é que a
traição é na verdade uma necessidade biológica de todo homem. Isso
mesmo, a explicação é científica! Ora, todos sabem que a mulher ovula
apenas uma vez por mês e só pode gerar um filho a cada nove meses.
Enquanto isso, os homens produzem diariamente milhões de
espermatozóides... Certamente, a natureza não há de ter criado essa lei
à toa: o homem precisa fecundar o maior numero possível de parceiras.

Gente, não fomos nós quem inventamos isso (embora, admito, nos
beneficiemos da regra). Entendido? É por isso que 98% dos homens traem.
Os outros 2% ou estão apaixonados ou estão se reprimindo - ou seja, nos
dois casos estão fora de seu juízo normal. Eu já me apaixonei e fiquei
sem pensar em nenhuma outra mulher... por um mês, eu acho. Depois desse
tempo, é muito difícil resistir às oportunidades. É a vida, mulheres. O
grande erro de vocês é achar que fidelidade é condição fundamental na
vida a dois. Eu namoro uma pessoa há três anos e meio, gosto do seu
caráter, do companheirismo, da personalidade e do sexo também, claro. É
a mulher que eu quero encontrar todos os dias quando chegar em casa.

Vai ser a mãe dos meus filhos. A pessoa com quem vou dividir minha
vida. Mas daí a achar que, por causa dela, eu nunca mais vou me
interessar por outra é algo fora da realidade. É divertido conquistar,
seduzir. Precisamos disso. Se sentimos alguma culpa? Sim! Não é
agradável ter de mentir. Não gostamos de magoar ninguém. Por isso
mesmo, negamos até o fim. Se ela vem com 'Ah, mas fulana te viu com
sicrana', dizemos com firmeza que fulana se enganou ou esta querendo
fazer intriga. 'Ah, mas há até uma fotografia da traição.' Não era eu!
-sustentamos até o fim. Minha namorada certa vez encontrou uma base
(isso que as mulheres usam sob a maquiagem) entre as minhas coisas. Nem
sei quem esqueceu, só sei que estava lá. Furiosa, ela veio para cima de
mim exigindo uma explicação. Não tive dúvida: disse que a base era
minha. Que a minha pele estava um horror, que um amigo recomendou, que
serve para homem também... Resumo da ópera: uso base até hoje quando
ela está por perto. Por que tudo isso? Por respeito. Para não ferir.

Não queremos deixar ninguém triste, só queremos seguir nossos próprios
instintos. O desejo sempre fala mais alto e a gente sempre acaba
afastando os maus pensamentos (esses de culpa, arrependimento e afins).
Na verdade, alguns caras até se controlam mais que os outros. Deve
haver também uma explicação científica para eles - a taxa de
testosterona, talvez? Mas o fato é que, se eles escolhem não trair,
acabam sofrendo com isso. Não é natural. Não existe homem que queira se
manter fiel a uma só mulher. Não se iluda!

Muitas mulheres podem argumentar que elas também podem fazer o mesmo.
Poder, podem. Teriam o mesmo direito. Mas mulher não é igual a homem.
Mulher trai quando encontra alguém mais bonito, inteligente,
interessante ou rico do que seu parceiro. Geralmente acaba se
apaixonando e é por isso que traição feminina é muito pior e não tem
perdão! Homem nenhum pode admitir isso. Com a gente, é diferente. Nos
não traímos porque estamos apaixonados ou porque tal mulher é melhor
que a nossa. A gente só quer dar uma variada. Isso é muito grave?

Por isso, minha amiga, se você descobriu que seu namorado esteve com
outra moça, pense bem antes de fazer aquele escândalo, quebrar tudo,
querer se vingar, romper o namoro... O próximo namorado vai ser igual.
Não tem jeito. Sexo é assim. Por isso, relaxem! E preocupem-se com
questões realmente importantes...

Anônimo (lógico)



SUBJECT: Re: O Problema das 11 moedas
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/04/2001 08:07

Olá pessoal

Depois de religar meus dois neurônios e pensar bastante a melhor solução que
achei foi a seguinte:


Para 4 moedas, podemos dividir as moedas em dois grupos de duas moedas.
Pesamos as moedas do grupo 1, uma contra a outra. Se pesar igual, a moeda
diferente está no grupo 2. Se pesar diferente, obviamente a moeda diferente
é uma das duas. Para identificar a moeda diferente, precisamos de uma
pesagem adicional. Pesamos uma das moedas do grupo selecionado, contra uma
moeda do outro grupo, que certamente tem o peso correto.

Estendendo o raciocínio, para 8 moedas são necessárias 3 pesagens, para 16,
4 pesagens, para n moedas, log(2)n pesagens.

Se soubermos que a moeda diferente é mais pesada (ou mais leve) , aí para 3
moedas sera necessária apenas uma pesagem. Para 9, duas , e para 27, três
pesagens. Em cada pesagem, comparamos 1/3 das moedas contra outro 1/3,
deixando 1/3 de fora, e aí descobrimos o grupo mais pesado.

Um problema parecido é o seguinte:

Temos dez pilhas de dez moedas cada. Uma das pilhas tem moedas de 10 g,
enquanto as outras tem moedas de 20 g. Qual o número mínimo de pesagens para
se identificar a pilha com as moedas mais leves?


[ ] ´s

André Baptista






SUBJECT: Re: O Problema das 11 moedas
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 08:12

>
> Eu conheci esse problema das moedas numa disciplina de teoria
dos
> numeros. No caso, provamos por inducao que com 3 pesagens era
possivel
> descobrir a moeda adulterada dentre 27 moedas..


Mas nesse modelo tambem se descobria se a moeda falsa era
mais leve ou mais pesada que as outras?

[]s
jocax




SUBJECT: Re: O Problema das 11 moedas
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 09:40

--- In ciencialist@y..., "Andre Roviralta Dias Baptista"
<andrebaptista@u...> wrote:
> Olá pessoal
>
> Depois de religar meus dois neurônios e pensar bastante a melhor
solução que
> achei foi a seguinte:
>
>
> Para 4 moedas, podemos dividir as moedas em dois grupos de duas
moedas.
> Pesamos as moedas do grupo 1, uma contra a outra. Se pesar igual, a
moeda
> diferente está no grupo 2. Se pesar diferente, obviamente a moeda
diferente
> é uma das duas. Para identificar a moeda diferente, precisamos de
uma
> pesagem adicional. Pesamos uma das moedas do grupo selecionado,
contra uma
> moeda do outro grupo, que certamente tem o peso correto.
>
> Estendendo o raciocínio, para 8 moedas são necessárias 3 pesagens,
para 16,
> 4 pesagens, para n moedas, log(2)n pesagens.


Mas no nosso problema, temos 11 moedas e 3 pesagens
como ficaria o algoritmo?
(Eu ja re-resolvi o problema e postarei quando vcs quiserem.)

>
> Temos dez pilhas de dez moedas cada. Uma das pilhas tem moedas de 10
g,
> enquanto as outras tem moedas de 20 g. Qual o número mínimo de
pesagens para
> se identificar a pilha com as moedas mais leves?
>
>

Esse eh interessante tambem,
mas eu ja o conhecia.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: O Problema das 100 moedas
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 09:50

> >
> > Temos dez pilhas de dez moedas cada. Uma das pilhas tem moedas de
10
> g,
> > enquanto as outras tem moedas de 20 g. Qual o número mínimo de
> pesagens para
> > se identificar a pilha com as moedas mais leves?
> >
> >
>

Vc esqueceu de dizer que neste problema temos uma balanca
de um prato soh que mede peso (digital por exemplo ).
E neste caso, com uma unica pesagem se descobre a pilha mais leve.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Problema das 11 moedas
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 10:07



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> Mas no nosso problema, temos 11 moedas e 3 pesagens
> como ficaria o algoritmo?
> (Eu ja re-resolvi o problema e postarei quando vcs quiserem.)

E com 12 moedas, decobrindo qual é a falsa e se ela pesa menos
ou mais que as outras?

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Preferencia por doces tambem esta nos genes
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 23/04/2001 10:19

Preferência por doces também está nos genes

DO "THE INDEPENDENT"
Folha de São Paulo, 23 de abril de 2001.

O segredo da predileção por açúcar pode ter sido
resolvido por cientistas, que acreditam ter encontrado o
gene responsável pela mais procurada sensação das papilas
gustativas.

Dois grupos de pesquisadores descobriram de modo
independente que um gene chamado T1R3 é quase certamente
o fator principal a decidir se uma pessoa é capaz de
distinguir uma colherada de pudim de um pelote de massa.
Embora os trabalhos nas revistas "Nature Genetics"
e "Nature Neuroscience" tenham sido realizados com
camundongos, acredita-se que possam ser aplicados a
humanos.

A doçura é o sabor mais palatável porque está associada
com alimentos altamente energéticos, como mel, valiosos
para ancestrais caçadores-coletores.

Camundongos também preferem água açucarada. Estudando
cobaias com e sem a preferência, pesquisadores da Escola
de Medicina Mount Sinai e da Universidade Harvard, ambas
nos EUA, localizaram o gene.







SUBJECT: Em Cingapura, sexo agora eh dever civico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/04/2001 10:36

TUDO PELA PÁTRIA - The New York Yimes, 23 de abril de
2001.
Em Cingapura, sexo agora é dever cívico
Seth Mydans

CINGAPURA - Aqui, neste país puritano, há uma nova forma
de patriotismo: fazer sexo.

Alarmada pelo declínio da taxa de natalidade, esta
minúscula cidade-estado de apenas 4 milhões de pessoas
está convocando seus cidadãos a se multiplicarem o mais
rápido que puderem.

"Nós precisamos de mais bebês!" proclamou o primeiro-
ministro Goh Chok Tong no ano passado. Ele disse que o
mundo corre o risco de ficar carente de cingapureanos.

E como Cingapura é Cingapura, foi iniciada uma campanha
que se concentra mais nos cálculos financeiros das
pessoas do que naquela coisa estranha, difícil de
quantificar, chamada romance.

Um órgão do governo, o Comitê de Trabalho para o
Casamento e a Procriação, desenvolveu incentivos
financeiros e trabalhistas que entrarão em vigor neste
mês. A idéia de persuadir as pessoas a terem filhos é um
negócio melhor do que o contrário.

No que é chamado Plano de Bônus por Bebê, o governo está
oferecendo dinheiro para os casais que tiverem o segundo
ou terceiro filho. Está prolongando a licença maternidade
e adicionando uma breve licença paternidade para os
funcionários públicos. Está experimentando horários de
trabalho flexíveis para facilitar a criação das crianças.
Também está oferecendo acordos especiais para aluguéis de
apartamentos para jovens casais.

A imprensa local abraçou entusiasticamente o programa,
enchendo suas páginas com elogios aos prazeres não apenas
da paternidade mas também do sexo. "Vamos Embarcar no
Trem do Amor", convocava a manchete do The Straits Times
pouco depois do discurso do primeiro-ministro.

A manchete aborda literalmente o assunto. O artigo dava
dicas sobre como fazer sexo no banco de trás do carro,
acompanhado por indicações sobre "alguns dos lugares mais
escuros, isolados e românticos para os Romeus e
Julietas". Ele sugeriu cobrir as janelas com jornais para
privacidade.

O problema com isto, apontam alguns cingapureanos, é o
controle da natalidade. Fazer sexo no banco de trás do
carro não necessariamente significa ajudar a cidade a
melhorar seu perfil demográfico com o nascimento de
bebês.

Como os cidadãos de outros países com padrões de vida
cada vez mais elevados, os cingapureanos estão optando há
duas décadas por famílias menores. A taxa de natalidade
caiu para 1,5 criança por mulher em idade fértil -muito
abaixo da taxa de 2,5 necessária para manter o atual
nível da população.

Outros locais na Ásia, como Japão, Hong Kong, Taiwan e a
Coréia do Sul, estão enfrentando problemas semelhantes
com taxas de natalidade em declínio.

A preocupação é que o envelhecimento da população
deposite um fardo insustentável sobre as cada vez menores
forças de trabalho.

A idade média em Cingapura cresceu rapidamente ao longo
da última década, de 29 para 34 anos, disse Paul Cheung,
o estatístico chefe do Departamento de Estatística de
Cingapura. Apesar de apenas 7% da população estar no
momento acima da idade de aposentadoria de 62 anos, ele
estima que cerca de 20% serão aposentados em 2030. E um
terço dos cingapureanos com pouco mais de 30 anos
permanecem solteiros.

Assim, com a população envelhecendo e sua força de
trabalho expandindo apenas lentamente, Cingapura tem
dependido cada vez mais de trabalhadores estrangeiros. Os
estrangeiros atualmente correspondem a um quarto da
população do país.

Cingapura não hesita em manifestar o quanto valoriza a
educação de seus cidadãos. Quando começou a encorajar o
crescimento populacional nos anos 1980, o governo criou
serviços de encontros para jovens com formação
universitária.

Apesar dos novos incentivos para a natalidade não
discriminarem com base na educação, o ministro Lee Kuan
Yew recentemente deixou claro que isto permanece uma
prioridade. "Nossos habitantes com formação superior
deveriam ter três filhos por família", disse ele.

Tradução: George El Khouri Andolfato









SUBJECT: Re: O Problema das 11 moedas
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 10:46

Bom, afinal acho que encontrei uma soluo. A vai, e desculpem a falta de elegncia:


Sejam as moedas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11

I) Pesamos (1,2,3,4) contra (5,6,7,8)

a) em caso de igualdade, a moeda X est em (9,10,11). Pesamos 9 x 10. Em caso de igualdade, X 11. Caso contrrio, pesamos 9 x 11. Em caso de igualdade X 10. Caso contrrio, X 9.

b) em caso de diferena, renomeamos (1,2,3,4) as moedas do grupo mais pesado e (5,6,7,8) as moedas do grupo mais leve.

II) Pesamos (1,2,5,6) x (4,9,10,11)

a) Em caso de igualdade, X est em (3,7,8). 3 mais pesada ou 7 ou 8 a mais leve. Pesamos 7 x 8. Em caso de diferena, X a mais leve. Em caso de igualdade, X 3.

b) Caso P(1,2,5,6) > P(4,9,10,11), ento X est em (1,2). Pesamos 1 x 2; X a mais pesada.


c) Caso P(1,2,5,6) < P(4,9,10,11), ento X est em (4,5,6). 4 pesada ou 5 ou 6 leve. Pesamos 5 x 6. Em caso diferena, X a mais leve. Em caso de igualdade, X 4.

[ ]s

Andr Baptista





SUBJECT: Re: O Problema das 11 moedas - Solucao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 11:01


andrebaptista@uol.com.br wrote:

> Bom, afinal acho que encontrei uma solução. Aí vai, e desculpem a falta de elegância:
>
> Sejam as moedas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11
>
> I) Pesamos (1,2,3,4) contra (5,6,7,8)
>
> a) em caso de igualdade, a moeda X está em (9,10,11). Pesamos 9 x 10. Em caso de igualdade, X é 11. Caso contrário, pesamos 9 x 11. Em caso de igualdade X é 10. Caso contrário, X é 9.
>
> b) em caso de diferença, renomeamos (1,2,3,4) as moedas do grupo mais pesado e (5,6,7,8) as moedas do grupo mais leve.
>
> II) Pesamos (1,2,5,6) x (4,9,10,11)
>
> a) Em caso de igualdade, X está em (3,7,8). 3 é mais pesada ou 7 ou 8 é a mais leve. Pesamos 7 x 8. Em caso de diferença, X é a mais leve. Em caso de igualdade, X é 3.
>
> b) Caso P(1,2,5,6) > P(4,9,10,11), então X está em (1,2). Pesamos 1 x 2; X é a mais pesada.
>
> c) Caso P(1,2,5,6) < P(4,9,10,11), então X está em (4,5,6). 4 é pesada ou 5 ou 6 é leve. Pesamos 5 x 6. Em caso diferença, X é a mais leve. Em caso de igualdade, X é 4.
>
> [ ]´s
>
> André Baptista

Parabens Andreba !
Acho q sua solucao eh correta e difere um pouquinho da
minha ( vc inverte 2 pares de moedas e eu inverti um par ) .
Minha solucao em :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/245




SUBJECT: Re: Em Cingapura, sexo agora eh dever civico
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 11:28

Essa é para provocar um pouco

Como entender o declínio na taxa de fertilidade dos países ricos à
luz da lei da seleção natural? Trabalha-se mais e ganha-se mais
dinheiro para deixar menos descendentes?? Atualmente a população
européia é o dobro da africana. Projeta-se que em 30 ou 50 anos será
a metade. Biologicamente então é melhor ser pobre???

[]´s

André



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/04/2001 11:38

> Os fenômenos que ocorrem em periodo REM nem sempre são sonhos. São
> pensamentos expressados em imagens, porque neste periodo os pensamentos
> são representações plásticas.

Como é o sonho "expressados em imagens" de um cego de nascença?


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Em Cingapura, sexo agora eh dever civico
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 11:51



andrebaptista@uol.com.br wrote:
>
> Essa é para provocar um pouco
>
> Como entender o declínio na taxa de fertilidade dos países ricos à
> luz da lei da seleção natural? Trabalha-se mais e ganha-se mais
> dinheiro para deixar menos descendentes?? Atualmente a população
> européia é o dobro da africana. Projeta-se que em 30 ou 50 anos será
> a metade. Biologicamente então é melhor ser pobre???

A teoria da selecção natural não pode ser utilizada para explicar
comportamentos que são únicos na vida da espécie humana. A especie
humana nunca experimentou nenhum periodo em que podia controlar a
propria natalidade por isso é improvavel que existam mecanismos
geneticos que permitam lidar com isso.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: deu na galileu
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 12:00

Acabei de entrar na revista Galileu On Line e descobri o seguinte:

=================================================================
A homeopatia tem apresentado bons resultados em pessoas que sofrem de
bronquite asmática, alergias, enxaqueca, nevralgias e processos
infecciosos e inflamatórios com recidivas (como os médicos chamam as
recaídas), entre outras doenças. Essa linha terapêutica tem sido utilizada
com sucesso em todos os casos em que é possível melhorar os mecanismos de
defesa e cura do organismo. Assim, a homeopatia pode ser usada em três
frentes distintas: na prevenção (ao manter o equilíbrio harmônico da
pessoa), como solução paliativa (diminuindo o sofrimento do paciente) ou
ainda como terapia curativa (na recuperação da saúde do doente). Um dos
principais fundamentos da homeopatia é o chamado Princípio da Semelhança
(do latim de similia similibus curantur, ou "o semelhante cura o
semelhante"). Segundo esse princípio básico, uma substância que produz
numa pessoa sadia um conjunto de sintomas será capaz de curar os doentes
que apresentarem esta mesma associação sintomática. Portanto, o
medicamento será escolhido em função dos sintomas de cada doente, e não só
em razão do mal. Pois, na homeopatia, a doença é vista como resultado
final do desequilíbrio da pessoa e também pertence a ela: paciente e
doença compõem uma só entidade. Fonte: Lech Michal Szymanski, presidente
do Departamento de Homeopatia da Associação Paulista de Medicina

http://galileu.globo.com/
=================================================================

Preocupante.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: Em Cingapura, sexo agora eh dever civico
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 12:06

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> Essa é para provocar um pouco
>
> Como entender o declínio na taxa de fertilidade dos países ricos à
> luz da lei da seleção natural? Trabalha-se mais e ganha-se mais
> dinheiro para deixar menos descendentes?? Atualmente a população
> européia é o dobro da africana. Projeta-se que em 30 ou 50 anos será
> a metade. Biologicamente então é melhor ser pobre???

Biologicamente independe de se eh pobre ou nao -- biologicamente nao existe=
melhor ou pior... Eticamente (na etica de quem, zefim?) o melhor eh q. a me=
dia da
populacao tenha a melhor condicao de vida possivel sem comprometer a viabil=
idade de geracoes futuras e q. o desvio padrao seja o maior possivel. (Claro=
q. eu
considero a etica uma manifestacao da biologia humana, porem nao eh o q. in=
teressa aqui e esta distincao eh cabivel.)

Mas a queda sub-espontanea das taxas de natalidade com as melhorias das con=
dicoes de vida mostra o quao estupida eh a proposta de legislacao sobre cont=
role
populacional. Politicas educacionais surtem efeitos muito mais duradouros d=
o que imposicoes legais -- ainda q. seja sempre a medio prazo.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: O Problema das 11 moedas
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 12:09

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
>
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> >
> > Mas no nosso problema, temos 11 moedas e 3 pesagens
> > como ficaria o algoritmo?
> > (Eu ja re-resolvi o problema e postarei quando vcs quiserem.)
>
> E com 12 moedas, decobrindo qual é a falsa e se ela pesa menos
> ou mais que as outras?
>

Vc tem certeza q existe a resposta ?

[]s
jocax




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 12:12

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@=
u...> wrote:
> Como é o sonho "expressados em imagens" de um cego de nascença?

Ao q. eu saiba (de novo me metendo em seara alheia) nao ha' visoes nesses s=
onhos. Os cegos sonham com sons basicamente -- e com participacao de outros =

sentidos q. nao estao afetados.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Em Cingapura, sexo agora eh dever civico
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 12:22

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> A teoria da selecção natural não pode ser utilizada para explicar
> comportamentos que são únicos na vida da espécie humana. A especie
> humana nunca experimentou nenhum periodo em que podia controlar a
> propria natalidade por isso é improvavel que existam mecanismos
> geneticos que permitam lidar com isso.

A teoria da selecao natural qdo mal empregada pode ser utilizada para expli=
car qq coisa -- inclusive explicar o que nao existe.

So' pra ilustrar a questao do selecionismo desenfreado -- o programa panglo=
ssiano segundo Gould:

- eh sabido q. houve diversos gargalos na historia humana -- a principal a =
q. teria havido cerca de 100.000 anos atras, qdo havia pouco mais de 10.000 =
humanos
na face da Terra. (esse dado eh contestado, mas existe)

- se esses gargalos foram provocados por falta de recursos (hipotese princi=
pal)
- subpopulacoes com individuos que controlassem o tamanho de sua prole (c=
oito interrompido ou abortos forcados e.g. -- encontramos indicios de povos =

considerados primitivos que praticam isso, inclusive o infanticidio) teriam=
uma vantagem no gerenciamento de recursos locais (conclusao selecionista)
- ja' q. poderiam garantir a sobrevivencia do grupo (hipotese secundaria)

para se evitar mal-estar com selecoes de grupo q. isso poderia parecer apoi=
ar, dir-se-ia q. essas subpopulacoes, provavelmente estruturadas em tribos, =
representam
individuos com certo grau de parentesco -- ateh pelas dificuldades provavei=
s de deslocamento a gds distancias e 'a concentracao de recursos em manchas =
esparsas
pelo ambiente: levando 'a formacao de clans.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Em Cingapura, sexo agora eh dever civico
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 12:25

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> Essa é para provocar um pouco
>
> Como entender o declínio na taxa de fertilidade dos países ricos à
> luz da lei da seleção natural? Trabalha-se mais e ganha-se mais
> dinheiro para deixar menos descendentes?? Atualmente a população
> européia é o dobro da africana. Projeta-se que em 30 ou 50 anos será
> a metade. Biologicamente então é melhor ser pobre???

EH o poder do meme.

A ideologia de que tendo-se menos filhos aumenta-se o grau
de felicidade de todos (dos pais e dos filhos) faz com que
a taxa de natalidade diminua.

Note que metodos eficazes de controle da natalidade sao,
do ponto de vista evolutivo, coisa recentissima e por isso
as populacoes que assumirem esta ideologia tendem a
diminuir no planeta. Individuos portadores de memes que valorizam
a prole em detrimento de confortos materiais, como eu,
( claro que tudo tem um limite ), tendem a se espalhar
pelo planeta.

Acredito que se a ideologia de ter menos que 2 filhos por casal
persistir, o que vai acontecer eh que, devido aa variabilidade
*memetica*, os que nao tem esta ideologia tenderao , a longo prazo,
a dominar o planeta.

Mas, de uma maneira geral, o que esta acontecendo eh um aumento
da populacao do planeta com suas previsiveis consequencias
nefastas ao meio ambiente.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Em Cingapura, sexo agora eh dever civico
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 12:38

Há uma explicação interessante para queda da natalidade nos países
ricos que me ocorreu há uns tempos. A explicação é até bastante
simples: as pessoas querem dar aos filhos uma vida melhor do que
elas proprias tiveram. Um habitante de um país pobre terá como
principal preocupação que os filhos não morram de fome. Ele
próprio é o único sobrevivente de uma grande prole. Um habitante
de um país rico deseja para os filhos uma educação melhor do que
a sua própria educação e uma vida melhor que a sua própria vida.
Assim, a regra utilizada para determinar o número de filhos é
sempre a mesma. O resultado é que é diferente.

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> > Essa é para provocar um pouco
> >
> > Como entender o declínio na taxa de fertilidade dos países ricos à
> > luz da lei da seleção natural? Trabalha-se mais e ganha-se mais
> > dinheiro para deixar menos descendentes?? Atualmente a população
> > européia é o dobro da africana. Projeta-se que em 30 ou 50 anos será
> > a metade. Biologicamente então é melhor ser pobre???
>
> EH o poder do meme.
>
> A ideologia de que tendo-se menos filhos aumenta-se o grau
> de felicidade de todos (dos pais e dos filhos) faz com que
> a taxa de natalidade diminua.
>
> Note que metodos eficazes de controle da natalidade sao,
> do ponto de vista evolutivo, coisa recentissima e por isso
> as populacoes que assumirem esta ideologia tendem a
> diminuir no planeta. Individuos portadores de memes que valorizam
> a prole em detrimento de confortos materiais, como eu,
> ( claro que tudo tem um limite ), tendem a se espalhar
> pelo planeta.
>
> Acredito que se a ideologia de ter menos que 2 filhos por casal
> persistir, o que vai acontecer eh que, devido aa variabilidade
> *memetica*, os que nao tem esta ideologia tenderao , a longo prazo,
> a dominar o planeta.
>
> Mas, de uma maneira geral, o que esta acontecendo eh um aumento
> da populacao do planeta com suas previsiveis consequencias
> nefastas ao meio ambiente.
>
> []s
> jocax
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/

--
joão
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SUBJECT: O problema das 33 moedas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/04/2001 12:47

Este problema foi eu quem inventou :

Existem 33 moedas sendo uma delas falsa podendo ser +leve ou + pesada.
Descobrir com no maximo 4 pesagens numa balanca de 2 pratos
qual eh a falsa E se ela eh + leve ou + pesada.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Problema das 11 moedas
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 12:49



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> Vc tem certeza q existe a resposta ?

A solução para o problema das 12 moedas está no nonio algures em:

http://www.nonio.com/article.php?sid=188

Joao

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: Em Cingapura, sexo agora eh dever civico
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 13:17

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Há uma explicação interessante para queda da natalidade nos países
> ricos que me ocorreu há uns tempos. A explicação é até bastante
> simples: as pessoas querem dar aos filhos uma vida melhor do que
> elas proprias tiveram. Um habitante de um país pobre terá como
> principal preocupação que os filhos não morram de fome. Ele
> próprio é o único sobrevivente de uma grande prole. Um habitante
> de um país rico deseja para os filhos uma educação melhor do que
> a sua própria educação e uma vida melhor que a sua própria vida.
> Assim, a regra utilizada para determinar o número de filhos é
> sempre a mesma. O resultado é que é diferente.

Interessante. Se bem q eu nao concordo muito com a ultima parte
em relacao ao pais pobre :Se eles querem dar uma vida melhor
aos seus filhos tambem poderiam ter menos filhos, visto q os
recursos sao menores que num pais + rico ( talvez eles nao tenham
nem recursos para aquisicao de contraceptivos ).

Mas eu acho q este assunto tocou num ponto interessante.
Antes do surgimento de modernas tecnicas contraceptivas
o aumento da prole de uma familia nao era possivel de ser
controlado eficazmente e, devido ao desejo sexual, as familias
tinham , em geral, uma prole bastante numerosa mesmo para familias
cultas e sem problemas financeiros.

Com o recente advento da pilula anticincepcional principalmente
o controle da prole passou a ser possivel sem que o prazer
sexual fosse prejudicado e, nos paises que o acesso aa este
contraceptivo eh barato, o controle passou a ser dependente da
vontade do casal e nao mais de sua libido.

Ou seja o controle da prole passou de algo que era controlado
pela biologia ( fecundidade e desejo sexual ) para o ambito
dos memes.

E entao, nestes casos, a ideologia do casal definira o tamanho
da prole. Mas o casal quer o melhor para seu(s) filhos e isso
envolve recursos. Basicamente a familia quer maximizar a felicidade
sua e de seus filhos. Eh sabido que a quantidade de recursos
por filho cai com o numero de filhos. Entao um modo de maximizar
a felicidade por filho eh diminuir o numero de filhos.

Mas aih entra uma questao que ninguem analisa que eh a felicidade
total da familia. Se a familia tem bastante recursos o aumento
de um filho pode aumentar a felicidade TOTAL da familia mesmo
que caia um pouco a felicidade POR filho.

E aih entramos na minha formula da quantificacao da felicidade !
Mas como a tabela do prazer , que depende a felicidade, ainda
nao foi preenchida, a maximizacao da felicidade da familia fica
dependendo de fatores subjetivos e ideologicos ( memeticos )....


[]s
jocax



SUBJECT: En: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/04/2001 13:27

Tb dando pitaco...

Segundo um amigo cego (de nascença) me falou, ele sonha tendo as mesmas
sensações que poderia ter acordado, e não somente com sons. Acontece até
mesmo sonhar que está caindo no abismo, sonho mto comum a todos não
deficientes visuais.
Creio que ele não estivesse brincado qdo falou.

Os cegos, sem grande dificuldade extra, dominam as palavras, logo a
abstração. Minha impressão é a de que tal coisa seja mais difícil para
surdos-mudos.

[]s,
Sheila.

----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>


--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@=
u...> wrote:
> Como é o sonho "expressados em imagens" de um cego de nascença?

Ao q. eu saiba (de novo me metendo em seara alheia) nao ha' visoes nesses s=
onhos. Os cegos sonham com sons basicamente -- e com participacao de outros
=

sentidos q. nao estao afetados.



SUBJECT: Re: deu na galileu
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 13:27

--- In ciencialist@y..., "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@f...>
wrote:
> Acabei de entrar na revista Galileu On Line e descobri o seguinte:
>
> =================================================================
> A homeopatia tem apresentado bons resultados em pessoas que sofrem
de
> bronquite asmática, alergias, enxaqueca, nevralgias e processos
> infecciosos e inflamatórios com recidivas (como os médicos chamam as
> recaídas), entre outras doenças. Essa linha terapêutica tem sido
utilizada
> com sucesso em todos os casos em que é possível melhorar os
mecanismos de

Bom, na minha opiniao de cetico leigo eu acredito que a homeopatia
funciona por 2 razoes :

1- O paciente se curaria mesmo q nao tomasse remedio nenhum,
e portanto o q cura eh o proprio corpo e nao a homeopatia.

2- O efeito placebo pode provocar a cura e nao as substancias
que estao nestas pilulazinhas. Isto eh se trocarem o medicamento
vai dar o mesmo resultado. A crenca q se esta tomando medicamento
pode induzir aa cura.

[]s
jocax
PS: nao levem muito a serio,
eh comentario de leigo.






SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/04/2001 13:33

> Alexandre Medeiros perguntou:
> Como é o sonho "expressados em imagens" de um cego de nascença?

> Roberto Takata respondeu:
> Ao q. eu saiba (de novo me metendo em seara alheia) nao ha' visoes
> nesses sonhos. Os cegos sonham com sons basicamente -- e com
> participacao de outros sentidos q. nao estao afetados.

Todavia:
1. embora o cego de nascença nunca tenha enxergado, e;
2. a porção do cérebro responsável pelo processamento de imagens seja
incapaz de
efetivar a interface com olhos transplantados (ou artificiais) após os
primeiros
anos de vida,

Um cego, certamente, percebe o mundo em três dimensões e é capaz de montar
"imagens" tridimensionais do meio ambiente dentro do cérebro. Não terá cores
ou
contrastes, mas é uma imagem com arestas, formas, volume e profundidade.

Assim, será que não é possível que ele sonhe com esse modelo de imagem
descrito acima?

Essa discussão tem um propósito: os computadores ainda são muito burros
para identificar imagens. Na minha opinião, estudando o modo como o cego
"vê"
poderíamos entender melhor o mecanismo de processamento da visão.

Abraços,

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: En: [ciencialist] Re: deu na galileu
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/04/2001 13:34

Dúvida de leiga: A presença dos chamados princípios ativos e substâncias
como arnica, e sei lá mais o quê, que dizem conter os remédios homeopáticos,
não passa de mentira?

[]s,
Sheila.

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>

--- In ciencialist@y..., "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@f...>
wrote:
> Acabei de entrar na revista Galileu On Line e descobri o seguinte:
>
> =================================================================
> A homeopatia tem apresentado bons resultados em pessoas que sofrem
de
> bronquite asmática, alergias, enxaqueca, nevralgias e processos
> infecciosos e inflamatórios com recidivas (como os médicos chamam as
> recaídas), entre outras doenças. Essa linha terapêutica tem sido
utilizada
> com sucesso em todos os casos em que é possível melhorar os
mecanismos de

Bom, na minha opiniao de cetico leigo eu acredito que a homeopatia
funciona por 2 razoes :

1- O paciente se curaria mesmo q nao tomasse remedio nenhum,
e portanto o q cura eh o proprio corpo e nao a homeopatia.

2- O efeito placebo pode provocar a cura e nao as substancias
que estao nestas pilulazinhas. Isto eh se trocarem o medicamento
vai dar o mesmo resultado. A crenca q se esta tomando medicamento
pode induzir aa cura.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Problema das 11 moedas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 14:15



João Mário Miranda wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> >
> > Vc tem certeza q existe a resposta ?
>
> A solução para o problema das 12 moedas está no nonio algures em:
>
> http://www.nonio.com/article.php?sid=188
>

Joao, eu dei uma olhada e nao pareceu q ninguem apresentou solucao correta
para este problema. Vc chegou a verificar pessoalmente e verificou
alguma resposta valida ?
Eu ainda estou achando q o problema das 12 nao tem solucao.

[]s
jocax





SUBJECT: En: [ciencialist] Re: deu na galileu
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 14:50

--- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
> Dúvida de leiga: A presença dos chamados princípios ativos e substâncias
> como arnica, e sei lá mais o quê, que dizem conter os remédios homeopátic=
os,
> não passa de mentira?

Dependendo da potencia do 'remedio' realmente nao se encontra nem traco de =
principio ativo -- eh pura agua.

http://notitia.ig.com.br/servlets/newstorm.notitia.apresentacao.ServletDeNo=
ticia?codigoDaNoticia=46&dataDoJornal=atual

http://paginas.teleweb.pt/~ceptico/entradas/homeopatia.html
http://www.skepdic.com/homeo.html

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/5127?threaded=1

http://www.csicop.org/si/9709/park.html -- este trabalho eh um quase-classi=
co

Pra uma visao pro-homeopatia:

http://www.homeopatia.med.br/

http://www.consultahomeopatica.med.br

E pra um debate:

http://www.strbrasil.com.br/Debate/debate0200.htm

Agua Perrier safra de 1995 eh muito mais barata e igualmente eficaz.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: deu na galileu
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 18:05

--- In ciencialist@y..., "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@f...>
wrote:
> Acabei de entrar na revista Galileu On Line e descobri o seguinte:
>
> =================================================================
> A homeopatia tem apresentado bons resultados em pessoas que sofrem
de
> bronquite asmática, alergias, enxaqueca, nevralgias e processos
> infecciosos e inflamatórios com recidivas (como os médicos chamam as
> recaídas), entre outras doenças...


A revista simplesmente perguntou a um médico homeopata se a homeopatia
funciona. Se tivessem perguntado a um terapeuta urinoterápico se a
urinoterapia funciona, não é difícil descobrir qual seria a resposta.

Mas no caso de homeopatias e acupunturas, como culpar a publicação se
essas práticas são reconhecidas oficialmente pelos próprios médicos
que deveriam combatê-las?

[]s
Ronaldo



SUBJECT: O Problema das 13 moedas
FROM: holanda-lb@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 22:00

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
wrote:
>
[...]
> Eu ainda estou achando q o problema das 12 nao tem solucao.
>
> []s
> jocax

Não só tem solução o problema de 12 moedas como com 13 também tem,
conforme eu já havia dito. Quando digo que tem solução me refiro ao
fato de que tendo-se 13 (ou 12) moedas e fazendo 3 pesagens numa
balança de equilíbrio (naquela de 2 pratos) descobre-se qual é a moeda
com peso diferente não se ocupando em descobrir se a que tem peso
diferente é a mais leve ou a mais pesada.
Com apenas 3 pesagens, existe a probabilidade de que não se consiga
saber se a moeda diferente é a mais leve ou a mais pesada das 13.
Logo, com 3 pesagens pode-se com certeza descobrir qual é a que tem
peso diferente; mas não se pode descobrir para todas os casos
possíveis, se a que tem peso diferente é a mais leve ou a mais pesada.


Abraços,
Leandro.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Problema das 11 moedas
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/04/2001 22:04



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Joao, eu dei uma olhada e nao pareceu q ninguem apresentou solucao correta
> para este problema. Vc chegou a verificar pessoalmente e verificou
> alguma resposta valida ?
> Eu ainda estou achando q o problema das 12 nao tem solucao.

Eu não cheguei a verificar com rigor se as soluções estão certas ou
não. No entanto pareceu-me que duas delas estavam correctas. Em
particular esta solução

http://www.nonio.com/comments.php?sid=188&tid=363

parece interessante porque propõe uma forma sistematica de resolver
o problema. Vou transcrever a parte que interessa. Não fui eu que
descobri. Eu sempre achava que o problema não tinha solução:

Método Científico:

O método correcto consiste em pesar quatro moedas contra quatro
outras em cada uma das três pesagens e anotar o resultado em cada
uma das pesagens; Fixando, por exemplo, como referência o prato
esquerdo da balança, então em cada uma das pesagens individuais
temos três resultados possíveis: o prato esquerdo está mais pesado (P)
ou mais leve (L) ou igual (I), em relação ao prato direito. Ou seja,
podemos anotar os resultados como, por exemplo (PLP), que significa
pesagem 1, prato esquerdo mais PESADO, pesagem 2, prato esquerdo
mais LEVE, pesagem 3, prato esquerdo mais PESADO.

Uma vez que são permitidas três pesagens, o número de resultados
que pode ser obtido é tão somente o número de arranjos (com
repetições) dos três simbolos (P, L e I), ou seja, 27. Se usarmos TODAS
as 12 moedas nas três pesagens e assegurarmos que nenhuma das
moedas permanece NO MESMO PRATO DURANTE AS TRES PESAGENS,
então há três resultados que não são possíveis (PPP, LLL e III) pelo
que passamos a ter 24 resultados possíveis.

Sendo assim é possivel estabelecer uma relação unívoca entre o
resultado das três pesagens e a conclusão de que uma das moedas em
particular é mais leve ou mais pesada.

Os 24 resultados podem ser dividos em dois grupos de 12 cada. Se
chamarmos reverso de um resultado ao resultdo obtido por substituíção
de P por L, L por P e não alterando I, um dos grupos de 12 será o
reverso do outro e vice-versa. Podemos então escrever os 24 resultados
na forma de duas matrizes, cada umad delas possuindo 3 linhas (as
três pesagens) e 12 colunas (as doze moedas) de modo a que cada
linha contenha 4 P's, 4 L's e 4 I's. Por exemplo (vamos supor as
moedas numeradas de 1 a 12):

P P P P L L L L I I I I
L I I I L L P P P L P I
I P L I P I L P P I L L

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

L L L L P P P P I I I I
P I I I P P L L L P L I
I L P I L I P L L I P P

Consideraremos apenas a matriz de cima e para cada pesagem,
colocaremos as moedas correspondentes a um P no prato da esquerda e
as bolas correspondentes a um L no prtao da direita. Por exemplo:

Pesagem 1: 1,2,3,4 contra 5,6,7,8
Pesagem 2: 7,8,9,11 contra 1,5,6,10
Pesagem 3: 2,5,8,9 contra 3,7,11,12

Os resultados das pesagens são anotados e pode concluir-se qual a
moeda falsa procurando a combinação equivalente na matriz acima. Por
exemplo, PLI e a bola 1 é a mais pesada; se IIL então a bola 12 é mais
pesada, etc; Se obtivermos um resultado que aparece na matriz inferior
concluímos que a bola correspondente é mais leve... Assim para LPI, a
bola 1 é mais leve, IIP significa que a bola 12 é mais leve etc...

Este método de solução permite-nos verificar como generalizar este
problema. De facto assim
podemos descobrir a moeda falsa entre 39 moedas com quatro
pesagens ou entre 120 moedas com cinco pesagens. Esta operação
manifestamente difícil com um método de "força-bruta"...

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: Em Cingapura, sexo agora eh dever civico
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/04/2001 22:22

Eu escrevi
>
> Como entender o declínio na taxa de fertilidade dos países ricos à
> luz da lei da seleção natural? Trabalha-se mais e ganha-se mais
> dinheiro para deixar menos descendentes?? Atualmente a população
> européia é o dobro da africana. Projeta-se que em 30 ou 50 anos será
> a metade. Biologicamente então é melhor ser pobre???
>

Algumas considerações adicionais

A explosão populacional que ocorre nos país pobres é decorrência não da
pobreza, mas do desenvolvimento que está chegando: aumento da expectativa de
vida e diminuição da taxa de mortalidade infantil. O mesmo não ocorre na
europa porque já aconteceu, nos séculos XVIII e XIX principalmente, quando a
população européia cresceu muito mais rapidamente do que a africana. O
supercrescimento da população africana talvez venha apenas reestabelecer a
proporção populacional que havia antes da revolução industrial.

Por mais que seja reducionista e talvez impróprio analisar pelo lado da
seleção natural, é interessante fazer certas comparações. Inglaterra e
França, por exemplo, são duas potências historicamente rivais e parelhas. Em
1750, a Grã-Bretanha tinha 10 milhões de habitantes, e a França por volta de
21 milhões. Se olharmos o que aconteceu nesses dois séculos e meio, veremos
que os Britânicos foram incrivelmente mais bem sucedidos na arte de produzir
descendentes (o que obviamente foi precedido pela arte de conquistar
territórios)

O que o gens britânicos tem a mais do que os franceses, para se multiplicar
dessa maneira? Será que, como diria Gould, não existe uma mãozinha do acaso
aí? Será que o simples acaso de a Inglaterra ser uma ilha, e portanto estar
livre de conflitos fronteriços (ao contrário da França, que gastava quase
todo seu orçamento militar com campanhas terrestres) podendo poupar os
recursos que favoreceram sua expansão maritíma, e, em última instância,
genética?

De qualquer modo, a europa parece atravessar uma fase de suicídio
populacional. Acho a explicação de "querer dar um padrão melhor de vida para
os filhos" uma desculpa um tanto forçada para não ter filhos, pelo menos
para pessoas com um nível de vida já razoável. Quem quer ter filhos em geral
tem, dá um jeito. O que ocorre na minha opinião é uma espécie de "stress da
civilização", que diminuí o prazer e o ímpeto para se cultivar relações
estáveis e se formar famílias.

A explosão populacional nos países pobres é um problema grave,sem dúvida
alguma. Mas tentar impor de fora algum tipo de controle populacional pode
ser visto também como um meio dos países ricos pouparem recursos naturais
para seus próprios descendentes. É uma questão complicada. Será que no
futuro teremos que estabelecer cotas étnicas para reprodução?

Eu, psicologicamente falando, gostaria de ter muitos filhos. Na prática não
vou tê-los, por motivos econômicos e também por motivos éticos, por que não
quero contribuir para a superpopulação do mundo. Mas será que esse motivo
ético é sincero? Se eu tivesse condições economicas de dar boa educação a
vinte filhos, isso seria anti-ético?

Existe alguma vantagem evolutiva em se ter poucos filhos? Talvez filhos de
familias pequenas tenham mais amor dos pais, estudem mais, trabalhem mais, e
tenha uma probabilidade de se casar e ter filhos maior. Isso é apenas uma
conjectura. Talvez não haja vantagem nenhuma, e os descendentes daqueles que
tem muitos filhos herdarão a terra. Qual o problema da população da África
ser três vezes maior do que a européia daqui a cem anos? Não vejo nenhum
problema ético nisso. Mas será que os europeus estarão dispostos a dividir o
bolo na mesma proporção?

É estranha essa época em que temos que limitar nosso número de filhos por
motivos éticos. Tenho poucos filhos para que um Chinês e um Afegão também
possam ter os seus, e não tenhamos que condenar nossos descendentes a uma
luta pelos recursos escassos. Como devia ser boa a época em que podia ter
filhos livremente (bom, nesse aspecto apenas - e talvez apenas para os
homens - , por que a vida em geral era muito mais dura e breve).

[ ] ´s

André Baptista



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Problema das 11 moedas
FROM: Patryk Sofia Lykawka <pksl@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/04/2001 00:32

At 11:12 23/04/01 +0000, jocax wrote:

>> Eu conheci esse problema das moedas numa disciplina de teoria
>dos
>> numeros. No caso, provamos por inducao que com 3 pesagens era
>possivel
>> descobrir a moeda adulterada dentre 27 moedas..
>
>
>Mas nesse modelo tambem se descobria se a moeda falsa era
>mais leve ou mais pesada que as outras?
>
>[]s
>jocax

Apenas se a moeda era adulterada. No caso do problema, era informado se
a moeda falsa era mais leve ou mais pesada.


Patryk


SUBJECT: Querelância
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/04/2001 01:50

Caros colegas,

Algum gostaria de comentar o "delirante" texto do Sr. Olavo de Carvalho?

Fonte: O GLOBO

[]s

Raul

---------------------------------------------

Holocausto contnuo

Desde 1789, praticamente todas as perseguies em massa, todos os genocdios do mundo seguiram o mesmo esquema, obsessivamente repetitivo e invarivel: o sacrifcio dos crentes pelos ateus militantes. O quadro aterrador. Frana, Mxico, Espanha: matana dos catlicos. Rssia e pases satlites: matana dos cristos ortodoxos (catlicos, na Polnia, na Crocia e na Hungria). Alemanha: matana dos judeus. China, Tibete, Indonsia etc.: matana dos budistas e muulmanos. Total: mais de cem milhes de mortos.


Em todos esses casos, a vtima religiosa, o assassino ateu, materialista, progressista, darwinista, portador do projeto de "um mundo melhor" em qualquer de suas inmeras verses. Esse o fato mais constante e mais ntido da histria moderna, e tambm o mais ignorado, omitido, disfarado. O homem religioso uma espcie em extino, no porque suas crenas tenham sido substitudas por outras melhores, mas porque est sendo extinto fisicamente.


No obstante, ainda h quem acredite que as religies, e no as ideologias atesticas, cientificistas e materialistas, so responsveis pela falta de liberdade no mundo. Da que a propaganda anti-religiosa, malgrado os efeitos devastadores que produziu, seja aceita no somente como atividade cultural elevada e digna, mas como um dos pilares mesmos do sistema democrtico e at como expresso suprema dos mais belos ideais humanos. Quando milhes de jovens imbecilizados pela mdia chegam s lgrimas de comoo idealstica ao ouvir em "Imagine, de John Lennon, a descrio de uma sociedade paradisaca, nem de longe percebem que seu apelo supresso de todas as religies , em essncia, uma legitimao do maior dos genocdios.


Nos pases em que no sofrem violncia fsica, os religiosos vem suas crenas excludas do debate superior sob a alegao da neutralidade do Estado leigo, e expostas derriso em publicaes acadmicas sem direito de resposta. Nos filmes, raramente aparece um padre ou pastor protestante que no seja virtualmente um psicopata, um pedfilo ou um serial killer.


Mesmo os rabinos, que durante um tempo foram poupados de ataques cinematogrficos diretos por conta da memria recente do Holocausto nazista, j comeam a ser mostrados como repressores insanos. A blasfmia imposta ao pblico por um establishment industrial milionrio apresentada como expresso da liberdade criadora de artistas independentes, e qualquer protesto de entidades religiosas isoladas e impotentes logo sufocado em nome da liberdade e da tolerncia. Desse tipo de liberdade dizia Eric Voegelin: "At os nacional-socialistas defendiam a liberdade. A liberdade para eles, claro, com excluso de todos os outros."


A rigor, no h qualquer diferena significativa entre uma teoria biolgica racista, que sem nenhuma inteno poltica explcita acabe concorrendo indiretamente para justificar a discriminao de negros, amarelos, judeus ou rabes, e uma argumentao anti-religiosa que, com a maior inocncia e os ares mais democrticos do mundo, ajude a amortecer na opinio pblica a conscincia do horror das matanas de crentes. Em ambos os casos h cumplicidade ao menos inconsciente com o genocdio. A diferena que todos os crimes do racismo, somados, no produziram metade do efeito letal da anti-religio.


No entanto, os prprios religiosos, com freqncia, se recusam a perceber que o dio anti-religioso do mundo moderno geral, que ele se volta contra todas as religies e no contra alguma delas em particular. A maioria deles parece ainda mais empenhada em polmicas inter-religiosas do que na defesa comum do direito de crer em Deus.


Historicamente, a cegueira para o perigo comum j foi, entre os sculos XVI e XVIII, a causa de que a religio (catlica, no caso) perdesse sua legitimidade de poder pblico, cedendo-a aos Estados nacionais nascentes. Um clero intelectualmente frgil, sem medida de comparao possvel com a elite esclarecida dos sculos XII e XIII, revelou-se incapaz de rearticular a civilizao ameaada pela pululao de seitas em guerra, e in extremis a Europa foi salva pela emergncia da nova autoridade, nacional e monrquica. Mas o advento desta no apenas acelerou o processo de fragmentao da conscincia religiosa como tambm elevou incalculavelmente o potencial destrutivo das guerras, que, de conflitos locais entre grupos, se tornaram lutas de grande escala entre nao e nao.


Hoje, a ascenso de um poder global ateu e materialista apela, novamente, urgncia de apaziguar conflitos inter-religiosos, em muitos casos fomentados por "agentes provocadores". E de novo os intelectuais religiosos s que, agora, de todas as religies se mostram incapazes de apreender o quadro geral. Apegando-se a velhas polmicas dogmticas que podem ter sua importncia, mas que nesse quadro se tornam extemporneas e suicidas, parecem julgar mais importante humilhar as religies concorrentes do que enfrentar o inimigo comum que vai esmagando todas elas juntas.


No Coro, Deus adverte a muulmanos, judeus e cristos: "Concorrei na prtica do bem, que no juzo final Ns dirimiremos as vossas divergncias." Se, na prtica, nem todas as divergncias podem ser adiadas para o juzo final, algumas, pelo menos, podem ficar para depois de passado o perigo imediato, e outras podem ser canalizadas para uma simples "concorrncia na prtica do bem". Qualquer disputa interconfessional que no esteja numa dessas duas categorias ameaa tornar-se, na situao presente, apenas um pretexto piedoso para fazer o mal.


PS - No escrevi este artigo pensando no filme "O Corpo", mas este um exemplo escandaloso de tudo o que a digo. Filmes como esse no devem ser respondidos com pedidos de censura, que s ajudam a sustentar a farsa do artista coitadinho perseguido pela autoridade inquisitorial, disfarando a dura realidade das organizaes religiosas inermes e marginalizadas que gemem sob o taco da mais poderosa indstria de propaganda que j existiu no universo. O que se deve fazer deixar que vo s telas, que faam sucesso e em seguida processar os produtores por cumplicidade moral no massacre de religiosos, cobrando indenizaes pesadas. As organizaes crists, judaicas e muulmanas deveriam juntar-se para isso aproveitando que "O Corpo" esculhamba com as trs religies ao mesmo tempo e fazer a coisa doer na nica parte sensvel desses safados: o bolso.


-----------------------------------------



[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] deu na galileu
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/04/2001 02:27

Caro Tarcisio,

Sim é realmente preocupante. E daí que a fonte é um homeopata de
carteirinha? Se fosse uma revista séria, procuraria ouvir outros
profissionais médicos. Claro, aqueles médicos que conhecem verdadeiramente o
método científico, bem como os princípios básicos da homeopatia e estão
dispostos a dar sua "cara à tapa" em nome da medicina científica, baseada em
evidências.

Eu, como aluno de medicina, não entendo como a homeopatia é autorizada pelo
CFM sob o ponto de vista científico, mas se analisarmos a questão sob um
perspectiva política e corporativista as coisas ficam mais claras...

Eu também não entendo como a vigilância sanitária permite que se venda
"água" como medicamento. É um absurdo.

É bom lembrar que após minha formatura eu não poderei mais criticar
publicamente a homeopatia, sob pena de sofrer represálias por parte do CFM.
Daí o fato de poucos médicos manifestarem publicamente sua opinião sobre o
assunto.


[]s
Raul




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: deu na galileu
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/04/2001 09:10


>2- O efeito placebo pode provocar a cura e nao as substancias
que estao nestas pilulazinhas. Isto eh se trocarem o medicamento
vai dar o mesmo resultado. A crenca q se esta tomando medicamento
pode induzir aa cura.

O efeito placebo, parece ele mesmo estabelecer curas.
Então, que tip ode doença será esta que se cura por placebos ?
Os sintomas são os mesmos , as reacções iguais, e a cura nada. Um simples
nada cura algo. QQ coisa.
Vi uma vez , no dicovery Channel , que existem médicos (nos EUA ou na
Inglaterra, já não me lembro bem ) a fazerem intervenções cirúrgicas ao
cérebro, placebo. (fazem-se uns boraquinhos para simular que ouve
intervenção)
O que acontece é que as pessoas se curam.
Então, como fica ?
Não é esta a prova que a doença é tanto um estado mental como físico ?
E se sim,... pq gastar dinheiro em drogas, se simplesmente temos o efeito
placebo .. ?

Algum comentário ?


Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: deu na galileu
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/04/2001 09:19

Sérgio Taborda wrote:

> >2- O efeito placebo pode provocar a cura e nao as substancias
> que estao nestas pilulazinhas. Isto eh se trocarem o medicamento
> vai dar o mesmo resultado. A crenca q se esta tomando medicamento
> pode induzir aa cura.
>
> O efeito placebo, parece ele mesmo estabelecer curas.
> Então, que tip ode doença será esta que se cura por placebos ?
> Os sintomas são os mesmos , as reacções iguais, e a cura nada. Um simples
> nada cura algo. QQ coisa.
> Vi uma vez , no dicovery Channel , que existem médicos (nos EUA ou na
> Inglaterra, já não me lembro bem ) a fazerem intervenções cirúrgicas ao
> cérebro, placebo. (fazem-se uns boraquinhos para simular que ouve
> intervenção)
> O que acontece é que as pessoas se curam.
> Então, como fica ?
> Não é esta a prova que a doença é tanto um estado mental como físico ?
> E se sim,... pq gastar dinheiro em drogas, se simplesmente temos o efeito
> placebo .. ?
>
> Algum comentário ?
>

Pq nem toda crenca pode curar.

Por exemplo, 20% dos pacientes se curam com a crenca em 30%
das doencas, mas 90% dos pacientes se curam com medicamento
em 80% das doencas.

Entao o placebo seria eficaz em 10%*20% dos casos = 6% dos casos.
e o medicamento em 90%80% = 72% dos casos

[]s
jocax
PS: os numeros foram chutados









SUBJECT: Re: O Problema das 13 moedas
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/04/2001 09:36

--- In ciencialist@y..., holanda-lb@b... wrote:
> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos
<jocax@u...>
> wrote:
> >
> [...]
> > Eu ainda estou achando q o problema das 12 nao tem solucao.
> >
> > []s
> > jocax
>
> Não só tem solução o problema de 12 moedas como com 13 também
tem,
> conforme eu já havia dito. Quando digo que tem solução me refiro ao
> fato de que tendo-se 13 (ou 12) moedas e fazendo 3 pesagens numa
> balança de equilíbrio (naquela de 2 pratos) descobre-se qual é a
moeda
> com peso diferente não se ocupando em descobrir se a que tem peso
> diferente é a mais leve ou a mais pesada.
> Com apenas 3 pesagens, existe a probabilidade de que não se
consiga
> saber se a moeda diferente é a mais leve ou a mais pesada das 13.
> Logo, com 3 pesagens pode-se com certeza descobrir qual é a que tem
> peso diferente; mas não se pode descobrir para todas os casos
> possíveis, se a que tem peso diferente é a mais leve ou a mais
pesada.
>


Mas vc esta falando de problemas distintos.

O problema que eu me referia era de encontrar a moeda falsa
e TAMBEM saber se ela eh mais leve ou + pesada.

*Nestas condicoes* que estou afirmando que nao acredito haver
solucao para o problema das 12 moedas.

[]s
jocax

PS: ALGUEM RESOLVEU O PROBLEMA DAS 33 MOEDAS COM 4 PESAGENS
QUE EU INVENTEI?




SUBJECT: Re: Querelância
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/04/2001 10:08

>
> Alguém gostaria de comentar o "delirante" texto do Sr. Olavo de
Carvalho?
>

Olá Raul.

Gostaria de ter esse texto impresso em jornal, pois ele poderia ser
muito útil para mim, por exemplo para limpar o cocô do cachorro. Essa
é principal desvantagem da mídia eletrônica: não serve para limpar o
cocô do cachorro. Só me resta apertar a tecla "delete" e enviar o
dito texto aos quintos dos infernos. :-)

Tomei a liberdade de postar o mesmo texto nas listas sbcr e ceticismo-
br, onde o mesmo poderá ser devidamente massacrado pelo "buldogue dos
céticos" Daniel.

abraços,

André Baptista







SUBJECT: Re: O Problema das 11 moedas
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/04/2001 10:26

>
> Eu não cheguei a verificar com rigor se as soluções estão certas ou
> não. No entanto pareceu-me que duas delas estavam correctas. Em
> particular esta solução
>
> http://www.nonio.com/comments.php?sid=188&tid=363
>
> parece interessante porque propõe uma forma sistematica de resolver
> o problema. Vou transcrever a parte que interessa. Não fui eu que
> descobri. Eu sempre achava que o problema não tinha solução:

Joao, vc tem razao !
Realmente parece resolver !!
GENIAL !!

abracos
jocax
PS: tenho q admitir que meu achismo sobre
este problema estava errado :-(((





SUBJECT: Re: Querelancia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/04/2001 12:14

Pra q. perder tempo com o 'filosofo' Olavo de Carvalho?

Ele eh tao pertinente na analise socio-politica brasileira qto Diogo
Mainardi na literatura. (Estou pra incluir Jabor na lista, mas de qdo em
qdo ele fala algo interessante.)

O unico poder de fogo q. possuem eh em criar 'polemicas'. Eles se
alimentam -- e a seus egos -- da celeuma q. provocam na escumalha (pra
nao me acusarem de elitismo -- eu faco parte da rale', segundo os
criterios do ibge).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: deu na galileu
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/04/2001 12:25

--- In ciencialist@y..., Sergio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> Nao e' esta a prova que a doenca e' tanto um estado mental como fisico ?
> E se sim,... pq gastar dinheiro em drogas, se simplesmente temos o
> efeito placebo .. ?

Insisto: o mental eh uma manifestacao do fisico.

Mas, sim, o efeito placebo eh um forte indicador de como o estado de
funcionamento do cerebro afeta outros orgaos. (Do mesmo modo como uma
cirrose hepatica afeta o funcionamento do cerebro e do coracao.)

Porem o efeito placebo funciona apenas para cerca de 30% dos casos -- eh o
valor medio q. se obtem nos testes duplo-cegos. A intencao eh justamente
obter a melhora ou a cura em uma proporcao maior do q. esses 30% do
placebo.

Agora, claro q. seria interessante estudar o fenonemo para tentar melhorar
sua eficiencia a ponto de poder ser utilizado como tratamento em diversas
doencas psicogenicas e poder saber qdo prescrever um placebo. (Ao q. tenho
conhecimento o placebo eh utilizado como tal em algumas situacoes.)

O efeito de todo modo aparentemente nao eh tao simples e pode envolver
diversas vias hormonais e neurais.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Mais asneiras contra evolucao
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/04/2001 12:50

--- In sbcr@y..., "Cleudo" <cleudo@m...> wrote:
> Oj, Navega, eu li certa vez que ainda ha' um elemento criador
> desconhecido pela ciencia, pois o surgimento do primeiro ser vivo seria
> estatisticamente muito pouco provavel.
> Sabe dizer se isto tem procedencia ?
> (extensivo ao pessoal de ciencias biologica)

Bobagem,

esse argumento parte de duas premissas sabidamente erradas:

* o primeiro organismo vivo era bastante complexo;
* o evento se deu puramente por acaso;

Segundo um dos modelos atualmente mais promissores de origem da vida eh q.
os primeiros organismos vivos (ou protoorganismos) eram simples moleculas
nuas de ARN q. se auto-replicavam.

A evoluca eh contingente, mas a selecao nao eh casual -- embora nao seja
dirigida com uma visao para o futuro, ela eh fruto da interacao do meio
com o organismo seguindo regras especificas (seria quase como clamar q. a
gravidade eh aleatoria -- embora o resultado de interacoes a longo prazo
em sistemas com mais de dois corpos nao seja facilmente predizivel).

Para se dizer q. o surgimento de uma cadeia auto-replicante de ARN seria
estatisticamente improvavel seria preciso estabelecer o espaco amostral
das cadeias de ARN q. poderiam ser formadas nas condicoes da Terra 'a
epoca e a proporcao dessas cadeias q. teriam a propriedade de
auto-replicacao.

Mais infos em Talk.origins:

http://www.talkorigins.org/faqs/abioprob.html
http://www.talkorigins.org/faqs/faq-abiogenesis.html

Textos relacionados:

http://www.talkorigins.org/faqs/chance/chance.html
http://www.talkorigins.org/faqs/thermo/probability.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Mais asneiras contra evolucao
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/04/2001 12:58

Roberto, tenho a impressão que você respondeu para a lista errada...
Acho que o Cleudo nem faz parte desta lista.


--- In ciencialist@y..., Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@a...> wrote:
> --- In sbcr@y..., "Cleudo" <cleudo@m...> wrote:
> > Oj, Navega, eu li certa vez que ainda ha' um elemento criador
> > desconhecido pela ciencia, pois o surgimento do primeiro ser vivo
seria
> > estatisticamente muito pouco provavel.
> > Sabe dizer se isto tem procedencia ?
> > (extensivo ao pessoal de ciencias biologica)
>
> Bobagem,
>
> esse argumento parte de duas premissas sabidamente erradas:
>
> * o primeiro organismo vivo era bastante complexo;
> * o evento se deu puramente por acaso;
>
> Segundo um dos modelos atualmente mais promissores de origem da
vida eh q.
> os primeiros organismos vivos (ou protoorganismos) eram simples
moleculas
> nuas de ARN q. se auto-replicavam.
>
> A evoluca eh contingente, mas a selecao nao eh casual -- embora nao
seja
> dirigida com uma visao para o futuro, ela eh fruto da interacao do
meio
> com o organismo seguindo regras especificas (seria quase como
clamar q. a
> gravidade eh aleatoria -- embora o resultado de interacoes a longo
prazo
> em sistemas com mais de dois corpos nao seja facilmente predizivel).
>
> Para se dizer q. o surgimento de uma cadeia auto-replicante de ARN
seria
> estatisticamente improvavel seria preciso estabelecer o espaco
amostral
> das cadeias de ARN q. poderiam ser formadas nas condicoes da
Terra 'a
> epoca e a proporcao dessas cadeias q. teriam a propriedade de
> auto-replicacao.
>
> Mais infos em Talk.origins:
>
> http://www.talkorigins.org/faqs/abioprob.html
> http://www.talkorigins.org/faqs/faq-abiogenesis.html
>
> Textos relacionados:
>
> http://www.talkorigins.org/faqs/chance/chance.html
> http://www.talkorigins.org/faqs/thermo/probability.html
>
> []s,
>
> Roberto Takata



SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Re: deu na galileu
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/04/2001 14:18

On Mon, 23 Apr 2001, Sheila wrote:
> Dúvida de leiga: A presença dos chamados princípios ativos e substâncias
> como arnica, e sei lá mais o quê, que dizem conter os remédios homeopáticos,
> não passa de mentira?
> Sheila.

Se vc pegar algo em torno de um milhão de frascos homeopáticos será capaz
de encontrar uma molécula de arnica. É claro que o número varia de acordo
com a diluição.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br




SUBJECT: Re: Querelância
FROM: cetico@hotmail.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/04/2001 19:04

> Tomei a liberdade de postar o mesmo texto nas listas sbcr e
ceticismo-
> br, onde o mesmo poderá ser devidamente massacrado pelo "buldogue
dos
> céticos" Daniel.

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Essa é boa!! COnfesso que o apelido não me parece inapropriado... até
gosto dele!!
:)

Bom, sinto desapontá-lo, mas acho que é caso de straight jacket,
camisa de força. Tou ocupado demais para responder a um louco desse
tamanho que nem pertence às listas. Vamos fazer a formalização, o
movimento com a homeopatia e os adesivos acontecerem que lucramos mais

[]s


Daniel
PS: por exemplo, acabei de enviar uma denúncia ao CRP contra aquela
psicóloga que foi no chat do batepapo.com. Te mando na sequência.



SUBJECT: Re: Querelância
FROM: cetico@hotmail.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/04/2001 19:06

> Tomei a liberdade de postar o mesmo texto nas listas sbcr e
ceticismo-
> br, onde o mesmo poderá ser devidamente massacrado pelo "buldogue
dos
> céticos" Daniel.

KKKKKKKKKKKK

Confesso que não só é adequado como eu gostei do apelido!!!
lol

Bom, sinto desapontá-lo, mas esse cara não toma o remédio tarja preta
necessário há anos, não tenho tempo a perder com isso. Se fizermos a
discussão de estatuto, o movimento contra a homeopatia e os adesivos
acontecerem lucramos mais.

[]s


Daniel
PS: Vou te mandar a denúncia q mandei hoje ao crp contra a psicóloga
q fez o chat no batepapo.com



SUBJECT: Re: Querelância
FROM: cetico@hotmail.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/04/2001 19:09

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOPSSSSSSS!!!!!!!!!!!!

Desculpem a mancada dupla. Meu erro foi não mudar o destinatário, mas
o yahooo também me deu uma tela de login como resposta a ambas as
vezes que mandei a mensagem (pela web).

[]s

Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Querelância
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/04/2001 19:38

>>Holocausto contínuo

Desde 1789, praticamente todas as perseguições em massa, todos os genocídios do mundo seguiram o mesmo esquema, obsessivamente repetitivo e invariável: o sacrifício dos crentes pelos ateus militantes. O quadro é aterrador. França, México, Espanha: matança dos católicos. Rússia e países satélites: matança dos cristãos ortodoxos (católicos, na Polônia, na Croácia e na Hungria). Alemanha: matança dos judeus. China, Tibete, Indonésia etc.: matança dos budistas e muçulmanos. Total: mais de cem milhões de mortos.<<

O quadro não é aterrador e eles não morreram, apenas se libertaram de seus corpos materiais (como ligeiros sacrifícios divinos) e foram para o paraíso. Cumpriram o seu destino e agora gozam de todo o esplendor celeste. Cem milhões de bons exemplos que devem ser seguidos pelos demais.
E assim caminhará a humanidade sob o meu manto protetor.

[]'
deus
=============





SUBJECT: Re: [ciencialist] Desafio
FROM: "Enrico" <enrico@rol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/04/2001 00:49

Ninguém consegui responder até agora???
----- Original Message -----
From: Enrico <enrico@rol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Sunday, April 22, 2001 7:13 PM
Subject: [ciencialist] Desafio


Em vista do último problema proposto, resolvir dar minha colaboração:


Carlos foi para a Inglaterra passar suas férias. Após quatro semanas seu
dinheiro estava acabando por isso ele resolveu escrever ao seu pai pedindo
mais dinheiro. Como ambos eram matemáticos Carlos escreveu na carta.



SEND
+ MORE
MONEY

Qual foi a quantia que Carlos pediu ao seu pai?



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
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SUBJECT: Sid
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
CC: Ricardo dos Santos Ramin <rsr00@fisica.ufpr.br>
DATE: 25/04/2001 11:14

Tenho aqui um textículo do Siddhartha Gautama [que chamarei de Sid] por
muitos conhecido como Buda. É a 5a. parte do livro Atthaka [livro das
oitavas].

==========================================================
O Melhor - Paramatthaka Sutta

A pessoa que tem preconceitos favoráveis a determinado sistema filosófico
os tem também contrários a outros sistemas. Uma pessoa assim disputa, e
não consegue vencer o motivo da disputa.

Ela se apega a tudo o que parece "bom", que soe "bem". Ela se apega às
ações que em particular lhe pareçam boas, a tudo, enfim, quanto pense ser
bom e, ao fazê-lo, rotula as demais coisas de más.

Todos os que possuem experiência nesse campo concordam em que o homem que
rotula uma coisa deverá tornar-se, por isso mesmo, incapaz de vê-la como
naturalmente é. É por esse motivo que o indivíduo disciplinado não deve
dar colorido ao que vê, nem ao que ouve, devendo limitar-se à contemplação
do fato em si. Também não deve basear a sua fé na virtude, nem nas
vitórias que alcance, ou na tradição.

Ele não se deve fundamentar num sistema organizado de filosofia, como
também deve mostrar-se favorável a qualquer deles, quer por suas palavras,
quer por ações. Não se considera "melhor", nem "pior" do que os outros e
nem mesmo "igual".

Livre de preconceitos e de simpatias e sem se deixar influenciar por
convenções, o indivíduo disciplinado não pertence a qualquer religião
formal, nem a qualquer seita. Ele não se escraviza a regras
pré-estabelecidas, quaisquer que elas sejam.

Para ele não mais se faz necessário qualquer esforço no sentido de se
transformar nisto, ou naquilo, tanto neste mundo, quanto no próximo. Além
disso, deixa de estudar as diversas filosofias por não mais carecer do
consolo que elas possam oferecer.

Com relação às coisas que vê e ouve, mantém-se inatingível pelo
preconceito; um brâmane [sábio] como esse nunca se deixará levar, nunca se
deixará iludir.

Nada há que aceite, nada há que prefira e não se prende a nenhuma
filosofia em particular. Não é por suas virtudes, ou por seus feitos
gloriosos que o verdadeiro brâmane [sábio] há de atingir a outra margem,
para de lá nunca mais voltar [nirvana].
==========================================================

O texto, embora com diversos problemas [começando pela tradução], tem a
ver com muitos assuntos discutidos aqui na lista.

Estou pensando em fazer um remix de diversas coisas e criar uma nova
religião [budismo-borgeano -> neo-budismo ortodoxo] e assim ganhar uma
grana.

[]s
Sua Santidade
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: RES: [ciencialist] Sid
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/04/2001 11:32

> Tarcisio Borges da Silva Jr escreveu:
> Estou pensando em fazer um remix de diversas coisas e criar uma nova
> religião [budismo-borgeano -> neo-budismo ortodoxo] e assim ganhar uma
> grana.

Engraçado, que tal fundarmos uma religião sem deus, sem promessas, sem
milagres, sem vida além-túmulo, sem ilusão de qualquer tipo... e apenas um
código moral baseado em liberdade de pensamento e crítica?

Duvido que vá conquistar um único crente.

Em suma, o mundo adora ser assombrado por demônios...

Alexandre,

PS: Tarciso, mande pra mim em PVT uma bibliográfica básica sobre budismo.
Tks!


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: O problema das 33 moedas e 100 moedas
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/04/2001 12:57

Ok, tempo esgotado....

O problema das 33 moedas em 4 pesagens eu simplerrimo
para quem conhece a solucao das 11 moedas.
Basta fazer 11 bolinhos de 3 moedas cada totalizando 33 moedas
Procede-se entao ao problemas dos 11 bolinhos que se resolve
do mesmo modo que as 11 moedas.
O resultado do problema dos 11 bolinhos eh um bolinho que contem
uma moeda falsa com seu peso conhecido ( leve ou pesado )
e 2 moedas verdadeiras.
Bom agora eh soh colocar 2 moedas deste bolinho nos pratos
e determinar qual eh a falsa, se equilibrar eh a que sobrar.
============================================

O Problema das 100 moedas ( 9 pilhas de 20gr e uma pilha de 10gr)
eh soh colocar na balanca digital 1 moeda da primeira pilha,
2 da segunda pilha , 3 da terceira .. 10 da 10cima pilha.
Medindo oo resultado verifica-se qual eh a pilha falsa.
Se X = 1+2+3+4+..+10
Se todas fossem verdadeiras o peso seria 20X
Assim a pilha falsa sera : (20X-Pesoreal ) / 10

Ou seja se faltarem 10gramas a pilha falsa sera a primeira pilha
Se faltarem 20Gr a pilha falsa sera a 2. pilha e assim por diante

=========================================
[]s
jocax




SUBJECT: Re: Sid
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/04/2001 13:39

--- In ciencialist@y..., "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@f...>
wrote:
> Tenho aqui um textículo do Siddhartha Gautama [que chamarei de Sid]
por
> muitos conhecido como Buda. É a 5a. parte do livro Atthaka [livro
das
> oitavas].


Tarcisio, achei o texto bonito mas um tanto quanto utopico.
Acredito que nao seja possivel contemplarmos um fato/evento ou o que
quer que seja sem que utilizemos de nossos filtros memeticos
e classifiquemos a informacao de milhares ( milhoes? ) de maneiras
diferentes segundo nossos memes ( crencas/dogmas/ensinamentos/etc..)
e com esta classificacao nos o entenderemos. Se o fenomeno
nao se encaixa em nossas crencas, ha contradicao, podemos duvidar
da informacao ( como normalmente um cetico o faria ) ou duvidarmos
de nossas crencas ( caso a informacao provenha de um fato) e,
neste caso a porta para uma nova crenca eh aberta.

A crenca, a que me refiro, pode ser uma descrenca tambem como
a crenca na inexistencia de deus ou mesmo nas leis fisicas presentes.

De qqr modo acredito ser impossivel comtemplar uma informacao sem
nenhum tipo de julgamento ( filtragem ). O entendimento da informacao
passa pelos filtros sejam eles verdadeiros ou nao.

[]s
jocax


>
> ==========================================================
> O Melhor - Paramatthaka Sutta
>
> A pessoa que tem preconceitos favoráveis a determinado sistema
filosófico
> os tem também contrários a outros sistemas. Uma pessoa assim
disputa, e
> não consegue vencer o motivo da disputa.
>
> Ela se apega a tudo o que parece "bom", que soe "bem". Ela se apega
às
> ações que em particular lhe pareçam boas, a tudo, enfim, quanto
pense ser
> bom e, ao fazê-lo, rotula as demais coisas de más.
>
> Todos os que possuem experiência nesse campo concordam em que o
homem que
> rotula uma coisa deverá tornar-se, por isso mesmo, incapaz de vê-la
como
> naturalmente é. É por esse motivo que o indivíduo disciplinado não
deve
> dar colorido ao que vê, nem ao que ouve, devendo limitar-se à
contemplação
> do fato em si. Também não deve basear a sua fé na virtude, nem nas
> vitórias que alcance, ou na tradição.
>
> Ele não se deve fundamentar num sistema organizado de filosofia,
como
> também deve mostrar-se favorável a qualquer deles, quer por suas
palavras,
> quer por ações. Não se considera "melhor", nem "pior" do que os
outros e
> nem mesmo "igual".
>
> Livre de preconceitos e de simpatias e sem se deixar influenciar por
> convenções, o indivíduo disciplinado não pertence a qualquer
religião
> formal, nem a qualquer seita. Ele não se escraviza a regras
> pré-estabelecidas, quaisquer que elas sejam.
>
> Para ele não mais se faz necessário qualquer esforço no sentido de
se
> transformar nisto, ou naquilo, tanto neste mundo, quanto no próximo.
Além
> disso, deixa de estudar as diversas filosofias por não mais carecer
do
> consolo que elas possam oferecer.
>
> Com relação às coisas que vê e ouve, mantém-se inatingível pelo
> preconceito; um brâmane [sábio] como esse nunca se deixará levar,
nunca se
> deixará iludir.
>
> Nada há que aceite, nada há que prefira e não se prende a nenhuma
> filosofia em particular. Não é por suas virtudes, ou por seus feitos
> gloriosos que o verdadeiro brâmane [sábio] há de atingir a outra
margem,
> para de lá nunca mais voltar [nirvana].
> ==========================================================
>
> O texto, embora com diversos problemas [começando pela tradução],
tem a
> ver com muitos assuntos discutidos aqui na lista.
>
> Estou pensando em fazer um remix de diversas coisas e criar uma nova
> religião [budismo-borgeano -> neo-budismo ortodoxo] e assim ganhar
uma
> grana.
>
> []s
> Sua Santidade
> TARCISIO BORGES
> tbs97@f...



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sid
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/04/2001 14:21

On Wed, 25 Apr 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Tarcisio, achei o texto bonito mas um tanto quanto utopico.

Supondo que o Sid tenha existido é muito difícil saber o que ele realmente
disse quando vivo, pois sua doutrina só foi colocada no papel mais de 400
anos após sua morte e, portanto, filtrada pelos monges.

> A crenca, a que me refiro, pode ser uma descrenca tambem como
> a crenca na inexistencia de deus ou mesmo nas leis fisicas presentes.

Assim vc mais conplica do que explica. Se a definição de crença é a fé
irracional em algo, então acreditar nas leis físicas não é uma crença. Mas
isto é muito pano prá manga e eu não estou nem um pouco a fim de perder
meu tenpo discutindo sexo dos anjos.

> De qqr modo acredito ser impossivel comtemplar uma informacao sem
> nenhum tipo de julgamento ( filtragem ). O entendimento da informacao
> passa pelos filtros sejam eles verdadeiros ou nao.

É exatamente disso que trata a doutrina do Sid. Mas para explicar eu teria
que fazer uma pregação budista [as quatro verdades, que são três, e o
caminho óctuplo, que são três].

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: [ciencialist] Re: Sid [ERRO!]
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/04/2001 14:27

Duh!!! Purtugueis!!!

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br

On Wed, 25 Apr 2001, Tarcisio Borges da Silva Jr. wrote:

> Assim vc mais conplica do...
---===^^^^^^^^^^

> ...meu tenpo discutindo sexo dos anjos.
---===^^^^^^^

tsc tsc tsc, imperdoável!



SUBJECT: Duvida sobre Fisica Nuclear e pedido de dicas
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/04/2001 16:43

Amigos:

- Sou estudante de bacharelado em Matematica,
mas em meu curso temos tres semestres
de Fisica (dois semestres de Fisica propriamente
dita e um semestre de Didatica da Fisica)


- Preciso fazer um trabalho sobre Fissao e Fusao
Nuclear, Energia Nuclear e Reatores Nucleares,
para apresentar `a minha classe em cerca de
1 hora (e' um trabalho em forma de seminario)

a) Solicito a todos que possuirem algum material
sobre o assunto (apostilas, links na Internet, etc.)
que me enviem as dicas EM PRIVATE.


b) Meus conhecimentos de Fisica sao poucos
(SuperInteressante, Galileu, e livros didaticos
do 2o. grau, e agora da faculdade). Estou me baseando
no livro "Energia Atomica", da antiguissima colecao
"PRISMA", que foi publicado no inicio da decada de 70,
pela "Edicoes Melhoramentos".

Nesse livro, ocorreu-me uma duvida, para a qual conto
com a ajuda dos amigos para esclarecer.

- Bem, o livro comeca falando sobre o atomo, e apresenta
o tradicional modelo: protons e neutrons no nucleo,
e eletrons girando ao redor do nucleo.

- Porem, algumas paginas `a frente, o livro fala
sobre radioatividade: particulas alfa, particulas beta
e particulas gama.

- Sobre as particulas beta, ele diz, na pagina 13:

==== Inicio da citacao ==========
"[...] As particulsa beta sao emitidas pelo nucleo.
Ha' dois tipos dessas particulas, muito velozes: os eletrons e os positrons
(eletrons positivos), dependendo do tipo
de reacao nuclear que ocorrer.
Um eletron (negativo), e' produzido quando um neutron se transforma em um
proton [...]"
==== Fim da citacao ==========


- No livro "Fundamentos de Fisica", vol. 4, pagina 262,
de Halliday/Resnick/Walker, editora LTC, 4a. edicao,
os autores dizem:

==== Inicio da citacao ==========
"[...] Pode parecer surpreendente que os nucleos
possam emitir eletrons, positrons e neutrinos, pois
temos dito que os nucleos sao constituidos apenas
de neutrons e protons. No entanto, vimos anteriormente
que os atomos emitem fotons e, certamente, nao dissemos
que os atomos "contem" fotons. Dissemos que os fotons
sao criados ddurante o processo de emissao. Assim tambem
acontece com os eletrons, positrons e neutrinos emitidos
dos nucleos, durante o decaimento beta. eles sao criados
durante o processo de emissao, um meutrons se transformando
em um proton dentro do nucleo (ou inversamente) de acordo com:

n -> p + (e-) + v

ou

p -> n + (e+) + v

(o simbolo v representa um neutrino)

Estes sao, de fato, os processos basicos de decaimento beta
e evidenciam - como mencionamos anteriormente - que os
neutrons e os protons nao sao particulas verdadeiramente
fundamentais."
==== Fim da citacao ==========



- Bem, minha duvida, por enquanto, se encontra ai'. Quer
dizer entao que os neutrons sao formados por "eletrons",
e os protons sao formados por "positrons" ? Ou ha' mais
detalhes escondidos nas afirmacoes acima ?

- No meu raciocinio de leigo, penso que, se um neutron passou
por um processo em que foi gerado um proton, um eletron e um
neutrino, entao o eletron e o neutrino "sairam" do neutron.
E, ao contrario, se o proton se transformou em um neutron,
gerando tambem um positron e um neutrino, estes dois ultimos
"sairam" do proton.

- Logo, protons e neutrons sao formados (tambem) por eletrons
e positrons, respectivamente. Ou no nivel atomico nao e' assim
que se raciocina ?

- E' possivel explicar estes conceitos de uma forma nao tao aprofundada,
para um leigo como eu, mas que faca "um certo sentido", ja' que,
a meu ver, eletrons, positrons e fotons nao poderiam "aparecer do nada" ?
(OU PODERIAM ?)


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sid [ERRO!]
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/04/2001 16:47

> De qqr modo acredito ser impossivel comtemplar u
CONTEMPLAR
Se eu for ficar corrigindo meus erros de portugues
esta lista vai ter mais mails de correcao ortografica
do que ideias :-)
[]s
jocax

"Tarcisio Borges da Silva Jr." wrote:

> Duh!!! Purtugueis!!!
>
> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@fisica.ufpr.br
>
> On Wed, 25 Apr 2001, Tarcisio Borges da Silva Jr. wrote:
>
> > Assim vc mais conplica do...
> ---===^^^^^^^^^^
>
> > ...meu tenpo discutindo sexo dos anjos.
> ---===^^^^^^^
>
> tsc tsc tsc, imperdoável!
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Divulgacao cientifica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/04/2001 17:24

Subject: [ceticismo-br] Re: [RN] DIVULGACAO CIENTIFICA
Date: Wed, 25 Apr 2001 19:04:38 -0000
From: cetico@hotmail.com
Reply-To: ceticismo-br@br.egroups.com
To: ceticismo-br@br.egroups.com

> DIVULGACAO CIENTÍFICA AJUDA OS PAÍSES, DIZ EDITOR DA 'NATURE'
> http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2001/04/24/ger913.html

Pra variar, esqueci o mais importante:

"O editor da Nature aproveitou a oportunidade para anunciar o
lançamento de um site de ciências do grupo, o scidev.net
(www.scidev.net) - um espaço para divulgação de notícias científicas,
voltado para cientistas, pesquisadores, ONGs e jornalistas."


scidev.net
http://www.scidev.net/





SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Sid [ERRO!]
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/04/2001 17:28

Todos aqui têm o benefício da dúvida: nem erro gramatical, sintático ou
semántico, mas erro de digitação. hêhêhêhêhê....

> -----Mensagem original-----
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]
> Enviada em: Quarta-feira, 25 de Abril de 2001 08:48
> Para: ciencialist@yahoogroups.com
> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Sid [ERRO!]
>
>
> > De qqr modo acredito ser impossivel comtemplar u
> CONTEMPLAR
> Se eu for ficar corrigindo meus erros de portugues
> esta lista vai ter mais mails de correcao ortografica
> do que ideias :-)
> []s
> jocax
>
> "Tarcisio Borges da Silva Jr." wrote:
>
> > Duh!!! Purtugueis!!!
> >
> > []s
> > TARCISIO BORGES
> > tbs97@fisica.ufpr.br
> >
> > On Wed, 25 Apr 2001, Tarcisio Borges da Silva Jr. wrote:
> >
> > > Assim vc mais conplica do...
> > ---===^^^^^^^^^^
> >
> > > ...meu tenpo discutindo sexo dos anjos.
> > ---===^^^^^^^
> >
> > tsc tsc tsc, imperdoável!
> >
> > &&& --- &&&
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> > &&& --- &&&
> >
> > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Sid [ERRO!]
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/04/2001 18:00

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> wrote:
> Todos aqui têm o benefício da dúvida: nem erro gramatical, sintático
ou
> semántico, mas erro de digitação. hêhêhêhêhê....

Todos nao , eu particularmente sei que sou um mal
conhecedor da lingua portuguesa MESMO !!
Meus erros , a maioria, nao sao sem querer sao erros
mesmo !

[]s
jocax


>
> > -----Mensagem original-----
> > De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@u...]
> > Enviada em: Quarta-feira, 25 de Abril de 2001 08:48
> > Para: ciencialist@y...
> > Assunto: Re: [ciencialist] Re: Sid [ERRO!]
> >
> >
> > > De qqr modo acredito ser impossivel comtemplar u
> >
CONTEMPLAR
> > Se eu for ficar corrigindo meus erros de portugues
> > esta lista vai ter mais mails de correcao ortografica
> > do que ideias :-)
> > []s
> > jocax
> >
> > "Tarcisio Borges da Silva Jr." wrote:
> >
> > > Duh!!! Purtugueis!!!
> > >
> > > []s
> > > TARCISIO BORGES
> > > tbs97@f...
> > >
> > > On Wed, 25 Apr 2001, Tarcisio Borges da Silva Jr. wrote:
> > >
> > > > Assim vc mais conplica do...
> > > ---===^^^^^^^^^^
> > >
> > > > ...meu tenpo discutindo sexo dos anjos.
> > > ---===^^^^^^^
> > >
> > > tsc tsc tsc, imperdoável!
> > >
> > > &&& --- &&&
> > > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > > Para sair da lista envie um mail para
> > > ciencialist-unsubscribe@y...
> > > &&& --- &&&
> > >
> > > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> > http://docs.yahoo.com/info/terms/
> >
> >
> > &&& --- &&&
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@y...
> > &&& --- &&&
> >
> > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> > http://docs.yahoo.com/info/terms/
> >
> >
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida sobre Fisica Nuclear e pedido de dicas
FROM: rbdiniz@terra.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com, rbdiniz@terra.com.br
DATE: 25/04/2001 21:21

> Amigos:

> a) Solicito a todos que possuirem algum material
> sobre o assunto (apostilas, links na Internet, etc.)
> que me enviem as dicas EM PRIVATE.

Oi, Paulo. Como creio que outros se interessaro, envio essa dica
pela lista, mesmo, espero que no se incomode. Na coluna
da esquerda do site abaixo existem links para diversos
textos sobre Energia Nuclear:

http://www.comciencia.br/reportagens/nuclear/nuclear01.htm

> b) Meus conhecimentos de Fisica sao poucos
> (SuperInteressante, Galileu, e livros didaticos
> do 2o. grau, e agora da faculdade). Estou me baseando
> no livro "Energia Atomica", da antiguissima colecao
> "PRISMA", que foi publicado no inicio da decada de 70,
> pela "Edicoes Melhoramentos".
>
> Nesse livro, ocorreu-me uma duvida, para a qual conto
> com a ajuda dos amigos para esclarecer.
>
> - Bem, o livro comeca falando sobre o atomo, e apresenta
> o tradicional modelo: protons e neutrons no nucleo,
> e eletrons girando ao redor do nucleo.
>
> - Porem, algumas paginas `a frente, o livro fala
> sobre radioatividade: particulas alfa, particulas beta
> e particulas gama.
>
> - Sobre as particulas beta, ele diz, na pagina 13:
>
> ==== Inicio da citacao ==========
> "[...] As particulsa beta sao emitidas pelo nucleo.
> Ha' dois tipos dessas particulas, muito velozes: os eletrons e os positrons
> (eletrons positivos), dependendo do tipo
> de reacao nuclear que ocorrer.
> Um eletron (negativo), e' produzido quando um neutron se transforma em um
> proton [...]"
> ==== Fim da citacao ==========
>
>
> - No livro "Fundamentos de Fisica", vol. 4, pagina 262,
> de Halliday/Resnick/Walker, editora LTC, 4a. edicao,
> os autores dizem:
>
> ==== Inicio da citacao ==========
> "[...] Pode parecer surpreendente que os nucleos
> possam emitir eletrons, positrons e neutrinos, pois
> temos dito que os nucleos sao constituidos apenas
> de neutrons e protons. No entanto, vimos anteriormente
> que os atomos emitem fotons e, certamente, nao dissemos
> que os atomos "contem" fotons. Dissemos que os fotons
> sao criados ddurante o processo de emissao. Assim tambem
> acontece com os eletrons, positrons e neutrinos emitidos
> dos nucleos, durante o decaimento beta. eles sao criados
> durante o processo de emissao, um meutrons se transformando
> em um proton dentro do nucleo (ou inversamente) de acordo com:
>
> n -> p + (e-) + v
>
> ou
>
> p -> n + (e+) + v
>
> (o simbolo v representa um neutrino)
>
> Estes sao, de fato, os processos basicos de decaimento beta
> e evidenciam - como mencionamos anteriormente - que os
> neutrons e os protons nao sao particulas verdadeiramente
> fundamentais."
> ==== Fim da citacao ==========
>
>
>
> - Bem, minha duvida, por enquanto, se encontra ai'. Quer
> dizer entao que os neutrons sao formados por "eletrons",
> e os protons sao formados por "positrons" ? Ou ha' mais
> detalhes escondidos nas afirmacoes acima ?
>
> - No meu raciocinio de leigo, penso que, se um neutron passou
> por um processo em que foi gerado um proton, um eletron e um
> neutrino, entao o eletron e o neutrino "sairam" do neutron.
> E, ao contrario, se o proton se transformou em um neutron,
> gerando tambem um positron e um neutrino, estes dois ultimos
> "sairam" do proton.
>
> - Logo, protons e neutrons sao formados (tambem) por eletrons
> e positrons, respectivamente. Ou no nivel atomico nao e' assim
> que se raciocina ?
>
> - E' possivel explicar estes conceitos de uma forma nao tao aprofundada,
> para um leigo como eu, mas que faca "um certo sentido", ja' que,
> a meu ver, eletrons, positrons e fotons nao poderiam "aparecer do nada" ?
> (OU PODERIAM ?)

Respondendo primeiro a sua pergunta: "Ou no nivel atomico
nao e' assim que se raciocina?" Acho que essa resposta
responde quase todas as outras. A resposta e': de fato, no
nivel atomico nao e' assim que se raciocina. Por exemplo,
pegue a reacao:

> n -> p + (e-) + v

Isso nao significa que o neutron seja constituido por
proton, eletron e neutrino. Podemos entender melhor esse
processo se lembrarmos da equivalencia entre materia e energia:
podemos transformar materia em energia e vice-versa. Assim,
`a massa do neutron corresponde uma determinada energia, que
e' a que apareceria caso toda a sua massa fosse
transformada em energia. Quando ocorre o processo acima
(chamado "decaimento"), parte da massa do neutron e' transformada
em energias cineticas do proton, do eletron e do neutrino. O
restante da massa e' transformada diretamente na massa dessas
tres particulas.

O importante e' que a energia correspondente a massa do
neutron seja igual ou maior do que as massas do proton, do
eletron e do neutrino (a teoria atual, ou Modelo Padrao, da
Fisica das Particulas, admite que o neutrino nao tenha massa,
so' energia, mas ha' indicacoes experimentais de que ele tenha,
sim, uma massa). Se for maior que a soma das tres massas, o
excedente ser transformado na energia cinetica das tres
particulas.

As vezes podemos ter reacoes entre particulas elementares
advindas de colisoes. Por exemplo, um proton, ao colidir com
um anti-proton, pode produzir um foton. Mas, se tiver energia
suficiente (se eles colidirem com velocidade bem grande),
pode produzir, alem de fotons, ate mesmo
outros protons e antiprotons. Se a energia for bem
grande mesmo, pode produzir um bando de protons e antiprotons.
Aqui torna-se claro que nao podemos raciocinar daquela
forma em fisica das particulas: um proton nao pode ser
formado de um bando de protons...

Protons e neutrons sao formados por tres quarks cada um.
Acredita-se que os quarks sejam particulas realmente
elementares, que nao sejam formados mais de nada. Os eletrons,
positrons e neutrinos tambem seriam elementares.

Agora respondendo a outra pergunta: eletrons, fotons, etc.
poderiam aparecer do nada?

Nao, nao podem. Podem aparecer a partir da transformacao de
alguma energia pre-existente nessas particulas, por causa da
equivalencia entre massa e energia. Existe um processo chamado
"producao de pares" que e' frequentemente confundido com um
processo onde se produz particulas do nada. Chama-se producao
de pares quando aparecem pares particula-antiparticula no
processo. Por exemplo, um foton pode chocar-se contra um proton
e produzir um par eletron + positron. Mas, nesse caso, a massa
do eletron e do positron vieram da energia do foton e da
energia cinetica do proton.

E' isso, se tiver mais perguntas, esteja a vontade.
Ate',
Belisario

P.S. - (Ja' estou prevendo que essa pergunta
apareca, entao ja' vou adiantando, para economizar um e-mail:
as anti-particulas
nao tem energia negativa. A interpretacao de Dirac da energia
negativa dos positrons nao e' mais aceita. As anti-particulas
tem energia positiva - tanto e' que, se um par particula-
antiparticula se aniquila, eles produzem um foton cuja energia
e' a soma das energias das duas mais a energia cinetica das
duas. Se as antiparticulas tivessem energia negativa, o par
se aniquilaria totalmente, transformando-se em nada. Sendo
assim, nao da' para criar pares de particulas observaveis
a partir do simples vacuo. As famosas
"flutuacoes no vacuo", onde sao produzidos pares aparentemente
a partir do nada, nao sao excecao, porque o que se produz sao
pares de particulas ditas virtuais, que nao sao observaveis.
Ha' um problema sobre
como interpretar essas particulas virtuais - se elas existem
mesmo ou se sao uma mera criacao matematica, um meio
conveniente de descrever um processo. Eu interpreto que elas
sao apenas uma criacao matematica conveniente, simplesmente
pelo fato de que particulas virtuais nao podem ser detectadas.
Se formos detectar uma particula virtual, ela se
"transforma" em uma particula "real" (sempre aos pares:
particula + antiparticula),
e, no processo, a energia para a criacao desta particula real
e' sempre retirada de algum lugar. A criacao de uma particula
real, entao, sempre satisfaz a lei da conservacao da energia.
Ja' as particulas virtuais, seriam apenas construtos abstratos
para modelar um processo fisico, sem existencia fisica real. Parece-me que essa interpretacao e' corrente entre
os fisicos. E parece-me que o Alberto Mesquita vai adorar
isso... :)




SUBJECT: En: En: [ciencialist] Re: deu na galileu
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/04/2001 22:12

Que bom! Isso quer dizer que posso tomar uma remédio desse tranquilamente.
Já o chá de arnica, tem alguma coisa que me faz mto mal.

Sendo assim, é realmente "bem estranho" que médicos e farmácias sejam
licenciados nessa prática.

[]s,
Sheila.

----- Original Message -----
From: Tarcisio Borges da Silva Jr. <tbs97@fisica.ufpr.br>

On Mon, 23 Apr 2001, Sheila wrote:
> Dúvida de leiga: A presença dos chamados princípios ativos e substâncias
> como arnica, e sei lá mais o quê, que dizem conter os remédios
homeopáticos,
> não passa de mentira?
> Sheila.

Se vc pegar algo em torno de um milhão de frascos homeopáticos será capaz
de encontrar uma molécula de arnica. É claro que o número varia de acordo
com a diluição.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida sobre Fisica Nuclear e pedido de dicas
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/04/2001 09:52

On Wed, 25 Apr 2001, Paulo Sergio Dias wrote:
> ==== Inicio da citacao ==========
> "[...] As particulsa beta sao emitidas pelo nucleo.
> Ha' dois tipos dessas particulas, muito velozes: os eletrons e os positrons
> (eletrons positivos), dependendo do tipo
> de reacao nuclear que ocorrer.
> Um eletron (negativo), e' produzido quando um neutron se transforma em um
> proton [...]"
> ==== Fim da citacao ==========
> ==== Inicio da citacao ==========
> "[...] Pode parecer surpreendente que os nucleos
> possam emitir eletrons, positrons e neutrinos, pois
> temos dito que os nucleos sao constituidos apenas
> de neutrons e protons. No entanto, vimos anteriormente
> que os atomos emitem fotons e, certamente, nao dissemos
> que os atomos "contem" fotons. Dissemos que os fotons
> sao criados ddurante o processo de emissao. Assim tambem
> acontece com os eletrons, positrons e neutrinos emitidos
> dos nucleos, durante o decaimento beta. eles sao criados
> durante o processo de emissao, um meutrons se transformando
> em um proton dentro do nucleo (ou inversamente) de acordo com:
> [....]
> Estes sao, de fato, os processos basicos de decaimento beta
> e evidenciam - como mencionamos anteriormente - que os
> neutrons e os protons nao sao particulas verdadeiramente
> fundamentais."
> ==== Fim da citacao ==========
> - Bem, minha duvida, por enquanto, se encontra ai'. Quer
> dizer entao que os neutrons sao formados por "eletrons",
> e os protons sao formados por "positrons" ? Ou ha' mais
> detalhes escondidos nas afirmacoes acima ?

Há um pequeno detalhe evidente que vc não percebeu.

O texto diz explicitamente que os neutron não são formados por outras
partículas. Neutrons são neutrons e é só isso. O que ocorre é um fenômeno
chamado decaimento beta e quando ocorre este fenômeno é que é gerado o
elétron [por exemplo].

Mas vc tem que observar as convservações de massa [energia] e de carga
elétrica. A massa do elétron é em torno de 0,1% a massa do neutron,
portanto não inflói muitcho. A carga do elétron é [-e], como a carga do
neutron é [0] então sua nova carga será [+e], que é justamente a carga do
próton.

É basicamente isso.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: Duvida sobre Fisica Nuclear e pedido de dicas
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/04/2001 11:01

--- In ciencialist@y..., "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@f...> wrote:=

> O texto diz explicitamente que os neutron não são formados por outras
> partículas. Neutrons são neutrons e é só isso. O que ocorre é um fenômeno=


opa! opa! opa! intrometido na area: neutrons nao sao formados por quarks, a=
ssim
como os protons?

(como tenho enfrentado alguns problemas de interpretacao: o intrometido sou=
eu mesmo.)

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: Duvida sobre Fisica Nuclear e pedido de dicas
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/04/2001 11:02

--- In ciencialist@y..., "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@f...> wrote:=

> O texto diz explicitamente que os neutron não são formados por outras
> partículas. Neutrons são neutrons e é só isso. O que ocorre é um fenômeno=


opa! opa! opa! intrometido na area: neutrons nao sao formados por quarks, a=
ssim
como os protons?

(como tenho enfrentado alguns problemas de interpretacao: o intrometido sou=
eu mesmo.)

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida sobre Fisica Nuclear e pedido de dicas
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/04/2001 12:04

> - Porem, algumas paginas `a frente, o livro fala
> sobre radioatividade: particulas alfa, particulas beta
> e particulas gama.
>
> - Sobre as particulas beta, ele diz, na pagina 13:
>
> ==== Inicio da citacao ==========
> "[...] As particulsa beta sao emitidas pelo nucleo.
> Ha' dois tipos dessas particulas, muito velozes: os eletrons e os
positrons
> (eletrons positivos), dependendo do tipo
> de reacao nuclear que ocorrer.
> Um eletron (negativo), e' produzido quando um neutron se transforma em um
> proton [...]"
> ==== Fim da citacao ==========
>
>
> - No livro "Fundamentos de Fisica", vol. 4, pagina 262,
> de Halliday/Resnick/Walker, editora LTC, 4a. edicao,
> os autores dizem:
>
> ==== Inicio da citacao ==========
> "[...] Pode parecer surpreendente que os nucleos
> possam emitir eletrons, positrons e neutrinos, pois
> temos dito que os nucleos sao constituidos apenas
> de neutrons e protons. No entanto, vimos anteriormente
> que os atomos emitem fotons e, certamente, nao dissemos
> que os atomos "contem" fotons. Dissemos que os fotons
> sao criados ddurante o processo de emissao. Assim tambem
> acontece com os eletrons, positrons e neutrinos emitidos
> dos nucleos, durante o decaimento beta. eles sao criados
> durante o processo de emissao, um meutrons se transformando
> em um proton dentro do nucleo (ou inversamente) de acordo com:
>
> n -> p + (e-) + v
>
> ou
>
> p -> n + (e+) + v
>
> (o simbolo v representa um neutrino)
>
> Estes sao, de fato, os processos basicos de decaimento beta
> e evidenciam - como mencionamos anteriormente - que os
> neutrons e os protons nao sao particulas verdadeiramente
> fundamentais."
> ==== Fim da citacao ==========
>
>
>
> - Bem, minha duvida, por enquanto, se encontra ai'. Quer
> dizer entao que os neutrons sao formados por "eletrons",
> e os protons sao formados por "positrons" ? Ou ha' mais
> detalhes escondidos nas afirmacoes acima ?

Não :-)
O Decaimento Radioactivo Beta é um processo fisico pelo qual um neutrão
decai , i.e. destroi-se e dá origem a outras particulas, em protão ,
electrão e neutrino. (supostamente será um anti-neutrino)
Não é portanto correcto dizer que o protão contém protões ou electrões, da
mesma forma que não é correcto afirmar que um atomo contem fotões. Esra isto
que o 2ª texto pretende explicar, eu acho.

Um nucleo atómico não é sistema estável e decai para sistemas mais estáveis.
Isto é, o nucleo de um elemento transforma-se noutro nucleo. Quimicamente, o
elemento transforma-se noutro.
Como sabes, a identidade do elemento quimico é dada pelo nº de protões no
nucleo.O numero de neutrões está ligado com os isótopos do elemento.
Assim, um elmento pode tramutar-se noutro pelo decaimento do protão . Um
protão desaparece, dando origem a um neutrão que se mantém no nucleo e a
positões e neutrinos que são expelidos do nucleo.
Quando é emitido um positrão (a denominação "electrão positivo" não é muito
certa, mas serve para explicar que o positrão é em tudo igual ao electrão,
excepto na carga, que é positiva em vez de engativa) , diz-se que estamos
perante um Decaimento Beta +
Quando se dá emissão de electrões, é um Decaimento Beta -

Existem ainda outros 2 tipos de emissões.
Emissões Gama. Isto são emissões de fotões. Simplesmente isso.
Emissões Alfa : Isto são emissões de nucleos de Hélio. (2 neutrões + 2
protões )
Este tipo de emissão torna o elemento mais estável em menos "estágios" , e
sendo mais rápido , acontece sempre que possivel.


> - No meu raciocinio de leigo, penso que, se um neutron passou
> por um processo em que foi gerado um proton, um eletron e um
> neutrino, entao o eletron e o neutrino "sairam" do neutron.
> E, ao contrario, se o proton se transformou em um neutron,
> gerando tambem um positron e um neutrino, estes dois ultimos
> "sairam" do proton.

"Sairam" não é a palavra certa :-)
Eles foram gerados apartir dos constituintes do neutrão e da energia do
neutrão.
Básicamente é um processo de libertação/recolha de energia emcaptado por uma
mudança de nº de particulas e massas.
O decaimento radioactivo não é nada semelhante a um processo quimico embora
se use a mesma numenclatura e simbolismo para o representar.
Em quimica , a especie dos elementos é conservada, em fisica nuclear , não.
Porque a esse nivel as variações de energia são proporcionais a variações de
massa. E além disso, o sistema adquire sempre o estado mais estável.
Se o estado mais estável é 2 , 3 , 4 particulas em vez de 1 , a natureza não
tem qq escrupulo em mudar o nº


> - Logo, protons e neutrons sao formados (tambem) por eletrons
> e positrons, respectivamente.

Não.

>Ou no nivel atomico nao e' assim que se raciocina ?

De facto não é.

> - E' possivel explicar estes conceitos de uma forma nao tao aprofundada,
> para um leigo como eu, mas que faca "um certo sentido", ja' que,
> a meu ver, eletrons, positrons e fotons nao poderiam "aparecer do nada" ?
> (OU PODERIAM ?)

Poderiam. Dependendo do que defines como "nada" :-)
O Vácuo é , segundo algumas teorias , diferente de "nada" , pelo que é
possível "nascerem" partículas do nada, como aqui já foi dito.
Mas, não é o caso.
Sempre, as coisas partem da energia.Se é mais estável um sistema , em que a
energia está armazenada na massa de um numero maior de partículas, então
está tudo certo termodinâmicmanete.
Bem vindo ao mundo do E=mc² :-))

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre Fisica Nuclear e pedido de dicas
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/04/2001 12:28

On Thu, 26 Apr 2001 rmtakata@altavista.net wrote:
> > O texto diz explicitamente que os neutron não são formados por outras
> > partículas. Neutrons são neutrons e é só isso. O que ocorre é um fenômeno=
>
> opa! opa! opa! intrometido na area: neutrons nao sao formados por
> quarks, assim como os protons?

Todas as partículas atômicas [seja matéria ou anti-matéria] são formadas
por quarks e os quarks por partículas mais elementares e estas por mais
elementares ainda e estas por supercordas... Mas não era disso qe se
tratava o assunto.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: Duvida sobre Fisica Nuclear e pedido de dicas
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/04/2001 12:45

Invertendo a ordem:

--- In ciencialist@y..., "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@f...> wrote:=

> Mas não era disso qe se tratava o assunto.

Hum, hum... era so' pra deixar claro, afinal nosso colega estava com duvida=
s
(nao sei se ele nao as aumentou, re re...).

> Todas as partículas atômicas [seja matéria ou anti-matéria] são formadas
> por quarks e os quarks por partículas mais elementares e estas por mais
> elementares ainda e estas por supercordas...

Ainda nesse espirito (de porco) de deixar claro -- eletrons (e positrons) s=
ao
particulas subatomicas tbm, mas nao sao formados por quarks e nao se
considera q. possuam uma estrutura interna (algum tempo foi comentado,
porem, nesta lista de q. alguns cientistas interpretam q. o eletron seja
divisivel).

Agora a duvida minha: ha' indicios q. suportem uma estruturacao interna
dos quarks? ou ao menos uma teoria q. contemple essa possibilidade de
modo mais rigoroso?

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre Fisica Nuclear e pedido de dicas
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/04/2001 13:00

On Thu, 26 Apr 2001 rmtakata@altavista.net wrote:
> > Todas as partículas atômicas [seja matéria ou anti-matéria] são formadas
> > por quarks e os quarks por partículas mais elementares e estas por mais
> > elementares ainda e estas por supercordas...
>
> Ainda nesse espirito (de porco) de deixar claro -- eletrons (e positrons) s=
> ao
> particulas subatomicas tbm, mas nao sao formados por quarks e nao se
> considera q. possuam uma estrutura interna (algum tempo foi comentado,
> porem, nesta lista de q. alguns cientistas interpretam q. o eletron seja
> divisivel).

Estive conversando com nosso amigo Clóvis e realmente vc etá certo. Os
quarks formam os hadrons, e o elétron não é um deles.

> Agora a duvida minha: ha' indicios q. suportem uma estruturacao interna
> dos quarks? ou ao menos uma teoria q. contemple essa possibilidade de
> modo mais rigoroso?

Segundo eu comentei acima, esqueça os quarks, se a teoria das supercordas
estiver correta, todas as partículas serão diferenciadas pelas
características de vibração das cordas.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br




SUBJECT: MURRAY GELL-MANN
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>
DATE: 26/04/2001 13:24

EFFREY MISHLOVE, Ph.D.: Hello and welcome. I'm Jeffrey Mishlove. Our
topic
today is "The Simple and the Complex." With me is
Professor Murray Gell-Mann, the
recipient of the Nobel Prize in physics in 1969 for his
theoretical work which led up to
the idea of the quark. Professor Gell-Mann is on the
staff of the Santa Fe Institute, a
think tank in Santa Fe, New Mexico devoted to the
problems of complexity. His
distinguished career includes 38 years of work at Cal
Tech in Pasadena in the field of
theoretical physics, as well as distinguished work in
the environment, in foreign policy,
and in science policy. Welcome, Professor Gell-Mann.

MURRAY GELL-MANN, Ph.D.: Very nice to be here.



Entrevista completa em :

http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/252



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre Fisica Nuclear e pedido de dicas
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/04/2001 15:23



rmtakata@altavista.net wrote:

> Agora a duvida minha: ha' indicios q. suportem uma estruturacao interna
> dos quarks? ou ao menos uma teoria q. contemple essa possibilidade de
> modo mais rigoroso?

Teoria das Supercordas. É sempre possível criar uma teoria explicativa
de fenomenos visiveis supondo entidades invisiveis. A questão está
em saber se a teoria é necessária, útil ou verdadeira.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Desafio
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/04/2001 15:33

SEND
+ MORE
-------
MONEY

Cada letra representa um algarismo distinto

então temos:
[o (+ 1 ?) indica que a soma da coluna à direita pode ter sido maior que 9]

1) D + E = Y ou 10 + Y
2)N + R (+1 ?) = E ou 10 + E
3) E + O (+ 1 ?) = N ou 10 + N
4) S + M (+ 1 ?) = 10 + O

M = 1

substituindo o M em 4

S + 1 (+ 1 ?) = 10 + O -> S = 9 ou 8 e O = 0 ou 1, como M = 1 , O<>1

O = 0

substituindo o O em 3
E + 0 (+ 1 ?) = N -> N = E + 1

Como E + 0 < 10 [E max = 9] , temos S = 9

substituindo o N em 2

E + 1 + R (+ 1 ?) = E ou 10 + E
como como E + 1 + R > E

E + 1 + R (+1 ?) = 10 + E -> 1 + R (+1) = 10
R = 9 ou 8, como S = 9 temos R = 8

como E + 1 + 8 + (+1 ?) = 10 + E , D + E = 10 + Y

D + E = 10 + Y
como 9 e 8 já foram descobertos e temos N = E + 1 e N < 8,

(D <= 7) + (E <= 6) = 10 + Y; (D <> E)
(D + E) < = (13 ) , [D <> E].e [D + E] > 11;

combinações possíveis :
7 6
7 5
como N = E + 1 , a primeira combinação não serve

D = 7 ; E = 5; N = 6

Substituindo tudo

[9] [5] [6] [7]
+ [1] [0] [8] [5]
----------------
[1] [0] [6] [5] [2]

o quantia pedia é $ 10.652


SUBJECT: Religiosidade tem cura?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/04/2001 16:06

".......Antes de tentar discernir qual seria a função "normal" do
"circuito de deus" do cérebro, devemos notar uma dica final. As
experiências religiosas desde as épocas remotas freqüentemente foram
associadas com transe induzido por fenômenos hipnóticos tais como
dançar, cantar e outros fatores que aumentam a
sugestibilidade......"

http://www.strbrasil.com.br/Atheos/dificil.htm


[]s
jocax



SUBJECT: Re: Duvida sobre Fisica Nuclear e pedido de dicas
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/04/2001 16:45

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> rmtakata@a... wrote:
> > Agora a duvida minha: ha' indicios q. suportem uma estruturacao interna=

> > dos quarks? ou ao menos uma teoria q. contemple essa possibilidade de
> > modo mais rigoroso?
>
> Teoria das Supercordas. É sempre possível criar uma teoria explicativa
> de fenomenos visiveis supondo entidades invisiveis. A questão está
> em saber se a teoria é necessária, útil ou verdadeira.

Hmmm... continuando a bancar o intrometido: do nada q. sei, a teoria das su=
percordas
nao fala em estruturacao interna dessas particulas -- as propriedades das p=
articulas
seriam em funcao das caracteristicas de vibracao (os misticos devem adorar =
essa historia
de vibracao) dessas cordas (q. eh formada com o empacotamento de 7 dimensoe=
s sabe-se la'
de que).

Agora q. sempre se podem inventar explicacoes, eu concordo, e tbm com a obs=
ervacao
sobre a necessidade de verificacao dessas explicacoes. Podemos explicar ate=
h o q. nao existe
como se existisse -- um Universo em q. Pato Donald fosse real e toda a fisi=
ca dos quadrinhos.
Dai' de eu ter perguntado por indicios e por rigor...

Mas ja' banquei o falso fisico demais por hoje.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Progresso
FROM: "Fatos" <fatoseletras@zaitek.com.br>
TO: <Undisclosed-Recipient:;@mail.biglink.com.br>
DATE: 26/04/2001 21:25

FATOS E LETRAS CULTURA PARAIBANA
www.fatoseletras.adv.br

MENSAGEM PARA QUEM QUISER



TRANSCRITO DA COLUNA DE HÉLIO ZENAIDE - JORNAL A UNIÃO

------------------------------------------------------------------------------

Obstáculo ao progresso

O progresso é uma lei natural, uma lei da vida. Todos os reinos estão sob o império da lei do progresso, inclusive o reino mineral.

O homem não pode impedir o progresso por isso, porque se trata de uma lei divina.

Não pode impedir mas pode dificultar, pode oferecer resistência, levantar barreiras, obstáculos.

No homem, o que é que pode constituir obstáculo ao progresso?

Allan Kardec formulou esta pergunta nestes termos: qual o maior obstáculo ao progresso?

O Espírito Verdade respondeu:

"O orgulho e o egoísmo. Refiro-me ao progresso moral, porquanto o intelectual se efetua sempre.

À primeira vista, parece mesmo que o progresso intelectual se duplica a atividade daqueles vícios, desenvolvendo a ambição e o gosto das riquezas, que, a seu turno, incitam o homem a empreender pesquisas que lhe esclarecem o Espírito.

Assim é que tudo se prende, no mundo moral, como no mundo físico, e que do próprio mal pode nascer o bem. Curta, porém, é a duração desse estado de coisas, que mudará à proporção que o homem compreender melhor que, além da que o gozo dos bens terrenos proporciona, uma felicidade existe maior e infinitamente mais duradoura".

Allan Kardec acrescenta este comentário:

"Há duas espécies de progresso, que uma à outra se prestam mútuo apoio, mas que, no entanto, não marcham lado a lado: o progresso intelectual e o progresso moral.

Entre os povos civilizados, o primeiro tem recebido, no correr deste século, todos os incentivos. Por isso mesmo, atingiu um grau a que ainda não chegara antes da época atual.

Muito falta para que o segundo se ache no mesmo nível. Entretanto, comparando-se os costumes sociais de hoje com os de alguns séculos atrás, só um cego negaria o progresso realizado.

Ora, sendo assim, por que haveria essa marcha ascendente de parar, com relação, de preferência, ao moral, do que com relação ao intelectual?

Por que será impossível que entre o século XIX e o XXIV século haja, a esse respeito, tanta diferença entre o XIV século e o século XIX?

Duvidar fora pretender que a humanidade está no apogeu da perfeição, o que seria absurdo, ou que ela não é perfectível moralmente, o que a experiência desmente".

O Espírito Verdade nos diz ainda:

"Os povos, que apenas vivem a vida do corpo, aqueles cuja grandeza assenta unicamente na força e na extensão territorial, nascem, crescem e morrem, porque a força de um povo se exaure, como a de um homem.

Aqueles, cujas leis egoísticas obstam ao progresso das luzes e da caridade, morrem, porque a luz mata as trevas e a caridade mata o egoísmo.

Mas, para os povos, como para os indivíduos, há a vida da alma. Aqueles, cujas leis se harmonizam com as leis eternas do Criador, viverão e servirão de farol aos outros povos".

Que os Estados Unidos aprendam esta lição... limitando os excessos e abusos do seu poder material, econômico e militar...



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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: problema
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/04/2001 22:08

Eu vi aquele problema do send+more=money.

Considerei cada número como um algarismo distinto, acredito que seja essa a intenção , caso contrário teremos muitas respostas possíveis.

Encontrei o número 10652 , mas na verdade não consegui montar um sistema, deduzi possibilidades como por exemplo a restrição do "M" que inicialmente poder ser 1 ou 0 por se tratar da 5a casa decimal que surgiu na soma dos números ambos com 4, e a partir daí deduzi o resto.

Existe alguma forma de queimar menos o cérebro e resolver com um sistema mais mecânico?

SDS,

Alexandre Sedlacek Moana


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Estamos esquecidos?
FROM: "Fatos" <fatoseletras@zaitek.com.br>
TO: <Undisclosed-Recipient:;@mail.biglink.com.br>
DATE: 27/04/2001 07:03

FATOS E LETRAS CULTURA PARAIBANA
www.fatoseletras.adv.br

MENSAGEM PARA QUEM QUISER


Esquecidos, não
TRANSCRITO DO JORNAL A UNIÃO - COLUNA DE HÉLIO ZENAIDE

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Esqueceram de mim! Quem? Nós jamais fomos ou seremos esquecidos. Porque temos Deus como pai.

No mais, quem mais esquece de nós, somos nós mesmos.

Podemos, verificar, quando nos sentimos sozinhos, que na verdade não o estamos.

Somos nós mesmos, em nossa indisciplina moral, que nos isolamos das pessoas e nos afastamos de Deus. As nossas questões pessoais são levadas a um nível de egoísmo tal que nos conduzem a essa sensação de solidão, de esmorecimento na nossa fé, vedando as portas da esperança.

Se não nos mantermos afinados com os preceitos cristãos, sintonizados com o nosso único Deus, Eterno Pai e Criador, nos sentiremos feridos na vida, sem um sentido para o ser e o existir.

Até onde? Como? Animados em nossa fé, que "remove montanhas", estaremos sempre mais fortalecidos, esperançosos, operosos, sem espaço de tempo para isolamentos e, conseqüentemente, acomodações deprimentes.

Por vezes buscamos encontrar soluções para as nossas vidas, que estejam ao alcance de nós, como se pudéssemos manipular o tempo, os desvios morais, as criaturas e, instantaneamente, contornar os nossos abusos. Nos enganamos quando não esperamos respostas da vida para nós. Se bem nos posicionamos, conscientemente, vamos identificar em nossos caminhos momentos que se sobressaíram em nossas vidas, como respostas inteligentes às nossas agressões no fato de não viver bem com Deus.

Encontramos respostas para o nosso bom proceder, assim como para os nossos desvios. Este aspecto colabora sobremaneira na nossa capacidade de explorar os nossos caminhos, direcionando o nosso livre-arbítrio, experimentados pelas respostas que a vida nos vem dando como verdadeiras ofertas misericordiosas da Providência Divina.

É comum nos vermos em experimentações, mesmo animados de bons propósitos. A vida nos permite desbravar caminhos que se tornam verdadeiros labirintos nas nossas mentes, se não buscamos o equilíbrio e harmonia com a vida. Firmeza e persistência, desde a nossa vontade e pensamentos até a nossa ação, em preceitos elevados, com vistas em nosso espírito.

As experimentações nos deixam o saldo positivo do amadurecimento, mesmo que a nossa parcela seja relativa, em termos de superar as dificuldades encontradas. A parte que deixamos para trás, sem darmos conta do recado, tomemos como um ponto de partida para novas lutas e conquistas. Nenhum de nós é perfeito. Perfeito só o Pai, que está nos céus. Prosseguir caminhando, com vista Nele, pelos caminhos que Jesus nos ensinou.

"Eu sou o caminho, a verdade e a vida" é o nosso roteiro de vida. Este caminho, em verdade, reconhecido pela Paternidade Divina, prevalecerá eternamente. Nunca estaremos esquecidos.

Quando nos damos conta de que nos esquecemos das questões espirituais, que se desdobram em alegrias e saldos positivos para o futuro, é que nos sentimos até irresponsáveis por não nos levarmos a sério na vida.

O que nos leva desta para outras vidas é o espírito, e somos transportados pelo espírito.

Se sentimos o nosso ser, o coração que palpita e a razão que nos posicionam na vida, não estamos sós.

Mas quando não sentimos em nós o ser que integra a criação, o coração e sua linguagem afetiva de sentimentos, e ignoramos a razão, podemos dizer, de nós para nós mesmos, que esquecemos de nós.

Mas não esqueceram de nós...

Nós podemos nos esquecer de nós. Mas Deus nunca nos esquece. Deus é amor e quem ama não esquece.

O que foi que Jesus nos disse?

"Estarei convosco até a consumação dos séculos."


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SUBJECT: Re: problema
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/04/2001 09:04

--- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:
> Eu vi aquele problema do send+more=money.
>
>
> Existe alguma forma de queimar menos o cérebro e resolver com um
sistema mais mecânico?
>

Eu poderia chutar algo do tipo :

D+E = Y + a
N+R + a/10 = E + b
E+O + b/10 = N + c
S+M + c/10 = O + d
d/10 = M

onde :
As letras minusculas sao 0 ou 10
As letras maiuscula sao sao menores que 10 ( entre 0 e 9 )
E todas as letras precisam ser numeros inteiros positivos.

Aih vc pode fazer um programa de computador que vai testando
as possibilidades...

[]s
jocax



SUBJECT: Mundo e Amor
FROM: "Fatos" <fatoseletras@zaitek.com.br>
TO: <Undisclosed-Recipient:;@mail.biglink.com.br>
DATE: 27/04/2001 12:06


FATOS E LETRAS CULTURA PARAIBANA
www.fatoseletras.adv.br

MENSAGEM PARA QUEM QUISER

Transcrito de
http://www.terra.com.br/almas/colunas/marta/martha_09_04_2001.htm
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martham@terra.com.br

AS VOLTAS DO MUNDO E DO AMOR
9 de abril de 2001



No livro Perto do Coração Selvagem, romance de estréia da escritora Clarice Lispector, a personagem Joana, em um determinado momento, sente-se confusa por estar sofrendo por algo que, um dia, a tornou terrivelmente feliz.

Acontece muito. A dor e o prazer alternarem-se em volta do mesmo motivo. Passam-se anos, ou meses, ou horas, e aquilo que nos deu tamanha vontade de viver torna-se a razão de tanta angústia e lágrima. E o mais exaustivo é que este é um fenômeno incompreensível.

Sendo de impossível entendimento, nada pode-se esclarecer aqui, a não ser dizer que, na maioria das vezes, é o amor que provoca tal contradição. O tempo passa e o amor sofre mutações: de ansioso passa a ser calmo, de constante passa a ser inconstante, de onipotente passa a ser falível.

Nós, por outro lado, também mudamos. De carentes a auto-suficientes, de infantis a maduros, de ternos a ríspidos. Somos igualmente poderosos e igualmente fracos. E a metamorfose do ser humano, como a metamorfose do amor, gera pânico: que amor é esse que um dia me faz explodir de alegria e que no outro dia me implode? Que ser é esse que sou, que um dia aceita as contingências de um sentimento mutante e que no outro dia o quer estático, igual como sempre foi?

Há exemplos mais simples. Ele te amou e isso te fez feliz. Ele deixou de te amar e isso te tornou infeliz. Felicidade e dor em alternados momentos e pelo mesmo motivo.

Ela era passiva e caseira, e isso deixou você apaixonado. Ela manteve-se passiva e caseira, e você passou a sonhá-la agitada e independente, e de repente não a quis mais. Ela não mudou, mas você mudou, e o amor acompanhou a mudança.

Não há como parar o tempo, cristalizar o que nos enche de êxtase. Este êxtase um dia se tranformará em algo que nos perfurará feito lâmina. Porque assim é: a terra gira em torno do sol e nós giramos em torno de nós mesmos, sem descanso.






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SUBJECT: "supermercado" de genes
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/04/2001 12:49

Do UOL - Universo on Line 25/4/2001

Unesp inaugura
"supermercado" de genes


da Folha Ribeirão

A Unesp (Universidade Estadual Paulista) de
Jaboticabal, em parceria com a Fapesp
(Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
São Paulo), inaugurou ontem o Centro Brasileiro
de Estocagem de Genes (Brazilian Clone
Colection Center).

O laboratório, que custou US$ 800 mil (R$ 1,8
milhão), é o primeiro do gênero na América
Latina e um dos únicos do mundo a armazenar
genes sequenciados para a agricultura.

Para garantir a manutenção dos genes, foi
construída uma sala climatizada a 20ºC. O local
está equipado com oito freezers -mantidos à
temperatura de 86ºC negativos- que armazenam
os clones dos genes da cana-de-açúcar e de
bactérias que causam doenças em laranjais,
como a praga do amarelinho e o cancro cítrico.

"Quando é necessário o transporte, abrimos as
bactérias e retiramos a sequência de ácido
nucleico. A pessoa que recebe tem apenas que
colocar num líquido adequado e já pode usar",
afirma o professor Jesus Ferro, do departamento
de tecnologia da Unesp de Jaboticabal.

De acordo com ele, as encomenda serão
realizadas pela internet (a rede mundial de
computadores), por meio de um site que está
sendo criado, o que também permitirá o
pagamento por cartão de crédito.

No entanto ele afirma que os genes só podem
ser vendidos com a finalidade de pesquisa, já
que o comprador terá de assinar um termo de
compromisso.

Empresas e instituições particulares de
pesquisa também poderão ter acesso aos
genes do laboratório após análise de um comitê
supervisor.

"Claro que o preço para a instituição particular
será diferente. Além disso, não é qualquer um
que terá acesso aos genes. É necessário um
estudo sério para saber o que será feito. A
propriedade intelectual do produto é da Fapesp",
afirma Ferro.

Os recursos adquiridos com a venda dos genes
ficarão no próprio centro, que deve ser
auto-suficiente em três anos .

O professor da Unicamp (Universidade Estadual
de Campinas) Paulo Arruda, responsável pelo
projeto Genoma da cana-de-açúcar, afirma que
o centro de vendas é uma das etapas mais
importantes do processo.

"Comunidades científicas de empresas do
mundo todo já haviam demonstrado interesse no
produto. O sequenciamento dos genes era
virtual, estava no computador. Agora, com a
clonagem e o armazenamento, estudos podem
ser programados para que se obtenham novas
informações", afirmou ele.



SUBJECT: A Aids, a matematica e o poder
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>, despertar <despertar@yahoogroups.com>, PortAberta <PortAberta@yahoogroups.com>, fflch <fflch@egroups.com>, movimento-filo <movimento-filo@egroups.com>, scientia_una <scientia_una@egroups.com>
DATE: 27/04/2001 13:32

FOLHA DE SAO PAULO
A Aids, a matemática e o poder

18/03/01

Autor: ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE
Editoria: OPINIÃO Página: A3
Edição: Nacional Mar 18, 2001
Seção: TENDÊNCIAS/DEBATES
Observações: PÉ BIOGRÁFICO

A Aids, a matemática e o poder
O que aconteceria a uma sociedade em que todos são contaminados e
dependem de uma vacina
contemporizadora?

ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE

A OPINIÃO pública acolheu com o usual entusiasmo a notícia de que uma
vacina contra a Aids, que já teve expressivo sucesso em macacos,
pode vir a ser experimentada em humanos brevemente.

Todavia a questão é mais séria do que parece, pois a vacina em questão
não impede a infecção pelo vírus, mas apenas evita as suas
manifestações maléficas.

Para entender o problema vamos elaborar um modelo matemático, típico da
disciplina que estuda a dinâmica de populações.

Não se espante, entretanto, o leitor, pois manteremos a matemática em
um nível no qual até um economista conseguirá entender.

Consideremos dois conjuntos de seres humanos. Esses conjuntos seriam
compostos, respectivamente, por pessoas que apresentam HIV negativo e
positivo. Os primeiros podem passar do conjunto de indivíduos saudáveis
para o segundo grupo por contaminação, mas, os
últimos, os contaminados, não podem se curar e não retornarão ao
conjunto de cidadãos com HIV negativo.

Admitamos que nasçam atualmente apenas indivíduos saudáveis, que
continue a taxa de natalidade atual e que a contaminação seja
expressa por um índice que podemos denominar como razão de
contaminação.

A primeira consequência que extraímos desse modelo é que, enquanto o
índice que descreve o "nascimento" de crianças saudáveis predominar
sobre a razão de contaminação, não haverá motivos de preocupação
com uma eventual tragédia universal.

Todavia a observação da realidade mostra que a natalidade global,
que ainda está crescendo, tende a se estabilizar, enquanto o
crescimento da Aids, ou seja, a razão de contaminação, deverá crescer
por muito tempo, pois depende do produto do número de habitantes
saudáveis pelo de indivíduos contaminados.

Somente quando o número de indivíduos não-contaminados vier a ser menor
do que o de contaminados é que a razão de contaminação
passaria a decair. Mas, quando isso acontecer, a natalidade de
crianças saudáveis já terá se convertido progressivamente em uma nova
fonte de contaminados, pois as crianças, em sua maioria, nascerão
aidéticas.

Podemos concluir, a partir desse modelo, que obviamente pode ser
tratado com mais rigor matemático, que, no longo prazo, a humanidade
poderá ser extinta devido ao HIV. A ocorrência disso dependerá
exclusivamente da razão de contaminação. Campanhas de esclarecimento,
camisinha, seringa descartável e outras medidas reduzem justamente esse
parâmetro.

Todavia também é verdade que os coquetéis anti-Aids, humanitariamente
indispensáveis, atuam em sentido oposto, pois aumentam o número efetivo
de portadores, ao prolongar seu tempo de vida.

Pois bem, a descoberta de uma vacina que elimina os efeitos do HIV, mas
que não impede a sua propagação, terá, necessariamente,
consequências irreversíveis e significativas para a humanidade.

Em primeiro lugar, será suprimido, pelo menos parcialmente, o receio da
contaminação. O que a população teme é a morte, o sofrimento, as
consequências do HIV, e não o vírus propriamente dito.

Contaminados e não-contaminados relaxarão as suas disciplinas. Inclusive
na certeza de que seus descendentes terão sobrevida, embora
infectados, terá, também, como consequência, a aceleração da
contaminação. Por outro lado, o contágio também será acelerado devido
ao aumento do tempo de vida do contaminado.

O modelo leva, portanto, a uma solução que os matemáticos denominam de
"catastrófica".

Enfrentamos uma escolha prática e moral extremamente difícil. Ou banimos
vacinas que não impedem a contaminação, mas que reduzem o
sofrimento de muitos, e, com isso, castigamos parcelas expressivas de
algumas gerações, ou reduzimos o sofrimento dos atuais e próximos
contaminados ao adotarmos a referida vacina, mas arriscamos uma
aceleração exponencial da contaminação com sua eventual generalização
para toda a humanidade.

Em ambos os casos, resta a esperança de que novas descobertas
científicas venham a extinguir definitivamente o HIV.

Mas não haveria o perigo de governos e cientistas, com a adoção de
medicamentos que suprimem apenas os sintomas, conformarem-se com essa
contaminação generalizada e inexorável, relaxando os seus esforços em
pesquisas? E o que aconteceria a uma sociedade em que todos são
contaminados e dependem de uma vacina contemporizadora? Que
poder político teria essa droga? Será que a civilização é compatível
com esse nível de sujeição do homem a uma substância química? Ou
melhor, ao seu produtor? E como ficaria a geopolítica nessa
situação?


Rogério Cezar de Cerqueira Leite, 69, físico, é professor emérito da
Unicamp
(Universidade Estadual de Campinas) e membro do Conselho Editorial da
Folha.





SUBJECT: gordura nao faz mal ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/04/2001 15:13

VEJA on Line - UOL
11/04/2001

Pela primeira vez uma publicação científica
de prestígio abre suas páginas para um artigo
bombástico que afirma que a gordura não faz mal



Gabriela Carelli

Artigos como o publicado na semana passada pela mais
prestigiosa
revista científica do mundo, a americana Science, são
raríssimos.
Assinado pelo jornalista Gary Taubes, o artigo faz a
demolição ponto
por ponto de um dos dogmas mais aceitos da medicina
moderna, o
de que uma dieta rica em gorduras é prejudicial à
saúde da maioria
das pessoas. O articulista da Science lista uma
seqüência
impressionante de dados tirados de pesquisas de
centros de
excelência, como Harvard, Cambridge e Johns Hopkins.
Ele mostra
que a demonização da gordura na dieta nasceu sem muita
base
científica e se firmou na medicina moderna sem
contestação, em
parte, por absoluta falta de senso crítico dos
pesquisadores. O
artigo intitulado "A frágil ciência da gordura na
dieta" é também um
soco no estômago da indústria de alimentos. "Durante
os últimos
trinta anos, o conceito de comer saudavelmente passou
pela
eliminação ou redução da gordura nos alimentos. Cerca
de 15.000
produtos dietéticos com teor mais baixo de gordura
chegaram às
prateleiras dos supermercados. Eles geraram bilhões de
dólares para
a indústria", diz Taubes. A conclusão dele é
inevitável. Evidências de
que a gordura dos alimentos não pode ser
responsabilizada pela
obesidade e pelas doenças do coração sempre existiram.
Mas não
foram aceitas em virtude da enorme influência da
indústria
alimentícia e de seus lobbies poderosos exercidos
sobre as
autoridades de saúde americanas.

"Nos Estados Unidos nós não tememos mais a Deus nem os

comunistas. Nós só tememos a gordura." A frase acima,
dita pelo
médico David Kritchevsky, autor em 1958 de um dos
primeiros livros
sobre dietas pobres em gorduras, é usada por Taubes
para mostrar a
força que essa noção ganhou no país. "Apesar de tanta
convicção, o
que se sabe é que a ciência tradicional gastou milhões
de dólares
dos contribuintes em pesquisas que, na verdade, nunca
provaram
que as dietas pobres em gordura prolongam a vida das
pessoas",
escreveu Taubes. Segundo ele, o melhor dos dados
compilados para
provar a tese da malignidade da gordura chegou à
patética
conclusão de que deixar de comer carne, ovos ou
manteiga ajuda as
pessoas a viver "algumas semanas mais" que aquelas que
não se
privaram desses alimentos.

"Em toda a literatura médica, não há estudo científico
que prove que
uma dieta sem gordura evita infarto. Existe o
contrário", sustenta. E
que fim levaram essas pesquisas? Taubes garante que
elas foram
sistematicamente desprezadas pela ciência tradicional,
mesmo
quando vinham de fontes cujas credenciais não podiam
ser
colocadas em dúvida . É o caso de um grande
levantamento feito
pela Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard.
Durante duas
décadas, os pesquisadores avaliaram os hábitos de
300.000
profissionais de saúde americanos, na maioria
enfermeiros e médicos,
pessoas que, por seu conhecimento, técnica e
disciplina, são
consideradas ideais para esse tipo de investigação.
Pois bem, os
resultados mostraram que praticamente não havia
diferenças de
saúde entre os grupos que comiam alimentos gordurosos
e os que se
privavam deles. O estudo foi levado ao conhecimento
das agências
governamentais americanas e solenemente ignorado.

Enquanto os cientistas viravam o rosto para as
evidências de que a
gordura dos alimentos parecia não ser a causa da
obesidade e da
doença cardíaca, a população americana – e por
influência dela boa
parte dos moradores do mundo ocidental industrializado
– continuava
sendo vitimada pela epidemia de infartos. Mesmo com a
redução da
gordura na dieta, a doença cardíaca persistia e
aumentava. Só muito
recentemente o número de mortes por disfunções
cardíacas diminuiu
nos Estados Unidos. Também no Brasil, entre 1980 e
2000, houve um
declínio de 10% no número de mortes por doenças do
coração. "Isso
é incontestável, mas com certeza não tem relação
alguma com o
fato de comer vegetais", diz um dos mais atualizados
cardiologistas
brasileiros, Whady Hueb, do Instituto do Coração, em
São Paulo. "A
diminuição está muito mais ligada aos avanços médicos
e
farmacológicos que à quantidade de verduras ingeridas.
Os esquimós
comem só gordura e alguns deles chegam a viver 120
anos", diz
Hueb.

Um jornalista, obviamente, não tem autoridade para
ditar regras
sobre nutrição. O trabalho de Taubes só foi levado a
sério porque é
o primeiro a citar num mesmo artigo quase todas as
fontes
científicas dignas de crédito que pesquisaram o
assunto. Entre elas,
a mais respeitada é o epidemiologista americano Walter
Willet, de
Harvard. Ele considera "escandaloso" o fato de o
Instituto Nacional
de Saúde dos Estados Unidos, o famoso NIH, ter
ignorado – e
continuar ignorando – os resultados das pesquisas com
enfermeiros e
médicos que absolviam a gordura do crime de estar
matando os
americanos do coração. "Eles dizem que precisamos
ainda de
evidências mais sólidas para mudar as recomendações
nutricionais
tradicionalmente aceitas. Não deixa de ser irônico,
porque eles
próprios nunca tiveram evidências sólidas para fazer
as
recomendações." Willet põe o dedo na ferida. Ele
explica que o
desastre maior não foi deixar de comer gordura, mas
substituí-la por
um inimigo alimentar muito mais sutil e destruidor
quando ingerido em
grandes quantidades, os carboidratos. "As pessoas
ficaram
assustadas com as gorduras, mas deitaram e rolaram no
açúcar, nos
pães e nas massas", escreve Taubes. Resultado:
enquanto a
ingestão média de gordura caía para 34% do total de
calorias da
alimentação do americano médio, as artérias
continuaram se
entupindo.

Campeão da luta contra a ingestão de carboidratos, o
médico
americano Robert Atkins foi intelectualmente
massacrado nos anos
70 quando reavivou a tese de que as gorduras sozinhas
não eram as
vilãs da saúde. "Quem advogava contra o dogma era
tachado de
irresponsável", disse Atkins a VEJA. Sua dieta,
baseada na ingestão
de 20 gramas de carboidratos por dia e na liberação da
carne, dos
ovos e cremes, foi dinamitada. Estava-se então no auge
da ojeriza à
gordura no prato. Mas, como nada de muito auspicioso
ocorria na
balança, ou seja, os americanos continuavam
engordando, Atkins
teve uma nova chance. O livro com os fundamentos de
sua dieta foi
reeditado recentemente e vendeu milhões de exemplares.
Os
compradores? Bem, os frustrados pacientes das mais
variadas
dietas.

O Centro Nacional de Estatísticas de Saúde do Centro
de Controle e
Prevenção de Doenças indica que o número de adultos
obesos nos
Estados Unidos aumentou 32% entre 1980 e 1991 e 57% de
1991
até hoje. Para essas pessoas, a chamada "pirâmide
alimentar", a que
prescreve uma dieta equilibrada com quantidades de
carboidratos
que Atkins abominaria, de nada adiantou. A pirâmide
aconselha que
se coma de 55% a 60% de carboidratos. "A literatura
científica
mostra que dietas de alto consumo de carboidratos não
são
melhores – e podem ser piores – que as de alto consumo
de
gorduras", diz Taubes.

O pavor à gordura nasceu de uma descoberta real. A
primeira luz
vermelha se acendeu durante a Guerra da Coréia, nos
anos 50. Os
soldados americanos mortos no conflito foram as
primeiras vítimas de
guerra sistematicamente submetidas a autópsia. Os
médicos militares
descobriram que muitos dos jovens abatidos pelos
coreanos e seus
aliados chineses tinham obstruções nas artérias que
alimentam o
coração. A análise dessas obstruções mostrou que eram
feitas de
substâncias gordurosas, entre elas o colesterol. Como
um tigre sobre
a presa, os médicos saltaram para a conclusão de que a
gordura era
a causa principal dos ataques cardíacos. Foram
necessárias décadas
de estudos para acreditar que talvez a história não
seja tão simples.
"O enredo ficou mais complexo", diz Taubes. Os
pesquisadores
citados por ele lembram que as dietas vegetarianas
conseguem
reduzir no máximo de 10% a 15% das gorduras no sangue,
o que
para eles é prova suficiente de que a relação entre
nutrição e saúde
é mais complicada do que parece. O raciocínio é
reforçado pela
constatação de que ainda é misterioso o processo pelo
qual as
estatinas, drogas mais eficientes e modernas usadas
com o objetivo
de baixar as gorduras no sangue, especialmente o
colesterol,
protegem o coração. Suspeita-se que parte
significativa do efeito
protetor das estatinas esteja em seu poder
antiinflamatório, e não
apenas no de diminuir a gordura circulante.

Os dados cuidadosamente garimpados por Taubes a pedido
da
revista Science e reproduzidos nesta reportagem não
encerram a
questão do papel das gorduras na dieta. Não devem ser
tomados,
obviamente, como um convite à indisciplina à mesa.
"Dizer que
gordura não faz mal é um risco à saúde de milhares de
pessoas", diz
Francisco Fonseca, coordenador do setor de lípides,
aterosclerose e
biologia vascular da Universidade Federal de São
Paulo. Gary Taubes
enfatiza que nenhum de seus entrevistados aconselha as
pessoas
com doenças cardíacas ou propensão a tê-las a comer
gorduras.
Eles apenas não acham razoável que essa restrição
feita aos
doentes possa ser tomada como uma regra de saúde
pública. O
artigo do americano teve enorme repercussão não por
querer ditar
novas regras de alimentação saudável, mas por abrir a
discussão
sobre uma questão tratada há décadas como um dogma.


"Durante trinta anos, o conceito de comida
saudável foi sinônimo de pouca gordura.
Apesar de décadas de pesquisas, ainda não
está devidamente comprovado que o
consumo de gordura abrevie a vida de
pessoas saudáveis."

"Uma pesquisa sobre dieta e saúde
conduzida durante vinte anos pela
Universidade Harvard concluiu que o total
de gordura consumida não tem relação com
doenças cardíacas. A gordura não saturada,
como o azeite de oliva, não faz mal. A gordura
saturada, das
frituras, é um pouco pior, se tanto, que as massas e
outros
carboidratos."

Gary Taubes, revista
Science



"O movimento antigordura está baseado na noção
puritana de que
alguma coisa ruim tem de ter uma causa maligna. Se
você sofreu
um ataque cardíaco, é porque fez alguma coisa errada.
O ataque
cardíaco seria decorrente do fato de você ter comido
uma
quantidade enorme de coisas ruins, e não uma
quantidade muito
pequena de coisas boas."

John Powles, da Universidade de
Cambridge



SUBJECT: Conhecem este livro/programas ?
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/04/2001 07:00

Amigos:

- Alguem desta lista possui o livro abaixo ?

"Aplicacoes no Laboratorio da Complexidade em C++"
Autor: William H. Roetzheim
Editora: Berkeley


- Comprei esse livro ha' uns 8 anos, e ele veio acompanhado
de um disquete com alguns programas de simulacoes.
Porem, perdi o disquete e nao tenho nenhuma outra copia
dos programas. Alem disso, nao encontro mais o livro,
para comprar outro.

- Se alguem possui o disquete do referido livro,
solicito que entre em contato comigo, EM PRIVATE

- Se alguem tem alguma sugestao sobre como posso
obter esse disquete, ou os programas que nele estao,
agradeco a dica, pois ja' procurei pelos programas
na Internet e nao os encontrei.

- Alguns dos dos programas que estavam no disquete sao estes:

- Complexity Laboratory (diversos experimentos relacionados
ao Caos)
- Galaxy (simulador da formacao de galaxias)
- Life (simulador de vida artificial)
- Mandelbrot (gerador de fractais)

- Grato pela atencao de todos.


Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: doencas virais nao tem cura
FROM: holanda-lb@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/04/2001 14:40

Prezados membros,
Ouvi, certa vez, uma pessoa afirmar que doenças virais não teriam
cura devido ao fato de que os vírus sofrerem mutações e não seria
possível encontrar a cura, no máximo, diminuir sua quantidade em um
número tolerável (vide gripe, Aids, etc.).
Assim, tão logo o organismo ,de alguém que tenha pegado algum, fique
imunodepressivo, os vírus, que antes estavam em número tolerável,
voltarão a agir no organismo.
Até que ponto isso é verdade?

Abraços,
Leandro.



SUBJECT: quarks e cordas
FROM: holanda-lb@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/04/2001 23:08

Prezados membros,

Andei lendo os emais com o título "Re: Duvida sobre Fisica
Nuclear e pedido de dicas " e não vi nenhum erro grave. Mesmo assim,
acho que merecem aluns comentários.
O Borges disse:

"[...]e os quarks [constituídos] por partículas mais elementares e
estas por mais elementares ainda e estas por supercordas... "

Mas, na verdade, nenhuma experiência confirma isso. E do ponto de
vista teórico, as opiniões também divergem. No momento não há razão
para se crer que o quark (e o antiquark) seja constituído de algo -
diz-se assim, que é uma partícula elementar.
Conclusão: quarks e antiquarks (veja obs. abaixo), são o que
basta para formar os elementos químicos (ou anti-elementos) e por aí
vai...
Supercordas, pode até ser uma realidade, mas ainda não se
mostrou o caminho do ponto de vista teórico nem foram confirmadas
experimentalmente.

Obs.:
Embora o elétron não seja um hádron (que são formados por 3
quarks ou 1 quark e 1 antiquark), é possível criá-lo à partir dessa
reação:

q + (aq) + u + u + d -> f + f + p

e por sua vez,

f + f + p -> f + p + e + (e+)

onde q é um antiquark qualquer,
(aq) é o antiquark de q
u é um quark up
d é um quark down
f é um fóton
p é um próton (que é formado por 2 quarks u e por um quark d)
e é um elétron
(e+) é o pósitron (ou anti-elétron)

Repare que:

1) f -> e + (e+) é uma reação proibida
2) p + f -> p + e + (e+) é uma reação permitida =

3) q + (aq) -> f é uma reação proibida
4) q + (aq) -> f + f é uma reação permitida
5) e + (e+) -> f é uma reação proibida
6) e + (e+) -> f + f é uma reação permitida
8) A reação 2) pode ocorrer se trocarmos o próton por
um nêutron ou por um núcleo atômico, enfim, algo que absorva
o momento linear que o fóton está carregando.
9) Imagino que o Universo não tenha escolhido esse caminho para
formar os elétrons e pósitrons, - embora essas reações possam ocorrer
- porque senão teríamos equilíbrio entre matéria e antimatéria (o que
não é observado: há mais matéria no Universo).

Esperei não ter complicado.

Abraços
Leandro.








SUBJECT: 'Jornal' de humor na ciencia
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/04/2001 04:11

Criei uma lista para informar sobre atualizacoes no site de humor na
ciencia que organizo.

Pra quem tiver interesse eh soh dar uma olhada em
http://groups.yahoo.com/group/informol/



Ateh mais.
Luis Roberto Brudna



SUBJECT:
FROM: "Fatos" <fatoseletras@zaitek.com.br>
TO: <Undisclosed-Recipient:;@mail.biglink.com.br>
DATE: 29/04/2001 08:30

FATOS E LETRAS CULTURA PARAIBANA
www.fatoseletras.adv.br







O Que os Filhos Pensam do Pai

Aos 7 anos:
- Papai é grande, sabe tudo!


Aos 14 anos:
- Parece que papai se engana com certas coisas que diz...


Aos 20 anos:
- Papai está um pouco atrasado em suas teorias; não são desta época...


Aos 25 anos:
- O coroa não sabe nada... Está caducando, decididamente.


Aos 35 anos:
- Com minha experiência, meu pai seria hoje um milionário...


Aos 45 anos:
- Não sei se consulto o velho; talvez pudesse me aconselhar...


Aos 55 anos:
- Que pena papai ter morrido; na verdade ele tinha idéias notáveis...


Aos 60 anos:
- Pobre papai! Era um sábio! Como lastimo tê-lo compreendido tão tarde...



--------------------------------------------------------------------------------


Está na coluna de Agnaldo Almeida de hoje no Jornal O Norte



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Vamos conhecer Patos?
FROM: "Fatos" <fatoseletras@zaitek.com.br>
TO: <Undisclosed-Recipient:;@mail.biglink.com.br>
DATE: 29/04/2001 09:12

FATOS E LETRAS CULTURA PARAIBANA
www.fatoseletras.adv.br










Dados colhidos no site do Acadêmico Flávio Sátiro Fernandes
www.openline.com.br/~fsatiro


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PATOS



Coriolano de Medeiros







Casa de Paulo Mendes, no trecho descampado,
E além, de João Gomes, avulta a moradia;
Bem no centro do pátio, o norte defrontado,
Sorri o templozinho da Senhora da Guia.
Moradas de vaqueiros, currais aonde o gado
Rumina e muge triste à mutação do dia;
No milharal viçoso, ou verde ou sazonado,
Debicam periquitos, farfalha a ventania.

Pegas e Panatis, de tangas bem vermelhas,
Guardam porcos e cabras, bezerros e ovelhas,
E de lavoura cobrem do vale grandes tratos.

Paira atrás a lagoa e na frente o Pinharas,
Restrito no verão a fios de águas claras...
E assim no meu sertão um dia surgiu Patos!






Origens


Situada no sertão da Paraíba, a cidade de Patos foi fundada por Paulo Mendes de Figueiredo que, juntamente com alguns familiares, doou, em 1768, uma parte de seu patrimônio para que se erigisse uma capela em louvor de Nossa Senhora, em torno da qual teve origem a cidade. Em 1833 foi instalada a Câmara, criando-se, assim, o Município. A antiga Imperial Vila dos Patos foi elevada a cidade em 1903, através da Lei Estadual n. 200, de 24 de outubro de 1903, de iniciativa do deputado José Campelo de Albuquerque Galvão.




Desenvolvimento


Possui, hoje, uma população em redor de cem mil habitantes e constitui-se no mais importante centro comercial, industrial, e de serviços da região. De aspecto urbanístico aprazível, ruas largas e movimentadas, muitas delas asfaltadas, possui equipamentos necessários para tornar menos árida a existência em uma área castigada por um sol inclemente durante a maior parte do ano. Modernos edifícios já freqüentam a paisagem urbana. A cidade é banhada pelo rio Espinharas, que pode ser considerado um rio urbano, pois nasce às portas da cidade, pela junção de dois outros rios: Farinha e Cruz. Dispõe de um hospital e uma Maternidade, públicos, assim como de um hospital infantil e inúmeras clínicas especializadas particulares. O lazer da população é proporcionado por cinema, clubes e festejos populares realizados em diferentes épocas do ano. Veja abaixo o Calendário Socio-cultural da cidade. Como pontos de atração turística, destacam-se a Fundação Ernani Sátyro, entidade que guarda o acervo bibliográfico e arquivístico do ex-Governador paraibano e onde ele está sepultado; a Igreja da Conceição, vetusto templo colonial; o santuário d'A CRUZ DA MENINA, na saída para Pombal, às margens da BR-230; o Pico do Jabre, o ponto mais alto da Paraíba, no vizinho município de Teixeira e a pedra do Tendó, a vinte quilômetros de Patos, local privilegiado para a decolagem de vôos com asa delta.




Comunicações


Patos constitue um entroncamento rodoviário, onde se cruzam importantes rodovias, todas asfaltadas, que a colocam em comunicação com os demais Municípios do Estado e com os Estados vizinhos. Está ligada a João Pessoa, Campina Grande, Pombal, Sousa, Cajazeiras e às outras cidades situadas ao longo da rodovia que percorre o Estado, de Cabedelo a Cajazeiras, atingindo o Ceará. Liga-se a Piancó, Itaporanga, Conceição e outros centros, através da rodovia denominada "Redenção do Vale", a caminho do Ceará e outros Estados. Por estrada pavimentada atinge-se a cidade de Teixeira e o vizinho Estado de Pernambuco, em demanda do sul do País. Através de estrada também asfaltada liga-se a Serra Negra, Caicó, Currais Novos e outros municípios do Rio Grande do Norte. Dispõe dos serviços de DDD, DDI e telefonia celular, além de agências da ECT. Um aeroporto, com pista asfaltada, permite, agora com a ampliação de sua pista, pouso e decolagem de aeronaves de grande porte, inclusive à noite, uma vez que já foi concluída e inaugurada a sinalização e balizamento luminosos, permitindo a realização daquelas operações após as dezoito horas. Seus habitantes passaram a se comunicar com todo o mundo, depois da instalação dos serviços de provedoria da Internet, oferecidos pela OPENLINE.



Administração


O Poder Executivo municipal encontra-se estruturado em Secretarias e outros órgãos menores. A Câmara de Vereadores compõe-se de 19 membros. O Poder Judiciário estadual está instalado com quatro Varas e dois Juizados Especiais (um cível e outro criminal) e respectivos Cartórios, além das Promotorias, e da Advocacia de Ofício. Nela também se situa uma Junta de Conciliação e Julgamento, subordinada ao Tribunal Regional do Trabalho da 13a. Região. A cidade é sede do III Batalhão da Polícia Militar da Paraíba.




Vida Universitária


A cidade conta com sete cursos universitários, a saber: Medicina Veterinária e Engenharia Florestal, ministrados pela Universidade Federal da Paraíba, que ali mantém o Campus VII; curso de Ciências Econômicas, ministrado pela Faculdade de Ciências Econômicas e os cursos de História Geografia, Letras e Pedagogia, ministrados pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. As duas Faculdades são mantidas pela Fundação Francisco Mascarenhas. Possui modernos colégios de primeiro e segundo graus, públicos e particulares, destacando-se entre aqueles o Colégio Estadual, a Escola Normal D. Expedito, o Colégio Polivalente Dionísio Costa, o Colégio Cap. Manuel Gomes, a Escola Agrícola "Sebastião Francisco Fernandes", mantida pela Prefeitura Municipal; a Escola Estadual de Primeiro Grau Rio Branco e o tradicional Colégio Cristo Rei, da Ordem das Filhas do Amor Divino. Nestes dois últimos estabelecimentos estudou a ex-Prefeita de São Paulo, Luiza Erundina. Alguns centros de língua dedicam-se ao ensino de idiomas estrangeiros, a exemplo da Cultura Inglesa




Filhos Ilustres e Figuras de Relevo na Vida do Município


Paulo Mendes de Figueiredo (Fundador da cidade), Jerônimo José da Nóbrega (Deputado Provincial), Porfírio Higino da Costa (Herói da Guerra do Paraguai), Cap. Manoel Gomes dos Santos (Deputado Provincial), Leôncio Wanderley (Deputado Estadual, no começo deste século), Enéas Pedro de Sousa (Deputado estadual, no começo do século atual), Miguel Sátyro e Sousa (ex-Deputado Estadual e ex-Chefe Político do Município, de 1904 a 1934), Pedro Firmino da Costa e Sousa (Deputado Estadual), Coriolano de Medeiros (Historiador, escritor, fundador da APL), Allyrio Meira Wanderley (escritor, jornalista, Patrono da Cadeira da APL), Joaquim Alves Machado (Vigário por cinqüenta anos), Nelson Lustoza Cabral (escritor, jornalista, membro da APL), João Norberto da Nóbrega (gramático e poeta), José Antônio Urquiza, (escritor, advogado), Alfredo Lustosa Cabral (Professor e escritor), Bivar Olintho de Mello e Silva (Prefeito e Deputado Federal), Ernani Ayres Sátyro e Sousa (Governador do Estado, Ministro do STM, deputado federal em 8 legislaturas, escritor, membro da APL), Dom Fernando Gomes dos Santos (Bispo de Penedo (AL) e Aracaju (SE) e Arcebispo de Goiânia (GO)), Anníbal Fernandes Bonavides (jornalista e deputado estadual pelo PCB, do Ceará), Clóvis Sátyro e Sousa (Prefeito, quatro vezes)Francisco Soares de Sá (Deputado Estadual), Tarcísio Meira César (Poeta), José Peregrino de Araújo Filho (Prefeito e Deputado Estadual), Firmino Ayres de Araújo (Brigadeiro da Aeronáutica), Mons. Manuel Vieira (Deputado Federal, educador, diretor por muitos anos do extinto Ginásio Diocesano de Patos), Edivaldo Motta (Deputado Estadual e Deputado Federal), José Cavalcanti (Prefeito, Dep. Estadual e membro da APL), Geralda Medeiros (Prefeita e Deputada Estadual), Rui Gouveia (Deputado Estadual), José Gomes Alves (Fundador dos primeiros cursos superiores de Patos), Darcílio Wanderley da Nóbrega (Prefeito, em cuja administração o Município de Patos foi apontado como um dos dez Municípios brasileiros de maior progresso, em concurso realizado pela revista "O CRUZEIRO"), todos falecidos.



FUNDAÇÃO ERNANI SÁTYRO




A Fundação Ernani Sátyro é uma entidade instituída e mantida pelo poder público estadual, que tem sede em Patos e atuação nessa cidade e Municípios vizinhos, e se constitui em um dos mais importantes focos da dinamização cultural da região.

Criada pela Lei estadual n° 5.048/88, a FUNDAÇÃO ERNANI SÁTYRO tem por finalidade dinamizar a cultura nos municípios de Patos e adjacentes, além de preservar a memória de seu patrono, o Ministro Ernani Ayres Sátyro e Sousa, natural de Patos, que foi Governador do Estado da Paraíba, deputado federal por oito legislaturas, Ministro do Superior Tribunal Militar (STM), Deputado Estadual, Prefeito da Capital, escritor, membro da Academia Paraibana de Letras, da Academia Brasiliense de Letras e da Academia de Letras de Campina Grande (PB).
A Fundação Ernani Sátyro possui em seu acervo:




A biblioteca de Ernani Sátyro
O seu arquivo particular

Os pertences pessoais do ex-governador paraibano

As medalhas e condecorações a ele conferidas



Todo esse acervo encontra-se em exposição permanente, na sede da Fundação, que se situa na casa que foi residência de Ernani Sátyro, na cidade de Patos. O acervo é de grande importância para o estudo da vida política da Paraíba e do Brasil, haja vista que Ernani Sátyro teve grande atuação no cenário político nacional, membro da famosa "banda de música" da UDN, Presidente nacional e líder desse Partido no Congresso Nacional, líder do Governo Costa e Silva na Câmara dos Deputados, relator dos projetos de anistia, das eleições diretas e do projeto de Código Civil, aprovado pela Câmara dos Deputados. Acham-se catalogados mais de 40.000 itens, entre cartas, telegramas, manuscritos, originais datilografados, recortes de jornais, fotografias, livros, exemplares avulsos de jornais e revistas, folhetos, panfletos, medalhas, objetos pessoais etc.

Na busca de atingir os seus objetivos e finalidades, a Fundação, desde a sua instalação, vem desenvolvendo atividades culturais consistentes em cursos, palestras, reuniões, não só sobre a vida e a obra do seu patrono, mas também sobre diferentes aspectos da vida literária, política, social, econômica, financeira da região, do Estado e do Brasil. Também têm sido feitas exibições artísticas, relacionadas às artes plásticas, ao teatro, à dança, à música, ao folclore etc. A Fundação mantém uma biblioteca própria, distinta da Biblioteca de Ernani Sátyro, ambas à disposição de estudantes e pesquisadores.

Obras Completas - Uma das principais iniciativas da Fundação Ernani Sátyro, em relação à preservação da memória do patrono, vem sendo a publicação sistemática das OBRAS COMPLETAS DE ERNANI SÁTYRO (organização de Flávio Sátiro Fernandes). O plano inicial das OBRAS prevê a publicação de 37 volumes, compreendendo os romances, poesias, discursos parlamentares, pareceres legislativos, obras jurídicas, ensaios literários, crônicas, entrevistas, contos, correspondência etc. Até agora foram publicados seis volumes: O Quadro-Negro (romance), Mariana (romance), Grande é a vida (crônicas domingueiras, escritas quando o autor era Governador do Estado), Discursos Acadêmicos (discursos feitos nas sociedades literárias de que participou), Retratos a bico de pena (discursos parlamentares, em que traça o perfil de diferentes personalidades - Getúlio Vargas, Castelo Branco, Agamenon Magalhães, José Américo de Almeida, Assis Chateaubriand, Santiago Dantas, Otávio Mangabeira, Augusto dos Anjos e outros), Tradição e Renovação (Discursos proferidos ao longo do período em que foi Governador).

Ao lado das OBRAS COMPLETAS DE ERNANI SÁTYRO, a Fundação mantém outras linhas editoriais, publicando a COLEÇÃO ROMANCE PARAIBANO e a BIBLIOTECA DE HISTÓRIA MUNICIPAL. Na primeira, foram publicados os romances Emboscadas do destino, de autoria do Pe. Manuel Otaviano, O Brasileiro, de Ascendino Leite e O chefe político, de Pe. Manuel Otaviano. Na segunda, o livro Retalhos do sertão, de José Permínio Wanderley.

Os volumes das OBRAS COMPLETAS DE ERNANI SáTYRO e os outros que compõem a programação editorial da Fundação Ernani Sátyro podem ser adquiridos a esta, localizada na Rua Miguel Sátyro, 93, Centro, Patos, Paraíba, Brasil, CEP 58700-000.



A CRUZ DA MENINA





Próximo à cidade de Patos (Pb), à margem da estrada que demanda o alto sertão, pela rodovia BR-230, encontra-se o santuário conhecido popularmente como "A Cruz da Menina", local de permanentes romarias, e atração turística local, recentemente beneficiado com a construção de um moderno parque constituído de cobertura de alumínio (sobre a capela erigida em memória de trágico fato ocorrido em 1923), salas de ex-votos, casa das velas, altar externo, ao pé de uma cruz com dez metros, lanchonete, lojas de "souvenirs", teatro de arena, passarelas, jardins etc. Diariamente, dezenas de romeiros visitam o lugar, pagando promessas e ali depositando a comprovação das graças alcançadas. O triste episódio da menina Francisca serviu de base para a elaboração do romance "A Cruz da Menina", que não é, contudo, um romance-reportagem.


VISITE PATOS E CONHEÇA A CRUZ DA MENINA!

Calendário Socio-Cultural da Cidade


FEVEREIRO: Carnaval de rua, animado por trio elétrico e bandas.

JUNHO: São João, durante toda a semana, animado por diferentes bandas de forró.

AGOSTO: Semana do Folclore, com palestras, exibições de grupos folclóricos, danças etc.

SETEMBRO: De 14 a 24, Festa da Padroeira, Nossa Senhora da Guia, com Novenário religioso e festa profana, com pavilhã,o central, barracas, jogos, parques de diversão etc.

OUTUBRO: Dia 24, comemoração da elevação da cidade a esta categoria.

PATOSFEST, três dias de Carnaval fora de época, animado por diferentes bandas e cantores.


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: doencas virais nao tem cura
FROM: Álvaro Prieto <alprieto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/04/2001 19:34


Assunto: doencas virais nao tem cura
Leandro.

Não é verdade que doenças virais não tem cura. Vírus são de inúmeros tipos e
podem existir nos mais variados tipos de células, de bactérias a organismos
superiores como plantas. Com tal, tem a mais ampla diversidade podendo ou
não causar doenças dos mais variados tipos. Para tais doenças há as mais
diversas formas de combate, seja química seja vacinal.

Vacinas a priori não são um tratamento, apenas impedem que o vacinado seja
infectado pelo agente patogênico. Entretanto, uma vacina pode induzir
imunidade em alguém já infectado antes da replicação viral se tornar
abundante e lesar sistemas vitais. Isso pode acontecer no caso da raiva em
que infectados além de tomarem soro devem ser vacinados, pois o indíviduo
terá imunidade antes do vírus alcançar o sistema nervoso.Portanto, tal como
neste caso uma vacina pode ser usada no intuito de curar.

Tanto é fato que as doenças virais podem ser tratadas e portanto no sentido
mais estrito há cura, que a varíola que já foi uma doença extremamente
perigosa e que dizimou populações inteiras na história recente da humanidade
foi completamente erradicada do planeta graças à vacinação e hoje é
considerado um vírus extinto.
Álvaro Prieto




SUBJECT: Ciumes e evolução
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/04/2001 21:40

Caros colegas,

Uma colega fez as seguintes afirmaes a respeito do cime masculino na espcie humana:

"... o cime masculino est muito mais ligado ao um fator cultural do que evolutivo, a posse do homem pela mulher.
o macho no reino animal (que esto a um passo atrs de ns em termos de evoluo(???)) s gasta energia para "segurar" e conquistar uma fmea se ele tiver certeza de que aquela uma grande e talvez nica chance dele ter um sucesso reprodutivo. E as atitudes do macho esto ligadas a chamar a ateno da fmea para si e isto no pode ser qualificado como um "cimes primitivo.
Falar de comportamento humano comparando com termos evolutivos muito complicado, pois os aspectos culturais so muito fortes. Alm disto vocs sabiam que em algumas tribos de ndios as mulheres que possuem vrios maridos e que elas os mandam embora quando acham que eles no so bons reprodutores? talvez este comportamento seja mais parecido com o que temos na natureza. Na realidade sempre quem escolhe a fmea."


Para mim a funo do cime no homem (macho) seria evitar filhos ilegtimos, garantido a perpetuao dos "seus" genes.

O que vocs acham?

E as mulheres? Por que sentem cimes? Seria para manter o macho por perto e assim garantir a segurana da prole?

[]s
Raul


[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]



SUBJECT: A forca da crenca
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/04/2001 23:22

<<O vínculo social não é fácil de estabelecer-se entre seres humanos tão
diversos, tão livres, tão inconstantes. Para lhes dar regras comuns, para
instituir decretos e fazer-se acatar pela obediência para obrigar a paixão a
ceder à razão, e a razão individual à razão pública, parece com certeza
indispensável existir algo de mais forte que a força material, de mais
respeitável que o interesse, de mais seguro que a teoria filosófica, de mais
imutável que a convenção; alguma coisa por igual existente no fundo de todos
os corações e nestes se firmando com autoridade.

<<ESSA COISA É A CRENÇA. Nada de mais poderoso existe sobre a alma. A crença
é obra do nosso espírito, mas não encontramos neste liberdade para
modificá-la a sel bel-prazer. A crença é nossa criação mas ignoramo-lo. É
humana, e julgamo-la sobrenatural. É efeito do nosso poder, e é mais forte
do que nós. Está em nós, não nos deixa, e a cada momento nos fala. Se nos
manda obedecer, obedecemos; se nos impõe deveres, submetemo-nos. O HOMEM PODE
DOMINAR A NATUREZA, MAS ESTÁ SEMPRE SUJEITO AO SEU PRÓPRIO PENSAMENTO.>>

Fustel de Coulanges, "A Cidade Antiga"


SUBJECT: Re: [ciencialist] A Aids, a matematica e o poder
FROM: "Neville Martins" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/04/2001 01:24

From: Jocax
>> A Aids, a matemática e o poder. - O que aconteceria a uma sociedade em
que
todos são contaminados e dependem de uma vacina
contemporizadora? [ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE]
-------------------------------------------------
Muito antes do aparecimento da AIDS um americano escreveu um livro de ficção
onde a quase totalidade da humanidade havia contraído um vírus foto-sensível
que produzia toxinas letais nos organismos expostos a luz diurna. Assim,
gerou-se uma luta de morte entre os normais e os contaminados, os quais
tinham muitas das características dos vampiros.
O nome do livro de Richard Matheson, "I AM LEGEND", - que foi publicado por
volta
de 1964 e tornou-se um clássico da ficção de horror científico - deriva de
uma discussão que ocorre no embate final entre o protagonista - o ultimo
humano saudáveis remanescentes (alias, meu homônimo) - e o líder das
criaturas noturnas, quando ele, o saudável, se conscientisa ser o
excepcional, o vilão, e os contaminados, os pseudo-vampiros, a legitima nova
humanidade.

Sob o aspecto literário o texto não é dos melhores mas a idéia fundamental
leva a filosofar um pouco sobre a relatividade dos conceitos; história toda
me
parece muito interessante e acho que podemos fazer um paralelo com o cenário
evolutivo da AIDS apontado pelo Rogério.

[s] Neville







SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciumes e evolução
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/04/2001 08:09

Não se pode comparar o macho humano com o macho das outras
espécies. Por razões biológicas, e não culturais ele dedica
mais tempo aos filhos do que o macho de qualquer outra espécie
e ele não vai "querer" tratar dos filhos dos outros, como é
óbvio.

Joao

"Raul Sturari Jr." wrote:
>
> Caros colegas,
>
> Uma colega fez as seguintes afirmações a respeito do ciúme masculino na espécie humana:
>
> "... o ciúme masculino está muito mais ligado ao um fator cultural do que evolutivo, a posse do homem pela mulher.
> o macho no reino animal (que estão a um passo atrás de nós em termos de evolução(???)) só gasta energia para "segurar" e conquistar uma fêmea se ele tiver certeza de que aquela é uma grande e talvez única chance dele ter um sucesso reprodutivo. E as atitudes do macho estão ligadas a chamar a atenção da fêmea para si e isto não pode ser qualificado como um "ciúmes primitivo.
> Falar de comportamento humano comparando com termos evolutivos é muito complicado, pois os aspectos culturais são muito fortes. Além disto vocês sabiam que em algumas tribos de índios as mulheres é que possuem vários maridos e que elas os mandam embora quando acham que eles não são bons reprodutores? talvez este comportamento seja mais parecido com o que temos na natureza. Na realidade sempre quem escolhe é a fêmea."
>
> Para mim a função do ciúme no homem (macho) seria evitar filhos ilegítimos, garantido a perpetuação dos "seus" genes.
>
> O que vocês acham?
>
> E as mulheres? Por que sentem ciúmes? Seria para manter o macho por perto e assim garantir a segurança da prole?
>
> []s
> Raul
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/

--
joão
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http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Ciumes e evolução
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/04/2001 10:18



Sheila wrote:

> Não tenho certeza, mas acredito que primitivamente, o que assegure uma prole
> vitoriosa, no sentido de que essa tenha assegurada atingir estágio de
> maturidade bastante para se defender e vir a se reproduzir, seja a
> coletividade e não somente um macho ou uma fêmea. O núcleo "macho-fêmea" é
> fruto de uma sociedade mais atual.

Em qualquer grupo os interesses de um individuo estão sempre em
conflito com os interesses do grupo como um todo. Por isso, um
homem tende a proteger primeiro os interesses dos seus próprios
filhos e só depois os interesses da colectividade.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: neurogenomica
FROM: raquelgropp@hotmail.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/04/2001 13:38

DO PRIMEIRO SIMPOSIO ANUAL EM NEUROGENOMICA,CHAPEL HILL:

LIFELINES: FEAR MAKES WORMS TURN FRIENDLY
Genomics reveals what makes some worms prefer to eat in company.
http://www.nature.com/nsu/010503/010503-1.html

FROM THE HUMAN GENOME MEETING, 2001, EDINBURGH:

BRAIN: HUMANITY: IT'S ALL IN THE MIND
Genetic activity in the brain gives us the edge over chimps.
http://www.nature.com/nsu/010426/010426-8.html






SUBJECT: Re: [ciencialist] Progresso
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/04/2001 13:53

Hummm, se existe um Espírito Verdade os demais não merecem muito crédito não!?

[]'
Léo
=============
O Espírito Verdade respondeu:

"O orgulho e o egoísmo. Refiro-me ao progresso moral, porquanto o intelectual se efetua sempre. .........................................

O Espírito Verdade nos diz ainda: ..........................


===================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Brejo da Cruz
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/05/2001 02:04

Sheila wrote:

> Tem u'a moça no programa do Jô, que tá falando que não é necessário comer. Que ela só bebe água.
> E diz que se alimenta de luz e não produz poluentes...
> Isso que é modelo do politicamente correto.
> Certamente ela ainda vai aparecer no Planeta & Casseta.
>
> []s,
> Sheila.

Eu nao vi a entrevista mas penso que a moca nao estava sendo original. O Omar Kayan ja dissera isto
em uma entrevista anterior (bebia pouca agua e comia uma vez por mes), alias, afirmara tambem ter
90 anos mas o desfecho da historia todos ja conhecem...

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: RE: [ciencialist] Brejo da Cruz
FROM: "_The PhYz" <thephys@yahoo.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/05/2001 02:36

A imbecil recomendou também que as pessoas fiquem olhando diretamente para o
sol, se auto-proclamou "pesquisadora", reforçando com o fato de que tem dois
livros publicados sobre o assunto.

[ ] !

Adriano G. de Arruda-Botelho, MD ("The PhYz")
- AmpMaster --> http://ampmaster.virtualave.net/
- Medicina Humana --> http://www.geocities.com/medicinahumana/
- Diário do Olimpo --> http://diariodoolimpo.virtualave.net/

E-mail permanente: thephys@yahoo.com
E-mail rápido: phyz@terra.com.br

ICQ (UIN): 56958655
Yahoo Messenger: thephys
Firetalk: 350043685
AOL IM: Adriano LeDoc



-----Original Message-----
From: Sheila [mailto:hcaprini@uol.com.br]
Sent: Thursday, May 31, 2001 12:43 AM
To: Ciencialist
Subject: [ciencialist] Brejo da Cruz


Tem u'a moça no programa do Jô, que tá falando que não é necessário comer.
Que ela só bebe água.
E diz que se alimenta de luz e não produz poluentes...
Isso que é modelo do politicamente correto.
Certamente ela ainda vai aparecer no Planeta & Casseta.

[]s,
Sheila.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Brejo da Cruz
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/05/2001 04:04

Ela comentou alguns outros pontos interessantes, ou melhor engraçados, na
entrevista:

- Falou que durmia apenas duas horas por dia. Uma vez fiz um "experimento",
fiquei um dia sem comer (podem me chamar de maluco) e o que eu mais sentia
era sono, além da fome é claro. Não sei se ficar sem comer por mais tempo
ajuda a não mais ter sono, e também não tenho o menor interesse em pagar
para ver.

- Disse também que poderia fazer exercícios sem problema algum. Queria
saber aonde ela arranja a energia (as famosas calorias) pra isso. Talvez a
Metafísica que ela estude explique isso.

- O "Ponto Alto" da entrevista foi quando ela disse que bastava olhar pro
Sol durante algum tempo. Foi fantástico. Temos que olhar aos poucos...
devagar, aumentando o tempo de exposição a cada dia. Isso talvez explique a
inteligência de Galileu, que foi o primeiro a observar as manchas solares.
Vai ver de tanto olhar para o Sol, ele captou sua energia. E sua cegueira
não teve nada a ver com isso, foi apenas uma doença genética.

Bom, o interessante do programa foi a entrevista com o Sen. Pedro Simon (mas
nao vamos discutir política aqui, a ciência sozinha já é bem complicada),
mas a entrevista com a mulher serviu pelo menos de piada.

[ ]'s

--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| Rio de Janeiro - Brasil
| http://www.geocities.com/dfreirebr/
| daniellf@rdc.puc-rio.br daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein

----- Original Message -----
From: Sheila <hcaprini@uol.com.br>
To: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, May 31, 2001 12:42 AM
Subject: [ciencialist] Brejo da Cruz


Tem u'a moça no programa do Jô, que tá falando que não é necessário comer.
Que ela só bebe água.
E diz que se alimenta de luz e não produz poluentes...
Isso que é modelo do politicamente correto.
Certamente ela ainda vai aparecer no Planeta & Casseta.

[]s,
Sheila.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Brejo da Cruz
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/05/2001 08:49


Tem u'a moça no programa do Jô, que tá falando que não é necessário comer.
Que ela só bebe água.
E diz que se alimenta de luz e não produz poluentes...
Isso que é modelo do politicamente correto.
Certamente ela ainda vai aparecer no Planeta & Casseta.
[]s,
Sheila.
--
Eu sempre achei que essa bobagem era tao absurda que nao tinha seguidores,
mas parece que me enganei. Nao vi a entrevista no Jo e posso estar enganado,
mas acho que se trata dos seguidores do Respiratorianismo. (acho que jah fiz
comentario semelhante em alguma outra lista :))

http://www.rawfood.com/jasmuheen.html
( Book: "Living On Light" by Jasmuheen -- formerly titled "Pranic
Nourishment" (196 pgs.) -- This is the premier book in the world on
Breatharianism. It covers Jasmuheen's experiences, which include a detailed
21-day process that allows the physical body's conversion to being sustained
purely by light. )

------
http://prana.justclick.net/%5Bpt%5Dindex.html (em portugues)

Tem uma lista de sites em http://prana.justclick.net/PT/websites.html

-------
http://frontpage.teleweb.pt/~ceptico/entradas/inedia.html (link do
Dicionario Cetico)
( ...se comida faz tão bem, como é que o corpo fica constantemente tentando
se livrar dela?...O homem não foi projetado para ser uma lata de lixo.--
Wiley Brooks, 'O Respiratoriano', diretor do Instituto Respiratoriano)

--------
http://www.breatharian.com/title.html
http://www.breatharian.com/secret.html
Perai!!! Alguem pode me dizer o que eh isso?! >>> (I came to the 3-day
"breatharian" seminar in Hawaii, but without the $300 fee to attend. Wiley
asked me: "If you can't find $300, then how do you expect to find God?"
Within 15 minutes, I had the $300.)

Hehehe lendo isso>>> ( As Wiley says: "They laughed at the Wright
brothers... and they ridiculed Thomas Edison..." ) Lembrei da frase do Carl
Sagan "They all laughed at Albert Einstein. They all laughed at Columbus.
Unfortunately, they also all laughed at Bozo the Clown."

Tinha que ter a Biblia no meio, nao podia faltar (In the Bible, even Jesus
reminds us that "Food goes into the belly, and is cast out into the sewer.")

Conspiracao tbem nao falta (as we are programmed to believe by the food
industry)

--------

http://www.rickross.com/groups/breat.html (este parece ser um site de
critica)
(They believe that the elements contained in air - nitrogen, carbon
dioxide, oxygen and hydrogen - can sustain a body. )

--------
http://www.sunday-times.co.uk/news/pages/sti/99/09/26/stinwenws02021.html?31
16429
(THE teachings of a new age dietary guru who claims she has not eaten for
five years have been linked with the deaths of at least three of her
disciples, including an Australian woman who died in Scotland last week.)

Acho que chega. :)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna





SUBJECT: Re: [ciencialist] Brejo da Cruz
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/05/2001 09:40


> - O "Ponto Alto" da entrevista foi quando ela disse que bastava olhar pro
> Sol durante algum tempo. Foi fantástico. Temos que olhar aos poucos...
> devagar, aumentando o tempo de exposição a cada dia. Isso talvez explique
a
> inteligência de Galileu, que foi o primeiro a observar as manchas solares.
> Vai ver de tanto olhar para o Sol, ele captou sua energia. E sua cegueira
> não teve nada a ver com isso, foi apenas uma doença genética.

Queria apenas dizer, que a observação do sol , das manchas do sol, não feita
por observação directa.
Evidentemente causaria danos graves nos olhos.
Claro que isto é tão obvio que é quase ridículo o estar a escrever de
propósito aqui, mas nunca é demais relembrar.
Galileu , usou o método mais "inteligente" que a sua tecnologia lhe
permitia.
Arranjou um projector do sol numa superfície (de papel?)
E uma lente escura , para não haver danos.

Quanto à cegueira, tlv por ter forçado demasiado os olhos a observar o
espaço, à noite.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Alimentao
FROM: Mauro Pennafort <mpennafort@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/05/2001 13:24

Essa tal moga que afirma nco comer i a autora de um
texto que o Salgado mandou pra lista ha pouco tempo
num e-mail de assunto "Nco me diga??". Ja nesse texto
ela concordava que nenhum homem jamais pisou na Lua ou
ati mesmo saiu da Terra.

Nco pensem que se trata de uma doida. Ao final da
entrevista a intengco real apareceu: vender livros e
divulgar sua home page. Tudo bem que sejam
estapafzrdios, mas sabemos que mercado pra isso
existe, senco o Paulo Coelho morria de fome.

Alias ela nco vende somente livros, mas tambim lotes
de um tal paramso, cursos para aprender a extrair
energia vital da luz solar e despertar a glbndula
pineal. Segundo esses mmsticos a glbndula pineal (e
tambim a pituitaria para alguns) i sede atrofiada de
todos os poderes extrasensoriais que os "cientistas
espiritualizados" ja estudaram. Ss nss, os ignorantes
e limitados que se prendem ao mitodo cientmfico, nco
conhecemos essas maravilhas. Contadinhos de nss...

Fantastico! Estou esperando uma matiria de capa na
SuperInteressante sobre os benefmcios da ausjncia de
alimentagco.

Forte abrago!

Mauro Pennafort

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SUBJECT: Re: A Aids, a matematica e o poder
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/05/2001 18:57

Olá Jocax,

Não sei não, mas parece que dessa vez o Cerqueira Leite surtou. Ele está
sugerindo que não se desenvolva a vacina contra a AIDS, a não ser que seja
uma cura definitiva, pois essa vacina simplesmente irá prolongar
indefinidamente a vida dos aidéticos, sem livrá-los do vírus. Como
consequência a AIDS poderá se espalhar por toda a população, devido a dois
fatores principais: maior sobrevida dos portadores e menor medo da doença.
No futuro todos poderão ser portadores da doença e estarão a mercê dos
fabricantes da vacina. Tudo perfeitamente lógico, se não fossem dois
deslizes. O ser humano vem progressivamente se tornando cada vez mais
dependente de ajuda artificial para sobreviver. Dependemos de vacinas,
geladeiras, automóveis, partos em hospitais, próteses, cirurgias, também
cada vez mais de drogas como o prozac. Somos de certa maneira dependentes
dos fabricantes de todas essas coisas, qual o problema em sermos também
dependentes da vacina contra a aids? Será que o Cerqueira Leite foi atacado
de uma súbita nostalgia da vida saudável e pura das cavernas?
O segundo deslize é ético. Como negar a vacina aos que dela necessitam?

[ ] ´s

André



SUBJECT: Re: [ciencialist] Matemtica
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/05/2001 21:11

e he he, foi mal a gafe da mensagem que eu mandei. Tou
nervoso por causa da prova de eletrônica %)

--N1c01au, achando que dá pra derivar por y ou por x
que na mesma :P


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SUBJECT: Testando (administrador)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/05/2001 06:01

Alguma coisa aconteceu com as mensagens dos ultimos dias
armazenadas no YahooGroups.

O site estah mostrando somente as mensagens ateh o dia 1 de maio de
2001!!!

Vou aguardar mais um tempo para ver se retorna ao normal.


Paciencia.
Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist



SUBJECT: Testando (administrador)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/05/2001 06:02

Alguma coisa aconteceu com as mensagens dos ultimos dias
armazenadas no YahooGroups.

O site estah mostrando somente as mensagens ateh o dia 1 de maio de
2001!!!

Vou aguardar mais um tempo para ver se retorna ao normal.


Paciencia.
Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist



SUBJECT: Re-envio do dia 07 ...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/05/2001 11:29

Mensagens enviadas em 07 de maio de 2001 (talvez não tenham sido recebidas pelos colegas):

1) Olá pessoal,
nesse fim de semana, lá no rancho, fiz um experimento que achei digno de mencioná-lo a vcs. Trata-se da estabilidade crítica da estrutura da lata de cerveja (ou de refrigerante para quem mais o aprecia). Eis a coisa:
Coloque um pé sobre uma lata de cerveja vazia e lentamente suba apoiando-se totalmente sobre ela (pode segurar em alguma coisa para manter o equilíbrio se o efeito da cerveja já se fizer presente).
Outra pessoa pega dois lápis (ou duas facas longas de ponta fina) e os coloca horizontalmente no meio da lata com as pontas em pontos diametralmente opostos.
Basta uma ligeira apertadinha dos lápis contra a lata para que tudo desmorone e a lata de achate completamente. É o amassador de latas agora adotado pelos vizinhos rancheiros :-)

( pé )
============
========
| | lata
| |
==---| |---======== lápis
| |
========

E agora uma ajuda. Precido de mais detalhes sobre a Escala Richter, como confronta'-la com alguma outra, sua calibração etc. Agradeço.

[]'
Léo
=====================
2) Ainda tenho mais duas solicitações:

a) funcionamento do eletrocardiógrafo e um mínimo de conhecimento sobre as leituras vetoriais das fitas que ele imprime.

b) quando um médido (ou enfermeira) nos 'tira a pressão' ele o faz no braço, mais ou menos á mesma altura onde se localiza o coração. Que alteração substancial haveria se ele fizesse a medida na perna?

[]'
Léo ... querendo lavar o pé em praia alheia.

=======================



SUBJECT: Maio eh mes de mulher
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 08/05/2001 12:31

Maio é mes de mulher


MULHER
Artigo da deputada HELONEIDA STUDART, no Jornal do Brasil.


"Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor. Vinha da
vizinhança, da casa de Bete, mocinha linda, que usava tranças. Levei
apenas
uma hora para saber o motivo. Bete fora acusada de não ser mais virgem e
os
dois irmãos a subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para
que
o médico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e
decretasse
se tinha ou não o selo da honra. Como o lacre continuava lá, os pais
respiraram, mas a Bete
nunca mais foi à janela, nunca mais dançou nos bailes e acabou fugindo
para
o Piauí, ninguém sabe como nem com quem.

Eu tinha apenas 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar, saltando o
muro
alto do quintal de sua casa, para se encontrar com o namorado.Agarrada
pelos
cabelos e dominada, não conseguiu passar no exameginecológico. O laudo
médico registrou "vestígios himenais dilacerados" e os pais internaram a

pecadora no reformatório Bom Pastor para " se esquecer do mundo".
Esqueceu,
morrendo tuberculosa.

Estes episódios marcaram para sempre a minha consciência e me fizeram
perguntar que poder é esse que a família e os homens têm sobre o corpo
das
mulheres. Antes, para mutilar, amordaçar, silenciar. Hoje, para
manipular,
moldar, escravizar aos estereótipos.

Todos vimos, na televisão, modelos torturados por seguidas cirurgias
plásticas. Transformaram os seios em alegorias para entrar na moda da
peitaria robusta das norte americanas. Entupiram as nádegas de
silicone
para se tornarem rebolativas e sensuais. Substituíram os narizes,
desviaram
costas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem a moda do momento e

ficarem irresistíveis diante dos homens.

E, com isso, Barbies de fancaria, provocaram em muitas outras mulheres -
as
baixinhas, as gordas, as de óculos - um sentimento de perda de
auto-estima.
Isso exatamente no momento em que a maioria de estudantes universitários

(56%) é composta de moças. Em que mulheres se afirmam na magistratura,
na
pesquisa científica, na política, no jornalismo. E no momento em que
as
pioneiras do feminismo passam a defender a teoria de que é preciso
feminizar
o mundo e torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais
próximo do
humanismo.

Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até
porque
elas são desarmadas pela própria natureza. Nascem sem pênis, sem o
poder
fálico, tão bem representado por pistolas, revólveres, punhais. Ninguém
diz,
de uma mulher, que ela é espada. Ninguém lhe dá, na primeira infância,
um
fuzil de plástico, como fazem com os meninos, para fortalecer sua
virilidade. As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que
derramá-lo na menstruação ou no parto. Odeiam as guerras , os exércitos
regulares ou as gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos.

É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande
articuladora da paz. E para começar, queremos, neste mês de maio ,
pregar o
respeito ao corpo
da mulher. Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam lata

d'água e trouxa de roupa. Respeito aos seus seios que perderam a firmeza

porque amamentaram crianças. Ao seu dorso que engrossou, porque ela
carrega
o país nas costas. São mulheres que imporão um adeus às armas, quando
forem
ouvidas e
valorizadas e puderem fazer prevalecer a ternura de suas mentes e
corações."

Viva Rita Lee que canta:

"nem toda feiticeira e' corcunda,
nem toda brasileira e' bunda
e meu peito não e' de silicone...
sou mais macho que muito homem... "







SUBJECT: Re:_[ciencialist]_Re:_Matemtica
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/05/2001 15:00

> 1) Houve algum erro na sua conta.

Gente do céu!! desculpem as gafes (terríveis!) :) .
Tou meio nervoso por causa duma prova de eletrônica
aí... Em geral não sou tão patético assim /:]

(E o lance de derivar dos dois lados só funciona (deve
funcionar) se não tiver nenhuma constante sendo
somada!)

--N1c01au


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SUBJECT: Australianos constroem "pacote" de DNA
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/05/2001 19:20

BIOTECNOLOGIA- Folha de São Paulo, 8 de maio de 2001

Australianos constroem "pacote" de DNA que poderia ajudar
a corrigir genes defeituosos e a curar doenças

Surgem
ELIZABETH FINKEL
DA "SCIENCE NOW"

Cientistas da Austrália conseguiram construir o menor e o
mais estável cromossomo humano artificial já produzido.
Eles dizem que esse cromossomo poderia ser usado para
transportar genes para dentro de células.
A chave do feito é um fragmento anormal de cromossomo
retirado de uma criança retardada. O relato sai hoje na
revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA, "PNAS"
(www.pnas.org).
Genes são sequências de DNA que contêm instruções para as
células fabricarem proteínas. Genes com defeitos podem
originar proteínas idem e causar doenças. Para tentar
curá-las, vários grupos de pesquisa tentam implantar
versões corrigidas do gene.
Vírus, veículo mais comum dessa terapia genética, têm uma
grande limitação. A capa dos vírus é construída para
empacotar uma quantidade definida de DNA. Só há espaço
para um ou dois genes extras. Para conduzir pedaços
maiores de DNA até as células doentes, como um coquetel
de genes anticâncer, os cientistas precisam de um táxi
maior.
É por isso que muitos estão desenvolvendo versões
miniaturizadas do meio inventado pela natureza para
transportar genes: o cromossomo. A vantagem adicional é
que a inserção seria permanente, pois cromossomos são
copiados a cada divisão celular.
Por ora, cromossomos artificiais têm sido feitos pela
montagem a partir do zero, ou pelo desemparelhamento de
cromossomos normais. Ambos os procedimentos têm
desvantagens.
Cromossomos construídos à mão tendem a ser enormes e
complexos, o que os torna difíceis de manusear. Já os
pequenos são, com frequência, instáveis.
A instabilidade parece vir do centrômero (veja quadro à
dir.), ponto de ancoragem para as fibras que puxam os
cromossomos para separá-los, na divisão celular. Essa
região do cromossomo é constituída de DNA satélite alfa,
que contém a mesma sequência de DNA repetida muitas vezes.
Esse DNA traz dois problemas: as repetições podem
espontaneamente aumentar ou diminuir, e é quase
impossível sequenciá-las com precisão. O segundo problema
é que as agências reguladoras querem saber as sequências
exatas de qualquer produto de DNA usado em seres humanos.
Há vários anos, Andy Choo, do Murdoch Children's Research
Institute, na Austrália, teve um lampejo sobre como
tornar minicromossomos mais manuseáveis.
Ao estudar o genoma (coleção de genes) de uma criança
retardada de cinco anos, notou que a ponta do cromossomo
10 estava quebrada em todas as células. Estranhamente, a
ponta havia permanecido como parte do genoma da criança e
criado um novo centrômero, ou neocentrômero.
Choo e seus colegas produziram então um cromossomo
artificial, desemparelhando com cuidado o bloco anormal
de DNA. O novo cromossomo ficou com cerca de um centésimo
do tamanho médio de um cromossomo humano.
Como o neocentrômero não possui DNA satélite alfa, ele é
estável. Sem repetições de DNA, é possível obter sua
sequência.
Falta descobrir se os novos cromossomos serão duplicados
dentro do corpo de animais e seres humanos, afirma Savio
Woo, da Mount Sinai School of Medicine (Nova York, EUA).
Se forem, "será muito, muito entusiasmante".







SUBJECT: Acasalamento de animais
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/05/2001 01:43

Amigos:

- Desculpem pela pergunta, que parece
um tanto off-topic, mas e' para um trabalho
de biologia de um colega:

- Alguem sabe de algum site onde eu possa
encontrar fotos de animais (mamiferos, insetos, etc.) ?
Obs.: Antes que alguem faca alguma piadinha: seres
humanos eu ja' encontrei "aos montes" (literalmente)

- Agradeco as dicas.

Paulo Srgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Palestra- Genoma da malaria
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/05/2001 08:06

UOL-08/05/2001 - 10h34
USP promove palestra
sobre genoma da
malária

da Folha Online

O Instituto de Química da USP (Universidade de
São Paulo) organiza nesta quinta-feira (10), às
16h45, na capital paulista, a palestra 'Estudos
de genoma estrutural e funcional em malárias
humanas',

A palestra será ministrada pelo professor do ICB
(Instituto de Ciências Biomédicas) da USP,
Hernando del Portillo.

O evento será realizado no anfiteatro 656 do
Bloco 6 Superior do Instituto de Química, que
fica na av. professor Lineu Prestes, 748, Cidade
Universitária, São Paulo.

Mais informações podem ser obtidas pelo
telefone 0/xx/11/3818-3810.



SUBJECT: Arca de noeh genomica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/05/2001 11:46

O Museu de História Natural Americano está construindo
uma versão do século 21 da Arca de Noé. Só que, desta
vez, ao invés de dois a dois, os animais irão aos
pedaços, congelados.

http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/267



SUBJECT: Uma visao sobre o caos
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/05/2001 12:14

From: Rogério Favilla <rofavilla@u...> SCIENTIA_UNA
Date: Wed May 9, 2001 1:46 am
Subject: Palestra de Zoltan Paulinyi - Física

Olá,
Para os 'cerebrosos'da lista (sem ofensas).

Um abraço,

Rogério Favilla

Essas idéias foram apresentadas no 1. semestre de 96. Este texto foi
grosseiramente convertido para
HTML. A versão original está em formato Word5 para Macintosh,
apresentando corretamente toda as
tabelas e equações.



Palestra de Zoltan Paulinyi <-> Física

Uma visão sobre o caos

" De algum modo, a maravilhosa promessa da terra é a existência de
coisas belas, coisas
maravilhosas e atraentes, e em virtude de nosso ofício, queremos
compreendê-las." -
Feigenbaum.

Introdução.

Antes de partir para definições, seria interessante partir de uma
análise inicial, de um motivo para o
surgimento desta nova ciência. O Caos não foi uma invenção matemática
que surgiu da imaginação de
alguns pesquisadores, mas veio a partir de problemas concretos:
descrição de turbulências, previsão de
tempo, vitória em loterias, etc. Como ilustrativo para esta palestra, o
assunto irá ser abordado através da
tentativa de prever o crescimento populacional e fazer projeções
econômicas sobre isso. Essa matéria
sempre teve enorme interesse aos governantes, desde os tempos antigos.
Citar teoria da população x
alimentação (Matheus).


Para começar o assunto, é interessante tomar como base o modelo mais
simples, válido especialmente
para populações bacterianas e seres unicelulares.
Sabe-se que a velocidade de crescimento é proporcional à população
momentânea. Se N(t) indica a
população num certo instante t, temos
dN/dt = rN(1)
Onde r é a constante de proporcionalidade que indica a velocidade
específica de crescimento.
Resolvendo a equação (1), obtemos
N(t) = Noexp(rt)(2)
onde No é a população inicial.

Um modelo mais sofisticado e que leva em conta fatores que dependem da
população, como migração,
pode ser formulado substituindo-se r da equação (1) por uma função de
N:
dN/dt = f(N)N(3)
Um modelo mais realista deve mostrar que o crescimento populacional é
rápido no início, mas chega a
um limite. Para isso, f(N) deve ser escolhido de modo que f(N) ~= r > 0
quando N for pequeno, f(N)
deve decrescer com crescimento de N até se tornar negativo com N
grande. A função
f(N) = r - aN(4)
tem estas propriedades. Portanto, (3) se torna
dN/dt = (r - aN) N(5)
Se fizermos uma substituição K = r/a, a forma equivalente da equação
(5) será:
dN/dt = r (1 - N/K) N(6)
que tem a forma final, integrando:
N(t) = NoK/(No + (K-No)exp(-rt))(7)
Considerando sempre que No > 0.

Analisar essa equação, gráficos (página 42), pontos de equilíbrio e
pontos críticos, solução
assintoticamente estável quando t -> (inf), enquanto que a solução de
equilíbrio N(t) = 0 é instável.

Entretanto, os modelos propostos em (1) e (6) são funções contínuas. Em
várias situações, seria mais
natural usar um modelo discreto, em face de ser a propagação das
espécies determinada em intervalos
regulares e não necessariamente contínuas.

Processos dinâmicos:

Analogamente ao que foi feito para se criar o modelo (2), vamos
considerar que, no ano n+1, a
população de uma certa espécie, numa dada região, é um múltiplo
positivo k da população no ano
anterior n:
yn+1 = knyn(8)
É uma equação de diferença que determina a população no momento yn
através de um processo
iterativo, partindo da população inicial yo dada. Dependendo de kn, a
população pode se tornar
negativa, positiva ou zero (extinta).


Se kn for constante = k, escrevemos:
yn+1 = k yn(9)
Qual é o comportamento de yn quando n->(inf)?

lim yn = 0 se |k| < 1
n->(inf)

lim yn = yo se k = 1
n->(inf)

lim yn não existe de k > 1
n->(inf)

Novamente vemos que este modelo é muito simplório. É claro que a
equação (9) pode ser incrementada,
levando-se em conta efeito de imigração ou emigração, onde teríamos
yn+1 = k yn + bn(10)
e um caso em que bn fosse constante, teríamos um limite para a
população.

Por outro lado, a idéia utilizada para escrever a equação (5) teve bons
resultados. Tomando-a como
base para uma nova equação de diferença, temos
yn+1 = r yn(1 - yn)(11)
onde r é um parâmetro positivo. A investigação desta última equação
(11) pode ser iniciada buscando
soluções de equilíbrio, ou constantes, o que é possível fazendo yn =
yn+1:
yn = r yn - ryn2(12)
onde as soluções de equilíbrio são
yn = 0, yn = (r - 1) /r(13)
Para evitar maiores análises matemáticas, e aproveitando prévio poder
computacional, é possível analisar
o comportamento da função (11) através de gráficos para diferentes
valores de r.

Foi Feigenbaum quem descobriu, brincando com números, a relação entre
os períodos de duplicamento.
Sejam A1, A2, A3, A4... os locais onde ocorrem duplicamento:
(A1-A2)/(A2-A3) ~ (A2-A3)/(A3-A4) = 4,66920(14)
Isso foi provado por um matemático, com a ajuda de um computador. Este
valor é um número universal:
para toda função quadrática, o limite é o mesmo quando An tende para
infinito.

Conclusão:

**Conceito de Caos:
Sistema dinâmico não-linear. (sensível às condições iniciais - ver
gráfico).

** Determinismo Clássico **
O fluxo do tempo é uma percepção nossa do mundo, assim como a chance.
Quando jogamos uma
moeda ao alto e escolhemos um lado, temos 50% de chance de acertar.
Quando a moeda decide em
qual lado vai cair?


Aqui entra a questão da mecânica determinística, melhor formulada por
Laplace Conhecendo todas as
condições iniciais do sistema, é possível calcular o estado do sistema
a qualquer momento. O
determinismo é compatível com o livre arbítrio? Com a probabilidade?


Numa análise superficial, jogando a moeda, logo descartamos o
determinismo. Mas na verdade, um não
tem nada a ver com outro. O sistema, num momento inicial, tem uma
probabilidade de distribuição, que
nunca é conhecido com certeza, e uma pequena variação nas condições
iniciais resulta em uma maior
aleatoriedade do sistema após algum tempo.


Um bom exemplo é um paradoxo que possivelmente inspirou o filme De
volta para o Futuro e a novela
Fim do Mundo. Há uma pessoa que usa o determinismo das leis físicas
para prever o futuro e depois usa
essa informação para modificar e contradizer suas previsões. Como se
resolve o paradoxo?
Abandonando o determinismo ou a probabilidade? Na verdade, há uma
terceira resposta: podemos
questionar o poder de alguém prever o futuro. Se o tal profeta
intenciona violar suas previsões, criando o
paradoxo, então ele faz parte do sistema, o que mostra que o sitema é
mais complexo e requer um poder
computacional extraordinário. Na verdade, isso se torna um problema que
leva a um algoritmo
exponencial, que os matemáticos consideram intratável. (Teorema de
Gödel)


Em parte, isso se liga à teoria da informação. Um exemplo simples de
informação é o bit da memória de
um computador: pode ser 0 ou 1. Uma coleção de bits forma uma mensagem.
Aqui não se discute a
validade da mensagem. Como a mensagem somente tem duas possibilidades
de estado em cada bit,
considera-se que a mensagem é uma escolha aleatória de um estado entre
todos os outros possíveis.
Então, entram as questões de informações supérfluas contidas na
mensagem, compactação de
mensagens, etc.


Mais: axiomas da matemática também não são escolhas aleatórias? Afinal,
são os fundamentos de todos
os teoremas, as premissas da lógica. É possível provar a inconsistência
de tais leis? Há uma sugestão de
que se fosse possível programar um computador para isso, ele iria
provar que os axiomas são
incongruentes, mas isso iria demorar mais do que a existência física do
universo. Por isso, não temos
certeza de que nossa questão pode ser resolida. Não sabemos por que o
mundo da verdade matemática
é acessível. Entretanto, de maneira maravilhosa, é!

We have learned how vast the universe is, and how insignificant we are
in it. Yet, wonderfully,
we can probe into the depth of this universe, and understand it. -
Ruelle.

Bibliografia:

Gleick, J., Caos: a criação de uma nova ciência, Rio de Janeiro, Ed.
Campus, 1990.
Devaney, R. L., A first course in chaotic dynamical systems,
Addison-Wesley Company, 1992.
Boyce, W.E., Prima, R.C., Equações diferenciais elementares e problemas
de valores de contorno,
LTC, 1994, capítulo 2.
Mandelbrot, B., Objetos Fractais, Grádiva, 1991.
Ruelle, D., Chance and Chaos, Princeton University Press, 1991.




SUBJECT: Re-envio do dia 07 ...
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/05/2001 12:39

Leo,

sobre terremotos, quem melhor pode falar eh a Sheila. Mas eqto isso vou
invadindo a seara dela e papagaiando o q. tem nos livros.

As perturbacoes sismicas 'a superficie pode se propagar de varias
maneiras, sendo as vibracoes classificadas de acordo com a orientacao da
oscilacao em relacao 'a orientacao de propagacao da onda e do plano da
superficie.

Temos a onda P(rimaria), cuja vibracao ocorre com orientacao paralela 'a
da propagacao (analogo 'as ondas sonoras ou de esticar e soltar uma porcao
de mola presa nas pontas).

A onda S(ecundaria), cuja vibracao eh transversal 'a orientacao da
propagacao e perpendicular 'a superficie (como qdo limpamos e estendemos
um lencol sobre uma mesa).

A onda Rayleigh, combinacao das ondas P e S com o ponto da superficie
oscilando em movimento eliptico (analogo 'as ondas no mar).

A onda Love, vibracao perpendicular 'a orientacao da propagacao e paralela
'a superficie. (Faz tto estrago qto o amor, mas o nome vem mesmo de um
matematico britanico q. descreveu esse tipo de onda.)

http://earthquake.usgs.gov/
http://www.geo.mtu.edu/UPSeis/waves.html

Isto posto, a escala de magnitude criada por Charles E. Richter (sismologo
americano) em 1935 eh uma escala adimensional para comparar os terremotos
entre si. Cada ponto de diferenca corresponde a um fator de 10 vezes de
diferenca nas amplitudes (lembrando q. a energia transportada por uma
vibracao esta' relacionada com o quadrado da amplitude da onda), i.e., a
escala eh logaritmica.

Ha' varias formulas possiveis para se obter o valor na escala Richter
dependendo do tipo de onda considerado.

Para ondas Rayleigh, a formula eh:

M<S> = log (A/T) + 1,66.log(delta) + 3,3

em q. A eh a amplitude da onda superficial em micrometros registrada entre
20 e 100o de distancia; T eh o periodo da onda superficial (entre 18 e 22
s) e delta a distancia epicentral em graus (angulo no centro da Terra
entre o epicentro e a estacao sismografica).

Cada grau corresponde a aproximadamente 111 km na superficie (40.000
km/3600).

Brincando com a formula percebe-se q. eh balela a historia de q. a escala
Richter vai de 0 a 10... Nao existe um limite inferior (o resultado pode
ser negativo para tremores muito pequenos) e o superior so' depende da
qtdade de energia disponivel no Universo -- um tremor 10 corresponde a
fantasticos 53 milimetro de deslocamento de um ponto na superficie a
11.100 km (algo como 8.10^22 J de energia ou dois seculos de producao
ininterrupta de Itaipu).

No Brasil, nao se usa a escala M<S>, ja' q. raramente os disturbios sao
registrados a mais de 20o de distancia (2.220 km) e as ondas tEm periodos
menos do q. 20 s. Usa-se a escala regional m<R> adaptada 'as condicoes
brasileiras da litosfera e valida entre 200 e 1.500 km de distancia:

m<R> = log V + 2,3.log R - 2,48

em q. V eh a velocidade de particula da onda P em micrometro por segundo
(V = 2PI A/T) e R a distancia epicentral em km.

A escala atualmente utilizada leva em conta os parametros fisicos q.
ocorrem durante a ruptura e eh baseada no momento sismico Mo em N.m cuja
definicao eh:

Mo = mi.D.S

mi eh o modulo da rigidez da rocha rompida, D o deslocamento medio da
falha e S a area total da superficie da ruptura.

A escala M<W> eh:

M<W> = 2/3.log Mo - 6

(Assumpcao, M; Dias-Neto, C. M 2000 -- Sismicidade e estrtura
interna da Terra. In: Teixeira, W et al. (org.) Decifrando a Terra, S.
Paulo, USP/Oficina de Textos. Pags. 43-62.)

Sobre o eletrocardiograma:

http://www.provet.com.br/informetecnico.html
http://cardiol.br/consenso/6502/08.htm
http://www.octopus.furg.br/ensino/Praticas/ecg/ecg.htm
http://www.clinical-cardiology.org/briefs/9803briefs/cc21-211.html
http://faculty.uca.edu/glenn.irion/Cardiopulm/ekg.htm

Sobre a medida da pressao sanguinea na perna. Depende da posicao do
paciente. Ademais nao creio q. haja uma arteria suficientemente exposta na
perna q. pudesse ter sua circulacao interrompida para a afericao da
pressao, mas isso eh um chute. (Seu amigo medico nao poderia
esclarecer-lhe sobre esse ponto?)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Acasalamento de animais
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/05/2001 13:44

Paulo,

bem, sao sitios meio, digamos, estranhos, mas dependendo da idade de seu
colega:

Variado
http://www.zoofur.com/mating.html

Lobo
http://maxpages.com/starforest/Wolves_in_mating

Aligator
http://a724.g.akamaitech.net/7/724/34/d6171f0fda602a/www.discovery.com/stories/nature/mating/gallery/alligator_pic.jpg

Lesma
http://a724.g.akamaitech.net/7/724/34/f1f00672935142/www.discovery.com/stories/nature/mating/gallery/bananaslug_pic.jpg

Lesma do mar
http://www.seaslugforum.net/seahmat.htm

Besouro
http://www.rhubarbinfo.com/images/curculio.jpg

Borboleta
http://www.webshots.com/photos/005307.html

Libelula
http://www.webshots.com/photos/008588.html

Louva-a-deus
http://a724.g.akamaitech.net/7/724/34/68a41512123b56/www.discovery.com/stories/nature/mating/gallery/mantids_pic.jpg

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re-envio do dia 07 ...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/05/2001 16:25

Oi Roberto,
Beleza! assim vou acabar ficando especialista em mergulhar em praia alheia.
Grato,
Léo
========================
-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 9 de maio de 2001 12:39
Assunto: [ciencialist] Re-envio do dia 07 ...


Leo,

sobre terremotos, quem melhor pode falar eh a Sheila. Mas eqto isso vou
invadindo a seara dela e papagaiando o q. tem nos livros.

As perturbacoes sismicas 'a superficie pode se propagar de varias
maneiras, sendo as vibracoes classificadas de acordo com a orientacao da
oscilacao em relacao 'a orientacao de propagacao da onda e do plano da
superficie.

Temos a onda P(rimaria), cuja vibracao ocorre com orientacao paralela 'a
da propagacao (analogo 'as ondas sonoras ou de esticar e soltar uma porcao
de mola presa nas pontas).

A onda S(ecundaria), cuja vibracao eh transversal 'a orientacao da
propagacao e perpendicular 'a superficie (como qdo limpamos e estendemos
um lencol sobre uma mesa).

A onda Rayleigh, combinacao das ondas P e S com o ponto da superficie
oscilando em movimento eliptico (analogo 'as ondas no mar).

A onda Love, vibracao perpendicular 'a orientacao da propagacao e paralela
'a superficie. (Faz tto estrago qto o amor, mas o nome vem mesmo de um
matematico britanico q. descreveu esse tipo de onda.)

http://earthquake.usgs.gov/
http://www.geo.mtu.edu/UPSeis/waves.html

Isto posto, a escala de magnitude criada por Charles E. Richter (sismologo
americano) em 1935 eh uma escala adimensional para comparar os terremotos
entre si. Cada ponto de diferenca corresponde a um fator de 10 vezes de
diferenca nas amplitudes (lembrando q. a energia transportada por uma
vibracao esta' relacionada com o quadrado da amplitude da onda), i.e., a
escala eh logaritmica.

Ha' varias formulas possiveis para se obter o valor na escala Richter
dependendo do tipo de onda considerado.

Para ondas Rayleigh, a formula eh:

M<S> = log (A/T) + 1,66.log(delta) + 3,3

em q. A eh a amplitude da onda superficial em micrometros registrada entre
20 e 100o de distancia; T eh o periodo da onda superficial (entre 18 e 22
s) e delta a distancia epicentral em graus (angulo no centro da Terra
entre o epicentro e a estacao sismografica).

Cada grau corresponde a aproximadamente 111 km na superficie (40.000
km/3600).

Brincando com a formula percebe-se q. eh balela a historia de q. a escala
Richter vai de 0 a 10... Nao existe um limite inferior (o resultado pode
ser negativo para tremores muito pequenos) e o superior so' depende da
qtdade de energia disponivel no Universo -- um tremor 10 corresponde a
fantasticos 53 milimetro de deslocamento de um ponto na superficie a
11.100 km (algo como 8.10^22 J de energia ou dois seculos de producao
ininterrupta de Itaipu).

No Brasil, nao se usa a escala M<S>, ja' q. raramente os disturbios sao
registrados a mais de 20o de distancia (2.220 km) e as ondas tEm periodos
menos do q. 20 s. Usa-se a escala regional m<R> adaptada 'as condicoes
brasileiras da litosfera e valida entre 200 e 1.500 km de distancia:

m<R> = log V + 2,3.log R - 2,48

em q. V eh a velocidade de particula da onda P em micrometro por segundo
(V = 2PI A/T) e R a distancia epicentral em km.

A escala atualmente utilizada leva em conta os parametros fisicos q.
ocorrem durante a ruptura e eh baseada no momento sismico Mo em N.m cuja
definicao eh:

Mo = mi.D.S

mi eh o modulo da rigidez da rocha rompida, D o deslocamento medio da
falha e S a area total da superficie da ruptura.

A escala M<W> eh:

M<W> = 2/3.log Mo - 6

(Assumpcao, M; Dias-Neto, C. M 2000 -- Sismicidade e estrtura
interna da Terra. In: Teixeira, W et al. (org.) Decifrando a Terra, S.
Paulo, USP/Oficina de Textos. Pags. 43-62.)

Sobre o eletrocardiograma:

http://www.provet.com.br/informetecnico.html
http://cardiol.br/consenso/6502/08.htm
http://www.octopus.furg.br/ensino/Praticas/ecg/ecg.htm
http://www.clinical-cardiology.org/briefs/9803briefs/cc21-211.html
http://faculty.uca.edu/glenn.irion/Cardiopulm/ekg.htm

Sobre a medida da pressao sanguinea na perna. Depende da posicao do
paciente. Ademais nao creio q. haja uma arteria suficientemente exposta na
perna q. pudesse ter sua circulacao interrompida para a afericao da
pressao, mas isso eh um chute. (Seu amigo medico nao poderia
esclarecer-lhe sobre esse ponto?)

[]s,

Roberto Takata


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Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Fotografias dos pulmoes
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/05/2001 08:01

Amigos:

- Alguem conhece algum site onde
eu possa encontrar fotografias
de pulmoes ?

Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br



SUBJECT: Re: Dica de Livro - Sulloway
FROM: "Fabiano Caruso" <auron@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/05/2001 08:58


Antes de colocar o livro na fogueira gostaria de demonstrar o meu equivoco em enviar o texto da orelha do mesmo, que expõe a idéia de livro de forma subjetiva e pseudocientifica (isso talvez para incentivar uma maior venda, ou por...).

Meu interesse pela psicologia evolutiva surgiu a partir da confiança em algo que chamo de Método: Ciência. Interessado em algo primitvo chamado psicologia, comportamento, etc. E como animal primitivo que sou percebo algo que ainda não conseguiu ser dissecado pela ciência: a emoção e o funcionamento do cérebro. Assim qualquer nova teoria de base cientifica me deixa no mínimo curioso.

Visitando a "Darwin Magazine" http://www.geocities.com/gilson_medufpr/livros.html me interessei por um livro recomendado, que trata o comportamento humano sob uma perspectiva cética (O Animal Moral - Por que somos como somos: A nova ciência da psicologia evolucionista de Robert Wright).

Confiando no ceticismo de Robert Wright e seu comentário sobre o livro de Sulloway: "Vocação: rebelde, uma magnífica realização intelectual, ao mesmo tempo arrebatadora e profunda, proporciona uma perspectiva inteiramente nova tanto da história da humanidade quanto da vida cotidiana". E pela idéia que Sulloway expoe sobre a Psicologia Evolutiva: "...No estudo do desenvolvimento humano, as teoria psicológicas fornecem explicações imediatas/causais do comportamento, análogas às derivadas da fisiologia animal. Essas teorias nos ajudam a compreender como as pessoas desenvolvem os traços de personalidade que têm, consideradas suas diferentes dotações genéticas e histórias familiares. A psicologia evolutiva lida com questões diferentes: não com a determinação de como a dinâmica familiar molda a personalidade, mas por que ela o faz. É importante reconhecer que, em si mesmas, as causas imediatas e as causas finais não fornecem uma explicação completa do comportamento. Tampouco a história consiste simplesmente na soma de suas partes causais. Quanto mais uma espécie é capaz de aprender durante a vida inteira, como acontece com a nossa, mais o comportamento individual precisa ser explicado como um produto de interações complexas entre as causas imediatas e as causas finais. Esse tipo de perspectiva pautada na interação encontra-se no cerne deste livro...". Somado ao método utilizado (de acordo com o Apêndice 1: Breve introdução à estatística - ou simplificando as correlações), achei que este poderia ser um livro interessante de se ler.

Obrigado pelas críticas.

Fabiano Caruso - Niterói - RJ.






[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fotografias dos pulmoes
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/05/2001 11:47

--- In ciencialist@y..., "Paulo Sergio Dias" <psdias@g...> wrote:
> - Alguem conhece algum site onde
> eu possa encontrar fotografias
> de pulmoes ?

http://www.altavista.com/cgi-bin/query?q=lung&ipht=1&iclr=
1&ibw=1&mmW=1&micat=0&imgset=1&stype=simage
&search=Search&imgset=1&stype=simage&pg=q

passo o caminho das pedras:

os mecanismos de buscas costumam ter a opcao de busca de imagens.

entrando em www.altavista.com, basta clicar em um vinculo
'images', onde esta' escrito: 'try your search in' acima da caixa
de texto para a procura. no caso, eh so' depois digitar a palavra:
'lung'.

com a palavra 'mating' para acasalamento de animais tbm se
consegue alguns resultados, mas imiscuido em muito lixo...
o trabalho de garimpagem eh maior.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Que eh que a ComCiencia tem ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/05/2001 14:10

ComCiência tem nova edição : www.comciencia.br
ComCiência tem artigos de Quântica:
http://www.comciencia.br/reportagens/fisica/fisica01.htm
http://www.comciencia.br/reportagens/fisica/fisica02.htm
http://www.comciencia.br/reportagens/fisica/fisica04.htm etc.
ComCiência tem coisa do Léo:
http://www.comciencia.br/reportagens/fisica/fisica03.htm

Em suma, ComCiência é o terceiro melhor site da Intranet brasileira :-) [lembrar que o Alberto Mesquita já batizou seu site de quase-Imperdível!] :-)))))

Parabéns ao Roberto Belisário pela trabalheira que teve para organizar e editar o projeto.

[]'
Léo
===================



SUBJECT: E-books
FROM: rhalah_rikota@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/05/2001 14:53

Não sei se todos já sabem, mas há e-books gratuitos
interessantíssimos disponíveis para download em www.bn.com,
bem como os respectivos leitores de e-books.
O leitor da Adobe parece ser melhor, mas gostei mais dos
livros disponíveis para o leitor da Micro$oft (Critique of Pure Reason
- Immanuel Kant, Discourse on Metaphysics - Leibniz, Discourse
on Method - René Descartes, Origin of Species - Darwin, entre
outros).
T+

___

Ricardo Gentil de Araújo Pereira
e-mail 1: rhalah_rikota@ig.com.br (default)
e-mail 2: rhalah@yahoo.com (alternativo)
ICQ: 13306676


SUBJECT: Explicando para leigos.
FROM: "IVAN MAMEDE CARLOS" <mamede@redealuno.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/05/2001 17:26



Olá galera.

Gostaria de saber se alguém conhece algum livro que explique, para um leigo,
como funciona uma televisão, rádio, forno de microondas, ou coisas do tipo;
como ocorre a interferência de ondas em rádio, celulares, etc. Enfim mostrar
a "física da coisa".

Aguardando respostas...
Ivan



SUBJECT: [Re:] [ciencialist] Re: Dica de Livro - Sulloway
FROM: "IVAN MAMEDE CARLOS" <mamede@redealuno.usp.br>
TO: "Fabiano Caruso" <auron@ieg.com.br>
CC: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/05/2001 17:48



Olá galera.

Gostaria de saber se alguém conhece algum livro que explique, para um leigo,
como funciona uma televisão, rádio, forno de microondas, ou coisas do tipo;
como ocorre a interferência de ondas em rádio, celulares, etc. Enfim mostrar
a "física da coisa".

Aguardando respostas...
Ivan

On ( Thu, 10 May 2001 08:58:31 -0300), "Fabiano Caruso" <auron@ieg.com.br>
wrote:

>
>
>Antes de colocar o livro na fogueira gostaria de demonstrar o meu equivoco em
enviar o texto da orelha do mesmo, que expõe a idéia de livro de forma
subjetiva e pseudocientifica (isso talvez para incentivar uma maior venda, ou
por...).
>
>Meu interesse pela psicologia evolutiva surgiu a partir da confiança em algo
que chamo de Método: Ciência. Interessado em algo primitvo chamado psicologia,
comportamento, etc. E como animal primitivo que sou percebo algo que ainda não
conseguiu ser dissecado pela ciência: a emoção e o funcionamento do cérebro.
Assim qualquer nova teoria de base cientifica me deixa no mínimo curioso.
>
>Visitando a "Darwin Magazine"
http://www.geocities.com/gilson_medufpr/livros.html me interessei por um livro
recomendado, que trata o comportamento humano sob uma perspectiva cética (O
Animal Moral - Por que somos como somos: A nova ciência da psicologia
evolucionista de Robert Wright).
>
>Confiando no ceticismo de Robert Wright e seu comentário sobre o livro de
Sulloway: "Vocação: rebelde, uma magnífica realização intelectual, ao mesmo
tempo arrebatadora e profunda, proporciona uma perspectiva inteiramente nova
tanto da história da humanidade quanto da vida cotidiana". E pela idéia que
Sulloway expoe sobre a Psicologia Evolutiva: "...No estudo do desenvolvimento
humano, as teoria psicológicas fornecem explicações imediatas/causais do
comportamento, análogas às derivadas da fisiologia animal. Essas teorias nos
ajudam a compreender como as pessoas desenvolvem os traços de personalidade que
têm, consideradas suas diferentes dotações genéticas e histórias familiares. A
psicologia evolutiva lida com questões diferentes: não com a determinação de
como a dinâmica familiar molda a personalidade, mas por que ela o faz. É
importante reconhecer que, em si mesmas, as causas imediatas e as causas finais
não fornecem uma explicação completa do comportamento. Tampouco a história
consiste simplesmente na soma de suas partes causais. Quanto mais uma espécie é
capaz de aprender durante a vida inteira, como acontece com a nossa, mais o
comportamento individual precisa ser explicado como um produto de interações
complexas entre as causas imediatas e as causas finais. Esse tipo de
perspectiva pautada na interação encontra-se no cerne deste livro...". Somado
ao método utilizado (de acordo com o Apêndice 1: Breve introdução à estatística
- ou simplificando as correlações), achei que este poderia ser um livro
interessante de se ler.
>
>Obrigado pelas críticas.
>
>Fabiano Caruso - Niterói - RJ.
>
>
>
>
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
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>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
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>
>



SUBJECT: [Re:] [ciencialist]Explicando para leigos.
FROM: "IVAN MAMEDE CARLOS" <mamede@redealuno.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/05/2001 17:51



Olá galera.

Gostaria de saber se alguém conhece algum livro que explique, para um leigo,
como funciona uma televisão, rádio, forno de microondas, ou coisas do tipo;
como ocorre a interferência de ondas em rádio, celulares, etc. Enfim mostrar
a "física da coisa".

Aguardando respostas...
Ivan
On ( Thu, 10 May 2001 08:58:31 -0300), ciencialist@yahoogroups.com wrote:

>
>
>Antes de colocar o livro na fogueira gostaria de demonstrar o meu equivoco em
enviar o texto da orelha do mesmo, que expõe a idéia de livro de forma
subjetiva e pseudocientifica (isso talvez para incentivar uma maior venda, ou
por...).
>
>Meu interesse pela psicologia evolutiva surgiu a partir da confiança em algo
que chamo de Método: Ciência. Interessado em algo primitvo chamado psicologia,
comportamento, etc. E como animal primitivo que sou percebo algo que ainda não
conseguiu ser dissecado pela ciência: a emoção e o funcionamento do cérebro.
Assim qualquer nova teoria de base cientifica me deixa no mínimo curioso.
>
>Visitando a "Darwin Magazine"
http://www.geocities.com/gilson_medufpr/livros.html me interessei por um livro
recomendado, que trata o comportamento humano sob uma perspectiva cética (O
Animal Moral - Por que somos como somos: A nova ciência da psicologia
evolucionista de Robert Wright).
>
>Confiando no ceticismo de Robert Wright e seu comentário sobre o livro de
Sulloway: "Vocação: rebelde, uma magnífica realização intelectual, ao mesmo
tempo arrebatadora e profunda, proporciona uma perspectiva inteiramente nova
tanto da história da humanidade quanto da vida cotidiana". E pela idéia que
Sulloway expoe sobre a Psicologia Evolutiva: "...No estudo do desenvolvimento
humano, as teoria psicológicas fornecem explicações imediatas/causais do
comportamento, análogas às derivadas da fisiologia animal. Essas teorias nos
ajudam a compreender como as pessoas desenvolvem os traços de personalidade que
têm, consideradas suas diferentes dotações genéticas e histórias familiares. A
psicologia evolutiva lida com questões diferentes: não com a determinação de
como a dinâmica familiar molda a personalidade, mas por que ela o faz. É
importante reconhecer que, em si mesmas, as causas imediatas e as causas finais
não fornecem uma explicação completa do comportamento. Tampouco a história
consiste simplesmente na soma de suas partes causais. Quanto mais uma espécie é
capaz de aprender durante a vida inteira, como acontece com a nossa, mais o
comportamento individual precisa ser explicado como um produto de interações
complexas entre as causas imediatas e as causas finais. Esse tipo de
perspectiva pautada na interação encontra-se no cerne deste livro...". Somado
ao método utilizado (de acordo com o Apêndice 1: Breve introdução à estatística
- ou simplificando as correlações), achei que este poderia ser um livro
interessante de se ler.
>
>Obrigado pelas críticas.
>
>Fabiano Caruso - Niterói - RJ.
>
>
>
>
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Explicando para leigos.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/05/2001 20:03

Oi Ivan,

Por enquanto, faça as primeiras leituras em:
www.feiradeciencias.com.br/sala15/index15.htm
começando por 'circuitos eletrônicos', 'resistores' e 'divisores de tensão'. Quando tiver firme nessa introdução retorne.

[]'
Léo
==============
-----Mensagem Original-----
De: "IVAN MAMEDE CARLOS" <mamede@redealuno.usp.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 10 de maio de 2001 17:26
Assunto: [ciencialist] Explicando para leigos.




Olá galera.

Gostaria de saber se alguém conhece algum livro que explique, para um leigo,
como funciona uma televisão, rádio, forno de microondas, ou coisas do tipo;
como ocorre a interferência de ondas em rádio, celulares, etc. Enfim mostrar
a "física da coisa".

Aguardando respostas...
Ivan


&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Re: [Re:] [ciencialist]Explicando para leigos.
FROM: "Emilson Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/05/2001 11:39

A sugestão que eu posso dar é o site "How Stuff Works":

www.howstuffworks.com

É um site muito bom, com muita informação e explicações
detalhadas sobre como funcionam aparelhos eletrônicos,
elétricos, eletromagnéticos, celulares, etc.

Emilson.

----- Original Message -----
From: "IVAN MAMEDE CARLOS" <mamede@redealuno.usp.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, May 10, 2001 5:51 PM
Subject: [Re:] [ciencialist]Explicando para leigos.


>
>
> Olá galera.
>
> Gostaria de saber se alguém conhece algum livro que explique, para um
leigo,
> como funciona uma televisão, rádio, forno de microondas, ou coisas do
tipo;
> como ocorre a interferência de ondas em rádio, celulares, etc. Enfim
mostrar
> a "física da coisa".
>
> Aguardando respostas...
> Ivan
> On ( Thu, 10 May 2001 08:58:31 -0300), ciencialist@yahoogroups.com wrote:
>
> >
> >
> >Antes de colocar o livro na fogueira gostaria de demonstrar o meu
equivoco em
> enviar o texto da orelha do mesmo, que expõe a idéia de livro de forma
> subjetiva e pseudocientifica (isso talvez para incentivar uma maior venda,
ou
> por...).
> >
> >Meu interesse pela psicologia evolutiva surgiu a partir da confiança em
algo
> que chamo de Método: Ciência. Interessado em algo primitvo chamado
psicologia,
> comportamento, etc. E como animal primitivo que sou percebo algo que ainda
não
> conseguiu ser dissecado pela ciência: a emoção e o funcionamento do
cérebro.
> Assim qualquer nova teoria de base cientifica me deixa no mínimo curioso.
> >
> >Visitando a "Darwin Magazine"
> http://www.geocities.com/gilson_medufpr/livros.html me interessei por um
livro
> recomendado, que trata o comportamento humano sob uma perspectiva cética
(O
> Animal Moral - Por que somos como somos: A nova ciência da psicologia
> evolucionista de Robert Wright).
> >
> >Confiando no ceticismo de Robert Wright e seu comentário sobre o livro de
> Sulloway: "Vocação: rebelde, uma magnífica realização intelectual, ao
mesmo
> tempo arrebatadora e profunda, proporciona uma perspectiva inteiramente
nova
> tanto da história da humanidade quanto da vida cotidiana". E pela idéia
que
> Sulloway expoe sobre a Psicologia Evolutiva: "...No estudo do
desenvolvimento
> humano, as teoria psicológicas fornecem explicações imediatas/causais do
> comportamento, análogas às derivadas da fisiologia animal. Essas teorias
nos
> ajudam a compreender como as pessoas desenvolvem os traços de
personalidade que
> têm, consideradas suas diferentes dotações genéticas e histórias
familiares. A
> psicologia evolutiva lida com questões diferentes: não com a determinação
de
> como a dinâmica familiar molda a personalidade, mas por que ela o faz. É
> importante reconhecer que, em si mesmas, as causas imediatas e as causas
finais
> não fornecem uma explicação completa do comportamento. Tampouco a história
> consiste simplesmente na soma de suas partes causais. Quanto mais uma
espécie é
> capaz de aprender durante a vida inteira, como acontece com a nossa, mais
o
> comportamento individual precisa ser explicado como um produto de
interações
> complexas entre as causas imediatas e as causas finais. Esse tipo de
> perspectiva pautada na interação encontra-se no cerne deste livro...".
Somado
> ao método utilizado (de acordo com o Apêndice 1: Breve introdução à
estatística
> - ou simplificando as correlações), achei que este poderia ser um livro
> interessante de se ler.
> >
> >Obrigado pelas críticas.
> >
> >Fabiano Caruso - Niterói - RJ.
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SUBJECT: Vitorias do quase-quase-imperdivel
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/05/2001 17:49

O site 'Humor na ciencia' que eu organizo teve duas vitorias esta
semana.

Fui citado na segunda-feira no 'Jornal da ciencia da SBPC' (por e-
mail).

O 'jornal eletronico' da pagina foi a escolha do dia 13/05/01 (muda
diariamente) do site www.parque.com .

Quem tiver interesse em assinar o jornal pode usar o Parque.com ou
entao o http://groups.yahoo.com/group/informol/ ( informol-
subscribe@yahoogroups.com )

Pra quem nao sabe... o endereco do site de humor eh
http://www.humornaciencia.cjb.net

Ateh mais.
Luis Brudna



SUBJECT: Europa sem Deus
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, Ceticismo-br <ceticismo-br@egroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/05/2001 07:35

Europa sem Deus

Debandada de fiéis esvazia
as igrejas e expõe desencanto
religioso dos europeus



José Eduardo Barella

Durante os últimos dez séculos, um fluxo
caudaloso de
peregrinos manteve agitadas as grandes catedrais
da
Europa Ocidental. É irônico que no momento em que
o
cristianismo celebra seu segundo milênio o
coração da
civilização cristã esteja passando por um
fenômeno bem
diferente: a ausência de fiéis nos cultos, sejam
católicos ou
protestantes. Basta entrar numa catedral para
perceber
que há mais turistas fascinados pela arquitetura
do que
com fervor religioso. Enquanto os teólogos
debatem as
causas da debandada do rebanho cristão, os
números
comprovam que, se os europeus ainda rezam, o
fazem longe
da instituição. Sessenta e sete por cento dos
jovens
espanhóis jamais vão a uma missa. Na França, na
Bélgica e
na Alemanha, apenas 10% dos católicos freqüentam
a
igreja. A cada ano, diminui em 50.000 a
quantidade de
ingleses que assistem às missas de domingo. Em
vários
países faltam padres por causa da queda do número
de
ordenações.

Entre os protestantes, o cenário é igualmente
desolador.
Somente 3% da população comparece aos cultos nos
países escandinavos. A cúpula da Igreja Reformada

Holandesa está transformando parte de seus
complexos
religiosos em hotel para pagar despesas de
manutenção. A
Catedral de Canterbury, de importância central na

anglicana, fica vazia na manhã de domingo, o dia
mais
movimentado em qualquer templo cristão. O sínodo
de
bispos europeus convocado pelo Vaticano para
discutir o
assunto, há dois anos, observou, com alarme, que
são
batizados menos da metade dos recém-nascidos nas
grandes cidades da Europa. "Os europeus são agora
uma
das populações menos religiosas do mundo", diz o
reverendo
anglicano Timothy Bradshaw, professor de teologia
da
Universidade de Oxford.

O fenômeno é exclusivo da Europa Ocidental. A
religião
católica está em expansão na América Latina e na
África.
As igrejas protestantes e pentecostais estão
conquistando
multidões não apenas nos países pobres, mas
também nos
Estados Unidos. "Os rituais na Igreja européia
são mais
formais que na da América", observa o teólogo
paulista
Márcio Fabri. "Isso afasta os fiéis." Mesmo entre
os
europeus há variações nacionais. A freqüência à
igreja
continua alta em alguns países tradicionalmente
católicos,
como a Irlanda e a Itália, onde quase 50% da
população
adulta vai à missa pelo menos uma vez por mês.
Não é o
único dado surpreendente. Os europeus que deixam
de ir
aos cultos cristãos não mudam de religião nem
viram ateus,
o que explica o fato de o número de pessoas que
acreditam
em Deus (50% da população européia) ser muito
maior que
o das que freqüentam uma igreja. Só 4% se
declaram
completamente ateus. Da mesma forma, a ética
cristã ainda
orienta a moralidade pessoal da maioria das
pessoas.

Sessenta por cento dos holandeses deram adeus à
igreja,
mas continuam reservando uma enorme quantidade de

dinheiro para a caridade.

A perda de influência formal da Igreja pode ser
percebida,
contudo, por mudanças na vida familiar e social
que a
Santa Sé condena: controle de natalidade, aborto,
divórcio
e eutanásia. Algumas dessas novidades foram
adotadas até
nos países do sul da Europa, bem mais religiosos.
Já a
eutanásia só é aceita na Holanda. O quadro é
complexo e
não há uma explicação única para a falta de
interesse pelas
religiões tradicionais. É possível que parte da
explicação
esteja na tradição racionalista do continente,
que deu ao
mundo a Revolução Industrial, a física quântica e
a
genética moderna. A ciência hoje pode explicar
coisas sobre
as quais no passado só a religião tinha algo a
dizer. Há
quem cite o consumismo exagerado e a estabilidade
do
Velho Continente como determinantes. Seria porque
a
maioria da população tem um padrão de vida
elevado e está
menos suscetível a questões que atormentam outros

continentes, como violência, miséria ou tensões
raciais. "Um
europeu médio pode passar a vida inteira sem
enfrentar
uma crise financeira ou emocional aguda", observa
o
sociólogo dinamarquês Jorgen Goul Andersen.
Assim, tende
a ir menos aos cultos, onde outros fazem
promessas, e
tampouco educa os filhos a fazê-lo.

Durante 1.000 anos, o cristianismo foi um
elemento central
na identidade européia. A tradição é forte demais
para ser
dissolvida de uma hora para outra. Impressiona a
continuidade das aulas de religião nas escolas da
maior
parte dos países, com o apoio dos pais. Na Suíça,
é comum
freiras lecionarem em escolas públicas. O clero
anglicano
ainda tem cadeiras com direito a voto no
Parlamento inglês.

Uma parte da justificativa para a educação
religiosa – o que
na maioria da Europa significa educar para o
cristianismo –
é a inseparável conexão entre a fé cristã e a
cultura
européia. "Não se pode entender a arte, a
literatura ou a
arquitetura ocidental sem conhecer a religião
cristã", diz
Jean-François Mayer, professor de religião na
Universidade
de Fribourg, na Suíça. É interessante que o
islamismo,
praticado principalmente pelos imigrantes,
demonstre
vitalidade na Europa. Os muçulmanos somam 3% da
população do continente, mas representam 9% dos
europeus que efetivamente professam uma religião.
Ainda
assim, já se vêem sinais de que estão aderindo
aos
costumes locais. Na Alemanha, na Espanha e na
França,
entre 30% e 50% dos muçulmanos freqüentam as
mesquitas, inseridos em um ambiente menos
religioso que
em seus países de origem.


Na França e na Inglaterra, apenas 10% da
população
vai à igreja, e só uma vez por mês

Nos países escandinavos, a freqüência a cultos

religiosos católicos ou protestantes é ainda
menor: 3% da
população

O número de fiéis das igrejas Anglicana e
Católica caiu
27% na Inglaterra desde 1980 e apenas 54% dos
jovens
ingleses de 18 a 24 anos acreditam em Jesus
Cristo

www2.uol.com.br/veja/160501/p_062%2ehtml



SUBJECT: Trinta anos de supersimetria
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>
DATE: 14/05/2001 08:09

UOL- Folha de São Paulo, domingo, 13 de maio de 2001

Micro/Macro

Trinta anos de supersimetria

Marcelo Gleiser
especial para a Folha

O mundo está repleto de simetrias, e o ser humano é
fascinado
por elas. Nosso corpo é simétrico em relação a um eixo
vertical
imaginário passando pelo centro de nossa cabeça. Um lado é
(quase) idêntico ao outro. O mesmo com uma borboleta. É
difícil
pensar em algum animal que não tenha alguma simetria em sua
forma. Ou flores. Ou conchas. De fato, é difícil atribuirmos
o
conceito de beleza a algo que não exiba alguma simetria.
Esse
senso estético é talvez um dos melhores exemplos de como a
matemática da natureza está imbuída em nossas percepções.

Outros exemplos de simetria são os que nós mesmos
construímos,
na tentativa de aliar a estética do mundo natural ao
funcionalismo
dos objetos que usamos em nosso dia a dia. Dê uma rápida
olhada à sua volta e observe como você está cercado de
simetria
por todos os lados. Imagine se cada um desses objetos fosse
assimétrico, mesas, portas e molduras tortas, papéis de
parede
sem padrões repetitivos, cada ladrilho de um tamanho
diferente
(nesse caso o chão teria vários buracos) e por aí a fora.
Partindo
desse mundo concreto para a representação simbólica do mundo

que usamos nas ciências naturais, a simetria torna-se também

extremamente útil.

A física atômica e nuclear depende crucialmente da
existência de
simetrias. Alguns estados atômicos exibem simetrias
esféricas,
outros parecem mais com cilindros. Sem a existência dessas
simetrias, seria praticamente impossível obtermos uma
descrição
quantitativa de suas propriedades. No mundo das partículas
subatômicas, várias simetrias aparecem em suas interações,
nas
forças que essas partículas exercem entre si. Um elétron,
com sua
carga elétrica negativa, repele outro elétron. Essa e outras
forças
entre partículas são mediadas por outras partículas. No caso
dos
elétrons, essas partículas são os fótons, pequenos "pacotes"
de
radiação eletromagnética. Portanto, falamos de dois tipos de

partículas, as partículas de matéria e as partículas de
força. A
simetria de uma força está diretamente ligada ao número de
seus
mediadores. No caso da repulsão eletromagnética entre os
elétrons, só existe um tipo de partícula, o fóton. No caso
da força
nuclear forte, que mantém os quarks coesos dentro de prótons
e
nêutrons, os mediadores são oito. E, no caso da força
nuclear
fraca, responsável pela radioatividade, eles são três.

Essas simetrias não são reveladas no espaço concreto, mas no

espaço matemático onde essas teorias são formuladas. Mas
elas
continuam sendo simetrias, mesmo que nós não possamos vê-las

diretamente. A teoria que descreve como as partículas
interagem
através dessas três forças, o Modelo Padrão, é extremamente
bem-sucedida. Mas várias questões permanecem em aberto,
indicando que existe algo além dela. Por exemplo, não
entendemos por que as três forças entre as partículas de
matéria
(e a gravidade também, a quarta) têm intensidades tão
diferentes,
ou por que as massas das partículas são tão diferentes, ou o
que
acontece a distâncias milhões de vezes menores do que um
próton.

Aqui entra a supersimetria. Criada independentemente nos
dois
lados da "cortina de ferro" no início dos anos 70, a
supersimetria
dá o passo definitivo na busca por um princípio que possa
unificar
os dois tipos de partículas na natureza, as de matéria
(elétrons,
quarks etc.) e as de força (fóton, etc.). Daí o prefixo
"super".

Segundo as teorias supersimétricas, cada partícula tem uma
companheira que é o seu complemento. A companheira
supersimétrica de uma partícula de matéria é uma partícula
de
força, e vice-versa. O que se mostrou, em mais de 30 mil
artigos
publicados sobre o assunto nos últimos 30 anos, é que a
supersimetria pode responder a várias das perguntas que
afligem o
Modelo Padrão. Uma consequência imediata da supersimetria é
que ela dobra o número de partículas existentes. Até agora,
não
observamos nenhuma das duplicatas. Mas isso não é, ainda, um

problema. Essas companheiras supersimétricas são bem mais
maciças do que as partículas normais e seriam invisíveis em
nossos
experimentos atuais. Mas não por muito tempo. Até o fim da
década, uma máquina sendo construída na Suíça terá energias
altas o suficiente para "produzir" partículas
supersimétricas. Ou
não. Afinal, mesmo que a supersimetria seja muito elegante,
nem
todas as simetrias matematicamente belas existem no mundo
real.

Marcelo Gleiser é professor de física teórica do Dartmouth
College, em
Hanover (EUA), e autor do livro "A Dança do Universo"



SUBJECT: duplicação do conhecimento
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/05/2001 14:46

Li algures que o conhecimento cientifico duplica a cada
10 anos. Também já li esta afirmação para duas áreas em
partícular: biologia e estudos do clima.

Estes dados têm fundamento? São válidos em todas as áreas?
Será que em física acontece o mesmo? Não haverá aqui muito
conhecimento redundante?

E a que velocidade é que aumenta a cultura cientifica do
cientista tipico de 35 anos ao longo dos anos? E o de um
cidadão típico?

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: WORKSHOP SOBRE FISICA
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/05/2001 17:25

----- Original Message -----
From: <arprass@FISICA.NET>
To: <TERRA_FSN@TERRADIRETO.TERRA.COM.BR>
Sent: Saturday, May 12, 2001 8:08 PM
Subject: WORKSHOP SOBRE FÍSICA NUCLEAR E RADIOATIVIDADE PARA PROFESSO


> Achei interessante divulgar o email que recebi.
>
> Prof. Alberto Ricardo Präss
> www.fisica.net
>
>
>
>
======================================================================
=====
>
>
> Caros Colegas Estudantes e Professores de Física,
>
> Visando a contribuir com a preparação dos estudantes paulistas
classificados para as seletivas de 2002 para a formação da delegação
brasileira junto à International Physics Olympiad de 2002 a se
realizar em Jacarta, na Indonésia, organizarei um "workshop" sobre
Física Nuclear e Radioatividade, a se realizar no IFUSP, sábado, dia
26 de maio, das 9h às 16h.
>
> Objetivo:
> Reunir os estudantes classificados para a seletiva de 2002,
juntamente com seus professores e outros estudantes e professores
interessados, para dar orientações de estudo sobre física moderna
(FN&R, especificamente).
> Temas avançados não entram no programa das aulas de física do ensino
médio.
> Apesar de conhecermos a triste realidade do ensino de física em São
Paulo (1 aula por semana em muitas escolas, ministrada por um
professor graduado em pedagogia, entre outras circunstâncias) e das
limitações de tempo e excesso de carga programática de muitas escolas,
estudantes talentosos, ou simplesmente mais interessados e motivados,
são profundamente prejudicados por cursos pouco desafiadores. Esses
estudantes acabam se desinteressando pela escola e pelo estudo, pois
nem precisam estudar ou prestar atenção às aulas para obterem as notas
máximas nos exames.
> O workshop mostrará o que estudantes e professores de outros países
(China, Irã, Vietnã, Índia, Argentina, Estados Unidos, Inglaterra,
Austrália, Canadá, por ex) estudam e como se preparam para as
olimpíadas de seus países, bem como para as provas internacionais.
>
> Programa:
>
> - apresentação breve das olimpíadas de física no Brasil e no mundo
(transparências + vídeo da Olimpíada da Inglaterra - 2000)
> - palestra: Do Átomo de Leucipo à Teoria de Supercordas (90 min -
pesquisador convidado do IFUSP)
> - Vídeo Estação Ciência/IFUSP/Escola de Comunicações e Artes:
Radiação Cósmica (20 min)
> - palestra: conceitos de física nuclear e radioatividade
> - visita ao laboratório de estrutura da matéria: experimentos
clássicos de física nuclear e radioatividade (monitores/IFUSP)
> - aula: resolução de problemas de FN&R das Olimpíadas Internacionais
de Física do Canadá (1997) e da Inglaterra (2000)
> - apresentação da Comissão de Estudantes de Física (CoEF)da APROFI -
Assoc. Paulista de Professores de Física (Edmundo Macha Neto -
graduando IFSCAR-USP e presidente da CoEF)
>
> Taxa de inscrição: R$ 30,00 (estudantes) / R$ 50,00 (professores).
>
> IMPORTANTE: o pagamento não é OBRIGATÓRIO. Pedimos entretanto que
todos contribuam com o valor solicitado ou com outro valor (inferior
ou superior) que será utilizado para o custeio das despesas
(pró-labore de monitores e secretária, cópias, passagens dos
convidados da CoEF, impressão dos certificados, café nos intervalos)
>
>
> Preencha a ficha abaixo e a remeta para ozimar@sti.com.br
>
> FICHA DE INSCRIÇÃO
>
> NOME COMPLETO
> É ( ) ESTUDANTE ( ) PROFESSOR
> ENDEREÇO COMPLETO (com CEP)
> TELEFONES PARA CONTATO
> E-MAIL
> ESCOLA ONDE ESTUDA OU LECIONA
> SÉRIE EM QUE ESTUDA OU PARA A QUAL (AS QUAIS) LECIONA
>
> TAXA VOLUNTÁRIA: PAGARÁ ( ) Sim ( ) Não
> Caso venha a contribuir com valor
diferente, quanto será o valor: R$ ..............
>
> Comentários e sugestões:
>
>
> Serão aceitas inscrições até 18 de maio.
>
>
> Atenciosamente, Prof. Ozimar Pereira ( ozimar@sti.com.br )
>






SUBJECT: Re: [ciencialist] duplicação do conhecimento
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/05/2001 20:18


-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 14 de maio de 2001 14:46
Assunto: [ciencialist] duplicação do conhecimento

João escrve:


>>Li algures que o conhecimento cientifico duplica a cada
10 anos. Também já li esta afirmação para duas áreas em
partícular: biologia e estudos do clima. <<

Essa revista "algures" não traduz fatos concretos :-))
Já li (em outras revistas) que o conhecimento 'quaduplica'. Não sei qual o critério de 'medida' desse conhecimento.
Será que eles pegam todas as revistas científicas do ano X , somam todas as publicações e comparam com a soma das publicações das mesmas revistas no ano 10+X ?

>>Estes dados têm fundamento? São válidos em todas as áreas?
Será que em física acontece o mesmo? Não haverá aqui muito
conhecimento redundante?<<

O forno de microondas derivou de uma descoberta feita próxima da válvula kliston de um radar ... e acabou virando microondas como eletrodoméstico (geralmente só utilizado para esquentar cafezinho!). Como é que alguém poderia relacionar os desenvolvimentos em todas as áreas? Parece-me improvável que haja um grupo que se dedique a isso.

>>E a que velocidade é que aumenta a cultura cientifica do
cientista tipico de 35 anos ao longo dos anos? E o de um
cidadão típico?<<

Pelas amostras que temos esse 'excesso' de cultura científica é muito superficial (veja os professores de nível médio). O 'volume' de conhecimento parece-me ser o mesmo de sempre, apenas contido em recipientes de maior área superficial. É uma diluição pouco aproveitável.

E, para o cidadão típico, cada vez mais aumenta o número de 'caixas pretas'. Antes havia um grande número de pessoas típicas que apreciavam fuçar nos rádios a válvula e construir seus próprios transmissores. Esse número hoje, pela contingência dos circuitos dedicados, caiu praticamente a zero.
Procure hoje, por exemplo, um radio-amador que tenha construído seu próprio equipamento.
Procure hoje, os domingueiros que construiam carrinhos de madeira para seus filhos brincarem.
Procure hoje os alfaiates que faziam os uniformes para as escolas.
E quantos etc.

[]'
Léo
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--
joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] duplicação do conhecimento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/05/2001 08:56

Para desenferrujar um pouco as engrenagens matematico-cerebrais
vou tentar elaborar um tosco modelo a respeito:

Considere C(t) o conhecimento cientifico acumulado em funcao do tempo.

(1) C(0) = C0 eh o conhecimento inicial num tempo inicial qualquer

O crescimento do conhecimento num dado instante deve ser proporcional
ao numero de pessoas no planeta naquele instante , assim :

(2) dC/dt = k1*N(t) , onde

K1 eh uma constante; N(t) = numero de pessoas no instante t

Mas o numero de pessoas cresce exponencialmente com o tempo :

(3) N(t) = N0 * exp( k2 * t)

De (2) e (3) ==>

(4) dC/dt = k1 * N0 * exp( k2 * t )

Integrando (4) == >

(5) C(t) = (k1 * N0 /K2 ) * exp( k2 t )

de (1) =>

(6) C(t) = C0 * exp ( k2 * t )


Verifiquemos de qto em qto tempo o conhecimento duplica :

C(t+X) = 2C(t) ==> C0 * exp( k2 * X) * exp ( k2 * t ) = 2 * C0 * exp ( k2 * t )

==> exp( k2 * X ) = 2 ==> X = ln(2)/k2


[]s
jocax



João Mário Miranda wrote:

> Li algures que o conhecimento cientifico duplica a cada
> 10 anos. Também já li esta afirmação para duas áreas em
> partícular: biologia e estudos do clima.
>
> Estes dados têm fundamento? São válidos em todas as áreas?
> Será que em física acontece o mesmo? Não haverá aqui muito
> conhecimento redundante?
>
> E a que velocidade é que aumenta a cultura cientifica do
> cientista tipico de 35 anos ao longo dos anos? E o de um
> cidadão típico?
>
> --
> joão
> http://www.nonio.com
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SUBJECT: Re: duplicação do conhecimento
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/05/2001 09:41

Faltou completar com dados numericos :

Para uma taxa de natalidade de 20 nascimentos por 1000 habitantes por
ano teremos :

(8) N(t+1)/N(t) = 1,02

de (3) ==> exp( k2 ) = 1,02 ==>

(9) k2 = 0,02

substituindo em (7) X = ln(2)/ k2 ==> X = 35 anos

Neste modelo e com esta taxa de natalidade o conhecimento
deve duplicar a cada 35 anos

[]s
jocax



--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
wrote:
> Para desenferrujar um pouco as engrenagens matematico-cerebrais
> vou tentar elaborar um tosco modelo a respeito:
>
> Considere C(t) o conhecimento cientifico acumulado em funcao do
tempo.
>
> (1) C(0) = C0 eh o conhecimento inicial num tempo inicial
qualquer
>
> O crescimento do conhecimento num dado instante deve ser
proporcional
> ao numero de pessoas no planeta naquele instante , assim :
>
> (2) dC/dt = k1*N(t) , onde
>
> K1 eh uma constante; N(t) = numero de pessoas no instante t
>
> Mas o numero de pessoas cresce exponencialmente com o tempo :
>
> (3) N(t) = N0 * exp( k2 * t)
>
> De (2) e (3) ==>
>
> (4) dC/dt = k1 * N0 * exp( k2 * t )
>
> Integrando (4) == >
>
> (5) C(t) = (k1 * N0 /K2 ) * exp( k2 t )
>
> de (1) =>
>
> (6) C(t) = C0 * exp ( k2 * t )
>
>
> Verifiquemos de qto em qto tempo o conhecimento duplica :
>
> C(t+X) = 2C(t) ==> C0 * exp( k2 * X) * exp ( k2 * t ) = 2 * C0 *
exp ( k2 * t )
>
>(7) ==> exp( k2 * X ) = 2 ==> X = ln(2)/k2
>
>
> []s
> jocax
>
>
>
> João Mário Miranda wrote:
>
> > Li algures que o conhecimento cientifico duplica a cada
> > 10 anos. Também já li esta afirmação para duas áreas em
> > partícular: biologia e estudos do clima.
> >
> > Estes dados têm fundamento? São válidos em todas as áreas?
> > Será que em física acontece o mesmo? Não haverá aqui muito
> > conhecimento redundante?
> >
> > E a que velocidade é que aumenta a cultura cientifica do
> > cientista tipico de 35 anos ao longo dos anos? E o de um
> > cidadão típico?
> >
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> > joão
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> > Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Re: duplicação do conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/05/2001 10:02

Muito interessante seu modelo, mas ele parte de
uma suposição relativamente forte, a de que a
variação do conhecimento é diretamente proporcional
ao número de pessoas no mundo, o que pode ser irreal
(há milhões de motoristas de ônibus, mecânicos de
automóveis, garçonetes, filósofos que escrevem em
revistas populares, etc., etc. que não contribuem
diretamente para o conhecimento da humanidade e isso
pode não estar bem expresso na constante k1).

Além disso, há outro problema que é supor que o
todo é obtido apenas pela computação das contribuições
individuais. A sociedade humana é um exemplo de
sistema complexo e caótico, onde esse todo é
muito diferente da soma das partes, pois há
componentes não lineares que afetam a dinâmica
toda.

Sergio Navega.


-----Original Message-----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
To: ciencialist@yahoogroups.com <ciencialist@yahoogroups.com>
Date: Terça-feira, 15 de Maio de 2001 09:42
Subject: [ciencialist] Re: duplicação do conhecimento


Faltou completar com dados numericos :

Para uma taxa de natalidade de 20 nascimentos por 1000 habitantes por
ano teremos :

(8) N(t+1)/N(t) = 1,02

de (3) ==> exp( k2 ) = 1,02 ==>

(9) k2 = 0,02

substituindo em (7) X = ln(2)/ k2 ==> X = 35 anos

Neste modelo e com esta taxa de natalidade o conhecimento
deve duplicar a cada 35 anos

[]s
jocax



--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
wrote:
> Para desenferrujar um pouco as engrenagens matematico-cerebrais
> vou tentar elaborar um tosco modelo a respeito:
>
> Considere C(t) o conhecimento cientifico acumulado em funcao do
tempo.
>
> (1) C(0) = C0 eh o conhecimento inicial num tempo inicial
qualquer
>
> O crescimento do conhecimento num dado instante deve ser
proporcional
> ao numero de pessoas no planeta naquele instante , assim :
>
> (2) dC/dt = k1*N(t) , onde
>
> K1 eh uma constante; N(t) = numero de pessoas no instante t
>
> Mas o numero de pessoas cresce exponencialmente com o tempo :
>
> (3) N(t) = N0 * exp( k2 * t)
>
> De (2) e (3) ==>
>
> (4) dC/dt = k1 * N0 * exp( k2 * t )
>
> Integrando (4) == >
>
> (5) C(t) = (k1 * N0 /K2 ) * exp( k2 t )
>
> de (1) =>
>
> (6) C(t) = C0 * exp ( k2 * t )
>
>
> Verifiquemos de qto em qto tempo o conhecimento duplica :
>
> C(t+X) = 2C(t) ==> C0 * exp( k2 * X) * exp ( k2 * t ) = 2 * C0 *
exp ( k2 * t )
>
>(7) ==> exp( k2 * X ) = 2 ==> X = ln(2)/k2
>
>
> []s
> jocax
>
>
>
> João Mário Miranda wrote:
>
> > Li algures que o conhecimento cientifico duplica a cada
> > 10 anos. Também já li esta afirmação para duas áreas em
> > partícular: biologia e estudos do clima.
> >
> > Estes dados têm fundamento? São válidos em todas as áreas?
> > Será que em física acontece o mesmo? Não haverá aqui muito
> > conhecimento redundante?
> >
> > E a que velocidade é que aumenta a cultura cientifica do
> > cientista tipico de 35 anos ao longo dos anos? E o de um
> > cidadão típico?
> >
> > --
> > joão
> > http://www.nonio.com
> > http://www.explicacoes.com
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> >
> > Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: duplicacao do conhecimento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/05/2001 10:29


Sergio Navega wrote:

> Muito interessante seu modelo, mas ele parte de
> uma suposição relativamente forte, a de que a
> variação do conhecimento é diretamente proporcional
> ao número de pessoas no mundo, o que pode ser irreal
> (há milhões de motoristas de ônibus, mecânicos de
> automóveis, garçonetes, filósofos que escrevem em
> revistas populares, etc., etc. que não contribuem
> diretamente para o conhecimento da humanidade e isso
> pode não estar bem expresso na constante k1).
>

Vc se engana neste ponto.

Veja que meu modelo , na verdade, contempla este fato :
Se eu digo que o aumento eh proporcional aa populacao isto nao implica
que todos devam participar do conhecimento mas sim que o numero de
pessoas que participa eh proporcional ao tamanho da populacao.

Veja , se temos 100 habitantes e apenas 2 participam do conhecimento
meu modelo diz que se tivermos 200 habitantes entao 4 pessoas devem participar.

E, alem disso, eu poderia argumentar que o conhecimento, na verdade,
depende de todos pois cada um tem um conhecimento ( nem sempre
'util' ou cientifico ) que soh esta pessoa sabe mas isto eh uma discussao
filosofica que talvez nao venha ao caso.


>
> Além disso, há outro problema que é supor que o
> todo é obtido apenas pela computação das contribuições
> individuais. A sociedade humana é um exemplo de
> sistema complexo e caótico, onde esse todo é
> muito diferente da soma das partes, pois há
> componentes não lineares que afetam a dinâmica
> toda.
>

Talvez vc tenha razao neste ponto. Vamos analisa-lo.
A equacao principal do conhecimento eh :

dC/dt = K1 N(t)

Diz que o acrescimo do conhecimento instantaneo
eh proporcional ao numero de pessoas no instante considerado.

Pensemos em 2 populacoes isoladas P1 e P2.

Se o aumento de conhecimento eh a soma dos conhecimentos
obtidos das duas populacoes, entao aformula eh correta.

Mas sabemos que algum conhecimento de P1 sera o mesmo de P2
e, neste caso nao poderemos somar os conhecimentos , teremos que
retirar a duplicidade , a interseccao do conhecimento de P1 e P2.

Num mundo informado e globalizado quanto mais a informacao
seja divulgada menor a chance de 2 grupos de pessoas fiquem produzindo
conhecimentos iguais e assim a formula acima tende a ser mais verdadeira
quanto mais o conhecimento eh divulgado pelo planeta.

[]s
jocax



>
> Sergio Navega.
>
> -----Original Message-----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> To: ciencialist@yahoogroups.com <ciencialist@yahoogroups.com>
> Date: Terça-feira, 15 de Maio de 2001 09:42
> Subject: [ciencialist] Re: duplicação do conhecimento
>
> Faltou completar com dados numericos :
>
> Para uma taxa de natalidade de 20 nascimentos por 1000 habitantes por
> ano teremos :
>
> (8) N(t+1)/N(t) = 1,02
>
> de (3) ==> exp( k2 ) = 1,02 ==>
>
> (9) k2 = 0,02
>
> substituindo em (7) X = ln(2)/ k2 ==> X = 35 anos
>
> Neste modelo e com esta taxa de natalidade o conhecimento
> deve duplicar a cada 35 anos
>
> []s
> jocax
>
> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
> wrote:
> > Para desenferrujar um pouco as engrenagens matematico-cerebrais
> > vou tentar elaborar um tosco modelo a respeito:
> >
> > Considere C(t) o conhecimento cientifico acumulado em funcao do
> tempo.
> >
> > (1) C(0) = C0 eh o conhecimento inicial num tempo inicial
> qualquer
> >
> > O crescimento do conhecimento num dado instante deve ser
> proporcional
> > ao numero de pessoas no planeta naquele instante , assim :
> >
> > (2) dC/dt = k1*N(t) , onde
> >
> > K1 eh uma constante; N(t) = numero de pessoas no instante t
> >
> > Mas o numero de pessoas cresce exponencialmente com o tempo :
> >
> > (3) N(t) = N0 * exp( k2 * t)
> >
> > De (2) e (3) ==>
> >
> > (4) dC/dt = k1 * N0 * exp( k2 * t )
> >
> > Integrando (4) == >
> >
> > (5) C(t) = (k1 * N0 /K2 ) * exp( k2 t )
> >
> > de (1) =>
> >
> > (6) C(t) = C0 * exp ( k2 * t )
> >
> >
> > Verifiquemos de qto em qto tempo o conhecimento duplica :
> >
> > C(t+X) = 2C(t) ==> C0 * exp( k2 * X) * exp ( k2 * t ) = 2 * C0 *
> exp ( k2 * t )
> >
> >(7) ==> exp( k2 * X ) = 2 ==> X = ln(2)/k2
> >
> >
> > []s
> > jocax
> >
> >
> >
> > João Mário Miranda wrote:
> >
> > > Li algures que o conhecimento cientifico duplica a cada
> > > 10 anos. Também já li esta afirmação para duas áreas em
> > > partícular: biologia e estudos do clima.
> > >
> > > Estes dados têm fundamento? São válidos em todas as áreas?
> > > Será que em física acontece o mesmo? Não haverá aqui muito
> > > conhecimento redundante?
> > >
> > > E a que velocidade é que aumenta a cultura cientifica do
> > > cientista tipico de 35 anos ao longo dos anos? E o de um
> > > cidadão típico?
> > >
> > > --
> > > joão
> > > http://www.nonio.com
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> > > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > > Para sair da lista envie um mail para
> > > ciencialist-unsubscribe@y...
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> > >
> > > Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
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> &&& --- &&&
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> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Re: duplicacao do conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/05/2001 11:25

-----Original Message-----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
>
>Sergio Navega wrote:
>
>> Muito interessante seu modelo, mas ele parte de
>> uma suposição relativamente forte, a de que a
>> variação do conhecimento é diretamente proporcional
>> ao número de pessoas no mundo, o que pode ser irreal
>> (há milhões de motoristas de ônibus, mecânicos de
>> automóveis, garçonetes, filósofos que escrevem em
>> revistas populares, etc., etc. que não contribuem
>> diretamente para o conhecimento da humanidade e isso
>> pode não estar bem expresso na constante k1).
>
>Vc se engana neste ponto.
>
>Veja que meu modelo , na verdade, contempla este fato :
>Se eu digo que o aumento eh proporcional aa populacao isto nao implica
>que todos devam participar do conhecimento mas sim que o numero de
>pessoas que participa eh proporcional ao tamanho da populacao.
>
>Veja , se temos 100 habitantes e apenas 2 participam do conhecimento
>meu modelo diz que se tivermos 200 habitantes entao 4 pessoas devem
participar.
>

É exatamente esta hipótese que eu acho problemática. Basta que
1 dessas pessoas tenha uma "mente criativa" para que o resultado
de 200 habitantes seja proporcionalmente muito diferente do
resultado de 100. O ritmo de acréscimo de conhecimentos de uma
população é não-linear, pois o ritmo de descobertas científicas
não é diretamente proporcional ao número de pessoas que estão
investigando, nem ao tempo de pensamento, mas é bastante dependente
de coisas praticamente imensuráveis, como insights criativos, que
podem provir do acaso. Afinal, muitas descobertas científicas
foram originárias de acidentes. Desta forma, se 10 cientistas
não conseguem resolver um problema, talvez 11 consigam, se o
décimo primeiro for um "sortudo" e presenciar um evento acidental
que o leve a conjecturar uma nova hipótese. Mas talvez esse
cientista sozinho, mesmo sendo sortudo, não consiga explorar
totalmente a idéia. Ele pode se beneficiar de sugestões e
palpites dados pelos outros cientistas.

>E, alem disso, eu poderia argumentar que o conhecimento, na verdade,
>depende de todos pois cada um tem um conhecimento ( nem sempre
>'util' ou cientifico ) que soh esta pessoa sabe mas isto eh uma
discussao
>filosofica que talvez nao venha ao caso.
>

O ponto que é necessário enfatizar é que o conhecimento da humanidade
atual é o resultado daquilo que foi culturalmente registrado
(principalmente de forma escrita). Isto implica em "explicitação",
ou seja, em possibilidade de se representar o conhecimento através
de linguagens, naturais ou matemáticas. Intuição não consegue
ser registrada, só coisas que podem ter expressão linguística.

Para tanto, é necessário romper uma certa "barreira", a barreira
da publicabilidade. Muitas teorias científicas interessantes estão
nas mentes de certas pessoas e não conseguem "sair de lá" por que
não há massa crítica para sua aceitação. A idéia não é publicada e
não faz seu efeito nas mentes de outras pessoas. Entretanto, por
força do acaso, um desses cientistas pode ter o seu momento de
glória (como fazer uma pergunta capciosa em um seminário científico
importante). Esse é um evento totalmente imprevisível e não
proporcional (no máximo, podemos dizer que é estatisticamente
mais provável em populações maiores).

A questão é que esse evento, tomado de forma isolada, não é
significativo. Mas o que ele provoca ao longo do tempo é imenso.
É algo comparável àquela estórinha do bater de asas de borboleta no
Amazonas provocando uma tempestade no Alaska. É essa
não-linearidade que acho surpreendente na criação de conhecimento
humano.

>
>>
>> Além disso, há outro problema que é supor que o
>> todo é obtido apenas pela computação das contribuições
>> individuais. A sociedade humana é um exemplo de
>> sistema complexo e caótico, onde esse todo é
>> muito diferente da soma das partes, pois há
>> componentes não lineares que afetam a dinâmica
>> toda.
>>
>
>Talvez vc tenha razao neste ponto. Vamos analisa-lo.
>A equacao principal do conhecimento eh :
>
>dC/dt = K1 N(t)
>
>Diz que o acrescimo do conhecimento instantaneo
>eh proporcional ao numero de pessoas no instante considerado.
>
>Pensemos em 2 populacoes isoladas P1 e P2.
>
>Se o aumento de conhecimento eh a soma dos conhecimentos
>obtidos das duas populacoes, entao aformula eh correta.
>
>Mas sabemos que algum conhecimento de P1 sera o mesmo de P2
>e, neste caso nao poderemos somar os conhecimentos , teremos que
>retirar a duplicidade , a interseccao do conhecimento de P1 e P2.
>
>Num mundo informado e globalizado quanto mais a informacao
>seja divulgada menor a chance de 2 grupos de pessoas fiquem produzindo
>conhecimentos iguais e assim a formula acima tende a ser mais verdadeira
>quanto mais o conhecimento eh divulgado pelo planeta.
>

A coisa, a meu ver, é mais complicada ainda. Alguns avanços em termos
de conhecimento são efeito de diversas revisões sucessivas de um
certo número de pessoas. Crescimentos lineares dessas populações
podem provocar crescimentos não-lineares de *interações* entre essas
pessoas, e é desse crescimento de interações que o conhecimento
surge.

Talvez um bom exemplo seja as próprias listas de discussão, onde um
comentário simples de alguém pode detonar uma "chuva" de mensagens
com a consequente descoberta de novos caminhos interessantes para
fazer nossas mentes percorrerem.

Essa é uma das razões pelas quais sou apaixonado por ciência. É
praticamente impossível sentir tédio!

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] duplicação do conhecimento
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/05/2001 12:26



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> Para desenferrujar um pouco as engrenagens matematico-cerebrais
> vou tentar elaborar um tosco modelo a respeito:
>
> Considere C(t) o conhecimento cientifico acumulado em funcao do tempo.
>
> (1) C(0) = C0 eh o conhecimento inicial num tempo inicial qualquer
>
> O crescimento do conhecimento num dado instante deve ser proporcional
> ao numero de pessoas no planeta naquele instante , assim :
>
> (2) dC/dt = k1*N(t) , onde
>


Esta é uma das hipotese. No entanto não creio que seja a mais
pausivel porque o contibuto de mais pessoas tende a ser redundante
já que cada pessoa tem que percorrer o mesmo caminho para chegar
ao mesmo conhecimento.

Eu sugiro que a taxa de crescimento depende apenas da quantidade
de conhecimento disponivel:

dC/dt = k1*C(t)

Esta equação após integração dá origem a algo do tipo:

C(t)=C(0)exp(K1t)

o que implica que há duplicação a cada ln2/k1 anos.

A minha hipótese sugere que o conhecimento gera conhecimento
e que são as novas descobertas que justificam o aumento do
pessoal cientifico e não o aumento de pessoal cientifico que
geram as novas descobertas.

Mas mais importante, são as novas descobertas que aumentam a
eficiência do pessoal científico existente. Isso é óbvio quando
se olha para o impacto do computador na descoberta cientifica.
Actualmente a velocidade de processamento de um computador de
1000 dolares (por ex.) está a duplicar a cada 18 meses, e isso está a
acontecer há mais de de 30 anos (Lei de Moore).

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: duplicação do conhecimento
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/05/2001 13:13

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Li algures que o conhecimento cientifico duplica a cada
> 10 anos. Também já li esta afirmação para duas áreas em
> partícular: biologia e estudos do clima.
>
> Estes dados têm fundamento? São válidos em todas as áreas?
> Será que em física acontece o mesmo? Não haverá aqui muito
> conhecimento redundante?

Nao me lembro da taxa exata de duplicacao. Tem um livro sobre
comunicacao cientifica q. examina esse efeito -- q. tem ateh
um nome. (Mas nao irei lembra-me de cabeca agora.)

Existem diversos modos de se aferir a taxa de crescimento
do conhecimento cientifico.

Pelo numero de cientistas de uma area. Pelo numero de artigos
publicados. Pelo numero de paginas impressas. Pelo numero
de revistas especializadas.

Todas convergem pra um certo valor (q. nao me lembra qual).
E eh mais ou menos homogeneo para todas as areas.

Sobre conhecimento redundante. Teriamos q. entrar um
pouco no conceito de conhecimento pra destrinchar bem.
Mas isso levaria a um volta imensa. De qq maneira,
desde q. a proporcao de conhecimento redundante se
mantenha ao longo do tempo de modo mais ou menos
constante, nao importa qual seja essa proporcao (desde q.
menor q. 100%), a taxa de crescimento da contribuicao
original devera' ser a mesma -- propriedade distributiva
da multiplicacao:

A = B* (C+D)
A = B*C + B*D

> E a que velocidade é que aumenta a cultura cientifica do
> cientista tipico de 35 anos ao longo dos anos? E o de um
> cidadão típico?

Do cientista, eh preciso levar em conta o fenomeno da
especializacao -- e capaz q. individualmente o conhecimento
absoluto nao aumente de forma tao acentuada. Em um
primeiro momento, talvez pudesse ser levado em conta o
numero de referencias utilizadas em cada trabalho -- mas
ha' o fenomeno da multipla autoria q. aumenta cada vez mais.
Os trabalhos de genoma podem envolver ateh uma bela centena
de co-autores.

O do cidadao tipico eh o q. gostaria muito de descobrir. Isso me
ajudaria a confirmar ou refutar aquele cenario q. tenho em mente
sobre a discrepancia entre o valor atribuido 'as ciencias por cada
um e a importancia real q. ela desempenha no cotidiano.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: duplicação do conhecimento
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/05/2001 14:00

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
>
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > Para desenferrujar um pouco as engrenagens matematico-cerebrais
> > vou tentar elaborar um tosco modelo a respeito:
> >
> > Considere C(t) o conhecimento cientifico acumulado em funcao
do tempo.
> >
> > (1) C(0) = C0 eh o conhecimento inicial num tempo inicial
qualquer
> >
> > O crescimento do conhecimento num dado instante deve ser
proporcional
> > ao numero de pessoas no planeta naquele instante , assim :
> >
> > (2) dC/dt = k1*N(t) , onde
> >
>
>
> Esta é uma das hipotese. No entanto não creio que seja a mais
> pausivel porque o contibuto de mais pessoas tende a ser redundante
> já que cada pessoa tem que percorrer o mesmo caminho para chegar
> ao mesmo conhecimento.

Bom, se todas trabalharem no mesmo projeto o tempo todo vc tem
razao mas o q acontece eh q qto + pessoas + areas de pesquisa surgem
e o conhecimento eh capilarizado.

Veja que se tivessemos u nimero constante de pessoas sempre,
N(t)= N0 entao , pela formula teriamos um crescimento linear
do conhecimento, o q eh razoavel, pois uma pessoa nao pode
produzir exponencialmente e sim linearmente ( o dobro do tempo
o dobro de producao ).

>
> Eu sugiro que a taxa de crescimento depende apenas da quantidade
> de conhecimento disponivel:
>
> dC/dt = k1*C(t)
>
> Esta equação após integração dá origem a algo do tipo:
>
> C(t)=C(0)exp(K1t)
>
> o que implica que há duplicação a cada ln2/k1 anos.

Acredito q isto seja irreal pq, se tivessemos uma qtdade de
pessoas constante, cada pessoa teria q produzir conhecimento
numa taxa exponencial o q seria humanamente impossivel.

>
> A minha hipótese sugere que o conhecimento gera conhecimento
> e que são as novas descobertas que justificam o aumento do
> pessoal cientifico e não o aumento de pessoal cientifico que
> geram as novas descobertas.
>

Bom, o problema do pessoal cientifico eh um problema basicamente
de politica de cada pais. Se o governo resolve investir em ciencia
, como foi feito na epoca da corrida espacial, havera verbas e
quadros a serem preenchidos em universidades e e empresas. Mas se
fizerem como na China a epoca de Mao : vai todo mundo capinar
na horta.

> Mas mais importante, são as novas descobertas que aumentam a
> eficiência do pessoal científico existente. Isso é óbvio quando
> se olha para o impacto do computador na descoberta cientifica.
> Actualmente a velocidade de processamento de um computador de
> 1000 dolares (por ex.) está a duplicar a cada 18 meses, e isso está
a
> acontecer há mais de de 30 anos (Lei de Moore).
>

Soh q infelizmente o computador ainda nao produz diretamente
conhecimento cientifico e por isso o conhecimento ainda dependera de
pessoas, mas no futuro eu poderei alterar minha formula colocando
como N = pessoas + computadores-pensantes :-)

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] duplicação do conhecimento
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/05/2001 14:15


----- Original Message -----
From: "João Mário Miranda"

>Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>>
>> Para desenferrujar um pouco as engrenagens matematico-cerebrais
>> vou tentar elaborar um tosco modelo a respeito:
>>
>> Considere C(t) o conhecimento cientifico acumulado em funcao do
tempo.
>>
>> (1) C(0) = C0 eh o conhecimento inicial num tempo inicial qualquer
>>
>> O crescimento do conhecimento num dado instante deve ser proporcional
>> ao numero de pessoas no planeta naquele instante , assim :
>>
>> (2) dC/dt = k1*N(t) , onde
>>


>Esta é uma das hipotese. No entanto não creio que seja a mais
>pausivel porque o contibuto de mais pessoas tende a ser redundante
>já que cada pessoa tem que percorrer o mesmo caminho para chegar
>ao mesmo conhecimento.

>Eu sugiro que a taxa de crescimento depende apenas da quantidade
>de conhecimento disponivel:
> dC/dt = k1*C(t)
>Esta equação após integração dá origem a algo do tipo:
>C(t)=C(0)exp(K1t)
>o que implica que há duplicação a cada ln2/k1 anos.


Tb concordo mais com a tua aproximação, mas o resultado no fundo não
e´diferente do resultado do João Carlos. É uma função exponencial.

>A minha hipótese sugere que o conhecimento gera conhecimento
>e que são as novas descobertas que justificam o aumento do
>pessoal cientifico e não o aumento de pessoal cientifico que
>geram as novas descobertas.

Acho que são o aparecimento de problemas reais a resolver (como por exemplo
eenrgias alternativas, medicamentos, análises especificas -DNA - Etc ) que
aumentam o numero de pessoas necessário.
Isto aumenta o numero de pessoas interessadas em ocupar esses lugares pela
lei da "oferta-procura"

>Mas mais importante, são as novas descobertas que aumentam a
>eficiência do pessoal científico existente.

Não sei o que queres dizer com eficiencia... se pretendes dizer que o
cnhecimento é masi exacto, não sei se concordo.

Além do crescimento do conhecimento depender do conhecimento ha o problema
da redundância de que falavas.
Além disso ha o problema económico.
Durante a 2ª guerra houve muita investigação em foguetes e energia nuclear.
devido à construção de bombas.
Isto levou à possibilidade técnica de construir foguetões para ir à lua, e
uma teoria de recolha de energia a partir do átomo. O Efeito Necessidade (na
guerra) levou à Disponibilidade do conhecimento e este à expansão do
conhecimento. Quando foi possível colocar sondas no espaço, satélites do
clima, telecomunicações, etc...

A variação do conhecimento agora depende do conhecimento existente agora,
mais um factor de necessidade.
Além disso , existe o efeito de Redundância e o de Aperfeiçoamento (teorias
"melhores", formalmente mais simples embora mais complexas e com mais
aplicações )

Quanto a mim a Redundância (R) seria proporcional ao conhecimento é à
velocidade de crescimento.
Quanto mais depressa cresce, menos tempo ha para aperfeiçoamento , mais
redundância se cria (algo do tipo Entropia )

R = r1 dC/dt + r2 C(t)

O factor necessidade é uma função do tempo e é um parametro "aleatório" O
conhecimento apenas cresce em determinados períodos de tempo. Nesses
períodos a probabilidade de aumento é maior que em outros.

N = n1 P (t/T) , em que P é a função probabilidade no período de tempo T

Mas acho que isto complicaria bastante os modelos. :-))

Existem outras formas.
Primeiro há que saber o que significa "duplicar o conhecimento".
Depois com base em dados históricos poderemos fazer uma análise "espectral"
e determinar a frequência maior de "duplicação". Esse será então o tempo a
considerar para a duplicação do conhecimento.
O problema está no ponto primeiro.


Cumprimentos a todos


Sérgio M.M. Taborda


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: duplicacao do conhecimento
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/05/2001 14:20



Sergio Navega wrote:


> >
> >Veja , se temos 100 habitantes e apenas 2 participam do conhecimento
> >meu modelo diz que se tivermos 200 habitantes entao 4 pessoas devem
> participar.
> >
>
> É exatamente esta hipótese que eu acho problemática. Basta que
> 1 dessas pessoas tenha uma "mente criativa" para que o resultado
> de 200 habitantes seja proporcionalmente muito diferente do
> resultado de 100.

No entanto pode-se colocar a hipotese de a probabilidade de uma
"mente criativa" ser igualmente proporcionar ao tamanho da população.
A probabilidade de uma mente criativa em 200 seria o dobro da
probabilidade de uma mente criativa em 100.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: duplicação do conhecimento
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/05/2001 14:41

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:


>
> Bom, se todas trabalharem no mesmo projeto o tempo todo vc tem
> razao mas o q acontece eh q qto + pessoas + areas de pesquisa surgem
> e o conhecimento eh capilarizado.
>
> Veja que se tivessemos u nimero constante de pessoas sempre,
> N(t)= N0 entao , pela formula teriamos um crescimento linear
> do conhecimento, o q eh razoavel, pois uma pessoa nao pode
> produzir exponencialmente e sim linearmente ( o dobro do tempo
> o dobro de producao ).

Claro que uma pessoa pode produzir exponencialmente. Por exemplo,
o número de bases sequenciadas por dia e por cientista pode
crescer exponencialmente se for possível continuar a melhorar os
métodos mecânicos de sequenciação.


> Acredito q isto seja irreal pq, se tivessemos uma qtdade de
> pessoas constante, cada pessoa teria q produzir conhecimento
> numa taxa exponencial o q seria humanamente impossivel.


Eu não digo que o número de pessoas é constante, mas que o
número de pessoas a trabalhar numa área é proporcional ao
conhecimento disponível. É o conhecimento adquirido que
gera a necessidade de mais pessoas e não o aumento do número
de pessoas que gera o conhecimento.
No entanto, a ideia de que o conhecimento gerado por pessoa
pode aumentar exponencialmente não é tão irreal quanto isso.
O avanço da ciência aumenta a produtividade dos cientistas
pois produz mais e melhores instrumentos de pesquisa.

> >
> > A minha hipótese sugere que o conhecimento gera conhecimento
> > e que são as novas descobertas que justificam o aumento do
> > pessoal cientifico e não o aumento de pessoal cientifico que
> > geram as novas descobertas.
> >
>
> Bom, o problema do pessoal cientifico eh um problema basicamente
> de politica de cada pais. Se o governo resolve investir em ciencia
> , como foi feito na epoca da corrida espacial, havera verbas e
> quadros a serem preenchidos em universidades e e empresas. Mas se
> fizerem como na China a epoca de Mao : vai todo mundo capinar
> na horta.

Em determinadas circunstância claro que sim. Mas a ciencia não
poderá nunca crescer acima de uma determinada taxa sem que a
quantidade de recursos necessária se torne politicamente
insuportável.

> > Mas mais importante, são as novas descobertas que aumentam a
> > eficiência do pessoal científico existente. Isso é óbvio quando
> > se olha para o impacto do computador na descoberta cientifica.
> > Actualmente a velocidade de processamento de um computador de
> > 1000 dolares (por ex.) está a duplicar a cada 18 meses, e isso está
> a
> > acontecer há mais de de 30 anos (Lei de Moore).
> >
>
> Soh q infelizmente o computador ainda nao produz diretamente
> conhecimento cientifico e por isso o conhecimento ainda dependera de
> pessoas, mas no futuro eu poderei alterar minha formula colocando
> como N = pessoas + computadores-pensantes :-)

Eu trabalho em simulação de escoamentos e transporte de massa. A
velocidade a que eu posso fazer as minhas simulações e o espaço
de disco disponivel estão a duplicar a cada 18 meses. Claro que
isso só faz com que eu me torne mais preguiçoso e seja um pouco
mais desleixado a programar. Mesmo assim, a qualidade precisão e
quantidade de resultados é incomparavelmente maior do que o que
seria possivel há 6 anos atrás.

Acho que está mesmo na hora de incluir os computadores pensantes
nessa formula. Afinal, eles têm muito menos poder computacional
do que nós, mas especializaram-se em calculos complexos e que
para nós seriam enfadonhos.

a propósito: num artigo sobre mecânica dos fluidos li uma vez uma
nota de rodapé sobre um dos pioneiros da mecanica dos fluidos
computacional. Ele imaginava um computador à imagem da fábrica
inglesa do sec. XIX. Sugeria que os operários fossem contratados para
fazer os calculos e receberiam uma determinada quantia por cada
calculo, mas seriam descontados os calculos errados.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] duplicação do conhecimento
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/05/2001 15:12

Sobre a redundancia consigo identificar 3 aspectos essenciais:

Comunicação 1: grande parte da redundancia deve-se à falta de
comunicação.
Pessoas em partes diferentes do mundo repetem o mesmo processo de
aprendizagem e as mesmas descobertas porque não têm meios para
contactar uma com a outra. Mesmo que tenham os meios, não têm
conhecimento uma da outra, ou quando se conhecem são rivais ou
quando não são rivais poderão comunicar, mas com atrazo. Uma das
razões pela qual o conhecimento acumulado está a aumentar tanto
pode ter a ver com o facto de as barreiras à comunicação estarem
a diminuir desde há seculos. Com o advento da internet qualquer pessoa
pode ter acesso às descobertas mais recentes bem como às descobertas
não tão recentes que de outro modo seriam dificeis de encontrar. Este
fenómeno tanto pode estar a reduzir a redundância do material
publicado como a aumentar a valocidade com que o material redundante
é publicado. Talvez estejam a acontecer as duas coisas.


Comunicação 2: este aspecto da comunicação é diferente do anterior.
Pessoas diferentes interpretam as coisas de forma diferente de modo
que o mesmo conhecimento pode ser expresso de maneiras diferentes.
À partida pode-se pensar que esse conhecimento é redundante, mas ele
desempenha um papel importante já que o conhecimento só é conhecimento
se o for para alguém. Assim, determinadas formas redundantes de
conhecimento
desempenham um papel comunicacional. Esse conhecimento redundante é
na verdade uma forma interpretada do conhecimento expresso noutra
linguagem e é necessário e não redundante porque algumas pessoas
só são sensiveis a essa forma interpretada.

o que é a redundancia: será que "a razão entre o perimetro e o diâmetro
de um circulo" representa o mesmo conhecimento que "3.14159..." ou que
"o algoritmo que produz pi"? Esta é uma versão diferente da questão
exposta em "comunicaão 2". Neste caso o problema da redundancia não
é um problema do conhecedor e da sua capacidade de interpretação. É um
problema do próprio conhecimento. Não será o milésimo digito de pi um
conhecimento redundante uma vez que já conhecemos o algoritmo que o
calcula?

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



Sérgio Taborda wrote:
>
> ----- Original Message -----
> From: "João Mário Miranda"
>
> >Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >>
> >> Para desenferrujar um pouco as engrenagens matematico-cerebrais
> >> vou tentar elaborar um tosco modelo a respeito:
> >>
> >> Considere C(t) o conhecimento cientifico acumulado em funcao do
> tempo.
> >>
> >> (1) C(0) = C0 eh o conhecimento inicial num tempo inicial qualquer
> >>
> >> O crescimento do conhecimento num dado instante deve ser proporcional
> >> ao numero de pessoas no planeta naquele instante , assim :
> >>
> >> (2) dC/dt = k1*N(t) , onde
> >>
>
> >Esta é uma das hipotese. No entanto não creio que seja a mais
> >pausivel porque o contibuto de mais pessoas tende a ser redundante
> >já que cada pessoa tem que percorrer o mesmo caminho para chegar
> >ao mesmo conhecimento.
>
> >Eu sugiro que a taxa de crescimento depende apenas da quantidade
> >de conhecimento disponivel:
> > dC/dt = k1*C(t)
> >Esta equação após integração dá origem a algo do tipo:
> >C(t)=C(0)exp(K1t)
> >o que implica que há duplicação a cada ln2/k1 anos.
>
> Tb concordo mais com a tua aproximação, mas o resultado no fundo não
> e´diferente do resultado do João Carlos. É uma função exponencial.
>
> >A minha hipótese sugere que o conhecimento gera conhecimento
> >e que são as novas descobertas que justificam o aumento do
> >pessoal cientifico e não o aumento de pessoal cientifico que
> >geram as novas descobertas.
>
> Acho que são o aparecimento de problemas reais a resolver (como por exemplo
> eenrgias alternativas, medicamentos, análises especificas -DNA - Etc ) que
> aumentam o numero de pessoas necessário.
> Isto aumenta o numero de pessoas interessadas em ocupar esses lugares pela
> lei da "oferta-procura"
>
> >Mas mais importante, são as novas descobertas que aumentam a
> >eficiência do pessoal científico existente.
>
> Não sei o que queres dizer com eficiencia... se pretendes dizer que o
> cnhecimento é masi exacto, não sei se concordo.
>
> Além do crescimento do conhecimento depender do conhecimento ha o problema
> da redundância de que falavas.
> Além disso ha o problema económico.
> Durante a 2ª guerra houve muita investigação em foguetes e energia nuclear.
> devido à construção de bombas.
> Isto levou à possibilidade técnica de construir foguetões para ir à lua, e
> uma teoria de recolha de energia a partir do átomo. O Efeito Necessidade (na
> guerra) levou à Disponibilidade do conhecimento e este à expansão do
> conhecimento. Quando foi possível colocar sondas no espaço, satélites do
> clima, telecomunicações, etc...
>
> A variação do conhecimento agora depende do conhecimento existente agora,
> mais um factor de necessidade.
> Além disso , existe o efeito de Redundância e o de Aperfeiçoamento (teorias
> "melhores", formalmente mais simples embora mais complexas e com mais
> aplicações )
>
> Quanto a mim a Redundância (R) seria proporcional ao conhecimento é à
> velocidade de crescimento.
> Quanto mais depressa cresce, menos tempo ha para aperfeiçoamento , mais
> redundância se cria (algo do tipo Entropia )
>
> R = r1 dC/dt + r2 C(t)
>
> O factor necessidade é uma função do tempo e é um parametro "aleatório" O
> conhecimento apenas cresce em determinados períodos de tempo. Nesses
> períodos a probabilidade de aumento é maior que em outros.
>
> N = n1 P (t/T) , em que P é a função probabilidade no período de tempo T
>
> Mas acho que isto complicaria bastante os modelos. :-))
>
> Existem outras formas.
> Primeiro há que saber o que significa "duplicar o conhecimento".
> Depois com base em dados históricos poderemos fazer uma análise "espectral"
> e determinar a frequência maior de "duplicação". Esse será então o tempo a
> considerar para a duplicação do conhecimento.
> O problema está no ponto primeiro.
>
> Cumprimentos a todos
>
> Sérgio M.M. Taborda
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: duplicação do conhecimento
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/05/2001 17:25

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
>
> >
> > Bom, se todas trabalharem no mesmo projeto o tempo todo vc tem
> > razao mas o q acontece eh q qto + pessoas + areas de pesquisa
surgem
> > e o conhecimento eh capilarizado.
> >
> > Veja que se tivessemos u nimero constante de pessoas sempre,
> > N(t)= N0 entao , pela formula teriamos um crescimento linear
> > do conhecimento, o q eh razoavel, pois uma pessoa nao pode
> > produzir exponencialmente e sim linearmente ( o dobro do tempo
> > o dobro de producao ).
>
> Claro que uma pessoa pode produzir exponencialmente. Por exemplo,
> o número de bases sequenciadas por dia e por cientista pode
> crescer exponencialmente se for possível continuar a melhorar os
> métodos mecânicos de sequenciação.

Mas contar bases sequenciadas eh o mesmo que contar folhas numa
arvore: nao depende de inteligencia do tipo humana.
Soh q contar folhas numa arvore nao tem utilidade e bases
sequenciadas pode ter.


>
>
> > Acredito q isto seja irreal pq, se tivessemos uma qtdade de
> > pessoas constante, cada pessoa teria q produzir conhecimento
> > numa taxa exponencial o q seria humanamente impossivel.
>

Eh logico que o conhecimento que produzido por pessoa
nao pode crescer a nivel exponencial. Quem vc conhece
que a cada dia produz todo o conhecimento produzido
no dia anterior mais algum extra ?

>
> Eu não digo que o número de pessoas é constante,

Mas se o numero de pessoas for constante, ja q sua formula
nao depende do numero de pessoas, entao o conhecimento
produzido por pessoa tem que crescer exponencialmente
o q sabemos q nao ocorre a pessoa tem um pico de produtividade
la pelos 40 e comessa a decair de producao intelectual
e nao a aumentar.

>mas que o
> número de pessoas a trabalhar numa área é proporcional ao
> conhecimento disponível.

Normalmente as pessoas migram para areas novas de conhecimento
as mais promissoras e nao para areas antigas .
Por isso a area de genetica esta bastante concorrida e a de
filosofia e fisica as minguas em termo de procura no
vestibular.


>É o conhecimento adquirido que
> gera a necessidade de mais pessoas e não o aumento do número
> de pessoas que gera o conhecimento.

Nao creio , eh a necessidade e tambem a possibilidade de sucesso
profissional e financeiro.

> No entanto, a ideia de que o conhecimento gerado por pessoa
> pode aumentar exponencialmente não é tão irreal quanto isso.

Na sua formula deve aumentar se a pop permanecer constante
o q eh algo irreal como disse acima.

> O avanço da ciência aumenta a produtividade dos cientistas
> pois produz mais e melhores instrumentos de pesquisa.

Sim, mas o avanco ocorre a nivel exponencial por que
o numero de pessoas que inventam estes equipamentos
aumentam nessa taxa. Para uma qtdade fixa de pessoas
estes instrumentos aumentariam linearmente.


[]s
jocax



SUBJECT: Re: duplicacao do conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/05/2001 18:05

From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
> Sergio Navega wrote:
> > >
> > >Veja , se temos 100 habitantes e apenas 2 participam do conhecimento
> > >meu modelo diz que se tivermos 200 habitantes entao 4 pessoas devem
> > participar.
> > >
> >
> > É exatamente esta hipótese que eu acho problemática. Basta que
> > 1 dessas pessoas tenha uma "mente criativa" para que o resultado
> > de 200 habitantes seja proporcionalmente muito diferente do
> > resultado de 100.
>
> No entanto pode-se colocar a hipotese de a probabilidade de uma
> "mente criativa" ser igualmente proporcionar ao tamanho da população.
> A probabilidade de uma mente criativa em 200 seria o dobro da
> probabilidade de uma mente criativa em 100.

Concordo. Nesse aspecto, creio que a aproximação de diretamente
proporcional é razoável e aceitável. Entretanto, talvez isso não
salve o modelo que foi proposto. A produtividade de uma "pessoa
criativa" vai ser muito diferente em um ambiente com mais pessoas
dando "palpites" e creio que isto foge à regra da proporcionalidade
linear.

O cientista criativo usa de muitas dicas para obter seus insights.
Aquilo que me vem à memória na história recente é Watson & Crick,
quando descobriram a estrutura do DNA. Foi um processo muito penoso
de descoberta, onde havia a necessidade de ler, conversar e trocar
idéias com muita gente. Acredito que a influência de um aumento
no número de pesquisadores trabalhando sobre um mesmo assunto é
maior do que a regra proporcional, pois cada um tem (ao menos
teoricamente) o potencial de influenciar o que cada outro está
pensando, através de publicações e contatos informais, estes
últimos barbaramente acelerados pela Internet.

Então, ao se dobrar o número de pessoas o número possível de
interações entre elas cresce geometricamente e mesmo que muitas
dessas interações sejam apenas "palpites infelizes" ou fofocas
entre universidades, fica-se com uma oportunidade de descoberta
muito maior do que o mero crescimento linear.

Talvez seja esse efeito que esteja implícito em nosso sentimento
geral de que o conhecimento humano esteja rapidamente acelerando,
a níveis exponenciais (e, em alguns casos, assustadores). Fica-se
com um número maior de "especialistas" e aparentemente menor de
generalistas, o que é uma grande infelicidade. Quem abre as
páginas de uma Nature ou Science consegue ver como é vasto o
fosso que separa as diversas disciplinas ali representadas.

Se há algo de importante hoje, embora escasso, em minha opinião,
é a necessidade de elementos generalistas, que consigam observar
importantes características de um domínio do conhecimento e possam
transpô-las ou correlacioná-las a outros domínios. Acho que lá
fora (EUA, Europa, Japão) podemos encontrar um punhado desses
nomes, mas tenho dificuldades em encontrá-los aqui. Será
desconhecimento meu?

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] duplicação do conhecimento
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/05/2001 19:03


----- Original Message -----
From: "João Mário Miranda"

>Sobre a redundancia consigo identificar 3 aspectos essenciais:

>Comunicação 1: grande parte da redundancia deve-se à falta de
>comunicação.

Concordo com o que foi dito.

>Este
>fenómeno tanto pode estar a reduzir a redundância do material
>publicado como a aumentar a valocidade com que o material redundante
>é publicado. Talvez estejam a acontecer as duas coisas.


Tb acho.

>Comunicação 2: este aspecto da comunicação é diferente do anterior.
>Pessoas diferentes interpretam as coisas de forma diferente de modo
>que o mesmo conhecimento pode ser expresso de maneiras diferentes.

Eu não chamaria dedundância a isto. Chamaria o próprio processo de
pensamento
que cria conhecimento.
Mais à frente pareceu-me que te estavas a referir a coisas simples como o
mesmo conhecimento estar escrito em linguas diferentes. O que implicaria que
algumas ideias fossem mais facilmente transmitidas que outras devido à
linguagem subjacente.
Eu diria que mesmo a linguagem matemática seria uma linguagem pobre em
muitos aspectos, devido a que nem toda a gente a sabe intrepretar.
Acho que aqui cabe a história daquele indiano (Bose?) que nunca sabendo nada
de matemática, quando se dedicou a isso, mudou algumas coisas no
conhecimento disponivel.
Esta é a prova, quanto a mim que a propria linuagem em que escrevemos nos
restringe/liberta.


>o que é a redundancia: será que "a razão entre o perimetro e o diâmetro
>de um circulo" representa o mesmo conhecimento que "3.14159..." ou que
>"o algoritmo que produz pi"?

Para mim são 3 coisas destintas e não ha redundância.
Pi é um valor que pode não ser uma constante. Relaciona exactamente o
perimetro e o raio (o diametro de perferirem) de um circulo - a famosa
questão de que no espaço não euclideano pi não é 3.14159...
O valor de pi para o espaço euclideano, representa outro alcance. O alcance
de calcular o valor em si, em vez de ficar apenas pela sua definição.
E muitas outras implicações se tiram deste pequeno exemplo. Por exemplo: Os
numeros irracionais.
O conhecimento....alguem sabe o que é o conhecimento ? :-))

>Esta é uma versão diferente da questão
>exposta em "comunicaão 2". Neste caso o problema da redundancia não
>é um problema do conhecedor e da sua capacidade de interpretação. É um
>problema do próprio conhecimento.

Exactamente.

>Não será o milésimo digito de pi um
>conhecimento redundante uma vez que já conhecemos o algoritmo que o
>calcula?

A meu ver, pode não ser. Uma coisa é teres um algoritmo, outra é pô-lo a
"correr" e "cuspir" resultados que vais comparar com outros dados de outros
algoritmos e por ai adiante...

Tlv nem haja assim tanto conhecimento redundante...

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/05/2001 19:51

--- In ciencialist@y..., Sergio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> O conhecimento....alguem sabe o que e' o conhecimento ? :-))

Bem, eu *nao* sei o q. eh o conhecimento. Mas estava pensando um pouco
descomprimissadamente sobre isso. Cheguei a um conceito/definicao de
conhecimento q. nem de longe eh a usual pelo q. percebi do pouco q. li a
respeito de teorias epistemologicas.

A minha proposta eh considerar o conhecimento (pelo menos para alguns
objetivos) como simplesmente o conjunto de informacoes recuperaveis em um
dado sistema: seja um cerebro, um computador o q. for.

E definir informacao, mais ou menos baseado em Shannon, como qq dado q.
diminua as incertezas sobre o mundo.

Claro q. nessa definicao a caracteristica informacional de um dado depende
do contexto. Mas isso nao chega a ser um problema, ja' q. o conceito de
energia livre tbm o eh.

Por exemplo, num jogo de adivinhacao de cartas a ordem de revelacao das
pistas nao altera o resultado final, mas altera a quantidade de informacao
de cada pista.

Por exemplo: dizer nesta ordem q. a carta eh vermelha, copas, impar e sete
ou dizer q. a carta eh sete, copas, vermelha e impar.

No primeiro caso 'vermelha' possui um bit de informacao (ja' q. reduz as
possibilidades 'a metade), 'copas' tbm possui um bit, 'impar' 0,89 bit e
'sete' 2,8 bits.

No segundo caso: 'sete' tem 3,7 bits; 'copas', 2 bits, 'vermelha' e
'impar' tem zero bit.

Nos dois casos a soma eh de cerca de 5,7 bits, i.e., ln(1/52)/ln(0,5) -- a
diferenca eh pelo arredondamento das contas.

Nao sei q. licao tirar disso. Admitindo-se a adequacao da minha definicao
de conhecimento: nos dois casos, ao final o conhecimento final eh o mesmo
-- a quantidade de informacao eh a mesma. Mas a quantidade de informacao
de cada dado em particular eh alterado de acordo com o contexto -- aqui
tive uma certa surpresa, embora no fundo seja banal, mas eu nao tinha
antecipado isso: o contexto nao se refere apenas ao conjunto de
informacoes de modo estatico e independente do tempo, mas tbm na ordenacao
temporal. (Um santista q. soubesse de antemao qual o resultado do jogo
certamente nao iria se dar ao trabalho de subir a serra pra ir ao pacaembu
em pleno dia das maes, com chuva e frio.)

Podemos considerar no segundo caso os dados: 'vermelha' e 'impar' como
redundantes -- posto q. acrescentam zero bit de informacao. Mas no
primeiro caso, nao. Tvz a analise de redundancia do conhecimento possa se
complicar um pouco.

Digamos q. a evolucao do conhecimento tenha se dado pelo caminho um. Nao
podemos negar a importancia do valor dos dados 'vermelha' e 'impar' -- tvz
tenha ateh nos guiado em nossas apostas (ou investimentos em pesquisas).
Mas uma vez obtido os dados: 'sete' e 'copas', os dados anteriores
tornam-se redundantes: ja' q. apenas com o naipe e o valor podemos definir
uma carta do baralho (e a partir disso deduzir naturalmente a cor e a
paridade).

O q. isso quer nos dizer, alem de q. eu estou com o tempo demasiadamente
mal empregado?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/05/2001 20:25



Roberto Mitsuo Takata wrote:

>
> A minha proposta eh considerar o conhecimento (pelo menos para alguns
> objetivos) como simplesmente o conjunto de informacoes recuperaveis em um
> dado sistema: seja um cerebro, um computador o q. for.

O problema com essa definição é que é possivel comprimir determinada
informação. Acho que neste aspecto o exemplo que eu dei de Pi é
excelente. Pi tem um número infinito de casas decimais e no entanto
pode ser representado por um algoritmo e todos os algoritmos podem
ser representados por uma sequencia finita de zeros e uns. Então, qual
é a quantidade de informação contida em Pi?

Aparentemente é impossivel distinguir a informação do processo de
descodificação dessa informação. Ou seja, apesar de Pi estar contido
no algoritmo, determinar as casas decimais de Pi envolve um
processo de calculo infinito e por isso, de uma determinada perspectiva
a informação contida em Pi é infinita mas noutra não.

É interessante que o algoritmo de Pi não nos diz a nós humanos nada
sobre a milésima casa decimal de Pi, mas essa informação está lá
codificada. Se calhar é porque não há nada de especial acerca desta
casa decimal. Se ela for "9" faz alguma diferença para alguém?

Assim, a informação contida neste texto não é só o número de bits
que podem ser contados mas é muito mais que isso. O tempo que ela
demora a descodificar pelo cerebro do leitor também tem que ser
contabilizado.


--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/05/2001 21:12



Roberto Mitsuo Takata e João Miranda

Do que vcs escrevem parece que afinal conhecimento é aquilo que a gente
qusier , dependendo do tempo que se tiver para pensar / descomprimir a
informação. Dependendo do conhecimento prévio (pré-conhecimento).
E como tempo é dinheiro... conhecimento tb é dinheiro.

Informação e conhecimento são quanto a mim, duas coisas diferentes.
A memória do pc detém infomação. Detém até pi. Infinitamente não-
armazenável para nós usando a linguagem numérica, mas facilmente armazenável
usando a linguagem algoritmica ou até mesmo a propria definição de pi.
A memória do pc detém, informação,. mas não detém conhecimento.
A memória do pc não conhece que aquele numero que armazena está incluido em
si mesma ( volume dos atomos da memória, por exemplo) . Nós sim. Temos
conhecimento. Sabemos que , mesmo sem deter em memória a informação de pi,
essa quantidade rege boa parte de nós.

A conversa é como a cerejas... quando se puxa uma, outra vem atrás. Para o
conhecimento é isto elevado a uma potencia exponencial....

Lembrem-se. O simples facto de estares a ler isto inudaos de imensas
informações. Só dai , obtêm imenso conhecimento. Correlacionando as
informações esse conhecimento multiplica-se... e por ai fora...

A minha opinião:
O conhecimento divide-se em 4 termos:

Conhecimento Adquirido,ou Conhecimento Presente Aquilo que uma pessoa sabe.
Aquilo em que essa pessoa fundamenta as suas opiniões e actos. Não interessa
à partida se esse conhecimento é verdadeiro ou não. O que interessa é que a
pessoa não dispões de mais nenhum , além desse.

Conhecimento Disponivel: Aquele conhecimento que não sendo adquirido por uma
pessoa ,é já adquirido por outra. Pela comunicação entre ambas o Disponivel
passa a Adquirido.

Conhecimento por adquirir , ou , Conhecimento Ausente : aquele conhecimento
que a pessoa não conhece , mas que pode vir a conhecer em determinadas
circunstâncias. Tb se aplica (de preferencia) para designar o conhecimento
que ninguem ainda não conhece mas que "está lá"

Conhecimento Absoluto : conjunto do conhecimento ausente e adquirido por um
ser; todo o conhecimento existente.

[Do conhecimento, sem saber saber o que é, podemos dizer que é. :-)]

Eu sei que isto não ajuda ao problema, mas ao menos divide o problema :-)




SUBJECT: O que é ciência - artigo de Adonis de Carvalho
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/05/2001 22:28

Oi, pessoal. Não tenho tido tempo de acompanhar o papo sobre
conhecimento e ciência aqui. Porém, já que o assunto é esse, o que vocês
acham deste texto (para quem tiver a pachorra de chegar até o fim)? Recebi-o
pelo boletim informativo da SBPC-PE número 32, de 11/05/01.

Belisário

----------------

AXIOMAS, EMPIRICISMO E DELIMITAÇÃO: A BUSCA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO.
Adonis R. L. de Carvalho

Professor Emérito da UFPE; ex-Presidente da International Academy of
Pathology, da Sociedad Latino Americana de Patologia e da Sociedade
Brasileira de Cancerologia.

Conferência proferida na Academia Pernambucana de Ciências em 5 de Maio de
2001.

1. INTRODUÇÃO.

O meu interesse pela Metodologia da Ciência vem de longo tempo, antes mesmo
do meu ingresso na Universidade, quando li o livro de Thomas Hunt Morgan As
bases científicas da evolução em 1944. Em 1971 o meu querido Amigo Antonio
Cubilla presenteou-me com o livro de Karl R. Popper Conjectures and
Refutations. The Growth of Scientific Knowledge, pois sabia do meu interesse
no assunto, ele próprio um apaixonado pela Metodologia da Ciência. Eu e
Cubilla em épocas e locais diferentes tivemos o mesmo Mestre Dr. Alvan G.
Foraker.

Por outro lado, a contínua experiência universitária levou-me a convicção de
que os estudos de Metodologia da Ciência deveriam ser reforçados, o que
levou-me a criação dessa Disciplina, inicialmente no Mestrado em Anatomia
Patológica, depois para todos os programas da Área de Saúde da UFPE e a obra
de Popper passou a centralizar essa atividade. Posteriormente convidei o
Prof. Jarbas Maciel para a lecionar esse Curso. Jarbas deu-lhe um brilho e
eficiência muito especiais durante um longo tempo.

A oportunidade que me dá a Academia Pernambucana de Ciências, através do
nosso muito caro Presidente Prof. Waldecy Pinto, me é particularmente grata.

2. CONCEITO DE CIÊNCIA

A palavra latina significa "conhecimento", mas não caracteriza a Ciência,
que é melhor definida como o conhecimento ordenado dos fenômenos e das suas
relações. Devemos considerar que esse conhecimento ordenado, sistematizado,
é precedido de atos inerentes e essenciais à geração de Ciência, como os de
catalogação e nomenclatura.

A catalogação é um pré-requisito fundamental para as Ciências Naturais. É o
que vemos agora com o desenvolvimento dos estudos do genoma humano. Apesar
do muito barulho que vem se fazendo nesse tema, estamos apenas no processo
de catalogação dos genes e ainda muito falta para uma real Ciência do
Genoma.

O problema da nomenclatura nos trás os da linguagem, peça fundamental, e da
qual a Ciência tem uma completa dependência, pois a Ciência é uma construção
da linguagem, como diz Schelegel. Para Bronowski a Ciência, como linguagem,
define suas partes pela significação que lhes vai dando, e cada palavra numa
sentença tem alguma incerteza de definição, contudo é capaz de estabelecer
seu próprio significado. Desse modo é a unidade e a coerência interna o que
lhe dá a verdade e a faz um melhor sistema de predição. De acordo com
Henkin é impossível apresentar uma definição satisfatória do que seria uma
sentença verdadeira, capaz de abranger a totalidade das sentenças de uma
linguagem natural. A deficiência das linguagens naturais é geradora de
paradoxos do tipo "essa sentença é falsa" dita por um mentiroso, muitas
vezes sequer percebidos. Segundo Margenau para que se tenha uma pergunta
inteligível é necessário que o significado dos seus termos sejam definidos e
que estejam de acordo com as convenções da ciência em que a questão é posta.

Temos que utilizar a linguagem para descrever a Natureza e as
inter-relações entre os diferentes fenômenos. Palavras, fotografias,
gráficos, equações, símbolos, são usados para descrever. Vale o conceito de
constructo (substituto) de Henry Margenau (citado por Schlegel), para
descrever a relação de um objeto com a idéia, i.e., um substitutivo para o
objeto. Nem sempre coisas e idéias são óbvias como a flor e a mulher.
Veja-se o exemplo do elétron. Usamos o conceito, constructo, de elétron e
acreditamos na sua existência.

2.1 Tradição tecnológica e tradição intelectual

Nas tradições tecnológica e intelectual estão as raízes da Ciência. Em
tempos muito antigos, até à Idade do Bronze, as duas tradições estavam
inteiramente dissociadas. Na Grécia Antiga passaram a ter pontos de
contacto. Todavia, só em tempos recentes as duas tradições passaram a andar
lado-a-lado, o que possibilitou o desenvolvimento da Ciência. Note-se que
"andar lado-a-lado" não significa primado de nenhuma das tradições, mas a
junção dessas tradições. Vale lembrar que a Ciência permite o controle da
Natureza (Nagel), embora Levi acentue que a Ciência não é uma serva da
prática, nem com ela se identifica.

3 - OBJETIVOS DA CIÊNCIA

Cabe a discussão da real significação da Ciência, se ela é o único caminho
para o conhecimento, se é a via para o progresso da Humanidade, ou se tem
valor para conduzi-la a um melhor porvir. É bom que lembremos - já que isso
por vezes é esquecido - o fato de que a Ciência é uma atividade totalmente
humana, não cabendo o mito de tratar-se de uma coisa objetiva em si,
independentemente das pessoas.

Cabe também a discussão de se é possível o conhecimento completo de tudo
que existe na Natureza, que seria o objetivo final da Ciência. Isso não é
possível, nem sequer para uma ciência em particular. No exemplo de
Schelegel, suponha que se quer desenvolver uma ciência completa do elemento
químico sódio. Para isso teríamos que descrever as suas propriedades
químicas e físicas, a estrutura atômica, as muitas reações químicas de que
participa, sua manufatura e o seu uso. Isso tudo seria só o começo, pois
teríamos que saber a localização de cada átomo de sódio no Universo e as
relações desses átomos entre si e como os de outros elementos... Não é
possível sequer a catalogação completa dos objetos existentes na Natureza,
nem sequer os deste auditório, até por impossibilidade lógica.

Temos pois que limitar essa pretensão e aceitarmos a idéia de que uma
Ciência será descritivamente completa no momento em que se obtenham todos os
detalhes descritivos definidos para o domínio dessa Ciência.

4 - A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO.

Isso nos leva ao terreno da Epistemologia (Teoria do Conhecimento), que se
distingue da Lógica Formal que, preocupando-se com a forma e as Leis gerais
do pensamento humano, prescinde da referencia aos objetos. A Epistemologia é
a Teoria do pensamento verdadeiro, enquanto a Lógica é a Teoria do
pensamento correto. A Epistemologia é uma criação grega, uma invenção de
Aristóteles mas, como a conhecemos hoje, foi iniciada por Locke no Século
XVII.

No pensamento antigo o Dogmatismo supunha a realidade do contacto entre o
sujeito e o objeto, uma confiança na Razão humana, não enfraquecida pela
dúvida. A visão oposta é a do Cepticismo, originário de Pirron de Elis
(Século IV), que nega a possibilidade desse contacto, pois o conhecimento
do objeto sofre a influência do sujeito.

Platão estabeleceu o Racionalismo como fonte principal do Conhecimento, que
se faz quando é logicamente necessário e universalmente válido. Isso
permitiu o conceito de axioma, entendido como verdade evidente por si
própria, não requerendo prova, o que levou ao desenvolvimento das teorias
axiomáticas, como na Geometria Euclidiana, que começa pela definição de
termos como "ponto" e "linha", que surgem nos axiomas, e introduz
posteriormente os termos na formulação dos teoremas (Henkin), como o de
Pitágoras. É a essência do método dedutivo, um sistema de inferência, como o
silogismo, tão a gosto dos filósofos gregos. Aqui vale o comentário de Sir
Bertrand Russell de que a Geometria Euclidiana era, para os Gregos, uma
dedução a priori - como na Lógica formal mas não um produto da observação.
Lobachevsky em 1929 negou a sua aplicação universal, pois não pode ser
admitida pelo raciocínio, somente pela observação.

Mas essa noção perdeu-se, por muitos séculos, cedendo lugar ao
autoritarismo como fonte do Conhecimento. Na Idade Média aceitava-se que o
Conhecimento emanava, em última análise, de Deus; só Ele teria o poder do
conhecimento e somente Ele a sua fonte.

A Teoria do Conhecimento antiga constituía uma Epistemologia pessimista,
pois a depravação do homem tornou-o incapaz de compreender a Natureza. A
partir da Renascença surgiu uma Epistemologia otimista, a de que a Verdade
está manifesta, está à nossa frente, basta desnuda-la. O Otimismo
Epistemológico foi a inspiração da Revolução moral e intelectual da História
e tornou possível a Ciência moderna.

A Epistemologia otimista se opunha à Epistemologia pessimista, reacionária,
tradicionalista e autoritária, que levava a apelar-se para autoridade e
tradição muito fortes.

5 - EPISTEMOLOGIA OTIMISTA.

Há duas grandes correntes na Epistemologia otimista, das quais deriva a
Ciência moderna:

empiricismo clássico


racionalismo clássico


5.1 - O Empiricismo Clássico

O Empiricismo, que teve os seus marcos em Bacon (1561-1626) e Locke
(1632-1704), preconiza a interpretatio naturae, i. e., ler no livro da
Natureza, sem pré-julgamentos, sem preconceitos, desde que os preconceitos,
são a fonte da ignorância. Não é a Razão, mas a Experiência, a verdadeira
fonte do conhecimento. A Epistemologia otimista substituiu Deus pela
Natureza e provocou a maior revolução da mente humana por desafiar o
autoritarismo. Em compensação gerou outro tipo de autoritarismo, a
autoridade dos sentidos.

Se o pessimismo epistemológico tinha que apelar para tradição e autoridade
fortes, no empiricismo as autoridades são os sentidos e a Natureza, pois o
conhecimento se obtém pela observação. É um método antiautoritário e
antitradicionalista, que rompeu com o tradicionalismo autoritário, i.e., o
pessimismo epistemológico e levou ao otimismo epistemológico.

Pelo método indutivo parte-se de observações isoladas para o estabelecimento
de generalizações. Daí, antecipatio naturae ser o método correto,
antecipatio mentis, o errado. No argumento extremo é o conhecimento derivado
da observação não adulterada pela teoria. Contudo, somente observar é um
absurdo, pois toda observação envolve a interpretação à luz do conhecimento
prévio, teórico. Quando se observa, observa-se num contexto de expectações
sendo desnecessária, mas não absurda, a idéia de "expectações congênitas",
por existirem reações e respostas congênitas: a expectação de sempre se
encontrar regularidades na Natureza. O achado de irregularidades representa
a observação resultante da expectação de encontrar-se regularidades, uma
forma de "hipótese congênita".

Contra o Método Indutivo, Hume (1711-1766) argüiu não haver lógica válida
nos argumentos baseados em circunstâncias que não foram efetivamente
observadas. Mesmo após verificações repetidas, como ensinou ele, nenhuma
regra pode garantir que uma generalização inferida de observações isoladas
seja verdadeira.

5.2 - O Racionalismo Clássico

O Racionalismo é representado por Descartes (1596-1650), Spinoza
(1632-1677), Leibniz (1646-1716), propondo a autoridade do intelecto, a
autoridade da mente (interpretatio mentis), sem antecipação, pré-julgamento,
preconceito. Purgar a mente. Essa é uma linha igualmente antiarbitrária.


Descartes partiu dos conceitos mecanicistas de Galileu, propondo-se a
generalizar o Método Matemático-Dedutivo e, assim, estabelecer um quadro
geral da Natureza, a partir do qual se interpretariam as observações
singulares. O particular é interpretado como derivação do geral. É o primado
da mente, o antecipatio mentis. No Racionalismo parte-se de uma
generalização, i.e., de uma teoria, seguida do teste da observação.

O que vem primeiro, a observação ou a teorização ? À primeira vista parece
que é a observação: observam-se fatos. Depois se colecionam os fatos e
chega-se a uma teoria. Mas isso seria o Empiricismo Clássico, que o
Racionalismo considera falso, portanto, a teorização vem primeiro e sempre
surge de uma situação problema.

Como o Empiricismo, o Racionalismo Clássico, é antiautoritário e
antitradicionalista. A premissa básica cartesiana é de que se deve duvidar
de tudo, mas a dúvida absoluta levaria à negação de Deus, portanto, a
Verdade absoluta deve ter um limite, que é Deus.

Apesar de tão grandes diferenças, e até atitudes opostas, há muito em comum
entre o Empiricismo e o Racionalismo clássicos, pois ambos pertencem à
Epistemologia otimista que, como já vimos, considera que a Verdade é
accessível a qualquer ser humano. Para Bacon saber é poder. O homem é livre
pelo que sabe.

5.3 Crítica a Epistemologia Otimista.

Quais, então, os pontos fracos do otimismo epistemológico, que levou os
modernos pensadores a descartá-lo? Foi o fato de que a Verdade não é
manifesta, há que busca-la. Na observação do dia pode-se ver que a cada
manhã o Sol nasce e gira em torno da Terra. Foi assim que se viu durante
séculos, sendo a teoria geocêntrica comprovável pela observação pura e
simples. Levamos um longo tempo para juntar observações mais acuradas para
que viéssemos à Teoria Heliocêntrica.

Além disso, Bacon, nem Descartes, livraram-se da autoridade pois, sendo
homens religiosos, não se atreveram, a libertar-se dessa situação: a
autoridade divina ou da Natureza eram as fontes últimas da Verdade. No
Empiricismo apelou-se para a autoridade dos sentidos, no Racionalismo para a
autoridade do intelecto, i.e., uma autoridade foi substituída por outra. Por
outro lado, se respeitarmos a Verdade, estaremos admitindo a falibilidade
humana, levando-nos à tolerância e à liberdade políticas.

Há de considerar-se que se rejeitarmos a autoridade de modo absoluto, a
Ciência teria que recomeçar sempre, de novo. É evidente que não se pode
deixar de utilizar o conhecimento acumulado, o que nos leva, mais uma vez,
ao problema da autoridade.

A solução para o dilema já havia sido dada na Grécia Antiga. Xenóphanes,
Demócrito e Sócrates, mostraram que todos podemos errar e que a idéia do
erro deve estar sempre presente. Para Popper, Bacon e Descartes, não
chegaram a essa solução, provavelmente pelo receio de que isso resultasse
no subjetivismo e na arbitrariedade. Essa é a raiz do Racionalismo Crítico,
que viria a ser desenvolvido principalmente por Popper e a Escola de Viena.

6 - O RACIONALISMO CRÍTICO

Se rejeitamos o Empiricismo e o Racionalismo clássicos, como ficamos?
Teremos que descobrir quais são as fontes do nosso conhecimento. Popper dá a
resposta: todas, mas nenhuma tem autoridade absoluta.

Quais as fontes por onde baseou a sua afirmação ? Popper substitui essa
pergunta por outra: como faremos para detectar e eliminar o erro?. Responde
que é pela critica as teorias.

O Racionalismo Critico é semelhante ao Principio da Autonomia de Kant, um
principio ético que estabelece que não devemos aceitar o comando de uma
autoridade, pois cabe a nós próprios julgar criticamente se é moral ou
imoral obedecê-la. A autoridade pode até ter o poder de obrigar à
obediência deixando-nos impotentes para resisti-la porém, se temos e poder
de escolha, a responsabilidade final é nossa e somente nossa.

À pergunta "como sabe? quais são as fontes do seu conhecimento?", Popper
responde especificando as fontes, mas certo de que nenhuma delas tem a
autoridade "não me incomodo com as fontes de onde vieram; as suas origens
têm pouco a ver com a Verdade mas, se alguém está interessado no problema
poderá ajudar-me criticando-a tão severamente quanto puder; e se souber de
algum teste que possa refutar a minha assertiva, darei o melhor da minha
capacidade para esse objetivo". Em outras palavras, a pergunta certa seria
"como poderemos detectar e eliminar o erro?"

Há que conferir o fato. Não há como rastrear a fonte em si, pois isso
levaria à regressão ao infinito, o que é a mesma coisa que recomeçar de
novo, sempre.

Para Levi, buscando a verdade, o cientista deve afastar seus preconceitos
pessoais. Mesmo seus pontos de vista morais e os interesses da sociedade ou
grupo a que vive, não devem influenciar suas conclusões. Ele deve manter a
neutralidade em questões de valor, isso quer dizer que, definido o problema,
a neutralidade frente ao valor exige que determine qual das respostas
possíveis é correta, com base na evidencia de que dispõe. Ainda, o cientista
não recusa, nem aceita proposições: ele indica até que ponto a evidencia
existente confirma ou refuta a hipótese.

Para o Racionalismo Crítico, diz Popper: 1) não existem fontes últimas do
conhecimento, todas estão abertas à crítica, o importante é que a assertiva
esteja em concordância com os fatos; 2) todos os argumentos são relevantes;
3) a tradição é a fonte mais importante do conhecimento, o que significa que
o antitradicionalismo é fútil, mas não se pode voltar ao tradicionalismo,
pois todo e qualquer conhecimento está aberto à crítica; 4) os novos
conhecimentos consistem principalmente em modificações de conhecimentos
prévios; 6) tanto as epistemologias pessimistas, quanto as otimistas, são
errôneas; 7) nem a observação, tampouco a razão, são autoridades por si
mesmas; 8) a intuição e a imaginação são importantes, mas não são confiáveis

6.1 - Requisitos do Racionalismo Crítico para a veracidade de uma Teoria: o
problema da demarcação.

Chegamos, assim, ao problema da demarcação: demarcação entre o que é teoria
ou hipótese científica e a que não é, v.g., o que é Ciência e o que não é
Ciência.

No Racionalismo Crítico uma teoria é tomada como verdadeira quando:

1) contém assertivas resultantes de predições arriscadas.

2) contém assertivas que implicam em proibições.

3) uma teoria irrefutável não é científica.

Disso resulta que devemos sempre tentar falsear a teoria (falseabilidade,
refutabilidade) o que nos leva a caracterizar teorias de grande prestígio,
como a Psicanálise e o Marxismo, como não-científicas pois, pelo seu alto
poder explanatório, são irrefutáveis. Essas teorias violam os princípios
básicos da refutabilidade, acima enunciados, i.e., não contém assertivas
resultantes de predições arriscadas; não contêm assertivas que impliquem em
proibições. Em outras palavras, a Psicanálise e o Marxismo explicam tudo,
dão todas as respostas.

Entretanto, para consolo dos nossos queridos psicanalistas e marxistas,
devemos considerar, três premissas fundamentais para o Racionalismo Crítico:

1) a de que uma teoria por ser rigorosamente científica, não é
necessariamente verdadeira;

2) o de que uma teoria, por não ser científica, não é necessariamente falsa.

3) todas as teorias permanecem para sempre como tentativas, conjeturas,
hipóteses. De acordo com Kelvin as teorias são uma série infinita de
aproximações da Verdade.


7. FONTES

Bronowski, J: The Common Sense of Science. Vintage Books, New York, sem data
da edição, p 128-9

Feyerabend, Paul: Contra o Método. Octanny S. Mota e Leônidas Hegenberg,
tradutores. Livraria Francisco Alves Ed., Rio de Janeiro, 1977

Henkin, Leon: Verdade e Demonstrabilidade. Leônidas Hegenberg e Octavio
Silveira da Mota, tradutores. In Filosofia da Ciência, Coletânea. Editora
Cultrix, São Paulo, 1967, p 57.

Hessen, Johannes: Teoria do Conhecimento. Antonio Correia, tradutor. Armênio
Amado, Editor. Coimbra, 1970.

Höffding, Harald: A History of Modern Philosophy. Dover, New York, 1955.

Hume, David: An Inquiry concerning human understanding. Bobbs-Merrill, New
York, re-edição da obra publicada em 1739-40.

Levi, Isaac: Utilidade e Condições de Aceitação de Hipóteses. Leônidas
Hegenberg e Octavio Silveira da Mota, tradutores. In Filosofia da Ciência,
Coletânea. Editora Cultrix, São Paulo, 1967, p. 37.

Lloyd, G. E. R.: Early Greek Science: Thales to Aristotle. Norton, New York,
1970.

Margenau, Henry: Meaning and scientific status of causality. In Philosophy
of Science,Arthur Danto e Sidney Mongenbesser, editores. Word Publishing,
New York, 1960. p. 435.

Nagel, Ernest: Ciência, Natureza e Objetivo. Leônidas Hegenberg e Octavio
Silveira da Mota, tradutores. In Filosofia da Ciência, Coletânea. Editora
Cultrix, São Paulo, 1967, p. 13.

Popper, Karl R.: Conjectures and Refutations. The Growth of Scientific
Knowledge, Harper, New York, 1965.

Popper, Karl R.: The Logic of Scientific Discovery. Harper & Row, New York,
1968.

Quine, Willard van Orman: Elementary Logic. Harvard University Press, 1966.

Quine, Willard van Orman: Method of Logic. Routledge & Keagan, Londres,
1974.

Russell, Bertrand: The Scientific Outlook. Norton, New York, 1959, p 58.

Schlegel, Richard: Inquiry into Science. Its Domains and limits. Anchor
Books, New York, 1972, p. 7, 19.

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Revista Com Ciência - divulgação científica
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 16/05/2001 07:54

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> --- In ciencialist@y..., Sergio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> > O conhecimento....alguem sabe o que e' o conhecimento ? :-))
>
> Bem, eu *nao* sei o q. eh o conhecimento. Mas estava pensando um pouco
> descomprimissadamente sobre isso. Cheguei a um conceito/definicao de
> conhecimento q. nem de longe eh a usual pelo q. percebi do pouco q. li a
> respeito de teorias epistemologicas.
>
> A minha proposta eh considerar o conhecimento (pelo menos para alguns
> objetivos) como simplesmente o conjunto de informacoes recuperaveis em um
> dado sistema: seja um cerebro, um computador o q. for.
>

Gostei da sua definicao mas gostaria de objetar alguns porens :
O q significaria recuperaveis em um dado sistema?
Veja que apenas eu consigo recuperar o q esta em meu cerebro nao obstante
eu concordo q dependendo da tecnologia isso pode ser possivel por outros
meios.

Mas pensando nesta linha veja - tudo apresenta informacoes recuperaveis
Numa arvore existe uma certa qtdade de folhas que pode ser recuperavel ( contada ) ;
debaixo da sola de meu sapato tbem existe um certo numero de graos de areia e
portanto tem conhecimento armazenado ! :-)

Ou seja tudo que eh fisico , segundo esta definicao, armazena conhecimento
ateh minha sola suja de sapato.

E se vc mudasse a definicao para : informacoes recuperaveis que foram
previamente "gravadas" com a *intencao* de poderem ser recuperadas ?

Bom, neste caso o q existe no cerebro nao seria conhecimento pois muitas vezes
nao temos a intencao de guardar determinadas informacoes e mesmo assim
, independente de nossa vontade, ela eh armazenada ...

E quando a informacao eh falsa? Ela eh um conhecimento tambem ?
Se um louco escreve que no centro da terra mora um elefante cor de rosa
isso eh conhecimento ?
Digamos q nossas teorias fisicas, apesar de uteis, sejam falsas no sentido
matematico do termo ou seja sao aproximacoes de uma teoria ainda nao descoberta
( talvez teoria M2 sucessora da teoria M ). Entao nossas teorias fisicas
sao falsas assim como as leis de Newton tambem o sao e assim como o elefante
cor de rosa tambem nao habita *exatamente* o centro da terra e nem eh tao
cor de rosa , ele habita a africa e eh marrom mas isso eh apenas um erro de
aproximacao em relacao ao centro da terra e a cor real do elefante ....

[]s
jocax
PS: mas de qqr modo gostei da teoria

>
> E definir informacao, mais ou menos baseado em Shannon, como qq dado q.
> diminua as incertezas sobre o mundo.
>
> Claro q. nessa definicao a caracteristica informacional de um dado depende
> do contexto. Mas isso nao chega a ser um problema, ja' q. o conceito de
> energia livre tbm o eh.
>
> Por exemplo, num jogo de adivinhacao de cartas a ordem de revelacao das
> pistas nao altera o resultado final, mas altera a quantidade de informacao
> de cada pista.
>
> Por exemplo: dizer nesta ordem q. a carta eh vermelha, copas, impar e sete
> ou dizer q. a carta eh sete, copas, vermelha e impar.
>
> No primeiro caso 'vermelha' possui um bit de informacao (ja' q. reduz as
> possibilidades 'a metade), 'copas' tbm possui um bit, 'impar' 0,89 bit e
> 'sete' 2,8 bits.
>
> No segundo caso: 'sete' tem 3,7 bits; 'copas', 2 bits, 'vermelha' e
> 'impar' tem zero bit.
>
> Nos dois casos a soma eh de cerca de 5,7 bits, i.e., ln(1/52)/ln(0,5) -- a
> diferenca eh pelo arredondamento das contas.
>
> Nao sei q. licao tirar disso. Admitindo-se a adequacao da minha definicao
> de conhecimento: nos dois casos, ao final o conhecimento final eh o mesmo
> -- a quantidade de informacao eh a mesma. Mas a quantidade de informacao
> de cada dado em particular eh alterado de acordo com o contexto -- aqui
> tive uma certa surpresa, embora no fundo seja banal, mas eu nao tinha
> antecipado isso: o contexto nao se refere apenas ao conjunto de
> informacoes de modo estatico e independente do tempo, mas tbm na ordenacao
> temporal. (Um santista q. soubesse de antemao qual o resultado do jogo
> certamente nao iria se dar ao trabalho de subir a serra pra ir ao pacaembu
> em pleno dia das maes, com chuva e frio.)
>
> Podemos considerar no segundo caso os dados: 'vermelha' e 'impar' como
> redundantes -- posto q. acrescentam zero bit de informacao. Mas no
> primeiro caso, nao. Tvz a analise de redundancia do conhecimento possa se
> complicar um pouco.
>
> Digamos q. a evolucao do conhecimento tenha se dado pelo caminho um. Nao
> podemos negar a importancia do valor dos dados 'vermelha' e 'impar' -- tvz
> tenha ateh nos guiado em nossas apostas (ou investimentos em pesquisas).
> Mas uma vez obtido os dados: 'sete' e 'copas', os dados anteriores
> tornam-se redundantes: ja' q. apenas com o naipe e o valor podemos definir
> uma carta do baralho (e a partir disso deduzir naturalmente a cor e a
> paridade).
>
> O q. isso quer nos dizer, alem de q. eu estou com o tempo demasiadamente
> mal empregado?
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/05/2001 08:22

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
>
> > A minha proposta eh considerar o conhecimento (pelo menos para
alguns
> > objetivos) como simplesmente o conjunto de informacoes
recuperaveis em um
> > dado sistema: seja um cerebro, um computador o q. for.
>
> O problema com essa definição é que é possivel comprimir determinada
> informação. Acho que neste aspecto o exemplo que eu dei de Pi é
> excelente. Pi tem um número infinito de casas decimais e no entanto
> pode ser representado por um algoritmo e todos os algoritmos podem
> ser representados por uma sequencia finita de zeros e uns. Então,
qual
> é a quantidade de informação contida em Pi?

*Acredito* que a qtdade de informacao contida numa efinicao / sentenca
/ fato ou qqr outra coisa dependa do sistema de codificacao que
esta informacao esta baseada. Isso significa que a qtdade de
informacao ( bits ) eh relativo aa base de codificacao desta
informacao:

Considere o lado *cara* de uma dada moeda.

Qtos bits de informcao sao necessarios para armazenar esta informacao?

Normamente vc diria 1 bit ( 0= cara 1= coroa ) mas, e se esta moeda
faz parte de um conjunto de 11 moedas ?
Entao, para representar o lado cara desta moeda eu precisarei de
uma informacao extra para representar qual eh a moeda ( 4 bits ) e
mais um bit para representar o lado da moeda. Portanto 5 bits
dentro deste contexto.

A base de informacao mudou pq mudou o contexto na qual a moeda
estava. Se aumentarmos o numero de moedas ou diminuirmos o
numero de bits para representar "cara" naquela moeda tambem vai mudar.

Considere outro exemplo : Seja uma base de conhecimento com
3 valores possiveis : { 0, 1 , pi }
Qtos bits teremos q usar para representar pi ?
Neste sistema podemos representar pi com apenas 2 bits
( 00= 0 ; 01 = 1 ; 10= pi }

[]s
jocax


>
> Aparentemente é impossivel distinguir a informação do processo de
> descodificação dessa informação. Ou seja, apesar de Pi estar contido
> no algoritmo, determinar as casas decimais de Pi envolve um
> processo de calculo infinito e por isso, de uma determinada
perspectiva
> a informação contida em Pi é infinita mas noutra não.
>
> É interessante que o algoritmo de Pi não nos diz a nós humanos nada
> sobre a milésima casa decimal de Pi, mas essa informação está lá
> codificada. Se calhar é porque não há nada de especial acerca desta
> casa decimal. Se ela for "9" faz alguma diferença para alguém?
>
> Assim, a informação contida neste texto não é só o número de bits
> que podem ser contados mas é muito mais que isso. O tempo que ela
> demora a descodificar pelo cerebro do leitor também tem que ser
> contabilizado.
>
>
> --
> joão
> http://www.nonio.com
> http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/05/2001 10:43

Pessoal,

Esse assunto é bastante importante e representa muito
de minha principal área de preocupação, que é Inteligência
Artificial. Já adianto que meus conceitos sobre isso não
são nada ortodoxos, são até mesmo contrários ao que a
literatura usual define, mas estou preparado para defender
minha posição.

Informação
Há duas teorizações disponíveis, a de Shannon e Weaver e
a AIT (Algorithmic Information Theory), de Chaitin e
Kolmogorov, se bem que esta última esteja mais preocupada
com a questão da complexidade da informação. Gosto muito
da Teoria da Informação de Shannon, mas há certas coisas
que ficam claras só com a AIT. Por exemplo, o conteúdo
informacional do número PI é imenso, quando visto sob a
ótica de Shannon, mas é muito pequeno, de acordo com a AIT.
Há diversos princípios em inteligência de máquina que
usam as idéias da AIT.

Livros
Este é o ponto chave: livros, revistas, mensagens em listas de
discussão, nada disso tem conhecimento. Conhecimento não
é o registro explícito e passivo de dados, isso é apenas
informação. Qualquer livro só tem informação, pois precisa
de um agente inteligente para decodificá-la. Quem pegar o
livro "Notes on Quantum Mechanics" do Enrico Fermi (edição
MIR) vai notar a coisa: metade do livro são notas de aula
do Fermi, manuscritas em inglês. A outra metade é russo.
Ilegível para quem não domina o idioma. Portanto, só tem
informação, já que precisa de um intérprete inteligente
para fazer sentido.

Conhecimento
É aquilo que está relacionado à *posse* de informação por um
*agente* (organismo) que tenha intenção e *potencial* para ação.
Não dá para definir conhecimento fora desse organismo com
potencialidade para utilizá-lo. Livro não tem conhecimento,
porque o livro não sabe (ou não tem) como agir no mundo para
usar a informação de que dispõe. Computadores tem conhecimento
extremamente limitado, e apenas em pouquíssimas áreas. Um
computador, por exemplo, "sabe" como controlar
um disco rígido e manipular informação do diretório para
localizar um arquivo (esse conhecimento foi colocado lá por
nós, e não pelo próprio computador; portanto o computador tem
conhecimento de discos rígidos, mas ele não é inteligente).

Inteligência
Ter muito conhecimento não é "evidência" suficiente para falar
que o organismo seja inteligente. Um autista pode decorar um
livro de mecânica quântica e ser capaz de recuperar qualquer
informação desse livro, de memória. Mas ele não é inteligente,
no sentido usual da palavra. Ser inteligente é ter a habilidade
de *gerar* conhecimento. Por isso, um bebê humano é inteligente,
muito mais do que um chimpanzé adulto.

O fungo "penicillium notatum" pode usar o seu efeito antibiótico
para melhorar sua chance de sobrevivência. Isto é "quase" um
tipo de conhecimento, pois fica dificil perceber intencionalidade
para ação aqui. No entanto, Alexander Fleming foi capaz de identificar
essa característica e dessa forma ele *gerou* conhecimento que
o permitiu aplicar a sua descoberta na resolução de novos
problemas. Ele foi inteligente, o fungo não.

Essas definições, por mais anti-establishment que possam parecer,
são fundamentais para que se possa reconsiderar o que é um
organismo inteligente. A área de Artificial Intelligence vem
se debatendo com esses conceitos há pelo menos 45 anos, e talvez
a razão dos insucessos seja justamente o ponto de partida: se
dissermos a uma máquina o que ela deve fazer ou de que forma
deverá responder a cada consulta, não é a máquina que será
inteligente, seremos (novamente), nós humanos.

Até mais,
Sergio Navega.




-----Original Message-----
From: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
To: ciencialist@yahoogroups.com <ciencialist@yahoogroups.com>
Date: Terça-feira, 15 de Maio de 2001 20:03
Subject: [ciencialist] Re: Conhecimento


--- In ciencialist@y..., Sergio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> O conhecimento....alguem sabe o que e' o conhecimento ? :-))

Bem, eu *nao* sei o q. eh o conhecimento. Mas estava pensando um pouco
descomprimissadamente sobre isso. Cheguei a um conceito/definicao de
conhecimento q. nem de longe eh a usual pelo q. percebi do pouco q. li a
respeito de teorias epistemologicas.

A minha proposta eh considerar o conhecimento (pelo menos para alguns
objetivos) como simplesmente o conjunto de informacoes recuperaveis em um
dado sistema: seja um cerebro, um computador o q. for.

E definir informacao, mais ou menos baseado em Shannon, como qq dado q.
diminua as incertezas sobre o mundo.

Claro q. nessa definicao a caracteristica informacional de um dado depende
do contexto. Mas isso nao chega a ser um problema, ja' q. o conceito de
energia livre tbm o eh.

Por exemplo, num jogo de adivinhacao de cartas a ordem de revelacao das
pistas nao altera o resultado final, mas altera a quantidade de informacao
de cada pista.

Por exemplo: dizer nesta ordem q. a carta eh vermelha, copas, impar e sete
ou dizer q. a carta eh sete, copas, vermelha e impar.

No primeiro caso 'vermelha' possui um bit de informacao (ja' q. reduz as
possibilidades 'a metade), 'copas' tbm possui um bit, 'impar' 0,89 bit e
'sete' 2,8 bits.

No segundo caso: 'sete' tem 3,7 bits; 'copas', 2 bits, 'vermelha' e
'impar' tem zero bit.

Nos dois casos a soma eh de cerca de 5,7 bits, i.e., ln(1/52)/ln(0,5) -- a
diferenca eh pelo arredondamento das contas.

Nao sei q. licao tirar disso. Admitindo-se a adequacao da minha definicao
de conhecimento: nos dois casos, ao final o conhecimento final eh o mesmo
-- a quantidade de informacao eh a mesma. Mas a quantidade de informacao
de cada dado em particular eh alterado de acordo com o contexto -- aqui
tive uma certa surpresa, embora no fundo seja banal, mas eu nao tinha
antecipado isso: o contexto nao se refere apenas ao conjunto de
informacoes de modo estatico e independente do tempo, mas tbm na ordenacao
temporal. (Um santista q. soubesse de antemao qual o resultado do jogo
certamente nao iria se dar ao trabalho de subir a serra pra ir ao pacaembu
em pleno dia das maes, com chuva e frio.)

Podemos considerar no segundo caso os dados: 'vermelha' e 'impar' como
redundantes -- posto q. acrescentam zero bit de informacao. Mas no
primeiro caso, nao. Tvz a analise de redundancia do conhecimento possa se
complicar um pouco.

Digamos q. a evolucao do conhecimento tenha se dado pelo caminho um. Nao
podemos negar a importancia do valor dos dados 'vermelha' e 'impar' -- tvz
tenha ateh nos guiado em nossas apostas (ou investimentos em pesquisas).
Mas uma vez obtido os dados: 'sete' e 'copas', os dados anteriores
tornam-se redundantes: ja' q. apenas com o naipe e o valor podemos definir
uma carta do baralho (e a partir disso deduzir naturalmente a cor e a
paridade).

O q. isso quer nos dizer, alem de q. eu estou com o tempo demasiadamente
mal empregado?

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/05/2001 12:19

Sergio Navega wrote:

>
> Informação
> Há duas teorizações disponíveis, a de Shannon e Weaver e
> a AIT (Algorithmic Information Theory), de Chaitin e
> Kolmogorov, se bem que esta última esteja mais preocupada
> com a questão da complexidade da informação. Gosto muito
> da Teoria da Informação de Shannon, mas há certas coisas
> que ficam claras só com a AIT. Por exemplo, o conteúdo
> informacional do número PI é imenso, quando visto sob a
> ótica de Shannon, mas é muito pequeno, de acordo com a AIT.
> Há diversos princípios em inteligência de máquina que
> usam as idéias da AIT.
>

Segundo Jocax o numero pi pode trazer muita ou pouca informacao
dependendo do que se queira fazer com ele. Ele tambem pode ser
representado com muitos bits ou com poucos dependendo da base de
conhecimento.



>
> Livros
> Este é o ponto chave: livros, revistas, mensagens em listas de
> discussão, nada disso tem conhecimento. Conhecimento não
> é o registro explícito e passivo de dados, isso é apenas
> informação. Qualquer livro só tem informação, pois precisa
> de um agente inteligente para decodificá-la.

Aqui vc atrela a definicao de conhecimento aa de inteligencia.
Ok, pode ser....


>
> Conhecimento
> É aquilo que está relacionado à *posse* de informação por um
> *agente* (organismo) que tenha intenção e *potencial* para ação.
> Não dá para definir conhecimento fora desse organismo com
> potencialidade para utilizá-lo.

O organismo precisa ser vivo ? ( neste caso o conhecimento dependeria
tambem da definicao de vida)
De qqr modo....
O q seria a posse? Uma pessoa com um livro debaixo do braco tem a posse?
Uma pessoa q decorou um livro tem a posse?
Uma ser que entendeu o livro tem a posse? Neste caso o conhecimento depende
da capacidade de entende-lo?
Eu posso saber algo e nao entender este algo .. eu tenho o conhecimento?

O q eh potencial para acao? Digamos, q eu sei que eu saiba que aquela arvore
tem 1000 folhas, o q seria o potencial para a acao neste caso?



> Livro não tem conhecimento,
> porque o livro não sabe (ou não tem) como agir no mundo para
> usar a informação de que dispõe.

Mas muito "conhecimento" que temos jamais sera utilizado para nada
ou nunca saberemos como utiliza-lo , isso significa que nao temos o conhecimento?


> Inteligência
> Ser inteligente é ter a habilidade
> de *gerar* conhecimento. Por isso, um bebê humano é inteligente,
> muito mais do que um chimpanzé adulto.
>

Eu pego uma maquina capaz de contar palavras de um livro ( informacao)
e ela grava num disco este numero ( acao ) entao le isto do disco e
imprime o numero no papel ( utiliza a informacao ).

A maquina eh inteligente? Ela gerou conhecimento ( a informacao que gravou
ela sabe usar para ler e imprimir )

[]s
jocax



SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/05/2001 13:32

Bem, os meus pitacos foram descompromissados, mas vejamos se podemos
salvar alguma coisa dai'.

Nao sou conhecedor intimo das teorias de Shannon, nem de seu
desenvolvimento posterior ou das teorias alternativas; entao a
probabilidade de eu estar falando um bobagem eh bastante gde.

Miranda apontou para a questao da compressibilidade dos dados: bem se um
dado eh comprimivel deve haver informacoes redundantes. Mas como eu tinha
dito e Barcellos reiterou: a qualidade informacional dos dados depende do
contexto. E isso nao considero como embaracoso, na medida em q. a
quantidade de energia em um sistema tbm o eh.

Considere a energia potencial gravitacional de uma bola sobre a mesa. Em
relacao 'a superficie o potencial eh zero. Em relacao ao solo, nao. Ou a
energia cinetica de um carro em movimento -- para o passageiro eh zero,
para o pedestre, nao.

A minha insistencia em comparar informacao com energia eh porq. ambas
podem se ligar pelo conceito de entropia.

deltaS = -k.I.ln2

delta S eh a variacao da entropia em um sistema; k, uma constante; I, a
quantidade de informacao em bits. E a relacao eh negativa: o aumento de
entropia diminui a quantidade de informacao no sistema. I.e., o aumento da
informacao em um sistema se da' pela introducao de energia nesse sistema.

Quando falo em recuperavel eh exatamente a possibilidade de utilizacao
pelo sistema. Novamente comparando com energia. Existe uma especie de
besouro q. se alimenta dos excrementos de cupins. E existe uma outra
especie de besouro q. se alimenta dos excrementos desse outro besouro. A
parte em russo dos textos de Fermi, citado pelo Navega (nao ha' muitos
nomes mais apropriados para a Internet), nessa minha proposta: nao
conteria nem mesmo informacao para quem nao soubesse a lingua de
Dostoievisky e nem dispusesse de mecanismos de traducao. Em termos
nutricionais, o excremento do primeiro besouro nao representa nenhum ganho
pros cupins, mas o segundo besouro possui meios de recuperar a energia ali
contida.

A bola sobre a mesa nao possui energia potencial gravitacional em relacao
'a superficie. Mas lancando-a ao chao eh capaz de realizar trabalho nessa
superficie: digamos q. houvesse um fio ligando a bola a uma caixa --
durante a queda ela ira' arrastar a caixa.

Nessa linha: o conteudo de informacao de PI poderia ser ate' zero. No
contexto de uma discussao sobre se a Danca do Tigrao eh ou nao uma
manifestacao legitima da arte popular, o valor de PI com qq precisao seria
nula como informacao.

Shannon tbm definia a questao da informacao no contexto da comunicacao e a
comunicacao como interacao entre mentes. Navega e Barcellos tbm chamam a
atencao para a questao da intencionalidade. A vantagem potencial -- caso o
meu ponto de vista possa ser mantido -- eh justamente a eliminacao (ou
circunscricao -- nao estou certo de q. a eliminacao ocorra) da necessidade
de questionamentos sobre intencao, planejamento, necessidade, mente ou
subjetividades. Se, em um certo contexto, o dado diminui o grau de
liberdade do sistema eh informacao nesse contexto.

Em relacao 'a falsidade de um dado, minha primeira resposta seria q. se
ele eh falso nao estaria contribuindo para a diminuicao da incerteza sobre
o mundo. Mas a questao, parece-me, seria novamente de contexto. A
introducao da informacao de q. o dado em questao eh falso, muda o
contexto.

Voltemos 'aquele experimento dos bombons. Quem sorteou tinha 100% de
certeza sobre o resultado desde o inicio. Para os demais a probabilidade
de ganho era de 33%. Depois do suborno achocolatado, o corruptor -- se
houvesse analisado bem a questao -- saberia q. as suas chances eram de 33%
e a do outro de 66%. Para os outros dois continuava sendo de 33% para cada
um. Nao existe contradicao nisso. Os sistemas sao diferentes e o contexto
eh diferente.

Agora digamos q. quem sorteou trapaceou e entregou o bombom a quem foi
sorteado. Para o corruptor isso seria uma informacao. Mas depois da
revelacao, veria q. o dado nao prestava.

Do mesmo modo como um dado q. era informacao nas cartas: 'vermelha' --
deixava de possuir conteudo informacional com a informacao 'copas'; o dado
falso perde seu conteudo informacional ao ser revelado falso por outro
dado.

Ok, fiz algumas voltas e nao sei se isso foi minimamente convincente.
Assumo apenas o compromisso retorico com essa especulacao.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: O que e' cincia - artigo de Adonis de Carvalho
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/05/2001 13:42

Belisario,

parece bem interessante. Tenho certeza q. o Alberto tera' uma ou duas
coisas a dizer sobre isso. Se eh q. ele tem acompanhado a lista.

Eu so' fico meio encucado com a enfase q. se faz com a questao da
linguagem...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Apagao
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/05/2001 14:13

Ja' q. estamos falando de informacao, palavras ao nosso colega Roberto
Belisario:

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc05072000.htm#ofjor05

(Notem a data: julho de 2000)

18% de probabilidade de deficit maior do q. 5% na regiao Sudeste, o q.
equivale 'as previsoes de 4 horas diarias sem energia.

Desconfio q. a se confirmar o racionamento de energia eletrica aumentem os
casos de incendio (e com racionamento de agua tbm a coisa pode ficar
complicada), alguem ira' morrer intoxicado por ma' instalacao de gerador e
aquecedores a gas. Bem, so' exercicio de futurologia macabra...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/05/2001 16:52

From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
>Sergio Navega wrote:
>
>>
>> Informação
>> Há duas teorizações disponíveis, a de Shannon e Weaver e
>> a AIT (Algorithmic Information Theory), de Chaitin e
>> Kolmogorov, se bem que esta última esteja mais preocupada
>> com a questão da complexidade da informação. Gosto muito
>> da Teoria da Informação de Shannon, mas há certas coisas
>> que ficam claras só com a AIT. Por exemplo, o conteúdo
>> informacional do número PI é imenso, quando visto sob a
>> ótica de Shannon, mas é muito pequeno, de acordo com a AIT.
>> Há diversos princípios em inteligência de máquina que
>> usam as idéias da AIT.
>>
>
>Segundo Jocax o numero pi pode trazer muita ou pouca informacao
>dependendo do que se queira fazer com ele. Ele tambem pode ser
>representado com muitos bits ou com poucos dependendo da base de
>conhecimento.
>

Se Pi é representado com muitos bits, está-se usando Shannon.
Se é representado com poucos bits (no caso de PI), então
está-se usando a idéia do AIT. A noção de complexidade de
informação para Chaitin e Kolmogorov está relacionada a um
conceito um pouco estranho: uma sequência de dados qualquer
têm muita complexidade se um programa de computador (escrito
em uma linguagem qualquer) que possa gerá-la é grande (em
tamanho). É estranho, mas Chaitin demonstrou que é um conceito
válido que independe da linguagem de programação usada (embora
dependa do algoritmo usado, por isso esse conceito é indecidível).

Assim, um programinha pequeno é capaz de gerar Pi. Mas para
gerar uma sequência de números aleatórios, o programa praticamente
terá que armazenar a sequência inteira (ou seja, ela é pouco
compressível e por isso muito complexa).

>
>>
>> Livros
>> Este é o ponto chave: livros, revistas, mensagens em listas de
>> discussão, nada disso tem conhecimento. Conhecimento não
>> é o registro explícito e passivo de dados, isso é apenas
>> informação. Qualquer livro só tem informação, pois precisa
>> de um agente inteligente para decodificá-la.
>
>Aqui vc atrela a definicao de conhecimento aa de inteligencia.
>Ok, pode ser....

Provavelmente, todas essas definições se tocam em algum ponto e,
a exemplo do que ocorre em um dicionário, formam imensas cadeias
circulares. Dizem que senso comum (aquilo que nenhum computador
de hoje possui) é o conjunto de noções e conceitos que suportam
as circularidades de um dicionário (é daí que vem a idéia,
furada por sinal, do projeto CYC, um dos mais ambiciosos projetos
de inteligência artificial atuais).

>>
>> Conhecimento
>> É aquilo que está relacionado à *posse* de informação por um
>> *agente* (organismo) que tenha intenção e *potencial* para ação.
>> Não dá para definir conhecimento fora desse organismo com
>> potencialidade para utilizá-lo.
>
>O organismo precisa ser vivo ? ( neste caso o conhecimento dependeria
>tambem da definicao de vida)

Nessa minha forma de ver a questão, o organismo não precisaria
ser vivo, pode ser um artefato mecânico qualquer (a bem da verdade,
a vida biológica pode ser vista como um "artefato mecânico").

Mas suspeito que no dia em que tivermos uma máquina capaz de gerar
conhecimento, acho que boa parte de nós (humanos) irá assignar a
essa máquina a característica de "vida".

>De qqr modo....
>O q seria a posse? Uma pessoa com um livro debaixo do braco tem a posse?
>Uma pessoa q decorou um livro tem a posse?
>Uma ser que entendeu o livro tem a posse? Neste caso o conhecimento depende
>da capacidade de entende-lo?
>Eu posso saber algo e nao entender este algo .. eu tenho o conhecimento?

Em todos esses casos, você tem conhecimento, mas a não ser que seja
capaz de usar esse conhecimento fora da "regra codificada" original,
não terá inteligência. Saber algo implica apenas em poder recitar
mecanicamente esse algo. Entender algo significa poder justificar,
argumentar, explicar esse algo. Em um nível mais elevado ainda,
significaria "incorporar" esse algo de forma a poder resolver
problemas novos através de reuso, analogia e adaptação de conhecimentos
já existentes.

>
>O q eh potencial para acao? Digamos, q eu sei que eu saiba que aquela
arvore
>tem 1000 folhas, o q seria o potencial para a acao neste caso?
>

Você tem em mãos o seguinte problema: você precisa fazer 15
travesseiros de folha de árvore (sorry...) e você só tem uma
árvore. Cada travesseiro precisa de cerca de 100 folhas. Saberá
(de forma dedutiva) usar o conhecimento para procurar por outra
árvore, pois vai precisar de duas pelo menos. Você tem potencial
para agir no mundo e, usando aquilo que sabe, resolver o problema.

Um computador, programado para resolver este tipo de problema,
pode ser dito como tendo conhecimento, pois terá potencial para
a ação. Mas ele não será inteligente, a não ser que descubra por
si mesmo (aprenda) as noções importantes deste problema e use
essas noções criativamente para resolver novos problemas.

>
>> Livro não tem conhecimento,
>> porque o livro não sabe (ou não tem) como agir no mundo para
>> usar a informação de que dispõe.
>
>Mas muito "conhecimento" que temos jamais sera utilizado para nada
>ou nunca saberemos como utiliza-lo , isso significa que nao temos o
conhecimento?
>

Por isso que falei em *potencial* para ação. Não significa que iremos
usar. É mais ou menos aquela pergunta que nossos filhos fazem: papai,
porque é que preciso saber resolver equações do segundo grau se vou
ser uma escritora de novelas? Ora, aprender isso serve para que se
possa compreender e exercitar a natureza do raciocínio dedutivo e
se possa perceber certos "padrões de raciocínio" associados a isso
e usá-os em domínios diferentes do conhecimento original (por
exemplo, para montar uma estória interessante como "O Sexto Sentido").

>
>> Inteligência
>> Ser inteligente é ter a habilidade
>> de *gerar* conhecimento. Por isso, um bebê humano é inteligente,
>> muito mais do que um chimpanzé adulto.
>>
>Eu pego uma maquina capaz de contar palavras de um livro ( informacao)
>e ela grava num disco este numero ( acao ) entao le isto do disco e
> imprime o numero no papel ( utiliza a informacao ).
>
>A maquina eh inteligente? Ela gerou conhecimento ( a informacao que gravou
>ela sabe usar para ler e imprimir )
>

Primeiro, ela não gerou conhecimento porque tanto no original
quanto na cópia impressa o que você tem é somente informação.

Por isso ela não é inteligente. E porque? Porque a sua ação de
copiar do disco para a impressora *independe* daquilo
que ela leu no livro. Pode ser um livro de culinária ou um livro
ensinando a fazer uma bomba atômica. A máquina vai tratar da mesma
forma.

Mas se fosse um computador inteligente, essa máquina poderia
ler o livro (de culinária, por favor...) e inventar um novo prato,
talvez algo mais gostoso do que um bife à parmegiana. Eu compraria
uma máquina assim! (damn, vou ter que fazer uma boquinha...)

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] O que é ciência - artigo de Adonis de Carvalho
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/05/2001 18:08

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisario"
To: "Ciencialist - grupo de discussão" <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, May 15, 2001 10:28 PM
Subject: [ciencialist] O que é ciência - artigo de Adonis de Carvalho

> Oi, pessoal. Não tenho tido tempo de acompanhar o papo sobre
> conhecimento e ciência aqui. Porém, já que o assunto é esse, o que vocês
> acham deste texto (para quem tiver a pachorra de chegar até o fim)?

Olá Belisário. Também ando sem tempo de ler tudo o que se posta aqui mas
ainda estou presente e de olho "noceis". Interessante o artigo do prof.
Adonis, a ponto de me convidar a algumas reflexões abaixo reproduzidas.

> A palavra latina significa "conhecimento", mas não caracteriza a Ciência,
> que é melhor definida como o conhecimento ordenado dos fenômenos e das
> suas relações.

Realmente, ciência hoje não é mais sinônimo de conhecimento, se é que foi
algum dia. De qualquer forma, creio que a modernidade, oriunda do
Renascimento, restringiu bastante a ciência. Costumo dizer que a ciência
estuda dos fenômenos que se repetem independentemente de nossa vontade e,
salvo juízo contrário, parece-me haver uma relação íntima entre esta maneira
de conceituar a ciência e aquela apresentada pelo prof. Adonis.

> Devemos considerar que esse conhecimento ordenado,
> sistematizado, é precedido de atos inerentes e essenciais à geração de
> Ciência, como os de catalogação e nomenclatura.

Concordo e vejo estes "atos inerentes e essenciais à geração de Ciência"
dentro do que chamo "Micrométodo Científico". O micrométodo científico seria
o estudo dos princípios que regem a fenomenologia natural, algo situado no
terreno da metafísica e pouco valorizado pela maioria dos cientistas da
atualidade. Dentre esses haveria os princípios da identidade e que costumo
citar como:

1. Se A identifica-se com B, então B identifica-se com A.
2. Dois objetos idênticos a um terceiro, são idênticos entre si.

A "catalogação" referida pelo prof. Adonis é possível, com efeito, graças à
observação desses princípios aceitos "a priori". E não há como falseá-los a
não ser recorrendo a tautologias. Outros princípios tão fundamentais quanto
esses podem ser encontrados em um de meus artigos (A evolução do realismo)
postado em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Relat/EletroRel02.htm

Quanto à "nomenclatura" não há muito o que acrescentar e, em linhas gerais,
concordo com o autor.

> Vale lembrar que a Ciência permite o controle da
> Natureza (Nagel), embora Levi acentue que a Ciência não é uma serva da
> prática, nem com ela se identifica.

A esse respeito costumo citar um pensamento de Carlo Rubbia: "Nós (os
cientistas) somos a primeira etapa do sistema. Uma etapa absolutamente
essencial, mas que é baseada, sobretudo, na falta de um fim específico.
Outras pessoas (os tecnólogos) retomarão o que fizemos, e serão elas que
tornarão as coisas práticas. Sem nós, essas pessoas não existiriam, e nós,
por outro lado, sem elas, não teríamos nenhuma razão de ser." Obs.: Os
termos entre parêntesis não fazem parte do original.

> Ciência é uma atividade totalmente humana, não cabendo o mito de tratar-se
> de uma coisa objetiva em si, independentemente das pessoas.

Interessante esse posicionamento. Parece-me que a maioria dos críticos não
costuma se dar conta disso.

> Cabe também a discussão de se é possível o conhecimento completo de tudo
> que existe na Natureza, que seria o objetivo final da Ciência.

Na minha modesta opinião o cientista deve *sempre* ter uma visão abrangente
e perseguir o conhecimento completo de tudo como um limite, mesmo que este
limite se nos apresente como algo inalcançável. Aliás, é sob esse aspecto
que costumo criticar a postura adotada pela maioria dos físicos modernos que
enclausuraram-se em meio a suas incertezas e/ou indeterminações momentâneas.
A esse respeito, costumo citar Mário Schenberg: "Quando uma coisa começa a
se complicar muito, é sinal que é preciso simplificá-la". Feita essa adenda,
concordo com a opinião do autor a se referir ao objetivo da ciência e não,
propriamente, à postura a ser adotada pelos cientistas.

> No pensamento antigo o Dogmatismo supunha a realidade do contacto entre o
> sujeito e o objeto, uma confiança na Razão humana, não enfraquecida pela
> dúvida. A visão oposta é a do Cepticismo, originário de Pirron de Elis
> (Século IV), que nega a possibilidade desse contacto, pois o conhecimento
> do objeto sofre a influência do sujeito.

Concordo em parte pois que na atualidade nota-se um certo exagero nesta
atitude "céptica". Admite-se hoje, pelo princípio da indeterminação, que
atingimos esse limiar, o que a meu ver retrata uma certa presunção não
devidamente comprovada. Sou céptico quanto a esse "cepticismo" ingênuo. Pois
que retrata apenas uma repugnância à metafísica adotada por indivíduos que,
sem dúvida alguma, criaram uma "nova metafísica".

> Aqui vale o comentário de Sir
> Bertrand Russell de que a Geometria Euclidiana era, para os Gregos, uma
> dedução a priori - como na Lógica formal mas não um produto da
> observação. Lobachevsky em 1929 negou a sua aplicação universal, pois não
> pode ser admitida pelo raciocínio, somente pela observação.

Sem dúvida, mas esta afirmação não deixa de ser um apriorismo. Assim como os
"princípios que regem os fenômenos universais", acima citados. Negue-se os
princípios da identidade e a observação "vai pro brejo".

> Mas essa noção perdeu-se, por muitos séculos, cedendo lugar ao
> autoritarismo como fonte do Conhecimento. Na Idade Média aceitava-se que o
> Conhecimento emanava, em última análise, de Deus; só Ele teria o poder do
> conhecimento e somente Ele a sua fonte.

Que, por sinal, vigora (o autoritarismo) nos tempos atuais. Apenas
substituiu-se Deus pelo consenso e o consenso é gerenciado pelos Cartolas da
Ciência & Tecnologia.

> A Epistemologia otimista se opunha à Epistemologia pessimista,
> reacionária, tradicionalista e autoritária, que levava a apelar-se para
> autoridade e tradição muito fortes.

Pois eu diria que o autoritarismo é tão presente hoje quanto foi nos tempos
da Inquisição. A esse aspecto, diria que o texto do autor está apropriado
para o século XIX, quando realmente a autoridade esteve em baixa. E foi sob
esse clima que formaram-se os grandes cientistas dos séculos XIX e primeira
metade do século XX, um espécime a meu ver em vias de extinção.

> os preconceitos, são a fonte da ignorância.

Assino embaixo.

> É um método antiautoritário e
> antitradicionalista, que rompeu com o tradicionalismo autoritário, i.e., o
> pessimismo epistemológico e levou ao otimismo epistemológico.

Volto a dizer que isso vale para o século XIX. Como o autor é da área de
biológicas, e nesta, especialista em patologia, é possível que ainda não
tenha sentido todo o peso do autoritarismo do século XX, tanto mais intenso
quanto mais básica for a ciência. Aliás, percebe-se isso pela ênfase que dá
à "catalogação e nomenclatura", importantes sem dúvida, porém a serem tão
mais importantes quanto mais próxima da fase inicial estiver a ciência em
pauta.

> Contra o Método Indutivo, Hume (1711-1766) argüiu não haver lógica válida
> nos argumentos baseados em circunstâncias que não foram efetivamente
> observadas. Mesmo após verificações repetidas, como ensinou ele, nenhuma
> regra pode garantir que uma generalização inferida de observações isoladas
> seja verdadeira.

Interessante esse aspecto, ainda que pouco enfatizado nos dias atuais.

> O que vem primeiro, a observação ou a teorização? À primeira vista parece
> que é a observação: observam-se fatos. Depois se colecionam os fatos e
> chega-se a uma teoria. Mas isso seria o Empiricismo Clássico, que o
> Racionalismo considera falso, portanto, a teorização vem primeiro e
> sempre surge de uma situação problema.

Concordo plenamente com o autor, porém diria que o tema é bem mais complexo
e citado assim com poucas palavras pode gerar desconfortos e/ou estimular
picuinhas entre cientistas teóricos e experimentais, uma divisão sem dúvida
alguma sem sentido. Não existem cientistas teóricos e/ou experimentais,
existem apenas cientistas. O cientista, a meu ver, é todo aquele que
*produz* conhecimento científico e não meramente aquele que estuda ciência.
Quando se faz a distinção entre experimentais e teóricos, na realidade está
se referindo àqueles que reproduzem experiências, sem produzir conhecimento,
ou àqueles que estudam teorias, sem produzir novas teorias e/ou
acrescentarem algo de novo às teorias existentes. Estes, a meu ver,
pertencem ao "staff" científico, sem serem propriamente cientistas num
stricto sensu. E são esses que vivem brigando entre si por motivos fúteis.
Quanto ao papel do verdadeiro cientista no laboratório, costumo citar
Popper: "O experimentador não está principalmente empenhado em fazer
observações exatas; seu trabalho é, também, em grande parte, de natureza
teórica. A teoria domina o trabalho experimental, desde o seu planejamento
inicial até os toques finais, no laboratório" (POPPER, K.R., 1959: A Lógica
da Pesquisa Científica, Editora Cultrix, São Paulo, 1975 - trad.).

> Quais, então, os pontos fracos do otimismo epistemológico, que levou os
> modernos pensadores a descartá-lo?

Aqui nota-se a contemporização do autor e deixo então provisoriamente sem
efeito, no sentido de crítica ao trabalho, os comentários feitos acima com
respeito à temporalidade. Aliás, os que me conhecem sabem que vou
respondendo, a mensagens longas, ao mesmo tempo em que saboreio a leitura.
Graças a isso não é raro que modifique minha maneira de pensar à medida que
vou escrevendo.

> No Empiricismo apelou-se para a autoridade dos sentidos, no Racionalismo
> para a autoridade do intelecto, i.e., uma autoridade foi substituída por
> outra. Por outro lado, se respeitarmos a Verdade, estaremos admitindo a
> falibilidade humana, levando-nos à tolerância e à liberdade políticas.

Mas... Qual é o mal em admitir a falibilidade humana? E porque isto nos
levaria à tolerância e à liberdade políticas? Sinceramente não entendi.
Vamos então prosseguir.

> Há de considerar-se que se rejeitarmos a autoridade de modo absoluto, a
> Ciência teria que recomeçar sempre, de novo. É evidente que não se pode
> deixar de utilizar o conhecimento acumulado, o que nos leva, mais uma vez,
> ao problema da autoridade.

Este trecho está muito khuniano para o meu gosto. Sob esse aspecto sou 100%
popperiano e um pouquinho anarquista. Abaixo a autoridade!

> A solução para o dilema já havia sido dada na Grécia Antiga. Xenóphanes,
> Demócrito e Sócrates, mostraram que todos podemos errar e que a idéia do
> erro deve estar sempre presente. Para Popper, Bacon e Descartes, não
> chegaram a essa solução, provavelmente pelo receio de que isso resultasse
> no subjetivismo e na arbitrariedade. Essa é a raiz do Racionalismo
> Crítico, que viria a ser desenvolvido principalmente por Popper e a Escola
> de Viena.

Por Popper, sim, no sentido exposto acima: Abaixo a autoridade! Quanto à
Escola de Viena, tenho minhas dúvidas. Aliás, parece-me que Popper chegou a
ser considerado um dissidente da Escola de Viena, mas deixo esse assunto
para os estudiosos do mesmo.

> Se rejeitamos o Empiricismo e o Racionalismo clássicos, como ficamos?
> Teremos que descobrir quais são as fontes do nosso conhecimento. Popper dá
> a resposta: todas, mas nenhuma tem autoridade absoluta.

É isso aí. Abaixo a autoridade!

> O Racionalismo Critico é semelhante ao Principio da Autonomia de Kant, um
> principio ético que estabelece que não devemos aceitar o comando de uma
> autoridade, pois cabe a nós próprios julgar criticamente se é moral ou
> imoral obedecê-la. A autoridade pode até ter o poder de obrigar à
> obediência deixando-nos impotentes para resisti-la porém, se temos e poder
> de escolha, a responsabilidade final é nossa e somente nossa.

É isso aí. Assino embaixo.
No que se segue evidencia-se que o autor também é um adepto do popperianismo
não-ingênuo. Não há muito o que ser comentado o que, raciocinando-se
"popperianamente", significa dizer que um ano seria pouco para comentarmos
esse pouco a respeito.

> Disso resulta que devemos sempre tentar falsear a teoria (falseabilidade,
> refutabilidade) o que nos leva a caracterizar teorias de grande prestígio,
> como a Psicanálise e o Marxismo, como não-científicas.

A esse respeito discordo de Popper, não quanto à psicanálise e/ou ao
marxismo, pois não sou especialista em nenhuma das duas teorias, mas quanto
ao critério de cientificidade. Exponho minha maneira de pensar em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/artigos/metcien1.htm

Muito bom o artigo do prof. Adonis. Parabéns ao Belisário por nos presentear
com mais este texto.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/05/2001 18:35

Sergio Navega wrote:

>
> >
> >> Inteligência
> >> Ser inteligente é ter a habilidade
> >> de *gerar* conhecimento. Por isso, um bebê humano é inteligente,
> >> muito mais do que um chimpanzé adulto.
> >>
> >Eu pego uma maquina capaz de contar palavras de um livro ( informacao)
> >e ela grava num disco este numero ( acao ) entao le isto do disco e
> > imprime o numero no papel ( utiliza a informacao ).
> >
> >A maquina eh inteligente? Ela gerou conhecimento ( a informacao que gravou
> >ela sabe usar para ler e imprimir )
> >
>
> Primeiro, ela não gerou conhecimento porque tanto no original
> quanto na cópia impressa o que você tem é somente informação.

Veja q a inteligencia , segundo vc disse , eh a habilidade de gerar conhecimento.
E conhecimento eh quando de posse da informacao um organismo
tenha a intencao e potencial para a acao.

No caso a maquina tinha posse da informacao pois armazenou-a em disco
e teve nao soh potencial da acao como usou a informacao registrando
o numero. Ou seja gerou conhecimento que eh o numero de palavras do
livro. Portanto a maquina eh inteligente.

>
> Por isso ela não é inteligente. E porque? Porque a sua ação de
> copiar do disco para a impressora *independe* daquilo
> que ela leu no livro.

Acho q vc nao entendeu ela (maquina ) contou o numero de palavras do livro.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/05/2001 19:44

From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
>Sergio Navega wrote:
>> >
>> >> Inteligência
>> >> Ser inteligente é ter a habilidade
>> >> de *gerar* conhecimento. Por isso, um bebê humano é inteligente,
>> >> muito mais do que um chimpanzé adulto.
>> >>
>> >Eu pego uma maquina capaz de contar palavras de um livro ( informacao)
>> >e ela grava num disco este numero ( acao ) entao le isto do disco e
>> > imprime o numero no papel ( utiliza a informacao ).
>> >
>> >A maquina eh inteligente? Ela gerou conhecimento ( a informacao que
gravou
>> >ela sabe usar para ler e imprimir )
>> >
>>
>> Primeiro, ela não gerou conhecimento porque tanto no original
>> quanto na cópia impressa o que você tem é somente informação.
>
>Veja q a inteligencia , segundo vc disse , eh a habilidade de gerar
conhecimento.
>E conhecimento eh quando de posse da informacao um organismo
>tenha a intencao e potencial para a acao.

Correto, mas obviamente falei em potencial para ação *baseado* na
informação que possui. A ação de quem tem conhecimento tem que
ser *função* dessa informação. Só para dar um exemplo do tipo de
operação que eu consideraria inteligente em uma máquina, veja
este caso que, embora simples e certamente incompleto, já mostra
a raiz da questão:

Suponha que meu computador tivesse um programa inteligente. Suponha
que (para usar a sua sugestão) esse programa pudesse contar o número
de palavras de todo documento Word que eu recebesse atachado via e-mail.

Só fazendo esse cálculo de número de palavras, o programa ainda
não é inteligente. Mas agora digamos que o programa comece a
acompanhar o que eu faço com esse documento. Suas "entradas sensórias"
incluem acesso ao documento e acesso ao destino final dele, após
extração do e-mail. Eu coloco um documento qualquer que recebi
no diretório /D1. Ao receber, em um outro dia, um outro arquivo,
eu coloco no /D2.

Um outro arquivo, vai para o /D1 de novo, depois um outro vai para
o /D3 e assim por diante. Será que há um padrão? É esta a pergunta
que o programa deveria fazer a si mesmo. Ao notar uma regularidade
(um novo documento foi para o diretório /D1, de novo), o programa
estaria começando a conjecturar coisas que fossem invariantes (essa
palavra é chave!).

Então, ele percebe que o destino do documento está, de alguma forma
relacionado ao tamanho (em número de palavras) do documento. Se é
um documento "pequeno" (uma classe que o próprio programa cria,
baseado em métodos que fazem categorização indutiva por exemplares)
então ele vai para o /D1. Se é "médio", vai para o /D2 e se grande,
vai para o /D3.

Ao perceber isso, o programa poderá perguntar para mim se essa sua
"descoberta" está correta ou não (quando ele não tem a quem perguntar,
isto significa que ele deve continuar a acompanhar suas entradas
"sensórias" ou então bolar um experimento para "falsificar" sua
proposta teoria).

O ponto chave aqui é que o programa usou de um modelo que ele
criou indutivamente (através de correlação e categorização) e esse
modelo pôde ser confrontado com suas futuras experiências (novos
arquivos e novos destinos, além de questões "inteligentes" para o
seu "professor humano"). Disso, nasce uma "teoria", um modelo
mental que é uma espécie de predição simplificada do futuro. É isso
que eu chamo de inteligência, a habilidade de poder transformar as
entradas sensórias em categorias que tenham uma certa relevância e
um bom poder preditivo, e também que possam compor modelos coerentes.

Parece o método científico, não é? Pois é o que os cognitivistas
propõe que esteja ocorrendo na mente dos bebês (há um livro
muito bom chamado "The scientist in the crib", de Gopnik, Meltzoff
e Kuhl e outro chamado "The cradle of knowledge", que investigam
a cognição infantil).

Esses modelos são, em última instância, o conhecimento que é gerado
e que faz com que o programa possa *agir* nos futuros arquivos, já
transferindo-os para o diretório correto sem que eu precise fazer nada.
O programa "sabe" o que fazer (principalmente depois de ganhar confiança,
por causa de minha resposta a sua questão) e atua, baseado naquilo
que ele mesmo descobriu. Isto é inteligência, isto é geração de
conhecimento.

Note que eu nunca falei para o programa que ele deveria fazer isso.
Foi ele que percebeu isso, no máximo ele pode me fazer perguntas,
mas foi ele quem acompanhou o nascimento da correlação.

>
>No caso a maquina tinha posse da informacao pois armazenou-a em disco
>e teve nao soh potencial da acao como usou a informacao registrando
>o numero. Ou seja gerou conhecimento que eh o numero de palavras do
>livro. Portanto a maquina eh inteligente.
>
>>
>> Por isso ela não é inteligente. E porque? Porque a sua ação de
>> copiar do disco para a impressora *independe* daquilo
>> que ela leu no livro.
>
>Acho q vc nao entendeu ela (maquina ) contou o numero de palavras do livro.
>

E que ação ela tomou baseada nesse número de palavras? É essa a questão.
Um livro de 80.000 palavras descrevendo como extrair ouro da água do
mar e um outro livro de 80.000 palavras descrevendo como fazer uma
sopa de cachorro refogado (é um livro chinês...) vão ter exatamente o
mesmo tratamento por essa máquina. Já uma máquina inteligente não irá
recomendar o segundo livro para o paladar brasileiro...

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/05/2001 20:20



Sergio Navega wrote:

>
> >
> >No caso a maquina tinha posse da informacao pois armazenou-a em disco
> >e teve nao soh potencial da acao como usou a informacao registrando
> >o numero. Ou seja gerou conhecimento que eh o numero de palavras do
> >livro. Portanto a maquina eh inteligente.
> >
> >>
> >> Por isso ela não é inteligente. E porque? Porque a sua ação de
> >> copiar do disco para a impressora *independe* daquilo
> >> que ela leu no livro.
> >
> >Acho q vc nao entendeu ela (maquina ) contou o numero de palavras do livro.
> >
>
> E que ação ela tomou baseada nesse número de palavras? É essa a questão.
> Um livro de 80.000 palavras descrevendo como extrair ouro da água do
> mar e um outro livro de 80.000 palavras descrevendo como fazer uma
> sopa de cachorro refogado (é um livro chinês...) vão ter exatamente o
> mesmo tratamento por essa máquina. Já uma máquina inteligente não irá
> recomendar o segundo livro para o paladar brasileiro...
>

Note q vc pode fazer a maquina imprimir tanos pontinhos qtos
foram o numero de palavras de modo q ela tomou uma acao baseada
neste numero de palavras...


[]s
jocax



SUBJECT: descartes
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: paula <paulabarbosa@tebe.pt>
DATE: 16/05/2001 22:12


Penso que penso, logo penso que existo.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo que vc chuta.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/05/2001 22:44

Vou deixar o texto lá em abaixo, é o 'apoio' do que se segue.

Sou um grande admirador (e mesmo um razoável estudioso) da ciência de N. Wiener, a cibernética.
Seus seguidores Ashby, Grey Walter, Louis Couffignal e outros participam de minha biblioteca e houve época em que eu 'só falava disso'. Cheguei a montar uma das tartarugas de Ashby (é hoje o rádio galena da eletrônica).
O cérebro, a máquina, o conhecimento, a inteligência e o raciocínio são temas fascinantes.

Ainda hoje sigo os pensamentos de Wiener ao considerar as falhas das máquinas (calculadoras, computadores, RMN etc.) como sendo meras doenças nervosas.
Quando uma dessas máquinas funciona mal, oferecem-se três 'remédios' que correspondem aos diversos tratamentos das doenças nervosas:
a) deixar a máquinas descansar, com a esperança de que tudo voltará a ficar em ordem; no homem isso é o descanso.
b) dar-lhe socos, sacudi-la, como uma vulgar máquina caça-níqueis, introduzir nela fortes correntes elétricas, com a esperança de que se restabeleçam os contatos que falharam; tratamento de choque, particularmente o choque elétrico
c) ou desistir de utilizar a parte doente, desligá-la, simplesmente (uso comum do CTRL-ALT-DEL - e eliminar algo) e, em seguida, tentar fazer funcionar as partes sãs; intervenções cirúrgicas que chegam até extirpação parcial (será que o nome disso é hemisferectomia ?).
Não poderiam corresponder tantas analogias a uma analogia funcional profunda, a uma identidade do mecanismo lógico? Tais máquinas eletrônicas, que são determinadas e não organizadas, não poderiam se assemelhar ao cérebro, simplesmente porque o 'pensamento' é um mecanismo determinado e não organizado. E o raciocínio lógico da máquina?
Mesmo a máquina de calcular binária é, em seu princípio, uma máquina de 'raciocinar'; não em virtude de si mesma, mas sim em virtude do sistema binário, linguagem lógica.

Vou estender-me um pouco e exemplificar um raciocínio binário que aprendi.

Considere esses três predicados: "chove", "venta", "eu passeio". Vamos dar-lhes, arbitrariamente, essa ordem.
Então, 0 0 0 significa que não chove, que não venta e que não passeio. 101 significará que chove, não venta e que passeio. 010, não chove, venta e que não passeio. Cada um desses símbolos binários complexos forma o que se chama uma 'combinação lógica' --- que é preciso não confundir com números.

Consideremos a proposição: "Passeio quando não chove". Ela apenas é verdadeira quando a proposição 'eu passeio' é verdadeira e a proposição 'chove' é falsa.
Vamos escrever agora a série de "números" binários com tantos algarismos quantos o sistema tem de predicados; neste caso a série será, portanto, de números de três algarismos. E vamos aproveitar e escrever sob cada número 0 se a proposição "Passeio quando não chove" é inconciliável com esse símbolo numérico e escrever 1 se é conciliável (no caso em questão basta ver se tem um 0 na frente e um 1 no final):

000 001 010 011 100 101 110 111
0 1 0 1 0 0 0 0

A nova série binária assim obtida [ 01010000 ] constitui o índice lógico que exprime integralmente a estrutura de uma função lógica, é, pois, a expressão lógica perfeita de "Passeio quando não chove".

Expressemos, do mesmo modo, "venta". Obtemos: 00110011. E assim para qualquer outra proposição do contexto.

Façamos uma 'multiplicação lógica' das duas proposições acima, quer dizer, vejamos em que casos as duas proposições podem ser compatíveis, para o que basta colocar uma série sob a outra e escrever 1 quando dois sinais 1 se correspondem , e escrever 0 em qualquer outra combinação.

01010000
00110011
-------------
00010000

(não desanimem!)

Isto significa que a única situação compatível com as duas proposições, quer dizer, aquela que se realizará, é a quarta da série dos números binários, ou seja 011. O que significa: "Passeio quando venta e quando não chove". É este o único meio de conciliar as duas proposições.

É claro que poderíamos ter descoberto isso por uma rápida reflexão; mas não se deve julgar o mecanismo lógico por esse exemplo elementar. Imaginemos que se achem em jogo dezenas de predicados, que as combinações sejam complexas, que intervenham 'negações'. Em tais condições, um raciocínio pode ultrapassar os limites da atenção, se não os da inteligência humana. Mesmo com apenas três predicados "chuva", "venta" e "passeio".

Tomemos uma nova proposição: "Não passeio quando venta". Seu índice lógico é 00100010. Passemos à (aprendi a colocar a crase com o Takata, mas fiquem de olho) sua negação: "É mentira que não passeio quando venta". O índice lógico de uma negação se obtém invertendo as cifras do índice de afirmação; portanto, temos: 11011101.

Imaginemos que desejamos saber em que coisa essa negação é compatível com outra proposição, por exemplo, "Não passeio quando não chove" : 00001010.

Pergunto aos companheiros (todos de agudo espírito) em que coisa estas duas proposições "É mentira que não passeio quando venta" e "Não passeio quando não chove" são compatíveis ou incompatíveis? Certamente as respostas não serão rápidas e até existe mesmo a pequena possibilidade de errar. Acredito que são terráqueos como eu.

Entreguemos essa questão lógica a uma máquina binária. ela simplesmente colocará frente a frente os índices lógicos: quando dois 1 se correspondem passará corrente; quando um 0 interromper o circuito, a corrente não passará. A resposta é então imediata:

11011101
00001010
--------------
00001000

O veredito da máquina é que a quinta combinação satisfaz às (takateando) duas proposições, isto é, 100, ou seja, "Chove, não venta e não passeio".
Mesmo conhecendo a solução, não é preciso que concentremos intensamente nossa atenção, para ficarmos certos de esta é a única resposta possível? E, por acaso, não temos necessidade de toda nossa inteligência para levar a cabo esse raciocínio? Imagine que esforço necessitaríamos para considerar vinte, cinquenta predicados! Logo nosso 'espírito' se confundirá.

Talvez possa parecer que o raciocínio binário adoece do vício que o condena a uma certa ausência de matizes, uma vez que procede segundo o princípio do 'tudo ou nada' (1 ou 0). Mas e nosso espírito? ... Quando decompomos ao extremo os nossos raciocínios, vemo-los como cadeias de silogismos. Pois bem, que é um silogismo senão um 'tudo ou nada'?

Bem, coloquei-me em defesa da máquina e do argumento de sua inteligência pelo fato do uso da liguagem lógica.

Quanto a festa chegar nos homeostatos e na Machina Liberata estarei deglutindo as mensagens do ciencialist (e olhe que essas mensagens já devem ter ultrapassado a casa dos 6 000 ... certo Brudna?)

[]'
Léo
================


-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 16 de maio de 2001 18:35
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento


| Sergio Navega wrote:
|
| >
| > >
| > >> Inteligência
| > >> Ser inteligente é ter a habilidade
| > >> de *gerar* conhecimento. Por isso, um bebê humano é inteligente,
| > >> muito mais do que um chimpanzé adulto.
| > >>
| > >Eu pego uma maquina capaz de contar palavras de um livro ( informacao)
| > >e ela grava num disco este numero ( acao ) entao le isto do disco e
| > > imprime o numero no papel ( utiliza a informacao ).
| > >
| > >A maquina eh inteligente? Ela gerou conhecimento ( a informacao que gravou
| > >ela sabe usar para ler e imprimir )
| > >
| >
| > Primeiro, ela não gerou conhecimento porque tanto no original
| > quanto na cópia impressa o que você tem é somente informação.
|
| Veja q a inteligencia , segundo vc disse , eh a habilidade de gerar conhecimento.
| E conhecimento eh quando de posse da informacao um organismo
| tenha a intencao e potencial para a acao.
|
| No caso a maquina tinha posse da informacao pois armazenou-a em disco
| e teve nao soh potencial da acao como usou a informacao registrando
| o numero. Ou seja gerou conhecimento que eh o numero de palavras do
| livro. Portanto a maquina eh inteligente.
|
| >
| > Por isso ela não é inteligente. E porque? Porque a sua ação de
| > copiar do disco para a impressora *independe* daquilo
| > que ela leu no livro.
|
| Acho q vc nao entendeu ela (maquina ) contou o numero de palavras do livro.
|
| []s
| jocax
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Neville Martins" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/05/2001 04:03


O assunto é fascinante e, chovendo um pouco no molhado, estou reescrevendo
abaixo o que entendi dos conceitos enviados até o momento. Peço que me
corrijam se houve interpretação incorreta.

O Takata aponta que transmissão de informação está associada a transferência
de energia e sugere medir a quantidade [nada a ver com a qualidade] de
informação através da variação local da entropia.

1- pode-se então dizer que toda transferencia de energia corresponde a uma
transmissão de informação e vice-versa

O Navega coloca a distinção entre informação, conhecimento e inteligência,
onde a informação só se transforma em conhecimento na proporção em que for
assimilável, útil ou potencialmente utilizável [conceito do Jocax] ou
redutora do indeterminismo [conceito do Takata]. O Miranda levanta a questão
da compressibilidade dos dados e Barcellos a questão do contexto
interpretativo das informações.

Pode-se então definir :
2- "qualidade da informação" como a fração da quantidade de energia
informacional assimilável.
3- "conhecimento" como quantidade de informação útil acumulada pelo
receptor.
4- "inteligência" como a capacidade [digestiva] de assimilar as informações
pelo sistema receptor, transformando-as em conhecimento.
5- "criatividade" como uso operacional [aplicação] do conhecimento com o
propósito de reduzir o indeterminismo de uma ação [a qual, inclusive, pode
ser a de produzir novos "conhecimentos" ou informações ].

[ ]
Neville



SUBJECT: Criator - o gerador de conhecimento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>
DATE: 17/05/2001 08:31

Aproveitando a mare do conhecimento, veio-me a lembranca um antigo
projeto
que me surgiu ha uns 20 anos atras e que quase tentei implementa-lo,
rudimentalmente, num TK-Z80.

Considerando-se que :

-Nosso QI eh limitado
-Existem coisas ( conhecimentos ) que, devido a nossa inteligencia
limitada,
nunca conseguiremos descobrir.
-Existem conhecimentos (teorias) que, apesar de nunca podermos cria-los,

poderemos entende-los se estas teorias nos for apresentadas.

Ou seja nossa capacidade de entender eh maior que nossa capacidade de
criar.

Baseado nisso pensei num projeto que cahamrei aqui de "Criator".

O Criator seria um software capaz de gerar ideias e conhecimentos que
poderao
ser validos ou nao. Estas ideias, depois de filtradas seriam analisadas
por
humanos que dariam um veredicto qto a sua veracidade ou utilidade.

Ou seja, o Criator seia um gerador de ideias q seriam passadas aos
humanos
para verificacao final.

Se pensarmos em como o cerebro faz para que tenhamos uma ideia nova
poderemos notar q ele deve trabalhar com um metodo de tentativa e erro
onde os erros sao filtrados. Isso deve operar inconscientemente : O
cerebro
deve ficar tentando fzer ligacoes aleatoriamente com os elementos de
sua base de dados e verificando a validade destas ligacoes. Se passarem
por
todos os filtros ( sintaticos e semanticos ) a ideia surge em nosso
consciente.
( Teoria minha )

O Criator faria o mesmo. Para isso teriamos que ter :
1- Um dicionario de palavras da lingua
2- Um diagrama sintatico da linguagem
3- Um gerador aleatorio de sentencas.
4- Uma base de conhecimento ( ou filtro semantico)

Desse modo o programa geraria sentencas aleatorias, sintaticamente
corretas,
utilizando-se o dicionario de palavras e o diagrama sintatico da
linguagem.

Estas sentencas passariam para um filtro semantico, que estaria
armazenado
na base de conhecimento, e um filtro logico( para evitar
inconcistencias).

Se estas sentencas ( teoria ) passassem pelos filtros elas seriam
levadas
a um ser humano para validacao. O ser humano poderia nao ser capaz de
'bolar' esta teoria mas seria capaz de entende-la e talvez valida-la (
testa-la ).

Ou seja, a geracao de conhecimentos passaria a ser feita por maquinas e
nohs
humanos apenas validariamos isso.

[]s
jocax




SUBJECT: B de... Maxwell?
FROM: "Sandro Silva" <anhangah@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/05/2001 08:43

Amigos


Sei que o objetivo da lista não é 'tirar dúvidas', mas eu
gostaria da compreensão de todos para me auxiliar em uma
dúvida, talvez simplória, sobre física:

Houve algum evento/homenagem que determinasse a letra B para
representar o campo magnético ou foi uma convenção?

Se realmente a pergunta parecer ingenua, peço que me respondam
em PVT.

Obrigado

Sandro Silva
Física/UFPr
_________________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] B de... Maxwell?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/05/2001 09:05


De: "Sandro Silva" <anhangah@hotmail.com>


| Amigos
|
|
| Sei que o objetivo da lista não é 'tirar dúvidas', mas eu
| gostaria da compreensão de todos para me auxiliar em uma
| dúvida, talvez simplória, sobre física:
|
| Houve algum evento/homenagem que determinasse a letra B para
| representar o campo magnético ou foi uma convenção?
|
| Se realmente a pergunta parecer ingenua, peço que me respondam
| em PVT.
|
| Obrigado
|
| Sandro Silva

Olá Sandro,

A Ciencialist não é um 'tudo' ou 'nada', temos nossas matizes e, dúvidas, é o que não nos falta. Seja bem vindo.

Relativo á particular letra B não recordo nenhuma homenagem para justifica-la, apenas devo indicar que ela B não de refere ao campo magnético (para esse temos o H) e sim ao campo de indução magnética e sua unidade é o 'tesla' (símbolo T).
[]'
Léo
=================



SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/05/2001 09:14

From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
>
>Sergio Navega wrote:
>> >
>> >No caso a maquina tinha posse da informacao pois armazenou-a em disco
>> >e teve nao soh potencial da acao como usou a informacao registrando
>> >o numero. Ou seja gerou conhecimento que eh o numero de palavras do
>> >livro. Portanto a maquina eh inteligente.
>> >
>> >>
>> >> Por isso ela não é inteligente. E porque? Porque a sua ação de
>> >> copiar do disco para a impressora *independe* daquilo
>> >> que ela leu no livro.
>> >
>> >Acho q vc nao entendeu ela (maquina ) contou o numero de palavras do
livro.
>> >
>>
>> E que ação ela tomou baseada nesse número de palavras? É essa a questão.
>> Um livro de 80.000 palavras descrevendo como extrair ouro da água do
>> mar e um outro livro de 80.000 palavras descrevendo como fazer uma
>> sopa de cachorro refogado (é um livro chinês...) vão ter exatamente o
>> mesmo tratamento por essa máquina. Já uma máquina inteligente não irá
>> recomendar o segundo livro para o paladar brasileiro...
>>
>
>Note q vc pode fazer a maquina imprimir tanos pontinhos qtos
>foram o numero de palavras de modo q ela tomou uma acao baseada
>neste numero de palavras...
>

Meu exemplo logo acima já refuta esta idéia. Ambos os livros tem igual
número de palavras, só que tratam de assuntos completamente diferentes
(ou seja, tem importância muito distinta para um leitor inteligente) e
a sua versão da máquina inteligente imprimirá o mesmo número de
pontinhos para ambos os livros. A ação da máquina (contar as palavras)
não é função da *informação* que o texto contém, mas sim apenas
função de um aspecto superficial desse texto (a divisão do texto
através da percepção de espaços em branco entre as letras).

Agora, eu lhe pergunto: quem foi que "disse" para essa máquina
como fazer para detetar as palavras? Quem especificou o que é uma
palavra e o que não é? Obviamente, um programador humano. Pois foi
esse sujeito o único elo inteligente da estória.

Só para dar um outro exemplo de algo ligeiramente inteligente,
considere um programa de rede neural (muito fácil de fazer) que
acolha um fluxo de caracteres ASCII e analise o texto em busca
de padrões e regularidades. Há como fazer esse programa "aprender"
por si só a divisão de palavras através da separação dos espaços.
Isso seria algo que lembra inteligência.

As coisas "não inteligentes" tem essa característica de "papagaios",
são meros copiadores, imitadores ou transformadores de informação.
Como falei, uma das características essenciais do que eu chamo de
comportamento inteligente tem relação com geração de novos
conhecimentos. Gerar conhecimento é quase um sinônimo de atividade
criativa.

Uma das mais importantes noções da ciência cognitiva atual tem a
ver com a idéia do construtivismo de Piaget. Nessa noção, as
crianças vão progressivamente construindo suas visões particulares
de mundo, através da progressiva montagem de modelos desse mundo
que são obtidos através de experiências sensórias e correlações
internas. O processo de desenvolvimento da cognição humana é
essencialmente criativo e quem tem ou já teve crianças pequenas
pode atestar isso.

Até mais,
Sergio Navega.





SUBJECT: Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo que vc chuta.
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/05/2001 09:27

Léo,

Muito interessante sua mensagem, pois revela um dos pontos
essenciais de uma das brigas mais antigas da inteligência
artificial: é o raciocínio humano lógico ou não?

Hoje já temos como dizer que o raciocínio humano não é lógico
(há experimentos de Philip Johnson-Laird que confirmam isso).

A questão mais importante é que se com três predicados a
coisa fica complicada, como você disse o que ocorrerá com 20
predicados? A mente humana não pode ser lógica simplesmente
porque haveria uma explosão combinatória de possibilidades
a serem tratadas e isto impediria que tivessemos tempo hábil
para pegar uma xícara de chá da mesa antes de morrermos de
velhice.

Sugestão de onde está a resposta: dedução versus indução.
Nosso raciocínio começa de forma indutiva, enquanto que a
lógica reflete apenas a dedução. E a minha próxima asserção
pode levantar as sombrancelhas de alguns aqui, mas acredito
que consigo defendê-la:

Dedução não gera conhecimento novo, só indução consegue isso.

Até mais,
Sergio Navega.



-----Original Message-----
From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
To: ciencialist@yahoogroups.com <ciencialist@yahoogroups.com>
Date: Quarta-feira, 16 de Maio de 2001 22:39
Subject: [ciencialist] Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo que
vc chuta.


Vou deixar o texto lá em abaixo, é o 'apoio' do que se segue.

Sou um grande admirador (e mesmo um razoável estudioso) da ciência de N.
Wiener, a cibernética.
Seus seguidores Ashby, Grey Walter, Louis Couffignal e outros participam de
minha biblioteca e houve época em que eu 'só falava disso'. Cheguei a montar
uma das tartarugas de Ashby (é hoje o rádio galena da eletrônica).
O cérebro, a máquina, o conhecimento, a inteligência e o raciocínio são
temas fascinantes.

Ainda hoje sigo os pensamentos de Wiener ao considerar as falhas das
máquinas (calculadoras, computadores, RMN etc.) como sendo meras doenças
nervosas.
Quando uma dessas máquinas funciona mal, oferecem-se três 'remédios' que
correspondem aos diversos tratamentos das doenças nervosas:
a) deixar a máquinas descansar, com a esperança de que tudo voltará a ficar
em ordem; no homem isso é o descanso.
b) dar-lhe socos, sacudi-la, como uma vulgar máquina caça-níqueis,
introduzir nela fortes correntes elétricas, com a esperança de que se
restabeleçam os contatos que falharam; tratamento de choque, particularmente
o choque elétrico
c) ou desistir de utilizar a parte doente, desligá-la, simplesmente (uso
comum do CTRL-ALT-DEL - e eliminar algo) e, em seguida, tentar fazer
funcionar as partes sãs; intervenções cirúrgicas que chegam até extirpação
parcial (será que o nome disso é hemisferectomia ?).
Não poderiam corresponder tantas analogias a uma analogia funcional
profunda, a uma identidade do mecanismo lógico? Tais máquinas eletrônicas,
que são determinadas e não organizadas, não poderiam se assemelhar ao
cérebro, simplesmente porque o 'pensamento' é um mecanismo determinado e não
organizado. E o raciocínio lógico da máquina?
Mesmo a máquina de calcular binária é, em seu princípio, uma máquina de
'raciocinar'; não em virtude de si mesma, mas sim em virtude do sistema
binário, linguagem lógica.

Vou estender-me um pouco e exemplificar um raciocínio binário que aprendi.

Considere esses três predicados: "chove", "venta", "eu passeio". Vamos
dar-lhes, arbitrariamente, essa ordem.
Então, 0 0 0 significa que não chove, que não venta e que não passeio. 101
significará que chove, não venta e que passeio. 010, não chove, venta e que
não passeio. Cada um desses símbolos binários complexos forma o que se chama
uma 'combinação lógica' --- que é preciso não confundir com números.

Consideremos a proposição: "Passeio quando não chove". Ela apenas é
verdadeira quando a proposição 'eu passeio' é verdadeira e a proposição
'chove' é falsa.
Vamos escrever agora a série de "números" binários com tantos algarismos
quantos o sistema tem de predicados; neste caso a série será, portanto, de
números de três algarismos. E vamos aproveitar e escrever sob cada número 0
se a proposição "Passeio quando não chove" é inconciliável com esse símbolo
numérico e escrever 1 se é conciliável (no caso em questão basta ver se tem
um 0 na frente e um 1 no final):

000 001 010 011 100 101 110 111
0 1 0 1 0 0 0 0

A nova série binária assim obtida [ 01010000 ] constitui o índice lógico que
exprime integralmente a estrutura de uma função lógica, é, pois, a expressão
lógica perfeita de "Passeio quando não chove".

Expressemos, do mesmo modo, "venta". Obtemos: 00110011. E assim para
qualquer outra proposição do contexto.

Façamos uma 'multiplicação lógica' das duas proposições acima, quer dizer,
vejamos em que casos as duas proposições podem ser compatíveis, para o que
basta colocar uma série sob a outra e escrever 1 quando dois sinais 1 se
correspondem , e escrever 0 em qualquer outra combinação.

01010000
00110011
-------------
00010000

(não desanimem!)

Isto significa que a única situação compatível com as duas proposições, quer
dizer, aquela que se realizará, é a quarta da série dos números binários, ou
seja 011. O que significa: "Passeio quando venta e quando não chove". É este
o único meio de conciliar as duas proposições.

É claro que poderíamos ter descoberto isso por uma rápida reflexão; mas não
se deve julgar o mecanismo lógico por esse exemplo elementar. Imaginemos que
se achem em jogo dezenas de predicados, que as combinações sejam complexas,
que intervenham 'negações'. Em tais condições, um raciocínio pode
ultrapassar os limites da atenção, se não os da inteligência humana. Mesmo
com apenas três predicados "chuva", "venta" e "passeio".

Tomemos uma nova proposição: "Não passeio quando venta". Seu índice lógico é
00100010. Passemos à (aprendi a colocar a crase com o Takata, mas fiquem de
olho) sua negação: "É mentira que não passeio quando venta". O índice lógico
de uma negação se obtém invertendo as cifras do índice de afirmação;
portanto, temos: 11011101.

Imaginemos que desejamos saber em que coisa essa negação é compatível com
outra proposição, por exemplo, "Não passeio quando não chove" : 00001010.

Pergunto aos companheiros (todos de agudo espírito) em que coisa estas duas
proposições "É mentira que não passeio quando venta" e "Não passeio quando
não chove" são compatíveis ou incompatíveis? Certamente as respostas não
serão rápidas e até existe mesmo a pequena possibilidade de errar. Acredito
que são terráqueos como eu.

Entreguemos essa questão lógica a uma máquina binária. ela simplesmente
colocará frente a frente os índices lógicos: quando dois 1 se correspondem
passará corrente; quando um 0 interromper o circuito, a corrente não
passará. A resposta é então imediata:

11011101
00001010
--------------
00001000

O veredito da máquina é que a quinta combinação satisfaz às (takateando)
duas proposições, isto é, 100, ou seja, "Chove, não venta e não passeio".
Mesmo conhecendo a solução, não é preciso que concentremos intensamente
nossa atenção, para ficarmos certos de esta é a única resposta possível? E,
por acaso, não temos necessidade de toda nossa inteligência para levar a
cabo esse raciocínio? Imagine que esforço necessitaríamos para considerar
vinte, cinquenta predicados! Logo nosso 'espírito' se confundirá.

Talvez possa parecer que o raciocínio binário adoece do vício que o condena
a uma certa ausência de matizes, uma vez que procede segundo o princípio do
'tudo ou nada' (1 ou 0). Mas e nosso espírito? ... Quando decompomos ao
extremo os nossos raciocínios, vemo-los como cadeias de silogismos. Pois
bem, que é um silogismo senão um 'tudo ou nada'?

Bem, coloquei-me em defesa da máquina e do argumento de sua inteligência
pelo fato do uso da liguagem lógica.

Quanto a festa chegar nos homeostatos e na Machina Liberata estarei
deglutindo as mensagens do ciencialist (e olhe que essas mensagens já devem
ter ultrapassado a casa dos 6 000 ... certo Brudna?)

[]'
Léo
================


-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 16 de maio de 2001 18:35
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento


| Sergio Navega wrote:
|
| >
| > >
| > >> Inteligência
| > >> Ser inteligente é ter a habilidade
| > >> de *gerar* conhecimento. Por isso, um bebê humano é inteligente,
| > >> muito mais do que um chimpanzé adulto.
| > >>
| > >Eu pego uma maquina capaz de contar palavras de um livro ( informacao)
| > >e ela grava num disco este numero ( acao ) entao le isto do disco e
| > > imprime o numero no papel ( utiliza a informacao ).
| > >
| > >A maquina eh inteligente? Ela gerou conhecimento ( a informacao que
gravou
| > >ela sabe usar para ler e imprimir )
| > >
| >
| > Primeiro, ela não gerou conhecimento porque tanto no original
| > quanto na cópia impressa o que você tem é somente informação.
|
| Veja q a inteligencia , segundo vc disse , eh a habilidade de gerar
conhecimento.
| E conhecimento eh quando de posse da informacao um organismo
| tenha a intencao e potencial para a acao.
|
| No caso a maquina tinha posse da informacao pois armazenou-a em disco
| e teve nao soh potencial da acao como usou a informacao registrando
| o numero. Ou seja gerou conhecimento que eh o numero de palavras do
| livro. Portanto a maquina eh inteligente.
|
| >
| > Por isso ela não é inteligente. E porque? Porque a sua ação de
| > copiar do disco para a impressora *independe* daquilo
| > que ela leu no livro.
|
| Acho q vc nao entendeu ela (maquina ) contou o numero de palavras do
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http://docs.yahoo.com/info/terms/





SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/05/2001 09:38

Tenho alguns comentários sobre as suas versões
desses conceitos:

From: Neville Martins <neville@catanduva.com.br>
>
>Pode-se então definir :
>2- "qualidade da informação" como a fração da quantidade de energia
>informacional assimilável.
>3- "conhecimento" como quantidade de informação útil acumulada pelo
>receptor.

Só refinaria aqui o que você quer dizer com "útil": conhecimento
deve poder ser potencialmente empregado pelo receptor, e não
simplesmente armazenado. Isto implica que o receptor deve ser
um agente, um organismo que tem como interagir com seu ambiente
(ou seja, que possua um ciclo de percepção/ação) de forma a
aplicar a informação que dispõe.

>4- "inteligência" como a capacidade [digestiva] de assimilar as informações
>pelo sistema receptor, transformando-as em conhecimento.

Embora eu concorde que a capacidade de transformar informações
em conhecimento seja algo relacionado à inteligência, acho que
tem outro aspecto importante: é necessário *gerar* conhecimento,
tanto através de aprendizado sensório quanto através de reflexão
(consideração ou raciocínio sobre a memória que o agente possui).

>5- "criatividade" como uso operacional [aplicação] do conhecimento com o
>propósito de reduzir o indeterminismo de uma ação [a qual, inclusive, pode
>ser a de produzir novos "conhecimentos" ou informações ].

Esta é uma forma de encarar criatividade, mas eu prefiro usar outra
maneira. Digo que criatividade é uma medida do potencial para
encontrar conhecimento tal que esse conhecimento seja novo
e potencialmente útil. É a geração do "novo valioso". É fácil
definir o que é novo. Difícil é definir o "valioso". Um ato
criativo pode ser tanto uma proposição científica nova e
revolucionária quanto uma pintura de René Magritte.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo que vc chuta.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/05/2001 10:14

Sergio Navega wrote:

>
> Dedução não gera conhecimento novo, só indução consegue isso.
>

Bom, dependendo do que seja conhecimento entao a deducao nao gera conhecimento "novo" mesmo, mas
gera conhecimento Veja :
P1:-todos os homens sao mortais
P2:-Socrates eh homem
Deducao : Socrates eh mortal

Claro q a deducao vem das premissas e neste sentido o conhecimento novo
nao eh bem novo mas eh um conhecimento (que nao esta em P1 nem em P2)
e que poderia ser utilizado dependendo da capacidade de raciocinio do ser.

Se a deducao acima nao fosse conhecimento nao precisaria ser deduzida nunca.

Mas nao eh verdade que SOH A INDUCAO possa gerar
conhecimento novo.

Prova :
Veja o projeto "Criator" que postei a pouco. Ele gera conhecimento
sem nenhum tipo de inducao.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/05/2001 10:37

--- In ciencialist@y..., "Sergio Navega" <snavega@a...> wrote:
> >
> >Note q vc pode fazer a maquina imprimir tanos pontinhos qtos
> >foram o numero de palavras de modo q ela tomou uma acao baseada
> >neste numero de palavras...
> >
>
> Meu exemplo logo acima já refuta esta idéia. Ambos os livros tem
igual
> número de palavras, só que tratam de assuntos completamente
diferentes
> (ou seja, tem importância muito distinta para um leitor inteligente)
e
> a sua versão da máquina inteligente imprimirá o mesmo número de
> pontinhos para ambos os livros. A ação da máquina (contar as
palavras)
> não é função da *informação* que o texto contém, mas sim apenas
> função de um aspecto superficial desse texto (a divisão do texto
> através da percepção de espaços em branco entre as letras).

O numero de pontinhos *eh funcao* da informacao que o livro
contem sim vc pode utilizar a informacao de varias maneiras e uma
delas eh esta como poderia ser contar o numero de palavras "CASA" do
texto. A informacao eh tudo q esta no livro incluindo as palavras
com que foi escrito. Veja q NAO IMPORTA se os livros tenham o mesmo
numero de palavras ou nao. Eh o mesmo q dizer que um romance
eh igual ao outro porque provocou o mesmo numero de gotas de lagrimas.

O modo como cada extrai informacao do texto eh funcao do ser
le o texto. Ele nao precisa entender o texto *como vc* entende para
vc dizer q ele nao teve inteligencia para entende-lo.

>agora, eu lhe pergunto: quem foi que "disse" para essa máquina
> como fazer para detetar as palavras? Quem especificou o que é uma
> palavra e o que não é? Obviamente, um programador humano. Pois foi
> esse sujeito o único elo inteligente da estória.

Veja q a inteligencia da maquina NAO eh invalidada por que alguem
a construiu!!! . Da mesma forma alguem poderia construir um
corpo humano, celula a celula, e nao eh por isso q este corpo
humano deixaria de ser inteligente !

[]s
jocax



SUBJECT: Bebida em excesso modifica o cerebro
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/05/2001 12:19

UOL- Folha de São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2001

Bebida em excesso modifica o cérebro

Novas drogas combatem a recaída de ex-dependentes, cujas
conexões cerebrais foram alteradas pelo consumo de álcool

DANIELA FALCÃO - EDITORA-ASSISTENTE DO EQUILÍBRIO

"Meu pai bebe e exagera um pouco. Gostaria de ajudá-lo a
cortar
esse mal pela raiz -com uma simpatia, com qualquer coisa que
o
faça parar de beber." O pedido, enviado por uma leitora de
São
Joaquim da Barra (interior de SP) à seção "Pergunte Aqui",
do
Equilíbrio, ilustra a falta de informação sobre maneiras de
ajudar
quem bebe compulsivamente. Apesar de a Organização Mundial
da Saúde reconhecer o alcoolismo como doença desde 1967,
muita gente ainda acredita que parar de beber é, sobretudo,
questão de força de vontade. Avanços recentes nas técnicas
de
imagem cerebral, entretanto, comprovaram que a dificuldade
de
se livrar do vício é muito mais resultado de falhas do
cérebro do
que de falta de determinação.

Tomografias e ressonâncias magnéticas mostram que o excesso
de bebida "reesculpe" conexões cerebrais, destruindo a
capacidade de a pessoa sentir prazer sem beber e de agir
conscientemente. Não é à toa que, a cada ano, 500 mil
pessoas
se internam em clínicas de desintoxicação nos EUA e outro 1
milhão procura o Alcoólicos Anônimos (AA). No Brasil,
levantamento do Hospital das Clínicas (SP) aponta que 15% da

população abusa de álcool. As alterações que a bebida
provoca
no cérebro ajudam a entender por que mesmo os métodos mais
eficientes de combate ao vício, como o do quase
septuagenário
AA, apresentam taxas de sucesso que não ultrapassam 50%. "As

pesquisas feitas a partir de imagens do cérebro de
alcoólatras
corroboraram o que a gente já sabia pela observação. Os
pacientes bebem compulsivamente porque o excesso de álcool
provoca alterações cerebrais, e não por serem
sem-vergonhas",
afirma o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador da
Unidade
de Pesquisa em Álcool e Drogas da Unifesp. Após cair na
corrente sanguínea, o álcool segue para uma região do
cérebro
conhecida como núcleo accumbens, onde ocorre um aumento
aumento de concentração de dopamina -neurotransmissor ligado
à
sensação de prazer. O consumo abundante e repetido da bebida

faz com que a ligação entre álcool e prazer fique registrada
no
córtex frontal. É essa memória que cria a obsessão pelo
álcool,
transformando o beber social em compulsão. Estudos recentes
com animais em laboratório indicam que a bebida também
modifica a estrutura dos gânglios basais, causando danos
semelhantes aos observados em portadores de transtorno
obsessivo-compulsivo. O cérebro reprogramado pelo álcool
passa a demandar martinis, uísques e vodcas com frequência e
em
quantidades cada vez maiores. Uma imagem do drinque é
suficiente para detonar o desejo incontrolável de beber,
como
demonstram imagens do cérebro de alcoólatras em recuperação.

Medicamentos
Além de derrubar de vez o mito de que o alcoólatra não
abandona o vício porque não quer ou porque é fraco, os
avanços
nas técnicas de neuroimagem estão ajudando também no
desenvolvimento de medicamentos que aumentam as chances de
cura. É o caso do acamprosato, disponível no mercado
brasileiro
há menos de seis meses e que alivia os sintomas da síndrome
de
abstinência e, assim, ajuda a evitar recaídas. A prescrição
para
indivíduos com insuficiência hepática ou renal é sua única
contra-indicação.

Há cerca de dois anos no mercado, o naltrexone também
diminui
a compulsão e ajuda o alcoólatra a permanecer abstinente.
Antes
desse medicamento, a única droga aprovada nos EUA para
tratar
a dependência do álcool era o dissulfiram. O remédio impede
que
o álcool ingerido seja metabolizado e causa náuseas, aumento
da
pressão arterial, rubor facial e grande desconforto em quem
bebe.

"Ele funciona como um breque psicológico e ajuda o paciente
a
mudar de hábito, mas não diminui o desejo", explica Ronaldo
Laranjeira.

Os dois principais centros públicos de combate ao alcoolismo
de
São Paulo usam os dois novos remédios para aumentar as
chances de sucesso do tratamento, mas o paciente tem de
arcar
com os custos (R$ 150 por mês), pois o governo federal não
os
distribui gratuitamente.

"Estamos lutando para que isso aconteça. A rede pública do
Rio
saiu na frente e comprou por conta própria, enquanto o
governo
federal não se decide", diz Arthur Guerra, coordenador do
Grupo
Interdisciplinar de Estudos de Álcool de Drogas do HC.

Os novos remédios aumentam as chances de sucesso, mas não
são panacéia e só surtem efeito quando combinados a
tratamentos
tradicionais, como terapia cognitiva (em que o paciente
discute o
que o leva a beber e aprende estratégias para se afastar do
vício)
e aconselhamento grupal. "Não podemos esperar benefícios
milagrosos. Ainda não sabemos quais os pacientes que mais se

beneficiam da medicação", diz Laranjeira. "Elas são muito
importantes, mas o alcoólatra não pode achar que vai tomar a

droga, ficar curado e poder beber socialmente. Isso é
ingenuidade", completa Guerra.



SUBJECT: Memoria animal eh como a de computador?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>
DATE: 17/05/2001 12:23

UOL - Folha de São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2001

NEUROLOGIA

Estudo saiu na "Nature"

Memória animal é como a de
computador

RICARDO BONALUME NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Pesquisadores nos EUA descobriram uma substância responsável

por "armazenar" a memória a longo prazo no cérebro.

Experimentos com camundongos geneticamente modificados
conseguiram impedir que a memória de um evento ficasse
guardada no córtex cerebral dos animais.

O estudo, feito pela equipe do cientista português Alcino J.
Silva,
da Universidade da Califórnia em Los Angeles, está publicado
na
edição de hoje da revista britânica "Nature"
(www.nature.com).

Camundongos normais têm duas cópias do gene responsável pela

produção de uma enzima (tipo de proteína) conhecida como
alfa-CaMKII. Um animal foi modificado para apresentar apenas

uma cópia do gene, o que fez com que ele produzisse metade
da
quantidade normal da enzima.

Comparados aos ratos normais, os ratos com apenas um gene
também apresentavam memória normal um dia depois de um certo

evento. Mas, ao contrário dos ratos não-modificados, depois
de
período que variou de 3 a 50 dias eles esqueciam o
experimento.

Memória RAM
Os resultados apóiam uma teoria sobre como seria feita a
consolidação da memória no cérebro.

Segundo a teoria, a informação obtida pelos sentidos (tato,
audição, visão etc.) é recebida na região cerebral chamada
córtex,
que imediatamente a encaminha para outra parte do cérebro, o

hipocampo. É lá que essa memória fica inicialmente
registrada.

Posteriormente, em momentos nos quais o hipocampo tem menos
atividade (acredita-se que durante o sono) ele vai
repetidamente
retransmitindo a memória de volta para o córtex.

O processo pode ser entendido com uma comparação a um
computador. O córtex seria o disco rígido, armazenando os
arquivos. O hipocampo age como a memória RAM, de curto
prazo, que faz os programas rodarem e depois grava as
informações no disco.



SUBJECT: Re: [ciencialist] B de... Maxwell?
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/05/2001 12:39


> Houve algum evento/homenagem que determinasse a letra B para
> representar o campo magnético ou foi uma convenção?

Bom, sempre é uma convenção. Mas todas as convenções nascem de alguma
"lógica"
Eu não sei qual é a lógica , mas apenas reflectindo uns segundos lembrei-me
que :

Tenhamos em atenção a ordem A,B,C,D,E,F,G,H, I , J
Campo Eléctrico =>E
F de Força e de energia livre, G de Constante de Gravidade e energia de
Gibbs
I de Intensidade Corrente , J de vector de corrente (j =qv)
D de Campo Eléctrico "normalizado" (não sei qual será o nome técnico)
=epslon* E
Reparece-se como se usa a letra anterior.
C = j + dD/dt . Maxwell introduziu esta quantidade para poder generalizar a
corrente eléctrica a dialécticos em circuitos eléctricos.
H é o Campo Magnético. (como apontou o Luiz Netto)
H= miu*B e tem o mesmo papel que E.
H e D são campos standard no vácuo, e E e B são a resposta dos materiais a
esses campos (induções).
Finalmente A é o vector potencial de B. B = rot A
Parece haver uma ordem, usando sempre a letra anterior.
O B aparece anterior a H pq , J, I , G, F, E , D e C já tinha sido usadas
antes para outras grandezas.

Só um pensamento....
O que importa realmente é entender o que é simbolizado por B (campo de
indução magnética), e não que o seja por B ou X ou Y...

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo que vc chuta.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/05/2001 13:11

Vamos à Jack, o estripador

Jocax:
| Bom, dependendo do que seja conhecimento entao a deducao nao gera conhecimento "novo" mesmo, mas
| gera conhecimento Veja :
| P1:-todos os homens sao mortais
| P2:-Socrates eh homem
| Deducao : Socrates eh mortal

Prá máquina essa cadeia de silogismos é vapt-vupt: entre o botão que representa Sócrates e o botão que representa os homens estabelece-se um contato elétrico; então, Sócrates fica, de repente, relacionado com Mortal e a corrente passa de Sócrates a Mortal. 'Tudo ou nada', é claro.
Entretanto, enquanto a inteligência humana não pode exercer sua ação mais do que sobre um número rstrito de conceitos conservados pela memória (e sem dúvida, teremos muito o que falar sobre essa tal de 'memória') e com um número limitado de operações, a máquina pode dispor de um número muito maior de conceitos e regras lógicas.
Acredito que o único limite desta conquista de nosso universo intelectual levada a cabo pelas máquinas, repousa em que jamais resolverão mais que os problemas para as quais foram construídas. Elas serão capazes de responder a 100 problemas se seu construtor assim o quiser; mas se se apresentar o problema número 101 serão impotentes e estúpidas.
Mas, em rigor da 'verdade', o homem, por sua vez, não permanece desarmado e estúpido diante de certos problemas?

Navega, navega:

>>Hoje já temos como dizer que o raciocínio humano não é lógico
(há experimentos de Philip Johnson-Laird que confirmam isso).<<

>>A questão mais importante é que se com três predicados a
coisa fica complicada, como você disse o que ocorrerá com 20
predicados? A mente humana não pode ser lógica simplesmente
porque haveria uma explosão combinatória de possibilidades
a serem tratadas e isto impediria que tivessemos tempo hábil
para pegar uma xícara de chá da mesa antes de morrermos de
velhice.<<

Não conheço os experimentos acima citado, não estou tão atualizado assim na coisa (gostaria muito que se concretizasse meu desejo de há bom tempo: trocar tudo que sei por aquilo que não sei ... ai vcs iriam ver o que é ter um gênio pela frente!).
Entretanto, ainda fixo-me na idéia de que o sistema binário, com sua série de sinais 'tudo ou nada', corresponde admiravelmente à marcha dos nossos pensamentos. Na velha e boa teoria da informação, um teorema não demonstra que a melhor forma que pode assumir uma 'mensagem' é uma 'sucessão de alternativas'?
Vc pode objetar, no entanto, que esse sistema binário tem seus defeitos. Em primeiro lugar, a notação de um número é, nesse sistema, muito mais longa que na numeração decimal. É verdade, mas não se deve exagerar: três vezes mais longa, aproximadamente; não mais. Se as crianças começassem seus aprendizados usando do sistema binários essas objeções nem existiriam. O sistema decimal seria um tropeço.

Vejamos uns confrontos (com o intuito de chegar ao seu naufrágio acerca do 'haveria uma explosão combinatória' --- e acredito que não chegarei a isso nessa mensagem).

Para multiplicar 854 por 77, no sistema decimal são necessárias 6 multiplicações elementares e, em seguida, 5 adições elementares, ou seja, 11 operações elementares (sem levar em conta as quantidades 'retidas'). Com o sistema binário são necessárias 70 multiplicações elementares e 31 adições (tb sem levar em conta as quantidades retidas). No total são 101 perações. A mão tem que escrever 18 algarismos decimais e 77 binários.
Além das extremas facilidades das operações binárias elementares, a rapidez com que a máquina pode efetuar isso deixa longe a calculeira decimal. E isso se veria, com certa simplicidade, se em nossa infância tivéssemos aprendido, ao mesmo tempo, os dois sistemas.
Um pensamento, mesmo o mais simples, ocupa nosso espírito por certo tempo. A inscrição de um sinal sempre exige da mão certa ação. 101 operções elementares serão sempre menos rápidas do que 11!
Mas, além disso, o homem sofre de terrível fraqueza: o cansaço. E o espírito sente-o muito mais rapidamente que os músculos. diante de um grande número de objetos, principalmente abstratos, o homem sempre corre o risco de cometer um erro. depois de alguns minutos fatalmente confundir-se-á em seus malabarismos de 1 e de 0!
Na máquina nada disso acontece: o sistema binário lhe é vantajoso. Não é evidente que esse sistema permite reduzir ao extremo o número dos órgãos de cálculo? É de maravilhosa simplicidade a coisa: passa, não passa; tudo ou nada; 1 é um sim (há objeto dessa ordem) 0 é um não (não há objeto dessa ordem). Ele permite obter a a rapidez de ação que nos falta e não tem nosso defeito de espírito ... não se cansa!
O cérebro dispõe de muitos órgãos (uma pancada deles), mas se perde em operações demasiado numerosas e rápidas; economiza operações (usando o decimal) à custa de complicar cada uma delas. A máquina porém, realiza facilmente ações numerosas e rápidas, tem, ao contrário, qrande interesse em simplificar seus órgãos (ou, mais exatamente, é seu construtor quem tem tal interesse).
"A máquina simplifica seus atos à cusa de multiplicá-los; o espírito restringe o número de atos à custa de complicá-los" (Léo, corintias 1, santos 0).
De cert maneira, o sistema decimal manifesta-se como um artifício para diminuir o número das operações elementares. Artifício (puxa, achei a palavra exata). Unicamente o sistema binário é natural; é o sistema de cálculo que a lógica requer: uma coisa é ou não é, 1 ou 0.

Ainda não cheguei onde queria (como já adverti), mas acabo fazendo vc concordar que a mente humana pode ser lógica e não entrar no tumulto da explosão combinatória de possibilidades. Tenho que pensar ... logo tenho de existir! (João --do nônio--, santos 0, corintias 3).

[]'
Léo
======================





-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 17 de maio de 2001 10:14
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo que vc chuta.


| Sergio Navega wrote:
|
| >
| > Dedução não gera conhecimento novo, só indução consegue isso.
| >
|
| Bom, dependendo do que seja conhecimento entao a deducao nao gera conhecimento "novo" mesmo, mas
| gera conhecimento Veja :
| P1:-todos os homens sao mortais
| P2:-Socrates eh homem
| Deducao : Socrates eh mortal
|
| Claro q a deducao vem das premissas e neste sentido o conhecimento novo
| nao eh bem novo mas eh um conhecimento (que nao esta em P1 nem em P2)
| e que poderia ser utilizado dependendo da capacidade de raciocinio do ser.
|
| Se a deducao acima nao fosse conhecimento nao precisaria ser deduzida nunca.
|
| Mas nao eh verdade que SOH A INDUCAO possa gerar
| conhecimento novo.
|
| Prova :
| Veja o projeto "Criator" que postei a pouco. Ele gera conhecimento
| sem nenhum tipo de inducao.
|
| []s
| jocax
|
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo que vc chuta.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/05/2001 15:28

----- Original Message -----
From: "Sergio Navega"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, May 17, 2001 9:27 AM
Subject: [ciencialist] Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo
que vc chuta.

> Sugestão de onde está a resposta: dedução versus indução.
> Nosso raciocínio começa de forma indutiva, enquanto que a
> lógica reflete apenas a dedução. E a minha próxima asserção
> pode levantar as sombrancelhas de alguns aqui, mas acredito
> que consigo defendê-la:
> Dedução não gera conhecimento novo, só indução consegue isso.

Olá, Sergio. Estou pegando o bonde andando pois, por falta de tempo, não
venho acompanhando devidamente esta thread e, além do mais, e como diria o
Léo, percebo que existe, em alguns dos assuntos abordados, "muita areia para
o meu caminhãozinho". Por outro lado, o tema "dedução versus indução"
interessa-me bastante e creio mesmo que trata-se de uma nova versão para
aquela história de quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha.

As grandes críticas ao indutivismo foram feitas por Popper e, ao que me
parece, ainda não foram devidamente refutadas. Creio mesmo que Popper comete
um grande pecado ao pretender abolir de uma vez por todas com o "método
indutivista" ao propor o que chamou "teoria do método dedutivo de prova". A
meu ver, indução e dedução são *vias* e não *métodos* e para atingir-se
qualquer objetivo científico impõe-se a utilização de ambas as vias, além de
outras --análise e síntese-- que constituem em seu conjunto o que poderia
ser chamado Método Científico. Descrevo isso em "Teoria do Método
Científico" que está à disposição dos internautas em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/artigos/metcien1.htm ou
então em formato "doc" em ftp://ftp.saojudas.br/pub/revint/255_7.ZIP , bem
como em outro artigo intitulado "A espiral da práxis" e que pode ser
encontrado no URL
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/FilCien/cap03.htm .

Os que observarem a figura do que denominei "espiral da práxis" notarão que
o método científico "propriamente dito" inicia-se pela dedução. Isto não
significa dizer que a "dedução nasceu primeiro" mas, simplesmente, que
convencionou-se chamar como atividade científica aquela que apoia-se no
método científico, e este sem dúvida alguma começa pela dedução. Obviamente
estou me referindo ao método científico utilizado pelos cientistas naturais,
mas tenho fortes argumentos a me convencerem sobre a unicidade do método
científico para todas as áreas do que poderíamos chamar ciência.

Concordo contigo no sentido de que o "nosso raciocínio não começa pela
dedução". Isso porém não é o mesmo que dizer que o "nosso raciocínio começa
de forma indutiva", posto que o que nos leva à "dedução de hipóteses" não é
a indução e sim a intuição. A intuição, como diz o dicionário do Aurélio, é
"o ato de ver, de perceber, de discernir, de pressentir"; é a contemplação
pela qual se atinge a verdade por meio não racional. É aqui importante não
confundir intuicionismo --doutrina que faz da intuição o instrumento próprio
do conhecimento da verdade -- "ver para crer"--, com intuitivismo. O
cientista empírico parte da verdade --intuitivismo-- mas rigorosamente
falando não está meramente à procura da verdade --intuicionismo-- mas sim da
corroboração de suas teorias (agora sim, utilizando-se do método
científico).

Sem dúvida, a intuição é bastante complexa, *por vezes* simula a utilização
de um raciocínio indutivo, o que gera confusões homéricas, e é de difícil
axiomatização, razão pela qual foi alijada do método científico. Não
obstante, e poucos se dão conta disso, todo progresso científico começa pela
intuição. E é por isso que não acredito que o computador venha um dia a
substituir o homem na atividade criativa, pois falta ao computador o
principal fermento da criatividade, a intuição.

Em outra thread parece-me que o Jocax, ao abordar esta falta de criatividade
inerente ao computador, pretende substituir a intuição por um método de
"tentativa e erro". Sinceramente, não acredito numa criatividade a apoiar-se
neste método, ainda que concorde que em condições excepcionais a ciência
possa evoluir por cima deste método que, para dizer o menos, é muito feio. A
beleza da ciência reside justamente em seu progresso a partir da intuição,
do observar sob um novo ângulo coisas que estavam por aí mas que jamais
haviam sido abordadas por esta nova maneira de visualizá-las. Esta evolução
também não está livre de empecilhos e/ou dificuldades, o que foi referido
por Einstein da seguinte maneira:

"A história das descobertas científicas e técnicas revela-nos quanto o
espírito humano carece de idéias originais e de imaginação criadora. E
mesmo quando as condições exteriores e científicas para o aparecimento
de uma idéia já existem há muito, será preciso, na maioria dos casos,
uma outra causa exterior a fim de que se chegue a se concretizar. O
homem tem, no sentido literal da palavra, que se chocar contra o fato
para que a solução lhe apareça. Verdade bem comum e pouco exaltante para
nosso orgulho, e que se verifica perfeitamente no barco de Flettner. E
atualmente este exemplo continua espantando todo mundo!"

Se houver algo de verdade neste pensamento de Einstein, e parece que há
muito, o "filtro semântico" do Jocax vai para o brejo. :-)) Aliás, e a esse
respeito, percebo um otimismo demasiado no Jocax. É suficiente estudar um
pouquinho da história da ciência para verificarmos o quanto a mentalidade
universitária dos tempos atuais é refratária a idéias novas. Quanto mais
produzir um "filtro semântico" a depurar as milhares de asneiras a serem
"criadas" pelo computador, se é que essa "criação" seria possível.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo que vc chuta.
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/05/2001 16:43

From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
>Sergio Navega wrote:
>
>>
>> Dedução não gera conhecimento novo, só indução consegue isso.
>>
>
>Bom, dependendo do que seja conhecimento entao a deducao nao gera
conhecimento "novo" mesmo, mas
>gera conhecimento Veja :
>P1:-todos os homens sao mortais
>P2:-Socrates eh homem
>Deducao : Socrates eh mortal
>
>Claro q a deducao vem das premissas e neste sentido o conhecimento novo
>nao eh bem novo mas eh um conhecimento (que nao esta em P1 nem em P2)
>e que poderia ser utilizado dependendo da capacidade de raciocinio do ser.
>
>Se a deducao acima nao fosse conhecimento nao precisaria ser deduzida
nunca.
>
>Mas nao eh verdade que SOH A INDUCAO possa gerar
>conhecimento novo.

Posso concordar no máximo que indução sozinha é problemática, é necessário
usar dedução também. Mas se considerarmos a palavra indução como querendo
dizer métodos não-demonstrativos (onde se incluiriam raciocínio analógico,
abdução, etc.), então fico com a minha asserção anterior: só a indução
gera conhecimento novo.

>
>Prova :
>Veja o projeto "Criator" que postei a pouco. Ele gera conhecimento
>sem nenhum tipo de inducao.
>

Se o projeto "Criator" não usar indução, ele será praticamente um
sistema de geração combinatória de conceitos. O número de associações
feitas por um sistema desses será tão astronômico que os humanos
passarão o resto de suas vidas analisando sugestões totalmente
sem sentido. Uma criança de 3 anos dispõe de um processo de geração
de conhecimentos muito mais eficiente.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/05/2001 17:06

From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
[corte]
> O numero de pontinhos *eh funcao* da informacao que o livro
> contem sim vc pode utilizar a informacao de varias maneiras e uma
> delas eh esta como poderia ser contar o numero de palavras "CASA" do
> texto.

Ok. Então me diga, quem é que diz ao programa para procurar a
palavra "casa" e porque razão? Qual a *finalidade* dessa procura? Que
tipo de ação esse conhecimento irá proporcionar? Para o programa,
ele não tem, a princípio, noção do porque está fazendo essa procura.
Ele não sabe, por exemplo, que o usuário está querendo localizar
trechos de informação sobre residências. Ele vai cegamente localizar
a palavra "C A S A" e se não achar nada, vai voltar sem resposta.
Mas um programa inteligente pode aprender que existem coisas
relacionadas a "casa", como moradia, residência, apartamento, etc.

Você poderia dizer que você mesmo pode introduzir esses sinônimos.
Ok, vai funcionar. Mas então, novamente *você* é o elo inteligente,
e não a máquina, pois não foi ela que adicionou isso, foi você.

Perceba que inteligência é um conceito ligado à *descoberta*, ao
ato de obter associações e correlações do fluxo sensório que chega
ao organismo. Dessa descoberta vem a feitura de novos modelos da
realidade que o sistema pode usar para seu benefício.

> A informacao eh tudo q esta no livro incluindo as palavras
> com que foi escrito. Veja q NAO IMPORTA se os livros tenham o mesmo
> numero de palavras ou nao. Eh o mesmo q dizer que um romance
> eh igual ao outro porque provocou o mesmo numero de gotas de lagrimas.

No que dois livros diferentes, mas com a mesma quantia de palavras
diferem? Ora, eles diferem na formação, disposição e estrutura
estatística das palavras, além de suas conexões semânticas. Um
programa que fosse inteligente iria procurar correlações por
si mesmo. Um programa de contagem de palavras não faz isso, pois
ele está simplesmente "obedecendo ordens fixas" do programador.
Um programa que conta e imprime palavras não descobre nada!

> O modo como cada extrai informacao do texto eh funcao do ser
> le o texto. Ele nao precisa entender o texto *como vc* entende para
> vc dizer q ele nao teve inteligencia para entende-lo.

Interpretar o texto é um passo adiante de processá-lo como um
grupo de caracteres ASCII. Esse é o nível da semântica, algo que
é muito mais profundo do que a análise superficial que se possa
fazer de um texto. Até agora, só estive falando do nível sintático,
pois o nível semântico é muito mais complexo e depende de um
entendimento do mundo (senso comum).

> > agora, eu lhe pergunto: quem foi que "disse" para essa máquina
> > como fazer para detetar as palavras? Quem especificou o que é uma
> > palavra e o que não é? Obviamente, um programador humano. Pois foi
> > esse sujeito o único elo inteligente da estória.
>
> Veja q a inteligencia da maquina NAO eh invalidada por que alguem
> a construiu!!!

Perfeitamente, concordo. A inteligência de uma máquina não é invalidada
pelo fato de ela ter sido construida, ela é invalidada pelo fato de
ela *não estar construindo nada a mais do que foi originalmente
programada*! Em outras palavras, uma máquina inteligente, em minha
forma de ver a questão, *precisa* ter o potencial de descobrir
conhecimento adiante daquele dado por seu "criador".

>. Da mesma forma alguem poderia construir um
> corpo humano, celula a celula, e nao eh por isso q este corpo
> humano deixaria de ser inteligente !

Mas também não é por isso que esse corpo *seria* inteligente.
Ele só é inteligente se consegue gerar conhecimento. Se fosse
possível construir um ser humano a nível celular ou atômico mas
que não pudesse gerar conhecimentos, esse ser seria tão inútil
quanto ligar o seu computador e esperar que ele aprenda a
fazer algo sozinho.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo que vc chuta.
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/05/2001 17:59

From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Navega, navega:
>
> >>Hoje já temos como dizer que o raciocínio humano não é lógico
> (há experimentos de Philip Johnson-Laird que confirmam isso).<<
>
> >>A questão mais importante é que se com três predicados a
> coisa fica complicada, como você disse o que ocorrerá com 20
> predicados? A mente humana não pode ser lógica simplesmente
> porque haveria uma explosão combinatória de possibilidades
> a serem tratadas e isto impediria que tivessemos tempo hábil
> para pegar uma xícara de chá da mesa antes de morrermos de
> velhice.<<
>
> Não conheço os experimentos acima citado, não estou tão atualizado
> assim na coisa (gostaria muito que se concretizasse meu desejo de há
> bom tempo: trocar > tudo que sei por aquilo que não sei ... ai vcs
> iriam ver o que é ter um gênio pela frente!).
> Entretanto, ainda fixo-me na idéia de que o sistema binário, com
> sua série de sinais 'tudo ou nada', corresponde admiravelmente à
> marcha dos nossos pensamentos.

Bem, eu tenho como argumentar de que esse sistema é completamente
inadequado para o tipo típico de inferência que nós humanos fazemos.
O fato de *algumas* inferências que fazemos poder ser modelado por
um sistema lógico/binário não é indicação de que esse sistema
consiga modelar todo o restante de nossa cognição. E há muita
coisa acontecendo no cérebro "embaixo dos panos".

> Na velha e boa teoria da informação, um teorema não demonstra
> que a melhor forma que pode assumir uma 'mensagem' é uma 'sucessão
> de alternativas'?
> Vc pode objetar, no entanto, que esse sistema binário tem seus
> defeitos. Em primeiro lugar, a notação de um número é, nesse
> sistema, muito mais longa que na numeração decimal. É verdade,
> mas não se deve exagerar: três vezes mais longa, aproximadamente;
> não mais. Se as crianças começassem seus aprendizados usando do
> sistema binários essas objeções nem existiriam. O sistema decimal
> seria um tropeço.

As objeções que faço a esse sistema não estão relacionadas a tamanho,
mas sim a capacidade de resolver problemas perceptuais.

Qualquer criança sabe reconhecer uma maçã em cima da mesa.
Pouquíssimos programas de computador atuais conseguem este feito.
Agora, corte a maçã na metade. A criança ainda vai dizer que há
uma maçã ou ao menos um pedaço dela na mesa. Aqueles programas, não.

Bem, o programador de um sistema desses pode tentar ajustar o
programa para reconhecer maçãs cortadas ao meio. Ótimo. Então eu
corto a maçã com 1 milímetro a menos e o programa não vai funcionar.
O programador insiste, e faz com que seu sistema consiga reconhecer
uma maçã cortada dentro de certos limites. Estamos comparando a
capacidade desse programa à cognição de uma criança. Aí eu falo
para a criança que nós temos dois problemas a resolver:

a) um coleguinha seu está com fome e quer uma maçã para
comer. Serve tanto uma inteira quanto uma metade, responde a criança.

b) O Sr. João da mercearia quer vender uma maçã a uma freguesa.
Ora, não serve meia maçã, tem que ser uma inteira.

A criança sabe disso, mas o programa não. O programador coça a
cabeça e diz: ok, eu resolvo isso, é só fazer um ajuste na base
de conhecimentos do sistema ou no sistema de inferência que a
coisa vai. E assim, o programa no computador cresce mais um
pouco. Agora é a vez de mostrar à criança uma banana de plástico
e dizer a ela que não dá para comer. Ela pergunta em seguida: existe
uma maçã de plástico? Claro que sim, respondemos contentes com
o raciocínio analógico empregado. O programa, apresentado à mesma
situação, não consegue sair do chão. Então o programador vai
lá e tenta consertar.....

Essa é, de forma resumida, a história de 45 anos de inteligência
artificial. É a história da descoberta de que há algo de muito
estranho na idéia de que temos lógica e proposições na cabeça.
Mas não temos. Veja o nível de complexidade que o programa
precisa tratar no caso acima. E estamos falando de maçãs. Temos
abacates, laranjas, limões, temos galinhas, trens, edifícios,
temos jornais, revistas, metrô, etc., etc. Cada um desses itens
dispõe de uma infinidade de associações e correlações, que
levariam qualquer computador à loucura. O número de combinações
de possibilidades é tão gigantesco que há como argumentar que
não poderiam ser representadas nem com todos os átomos do
universo.

Temos em nosso cérebro, na verdade, um sofisticado mecanismo
perceptual, capaz de reconhecer similaridades, transportar
analogias, usar metáforas, criar novos procedimentos, enfim,
um monte de procedimentos incompatíveis com a fria lógica
pura do 0/1.

> Vejamos uns confrontos (com o intuito de chegar ao seu naufrágio
> acerca do 'haveria uma explosão combinatória' --- e acredito que
> não chegarei a isso nessa mensagem).

Eu adoraria naufragar nesse assunto, pois isso tornaria a IA muito
mais fácil. Infelizmente, isso não ocorrerá.

> Para multiplicar 854 por 77, no sistema decimal são necessárias 6
> multiplicações elementares e, em seguida, 5 adições elementares, ou seja,
11
>operações elementares (sem levar em conta as quantidades 'retidas'). Com o
>sistema binário são necessárias 70 multiplicações elementares e 31 adições
(tb
>sem levar em conta as quantidades retidas). No total são 101 perações. A
mão tem
>que escrever 18 algarismos decimais e 77 binários.
>Além das extremas facilidades das operações binárias elementares, a rapidez
com
>que a máquina pode efetuar isso deixa longe a calculeira decimal. E isso se
>veria, com certa simplicidade, se em nossa infância tivéssemos aprendido,
ao
>mesmo tempo, os dois sistemas.

Não discuto que esse seu sistema é apropriado. Mas faça a experiência
com algo muito diferente: comparar a similaridade entre maçãs e
laranjas. Ou tente obter um procedimento à base de regras dedutivas
para identificar as situações que se encaixem em conceitos
abstratos, como "justiça", ou "sofrimento", ou "alegria", "riqueza",
etc. Entender esses conceitos é simples até mesmo para crianças, mas
terrivelmente complexos para computadores. Vem daí uma primeira pista de
que a nossa cognição não tem muito a ver com dedução nem com lógica.

> Um pensamento, mesmo o mais simples, ocupa nosso espírito por certo tempo.
> A inscrição de um sinal sempre exige da mão certa ação. 101 operções
> elementares serão sempre menos rápidas do que 11!

Em computadores atuais, isto é verdade. Mas para seres humanos, isto
nem sempre ocorre. Se você está aprendendo como fazer essas
operações, pode ser que leve um tempo grande durante as primeiras
11 operações, mas as 200 seguintes podem ser extremamente rápidas,
pois nosso cérebro pode ter se "ajustado" para executá-las com
eficácia. É o efeito do aprendizado e da otimização.

Essa é uma característica dos cérebros que não tem contrapartida
nos computadores: nos cérebros, quanto mais aprendemos em geral
mais rápidos ficamos para resolver um problema. Em computadores,
é o oposto: mais dados implica em maior tempo de pesquisa.
É outro sinal de que existem diferenças básicas entre os dois.

> Mas, além disso, o homem sofre de terrível fraqueza: o cansaço. E o
> espírito sente-o muito mais rapidamente que os músculos. diante de
> um grande número de objetos, principalmente abstratos, o homem sempre
> corre o risco de cometer um erro. depois de alguns minutos fatalmente
> confundir-se-á em seus malabarismos de 1 e de 0!

Creio que o erro humano tem uma razão de ser. Ele é derivado do fato
de que há certo nível de ruído neural em nossos cérebros (basta
tentar ficar com as mãos totalmente paradas: há mínimos movimentos,
que em casos de doenças degenerativas do cérebro, são muito mais
visíveis). O ruído, quando em pequena monta, não é nosso inimigo,
mas é nosso amigo: ele permite que de vez em quando nosso cérebro
percorra caminhos "ilógicos", aqueles caminhos que tem o potencial
de revelar aspectos novos e criativos.

> Ainda não cheguei onde queria (como já adverti), mas acabo fazendo
> vc concordar que a mente humana pode ser lógica e não entrar no
> tumulto da explosão combinatória de possibilidades. Tenho que
> pensar ... logo tenho de existir! (João --do nônio--, santos 0,
> corintias 3).

A mente humana pode ser ocasionalmente lógica, mas isso é uma
pequena parte do que ela executa de processamento informacional.
A maior parte está inacessível a nossa consciência e é a parte
relacionada à percepção. Quando dirigimos um carro em uma
avenida movimentada, podemos estar cantarolando ou conversando
com um passageiro ao lado. Enquanto isso, nosso cérebro está executando
um imenso número de operações de reconhecimento, identificação e
tomada de decisões motoras, um volume tal que faz qualquer
pentium IV parecer um ábaco.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo que vc chuta.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/05/2001 18:28

Sergio Navega wrote:

> >Mas nao eh verdade que SOH A INDUCAO possa gerar
> >conhecimento novo.
>
> Posso concordar no máximo que indução sozinha é problemática, é necessário
> usar dedução também. Mas se considerarmos a palavra indução como querendo
> dizer métodos não-demonstrativos (onde se incluiriam raciocínio analógico,
> abdução, etc.), então fico com a minha asserção anterior: só a indução
> gera conhecimento novo.
>
> >
> >Prova :
> >Veja o projeto "Criator" que postei a pouco. Ele gera conhecimento
> >sem nenhum tipo de inducao.
> >
>
> Se o projeto "Criator" não usar indução, ele será praticamente um
> sistema de geração combinatória de conceitos.

Sim, mas isso nao refuta a prova q nao eh soh a inducao pode gerar
conhecimento novo.


> O número de associações
> feitas por um sistema desses será tão astronômico que os humanos
> passarão o resto de suas vidas analisando sugestões totalmente
> sem sentido.

Bom, a questao de performance eh um outro problema que nao refuta
a teoria da geracao de conhecimento.
E a performance pode ser grande se os filtros forem eficazes.
Ou se o processamento for feito em paralelo.
Note q um computador que joga xadrez faz a mesma coisa ele tem uma
explosao combitnatoria mas tem algoritmos q otimiza esta filtragem.

Isso mostra q minha ideia eh factivel e pode ser que o cerebro humano funcione
da mesma forma soh que com um paralelismo altissimo.
[]s
jocax


> Uma criança de 3 anos dispõe de um processo de geração
> de conhecimentos muito mais eficiente.
>
> Até mais,
> Sergio Navega.
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/05/2001 18:49

Sergio Navega wrote:

> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> [corte]
> > O numero de pontinhos *eh funcao* da informacao que o livro
> > contem sim vc pode utilizar a informacao de varias maneiras e uma
> > delas eh esta como poderia ser contar o numero de palavras "CASA" do
> > texto.
>
> Ok. Então me diga, quem é que diz ao programa para procurar a
> palavra "casa" e porque razão?

O q importa quem o diga ? Eu posso ter um gerador de numeros aleatorios
que escolhe palavras ao acaso para a maquina contar , qual a diferenca?

E o fato de ter alguem dizendo o q ela deve contar nao implica q
ela nao eh inteligente. Sempre q alguem te manda fazer algum trabalho
implica que vc nao tenha inteligencia?
Na sua definicao de inteligencia nao existe a clausula de que nao se pode
obedecer ordens. Nao fala nada sobre quem fez o ser ou o quem ele deve ou
nao obedecer. No exemplo q dei a maquina pega a informacao e a transforma gerando novo
conhecimento.


> Qual a *finalidade* dessa procura?

A definicao de inteligencia nao depende da finalidade com que o
conhecimento eh gerado. Nao precisa ter finalidade.
Mas se vc quiser uma eu posso dar : ele conta palavras parq que outra maquina
possa construir tantos parafusos quantas palavras "casa" no livro.
Precisa ser uma finalidade util? Para quem?


>
> Perceba que inteligência é um conceito ligado à *descoberta*, ao
> ato de obter associações e correlações do fluxo sensório que chega
> ao organismo. Dessa descoberta vem a feitura de novos modelos da
> realidade que o sistema pode usar para seu benefício.

Mas o programa descobriu o numero de "casas" no texto.
Ele associou o texto do livro aa qtdade de palavras "casas".
Nem um bebe de 3 anos pode fazer isso.


>
>
> > A informacao eh tudo q esta no livro incluindo as palavras
> > com que foi escrito. Veja q NAO IMPORTA se os livros tenham o mesmo
> > numero de palavras ou nao. Eh o mesmo q dizer que um romance
> > eh igual ao outro porque provocou o mesmo numero de gotas de lagrimas.
>
> No que dois livros diferentes, mas com a mesma quantia de palavras
> diferem? Ora, eles diferem na formação, disposição e estrutura
> estatística das palavras, além de suas conexões semânticas. Um
> programa que fosse inteligente iria procurar correlações por
> si mesmo. Um programa de contagem de palavras não faz isso, pois
> ele está simplesmente "obedecendo ordens fixas" do programador.

Veja q eu segui sua definicao de inteligencia.
Vc propoe muda-la para q ordens fixas nao poderem ser obedecidas?
vc esta programado com uma ordem fixa de respirar. Eh tao fixa q vc nem
precisa pensar muito para cumpri-la, vc nao eh inteligente por isso?


>
> Um programa que conta e imprime palavras não descobre nada!

Descobre qtas palavras tem no texto !


>
>
>
> > > agora, eu lhe pergunto: quem foi que "disse" para essa máquina
> > > como fazer para detetar as palavras? Quem especificou o que é uma
> > > palavra e o que não é? Obviamente, um programador humano. Pois foi
> > > esse sujeito o único elo inteligente da estória.
> >
> > Veja q a inteligencia da maquina NAO eh invalidada por que alguem
> > a construiu!!!
>
> Perfeitamente, concordo. A inteligência de uma máquina não é invalidada
> pelo fato de ela ter sido construida, ela é invalidada pelo fato de
> ela *não estar construindo nada a mais do que foi originalmente
> programada*!

Mas a definicao de conhecimento nao incluia isso. Posso , em teoria,
ter uma maquina programada que descobre muito mais coisas que qqr pessoa.
Ademais podemos dizer q o ser humano tambem eh uma maquina programada
pelos genes para executar uma serie de tarefas. Nao existe diferenca conceituais
e sim de complexidade apenas.
Vc pode executar tarefas dependendo do seu input assim comouma maquina
tambem podera faze-lo.


> Em outras palavras, uma máquina inteligente, em minha
> forma de ver a questão, *precisa* ter o potencial de descobrir
> conhecimento adiante daquele dado por seu "criador".
>

Mudou outra vez a definicao de inteligencia ???
O criador nao sabia qtas palavras tinha no livro e por isso a maquina
descobriu coisas alem do conhecimento dele.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo que vc chuta.
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/05/2001 19:07

From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
>From: "Sergio Navega"
>To: <ciencialist@yahoogroups.com>
>Sent: Thursday, May 17, 2001 9:27 AM
>Subject: [ciencialist] Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware =
aquilo
>que vc chuta.
>
>> Sugestão de onde está a resposta: dedução versus indução.
>> Nosso raciocínio começa de forma indutiva, enquanto que a
>> lógica reflete apenas a dedução. E a minha próxima asserção
>> pode levantar as sombrancelhas de alguns aqui, mas acredito
>> que consigo defendê-la:
>> Dedução não gera conhecimento novo, só indução consegue isso.
>
>Olá, Sergio. Estou pegando o bonde andando pois, por falta de tempo, não
>venho acompanhando devidamente esta thread e, além do mais, e como diria o
>Léo, percebo que existe, em alguns dos assuntos abordados, "muita areia
para
>o meu caminhãozinho". Por outro lado, o tema "dedução versus indução"
>interessa-me bastante e creio mesmo que trata-se de uma nova versão para
>aquela história de quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha.
>

Olá, Alberto. Estou há algum tempo para ler seus textos e acho que
agora não vou ter mais desculpas. Concordo que há um gosto galináceo
nessa discussão, pois a meu ver há situações que podem ser ditas
como começando com induções e outras que certamente começam com
dedução.

>As grandes críticas ao indutivismo foram feitas por Popper e, ao que me
>parece, ainda não foram devidamente refutadas. Creio mesmo que Popper
comete
>um grande pecado ao pretender abolir de uma vez por todas com o "método
>indutivista" ao propor o que chamou "teoria do método dedutivo de prova". A
>meu ver, indução e dedução são *vias* e não *métodos* e para atingir-se
>qualquer objetivo científico impõe-se a utilização de ambas as vias, além
de
>outras --análise e síntese-- que constituem em seu conjunto o que poderia
>ser chamado Método Científico. Descrevo isso em "Teoria do Método
>Científico" que está à disposição dos internautas em
>http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/artigos/metcien1.htm ou
>então em formato "doc" em ftp://ftp.saojudas.br/pub/revint/255_7.ZIP , bem
>como em outro artigo intitulado "A espiral da práxis" e que pode ser
>encontrado no URL
>http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/FilCien/cap03.htm .

Tenho grande admiração por Popper e acho que ele foi uma das figuras
mais importantes de todos os tempos na filosofia da ciência. Só não
levo para casa a colocação dele de que indução é sempre maléfica.
É um processo perigoso e que frequentemente conduz a erro, mas é
parte indispensável do raciocínio, principalmente quando não temos
muita coisa em nossas mãos.

>
>Os que observarem a figura do que denominei "espiral da práxis" notarão que
>o método científico "propriamente dito" inicia-se pela dedução. Isto não
>significa dizer que a "dedução nasceu primeiro" mas, simplesmente, que
>convencionou-se chamar como atividade científica aquela que apoia-se no
>método científico, e este sem dúvida alguma começa pela dedução. Obviamente
>estou me referindo ao método científico utilizado pelos cientistas
naturais,
>mas tenho fortes argumentos a me convencerem sobre a unicidade do método
>científico para todas as áreas do que poderíamos chamar ciência.
>
>Concordo contigo no sentido de que o "nosso raciocínio não começa pela
>dedução". Isso porém não é o mesmo que dizer que o "nosso raciocínio começa
>de forma indutiva", posto que o que nos leva à "dedução de hipóteses" não é
>a indução e sim a intuição. A intuição, como diz o dicionário do Aurélio, é
>"o ato de ver, de perceber, de discernir, de pressentir"; é a contemplação
>pela qual se atinge a verdade por meio não racional. É aqui importante não
>confundir intuicionismo --doutrina que faz da intuição o instrumento
próprio
>do conhecimento da verdade -- "ver para crer"--, com intuitivismo. O
>cientista empírico parte da verdade --intuitivismo-- mas rigorosamente
>falando não está meramente à procura da verdade --intuicionismo-- mas sim
da
>corroboração de suas teorias (agora sim, utilizando-se do método
>científico).

É justamente sobre a conceituação de intuição que tenho gasto tempo de
pesquisa e pensar. Creio que grande parte das questões que normalmente
analisamos sobre o pensamento humano estão obscurecidas por causa do
mal entendimento que fazemos dessa noção. O próprio Popper parece
criticar a indução através do uso desse bode expiatório que seria
a intuição, para salvar-lhe a pele. Mas o que ocorreria com Popper
se a intuição fosse um processo cognitivo que dependesse de
atividade indutiva? Tenho razões para crer (faço isso em outra
mensagem, para não ficar com esta muito grande) que boa parte
daquilo que chamamos de intuição é na verdade um processo neural
complexo, mas em cujas raízes existem elementos altamente
indutivos. Quando se observa o que os neurônios fazem com os
impulsos que processam, percebe-se que existe indução na jogada.

>
>Sem dúvida, a intuição é bastante complexa, *por vezes* simula a utilização
>de um raciocínio indutivo, o que gera confusões homéricas, e é de difícil
>axiomatização, razão pela qual foi alijada do método científico. Não
>obstante, e poucos se dão conta disso, todo progresso científico começa
pela
>intuição. E é por isso que não acredito que o computador venha um dia a
>substituir o homem na atividade criativa, pois falta ao computador o
>principal fermento da criatividade, a intuição.

Sou de opinião de que se falta isso ao computador, isso é culpa nossa,
e não dele (computador). Lido com a hipótese de que a intuição é uma
forma de processamento de informação e, por essa razão, algo que possa
receber explicações plausíveis a ponto de poder ser, oportunamente,
implementado em máquinas computacionais. A área de IA tem, hoje,
diversos exemplos que conseguem nos dar esperanças.

>
>Em outra thread parece-me que o Jocax, ao abordar esta falta de
criatividade
>inerente ao computador, pretende substituir a intuição por um método de
>"tentativa e erro". Sinceramente, não acredito numa criatividade a
apoiar-se
>neste método, ainda que concorde que em condições excepcionais a ciência
>possa evoluir por cima deste método que, para dizer o menos, é muito feio.

Também acho que tentativa e erro, por si só, não constitui solução. Mas
não tenho como descartar esse método, se ele faz parte de um todo mais
sofisticado. Afinal, a evolução das espécies tem certa similaridade
com esse procedimento. Há certos cientistas (Gerald Edelman é um exemplo)
que advogam mecanismos darwinianos para a cognição humana, onde as
idéias "competem" entre si na mente e ganha aquela que consegue
conquistar maior número de "aliados".

>A
>beleza da ciência reside justamente em seu progresso a partir da intuição,
>do observar sob um novo ângulo coisas que estavam por aí mas que jamais
>haviam sido abordadas por esta nova maneira de visualizá-las. Esta evolução
>também não está livre de empecilhos e/ou dificuldades, o que foi referido
>por Einstein da seguinte maneira:
>
> "A história das descobertas científicas e técnicas revela-nos quanto o
> espírito humano carece de idéias originais e de imaginação criadora. E
> mesmo quando as condições exteriores e científicas para o aparecimento
> de uma idéia já existem há muito, será preciso, na maioria dos casos,
> uma outra causa exterior a fim de que se chegue a se concretizar. O
> homem tem, no sentido literal da palavra, que se chocar contra o fato
> para que a solução lhe apareça. Verdade bem comum e pouco exaltante
para
> nosso orgulho, e que se verifica perfeitamente no barco de Flettner. E
> atualmente este exemplo continua espantando todo mundo!"
>
>Se houver algo de verdade neste pensamento de Einstein, e parece que há
>muito, o "filtro semântico" do Jocax vai para o brejo. :-)) Aliás, e a esse
>respeito, percebo um otimismo demasiado no Jocax. É suficiente estudar um
>pouquinho da história da ciência para verificarmos o quanto a mentalidade
>universitária dos tempos atuais é refratária a idéias novas. Quanto mais
>produzir um "filtro semântico" a depurar as milhares de asneiras a serem
>"criadas" pelo computador, se é que essa "criação" seria possível.
>

Precisamente esse filtro contra asneiras que nós temos é um dos
elementos fundamentais que deve ser levado em conta. O que é esse
filtro? Quais suas características? Como evolui? Como opera?

Por tudo que tenho estudado nos últimos anos, creio que a resposta
está em um sério e científico estudo da cognição das crianças. E um
dos principais nomes neste setor é Jean Piaget. Seu construtivismo,
embora tenha recebido importantes atualizações e modificações,
é uma das mais inovadoras formas de observação da cognição humana.
E é desse estudo da cognição que percebemos como indução e
dedução são faces inseparáveis de uma mesma moeda.

Até mais,
Sergio Navega.






SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/05/2001 20:20

From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
>Sergio Navega wrote:
>
>> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
>> [corte]
>> > O numero de pontinhos *eh funcao* da informacao que o livro
>> > contem sim vc pode utilizar a informacao de varias maneiras e uma
>> > delas eh esta como poderia ser contar o numero de palavras "CASA" do
>> > texto.
>>
>> Ok. Então me diga, quem é que diz ao programa para procurar a
>> palavra "casa" e porque razão?
>
>O q importa quem o diga ? Eu posso ter um gerador de numeros aleatorios
>que escolhe palavras ao acaso para a maquina contar , qual a diferenca?

A diferença é que se não há intencionalidade, então você está lidando
com informação, e não com conhecimento.

>
>E o fato de ter alguem dizendo o q ela deve contar nao implica q
>ela nao eh inteligente. Sempre q alguem te manda fazer algum trabalho
>implica que vc nao tenha inteligencia?

Se eu recebo uma especificação completa de um trabalho a ser feito
e se eu o executo sem alterar nada, então eu não tenho inteligência.
Temos em nossos lares um montão de máquinas que operam dessa
forma, todas elas burrinhas.

Mas esse tipo de comportamento não funciona de forma desassistida
neste nosso mundo em que vivemos! O mundo em que vivemos é cheio
de situações que não podem receber especificação completa. E isto
ocorre porque nossa visão de mundo é vaga, incerta, probabilística
e dependente do acaso. Qualquer especificação que seja completa
o suficiente para descrever *todas* as possibilidades que podem
ocorrer, mesmo em situações simples, seria intratável e
incompreensível para um ser humano. Não temos memória suficiente
para isso (é o problema da explosão combinatória).

>Na sua definicao de inteligencia nao existe a clausula de que nao se pode
>obedecer ordens.

Concordo. Mas se só obedecer ordens, sem nunca criar nada, então
não há inteligência. Você acha que um braço robótico de montagem
de carros da Volkswagen é um ser inteligente? Ele não monta
um carro? Mas não é inteligente, certo?. Ele não descobre coisas
novas, é fixo e imutável, vai sempre executar as mesmas tarefas,
faça chuva ou faça sol. Transforma informação em informação.

>Nao fala nada sobre quem fez o ser ou o quem ele deve ou
>nao obedecer. No exemplo q dei a maquina pega a informacao e a transforma
> gerando novo conhecimento.
>

Errado.
A máquina que você sugeriu pega informação e gera *informação*.

Quem vê conhecimento nisso é aquele que *lê* o número impresso!

É essa pessoa que lê que *sabe* que aquele número significa número
de palavras, e por causa disso essa pessoa pode, por exemplo,
agir decidindo se o arquivo cabe ou não em um disquete. A máquina
que fez a transformação não sabe de nada, só transforma de
informação para informação.

>
>> Qual a *finalidade* dessa procura?
>
>A definicao de inteligencia nao depende da finalidade com que o
>conhecimento eh gerado. Nao precisa ter finalidade.
>Mas se vc quiser uma eu posso dar : ele conta palavras parq que outra
maquina
>possa construir tantos parafusos quantas palavras "casa" no livro.
>Precisa ser uma finalidade util? Para quem?

Em todo esse circuito, o conhecimento está apenas na cabeça das pessoas
que olham para as máquinas e percebem o que elas fazem. As máquinas são
transformadores de informação em informação. São os humanos que
observam os parafusos que saem de uma máquina e fazem algo com
aquilo, porque intencionaram fazer algo.

>>
>> Perceba que inteligência é um conceito ligado à *descoberta*, ao
>> ato de obter associações e correlações do fluxo sensório que chega
>> ao organismo. Dessa descoberta vem a feitura de novos modelos da
>> realidade que o sistema pode usar para seu benefício.
>
>Mas o programa descobriu o numero de "casas" no texto.
>Ele associou o texto do livro aa qtdade de palavras "casas".

Descobriu, sim. Mas isso que ele descobriu foi *informação*.
Não foi conhecimento! Somos nós humanos, *fora* da máquina,
que sabemos o que é uma "palavra". Coloque sua máquina
para fazer um parse disto:

World_Trade_Center

É uma palavra? São três palavras? Quem decide isso? Ora,
quem tem conhecimento, quem sabe a *finalidade* da divisão
de palavras. Uma máquina que seja programada para fazer
a divisão só com espaços em branco *NUNCA* vai aprender
que essa sequência acima deve ser encarada como três
palavras (a não ser que o programador *mude* o programa,
mas aí quem é inteligente é o programador, *e não a máquina*).

>Nem um bebe de 3 anos pode fazer isso.

Sabe porque um bebê não sabe isso? Porque não é importante para
a sua sobrevivência. Mas um bebê reconhece a mãe, o que em termos
computacionais é muito mais complexo do que qualquer uma dessas
operações de que falamos. E é fundamental para sua sobrevivência.

>>
>> > A informacao eh tudo q esta no livro incluindo as palavras
>> > com que foi escrito. Veja q NAO IMPORTA se os livros tenham o mesmo
>> > numero de palavras ou nao. Eh o mesmo q dizer que um romance
>> > eh igual ao outro porque provocou o mesmo numero de gotas de lagrimas.
>>
>> No que dois livros diferentes, mas com a mesma quantia de palavras
>> diferem? Ora, eles diferem na formação, disposição e estrutura
>> estatística das palavras, além de suas conexões semânticas. Um
>> programa que fosse inteligente iria procurar correlações por
>> si mesmo. Um programa de contagem de palavras não faz isso, pois
>> ele está simplesmente "obedecendo ordens fixas" do programador.
>
>Veja q eu segui sua definicao de inteligencia.
>Vc propoe muda-la para q ordens fixas nao poderem ser obedecidas?

Um computador inteligente pode ter um programa fixo, construído
de uma forma especial. Dá para dizer que *tudo* o que esse
programa fizer vai ser previsível por nós? Não. E porque? Porque
um programa que tenha ordens fixas mas cujo *comportamento* se
altere em função de suas entradas e saídas sensórias, esse
programa pode ter ordens fixas e mesmo assim ter um conjunto
de *noções variáveis*, adquiridas (criadas) a partir da
inspeção dessas entradas sensórias. São essas noções variáveis
(como o que é uma "palavra", o que é um número, etc) que podem
fazer o computador gerar conhecimento próprio.

>vc esta programado com uma ordem fixa de respirar. Eh tao fixa q vc nem
>precisa pensar muito para cumpri-la, vc nao eh inteligente por isso?
>

Você está tentando dizer que se há ordens fixas em um sistema, então
ele não pode ser inteligente. Eu digo que se o sistema tem uma
obediência determinada a um conjunto de noções fixas, pré-determinadas
e imutáveis, então ele não é inteligente. Se eu tenho que dizer
para o computador o que é uma "palavra", e se tudo o que ele me
diz é apenas uma computação feita sobre essa definição, então
esse computador não é inteligente. Mas se eu jogo nessa máquina
um texto ASCII sem dizer o que é espaço, o que é vogal, o que
é consoante, o que é linha, parágrafo, texto, etc., tudo isso
pode ser descoberto pela própria máquina. Existem programas que
fazem muito mais do que isso hoje em dia. Esses programas têm
uma semente de inteligência operando.

>
>>
>> Um programa que conta e imprime palavras não descobre nada!
>
>Descobre qtas palavras tem no texto !
>

Descobre informação. Mas não conhecimento. Conhecimento só passa
a existir na mente de uma pessoa que lê o resultado impresso
e decide (ou tem potencial para decidir) o que fazer com aquele
número. O número tem significado para essa pessoa e esse
significado não foi determinado por um "criador", mas foi
determinado pela própria pessoa, desde seu aprendizado quando
criança.

>>
>> > > agora, eu lhe pergunto: quem foi que "disse" para essa máquina
>> > > como fazer para detetar as palavras? Quem especificou o que é uma
>> > > palavra e o que não é? Obviamente, um programador humano. Pois foi
>> > > esse sujeito o único elo inteligente da estória.
>> >
>> > Veja q a inteligencia da maquina NAO eh invalidada por que alguem
>> > a construiu!!!
>>
>> Perfeitamente, concordo. A inteligência de uma máquina não é invalidada
>> pelo fato de ela ter sido construida, ela é invalidada pelo fato de
>> ela *não estar construindo nada a mais do que foi originalmente
>> programada*!
>
>Mas a definicao de conhecimento nao incluia isso. Posso , em teoria,
>ter uma maquina programada que descobre muito mais coisas que qqr pessoa.

Descobre o quê? Mais informação? Se eu passar um texto por um
programa de estatística, esse programa vai descobrir correlações
que *nenhum ser humano* poderia descobrir.

Será que esse programa pode ser dito como sendo inteligente, se
conseguiu superar um ser humano? Pode ser dito como tendo gerado
conhecimento? Claro que não! Pois conhecimento depende de capacidade
para ação. O programa não irá tomar nenhuma atitude por si só, só
tomará atitudes que tenham sido previamente determinadas por alguém
de fora, um ser humano inteligente.

>Ademais podemos dizer q o ser humano tambem eh uma maquina programada
>pelos genes para executar uma serie de tarefas.

Todos os seres vivos que possuem cérebro não se encaixam nessa situação.
Pegue a larva mais miserável, o comportamento dessa larva é altamente
dependente do ambiente. Abelhas tem um potencial de aprendizado
extraordinário, como recentemente demonstrado em um artigo na Nature.
São todos animais inteligentes, obviamente em graus diferentes, mas
obedecendo à minha definição desse conceito.

>Nao existe diferenca conceituais
>e sim de complexidade apenas.
>Vc pode executar tarefas dependendo do seu input assim comouma maquina
>tambem podera faze-lo.

A principal diferença que existe é a existência do agente.
Um agente inteligente (um bebê, uma abelha, um peixe) todos eles
estão dentro de um ciclo de percepção/ação. Coletam coisas do
meio ambiente, aprendem certas coisas, desenvolvem certos modelos
e usam esse conhecimento criado para melhorar sua possibilidade
de sobrevivência. Inteligência e geração de conhecimento são
coisas que precisam ser entendidas dentro desse conceito de
agentes. Um programa que calcule o número de palavras de um
texto não tem percepção e não pode agir sobre um meio ambiente.
Portanto, não é um agente, e assim não pode ser considerado
inteligente.

>
>
>> Em outras palavras, uma máquina inteligente, em minha
>> forma de ver a questão, *precisa* ter o potencial de descobrir
>> conhecimento adiante daquele dado por seu "criador".
>>
>
>Mudou outra vez a definicao de inteligencia ???
>O criador nao sabia qtas palavras tinha no livro e por isso a maquina
>descobriu coisas alem do conhecimento dele.
>

Você ainda está confundindo informação com conhecimento.
Lá vou eu novamente tentar dar um exemplo simples. Todo dia de manhã
eu ligo minha máquina e acesso meus e-mails. Para fazer isso, eu
aciono o dialer, que me coloca um dialog bem no meio da tela.
Todo santo dia eu arrasto esse dialog para o canto direito inferior,
que é a posição que eu gosto de deixá-lo. Já faz pelo menos três
anos que eu faço isso. Esse computador idiota que eu tenho em
minha frente NUNCA vai aprender isso, nem em um milhão de anos.
Vai repetir cegamente aquilo que os programadores da Microsoft
fizeram, sem alterar uma vírgula em seu comportamento, não importa
o que eu faça, nem que eu peça pelo amor de deus vestido de carmem
miranda com bananas na cabeça.

Mas se essa máquina tivesse um pouquinho de inteligência, o equivalente
à de *uma mosca da fruta*, em 5 ou 10 iterações (ou condicionamentos,
no caso da mosca) ele já colocaria o dialog na posição correta assim
que eu ligasse a máquina.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/05/2001 09:31

--- In ciencialist@y..., "Sergio Navega" <snavega@a...> wrote:

>Conhecimento
>É aquilo que está relacionado à *posse* de informação por um
>*agente* (organismo) que tenha intenção e *potencial* para ação.

>Inteligência
>Ser inteligente é ter a habilidade de *gerar* conhecimento.

Seguindo estas suas definicoes propus uma maquina simples que
le uma informacao ( um livro ) processa-a e age baseado
nesta informacao. Portanto, como esta maquina de posse da informacao
gerou uma acao, entao ela tinha conhecimento.
Como esta maquina teve habilidade para gerar este conhecimento entao
ela eh inteligente.

Nouto mail vc escreveu:
>"...Em todos esses casos, você tem conhecimento, mas a não ser que seja

>capaz de usar esse conhecimento fora da "regra codificada" original,
>não terá inteligência..."

Ou seja impos mais uma restricao ( ad hoc ) aa sua definicao
aparentemente apenas para desqualificar minha pobre maquina.
Ao q eu argumentei q tudo bem mas o ser humano tem muitas regras
codficadas soh que a codificacao esta no DNA e isso nao o desqualifica
como ser inteligente.. e vc ainda escreveu :

>Perceba que inteligência é um conceito ligado à *descoberta*, ao
>ato de obter associações e correlações do fluxo sensório que chega
>ao organismo

E eu argumentei q o numero de palavras q a maquina achou eh uma
descoberta tambem ao associar a palavra "casa" com as informacoes
recebidas por seus sistemas sensorios ( scanner ) .

E depois vc ainda alterou novamente a definicao :

> Em outras palavras, uma máquina inteligente, em minha
> forma de ver a questão, *precisa* ter o potencial de descobrir
> conhecimento adiante daquele dado por seu "criador".

E eu disse q , mesmo com esta alteracao da definicao ad hoc,
o criador nao sabia o numero de palavras do livro e por isto
a maquina fez uma descoberta q foi alem.

E depois vc ainda me veio com :
> pelo fato de ela ter sido construida, ela é invalidada pelo fato de
> ela *não estar construindo nada a mais do que foi originalmente
> programada*!

Mudando novamente a definicao de conhecimento, mas eu disse
que nos tambem somos previamente programados para varias tarefas
e que, digo agora, a minha maquina simples poderia alterar
aleatoriamente
a palavra a pesquisar no livro e isso mostra q ela poderia fazer coisas
que nao estava programada.


> >Na sua definicao de inteligencia nao existe a clausula de que nao

se pode
> >obedecer ordens.
>
> Concordo. Mas se só obedecer ordens, sem nunca criar nada, então
> não há inteligência.

Bom, mas a maquina *criou* algo : ela criou um pontinho
para cada palavra "casa" do livro.


> >Nao fala nada sobre quem fez o ser ou o quem ele deve ou
> >nao obedecer. No exemplo q dei a maquina pega a informacao e a

transforma
> > gerando novo conhecimento.
> >
>
> Errado.
> A máquina que você sugeriu pega informação e gera *informação*.

Errado releia a sua definicao de conhecimento e vera q a maquina
se enquadra.

Sergio o q vc nao esta percebendo eh que nos tambem somos maquinas
claro q um pouco mais complexas do que a minha maquina contadora de
palaras mas nao deixamos de ser maquinas. Podemos ter todo tipo
de complexidade de maquinas e por isso nunca poderemos diferenciar
conceitualmente entre o que eh ser inteligente e o q nao eh.
Existem niveis de inteligencia e nao existe uma regiao
limitrofe bem definida entre o q eh e o q nao eh inteligente.

Este nosso dialogo soh serviu para mostrar o preconceito que temos
com as coisas q nao sao humanas que eh fruto de nossa visao ,
talvez religiosa, que os seres humanos sao especiais.

[]s
jocax



SUBJECT: Einstein
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/05/2001 13:50

Escrevi esse negócio para uma amiga, produto de um achaque de entusiasmo
que acabou me atransando as coisas - provavelmente hoje não terei noite...
Mas foi divertidíssimo. Mando para vocês. Foi escrito meio no joelho, deve
ter coisas imprecisas, parciais, incompletas ou até erradas, mas vai assim
mesmo. A guria não é física, é jornalista, tive que traduzir as coisas...
espero que para o português.

Até,
Belisário

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Oi, Rosane. Alguma coisa sobre o Einstein. Comecei a escrever hoje
alguma coisa, entusiasmei-me, não consegui parar de escrever e acabei
parindo um texto enorme - e diverti-me às pampas. É bom eu aproveitar esses
achaques e dar corda, a gente acaba produzindo coisas interessantes. Aí vai,
talvez te ajude.

Einstein cara foi um dos maiores físicos da História, e com certeza o
maior do século XX. O número de trabalhos importantes e de quantidades e
leis fisicas que levam seu nome não tem paralelo desde Isaac Newton.

Ele tem várias facetas.

- Tem o Einstein sionista, que escafedeu-se da Alemanha nazista antes
que os nazistas pensassem seriamente em agarrá-lo e que chegou a ser
convidado para ser o primeiro presidente do Estado de Israel, mas sabiamente
recusou, dizendo ser muito incompetente para isso.

- Tem o Einstein pacifista, que, anos após enviar uma carta ao
presidente dos EUA (que foi lida) pedindo, em nome da comunidade científica,
para desenvolver a bomba atômica antes que os nazistas o fizessem, enviou
outra (que não foi lida), pedindo que a bomba não fosse construída.

- Tem o Einstein fraseólogo, que soltou pérolas como: "Basta de dizer a
Deus o que ele deve fazer", ou a famosíssima "Deus não joga dados" (que ele
falou quando discutia com Niels Bohr sobre a mecânica quântica - a
interpretação usual da mecânica quântica, devida a Bohr, inclui um
indeterminismo intrínseco à Natureza, com o qual Eisntein jamais concordou).

- Tem o Einstein pitoresco, do qual se conta lendas como quando a
faxineira de um hotel achou em seu quarto, dentro de um livro, um cheque de
mil dólares datado de um ano anterior; ou quando não me lembro que
instituição de ciência, após perguntar-lhe que salário gostaria de ganhar
trabalhando lá, recusou-lhe a resposta, dizendo ser o salário muito baixo.

- Dizem que tem também o Einstein filósofo, mas eu nunca vi grande
filosofia nesse cientista. Ele tinha coisas bastante interessantes a dizer
sobre Epistemologia - afinal, um cara que revoluciona os fundamentos da
física é naturalmente forçado a entender-se com a Epistemologia de uma forma
ou de outra. Mas filosofia... creio que é mais um mito em torno de Einstein,
como tantos outros.

- E tem também, claro, o Einstein físico. Não era um físico típico.
Gostava mais de elocubrar sobre suas teorias do que de escrever os artigos -
os quais não escrevia com o devido cuidado, sendo forçado por vezes a mandar
outro artigo corrigindo. No artigo original onde ele lançou a principal
previsão da Teoria da Relatividade Geral (1916), de que a trajetória da luz
se curva sob a influência de um campo gravitacional como a trajetória de
qualquer outro objeto material, e que viria a ser confirmada em 1919, tinha
um erro de conta. Ele só o descobriu quando as observações não concidiram
com sua previsão.

Também não era um físico típico por causa da primazia que dava às
elocubrações teóricas, em detrimento do lado experimental. A Física é uma
ciência empírica, o que significa que todas as afirmações que ela clama
serem verdadeiras são sustentadas, em última análise, por dados
experimentais ou observacionais (diferença entre experimental e
observacional: por exempo, não dá para fazer experimentos com estrelas e
planetas, só observá-los). Einstein inaugurou uma nova forma de fazer física
com a Teoria da Relatividade Geral: o que a motivou não foi nenhum dado
experimental novo, nenhuma discordância entre a teoria e as experiências,
mas tão somente a necessidade interior que Einstein tinha de que a Natureza
fosse simétrica. Dizia ele que as leis da Física tinham que ser as mesmas
para qualquer observador, e a Teoria da Relatividade Especial que ele tinha
feito em 1905 (a que diz que E=mc2, etc.) não tinha essa característica. A
Geral também não viria a ter, mas avançou um pouco.

Nesse episódio se revela também uma mentalidade característica sua e que
foi desenvolvida pela comunidade científica da física nas décadas
posteriores: a importância da simetria na Natureza. O que movia Einstein
para fazer várias de suas teorias, incluindo as duas Relatividades, era
menos uma incompatibilidade entre as teorias existentes e os dados
experimentais que então estavam sendo observados (vide o primeiro artigo, de
Roberto Martins, da edição atual da Com Ciência) do que uma necessidade
estética. Einstein tinha uma fé inabalável em certas características que
acreditava que a Natureza deveria ter. A fé o movia nas duas descobertas.
Foi ela que o moveu em direção à Teoria da Relatividade (trabalhou
arduamente 11 anos nela), e também foi ela que o impediu de aceitar a
mecânica quântica. E foi ela também que o enclausurou, nos últimos 20 anos
de sua vida, em uma infrutífera tentativa de encontrar uma "Teoria do Campo
Unificado", uma teoria que fosse capaz de compreender tanto o campo
gravitacional quando o campo eletromagnético. Como eram as duas únicas
fontes de forças conhecidas na época, seria uma "teoria de tudo". Era
infrutífera porque não havia dados experimentais na época para tanto - não
se sabia que existiam também as forças nucleares, conhecia-se muito poucas
partículas elementares, etc.

A contribuição científica de Einstein estendeu-se por quase toda a
Física teórica de seu tempo. O ano de 1905 foi um "annus mirabilis",
comparável ao ano de 1666, também chamado pela mesma experessão, que foi
quando Isaac Newton escreveu sua Mecânica Newtoniana (a mecânica que
estudamos no colégio) e sua lei da gravitação universal. Em 1905, Einstein
trouxe duas grandes contribuições à Física.

Uma foi uma continuação ousada do trabalho de Planck. Planck, em 1900,
havia dito que a luz emitida pelos corpos aquecidos - chamada "radiação
térmica" - (quando você aquece uma faca, ela começa a emitir luz vermelha,
não é?) não é emitida continuamente, mas em "pacotinhos" de energia. Planck
fez isso porque foi a única forma que ele encontrou de explicar os dados
experimentais disponíveis sobre a radiação térmica. Einstein foi além e
disse que a própria radiação eletromagnética (incluindo a luz) era
constituída de pacotes chamados quanta (plural de quantum, do latim), a luz
que permeia esta sala não é contínua, é granulosa. O propósito de Einstein
era explicar também dados experimentais, relativos ao efeito fotoelétrico.
Existem certos materiais que, quando luz é incidida sobre eles, emitem
elétrons para fora. Hoje usa-se isso em células fotoelétricas, nas quais os
elétrons emitidos são "canalizados" em fios de cobre para constituir
correntes elétricas - transformação de energia luminosa em energia elétrica.
Sua teoria explicou perfeitamente o fenômeno, o que lhe rendeu um prêmio
Nobel mais tarde. Porém, para explicá-lo, ele teve que supor que os quanta
de luz se comportavam como partículas. Fazendo isso, ele trouxe à Física um
paradoxo famoso - a dualidade onda-partícula. Pois já há tempos sabia-se que
a luz comportava-se como uma onda, por causa de inúmeros experimentos. Como
ela podia se comportar como onda em algumas circunstâncias e como partícula
em outras?? Pois é exatamente isso o que acontece. Em 1923 o francês Louis
de Broglie generalizou esse comportamento para todas as partículas
elementares - elétrons, prótons, etc. A essas partículas estava associada
alguma espécie de onda. A interpretação do que seria essa onda desembocou no
conceito de indeterminismo intrínseco à Natureza.

Einstein foi, assim, um dos fundadores da mecânica quântica e introduziu
nela conceitos que mais tarde desembocariam no conceito de indeterminismo
intrínseco à Natureza. Foi um dos principais responsáveis pela criação do
"monstro" que ele próprio repudiaria.

Também, repare que Eisntein juntou dois fenômenos aparentemente
desconexos: a radiação térmica e o efeito fotoelétrico. O desenvolvimento da
mecânica quântica entre 1900 e 1927 foi caracterizado por essa dinâmica:
convergência de várias linhas de pesquisa aparentemente sem conexão entre
si.

A outra grande contribuição de Einstein em 1905 foi a Teoria da
Relatividade Especial. Naquela época, a Física estava no que os
historiadores da Ciência chamam de "crise". Descobriu-se que o
Eletromagnetismo, teoria terminada por James Clerk Maxwell em 1864, era
incompatível com a Mecânica Newtoniana, já com mais de 200 anos de sucessos.
Brutalmente incompatível. O que fazer? A solução de Einstein foi manter o
Eletromagnetismo e alterar a Mecânica Newtoniana, substituindo-a por outra,
a que se chamou Teoria da Relatividade Especial. Nessa teoria, o conceito de
tempo não é mais absoluto - o correr do tempo (a velocidade com que os
eventos se sucedem) depende da velocidade do observador. Como velocidade,
aceleração, etc., são conceitos que dependem do tempo, toda a mecânica fica
alterada, até mesmo os conceitos de energia e massa - por isso a
equivalência entre massa e energia, E=mc2.

Para fazer essa teoria, Einstein usou sua fé de que as leis da Física
devem ser as mesmas para qualquer referencial. Pois o grande problema entre
o Eletromagnetismo e a Mecânica Newtoniana era que as leis do
Eletromagnetismo pareciam diferentes para diferentes observadores. Se eu
estou parado aqui no meu canto, as leis são umas; se começo a me deslocar,
são outras. O Eletromagnetismo parecia eleger um referencial privilegiado,
onde as leis seriam aquelas descobertas por Maxwell em 1864. Entretanto,
quando foram tentar encontrar experimentalmente esse referencial
privilegiado, em 1880-1890, descobriram que as leis de Maxwell valiam
iguaizinhas para qualquer referencial! Algo estava errado.

Os dois postulados dos quais são derivados a relatividade dão uma medida
da capacidade de síntese de Einstein. Os dois são:

1) As leis da Física são as mesmas em qualquer referencial
2) A velocidade da luz independe da velocidade da fonte luminosa

Dois postulados muito inocentes e até óbvios. Se a luz é uma onda, a sua
velocidade não depende da fonte luminosa - a velocidade do som, por exemplo,
é 340 m/s, independentemente se o som foi emitido pelo sino de uma igreja ou
por um automóvel a 100 km/h (um avião supersônico tem a curiosa propriedade
de viajar mais rápido do que o som que ele mesmo emite, denxando as ondas
sonoras para trás).

Mas foi aplicando esses postulados que Einstein derivou toda a Teoria da
Relatividade, incluindo o E=mc2. Os efeitos relativísticos, na verdade, só
diferem mensuravelmente das previsões da mecânica newtoniana para velociades
muito grandes, próximas à da luz (300 mil km por segundo - equivalente a uma
volta na Terra em pouco menos de um sétimo de segundo).

Mas o problema principal não fora resolvido. Einstein conseguiu fazer
com que todos os refereciais inerciais ficassem equivalentes. Referenciais
inerciais são aqueles que não estão acelerados. Se você está num carro que
faz uma curva e sente uma força centrífuga, você não está num referecial
intercial. Se você está num trem e nem percebe que ele está se movendo, você
está em algo muito próximo de um referencial inercial. Os referenciais
inerciais são equivalentes do ponto de vista físico - tanto é que a gente
muitas vezes nem percebe se o trem está se movendo ou não.

Porém, a Teoria da Relatividade Especial não tornava equivalentes os
referenciais acelerados. Na verdade, nenhuma teoria o fez, até hoje. Tanto é
assim que, num carro fazendo curva, temos que introduzir uma força
centrífuga para explicar o comportamento da Natureza, força esta que não
existe nos referenciais inerciais. Einstein não se deu por rogado e partiu
para construir uma teoria, uma generalização da relatividade especial, que
tornassem equivalentes também os referenciais acelerados. Depois de 11 anos,
pariu a Teoria da Relatividade Geral - que resolveu o problema apenas em
parte.

Para fazer esta teoria, Einstein teve que usar um novo formalismo
matemático, hoje largamente usado na física, chamado cálculo tensorial. É um
formalismo que tem um poder de síntese violento, abrevia muitíssimo as
equações. Nunca havia sido usado na Física. O matemático Marcel Grossmann,
amigo de Eisntein, introduziu-o nesse conhecimento e os dois publicaram
alguns artigos juntos durante esses onze anos.

Einstein era um cara que gostava de trabalhar sozinho. Raras vezes
publicou algo em parceria com alguém. O trabalho com Marcel Grossmann foi
uma das exceções.

A relatividade geral veio introduzir uma nova forma de se fazer física.
Como eu disse acima, Einstein não a retirou se dados experimentias, mas de
elocubrações teóricas baseadas em sua fé em certas características
simétricas da Natureza. Hoje esse método "invertido" de se fazer física é
usado na área da física das partículas elementares. A física das partículas
é uma área em aberto. Existe um formalismo matemático chamado "teoria de
grupos" cuja função (para os físicos; matemáticos a usam para outras coisas)
é levar as últimas conseqüências o aproveitamento de considerações baseadas
em simetrias. O resultado é assombroso. É impressionante o que se pode
retirar de considerações simples desse tipo. A Física das Partículas gerou
uma verdadeira "receita de bolo" para construir teorias, baseada na teoria
de grupos.

Enquanto Einstein fazia tudo isso, não deixava de enveredar por outros
caminhos. Continuou dando importantes contribuições à mecânica quãntica nas
pausas que fazia nas suas pesquisas em relatividade. Tentou aplicar a
mecância quântica em outros campos - na época, os físicos já tentavam
sistematicamente aplicar a mecânica quântica (ainda em estágio de gestação)
em diversos fenômenos, acostumados com a dinâmica de juntar vários ramos
independentes de pesquisa que ela exibia. Termos como "temperatura de
Einstein-Debye" ou "Estatística de Bose-Einstein" datam da época 1900-1920.
O primeiro refere-se à explicação do calor específico dos sólidos. Calor
específico é o quanto de energia precisamos ceder a uma substância para que
sua temperatura aumente de um grau. A água tem um calor específico grande,
porque é difícil aquecê-la, precisamos de muita energia para isso. (É por
isso que de manhã a água está sempre gelada e de noite o mar está quente -
ela demora para aquecer-se e para esfriar). O metal tem calor específico
baixo porque basta expô-lo a um solzinho qualquer para ele ficar pelando.
Qualitativamente, muito bem, mas quantitativamente, na hora de ver os
números, a física clássica (não-quântica) dava completamente errado. A
teoria de Einstein e Debye conseguiu dar conta do problema.

O segundo termo, "Estatística de Bose-Einstein", refere-se a uma parte
da física chamada "Física Estatística". Um exemplo pode explicar do que se
trata. Tome-se um gás, que sabemos ser constituído por inúmeras moléculas.
Aplique-se as leis da física em uma das moléculas para modelar teoricamente
seu comportamento. Então dê-se um tratamento estatístico ao sistema, para
ver, dado o comportamento de cada molécula individual, qual seria o
comportamento de um zilhão de moléculas, ou seja, do gás como um todo. Com
isso infere-se as leis físicas do gás como um todo. O alemão Ludwig
Boltzmann usou esse artifício para demonstrar que os gases são compostos de
moléculas no início da década de 1870 - seus resultados bateram com as leis
empíricas conhecidas havia muito tempo - e deu um golpe de morte nos
anti-atomistas (naquela época a comunidade científica estava dividida entre
os que acreditavam e os que não acreditavam na existência dos átomos).

A Física Estatística é isso: estuda sistemas físicos compostos por um
número muito grande de subsistemas. Aplique-se as leis da física para cada
subsistema, dê-lhes um tratamento estatístico e descobre-se o comportamento
do sistemão como um todo. Mas as partículas elementares têm comportamentos
estranhos, elas comportam-se segundo as leis da mecânica quântica. Isso gera
diferenças tão profundas nos métodos de cálculo que convencionou-se dividir
a Física Estatística em duas - uma que trata de uma classe de partículas
chamadas bósons (como os fótons), a Estatística de Bose-Einstein, e outra
que trata de uma outra classe de partículas, chamadas férmions (como
elétrons, prótons e nêutrons), a Estatística de Fermi-Dirac. Todas as
partículas da natureza são classificadas ou como bósons ou como férmions.

Voltando à relatividade. Em 1916 Einstein finalmente publicou sua teoria
da relatividade geral. Trata-se de uma nova teoria da gravitação. A Mecânica
Newtoniana tinha dois grandes pilares: (1) As três leis de Newton (incluindo
a da ação e da reação); (2) A lei da gravitação universal. A teoria de
Einstein de 1905 veio substituir a primeira parte. A de 1916, a segunda. Uma
das suas previsões era que a trajetória da luz deveria se curvar sob a
influência de um campo gravitacional, como são curvadas as trajetórias de
todos os corpos materiais. Isso acontecia por causa da equivalência
massa-energia (E=mc2) - afinal, se matéria tem peso, e há essa equivalência,
então energia também tem peso (e tem!) - e também por causa de um fenômeno
novo: a curvatura do espaço-tempo.

Einstein descreveu matematicamente a Natureza interpretando o campo
gravitacional como uma curvatura do espaço-tempo. Espaço-tempo é
simplesmente o espaço e o tempo considerados conjuntamente - o que os
físicos chamam o "continuum espaço-tempo". É a moda da Física Moderna
considerá-los conjuntamente (mais do que moda, na verdade, é conveniente,
pois a física moderna exibe uma simetria interessantíssima entre espaço e
tempo). Espaço-tempo tem, portanto, quatro dimensões - três de espaço e uma
de tempo. Para entender a curvatura do espaço-tempo, imagine um plano onde
corre uma bolinha de gude. Se esse plano tiver uma região deformada - uma
saliencia, por exemplo -, a trajetória da bolinha vai se curvar quando
chegar nesse ponto. Podemos descrever o movimento da bolinha só em função
das forças que ela sofre ao passar perto da saliência, ou então só em função
da própria geometria da saliência, sem fazer menção às forças. Einstein
escolheu a segunda alternativa. Só que, no mundo real, não temos um plano,
mas um contínuo espaço-tempo de 4 dimensões (!). Dá para imaginar uma coisa
de 4 dimensões ainda por cima curva? Claro que não. Mas pode-se descrevê-la
matematicamente. Para a matemática, não há diferença entre epaço de 2, 3, 4
ou de 1000 dimensões. Aliás, ninguém conseguiu até hoje dizer por que o
nosso espaço tem 3 dimensões (apesar de haver um cálculo complicadíssimo
nesse sentido rolando hoje, na área da Física das Partículas,
especificamente na ainda incompleta e heterodoxa Teoria das Supercordas - os
caras acham que finalmente poderão descobrir isso).

Bom, Einstein previu que a luz se curvaria sob um campo gravitacional (e
errou na conta, como eu disse acima, mas depois consertou). Mas o campo
gravitacional tem que ser bem forte para esse efeito ser observável.
Tentou-se então observar a luz de uma estrela cuja luz passa rente à
superfície do Sol. Como não se pode observar estrelas pertinho do Sol,
porque o sol as ofusca, esperou-se um eclipse solar total. Tal se deu em
1919. Ocorre que havia três lugares muito bons para se ver esse eclipse: um
na Criméia, outro na ilha do Príncipe (atual República de São Tomé e
Príncipe, no golfo da Guiné, na África) e outro em Sobral, no interior do
Ceará. Em 1919, veio uma equipe inglesa de físicos em Sobral para observar o
fenômeno. Deu relatividade na cabeça - pelo menos, depois de Einstein
corrigir sua burrada.

Foi então que se produziu o "subitamente famoso dr. Einstein". Manchetes
saíram nos jornais no dia seguinte, dizendo que Newton havia sido derrubado
por Einstein. Talvez nunca se tenha visto tamanha repercussão de uma
descoberta de ciência não aplicada (a ida à Lua talvez tenha sido maior).
Einstein tornou-se subitamente uma celebridade e, a partir desse instante,
passou a ser o Einstein que conhecemos - o físico, o mito, o frasista, o
estereótipo maluco, etc..., e depois o humanista, o pacifista, o sionista, o
"filósofo"... (e hoje o cara que batia na mulher...).

Assim como a mecânica quântica é a ciência das energias extremamente
pequenas, e a relatividade especial a do extremamente veloz, a relatividade
geral pode ser considerada a do extremamente grande. Porque seus efeitos só
aparecem em nível cósmico. Galáxias e grupos de galáxias, quasares, buracos
negros, esses objetos são testes para a teoria da relatividade geral. Tão
cósmico que a primeira coisa que Einstein fez com sua nova teoria foi
aplicá-la ao estudo do Universo como um todo. Até então, toda Cosmologia era
mítica. Inaugurou-se, com Einstein, já em 1916, a Cosmologia Científica.
Dessa cosmologia fazem parte coisas como a Teoria do Big-Bang, o início e o
fim do Universo, a expansão do Universo, etc.

Einstein construiu um primeiro modelo cosmológico baseado em sua nova
teoria, tentando descrever a estrutura e a evolução do Universo como um
todo. Era um modelo muito incipiente; outros se seguiram; o atual é baseado
na teoria do russo Alexander Friedmann, acho que da década de 20. Uma coisa
curiosa aconteceu com Eisntein: seu modelo cosmológico não podia ser
estático. O Universo deveria estar se expandindo! Mas não havia indícios de
que isso fosse verdade na época, e Einstein modificou sua teoria,
introduzindo a chamada "constante cosmológica", para que pudesse ser
modelado um Universo estático. Poucas décadas mais tarde, o astrônomo
norte-americano Edwin Hubble, observando as velocidades de galáxias
distantes, descobriu que o Universo estava, sim, se expandindo. Os grupos de
galáxias estão se separando cada vez mais uns dos outros. Einstein perdeu a
oportunidade e fazer o que seria uma das mais espetaculares previsões de
toda a física: a própria expansão do Universo. O cientista descreveu sua
constante cosmológica como "o maior erro de sua vida".

Curiosamente, hoje tenta-se ressucitar a constante cosmológica de
Eisntein, para dar conta de fenômenos novos observados no comportamento do
Universo.

Aqui cabe umas observações a respeito da autoria das relatividades. Está
errado o conceito de que Einstein fez sozinho as duas teorias. Quando à
geral, já falei que ele trabalhou em conjunto com Grossmann. Mas Einstein
não foi o único que teve a idéia de generalizar sua relatividade especial. O
matemático alemão David Hilbert também teve. Os dois trocaram cartas durante
um tempo sobre o assunto, mas em certo ponto pararam. Ninguém saber por quê.
O fato é que Hilbert terminou sua relatividade quase no mesmo instante que
Eisntein - na verdade, publicou a equação fundamental da sua relatividade
uma semana antes que Einstein, e as duas equações eram rigorosamente
idênticas. Por que então Hilbert não ficou como autor da relatividade? Não
tenho a menor idéia.

Coisa pior aconteceu na relatividade especial. A física estava "pronta"
para que essa teoria fosse feita, ela estava quase caindo de madura. Tanto é
que houve teorias precursoras, sendo a principal a do holandês Hendrik
Lorentz, de 1895. Algumas equações encontradas por Lorentz foram
reencontradas por Einstein em 1905, e o próprio Einstein as denominou de
"transformações de Lorentz". Essas são justamente as equações fundamentais
da relatividade especial, de onde sai todo o resto. Em 1905, a coisa estava
tão madura que outros cientistas fizeram outras versões de relatividades na
mesma época, incluindo os matemáticos franceses Pierre Langevin e Henri
Poincaré. Cabe um destaque a Poincaré. Foi o maior matemático de seu tempo.
Ele publicou uma teoria da relatividade em 1905 que continha até mesmo a
expressão E=mc2, com uma demonstração mais rigorosa que a de Einstein. Mas
publicou-a em uma revista obscura da Itália - estava viajando pelo país e,
já velho e célebre, não tinha nada a dever para ninguém e resolveu fazer uma
gentileza para o povo que o havia recebido tão bem, publicando lá sua
teoria. Ninguém ficou sabendo. Nem Einstein.

Isso tudo mostra que muito do mito em torno de Einstein é só um mito.
Einstein foi grande, mas o mito é maior que ele.

Quântica e relatividade se intercalaram na vida de Einstein. Após
participar de uma seqüência frenética de modelos cosmológicos produzidos
logo após a publicação da relatividade geral, em 1916, Einstein meteu-se em
uma célebre discussão com Niels Bohr a respeito dos fundamentos da mecânica
quântica. A famosa querela entre o princípio da indeterminação de Heisenberg
(fruto das idéias indeterministas de Bohr e Born) e o "Deus não joga dados".
Houve, na segunda metade da década de 1920, uma série de reuniões dos
físicos em Bruxelas, Bélgica (as famosas "Conferências de Solvay"), para
tratar da nova física que estava surgindo, a quântica. A mecânica quântica
foi uma teoria na qual se encontrou seu formalismo matemático antes de se
conseguir interpretar que diabos significavam as variáveis envolvidas. Por
alterar radicalmente nossos conceitos intuitivos de matéria, causalidade,
espaço e tempo, a mecânica quântica é muito difícil de interpretar. Esse
problema e outros relacionados foram abordados nas conferências de Solvay.
Einstein engalfinhou-se com Niels Bohr em uma discussão que foi publicada
mais tarde por Bohr no livro "Física atômica e conhecimento humano",
publicado no Brasil pela editora Contraponto. Muito dos fundamentos da
mecânica quântica foi esclarecido com isso.

Niels Bohr saiu-se por cima. Einstein foi forçado a admitir que a
mecânica quântica era consistente do ponto de vista lógico, mas nunca
concordou com ela. Dizia que ela era incompleta, exatamente por prever
apenas probabilidades - o indeterminismo. A interpretação de
Born/Bohr/Heisenberg era de que essas probabilidades eram o máximo de
conhecimento que poderíamos ter sobre a Natureza, ou seja, elas refletiam um
indeterminismo intrínseco na mesma. O indeterminismo é muito pequeno, nem
pode ser mensurado no mundo macroscópico, mas pode muito bem no mundo
atômico e subatômico. Tentativas de se construir uma teoria mais completa
foram feitas, principalmente por David Bohm, um cientista mais jovem. A
teoria de Bohm, na verdade, continua até hoje sendo uma alternativa
logicamente consistente para a quântica. Mas, por algum motivo, a comunidade
científica prefere aceitar a que temos. A teoria de Bohm pertence a uma
classe chamada "teoria de variáveis ocultas", que tentam completar a
mecânica quântica supondo que existam variáveis ainda desconhecidas que, uma
vez consideradas, restituiriam o determinismo na teoria.

Bohr ficou por cima, mas não por muito tempo. Em 1935, Einstein,
Podolski e Rosen publicaram o famoso "paradoxo EPR" - as iniciais dos
autores, aparentemente jogando a interpretação probabilística contra a
própria teoria da relatividade. Com um argumento engenhoso, conseguiram
imaginar uma situação onde apenas uma das teorias poderia sobreviver - a
quântica do jeito que está escrita ou a relatividade. Ora, a relatividade
naquela altura estava já mais que comprovada. O que fazer? Felizmente para
ambos, havia um furo sutil no argumento e não é possível, a partir da
situação criada por Einstein, contrapor as duas teorias. Mas é possível,
sim, contrapor a relatividade com as teorias das variáveis ocultas! O tiro
de Einstein saiu pela culatra.

Mas qual o veredito, relatividade ou teoria das variáveis ocultas? John
Bell, em 1965, conseguiu encontrar uma situação onde o que foi imaginado por
Einstein, Podolski e Rosen poderia ser testado em laboratório. É o que se
chama "teorema de Bell". Era só medir uma determinada quantidade em
laboratório para ver se ele era menor ou maior que determinada expressão
matemática presente no teorema.

A ciência teve que esperar a tecnologia. Em 1981, o francês Alain Aspect
fez a experiência. Resultado: relatividade na cabeça. As teorias das
variáveis ocultas foram para o vinagre.

Mas não todas as teorias. Bohm havia sido suficientemente engenhoso para
construir uma teoria que escapou a essa guilhotina. É a classe chamada
"teoria das variáveis ocultas não-locais". As teorias locais foram
guilhotinadas pelo experimento de Aspect. As não-locais não. Por isso a
teoria de Bohm permanece até hoje como uma alternativa causal consistente
para a formulação atual da mecânica quântica. O artigo do Olival Freire Jr.
que você leu na Ciência Hoje discute um pouco porque essa alternativa não
foi adotada pelos físicos, já que tem a vantagem inegável de restituir o
caráter determinístico, tão caro aos físicos.

Houve outras contribuições de Einstein. Uma que não mencionei foi um
estudo do "efeito browninano", que os biólogos conhecem muito bem
(partículas diminutas num líquido ficam zanzando aleatoriamente para lá e
para cá - Eisntein descobriu que isso acontecia por causa das colisões
moleculares, e usou o efeito para inferir certas propriedades gerais das
moléculas a partir da observação desse efeito). Chegou a explicar até a
formação dos meandros dos rios, aquelas curvinhas bem fechadas que os rios
fazem e que por vezes, como na Amazônia, acabam formando laços e ilhas. Há
outras de que não me lembro no momento.

Tanto a mecânica quântica como a relatividade especial e a geral foram
largamente confirmadas por diversas observações. A relatividade geral ainda
não está tão bem estabelecida empiricamente como as outras, pelas
dificuldades em se observar duas previsões (buracos negros, quasares, etc.).
Mas, mesmo assim, há indícios fortíssimos de sua validade. Há até
alternativas para ela, como a teoria do André Assis, um físico aqui da
Unicamp, que construiu uma teoria espetacular chamada "Mecânica Relacional"
que coneguiu fazer o que a relatividade não conseguiu: fazer equivalentes
absolutamente todos os referenciais, sejam acelerados ou não. Li o livro
dele - foi publicado pela coleção CLE, da Unicamp; uma versão para leigos
foi publicada pela editora Perspectiva e chama-se "Uma nova física".
Infelizmente, há previsões experimentais suas que não concordam com a
observação.

Na verdade, provavelmente a relatividade geral deverá ser substituída
por uma outra teoria em breve. Isso porque ela parece ser incompatível com a
física das partículas atual. Está se tentando construir teorias mais gerais
que englobem a relativiade e a física das partículas (esta última baseada na
mecânica quântica), e a principal tentativa é a Teoria das Supercordas,
ainda incompleta. Essas teorias novas, aliás, usam o mesmo paradigma
epistemológico novo iniciado por Einstein com a relatividade geral: saem de
elocubrações teóricas baseadas em considerações de simetria, mais do que de
dados empíricos. Uma parte da comunidade científica as critica por causa
disso - já vi um físico dizer diante de uma platéia que as supercordas são
poesia, e não física (curiosamente, o físico Reinaldo Regitano, aqui da
Unicamp, diz a mesma coisa da teoria do André Assis, por motivos
semelhantes).

Mas é isso aí. Espero que isto seja útil para sua biografia.

Estou levando uns livros para você hoje.

Inté,
Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Revista Com Ciência - divulgação científica
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------




SUBJECT: Re:Einstein
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: Ciencialist - grupo de discusso <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/05/2001 14:44

Ol Roberto,

> - Dizem que tem tambm o Einstein filsofo, mas eu nunca vi grande
>filosofia nesse cientista.

Talvez tenha faltado ele entrar na "mquina de diminuir QI" da piada do japons :-)

>Ele tinha coisas bastante interessantes a dizer
>sobre Epistemologia - afinal, um cara que revoluciona os fundamentos da
>fsica naturalmente forado a entender-se com a Epistemologia de uma forma
>ou de outra. Mas filosofia... creio que mais um mito em torno de Einstein,
>como tantos outros.

Desculpe a ignorncia, mas a epistemologia no um ramo da filosofia?
Pensando bem, ainda bem que ele no considerado grande filsofo. J imaginou ter a aguentar a Marilena Chaui e o Gianotti fazendo uma "interpretao marxista e ps-moderna" da teoria da relatividade??

[]s

Andr Baptista



SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/05/2001 15:32

From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
>--- In ciencialist@y..., "Sergio Navega" <snavega@a...> wrote:
>
>>Conhecimento
>>É aquilo que está relacionado à *posse* de informação por um
>>*agente* (organismo) que tenha intenção e *potencial* para ação.
>
>>Inteligência
>>Ser inteligente é ter a habilidade de *gerar* conhecimento.
>
>Seguindo estas suas definicoes propus uma maquina simples que
>le uma informacao ( um livro ) processa-a e age baseado
>nesta informacao. Portanto, como esta maquina de posse da informacao
>gerou uma acao, entao ela tinha conhecimento.
>Como esta maquina teve habilidade para gerar este conhecimento entao
>ela eh inteligente.

Bem, João, eu já teci muitos comentários acerca desta questão
e acredito que, nesse aspecto em particular, vamos a partir de
agora argumentar de forma circular.

Já comentei que essa máquina não poderia gerar conhecimento, pois
a regra que ela usa para efetuar o seu processamento foi posta
por terceiros e ela não tem como criar regras próprias. É alguém
de fora que coloca essa regra. E se esse alguém errar na regra,
essa máquina vai fazer errado pelos próximos 400 bilhões de
anos sem alteração. É isso o que você acha que é uma máquina
inteligente?

Veja, o meu modem que uso para acessar a Internet, em minha visão,
não é um equipamento que eu possa chamar de "inteligente",
certo?

No entanto, ele faz algo parecido com o que a sua máquina faz.
Segundo sua visão, um modem, um estabilizador de voltagem
digital, um CD player, um walkman, etc., todos esses aparelhos
teriam que ser considerados inteligentes. Mas em minha visão,
são todos apenas transformadores de informação. Entra informação
de um lado, sai de outro.

A definição que proponho é para tornar a característica de
inteligência algo que confira uma capacidade de autonomia
e adaptação às condições em que o "aparelho" vive (seja
esse aparelho um computador inteligente, um ratinho ou um ser
humano).

Você deve estar me achando um "vitalista", por isso mais
abaixo eu coloco um pouco melhor a minha posição acerca dessas
noções. Se você quer um exemplo extremamente simples do que
eu considero inteligente (além dos muitos que já dei), veja
mais este: um termostato de um ar condicionado seria um
ser *minimamente* inteligente: ele ajusta o seu desempenho
conforme o que recebe. Não é suficiente para que eu possa
considerá-lo um bom exemplar de agente inteligente, mas ja é
um começo. Mas vou dar outros exemplos abaixo.

>
>Nouto mail vc escreveu:
>>"...Em todos esses casos, você tem conhecimento, mas a não ser que seja
>
>>capaz de usar esse conhecimento fora da "regra codificada" original,
>>não terá inteligência..."
>
>Ou seja impos mais uma restricao ( ad hoc ) aa sua definicao
>aparentemente apenas para desqualificar minha pobre maquina.

É inútil achar que definições possam ser expressivas o suficiente
para não precisar de reparos "Ad Hoc", conforme nossa discussão
alcance níveis de profundidade maiores. Livros sobre inteligência
costumam ter 600 páginas e nunca conseguem abordar o assunto
de forma abrangente.

Somente no âmbito da matemática é possível escrever uma definição
que cubra todas as possibilidades de interpretação com rigor.

Quando definimos algo que tem a ver com o mundo natural
(conhecimento, inteligência, comportamento, etc), não acredito
que seja possível escrever uma definição que não possa ser
criticada ou confrontada de alguma forma. Isto só seria
possível se eu estivesse escrevendo uma formulação
matemática sobre a inteligência (existem várias).

Não é isto o que procuro. Eu procuro uma definição em linguagem
natural (português aqui, e inglês nos três anos que participo
de comp.ai e comp.ai.philosophy) que tenha uma característica
muito importante: que seja produtiva, que nos permita
obter teorias e insights que nos levem à tão desejada máquina
inteligente, que produza resultados mensuráveis.

>Ao q eu argumentei q tudo bem mas o ser humano tem muitas regras
>codficadas soh que a codificacao esta no DNA e isso nao o desqualifica
>como ser inteligente.. e vc ainda escreveu :
>
>>Perceba que inteligência é um conceito ligado à *descoberta*, ao
>>ato de obter associações e correlações do fluxo sensório que chega
>>ao organismo
>
>E eu argumentei q o numero de palavras q a maquina achou eh uma
>descoberta tambem ao associar a palavra "casa" com as informacoes
>recebidas por seus sistemas sensorios ( scanner ) .
>

Qual é a descoberta que a sua máquina faz que tenha sido obtida
por ela, através de regras de criação própria? Se você não tivesse
instruído ela a contar o número de palavras, o que ela faria
por si só?

A questão fundamental é esta: seguindo sua proposição, teriamos
*obrigatoriamente* que considerar um CD player como um artefato
inteligente. Eu não acho que seja. Eu acho que inteligência é mais
do que isso. Abaixo eu melhoro essa noção usando o CD Player.

>E depois vc ainda alterou novamente a definicao :
>
>> Em outras palavras, uma máquina inteligente, em minha
>> forma de ver a questão, *precisa* ter o potencial de descobrir
>> conhecimento adiante daquele dado por seu "criador".
>
>E eu disse q , mesmo com esta alteracao da definicao ad hoc,
>o criador nao sabia o numero de palavras do livro e por isto
>a maquina fez uma descoberta q foi alem.

A Sonopress quando imprime um CD de música também não sabe o
que estará sendo gerado. Mesmo os cantores e músicos não sabem
com precisão o que vai sair de seu CD. O CD Player é capaz
de surpreender a todos, com seu constante fluxo de bytes.
Essa surpresa é informação, pois o CD player não alterou
o seu comportamento *por causa* do conteúdo do que recebeu.
A distorção/transformação na informação é feita usando regras
que alguém de fora colocou nele.

>
>E depois vc ainda me veio com :
>> pelo fato de ela ter sido construida, ela é invalidada pelo fato de
>> ela *não estar construindo nada a mais do que foi originalmente
>> programada*!
>
>Mudando novamente a definicao de conhecimento, mas eu disse
>que nos tambem somos previamente programados para varias tarefas
>e que, digo agora, a minha maquina simples poderia alterar
>aleatoriamente
>a palavra a pesquisar no livro e isso mostra q ela poderia fazer coisas
>que nao estava programada.

Quando eu coloco o meu CD Player no modo random, ele também
escolhe faixas de modo randômico. É isso o que você chama de
inteligente?

Agora compare com o que eu chamo de "CD Player inteligente":
Você coloca um CD pela primeira vez no aparelho e digamos
que você goste de "samplear" cada faixa antes de ouvir o
disco todo. Então você ouve mais ou menos uns 5 segundos da
faixa 1 e aí você avança para a faixa seguinte, ouve 5
segundos, avança para a outra e assim sucessivamente. Você
faz isso com 1 disco novo, depois com outro disco novo em um
outro dia, depois mais uma vez em outra ocasião. Após algum
tempo, o CD player inteligente vai *perceber* esse seu padrão de
samplear todo disco que seja novo e vai, assim que você
colocar um CD novo, **comutar as faixas sozinho para você**,
de 5 em 5 segundos. Ele automatizou uma tarefa, ele agiu
de forma diferente, ele percebeu o que o mundo externo
informou, ele obteve correlação, gerou um conhecimento
que o faz atuar sobre o mundo de forma diferente e útil. Isso
é o que eu chamo de inteligência. Compare isso com os
CD Players atuais.

É tão difícil assim para você entender o que eu estou
querendo dizer?

>
>
>> >Na sua definicao de inteligencia nao existe a clausula de que nao
>
>se pode
>> >obedecer ordens.
>>
>> Concordo. Mas se só obedecer ordens, sem nunca criar nada, então
>> não há inteligência.
>
>Bom, mas a maquina *criou* algo : ela criou um pontinho
>para cada palavra "casa" do livro.

Arre! Se eu olhar para o céu agora, vou ver que as nuvens estão
formando um desenho específico (uma cara, um elefante, etc). Foi
a atmosfera que "criou" inteligentemente essas figuras? Se você
suporta uma definição tão abrangente quanto a que está propondo,
então seu conceito de inteligência fica uma "luva para qualquer
tamanho de mão".

>
>> >Nao fala nada sobre quem fez o ser ou o quem ele deve ou
>> >nao obedecer. No exemplo q dei a maquina pega a informacao e a
>
>transforma
>> > gerando novo conhecimento.
>> >
>>
>> Errado.
>> A máquina que você sugeriu pega informação e gera *informação*.
>
>Errado releia a sua definicao de conhecimento e vera q a maquina
>se enquadra.

Aqui está a definição que usei originalmente:

Conhecimento
É aquilo que está relacionado à *posse* de informação por um
*agente* (organismo) que tenha intenção e *potencial* para ação.
Não dá para definir conhecimento fora desse organismo com
potencialidade para utilizá-lo. Livro não tem conhecimento,
porque o livro não sabe (ou não tem) como agir no mundo para
usar a informação de que dispõe. Computadores tem conhecimento
extremamente limitado, e apenas em pouquíssimas áreas. Um
computador, por exemplo, "sabe" como controlar
um disco rígido e manipular informação do diretório para
localizar um arquivo (esse conhecimento foi colocado lá por
nós, e não pelo próprio computador; portanto o computador tem
conhecimento de discos rígidos, mas ele não é inteligente).

Como é que sua máquina se enquadra aqui? Só se for em uma
noção tão abrangente que uma batedeira de bolo também se enquadre.
Se for essa a sua visão, então já temos inteligência artificial
em praticamente todos os nossos eletrodomésticos. Eu penso diferente.

>
>Sergio o q vc nao esta percebendo eh que nos tambem somos maquinas
>claro q um pouco mais complexas do que a minha maquina contadora de
>palaras mas nao deixamos de ser maquinas. Podemos ter todo tipo
>de complexidade de maquinas e por isso nunca poderemos diferenciar
>conceitualmente entre o que eh ser inteligente e o q nao eh.
>Existem niveis de inteligencia e nao existe uma regiao
>limitrofe bem definida entre o q eh e o q nao eh inteligente.
>
>Este nosso dialogo soh serviu para mostrar o preconceito que temos
>com as coisas q nao sao humanas que eh fruto de nossa visao ,
>talvez religiosa, que os seres humanos sao especiais.
>

Deixa eu esclarecer qual a minha visão sobre essa questão, para
você ver que eu não estou argumentando em favor de uma "hidden
agenda".

Estudo neurociência já há algum tempo. Para mim, não há diferenças
significativas entre um paramécio e um ser humano, ao menos
na questão mecânica. Não acredito em "alma" e sou ateísta de
carteirinha.

A mente humana é um conceito abstrato e ilusório (embora tenha
certo poder preditivo). Somos resultados apenas do que
ocorre em nível neural, portanto nossa individualidade pode
ser vista sob um nível físico-químico.

Sou um cético racionalista, embora eu consiga conversar
com "místicos" sem preconceitos. Tenho profunda admiração
pelos lógico-positivistas (ou seja, critico abertamente a
metafísica). Admiro profundamente Bertrand Russell. Mudo
minhas crenças apenas a partir da substanciação por evidências,
e não por conveniência pessoal.

Estudo inteligência artificial desde 1986. Desde 1956, o
assunto inteligência artificial vem sendo tratado de maneira
sistemática e obstinada por milhares de cientistas do
mais alto gabarito. Acompanho todos os entraves que a área
teve, das primeiras experiências com o GPS (General problem
solver, do Herbert Simon e Allen Newell), passando pelo
SHRDLU (é assim mesmo que se escreve) do Terry Winograd, indo
pelos sistemas especialistas com suas "bases de conhecimento",
o frame problem que invalida soluções baseadas puramente em lógica,
depois as redes neurais baseadas em perceptrons, depois
as redes recorrentes simples, depois a base de common sense
do sistema CYC, etc., etc. Em todos esses casos, o que
prende o avanço (em minha opinião) é uma falha na definição do
que se quer obter, a começar com uma falha do que é inteligência
e sua relação com o agente e seu meio ambiente.

O SHRDLU, por exemplo, conseguia entender ordens dadas
em linguagem natural, para mover blocos e colocar um
em cima do outro. Conseguia, por exemplo, saber que
não poderia colocar um cubo em cima de uma esfera, pois
ela não permitia estabilidade. Pois isso que aparenta
inteligência e que entusiasmou os cientistas da década de
60/70, não teve sucesso, justamente porque falhou
no reconhecimento do que *é* organismo inteligente e
a sua necessidade de gerar conhecimento por si mesmo.
O Shrdlu não dispunha de mecanismos para gerar conhecimento,
era apenas um repassador de informação (aquele manjado
software de "conversação" que impressiona os leigos, o ELISA,
sofre do mesmo problema). É essa falha de definição que
precisa ser corrigida e são essas as noções que estão sendo
objeto de discussão atual, principalmente pelos estudiosos
de AI da linha cognitivista.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/05/2001 15:40


> - Tem o Einstein fraseólogo, que soltou pérolas como: "Basta de dizer
a
> Deus o que ele deve fazer", ou a famosíssima "Deus não joga dados" (que
ele
> falou quando discutia com Niels Bohr sobre a mecânica quântica - a
> interpretação usual da mecânica quântica, devida a Bohr, inclui um
> indeterminismo intrínseco à Natureza, com o qual Eisntein jamais
concordou).

bom, segundo http://sites.uol.com.br/luizcd/Philaletheus.htm
Não terá sido assim.
Para já ele não usou a palavra "Deus".
Primeiro pq ele era Teosofo e eles não usam essa palavra.
Ele terá usado a expressão "O Grande Ancião"

E a famosa frase que muitos dizem de "Deus não joga aos dados com o
Universo" não é bem assim .
Aqui vos deixo a frase original que é retirada de uma carta a Max Born ( e
não a Bohr como se pensa ) datada de 1926.

"A mecânica quântica é realmente impressionante . Mas uma voz interior me
diz que ainda não é o que buscamos . A teoria faz muito , mas pouco nos
aproxima do segredo do Grande Ancião . Em todo o caso , estou convencido de
que Ele não joga aos dados ."

Aquele "Ele" foi depois mal intrepretado para "Deus"

Mas é verdade que Einstein fazia a vida negra a Bohr e vice-versa ... (no
bom sentido :-) )

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo que vc chuta.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/05/2001 15:56

----- Original Message -----
From: "Sergio Navega"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, May 17, 2001 7:07 PM
Subject: [ciencialist] Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo
que vc chuta.

> Tenho grande admiração por Popper e acho que ele foi uma das figuras
> mais importantes de todos os tempos na filosofia da ciência. Só não
> levo para casa a colocação dele de que indução é sempre maléfica.
> É um processo perigoso e que frequentemente conduz a erro, mas é
> parte indispensável do raciocínio, principalmente quando não temos
> muita coisa em nossas mãos.

Concordo plenamente. A grande admiração que tenho por Popper deve-se não
apenas a sua grande obra mas principalmente à liberdade de crítica que sua
obra dá a seus seguidores. Não conheço um popperiano genuíno que num ou
noutro assunto não negue afirmações de seu mestre. Aliás, o maior crítico de
Popper foi o próprio Popper.

> É justamente sobre a conceituação de intuição que tenho gasto tempo de
> pesquisa e pensar. Creio que grande parte das questões que normalmente
> analisamos sobre o pensamento humano estão obscurecidas por causa do
> mal entendimento que fazemos dessa noção. O próprio Popper parece
> criticar a indução através do uso desse bode expiatório que seria
> a intuição, para salvar-lhe a pele. Mas o que ocorreria com Popper
> se a intuição fosse um processo cognitivo que dependesse de
> atividade indutiva? Tenho razões para crer (faço isso em outra
> mensagem, para não ficar com esta muito grande) que boa parte
> daquilo que chamamos de intuição é na verdade um processo neural
> complexo, mas em cujas raízes existem elementos altamente
> indutivos. Quando se observa o que os neurônios fazem com os
> impulsos que processam, percebe-se que existe indução na jogada.

Sua observação é pertinente mas ainda assim acho que a intuição é um
processo complexo. Não é difícil observar o que você chama de "atividade
indutiva" em muitos casos de "intuições elementares" porém não creio que a
intuição englobe apenas esta atividade indutiva. Por vezes parece-me que
neste processo complexo o nosso cérebro chega a *simular* inúmeras passagens
consecutivas por mecanismos que, *quando efetuados de maneira consciente*,
chamamos de indução, dedução, análise e síntese. E existe também um filtro
depurador a orientar o processo, de maneira a que ele se dê de uma maneira e
não de outra. Tudo isso passa-se em nosso inconsciente, em parte de forma
irracional e em parte já adquirindo feições racionais. Como referi em outro
artigo: "A não racionalidade, atribuída à intuição, retrata o seu caráter
essencial mas não engloba, propriamente, todo o processo intuitivo. Digamos
que refere-se ao "insight" ou estalo ou, ainda, à "percepção de alguma coisa
estranha", não notada nas outras vezes em que se observou o mesmo objeto ou
fenômeno. É óbvio que esta percepção, ao ser trabalhada racionalmente,
poderá vir a se constituir numa conjectura ou hipótese. No entanto, mesmo
antes de formularmos uma conjectura ou hipótese, já estamos frente a algo a
que podemos associar o conceito de verdade provisória. Existe um conceito
popular a dizer: "Gato escaldado tem medo de água fria." Seria isto
equivalente a admitir que o gato raciocina? Seria isto coerente com a
afirmação de que o gato formula hipóteses (a água queima) e as generaliza
(as próximas águas queimarão)? Provavelmente não! Podemos, pelo exemplo,
simplesmente inferir que o gato está dotado de uma intuição primitiva e da
capacidade de memorizar fatos e, em conseqüência disso, em condições de
aprender por um meio não racional."

> Sou de opinião de que se falta isso ao computador, isso é culpa nossa,
> e não dele (computador). Lido com a hipótese de que a intuição é uma
> forma de processamento de informação e, por essa razão, algo que possa
> receber explicações plausíveis a ponto de poder ser, oportunamente,
> implementado em máquinas computacionais. A área de IA tem, hoje,
> diversos exemplos que conseguem nos dar esperanças.

Como disse na msg anterior, "é muita areia para o meu caminhãozinho". O que
entendo de computação é suficiente para que consiga me comunicar pela
Internet mas não vai muito além disso. Chamo apenas a atenção para o fato de
que quando me refiro a racionalidade e/ou irracionalidade faço-o sem
preconceitos. Até hoje, e pelo que sei, o computador é uma máquina
irracional. Procuro não ser egocêntrico mas noto uma diferença fundamental
entre o homem e os demais seres irracionais. O homem é um ser que evolui por
si próprio, independentemente de mutações. Já uma sociedade de formigas de
10000 anos atrás é exatamente idêntica àquela que observamos no quintal de
nossa casa [Será que ainda existem quintais? :-)]

> Também acho que tentativa e erro, por si só, não constitui solução. Mas
> não tenho como descartar esse método, se ele faz parte de um todo mais
> sofisticado. Afinal, a evolução das espécies tem certa similaridade
> com esse procedimento. Há certos cientistas (Gerald Edelman é um exemplo)
> que advogam mecanismos darwinianos para a cognição humana, onde as
> idéias "competem" entre si na mente e ganha aquela que consegue
> conquistar maior número de "aliados".

Se o homem, de alguma maneira, surgiu através de uma evolução darwiniana,
sem dúvida a racionalidade foi adquirida através de mutações. Não é
impossível que isto ocorra com outras espécies futuras e se isso é possível
com seres vivos deve haver alguma explicação física para o fenômeno. E se há
essa explicação, não é impossível que algum dia venhamos a dominar o
processo a ponto de produzirmos máquinas racionais. Como disse, não sou
especialista no assunto mas vejo isso hoje como algo a situar-se no terreno
da ficção. Algo do tipo "2001, uma odisséia no espaço".

> Por tudo que tenho estudado nos últimos anos, creio que a resposta
> está em um sério e científico estudo da cognição das crianças. E um
> dos principais nomes neste setor é Jean Piaget. Seu construtivismo,
> embora tenha recebido importantes atualizações e modificações,
> é uma das mais inovadoras formas de observação da cognição humana.
> E é desse estudo da cognição que percebemos como indução e
> dedução são faces inseparáveis de uma mesma moeda.

Conheço pouco as idéias de Piaget mas o suficiente para admirá-lo. Também
acredito que passos importantes para a evolução da informática poderão ser
dados pela observação do "estudo da cognição das crianças".

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Einstein
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/05/2001 16:07


----- Original Message -----
From: <andrebaptista@uol.com.br>

> Olá Roberto,
>
> > - Dizem que tem também o Einstein filósofo, mas eu nunca vi grande
> >filosofia nesse cientista.
>
> Talvez tenha faltado ele entrar na "máquina de diminuir QI" da piada do
japonês :-)
>
> >Ele tinha coisas bastante interessantes a dizer
> >sobre Epistemologia - afinal, um cara que revoluciona os fundamentos da
> >física é naturalmente forçado a entender-se com a Epistemologia de uma
forma
> >ou de outra. Mas filosofia... creio que é mais um mito em torno de
Einstein,
> >como tantos outros.
>
> Desculpe a ignorância, mas a epistemologia não é um ramo da filosofia?

Sim, de fato, mas só uma parte dela. Nunca vi Einstein se enveredando de
maneira profunda sobre outras partes da filosofia. (Enveredar qualquer um
faz, mas profundamente é que é o pó)

Inté
Belisário





SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/05/2001 16:12

É isso mesmo, Sérgio.
Valeu a correção.
De qualquer forma, a expressão "...Ele não joga aos dados", mesmo
endereçada a Born, foi cunhada no contexto da discussão sobre o
indeterminismo quântico, que foi o assunto com o qual Einstein discutiu
longamente com Bohr. Mas disse-o a Born, é verdade.
Inté,
Belisário

----- Original Message -----
From: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>

>
> > - Tem o Einstein fraseólogo, que soltou pérolas como: "Basta de
dizer
> a
> > Deus o que ele deve fazer", ou a famosíssima "Deus não joga dados" (que
> ele
> > falou quando discutia com Niels Bohr sobre a mecânica quântica - a
> > interpretação usual da mecânica quântica, devida a Bohr, inclui um
> > indeterminismo intrínseco à Natureza, com o qual Eisntein jamais
> concordou).
>
> bom, segundo http://sites.uol.com.br/luizcd/Philaletheus.htm
> Não terá sido assim.
> Para já ele não usou a palavra "Deus".
> Primeiro pq ele era Teosofo e eles não usam essa palavra.
> Ele terá usado a expressão "O Grande Ancião"
>
> E a famosa frase que muitos dizem de "Deus não joga aos dados com o
> Universo" não é bem assim .
> Aqui vos deixo a frase original que é retirada de uma carta a Max Born ( e
> não a Bohr como se pensa ) datada de 1926.
>
> "A mecânica quântica é realmente impressionante . Mas uma voz interior me
> diz que ainda não é o que buscamos . A teoria faz muito , mas pouco nos
> aproxima do segredo do Grande Ancião . Em todo o caso , estou convencido
de
> que Ele não joga aos dados ."
>
> Aquele "Ele" foi depois mal intrepretado para "Deus"
>
> Mas é verdade que Einstein fazia a vida negra a Bohr e vice-versa ... (no
> bom sentido :-) )
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Einstein
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/05/2001 16:23

andrebaptista@uol.com.br wrote:

> Olá Roberto,
>
> > - Dizem que tem também o Einstein filósofo, mas eu nunca vi grande
> >filosofia nesse cientista.
>
> Talvez tenha faltado ele entrar na "máquina de diminuir QI" da piada do japonês :-)
>
> >Ele tinha coisas bastante interessantes a dizer
> >sobre Epistemologia - afinal, um cara que revoluciona os fundamentos da
> >física é naturalmente forçado a entender-se com a Epistemologia de uma forma
> >ou de outra. Mas filosofia... creio que é mais um mito em torno de Einstein,
> >como tantos outros.
>
> Desculpe a ignorância, mas a epistemologia não é um ramo da filosofia?
> Pensando bem, ainda bem que ele não é considerado grande filósofo. Já imaginou ter a aguentar a Marilena Chaui e o Gianotti fazendo uma "interpretação marxista e pós-moderna" da teoria da relatividade??
>
> []´s
>
> André Baptista

Oi,

so peco um pouco de respeito aos filosofos e a filosofia. Nao deixemos nossa ignorancia prejulgar a importancia da filosofia na historia da humanidade.

Eduardo.



SUBJECT: Re: Einstein
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/05/2001 17:07

Ol Eduardo
>
> so peco um pouco de respeito aos filosofos e a filosofia. Nao >deixemos nossa ignorancia prejulgar a importancia da filosofia na >historia da humanidade.
>

Desculpe a brincadeira. Eu tambm gosto de filosofia. Mas as vezes os filosofos conseguem ser bem arrogantes e menosprezam a cincia. Ento as vezes d vontade de dar o troco. Por exemplo, li recentemente num livro de divulgao de filosofia que a coisa mais importante que aconteceu na vida de Bertrand Russell foi ele ter sido professor de Witgenstein. Pera....

[]s

Andr Baptista


SUBJECT: Freses do Einstein
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/05/2001 17:57

Olás.

Tem uma frase do Einstein que diz mais ou menos
assim: "Não se preocupe com seus problemas de
matemática. Os meus são muito piores."

Eu sou a única pessoa que eu conheço que acha que
ela tem um certo tom de arrogância??? :)

Algo do tipo "Eu sou o grande Einstein. Eu sou a
única pessoa do mundo que pode ter probemas
verdadeiros, e ser um verdadeiroi cientista!! Não
adianta tentar se comparar a mim."

No livro do Halliday, a última frase do capítulo 21
sobre a Teoria da Relatividade fala algo sobre a
Teoria da Grande Unificação e sobre como que "Einstein
certamente ficaria muito emocionado em ver essa
teoria". Não parece assim, que Einstein era mais
capaz de se emocionar do que nós, reles mortais?? O
pessoal não exagera um pouco na idolatraçõa não??? :/


t++

--Nicolau


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SUBJECT: Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo que vc chuta.
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/05/2001 18:15

From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
>----- Original Message -----
>From: "Sergio Navega"
>To: <ciencialist@yahoogroups.com>
>Sent: Thursday, May 17, 2001 7:07 PM
>Subject: [ciencialist] Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware =
aquilo
>que vc chuta.
>
>> Tenho grande admiração por Popper e acho que ele foi uma das figuras
>> mais importantes de todos os tempos na filosofia da ciência. Só não
>> levo para casa a colocação dele de que indução é sempre maléfica.
>> É um processo perigoso e que frequentemente conduz a erro, mas é
>> parte indispensável do raciocínio, principalmente quando não temos
>> muita coisa em nossas mãos.
>
>Concordo plenamente. A grande admiração que tenho por Popper deve-se não
>apenas a sua grande obra mas principalmente à liberdade de crítica que sua
>obra dá a seus seguidores. Não conheço um popperiano genuíno que num ou
>noutro assunto não negue afirmações de seu mestre. Aliás, o maior crítico
de
>Popper foi o próprio Popper.

Essa característica foi uma das coisas que me contaminou (no bom sentido).
A possibilidade de criticar e ser criticado é algo que considero fundamental
no método científico, além da fantástica idéia de que a única autoridade
que existe é a evidência experimental. Isto me lembra bem o que pode
ocorrer com qualquer ser humano, até mesmo um "premio Nobel" como James
Watson. No ano passado, ele deu uma palestra ridícula em Berkeley, onde
fazia afirmações estapafúrdias (relacionando pele bronzeada com atividade
sexual e peso da pessoa com falta de ambição) totalmente sem suporte
empírico crível. Resultado: mesmo tendo sido uma das figuras mais
importantes da ciência dos últimos tempos, recebeu uma chuva de críticas.

>
>> É justamente sobre a conceituação de intuição que tenho gasto tempo de
>> pesquisa e pensar. Creio que grande parte das questões que normalmente
>> analisamos sobre o pensamento humano estão obscurecidas por causa do
>> mal entendimento que fazemos dessa noção. O próprio Popper parece
>> criticar a indução através do uso desse bode expiatório que seria
>> a intuição, para salvar-lhe a pele. Mas o que ocorreria com Popper
>> se a intuição fosse um processo cognitivo que dependesse de
>> atividade indutiva? Tenho razões para crer (faço isso em outra
>> mensagem, para não ficar com esta muito grande) que boa parte
>> daquilo que chamamos de intuição é na verdade um processo neural
>> complexo, mas em cujas raízes existem elementos altamente
>> indutivos. Quando se observa o que os neurônios fazem com os
>> impulsos que processam, percebe-se que existe indução na jogada.
>
>Sua observação é pertinente mas ainda assim acho que a intuição é um
>processo complexo. Não é difícil observar o que você chama de "atividade
>indutiva" em muitos casos de "intuições elementares" porém não creio que a
>intuição englobe apenas esta atividade indutiva. Por vezes parece-me que
>neste processo complexo o nosso cérebro chega a *simular* inúmeras
passagens
>consecutivas por mecanismos que, *quando efetuados de maneira consciente*,
>chamamos de indução, dedução, análise e síntese.

Concordo plenamente que o processo é muito complexo. Talvez uma das
evidências mais claras disso é o tempo e esforço que tem sido empregado
para tentar compreender a cognição humana e ainda assim há muito a
ser descoberto. Mas atrás de tudo isso existem neurônios, que hoje
em dia já tem modelos bem razoáveis de funcionamento.

Então, o que eu postulo é a existência de um nível (teórico)
intermediário onde a complexidade desse processo intuitivo possa
ser visto como resultante da operação de alguns poucos princípios
simples. São esses princípios simples que me ocupam em termos de
pesquisa e proponho que é a interação desses elementos que acaba
dando uma impressão de complexidade.

>E existe também um filtro
>depurador a orientar o processo, de maneira a que ele se dê de uma maneira
e
>não de outra. Tudo isso passa-se em nosso inconsciente, em parte de forma
>irracional e em parte já adquirindo feições racionais. Como referi em outro
>artigo: "A não racionalidade, atribuída à intuição, retrata o seu caráter
>essencial mas não engloba, propriamente, todo o processo intuitivo. Digamos
>que refere-se ao "insight" ou estalo ou, ainda, à "percepção de alguma
coisa
>estranha", não notada nas outras vezes em que se observou o mesmo objeto
ou
>fenômeno. É óbvio que esta percepção, ao ser trabalhada racionalmente,
>poderá vir a se constituir numa conjectura ou hipótese. No entanto, mesmo
>antes de formularmos uma conjectura ou hipótese, já estamos frente a algo a
>que podemos associar o conceito de verdade provisória.

Certamente. E isso é notório quando temos aqueles momentos de "certeza"
sobre algo, mas impossibilidade de expressão linguística dessa nossa
certeza. São momentos chatos, pois ficamos de um lado com uma espécie
de "saber" mas sem poder expressá-lo. Daí vem aquela péssima situação,
quando "sabemos" algo mas não conseguimos convencer os outros, pois
falta-nos elementos para poder argumentar, já que argumentação exige
expressão linguística (ou matemática).

>Existe um conceito
>popular a dizer: "Gato escaldado tem medo de água fria." Seria isto
>equivalente a admitir que o gato raciocina? Seria isto coerente com a
>afirmação de que o gato formula hipóteses (a água queima) e as generaliza
>(as próximas águas queimarão)? Provavelmente não! Podemos, pelo exemplo,
>simplesmente inferir que o gato está dotado de uma intuição primitiva e da
>capacidade de memorizar fatos e, em conseqüência disso, em condições de
>aprender por um meio não racional."

Exato, concordo. Veja que esse comportamento de um gato (ou outro animal
qualquer, inclusive "nóis") é algo que foi bastante estudado pelos
behavioristas (Watson, Skinner e outros) e representa uma das áreas
mais científicas da psicologia. Os resultados obtidos por esse pessoal
são bastante regulares e replicáveis. Mas ainda assim, os behavioristas
ficaram a pé quando tentaram explicar o comportamento verbal humano,
principalmente o de crianças. Algumas novas teorias vão um passo além,
mas ainda há coisas faltando. É em torno dessas "coisas" que gravito.

>
>> Sou de opinião de que se falta isso ao computador, isso é culpa nossa,
>> e não dele (computador). Lido com a hipótese de que a intuição é uma
>> forma de processamento de informação e, por essa razão, algo que possa
>> receber explicações plausíveis a ponto de poder ser, oportunamente,
>> implementado em máquinas computacionais. A área de IA tem, hoje,
>> diversos exemplos que conseguem nos dar esperanças.
>
>Como disse na msg anterior, "é muita areia para o meu caminhãozinho". O que
>entendo de computação é suficiente para que consiga me comunicar pela
>Internet mas não vai muito além disso. Chamo apenas a atenção para o fato
de
>que quando me refiro a racionalidade e/ou irracionalidade faço-o sem
>preconceitos. Até hoje, e pelo que sei, o computador é uma máquina
>irracional.

É verdade que existe uma diferença essencial entre computadores e
cérebros (um pouco disso deixei claro na mensagem ao João Holland).
Mas a minha forma de ver a questão tem uma interessante particularidade:
não é o computador que acho que é irracional, é o homem que é "irracional".
O computador, com os programas que existem hoje, é o ser supremo da
lógica binária, digital, racional. Não comete nenhum erro (exceto o
Win95 :-), mas justamente por não cometer erros, não tem como aprender
através da percepção, que é um processo vago por excelência.

>Procuro não ser egocêntrico mas noto uma diferença fundamental
>entre o homem e os demais seres irracionais. O homem é um ser que evolui
por
>si próprio, independentemente de mutações. Já uma sociedade de formigas de
>10000 anos atrás é exatamente idêntica àquela que observamos no quintal de
>nossa casa [Será que ainda existem quintais? :-)]

Aqueles poucos que ainda dispõe de quintal vão certamente confirmar isso
que você disse. Aqui existe um fenômeno bastante interessante que tem
recebido teorizações interessantes. O efeito forte nos seres humanos
não é tanto a sua evolução genética, que tem ritmo similar ao dos
outros animais, mas sim a sua evolução cultural.

O homem dispõe de um forte componente cultural que sobrevive em
paralelo com a transmissão genética. Richard Dawkins cunhou o nome
"memes" para essa evolução paralela e hoje esse assunto tem estado
muito comentado. Algumas dessas teorias podem ir um pouco longe
(podem ser difíceis de serem testadas) mas acredito que o
material teórico que trazem seja fundamental para entender
o homem de hoje.

>
>> Também acho que tentativa e erro, por si só, não constitui solução. Mas
>> não tenho como descartar esse método, se ele faz parte de um todo mais
>> sofisticado. Afinal, a evolução das espécies tem certa similaridade
>> com esse procedimento. Há certos cientistas (Gerald Edelman é um exemplo)
>> que advogam mecanismos darwinianos para a cognição humana, onde as
>> idéias "competem" entre si na mente e ganha aquela que consegue
>> conquistar maior número de "aliados".
>
>Se o homem, de alguma maneira, surgiu através de uma evolução darwiniana,
>sem dúvida a racionalidade foi adquirida através de mutações. Não é
>impossível que isto ocorra com outras espécies futuras e se isso é possível
>com seres vivos deve haver alguma explicação física para o fenômeno.

Tenho outra forma de ver a questão. O homem dispõe certamente de um
cérebro único e especial, quando comparado com outros animais. Mas a
diferença maior é cultural. Chego a colocar que a racionalidade que
hoje identificamos nos seres humanos não é algo que possa ser descrito
em termos genéticos, mas sim algo que os cérebros humanos tem condição
de adquirir da cultura que nos permeia. Nossa racionalidade é, em
minha visão, um fenômeno que está inscrito nesse segundo patamar de
evolução, a evolução da organização e do conhecimento social,
linguístico. Basta ver quanto tempo as crianças têm que dedicar
ao aprendizado escolar para observar como somos dependentes de
um "download" cultural para performar como seres inteligentes,
hoje em dia.

>E se há
>essa explicação, não é impossível que algum dia venhamos a dominar o
>processo a ponto de produzirmos máquinas racionais. Como disse, não sou
>especialista no assunto mas vejo isso hoje como algo a situar-se no terreno
>da ficção. Algo do tipo "2001, uma odisséia no espaço".

Ah! Mas é uma ficção que tem tudo para dar certo. Veja, existe hoje
na literatura textos de alguns filósofos e pensadores (bem famosos,
por sinal) que tentam argumentar contra a possibilidade de termos
máquinas inteligentes (alguns deles: John Searle, Hubert Dreyfus,
Roger Penrose, etc). Todos os argumentos desse pessoal (não
obstante serem muito bons!) estão devidamente derrubados. Eu não
tenho dúvidas de que teremos máquinas inteligentes, a única questão
que posso discutir é *quando* elas virão. Já sabemos que entender
aquilo que chamamos de "inteligência" é algo bastante complexo,
mas nada nos diz que é impossível. Só espero que Bill Gates não
seja o primeiro a descobrir.

>
>> Por tudo que tenho estudado nos últimos anos, creio que a resposta
>> está em um sério e científico estudo da cognição das crianças. E um
>> dos principais nomes neste setor é Jean Piaget. Seu construtivismo,
>> embora tenha recebido importantes atualizações e modificações,
>> é uma das mais inovadoras formas de observação da cognição humana.
>> E é desse estudo da cognição que percebemos como indução e
>> dedução são faces inseparáveis de uma mesma moeda.
>
>Conheço pouco as idéias de Piaget mas o suficiente para admirá-lo. Também
>acredito que passos importantes para a evolução da informática poderão ser
>dados pela observação do "estudo da cognição das crianças".
>

Eu chego a ir até um pouco além: acho que deviamos estudar a cognição
das crianças e praticar um pouco de suas atitudes, de vez em quando.
Muitas vezes, temos receio em conjecturar o impensável. Crianças
brincando estão constantemente testando os limites de seu ambiente.
Puxam a toalha da mesa, colocam o jornal no fogo, enfiam o dedo
na tomada, etc. Esses testes que elas executam são fontes
insubstituíveis de informação acerca do mundo. Lógico, não estou
propondo que nós joguemos a Folha de S. Paulo no forno (se bem
que até há motivos para isso...), mas proponho que deveriamos
observar a criação de conhecimento como um processo que de vez
em quando tem esse caráter despretencioso, lúdico e inconsequente.
Talvez não devamos fazer tantas experiências malucas no mundo,
mas é possível fazê-las em nosso pensamento, exercitando a
situação sem ter o risco de colocar fogo em nossa casa.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Freses do Einstein
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/05/2001 18:34

----- Original Message -----
From: "Nicolau Werneck"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Friday, May 18, 2001 5:57 PM
Subject: [ciencialist] Freses do Einstein

> Olás.
> Tem uma frase do Einstein que diz mais ou menos
> assim: "Não se preocupe com seus problemas de
> matemática. Os meus são muito piores."
> Eu sou a única pessoa que eu conheço que acha que
> ela tem um certo tom de arrogância??? :)

Olá, Nicolau
Não sei se podemos julgar as pessoas por frases soltas. Existe uma frase,
também de Einstein, a dizer: "A química é muito difícil para os químicos".
Já comentei esta frase em algum lugar da Internet e sempre que o faço
procuro pensar no lado não arrogante, ou até mesmo humilde, que está por
trás desta frase. Revelaria um sentido arrogante caso colocado em meio a um
texto a sugerir que "a química seria muito fácil para os físicos", mas
parece-me não ser o caso.

As vezes chegamos a confundir humildade com passividade. Ora, um cientista
deve defender suas idéias com unhas e dentes e isso não retrata arrogância.
Costumo dizer que não sei o que seria de um físico passivo ao defender suas
idéias, mas como médico que sou (ou que fui) percebo que um médico não pode
em hipótese alguma ser passivo frente a um doente grave.

Ao lado desta aparente arrogância que os grandes cientistas espalham ao
defenderem suas idéias, sobressai o aspecto humilde vez por outra denunciado
em frases, como a reproduzida abaixo, do próprio Einstein:

"Se o senhor quer estudar em qualquer dos físicos teóricos os métodos que
emprega, sugiro-lhe firmar-se neste princípio básico: não dê crédito algum
ao que ele diz, mas julgue aquilo que produziu. Porque o criador tem esta
característica: as produções de sua imaginação se impõem a ele, tão
indispensáveis, tão naturais, que não pode considerá-las como imagem de
espírito, mas as conhece como realidades evidentes." (Einstein, "Como Vejo o
Mundo").

Assim como eu vejo um certo ar de humildade neste pensamento, outros julgam
Einstein arrogante por colocar-se no papel de "criador". Obviamente, são
pessoas que valorizam demais a expressão "criador", às vezes com um certo ar
de inveja por não terem tido as idéias que ele teve. Embora não seja
psicólogo, diria que sob esse aspecto "Freud explica".

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: Freses do Einstein
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/05/2001 21:15

Olá Nicolau

--- In ciencialist@y..., Nicolau Werneck <nwerneck@y...> wrote:
> Olás.
>
> Tem uma frase do Einstein que diz mais ou menos
> assim: "Não se preocupe com seus problemas de
> matemática. Os meus são muito piores."
>
> Eu sou a única pessoa que eu conheço que acha que
> ela tem um certo tom de arrogância??? :)
>

Se não me engano, Einstein teria escrito isso numa carta a um jovem
estudante ginasial com dificuldades em matemática. Neste contexto,
nunca me pareceu nem um pouco arrogante, apenas uma descrição
realista do que deve ser a profissão de físico teórico. Enquanto para
um estudante um problema de matemática que demande 1 hora para ser
resolvido seja considerado difícil, os físicos e matemáticos passam
anos enfrentando seus problemas.

> Algo do tipo "Eu sou o grande Einstein. Eu sou a
> única pessoa do mundo que pode ter probemas
> verdadeiros, e ser um verdadeiroi cientista!! Não
> adianta tentar se comparar a mim."
>
> No livro do Halliday, a última frase do capítulo 21
> sobre a Teoria da Relatividade fala algo sobre a
> Teoria da Grande Unificação e sobre como que "Einstein
> certamente ficaria muito emocionado em ver essa
> teoria". Não parece assim, que Einstein era mais
> capaz de se emocionar do que nós, reles mortais?? O
> pessoal não exagera um pouco na idolatraçõa não??? :/

Eu também ficaria emocionado com a teoria do campo unificado, mas os
físicos profissionais e principalmente aqueles que, como Einstein,
passaram grande parte de sua vida buscando essa teoria, certamente
ficariam mais emocionados. Ja a maioria da humanidade não ficaria
emocionada, pois não saberiam o que ela significa.

É interessante essa idolatria em relação a Einstein. Ele é o único
físico, e talvez único cientista, em todos os tempos, a virar uma
"celebridade" do porte de uma Madonna ou Michael Jackson. Pessoas se
aasombravam ao ver ele na rua. Fãs pediam conselho sobre qualquer
coisa. Segundo um biógrafo, pessoas acorriam a suas palestras, sem
entender bulhufas de física, e ficavam extasiadas como se estivessem
"em um lugar em que ocorrem milagres".

Ele era totalmente desconhecido para o grande público até 1919,
quando após a observação de um eclipse solar em Sobral, Ceará
(BRAASILL!!), uma equipe de astrônomos britânicos provou que a TR
estava correta. (costuma-se dizer que o fato da luz fazer uma curva
ao passar perto de um corpo maciço demonstra a curvatura do espaço e
isso prova a TR, mas isto não é correto. Isaac Newton também previra
que a luz devia sofrer um desvio, porém menor que o de Einstein. A
expedição britânica buscava elucidar se o desvio seria o de Newton, o
de Einstein, ou nenhum desvio.)

Bom, quando a equipe Britânica publicou os resultados e anunciou que
a TR estava correta, Einstein foi capa de diversos jornais e virou
celebridade instantanea. Interessante que a Mecanica Quantica, apesar
de ser tao surpreendente, ou talvez ate mais, que a TR, jamais causou
o mesmo impacto ou produziu uma alguma celebridade. A minha opinião é
que a TR da relatividade inaugurou uma espécie de "pos-modernismo"
cientifico. Antes dela, a ciencia era vista como algo previsivel e
intuitivo, ligado a previsibilidade mecanica das máquinas, algo que
nao deixava espaço para a imaginação popular. A TR causou tal
revolução no modo do público geral encarar a ciencia, que depois dela
nada mais causaria comoção. O "azar" da MQ seria se consolidar apenas
10 anos depois. A TR transformou a física, aos olhos do leigo, de uma
de uma coisa tediosa e mecanica em uma coisa de ficção, totalmente
anti-intuitiva. Depois que o público foi capaz de aceitar essa nova
realidade da física, nada mais o surpreenderia da mesma maneira.
Imagino que jamais haverá uma revolução igual, em relação ao impacto
no grande público.


[]'s

André Baptista



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo que vc chuta.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/05/2001 21:53

----- Original Message -----
From: "Sergio Navega"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Friday, May 18, 2001 6:15 PM
Subject: [ciencialist] Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo
que vc chuta.

> Então, o que eu postulo é a existência de um nível (teórico)
> intermediário onde a complexidade desse processo intuitivo possa
> ser visto como resultante da operação de alguns poucos princípios
> simples. São esses princípios simples que me ocupam em termos de
> pesquisa e proponho que é a interação desses elementos que acaba
> dando uma impressão de complexidade.

Embora frequentemos praias distintas, tudo indica que retratamos
preocupações similares. Também ando em busca desses princípios elementares
que acredito embasarem uma metafísica a sustentar o que denomino micrométodo
científico. Não sei exatamente qual é a sua praia mas em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Relat/EletroRel01.htm (em
especial a partir do link seguinte, página EletroRel02.htm) exponho os
princípios mais elementares a que consegui chegar, e acredito ser possível
que se chegue aos princípios mais complexos das ciências naturais como
decorrentes destes. Não apenas são princípios básicos como também
extremamente óbvios e, como tais, aceitos intuitivamente pelos cientistas
que sequer se dão conta de que em seu dia-a-dia os utilizam sem se
aperceberem. Com freqüência os utilizam de maneira parcial, como por exemplo
a "lei zero da termodinâmica" (equilíbrio térmico) que é um caso particular
do princípio do equilíbrio: "Dois sistemas em equilíbrio com um terceiro
estão em equilíbrio entre si". Este na realidade é o princípio que apoia
toda a mensuração. Nenhuma medida seria possível caso o negássemos, pois a
medida nada mais é senão um confronto entre sistemas, onde procuramos
verificar qual sistema padrão está em equilíbrio com o sistema a ser medido.
Curiosamente, e a reforçar o que disse acima como aceitação intuitiva, dá-se
o nome de "lei zero da termodinâmica" porque foi "descoberto" após as outras
duas leis, leis estas que obviamente incluiam o conceito de mensuração da
temperatura de um sistema.

> Mas a minha forma de ver a questão tem uma interessante particularidade:
> não é o computador que acho que é irracional, é o homem que é
> "irracional".
> O computador, com os programas que existem hoje, é o ser supremo da
> lógica binária, digital, racional. Não comete nenhum erro (exceto o
> Win95 :-), mas justamente por não cometer erros, não tem como aprender
> através da percepção, que é um processo vago por excelência.

Não sei até que ponto poderia nivelar a racionalidade com a capacidade em
não cometer erros mas não vou aqui bancar o "advogado do diabo" pois esta
também não é a minha praia. A idéia é interessante mas vai contra o conceito
popular de racionalidade e/ou mesmo o de dicionários não especializados.

> >O homem é um ser que evolui por
> >si próprio, independentemente de mutações. Já uma sociedade de formigas
> >de 10000 anos atrás é exatamente idêntica àquela que observamos no
> >quintal de nossa casa [Será que ainda existem quintais? :-)]
>
> Aqueles poucos que ainda dispõe de quintal vão certamente confirmar isso
> que você disse. Aqui existe um fenômeno bastante interessante que tem
> recebido teorizações interessantes. O efeito forte nos seres humanos
> não é tanto a sua evolução genética, que tem ritmo similar ao dos
> outros animais, mas sim a sua evolução cultural.

Exatamente!

> >Se o homem, de alguma maneira, surgiu através de uma evolução darwiniana,
> >sem dúvida a racionalidade foi adquirida através de mutações. Não é
> >impossível que isto ocorra com outras espécies futuras e se isso é
> >possível com seres vivos deve haver alguma explicação física para o
> >fenômeno.
>
> Tenho outra forma de ver a questão. O homem dispõe certamente de um
> cérebro único e especial, quando comparado com outros animais. Mas a
> diferença maior é cultural. Chego a colocar que a racionalidade que
> hoje identificamos nos seres humanos não é algo que possa ser descrito
> em termos genéticos, mas sim algo que os cérebros humanos tem condição
> de adquirir da cultura que nos permeia. Nossa racionalidade é, em
> minha visão, um fenômeno que está inscrito nesse segundo patamar de
> evolução, a evolução da organização e do conhecimento social,
> linguístico. Basta ver quanto tempo as crianças têm que dedicar
> ao aprendizado escolar para observar como somos dependentes de
> um "download" cultural para performar como seres inteligentes,
> hoje em dia.

Entendo mas não tenho tanta certeza de ser possível evoluirmos para esta
"condição de adquirir a cultura que nos permeia" a não ser através de
mutações e/ou de um retorno ao criacionismo. Percebo a importância que você
dá à linguística como agente primário do processo mas antes disso visualizo
a propensão ao falar e/ou a criar nexos novos, como algo decorrente de uma
evolução (assumindo que evoluímos do macaco, por ex.) ou de uma criação
(assumindo que fomos criados, à semelhança dos computadores).

> Talvez não devamos fazer tantas experiências malucas no mundo,
> mas é possível fazê-las em nosso pensamento, exercitando a
> situação sem ter o risco de colocar fogo em nossa casa.

Essa história de colocar fogo na casa é especialidade do Léo. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: Einstein
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/05/2001 21:53

Olá Roberto.

Só agora tive tempo de ler seu texto inteiro e achei muito
interessante, algumas novidades que eu não conhecia. Quanto as
questões sobre a autoria da TR, não haveria motivos reais para se
considerar Einstein o principal autor? Será que os outros figurões
envolvidos eram tão desinteressados assim (Hilbert, Poincaré,
Lorentz, Groisman) e não tinham em reinvidicar seus créditos? E
Einstein seria antiético a ponto de assumir uma autoria que não lhe
cabia?

HA muita coisa no seu texto que gostaria de conhecer mais a fundo
também, como o Teorema de Bell e a Interpretação de Bohm. As teorias
de André Assis.

Os judeus são bons mesmos, heim? Se olharmos a história da física no
séc. XX, talvez metade dos nomes seja judeu. Impressionante. Não
gosto de fazer referencia a raças ou etnias, pois sempre alguem pode
ver algum de racismo, mas o papel dos judeus na construção da física
moderna é realmente algo espantoso e deve ser elogiado, por que não?

um abraço,

André



--- In ciencialist@y..., "Roberto Belisario" <rbdiniz@t...> wrote:
> Escrevi esse negócio para uma amiga, produto de um achaque de
entusiasmo
> que acabou me atransando as coisas - provavelmente hoje não terei
noite...
> Mas foi divertidíssimo. Mando para vocês. Foi escrito meio no
joelho, deve
> ter coisas imprecisas, parciais, incompletas ou até erradas, mas
vai assim
> mesmo. A guria não é física, é jornalista, tive que traduzir as
coisas...
> espero que para o português.
>
> Até,
> Belisário
>
> ------------------------------------------
>
> Oi, Rosane. Alguma coisa sobre o Einstein. Comecei a escrever
hoje
> alguma coisa, entusiasmei-me, não consegui parar de escrever e
acabei
> parindo um texto enorme - e diverti-me às pampas. É bom eu
aproveitar esses
> achaques e dar corda, a gente acaba produzindo coisas
interessantes. Aí vai,
> talvez te ajude.
>
> Einstein cara foi um dos maiores físicos da História, e com
certeza o
> maior do século XX. O número de trabalhos importantes e de
quantidades e
> leis fisicas que levam seu nome não tem paralelo desde Isaac Newton.
>
> Ele tem várias facetas.
>
> - Tem o Einstein sionista, que escafedeu-se da Alemanha nazista
antes
> que os nazistas pensassem seriamente em agarrá-lo e que chegou a ser
> convidado para ser o primeiro presidente do Estado de Israel, mas
sabiamente
> recusou, dizendo ser muito incompetente para isso.
>
> - Tem o Einstein pacifista, que, anos após enviar uma carta ao
> presidente dos EUA (que foi lida) pedindo, em nome da comunidade
científica,
> para desenvolver a bomba atômica antes que os nazistas o fizessem,
enviou
> outra (que não foi lida), pedindo que a bomba não fosse construída.
>
> - Tem o Einstein fraseólogo, que soltou pérolas como: "Basta de
dizer a
> Deus o que ele deve fazer", ou a famosíssima "Deus não joga dados"
(que ele
> falou quando discutia com Niels Bohr sobre a mecânica quântica - a
> interpretação usual da mecânica quântica, devida a Bohr, inclui um
> indeterminismo intrínseco à Natureza, com o qual Eisntein jamais
concordou).
>
> - Tem o Einstein pitoresco, do qual se conta lendas como quando
a
> faxineira de um hotel achou em seu quarto, dentro de um livro, um
cheque de
> mil dólares datado de um ano anterior; ou quando não me lembro que
> instituição de ciência, após perguntar-lhe que salário gostaria de
ganhar
> trabalhando lá, recusou-lhe a resposta, dizendo ser o salário muito
baixo.
>
> - Dizem que tem também o Einstein filósofo, mas eu nunca vi
grande
> filosofia nesse cientista. Ele tinha coisas bastante interessantes
a dizer
> sobre Epistemologia - afinal, um cara que revoluciona os
fundamentos da
> física é naturalmente forçado a entender-se com a Epistemologia de
uma forma
> ou de outra. Mas filosofia... creio que é mais um mito em torno de
Einstein,
> como tantos outros.
>
> - E tem também, claro, o Einstein físico. Não era um físico
típico.
> Gostava mais de elocubrar sobre suas teorias do que de escrever os
artigos -
> os quais não escrevia com o devido cuidado, sendo forçado por vezes
a mandar
> outro artigo corrigindo. No artigo original onde ele lançou a
principal
> previsão da Teoria da Relatividade Geral (1916), de que a
trajetória da luz
> se curva sob a influência de um campo gravitacional como a
trajetória de
> qualquer outro objeto material, e que viria a ser confirmada em
1919, tinha
> um erro de conta. Ele só o descobriu quando as observações não
concidiram
> com sua previsão.
>
> Também não era um físico típico por causa da primazia que dava
às
> elocubrações teóricas, em detrimento do lado experimental. A Física
é uma
> ciência empírica, o que significa que todas as afirmações que ela
clama
> serem verdadeiras são sustentadas, em última análise, por dados
> experimentais ou observacionais (diferença entre experimental e
> observacional: por exempo, não dá para fazer experimentos com
estrelas e
> planetas, só observá-los). Einstein inaugurou uma nova forma de
fazer física
> com a Teoria da Relatividade Geral: o que a motivou não foi nenhum
dado
> experimental novo, nenhuma discordância entre a teoria e as
experiências,
> mas tão somente a necessidade interior que Einstein tinha de que a
Natureza
> fosse simétrica. Dizia ele que as leis da Física tinham que ser as
mesmas
> para qualquer observador, e a Teoria da Relatividade Especial que
ele tinha
> feito em 1905 (a que diz que E=mc2, etc.) não tinha essa
característica. A
> Geral também não viria a ter, mas avançou um pouco.
>
> Nesse episódio se revela também uma mentalidade característica
sua e que
> foi desenvolvida pela comunidade científica da física nas décadas
> posteriores: a importância da simetria na Natureza. O que movia
Einstein
> para fazer várias de suas teorias, incluindo as duas Relatividades,
era
> menos uma incompatibilidade entre as teorias existentes e os dados
> experimentais que então estavam sendo observados (vide o primeiro
artigo, de
> Roberto Martins, da edição atual da Com Ciência) do que uma
necessidade
> estética. Einstein tinha uma fé inabalável em certas
características que
> acreditava que a Natureza deveria ter. A fé o movia nas duas
descobertas.
> Foi ela que o moveu em direção à Teoria da Relatividade (trabalhou
> arduamente 11 anos nela), e também foi ela que o impediu de aceitar
a
> mecânica quântica. E foi ela também que o enclausurou, nos últimos
20 anos
> de sua vida, em uma infrutífera tentativa de encontrar uma "Teoria
do Campo
> Unificado", uma teoria que fosse capaz de compreender tanto o campo
> gravitacional quando o campo eletromagnético. Como eram as duas
únicas
> fontes de forças conhecidas na época, seria uma "teoria de tudo".
Era
> infrutífera porque não havia dados experimentais na época para
tanto - não
> se sabia que existiam também as forças nucleares, conhecia-se muito
poucas
> partículas elementares, etc.
>
> A contribuição científica de Einstein estendeu-se por quase
toda a
> Física teórica de seu tempo. O ano de 1905 foi um "annus mirabilis",
> comparável ao ano de 1666, também chamado pela mesma experessão,
que foi
> quando Isaac Newton escreveu sua Mecânica Newtoniana (a mecânica que
> estudamos no colégio) e sua lei da gravitação universal. Em 1905,
Einstein
> trouxe duas grandes contribuições à Física.
>
> Uma foi uma continuação ousada do trabalho de Planck. Planck,
em 1900,
> havia dito que a luz emitida pelos corpos aquecidos - chamada
"radiação
> térmica" - (quando você aquece uma faca, ela começa a emitir luz
vermelha,
> não é?) não é emitida continuamente, mas em "pacotinhos" de
energia. Planck
> fez isso porque foi a única forma que ele encontrou de explicar os
dados
> experimentais disponíveis sobre a radiação térmica. Einstein foi
além e
> disse que a própria radiação eletromagnética (incluindo a luz) era
> constituída de pacotes chamados quanta (plural de quantum, do
latim), a luz
> que permeia esta sala não é contínua, é granulosa. O propósito de
Einstein
> era explicar também dados experimentais, relativos ao efeito
fotoelétrico.
> Existem certos materiais que, quando luz é incidida sobre eles,
emitem
> elétrons para fora. Hoje usa-se isso em células fotoelétricas, nas
quais os
> elétrons emitidos são "canalizados" em fios de cobre para constituir
> correntes elétricas - transformação de energia luminosa em energia
elétrica.
> Sua teoria explicou perfeitamente o fenômeno, o que lhe rendeu um
prêmio
> Nobel mais tarde. Porém, para explicá-lo, ele teve que supor que os
quanta
> de luz se comportavam como partículas. Fazendo isso, ele trouxe à
Física um
> paradoxo famoso - a dualidade onda-partícula. Pois já há tempos
sabia-se que
> a luz comportava-se como uma onda, por causa de inúmeros
experimentos. Como
> ela podia se comportar como onda em algumas circunstâncias e como
partícula
> em outras?? Pois é exatamente isso o que acontece. Em 1923 o
francês Louis
> de Broglie generalizou esse comportamento para todas as partículas
> elementares - elétrons, prótons, etc. A essas partículas estava
associada
> alguma espécie de onda. A interpretação do que seria essa onda
desembocou no
> conceito de indeterminismo intrínseco à Natureza.
>
> Einstein foi, assim, um dos fundadores da mecânica quântica e
introduziu
> nela conceitos que mais tarde desembocariam no conceito de
indeterminismo
> intrínseco à Natureza. Foi um dos principais responsáveis pela
criação do
> "monstro" que ele próprio repudiaria.
>
> Também, repare que Eisntein juntou dois fenômenos aparentemente
> desconexos: a radiação térmica e o efeito fotoelétrico. O
desenvolvimento da
> mecânica quântica entre 1900 e 1927 foi caracterizado por essa
dinâmica:
> convergência de várias linhas de pesquisa aparentemente sem conexão
entre
> si.
>
> A outra grande contribuição de Einstein em 1905 foi a Teoria da
> Relatividade Especial. Naquela época, a Física estava no que os
> historiadores da Ciência chamam de "crise". Descobriu-se que o
> Eletromagnetismo, teoria terminada por James Clerk Maxwell em 1864,
era
> incompatível com a Mecânica Newtoniana, já com mais de 200 anos de
sucessos.
> Brutalmente incompatível. O que fazer? A solução de Einstein foi
manter o
> Eletromagnetismo e alterar a Mecânica Newtoniana, substituindo-a
por outra,
> a que se chamou Teoria da Relatividade Especial. Nessa teoria, o
conceito de
> tempo não é mais absoluto - o correr do tempo (a velocidade com que
os
> eventos se sucedem) depende da velocidade do observador. Como
velocidade,
> aceleração, etc., são conceitos que dependem do tempo, toda a
mecânica fica
> alterada, até mesmo os conceitos de energia e massa - por isso a
> equivalência entre massa e energia, E=mc2.
>
> Para fazer essa teoria, Einstein usou sua fé de que as leis da
Física
> devem ser as mesmas para qualquer referencial. Pois o grande
problema entre
> o Eletromagnetismo e a Mecânica Newtoniana era que as leis do
> Eletromagnetismo pareciam diferentes para diferentes observadores.
Se eu
> estou parado aqui no meu canto, as leis são umas; se começo a me
deslocar,
> são outras. O Eletromagnetismo parecia eleger um referencial
privilegiado,
> onde as leis seriam aquelas descobertas por Maxwell em 1864.
Entretanto,
> quando foram tentar encontrar experimentalmente esse referencial
> privilegiado, em 1880-1890, descobriram que as leis de Maxwell
valiam
> iguaizinhas para qualquer referencial! Algo estava errado.
>
> Os dois postulados dos quais são derivados a relatividade dão
uma medida
> da capacidade de síntese de Einstein. Os dois são:
>
> 1) As leis da Física são as mesmas em qualquer referencial
> 2) A velocidade da luz independe da velocidade da fonte luminosa
>
> Dois postulados muito inocentes e até óbvios. Se a luz é uma
onda, a sua
> velocidade não depende da fonte luminosa - a velocidade do som, por
exemplo,
> é 340 m/s, independentemente se o som foi emitido pelo sino de uma
igreja ou
> por um automóvel a 100 km/h (um avião supersônico tem a curiosa
propriedade
> de viajar mais rápido do que o som que ele mesmo emite, denxando as
ondas
> sonoras para trás).
>
> Mas foi aplicando esses postulados que Einstein derivou toda a
Teoria da
> Relatividade, incluindo o E=mc2. Os efeitos relativísticos, na
verdade, só
> diferem mensuravelmente das previsões da mecânica newtoniana para
velociades
> muito grandes, próximas à da luz (300 mil km por segundo -
equivalente a uma
> volta na Terra em pouco menos de um sétimo de segundo).
>
> Mas o problema principal não fora resolvido. Einstein conseguiu
fazer
> com que todos os refereciais inerciais ficassem equivalentes.
Referenciais
> inerciais são aqueles que não estão acelerados. Se você está num
carro que
> faz uma curva e sente uma força centrífuga, você não está num
referecial
> intercial. Se você está num trem e nem percebe que ele está se
movendo, você
> está em algo muito próximo de um referencial inercial. Os
referenciais
> inerciais são equivalentes do ponto de vista físico - tanto é que a
gente
> muitas vezes nem percebe se o trem está se movendo ou não.
>
> Porém, a Teoria da Relatividade Especial não tornava
equivalentes os
> referenciais acelerados. Na verdade, nenhuma teoria o fez, até
hoje. Tanto é
> assim que, num carro fazendo curva, temos que introduzir uma força
> centrífuga para explicar o comportamento da Natureza, força esta
que não
> existe nos referenciais inerciais. Einstein não se deu por rogado e
partiu
> para construir uma teoria, uma generalização da relatividade
especial, que
> tornassem equivalentes também os referenciais acelerados. Depois de
11 anos,
> pariu a Teoria da Relatividade Geral - que resolveu o problema
apenas em
> parte.
>
> Para fazer esta teoria, Einstein teve que usar um novo
formalismo
> matemático, hoje largamente usado na física, chamado cálculo
tensorial. É um
> formalismo que tem um poder de síntese violento, abrevia muitíssimo
as
> equações. Nunca havia sido usado na Física. O matemático Marcel
Grossmann,
> amigo de Eisntein, introduziu-o nesse conhecimento e os dois
publicaram
> alguns artigos juntos durante esses onze anos.
>
> Einstein era um cara que gostava de trabalhar sozinho. Raras
vezes
> publicou algo em parceria com alguém. O trabalho com Marcel
Grossmann foi
> uma das exceções.
>
> A relatividade geral veio introduzir uma nova forma de se fazer
física.
> Como eu disse acima, Einstein não a retirou se dados experimentias,
mas de
> elocubrações teóricas baseadas em sua fé em certas características
> simétricas da Natureza. Hoje esse método "invertido" de se fazer
física é
> usado na área da física das partículas elementares. A física das
partículas
> é uma área em aberto. Existe um formalismo matemático chamado
"teoria de
> grupos" cuja função (para os físicos; matemáticos a usam para
outras coisas)
> é levar as últimas conseqüências o aproveitamento de considerações
baseadas
> em simetrias. O resultado é assombroso. É impressionante o que se
pode
> retirar de considerações simples desse tipo. A Física das
Partículas gerou
> uma verdadeira "receita de bolo" para construir teorias, baseada na
teoria
> de grupos.
>
> Enquanto Einstein fazia tudo isso, não deixava de enveredar por
outros
> caminhos. Continuou dando importantes contribuições à mecânica
quãntica nas
> pausas que fazia nas suas pesquisas em relatividade. Tentou aplicar
a
> mecância quântica em outros campos - na época, os físicos já
tentavam
> sistematicamente aplicar a mecânica quântica (ainda em estágio de
gestação)
> em diversos fenômenos, acostumados com a dinâmica de juntar vários
ramos
> independentes de pesquisa que ela exibia. Termos como "temperatura
de
> Einstein-Debye" ou "Estatística de Bose-Einstein" datam da época
1900-1920.
> O primeiro refere-se à explicação do calor específico dos sólidos.
Calor
> específico é o quanto de energia precisamos ceder a uma substância
para que
> sua temperatura aumente de um grau. A água tem um calor específico
grande,
> porque é difícil aquecê-la, precisamos de muita energia para isso.
(É por
> isso que de manhã a água está sempre gelada e de noite o mar está
quente -
> ela demora para aquecer-se e para esfriar). O metal tem calor
específico
> baixo porque basta expô-lo a um solzinho qualquer para ele ficar
pelando.
> Qualitativamente, muito bem, mas quantitativamente, na hora de ver
os
> números, a física clássica (não-quântica) dava completamente
errado. A
> teoria de Einstein e Debye conseguiu dar conta do problema.
>
> O segundo termo, "Estatística de Bose-Einstein", refere-se a
uma parte
> da física chamada "Física Estatística". Um exemplo pode explicar do
que se
> trata. Tome-se um gás, que sabemos ser constituído por inúmeras
moléculas.
> Aplique-se as leis da física em uma das moléculas para modelar
teoricamente
> seu comportamento. Então dê-se um tratamento estatístico ao
sistema, para
> ver, dado o comportamento de cada molécula individual, qual seria o
> comportamento de um zilhão de moléculas, ou seja, do gás como um
todo. Com
> isso infere-se as leis físicas do gás como um todo. O alemão Ludwig
> Boltzmann usou esse artifício para demonstrar que os gases são
compostos de
> moléculas no início da década de 1870 - seus resultados bateram com
as leis
> empíricas conhecidas havia muito tempo - e deu um golpe de morte nos
> anti-atomistas (naquela época a comunidade científica estava
dividida entre
> os que acreditavam e os que não acreditavam na existência dos
átomos).
>
> A Física Estatística é isso: estuda sistemas físicos compostos
por um
> número muito grande de subsistemas. Aplique-se as leis da física
para cada
> subsistema, dê-lhes um tratamento estatístico e descobre-se o
comportamento
> do sistemão como um todo. Mas as partículas elementares têm
comportamentos
> estranhos, elas comportam-se segundo as leis da mecânica quântica.
Isso gera
> diferenças tão profundas nos métodos de cálculo que convencionou-se
dividir
> a Física Estatística em duas - uma que trata de uma classe de
partículas
> chamadas bósons (como os fótons), a Estatística de Bose-Einstein, e
outra
> que trata de uma outra classe de partículas, chamadas férmions (como
> elétrons, prótons e nêutrons), a Estatística de Fermi-Dirac. Todas
as
> partículas da natureza são classificadas ou como bósons ou como
férmions.
>
> Voltando à relatividade. Em 1916 Einstein finalmente publicou
sua teoria
> da relatividade geral. Trata-se de uma nova teoria da gravitação. A
Mecânica
> Newtoniana tinha dois grandes pilares: (1) As três leis de Newton
(incluindo
> a da ação e da reação); (2) A lei da gravitação universal. A teoria
de
> Einstein de 1905 veio substituir a primeira parte. A de 1916, a
segunda. Uma
> das suas previsões era que a trajetória da luz deveria se curvar
sob a
> influência de um campo gravitacional, como são curvadas as
trajetórias de
> todos os corpos materiais. Isso acontecia por causa da equivalência
> massa-energia (E=mc2) - afinal, se matéria tem peso, e há essa
equivalência,
> então energia também tem peso (e tem!) - e também por causa de um
fenômeno
> novo: a curvatura do espaço-tempo.
>
> Einstein descreveu matematicamente a Natureza interpretando o
campo
> gravitacional como uma curvatura do espaço-tempo. Espaço-tempo é
> simplesmente o espaço e o tempo considerados conjuntamente - o que
os
> físicos chamam o "continuum espaço-tempo". É a moda da Física
Moderna
> considerá-los conjuntamente (mais do que moda, na verdade, é
conveniente,
> pois a física moderna exibe uma simetria interessantíssima entre
espaço e
> tempo). Espaço-tempo tem, portanto, quatro dimensões - três de
espaço e uma
> de tempo. Para entender a curvatura do espaço-tempo, imagine um
plano onde
> corre uma bolinha de gude. Se esse plano tiver uma região deformada
- uma
> saliencia, por exemplo -, a trajetória da bolinha vai se curvar
quando
> chegar nesse ponto. Podemos descrever o movimento da bolinha só em
função
> das forças que ela sofre ao passar perto da saliência, ou então só
em função
> da própria geometria da saliência, sem fazer menção às forças.
Einstein
> escolheu a segunda alternativa. Só que, no mundo real, não temos um
plano,
> mas um contínuo espaço-tempo de 4 dimensões (!). Dá para imaginar
uma coisa
> de 4 dimensões ainda por cima curva? Claro que não. Mas pode-se
descrevê-la
> matematicamente. Para a matemática, não há diferença entre epaço de
2, 3, 4
> ou de 1000 dimensões. Aliás, ninguém conseguiu até hoje dizer por
que o
> nosso espaço tem 3 dimensões (apesar de haver um cálculo
complicadíssimo
> nesse sentido rolando hoje, na área da Física das Partículas,
> especificamente na ainda incompleta e heterodoxa Teoria das
Supercordas - os
> caras acham que finalmente poderão descobrir isso).
>
> Bom, Einstein previu que a luz se curvaria sob um campo
gravitacional (e
> errou na conta, como eu disse acima, mas depois consertou). Mas o
campo
> gravitacional tem que ser bem forte para esse efeito ser observável.
> Tentou-se então observar a luz de uma estrela cuja luz passa rente à
> superfície do Sol. Como não se pode observar estrelas pertinho do
Sol,
> porque o sol as ofusca, esperou-se um eclipse solar total. Tal se
deu em
> 1919. Ocorre que havia três lugares muito bons para se ver esse
eclipse: um
> na Criméia, outro na ilha do Príncipe (atual República de São Tomé e
> Príncipe, no golfo da Guiné, na África) e outro em Sobral, no
interior do
> Ceará. Em 1919, veio uma equipe inglesa de físicos em Sobral para
observar o
> fenômeno. Deu relatividade na cabeça - pelo menos, depois de
Einstein
> corrigir sua burrada.
>
> Foi então que se produziu o "subitamente famoso dr. Einstein".
Manchetes
> saíram nos jornais no dia seguinte, dizendo que Newton havia sido
derrubado
> por Einstein. Talvez nunca se tenha visto tamanha repercussão de uma
> descoberta de ciência não aplicada (a ida à Lua talvez tenha sido
maior).
> Einstein tornou-se subitamente uma celebridade e, a partir desse
instante,
> passou a ser o Einstein que conhecemos - o físico, o mito, o
frasista, o
> estereótipo maluco, etc..., e depois o humanista, o pacifista, o
sionista, o
> "filósofo"... (e hoje o cara que batia na mulher...).
>
> Assim como a mecânica quântica é a ciência das energias
extremamente
> pequenas, e a relatividade especial a do extremamente veloz, a
relatividade
> geral pode ser considerada a do extremamente grande. Porque seus
efeitos só
> aparecem em nível cósmico. Galáxias e grupos de galáxias, quasares,
buracos
> negros, esses objetos são testes para a teoria da relatividade
geral. Tão
> cósmico que a primeira coisa que Einstein fez com sua nova teoria
foi
> aplicá-la ao estudo do Universo como um todo. Até então, toda
Cosmologia era
> mítica. Inaugurou-se, com Einstein, já em 1916, a Cosmologia
Científica.
> Dessa cosmologia fazem parte coisas como a Teoria do Big-Bang, o
início e o
> fim do Universo, a expansão do Universo, etc.
>
> Einstein construiu um primeiro modelo cosmológico baseado em
sua nova
> teoria, tentando descrever a estrutura e a evolução do Universo
como um
> todo. Era um modelo muito incipiente; outros se seguiram; o atual é
baseado
> na teoria do russo Alexander Friedmann, acho que da década de 20.
Uma coisa
> curiosa aconteceu com Eisntein: seu modelo cosmológico não podia ser
> estático. O Universo deveria estar se expandindo! Mas não havia
indícios de
> que isso fosse verdade na época, e Einstein modificou sua teoria,
> introduzindo a chamada "constante cosmológica", para que pudesse ser
> modelado um Universo estático. Poucas décadas mais tarde, o
astrônomo
> norte-americano Edwin Hubble, observando as velocidades de galáxias
> distantes, descobriu que o Universo estava, sim, se expandindo. Os
grupos de
> galáxias estão se separando cada vez mais uns dos outros. Einstein
perdeu a
> oportunidade e fazer o que seria uma das mais espetaculares
previsões de
> toda a física: a própria expansão do Universo. O cientista
descreveu sua
> constante cosmológica como "o maior erro de sua vida".
>
> Curiosamente, hoje tenta-se ressucitar a constante cosmológica
de
> Eisntein, para dar conta de fenômenos novos observados no
comportamento do
> Universo.
>
> Aqui cabe umas observações a respeito da autoria das
relatividades. Está
> errado o conceito de que Einstein fez sozinho as duas teorias.
Quando à
> geral, já falei que ele trabalhou em conjunto com Grossmann. Mas
Einstein
> não foi o único que teve a idéia de generalizar sua relatividade
especial. O
> matemático alemão David Hilbert também teve. Os dois trocaram
cartas durante
> um tempo sobre o assunto, mas em certo ponto pararam. Ninguém saber
por quê.
> O fato é que Hilbert terminou sua relatividade quase no mesmo
instante que
> Eisntein - na verdade, publicou a equação fundamental da sua
relatividade
> uma semana antes que Einstein, e as duas equações eram rigorosamente
> idênticas. Por que então Hilbert não ficou como autor da
relatividade? Não
> tenho a menor idéia.
>
> Coisa pior aconteceu na relatividade especial. A física estava
"pronta"
> para que essa teoria fosse feita, ela estava quase caindo de
madura. Tanto é
> que houve teorias precursoras, sendo a principal a do holandês
Hendrik
> Lorentz, de 1895. Algumas equações encontradas por Lorentz foram
> reencontradas por Einstein em 1905, e o próprio Einstein as
denominou de
> "transformações de Lorentz". Essas são justamente as equações
fundamentais
> da relatividade especial, de onde sai todo o resto. Em 1905, a
coisa estava
> tão madura que outros cientistas fizeram outras versões de
relatividades na
> mesma época, incluindo os matemáticos franceses Pierre Langevin e
Henri
> Poincaré. Cabe um destaque a Poincaré. Foi o maior matemático de
seu tempo.
> Ele publicou uma teoria da relatividade em 1905 que continha até
mesmo a
> expressão E=mc2, com uma demonstração mais rigorosa que a de
Einstein. Mas
> publicou-a em uma revista obscura da Itália - estava viajando pelo
país e,
> já velho e célebre, não tinha nada a dever para ninguém e resolveu
fazer uma
> gentileza para o povo que o havia recebido tão bem, publicando lá
sua
> teoria. Ninguém ficou sabendo. Nem Einstein.
>
> Isso tudo mostra que muito do mito em torno de Einstein é só um
mito.
> Einstein foi grande, mas o mito é maior que ele.
>
> Quântica e relatividade se intercalaram na vida de Einstein.
Após
> participar de uma seqüência frenética de modelos cosmológicos
produzidos
> logo após a publicação da relatividade geral, em 1916, Einstein
meteu-se em
> uma célebre discussão com Niels Bohr a respeito dos fundamentos da
mecânica
> quântica. A famosa querela entre o princípio da indeterminação de
Heisenberg
> (fruto das idéias indeterministas de Bohr e Born) e o "Deus não
joga dados".
> Houve, na segunda metade da década de 1920, uma série de reuniões
dos
> físicos em Bruxelas, Bélgica (as famosas "Conferências de Solvay"),
para
> tratar da nova física que estava surgindo, a quântica. A mecânica
quântica
> foi uma teoria na qual se encontrou seu formalismo matemático antes
de se
> conseguir interpretar que diabos significavam as variáveis
envolvidas. Por
> alterar radicalmente nossos conceitos intuitivos de matéria,
causalidade,
> espaço e tempo, a mecânica quântica é muito difícil de interpretar.
Esse
> problema e outros relacionados foram abordados nas conferências de
Solvay.
> Einstein engalfinhou-se com Niels Bohr em uma discussão que foi
publicada
> mais tarde por Bohr no livro "Física atômica e conhecimento humano",
> publicado no Brasil pela editora Contraponto. Muito dos fundamentos
da
> mecânica quântica foi esclarecido com isso.
>
> Niels Bohr saiu-se por cima. Einstein foi forçado a admitir que
a
> mecânica quântica era consistente do ponto de vista lógico, mas
nunca
> concordou com ela. Dizia que ela era incompleta, exatamente por
prever
> apenas probabilidades - o indeterminismo. A interpretação de
> Born/Bohr/Heisenberg era de que essas probabilidades eram o máximo
de
> conhecimento que poderíamos ter sobre a Natureza, ou seja, elas
refletiam um
> indeterminismo intrínseco na mesma. O indeterminismo é muito
pequeno, nem
> pode ser mensurado no mundo macroscópico, mas pode muito bem no
mundo
> atômico e subatômico. Tentativas de se construir uma teoria mais
completa
> foram feitas, principalmente por David Bohm, um cientista mais
jovem. A
> teoria de Bohm, na verdade, continua até hoje sendo uma alternativa
> logicamente consistente para a quântica. Mas, por algum motivo, a
comunidade
> científica prefere aceitar a que temos. A teoria de Bohm pertence a
uma
> classe chamada "teoria de variáveis ocultas", que tentam completar a
> mecânica quântica supondo que existam variáveis ainda desconhecidas
que, uma
> vez consideradas, restituiriam o determinismo na teoria.
>
> Bohr ficou por cima, mas não por muito tempo. Em 1935, Einstein,
> Podolski e Rosen publicaram o famoso "paradoxo EPR" - as iniciais
dos
> autores, aparentemente jogando a interpretação probabilística
contra a
> própria teoria da relatividade. Com um argumento engenhoso,
conseguiram
> imaginar uma situação onde apenas uma das teorias poderia
sobreviver - a
> quântica do jeito que está escrita ou a relatividade. Ora, a
relatividade
> naquela altura estava já mais que comprovada. O que fazer?
Felizmente para
> ambos, havia um furo sutil no argumento e não é possível, a partir
da
> situação criada por Einstein, contrapor as duas teorias. Mas é
possível,
> sim, contrapor a relatividade com as teorias das variáveis ocultas!
O tiro
> de Einstein saiu pela culatra.
>
> Mas qual o veredito, relatividade ou teoria das variáveis
ocultas? John
> Bell, em 1965, conseguiu encontrar uma situação onde o que foi
imaginado por
> Einstein, Podolski e Rosen poderia ser testado em laboratório. É o
que se
> chama "teorema de Bell". Era só medir uma determinada quantidade em
> laboratório para ver se ele era menor ou maior que determinada
expressão
> matemática presente no teorema.
>
> A ciência teve que esperar a tecnologia. Em 1981, o francês
Alain Aspect
> fez a experiência. Resultado: relatividade na cabeça. As teorias das
> variáveis ocultas foram para o vinagre.
>
> Mas não todas as teorias. Bohm havia sido suficientemente
engenhoso para
> construir uma teoria que escapou a essa guilhotina. É a classe
chamada
> "teoria das variáveis ocultas não-locais". As teorias locais foram
> guilhotinadas pelo experimento de Aspect. As não-locais não. Por
isso a
> teoria de Bohm permanece até hoje como uma alternativa causal
consistente
> para a formulação atual da mecânica quântica. O artigo do Olival
Freire Jr.
> que você leu na Ciência Hoje discute um pouco porque essa
alternativa não
> foi adotada pelos físicos, já que tem a vantagem inegável de
restituir o
> caráter determinístico, tão caro aos físicos.
>
> Houve outras contribuições de Einstein. Uma que não mencionei
foi um
> estudo do "efeito browninano", que os biólogos conhecem muito bem
> (partículas diminutas num líquido ficam zanzando aleatoriamente
para lá e
> para cá - Eisntein descobriu que isso acontecia por causa das
colisões
> moleculares, e usou o efeito para inferir certas propriedades
gerais das
> moléculas a partir da observação desse efeito). Chegou a explicar
até a
> formação dos meandros dos rios, aquelas curvinhas bem fechadas que
os rios
> fazem e que por vezes, como na Amazônia, acabam formando laços e
ilhas. Há
> outras de que não me lembro no momento.
>
> Tanto a mecânica quântica como a relatividade especial e a
geral foram
> largamente confirmadas por diversas observações. A relatividade
geral ainda
> não está tão bem estabelecida empiricamente como as outras, pelas
> dificuldades em se observar duas previsões (buracos negros,
quasares, etc.).
> Mas, mesmo assim, há indícios fortíssimos de sua validade. Há até
> alternativas para ela, como a teoria do André Assis, um físico aqui
da
> Unicamp, que construiu uma teoria espetacular chamada "Mecânica
Relacional"
> que coneguiu fazer o que a relatividade não conseguiu: fazer
equivalentes
> absolutamente todos os referenciais, sejam acelerados ou não. Li o
livro
> dele - foi publicado pela coleção CLE, da Unicamp; uma versão para
leigos
> foi publicada pela editora Perspectiva e chama-se "Uma nova física".
> Infelizmente, há previsões experimentais suas que não concordam com
a
> observação.
>
> Na verdade, provavelmente a relatividade geral deverá ser
substituída
> por uma outra teoria em breve. Isso porque ela parece ser
incompatível com a
> física das partículas atual. Está se tentando construir teorias
mais gerais
> que englobem a relativiade e a física das partículas (esta última
baseada na
> mecânica quântica), e a principal tentativa é a Teoria das
Supercordas,
> ainda incompleta. Essas teorias novas, aliás, usam o mesmo paradigma
> epistemológico novo iniciado por Einstein com a relatividade geral:
saem de
> elocubrações teóricas baseadas em considerações de simetria, mais
do que de
> dados empíricos. Uma parte da comunidade científica as critica por
causa
> disso - já vi um físico dizer diante de uma platéia que as
supercordas são
> poesia, e não física (curiosamente, o físico Reinaldo Regitano,
aqui da
> Unicamp, diz a mesma coisa da teoria do André Assis, por motivos
> semelhantes).
>
> Mas é isso aí. Espero que isto seja útil para sua biografia.
>
> Estou levando uns livros para você hoje.
>
> Inté,
> Belisário
>
> -----------------------------------------------------
> Roberto Belisário Diniz
> rbdiniz@t...
> Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
> http://www.uniemp.br/labjor/
> Revista Com Ciência - divulgação científica
> http://www.comciencia.br
> -----------------------------------------------------



SUBJECT: [ciencialist] Re: Frases do Einstein
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/05/2001 21:59

> A minha opinião é que a TR da relatividade inaugurou

> uma espécie de &quot;pos-modernismo&quot;
> cientifico.
Concordo plenamente! :)
Parece que a física moderna é sempre algo maluco,
excêntrico e extravagante, fora da realidade, absurdo.
Mas a física nunca estuda nada além da própria
realidade!!! (É claro que vc pode querer modelar
mundos imaginados, como uma espécie de exercício...
Mas física é esse mundo daqui!)
Talvez a "culpa" disso tudo seja de que a indústria
do cinema tenha parado de fazer bons filmes de ficção
científica, e de repente a própria ciência tenha
surgido com uma interessantíssima proposta nova, que
não havia sido bem introduzida às pessoas... As
viagens espaciais, por exemplo, sempre foram um
assunto muito recorrrente.

Ah!! Tem outra coisa que gostaria de discutir sobre
Einstein... Até que ponto ele "bebeu na fonte" de
outros autores? Sei que ele participava de um cerrto
grupo de estudos que admirava Poincaré. E o Lorentz?

Às vezes, durante minhas aulas de física, meu
professor fala como se o Einstein tivesse sido *a
pessoa* que teve a sacada de modificar as leis de
Newton para que a mecânica voltasse a fazer sentido.
Não existe um pouco de injustiça aí?


Pra finalizar :)
É... Agora consegui começar a ver um lado
não-arrogante na tal frase sobre os problemas
matemáticos... Não tinha noção do contexto em que ela
havia sido cunhada. Aquela sobre os químicos eu acho
até simpática! :) Realmente, pessoas que estão
começando a aprender sobre determinado assunto parecem
apresentar uma tendência por tirarem muito mais onda
de conhecedores do que pessoas que possuem um
conhecimento mais profundo.

Meu problema não é com o Einstein não, até pq não o
conheço muito bem... O problema é esse pessoal que
idolatra e tal! Existe todo esse sentimento de que
física moderna é algo inacessível, e de que "só louco
que nem ele mesmo" pra entender. Mas se a ciência
existe para explicar, então comé que fica?

espero não ter saído muito do escopo da lista :]

t++

--Nicolau



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Frases do Einstein
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/05/2001 22:26

From: "Nicolau Werneck" <nwerneck@yahoo.com.br>

> Meu problema não é com o Einstein não, até pq não o
> conheço muito bem... O problema é esse pessoal que
> idolatra e tal! Existe todo esse sentimento de que
> física moderna é algo inacessível, e de que "só louco
> que nem ele mesmo" pra entender. Mas se a ciência
> existe para explicar, então comé que fica?

Realmente existe isso.
Existe uam idolatria sim. só não vê quem não quer.
Além disso existe a desculpa facil de achar que eles "são génios" e que nós
somos...pessoas comnuns...
Ora, eles tb são pessoas comuns. Também viveram, tiveram seus problemas
pessoais , tiveram sues gostos, seus desgostos...suas loucuras e seus
momentos sóbrios.
Como todos nós.
A diferença é que no tempo de Einstein deu-se um fenómeno que quase todos
sabem mas todos esquecem.
Jutaram-se pessoas, para fazer ciencia!
Havia problemas concretos a resolver e eles resolveram o melhor que
sabiam/podiam.

foram importantes as inspirações de Einstein, Bohr, Plank, Hiberty,
Heisenberg (que era "descrente" ) , Dirac, tantos outros... Muitos
matemáticos, muitos fisicos,...muitos curiosos e todos interessados em
resolver problemas cientificamente.
Eles não tiveram medo de introduzir novos conceitos. remodelar a fisica como
a conheciam.
É claro que foi complicado... não se muda do dia para noite....
A dualidade, o dilatamento do tempo, a contracção do espaço, a velocidade
máxiam do universo. a explicação final da tabela periodica que nunca ninguem
tinah explicado satisfatóriamente desde que Mendeliev a criou jogando com
cartas...
Eles não foram génios, eles foram ousados e sobretudo souberam ser
cientistas, fundamentando todos seus passos , mesmo que com base em
postulados. Hey! é um direito de todos ... então pq só eles o fizeram ?
Eles viveram à 1 seculo. A TR tem quase um seculo...
Hoje sabemso coisas que eles não sabiam, e já não lembramso de outras que
estavam presentes no seu pensamento. Um bom exemplo é esse das variáveis
escondidas, ou de que ainda falta algo além da MQ para explicar o mundo....

A ciência não existe para explicar, a ciência existe para criar ideias que
podem vir a explicar.
E foi isso que eles fizeram. Criaram ideias.

Hoje, vês muitas referencias aos seus nomes. As Leis têm os seus nomes...Os
teoremas ,as formulas , etc...
Mas essas coisas, são verdades em si mesmas. Valem por aquilo que são.
O exemplo é o famoso Principio de Incerteza de Heisenberg
E pq eu digo "Incerteza de Heisenberg" e não só "Incerta" ou "Heisenberg"
como alguns ?
Porque podem haver outros princípios de incerteza.
Este foi o que Heisenberg propôs. A Ideia dele. Que aceitamos , ou não.
Etc...
A questão é que é mais importante primeiro saber o que essas coisas
significam.
E quando digo "significam" não digo "saber as formulas"
Entender a Relatividade Restrita não é saber as formulas de Lorentz...
É entender que existe uma coisa chamada "Informação" , que é vital em física
(não é a mesma informação que em Informática) e que se propaga no universo
com uma velocidade finita.
Este é o pequeno nada que Eisntein introduziu. Só isto.
O resto advém dai. E dos postulados impiricos/conceptuais, dele.

Ha, outra coisa que Eisntein era... Doido por relógios...depois que
trabalhou numa relojoaria, ele nunca mais foi o mesmo... tanto tempo passou
por lá, que achou que :
1) O Tempo é aquilo que os relógios medem.
2) O Tempo é Relativo à velocidade com que recebemos a informação que vêm
dos relógios.

Eles fizeram o seu papel. Agora cabe-nos a nós e aos que virão depois.
Idolatrar uma pessoa, é criar uma religião, e a ciência não se encaixa com
isso.

(hoje, o papa da religião relativista é tlv o sr Hawkings .... com as suas
maravilhosas encicl...perdão, construções cientificas ...;-) )

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

P.S.
Meus mails têm chegado com atraso. Não sei pq, mas peço desculpa. É que
assim eles já não fazem muito sentido.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Einstein
FROM: "Neville Martins" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/05/2001 23:01

André Batista -> Já imaginou ter a aguentar a Marilena Chaui e o Gianotti
fazendo uma "interpretação marxista e pós-moderna" da teoria da
relatividade??
----------
É André, mas o Carl Jasper andou discutindo a influência da TR na filosofia
e advogando uma identidade para a filosofia pós-relatividade.

A propósito, onde é que os filósofos não metem o bedelho ?
(brincadeirinha ... eu adoro a filosofia !)

Neville








SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/05/2001 23:49

In ciencialist@yahoogroups.com, Roberto Mitsuo Takata wrote:

> A minha proposta eh considerar o conhecimento (pelo >menos para alguns
objetivos) como simplesmente o conjunto >de informacoes recuperaveis em um
dado sistema: seja um >cerebro, um computador o q. for.

Conhecimento
Esse tema do conhecimento é muito complicado. A linguagem corrente não
oferece dificuldade. Um menino, no primário, respondeu que a palavra
conhecimento era conhecida por todos. Quando a gente quer pôr tudo em pratos
limpos, tudo se complica, como disse.

Para evitar sinuosidades filosóficas - epistemológicas - Existe entre todos
os que se ocupam do tema um acordo de definir conhecimento desde um ponto de
vista fenomenológico. É um modo descritivo e com um pequeno número de
palavras, para evitar complexidades não necessárias.

Estabeleceu-se que conhecer é o fenômeno que ocorre quando um sujeito
(chamado cognoscente, de conhecimento ou simplesmente sujeito) apreende,
capta um objeto (chamado objeto do conhecimento ou simplesmente objeto). Que
apreendeu, significa que captou, de tal modo que o objeto se encontra no
sujeito, não de um modo físico e muito menos metafísico, mas de modo
representativo. Assim, conhecimento é a capacidade de representar, ou seja,
de proporcionar a presença representativa do mundo no sujeito.

Chomsky postulou que só se pode pensar se a gente tem um substrato
lingüístico. A língua organiza e possibilita a expressão do pensamento. De
fato, o que está registrado na memória é um conjunto de marcas que
simbolizam o que se quer representar. Recordar seria então ler a marcas da
memória para usar as representações. Assim, as teorias e tudo o que se
conhece é um conjunto de estruturas lingüísticas "escritas" nas plataformas
da memória. Estas estruturas lingüísticas então são estruturas cognitivas.

Surgiu então outra questão. O que está "escrito" na memória é realmente o
conhecimento? Ou só é conhecimento porque está registrado num sistema
biológico? Se não é assim um cérebro ou um livro podem possuir conhecimento.
Outros disseram que o conhecimento só existe como tal quando está sendo
comunicado, ou seja quando há um intercambio entre sujeitos ou uma interação
do sujeito com outros objetos. Assim o conhecimento passou a ser um conceito
"executivo", ou seja, um ato. Assim como só existe música quando o CD toca,
Sá ha conhecimento quando se utiliza o que está armazenado.

Popper preferiu considerar conhecimento o simples registro. Atribuiu uma
existência autônoma a este conhecimento e denominou "mundo 3". Estas teorias
estão num livro intitulado Conhecimento Objetivo, com o sub-título de
Epistemologia sem Sujeito Cognoscente. É todo um desenvolvimento de uma
epistemologia que ele denominou "darwinista". Roberto Takata (com sua
clássica sensatez) parece haver emitido uma opinião algo afim com Popper.

Os engenheiros cognitivos preferem o conceito interativo e dizem que
conhecimento é o a confirmação de que o conjunto de um sinal enviado foi
recebido e por sua vez interpretado e/ou representado pelo receptor. Assim
fica aberta a possibilidade de que o conhecimento possa ser também algo que
as máquinas podem ter e construir.

Espero ter contribuído com alguma coisa para este conhecimento.

[]s
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar










SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/05/2001 00:19

In ciencialist@yahoogroups.com, Sérgio Taborda wrote:


> Informação e conhecimento são quanto a mim, duas coisas >diferentes.

Creio que seria conveniente não confundir as coisas. A palavra "informação",
só depois de Wiener e mais tarde com Shannon aquiriu um sentido especial. É
saudavel definir muito bem as coisas.

O que se escreveu nesta lista sobre o tema é impressionante e muito
instrutivo. É lógico que em tudo o que não implica em cálculo e frases que
resumem teorias, o pessoal é um pouco ambiguo com o uso da linguagem. Tem
muita coisa confusa que contém verdades latentes e lixo junto. Seria
complicado detalhar uma por uma.

Só chamo a atenção para que se tenha um pouco mais de cuidado com as
definições. Um montão de coisas boas ficam muito trabalhosas.
As discussões são interesantíssimas.

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/05/2001 00:27

In ciencialist@yahoogroups.com, jocax wrote:


> Considere o lado *cara* de uma dada moeda.
> Qtos bits de informcao sao necessarios para armazenar esta informacao?

Esta afirmação de jocax é pertinente ao tema. Creio que em alguma mensagem
se esteve confundindo conhecimento com informação. Creio que não se poderia
substituir nestas frases do jocax a palavra informação por conhecimento.
Pareceria estranho perguntar quanto conhecimento encerra o lado cara da
moeda.

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/05/2001 00:54

In ciencialist@yahoogroups.com, Sergio Navega wrote:


> livro "Notes on Quantum Mechanics" do Enrico Fermi
>(edição MIR) vai notar a coisa: metade do livro são notas de >aula do
Fermi, manuscritas em inglês. A outra metade é >russo. Ilegível para quem
não domina o idioma. Portanto, só >tem informação, já que precisa de um
intérprete inteligente
> para fazer sentido.

É muito interessante e coerente. No entanto o Popper diz que só o que está
escrito já é conhecimento. Eu gostaria de escutar alguma opinião (não só uma
qualificação) com alguma coisa sobre o livro dele Conhecimento Objetivo:
Epistemologia sem sujeito cognoscente".

Popper considera o conjunto dos meros registros (livros e textos, em
qualquer suporte) como o "mundo 3". Considera que interpretar é outra
capacidade cognitiva. É interessante que denomina sua epistemologia de
"darwinista".

> Conhecimento
> É aquilo que está relacionado à *posse* de informação por >um *agente*
(organismo) que tenha intenção e *potencial* >para ação.

Eu fico um pouco confundido com a introdução do termo "intenção". Creio que
se presta a filosofia. Intencionalidade é um conceito complexo. Gostaria que
vc explique um pouco como introduziu este termo na definição de
conhecimento. Tradicionalmente intencionalidade tem que ver com consciencia.
Assim que eu ficaria grato de aprender sobre a relação dessa palavra com
conhecimento.

>Livro não tem conhecimento, porque o livro não sabe (ou >não tem) como
agir no mundo para usar a informação de que >dispõe. Computadores tem
conhecimento extremamente >limitado, e apenas em pouquíssimas áreas.

Fico um pouco confundido com a utilização do verbo saber. Em português não
existe talvez problema. Num idioma em que não existan palavras diferentes
como conhecer e saber, diríamos: "Livro não tem conhecimento, porque o
livro não conhece (ou não tem) como agir no mundo para usar a informação de
que dispõe". Agir implica intenção, é certo.

Para evitar tanta discussão existe uma convenção: Não existe intenção em
todo ato, mas se um ato é intencional, isto sim, é agir. Pode-se não aceitar
a convenção. Se gente puder esclarecer isto sem provocar confusão, benvinda
esta explicação.

Gosto das suas ideias. Não as entendo totalmente por causa da sua
terminologia. Se explicar, é ótimo.

Creio que existem em germem a ideia da interação para definir conhecimento.
Eu estaria de acordo que seria melhor contemplar a interação
emissor-receptor que a intencionalidade. São dificuldades semânticas, creio
eu.

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/05/2001 01:01

In ciencialist@yahoogroups.com, Sergio Navega wrote:





> Dizem que senso comum (aquilo que nenhum computador
> de hoje possui) é o conjunto de noções e conceitos que >suportam as
circularidades de um dicionário

Por que será que Popper quis eliminar o senso comum da filosofia, dizendo
que é falacia? Creio que ele se referia à indução, coisa que sempre
combateu.

[]s
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Einstein
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/05/2001 01:48


----- Original Message -----
From: <andrebaptista@uol.com.br>

> HA muita coisa no seu texto que gostaria de conhecer mais a fundo
> também, como o Teorema de Bell e a Interpretação de Bohm. As teorias
> de André Assis.

Sobre o paradoxo EPR, trocamos uns e-mails aqui na Ciencialist sobre
isso. Num deles, eu tentei expor no que consiste esse paradoxo. Mas ficou
meio abstrato, porque eu quis fazer uma exposição geral, sem conexão com
nenhum sistema físico. Não sei se está compreensível. De qualquer modo, vai
abaixo a mensagem, datada de 3 de maio de 2000. Envio também, a seguir,
outra mensagem, que foi uma resposta a uma pergunta do Antônio Carlos de
Queiroz relacionada à mensagem de 3 de maio. No final, duas sugestões de
leitura. E, depois, algo sobre a teoria do Assis.

---
Aqui vai então o pequeno texto que escrevi, que expõe o paradoxo EPR
(Einstein-Podolski-Rosen) numa versão e termos apenas sistemas genéricos de
dois níveis, sem qualquer referência à natureza física desses sistemas.

Hipóteses: Tome-se dois sistemas físicos, A e B. Consideremos que exista
uma característica X comum a esses dois sistemas, que é a caraceterística
que queremos medir. Essa característica só pode assumir dois valores, + e -,
por hipótese. Além disso, por hipótese, os dois sistemas físicos estão
correlacionados de alguma forma (não necessariamente através da correlação
quântica). A correlação é de tal forma que, se efetuarmos uma medida da
grandeza X no sistema A, automaticamente saberemos que o valor de X no
sistema B é o seu inverso (isto é, se Xa der +, Xb tem que ser -, e
vice-versa).

Então suponhamos que tenhamos dois sistemas físicos A e B nessas
condições e os separemos por uma certa distância espacial. Efetuamos então
uma medida em A; essa medida dá +; inferimos então que, quando for feita a
medida em B, o resultado será necessariamente -.

Para descrever o processo de medida acima, existem duas hipóteses
alternativas principais: o conhecimento prévio do resultado da medida em B
ocorre (1) através de uma interação local - ou seja, com velocidade finita -
entre A e B, ou (2) através de uma interação não-local - ou seja,
instantânea - entre A e B.

Quando Einstein, Podolski e Rosen propuseram essa "experiência de
pensamento", estavam pensando na interpretação einsteniana do "Deus não joga
dados". Fazia parte de um debate de há longo entre Einstein e Bohr. A Física
Quântica, segundo Bohr, diz que a natureza é intrinsecamente indeterminista.
Ou seja, a Física Quântica só pode prever distribuições estatísticas dos
valores das grandezas físicas. E esse não só é o máximo de informação que
podemos ter sobre a Natureza, mas também é a única informação que existe
dentro da própria Natureza: os valores precisos das grandezas não
pré-existem à observação. Isso, segundo Bohr.

Einstein dizia o contrário: os valores precisos das grandezas
pré-existem à observação. Então a Teoria Quântica seria incompleta, porque
com ela não se pode prever esses valores precisos, apenas a distribuição
estatística deles.

Para demonstrar que estava certo, Einstein partiu para provar que a
interpretação de Bohr da Física Quântica era inconsistente, ou seja, levava
a uma contradição. Para isto, bolou, com Podolski e Rosen, o experimento de
pensamento EPR. Não o formulou de maneira tão abstrata e geral como acima,
mas o princípio é o mesmo.

Einsten, Podolski e Rosen tentaram evidenciar a tal contradição com o
seguinte argumento. Dizia Einstein: quando medimos a grandeza X em A,
automaticamente sabemos o resultado de uma futura medida em B. Isso poderia
ser explicado se supusermos que, quando fizemos uma medição em A, alteramos
o estado de A (como prevê a Física Quântica); aí A interagiu com B e alterou
o estado de B, e por isso passamos a poder prever com precisão o resultado
da medida em B. Porém, nesse caso, a velocidade interação teria que ser
infinita - porque, segundo a Física Quântica, a nossa capacidade de previsão
sobre o resultado em B ocorre instantaneamente assim que conhecemos o
resultado de A.

Se supusermos que nenhuma interação trafega com velocidade infinita, não
há como a medição em A alterar o estado em B instantaneamente, e então
seríamos obrigados a concluir que ou (1) a Física Quântica está certa e os
valores da grandeza X em B pré-existem à observação (para desespero de Bohr)
ou (2) a Física Quântica está errada, a correlação quântica não ocorre do
jeito como essa teoria diz e a transmissão da informação da medida de A para
B não é instantânea (também para desespero de Bohr).

A única solução para Bohr era acreditar interações instantâneas. Mas
tanto Bohr quanto Einstein acreditavam que nenhuma interação trafega com
velocidade infinita. Logo, Bohr entrou em apuros, pois ele não poderia
aceitar integralmente nem (1) nem (2). Ele jamais deu uma resposta
satisfatória ao desafio de EPR.

A grande questão então era se as interações instantâneas existem ou não.
É aí que entra John Bell. Ele mostrou, em 1964, um jeito de decidir a
questão no laboratório. (Na verdade, Bell argumentou em conexão com a Teoria
das Variáveis Ocultas de David Bohm, mas ele usou o experimento EPR para sua
argumentação, e por isso sua discussão se aplica a este experimento). Bell
encontrou uma fórmula, uma inequação, envolvendo as probabilidades de
encontrar os diversos valores da grandeza X. Ocorre que esta desigualdade é
satisfeita caso os valores das grandezas pré-existam à observação; porém,
ela não é satisfeita pela Física Quântica. E os argumentos de Bell são
puramente matemáticos, envolvendo cálculo de probabilidades. Uma vez suposto
o esquema do experimento EPR, dali para a frente não é feita suposição
nenhuma e o desenvolvimento é só cálculo de probabilidades.

---
----- Original Message -----
From: Antonio Carlos M. de Queiroz

> Roberto Belisario wrote:
>
> > Olá, pessoal. Estive viajando, e os e-mails que deveria responder
> > ficaram aqui. Só agora pude retomar a discussão sobre a interpretação da
> > Teoria Quântica.
> >...
>
> Ok, mas não ví onde está o paradoxo. Porquê tem que existir interação
> instantânea? Qual é o problema de um sistema "avisar" o outro, por
> uma emissão eletromagnética ou coisa assim? Ninguém vai conseguir
> chegar ao outro sistema e medi-lo mais depressa que na velocidade
> da luz... E qual é o problema de as variáveis já estarem definidas?
>
> Antonio Carlos M. de Queiroz

Vamos ver se eu consigo explicar isso.

Por que tem que existir interação instantânea?

Porque a Mecânica Quântica assim o exige. Veja: O paradoxo EPR fala
sobre sistemas quanticamente correlacionados. Dizemos que dois sistemas
estão quanticamente correlacionados quando eles não podem ser descritos como
dois sistemas individuais separados. Para explicar melhor isso, pensemos
primeiro em sistemas que não estejam quanticamente correlacionados. Por
exemplo, consideremos dois elétrons, como sendo duas entidades físicas
distintas, separadas. Podemos observar um ou observar o outro. Falemos do
estado físico do sistema "total" constituído pelos dois elétrons em
conjunto. Este estado físico pode ser caracterizado pela descrição do estado
físico de um deles, seguida pela descrição do do outro. Porém, a Mecânica
Quântica permite uma novidade que não aparecia na Física Clássica: um estado
físico que não pode ser caracterizado pela descrição dos dois elétrons
separadamente! Nesta situação, só o estado do sistema como um todo faz
sentido. Diz-se, então, que as duas partículas estão quanticamente
correlacionadas. Observações em sistemas quanticamente correlacionados podem
produzir resultados diferentes que em sistemas "separados"; por isso,
considera-se que trata-se de um estado físico distinto.

O que isso tem a ver com a velocidade infinita? Ocorre que, quando
observamos um dos elétrons, a correlação quântica é imediatamente destruída.
(Nem poderia ser de outra forma, uma vez que, se observamos só um dos dois
elétrons, estamos obrigando o sistema a comportar-se como dois subsistemas
invidivuais "separados".) Repare então que a observação de um dos elétrons
altera o estado físico do sistema como um todo, altera o estado do sistema
constituído pelos dois elétrons. Isso, instantaneamente e independentemente
da distância que os separa. Uma alteração instantânea do estado físico de um
par de elétrons separados, causada pela observação de apenas um deles,
parece implicar na transmissão de sinais entre os dois elétrons com
velocidades superiores à da luz.

Para tentar mostrar que a Física Quântica estava errada, Einstein
demostrou, no seu paradoxo EPR, isso que eu disse acima: que a destruição da
correlação quântica causada pela observação implica na existência de
velocidades infinitas. E isso aparentemente ia contra a teoria da
Relatividade. Uma vez que Bohr cria na Relatividade, ele só tinha duas
saídas: ou acreditava que existiam velocidades infinitas, ou que a sua cara
Teoria Quântica estava errada. É aí que está o paradoxo: ele aparentemente
contrapunha a Física Quântica e a Teoria da Relatividade. Mas as duas
teorias tiveram muito sucesso na descrição dos experimentos. Como poderia
uma delas estar errada?

A resposta é: o que nenhum deles parece ter percebido é que, mesmo
aceitando a Física Quântica, as velocidades infinitas não ferem a teoria da
Relatividade, porque elas não implicam na transmissão de informações causais
mais rapidamente que a luz. E é só isso que a Relatividade proíbe. O
paradoxo, então, deixa de ser um paradoxo. Aliás, este é o destino da grande
maioria dos paradoxos...

Quanto ao problema de as variáveis já estarem pré-definidas. O problema
é que a Física Quântica é uma teoria estatística, ela fornece apenas
probabilidades para os resultados dos experimentos. A interpretação usual é
que isso acontece porque a Natureza é intrinsecamente indeterminista, de
maneira que os valores exatos das grandezas físicas não pré-existem à
observação. Antes de serem observados, os sistemas físicos são descritos, na
F. Q., pelo conjunto de valores possíveis, associados às suas
probabilidades correspondentes. A observação vai selecionar um (ou um
conjunto restrito) dentre esses valores. Claro que essa interpretação é
difícil de assimilar, e por isso Einstein acreditava que os valores das
grandezas pré-existiam à observação. Mas, posto desta maneira, a coisa
parece ser apenas uma questão de interpretação. Porém, existem situações em
que as duas visões produzem previsões diferentes para os resultados
experimentais, e, então, a escolha pode ser decidida no laboratório. Isso
fez com que os desenvolvimentos teóricos e experimentais que se seguiram
tornaram cada vez mais improvável a possibilidade de uma teoria que restaure
o determinismo na Física. O teorema de Bell e o experimento de Aspect
incluem-se entre esses desenvolvimentos.

Até a próxima...
Belisário
---

Tenho duas sugestões com uma exposição panorâmica das interpretações
alternativas da mecânica quântica - incluindo não só a de David Bohm, mas
também outras, e também falando de outros paradoxos, como o gato de
Schrödinger. Ambas de autoria de Silvio Seno Chibeni, um físico e
epistemólogo aqui da Unicamp:

http://www.comciencia.br/reportagens/fisica/frameset/chibeni.htm

http://www.unicamp.br/~chibeni/texdid.htm
Neste último, clique em "Notas de aula sobre epistemologia da física", e,
nos três arquivos que aparecerem no WinZip, abra o "probmedida.doc" (os
outros também são interessantes).

---
Agora, sobre a teoria do André Assis. Há uns tempos mandei a seguinte
mensagem, tentando explicá-la em um parágrafo (mensagem datada de 16 de
dezembro de 2000). Não sei se dá para entender por aqui:

Rapidamente, ela tenta implementar o princípio de Mach. Ela assume que
todo movimento é relativo, inclusive os acelerados, e que as forças de
inércia são provocadas pelo movimento relativo entre os sistemas físicos e o
restante do Universo. Ele supõe que a força gravitacional seja um pouco
diferente do inverso do quadrado da distância - ele acrescenta um termo à
fórmula original. Este termo faz com que a ação gravitacional do restante do
Universo tomado como um todo, sobre um sistema físico em movimento,
reproduza exatamente as expressões as forças inerciais (ma), centrífuga, de
Coriolis e a força de inércia angular. Ou seja, todas as forças inerciais
seriam devidas à atração gravitacional do restante do Universo. Além disso,
com essa teoria ele explica coisas que a Relatividade explicava e que a
Física Clássica não explica. Por exemplo, ele obtém para a precessão do
periélio de Mercúrio uma expressão idêntica à obtida pela Relatividade
Geral!!! (Mas só para uma órbita complelta; para o caso geral não
concordam). Assim, ele clama que essa teoria pode substituir a Relatividade
Geral. Porém, até onde sei nenhuma medida conseguiu dar uma resposta
conclusiva se esse termo a mais do Assis na força gravitacional existe ou
não.

---
Ao que o Eduardo Gueron respondeu (19 de dezembro de 2000):

Comento, a seguir, um pouco da teoria do André K. T. Assis que usa
forças tipo Weber em uma mecânica relacional para a gravitação e um
problema razoavelmente elementar já encontrado nesta teoria.
As forças tipo Weber se caracterizam por depender de derivadas
temporais. Elas derivam, portanto, de um potencial que dependa da
velocidade. No problema de dois corpos, a força tipo Weber proposta pelo
André depende exclusivamente de r e de suas derivadas temporais. Em seu
trabalho original (algo em torno de 1989) ele propõe uma fórmula para
tal força que, após alguns cálculos, não prevê a precessão do perihélio
de Mercúrio conforme é observado (se não me engano, ele obtem algo em
torno de 1/3 da precessão). Em uma correção posterior, Raguza modifica a
expressão da força tipo Weber usada por Assis de modo a obter tanto a
precessão do perihélio quanto o desvio da luz (é usado, neste caso, que
a força depende de r, dr/dt e d2r/dt2). Há problemas quando outros
planetas são estudados mas os dados experimentais para planetas além de
Mercúrio são muito pouco precisos de modo que sempre se pode
descreditá-los além do que a influência do campo gravitacional de cada
planeta deve ser considerada em um cálculo tão preciso.
Em um trabalho de 1997 F. Bunchaft e S. Carneiro mostram que uma força
tipo Weber (que depende da velocidade) não pode ser ao mesmo tempo
conservativa e prever tanto a precessão do perihelio quanto o desvio da
luz. Vale ressaltar que em um problema de dois corpos a força deve
derivar de um potencial e, portanto, ser conservativa para que o sistema
possa ser considerado isolado (de outro modo precisaríamos de uma força
externa para manter o sistema em equilíbrio). Com esse resultado, a
teoria do Assis falha nos primeiros testes quando trata de gravitação.
Os autores do artigo são delicados com o autor supondo que formas mais
generalizadas de uma força tipo Weber podem ser criadas para solucionar
tal problema.

Este artigo pode ser obtido em http://xxx.if.usp.br com o código
gr-qc/9708047

[]s Eduardo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Frases do Einstein
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/05/2001 02:28

----- Original Message -----
From: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>

> > A minha opinião é que a TR da relatividade inaugurou
>
> > uma espécie de &quot;pos-modernismo&quot;
> > cientifico.
> Concordo plenamente! :)
> Parece que a física moderna é sempre algo maluco,
> excêntrico e extravagante, fora da realidade, absurdo.
> Mas a física nunca estuda nada além da própria
> realidade!!! (É claro que vc pode querer modelar
> mundos imaginados, como uma espécie de exercício...
> Mas física é esse mundo daqui!)
> Talvez a "culpa" disso tudo seja de que a indústria
> do cinema tenha parado de fazer bons filmes de ficção
> científica, e de repente a própria ciência tenha
> surgido com uma interessantíssima proposta nova, que
> não havia sido bem introduzida às pessoas... As
> viagens espaciais, por exemplo, sempre foram um
> assunto muito recorrrente.

E também da falta quase total de textos de divulgação de física quântica
acessíveis que não clamem em suas introduções que a física quântica é
"absurda" ou "ininteligível", que não apelem para analogias tão forçadas que
induzam o leitor uma compreensão equivocada, ou que não sejam tão técnicas
que se tornem, aí sim, ininteligíveis. Tem um senhor chamado Paul Strathern
que escreveu uma série de livrinhos intitulados "xxx em 90 minutos", um dos
quais é "Bohr e a teoria quântica em 90 minutos", editora Jorge Zahar. Nas
páginas iniciais ele diz coisas como: "Ninguém sabe ao certo até hoje o que
é a mecânica quântica", ou "o principal problema da mecânica quântica é o
fato de ela ser totalmente inverossímil". Com uma divulgação dessas...

> Ah!! Tem outra coisa que gostaria de discutir sobre
> Einstein... Até que ponto ele "bebeu na fonte" de
> outros autores? Sei que ele participava de um cerrto
> grupo de estudos que admirava Poincaré. E o Lorentz?

Na teoria da relatividade geral, o grande inspirador de Einstein foi o
físico e filósofo austríaco Ernst Mach, que tinha idéias muito semelhantes
sobre a necessidade da equivalência de todos os referenciais, sejam
acelerados ou não. Da parte matemática, bebeu do Marcel Grossmann, que
literalmente ensinou-lhe o cálculo tensorial, então desconhecido.
Interessante esse negócio da admiração a Poincaré. Na quântica, bebeu, por
exemplo, do Planck; afinal sua teoria do efeito fotoelétrico usava as idéias
de Planck. Einstein conhecia o trabalho do Lorentz quando fez a relatividade
especial (tanto é que deu seu nome às equações fundamentais da teoria), e
isso certamente deve tê-lo influenciado. Mas a linha central do pano de
fundo do pensamento físico de Einstein, a sua fé quase mística na simetria e
na simplicidade da Natureza, isso parece ser próprio dele.

> Às vezes, durante minhas aulas de física, meu
> professor fala como se o Einstein tivesse sido *a
> pessoa* que teve a sacada de modificar as leis de
> Newton para que a mecânica voltasse a fazer sentido.
> Não existe um pouco de injustiça aí?

Existe, até porque Poincaré, Hilbert, Langevin e talvez outros também
tiveram essa sacada. Mas nem todo mundo sabe disso; o que é divulgado é que
Einstein fez tudo sozinho e que, se não existisse Einstein, não existiria
relatividade... o que é absurdo. Se não fosse Einstein, a relatividade
especial seria a de Poincaré ou de um outro e a geral a de Hilbert.

Inté,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Einstein
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/05/2001 02:32

André Batista, em uma mensagem:

A minha opinião é
que a TR da relatividade inaugurou uma espécie de "pos-modernismo"
cientifico. Antes dela, a ciencia era vista como algo previsivel e
intuitivo, ligado a previsibilidade mecanica das máquinas, algo que
nao deixava espaço para a imaginação popular. A TR causou tal
revolução no modo do público geral encarar a ciencia, que depois dela
nada mais causaria comoção. O "azar" da MQ seria se consolidar apenas
10 anos depois. A TR transformou a física, aos olhos do leigo, de uma
de uma coisa tediosa e mecanica em uma coisa de ficção, totalmente
anti-intuitiva.

Eu:
Muito interessantes essas suas colocações!
--------------------------

André Batista, em outra mensagem:

Só agora tive tempo de ler seu texto inteiro e achei muito
interessante, algumas novidades que eu não conhecia. Quanto as
questões sobre a autoria da TR, não haveria motivos reais para se
considerar Einstein o principal autor? Será que os outros figurões
envolvidos eram tão desinteressados assim (Hilbert, Poincaré,
Lorentz, Groisman) e não tinham em reinvidicar seus créditos? E
Einstein seria antiético a ponto de assumir uma autoria que não lhe
cabia?

Eu:
O Poincaré parecia exatamente não ter lá muito interesse em reivindicar
nada, tanto é que fez aquela de publicar seu trabalho na Itália... pelo
menos, fui o que percebi ao ler sobre o episódio no livro do Abraham Pais,
"Sutil é o Senhor...". Aliás, Einstein não parecia muito simpático ao
Poincaré; inclusive, ele mencionou seu trabalho em relatividade apenas uma
ou duas vezes - e isso segundo ninguém menos que o mesmo Abraham Pais, um
"einstenófilo" de carteirinha. Isso apesar da afirmação do Nicolau de que
Einstein pertencia a um grupo que admirava Poincaré... Enfim, complexo é o
ser humano. Quanto ao Lorentz, a teoria "da relatividade" dele era um mero
protótipo perto da do Einstein (e do Poincaré). Nem cabe a questão da
autoria. O Grossmann já tinha publicado vários trabalhos com Einstein, mas o
último foi só Einstein que assinou. Novamente, não cabe a questão da
co-autoria. O problema é o Hilbert. Esse, sim, me pergunto o que houve.
Creio que as pessoas deveriam dizer teoria da relatividade de
Einstein-Hilbert, e não de Einstein simplesmente. A culpa provavelmente não
é do Einstein. Realmente não sei por que cargas d'água o Hilbert não entrou
no "pódio".




SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/05/2001 11:21

From: Marco A. Andrade <logos@pccp.com.ar>
>In ciencialist@yahoogroups.com, Sergio Navega wrote:
>
>
>> livro "Notes on Quantum Mechanics" do Enrico Fermi
>>(edição MIR) vai notar a coisa: metade do livro são notas de >aula do
>Fermi, manuscritas em inglês. A outra metade é >russo. Ilegível para quem
>não domina o idioma. Portanto, só >tem informação, já que precisa de um
>intérprete inteligente
>> para fazer sentido.
>
>É muito interessante e coerente. No entanto o Popper diz que só o que está
>escrito já é conhecimento. Eu gostaria de escutar alguma opinião (não só
uma
>qualificação) com alguma coisa sobre o livro dele Conhecimento Objetivo:
>Epistemologia sem sujeito cognoscente".

Admiro Popper e acho que sua contribuição à metodologia científica foi
inestimável. Mas em todo o restante, não concordo com ele (por exemplo,
em sua visão radicalmente contra a indução e demais incursões filosóficas).
Por isso, acho Popper vazio quando ele fala em conhecimento "fora" de um
agente inteligente. Não vejo como isso pode ocorrer.

>
>Popper considera o conjunto dos meros registros (livros e textos, em
>qualquer suporte) como o "mundo 3". Considera que interpretar é outra
>capacidade cognitiva. É interessante que denomina sua epistemologia de
>"darwinista".

No entanto, Popper parece menosprezar a importância dessa capacidade
cognitiva de interpretação, preferindo assigná-la ao mesmo tipo de
processo como a "intuição". Para ele parece óbvio que essas coisas
ocorrem naturalmente na mente humana, tão óbvio que não merecem
explicação ou investigação. Posso garantir que uma das principais
áreas da Ciência Cognitiva atual é orientada à investigação do
chamado "inconsciente cognitivo".

Além disso, é fácil achar exemplos de informação impressa que
tenha significados absurdamente diferentes conforme a pessoa que
a lê. De que forma é possível falar em um "conhecimento único"
existente em um livro, se esse conhecimento varia de pessoa para
pessoa que o lê?

>
>> Conhecimento
>> É aquilo que está relacionado à *posse* de informação por >um *agente*
>(organismo) que tenha intenção e *potencial* >para ação.
>
>Eu fico um pouco confundido com a introdução do termo "intenção". Creio que
>se presta a filosofia. Intencionalidade é um conceito complexo. Gostaria
que
>vc explique um pouco como introduziu este termo na definição de
>conhecimento. Tradicionalmente intencionalidade tem que ver com
consciencia.
>Assim que eu ficaria grato de aprender sobre a relação dessa palavra com
>conhecimento.

Uso intencionalidade na acepção filosófica/cognitiva tradicional, como
usa Dennett, Searle, etc. É um conceito abstrato, talvez equivalente
a "sociedade", "mercado de capitais", "balanço de pagamentos", etc.

Com intencionalidade, e de forma bastante genérica, quero dizer
uma "potencialidade" de um agente (organismo) para ação sobre um
objeto. Esse agente dispõe de diversas opções de ação sobre o
mundo e "escolhe" (seleciona) uma dessas ações, baseado em certos
parâmetros em sua mente. Esta noção nos permite postular certas
características nesse agente, como "crenças", "desejos",
"intenções" (detesto esses nomes em português, prefiro como é
falado em inglês, BDI - Belief, Desire, Intention, que é o termo
empregado por quem estuda agentes de software inteligentes).
Todas essas características são igualmente abstratas, mas permitem
que se faça predições acerca dos agentes que estudamos, seja
ele uma formiga ou um ser humano.

>
>>Livro não tem conhecimento, porque o livro não sabe (ou >não tem) como
>agir no mundo para usar a informação de que >dispõe. Computadores tem
>conhecimento extremamente >limitado, e apenas em pouquíssimas áreas.
>
>Fico um pouco confundido com a utilização do verbo saber. Em português não
>existe talvez problema. Num idioma em que não existan palavras diferentes
>como conhecer e saber, diríamos: "Livro não tem conhecimento, porque o
>livro não conhece (ou não tem) como agir no mundo para usar a informação de
>que dispõe". Agir implica intenção, é certo.
>
>Para evitar tanta discussão existe uma convenção: Não existe intenção em
>todo ato, mas se um ato é intencional, isto sim, é agir. Pode-se não
aceitar
>a convenção. Se gente puder esclarecer isto sem provocar confusão,
benvinda
>esta explicação.

Infelizmente, há um jargão especial em Ciência Cognitiva que se sobrepõe
ao sentido usual das palavras. Conhecer ("Understand"), por exemplo, é algo
que é usado popularmente, mas que em um sentido cognitivo tem
características
próprias.

>
>Gosto das suas ideias. Não as entendo totalmente por causa da sua
>terminologia. Se explicar, é ótimo.
>
>Creio que existem em germem a ideia da interação para definir conhecimento.
>Eu estaria de acordo que seria melhor contemplar a interação
>emissor-receptor que a intencionalidade. São dificuldades semânticas, creio
>eu.
>

Aqui vai mais um pouco de distinções semânticas que em nossa linguagem
coloquial não aparecem: "saber" é diferente de "entender".

Quando se "sabe" alguma coisa, é possível recitar essa coisa conforme
foi aprendido originalmente. É um ato que envolve essencialmente a
memória. Posso fazer uma criança de 4 anos decorar a equação de
Schrödinger e com isso impressionar a todos. É para se
impressionar com isso? Há uma passagem hilária em um comercial
de televisão que mostra um sujeito todo contente por ter adquirido
um método de memorização (um tal de "power memory" ou coisa similar),
que o permitiu "decorar" a constituição brasileira.

O sujeito fica com um grande sorriso: agora ele sabe tudo decor.
Fica aqui a pergunta: só porque esse camarada tem a constituição
inteira na cabeça, será que pode ser considerado um grande advogado
ou jurista? Aqui entra a noção de entender.

Entende aquele que consegue "ligar" a informação adquirida a suas
demais noções semânticas. Isso é mais complexo do que parece,
pois exige que a pessoa construa modelos causais do novo
conhecimento que sejam coerentes com o seu conhecimento prévio.
Envolve montar cadeias explanatórias que façam a pessoa ter
eficácia não só em recitar a informação que decorou (ou talvez
até mesmo esquecer a informação original), mas de aplicar
o conhecimento derivado dela *em outras situações*, iguais
ou apenas similares.

A diferença entre saber e entender fica clara quando analisamos
o tipo de diferença de performance que existe entre um recém-graduado
engenheiro e um especialista. O primeiro dispõe de uma carga
de conhecimento teórico que o faz recitar todas as fórmulas
e noções sobre o assunto de sua especialidade. No entanto,
quando apresentado a um problema novo, o recém-graduado
precisa "pensar bastante". Eventualmente, ele consegue
resolver o problema.

Já o especialista, o "expert", quando colocado em uma situação
nova, simplesmente "resolve", sem precisar pensar muito, mesmo
que o problema seja relativamente diferente de tudo o que
havia feito antes. Isto ocorre porque a mente do especialista
dispõe de algo mais, algo envolvido com *reconhecimento* de
situações, em vez de simples *recuperação* (recall) de memória,
que é o que o recém-graduado faz.

E aqui existe outra diferença fundamental que na linguagem
coloquial não aparece: reconhecer é muito diferente de "relembrar".

Até mais,
Sergio Navega.





SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/05/2001 11:40

From: Marco A. Andrade <logos@pccp.com.ar>
>In ciencialist@yahoogroups.com, Sergio Navega wrote:
>
>
>> Dizem que senso comum (aquilo que nenhum computador
>> de hoje possui) é o conjunto de noções e conceitos que >suportam as
>circularidades de um dicionário
>
>Por que será que Popper quis eliminar o senso comum da filosofia, dizendo
>que é falacia? Creio que ele se referia à indução, coisa que sempre
>combateu.
>

Não faço a menor idéia porque Popper foi tão reativo a essas idéias.
Talvez outros possam falar melhor acerca de um histórico da evolução
do pensamento de Popper. Parece que ele começou como lógico-positivista
e depois reagiu a alguns de seus preceitos, notadamente a dependência
exclusiva ao "verificacionismo".

Mas desprezar o senso comum pode ser barbaramente perigoso.
Talvez seja natural desconsiderar o senso comum em uma postulação
de método científico. Mas não é razoável fazer isso, se o objeto
de estudo é a mente humana. E hoje já há diversas investigações
sérias desse assunto, embora ainda com muito trabalho por fazer.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo que vc chuta.
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/05/2001 12:05

From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
>----- Original Message -----
>From: "Sergio Navega"
>To: <ciencialist@yahoogroups.com>
>Sent: Friday, May 18, 2001 6:15 PM
>Subject: [ciencialist] Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware =
aquilo
>que vc chuta.
>
>> Então, o que eu postulo é a existência de um nível (teórico)
>> intermediário onde a complexidade desse processo intuitivo possa
>> ser visto como resultante da operação de alguns poucos princípios
>> simples. São esses princípios simples que me ocupam em termos de
>> pesquisa e proponho que é a interação desses elementos que acaba
>> dando uma impressão de complexidade.
>
>Embora frequentemos praias distintas, tudo indica que retratamos
>preocupações similares. Também ando em busca desses princípios elementares
>que acredito embasarem uma metafísica a sustentar o que denomino
micrométodo
>científico. Não sei exatamente qual é a sua praia mas em
>http://www.geocities.com/ecientificocultural/Relat/EletroRel01.htm (em
>especial a partir do link seguinte, página EletroRel02.htm) exponho os
>princípios mais elementares a que consegui chegar, e acredito ser possível
>que se chegue aos princípios mais complexos das ciências naturais como
>decorrentes destes. Não apenas são princípios básicos como também
>extremamente óbvios e, como tais, aceitos intuitivamente pelos cientistas
>que sequer se dão conta de que em seu dia-a-dia os utilizam sem se
>aperceberem. Com freqüência os utilizam de maneira parcial, como por
exemplo
>a "lei zero da termodinâmica" (equilíbrio térmico) que é um caso particular
>do princípio do equilíbrio: "Dois sistemas em equilíbrio com um terceiro
>estão em equilíbrio entre si". Este na realidade é o princípio que apoia
>toda a mensuração. Nenhuma medida seria possível caso o negássemos, pois a
>medida nada mais é senão um confronto entre sistemas, onde procuramos
>verificar qual sistema padrão está em equilíbrio com o sistema a ser
medido.
>Curiosamente, e a reforçar o que disse acima como aceitação intuitiva,
dá-se
>o nome de "lei zero da termodinâmica" porque foi "descoberto" após as
outras
>duas leis, leis estas que obviamente incluiam o conceito de mensuração da
>temperatura de um sistema.

Concordo plenamente, e devo talvez retornar a discutir mais disso
consigo assim que terminar a leitura de suas páginas. Tenho trocado
informações com um pesquisador americano (que por sinal, me
influenciou muito) que desenvolve uma teoria matemática da cognição
cujo pressuposto básico é essa habilidade de mensuração.

>
>> Mas a minha forma de ver a questão tem uma interessante particularidade:
>> não é o computador que acho que é irracional, é o homem que é
>> "irracional".
>> O computador, com os programas que existem hoje, é o ser supremo da
>> lógica binária, digital, racional. Não comete nenhum erro (exceto o
>> Win95 :-), mas justamente por não cometer erros, não tem como aprender
>> através da percepção, que é um processo vago por excelência.
>
>Não sei até que ponto poderia nivelar a racionalidade com a capacidade em
>não cometer erros mas não vou aqui bancar o "advogado do diabo" pois esta
>também não é a minha praia. A idéia é interessante mas vai contra o
conceito
>popular de racionalidade e/ou mesmo o de dicionários não especializados.

Sem dúvida, pois há várias formas de considerar essa palavra (que, para
certas pessoas, pode até mesmo ter caráter pejorativo). Há a racionalidade
como sendo a capacidade do indivíduo de seguir a opção que tem o
maior benefício/custo e há o racionalismo, aquele que contrasta
com empirismo. Uso também essa palavra para designar as atitudes que
são obtidas a partir de métodos com caráter dedutivo, e é nesse sentido
que acho a palavra inadequada, pois estaria implícita a incapacidade
de cometer erros. Acho que nossa capacidade de cometer erros (que
prefiro chamar de "testes com resultado distinto do esperado") são
mais informativos do que aqueles que dão certo.

>
>> >Se o homem, de alguma maneira, surgiu através de uma evolução
darwiniana,
>> >sem dúvida a racionalidade foi adquirida através de mutações. Não é
>> >impossível que isto ocorra com outras espécies futuras e se isso é
>> >possível com seres vivos deve haver alguma explicação física para o
>> >fenômeno.
>>
>> Tenho outra forma de ver a questão. O homem dispõe certamente de um
>> cérebro único e especial, quando comparado com outros animais. Mas a
>> diferença maior é cultural. Chego a colocar que a racionalidade que
>> hoje identificamos nos seres humanos não é algo que possa ser descrito
>> em termos genéticos, mas sim algo que os cérebros humanos tem condição
>> de adquirir da cultura que nos permeia. Nossa racionalidade é, em
>> minha visão, um fenômeno que está inscrito nesse segundo patamar de
>> evolução, a evolução da organização e do conhecimento social,
>> linguístico. Basta ver quanto tempo as crianças têm que dedicar
>> ao aprendizado escolar para observar como somos dependentes de
>> um "download" cultural para performar como seres inteligentes,
>> hoje em dia.
>
>Entendo mas não tenho tanta certeza de ser possível evoluirmos para esta
>"condição de adquirir a cultura que nos permeia" a não ser através de
>mutações e/ou de um retorno ao criacionismo. Percebo a importância que você
>dá à linguística como agente primário do processo mas antes disso visualizo
>a propensão ao falar e/ou a criar nexos novos, como algo decorrente de uma
>evolução (assumindo que evoluímos do macaco, por ex.) ou de uma criação
>(assumindo que fomos criados, à semelhança dos computadores).
>

Bem, se ficarmos com a única opção plausível, a da evolução, então
é claro que nós humanos temos algo geneticamente especial que nos
dá a possibilidade de aprendizado a ponto de "apreendermos" aquilo
que a cultura nos oferece. Mas a questão é um pouco complexa, pois
o volume dessa cultura só é possível em comunidades de organismos
que tenham formas de representação simbólica externa a suas mentes.

Sabe-se hoje que existe um grau de inteligência notável em macacos
da espécie Bonobo. O Kanzi, um bonobo treinado desde a infância,
consegue apontar para um teclado com centenas de símbolos e formar
frases como "Kanzi quer passear", "me dá aquela banana", etc.

Mas ele não tem o suficiente para "detonar" de forma espontânea
o crescimento cognitivo em uma comunidade de macaquinhos. Em outras
palavras, se não tivessemos inventado a escrita, não creio que
nossa sociedade teria entrado na espiral de desenvolvimento de
conhecimento que temos hoje. Basta ver que comunidades indígenas
muito antigas ainda continuam com misticismos e rituais que
poucas alterações sofreram, mesmo ao longo de séculos. Não
quero dizer que nós sejamos "superiores" a eles, afinal, se
a comunidade deles ainda existe, então pelo menos o trunfo da
sobrevivência eles têm (que é aquilo que darwinianamente
separa os vitoriosos dos fracassados). Mas certamente, não há
evolução cognitiva.

>> Talvez não devamos fazer tantas experiências malucas no mundo,
>> mas é possível fazê-las em nosso pensamento, exercitando a
>> situação sem ter o risco de colocar fogo em nossa casa.
>
>Essa história de colocar fogo na casa é especialidade do Léo. :-))
>

Pela quantidade de informações valiosas e interessantes que vi
nas páginas dele, acho que as casas queimadas valeram a pena.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Einstein
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/05/2001 14:14


----- Original Message -----
From: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Saturday, May 19, 2001 5:48 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Einstein


>
> ----- Original Message -----
> From: <andrebaptista@uol.com.br>
>
> > HA muita coisa no seu texto que gostaria de conhecer mais a fundo
> > também, como o Teorema de Bell e a Interpretação de Bohm. As teorias
> > de André Assis.
>
> Sobre o paradoxo EPR, trocamos uns e-mails aqui na Ciencialist sobre
> isso. Num deles, eu tentei expor no que consiste esse paradoxo. Mas ficou
> meio abstrato, porque eu quis fazer uma exposição geral, sem conexão com
> nenhum sistema físico. Não sei se está compreensível. De qualquer modo,
vai
> abaixo a mensagem, datada de 3 de maio de 2000. Envio também, a seguir,
> outra mensagem, que foi uma resposta a uma pergunta do Antônio Carlos de
> Queiroz relacionada à mensagem de 3 de maio. No final, duas sugestões de
> leitura. E, depois, algo sobre a teoria do Assis.
>
> ---
> Aqui vai então o pequeno texto que escrevi, que expõe o paradoxo EPR
> (Einstein-Podolski-Rosen) numa versão e termos apenas sistemas genéricos
de
> dois níveis, sem qualquer referência à natureza física desses sistemas.
>
> Hipóteses: Tome-se dois sistemas físicos, A e B. Consideremos que
exista
> uma característica X comum a esses dois sistemas, que é a caraceterística
> que queremos medir. Essa característica só pode assumir dois valores, +
e -,
> por hipótese. Além disso, por hipótese, os dois sistemas físicos estão
> correlacionados de alguma forma (não necessariamente através da correlação
> quântica). A correlação é de tal forma que, se efetuarmos uma medida da
> grandeza X no sistema A, automaticamente saberemos que o valor de X no
> sistema B é o seu inverso (isto é, se Xa der +, Xb tem que ser -, e
> vice-versa).
>
> Então suponhamos que tenhamos dois sistemas físicos A e B nessas
> condições e os separemos por uma certa distância espacial. Efetuamos então
> uma medida em A; essa medida dá +; inferimos então que, quando for feita a
> medida em B, o resultado será necessariamente -.


Repara como dizes "Quando for feita em"
Na realidade não existe qq viagem de informação, mas apenas tu, observador
sabes o resultado antes do medir.
Imaginemos algo simples.
Eu coloco numa caixa(sistema) A, fechada, 7 bolas iguais.
Sem ninguem ver eu retiro um numero X de bolas para uma outra caixa
(sistema) B, aberta.
Quando vocês, observadores, medirem o numero de bolas nessa caixa, sabem o
numero de bolas da outra.
A informação não viajou. Não ha paradoxo nenhum aqui.
O EPR é algo deste tipo.
Quando medirem o nº de bolas que estão na caixa A é obvio que será 7-X.
É esta correlação intrinseca entre as quantidades que nos permite saber uma
sem a medir, apenas medindo a da outra. Isto não é paradoxo nenhum, e é algo
que usamos todos os dias.
A informação não viajou. Por isso, a sua velocidade não e´finita nem
infinita.

Mas , tlv o paradoxo original, proposto, não seja assim tão simples.
( se bem me lembro tinha qq coisa a ver com as variáveis conjugadas
hermiticas, por exemplo o momento e a posição. E o paradoxo era: poder saber
os dois com infinita precisão, usando para isso dois sistemas
correlacionados. Isto não viola nenhuma lei , e não é nenhum paradoxo. O
Principio de Incerteza de Heisenberg apenas se aplica para uma mesma
onda/sistema.)

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Bernoulli errado?
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/05/2001 16:15

18/05/2001 - 20h40
Físico cria novo modelo para vôo de avião

da Folha de S.Paulo

A explicação de como o ar interage com as asas de um avião,
proporcionando o vôo, é bastante conhecida _e errada, segundo David
Anderson, um físico do Fermilab, em Illinois, EUA. Ele escreveu, com
Scott Eberhardt, o livro "Understanding Flight" (Entendendo o Vôo),
da editora McGraw-Hill (US$ 34,95), em que apresenta sua idéia sobre
como as aeronaves conseguem erguer-se do chão e manter-se no ar.

O conceito tradicional de vôo é baseado no princípio de Bernoulli,
que estabelece como o comportamento do ar consegue fornecer
sustentação ao veículo.

Ao encontrar a asa de um avião, que tem um formato curvado
(arredondado) na superfície superior e plano na inferior, o ar se
divide em duas correntes. Enquanto o ar que passa por baixo da asa
permanece com velocidade e pressão constantes, o que passa por cima é
desviado pela curvatura da asa, ganhando velocidade _o que faz com
que sua pressão diminua.

Com a diferença de pressão entre as duas correntes, o avião sobe. Ou,
pelo menos, é o que todos pensavam que acontecia, até Anderson
apresentar sua idéia.

Buracos no modelo

"Há dois problemas principais. Primeiro, a explicação de Bernoulli se
fixa no formato da asa. Se a forma de uma asa determinasse a
sustentação, você nunca poderia voar de cima para baixo. Segundo, a
explicação de Bernoulli não diz por que o ar viaja mais rápido na
superfície superior da asa. Se o ar vai mais rápido, uma força deve
estar envolvida. Para explicar essa força, você precisa invocar as
leis de movimento de Newton, não o princípio de Bernoulli", defendeu
Anderson em entrevista à revista britânica de divulgação científica
"New Scientist" (www.newscientist.com).

A explicação que ele apresenta se baseia justamente no princípio de
ação e reação, estabelecido pelo físico Isaac Newton há mais de 300
anos. "É muito simples: a sustentação é uma força de reação. A asa
empurra o ar para baixo, que em contrapartida empurra a asa para
cima", afirma Anderson.

Para elaborar sua explicação, o cientista e inventor especializado em
partículas de alta energia (o que não tem nada a ver com o
conhecimento aplicado a seu modelo de como os aviões voam) utilizou
um conceito conhecido como efeito Coanda _a tendência que o ar, assim
como outros fluidos viscosos, tem de prender-se à superfície sobre a
qual está fluindo.

A força que leva o avião para cima é uma reação da força que empurra
o ar para baixo, após ele contornar a superfície curvada da porção
superior da asa.

Mesmo que sua explicação esteja correta, o pesquisador diz que ela
não terá grande impacto na indústria aeronáutica, pois os cálculos
feitos atualmente pelos engenheiros com base no princípio de
Bernoulli funcionam para todos os fins práticos.

"Se eu precisasse projetar uma asa, eu ainda contrataria um
engenheiro aeronáutico. Eles não precisam entender sustentação para
fazer seus cálculos. E os pilotos não precisam entendê-la para voar",
afirma Anderson.

"Quando me disseram como as asas voavam, eu não podia visualizar.
Quando conclui meu bacharelado, sustentação era uma das poucas coisas
que eu não entendia, apesar de ter passado em todos os testes e ter
feito toda a matemática. Eu só precisava entender como as asas
voavam."

Fixação

Segundo Anderson, essa busca levou quase três décadas. "Precisei de
25 anos para entender o que estava errado com o que havia sido
ensinado para mim", diz.

Ele conta que a receptividade a sua nova explicação está sendo muito
boa entre os especialistas. "Apenas uma pequena porcentagem fica
irritada, o resto está todo empolgado por ter finalmente entendido o
vôo. Eles estão aceitando abandonar Bernoulli. Eles dizem, 'sempre
pensei que havia algo errado com aquilo'."

Sobre a importância de saber ou não se ele está correto, já que não
há implicações para a indústria, o cientista responde. "É como
perguntar: 'A verdade importa?'"

----------------------------------------------------------------------
----------




SUBJECT: ICQ
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/05/2001 18:38

Prezados amigos da lista:
Saudações.

Estou enviando esta para que vocês possam me adicionar à sua lista de contatos do ICQ, pois recentemente instalei o programa. Meu UIN é 118556469. Aguardo seus contatos.

Abraços.

Peterson Leal.



SUBJECT: Conhecimento Objetivo
FROM: manuelbulcao@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/05/2001 01:07

Ol,

Marco Aurlio: muito interessante e coerente. No entanto o Popper diz que o que est escrito j conhecimento. Eu gostaria de escutar alguma opinio (no s uma qualificao) com alguma coisa sobre o livro dele Conhecimento Objetivo: Epistemologia sem sujeito cognoscente". Popper considera o conjunto dos meros registros (livros e textos, em qualquer suporte) como o "mundo 3". Considera que interpretar outra capacidade cognitiva.

Manuel: Li esse livro do Popper. Pelo que sei, sua teoria dos trs mundos influenciou alguns importantes cientistas e tericos da cincia (Jacques Monod e Edgar Morin) que consideram as idias ou seres noolgicos (rebatizado por Dawkins de "memes") como entidades relativamente autnomas, cuja relao com o crebro humano anloga relao de parasitismo dos vrus com seus organismos hospedeiros (os seres noolgicos, assim como os vrus, situam-se nas fronteiras da vida, na de cima e na de baixo, respectivamente). Alis, o filsofo Daniel Dennett, em seu livro "A Perigosa Idia de Darwin" e no captulo referente aos memes, diz jocosamente que "um erudito um artifcio que uma biblioteca usa para produzir outra biblioteca." Quis ele dizer que os conhecimentos encerrados nos livros no s so relativamente autnomos como tambm dominam a ns, sujeitos cognoscentes -- isto , eles se valem de nossos crebros para se reproduzirem. Uma idia ousada.

Abraos,
Manuel Bulco
---
UOL: o melhor da Internet.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Bernoulli errado?
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/05/2001 11:53



>Buracos no modelo

>"Há dois problemas principais. Primeiro, a explicação de Bernoulli se
>fixa no formato da asa. Se a forma de uma asa determinasse a
>sustentação, você nunca poderia voar de cima para baixo.

Olha, realmente no curso de Aerodinâmica a gente sai um pouco desacreditado
pelo excesso de empirismo nas fórmulas, mas essa afirmação da relação entre
o formato da asa e da impossibilidade de voar para baixo é um grande buraco.

Lembrem que temos os perfís famosos completamente simétricos. Na verdade o
que produz o L - sustentação, passa a ser o ângulo de ataque da asa, que por
sua vez altera novamente a velocidade do filete na parte superior e inferior
da mesma, e finalmente alterando a pressão.

Tem mais um ddetalhe que vai ficar um pouco difícil de explicar pela modelo
que invoca a Ação e Reação, são os Supersônicos.

Os perfís de aeronaves de combate supersônicas não invertidos, devido á
inversão das propriedades acima de Mach 1.

Eu me formei como piloto militar e existiam muitos relatos do pessoal em Vôo
com Xavante, que é uma aeronave subsônica com um freio aerodinâmico sob a
fuselagem que ficariam difíceis de explicação por esse modelo.

Por exemplo, o Xavante voa muito próximo de MACH 1, e pode ultrapassá-lo em
mergulhos. Os relatos de quem o fez são de que os comandos se invertem e tem
que se usar o freio aerodinâmico para retomar o controle. Não é uma coisa
fácil de se visualizar pela ação e reação, já que a distribuição de forças
vai ser a mesma desse modelo, mas a criação dessa força invertida acredito
que só possa ser dada pelas pressões e filetes das teorias de Bernoulli.

SDS,

Alexandre Sedlacek Moana






SUBJECT: Re: [ciencialist] Bernoulli errado?
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/05/2001 14:31

Alguém achou a entrevista ou reportagem no site da New Scientist? Eu
não. Será que saiu só na de papel?
Essa reportagem da Folha está meio mal feita, eu li o negócio todo e não
entendi por que a nova abordagem resolveria os problemas com a de Bernoulli
(por exemplo, o problema do avião poder voar para baixo parece permanecer).
Depois da mensagem do Alexandre, então, ficou mais esquisita ainda...
Belisário

----- Original Message -----
From:

> 18/05/2001 - 20h40
> Físico cria novo modelo para vôo de avião
>
> da Folha de S.Paulo
>
(...)
> "Há dois problemas principais. Primeiro, a explicação de Bernoulli se
> fixa no formato da asa. Se a forma de uma asa determinasse a
> sustentação, você nunca poderia voar de cima para baixo. Segundo, a
> explicação de Bernoulli não diz por que o ar viaja mais rápido na
> superfície superior da asa. Se o ar vai mais rápido, uma força deve
> estar envolvida. Para explicar essa força, você precisa invocar as
> leis de movimento de Newton, não o princípio de Bernoulli", defendeu
> Anderson em entrevista à revista britânica de divulgação científica
> "New Scientist" (www.newscientist.com).




SUBJECT: novamente Bernoulli
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/05/2001 14:32

Ol pessoal

Ontem minha filha ganhou um brinde numa festa, que como um pequeno
cachimbo de plstico com uma bolinha. Quando sopramos o "cachimbo", a
bolinhade plstico sobe, claro. Mas o interessante ela fica flutuando
sobre o jato de ar de maneira extremamente estvel, ao contrrio do que
nossa intuio poderia supor. Ela nunca cai para o lado, ao contrrio, fica
oscilando de um lado para o outro, como se uma fora a puxasse sempre de
volta para o centro. Me parece que exatamente a fora de Brenoulli que a
mantm no eixo: Quando a bolinha se desvia um pouco do jato de ar, a
diferena de presso a empurra de volta.

o que vocs acham?

[]s


Andr Baptista



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bernoulli errado?
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/05/2001 14:47

O site abaixo contém um artigo do David Anderson (em co-autoria com o
Scott Eberhardt) chamado "A physical description of flight" (saiu na
"Fliegermagazin" (Flyer's Magazine), publicada em Munique) onde ele explica
em detalhes sua teoria sobre por que os aviões voam e por que sua pinimba
com o princípio de Bernoulli:

http://www.aa.washington.edu/faculty/eberhardt/lift.htm

Até,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Frases do Einstein
FROM: "Sandra Rosario" <matricarya@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/05/2001 16:23

Olá

Sou nova na lista e apesar de não ser física, gosto muito de ler sobre
Einstein.

> E também da falta quase total de textos de divulgação de física
>quântica
>acessíveis que não clamem em suas introduções que a física quântica é
>"absurda" ou "ininteligível", que não apelem para analogias tão forçadas
>que
>induzam o leitor uma compreensão equivocada, ou que não sejam tão técnicas
>que se tornem, aí sim, ininteligíveis. Tem um senhor chamado Paul Strathern
>que escreveu uma série de livrinhos intitulados "xxx em 90 minutos", um dos
>quais é "Bohr e a teoria quântica em 90 minutos", editora Jorge Zahar. Nas
>páginas iniciais ele diz coisas como: "Ninguém sabe ao certo até hoje o que
>é a mecânica quântica", ou "o principal problema da mecânica quântica é o
>fato de ela ser totalmente inverossímil". Com uma divulgação dessas...

Já li este livrinho e concordo com vc. O autor não deveria fazer esse tipo
de colocação se ele próprio está escrevendo sobre o assunto, ainda que seja
por via indireta.

>
> > Ah!! Tem outra coisa que gostaria de discutir sobre
> > Einstein... Até que ponto ele "bebeu na fonte" de
> > outros autores? Sei que ele participava de um cerrto
> > grupo de estudos que admirava Poincaré. E o Lorentz?
>
> Na teoria da relatividade geral, o grande inspirador de Einstein foi o
>físico e filósofo austríaco Ernst Mach, que tinha idéias muito semelhantes
>sobre a necessidade da equivalência de todos os referenciais, sejam
>acelerados ou não. Da parte matemática, bebeu do Marcel Grossmann, que
>literalmente ensinou-lhe o cálculo tensorial, então desconhecido.
>Interessante esse negócio da admiração a Poincaré. Na quântica, bebeu, por
>exemplo, do Planck; afinal sua teoria do efeito fotoelétrico usava as
>idéias
>de Planck. Einstein conhecia o trabalho do Lorentz quando fez a
>relatividade
>especial (tanto é que deu seu nome às equações fundamentais da teoria), e
>isso certamente deve tê-lo influenciado. Mas a linha central do pano de
>fundo do pensamento físico de Einstein, a sua fé quase mística na simetria
>e
>na simplicidade da Natureza, isso parece ser próprio dele.

Uma dúvida, existe alguma relação de Ernst Mach com a barreira do som?

Sandra


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Frases do Einstein
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/05/2001 16:34

----- Original Message -----
From: Sandra Rosario

> Olá
>
> Sou nova na lista e apesar de não ser física, gosto muito de ler sobre
> Einstein.

Seja bem vinda!

> Uma dúvida, existe alguma relação de Ernst Mach com a barreira do som?
>
> Sandra

Sim, mas não tem nada a ver com a relatividade. Para medir a velocidade
do som, uma das unidades é o "mach". Dizemos, por exemplo, que algo corre a
uma velocidade "Mach 2" se corre a duas vezes a velocidade do som (340 m/s).
Assim, o Speed Racer do desenho animado tem um carro chamado Mach-5,
lembra-se? Teoricamente, ele deveria correr a uma velocidade 5 vezes a do
som... Só não tenho certeza total se esse Mach é o mesmo Ernst Mach acima.

Até
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Frases do Einstein
FROM: "Sandra Rosario" <matricarya@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/05/2001 16:55

Belisário, obrigada pela explicação.

Sandra


>----- Original Message -----
>From: Sandra Rosario
>
> > Olá
> >
> > Sou nova na lista e apesar de não ser física, gosto muito de ler sobre
> > Einstein.
>
> Seja bem vinda!
>
> > Uma dúvida, existe alguma relação de Ernst Mach com a barreira do som?
> >
> > Sandra
>
> Sim, mas não tem nada a ver com a relatividade. Para medir a
>velocidade
>do som, uma das unidades é o "mach". Dizemos, por exemplo, que algo corre a
>uma velocidade "Mach 2" se corre a duas vezes a velocidade do som (340
>m/s).
>Assim, o Speed Racer do desenho animado tem um carro chamado Mach-5,
>lembra-se? Teoricamente, ele deveria correr a uma velocidade 5 vezes a do
>som... Só não tenho certeza total se esse Mach é o mesmo Ernst Mach acima.
>
> Até
> Belisário
>
>

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SUBJECT: CONSUMIDOR TEM DIREITO A INDENIZAÇÃO
FROM: Mauricio Minello <mm.rj@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/05/2001 20:28

ATENÇÃO, IMPORTANTE: LEIA, EXIGA SEUS DIREITOS E REPASSEM !!!



Sobretaxa nas contas de luz é inconstitucional

O usuário que se sentir lesado com a sobretaxa e com os cortes de energia
pode entrar na Justiça com uma ação individual ou coletiva, através das
entidades que defendem os direitos dos cidadãos, como as seções regionais
da OAB e os PROCONS. Os advogados recomendam entrar com mandado de
segurança pedindo o restabelecimento do fornecimento e ação indenizatória
pelo prejuízo, ao estado e à concessionária.


OAB questionará no STJ a constitucionalidade da sobretaxa nas contas de luz

A OAB esta entrando com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no STJ
contra as medidas anunciadas pelo governo FHC. O presidente da OAB, Rubens
Approbato Machado, classificou as sobretaxas de confisco e o corte de
energia para os que não atingirem as metas de ilegais. A entidade defende
que todos os consumidores que se sentirem prejudicados reivindiquem
indenizações na Justiça.
O presidente do STJ, ministro Paulo Costa Leite, afirmou que a Justiça vai
proteger os direitos individuais.



Entidades de defesa do consumidor preparam ações

Outras entidades civis irão aos tribunais. O PROCON-SP e o Instituto de
Defesa do Consumidor (Idec) vão contestar o corte de energia para os
usuários que não conseguirem reduzir o consumo em 20%, além de considerarem
abusiva a sobretaxa de até 200%. Para a coordenadora do Idec, Marilena
Lazzarini, a sobretaxa é, na verdade, um “tarifaço”.





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Neville Martins" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/05/2001 21:21

Olá pessoal !
Acho que a Ciencialist está passando por um de seus melhores momentos devido
a postura construtiva dos missivistas e, brincando um pouco de
construtivismo, segue abaixo o que me parece algumas obviedades (sem
explicitar origens para não entulhar demais o texto).

Nas mensagens, alguns termos que tem aparecido associados são:
'informação', 'conhecimento', 'inteligência, 'raciocínio', 'lógica',
'racionalismo', 'intuição' e 'aprendizagem'.

Embora leigo nessa área, pretendo discutir alguns destes termos.

São vários os conceito de 'conhecimento' apresentados, que vão desde uma
simples informação memorizada até o de verdade total, ontológica.
Como grande divisor de águas teríamos o grupo de conceitos em que o
'conhecimento' é independente do observador; outro grupo de conceitos os
considera como uma
propriedade do observador tanto no sentido de 'pertinência' como de
'característica'. (Yung, a parte)

Para meu próprio uso, prefiro conceituar 'conhecimento' como sendo conjuntos
ou blocos organizadas de informações memorizadas.
( Só para visualizar, imagine as informações como aminoácidos e o bloco de
conhecimento como um gen). Talvez pudesse chamar isso de 'configuraçoes de
memória' ou de 'cenários mentais' e, de qualquer forma, seria o resultado de
um 'processamento inteligente de informações' -(reconhecimento, filtragem,
beneficiamento, associações, etc.).

Alguns (eu inclusive) questionam que para ter o status de conhecimento há
necessidade de que o ente tenha 'consciência' da existência desse blocos.
Isso não me parece tão complicado desde que definamos (neste nível)
'consciência' como uma listagem verbal dos nomes de tais blocos de
conhecimento. (Essa listagem, alias, é também um dos blocos de conhecimento)

Até poucos anos atras, era freqüente encontrar reações, as vezes enérgicas,
relativas ao desenvolvimento de Inteligência Artificial; atualmente parece
haver pouca duvida quanto a essa possibilidade. No entanto, o conceito de
'inteligência' não tem sido unânime e, parafraseando o dito do Mesquita, se
há necessidade de um livro de 600 pg. para explica-lo, significa que já é
hora de simplificar alguma coisa. Acho que seria conveniente abandonar as
idéias conceituais de inteligência (ou inteligências) encontradas no estudo
da psicologia humana e adotar definições com limites , claros, funcionais e
impessoais, aplicáveis a entes genéricos (naturais ou artificiais) a fim de
facilitar o desenvolvimento de novos modelo. (Sempre há também o recurso de
desdobrar uma definição genérica em varias outras mais específicas).

Também é freqüente a dicotomia entre rotular um 'ente' ou sistema como sendo
'inteligente' ou não.
Uma boa definição deveria permitir uma classificação em categorias ou, de
preferencia, com uma escala contínua de graduação.

O conceito comportamental de Turing para caracterizar 'máquina
inteligente' também parece obsoleto ou, ao menos, inadequado e, de certa
forma, até tautológico. Mas o conceito de Turing (raramente contestado) traz
claramente embutido a idéia de que 'inteligência não é uma propriedade
estática (ou de estado)
mas sim de que é um comportamento, ou mais adequadamente, um processo.

Para encurtar, acho que se poderia adotar uma definição de 'inteligência',
ainda que incompleta, como sendo a capacidade (ou propriedade) que um ente
tem em processar
informações e conhecimentos produzindo 'novos conhecimentos'.
Um ponto que fica evidenciado é de que essa 'inteligência está associada a
um ente material (ou mesmo sistemas de entes materiais), descartando-se a
velha idéia de 'inteligência ex-machina'.

Extensão de encadeamentos, velocidade de processamento e/ou volume de
informações, (mas não apenas estes) talvez possam ser usados como parâmetros
de sua mensuração.

Outro ponto também mencionado nas msgs. se refere à necessidade de haver
'intencionalidade' ou propósito no processamento de informações a fim de
caracterizar a inteligência, ou seja, de que o processo de manipulação das
informações não seja meramente aleatório.

Dando um pequeno salto explicativo suponha a hipótese de um 'ente
inteligente' recebendo informações através de seus sensores e reagindo
conforme a descrição abaixo.
As informações seriam então, adequadamente processadas estabelecendo-se um
'cenário' circunstancial.

[1] Caso esse cenário seja reconhecido como estável ou 'equilibrado' nada
aconteceria;

[2] caso contrario, seria acessada a massa de informação pré-existente (ou
seja, o
conhecimento) , examinada, e, se encontrado algum procedimento
adequado para estabilizar o cenário, este seria adotado.

[3] caso não encontre ou não exista na memória uma receita correta para
equilibrar o cenário, o ente passaria a construir e reconstruir cenários
virtuais fundindo a imagem do cenário real junto com suas informações
pré-armazenadas, com o objetivo (propósito ou 'intenção') de montar um
cenário virtual estabilizado.
Caso consiga, o ente parte para a atuação sobre o sistema real e armazena na
memória o procedimento adotado e os resultados atingidos, constituindo isto
uma obtenção de novo conhecimento ou 'aprendizagem'.

[5] caso não consiga encontrar um procedimento exato; parte para atuação
usando a correção eleita como mais aproximada para corrigira a estabilidade
do cenário real e memoriza e atua novamente sobre as conseqüências
(experimentação e aprendizagem).

O comportamento descrito acima pode, de certa forma ser considerado
'intencional', e, embora minimizando, não elimina completamente algum tipo
de busca aleatória. Afinal, se isso não ocorresse, ele seria um ente
onisciente.
Acho que construir um programa com tais características seria factível,
mesmo para uso em pequenos computadores.

Se houver ainda diretivas para que o programa faça estatísticas dos pontos
comuns dos cenários, associando a eles probabilidades de ocorrência, logo
ele terá armazenado como conhecimento 'tabelas de verdades' e as lógicas
conseqüentes.
Daí a um comportamento racional tavez seja apenas um passo.
Em adendo, o programa poderia ser preparado para ações especulativas através
da atuação
autocontrolada sobre configurações reais.

Finalmente, para termos uma inteligência artificial completa, o ente deveria
ter
consciência da própria individualidade e de sua posição no meio-ambiente.
Talvez isso não seja tão complexo como aparenta e depende, é claro, de como
conceituarmos essa característica; acho que a tecnologia atual já tem
condições para a construção de um tal ente.

Já está de bom tamanho e agradeço a atenção de quem consegui chegar até
aqui.

[s]
Neville






SUBJECT: Re: [ciencialist] novamente Bernoulli
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/05/2001 22:04

Oi André,
faça a coisa com mais visual: pegue seu aspirador de pó e encaixe o tubo de aspiração na 'saída' do jato de ar (ou simplesmente adapte o tubo de extremidade mais fina na saída do aspirador); vire o tubo para cima e coloque uma bolinha de pingue pongue para vê-la flutuar bem alta. Vc pode até virar o jato num ângulo de 45 graus sem que a bolinha abandone o jato de ar. É o Bernoulli em ação.

[]'
Léo
========
-----Mensagem Original-----
De: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: domingo, 20 de maio de 2001 14:32
Assunto: [ciencialist] novamente Bernoulli


| Olá pessoal
|
| Ontem minha filha ganhou um brinde numa festa, que é como um pequeno
| cachimbo de plástico com uma bolinha. Quando sopramos o "cachimbo", a
| bolinhade plástico sobe, é claro. Mas o interessante é ela fica flutuando
| sobre o jato de ar de maneira extremamente estável, ao contrário do que
| nossa intuição poderia supor. Ela nunca cai para o lado, ao contrário, fica
| oscilando de um lado para o outro, como se uma força a puxasse sempre de
| volta para o centro. Me parece que é exatamente a força de Brenoulli que a
| mantém no eixo: Quando a bolinha se desvia um pouco do jato de ar, a
| diferença de pressão a empurra de volta.
|
| o que vocês acham?
|
| []´s
|
|
| André Baptista
|
|
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| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
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| Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
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SUBJECT: Nova definicao de vida
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>
DATE: 21/05/2001 07:54

Subject: [scientia_una] Living dead...
Date: Sat, 19 May 2001 00:15:54 -0300
From: Rogério Favilla <rofavilla@uol.com.br>
Reply-To: scientia_una@yahoogroups.com
Living dead

Ants and infertile humans are not alive, but parasitic DNA is, according
to a
new, universal definition of life

Exclusive from New Scientist magazine

Ants and infertile humans are not alive, but parasitic DNA is. That's
the view of a Polish researcher who
has proposed a new, universal definition of life.

He claims it will lay to rest arguments about what is
and isn't alive, and might offer insights into when life on
Earth got started. And if we ever find something that
looks like life on another planet, his definition could help
us settle whether it's alive or not.

Bernard Korzeniewski of the Institute of Molecular
Biology at Jagiellonian University in Kraków, Poland,
says that definitions of life usually list the attributes an
organism must have, such as genes, a certain level of
complexity, the ability to reproduce and evolve, and so
on. But this, he says, merely describes life rather than
providing a useful way of deciding what's alive and
what's not.

So Korzeniewski set out to formulate a fundamental
definition of life, "which would apply not only to life presently
existing on our planet but also to the first
living organisms on Earth, as well as to life-like phenomena existing
presumably on other planets in the
Universe", as he puts it.

His definition is this: "A network of inferior negative feedbacks
subordinated to a superior positive
feedback." In other words, it's a system that tries to regulate itself
to preserve its identity.

Defining function

It might not sound like much, but Korzeniewski is convinced that this
broad formulation - which he calls
a cybernetic definition of life - pinpoints the defining function of
life, rather than listing its attributes. "In
spite of the enormous diversity of life forms, the most fundamental
principles of biochemical construction
and function are astonishingly alike," he says.

Under his definition, sterile worker ants are not alive because they
rely on others to reproduce and
preserve their own identity. And although it would be anathema to most
people, he says the same
applies to infertile humans.

But an ant colony is a living system, according to Korzeniewski, because
individuals work together to
preserve the colony as a whole. "An ant is alive in the manner, say, a
liver or a heart is - only as a part
of some bigger system," he says. Individual ants may be complex systems,
but complexity is not
unique to life - just look at computers.

Parasitic DNA

Similarly, viruses, cancers and parasitic DNA that has no function but
gets passed down the
generations, all count as alive. All are capable of producing regulatory
enzymes that ultimately help
them reproduce.

But prions and viroids -
disease-causing particles of
RNA smaller than a virus - do not
have this ability,
and should not be considered alive.

One reason why life is such a great
mystery is that
no one has yet been able to define
it, says Mark
Bedau, a philosopher of biology at
Reed College in
Portland, Oregon. Bedau welcomes
the generality of
the new definition. "But the test
of a good definition of
life is whether it can settle
ambiguous cases," he
says.

Korzeniewski says his definition also pinpoints when life emerged. He
believes life began with RNA - the
first molecules capable of perpetuating their identity through
replication.

More at: Journal of Theoretical Biology (vol 209, p 275)







Correspondence about this story should be directed to
letters@newscientist.com

1900 GMT, 16 May 2001

Duncan Graham-Rowe



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Bernoulli errado?
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/05/2001 10:43

Roberto Belisario wrote:

> O site abaixo contém um artigo do David Anderson (em co-autoria com o
> Scott Eberhardt) chamado "A physical description of flight" (saiu na
> "Fliegermagazin" (Flyer's Magazine), publicada em Munique) onde ele explica
> em detalhes sua teoria sobre por que os aviões voam e por que sua pinimba
> com o princípio de Bernoulli:
>
> http://www.aa.washington.edu/faculty/eberhardt/lift.htm
>
> Até,
> Belisário
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/

Oi,

como quase todo fisico formado recentemente, nao sou um grande especialista em mecanica dos
fluidos entretanto tenho algumas observacoes.
Eh mais do que sabido que Bernoulli nao eh suficiente para explicar completamente o voo de
um aviao principalmente se comecamos a observar a asa de muito perto. O ar, como qualquer
fluido normal, possui viscosidade consequentemente a parte dele que esta em contato com as asas
gruda, a velocidade da ultima camada de ar (teoricamente falando) em relacao a asa eh nula. Ha
portanto um gradiente de velocidade na direcao perpendicular as mesmas e, alem da forma, o
angulo do movimento e das asas eh fundamental na previsao do fenomeno. A descricao segundo
Bernoulli, como o proprio David Anderson diz, eh a mais simples e, comparando com descricoes
mais completas como Navier Stokes, eh valida na maioria das vezes quando observamos o fenomeno
todo de longe. Todavia, quando ha turbulencia, formacoes significativa de vortices e etc.
devemos levar em conta o efeito da viscosidade e, eventualmente, da dissipacao.
De qualquer maneira, vc pode ( e deve) usar acao e reacao para explicar quando o aviao
decola ou desce. Os avioes antigos possuiam asas simetricas que permaneciam inclinadas durante
o voo, a acao e reacao pode explicar isso entretanto, no fundo, vc tem uma situacao em que
Bernoulli se encaixa perfeitamente se vc pensar que pressao=forca/area. Nos avioes de passeio
recentes tipo Boeing vc tem que usar Bernoulli porque a asa fica paralela ao voo e portanto ela
nao empurra o ar para baixo como nos avioes da segunda guerra, esses avioes sao muito mais
estaveis e confortaveis ja que a asa eh projetada para que o deslocamento do ar seja totalmente
laminar fazendo com que a viagem fique agradavel e a autonomia de voo grande. Em alguns cacas
mais novos, vc nao pode usar nada alem de Navier Stokes completa ja que a turbulencia eh
consideravel, alem de ser aproveitada no projeto para otimizar a velocidade. E , em
deslocamento turbulento (extremo oposto do laminar), a viscosidade tem um papel fundamental que
nao pode ser considerado via Bernoulli os leis de Newton.

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] novamente Bernoulli
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/05/2001 12:15

>Quando sopramos o "cachimbo", a
> bolinhade plástico sobe, é claro. Mas o interessante é ela fica flutuando
> sobre o jato de ar de maneira extremamente estável, ao contrário do que
> nossa intuição poderia supor. Ela nunca cai para o lado,

Nuam situação o que é "cair para o lado"?
Repara que a bola é rodeado de ar por todos os lados. Menos um. O que está
acima dela.
Ela cai para o "lado sim", só que esse lado é em cima dela. E ela sobe.

> ao contrário, fica
> oscilando de um lado para o outro, como se uma força a puxasse sempre de
> volta para o centro. Me parece que é exatamente a força de Brenoulli que a
> mantém no eixo: Quando a bolinha se desvia um pouco do jato de ar, a
> diferença de pressão a empurra de volta.
>
> o que vocês acham?

Sim. Acho que é bem isso.
A diferença de pressão entre a lateral da bola e o eixo coloca a bola no
centro ( eu tb tive uma brinquedo desses :-) muito educativo para o
experimentalismo físico :-) hehehe )
Só que eu não diria que ha uma força que puxa, mas uma que empurra, mas isso
são tecnicidades.
Aliás eu nem falaria em força mas pronto... força é algo que se "vê" e é
útil usar-se ...

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/05/2001 12:48

--- In ciencialist@y..., "Neville Martins" <neville@c...> wrote:
> Olá pessoal !
> Acho que a Ciencialist está passando por um de seus melhores
momentos devido
> a postura construtiva dos missivistas e, brincando um pouco de
> construtivismo, segue abaixo o que me parece algumas obviedades
(sem
> explicitar origens para não entulhar demais o texto).
>
> Nas mensagens, alguns termos que tem aparecido associados são:
> 'informação', 'conhecimento', 'inteligência, 'raciocínio', 'lógica',
> 'racionalismo', 'intuição' e 'aprendizagem'.
>


Ok, aproveitando a onda "Construtivista" irei fazer as minhas
DEFINICOES JOCAXIANAS sobre estes assuntos :

Informacao: - Codificacao, atraves de um meio fisico, sobre
o estado de um sistema ou instrucoes de como
obter este estado ou mais informacoes.

Conhecimento : - Capacidade de um sistema Inteligente
utilizar a informacao armazenada no poprio sistema.


Inteligencia : - Capacidade de um sistema processar , com
sucesso, informacao para determinado fim


[]s
jocax




SUBJECT: Gasto de energia em Stand-bye ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>
DATE: 21/05/2001 13:04

Nao sei se eh verdade mas fica o alerta :
*************************************************************

Prezados Companheiros (as):

Cuidado com os equipamentos que parecem estarem desligados e continuam a

consumir energia.

Um cordial abraço

Nestes tempos de escassez de energia elétrica, dia destes resolvi tirar
a limpo um cisma: determinar o consumo de energia do receptor de
satélite Sky da marca Philips. Andava cismado, pois mesmo "desligado" o
dito ficava "quentinho". Pois bem, munido de um amperímetro comecei a
fazer as medições e o que constatei é de estarrecer: o dito receptor
consome o mesmo, estando ligado ou "desligado". Repare que o "desligado"

escrevo entre aspas, pois é aí que reside a armadilha. Estes aparelhos
apenas cortam o sinal, mantendo o resto do equipamento ligado.

Cheguei a um valor de 40 VA. Não parece muito, mas como o aparelho está
ligado 24 horas por dia, 30 dias ao mês, teremos um consumo de 28,8 kvah

mensal, o que é bastante considerável.

Alarmado, resolvi medir o consumo do televisor em modo de espera (stand
by). Resultado: mais 40 VA. Ou seja, pela comodidade de desligar o
"quentinho" no controle remoto, você "contribui" com 57 kvah por mês
para a concessionária de energia.

Faça a conta, multiplicando o número de televisores "quentinhos" por seu

consumo em modo de espera, adicione o consumo de "reloginhos" de
microondas, video cassete, computadores, rádio-relógios, etc, e você
verá que tem um inimigo na trincheira, uma amante paraguaia.

O pior é que não serve para nada, a não ser que você queira fazer
calefação em sua casa com os "quentinhos".

Cheguei à conclusão que 25 % da conta de energia da minha casa fica por
conta deste "consumo fantasma".

O que mais estranha é a campanha do Governo para substituição de
lâmpadas. O problema não são só as lâmpadas e sim os "quentinhos" e os
chuveiros elétricos de 4.6 kw.

Do que adianta trocar uma lâmpada de 100 W e ficar meia hora no banho
"queimando" 3.000 W (equivalente a 30 delas por uma hora) ?

Portanto, você pode enganar o racionamento quando ele vier: é só
desligar "mesmo" o televisor ou estes malfadados receptores de satélite.

Se o receptor não tem chave liga/desliga de verdade, instale uma. Você
vai racionalizar, sem precisar racionar (e pagar a multa absurda).

E fique alerta quando for comprar um equipamento eletrônico.

Consulte o manual e veja se ele está na categoria "amante paraguaia".

Paulo Steigleder
MicroHard Eletrônica





SUBJECT: Re: [ciencialist] Gasto de energia em Stand-bye ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/05/2001 15:23

Vou acrescentar alguma coisa nessas observações do Jocax:

a) Posso receber bônus e pagar sobretaxa ao mesmo tempo?

É estranho, mas pode. Mesmo que vc esteja dentro de sua cota de 20% de corte, você será sobretaxado se ultrapassar a faixa de 200 kWh.
Exemplo: quem consome 400 kWh em média (média dos 3 meses do ano passado) deverá cortar 20% e só poderá gastar 320 kWh. Se esse consumidor gastar 300 kWh, estará abaixo de sua meta e terá direito a bônus. Mas também pagará sobretaxa, porque estará acima dos 200 kWh. É uma graça não?

b) O que acontece se você não atingir a meta determinada pelo governo?

Nesse caso, seu fornecimento de luz será cortado por três dias. No mês seguinte, se você continuar gastando mais do que o permitido, ficará no escuro por tempo duas vezes maior: Seis dias. Se consumir mais do que 200 kWh, pagará uma sobretaxa, que significa aumento de tarifa.
Só na minha rua combinei com o pessoal para passar um pouco da meta; são apenas 400 vizinhos com quem conversei. Eles estão conversando com vizinhos de ruas perpendiculares e assim sucessivamente (numa bela corrente).
Acredito que nossa concessionária terá de contratar, só para meu bairro, uns 600 funcionários especializados para cortar e religar nossas energias.

c) Sobre os 'quentinhos' não esqueçam de desligar tb os amplificadores de antena, booster etc.

d) Os computadores devem ser colocados em 'stand-by' (automático) após 10 minutos sem uso; desligar (tirar a fonte de alimentação da tomada) os periféricos não em uso: webcam; scanner, impressora etc.

SUGESTÃO
Adotei o seguinte e recomendo:

a) comprar duas baterias de carro (12V, 60Ah) e ligá-las em paralelo com as duas baterias do no-break (baterias comuns, de carro, aqui em Barretos estão por volta de R$ 60,00);
b) no horário do apagão, desligar o disjuntor geral da casa e ligar A SAÍDA do no-break numa tomada qualquer;
c) tirar das tomadas os plugues da geladeira, freezer, TV, rádios etc.(de preferência o item (c) antes do (b)).
d) colocar em pontos estratégicos da casa lâmpadas de 15W;
e) só acionar interruptores de quartos que tenham as novas lâmpadas fluorescentes de 9 ou 12W

Ao retorno da energia, inverter o no-break, religar geladeira e outros e religar os disjuntores gerais.

Fiz o teste ontem pela noitinha ... tá funcionando.

[]'
Léo
=======================



-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: "CienciaList" <ciencialist@yahoogroups.com>; "excalibur2" <excalibur2@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 21 de maio de 2001 13:04
Assunto: [ciencialist] Gasto de energia em Stand-bye ?


| Nao sei se eh verdade mas fica o alerta :
| *************************************************************
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| Prezados Companheiros (as):
|
| Cuidado com os equipamentos que parecem estarem desligados e continuam a
|
| consumir energia.
|
| Um cordial abraço
|
| Nestes tempos de escassez de energia elétrica, dia destes resolvi tirar
| a limpo um cisma: determinar o consumo de energia do receptor de
| satélite Sky da marca Philips. Andava cismado, pois mesmo "desligado" o
| dito ficava "quentinho". Pois bem, munido de um amperímetro comecei a
| fazer as medições e o que constatei é de estarrecer: o dito receptor
| consome o mesmo, estando ligado ou "desligado". Repare que o "desligado"
|
| escrevo entre aspas, pois é aí que reside a armadilha. Estes aparelhos
| apenas cortam o sinal, mantendo o resto do equipamento ligado.
|
| Cheguei a um valor de 40 VA. Não parece muito, mas como o aparelho está
| ligado 24 horas por dia, 30 dias ao mês, teremos um consumo de 28,8 kvah
|
| mensal, o que é bastante considerável.
|
| Alarmado, resolvi medir o consumo do televisor em modo de espera (stand
| by). Resultado: mais 40 VA. Ou seja, pela comodidade de desligar o
| "quentinho" no controle remoto, você "contribui" com 57 kvah por mês
| para a concessionária de energia.
|
| Faça a conta, multiplicando o número de televisores "quentinhos" por seu
|
| consumo em modo de espera, adicione o consumo de "reloginhos" de
| microondas, video cassete, computadores, rádio-relógios, etc, e você
| verá que tem um inimigo na trincheira, uma amante paraguaia.
|
| O pior é que não serve para nada, a não ser que você queira fazer
| calefação em sua casa com os "quentinhos".
|
| Cheguei à conclusão que 25 % da conta de energia da minha casa fica por
| conta deste "consumo fantasma".
|
| O que mais estranha é a campanha do Governo para substituição de
| lâmpadas. O problema não são só as lâmpadas e sim os "quentinhos" e os
| chuveiros elétricos de 4.6 kw.
|
| Do que adianta trocar uma lâmpada de 100 W e ficar meia hora no banho
| "queimando" 3.000 W (equivalente a 30 delas por uma hora) ?
|
| Portanto, você pode enganar o racionamento quando ele vier: é só
| desligar "mesmo" o televisor ou estes malfadados receptores de satélite.
|
| Se o receptor não tem chave liga/desliga de verdade, instale uma. Você
| vai racionalizar, sem precisar racionar (e pagar a multa absurda).
|
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| Paulo Steigleder
| MicroHard Eletrônica
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SUBJECT: Mach
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/05/2001 18:48

> Uma dúvida, existe alguma relação de Ernst Mach com
> a barreira do som?
Eh, achei numa enciclopédia aqui... Ernst Mach,
austríaco, morreu lá pra 1913, e é em homenagem a ele
a medida de velocidade.

--N1c01au

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/05/2001 01:32

In ciencialist@yahoogroups.com, Sergio Navega wrote:

>...No entanto, Popper parece menosprezar a importância >dessa capacidade
cognitiva de interpretação, preferindo >assigná-la ao mesmo tipo de processo
como a "intuição".

Posso garantir que me senti gratamente reconhecido quando vc escreveu isto.
Sou médico psicanalista e há 10 anos comecei a fazer estudos terminilógicos
para construir, com outros colegas, o primeiro Tesauro de Psicanálise.

Fui obrigado a visitar o territorio da engenharia lingüística e da
terminologia para conseguir formalizar a linguagem psicanalítica e controlar
o vacabulario para estabelecer a recuperação da informação contida na maior
biblioteca psicanalítica latina e a masi completa no mundo em idioma
espanhol.

É claro que entrei em contacto com a Informática. Numa das visitas de Marvin
Minsky a Buenos Aires ( há uns 8 anos ) tive um grande prazer em escutá-lo.
Minha grande surpresa foi que o entendi perfeitamente e melhor que alguns
egenheiros eletrônicos que se encontravam no recinto.

Minsky apresentou 3 modelos (suponho que isto deve haver avançado muito)
fortes para investigar a Inteligência Artificial (IA): o de Niko Tinbergen
(a mente é uma rede, um "Trom"); O de J. Piaget (a inteligencia se
constroi - andava muito perto de Seymour Papert) e, ó surpresa, o modelo de
aparelho psíquico de Freud descrito em "O Ego e o Id", de 1923.

O que me impressionou foi o uso intencional do jargão metapsicológico
psicanalítico passado a uma versão cognitivista. Li um paper de Minsky sobre
a versão cognitiva de teoría da anedota ("jokes") e fiquei impressionado com
a leitura. O autor fala sem inibição sobre a censura e o inconsciente
cognitivo.

Este homem teve a gentileza de responder-me sobre o surgimento quase
espontâneo de um superego nas redes de IA, além de apresentar uma teoria
muito consistente sobre a possibilidade de que as máquinas inteligentes
possuam afetos. Fiquei impressionado com a adoção do modelo metapsicológico
freudiano de modo quase integral. Minsky teorizou sobre a repressão, os
mecanismos de defeza, etc.. Os atos falhos já eram coisa velha, explicadas
pelos cultores do feed-back, quando não se falava mais que nisso.

Gostaria, se possivel, que vc indicasse algum site de IA em que se possa
conhecer mais sobre os estudos do inconsciente cognitivo (além do site do
Minsky).

O tema da interpretação é todo um capítulo na Psicanálise. Você indicou um
caminho altamente compatível com a concepção psicanalítica e Minsky, há 8
anos atrás, tocou o tema. Quando alguém perguntou-lhe se não temia que as
máquinas venham a superar a inteligencia humana, êle respondeu que isto era
uma realidade que fatalmente ocorreria porque o nosso cérebro está limitado
por um estojo muito pequeno e as máquinas podem crescer sem limites.

>Aqui vai mais um pouco de distinções semânticas que em >nossa linguagem
coloquial não aparecem: "saber" é diferente >de "entender".

É complicado traduzir ao português as expressões inglesas da IA. Creio que a
gente teria que chegar a um acordo para normalizar a questão. Entender algo,
em português está relacionado com a capacidade de usar o conhecimento para
coisas que excedem suas fontes.

Um jovem médico entende a pesquisa e com uma anamnese e outros instrumentos
diagnostica e trata doenças. Entende e, portanto, usa. Já saber vai mais
longe. Vem do latim "sapere" e tem um substantivo da mesma familia: "sapor"
(sabor). Tem que ver com saborear e descobrir variações sutis que um neófito
não pode perceber por falta de contacto suficiente com o objeto
(experiencia). Sabio e sabedoria vêm de saber e tem, na origem etimológica
uma conotação de saborear, sentir o gosto.

Em espanhol tem-se o costume de dizer "Esto sabe a frutilla" (Isto tem gosto
de morango). Alem disso, repetem o refrão: "El diablo sabe más por viejo que
por diablo".

Talvez fosse importante normalizar o vocabulario de IA para o português. Por
enquanto, concordo com vc, que é preferivel usar a terminología em inglês.

>Há uma passagem hilária em um comercial de televisão que >mostra um sujeito
todo contente por ter adquirido
> um método de memorização (um tal de "power memory" ou >coisa similar), que
o permitiu "decorar" a constituição >brasileira. O sujeito fica com um
grande sorriso: agora ele >sabe tudo decor.

A "decoreba" não é mais que uma simples gravação. De cor vem da expressão
"de cordis". Cordis é coração que os antigos opunham à razão. Hoje nem se
pode dizer que alguém "sabe" algo de cor. Sabe tanto quando o velho cilindro
do fonógrafo de Edison. A capacidade de gravação e reprodução de qualquer
dos antigos LP é superior à de qualquer humano.

> Entende aquele que consegue "ligar" a informação adquirida >a suas demais
noções semânticas.

Estou plenamente de acordo. Prefiro esta palavra (entender)


> A diferença entre saber e entender fica clara quando >analisamos o tipo de
diferença de performance que existe >entre um recém-graduado engenheiro e um
especialista.

O recém graduado entende e o expert sabe (tem paladar). Por isso creio que
se deve fazer uma boa convenção. Harmonizar o mais possível a terminología
com a semântica da linguagem natural (metalinguaem).

Sergio, eu lhe felicito pelo nivel da sua argumentação.´Tem-se mostrado
equilibrada, agradável, com certa calidez e sem paixões fundamentalistas.
Creio que a lista se enriqueceu muito com sua participação. Consegue manter
um diálogo elevado sem provocações para irritar o interlocutor. Prefere
manipular as ideias e não as pessoas. Muito bom exemplo.

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar



> Já o especialista, o "expert", quando colocado em uma situação
> nova, simplesmente "resolve", sem precisar pensar muito, mesmo
> que o problema seja relativamente diferente de tudo o que
> havia feito antes. Isto ocorre porque a mente do especialista
> dispõe de algo mais, algo envolvido com *reconhecimento* de
> situações, em vez de simples *recuperação* (recall) de memória,
> que é o que o recém-graduado faz.
>
> E aqui existe outra diferença fundamental que na linguagem
> coloquial não aparece: reconhecer é muito diferente de "relembrar".
>
> Até mais,
> Sergio Navega.
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/05/2001 01:41

In ciencialist@yahoogroups.com, Sergio Navega wrote:

> Talvez outros possam falar melhor acerca de um histórico da >evolução do
pensamento de Popper. Parece que ele >começou como lógico-positivista e
depois reagiu a alguns de >seus preceitos, notadamente a dependência
exclusiva ao >"verificacionismo". ...

> Mas desprezar o senso comum pode ser barbaramente >perigoso.

Freud dizia, parafraseando alguém conhecido que o senso comum é o mais
incomum dos sensos. Lembro-me de que o Popper definia seu racionalismo
dizendo que existem coisas reais e indiscutíveis, como quando um menino
dizia que isto é pão e aquilo é uma pedra. Creio que estava defendendo o
senso comum sem se dar conta.

[]s
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/05/2001 06:10




> Para meu próprio uso, prefiro conceituar 'conhecimento' como sendo
conjuntos
> ou blocos organizadas de informações memorizadas.
> ( Só para visualizar, imagine as informações como aminoácidos e o bloco de
> conhecimento como um gen). Talvez pudesse chamar isso de 'configuraçoes de
> memória' ou de 'cenários mentais' e, de qualquer forma, seria o resultado
de
> um 'processamento inteligente de informações' -(reconhecimento, filtragem,
> beneficiamento, associações, etc.).

Estabelecer a relaçãodirecta entre Conhecimento e Memória parece
insuficiente. Eu diria que errado, mas não quero exagerar. É entendivel que
o conhecimento necessite de memória, mas o inverso não é verdade.
A memória ram do meu pc tem conhecimento ?

Cenário mental parece melhor, mas eu colocaria isso no grau da Inteligencia.
A pessoa é tanto mais inteligente (habil com as ideias) quanto mais cenários
construir e destruir, obtendo o que melhor lhe é util. Eu acho...

> Alguns (eu inclusive) questionam que para ter o status de conhecimento há
> necessidade de que o ente tenha 'consciência' da existência desse blocos.
> Isso não me parece tão complicado desde que definamos (neste nível)
> 'consciência' como uma listagem verbal dos nomes de tais blocos de
> conhecimento. (Essa listagem, alias, é também um dos blocos de
conhecimento)

Tb conciencia é algo mais lato que linguagem verbal.
Temos muitas vezes consciencia de coisas que nos são dificeis expresar, não
pela nossa incapacidade linguistica mas pela pobresa das palavras em
representar as ideias. É por isso que usamos comparações, analogias e
metáforas, quando as palavras simples não expressão as ideias.


> Para encurtar, acho que se poderia adotar uma definição de 'inteligência',
> ainda que incompleta, como sendo a capacidade (ou propriedade) que um
ente
> tem em processar
> informações e conhecimentos produzindo 'novos conhecimentos'.
> Um ponto que fica evidenciado é de que essa 'inteligência está associada a
> um ente material (ou mesmo sistemas de entes materiais), descartando-se a
> velha idéia de 'inteligência ex-machina'.

humm... se ser inteligente fosse ter grande capacidade de processar onde
ficaria a imaginação ?
Já se falou aqui de como é importante que o acto de gerar conhecimento seja
não redundante , sendo criativo.
Isso implica Imaginação. Todos se lembram de MacGyver? Ele era inteligente
ou imaginativo ?
A inteligencia a meu ver não está ligada com o processar , mas sim com o
correlacionar.
Ao correlacionar A com B estabelece-se um novo item de pensamento C que
estara em pé de igualdade com os proprios A e B que lhe deram origem. Num
processamento, temos a matéria prima e o produto final. Num acto de
pensamento, temos um algo que é ambas as coisas ao mesmo tempo.

> Extensão de encadeamentos, velocidade de processamento e/ou volume de
> informações, (mas não apenas estes) talvez possam ser usados como
parâmetros
> de sua mensuração.

Volume de informação... fisicamente isso seria facil de medir, mas seria
isso uam medida util ?
Em ssitemas de comunicação sim (Teorema de Shannon), mas no acto de contruir
a comunicação e a mensagem, náo me parece.
Um ser pode ser muito informado sobre algo, mas isso dá-lhe inteligencia ?
Parece-me que até a diminui. Ele recebe a informação pre-feita e apenas a
memoriza e "entende"
(um pc apenas a memoriza, e a IA , me parece, carece do "entende" )

> Outro ponto também mencionado nas msgs. se refere à necessidade de haver
> 'intencionalidade' ou propósito no processamento de informações a fim de
> caracterizar a inteligência, ou seja, de que o processo de manipulação das
> informações não seja meramente aleatório.

Ele poderá ser aleatório, mas sendo que todos os itens do pensar são
equivalentes, o sistema precisa saber quando parar.
Ou seja,saber quando atingiu um conhecimento novo (na dedução de um teorema
ele teria de saber qual a hipotese , qual a tese , e não apenas a dedução )

> Dando um pequeno salto explicativo suponha a hipótese de um 'ente
> inteligente' recebendo informações através de seus sensores e reagindo
> conforme a descrição abaixo.
> As informações seriam então, adequadamente processadas estabelecendo-se um
> 'cenário' circunstancial.
>
> [1] Caso esse cenário seja reconhecido como estável ou 'equilibrado' nada
> aconteceria;
>
> [2] caso contrario, seria acessada a massa de informação pré-existente (ou
> seja, o
> conhecimento) , examinada, e, se encontrado algum procedimento
> adequado para estabilizar o cenário, este seria adotado.

"Todos os cones observados até agora, caiem se colocados sobre a sua
extremidade"
Isto é informação.
"Um cone acente na sua ponta cai."
Isto é conhecimento.
"Qualquer objecto posicionado tal que se o eixo vertical (direcção da
gravidade), que passa pelo seu sentro de massa, estiver fora da base em que
o objecto se sustenta, cai"
Isto é conhecimento.Mais geral que o anterior.
É informação ? Claro. Mas é uma informação operacional, coisa que a primeira
frase não é.
Existe um processo de inferencia, que estende essa informação a
conhecimento.
A frase final prende-se com o entendimento.

A questão da informação pré-existente pode não ser tão necessária quanto
isso, dependendo do grau de genralidade do conhecimento.


> [3] caso não encontre ou não exista na memória uma receita correta para
> equilibrar o cenário, o ente passaria a construir e reconstruir cenários
> virtuais fundindo a imagem do cenário real junto com suas informações
> pré-armazenadas, com o objetivo (propósito ou 'intenção') de montar um
> cenário virtual estabilizado.
> Caso consiga, o ente parte para a atuação sobre o sistema real e armazena
na
> memória o procedimento adotado e os resultados atingidos, constituindo
isto
> uma obtenção de novo conhecimento ou 'aprendizagem'.
>
> [5] caso não consiga encontrar um procedimento exato; parte para atuação
> usando a correção eleita como mais aproximada para corrigira a
estabilidade
> do cenário real e memoriza e atua novamente sobre as conseqüências
> (experimentação e aprendizagem).
>
> O comportamento descrito acima pode, de certa forma ser considerado
> 'intencional', e, embora minimizando, não elimina completamente algum tipo
> de busca aleatória. Afinal, se isso não ocorresse, ele seria um ente
> onisciente.
> Acho que construir um programa com tais características seria factível,
> mesmo para uso em pequenos computadores.
>
> Se houver ainda diretivas para que o programa faça estatísticas dos pontos
> comuns dos cenários, associando a eles probabilidades de ocorrência, logo
> ele terá armazenado como conhecimento 'tabelas de verdades' e as lógicas
> conseqüentes.
> Daí a um comportamento racional tavez seja apenas um passo.
> Em adendo, o programa poderia ser preparado para ações especulativas
através
> da atuação
> autocontrolada sobre configurações reais.
>
> Finalmente, para termos uma inteligência artificial completa, o ente
deveria
> ter
> consciência da própria individualidade e de sua posição no meio-ambiente.
> Talvez isso não seja tão complexo como aparenta e depende, é claro, de
como
> conceituarmos essa característica; acho que a tecnologia atual já tem
> condições para a construção de um tal ente.

Depende do que chamas "Ambiente"
Existem jogos em que a IA é bastante avançada. PQ ?Porque o ambiente, as
váriáveis em jogo são poucas.
Tudo o que é preciso saber se encontra num ambiente virtual de parametros
controlados. Não vai aparecer nenhum extra num jogo desse tipo (quando
aparece é um "bug"). Mas na vida real é bem diferente e por um programa a
reconhecer um maçã como o Sérgio já explicou é bem dificil... portanto,
Consciencia , é a este nivel, algo relativo ... e complexo.
Embora não chamaria consciencia ao conhecimento de uma maçã...mas ok...

[]'s

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/05/2001 07:08

From: Joao Carlos Holland de Barcellos

>(..)
>Ok, aproveitando a onda "Construtivista" irei fazer as minhas
>DEFINICOES JOCAXIANAS sobre estes assuntos :

Permite-me que discorde...

>Informacao: - Codificacao, atraves de um meio fisico, sobre
o estado de um sistema ou instrucoes de como
obter este estado ou mais informacoes.

A definição é recorrente. Defines a coisa com ela própria.
"Um Kugh é aquilo que se assemelha ou cria um Kugh"
Não é muito boa definição de Kugh, pois não ? :-)

No "Fisico" eu concordo, pois não tou a ver outra forma. Mesmo coisas como
Telepatia, estariam baseadas em algo fisico.
Codificação, não sei se concordo.
Repara que o DNA, por exemplo contém informação no simples facto de existir.
Assim como uma folha de papel em branco contem informação no facto de
existir. Eu não chamaria codificação a isto.

Acho que aquilo que definiste se assemelha mais a "Linguagem" ( a linguagem
é auto-definivel. usas-a para a defenir a ela propria.)


>Conhecimento : - Capacidade de um sistema Inteligente
utilizar a informacao armazenada no poprio sistema.

Isto eu chamaria Recall, em português não sei que termo usar.
Tem a ver com a capacidade de acessares a memória [do sistema] e não com a
inteligencia ou a informação contida nele.
É o "não me lembro" (I can't recall )

Conhecimento é ter Informação funcional. Ou seja, aquela que aplicada em
outra informação produz informação nova.
Maximizar o Conhecimento implica conseguires obter o máximo de informação a
partir do minimo de informação.
A aplicação da Informação funcional seria a Inteligencia.
Sendo que para mim, toda a informação é funcional, mas nem toda é funcional
do mesmo jeito para cada um.
(Existe um conceito matemático que se assemelha ao tipo de conceito que uso
para a informação funcional, mas que agora não lembro... era lambda-
qq-coisa... Mas básicamente é um espaço onde cada elemento é função e
argumento ao mesmo tempo. podemos aplicar F como função; F(X), ou aplicar
uma funçao a F; X(F). Podemos aplicar F a si mesma; F(F), etc... )

>Inteligencia : - Capacidade de um sistema processar , com
sucesso, informacao para determinado fim

Isto seria Objectividade.
Inteligencia , eu acho, prende-se com a universalidade de um processo [ de
reconhecimento e indução de ideias] e não com a informação em si. Por isso
existem vários tipos de Inteligencia. Porque o processo que se usa no
tratamento das ideias matemáticas /racionais, não é o mesmo que se usa no
tratamento de ideias artisticas , por exemplo.
Inteligencia,quanto a mim, seria a capacidade de enganar a aleatoriedade.
Dado um problema qq, préviamente desconhecido, ser capaz de o resolver
demosntra a inteligencia. Outra acepção é a capacidade de entender, e outra
a capacidade de manipular as ideias criandos novas. Mas para estas ultimas
duas coisas temos o Entendimento e a Imaginação. Que podem ser confundidas
com Inteligencia , mas que eu acho serem diferentes. Mas meu campo não é a
Psicologia.
Criar ideias aaprtir do "nada" eu chamaria Inspiração, que é diferente de
Imaginação , que é usar ideias já existentes, mas dar-lhes usos ou
prespectivas diferentes, tal que pareçam/sejam coisas diferentes.

Cumprimentos


Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: En: Novidades no Radar da Ciência
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/05/2001 09:15

Oi. O Radar da Ciência é uma seção da revista Com Ciência editada por
Marcelo Knobel, professor de Física do Instituto de Física da Unicamp.
Trata-se de textos de divulgação científica sobre vários assuntos.

Até,
Belisário

----- Original Message -----

> ---------------------------------------------------------
> Arterioesclerose: uma doença infecciosa, inflamatória e auto-imune
> ---------------------------------------------------------
> Data: Segunda, 21 de Maio de 2001
> Autor: João Paulo Feijão Teixeira
>
> Sem dúvidas os problemas cardíacos da população mundial são uma
preocupação constante dos pesquisadores na área de saúde. Novas
investigações procuram entender melhor os mecanismos responsáveis por
infartos ou acidentes vasculares cerebrais.
>
>
http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid990442855
,80401,
>
> ---------------------------------------------------------
> Será o fim da geração Landsat?
> ---------------------------------------------------------
> Data: Quarta, 16 de Maio de 2001
> Autor: Mayla Yara Porto
>
> A observação da Terra pelo espaço é o meio mais efetivo e econômico de
coletar dados para monitorar as contínuas mudanças ocorridas com os recursos
naturais e o meio ambiente. As imagens divulgadas pela NASA, detectadas
através da série de satélites Landsat, sempre provocaram espanto e
admiração. Mas agora, um protótipo de satélite de última geração, o EO-1,
está testando a aplicabilidade de alguns instrumentos que prometem revelar
muito mais detalhes da superfície terrestre. Estaremos diante de mais um
show tecnológico de imagens "para inglês ver", ou o EO-1 efetivamente vai
aposentar o velho e bom Landsat?
>
>
http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid990045072
,44566,
>
> ---------------------------------------------------------
> Proteína antimicrobiana
> ---------------------------------------------------------
> Data: Segunda, 14 de Maio de 2001
> Autor: Aloísio J. Antunes
>
> Até 1982 nenhum caso de infecção por um tipo de Escherichia coli (0157:H7)
havia sido registrado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos
E.U.A. Entretanto, esta bactéria tornou-se infectante de 70.000 pessoas por
ano.
>
>
http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid989874621
,85865,
>
> ---------------------------------------------------------
> Seminário mostra como a pesquisa influenciou economia brasileira
> ---------------------------------------------------------
> Data: Quinta, 10 de Maio de 2001
> Autor: Embrapa Sede
>
> Mostrar quais foram os impactos e principais resultados da pesquisa
agropecuária brasileira nas três últimas
> décadas. Esse é o objetivo de um grande evento que será realizado em
Brasília no dia 29 de maio: o seminário
> Impacto da Mudança Tecnológica do Setor Agropecuário na Economia
Brasileira. O evento, que acontecerá no
> Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, a partir das 9
horas, é promovido pelo Ministério da
> Agricultura e do Abastecimento, sob a coordenação da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária
> (Embrapa), em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia. A
abertura contará com a presença do
> ministro da Agricultura e do Abastecimento, Marcus Vinícius Pratini
de Moraes; da Ciência de Tecnologia,
> Ronaldo Sardenberg; do diretor-presidente, Alberto Duque Portugal, e
de diversos parlamentares.
>
>
http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid989463600
,37329,
>
> ---------------------------------------------------------
> Um Avanço na Proteção Contra o Sol
> ---------------------------------------------------------
> Data: Terça, 8 de Maio de 2001
> Autor: José J. Lunazzi
>
> Pesquisas com nanopartículas levaram a um achado interessante: o
desenvolvimento de novas loções protetoras contra o sol, que podem ser mais
efetivas e mais baratas...
>
>
http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid989350613
,90105,




SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/05/2001 10:09

From: Marco A. Andrade <logos@pccp.com.ar>
>In ciencialist@yahoogroups.com, Sergio Navega wrote:
>
>>...No entanto, Popper parece menosprezar a importância >dessa capacidade
>cognitiva de interpretação, preferindo >assigná-la ao mesmo tipo de
processo
>como a "intuição".
>
>Posso garantir que me senti gratamente reconhecido quando vc escreveu isto.
>Sou médico psicanalista e há 10 anos comecei a fazer estudos terminilógicos
>para construir, com outros colegas, o primeiro Tesauro de Psicanálise.
>
>Fui obrigado a visitar o territorio da engenharia lingüística e da
>terminologia para conseguir formalizar a linguagem psicanalítica e
controlar
>o vacabulario para estabelecer a recuperação da informação contida na maior
>biblioteca psicanalítica latina e a masi completa no mundo em idioma
>espanhol.

Parabéns pela iniciativa. Pretende publicar? Seria importante contribuição.

>
>É claro que entrei em contacto com a Informática. Numa das visitas de
Marvin
>Minsky a Buenos Aires ( há uns 8 anos ) tive um grande prazer em escutá-lo.
>Minha grande surpresa foi que o entendi perfeitamente e melhor que alguns
>egenheiros eletrônicos que se encontravam no recinto.

Engenheiros eletrônicos são muitas vezes cabeça dura. Eu sei porque eu
já me envolvi muito com esses tipos (e também já fiz das minhas, então
falo com conhecimento de causa :-).

>
>Minsky apresentou 3 modelos (suponho que isto deve haver avançado muito)
>fortes para investigar a Inteligência Artificial (IA): o de Niko Tinbergen
>(a mente é uma rede, um "Trom"); O de J. Piaget (a inteligencia se
>constroi - andava muito perto de Seymour Papert) e, ó surpresa, o modelo de
>aparelho psíquico de Freud descrito em "O Ego e o Id", de 1923.

Minsky foi (e ainda é) uma das figuras mais importantes da AI. Eu o
admiro profundamente e já conversei pessoalmente com ele, quando ele
esteve no Brasil em 1998. Seu livro "The Society of Mind" é um marco,
um manancial de idéias extraordinárias. No entanto, tenho minhas
críticas a parte de seu trabalho.

>
>O que me impressionou foi o uso intencional do jargão metapsicológico
>psicanalítico passado a uma versão cognitivista. Li um paper de Minsky
sobre
>a versão cognitiva de teoría da anedota ("jokes") e fiquei impressionado
com
>a leitura. O autor fala sem inibição sobre a censura e o inconsciente
>cognitivo.

No Society of Mind ele postula diversos modelos, alguns dos quais podem
ter relação com modelos freudianos. Mas essa relação, em minha visão,
é apenas sugestiva. Quando se fala de inconsciente cognitivo está-se
falando de algo bem diferente do que o inconsciente freudiano.

>
>Este homem teve a gentileza de responder-me sobre o surgimento quase
>espontâneo de um superego nas redes de IA, além de apresentar uma teoria
>muito consistente sobre a possibilidade de que as máquinas inteligentes
>possuam afetos. Fiquei impressionado com a adoção do modelo metapsicológico
>freudiano de modo quase integral. Minsky teorizou sobre a repressão, os
>mecanismos de defeza, etc.. Os atos falhos já eram coisa velha, explicadas
>pelos cultores do feed-back, quando não se falava mais que nisso.

Não vá ficar bravo, mas uma das minhas críticas ao Minsky é exatamente
no tocante a esses modelos abstratos e sem possibilidade de comprovação
empírica. Esses modelos podem ser excelentes "food for thought", mas
não parecem ter poder preditivo muito bom. Durante algum tempo, a
resposta a essa deficiência parecia provir dos behavioristas, mas
estes também mostraram suas limitações (a briga Chomsky/Skinner).

O resultado atual que considero mais promissor é o que está
englobado na disciplina relativamente recente da neurociência cognitiva.
Aqui, faz-se predições, explica-se em termos neurológicos e
descobre-se coisas novas.

>
>Gostaria, se possivel, que vc indicasse algum site de IA em que se possa
>conhecer mais sobre os estudos do inconsciente cognitivo (além do site do
>Minsky).

Como falei, há uma diferença muito grande entre o que a ciência cognitiva
moderna considera "inconsciente" e aquilo proposto pela psicanálise.
Uma das áreas de maior progresso (cognitivo!) é a de "Implicit Learning",
na qual se mensuram melhorias de performance em certas tarefas
cognitivas sem que o sujeito possa verbalizar que regra usa para resolver
o problema. Essa sub-disciplina iniciou-se com Arthur Reber em 1969 e
hoje tem implicações em toda a ciência cognitiva. Dois excelentes
livros que tenho sobre esse assunto são:

Berry, Dianne C.; Dienes, Zoltán (1993) Implicit Learning, Theoretical
and Empirical Issues. Lawrence Erlbaum.

Reber, Arthur S. (1993) Implicit Learning and Tacit Knowledge.
Oxford University Press.

Um volume inestimável sobre esse e outros assuntos relacionados à
criação cognitiva de conhecimento é este:

Shanks, David; Lamberts, Koen (eds.) (1997) Knowledge, Concepts and
Categories. MIT Press.

Na web, se você entrar com "implicit learning" no google ou no
altavista, terá um zilhão de pointers. Procure também por
"Axel Cleeremans", na home page dele há um tutorial muito
interessante sobre o assunto.

Considero Implicit Learning como uma vertente da ciência cognitiva que
consegue iluminar muitas das dúvidas acerca dessa nossa capacidade
de obter sugestões "intuitivas". Pelo menos desde David Hume a questão
da intuição tem sido sistematicamente varrida para debaixo do tapete.
Hoje temos condições experimentais de investigar seriamente a
procedência dessa importante capacidade.

>
>O tema da interpretação é todo um capítulo na Psicanálise. Você indicou um
>caminho altamente compatível com a concepção psicanalítica e Minsky, há 8
>anos atrás, tocou o tema. Quando alguém perguntou-lhe se não temia que as
>máquinas venham a superar a inteligencia humana, êle respondeu que isto era
>uma realidade que fatalmente ocorreria porque o nosso cérebro está limitado
>por um estojo muito pequeno e as máquinas podem crescer sem limites.

Com certeza, concordo totalmente. É inevitável que as máquinas irão
nos superar. Mas isso já não ocorre com automóveis, empilhadeiras, tratores?
Além de inevitável, acho que isso será altamente benéfico para a humanidade,
contanto que ainda possamos conservar a vontade de nos exercitar
mentalmente,
em vez de deixar tudo para as máquinas. Eu, por exemplo, prefiro me suicidar
do que parar de pensar e criar. Então, minha vontade de ter à minha frente
um computador inteligente é meio "perversa": quero um auxiliar que me
possa fazer companhia em investigações científicas mais profundas. Já
pensou quão valioso para os cientistas é uma máquina dessas?

>
>>Aqui vai mais um pouco de distinções semânticas que em >nossa linguagem
>coloquial não aparecem: "saber" é diferente >de "entender".
>
>É complicado traduzir ao português as expressões inglesas da IA. Creio que
a
>gente teria que chegar a um acordo para normalizar a questão. Entender
algo,
>em português está relacionado com a capacidade de usar o conhecimento para
>coisas que excedem suas fontes.

Concordo.

>
>Um jovem médico entende a pesquisa e com uma anamnese e outros instrumentos
>diagnostica e trata doenças. Entende e, portanto, usa. Já saber vai mais
>longe. Vem do latim "sapere" e tem um substantivo da mesma familia: "sapor"
>(sabor). Tem que ver com saborear e descobrir variações sutis que um
neófito
>não pode perceber por falta de contacto suficiente com o objeto
>(experiencia). Sabio e sabedoria vêm de saber e tem, na origem etimológica
>uma conotação de saborear, sentir o gosto.

Talvez meu uso desses termos seja realmente irregular, já que faço
o oposto do que a etimologia sugere: assumo que saber é a fase inicial,
inflexível e limitada, enquanto que entender é uma fase mais profunda,
produtiva, criativa.

>
>Em espanhol tem-se o costume de dizer "Esto sabe a frutilla" (Isto tem
gosto
>de morango). Alem disso, repetem o refrão: "El diablo sabe más por viejo
que
>por diablo".
>
>Talvez fosse importante normalizar o vocabulario de IA para o português.
Por
>enquanto, concordo com vc, que é preferivel usar a terminología em inglês.

Acredito que não haja uma terminologia em português correta para esse
tema. O que me leva a pensar em escrever um livro sobre isso, talvez
nos próximos anos.

>
>>Há uma passagem hilária em um comercial de televisão que >mostra um
sujeito
>todo contente por ter adquirido
>> um método de memorização (um tal de "power memory" ou >coisa similar),
que
>o permitiu "decorar" a constituição >brasileira. O sujeito fica com um
>grande sorriso: agora ele >sabe tudo decor.
>
>A "decoreba" não é mais que uma simples gravação. De cor vem da expressão
>"de cordis". Cordis é coração que os antigos opunham à razão. Hoje nem se
>pode dizer que alguém "sabe" algo de cor. Sabe tanto quando o velho
cilindro
>do fonógrafo de Edison. A capacidade de gravação e reprodução de qualquer
>dos antigos LP é superior à de qualquer humano.

E a capacidade de memorização de nossos computadores modernos pode superar
a nossa, ao menos em termos de material linguístico. Mas nossos computadores
continuam tão burrinhos quanto loir.. quer dizer, portas.

>
>> Entende aquele que consegue "ligar" a informação adquirida >a suas
demais
>noções semânticas.
>
>Estou plenamente de acordo. Prefiro esta palavra (entender)
>
>
>> A diferença entre saber e entender fica clara quando >analisamos o tipo
de
>diferença de performance que existe >entre um recém-graduado engenheiro e
um
>especialista.
>
>O recém graduado entende e o expert sabe (tem paladar). Por isso creio que
>se deve fazer uma boa convenção. Harmonizar o mais possível a terminología
>com a semântica da linguagem natural (metalinguaem).

Na verdade, eu uso as palavras para significar exatamente o oposto.
"Sabe" aquele que consegue reproduzir (recitar) a informação original.
"Entende" quem consegue manipulá-la e aplicá-la a problemas diferentes
dos originais. Meu uso dessa terminologia segue a resposta a esta
questão: "Você sabe o que é chuva?" "Sei que chuva é água que cai do
céu", é a resposta de qualquer criança. Aí vem a outra questão: "Você
*entende* a chuva?". A chuva é "o resultado da condensação de água, quando
o vapor encontra temperaturas mais frias". Neste caso, a última frase
demonstra certo entendimento da questão. No caso de "saber", não há muito
mais a progredir, pois dizer que chuva é água que cai do céu é
praticamente a resposta necessária à pergunta "você sabe?".

Mas um especialista pode ter um grau de entendimento maior dessa mesma
questão, algo que vá além da resposta acerca da condensação de água.
Ele pode, por exemplo, falar de teorias de formação de chuvas baseadas
em aglomerações de gotículas de água que se formam em torno de
partículas de poeira, e desse conhecimento ele pode planejar (ou
seja, "predizer") que tipo de difusão de partículas deveria ser
feito para provocar mais chuva. Neste último caso, vejo a figura do
especialista que "entende" do negócio de chuva, em contraste com
aquele que simplesmente "sabe" do assunto.

>
>Sergio, eu lhe felicito pelo nivel da sua argumentação.´Tem-se mostrado
>equilibrada, agradável, com certa calidez e sem paixões fundamentalistas.
>Creio que a lista se enriqueceu muito com sua participação. Consegue manter
>um diálogo elevado sem provocações para irritar o interlocutor. Prefere
>manipular as ideias e não as pessoas. Muito bom exemplo.
>

Obrigado. Eu acabei entrando na lista meio de gaiato, sem fazer uma
introdução oficial. Na verdade, entrei na lista mais para aprender
e relembrar, pois já faz algum tempo que saí da minha graduação
em Física e preciso desenferrujar um pouco. Como já pude observar,
a lista vai me ajudar muito, pois há excelentes contribuições como
as do Belisario, do Alberto, do Léo e vários outros.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/05/2001 10:13

From: Marco A. Andrade <logos@pccp.com.ar>
>In ciencialist@yahoogroups.com, Sergio Navega wrote:
>
>> Talvez outros possam falar melhor acerca de um histórico da >evolução do
>pensamento de Popper. Parece que ele >começou como lógico-positivista e
>depois reagiu a alguns de >seus preceitos, notadamente a dependência
>exclusiva ao >"verificacionismo". ...
>
>> Mas desprezar o senso comum pode ser barbaramente >perigoso.
>
>Freud dizia, parafraseando alguém conhecido que o senso comum é o mais
>incomum dos sensos. Lembro-me de que o Popper definia seu racionalismo
>dizendo que existem coisas reais e indiscutíveis, como quando um menino
>dizia que isto é pão e aquilo é uma pedra. Creio que estava defendendo o
>senso comum sem se dar conta.
>

Senso comum é uma das áreas de pesquisa injustificavelmente pouco
investigadas. Marvin Minsky cita um clássico exemplo de noção que
todos nós achamos óbvia, mas que nenhuma máquina vai achar: pegue
uma pedra e amarre em um barbante. Se você puxar a corda, a pedra
é arrastada. Mas se você *empurrar* a corda, a pedra não será
afastada. Bobo, não é?

No entanto, se você faz isso com uma vareta, a coisa muda. A vareta
grudada em uma pedra permite puxar e empurrar. Por que? Por que
isso é "bobo" para nós, mas não é para uma máquina? A maior
parte daquilo que achamos tolamente simples é, em realidade, uma
complexa combinação de conceitos e noções que são fundamentais
para a nossa relação inteligente com o mundo. Esses conceitos
não aparecem em nossa consciência, ficam sendo automaticamente
processados no "inconsciente cognitivo". O caso típico de
andar de bicicleta enquanto você pensa em teoria quântica
exemplifica essa situação.

Até mais,
Sergio Navega.





SUBJECT: Como se inicia a reacao em cadeia, em um reator ?
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/05/2001 11:12

Amigos:


- Estou lendo sobre reatores
nucleares, e gostaria de saber:


- O que da' "origem" `a reacao
em cadeia, no nucleo do reator ?

- Os livros que tenho lido falam
em lancar um neutron dentro do reator,
e esse neutron, ao chocar-se com um
atomo de U235 causaria sua fissao.

- Mas como e' que esse (ou seriam
"esses" ) neutron inicial e' lancado ?

- Ja' li sobre as emissoes alfa, beta e
gama, e nenhuma delas emite apenas um
unico neutron (ou neutrons). Entao,
como e' que um neutron e' "lancado"
contra as varetas de combustivel (uranio)


- Gostaria de saber tambem:

- Qual e' a proporcao (%)
de U235 dentro do U238, em um reator nuclear ?

- Por que motivo o U235 e' fissionavel, ao ser
impactado por um neutron, enquanto o U238
assimila esse neutron, transformando-se no Plutonio 239 ?
E' possivel explicar isso de forma "nao tao aprofundada",
para um leigo como eu (que terei de posteriormente
explicar para os meus colegas de classe )?

- Depois que o U238 se transformou no Plutonio 239,
ele se torna fissil. Por que ?

- De cada nucleo de U235 que se fissiona, saem
quantos neutrons ? Nos esquemas que eu vi,
saem sempre 3 neutrons (1 que colidiu com o
nucleo e mais dois adicionais, que, suponho, estavam
dentro do nucleo do U235).


- Ao se fissionar, o U235 se divide sempre de igual
modo, em duas partes (alem dos neutrons que escapam
da fissao) ? Ou ele pode se dividir em mais de
duas partes (nucleos) ? Que nucleos sao esses (elementos
quimicos), formados a partir da fissao do U235 ?


- Pelo que li, nos reatores "termicos" (lentos),
o uranio conta pequena % de U235, e alta % de
U238. Se os neutrons lancados no nucleo do
reator forem "rapidos" (16.000 km/s), a probabilidade
de um neutron atingir um atoromo de U235 e' pequena,
e se os neutrons forem desacelerados (1,6 km/s), a probabilidade aumenta.
Por que ? Um neutron rapido
nao tem a mesma probabilidade de atingir um nucleo do
U235 ? Ou a questao e' que o neutron rapido tende
a "escapar" do nucleo do reator ? A meu ver, se existe
uma quantidade x de U235 e uma quantidade y de U238 no
reator, tanto faz a velocidade do neutron, a probabilidade
de ele se chocar com o U235 e' a mesma...


- Alem das radiacoes alfa, beta e gama, quais sao os
outros tipos de "radioatividade" liberadas pelos
elementos quimicos ?

- Todo elemento quimico radioativo libera esses
tres tipos de emissao (alfa, beta e gama), ou
ha' elementos que liberam apenas uma ou dois
dessas emissoes ?

- As emissoes alfa e beta sao "particulas", enquanto
as emissoes gama sao "ondas" eletromagneticas.
Consigo apreender bem (eu acho) o conceito de "particulas",
imaginando uma porcao de pequeninas "bolinhas invisiveis"
que saem do elemento radioativo. Porem, o conceito de
"ondas" ainda nao esta' claro. Eu sei o que e' uma
onda ao ver o resultado de uma pedra sendo lancada
na agua. Porem, como e' que devo interpretar uma
onda de raios gama ? Se essas ondas nao sao particulas,
como e' que elas causam tanto dano ? Por exemplo, uma
onda do mar, provocada por um maremoto, causa um enorme
estrago nas residencias litoraneas, pois a onda carrega
uma enorme quantidade de materia (agua) que impacta
sobre as casas. E as ondas sonoras causam impressao aos meus ouvidos pois
movimentam ar, que faz vibrar meus timpanos.
E quanto `as ondas dos raios gama ? Elas tambem transportam
algum tipo de "materia" que causa dano a quem as recebe ?

- Certa vez, passando perto de um carro de som, na rua, com
caixas acusticas E-N-O-R-M-E-S, senti todo meu corpo vibrar,
recebendo as ondas sonoras que saiam dos alto-falantes.
O som chegava a causar ate' cocegas, pois toda a minha pele,
olhos, etc. "vibravam". Imaginei que o fenomeno seria o
seguinte (deixando de lado a parte "eletrica" do equipamento
de som): As membranas dos alto-falantes impulsionam, em certo
ritmo, camadas de ar, que se deslocam em varias direcoes.
Essas camadas de ar, ao atingirem meu corpo, movimentam
as moleculas de meu corpo, causando a sensacao de vibracao.
(essa interpretacao e' correta ?)

- Pois bem, e' isso o que ocorre nas radiacoes gama ? Ou
e' algo que esta' alem de uma explicacao para um leigo ?


- Desculpem o excesso de perguntas, mas os livros e
artigos que tenho lido, inclusive na Internet, apenas
comentam o assunto "por cima" e nao entram em detalhes
que eu considero importantes. Na verdade, nao pretendo
entrar em tantos detalhes assim, pois nao tenho embasamento
cientifico suficiente, mas gostaria de chegar em um nivel nao tao
superficial, como aquele apresentado nos livros e artigos.

- Grato pela atencao de todos.

[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br



SUBJECT: Propulsao de naves espaciais
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/05/2001 11:13

Amigos:

a) O que impulsiona um foguete, lancado
a partir do solo, e' a forca com que
os gases quentes expelidos do motor
exercem sobre o ar e a consequente reacao
do ar sobre o foguete ?

b) As sondas espaciais (Voyager, por exemplo)
se desloca apenas com o impulso gerado pela
gravidade dos planetas por onde ela ja'
passou ?

c) O espaco interplanetario nao contem "ar",
mas apenas vacuo ?


d) Se "a", "b", e "c" estao corretos, significa
que uma nave espacial para outro planeta jamais
ira' usar um "motor" para se deslocar, mas sim
seguira' seu rumo apenas pela "inercia" do
seu lancamento a partir da Terra ? Alias,
impulsionar uma nave apartir da Lua, onde a atmosfera
e' inexistente, e' impossivel, ou nao ?

e) Finalmente, gostaria de saber, entao, se jamais
os cientistas poderao construir uma nave espacial
de altissima velocidade utilizando a propulsao
atraves de motores, ja' que a propulsao exige a
existencia de atmosfera, para haver acao e reacao.


- Desculpem pelas provaveis "gafes" tecnico-cientificas
que cometi acima... Aguardo correcoes e esclarecimentos.

- Obrigado.


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Energia
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/05/2001 11:42

Amigos:

- Em Matematica aprendemos que
o conceito de numero e' algo
"abstrato". Todos lidamos com numeros,
lemos os numeros, usamos os numeros,
mas o numero, em si, e' uma "ideia",
um conceito primitivo, que nao se define.


- Sei que a "energia", em Fisica, e' como
se fosse o "numero" da Matematica, pois
(a meus olhos de leigo), para tambem ser
"vaga", "indefinivel", apesar de transformarmos
os diferentes tipos de energia e usarmos
a energia.

- Lembro-me do conceito ginasial de energia -
"Energia e' a capacidade de realizar trabalho"
e ate' que fico "mais ou menos" satisfeito
com esse conceito.

- Porem, estudando a energia nuclear, como
trabalho da disciplina Topicos de Fisica,
deparo-me com ideias tais como:

"O nucleo do Uranio 235, ao se fissionar,
libera grande quantidade de energia, que e' aproveitada
sob a forma de calor, para aquecer a agua, etc., etc."

- Minha duvida reside ai. Sei que o U235, ao se
fissionar, libera neutrons, que realimentarao a
reacao em cadeia no nucleo do reator, e que
"energia" e' liberada, causando calor. No entanto,
assim como eu posso "visualizar mentalmente" pequenas
"bolinhas" chamadas "neutrons", saindo do fenomeno
da fissao de um atomo, gostaria de tambem "visualizar"
ou assimilar alguma ideia um pouco mais solida
a respeito do que seja "liberar energia" durante
o processo de fissao.

- E' possivel, assim como eu penso nos neutrons como
se fossem "bolinhas" voando, formar uma ideia um
pouco mais concreta dessa "liberacao de energia" ?

- Tentem compreender minha posicao de leigo, que tera'
de explicar para o restante da classe a geracao de
energia nuclear, mais ou menos assim:

"Pessoal, quando esse neutron penetra no nucleo do U235,
ele causa uma "instabilidade" nesse nucleo, que "deseja"
retornar `a estabilidade, e para isso ele se divide
em dois outros nucleos, causando tambem a 'liberacao
de energia' "

- Nao sei se estou sendo claro no meu problema "conceitual"
Para mim, e' claro que e' facil simplesmente "soltar" uma
frase como a mencinada acima, e nao dar nenhuma satisfacao
adicional a meus colegas de classe.

- No entanto, nao gosto muito de falar sobre algo que nem
eu mesmo compreendi direito. E' claro que eu sei que
a reacao ocorre, que a energia e' liberada, que o calor
aquece a agua, etc., etc. Porem, a ideia de que "ao se
fissionar o nucleo do U235 libera energia" soa um pouco
como "a pessoa, ao morrer, libera seu espirito, que
passa a viver em outra dimensao ". Ou seja, a ideia
em si, ate' que e' compreensivel, mas nao pode
ser compreendida em seu todo. Evidentemente, estou
exagerando, pois a energia liberada nas reacoes nucleares
causam efeitos comprovaveis, enquanto a suposta "saida do
espirito do corpo" nao pode ser comprovada objetivamente e,
portanto, nao tem validade sob o ponto de vista cientifico.


- Enfim, para nao me alongar demais, gostaria de saber:
os cientistas "sabem" o que e' essa energia liberada
pelo atomo, ou a energia e' apenas "um conceito" (assim
como reta e ponto, da Geometria), que so' pode ser apreendida
pelos efeitos que causa ?

- A meu ver, a ideia de "energia" e' ainda mais abstrata
que a ideia de "ponto" ou "reta", uma vez que o ponto
ou a reta, pelo menos, eu consigo desenhar e apresentar
para alguem, enquanto em relacao `a energia isso nao e' possivel. Ou e' ?


- Apenas mais uma duvida (mais uma vez, estou usando
meus pouquissimos conhecimentos de ciencias, para escrever
a minha duvida - aguardo as correcoes dos colegas):
Tambem me ensinaram que o calor e'
"a agitacao de moleculas em alta velocidade", que nos causa
uma sensacao termica (estou citando de cabeca - perdoem se cometo alguma
gafe cientifica). Bem, para que as moleculas
de uma substancia se movimentem rapidamente, temos de
"impulsiona-las" de algum modo, nao e' ? Bem, uma vez que
a energia liberada pela fissao "aquece" o ar dentro do nucleo do reator,
entao as moleculas de ar receberam uma certa quantidade de movimento a
partir dessa "energia" da fissao.
Mas "o que^" exatamente colocou as moleculas de ar em
grande agitacao (ja' que a temperatura no nucleo do reator e' muito alta) ?
Por exemplo, se eu martelar uma peca de
metal com bastante forca, sei que os atomos do martelo
colidiram com os atomos do metal, agitando-os e
tornando-o mais quentes. Mas, nesse caso, sao os atomos
"chocando-se" contra outros atomos. E quanto ao calor
do ar dentro do reator ? Sao os nucleos resultantes
da fissao que aceleram os atomos (moleculas ?) do ar ?


- Bem, vou parar por aqui, e aguardar as correcoes
dos colegas.

- Grato pela atencao de todos.


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Propulsao de naves espaciais
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/05/2001 13:22

Olá Paulo,

----- Original Message -----
From: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, May 22, 2001 11:13 AM
Subject: [ciencialist] Propulsao de naves espaciais


> Amigos:
>
> a) O que impulsiona um foguete, lancado
> a partir do solo, e' a forca com que
> os gases quentes expelidos do motor
> exercem sobre o ar e a consequente reacao
> do ar sobre o foguete ?
>

Não os gases expelidos exercem uma força de reação sobre o foguete. Por isso
ele vai para cima.


> b) As sondas espaciais (Voyager, por exemplo)
> se desloca apenas com o impulso gerado pela
> gravidade dos planetas por onde ela ja'
> passou ?
>
> c) O espaco interplanetario nao contem "ar",
> mas apenas vacuo ?

É um vácuo quase absoluto. quase porque
a) Existe uma densidade muito baixa de partículas, principalmente íons
advindos do "vento solar" e átomos de hidrogênio
b) A mecanica quantica proibe o vacuo absoluto

>
>
> d) Se "a", "b", e "c" estao corretos, significa
> que uma nave espacial para outro planeta jamais
> ira' usar um "motor" para se deslocar, mas sim
> seguira' seu rumo apenas pela "inercia" do
> seu lancamento a partir da Terra ? Alias,
> impulsionar uma nave apartir da Lua, onde a atmosfera
> e' inexistente, e' impossivel, ou nao ?
>

Não. A acão e reação é uma lei universal, independe da existência de ar. O
oxigenio é usado por muitos motores como comburente. O foguete leva oxigenio
liquido em tanques.

[]´s

André

> e) Finalmente, gostaria de saber, entao, se jamais
> os cientistas poderao construir uma nave espacial
> de altissima velocidade utilizando a propulsao
> atraves de motores, ja' que a propulsao exige a
> existencia de atmosfera, para haver acao e reacao.
>
>
> - Desculpem pelas provaveis "gafes" tecnico-cientificas
> que cometi acima... Aguardo correcoes e esclarecimentos.
>
> - Obrigado.
>
>
> []'s
> Paulo Sérgio Dias
> psdias@globo.com.br
>
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Propulsao de naves espaciais
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/05/2001 13:50

On Tue, 22 May 2001, Paulo Sergio Dias wrote:
> a) O que impulsiona um foguete, lancado
> a partir do solo, e' a forca com que
> os gases quentes expelidos do motor
> exercem sobre o ar e a consequente reacao
> do ar sobre o foguete ?

Não.

> b) As sondas espaciais (Voyager, por exemplo)
> se desloca apenas com o impulso gerado pela
> gravidade dos planetas por onde ela ja'
> passou ?

Não.

> c) O espaco interplanetario nao contem "ar",
> mas apenas vacuo ?

Não.

> d) Se "a", "b", e "c" estao corretos, significa
> que uma nave espacial para outro planeta jamais
> ira' usar um "motor" para se deslocar, mas sim
> seguira' seu rumo apenas pela "inercia" do
> seu lancamento a partir da Terra ?

Não, pois a, b e c estão erradas.

> Alias,
> impulsionar uma nave apartir da Lua, onde a atmosfera
> e' inexistente, e' impossivel, ou nao ?

Não.

> e) Finalmente, gostaria de saber, entao, se jamais
> os cientistas poderao construir uma nave espacial
> de altissima velocidade utilizando a propulsao
> atraves de motores, ja' que a propulsao exige a
> existencia de atmosfera, para haver acao e reacao.

Já existem naves de aceleração contínua em que sua velocidade final é
altíssima.

> - Desculpem pelas provaveis "gafes" tecnico-cientificas
> que cometi acima... Aguardo correcoes e esclarecimentos.

Estamos às ordens.

Então vamos às correções.

a) O que impulsiona o foguete para cima é o empuxo da queima de
combustível. O empuxo é a razão da taxa de queima de combustível [Kg/s]
pela velocidade de escape dos gases expelidos [m/s] ou seja [Kg.m/s²] ou
seja ainda [N] que é unidade de força. Se a força de empuxo for maior que
a força peso [massa.gravidade] então o foguete decola.

A atmosfera neste caso não ajuda em nada. Tanto é assim que um foguete no
espaço funciona melhor que na atmosfera terrestre pois não há atrito com o
ar [que reduziria sua velocidade].

b) As sondas usam a força da gravidade de outros planetas para acelerar
durante um breve tempo e ganhar velocidade, chegando assim mais rápido ao
seu destino.

c) O espaço interplanetário contém planetas :-) Na verdade o espaço é
recheado de partículas, mas a uma densidade baixíssima na ordem de algumas
partículas por quilômetro cúbico. É possivel que entre galáxias haja
espaços sem partículas, mas eu estou especulando.

d) Na verdade esta alternativa [atualmente] não está totalmente errada,
apenas suas prerrogativas [de que a, b,e c estivessem certas] é que
estavam erradas. Os propulsores após o lançamento [atualmente] são usados
apenas para corrigir a trajetória.

e) Como já disse, a existência de atmosfera atrapalha o lançamento de
foguetes. Existem vários modelos teóricos de propulsão espacial, há os que
poderíamos chamar de balísticos e os continuamente acelerados.

Os balísticos teriam uma aceleração inicial e depois estariam a merçê da
inércia. O lançamento se daria por queima de combústivel, arremesso
através de rampa rotatória, aceleração cyclotron e outras como o
aproveitamento da gravidade alheia.

Os de aceleração contínua teriam propulsores com taxa de aceleração
pequena [a=F/m sendo F o empuxo e m a massa da nave] mas como ela se dá
continuamente uma simples viagem daqui até Marte já seria muito mais
rápida que a habitual. Neste caso o mais comum é usar xenônio ionizado
sendo acelerado por um campo elétrico. Enquanto a nave não alcançar o
módulo da velocidade de escape do xenônio, ela [a nave] continua sendo
acelerada.

Espero ter esclarecido.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/05/2001 13:54

In ciencialist@yahoogroups.com, Neville Martins wrote:

>Acho que seria conveniente abandonar as
> idéias conceituais de inteligência (ou inteligências) >encontradas no
estudo da psicologia humana e adotar >definições com limites , claros,
funcionais e
> impessoais, aplicáveis a entes genéricos (naturais ou >artificiais) a fim
de facilitar o desenvolvimento de novos >modelo.

Eu não creio que a sua ideia de "abandonar" seja num sentido absoluto.
Quando existem problemas com uma definição, não devemos abandonar nada.
Creio que a definição operativa é a melhor. Definir-se-á determinada coisa
para fins determinados.

Um mesmo termo poderá admitir definições que sirvam para operar. Creio que o
que se deve fazer é normalizar e criar protocolos de comunicação para
promover o intercambio do conhecimento. A unidade de criterios, com um bom
nível de estudos terminológicos seria o indicado. Os recursos da engenharia
lingüística estão para isto.

Desde um ponto de vista puramente psicológico, uma das definições de
intencionalidade é "propósito motivado". Não é um puro propósito.

Uma finalidade pode ser ajustada por um feed-back, em que o alvo atua sobre
os fatores (uma velha solução). Quando se fala de motivação e subjetividade,
a coisa se complica. Convém deixar a psicologia com suas definições.

A definições operacionais que Sergio Navega deu de intencionalidade são
excelentes para operar em IA, na atualidade. É provável que no futuro sejam
necessarias outras definições.

Atualmente somos nominalistas. As definições devem estar à direita dos
termos e devem ajustar-se às necesidades do momento. Não existem definições
"definitivas" ou essencialistas.



> Daí a um comportamento racional tavez seja apenas um >passo.

Você imagina que a palavra "racional" poderia gerar uma polêmica que ninguém
desejaria?

[]s
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar





SUBJECT: Re: [ciencialist] Propulsao de naves espaciais
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/05/2001 14:03



Paulo Sergio Dias wrote:
>
> Amigos:
>
> a) O que impulsiona um foguete, lancado
> a partir do solo, e' a forca com que
> os gases quentes expelidos do motor
> exercem sobre o ar e a consequente reacao
> do ar sobre o foguete ?

Não. A melhor forma de entender isto á através de um balanço
de forças ao foguetão. Nesse balanço tem que se entrar com
a quantidade de movimento que sai. Ao produto da massa pela
velocidade dos gases de escape corresponde uma força que
impulsiona o fuguetão em sentido contrário.

Se você estiver numa nve parada no espaço e lançar um Alien
pela janela a sua nave adquire velocidade. Verifica-se a
igualdade seguinte:

massa da nave*velocidade da nave= massa do alien*velocidade do Alien

Para a nave acelerar continuamente voce terá queatirar aliens
continuamente pela janela. Não se esqueça de fechar rapidamente a
janela para não perder todo o ar.

> b) As sondas espaciais (Voyager, por exemplo)
> se desloca apenas com o impulso gerado pela
> gravidade dos planetas por onde ela ja'
> passou ?

Um corpo com moviemento recilineo e uniforme permanece
em movimento rectilinio e uniforme desde que não sofra
os efeitos de forças externas.

> c) O espaco interplanetario nao contem "ar",
> mas apenas vacuo ?

O espaço interplanetário contém matéria em concentrações muito
baixas que são para quase todos os efeito irrelevantes.

> d) Se "a", "b", e "c" estao corretos, significa
> que uma nave espacial para outro planeta jamais
> ira' usar um "motor" para se deslocar, mas sim
> seguira' seu rumo apenas pela "inercia" do
> seu lancamento a partir da Terra ? Alias,
> impulsionar uma nave apartir da Lua, onde a atmosfera
> e' inexistente, e' impossivel, ou nao ?

Tudo errado. As naves que foram até à superficie da lua
voltaram. É possível acelerar continuamente uma nave desde
que ela tenha combustivel suficiente. Naves que utilizam
velas solares podem acelerar continuamente.

> e) Finalmente, gostaria de saber, entao, se jamais
> os cientistas poderao construir uma nave espacial
> de altissima velocidade utilizando a propulsao
> atraves de motores, ja' que a propulsao exige a
> existencia de atmosfera, para haver acao e reacao.

É teoricamente possível contruir naves que aceleram até velocidades
muito próximas da velocidade da luz.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: RES: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo que vc chu ta.
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/05/2001 14:12

> -----Mensagem original-----
> De: Sergio Navega [mailto:snavega@attglobal.net]
> Eu chego a ir até um pouco além: acho que deviamos estudar a cognição
> das crianças e praticar um pouco de suas atitudes, de vez em quando.
> Muitas vezes, temos receio em conjecturar o impensável. Crianças
> brincando estão constantemente testando os limites de seu ambiente.
> Puxam a toalha da mesa, colocam o jornal no fogo, enfiam o dedo
> na tomada, etc. Esses testes que elas executam são fontes
> insubstituíveis de informação acerca do mundo. Lógico, não estou
> propondo que nós joguemos a Folha de S. Paulo no forno (se bem
> que até há motivos para isso...), mas proponho que deveriamos
> observar a criação de conhecimento como um processo que de vez
> em quando tem esse caráter despretencioso, lúdico e inconsequente.
> Talvez não devamos fazer tantas experiências malucas no mundo,
> mas é possível fazê-las em nosso pensamento, exercitando a
> situação sem ter o risco de colocar fogo em nossa casa.

Deveras atrasado... Problemas com o provedor de email...

Só um pitaco:

(Fugindo um pouco do tema Inteligência, mas inferindo em
cognição das crianças)

Desde quando deixamos de praticar as atitudes de crianças?

Se deixamos de praticá-las é por razão involuntária.
Nenhum trabalho de "adulto" tem resultado eficiente e
notável se não existir um caráter lúdico na ação.
As pessoas que têm o privilégio de atuar naquilo que mais
gostam, em regra, são os melhores de suas áreas. Trabalham
até dezoito horas por dia, sete dias por semana, sem se
preocupar com férias, por cinquenta anos Aposentadoria?
Nem pensar. Porquê? O trabalho é para eles uma atividade
lúdica, uma brincadeira de criança, só que remunerado.
Que maravilha! Ganhar dinheiro para se divertir!

O oposto é aquilo que denominamos o trabalho como um pesado
fardo que carregamos pelo sustento. Realizar uma atividade
sem gostar, por imposição da necessidade de sobrevivência,
produz seres humanos infelizes, ineficientes e incompetentes.
Ou seja, a maioria dos habitantes do planeta.

Abraços,

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT:
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/05/2001 15:05

--- In ciencialist@y..., "Paulo Sergio Dias" <psdias@g...> wrote:
Esta' querendo montar uma bomba nuclear caseira?

vc pode baixar o arquivo pdf no endereco:

www.cnen.gov.br/cnen_99/educar/apostilas/energia.pdf

acho q. ele pode lhe ser util. Outras paginas:

http://inorgan221.iq.unesp.br/quimgeral/maria/nuclearfission.html
http://www.comciencia.br/reportagens/nuclear/nuclear13.htm

> - Mas como e' que esse (ou seriam
> "esses" ) neutron inicial e' lancado ?

O proprio decaimento espontaneo de uma porcao de U-235 pode
dar conta.

> - Ja' li sobre as emissoes alfa, beta e
> gama, e nenhuma delas emite apenas um
> unico neutron (ou neutrons). Entao,
> como e' que um neutron e' "lancado"
> contra as varetas de combustivel (uranio)

Q. eu saiba nao eh preciso q. apenas neutrons sejam emitidos,
desde q. haja neutrons isolados liberados (e com energia
suficiente) no processo.

> - Qual e' a proporcao (%)
> de U235 dentro do U238, em um reator nuclear ?

de usinas termonucleares:

3% U-235 e 97% U-238

> - Por que motivo o U235 e' fissionavel, ao ser
> impactado por um neutron, enquanto o U238
> assimila esse neutron, transformando-se no Plutonio 239 ?
> E' possivel explicar isso de forma "nao tao aprofundada",
> para um leigo como eu (que terei de posteriormente
> explicar para os meus colegas de classe )?

aqui eu vou chutar forte -- os fisicos da lista me corrijam --
bem, o nucleo sendo formado por particulas de carga positivas
apresenta uma forte repelencia dessas cargas. essa repelecia
eh contrabalancada por interacoes nucleares fortes -- mediada
por particulas denominadas gluons. se essas interacoes se
rompem -- como no caso de um choque de um neutron
a repelencia eletrica lanca pra fora a particula q. perdeu a
'ligacao' com o resto do nucleo.

tanto o U-235 como o U-238 possuem o mesmo numero
atomico e portanto o mesmo numero de protons. entao
a repelencia causada pela proximidade de cargas de mesmo
sinal seria a mesma. a diferenca esta' no numero de neutrons
q. nao ira' alterar a interacao eletrica (talvez aumentando
a distancia media entre as particulas de mesma carga e assim
contribuindo para diminuir um pouco a tensao de repelencia,
mas o efeito deve ser muito pequeno, se eh q. existe)
substancialmente. porem neutrons tbm sao mantidos no
nucleo por gluons -- de forma q. a proporcao de particulas
aglutinadoras e portanto da forca estabilizadora e da forca
de repulsao fica mais favoravel no U-238.

claro q. existe um balanco nisso -- mais neutrons nao
aumenta a estabilidade sempre -- do contrario isotopos
radiativos seriam sempre os com massa menor -- ja' q.
neutrons podem decair espontaneamente gerando protons
e eletrons.

http://www.newton.dep.anl.gov/askasci/phy99/phy99445.htm

> - Depois que o U238 se transformou no Plutonio 239,
> ele se torna fissil. Por que ?

provavelmente pelo aumento da instabilidade provocada -- nao
por uma frente de massa polar fria, mas -- pelo proton a mais
q. se forma, alterando o equilibrio entre as forcas repulsivas
e as forcas estabilizadoras.

> - De cada nucleo de U235 que se fissiona, saem
> quantos neutrons ? Nos esquemas que eu vi,
> saem sempre 3 neutrons (1 que colidiu com o
> nucleo e mais dois adicionais, que, suponho, estavam
> dentro do nucleo do U235).

parece q. eh de dois a tres neutrons.

> - Ao se fissionar, o U235 se divide sempre de igual
> modo, em duas partes (alem dos neutrons que escapam
> da fissao) ? Ou ele pode se dividir em mais de
> duas partes (nucleos) ? Que nucleos sao esses (elementos
> quimicos), formados a partir da fissao do U235 ?

acho q. a probabilidade de se fissionar em mais de dois
nucleos seja muito, muito pequena pra ser considerada
na nossa escala. mas nao sao sempre os mesmo nucleos.

pode gerar: Ba + Kr ou Sr + Xe entre outros.

http://www.moderna.com.br/fisica/radiacao.htm
http://www.uic.com.au/uicphys.htm

> - Pelo que li, nos reatores "termicos" (lentos),
> o uranio conta pequena % de U235, e alta % de
> U238. Se os neutrons lancados no nucleo do
> reator forem "rapidos" (16.000 km/s), a probabilidade
> de um neutron atingir um atoromo de U235 e' pequena,
> e se os neutrons forem desacelerados (1,6 km/s), a probabilidade
> aumenta.
> Por que ? Um neutron rapido
> nao tem a mesma probabilidade de atingir um nucleo do
> U235 ? Ou a questao e' que o neutron rapido tende
> a "escapar" do nucleo do reator ? A meu ver, se existe
> uma quantidade x de U235 e uma quantidade y de U238 no
> reator, tanto faz a velocidade do neutron, a probabilidade
> de ele se chocar com o U235 e' a mesma...

Acho q. a probabilidade de passar por um atomo de um dado tipo depende
apenas da proporcao. Mas a velocidade deve influir na interacao -- se a
velocidade for muito alta pode nao haver tempo de ocorrer a interacao
necessaria para a fissao.

> - Alem das radiacoes alfa, beta e gama, quais sao os
> outros tipos de "radioatividade" liberadas pelos
> elementos quimicos ?

eu desconheco outros tipos

> - Todo elemento quimico radioativo libera esses
> tres tipos de emissao (alfa, beta e gama), ou
> ha' elementos que liberam apenas uma ou dois
> dessas emissoes ?

Deuterio e tritio por exemplo, obviamente nao podem emitir particulas alfa
-- no entanto sao isotopos radiativos de H.

> na agua. Porem, como e' que devo interpretar uma
> onda de raios gama ? Se essas ondas nao sao particulas,
> como e' que elas causam tanto dano ? Por exemplo, uma

uma visao eh ver as ondas gamas como compostas por particulas chamadas
fotons. os fotons absorvidos pelos eletrons fazem com q. esses eletrons
fiquem excitados ou sejam expelidos da molecula: a molecula fica ativada
ou ionizada o q. pode permitir uma reacao com a alteracao de sua
estrutura. alteracoes na distribuicao de eletrons podem tbm simplesmente
quebrar uma molecula ou ligacoes entre as moleculas.

> Essas camadas de ar, ao atingirem meu corpo, movimentam
> as moleculas de meu corpo, causando a sensacao de vibracao.
> (essa interpretacao e' correta ?)

sim.

> - Pois bem, e' isso o que ocorre nas radiacoes gama ? Ou
> e' algo que esta' alem de uma explicacao para um leigo ?

nao exatamente.

agora os fisicos descem o sarrafo na observacao deste leigo.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/05/2001 16:41

Bem, por essas e outras q. acho uma conceituacao/definicao de informacao e
conhecimento desvinculada de nocoes de propositos, inteligencia e
consciencia mais aplicavel -- fica-se livre para trabalhar sem ter q.
antes desenredar conceitos tao complicados -- o q. acho q. acaba
estendendo a intratabilidade da questao alem do necessario. (Se nao
estaremos aventando o pequeno homunculo em nosso interior q. vej por
nossos olhos e age atraves de nos -- e voltamos novamente ao conceito
estranho de alma dissoluvel do corpo.)

Das consideracoes do Leo, achei uma otima explanacao da logica boolena.
Como uma aproximacao inicial da logica humana eh bem util. Tornando
binaria a questao a informacao seria o q definiria cada posicao da
sentenca logico-booleana como 0 ou como 1.

Uma pequena complicacao eh q. nao apenas o pensamento humano segue
estritamente a logica formal, mas a logica nao eh booleana, com cada
sentenca recebendo o valor de verdade ou de falsidade de modo inequivoco
-- a logica humana eh mais difusa: cada sentenca/proposicao recebe uma
certa probabilidade de estar certa ou errada.

Assim, em vez de: se nao chover e nao ventar eu irei passear; eh:
se nao chover e nao ventar *o mais provavel* eh q. eu irei passear.
A questao assume um carater estatistico. Alem disso a propria
caracterizacao de chuva e vento pode assumir tal propriedade. Ou esta'
chovendo ou nao esta', dirao muitos. Bem, a taxa de tres pingos por metro
quadrado a cada minuto caracteriza a condicao de chuva? Qdo sentimos um
pingo sobre nos, nao olhamos pra cima pra ver se o tempo esta' bem fechado
e estendemos a palma da mao esperando por outros pingos confirmatorios? Ou
automaticamente saimos em desabalada carreira rumo a alguma protecao? E
vento? A partir de q. velocidade caracterizamos o movimento do ar como
vento? E o tempo com vento? Com q. constancia deve haver vento: sopro
constante ou rajadas esporadicas? Todas essas pequenas consideracoes sao
colabadas em um unica variavel de caracteristica probabilistica: mais ou
menos como o rolar de dados.

E suspeito q. a analise estatistica desses eventos receba uma tratamento
mais proximo da estatistica bayesiana do q. a laplaciana. (Adiantando q.
nao conheco nada nem de um nem de outro.) A ocorrencia de um dado evento
altera a nossa espectativa da proxima ocorrencia de eventos similares: em
apoio a isso, cito as 'analises' das dezenas mais sorteadas na loteria.
Acho q. isso pode dar conta -- ao menos em parte -- de porq. a inducao
estar tao arraigada em nosso modo de pensar. Somos fuzzy-bayesianos?

Bem, mas isso ja' eh da area de *tratamento* das informacoes.

Sinceramente, nao vejo qual a dificuldade necessaria em se reduzir o termo
conhecimento ao conjunto de informacoes recuperaveis em um dado sistema.

Andrade, chamou a atencao para o termo 'sabedoria' -- e, embora eu nao
fosse tao purista em termos etimologicos, parece-me mais adequada ao
conceito dada por Navega (ou foi pelo Taborda?) a conhecimento. (Embora os
campos semanticos dos dois termos se sobreponham desavergonhadamente no
uso cotidiano... E, exagerando um tto, qdo comecamos a discutir semantica,
certamente nao estaremos discutindo Ciencia...).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: escreva uma enciclopédia
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/05/2001 18:03

Versão da Nupedia em português

Quem quer ajudar a escrever uma enciclopédia livre que dentro de
alguns anos vai rivalizar com a Enciclopédia Britânica?
A enciclopédia chama-se Nupedia e os primeiros artigos já podem ser
consultados em :

http://www.nupedia.com

A Nupedia vai ser uma enciclopédia livre, estará sempre disponível na
Net gratuitamente e poderá ser copiada livremente. Isto está
absolutamente garantido à partida.

É um projecto voluntário profundamente ligado ao mundo académico
e que segue as regras de editoriais de revisão pelos pares e aprovação
por editores qualificados de qualquer instituição científica.

O projecto está à procura de editores (especialistas em determinada
área com doutoramento ou em vias de o obter), redactores, revisores,
correctores, tradutores e colaboradores informais.

O projecto está a começar e está aberto a todas as pessoas que desejem
colaborar. Como é um projecto colaborativo toda a gente pode
contribuir com a sua parte. Como está a começar, quem se envolver
agora poderá contribuir decisivamente para um projecto muito
importante.

Uma enciclopédia é uma obra muito grande e por isso são necessárias
especialistas em várias áreas. Poderá sempre contribuir, qualquer que
seja a sua especialidade.

Estamos neste momento a iniciar a versão portuguesa da enciclopédia.
Quem desejar aderir ao projecto deve inscrever-se na mailinglist a
partir desta página:

http://www.nupedia.com/mailman/listinfo/portugues-l

Depois de se inscrever por favor apresente-se aos outros membros da
lista.

Obrigado pela atenção,
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: Software = aquilo que vc xinga; Hardware = aquilo que vc chu ta.
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/05/2001 18:15


Alexandre, concordo 100% com tudo o que você disse.
Acho que o ideal de felicidade que todos nós deveriamos
perseguir é exatamente esse: tentar, com todas as forças,
obter uma situação de trabalho que se encaixe nesse
perfil. Não é nada fácil, mas acho que é possível.

Até mais,
Sergio Navega.



-----Original Message-----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de <alxmpub@uol.com.br>
To: 'ciencialist@yahoogroups.com' <ciencialist@yahoogroups.com>
Date: Terça-feira, 22 de Maio de 2001 14:13
Subject: [ciencialist] RES: Software = aquilo que vc xinga; Hardware =
aquilo que vc chu ta.


> -----Mensagem original-----
> De: Sergio Navega [mailto:snavega@attglobal.net]
> Eu chego a ir até um pouco além: acho que deviamos estudar a cognição
> das crianças e praticar um pouco de suas atitudes, de vez em quando.
> Muitas vezes, temos receio em conjecturar o impensável. Crianças
> brincando estão constantemente testando os limites de seu ambiente.
> Puxam a toalha da mesa, colocam o jornal no fogo, enfiam o dedo
> na tomada, etc. Esses testes que elas executam são fontes
> insubstituíveis de informação acerca do mundo. Lógico, não estou
> propondo que nós joguemos a Folha de S. Paulo no forno (se bem
> que até há motivos para isso...), mas proponho que deveriamos
> observar a criação de conhecimento como um processo que de vez
> em quando tem esse caráter despretencioso, lúdico e inconsequente.
> Talvez não devamos fazer tantas experiências malucas no mundo,
> mas é possível fazê-las em nosso pensamento, exercitando a
> situação sem ter o risco de colocar fogo em nossa casa.

Deveras atrasado... Problemas com o provedor de email...

Só um pitaco:

(Fugindo um pouco do tema Inteligência, mas inferindo em
cognição das crianças)

Desde quando deixamos de praticar as atitudes de crianças?

Se deixamos de praticá-las é por razão involuntária.
Nenhum trabalho de "adulto" tem resultado eficiente e
notável se não existir um caráter lúdico na ação.
As pessoas que têm o privilégio de atuar naquilo que mais
gostam, em regra, são os melhores de suas áreas. Trabalham
até dezoito horas por dia, sete dias por semana, sem se
preocupar com férias, por cinquenta anos Aposentadoria?
Nem pensar. Porquê? O trabalho é para eles uma atividade
lúdica, uma brincadeira de criança, só que remunerado.
Que maravilha! Ganhar dinheiro para se divertir!

O oposto é aquilo que denominamos o trabalho como um pesado
fardo que carregamos pelo sustento. Realizar uma atividade
sem gostar, por imposição da necessidade de sobrevivência,
produz seres humanos infelizes, ineficientes e incompetentes.
Ou seja, a maioria dos habitantes do planeta.

Abraços,

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/05/2001 00:40

Olá,

Sergio Navega: Mas desprezar o senso comum pode ser barbaramente
perigoso.

Marco Aurelio: Freud dizia, parafraseando alguém conhecido que o
senso comum é o mais incomum dos sensos. Lembro-me de que o Popper
definia seu racionalismo dizendo que existem coisas reais e
indiscutíveis, como quando um menino dizia que isto é pão e aquilo é
uma pedra. Creio que estava defendendo o senso comum sem se dar conta.

Manuel: Decerto que há bom senso no senso comum (embora nem tudo no
senso comum seja bom senso), e Popper sabia disso. Tanto que, no
prefácio do seu livro Conhecimento Objetivo, ele escreve: "Os ensaios
deste livro rompem com uma tradição que pode ser rastreada até
Aristóteles -- a tradição dessa teoria do conhecimento do senso
comum. Sou grande adimirador do senso comum, que, afirmo, é
essencialmente autocrítico. Mas, se estou disposto a sustentar até o
fim a verdade essencial do realismo do senso comum, considero a
teoria do senso comum do conhecimento uma asneira subjetivista."

Popper denominou a teoria do conhecimento do senso comum de "teoria
do balde mental", isto é, a mente seria um balde (que primitivamente
estaria vazio) e os nossos órgãos sensoriais as fontes que enchem o
balde de conhecimento. Essa teoria (que, na filosofia, tem o nome de
teoria da tabula rasa), Popper condena com veemência. Para Popper, a
mente humana é antes holofote do que balde, ou seja, o conhecimento
seria uma atividade perceptiva, e não percepção passiva.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Propulsao de naves espaciais
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/05/2001 05:51

>> b) As sondas espaciais (Voyager, por exemplo)
>> se desloca apenas com o impulso gerado pela
>> gravidade dos planetas por onde ela ja'
>> passou ?
Se não me engano, apesar de não possuírem propulsão
que as empurrasse em direção à trajetória delas, elas
possuem pequenos propulsores apenas par aa correção da
rota.
Imagine só! Iamos precisar duma precisão _muito_
grande pra mandar as naves daqui e apssar a uma
distância satisfatória de Júpiter!!!!

>> c) O espaco interplanetario nao contem "ar"
>> mas apenas vacuo?
>> É um vácuo quase absoluto. quase porque
...
>b) A mecanica quantica proibe o vacuo absoluto
Não conheço essa histórria, mas tipo, visto que
existe uma densidade muito baixa se eu pegar um
centímetro cúbico, qual é a probabilidade dele conter
matéria durante, digamos 1 segundo?
O espaço entre o núcleo dos átomos e os elétron não
é vazio??? :) (se bem que as nuvens de elétrons são
bem grande...)

---N1c01au


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SUBJECT: Agradecimentos: Energia nuclear
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/05/2001 07:37

Roberto:

- Muitissimo obrigado por todas as
suas informacoes !

[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/05/2001 07:52

>
> Das consideracoes do Leo, achei uma otima explanacao da logica boolena.
> Como uma aproximacao inicial da logica humana eh bem util. Tornando
> binaria a questao a informacao seria o q definiria cada posicao da
> sentenca logico-booleana como 0 ou como 1.
>
> Uma pequena complicacao eh q. nao apenas o pensamento humano segue
> estritamente a logica formal, mas a logica nao eh booleana, com cada
> sentenca recebendo o valor de verdade ou de falsidade de modo inequivoco
> -- a logica humana eh mais difusa: cada sentenca/proposicao recebe uma
> certa probabilidade de estar certa ou errada.
>

Sim, mas quero crer que esta logica probabilistica tambem pode-se
derivar da logica booleana simples. Como assim?

O agente q inferira uma conclusao tera suas proprias definicoes qto o q eh
chover ou ventar de modo que mesmo q exista uma variacao continua
do que eh estar chovendo havera uma hora em q os neuronios dispararao ( ou nao )
uma acao baseada na percepcao do evento. Como o disparo neuronal eh
do tipo "tudo ou nada" ou "dispara nao dispara" parece-me que a logica
booleana classica tem em nosso cerebro sua morada natural.

Para exemplificar quero dizer q existem diversos sistemas especialistas
que trabalham com logicas do tipo probabilisticas mas isso poderia
parecer um contracenso pois os computadores trabalham , internamente,
com uma logica *exclusivamente* booleana classica.

Tal constatacao nos remete a conclusao que a logica probabilistica eh
uma derivacao da logica classica e nao uma alternativa da mesma.

[]s
jocax
PS: Newton da Costa inventou a "logica paraconsistente" onde
as premissas recebem um parametro probabilistico e assim a
contradicao eh algo permitido nesta logica.




SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/05/2001 09:26

From: manuelbulcao@aol.com <manuelbulcao@aol.com>
> Manuel: Decerto que há bom senso no senso comum (embora nem tudo no
> senso comum seja bom senso), e Popper sabia disso. Tanto que, no
> prefácio do seu livro Conhecimento Objetivo, ele escreve: "Os ensaios
> deste livro rompem com uma tradição que pode ser rastreada até
> Aristóteles -- a tradição dessa teoria do conhecimento do senso
> comum. Sou grande adimirador do senso comum, que, afirmo, é
> essencialmente autocrítico. Mas, se estou disposto a sustentar até o
> fim a verdade essencial do realismo do senso comum, considero a
> teoria do senso comum do conhecimento uma asneira subjetivista."
>
> Popper denominou a teoria do conhecimento do senso comum de "teoria
> do balde mental", isto é, a mente seria um balde (que primitivamente
> estaria vazio) e os nossos órgãos sensoriais as fontes que enchem o
> balde de conhecimento. Essa teoria (que, na filosofia, tem o nome de
> teoria da tabula rasa), Popper condena com veemência. Para Popper, a
> mente humana é antes holofote do que balde, ou seja, o conhecimento
> seria uma atividade perceptiva, e não percepção passiva.

A tabula rasa, muito discutida por Locke, é um dos princípios do
empiricismo, e talvez seja um pouco exagerada. Mas não é de todo
descartável. Com isso quero dizer que tanto o empirismo radical
quanto o racionalismo radical são visões inapropriadas para explicar
o nascimento e a evolução do conhecimento em seres humanos.

A crítica à teoria do "balde mental" pode parecer correta, mas há
como se usar de outras analogias que possam mostrar um pouco melhor
o que realmente parece estar acontecendo.

Uma delas seria o "moldar da argila". A criança nasceria com uma
espécie de "cérebro argila", disforme e mole (isto é confirmado
através de estudos da variação da plasticidade neural). Conforme
o tempo passa (e a criança é submetida a experiências sensórias),
o núcleo dessa argila começa a ganhar solidez e forma (e, portanto,
gradativamente perder flexibilidade adaptativa). O "formato" dessa
solidez é função de dois aspectos: a) tendências de organização
inatas do cérebro humano (portanto, determinadas geneticamente);
b) qualidade e quantidade das experiências sensórias.

No item a) temos coisas como a separação de áreas do córtex visual
para processamento de cores, texturas, movimento, etc. Temos
também a essência do processamento informacional dessas áreas.

No item b) temos a categorização de objetos, o sentido da
"gravidade", a percepção da fluidez e transparência dos líquidos,
a cognição de causa/efeito aplicada a objetos complexos e, muito
tempo depois, os primórdios do pensamento lógico (em outras
palavras, não tenho razão para crer que a lógica seja algo
inato; ela só floresce com treinamento).

Todo esse processo forma uma só cognição: aquela que temos quando
adultos. Tudo o que pensamos como adultos tem origem da interação
dessas duas construções com as novas experiências sensórias a
que somos submetidos. Ao assistirmos a uma aula de física teórica,
estamos colocando em prática a construção de novas categorizações,
o que irá "moldar" a parte exterior de nossa "argila mental". Mas
o interior já está definido, e foi criado durante nossa infância
(aliás, esse interior parece ser largamente inacessível ao nosso
consciente). Sem a estrutura dada por esse "interior", não há como
compreender uma aula de física teórica. Esse interior é o que
eu chamo de senso comum, a principal característica que ainda
não foi implementada em inteligência artificial.

Esse tipo de analogia é mais adequado para explicar, por exemplo,
porque crianças tem muito mais facilidade de aprender um segundo
idioma do que os adultos, principalmente no tocante a aspectos
fonológicos (pronúncia e entendimento de linguagem falada).

Há estudos neurocientíficos que apontam que os adultos que
começaram a aprender uma segunda linguagem tarde demais usam
áreas distintas do cérebro para processá-las. Esses adultos
dificilmente irão obter uma pronúncia "sem sotaque". No entanto,
crianças submetidas ao mesmo processo de aprendizado de uma
segunda linguagem usam as *mesmas* áreas do córtex para ambas.
Essas crianças conseguirão pronunciar o segundo idioma praticamente
sem sotaque.

E aí é que vem a coisa importante: embora tanto o adulto quanto a
criança possam ter níveis de vocabulário similares (palavras são
noções hierarquicamente elevadas, distantes do nível sensório),
eles têm diferenças significativas de pronúncia e entendimento
da língua falada. Ouvir uma linguagem (e sutilezas como a
distinção entre L e R) depende de processamento sensorial de
baixo nível, ou seja, processamento neural próximo às entradas
auditivas. Isto é um aspecto que, nas crianças que falam 2 línguas,
foi "moldado" corretamente, enquanto que nos adultos que aprenderam
tarde, ficou relativamente solidificado em um estado de competência
para a 1a. língua, mas de incompetência para a 2a. língua.

Até mais,
Sergio Navega.






SUBJECT: Re: [ciencialist] Energia
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/05/2001 11:54



> Amigos:

Caro ,

> - Sei que a "energia", em Física, e' como
> se fosse o "numero" da Matemática, pois
> (a meus olhos de leigo), para também ser
> "vaga", "indefinivel", apesar de transformarmos
> os diferentes tipos de energia e usarmos
> a energia.

Bom... tecnicamente, energia é culpa dos matemáticos :-)
Energia é uma função [de estado].
Energia não é algo, a meu ver, tão abstracto quanto isso.
Mas de objecto tb tem pouco.
Energia se define de uma forma rigorosa, matemática, em Termodinâmica.
[não vou entrar em pormenores, acho que não interessa por agora]

Impiricamente o que é energia ?
Nosso colegas mais séniors (tempo de Newton, por ai assim) verificaram que
havia uma quantidade que se mantinha igual num processo físico (depois tb ,
num processo químico) mas que não era o momento linear.
Essa "coisa" tinha a capacidade de fazer com que os corpos se movessem como
que "por magia".
"aquilo que dá a capacidade de se mover", diz-se , pelo latim, Energia.
O exemplo mais simples é o da energia potencial. Ela foi introduzida para
poder explicar cientificamente pq um corpo solto a si mesmo, cai.
Muitos, acharam isso uma barbaridade, tal como hoje alguns acham a TR
(Teoria da Relatividade) uma barbaridade.
Mas voltando, Energia era portanto algo que se relacionava com o movimento.
Depois outros tipos de energia foram estudados.
A mais comum, a térmica e depois a eléctrica e a luminosa. A energia
mecânica sempre foi a mais usada.
O interesse destas coisas é que se podem mudar umas nas outras
Energia Mecânica em térmica , e térmica em mecânica, eléctrica em qq
outra..etc..
As máquinas a vapor nasceram do estudo da energia e das formas da
transformar com eficiência.

Portanto, encontrou-se a panaceia universal que serviria para explicar tudo.
O Principio da Energia Mínima é algo de muito fundamental e que está na base
da estrutura da natureza.
Matematicamente é um principio de minimizarão a funcionar , sobre a função
energia

> - Lembro-me do conceito ginasial de energia -
> "Energia e' a capacidade de realizar trabalho"
> e ate' que fico "mais ou menos" satisfeito
> com esse conceito.

Esse é o conceito "clássico"
Depois com a definição rigorosa da termodinâmica de Trabalho , Sistema,
Estado, etc...essa frase tomou relevância cientifica, e é por isso ensinada
no ensino.

> - Porem, estudando a energia nuclear, como
> trabalho da disciplina Tópicos de Física,
> deparo-me com ideias tais como:
>
> "O núcleo do Urânio 235, ao se fissionar,
> libera grande quantidade de energia, que e' aproveitada
> sob a forma de calor, para aquecer a agua, etc., etc."

Repara na expressão "sob a forma de"
A energia não é uma entidade concreta como um bolo e tem a genial
propriedade de não se gastar.
A física trabalha sempre com diferenças de energia, e não com energia
absoluta.
Matematicamente isto advém da constante de integração que aparece sempre nas
equações de energia.
Fisicamente , isto significa que não sabemos quanta energia existe, mas
apenas quanta podemos retirar de um sistema e transferi-lo para outro:
Principio da Conservação da Energia.

Calor é uma forma de Transferir energia e NÃO uma forma de energia.
A frase não está totalmente equivocada, mas é sempre bom chamar a atenção
para a diferença
Energia Térmica é aquilo que qualificamos de "quente" , Calor é uma forma
de transferir energia.
Dois recipientes com a mesma energia Térmica, não se dá qq troca de energia
entre eles. Não ha Calor , embora os recipientes possam estar a 3000 º C.
Mas isto é mais técnico.
A questão aqui é que a forma mais "bruta" de transferir energia é sob a
forma de energia térmica, vulgo calor

> - E' possível, assim como eu penso nos neutrons como
> se fossem "bolinhas" voando, formar uma ideia um
> pouco mais concreta dessa "liberacao de energia" ?

Isto depende da imaginação de cada um :-))
Eu imagino uma espécie de "agua" invisível. Um fluido que emana das coisas e
que se propaga no espaço.
Isto corresponde físico-matematicamente ao Campo de Potencial.
Mas isto se for energia térmica. Se for energia luminosa, obviamente imagino
luz, se for sonora, som, etc...
Depende de que energia se trata.
A energia é como a plasticina (não sei se por ai se chama assim) ... podemos
moldá-la de muitas formas, mas será sempre plasticina. (ok, falemos de barro
, que tb serve)


> - Tentem compreender minha posição de leigo, que tera'
> de explicar para o restante da classe a geracao de
> energia nuclear, mais ou menos assim:
>
> "Pessoal, quando esse neutron penetra no nucleo do U235,
> ele causa uma "instabilidade" nesse nucleo, que "deseja"
> retornar `a estabilidade, e para isso ele se divide
> em dois outros nucleos, causando tambem a 'liberacao
> de energia' "
>
> - Nao sei se estou sendo claro no meu problema "conceitual"
> Para mim, e' claro que e' facil simplesmente "soltar" uma
> frase como a mencinada acima, e nao dar nenhuma satisfacao
> adicional a meus colegas de classe.

Bom, tecnicamente, não precisas de uma representação "impirica" se tiveres
uma representação matemática.
Mas eu entendo o teu problema.
Quando se fala de "libertação de energia" não se está a falar de "coisas
voando de um lado para o outro"
Fala-se da mudança dos parametros do sistema (Pressão, Volume, Nº de
Especies componesntes, etc... )
No caso do nucleo é restrutração seguinte que é mais estável que a primeira.
Isto é directamente porpocional a dizer que a energia do sistema final é
menor que a da anterior.
Ora e a lógica é : Se a final tem menos e a energia se conserva , para "onde
foi a diferença" ?
Este "ir a diferença" parece que falmos de "bolinhas voando" , Mas na
realidade não.
Exepto em casos particulares da energia como são a energia cinética (do
movimento) e da eenrgia luminosa.
(que eu me lembre). Em geral , não falamos assim.


> - No entanto, nao gosto muito de falar sobre algo que nem
> eu mesmo compreendi direito. E' claro que eu sei que
> a reacao ocorre, que a energia e' liberada, que o calor
> aquece a agua, etc., etc. Porem, a ideia de que "ao se
> fissionar o nucleo do U235 libera energia" soa um pouco
> como "a pessoa, ao morrer, libera seu espirito, que
> passa a viver em outra dimensao ".

Exactamente.
Tb por isso os esotéricos adoram usar as palavras "energia" e "magnetismo" ,
mesmo quando não tem a ver com os conceitos fisicos.

>Ou seja, a ideia
> em si, ate' que e' compreensivel, mas nao pode
> ser compreendida em seu todo.

Pois não. Por isso se usam imensas analogias e metáforas.
Depois vem a matemática abstracta e resolve o problema "limpamente"

> Evidentemente, estou
> exagerando, pois a energia liberada nas reacoes nucleares
> causam efeitos comprovaveis, enquanto a suposta "saida do
> espirito do corpo" nao pode ser comprovada objetivamente

A morte pode ser comprovada cientificamente :-))))

>e, portanto, nao tem validade sob o ponto de vista cientifico.
>
>
> - Enfim, para nao me alongar demais, gostaria de saber:
> os cientistas "sabem" o que e' essa energia liberada
> pelo atomo, ou a energia e' apenas "um conceito" (assim
> como reta e ponto, da Geometria), que so' pode ser apreendida
> pelos efeitos que causa ?

É um conceito. É algo que se conserva sem se criar nem destruir.
Não sabemos quanta ha no universo. Não sabemso sequer o que é.
Humanamente podemos (queremos) imaginar o que seja. Mas cientificamente
bastanos uam função matemática extremamente bem defenida.
Bem vindo ao mundo da Termodinâmica ( movimento do calor :-) )

> - A meu ver, a ideia de "energia" e' ainda mais abstrata
> que a ideia de "ponto" ou "reta", uma vez que o ponto
> ou a reta, pelo menos, eu consigo desenhar e apresentar
> para alguem, enquanto em relacao `a energia isso nao e' possivel. Ou e' ?

Consegues desenhar um ponto ? És bom! :-))
O máximo que eu consigo é um circulo muito, muito pequeno :-))

> Tambem me ensinaram que o calor e'
> "a agitacao de moleculas em alta velocidade"

Mais uma vez a correcção, aqui sim, necessária.
Energia termica é que é agitação

Aliás existe uma relação k T= 0.5 m v²
onde k é a constante de boltzman, m é a massa , v é a velocidade e T a
temperatura. como k e m são cosntantes, a velocidade depende da temperatura.
A energia termica, na realidade é um nome diferente para uma coisa bem
conhecida: A energia cinética (do movimento)

Um dos principios da termodinâmica diz que não é possivel obter 0 K (zero
kelvin)
Ou seja. não é possivel parar absolutamente as coisas.

>, que nos causa
> uma sensacao termica (estou citando de cabeca - perdoem se cometo alguma
> gafe cientifica).

Não maior que todas as pessoas :-))

> Bem, para que as moleculas
> de uma substancia se movimentem rapidamente, temos de
> "impulsiona-las" de algum modo, nao e' ?

Sim e não....
Impulsiná-las tem mais a ver com a aplicação de uma força.
força tem a ver com mudar o movimento.
Mudá-lo, não criá-lo.
Mas, posso criá-lo se estiver a mudá-lo de zero para outro valor.
Mas a tua duvida prende-se com o "movimento criado do nada" ... isto
estranha . Foi por isto que alguns acharam o conceito de "energia potencial"
um "roubo" cientificamente falando.
"Como algo se pode mover , se ninguem está empurrando ?" Não é ?
Pois é. Mas hoje, é isso que aceitamos. Mas usamos um outro conceito mais
"primitivo" para onde transferimos os problemas metafisicos da imaginação :
Campo.
É portanto o Campo que puxa ou empurra as particulas.

Mas nem sempre é assim.
Por exemplo, um gás num recipiente.
tudo depende dos sistemas, e os fisicos têm vários modelos para aplicar
segundo o sistema a estudar.
Mas coisas como a energia são grandezas de muita utilidade nos estudos, por
serem coisas universais.

> Bem, uma vez que
> a energia liberada pela fissao "aquece" o ar dentro do nucleo do reator,

Não sei que tipo de reactor te referes, mas deve ser água e não ar.

> entao as moleculas de ar receberam uma certa quantidade de movimento a
> partir dessa "energia" da fissao.
> Mas "o que^" exatamente colocou as moleculas de ar em
> grande agitacao (ja' que a temperatura no nucleo do reator e' muito alta)
?

k T = 0.5 m v² :-)) (repara que é ao quadrado.)

A alta temperatura T, implica numa alta velocidade.

> Por exemplo, se eu martelar uma peca de
> metal com bastante forca, sei que os atomos do martelo
> colidiram com os atomos do metal, agitando-os e
> tornando-o mais quentes. Mas, nesse caso, sao os atomos
> "chocando-se" contra outros atomos. E quanto ao calor
> do ar dentro do reator ? Sao os nucleos resultantes
> da fissao que aceleram os atomos (moleculas ?) do ar ?

Vibração. Outro tipo de coisa...
Uma particula que vibra "presa" num sistema pode chocar com outra sem ser
"lançada para fora" do sistema a que pertencia. A particula "livre" que
chocou adquire [mais] movimento.

A Vibração tb é proprocional à temperatura... donde... :-))
( a formula não a mesma que eu escrevi, mas a base é a relação entre a
temperatura e o movimento)


Espero que tenha servido para alguma coisa...
(ha coisas na ciencia em que temos e acreditar :-) )

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/05/2001 16:10

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
wrote:
> uma acao baseada na percepcao do evento. Como o disparo neuronal eh
> do tipo "tudo ou nada" ou "dispara nao dispara" parece-me que a logica
> booleana classica tem em nosso cerebro sua morada natural.

Nem toda atividade neuronal eh baseada em disparos tudo ou nada. Existem
circuitos em q. ha' uma resposta gradativa.

E mesmo em chaves sim e nao eh possivel haver logica fuzzy: um sensor
hipotetico q. dispara sinais sem modulacao ao detectar fotons. Digamos q.
haja um limiar de sensibilidade: abaixo de um foton por segundo nao ha'
disparo algum, acima de dois fotons por segundo ocorre o disparo com carga
total, mas qdo um unico foton por segundo atinge o sensor, em 50% das
vezes ele dispara, nas outras vezes, nao. Eh um sistema tudo ou nada, mas
a resposta pode ser ainda assim probabilistica.

> Tal constatacao nos remete a conclusao que a logica probabilistica eh
> uma derivacao da logica classica e nao uma alternativa da mesma.

Computadores podem simular uma logica difusa, do mesmo modo como os
graficos q. exibem simulam uma continuidade das variaveis: fazendo a
unidade de variacao, apesar de discreta, suficientemente pequena para nos
passar a impressao de uma escala continua (basta haver bits suficientes).

Em certo sentido, a logica classica pode ser considerada uma subclasse da
logica difusa: apenas q. os valores correspondem aos extremos somente - 1
ou 0.

> PS: Newton da Costa inventou a "logica paraconsistente" onde
> as premissas recebem um parametro probabilistico e assim a
> contradicao eh algo permitido nesta logica.

Parece-me a logica difusa. Alias, a questao probabilistica se apresenta
nos testes estatisticos.

A matematica nos diz q. se A=B e B=C; A=C. Mas em estatistica temos
situacoes em q. A=B, B=C e A~=C. Isso porq. normalmente o igual se refere
a: 95% de chance de A ser igual a B. E como so' ha' 0,95x0,95 = 90,25% de
chance de A ser igual a C, A eh considerado diferente de C.

Uma operacao semelhante pode ocorrer em nossa mente.

Alias, eh interessante q. nao apenas as premissas (ou variaveis) podem
apresentar uma probabilidade de ter um determinado valor, como o proprio
operador pode representar uma probabilidade.

E se pudesse ser aceita a minha definicao de informacao e a sua
dependencia de contexto, parece-me q. algumas caracteristicas do
pensamento humano passam a ser um pouco mais compreensiveis: como a
compartimentalizacao epistemologica q. muitos misticos parecem exibir (em
q. atuam com uma dada visao de mundo em uma escala e com outra em escala
diferente).

Mas sao apenas especulacoes...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/05/2001 16:28

----- Original Message -----
From: "Paulo Sergio Dias"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, May 22, 2001 11:42 AM
Subject: [ciencialist] Energia

> Em Matematica aprendemos que o conceito de numero e' algo
> "abstrato". Todos lidamos com numeros, lemos os numeros, usamos os
> numeros, mas o numero, em si, e' uma "ideia", um conceito primitivo, que
> nao se define. Sei que a "energia", em Fisica, e' como se fosse o "numero"
> da Matematica, pois (a meus olhos de leigo), para tambem ser "vaga",
> "indefinivel", apesar de transformarmos os diferentes tipos de energia e
> usarmos a energia. - Lembro-me do conceito ginasial de energia - "Energia
> e' a capacidade de realizar trabalho" e ate' que fico "mais ou menos"
> satisfeito com esse conceito.

Olá, Paulo.
Parafraseando Mario Bunge, costumo dizer que a energia, como é utilizada em
física, é um constructo de alto nível. Isto significa dizer que a energia é
uma entidade fabricada pelos físicos de maneira a atender suas conveniências
e tal que se preste a retratar aquilo que efetivamente é observado em
laboratório e, sob esse aspecto, não deve, a meu ver, ser considerada como
algo abstrato.

Ninguém observa a energia em si, ainda que possa observar o
movimento ou a propensão ao movimento. Esta propensão muitas vezes
manifesta-se como um choque ou uma explosão mas isto não é o mesmo que
dizer que observamos a energia mas meramente algumas de suas facetas pois
dois corpos com conteúdos energéticos afins podem manifestar-se através de
efeitos totalmente diversos ou até mesmo nenhum.

A energia em sua expressão mais simples costuma relacionar-se ao movimento e
chamamo-la de energia cinética. Não obstante, a que se refere este
movimento? Certamente a um referencial. Logo, a energia cinética de um
objeto relativa a um referencial não é a mesma daquela observada em outro
referencial. Conseqüentemente é sem sentido dizer simplesmente que a energia
cinética de um objeto é x ou é y. As coisas seriam diferentes se se
comprovasse a existência de um referencial absoluto newtoniano pois neste
caso poderíamos falar em "energia cinética absoluta". Um corpo em repouso
neste referencial teria "energia cinética absoluta" igual zero. Perceba que
nestas condições a energia cinética deixaria de ser tão somente um
constructo de alto nível para transformar-se na medida de uma propriedade da
matéria à qual chamaríamos "movimento absoluto".

A aceitação de energia como "capacidade de realizar trabalho" é algo que
funciona, se bem que não sei se poderia utilizar a expressão como definição
de energia. E funciona não por força da natureza e/ou da experimentação, mas
porque a energia foi fabricada de forma a que a experimentação pudesse ser
descrita através de um conceito a obedecer este predicado. Costumo dizer que
fabricou-se o conceito energia de maneira a que a conservação da energia se
verificasse. Sob esse aspecto podemos dizer que o próprio princípio da
conservação da energia foi fabricado pelos teorizadores. É óbvio que não se
fabricou essa idéia a partir do nada mas com a finalidade de que os
princípios que regem os fenômenos naturais (e daí a experimentação) fossem
obedecidos. A esse respeito costumo dizer que o fundamental não é a
conservação da energia mas a obediência do princípio da equivalência entre
transformações, algo válido não apenas em física mas em qualquer das
ciências empíricas. Discuto alguma coisa a esse respeito em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Usenet/dialogos09.htm (vide a
sexta mensagem aí relacionada).

> - Porem, estudando a energia nuclear, como
> trabalho da disciplina Topicos de Fisica,
> deparo-me com ideias tais como:
> "O nucleo do Uranio 235, ao se fissionar,
> libera grande quantidade de energia, que e' aproveitada
> sob a forma de calor, para aquecer a agua, etc., etc."

O grande problema ao se estudar energia nuclear e/ou física moderna é que
não se sabe exatamente de onde provém essa energia, ainda que consiga-se
medi-la com elevada precisão. Sabe-se apenas que em determinadas condições
laboratoriais uma certa quantidade de energia é liberada, o que pode-se
constatar através de um calorímetro, mas desconhece-se totalmente sua origem
a não ser através de hipóteses ou, até mesmo, de especulações infundadas.

Por exemplo: admite-se, por hipótese, que um próton gera um campo
coulombiano, da mesma forma que uma carga elétrica positiva o faz. Essa
idéia apoia-se na aceitação da existência de fluidos elétricos, algo que a
partir dos trabalhos de Thompsom (1897) sabe-se não existir. A partir dessa
idéia absurda, e que apoia toda a física moderna, aceita-se outra idéia: a
de que um conjunto de prótons não poderia se estabilizar na constituição da
estrutura nuclear a menos que existissem forças outras, inventadas para
justificar estes absurdos assumidos em cadeia. Nenhum desses absurdos têm
comprovação experimental e, não obstante, aceitando-se como tais chega-se na
exigência da postulação da interação forte. A partir daí as coisas
complicam-se bastante, criando-se toda uma família de partículas esdrúxulas
a justificarem efeitos que somente existem na cabeça dos físicos modernos.

> - Minha duvida reside ai. Sei que o U235, ao se
> fissionar, libera neutrons, que realimentarao a
> reacao em cadeia no nucleo do reator, e que
> "energia" e' liberada, causando calor. No entanto,
> assim como eu posso "visualizar mentalmente" pequenas
> "bolinhas" chamadas "neutrons", saindo do fenomeno
> da fissao de um atomo, gostaria de tambem "visualizar"
> ou assimilar alguma ideia um pouco mais solida
> a respeito do que seja "liberar energia" durante
> o processo de fissao.

Você está querendo demais. O dia que algum físico moderno conseguir
visualizar alguma coisa que não resida no terreno da ficção eu direi que
estaremos retornando à genuína física newtoniana. E já que falamos em
Newton, pense em dois globos amarrados por uma corda e girando quando
visualizados em um referencial inercial. Sabemos que este referencial é
inercial pois num sistema idêntico, e em repouso, a tensão na corda seria
nula. O conjunto dos dois globos girantes "não possui" energia cinética
aparente (admita não visualizar a rotação) pois seu centro de massa está em
repouso. Após cortar a corda você notará que os globos se afastam com uma
energia cinética mensurável (a energia da translação circular transforma-se
em energia de translação retilínea). Chame a isso de "liberação de energia"
e diga com isso que o sistema de dois corpos em repouso libera energia
quando "fissionado".

> - E' possivel, assim como eu penso nos neutrons como
> se fossem "bolinhas" voando, formar uma ideia um
> pouco mais concreta dessa "liberacao de energia" ?

Sim e não. Sim raciocinando-se fisicamente e não raciocinando-se à
semelhança dos físicos modernos.

> - Tentem compreender minha posicao de leigo, que tera'
> de explicar para o restante da classe a geracao de
> energia nuclear, mais ou menos assim:
> "Pessoal, quando esse neutron penetra no nucleo do U235,
> ele causa uma "instabilidade" nesse nucleo, que "deseja"
> retornar `a estabilidade, e para isso ele se divide
> em dois outros nucleos, causando tambem a 'liberacao
> de energia' "

Bem, se o problema é explicar para o restante da classe, não está mais aqui
quem falou. Mesmo porque em meio a esse restante da classe deverá estar um
professor que muito provavelmente é adepto do clã dos bem aventurados donos
da física moderna.

> - Nao sei se estou sendo claro no meu problema "conceitual"

Perfeitamente claro. Sinto apenas que muito em breve você provavelmente será
induzido a sofrer uma lavagem cerebral e, caso o processo se efetive,
deixará de ser claro em problemas conceituais.

> Para mim, e' claro que e' facil simplesmente "soltar" uma
> frase como a mencinada acima, e nao dar nenhuma satisfacao
> adicional a meus colegas de classe.

Com efeito, você está diagnosticando a maneira de agir dos professores de
física moderna.

> - No entanto, nao gosto muito de falar sobre algo que nem
> eu mesmo compreendi direito. E' claro que eu sei que
> a reacao ocorre, que a energia e' liberada, que o calor
> aquece a agua, etc., etc. Porem, a ideia de que "ao se
> fissionar o nucleo do U235 libera energia" soa um pouco
> como "a pessoa, ao morrer, libera seu espirito, que
> passa a viver em outra dimensao ". Ou seja, a ideia
> em si, ate' que e' compreensivel, mas nao pode
> ser compreendida em seu todo.

E é por isso que digo que entre física moderna e ficção prefiro a ficção
pois esta não se acompanha de lavagem cerebral.

> Evidentemente, estou exagerando,...

Pois eu não estou. Digo exatamente o que penso.

>... pois a energia liberada nas reacoes nucleares
> causam efeitos comprovaveis, enquanto a suposta "saida do
> espirito do corpo" nao pode ser comprovada objetivamente e,
> portanto, nao tem validade sob o ponto de vista cientifico.

Sim mas em ambos os casos estamos falando em ficção e não em ciência.

> - Enfim, para nao me alongar demais, gostaria de saber:
> os cientistas "sabem" o que e' essa energia liberada
> pelo atomo, ou a energia e' apenas "um conceito" (assim
> como reta e ponto, da Geometria), que so' pode ser apreendida
> pelos efeitos que causa ?
> - A meu ver, a ideia de "energia" e' ainda mais abstrata
> que a ideia de "ponto" ou "reta", uma vez que o ponto
> ou a reta, pelo menos, eu consigo desenhar e apresentar
> para alguem, enquanto em relacao `a energia isso nao e' possivel. Ou e' ?

Se você raciocinar fisicamente, sim. Se pensarmos em ficção, talvez sim,
talvez não, talvez talvez.

Não sei se entendi o restante de sua msg mas parece-me que são aí
apresentadas apenas dúvidas de natureza quantitativa e/ou probabilísticas.
Ou seja, um conjunto de moléculas à temperatura T1 mais outro conjunto de
moléculas à mesma temperatura T1 originam um conjunto maior de moléculas à
temperatura T1. Porém se o segundo conjunto estiver à temperatura T2 o
conjunto maior atingirá o equilíbrio a uma temperatura intermediária entre
T1 e T2. Se ao invés de moléculas pensarmos em partículas outras, é só
adaptar o argumento.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm


> - Apenas mais uma duvida (mais uma vez, estou usando
> meus pouquissimos conhecimentos de ciencias, para escrever
> a minha duvida - aguardo as correcoes dos colegas):
> Tambem me ensinaram que o calor e'
> "a agitacao de moleculas em alta velocidade", que nos causa
> uma sensacao termica (estou citando de cabeca - perdoem se cometo alguma
> gafe cientifica). Bem, para que as moleculas
> de uma substancia se movimentem rapidamente, temos de
> "impulsiona-las" de algum modo, nao e' ? Bem, uma vez que
> a energia liberada pela fissao "aquece" o ar dentro do nucleo do reator,
> entao as moleculas de ar receberam uma certa quantidade de movimento a
> partir dessa "energia" da fissao.
> Mas "o que^" exatamente colocou as moleculas de ar em
> grande agitacao (ja' que a temperatura no nucleo do reator e' muito alta)
?
> Por exemplo, se eu martelar uma peca de
> metal com bastante forca, sei que os atomos do martelo
> colidiram com os atomos do metal, agitando-os e
> tornando-o mais quentes. Mas, nesse caso, sao os atomos
> "chocando-se" contra outros atomos. E quanto ao calor
> do ar dentro do reator ? Sao os nucleos resultantes
> da fissao que aceleram os atomos (moleculas ?) do ar ?
>
> - Bem, vou parar por aqui, e aguardar as correcoes
> dos colegas.
>
> - Grato pela atencao de todos.
>
> []'s
> Paulo Sérgio Dias
> psdias@globo.com.br




SUBJECT: Mil desculpas pelo off-topic, mas não pude me conter
FROM: "Henry Mazer" <dustcrown@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/05/2001 17:33

Comentário do ZIRALDO
sobre economizar energia elétrica



Por que eu não vou economizar energia elétrica

Porque, diferentemente da corja do Planalto, nunca tive energia de graça.
Somente a quadrilha de plantão, que nunca pagou nada de seu próprio bolso,
poderia vir agora culpar, ameaçar, aterrorizar e levar a loucura os patos
dos consumidores, que sempre pagaram suas contas em dia. Vide a insanidade
das pessoas comprando velas, lampiões e quanta bugiganga existe para
melhor causar um incêndio. E os bombeiros, vão ter aumento de salário ou de
trabalho?

Por que eu não vou economizar energia elétrica

Porque enquanto eu abria minha geladeira, controladamente, o Príncipe,
durante 6 anos, viajava por este mundo afora, como porca magra, e nem se
dignava ouvir o que os entendidos no assunto trombeteavam. E ele mesmo,
entre tantas mentiras, disse em 1994: "Em setores como energia e
comunicação, estamos próximos do estrangulamento, e o colapso só não
ocorreu devido ao menor ritmo de crescimento econômico da última década."
Agora tem a cara de pau de dizer que não sabia?

Por que não vou economizar energia elétrica

Porque enquanto eu trocava as lâmpadas de minha casa, por lâmpadas muito
mais caras e que, nem de longe, iluminam o que prometem, as raposas do
Banco Central davam, de graça, ao Cacciolla aquela imensa quantia de
dólares que de tanto zero nem cabe nesta página. Eu economizei para que o
Cacciola pudesse assistir o Guga jogar na Itália. Alguém foi preso?

Por que eu não vou economizar energia elétrica

Porque enquanto eu amontoava as roupas para passar de uma só vez, o
Príncipe, que nos chamou de caipiras, neobobos e fracassomaníacos, que
montou na cabeça de um nordestino, como se ele fosse um jegue, usava o
dinheiro, que eu e você economizamos, para comprar votos no corrupto
Congresso que temos. Ele, de fato, não poderia saber o que estava
acontecendo com as geradoras de energia. Em seis anos tinha coisas mais
inteligentes para fazer como: abafar a CPI da corrupção; comprar, com
verbas públicas, os 500 ou mais corruptos do congresso; falar com chineses
para pedir que não mandassem os USA, coitadinhos, pros quinto dos
infernos; mandar o exército proteger propriedades privadas; fazer discursos
em mais línguas do que falava o boquirroto Collor; elogiar o ex-ditador
Fujimori,
que fugiu com o rabo entre as pernas e com milhões de dólares, como o
maior estadista do mundo; ir a banquetes com ex-ditadores para discutir como
ser uma, duas, três, quatro vezes reeleito, sob aparência de democracia.

Por que eu não vou economizar energia elétrica

Porque enquanto eu desligava minha Tv, meu rádio, meu mísero gravador e
meu ínfimo computador, o judiciário fingia não ver a dinheirama que o
bandido do Lalau e outros juízes do mesmo naipe, enfiavam, não na obra,
mas nas contas lá na distante Suíça. Outros queriam o dinheiro mais perto e
colocaram nas Ilhas Caimã. Eu economizei porque não poderia deixar o
Lalau sem esses confortos. Por acaso está preso (está mesmo?), e agora vou
ter
que economizar mais ainda para mantê-lo bem confortável na cadeia. Vou ter
que economizar para pagar o salário do ACM, do choroso Arruda e da
desonestamente ética Regininha ACM Prodasen.

Por que eu não vou economizar energia elétrica

Porque enquanto eu me sentia culpada de usar o liqüidificador mais de duas
vezes no dia, a ABIN, que custa uma enormidade a nossos bolso (olhe a
verba para essa agência de arapongagem) não fazia o seu trabalho que era de
informar ao Príncipe desinformado sobre a situação da energia, nesta merda
de republiqueta, onde, até ontem, os ministros fisiológicos, sem exceção,
o Congresso corrupto (quase todo) e o judiciário troncho, manco e vesgo
negavam as ameaças no corte de energia. Presidente, vá ser distraído assim
na .... Sorbonne.

Por que eu não vou economizar energia elétrica
Porque enquanto, como louca e demente, economizava energia, na mixórdia
de aparelhos que tenho em casa, os empresários brasileiros, que agora
estão com os rabos entre as pernas e olham para os lados e assobiam como
se
não tivessem nada a ver com o peixe podre, pegavam e ainda pegam dinheiro
da SUDAM, e gastavam a gosto, com a conivência de todos os
órgãos investigativos (sic). Não existem fiscais, procuradores, delegados,
nesta merda de terra?

Vocês já perceberam, como os publicitários, que são pagos para nos
enganar e nos mentir, fazem as campanhas só culpando as donas de casas e as
pessoas pobres? Tiveram a coragem de, com dinheiro público, criar a
figura de um pombo nojento, hipócrita, preconceituoso, que só vê
desperdícios feitos
por donas de casas, empregadas, aposentados, meninos pobres e mocinhas
da periferia. Deve ter ganho um monte de prêmio o augusto criador do tal
pombopanaca.
Não vou economizar energia elétrica, porque como todos os
assalariados nessa bosta de pátria já faço isso, obrigada, a muitos anos.
Porque pago por ela todo mês: se não pagasse não a teria. E só da
cabeça de gente escrota, podre, bandida, que sempre viveu das tetas do
governo, pode sair tal verborragia fecal e culpar a população por
tamanho
descaso, incompetência, incúria, safadeza e falta total de senso de
ridículo.

Senhor presidente, ministros, juízes, deputados, senadores,
prefeitos,vereadores - 90% dos quais não merecem um décimo do salário
que
ganham:
safadeza não tem cura e, se tem, pouco dura.

Meu amigos, meus inimigos (parafraseando Manuel Bandeira e Carlos
Scliar):
salvemos o que resta deste país! Vamos começar a dizer
NÃO!

Ziraldo
um brasileiro de saco cheio




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Energia
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/05/2001 17:47

On Wed, 23 May 2001, Alberto Mesquita Filho wrote:
> O grande problema ao se estudar energia nuclear e/ou física moderna é que
> não se sabe exatamente de onde provém essa energia, ainda que consiga-se
> medi-la com elevada precisão.

Esta energia vem da massa [E=m.c²]. A energia liberada pela bomba de
Hiroshima foi equivalente a 27 gramas de massa. Como a massa se transforma
em energia... bem... isso aí é outra história.


> Por exemplo: admite-se, por hipótese, que um próton gera um campo
> coulombiano, da mesma forma que uma carga elétrica positiva o faz.

Nossa!! Será que é por causa do próton ter uma carga positiva???


> Essa idéia apoia-se na aceitação da existência de fluidos elétricos,
> algo que a partir dos trabalhos de Thompsom (1897) sabe-se não
> existir.

Ora, se o próton [por aburdo] tiver uma carga elétrica, ele vai gerar um
campo elétrico. O que tem demais nisso? Isso não tem nada a ver com
fluidos de qualquer espécie.


> A partir dessa idéia absurda, e que apoia toda a física moderna,
> aceita-se outra idéia: a de que um conjunto de prótons não poderia se
> estabilizar na constituição da estrutura nuclear a menos que
> existissem forças outras, inventadas para justificar estes absurdos
> assumidos em cadeia.

Sua hipótese está correta logicamente, mas não factualmente, pois seus
absurdos não são observados.


> Nenhum desses absurdos têm comprovação experimental e, não obstante,
> aceitando-se como tais chega-se na exigência da postulação da
> interação forte. A partir daí as coisas complicam-se bastante,
> criando-se toda uma família de partículas esdrúxulas a justificarem
> efeitos que somente existem na cabeça dos físicos modernos.

A interação forte que se dá entre neutrons e prótons é medida em
laboratório. Quanto a miríade de partículas [glúons, etc], isso é
realmente chato e prefiro não opinar.


> Bem, se o problema é explicar para o restante da classe, não está mais aqui
> quem falou. Mesmo porque em meio a esse restante da classe deverá estar um
> professor que muito provavelmente é adepto do clã dos bem aventurados donos
> da física moderna.

O Alberto em seu papel de renegado :-)


> > - Nao sei se estou sendo claro no meu problema "conceitual"
> Perfeitamente claro. Sinto apenas que muito em breve você
> provavelmente será induzido a sofrer uma lavagem cerebral e, caso o
> processo se efetive, deixará de ser claro em problemas conceituais.

Eu gostaria de saber quem é que vai induzir a lavagem cerebral, se os bem
aventurados donos da física moderna ou o bem aventurado dono da fisica
newtoniana.


> E é por isso que digo que entre física moderna e ficção prefiro a
> ficção pois esta não se acompanha de lavagem cerebral.

Diga isso para Elba Ramalho.


[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: Energia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/05/2001 18:26

Ainda bancando o pitaqueiro.

O nosso colega Alberto deu a versao anti-quantica, apresento o q. *acho*
q. seria a visao da fisica atual. (Achismos sao perigosissimos, eu sei,
pois entao aqui fica o aviso.)

--- In ciencialist@y..., "Paulo Sergio Dias" <psdias@g...> wrote:
> - E' possivel, assim como eu penso nos neutrons como
> se fossem "bolinhas" voando, formar uma ideia um
> pouco mais concreta dessa "liberacao de energia" ?

Numa das visoes da quantica, essa energia poderia corresponder a
particulas (nao exatamente como bolas de bilhar, mas como uma nuvem):
fotons transportam a energia eletromagnetica, por exemplo.

> "Pessoal, quando esse neutron penetra no nucleo do U235,
> ele causa uma "instabilidade" nesse nucleo, que "deseja"
> retornar `a estabilidade, e para isso ele se divide
> em dois outros nucleos, causando tambem a 'liberacao
> de energia' "

Melhor tirar qq antropomorfismo na explicacao de fenomenos naturais.
Nucleos nao desejam, nem 'desejam'... O neutron a mais causa uma
perturbacao no equilibrio de forcas repulsivas e atrativas q. existem no
nucleo. Uma analogia meio arriscada: pense em uma ratoeira armada, a alca
girada tensiona a mola, mas a trava impede q. a mola retorne 'a sua
posicao original, qdo o rato toca na trava, a energia elastica armazenada
na mola tensionada eh liberada e a ratoeira eh ativada. As forcas
eletricas tendem a desorganizar o nucleo, as forcas nucleares fortes a
manter protons e neutrons unidos -- se a relacao de forcas eh alterada,
conforme expus em outra mensagem, o nucleo se parte.

A energia em parte eh representada pela energia cinetica dos neutrons
ejetados, mas uma parte dessa energia pode ser transportados por outras
particulas como os fotons.

> - A meu ver, a ideia de "energia" e' ainda mais abstrata
> que a ideia de "ponto" ou "reta", uma vez que o ponto
> ou a reta, pelo menos, eu consigo desenhar e apresentar
> para alguem, enquanto em relacao `a energia isso nao e' possivel. Ou e'?

O fato de ser abstrato nao deveria causar nenhum temor. Assim, uma bola
sobre a mesa tem energia? Como eu sei? Simples, se ela cai da mesa, ela se
poem em movimento. Ao se chocar com outro objeto essa bola pode por esse
outro objeto em movimento. Energia nao eh o movimento em si, mas esta'
ligado ao movimento ou 'a possibilidade de movimento.

> do ar dentro do reator ? Sao os nucleos resultantes
> da fissao que aceleram os atomos (moleculas ?) do ar ?

Nao exatamente. O processo deve ser mais por irradiacao do q. por
conducao. No processo de transferencia de calor por conducao, seria por
'contato' direto: como ao segurar uma barra de ferro q. lhe queima a mao
(o contato eh entre aspas porq. nao existe um toque real, mas a
aproximacao de campos eletricos). No processo de irradiacao, o calor eh
transportado na forma de ondas eletromagneticas: tipicamente na faixa do
infravermelho.

Novamente temos dois modos de olhar 'a questao. Podemos pensar em ondas ou
em particulas. Se pensarmos em particulas, fotons, seria quase como pensar
em um caso de choque. Se pensarmos em termos de ondas: as ondas
eletromagneticas sao perturbacoes nos campos magneticos e eletricos a se
propagar no meio. Existem regioes com uma maior intensidade de campo
eletrico e regioes com menor intensidade -- perturbacoes nos campos
magneticos irao afetar o comportamento dos eletrons nos atomos, eles irao
oscilar em consonancia com esse campo, e assim os atomos (ou as moleculas)
tbm irao se agitar.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/05/2001 18:53

----- Original Message -----
From: "Tarcisio Borges da Silva Jr."
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, May 23, 2001 5:47 PM
Subject: Re: [ciencialist] Energia

> On Wed, 23 May 2001, Alberto Mesquita Filho wrote:
> > O grande problema ao se estudar energia nuclear e/ou física moderna é
> > que não se sabe exatamente de onde provém essa energia, ainda que
> > consiga-se medi-la com elevada precisão.
> Esta energia vem da massa [E=m.c²]. A energia liberada pela bomba de
> Hiroshima foi equivalente a 27 gramas de massa. Como a massa se transforma
> em energia... bem... isso aí é outra história.

É outra história, ou não se sabe? Se for outra história "conhecida", seu
adendo tem fundamento. Do contrário diria que você apenas está sofismando.

> > Por exemplo: admite-se, por hipótese, que um próton gera um campo
> > coulombiano, da mesma forma que uma carga elétrica positiva o faz.
> Nossa!! Será que é por causa do próton ter uma carga positiva???

Não sei o que seria pior, se raciocinar por sofismas ou por meias verdades.

> > Essa idéia apoia-se na aceitação da existência de fluidos elétricos,
> > algo que a partir dos trabalhos de Thompsom (1897) sabe-se não
> > existir.
> Ora, se o próton [por aburdo] tiver uma carga elétrica, ele vai gerar um
> campo elétrico. O que tem demais nisso? Isso não tem nada a ver com
> fluidos de qualquer espécie.

Idem, ibidem.

> > A partir dessa idéia absurda, e que apoia toda a física moderna,
> > aceita-se outra idéia: a de que um conjunto de prótons não poderia se
> > estabilizar na constituição da estrutura nuclear a menos que
> > existissem forças outras, inventadas para justificar estes absurdos
> > assumidos em cadeia.
> Sua hipótese está correta logicamente, mas não factualmente, pois seus
> absurdos não são observados.
> > Nenhum desses absurdos têm comprovação experimental e, não obstante,
> > aceitando-se como tais chega-se na exigência da postulação da
> > interação forte. A partir daí as coisas complicam-se bastante,
> > criando-se toda uma família de partículas esdrúxulas a justificarem
> > efeitos que somente existem na cabeça dos físicos modernos.

A = aceita-se outra idéia... forças outras, inventadas para justificar
estes absurdos assumidos...
B = nenhum desses absurdos têm comprovação experimental...
C = ...seus absurdos não são observados.

A + B ---> C = sofisma.

> A interação forte que se dá entre neutrons e prótons é medida em
> laboratório. Quanto a miríade de partículas [glúons, etc], isso é
> realmente chato e prefiro não opinar.

Ou seja, isto também seria "outra história". Apenas acho que em meio ao
texto, e sem maiores explicações, isto soa-me como desonestidade
intelectual.

> > Bem, se o problema é explicar para o restante da classe, não está mais
> > aqui quem falou. Mesmo porque em meio a esse restante da classe deverá
> > estar um professor que muito provavelmente é adepto do clã dos bem
> > aventurados donos da física moderna.
> O Alberto em seu papel de renegado :-)

Talvez sim, talvez não. Resta saber renegado em relação a que. Realmente não
sou bem visto frente àqueles que não têm argumentos outros a não ser os
apoiados em sofismas e/ou meias-verdades. Se isto é ser renegado, bem
aventurados os renegados, pois deles será o reino do Léo.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/05/2001 01:48


----- Original Message -----
From: Sergio Navega <snavega@attglobal.net>
> A tabula rasa, muito discutida por Locke, é um dos princípios do
> empiricismo, e talvez seja um pouco exagerada. Mas não é de todo
> descartável. Com isso quero dizer que tanto o empirismo radical
> quanto o racionalismo radical são visões inapropriadas para explicar
> o nascimento e a evolução do conhecimento em seres humanos.

> A crítica à teoria do "balde mental" pode parecer correta, mas há
> como se usar de outras analogias que possam mostrar um pouco melhor
> o que realmente parece estar acontecendo.
>
> Uma delas seria o "moldar da argila". A criança nasceria com uma
> espécie de "cérebro argila", disforme e mole (isto é confirmado
> através de estudos da variação da plasticidade neural). Conforme
> o tempo passa (e a criança é submetida a experiências sensórias),
> o núcleo dessa argila começa a ganhar solidez e forma (e, portanto,
> gradativamente perder flexibilidade adaptativa). O "formato" dessa
> solidez é função de dois aspectos: a) tendências de organização
> inatas do cérebro humano (portanto, determinadas geneticamente);
> b) qualidade e quantidade das experiências sensórias.
>
> No item a) temos coisas como a separação de áreas do córtex visual
> para processamento de cores, texturas, movimento, etc. Temos
> também a essência do processamento informacional dessas áreas.
>
> No item b) temos a categorização de objetos, o sentido da
> "gravidade", a percepção da fluidez e transparência dos líquidos,
> a cognição de causa/efeito aplicada a objetos complexos e, muito
> tempo depois, os primórdios do pensamento lógico (em outras
> palavras, não tenho razão para crer que a lógica seja algo
> inato; ela só floresce com treinamento).

Manuel: O que você quer dizer, em síntese, é que o modo de interação
organismo/meio durante a ontogênese determina, em parte, a estrutura do
cérebro? Estou também propenso a crer nisso. A este respeito, existe um
fenômeno muito interessante: entre algumas espécies de primata, a presença
do pai ou do indivíduo alfa (o manda-chuva) inibe a produção de testosterona
nos machos adolescentes. Se, por alguma razão (as condições de cativeiro,
por exemplo), os jovens macacos não se separam do grupo em que nasceram, o
baixo nível de testosterona prolonga-se ou se perpetua, ocasionando com
freqüência a atrofia irreversível dos testículos e, o que é mais intrigante,
uma aparência juvenil mesmo encontrando-se o indivíduo numa idade adulta. Ou
seja, a ontogênese é desacelerada (pelo menos em alguns aspectos) e, em
alguns casos, jamais se conclui. (casos como este foram verificados em
sagüis e em orangotangos -- sobre isso, ver História Natural do Homem (pág.
172), de André Bourguignon, e O Macho Demoníaco (págs. 167/169), de Richard
Wranghan e Dale Peterson.) Como o que estabelece a diferenciação macho/fêmea
é a ação dos hormônios sexuais no organismo durante o período da ontogênese,
é provável que a escassez perpetuada de testosterona determine uma estrutura
cerebral particular, o que explicaria a existência em muitos desses
indivíduos machos de uma sexualidade ambígua e de comportamentos tipicamente
femininos.

Esse fato reforça a sua tese de que a ontogênese é determinada tanto pelos
genes como também pela interação do organismo com o meio natural e social (a
relação natureza/cultura é, realmente, muito complexa!)

Talvez isso até explique em parte a bissexualidade como norma entre os
bonobos (sabe-se que, nessa espécie, são as fêmeas que abandonam o grupo de
origem, e não os machos), como de resto entre todas as espécies de primata
em que existe uma comunidade de machos, isto é, em que se verifica, além da
hierarquia, uma cooperação entre machos para a defesa do território ou para
a caça.

Sei que esse assunto foge ao tema (o conhecimento), mas, por ser muito
interessante, faço constar.

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/05/2001 08:42

--- In ciencialist@y..., Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@a...> wrote:
> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos
<jocax@u...>
> wrote:
> > uma acao baseada na percepcao do evento. Como o disparo neuronal
eh
> > do tipo "tudo ou nada" ou "dispara nao dispara" parece-me que a
logica
> > booleana classica tem em nosso cerebro sua morada natural.
>
> Nem toda atividade neuronal eh baseada em disparos tudo ou nada.
Existem
> circuitos em q. ha' uma resposta gradativa.

Estou dizendo que os neuronios ( cada um ) funciona
assim ( tudo ou nada )
Um grupo de neuronios eh diferente. Algus dizem "tudo" e outros
dizem "nada" produzindo uma resposta gradativa.



>
> E mesmo em chaves sim e nao eh possivel haver logica fuzzy: um
sensor

Vc nao entendeu.
Eu disse q todas as logicas fuzzy, ou probabilisticas etc..
podem ser conseguidas atraves da logica booleana CLASSICA.
E eu provei isso dizendo q varios sistemas especialistas que
utilizam estas logicas rodam em computadores que utilizam
internamente logica exclusivamente classica.

>
> > Tal constatacao nos remete a conclusao que a logica probabilistica
eh
> > uma derivacao da logica classica e nao uma alternativa da mesma.
>
> Computadores podem simular uma logica difusa, do mesmo modo como os
> graficos q. exibem simulam uma continuidade das variaveis: fazendo a
> unidade de variacao, apesar de discreta, suficientemente pequena
para nos
> passar a impressao de uma escala continua (basta haver bits
suficientes).

Sim, e como nossos neuronios trabalham do mesmo modo
entao parece-me q tambem simulamos a logica difusa qdo a
utilizamos.

[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] Energia
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/05/2001 10:02

On Wed, 23 May 2001, Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Esta energia vem da massa [E=m.c²]. A energia liberada pela bomba de
> > Hiroshima foi equivalente a 27 gramas de massa. Como a massa se transforma
> > em energia... bem... isso aí é outra história.
>
> É outra história, ou não se sabe?

Eu não sei e também não sei se alguém sabe. Se algum desta lista souber,
nos diga.


> Se for outra história "conhecida", seu adendo tem fundamento. Do
> contrário diria que você apenas está sofismando.

Que a massa se transforma em energia é fácil de se comprovar, basta ter
uma pilha elétrica e uma balança de precisão absurda [o que não é assim
tão fácil de se achar].


> > Nossa!! Será que é por causa do próton ter uma carga positiva???
> Não sei o que seria pior, se raciocinar por sofismas ou por meias verdades.

O próton não tem carga positiva?


> > > A partir dessa idéia absurda, e que apoia toda a física moderna,
> > > aceita-se outra idéia: a de que um conjunto de prótons não poderia se
> > > estabilizar na constituição da estrutura nuclear a menos que
> > > existissem forças outras, inventadas para justificar estes absurdos
> > > assumidos em cadeia.
> > Sua hipótese está correta logicamente, mas não factualmente, pois seus
> > absurdos não são observados.
> > > Nenhum desses absurdos têm comprovação experimental e, não obstante,
> > > aceitando-se como tais chega-se na exigência da postulação da
> > > interação forte. A partir daí as coisas complicam-se bastante,
> > > criando-se toda uma família de partículas esdrúxulas a justificarem
> > > efeitos que somente existem na cabeça dos físicos modernos.
>
> A = aceita-se outra idéia... forças outras, inventadas para justificar
> estes absurdos assumidos...
> B = nenhum desses absurdos têm comprovação experimental...
> C = ...seus absurdos não são observados.
>
> A + B ---> C = sofisma.

Perdão, eu realmente me atrapalhei ao responder. Isto que vc chama de
absurdo [da constituição nuclear] é observado experimentalmente.

Noto que para vc tudo o que não segue a lógica newtoniana está errado por
definição. Mas basta dar uma voltinha em um laboratório de física e ver o
que se tem feito por lá para se perceber que a física newtoniana não
explica nada daquilo.


> > A interação forte que se dá entre neutrons e prótons é medida em
> > laboratório. Quanto a miríade de partículas [glúons, etc], isso é
> > realmente chato e prefiro não opinar.
> Ou seja, isto também seria "outra história". Apenas acho que em meio ao
> texto, e sem maiores explicações, isto soa-me como desonestidade
> intelectual.

Eu posso dizer a mesma coisa sobre seu comentário.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/05/2001 11:43

Caro Marco A. Andrade

Até onde imagino ter entendido, acho muito pertinente suas colocações sobre
a msg. 9601, mas, para marcar posição, seguem alguns comentários:
---------------------
MA: >Eu não creio que a sua idéia de "abandonar" seja num sentido absoluto.
Quando existem problemas com uma definição, não devemos abandonar nada.
Creio que a definição operativa é a melhor. Definir-se-á determinada coisa
para fins determinados.

NM: Realmente ! Embora eu tenha lá alguma afinidade com o revisionismo
cultural, teria sido mais adequado empregar a expressão 'não usar' em lugar
de 'abandonar' ; por outro lado, não posso negar que houve uma certa
intencionalidade no uso do termo 'abandonar', cujo propósito foi
desestimular o
possível desenvolvimento de discussões na área da psicologia, onde os termos
são muito contextualisados. ( Não que aqui também não seja).
-----------------------
MA > Um mesmo termo poderá admitir definições que sirvam para operar. Creio
que o que se deve fazer é normalizar e criar protocolos de comunicação para
promover o intercâmbio do conhecimento. A unidade de critérios, com um bom
nível de estudos terminológicos seria o indicado. Os recursos da engenharia
lingüística estão para isto.

NM: De acordo !
Em adendo, acho a questão das comunicações ainda é um dos maiores e mais
fundamentais problemas dos humanos, tanto em nível social, espacial,
temporal e, principalmente pessoal. É bem verdade que está havendo um
fantástico desenvolvimento dos meios físicos de transmissão de informações,
mas, o conteúdo informativo, quando fora de áreas especializadas, continua
extremamente acanhado, deficiente ... pobre mesmo.
Exagerando um pouco, vou tentar exemplificar: como eu poderia informar a um
habitante da Mongólia as características do sabor de uma jabuticaba ou então
do famoso piqui que engasgou o senador ? Como transmitir uma informação
estética ou emocional ? Percebe-se que mesmo excelentes protocolos de
linguagem esbarram em grandes dificuldades para a comunicação de
significados, até mesmo em questões prosaicas como essas. Espetáculos de
artes cênicas ou visuais conseguem transmitir algumas sensações e
informações não verbais; a música consegue induzir certas configuraçoes
emocionais, mas tudo isso ainda de forma muito tosca, acho.
Os futurólogos da década de 50 (acho) previam que no início do sec. 21 as
técnicas de cinema estariam desenvolvidas a ponto de transmitir odores e
algumas sensações táteis aos espectadores ! !

Por outro lado, intuitivamente, sempre acreditei que a linguagem materna
(independentemente de outros fatores) influi poderosamente nas
características racionais dos indivíduos, favorecendo seu desempenho em uma
ou outra área. Uma linguagem sintética como o alemão costuma trazer uma
imagem descritiva incluída no termo nominado. Isso, p.e., tornaria a
nomeação de uma molécula orgânica extensa um ato corriqueiro, com esforço
mental quase nulo.
Cito também o boato (?), de que os chineses, para desenvolver sua bomba H,
optaram por projeta-la usando a língua inglesa, não apenas pela dificuldade
simbólica no uso de ideogramas, mas, principalmente, devido a linearidade da
sintaxe.

Será que entes com IA poderiam nos superar em tais dificuldades ?

-----------------------
MA>>Desde um ponto de vista puramente psicológico, uma das definições de
intencionalidade é "propósito motivado". Não é um puro propósito.
Uma finalidade pode ser ajustada por um feed-back, em que o alvo atua sobre
os fatores (uma velha solução). Quando se fala de motivação e subjetividade,
a coisa se complica. Convém deixar a psicologia com suas definições.
A definições operacionais que Sérgio Navega deu de intencionalidade são
excelentes para operar em IA, na atualidade. É provável que no futuro sejam
necessárias outras definições.

NM: Ok. Mas acho que não haveria maiores dificuldades de programação para a
geração de motivações sublimadas, sempre fundamentadas em alguma motivação
primária obrigatoriamente incluída na construção. As tartarugas de Ashby,
com dois "neurônios" acho que mostram a simplicidade em estabelecer algum
tipo de motivação. Associado a motivação acho importantíssimo o papel dos
sensores. Afinal, seria muito restrito o interesse por um equipamento de IA
"esquizofrênico".
----------------
MA: >Atualmente somos nominalistas. As definições devem estar à direita dos
termos e devem ajustar-se às necessidades do momento. Não existem definições
"definitivas" ou essencialistas.
>>Daí a um comportamento racional talvez seja apenas um passo.
>Você imagina que a palavra "racional" poderia gerar uma polêmica que
ninguém
desejaria?

NM: Que geraria extensa polêmica, tenho certeza. mas também estou certo de
que todos ganharíamos com isso.
-------------
[s]
Neville





SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/05/2001 13:20

--- In ciencialist@y..., "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@u...>
wrote:
> Um grupo de neuronios eh diferente. Algus dizem "tudo" e outros
> dizem "nada" produzindo uma resposta gradativa.

Eu nao disse grupo de neuronios -- embora tbm os haja -- estou falando de
neuronios isolados q. pertencem a certos circuitos.

O modelo de tudo o nada, sem modulacao, eh mais baseado nos neuronios
gigantes de lulas igualmente gigantes.

Os nossos cones e bastonetes modulam seu potencial de membrana de acordo
com a intensidade luminosa incidente.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/05/2001 13:31

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> --- In ciencialist@y..., "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@u...>
> wrote:
> > Um grupo de neuronios eh diferente. Algus dizem "tudo" e outros
> > dizem "nada" produzindo uma resposta gradativa.
>
> Eu nao disse grupo de neuronios -- embora tbm os haja -- estou falando de
> neuronios isolados q. pertencem a certos circuitos.
>
> O modelo de tudo o nada, sem modulacao, eh mais baseado nos neuronios
> gigantes de lulas igualmente gigantes.
>
> Os nossos cones e bastonetes modulam seu potencial de membrana de acordo
> com a intensidade luminosa incidente.
>

Eu nao estou falando de cones e bastonetes dos olhos que nao sao neuronios.
Estou me referindo a neuronios que sao celulas cerebrais.

De uma olhada em :
http://vv.carleton.ca/~neil/neural/neuron-a.html

Onde eu destaquei :

"... If the aggregate input is greater than the axon hillock's threshold value, then the
neuron fires, and an output signal is transmitted down the axon.
The strength of the output is constant, regardless of whether the input was
just above the threshold, or a hundred times as great.
The output strength is unaffected by the many divisions in the axon; it
reaches each terminal button with the same intensity it had at the axon hillock..."

Ou seja dependendo dos sinais do input ( que chegam ao neuronio )
o neuronio dispara ou nao dispara. A forca do disparo de saida ( output )
eh constante e independe se os sinais de entrada eram muitos e fortes ou
poucos e fracos.

Assim, neste sentido, o cerebro humano eh digital (como os computadores).
[]s
jocax



SUBJECT: Re: PLACEBO: MITO?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/05/2001 13:33

--- In sbcr@y..., Joao Mario Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> alternativas funcionam por causa desse efeito. Engracado que o
> efeito placebo tanto pode ser um argumento contra essas medicinas
> como um argumento a favor.

Retiro o q. eu disse. Os misticos sempre irao achar uma explicacao
esfarrapada pra manterem suas crencas.

Mas o q. eu dizia eh q. se nao ocorre um efeito placebo tao pronunciado,
nao poderao especular sobre forca da mente, intervencao espiritual de
forma tao descarada. (Claro, sempre poderao dizer q. os remedios so' curam
porq. entidades superiores assim determinam...)

Eh so' ver a reportagem da SI deste mes pra entender as bobagens q os
'terapeutas alternativos' usam pra 'justificar' seus metodos -- falam, a
la Kapra (ou era Capra?), ateh em cura quantica. Alias Sabbatini foi
ouvido, mas desconfio q. suas falas foram reduzidas e descartada toda a
argumentacao fatual: utilizando apenas suas conclucoes como se fossem
afirmacoes categoricas: 'Eu falei e ta' falado.'

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Urgente --- urgentissimo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/05/2001 13:40


O burro aqui -- Léo -- caiu direitinho no conto do vírus e apagou o arquivo (sulfnbk.exe), pertencente ao windows/command há 5 minutos atrás (e limpou a lixeira!). Alguém poderia me enviar esse arquivo para eu repor no windows/comand ... imediatamente, antes de fechar essa seção.
Esse arquivo tem importância no widows para a associação de arquivos ... só fiquei sabendo depois de deletá-lo.

Agradeço a urgência
Léo
===============




SUBJECT: Re: [ciencialist] Urgente --- urgentissimo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/05/2001 14:01

Agradeço a atenção .... mas o JOCAX foi mais rápido. Já enviou o arquivo e já re-instalei. Sorry!
Um brinde ao Jocax.

[]'
Léo
=====================
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 24 de maio de 2001 13:40
Assunto: [ciencialist] Urgente --- urgentissimo



O burro aqui -- Léo -- caiu direitinho no conto do vírus e apagou o arquivo (sulfnbk.exe), pertencente ao windows/command há 5 minutos atrás (e limpou a lixeira!). Alguém poderia me enviar esse arquivo para eu repor no windows/comand ... imediatamente, antes de fechar essa seção.
Esse arquivo tem importância no widows para a associação de arquivos ... só fiquei sabendo depois de deletá-lo.

Agradeço a urgência
Léo
===============



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Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/05/2001 14:12

In ciencialist@yahoogroups.com, Sergio Navega wrote:

> Não vá ficar bravo, mas uma das minhas críticas ao Minsky >é exatamente no
tocante a esses modelos abstratos e sem >possibilidade de comprovação
>empírica.

Longe de mim. Jamais me irritaria num diálogo tão certinho. Eu só queria
mostrar como fiquei gratamente surpreendido quando tive minha primeira
aproximação ao tema da IA. Depois não tive muito tempo para dedicarme a
buscar informação. Sempre me impressionou a capacidade teórica de Minsky.
Depois do que vc disse, pude verificar que é certo que as ideias dele são
realmente "food for tought"

> Parabéns pela iniciativa. Pretende publicar? Seria >importante
contribuição.

Está publicado e registrado. Depois ficamos sabendo que este Tesauro é único
no mundo. Contém os descritores da base de dados da Asociación
Psicoanalítica Argentina (construida por uma equipe em que participo até
hoje). Será brevemente traduzido ao inglês. Não se fez esta tradução porque
quando apareça este Tesauro em inglês, a capacidade instalada da Asociação
Psicanalítica não poderá responder tanta solicitude de bibliografia.
Atualmente, com o Tesauro em espanhol, já quase excede à capacidade para
responder tanta consulta de todo o mundo (pela web).


> Na web, se você entrar com "implicit learning" no google ou >no altavista,
terá um zilhão de pointers. Procure também por
> "Axel Cleeremans", na home page dele há um tutorial muito
> interessante sobre o assunto.

Obrigado pelas dicas sobre o Implicit Learning. Foi uma grande economia de
tempo para mim.

A propósito das neurociencias, o diálogo entre este grupo de conhecimentos e
a psicanálise é intenso e numeroso. Existe uma revista que leva no nome
neurociências e psicanálise. Se não me engano é a Revista de Neurociencias y
Psicoanálisis (estou tão acostumado com ela, que me esqueci da exatidão do
título), editada por um grupo composto pelas duas "disciplinas".

Desde que ruiu o imperio behaviorista, o os contactos e intercambios com a
psicanálise se intensificaram. As diferenças entre o "cognitive inconscious"
e o inconsciente freudiano não as distanciam tanto.

O que se nota é que a palavra psicanálise está sendo usada por gente que nem
sequer sabe o que ela significa. É um vocábulo que conquistou uma imprensa
muito boa. No entanto a terminologia freudiana tem uma origem muito
mecanicista e as formulações de Jacques Lacan são abstrusas e confusas (sem
contar com as famosas "imposturas intelectuais"). Um psicanalista americano
que esteve no MIT está seriamente interessado em utilizar um vocabulario
conexionista para usar como ponte para um melho diálogo entre IA e
Psicanálise.

Creio que tudo marchará melhor quando se consiga esclarecer a terminologia.
Freud não teve um cuidado muito grande com o vocabulario psicanalítico. Não
usou palavras oriundas de grego ou do latim. Como não era um essencialista,
preferiu por a definição psicanalítica à direita do vocábulo, que
preferentemente era uma palavra em alemão.

Não existem muito mais que 200 palavras propriamente psicanalíticas (isto é
pouco). As outras são palavras ponte para estabelecer contactos com outros
ramos de conhecimento, além de muitas que pertencem ao vocabulario comum. A
barreira lingüística é bastante importante.

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/05/2001 14:52

From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
>
> Ou seja dependendo dos sinais do input ( que chegam ao neuronio )
> o neuronio dispara ou nao dispara. A forca do disparo de saida ( output )
> eh constante e independe se os sinais de entrada eram muitos e fortes ou
> poucos e fracos.
>
> Assim, neste sentido, o cerebro humano eh digital (como os computadores).
> []s
> jocax

Jocax está certo aqui. Os neurônios biológicos são essencialmente
dispositivos tipo "liga/desliga" e isto não poderia ser diferente,
já que o processamento analógico de sinais é mais complexo e muito
mais sujeito ao problema de erros cumulativos (pois processamento
analógico requer amplificação para não haver degradação do sinal e
a amplificação nunca é totalmente linear, o que acabaria piorando
a relação sinal/ruído).

Mas se por um lado tudo indicaria uma similaridade entre computadores
digitais e cérebros no aspecto "digital", há um certo nível de análise
que apresenta diferenças muito importantes.

Nos computadores, há uma grande dependência de sinais digitais
síncronos, ou seja, há necessidade de *extremo* rigor temporal em
sequências de informações binárias. Isto é obtido via um ou
mais "clocks" que dizem qual o ritmo que a cambada de transístores
deve dançar.

Já no cérebro, a coisa é diferente, pois há um nível de análise
dos neurônios onde fica clara que é a *temporização* entre os
"spikes" que conduz a informação, e essa temporização não está
relacionada a aspectos centrais (ou seja, não há "clock" centralizado
no cérebro, ao menos no nível dos neurônios).

Isso faz parte de uma das áreas mais fronteiriças que temos hoje,
a chamada "neurociência computacional". Há uma espécie de "guerra
científica" entre três correntes de pesquisadores.

A primeira corrente afirma (e mostra evidências) de que o fundamental
na operação dos neurônios é a temporização entre cada spike. Eles
mostram que é o tempo entre cada disparo que conduz informação.

A segunda corrente afirma (e também mostra evidências) de que
o que importa é o "ritmo médio" de disparo, e não cada um
isoladamente. A informação estaria "codificada" nesse ritmo
médio.

A terceira corrente (que é com a qual eu mais simpatizo) é a
dos que colocam a representação de informação no cérebro como
um processo que emerge da operação de *grupos* de neurônios.
Esses grupos de neurônios entram em sincronismo, dependendo
do sinal a que são submetidos. Reconhecimento seria, neste caso,
a atividade síncrona e coerente de grupos de neurônios que
se encarregam de detectar elementos primários dos sinais.

Como exemplo, ao observar uma xícara em cima da mesa, a imagem
processada no córtex ocipital é decomposta em inúmeros "detetores
perceptuais", cada um especializado em um tipo de processamento
(bordas verticais, bordas horizontais, inclinadas, texturas,
coloração, etc). A atividade síncrona de certos grupos desses
detetores faria "aparecer" em nosso consciente uma espécie
de "dança sincronizada" desses detetores. Esse processo daria
origem a uma "junção" (bind) perceptual que é a nossa
identificação do objeto que observamos. Esse processo tem,
inclusive, ligações com a psicologia Gestalt, que propõe
coisas do tipo "o todo é mais do que a reunião das partes".
É o tipo de atividade que ocorre quando encontramos um amigo
que não vemos há muito tempo e, durante alguns instantes,
ficamos na dúvida de qual o seu nome. De repente, há um
"estalo" e lembramos do nome. Esse "estalo" foi identificado
(por Wolf Singer e outros) como sendo uma atividade de
grupos de neurônios que entram em louca dança sincronizada,
uma espécie de "funk" coerente (sem tigrões nem popozudas).

Até mais,
Sergio Navega.





SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/05/2001 15:10

From: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
>O que você quer dizer, em síntese, é que o modo de interação
>organismo/meio durante a ontogênese determina, em parte, a estrutura do
>cérebro? Estou também propenso a crer nisso.

Esta é parte daquela briga secular entre ontogênese/filogênese e não
há como escapar da idéia de que há desenvolvimento em ambas. O material
genético de um indivíduo é, de alguma forma, potencializado pelas
experiências que ele tem em vida. Isto afeta também a formação do
cérebro, ainda mais porque o cérebro evoluiu como uma espécie de
órgão que é definido através das experiências do organismo em
seu mundo.

>A este respeito, existe um
>fenômeno muito interessante: entre algumas espécies de primata, a presença
>do pai ou do indivíduo alfa (o manda-chuva) inibe a produção de
testosterona
>nos machos adolescentes. Se, por alguma razão (as condições de cativeiro,
>por exemplo), os jovens macacos não se separam do grupo em que nasceram, o
>baixo nível de testosterona prolonga-se ou se perpetua, ocasionando com
>freqüência a atrofia irreversível dos testículos e, o que é mais
intrigante,
>uma aparência juvenil mesmo encontrando-se o indivíduo numa idade adulta.
Ou
>seja, a ontogênese é desacelerada (pelo menos em alguns aspectos) e, em
>alguns casos, jamais se conclui. (casos como este foram verificados em
>sagüis e em orangotangos -- sobre isso, ver História Natural do Homem (pág.
>172), de André Bourguignon, e O Macho Demoníaco (págs. 167/169), de Richard
>Wranghan e Dale Peterson.) Como o que estabelece a diferenciação
macho/fêmea
>é a ação dos hormônios sexuais no organismo durante o período da
ontogênese,
>é provável que a escassez perpetuada de testosterona determine uma
estrutura
>cerebral particular, o que explicaria a existência em muitos desses
>indivíduos machos de uma sexualidade ambígua e de comportamentos
tipicamente
>femininos.

Muito interessante seu relato, não conhecia esse aspecto.
Sei de algumas pesquisas que foram feitas acompanhando o desenvolvimento
de gêmeos univitelínicos e que, já na barriga da mãe, começam a receber
influências um do outro e do meio ambiente. Com isso, aqueles gêmeos
que são ditos como "idênticos", são na verdade apenas parecidos, podendo
apresentar estrutura de personalidade bastante distinta.

>
>Esse fato reforça a sua tese de que a ontogênese é determinada tanto pelos
>genes como também pela interação do organismo com o meio natural e social
(a
>relação natureza/cultura é, realmente, muito complexa!)

Basta ver que há um período crítico para aprendizado de linguagem, que
é na infância (3 meses - 4 ou 5 anos). Há relatos de "meninos lobo" que
foram recolhidos de florestas (e em outros casos, de pais insanos
que mantinham crianças trancadas em quarto escuro) no qual se
verificou baixíssimo aprendizado de linguagem, quando essas pessoas
(já adultas) foram introduzidas na sociedade. Aquela estória do
Tarzan aprender rapidamente a linguagem após voltar à civilização
é apenas papo de cinema.

>
>Talvez isso até explique em parte a bissexualidade como norma entre os
>bonobos (sabe-se que, nessa espécie, são as fêmeas que abandonam o grupo de
>origem, e não os machos), como de resto entre todas as espécies de primata
>em que existe uma comunidade de machos, isto é, em que se verifica, além da
>hierarquia, uma cooperação entre machos para a defesa do território ou para
>a caça.
>
>Sei que esse assunto foge ao tema (o conhecimento), mas, por ser muito
>interessante, faço constar.
>

É muito interessante e eu acho muito importante, pois tem o poder de
nos iluminar acerca de nossas origens. Ao compreender nossas origens
cognitivas, temos como prestar atenção a certas "tendências" de
nosso pensamento e assim evitar (tanto quanto possível) que elas
contaminem nosso raciocínio científico. Não acredito que seremos
capazes de evitar todo e qualquer tipo de tendenciamento, mas
acho que podemos melhorar um pouco mais.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/05/2001 15:44

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
wrote:
> Eu nao estou falando de cones e bastonetes dos olhos que nao sao
> neuronios.

Opa! Claro q. sao. A retina eh uma expansao de nossos cerebros. De qq
forma mesmo neuronios dentro do cerebro respondem desse modo. Cones e
bastonetes sao apenas um exemplo. Celulas bipolares q. recebem sinais dos
cones e dos bastonetes tbm exibem padrao de modulacao. (Alias, acho q.
cones e bastonetes sao do tipo tudo ou nada... mas as bipolares modulam
sua resposta.)

> Estou me referindo a neuronios que sao celulas cerebrais.
>
> De uma olhada em :
> http://vv.carleton.ca/~neil/neural/neuron-a.html

Isso eh apenas uma explanacao didatica. Ate' pelo fato de Neil Fraser ser
um programador e nao um neurologista ou especialista de area a fim essa
simplificacao eh o q. lhe basta.

Por exemplo, pra vc como Cientista da Computacao falar q. o computador
representa tudo com zeros e uns eh o q. lhe basta. Mesmo q. a rigor isso
seja uma mentira. Computadores nao fazem representacoes com entidades
abstratas como sao os numetos, computadores utilizam-se de capacitores q.
podem ou nao estar carregados com eletrons. (Naturalmente estou falando de
computadores eletronicos, poderiamos ter computadores com bambus, movido
'a agua ou computadores quanticos ou computadores quimicos de ADN e assim
por diante.)

E ademais como disse, mesmo nos neuronios com padroes de resposta tudo ou
nada, o limiar de excitabilidade nao eh necessariamente fixo, mas podem
ter um padrao probabilistico. O mesmo ocorrendo com outras propriedades de
disparos: como a sua taxa, duracao

E naturalmente, embora a estrutura de funcionamento neuronal seja
importante, trabalhar o entendimento do funcionamento do cerebro nesse
nivel pode (eu disse *pode*) representar uma complicacao em demasia --
algo como tentar usar calculos quanticos para cada um dos atomos
isoladamente para se ajustar a trajetoria de um foguete rumo 'a lua --
mesmo q. fosse digital em sua totalidade (nao eh) a necessidade de
simplificacao exigiria o colapsamento das variaveis -- tendo como melhor
aproximacao uma logica difusa. Insisto, isso eh uma especulacao minha.

Abaixo resumos de artigos q. falam de neuronios com respostas moduladas:
'graded potentials' e 'non-spiking response'.

[]s,

Roberto Takata

-------

Juusola M, French AS, Uusitalo RO, Weckstrom M 1996 -- Information
processing by graded-potential transmission through tonically
active synapses. TRENDS IN NEUROSCIENCES 19: (7) 292-297 JUL 1996

Abstract:
Many neurons use graded membrane-potential changes, instead of action
potentials, to transmit information. Traditional synaptic models feature
discontinuous transmitter release by presynaptic action potentials, but
this is not true for synapses between graded-potential neurons. In
addition to graded and continuous transmitter release, they have multiple
active zones, ribbon formations and L-type Ca2+ channels. These
differences are probably linked to the high rate of vesicle fusion
required for continuous transmitter release. Early stages of sensory
systems provide some of the best characterized graded-potential neurons,
and recent work on these systems suggests that modification of synaptic
transmission by adaptation is a powerful feature of graded synapses.

vanSteveninck RRD, Laughlin SB 1996 -- The rate of information transfer at
graded-potential synapses. NATURE 379: (6566) 642-5.

Abstract:
THERE are few estimates of the rates at which spiking neurons transmit
information(1-5), and none for synapses transmitting graded signals, We
have measured the rates at which blowfly (Calliphora vicina)
photoreceptors transmit information through chemical synapses to large
monopolar cells (LMCs), The graded responses of these non-spiking cells
transmit as much as 1,650 bits per second, five times the highest rates
measured in spiking neurons(3).
The widespread occurrence of non-spiking neurons in sensory systems could
well reflect this superior performance. Comparing transmission rates in
pre- and postsynaptic cells, we estimate that each synaptic active zone
transmits similar to 50 bits s(-1). This estimate assumes statistical
independence of the noise generated at active zones and makes use of a
detailed morphometric analysis of photoreceptor-LMC synapses(6,7). These
measurements provide a benchmark for quantifying the performance of
synaptic mechanisms and for understanding the limitations that synaptic
transmission and spike coding place upon neural computation.



SUBJECT: Alertas de virus
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/05/2001 16:14

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
>arquivo (sulfnbk.exe), pertencente ao windows/command ha' 5 minutos

Acho q. convem reforcar a minha campanha.

Esquecam qq alerta sobre virus q. chegam via net. E mesmo os lidos em
sitios e revistas especializadas devem ser vistos com cautela.

*Jamais* passem adiante um aviso desse tipo (alias jamais passem adiante
aviso algum).

*Nunca* abram arquivos anexos executaveis -- se nao souber o q. eh um
arquivo executavel ou nao puder identifica'-lo (normalmente com terminacao
.exe) nao abra arquivo anexo algum -- independente da confianca depositada
no remetente (na maioria das vezes o remetente nem esta' ciente de q.
enviou um virus -- q. pode fazer isso automaticamente.)

Simplesmente mantenham seu programa anti-virus atualizado e facam uma
varredura periodica -- duas vezes por semana. E sempre q. forem abrir um
arquivo novo enviado (nunca um executavel) passar um anti-virus primeiro
-- independentemente de quem o enviou.

Se o seu programa de leitura de emails abre automaticamente arquivos
anexos, desative essa opcao. Por mim sou mais radical ainda: por email so'
arquivo texto puro (.txt).

Passem este alerta para o maior numero de pessoas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/05/2001 16:54

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
> wrote:
> > Eu nao estou falando de cones e bastonetes dos olhos que nao sao
> > neuronios.
>
> Opa! Claro q. sao.

Entao , soh de curiosidade , me mostra algum lugar que diz que os cones e
bastonetes sao neuronios.

> A retina eh uma expansao de nossos cerebros.

Podemos argumentar que tudo eh expansao de nossos cerebros ateh as celulas
das unhas dos pes.


> De qq
> forma mesmo neuronios dentro do cerebro respondem desse modo.

Bom, peguei um texto, parece-me, da universidade da california :
http://step.sdsc.edu/personal/vanderschaegen/handouts/evol/animals/neurons.html

Onde destaquei :

"All-or-none Aspect of Nerve Stimulation :
Nerve cell stimulation is a classic example of the all-or-none phenomenon.
All-or-none refers to the idea that once a threshold limit is reached any stronger stimulus will
not increase the cell's response.
A stimulus below the threshold also will not stimulate the neuron. "


> Por exemplo, pra vc como Cientista da Computacao falar q. o computador
> representa tudo com zeros e uns eh o q. lhe basta. Mesmo q. a rigor isso
> seja uma mentira. Computadores nao fazem representacoes com entidades
> abstratas como sao os numetos, computadores utilizam-se de capacitores q.
> podem ou nao estar carregados com eletrons. (Naturalmente estou falando de
> computadores eletronicos, poderiamos ter computadores com bambus, movido
> 'a agua ou computadores quanticos ou computadores quimicos de ADN e assim
> por diante.)
>

Sim, eh um modelo , uma abstracao, mas eh atraves destas abstracoes
que fazemos ciencia. ( desde q a abstracao/modelo corresponda aa realidade ).

> E ademais como disse, mesmo nos neuronios com padroes de resposta tudo ou
> nada, o limiar de excitabilidade nao eh necessariamente fixo, mas podem
> ter um padrao probabilistico.

O q importa eh q para cada neuronio ( ou a grande maioria )
o padrao seja estavel o suficiente para que produza a mesma resposta para os
mesmos inputs. Nao eh necessario uma precisao absurda.


> O mesmo ocorrendo com outras propriedades de
> disparos: como a sua taxa, duracao

O mesmo vale para isso tambem : estabilidade.

> Abaixo resumos de artigos q. falam de neuronios com respostas moduladas:
> 'graded potentials' e 'non-spiking response'.
>

Bom, precisa-se ver se estes neuronios representam alguma coisa
no neocortex, por exemplo, ou sao apenas neuronios que sao apenas
excessao aa regra.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Alertas de virus
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/05/2001 17:32

----- Original Message -----
From: "Roberto Mitsuo Takata"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, May 24, 2001 4:14 PM
Subject: [ciencialist] Alertas de virus


> *Jamais* passem adiante um aviso desse tipo (alias jamais passem adiante
> aviso algum).
>
> Passem este alerta para o maior numero de pessoas.

Ah ah ah.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Neuronios
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/05/2001 17:45

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
wrote:
> Entao , soh de curiosidade , me mostra algum lugar que diz que os cones
> e bastonetes sao neuronios.

http://www.britannica.com/eb/article?eu=25547&tocid=0
http://www.britannica.com/eb/article?idxref=218449

'sastifeito'?

> > A retina eh uma expansao de nossos cerebros.
>
> Podemos argumentar que tudo eh expansao de nossos cerebros ateh as
> celulas das unhas dos pes.

Se vc demonstrar q. durante o desenvolvimento as unhas dos pes surgem como
projecoes da massa encefalica e mantem com ela uma relacao anatomica e
funcional intima...

> Sim, eh um modelo , uma abstracao, mas eh atraves destas abstracoes
> que fazemos ciencia. ( desde q a abstracao/modelo corresponda aa
> realidade ).

Estou falando q. eh um modelo simplificado. A abstracao q. eu falei eh em
relacao aos numeros. Mas isso eh picuinha demais.

> Bom, precisa-se ver se estes neuronios representam alguma coisa
> no neocortex, por exemplo, ou sao apenas neuronios que sao apenas
> excessao aa regra.

Eh possivel q. o neocortex nao esteja associado 'a valoracao de uma
informacao ou ao menos nao seja a unica parte responsavel por isso. O
sistema limbico pode atribuir um valor sentimental a uma informacao e isso
influir nas tomadas de decisoes. Alias, o funcionamento sincronico em
humanos da emocao e da razao eh bem destrinchado por Antonio Damasio em um
de seus livros de divulgacao: 'O erro de Descartes'.

Mas eu nao disse q. respostas moduladas eram o padrao (embora nao sejam
excessao tampouco), apenas disse q. ocorria. E isso pode comprometer um
modelo estritamente binario do funcionamento cerebral -- embora, claro,
possa se criar um equivalente binario q. o simule (ao menos parcialmente).

A resposta probabilistica surge entao de diversas maneiras: uma resposta
probabilistica a um estimulo, uma resposta gradativa modulando sua
intensidade, uma variacao do numero de neuronios responsivos, uma variacao
na taxa de resposta, uma variacao na frequencia de disparos...

Bem, por eqto eh so'.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: "Moacir Alves Schmidt" <moacir.schmidt@softtek.com>
CC: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/05/2001 17:59

RE: [ciencialist] Re: ConhecimentoMoacir,

Estes são alguns dos nomes que recomendo consultar:

Wolfgang Maass
http://www.cis.tugraz.at/igi/maass/

Wulfram Gerstner
http://diwww.epfl.ch/~gerstner/

Christof Koch
http://goethe.klab.caltech.edu/~koch/

Terry Sejnowski
http://www.cnl.salk.edu/

Michael Arbib
http://www-hbp.usc.edu/people/arbib.htm

Larry Abbott
http://www.bio.brandeis.edu/pages/faculty/abbott.html

Peter Foldiak
http://psy.st-and.ac.uk/people/personal/pf2/

John Hertz
http://www.nordita.dk/~hertz/

Ainda tem mais alguns nomes importantes, mas estes
aí deve dar para começar. A maioria dispõe de páginas
com publicações e alguns possuem material didático
introdutório.

Até mais,
Sergio Navega.




-----Original Message-----
From: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
To: 'Sergio Navega ' <snavega@attglobal.net>
Date: Quinta-feira, 24 de Maio de 2001 15:43
Subject: RE: [ciencialist] Re: Conhecimento


Oi, Sérgio! Tudo bem?

[Sergio]
>Isso faz parte de uma das áreas mais fronteiriças que temos hoje,
>a chamada "neurociência computacional". Há uma espécie de "guerra
>científica" entre três correntes de pesquisadores.

Este assunto me interessa. Você poderia passar fontes sobre
estas tais tres correntes de neurociencia computacional? Minha
formação é Ciência da Computação e tenho algum conhecimento de
Redes Neurais...

Abraços,

<Moacir>



A primeira corrente afirma (e mostra evidências) de que o fundamental
na operação dos neurônios é a temporização entre cada spike. Eles
mostram que é o tempo entre cada disparo que conduz informação.

A segunda corrente afirma (e também mostra evidências) de que
o que importa é o "ritmo médio" de disparo, e não cada um
isoladamente. A informação estaria "codificada" nesse ritmo
médio.

A terceira corrente (que é com a qual eu mais simpatizo) é a
dos que colocam a representação de informação no cérebro como
um processo que emerge da operação de *grupos* de neurônios.
Esses grupos de neurônios entram em sincronismo, dependendo
do sinal a que são submetidos. Reconhecimento seria, neste caso,
a atividade síncrona e coerente de grupos de neurônios que
se encarregam de detectar elementos primários dos sinais.

Como exemplo, ao observar uma xícara em cima da mesa, a imagem
processada no córtex ocipital é decomposta em inúmeros "detetores
perceptuais", cada um especializado em um tipo de processamento
(bordas verticais, bordas horizontais, inclinadas, texturas,
coloração, etc). A atividade síncrona de certos grupos desses
detetores faria "aparecer" em nosso consciente uma espécie
de "dança sincronizada" desses detetores. Esse processo daria
origem a uma "junção" (bind) perceptual que é a nossa
identificação do objeto que observamos. Esse processo tem,
inclusive, ligações com a psicologia Gestalt, que propõe
coisas do tipo "o todo é mais do que a reunião das partes".
É o tipo de atividade que ocorre quando encontramos um amigo
que não vemos há muito tempo e, durante alguns instantes,
ficamos na dúvida de qual o seu nome. De repente, há um
"estalo" e lembramos do nome. Esse "estalo" foi identificado
(por Wolf Singer e outros) como sendo uma atividade de
grupos de neurônios que entram em louca dança sincronizada,
uma espécie de "funk" coerente (sem tigrões nem popozudas).

Até mais,
Sergio Navega.





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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Velocidade absoluta
FROM: ego_sun@brasilmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/05/2001 19:17

Olá lista,

alguém aqui conhece uma certa 'teoria da velocidade absoluta', que
seria alternativa à Teoria da Relatividade, baseando-se na visão das
partículas como fótons movendo-se em um caminho fechado (quando
paradas)??

[]´s

Ego



SUBJECT: Re: [ciencialist] Neuronios
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/05/2001 19:18



Roberto Mitsuo Takata wrote:

>
> Mas eu nao disse q. respostas moduladas eram o padrao (embora nao sejam
> excessao tampouco), apenas disse q. ocorria. E isso pode comprometer um
> modelo estritamente binario do funcionamento cerebral -- embora, claro,
> possa se criar um equivalente binario q. o simule (ao menos parcialmente).
>

O q eu estava dizendo era q os neuronios cerebrais
tem um funcionamento tudo/nada (do tipo binario) e estes outros neuronios
modulares talvez facam parte dos sistemas sensores perifericos e nao onde
ocorre o armazenamento e tratamento da informacao ( no cerebro ).

E neste caso um modelo computacional teorico baseado em redes neurais
modelariam mais facilmente o comportamento cerebral.

Claro q a resposta dificilmente seria probabilistica e sim dependente do meio
ambiente e da memoria. Assim 2 estimulos iguais nao teriam necessariamente a
mesma resposta cerebral pois a memoria dificilmente seria nunca a mesma.

[]s
jocax



SUBJECT: misterio einsteniano
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
CC: Adam Luiz de Azevedo <adam@fisica.ufpr.br>, adonai@scientist.com
DATE: 24/05/2001 19:49


Pelo que sei, Einstein disse alguma vez algo sobre o maior dos misterios
ser o fato de a matematica servir tao bem 'a modelagem fisica.

Bem, me aventurarei a argumentar contra isso.

Por mais que a matematica seja (ou queiramos que seja) abstrata e
desligada de 'fatos experimentais', ela eh (foi) criada por pessoas e
estas estao imersas em um ambiente fisico e dele fazem parte:
as pessoas sao unica e exclusivamente 'reflexo' deste meio, que eh
absolutamente 'fisico'.
Por este ponto de vista torna-se natural que ela(a matematica) modele bem
o mundo fisico, jah que foi criada por seres cujo raciocinio deve estar de
acordo com a 'realidade' fisica, = meio (talvez aih entrassem bem
argumentos evolucinistas), raciocinio este portanto moldado por aquilo que
talvez possamos chamar de 'matematica natural' .


Algumas observacoes:

-- ao contrario do que possa parecer, esta argumentacao nao assume (nem
implica em) a incapacidade humana de abstracao, ateh porque nem toda a
matematica tem interpretacao fisica e, por vezes, ela eh na verdade criada
(ou modelada) para servir para modelagem (ver Newton criando o calculo
para sua mecanica). Alias, nao falo de pensamento abstrato quando me
refiro 'a abstracao.

-- nao quero tambem me meter no debate 'ambiente X hereditariedade' quando
digo que somos apenas reflexo do meio. Se genes estao agora presentes eh
por que no passado (e talvez no presente) eles levaram 'a caracteristicas
que, naquele meio, eram vantajosas, ou seja, o que importa aqui eh que
direta ou indiretamente, o ambiente teria moldado a nos e a nossa mente,
e que este ambiente eh, direta ou inderetamente, resultado exclusivamente
de 'leis' fisicas.


Sinto se isto parecer divagacao inutil, mas gostaria que se manifestassem
a respeito.


Abbracci,
Stafusa





SUBJECT: Re: Neuronios
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/05/2001 20:47

NIPS*96 Workshop

Synaptic transmission: reliability and variability
http://www.cnl.salk.edu/~venk/nips-syn.html

Acho q. o meu modo de ver se aproxima bastante do tema desse Laboratorio.

Sou pra apostar q. a importancia da resposta modulada ainda esta' pra ser
descoberta e reconhecida. Nao faz muita logica uma arquitetura binaria,
qdo uma resposta mais rica eh possivel: o processamento de informacoes via
interacao de respostas moduladas possivelmente deve ser mais eficiente em
muitos casos (qdo menos por envolver um numero muito menor de neuronios
para codificar a gama de respostas possiveis). A vantagem deve ser
suficientemente gde para nos 500 milhoes de anos de evolucao dos sistemas
nervosos isso ter sido melhor explorado.

Mais infos:

http://www.stanford.edu/class/psych120/q-a.html
(Mais especificamente a resposta 'a segunda pergunta)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Propulsao de naves espaciais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/05/2001 20:49

Ois!

Como cheguei hoje do rancho, só então inteirei-me desse 'facilnante' assunto. Então, a propósito:

Os atuais motores de reação de combustível líquido, que acionam os foguetes, desenvolvem uma força de empuxo ao redor dos 2000N quando, a cada segundo, se queima 1 kg de mistura combustível/comburente.

Com a velocidade mínima necessária para lançar um satélite artificial da Terra (primeira velocidade cósmica =~8 km/s), para cada quilograma de mistura queimada deve-se desenvolver, portanto, uma potência:
Pot = F.v = 2000N.8000m/s = 16.10^6 J/s = 16 000 kW = 16 MW

Entretanto, o calor de combustão da mistura de querosene e ácido nítrico (que habitualmente é o que se emprega como combustível) é cerca de 6300 kJ/kg (cerca de 1500 kcal/kg), ou seja, durante a combustão de um quilograma de mistura por segundo, deverá desenvolver uma potência de "apenas" 6300 kW, quer dizer, 2,5 vezes menor que aquele valor que obtivemos acima. E, ainda assim, o satélite entra em órbita!

Como explicar que para a primeira velocidade cósmica o combustível proporciona 2,5 vezes mais energia do que aquela que ele possui?

[]'
Léo
================





SUBJECT: Re: Propulsao de naves espaciais
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/05/2001 20:55

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Como explicar que para a primeira velocidade cosmica o combustivel
> proporciona 2,5 vezes mais energia do que aquela que ele possui?

Nao eh so' colocar 2,5 motores no foguete?

Ou esse valor ja' conta com os boosteres q. sempre tem nas laterais dos
foguetes?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Propulsao de naves espaciais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/05/2001 21:45


-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 24 de maio de 2001 20:55
Assunto: [ciencialist] Re: Propulsao de naves espaciais


--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Como explicar que para a primeira velocidade cosmica o combustivel
> proporciona 2,5 vezes mais energia do que aquela que ele possui?

Nao eh so' colocar 2,5 motores no foguete?

Ou esse valor ja' conta com os boosteres q. sempre tem nas laterais dos
foguetes?

[]s,

Roberto Takata

Estamos falando de um foguete simples, único estágio e sem nada nas laterais (só aletas!).

Vejamos se fui claro na coisa:
Para atingir a primeira velocidade cósmica fizemos um cálculo e achamos a potência X.
Entretanto, e na realidade, basta que o foguete tenha potência X/2,5.
Onde está a mutreta?

[]'
Léo
=============



SUBJECT: Alertas falsos contra vírus e etc.
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/05/2001 22:55

Este texto possui uma excelente coletânea de links sobre alertas falsos
tipo anti-vírus, além de alguns esclarecimentos bastante úteis nesse campo:

http://grc.unesp.br/alertas/boato-virus-sulfnbk.txt

Inté,
Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Revista Com Ciência - divulgação científica
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] misterio einsteniano
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/05/2001 23:13


> Pelo que sei, Einstein disse alguma vez algo sobre o maior dos misterios
> ser o fato de a matematica servir tao bem 'a modelagem fisica.
>
> Bem, me aventurarei a argumentar contra isso.
>
> Por mais que a matematica seja (ou queiramos que seja) abstrata e
> desligada de 'fatos experimentais', ela eh (foi) criada por pessoas e
> estas estao imersas em um ambiente fisico e dele fazem parte:
> as pessoas sao unica e exclusivamente 'reflexo' deste meio, que eh
> absolutamente 'fisico'.
> Por este ponto de vista torna-se natural que ela(a matematica) modele bem
> o mundo fisico,

Parece-me que estás a argumentar a favor e não contra :-))
A admiração, contudo, não é tão simples quanto "é misterioso pq um avião voa
tão bem"
Ele foi feito para voar, é natural que voe.
Mas a matemática não foi feita para suportar a física. A física a usa como
suporte à relativamente pouco tempo.
A matemática pode ser muito mais abstracta que a física. Desprovida de
representação real...Espaços N dimensionais...
A matemática diz coisas que a física rotula de "impossível"
Nem todos os calculo se fazem respeitando a matemática algébrica
normal....as Aproximações, são algo que matematicamente não faz sentido.
Ler rx/ r+x = x é uma atrocidade matemática, mas não física se dissermos
"desprezando x por ser muito menor que r"

A matemática é algo muito necessário, mas não fundamental, no pensamento
físico.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/05/2001 23:51

In ciencialist@yahoogroups.com, Neville wrote


> NM: Realmente ! Embora eu tenha lá alguma afinidade com >o revisionismo
cultural, teria sido mais adequado empregar a >expressão 'não usar' em lugar
de 'abandonar' ; por outro >lado, não posso negar que houve uma certa
intencionalidade >no uso do termo 'abandonar', cujo propósito foi
> desestimular o possível desenvolvimento de discussões na >área da
psicologia, onde os termos são muito >descontextualisados

Posso estar equivocado, mas tenho a impressão que a palavra "abandonar" se
presta mais a psicologismo que a expressão "não usar". Parece a figura
denominada "peripecia", da tragedia grega... a gente cai no que quer evitar.
Não é nada grave. Está explicado.

Parece que vc não pode com seu genio. Sinto-me tentado a pedir uma
explicação da palavra "descontextualizado" e que tem que ver com a
psicologia, mas não vou ceder a estes impulsos. Creio que a peripecia exerce
uma grande atração.

Em todo caso não seria nada grave porque sobre as polêmicas, vc escreveu
>"... estou certo de que todos >ganharíamos com isso."

>Espetáculos de artes cênicas ou visuais conseguem transmitir >algumas
sensações e informações não verbais; a música >consegue induzir certas
configuraçoes emocionais, mas tudo >isso ainda de forma muito tosca

É interessante que em realidade as configurações emocionais não são tão
toscas. As boas obras transmitem muito. O que acontece é que as emoções são
uma linguagem. É um idioma mais, para complicar o tema das comunicações.
Quem se decide a aprendê-lo, ganha, mas não é nada acessível.

> Por outro lado, intuitivamente, sempre acreditei que a >linguagem materna
(independentemente de outros fatores) >influi poderosamente nas
características racionais dos >indivíduos, favorecendo seu desempenho em uma
> ou outra área.

Penso que é efetivamente assim. Existem estudos importantes sobre este tema.
Chomsky diz que a linguagem dá forma aos pensamentos. Outros vão mais longe
e dizem que se confundem com eles de tal modo que formam uma estrutura
indissolúvel. Cada linguagem natural favorece certos tipos de visão de mundo
e desencoraja a outros.

Toda teoria é sempre uma estrutura lingüística.

>Mas acho que não haveria maiores dificuldades de >programação para a
geração de motivações sublimadas,

Não entendo o sentido da palavra "sublimadas". Geralmente tem um sentido
moral. Não creio que seja análoga à sublimação como mudança de estado de
agregação (com o que eu estaria mais de acôrdo, num sentido metafórico)

>Associado a motivação acho importantíssimo o papel dos
> sensores.

Eu fico confuso com o tema dos sensores e a palavra motivação. No caso dos
sensores, o que se entende como motivo, é em realidade uma finalidade.
Muitas vezes a motivação é um determinado desejo que nem sempre coincide com
uma finalidade. Eu não tenho estes conceitos muito claros. No caso dos
sensores, a motivação estaria "fora" do portador. Amotivação nasce "dentro"
e pode estar dirigida a muitas finalidades e pode demandar o funcionamento
de varios tipos de "sensores". Não tenho estes conceitos muito definidos.

Não sei, mas o contexto em que nos estamos movendo é muito psicológico.
Creio que a peripecia nos pregou outra peça.

[]s
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar



SUBJECT: Re: [ciencialist] Propulsao de naves espaciais
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/05/2001 06:08

>Como explicar que para a primeira velocidade cósmica
> o combustível proporciona 2,5 vezes mais energia do
> que aquela que ele possui?

Nintindi muito bem essa história, mas será que tem
alguma coisa a ver com o fato de que a massa do
foguete vai diminuindo com o tempo, e assim ele
precisa de cada vez menos combustivel para manter uma
mesma aceleração??

Eu fiz um trabalho de equações diferenciais uma vez
sobre esse assunto! :) Achar a equação da autonomia
de vôo de um avião levando em conta a redução de sua
massa ao longo da viagem... Não deu muito certo :( .
Mas fazer o que? :)


--N1c01au



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 25/05/2001 07:45

Sérgio Taborda wrote:

> From: Joao Carlos Holland de Barcellos
>
> >(..)
> >Ok, aproveitando a onda "Construtivista" irei fazer as minhas
> >DEFINICOES JOCAXIANAS sobre estes assuntos :
>
> Permite-me que discorde...

Claro, o q seria da lista se todos concordassem ? :)

>
>
> >Informacao: - Codificacao, atraves de um meio fisico, sobre
> o estado de um sistema ou instrucoes de como
> obter este estado ou mais informacoes.
>
> A definição é recorrente. Defines a coisa com ela própria.
> "Um Kugh é aquilo que se assemelha ou cria um Kugh"
> Não é muito boa definição de Kugh, pois não ? :-)

Veja q definicoes recorrentes sao consideradas elegantes e concisas.
Veja a definicao de fatorial em matematica :
Fat( N ) = N * Fat ( N-1)
Fat( 0 ) = 1
Ou seja com 2 linhas se define a funcao fatorial !

No seu caso o Kugh nao esta bem definido pois eh circular, a definicao.
nunca acaba em algo que eh conhecido ( Como Fat(0)=1 ).



>
>
> No "Fisico" eu concordo, pois não tou a ver outra forma. Mesmo coisas como
> Telepatia, estariam baseadas em algo fisico.
> Codificação, não sei se concordo.
> Repara que o DNA, por exemplo contém informação no simples facto de existir.
> Assim como uma folha de papel em branco contem informação no facto de
> existir. Eu não chamaria codificação a isto.

Bom, a codificacao eh relativa a quem consiga decodificar.
Um DNA pode ser decodificado e trazer informacoes importantes
mas para quem nao consegue, nao traz informacoes nenhuma.
No caso da folha de papel ela pode trazer informacoes sobre ela mesma
por exemplo seu tamanho pode-se dizer que existe varias formas de codificar
"algo" e a mais simples (trivial) seria o proprio "algo". Assim a codificacao
mais simples sobre uma folha de papel seria ela propria.

>
>
> Acho que aquilo que definiste se assemelha mais a "Linguagem" ( a linguagem
> é auto-definivel. usas-a para a defenir a ela propria.)
>
> >Conhecimento : - Capacidade de um sistema Inteligente
> utilizar a informacao armazenada no poprio sistema.
>
> Isto eu chamaria Recall, em português não sei que termo usar.
> Tem a ver com a capacidade de acessares a memória [do sistema] e não com a
> inteligencia ou a informação contida nele.
> É o "não me lembro" (I can't recall )
>

Veja q eu associei Conhecimento com inteligencia.



>
> Conhecimento é ter Informação funcional. Ou seja, aquela que aplicada em
> outra informação produz informação nova.

Creio que nem sempre. Alguem tem o conhecimento de como
pegar cupins com uma vara de arvore. Entao ele a utiliza para pegar
cupins com a vara de arvore ( ou construir um foguete ). Nao necessariamente
esta gerando novo conhecimento.


>
> Maximizar o Conhecimento implica conseguires obter o máximo de informação a
> partir do minimo de informação.
>

Mas onde eu falei q era necessario maximizar o conhecimento?

> A aplicação da Informação funcional seria a Inteligencia.
> Sendo que para mim, toda a informação é funcional, mas nem toda é funcional
> do mesmo jeito para cada um.
> (Existe um conceito matemático que se assemelha ao tipo de conceito que uso
> para a informação funcional, mas que agora não lembro... era lambda-
> qq-coisa... Mas básicamente é um espaço onde cada elemento é função e
> argumento ao mesmo tempo. podemos aplicar F como função; F(X), ou aplicar
> uma funçao a F; X(F). Podemos aplicar F a si mesma; F(F), etc... )
>
> >Inteligencia : - Capacidade de um sistema processar , com
> sucesso, informacao para determinado fim
>
> Isto seria Objectividade.
> Inteligencia , eu acho, prende-se com a universalidade de um processo [ de
> reconhecimento e indução de ideias] e não com a informação em si.

Mas as ideias seriam informacoes armazenadas no proprio sistema ( cerebro ).


> Por isso
> existem vários tipos de Inteligencia. Porque o processo que se usa no
> tratamento das ideias matemáticas /racionais, não é o mesmo que se usa no
> tratamento de ideias artisticas , por exemplo.

Sim, mas todos pegam a informacao ( ideia ) processa-a / modifica-a para
determinado fim ( gerar novas ideias por exemplo ) .


>
> Inteligencia,quanto a mim, seria a capacidade de enganar a aleatoriedade.
> Dado um problema qq, préviamente desconhecido, ser capaz de o resolver
> demosntra a inteligencia.

Sim mas veja q isto se enquadra no q eu falei :
Pegar informacao e processa-la para resolver o problema.



> Outra acepção é a capacidade de entender, e outra
> a capacidade de manipular as ideias criandos novas. Mas para estas ultimas
> duas coisas temos o Entendimento e a Imaginação. Que podem ser confundidas
> com Inteligencia , mas que eu acho serem diferentes. Mas meu campo não é a
> Psicologia.

Acho q pode-se dizer que o entendimento eh uma parte da inteligencia
que precede a utilizacao da informacao. Seria como analisar o problema
a partir do conhecimento pre-existente.
A imaginacao seria parte do processamento, onde varias possibilidades
sao testadas antes de se chegar aa solucao do problema.


>
> Criar ideias aaprtir do "nada" eu chamaria Inspiração, que é diferente de
> Imaginação , que é usar ideias já existentes, mas dar-lhes usos ou
> prespectivas diferentes, tal que pareçam/sejam coisas diferentes.
>

A inspiracao poderia ser a inteligencia quando aplicada a momentos
"ociosos" do cerebro. Qdo nao se tem q resolver algum problema de
sobrevivencia urgente o cerebro poderia ser utilizado para ir tentando
elaborar ideias a partir da base de conhecimento dele.
Seria analogo ao processo que eu descrevi no projeto do "Criator".

[]s
jocax



SUBJECT: Re: misterio einsteniano (fwd)
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/05/2001 07:54


O Adonai tentou responder a todos mas nao pode pois nao faz parte da
ciencialist, repasso entao sua resposta.

(alias, vejo ter me metido em uma area acima de meu nivel :-)

bye.

---------- Forwarded message ----------
Date: Thu, 24 May 2001 22:21:31 -0300
From: Adonai Sant'Anna <adonai@scientist.com>
To: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
Cc: ciencialist@yahoogroups.com, Adam Luiz de Azevedo <adam@fisica.ufpr.br>
Subject: Re: misterio einsteniano

Caro Stafusa

Essa preocupacao da relacao entre matematica e fisica despertou o
interesse de outras pessoas alem de Einstein. De um ponto de vista mais
pragmatico, pode-se considerar uma teoria fisica como uma tripla
ordenada <M,D,p>, onde M denota uma estrutura matematica (em um sentido
preciso da expressao) D denota o dominio dos fenomenos fisicos e p
denota as regras que estabelecem as relacoes entre M e D. A literatura
sobre M eh imensa e sobre D tambem. Mas a literatura sobre p eh muito
pobre. O assunto eh muito complicado e apresenta inumeras questoes
importantes em aberto.

De um ponto de vista mais especulativo, o que voce escreve abaixo se
assemelha muito com as ideias do intuicionismo em matematica. Para Kant,
por exemplo, o principio de causalidade nao eh um principio fundamental
da fisica. Trata-se de um conhecimento a priori, indissociavel da
intuicao humana. Algo semelhante ocorre com os juizos matematicos.
Brower, o lider do intuicionismo, criticava a ingenuidade dos logicistas
e, principalmente, dos formalistas, de quererem caracterizar
simbolicamente o saber matematico. Para Brower a matematica nao se
compoe de verdades eternas. Afirmar que algo existe, em matematica,
significa dizer que este algo foi construido pela inteligencia humana, a
qual eh a sede do apriorismo temporal de Kant. A matematica se forma em
etapas sucessivas que nao podem ser conhecidas de antemao. O nome
`intuicionismo' justifica-se, portanto, dos proprios principios
kantianos, que se referem a uma intuicao com conotacao cientifica e nao
mistica.

O assunto eh interessante. Mas prefiro a abordagem mais pragmatica. Eh
mais condizente com minhas limitacoes.

Abracos

Adonai

Jefferson Stafusa Elias Portela wrote:
>
> Pelo que sei, Einstein disse alguma vez algo sobre o maior dos misterios
> ser o fato de a matematica servir tao bem 'a modelagem fisica.
>
> Bem, me aventurarei a argumentar contra isso.
>
> Por mais que a matematica seja (ou queiramos que seja) abstrata e
> desligada de 'fatos experimentais', ela eh (foi) criada por pessoas e
> estas estao imersas em um ambiente fisico e dele fazem parte:
> as pessoas sao unica e exclusivamente 'reflexo' deste meio, que eh
> absolutamente 'fisico'.
> Por este ponto de vista torna-se natural que ela(a matematica) modele bem
> o mundo fisico, jah que foi criada por seres cujo raciocinio deve estar de
> acordo com a 'realidade' fisica, = meio (talvez aih entrassem bem
> argumentos evolucinistas), raciocinio este portanto moldado por aquilo que
> talvez possamos chamar de 'matematica natural' .
>
> Algumas observacoes:
>
> -- ao contrario do que possa parecer, esta argumentacao nao assume (nem
> implica em) a incapacidade humana de abstracao, ateh porque nem toda a
> matematica tem interpretacao fisica e, por vezes, ela eh na verdade criada
> (ou modelada) para servir para modelagem (ver Newton criando o calculo
> para sua mecanica). Alias, nao falo de pensamento abstrato quando me
> refiro 'a abstracao.
>
> -- nao quero tambem me meter no debate 'ambiente X hereditariedade' quando
> digo que somos apenas reflexo do meio. Se genes estao agora presentes eh
> por que no passado (e talvez no presente) eles levaram 'a caracteristicas
> que, naquele meio, eram vantajosas, ou seja, o que importa aqui eh que
> direta ou indiretamente, o ambiente teria moldado a nos e a nossa mente,
> e que este ambiente eh, direta ou inderetamente, resultado exclusivamente
> de 'leis' fisicas.
>
> Sinto se isto parecer divagacao inutil, mas gostaria que se manifestassem
> a respeito.
>
> Abbracci,
> Stafusa

--
Dr. Adonai S. Sant'Anna
Department of Mathematics, Federal University at Parana
P. O. Box 019081, Curitiba, PR, 81531-990, Brazil
http://www.geocities.com/adonaisantanna/adonaiss.html



SUBJECT: Re: Propulsao de naves espaciais
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/05/2001 08:07

From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
>
> Os atuais motores de reação de combustível líquido, que acionam os
foguetes,
> desenvolvem uma força de empuxo ao redor dos 2000N quando, a cada segundo,
> se queima 1 kg de mistura combustível/comburente.
>
> Com a velocidade mínima necessária para lançar um satélite artificial da
Terra > (primeira velocidade cósmica =~8 km/s), para cada quilograma de
mistura
> queimada deve-se desenvolver, portanto, uma potência:
> Pot = F.v = 2000N.8000m/s = 16.10^6 J/s = 16 000 kW = 16 MW
>
> Entretanto, o calor de combustão da mistura de querosene e ácido nítrico
(que
> habitualmente é o que se emprega como combustível) é cerca de 6300 kJ/kg
(cerca
> de 1500 kcal/kg), ou seja, durante a combustão de um quilograma de mistura
por
> segundo, deverá desenvolver uma potência de "apenas" 6300 kW, quer dizer,
2,5
> vezes menor que aquele valor que obtivemos acima. E, ainda assim, o
satélite
> entra em órbita!
>
> Como explicar que para a primeira velocidade cósmica o combustível
proporciona
> 2,5 vezes mais energia do que aquela que ele possui?

Acho que é por causa de dois fatores. O primeiro, o Nicolau Werneck já
disse: a massa do foguete diminui (e como diminui!) com o tempo, então
a sua aceleração aumentaria (mantida a mesma força propulsora).

Segundo, ao que me consta o combustível de um Space Shuttle ou de um
lançador de satélites não é acido nítrico e querosene, mas hidrogênio
líquido e oxigênio líquido. Cálculos de potência devem ser feitos
com esses propelentes, que certamente são mais poderosos.

Em vários casos os foguetes usam estágios de combustível sólido (os
boosters) para auxiliar no "tranco" inicial. Uma das maiores vantagens
dos boosters é a grande perda de massa (só sobra praticamente o tubo
exterior, a maior parte do peso do booster foi queimada).

Até mais,
Sergio Navega.





SUBJECT: Re: misterio einsteniano
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/05/2001 08:25

From: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
>
> Pelo que sei, Einstein disse alguma vez algo sobre o maior dos misterios
> ser o fato de a matematica servir tao bem 'a modelagem fisica.
>
> Bem, me aventurarei a argumentar contra isso.
>
> Por mais que a matematica seja (ou queiramos que seja) abstrata e
> desligada de 'fatos experimentais', ela eh (foi) criada por pessoas e
> estas estao imersas em um ambiente fisico e dele fazem parte:
> as pessoas sao unica e exclusivamente 'reflexo' deste meio, que eh
> absolutamente 'fisico'.
> Por este ponto de vista torna-se natural que ela(a matematica) modele bem
> o mundo fisico, jah que foi criada por seres cujo raciocinio deve estar de
> acordo com a 'realidade' fisica, = meio (talvez aih entrassem bem
> argumentos evolucinistas), raciocinio este portanto moldado por aquilo que
> talvez possamos chamar de 'matematica natural' .

Creio que eu concordo com boa parte do que você diz. Talvez eu possa
argumentar de forma até mesmo mais radical: acho que a matemática é uma
criação que, ao longo do tempo, sofre um processo de "seleção natural".

Considero matemática algo muito próximo à filosofia. O que é filosofia?
É lançar a imaginação no terreno do logicamente possível e tentar
obter uma paisagem coerente. Mas sabemos que nem tudo o que é
logicamente válido também representa algo válido no mundo natural
(e é disso que eu baseio meu descontentamento com a metafísica).
O filósofo (ou alguns filósofos, para não ser muito categórico) insistem
em explorar os caminhos de seu pensamento independente do fazer ou
não sentido em relação ao mundo natural.

A matemática também pode, em alguns casos, "crescer" para lados
logicamente válidos, só que totalmente desconectados da realidade. Mas
no longo prazo, acho que aquilo que sobrevive (ou aquilo que é passado
com maior frequênicia, estudado por maior número de pessoas) são os
teoremas, definições, axiomas, métodos, conceitos, etc. que tenham
uma implicação mensurável nas ciências naturais (física, química,
etc). Aquelas áreas da matemática que não dispõe dessa ligação acabam
ficando aos cuidados de sectos (os matemáticos teóricos) que tem
bastante em comum com os filósofos.

Dessa forma, não é muito surpreendente que a matemática que nós
(pobres mortais, comparados com os matemáticos teóricos) conhecemos
possa estar assustadoramente próxima do mundo natural em suas
predições: só sobreviveram as noções que têm essa proximidade.

Até mais,
Sergio Navega.





SUBJECT: Re: misterio einsteniano
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/05/2001 08:56

--- In ciencialist@y..., Jefferson Stafusa Elias Portela
<stafusa@f...> wrote:
>
> Pelo que sei, Einstein disse alguma vez algo sobre o maior dos
misterios
> ser o fato de a matematica servir tao bem 'a modelagem fisica.
>
> Bem, me aventurarei a argumentar contra isso.
>
> Por mais que a matematica seja (ou queiramos que seja) abstrata e
> desligada de 'fatos experimentais', ela eh (foi) criada por pessoas
e
> estas estao imersas em um ambiente fisico e dele fazem parte:
> as pessoas sao unica e exclusivamente 'reflexo' deste meio, que eh
> absolutamente 'fisico'.


Em parte vc tem razao mas nem tanto assim.

Veja q o cerebro foi criado pela natureza mas isso nao implica
que tudo que ele imagine/pense/crie seja compativel com a natureza
do universo, certo?

Podemos pensar coisas impossiveis e errarmos em nossa logica ao
tentarmos resolver um problema e isso prova que o que o cerebro
produz nem sempre condiz com a realidade.

A Matematica eh uma criacao humana como o jogo de Xadrez o eh,
provavelmente , inicialmente ela foi criada para resolver
problemas praticos relacionados aa natureza mas, mesmo assim
ela poderia ser uma aproximacao do que ocorre na natureza.

Considere sua pergunta original filosofica :
"Por que a matematica se presta tao bem a fisica ?"

A Fisica se nutre de modelagens matematicas, mas a matematica
poderia nao servir aa natureza , por exemplo , considere
um universo na qual as suas "leis fisicas" nao sao constantes e
mudam aleatoriamente com o tempo ( seria como se nao existissem
leis fisicas).
Neste caso a nossa matematica nao seria util a este universo
e seria apenas mais uma elocubracao teorica .


Por isso existe este espanto da razao da matematica servir aa
fisica.

[]s
jocax
PS:Uma das respostas poderia ser que nosso universo eh fruto
de um modelo matematico-computacional ver em :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/39





SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/05/2001 09:23

From: Marco A. Andrade <logos@pccp.com.ar>
>In ciencialist@yahoogroups.com, Sergio Navega wrote:
>
>> Não vá ficar bravo, mas uma das minhas críticas ao Minsky >é exatamente
no
>tocante a esses modelos abstratos e sem >possibilidade de comprovação
>>empírica.
>
>Longe de mim. Jamais me irritaria num diálogo tão certinho. Eu só queria
>mostrar como fiquei gratamente surpreendido quando tive minha primeira
>aproximação ao tema da IA. Depois não tive muito tempo para dedicarme a
>buscar informação. Sempre me impressionou a capacidade teórica de Minsky.
>Depois do que vc disse, pude verificar que é certo que as ideias dele são
>realmente "food for tought"

Minsky para mim é mais um exemplo de postura do que de soluções.
Aprecio muito a forma de ele atacar os problemas, uma forma que
lembra muito uma criança brincando com modelos e sempre desenvolvendo
experimentos.

>
>> Na web, se você entrar com "implicit learning" no google ou >no
altavista,
>terá um zilhão de pointers. Procure também por
>> "Axel Cleeremans", na home page dele há um tutorial muito
>> interessante sobre o assunto.
>
>Obrigado pelas dicas sobre o Implicit Learning. Foi uma grande economia de
>tempo para mim.
>
>A propósito das neurociencias, o diálogo entre este grupo de conhecimentos
e
>a psicanálise é intenso e numeroso. Existe uma revista que leva no nome
>neurociências e psicanálise. Se não me engano é a Revista de Neurociencias
y
>Psicoanálisis (estou tão acostumado com ela, que me esqueci da exatidão do
>título), editada por um grupo composto pelas duas "disciplinas".

Essa é uma área na qual preciso me informar mais. Eu não sabia que
existia essa tentativa de ligação.

>
>Desde que ruiu o imperio behaviorista, o os contactos e intercambios com a
>psicanálise se intensificaram. As diferenças entre o "cognitive
inconscious"
>e o inconsciente freudiano não as distanciam tanto.

Embora concorde com você que o império behaviorista tenha ruído, ele
deixou marcas profundas nos vários segmentos da psicologia moderna.
Talvez você não concorde, mas acho que a influência behaviorista foi
comparável, se não maior, à psicanalítica.

Atualmente, o campo da Neurociência Cognitiva é o melhor representante
da união de técnicas behavioristas (não só de experimentos de
condicionamento, mas principalmente de estratégia de análise de dados)
com as formulações conceituais da psicologia cognitiva. Acho que
a neurociência cognitiva é a principal e mais importante disciplina
de estudo do cérebro/mente de hoje. E essa disciplina se baseia
firmemente em uma visão cognitiva associada a métodos de análise
que priorizem a cientificidade, exatamente como fez o behaviorismo.

>
>O que se nota é que a palavra psicanálise está sendo usada por gente que
nem
>sequer sabe o que ela significa. É um vocábulo que conquistou uma imprensa
>muito boa. No entanto a terminologia freudiana tem uma origem muito
>mecanicista e as formulações de Jacques Lacan são abstrusas e confusas (sem
>contar com as famosas "imposturas intelectuais"). Um psicanalista americano
>que esteve no MIT está seriamente interessado em utilizar um vocabulario
>conexionista para usar como ponte para um melho diálogo entre IA e
>Psicanálise.

Lacan e demais seguidores só serviram para complicar mais o meio de campo.
Acho que Alan Sokal fez um excelente trabalho ao expor toda a bobagem
foi dita por esse pessoal. Mas se separarmos um pouco essas "maçãs
ruins", ainda assim aquilo que sobra me parece insuficiente, em termos
realmente científicos. Em outras palavras, fico com uma questão para
a qual ainda não tive resposta: "Qual é o nível de cientificidade da
área mais respeitável da psicanálise atual?"

>
>Creio que tudo marchará melhor quando se consiga esclarecer a terminologia.
>Freud não teve um cuidado muito grande com o vocabulario psicanalítico. Não
>usou palavras oriundas de grego ou do latim. Como não era um essencialista,
>preferiu por a definição psicanalítica à direita do vocábulo, que
>preferentemente era uma palavra em alemão.

Mas acho que o pecado maior de Freud (em minha opinião) foi usar
terminologia
que -- não obstante ter introduzido conceitos interessates -- não parece
ter produtividade científica. Dito de outra forma, não consigo enxergar
como as noções psicanalíticas podem ser usadas para compor modelos
verificáveis da mente humana.

>
>Não existem muito mais que 200 palavras propriamente psicanalíticas (isto é
>pouco). As outras são palavras ponte para estabelecer contactos com outros
>ramos de conhecimento, além de muitas que pertencem ao vocabulario comum. A
>barreira lingüística é bastante importante.
>

Acredito que qualquer trabalho que tente desmistificar essa barreira vá
contribuir bastante para uma maior integração das várias disciplinas
que estudam a mente humana.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] misterio einsteniano
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/05/2001 09:31



On Fri, 25 May 2001, Sérgio Taborda wrote:
> Mas a matemática não foi feita para suportar a física.

Eu nao disse isso.

> A matemática pode ser muito mais abstracta que a física. Desprovida de
> representação real...Espaços N dimensionais...

...Sistemas com N graus de liberdade...
Quanto a "haver coisas na matematica que a fisica rotula como impossivel"
eu disse : nem tudo tem interpretacao fisica...

> normal....as Aproximações, são algo que matematicamente não faz sentido.
> Ler rx/ r+x = x é uma atrocidade matemática, mas não física se dissermos
> "desprezando x por ser muito menor que r"

Nao tenho certeza disso. Sempre interpretei como a tomada de um limite, e
vale lembrar que experimentalmente pode levar-se em conta (com calculos
matematicamente 'corretos') a imprecisao introduzida pela aproximacao.

> A matemática é algo muito necessário, mas não fundamental, no pensamento
> físico.

Serah?
>
> Cumprimentos,
>

Cumprimentos,
Stafusa




SUBJECT: Re: misterio einsteniano
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/05/2001 10:10

Ol pessoal,

Acho que talvez ajude encarar o "mistrio" de outra maneira: Seria vivel um universo em que as grandezas fsicas fundamentais no obedecessem relaes matemticas entre si? Seria possvel viver num universo desses? Penso que no. Se no houvessem propores matemticamente constantes, o universo seria catico. A matria organizada , e portanto a vida, no seria possvel.

[]s

Andr


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: misterio einsteniano
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/05/2001 10:34

andrebaptista@uol.com.br wrote:

> Olá pessoal,
>
> Acho que talvez ajude encarar o "mistério" de outra maneira: Seria viável um universo em que as grandezas físicas fundamentais não obedecessem relações matemáticas entre si?

Eu acho que seria possivel se vc pensar q as relacoes matematicas mudam
com o tempo e nao sao constantes por exemplo.


> Seria possível viver num universo desses? Penso que não.

Veja q na verdade isso eh possivel e podemos estar vivendo, na verdade,
num universo deste tipo onde as leis fisicas sao apenas uma aproximacao
do que ocorre no universo Beja :
A potencia quadratica da expressao da forca da gravidade pode estar
variando continuamente mas muito lentamente, por exemplo,
G= KM/R^2 e daqui ha 1 bilhao de anos seja
G=KM/R^(2 + K2Tempo + delta )
Onde K2 eh uma constante e delta um valr aleatorio pequeno.

Outra maneira de ver :
As leis fisicas podem mudar completamente , digamos, AMANHA :-(
Ninguem pode provar que o universo sera o mesmo amanha por exemplo,
quero dizer q nossas leis fisicas podem ser uma aproximacao "momentanea"
de uma aleatoriedade que, por sorte , produziram "momentaneas" leis estaveis
que permitiram a vida...mas que no futuro mudara outra vez...



> Se não houvessem proporções matemáticamente constantes, o universo seria caótico. A matéria organizada , e portanto a vida, não seria possível.
>

Talvez o que ocorre eh que podemos estar num curto espaco tempo de apenas
20 bi de anos onde a caoticidade, probabilisticamente , por sorte, se ordenou
e em breve se desordenara... e tudo *voltara* ao caos total de sempre....


[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: misterio einsteniano
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/05/2001 11:50

On Fri, 25 May 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> --- In ciencialist@y..., Jefferson Stafusa Elias Portela
> <stafusa@f...> wrote:
> >
> > Pelo que sei, Einstein disse alguma vez algo sobre o maior dos
> misterios
> > ser o fato de a matematica servir tao bem 'a modelagem fisica.
> >
> > Bem, me aventurarei a argumentar contra isso.
> >
> > Por mais que a matematica seja (ou queiramos que seja) abstrata e
> > desligada de 'fatos experimentais', ela eh (foi) criada por pessoas
> e
> > estas estao imersas em um ambiente fisico e dele fazem parte:
> > as pessoas sao unica e exclusivamente 'reflexo' deste meio, que eh
> > absolutamente 'fisico'.
>
>
> Em parte vc tem razao mas nem tanto assim.
>
> Veja q o cerebro foi criado pela natureza mas isso nao implica
> que tudo que ele imagine/pense/crie seja compativel com a natureza
> do universo, certo?
>
> Podemos pensar coisas impossiveis e errarmos em nossa logica ao
> tentarmos resolver um problema e isso prova que o que o cerebro
> produz nem sempre condiz com a realidade.

Em parte concordo, entretanto as 'coisas impossiveis' sao 'extencoes' de
coisas possiveis (em alguns casos sao meros limites). E erros sao soh
erros.

> A Matematica eh uma criacao humana como o jogo de Xadrez o eh,
> provavelmente , inicialmente ela foi criada para resolver
> problemas praticos relacionados aa natureza mas, mesmo assim
> ela poderia ser uma aproximacao do que ocorre na natureza.

Ela eh uma aproximacao talvez por pelo menos duas razoes:
pela limitacao de nossa percepcao do meio fisico(que levaria ao
surgimento de um raciocinio limitado: por isso ha resultados
experimentais, ou nao, que nao sao intuitivos);
e por nossa capacidade limitada de calculo (as vezes nao podemos
fazer as contas para modelos melhores)

> Considere sua pergunta original filosofica :
> "Por que a matematica se presta tao bem a fisica ?"
>
> A Fisica se nutre de modelagens matematicas, mas a matematica
> poderia nao servir aa natureza , por exemplo , considere
> um universo na qual as suas "leis fisicas" nao sao constantes e
> mudam aleatoriamente com o tempo ( seria como se nao existissem
> leis fisicas).
> Neste caso a nossa matematica nao seria util a este universo
> e seria apenas mais uma elocubracao teorica .

O que meus argumentos originais dizem eh que o que ocorreria neste caso eh
o nao desenvolvimento da matematica.

> http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/39 : Muito interessante,
mas tem certeza de que a ideia eh totalmente original sua?

Abbracci,
Stafusa




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: misterio einsteniano
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/05/2001 11:55

On Fri, 25 May 2001, Sergio Navega wrote:

> From: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
> >
> > Pelo que sei, Einstein disse alguma vez algo sobre o maior dos misterios
> > ser o fato de a matematica servir tao bem 'a modelagem fisica.
> >
> > Bem, me aventurarei a argumentar contra isso.
> >
> > Por mais que a matematica seja (ou queiramos que seja) abstrata e
> > desligada de 'fatos experimentais', ela eh (foi) criada por pessoas e
> > estas estao imersas em um ambiente fisico e dele fazem parte:
> > as pessoas sao unica e exclusivamente 'reflexo' deste meio, que eh
> > absolutamente 'fisico'.
> > Por este ponto de vista torna-se natural que ela(a matematica) modele bem
> > o mundo fisico, jah que foi criada por seres cujo raciocinio deve estar de
> > acordo com a 'realidade' fisica, = meio (talvez aih entrassem bem
> > argumentos evolucinistas), raciocinio este portanto moldado por aquilo que
> > talvez possamos chamar de 'matematica natural' .
>
> Creio que eu concordo com boa parte do que você diz. Talvez eu possa
> argumentar de forma até mesmo mais radical: acho que a matemática é uma
> criação que, ao longo do tempo, sofre um processo de "seleção natural".
>
> Considero matemática algo muito próximo à filosofia. O que é filosofia?
> É lançar a imaginação no terreno do logicamente possível e tentar
> obter uma paisagem coerente. Mas sabemos que nem tudo o que é
> logicamente válido também representa algo válido no mundo natural
> (e é disso que eu baseio meu descontentamento com a metafísica).
> O filósofo (ou alguns filósofos, para não ser muito categórico) insistem
> em explorar os caminhos de seu pensamento independente do fazer ou
> não sentido em relação ao mundo natural.
>
> A matemática também pode, em alguns casos, "crescer" para lados
> logicamente válidos, só que totalmente desconectados da realidade. Mas
> no longo prazo, acho que aquilo que sobrevive (ou aquilo que é passado
> com maior frequênicia, estudado por maior número de pessoas) são os
> teoremas, definições, axiomas, métodos, conceitos, etc. que tenham
> uma implicação mensurável nas ciências naturais (física, química,
> etc). Aquelas áreas da matemática que não dispõe dessa ligação acabam
> ficando aos cuidados de sectos (os matemáticos teóricos) que tem
> bastante em comum com os filósofos.
>
> Dessa forma, não é muito surpreendente que a matemática que nós
> (pobres mortais, comparados com os matemáticos teóricos) conhecemos
> possa estar assustadoramente próxima do mundo natural em suas
> predições: só sobreviveram as noções que têm essa proximidade.
>

Calma ai! Muita coisa na matematica foi criada sem aplicacao, e boa parte
continua assim ateh hoje e ainda assim nao eh abandonada.
Eh importante dizer que existe tambem algo como um lado artistico na
matematica: certas coisas sao feitas apenas por razoes esteticas.
Mas eh claro que vc estah certo em dizer que o que eh mais estudado eh
aquilo que encontra aplicacao.

> Até mais

ateh.

Stafusa




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: misterio einsteniano
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/05/2001 12:00


relacoes que mudam com o tempo e que por acaso estao agora num estado
favoraveis a vida...: me parece um bocado improvavel que por acaso *todas*
elas, 'ao mesmo tempo' o fizessem.
Alem disso, ateh onde sei, existem vericacoes experimentais um bocado
precisas de muitas ctes e leis.


On Fri, 25 May 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> andrebaptista@uol.com.br wrote:
>
> > Olá pessoal,
> >
> > Acho que talvez ajude encarar o "mistério" de outra maneira: Seria viável um universo em que as grandezas físicas fundamentais não obedecessem relações matemáticas entre si?
>
> Eu acho que seria possivel se vc pensar q as relacoes matematicas mudam
> com o tempo e nao sao constantes por exemplo.
>
>
> > Seria possível viver num universo desses? Penso que não.
>
> Veja q na verdade isso eh possivel e podemos estar vivendo, na verdade,
> num universo deste tipo onde as leis fisicas sao apenas uma aproximacao
> do que ocorre no universo Beja :
> A potencia quadratica da expressao da forca da gravidade pode estar
> variando continuamente mas muito lentamente, por exemplo,
> G= KM/R^2 e daqui ha 1 bilhao de anos seja
> G=KM/R^(2 + K2Tempo + delta )
> Onde K2 eh uma constante e delta um valr aleatorio pequeno.
>
> Outra maneira de ver :
> As leis fisicas podem mudar completamente , digamos, AMANHA :-(
> Ninguem pode provar que o universo sera o mesmo amanha por exemplo,
> quero dizer q nossas leis fisicas podem ser uma aproximacao "momentanea"
> de uma aleatoriedade que, por sorte , produziram "momentaneas" leis estaveis
> que permitiram a vida...mas que no futuro mudara outra vez...
>
>
>
> > Se não houvessem proporções matemáticamente constantes, o universo seria caótico. A matéria organizada , e portanto a vida, não seria possível.
> >
>
> Talvez o que ocorre eh que podemos estar num curto espaco tempo de apenas
> 20 bi de anos onde a caoticidade, probabilisticamente , por sorte, se ordenou
> e em breve se desordenara... e tudo *voltara* ao caos total de sempre....
>
>
> []s
> jocax

[]s
stafusa




SUBJECT: Re: [ciencialist] Propulsao de naves espaciais
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/05/2001 12:01

On Thu, 24 May 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Com a velocidade mínima necessária para lançar um satélite artificial
> da Terra (primeira velocidade cósmica =~8 km/s), para cada quilograma
> de mistura queimada deve-se desenvolver, portanto, uma potência: Pot =
> F.v = 2000N.8000m/s = 16.10^6 J/s = 16 000 kW = 16 MW
>
> Entretanto, o calor de combustão da mistura de querosene e ácido
> nítrico (que habitualmente é o que se emprega como combustível) é
> cerca de 6300 kJ/kg (cerca de 1500 kcal/kg), ou seja, durante a
> combustão de um quilograma de mistura por segundo, deverá desenvolver
> uma potência de "apenas" 6300 kW, quer dizer, 2,5 vezes menor que
> aquele valor que obtivemos acima. E, ainda assim, o satélite entra em
> órbita!

Os tais 8 Km/s seria a velocidade de lançamento em caso balístico como por
exemplo seria a velocidade necessária para que o projétil de um rifle
entrasse em órbita. No caso dos foguetes a aceleração é contínua enquanto
dentro da atmosfera terrestre [e um pouco além dela] então não importa
muito com que velocidade ele escapa de nosso planeta.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: misterio einsteniano
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/05/2001 13:13

Jefferson Stafusa Elias Portela wrote:

> On Fri, 25 May 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Em parte vc tem razao mas nem tanto assim.
> >
> > Veja q o cerebro foi criado pela natureza mas isso nao implica
> > que tudo que ele imagine/pense/crie seja compativel com a natureza
> > do universo, certo?
> >
> > Podemos pensar coisas impossiveis e errarmos em nossa logica ao
> > tentarmos resolver um problema e isso prova que o que o cerebro
> > produz nem sempre condiz com a realidade.
>
> Em parte concordo, entretanto as 'coisas impossiveis' sao 'extencoes' de
> coisas possiveis (em alguns casos sao meros limites). E erros sao soh
> erros.
>

Mas o modo como vc encara extensoes pode ser subjetivo e dar margem
a discussoes infrutiferas. Erros podem nao ser considerados erros ateh q se
descubra q o sao. A mecanica de newton nao estava errada ateh ser
substituida pela moderna q pode estar errada e ser substiuida ainda etc...
Ou seja, poderemos sempre estar errados (com a teoria errada ) :-(



>
> > Considere sua pergunta original filosofica :
> > "Por que a matematica se presta tao bem a fisica ?"
> >
> > A Fisica se nutre de modelagens matematicas, mas a matematica
> > poderia nao servir aa natureza , por exemplo , considere
> > um universo na qual as suas "leis fisicas" nao sao constantes e
> > mudam aleatoriamente com o tempo ( seria como se nao existissem
> > leis fisicas).
> > Neste caso a nossa matematica nao seria util a este universo
> > e seria apenas mais uma elocubracao teorica .
>
> O que meus argumentos originais dizem eh que o que ocorreria neste caso eh
> o nao desenvolvimento da matematica.
>

Mas como aproximacao ela eh bastante util se as leis mudarem muito lentamente
de modo q nao percebemos suas mudancas...

>
> > http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/39 : Muito interessante,
> mas tem certeza de que a ideia eh totalmente original sua?
>

Claro que sim , a ideia eu tive uns 6 meses antes de publicar este texto.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: misterio einsteniano
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/05/2001 13:18

Jefferson Stafusa Elias Portela wrote:

> relacoes que mudam com o tempo e que por acaso estao agora num estado
> favoraveis a vida...: me parece um bocado improvavel que por acaso *todas*
> elas, 'ao mesmo tempo' o fizessem.
> Alem disso, ateh onde sei, existem vericacoes experimentais um bocado
> precisas de muitas ctes e leis.
>
>

Um "bocado" nao eh suficiente :-)

Eu fiz uma conjectura filosofica sobre isso .

Pessoalmente nao acredito q as leis fisicas mudem aleatoriamente com o tempo
( Mas nao eh impossivel q esteja acontecendo ).
[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Conhecimento Objetivo
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/05/2001 15:18

In ciencialist@yahoogroups.com, Manuel Bulcão wrote:


'>
> Manuel: Li esse livro do Popper. Pelo que sei, sua teoria >dos três mundos
influenciou alguns importantes cientistas e >teóricos da ciência (Jacques
Monod e Edgar Morin) que >consideram as idéias ou seres noológicos
(rebatizado por >Dawkins de "memes") como entidades relativamente
>autônomas, cuja relação com o cérebro humano é análoga à >relação de
parasitismo dos vírus com seus organismos >hospedeiros (os seres noológicos,
assim como os vírus, >situam-se nas fronteiras da vida, na de cima e na de
baixo, >respectivamente).

Um prazer voltar a me comunicar com vc. Estive pensando nesta ideia da
entidade autônoma e sempre me pareceu muito poderosa. Se o Freud vivesse,
hoje em dia ele diria que o inconsciente proposto por ele é um conjunto de
estruturas cognitivas (Lacan diz que está estruturado como uma linguagem).
Chomsky é responsável pela ideia de que a linguagem é inseparável do
pensamento e dá forma a ele. Chomsky também diz que a única forma de captar
um pensamento é contido numa estrutura lingüística. É impossível isolá-lo
fora de uma linguagem. Também fala que toda lingua forma na mente estruturas
cognitivas. Pensar, para Chomsky, é ler.

No mesmo livro Popper diz que as teorias são estruturas lingüísticas, ou
seja, se unimos as ideias, teremos que os pensamentos, as teorias, são
sempre (ou estão em) estruturas
lingüísticas.

Uma ideia que impressionou muito a Freud foi a afirmação de Grodeck
(introdutor do termo "Es" - depois traduzido ao Inglês e ao Português como
"Id" e ao Espanhol como "Ello") de que "não vivemos, somos vividos por nosso
Id", ou seja que são determinadas estruturas cognitivas que temos as que nos
condicionam de certo modo.

Freud usou a palavra "recalque" (mais tarde chamada repressão) para
descrever um mecanismo que se impunha quando se gravava algo numa linguagem
de adulto sobre a estrutura que estava em outra linguagem (processo primario
x processo secundario).

Tomou esta ideia dos postulados de Jackson ( o das epilepsias focais,
chamadas Bravais-Jacksonianas), sobre as estruturas mais novas que formam
estratos sobre as mais antigas. Jackson dizia que a estrutura evolutivamente
anterior aparece quando se desestrutura a mais recente. O reflexo plantar
(que sugere arrancar para andar), quando ha lesão central importante cede
lugar para o reflexo de Babinski (um reflexo no pé, que faz com que os dedos
se encolham, como se fosse para agarrar-se a um galho), que é um reflexo de
preensão (como se a falha da estrutura "humana" cedesse lugar à estrutura de
"macaco").

Sergio Navega mencionou o fato de que a gente não perde nem a direção, nem o
trajeto e tampouco o objetivo de um caminho previamente traçado e
programado, embora estejamos fazendo outras coisas. É como se, pensando ou
fazendo diferentes coisas, se pode realizar automaticamente uma ação
complexa.

A neurologia diz que a estrutura "consciente" e pensada se chama piramidal e
a que se realiza automáticamente recebe a denominação de extrapiramidal.
Lesões nervosas podem afetar uma, outra ou ambas e c/ um exame neurológico
se pode determinar a localização pelos déficits funcionais.

O que fez Freud foi propor um método para ler as estruturas subjacentes que
não sofreram transcrição (não foram traduzidas) e ficam determinando
alterações do comportamento conscientemente "programado" (sintomas
psíquicos). Estas alterações são sempre estruturas cognitivas (portanto
lingüísticas) que se impõem e "perturbam" o comportamento desejado.

Como vemos, são estruturas cognitivas autônomas. Se parecem aos memes. Ou
seja, não só as teorias de alto nível de abstração, senão o mais elementar
sintoma neurótico funciona como um ser noológico.

O que é que vc acha disso?
[]s
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: Propulsao de naves espaciais
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/05/2001 16:26

From: Tarcisio Borges da Silva Jr. <tbs97@fisica.ufpr.br>
> On Thu, 24 May 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
> > Com a velocidade mínima necessária para lançar um satélite artificial
> > da Terra (primeira velocidade cósmica =~8 km/s), para cada quilograma
> > de mistura queimada deve-se desenvolver, portanto, uma potência: Pot =
> > F.v = 2000N.8000m/s = 16.10^6 J/s = 16 000 kW = 16 MW
> >
> > Entretanto, o calor de combustão da mistura de querosene e ácido
> > nítrico (que habitualmente é o que se emprega como combustível) é
> > cerca de 6300 kJ/kg (cerca de 1500 kcal/kg), ou seja, durante a
> > combustão de um quilograma de mistura por segundo, deverá desenvolver
> > uma potência de "apenas" 6300 kW, quer dizer, 2,5 vezes menor que
> > aquele valor que obtivemos acima. E, ainda assim, o satélite entra em
> > órbita!
>
> Os tais 8 Km/s seria a velocidade de lançamento em caso balístico como por
> exemplo seria a velocidade necessária para que o projétil de um rifle
> entrasse em órbita. No caso dos foguetes a aceleração é contínua enquanto
> dentro da atmosfera terrestre [e um pouco além dela] então não importa
> muito com que velocidade ele escapa de nosso planeta.

Estou um pouco confuso com os números que vocês têm apresentado aqui.
Velocidade de escape (para entrar em órbita) até onde eu conheço é
de 11,2 km/seg, mas como faz tempo que mexi com essas coisas, posso
estar errado.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: misterio einsteniano
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/05/2001 18:10

From: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
> >Sergio Navega:
> > Dessa forma, não é muito surpreendente que a matemática que nós
> > (pobres mortais, comparados com os matemáticos teóricos) conhecemos
> > possa estar assustadoramente próxima do mundo natural em suas
> > predições: só sobreviveram as noções que têm essa proximidade.
> >
>
> Calma ai! Muita coisa na matematica foi criada sem aplicacao, e boa parte
> continua assim ateh hoje e ainda assim nao eh abandonada.

Com certeza! Mas isso é objeto de investigação apenas por matemáticos.
Físicos, biólogos, químicos, toda essa cambada só utilizam a matemática
até o ponto em que ela é produtiva. Esse mesmo fenômeno ocorre com
a filosofia: vários conceitos são desenvolvidos apenas pela sua
implicação lógica ou elegância conceitual, e não por sua eventual
conexão com aplicações no mundo natural.

> Eh importante dizer que existe tambem algo como um lado artistico na
> matematica: certas coisas sao feitas apenas por razoes esteticas.
> Mas eh claro que vc estah certo em dizer que o que eh mais estudado eh
> aquilo que encontra aplicacao.

Também acho que a filosofia tenha o seu lado estético, e talvez até
mesmo prazeroso. Afinal, é gostoso ser, de vez em quando, um "armchair
philosopher". Veja, não sou contrário a esse tipo de investigação,
acho mesmo é que representa um digno caminho para o pensamento humano.
Na pior das hipóteses, isso pode revelar estruturas de pensamento
(analogias, casos, estórias) que podem ser "copiadas" com sucesso
para tentar resolver problemas em domínios naturais.

Mas isto não me faz gostar de teorias científicas "filosóficas" (como,
por exemplo, a teoria das "cordas" ou a de múltiplos universos). Isso
para mim é pura filosofia, algo que serve para perseguir os limites
do pensamento humano, mas não para ser chamada de ciência. Se não há
um braço empírico que possa ser avaliado (mesmo que apenas no futuro),
não creio que uma teoria possa ser mais do que mera filosofia.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Propulsao de naves espaciais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/05/2001 18:47

Ois,
as sugestões dadas até o momento têm suas certas razões ... mas não é a 'boa resposta'.

O interessante da história é que a questão em mim despertada (aquele insight) saiu dessa própria lista de discussão ao pensar sobre o tema; nunca havia pensado nisso antes!
Como vcs podem observar muitos e muitos detalhes sobre a física foram levantados nessa ciencialist. Acredito que esse é o tipo de leitura que alunos do ensino médio e superior deveriam ter para ler. Esses comentários que saem aqui são de uma importância capital para a cabeça dessa meninada que se inicia. Na minha fase adoraria ler as coisas que acontecem por aqui...., mas não havia nada além de parcas 'apostilas' publicadas pela Nobel!

Eu mesmo ainda me surpreendo com os detalhes, requintes e pensamentos que se apresentam nessas mensagens. Quantos detalhes, quanta variedade, quantas minúcias eu mesmo aprendi. Em cada uma delas refaço e solidifico meu aprendizado. Parabenizo a todos. Com esforço tenho tentado contribuir com minha parcela.

Nada me tira da cabeça que dessa lista de discussão, após uma triagem e ajustes, sairia um livro mais que recomendável para nossos jovens.

[]'
Léo

Ah! ia esquecendo, posto aquilo que 'acho' como boa resposta, no final do domingo (vou a SP num casório nessa madrugada de sábado).
=========================

-----Mensagem Original-----
De: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 25 de maio de 2001 16:26
Assunto: [ciencialist] Re: Propulsao de naves espaciais


| From: Tarcisio Borges da Silva Jr. <tbs97@fisica.ufpr.br>
| > On Thu, 24 May 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
| > > Com a velocidade mínima necessária para lançar um satélite artificial
| > > da Terra (primeira velocidade cósmica =~8 km/s), para cada quilograma
| > > de mistura queimada deve-se desenvolver, portanto, uma potência: Pot =
| > > F.v = 2000N.8000m/s = 16.10^6 J/s = 16 000 kW = 16 MW
| > >
| > > Entretanto, o calor de combustão da mistura de querosene e ácido
| > > nítrico (que habitualmente é o que se emprega como combustível) é
| > > cerca de 6300 kJ/kg (cerca de 1500 kcal/kg), ou seja, durante a
| > > combustão de um quilograma de mistura por segundo, deverá desenvolver
| > > uma potência de "apenas" 6300 kW, quer dizer, 2,5 vezes menor que
| > > aquele valor que obtivemos acima. E, ainda assim, o satélite entra em
| > > órbita!
| >
| > Os tais 8 Km/s seria a velocidade de lançamento em caso balístico como por
| > exemplo seria a velocidade necessária para que o projétil de um rifle
| > entrasse em órbita. No caso dos foguetes a aceleração é contínua enquanto
| > dentro da atmosfera terrestre [e um pouco além dela] então não importa
| > muito com que velocidade ele escapa de nosso planeta.
|
| Estou um pouco confuso com os números que vocês têm apresentado aqui.
| Velocidade de escape (para entrar em órbita) até onde eu conheço é
| de 11,2 km/seg, mas como faz tempo que mexi com essas coisas, posso
| estar errado.
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| Até mais,
| Sergio Navega.
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SUBJECT: Re: Propulsao de naves espaciais
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/05/2001 18:47

Nicolau esta' certo,

http://www.britannica.com/eb/article?eu=108539&tocid=45752#45752.toc

E nao eh q. a porcaria funciona?

So' q. sera' preciso quase 13 vezes mais propelente em massa do q. a carga
util...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/05/2001 19:34

In ciencialist@yahoogroups.com, Sérgio Taborda wrote:

> Isto eu chamaria Recall, em português não sei que termo >usar.Tem a ver
com a capacidade de acessares a memória >[do sistema]... É o "não me
lembro" (I can't recall )

Andei estudando terminologia e análise conceitual e gerei na minha cabeça
mais dúvidas que respostas. Prefiro pensar que talvez o termo exato em
português não é o mais importante. Até creio que talvez fosse melhor usar
uma palavra bem diferente que uma parecida.

Existem "atitudes" conceituais que produzem determinados efeitos (não podia
ser diferente, é obvio). A mais antiga é a posição essencialista, que
pretende dar um nome a qualquer entidade concreta ou teórica que seja uma
síntese do que a coisa é. É uma forma absolutista e estática de conceber as
coisas. Vc dá um nome e tem o dominio da coisa. No entanto parece que este
nome é algo definitivo e fatal. O costume era tratar de utilizar o grego ou
o latim para caracterizar uma entidade.

O tempo e o progresso fazem com que a comprensão aumente e as definições vão
perdendo pouco a pouco seus limites, de modo que o nome (a parte sintética)
vai perdendo força e até consistencia. A definição extensa (a parte
analítica) cobra um valor e uma consistencia maior. A ideia de que o nome
não importa e que o que vale é a definição é uma atitude nominalista.

É um costume dizer que, para os essencialistas, a definição fica à esquerda
e que o nome (à direita) fecha toda discussão e encerra a essencia da
entidade. Para os nominalistas, no entanto, o nome fica à direita e a
definição segue. Esta depois se modifica de acordo com o progresso da
ciência.

Muitos preconizam uma posição moderada, nem tanto ao mar e nem tanto à
terra. Preferem um nome que sugira algo do que se quer definir.

No caso dos termos informáticos, nomes parecidos podem até gerar confusão e
discussões bizantinas. Por este motivo eu penso que se deve escolher termos
que não gerem tanta discussão. Um exemplo é a palavra "quark". Ninguém pode
traduzi-la, no entanto a definição é o que vem à cabeça.

Dizer "recall" pode sugerir lembrar em português, mas a gente de idioma
inglês não usa "remember". Não é exatamente um sinônimo. "Recall" é mais
descritivo e fala do ato, remember é mais funcional, fala da faculdade de
recordar. Eu renunciaria a traduzir ao português, talvez o melhor seria
manter a expressão em inglês, ou sofrer o que a psicanálise sofreu.

Freud usou palavras do vocabulario comum do alemão para definir conceitos
psicanalíticos (não do vocabulario comum). Hoje nos encontramos com gente de
qualquer nível intelectual usando termos psicanalíticos e até se entitulando
psicanalistas.

Não sei se isto é inteiramente mau, mas gera muita confusão. Um exemplo é o
uso que faz o Sergio Navega dos termos "saber" e "entender" que são opostos
à significação precisa em português. Êle, com uma atitude quase nominalista,
define e depois dá o nome. Perfeito. Tudo fica certinho. A IA pode dar o
nome que deseje a qualquer conceito, total, o conceito é dela e ninguém pode
objetar. Cada um dá ao filho o nome que lhe aprouver. Os dicionarios,
futuramente, se encarregarão de esclarecer que o saber informático é o
entender idiomático e vice-versa.

Não creio que se possa solucionar este tema. Pelo menos agora. Ainda penso
que o nominalismo é mais conveniente.

[]s
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar



> Conhecimento é ter Informação funcional. Ou seja, aquela que aplicada em
> outra informação produz informação nova.
> Maximizar o Conhecimento implica conseguires obter o máximo de informação
a
> partir do minimo de informação.
> A aplicação da Informação funcional seria a Inteligencia.
> Sendo que para mim, toda a informação é funcional, mas nem toda é
funcional
> do mesmo jeito para cada um.
> (Existe um conceito matemático que se assemelha ao tipo de conceito que
uso
> para a informação funcional, mas que agora não lembro... era lambda-
> qq-coisa... Mas básicamente é um espaço onde cada elemento é função e
> argumento ao mesmo tempo. podemos aplicar F como função; F(X), ou aplicar
> uma funçao a F; X(F). Podemos aplicar F a si mesma; F(F), etc... )
>
> >Inteligencia : - Capacidade de um sistema processar , com
> sucesso, informacao para determinado fim
>
> Isto seria Objectividade.
> Inteligencia , eu acho, prende-se com a universalidade de um processo [ de
> reconhecimento e indução de ideias] e não com a informação em si. Por isso
> existem vários tipos de Inteligencia. Porque o processo que se usa no
> tratamento das ideias matemáticas /racionais, não é o mesmo que se usa no
> tratamento de ideias artisticas , por exemplo.
> Inteligencia,quanto a mim, seria a capacidade de enganar a aleatoriedade.
> Dado um problema qq, préviamente desconhecido, ser capaz de o resolver
> demosntra a inteligencia. Outra acepção é a capacidade de entender, e
outra
> a capacidade de manipular as ideias criandos novas. Mas para estas ultimas
> duas coisas temos o Entendimento e a Imaginação. Que podem ser confundidas
> com Inteligencia , mas que eu acho serem diferentes. Mas meu campo não é a
> Psicologia.
> Criar ideias aaprtir do "nada" eu chamaria Inspiração, que é diferente de
> Imaginação , que é usar ideias já existentes, mas dar-lhes usos ou
> prespectivas diferentes, tal que pareçam/sejam coisas diferentes.
>
> Cumprimentos
>
>
> Sérgio M. M. Taborda
>
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> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/05/2001 20:19

In ciencialist@y..., Manuel Bulcão wrote:

>Essa teoria (que, na filosofia, tem o nome de teoria da tabula >rasa),
Popper condena com veemência.

Manuel:

Enquanto lia esta mensagem, estive pensando coisas que vou tratar de
comunicar em "status nascendi", porque antes não havia pensado e largo assim
como pensei, para ver se tem algum fundamento.

Pensei que Popper, quando condena o senso comum, porque julga que é uma mera
ilusão dos sentidos (teoria da tábula rasa), pensa como um empirista. Não ha
nada no espírito que não haja penetrado pelos sentidos. Sua ideia é mais
próxima a Kant. No entanto creio que ele se confessa racionalista (não tenho
certeza). Os racionalistas postulam uma razão que pode, por um poder proprio
(talvez posto por uma divindade) de conhecer a realidade.

Popper foi bastante racionalista quando disse que verdade é o que uma
criança diz que tal coisa é pão e outra é uma pedra. Neste ponto está de
acordo com o senso comum. Verdade para o mundo 2 é o que serve para viver,
para o mundo 3 é a tal de verossimilitude, que ele explica no livro que
falamos.

Kant disse: É certo que não há nada no espírito que não haja entrado pelos
sentidos, salvo o espírito. Neste ponto Popper é kantiano. Procura
distanciar do espírito, na medida do possível, a teoria científica. Quer
conceitos puros, não influidos pelo espírito pré-existente, nem pelos
sentidos. É uma pretensão de objetividade quase absoluta.

Freud, muito kantiano, inventou um Id racionalista e um Ego empirista.

Popper rejeita o senso comum para o mundo 3 porque o "imperio dos sentidos"
seria talvez o mundo 2. O verificacionismo do mundo 3 só pode admitir a
prova empírica. Uma teoria nasce, para Popper, no mundo 2 (como uma
fantasia). Depois a gente se encarrega de "elevá-la" ao mundo 3.

Para a ciência isto é muito bom, mas para viver o quotidiano não serve.
Creio que o pessoal da IA pensa no quotidiano. A inteligência não consiste
só em provar teorias abstratas. Requer uma capacidade de resolver problemas
imediatos e de crenças compartilhadas.

Estas crenças compartilhadas não são outras coisas que crenças comuns, ou
seja, "sentidos", "significações", sensos comuns. É muito difícil pôr numa
máquina todas as crenças de uma comunidade humana, por isso é tão difícil
para as máquinas. É algo muito comum ver como uma explicação científica
substitui uma crença mítica e, no entanto, qualquer uma serve para viver, ou
seja, se eu penso que as pontas são coisas do diabo e me afasto delas nos
dias de chuva, outro se afastará do mesmo modo, mas por conhecer o perigo
dos raios, devido ao poder das pontas. Para fins práticos, dá no mesmo.

Abraços
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar







SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/05/2001 21:13

In ciencialist@yahoogroups.com, Sergio Navega wrote:

>A tabula rasa, muito discutida por Locke, é um dos >princípios do
empiricismo, e talvez seja um pouco >exagerada. Mas não é de todo
descartável. Com isso quero >dizer que tanto o empirismo radical quanto o
racionalismo >radical são visões inapropriadas para explicar o nascimento >e
a evolução do conhecimento em seres humanos.

A filosofia ocidental parecia estar terminada porque só se admitia uma das
duas posições (inimigas até determinada época). Ou se era racionalista
(continental) ou se era empirista (da Ilha - "perfide Albion"). Até que
surgiu Kant e disse exatamente o que vc diz. Falou que é certo que não
existe nada no espírito que não haja entrado pelos sentidos, salvo o
espírito mesmo. Admitiu a subjetividade. As posições extremas são
pré-kantianas e as moderadas, ou que admitem algum tipo de amizade entre
postulados das duas, são post-kantianas.

>Todo esse processo forma uma só cognição: aquela que >temos quando adultos.
Tudo o que pensamos como adultos >tem origem da interação dessas duas
construções com as >ovas experiências sensórias a
>que somos submetidos.

Este é um modelo construtivista piagetiano. Parte de uma inteligencio
sensorio-motriz e chega à construção simbólica do adulto, com a lógica
formal como base.

>Mas o interior já está definido, e foi criado durante nossa >infância
(aliás, esse interior parece ser largamente inacessível >ao nosso
consciente). Sem a estrutura dada por esse >"interior", não há como
compreender uma aula de física >teórica. Esse interior é o que eu chamo de
senso comum, a >principal característica que ainda não foi implementada em
>inteligência artificial.

Este seria bem o modelo freudiano. Uma base altamente sensorial, construida
com uma linguagem que Freud denominou "de órgão" , com símbolos que geram
sinais de aprovação ou desaprovação pela quantidade ("quantum") de afeto.
Quando determinada estrutura simbólica se carrega de uma "quantidade"
considerada excessiva, se transforma em sofrimento, quando se "descarrega",
o registro é prazer. Um oscilação quantitativa determina a qualidade.

Freud denominou este registro de processo primario, para caracterizar a
livre fluidez da quantidade nas marcas simbólicas gerando prazer ou falta
de prazer (até dor).

Esta linguagem permaneceria num determinado nível de registro e sofreria
transcrição em níveis superiores, para formar a base do pensamento adulto
(lógica formal). Toda falta de transcrição se traduz em dificuldades lógicas
formais(o sintoma neurótico). Este processo primario é também um conjunto de
crenças, sentidos (sensos) comuns dos grupos humanos (alguns se tornaram
universais - seja, mais comuns, impossível). A linguagem sensorial dificulta
o pensamento baseado em outras lógicas, porque é fundamentalmente plástica
(formada de imagens predominantemente visuais e com outras características,
como imagens auditivas, tácteis, etc., gerando uma gestalt do tipo "senso
comum").

>Ouvir uma linguagem (e sutilezas como a distinção entre L e >R) depende de
processamento sensorial de baixo nível, ou >seja, processamento neural
próximo às entradas auditivas.

Seria a estrutura "profunda" do Chomsky ?

A representação verbal plástica é o segredo da linguagem "em processo
primario". A psicanálise postula um método para detetar as falhas de
transcrição entre os dois níveis.

[]s
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar







SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Propulsao de naves espaciais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/05/2001 21:49

Oi fogueteiros,

Não resisti em aguardar o domingo para postar minha 'boa' proposta do porque basta cerca 2,5 vezes a quantidade de combustível calculada naquela etapa introdutória.

Certamente esse cálculo, como bem o indicou nosso colega, serviria para o cálculo de um projétil (tal como uma bala de fuzil) a partir do solo para obter a primeira velocidade cósmica, cerca de 8 km/s mas, é, sem dúvida um primeiro cálculo que se faz.

Outro problema levantado é a variação de massa. Interessante a confusão que se faz aqui. A variação de massa é apenas um detalhe (importante) no processo para se obter o progressivo aumento da velocidade ... mas não é a causa dessa variação. É um problema equivalente ao obter a velocidade de um carrinho cheio de areia que vaza por um buraco na traseira numa pista totalmente sem atrito. A massa que escoa com certa velocidade em relação ao carrinho é a causa básica; a diminuição da massa do carrinho é um mero detalhe mecânico ... não a causa.

Veja a minha 'brilhante' solução: o combustível que se encontra nos depósitos do foguete em movimento possui certa reserva de energia cinética obtida como resultado do impulso que adquiriu á custa do combustível anteriormente queimado. Por isso, a energia contida em cada quilograma da parte restante do combustível (seja lá qual for) será composta de duas parcelas úteis, o calor de combustão (que não depende da velocidade do foguete) e da energia cinética que aumenta cada vez mais.
Com a velocidade da ordem de 3 km/s, a energia cinética de um quilograma de combustível (daquele que apresentei na questão) é comparável com o calor de sua combustão, ou seja, com a reserva de energia química e, ao alcançar a primeira velocidade cósmica (~=8km/s) a energia cinética de cada quilograma de combustível supera de três vezes o calor da combustão.
Esse é o motivo porque basta cerca de 2,5 vezes menos energia do que aquela primitivamente calculada para obter-se a primeira velocidade cósmica.

O que me levou a tal raciocínio?
Pensei exatamente no 'nervo do dente' e interroguei-me: A potência da combustão permanecerá constante? Será ela igual para o foguete em repouso e em movimento?
Ai montei o seguinte modelo: sobre um plano horizontal liso imaginei 5 bloquinhos iguais que apresentam entre eles uma mola de massa unitária comprimida e presa com um barbantinho, algo assim

[bloco1]/////[bloco2]/////[bloco3]/////[bloco4]/////[bloco5]

queima-se o primeiro barbante e o bloco1 é expulso com velocidade u (a energia da mola é kx^2) e calcula-se a velocidade que o conjunto 2+3+4+5+3molas adquire.
Agora o conjunto tem velocidade v1 e a energia acumulada nas molas é kx^2+1.v1^2/2.
Queima-se o segundo barbante. A mola2, para conseguir expulsar o bloco2 com a mesma velocidade u do bloco1 deve 'brecar o bloco2' que tem velocidade v1 e ainda lhe acrescentar mais a velocidade u. Desse modo, a potência da mola aumentou da parcela 1.v1^2/2 (parcela acumulada pela 'explosão' da mola1) e o impulso dado por esse segundo bloco2 é maior que aquele dado pelo bloco1. E assim sucessivamente.

Tou errado?

[]'
Léo

=====================
-----Mensagem Original-----
De: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 25 de maio de 2001 16:26
Assunto: [ciencialist] Re: Propulsao de naves espaciais


| From: Tarcisio Borges da Silva Jr. <tbs97@fisica.ufpr.br>
| > On Thu, 24 May 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
| > > Com a velocidade mínima necessária para lançar um satélite artificial
| > > da Terra (primeira velocidade cósmica =~8 km/s), para cada quilograma
| > > de mistura queimada deve-se desenvolver, portanto, uma potência: Pot =
| > > F.v = 2000N.8000m/s = 16.10^6 J/s = 16 000 kW = 16 MW
| > >
| > > Entretanto, o calor de combustão da mistura de querosene e ácido
| > > nítrico (que habitualmente é o que se emprega como combustível) é
| > > cerca de 6300 kJ/kg (cerca de 1500 kcal/kg), ou seja, durante a
| > > combustão de um quilograma de mistura por segundo, deverá desenvolver
| > > uma potência de "apenas" 6300 kW, quer dizer, 2,5 vezes menor que
| > > aquele valor que obtivemos acima. E, ainda assim, o satélite entra em
| > > órbita!
| >
| > Os tais 8 Km/s seria a velocidade de lançamento em caso balístico como por
| > exemplo seria a velocidade necessária para que o projétil de um rifle
| > entrasse em órbita. No caso dos foguetes a aceleração é contínua enquanto
| > dentro da atmosfera terrestre [e um pouco além dela] então não importa
| > muito com que velocidade ele escapa de nosso planeta.
|
| Estou um pouco confuso com os números que vocês têm apresentado aqui.
| Velocidade de escape (para entrar em órbita) até onde eu conheço é
| de 11,2 km/seg, mas como faz tempo que mexi com essas coisas, posso
| estar errado.
|
| Até mais,
| Sergio Navega.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/05/2001 23:46

----- Original Message -----
From: "Marco A. Andrade"
To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Friday, May 25, 2001 8:19 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento

> No entanto creio que ele (Popper) se confessa racionalista (não tenho
> certeza). Os racionalistas postulam uma razão que pode, por um poder
> proprio (talvez posto por uma divindade) de conhecer a realidade.

Olá, Marco. Talvez o trecho abaixo ajude na discussão, muito boa por sinal.

"Sou um racionalista. Por racionalista entendo um homem que deseja
compreender o Mundo e aprender através da discussão com outros homens.
(Note-se que eu não digo que um racionalista sustente a teoria errada
segundo a qual os homens são totalmente ou parcialmente racionais.) Por
«discutir com os outros» entendo, mais em especial, criticá-los; solicitar a
crítica deles; e tentar aprender com isso. A arte da argumentação é uma
forma peculiar da arte de combater - com palavras em vez de espadas -, uma
arte inspirada pelo interesse em nos aproximarmos da verdade acerca do
Mundo." [Prefácio,1956, do livro de Karl R. POPPER, O Realismo e o Objectivo
da Ciência, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1987]

Se houver interesse posso postar aqui o prefácio inteiro (cerca de 9 Kb), a
meu ver o maior legado de Popper.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/05/2001 00:20

Oi dominalistas,
meu caminhãozinho é pequeno demais para o tanto de areia com que vcs estão mexendo. Aventuro-me a uma observação que não sei como se enquadra nessa imensa praia.

Aquilo que nós (do ciencialist, para citar exemplos) observamos e interpretamos no cotidiano não tem nada a ver com aquilo que um jovem vê.
Vemos um carro passar e em seguida um outro e interpretamos o segundo tem velocidade maior que o primeiro; ora bolas, será que nosso cérebro tem a faculdade de instantaneamente dividir um espaço pelo tempo e avaliar o resultado que caracterizamos como velocidade?
O que uma criança vê e interpreta da situção acima? Quando nós olhamos para o céu não apenas o vemos azul, vemos uma dispersão de Rayleigh e entendemos isso como céu azul. E a criança? E o povo comum?
Vivemos em mundos diferentes? Haverá modo de se saber como é esse mundo das crianças?

Léo ... em vias de viajar para SP, o que me deixa especialmente irritado!
=================
-----Mensagem Original-----
De: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 25 de maio de 2001 19:34
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento


| In ciencialist@yahoogroups.com, Sérgio Taborda wrote:
|
| > Isto eu chamaria Recall, em português não sei que termo >usar.Tem a ver
| com a capacidade de acessares a memória >[do sistema]... É o "não me
| lembro" (I can't recall )
|
| Andei estudando terminologia e análise conceitual e gerei na minha cabeça
| mais dúvidas que respostas. Prefiro pensar que talvez o termo exato em
| português não é o mais importante. Até creio que talvez fosse melhor usar
| uma palavra bem diferente que uma parecida.
|
| Existem "atitudes" conceituais que produzem determinados efeitos (não podia
| ser diferente, é obvio). A mais antiga é a posição essencialista, que
| pretende dar um nome a qualquer entidade concreta ou teórica que seja uma
| síntese do que a coisa é. É uma forma absolutista e estática de conceber as
| coisas. Vc dá um nome e tem o dominio da coisa. No entanto parece que este
| nome é algo definitivo e fatal. O costume era tratar de utilizar o grego ou
| o latim para caracterizar uma entidade.
|
| O tempo e o progresso fazem com que a comprensão aumente e as definições vão
| perdendo pouco a pouco seus limites, de modo que o nome (a parte sintética)
| vai perdendo força e até consistencia. A definição extensa (a parte
| analítica) cobra um valor e uma consistencia maior. A ideia de que o nome
| não importa e que o que vale é a definição é uma atitude nominalista.
|
| É um costume dizer que, para os essencialistas, a definição fica à esquerda
| e que o nome (à direita) fecha toda discussão e encerra a essencia da
| entidade. Para os nominalistas, no entanto, o nome fica à direita e a
| definição segue. Esta depois se modifica de acordo com o progresso da
| ciência.
|
| Muitos preconizam uma posição moderada, nem tanto ao mar e nem tanto à
| terra. Preferem um nome que sugira algo do que se quer definir.
|
| No caso dos termos informáticos, nomes parecidos podem até gerar confusão e
| discussões bizantinas. Por este motivo eu penso que se deve escolher termos
| que não gerem tanta discussão. Um exemplo é a palavra "quark". Ninguém pode
| traduzi-la, no entanto a definição é o que vem à cabeça.
|
| Dizer "recall" pode sugerir lembrar em português, mas a gente de idioma
| inglês não usa "remember". Não é exatamente um sinônimo. "Recall" é mais
| descritivo e fala do ato, remember é mais funcional, fala da faculdade de
| recordar. Eu renunciaria a traduzir ao português, talvez o melhor seria
| manter a expressão em inglês, ou sofrer o que a psicanálise sofreu.
|
| Freud usou palavras do vocabulario comum do alemão para definir conceitos
| psicanalíticos (não do vocabulario comum). Hoje nos encontramos com gente de
| qualquer nível intelectual usando termos psicanalíticos e até se entitulando
| psicanalistas.
|
| Não sei se isto é inteiramente mau, mas gera muita confusão. Um exemplo é o
| uso que faz o Sergio Navega dos termos "saber" e "entender" que são opostos
| à significação precisa em português. Êle, com uma atitude quase nominalista,
| define e depois dá o nome. Perfeito. Tudo fica certinho. A IA pode dar o
| nome que deseje a qualquer conceito, total, o conceito é dela e ninguém pode
| objetar. Cada um dá ao filho o nome que lhe aprouver. Os dicionarios,
| futuramente, se encarregarão de esclarecer que o saber informático é o
| entender idiomático e vice-versa.
|
| Não creio que se possa solucionar este tema. Pelo menos agora. Ainda penso
| que o nominalismo é mais conveniente.
|
| []s
| Marco A. Andrade
| logos@pccp.com.ar
|
|
|
| > Conhecimento é ter Informação funcional. Ou seja, aquela que aplicada em
| > outra informação produz informação nova.
| > Maximizar o Conhecimento implica conseguires obter o máximo de informação
| a
| > partir do minimo de informação.
| > A aplicação da Informação funcional seria a Inteligencia.
| > Sendo que para mim, toda a informação é funcional, mas nem toda é
| funcional
| > do mesmo jeito para cada um.
| > (Existe um conceito matemático que se assemelha ao tipo de conceito que
| uso
| > para a informação funcional, mas que agora não lembro... era lambda-
| > qq-coisa... Mas básicamente é um espaço onde cada elemento é função e
| > argumento ao mesmo tempo. podemos aplicar F como função; F(X), ou aplicar
| > uma funçao a F; X(F). Podemos aplicar F a si mesma; F(F), etc... )
| >
| > >Inteligencia : - Capacidade de um sistema processar , com
| > sucesso, informacao para determinado fim
| >
| > Isto seria Objectividade.
| > Inteligencia , eu acho, prende-se com a universalidade de um processo [ de
| > reconhecimento e indução de ideias] e não com a informação em si. Por isso
| > existem vários tipos de Inteligencia. Porque o processo que se usa no
| > tratamento das ideias matemáticas /racionais, não é o mesmo que se usa no
| > tratamento de ideias artisticas , por exemplo.
| > Inteligencia,quanto a mim, seria a capacidade de enganar a aleatoriedade.
| > Dado um problema qq, préviamente desconhecido, ser capaz de o resolver
| > demosntra a inteligencia. Outra acepção é a capacidade de entender, e
| outra
| > a capacidade de manipular as ideias criandos novas. Mas para estas ultimas
| > duas coisas temos o Entendimento e a Imaginação. Que podem ser confundidas
| > com Inteligencia , mas que eu acho serem diferentes. Mas meu campo não é a
| > Psicologia.
| > Criar ideias aaprtir do "nada" eu chamaria Inspiração, que é diferente de
| > Imaginação , que é usar ideias já existentes, mas dar-lhes usos ou
| > prespectivas diferentes, tal que pareçam/sejam coisas diferentes.
| >
| > Cumprimentos
| >
| >
| > Sérgio M. M. Taborda
| >
| >
| > &&& --- &&&
| > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| > http://www.ciencialist.hpg.com.br
| > Para sair da lista envie um mail para
| > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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| > Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
| http://docs.yahoo.com/info/terms/
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SUBJECT: Ciencia no Brasil - telenews - JCe-mail No 1793
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/05/2001 04:32

19. Serie de TV investigara' producao cientifica no Brasil

A Telenews, uma produtora de documentarios do RJ, esta' preparando uma serie
de 13 programas para TV aberta e por assinatura chamada "Ciencia no Brasil
Hoje".

O documentario pretende discutir a producao de ciencia no pais, chamando a
atencao para varias conquistas brasileiras de alcance mundial que tem
passado ao largo da midia.

Alem do cinquentenario do CNPq, o ano de 2001 sera' marcado pela realizacao
do "Projeto Diretrizes Estrategicas para Ciencia, Tecnologia e Inovacao em
um Horizonte de 10 Anos" por parte do governo federal.

A serie de TV deve ir ao ar em 2002. Cada programa deve abordar um setor no
qual o pais tem obtido destaque. O projeto completo, orcado em mais de R$ 1
milhao, preve ainda dois grandes eventos, um em SP e ou outro no RJ, alem de
equipes itinerantes nos estados, chamadas Caravanas da Ciencia para fomentar
parcerias Universidade/empresa.

O financiamento vira' da Lei Rouanet e da Lei do Audiovisual. Detalhes sobre
o projeto e seus produtores no site: www.telenews.com.br
(Informacoes com Leonardo Dourado, Telenews, fones: (21) 556-1626 ou
556-1247)

[]'
Luiz Ferraz Netto [Léo]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br



SUBJECT: Peripecia
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/05/2001 23:51

Caro Marco Andrade

Talvez minha msg. anterior tenha transmitido alguma sinalização
involuntária, 'descontextualizada' (hehehe), Afinal, comunicação é o
alimento da
'peripécia'
Entretanto, confesso que fiquei um tanto confuso com suas observações
iniciais e acho que houve alguma falha na transcrição da frase:
> área da psicologia, onde os termos são muito 'descontextualizados'.
Na frase original (msg. 9642) empreguei o termo 'contextualizados'.

Isto posto, vamos aos textos.
----------------------
MA > Não sei, mas o contexto em que nos estamos movendo é muito psicológico.

NM: Soe que assim seja. Como não dispomos de um protocolo de linguagem
adequado para modelagem de IA temos que nos contentar, a contragosto meu,
com a terminologia disponível (os da psicologia incluídos).
Mas já que a vaca foi para o brejo vou colocar logo a minha concepção.
---------------------
NM >> ..... geração de motivações sublimadas,
MA > Não entendo o sentido da palavra "sublimadas". Geralmente tem um
sentido moral. Não creio que seja análoga à sublimação como mudança de
estado de agregação (com o que eu estaria mais de acordo, num sentido
metafórico)

NM: Não houve intenção de subjetivismo ou moralismo.
Não sei exatamente porque usei o termo 'motivação sublimada'; talvez por
considera-lo um chavão verbal (chavões geralmente deglutidos com menor
resistência). Minha concepção primária de sublimação é a de ser método de
extração e purificação a partir de uma matéria bruta ou mista.
A meu ver, o ponto importante transmitido pela frase é justamente o da
necessidade de existir uma base primária a partir da qual a IA pudesse
desenvolver algum tipo de propósito e sua posterior peregrinação em busca de
conhecimento.
Ilustrando, seria um papel equivalente ao da BIOS dos nossos PCs. Ela é
primordial para o desempenho subsequente.
----------------------
NM >>Associado a motivação acho importantíssimo o papel dos sensores.
MA > Eu fico confuso com o tema dos sensores e a palavra motivação. No caso
dos sensores, o que se entende como motivo, é em realidade uma finalidade.
Muitas vezes a motivação é um determinado desejo que nem sempre coincide com
uma finalidade. Eu não tenho estes conceitos muito claros. No caso dos
sensores, a motivação estaria "fora" do portador. A motivação nasce "dentro"
e pode estar dirigida a muitas finalidades e pode demandar o funcionamento
de vários tipos de "sensores". Não tenho estes conceitos muito definidos.

NM: Acho, ao menos, improvável a construção de IA que tenha condições
autóctones suficientes para autogerar propósitos motivados.
A origem e objeto de 'propósitos motivados' envolverá sempre a interação com
o meio.
Os sensores são as portas de comunicação e reconhecimento da "realidade" (Há
que defini-la também !).
Serão eles os delimitadores primários do conhecimento, enquanto ainda no
status de 'informação'.
Isto estaria em bom acordo com as citações das idéias apresentadas
recentemente nesta lista e creditadas a Popper: ele considera o conhecimento
indutivo como mera formalização ou explicitação positiva ( a la Kant e
altamente defendida por Carnap na orbita do Círculo de Viena -
Exemplo: a Matemática, em geral, mito onde a experimentação é nula.
(Alias, qual era mesmo o mito grego que se alimentava das próprias fezes
??).
Em contraposição, o conhecimento popperiano deriva da verificação
experimental e esta, obviamente, da capacidade (ou competência) sensorial.
Veja que o termo 'experimental' implica diretamente em interação com o meio.
Isto induz a que a IA tenha também instrumental para atuar sobre esse meio
afim de não ficar limitada a um "conhecimento" contemplativo, filosófico.
-------------------
MA > Creio que a peripécia nos pregou outra peça.

NM: Assino embaixo.
------------------
[s] Neville






SUBJECT: Re: [ciencialist] O inevitável
FROM: "Gabriel Oliveira" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/05/2001 13:32


> Não é possível provar ou refutar todas as afirmações cientificamente.

Prove.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes

p.s: me dê um desconto já que essa é a minha primeira participação no
grupo... :-)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Propulsao de naves espaciais
FROM: "Gabriel Oliveira" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/05/2001 13:37


Olá,

> É um vácuo quase absoluto. quase porque
> [...]
> b) A mecanica quantica proibe o vacuo absoluto

Você poderia explicar essa regra da mecânica quântica? :-)

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Paradoxo Estranho
FROM: "Gabriel Oliveira" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/05/2001 13:56


Olá Pessoal,

Esta é a minha segunda participação na lista e gostaria de esclarecer uma
"dúvida" que tive quanto a um paradoxo de Anatol Rapoport, descrito no livro
"Como A Mente Funciona", de Steven Pinker. Quem tiver insights, ou perceber
"onde está o paradoxo" (desculpe a ignorância) por favor, esclareça-me.

"Em uma base de bombardeiros na Pacífico, um piloto tinha apenas 25% de
probabilidade de sobreviver à sua cota de missões. Alguém calculou que, se
os aviões levassem o dobro de bombas, cada missão poderia ser cumprida com
metado do número de vôos. Mas o único modo de aumentar a carga útil do avião
seria reduzir o combustível, o que significava que os aviões teriam de voar
em missões sem retorno. Se os pilotos dispusessem a tirar a sorte e arriscar
uma chance em duas de voar para uma morte certa em vez de se aferrarem às
suas três em quatro chances de voar para uma morte imprevisível, duplicariam
suas chances de sobrevivência: apenas metade deles morreria em vez de três
quartos."

Estranho, não é?... Talvez eu não tenha base estatística para perceber o
paradoxo. :-)

Um grande abraço,

Gabriel Antunes




SUBJECT: O inevitável
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/05/2001 16:45

Não é possível provar ou refutar todas as afirmações cientificamente.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Prova
FROM: "Gabriel Oliveira" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/05/2001 18:48

Olá,

Espero ter entendido o teu raciocínio. Se eu apresentar alguma dedução
errada, me diga.

> > Não é possível provar ou refutar todas as afirmações cientificamente.
>
> * Prove.
>
> Ha,ha,ha..Assim que eu gosto,he,he...
> Quer uma demonstração por PIF?
>
> Uma afirmação = X
> Uma refutação = Y
>
> Para a Afirmação X:
> a-Matéria atrai matéria = uma afirmação = X
> b - Resposta para o porquê de X? = X'

X' seriam as evidências que forçariam a conclusão X.

> c - X' não pode ser provado cientificamente
> d - Resposta para o porquê de X'? = X' +1 = X''

Você não acabou de dizer que X' é verdadeiro porque X' + 1 = X'' ? Isso não
é uma prova?

> e - X'' não pode ser provado cientificamente, a
> firmação é valida para X' e para X''+1, portanto é válida para todo X'.

Da onde saiu o X'' + 1?

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] O inevitável
FROM: "Gabriel Oliveira" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/05/2001 19:09


> Gabriel: Não é possível provar ou refutar todas as afirmações
> cientificamente.
> Prove.
>
> Manuel: Na verdade, não se pode provar cientificamente nem mesmo a
> existência de uma realidade objetiva, independente da consciência.
>[..]
> "Em sua mais simples forma, o idealismo diz: o mundo (que inclui
> minha audiência presente) é apenas um sonho. Ora, é claro que esta
> teoria (embora saibais que é falsa) não é refutável

Discordo quanto à "Ora, é claro que esta teoria (embora saibais que é falsa)
não é refutável". Se não é refutável, nem é teoria pra mim... Não há por que
acreditar nem desacreditar na minha opinião. É como aquele "teoria" de que o
mundo foi criado faz 5 segundos atrás, inclusive com a nossa memória, os
fósseis, as teorias prontas... É uma "teoria" irrefutável, portanto não é
uma teoria científica.

> Dizem que uma teoria só é científica se capaz for de fazer predições.
> Ok.
> Mas só se pode fazer predições se houver regularidades na natureza. Se
> o universo fosse um caos estocástico, não haveria como prever
> coisíssima alguma. Ora, a asserção "existem regularidades na natureza"
> é também irrefutável; mas, ao contrário do enunciado do solipsista, é
> OBVIAMENTE verdadeira.

Acho que exageras um pouco, meu amigo... :-)
Acredito que a afirmação "existem regularidades na natureza" pode ser
provada verdadeira se algo conseguir explicar todos os fenômenos existentes
com teorias que obedecem regras regulares. Se a explicação de todos os
fenômenos, se mostrar regular.

Quanto à sua certeza, de que a afirmação é verdadeira:
nada pode ser provado como verdade absoluta, já que ninguém pode fazer todas
as observações possíveis de um evento. Portanto, eu não me espantaria se o
Sol começasse a pulsar... ou a Lei de Ação-Reação se anulasse "de repente".
:-) Nunca haverá teoria que exclua esta possibilidade.

> Creio que os princípios mais gerais, mais fundamentais, são irrefutáveis
> (não falseáveis).
>
> Como se vê, a própria ciência da natureza parte de enunciados
> irrefutáveis, de juízos a priori (logo, não-científicos), que são a sua
> condição de possibilidade.

Concordo.

> E por que as ciências humanas não teriam elas próprias princípios
> irrefutáveis?

Tu estás te referindo à ética, à moralidade, ao livre-arbítrio?

Se fôr, me destes bons insights para pensar sobre isso.
Mas isso, talvez, seja assunto pra outro tópico... :-)

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Propulsao de naves espaciais
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/05/2001 20:33

Caro Leo

Fico sempre impressionado com a sua habilidade em mostrar princípios da
Física através de experimentações de grande simplicidade artezanal. No
presente caso acho que você conseguiu acertar em dois coelhos; o segundo é o
de quantização da energia liberada.

Entretanto, na forma como interpretei, acho que há uma falha no texto
abaixo:
> "Por isso, a energia contida em cada quilograma da parte restante do
combustível (seja lá qual for) será composta de duas parcelas úteis, o calor
de combustão (que não depende da velocidade do foguete) e da energia
cinética que aumenta cada vez mais."

Entendendo que a 'utilidade' se refere ao aumento da velocidade a falha
estará
na palavra "úteis", sem a qual a frase ficaria correta. A energia cinética
do combustível antes da queima, em nada contribui para isso.

Como ilustração (para terceiros), imagine-se o Leo no meio do rio, com o
barco lotado de peixes e o motor pifado. Aí ele conduz o barco para a margem
jogando peixes para o meio do rio. Mentira de pescador ?. Talvez sim pela
quantidade de peixes (hehehe), mas como bom físico ele explicará que estava
apoiando a mão na massa de inércia do peixe e transferindo o impulso para o
barco com seus pés; o efeito resultante depende apenas da força muscular
empregada e não da energia cinética prévia do barco e peixes.

A frase inicial também poderia pretender outro sentido e, nesse caso, peço
desculpa pela brincadeira. Mas não resisti.

[s] Neville





SUBJECT: Quantização
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/05/2001 21:10


Enquanto estava comentando as idéias foguetisticas do Leo, lembrei que há
algum tempo atras o A. Mesquita mostrava uma justificável perplexidade com
o fato das contas da MQ darem certo. Que ninguém nos ouça mas acho que
encontrei uma pista (não sei se falsa, mas, enfim .... ) para explicar esse
fenômeno !

O principio zero da Física é a hipótese do continuum, sem a qual não
poderiam nem ao menos serem formuladas as leis básicas de conservação.
Já foi comentado por aqui, para apresentar a sua mecânica do continuum,
Newton necessitou desenvolver o cálculo diferencial infinitesimal. (Dentro
da Matemática, paralelamente, houve também o desenvolvimento do cálculo de
diferenças finitas, incluindo operadores-pontes que admitem, as vezes, a
conversão de um formalismo em outro. Uma variável (ou propriedade) contínua,
em princípio, pode ser tratado por ambos formalismos.)

Quando há dificuldade na observação contínua de uma variável é necessário
usar métodos estatísticos ou recenseamentos, os quais produzem séries de
valores discretos ou valores quantificados em função de referenciais
adotados; nestes casos, sempre existirá a possibilidade de haver perda de
qualidade de informação ou ocorrerem variações ocultas pelo modelo
estatístico.

Muitas vezes, o uso de funções quantificadas torna mais fácil ou mesmo
possível a solução de modelos matemáticos que de outra forma seriam
insolúveis. Essas quantificações, obviamente, não podem contribuir com novas
explicares conceituais por serem definidas e especificadas antes da sua
ou verificação.
Quantificar variáveis contínuas é fácil; o inverso geralmente implica na
criação
de variáveis matemáticas virtuais.
Outro fator complicador da quantização é que será necessária muita 'sorte'
para definir unidades fundamentais que fechem exatamente todas as equações
de balanço. Para que isso ocorra será necessário definir unidades de ajuste,
sempre
menores, a cada vez que a precisão ou conhecimento experimental aumenta.

Com todo o respeito aos pensadores da área, falando agora da MQ,
acho que é bom modelo para cálculo, mas sujeito a todas as implicações
acima.

[s] Neville




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conhecimento
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/05/2001 21:12

Ola pessoal

Pretendia fazer agora uma sinopse dos conceitos de 'conhecimento'
apresentados durante a semana e estabelecer os pontos comuns.
Desisti .... por enquanto.
Diversidade e tanta que fico até espantado que possam entender as mensagens
uns dos outros.

Talvez por isso se chame lista de discussão (hehehe)

[s] Neville





SUBJECT: Re: [ciencialist] Quantização
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/05/2001 02:53

----- Original Message -----
From: "Neville"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Sunday, May 27, 2001 9:10 PM
Subject: [ciencialist] Quantização

> Enquanto estava comentando as idéias foguetisticas do Leo, lembrei que há
> algum tempo atras o A. Mesquita mostrava uma justificável perplexidade com
> o fato das contas da MQ darem certo.

Pois é, Neville. Aliás, eu nem fiquei tão perplexo assim pois sei que há
séculos e séculos que a matemática faz milagres desse tipo. A teoria dos
epiciclos enquadra-se muito bem no rol das teorias que dão certo por usar e
abusar de uma matemática ajustadinha para dar certo em coisas que
aparentemente estão erradas. O que me deixa perplexo é utilizar-se um modelo
desses como a única saída possível, ao mesmo tempo em que presta-se um
deserviço educacional de proporções gigantescas inibindo-se o potencial
criativo dos jovens que por sua própria natureza deveriam estar em busca
dessas novas saídas. E tudo isso com a única finalidade de manter-se a
política do "deixar como está para ver como é que fica". Política esta
a garantir, aos safados que a defendem, a manutenção do sistema de liberação
de verbas fantásticas, saídas de nosso bolso via IR, e utilizadas para que
possam "orientar" teses que não vão muito além dos parcos recursos que
possuem.

Lembro ainda que existem teorias extremamente úteis e que dão certo apesar
de sabidamente não corresponderem à realidade, como é o caso da mecânica dos
fluidos (todos nós conhecemos a diferença entre os elementos de volume
fictícios dessas teorias e o que efetivamente existe na realidade, qual
seja, moléculas). Tenho demonstrado de maneira a meu ver insofismável que a
teoria de Maxwell também encaixa-se nessa categoria de teoria extremamente
útil e que dá certo, ainda que não corresponda à realidade. E aliás, tenho
demonstrado também, através de minhas teorias, que chegou-se aos absurdos
propugnados pela teoria da relatividade e pela física quântica justamente
porque tentou-se "costurar" a teoria de Maxwell no sentido de que ela viesse
a dar certo onde jamais poderia dar certo, pois que estava-se confundindo
elementos de volume de cargas ou de correntes elétricas com prótons e
elétrons, um absurdo que vigorou por todo o século XX. Esta idéia venho
pregando há 18 anos e até hoje nenhum físico conseguiu formular resposta
alguma, a não ser balbuciar uma série de idiotices sem sentido e a seguir
virar-me as costas.

> Que ninguém nos ouça mas acho que
> encontrei uma pista (não sei se falsa, mas, enfim .... ) para explicar
> esse fenômeno !

Não acompanhei as "idéias foguetísticas do Léo" e portanto não sei
exatamente a que se refere, mas continuarei neste bonde que peguei andando,
ainda que sob um contexto talvez diverso.. :-)

> O principio zero da Física é a hipótese do continuum, sem a qual não
> poderiam nem ao menos serem formuladas as leis básicas de conservação.
> Já foi comentado por aqui, para apresentar a sua mecânica do continuum,
> Newton necessitou desenvolver o cálculo diferencial infinitesimal. (Dentro
> da Matemática, paralelamente, houve também o desenvolvimento do cálculo de
> diferenças finitas, incluindo operadores-pontes que admitem, as vezes, a
> conversão de um formalismo em outro. Uma variável (ou propriedade)
> contínua, em princípio, pode ser tratado por ambos formalismos.)

Sem dúvida. Lembro apenas que Newton sabia exatamente o que estava fazendo e
conhecia perfeitamente as implicações decorrentes da expansão desse
raciocínio tanto para o macro quanto para o microcosmo. Lembro também que
Newton aceitava a idéia de matéria constituída por átomos, ainda que seus
átomos fossem muito mais parecidos com aqueles dos filósofos da antiguidade
do que o que se demonstrou existir nos séculos seguintes.

> Quando há dificuldade na observação contínua de uma variável é necessário
> usar métodos estatísticos ou recenseamentos, os quais produzem séries de
> valores discretos ou valores quantificados em função de referenciais
> adotados; nestes casos, sempre existirá a possibilidade de haver perda de
> qualidade de informação ou ocorrerem variações ocultas pelo modelo
> estatístico.

Sem dúvida. A mecânica dos fluidos dá certo até certos limites, pois a
partir desses limites devemos pensar em partículas e no espaço entre as
mesmas. Aí entra a mecânica estatística, mas esta também é formulada para
ser útil no macrocosmo. Por exemplo, se tivermos uma população de cinco
átomos, qual será a temperatura desse sistema? Se dermos uma resposta, e é
sempre possível se pensar em alguma coisa, essa resposta terá o mesmo
significado de temperatura macroscópica? E vou mais além: Qual é a
temperatura do espaço situado entre duas moléculas? A rigor, isso é
totalmente sem sentido e não obstante dizemos que uma população de bilhões
de moléculas têm uma temperatura, como se ela fosse a mesma "em todos os
seus pontos". Lembro-me do tempo em que exercia medicina e perguntaram-me
qual era o pH no interior de um mitocôndria. A situação é exatamente a mesma
pois o número de H3O+ é tão pequeno que o significado de pH também torna-se
sem sentido. Quando muito podemos dizer que o mitocôndria é uma organela
celular que via de regra tem uma concentração em H3O+ superior ao de outras
organelas que seriam menos ácidas.

> Muitas vezes, o uso de funções quantificadas torna mais fácil ou mesmo
> possível a solução de modelos matemáticos que de outra forma seriam
> insolúveis. Essas quantificações, obviamente, não podem contribuir com
> novas explicares conceituais por serem definidas e especificadas antes da
> sua ou verificação.
> Quantificar variáveis contínuas é fácil; o inverso geralmente implica na
> criação de variáveis matemáticas virtuais.
> Outro fator complicador da quantização é que será necessária muita 'sorte'
> para definir unidades fundamentais que fechem exatamente todas as equações
> de balanço. Para que isso ocorra será necessário definir unidades de
> ajuste, sempre menores, a cada vez que a precisão ou conhecimento
> experimental aumenta. Com todo o respeito aos pensadores da área, falando
> agora da MQ, acho que é bom modelo para cálculo, mas sujeito a todas as
> implicações acima.

Assino embaixo. Faço apenas uma adenda: será um bom modelo apenas enquanto
não surgir outro melhor, ao contrário da mecânica dos fluidos e da teoria de
Maxwell que continuarão funcionais, pois que são excelentes "modelos" para o
macrocosmo, ainda que não correspondam à realidade microcósmica. Já a física
quântica, e como disse em mensagem anterior, está com seus dias contados.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: RES: [ciencialist] Energia
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/05/2001 11:44

Talvez seja uma grande bobagem o que eu vou dizer, mas foi a impressão
que tive ao acompanhar a discussão sobre o assunto "ENERGIA".

Energia: a capacidade de excitar a matéria;
ou
Energia: a capacidade de reduzir a entropia.

O que vcs acham?

Abraços,

Alexandre Medeiros

> -----Mensagem original-----
> De: Sérgio Taborda [mailto:sergiotaborda@hotmail.com]
> Enviada em: Quarta-feira, 23 de Maio de 2001 03:55
> Para: ciencialist@yahoogroups.com
> Assunto: Re: [ciencialist] Energia
>
>
>
>
> > Amigos:
>
> Caro ,
>
> > - Sei que a "energia", em Física, e' como
> > se fosse o "numero" da Matemática, pois
> > (a meus olhos de leigo), para também ser
> > "vaga", "indefinivel", apesar de transformarmos
> > os diferentes tipos de energia e usarmos
> > a energia.
>
> Bom... tecnicamente, energia é culpa dos matemáticos :-)
> Energia é uma função [de estado].
> Energia não é algo, a meu ver, tão abstracto quanto isso.
> Mas de objecto tb tem pouco.
> Energia se define de uma forma rigorosa, matemática, em Termodinâmica.
> [não vou entrar em pormenores, acho que não interessa por agora]
>
> Impiricamente o que é energia ?
> Nosso colegas mais séniors (tempo de Newton, por ai assim)
> verificaram que
> havia uma quantidade que se mantinha igual num processo
> físico (depois tb ,
> num processo químico) mas que não era o momento linear.
> Essa "coisa" tinha a capacidade de fazer com que os corpos se
> movessem como
> que "por magia".
> "aquilo que dá a capacidade de se mover", diz-se , pelo
> latim, Energia.
> O exemplo mais simples é o da energia potencial. Ela foi
> introduzida para
> poder explicar cientificamente pq um corpo solto a si mesmo, cai.
> Muitos, acharam isso uma barbaridade, tal como hoje alguns acham a TR
> (Teoria da Relatividade) uma barbaridade.
> Mas voltando, Energia era portanto algo que se relacionava
> com o movimento.
> Depois outros tipos de energia foram estudados.
> A mais comum, a térmica e depois a eléctrica e a luminosa. A energia
> mecânica sempre foi a mais usada.
> O interesse destas coisas é que se podem mudar umas nas outras
> Energia Mecânica em térmica , e térmica em mecânica, eléctrica em qq
> outra..etc..
> As máquinas a vapor nasceram do estudo da energia e das formas da
> transformar com eficiência.
>
> Portanto, encontrou-se a panaceia universal que serviria para
> explicar tudo.
> O Principio da Energia Mínima é algo de muito fundamental e
> que está na base
> da estrutura da natureza.
> Matematicamente é um principio de minimizarão a funcionar ,
> sobre a função
> energia
>
> > - Lembro-me do conceito ginasial de energia -
> > "Energia e' a capacidade de realizar trabalho"
> > e ate' que fico "mais ou menos" satisfeito
> > com esse conceito.
>
> Esse é o conceito "clássico"
> Depois com a definição rigorosa da termodinâmica de Trabalho
> , Sistema,
> Estado, etc...essa frase tomou relevância cientifica, e é por
> isso ensinada
> no ensino.
>
> > - Porem, estudando a energia nuclear, como
> > trabalho da disciplina Tópicos de Física,
> > deparo-me com ideias tais como:
> >
> > "O núcleo do Urânio 235, ao se fissionar,
> > libera grande quantidade de energia, que e' aproveitada
> > sob a forma de calor, para aquecer a agua, etc., etc."
>
> Repara na expressão "sob a forma de"
> A energia não é uma entidade concreta como um bolo e tem a genial
> propriedade de não se gastar.
> A física trabalha sempre com diferenças de energia, e não com energia
> absoluta.
> Matematicamente isto advém da constante de integração que
> aparece sempre nas
> equações de energia.
> Fisicamente , isto significa que não sabemos quanta energia
> existe, mas
> apenas quanta podemos retirar de um sistema e transferi-lo para outro:
> Principio da Conservação da Energia.
>
> Calor é uma forma de Transferir energia e NÃO uma forma de energia.
> A frase não está totalmente equivocada, mas é sempre bom
> chamar a atenção
> para a diferença
> Energia Térmica é aquilo que qualificamos de "quente" , Calor
> é uma forma
> de transferir energia.
> Dois recipientes com a mesma energia Térmica, não se dá qq
> troca de energia
> entre eles. Não ha Calor , embora os recipientes possam estar
> a 3000 º C.
> Mas isto é mais técnico.
> A questão aqui é que a forma mais "bruta" de transferir
> energia é sob a
> forma de energia térmica, vulgo calor
>
> > - E' possível, assim como eu penso nos neutrons como
> > se fossem "bolinhas" voando, formar uma ideia um
> > pouco mais concreta dessa "liberacao de energia" ?
>
> Isto depende da imaginação de cada um :-))
> Eu imagino uma espécie de "agua" invisível. Um fluido que
> emana das coisas e
> que se propaga no espaço.
> Isto corresponde físico-matematicamente ao Campo de Potencial.
> Mas isto se for energia térmica. Se for energia luminosa,
> obviamente imagino
> luz, se for sonora, som, etc...
> Depende de que energia se trata.
> A energia é como a plasticina (não sei se por ai se chama
> assim) ... podemos
> moldá-la de muitas formas, mas será sempre plasticina. (ok,
> falemos de barro
> , que tb serve)
>
>
> > - Tentem compreender minha posição de leigo, que tera'
> > de explicar para o restante da classe a geracao de
> > energia nuclear, mais ou menos assim:
> >
> > "Pessoal, quando esse neutron penetra no nucleo do U235,
> > ele causa uma "instabilidade" nesse nucleo, que "deseja"
> > retornar `a estabilidade, e para isso ele se divide
> > em dois outros nucleos, causando tambem a 'liberacao
> > de energia' "
> >
> > - Nao sei se estou sendo claro no meu problema "conceitual"
> > Para mim, e' claro que e' facil simplesmente "soltar" uma
> > frase como a mencinada acima, e nao dar nenhuma satisfacao
> > adicional a meus colegas de classe.
>
> Bom, tecnicamente, não precisas de uma representação
> "impirica" se tiveres
> uma representação matemática.
> Mas eu entendo o teu problema.
> Quando se fala de "libertação de energia" não se está a falar
> de "coisas
> voando de um lado para o outro"
> Fala-se da mudança dos parametros do sistema (Pressão, Volume, Nº de
> Especies componesntes, etc... )
> No caso do nucleo é restrutração seguinte que é mais estável
> que a primeira.
> Isto é directamente porpocional a dizer que a energia do
> sistema final é
> menor que a da anterior.
> Ora e a lógica é : Se a final tem menos e a energia se
> conserva , para "onde
> foi a diferença" ?
> Este "ir a diferença" parece que falmos de "bolinhas voando" , Mas na
> realidade não.
> Exepto em casos particulares da energia como são a energia
> cinética (do
> movimento) e da eenrgia luminosa.
> (que eu me lembre). Em geral , não falamos assim.
>
>
> > - No entanto, nao gosto muito de falar sobre algo que nem
> > eu mesmo compreendi direito. E' claro que eu sei que
> > a reacao ocorre, que a energia e' liberada, que o calor
> > aquece a agua, etc., etc. Porem, a ideia de que "ao se
> > fissionar o nucleo do U235 libera energia" soa um pouco
> > como "a pessoa, ao morrer, libera seu espirito, que
> > passa a viver em outra dimensao ".
>
> Exactamente.
> Tb por isso os esotéricos adoram usar as palavras "energia" e
> "magnetismo" ,
> mesmo quando não tem a ver com os conceitos fisicos.
>
> >Ou seja, a ideia
> > em si, ate' que e' compreensivel, mas nao pode
> > ser compreendida em seu todo.
>
> Pois não. Por isso se usam imensas analogias e metáforas.
> Depois vem a matemática abstracta e resolve o problema "limpamente"
>
> > Evidentemente, estou
> > exagerando, pois a energia liberada nas reacoes nucleares
> > causam efeitos comprovaveis, enquanto a suposta "saida do
> > espirito do corpo" nao pode ser comprovada objetivamente
>
> A morte pode ser comprovada cientificamente :-))))
>
> >e, portanto, nao tem validade sob o ponto de vista cientifico.
> >
> >
> > - Enfim, para nao me alongar demais, gostaria de saber:
> > os cientistas "sabem" o que e' essa energia liberada
> > pelo atomo, ou a energia e' apenas "um conceito" (assim
> > como reta e ponto, da Geometria), que so' pode ser apreendida
> > pelos efeitos que causa ?
>
> É um conceito. É algo que se conserva sem se criar nem destruir.
> Não sabemos quanta ha no universo. Não sabemso sequer o que é.
> Humanamente podemos (queremos) imaginar o que seja. Mas
> cientificamente
> bastanos uam função matemática extremamente bem defenida.
> Bem vindo ao mundo da Termodinâmica ( movimento do calor :-) )
>
> > - A meu ver, a ideia de "energia" e' ainda mais abstrata
> > que a ideia de "ponto" ou "reta", uma vez que o ponto
> > ou a reta, pelo menos, eu consigo desenhar e apresentar
> > para alguem, enquanto em relacao `a energia isso nao e'
> possivel. Ou e' ?
>
> Consegues desenhar um ponto ? És bom! :-))
> O máximo que eu consigo é um circulo muito, muito pequeno :-))
>
> > Tambem me ensinaram que o calor e'
> > "a agitacao de moleculas em alta velocidade"
>
> Mais uma vez a correcção, aqui sim, necessária.
> Energia termica é que é agitação
>
> Aliás existe uma relação k T= 0.5 m v²
> onde k é a constante de boltzman, m é a massa , v é a velocidade e T a
> temperatura. como k e m são cosntantes, a velocidade depende
> da temperatura.
> A energia termica, na realidade é um nome diferente para uma coisa bem
> conhecida: A energia cinética (do movimento)
>
> Um dos principios da termodinâmica diz que não é possivel
> obter 0 K (zero
> kelvin)
> Ou seja. não é possivel parar absolutamente as coisas.
>
> >, que nos causa
> > uma sensacao termica (estou citando de cabeca - perdoem se
> cometo alguma
> > gafe cientifica).
>
> Não maior que todas as pessoas :-))
>
> > Bem, para que as moleculas
> > de uma substancia se movimentem rapidamente, temos de
> > "impulsiona-las" de algum modo, nao e' ?
>
> Sim e não....
> Impulsiná-las tem mais a ver com a aplicação de uma força.
> força tem a ver com mudar o movimento.
> Mudá-lo, não criá-lo.
> Mas, posso criá-lo se estiver a mudá-lo de zero para outro valor.
> Mas a tua duvida prende-se com o "movimento criado do nada" ... isto
> estranha . Foi por isto que alguns acharam o conceito de
> "energia potencial"
> um "roubo" cientificamente falando.
> "Como algo se pode mover , se ninguem está empurrando ?" Não é ?
> Pois é. Mas hoje, é isso que aceitamos. Mas usamos um outro
> conceito mais
> "primitivo" para onde transferimos os problemas metafisicos
> da imaginação :
> Campo.
> É portanto o Campo que puxa ou empurra as particulas.
>
> Mas nem sempre é assim.
> Por exemplo, um gás num recipiente.
> tudo depende dos sistemas, e os fisicos têm vários modelos
> para aplicar
> segundo o sistema a estudar.
> Mas coisas como a energia são grandezas de muita utilidade
> nos estudos, por
> serem coisas universais.
>
> > Bem, uma vez que
> > a energia liberada pela fissao "aquece" o ar dentro do
> nucleo do reator,
>
> Não sei que tipo de reactor te referes, mas deve ser água e não ar.
>
> > entao as moleculas de ar receberam uma certa quantidade de
> movimento a
> > partir dessa "energia" da fissao.
> > Mas "o que^" exatamente colocou as moleculas de ar em
> > grande agitacao (ja' que a temperatura no nucleo do reator
> e' muito alta)
> ?
>
> k T = 0.5 m v² :-)) (repara que é ao quadrado.)
>
> A alta temperatura T, implica numa alta velocidade.
>
> > Por exemplo, se eu martelar uma peca de
> > metal com bastante forca, sei que os atomos do martelo
> > colidiram com os atomos do metal, agitando-os e
> > tornando-o mais quentes. Mas, nesse caso, sao os atomos
> > "chocando-se" contra outros atomos. E quanto ao calor
> > do ar dentro do reator ? Sao os nucleos resultantes
> > da fissao que aceleram os atomos (moleculas ?) do ar ?
>
> Vibração. Outro tipo de coisa...
> Uma particula que vibra "presa" num sistema pode chocar com
> outra sem ser
> "lançada para fora" do sistema a que pertencia. A particula
> "livre" que
> chocou adquire [mais] movimento.
>
> A Vibração tb é proprocional à temperatura... donde... :-))
> ( a formula não a mesma que eu escrevi, mas a base é a relação entre a
> temperatura e o movimento)
>
>
> Espero que tenha servido para alguma coisa...
> (ha coisas na ciencia em que temos e acreditar :-) )
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio M. M. Taborda
>
>
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Casais precisarao de ajuda
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/05/2001 12:27

UOL - Reuters 28/05/2001

Maioria dos casais
precisará de ajuda para
ter filhos, diz médico

da Reuters, em São Paulo

Se depender unicamente da natureza, o futuro
da reprodução humana parece sombrio para as
próximas gerações, segundo Sherman Silber,
um dos descobridores das causas genéticas da
infertilidade masculina, que participou na
sexta-feira de um simpósio internacional em
São Paulo.

No futuro, a natureza vai ajudar somente 3% a
4% dos casais a terem filhos mas, para a
grande maioria, os 96% restantes, a reprodução
só será possível com a ajuda de técnicas de
reprodução assistida, de acordo com o
pesquisador.

"Para 96% dos casais, a fertilização in vitro e a
injeção introcitoplasmática de espermatozóide
serão a solução", disse Silber, diretor-clínico do
Centro de Infertilidade do Hospital St. Luke, em
Missouri, Estados Unidos. Ele é um dos
palestrantes do 2º Simpósio Internacional Novos
Desenvolvimentos em Reprodução Assistida.

Atualmente, a infertilidade afeta cerca de 20%
da população mundial e, segundo Silber, dados
gerados pelo sequenciamento do genoma
humano indicam que a maioria dos casos de
infertilidade em homens com baixa produção de
sêmen está relacionada a fatores genéticos e
que esta infertilidade será transmitida às
gerações futuras.

"A causa mais comum nesses casos são
deleções de genes no cromossomo Y (que
determina o sexo masculino)", disse Silber,
acrescentando que estas deleções serão
transmitidas a todas as gerações masculinas.

De acordo com Silber, diversos genes estão
relacionados à infertilidade masculina e também
podem estar presentes no cromossomo X (que
determina o sexo feminino).

"Neste caso, um homem com o defeito genético
no cromossomo feminino o transmitirá a suas
filhas e metade dos filhos do sexo masculino
destas carregará o problema", explicou Silber.

O pesquisador descarta a possibilidade da
infertilidade estar relacionada a fatores
ambientais, como fumo e exposição a
substâncias tóxicas.

"Sinto dizer que a infertilidade não parece estar
relacionada ao ambiente. Ela faz parte da
natureza humana", disse Silber.

E se o futuro da reprodução humana vai
depender da ajuda de técnicas de reprodução
assistida, Silber acredita que o futuro da
humanidade dependerá da continuação de
pesquisas moleculares.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Propulsao de naves espaciais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/05/2001 12:53


-----Mensagem Original-----
De: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: domingo, 27 de maio de 2001 20:33
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Propulsao de naves espaciais


| Caro Leo
|
| Fico sempre impressionado com a sua habilidade em mostrar princípios da
| Física através de experimentações de grande simplicidade artezanal. No
| presente caso acho que você conseguiu acertar em dois coelhos; o segundo é o
| de quantização da energia liberada.

Mas, Neville, não é assim que toda Física deveria ser ensinada a nossos jovens?
A Física Clássica permite isso, os professores só não o fazem porque não aprenderam corretamente ... portanto, não podem ensinar corretamente ...e entramos em círcularidade!
A Física 'Moderna' absolutamente não permite isso (a quântica, então, nem pensar!) e, então, novamente, professores e alunos seguirão em sua jornada do 'faz de conta que ensinei' e 'faz de conta que aprendi'.

|
| Entretanto, na forma como interpretei, acho que há uma falha no texto
| abaixo:
| > "Por isso, a energia contida em cada quilograma da parte restante do
| combustível (seja lá qual for) será composta de duas parcelas úteis, o calor
| de combustão (que não depende da velocidade do foguete) e da energia
| cinética que aumenta cada vez mais."
|
| Entendendo que a 'utilidade' se refere ao aumento da velocidade a falha
| estará
| na palavra "úteis", sem a qual a frase ficaria correta. A energia cinética
| do combustível antes da queima, em nada contribui para isso.

"Duas parcelas úteis", sem dúvida, referem-se a aquelas explicitamente ligadas ao fato de aumentarem a velocidade , no momento da queima do quilograma de combustível. Escrevi 'úteis' pelo fato de que a combustão não é exatamente completa e, principalmente, pelo fato de que na massa de gases expelidos ainda há muita energia que não foi aproveitada ... a conversão da própria massa dos gases em energia é uma delas.
|
| Como ilustração (para terceiros), imagine-se o Leo no meio do rio, com o
| barco lotado de peixes e o motor pifado. Aí ele conduz o barco para a margem
| jogando peixes para o meio do rio. Mentira de pescador ?. Talvez sim pela
| quantidade de peixes (hehehe), mas como bom físico ele explicará que estava
| apoiando a mão na massa de inércia do peixe e transferindo o impulso para o
| barco com seus pés; o efeito resultante depende apenas da força muscular
| empregada e não da energia cinética prévia do barco e peixes.

O pescador se defende desse efeito resultante. Neville, pensemos assim: estou sentado na proa do barco que tem 10m de comprimento e, de lá, atiro fora os peixes, da proa para a popa, com velocidade máxima u que meu braço, ainda sem cansaço consegue. Com essa velocidade máxima u, o primeiro peixe cai na água quase raspando na proa (é o que observa meu companheiro lá na margem). Num dado momento o barco já adquiriu velocidade 2u e meu arremesso (sempre com o mesmo esforço muscular máximo) dá ao peixe velocidade u em relação ao barco mas, ele cai na água a 10m atrás da popa do barco. Meu colega na margem diz: ué! onde o Léo arrumou essa força extra para lançar o peixe a 10m além da popa!?
O efeito resultante é o mesmo?


|
| A frase inicial também poderia pretender outro sentido e, nesse caso, peço
| desculpa pela brincadeira. Mas não resisti.
|
| [s] Neville
|
|

Nem eu! :-)))))))))))

[]'
Léo



SUBJECT: Re: Energia
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/05/2001 14:04

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> A energia não é uma entidade concreta como um bolo e tem a genial
> propriedade de não se gastar.

Nao sei por q. as pessoas tEm tto medo do abstrato, 'pular' eh
abstrato, mas ninguem acha q. isso seja sobrenatural ou q. as
criancas violem leis fisicas naturais ao pular corda.

> Dois recipientes com a mesma energia Térmica, não se dá qq troca de energ=
ia
> entre eles. Não ha Calor , embora os recipientes possam estar a 3000 º C.=

> Mas isto é mais técnico.

Sendo mais tecnico ainda: ha' sim troca de energia. Mas o saldo final eh ze=
ro.
Ou nao?

> A energia é como a plasticina (não sei se por ai se chama assim) ...

Creio q. se chame por aqui de 'massinha' ou 'massa de modelar'.
Mas plasticina tbm serve (ou plastilina).

> A morte pode ser comprovada cientificamente :-))))

ou nao...

> Espero que tenha servido para alguma coisa...
> (ha coisas na ciencia em que temos e acreditar :-) )

como a de q. o universo existe e eh inteligivel...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Prova
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/05/2001 14:37


>
> > Não é possível provar ou refutar todas as afirmações cientificamente.

* Prove.


Ha,ha,ha..Assim que eu gosto,he,he...

Quer uma demonstração por PIF?


Uma afirmação = X
Uma refutação = Y

Para a Afirmação X:

a-Matéria atrai matéria = uma afirmação = X

b - Resposta para o porquê de X? = X'
c - X' não pode ser provado cientificamente
d - Resposta para o porquê de X'? = X' +1 = X''
e - X'' não pode ser provado cientificamente, a firmação é valida para X' e
para X''+1,portanto é válida para todo X'.


Refutação:

Repita a operação para Y.

;)

SDS,

Alexandre Sedlacek Moana



SUBJECT: Re: [ciencialist] O inevitável
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/05/2001 14:52

----- Original Message -----
From: "Gabriel Oliveira"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Sunday, May 27, 2001 1:32 PM
Subject: Re: [ciencialist] O inevitável


> > Não é possível provar ou refutar todas as afirmações cientificamente.
> Prove.

Olá, Gabriel

Esta afirmação lembra-me outra que li em Barbieri (1997) e que é a seguinte:
"No dizer de Etienne Gilson, tudo pode ser constatado cientificamente, menos
o princípio de que tudo pode ser constatado cientificamente".

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm

Referência:
Barbieri, Venâncio. O espírito universitário. Integração III(8):44,1997.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Paradoxo Estranho
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/05/2001 15:03

On Sun, 27 May 2001, Gabriel Oliveira wrote:
> "Em uma base de bombardeiros na Pacífico, um piloto tinha apenas 25% de
> probabilidade de sobreviver à sua cota de missões. Alguém calculou que, se
> os aviões levassem o dobro de bombas, cada missão poderia ser cumprida com
> metado do número de vôos. Mas o único modo de aumentar a carga útil do avião
> seria reduzir o combustível, o que significava que os aviões teriam de voar
> em missões sem retorno. Se os pilotos dispusessem a tirar a sorte e arriscar
> uma chance em duas de voar para uma morte certa em vez de se aferrarem às
> suas três em quatro chances de voar para uma morte imprevisível, duplicariam
> suas chances de sobrevivência: apenas metade deles morreria em vez de três
> quartos."
> Estranho, não é?... Talvez eu não tenha base estatística para perceber o
> paradoxo. :-)

Se o número de missões for fixo, todos fatalmente terão que ir a combate e
portanto a chance de morrer é de 100%.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] O inevitável
FROM: "Marcelo Gunther Dull" <mgd.ez@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/05/2001 15:08

Pelo que eu me lembre de Popper não é possível provar que nada´é verdadeiro,
somente provar que é falso,

segundo este princípio, uma teoria é verdadeira sempre que é criada e cabe
aos cientistas provar que esta é falsa para que seja aprimorada e refinada,

Coteau



SUBJECT: Re: [ciencialist] O inevitável
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/05/2001 15:28

>
> > > Não é possível provar ou refutar todas as afirmações cientificamente.
> > Prove.
>

A questao pode ter varios significados.

O primeiro significado eh que nao se pode provar ou refutar uma afirmacao
cientificamente pq as teorias cientificas nunca podem ser provadas
verdadeiras ( Popper ) . Assim, sob o pto de vista filosofico
de premissas falsas pode-se concluir qqr coisa, tanto coisas verdadeiras como
falsas.

Por outro lado podemos ser *pragmaticos* e considerar as teorias
cientificas verdadeiras e , neste caso, poderemos provar afirmacoes
ou nega-las, utilizando-as como criterio de verdade e isso ja se
ja se faz nos tribunais para incriminar ou inocentar pessoas ( laudo cientifico).


Outro significado, para a frase acima, seriam sentencas q nao sao abarcadas
pela ciencia ainda, como eh o caso da etica pre-jocaxiana ou seja
afirmacoes que estao, por hora, fora do escopo da ciencia..

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] O inevitável
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/05/2001 15:53

Olá,

Gabriel: Não é possível provar ou refutar todas as afirmações
cientificamente.
Prove.

Alberto Mesquita: Esta afirmação lembra-me outra que li em Barbieri (1997) e
que é a seguinte: "No dizer de Etienne Gilson, tudo pode ser constatado
cientificamente, menos o princípio de que tudo pode ser constatado
cientificamente".

Manuel: Na verdade, não se pode provar cientificamente nem mesmo a
existência de uma realidade objetiva, independente da consciência. É
impossível convencer um solipsista empedernido de que existe algo além dele
próprio. Pois "provar" é um verbo transitivo direto e indireto. Com efeito,
"quem prova, prova alguma coisa PARA ALGUÉM," vale dizer, prova para um
outro SUJEITO, outra CONSCIÊNCIA.

"Em sua mais simples forma, o idealismo diz: o mundo (que inclui minha
audiência presente) é apenas um sonho. Ora, é claro que esta teoria (embora
saibais que é falsa) não é refutável: tudo quanto vós, da minha audiência,
puderdes fazer para convencer-me de vossa existência -- falando-me,
escrevendo uma carta ou dando-me um pontapé -- não tem possibilidade de
assumir a força de uma refutação; pois eu continuaria dizendo estar sonhando
que me falais, ou que recebi uma carta, ou levei um pontapé. Poder-se-ia
dizer que todas essas respostas são, de vários modos, estratagemas
imunizadores. Assim é, e isto é um forte argumento contra o idealismo. Mas,
também, o fato de uma teoria ser auto-imunizante não a refuta." (K. Popper,
Conhecimento Objetivo, Ed. Itatiaia, p. 47.)

Dizem que uma teoria só é científica se capaz for de fazer predições. Ok.
Mas só se pode fazer predições se houver regularidades na natureza. Se o
universo fosse um caos estocástico, não haveria como prever coisíssima
alguma. Ora, a asserção "existem regularidades na natureza" é também
irrefutável; mas, ao contrário do enunciado do solipsista, é OBVIAMENTE
verdadeira.

Creio que os princípios mais gerais, mais fundamentais, são irrefutáveis
(não falseáveis).

Como se vê, a própria ciência da natureza parte de enunciados irrefutáveis,
de juízos a priori (logo, não-científicos), que são a sua condição de
possibilidade.

E por que as ciências humanas não teriam elas próprias princípios
irrefutáveis?

Abraços,
Manuel Bulcão






SUBJECT: Re:Paradoxo Estranho
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/05/2001 16:02

Ol Gabriel

Vamos primeiro analisar o caso especfico em que a cota inicial de voos de 1 misso por piloto. Neste caso particular, n pilotos tem que cumprir n misses com 25% de chance de sobreviver, ou seja, a expectativa que sobrevivam em torno de n/4 pilotos (podem sobreviver todos ou nenhum, dependendo do acaso, mas o nmero mais provvel n/4).
Se metade dos pilotos voar com o dobro de bombas, sero necessrias n/2 misses, e morrero com certeza n/2 pilotos, sobrevivero tambm n/2, portanto o dobro do nmero inicial. Nesse caso particular, o raciocnio do livro est correto.

Vamos analisar agora o caso geral em n pilotos tem uma cota de m misses cada. Total: m.n misses (o ponto significa multiplicao). Como a probabilidade de sobrevivencia dada para o total das misses individuais, a probabilidade maior continua sendo a de que n/4 pilotos sobrevivam no caso em que todos voem com a quantidade normal de bombas. Se a quantidade "x" de pilotos resolver voar em misso suicida com o dobro de bombas, ainda sobraro m.n - x.2 misses para serem cumpridas por n-x pilotos. O problema fica mais complicado, mas certamente no vai ser possvel cumprir todas as misses com apenas 50% de baixas, a no ser no caso especfico de 1 misso por piloto. O raciocnio do livro est errado. isto que acontece quando os bilogos podem zerar em matemtica no vestibular, ou quando eles podem fazer bal como disciplina optativa ao invs de clculo e estatstica.

[]s

Andr Baptista


>>
>Ol Pessoal,
>
>Esta a minha segunda participao na lista e gostaria de esclarecer uma
>"dvida" que tive quanto a um paradoxo de Anatol Rapoport, descrito no livro
>"Como A Mente Funciona", de Steven Pinker. Quem tiver insights, ou perceber
>"onde est o paradoxo" (desculpe a ignorncia) por favor, esclarea-me.
>
>"Em uma base de bombardeiros na Pacfico, um piloto tinha apenas 25% de
>probabilidade de sobreviver sua cota de misses. Algum calculou que, se
>os avies levassem o dobro de bombas, cada misso poderia ser cumprida com
>metado do nmero de vos. Mas o nico modo de aumentar a carga til do avio
>seria reduzir o combustvel, o que significava que os avies teriam de voar
>em misses sem retorno. Se os pilotos dispusessem a tirar a sorte e arriscar
>uma chance em duas de voar para uma morte certa em vez de se aferrarem s
>suas trs em quatro chances de voar para uma morte imprevisvel, duplicariam
>suas chances de sobrevivncia: apenas metade deles morreria em vez de trs
>quartos."
>
>Estranho, no ?... Talvez eu no tenha base estatstica para perceber o
>paradoxo. :-)
>
>Um grande abrao,
>
>Gabriel Antunes
>
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Groups sujeito s regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>

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SUBJECT: Re: Casais precisarao de ajuda
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/05/2001 16:34

>
> Se depender unicamente da natureza, o futuro
> da reproduo humana parece sombrio para as
> prximas geraes, segundo Sherman Silber,

Previso sombria feita na idade da pedra: no futuro os homens sero incapazes de rasgar o couro e a carne dos animais com os prprios dentes, e ficaro dependentes de instrumentos cortantes. No sero capazes de construir casas com os prprios braos, mas precisaro do auxlio de alavancas e outras mquinas.

>
> No futuro, a natureza vai ajudar somente 3% a
> 4% dos casais a terem filhos mas, para a
> grande maioria, os 96% restantes, a reproduo
> s ser possvel com a ajuda de tcnicas de
> reproduo assistida, de acordo com o
> pesquisador.
>

A tendncia exatamente essa. Tudo o que no indispensvel para a sobrevivencia tende a atrofiar ou desaparecer. Mas quando as pessoas comearem a modificar geneticamente a si mesmas e sua descendncia, de maneira controlada e voluntria, sabe-se l que rumo(s) a evoluo (se que pode-se utilizar essa palavra) vai tomar. Acho que no temos a menor noo do que no espera. A "Ilha do Dr. Moreau" vai ser fichinha.

[]s

Andr Baptista


SUBJECT: Re: Paradoxo Estranho
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/05/2001 18:54

> Se os pilotos dispusessem a tirar a sorte e
> arriscar uma chance em duas de voar para uma morte
> certa em vez de se aferrarem às suas três em quatro
> chances de voar para uma morte imprevisível,
> duplicariam suas chances de sobrevivência: apenas
> metade deles morreria em vez de três
> quartos.

sobreviventes - chance
4 - 0,39%
3 - 4,69%
2 - 21,09%
1 - 42,19%
0 - 31,64%

existe 26,17% de chance de 2 ou mais sobreviverem,
contra a certeza de que dois vão sobreviver no segundo
caso.

por curiosidade, se as chances de sobrevivência fossem
de 50%,

4 - 6,25%
3 - 25,00%
2 - 37,50%
1 - 25,00%
0 - 6,25%

existe 68,75% de chance de 2 ou mais sobreviverem...

Não tenho tempo pra calcular o valor em que a chance
de sobrevivência por missão faz com que a chance de
que 2 ou mais sobrevivam seja igual à de que 2
kamikazes sobrevivam...

Faça matemática, não faça guerra :)

--N1c01au



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SUBJECT: noticias do nonio
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/05/2001 18:58

Notícias nonio.com

Notícias recentemente publicadas no nonio.com

Questão 29 - Missão dos Zorgs

Esta questão foi por mim idealizada e incluída no
concurso-teste de Q.I. ainda a
decorrer e que pode ser encontrado no meu site. Foi
recentemente utilizada
abusivamente, por não ter sido comunicada previamente
tal utilização ou pedida qualquer autorização, numa das
"missões" de uma "Aventura Virtual" da
"Disputa.Com.Br." [a continuação contém o resto da
discussão e mais um enigma]

http://www.nonio.com/article.php?sid=511


Fóssil brasileiro pode ser o dinossauro mais velho do
mundo
[Segundo esta notícia na Folha sugerida por um leitor
anónimo o dinossauro mais antigo que se conhece
poderá ser brasileiro. Foram encontrados fósseis de pelo
menos 3 animais que viveram há mais de 235 milhões de
anos que têm características de dinossauros primitivos e
de tecodontes evoluídos, um tipo de réptil anterior ao
dinossauro. Os cientistas precisam de mais estudos para
tirar conclusões. - joao]

http://www.nonio.com/article.php?sid=510


Um Erro Na Relatividade
A Teoria da Relatividade , erra quando afirma
categoricamente que a massa ou inércia aumenta por
ocasião do aumento da velocidade e que esse aumento
tende a valor infinito quando a velocidade se aproxima
da velocidade da luz, esta afirmação é incorreta e
colabora com alguns absurdos que este artigo pretende
apontar e apresentar novo enfoque .[continua]

http://www.nonio.com/article.php?sid=509


Morte pela Vida
Preocupada com a população humana mundial que não
para de crescer e as terriveis consequencias desta
proliferação para o ambiente planetário, organização
defende a eutanasia, o canibalismo e o aborto como as
únicas soluções para a salvação da espécie humana.
[continua]

http://www.nonio.com/article.php?sid=508


duas entradas para a mesma saída
pensava que a cada página (web) correspondia um e
apenas um endereço...
se introduzir o endereço: http://go.to/funpic.com, vou
parar à página inicial do hotmail, com a curiosidade do
título da página ser: my first homepage !!
alguém me explica como é isto possível, ou seja, através
de dois endereços completamente distintos ir "aterrar" na
mesma página?
[resposta na continuação]

http://www.nonio.com/article.php?sid=507


Novas fotos mostram que a Face de Marte não é uma
face.
A Face de Cydonia não é uma escultura gigante de uma
civilização perdida que em tempos terá prosperado em
Marte. Quando as primeiras fotos chegaram nos anos 70
muitas pessoas acreditaram que a face era uma prova de
vida inteligente em Marte. Novas fotografias tiradas em
1998 não esclareceram definitivamente as dúvidas.
Agora, novas fotos tiradas este ano pela Mars Global
Surveyor mostram que aquela formação rochosa não tem
nem olhos, nem nariz, nem boca. É só uma formação
rochosa gigante.
A Face é uma formação geologica igual a tantas outras
que existem em Marte. Isso foi demonstrado também
por um método de altimetria laser que permitiu obter
imagens tridimensionais dessas formações geológicas que
existem em Cydonia. As fotos notáveis encontram-se
nesta página da NASA. Acho que as novas fotos não
deixam dúvidas.
[link para a foto na continuação]

http://www.nonio.com/article.php?sid=506


Lei de Godwin
"Na Usenet , à medida que uma discussão se prolonga, a
probabilidade de aparecer uma comparação envolvendo
Nazis ou Hitler aproxima-se de um"
Em muitos grupos, quando isto acontece, há a tradição
de considerar a thread acabada, e de declarar quem
quer que tenha mencionado os Nazis como o perdedor
da discussão. Normalmente, quem traz Hitler à baila
fá-lo em desespero de causa e com o intuito de chamar,
directa ou subtilmente, Nazi ao seu oponente. Quando as
coisas chegam a este ponto a discussão torna-se inútil.
Como corolário, qualquer discussão sobre nazis está
condenada à partida porque Hitler e Nazi vêm à baila
muito rapidamente, e uma vez que a lei de Godwin
menciona a palavra Nazi qualquer discussão sobre esta
lei acabará por degenerar rapidamente.

http://www.nonio.com/article.php?sid=505


Divulgação do nonio à imprensa

Divulgação pública do nonio.com
(http://www.nonio.com)

O nonio.com (http://www.nonio.com) é um portal de
ciência, tecnologia e cultura. O objectivo do site é
divulgar o conhecimento científico ao maior número de
pessoas possível através da publicação e discussão de
notícias e artigos de divulgação e opinião relacionados
com temas científicos.
[continua]

http://www.nonio.com/article.php?sid=504


Novo fóssil ajuda a compreender a evolução dos
mamíferos
Foi descoberto um fóssil de um animal semelhante a um
mamífero que viveu há 195 milhões de anos, 45 milhões
de anos antes da data normalmente aceite para o
aparecimento dos primeiros mamíferos. O fóssil foi
descoberto em 1985 na Província de Yunnan na China.
O seu estudo é hoje publicado na revista Science
[continua]

http://www.nonio.com/article.php?sid=503


Clonar Jesús Cristo
Já nada é sagrado. Não é que uma organização de
fanáticos resolveu apostar na clonagem de Jesús Cristo.
Felizmente é mais uma sátira. Mas, e se não fosse?
[link para o site na continuação]

http://www.nonio.com/article.php?sid=502


Quer falar com um golfinho? Basta assobiar
citado da CNN.br: " Pesquisadores no Havaí estão
desenvolvendo uma linguagem que permitirá a
comunicação entre humanos e golfinhos, baseada em
cliques e assobios que formam o fundamento de uma
'fala de golfinho'. "

continua em:
http://www.cnn.com.br/2001/tec/05/23/golfinho/index.html

http://www.nonio.com/article.php?sid=501


Efeito Placebo
Doentes que recebem medicamentos inertes podem
sentir melhoras significativas. Este efeito é conhecido
pelo efeito placebo. Este efeito é atribuído a factores
psicológicos. Nos testes de medicamentos, por vezes o
doente fica efectivamente melhor, por vezes o doente
pensa que fica melhor, e por vezes, quando os testes são
cegos, é o médico que pensa que o doente fica bem.
[continua]

http://www.nonio.com/article.php?sid=500


Algas teriam sido primeiros seres vivos a colonizar a
terra firme
[nota do editor: um leitor anónimo sugeriu esta notícia
sobre as primeiras algas que colonizaram terra firme.
Suspeito que não tenham sido os primeiros seres vivos
em terra firme, pois as bactérias devem ter chegado
primeiro. Para alem disso, o artigo diz que estas algas
vieram de àgua doce (provavelmente lago e rios), o que
tem lógica já que os rios secam, e as plantas devem-se
ter adaptado a estas secas e finalmente à terra firme). No
entanto os cientistas estavam convencidos que as
primeiras plantas tinham vindo de água salgada. - joao]

http://www.nonio.com/article.php?sid=499


Como viajar no tempo
Esta notícia na NewScientist fala de um cientista que
propôs um novo método de viajar no tempo. O método
envolve um anel de luz que atravessa uma nuvem de
átomos altrafrios. A nuvem forma um estado da matéria
conhecido por condensado de Bose Einstein e a luz que
o atravessa desloca-se muito lentamente. Os átomos que
se deslocam ao longo do anel viajam no tempo. Isto
permite que a matéria viaje no tempo, mas as viagens
estão limitadas ao espaço de tempo em que o anel existe.
A ideia vai ser testada, mas os cientistas não se
surpreenderiam se não resultasse. Afinal as viagens ao
passado estão impregnadas de paradoxos insolúveis.

http://www.nonio.com/article.php?sid=497


Mega-Tsumanis
Quem viu ontem na RTP2 (Portugal) um programa sobre
mega-tsunamis? O desmoronamento de terras em ilhas
vulcânicas pode provocar ondas com cerca de 500 m de
altura e vários km de comprimento, as quais podem
devastar as zonas costeiras de um continente inteiro. O
programa falou da ilha de La Palma nas Canárias. Parte
da ilha pode desabar da próxima vez que o vulcão entrar
em erupção. Se isso acontecer uma onda gigante poderá
destruir toda a costa leste dos Estados Unidos. Os
cientistas encontraram vestígios de ondas anteriores em
ilhas das Caraíbas. Encontrei uma página sobre
megatsunamis aqui e ainda esta página que eu penso que
é a página do programa que passou ontem.
[continua]

http://www.nonio.com/article.php?sid=496



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joão
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SUBJECT: Re: O_inevitvel
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/05/2001 19:29

> "No dizer de Etienne Gilson, tudo pode ser
> constatado cientificamente, menos
> o princípio de que tudo pode ser constatado
> cientificamente".

A ciência só se faz sobre coisas constatáveis. E
gostaria muito que alguém me desse um exemplo de algo
constatável que não possa ser medido e modelado
matematicamente.
Realmente, não tem como se pode fazer ciência com
tudo que jamais se venha a constatar. Mas qual é a
diferença entre constatar e fazer ciência?? Não são
sinônimos?

--N1c01au


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SUBJECT: Re: Paradoxo Estranho
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/05/2001 19:59

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> 50% de baixas, a nao ser no caso especifico de 1 missao por piloto.
> O raciocinio do livro esta' errado. E' isto que acontece quando os
> biologos podem zerar em matematica no vestibular, ou quando
> eles podem fazer bale' como disciplina optativa ao inves de calculo e
> estatistica.

Sem ir contra sua critica na essencia.

*Steven Pinker eh psicologo e nao biologo. (Mas sim, biologos sao ruins em
matematica e possuem uma aversao a contas. E, sim, isso eh lamentavel.
E, sim, eu sou ruim em matematica -- mas nao sou biologo, apenas um
'baixarel'. E nao creio q. a situacao dos psicologos seja melhor do q. a
dos biologos.)

*Steven Pinker mostra o raciocinio com valido? Mas acho q. vc esta' sendo
um pouco injusto. Parece q. vc esta' supondo 'm' como um natural. Nesse
caso, mesmo em missoes nao-suicidas, ele nao poderia ser diferente de 1.
Digamos q. haja 80 missoes a serem realizadas e 40 pilotos, com a taxa de
sobrevivencia de 0,25, isso dependeria de muita sorte.

Na verdade o numero de missoes M possiveis (em media) para N pilotos
iniciais seria:

M = N + N/4 + N/16 + N/32..

o q. da'

M = 1,33.N

Digamos q. sejam 54 missoes e 40 pilotos, 27 camicases se voluntariam,
deixando 13 pilotos sao e salvos. Nao havendo camicases: 40 pilotos
cumpririam 40 missoes, voltando 10 pilotos para as demais 14, 2 ou 3
pilotos para as 4 restantes...

*Eu odeio bale'.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Paradoxo Estranho
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/05/2001 20:46

Olá Roberto,

>
> Sem ir contra sua critica na essencia.
>
> *Steven Pinker eh psicologo e nao biologo.

Então está explicado! :-)

>(Mas sim, biologos sao ruins em
> matematica e possuem uma aversao a contas. E, sim, isso eh lamentavel.
> E, sim, eu sou ruim em matematica -- mas nao sou biologo, apenas um
> 'baixarel'. E nao creio q. a situacao dos psicologos seja melhor do q. a
> dos biologos.)

De modo algum eu estava me referindo a você ou qualquer pessoa desse grupo.
Ou a algum grupo profissional em particular. Foi só uma tentativa de fazer
uma ironia ao sistema educacional. E depois não é verdade que você seja ruim
em matemática. Pelo menos nesta lista, já li comentários seus de quem não
tem medo do assunto.

>
> *Steven Pinker mostra o raciocinio com valido? Mas acho q. vc esta' sendo
> um pouco injusto. Parece q. vc esta' supondo 'm' como um natural. Nesse
> caso, mesmo em missoes nao-suicidas, ele nao poderia ser diferente de 1.
> Digamos q. haja 80 missoes a serem realizadas e 40 pilotos, com a taxa de
> sobrevivencia de 0,25, isso dependeria de muita sorte.

É verdade. Isso mostra que você é melhor em matemática do que eu. Não que
isso seja grande coisa. Quanto a aversão a matemática, conheci vários no
Instituto de Física da USP e no IAG. Ouvi várias vezes esse comentário:
"adoro física. o problema é a matemática." Na verdade talvez seja até uma
coisa natural. Um conhecido meu chegou ao último ano de geofísica sem ser
aprovado em cálculo I.


>
> Na verdade o numero de missoes M possiveis (em media) para N pilotos
> iniciais seria:
>
> M = N + N/4 + N/16 + N/32..
>
> o q. da'
>
> M = 1,33.N
>
> Digamos q. sejam 54 missoes e 40 pilotos, 27 camicases se voluntariam,
> deixando 13 pilotos sao e salvos. Nao havendo camicases: 40 pilotos
> cumpririam 40 missoes, voltando 10 pilotos para as demais 14, 2 ou 3
> pilotos para as 4 restantes...


Minha análise foi bem fajuta mesmo. Sempre vai-se cair em uma situação em
que compensa a utilização da estratégia camicase. Mas é verdade que só no
caso de 1 missão por piloto a porcentagem de sobreviventes é de 50%. Não
quis desmerecer o Steve Pinker por causa disso. Dei uma lida em alguns
trechos de seu livro e gostei. Ele parece ser um academico competente. (Não
por causa da minha opinião, mas por referências de outros estudiosos que li,
é claro)

>
> *Eu odeio bale'.

Na verdade nunca soube que oferecessem balé como matéria optativa em alguma
faculdade. E depois balé deve ser duríssimo. Provelmente alguém que
escolhesse balé para escapar da matemática se arrependeria durante as
difíceis sessões de alongamento!

[]´s

André



SUBJECT: Re: [ciencialist] Paradoxo Estranho
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/05/2001 21:03



Gabriel Oliveira wrote:
>
> Olá Pessoal,
>
> Esta é a minha segunda participação na lista e gostaria de esclarecer uma
> "dúvida" que tive quanto a um paradoxo de Anatol Rapoport, descrito no livro
> "Como A Mente Funciona", de Steven Pinker. Quem tiver insights, ou perceber
> "onde está o paradoxo" (desculpe a ignorância) por favor, esclareça-me.

Imaginemos que cada piloto tem uma quota de missões de 20. Esse piloto
tem 25% de probabilidades de sobreviver às 20 missões. Então se P for
a probabilidade de sobreviver a 1 missão então:

P^20=0.25
P=0.933

No caso dos pilotos kamikase a probabilidade de se sobreviver a
1 missão é 0.5.

Entretanto, número de missões necessárias não é de 10 porque
o número de pilotos que morre na primeira missão é maior do
que no sistema anterior. Mesmo assim, no sistema kamikase a
probabilidade de se sobreviver ao fim de 10 missões é de:

0.5^10= 0.09% muito inferior a 25%.

O paradoxo está em:

1 - pensar-se que 25% é a probabilidade de se sobreviver a uma
missão. Não é. É a probabilidade de se sobreviver a uma quota de
missões.

2 - esquecer que os pilotos kamikases só voam uma vez. Por este
motivo o número de missões aumenta, não diminui para metade como
se poderia pensar à partida.
Joao


> "Em uma base de bombardeiros na Pacífico, um piloto tinha apenas 25% de
> probabilidade de sobreviver à sua cota de missões. Alguém calculou que, se
> os aviões levassem o dobro de bombas, cada missão poderia ser cumprida com
> metado do número de vôos. Mas o único modo de aumentar a carga útil do avião
> seria reduzir o combustível, o que significava que os aviões teriam de voar
> em missões sem retorno. Se os pilotos dispusessem a tirar a sorte e arriscar
> uma chance em duas de voar para uma morte certa em vez de se aferrarem às
> suas três em quatro chances de voar para uma morte imprevisível, duplicariam
> suas chances de sobrevivência: apenas metade deles morreria em vez de três
> quartos."
>
> Estranho, não é?... Talvez eu não tenha base estatística para perceber o
> paradoxo. :-)
>
> Um grande abraço,
>
> Gabriel Antunes
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/

--
joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Paradoxo Estranho
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/05/2001 21:05



"Tarcisio Borges da Silva Jr." wrote:

>
> Se o número de missões for fixo, todos fatalmente terão que ir a combate e
> portanto a chance de morrer é de 100%.

Não. O enunciado diz claramente que "um piloto tinha apenas 25% de
probabilidade de sobreviver à sua cota de missões". Ou seja, cada
piloto faz uma cota de missões e depois vai embora. tem 25% de voltar
para casa.

--
joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Paradoxo Estranho
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/05/2001 21:11



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> Digamos q. sejam 54 missoes e 40 pilotos, 27 camicases se voluntariam,
> deixando 13 pilotos sao e salvos. Nao havendo camicases: 40 pilotos
> cumpririam 40 missoes, voltando 10 pilotos para as demais 14, 2 ou 3
> pilotos para as 4 restantes...

25% é a probabilidade de sobreviver a uma quota de missões e não a
uma única missão.

--
joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Paradoxo Estranho
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/05/2001 21:20



Andre Roviralta Dias Baptista wrote:

> > Digamos q. sejam 54 missoes e 40 pilotos, 27 camicases se voluntariam,
> > deixando 13 pilotos sao e salvos. Nao havendo camicases: 40 pilotos
> > cumpririam 40 missoes, voltando 10 pilotos para as demais 14, 2 ou 3
> > pilotos para as 4 restantes...
>
> Minha análise foi bem fajuta mesmo. Sempre vai-se cair em uma situação em
> que compensa a utilização da estratégia camicase. Mas é verdade que só no
> caso de 1 missão por piloto a porcentagem de sobreviventes é de 50%.

O seu raciocinio está correcto porque 25% é a taxa de sobrevivencia a
uma quota de missões, não é a taxa de sobrvivencia por missão. Assim,
no primeiro sistema um piloto tem 25% de probabilidades de vltar
para casa vivo. No sistema kamikase ele tem:

0.5*0.5*0.5*0.5*0.5*0.5= numero muito baixo

Para alem disso, são necessárias mais missões porque metade dos
pilotos morre logo na primeira missão.


--
joão
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SUBJECT: Re: Paradoxo Estranho
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/05/2001 21:42

--- In ciencialist@y..., Joao Mario Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> > Digamos q. sejam 54 missoes e 40 pilotos, 27 camicases se voluntariam,
> > deixando 13 pilotos sao e salvos. Nao havendo camicases: 40 pilotos
> > cumpririam 40 missoes, voltando 10 pilotos para as demais 14, 2 ou 3
> > pilotos para as 4 restantes...
>
> 25% e' a probabilidade de sobreviver a uma quota de missoes e nao a
> uma unica missao.

Q. seja entao. Nesse caso a cota eh de 54/40 = 1,35 missao por piloto. 13
ainda eh melhor do q. 10 (claro, analisando em termos de sobrevivencia
e de media)...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Paradoxo Estranho
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/05/2001 21:45



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> >
> > 25% e' a probabilidade de sobreviver a uma quota de missoes e nao a
> > uma unica missao.
>
> Q. seja entao. Nesse caso a cota eh de 54/40 = 1,35 missao por piloto. 13
> ainda eh melhor do q. 10 (claro, analisando em termos de sobrevivencia
> e de media)...

O problema é que o seu exemplo não é realista. Na Guerra a razão entre
o numero de missões e o numero de pilotos é muito maior que 1,35.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] O inevitável
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/05/2001 22:13

Olá pessoal,

Bem vindo Gabriel. []

> > > > Não é possível provar ou refutar todas as afirmações
cientificamente.
> > > Prove.
> >

Eu não vou tentar provar aquela afirmação pois ela é provável por si mesma.
Ou seja, se ninguem conseguir provar ela, então ela é verdadeira.
Se alguem não a conseguri refutar, ela é verdadeira.
Portanto, eu provo que a frase é verdadeira, não fazendo absolutamente nada
:-)))
(Simpático hein? :-) )

Se a provar verdadeira, então ela fica tb provada.
Não tem fuga possivel. Aquela frase é verdadeira.

Entendeu? :-))

Agora em resposta ao Jocax.

> A questao pode ter varios significados.

Eu acho que só tem um :-))

> O primeiro significado eh que nao se pode provar ou refutar uma afirmacao
> cientificamente pq as teorias cientificas nunca podem ser provadas
> verdadeiras ( Popper ) .

Nota, está escrito "não é possivel provar ou refutar TODAS as afirmações "
Não se trata de uma, mas de todas.
Ou seja, no universo das afirmações, existe um conjunto não vazio de
afirmações que não se podem provar, ou refutar cientificamente.

Repara que não é apenas provar, é tb refutar.
Popper não é para aqui chamado , a não ser no seguinte:
Segundo ele , nada pode ser provado verdadeiro, apenas refutado. Ou seja,
provado falso.
Mas aquilo que não pode ser refutado , provado falso, nem provado
verdadeiro, que tipo de afirmação é ?
Essas afirmações , são então aquelas que pertencem ao conjunto descrito
antes.Das que não podme ser provadas verdadeiras nem falsas pela ciencia.


> Outro significado, para a frase acima, seriam sentencas q nao sao
abarcadas
> pela ciencia ainda,

Retire o "Ainda". Existem afirmações que nunca serão provadas nem refutadas
pela ciencia.
Como é o caso daquela que eu escrevi.

Espero que tenha sido bem sucedido na minha tentativa de prova da veracidade
da afirmação.
Mas na realidade, não se tratava de provar nada. Mas é curioso como uma
simples frase tem N interpretações diferentes :-)).

Bom, e se concordam comigo que a frase é verdadeira, então o conhecimento
cientifico é incompleto.
Se ele é incompleto, o que pode haver além dele, que prove ou refute, as
afirmações que a ciência não pode ?
E no caso de não haver nada, nosso conhecimento será sempre incompleto.
Não é muito alentador :-(


Cumprimentos a todos,

Sérgio M. M. Taborda


P.S
Qualquer semelhança entre aquela frase e o Teorema de Gödel , pode nao ser
coincidência.
Qualquer semelhança com Paradoxo do Mentiroso, tb não.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O_inevitável
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/05/2001 22:23

> > "No dizer de Etienne Gilson, tudo pode ser
> > constatado cientificamente, menos
> > o princípio de que tudo pode ser constatado
> > cientificamente".
>
> A ciência só se faz sobre coisas constatáveis. E
> gostaria muito que alguém me desse um exemplo de algo
> constatável que não possa ser medido e modelado
> matematicamente.

É constactável que o sujeito A é culpado do Crime X
Mas não é mensurável cientificamente a sua culpa.

>Mas qual é a diferença entre constatar e fazer ciência?? Não são
> sinônimos?

Não. Como a frase acima indica.
Por isso é que existem cientistas e juizes.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

P.S
Poderia dar o exemplo clássico do Amor, mas esse já está gasto e é mais
difícil de entender.



SUBJECT: Re: Paradoxo Estranho
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/05/2001 22:33

On Mon, 28 May 2001, Roberto Mitsuo Takata wrote:
> Q. seja entao. Nesse caso a cota eh de 54/40 = 1,35 missao por piloto. 13
> ainda eh melhor do q. 10 (claro, analisando em termos de sobrevivencia
> e de media)...

Na verdade, generalizando. Sendo o numero M de missoes fixo.

m0 = M/N

em q. m0 eh a cota de missoes na situacao sem camicases para N pilotos.

com uma fracao x de camicases a cota m1 dos nao-suicidas sera':

m1 = (M-2Nx)/(N(1-x))

(Numero de missoes nao-suicidas/numero de pilotos nao-suicidas)

sendo N = m0.M

m1 = (m0-2.x)/(1-x)

O q. significa q. se m0 for menor do q. 2 a cota diminui com o aumento de
x, se for maior a cota aumenta -- se for igual, nao se altera.

A situacao de equilibrio sera' alcancada levando-se em conta:

(1-x)^(m1/m0) = 0,25

(1-x)^(m0-2x)/(m0.(1-x)) = 0,25

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Energia
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/05/2001 22:43

>> A energia não é uma entidade concreta como um bolo e tem a genial
>> propriedade de não se gastar.

>Nao sei por q. as pessoas tEm tto medo do abstrato, 'pular' eh
>abstrato, mas ninguem acha q. isso seja sobrenatural ou q. as
>criancas violem leis fisicas naturais ao pular corda.

Não entendi o que querias dizer com isto, Takara. O que eu quiz dizer é que
ninguem pode apanhar energia...
Energia não é um objecto.(um bolo)

> Dois recipientes com a mesma energia Térmica, não se dá qq troca de energ=
ia
> entre eles. Não ha Calor , embora os recipientes possam estar a 3000 º C.=
> Mas isto é mais técnico.

>Sendo mais tecnico ainda: ha' sim troca de energia. Mas o saldo final eh
ze=ro.
>Ou nao?

Acho que não.
Calor é a capacidade de alterar a energia de um sistema sem realizar
Trabalho
Ou seja, é mudar a energia de algo, sem que o volume ou a pressão desse algo
varie.

dU=dQ + dW
(A variação da Energia Inerna de um sistema é igual à soma do Calor com o
Trabalho. 1º Lei da Termodinâmica)

Para alterar a energia (U) sem realizar Trabalho (dW=0) só se dQ =/=0 [dQ=
Calor )
E isso é Calor.
Existem (supostamente) trocas de energia entre os recipientes (tens razão:
equilibrio dinâmico) mas não existe Calor.
Os recepientes mantém as suas energias internas, donde dU=0. como tb dW=0
( os recipientes não encolhem nem espandem), então terá de ser , dQ =0
Não ha Calor neste caso.

>> A morte pode ser comprovada cientificamente :-))))
>ou nao...

Não??
Esta me supreendeu...

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

P.S.
O equilíbrio dinâmico não é entendivel com o mesmo sistema.
Para "observares" que existe dinâmica, tens de criar um novo sistema entre
os dois anteriores para veres o seu estado se alterar e dai concluir que a
Energia está sendo transferida.
Por exemplo, se colocares um barra de metal entre os dois ela aquece.
Caso não faças isso, não tens forma de provar que existe transferencia de
nada.
A Termodinâmica é como o algodão, não mente.
:-)



SUBJECT: Re: O inevitável
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/05/2001 09:23

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> Olá pessoal,
>
> Bem vindo Gabriel. []
>
> > > > > Não é possível provar ou refutar todas as afirmações
> cientificamente.
> > > > Prove.
> > >

Soh para simplificar :
A frase eh do tipo ~( A v B ) = ( ~A ) ^ ( ~B )
Onde
~ = Nao
A = eh possivel provar todas as afirmacoes
B = eh possivel refutar todas as afirmacoes
A = Qqr X -> E y tq y prova ( X )
B = Qqr X -> E y tq y refuta ( X )

A negacao da frase seria A v B
isto quer dizer q se a negacao da frase for verdadeira
tudo pode ser provado cinetific/e ou ao menos refutado cientif/e
Mas, a rigor, nao se pode provar uma coisa cientifi/e
entao, para a negacao da frase ser verdadeira
tudo deve poder ser refutado cientif/e.
E, para refutar a frase, bastaria um exemplo q nao se pode refutar
cientificamente.
Para isso eh soh colocar uma assercao que foge ao escopo da
ciencia : "Existe um diabinho verde no ombro de cada pessoa q
nao pode ser medido por nenhum meio fisico"
Pronto, esta frase mostra q o diabinho nao pode ser medido e portanto
foge ao escopo da ciencia e portanto a frase ORIGINAL eh verdadeira.


>
> Eu não vou tentar provar aquela afirmação pois ela é provável por si
mesma.
> Ou seja, se ninguem conseguir provar ela, então ela é verdadeira.
> Se alguem não a conseguri refutar, ela é verdadeira.
> Portanto, eu provo que a frase é verdadeira, não fazendo
absolutamente nada
> :-)))
> (Simpático hein? :-) )

Nao concordo , uma frase pode ser "sem sentido" ( nem verdadeira
nem falsa ) :
"Esta frase eh falsa" eh verdadeira ou falsa?
Se a frase eh verdadeira -> a frase eh falsa ( contradicao )
Se ela eh falsa -> o q ela diz eh verdade ,
a frase nao eh falsa ( contradicao )
Entao a frase nao eh verdadeira nem falsa.


>
> Se a provar verdadeira, então ela fica tb provada.
> Não tem fuga possivel. Aquela frase é verdadeira.
>
> Entendeu? :-))
>
> Agora em resposta ao Jocax.
>
> > A questao pode ter varios significados.
>
> Eu acho que só tem um :-))
>
> > O primeiro significado eh que nao se pode provar ou refutar uma
afirmacao
> > cientificamente pq as teorias cientificas nunca podem ser provadas
> > verdadeiras ( Popper ) .
>
> Nota, está escrito "não é possivel provar ou refutar TODAS as
afirmações "
> Não se trata de uma, mas de todas.

Mas se nao se pode provar uma entao obviamente nao se pode provar
todas, nao eh mesmo?

> Ou seja, no universo das afirmações, existe um conjunto não vazio de
> afirmações que não se podem provar, ou refutar cientificamente.
>
> Repara que não é apenas provar, é tb refutar.
> Popper não é para aqui chamado , a não ser no seguinte:
> Segundo ele , nada pode ser provado verdadeiro, apenas refutado. Ou
seja,
> provado falso.
> Mas aquilo que não pode ser refutado , provado falso, nem provado
> verdadeiro, que tipo de afirmação é ?

Sao afirmacoes q fogem ao escopo das premissas da teoria.

> Essas afirmações , são então aquelas que pertencem ao conjunto
descrito
> antes.Das que não podme ser provadas verdadeiras nem falsas pela
ciencia.
>
>
> > Outro significado, para a frase acima, seriam sentencas q nao
sao
> abarcadas
> > pela ciencia ainda,
>
> Retire o "Ainda". Existem afirmações que nunca serão provadas nem
refutadas
> pela ciencia.
> Como é o caso daquela que eu escrevi.

Sim , mas as afirmacoes q nao podem ser provadas nem refutadas
nunca pela ciencia carecem de qualquer importancia ( jocax )

>
> Espero que tenha sido bem sucedido na minha tentativa de prova da
veracidade
> da afirmação.
> Mas na realidade, não se tratava de provar nada. Mas é curioso como
uma
> simples frase tem N interpretações diferentes :-)).
>
> Bom, e se concordam comigo que a frase é verdadeira, então o
conhecimento
> cientifico é incompleto.

SIm, o conhecimento cientifico esta sempre avancando.

> Se ele é incompleto, o que pode haver além dele, que prove ou
refute, as
> afirmações que a ciência não pode ?

Nada, pois se este "alem dele" existe ele pode ser incorporado
pelo ciencia para explica-lo e portanto deixa de pertencer ao
inexplicado :-)

> E no caso de não haver nada, nosso conhecimento será sempre
incompleto.

Mas eh aih q esta a graça da coisa : Sempre teremos coisas novas
a descobrir !
Viu como eh alentador ! :-)

> Não é muito alentador :-(
>
>

[]s
jocax



SUBJECT: Re: Paradoxo Estranho
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/05/2001 10:21

>Na verdade, generalizando. Sendo o numero M de missoes fixo.
>
>m0 = M/N
>
>em q. m0 eh a cota de missoes na situacao sem camicases para N pilotos.
>

Neste caso a probabilidade de cada piloto voltar de cada misso ser de (0.25)^(1/m0). Nem todos pilotos voltaro da primeira misso, ento algumas misses iro acumular para a prxima "rodada". O clculo correto bem mais complicado do que estamos fazendo parecer. Para a primeira misso, por exemplo, a distribuio de probabilidades ser a seguinte:

seja (0.25)^(1/m0) = p
todos morrem: (1-p)^N
1 sobrevivente: p.((1-p)^(N-1))
2 sobreviventes: (p^2).((1-p)^(N-2))
y sobreviventes: (p^y).((1-p)^(N-y))
todos sobreviventes: p^N

Seja q o nmero de sobreviventes para a segunda rodada. So agora M-N misses para para q pilotos, ou seja (M-N)/q misses por piloto. Agora a chance de cada piloto cumprir sua cota ser de p^((M-N)/q)= P
=> P = ((0.25)^(1/m0))^((M-N)/q)
=> P = (0.25)^((M-N)/(q.m0))

ufa. Isso tudo sem introduzir o complicador dos camicases. Que podem ser usados na primeira, na segunda ou na ensima rodada. Se chegarmos a situao de 1 misso por piloto, a utilizao dos camicases ser vlida se p for menor do que 50%.
se m0 = 1, p = 25%
se m0 = 2, p = 50%

para m0 > 2, p > 50%, ento melhor no usar os camicases. Mas este raciocinio nao esta levando em conta novamente que alguns morrem na primeira rodada, deixando misses para os outros, e o raciocnio se invalida.

Concluso: nenhuma. O problema bem mais complicado do que tinha parecido inicialmente. Imagino que Steve Pinker estivesse se referindo ao caso particular de uma misso por piloto. Para um nmero grande de misses por piloto o clculo fica muito complicado. Existir sempre a probabilidade de no se cumprir todas as misses e perder a guerra.


[]s

Andr Baptista


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Paradoxo Estranho
FROM: "Gabriel Oliveira" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/05/2001 14:19


Olá pessoal,

Muito interessantes todos os comentários. Só fizeram arraigar-se mais ainda
o meu desprezo quanto à matemática. :-)

Quer dizer... eu sei de sua importância... porém, realmente, eu acho uma
matéria muito chata. :-)

> > *Steven Pinker eh psicologo e nao biologo.

Para mim, um "psicólogo evolucionista" é muito mais um biólogo do que um
psicólogo mesmo. Afinal, o evolucionismo se baseia em uma teoria da
biologia, inegavelmente: a seleção natural.

> >(Mas sim, biologos sao ruins em matematica e possuem uma aversao a
> > contas. E, sim, isso eh lamentavel.

Lamentável? Não vejo porque...
Acho que a especialização é uma das principais características da nossa
civilização. Por isso poucos biólogos são bons em matemática; e poucos
matemáticos são bons em biologia. É "natural".

> > *Steven Pinker mostra o raciocinio com[O] valido?

Quanto ao paradoxo, comenta ele, "Nem é preciso dizer que isso nunca foi
implementado. Poucos de nós aceitariam tal oferta, embora ela seja
inteiramente justa e pudesse salvar muitas vidas, inclusive, possivelmente,
a nossa. O paradoxo é uma intrigante demonstração de que nossa mente está
equipada para correr voluntariamente um risco de morte em uma coalisão, mas
apenas se não soubermos quando a morte virá.".

Ele está dissertanto sobre a coalisão humana nas guerras.
Primeiro ele diz que há muitos homens que se oferecessem voluntariamente
para guerrear. Sabemos que, em uma guerra, as chances de morrer são enormes.
Então, sob o ponto de vista evolucionista, qual seria o motor cognitivo que
propulsiona essas pessoas a se arriscarem dessa maneira? A resposta é: a
coalisão de homens é uma característica que, durante os milênios em que
viveram nossos ancestrais, possibilitou-os de ganharem muitas mulheres (se
multiplicar). Há, também, diversos estudos que mostram que o número de
estupros por parte dos soldados durante uma guerra é enorme; e certos
teóricos afirmam que o(s) filho(s) de uma mulher estuprada durante uma
guerra têm uma boa probabilidade de sobrevivência (não me pergunte como ele
mediu isso...).

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: Paradoxo Estranho
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/05/2001 15:31

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> Conclusão: nenhuma. O problema é bem mais complicado do que tinha parecid=
o inicialmente. Imagino que Steve Pinker estivesse se referindo ao caso part=
icular de uma missão por piloto. Para um número grande de missões por piloto=
o cálculo fica muito complicado. Existirá sempre a probabilidade de não se =
cumprir todas as missões e perder a guerra.


Quer dizer q. nao devo mandar meus avioezinhos pra conquistar Vladvostoky e=
Dudinka? Logo agora q. estou
pra conquistar a maioria na Asia?

[]s,

Roberto Talata




SUBJECT: Re: [ciencialist] O inevitável
FROM: "Gabriel Oliveira" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/05/2001 18:35


Olá,

> Realmente a inxistência de exatidão nas ciencias humanas é um tópico
> legal, creio que ocorre devido à grande complexidade que envolve as
> decisões humanas individuais, talvez seja melhoe criar uma teoria de
> comportamento de massas, com pressupostos matemáticos, (psico-
> história?), do mesmo modo como é mais fácil prever o comportamento
> de varias moléculas do que de um único átomo,

O problema é definir qualquer aspecto "humano" matematicamente.

Diversos teóricos evolucionistas acreditam que essa inexatidão para definir
certas questões como a individualidade (o que é a individualidade? Ou:
existe individualidade?), o livre-arbítrio (se meus comportamentos estão
mecanicamente ligados aos meus genes + os estímulos externos que recebo,
porque deveria ser punido por algo que "eu" não controlo?), a moralidade
(por que NÃO é justo matar doentes mentais se eles apenas consomem energia
da sociedade e não contribuem de volta?) se dá, devido a uma incapacidade
cognitiva humana.

Podemos imaginar como vive uma pessoa cega, porém um cego de nascença não
têm idéia de que como é ter visão. Assim, pode muito bem haver seres que
possam definir facilmente questões como o livre-arbítrio e a moralidade, ou
rotar um objeto na quarta-dimensão, coisa que nenhum humano concebe. :-)

As ciências humanas (como a filosofia, a psicologia...) são úteis para
manter uma certa "ordem" na sociedade. Ordem (organização) que deve existir
de qualquer maneira; com argumentos científicos ou não. Não temos os
argumentos científicos para organizar uma sociedade, e, como certos teóricos
afirmam, pode ser que nunca teremos.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O_inevitável
FROM: "Gabriel Oliveira" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/05/2001 18:43


Olá,

> > A ciência só se faz sobre coisas constatáveis. E
> > gostaria muito que alguém me desse um exemplo de algo
> > constatável que não possa ser medido e modelado
> > matematicamente
>
> É constactável que o sujeito A é culpado do Crime X
> Mas não é mensurável cientificamente a sua culpa.

Jamais podemos constatar que sujeito A é culpado do crime X; já que "culpa"
é algo indefinível cientificamente.

Se um assassino louco estivesse dizedo para mim: "se você não matar esta
criança, eu te mato!"; e eu matasse a criança; seria culpado de meu ato?

Se eu herdasse genes "violentíssimos" de meu pai e de minha mãe, e matasse
uma pessoa na esquina, seria culpado?

Se meu comportamento está DIRETAMENTE ligado aos meus genes e aos estímulos
externos que recebo; como posso ser "culpado" de meus atos?

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Paradoxo Estranho
FROM: "Gabriel Oliveira" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/05/2001 19:31


Olá,

> > Muito interessantes todos os comentários. Só fizeram arraigar-se mais
> > ainda o meu desprezo quanto à matemática. :-)
> > Quer dizer... eu sei de sua importância... porém, realmente, eu acho
> > uma matéria muito chata. :-)
>
> Mas, qual o interesse dos comentários, se a matemática é tão chata? É
> chata talvez porque seja difícil, mas trivial certamente não é.
> Peço desculpas por tê-lo deixado com essa impressão da matemática.

Com certeza, me expressei mal... :-)
Os comentários foram muito construtivos e me fizeram SIM entender a beleza
(poderia chamar assim?) do paradoxo. Acrescentando mais um comentário,
continuo a não gostar muito de ver números se mexendo na minha frente... :-)

Sei da importância da matemática sim. Só coloquei, trivialmente, que não sou
um fã da matemática.

> > > > (Mas sim, biologos sao ruins em matematica e possuem uma
> > > > aversao a contas. E, sim, isso eh lamentavel.
>
> Como se pode publicar um artigo científico sem uma análise estatística
> adequada dos dados observados? Se a análise estatística estiver errada,
> tudo o mais vai por agua abaixo.
>
> Gabriel:
>
> > Lamentável? Não vejo porque...
> > Acho que a especialização é uma das principais características da
> > nossa civilização. Por isso poucos biólogos são bons em matemática;
> > e poucos matemáticos são bons em biologia. É "natural".
>
> Lamentável sim, mil vezes lamentável. É mais importante conhecer
> estatística do que conhecer a constituição ou o código de defesa do
> consumidor. Sem entender o que as estatísticas dizem, ninguém pode
> exercer plenamente sua cidadania.

Mas eu nem citei o código de defesa do consumidor... Aliás, concordo com sua
frase acima. Só estou dizendo que não acho lamentável o fato de um biólogo
não saber muito de matemática. Aliás, a ciência evolui devido a essas
coisas: pessoas se especializam e com isso aumentam o acervo científico.
Einstein não PERDEU SEU TEMPO estudando macacos, ele se DEDICOU à física; e
deu certo :-). Se ele não tivesse se dedicado à física, talvez não achasse
as respostas que achou. :-)

> Nem tudo que é "natural" é bom.

Não há nada além do natural... Mas é "natural" que pessoas se especializem.
:-)

> Parodiando alguém, eu diria que quem acha a matemática aborrecida
> provavelmente não entenda nada de matemática (tenho a impressão de
> que isso vale para todas as atividades humanas, com a possível exceção
> do golfe.
> Quanto mais conhecemos as peculiaridades e a riqueza intrínseca de
> uma atividade humana, mais o nosso interesse aumenta).

Talvez primeiro venha o interesse... depois, com o interesse, buscamos saber
mais sobre determinados assuntos. Acho mais sensato.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: Casais precisarao de ajuda
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/05/2001 19:34

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> >
> > Se depender unicamente da natureza, o futuro
> > da reprodução humana parece sombrio para as
> > próximas gerações, segundo Sherman Silber,
>
> Previsão sombria feita na idade da pedra: no futuro os homens serão
incapazes de rasgar o couro e a carne dos animais com os próprios
dentes, e ficarão dependentes de instrumentos cortantes. Não serão
capazes de construir casas com os próprios braços, mas precisarão do
auxílio de alavancas e outras máquinas.
>
> >
> > No futuro, a natureza vai ajudar somente 3% a
> > 4% dos casais a terem filhos mas, para a
> > grande maioria, os 96% restantes, a reprodução
> > só será possível com a ajuda de técnicas de
> > reprodução assistida, de acordo com o
> > pesquisador.
> >
>
> A tendência é exatamente essa. Tudo o que não é indispensável para a
>sobrevivencia tende a atrofiar ou desaparecer.


Sim vc tem razao, este eh exatamente o mecanismo de salvacao da
humanidade via Genismo :

http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/95


>Mas quando as pessoas
>começarem a modificar geneticamente a si mesmas e à sua descendência,
>de maneira controlada e voluntária, sabe-se lá que rumo(s) a evolução
>(se é que pode-se utilizar essa palavra) vai tomar. Acho que não
>temos
>a menor noção do que no espera. A "Ilha do Dr. Moreau" vai ser
>fichinha.
>
> []´s
>
> André Baptista



SUBJECT: "Prova Científica" do passe
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/05/2001 20:38

Prezados amigos da lista:
Gostaria de comentários refutantes sobre isso:

==================================================
http://www.consciesp.org.br/artigos/evidencias.htm

Algumas evidências científicas sobre a eficácia do passe

O passe magnético, ou transfusão bioenergética, é uma prática
que tornou-se comum entre os espíritas.

Bem antes de envolver-se nas pesquisas fenomênicas que
alicerçaram o surgimento do Espiritismo, Allan Kardec fora estudioso e
praticante do magnetismo. Logo no início de seus contatos com os domínios
espirituais, através da mediunidade da menina Ruth Japhet, o Espírito de
Hannemann, luminar da Homeopatia, entre outros, manteve com ele contatos
ocasionais, instruindo-o.

O mestre lionês contava, entre seus colaboradores, com
adeptos do magnetismo de várias escolas e muito se discutia sobre suas
aplicações.

Atualmente, a questão da transferência bioenergética tem
levado a ciência a estudar o assunto e, conseqüentemente, a realizar
descobertas.

Efeitos detectados na prática de imposição de mãos

Interessantes são os experimentos realizados pelo dr. Bernard
Grad, da McGill University, no Canadá, em 1957, ao estudar um curador
húngaro chamado Estabany. Grad verificou os efeitos fisiológicos provocados
pela imposição das mãos do curador sobre animais e plantas. Em todos esses
experimentos ficou comprovada a existência de uma força vital que emana das
pessoas - mais de algumas do que de outras - e esta energia parece estar
intimamente associada a mecanismos homeostáticos, ou seja, parece agir de
forma a otimizar o desempenho do organismo em seu funcionamento.

Segundo as conclusões de Grad, e também de posteriores
descobertas, estados emocionais afetam a qualidade dessa energia.

Acelerando o crescimento e a motibilidade em bactérias

Entre inúmeros experimentos realizados com enzimas,
hemoglobina, bactérias, fungos, plantas, água, etc, vale a pena citar os do
dr. Robert Miller, engenheiro químico, e os da dr.ª Elizabeth Rauscher,
especialista em medicina nuclear. Ambos trabalharam com os curadores dr.
Alex Tanous e dr.ª Olga Worrall.

Esses experimentos comprovaram que a imposição de mãos sobre
culturas de bactérias acelerou-lhes o crescimento e a motibilidade, mesmo na
presença de inibidores de crescimento, como a tetraciclina e cloranfenicol,
ou de inibidores de movimento, como o fenol.

Cura a distância

O poder dessa energia benéfica emanada pelo médium curador
não é afetada pela distância. Em outro experimento, o dr. Miller pediu à
dr.ª Worral que visualizasse, por cinco minutos, o crescimento de uma planta
localizada num laboratório a 600 milhas de distância. A planta estava ligada
a uma aparelho desenvolvido pelo Ministério de Agricultura americano para
aferir índices de crescimento de plantas. A taxa de crescimento que
apresentava a planta em questão estava estabilizada em 0,00625 polegada por
hora. Assim, exatamente às 9 horas da noite, quando a dr.ª Worral começou a
emitir a energia, o registro do traçado passou a acusar um desvio para cima
e até as 8 horas da manhã seguinte a planta apresentou um crescimento 830%
maior do que o esperado.

A conclusão dos pesquisadores foi a de que esta energia
emitida pelo sensitivo pode produzir manifestações visíveis no mundo físico,
mesmo quando gerada a distância.

Benefícios do passe espírita

Dentro desse contexto, todo espírita atuante, não apenas
fossilizado na teoria, mas sobretudo, experimentado no labor da prática, já
observou a relevância do passe espírita como poderoso recurso reestruturador
do equilíbrio psicofísico, eficiente nos mais variados casos. Já compreendeu
e experimentou que nesse procedimento de interatividade
magnético-mental-emocional, não somente ocorre a impulsão bioenergética do
médium, mas também a de competentes Espíritos qualificados e comprometidos
com a prática do bem, assumindo, com naturalidade, juntamente com o médium,
o papel que cabe a todo ser de boa vontade em cooperar na grande obra da
Inteligência Suprema.

E nesses preciosos momentos, pequenas maravilhas ocorrem. E
delas, bem sabem desfrutar os que foram e continuam sendo beneficiados,
tanto na condição de doadores, como na condição de receptores dessas
maravilhosas energias físico-espirituais.
==================================================

Peterson Leal.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O inevitável
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/05/2001 21:20

Marcelo: Pelo que eu me lembre de Popper não é possível provar que nada´é
verdadeiro, somente provar que é falso.

Manuel: Correto. E quero ver alguém provar cientificamente a falsidade do
enunciado <<nada existe que não seja sensação ou pensamento de quem estiver
lendo esta sentença.>>

Marcelo: segundo este princípio, uma teoria é verdadeira sempre que é criada
e cabe aos cientistas provar que esta é falsa para que seja aprimorada e
refinada.

Manuel: A ciência não pode provar a falsidade do enunciado do subjetivismo
absoluto por mim citado. Trata-se de um enunciado irrefutável, porém falso.

Um enunciado irrefutável pode ser verdadeiro ou falso. Exemplo de um
enunciado irrefutável verdadeiro: "em todo objeto físico existem aspectos
que ocorrem em outros objetos físicos." (i.e., existem generalidades e
regularidades em tudo.) Decerto, é impossível provar a falsidade de tal
enunciado, pois não há como imaginar algo que seja absolutamente singular.

[]'s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Falsificacionismo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/05/2001 22:11

1. O Falsificacionismo:

O falsificacionismo não foi proposto como um método novo, mas sim como um
critério, ou conduta, a ser ou não adotado por aqueles que se conformam ao
método dedutivo de prova. Não há nada, no falsificacionismo, do ponto de
vista metodológico, que não esteja previsto, ou que não decorra naturalmente
de uma opção a ser seguida, espontaneamente ou não, por este ou aquele
dedutivista. Qual seria então este critério? Com que finalidade foi
proposto? A resposta a estas perguntas, bem como o mérito do
falsificacionismo constituem o objetivo deste e dos próximos dois
itens.

Antes de mais nada afirmarei, sem me alongar, que uma teoria, adotado
o argumento dedutivista, pode ser corroborada, ou negada, fundamentalmente,
através de um dos três procedimentos seguintes: 1) Pela corroboração ou
negação de uma de suas hipóteses; 2) pela verificação ou negação de uma de
suas predições; 3) pela corroboração ou negação de teorias auxiliares,
deduzidas da teoria principal (teoria em teste, ou sob suspeita); as teorias
auxiliares podem ser de três tipos: teorias ou hipóteses de nulidade,
teorias ou hipóteses salvadoras e teorias ou hipóteses assassinas.
Incluem-se no rol das teorias auxiliares as teorias transcendentais,
freqüentemente conotadas por experiências de pensamento. As predições e as
hipóteses ou teorias auxiliares são teorias geradas utilizando-se do próprio
argumento dedutivista. Neste caso, o foco de atenção inicial é, nada mais,
nada menos, que a própria teoria que deu origem à predição e/ou à teoria
auxiliar.

Ao valorizar a falseabilidade, como critério a ser adotado pelos
dedutivistas, Popper nada mais fez que tentar expandir, ou trazer para o
domínio da metodologia científica, uma prática amplamente utilizada com
sucesso em estatística: o critério de tomada de decisão através da hipótese
de nulidade (Ho):

"O primeiro passo, ou estágio, no processo de tomada de decisão, é
definir a hipótese de nulidade (Ho). Formula-se usualmente com o
expresso propósito de ser rejeitada. Se é rejeitada, pode-se aceitar a
hipótese alternativa (H1). A hipótese alternativa é a definição
operacional da hipótese de pesquisa do pesquisador. A hipótese de
pesquisa é a predição deduzida da teoria que está sendo comprovada."
[Siegel, 1977]

A contribuição de Popper, a esse respeito, limitou-se à ênfase que deu à
importância da procura por hipóteses de nulidade. Até então, este costume
estava restrito à procura por previsões --apresentadas, via de regra, pelo
próprio autor da teoria-- e/ou hipóteses salvadoras --levantadas pelos
adeptos da teoria em foco-- e/ou hipóteses assassinas --levantadas pelos
críticos da teoria em questão. As quatro têm uma característica comum: são
todas teorias falseadoras.

A boa teoria, dentre outras qualidades, e segundo Popper, é aquela
potencialmente geradora de hipóteses falseadoras; e tanto melhor será quanto
maior for o risco de ser negada. Ela pode até mesmo ser derrubada no
primeiro teste a que for submetida, o que não invalida o que foi dito: foi
uma boa teoria enquanto durou, e voltará a ser se conseguir ressurgir das
cinzas. Dito em outras palavras: o critério, para se avaliar a virtude de
uma teoria nascente, repousa no seu grau de submissão a testes adversos. Uma
teoria de baixo risco raramente é bem vinda; e uma teoria sem risco
algum, na opinião de Popper, não é científica; e eu iria além: sequer é
teoria.

Levando-se em conta que o critério falsificacionista peca pela
subjetividade, deve-se tomar cuidado ao se optar por uma teoria, em
detrimento de outra, pelo fato de a primeira ser mais falseável que a
segunda. Diferentes hipóteses falseadoras devem apresentar pesos diferentes;
e este peso, mesmo quando bem estimado, freqüentemente o é por um processo
subjetivo. Não é raro utilizar-se desta subjetividade inerente ao
falsificacionismo para justificar escolhas feitas segundo critérios
políticos, econômicos, interesseiros, corporativistas, ou então apoiados em
"princípios" outros que também deixam a desejar, no que diz respeito à ética
do cientista.

2. Entendendo o falsificacionismo

Suponha que alguém deduza a seguinte hipótese H1: As maçãs do Estado de São
Paulo são vermelhas. A teoria, assim simulada, é uma teoria de hipótese
única. Percebam que, no argumento da hipótese, está se admitindo como
pressupostos uma infinidade de conceitos, tais como fruta, maçã, cor,
vermelho, local, São Paulo, Brasil, etc. Estes pressupostos são o que
Severino chama de evidências prévias e constituem uma das bases da
argumentação de Chalmers ao contestar os que afirmam que a ciência começa
com a observação.

Um exemplo de previsão desta teoria seria: as maçãs de Jundiaí devem ser
vermelhas, tendo em vista que Jundiaí se localiza no Estado de São Paulo.

Suponha, também, que alguém tenha demonstrado que, em condições X, outra
fruta que não a maçã, e que originalmente era de determinada cor, se
modifica; e conclui que, se a teoria sobre as maçãs for verdadeira, ela
deverá permanecer verdadeira nas condições X. Pode-se, então, construir a
seguinte hipótese de nulidade Ho: Em condições X, obter-se-ão, em São Paulo,
maçãs não vermelhas. Esta previsão não decorre da teoria (H1), mas de
evidências prévias outras e estranhas à mesma. Se esta hipótese (Ho) for
verificada, a hipótese original H1 estará falseada.

Será que este simples fato condena a teoria original? Para o
falsificacionista ingênuo, sim. Para aquele que entendeu e aceitou o
significado da afirmação de Popper, não. Optar por uma teoria não significa
crer numa verdade absoluta. Se eu afirmo que Ho é verdadeira, e
conseqüentemente H1 é falsa, isto não significa que eu estou atribuindo o
grau de veracidade 100% a uma hipótese e 0% à outra; significa,
simplesmente, que a verificação experimental me convenceu a optar por uma
teoria em detrimento da outra. A opção é uma das maneiras pelas quais o
cientista expressa a sua fé na ciência, e o falsificacionismo estabelece
normas a lhe orientar nesta opção.

Suponha agora que, em condições X, ou em outra condição qualquer, se
encontrem, no Estado de São Paulo, maçãs verdes. Significa isto que a
hipótese H1 é falsa? Não. Simplesmente ela foi falseada. Nada impede que
amanhã, com a evolução da ciência, se descubra que estes frutos verdes, a
que hoje associamos a idéia maçã, estejam inseridos num outro contexto, e
que realmente não sejam maçãs.

Por que então se dá preferência a verificações falseadoras em detrimento das
corroboradoras? Ora, isto nem sempre acontece, conquanto seja esta uma das
regras propostas pelo falsificacionismo. Por exemplo, tanto a teoria da
relatividade, quanto a mecânica quântica são teorias físicas amplamente
aceitas, graças a terem sido corroboradas por previsões que se confirmaram;
e pouco valor se deu a um grande número de testes que as falsearam. Por
outro lado, estas duas teorias são, concomitantemente, aceitas pelos
físicos, conquanto existam fortes argumentos a "provar" que cada uma destas
duas teorias falseia a outra, e ambas falseiam a teoria de Maxwell, que
também é aceita como verdadeira. Certos ou errados, neste caso, os físicos
modernos, dentre os quais se inclui Popper, fizeram uma opção contrária à
norma falsificacionista, e não há como criticá-los por essa conduta, a menos
que se pretenda atribuir ao falsificacionismo uma qualidade que ele não
possui: a de estabelecer critérios absolutos de veracidade.

O falsificacionismo presta-se também a fomentar o diálogo e a criatividade.
Neste caso, surge quase como que um apelo para que se invista mais em
experiências de pensamento, um recurso legítimo e de grande valor em
ciência.

3. O falsificacionismo como delimitador da ciência

Vimos, no item 1, que, para Popper, uma teoria sem risco algum não é
científica, e eu acrescentei: sequer é teoria. Popper quis se aproveitar
deste argumento para delimitar a ciência, utilizando-se então do
falsificacionismo como critério de cientificidade. Com esta opção, Popper
desagradou a muitos e convenceu a poucos, ainda que sua idéia não fosse de
todo má.

Não podemos, em sã consciência, dizer que a psicanálise, por exemplo, não
pertença ao campo da ciência pelo simples fato de uma de suas "teorias"
precursoras ser não falseável. Sequer podemos dizer que o autor dessa idéia
não fosse cientista: se é verdade que a psicanálise se desenvolveu em cima
desta idéia, e apesar disso, conseguiu, de alguma forma, se impor como
ciência, muito provavelmente, queiramos ou não, seu autor contribuiu
diretamente para o progresso da ciência. Mesmo que hoje alguém chegasse a
concluir, categoricamente, pelo caráter não científico da psicanálise, isto,
de forma alguma, nos autorizaria a, hipoteticamente, condená-la à
estagnação.

Se um cientista, utilizando-se de maus critérios, ou até mesmo apoiando-se
em dogmas, constrói, de maneira não científica, um determinado campo do
conhecimento, isto não significa que este campo não possa vir a ser estudado
cientificamente; e que não se possam criteriosamente, aproveitar as
conclusões de seus estudos. Nada impede que uma teoria, considerada hoje
como não científica, pelo fato de possuir uma ou mais hipóteses não
falseáveis, adquira esse status após passar por ligeiras reformulações.

Não podemos assumir que um campo do conhecimento seja não científico pelo
simples fato de não encontrarmos nele teorias científicas. Este
posicionamento de Popper, a meu ver, não se justifica: o falsificacionismo
não é um bom critério delimitador da ciência, e isto eu espero que tenha
ficado claro para o leitor. E mais: não existem áreas não científicas, mas
sim áreas onde ainda não foram produzidos conhecimentos científicos. O
progresso científico tem sua origem na intuição e, pelo menos nesta etapa,
nada é absolutamente corroborável ou falseável. Podemos ainda dizer que a
ciência não se localiza aqui ou acolá: sob esse aspecto, a ciência não tem
fronteiras.

O texto acima reproduzido é parte integrante de um artigo mais extenso,
"Teoria sobre o método científico", que está postado em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/artigos/metcien1.htm

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] O inevitável
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/05/2001 23:05

Olá,

Continuando: assim como a matemática, o racionalismo e a ciência também não
são auto-sustentáveis. Se na matemática existem enunciados indecidíveis,
isto é, enunciados cuja verdade ou falsidade não podem ser demonstradas
matematicamente, a ciência parte de princípios que não científicos, mas
filosóficos (quem diz o que é ciência e o que não é ciência não é a própria
ciência, mas a filosofia. A epistemologia popperiana é uma filosofia).

E, o que é mais interessante: a filosofia racionalista, sobre a qual se
ergue a ciência, não é ela própria auto-sustentável, vale dizer, a "verdade"
dos princípios fundamentais do racionalismo não pode ser demonstrada por
meio da razão,da argumentação, do pensamento lógico-matemático. Com efeito,
não se pode demonstrar, mediante a argumentação e a experiência, a falsidade
do princípio do subjetivismo absoluto (irracionalista) ou a verdade da sua
negação, que é o princípio da objetividade (racionalista).

Além do que o enunciado racionalista (ingênuo) segundo o qual "o que não
pode ser demonstrado pela argumentação ou experiência não deve ser
considerado" é ele próprio um enunciado que não pode ser demonstrado pela
argumentação ou pela experiência. (esse princípio é análogo ao paradoxo do
mentiroso, isto é, a uma sentença que afirme sua própria falsidade.)

Por isso, o próprio Popper admite que o racionalismo é logicamente
insustentável e que pode ser facilmente derrotado com sua própria arma: a
argumentação, razão pela qual passou ele a defender um tipo novo de
racionalismo, por ele denominado de "racionalismo crítico", que parte do
princípio de que o próprio racionalismo assenta-se numa “irracional fé na
razão”. O racionalismo crítico, ao contrário do racionalismo não-crítico,
compreensivo ou ingênuo, faz concessões ao irracionalismo, admitindo até
mesmo a sua prioridade (a anterioridade da fé ou crença em relação à razão).

<<Embora um racionalismo não-crítico e compreensivo seja logicamente
insustentável, e embora um irracionalismo compreensivo seja logicamente
sustentável, não é esta uma razão para que devemos adotar o último. Pois há
outras atitudes sustentáveis, notadamente a do racionalismo crítico, que
reconhece o fato de que a atitude racionalista fundamental se baseia numa
decisão irracional, ou numa fé na razão. Em conseqüência, nossa escolha está
aberta. Somos livres de escolher alguma forma de irracionalismo, mesmo
alguma forma radical e compreensiva. Mas também somos livres de escolher uma
forma crítica de racionalismo, que francamente admita suas limitações e sua
base numa decisão irracional (admitindo, até essa extensão, certa prioridade
do irracionalismo).
............................................................................

<<A escolha que se nos defronta não é apenas um caso intelectual ou uma
questão de gosto. É uma decisão moral. De fato, a questão de adotarmos uma
forma de irracionalismo mais ou menos radical, ou de adotarmos aquela
concessão mínima ao irracionalismo que denominei “racionalismo crítico”,
afetará profundamente toda a nossa atitude para com os outros homens e para
com os problemas da vida social. Já tem sido dito que o racionalismo se liga
estreitamente à crença na unidade da humanidade. O irracionalismo, que não
se prende a quaisquer regras de consistência, pode ser combinado com
qualquer espécie de crença, inclusive a crença na fraternidade humana; mas o
fato de poder ser também facilmente combinado com uma crença muito
diferente, e especialmente o fato de que ele se presta facilmente a
sustentar uma crença romântica na existência de um corpo de eleitos, na
divisão dos homens em condutores e conduzidos, em senhores naturais e
escravos naturais, mostram claramente que uma decisão moral está envolvida
na escolha entre ele e um racionalismo crítico.>> (Karl Popper; A Sociedade
Aberta e Seus Inimigos; Tomo 2; Ed. Itatiaia Ltda., Ed. Da Universidade de
São Paulo; terceira edição; pp. 239/240.)

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Equacao de Einstein e Energia Nuclear
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/05/2001 01:43

Amigos:

- No livro "Quimica" - volume 2,
2a. edicao, editora Moderna,
de Ricardo Feltre (um livro para
o segundo grau), na pagina
413, capitulo "Reacoes Nucleares",
item "6.4 - Fissao Nuclear",
aparece a seguinte equacao:

235U92 + 1n0 ----> 142Ba56 + 91Kr36 + 3 1n0 + 4,6 . 10^9 kcal

Observacoes: o numero `a esquerda do simbolo e' seu numero
de massa e o numero `a direita e' o seu numero atomico

A equacao acima significa (minhas palavras):

"Um atomo de uranio 235 (Z=92), ao ser bombardeado
por um neutron (1n0 = neutron de massa 1, numero atomico nulo,
claro) divide-se em dois atomos, um de bario e outro de kriptonio;
da reacao, sao liberados tres neutrons e a energia de
4,6 . 10^9 kcal"


- Mais abaixo, o autor diz:

"a energia mostrada na ultima equacao e'enorme; ela corresponde
`a queima de 587,5 toneladas de carvao, ou `a explosao de
7755 toneladas de TNT. esta energia aparece devido
`a perda ou "desaparecimento" de materia, e `a consequente aplicacao da
equacao de Einstein: E = m . c^2"

Obs.: Na verdade, o autor apresenta a equacao
de Einstein como "delta E = delta m . c^2"
(letra grega delta, letra E = letra grega delta, letra m, simbolo
de vezes, velocidade da luz ao quadrado)

Perguntas:
===========

a) A equacao de Einstein nao e' apenas E = m.c^2 ?
Por que o autor do livro citado apresenta a equacao
contendo "delta E" e "delta m" ?

b) A equacao mostrada mais acima, contendo
o 235U92, etc., etc., apresenta a fissao de
um unico atomo de uranio. Gostaria de saber se
de fato a fissao de um unico atomo de Uranio pode
gerar a energia mencionada pelo autor (correspondente
a 587,5 TONELADAS DE CARVAO !!!) Isso nao e' muito,
para a fissao de um unico atomo de uranio ? O autor
nao esta' falando de 1 g de uranio, ou 1 kg de uranio ?

c) E' possivel explicar simplificadamente como usar
a equacao de Einstein para calcular a energia liberada
pela fissao de um atomo de uranio ? Como ?


Observacao final: como peguei as informacoes acima
de um livro de segundo grau, acredito que o assunto
tenha sido apresentado de forma simplificada e superficial.
Eis o motivo de eu ficar desconfiado que os dados correspondam
100 % `a realidade.


- Grato pela atencao dispensada.


[]'s
Paulo Srgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Interessante
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/05/2001 06:18

Do news uol.fisica colhi essa questão que achei interessante:

| 5. Una nave espacial está em um ponto do espaço muito
| distante da Terra bem como de qualquer outro astro de
| modo a serem desprezíveis as frças de atração gravitacional
| sobre ele. Um astronauta, cansado de viver em estado
| de imponderabilidade, quer ter a mesma sensação de peso
| que tinha quando vivia na terra. Sabendo-se que o astronauta
| não pode alterar a trajetória da nave , nem tem recursos
| para produzir rotação, o que o astronauta deve fazer?

que acham?

[]'
Léo
================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Interessante
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/05/2001 07:36


Luiz Ferraz Netto wrote:

> Do news uol.fisica colhi essa questão que achei interessante:
>
> | 5. Una nave espacial está em um ponto do espaço muito
> | distante da Terra bem como de qualquer outro astro de
> | modo a serem desprezíveis as frças de atração gravitacional
> | sobre ele. Um astronauta, cansado de viver em estado
> | de imponderabilidade, quer ter a mesma sensação de peso
> | que tinha quando vivia na terra. Sabendo-se que o astronauta
> | não pode alterar a trajetória da nave , nem tem recursos
> | para produzir rotação, o que o astronauta deve fazer?
>
> que acham?
>

Essa eh simples Leo ,
Como as sensacoes sao produtos do cerebro bastaria ele
tomas as pilulas "sensacao de gravidade" localizado no 3. compartimento aa
esquerda ou , para uma sensacao mais duradoura , aplicar a operacao cerebral
robo-controlada para ter esta sensacao permanentemente :-))

Um outro modo, mais caro, seria acelerar a nave na direcao da tragetoria
q ela deveria seguir...

[]s
jocax



SUBJECT: Re: O inevitável
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/05/2001 07:45

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Marcelo: Pelo que eu me lembre de Popper não é possível provar que
nada´é
> verdadeiro, somente provar que é falso.
>
> Manuel: Correto. E quero ver alguém provar cientificamente a
falsidade do
> enunciado <<nada existe que não seja sensação ou pensamento de quem
estiver
> lendo esta sentença.>>
>
> Marcelo: segundo este princípio, uma teoria é verdadeira sempre que
é criada
> e cabe aos cientistas provar que esta é falsa para que seja
aprimorada e
> refinada.

JOCAX:
Nao creio. Vc nao pode dizer q uma teoria eh verdadeira assim q
ela eh criada , nem q ela eh falsa. Se isso fosse verdade
bastaria criar uma teoria "na hora" para explicar qqr coisa pois
ja q ela foi recentemente criada ela receberia o "status" de
verdadeira, o q eh um absurdo !
Uma teoria recem criada nao eh verdadeira nem falsa eh simplesmente
uma teoria na fila de "julgamentos".



>
> Manuel: A ciência não pode provar a falsidade do enunciado do
subjetivismo
> absoluto por mim citado. Trata-se de um enunciado irrefutável, porém
falso.

JOCAX: Vc tambem nao pode dizer que ela ( a frase ) eh falsa !
Devemos, por ocam, toma-la por falsa mas isso nao implica
que ela seja *realmente* falsa, isso quer dizer q tudo pode ser
mesmo uma alucinacao ( em principio ).


[]s
jocax



SUBJECT: Re: O inevitável
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/05/2001 08:59

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Olá,
>
> Continuando: assim como a matemática, o racionalismo e a ciência
também não
> são auto-sustentáveis. Se na matemática existem enunciados
indecidíveis,
> isto é, enunciados cuja verdade ou falsidade não podem ser
demonstradas
> matematicamente, a ciência parte de princípios que não científicos,
mas
> filosóficos (quem diz o que é ciência e o que não é ciência não é a
própria
> ciência, mas a filosofia. A epistemologia popperiana é uma
filosofia).
>
> E, o que é mais interessante: a filosofia racionalista, sobre a qual
se
> ergue a ciência, não é ela própria auto-sustentável, vale dizer, a
"verdade"
> dos princípios fundamentais do racionalismo não pode ser demonstrada
por
> meio da razão,da argumentação, do pensamento lógico-matemático.

JOCAX -> Bom eu nao sei bem o q vc define como "auto-sustentavel"
mas vale dizer que qualquer q seja a teoria/filosofia seus
*principios* sao, por definicao, pincipios !!
Isto quer dizer q nao seria logico provar estes principios dentro
da propria teoria/filosofia uma vez que estes mesmos principios
sao utilizados para formar a teoria.
Assim, quaisquer q sejam os principios, seja do racionalismo(?)
ou do irracionalismo(??), eles nao poderao nunca ser "provados"
pelas proprias filosofias que neles se fundamentam.


>Com efeito,
> não se pode demonstrar, mediante a argumentação e a experiência, a
falsidade
> do princípio do subjetivismo absoluto (irracionalista) ou a verdade
da sua
> negação, que é o princípio da objetividade (racionalista).
>
> Além do que o enunciado racionalista (ingênuo) segundo o qual "o
que não
> pode ser demonstrado pela argumentação ou experiência não deve ser
> considerado" é ele próprio um enunciado que não pode ser demonstrado
pela
> argumentação ou pela experiência. (esse princípio é análogo ao
paradoxo do
> mentiroso, isto é, a uma sentença que afirme sua própria falsidade.)

JOCAX:
Observe que mesmo dentro do scopo da ciencia a frase acima nao eh
verdadeira pois, a rigor, nunca se pode demonstrar a veracidade
de uma teoria. Se a frase fosse "tudo q nao pode ser refutado
pela argumentacao ou experiencia nao deve ser considerado" seria
verdadeira *dentro do scopo das teorias cientificas* ou seja
do racionalismo cientifico, mas nao obviamente da filosofia
uma vez q, como vc bem observou, a ciencia eh definida fora dela.



>
> Por isso, o próprio Popper admite que o racionalismo é logicamente
> insustentável e que pode ser facilmente derrotado com sua própria
arma: a
> argumentação, razão pela qual passou ele a defender um tipo novo de
> racionalismo,

JOCAX : Mas sendo que nenhum principio eh auto-sustentado pela propria
filosofia (que o principio define) entao, nao existiria nenhuma
filosofia que seja "auto-sustentada" nem o racionalismo, q eu nao
sei bem o q eh, nem o irracionalismo. Sendo assim, nao vejo pq
poderia ser derrotado. Sera q vc nao estaria colocando , talvez,
ou generalizando, algum principio no racionalismo q , na verdade,
nao eh consenso dos racionalistas?


> por ele denominado de "racionalismo crítico", que
parte do
> princípio de que o próprio racionalismo assenta-se numa "irracional
fé na
> razão".

JOCAX : Oras, toda teoria/filosofia parte de alguns principios
e portanto para se adota-la tem q se partir da premissa que sao
verdadeiros ( nao obstante possa nao se-los ). A crenca em tais
principios sao de todo modo atitudes de crencas que podem,
muitas vezes, estar baseada na indutividade ( se sempre funcionou
pq abandona-la). Assim podemos ver que o racionalismo , se nao eh
auto-sustentavel, como nada pode ser, eh, contudo auto-consistente
pois se ciencia deixa de "funcionar" eh sinal de que a filosofia
que a sustenta deveria ser revista tambem.

>O racionalismo crítico, ao contrário do racionalismo
não-crítico,
> compreensivo ou ingênuo, faz concessões ao irracionalismo, admitindo
até
> mesmo a sua prioridade (a anterioridade da fé ou crença em relação à
razão).

Sim, mas em termos.
Acredito que mesmo que algumas filosofias possam preceder
ou definir uma dada area de interacao com a realidade isto
nao significa que elas estejam imunes a algum tipo de
"criterio falseador". A sua nao funcionalidade ao nosso mundo
nao eh criterio de prova de q a dada filosofia seja falsa mas,
com certeza, tendera a ser relegada ao limbo ou ao esquecimento.

[]s
jocax





SUBJECT: En: [ciencialist] Ciumes e evolução
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/05/2001 09:43

Pitaco:

Penso que a palavra ciúme foi criada pra designar um tipo de sentimento
tipicamente humano, embora costumemos aplicá-la com o mesmo significado a
outros animais.

Não entendo ciúme como sendo um instinto, visto que nem todas as pessoas
padeçam desse mal, e não o vejo como uma reação de proteção a perpetuação de
seus "genes" ou para assegurar prole. É comum que pessoas ciumentas tenham
esse sentimento em relações de amizade, e outras. Há um cem número de
pessoas que têm ciúmes não só em relação a um outro ser humano, como tb de
objetos.
E ainda, penso que esse sentimento varie de cultura social para outra.

Não tenho certeza, mas acredito que primitivamente, o que assegure uma prole
vitoriosa, no sentido de que essa tenha assegurada atingir estágio de
maturidade bastante para se defender e vir a se reproduzir, seja a
coletividade e não somente um macho ou uma fêmea. O núcleo "macho-fêmea" é
fruto de uma sociedade mais atual.

[]s,
Sheila.

----- Original Message -----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>

Não se pode comparar o macho humano com o macho das outras
espécies. Por razões biológicas, e não culturais ele dedica
mais tempo aos filhos do que o macho de qualquer outra espécie
e ele não vai "querer" tratar dos filhos dos outros, como é
óbvio.

Joao

"Raul Sturari Jr." wrote:
>
> Caros colegas,
>
> Uma colega fez as seguintes afirmações a respeito do ciúme masculino na
espécie humana:
>
> "... o ciúme masculino está muito mais ligado ao um fator cultural do que
evolutivo, a posse do homem pela mulher.
> o macho no reino animal (que estão a um passo atrás de nós em termos de
evolução(???)) só gasta energia para "segurar" e conquistar uma fêmea se ele
tiver certeza de que aquela é uma grande e talvez única chance dele ter um
sucesso reprodutivo. E as atitudes do macho estão ligadas a chamar a atenção
da fêmea para si e isto não pode ser qualificado como um "ciúmes primitivo.
> Falar de comportamento humano comparando com termos evolutivos é muito
complicado, pois os aspectos culturais são muito fortes. Além disto vocês
sabiam que em algumas tribos de índios as mulheres é que possuem vários
maridos e que elas os mandam embora quando acham que eles não são bons
reprodutores? talvez este comportamento seja mais parecido com o que temos
na natureza. Na realidade sempre quem escolhe é a fêmea."
>
> Para mim a função do ciúme no homem (macho) seria evitar filhos
ilegítimos, garantido a perpetuação dos "seus" genes.
>
> O que vocês acham?
>
> E as mulheres? Por que sentem ciúmes? Seria para manter o macho por perto
e assim garantir a segurança da prole?
>
> []s
> Raul



SUBJECT: Re: Interessante
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/05/2001 10:09

> | 5. Una nave espacial está em um ponto do espaço muito
> | distante da Terra bem como de qualquer outro astro de
> | modo a serem desprezíveis as frças de atração
gravitacional
> | sobre ele. Um astronauta, cansado de viver em estado
> | de imponderabilidade, quer ter a mesma sensação de peso
> | que tinha quando vivia na terra. Sabendo-se que o
astronauta
> | não pode alterar a trajetória da nave , nem tem recursos
> | para produzir rotação, o que o astronauta deve fazer?

Imagino que o astronauta devesse correr ao redor da parede
da nave, em alguma parte em que ela fosse desobstruída de
modo a formar um anel (na parte interna da nave, claro).
Isso foi o que alguns astronautas da missão Apolo (acho)
fizeram em homenagem a 2001 - Uma Odisséia no Espaço (cena
do cooper).

Abraços,

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"The thought of being President frightens me and I do not
think I want the job." - Ronald Reagan in 1973




SUBJECT: Re: [ciencialist] Interessante
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/05/2001 10:24


> Um outro modo, mais caro, seria acelerar a nave na direcao da tragetoria
> q ela deveria seguir...

Ou desacelerar caso não tenha sido considerada a aceleração negativa na sua
hipótese.

SDS,

Alexandre S.M.



SUBJECT: Racionalismo critico
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/05/2001 11:43

Olá,

Transcrevo abaixo um trecho do livro "A Sociedade Aberta e Seus Inimigos",
de Popper, a respeito do racionalismo.

"(.) Kant abandonou o ideal insustentável de uma ciência livre de qualquer
espécie de pressuposições. (.) Deixou ele inteiramente claro que não podemos
começar do nada, e que temos de abordar nossa tarefa equipados com um
sistema de pressupostos que sustentamos sem os haver comprovado pelo método
empírico da ciência; tal sistema pode ser chamado um "aparelho categórico".
Kant acreditava ser possível descobrir o único aparelho categórico
verdadeiro e imutável que representa, por assim dizer, o arcabouço
necessariamente imutável de nossa bagagem intelectual, isto é, a "razão"
humana. Esta parte da teoria de Kant foi abandonada por Hegel, que, em
contraposição àquele, não acreditava na unidade da humanidade."
................................................................
"O racionalismo não-crítico ou compreensivo pode ser descrito como a atitude
da pessoa que diz: "Não estou preparada para aceitar qualquer coisa que não
possa ser defendida por meio da argumentação ou da experiência". Podemos
expressá-lo também sob a forma do princípio de que qualquer suposição que
não possa ser sustentada por argumentação ou experiência deve ser repelida.
Ora, é fácil de ver que esse princípio de um racionalismo não-crítico é
inconsistente, pois, não podendo ele por sua vez ser sustentado por
argumentação ou experiência, isso implica que ele próprio deveria ser
repelido. (É análogo ao paradoxo do mentiroso, isto é, a uma sentença que
afirme sua própria falsidade.) O racionalismo não-crítico é, portanto,
logicamente insustentável e visto como isso pode ser mostrado por um
argumento puramente lógico, o racionalismo não-crítico pode ser derrotado
com suas próprias armas, a argumentação.
"Esta crítica pode ser generalizada. Como todos os argumentos devem proceder
de suposições, é rasamente impossível exigir que todas as suposições se
baseiem em argumentos. A exigência de muitos filósofos de que não iniciemos
nosso raciocínio com qualquer suposição e nunca admitamos coisa alguma a
respeito de "razão suficiente" , e mesmo a exigência mais fraca de que
comecemos com um pequeno conjunto de suposições ("categorias"), são ambas da
mesma forma inconsistentes. Ambas repousam sobre a suposição verdadeiramente
colossal de que é possível começar sem suposições, ou apenas com poucas, e
ainda obter resultados que valham algo. (Na verdade, este princípio de
evitar todas as pressuposições não é, como alguns podem pensar, um conselho
de perfeição, mas uma forma do paradoxo do mentiroso.)
"Ora, tudo isso é muito abstrato mas pode ser re-enunciado em correlação com
o problema do racionalismo, de modo menos formal. A atitude racionalista é
caracterizada pela importância que dá ao argumento e à experiência. Mas nem
o argumento lógico nem a experiência podem estabelecer a atitude
racionalista, pois só aqueles que estão dispostos a considerar o argumento e
a experiência, e que portanto já adotaram essa atitude, serão impressionados
por eles. Isto é, uma atitude racionalista deve ser adotada primeiramente,
se algum argumento ou experiência tiverem de ser efetivos, e não pode, em
conseqüência, ser baseada em argumento ou experiência. (E esta consideração
é inteiramente independente da questão de saber se existe ou não qualquer
argumento racional convincente que favoreça a adoção da atitude
racionalista.) Temos de concluir daí que a atitude racionalista não se pode
basear no argumento ou na experiência e que um racionalismo compreensivo é
insustentável.
"Isto, porém, significa que quem quer que adote a atitude racionalista o faz
por haver adotado, sem raciocinar, alguma proposta, decisão, ou crença, ou
hábito, ou comportamento que, portanto, por sua vez, pode ser chamado
irracional. Seja como for, podemos descrevê-lo como uma irracional fé na
razão. O racionalismo está necessariamente longe de ser compreensivo ou
auto-restrito. Isto tem sido freqüentemente perdido de vista por muitos
racionalistas, que assim se expuseram a uma derrota em seu próprio campo e
com sua arma favorita, sempre que um irracionalista teve o trabalho de
virá-la contra eles. E, em verdade, não escapou à atenção de alguns inimigos
do racionalismo que alguém pode sempre recusar aceitar argumentos, ou sejam
todos os argumentos, ou os de uma certa espécie, e que tal atitude pode ser
sustentada sem tornar-se logicamente inconsistente. Isto levou-os a ver que
o racionalista não-crítico que acredita ser o racionalismo auto-restrito e
poder ser estabelecido por argumentos deve estar errado. O irracionalismo é
logicamente superior ao racionalismo não-crítico.
"Por que, então, não adotar o irracionalismo? Muitos que começaram como
racionalistas, mas foram desiludidos pela descoberta de que um racionalismo
demasiado compreensivo derrota a si mesmo, em verdade capitularam
praticamente ante o irracionalismo. (.) Mas essa ação pânica é inteiramente
injustificada. Embora um racionalismo não-crítico e compreensivo seja
logicamente insustentável, e embora um irracionalismo compreensivo seja
logicamente sustentável, não é esta uma razão para que devemos adotar o
último. Pois há outras atitudes sustentáveis, notadamente a do racionalismo
crítico, que reconhece o fato de que a atitude racionalista fundamental se
baseia numa decisão irracional, ou numa fé na razão. Em conseqüência, nossa
escolha está aberta. Somos livres de escolher alguma forma de
irracionalismo, mesmo alguma forma radical e compreensiva. Mas também somos
livres de escolher uma forma crítica de racionalismo, que francamente admita
suas limitações e sua base numa decisão irracional (admitindo, até essa
extensão, certa prioridade do irracionalismo).
............................................................................
"A escolha que se nos defronta não é apenas um caso intelectual ou uma
questão de gosto. É uma decisão moral. De fato, a questão de adotarmos uma
forma de irracionalismo mais ou menos radical, ou de adotarmos aquela
concessão mínima ao irracionalismo que denominei "racionalismo crítico",
afetará profundamente toda a nossa atitude para com os outros homens e para
com os problemas da vida social. Já tem sido dito que o racionalismo se liga
estreitamente à crença na unidade da humanidade. O irracionalismo, que não
se prende a quaisquer regras de consistência, pode ser combinado com
qualquer espécie de crença, inclusive a crença na fraternidade humana; mas o
fato de poder ser também facilmente combinado com uma crença muito
diferente, e especialmente o fato de que ele se presta facilmente a
sustentar uma crença romântica na existência de um corpo de eleitos, na
divisão dos homens em condutores e conduzidos, em senhores naturais e
escravos naturais, mostram claramente que uma decisão moral está envolvida
na escolha entre ele e um racionalismo crítico."
Karl Popper; A Sociedade Aberta e Seus Inimigos; Tomo 2; Ed. Itatiaia Ltda.,
Ed. Da Universidade de São Paulo; terceira edição; pp. 231 e 237/240.
Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Interessante
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/05/2001 12:35

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Do news uol.fisica colhi essa questão que achei interessante:
>
> | 5. Una nave espacial está em um ponto do espaço muito
> | distante da Terra bem como de qualquer outro astro de
> | modo a serem desprezíveis as frças de atração gravitacional
> | sobre ele. Um astronauta, cansado de viver em estado
> | de imponderabilidade, quer ter a mesma sensação de peso
> | que tinha quando vivia na terra. Sabendo-se que o astronauta
> | não pode alterar a trajetória da nave , nem tem recursos
> | para produzir rotação, o que o astronauta deve fazer?
>
> que acham?
>
> []'
> Léo
> ================

A mesma sensacao, acho que eh impossivel de modo que ele tera que se resignar com a sua
presente e triste situacao, todavia, ha uma outra saida que pode, remotamente, faze-lo lembrar
da sensacao de peso. Ele pode segurar-se ou se amarrar (dependendo do que exista na nave) a
alguma coisa (provavelmente as cadeiras devem ser presas) e fazer forca para se desprender
(por exemplo, se ele ficar agachado e tentar se levantar impedido pelas amarras). Ha outras
alternativas que dependem dos recursos da nave, se for possivel acelera-la, fica facil.

[]s Eduardo.



SUBJECT: Re: Equacao de Einstein e Energia Nuclear
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/05/2001 12:37

Paulo, eu nao sou um fisico na "Ativa" mas posso tentar responder
algumas de suas questoes....

--- In ciencialist@y..., "Paulo Sergio Dias" <psdias@g...> wrote:
> Amigos:
>
> - No livro "Quimica" - volume 2,
> 2a. edicao, editora Moderna,
> de Ricardo Feltre (um livro para
> o segundo grau), na pagina
> 413, capitulo "Reacoes Nucleares",
> item "6.4 - Fissao Nuclear",
> aparece a seguinte equacao:
>
> 235U92 + 1n0 ----> 142Ba56 + 91Kr36 + 3 1n0 + 4,6 . 10^9 kcal
>
> Observacoes: o numero `a esquerda do simbolo e' seu numero
> de massa e o numero `a direita e' o seu numero atomico
>
> A equacao acima significa (minhas palavras):
>
> "Um atomo de uranio 235 (Z=92), ao ser bombardeado
> por um neutron (1n0 = neutron de massa 1, numero atomico nulo,
> claro) divide-se em dois atomos, um de bario e outro de kriptonio;
> da reacao, sao liberados tres neutrons e a energia de
> 4,6 . 10^9 kcal"
>
>
> - Mais abaixo, o autor diz:
>
> "a energia mostrada na ultima equacao e'enorme; ela corresponde
> `a queima de 587,5 toneladas de carvao, ou `a explosao de
> 7755 toneladas de TNT. esta energia aparece devido
> `a perda ou "desaparecimento" de materia, e `a consequente aplicacao
da
> equacao de Einstein: E = m . c^2"
>
> Obs.: Na verdade, o autor apresenta a equacao
> de Einstein como "delta E = delta m . c^2"
> (letra grega delta, letra E = letra grega delta, letra m, simbolo
> de vezes, velocidade da luz ao quadrado)
>
> Perguntas:
> ===========
>
> a) A equacao de Einstein nao e' apenas E = m.c^2 ?
> Por que o autor do livro citado apresenta a equacao
> contendo "delta E" e "delta m" ?

Delta eh uma notacao de diferenca entre 2 estados : Um depois ,
Um antes, Assim : Delta ( E ) = E(final) - E(inicial)

E(inic) = m(inic)c2 antes da fissao
E(final)= m(final)c2 depois da fissao

Subtraindo uma equacao da outra :
delta( E ) = E(final) - E(inicial) = delta(m) c2



>
> b) A equacao mostrada mais acima, contendo
> o 235U92, etc., etc., apresenta a fissao de
> um unico atomo de uranio. Gostaria de saber se
> de fato a fissao de um unico atomo de Uranio pode
> gerar a energia mencionada pelo autor (correspondente
> a 587,5 TONELADAS DE CARVAO !!!) Isso nao e' muito,
> para a fissao de um unico atomo de uranio ? O autor
> nao esta' falando de 1 g de uranio, ou 1 kg de uranio ?

Faca as contas utilizando a metrica padrao:
[ massa( 235U92 + 1n0 ) - massa( 142Ba56 + 91Kr36 + 3 1n0) ] c^2

Veja qto pesa um nucleo de 235U em Kg etc...
c= 300 mil km/s

>
> c) E' possivel explicar simplificadamente como usar
> a equacao de Einstein para calcular a energia liberada
> pela fissao de um atomo de uranio ? Como ?

Veja acima.


[]s
jocax



SUBJECT: Re: Equacao de Einstein e Energia Nuclear
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/05/2001 13:29

--- In ciencialist@y..., "Paulo Sergio Dias" <psdias@g...> wrote:
> b) A equacao mostrada mais acima, contendo
> o 235U92, etc., etc., apresenta a fissao de
> um unico atomo de uranio. Gostaria de saber se
> de fato a fissao de um unico atomo de Uranio pode
> gerar a energia mencionada pelo autor (correspondente
> a 587,5 TONELADAS DE CARVAO !!!) Isso nao e' muito,
> para a fissao de um unico atomo de uranio ? O autor
> nao esta' falando de 1 g de uranio, ou 1 kg de uranio ?

Na verdade, Paulo, a equacao estequiometrica nao corresponde
a *um* atomo, mas a um *mol* de atomos (ou especies quimicas).

Assim, 4,6.10^9 kcal, eh a energia liberada em media pela
fissao de 6.10^23 atomos de U235. O q., grosso modo,
corresponde a 235 g de U235.

> c) E' possivel explicar simplificadamente como usar
> a equacao de Einstein para calcular a energia liberada
> pela fissao de um atomo de uranio ? Como ?

Bem, normalmente iriamos verificar a diferenca de massa entre a situacao 1
e a situacao 2 e aplicar a formula: substituindo-se delta m.

Mas pela formula apresentada nao podemos verificar a diferenca de massa.
Na verdade eh uma perda muito pequena mesmo, como:

delta E = delta m. c^2

delta m = delta E/ c^2

delta m = 22,08.10^9 kJ/ (300.000 km/s)^2

delta m = 0,25 g

Ha' uma perda de 0,1% da massa, transformada em energia, e q. nao eh
mostrada nessa equacao.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Interessante
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/05/2001 13:37

Leo,

Bem, como ele nao tem recursos nem pra rotacionar a nave, criar um campo
magnetico nem pensar, nao? Muito menos um gerador de gravitons...

Se a nave for tubular como costuma ser: e se ele correr como se estivesse
num globo da morte?

[O experimento mostra como a ausencia de um campo gravitacional afeta a
psique do astronauta...]

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Racionalismo critico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 30/05/2001 13:46

Manuel Bulcão wrote:

> ................................................................
> "O racionalismo não-crítico ou compreensivo pode ser descrito como a atitude
> da pessoa que diz: "Não estou preparada para aceitar qualquer coisa que não
> possa ser defendida por meio da argumentação ou da experiência". Podemos
> expressá-lo também sob a forma do princípio de que qualquer suposição que
> não possa ser sustentada por argumentação ou experiência deve ser repelida.
> Ora, é fácil de ver que esse princípio de um racionalismo não-crítico é
> inconsistente, pois, não podendo ele por sua vez ser sustentado por
> argumentação ou experiência, isso implica que ele próprio deveria ser
> repelido. (É análogo ao paradoxo do mentiroso, isto é, a uma sentença que
> afirme sua própria falsidade.) O racionalismo não-crítico é, portanto,
> logicamente insustentável e visto como isso pode ser mostrado por um
> argumento puramente lógico, o racionalismo não-crítico pode ser derrotado
> com suas próprias armas, a argumentação.

Manuel estive pensando um pouco na linha mestra deste seu argumento
anti-racionalista-nao-critico e encontrei algo que considero uma falha,
se nao vejamos :

Vc invoca q o racionalista invoca um principio que nao pode ser auto-sustentado
por ele mesmo pois nao esta baseado na argumentacao ou na experiencia
e portanto este principio eh algo q o proprio racionalista nao poderia
admitir. Parece , a primeira vista, q logicamente isso eh verdade mas na verdade eu acho q nao
eh.

Podemos arguir q este principio racionalista nao eh uma crenca de feh como
vc faz crer, mas sim induzido pela experiencia.

A inducao eh uma generalizacao. Uma forma de abstrair uma norma geral
da experiencia pratica ou do ato de observar.

Qdo o racionalista diz q ele nao aceita nada q nao seja fruto da argumentacao
nem da experiencia ele nao esta , na verdade, adotando um principio do nada.
Ele pode ter baseado sua argumentacao na experiencia pratica q mostrava
q varias filosofias ou teorias sem base experimental nao funcionavam a contento.

Entao alguem induziu o principio racionalista como uma forma de normatizar
ou oficializar uma atitude puramente indutiva.
Atraves da abstracao da inducao ele "deduziu" o principio racionalista nao-critico.
A abstracao eh um processo cognitivo natural do ser humano.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: "Marcelo Gunther Dull" <mgd.ez@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/05/2001 14:14

A teoria de Newton permaneceu como verdadeira até o momento em que achou-se
uma crítica que a destituísse de seu patamar de paradigma,
jamais podemos conprovar que uma teoria é absolutamente verdadeira, teorias
evoluem, até que apareça uma contestação que a derrube totalmente, o caráter
evolutivo e transitório das verdades que expõe faz com que os pressupostos
iniciais utilizados sejam permanentemente questionados, até que haja uma
ruptura radical, normalmente criada por uma nova explicação da realidade,
mais completa e explicativa que a anterior,
esta dinâmica impossibilita que a aceitemos como verdade absoluta e exige um
caráter de extremo ceticismo frente a qualquer idéia nova, caso nossas
críticas não a comprovem como falsa momentaneamente, não podemos também
aceita-la como verdadeira, visto que a qualquer momento pode ser comprovada
como falsa

Marcelo Dull


-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 30 de Maio de 2001 07:45
Assunto: [ciencialist] Re: O inevitável


> --- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> > Marcelo: Pelo que eu me lembre de Popper não é possível provar que
> nada´é
> > verdadeiro, somente provar que é falso.
> >
> > Manuel: Correto. E quero ver alguém provar cientificamente a
> falsidade do
> > enunciado <<nada existe que não seja sensação ou pensamento de quem
> estiver
> > lendo esta sentença.>>
> >
> > Marcelo: segundo este princípio, uma teoria é verdadeira sempre que
> é criada
> > e cabe aos cientistas provar que esta é falsa para que seja
> aprimorada e
> > refinada.
>
> JOCAX:
> Nao creio. Vc nao pode dizer q uma teoria eh verdadeira assim q
> ela eh criada , nem q ela eh falsa. Se isso fosse verdade
> bastaria criar uma teoria "na hora" para explicar qqr coisa pois
> ja q ela foi recentemente criada ela receberia o "status" de
> verdadeira, o q eh um absurdo !
> Uma teoria recem criada nao eh verdadeira nem falsa eh simplesmente
> uma teoria na fila de "julgamentos".
>
>
>
> >
> > Manuel: A ciência não pode provar a falsidade do enunciado do
> subjetivismo
> > absoluto por mim citado. Trata-se de um enunciado irrefutável, porém
> falso.
>
> JOCAX: Vc tambem nao pode dizer que ela ( a frase ) eh falsa !
> Devemos, por ocam, toma-la por falsa mas isso nao implica
> que ela seja *realmente* falsa, isso quer dizer q tudo pode ser
> mesmo uma alucinacao ( em principio ).
>
>
> []s
> jocax
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] O inevitável
FROM: "Marcelo Gunther Dull" <mgd.ez@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/05/2001 14:21


> > E por que as ciências humanas não teriam elas próprias princípios
> > irrefutáveis?
>
> Tu estás te referindo à ética, à moralidade, ao livre-arbítrio?
>
> Se fôr, me destes bons insights para pensar sobre isso.
> Mas isso, talvez, seja assunto pra outro tópico... :-)
>


Realmente a inxistência de exatidão nas ciencias humanas é um tópico legal,

creio que ocorre devido à grande complexidade que envolve as decisões
humanas individuais, talvez seja melhoe criar uma teoria de comportamento de
massas, com pressupostos matemáticos, (psico-história?), do mesmo modo como
é mais fácil prever o comportamento de varias moléculas do que de um único
átomo,

Marcelo Dull



SUBJECT: Re: [ciencialist] Interessante
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/05/2001 15:26

On Wed, 30 May 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Do news uol.fisica colhi essa questão que achei interessante:
>
> | 5. Una nave espacial está em um ponto do espaço muito
> | distante da Terra bem como de qualquer outro astro de
> | modo a serem desprezíveis as frças de atração gravitacional
> | sobre ele. Um astronauta, cansado de viver em estado
> | de imponderabilidade, quer ter a mesma sensação de peso
> | que tinha quando vivia na terra. Sabendo-se que o astronauta
> | não pode alterar a trajetória da nave , nem tem recursos
> | para produzir rotação, o que o astronauta deve fazer?

Não poder alterar a trajetória significa que ele não pode acionar os
foguetes??? Neste caso ele pode alterar a estrutura espaçial no interior
de sua nave e gerar assim uma gravidade artificial, assim como ocorre nos
filmes de Jornada nas Estrelas [e quase todos de ficção científica no
espaço].

Sem aceleração fica difícil responder.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/05/2001 16:04

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, May 30, 2001 7:45 AM
Subject: [ciencialist] Re: O inevitável

> > Marcelo: segundo este princípio, uma teoria é verdadeira sempre que
> > é criada e cabe aos cientistas provar que esta é falsa para que seja
> > aprimorada e refinada.

> JOCAX: Nao creio. Vc nao pode dizer q uma teoria eh verdadeira assim q
> ela eh criada , nem q ela eh falsa. Se isso fosse verdade
> bastaria criar uma teoria "na hora" para explicar qqr coisa pois
> ja q ela foi recentemente criada ela receberia o "status" de
> verdadeira, o q eh um absurdo !

Olá Jocax. Concordo "em termos" com o que vc disse e por motivos vários,
dentre os quais:

1) O Marcelo, pelo exposto acima, condiciona sua afirmação a um princípio.
Não sei qual seria este princípio e estou com preguiça de procurá-lo em meio
ao meu desorganizado catálogo de mensagens mas, de qualquer forma, a
afirmação não foi tão categórica.

2) O que é teoria? Seria teoria qualquer explicação "feita na hora" e a
justificar "qualquer coisa"? Sim, concordo que numa conversa de botequim (E
quem nunca participou de uma conversa dessas?) frequentemente expressamos
coisas que pouco entendemos e chegamos mesmo a dizer: Minha teoria sobre o
assunto é X. Não obstante sabemos que X não é uma teoria e sim uma opinião
de conversa de botequim. Que são muito boas por sinal mas, via de regra, de
nível bem inferior àquele processado aqui na ciencialist. Lembro também que
aqui na ciencialist opinamos bastante sem que obrigatoriamente estejamos
teorizando. Entre uma opinião surgida num bate-papo e uma teoria, a
distância, a meu ver, é muito grande.

3) Confundir opinião com teoria tem um efeito muito mal para a ciência.
Emitir uma opinião não trabalhada como sendo uma verdade "a ser provada
verdadeira pelos cientistas", e não meramente para ser questionada num papo
amigável, como o que aqui procuramos realizar, é uma das características
principais do crackpotismo. Aliás, o crackpotismo é o único argumento a
justificar a péssima filosofia de Thomas Khun, algo que subsiste graças à
mediocridade dos acadêmicos, incapazes que são de emitirem uma opinião
própria a não ser aquelas assumidas por consenso e/ou pelo critério da
autoridade: "Essa teoria é boa porque fulano disse que é." E enquanto isso
teorizadores alternativos, como nós, ficam relegados à margem da ciência,
não porque suas teorias não sejam boas, mas porque elas implicam em
temáticas na qual os acadêmicos têm medo de demonstrar quão incompetentes
são para questionar as argumentações apresentadas.

> Uma teoria recem criada nao eh verdadeira nem falsa eh simplesmente
> uma teoria na fila de "julgamentos".

Parafraseando Faraday, diria que uma teoria recem criada é como uma criança
ao nascer. Já uma opinião é meramente uma intenção que via de regra acaba
sendo abortada pelo próprio autor. A teoria somente poderá entrar na fila de
"julgamentos" se ela for aceita como uma verdade provisória, ou seja, como
uma verdade a ser contestada pela comunidade científica. Por exemplo, as
minhas teorias não entraram ainda na fila de "julgamentos" e permanecem no
rol das teorias alternativas juntamente com uma infinidade de "opiniões"
pregadas por crackpotistas famosos (vide
http://www.sigfpe.com/Physics/pots.html). E sabe porque? Por que ainda não
encontrei ninguém que, parafraseando Newton, "em questões filosóficas
tivesse competente faculdade" para negá-las. E somente podemos negar aquilo
que aceitamos como verdadeiro, ainda que por hipótese (aqui reside o mérito
do falsificacionismo e recentemente postei o que penso a respeito em outra
mensagem).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/05/2001 16:35

On Wed, 30 May 2001, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Por exemplo, as minhas teorias não entraram ainda na fila de
> "julgamentos" e permanecem no rol das teorias alternativas juntamente
> com uma infinidade de "opiniões" pregadas por crackpotistas famosos
> (vide http://www.sigfpe.com/Physics/pots.html). E sabe porque? Por que
> ainda não encontrei ninguém que, parafraseando Newton, "em questões
> filosóficas tivesse competente faculdade" para negá-las. E somente
> podemos negar aquilo que aceitamos como verdadeiro, ainda que por
> hipótese (aqui reside o mérito do falsificacionismo e recentemente
> postei o que penso a respeito em outra mensagem).

Bem, sua teoria ainda não mostrou a que veio.

Só para refrescar a memória de sua última tentativa.

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/8960

E a reposta.

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9140

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Propulsao de naves espaciais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/05/2001 17:34

----- Original Message -----
From: "Gabriel Oliveira"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Sunday, May 27, 2001 1:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] Propulsao de naves espaciais


> > É um vácuo quase absoluto. quase porque
> > [...]
> > b) A mecanica quantica proibe o vacuo absoluto

> Você poderia explicar essa regra da mecânica quântica? :-)

Boa pedida. Aliás, se alguém estiver disposto a atender a solicitação do
Gabriel, sugiro que explique também as medidas provisórias do FHC, pois
creio que a argumentação será do mesmo tipo. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: "Prova Científica" do passe
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/05/2001 17:51

--- In ciencialist@y..., "Peterson Leal" <peterlsm@t...> wrote:
> Prezados amigos da lista:
> Gostaria de comentários refutantes sobre isso:
>
> ==================================================
> http://www.consciesp.org.br/artigos/evidencias.htm
>
> Algumas evidências científicas sobre a eficácia do passe
>
> O passe magnético, ou transfusão bioenergética, é uma prát=
ica
> que tornou-se comum entre os espíritas.

Eu tenho um passe magnetico q. sempre enrosca na catraca eletronica.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/05/2001 18:12

----- Original Message -----
From: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, May 30, 2001 4:35 PM
Subject: [ciencialist] Re: O inevitável

> On Wed, 30 May 2001, Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Por exemplo, as minhas teorias não entraram ainda na fila de
> > "julgamentos" e permanecem no rol das teorias alternativas juntamente
> > com uma infinidade de "opiniões" pregadas por crackpotistas famosos
> > (vide http://www.sigfpe.com/Physics/pots.html). E sabe porque? Por que
> > ainda não encontrei ninguém que, parafraseando Newton, "em questões
> > filosóficas tivesse competente faculdade" para negá-las. E somente
> > podemos negar aquilo que aceitamos como verdadeiro, ainda que por
> > hipótese (aqui reside o mérito do falsificacionismo e recentemente
> > postei o que penso a respeito em outra mensagem).

> Bem, sua teoria ainda não mostrou a que veio.
> Só para refrescar a memória de sua última tentativa.
> http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/8960
> E a reposta.
> http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9140

Pois é, Tarcisio. Analisando a sua resposta (msg 9140) e como não houveram
outras significativas a respeito, repito o que disse: ainda não encontrei
ninguém que, "em questões filosóficas, tivesse competente faculdade" para
negar minhas hipóteses.

Aos demais: Não estou aqui cobrando nenhuma atitude dos amigos físicos da
ciencialist. Sem dúvida, sempre existirão elementos arrogantes, a pensarem
que quando me refiro à mediocridade acadêmica estou me reportando a eles. A
esse respeito diria que a mediocridade também é um termo relativo, se é que
eles estão em condições de entender o que pretendo dizer com isso.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: Paradoxo Estranho
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/05/2001 18:15

Olá Gabriel

>
> Olá pessoal,
>
> Muito interessantes todos os comentários. Só fizeram arraigar-se mais
ainda
> o meu desprezo quanto à matemática. :-)
>
> Quer dizer... eu sei de sua importância... porém, realmente, eu acho uma
> matéria muito chata. :-)
>

Mas, qual o interesse dos comentários, se a matemática é tão chata? É chata
talvez porque seja difícil, mas trivial certamente não é.
Peço desculpas por tê-lo deixado com essa impressão da matemática.


Roberto:

> > >(Mas sim, biologos sao ruins em matematica e possuem uma aversao a
> > > contas. E, sim, isso eh lamentavel.


Como se pode publicar um artigo científico sem uma análise estatística
adequada dos dados observados? Se a análise estatística estiver errada, tudo
o mais vai por agua abaixo.


Gabriel:

> Lamentável? Não vejo porque...
> Acho que a especialização é uma das principais características da nossa
> civilização. Por isso poucos biólogos são bons em matemática; e poucos
> matemáticos são bons em biologia. É "natural".

Lamentável sim, mil vezes lamentável. É mais importante conhecer estatística
do que conhecer a constituição ou o código de defesa do consumidor. Sem
entender o que as estatísticas dizem, ninguém pode exercer plenamente sua
cidadania.

Nem tudo que é "natural" é bom.

Parodiando alguém, eu diria que quem acha a matemática aborrecida
provavelmente não entenda nada de matemática (tenho a impressão de que isso
vale para todas as atividades humanas, com a possível exceção do golfe.
Quanto mais conhecemos as peculiaridades e a riqueza intrínseca de uma
atividade humana, mais o nosso interesse aumenta).


[]´s

André Baptista





SUBJECT: Radioisotopos e medicina
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/05/2001 18:27

Amigos:

- Gostaria de saber, em linhas gerais, como
os radioisotopos sao usados na medicina,
para detectar anomalias no organismo

- Pelo pouco que li, certos elementos químicos
tendem, de modo natural, a se acumular num determinado
órgão ou tecido: iodo 131 = tireoide; mercurio 197 = cerebro;
tecnecio 99 = pulmoes, etc.

- O paciente recebe uma injecao ou dose oral contendo
algum desses isotopos radioativos, e atraves de aparelhos
o medico detecta a radioatividade no corpo do paciente

- Inclusive, no Globo Reporter de algumas semanas atras,
foi apresentada uma reportagem sobre o Hospital das Clinicas,
de Sao Paulo, onde ha' apenas um ano eles passaram a utilizar
um exame desse tipo, para detectar tumores em varias partes
do corpo, sem necessidade de recorrer a metodos "invasivos"
Infelizmente, como quase sempre, a reportagem foi bastante
superficial, e nao entrou em detalhes. Pude ver apenas algumas
imagens na tela de um computador, apresentando um organismo
humano com certas regioes apresentando cores diferenciadas,
onde (pelo que entendi) estavam localizados os tumores

Pergunta:
===========

- Bem, o que quero saber e' o seguinte: Em um livro,
vi algumas imagens de um cerebro onde apareciam "manchas"
indicando que a substancia radioativa ficou concentrada
em uma certa regiao. Gostaria de entender o que significa
esse acumulo. Por exemplo, aqui com meus botoes, tentei
interpretar essa mancha como sendo alguma regiao do cerebro
que nao esta' deixando "fluir" normalmente as substancias
que por ali passam, e entao a substancia radioativa ficou
"presa" naquela regiao. Nessa minha hipotese, uma vez que
aquela regiao "bloqueou" a passagem normal da substancia,
significa que aquela parte do cerebro esta' doente.
E' mais ou menos assim que os medicos raciocinam ?

- Evidentemente, sei que os diversos orgaos humanos sao
muito complexos, e provavelmente ha' diversas outras
variaveis que exigiriam muito estudo para se compreender
totalmente o assunto. Porem, o que desejo e' pelo
menos assimilar superficialmente "como" o medico
tira suas conclusoes, pela deteccao de radioatividade
mais intensa ou mais leve, nesta ou naquela parte do corpo.


- Grato pela atencao de todos.

[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br



SUBJECT: Re: Radioisotopos e medicina
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/05/2001 19:02

--- In ciencialist@y..., "Paulo Sergio Dias" <psdias@g...> wrote:
> "presa" naquela regiao. Nessa minha hipotese, uma vez que
> aquela regiao "bloqueou" a passagem normal da substancia,
> significa que aquela parte do cerebro esta' doente.
> E' mais ou menos assim que os medicos raciocinam ?

Hmmm, depende da tecnica q. se estiver usando.

No caso de radiografia injeta-se na arteria q. irriga a regiao
um constrate -- substancia opaca aos raios-x. Ai', sim,
podemos ver as regioes bloqueadas: os vasos mais escuros
q. se seguem 'as regioes mais claras dos vasos indicam
um bloqueio. (A aparencia eh de uma radiografia normal:
um negativo em preto e branco: o raio-x escurece o filme.)
Mas isso nao tem nada a ver com radiomarcacao.

Se a injecao for de glicose radiomarcada, as areas de maior
concentracao, indicam as regioes de maior atividade no
momento: as q. recebem maior aporte sanguineo. Eh o
sistema de Tomografia de Emissao de Positrons (PET
na sigla em ingles).

http://www.epub.org.br/cm/n01/pet/petworks.htm

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: Paradoxo Estranho
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/05/2001 19:07

--- In ciencialist@y..., "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@u..=
.> wrote:
> Como se pode publicar um artigo científico sem uma análise estatística
> adequada dos dados observados? Se a análise estatística estiver errada, t=
udo
> o mais vai por agua abaixo.

Pra isso ou chamam aquele cabeludo do grupo q. manja de estatistica ou
contratam um estatistico... Mas muitas vezes seguem as receitinhas:
existem protocolos com chaves dicotomicas pra se orientar q. tipo de
analise eh a mais adequada para o caso. E as contas eh so' jogar em um
Systat da vida. Ai' vej quais sao as celulas destacadas q. serao as q. sao =

significativamente diferentes.

Alem disso, boa parte dos artigos possuem problemas de analise
estatistica. Ha' trabalhos medicos q. tiram conclusoes fabulosas
com o incrivel numero amostral de dois pacientes. Trabalhos
positivos de homeopatia e acupuntura muitas vezes caem nessa
categoria.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Propulsao de naves espaciais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/05/2001 19:10


| ----- Original Message -----
| From: "Gabriel Oliveira"
| To: <ciencialist@yahoogroups.com>
| Sent: Sunday, May 27, 2001 1:37 PM
| Subject: Re: [ciencialist] Propulsao de naves espaciais
|
|
| > > É um vácuo quase absoluto. quase porque
| > > [...]
| > > b) A mecanica quantica proibe o vacuo absoluto
|
| > Você poderia explicar essa regra da mecânica quântica? :-)
|
| Boa pedida. Aliás, se alguém estiver disposto a atender a solicitação do
| Gabriel, sugiro que explique também as medidas provisórias do FHC, pois
| creio que a argumentação será do mesmo tipo. :-))
|
| [ ]'s
| Alberto
| http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm
|

A regra explicativa, tanto no caso do vácuo como no do FHC, é do mesmo tipo daquela que uso para economizar energia elétrica no aquecimento da água. Uma troca de escala; explico:

Até um jovem do ensino médio sabe que a escala termométrica Reaumur, hoje quase em total desuso (há alguns países da 'Oropa' que ainda a usam) tem seus pontos fixos diferentes daqueles da escala Célsius (ponto do gelo = 0*C = 0*Re e ponto do vapor = 100*C = 80*Re). Sabe também que para calcular o calor sensível trocado pela água no seu aquecimento é dado por: Q = m.c.Dt.
Assim, para aquecer 1kg de água (do pto do gelo até o pto do vapor), nas duas escalas teremos:

Q = 1,0kg.4,19kJ/(kg.*C).100 = 419kJ (na célsius)
Q = 1,0kg.4,19kJ/(kg.*Re).80 = 335kJ (na reaumur)

Na escala Reaumur gasto menos energia elétrica para aquecer a água ... por isso a uso.

he...he...he...

[]'
Léo
=============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Radioisotopos e medicina
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/05/2001 19:31


-----Mensagem Original-----
De: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>

|Nessa minha hipotese, uma vez que
| aquela regiao "bloqueou" a passagem normal da substancia,
| significa que aquela parte do cerebro esta' doente.
|
| E' mais ou menos assim que os medicos raciocinam ? "<===="
|

He ... he ... he ...... (sem comentário) :-))))))))))))))))
Mas, gostei do "mais ou menos" ..........
O Alberto é (foi) médico ... agora está raciocinando muito bem! O que o atrapalhava era ter que seguir o "quadro de sintomas", consultar a "caderneta de campo" (distribuída por uma indústria farmacêutica estrangeira) e aplicar o "recomendado" na caderneta, nas árduas reuniões e discussões médicas e nos jantares na 'Casa dos Médicos'.
Depois que ele se livrou disso tudo, passou a raciocinar e hoje é o nosso Grande Alberto do 'quase-imperdível' :-)))))

[]'
Léo
=================



SUBJECT: Re: O inevitável
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/05/2001 19:31

--- In ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
wrote:
>
> > Bem, sua teoria ainda não mostrou a que veio.
> > Só para refrescar a memória de sua última tentativa.
> > http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/8960
> > E a reposta.
> > http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9140
>
> Pois é, Tarcisio. Analisando a sua resposta (msg 9140) e como não
houveram
> outras significativas a respeito, repito o que disse: ainda não
encontrei
> ninguém que, "em questões filosóficas, tivesse competente faculdade"
para
> negar minhas hipóteses.
>
> Aos demais: Não estou aqui cobrando nenhuma atitude dos amigos
físicos da
> ciencialist. Sem dúvida, sempre existirão elementos arrogantes, a
pensarem
> que quando me refiro à mediocridade acadêmica estou me reportando a
eles. A
> esse respeito diria que a mediocridade também é um termo relativo,
se é que
> eles estão em condições de entender o que pretendo dizer com isso.
>

Alberto,
EU nao sei se sua teoria eh verdadeira ou nao...

Mas a questao nao eh essa da teoria ser verdadeira ou falsa,
eu vejo uma questao psicologica de fundo.
Pra vc que esta dentro e nos q estamos de fora vemos a
sua teoria de maneira totalmente diferente.

Pense nisso : Uma pessoa q investiu 20 ou mais anos de sua vida
numa teoria que acredita ser verdadeira poderia , psicologicamente
falando, mudar seu ponto de vista admitindo o fracasso ?

Eu acredito ser isso muito dificil , quero dizer q a pessoa
nao iria admitir nunca q estivesse errada mesmo q estivesse.
EH como tentar convencer uma carmelita que Deus nao existe:
Tarefa humanamente impossivel. O sentimento de perda de tempo
precioso de vida e a perda da ilusao de um reconhecimento
cientifico talvez nao fosse aceitavel para ninguem.

Mas seria interessante vc pensar : Se vc admitir q sua teoria
esteja errada o q vai acontecer com a sua vida?
Vai melhorar ? Vc, sinceramente, poderia admitir isso ?
O q vc faria caso vc estivesse errado ( apenas por hipotese ) ?

Claro q eu gostaria, mesmo sem conhecer, q sua teoria estivesse
correta e que o Brasil ganhasse um Nobel e eu poderia dizer :
Conheco este cara ! Ninguem acreditava nele , nem eu !

Nao leve muito a serio o q eu escrevi foi soh uma
especie de desabafo e uma tentativa de fazer vc refletir
sobre isso e quem sabe.... Mas se vc estiver mesmo
convicto de sua teoria aconselho-o a nao desistir
soh verifique de onde vem sua conviccao : da necessidade
psicologica ou da razao.

[]s
jocax



SUBJECT: Brejo da Cruz
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/05/2001 00:42

Tem u'a moça no programa do Jô, que tá falando que não é necessário comer. Que ela só bebe água.
E diz que se alimenta de luz e não produz poluentes...
Isso que é modelo do politicamente correto.
Certamente ela ainda vai aparecer no Planeta & Casseta.

[]s,
Sheila.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Radioisotopos e medicina
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/05/2001 01:20

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, May 30, 2001 7:31 PM
Subject: Re: [ciencialist] Radioisotopos e medicina


> -----Mensagem Original-----
> De: "Paulo Sergio Dias"
> |Nessa minha hipotese, uma vez que
> | aquela regiao "bloqueou" a passagem normal da substancia,
> | significa que aquela parte do cerebro esta' doente.
> | E' mais ou menos assim que os medicos raciocinam ? "<===="

> He ... he ... he ...... (sem comentário) :-))))))))))))))))
> Mas, gostei do "mais ou menos" ..........

Olá, Léo. Diria que esse "mais ou menos" é fundamental para a medicina. Não
espalha não mas no tempo em que fazia medicina contava-se, nos bastidores de
nosso oráculo, que 95% das doenças evoluiam para a cura "apesar dos
médicos". Os 5% restantes eram divididos da seguinte maneira: em 2% dos
casos qualquer médico sabia o que fazer e a grande maioria das enfermeiras
também; 1% dos casos eram sem solução - não havia o que fazer do ponto de
vista médico, a não ser chamar o padre; e os 2% restantes serviam para que
se fizesse a distinção entre os médicos que sabiam "mais" daqueles que
sabiam "menos".


[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/05/2001 01:26

O Jocax escreveu:

> Nao leve muito a serio o q eu escrevi foi soh uma
> especie de desabafo e uma tentativa de fazer vc refletir
> sobre isso e quem sabe.... Mas se vc estiver mesmo
> convicto de sua teoria aconselho-o a nao desistir
> soh verifique de onde vem sua conviccao : da necessidade
> psicologica ou da razao.

Manuel: Meus conhecimentos de física são rasíssimos. Não tenho estofo,
admito, para discutir tal assunto com esses dois "cobras" (cobra: Bras.
Pop. Pessoa perita em seu ofício ou em sua arte), o Alberto Mesquita e o
Tarcísio Borges. Mas gostaria de fazer uma observação.

Heisenberg e Schrödinger abordaram o problema da estrutura atômica pela
ótica dos postulados quânticos quase simultaneamente. Só que o primeiro o
fez valendo-se da álgebra das matrizes, ao passo que o segundo fez uso de
equações diferenciais. Matematicamente, os dois modelos são bastante
diferentes. Os resultados a que chegam, porém, são os mesmos. O modelo de
Schrödinger é atualmente o mais utilizado por ser mais pictórico e por
destoar menos da intuição.

Talvez a maneira como o Mesquita aborda a realidade física tenha o mesmo
poder de predição do modelo "moderno", consistindo a diferença apenas quanto
ao material de construção: o do Mesquita é mais, digamos, intuitivo, e
montado de acordo com as categorias da lógica formal, enquanto os quânticos
e os relativistas fazem mais uso da matemática dita "avançada".

O Jocax fala em necessidades psicológicas sobredeterminando a razão. Creio
que a necessidade psicológica que move o Mesquita é a mesma que move
qualquer outro cientista criativo: a necessidade de simetria e de "beleza".
Paul Dirac certa vez afirmou: "é mais importante ter beleza em nossas
equações do que fazer com que se enquadrem na experiência." Poincaré, por
sua vez, escreveu que "para qualquer ciência, é necessário algo mais que a
pura lógica." esse 'algo mais' ele identificou no "senso da beleza
matemática, da harmonia dos números e formas, e da elegância geométrica."
Cito ainda uma sentença de Steven Weinberg: "talvez o mundo seja mesmo
complicado, feio e caótico. Mas, se for assim, eu desisto."

Entretanto, a beleza tem várias faces: existe uma beleza romântica, uma
beleza clássica, uma beleza 'avant-garde', etc.

Sempre que assisto a essa querela acirrada (e às vezes encarniçada) entre o
Mesquita e o Tarcísio, lembro-me de um trecho do artigo do Prof. Olival
Freire Jr., "David Bohm e as Controvérsias do Mundo dos Quanta", publicado
na revista Ciência Hoje, nr. 169 (março de 2001). O trecho é o seguinte:

<<O futuro da física dirá se haverá vencedores e vencidos nas querelas que
cercam a teoria dos quanta. Pode ser, contudo, que essa controvérsia não
tenha um desfecho desse tipo e continue na história da física como mais um
episódio a ilustrar o que a filosofia da ciência tem denominado
'subdeterminação das teorias pelos dados empíricos', expressando com isso a
tese de que a experiência não determina de modo unívoco qual teoria física
lhe é adequada. Ou seja, o mesmo conjunto de resultados experimentais é
compatível com mais de uma formulação teórica.

<<Essa tese não diminui a objetividade intrínseca das teorias da física, mas
confere-lhes uma dimensão mais realista de produtos culturais construídos
pela humanidade.>>

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: O inevitável
FROM: ego_sun@brasilmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/05/2001 02:19

Olá pessoal,

Seria interessante talvez dar alguns exemplos das duas formulações da
MQ, de modo a vermos se elas se constiuem em duas teorias diferentes,
ou se são formulaões diferentes (em outras palavras, se existem
predições diferentes, com base nas quais possamos decidir a favor de
uma das duas). Poderíamos usar isso como ponto de partida para uma
discussão da mecânica quântica do ponto de vista do Alberto Mesquita,
o que já constitui uma proposta.

[]´s

Ego

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> O Jocax escreveu:
>
> > Nao leve muito a serio o q eu escrevi foi soh uma
> > especie de desabafo e uma tentativa de fazer vc refletir
> > sobre isso e quem sabe.... Mas se vc estiver mesmo
> > convicto de sua teoria aconselho-o a nao desistir
> > soh verifique de onde vem sua conviccao : da necessidade
> > psicologica ou da razao.
>
> Manuel: Meus conhecimentos de física são rasíssimos. Não tenho
estofo,
> admito, para discutir tal assunto com esses dois "cobras" (cobra:
Bras.
> Pop. Pessoa perita em seu ofício ou em sua arte), o Alberto
Mesquita e o
> Tarcísio Borges. Mas gostaria de fazer uma observação.
>
> Heisenberg e Schrödinger abordaram o problema da estrutura atômica
pela
> ótica dos postulados quânticos quase simultaneamente. Só que o
primeiro o
> fez valendo-se da álgebra das matrizes, ao passo que o segundo fez
uso de
> equações diferenciais. Matematicamente, os dois modelos são bastante
> diferentes. Os resultados a que chegam, porém, são os mesmos. O
modelo de
> Schrödinger é atualmente o mais utilizado por ser mais pictórico e
por
> destoar menos da intuição.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/05/2001 02:57

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, May 30, 2001 7:31 PM
Subject: [ciencialist] Re: O inevitável

> Alberto,
> EU nao sei se sua teoria eh verdadeira ou nao...

Para ser sincero, eu também não sei (refiro-me a "verdade" no sentido
absoluto do termo e não naquele sentido relativo e sobre o qual os
ciencialisteiros, pelo que entendi, ainda não entraram em acordo). Por outro
lado, concordo que ninguém se propõe a fazer uma teoria se não estiver de
posse de um novo prisma a lhe revelar certa "verdade" (relativa) por um
ângulo diverso daquele no qual ela vem sendo visualizada até então.

> Mas a questao nao eh essa da teoria ser verdadeira ou falsa,
> eu vejo uma questao psicologica de fundo.

Sem dúvida, questões psicológicas sempre permeiam nossas atividades do
dia-a-dia. O mal, a meu ver, não reside na existência destas questões e/ou
na suposição de que a problemática psicológica denote uma fraqueza de quem a
possui. Creio que a psicologia de hoje já superou esta fase. Com freqüência
costumo dizer que acredito possuir várias personalidades e aqueles que têm
acompanhado minhas mensagens, desde que aqui entrei, já devem ter se dado
conta disso. O Alberto de algumas mensagens não parece ser o mesmo Alberto
de outras. E já me flagrei com duas personalidades numa mesma mensagem! E
tenho ainda outras personalidades que nunca manifestei aqui. E que mal há
nisso? Seria um "problema" psicológico? Não, desde que não me afete como
problema ou desde que eu consiga resolve-los a meu contento sem que com isso
afete em demasia aos demais. O grave, a meu ver, não é ter várias
personalidades; mesmo porque eu acredito que o homem de personalidade única
é muito chocho ou muito vazio. O grave talvez seja permitir que uma de suas
personalidades tome conta das demais. Pois que todas tem sua razão de ser e
todas devem ter o seu "momento oportuno" para se manifestar.

> Pra vc que esta dentro e nos q estamos de fora vemos a
> sua teoria de maneira totalmente diferente.

Sim, mas não consigo enxergar aí nenhum "problema" grave de natureza
psicológica.

> Pense nisso : Uma pessoa q investiu 20 ou mais anos de sua vida
> numa teoria que acredita ser verdadeira poderia , psicologicamente
> falando, mudar seu ponto de vista admitindo o fracasso ?

Concordo que investi muito de minha vida no produto de um "insight" que deve
ter durado, se muito, uns 10 segundos. Se através de um segundo "insight"
perceber que a minha teoria não é nada daquilo que eu imaginava, passarei a
investir muito do que me resta de vida na obtenção de frutos deste segundo
"insight". O cientista não é um ser que vive à procura do sucesso e a evitar
o fracasso. Sob esse aspecto, vejo o cientista como um ser que abre ou que
fecha portas. Se nada da minha teoria se justificar, gostaria de passar para
a história da ciência como alguém que fechou uma porta de um labirinto
imenso e que não dava em lugar nenhum. Psicologicamente falando, isso me
basta. O que não posso é ignorar a existência desse labirinto, apenas para
agradar os físicos modernos que pretendem que eu o coloque debaixo do
tapete.

> Eu acredito ser isso muito dificil , quero dizer q a pessoa
> nao iria admitir nunca q estivesse errada mesmo q estivesse.
> EH como tentar convencer uma carmelita que Deus nao existe:
> Tarefa humanamente impossivel. O sentimento de perda de tempo
> precioso de vida e a perda da ilusao de um reconhecimento
> cientifico talvez nao fosse aceitavel para ninguem.

Folgo em ouvir isso do mestre Jocax. Aliás, uma das grandes críticas que
faço aos cépticos é a de que eles se preocupam mais em convencer (ou
converter) o próximo de "suas verdades" do que assumir o que acredito
deveria ser o ideal do cepticismo, qual seja, o de que nem eles, nem
ninguém, são donos de verdade alguma. Quanto ao mais, procuro utilizar de
meus talentos da melhor maneira possível. Se uma teoria para ser boa deve
ser falseável, não há como um teorizador não admitir que possa estar errado.
Ou ele faz teorias, e estas devem se sujeitar à falseabilidade, ou ele é um
mero emissor de opiniões, ou até mesmo um crackpot, e neste caso acredito
que sua dúvida faça sentido.

> Mas seria interessante vc pensar : Se vc admitir q sua teoria
> esteja errada o q vai acontecer com a sua vida?
> Vai melhorar ? Vc, sinceramente, poderia admitir isso ?

Sinceramente, sim. Ninguém faz uma teoria em busca de glória. Se eu
estivesse preocupado com a glória iria me aventurar por terrenos menos
inóspitos como, por exemplo, a "política". Você chegou a ouvir o discurso de
renúncia do ACM? Para mim ele se aproveitou de um momento ideal para se
lançar como candidato a presidente da república nas próximas eleições. Creio
que com as personalidades que possuo poderia perfeitamente aspirar vir a ser
mais um ACM. E, não obstante, estou aqui discutindo se o elétron pode ou não
ser considerado como um fluido elétrico, seja em repouso (carga elétrica)
seja em movimento (corrente elétrica).

> O q vc faria caso vc estivesse errado ( apenas por hipotese ) ?

Pois já dei a entender acima. Iria tentar explorar o meu erro da melhor
maneira possível. Se hoje vivo me questionando sobre "onde" e "porque" os
físicos quânticos cometeram erros tão incríveis, amanhã, se esta hipótese se
concretizar, irei procurar saber "onde" e "porque" cometi um erro tão
infantil. E creio que ninguém melhor do que eu estará habilitado para
estudar este assunto. E volto a dizer: terei fechado uma porta, para que
ninguém mais cometa os erros que cometi.

> Claro q eu gostaria, mesmo sem conhecer, q sua teoria estivesse
> correta e que o Brasil ganhasse um Nobel e eu poderia dizer :
> Conheco este cara ! Ninguem acreditava nele , nem eu !

Bem, eu também não acredito nele (estou assumindo outra de minhas
personalidades) mas se tal acontecer proponho ao Brudna que cobre royalties
dos próximos que se associarem à ciencialist, pois do contrário isso aqui
vai virar uma baderna. E "daqui não saio, daqui ninguém me tira".

> Nao leve muito a serio o q eu escrevi foi soh uma
> especie de desabafo e uma tentativa de fazer vc refletir
> sobre isso e quem sabe.... Mas se vc estiver mesmo
> convicto de sua teoria aconselho-o a nao desistir
> soh verifique de onde vem sua conviccao : da necessidade
> psicologica ou da razao.

Nem de uma, nem de outra. Apenas de minha teimosia em perseguir um "insight"
que durou cerca de 10 segundos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: [ciencialist] Re: Paradoxo Estranho
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/05/2001 06:06

> Parodiando alguém, eu diria que quem acha a
> matemática aborrecida
> provavelmente não entenda nada de matemática

E, mais do que isso, os bons matemáticos acham-na mais
difícil do que os biólogos :)

---N1c01au



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SUBJECT: Eventos anteriores ao Big Bang
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>, ifusp <ifusp-ex-alunos@egroups.com>
DATE: 31/05/2001 08:28

CIÊNCIA – The New York Times, May 24, 2001
Eventos anteriores ao Big Bang continuam um mistério
DENNIS OVERBYE

O que fazia Deus antes da criação do mundo? O filósofo
e escritor ( e,
mais tarde, santo) Agostinho levantou essa questão nas
suas
"Confissões", no século quatro, e encontrou uma
resposta
surpreendentemente moderna: antes de Deus ter criado o
mundo não havia
tempo e, portanto, nenhum "antes". Parafraseando
Gertrude Stein, não
havia "então".

..........
Stephen Hawking, o cosmologista da Universidade de Cambridge e autor de
best-sellers, descartaria completamente a teoria do
salto quântico. Nos
últimos vinte anos, ele e os seus colaboradores têm
trabalhado no que
Hawking chama de "proposta sem limites". "O limite do
universo é o fato
de ele não ter limites", gosta de dizer o
cosmologista.........



Artigo completo:
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/292



SUBJECT: Re: O inevitável
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/05/2001 09:17

--- In ciencialist@y..., "Gabriel Oliveira" <gabriel101@u...> wrote:
>
> .....
> Podemos imaginar como vive uma pessoa cega, porém um cego de
nascença não
> têm idéia de que como é ter visão. Assim, pode muito bem haver seres
que
> possam definir facilmente questões como o livre-arbítrio e a
moralidade, ou
> rotar um objeto na quarta-dimensão, coisa que nenhum humano concebe.
:-)

Leia os textos jocaxianos sobre estas questoes em :
Livre arbitrio :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/211
Moralidade:
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/294

>
> As ciências humanas (como a filosofia, a psicologia...) são úteis
para
> manter uma certa "ordem" na sociedade. Ordem (organização) que deve
existir
> de qualquer maneira; com argumentos científicos ou não. Não temos os
> argumentos científicos para organizar uma sociedade, e, como certos
teóricos
> afirmam, pode ser que nunca teremos.

Com relacao a isto eu sou otimista
veja minha meta-etica-cientifica acima.

[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O_inevitável
FROM: "Gabriel Oliveira" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/05/2001 13:15


Olá,

> > > É constactável que o sujeito A é culpado do Crime X
> > > Mas não é mensurável cientificamente a sua culpa.
> >
> > Jamais podemos constatar que sujeito A é culpado do crime X; já que
> > "culpa" é algo indefinível cientificamente.
>
> Repara : Jamais podemos cssntactar CIENTIFICAMENTE que A é
> culpado pelo crime X, já que "culpa" é algo indefinivel cientificamente.
> É isto que a frase que eu escrevi dizia. Que existe afirmações que não
> são comprováveis (nem refutáveis)cientificamente.

É que constatar é científico. Não é, na minha opinião, constatável que
sujeito A é culpado de crime X, mesmo que um tribunal o puna.

"É constactável que o sujeito A é culpado do Crime X"
Eu acho que NÃO é constactável, já que culpa não é algo que se possa
definir. Só isso.

A diferença nas nossas opiniões está apenas no "constatável". :-)

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O_inevitável
FROM: "Gabriel Oliveira" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/05/2001 13:22


Olá Alexandre,

> > Se eu herdasse genes "violentíssimos" de meu pai e de minha
> > mãe, e matasse uma pessoa na esquina, seria culpado?
>
> Se for provado que esses genes influenciaram terrivelmente a ação
> criminosa, apenas poderá servr como atenuante na aplicação da pena.

Poderá servir como atenuante? Confirme esse dado por favor.
Simplesmente todos os crimes poderiam ser atenuados, já que nosso
comportamento está ligado DIRETAMENTE aos genes e aos estímulos externos
(coação). É o tal caso: se meu dedo está mecanicamente ligado a um gatilho
que matou uma pessoa (não tive controle do dedo, ele estava mecanicamente
ligado), não sou culpado, certo? "Mas e se esse gatilho estiver na minha
mente?" :-)

Não posso fugir dos meus genes e dos estímulos sensoriais que recebo... E
meu comportamente só é moldado por eles... Como fica?

De qualquer modo é um assunto que acho muito interessante. :-)

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: O_inevitável
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/05/2001 13:39

Gabriel Oliveira [mailto:gabriel101@uol.com.br] escreveu:
> Jamais podemos constatar que sujeito A é culpado do crime X;
> já que "culpa" é algo indefinível cientificamente.

Exato. Culpa é um conceito moral. Até hoje, mesmo entre os mais
renomados doutrinadores do Direito, o conceito de culpa não é
uniforme.

> Se um assassino louco estivesse dizedo para mim: "se você não
> matar esta criança, eu te mato!"; e eu matasse a criança; seria
> culpado de meu ato?

Juridicamente não. Você foi um instrumento, a "arma do crime". Só é
culpável o excesso, p.ex., se você aproveitou para torturar antes
de matar, sem ter sido coagido a isso também. É a situação da coação
moral irresistível, pois se, no julgamento, for considerada resistível
você responde.

Moralmente, apenas você poderia dizer se teve culpa ou não. É o foro
íntimo quem decide.

> Se eu herdasse genes "violentíssimos" de meu pai e de minha
> mãe, e matasse uma pessoa na esquina, seria culpado?

Sim, claro que sim! Por quê? Você tem consciência de que isso
é errado. Pode ser a consciência da ilicitude ou a consciência
moral. Se não tivesse consciência, não teria culpa. Trata-se
pura e simplesmente de dolo, vontade de agir, deliberação com
finalidade específica.

Se for provado que esses genes influenciaram terrivelmente a ação
criminosa, apenas poderá servr como atenuante na aplicação da pena.

> Se meu comportamento está DIRETAMENTE ligado aos meus genes e
> aos estímulos externos que recebo; como posso ser "culpado"
> de meus atos?

Mais uma vez: o relevante é saber se a conduta é ou não errada
perante seus pares. Pouco importa se você concorda ou não com o
que a lei proibe. Mesmo que o sujeito não se importe em matar,
não sinta qualquer remorso, por ser um psicopata, ele SABE que
é proibido e deve ser punido por isso.

Espero ter sido claro.

[]'s,

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Observacao
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: 'Ciencialist' <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/05/2001 13:59

Só uma observação:

Quando ingressei no Ciencialist tive o receio de me
deparar com um grupo de pessoas apenas interessadas
em se exibir ou puxar o saco de intelectualóides.
Afinal, vemos isso na maior parte do cenário
acadêmico, político ou social.

Os elogios são honestos e moderados; as "brigas"
empolgantes, dentro dos limites da civilidade. Não
há rasgação de seda nem "puxasaquismo". Creio até
que isso acontece aqui pelo fato de não nos
conhecermos e por não existir obrigação de
apresentação de credenciais. Aqui ninguém se
impõe como autoridade. Se o fizesse seria vaiado
até ir embora. No máximo o calouro diz a
profissão: "sou médico", "sou engenheiro", etc...

Além de discutirmos ciência e filosofia da
ciência, que é uma coisa que muito nos agrada,
realizamos um exercício terapêutico. Uma
"terapia de grupo" virtual. Os psicólogos e
psicanalistas da lista podem atestar ou
não essa observação.

[]'s

"Mudanças são a única coisa permanente no Universo" (Heráclito)
Alexandre P.Cabral de Medeiros
Analista Consultor * mailto:alexandre.medeiros@consultmail.net
AC Nielsen do Brasil * http://www.acnielsen.com
Tel. *(0xx11) 4613-7469 - Fax (0xx11) 4613-7077


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/05/2001 15:14

On Wed, 30 May 2001, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Pois é, Tarcisio. Analisando a sua resposta (msg 9140) e como não houveram
> outras significativas a respeito, repito o que disse: ainda não encontrei
> ninguém que, "em questões filosóficas, tivesse competente faculdade" para
> negar minhas hipóteses.

Não estou aqui para negar suas hipóteses, pois como vc mesmo disse não
tenho competente faculdade para isso. O que afirmo é que [até onde vc tem
me mostrado] sua teoria não tem nada de diferente das teorias "canônicas".
Vc supõe ter bases filosóficas diferentes, mas no frigir dos ovos chega
aos mesmos resultados [se é que realmente chega].

O elétron [e o próton] não tem carga? Até onde eu sei ele tem sim e é
fácil de se comprovar em laboratório.

Segundo sua teoria na experiência das fendas o elétron passa em uma fenda
e uma suposta i.e.m. passa na outra. Na teoria quântica o mesmo elétron
passa nas duas fendas ao mesmo tempo. Qual é a diferença???

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/05/2001 15:36

On Thu, 31 May 2001, Manuel Bulcão wrote:
> Sempre que assisto a essa querela acirrada (e às vezes encarniçada) entre o
> Mesquita e o Tarcísio, lembro-me de um trecho do artigo ....

Não tenho nada conta o Alberto, até gosto dele [é verdade] e também não
tenho nada contra sua teoria. Não aceito a teoria dele como verdadeira
assim como não aceito a quantica como verdadeira, apenas que [assim como
em outro email eu já disse] a teoria dele [ao meu ver] ainda não mostrou a
que veio, não a acho diferente da quântica ou de Maxwell.

As únicas coisas que eu não concordo com o Alberto é a sua postura
arrogante e a sua ignorância [não me leve a mau] quanto a física que é
feita hoje em dia.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O_inevitável
FROM: "Gabriel Oliveira" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/05/2001 16:17

Olá Alexandre,

> Nenhum cientista em seu juízo perfeito deveria
> afirmar com certeza da certeza que o comportamento humano é
> imperativamente dominado pelos genes. É uma afirmação perigosíssima.
> Alguém poderia berrar: "Encontramos o gene do estupro!" e justificar
> uma "faxina".

É... mas acho que a verdade não "foi feita" para conciliar com o que "dá
certo"; com o que "funciona" para organizar uma sociedade...

> Pegamos um recém nascido e diríamos a pobre mãe: "Sentimos
> muito senhora, mas seu filho SERÁ estuprador e deve ser eliminado!".

Quanto a este caso, acho que o estuprador está de acordo com seleção
natural. Se ele fôr "bom no que faz" estará sendo um vencedor (no sentido
biológico da palavra :-), já que estará se replicando bastante.

Aliás, na natureza temos um exemplo disso. Há certos orangotangos que não
crescem tanto como o normal da espécie (80 quilos) ficam do tamanho de
fêmeas (40 quilos). São chamados de subadultos (mas são adultos, apenas não
crescem tanto). NENHUMA fêmea demonstra interesse sexual por eles...

Eles SÓ conseguem transmitir seus genes porque desenvolveram uma técnica de
estupro muito avançada. A técnica é perigosa: a fêmea resiste violentamente,
e machos dominantes podem alcançá-los e matá-los. Porém, eles estão aí,
replicando... São vencedores.

> Ok! Um conjunto de genes pode influenciar neste ou naquele
> comportamento, bem como o ambiente, mas acho muito improvável que
> a consciência não seja capaz de refrear os impulsos.

A teoria evolucionista acredita que o comportamente é TOTALMENTE modelado
pelos genes, pela anatomia do cérebro, o estado bioquímico do mesmo, a
educação que a pessoa recebeu na família, o modo como a sociedade tratou
esse indivíduo e os estímulos que se impõem à pessoa.

Meu comportamento deriva unicamente desses fatores e, como você pode ver,
nenhum deles depende DE "VOCÊ" MESMO... :-)

> Não acredito que o comportamento seja moldado "só" pelos genes. Não
> somos formigas. Somos bem mais flexíveis. Os parâmetros da
> programação genética do humano são muito, muito mais vastos do que
> de formigas. Nossa capacidade de escolha de atitudes é muito maior.

NÃO EXISTE a escolha... :-)

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O_inevitável
FROM: "Gabriel Oliveira" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/05/2001 16:37


Olá Sérgio,

> Este é um tópico típico para juristas. Como não sou jurista (nem
> tenho pretensões de ser), vou dar apenas opiniões pessoais.

Concordei com todas as suas opiniões a respeito dos "atenuantes". :-)

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O_inevitável
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/05/2001 17:12


> > > A ciência só se faz sobre coisas constatáveis. E
> > > gostaria muito que alguém me desse um exemplo de algo
> > > constatável que não possa ser medido e modelado
> > > matematicamente
> >
> > É constactável que o sujeito A é culpado do Crime X
> > Mas não é mensurável cientificamente a sua culpa.
>
> Jamais podemos constatar que sujeito A é culpado do crime X; já que
"culpa"
> é algo indefinível cientificamente.

Repara : Jamais podemos cssntactar CIENTIFICAMENTE que A é culpado pelo
crime X, já que "culpa" é algo indefinivel cientificamente.
É isto que a frase que eu escrevi dizia. Que existe afirmações que não são
comprováveis (nem refutáveis)cientificamente.
Contudo, A foi culpado pelo crime , e condenado por isso.
A justiça não é cientifica, embora use a ciencia para algumas coisas. Exames
de corpo de delito , por exemplo.

> Se um assassino louco estivesse dizedo para mim: "se você não matar esta
> criança, eu te mato!"; e eu matasse a criança; seria culpado de meu ato?

Cientificamente eu não posso responder
Legalmente, não, não seria.

> Se eu herdasse genes "violentíssimos" de meu pai e de minha mãe, e matasse
> uma pessoa na esquina, seria culpado?

Acho que sim. Mas mais uma vez cientificamente, nada se pode dizer.
(além de que a violencia tem tb componente ambiental)

A "culpa" de A por X , não se pode medir, e por isso não é cientifico.
Se fosse cientifico , todos os criminosos seriam pesos e todos os inocentes
ilibados. E como sabemos, não acontece assim.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/05/2001 17:20

----- Original Message -----
From: "Tarcisio Borges da Silva Jr."
To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, May 31, 2001 3:14 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O inevitável


> On Wed, 30 May 2001, Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Pois é, Tarcisio. Analisando a sua resposta (msg 9140) e como não
> > houve outras significativas a respeito, repito o que disse: ainda não
> > encontrei ninguém que, "em questões filosóficas, tivesse competente
> > faculdade" para negar minhas hipóteses.

> Não estou aqui para negar suas hipóteses, pois como vc mesmo disse não
> tenho competente faculdade para isso.

Não me lembro de ter feito essa afirmação. Creio que você está colocando a
carroça à frente dos bois. Se você julgar que a resposta dada na msg 9140
serve como argumento a ir contra minha teoria, sua conclusão atual faz
sentido, mas deixo claro que a conclusão seria sua e não minha. Mas como
você está dizendo que "não está aqui para negar minha hipóteses", quero crer
que minha afirmação exclui você daqueles que tentaram sem sucesso, e por não
terem "em questões filosóficas competente faculdade", negar minhas
hipóteses.

> O que afirmo é que [até onde vc tem
> me mostrado] sua teoria não tem nada de diferente das teorias "canônicas".
> Vc supõe ter bases filosóficas diferentes, mas no frigir dos ovos chega
> aos mesmos resultados [se é que realmente chega].

Pois eu diria que ou você não conhece suficientemente o que chama de teorias
"canônicas", ou você não conhece suficientemente a minha teoria, o que acho
mais provável, ou então você não entendeu nenhuma delas.

> O elétron [e o próton] não tem carga? Até onde eu sei ele tem sim e é
> fácil de se comprovar em laboratório.

Você está valorizando em excesso uma frase, em detrimento de uma teoria, por
não ter entendido o contexto onde a frase foi apresentada. Já repeti aqui
milhares de vezes, e creio que não apenas os físicos mas até mesmo os
psicólogos já se cansaram de me ouvir dizer, que o elétron não gera, a meu
ver, um campo coulombiano e não se sujeita a um campo elétrico "qualquer" de
maneira "idêntica" a qualquer carga macroscópica. Prove laboratorialmente
que estou errado e você derrubará minha teoria. O que você afirma ter sido
comprovado laboratorialmente equivale a dizer que um elétron sofre efeitos
quando situado em campos eletromagnéticos. Mas... isso, parafraseando o
Silvio Luiz (comentarista esportivo), até a minha sogra sabe!!!

> Segundo sua teoria na experiência das fendas o elétron passa em uma fenda
> e uma suposta i.e.m. passa na outra. Na teoria quântica o mesmo elétron
> passa nas duas fendas ao mesmo tempo. Qual é a diferença???

Se você não vê diferença alguma sugiro que estude um pouquinho mais a
história da física quântica. Em especial os diálogos calorosos ou até mesmo
os cismas que originaram a multiplicidade de seitas quânticas que existem
nos dias atuais.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/05/2001 17:46

----- Original Message -----
From: "Tarcisio Borges da Silva Jr."
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, May 31, 2001 3:36 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O inevitável

> On Thu, 31 May 2001, Manuel Bulcão wrote:
> > Sempre que assisto a essa querela acirrada (e às vezes encarniçada)
> > entre o Mesquita e o Tarcísio, lembro-me de um trecho do artigo ....

> Não tenho nada conta o Alberto, até gosto dele [é verdade]

Pois então estamos empatados. Se eu não tivesse admiração por você, e haja
vista que realmente temos presenteado nossos colegas da ciencialist com
diálogos encarniçados, não poderia me considerar um adepto do popperianismo.

> e também não
> tenho nada contra sua teoria. Não aceito a teoria dele como verdadeira
> assim como não aceito a quantica como verdadeira, apenas que [assim como
> em outro email eu já disse] a teoria dele [ao meu ver] ainda não mostrou a
> que veio, não a acho diferente da quântica ou de Maxwell.

Talvez você sofra de algum tipo de daltonismo linguístico. :-))

> As únicas coisas que eu não concordo com o Alberto é a sua postura
> arrogante e a sua ignorância [não me leve a mau] quanto a física que é
> feita hoje em dia.

Creio já ter referido, em outro contexto, que não se deve confundir
humildade com passividade. Como adepto do popperianismo tenho que defender
com "unhas e dentes" aquilo que prego. Se isso é ser arrogante, então viva a
arrogância. Por outro lado, ainda que não concorde com os que afirmam que
sou arrogante, também não me considero um exemplo de ser humilde.

Quanto à ignorância, somos todos ignorantes naquilo que mais julgamos
conhecer. Digo apenas que se fosse comprar um apartamento e percebesse que
os alicerces do edifício estão podres, jamais iria perder tempo em conhecer
o apartamento, por mais que me dissessem que ele possui todos os demais
atributos que gostaria que tivesse. Tanto a mecânica quântica quanto a
teoria da relatividade são como apartamentos localizados num edifício
condenado. Conheço pouco desses apartamentos, é verdade, porém pouquíssimos
são aqueles que ousam me enfrentar num diálogo a focalizar a podridão de
seus alicerces. E quando enfrentam, podem até descortinar minhas
ignorâncias, mas não conseguem refutar meus argumentos básicos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 01/06/2001 07:19

Sérgio Taborda wrote:

> > > > A ciência só se faz sobre coisas constatáveis. E
> > > > gostaria muito que alguém me desse um exemplo de algo
> > > > constatável que não possa ser medido e modelado
> > > > matematicamente
> > >
> > > É constactável que o sujeito A é culpado do Crime X
> > > Mas não é mensurável cientificamente a sua culpa.
> >
> > Jamais podemos constatar que sujeito A é culpado do crime X; já que
> "culpa"
> > é algo indefinível cientificamente.
>
> Repara : Jamais podemos cssntactar CIENTIFICAMENTE que A é culpado pelo
> crime X, já que "culpa" é algo indefinivel cientificamente.
> É isto que a frase que eu escrevi dizia. Que existe afirmações que não são
> comprováveis (nem refutáveis)cientificamente.
> Contudo, A foi culpado pelo crime , e condenado por isso.
> A justiça não é cientifica, embora use a ciencia para algumas coisas. Exames
> de corpo de delito , por exemplo.
>

Sim, isso era verdade *antes* da era jocaxiana (A.J.) ! :-)
Depois do jocax (D.J.) a coisa mudou radicalmente.

A justica esta baseada na moral ( ou etica ) e esta ultima pode ser
definida cientificamente conforme a Meta-Etica-Cientifica que propus :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/294

Agora a "culpabilidade" eh algo + complicado mas eu poderia defini-la,
em primeira aproximacao, como a consciencia ou o pensamento
do culpado em saber que ele eh responsavel pelo ato delituoso.

Assim, a culpabilidade , nesta primeira aproximacao,
estaria dentro do proprio culpado, sendo assim, algo relativo.
Sendo a culpa um sentimento ou consciencia, obviamente ela teoricamente
poderia ser mensurado pela ciencia.
Uma coisa BEM rudimentar seria algo como um aparelho detector de mentiras.

[]s
jocax.




SUBJECT: Re: O inevitável
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/06/2001 09:30

From: Tarcisio Borges da Silva Jr. <tbs97@fisica.ufpr.br>
>
> Não tenho nada conta o Alberto, até gosto dele [é verdade] e também não
> tenho nada contra sua teoria. Não aceito a teoria dele como verdadeira
> assim como não aceito a quantica como verdadeira, apenas que [assim como
> em outro email eu já disse] a teoria dele [ao meu ver] ainda não mostrou a
> que veio, não a acho diferente da quântica ou de Maxwell.

Sou um peixe fora d'água em se tratando da teoria do Alberto e sua
implicação na revisão da MQ (já faz mais de 15 anos que não mexo com
MQ). Acredito que se há duas teorias a tentar explicar o que ocorre
em um conjunto de fenômenos, deverá vencer aquela que conseguir
explicar todos fenomenos, da forma mais simples e do jeito mais
coerente com o restante do que se sabe (como diria Lakatos).

Pode ser trabalhoso, mas esse critério parece ser justo. E o ponto
de partida é simples o suficiente: se for possível encontrar UM fenômeno
que a teoria nova explique melhor do que a antiga E também que a
teoria nova consiga explicar TODOS os outros fenômenos que a teoria
antiga explica bem, acho que não há muito o que discutir: a nova
teoria é melhor.

Mas costuma acontecer de uma teoria nova explicar bem um fenômeno isolado
melhor do que as outras teorias, só que não consegue explicar todos
os *outros* fenomenos em que a teoria antiga vai bem. Ganha-se a
explicação de um fenômeno novo, mas perde-se a explicação de muitas
outras coisas. Assim, não há como substituir o antigo pelo novo.

Eu pratico isso em uma das áreas que me interesso: a origem da linguagem
na cognição humana. A "teoria da maioria" diz que existe um módulo
de linguagem geneticamente determinado, que é o que distingue o
Homo Sapiens dos demais primatas (um forte proponente disto é
Noam Chomsky). Eu estou do lado dos 20% dos pesquisadores que acham
a linguagem um "organismo" cultural que é aprendido pelo cérebro
com pouquíssima interferência de mecanismos geneticamente determinados.
A discussão, atualmente, continua e não há consenso sobre qual teoria
é a melhor. A resolução disso, no futuro, estará a cargo da
descoberta de evidências que consigam provocar o pender da balança
para um dos lados, conforme o critério que mencionei. A teoria
da maioria consegue explicar as evidências atuais, mas não consegue
se dar bem com o *restante* da coisa (não consegue, por exemplo,
estipular como houve a *evolução* de um mecanismo desses em tão
curto espaço de tempo). Já a teoria minoritária tem aspectos
muito mais coerentes, da neurociência à paleoantropologia, passando
por biologia evolucionária e teoria da informação.

Mas em relação à física, como falei, posso me considerar um peixe
fora d'água (ou, usando a metáfora do Léo, muito dióxido de silício
para meu caminhão).

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] "Prova Científica" do passe
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/06/2001 11:14

Olá,

Interessantes os argumentos.
Difícil é acreditar que todas essas pesquisas foram feitas. Se eu pudesse
contatar os autores, e pegar seus trabalhos diretamente, talvez me
convencesse.

Mas assim, falado (digitado :-) fica difícil acreditar.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/06/2001 12:22



A minah frase original era:
"Não é possível provar ou refutar todas as afirmações cientificamente."

Jocax escreveu:
[A negacao da frase seria A v B
isto quer dizer q se a negacao da frase for verdadeira
tudo pode ser provado cinetific/e ou ao menos refutado cientif/e
Mas, a rigor, nao se pode provar uma coisa cientifi/e
entao, para a negacao da frase ser verdadeira
tudo deve poder ser refutado cientif/e.
E, para refutar a frase, bastaria um exemplo q nao se pode refutar
cientificamente.]

Exacto. E esse exemplo é a propria frase em si.

[ Para isso eh soh colocar uma assercao que foge ao escopo da
ciencia : "Existe um diabinho verde no ombro de cada pessoa q
nao pode ser medido por nenhum meio fisico" ]

Não é preciso ir para o campo do imaginário.
A frase em si é muito real, e prova-se a si mesma. Porque não fugindo do
escopo da ciencia [coisa que o diabinho verde fugiria] , nem usando da
definição [no caso do diabinho está a pré-defenir que não se pode medir] ela
é coerente e irrefutável cientificamente.

A frase é auto-comprovante.

> Portanto, eu provo que a frase é verdadeira, não fazendo
absolutamente nada
> :-)))
> (Simpático hein? :-) )

[Nao concordo , uma frase pode ser "sem sentido" ( nem verdadeira
nem falsa ) :
"Esta frase eh falsa" eh verdadeira ou falsa?]

Ok, eu exagerei. Mas o que queres dizer é que existe afirmações (diferente
de frase) cujo sentido lógico não se pode apurar bináriamente.Isso não
implica que tenha um valor de verdade.
Verdade não é o antónimo de Falso. É o antónimo de Mentira.
Algo que é mentira pode ser logicamente verdadeiro. "Eu agora entou no
cinema" é lógicamante veradeiro, mas mentira.
A ciencia preocupa-se com a mentira vs verdade e não do falso vs verdadeiro.
Isso é para a lógica.


[Se a frase eh verdadeira-> a frase eh falsa ( contradicao )
Se ela eh falsa -> o q ela diz eh verdade ,
a frase nao eh falsa ( contradicao )
Entao a frase nao eh verdadeira nem falsa.]

O paradoxo do mentiroso : "Eu estou mentindo"
Qual é o valor lógico desta afirmação ?
É indeterminável.
Contudo, cientificamente a afirmação é verdade. O sujeito está a actuar
mentindo.

Qq silogismo feito com esta afirmação não tem resultado.
Contudo este tipo de frase é diferente do que eu escrevi.
Isto é um paradoxo, o que eu escrevi não. é uam afirmação não recorrente
(sem paradoxo)


> > O primeiro significado eh que nao se pode provar ou refutar uma
afirmacao
> > cientificamente pq as teorias cientificas nunca podem ser provadas
> > verdadeiras ( Popper ) .
>
> Nota, está escrito "não é possivel provar ou refutar TODAS as
afirmações "
> Não se trata de uma, mas de todas.

[Mas se nao se pode provar uma entao obviamente nao se pode provar
todas, nao eh mesmo?]

O que eu queria dizer é que existe mais do que uma afirmação que não pode
ser provada ou refutada cientificamente.


> Mas aquilo que não pode ser refutado , provado falso, nem provado
> verdadeiro, que tipo de afirmação é ?

[Sao afirmacoes q fogem ao escopo das premissas da teoria.]

A frase que escrevi não se insere em nenhuma teoria. E não fogue ao escopo
da ciencia.
Contudo não pode ser refutada nem provada cientificamente.

> > Outro significado, para a frase acima, seriam sentencas q nao
sao
> abarcadas
> > pela ciencia ainda,
>
> Retire o "Ainda". Existem afirmações que nunca serão provadas nem
refutadas
> pela ciencia.
> Como é o caso daquela que eu escrevi.

[Sim , mas as afirmacoes q nao podem ser provadas nem refutadas
nunca pela ciencia carecem de qualquer importancia ( jocax ) ]

Discordo. A frase que escrevi detém importância.
Diz-nos que a ciencia não é o supra-sumo do alcance do conhecimento.
Que o ser humano pode obter conehcimento de outras formas.
E que a ciencia é incompleta.


> Bom, e se concordam comigo que a frase é verdadeira, então o
conhecimento
> cientifico é incompleto.

[SIm, o conhecimento cientifico esta sempre avancando.]

Acho que não percebeste: incompleto quer dizer que por muito que avance
nunca alcançará todo o conhecimento.Exactamente pq existe afirmações que ela
não pode decidir verdadeiras, nem falsas.

> Se ele é incompleto, o que pode haver além dele, que prove ou
refute, as
> afirmações que a ciência não pode ?

[Nada, pois se este "alem dele" existe ele pode ser incorporado
pelo ciencia para explica-lo e portanto deixa de pertencer ao
inexplicado :-)]

Errado.Porque esse algo não é decidirvel pela ciencia.
Acho que não estás a ver a profundidade do problema e a cair nos lugares
comuns que sempre aparecem nestas discussões. O que a frase implica é que
existe conhecimento sobre a ciencia não se pode pronunciar.
Se algo conseguir pronunciar-se sobre essas afirmações, será algo maior que
a ciencia e que a conterá. e não ao contrário como afirmas.


> E no caso de não haver nada, nosso conhecimento será sempre
incompleto.
> Não é muito alentador :-(

[Mas eh aih q esta a graça da coisa : Sempre teremos coisas novas
a descobrir !Viu como eh alentador ! :-)]

Acho que achas isso pq estás a ver o filme do lugar errado.
O que se refere aqui, é que por muito que a ciencia avance , ela não poderá
dominar todo o conhecimento.
Existiram verdades que a ciencia não poderá nunca dizer que são verdades. E
mentiras , que a ciencia nunca poderá provar mentiras. Isto é muito
importante. Retiira o lugar de "deusa moderna" à ciencia e retorna-nos ao
humanismo.Os humanos não são máquinas de ciencia, são seres com(s)-ciencia.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Atenção
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/06/2001 13:29

Atenção,

As notícias já podem ser postadas normalmente no www.cienciacidadania.br.cf
.

Esta operando agora no provedor mais rápido.

SDS,

ASM




SUBJECT: Novidades no Radar da Ciência
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/06/2001 13:52

Novidades no Radar da Ciência
www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar

---------------------------------------------------------
Lâmpadas Incandescentes vs. Lâmpadas Fluorescentes: Lançada a Polêmica
---------------------------------------------------------
Data: Sexta, 1 de Junho de 2001
Autor: Jair M. Rodrigues

Com a possibilidade do apagão e a necessidade forçada de economizar energia,
temos ouvido continuamente que deveríamos trocar as lâmpadas incandescentes
por lâmpadas fluorescentes. Será verdade? Veja no artigo uma série de
problemas associados com esse tipo de lâmpada.

http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid991364400
,50996,

---------------------------------------------------------
Sistema inovador de irrigação
---------------------------------------------------------
Data: Terça, 29 de Maio de 2001
Autor: Aloísio J. Antunes

Pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalem desenvolveram um sistema
de irrigação no qual sensores detectam, precisamente, a quantidade de água
exigida pelas plantas para desenvolvimento e alta produção.

http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid991157113
,81065,

---------------------------------------------------------
Filmes comestíveis e biodegradáveis
---------------------------------------------------------
Data: Segunda, 28 de Maio de 2001
Autor: Aloísio J. Antunes

A utilização de filmes e coberturas comestíveis não é coisa nova. Já nos
séculos XII e XIII, os Chineses os empregavam para evitar dessecação de
laranjas e limões. Revestiam esses frutos com cera para evitar perda de
umidade. Diversos materiais comestíveis têm sido empregados como
revestimentos de diversos alimentos, com as finalidades mais diversas.

http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid991084526
,10820,

---------------------------------------------------------
A Física do Colarinho do Chopp
---------------------------------------------------------
Data: Segunda, 28 de Maio de 2001
Autor: Marcelo Knobel

O estudo de espumas pode parecer delicioso! Pense em mousses de chocolate,
creme chantilly, ou um bom chopp gelado em um dia quente...
Mas os pesquisadores levam esse estudo a sério, e apesar da complexidade do
problema, eles têm avançado enormemente no entendimento dos fenômenos que
governam a formação e estabilidade das espumas.
Veja o exemplo ao lado. A espuma de cerveja feita com gás C2F6 dura mais
tempo do que a espuma feita com CO_2 (direita) porque C2F6 difunde mais
lentamente das bolhas e freia o processo de drenagem.

http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid991056522
,76209,

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Revista Com Ciência - divulgação científica
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] Novidades no Radar da Ciência
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/06/2001 14:23


> ---------------------------------------------------------
> Lâmpadas Incandescentes vs. Lâmpadas Fluorescentes: Lançada a Polêmica
> ---------------------------------------------------------
> Data: Sexta, 1 de Junho de 2001
> Autor: Jair M. Rodrigues
>
> Com a possibilidade do apagão e a necessidade forçada de economizar
energia,
> temos ouvido continuamente que deveríamos trocar as lâmpadas
incandescentes
> por lâmpadas fluorescentes. Será verdade? Veja no artigo uma série de
> problemas associados com esse tipo de lâmpada.
>
>
http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid991364400
> ,50996,


O pior dessas lâmpadas na verdade esta em um comentário nesse link"que segue
abaixo:

["A substituição indiscriminada das lâmpadas incandescentes por
fluorescentes compactas pode causar "poluição elétrica".

O alerta é da Sobraep (Sociedade Brasileira de Eletrônica de Potência),
formada por especialistas de todo o país, entre eles professores da Unicamp
(Universidade Estadual de Campinas).

"As lâmpadas fluorescentes compactas apresentam corrente distorcida e essa
não-linearidade é extremamente danosa ao sistema elétrico", disse o
presidente da sociedade e professor da Feec (Faculdade de Engenharia
Elétrica e Computação) da Unicamp José Antenor Pomilio.]


Desde 1998, quando iniciamos a produção de filtros harmônicos sintonizados,
que problematizamos a inserção dessas cargas não lineares nos grandes
Shopping Centers, que começaram cedo essas substituições.

Um relatório seguiu de algumas concessionárias de energia alertando sobre
essa solução com certos efeitos colaterais.

O pior e que quando os danos das Harmônicas estiverem sendo sentidos:

- O cliente não vai saber o que esta causando porque não é algo de fácil
medição;
- A concessionária não possui a propriedade de quantificar essas grandezas
em seus medidores;
- A ordem para que esse dinheiro fosse gasto com o incentivo para essa troca
de lâmpadas veio de órgãos Federais;
- Não existe multa (ainda) por gerar distorções, logo esses medidores não
serão trocados pois não existirá o real interesse financeiro ou qualquer
previsão de "Pay-Back" por parte da concessionária.

He,he..vão falar depois que não sabiam e o cliente vai estar F. outra vez.

Tem alguma coisa para se fazer a respeito, na prática?

Se alguém tiver alguma sugestão. :)

SDS,

ASM





SUBJECT: Re: O_inevitável
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/06/2001 14:45

From: Gabriel Oliveira <gabriel101@uol.com.br>
>
>Olá Alexandre,
>
>> > Se eu herdasse genes "violentíssimos" de meu pai e de minha
>> > mãe, e matasse uma pessoa na esquina, seria culpado?
>>
>> Se for provado que esses genes influenciaram terrivelmente a ação
>> criminosa, apenas poderá servr como atenuante na aplicação da pena.
>
>Poderá servir como atenuante? Confirme esse dado por favor.
>Simplesmente todos os crimes poderiam ser atenuados, já que nosso
>comportamento está ligado DIRETAMENTE aos genes e aos estímulos externos
>(coação). É o tal caso: se meu dedo está mecanicamente ligado a um gatilho
>que matou uma pessoa (não tive controle do dedo, ele estava mecanicamente
>ligado), não sou culpado, certo? "Mas e se esse gatilho estiver na minha
>mente?" :-)
>
>Não posso fugir dos meus genes e dos estímulos sensoriais que recebo... E
>meu comportamente só é moldado por eles... Como fica?
>
>De qualquer modo é um assunto que acho muito interessante. :-)
>

Este é um tópico típico para juristas. Como não sou jurista (nem
tenho pretensões de ser), vou dar apenas opiniões pessoais.

Acho que uma forma racional de lidar com a questão é começar
pelas duas influências básicas no comportamento humano (há uma
terceira, mas é pouco expressiva no cômputo geral): a herança
genética e a influência do meio ambiente. Nenhuma das duas
deveria (em meu modo de ver a questão) servir de atenuante para
a redução das penas em crimes, principalmente nos hediondos.

Se reduzissemos a pena de um assassino só porque ele tem
comprovadamente "genes violentos", estariamos, em outras palavras,
dizendo que o seu crime (o assassinato) é "mais justificável" e
menos passível de punição em função de propensões pessoais da pessoa.

Assim, em um caso onde uma pessoa fosse brutalmente assassinada
estamos dizendo que a pena a ser imputada ao criminoso deveria
depender de uma análise genética: se ele tivesse *forte* propensão
genética para atos violentos, isso deveria justificar uma pena
mais branda. Essa é a tese.

Será que isso é correto? Obviamente não! E começa pelo fato de que
ao receber uma pena mais leve, aquele que tem propensão genética
por atos violentos poderia ser *libertado em menor tempo*, podendo
então praticar *outros* crimes. E ele certamente o faria, já que
seus genes garantiriam um comportamento mais violento, se comparado
com uma pessoas "normais". Por isso, a sociedade que aceita esta
tese estaria dando um tiro no próprio pé.

Vamos ao caso dois: o sujeito não tem genes violentos, mas foi criado
em uma família de marginais, onde a cultura era a da violência e da
bandidagem. Será que valeria atenuar a pena desse tipo de pessoa?

Logicamente não, pois se o fizessemos estariamos agindo no sentido
de tolerar a idéia de que as famílias de marginais são fatores
atenuantes de crimes futuros. Nascer em uma família de marginais
seria, portanto, uma "vantagem"! Essa idéia grotesca estaria agindo
em sentido contrário a nossa intenção de "polir" as sociedades
humanas para que cultivem meios adequados de educação de nossas
crianças.

E o que diz a ciência? Muito tem sido estudado sobre esse assunto e
hoje já há fortes evidências que indicam que há influência genética
sim, no comportamento violento. Só que isso sozinho não basta: é
necessário ter também um ambiente ruim, durante a infância. Um
ambiente ruim, sozinho, não garante um futuro adulto criminoso: é
necessário que haja certa predisposição genética para tal.

Portanto, essa questão toda é meio inócua. Se é comprovadamente um
bandido, se é um sujeito violento e descontrolado, se cometeu crimes,
não vejo nada que possa atenuar a sua pena, a não ser fatores
circunstanciais (como, por exemplo, um pai de família roubando para
alimentar sua família faminta, etc).

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: O_inevitável
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/06/2001 15:03

Olá, Gabriel

> > > Se eu herdasse genes "violentíssimos" de meu pai e de minha
> > > mãe, e matasse uma pessoa na esquina, seria culpado?
> >
> > Se for provado que esses genes influenciaram terrivelmente a ação
> > criminosa, apenas poderá servr como atenuante na aplicação da pena.
>
> Poderá servir como atenuante? Confirme esse dado por favor.
> Simplesmente todos os crimes poderiam ser atenuados, já que nosso
> comportamento está ligado DIRETAMENTE aos genes e aos
> estímulos externos

Eu disse que "Se for PROVADO que...". Estou me referindo a prova jurídica
e não mera evidência! Nenhum cientista em seu juízo perfeito deveria
afirmar com certeza da certeza que o comportamento humano é
imperativamente dominado pelos genes. É uma afirmação perigosíssima.
Alguém poderia berrar: "Encontramos o gene do estupro!" e justificar
uma "faxina". Pegamos um recém nascido e diríamos a pobre mãe: "Sentimos
muito senhora, mas seu filho SERÁ estuprador e deve ser eliminado!".
Depois será a vez dos deficientes, dos feios, dos obesos, dos
nordestinos, negros, judeus. Eliminando sistematicamente qualquer coisa
diferente do ideal de perfeição.

Ok! Um conjunto de genes pode influenciar neste ou naquele
comportamento, bem como o ambiente, mas acho muito improvável que
a consciência não seja capaz de refrear os impulsos.

Seria uma reviravolta para o Direito se TODOS os criminosos
fossem tratados como doentes. Deve-se punir doentes? Prevendo esta
possibilidade os doutrinadores do Direito há um bom tempo têm se
inclinado para o termo "reintegração" e não "castigo". Sempre
deve existir um ideal de "justiça" acima de um de "vingança".

> (coação). É o tal caso: se meu dedo está mecanicamente ligado
> a um gatilho
> que matou uma pessoa (não tive controle do dedo, ele estava
> mecanicamente
> ligado), não sou culpado, certo? "Mas e se esse gatilho
> estiver na minha
> mente?" :-)

O gatilho sempre esteve na mente!

> Não posso fugir dos meus genes e dos estímulos sensoriais que
> recebo... E
> meu comportamente só é moldado por eles... Como fica?

Não acredito que o comportamento seja moldado "só" pelos genes. Não
somos formigas. Somos bem mais flexíveis. Os parâmetros da programação
genética do humano são muito, muito mais vastos do que de
formigas. Nossa capacidade de escolha de atitudes é muito maior.

É mesmo um assunto interessante...

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: ICQ=115655085
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, ifusp <ifusp-ex-alunos@egroups.com>
DATE: 01/06/2001 16:18

Fale com uma pessoa de ICQ UIN = 115655085
ou por
http://www.setezoom.com.br

Depois conversaremos a respeito.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O_inevitável
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/06/2001 16:20

From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de <alxmpub@uol.com.br>
>
> Não acredito que o comportamento seja moldado "só" pelos genes. Não
> somos formigas. Somos bem mais flexíveis. Os parâmetros da programação
> genética do humano são muito, muito mais vastos do que de
> formigas. Nossa capacidade de escolha de atitudes é muito maior.

Nosso comportamento não é mesmo moldado só pelos genes. Se começarmos
com um organismo muito mais simples, as abelhas, já há indicação muito
forte de adaptação de comportamento através de aprendizado sofisticado
(um recente artigo na Nature demonstrou isso).

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: O_inevitável
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/06/2001 18:54



> De: Sergio Navega [mailto:snavega@attglobal.net]
> > Não acredito que o comportamento seja moldado "só" pelos genes. Não
> > somos formigas. Somos bem mais flexíveis. Os parâmetros da
> programação
> > genética do humano são muito, muito mais vastos do que de
> > formigas. Nossa capacidade de escolha de atitudes é muito maior.
>
> Nosso comportamento não é mesmo moldado só pelos genes. Se começarmos
> com um organismo muito mais simples, as abelhas, já há indicação muito
> forte de adaptação de comportamento através de aprendizado sofisticado
> (um recente artigo na Nature demonstrou isso).
>
> Até mais,
> Sergio Navega.
>

Hê, hê, hê, hê... Como eu já tinha tomado conhecimento deste artigo da
Nature, usei as formiguinhas para ilustrar meu exemplo.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Estatistica de Boltzmann-Gibbs
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/06/2001 20:00

Estatística de Boltzmann-Gibbs: esse é o tema de um colóquio do depto de
Física da PUC-Rio na próxima semana. Alguém poderia me dar uma luz sobre o
que é isso?

[ ]'s
--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| Rio de Janeiro - Brasil
| http://www.geocities.com/dfreirebr/
| daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein




SUBJECT: Re: O inevitável e a tautologia
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/06/2001 22:57

Olá Gabriel,

Manuel - Dizem que uma teoria só é científica se capaz for de fazer
predições. Ok. Mas só se pode fazer predições se houver regularidades na
natureza. Se o universo fosse um caos estocástico, não haveria como prever
coisíssima alguma. Ora, a asserção "existem regularidades na natureza" é
também irrefutável; mas, ao contrário do enunciado do solipsista, é
OBVIAMENTE verdadeira.

Gabriel - Acho que exageras um pouco, meu amigo... :-) Acredito que a
afirmação "existem regularidades na natureza" pode ser provada verdadeira se
algo conseguir explicar todos os fenômenos existentes com teorias que
obedecem regras regulares. Se a explicação de todos os fenômenos, se mostrar
regular.

Quanto à sua certeza, de que a afirmação é verdadeira: nada pode ser provado
como verdade absoluta, já que ninguém pode fazer todas as observações
possíveis de um evento. Portanto, eu não me espantaria se o Sol começasse a
pulsar... ou a Lei de Ação-Reação se anulasse "de repente". :-) Nunca haverá
teoria que exclua esta possibilidade.

Manuel - O princípio que julgo ser uma verdade apriorística é o princípio da
ciência, que jaz implícito no enunciado de Popper segundo o qual "uma teoria
só é científica se for capaz de fazer predições".

Todo cientista, qualquer que seja o objeto de suas investigações, está
sempre a cata de regularidades e padrões (ele age como um psicanalista, que
está sempre a procura de pulsões inconscientes subjacentes no comportamento
humano porque "sabe" que o inconsciente existe). Move-lhe uma certeza, a de
que "existem regularidades na natureza." O que ele não "sabe" é "qual" ou
"que tipo" de regularidades são essas. Por isso, ele formula teorias, que
podem ou não ser confirmadas pela observação ou experiência.

Se de repente todos os astros que compõem o universo começassem a apresentar
um comportamentos aleatório, o cientista logo cria uma equação diferencial
não-linear, dessas que abarcam uma infinidade de soluções possíveis, e
batiza o caos de caos "determinístico".

Se, no entanto, não for possível estabelecer um "atrator estranho", o
cientista então vira um metafísico (afinal, o princípio da ciência, por ser
irrefutável, é metafísico e não científico), e diz, parodiando Heráclito:
"mudanças aleatórias são a única coisa permanente no Universo". Ora, o que
permanece, o que se repete ad aeternum é uma generalidade, uma regularidade,
uma lei. Logo, "existe regularidade na natureza", uma "regra" (do latim,
"regula") apenas: a mudança aleatória, o caos. E nem mesmo a ordem do seu
cérebro seria capaz de refutar essa assertiva. Pois, assim como um macaco
ergótico dedilhando uma máquina datilográfica terminará, transcorrido alguns
trilhões de anos, por reproduzir um verso de Shakespeare, da mesma forma, se
houver tempo suficiente ou se o tempo for infinito, qualquer "aparência" de
ordem é capaz de acontecer, inclusive um cérebro.

Como se vê, o enunciado "existe regularidade na natureza" é irrefutável. E
trata-se de uma verdade absoluta, dado que posso reduzi-la a uma tautologia,
e as verdades tautológicas (X = X, por exemplo) são as únicas verdades
absolutas possíveis. Siga o meu raciocínio:

Uma lei natural, uma "regra" (do latim, "regula") é um aspecto comum a um
número "n" de eventos. Trata-se, pois, de um evento "geral", de um "gênero".

Agora responda-me: qual o mais abrangente de todos os gêneros? Qual é o
aspecto "absoluto", isto é, aquele que existe em todos os eventos? Resposta:
a própria "existência" ou, para sermos mais filosóficos, o Ser, que é o mais
geral de todos os conceitos. E esse conceito, é mister que se diga, abarca
até mesmo aquilo que muitos julgam ser a sua negação: o nada. Com efeito,
assim como o "zero" não é a ausência de número, mas um número muito
particular; assim como o "vazio" é ele próprio um conjunto; assim como,
segundo Heráclito, "a mudança permanece", do mesmo modo o nada já é alguma
coisa. Pois, se penso no nada, penso em "alguma coisa" ou em "algo"; ora,
"algo é" (quantificador existencial). Por quê? Porque "todas as coisas são"
(quantificador universal). Logo, o nada é. Hegel estava certo quando disse
que o Ser carente de toda e qualquer determinação é idêntico ao seu
contrário: o Nada (um Ser que não tem quê é o quê? Nada).

Pois bem, sendo a regularidade uma generalidade, e se a regularidade máxima
coincide com a máxima generalidade, ao afirmar-se que "a Regularidade
existe" não se está senão afirmando que "o Ser é" ou que "a Permanência
permanece" (mesmo quando a permanência é a mudança aleatória). Ora, a
asserção "o Ser é" é uma tautologia equivalente à expressão matemática "X =
X". Pode parecer uma expressão vazia, mas, na realidade, trata-se do
Princípio da Identidade da lógica formal e sem o qual não há pensamento
coerente.

Em suma: o enunciado "a Regularidade existe" é, em última análise, uma
tautologia. E, como toda tautologia, uma verdade absoluta.

Alguém pode pensar que tudo isso não passa de mero jogo de palavras, uma
tolice floreada, um balde de merda engalanado. Uma "filosofice", enfim. Pode
até ser que se trate de um réles jogo de palavras. Um jogo, porém, que
possui "regras" :-) E nesse jogo alguns físicos famosos participam. O russo
Alex Vilenkin, por exemplo, para o qual o universo é um jogo de soma zero
(gravitação + [matéria + energia] = 0), de modo que "o Nada e o Universo são
estados diferentes de um mesmo sistema."

Ciência não é anti-filosofia. Pois não se pode fazer ciência sem matemática
(que não é ciência no sentido popperiano do termo) e sem partir de
pressupostos filosóficos.

Manuel - Creio que os princípios mais gerais, mais fundamentais, são
irrefutáveis (não falseáveis).

Como se vê, a própria ciência da natureza parte de enunciados irrefutáveis,
de juízos a priori (logo, não-científicos), que são a sua condição de
possibilidade.

Gabriel - Concordo.

Manuel - E por que as ciências humanas não teriam elas próprias princípios
irrefutáveis?

Gabriel - Tu estás te referindo à ética, à moralidade, ao livre-arbítrio?

Se fôr, me destes bons insights para pensar sobre isso. Mas isso, talvez,
seja assunto pra outro tópico... :-)

Manuel - Estou preparando uma resposta a um e-mail do Marco Aurélio Andrade
que servirá para desenvolvermos essa idéia. Irei postá-la em breve. Mas
posso adiantar que talvez um desses princípios irrefutáveis seja aquele que
Edmund Husserl, o criador do método fenomenológico, formulou: "toda
consciência é consciência de alguma coisa". Trata-se do princípio da
intencionalidade. Pode parecer uma asserção ôca. Mas, às vezes, de pedras
podemos tirar até leite.

Bem, vou parar de enrolar vocês. Obrigado pela paciência e me perdoem por
eventuais "imposturas intelectuais".

Uma pequena quantidade de ordem demanda a produção de uma grande quantidade
de desordem, ou melhor, é no meio de um monte de grandes besteiras que de
repente surgem as sacações mais supimpas. Estou apenas tentando :-))

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: O fim da teoria quantica?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/06/2001 05:15

Olá, gente.

Como vocês já perceberam, sou um profundo admirador da teoria quântica ;-) e
encontrei uma mensagem nos news "sci.physics.particle" e "sci.physics"
(01/06/01 - autor: Ralph Sansbury) que me deixou profundamente preocupado
:*( . Como meus conhecimentos de quântica são bastante rudimentares,
gostaria de ouvir a opinião de quem entende do assunto. De qualquer forma
(.)(.)

Chamo a atenção para os seguintes fatos:

1) Fiz uma tradução rápida e "macarrônica" e portanto deixei abaixo o
original para quem quiser conferir.

2) A exemplo do que ocorre na internet brasileira, o autor comete alguns
erros de digitação e/ou de outra natureza, o que dificulta bastante o
entendimento por um estrangeiro.

3) O ponto de vista abordado pelo autor aparentemente não se apoia nos
mesmos argumentos básicos da minha teoria e, portanto, qualquer semelhança
entre "o fim da teoria quântica" da maneira proposta pelo autor com aquilo
que costumo dizer aqui na ciencialist, é mera coincidência :-\ . Enfim, como
os alicerces da teoria estão podres :-6, não é impossível que ela venha a
desabar de uma forma muito semelhante ao de uma implosão de um prédio.

4) Não assino embaixo das considerações do autor pois sinceramente não
entendi devidamente a questão. Em termos de teoria quântica sou <:-( e não
abro. De qualquer forma, a msg pareceu-me interessante e os comentários
surgidos até o momento não foram nem contra nem a favor, muito pelo
contrário.

5) Advertência :-@: O tapete já está cheio de entulho e a ponto de rebentar.

Chave para os emoticons, segundo o Léo, na ordem em que aparecem:
;-) Piscadinha
:*( Lagriminha caindo
(.)(.) Tô de olho
:-\ Hummmm
:-6 Que nojo...
<:-( Burro
:-@ Berrando
|-o Vou dormir

[ ]'s e |-o
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm


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sci.physics.particle e sci.physics - 01/06/01
Ralph Sansbury, traduzido para o português por AMF com sono

O FIM DA TEORIA QUÂNTICA SE AVIZINHA


Nós já mostramos o fim da relatividade como resultante de a velocidade da
luz não ser nem constante, nem velocidade. Não é constante porque não é
extrapolável para distâncias além da Lua; e não é velocidade, mas incorpora
um retardo que tem lugar inteiramente em moléculas, átomos, núcleos e
elétrons do receptor, como o olho humano, a emulsão de um filme, fotodiodos,
etc.

O fim da teoria quântica se avizinha porque as emissões e absorções de luz,
atribuídas a processos desconhecidos entre níveis discretos de energia, não
são descontínuas. Pelo contrário, processos contínuos acontecem dentro das
partículas cujas mudanças discretas de órbitas, ou de níveis de energia,
produzem a emissão e absorção de luz.

Ou seja, um elétron movendo-se em uma nuvem de elétrons ao redor de um
núcleo atômico, quando excitado a ponto de adquirir um nível de energia mais
alto ou ao cair para um nível mais baixo, produz/absorve luz ou outras
freqüências eletromagnéticas.

Quando isto acontece, as partículas dentro do elétron também são excitadas e
ocorre um aumento da carga de polarização no elétron o que, por sua vez,
produz um aumento ou diminuição na atração em direção ao núcleo.

Isto pode ser de tal ordem que o mesmo movimento circular radial continue,
se bem que a uma velocidade maior; ou, se a força que causa a excitação for
suficientemente grande, o dipolo acrescentado e a atração para o núcleo têm
menos efeito do que o aumento na velocidade tangencial do elétron, e o
elétron pode começar a se mudar para uma órbita mais externa.

Notar que se um aumento na velocidade tangencial de um elétron em órbita
requer um aumento na carga de atração do dipolo e velocidade radial do
elétron para o núcleo tal que resolvendo para o novo v, denotado por v*, com
o mesmo R, tenhamos v*^2/R=k*/R^2, onde k* representa o fator de força
aumentado devido a atração da carga do dipolo, então o raio circular
permanece o mesmo mas há um aumento na velocidade orbital.

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From: "ralph sansbury"
Newsgroups: sci.physics.particle,sci.physics
Subject: The End of Quantum Theory Is In Sight.
Date: Fri, 01 Jun 2001 14:04:30 GMT

We have already shown the end of Relativity as a result of the speed of
light being neither a constant nor a speed.
It is not a constant because it does not extrapolate for distances
beyond the moon and it is not a speed but rather a delay that takes place
entirely in molecules, atoms, nuclei and electrons of the receiver such as
the human eye, film emulsion, photodiode etc..
The end of Quantum theory is in sight because the emissions and
absorptions of light ascribed to unknowable processes between discrete
energy levels are not discontinuous. Rather continuous changes occur inside
the particles whose discred changes in orbits or energy levels produce
emissions and absorptions of light.
That is an electron moving in a cloud of electrons around an atomic
nucleus when excited to a higher energy level or falling to a lower energy
level produces/absorbs light or other electromagnetic frequencies.
When this happens, particles inside the electron are also excited and
increases of charge polarization occur in the electron that produce in turn
an increase or decrease in the attraction toward the nucleus.
This may be such that the same radius circular motion continues but at a
greater speed or, if the force causing the excitation is great enough , the
added dipole and attraction to the nucleus has less effect than the increase
in tangential speed of the electron and the electron may start to move in a
wider orbit.

Note if an increase in tangential speed of an orbiting electron entails
an increase in the
dipole charge attraction and radial speed of the orbiting electron toward
the nucleus such
such that solving for the new v denoted v* with the same R we have
v*^2/R=k*/R^2 where k* represents the increased force factor due to the
increase dipole charge attraction then the circular radius remains the same
but there is an increase in the orbital speed.

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SUBJECT: Fronteiras da Ciencia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/06/2001 16:13

Vide em http://www.borderlands.de/links.browse.php3
Die letzten 10 Neueinträge des BoS Webkatalogs:
(Relação das 10 novas entradas do catálogo Web da BoS = Borderlands of
Science = Fronteiras da Ciência -- Site alemão)

Neste catálogo de "novas entradas" estão relacionados (não por muito tempo,
é óbvio) três de meus artigos, quais sejam:

1) The Euclidian Curved Space and the Galilean Relativity: Euclidean
geometry admits of a curving in space if it has a physical meaning, and not
merely mathematical one.

2) Electrons Emitting Electromagnetic Information: New ideas are presented
concerning the electromagnetic radiation, all of them denying both undulant
nature and a corpuscular one. The author explains some aspects concerning
the reaction of radiation and the orbits allowed by Bohr; these are themes
which modern physics still has to explain in a proper way. He also suggests
the existence of fields permeated by real particles which are in contrast
with the double nature of the &#8220;electromagnetic wave&#8221;.

3) Hidden Variables and Thermodynamics: A representational approach to
entropy is presented, relating the increase in the entropy of the universe
to the production of entropins (= neutrins?), and the stability of systems
in thermodynamics equilibrium to the elastic character of molecular
collisions.

Lembro também que o artigo primeiro ou básico da minha teoria (A equação do
elétron e o eletromagnetismo) está ainda relacionado no "Top Ten Sites",
agora em oitavo lugar, do mesmo site (Borderlands of Science): vide
http://www.borderlands.de/links.topten.php3

The electron equation and electromagnetism: A new unifying electromagnetic
theory. It is a classic theory referring to electromagnetism, and intending
to rescue most of the wise knowledge of physicists who lived in the 19th
century and before.

Estes e muitos outros artigos do mesmo autor podem ser lidos clicando-se no
link abaixo.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] O fim da teoria quantica?
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/06/2001 17:20




>
> O FIM DA TEORIA QUÂNTICA SE AVIZINHA
>
> Nós já mostramos o fim da relatividade como resultante de a velocidade da
> luz não ser nem constante, nem velocidade. Não é constante porque não é
> extrapolável para distâncias além da Lua; e não é velocidade, mas incorpora
> um retardo que tem lugar inteiramente em moléculas, átomos, núcleos e
> elétrons do receptor, como o olho humano, a emulsão de um filme, fotodiodos,
> etc.
>
Nós já mostramos isso? Mostramos mesmo?

> O fim da teoria quântica se avizinha porque as emissões e absorções de luz,
> atribuídas a processos desconhecidos entre níveis discretos de energia, não
> são descontínuas. Pelo contrário, processos contínuos acontecem dentro das
> partículas cujas mudanças discretas de órbitas, ou de níveis de energia,
> produzem a emissão e absorção de luz.
>
> Ou seja, um elétron movendo-se em uma nuvem de elétrons ao redor de um
> núcleo atômico, quando excitado a ponto de adquirir um nível de energia mais
> alto ou ao cair para um nível mais baixo, produz/absorve luz ou outras
> freqüências eletromagnéticas.
>
> Quando isto acontece, as partículas dentro do elétron também são excitadas e
> ocorre um aumento da carga de polarização no elétron o que, por sua vez,
> produz um aumento ou diminuição na atração em direção ao núcleo.
>
> Isto pode ser de tal ordem que o mesmo movimento circular radial continue,
> se bem que a uma velocidade maior; ou, se a força que causa a excitação for
> suficientemente grande, o dipolo acrescentado e a atração para o núcleo têm
> menos efeito do que o aumento na velocidade tangencial do elétron, e o
> elétron pode começar a se mudar para uma órbita mais externa.
>
> Notar que se um aumento na velocidade tangencial de um elétron em órbita
> requer um aumento na carga de atração do dipolo e velocidade radial do
> elétron para o núcleo tal que resolvendo para o novo v, denotado por v*, com
> o mesmo R, tenhamos v*^2/R=k*/R^2, onde k* representa o fator de força
> aumentado devido a atração da carga do dipolo, então o raio circular
> permanece o mesmo mas há um aumento na velocidade orbital.
>

Os fundamentos da mecânica quânticas podem um dia virem a ser abalados
assim como os fundamentos de qualquer teoria científica. Aliás, o que
nos faz cientistas e não religiosos é admitir a priori essa
possibilidade o problema é que temos o direito de optar por uma teoria
se essa melhor se adequar aos dados experimentais, ser falseável,
simples, etc. O que afirma o autor deste texto não derruba teoria
alguma.
Não há nada na mecânica quântica que impeça níveis contínuos de
energia. Um elétron livre, por exemplo, pode ter qualquer energia. Em
situações de confinamento, como o átomo de hidrogênio, há um espectro
discreto de energia previsto na equação de Schrodinger. Este espectro
fica mais complicado quando outros fatores são levados em conta (por
exemplo efeitos relativísticos considerados na eq. de Dirac). Mesmo na
mecânica quântica não relativística, podemos encontrar situações em que
o elétron pode apresentar qualquer valor de energia dentro de um
intervalo contínuo finito mesmo confinado. Isso aparece em sistemas mais
complexos como moléculas poliatômicas ou átomos cujo núcleo é muito
deformado (exemplo ouro).

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] O fim da teoria quantica?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/06/2001 21:20

----- Original Message -----
From: "Eduardo Gueron"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Saturday, June 02, 2001 5:20 PM
Subject: Re: [ciencialist] O fim da teoria quantica?

> > Nós já mostramos o fim da relatividade como resultante de a velocidade
> > da luz não ser nem constante, nem velocidade. Não é constante porque não
> > é extrapolável para distâncias além da Lua; e não é velocidade, mas
> > incorpora um retardo que tem lugar inteiramente em moléculas, átomos,
> > núcleos e elétrons do receptor, como o olho humano, a emulsão de um
> > filme, fotodiodos, etc.

> Nós já mostramos isso? Mostramos mesmo?

Sinceramente, não sei. Estou apenas chamando a atenção para algo que está
sendo discutido num dos news mais respeitados de física, ainda que seja um
news aberto (mais aberto até do que a ciencialist) e não uma revista
censurada por "respeitáveis referees".

A meu ver existem inúmeras coisas "mostradas" nos últimos anos e que até
agora não receberam nenhuma explicação decente. Apenas comentários de
caráter dogmático e/ou ortodoxo, a justificarem características a agradarem
uma e/ou outra seita quântica ou relativística, sem entrar no mérito da
questão. E, como disse na mensagem original, gostaria de, a esse respeito,
ouvir a opinião de quem entende do assunto. Mas isso de maneira alguma me
preocupa pois não sou adepto das idéias relativísticas modernas e, como já
disse em mensagens anteriores, não me utilizei das hipóteses relativísticas
de Einstein para escrever minha teoria.

> O que afirma o autor deste texto não derruba teoria alguma.
> Não há nada na mecânica quântica que impeça níveis contínuos de
> energia. Um elétron livre, por exemplo, pode ter qualquer energia. Em
> situações de confinamento, como o átomo de hidrogênio, há um espectro
> discreto de energia previsto na equação de Schrodinger.

Concordo que o texto está confuso, como espero ter deixado explícito em
minha msg. E isto (o caráter confuso) poderá ser tanto mais confirmado, ou
não, quanto mais o leitor entender de teoria quântica, o que não é o meu
caso. Duas ressalvas apenas: 1) o autor do texto "parece" referir-se a
elétron confinado e não livre; 2) a equação de Schrödinger não deve a meu
ver ser encarada como algo a ser "obedecido" pelo elétron e sim o contrário:
ela se justifica se e somente se for compatível com o comportamento
observado para o elétron nas condições para a qual foi proposta. Creio que
alguém que entenda de mecânica quântica deve ser capaz de criticar as idéias
do autor sem a necessidade de apelar para uma equação que não foi assumida
como hipótese de trabalho. Do contrário ficaremos andando em círculo ou
então concluindo que A não pode ser B porque A não é B.

> Este espectro
> fica mais complicado quando outros fatores são levados em conta (por
> exemplo efeitos relativísticos considerados na eq. de Dirac). Mesmo na
> mecânica quântica não relativística, podemos encontrar situações em que
> o elétron pode apresentar qualquer valor de energia dentro de um
> intervalo contínuo finito mesmo confinado. Isso aparece em sistemas mais
> complexos como moléculas poliatômicas ou átomos cujo núcleo é muito
> deformado (exemplo ouro).

Você está tentando particularizar sem se ater às idéias, a meu ver confusas,
expostas pelo autor. Parece-me que o tapete está entrando em ação :-).
Sinceramente, entendi pouco o texto original e muito menos as suas críticas
ao mesmo. Enfim, e como disse na mensagem anterior, em termos de teoria
quântica sou <:-( e não abro. :-)). Talvez fosse o caso de você expor o que
pensa "in loco" (sci.physics ou sci.physics.particle) pois até o momento
surgiram apenas comentários superficiais, nem contra, nem a favor, e de
pouco valor científico.

[ ]'s e grato pela tentativa em satisfazer minha ignorância
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] O fim da teoria quantica?
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/06/2001 09:27

On Sat, 2 Jun 2001, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Nós já mostramos o fim da relatividade como resultante de a velocidade da
> luz não ser nem constante, nem velocidade.

Um ponto interessante, mas eu não conheço nada a respeito que confirme
isso.


> Não é constante porque não é extrapolável para distâncias além da Lua;

A velocidade da luz não foi descoberta por causa da Lua e sim por causa de
Júpiter. Há uma diferença de 15 minutos em observações feitas em perigeu
e em apogeu.

Mesmo desconsiderando Júpiter, podemos medir a velocidade da luz além da
Lua usando as sondas que estão a percorrer o nosso sistema estelar.


> e não é velocidade, mas incorpora um retardo que tem lugar
> inteiramente em moléculas, átomos, núcleos e elétrons do receptor,
> como o olho humano, a emulsão de um filme, fotodiodos, etc.

O cara está trocando as bolas... Será que a luz de Júpiter no apogeu
demora 15 minutos a mais para exitar meu olho??? [ou qualquer dispositivo
de detecção]

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br

PS: A velha democracia científica. Cada um diz o que quer.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O fim da teoria quantica?
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/06/2001 09:39


Subject: [ciencialist] O fim da teoria quantica?

Não. Apenas o fim da miscelânea de confusões MQ que autores como este senhor
que citas , adoram meter na cabeça daqueles que não sabem o que é MQ e
pensam nela como um ET vindo do espaço , que pode fazer qq coisa, inclusive
violar as leis da fisica.

> Olá, gente.
>
> Como vocês já perceberam, sou um profundo admirador da teoria quântica ;-)
e
> encontrei uma mensagem nos news "sci.physics.particle" e "sci.physics"
> (01/06/01 - autor: Ralph Sansbury) que me deixou profundamente preocupado
> :*( . Como meus conhecimentos de quântica são bastante rudimentares,
> gostaria de ouvir a opinião de quem entende do assunto. De qualquer forma

Eu não cheguei a enteder qual seria o argumento para desacreditar a MQ, mas
pronto...

Não desmerecendo a tradução que fizeste, Alberto, para poupar espaço vou
apenas referir-me ao texto original. Se precisar de traduzir , fá-lo-ei,
contudo apenas como necessidade de me explicar e não com desmérito do que
escreveste.

> We have already shown the end of Relativity as a result of the speed
of
> light being neither a constant nor a speed.
> It is not a constant because it does not extrapolate for distances
> beyond the moon

Bom, isto não faz parte do assunto da MQ, mas já agora seria curioso saber
como se sustenta uma afirmação destas.

> and it is not a speed but rather a delay that takes place
> entirely in molecules, atoms, nuclei and electrons of the receiver such as
> the human eye, film emulsion, photodiode etc..

Este senhor está a falar da velocidade da luz. Mas é preciso notar que
existem dois significados para a velocidade da luz.
Um é o significado optico. Que é o que o Sr está usando neste texto.
Aqui c = 1 / srq (miu * epslon) onde miu e epslon são as permitividades
mangética e electrica do meio.
Esta é a formula SI.(Sistema [padrão] Internacional)
A formula geral derivada do Electromagnetismo é
c = a / sqr(miu * epslon )

Em SI a = 1 , e para miu e epslon do vácuo c = 2.99 x10^8
No sistema CGS , por exemplo , miu = epslon =1 e a = 2.99x10^8
A Velocidade constante normalmente referida em Relatividade é para um dado
meio. Donde se refere a <a> e não a c (que varia com o meio)
Este senhor está a referir-se a c e a dizer que como c varia a TR está
errada. Isto é um disparate facil de entender, eu acho.

> That is an electron moving in a cloud of electrons around an atomic
> nucleus when excited to a higher energy level or falling to a lower energy
> level produces/absorbs light or other electromagnetic frequencies.

Aqui lê-se "produces/absorbs light or other electromagnetic frequencies"
É preciso explicar o que isto significa.
a tradução é "produz/absorve luz ou outras freqüências eletromagnéticas."
Mas neste contexto entende-se "luz" como uma faixa de espectro
electromagético . A faixa que corresponde com a radiação EM que podemos ver.
Isso é usual chamar de "luz"
Ou seja, Ondas Rádio, e Ondas Luz não são a mesma coisa, embora ambas sejam
radiação EM.
A diferença está nas suas frequencias.
Eu pessoalmente acho isto uma idiotice. O espectro visivel nomeia-se como
"Luz Visivel" e "luz" é a mesma coisa que "radiação EM".

Portanto o que o senhor está a dizer é que se dá a absorção/emissão de luz
, com várias frequencias [que dependem do nivel final e inicial de energia
do electrão ]
Até aqui, tudo normal.

> When this happens, particles inside the electron are also excited (..)

Aqui ha um erro.
Não está comprovado que existam particulas dentro dos electrões.
Tudo o que se disser com base nisto, deverá ser lido como uma hipotese [ad
doc, eu diria]
e não como um facto.
Ora, é exactamente com base nesta hipotese que continua o texto.
Donde, não sustém, qq prova , evidencia, ou facto experimental para que a MQ
esteja errada.
Apenas uma hipotese, que é muito mal usada , pq poe em evidencia que o autor
não entende nada de MQ.
Ou texto, a meu ver, sem credibilidade cientifica, se bem que curioso nas
hipóteses.
Sem dados medidos , experimentais, que provem que a MQ está , nem que
ligeiramente, errada, ela nunca será dada como errada por muitas teorias
"extraordinárias" que inventem....

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: ICQ=115655085
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/06/2001 11:43

A Sete deve ser uma mulher bionica ( soft ) destinada a passar
pelo teste de Turing !

[]s
jocax



--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
wrote:
> Fale com uma pessoa de ICQ UIN = 115655085
> ou por
> http://www.setezoom.com.br
>
> Depois conversaremos a respeito.
>
> []s
> jocax



SUBJECT: Verdade ou Mentira
FROM: Felipe Diesel <felipediesel@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/06/2001 13:45

Foi realizada recentemente uma pesquisa mundial que apresentava a
seguinte questão:

Por favor, qual é a sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto
do mundo?"

Foi um fracasso total... pelas seguintes razões:

a) Na África ninguém sabia o que eram "alimentos".

b) Na Europa Ocidental ninguém sabia o que era "escassez".

c) Na Europa de Leste, ninguém sabia o que era "opinião".

d) Na América do Sul ninguém sabia o que queria dizer "por favor"..>

e) Nos Estados Unidos ninguém sabia o que era o "resto do mundo".





SUBJECT: Re: [ciencialist] Verdade ou Mentira
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/06/2001 13:51




> Foi realizada recentemente uma pesquisa mundial que apresentava a
> seguinte questão:
>
> Por favor, qual é a sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto
> do mundo?"
>
> Foi um fracasso total... pelas seguintes razões:
>
> a) Na África ninguém sabia o que eram "alimentos".
>
> b) Na Europa Ocidental ninguém sabia o que era "escassez".
>
> c) Na Europa de Leste, ninguém sabia o que era "opinião".
>
> d) Na América do Sul ninguém sabia o que queria dizer "por favor"..>
>
> e) Nos Estados Unidos ninguém sabia o que era o "resto do mundo".

Recebi uma versão melhorada. A frase da perguta era:

"Por favor, qual é a sua honesta opinião sobre a escassez de alimentos no
resto
do mundo?"

Acrescentavam:

f) E o Congresso Brasileiro esta até agora discutindo a definição de
"honesta opinião".

SDS,

ASM



SUBJECT: Computador podera controlar concepcao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 04/06/2001 14:25

FERTILIZAÇÃO IN VITRO - Folha de São Paulo, 3 de junho de
2001
Método automático, semelhante a uma linha de montagem,
levaria à produção de bebês em série

Computador poderá controlar concepção
ANIL ANATHASWAMY
DA "NEW SCIENTIST"

As crianças do futuro poderão ser concebidas e passar os
primeiros dias de desenvolvimento num chip controlado por
computador.
Num procedimento que lembra as linhas de montagem para
fabricar bebês descritas no livro "Admirável Mundo Novo",
de Aldous Huxley, cientistas dos Estados Unidos estão
desenvolvendo um chip capaz de executar automaticamente
todos os passos da fertilização in vitro, da fecundação
dos óvulos até a preparação dos embriões para
implantação. Finalmente, esses aparelhos podem até
analisar e testar embriões para detectar defeitos
genéticos.
Até o momento, os pesquisadores David Beebe e Mathew
Wheeler construíram protótipos que efetuam os principais
passos da fertilização artificial, embora não sejam todos
feitos pelo mesmo chip. Mais ainda, embriões de
camundongos se desenvolveram melhor nos aparelhos do que
com os métodos tradicionais.
Os pesquisadores dizem esperar que a tecnologia seja
usada a princípio na produção de gado, mas pretendem usá-
la, um dia, com embriões humanos. O trabalho seria o
primeiro passo rumo a um futuro em que a fertilização
artificial será a regra, segundo George Seidel,
fisiologista reprodutivo da Universidade Estadual do
Colorado em Fort Collins (EUA).
"Daqui a cinquenta ou cem anos, os procedimentos in vitro
para partes ou mesmo toda a gravidez serão mais seguros
que lidar com as diversas mudanças que acontecem no
corpo -como vírus transmitidos pela mãe, toxinas e assim
por diante", afirma o pesquisador.
Na fertilização in vitro convencional, espermatozóides e
óvulos são colocados numa placa de petri. Nela, os óvulos
fecundados crescem até ficar no ponto para implantação.
Como os embriões requerem diferentes meios de cultura em
diferentes estágios, os embriologistas os transferem de
uma placa a outra usando uma pipeta. "É como ser sugado
do oceano Atlântico e soprado no Pacífico", diz Beebe,
engenheiro biomédico da Universidade de Wisconsin, em
Madison (EUA).

Melhor que na barriga
Por isso, Beebe e Wheeler, embriologista da Universidade
de Illinois em Urbana-Champaign, criaram um aparelho que
imita as condições do trato reprodutivo feminino. O
aparelho, feito de um elastômero (substância elástica)
transparente, lembra um pequeno tubo de ensaio e contém
uma rede de canaletas, cada uma com 0,2 milímetros de
comprimento e largura. Os cientistas conectam os canais a
bulbos de seringa programáveis, que podem mover os
embriões pelo aparelho e adicionar ou remover fluidos.
Para testar o aparelho, a equipe cultivou embriões de
camundongos para ver como eles atingiriam a fase de
blastocisto -hora da implantação. "Em 48 horas, na placa
de petri tradicional, nenhum deles passou para o estágio
de blastocisto. Nas canaletas, cerca de 75% passaram",
diz Beebe. "Os embriões foram transplantados para
hospedeiros e animais saudáveis nasceram. Então, não
parece haver nenhum efeito prejudicial", afirma.
Os pesquisadores também usaram o aparelho para retirar
a "zona pelúcida" que recobre os embriões nos estágios
iniciais. Na fertilização in vitro humana,
essa "incubação assistida" pode ser usada para estimular
a implantação. Tradicionalmente, o embrião é colocado num
meio ácido, sendo logo removido quando o embriologista vê
a zona se quebrar.
Tamanha espera, porém, pode danificar os embriões.
Lavando os embriões de camundongo "estacionados" numa
canaleta do chip com ácido, a equipe viu que, até depois
de uma breve exposição, a zona se quebrava com a remoção
do ácido. "Os embriões têm sido deixados no ácido por
tempo demais", diz Beebe.
Num segundo experimento, a equipe maturou óvulos de
camundongo nas canaletas e os fecundou respingando sobre
eles alguns espermatozóides.
No futuro, eles devem juntar todos os passos num só trato
reprodutivo artificial.







SUBJECT: Re: [ciencialist] Estatistica de Boltzmann-Gibbs
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/06/2001 14:38

Olá,

Daniel: Estatística de Boltzmann-Gibbs: esse é o tema de um colóquio do
depto de Física da PUC-Rio na próxima semana. Alguém poderia me dar uma luz
sobre o que é isso?

Manuel: Não sou físico, mas acho que se trata da mecânica estatística, ou da
parte dela que se ocupa dos sistemas que apresentam uma evolução linear. Sei
que tanto Gibbs quanto Boltzmann estudaram sistemas físicos próximos do
equilíbrio ou em equilíbrio termodinâmico. Se não me engano, foi Gibbs quem
cunhou o conceito de "energia livre" de um sistema, que é a quantidade de
trabalho útil que se pode obter dele, e que atinge um valor mínimo quando o
sistema está em equilíbrio (é uma grandeza inversamente proporcional a um
outro potencial termodinâmico, a entropia). Boltzmann, por sua vez, deu à
2a. lei da termodinâmica (ou princípio da degradação da energia) uma
interpretação estatística.

A mecânica estatística é uma tentativa de estabelecer uma ponte entre a
mecânica e a termodinâmica, ou melhor, entre dois níveis da realidade: o
mundo dos átomos e moléculas, cujos processos são aparentemente reversíveis,
e o mundo dos sistemas macroscópicos, onde o fluxo do tempo "irreversível"
acha-se direcionado no sentido da máxima entropia.

Na mecânica estatística, o comportamento do sistema é traduzido em termos de
médias aproximadas das propriedades das partículas que o compõem, e a
grandeza "entropia" é associada ao conceito de "desordem". Como o número de
estados desordenados de um sistema é muitíssimo maior que o número de
configurações ordenadas, se o seu estado inicial for ordenado, a "tendência"
desse sistema é evoluir no sentido da desordem.

De acordo com a mecânica estatística, a 2a. lei da termodinâmica não é uma
lei férrea, mas tão-somente uma tendência de movimento, uma vez que a
probabilidade de o sistema mover-se em sentido inverso (da desordem para a
ordem) não é nula. A propósito, Poincaré demonstrou que um sistema mecânico
isolado retorna mais cedo ou mais tarde ao seu estado inicial, mesmo quando
esse estado original é ordenado.

Boltzmann defendeu ainda a tese de que a 2a. lei da termodinâmica só é
válida para esse nosso mundo medíocre situado entre o "muito pequeno" e o
"demasiadamente grande". Que não existe uma seta do tempo numa escala
cósmica, pois o universo como um todo já se encontra em estado de morte
térmica ou em equilíbrio termodinâmico. Mas, como existimos numa região do
universo afastada do equilíbrio por uma flutuação casual, a impressão que
temos é a de que o universo evolui no sentido da desordem e que o tempo
aponta para uma direção.

Mas Boltzmann não levou em conta os efeitos da gravitação e o fato de o
universo está se expandindo.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: O fim da teoria quantica?
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/06/2001 15:00

Como sempre farei meus comentarios imprescindiveis para esclarecer o tema.

Ha' certamente alguns enganos fundamentais no texto, conforme procurarei
demonstrar abaixo q. comprometem totalmente as conclusoes.

--- In ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...> wrote:
> Chave para os emoticons, segundo o Léo, na ordem em que aparecem:
> ;-) Piscadinha
> :*( Lagriminha caindo

lagrima caindo eh melhor expressa por:

:_(

> (.)(.) Tô de olho

isso ai' esta' mais para (perdoes senhoras da lista) os atributos de
Dolly Parton (equivalente nacional seria algo como a Fafa' de Belem)

> :-\ Hummmm

o 'hummmm' merece comentarios: a onomatopeia pode expressar
tto desconfianca, como apreciacao, como desagrado...

> :-6 Que nojo...

forma alternativa: >-p

(explicacao: olhos cerrados, testa franzida e lingua pra fora)

> <:-( Burro

Burro eh normalmente conhecido pelo emoticon:

FHC

> |-o Vou dormir

parece mais a macaneta da porta...

espero ter tornado tudo muito claro nesta discussao...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Viagem no Tempo - Passado
FROM: "Carlos G. Zardini" <cgzardini@bhs.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/06/2001 15:54

Saudações,

Anos atrás me deparei com uma matéria na Superinteressante divulgando como
seria possível construir um túnel do tempo ligando duas eras. Gostaria da
opinião de físicos e pesquisadores a respeito desta teoria. Infelizmente não
me recordo o número da publicação, mas resumidamente a proposta era a
seguinte (para se cirar um túnel de 10 anos):

1 - criar um worm hole (buraco de minhoca) com uma extremidade fixa em um
ponto da Terra e a outra extremidade em uma nave espacial;
2 - fazer a nave viajar com velocidade próxima a da luz, ida e volta a um
ponto hipotético do espaço há 5 anos-luz, tal que a contagem do tempo total
de viagem na terra seja de 10 anos.

Digamos que a nave parta em 2001 e retorne em 2011. O autor afirma que uma
pessoa entrando pela extremidade do worm hole trazida pela nave em 2011
sairia pela outra extremidade em 2001, e vice versa. Gostaria de saber se tal
proposta tem fundamento.

Grato,
Carlos Zardini


SUBJECT: Re: Conhecimento
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/06/2001 16:10

Bem, fiquei devendo as referencias e os detalhes sobre a taxa de
crescimento do conhecimento cientifico pedido por Miranda.

Meadows, A.J. 1999 -- A comunicacao cientifica. Briquet de Lemos,
Brasilia. 268 pp.

Alguns dados:

no. estimado de periodicos no mundo

1951: 10.000 titulos
1959: 15.000
1970: 40.000
1980: 62.000
1987: 71.000

o q. gera a equacao exponencial:

P = 7.10^-46 x e^(0,058t)

em q. P eh o no. de periodicos e t o ano

Para P1/P0 = 2:

delta t = ln(2)/0,058 ~ 12 anos

no. de periodicos biomedicos

1799: 5
1849: 45
1899: 426
1949: 3.937
1977:19.316

P = 7.10^-36 x e^(0,0459t)

delta t(2) ~ 15 anos

no. medio de paginas por periodico/ano
1960 1970
c&t 602 1.060
c. sociais 352 408
humanidades 382 399

P(c&t) = 4.10^-46 x e^(0,0566t)
P(cs) = 10^-10 x e^(0,0148t)
P(hum) = 0,0751 x e^(0,0044t)

delta t(2)<c&t> ~ 12 anos
delta t(2)<cs> ~ 47 anos
delta t(2)<hum> ~ 158 anos

acervo de livros em bibl. univ. americanas (media)

1831: 11.764
1849: 28.779
1876: 59.380
1900: 187.082
1925: 744.114
1938: 1.182.974

P = 6.10^-31 x e^(0,0431t)

delta t(2) ~ 16 anos

no. de livros cientificos publicados no R.U./ano
1988 1993
c&t&med. 10.220 16.931
univ.&prof. 17.366 27.264

P(c&t&m) = 7.10^-84 x e^(0,101t)
P(u&p) = 2.10^-74 x e^(0,0902t)

delta t(2)<c&t&m> ~ 7 anos
delta t(2)<u&p> ~ 8 anos

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Viagem no Tempo - Passado
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/06/2001 16:12

On Mon, 4 Jun 2001, Carlos G. Zardini wrote:
> Saudações,
> Anos atrás me deparei com uma matéria na Superinteressante divulgando como
> seria possível construir um túnel do tempo ligando duas eras. Gostaria da
> opinião de físicos e pesquisadores a respeito desta teoria. Infelizmente não
> me recordo o número da publicação, mas resumidamente a proposta era a
> seguinte (para se cirar um túnel de 10 anos):
> 1 - criar um worm hole (buraco de minhoca) com uma extremidade fixa em um
> ponto da Terra e a outra extremidade em uma nave espacial;
> 2 - fazer a nave viajar com velocidade próxima a da luz, ida e volta a um
> ponto hipotético do espaço há 5 anos-luz, tal que a contagem do tempo total
> de viagem na terra seja de 10 anos.
> Digamos que a nave parta em 2001 e retorne em 2011. O autor afirma que uma
> pessoa entrando pela extremidade do worm hole trazida pela nave em 2011
> sairia pela outra extremidade em 2001, e vice versa. Gostaria de saber se tal
> proposta tem fundamento.

Suponhamos estar na Terra e descobrimos que existe vida inteligente em
Próxima Centauri distante daqui 4 anos luz, ou seja, nossa comunicação com
eles demora 4 anos para ir e mais 4 para recebermos a resposta. Segue o
esquema

TTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTT
/\ /\ /\ /\ /\ /\ /\ /\ /\ / >->->-> linha de tempo
/ \/ \/ \/ \/ \/ \/ \/ \/ \/
CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC

Sendo T a Terra e C o planeta em Próxima Centauri. Os riscos diagonais são
as mensagens indo e vindo em sua viagem de quatro anos.

Se vc criar um worm hole entre a Terra e Próxima Centauri o diagrama fica
assim

TTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTT
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| >->->-> linha de tempo
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC

Ou seja, não há atraso no envio e recebimento de mensagens, seria como
ligar por telefone para o vizinho.

Viagens no tempo é domínio da ficção científica [ainda :-) ]. É claro que
existem casos extraordinários de experiências que misturam quântica com
relatividade e que geram aberrações temporais, mas com partículas atômicas
e fótons. Não é muito animador.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: RE: [ciencialist] Viagem no Tempo - Passado
FROM: "Carlos G. Zardini" <cgzardini@bhs.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/06/2001 16:41

Tarcísio,

Muito grato pelas explicações, aproveito para deixar aqui um endereço onde
será possível acessar a matéria da Super na íntegra, inclusive com os ensaios
gráficos:
http://www.enigma-x.hpg.com.br/tempo/wormholes.html


Carlos Eduardo G. Zardini


SUBJECT: Re: [ciencialist] Viagem no Tempo - Passado
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/06/2001 18:47

"Carlos G. Zardini" wrote:

> Tarcísio,
>
> Muito grato pelas explicações, aproveito para deixar aqui um endereço onde
> será possível acessar a matéria da Super na íntegra, inclusive com os ensaios
> gráficos:
> http://www.enigma-x.hpg.com.br/tempo/wormholes.html
>
> Carlos Eduardo G. Zardini
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/

Oi,

ha de se tomar cuidado com uma solucao matematica possivel das equacoes de Einstein e com a
experiencia fisica em si. Ha alguns casos onde a volta no tempo matematica seria possivel (worm
holes, orbitas em torno de buracos negros em rotacao e carregados, etc.) entretanto, na maioria
dos casos, ja foi mostrada a impossibilidade fisica (teorica) da realizacao da facanha. Por
exemplo, esses "tuneis" possuem instabilidade infinita (mais tecnicamente um desvio para o azul
infinito). O que isso significa: o campo gravitacional gerado pela particula que tentar
atravessar o tunel o destroi, pensando que qualquer particula (mesmo as de massa inercial nula)
gera campo, o tunel sera fatalmente destruido assim que a particula se aproximar. Na realidade,
ele nem sera formado uma vez que no colapso da estrela que origina o BN, ha uma serie de
particulas emitidas que perturbariam e destruiriam o tunel. Estes resultados sao obtidos,
geralmente, atraves de um estudo de estabilidade ou mesmo de fenomenos termodinamicos oq eh
complicado principalmente em relatividade, portanto ainda ha casos exoticos em que nao foi
provada a impossibilidade da viagem no tempo (geodesicas tipo espaco para usar um termo
tecnico) porem eh natural inferir por razoes logicas que tal viagem seja impossivel. Notem
que os resultados nao sao admitidos ad-hoc mas calculados o que mostra uma certa
auto-consistencia da relatividade geral.
Fazendo-se uma certa analogia, voltar no tempo eh tao provavel quanto apoiar uma agulha em
outra pela ponta no limite em que a espessura das duas se anula eh zero.

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O fim da teoria quantica?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/06/2001 00:34

----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, June 04, 2001 9:39 AM
Subject: Re: [ciencialist] O fim da teoria quantica?

> Subject: [ciencialist] O fim da teoria quantica?
> Não. Apenas o fim da miscelânea de confusões MQ que autores como este
> senhor que citas, adoram meter na cabeça daqueles que não sabem o que é
> MQ e pensam nela como um ET vindo do espaço, que pode fazer qq coisa,
> inclusive violar as leis da fisica.

Olá, Sérgio. Estou com saudades de nossos diálogos acalorados [para não
dizer encarniçados :-))] dos tempos do pt.ciencia.geral. E também dos
inúmeros e-mails que trocamos em janeiro e fevereiro deste ano. Aliás, tomei
a liberdade de adaptar um dos meus e-mails, a ponto de transformá-lo no
editorial da revista Integração de fevereiro, e que saiu com atraso (há
cerca de 15 dias) juntamente com o número de maio. Coloquei o editorial em
meu site sob o título de "Diálogo com um jovem teorizador" e está em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/artigos/editor24.htm

Mas vamos à questão em pauta. Com efeito o autor do texto é confuso e espero
ter deixado claro que, de tudo o que ele escreveu, concordo apenas com o
título da mensagem que traduzi por "O fim da teoria quântica se avizinha".
Respeito a tua posição, coisa que já discutimos bastante, ainda que me
reserve o direito de pensar na física quântica não como um ET vindo do
espaço, mas como algo muito mais absurdo do que isso. Aliás, já afirmei aqui
na ciencialist que entre ficção e física quântica, prefiro a ficção, pois
esta não me induz a engolir dogma algum. A ficção simplesmente me distrai, e
pago para isso com prazer; mas a física quântica brasileira, se não me afeta
diretamente, sustenta-se, não só mas também, com dinheiro que sai do meu
bolso, via imposto de renda.

> Eu não cheguei a enteder qual seria o argumento para desacreditar a MQ,
> mas pronto...

Sem dúvida, concordo contigo e espero ter deixado isso claro. Estranhei, não
obstante, a falta de réplicas a altura (não aqui mas no news citado). E mais
do que isso: Percebi, pelas entrelinhas das respostas dadas, que alguns
dentre os que responderam deixavam entrever que a NASA (e/ou outra entidade
de pesquisa) tivesse feito alguma coisa que não ficou muito claro e a
respaldar a opinião do confuso autor.

> Não desmerecendo a tradução que fizeste, Alberto, para poupar espaço vou
> apenas referir-me ao texto original.

Aliás, deixei o original propositalmente, e só traduzi o texto
"macarronicamente" pois sei que nem todos aqui dominam o inglês e gostaria
que ninguém deixasse de acompanhar a thread por esse motivo de somenos
importância.

> > We have already shown the end of Relativity as a result of the speed
> > of light being neither a constant nor a speed.
> > It is not a constant because it does not extrapolate for distances
> > beyond the moon

> Bom, isto não faz parte do assunto da MQ, mas já agora seria curioso saber
> como se sustenta uma afirmação destas.

Concordo contigo, a menos de uma pequena incerteza, pois MQ e TR, ainda que
coisas distintas, comprometem-se entre si. Sinceramente, não sei responder
sua dúvida. A meu ver o autor está confundindo termos. Curiosamente, alguns
contendores estranharam o fato sem rebater a não ser com dúvidas, como é o
nosso caso, ou com ofensas, o que é muito pior. Mas alguns aceitaram a
idéia, deixando nas entrelinhas o que comentei acima. Curiosamente também, e
embora como dizes, "isto não faça parte do assunto da MQ", este foi o único
trecho da mensagem que mereceu réplicas. O restante, que está também
confuso, não recebeu nenhuma contestação, pelo menos até a madrugada
(horário do Brasil) do dia 4 (o que não é comum no news citado).

> > and it is not a speed but rather a delay that takes place
> > entirely in molecules, atoms, nuclei and electrons of the receiver such
> > as the human eye, film emulsion, photodiode etc..
>
> Este senhor está a falar da velocidade da luz. Mas é preciso notar que
> existem dois significados para a velocidade da luz.
> Um é o significado optico. Que é o que o Sr está usando neste texto.
> Aqui c = 1 / srq (miu * epslon) onde miu e epslon são as permitividades
> mangética e electrica do meio.
> Esta é a formula SI.(Sistema [padrão] Internacional)
> A formula geral derivada do Electromagnetismo é
> c = a / sqr(miu * epslon )
> Em SI a = 1 , e para miu e epslon do vácuo c = 2.99 x10^8
> No sistema CGS , por exemplo , miu = epslon =1 e a = 2.99x10^8
> A Velocidade constante normalmente referida em Relatividade é para um dado
> meio. Donde se refere a <a> e não a c (que varia com o meio)
> Este senhor está a referir-se a c e a dizer que como c varia a TR está
> errada. Isto é um disparate facil de entender, eu acho.

Pois é! Seria tão fácil de entender que custo a crer que ele realmente
estivesse se referindo a esta velocidade que, sabidamente, varia com o meio,
e confundindo-a com a constante aceita pela TR (velocidade da luz no vácuo).
Enfim, como conheço alguns trabalhos a respeito [cito alguns em "O fenômeno
luz e as falácias relativas às relatividades", que está em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Relat/luz01.htm ] que foram
colocados embaixo do tapete, é possível que esteja valorizando em demasia
uma afirmação que não tenha justificativa outra senão um erro do autor.

> > That is an electron moving in a cloud of electrons around an atomic
> > nucleus when excited to a higher energy level or falling to a lower
> > energy level produces/absorbs light or other electromagnetic
> > frequencies.

> Aqui lê-se "produces/absorbs light or other electromagnetic frequencies"
> É preciso explicar o que isto significa.
> a tradução é "produz/absorve luz ou outras freqüências eletromagnéticas."

Com efeito, parece existir um erro no original e que procurei conservar como
tal quando fiz a tradução.

> Mas neste contexto entende-se "luz" como uma faixa de espectro
> electromagético. A faixa que corresponde com a radiação EM que podemos
> ver. Isso é usual chamar de "luz"
> Ou seja, Ondas Rádio, e Ondas Luz não são a mesma coisa, embora ambas
> sejam radiação EM.
> A diferença está nas suas frequencias.
> Eu pessoalmente acho isto uma idiotice. O espectro visivel nomeia-se como
> "Luz Visivel" e "luz" é a mesma coisa que "radiação EM".

Sob certos aspectos entendo o que pretendes dizer. Por outro lado, mesmo
assumindo esta "idiotice", a separar luz de ondas de outras freqüências, ele
não diz "luz ou ondas de outras freqüências" mas sim "luz ou outras
freqüências", o que deixa o trecho mais confuso.

> Portanto o que o senhor está a dizer é que se dá a absorção/emissão de
> luz , com várias frequencias [que dependem do nivel final e inicial de
> energia do electrão ]
> Até aqui, tudo normal.

Normal!!!?? Depois de toda ginástica para entender o texto diria que estás
sendo muito bonzinho. :-))

> > When this happens, particles inside the electron are also excited
(..)

> Aqui ha um erro.
> Não está comprovado que existam particulas dentro dos electrões.
> Tudo o que se disser com base nisto, deverá ser lido como uma hipotese [ad
> doc, eu diria] e não como um facto.
> Ora, é exactamente com base nesta hipotese que continua o texto.

Não sei se chamaria de "ad hoc", pois o autor não está levantando uma
hipótese no intúito de defender uma teoria mas sim de propor outra. Não sei
até que ponto esta seria a "hipótese de trabalho" do autor. Não me parece
ser uma hipótese acessória mas algo fundamental (ou um corolário de algo
fundamental) para o desenvolvimento de sua "possível teoria" que, sem dúvida
alguma, não se apoia na física quântica, como ele deixa explicito não apenas
no título da mensagem mas também em todo o texto (muito confuso, por
sinal).

> Donde, não sustém, qq prova , evidencia, ou facto experimental para que a
> MQ esteja errada.

Mas não me parece que ele tenha assumido esta postura. "Parece-me" que ele
simplesmente está propondo uma nova hipótese de trabalho e tentando mostrar
que não precisaria da MQ para explicar coisas que evidentemente ele explicou
sem, evidentemente, convencer.

> Apenas uma hipotese, que é muito mal usada , pq poe em evidencia que o
> autor não entende nada de MQ.

Esta não me parece ser uma grande falha, mesmo porque não sei se existe
alguém em nossa dimensão espaço-temporal que entenda alguma coisa de MQ.
:-)). A minha dúvida é se o autor do texto teria, "em questões filosóficas,
competente faculdade de pensar".

> Ou texto, a meu ver, sem credibilidade cientifica, se bem que curioso nas
> hipóteses.

Taí, gostei.

> Sem dados medidos , experimentais, que provem que a MQ está, nem que
> ligeiramente, errada, ela nunca será dada como errada por muitas teorias
> "extraordinárias" que inventem....

Quanto a isso já não posso concordar. Talvez encontres algo do que procuras
dando uma olhadela embaixo do tapete. :-))

[ ]'s do amigo de além mar
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O fim da teoria quantica?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/06/2001 01:01

----- Original Message -----
From: <rmtakata>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, June 04, 2001 3:00 PM
Subject: [ciencialist] Re: O fim da teoria quantica?

> --- In ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...> wrote:
> > Chave para os emoticons, segundo o Léo, na ordem em que aparecem:
> > ;-) Piscadinha
> > :*( Lagriminha caindo

> lagrima caindo eh melhor expressa por:
> :_(

Discordo. Lagriminha é uma contração de "lágrima" com "minha". Ora, se a
lágrima é minha eu expresso como quiser. Aliás, a lágrima é do Léo e se o
Léo falou, tá falado, não se discute mais.

> > (.)(.) Tô de olho

> isso ai' esta' mais para (perdoes senhoras da lista) os atributos de
> Dolly Parton (equivalente nacional seria algo como a Fafa' de Belem)

Hummmm...

> > :-\ Hummmm

> o 'hummmm' merece comentarios: a onomatopeia pode expressar
> tto desconfianca, como apreciacao, como desagrado...

Pois é, estou entrando na da rede globo: Você decide. Aliás, isto tem muito
a ver com a literatura moderna, que a meu ver já está arcaica.

> > :-6 Que nojo...

> forma alternativa: >-p
> (explicacao: olhos cerrados, testa franzida e lingua pra fora)

Sei não, isso está me parecendo mais "Que nojo!!!"


> > <:-( Burro

> Burro eh normalmente conhecido pelo emoticon: FHC

Tem lógica, mas... Você está sugerindo que eu escreva "sou FHC e não abro"?
Sai prá lá. Saravá, ziriguidum treis veis. Toc-toc-toc.

> > |-o Vou dormir

> parece mais a macaneta da porta...

Não, o emoticon representa uma bolinha pendurada e balançando prá lá e prá
cá. É um método melhor do que o de contar carneirinhos.

> espero ter tornado tudo muito claro nesta discussao...

Sem dúvida. Depois desses comentários estou quase aderindo à física
quântica... antes que ela acabe de vez.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Viagem no Tempo - Passado
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/06/2001 06:17

>1 - criar um worm hole (buraco de minhoca) com uma extremidade fixa em um
>ponto da Terra e a outra extremidade em uma nave espacial;

Estás [a revista está] a supor que
1) Os wormholes existem
2) É possivel "fixar" as suas "pontas"
3) Viajar entre duas pontas de um wormhole é equivalente a viajar no tempo.

>2 - fazer a nave viajar com velocidade próxima a da luz

Estás a supor que
1) Velocidades proximas da luz são alcançaveis.
2) que existem naves capazes das alcançar
3) que uma nave desse tipo pode transportar uma "ponta" do wormhole

Só por aqui se vê que são muitas suposições...

>Digamos que a nave parta em 2001 e retorne em 2011. O autor afirma que uma
>pessoa entrando pela extremidade do worm hole trazida pela nave em 2011
>sairia pela outra extremidade em 2001, e vice versa. Gostaria de saber se
tal
>proposta tem fundamento.

Não. Não tem qq fundamento fisico. Não existe nenhum fenómeno ou experiencia
que nos mostre que wormholes existem.
"wormhole" é uma das soluções das equações da Relatividade Geral....é
portanto matemática e não fisica.
A fisica , a meu ver, tem bons argumentos contra viagens no tempo, seja para
traz ou para a frente.
O tempo absoluto existe e como tal não é possivel inverter o seu fluxo.

Para fazer wormholes seriam necessárias coisas como "particulas exóticas" :
umas particulas especiais que servem exactamente para manter o wormhole sem
colapsar.Claro que se chamam exóticas pq ninguem está sonhoando sequer que
existam.... tudo isto é matemática da ficção imaginativa de alguns fisicos
que se dizem ateus, mas que no fundo gostariam eles mesmos de ser deuses.

Outro ponto é que os wormholes servem para viajar no espaço e não no tempo.
Uma estrela a 5 anos-luz está no mesmo tempo que nós,a apenas uns
[bastantes] km mais longe.
A Tecnologia de StarGates (nome usado para referir passagens de wormhole
artificiais , i.e. criadas por nós ) seria realmente util mas não é viaável
nem teorica nem na prática nos dias que correm.
É que se começa com "Se eu tivesse um wormhole de uma ponta fixa..." e
esquece-se o "Como fazer um wromhole?"

As más linguas falam que a experiencia de filadélfia (eua) - em que ,
supostamente, um navio de guerra desapareceu do porto para aparecer algum
tempo depois ao largo da costa da califórnia (do outro lado dos eua)- seria
um primórdio dos StarGates. Assim como o já famoso Triangulo das Bermudas.
Claro que isto não passam de teorias tão ou mais pseudo-cientificas que os
wormholes.

No meio disto tudo deparamos com a imensa vontade de controlar o
incontrolável: o Tempo , que doutros pontos de vista teria muito interesse,
mas que fisicamente não passa de má ficção, nem sequer cientifica.

E depois ; que interesse haveria em viajar no tempo ?

Cumprimentos,


Sérgio M. M. Taborda


SUBJECT: Re: Energia
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/06/2001 06:50

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> >Nao sei por q. as pessoas tEm tto medo do abstrato, 'pular' eh
> >abstrato, mas ninguem acha q. isso seja sobrenatural ou q. as
> >criancas violem leis fisicas naturais ao pular corda.
>
> Não entendi o que querias dizer com isto, Takara. O que eu quiz dizer é q=
ue
> ninguem pode apanhar energia...
> Energia não é um objecto.(um bolo)

Tecnicamente nao se pode apanhar um bolo tbm. Apenas interagir com seu
campo eletrico (ou gravitacional).

Energia nao eh material, mas eh fisica. Tem existencia real (tto qto podemo=
s
perceber).

> Existem (supostamente) trocas de energia entre os recipientes (tens razã=
o:
> equilibrio dinâmico) mas não existe Calor.
> Os recepientes mantém as suas energias internas, donde dU=0. como tb dW=0=

> ( os recipientes não encolhem nem espandem), então terá de ser , dQ =0
> Não ha Calor neste caso.

delta Q eh zero, mas isso nao significa q. Q1 e Q2 sejam zero. Ou calor
se refere apenas ao delta?

Aparentemente eh perfeitamente factivel haver flutuacoes puntuais de
temperatura.

> >> A morte pode ser comprovada cientificamente :-))))
> >ou nao...
>
> Não??
> Esta me supreendeu...

Chama-se relativismo pos-moderno.

> P.S.
> O equilíbrio dinâmico não é entendivel com o mesmo sistema.
> Para "observares" que existe dinâmica, tens de criar um novo sistema entr=
e
> os dois anteriores para veres o seu estado se alterar e dai concluir que =
a
> Energia está sendo transferida.

Eu tendo diversas bolas sendo jogadas de um compartimento para o outro...
Nao posso observar um equilibrio dinamico?

> A Termodinâmica é como o algodão, não mente.
> :-)

Prefiro a do Ronaldo Mourao:

'Claro q. os astros nao mentem jamais. Eles nao
dizem nada.'

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Viagem no Tempo - Passado
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/06/2001 07:07

----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, June 05, 2001 6:17 AM
Subject: Re: [ciencialist] Viagem no Tempo - Passado

> As más linguas falam que a experiencia de filadélfia (eua) - em que ,
> supostamente, um navio de guerra desapareceu do porto para aparecer algum
> tempo depois ao largo da costa da califórnia (do outro lado dos eua)-
> seria um primórdio dos StarGates.

A exemplo do Takata, farei meus comentários imprescindíveis para esclarecer
o tema.

A frase soa-me com sentido desde que se promovam ligeiras modificações como,
por exemplo:

1) um navio de guerra ---> uma mensagem
2) do porto ---> de um Outlook
3) ao largo da ---> em outro Outlook da
4) primórdio dos StarGates ---> milagre do Bill Gates

Lembro que a experiência de filadélfia era "top secret", foi realizada há
muitas décadas e pouco do que se conhece a respeito foi escrito em código
militar. Conta-se que "em algum lugar do futuro" teria nascido um filho
bastardo do chefe da experiência (vulgarmente conhecido como Star Gates).
Como todo bom americano, deu a seu filho o nome de Bill e, por ser um filho
bastardo, ficou com o sobrenome do apelido do pai. O Bill logo roubou os
planos do pai e passou a realizar prodígios como estes que hoje soam-nos por
demais vulgares.

Relatei acima apenas uma pequena fração do código que hoje está em poder do
Léo. Na última vez que o Bill esteve em Barretos, a cidade do Léo, ele
esqueceu uma pasta, com o código, num taxi dirigido por um dos anjos da
guarda do Léo. Sinto muito mas não tenho autorização para fornecer mais
detalhes enquanto ele não concluir sua teoria ectoplásmica que esclarecerá
em definitivo todos os mistérios do Universo, inclusive essa história de
viajar no tempo.

> E depois; que interesse haveria em viajar no tempo?

Para mim, muito. Pois somente assim eu poderia viajar para o futuro para
constatar, em definitivo, que viagens ao futuro não passam de ficção
científica.

Depois dessa |-o

[ ]'s
Alberto
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Energia
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/06/2001 07:18


>> Existem (supostamente) trocas de energia entre os recipientes (tens
razã= o:
>> equilibrio dinâmico) mas não existe Calor.
>> Os recepientes mantém as suas energias internas, donde dU=0. como tb
dW=0=

>> ( os recipientes não encolhem nem espandem), então terá de ser , dQ =0
>> Não ha Calor neste caso.

>delta Q eh zero, mas isso nao significa q. Q1 e Q2 sejam zero. Ou calor
>se refere apenas ao delta?

Eu tb não disse que Q1=0 ou Q2=0, eu nem falei em Q1 e Q2 ...
Eu só disse que se a temperatura é igual Calor=0 (dQ=0)
Na prática, costuma-se traçar o d do dQ como o h de plank.
Porque "Calor" refere-se à quantidade dQ e não a Q. Além disso, a
diferencial dQ não representa uma diferencial exacta mas apenas uma
"variação conceptual de algo". O mesmo que dW.

Calor = dQ . Trabalho= dW.
A unica coisa que se pode falar em "delta" é a energia. dU= Delta da Energia
interna.

>Aparentemente eh perfeitamente factivel haver flutuacoes puntuais de
>temperatura.

Se existe flutuação de temperatura então o sistema não está em equilibrio.
Mas tem atenção que Calor e Temperatura são coisas diferentes.

dQ=TdS
Além da temperatura, o calor está relacionado com a variação de entropia.


>> O equilíbrio dinâmico não é entendivel com o mesmo sistema.
>> Para "observares" que existe dinâmica, tens de criar um novo sistema
entre
>> os dois anteriores para veres o seu estado se alterar e dai concluir que
a
>> Energia está sendo transferida.

>Eu tendo diversas bolas sendo jogadas de um compartimento para o outro...
>Nao posso observar um equilibrio dinamico?

Não.

"diversas bolas" = diversos sistemas mais pequenos que o sistema considerado
, que seria o conjunto das bolas.
Estás exactamente a fazer o que eu disse. Estás a criar um outro sistema
para poderes observar o "equilibrio dinâmico"
Eu estava a falar em colocar um 3º sistema ente A e B. E observar que o
estado deste se altera (exemplo do fio de cobre entre os recepientes) Assim,
provas que o equilibrio entre A e B não é estático. Contudo continuas a não
provar que o equilibrio entre A e o fio e B e o fio é dinâmico.
O Equilibrio Dinamico é uma "explicação empirica" e está fora dos postulados
da Termodinâmica.
Para começar a energia interna U =U(S,V,N) só se define para estados de
equilibrio. Isto implica que não haja qq variações , por muito pequenas que
sejam. Mecânicamente , um sistema assim é independente do tempo, e por isso
o tempo não aparece nos equações da Termodinâmica. E sem tempo, não pode
haver dinâmica....:-)

Cumprimentos,

Sérgio M.M. Taborda



SUBJECT: Dia Internacional do Meio Ambiente
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/06/2001 07:57

Repetindo a velha piada: por eqto ainda temos meio, mas logo, logo essa
metade tbm acaba.

---
A respeito da Petrobras. Teorias conspiracionistas sao bastante atraentes.
Mas a incompetencia explica bem o quadro. Negligencia com seguranca,
medidas de economia visando apenas o aspecto de balanco financeiro (a
crise energetica brasileira atual eh bem reflexo disso)... Mais ou menos
como a casa da gente: se deixamos de fazer a manutencao e a conservacao, a
fiacao solta fumaca, o encanamento vaza, a pia entope, o ralo lota de
pentelho, a cozinha enche de barata, as roupas mofam no armario... Nao
precisa ir neguinho colocar um fusivel suspeito, furar os canos, colocar
cabelo no ralo, soltar baratas e inocular bolor nas roupas... A velha
entropia cuida de tudo se nos nao cuidamos de nada.

Ou teriamos maquiaveis burros (olha a incompetencia de qq jeito em cena)
q. querem sucatear a empresa pra vender baradinha, baradinha, mas se
esforcam pra ela continuar dando lucro... Mais de 5 bi de doletas no ano
passado.
---

E respondendo com gde atraso 'as observacoes do Alexandre/Yoda sobre a
funcao social do biologo. Na verdade estava pensando em alem da funcao
como professor, algo q. fosse da alcada particular do biologo. (Ate' porq.
pra ser professor de biologia nao precisa ser biologo...)

---

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Dia Internacional do Meio Ambiente
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/06/2001 07:58

Obvio q. o coio' aqui mandou mensagem pra lista errada... perdoes. Mas
fica como uma nota de q. hj eh dia internacional do meio ambiente.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Energia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/06/2001 10:04

--- In ciencialist@y..., Sergio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> Porque "Calor" refere-se 'a quantidade dQ e nao a Q.

:-/ Hmmmm...

http://www.cchem.berkeley.edu/~chem130a/sauer/outline/firstlaw.html#heat
http://web.mit.edu/16.unified/www/FALL/thermodynamics/chapter_4.htm#firstlawdefn

Oquei eh visao de um quimico e de um engenheiro. Mas a menos q. os livros
q. li estejam errados (podem estar), calor eh energia termica em transito,
como tal Q caracterizaria calor.

Mas na visao de fisico o q. seria Q?

> Se existe flutuacao de temperatura entao o sistema nao esta' em
> equilibrio. Mas tem atencao que Calor e Temperatura sao coisas
> diferentes.

Eu sei q. sao coisas diferentes. Estou falando justamente da flutuacao de
temperatura em funcao da emissao ou ganho de calor. A flutuacao
eliminaria o equilibrio estatico, mas nao elimina o equilibrio dinamico. E
o equilibrio dinamico sendo caracterizado pelo fato da media se manter.
Nao estou falando nem em gdes alteracoes, nem em alteracoes persistentes,
mas um desequilibrio momentaneo, caracterizando o fato dos corpos estarem
trocando calor: mas na media ou em termos macroscopicos o saldo ser
nulo.

> "diversas bolas" = diversos sistemas mais pequenos que o sistema
> considerado , que seria o conjunto das bolas.
> Estas exactamente a fazer o que eu disse. Estas a criar um outro sistema
> para poderes observar o "equilibrio dinamico"

As bolas fazem parte do todo. Nao vejo o problema aqui, oras bolas. Estou
simplesmente contando o numero de bolas, q. varia a cada instante, mas na
media se mantem.

> Eu estava a falar em colocar um 3¼ sistema ente A e B. E observar que o
> estado deste se altera (exemplo do fio de cobre entre os recepientes)
> Assim, provas que o equilibrio entre A e B nao e' estatico. Contudo
> continuas a nao provar que o equilibrio entre A e o fio e B e o fio e'
> dinamico.

Como A pode ser estatico em relacao ao fio, idem B com o fio, mas A e B
nao o serem entre si? Pode ilustrar isso?

E ademais, basta provar q. A nao esta' em equilibrio estatico com B... o
fio nao interessa -- a menos q. esteja causando uma interferencia muito
gde.

> O Equilibrio Dinamico e' uma "explicacao empirica" e esta' fora dos
> postulados da Termodinamica. Para comecar a energia interna U =U(S,V,N)
> so' se define para estados de equilibrio. Isto implica que nao haja qq
> variacoes , por muito pequenas que sejam. Mecanicamente , um sistema
> assim e' independente do tempo, e por isso o tempo nao aparece nos
> equacoes da Termodinamica. E sem tempo, nao pode haver dinamica....:-)

Entao sao os postulados da Termo simplesmente? O fato do tempo nao ser
considerado nas equacoes nao me parece implicar q. ele nao possa ser
considerado.
Podemos falar em potencia ao inves simplesmente de trabalho e energia. E
taxa de troca de calor. Ou nao? Calculamos o estado final e o inicial e
ai' eh so' considerar o fator tempo. Mas nem eh disso q. eu estava a
falar. E sim sobre as flutuacoes q. podem ocorrer ao redor da media. O
fato das equacoes nao a levarem em conta nao significa q. nao possam
ocorrer ou q. nao ocorram. Nao podemos ver essas equacoes como referentes
a um estado medio ao longo do tempo?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Equacao de Einstein e Energia Nuclear
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/06/2001 10:50

--- In ciencialist@y..., Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@a...> wrote:
> --- In ciencialist@y..., "Paulo Sergio Dias" <psdias@g...> wrote:
> > c) E' possivel explicar simplificadamente como usar
> > a equacao de Einstein para calcular a energia liberada
> > pela fissao de um atomo de uranio ? Como ?

> Ha' uma perda de 0,1% da massa, transformada em energia, e q. nao eh
> mostrada nessa equacao.

Aqui o inequacionamento da massa q. fiquei devendo. Para a reacao:

U235 + n ---> Ba141 + Kr92 + 3n + energia

massa do U235 = 235,0439 u.m.a (unidades de massa atomica)
massa do n = 1,0087
-----------------------------
massa total = 236,0526

massa do Ba141 = 140,9139
massa do Kr92 = 91,8973
massa de 3n = 3,0261
-------------------------------
massa total = 235,8373

delta m = 0,2153

0,2153 g/mol

1,94.10^13 J/mol

a diferenca eh devido 'a reacao considerada, ligeiramente
diferente e ao arredondamento.

Okuno, E; Caldas, IL e Chow, C 1982 - Fisica para
Ciencias Biologicas e Biomedicas. Harbra, S. Paulo.
490 pp.

(Nao consigo encontrar o valor do peso atomico dos
isotopos q. vc postou...)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: RE: [ciencialist] Viagem no Tempo - Passado
FROM: "Carlos G. Zardini" <cgzardini@bhs.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/06/2001 11:37

-----Original Message-----
From: Alberto Mesquita Filho [mailto:albmesq@uol.com.br]

> A frase soa-me com sentido desde que se promovam ligeiras modificações
> como, por exemplo:
>
> 1) um navio de guerra ---> uma mensagem
> 2) do porto ---> de um Outlook
> 3) ao largo da ---> em outro Outlook da
> 4) primórdio dos StarGates ---> milagre do Bill Gates
>
> Lembro que a experiência de filadélfia era "top secret", foi realizada
> há muitas décadas e pouco do que se conhece a respeito foi escrito em
> código militar. Conta-se que "em algum lugar do futuro" teria nascido
> um filho bastardo do chefe da experiência (vulgarmente conhecido como
> Star Gates). Como todo bom americano, deu a seu filho o nome de Bill e,
> por ser um filho bastardo, ficou com o sobrenome do apelido do pai. O
> Bill logo roubou os planos do pai e passou a realizar prodígios como
> estes que hoje soam-nos por demais vulgares.
>

Não Alberto! na verdade a história é um pouco diferente: Este Bill a que vc
se refere realmente voltou no tempo para curtir o Sec. XX. Porém na hora de
retornar percebeu que havia uma falha no projeto secreto, mais
especificamente um erro com o seu sistema operacional de bordo. A falha,
denominada vulgarmente GPF, ou simplesmente "tela azul", impediu o retorno de
Gates ao futuro. Este, usando de toda a astúcia, contratou um bando de
hackers para tentar corrigir esta falha. Mas até hoje os progressos não foram
suficientes para estabilizar o sistema.

> Relatei acima apenas uma pequena fração do código que hoje está em
> poder do Léo. Na última vez que o Bill esteve em Barretos, a cidade do
> Léo, ele esqueceu uma pasta, com o código, num taxi dirigido por um dos
> anjos da guarda do Léo. Sinto muito mas não tenho autorização para
> fornecer mais detalhes enquanto ele não concluir sua teoria ectoplásmica
> que esclarecerá em definitivo todos os mistérios do Universo, inclusive
> essa história de viajar no tempo.
>
>> E depois; que interesse haveria em viajar no tempo?
>
> Para mim, muito. Pois somente assim eu poderia viajar para o futuro
> para constatar, em definitivo, que viagens ao futuro não passam de
> ficção científica.
>
> Depois dessa |-o
>
>[ ]'s
>Alberto


SUBJECT: Os boatos da rede
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: bio-l@egroups.com
CC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/06/2001 11:48

Galileu -- 05/01

'Pense duas vezes antes de repassar aquele e-mail alarmista: quase sempre,
e' uma mentira maldosa.'

http://galileu.globo.com/mensal/_materias/rep_boato.htm

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Biologia e livre-arbítrio
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/06/2001 12:47

Olá pessoal,

Postei uma notícia abaixo que envolve algumas questões discutidas
recentemente aqui sobre biologia, livre-arbítrio e a lei. Eu
particularmente achei errada a decisão do juiz, pois pode abrir um
precedente para se considerar assassinato como um acidente também.
Não nego a existência da depressão como doença, nem que ela pode
acarretar o suicídio. Mas o pressuposto do livre-arbítrio é essencial
para a nossa civilização. Como seria uma sociedade em que fosse
abolido o conceito de culpa? O que é éticamente mais condenável:
restringir a liberdade de um indíviduo que cometeu um crime, mantendo
sua integridade física e mental, ou "curá-lo", por exemplo através de
uma cirurgia no cérebro, ou um tratamento, que qualquer que seja, vai
modificar sua personalidade?

Aí vai a notícia


http://cf6.uol.com.br/consultor/view.cfm?numero=5452&ad=b

Seguradora indeniza família
Suicídio por depressão é morte acidental, afirma juiz.


O suicídio não é considerado premeditado quando as crises depressivas
são responsáveis pelo ato, mas sim morte acidental. Neste caso, a
família do segurado tem direito de receber o prêmio do seguro de vida
firmado com a seguradora.

O entendimento é do juiz Wilton Müller Salomão, da 4ª Vara Cível de
Goiânia, ao condenar a empresa Federal de Seguros S/A a pagar o
prêmio do contrato de seguro de vida em favor da mulher de um
segurado. O valor previsto é de R$ 80 mil, acrescido de correção e
juros de mora.

O segurado mantinha contrato com a empresa há 16 anos. Ele foi
encontrado morto em sua cama com uma arma de fogo ao lado e um
bilhete escrito para a família. A seguradora alegou que o bilhete
caracterizava o suicídio premeditado e se negou a pagar o prêmio.
Argumentou que as cláusulas do contrato não oferecem cobertura para
esse tipo de morte.

O juiz desconsiderou o argumento, já que a empresa apresentou apenas
laudo pericial não conclusivo a esse respeito. Para Salomão, a
seguradora não teve argumentos sólidos. Ele levou em consideração as
freqüentes crises de depressão sofridas pelo segurado.

O juiz lembrou que para a ciência da Criminologia, o fato das crises
depressivas levarem alguém ao suicídio não caracteriza a condição de
premeditado. Ele disse, ainda, que pelo entendimento jurisprudencial,
o suicídio involuntariamente cometido corresponde a morte acidental e
deve ter a cobertura do seguro.

Revista Consultor Jurídico, 5 de junho de 2001.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia e livre-arbítrio
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/06/2001 13:54


Olá,

> Como seria uma sociedade em que fosse abolido o conceito de culpa?

Pois é... por isso que a ciência não serve para organizar uma sociedade.
Devemos usar a ética e a moralidade.

> O que é éticamente mais condenável: restringir a liberdade de um
> indíviduo que cometeu um crime, mantendo sua integridade física e
> mental, ou "curá-lo", por exemplo através de uma cirurgia no cérebro,
> ou um tratamento, que qualquer que seja, vai modificar sua
> personalidade?

Questões de ética, são, na maioria das vezes insolúveis.
Há uma teoria que diz que essas questões podem ser um indício da restrição
cognitiva do homem: o homem não consegue determinar uma resposta a essas
questões porque não têm aparato lógico necessário. Ele não têm CAPACIDADE.

Também têm aquela outra: como proceder diante daqueles evangélicos que não
podem, por determinação de sua crença, fazer transfusão de sangue? Se o
evangélico não quer fazer a transfusão (acha que será salvo)mas o médico
sabe que ele morrerá se não fizer.

> O suicídio não é considerado premeditado quando as crises depressivas >
são responsáveis pelo ato, mas sim morte acidental. Neste caso, a
> família do segurado tem direito de receber o prêmio do seguro de vida
> firmado com a seguradora.

Até a definição de suicídio fica não-científica na visão da psicologia
evolucionista.
Uma pessoa nunca se suicidaria, já que ela sempre "é obrigada" a fazer
aquilo que fez.

> O juiz lembrou que para a ciência da Criminologia, o fato das crises
> depressivas levarem alguém ao suicídio não caracteriza a condição de
> premeditado. Ele disse, ainda, que pelo entendimento jurisprudencial,
> o suicídio involuntariamente cometido corresponde a morte acidental e
> deve ter a cobertura do seguro.

É assim, acho eu, que esses problemas judiciais devem ser encarados: com
convenções paradeterminar o que fazer em determinadas situações.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Livre-arbitrio
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/06/2001 14:07


Olá,

> Ahn... Nao q. seja uma definicao livre de problemas, mas
> a mim me parece q. a questao do livre-arbitrio estaria
> ligado ao grau de aleatoriedade/liberdade do sistema mente.

Sim.
Segundo Pinker,
Aleatoriedade da Mente = 0

> Mesmo q. por hipotese consideremos q. existe um
> determinismo fisico -- ao menos nesta escala --
> a impossibilidade de uma previsao 'a luz do
> conhecimento atual tornaria valida a imputacao do
> livre-arbitrio ou da consciencia do ato.

Por que?

> Por exemplo, uma coacao -- um fator externo
> q. torna o ato mais provavel de acontecer. Ha'
> uma relacao quase de causa e efeito, entre a
> coacao e o ato.

O problema é que sempre é assim no comportamento. O mundo (o meio, nossos
pais, nossos genes...) é que molda o nosso comportamento.

> A variacao do comportamento para a qual nao
> pudessemos atribuir a acao de uma variavel
> conhecida, poderia ser jogada no saco de gato do
> livre-arbitrio.

É uma definição muito convencionada. Com o tempo, o homem saberá prever nos
mínimos detalhes o comportamento de qualquer pessoa.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: Livre-arbitrio
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/06/2001 14:27

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> Postei uma noticia abaixo que envolve algumas questoes discutidas
> recentemente aqui sobre biologia, livre-arbitrio e a lei.

Continuando a dar pitaco em tudo...

Ahn... Nao q. seja uma definicao livre de problemas, mas
a mim me parece q. a questao do livre-arbitrio estaria
ligado ao grau de aleatoriedade/liberdade do sistema mente.

Mesmo q. por hipotese consideremos q. existe um
determinismo fisico -- ao menos nesta escala --
a impossibilidade de uma previsao 'a luz do
conhecimento atual tornaria valida a imputacao do
livre-arbitrio ou da consciencia do ato.

Mas na medida em q. exista um fator definido e de
acao definida q. aumente o grau de predizibilidade
do sistema mente, tal fator poderia ser aventado
como atenuante da culpa.

Por exemplo, uma coacao -- um fator externo
q. torna o ato mais provavel de acontecer. Ha'
uma relacao quase de causa e efeito, entre a
coacao e o ato.

Bem, talvez pudessem dizer q. o louco eh o mais
imprevisivel e assim teria maior livre-arbitrio.
Nao sei se eh tao imprevisivel assim, mas mesmo
q. fosse -- podemos estabelecer (com algum criterio)
a disfuncao cerebral como a causa de tal
comportamento em desacordo com a norma da
sociedade.

De modo similar, se fulano tem um comportamento
altamente previsivel, mas q. nao consigamos
atribuir a algum fator conhecido, podemos considerar
como sendo resultado da acao do livre-arbitrio.

Sendo um pouco provocativo. Seria um tto como
o de estabelecer os componentes principais na
relacao de diversas variaveis com o comportamento.
A variacao do comportamento para a qual nao
pudessemos atribuir a acao de uma variavel
conhecida, poderia ser jogada no saco de gato do
livre-arbitrio.

Como para prever o resultado do lancamento de
um dado. Conquanto nao sabemos as variaveis
importantes q. determinam as chances de dar um
certo resultado ou nao podemos estima'-las,
chamamos isso de acaso...

E' uma nocao provocativa e possivelmente
incomoda. Mas seria totalmente infundada?

Especificamente sobre a questao biologica.
Dado q. somos fruto da interacao gene +
ambiente e aceitamos as atenuantes
ambientais (externas). Acho q. nao seria
tao descabido o reconhecimento de atenuantes
internas (organicas).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Livre-arbitrio
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/06/2001 14:40



>Especificamente sobre a questao biologica.
>Dado q. somos fruto da interacao gene +
>ambiente e aceitamos as atenuantes
>ambientais (externas). Acho q. nao seria
>tao descabido o reconhecimento de atenuantes
>internas (organicas).

Atenuantes baseadas em propriedades internas ocasionariam diminuições das
penas que teoricamente deveriam coagir e/ou corrigir.

O que acho que não ser vantajoso nesse mecanismo é a consequente diminuição
das repressões ambientais (externas), que devem lavar o indivíduo a um
procedimento lícito, aceito socialmente.

SDS,

ASM









SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Energia
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/06/2001 15:07

> Porque "Calor" refere-se 'a quantidade dQ e nao a Q.

:-/ Hmmmm...

>http://www.cchem.berkeley.edu/~chem130a/sauer/outline/firstlaw.html#heat

aqui podemso ler que "Heat (q), like work, is a form of energy"
[O Calor, q, como o Trabalho, é uma forma de energia"
O Calor, como o Trabalho são forma de energia.
Como sabem a variação de energia inética dEc = W = integral F dr
Ora, se o trabalho é igual à variação da energia, será o trabalho uma
energia...
O trabalho espressa-se em unidades de energia pq é uma diferença dW = Ec2-
Ec1
entre energias, mas não é uma energia.
"Esta máquina realiza muito trabalho" não significa "esta máquina dá muita
energia"
Significa "esta máquina tem uma grande difrença entre o estado de movimento
1 e 2"

Calor e Trabalho são FORMAS DE TRANSFERIR energia e não formas de energia.

>http://web.mit.edu/16.unified/www/FALL/thermodynamics/chapter_4.htm#firstla
wdefn

Aqui podemos ler a formula Delta E = Q - W
o ser + ou - depende da convenção. Contudo eu escrevi a forma diferencial
dE = dQ + dW

Se Q e W forem lineares em E então aparece a formula delta E = Q + W

O texto continua dizendo que naquela equação "Q is the heat transferred to
the system "
[Q é o calor transferido para o sistema]
Ora, isto está errado. Deveria estar escrito : Q é a energia térmica
trasferida para o sistema.
Calor é a variação da energia interna por meios que não os mecânicos(i.e. os
que realizam trabalho)

>Oquei eh visao de um quimico e de um engenheiro. Mas a menos q. os livros
>q. li estejam errados (podem estar), calor eh energia termica em transito,
>como tal Q caracterizaria calor.

Se Et é "Energia Termica , então Et = k T , onde k é a cosntante de Boltzman
e T a temperatura termodinâmica.
Calor é Q, sendo que dQ = T dS [ pq dU = dQ + dW e dW = -pdV e dU = TdS -
pdV , com N constante )
Se subtiturires , chegas rápidamente à conclusão que Et =/= Q [dQ = Et dS/
k]

>Mas na visao de fisico o q. seria Q?

Nada. Exactamente por isso eu sempre falei em dQ (Calor) e nunca em Q.
Ver ponto 4 do 2º link.

Se "Calor", Q fosse a variação de energia termica, então dQ seria a variação
da variação da energia termica...isso não tem sentido fisico.
Calor é a Transferencia de Energia de forma que não provoque trabalho
(pressão ou expansão )
A energia radiante é uma forma de transferir energia por métodos "Calor"


>> Se existe flutuacao de temperatura entao o sistema nao esta' em
>> equilibrio. Mas tem atencao que Calor e Temperatura sao coisas
>> diferentes.

>Eu sei q. sao coisas diferentes. Estou falando justamente da flutuacao de
>temperatura em funcao da emissao ou ganho de calor.

Temperatura é um conceito Básico.
Energia Térmica = k T
Calor = tranferencia (emissão ou absorção) de Energia térmica.

são 3 conceitos e não 2.
Reformulando "estás falando justamente de flutuações de temperatrua em
função da emissão ou ganho de energia termica" ou "estás falando justamente
de flutuações de temperatrua em função do Calor"
Calor = emissão ou ganho de energia termica (se S é constante)

A energia termica transmitesse do corpo A para o corpo B. Mas essa
transferencia mantém-se . Ou seja , Calor =0

>Nao estou falando nem em gdes alteracoes, nem em alteracoes persistentes,
>mas um desequilibrio momentaneo, caracterizando o fato dos corpos estarem
>trocando calor: mas na media ou em termos macroscopicos o saldo ser
>nulo.

Em termos macroscópicos não existe "equilibrio dinâmico" por isso é que
precisas descer ao nivel das "bolinhas" (atomos, moleculas, etc..) ou
colocar um 3º sistema entre A e B.

Acho que não tou sendo claro... :-((
Mas a Termodinâmica é um ciencia de Sistemas. Para um dado sistemas as suas
leis são verdadeiras.
Assim como para os sistemas que o constituem, ou para o sistema que
constitui.
Se mudas o Zoom do "componente" do sistema, e depois voltas a aumentar
[olhas os atomos e depois falas do objecto total] então está a fazer batota.
A Termodinâmica não se baseia nesses Zooms.
Contudo, não ha mal nenhum nesses zooms do ponto de vista, fisico, e
intuitivo. E acho muito bem falar de equilibrio dinâmico. Contudo, dQ=0 Não
Ha calor entre A e B se eles estiverem à mesma temperatura.
(um termometro em equilibrio com o sistema que mede, não altera o seu valor
medido)



>> Eu estava a falar em colocar um 3¼ sistema ente A e B. E observar que o
>> estado deste se altera (exemplo do fio de cobre entre os recepientes)
>> Assim, provas que o equilibrio entre A e B nao e' estatico. Contudo
>> continuas a nao provar que o equilibrio entre A e o fio e B e o fio e'
>> dinamico.

>Como A pode ser estatico em relacao ao fio, idem B com o fio, mas A e B
>nao o serem entre si? Pode ilustrar isso?

Não foi isso que eu disse. Eu disse que não conseguias provar. Que é bem
diferente de não ser, ou não existir.
O método prova que o fio estava em desiquilibrio com A e B( se estivesse em
equilibrio, não observava qq alteração do estado do fio e portanto, terias
de concluir que o estado dele tb é o de A e de B. O equilibrio dinâmico não
se observa.. É algo que imaginamos. E um modelo que serve para explicar
algumas coisas que os postulados da Termodinâmica não falam.

>E ademais, basta provar q. A nao esta' em equilibrio estatico com B... o
>fio nao interessa -- a menos q. esteja causando uma interferencia muito
>gde.

fica a pergunta : Como se prova que entre A e B existe Equilibrio Dinâmico ?

>> O Equilibrio Dinamico e' uma "explicacao empirica" e esta' fora dos
>> postulados da Termodinamica. Para comecar a energia interna U =U(S,V,N)
>> so' se define para estados de equilibrio. Isto implica que nao haja qq
>> variacoes , por muito pequenas que sejam. Mecanicamente , um sistema
>> assim e' independente do tempo, e por isso o tempo nao aparece nos
>> equacoes da Termodinamica. E sem tempo, nao pode haver dinamica....:-)

>Entao sao os postulados da Termo simplesmente? O fato do tempo nao ser
>considerado nas equacoes nao me parece implicar q. ele nao possa ser
>considerado.

Eu não disse isso. aliás existem as equações de balanço que colocam o tempo
mecãnico em acção.
Eu disse que os psotulados da Termo se baseiam em estados estáveis. E uma
das caracteristicas de estados estáveis é eles não variarm com o tempo.
Portanto, à Termo não interessa quanto tempo demorou a atingir o estado, mas
que o atingiu.. Que esse estado existe.
Então, entre dois estados 1 e 2 , a variação de energia interna U, dU, é
igual À tranferencia de energia sob a forma de Calor (dQ) e Trabalho (dW)
dU = dQ + dW (1ª Lei da Termodinâmica)


>Podemos falar em potencia ao inves simplesmente de trabalho e energia. E
>taxa de troca de calor. Ou nao?

Sim podemos. Mas para isso estás a usar o tempo para medir o nº de estados
termodinâmicos usados entre o estado 2 e 1. Estás a fazer uma "média de
estados" P=dE/dt ~= E2-E1 / t2-t1

>Calculamos o estado final e o inicial e
>ai' eh so' considerar o fator tempo. Mas nem eh disso q. eu estava a
>falar.

Nem eu.

> E sim sobre as flutuacoes q. podem ocorrer ao redor da media.

Isso é Fisica Estatistica. Algo diferente de Termodinâmica. Mais "Zoom" :-)

>O
>fato das equacoes nao a levarem em conta nao significa q. nao possam
>ocorrer ou q. nao ocorram.

Exacto. Portanto pela Navalha de Occam, não se deve referi a sua existencia,
pois só complica , já que não é relevante ao entendimento,cientifico, dos
fenómenos. (obivamente é util parao entendimento empirico)

> Nao podemos ver essas equacoes como referentes a um estado medio ao longo
do tempo?

Não.
Estado é um conceito que implica "Deixamos passar o tempo necessário e
suficiente para alcançar um novo estado estável" , ou seja, o tempo não nos
interessa absolutamente nada nestas ocasiões.
O Salto Quantico é um exemplo classico do tipo de confusão que algo assim
provoca.
O electrão passa de um estado ao outro. Esse estado é uma trajectoria
(orbita), donde ele demora algum tempo a fazer isso. E fá-lo
continuamente.Mas , para a fisica de estados o tempo é eliminado do problema
usando o "Deixamos passar o tempo até que o electrão [sistema] ficou noutro
estado estável"
Daqui dizemos que "O electrão passou de uma orbita [estado] para outra
[outro estado] instantaneamente" ou "o electrão estava numa orbita e na
outra e nunca esteve numa orbita intermédia".
O exagero disto é :"O electrão esteve numa orbita e passou para a outra, sem
passar pelo meio" = Salto Quantico.Quando eliminas o tempo sobra-te a
quantificação.

Mas ele SIM passa por lá. Só que como a MQ é uma ciencia de Estados, como a
Termodinâmica, todos os estados que não sejam estáveis não interessam e
simplesmente "deixam de existir" ...[cuidado com a interpretação lieral do
que estou a dizer.]

Espero que percebas onde quero chegar.
O tempo está lá, mas não é relevante. Por isso podes falar em Equilibrio
Dinâmico (que como reparas é uma contradição) , exactamente pq o tempo [o
"dinâmico"] é ignorado na teoria Termodinâmica.


Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/06/2001 16:36

----- Original Message -----
From: "Roberto Mitsuo Takata"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, June 05, 2001 10:04 AM
Subject: [ciencialist] Re: Energia

> > Porque "Calor" refere-se 'a quantidade dQ e nao a Q.
> :-/ Hmmmm...

:-/ Hmmmm... + :-/ Hmmmm...

Creio que dQ e Q são meramente símbolos e, como tais, podemos,
indistintamente, utilizar um ou outro para referirmo-nos a calor, assim como
podemos utlizar :-/ para significar Hmmmm... Dependendo do contexto em que o
símbolo é utilizado, talvez seja mais adequado o emprego de um ou do outro.
Com freqüência, e desde que se pretenda introduzir este calor em equações,
costuma-se, mais apropriadamente, utilizar-se um d cortado, a realçar que
estamos frente a uma grandeza que na maioria dos casos comporta-se como uma
diferencial não exata. Pode-se, nestas condições, substituir o d cortado
pelo delta minúsculo grego, a representar a mesma coisa. Mesmo nos casos
particulares em que calor comporta-se como se fosse uma diferencial exata,
com freqüência ele participa de equações como diferencial parcial e, nestes
casos, seria melhor o símbolo del (não confundir com o delta minúsculo).
Estas convenções nem sempre são respeitadas e o especialista em
termodinâmica com freqüência utiliza-se do d ou do del quando esperar-se-ia
que utilizasse o delta minúsculo ou o d cortado. Enfim, são artigos
destinados a serem lidos por uma platéia que entende o significado dos
termos. O mesmo vale para trabalho: W, dW, delW, delta-minúsculoW e
delta-maiúsculoW.

> Oquei eh visao de um quimico e de um engenheiro. Mas a menos q. os livros
> q. li estejam errados (podem estar), calor eh energia termica em transito,
> como tal Q caracterizaria calor.
> Mas na visao de fisico o q. seria Q?

Depende do físico. A expressão "calor é energia térmica em trânsito" não é
livre de críticas. Sequer podemos garantir que calor seja um tipo de energia
(no caso térmica). Sem dúvida, é alguma coisa em trânsito, mas não há nada a
garantir-nos que seja energia. Dizer que a experiência de Joule garante-nos
a identidade entre calor e energia térmica é tão falso quanto dizer que
existem experiências a comprovarem, em definitivo, muitas das bobagens
repetidas no dia-a-dia pelos físicos quânticos ingênuos. Comento alguma
coisa a respeito em "Variáveis escondidas e a termodinâmica", que está em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron2/termodinamica.htm

> > Se existe flutuacao de temperatura entao o sistema nao esta' em
> > equilibrio. Mas tem atencao que Calor e Temperatura sao coisas
> > diferentes.
>
> Eu sei q. sao coisas diferentes. Estou falando justamente da flutuacao de
> temperatura em funcao da emissao ou ganho de calor. A flutuacao
> eliminaria o equilibrio estatico, mas nao elimina o equilibrio dinamico. E
> o equilibrio dinamico sendo caracterizado pelo fato da media se manter.
> Nao estou falando nem em gdes alteracoes, nem em alteracoes persistentes,
> mas um desequilibrio momentaneo, caracterizando o fato dos corpos estarem
> trocando calor: mas na media ou em termos macroscopicos o saldo ser
> nulo.

Entendo e concordo com ambas posições no contexto em que foram apresentadas.
Apenas para ser chato, diria que ao pensarmos em flutuação de temperatura
e/ou em equilíbrio estático e equilíbrio dinâmico (e existe ainda o estado
estacionário, mas este é um outro assunto), estamos misturando uma
metodologia macroscópica com outra relativa ao microcosmo. Dependendo do
tamanho deste microcosmo, o conceito "físico" temperatura perde sua razão de
ser, sendo substituído por construtos matemáticos a variarem de ponto a
ponto, segundo assumido por Maxwell e Boltzmann.

> > "diversas bolas" = diversos sistemas mais pequenos que o sistema
> > considerado , que seria o conjunto das bolas.
> > Estas exactamente a fazer o que eu disse. Estas a criar um outro sistema
> > para poderes observar o "equilibrio dinamico"
> As bolas fazem parte do todo. Nao vejo o problema aqui, oras bolas. Estou
> simplesmente contando o numero de bolas, q. varia a cada instante, mas na
> media se mantem.

Não vou comentar a respeito pois se voltar a dizer como encaro as "bolinhas"
elementares iremos ressuscitar mais uma "briguinha" que ficou no passado
(início na msg 4717, maio de 2000) e que está registrada em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/be.htm

> > O Equilibrio Dinamico e' uma "explicacao empirica" e esta' fora dos
> > postulados da Termodinamica. Para comecar a energia interna U =U(S,V,N)
> > so' se define para estados de equilibrio. Isto implica que nao haja qq
> > variacoes, por muito pequenas que sejam. Mecanicamente, um sistema
> > assim e' independente do tempo, e por isso o tempo nao aparece nos
> > equacoes da Termodinamica. E sem tempo, nao pode haver dinamica....:-)
>
> Entao sao os postulados da Termo simplesmente? O fato do tempo nao ser
> considerado nas equacoes nao me parece implicar q. ele nao possa ser
> considerado.

A termodinâmica considera o antes e o depois, e deixa o durante de lado.
Existe muito de filosofia nos fundamentos da termodinâmica, coisa que o
cientista da atualidade procura deixar na gaveta (a termodinâmica foi
construída integralmente no século XIX). Ao passarmos da teoria para a
prática o "milagre" acontece (diria que a dinâmica e a termo se entrelaçam)
e a máquina a vapor é o exemplo típico a nos mostrar que o tempo
termodinâmico existe, ainda que não levado em conta em suas equações. Do
contrário, de que me adiantaria um trem, se não pudesse sequer estimar a
hora de chegada em seu destino?

> O fato das equacoes nao a levarem em conta nao significa q. nao possam
> ocorrer ou q. nao ocorram.

É isso aí.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Livre-arbitrio
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/06/2001 19:16


Olá Sergio,

> >Sim.
> >Segundo Pinker,
> >Aleatoriedade da Mente = 0
>
> Se ele disse isso, então ele está errado. Há diversas
> evidências apontando para aspectos estocásticos dos
> neurônios biológicos (aspectos, aliás, fundamentais, pois
> essa aleatoriedade é necessária por várias razões).

Primeiro: mostre-me as evidências (pesquisas, estudos...)
Segundo: se são só evidências, não há nada conclusivo para afirmarmos que
Pinker está errado.

> >É uma definição muito convencionada. Com o tempo, o
> > homem saberá prever nos mínimos detalhes o
> > comportamento de qualquer pessoa.
>
> Não tenho nenhuma evidência de que isso ocorrerá. Tenho
> várias evidências sugerindo o oposto. O comportamento
> humano é resultado da operação do cérebro, que é um sistema
> dinâmico, complexo, e caótico (no sentido matemático,
> embora no sentido leigo também :-).

Complexo com certeza.
Mas, me diga, em que se baseia essa teoria de que há aleatoriedades no
funcionamento do cérebro?

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia e livre-arbítrio
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/06/2001 19:25


Olá Tarcísio,

> O uso da ética é louvável, mas o da moral [preceitos
> religiosos] é pernicioso, como a igreja cristã [ou qualquer
> outra] tem mostrado há dois milênios.

Os preceitos religiosos são perniciosos para a organização de uma sociedade?
Acho que eles são perniciosos para a ciência, para a busca da verdade.

A moral que afirmo ser idispensável para uma sociedade é aquela moral que,
por exemplo, coloca homens e mulheres em situação de igualdade, quando,
biologicamente, possuem tendências comportamentais muito diferentes.

Outra questão é a seguintes: por que não manter um escravo dentro de casa,
se ele trará benefícios para uma família inteira e dispendirá pequenos
investimentos? Poderíamos deteminar, também, que a cada 7 habitantes que
nascem, um deles têm de prestar servições gratuitamente para a sociedade.
Seria mão-de-obra barata: não precisa de salário (só comida e moradia e
talvez algumas correntes), nem de direitos trabalhistas.

Esse tipo de "moral", que nos "proíbe" de fazer tais atrocidades, é a que me
refiro quando uso a palavra.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: O inevitavel
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/06/2001 22:55

Olá Jocax,

Jocax - Sim , mas as afirmacoes q nao podem ser provadas nem refutadas nunca
pela ciencia carecem de qualquer importancia.

Manuel - Uma hipótese é falseável quando ela não exclui a possibilidade
"lógica" ou "matemática" de eventos que frustrem suas previsões. Vale dizer,
para "falsear" uma hipótese o cientista tem que lançar mão da lógica e da
matemática para imaginar eventos capazes de refutá-la.

Ora, nem a lógica nem a matemática são ciências no sentido popperiano do
termo, uma vez que tanto uma como a outra são sistemas dedutíveis de
"postulados", isto é, de preceitos aceitos sem prévia demonstração;
preceitos estes indemonstráveis ou porque são evidentes, como as tautologias
(por que o ser é e o não-ser não é? Porque sim, uai!) ou por serem
indecidíveis (proposições não-evidentes para as quais não há algoritmos ou
operações lógicas capazes de estabelecer o seu valor verdade ou falsidade).

Sendo assim, o cientista, para falsear a sua hipótese, tem que se valer
(mesmo que disso não tome consciência) de enunciados lógico-matemáticos
evidentes, indecidíveis e, portanto, "irrefutáveis".

Conclusão: afirmações irrefutáveis são importantes para a ciência.

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Solipsismo quantico
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/06/2001 22:56

Olá,

Já ouviram falar em solipsismo quântico?

Para o positivismo, o que não pode ser demonstrado pela argumentação ou pela
experiência não deve ser considerado.

Kant disse que a coisa-em-si (o noumeno) é um ente da razão, isto é, algo
que se aceita sem questionamento, até porque a existência da coisa tal como
ela é em si mesma (que subsiste à margem dos sentidos e da experiência
humanos) não pode ser demonstrada.

O positivismo, valendo-se do princípio da parcimônia, exclui de seus
esquemas qualquer referência à coisa-em-si. "O mundo é um conjunto de
sensações", diz ele.

Mas, se levarmos esse princípio a suas últimas conseqüências, iremos chegar
ao que chamo de "solipsismo quântico". Querem ver?

Ok, o mundo é um conjunto de sensações. Sensações minhas, do Alberto, do
Léo, do Takata, do Marco Aurélio, do Jocax, etc. Mas peraí! Se falo em
sensações do fulano, do sicrano e do beltrano estou partindo do pressuposto
de que no mundo existe uma multiplicidade de sujeitos que sentem. Ora, a
existência objetiva de qualquer outro sujeito que não seja "eu" (esse "eu"
pode ser qualquer um de vocês) é indemonstrável por meio da argumentação ou
da experiência. O certo é que "eu" sinto "vocês", vocês são algumas das
minhas sensações. Além do mais, o princípio da parcimônia diz que "as
entidades não devem ser multiplicadas sem necessidade". Ora, para que haja
sensações basta um e apenas um sujeito, "eu". Vocês, como outras entidades
sensíveis e pensantes, não são necessários. São redundâncias que devem ser
extipadas do esquema pela navalha de Occam. Por isso, vou considerá-los
apenas como um subconjunto de "minhas sensações".

Portanto, o mundo interessante, a ser considerado, é o mundo que surgiu com
o meu nascimento e que, com a minha morte, desaparecerá. Isso é solipsismo.

Ademais, nada garante que o meu nascimento, há mais de três décadas, seja
necessariamente a origem desse mundo "interessante". Talvez o mundo tenha
surgido inopinadamente há dez anos atrás, juntamente com as lembranças
(fictícias) de quando eu era bebê, menino e adolescente.

Significa dizer que a data em que se deu a origem do mundo "a ser
considerado" pode ser estabelecida arbitrariamente (em 16/11/1988, em 1º de
janeiro do corrente ano, na terça-feira da semana passada, anteontem, à zero
hora de hoje, etc.) O mundo só não pode ter surgido "depois" deste instante
presente em que estou a pensar. O instante presente é o limite. Portanto, e
por uma questão de estética, vou considerar a hipótese mais simples: o mundo
interessante simplesmente surgiu agora, neste instante, pois não é
necessário que o seu surgimento tenha se dado antes dele.

De resto, posso morrer a qualquer instante e, nesse instante, o mundo
interessante desaparecerá. Mas, qualquer que seja esse fatídico momento, o
certo é que estou pensando, e pensar demanda tempo, de dois a três segundos,
que é o tempo necessário para "nossas mentes integrarem os dados sensíveis
percebidos em uma experiência unitária, fato refletido na música e poesia
humanas." (Paul Davies).

Um "quantum" de pensamento dura dois ou três segundos, que é o tempo de
duração do "agora psicológico". Seis segundos equivalem a dois ou três
agoras psicológicos sucessivos, razão pela qual o contínuo
tic...tic...tic...tic...tic...tic do relógio se nos apresenta como um
descontínuo tic...tac, tic...tac, tic...tac. (se o intervalo de tempo entre
um tic e outro for maior que três segundos, não ouviremos tic...tac, mas
tac...tac...)

Pois bem: a duração do mundo interessante é a sucessão de quantos agoras
psicológicos? E por que supôr uma pluralidade de agoras psicológicos se um
apenas basta, consistindo o resto em memória fictícia? O princípio da
parcimônia, repito, diz: "as entidades não devem ser multiplicadas sem
necessidade."

Por isso, é de se concluir que o mundo interessante não dura mais que três
segundos. "Penso, logo sou durante três segundos". Eis o enunciado do
solipsismo quântico - quântico porque sua duração equivale ao tempo
necessário a um quantum de pensamento.

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: 20 razoes para transar
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>, ifusp <ifusp-ex-alunos@egroups.com>
DATE: 06/06/2001 12:09

20 razões para transar todos os dias

01- ALIVIAR A DOR:
O prazer sexual tem efeito anestesico. O limiar de
tolerancia a dor pode
aumentar ate 70% no momento do orgasmo, o que explica,
entre outras
coisas,a superacao da dor nas praticas sadomasoquistas.

02- ATIVA A DIGESTAO:
Segundo pesquisadores americanos, a saliva que se troca
em um beijo
"profundo" facilita a digestao e tem efeitos beneficos
sobre as defesas do
organismo. Um boca-a-boca fogoso faz circular 9 gramas de
agua; 0,7
miligramas de gorduras, 0,45 gramas de sal e 250
bacterias.

03- MELHORAR O HUMOR:
O prazer influencia a producao de serotonina e dopamina,
substancias que
"dopam" o cerebro e espalham sensacao de bem-estar pelo
corpo todo.

04- DESCONTRAIR OS MUSCULOS:
Carinhos sobre a pele produzem um estimulo que chega ate
o centro motor
nervoso. Quando esse estimulo volta aos musculos, tem
efeito relaxante.

05- DIMINUIR A ANSIEDADE:
Caricias tem um verdadeiro poder calmante - gracas a
liberacao das
endorfinas. E, como toda atividade fisica, fazer amor
permite botar para
fora as tensoes musculares, nervosas e psicologicas.

06- FACILITAR A FECUNDACAO:
O prazer pode favorecer a fecundacao, mas isso nao e
sistematico.
Descobriu-se que, a partir de um orgasmo muito forte, a
mulher pode ter
uma segunda ovulacao em um mesmo ciclo.

7- ESTIMULAR A CIRCULACAO SANGUINEA:
Durante a excitacao sexual, a demanda por sangue aumenta
nas zonas
erogenas e no resto do corpo tambem. No momento do
prazer, as arterias
se dilatam, provocando uma sensacao de bem-estar
generalizada.

08- EQUILIBRAR A TIREOIDE:
O prazer sexual favorece o bom-funcionamento da tereoide.
Quando a
glandula funciona demais, a pessoa sente-se febril, sem
energia.
Quando ela nao trabalha o bastante, nao e melhor: a
pessoa sente frio,
engorda e sua libido diminui.

09- REGULAR A MESTRUACAO:
Sexualidade mal vivida se traduz frequentemente por ciclo
menstrual
irregular. O prazer sexual favorece o equilibrio
hormonal - e a
menstruacao na data certa. Alem disso, estudos provam que
mulheres que
tem bons orgasmos sofrem menos com a tensao pre-menstrual.

10- MELHORAR O SONO:
Quando a pessoa se sente bem, o corpo produz endorfinas,
que tem poderes
calmantes e tranquilizantes.

11- MANTER O PESO:
Cada relacao sexual de 20 minutos faz perder em media 200
calorias - o
equivalente a meia hora de tenis ou uma corrida de 1,5
Km. Se o prazer
emagrece pouco, por outro lado produz endorfinas, que
acalmam os ataques a
geladeira.
12- DESENVOLVE O ESTRESSE POSITIVO:
Boa parte das substancias necessarias a uma relacao
sexual de qualidade
e produzida pelas supra-renais, pequenas glandulas
localizadas acima dos
rins que funciona melhor sob a influencia do prazer. A
adrenalina agita
os sentimentos em caso de amor a primeira vista; a
cortisona age contra a
depressao e os hormonios androgenos estimulam o desejo.

13- HIDRATAR A PELE:
O prazer aumenta a producao de estrogeno (hormonio sexual
feminino), o
que faz a pele ficar mais bem irrigada, mais brilhante,
mais lisa e mais
macia.

14- MASSAGEAR O INTESTINO:
A contracao dos musculos abdominais durante o sexo
funciona como uma
massagem no intestino, o que favorece seu funcionamento.

15- EXERCITAR O CORACAO:
O ritmo cardiaco sobe de 70/80 pulsacoes por minuto no
estado de repouso
para 100/160 pulsacoes por minuto.

16- DESENTROXICAR O SANGUE:
Em estado de repouso, cada pessoa respira, em media, 15
vezes por minuto.
Em estado de excitacao, a media sobe para 40 vezes.
Consequencia: o corpo
fica mais oxigenado, os residuos de gas carbonico sao
eliminados e o
sangue se regenera. E como fazer cooper, só que mais
gostoso.

17- AUMENTAR OS SEIOS:
Sob o efeito da excitacao, o volume dos seios pode
aumentar ate 25% e a
sensibilidade se multiplica.

18- TONIFICAR O ABDOMEM:
Quando se faz amor com frequencia ou por muito tempo,
trabalha-se a
regiao abdominal. O responsavel e o diafragma: acomodado
entre a barriga e
os pulmoes, este musculo se contrai sob efeito da
aceleracao da respiracao
e cutuca os musculos abdominais.

19- MELHORAR A MEMORIA:
O hipotalamo, parte do cerebro onde ficam os centros de
memoria e de
aprendizado, tambem e estimulado pelo prazer. Uma
pesquisa americana
feita com estudantes mostrou que a masturbacao durante
periodos de prova
favorecem a concentracao - a liberacao de energia durante
o orgasmo
estimula o desejo de alcancar objetivos.

20- ALEGRAR A GRAVIDEZ:
Inundado de hormonios, o corpo de uma mulher gravida
induz a um aumento
da circulacao sanguinea, em particular no baixo ventre, o
que facilita a
relacao sexual. O prazer e ampliado por espasmos
agradaveis do utero, que
reage mais a estimulos por causa da presenca do bebe.

Fonte: Sylvain Minoun (resp. pela unidade de
ginecologia psicossomatica do hospital Robert Debre, em
Paris)





SUBJECT: Re: Livre-arbitrio
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/06/2001 14:34

From: Gabriel Antunes <gabriel101@uol.com.br>
>Olá,
>
>> Ahn... Nao q. seja uma definicao livre de problemas, mas
>> a mim me parece q. a questao do livre-arbitrio estaria
>> ligado ao grau de aleatoriedade/liberdade do sistema mente.
>
>Sim.
>Segundo Pinker,
>Aleatoriedade da Mente = 0

Se ele disse isso, então ele está errado. Há diversas evidências
apontando para aspectos estocásticos dos neurônios biológicos
(aspectos, aliás, fundamentais, pois essa aleatoriedade é
necessária por várias razões).

>
>> A variacao do comportamento para a qual nao
>> pudessemos atribuir a acao de uma variavel
>> conhecida, poderia ser jogada no saco de gato do
>> livre-arbitrio.
>
>É uma definição muito convencionada. Com o tempo, o homem saberá prever nos
>mínimos detalhes o comportamento de qualquer pessoa.
>

Não tenho nenhuma evidência de que isso ocorrerá. Tenho várias
evidências sugerindo o oposto. O comportamento humano é resultado
da operação do cérebro, que é um sistema dinâmico, complexo, e
caótico (no sentido matemático, embora no sentido leigo também :-).
Esse é o típico sistema para o qual não se pode fazer predições
acuradas. É algo pior de prever do que a atmosfera terrestre.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia e livre-arbítrio
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/06/2001 15:27

On Tue, 5 Jun 2001, Gabriel Antunes wrote:
> > Como seria uma sociedade em que fosse abolido o conceito de culpa?
> Pois é... por isso que a ciência não serve para organizar uma sociedade.
> Devemos usar a ética e a moralidade.

Discordo plenamente. A ciência deve sim fazer parte da sociedade como um
todo, inclusive de sua organização social e política.

O uso da ética é louvável, mas o da moral [preceitos religiosos] é
pernicioso, como a igreja cristã [ou qualquer outra] tem mostrado há dois
milênios.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Livre-arbitrio
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/06/2001 15:27


Ola Sergio,

> Não é mesmo. O disparo dos neurônios não é preciso, há um
> componente de ruído que afeta a sua operação (coloquei as
> referências no final desta mensagem, veja Calvin et al. 1967,
> 68).

Obrigado pelas referencias. Vou dar uma olhada.

Um grande abraco,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia e livre-arbítrio
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/06/2001 15:37


Ola Tarcisio,

> Mas isto que vc referiu é ética.

E'... realmente pode ser. :-)

Mas isto 'e uma questao de convencao? se voce quiser chamar "moral" de
"preceitos religiosos", chame. No final da no mesmo...

Mas ainda assim, dizer que "todo o ser humano tem direito a ser livre" pode
muito bem ser enquadrado como preceito religioso... Afinal 'e uma afirmacao
tao bem baseada quanto as "teorias" religiosas de que Jesus rescuscitou, nao
acha?... :-)

Um grande abraco,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: O inevitavel
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/06/2001 17:16

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Olá Jocax,
>
> Jocax - Sim , mas as afirmacoes q nao podem ser provadas nem
refutadas nunca
> pela ciencia carecem de qualquer importancia.
>
> Manuel - Uma hipótese é falseável quando ela não exclui a
possibilidade
> "lógica" ou "matemática" de eventos que frustrem suas previsões.
Vale dizer,
> para "falsear" uma hipótese o cientista tem que lançar mão da lógica
e da
> matemática para imaginar eventos capazes de refutá-la.
>
> Ora, nem a lógica nem a matemática são ciências no sentido
popperiano do
> termo, uma vez que tanto uma como a outra são sistemas dedutíveis de
> "postulados", isto é, de preceitos aceitos sem prévia demonstração;
> preceitos estes indemonstráveis ou porque são evidentes, como as
tautologias
> (por que o ser é e o não-ser não é? Porque sim, uai!) ou por serem
> indecidíveis (proposições não-evidentes para as quais não há
algoritmos ou
> operações lógicas capazes de estabelecer o seu valor verdade ou
falsidade).
>

Veja q logica e a matematica sao utilizadas pela ciencia
pq elas sao uteis aa ciencia. Em que sentido ?
Se a matematica e a logica NAO funcionassem de acordo
com nossa realidade elas nao nos seriam uteis nem teriam
tanta importancia. Isso significa q a matematica e a logica,
embora sejam criadas autonomas, na verdade, soh sao importantes
enquanto auxiliam a ciencia. No momento q nao mais o fizerem
elas deixam de ser importantes e uma nova matematica/logica
deveria ser criada.

Entao, neste sentido, a matematica e a logica fazem parte da ciencia
como instrumento dela. Mas se a ciencia se utiliza dela como
uma ferramenta fundamental, podemos dizer q soh assim elas tem
alguma importancia.

Podemos dizer entao q a logica e a matematica sao na verdade
cientificas. Sao como teorias que nunca provaram ser falsas.

Entao eu vou colocar meu ponto de vista jocaxiano:

A matematica e a logica sao teorias que sao continuamente
testadas em relacao aa realidade. A ciencia as utiliza pq
elas tem se mostrado verdadeiras. Mas poderia nao ser.
Isso significa q elas sao cientificas e se deixarem de funcionar
deverao ser substituidas por outras.



> Sendo assim, o cientista, para falsear a sua hipótese, tem que se
valer
> (mesmo que disso não tome consciência) de enunciados
lógico-matemáticos
> evidentes, indecidíveis e, portanto, "irrefutáveis".

Do exposto acima conclui-se q ateh mesmo a matematica e a logica
poderiam ser refutadas.
Veja q como teoria em si elas nao sao refutadas
dentro delas proprias elas poderiam ser refutadas dentro do
dominio da realidade. Ou seja a logica seria refutada nao pela
propria logica, mas pelo dominio da realidade.

>
> Conclusão: afirmações irrefutáveis são importantes para a ciência.
>

Conclusao :
Afirmacoes irrefutaveis nao sao importantes para a ciencia.

[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/06/2001 17:17

Sérgio Taborda wrote:

> A minah frase original era:
> "Não é possível provar ou refutar todas as afirmações cientificamente."
>
> Jocax escreveu:
> [A negacao da frase seria A v B
> isto quer dizer q se a negacao da frase for verdadeira
> tudo pode ser provado cinetific/e ou ao menos refutado cientif/e
> Mas, a rigor, nao se pode provar uma coisa cientifi/e
> entao, para a negacao da frase ser verdadeira
> tudo deve poder ser refutado cientif/e.
> E, para refutar a frase, bastaria um exemplo q nao se pode refutar
> cientificamente.]
>
> Exacto. E esse exemplo é a propria frase em si.

Nao estou tao certo q este exemplo eh a propria frase em si veja :
Podia ser q a frase fosse falsa e neste caso ela poderia ser refutada cientificamente.
Mas como saber se a frase nao pode ser refutada cientificamente ?
Bom, se ela foge do escopo da ciencia seria um dos casos.
Se ela nao foge ao escopo da ciencia entao ela poderia ser refutada cient/e
mas se ela poderia ser refutada cientic/e entao ela NAO seria um exemplo
que nao se pode refutar cientifica/e ! :-)

>
>
> [ Para isso eh soh colocar uma assercao que foge ao escopo da
> ciencia : "Existe um diabinho verde no ombro de cada pessoa q
> nao pode ser medido por nenhum meio fisico" ]
>
> Não é preciso ir para o campo do imaginário.
> A frase em si é muito real, e prova-se a si mesma.

Nao provaste. Eu mostrei q dentro do dominio da ciencia ela
nao pode ser exemplo de irrefutabilidade.


> Porque não fugindo do
> escopo da ciencia [coisa que o diabinho verde fugiria] , nem usando da
> definição [no caso do diabinho está a pré-defenir que não se pode medir] ela
> é coerente e irrefutável cientificamente.
>
Se ela eh irrefutavel entao ela nao eh cientifica.

>
>
> A frase é auto-comprovante.
>
> > Portanto, eu provo que a frase é verdadeira, não fazendo
> absolutamente nada
> > :-)))
> > (Simpático hein? :-) )
>
> [Nao concordo , uma frase pode ser "sem sentido" ( nem verdadeira
> nem falsa ) :
> "Esta frase eh falsa" eh verdadeira ou falsa?]
>
> Ok, eu exagerei. Mas o que queres dizer é que existe afirmações (diferente
> de frase) cujo sentido lógico não se pode apurar bináriamente.Isso não
> implica que tenha um valor de verdade.
> Verdade não é o antónimo de Falso. É o antónimo de Mentira.

Nao concordo.

>

>
> [Sim , mas as afirmacoes q nao podem ser provadas nem refutadas
> nunca pela ciencia carecem de qualquer importancia ( jocax ) ]
>
> Discordo. A frase que escrevi detém importância.

Veja q a a frase rigor *nao* tem importancia mesmo :
Pegue uma frase qualquer X .
No que ajudaria sua sentenca a cerca da frase X ?
Ela nao ajuda em nada por isso ( neste sentido ) nao tem importancia.

>
> Diz-nos que a ciencia não é o supra-sumo do alcance do conhecimento.

Ela nao diz isso.

>
> Que o ser humano pode obter conehcimento de outras formas.

Nota q a ciencia NAO DIZ *como* obter conhecimento.
Ela soh nos diz se um dado conhecimento pode ser cientifico ou nao.

>
> E que a ciencia é incompleta.

Nem a matematica eh completa.

>
>
> > Bom, e se concordam comigo que a frase é verdadeira, então o
> conhecimento
> > cientifico é incompleto.
>
> [SIm, o conhecimento cientifico esta sempre avancando.]
>
> Acho que não percebeste: incompleto quer dizer que por muito que avance
> nunca alcançará todo o conhecimento.Exactamente pq existe afirmações que ela
> não pode decidir verdadeiras, nem falsas.

Mas se nao pode decidir entao elas nao tem importancia.


>
>
> > Se ele é incompleto, o que pode haver além dele, que prove ou
> refute, as
> > afirmações que a ciência não pode ?
>
> [Nada, pois se este "alem dele" existe ele pode ser incorporado
> pelo ciencia para explica-lo e portanto deixa de pertencer ao
> inexplicado :-)]
>
> Errado.Porque esse algo não é decidirvel pela ciencia.

Como nem a matematica eh completa a ciencia tambem nao poderia
ser.

>

>

> Acho que não estás a ver a profundidade do problema e a cair nos lugares
> comuns que sempre aparecem nestas discussões. O que a frase implica é que
> existe conhecimento sobre a ciencia não se pode pronunciar.

Se ela nao pode se pronunciar eu ela carece de importancia.


>
> Se algo conseguir pronunciar-se sobre essas afirmações, será algo maior que
> a ciencia e que a conterá. e não ao contrário como afirmas.
>
> > E no caso de não haver nada, nosso conhecimento será sempre
> incompleto.
> > Não é muito alentador :-(
>
> [Mas eh aih q esta a graça da coisa : Sempre teremos coisas novas
> a descobrir !Viu como eh alentador ! :-)]
>
> Acho que achas isso pq estás a ver o filme do lugar errado.
> O que se refere aqui, é que por muito que a ciencia avance , ela não poderá
> dominar todo o conhecimento.

Nao mesmo . Mas todo conhecimento digno do nome se valera dela.


>
> Existiram verdades que a ciencia não poderá nunca dizer que são verdades. E
> mentiras , que a ciencia nunca poderá provar mentiras.

Neste caso estes conhecimentos nao teram importancia.

[]s
jocax





SUBJECT: Re: O inevitavel
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/06/2001 18:02

From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> >
> > Conclusão: afirmações irrefutáveis são importantes para a ciência.
> >
>
> Conclusao :
> Afirmacoes irrefutaveis nao sao importantes para a ciencia.

Concordo com Jocax. Posso propor que afirmações irrefutáveis são
importantes para a *filosofia*, mas não para a ciência. Na filosofia,
lidamos frequentemente com "thought experiments" em que sabe-se
não ser possível implementação física (alguém já leu o fantástico
"brain in a vat" de Daniel Dennett?). A filosofia avança com esse
tipo de especulação irrefutável. Já a ciência não avança nada
com o irrefutável (por isso a astrologia continua impune até hoje),
mas avança com as refutáveis.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia e livre-arbtrio
FROM: alisson@rock-br.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/06/2001 19:00

Tem um ponto errado em sua concluso. No pode-se encarar a moral
apenas como "preceito religioso".A moral est muito alm de ser somente
as idias da religio. Os conceitos filosficos e cientficos tm em si
morais estabelecidas, e que na esmagadora maioria das vezes no tem nada
a ver com "idia religiosa". At acho que os "filosficos" e
"cientficos" so os conceitos mais cticos que existem, entretanto, no
deixam de lado a moral.
Mas, concordo plenamente quando vc diz que a cincia deve fazer
parte
da sociedade, na sua organizao social e poltica,visto que devemos
encar-la como um de seus alicerces, assim como a tica e a moral. A
hiptese de uma sociedade sem cincia,(segundo a nossa
moral),acarretaria uma srie de transtornos e at o mesmo um retrocesso,
pois sabemos o quanto a cincia nos faz evoluir.E essa evoluo no se
d apenas no mbito pessoal, muito pelo contrrio, ela se d
primordialmente no mbito social.
Ou seja, inimaginvel(segundo est moral) uma sociedade sem a
participao da cincia em suas questes.
Quando falo "est moral" me refiro a como encaramos o mundo.E no
falo
de ponto de vista, mas sim de como nos portamos perante a realidade.
E, s uma pergunta aos filsofos que tiveram a pacincia de ler
tudo
isso, "o que realidade?" (Parece simples,mas o que garante que as
respostas que surjam sejam verdades? E o que verdade? Eu acho que as
respostas tm a ver com a prpria questo de moral)
Sem mais peo desculpas pelas palavras, que podem no ser a
"verdade"
para muitas pessoas, mas que para mim refletem uma grande busca.No sou
filsofo, mas entendo que a busca por respostas de todos ns.

Alisson

Em Wed, 6 Jun 2001 15:27:23 -0300 (BRT) "Tarcisio Borges da Silva Jr."
Escreveu:

> On Tue, 5 Jun 2001, Gabriel Antunes wrote:
> > > Como seria uma sociedade em que fosse abolido o conceito de culpa?
> > Pois ... por isso que a cincia no serve para organizar uma
> sociedade.
> > Devemos usar a tica e a moralidade.
>
> Discordo plenamente. A cincia deve sim fazer parte da sociedade como
um
> todo, inclusive de sua organizao social e poltica.
>
> O uso da tica louvvel, mas o da moral [preceitos religiosos]
> pernicioso, como a igreja crist [ou qualquer outra] tem mostrado h
dois
> milnios.
>
> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@fisica.ufpr.br
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups sujeito s regras descritas em:
> http://docs.yahoo.com/info/terms/





MailBR - O e-mail do Brasil -- http://www.mailbr.com.br
Faa j o seu. gratuito!!!


SUBJECT: Fotografia Kirlian
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/06/2001 21:26

Preciso urgente de artigos refutando a FOTOGRAFIA KIRLIAN.
Lembro-me, uma vez, que o Léo postou algo a respeito, mas foi antes que eu perdesse todas as mensagens.
Takata, se souber também de referências, agradeço.

Abraços.

Peterson Leal.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/06/2001 08:55

> > E, para refutar a frase, bastaria um exemplo q nao se pode refutar
> > cientificamente.]
> >
> > Exacto. E esse exemplo é a propria frase em si.
>
> Nao estou tao certo q este exemplo eh a propria frase em si veja :
> Podia ser q a frase fosse falsa e neste caso ela poderia ser refutada
cientificamente.
> Mas como saber se a frase nao pode ser refutada cientificamente ?

Experimente refutá-la.

> Bom, se ela foge do escopo da ciencia seria um dos casos.
> Se ela nao foge ao escopo da ciencia entao ela poderia ser refutada
cient/e
> mas se ela poderia ser refutada cientic/e entao ela NAO seria um exemplo
> que nao se pode refutar cientifica/e ! :-)

Esta argumentação é inutil. Tenta refutá-la e verás que não consegues.
Não estamos a falar em abstracto de uma frase X desconhecida. Estamos
falando desta frase concreta.


> > Porque não fugindo do
> > escopo da ciencia [coisa que o diabinho verde fugiria] , nem usando da
> > definição [no caso do diabinho está a pré-defenir que não se pode medir]
ela
> > é coerente e irrefutável cientificamente.
> >
> Se ela eh irrefutavel entao ela nao eh cientifica.

v = dr/dt é irrefutável , e é cientifico.
O teu argumento não colhe.


> > Que o ser humano pode obter conehcimento de outras formas.
>
> Nota q a ciencia NAO DIZ *como* obter conhecimento.
> Ela soh nos diz se um dado conhecimento pode ser cientifico ou nao.
>
> >
> > E que a ciencia é incompleta.
>
> Nem a matematica eh completa.

A matemática não é cientifica.A matemática não é uma ciencia.
Ai está um bom exemplo que aprova a veracidade da frase que escrevi. Por
acaso não me tinah lembrado de uam coisa tão simples quanto a matemática.


> > Existiram verdades que a ciencia não poderá nunca dizer que são
verdades. E
> > mentiras , que a ciencia nunca poderá provar mentiras.
>
> Neste caso estes conhecimentos nao teram importancia.

Repetiste esta frase 5 vezes. Não concordo com ela, e não me apresentaste
argumentos que me levem a mudar de opinião. Lá pq algo não é cientifico, não
significa que careça de importância.... começo a entender que para ti qq
coisa que interesse tem de ser cientifico por definição de "interesse"...
...Talvez um dia. isso seja verdade.. ou talvez não.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: Livre-arbitrio
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/06/2001 09:09

From: Gabriel Antunes <gabriel101@uol.com.br>
>Olá Sergio,
>
>> >Sim.
>> >Segundo Pinker,
>> >Aleatoriedade da Mente = 0
>>
>> Se ele disse isso, então ele está errado. Há diversas
>> evidências apontando para aspectos estocásticos dos
>> neurônios biológicos (aspectos, aliás, fundamentais, pois
>> essa aleatoriedade é necessária por várias razões).
>
>Primeiro: mostre-me as evidências (pesquisas, estudos...)
>Segundo: se são só evidências, não há nada conclusivo para afirmarmos que
>Pinker está errado.

Olá, Gabriel.
Antes de começar, deixe-me refinar um pouco mais o que estou
entendendo por "aleatoriedade". Não estou dizendo que o cérebro
é um mecanismo "completamente aleatório", só digo que ele possui,
entre seus mecanismos determinísticos, uma importante influência
de fontes randômicas.

Quando Pinker diz que "aleatoriedade da mente = 0", ele está
querendo dizer que o cérebro é um sistema totalmente determinístico.
Não é mesmo. O disparo dos neurônios não é preciso, há um
componente de ruído que afeta a sua operação (coloquei as
referências no final desta mensagem, veja Calvin et al. 1967, 68).

Não poderia ser diferente, já que os neurônios são dispositivos
eletroquímicos e há muito ruído de quantização, pois a passagem
de impulsos de um neurônio a outro é feita através do estouro
de bolsas de neurotransmissores que controlam o fluxo de íons
nas sinapses. Há um número discreto de bolsas que varia até na
mesma sinapse, providenciando um ruído devido à quantização.

Estudos recentes (últimos 5 anos) demonstraram que o ruído
neural é fundamental para a auto-organização das colunas
corticais da visão em primatas. A estrutura de detetores
de "features" (bordas, orientações, etc) no córtex visual aparece
mesmo sem ter exposição a experiências, apenas por causa
desse ruído neural. O ruído, neste caso, faz as vezes de um
estímulo.

>
>> >É uma definição muito convencionada. Com o tempo, o
>> > homem saberá prever nos mínimos detalhes o
>> > comportamento de qualquer pessoa.
>>
>> Não tenho nenhuma evidência de que isso ocorrerá. Tenho
>> várias evidências sugerindo o oposto. O comportamento
>> humano é resultado da operação do cérebro, que é um sistema
>> dinâmico, complexo, e caótico (no sentido matemático,
>> embora no sentido leigo também :-).
>
>Complexo com certeza.
>Mas, me diga, em que se baseia essa teoria de que há aleatoriedades no
>funcionamento do cérebro?
>

A ciência cognitiva recebeu, nas últimas décadas, uma importante
colaboração: a dos que investigam o cérebro como um sistema dinâmico,
complexo e caótico (veja Kelso, Thelen & Smith, van Gelder). Nesses
modelos, o cérebro é visto como um sistema não-linear cuja operação
requer ruído para haver eficácia na auto-organização. Ruído hoje
em dia já não é algo ruim, é algo desejável, algo que pode inclusive
melhorar a performance do sistema (o tópico ressonância estocástica
trata dessa questão).

Até mais,
Sergio Navega.

Refs.

Calvin, W. H., and Stevens, C. F. (1967). Synaptic noise as a source of
variability in the interval between action potentials. Science 155:842-844.

Calvin, W. H., and Stevens, C. F. (1968). Synaptic noise and other sources
of randomness in motoneuron interspike intervals. Journal of Neurophysiology
31:574-587.

Thelen, Esther; Smith, Linda B. (1996) A Dynamic Systems Approach to
the development of cognition and action. MIT Press.

Kelso, J. A. Scott (1995) Dynamic Patterns. MIT Press.

van Gelder, Timothy; Port, Robert F. (eds) (1995) Mind as Motion. MIT Press.







SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia e livre-arbítrio
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/06/2001 09:23

On 6 xxx -1 alisson@rock-br.com.br wrote:
> Tem um ponto errado em sua conclusão. Não pode-se encarar a moral
> apenas como "preceito religioso".A moral está muito além de ser somente
> as idéias da religião. Os conceitos filosóficos e científicos têm em si
> morais estabelecidas, e que na esmagadora maioria das vezes não tem nada
> a ver com "idéia religiosa". Até acho que os "filosóficos" e
> "científicos" são os conceitos mais céticos que existem, entretanto, não
> deixam de lado a moral.

Mas isto cai no velho dilema de como se define moral. Isto já foi
discutido aqui sem muitos resultados. Para mim, moral continua a ser
intimamente ligado à religião.

Sempre me vem na memória as expressões "baluarte da moralidade" e
"defensor da moral e dos bons costumes" normalmente atribuido a pessoas
ligadas à igreja. Estes títulso são auto-atribuídos e servem para se
aplicar idéias [práticas] preconceituosas e fugir das penalidades vigentes
na lei.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/06/2001 09:30



Sérgio Taborda wrote:

> >
> > Neste caso estes conhecimentos nao teram importancia.
>
> Repetiste esta frase 5 vezes. Não concordo com ela, e não me apresentaste
> argumentos que me levem a mudar de opinião. Lá pq algo não é cientifico, não
> significa que careça de importância.... começo a entender que para ti qq
> coisa que interesse tem de ser cientifico por definição de "interesse"...
> ...Talvez um dia. isso seja verdade.. ou talvez não.
>

Ok Sergio, vou tentar explicar pq eu penso assim.

Assumimos que vivemos num mundo fisico, que chamamos de realidade.

Existem assercoes ( frases/sentencas/ideias) que interagem com a realidade
( direta ou indiretamente ) e outras que nao.

Tudo que interage com a realidade pode ser refutado ou medido, ou seja,
eh de dominio da ciencia.

As afirmacoes que interagem com a realidade podem entao ser de algum modo
refutadas.

Se vc tem uma assercao que nao interage nunca com a realidade entao
ela nao tem importancia pois nao afetara esta realidade em nada.

Qdo a ciencia utiliza-se da matematica ela esta usando a matematica-teoria
e nao a matematica-filosofia. E assim, esta matematica-teoria
esta interfaceando com a realidade e sujeita, portanto, a refutabilidade.

Veja q esta ideia eh de extrema importancia para a teoria do conhecimento
e eu deveria coloca-la como um e-mail historico :-)
( Se eh que alguem ja nao a teve )

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia e livre-arbítrio
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/06/2001 09:34

On Tue, 5 Jun 2001, Gabriel Antunes wrote:
> Os preceitos religiosos são perniciosos para a organização de uma sociedade?

Sim

> Acho que eles são perniciosos para a ciência, para a busca da verdade.

Também.

> A moral que afirmo ser idispensável para uma sociedade é aquela moral que,
> por exemplo, coloca homens e mulheres em situação de igualdade, quando,
> biologicamente, possuem tendências comportamentais muito diferentes.
> Outra questão é a seguintes: por que não manter um escravo dentro de casa,
> se ele trará benefícios para uma família inteira e dispendirá pequenos
> investimentos? Poderíamos deteminar, também, que a cada 7 habitantes que
> nascem, um deles têm de prestar servições gratuitamente para a sociedade.
> Seria mão-de-obra barata: não precisa de salário (só comida e moradia e
> talvez algumas correntes), nem de direitos trabalhistas.
> Esse tipo de "moral", que nos "proíbe" de fazer tais atrocidades, é a que me
> refiro quando uso a palavra.

Mas isto que vc referiu é ética.

Vc pode enquadrar as duas questões em algumas regras éticas

-Seus direitos acabam quando começam os direitos do outro
-Todo o ser humano tem direito a ser livre

É muito mais proveitoso para a sociedade que a mulher tenha os mesmos
direitos e deveres que o homem e que nenhuma pessoa tenha seus direitos
negados por algo ao qual ela não tem controle.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia e livre-arbítrio
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/06/2001 10:16

alisson@rock-br.com.br wrote:

> Tem um ponto errado em sua conclusão. Não pode-se encarar a moral
> apenas como "preceito religioso".A moral está muito além de ser somente
>
> as idéias da religião. Os conceitos filosóficos e científicos têm em si
>
> morais estabelecidas, e que na esmagadora maioria das vezes não tem nada
>
> a ver com "idéia religiosa". Até acho que os "filosóficos" e
>
> "científicos" são os conceitos mais céticos que existem, entretanto, não
>
> deixam de lado a moral.
>

Acho q vcs poderiam dar uma olhada em algumas ideias interessantes a respeito :

Sobre Verdade:
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/266

Livre-Arbitrio:
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/211

Moral e Etica:
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/294
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/302

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/06/2001 10:48


> > > Neste caso estes conhecimentos nao teram importancia.
> >
> > Repetiste esta frase 5 vezes. Não concordo com ela, e não me
apresentaste
> > argumentos que me levem a mudar de opinião. (..)
>
> Ok Sergio, vou tentar explicar pq eu penso assim.
>
> Assumimos que vivemos num mundo fisico, que chamamos de realidade.
>
> Existem assercoes ( frases/sentencas/ideias) que interagem com a realidade
> ( direta ou indiretamente ) e outras que nao.
>
> Tudo que interage com a realidade pode ser refutado ou medido, ou seja,
> eh de dominio da ciencia.
>


A ideia "Não é possível provar ou refutar todas as afirmações
cientificamente." interage, ou não, segundo tu, com a realidade? Se não, pq
?
Para mim, interage, e portanto é passivel de ser refutada ou provada.

> As afirmacoes que interagem com a realidade podem entao ser de algum modo
> refutadas.

Relembro que as afirmações verdadeiras não podem ser refutadas. Isto parece
ridiculo, mas vai em contra do que escreveste.

> Se vc tem uma assercao que nao interage nunca com a realidade entao
> ela nao tem importancia pois nao afetara esta realidade em nada.

Dá-me um exemplo de uma afirmação deste tipo. Outro exemplo que ainda não
tenah sido mensionado.
(pois segundo tu a frase que escrevi, seria deste tipo, certo?)

> Qdo a ciencia utiliza-se da matematica ela esta usando a matematica-teoria
> e nao a matematica-filosofia. E assim, esta matematica-teoria
> esta interfaceando com a realidade e sujeita, portanto, a refutabilidade.
>
> Veja q esta ideia eh de extrema importancia para a teoria do conhecimento
> e eu deveria coloca-la como um e-mail historico :-)
> ( Se eh que alguem ja nao a teve )

A ideia que uma afirmação só é cientifica se for passível de ser provada
falsa, é diferente da afirmação ser refutável. Refutável, indica que ela é
realmente falsa.
A possibilidade de ser provada falsa, indica que não é uma verdade à priori
, nem é uma definição.(por estas razões, mas não só, a matemática não é uma
ciência)
Ou seja, para uma afirmação ser cientifica, tem de ser possivel uma
experiência que seja passível, em teoria, de a provar falsa. Caso não
consiga, a afirmação é dada com aceitável, mas nunca verdadeira.

Mas o que estamos falando aqui é de uma afirmação qq, não necessariamente
cientifica. Dentro deste tipo de afirmações, existe um conjunto delas para
os quais a ciência não possui ferramentas para poder refutá-las ou
prová-las. Sobre este tipo de afirmações a ciência apenas poderá dizer :"Não
sei responder"

Então existe uma lacuna.
Essas frases tb interagem com a realidade. E portanto detém um valor lógico.
contudo a ciência não nos o sabe dizer. Talvez outras fontes do conhecimento
possam responder.
Afirmações do foro da realidade como as afirmações políticas, ou as éticas,
por exemplo, não são tangíveis pela ciência. Contudo elas sim são
importantes! Ao contrário do que pareces defender que apenas o que é
cientifico é importante.
(bom, claro que ai entra a tua neo-filosofia da ética jocaxiana, certo? ;-)
... mas mesmo assim, continua não sendo cientifico. )

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Ciencia da Computação
FROM: "Frederico Bortolato" <frederico@hexasolution.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/06/2001 11:18

Ola a todos os co-listeiros

Preciso da ajuda de voces, pois estou com dificuldades em encontrar na Internet o material que estou necessitando para uma pesquisa da faculdade.
Preciso de indicações de referências na Web para os seguintes assuntos:

1. Matemática Discreta
2. Estrutura de Dados e Construção de Algoritmos:
2.1 - Backtracking
2.2 - Listas Ligadas
2.3 - Grafos
3. Teoria dos Grafos:
3.1 - Coloração de Grafos
3.2 - Cáculo do Número Cromático
3.3 - Polinômio Cromático


Sei que estes assuntos fogem um pouco do escopo desta lista, mas peço a compreensão de todos e agradeço qualquer ajuda.


Outra coisa que gostaria de perguntar: recentemente fui assistir a uma peça de teatro intitulada Copenhagen [Teatro SESC-Anchieta, mas que fica na Consolação.:-) ], onde os personagens principais são Niels Bohr e Werner Heinsemberg. A peça descreve várias interpretações sobre o encontro dos dois em Copenhagen em 1941, em plena II Guerra, onde até hoje, segundo a peça, não se sabe com exatidão o motivo e o que se passou neste encontro. Voces sabem algo a esse respeito ou alguem assistiu a peça? Alguma opinião a esse respeito?


Saudações


Frederico.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/06/2001 12:31

Sérgio Taborda wrote:

> > > > Neste caso estes conhecimentos nao teram importancia.
> > >
> > > Repetiste esta frase 5 vezes. Não concordo com ela, e não me
> apresentaste
> > > argumentos que me levem a mudar de opinião. (..)
> >
> > Ok Sergio, vou tentar explicar pq eu penso assim.
> >
> > Assumimos que vivemos num mundo fisico, que chamamos de realidade.
> >
> > Existem assercoes ( frases/sentencas/ideias) que interagem com a realidade
> > ( direta ou indiretamente ) e outras que nao.
> >
> > Tudo que interage com a realidade pode ser refutado ou medido, ou seja,
> > eh de dominio da ciencia.
> >
>
> A ideia "Não é possível provar ou refutar todas as afirmações
> cientificamente." interage, ou não, segundo tu, com a realidade? Se não, pq
> ?

Nao interage pois foi provada ser uma tautologia sempre verdadeira
e EQUIVALENTE aa frase :
"O diabinho nao missivel nao pode ser refutado" .


>
> Para mim, interage, e portanto é passivel de ser refutada ou provada.

Se ela interagisse ela poderia ser refutada.


>
>
> > As afirmacoes que interagem com a realidade podem entao ser de algum modo
> > refutadas.
>
> Relembro que as afirmações verdadeiras não podem ser refutadas. Isto parece
> ridiculo, mas vai em contra do que escreveste.
>

Veja q elas sao verdadeiras dentro do DOMINIO que elas se provaram
verdadeiras e que podem nao ter nada a ver com a realidade.
A matematica faz parte de um dominio proprio e dentro deste dominio
existem frases verdadeiras mas ao se transpor este contexto para a realidade
estas verdades poderiam NAO ser mais verdadeiros.
Isto significa q no dominio da realidade nao existem certezas absolutas.


>
> > Se vc tem uma assercao que nao interage nunca com a realidade entao
> > ela nao tem importancia pois nao afetara esta realidade em nada.
>
> Dá-me um exemplo de uma afirmação deste tipo.

"Existe um diabinho verde que nao pode ser medido no ombro de cada pessoa"
Esta frase nao pode ser refutada e portanto nao tem importancia.


> Outro exemplo que ainda não
> tenah sido mensionado.

Outro exemplo : "Depois que vc morrer sua alma vai para o 'ceu'."


>
> (pois segundo tu a frase que escrevi, seria deste tipo, certo?)

Sim, sua frase eh irrefutavel e portanto , cientificamente,
nao serve para nada.
( Note q existe um aspecto psicologico q eu nao
estou abordando, por exemplo Se todos acreditarem na frase :
"Matem-se agora se nao o meta-universo-paralelo desaparecera"
Bom, isso pode ocasionar uma tragedia mesmo q o meta universo
seja invencao e a frase seja falsa.)

>
>
> > Qdo a ciencia utiliza-se da matematica ela esta usando a matematica-teoria
> > e nao a matematica-filosofia. E assim, esta matematica-teoria
> > esta interfaceando com a realidade e sujeita, portanto, a refutabilidade.
> >
> > Veja q esta ideia eh de extrema importancia para a teoria do conhecimento
> > e eu deveria coloca-la como um e-mail historico :-)
> > ( Se eh que alguem ja nao a teve )
>
> A ideia que uma afirmação só é cientifica se for passível de ser provada
> falsa, é diferente da afirmação ser refutável. Refutável, indica que ela é
> realmente falsa.

Nao , refutavel eh que pode ser refutado ou seja, provada falsa.


>
> A possibilidade de ser provada falsa, indica que não é uma verdade à priori
> , nem é uma definição.

Sim , mas eh cientifica.


> (por estas razões, mas não só, a matemática não é uma
> ciência)

Depois do jocax a matematica passa a ser uma ciencia sim.

>
> Ou seja, para uma afirmação ser cientifica, tem de ser possivel uma
> experiência que seja passível, em teoria, de a provar falsa. Caso não
> consiga, a afirmação é dada com aceitável, mas nunca verdadeira.

Dentro da realidade nao se pode dizer nada a respeito dela.
Mas dentro do su conjunto axiomatico ela pode ser verdadeira
falsa ou indecidivel.

>
>
> Mas o que estamos falando aqui é de uma afirmação qq, não necessariamente
> cientifica. Dentro deste tipo de afirmações, existe um conjunto delas para
> os quais a ciência não possui ferramentas para poder refutá-las ou
> prová-las. Sobre este tipo de afirmações a ciência apenas poderá dizer :"Não
> sei responder"

Se a afirmacao nao eh cientifica a ciencia nao pode responder mesmo.


>
>
> Então existe uma lacuna.
> Essas frases tb interagem com a realidade. E portanto detém um valor lógico.

Me da um exemplo de uma frase que inteage com a realidade e nao
se pode refuta-la.


>
> contudo a ciência não nos o sabe dizer. Talvez outras fontes do conhecimento
> possam responder.
> Afirmações do foro da realidade como as afirmações políticas, ou as éticas,
> por exemplo, não são tangíveis pela ciência. Contudo elas sim são
> importantes! Ao contrário do que pareces defender que apenas o que é
> cientifico é importante.
> (bom, claro que ai entra a tua neo-filosofia da ética jocaxiana, certo? ;-)
> ... mas mesmo assim, continua não sendo cientifico. )
>

Certo, mas eh cientifico :)

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitavel
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/06/2001 13:23

Manuel: afirmações irrefutáveis são importantes para a ciência.

Jocax: Afirmacoes irrefutaveis nao sao importantes para a ciencia.

Sergio Navega: Concordo com Jocax. Posso propor que afirmações irrefutáveis
são importantes para a *filosofia*, mas não para a ciência. Na filosofia,
lidamos frequentemente com "thought experiments" em que sabe-se não ser
possível implementação física (alguém já leu o fantástico "brain in a vat"
de Daniel Dennett?). A filosofia avança com esse tipo de especulação
irrefutável. Já a ciência não avança nada com o irrefutável (por isso a
astrologia continua impune até hoje), mas avança com as refutáveis.

Manuel: Na minha mensagem anterior, disse que não se pode fazer ciência sem
fazer uso da lógica e da matemática, que não são ciências no sentido
popperiano do termo, uma vez que são constructos alicerçados em postulados,
que, por definição, são indemonstráveis. De sorte que, em última análise,
não se pode fazer ciência sem lançar mão de afirmações para as quais não há
operações lógico-matemáticas que demonstrem sua verdade ou falsidade. Como
falsear proposições indecidíveis? Como falsear tautologias? (tautologia: uma
fórmula do cálculo proposicional que é verdadeira qualquer que seja o valor
de verdade atribuído às variáveis proposicionais que nela ocorram.)

O Jocax afirma que a lógica e a matemática podem ser refutadas pela
realidade. Discordo. De acordo com a definição de B. Russell, com a qual
concordo, a lógica matemática é a "ciência" do possível, e não do real, de
modo que "uma proposição lógico-matemática deve ser tal que não possa ser
nem provada nem refutada por provas empíricas". Um exemplo banal: X = X,
qualquer que seja X.

Ademais, uma hipótese é falseável (e portanto científica) quando não
descarta a "possibilidade lógica" de eventos capazes de refutá-la. Ou seja,
o próprio cientista admite - ao menos os que são adeptos do "filósofo"
Popper - que o mundo real é um "mundinho" se comparado com o vasto mundo das
possibilidades.

Sinceramente não sei como a ciência, que é e sempre será uma conjectura
"possivelmente" falsa, seja capaz de refutar o inventário das possibilidades
que é a lógica e a matemática.

O que quero dizer, em síntese, é que a ciência empírica não se sustenta a si
mesma; que "ciência", "filosofia" e "matemática" não são compartimentos
estanques, que não se comunicam entre si; que a lógica e a matemática não
subsistem sem "postulados", e que a ciência não subsiste sem a lógica e a
matemática.

E, repetindo o que disse em outra mensagem: quem diz o que é ciência e o que
não é ciência não é a própria ciência, mas a filosofia (a epistemologia
popperiana é uma filosofia), e a filosofia, como apontou o Sérgio, avança
com especulações irrefutáveis.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: O inevitavel
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/06/2001 14:24

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Manuel: afirmações irrefutáveis são importantes para a ciência.
>
> O Jocax afirma que a lógica e a matemática podem ser refutadas pela
> realidade. Discordo. De acordo com a definição de B. Russell, com a
qual
> concordo, a lógica matemática é a "ciência" do possível, e não do
real, de
> modo que "uma proposição lógico-matemática deve ser tal que não
possa ser
> nem provada nem refutada por provas empíricas".

Manuel, acho q vc nao entendeu o q eu quis dizer.
A matematica enquanto filosofia, ou seja, enquanto nao tem conexao
com a realidade nao eh refutavel no sentido popperiano do termo.
Mas quando a ciencia a utiliza para seus propositos ela deixa
de ser a matematica-filosofica e passa a ser a matematica-ciencia.
E nao existe *nenhuma* razao a priori para que o universo deva seguir
regras matematicas e por isso eh uma das questoes basicas
da filosofia :"Por que a matematica serve tao bem aa Fisica?"

Assim, quando a ciencia utiliza-se da matematica ela a esta utilizando
como uma teoria ( que ateh agora nao foi falseada ) mas, em principio
podera ser falseada sim. E neste caso ( quando ou se isto acontecer)
a pergunta basica estaria resolvida :
A matematica nao serviria aa fisica seria apenas uma
aproximacao da realidade;

A matematica-ciencia que eh utilizada poderia ser definida:
1- Os axiomas e proposicoes da Matematica filosofia
2- Matematica filosofia eh compativel com a realidade


>Um exemplo banal: X = X,
> qualquer que seja X.

Sim eh verdade dentro da matematica filosofia, mas dentro da
matematica realidade o q significaria isso fisicamente?
E se uma coisa esta em constante mudanca?
E se sempre vc juntasse 2 macas e aparecesse 3?
1+1=3 ? :-)


>
> Ademais, uma hipótese é falseável (e portanto científica) quando não
> descarta a "possibilidade lógica" de eventos capazes de refutá-la.
Ou seja,
> o próprio cientista admite - ao menos os que são adeptos do
"filósofo"
> Popper - que o mundo real é um "mundinho" se comparado com o vasto
mundo das
> possibilidades.
>
> Sinceramente não sei como a ciência, que é e sempre será uma
conjectura
> "possivelmente" falsa, seja capaz de refutar o inventário das
possibilidades
> que é a lógica e a matemática.


Ela poderia refuta-la como ferramenta da ciencia e nao como
uma criacao da mente humana. A matematica poderia nao funcionar
com a realidade, simples assim.


>
> O que quero dizer, em síntese, é que a ciência empírica não se
>sustenta a si
> mesma;

Ja conjecturamos isso com relacao ao racionalismo-nao critico.

>que "ciência", "filosofia" e "matemática" não são
>compartimentos
> estanques, que não se comunicam entre si;

Tanto a ciencia como a matematica sao ramos da filosofia
mas sao , em principio, entanques sim.
A razao de a matematica servir aa ciencia eh ateh agora
um misterio nao desvendado.

>que a lógica e a >matemática não
> subsistem sem "postulados",

Sim, como ramos estanques do conhecimento precisam deles.

>e que a ciência não subsiste sem a lógica e a
> matemática.

Isso nao. Se descobrirmos que a matematica nao serve a ciencia,
a ciencia devera subsistir sem ela e uma nova matematica devera
ser criada ( novos postulados ).

>
> E, repetindo o que disse em outra mensagem: quem diz o que é ciência
>e o que
> não é ciência não é a própria ciência, mas a filosofia (a
>epistemologia
> popperiana é uma filosofia),

SIm, Neste sentido a ciencia eh um ramo da filosofia.

>e a filosofia, como apontou o Sérgio,
>avança com especulações irrefutáveis.
>

Veja q a filosofia define conceitos e estabelece interconexoes
de ideias. Estas ideias podem ou nao ter vinculo com a realidade.
A matematica poderia nao ter vinculo com a realidade ( felizmente
este vinculo parece existir ).
Quando uma assercao, filosofica ou nao, possui vinculo com a realidade
ela passa a ser alvo da ciencia.

Ok, vc pode inteligentemente me questionar :
"-Mas a ciencia nao eh auto-sustentavel pois quem a define
eh uma filosofia popperiana que a toma como um postulado verdadeiro."

Eu entao poderia retrucar :
"-Uma definicao nao eh um postulado, a filosofia definiu a ciencia
nao estabeleceu axiomas para ela"

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/06/2001 14:28

Jocax escreveu:

>> A ideia "Não é possível provar ou refutar todas as afirmações
>> cientificamente." interage, ou não, segundo tu, com a realidade? Se não,
pq
>> ?

>Nao interage pois foi provada ser uma tautologia sempre verdadeira
>e EQUIVALENTE aa frase :
>"O diabinho nao missivel nao pode ser refutado" .

Foi ?!onde, quando e por quem ?

>> Para mim, interage, e portanto é passivel de ser refutada ou provada.

>Se ela interagisse ela poderia ser refutada.

Ela está agora no na tua mente. Isso é uma interacção com a realidade.


> Relembro que as afirmações verdadeiras não podem ser refutadas. Isto
parece
> ridiculo, mas vai em contra do que escreveste.
>

>Veja q elas sao verdadeiras dentro do DOMINIO que elas se provaram
>verdadeiras e que podem nao ter nada a ver com a realidade.
>A matematica faz parte de um dominio proprio e dentro deste dominio
>existem frases verdadeiras mas ao se transpor este contexto para a
realidade
>estas verdades poderiam NAO ser mais verdadeiros.

Por exemplo ? Dizes , que isso é assim. que existem frases nestas condições.
Então me dga uma.



>> > Se vc tem uma assercao que nao interage nunca com a realidade entao
>> > ela nao tem importancia pois nao afetara esta realidade em nada.
>>
>> Dá-me um exemplo de uma afirmação deste tipo. (...)
>> Outro exemplo que ainda não
>> tenha sido mensionado.

>Outro exemplo : "Depois que vc morrer sua alma vai para o 'ceu'."

morrer é uma interacção com a realidade...
Começo a perder o que será o conceito de "interacção" para ti.

> (pois segundo tu a frase que escrevi, seria deste tipo, certo?)

>Sim, sua frase eh irrefutavel e portanto , cientificamente,
>nao serve para nada.

Exacto. Mas como a frase diz, existem coisas que a ciencia não poderá se
pronunciar.
Aquela frase é uma delas (por isso a frase é verdadeira)
Mas isso não implica que não siva para nada.
A frase mesm oque não cientifica tem uma utilidade.

>> (por estas razões, mas não só, a matemática não é uma
>> ciência)

>Depois do jocax a matematica passa a ser uma ciencia sim.

Ah! Depois de Mim, não será mais !
;-)

>> Ou seja, para uma afirmação ser cientifica, tem de ser possivel uma
>> experiência que seja passível, em teoria, de a provar falsa. Caso não
>> consiga, a afirmação é dada com aceitável, mas nunca verdadeira.

>Dentro da realidade nao se pode dizer nada a respeito dela.
>Mas dentro do su conjunto axiomatico ela pode ser verdadeira
>falsa ou indecidivel.

Um axioma é por definição algo que a ciencia não é capaz de provar ou
refutar.
É o tipo de afirmação a que a frase que escrevi se refere.
Por isso a matemática não é cienticia.


>Se a afirmacao nao eh cientifica a ciencia nao pode responder mesmo.

O que é uma "afirmação cientifica" ?

>> Então existe uma lacuna.
>> Essas frases tb interagem com a realidade. E portanto detém um valor
lógico.

>Me da um exemplo de uma frase que inteage com a realidade e nao
>se pode refuta-la.

bom, sem saber o que é , rigorosamente "interagir" não posso dar uma
resposta.
Mesmo assim eu arrisco, e diria : "Eu existo" , sendo "eu" qq um de nós.


Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitável
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/06/2001 15:23

Sérgio Taborda wrote:

> Jocax escreveu:
>
> >> A ideia "Não é possível provar ou refutar todas as afirmações
> >> cientificamente." interage, ou não, segundo tu, com a realidade? Se não,
> pq
> >> ?
>
> >Nao interage pois foi provada ser uma tautologia sempre verdadeira
> >e EQUIVALENTE aa frase :
> >"O diabinho nao missivel nao pode ser refutado" .
>
> Foi ?!onde, quando e por quem ?

Por mim, quando usei o diabinho para provar q existem sentencas fora
do dominio cientifico, lembra?

>
>
> >> Para mim, interage, e portanto é passivel de ser refutada ou provada.
>
> >Se ela interagisse ela poderia ser refutada.
>
> Ela está agora no na tua mente. Isso é uma interacção com a realidade.

Nao embroma ! :-)
Eu nao falo no codigo da frase, nas palavras, mas sim no que elas querem dizer
no seu significado semantico. A frase em si eh real e interage com a realidade
mas o que ela diz nao.


>
>
> > Relembro que as afirmações verdadeiras não podem ser refutadas. Isto
> parece
> > ridiculo, mas vai em contra do que escreveste.
> >
>
> >Veja q elas sao verdadeiras dentro do DOMINIO que elas se provaram
> >verdadeiras e que podem nao ter nada a ver com a realidade.
> >A matematica faz parte de um dominio proprio e dentro deste dominio
> >existem frases verdadeiras mas ao se transpor este contexto para a
> realidade
> >estas verdades poderiam NAO ser mais verdadeiros.
>
> Por exemplo ? Dizes , que isso é assim. que existem frases nestas condições.
> Então me dga uma.
>

Vou te dar um exemplo simples do que *poderia* acontecer :
Pela logica : A-> B e B->C entao A->C
Mas poderia acontecer de qdo ocorrrer A nao termos C.
Se chove molha a terra ; Se a terra eh molhada nasce grama;
Acontece q choveu e nao nasceu grama ( por exemplo ). Ou seja
a realidade *poderia* nao seguir a logica classica.
Nao estou dizendo q isto ocorre eu disse que ainda nao ocorreu mas no entanto
podera ocorrer.


>
> >> > Se vc tem uma assercao que nao interage nunca com a realidade entao
> >> > ela nao tem importancia pois nao afetara esta realidade em nada.
> >>
> >> Dá-me um exemplo de uma afirmação deste tipo. (...)
> >> Outro exemplo que ainda não
> >> tenha sido mensionado.
>
> >Outro exemplo : "Depois que vc morrer sua alma vai para o 'ceu'."
>
> morrer é uma interacção com a realidade...
> Começo a perder o que será o conceito de "interacção" para ti.
>

Nao falei da morte, falei de um ente 'alma' e um lugar 'ceu' que nao
interagem com a realidade ninguem pode medir ou dizer onde fica o 'ceu'
por isso este 'ceu' nao interage com a realidade.

>
> > (pois segundo tu a frase que escrevi, seria deste tipo, certo?)
>
> >Sim, sua frase eh irrefutavel e portanto , cientificamente,
> >nao serve para nada.
>
> Exacto. Mas como a frase diz, existem coisas que a ciencia não poderá se
> pronunciar.
> Aquela frase é uma delas (por isso a frase é verdadeira)
> Mas isso não implica que não siva para nada.
> A frase mesm oque não cientifica tem uma utilidade.

Que utilidade?

>
> >> Ou seja, para uma afirmação ser cientifica, tem de ser possivel uma
> >> experiência que seja passível, em teoria, de a provar falsa. Caso não
> >> consiga, a afirmação é dada com aceitável, mas nunca verdadeira.
>
> >Dentro da realidade nao se pode dizer nada a respeito dela.
> >Mas dentro do su conjunto axiomatico ela pode ser verdadeira
> >falsa ou indecidivel.
>
> Um axioma é por definição algo que a ciencia não é capaz de provar ou
> refutar.
> É o tipo de afirmação a que a frase que escrevi se refere.
> Por isso a matemática não é cienticia.

Passa a ser ciencia qdo a ciencia a utiliza como uma teoria, a principio,
mas nao dogmaticamente, verdadeira .


>
>
> >Se a afirmacao nao eh cientifica a ciencia nao pode responder mesmo.
>
> O que é uma "afirmação cientifica" ?

Eh a q pode ser empiricamente refutada.


>
>
> >> Então existe uma lacuna.
> >> Essas frases tb interagem com a realidade. E portanto detém um valor
> lógico.
>
> >Me da um exemplo de uma frase que inteage com a realidade e nao
> >se pode refuta-la.
>
> bom, sem saber o que é , rigorosamente "interagir" não posso dar uma
> resposta.
> Mesmo assim eu arrisco, e diria : "Eu existo" , sendo "eu" qq um de nós.
>

Interagir pode ser, por exemplo, transmitir energia.
"Eu existo"
Esta frase eh cientifica e refutavel pois a existencia de algo pode ser
constatada atraves da medicao de suas propriedades fisicas.

Vc tem q me mostrar algo que interaja com a realidade e nao possa ser
refutado.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia e livre-arbítrio
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/06/2001 15:51

On Wed, 6 Jun 2001, Gabriel Antunes wrote:
> Ola Tarcisio,
> Mas ainda assim, dizer que "todo o ser humano tem direito a ser livre" pode
> muito bem ser enquadrado como preceito religioso...

O preceito religioso diz "todos os homens são iguais, mas uns são mais
iguais que os outros".

> Afinal 'e uma afirmacao tao bem baseada quanto as "teorias" religiosas
> de que Jesus rescuscitou, nao acha?... :-)

Não entendi o que vc quiz dizer com isso. O ser humano não tem direito a
ser livre? Se há alguma coisa nas entrelinhas me esclareça pois não estou
entendendo

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] moral-etica
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/06/2001 16:39

On Thu, 7 Jun 2001, Eduardo wrote:
> A moral e a etica nao sao ligadas a religiao apesar das mesmas
> terem os seus proprios principios eticos. Caimos nesse erro inumeras
> vezes mas, a principio, nao ha porque relacionar a moral e a etica com
> a religiao, inclusive eh comum o termo "moral" ser usado em um tom
> quase pejorativo relacionado com moralistas religiosos, entretanto,
> que eu saiba, nao ha nada na filosofia que distingua o conceito de
> moral com o de etica.

A moral que conhecemos é basicamente a moral religiosa pois poucos ousam
por tal área.

A distinção de moral e ética se dá assim:

Moral - conjuntos de princípios morais [regras sociais].
Ética - apreciação crítica dos princípios morais.

A moral se preocupa em criar regras para o bem estar social e a ética se
preocupa com o certo e o errado.

Foram mais ou menos estas definições que encontrei na rede.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: moral-etica
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/06/2001 16:57

--- In ciencialist@y..., "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@f...> wrote:=

> Moral - conjuntos de princípios morais [regras sociais].
> Ética - apreciação crítica dos princípios morais.

Bem, reentrando de supetao no assunto: o mais convencionado
eh q. a etica eh o ramo da filosofia q. estuda a moral.
Um (a moral) eh o objeto de estudo, o outro (a etica), o
campo de estudo.

> A moral se preocupa em criar regras para o bem estar social e a ética se
> preocupa com o certo e o errado.

Na verdade a moral eh o sentimento do certo e do errado. A etica
apenas tece consideracoes sobre isso.

Mas por metonimia acabamos tomar um pelo outro, como
acontence em diversas 'areas. Falamos em biologia de um
organismo, em vez dos processos vitais de um organismo.
Ou a termodinamica de um sistema, ao inves de relacoes de
troca de energia entre os componentes desse sistema...

Bem, claro, q. isso depende de uma certa convencao. Alguns
possivelmente defenderao a sua distincao... Outros ainda
entenderao a moral como algo mais intrapessoal e a etica
como uma questao interpessoal...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: moral-etica
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/06/2001 17:05

"Tarcisio Borges da Silva Jr." wrote:

> On 6 xxx -1 alisson@rock-br.com.br wrote:
> > Tem um ponto errado em sua conclusão. Não pode-se encarar a moral
> > apenas como "preceito religioso".A moral está muito além de ser somente
> > as idéias da religião. Os conceitos filosóficos e científicos têm em si
> > morais estabelecidas, e que na esmagadora maioria das vezes não tem nada
> > a ver com "idéia religiosa". Até acho que os "filosóficos" e
> > "científicos" são os conceitos mais céticos que existem, entretanto, não
> > deixam de lado a moral.
>
> Mas isto cai no velho dilema de como se define moral. Isto já foi
> discutido aqui sem muitos resultados. Para mim, moral continua a ser
> intimamente ligado à religião.
>

A moral e a etica nao sao ligadas a religiao apesar das mesmas terem os seus proprios
principios eticos. Caimos nesse erro inumeras vezes mas, a principio, nao ha porque relacionar
a moral e a etica com a religiao, inclusive eh comum o termo "moral" ser usado em um tom quase
pejorativo relacionado com moralistas religiosos, entretanto, que eu saiba, nao ha nada na
filosofia que distingua o conceito de moral com o de etica.
Nao vou falar mais nada porque nao conheco filosofia para dar opinioes infundadas, falo
isso porque vejo que nos os cientistas ou os projetos de cientistas (categoria em que me
enquadro) temos a pretensao de dar opiniao sobre qualquer tema sem o minimo cuidado para depois
reclamarmos da falta de cuidado que termos como "quantica" e "relatividade" sao usados por
pseudo intelectuais de plantao.

>
> Sempre me vem na memória as expressões "baluarte da moralidade" e
> "defensor da moral e dos bons costumes" normalmente atribuido a pessoas
> ligadas à igreja. Estes títulso são auto-atribuídos e servem para se
> aplicar idéias [práticas] preconceituosas e fugir das penalidades vigentes
> na lei.
>

O mau uso do conceito nao pode alterar o seu real significado...

um abraco, Eduardo.




SUBJECT: Re: O inevitavel
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/06/2001 17:19

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Manuel: Na minha mensagem anterior, disse que não se pode fazer ciência s=
em
> fazer uso da lógica e da matemática, que não são ciências no sentido
> popperiano do termo, uma vez que são constructos alicerçados em postulado=
s,
> que, por definição, são indemonstráveis. De sorte que, em última análise,=


Botando um pouco de pimenta na questao. Mesmo a definicao de refutabilidade=

de Popper eh um tto qto problematica. Qdo se realiza um experimento dito
critico e as observacoes nao condizem com a previsao, a unica coisa q. pode=
mos
saber eh q. pelo menos uma das premissas esta' errada. Mas nao podemo dizer=
qual
delas eh a errada. Teriamos q. testar cada premissa isoladamente, mas novam=
ente
ha' eleicao de outras premissas e assim por diante.

Uma questao q. frequentemente eh levantada eh a: 'acima de qq duvida razoav=
el'.
Alternativamente formulada como o principio da Navalha de Occam. Em princip=
io
isso serve pra colocar um limite nas hipoteses ad hoc. Mas ha' a questao da=

subjetividade do q. seja 'razoavel' e nem sempre os demais estao tao dispos=
tos a
ser 'razoaveis' do modo como queremos -- consideracoes q. podem ser
reciprocadas -- podemos *nos* nao sermos razoaveis aos olhos alheios.
E atribuimos uns aos outros a Navalha de Macco.

Ha' uma questao de operacionalidade nas Ciencias. Sim, o mundo pode ter
sido criado ha' dez minutos com todas as coisas indicando q. ele teria surg=
ido
muito antes. Mas isso nos leva a algum lugar?

Divagando um pouco sobre o solepcismo. Nao eh uma prova da existencia
de um mundo objetivo, mas consideramos o seguinte:

* A unica parte a q. realmente teremos acesso eh 'a auto-consciencia. So'
sabemos q. nos estamos sentido alguma coisa. Em principio nao sabemos
se isso se reflete ou nao em algo q. ocorra alem de nossa subjetividade.

* Mas por outro lado, estamos cientes de q. nossa intervencao nessa
percepcao eh limitada. Nao somos agentes totalmente ativos, nao posso
apenas por querer ver um elefante dentro do aquario de uma hora para
outra. Nao eh porq. quero q. consigo levitar objetos. Mesmo os q.
garante poder fazer isso, dificilmente nao dirao q. diante de nos tal
poder nao se manifesta.

* A saida subjetivista seria dizer q. existe o subconsciente ou alguma
instancia equivalente. Seria uma parte de nos q. impede a porcao
consciente de ter liberdade.

* Oras, mas isso significa q. a consciencia tem uma limitacao de acao.
E essa limitacao tem q. ser dada pela interacao com o inconsciente,
com o subconsciente, com Deus ou o q. quer q. seja. E essa interacao
tto qto podemos perceber segue uma certa regra. Isso significa q. a
instancia alem do consciente tbm esta' sujeito a uma regra -- q. eh
interagir com o consciente segundo uma certa regra.

* Isso significa q. a instancia alem do consciente deve ter uma existencia =

objetiva para o consciente.

* Pra mim isso vai contra a nocao do solepcismo. Ou ao menos
obriga-o a aceitar uma dupla personalidade.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Livre-arbitrio
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/06/2001 17:29

--- In ciencialist@y..., "Sergio Navega" <snavega@a...> wrote:
> Quando Pinker diz que "aleatoriedade da mente = 0", ele está
> querendo dizer que o cérebro é um sistema totalmente determinístico.
> Não é mesmo. O disparo dos neurônios não é preciso, há um
> componente de ruído que afeta a sua operação (coloquei as
> referências no final desta mensagem, veja Calvin et al. 1967, 68).

Ha' um problema na definicao de 'aleatoriedade'... Muito do q.
consideramos aleatorio pode ser simplesmente em funcao do
completo desconhecimento das relacoes de causa/efeito, ou ao
menos, da nossa incapacidade de determinar as propriedades
das variaveis principais q. afetam o resultado.

Um exemplo sao os algoritmos pseudo-aleatorios utilizados
em diversos sistemas de computadores. Segue-se uma serie
de passos totalmente determinados. Mas posto q. o usuario
nao conhece tais passos ou ao menos o ponto de partida, o
resultado para efeitos praticos eh 'aleatorio'.

O fato de nosso sistema nervoso portar expressoes de
'aleatoriedade' nao nos garante q. ele nao seja deterministico.
Por outro lado, o fato da causa primaria de um fenomeno ter
uma natureza aleatoria, nao implica necessariamente q o
fenomeno tbm tenha uma natureza aleatoria ou q. nao possa
ser encarado mais ou menos deterministicamente.

Um exemplo sao os processos de decaimento radioativo.
Nao podemos dizer com certeza qdo um determinado atomo
ira' decair. Mas numa amostra, podemos dizer com certo
grau de confiaca, qual a proporcao de atomos q. irao decair
num certo intervalo de tempo...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Livre-arbitrio
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/06/2001 17:46

--- In ciencialist@y..., "Gabriel Antunes" <gabriel101@u...> wrote:
> > Mesmo q. por hipotese consideremos q. existe um
> > determinismo fisico -- ao menos nesta escala --
> > a impossibilidade de uma previsao 'a luz do
> > conhecimento atual tornaria valida a imputacao do
> > livre-arbitrio ou da consciencia do ato.
>
> Por que?

Porq. pra todos os efeito praticos nao sabemos qual
sera' o resultado. Do nosso ponto de vista (ou melhor
dizendo, do ponto de vista de nossa ignorancia),
o fenomeno seria aleatorio ou antes, teria, um espaco
para a intervencao de fenomenos aleatorios.

> O problema é que sempre é assim no comportamento. O mundo (o meio, nossos=

> pais, nossos genes...) é que molda o nosso comportamento.

Esse eh um ponto de vista.

> > A variacao do comportamento para a qual nao
> > pudessemos atribuir a acao de uma variavel
> > conhecida, poderia ser jogada no saco de gato do
> > livre-arbitrio.
>
> É uma definição muito convencionada. Com o tempo, o homem saberá prever n=
os
> mínimos detalhes o comportamento de qualquer pessoa.

Digamos q. consiga. Ou pelo menos q. seja capaz de
isolar os principais componentes. O resultado eh q.
o espaco do q. chamamos de livre-arbitrio diminui.
Nesta minha visao -- q. algumas outras pessoas tbm
desenvolveram de modo independebte -- o
livre-arbitrio eh/pode ser um artificio.

Mas uma coisa q. sera' preciso levar em conta eh
q. uma eventual previsao de comportamento pode
afetar o comportamente real. (Ou criar uma alca
infinita q. operacionalmente eh insoluvel.)

Por exemplo, digamos q. em uma mente em
particular haja um principio q. diga q. ela fara'
exatamente o contrario do q. lhe disserem.

Se disserem x, ela fara' ~x.

Assim temos a previsao:

x -> ~x

Assim pra q. a saida fosse x, teriamos q.
inserir ~x.

~x -> ~~x = x

Mas se a pessoa esta' consciente disso,
entao a saida sera'

~x -> ~~~x = ~x...

E se colocarmos ~~x pra termos x e a
pessoa souber disso:

~~x -> ~~~~~x = ~x...

E assim por diante...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia e livre-arbítrio
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/06/2001 18:00


(estou com um passageiro problema de acentuacao...
logo resolver-lo-ei :-)

Ola Tarcisio,

> > Mas ainda assim, dizer que "todo o ser humano tem direito a
> > ser livre" pode muito bem ser enquadrado como preceito
> > religioso...
> > Afinal 'e uma afirmacao tao bem baseada quanto as "teorias"
> > religiosas de que Jesus rescuscitou, nao acha?... :-)
>
> Não entendi o que vc quiz dizer com isso. O ser humano não tem
> direito a ser livre? Se há alguma coisa nas entrelinhas me
> esclareça pois não estou entendendo

Pois e isso que eu coloquei em questao: o ser humano tem o direito de ser
livre?

Se tomarmos como premissa a teoria computacional da mente, o ser humano nao
tem liberdade, ja que suas decisoes sao impostas pelo meio e pelos genes.

Portanto, acredito que afirmar que todo o ser humano tem o direito a ser
livre e' um preceito moral, ou religioso, ou etico... dah no mesmo: todos
eles sao cientificamente imbaseados.

Um grande abraco,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] moral-etica
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/06/2001 18:04


Ola Eduardo,

> A moral e a etica nao sao ligadas a religiao apesar das
> mesmas terem os seus proprios principios eticos.

Qual eh, na sua opiniao, a(s) diferenca(s) entre 'etica-moral' e 'religiao'?

Um grande abraco,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] moral-etica
FROM: alisson@rock-br.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/06/2001 18:12

Mas e quem nos garante que tudo o que fazemos tem fundamento?
O que pode nos garantir que o prprio "conceito" de "fundamento"
tem
"fundamento"?
E o conceito de "conceito"?
(Parece at gozao, e peo desculpas queles que se sentiram
ofendidos,
com minhas dvidas perante essas coisas que intrigam e so
impertinentes.)
Portanto eu acho,e esta uma opinio prpria, que tudo o que
fazemos s
determinado pelas questes inconscientes de moral.Sabemos,segundo
esta
moral, que no devemos comer carne humana,ao passo que tambm
sabemos, que
existiram(ou existem) pessoas que tinham essa prtica como normal.O
que
quero salientar com esse exemplo, que toda a base de nossa
discusso se
d em torno do que moral pra ns.Entretanto, a minha moral no
a sua
moral.Deste modo a to falada "lio de moral" tem o seu conceito
totalmente perdido ou sem fundamento.
Desculpem-me pela divagao, mas acho que a causa da existncia
alienada
das pessoas est nesta moral que no a delas,ou seja, algum
postulou
que tinha que ser assim, e os outros "meros mortais",s
aceitaram.Acho que
toda a base para as anlises, sejam experimentais ou tericas,
esto
afundadas na lama da moral pr-estabelecida.Digo pr-estabelecida,
porque
entendo que esta moral,no mais nada seno o acumulo das "morais"
de
quem primeiro pensou nisso tudo.
No quero defender nenhuma hiptese de que existiu algum que por
primeiro
ditou as regras, e os demais simplesmente obedeceram.
De novo, estou salientando que no sou filsofo, ainda quero s-lo
de
formao acadmica,mas acho que todos temos dentro de ns um
pensamento
crtico perante ao mundo e vida.No que isso nos torne filsofos,
mas
que nos d uma certa noo do que nos cerca, ah isso sim.
Tenho uma certa confiana de que com muito trabalho conseguiremos
fazer
com que a MORAL tal como a percebemos, faa parte das atitudes de
cada
um, e assim seremos
mais iguais.

S PRA NO MANDAR MAIS e-mails QUERIA PERGUNTAR, PRA QUEM TIVER
DISPOSTO A
RESPONDER: O que liberdade???

sem mais agradeo







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Faa j o seu. gratuito!!!


SUBJECT: En: [ciencialist] moral-etica
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/06/2001 01:18

Alguém aqui conhece algum texto que discute os diversos tipos (naturezas) de
moral.
Não me lembro mais... foi escrito por um padre... Se tem alguém que foi da
turma de engenharia, ano de 1980, PUC/RJ, deve conhecer, pois foi pauta de
discussão de uma das 12 matérias religiosas (obrigatórias na época).
Não me lembro mais, mas era interessantíssimo.

No texto, o autor classifica e discorre sobre moral, que ele chama, de
inerente, religiosa, familiar, social (talvez tenha mais alguma...).

Qto a sua pergunta, Alisson, não tenho costume de tentar encontrar uma
descrição de conceitos como liberdade, que seja consenso. Sempre parece ser
mto pouco, e ser questão de hora e lugar. Prefiro optar por nunca definir
concluindo, encerrando conceitos dessa natureza em uma definição. Porém
gosto de observar frases, chavões sobre esse ou outro.
Sobre liberdade, gosto bastante do que o Jorge bem escreveu, e que nem tenta
ser uma definição: "... eu sou um homem sincero pq nasci, cresci, e vivo
livre...". Isso, pq sinto como se a liberdade tivesse ligada ao tanto que se
consegue ser sincero.

[]s,
Sheila.

----- Original Message -----
From: <alisson@rock-br.com.br>

Mas e quem nos garante que tudo o que fazemos tem fundamento?
O que pode nos garantir que o próprio "conceito" de "fundamento"
tem
"fundamento"?
E o conceito de "conceito"?
(Parece até gozação, e peço desculpas àqueles que se sentiram
ofendidos,
com minhas dúvidas perante essas coisas que intrigam e são
impertinentes.)
Portanto eu acho,e esta é uma opinião própria, que tudo o que
fazemos só é
determinado pelas questões inconscientes de moral.Sabemos,segundo
esta
moral, que não devemos comer carne humana,ao passo que também
sabemos, que
existiram(ou existem) pessoas que tinham essa prática como normal.O
que
quero salientar com esse exemplo,é que toda a base de nossa
discussão se
dá em torno do que é moral pra nós.Entretanto, a minha moral não é
a sua
moral.Deste modo a tão falada "lição de moral" tem o seu conceito
totalmente perdido ou sem fundamento.
Desculpem-me pela divagação, mas acho que a causa da existência
alienada
das pessoas está nesta moral que não é a delas,ou seja, alguém
postulou
que tinha que ser assim, e os outros "meros mortais",só
aceitaram.Acho que
toda a base para as análises, sejam experimentais ou teóricas,
estão
afundadas na lama da moral pré-estabelecida.Digo pré-estabelecida,
porque
entendo que esta moral,não é mais nada senão o acumulo das "morais"
de
quem primeiro pensou nisso tudo.
Não quero defender nenhuma hipótese de que existiu alguém que por
primeiro
ditou as regras, e os demais simplesmente obedeceram.
De novo, estou salientando que não sou filósofo, ainda quero sê-lo
de
formação acadêmica,mas acho que todos temos dentro de nós um
pensamento
crítico perante ao mundo e à vida.Não que isso nos torne filósofos,
mas
que nos dá uma certa noção do que nos cerca, ah isso sim.
Tenho uma certa confiança de que com muito trabalho conseguiremos
fazer
com que a MORAL tal como a percebemos, faça parte das atitudes de
cada
um, e assim seremos
mais iguais.

SÓ PRA NÃO MANDAR MAIS e-mails QUERIA PERGUNTAR, PRA QUEM TIVER
DISPOSTO A
RESPONDER: O que é liberdade???

sem mais agradeço



SUBJECT: Re: En: [ciencialist] moral-etica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, fflch <fflch@egroups.com>, movimento-filo <movimento-filo@egroups.com>, PortAberta <PortAberta@yahoogroups.com>
DATE: 08/06/2001 08:32

Tem um livro do Peter Singer, "Etica Pratica", que ainda nao li,
que trata destas ideias, eu compartilho muitas ideias que ele tem :
--------------------------------------------
Sobre a ética

Este livro trata de ética prática, ou seja, da aplicação da
ética ou da moral — usarei ambos os termos indiferentemente — a
questões práticas, como o tratamento das minorias étnicas, a
igualdade das mulheres, a utilização de animais para a
alimentação e a investigação, a conservação do meio
ambiente, o aborto, a eutanásia ou a obrigação dos ricos de ajudarem os

pobres. Por certo o leitor quererá passar à abordagem destas
questões sem demora; mas há certos preliminares que têm de
ser tratados de princípio. Para podermos ter uma discussão útil
em ética torna-se necessário falar um pouco sobre ética, de
modo a termos uma compreensão clara do que fazemos quando
discutimos questões éticas. Assim, este primeiro capítulo
prepara o cenário para o resto do livro. Para evitar que crescesse
a ponto de se tornar um livro inteiro só por si, mantive-o breve.
Se por vezes é dogmático, isso deve-se ao facto de eu não dispor de
espaço suficiente para considerar todas as diferentes
concepções da ética que se opõem às que defendo; mas este capítulo
servirá, pelo menos, para revelar os pressupostos em que assenta
todo o livro.

O que a ética não é

Algumas pessoas pensam que a moral está ultrapassada nos
dias que correm. Encaram a moral como um sistema de proibições
puritanas descabidas que se destinam sobretudo a evitar que
as pessoas se divirtam. Os moralistas tradicionais pretendem
ser os defensores da moral em geral, mas o que defendem na
realidade é um determinado código moral. Apropriaram-se desta área a
tal ponto que, quando uma manchette de jornal insere o título
bispo ataca a decadência dos padrões morais, pensamos logo que se
trata de mais um texto sobre promiscuidade, homossexualidade,
pornografia, etc., e não sobre as verbas insignificantes que
concedemos para a ajuda internacional às nações mais pobres
nem sobre a nossa indiferença irresponsável para com o meio
ambiente do nosso planeta.

Veja o prefacio do livro em :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/189

[]s
jocax

Sheila wrote:

> Alguém aqui conhece algum texto que discute os diversos tipos (naturezas) de
> moral.
> Não me lembro mais... foi escrito por um padre... Se tem alguém que foi da
> turma de engenharia, ano de 1980, PUC/RJ, deve conhecer, pois foi pauta de
> discussão de uma das 12 matérias religiosas (obrigatórias na época).
> Não me lembro mais, mas era interessantíssimo.
>
> No texto, o autor classifica e discorre sobre moral, que ele chama, de
> inerente, religiosa, familiar, social (talvez tenha mais alguma...).
>
> Qto a sua pergunta, Alisson, não tenho costume de tentar encontrar uma
> descrição de conceitos como liberdade, que seja consenso. Sempre parece ser
> mto pouco, e ser questão de hora e lugar. Prefiro optar por nunca definir
> concluindo, encerrando conceitos dessa natureza em uma definição. Porém
> gosto de observar frases, chavões sobre esse ou outro.
> Sobre liberdade, gosto bastante do que o Jorge bem escreveu, e que nem tenta
> ser uma definição: "... eu sou um homem sincero pq nasci, cresci, e vivo
> livre...". Isso, pq sinto como se a liberdade tivesse ligada ao tanto que se
> consegue ser sincero.
>
> []s,
> Sheila.
>
> ----- Original Message -----
> From: <alisson@rock-br.com.br>
>
> Mas e quem nos garante que tudo o que fazemos tem fundamento?
> O que pode nos garantir que o próprio "conceito" de "fundamento"
> tem
> "fundamento"?
> E o conceito de "conceito"?
> (Parece até gozação, e peço desculpas àqueles que se sentiram
> ofendidos,
> com minhas dúvidas perante essas coisas que intrigam e são
> impertinentes.)
> Portanto eu acho,e esta é uma opinião própria, que tudo o que
> fazemos só é
> determinado pelas questões inconscientes de moral.Sabemos,segundo
> esta
> moral, que não devemos comer carne humana,ao passo que também
> sabemos, que
> existiram(ou existem) pessoas que tinham essa prática como normal.O
> que
> quero salientar com esse exemplo,é que toda a base de nossa
> discussão se
> dá em torno do que é moral pra nós.Entretanto, a minha moral não é
> a sua
> moral.Deste modo a tão falada "lição de moral" tem o seu conceito
> totalmente perdido ou sem fundamento.
> Desculpem-me pela divagação, mas acho que a causa da existência
> alienada
> das pessoas está nesta moral que não é a delas,ou seja, alguém
> postulou
> que tinha que ser assim, e os outros "meros mortais",só
> aceitaram.Acho que
> toda a base para as análises, sejam experimentais ou teóricas,
> estão
> afundadas na lama da moral pré-estabelecida.Digo pré-estabelecida,
> porque
> entendo que esta moral,não é mais nada senão o acumulo das "morais"
> de
> quem primeiro pensou nisso tudo.
> Não quero defender nenhuma hipótese de que existiu alguém que por
> primeiro
> ditou as regras, e os demais simplesmente obedeceram.
> De novo, estou salientando que não sou filósofo, ainda quero sê-lo
> de
> formação acadêmica,mas acho que todos temos dentro de nós um
> pensamento
> crítico perante ao mundo e à vida.Não que isso nos torne filósofos,
> mas
> que nos dá uma certa noção do que nos cerca, ah isso sim.
> Tenho uma certa confiança de que com muito trabalho conseguiremos
> fazer
> com que a MORAL tal como a percebemos, faça parte das atitudes de
> cada
> um, e assim seremos
> mais iguais.
>
> SÓ PRA NÃO MANDAR MAIS e-mails QUERIA PERGUNTAR, PRA QUEM TIVER
> DISPOSTO A
> RESPONDER: O que é liberdade???
>
> sem mais agradeço
>
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SUBJECT: Liberdade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, PortAberta <PortAberta@yahoogroups.com>
DATE: 08/06/2001 10:43

alisson@rock-br.com.br wrote:

>
> SÓ PRA NÃO MANDAR MAIS e-mails QUERIA PERGUNTAR, PRA QUEM TIVER
>
> DISPOSTO A
>
> RESPONDER: O que é liberdade???
>

Ok, vou tentar opinar sobre essa questao.

Mas antes, gostaria de dizer que existem conceitos basicos ou fundamentais,
chamados de conceitos primitivos, que nao se exprimem muito bem em termos
de outros conceitos. Talvez Liberdade seja um destes conceitos primitivos.

A liberdade eh utilizada em muitas areas do conhecimento como em fisica e
matematica ( graus de liberdade ) e denota uma possibilidade ou uma
dimensao em que uma particula pode mover-se ou que uma variavel
pode tomar valores sem que infrinjam certas restricoes de contorno.

Entao a nocao de liberdade esta ligada como uma oposicao a uma
nocao de impedimento.
Mas estas nocoes fisico-matematicas foram, na verdade, roubadas do aspecto
psicologico humano. E este eh o aspecto interessante da questao.

A primeira resposta que me vem em mente sobre liberdade eh que liberdade eh
um ESTADO DE ESPIRITO ou seja, antes de tudo, um sentimento.

Vc pode estar preso e sentir-se livre como estar "livre" e sentir-se preso.
Por exemplo, vc pode estar com fios ligados em ceu cerebro fazendo com q vc
se sinta livre e fisicamente vc nao esta livre. O inverso tambem eh possivel.

Acredito que todos os sentimentos poderao, um dia, serem quantificados
e assim pode-se dizer q existem gradacoes do sentimento de liberdade tambem.

Vc pode prever o sentimento de liberdade de um ser vivo atraves de
seu passado evolutivo. Se as condicoes que um dado ser vivo se situa
eh mais restrita do que sua especie se desenvolveu entao este ser devera
se sentir menos livre. Acho que eh por isso que as pessoas ( menos eu )
adoram viajar : Isso resgata uma parcela do sentimento de liberdade
que sua psico-biologia possuia em tempos ancestrais.....

[]s
jocax





SUBJECT: Liberdade--Dialtica
FROM: alisson@rock-br.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/06/2001 11:18


> Entao a nocao de liberdade esta ligada como uma oposicao a uma
> nocao de impedimento.
> Mas estas nocoes fisico-matematicas foram, na verdade, roubadas do
> aspecto
> psicologico humano. E este eh o aspecto interessante da questao.
>
assim que as coisas realmente funcionam.No site:
http://www.milenio.com.br/professor/DIALTICA.HTM
podemos ter uma noo a respeito da "dialtica".
Para ns "cientistas", interessante termos uma breve noo da
dialtica da natureza.
Bom, eu quero chegar ao prncipio da contradio, que foi
exatamente o
que vc escreveu em sua objetiva definio de liberdade.
Este prncipio afirma que"a transformao das coisas s possvel
porque, no seu prprio interior coexistem foras opostas tendendo
simultaneamente unidade e oposio". Ou seja, "eu sei o que calor
porque eu sei o seu oposto, o frio; e assim por diante".(do site)
Eu sou suspeito para falar, pois ainda no li o livro:"A Dialtica
da
Natureza", mas pelo que ouvi e pelo que li de resenhas, este parece ser
um livro que nos soluciona diversas questes de cunho filosfico.
Entranto na discusso acerca do livro de Friedrich Engels, gostaria
de
saber se na lista h algum que o leu, se sim, pergunto se este livro
atual?
Sem mais, agradeo a ateno.
Saudaes Estudantis!!!!!!
MailBR - O e-mail do Brasil -- http://www.mailbr.com.br
Faa j o seu. gratuito!!!


SUBJECT: En: [ciencialist] Liberdade--Dialética
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/06/2001 11:41

Alisson, gostaria de saber, por favor, qual sua área de estudo. Não é bem só
uma curiosidade, e sim querer ter uma breve visão da aplicação do conceito
de "liberdade" e "dialética" que vc procura.

Embora sempre útil ter contato com os problemas filosóficos/morais, embora
não tenha nenhuma pretensão a ser cientista, mesmo pq minha formação é em
geologia e nela o que mais me interessou foi o estudo de gênese de rochas
magmáticas, achei mto interessante a parte final do que está escrito na
página da web indicada por vc:

"A dialética é também uma teoria engajada. Ao contrário da metafísica, é
questionadora, contestadora. Exige constantemente o reexame da teoria e a
crítica da prática. Não existe nenhum critério de relevância (nem
científico, social, teórico, nem prático) que possa determinar que um ponto
de vista é relativamente mais válido que outro. O professor pensador de sua
práxis, deverá manter uma crítica e uma autocrítica constante, uma dúvida
levada à suspeita, e a humildade de que fala PAULO FREIRE, para reconhecer
cotidianamente as limitações do pensamento e da teoria.
Concluindo, a dialética opõe-se ao dogmatismo, ao reducionismo, portanto, é
sempre aberta, inacabada, superando-se constantemente"

[]s,
Sheila.

----- Original Message -----
From: <alisson@rock-br.com.br>

> Entao a nocao de liberdade esta ligada como uma oposicao a uma
> nocao de impedimento.
> Mas estas nocoes fisico-matematicas foram, na verdade, roubadas do
> aspecto
> psicologico humano. E este eh o aspecto interessante da questao.
>
É assim que as coisas realmente funcionam.No site:
http://www.milenio.com.br/professor/DIALTICA.HTM
podemos ter uma noção a respeito da "dialética".
Para nós "cientistas", é interessante termos uma breve noção da
dialética da natureza.
Bom, eu quero chegar ao príncipio da contradição, que foi
exatamente o
que vc escreveu em sua objetiva definição de liberdade.
Este príncipio afirma que"a transformação das coisas só é possível
porque, no seu próprio interior coexistem forças opostas tendendo
simultaneamente à unidade e à oposição". Ou seja, "eu sei o que é calor
porque eu sei o seu oposto, o frio; e assim por diante".(do site)
Eu sou suspeito para falar, pois ainda não li o livro:"A Dialética
da
Natureza", mas pelo que ouvi e pelo que li de resenhas, este parece ser
um livro que nos soluciona diversas questões de cunho filosófico.
Entranto na discussão acerca do livro de Friedrich Engels, gostaria
de
saber se na lista há alguém que o leu, se sim, pergunto se este livro é
atual?
Sem mais, agradeço a atenção.
Saudações Estudantis!!!!!!



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Livre-arbitrio
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/06/2001 12:12


Ola Roberto,

> Mas uma coisa q. sera' preciso levar em conta eh
> q. uma eventual previsao de comportamento pode
> afetar o comportamente real. (Ou criar uma alca
> infinita q. operacionalmente eh insoluvel.)

Uma eventual previsao de comportamento soh poderah afetar o comportamento da
pessoa apenas se 'falarmos' para a pessoa a previsao. E se soubermos como
toda a mente-cerebro da pessoa funciona conseguiremos prever o seu
comportamento final.

> Por exemplo, digamos q. em uma mente em
> particular haja um principio q. diga q. ela fara'
> exatamente o contrario do q. lhe disserem.

Nesse caso, se falarmos a uma pessoa que ela farah X, e soubermos que a
reacao da pessoa a essa previsao sera fazer o contrario do que dissermos,
entao estaremos prevendo que seu comportamento sera o ~X (nao sei se aprendi
certo: o sinal " ~ " significa contrario, nao eh?).

Igualmente, se falarmos para a pessoa que ela farah X, e soubermos que ela
tem consciencia de que faz o contrario das previsoes e que tentarah burlar a
previsao, estaremos prevendo que ela fara X.

Um grande abraco,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] moral-etica
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/06/2001 12:34


Ola Alisson,

> Mas e quem nos garante que tudo o que fazemos tem fundamento?
> O que pode nos garantir que o próprio "conceito" de
> "fundamento" tem "fundamento"?

Ah sim...
Se voce fizer uma regressao infinita de "por ques?", chegara sempre em algo
"apriori": algo que voce aceita como verdade e pronto.

> Portanto eu acho, e esta é uma opinião própria, que tudo o que
> fazemos só é determinado pelas questões inconscientes de
> moral.

Jah eu, acho que existem pessoas que agem quase que soh racionalmente. Eh
impossivel RACIOCINAR sobre tudo que esta te acontecendo e tomar decisoes
baseado apenas nos dados cientificamente comprovados para voce mesmo
(inclusive nos raciocinios rapidos do dia-a-dia); mas acho que dizer que a
parte que nao conseguimos raciocinar (a parte apriori dos fatos) seja MORAL,
eh exagero, na minha opiniao.

> De novo, estou salientando que não sou filósofo, ainda quero
> sê-lo de formação acadêmica,mas acho que todos temos dentro
> de nós um pensamento crítico perante ao mundo e à vida. Não
> que isso nos torne filósofos, mas que nos dá uma certa noção do
> que nos cerca, ah isso sim.

Legal.
Mas, pensamento cri'tico (no sentido filosohfico). Nao sao todos que tem.
Tem pensamento cri'tico aquele que tenta questionar racionalmente sobre as
coisas.

> SÓ PRA NÃO MANDAR MAIS e-mails QUERIA
> PERGUNTAR, PRA QUEM TIVER DISPOSTO A
> RESPONDER: O que é liberdade???

Bom... estamos discutindo um pouco sobre isso nos topicos "livre-arbitrio",
"moral-etica"...

Pra mim, liberdade nao existe. Nao pode ser conceituado.

O homem e' livre para fazer o que quiser?
Sim, mas nao pode voar. Entao e' livre para fazer o que quiser, levando em
conta as limitacoes impostas pela fisica. E quanto as limitacoes
financeiras? E quanto as limitacoes constitucionais? Ah restricoes `a
liberdade por toda a parte... :-)

Um grande abraco,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fotografia Kirlian
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/06/2001 14:59

----- Original Message -----
From: "Peterson Leal"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, June 06, 2001 9:26 PM
Subject: [ciencialist] Fotografia Kirlian


> Preciso urgente de artigos refutando a FOTOGRAFIA KIRLIAN.
> Lembro-me, uma vez, que o Léo postou algo a respeito, mas foi antes que eu
> perdesse todas as mensagens.
> Takata, se souber também de referências, agradeço.

Vide mensagens ciencialist:

8334 Re: Foto Kirlian Luiz Ferraz Netto Mon 2/19/2001
8333 Foto Kirlian Raul Sturari Jr. Mon 2/19/2001
5354 Re: Qu=E2ntica_x_Pseudoci=EAncias? Roberto Mitsuo Takata Tue
8/8/2000

Na msg 5354, do Takata, você encontrará alguns links úteis.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: Fotografia Kirlian
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/06/2001 15:03

--- In ciencialist@y..., "Peterson Leal" <peterlsm@t...> wrote:
> Preciso urgente de artigos refutando a FOTOGRAFIA KIRLIAN.
> Lembro-me, uma vez, que o Leo postou algo a respeito, mas foi antes que
eu perdesse todas as mensagens.
> Takata, se souber tambem de referencias, agradeco.

Peterson,

a sala do Leo na Feira de Ciencias sobre isso eh:

http://www.feiradeciencias.com.br/sala03/03_11.htm

Outros links

http://frontpage.teleweb.pt/~ceptico/entradas/fotokirlian.html

http://www.britannica.com/magazine/article?content_id=322939&query=kirlian

http://www.csicop.org/si/2000-05/i-files.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Genetica
FROM: "Frederico Bortolato" <frederico@hexasolution.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/06/2001 15:39

Ola a todos

Tenho algumas duvidas referentes a genetica e hereditariedade: exitem certas caracteristicas no homem que são transmitidas de pais para filhos, como a cor dos olhos, tipo de cabelo, etc. As caracteristicas que são iguais para todos os individuos da espécie, como ter dois olhos, uma boca, é transmitida geneticamente tambem, certo? Do ponto de vista da Biologia, e tambem da teoria da evolução, existe alguma diferenciação entre esses dois tipos que eu citei? Como seria as respectivas nomenclaturas, áreas de pesquisa, etc, para elas?

Saudações


Frederico.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] moral-etica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/06/2001 16:15

----- Original Message -----
From: alisson
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, June 07, 2001 6:05 PM
Subject: Re: [ciencialist] moral-etica

> SÓ PRA NÃO MANDAR MAIS e-mails QUERIA PERGUNTAR, PRA QUEM TIVER
> DISPOSTO A RESPONDER: O que é liberdade???

Ser livre é "aprisionar-se" àquilo que se gosta.

A partir deste conceito, costumo diferenciar trabalhador de escravo.
Trabalhador seria a meu ver aquele que tem um ideal de vida e, fazendo
exclusivamente aquilo que gosta de fazer, consegue utilizar-se de seus
talentos para o bem da sociedade. Perceba o quanto de utopia existe nesta
maneira de pensar e o quanto somos escravos de nós mesmos (mesmo porque, via
de regra, ideal não enche a barriga). Conquanto a idéia em si esteja
embasada em utopias, diria que o homem começa a ser livre à medida que sente
a necessidade de "aprisionar-se" a um ideal de vida e consegue firmar seu
intento. E tanto mais será livre quanto mais, em busca desse ideal,
conseguir se desvencilhar dos aproveitadores, ávidos pela manutenção do
"status quo", verdadeiros baluartes da mediocrização deliberada das massas
populares, homens sem escrúpulos e que nos impingiram, por todo o século XX,
sistemas políticos falsamente cognominados de liberais ou sociais e a
diferenciarem-se entre si apenas pela perna escolhida, se direita ou
esquerda, para nos fixar a corrente.

Comento alguma coisa a respeito em "A síndrome dos três i's" (ideologia,
ingenuidade e ignorância) ou em "A revolução que está a termo", cujos URL's
são, respectivamente
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/artigos/tres_is.txt e
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/artigos/editor04b.txt

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: Genetica
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/06/2001 16:40

Frederico,

--- In ciencialist@y..., "Frederico Bortolato" <frederico@h...> wrote:
> filhos, como a cor dos olhos, tipo de cabelo, etc. As caracteristicas
> que sao iguais para todos os individuos da especie, como ter dois olhos,
> uma boca, e' transmitida geneticamente tambem, certo?

Os exemplos especificos q. vc citou, sim, sao transmitidos geneticamente.

> Do ponto de vista da Biologia, e tambem da teoria da evolucao, existe
> alguma diferenciacao entre esses dois tipos que eu citei? Como seria as
> respectivas nomenclaturas, areas de pesquisa, etc, para elas?

Em termos de transmissao nao. A diferenca eh a variedade de alelos (tipos
diferentes de um mesmo gene) para uma dada caracteristica. Uma
caracteristica q. nao varia eh dita monomorfica e o respectivo alelo eh
dito fixado na populacao (tem uma proporcao de 100%). Uma caracteristica
geneticamente condicionada ou determinada q. varie (apresente diversos
estados) na populacao eh dita polimorfica: pode ser dimorfica (se
apresenta dois estados possiveis: como o sexo masculino e feminino),
trimorfica e assim por diante. Por convencao diz-se q. ha' polimorfismo
qdo existe um alelo variante presente em uma proporcao maior do q. 1% em
uma populacao.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re [ciencialist] foto Kirlian
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/06/2001 21:26


>> Takata, se souber tambem de referencias, agradeco.
>Peterson,
>a sala do Leo na Feira de Ciencias sobre isso eh:
>http://www.feiradeciencias.com.br/sala03/03_11.htm

O que está nesta página é um gerador Tesla.ao vejo como isso refute alguma
coisa.

>Outros links
>http://frontpage.teleweb.pt/~ceptico/entradas/fotokirlian.html

Aqui podemos ler
"Em 1939, Semyon Kirlian, um russo, descobriu por acaso que se um objecto
pousado numa placa fotográfica é submetido a um campo eléctrico, surge uma
imagem na placa. A imagem um halo colorido ou a coroa de uma descarga. "
Onde é que isto é uma prova contra? cá para mim seria a favor.

e segue com "Diz-se que é uma manifestação fisica da aura espiritual que
envolve cada ser vivo. "
Eu tb digo muitas coisas, mas isso não significa que me levem a sério, né?
depois vem com "Temos afirmações de que as fotografias kirlianas são capazes
de capturar o "membro fantasma", isto é, quando uma folha é colocada sobre a
película e rasgada ao meio a "fotografia" mostra toda a folha. Isto não se
deve a efeitos paranormais, mas ao resíduo deixado da impressão inicial
feita pela folha completa.. "

A imagem mostra toda a folha...pq a foto teve submetida à imagem original da
planta inteira.
Excelente...e ninguem se lembrou de expor o filme apenas depois de cortar a
planta, em intervalos de tempo variávelmente longos?
Relamente cientifico este site, apresente provas realemnte irrefutáveis da
refutabilidade da fotos...
Quanto ao significado das fotos isso é outra história.
Mas não esquecer que se o ambiente nos influencia , nós tb o influenciamos.
E portanto, pq a "cor" de uam foto não pode realmetne ser aquela pq sou eu
que estou sendo fotografad ? Se for outra pessoa, será outra cor... que
provas à contra isto ?

Diz tb no site que se a foto for feita no vácuo não se vê nada, pois : "Se a
fotografia é tirada em vácuo, em que não existe gaz ionizado, nenhuma imagem
aparece. "
Mas antes refre que "As coisas vivas (como os vulgarmente fotografados
dedos) são humidos. Quando a electricidade se espalha pelo corpo vivo,
produz uma área de gaz ionizado à volta do objecto fotografado, assumindo
que a humidade está presente no objecto. Esta humidade é transferida do
sujeito para a emulsão fotográfica e causa uma alteração dos padrões da
carga electrica do filme. "

Uma coisa tão simples quanto o detector de mentiras se baseia no simples
facto de quando se mente se sua mais. Ora ,então a emoção altera a humidade.
E se a humidade altera a ionização e a cor, como descrito,então a cor é
direcamente proprocional à emoção.
Qual é o problema com isto ? não é isto biofisica simples? não sei, tou
perguntando.

Em relação às interpretações das cores, isso é outra história.
Ah!e a foto Kirlian não fotografa a Aura. Aquela que alguns dizem ver. Pq a
"aura" que a foto registra é criada por descargas eléctricas e a "Aura
normal" não- exactamente por isso, alguns se dão ao luxo de dizer que a
veêm.. Um pequeno 'bug', neste site.

Infelizmente não consegui ter acesso aos dois links seguintes :-(( , mas
espero que sejam melhores que este.
>http://www.britannica.com/magazine/article?content_id=322939&query=kirlian
>http://www.csicop.org/si/2000-05/i-files.html


Cumprimentos a todos,

Sérgio M.M. Taborda


SUBJECT: Re: [ciencialist] Liberdade--Dialética
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/06/2001 02:29

----- Original Message -----
From: <alisson
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Friday, June 08, 2001 11:18 AM
Subject: [ciencialist] Liberdade--Dialética

> Entranto na discussão acerca do livro de Friedrich Engels, gostaria
> de saber se na lista há alguém que o leu, se sim, pergunto se este livro é
> atual?

O conceito de atual é bastante relativo. Engels é do século XIX e diria que
até mesmo para os que gostam da dialética marxista, que é aquela tratada em
seu livro, existem coisas bem melhores e mais atuais.

Em termos de dialética moderna gosto muito mais de autores que adotam a
postura dialética, como Popper, do que dos estudiosos ou teorizadores da
dialética que, com raríssimas exceções, são por demais confusos. A esse
respeito, existe um comentário de Rubem Alves que é o seguinte:

"...na maioria das vezes não sei o que as pessoas querem dizer quando
usam a palavra dialética. É curioso o poder mágico que esta palavra
possui. Quando alguém afirma que a coisa se resolve dialeticamente,
todos se calam como se, de repente, tivesse raiado a mais radiosa luz em
suas mentes. Às vezes eu chego a suspeitar que elas se calam não porque
a luz tenha raiado, mas por puro medo. Medo de perguntar o que é
dialética."

Existe ainda a dialética da antiguidade, cujos expoentes máximos foram
Heráclito (grego) e Lao-Tse (a origem da dialética de Lao Tse, ou oriental,
remonta a Fou-Hi -- cerca de 5000 anos da era atual). Não conheço a
dialética de Heráclito mas creio que em termos de dialética até hoje não
surgiu nada melhor do que a dialética da filosofia oriental antiga. Teço
algumas considerações a respeito desta última, e procurei ser bastante
didático, em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/FilCien/ci_or00.htm

Cheguei a comentar alguma coisa a respeito aqui na ciencialist, na thread
"Filosofia dos Antônimos" (março de 2000). O acesso às msgs desta thread
estão disponíveis no link acima.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm





SUBJECT: Re: Fotografia Kirlian
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/06/2001 03:30

--- In ciencialist@y..., "Peterson Leal" <peterlsm@t...> wrote:
> Preciso urgente de artigos refutando a FOTOGRAFIA KIRLIAN.
> Lembro-me, uma vez, que o Léo postou algo a respeito, mas foi antes
que eu perdesse todas as mensagens.
> Takata, se souber também de referências, agradeço.
>
> Abraços.
>
> Peterson Leal.

Por acaso eu estava respondendo sobre esse assunto no newsgroup do
UOL (uol.educacao.ciencia.ufo).

Ai vai uma selacao de links:
- Kirlian "photography" ( http://skepdic.com/kirlian.html
)

- Can Kirlian Photography Detect Diseases?(
http://www.netasia.net/users/truehealth/Kirlian%20Photography.htm
)

- Investigative Files Aura Photography: A Candid Shot
( http://www.csicop.org/si/2000-05/i-files.html )

- A borra do café e mais fotos Kirlian [restrito UOL]
( http://www.uol.com.br/revista/rf0503200014.htm )

- A falsa aura da fotografia Kirlian [restrito UOL] (
http://www.uol.com.br/revista/rf2702200023.htm )

- Encyclopedia of Skepticism and the Paranormal (
http://www.theness.com/pseudo.html
)

- Kirlian Photography [curto] (
http://www.cincinnatiskeptics.org/blurbs/kirlian-photography.html
)


Tambem fiz uma selecao de segmentos destes links (e alguns outros) da
explicacao do fenomeno. Tem coisas repetidas.


[[[ This is not a "life energy" image, or anything else but a simple
electrical corona discharge. ANY subject that conducts electricity,
organic
or not, produces the Kirlian effect.
The so-called "phantom limb" effect is, well, a phantom. It simply
doesn't
happen. Not with organic nor inorganic subjects. I have semi-reliable
information that the whole "phantom limb" story actually comes from
just
one, count 'em, ONE experiment with a leaf, which was never
replicated. I've
never seen it in the hundreds of my own photos...and I've tried. To my
knowledge, this effect has NEVER been reproduced on a human or animal
amputee...except perhaps as a staged stunt for a gullible TV crew.
There are at least two possible explanations for the "phantom limb"
effect,
assuming it ever existed at all:

-First, the corona discharge is very dynamic, which means it jumps
around a
lot. It is very sensitive to anything which effects electrical
conductivity
(humidity, conductance of subject, etc.). Thus, it is possible that a
random
jumping around of the field might have produced an image that, in an
uncritical mind, might have resembled the missing piece of the leaf.

-Or, far more likely in my judgment, is experimental error. The common
Kirlian setup is to put a piece of glass on top of the subject to
hold it
flat during the exposure. If this were done with a moist leaf, the
leaf
might leave a moisture imprint on the glass, which, even after a
piece of
the leaf was torn off, would still be a conductive path that would
show the
full outline of the leaf. ]]]
( http://www.magicdave.com/skeptic/kirlian.htm )


[[[Actually, what is recorded is due to quite natural phenomena such
as
pressure, electrical grounding, humidity and temperature. Changes in
moisture (which may reflect changes in emotions), barometric
pressure, and
voltage, among other things, will produce different 'auras'. ]]]
( http://skepdic.com/kirlian.html )


[[[ Scientists say the size and shape of the aura doesn't correspond
to a
person's health, mood or attitude but is produced by fluctuations in
high-frequency current. The image on film is actually a corona
discharge, a
natural electrical phenomenon like the one found in flashes of
lightning.

Gary Poock and Paul W. Sparks reported in Smithsonian magazine that
there
are at least 13 factors that can influence the Kirlian image. These
include
voltage level, voltage pulse rate, moisture, atmospheric gasses, the
internal force and angle of the object held against the film, and
barometric
pressure. In effect, a single person can come up with different auras
simply
by changing finger pressure and the amount of moisture found in his
or her
skin. The more moisture there is, the larger and more colorful the
auras
are.

Living things (like the commonly photographed fingers) are moist.
When the
electricity enters the living object, it produces an area of gas
ionization
around the photographed object, assuming moisture is present on the
object.
This moisture is transferred from the subject to the emulsion surface
of the
photographic film and causes an alternation of the electric charge
pattern
on the film. If a photograph is taken in a vacuum, where no ionized
gas is
present, no Kirlian image appears.If the Kirlian image were due to
some
paranormal fundamental living energy filed, it should not disappear
in a
simple vacuum,

"That the Kirlian image is enhanced by emotional arousal can also be
easily
explained by the presence of moisture. A basic physiologicasl
response to
arousal is sweating. Thus, aroused individuals will have greater
moisture
content on their skin surface and the greater amount of moisture will
produce a larger Kirlian image," added Hines, a consultant of the
Committee
for the Scientific Investigation of Claims of the Paranormal
(CSICOP). ]]]
( http://www.netasia.net/users/truehealth/Kirlian%20Photography.htm )

[[[only to finger pressure, moisture, and other mechanical,
environmental,
and photographic factors (some twenty-two in all). Skeptics observed
that
even mechanical objects, such as coins or paper clips, could yield a
Kirlian
"aura" (Watkins and Bickel 1986)']]]
( http://www.csicop.org/si/2000-05/i-files.html )

[[["A foto Kirlian mostra variações caso a pessoa minta ou beba. Isso
acontece, mas apenas por causa das mudanças provocadas pelo suor da
pele e
sua resistência, a chamada RGP (resposta galvânica da pele) usada em
aparelhos como os polígrafos (detectores de mentira). Não mostra nada
no
caso de isolantes, o que é muito conveniente, pois os seres vivos
sempre têm
água." ]]]
( http://www.uol.com.br/revista/rf0503200014.htm )

[[[Ela ocorre quando a tensão no condutor é alta o suficiente para
quase
superar a capacidade isolante do ar em torno. Essa descarga coronal
está
ligada ao fenômeno de ionização, uma aceleração dos elétrons que tem
como
resultado criar uma condução de eletricidade no gás em volta. No
processo se
cria o gás ozônio.
O efeito corona pode ser pouco visível para quem olha, mas o papel
fotográfico o registra, como uma luz rodeando o objeto. Os místicos
podem
ainda argumentar que a aura de seres vivos é mais intensa que a de
objetos.
A explicação para isso é a maior quantidade de umidade, que aumenta a
descarga coronal.
...Há quem ainda argumente que se consegue produzir aura de algo que
não
mais está presente -por exemplo, de um braço amputado. Esse efeito
fantasma
está na imaginação de quem olha uma imagem. Como o campo elétrico é
muito
variável, pode parecer às vezes estar rodeando algo que não existe.]]]
( http://www.uol.com.br/revista/rf2702200023.htm )

[[[The most likely explanation, one that is accepted even by many
psychic
believers, is that the effect is a kind of 'Corona Discharge.' Corona
discharge is responsible for regular lightning, the sparks that come
off
your fingers after you walk on a carpet, and St. Elmo's fire, among
other
effects. Nikola Tesla used to introduce new discoveries at
presentations at
which his body would glow and sparks would fly from his fingertips,
using a
similar technique.
A team of physicists and psychologists at Drexel University has spent
some
years studying the Kirlian effect, and has concluded that the major
determinant in a Kirlian photograph is the amount of moisture present
on the
object or skin. It is certainly plausible that different moods and
stresses
might create different amounts of moisture on the fingertips (for
instance).
This is the basis of the lie detector. Phantom leaf effects, on the
other
hand, are very rare - the Drexel team has never produced one, but they
theorize a number of possibilities, including residue on the
photographic
plate and coincidence, not to mention the possibility of outright
fraud in
some cases. ]]]
( http://www.theness.com/pseudo.html )

[[[What is being photographed is moisture! All living objects contain
water.
When electricity is passed through living objects in a Kirlian
apparatus,
they produce around themselves, from their moisture, an area of
rapidly
moving atoms with either positive or negative electrical charges
called
ions. This ionized gas will appear to glow and give off color when
photographed with the Kirlian apparatus. When it is claimed that
changes in
a person's emotions and physical state can be detected with Kirlian
photography, this reflects changes in perspiration, which varies
depending
on emotions and health.]]]
( http://www.cincinnatiskeptics.org/blurbs/kirlian-photography.html )

[[[ It is merely a coronal discharge, complete with ozone production.
The
most damaging argument against the "life energy" claim is that Kirlian
photography works on any subject that conducts electricity, even
completely
lifeless metal, or synthetic sponges soaked in salt water. ]]]
( http://home.xnet.com/~blatura/skep_7.html#7.5 )


Para facilitar a procura de textos estou organizando uma secao de
links por assuntos na STR... mas a pagina estah frequentemente fora
do ar (problemas com o hospedeiro). Quando voltar eu passo o link da
selecao.







SUBJECT: Re: O inevitavel
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/06/2001 18:10

Olá, Jocax

Jocax: Manuel, acho q vc nao entendeu o q eu quis dizer. A matematica
enquanto filosofia, ou seja, enquanto nao tem conexao com a realidade nao
eh refutavel no sentido popperiano do termo. Mas quando a ciencia a utiliza
para seus propositos ela deixa de ser a matematica-filosofica e passa a ser
a matematica-ciencia.

Manuel: Mesmo a matemática pura tem conexão com a realidade, visto que,
sendo ela, conforme B. Russell, a ciência do possível (ou, segundo a
definição de Murray Gel-Mann, o estudo rigoroso dos mundos hipotéticos), o
mundo real não é outra coisa que "uma das possibilidades previstas pela
matemática que se realizou", talvez a única que se tornou realidade, ou
talvez não, mas disso ninguém pode saber com certeza. A matemática aplicada,
uma ferramenta útil das ciências empíricas, é apenas um subsistema do
sistema matemático geral, subsistema este que compartilha com os demais
certos princípios fundamentais (enunciados indecidíveis e, portanto,
irrefutáveis, ou então evidências imediatas igualmente irrefutáveis). Caso
contrário, não seria matemática.

Jocax: E nao existe *nenhuma* razao a priori para que o universo deva seguir
regras matematicas e por isso eh uma das questoes basicas da filosofia :"Por
que a matematica serve tao bem aa Fisica?"

Manuel: Se o mundo não fosse racional o pensamento não seria
lógico-matemático, ou melhor, o pensamento sequer existiria. Dizer que não
existe razão 'a priori' para o universo seguir regras matemáticas é o mesmo
que dizer que "não há razão no fato de o mundo ser racional", que "não é
racional um universo racional." Ora, essa afirmação encerra uma contradição
lógica. Logo, o seu pensamento não está sendo coerente.

E olha que o fato de o mundo ter uma racionalidade matemática não é lá
grande coisa. A razão matemática é a razão mínima e muita gente (os
existencialistas, por exemplo) não se contentam só com ela. Aliás, o Alberto
Mesquita costuma dizer, e com razão, que os físicos matemáticos adoram
construir modelos matemáticos para o universo que são absurdos. Eu diria,
"quase" absurdos. A matemática confere uma razão até ao caos, tanto que
existe a matemática do caos, com seus caos determinísticos, atratores
estranhos, fractais, etc. Mas Você, Jocax, está suponto que o mundo poderia
ser ainda mais absurdo. Ora, isso é absurdo! :-)

Jocax: Assim, quando a ciencia utiliza-se da matematica ela a esta
utilizando como uma teoria ( que ateh agora nao foi falseada ) mas, em
principio podera ser falseada sim. E neste caso ( quando ou se isto
acontecer) a pergunta basica estaria resolvida :A matematica nao serviria aa
fisica seria apenas uma aproximacao da realidade.

Manuel: Os fatos reais refutam ou confirmam proposições "acerca dos
fatos reais", mas não enunciados que tratam unicamente de ideais formais ou
grandezas em abstrato ou ainda enunciados sobre enunciados, que são as
metaproposições da lógica matemática. "Num espaço euclidiano (plano) as
linhas paralelas mantêm a distância entre si.". Esse enunciado não é falso,
mesmo que o espaço "real" seja mais ou menos curvo dependendo da
concentração de matéria , de modo que as paralelas ora convergem, ora
divergem.

Permita-me lançar mão de uma analogia: "o unicórnio é um cavalo com chifre."
Isso é verdade, malgrado o fato de os unicórnios não existirem na realidade.
Os unicórnios existem no imaginário humano, mas não são criaturas reais, e,
no imaginário humano, eles são cavalos com chifre.

A não correspondência entre a realidade e o seu modelo matemático apenas
prova que o modelo esgotou o seu potencial investigativo e que, portanto,
perdeu a utilidade para as ciências empíricas, mas não prova a sua
falsidade.

Manuel: Um exemplo banal: X = X, qualquer que seja X.

Jocax: Sim eh verdade dentro da matematica filosofia, mas dentro da
matematica realidade o q significaria isso fisicamente?

Manuel: Significa, por exemplo, que o fato de tanto a pêra como a maçã
serem frutas não nos deve levar a concluir que uma pêra é uma maçã e
vice-versa. Uma pêra é uma pêra e uma maçã é uma maçã, favor não
confundir as frutas. A proposição X = X pode parecer vazia, mas não é.
Trata-se do princípio da identidade da lógica formal sem o qual não há
pensamento coerente.

Jocax: E se uma coisa esta em constante mudanca?

Manuel: significa que uma coisa em constante mudança é uma coisa em
constante mudança.

Jocax: E se sempre vc juntasse 2 macas e aparecesse 3? 1+1=3 ? :-)

Manuel: Você está supondo que "é possível o impossível se realizar." Ora, o
que define o impossível é a impossibilidade de ele se realizar. Logo, você
está supondo que "o impossível é possível". Mas uma vez o seu pensamento
demonstra ser logicamente contraditório e, portanto, incoerente.

O impossível não pode ser realizado, mas apenas "imaginado", como os
unicórnios, o saci-pererê, a mula sem cabeça, o gato invisível do país das
maravilhas, etc.

Mas, se de repente, ao juntar duas macas (macas ou maçãs, não importa),
aparecesse três (de modo que 1 + 1 = 3), eu diria que estou sonhando e
aproveitaria a situação para transformar o meu ventilador numa exuberante
Demmi Moore, com a qual vararia a noite fazendo amor. E, caso não
conseguisse essa transformação (ou se, ao invés da Demmi Moore, aparecesse o
Maguila), eu concluiria que não tenho controle sobre minha imaginação, que
minha imaginação é psicótica, imprevisível, absolutamente arbitrária e de
mal gosto. Se essa situação absurda persistisse por muito tempo, se eu não
conseguisse sair desse pesadelo, acho que me desesperaria. E, revoltado com
esse mundo imaginário absurdo e ilógico, creio que me suicidaria, cortando a
jugular com a Navalha de Occam.

Mas, como estou acordado e lúcido, de modo que, ao juntar duas maçãs, sempre
aparecem duas maçãs e não três, sou mais razoável no uso da navalha de
occam. Com esse instrumento lógico, corto fora dos meus esquemas teóricos
todos os enunciados fantasiosos, incoerentes e ilógicos. Para a ciência,
somente a imaginação "matematizável" é útil. A imaginação não matematizável
só serve para a arte, a literatura, a poesia.

Manuel: Ademais, uma hipótese é falseável (e portanto científica) quando não
descarta a "possibilidade lógica" de eventos capazes de refutá-la. Ou seja,
o próprio cientista admite - ao menos os que são adeptos do "filósofo"
Popper - que o mundo real é um "mundinho" se comparado com o vasto mundo das
possibilidades.

Sinceramente não sei como a ciência, que é e sempre será uma conjectura
"possivelmente" falsa, seja capaz de refutar o inventário das possibilidades
que é a lógica e a matemática.

Jocax: Ela poderia refuta-la como ferramenta da ciencia e nao como uma
criacao da mente humana. A matematica poderia nao funcionar com a realidade,
simples assim.

Manuel: Se, ao jogar uma moeda, dá cara e não coroa (e se o jogo só permite
uma única aposta), não posso dizer que a cara é verdadeira e que a coroa é
falsa. O real falseia enunciados sobre a realidade, mas não falseia
enunciados sobre o que é possível e o que é impossível se realizar. Um
modelo matemático (um subsistema do sistema matemático) que não mais serve à
ciência não é falso. É apenas inútil. Mas se você, raciocinando como um
pragmatista, diz que "o que é útil é verdadeiro", eu então contra-argumento
dizendo que um dos fatores que mais contribuíram para o desenvolvimento da
inteligência humana foi o "engodo tático", isto é, a mentira e o logro. Com
efeito, um esperto mitomaníaco que leva todo mundo na lábia é mais apto que
um otário crédulo, de modo que a mentira e o logro, por conferirem aptidão
darwiniana, é útil em certas ocasiões. Logo, nem tudo que é útil é
verdadeiro.

Manuel: O que quero dizer, em síntese, é que a ciência empírica não se
sustenta a si mesma;

Jocax: Ja conjecturamos isso com relacao ao racionalismo-nao critico.

Manuel: e estou chegando à conclusão que nem a lógica se sustenta a si
mesma. Se você chega para mim e diz que é possível que o mundo seja um sonho
arbitrário que não obedece às regras simples da matemática; se, após dar-lhe
um pontapé sem que você esperasse, você me diz que sonhou que eu, de repente
e sem lhe avisar, dei-lhe um pontapé, então só posso concluir que não há
argumentação lógica capaz de convencer um ilógico a ser lógico; que somente
o delírio é auto-sustentável.

Manuel: que "ciência", "filosofia" e "matemática" não são compartimentos
estanques, que não se comunicam entre si;

Jocax: Tanto a ciencia como a matematica sao ramos da filosofia mas sao , em
principio, entanques sim. A razao de a matematica servir aa ciencia eh ateh
agora um misterio nao desvendado.

Manuel: Trata-se de um mistério menor. O mundo seria muito mais misterioso e
incognoscível se não obedecesse às regras simples da matemática.

Manuel: que a lógica e a matemática não subsistem sem "postulados",

Jocax: Sim, como ramos estanques do conhecimento precisam deles.

Manuel: Não, não são ramos estanques do conhecimento. A imaginação
matemática é imprescindível para as ciências empíricas. A imaginação
arbitrária, não matemática, esta sim é imprestável para a ciência.

Manuel: e que a ciência não subsiste sem a lógica e a matemática.

Jocax: Isso nao. Se descobrirmos que a matematica nao serve a ciencia, a
ciencia devera subsistir sem ela e uma nova matematica devera ser criada
novos postulados ).

Manuel: Discordo. Novos modelos de matemática aplicada (i.e., novos
subsistemas do sistema matemático) deverão ser criados pela imaginação
matemática do cientista, modelos matemáticos novos com seus postulados, isto
é, com suas proposições fundamentais não evidentes e não demonstráveis pela
própria matemática, portanto, novos enunciados irrefutáveis.

Mas, todo e qualquer modelo matemático para o universo necessariamente
compartilhará com os demais, inclusive com os modelos matemáticos que não
são mais úteis, certos axiomas fundamentais, evidências imediatas do tipo X
= X, X - X = 0, o existente existe, há regularidade na natureza. Como se vê,
enunciados irrefutáveis.

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Razao e Imaginacao
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/06/2001 18:11

Olá, Jocax

Jocax: Manuel, acho q vc nao entendeu o q eu quis dizer. A matematica
enquanto filosofia, ou seja, enquanto nao tem conexao com a realidade nao
eh refutavel no sentido popperiano do termo. Mas quando a ciencia a utiliza
para seus propositos ela deixa de ser a matematica-filosofica e passa a ser
a matematica-ciencia.

Manuel: Mesmo a matemática pura tem conexão com a realidade, visto que,
sendo ela, conforme B. Russell, a ciência do possível (ou, segundo a
definição de Murray Gel-Mann, o estudo rigoroso dos mundos hipotéticos), o
mundo real não é outra coisa que "uma das possibilidades previstas pela
matemática que se realizou", talvez a única que se tornou realidade, ou
talvez não, mas disso ninguém pode saber com certeza. A matemática aplicada,
uma ferramenta útil das ciências empíricas, é apenas um subsistema do
sistema matemático geral, subsistema este que compartilha com os demais
certos princípios fundamentais (enunciados indecidíveis e, portanto,
irrefutáveis, ou então evidências imediatas igualmente irrefutáveis). Caso
contrário, não seria matemática.

Jocax: E nao existe *nenhuma* razao a priori para que o universo deva seguir
regras matematicas e por isso eh uma das questoes basicas da filosofia :"Por
que a matematica serve tao bem aa Fisica?"

Manuel: Se o mundo não fosse racional o pensamento não seria
lógico-matemático, ou melhor, o pensamento sequer existiria. Dizer que não
existe razão 'a priori' para o universo seguir regras matemáticas é o mesmo
que dizer que "não há razão no fato de o mundo ser racional", que "não é
racional um universo racional." Ora, essa afirmação encerra uma contradição
lógica. Logo, o seu pensamento não está sendo coerente.

E olha que o fato de o mundo ter uma racionalidade matemática não é lá grande coisa. A razão matemática é a razão mínima e muita gente (os
existencialistas, por exemplo) não se contentam só com ela. Aliás, o Alberto
Mesquita costuma dizer, e com razão, que os físicos matemáticos adoram
construir modelos matemáticos para o universo que são absurdos. Eu diria,
"quase" absurdos. A matemática confere uma razão até ao caos, tanto que
existe a matemática do caos, com seus caos determinísticos, atratores
estranhos, fractais, etc. Mas Você, Jocax, está suponto que o mundo poderia
ser ainda mais absurdo. Ora, isso é absurdo! :-)

Jocax: Assim, quando a ciencia utiliza-se da matematica ela a esta
utilizando como uma teoria ( que ateh agora nao foi falseada ) mas, em
principio podera ser falseada sim. E neste caso ( quando ou se isto
acontecer) a pergunta basica estaria resolvida :A matematica nao serviria aa
fisica seria apenas uma aproximacao da realidade.

Manuel: Os fatos reais refutam ou confirmam proposições "acerca dos
fatos reais", mas não enunciados que tratam unicamente de ideais formais ou
grandezas em abstrato ou ainda enunciados sobre enunciados, que são as
metaproposições da lógica matemática. "Num espaço euclidiano (plano) as
linhas paralelas mantêm a distância entre si.". Esse enunciado não é falso,
mesmo que o espaço "real" seja mais ou menos curvo dependendo da
concentração de matéria , de modo que as paralelas ora convergem, ora
divergem.

Permita-me lançar mão de uma analogia: "o unicórnio é um cavalo com chifre."
Isso é verdade, malgrado o fato de os unicórnios não existirem na realidade. Os unicórnios existem no imaginário humano, mas não são criaturas reais, e, no imaginário humano, eles são cavalos com chifre.

A não correspondência entre a realidade e o seu modelo matemático apenas
prova que o modelo esgotou o seu potencial investigativo e que, portanto,
perdeu a utilidade para as ciências empíricas, mas não prova a sua
falsidade.

Manuel: Um exemplo banal: X = X, qualquer que seja X.

Jocax: Sim eh verdade dentro da matematica filosofia, mas dentro da
matematica realidade o q significaria isso fisicamente?

Manuel: Significa, por exemplo, que o fato de tanto a pêra como a maçã
serem frutas não nos deve levar a concluir que uma pêra é uma maçã e
vice-versa. Uma pêra é uma pêra e uma maçã é uma maçã, favor não
confundir as frutas. A proposição X = X pode parecer vazia, mas não é.
Trata-se do princípio da identidade da lógica formal sem o qual não há
pensamento coerente.

Jocax: E se uma coisa esta em constante mudanca?

Manuel: significa que uma coisa em constante mudança é uma coisa em
constante mudança.

Jocax: E se sempre vc juntasse 2 macas e aparecesse 3? 1+1=3 ? :-)

Manuel: Você está supondo que "é possível o impossível se realizar." Ora, o que define o impossível é a impossibilidade de ele se realizar. Logo, você está supondo que "o impossível é possível". Mas uma vez o seu pensamento demonstra ser logicamente contraditório e, portanto, incoerente.

O impossível não pode ser realizado, mas apenas "imaginado", como os unicórnios, o saci-pererê, a mula sem cabeça, o gato invisível do país das maravilhas, etc.

Mas, se de repente, ao juntar duas macas (macas ou maçãs, não importa), aparecesse três (de modo que 1 + 1 = 3), eu diria que estou sonhando e aproveitaria a situação para transformar o meu ventilador numa exuberante Demmi Moore, com a qual vararia a noite fazendo amor. E, caso não conseguisse essa transformação (ou se, ao invés da Demmi Moore, aparecesse o Maguila), eu concluiria que não tenho controle sobre minha imaginação, que minha imaginação é psicótica, imprevisível, absolutamente arbitrária e de mal gosto. Se essa situação absurda persistisse por muito tempo, se eu não conseguisse sair desse pesadelo, acho que me desesperaria. E, revoltado com esse mundo imaginário absurdo e ilógico, creio que me suicidaria, cortando a jugular com a Navalha de Occam.

Mas, como estou acordado e lúcido, de modo que, ao juntar duas maçãs, sempre aparecem duas maçãs e não três, sou mais razoável no uso da navalha de occam. Com esse instrumento lógico, corto fora dos meus esquemas teóricos todos os enunciados fantasiosos, incoerentes e ilógicos. Para a ciência, somente a imaginação "matematizável" é útil. A imaginação não matematizável só serve para a arte, a literatura, a poesia.

Manuel: Ademais, uma hipótese é falseável (e portanto científica) quando não descarta a "possibilidade lógica" de eventos capazes de refutá-la. Ou seja, o próprio cientista admite - ao menos os que são adeptos do "filósofo" Popper - que o mundo real é um "mundinho" se comparado com o vasto mundo das possibilidades.

Sinceramente não sei como a ciência, que é e sempre será uma conjectura
"possivelmente" falsa, seja capaz de refutar o inventário das possibilidades que é a lógica e a matemática.

Jocax: Ela poderia refuta-la como ferramenta da ciencia e nao como uma criacao da mente humana. A matematica poderia nao funcionar com a realidade, simples assim.

Manuel: Se, ao jogar uma moeda, dá cara e não coroa (e se o jogo só permite uma única aposta), não posso dizer que a cara é verdadeira e que a coroa é falsa. O real falseia enunciados sobre a realidade, mas não falseia enunciados sobre o que é possível e o que é impossível se realizar. Um modelo matemático (um subsistema do sistema matemático) que não mais serve à ciência não é falso. É apenas inútil. Mas se você, raciocinando como um pragmatista, diz que "o que é útil é verdadeiro", eu então contra-argumento dizendo que um dos fatores que mais contribuíram para o desenvolvimento da inteligência humana foi o "engodo tático", isto é, a mentira e o logro. Com efeito, um esperto mitomaníaco que leva todo mundo na lábia é mais apto que um otário crédulo, de modo que a mentira e o logro, por conferirem aptidão darwiniana, é útil em certas ocasiões. Logo, nem tudo que é útil é verdadeiro.

Manuel: O que quero dizer, em síntese, é que a ciência empírica não se sustenta a si mesma;

Jocax: Ja conjecturamos isso com relacao ao racionalismo-nao critico.

Manuel: e estou chegando à conclusão que nem a lógica se sustenta a si mesma. Se você chega para mim e diz que é possível que o mundo seja um sonho arbitrário que não obedece às regras simples da matemática; se, após dar-lhe um pontapé sem que você esperasse, você me diz que sonhou que eu, de repente e sem lhe avisar, dei-lhe um pontapé, então só posso concluir que não há argumentação lógica capaz de convencer um ilógico ou sonhador a ser lógico; que somente o delírio é auto-sustentável.

Manuel: que "ciência", "filosofia" e "matemática" não são compartimentos estanques, que não se comunicam entre si;

Jocax: Tanto a ciencia como a matematica sao ramos da filosofia mas sao , em principio, entanques sim. A razao de a matematica servir aa ciencia eh ateh agora um misterio nao desvendado.

Manuel: Trata-se de um mistério menor. O mundo seria muito mais misterioso e incognoscível se não obedecesse às regras simples da matemática.

Manuel: que a lógica e a matemática não subsistem sem "postulados",

Jocax: Sim, como ramos estanques do conhecimento precisam deles.

Manuel: Não, não são ramos estanques do conhecimento. A imaginação matemática é imprescindível para as ciências empíricas. A imaginação arbitrária, não matemática, esta sim é imprestável para a ciência.

Manuel: e que a ciência não subsiste sem a lógica e a matemática.

Jocax: Isso nao. Se descobrirmos que a matematica nao serve a ciencia, a ciencia devera subsistir sem ela e uma nova matematica devera ser criada ( novos postulados ).

Manuel: Discordo. Novos modelos de matemática aplicada (i.e., novos subsistemas do sistema matemático) deverão ser criados pela imaginação matemática do cientista, modelos matemáticos novos com seus postulados, isto é, com suas proposições fundamentais não evidentes e não demonstráveis pela própria matemática, portanto, novos enunciados irrefutáveis.

Mas, todo e qualquer modelo matemático para o universo necessariamente compartilhará com os demais, inclusive com os modelos matemáticos que não são mais úteis, certos axiomas fundamentais, evidências imediatas do tipo X = X, X - X = 0, o existente existe, há regularidade na natureza. Como se vê, enunciados irrefutáveis.

Abraços,
Manuel Bulcão



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Saiba mais sobre o tabagismo passivo
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <direito_saude@egroups.com>
DATE: 10/06/2001 11:22

Direito_Saúde -- 10.06.2001
======================
Saiba mais sobre o tabagismo passivo

VITÓRIA (ABN) - Saiba mais sobre o tabagismo passivo conferindo as respostas para as perguntas mais freqüentes:

O que é?

==

A inalação da fumaça de derivados do tabaco por indivíduos não-fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados.

==

Quais substâncias tóxicas são inaladas em ambientes poluídos pela fumaça do tabaco?

Mais de 400 substâncias que não podem ser filtradas. As que saem da ponta acesa do cigarro apresentem níveis três vezes maiores de nicotina e monóxido de carbono e até 50 vezes maiores de substâncias cancerígenas, das que entram pela boca do fumante.

==

Como o tabagismo passivo afeta à saúde?

==

Os não-fumantes que se expõem à poluição tabagística ambiental tem um risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão e 24% maior de sofrerem infarto do miocárdio do que os não-fumantes, que não se expõem.

==

E nas mulheres, qual o efeito?

==

As mulheres que se expõem durante a gestação reduzem o crescimento fetal, deslocamento de placenta e hemorragias antes do parto. Segundo a OMS a exposição de recém-nascidos à fumaça do tabaco aumenta em até cinco vezes o risco da Síndrome de Morte Infantil.

==

Quais os riscos para as crianças que convivem com fumantes em ambientes fechados?

==

Maior incidência de pneumonia, bronquite, exacerbação de asma e infecções do ouvido médio.

==

Ventilar os ambientes pode eliminar a poluição tabagística ambiental?

==

Não, porque não elimina os componentes tóxicos, por isso os fumódromos somente podem ajudar a proteger a saúde dos não fumantes quando são completamente isolados e têm sistema de ventilação também separado, não permitindo que o ar poluído circule pelo prédio.

==

Em 08/06/01 às 20h00:

===================================
http://groups.yahoo.com/group/direito_saude
===================================
http://www.abn.com.br/medicina.htm
============================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Razao e Imaginacao
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/06/2001 21:39

Aproveitando o tema, sugiro uma lida no seguinte texto, bem recente:

http://xocxoc.home.att.net/math/what_is_mathematics1.htm

O trecho inicial:

"This is the first of at least three chapters discussing the
philosophy of mathematics. The philosophy of mathematics is at a
crossroads right now. There are two major camps building. On one side
are the old school mathematicians who see mathematics as a foundation
of science. On the other side is a small but growing group of scholars
made up of cognitive psychologists, linguists, and neural biologists
(and some mathematicians as well) who see mathematics as a function of
the brain.

While a comprehensive philosophical definition of mathematics is not
really possible, philosophers have been working on it for millennia
without success, these new neurobiological/ linguistic/ cognitive
theories show promise in helping us understand how we learn and
understand math. If we better understood how the brain handles math,
we could find approaches to teach math more effectively."


> Manuel: Mesmo a matemática pura tem conexão com a realidade, visto
que,
> sendo ela, conforme B. Russell, a ciência do possível (ou, segundo a
> definição de Murray Gel-Mann, o estudo rigoroso dos mundos
hipotéticos), o
> mundo real não é outra coisa que "uma das possibilidades previstas
pela
> matemática que se realizou", talvez a única que se tornou realidade,
ou
> talvez não, mas disso ninguém pode saber com certeza. A matemática
aplicada,
> uma ferramenta útil das ciências empíricas, é apenas um subsistema
do
> sistema matemático geral, subsistema este que compartilha com os
demais
> certos princípios fundamentais (enunciados indecidíveis e, portanto,
> irrefutáveis, ou então evidências imediatas igualmente
irrefutáveis). Caso
> contrário, não seria matemática.

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"Courage is grace under pressure." - Ernest Hemingway




SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia e livre-arbítrio
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/06/2001 09:01

On Thu, 7 Jun 2001, Gabriel Antunes wrote:
> > Não entendi o que vc quiz dizer com isso. O ser humano não tem
> > direito a ser livre? Se há alguma coisa nas entrelinhas me
> > esclareça pois não estou entendendo
> Pois e isso que eu coloquei em questao: o ser humano tem o direito de ser
> livre?

Pois agora com as outras mensagens eu comecei a entender o rumo da
discussão.

> Se tomarmos como premissa a teoria computacional da mente, o ser humano nao
> tem liberdade, ja que suas decisoes sao impostas pelo meio e pelos genes.

Eu diria que as decisões são influenciadas pelos genes e pelo meio mas não
determinadas por eles. Não sou especialista mas tenho visto que as
simplificações arbitrárias normalmente se mostram erradas.

É como se fosse uma nova lei de Murphy "Tudo é mais complicado do que
parecer ser.".

> Portanto, acredito que afirmar que todo o ser humano tem o direito a ser
> livre e' um preceito moral, ou religioso, ou etico... dah no mesmo: todos
> eles sao cientificamente imbaseados.

A história tem mostrado que é vantajoso para a sociedade que todos os
seres humanos sejam livres, portanto não é tão acientífico [ou
cientificamente imbaseado].

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitavel
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 11/06/2001 09:16

Manuel Bulcão wrote:

> Olá, Jocax
>
> Jocax: Manuel, acho q vc nao entendeu o q eu quis dizer. A matematica
> enquanto filosofia, ou seja, enquanto nao tem conexao com a realidade nao
> eh refutavel no sentido popperiano do termo. Mas quando a ciencia a utiliza
> para seus propositos ela deixa de ser a matematica-filosofica e passa a ser
> a matematica-ciencia.
>
> Manuel: Mesmo a matemática pura tem conexão com a realidade, visto que,
> sendo ela, conforme B. Russell, a ciência do possível (ou, segundo a
> definição de Murray Gel-Mann, o estudo rigoroso dos mundos hipotéticos), o
> mundo real não é outra coisa que "uma das possibilidades previstas pela
> matemática que se realizou", talvez a única que se tornou realidade, ou
> talvez não, mas disso ninguém pode saber com certeza.

Nao concordo pois nao faz parte da matematica fazer previsoes sobre a realidade.
A matematica eh um mundo aa parte construida com axiomas que , se nos serve
em nosso mundo real, eh por "puro acaso" ou por sorte. Podemos, da mesma
forma, mudarmos os axiomas e teremos uma outra matematica assim como
existem varias.


> A matemática aplicada,
> uma ferramenta útil das ciências empíricas, é apenas um subsistema do
> sistema matemático geral, subsistema este que compartilha com os demais
> certos princípios fundamentais (enunciados indecidíveis e, portanto,
> irrefutáveis, ou então evidências imediatas igualmente irrefutáveis). Caso
> contrário, não seria matemática.
>

Volto a repetir que o mundo da matematica eh , em principio,
a parte do nosso e seus principios fundamentais soh sao irrefutaveis dentro
dela propria. Mas, qdo a trazemos como ferramente ao mundo real
para ser utilizada nao devemos aceita-los aprioristicamente
como irrefutaveis em nosso mundo.


>
> Jocax: E nao existe *nenhuma* razao a priori para que o universo deva seguir
> regras matematicas e por isso eh uma das questoes basicas da filosofia :"Por
> que a matematica serve tao bem aa Fisica?"
>
> Manuel: Se o mundo não fosse racional o pensamento não seria
> lógico-matemático, ou melhor, o pensamento sequer existiria.

Este pensamento eh falso eh segue da falacia :
( A ==> B e B ) ==> A
Ou seja, vc supoe que a causa eh verdadeira simplesmente pq o consequente
tambem o eh. ( Se chove nasce grama , se nasceu grama eh pq choveu ).
O mesmo que Se o pensamento eh logico-matematico entao o mundo eh racional
pode nao ser verdadeiro. Podemos ter um pensamento logico-matematico
que nada mais eh q uma simplificacao ou *aproximacao* de um mundo
caotico.


> Dizer que não
> existe razão 'a priori' para o universo seguir regras matemáticas é o mesmo
> que dizer que "não há razão no fato de o mundo ser racional", que "não é
> racional um universo racional." Ora, essa afirmação encerra uma contradição
> lógica. Logo, o seu pensamento não está sendo coerente.

Nao ha razao mesmo de o mundo ser racional. E pode ser q nao seja mesmo.
Mas pode ser que seja. Nunca poderemos saber, assim como nunca poderemos
saber se tudo nao passa de uma imaginacao solipsista.
Mas para efeitos praticos assumimos que o universo eh racional e seguimos
em frente pois eh a unica coisa interessante que poderemos fazer.


>
>
> E olha que o fato de o mundo ter uma racionalidade matemática não é lá
> grande coisa. A razão matemática é a razão mínima e muita gente (os
> existencialistas, por exemplo) não se contentam só com ela. Aliás, o Alberto
> Mesquita costuma dizer, e com razão, que os físicos matemáticos adoram
> construir modelos matemáticos para o universo que são absurdos. Eu diria,
> "quase" absurdos. A matemática confere uma razão até ao caos, tanto que
> existe a matemática do caos, com seus caos determinísticos, atratores
> estranhos, fractais, etc. Mas Você, Jocax, está suponto que o mundo poderia
> ser ainda mais absurdo. Ora, isso é absurdo! :-)

Nao eh abusrdo nao. Isso pode estar ateh acontencendo agora soh
que a um nivel que nao nos eh percebido ou com probbilidade muito
pequena de ocorrer por exemplo.

>
>
> Jocax: Assim, quando a ciencia utiliza-se da matematica ela a esta
> utilizando como uma teoria ( que ateh agora nao foi falseada ) mas, em
> principio podera ser falseada sim. E neste caso ( quando ou se isto
> acontecer) a pergunta basica estaria resolvida :A matematica nao serviria aa
> fisica seria apenas uma aproximacao da realidade.
>
> Manuel: Os fatos reais refutam ou confirmam proposições "acerca dos
> fatos reais", mas não enunciados que tratam unicamente de ideais formais ou
> grandezas em abstrato ou ainda enunciados sobre enunciados, que são as
> metaproposições da lógica matemática. "Num espaço euclidiano (plano) as
> linhas paralelas mantêm a distância entre si.". Esse enunciado não é falso,
> mesmo que o espaço "real" seja mais ou menos curvo dependendo da
> concentração de matéria , de modo que as paralelas ora convergem, ora
> divergem.
>

Sim, mas vc parece q ainda nao entendeu. A matematica e a logica
seguem seu destino independente de nosso mundo real. Mas qdo trazemo-las
para nosso mundo real *ja nao podemos tomar suas proposicoes como verdades
irrefutaveis* . Elas sao verdades irrefutaveis dentro da matematica apenas
e nao necessariamente em nossa realidade.


>
> Permita-me lançar mão de uma analogia: "o unicórnio é um cavalo com chifre."

Isso nao eh uma verdade. Isso eh uma *definicao* !


>
> Isso é verdade, malgrado o fato de os unicórnios não existirem na realidade.
> Os unicórnios existem no imaginário humano, mas não são criaturas reais, e,
> no imaginário humano, eles são cavalos com chifre.
>
> A não correspondência entre a realidade e o seu modelo matemático apenas
> prova que o modelo esgotou o seu potencial investigativo e que, portanto,
> perdeu a utilidade para as ciências empíricas, mas não prova a sua
> falsidade.
>

Prova sua falsidade como *teoria* q nos auxilia a compreender o mundo.
Assim como a teoria de Newton mostrou-se falsa a matematica-ciencia
tambem poderia mostrar-se. Mas , neste caso hipotetico, a matematica filosofia
poderia continuar sendo desenvolvida como um passatempo ou jogo sofisticado.


>
> Manuel: Um exemplo banal: X = X, qualquer que seja X.
>
> Jocax: Sim eh verdade dentro da matematica filosofia, mas dentro da
> matematica realidade o q significaria isso fisicamente?
>
> Manuel: Significa, por exemplo, que o fato de tanto a pêra como a maçã
> serem frutas não nos deve levar a concluir que uma pêra é uma maçã e
> vice-versa.

Nao, poderia ocorrer e a pera se transformar em maca ou a maca em pera
de modo que nunca saberiamos que fruta na verdade ela seria num tempo t.


> Uma pêra é uma pêra e uma maçã é uma maçã, favor não
> confundir as frutas. A proposição X = X pode parecer vazia, mas não é.
> Trata-se do princípio da identidade da lógica formal sem o qual não há
> pensamento coerente.
>

Como disse o universo *nao precisa* ser coerente.


>
> Jocax: E se uma coisa esta em constante mudanca?
>
> Manuel: significa que uma coisa em constante mudança é uma coisa em
> constante mudança.
>
> Jocax: E se sempre vc juntasse 2 macas e aparecesse 3? 1+1=3 ? :-)
>
> Manuel: Você está supondo que "é possível o impossível se realizar."

O possivel e o impossivel depende do que vc toma como verdade
ou da fisica que vc assume verdadeira.


> Ora, o
> que define o impossível é a impossibilidade de ele se realizar. Logo, você
> está supondo que "o impossível é possível". Mas uma vez o seu pensamento
> demonstra ser logicamente contraditório e, portanto, incoerente.
>

Nao mesmo. Nao eh vc q postou uma mensagem q o universo poderia
ser criado do nada ? Como uma flutuacao quantica do vacuo?
Tem coisas que podem parecer incoerentes mas tem a sua propria
logica intrinseca ( que pode ser uma nao logica classica ) .



>
> O impossível não pode ser realizado, mas apenas "imaginado", como os
> unicórnios, o saci-pererê, a mula sem cabeça, o gato invisível do país das
> maravilhas, etc.
>
> Mas, se de repente, ao juntar duas macas (macas ou maçãs, não importa),
> aparecesse três (de modo que 1 + 1 = 3), eu diria que estou sonhando e
> aproveitaria a situação para transformar o meu ventilador numa exuberante
> Demmi Moore, com a qual vararia a noite fazendo amor.

E eu estou dizendo , alem disso , eh q esta matematica esdruxula na verdade
pode ser que seja a real mesmo : 1+1 = 2 + delta
Onde delta eh uma quantidade muito pequena soh percebida a nivel
nanoscopio como por exemplo dentro de uma das dimensoes da teoria
das super cordas retorcidas, mas , que a niveis altissimos de energia
possa ser medida, entende?
Ou seja nosssa matematica eh uma aproximacao de uma outra q ainda
nao descobrimos.



> E, caso não
> conseguisse essa transformação (ou se, ao invés da Demmi Moore, aparecesse o
> Maguila), eu concluiria que não tenho controle sobre minha imaginação, que
> minha imaginação é psicótica, imprevisível, absolutamente arbitrária e de
> mal gosto. Se essa situação absurda persistisse por muito tempo, se eu não
> conseguisse sair desse pesadelo, acho que me desesperaria. E, revoltado com
> esse mundo imaginário absurdo e ilógico, creio que me suicidaria, cortando a
> jugular com a Navalha de Occam.
>
> Mas, como estou acordado e lúcido, de modo que, ao juntar duas maçãs, sempre
> aparecem duas maçãs e não três, sou mais razoável no uso da navalha de
> occam. Com esse instrumento lógico, corto fora dos meus esquemas teóricos
> todos os enunciados fantasiosos, incoerentes e ilógicos. Para a ciência,
> somente a imaginação "matematizável" é útil. A imaginação não matematizável
> só serve para a arte, a literatura, a poesia.

Sim, por occam devemos tomar a matematica como funcional e seguir
em frente mas , a bem da verdade TODOS AGORA, GRACAS AO
GRANDE JOCAX, SABEMOS Q NAO EH NECESSARIAMENTE ASSIM :-)


>
>
> Manuel: Ademais, uma hipótese é falseável (e portanto científica) quando não
> descarta a "possibilidade lógica" de eventos capazes de refutá-la. Ou seja,
> o próprio cientista admite - ao menos os que são adeptos do "filósofo"
> Popper - que o mundo real é um "mundinho" se comparado com o vasto mundo das
> possibilidades.
>
> Sinceramente não sei como a ciência, que é e sempre será uma conjectura
> "possivelmente" falsa, seja capaz de refutar o inventário das possibilidades
> que é a lógica e a matemática.
>

Eh pq, na verdade, a logica e a matematica nao sao um inventario de possibilidades
Suas proposicoes seguem inexoraveis , deterministicas e frias de seus
axiomas sem possibilidades de mudancas.


>
> Jocax: Ela poderia refuta-la como ferramenta da ciencia e nao como uma
> criacao da mente humana. A matematica poderia nao funcionar com a realidade,
> simples assim.
>
> Manuel: Se, ao jogar uma moeda, dá cara e não coroa (e se o jogo só permite
> uma única aposta), não posso dizer que a cara é verdadeira e que a coroa é
> falsa. O real falseia enunciados sobre a realidade, mas não falseia
> enunciados sobre o que é possível e o que é impossível se realizar. Um
> modelo matemático (um subsistema do sistema matemático) que não mais serve à
> ciência não é falso.

Seria falso se tomassemos seus axiomas como verdadeiros em nosso mundo
real. No mundo matematico nao seria falso.


> É apenas inútil. Mas se você, raciocinando como um
> pragmatista, diz que "o que é útil é verdadeiro",

Eu nunca disse que o util eh verdadeiro !
Estou dizendo ATEH que a matematica eh util nao obstante possa
ser falsa !


> eu então contra-argumento
> dizendo que um dos fatores que mais contribuíram para o desenvolvimento da
> inteligência humana foi o "engodo tático", isto é, a mentira e o logro. Com
> efeito, um esperto mitomaníaco que leva todo mundo na lábia é mais apto que
> um otário crédulo, de modo que a mentira e o logro, por conferirem aptidão
> darwiniana, é útil em certas ocasiões. Logo, nem tudo que é útil é
> verdadeiro.
>
> Manuel: O que quero dizer, em síntese, é que a ciência empírica não se
> sustenta a si mesma;
>

Posso sustentar que sim.


>
> Jocax: Ja conjecturamos isso com relacao ao racionalismo-nao critico.
>
> Manuel: e estou chegando à conclusão que nem a lógica se sustenta a si
> mesma. Se você chega para mim e diz que é possível que o mundo seja um sonho
> arbitrário que não obedece às regras simples da matemática; se, após dar-lhe
> um pontapé sem que você esperasse, você me diz que sonhou que eu, de repente
> e sem lhe avisar, dei-lhe um pontapé, então só posso concluir que não há
> argumentação lógica capaz de convencer um ilógico a ser lógico; que somente
> o delírio é auto-sustentável.
>
> Manuel: que "ciência", "filosofia" e "matemática" não são compartimentos
> estanques, que não se comunicam entre si;
>
> Jocax: Tanto a ciencia como a matematica sao ramos da filosofia mas sao , em
> principio, entanques sim. A razao de a matematica servir aa ciencia eh ateh
> agora um misterio nao desvendado.
>
> Manuel: Trata-se de um mistério menor. O mundo seria muito mais misterioso e
> incognoscível se não obedecesse às regras simples da matemática.
>
> Manuel: que a lógica e a matemática não subsistem sem "postulados",
>
> Jocax: Sim, como ramos estanques do conhecimento precisam deles.
>
> Manuel: Não, não são ramos estanques do conhecimento. A imaginação
> matemática é imprescindível para as ciências empíricas. A imaginação
> arbitrária, não matemática, esta sim é imprestável para a ciência.
>

Nao concordo q a imaginacao seja imprestavel para as ciencias.
As teorias cientificas todas vem , antes de tudo, da imaginacao.



>
> Manuel: e que a ciência não subsiste sem a lógica e a matemática.
>
> Jocax: Isso nao. Se descobrirmos que a matematica nao serve a ciencia, a
> ciencia devera subsistir sem ela e uma nova matematica devera ser criada
> novos postulados ).
>
> Manuel: Discordo. Novos modelos de matemática aplicada (i.e., novos
> subsistemas do sistema matemático) deverão ser criados pela imaginação
> matemática do cientista, modelos matemáticos novos com seus postulados, isto
> é, com suas proposições fundamentais não evidentes e não demonstráveis pela
> própria matemática, portanto, novos enunciados irrefutáveis.
>

Seriam dentro da matematica-nova criada. Mas seria refutaveis dentro
do mundo real, assim como a velha foi refutada.


>
> Mas, todo e qualquer modelo matemático para o universo necessariamente
> compartilhará com os demais, inclusive com os modelos matemáticos que não
> são mais úteis, certos axiomas fundamentais, evidências imediatas do tipo X
> = X, X - X = 0, o existente existe, há regularidade na natureza. Como se vê,
> enunciados irrefutáveis.
>

Pode ser q nao seja um compartilhamento mas sim uma aproximacao
de um modelo mais geral :

X=X + delta

que, para niveis macroscopicos ( ou nas 4 dimensoes )
vale que delta = 0

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Razao e Imaginacao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/06/2001 09:18

Manuel Bulcão wrote:

> Olá, Jocax
>
> Jocax: Manuel, acho q vc nao entendeu o q eu quis dizer. A matematica
> enquanto filosofia, ou seja, enquanto nao tem conexao com a realidade nao
> eh refutavel no sentido popperiano do termo. Mas quando a ciencia a utiliza
> para seus propositos ela deixa de ser a matematica-filosofica e passa a ser
> a matematica-ciencia.
>
> Manuel: Mesmo a matemática pura tem conexão com a realidade, visto que,
> sendo ela, conforme B. Russell, a ciência do possível (ou, segundo a
> definição de Murray Gel-Mann, o estudo rigoroso dos mundos hipotéticos), o
> mundo real não é outra coisa que "uma das possibilidades previstas pela
> matemática que se realizou", talvez a única que se tornou realidade, ou
> talvez não, mas disso ninguém pode saber com certeza.

Nao concordo pois nao faz parte da matematica fazer previsoes sobre a realidade.
A matematica eh um mundo aa parte construida com axiomas que , se nos serve
em nosso mundo real, eh por "puro acaso" ou por sorte. Podemos, da mesma
forma, mudarmos os axiomas e teremos uma outra matematica assim como
existem varias.


> A matemática aplicada,
> uma ferramenta útil das ciências empíricas, é apenas um subsistema do
> sistema matemático geral, subsistema este que compartilha com os demais
> certos princípios fundamentais (enunciados indecidíveis e, portanto,
> irrefutáveis, ou então evidências imediatas igualmente irrefutáveis). Caso
> contrário, não seria matemática.
>

Volto a repetir que o mundo da matematica eh , em principio,
a parte do nosso e seus principios fundamentais soh sao irrefutaveis dentro
dela propria. Mas, qdo a trazemos como ferramente ao mundo real
para ser utilizada nao devemos aceita-los aprioristicamente
como irrefutaveis em nosso mundo.


>
> Jocax: E nao existe *nenhuma* razao a priori para que o universo deva seguir
> regras matematicas e por isso eh uma das questoes basicas da filosofia :"Por
> que a matematica serve tao bem aa Fisica?"
>
> Manuel: Se o mundo não fosse racional o pensamento não seria
> lógico-matemático, ou melhor, o pensamento sequer existiria.

Este pensamento eh falso eh segue da falacia :
( A ==> B e B ) ==> A
Ou seja, vc supoe que a causa eh verdadeira simplesmente pq o consequente
tambem o eh. ( Se chove nasce grama , se nasceu grama eh pq choveu ).
O mesmo que Se o pensamento eh logico-matematico entao o mundo eh racional
pode nao ser verdadeiro. Podemos ter um pensamento logico-matematico
que nada mais eh q uma simplificacao ou *aproximacao* de um mundo
caotico.


> Dizer que não
> existe razão 'a priori' para o universo seguir regras matemáticas é o mesmo
> que dizer que "não há razão no fato de o mundo ser racional", que "não é
> racional um universo racional." Ora, essa afirmação encerra uma contradição
> lógica. Logo, o seu pensamento não está sendo coerente.

Nao ha razao mesmo de o mundo ser racional. E pode ser q nao seja mesmo.
Mas pode ser que seja. Nunca poderemos saber, assim como nunca poderemos
saber se tudo nao passa de uma imaginacao solipsista.
Mas para efeitos praticos assumimos que o universo eh racional e seguimos
em frente pois eh a unica coisa interessante que poderemos fazer.


>
>
> E olha que o fato de o mundo ter uma racionalidade matemática não é lá
> grande coisa. A razão matemática é a razão mínima e muita gente (os
> existencialistas, por exemplo) não se contentam só com ela. Aliás, o Alberto
> Mesquita costuma dizer, e com razão, que os físicos matemáticos adoram
> construir modelos matemáticos para o universo que são absurdos. Eu diria,
> "quase" absurdos. A matemática confere uma razão até ao caos, tanto que
> existe a matemática do caos, com seus caos determinísticos, atratores
> estranhos, fractais, etc. Mas Você, Jocax, está suponto que o mundo poderia
> ser ainda mais absurdo. Ora, isso é absurdo! :-)

Nao eh abusrdo nao. Isso pode estar ateh acontencendo agora soh
que a um nivel que nao nos eh percebido ou com probbilidade muito
pequena de ocorrer por exemplo.

>
>
> Jocax: Assim, quando a ciencia utiliza-se da matematica ela a esta
> utilizando como uma teoria ( que ateh agora nao foi falseada ) mas, em
> principio podera ser falseada sim. E neste caso ( quando ou se isto
> acontecer) a pergunta basica estaria resolvida :A matematica nao serviria aa
> fisica seria apenas uma aproximacao da realidade.
>
> Manuel: Os fatos reais refutam ou confirmam proposições "acerca dos
> fatos reais", mas não enunciados que tratam unicamente de ideais formais ou
> grandezas em abstrato ou ainda enunciados sobre enunciados, que são as
> metaproposições da lógica matemática. "Num espaço euclidiano (plano) as
> linhas paralelas mantêm a distância entre si.". Esse enunciado não é falso,
> mesmo que o espaço "real" seja mais ou menos curvo dependendo da
> concentração de matéria , de modo que as paralelas ora convergem, ora
> divergem.
>

Sim, mas vc parece q ainda nao entendeu. A matematica e a logica
seguem seu destino independente de nosso mundo real. Mas qdo trazemo-las
para nosso mundo real *ja nao podemos tomar suas proposicoes como verdades
irrefutaveis* . Elas sao verdades irrefutaveis dentro da matematica apenas
e nao necessariamente em nossa realidade.


>
> Permita-me lançar mão de uma analogia: "o unicórnio é um cavalo com chifre."

Isso nao eh uma verdade. Isso eh uma *definicao* !


>
> Isso é verdade, malgrado o fato de os unicórnios não existirem na realidade.
> Os unicórnios existem no imaginário humano, mas não são criaturas reais, e,
> no imaginário humano, eles são cavalos com chifre.
>
> A não correspondência entre a realidade e o seu modelo matemático apenas
> prova que o modelo esgotou o seu potencial investigativo e que, portanto,
> perdeu a utilidade para as ciências empíricas, mas não prova a sua
> falsidade.
>

Prova sua falsidade como *teoria* q nos auxilia a compreender o mundo.
Assim como a teoria de Newton mostrou-se falsa a matematica-ciencia
tambem poderia mostrar-se. Mas , neste caso hipotetico, a matematica filosofia
poderia continuar sendo desenvolvida como um passatempo ou jogo sofisticado.


>
> Manuel: Um exemplo banal: X = X, qualquer que seja X.
>
> Jocax: Sim eh verdade dentro da matematica filosofia, mas dentro da
> matematica realidade o q significaria isso fisicamente?
>
> Manuel: Significa, por exemplo, que o fato de tanto a pêra como a maçã
> serem frutas não nos deve levar a concluir que uma pêra é uma maçã e
> vice-versa.

Nao, poderia ocorrer e a pera se transformar em maca ou a maca em pera
de modo que nunca saberiamos que fruta na verdade ela seria num tempo t.


> Uma pêra é uma pêra e uma maçã é uma maçã, favor não
> confundir as frutas. A proposição X = X pode parecer vazia, mas não é.
> Trata-se do princípio da identidade da lógica formal sem o qual não há
> pensamento coerente.
>

Como disse o universo *nao precisa* ser coerente.


>
> Jocax: E se uma coisa esta em constante mudanca?
>
> Manuel: significa que uma coisa em constante mudança é uma coisa em
> constante mudança.
>
> Jocax: E se sempre vc juntasse 2 macas e aparecesse 3? 1+1=3 ? :-)
>
> Manuel: Você está supondo que "é possível o impossível se realizar."

O possivel e o impossivel depende do que vc toma como verdade
ou da fisica que vc assume verdadeira.


> Ora, o
> que define o impossível é a impossibilidade de ele se realizar. Logo, você
> está supondo que "o impossível é possível". Mas uma vez o seu pensamento
> demonstra ser logicamente contraditório e, portanto, incoerente.
>

Nao mesmo. Nao eh vc q postou uma mensagem q o universo poderia
ser criado do nada ? Como uma flutuacao quantica do vacuo?
Tem coisas que podem parecer incoerentes mas tem a sua propria
logica intrinseca ( que pode ser uma nao logica classica ) .



>
> O impossível não pode ser realizado, mas apenas "imaginado", como os
> unicórnios, o saci-pererê, a mula sem cabeça, o gato invisível do país das
> maravilhas, etc.
>
> Mas, se de repente, ao juntar duas macas (macas ou maçãs, não importa),
> aparecesse três (de modo que 1 + 1 = 3), eu diria que estou sonhando e
> aproveitaria a situação para transformar o meu ventilador numa exuberante
> Demmi Moore, com a qual vararia a noite fazendo amor.

E eu estou dizendo , alem disso , eh q esta matematica esdruxula na verdade
pode ser que seja a real mesmo : 1+1 = 2 + delta
Onde delta eh uma quantidade muito pequena soh percebida a nivel
nanoscopio como por exemplo dentro de uma das dimensoes da teoria
das super cordas retorcidas, mas , que a niveis altissimos de energia
possa ser medida, entende?
Ou seja nosssa matematica eh uma aproximacao de uma outra q ainda
nao descobrimos.



> E, caso não
> conseguisse essa transformação (ou se, ao invés da Demmi Moore, aparecesse o
> Maguila), eu concluiria que não tenho controle sobre minha imaginação, que
> minha imaginação é psicótica, imprevisível, absolutamente arbitrária e de
> mal gosto. Se essa situação absurda persistisse por muito tempo, se eu não
> conseguisse sair desse pesadelo, acho que me desesperaria. E, revoltado com
> esse mundo imaginário absurdo e ilógico, creio que me suicidaria, cortando a
> jugular com a Navalha de Occam.
>
> Mas, como estou acordado e lúcido, de modo que, ao juntar duas maçãs, sempre
> aparecem duas maçãs e não três, sou mais razoável no uso da navalha de
> occam. Com esse instrumento lógico, corto fora dos meus esquemas teóricos
> todos os enunciados fantasiosos, incoerentes e ilógicos. Para a ciência,
> somente a imaginação "matematizável" é útil. A imaginação não matematizável
> só serve para a arte, a literatura, a poesia.

Sim, por occam devemos tomar a matematica como funcional e seguir
em frente mas , a bem da verdade TODOS AGORA, GRACAS AO
GRANDE JOCAX, SABEMOS Q NAO EH NECESSARIAMENTE ASSIM :-)


>
>
> Manuel: Ademais, uma hipótese é falseável (e portanto científica) quando não
> descarta a "possibilidade lógica" de eventos capazes de refutá-la. Ou seja,
> o próprio cientista admite - ao menos os que são adeptos do "filósofo"
> Popper - que o mundo real é um "mundinho" se comparado com o vasto mundo das
> possibilidades.
>
> Sinceramente não sei como a ciência, que é e sempre será uma conjectura
> "possivelmente" falsa, seja capaz de refutar o inventário das possibilidades
> que é a lógica e a matemática.
>

Eh pq, na verdade, a logica e a matematica nao sao um inventario de possibilidades
Suas proposicoes seguem inexoraveis , deterministicas e frias de seus
axiomas sem possibilidades de mudancas.


>
> Jocax: Ela poderia refuta-la como ferramenta da ciencia e nao como uma
> criacao da mente humana. A matematica poderia nao funcionar com a realidade,
> simples assim.
>
> Manuel: Se, ao jogar uma moeda, dá cara e não coroa (e se o jogo só permite
> uma única aposta), não posso dizer que a cara é verdadeira e que a coroa é
> falsa. O real falseia enunciados sobre a realidade, mas não falseia
> enunciados sobre o que é possível e o que é impossível se realizar. Um
> modelo matemático (um subsistema do sistema matemático) que não mais serve à
> ciência não é falso.

Seria falso se tomassemos seus axiomas como verdadeiros em nosso mundo
real. No mundo matematico nao seria falso.


> É apenas inútil. Mas se você, raciocinando como um
> pragmatista, diz que "o que é útil é verdadeiro",

Eu nunca disse que o util eh verdadeiro !
Estou dizendo ATEH que a matematica eh util nao obstante possa
ser falsa !


> eu então contra-argumento
> dizendo que um dos fatores que mais contribuíram para o desenvolvimento da
> inteligência humana foi o "engodo tático", isto é, a mentira e o logro. Com
> efeito, um esperto mitomaníaco que leva todo mundo na lábia é mais apto que
> um otário crédulo, de modo que a mentira e o logro, por conferirem aptidão
> darwiniana, é útil em certas ocasiões. Logo, nem tudo que é útil é
> verdadeiro.
>
> Manuel: O que quero dizer, em síntese, é que a ciência empírica não se
> sustenta a si mesma;
>

Posso sustentar que sim.


>
> Jocax: Ja conjecturamos isso com relacao ao racionalismo-nao critico.
>
> Manuel: e estou chegando à conclusão que nem a lógica se sustenta a si
> mesma. Se você chega para mim e diz que é possível que o mundo seja um sonho
> arbitrário que não obedece às regras simples da matemática; se, após dar-lhe
> um pontapé sem que você esperasse, você me diz que sonhou que eu, de repente
> e sem lhe avisar, dei-lhe um pontapé, então só posso concluir que não há
> argumentação lógica capaz de convencer um ilógico a ser lógico; que somente
> o delírio é auto-sustentável.
>
> Manuel: que "ciência", "filosofia" e "matemática" não são compartimentos
> estanques, que não se comunicam entre si;
>
> Jocax: Tanto a ciencia como a matematica sao ramos da filosofia mas sao , em
> principio, entanques sim. A razao de a matematica servir aa ciencia eh ateh
> agora um misterio nao desvendado.
>
> Manuel: Trata-se de um mistério menor. O mundo seria muito mais misterioso e
> incognoscível se não obedecesse às regras simples da matemática.
>
> Manuel: que a lógica e a matemática não subsistem sem "postulados",
>
> Jocax: Sim, como ramos estanques do conhecimento precisam deles.
>
> Manuel: Não, não são ramos estanques do conhecimento. A imaginação
> matemática é imprescindível para as ciências empíricas. A imaginação
> arbitrária, não matemática, esta sim é imprestável para a ciência.
>

Nao concordo q a imaginacao seja imprestavel para as ciencias.
As teorias cientificas todas vem , antes de tudo, da imaginacao.



>
> Manuel: e que a ciência não subsiste sem a lógica e a matemática.
>
> Jocax: Isso nao. Se descobrirmos que a matematica nao serve a ciencia, a
> ciencia devera subsistir sem ela e uma nova matematica devera ser criada
> novos postulados ).
>
> Manuel: Discordo. Novos modelos de matemática aplicada (i.e., novos
> subsistemas do sistema matemático) deverão ser criados pela imaginação
> matemática do cientista, modelos matemáticos novos com seus postulados, isto
> é, com suas proposições fundamentais não evidentes e não demonstráveis pela
> própria matemática, portanto, novos enunciados irrefutáveis.
>

Seriam dentro da matematica-nova criada. Mas seria refutaveis dentro
do mundo real, assim como a velha foi refutada.


>
> Mas, todo e qualquer modelo matemático para o universo necessariamente
> compartilhará com os demais, inclusive com os modelos matemáticos que não
> são mais úteis, certos axiomas fundamentais, evidências imediatas do tipo X
> = X, X - X = 0, o existente existe, há regularidade na natureza. Como se vê,
> enunciados irrefutáveis.
>

Pode ser q nao seja um compartilhamento mas sim uma aproximacao
de um modelo mais geral :

X=X + delta

que, para niveis macroscopicos ( ou nas 4 dimensoes )
vale que delta = 0

[]s
jocax





SUBJECT: Re: Livre-arbitrio
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/06/2001 12:18

--- In ciencialist@y..., "Gabriel Antunes" <gabriel101@u...> wrote:
> pessoa apenas se 'falarmos' para a pessoa a previsao.

sim, em principio o efeito seria apenas se falarmos
para a pessoa. e eh isso mais ou menos o q. ja' ocorre,
qdo dizemos a uma pessoa q. ela eh previsivel -- e na
maior parte do tempo todos nos somos muito previsiveis --
e em seguida lhe falamos o q. ela dira' a respeito,
existe uma gde possibilidade da pessoa tentar nos
contradizer.

> Nesse caso, se falarmos a uma pessoa que ela farah X, e soubermos

Eh tbm o q. muitas vezes fazemos. Meio misturados com
mitos, mas em diversas ocasioes o q. chamamos popular-
mente de psicologia reversa funciona. Mas isso apenas
se a pessoa nao desconfiar de nosso intento. Do
contrario, fara' exatamente o q. falamos apenas para
contradizer nossas espectativas.

Mas claro q. isso tudo assume um pouco a hipotese
de sermos totalmente previsiveis. Embora em algum
grau possamos notar essas coisas, mesmo q. nao sejamos
por ventura totalmente previsiveis.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Re [ciencialist] foto Kirlian
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/06/2001 12:52

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> Mas não esquecer que se o ambiente nos influencia , nós tb o
> influenciamos.
> E portanto, pq a "cor" de uam foto não pode realmetne ser aquela pq
> sou eu que estou sendo fotografad ? Se for outra pessoa, será outra

Bem, nao sei a validade da fotografia Kirlian merece
uma discussao mais demorada...

Bem, inicialmente. Um dos tipos de detectores de mentira
se baseia na premissa de q. se pode avaliar se alguem
mente ou nao baseado na umidade da ponta dos dedos
provocada pela sudorese, q. por sua vez seria gerada
por alteracoes emocionais, q. por sua vez seria gerada
pelo nervosismo do ato de mentir...

O q. torna o detector de mentira uma farsa eh q essa
relacao nao eh direta. Eventualmente poderiamos tracar
um campo de probabilidade de cada evento. Mas ha' muito
mais variaveis a influenciar isso: se a pessoa for cara
de pau, nao deve alterar o seu estado emocional ao mentir;
a pessoa pode ser sensivelmente estressada e mesmo dizendo
verdade pode ficar nervosa numa situacao como essa. Eu
particularmente me encaixaria no segundo grupo e, sem querer
partilhar uma caracteristica pra me desculpar por um defeito,
suponho q. seja a situacao da maioria das pessoas.

Existia um tipo lendario de detector de mentiras: a pessoa
era colocada em um quarto escuro com um burro. Ela deveria
puxar o rabo do animal. Se o burro azurrasse, a pessoa seria
culpada, do contrario seria inocente. Na verdade o rabo do
animal -- q. nao tinha nada de especial, a despeito das
alegacoes divinatorias atribuida a ele -- era apenas untado
com barro. Se a pessoa puxasse o rabo do animal, teria suas
maos sujas, se nao o fizesse continuaria com as maos limpas.
Se a pessoa tivesse puxado, assumia-se q. ela o fez por
ter a consciencia limpa e seria assim inocente. Do contrario,
teria a consciencia pesada ou teria medo de ser desmascarada,
indicando assim a culpa.

Tem logica nisso? Sim, ha' alguma. Mas obviamente a coisa nao
funciona. Ou ao menos nao temos a garantia necessaria de q.
isso nao cometa injusticas em demasia. Assim o eh com o
poligrafo e os detectores de mentira em geral. (Na verdade
a acuidade de percepcao subjetiva -- mesmo daquela
mosca-tonta romantica -- deve ser muito maior do q. qq
poligrafo ja' inventado.)

Com a fotografia Kirlian usada em diagnostico de doencas
eh a mesma coisa. Seria possivelemente como tentar
formar imagens das galaxias a partir dos sinais captados
pelo televisor dos raios cosmicos e das radiacoes emitidas
pelos corpos celestes -- ha' ruido demais para se ter qq
imagem nitida. (Nao adianta chamar a atencao para o
trabalho de Arno e Panzias com as microondas residuais do
Big-Bang -- eles nao formaram imagens do cosmos como foi
feito com o Cobe, um instrumento muito mais sofisticado do
q. uma mera antena de tv.)

Softwares de tratamento de imagens e aparelhos mais
sensiveis poderiam tornar o diagnostico Kirlian confiavel?
*Se* o padrao da 'aura' realmente tiver alguma ligacao
com o estado de sauda da pessoa, *em principio* seria
possivel.

Eh primeiro preciso provar q. o padrao de imagens
apresenta tal ligacao.

Como vc mesmo disse, afirmacoes qq um pode fazer...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia_da_Computao
FROM: John Jochens <tutor56@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/06/2001 15:54


--- Frederico Bortolato <frederico@hexasolution.com.br> wrote:
> Ola a todos os co-listeiros

Ola.

> Preciso da ajuda de voces, pois estou com dificuldades em encontrar na
> Internet o material que estou necessitando para uma pesquisa da faculdade.
> Preciso de indicagues de referjncias na Web para os seguintes assuntos:
>
> 1. Matematica Discreta

A biblioteca do Instituto de Informatica de tua faculdade deve ter
algum material sobre estruturas dicretas, mas tenho um site muito bom que
pode ser ztil.

http://hebb.cis.uoguelph.ca/~deb/27190/lectures.html

> 2. Estrutura de Dados e Construgco de Algoritmos:
> 2.1 - Backtracking
> 2.2 - Listas Ligadas
> 2.3 - Grafos

Nco sei do que se trata backtracking, mas, dependendo da linguagem de
programgco envolvida, posso ajudar (ha alguma possibilidade, tambim, de eu
poder ajudar te no caso de ser independente de linguagens).

John

__________________________________________________
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SUBJECT: Re: Razao e Imaginacao
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/06/2001 16:20

>
> Manuel: Significa, por exemplo, que o fato de tanto a pêra como a
maçã
> serem frutas não nos deve levar a concluir que uma pêra é uma maçã e
> vice-versa. Uma pêra é uma pêra e uma maçã é uma maçã, favor não
> confundir as frutas.


Um pouco de humor

Apples and Oranges -- A Comparison
http://www.improb.com/airchives/paperair/air-1-3-apples.html


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna



SUBJECT: Re: Ciencia da Computação
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/06/2001 16:52

--- In ciencialist@y..., "Frederico Bortolato" <frederico@h...> wrote:
> 1. Matemática Discreta

http://forum.swarthmore.edu/dmpow/dmwhatis.html
http://dimacs.rutgers.edu/
http://dimacs.rutgers.edu/nj_math_coalition/framework/ch14/ch14_toc.html
http://dmtcs.loria.fr/
http://www.siam.org/journals/sidma/sidma.htm
http://www.colorado.edu/education/DMP/

para bibliografia:
http://www.ece.queensu.ca/hpages/courses/ELEC270/textbook.html
http://www.mhhe.com/math/advmath/rosen/

> 2. Estrutura de Dados e Construção de Algoritmos:

http://swww.ee.uwa.edu.au/~plsd210/ds/ds_ToC.html
http://hissa.nist.gov/dads/terms.html

> 2.1 - Backtracking

http://hissa.nist.gov/dads/HTML/backtrack.html
http://www.cs.washington.edu/research/jair/volume4/vanbeek96a-html/node6.ht=
ml
http://www.studioorange.de/marcus/back.htm
http://hungry.com/~jamie/backtracking/backtracking.html
http://egeria.cm.cf.ac.uk/Dave/Internet/node211.html

> 2.2 - Listas Ligadas

http://swww.ee.uwa.edu.au/~plsd210/ds/lists.html
http://hissa.nist.gov/dads/HTML/linkedList.html

> 2.3 - Grafos

http://www.math.tu-berlin.de/coga/
http://hissa.nist.gov/dads/HTML/graph.html
http://www.combinatorics.org/Surveys/ds8.pdf
http://www.combinatorics.org/Surveys/ds9.html

> 3. Teoria dos Grafos:

http://www.math.fau.edu/locke/graphthe.htm

http://www.geom.umn.edu/~zarembe/grapht1.html

> 3.1 - Coloração de Grafos

http://hissa.nist.gov/dads/HTML/graphcolorng.html

> 3.2 - Cáculo do Número Cromático

http://hissa.nist.gov/dads/HTML/chromatcnmbr.html

> 3.3 - Polinômio Cromático

http://atlas-conferences.com/c/a/c/c/39.htm




SUBJECT: Re:Biologia e livre-arbtrio
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/06/2001 16:57

Ol pessoal. Estou pegando o bonde andando, porque no est dando para acompanhar todas as mensagens. Ento talvez eu v repetir o que j foi dito, pelo menos em outra ocasio, j que esse assunto foi discutido em outras oportunidades.

>>On Thu, 7 Jun 2001, Gabriel Antunes wrote:
>> > No entendi o que vc quiz dizer com isso. O ser humano no tem
>> > direito a ser livre? Se h alguma coisa nas entrelinhas me
>> > esclarea pois no estou entendendo
>> Pois e isso que eu coloquei em questao: o ser humano tem o direito de ser
>> livre?

No entendi muito bem sua dvida. Imagino que todos ns concordamos que o homem tem o direito de ser livre, e esse direito garantido na maioria dos sistemas legais modernos. Isso no uma questo cientfica, mas uma questo tica.
Seria uma questo cientfica questionar se o homem de fato livre, levando-se em conta que ns somos apenas matria obedecendo as mesmas leis fsicas universais. Resumidamente, a minha opinio que esse conhecimento impossvel (saber se somos ou no livres) dada a complexidade do corpo humano e ao nmero de variaveis envolvidas. Pra no falar na imprevisibilidade fundamental descrita pelo "pricipio da incerteza" de Heisenberg (que talvez seja o que garanta nossa liberdade de maneira definitiva). Estamos diante de duas possibilidades: ou o comportamento humano de fato indeterminado (ou seja, livre) ou determinado mas imprevisvel (ou seja, existe o destino mas ele no pode se conhecido). Mas que siginificado tem uma coisa que existe mas no pode ser conhecida? Para todos os efeitos, como se fossemos livres. No h nenhuma experiencia que possamos fazer que confirme ou refute nosso livre-arbtrio, ento a ignorancia a esse respeito nos deixa... livres.


>
>> Se tomarmos como premissa a teoria computacional da mente, o ser humano nao
>> tem liberdade, ja que suas decisoes sao impostas pelo meio e pelos genes.

Os genes no tem o poder de impor decises. Eles so apenas um cdigo usado pelo organismo para construir proteinas, tecidos, rgos, ou seja construir o corpo humano. Isso se d atravs de milhes de reaes qumicas, onde o elemento imprevisivel atua o tempo todo. Existe a influencia do meio ambiente, radiao, gravidade, temperatura, etc. Dois indivduos formados pelo mesmo DNA jamais sero idnticos.


Tarcsio:
>Eu diria que as decises so influenciadas pelos genes e pelo meio mas no
>determinadas por eles. No sou especialista mas tenho visto que as
>simplificaes arbitrrias normalmente se mostram erradas.
>
concordo

> como se fosse uma nova lei de Murphy "Tudo mais complicado do que
>parecer ser.".
>
>> Portanto, acredito que afirmar que todo o ser humano tem o direito a ser
>> livre e' um preceito moral, ou religioso, ou etico... dah no mesmo: todos
>> eles sao cientificamente imbaseados.

Voce quis dizer "embasado"? No concordo. Um direito humano um juzo de valor, no pode ser objeto de questionamento cientfico. (Note bem: essa afirmao tambm no pode ser questionada cientificamante, porque tambm um juzo de valor.)

>
>A histria tem mostrado que vantajoso para a sociedade que todos os
>seres humanos sejam livres, portanto no to acientfico [ou
>cientificamente imbaseado].
>

vantajoso que a maioria dos indivduos possa ser considerada dotada de livre-arbtrio, e dessa maneira no possam se eximir de responsabilidades, talvez possam se achar mais confiantes, etc. Nada disso prova que o livre-arbtrio existe. S porque bom, no quer dizer que seja cientificamente verdadeiro.

[]s

Andr Baptista


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Biologia e livre-arbítrio
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/06/2001 18:53

Olá André,

> Não entendi muito bem sua dúvida. Imagino que todos nós
> concordamos que o homem tem o direito de ser livre, e esse
> direito é garantido na maioria dos sistemas legais modernos.
> Isso não é uma questão científica, mas uma questão ética.

Para saber que não é uma questão científica, tem que mostrar que ela não é
baseada na lógica. Realmente é uma questão ética, por que se baseia em
convenções: nesse caso, diretrizes que ajudam a organizar uma sociedade.

> Seria uma questão científica questionar se o homem é de fato
> livre, levando-se em conta que nós somos apenas matéria
> obedecendo as mesmas leis físicas universais.

Seria... Não há separação entre questão ética e científica... Uma pergunta
sempre pode ser respondida do ponto de vista ético e do ponto de vista
científico, na minha opinião

> Resumidamente, a minha opinião é que esse conhecimento é
> impossível (saber se somos ou não livres) dada a complexidade
> do corpo humano e ao número de variaveis envolvidas.

Afirmar isso é muito precipitado. Há dois mil anos atrás, por exemplo, você
não convenceria ninguém de que é ´possível´ comunicar-se a distância.

> Pra não falar na imprevisibilidade fundamental descrita pelo
> "pricipio da incerteza" de Heisenberg (que talvez seja o que
> garanta nossa liberdade de maneira definitiva).

Mas o cérebro não se comporta como um sistema quântico. O cérebro é um
sistema físico clássico, onde tudo pode ser previsto. É o mais natural de se
pensar.

> Estamos diante de duas possibilidades: ou o comportamento
> humano é de fato indeterminado (ou seja, livre) ou é determinado
> mas imprevisível (ou seja, existe o destino mas ele não pode se
> conhecido). Mas que siginificado tem uma coisa que existe mas
> não pode ser conhecida? Para todos os efeitos, é como se
> fossemos livres. Não há nenhuma experiencia que possamos
> fazer que confirme ou refute nosso livre-arbítrio, então a
> ignorancia a esse respeito nos deixa... livres.

Por convenção, então, você é livre. Pode ser. Porém o valor científico desta
afirmação é zero.

> >> Se tomarmos como premissa a teoria computacional da mente,
> >> o ser humano nao tem liberdade, ja que suas decisoes sao
> >> impostas pelo meio e pelos genes.
>
> Os genes não tem o poder de impor decisões. Eles são apenas um
> código usado pelo organismo para construir proteinas, tecidos,
> órgãos, ou seja construir o corpo humano. Isso se dá através de
> milhões de reações químicas, onde o elemento imprevisivel atua
> o tempo todo.

Pelo que sei, não há elemento imprevisível. Até hoje ninguém encontrou. Há
elementos imprevisíveis no sentido em que você disse lá em cima: são tantas
variáveis que parece imprevisível, parece acaso.

> Existe a influencia do meio ambiente, radiação,
> gravidade, temperatura, etc. Dois indivíduos formados pelo
> mesmo DNA jamais serão idênticos.

Claro, por isso que eu acrescentei "pelo meio e pelos genes", não só os
genes.

> Tarcísio:
> >Eu diria que as decisões são influenciadas pelos genes e pelo
> > meio mas não determinadas por eles. Não sou especialista mas
> > tenho visto que as simplificações arbitrárias normalmente se
> > mostram erradas.
>
> concordo

É porque o comportamento não pe determinado só pelos genes... e sim pelos
genes e o meioem que o indivíduo vive.

> >> Portanto, acredito que afirmar que todo o ser humano tem o
> >> direito a ser livre e' um preceito moral, ou religioso, ou
> >> etico... dah no mesmo: todos eles sao cientificamente
> >> imbaseados.
>
> Voce quis dizer "embasado"? Não concordo.

Não, não... Eu quis dizer o antônimo de "baseado", que agora verifico, não é
"imbaseado". :-) Refazendo a oração fica: "todos eles são cientificamente nõ
baseados". (melhorou... :-)

> Um direito humano
> é um juízo de valor, não pode ser objeto de questionamento
> científico. (Note bem: essa afirmação também não pode ser
> questionada cientificamante, porque também é um juízo de
> valor.)

E como posso ter certeza que algo é um "juízo de valor"?
Esse comentário foi dos mais anticientificos que eu já presenciei na lista.
Não que isso seja ruim! É diferente, instigante.

> É vantajoso que a maioria dos indivíduos possa ser considerada
> dotada de livre-arbítrio, e dessa maneira não possam se eximir
> de responsabilidades, talvez possam se achar mais confiantes,
> etc. Nada disso prova que o livre-arbítrio existe. Só porque é
> bom, não quer dizer que seja cientificamente verdadeiro.

Certo. E o livre-arbítrio, cientificamente, não existe. (só pra martelar
mais um pouco...:-)

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Biologia e livre-arbítrio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/06/2001 19:08



| Olá pessoal. Estou pegando o bonde andando, porque não está dando para acompanhar todas as mensagens. Então talvez eu vá repetir o que já foi dito, pelo menos em outra ocasião, já que esse assunto foi discutido em outras oportunidades.
|
| >>On Thu, 7 Jun 2001, Gabriel Antunes wrote:
| >> > Não entendi o que vc quiz dizer com isso. O ser humano não tem
| >> > direito a ser livre? Se há alguma coisa nas entrelinhas me
| >> > esclareça pois não estou entendendo
| >> Pois e isso que eu coloquei em questao: o ser humano tem o direito de ser
| >> livre?
|
| Não entendi muito bem sua dúvida. Imagino que todos nós concordamos que o homem tem o direito de ser livre, e esse direito é garantido na maioria dos sistemas legais modernos. Isso não é uma questão científica, mas uma questão ética.
| Seria uma questão científica questionar se o homem é de fato livre, levando-se em conta que nós somos apenas matéria obedecendo as mesmas leis físicas universais. Resumidamente, a minha opinião é que esse conhecimento é impossível (saber se somos ou não livres) dada a complexidade do corpo humano e ao número de variaveis envolvidas. Pra não falar na imprevisibilidade fundamental descrita pelo "pricipio da incerteza" de Heisenberg (que talvez seja o que garanta nossa liberdade de maneira definitiva). Estamos diante de duas possibilidades: ou o comportamento humano é de fato indeterminado (ou seja, livre) ou é determinado mas imprevisível (ou seja, existe o destino mas ele não pode se conhecido). Mas que siginificado tem uma coisa que existe mas não pode ser conhecida? Para todos os efeitos, é como se fossemos livres. Não há nenhuma experiencia que possamos fazer que confirme ou refute nosso livre-arbítrio, então a ignorancia a esse respeito nos deixa... livres.
|
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| >
| >> Se tomarmos como premissa a teoria computacional da mente, o ser humano nao
| >> tem liberdade, ja que suas decisoes sao impostas pelo meio e pelos genes.
|
| Os genes não tem o poder de impor decisões. Eles são apenas um código usado pelo organismo para construir proteinas, tecidos, órgãos, ou seja construir o corpo humano. Isso se dá através de milhões de reações químicas, onde o elemento imprevisivel atua o tempo todo. Existe a influencia do meio ambiente, radiação, gravidade, temperatura, etc. Dois indivíduos formados pelo mesmo DNA jamais serão idênticos.
|
|
| Tarcísio:
| >Eu diria que as decisões são influenciadas pelos genes e pelo meio mas não
| >determinadas por eles. Não sou especialista mas tenho visto que as
| >simplificações arbitrárias normalmente se mostram erradas.
| >
| concordo
|
| >É como se fosse uma nova lei de Murphy "Tudo é mais complicado do que
| >parecer ser.".
| >
| >> Portanto, acredito que afirmar que todo o ser humano tem o direito a ser
| >> livre e' um preceito moral, ou religioso, ou etico... dah no mesmo: todos
| >> eles sao cientificamente imbaseados.
|
| Voce quis dizer "embasado"? Não concordo. Um direito humano é um juízo de valor, não pode ser objeto de questionamento científico. (Note bem: essa afirmação também não pode ser questionada cientificamante, porque também é um juízo de valor.)
|
| >
| >A história tem mostrado que é vantajoso para a sociedade que todos os
| >seres humanos sejam livres, portanto não é tão acientífico [ou
| >cientificamente imbaseado].
| >
|
| É vantajoso que a maioria dos indivíduos possa ser considerada dotada de livre-arbítrio, e dessa maneira não possam se eximir de responsabilidades, talvez possam se achar mais confiantes, etc. Nada disso prova que o livre-arbítrio existe. Só porque é bom, não quer dizer que seja cientificamente verdadeiro.
|
| []´s
|
| André Baptista

A Realidade ... oh! triste realidade.........
Recordo o texto de Jacob Bronowski:

"A realidade não é uma exposição a ser vistoriada, com o rótulo de 'Não tocar'. Não há aspectos fotografados, experiências copiadas, em que não tomemos parte. A ciência, tal como a arte, não é uma cópia da natureza, mas uma recriação da mesma. Refazemos a natureza, pelo ato da descoberta, no poema ou no teorema, e o grande poema e o teorema profundo são novos para todos os leitores, e, todavia, constituem as suas próprias experiências, porque eles próprios as tornaram a criar."

O que vemos é uma coisa, como o interpretamos é outra. O que é, é uma coisa, o que pensamos ser é outra. Nada há mais belos que a teoria dos modelos ... e chegamos ao ponto de perguntar se o modelo é a realidade. Quão complicado é o homem.

[]'
Léo





SUBJECT: Memorias falsas.
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/06/2001 19:16

'I tawt I taw' a bunny wabbit at Disneyland: New evidence shows false
memories can be created
--
About one-third of the people who were exposed to a fake print
advertisement that described a visit to Disneyland and how they met
and shook hands with Bugs Bunny later said they remembered or knew
the event happened to them.

The scenario described in the ad never occurred because Bugs Bunny is
a Warner Bros. cartoon character and wouldn't be featured in any Walt
Disney Co. property, according to University of Washington memory
researchers Jacquie Pickrell and Elizabeth Loftus. Pickrell will make
two presentations on the topic at the annual meeting of the American
Psychological Society (APS) on Sunday (June 17) in Toronto and at a
satellite session of the Society for Applied Research in Memory and
Cognition in Kingston, Ontario, on Wednesday.

"The frightening thing about this study is that it suggests how
easily a false memory can be created," said Pickrell, UW psychology
doctoral student.

"It's not only people who go to a therapist who might implant a false
memory or those who witness an accident and whose memory can be
distorted who can have a false memory. Memory is very vulnerable and
malleable. People are not always aware of the choices they make. This
study shows the power of subtle association changes on memory."


Para ler o resto visite
http://www.eurekalert.org/releases/uw-iti061101.html






SUBJECT: Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <artigos-juridicos@grupos.com.br>
DATE: 11/06/2001 21:45

Direito_Saúde -- 11.06.2001
======================
endereços no final do artigo.



CRESCE COMÉRCIO ILEGAL DE ÓRGÃOS - OUT/2000



Volnei Garrafa*



===


Não há mais como negar: a compra e venda de órgãos para transplantes no Brasil é, infelizmente, realidade. Ao lado de equipes médicas e instituições idôneas, alguns profissionais e hospitais inescrupulosos, aliados às famílias de doentes graves, com poder de compra, estão aproveitando as falhas da legislação para criar um novo mercado humano.


===


A regulamentação da Lei de Doação de Órgãos e Tecidos, ocorrida em janeiro de 98, junto com significativos avanços, trouxe alguns problemas. Em meio a polêmicas e à incompreensão popular, frente ao tema da "doação presumida", insuficientemente debatido no Congresso Nacional, cresce, assustadoramente, a comercialização, principalmente de rins, em alguns estados da Federação. A explicação é fácil. Enquanto a antiga legislação limitava a doação inter vivos a parentes ( pais/filhos, marido/mulher, irmãos), interpretações jurídicas da lei atual possibilitam a qualquer pessoa "doar" um de seus órgãos pares (rins) ou parte dos órgãos regeneráveis (medula ou fígado) para um desconhecido.



===

Está criada, portanto, a possibilidade legal de pessoas ricas (geralmente movidas por situações clínicas desesperadoras) oferecerem dinheiro por órgãos de pessoas economicamente necessitadas. A nova lei, insolitamente, vulnerabilizou ainda mais a situação de cidadãos socialmente fragilizados.



===


Nos Estados Unidos, a proporção entre transplantes renais de doador cadáver para doador vivo é de quatro para um (80% e 20% respectivamente). No Brasil, até a promulgação da lei, a relação era de aproximadamente 60% para transplantes de rins feitos com doador cadáver e 40% com doador vivo (parente). Com a nova situação, temos hoje um quadro inusitado. Dados oficiais da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) mostram uma relação inversa, ou seja, aproximadamente 60% dos transplantes renais feitos atualmente no País acontecem a partir de doador vivo e apenas 40% provêm de doador cadáver.



====


Aprofundando a análise dos dados da ABTO (entidade acima de qualquer suspeita), constata-se que, nos estados onde as Centrais de Transplantes decidiram continuar procedendo às operações inter vivos utilizando somente rins de parentes próximos - apesar das "facilidades" proporcionadas pela nova lei -, as estatísticas ficaram inalteradas. Entre eles estão o Rio Grande do Sul e Pernambuco, além do Distrito Federal.



===


Por outro lado, o exame dos dados de lugares como Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Espírito Santo ou Bahia desnuda percentuais altíssimos de transplantes renais feitos com doador vivo. Para se ter uma idéia, no primeiro trimestre de 2000, por exemplo (Registro Brasileiro de Transplantes - ABTO, ano VI, número 1, o Rio de Janeiro fez 56 transplantes renais, sendo 45 com doador vivo e apenas 11 com doador cadáver. No mesmo período, a proporção em São Paulo foi de 166 para 99, em um total de 265 transplantes; no Paraná, foi de 27 para 13, com o total de 40 transplantes; no Espírito Santo, foi de 12 para 4, num total de 16; e na Bahia, de acordo com os mesmos dados, não foi realizado nenhum transplante renal com doador cadáver, no mesmo período.



===


As autoridades competentes têm o dever de desvendar o que está por trás desses números. É indispensável que se levante o percentual exato de Não-Parentes nas doações inter vivos e, entre esses, qual a proporção de cidadãos que possuem baixa renda e/ou escolaridade.



===


Dedico-me ao tema do mercado humano, nas suas diferentes nuanças e formas, há dez anos. Embora tenha sempre resistido a aceitar a existência de comércio de órgãos no Brasil, hoje sou obrigado a reconhecer o problema. Não tenho mais dúvida que muitos transplantes renais realizados em diversos estados brasileiros a partir de doadores vivos não - aparentados, são provenientes de doações que nada têm a ver com altruísmo ou generosidade. E o pior: na maioria das vezes, por detrás de um doador/vendedor, existe uma triste história relacionada com doença grave na família, dívidas ou desemprego.



===

O Ministro José Serra, que tem sido um bravo na luta em defesa dos medicamentos genéricos e na reestruturação do Ministério da Saúde, estará encaminhando aos organismos competentes nos próximos dias uma proposta de modificação da Lei dos Transplantes com relação à "doação presumida", incluindo a obrigatória consulta à família do falecido. Resta-lhe ainda promover o saneamento do aleijão jurídico que possibilita o comércio (legal!!!) de órgãos no País.



===


Volnei Garrafa é professor e coordenador do Núcleo de Bioética da UnB; pós-doutorado em Bioética pela Universidade de Roma. Publicou na Itália e no Brasil (Editora UnB), em parceria com Giovanni Berlinguer, o livro O Mercado Humano - estudo bioético da compra e venda de partes do corpo (1996). É presidente do VI Congresso Mundial de Bioética (Brasília, 2002).



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Razao e Imaginacao
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 02:52

Olá Jocax,

Manuel: Mesmo a matemática pura tem conexão com a realidade, visto que,
sendo ela, conforme B. Russell, a ciência do possível (ou, segundo a
definição de Murray Gel-Mann, o estudo rigoroso dos mundos hipotéticos), o
mundo real não é outra coisa que "uma das possibilidades previstas pela
matemática que se realizou", talvez a única que se tornou realidade, ou
talvez não, mas disso ninguém pode saber com certeza.

Jocax: Nao concordo pois nao faz parte da matematica fazer previsoes sobre a
realidade. A matematica eh um mundo aa parte construida com axiomas que, se
nos serve em nosso mundo real, eh por "puro acaso" ou por sorte. Podemos, da
mesma forma, mudarmos os axiomas e teremos uma outra matematica assim como
existem varias.

Manuel: A matemática faz previsões sobre a realidade sim, no que tange às
regularidades mais gerais. Também porque a matemática é a ciência do
possível, e o real é apenas uma possibilidade realizada. Um átomo de
hidrogênio é um átomo de hidrogênio (ou seja, X = X) não somente aqui, no
planeta Terra, como também na Lua, em Júpiter, na Nebulosa de Orion, daqui
a dois ou três bilhões de anos, etc.

Não, não é por puro acaso que X = X. X é igual a X por absoluta necessidade.

Só existe um e apenas um sistema matemático, e não vários. Obviamente que
este sistema compreende vários subsistemas matemáticos. Por exemplo, um
subsistema geométrico em que o espaço-tempo é quadridimensional, outro em
que o espaço-tempo tem treze dimensões, etc.

Manuel: A matemática aplicada,uma ferramenta útil das ciências empíricas, é
apenas um subsistema do sistema matemático geral, subsistema este que
compartilha com os demais certos princípios fundamentais (enunciados
indecidíveis e, portanto, irrefutáveis, ou então evidências imediatas
igualmente irrefutáveis). Caso contrário, não seria matemática.

Jocax: Volto a repetir que o mundo da matematica eh , em principio, a parte
do nosso e seus principios fundamentais soh sao irrefutaveis dentro dela
propria. Mas, qdo a trazemos como ferramente ao mundo real para ser
utilizada nao devemos aceita-los aprioristicamente como irrefutaveis em
nosso mundo.

Manuel: X = X, que é o equivalente matemático do princípio da identidade da
lógica aristotélica, é uma verdade apriorística. Você pode inventar qualquer
modelo matemático para o universo, mas não achará nenhum em que X seja
diferente de X. Mas você teima em dizer que X pode ser diferente de X, que o
impossível é possível, que a razão é irracional e outras insanidades. Bem,
sendo a imaginação matemática apenas um subconjunto do conjunto-universo do
imaginário humano, podemos, como você o faz, imaginar mundos absurdos em que
duas maçãs são três maçãs, e não duas maçãs, mundos em que não há
verossimilhança, dado que uma maçã é uma pêra e não uma maçã.

Isso prova que, assim como as ciências empíricas, a lógica não é
auto-sustentável. Não existem argumentos lógicos que convençam um ilógico a
ser lógico. Talvez seja por isso que o método psicanalítico não funciona com
psicóticos.

Manuel: Se o mundo não fosse racional o pensamento não seria
lógico-matemático, ou melhor, o pensamento sequer existiria.

Jocax: Este pensamento eh falso eh segue da falacia : ( A ==> B e B )
==> A Ou seja, vc supoe que a causa eh verdadeira simplesmente pq o
consequente tambem o eh. ( Se chove nasce grama , se nasceu grama eh pq
choveu ). O mesmo que Se o pensamento eh logico-matematico entao o mundo eh
racional pode nao ser verdadeiro. Podemos ter um pensamento
logico-matematico que nada mais eh q uma simplificacao ou *aproximacao* de
um mundo caotico.

Manuel: Não, a minha proposição "se o mundo não fosse racional o pensamento
não seria lógico-matemática" não é falaciosa pela seguinte razão: a
matemática é a razão mínima possível. Seus axiomas fundamentais são verdades
banais, verdades tautológicas, evidências imediatas, como X = X, X - X = 0,
1 + 1 = 2, etc. E tais evidências imediatas são válidas para todos os
modelos matemáticos que se crie para o universo, sejam quais forem os
postulados (enunciados não evidentes e matematicamente indemonstráveis,
como, por exemplo "o espaço-tempo possui 7 dimensões") que os fundamentem. E
como não é possível uma razão menor que a razão matemática, então, se o
mundo não fosse sequer minimamente racional (traduzível para fórmulas
matemáticas) o pensamento não seria lógico-matemático. E repito: o
pensamento sequer existiria. O meu enunciado não só não é falso como é
absolutamente verdadeiro, uma vez que se trata de uma tautologia: se o mundo
não fosse matematizável o pensamento não seria matemático. É claro que a
razão mínima (a razão matemática) pode não ser, para algumas pessoas, a
razão suficiente ou suficientemente racional. Daí o fato de muita gente
achar que o mundo, mesmo traduzível em fórmulas matemáticas, é absurdo
(Sartre disse: é absurdo termos nascido; é absurdo termos que morrer um
dia).

Manuel: Dizer que não existe razão 'a priori' para o universo seguir regras
matemáticas é o mesmo que dizer que "não há razão no fato de o mundo ser
racional", que "não é racional um universo racional." Ora, essa afirmação
encerra uma contradição lógica. Logo, o seu pensamento não está sendo
coerente.

Jocax: Nao ha razao mesmo de o mundo ser racional. E pode ser q nao seja
mesmo. Mas pode ser que seja. Nunca poderemos saber, assim como nunca
poderemos saber se tudo nao passa de uma imaginacao solipsista. Mas para
efeitos praticos assumimos que o universo eh racional e seguimos em frente
pois eh a unica coisa interessante que poderemos fazer.

Manuel: você diz: "não há razão mesmo de o mundo ser racional". Ou seja, "o
racional é irracional". Você diz que "PODE SER que a razão não seja
racional." Isto é, "o impossível é possível". Creio que você extraiu os seus
conceitos de 'razão', 'possível' e 'impossível' do dicionário de novilíngua,
aquele inventado pelo Grande Irmão, o tirano omnipresente do romance "1984".
Na novilíngua, o Bem é Mal, o certo é errado, a verdade é mentira, etc. Não
confunda isso com dialética. A lógica dialética diz que os contrários formam
uma unidade, mas não diz que os contrários são idênticos. Norte e Sul são
"pólos" (i.e., ambos são pólos), mas são pólos "contrários", vale dizer, o
pólo norte é não-pólo sul e o pólo sul é não-pólo norte (não vou considerar
aqui os monopólos magnéticos de Dirac).

Você diz que "para efeitos práticos" assumimos que o universo é racional. Eu
digo que "não há razão para admitirmos que o universo não é racional". De
modo que quem admite que o universo não é racional (ou seja, quem postula
que o impossível é possível, que a razão é não-razão, que o imaginário é
real) o faz "sem razão alguma". E como o pensamento é uma ação mental
(pensar é agir), quem pensa que o mundo é absolutamente irracional está a
agir desarrazoadamente, não está pensando de uma maneira razoável e
coerente, está a delirar, a confundir o imaginário com o real. Em suma, está
renegando a razão e entregando-se à loucura. Mas podemos, sim, escolher
entre a razão e o absurdo, entre a lucidez e a psicose. Muitos dos que foram
aprisionados em campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial
enlouqueceram. Num certo sentido, "escolheram" a loucura, e a escolheram
"para efeitos práticos ou por questões práticas"; pois, para elas, a
realidade é tão cruel que até enlouquecer vale a pena. "Para efeitos
práticos", a insanidade pode ser melhor que a lucidez.

Em síntese: decidir pelo enunciado "o mundo é racional, mesmo que
minimamente" é a única decisão razoável, a única decisão racional. E quem
decide pelo enunciado "o mundo nem minimamente racional é, visto que o
impossível é possível e o imaginário é real", o faz absolutamente sem
"razão" e "por motivos práticos", ou porque a realidade o faz sofrer, Ou por
má-fé (caso do Grande Irmão) ou ainda por pura travessura ou ludismo
intelectual.

Manuel: E olha que o fato de o mundo ter uma racionalidade matemática não é
lá grande coisa. A razão matemática é a razão mínima e muita gente (os
existencialistas, por exemplo) não se contentam só com ela. Aliás, o Alberto
Mesquita costuma dizer, e com razão, que os físicos matemáticos adoram
construir modelos matemáticos para o universo que são absurdos. Eu diria,
"quase" absurdos. A matemática confere uma razão até ao caos, tanto que
existe a matemática do caos, com seus caos determinísticos, atratores
estranhos, fractais, etc. Mas Você, Jocax, está suponto que o mundo poderia
ser ainda mais absurdo. Ora, isso é absurdo! :-)

Jocax: Nao eh absurdo nao. Isso pode estar ateh acontencendo agora soh que
a um nivel que nao nos eh percebido ou com probbilidade muito pequena de
ocorrer por exemplo.

Manuel: Se você diz que o impossível é possível, então, para você, "não há
nada absurdo". O engraçado é que, na busca de provar que a ciência empírica
é auto-sustentável e que "todo e qualquer enunciado importante pode ser
falseado pela ciência", você terminou postulando que "o impossível é
possível", de modo que "não há nada absurdo". Ora, esse enunciado fantasioso
é tão irrefutável empiricamente quanto o enunciado do solipsista. Não há
fato real que refute a proposição "o impossível é possível". Se você
imaginar um fato que refute esse enunciado (uma impossibilidade impossível
de se realizar), então o enunciado é falso e você está errado. E se você não
conseguir imaginar um fato que o refute, conclui-se, então, que há um
enunciado "importante" para a ciência empírica (dado que tal enunciado
demonstra que a ciência empírica é auto-sustentável) que a ciência empírica
não pode falsear (um enunciado filosófico importante para a ciência). Logo,
"há enunciados irrefutáveis (filosóficos) que são importantes para a
ciência", e você está errado ao dizer que "os enunciados irrefutáveis não
têm importância alguma."

Você está encurralado no bêco sem saída dos paradoxos. E qualquer semelhança
com o paradoxo do mentiroso não é mera coincidência.

Jocax: Assim, quando a ciencia utiliza-se da matematica ela a esta
utilizando como uma teoria ( que ateh agora nao foi falseada ) mas, em
principio podera ser falseada sim. E neste caso ( quando ou se isto
acontecer) a pergunta basica estaria resolvida :A matematica nao serviria aa
fisica seria apenas uma aproximacao da realidade.

Manuel: Os fatos reais refutam ou confirmam proposições "acerca dos fatos
reais", mas não enunciados que tratam unicamente de ideais formais ou
grandezas em abstrato ou ainda enunciados sobre enunciados, que são as
metaproposições da lógica matemática. "Num espaço euclidiano (plano) as
linhas paralelas mantêm a distância entre si.". Esse enunciado não é
falso, mesmo que o espaço "real" seja mais ou menos curvo dependendo da
concentração de matéria , de modo que as paralelas ora convergem, ora
divergem.

Jocax: Sim, mas vc parece q ainda nao entendeu. A matematica e a logica
seguem seu destino independente de nosso mundo real. Mas qdo trazemo-las
para nosso mundo real *ja nao podemos tomar suas proposicoes como verdades
irrefutaveis* . Elas sao verdades irrefutaveis dentro da matematica
apenas e nao necessariamente em nossa realidade.

Manuel: Permita-me lançar mão de uma analogia: "o unicórnio é um cavalo com
chifre."

Jocax: Isso nao eh uma verdade. Isso eh uma *definicao* !

Manuel: Isso é verdade, malgrado o fato de os unicórnios não existirem na
realidade. Os unicórnios existem no imaginário humano, mas não são criaturas
reais, e, no imaginário humano, eles são cavalos com chifre.

A não correspondência entre a realidade e o seu modelo matemático apenas
prova que o modelo esgotou o seu potencial investigativo e que,
portanto, perdeu a utilidade para as ciências empíricas, mas não prova a sua
falsidade.

Manuel: Prova sua falsidade como *teoria* q nos auxilia a compreender o
mundo. Assim como a teoria de Newton mostrou-se falsa a matematica-ciencia
tambem poderia mostrar-se. Mas , neste caso hipotetico, a matematica
filosofia poderia continuar sendo desenvolvida como um passatempo ou jogo
sofisticado.

Manuel: Um exemplo banal: X = X, qualquer que seja X.

Jocax: Sim eh verdade dentro da matematica filosofia, mas dentro da
matematica realidade o q significaria isso fisicamente?

Manuel: Significa, por exemplo, que o fato de tanto a pêra como a maçã serem
frutas não nos deve levar a concluir que uma pêra é uma maçã e vice-versa.

Jocax: Nao, poderia ocorrer e a pera se transformar em maca ou a maca em
pera de modo que nunca saberiamos que fruta na verdade ela seria num tempo
t.

Manuel: Se pêra pode se transformar em maçã, então água pode ser
transformada em vinho. Só mesmo Jesus Cristo e o grande Jocax, profeta do
genismo ; - )

Manuel: Uma pêra é uma pêra e uma maçã é uma maçã, favor não confundir as
frutas. A proposição X = X pode parecer vazia, mas não é. Trata-se do
princípio da identidade da lógica formal sem o qual não há pensamento
coerente.

Jocax: Como disse o universo *nao precisa* ser coerente.

Jocax: E se uma coisa esta em constante mudanca?

Manuel: significa que uma coisa em constante mudança é uma coisa em
constante mudança.

Jocax: E se sempre vc juntasse 2 macas e aparecesse 3? 1+1=3 ? :-)

Manuel: Você está supondo que "é possível o impossível se realizar."

Jocax: O possivel e o impossivel depende do que vc toma como verdade ou da
fisica que vc assume verdadeira.

Manuel: o possível é não-impossível e o impossível é não-possível. Mas se
você defende que a matemática pode ser falsa (X pode ser diferente de X, X
pode ser não-X), então, se X = impossível, "o impossível pode ser
não-impossível", "o impossível pode ser possível". Ora, o que pode ser
possível já é uma possibilidade. Logo, "o impossível é possível".

Manuel: Ora, o que define o impossível é a impossibilidade de ele se
realizar. Logo, você está supondo que "o impossível é possível". Mas uma vez
o seu pensamento demonstra ser logicamente contraditório e, portanto,
incoerente.

Jocax: Nao mesmo. Nao eh vc q postou uma mensagem q o universo poderia ser
criado do nada ? Como uma flutuacao quantica do vacuo? Tem coisas que podem
parecer incoerentes mas tem a sua propria logica intrinseca ( que pode ser
uma nao logica classica ).

Manuel: A afirmação de Lucrécio "do nada nada pode ser criado" é
matematicamente falso. Pois 0 = + X - X e o Universo pode muito bem ser uma
espécie de "+X-X". "matéria + energia" seria +X, e gravitação seria -X, de
modo que gravitação + [matéria + energia] = 0. Talvez o Universo seja um
nada metido a besta. Isso é matematicamente possível.

Manuel: O impossível não pode ser realizado, mas apenas "imaginado", como os
unicórnios, o saci-pererê, a mula sem cabeça, o gato invisível do país
das maravilhas, etc.

Mas, se de repente, ao juntar duas macas (macas ou maçãs, não importa),
aparecesse três (de modo que 1 + 1 = 3), eu diria que estou sonhando e
aproveitaria a situação para transformar o meu ventilador numa exuberante
Demmi Moore, com a qual vararia a noite fazendo amor.

Jocax: E eu estou dizendo , alem disso , eh q esta matematica esdruxula na
verdade pode ser que seja a real mesmo : 1+1 = 2 + delta Onde delta eh uma
quantidade muito pequena soh percebida a nivel nanoscopio como por exemplo
dentro de uma das dimensoes da teoria das super cordas retorcidas, mas , que
a niveis altissimos de energia possa ser medida, entende? Ou seja nosssa
matematica eh uma aproximacao de uma outra q ainda nao descobrimos.

Manuel: Essa 'matemática' esdrúxula não é matemática. É apenas 'algo'
exdrúxulo, um dos subconjuntos do conjunto-universo do imaginário humano em
que não há nenhum elemento de interseção com o subconjunto do imaginário
matemático (a não ser o vazio), subconjunto este que podemos chamar de
subconjunto das "imposturas intelectuais". Mas todo mundo (inclusive eu)
comete de vez em quando imposturas intelectuais. Até, quem diria, o Lacan
:-)

1 + 1 = 2 + delta se e somente se delta = 0. Se delta for diferente de 0,
então a fórmula correta é 1 + 1 + delta = 2 + delta.

Manuel: Mas, como estou acordado e lúcido, de modo que, ao juntar duas
maçãs, sempre aparecem duas maçãs e não três, sou mais razoável no uso da
navalha de occam. Com esse instrumento lógico, corto fora dos meus esquemas
teóricos todos os enunciados fantasiosos, incoerentes e ilógicos. Para a
ciência, somente a imaginação "matematizável" é útil. A imaginação não
matematizável só serve para a arte, a literatura, a poesia.

Jocax: Sim, por occam devemos tomar a matematica como funcional e seguir em
frente mas , a bem da verdade TODOS AGORA, GRACAS AO GRANDE JOCAX, SABEMOS Q
NAO EH NECESSARIAMENTE ASSIM :-)

Manuel: Continuo achando que entre o Grande Jocax e o Grande Irmão a única
coisa em comum é o fato de ambos serem grandes; que você diz que "o
impossível é possível" não por má-fé, mas por pura pirraça, ludismo
intelectual e para causar polêmica :-))

Manuel: Sinceramente não sei como a ciência, que é e sempre será uma
conjectura "possivelmente" falsa, seja capaz de refutar o inventário das
possibilidades que é a lógica e a matemática.

Jocax: Eh pq, na verdade, a logica e a matematica nao sao um inventario de
possibilidades Suas proposicoes seguem inexoraveis , deterministicas e frias
de seus axiomas sem possibilidades de mudancas.

Manuel: O fato de as proposições matemáticas seguirem inexoráveis,
determinísticas e frias de seus axiomas não é argumento que demonstre que a
lógica e a matemática não são um inventário de possibilidades.

Jocax: Ela poderia refuta-la como ferramenta da ciencia e nao como uma
criacao da mente humana. A matematica poderia nao funcionar com a
realidade, simples assim.

Manuel: Se, ao jogar uma moeda, dá cara e não coroa (e se o jogo só
permite uma única aposta), não posso dizer que a cara é verdadeira e que a
coroa é falsa. O real falseia enunciados sobre a realidade, mas não falseia
enunciados sobre o que é possível e o que é impossível se realizar. Um
modelo matemático (um subsistema do sistema matemático) que não mais
serve à ciência não é falso.

Jocax: Seria falso se tomassemos seus axiomas como verdadeiros em nosso
mundo real. No mundo matematico nao seria falso.

Manuel: Considere o enunciado seguinte: "num espaço euclidiano (plano), as
linhas paralelas ora convergem, ora divergem." Esse enunciado é falso, mas
não o é pelo fato de que, "na realidade", as linhas paralelas ora convergem
ora divergem. Ele é falso porque, "num espaço euclidiano (plano), as linhas
paralelas mantém a distância entre si. E este último enunciado é verdadeiro
malgrado o fato de o espaço real não ser euclidiano.

Manuel: O que quero dizer, em síntese, é que a ciência empírica não se
sustenta a si mesma;

Jocax: Posso sustentar que sim.

Manuel: "Para sustentar que sim" você teve que sustentar que "o impossível é
possível" e que "a razão não é razão". Para sustentar que as ciências
empíricas são auto-sustentáveis você terminou sacrificando a razão, a
coerência, a lógica e, o que é pior, terminou por postular um enunciado não
falseável pelas ciências empíricas, qual seja: "não há nada absurdo", pois
qualquer fato real, qualquer que seja ele, não irá refutar o enunciado "não
há nada absurdo", de modo que "há enunciados que não podem ser refutados
pela ciência empírica". E tal enunciado irrefutável é importante para a
ciência empírica, visto que demonstra a sua auto-sustentabilidade. Ora, não
é você quem diz que "o que não pode ser refutado pela ciência não tem
nenhuma importância"?

Você, que defende com unhas e dentes as ciências empíricas e que chegou a
afirmar, em outra mensagem, que a filosofia está fadada ao esquecimento,
você teve que filosofar para mostrar que a ciência e a filosofia são, a
princípio, ramos estanques (incomunicáveis) do conhecimento e que a ciência
não carece de filosofia. Teve que lançar mão de argumentos irrefutáveis para
provar que argumentos irrefutáveis não são importantes.

Sinceramente, isso está me parecendo samba do crioulo doido.

Jocax: Nao concordo q a imaginacao seja imprestavel para as ciencias. As
teorias cientificas todas vem , antes de tudo, da imaginacao.

Manuel: Eu não disse que a imaginação é imprestável para as ciências. Eu
disse que a imaginação "não-matemática" não serve à ciência. A imaginação
matemática, esta sim é imprescindível para as ciências empíricas.

A imaginação não-matemática, a imaginação mágica ou mitológica é importante
para a literatura, para a arte, para a poesia. Logo, a imaginação mágica é
importante para o homem. E tem até quem a transforme em objeto de ciência,
como Lévi-Strauss, como Freud, como Roland Barthes, que tentaram
compreendê-la e traduzi-la nos termos de uma "álgebra semântica". Mas isso é
outra história.

Manuel: e que a ciência não subsiste sem a lógica e a matemática.

Jocax: Isso nao. Se descobrirmos que a matematica nao serve a ciencia, a
ciencia devera subsistir sem ela e uma nova matematica devera ser criada
novos postulados ).

Manuel: Discordo. Novos modelos de matemática aplicada (i.e., novos
subsistemas do sistema matemático) deverão ser criados pela imaginação
matemática do cientista, modelos matemáticos novos com seus postulados,
isto é, com suas proposições fundamentais não evidentes e não demonstráveis
pela própria matemática, portanto, novos enunciados irrefutáveis.

Jocax: Seriam dentro da matematica-nova criada. Mas seria refutaveis dentro
do mundo real, assim como a velha foi refutada.

Manuel: Não, não seriam refutáveis dado que os fatos reais só refutam ou
confirmam enunciados sobre os fatos reais. (esse diálogo está ficando
repetitivo e cansativo. Vamos ter que decidir isso na queda de braço.)

Manuel: Mas, todo e qualquer modelo matemático para o universo
necessariamente compartilhará com os demais, inclusive com os modelos
matemáticos que não são mais úteis, certos axiomas fundamentais, evidências
imediatas do tipo X = X, X - X = 0, o existente existe, há regularidade na
natureza. Como se vê, enunciados irrefutáveis.

Jocax: Pode ser q nao seja um compartilhamento mas sim uma aproximacao de um
modelo mais geral:

X=X + delta

que, para niveis macroscopicos ( ou nas 4 dimensoes )
vale que delta = 0

Manuel: você errou na conta novamente. X = X + delta se e somente se delta
for igual a zero. Se delta for diferente de zero, mesmo que minimamente,
então o certo é X + delta = X + delta. Mas foi um errinho de nada, de 1
deltazinho apenas (algo muito próximo do zero). Um errinho sem nenhuma
conseqüência prática considerável, a não ser que você esteja fazendo
cálculos sobre o comportamento a médio ou a longo prazo de um sistema
dinâmico não-linear extremamente sensível às condições iniciais. Num sistema
desse tipo, qualquer errinho de cálculo por mais desprezível que seja (uma
diferença de um delta, por exemplo) transforma-se em erros crassos de
previsão. É por isso que os meteorologistas se recusam a fazer previsões
climáticas a médio ou longo prazo.

Aquela velha história: o bater das asas de uma borboleta nas Filipinas pode
provocar um furacão na Flórida dois meses depois.

Abraços,
Manuel Bulcão






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitavel
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 02:54

Olá Jocax,

Manuel: Mesmo a matemática pura tem conexão com a realidade, visto que,
sendo ela, conforme B. Russell, a ciência do possível (ou, segundo a
definição de Murray Gel-Mann, o estudo rigoroso dos mundos hipotéticos), o
mundo real não é outra coisa que "uma das possibilidades previstas pela
matemática que se realizou", talvez a única que se tornou realidade, ou
talvez não, mas disso ninguém pode saber com certeza.

Jocax: Nao concordo pois nao faz parte da matematica fazer previsoes sobre a
realidade. A matematica eh um mundo aa parte construida com axiomas que, se
nos serve em nosso mundo real, eh por "puro acaso" ou por sorte. Podemos, da
mesma forma, mudarmos os axiomas e teremos uma outra matematica assim como
existem varias.

Manuel: A matemática faz previsões sobre a realidade sim, no que tange às
regularidades mais gerais. Também porque a matemática é a ciência do
possível, e o real é apenas uma possibilidade realizada. Um átomo de
hidrogênio é um átomo de hidrogênio (ou seja, X = X) não somente aqui, no
planeta Terra, como também na Lua, em Júpiter, na Nebulosa de Orion, daqui
a dois ou três bilhões de anos, etc.

Não, não é por puro acaso que X = X. X é igual a X por absoluta necessidade.

Só existe um e apenas um sistema matemático, e não vários. Obviamente que
este sistema compreende vários subsistemas matemáticos. Por exemplo, um
subsistema geométrico em que o espaço-tempo é quadridimensional, outro em
que o espaço-tempo tem treze dimensões, etc.

Manuel: A matemática aplicada,uma ferramenta útil das ciências empíricas, é
apenas um subsistema do sistema matemático geral, subsistema este que
compartilha com os demais certos princípios fundamentais (enunciados
indecidíveis e, portanto, irrefutáveis, ou então evidências imediatas
igualmente irrefutáveis). Caso contrário, não seria matemática.

Jocax: Volto a repetir que o mundo da matematica eh , em principio, a parte
do nosso e seus principios fundamentais soh sao irrefutaveis dentro dela
propria. Mas, qdo a trazemos como ferramente ao mundo real para ser
utilizada nao devemos aceita-los aprioristicamente como irrefutaveis em
nosso mundo.

Manuel: X = X, que é o equivalente matemático do princípio da identidade da
lógica aristotélica, é uma verdade apriorística. Você pode inventar qualquer
modelo matemático para o universo, mas não achará nenhum em que X seja
diferente de X. Mas você teima em dizer que X pode ser diferente de X, que o
impossível é possível, que a razão é irracional e outras insanidades. Bem,
sendo a imaginação matemática apenas um subconjunto do conjunto-universo do
imaginário humano, podemos, como você o faz, imaginar mundos absurdos em que
duas maçãs são três maçãs, e não duas maçãs, mundos em que não há
verossimilhança, dado que uma maçã é uma pêra e não uma maçã.

Isso prova que, assim como as ciências empíricas, a lógica não é
auto-sustentável. Não existem argumentos lógicos que convençam um ilógico a
ser lógico. Talvez seja por isso que o método psicanalítico não funciona com
psicóticos.

Manuel: Se o mundo não fosse racional o pensamento não seria
lógico-matemático, ou melhor, o pensamento sequer existiria.

Jocax: Este pensamento eh falso eh segue da falacia : ( A ==> B e B )
==> A Ou seja, vc supoe que a causa eh verdadeira simplesmente pq o
consequente tambem o eh. ( Se chove nasce grama , se nasceu grama eh pq
choveu ). O mesmo que Se o pensamento eh logico-matematico entao o mundo eh
racional pode nao ser verdadeiro. Podemos ter um pensamento
logico-matematico que nada mais eh q uma simplificacao ou *aproximacao* de
um mundo caotico.

Manuel: Não, a minha proposição "se o mundo não fosse racional o pensamento
não seria lógico-matemática" não é falaciosa pela seguinte razão: a
matemática é a razão mínima possível. Seus axiomas fundamentais são verdades
banais, verdades tautológicas, evidências imediatas, como X = X, X - X = 0,
1 + 1 = 2, etc. E tais evidências imediatas são válidas para todos os
modelos matemáticos que se crie para o universo, sejam quais forem os
postulados (enunciados não evidentes e matematicamente indemonstráveis,
como, por exemplo "o espaço-tempo possui 7 dimensões") que os fundamentem. E
como não é possível uma razão menor que a razão matemática, então, se o
mundo não fosse sequer minimamente racional (traduzível para fórmulas
matemáticas) o pensamento não seria lógico-matemático. E repito: o
pensamento sequer existiria. O meu enunciado não só não é falso como é
absolutamente verdadeiro, uma vez que se trata de uma tautologia: se o mundo
não fosse matematizável o pensamento não seria matemático. É claro que a
razão mínima (a razão matemática) pode não ser, para algumas pessoas, a
razão suficiente ou suficientemente racional. Daí o fato de muita gente
achar que o mundo, mesmo traduzível em fórmulas matemáticas, é absurdo
(Sartre disse: é absurdo termos nascido; é absurdo termos que morrer um
dia).

Manuel: Dizer que não existe razão 'a priori' para o universo seguir regras
matemáticas é o mesmo que dizer que "não há razão no fato de o mundo ser
racional", que "não é racional um universo racional." Ora, essa afirmação
encerra uma contradição lógica. Logo, o seu pensamento não está sendo
coerente.

Jocax: Nao ha razao mesmo de o mundo ser racional. E pode ser q nao seja
mesmo. Mas pode ser que seja. Nunca poderemos saber, assim como nunca
poderemos saber se tudo nao passa de uma imaginacao solipsista. Mas para
efeitos praticos assumimos que o universo eh racional e seguimos em frente
pois eh a unica coisa interessante que poderemos fazer.

Manuel: você diz: "não há razão mesmo de o mundo ser racional". Ou seja, "o
racional é irracional". Você diz que "PODE SER que a razão não seja
racional." Isto é, "o impossível é possível". Creio que você extraiu os seus
conceitos de 'razão', 'possível' e 'impossível' do dicionário de novilíngua,
aquele inventado pelo Grande Irmão, o tirano omnipresente do romance "1984".
Na novilíngua, o Bem é Mal, o certo é errado, a verdade é mentira, etc. Não
confunda isso com dialética. A lógica dialética diz que os contrários formam
uma unidade, mas não diz que os contrários são idênticos. Norte e Sul são
"pólos" (i.e., ambos são pólos), mas são pólos "contrários", vale dizer, o
pólo norte é não-pólo sul e o pólo sul é não-pólo norte (não vou considerar
aqui os monopólos magnéticos de Dirac).

Você diz que "para efeitos práticos" assumimos que o universo é racional. Eu
digo que "não há razão para admitirmos que o universo não é racional". De
modo que quem admite que o universo não é racional (ou seja, quem postula
que o impossível é possível, que a razão é não-razão, que o imaginário é
real) o faz "sem razão alguma". E como o pensamento é uma ação mental
(pensar é agir), quem pensa que o mundo é absolutamente irracional está a
agir desarrazoadamente, não está pensando de uma maneira razoável e
coerente, está a delirar, a confundir o imaginário com o real. Em suma, está
renegando a razão e entregando-se à loucura. Mas podemos, sim, escolher
entre a razão e o absurdo, entre a lucidez e a psicose. Muitos dos que foram
aprisionados em campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial
enlouqueceram. Num certo sentido, "escolheram" a loucura, e a escolheram
"para efeitos práticos ou por questões práticas"; pois, para elas, a
realidade é tão cruel que até enlouquecer vale a pena. "Para efeitos
práticos", a insanidade pode ser melhor que a lucidez.

Em síntese: decidir pelo enunciado "o mundo é racional, mesmo que
minimamente" é a única decisão razoável, a única decisão racional. E quem
decide pelo enunciado "o mundo nem minimamente racional é, visto que o
impossível é possível e o imaginário é real", o faz absolutamente sem
"razão" e "por motivos práticos", ou porque a realidade o faz sofrer, Ou por
má-fé (caso do Grande Irmão) ou ainda por pura travessura ou ludismo
intelectual.

Manuel: E olha que o fato de o mundo ter uma racionalidade matemática não é
lá grande coisa. A razão matemática é a razão mínima e muita gente (os
existencialistas, por exemplo) não se contentam só com ela. Aliás, o Alberto
Mesquita costuma dizer, e com razão, que os físicos matemáticos adoram
construir modelos matemáticos para o universo que são absurdos. Eu diria,
"quase" absurdos. A matemática confere uma razão até ao caos, tanto que
existe a matemática do caos, com seus caos determinísticos, atratores
estranhos, fractais, etc. Mas Você, Jocax, está suponto que o mundo poderia
ser ainda mais absurdo. Ora, isso é absurdo! :-)

Jocax: Nao eh absurdo nao. Isso pode estar ateh acontencendo agora soh que
a um nivel que nao nos eh percebido ou com probbilidade muito pequena de
ocorrer por exemplo.

Manuel: Se você diz que o impossível é possível, então, para você, "não há
nada absurdo". O engraçado é que, na busca de provar que a ciência empírica
é auto-sustentável e que "todo e qualquer enunciado importante pode ser
falseado pela ciência", você terminou postulando que "o impossível é
possível", de modo que "não há nada absurdo". Ora, esse enunciado fantasioso
é tão irrefutável empiricamente quanto o enunciado do solipsista. Não há
fato real que refute a proposição "o impossível é possível". Se você
imaginar um fato que refute esse enunciado (uma impossibilidade impossível
de se realizar), então o enunciado é falso e você está errado. E se você não
conseguir imaginar um fato que o refute, conclui-se, então, que há um
enunciado "importante" para a ciência empírica (dado que tal enunciado
demonstra que a ciência empírica é auto-sustentável) que a ciência empírica
não pode falsear (um enunciado filosófico importante para a ciência). Logo,
"há enunciados irrefutáveis (filosóficos) que são importantes para a
ciência", e você está errado ao dizer que "os enunciados irrefutáveis não
têm importância alguma."

Você está encurralado no bêco sem saída dos paradoxos. E qualquer semelhança
com o paradoxo do mentiroso não é mera coincidência.

Jocax: Assim, quando a ciencia utiliza-se da matematica ela a esta
utilizando como uma teoria ( que ateh agora nao foi falseada ) mas, em
principio podera ser falseada sim. E neste caso ( quando ou se isto
acontecer) a pergunta basica estaria resolvida :A matematica nao serviria aa
fisica seria apenas uma aproximacao da realidade.

Manuel: Os fatos reais refutam ou confirmam proposições "acerca dos fatos
reais", mas não enunciados que tratam unicamente de ideais formais ou
grandezas em abstrato ou ainda enunciados sobre enunciados, que são as
metaproposições da lógica matemática. "Num espaço euclidiano (plano) as
linhas paralelas mantêm a distância entre si.". Esse enunciado não é
falso, mesmo que o espaço "real" seja mais ou menos curvo dependendo da
concentração de matéria , de modo que as paralelas ora convergem, ora
divergem.

Jocax: Sim, mas vc parece q ainda nao entendeu. A matematica e a logica
seguem seu destino independente de nosso mundo real. Mas qdo trazemo-las
para nosso mundo real *ja nao podemos tomar suas proposicoes como verdades
irrefutaveis* . Elas sao verdades irrefutaveis dentro da matematica
apenas e nao necessariamente em nossa realidade.

Manuel: Permita-me lançar mão de uma analogia: "o unicórnio é um cavalo com
chifre."

Jocax: Isso nao eh uma verdade. Isso eh uma *definicao* !

Manuel: Isso é verdade, malgrado o fato de os unicórnios não existirem na
realidade. Os unicórnios existem no imaginário humano, mas não são criaturas
reais, e, no imaginário humano, eles são cavalos com chifre.

A não correspondência entre a realidade e o seu modelo matemático apenas
prova que o modelo esgotou o seu potencial investigativo e que,
portanto, perdeu a utilidade para as ciências empíricas, mas não prova a sua
falsidade.

Manuel: Prova sua falsidade como *teoria* q nos auxilia a compreender o
mundo. Assim como a teoria de Newton mostrou-se falsa a matematica-ciencia
tambem poderia mostrar-se. Mas , neste caso hipotetico, a matematica
filosofia poderia continuar sendo desenvolvida como um passatempo ou jogo
sofisticado.

Manuel: Um exemplo banal: X = X, qualquer que seja X.

Jocax: Sim eh verdade dentro da matematica filosofia, mas dentro da
matematica realidade o q significaria isso fisicamente?

Manuel: Significa, por exemplo, que o fato de tanto a pêra como a maçã serem
frutas não nos deve levar a concluir que uma pêra é uma maçã e vice-versa.

Jocax: Nao, poderia ocorrer e a pera se transformar em maca ou a maca em
pera de modo que nunca saberiamos que fruta na verdade ela seria num tempo
t.

Manuel: Se pêra pode se transformar em maçã, então água pode ser
transformada em vinho. Só mesmo Jesus Cristo e o grande Jocax, profeta do
genismo ; - )

Manuel: Uma pêra é uma pêra e uma maçã é uma maçã, favor não confundir as
frutas. A proposição X = X pode parecer vazia, mas não é. Trata-se do
princípio da identidade da lógica formal sem o qual não há pensamento
coerente.

Jocax: Como disse o universo *nao precisa* ser coerente.

Jocax: E se uma coisa esta em constante mudanca?

Manuel: significa que uma coisa em constante mudança é uma coisa em
constante mudança.

Jocax: E se sempre vc juntasse 2 macas e aparecesse 3? 1+1=3 ? :-)

Manuel: Você está supondo que "é possível o impossível se realizar."

Jocax: O possivel e o impossivel depende do que vc toma como verdade ou da
fisica que vc assume verdadeira.

Manuel: o possível é não-impossível e o impossível é não-possível. Mas se
você defende que a matemática pode ser falsa (X pode ser diferente de X, X
pode ser não-X), então, se X = impossível, "o impossível pode ser
não-impossível", "o impossível pode ser possível". Ora, o que pode ser
possível já é uma possibilidade. Logo, "o impossível é possível".

Manuel: Ora, o que define o impossível é a impossibilidade de ele se
realizar. Logo, você está supondo que "o impossível é possível". Mas uma vez
o seu pensamento demonstra ser logicamente contraditório e, portanto,
incoerente.

Jocax: Nao mesmo. Nao eh vc q postou uma mensagem q o universo poderia ser
criado do nada ? Como uma flutuacao quantica do vacuo? Tem coisas que podem
parecer incoerentes mas tem a sua propria logica intrinseca ( que pode ser
uma nao logica classica ).

Manuel: A afirmação de Lucrécio "do nada nada pode ser criado" é
matematicamente falso. Pois 0 = + X - X e o Universo pode muito bem ser uma
espécie de "+X-X". "matéria + energia" seria +X, e gravitação seria -X, de
modo que gravitação + [matéria + energia] = 0. Talvez o Universo seja um
nada metido a besta. Isso é matematicamente possível.

Manuel: O impossível não pode ser realizado, mas apenas "imaginado", como os
unicórnios, o saci-pererê, a mula sem cabeça, o gato invisível do país
das maravilhas, etc.

Mas, se de repente, ao juntar duas macas (macas ou maçãs, não importa),
aparecesse três (de modo que 1 + 1 = 3), eu diria que estou sonhando e
aproveitaria a situação para transformar o meu ventilador numa exuberante
Demmi Moore, com a qual vararia a noite fazendo amor.

Jocax: E eu estou dizendo , alem disso , eh q esta matematica esdruxula na
verdade pode ser que seja a real mesmo : 1+1 = 2 + delta Onde delta eh uma
quantidade muito pequena soh percebida a nivel nanoscopio como por exemplo
dentro de uma das dimensoes da teoria das super cordas retorcidas, mas , que
a niveis altissimos de energia possa ser medida, entende? Ou seja nosssa
matematica eh uma aproximacao de uma outra q ainda nao descobrimos.

Manuel: Essa 'matemática' esdrúxula não é matemática. É apenas 'algo'
exdrúxulo, um dos subconjuntos do conjunto-universo do imaginário humano em
que não há nenhum elemento de interseção com o subconjunto do imaginário
matemático (a não ser o vazio), subconjunto este que podemos chamar de
subconjunto das "imposturas intelectuais". Mas todo mundo (inclusive eu)
comete de vez em quando imposturas intelectuais. Até, quem diria, o Lacan
:-)

1 + 1 = 2 + delta se e somente se delta = 0. Se delta for diferente de 0,
então a fórmula correta é 1 + 1 + delta = 2 + delta.

Manuel: Mas, como estou acordado e lúcido, de modo que, ao juntar duas
maçãs, sempre aparecem duas maçãs e não três, sou mais razoável no uso da
navalha de occam. Com esse instrumento lógico, corto fora dos meus esquemas
teóricos todos os enunciados fantasiosos, incoerentes e ilógicos. Para a
ciência, somente a imaginação "matematizável" é útil. A imaginação não
matematizável só serve para a arte, a literatura, a poesia.

Jocax: Sim, por occam devemos tomar a matematica como funcional e seguir em
frente mas , a bem da verdade TODOS AGORA, GRACAS AO GRANDE JOCAX, SABEMOS Q
NAO EH NECESSARIAMENTE ASSIM :-)

Manuel: Continuo achando que entre o Grande Jocax e o Grande Irmão a única
coisa em comum é o fato de ambos serem grandes; que você diz que "o
impossível é possível" não por má-fé, mas por pura pirraça, ludismo
intelectual e para causar polêmica :-))

Manuel: Sinceramente não sei como a ciência, que é e sempre será uma
conjectura "possivelmente" falsa, seja capaz de refutar o inventário das
possibilidades que é a lógica e a matemática.

Jocax: Eh pq, na verdade, a logica e a matematica nao sao um inventario de
possibilidades Suas proposicoes seguem inexoraveis , deterministicas e frias
de seus axiomas sem possibilidades de mudancas.

Manuel: O fato de as proposições matemáticas seguirem inexoráveis,
determinísticas e frias de seus axiomas não é argumento que demonstre que a
lógica e a matemática não são um inventário de possibilidades.

Jocax: Ela poderia refuta-la como ferramenta da ciencia e nao como uma
criacao da mente humana. A matematica poderia nao funcionar com a
realidade, simples assim.

Manuel: Se, ao jogar uma moeda, dá cara e não coroa (e se o jogo só
permite uma única aposta), não posso dizer que a cara é verdadeira e que a
coroa é falsa. O real falseia enunciados sobre a realidade, mas não falseia
enunciados sobre o que é possível e o que é impossível se realizar. Um
modelo matemático (um subsistema do sistema matemático) que não mais
serve à ciência não é falso.

Jocax: Seria falso se tomassemos seus axiomas como verdadeiros em nosso
mundo real. No mundo matematico nao seria falso.

Manuel: Considere o enunciado seguinte: "num espaço euclidiano (plano), as
linhas paralelas ora convergem, ora divergem." Esse enunciado é falso, mas
não o é pelo fato de que, "na realidade", as linhas paralelas ora convergem
ora divergem. Ele é falso porque, "num espaço euclidiano (plano), as linhas
paralelas mantém a distância entre si. E este último enunciado é verdadeiro
malgrado o fato de o espaço real não ser euclidiano.

Manuel: O que quero dizer, em síntese, é que a ciência empírica não se
sustenta a si mesma;

Jocax: Posso sustentar que sim.

Manuel: "Para sustentar que sim" você teve que sustentar que "o impossível é
possível" e que "a razão não é razão". Para sustentar que as ciências
empíricas são auto-sustentáveis você terminou sacrificando a razão, a
coerência, a lógica e, o que é pior, terminou por postular um enunciado não
falseável pelas ciências empíricas, qual seja: "não há nada absurdo", pois
qualquer fato real, qualquer que seja ele, não irá refutar o enunciado "não
há nada absurdo", de modo que "há enunciados que não podem ser refutados
pela ciência empírica". E tal enunciado irrefutável é importante para a
ciência empírica, visto que demonstra a sua auto-sustentabilidade. Ora, não
é você quem diz que "o que não pode ser refutado pela ciência não tem
nenhuma importância"?

Você, que defende com unhas e dentes as ciências empíricas e que chegou a
afirmar, em outra mensagem, que a filosofia está fadada ao esquecimento,
você teve que filosofar para mostrar que a ciência e a filosofia são, a
princípio, ramos estanques (incomunicáveis) do conhecimento e que a ciência
não carece de filosofia. Teve que lançar mão de argumentos irrefutáveis para
provar que argumentos irrefutáveis não são importantes.

Sinceramente, isso está me parecendo samba do crioulo doido.

Jocax: Nao concordo q a imaginacao seja imprestavel para as ciencias. As
teorias cientificas todas vem , antes de tudo, da imaginacao.

Manuel: Eu não disse que a imaginação é imprestável para as ciências. Eu
disse que a imaginação "não-matemática" não serve à ciência. A imaginação
matemática, esta sim é imprescindível para as ciências empíricas.

A imaginação não-matemática, a imaginação mágica ou mitológica é importante
para a literatura, para a arte, para a poesia. Logo, a imaginação mágica é
importante para o homem. E tem até quem a transforme em objeto de ciência,
como Lévi-Strauss, como Freud, como Roland Barthes, que tentaram
compreendê-la e traduzi-la nos termos de uma "álgebra semântica". Mas isso é
outra história.

Manuel: e que a ciência não subsiste sem a lógica e a matemática.

Jocax: Isso nao. Se descobrirmos que a matematica nao serve a ciencia, a
ciencia devera subsistir sem ela e uma nova matematica devera ser criada
novos postulados ).

Manuel: Discordo. Novos modelos de matemática aplicada (i.e., novos
subsistemas do sistema matemático) deverão ser criados pela imaginação
matemática do cientista, modelos matemáticos novos com seus postulados,
isto é, com suas proposições fundamentais não evidentes e não demonstráveis
pela própria matemática, portanto, novos enunciados irrefutáveis.

Jocax: Seriam dentro da matematica-nova criada. Mas seria refutaveis dentro
do mundo real, assim como a velha foi refutada.

Manuel: Não, não seriam refutáveis dado que os fatos reais só refutam ou
confirmam enunciados sobre os fatos reais. (esse diálogo está ficando
repetitivo e cansativo. Vamos ter que decidir isso na queda de braço.)

Manuel: Mas, todo e qualquer modelo matemático para o universo
necessariamente compartilhará com os demais, inclusive com os modelos
matemáticos que não são mais úteis, certos axiomas fundamentais, evidências
imediatas do tipo X = X, X - X = 0, o existente existe, há regularidade na
natureza. Como se vê, enunciados irrefutáveis.

Jocax: Pode ser q nao seja um compartilhamento mas sim uma aproximacao de um
modelo mais geral:

X=X + delta

que, para niveis macroscopicos ( ou nas 4 dimensoes )
vale que delta = 0

Manuel: você errou na conta novamente. X = X + delta se e somente se delta
for igual a zero. Se delta for diferente de zero, mesmo que minimamente,
então o certo é X + delta = X + delta. Mas foi um errinho de nada, de 1
deltazinho apenas (algo muito próximo do zero). Um errinho sem nenhuma
conseqüência prática considerável, a não ser que você esteja fazendo
cálculos sobre o comportamento a médio ou a longo prazo de um sistema
dinâmico não-linear extremamente sensível às condições iniciais. Num sistema
desse tipo, qualquer errinho de cálculo por mais desprezível que seja (uma
diferença de um delta, por exemplo) transforma-se em erros crassos de
previsão. É por isso que os meteorologistas se recusam a fazer previsões
climáticas a médio ou longo prazo.

Aquela velha história: o bater das asas de uma borboleta nas Filipinas pode
provocar um furacão na Flórida dois meses depois.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/06/2001 09:13



"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

> Hipócritas! Até a "alma" é objeto de comércio!

O problema é que o mercado de orgãos é o maior indicador da
pobreza. Ver que alguem está disposto a vender um rim por
pouco dinheiro incomoda mais do que saber que o vendedor leva
uma vida miserável com 2 rins. Mas se o vendedor está disporto
a vender é porque precisa mesmo. O mundo não é bonito, mas
proibindo o comercio de orgãos podemos fingir que ele é bonito.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: RES: [ciencialist] Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 09:25


Eu não venderia um rim por 200, 300 ou 400 mil...
Mas por um milhão!?
Quem sabe, né?

Agora a perguntinha capciosa. Quem não compraria, com o devido consentimento
do vendedor-doador, um rim para si ou para um filho por alguns milhares se
fosse milhonário?

Não há nada de errado em alguém (repito: com o devido consentimento), vender
um órgão.

Hipócritas! Até a "alma" é objeto de comércio!

> -----Mensagem original-----
> De: Celso Galli Coimbra [mailto:c.galli@terra.com.br]
> Enviada em: Segunda-feira, 11 de Junho de 2001 13:45
> Para: artigos-juridicos@grupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro --
> 2000 -- Volnei Garrafa
>
>
> Direito_Saúde -- 11.06.2001
> ======================
> endereços no final do artigo.
>
>
>
> CRESCE COMÉRCIO ILEGAL DE ÓRGÃOS - OUT/2000
>
>
>
> Volnei Garrafa*
>
>
>
> ===
>
>
> Não há mais como negar: a compra e venda de órgãos para
> transplantes no Brasil é, infelizmente, realidade. Ao lado de
> equipes médicas e instituições idôneas, alguns profissionais
> e hospitais inescrupulosos, aliados às famílias de doentes
> graves, com poder de compra, estão aproveitando as falhas da
> legislação para criar um novo mercado humano.
>
>
> ===
>
>
> A regulamentação da Lei de Doação de Órgãos e Tecidos,
> ocorrida em janeiro de 98, junto com significativos avanços,
> trouxe alguns problemas. Em meio a polêmicas e à
> incompreensão popular, frente ao tema da "doação presumida",
> insuficientemente debatido no Congresso Nacional, cresce,
> assustadoramente, a comercialização, principalmente de rins,
> em alguns estados da Federação. A explicação é fácil.
> Enquanto a antiga legislação limitava a doação inter vivos a
> parentes ( pais/filhos, marido/mulher, irmãos),
> interpretações jurídicas da lei atual possibilitam a qualquer
> pessoa "doar" um de seus órgãos pares (rins) ou parte dos
> órgãos regeneráveis (medula ou fígado) para um desconhecido.
>
>
>
> ===
>
> Está criada, portanto, a possibilidade legal de pessoas ricas
> (geralmente movidas por situações clínicas desesperadoras)
> oferecerem dinheiro por órgãos de pessoas economicamente
> necessitadas. A nova lei, insolitamente, vulnerabilizou ainda
> mais a situação de cidadãos socialmente fragilizados.
>
>
>
> ===
>
>
> Nos Estados Unidos, a proporção entre transplantes renais de
> doador cadáver para doador vivo é de quatro para um (80% e
> 20% respectivamente). No Brasil, até a promulgação da lei, a
> relação era de aproximadamente 60% para transplantes de rins
> feitos com doador cadáver e 40% com doador vivo (parente).
> Com a nova situação, temos hoje um quadro inusitado. Dados
> oficiais da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos
> (ABTO) mostram uma relação inversa, ou seja, aproximadamente
> 60% dos transplantes renais feitos atualmente no País
> acontecem a partir de doador vivo e apenas 40% provêm de
> doador cadáver.
>
>
>
> ====
>
>
> Aprofundando a análise dos dados da ABTO (entidade acima de
> qualquer suspeita), constata-se que, nos estados onde as
> Centrais de Transplantes decidiram continuar procedendo às
> operações inter vivos utilizando somente rins de parentes
> próximos - apesar das "facilidades" proporcionadas pela nova
> lei -, as estatísticas ficaram inalteradas. Entre eles estão
> o Rio Grande do Sul e Pernambuco, além do Distrito Federal.
>
>
>
> ===
>
>
> Por outro lado, o exame dos dados de lugares como Rio de
> Janeiro, São Paulo, Paraná, Espírito Santo ou Bahia desnuda
> percentuais altíssimos de transplantes renais feitos com
> doador vivo. Para se ter uma idéia, no primeiro trimestre de
> 2000, por exemplo (Registro Brasileiro de Transplantes -
> ABTO, ano VI, número 1, o Rio de Janeiro fez 56 transplantes
> renais, sendo 45 com doador vivo e apenas 11 com doador
> cadáver. No mesmo período, a proporção em São Paulo foi de
> 166 para 99, em um total de 265 transplantes; no Paraná, foi
> de 27 para 13, com o total de 40 transplantes; no Espírito
> Santo, foi de 12 para 4, num total de 16; e na Bahia, de
> acordo com os mesmos dados, não foi realizado nenhum
> transplante renal com doador cadáver, no mesmo período.
>
>
>
> ===
>
>
> As autoridades competentes têm o dever de desvendar o que
> está por trás desses números. É indispensável que se levante
> o percentual exato de Não-Parentes nas doações inter vivos e,
> entre esses, qual a proporção de cidadãos que possuem baixa
> renda e/ou escolaridade.
>
>
>
> ===
>
>
> Dedico-me ao tema do mercado humano, nas suas diferentes
> nuanças e formas, há dez anos. Embora tenha sempre resistido
> a aceitar a existência de comércio de órgãos no Brasil, hoje
> sou obrigado a reconhecer o problema. Não tenho mais dúvida
> que muitos transplantes renais realizados em diversos estados
> brasileiros a partir de doadores vivos não - aparentados, são
> provenientes de doações que nada têm a ver com altruísmo ou
> generosidade. E o pior: na maioria das vezes, por detrás de
> um doador/vendedor, existe uma triste história relacionada
> com doença grave na família, dívidas ou desemprego.
>
>
>
> ===
>
> O Ministro José Serra, que tem sido um bravo na luta em
> defesa dos medicamentos genéricos e na reestruturação do
> Ministério da Saúde, estará encaminhando aos organismos
> competentes nos próximos dias uma proposta de modificação da
> Lei dos Transplantes com relação à "doação presumida",
> incluindo a obrigatória consulta à família do falecido.
> Resta-lhe ainda promover o saneamento do aleijão jurídico que
> possibilita o comércio (legal!!!) de órgãos no País.
>
>
>
> ===
>
>
> Volnei Garrafa é professor e coordenador do Núcleo de
> Bioética da UnB; pós-doutorado em Bioética pela Universidade
> de Roma. Publicou na Itália e no Brasil (Editora UnB), em
> parceria com Giovanni Berlinguer, o livro O Mercado Humano -
> estudo bioético da compra e venda de partes do corpo (1996).
> É presidente do VI Congresso Mundial de Bioética (Brasília, 2002).
>
>
>
> =========================================
>
> http://orbita.starmedia.com/~transplantes/motivos.htm
>
> =========================================
>
> http://groups.yahoo.com/group/direito_saude
>
> =========================================
>
>
>
> ================================================
> INSTRUÇÕES:
>
> ENVIAR mensagem para o grupo use o endereço:
> direito_saude@yahoogroups.com
>
> DESINSCRIÇÃO, enviar mensagem em branco para:
> direito_saude-unsubscribe@yahoogroups.com
>
> INSCRIÇÃO, enviar mensagem em branco para:
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>
> PARA ler os artigos sobre morte encefálica:
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> PARA visitar os sites sobre morte encefálica:
> http://www.yahoogroups.com/links/direito_saude/
>
> PARA ter acesso a todas as mensagens anteriores:
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>
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> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> &&& --- &&&
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>


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Re [ciencialist] foto Kirlian
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 09:43

>Bem, inicialmente. Um dos tipos de detectores de mentira
>se baseia na premissa de q. se pode avaliar se alguem
>mente ou nao baseado na umidade da ponta dos dedos
>provocada pela sudorese, q. por sua vez seria gerada
>por alteracoes emocionais, q. por sua vez seria gerada
>pelo nervosismo do ato de mentir...

Convém dizer que isso é apenas uma parte das máquinas detectoras de
mentiras.
Outras coisas se baseiam na aceleração da respiração e do batimento
cardiaco.

>O q. torna o detector de mentira uma farsa eh q essa
>relacao nao eh direta.

Isso não torna numa farsa. Já ouvista falar em teorias não lineares ?
Pode tornar menos cientifico, na medida que para a mesma entrada nem sempre
o resultado é a mesma saida e vice-versa. Por isso as máquinas são
calibradas préviamente, com perguntas standard onde a pessoa mente e diz a
verdade , várias vezes.

>Eventualmente poderiamos tracar
>um campo de probabilidade de cada evento. Mas ha' muito
>mais variaveis a influenciar isso:

Pois, mas mesmo assim é possivel fazer uma análise.
Num sistema com muitas variáveis usam-se métodos diferentes dos com poucas.
O da caixa negra , por exemplo.

>se a pessoa for cara
>de pau, nao deve alterar o seu estado emocional ao mentir;

É possivel que alguem altere o seu estado fisico ,ludibriando a máquina.
Mas para isso ela tem que ter treinado muito.
Além disso, o teste da máquina é sempre acompanhado por perguntas chave que
pretendem saber exactamente se a pessoa está a mentir quando faz o
teste...ou seja, se está tentando ludibriar a máquina.

A Máquina das Mentiras, é sem duvida não-cientifica. Tanto quanto um teste
psicológico. Mas isso não impede que seja util para recolher dados. Até pq
como referiste existe sempre o efeito "placebo" : Se a pessoa se nega a usar
a máquina é pq provávelmente mentiria.

>a pessoa pode ser sensivelmente estressada e mesmo dizendo
>verdade pode ficar nervosa numa situacao como essa. Eu
>particularmente me encaixaria no segundo grupo e, sem querer
>partilhar uma caracteristica pra me desculpar por um defeito,
>suponho q. seja a situacao da maioria das pessoas.

Isso é sabido e tido em conta na calibração da máquina.
As perguntas que são feitas , são-o numa ordem especial.
Umas perguntas servem para testar se a calibração se mantém válida.
Outras para testar a honestidade da pessoa. E finalmente 2 ou 3 são as
perguntas que realmente interessam como "foi vc que matou?" ,por exemplo.


>Tem logica nisso? Sim, ha' alguma. Mas obviamente a coisa nao
>funciona. Ou ao menos nao temos a garantia necessaria de q.
>isso nao cometa injusticas em demasia. Assim o eh com o
>poligrafo e os detectores de mentira em geral. (Na verdade
>a acuidade de percepcao subjetiva -- mesmo daquela
>mosca-tonta romantica -- deve ser muito maior do q. qq
>poligrafo ja' inventado.)

A diferença é que eu , sem qq acuidade subjectiva, usando um poligrafo posso
saber tanto quanto a pessoa
com acuidade. Ou pelo menos, mais do que saberia sem a máquina.A isso se
chama independencia, e é um dos requesitos da cientifiicdade.

>Com a fotografia Kirlian usada em diagnostico de doencas
>eh a mesma coisa.

Bom, eu nunca a vi usada para isso.Mas se realmente existe uma relação,mesmo
que ténue, entre a humidade e o estado psico-fisico da pessoa,como é aceite
no texto de um dos sites que enviaste, poderá ser uma forma de diagnóstico.
Agora, será que é a melhor? Provávelmente não. Existiram outras formas mais
"eficientes".

>Eh primeiro preciso provar q. o padrao de imagens
>apresenta tal ligacao.

Não. É preciso Refutar que essa ligação existe.
Os cépticos adoram pedir por provas, esquecendo que se querem acabar com a
"fasa" então é refutando os principios dela que o consiguiram.
Não é isso que se vê. Mas sim a troça das afirmações como "A foto Kirlian
representa a Aura", o que além de absurdo, é falso. É a mesma coisa que
tentar desmentir que existem ET, desmentindo que eles sejam "Anjos de
Deus"...nada a ver.
É afirmado que os objectos tb tem auras Kirlian. O que é obvio do ponto de
vista de como funciona,. fisicamente, a coisa. Contudo, esse padrão será
variável como o de uma pessoa , animal, ou planta?
Num dos sites dizia-se que a história do menbro fantasma não era vrdadeira,
pq,. segundo o autor do texto, alguém lhe disse, que alguem tinha dito que
isso era um rumor. Que na realidade essa experiencia tinha sido feita uma
vez e nunca mais reproduzida... Realmente uma refutação rigorosa e
cientifica...Acreditar num disse que disse...se estes cépticos fossem mas
era ver se chove...haja paciencia...


Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda






SUBJECT: [ciencialist] Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 200 0 -- Volnei Garrafa
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 10:07

> De: João Mário Miranda
> O mundo não é bonito, mas proibindo o comercio de orgãos
> podemos fingir que ele é bonito.

É sobre este fingimento que estou me referindo.

"Os homens seriam melhores se não se preocupassem em ser tão bons". Não
tenho certeza, mas foi Freud quem disse isso?

> O problema é que o mercado de orgãos é o maior indicador da
> pobreza.

Qual a novidade? Faz tempo que somos desgraçados miseráveis! Uns 500 anos.
Já estou de saco cheio de indicadores e gráficos da pobreza.

Somos tão hipócritas que ainda não institucionalizamos a pena de morte e
clamamos pelos direitos humanos quando um PM psicopata mata qualquer
coisa marrom com cara de suspeito. No fundo nós queremos isso mesmo: sangue!

Lembro-me que minha mãe me contou uma história de uma senhora que
imigrou da URSS e foi morar vizinho à casa de minha avó. Ela fugiu
da II Guerra, do inverno e da fome. Quando ela viu uma feira de rua
e a abundância toda ela chorou de emoção. Alguns anos depois ela
concluiu que nós, os brasileiros hospitaleiros e gentis, somos
comparáveis aos carrascos nazistas pois permitimos que crianças
morram de fome num lugar que tem uma feira de rua abundante e barata.

Esta é a verdadeira essência da alma humana tão explorada por
Shakespeare. Esta é a alma que está à venda em qualquer lugar do mundo,
só que no Brasilzão compra-se almas por uma pechincha. Por que não
um rim?

As pessoas deveriam ler Dostoievsky em vez de Paulo Coelho.

Desculpem o desabafo. Hoje acordei envenenado.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitavel
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/06/2001 10:53

Manuel Bulcão wrote:

> Olá Jocax,
>
> Manuel: Mesmo a matemática pura tem conexão com a realidade, visto que,
> sendo ela, conforme B. Russell, a ciência do possível (ou, segundo a
> definição de Murray Gel-Mann, o estudo rigoroso dos mundos hipotéticos), o
> mundo real não é outra coisa que "uma das possibilidades previstas pela
> matemática que se realizou", talvez a única que se tornou realidade, ou
> talvez não, mas disso ninguém pode saber com certeza.
>
> Jocax: Nao concordo pois nao faz parte da matematica fazer previsoes sobre a
> realidade. A matematica eh um mundo aa parte construida com axiomas que, se
> nos serve em nosso mundo real, eh por "puro acaso" ou por sorte. Podemos, da
> mesma forma, mudarmos os axiomas e teremos uma outra matematica assim como
> existem varias.
>
> Manuel: A matemática faz previsões sobre a realidade sim, no que tange às
> regularidades mais gerais. Também porque a matemática é a ciência do
> possível, e o real é apenas uma possibilidade realizada. Um átomo de
> hidrogênio é um átomo de hidrogênio (ou seja, X = X) não somente aqui, no
> planeta Terra, como também na Lua, em Júpiter, na Nebulosa de Orion, daqui
> a dois ou três bilhões de anos, etc.

A matematica obviamente nao faz previsoes sobre a realidade, quem o faz
eh a ciencia com suas teorias. E a interpretacao fisica de X=X ?
Bom, eu acho que soh eh valida dentro da propria matematica.
X = X significa q o valor X eh o mesmo que o Valor X, isso, dependendo
do universo pode nao ter significado fisico preciso.
De qqr modo nao importa o eu estou dizendo eh q a matematica
pode ( ou poderia ) , na verdade , nao servir ao nosso universo.

>
>
> Não, não é por puro acaso que X = X. X é igual a X por absoluta necessidade.
>

hehehhe, claro q o unverso nao tem necessidade nehuma :-)

>
> Só existe um e apenas um sistema matemático, e não vários. Obviamente que
> este sistema compreende vários subsistemas matemáticos. Por exemplo, um
> subsistema geométrico em que o espaço-tempo é quadridimensional, outro em
> que o espaço-tempo tem treze dimensões, etc.
>

Nao eh verdade a matematica parte , basicamente, da teoria dos conjuntos
que eh baseada numa serie de axiomas , se vc mudar um unico axioma
vc muda toda a matematica.


>
> Manuel: A matemática aplicada,uma ferramenta útil das ciências empíricas, é
> apenas um subsistema do sistema matemático geral, subsistema este que
> compartilha com os demais certos princípios fundamentais (enunciados
> indecidíveis e, portanto, irrefutáveis, ou então evidências imediatas
> igualmente irrefutáveis). Caso contrário, não seria matemática.
>
> Jocax: Volto a repetir que o mundo da matematica eh , em principio, a parte
> do nosso e seus principios fundamentais soh sao irrefutaveis dentro dela
> propria. Mas, qdo a trazemos como ferramente ao mundo real para ser
> utilizada nao devemos aceita-los aprioristicamente como irrefutaveis em
> nosso mundo.
>
> Manuel: X = X, que é o equivalente matemático do princípio da identidade da

Chega de X=X !
Falemos de coisas mais interessantes, que tal X=Y ? :)


>
> Manuel: Dizer que não existe razão 'a priori' para o universo seguir regras
> matemáticas é o mesmo que dizer que "não há razão no fato de o mundo ser
> racional", que "não é racional um universo racional." Ora, essa afirmação
> encerra uma contradição lógica. Logo, o seu pensamento não está sendo
> coerente.
>
> Jocax: Nao ha razao mesmo de o mundo ser racional. E pode ser q nao seja
> mesmo. Mas pode ser que seja. Nunca poderemos saber, assim como nunca
> poderemos saber se tudo nao passa de uma imaginacao solipsista. Mas para
> efeitos praticos assumimos que o universo eh racional e seguimos em frente
> pois eh a unica coisa interessante que poderemos fazer.
>
> Manuel: você diz: "não há razão mesmo de o mundo ser racional". Ou seja, "o
> racional é irracional".

Nao deturpe, nossa razao pode ser racional e o universo nao.
Nos poderemos fazer leis fisicas e ordenar de alguma maneira o universo
mas tais leis e ordenamentos sriam , na verdade, simples aproximacoes de
um universo nao racional no sentido de que nao segue nenhuma lei.
Assim como do inanimado surge o animado, da inconsciencia surge a
consciencia, estou dizendo q do irracional pode surgir o racional ( mente )
mas nao q o irracional eh racional ou vice versa.


> Você diz que "PODE SER que a razão não seja
> racional." Isto é, "o impossível é possível".

Isso eh jogo de palavras.....


>
> Jocax: Nao eh absurdo nao. Isso pode estar ateh acontencendo agora soh que
> a um nivel que nao nos eh percebido ou com probbilidade muito pequena de
> ocorrer por exemplo.
>
> Manuel: Se você diz que o impossível é possível, então, para você, "não há
> nada absurdo".

EU nao disse isso , vc q entendeu tudo errado.


> O engraçado é que, na busca de provar que a ciência empírica
> é auto-sustentável e que "todo e qualquer enunciado importante pode ser
> falseado pela ciência", você terminou postulando que "o impossível é
> possível",

Por favor, nao jogue palavras na minha boca :-(


>
>
> Jocax: Sim, mas vc parece q ainda nao entendeu. A matematica e a logica
> seguem seu destino independente de nosso mundo real. Mas qdo trazemo-las
> para nosso mundo real *ja nao podemos tomar suas proposicoes como verdades
> irrefutaveis* . Elas sao verdades irrefutaveis dentro da matematica
> apenas e nao necessariamente em nossa realidade.
>
> Manuel: Permita-me lançar mão de uma analogia: "o unicórnio é um cavalo com
> chifre."
>
> Jocax: Isso nao eh uma verdade. Isso eh uma *definicao* !
>
> Manuel: Isso é verdade, malgrado o fato de os unicórnios não existirem na
> realidade.

Vc nao pode dizer que nao existe um cavalo com chifre , o fato
de ninguem ter observado um ainda nao quer dizer q nao exista.
Alias nem vida existia na terra ha 5 bi anos atras....


> Manuel: Prova sua falsidade como *teoria* q nos auxilia a compreender o
> mundo.

Jocax:

> Assim como a teoria de Newton mostrou-se falsa a matematica-ciencia
> tambem poderia mostrar-se. Mas , neste caso hipotetico, a matematica
> filosofia poderia continuar sendo desenvolvida como um passatempo ou jogo
> sofisticado.
>

Sim, concordo comigo.

>
> Manuel: Ora, o que define o impossível é a impossibilidade de ele se
> realizar.

Mas o q define a impossibilidade dele se realizar ?
Sao as teorias fisicas a respeito q *nunca podem ser provadas verdadeiras*.
Entao qdo dizemos q algo eh impossivel , estamos nos atendo as teorias
fisicas mais aceitas mas devemos ter em mente q elas podem estar erradas.
O q nos leva a declarar a impossibilidade de algo se realizar eh, no
fim das contas, nosso INDUTIVISMO , nada mais q isso.
Mas o indutivismo nao eh, a priori, um metodo que leva sempre a verdade.


> Manuel: O que quero dizer, em síntese, é que a ciência empírica não se
> sustenta a si mesma;
>
> Jocax: Posso sustentar que sim.
>
> Manuel: "Para sustentar que sim" você teve que sustentar que "o impossível é
> possível" e que "a razão não é razão". Para sustentar que as ciências

Me defina o q eh "sustentar-se a si mesma" para q eu possa analisar .


>
> empíricas são auto-sustentáveis você terminou sacrificando a razão, a
> coerência, a lógica e, o que é pior, terminou por postular um enunciado não
> falseável pelas ciências empíricas, qual seja: "não há nada absurdo".

Vc nao entendeu nada. O absurdo eh relativo, relativo ao que vc tem como
verdadeiro. Mas se uma constatacao e absurdo ocorrer sabemos q devemos
mudar alguma coisa em nossa teoria. Esse eh o principio que move a ciencia.
Tomamos algumas teorias ou proposicoes como verdadeiras e a assumimos.
No decorrer do tempo podemos perceber inconformidade com os fatos
entao sabemos q precisamos mudar alguma coisa. E esta coisa PODE SER ATEH
A MATEMATICA. Entende?
O q podia ser absurdo como por exemplo a matematica nao funcionar
num dominio subatomico de alta energia, por exemplo, significa q a matematica
deva ser alterada para atender a este novo ambiente.
Assim , neste sentido, nao ha nada absurdo a priori ( no sentido de q
qqr coisa pode ser refutada ) e ao mesmo tempo existe o absuro qdo supomos q
houve um violamento de um pricipio ou teoria consagrada.
Claro q deveremos sempre supor q nossas teorias mais bem testadas sao
verdadeiras ( mas nao a proiori ) e partimos para investigar outras causas
da incompatibilidade. Ou seja, nao existem dogmas verdadeiros, nem a
matematica como ferramenta da ciencia precisaria ser verdadeira.
Resumidamente eh isso.


> Você, que defende com unhas e dentes as ciências empíricas e que chegou a
> afirmar, em outra mensagem, que a filosofia está fadada ao esquecimento,

VOCE TA MALUCO?
EU DISSE Q TODAS OS RAMOS DO CONHECIMENTO INCLUSIVE A
CIENCIA DERIVAM DA FILOSOFIA.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/06/2001 12:15

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@u...> wrote:

Precisamos distinguir a venda de orgao do roubo de orgao...

A venda eh uma coisa perfeitamente factivel, embora
anti-etica e ainda insubstanciada. O roubo exige um
aparato mais complexo --- e dada a falta de indicios,
por eqto eh so' lenda urbana.

Agora, mais facil do q. dar grana pro capial q. alem de
tudo pode dar com as linguas nos dentes: como o pobre
coitado (q. deve ser dos poucos q. aceitariam vender seu
rim, pressionado pela miseria) vai explicar seu enri-
quecimento subito? -- eh subornar pra burlar a lista
unica: o medico vai la' e diz q. seu caso eh mais grave.
Parece-me a saida mais segura pra ricacos desesperados.

Mas eu estou vendendo o meu orgao. Eh Gambit novinho
em folha, com samba e bossa-nova pre-programados.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <policia-livre@grupos.com.br>
DATE: 12/06/2001 13:08


A _questão geral_, envolvendo tráfico de órgãos e declarações homicidas de morte dentro da medicina para fins de retirada de órgãos, não é de falha na legislação: é de cumprimento da legislação, oponível inclusive ao Governo, aos gestores da medicina e a médicos. A omissão que existe é de todos em maior ou menor grau, inclusive dos cidadãos, leis existem. O Ministério Público é o fiscal delas.


[]'s

Celso Galli Coimbra
OABRS 11352
=================
From: serrano@cultura.com.br


Gravem esta mensagem: o Governo anunciará que punirá MAIS severamente o comércio de órgãos, mas não fará nada para impedir.

Não existe falha na legislação, o que existe é omissão.

Serrano

==================== Original Message -----
From: c.galli@terra.com.br

Direito_Saúde -- 11.06.2001
======================
endereços no final do artigo



CRESCE COMÉRCIO ILEGAL DE ÓRGÃOS - OUT/2000



Volnei Garrafa*



===


Não há mais como negar: a compra e venda de órgãos para transplantes no Brasil é, infelizmente, realidade. Ao lado de equipes médicas e instituições idôneas, alguns profissionais e hospitais inescrupulosos, aliados às famílias de doentes graves, com poder de compra, estão aproveitando as falhas da legislação para criar um novo mercado humano.


-----------------------------------



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: foto Kirlian
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/06/2001 13:17

--- In ciencialist@y..., Sergio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> Convem dizer que isso e' apenas uma parte das maquinas detectoras de
> mentiras. Outras coisas se baseiam na aceleracao da respiracao e do
> batimento cardiaco.

Boa parte seguindo mais ou menos os mesmos pressupostos basicos do tipo
descrito anteriormente.

Os medicos qdo vao medir a frequencia de movimentos respiratorios do
paciente tomam o cuidado para q. este nao saiba q. tal medida esta' sendo
tomada -- isso altera o resultado.

Tto qto se sabe sao indicadores pouco confiaveis para se avaliar algo alem
de um estado geral de ansiedade ou concentracao. Ate' porq. eles podem ser
alterados por emocoes diametralmente opostas: alegria intensa e medo
intenso. (O q. me vem 'a cabeca agora eh Ayrton Senna -- nao sei se nossos
companheiros d'alem-mar o conhecem ou se lembram dele -- com a sua
frequencia cardiaca monitorada pela Rede Globo... certamente ele nao
estaria mentindo com sua alta frequencia respiratoria, cardiaca e maos
suadas...)

> Isso nao torna numa farsa. Ja' ouvista falar em teorias nao lineares ?
> Pode tornar menos cientifico, na medida que para a mesma entrada nem
> sempre o resultado e' a mesma saida e vice-versa. Por isso as maquinas
> sao calibradas previamente, com perguntas standard onde a pessoa mente e
> diz a verdade , varias vezes.

Nunca demonstraram q. funciona. Fora q. essa 'calibracao' eh feita em uma
situacao bastante diferente.

> Pois, mas mesmo assim e' possivel fazer uma analise.
> Num sistema com muitas variaveis usam-se metodos diferentes dos com
> poucas.O da caixa negra , por exemplo.

Nao usando-se os dados do poligrafo.

> E' possivel que alguem altere o seu estado fisico ,ludibriando a
> maquina. Mas para isso ela tem que ter treinado muito.

Acredite: nao precisa de treino. Principalmente muitas pessoas q. tEm o q.
podemos chamar de 'dom' natural para isso. A marginalia tbm eh bastante
conhecida pela desfacatez. Se aplicassem o tal software israelense -- q.
analisa o tom de voz da pessoa -- no discurso do ex-senador Jose' Arruda e
Antonio Carlos Magalhaes nao daria qq indicio de q. estariam mentindo.

> Alem disso, o teste da maquina e' sempre acompanhado por perguntas chave
> que pretendem saber exactamente se a pessoa esta' a mentir quando faz o
> teste...ou seja, se esta' tentando ludibriar a maquina.

Seria preciso fazer antes a calibracao da calibracao pra saber se a pessoa
esta' mentindo ou nao nos testes... A taxa de batimento cardiaco nao vai
passar muito dos 120 por minuto em uma pessoa: alem disso eh fibrilacao...
Suponho q. seja a taxa em q. a pessoa tEm o seu coracao em uma situacao de
estresse como um depoimento: seja como reu, seja como testemunha... O
nivel de suor nos dedos tbm deve estar proximo do maximo. (Bem, precisaria
ver se tal suposicao eh verdadeira, mas nao me parece mais absurda do q. a
hipotese de validade dos poligrafos.)

> A Maquina das Mentiras, e' sem duvida nao-cientifica. Tanto quanto um
> teste psicologico. Mas isso nao impede que seja util para recolher
> dados. Ate' pq como referiste existe sempre o efeito "placebo" : Se a
> pessoa se nega a usar a maquina e' pq provavelmente mentiria.

Ate' lancamento de dados sao uteis para se recolher dados. O lance eh
saber se esses dados sao informativos.

Eu me recuso a utilizar o poligrafo por principio. E podemos entao
substituir esses caros aparelhos de utilidade duvidosa por um simples
burrico com borra de cafe' na cauda.

Outra historinha: duas meninas asiaticas (nao me recordo o pais) tentaram
se suicidar para nao se submeterem ao exame de virgindade. Detalhe, elas
eram virgens. Ok, o poligrafo nao eh tao invasivo, mas suscita sensacoes
semelhantes. Igualmente a testes de ADN q. algumas pessoas recusam em
fazer.

Por q. uma pessoa honesta iria se recusar a fazer um suposto teste de
honestidade? As pessoas honestas nao gostam q. sua honestidade seja
questionada -- muitas desonestas tbm, na verdade. Ser alvo de desconfianca
eh um troco chato pra caramba. Argumentos de autoridade e ataques ad
hominem nao sao por outra razao tao frequentes em altercacoes.

(Apropo, tem um fisico q. apresenta a mesma visao sobre a troca de calor
entre sistemas com mesma temperatura q. eu defendo:

http://math.ucr.edu/home/baez/physics/neg_temperature.html)

> Isso e' sabido e tido em conta na calibracao da maquina.
> As perguntas que sao feitas , sao-o numa ordem especial.
> Umas perguntas servem para testar se a calibracao se mantem valida.
> Outras para testar a honestidade da pessoa. E finalmente 2 ou 3 sao as
> perguntas que realmente interessam como "foi vc que matou?" ,por
> exemplo.

Desconfio fortemente dessa 'calibracao', em parte pelos motivos expostos
acima: sobre a saturacao dos sinais de saida. Outra coisa eh q.: saio-me
superbem nos testes idiotas encartados na revista, ja' nos testes
escolares pra valer fico tremendamente nervoso. Essa 'calibracao' eh
problematica, ja' q. quer se isolar outras fontes de alteracao de estado
emocional, mas ela mesma induz a uma alteracao q. duvido q. seja
constante. A pessoa nao precisa nem saber q. se trata de uma calibracao, a
propria natureza da pergunta eh diferente.

No maximo -- se a temperatura da sala eh constante, se o estado
nutricional da pessoa eh o mesmo, se a disposicao dos objetos e a atitude
das pessoas nao se alterarem, etc, etc, etc -- poderiamos captar
alteracoes emocionais... agora, atribuir tais alteracoes a verdade ou
mentira sera' complicadissimo, pra nao dizer inviavel.

'Voce matou Joao?'

* a pessoa eh inocente, Joao eh uma pessoa intima. A pessoa fica nervosa
ao lembrar do amigo morto. Sua mao sua, seu coracao acelera, sua
respiracao fica mais superficial.

* a pessoa eh culpada, Joao eh uma pessoa intima. A pessoa fica nervosa
com medo de ser pega falando uma mentira.

* a pessoa eh inocente, Joao eh uma pessoa intima. A pessoa fica nervosa
por estarem acusando-a formalmente ou imaginar q. estao.

* a pessoa eh culpada, Joao eh uma pessoa intima. A pessoa fica nervosa
por estarem acusando-a formalmente ou imaginar q. estao.

* e diversas outras situacoes, em principio, possiveis.

com q grau de probabilidade podemos atribuir a culpa ou inocencia a uma
pessoa?

> A diferenca e' que eu , sem qq acuidade subjectiva, usando um poligrafo
> posso saber tanto quanto a pessoa com acuidade. Ou pelo menos, mais do
> que saberia sem a maquina.A isso se chama independencia, e e' um dos
> requesitos da cientifiicdade.

Suposicao por suposicao. Suponho q. nao, nao se tem tta informacao com um
poligrafo.

> Bom, eu nunca a vi usada para isso.Mas se realmente existe uma
> relacao,mesmo que tenue, entre a humidade e o estado psico-fisico da
> pessoa,como e' aceite no texto de um dos sites que enviaste, podera' ser
> uma forma de diagnostico. Agora, sera' que e' a melhor? Provavelmente
> nao. Existiram outras formas mais "eficientes".

Eh o q. eu disse.

> >Eh primeiro preciso provar q. o padrao de imagens
> >apresenta tal ligacao.
>
> Nao. E' preciso Refutar que essa ligacao existe.

Vc esta' confundindo as coisas. Uma coisa eh estabelecer uma teoria pra
explicar um dado fenomeno. Outra eh a aplicacao tecnica dos conhecimentos
gerados por uma teoria.

Eu nao preciso primeiro refutar q. um predio construido com areia, gesso e
isopor eh seguro pra nao permitir a sua construcao. A empresa q. quer
aplicar essa nova tecnologia eh q. primeiro precisa mostrar os testes de
resistencia mecanica e durabilidade e outras especificacoes da industria
de construcao local mostram q. o produto esta' dentro dos padroes.

Eu nao posso aplicar nos pacientes uma nova terapia q. nao foi testada
intensivamente antes.

O q. vc esta' propondo equivale a poder se aplicar qq porcaria no paciente
para trata'-lo ate' q. alguem me mostre q. isso eh perigoso, danoso ou
inocuo.

Isso vale pra tratamentos e diagnosticos. Mas este tema nao merece um
centavo de pataca.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: É Inverno e faz Calor
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 13:53

From: "Roberto Mitsuo Takata" <rmtakata@altavista.net>

> (Apropo, tem um fisico q. apresenta a mesma visao sobre a troca de calor
> entre sistemas com mesma temperatura q. eu defendo:
>
> http://math.ucr.edu/home/baez/physics/neg_temperature.html)

"Our intuitive notion is that two systems in thermal contact should exchange
no heat, on average, if and only if they are at the same temperature."
---<>---
"A nossa noção intutitva é que dois sistemas em contacto térmico, não
deveriam trocar qualquer energia térmica/calor, em média, se , e apenas se ,
eles estão à mesma temperatura"
---<>---

Se estão à mesma temperatura, não ha troca de energia. Não ha calor.

É mostrado como se S1 e S2 têm a mesma temperatura, T1=T2 , então S3=S1 U S2
tem a mesma temperatura que S1 e S2. E não é como naquele filme que
"-Vamos nos juntar para aquecermos. somos 3, a 37ºC cada um , faz
...ahumm... 111ºC
- Não!! Assim vamos derreter!"
:-)

O resto da conversa é sobre entropia e (micro-)estados


Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

P.S.
"É inverno" = a temperatura média é baixa , "faz calor" = existe
transferencia de energia para 'dentro' do sistema.(nós)
Os nosso sensores detectam calor, ou seja, 'fluxos' de energia, assim como a
sua "direcção"
Quando a direcção é "para fora" sentimos frio. quando é 'para dentro'
sentimos "calor"
A quantidade do 'fluxo' de energia informa se está muito, ou pouco calor.
Se a temperatura é mais ou menos a apropriada os sensores não detectam fluxo
relevante e não dizemos nem que está frio, nem que está calor : "está bom"
Tudo isto para dizer que "está calor" é uma expressão fisicamente
incorrecta.
Existe o significado comum da palavra "calor",que se usa com o sentido de
"quente", e o significado físico, denotado com maiúscula: Calor. que
significa "transferencia de energia"
Energia Térmica é um outro conceito, diferente destes dois.

A frase deveria ser "É inverno e está quente"



SUBJECT: Re: Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 13:58

A venda de órgãos é considerada crime
pela nossa legislação.
===
A questão é qual a agravante.
===
O tráfico é agravante,
e tipifica o crime de forma mais grave possível.
===
E o tráfico não é lenda urbana,
para quem está melhor informado.
===
Recebi em maio de 2000 um relatório
enviado pelo Parlamento Italiano
sobre a questão em seis volumes,
que envolve também
o procedimento declaratório da morte
que viabiliza a extração de órgãos,
onde o Brasil é apontado como o País mais
permissivo ao tráfico de órgãos,
especialmente de crianças.
===
Fato que já tinha sido
denunciado no exterior anos atrás por Juízes italianos.
===
Mas aqui está dentro do contexto de renúncia à cidadania,
rotular a priori tudo como "lenda urbana" ou similar,
antes de qualquer investigação séria.
É uma forma de ignorar problemas escolhido por pessoas
mais cultas.
===
A CNN noticiou tráfico de órgãos na Rússia no ano passado.
===
O assunto recebe um tratamento de censura geralmente para
divulgação, tal como, por outras razões, o suicídio também
não é noticiado.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra

=======================
From: rmtakata@altavista.net
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Tuesday, June 12, 2001 12:15 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa


--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@u...> wrote:

Precisamos distinguir a venda de orgao do roubo de orgao...

A venda eh uma coisa perfeitamente factivel, embora
anti-etica e ainda insubstanciada. O roubo exige um
aparato mais complexo --- e dada a falta de indicios,
por eqto eh so' lenda urbana.

Agora, mais facil do q. dar grana pro capial q. alem de
tudo pode dar com as linguas nos dentes: como o pobre
coitado (q. deve ser dos poucos q. aceitariam vender seu
rim, pressionado pela miseria) vai explicar seu enri-
quecimento subito? -- eh subornar pra burlar a lista
unica: o medico vai la' e diz q. seu caso eh mais grave.
Parece-me a saida mais segura pra ricacos desesperados.

Mas eu estou vendendo o meu orgao. Eh Gambit novinho
em folha, com samba e bossa-nova pre-programados.

[]s,

Roberto Takata





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Biologia e livre-arbítrio
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/06/2001 15:07

On Mon, 11 Jun 2001, Gabriel Antunes wrote:
> Mas o cérebro não se comporta como um sistema quântico. O cérebro é um
> sistema físico clássico, onde tudo pode ser previsto. É o mais natural de se
> pensar.

Há controvérsias :-)

Existem estudos que indicam que os cabinhos que fazem as ligações entre
os neurônios [notem a precisão científica] são de tamanho tão reduzido que
gerariam efeitos quânticos. O sim gerado por um neurônio não seria
necessariamente um sim no próximo.

Creio que há dois efeitos a serem levados em conta no cérebro:

- efeito caótico - determinista
- efeito quântico - não determinista

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 15:12

On Tue, 12 Jun 2001, Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de wrote:
> Não há nada de errado em alguém (repito: com o devido consentimento), vender
> um órgão.

Concordo plenamente.

> Hipócritas! Até a "alma" é objeto de comércio!

Quer comprar a minha??? É que eu estou precisando de uma graninha para
comprar um micro novo. Quanto vc está pagando???

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br




SUBJECT: En: [ciencialist] Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 200 0 -- Volnei Garrafa
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 15:21

Boa troca de autores. Depois emendavam em ler Púchkin.

Não tem problema, Alexandre... as coisas são de um jeito que se vc não
acordasse nenhum dia envenenado, eu diria que não tá vivo.

[]s,

Sheila.

----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de <alxmpub@uol.com.br>

....

As pessoas deveriam ler Dostoievsky em vez de Paulo Coelho.

Desculpem o desabafo. Hoje acordei envenenado.

[]'s

Alexandre Medeiros




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 15:21

----- Original Message -----
From: "Celso Galli Coimbra"
Sent: Tuesday, June 12, 2001 1:08 PM
Subject: [ciencialist] Re: Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro --
2000 -- Volnei Garrafa

> Serrano escreveu:
> > Não existe falha na legislação, o que existe é omissão.

Galli Coimbra escreveu:
> A omissão que existe é de todos em maior ou menor grau, inclusive dos
> cidadãos, leis existem.

Realmente. Num contexto um pouco diverso (vide "Crise ou marasmo?"
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/artigos/editor13.htm)
cheguei a afirmar que no Brasil, ao contrário do que diz nossa mídia
"burra", não existem crises. O que existe aqui chama-se marasmo. Em
decorrência disso, flagra-se um oportunismo selvagem observado não só pelos
políticos sem escrúpulos mas também, e principalmente, pelas "Instituições
Particulares" que detém o monopólio da informação no país (rede Globo, FSP,
OESP, organizações ACM ou Collor, etc) e, desta forma, dão respaldo à
corrupção e à omissão. E o povo inculto não somente cala-se como também
aplaude os agentes dessa insensatez. Vez ou outra selecionam um "bode
expiatório" para que renuncie a seu mandato como senador, em troca de uma
possível indicação, por seu partido, para a sucessão presidencial. Com o
"nosso" voto.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] É Inverno e faz Calor
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/06/2001 15:23

On Tue, 12 Jun 2001, Sérgio Taborda wrote:
> P.S.
> "É inverno" = a temperatura média é baixa , "faz calor" = existe
> transferencia de energia para 'dentro' do sistema.(nós)
> Os nosso sensores detectam calor, ou seja, 'fluxos' de energia, assim como a
> sua "direcção"
> Quando a direcção é "para fora" sentimos frio. quando é 'para dentro'
> sentimos "calor"

Creio não ser muito exata esta descrição. A temperatura do corpo de um
esquimó é de 36 graus [se não estiver enganado], colocado em um ambiente
de 20 graus ele estaria irradiando calor [de dentro para fora] e portanto
deveria sentir frio, mas se vc perguntar pro esquimó o que ele está
sentindo, acho que a resposta não será esta.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/06/2001 15:25


"Tarcisio Borges da Silva Jr." wrote:

> On Tue, 12 Jun 2001, Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de wrote:
> > Não há nada de errado em alguém (repito: com o devido consentimento), vender
> > um órgão.
>
> Concordo plenamente.
>

Em principio nao mesmo .
O unico problema que vejo na liberacao do comercio de orgaos eh um soh :
Simplesmente aparecerao predadores de pessoas , caçadores noturnos,
providos de facas afiadissimas que sairam aa caça de 'orgaos'.

No apagao da noite os orgaos mais cobiçados, serao extirpados em
algumas fracoes de segundos.

Claro que algo parecido ocorre com roubos de carros e dinheiro mas,
em geral, nestes casos, nao ha muita vantagem em tirar a vida das vitimas ,
no caso dos orgaos a coisa nao sera bem assim...

[]s
jocax

>
> > Hipócritas! Até a "alma" é objeto de comércio!
>
> Quer comprar a minha??? É que eu estou precisando de uma graninha para
> comprar um micro novo. Quanto vc está pagando???
>
> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@fisica.ufpr.br
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: En: RES: [ciencialist] Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 15:42


Tarcisio escreveu:

Quer comprar a minha??? É que eu estou precisando de uma graninha para
comprar um micro novo. Quanto vc está pagando???


* se contar que hoje é dia dos namorados, a oferta é mto romântica....rs..

[]s,
Sheila.



SUBJECT: En: RES: [ciencialist] Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 15:49

Venda ou roubo, no caso, é tudo ilegal. E roubo... depende do significado
que se dá a palavra.

Ah de se encontrar um só significado do que é liberdade, do que é moral. Um
valor prático, e não uma questão científica, filosófica..

Um pobre, não é quem terá um aumento substancial de renda, portanto, ele não
terá nada a explicar.
Vemos na própria justiça a tendência a dar indenizações compatíveis ao
"valor" de cada pessoa.

Realmente, aquelas histórias como a de acordar, sem um rim, na banheira
cheia de gelo é pura lenda urbana. Mesmo em hospitais, não é qq que tem
condição de pratica a intervenção, pois um órgão não serviria a mto se tudo
não for arranjado direito. A coisa é bem mais elaborada.

Gosto de ver que existe um musicista aqui, dentre em nós. ;c)

[]s,
Sheila.

----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> wrote:

Precisamos distinguir a venda de orgao do roubo de orgao...

A venda eh uma coisa perfeitamente factivel, embora
anti-etica e ainda insubstanciada. O roubo exige um
aparato mais complexo --- e dada a falta de indicios,
por eqto eh so' lenda urbana.

Agora, mais facil do q. dar grana pro capial q. alem de
tudo pode dar com as linguas nos dentes: como o pobre
coitado (q. deve ser dos poucos q. aceitariam vender seu
rim, pressionado pela miseria) vai explicar seu enri-
quecimento subito? -- eh subornar pra burlar a lista
unica: o medico vai la' e diz q. seu caso eh mais grave.
Parece-me a saida mais segura pra ricacos desesperados.

Mas eu estou vendendo o meu orgao. Eh Gambit novinho
em folha, com samba e bossa-nova pre-programados.



SUBJECT: Re: Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 16:24

É muito mais elaborada: o tráfico de órgãos
só pode existir passando por dentro de hospitais,
com ou sem o "enfermeiro Izidoro" para ajudar.

===

Retirada de órgão vital só pode ser feito dentro
de uma UTI.

===

Sob qualquer semântica, a transferência de
recursos biológicos de vida apenas é legal
sob a modalidade jurídica de doação
e para ser doação necessariamente não
pode haver o comprometimento da sobrevivência
do doador pela antecipação de sua morte.

===

Quando historietas como a do "roubo de órgãos
dentro de uma banheira" circulam, é apenas
para dar sustento à retórica das lendas urbanas,
dificultando a transferência de informações
sérias e documentadas sobre tal assunto,
porque o rótulo já foi cunhado genericamente.

====

Exemplo de lenda urbana é a existência
de uma lista única.

===

O que não existe não pode ser burlado,
ou então é a própria burla.

===

[]'s

Celso Galli Coimbra
===================

From: Sheila
To: Ciencialist
Sent: Tuesday, June 12, 2001 3:49 PM
Subject: En: RES: [ciencialist] Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa


Venda ou roubo, no caso, é tudo ilegal. E roubo... depende do significado
que se dá a palavra.

Ah de se encontrar um só significado do que é liberdade, do que é moral. Um
valor prático, e não uma questão científica, filosófica..

Um pobre, não é quem terá um aumento substancial de renda, portanto, ele não
terá nada a explicar.
Vemos na própria justiça a tendência a dar indenizações compatíveis ao
"valor" de cada pessoa.

Realmente, aquelas histórias como a de acordar, sem um rim, na banheira
cheia de gelo é pura lenda urbana. Mesmo em hospitais, não é qq que tem
condição de pratica a intervenção, pois um órgão não serviria a mto se tudo
não for arranjado direito. A coisa é bem mais elaborada.

Gosto de ver que existe um musicista aqui, dentre em nós. ;c)

[]s,
Sheila.

----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> wrote:

Precisamos distinguir a venda de orgao do roubo de orgao...

A venda eh uma coisa perfeitamente factivel, embora
anti-etica e ainda insubstanciada. O roubo exige um
aparato mais complexo --- e dada a falta de indicios,
por eqto eh so' lenda urbana.

Agora, mais facil do q. dar grana pro capial q. alem de
tudo pode dar com as linguas nos dentes: como o pobre
coitado (q. deve ser dos poucos q. aceitariam vender seu
rim, pressionado pela miseria) vai explicar seu enri-
quecimento subito? -- eh subornar pra burlar a lista
unica: o medico vai la' e diz q. seu caso eh mais grave.
Parece-me a saida mais segura pra ricacos desesperados.

Mas eu estou vendendo o meu orgao. Eh Gambit novinho
em folha, com samba e bossa-nova pre-programados.




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitavel
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 16:45


Jocax: hehehhe, claro q o unverso nao tem necessidade nehuma :-)

Manuel: O enunciado "o universo não tem necessidade nenhuma" é falseável? Se
for, então não é "claro". Se não for, então não é importante, e não sei por
que físicos teóricos importantes, como Alan Guth, Hawking, Vilenkin, Winberg
e outros ficam atrás de teorias finais que digam por que o universo é como
é, por que existe algo e não nada.

Jocax: Chega de X=X! Falemos de coisas mais interessantes, que tal X=Y ? :)

Manuel: O problema é que você, além de achar que X = X é desinteressante,
afirma que X pode não ser igual a X.

X=Y se e somente se X=X e Y=Y :-)

Manuel: Você diz que "PODE SER que a razão não seja racional." Isto é, "o
impossível é possível".

Jocax: Isso eh jogo de palavras.....

Manuel: Isso não é jogo de palavras. Isso é ANÁLISE LÓGICA DA LINGUAGEM.

[]'s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: ƒ Inverno e faz Calor
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/06/2001 17:06

--- In ciencialist@y..., Sergio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> Se estao 'a mesma temperatura, nao ha troca de energia. Nao ha calor.

Na *media* nao ha' troca de energia. Ou, assim, a troca 'liquida' eh zero.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/06/2001 17:12

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
Vamos nos de novo?

Eu falei *roubo* de orgaos. Nao falei nada de trafico, certo?

Independentemente da venda ser considerada crime, ela eh
tecnicamente possivel. O roubo tbm o seria, mas exige
um aparato bem mais complexo do q. a venda.

E no resto ainda fico no aguardo das pessoas presas. (O q.
faz o trafico de orgaos ser mais dificil de rastrear do q.
o trafico de escravos, drogas e cia?)

Acho q. vou investir nas empresas q. pesquisas a criacao
de orgaos em laboratorio...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: En: [ciencialist] Re: f Inverno e faz Calor
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 17:14

Acho que entendi qdo diz *media*.

Isso me lembra temperaturas "pontuais" em câmaras magmáticas. Um sistema mto
vivo...

Não entendo o qto que o ambiente é realmente responsável pelas sensações de
calor e frio.

Tb não sei como é, mas parece que pode existe diferença entre uma
temperatura corporal "interna" (falo da medida por termômetro), e a
"externa" (aparente a outras pessoas).

[]s,
Sheila.

----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>


--- In ciencialist@y..., Sergio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> Se estao 'a mesma temperatura, nao ha troca de energia. Nao ha calor.

Na *media* nao ha' troca de energia. Ou, assim, a troca 'liquida' eh zero.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O inevitavel
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/06/2001 17:27

Manuel Bulcão wrote:

> Jocax: hehehhe, claro q o unverso nao tem necessidade nehuma :-)
>
> Manuel: O enunciado "o universo não tem necessidade nenhuma" é falseável?

Eh falseavel pois necessidade eh propriedade de coisas que sentem.
Se o universo sente entao ele poderia sentir necessidade, se nao sente
ele nao pode sentir esta necessidade.
Por occam a hipotese + simples deve ser a preferida.


> Se
> for, então não é "claro". Se não for, então não é importante, e não sei por
> que físicos teóricos importantes, como Alan Guth, Hawking, Vilenkin, Winberg
> e outros ficam atrás de teorias finais que digam por que o universo é como
> é, por que existe algo e não nada.

Isso eh diferente de o universo ter necessidade de algo.
Descobrir suas origens eh um problema deveras dificil e interessante.

>
>
> Manuel: Você diz que "PODE SER que a razão não seja racional." Isto é, "o
> impossível é possível".
>
> Jocax: Isso eh jogo de palavras.....
>
> Manuel: Isso não é jogo de palavras. Isso é ANÁLISE LÓGICA DA LINGUAGEM.
>

Acho q vc nao entendeu o q eu quis dizer ( se eh q eu disse isso mesmo ! ) :
Disse q se vivermos num universo q a matematica nao funciona exatamente
nem mesmo a logica classica , MESMO ASSIM eh possivel que um cerebro
racional surja neste universo caotico nao governado por leis racionais,
ou seja a razao humana surja de um universo nao racional...

[]s
jocax



SUBJECT: Re: Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 18:21

Errado. Se falou em *roubo* falou em tráfico.
Necessariamente. A não ser que o *roubo* seja
para uso próprio.
A semântica e o raciocínio são jurídicos.
===
"O que faz o tráfico de órgãos ser mais
difícil de rastrear ?"
São os elos da importância dos agentes
ativos desse crime dentro da sociedade.
===
Quem engoliu a história do enfermeiro
Izidoro no Rio de Janeiro ?
Alguém lembra de alguma notícia informando
o progresso das investigações ?
Ele matava, mas não ele era quem
retirava os órgãos.
Prenderam o trabalhador braçal ... como sempre.
===
Invista em painéis eletrônicos ou em urnas eletrônicas.
O ano que vem vão estar em alta.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
=========================
From: rmtakata@altavista.net
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Tuesday, June 12, 2001 5:12 PM
Subject: [ciencialist] Re: Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
Vamos nos de novo?

Eu falei *roubo* de orgaos. Nao falei nada de trafico, certo?

Independentemente da venda ser considerada crime, ela eh
tecnicamente possivel. O roubo tbm o seria, mas exige
um aparato bem mais complexo do q. a venda.

E no resto ainda fico no aguardo das pessoas presas. (O q.
faz o trafico de orgaos ser mais dificil de rastrear do q.
o trafico de escravos, drogas e cia?)

Acho q. vou investir nas empresas q. pesquisas a criacao
de orgaos em laboratorio...

[]s,

Roberto Takata


================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubr o -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 18:23

Cuidado com o estelionato. Você não pode vender o que não tem...
Hê-hê-hê-hê-hê-hê...

> -----Mensagem original-----
> De: Tarcisio Borges da Silva Jr. [mailto:tbs97@fisica.ufpr.br]
> Enviada em: Terça-feira, 12 de Junho de 2001 07:12
> Para: 'ciencialist@yahoogroups.com'
> Assunto: Re: RES: [ciencialist] Cresce Comercio Ilegal de Orgaos -
> outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
>
>
> On Tue, 12 Jun 2001, Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de wrote:
> > Não há nada de errado em alguém (repito: com o devido
> consentimento), vender
> > um órgão.
>
> Concordo plenamente.
>
> > Hipócritas! Até a "alma" é objeto de comércio!
>
> Quer comprar a minha??? É que eu estou precisando de uma graninha para
> comprar um micro novo. Quanto vc está pagando???
>
> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@fisica.ufpr.br
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
> http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Re: f Inverno e faz Calor
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/06/2001 18:30

--- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
> Acho que entendi qdo diz *media*.

O Taborda discorda, mas insisto na minha visao.

Se tivermos um copo A e outro B cada qual com agua 'a 100oC, qdo
colocarmos um pedaco de gelo entre os dois corpos, esse gelo ira' absorver
a energia irradiada pelos dois copos e derreter.

Se entre esses dois copos colocarmos um copo com chumbo derretido a uns
328oC, ambos irao absorver a energia irradiada pelo copo de chumbo.

Nao me parece q. o gelo ira' mandar um sinal para os copos: 'ei, estou
aqui, comecem a irradiar energia' ou q. o chumbo informe algo do genero:
'ola, podem comecar a absorver energia'... (Claro, o antropomorfismo eh
apenas pra caricaturizar a situacao.)

> Tb nao sei como e', mas parece que pode existe diferenca entre uma
> temperatura corporal "interna" (falo da medida por termometro), e a
> "externa" (aparente a outras pessoas).

Bem, existem sensores na pele q. respondem 'a variacao da temperatura. O
velho experimento da mao mergulhada em aguas de diferentes temperaturas.
Coloca-se a mao esquerda em uma vasilha com agua a 50oC e a direita em
agua a 4oC. Depois de um tempo poem-se ambas em uma mesma vasilha com agua
a 20oC.

Mas eh certo q. existem adaptacoes fisiologicas transientes e geneticas q.
podem alterar o limiar de percepcao do fluxo de energia termica.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/06/2001 18:58

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Errado. Se falou em *roubo* falou em tráfico.
> Necessariamente. A não ser que o *roubo* seja
> para uso próprio.
> A semântica e o raciocínio são jurídicos.

Qual definição de tráfico?

Bem vamos ficar aqui na ladainha da semântica.

> "O que faz o tráfico de órgãos ser mais
> difícil de rastrear ?"
> São os elos da importância dos agentes
> ativos desse crime dentro da sociedade.

Ah! ta'. E nos outros nao tem, nao?

> Quem engoliu a história do enfermeiro
> Izidoro no Rio de Janeiro ?

Pra quem se preocupa em tecnicalidades
juridicas me surpreende q o chame de
enfermeiro... (Mentira, nao me surpreende,
nao.)

> Alguém lembra de alguma notícia informando
> o progresso das investigações ?

Sim. Ele foi preso e condenado inicialmente
a 76 anos e depois foi reduzida para cerca de
30 anos. E ainda pode ir a juri popular.

Um juiz considerou improcedente o pedido
de indenizacao por alguns parentes de supostas
vitimas: elas nao teriam de fato sido mortas
por Izidoro.

Mas por q. da pergunta?

> Ele matava, mas não ele era quem
> retirava os órgãos.

A retirada sistematica dos orgaos das
vitimas esta' substanciada em provas?

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Biologia e livre-arbítrio
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 19:59

> Existem estudos que indicam que os cabinhos que fazem as
> ligações entre os neurônios [notem a precisão científica] são de
> tamanho tão reduzido que gerariam efeitos quânticos. O sim
> gerado por um neurônio não seria necessariamente um sim no
> próximo.

Estranho... :-)

Um grande abraço,

Gabriel Antunes

p.s: os cabinhos são os axônios (que enviam sinais) e os dendritos (que
recebem os sinais).



SUBJECT: Humor negro de Galeano
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 20:24

Recebi o texto que se segue numa outra lista com o comentário:
"Achei este texto muito bom...". Eu, pelo contrário, achei-o
falacioso, demagógico, enganador e provinciano. Se calhar estou
a exagerar, mas uma provocação faz sempre bem ao debate.

Comentários?

Joao


Humor negro

Por Eduardo Galeano *

Montevidéu, maio/2001

-Anedota 1

A gasolina com chumbo é uma invenção norte-americana.
Lá pelos anos 20, foi imposta nos Estados Unidos e no
mundo. Quando o governo norte-americano a proibiu, em
1986, a gasolina com chumbo estava matando adultos num
ritmo de cinco mil por ano, segundo a Environmental
Protection Agency, agência oficial que se ocupa da
proteção do meio ambiente. Além disso, segundo as
numerosas fontes citadas pelo jornalista Jamie Kitman
em sua pesquisa para a revista The Nation, o chumbo
havia provocado danos no sistema nervoso e em nível
mental de muitos milhões de crianças, ninguém sabe
exatamente quantas, durante 60 anos.
Charles Kettering e Alfred Sloan, diretores da General
Motors, foram os principais promotores desse veneno.
Eles passaram à história como benfeitores da medicina,
porque fundaram um grande hospital.

-Anedota 2

Gregos e romanos sabiam que o chumbo é inimigo do
sangue, do solo, do ar e da água. Isso não tem nada de
novo. Entretanto, alguns países continuam acrescentando
chumbo à gasolina. E meu país, o Uruguai, vai além:
castiga a boa conduta. A gasolina sem chumbo custa mais
caro. Quem polui menos, paga mais.

-Anedota 3

A empresa norte-americana Ethyl e a inglesa Octel
vendem no exterior o que está proibido em seus países.
O aditivo de chumbo para a gasolina é exportado para os
países que podem ser intoxicados impunemente: quase
toda a África e alguns outros países do hemisfério Sul.
Para ser um negócio em agonia, não está tão mal. O
balanço de 1999 revelou que a Ethyl teve ganho bruto de
US$ 190 milhões.
O problema de Jack o Estripador foi que estava mal-
assessorado. O pobre Jack não tinha agentes de relações
públicas que maquiassem sua imagem, nem especialistas
em publicidade que dessem a bênção aos seus atos. Por
outro lado, a empresa Ethyl, nascida do casamento entre
a General Motors e a Standar Oil, diz em sua propaganda
que "o respeito pelas pessoas" é o valor mais
importante que guia suas ações, e que faz o que faz
desenvolvendo "uma cultura baseada na confiança mútua e
no respeito mútuo". E a empresa Octel explica: "A Octel
continua desempenhando um papel primordial no processo
universal de eliminação dos combustíveis com chumbo,
através do fornecimento seguro e eficiente de chumbo
para combustíveis, que continuará fornecendo aos seus
clientes enquanto eles quiserem". Uma obra-prima:
praticar o crime é a melhor maneira de colaborar na
luta contra o crime.

-Anedota 4

Segundo o último informe do Banco Mundial, 15% da
população mundial devora a metade de toda a energia que
o planeta consome. Os automóveis bebem parte dessa
metade. Nos países ricos, há 580 veículos para cada mil
habitantes, nos países pobres, dez. Os países ricos
proibiram a gasolina com chumbo, mas seus habitantes de
quatro rodas cospem outros venenos. Da vertiginosa
motorização das ruas provém boa parte dos gases que
causam o aquecimento do planeta, enlouquecem o clima e
perfuram a camada de ozônio. Os automóveis são cada vez
mais numerosos e cada vez maiores. Talvez os 4x4, que
toda criança do mundo sonha ter, tenham esse nome
porque consomem quatro vezes mais combustível do que os
carros pequenos.
Faça-se nossa vontade, assim na terra como no céu:
salvo os bebês, todos têm automóvel próprio no país que
mais energia consome e mais veneno cospe. O país mais
glutão e esbanjador possui nada mais do que 4% da
população mundial, emite nada menos do que 24% do
dióxido de carbono que vai para a atmosfera e gasta
fortunas na publicidade que o absolve. Uma organização
modestamente chamada Força-Tarefa Ambiental dos Líderes
Globais do Amanhã (Global Leaders of Tomorrow
Environment Task Force) divulgou um mapa mundi
ecológico, publicado com o maior destaque pela revista
Newsweek e por outros meios de comunicação, junto com
um texto explicativo. Os Líderes Globais demonstram que
os países mais ricos são os melhores amigos da
natureza, os mais "eco-friendly", e os principais
culpados pelas calamidades ecológicas do planeta são
Bangladesh e Uganda.

-Anedota 5

O dióxido de carbono ataca a memória? Em sua campanha
presidencial, Geoge W. Bush havia prometido limitar as
emissões de gases tóxicos. Esqueceu sua promessa tão
logo abriu a porta da Casa Branca. Disse não ao acordo
internacional de Kyoto e assim confirmou, mais uma vez,
que os únicos discursos que merecem credibilidade são
os discursos não pronunciados.

-Anedota 6

O governo do planeta é um governo ou um oleoduto? As
empresas de petróleo foram as que mais dinheiro deram
para a campanha de Bush, a mais cara da história. O
presidente havia fundado a empresa de petróleo Arbusto
Oil, que depois se chamou Bush Exploration e que,
finalmente, foi vendida à Harken Oil & Gas. O vice,
Dick Cheney, acumulou sua fortuna pessoal a partir da
empresa petrolífera Halliburton. À frente da Segurança
Nacional está Condoleezza Rice, que integrou a direção
da companhia de petróleo Chevron entre 1991 e 2000. Don
Evans, secretário de Comércio, foi presidente da
empresa petrolífera Tom Brown Inc. e diretor de outra
empresa de petróleo, a TMBR/Sharp Drilling. Kathleen
Cooper, que cuida do comércio na secretaria de Assuntos
Econômicos, foi executiva da Exxon. Thomas White, da
secretaria da Defesa, foi vice-presidente da companhia
petrolífera Enron Corporation.

-Anedota 7

Poderia chamar-se Associação para o Extermínio do
Planeta e seus Arredores. Mas não: chama-se Centro
Mundial para o Meio Ambiente (World Environment
Center). Entre seus membros figuram British Petroleum
Occidental Petroleum, Exxon, Texaco, International
Paper, Weyerhaeuser, Novartis, Monsanto, BASF, Dow
Chemical e Royal Dutch Shell. Todos esses amigos da
natureza e da espécie humana, que periodicamente se
condecoram entre si, anunciaram que a Shell receberá a
Medalha de Ouro Internacional de Resultados
Corporativos para o Meio Ambiente (Gold Medal for
International Corporate Environmental Achievement),
referente a 2001. Entre os muitos méritos da companhia,
cabe mencionar seus esforços para arrasar o delta do
Níger e por conseguir que a ditadura da Nigéria
enviasse à forca, em 1995, o escritor Ken Saro-Wiwa e
outras pessoas importunas que andavam protestando. (IPS)

* Eduardo Galeano, escritor e jornalista uruguaio, é
autor de "As Veias Abertas da América Latina"
e "Memórias do Fogo"
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Cientistas usaram corpos de bebes da America do Sul em experiencias nucleares (CNN)
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
CC: <direito_saude@egroups.com>
DATE: 12/06/2001 22:30

Direito_Saúde -- 12.06.2001
======================

A morte de todos eles estava *bem* confirmada ?
===
Em caso positivo, confirmada por quem os levou
para essa finalidade *científica* ou pelos *inidôneos*
médicos que permitiram sua exportação ?
===
Os médicos que permitiram essa exportação por lotes,
vão ser processados ? Claro que não.
===
Como eles foram transferidos para os EUA ?
===
Por isso também que é muito difícil rastrear o tráfico
de órgãos ... Ele está dentro do sistema.
===
Essa notícia é uma "lenda urbana", como alguns gostam
de cunhar aquilo que lhes questiona as opiniões ?
===

http://www.cnnemportugues.com/2001/tec/06/11/natimostos/index.html
===
Cientistas usaram corpos de bebês em experiências nucleares

===
11 de junho, 2001
Às 3:12 PM hora de Brasília (1812 GMT)

===


HONG KONG -- Bebês recolhidos em hospitais na América do Sul, Austrália, Canadá e Hong Kong e enviados sem o consentimento dos pais aos Estados Unidos e Grã- foram usados em experiências nucleares, noticiou o South China Morning Post.

===

Lawrence Culpa, cientista que realizou experiências durante o período da Guerra Fria sobre os efeitos de bombas nucleares, confirmou que foram usados os corpos de bebês de Hong Kong.

===

Líder do "Projeto Sunshine", Culpa disse que cientistas britânicos realizaram experiências em corpos de bebês, crianças e adultos na então colônia britânica. Culpa disse, segundo o jornal, que cientistas norte-americanos procuraram corpos em Taiwan, mas não esclareceu se obtiveram algum corpo.

===

O projeto foi iniciado em 1955, pelo dr. Willard Libby, da Universidade de Chicago, e, mais tarde, Culpa assumiu a chefia do "Sunchine". Libby foi posteriormente agraciado com o prêmio Nobel por suas pesquisas com carbono.

===

Libby fez, na época, um apelo pela doação de corpos, de *preferência* de bebês mortos logo depois do parto, para testar o impacto de uma explosão atômica. Libby foi posteriormente agraciado com o prêmio Nobel por suas pesquisas com carbono.

===

Cupa disse, conforme citado pelo jornal chinês, que o projeto foi organizado em bases de "médico para médico", e não um projeto governamental.

===

Na semana passada, os jornais britânicos noticiaram que cerca de 6.000 bebês natimortos foram recolhidos de hospitais da América do Sul, Austrália, Canadá, Hong Kong e América do Sul e enviados, sem a permissão dos pais, para os Estados Unidos e Grã-Bretanha, durante um período de 15 anos.

===

As autoridades australianas confirmaram na quinta-feira que os ossos cremados de bebês, crianças e adultos australianos foram enviados aos Estados Unidos e Grã-Bretanha para experiências nucleares.

(Com informações da Reuters)

==========================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Cientistas usaram corpos de bebes da America do Sul em experiencias nucleares (CNN)
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/06/2001 22:38

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> A morte de todos eles estava *bem* confirmada ?

insinuar eh facil... a questao eh fundamentar isso em fatos
solidos.

no 'sistema' tem um monte de porcaria...

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: Cientistas usaram corpos de bebes da America do Sul em experiencias nucleares (CNN)
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 22:58

É essa fundamentação em fatos sólidos
que se está coletando, e é difícil.
===
Não é insinuação. É afirmação.
===
Concordamos que no sistema tem um
monte de porcaria. Incluindo a permissividade para essas ocorrências.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
----- Original Message -----
From: rmtakata@altavista.net
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Tuesday, June 12, 2001 10:38 PM
Subject: [ciencialist] Re: Cientistas usaram corpos de bebes da America do Sul em experiencias nucleares (CNN)


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> A morte de todos eles estava *bem* confirmada ?

insinuar eh facil... a questao eh fundamentar isso em fatos
solidos.

no 'sistema' tem um monte de porcaria...

[]s,

roberto takata





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 23:31

Tráfico, no caso, é a intermediação (comércio)
de objeto que se constitui em transgressão de lei penal.
===
Sem alguma precisão semântica, quando o assunto tem
algum conteúdo técnico, é que o dialogo vira uma ladainha.
===
Izidoro ocupava o cargo de enfermeiro (fato).
===
Se ainda pode ir a júri popular,
é porque não houve condenação.
===
Se houve não pode mais.
===
Nenhuma pena no Brasil pode ultrapassar 30 anos.
===
Mas, a questão é: Izidoro agia sozinho ?
Cabia a investigações sérias buscar
provar isso ou a ausência disso.
===
Dentro de uma abordagem lógica
não é possível que ele tenha agido só.
===
Enviarei reportagem da época onde
se mostrou uma linha de investigação
que jamais foi seguida, devido ao fato
de, por si só, colocar sob suspeita
"cidadãos além de qualquer suspeita"
===
Essa categoria de cidadãos existe,
porque não "roubam galinhas".
===
Por falar em ladrão de galinhas ...
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
===============
From: rmtakata@altavista.net
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Tuesday, June 12, 2001 6:58 PM
Subject: [ciencialist] Re: Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Errado. Se falou em *roubo* falou em tráfico.
> Necessariamente. A não ser que o *roubo* seja
> para uso próprio.
> A semântica e o raciocínio são jurídicos.

Qual definição de tráfico?

Bem vamos ficar aqui na ladainha da semântica.

> "O que faz o tráfico de órgãos ser mais
> difícil de rastrear ?"
> São os elos da importância dos agentes
> ativos desse crime dentro da sociedade.

Ah! ta'. E nos outros nao tem, nao?

> Quem engoliu a história do enfermeiro
> Izidoro no Rio de Janeiro ?

Pra quem se preocupa em tecnicalidades
juridicas me surpreende q o chame de
enfermeiro... (Mentira, nao me surpreende,
nao.)

> Alguém lembra de alguma notícia informando
> o progresso das investigações ?

Sim. Ele foi preso e condenado inicialmente
a 76 anos e depois foi reduzida para cerca de
30 anos. E ainda pode ir a juri popular.

Um juiz considerou improcedente o pedido
de indenizacao por alguns parentes de supostas
vitimas: elas nao teriam de fato sido mortas
por Izidoro.

Mas por q. da pergunta?

> Ele matava, mas não ele era quem
> retirava os órgãos.

A retirada sistematica dos orgaos das
vitimas esta' substanciada em provas?

[]s,

Roberto Takata




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Brasil -- Luis Fernando Verissimo
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/06/2001 23:48

... falando sobre os ladrões de galinhas.


Direito_Saúde -- 06.06.2001
======================

Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas
de um galinheiro e levaram para a delegacia.

==

- Que vida mansa, heim, vagabundo?
Roubando galinha para ter o que comer
sem precisar trabalhar.
Vai para a cadeia!

==

- Não era para mim não.
Era para vender.

==

- Pior. Venda de artigo roubado.
Concorrência desleal com o comércio estabelecido.
Sem-vergonha!

==

- Mas eu vendia mais caro.

==

- Mais caro?

==

- Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro
eram bichadas e as minhas não.
É que as do galinheiro botavam ovos brancos
enquanto as minhas botavam ovos marrons.

==

- Mas eram as mesmas galinhas, safado!

==

- Os ovos das minhas eu pintava.

==

- Que grande pilantra ...

==

Mas já havia um certo respeito no tom do delegado.

==

- Ainda bem que tu vai preso.
Se o dono do galinheiro te pega...

==

- Já me pegou.
Fiz um acerto com ele.
Me comprometi a não espalhar mais boato
sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu
a aumentar os preços dos produtos
dele para ficarem iguais aos meus.

==

Convidamos outros donos de galinheiro
a entrar no nosso esquema.
Formamos um oligopólio.

==

Ou, no caso, um ovigopólio.

==

- E o que você faz com o lucro do seu negócio?

==

- Especulo com dólar.
Invisto alguma coisa no tráfico de drogas.
Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros.
Consegui exclusividade no suprimento de galinhas
e ovos para programas de alimentação do governo
e superfaturo os preços.

==

O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso
e perguntou se a cadeira estava confortável,
se ele não queria uma almofada.

==

Depois perguntou:

==

- Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso,
o senhor não está milionário?

==

- Trilionário.
Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda
e o que tenho depositado ilegalmente no exterior.

==

- E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?

==

- As vezes. Sabe como é.

==

- Não sei não, excelência.
Me explique.

==

- É que, em todas essas minhas atividades,
eu sinto falta de uma coisa. O risco, entende?
Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida,
da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto
realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora.

==

Fui preso, finalmente.
Vou para a cadeia.
É uma experiência nova.

==

- O que é isso, excelência?
O senhor não vai ser preso não.

==

- Mas fui pego em flagrante
pulando a cerca do galinheiro!

==

- Sim. Mas primário, e com esses antecedentes ...


====================
Luis Fernando Veríssimo
====================




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/06/2001 11:12


===
Sem alguma precisão semântica, quando o assunto tem
algum conteúdo técnico, é que o dialogo vira uma ladainha.
===
Izidoro ocupava o cargo de enfermeiro (fato).
===

Izidoro tem advogado para representá-lo.
Confidencialmente Izidoro conta para seu advogado que é realmente um 'criminoso'.
Ainda assim o advogado defende o Izidoro e convence o juiz de sua inocência.
Quem é mais amoral?
Izidoro? O seu advogado? o juiz?

[]'
Léo




SUBJECT: Re: Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro -- 2000 -- Volnei Garrafa
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/06/2001 12:09

Sua colocação é importante,
mas prejudicada por uma indução na resposta,
deixou de explorar outros aspectos interessantes
quanto às suas implicações.
===
Tenha presente, entretanto, que assim
como nas demais profissões, a condição
profissional objetiva (advogado, juiz, físico,
biólogo, médico, etc.), não está dissociado do
caráter e moral individual de cada um.
===
Por isso, generalizações com base na
condição profissional não são mais do que
preconceitos.
===
A regra no direito de todos os países
civilizados é que todos têm direito à defesa,
PORQUE sempre haverá um acusador,
e esse acusador é um profissional do
Estado. O Ministério Público.
===
O Estado de direito e pessoas civilizadas
não admitem acusação sem defesa.
Quando muito não seja para não permitir
que o acusado, por excesso de acusação,
seja condenado pelo que não fez.
===
Sem o equilibrio entre acusação e defesa
não existe busca pela verdade e por decisões justas.
===
Luiz Ferraz Neto faz uma colocação que poderia ser
muito melhor explorada, se não fosse o preconceito
que parece presente nela, já que partiu de uma
premissa absoluta de amoralidade de todos os integrantes
das profissões jurídicas.
===
A pergunta poderia ser mais desenvolvida
se esse aspecto ético fosse respeitado.
===
Ele desconhece que o Juiz não é "convencido": o Juiz
forma convicção LIVREMENTE, com base na prova
produzida tanto pela defesa quanto pela acusação.
O Judiciário não julga com base em discursos e retóricas.
Prova é demonstração de fatos.
===
Não conheço Juiz ingênuo. Essa condição é incompátível
com qualquer profissão da área jurídica.
===
A decisão desse Juiz singular ainda vai ser revisada por
órgãos judiciais colegiados em segunda e terceira instâncias
de hierarquia jurisdicional.
===
Partindo da premissa de presunção de inocência
que existe na maior parte dos países, inclusive no
Brasil, ATÉ que ocorra sentença condenatória
transitada em julgado, SEM defesa estar-se-ia
admitindo para toda a sociedade um Estado_Juiz
INQUISITORIAL.
===
Estaria sendo admitida também
a prevalência absoluta da culpa sempre excluindo
a possibilidade de inocência total ou parcial.
===
Questão delicada: a defesa de um caso gravita
no subjetivismo e em razões de foro intimo de
um advogado, que pode recusá-lo com base nesse
aspecto pessoal, sem dar explicações a ninguém.
===
Tal vale para o julgador também.
===
Questão da amoralidade que foi colocada
de forma preconceituosa:
Mais amoral seria um sistema jurídico
que não respeitasse o direito à defesa
frente ao direito de acusação do Estado.
O que importa é a apuração da verdade
e para isso precisa haver o contraditório
entre acusação e defesa, com base na
produção de provas: fatos.
===
Mais alguma pergunta sutil ?
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
===================
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Wednesday, June 13, 2001 11:12 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Cresce Comercio Ilegal de Orgaos - outubro --
2000 -- Volnei Garrafa



===
Sem alguma precisão semântica, quando o assunto tem
algum conteúdo técnico, é que o dialogo vira uma ladainha.
===
Izidoro ocupava o cargo de enfermeiro (fato).
===

Izidoro tem advogado para representá-lo.
Confidencialmente Izidoro conta para seu advogado que é realmente um
'criminoso'.
Ainda assim o advogado defende o Izidoro e convence o juiz de sua inocência.
Quem é mais amoral?
Izidoro? O seu advogado? o juiz?

[]'
Léo

==================



SUBJECT: 01_Foi loucura, mas houve metodo nela: genese, dinamica e sentido da crise energetica brasileira -- 01
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/06/2001 12:26

Direito_Saúde -- 12.06.2001
======================

Foi loucura, mas houve método nela:
gênese, dinâmica e sentido da crise energética brasileira
César Benjamin*

======
Primeira parte
======

Em eletricidade, o Brasil ocupa no mundo uma posição semelhante à da Arábia
Saudita em petróleo. Graças a isso, mais de 90% de nossa capacidade de
geração se baseia em duas coisas gratuitas, a água das chuvas e a força da
gravidade. Bacias hidrográficas generosas, com centenas de rios permanentes
e caudalosos, se espalham por grandes regiões - Sul, Sudeste, Nordeste,
Centro-Oeste e Norte - cujos regimes de chuvas são bem diferentes. Por serem
rios de planalto, seguem trajetórias em que, de modo geral, a declividade é
suave. Quando barrados, formam grandes lagos. São energia potencial
estocada. É só fazer a água cair, passando por uma turbina, que geramos a
eletricidade mais barata do mundo, de fonte renovável e não poluente. Se as
barragens forem construídas em seqüência, ao longo do curso de um rio, a
mesma gota d'água é usada inúmeras vezes, antes de se perder no oceano.

======

Como a quantidade de chuvas varia em cada ano, os reservatórios funcionam
como uma espécie de poupança. A decisão de formá-la data de cinqüenta anos
atrás. Foi impulsionada pela maior seca de nossa história, que durou de 1951
a 1956. Nunca, até hoje, se viu coisa igual. Cinco anos sucessivos com
pouquíssima chuva em quase todo o país provocaram grandes transtornos e um
pesado racionamento de energia. Tínhamos então 3.500 megawatts-hora (mWh) de
potência instalada, sob controle do capital privado, principalmente
estrangeiro, que investia pouco e travava uma permanente queda de braços com
o Estado para obter aumentos de tarifas.

======

O Brasil da década de 1950 queria crescer. Precisava de energia. Em 1957, o
Estado construiu a barragem de Furnas, para garantir o necessário aumento de
oferta. Como a memória da grande seca era fresca, o moderno sistema elétrico
brasileiro, que nasceu ali, foi dimensionado para suportar outra ocorrência
como aquela, acumulando combustível - ou seja, água - suficiente para cinco
anos de operação, mesmo sem chuvas. A expansão do sistema passou a ser
planejada de modo que a demanda prevista para os cinco anos seguintes
permanecesse sempre igual à "energia firme", ou seja, a energia que pode ser
gerada em regime de seca. A taxa de risco tolerável foi fixada bem baixa, em
5%.

======

Com o esforço e o talento de várias gerações, tudo se aperfeiçoou. Como as
chuvas também variam de região para região, o sistema foi interligado por
linhas de transmissão, de modo a permitir que um operador central
racionalize o uso da água disponível em todo o país. Graças a isso, os
reservatórios situados em diferentes bacias hidrográficas, que não têm
nenhuma ligação física entre si, funcionam como se fossem vasos
comunicantes. Se chove pouco na bacia do rio São Francisco e muito na bacia
do rio Paraná, a usina de Paulo Affonso é orientada a colocar pouca energia
na rede, economizando sua água que se tornou preciosa, e a usina de Itaipu
faz a compensação. Ao colocar mais potência na rede, Itaipu cede água,
indiretamente, para Paulo Affonso. Nos lares, escritórios e fábricas,
ninguém percebe o inteligente rearranjo que permite otimizar o fornecimento
da energia em cada momento.

======

Quanto à garantia de desempenho no tempo, um sofisticado modelo estatístico,
aqui concebido e alimentado com os dados da hidrologia brasileira, permite
gerar uma série que simula o comportamento do nosso sistema hídrico em um
período - evidentemente, virtual - de dois mil anos. Espetacular ferramenta
de planejamento: toda vez que as simulações mostravam um risco de ocorrência
de déficit futuro maior do que 5%, estava na hora de construir uma nova
hidrelétrica. E se, por falta de chuvas, o déficit nos fazia aproximar de 5%
de risco no presente, estava na hora de ligar usinas térmicas, que formam o
"banco de reservas" do sistema.

======

Dessa combinação de características, resultava uma altíssima confiabilidade.
O Brasil, finalmente, tinha energia barata e segura.


=== continua a seguir ===

===================================
http://groups.yahoo.com/group/direito_saude
===================================




SUBJECT: 02_Foi loucura, mas houve metodo nela: genese, dinamica e sentido da crise energetica brasileira -- 02
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/06/2001 12:28

Direito_Saúde -- 12.06.2001
======================

Foi loucura, mas houve método nela:
gênese, dinâmica e sentido da crise energética brasileira
César Benjamin*

======
(continuação_02)
======

Mesmo sendo estatal, o setor nunca foi monolítico. Organizou-se em torno de
uma holding - a Eletrobras, criada em 1962 -, cercada por empresas federais
(principalmente, grandes geradoras), estaduais (principalmente
distribuidoras, mas também geradoras) e até mesmo algumas empresas privadas
de menor porte, que continuaram existindo. Esse time transformou o Brasil em
campeão mundial de hidreletricidade. Entre 1957 e 1995, a capacidade
instalada saltou de 3.500 mWh para 55.000 mWh. A palavra racionamento foi
morar nos dicionários e na memória dos cidadãos mais velhos.

======

Os especialistas estrangeiros em hidreletricidade vinham até nós, para
aprender, e nos invejavam. Que país não gostaria de ter um sistema
energético limpo, renovável, barato, capaz de estocar combustível para cinco
anos, apto a transferir grandes blocos de energia do Sul para o Norte, do
Nordeste para o Sudeste, gerenciando de forma integrada bacias hidrográficas
fisicamente distantes milhares de quilômetros? Que planejador não sonharia
pilotar um sistema que lhe dá vários anos de folga para tomar decisões, pois
absorve sem nenhum problema qualquer descompasso presente entre oferta e
demanda? Quem não gostaria de gerenciar empresas com tantas usinas já
amortizadas, altamente rentáveis mesmo vendendo barato a energia que
produzem?

======

Era assim o sistema elétrico brasileiro, até seis anos atrás. Poderia
continuar mais ou menos assim, submetendo-se, é claro, aos aperfeiçoamentos
cabíveis. Sorte nossa. Os outros países que também usam muita energia
hidrelétrica, como os Estados Unidos e o Canadá, já esgotaram seu potencial.
Nós, não. Estamos longe disso. Mesmo rejeitando projetos megalomaníacos e
aceitando restrições ambientais rigorosas, ainda podemos pelo menos dobrar o
potencial hidrelétrico instalado, expandindo um sistema cujo custo marginal
(o custo de construção de novas unidades) é muito inferior ao da opção
termelétrica, que usa principalmente diesel ou gás, inevitável na maior
parte do mundo.

=======

Até o fim da década de 1970, o sistema gerava sem problemas os recursos para
sua própria expansão. Isso começou a mudar nos anos 80, com as crises gêmeas
da dívida externa e da inflação. Sucessivos governos passaram a usar a
capacidade de endividamento de nossas robustas empresas elétricas para obter
os dólares necessários ao pagamento dos juros exigidos pelos credores
externos. Ao mesmo tempo, reprimiam sistematicamente reajustes de tarifas,
para conter a inflação. Com as empresas endividadas (sem que os recursos por
elas captados tivessem sido usados no próprio setor) e tornadas
deficitárias, logo se estabeleceu uma ciranda de calotes. As
distribuidoras - que são a "bilheteria" do sistema, pois recebem o dinheiro
do consumidor - tiravam sua parte e transferiam o que sobrava; as estaduais
faziam o mesmo, quando era possível; as grandes geradoras federais, situadas
no fim da linha, morriam na praia. Em meados da década de 1990, as dívidas
cruzadas atingiam US$ 50 bilhões. Era o argumento de que precisavam aqueles
que passaram a defender o desmonte do sistema. Chegava o tempo das
privatizações.
===
O primeiro passo preparatório para as privatizações - dado por Fernando
Henrique Cardoso, ainda como ministro da Fazenda - foi a consolidação e
posterior anulação dessas dívidas cruzadas intra-setoriais, recolocando as
empresas em posição rentável. O segundo passo foi a modelagem de um novo
sistema não estatal, que seria baseado na atração de investidores privados,
especialmente estrangeiros. A energia passaria a ser uma mercadoria como as
demais, sujeita a oscilações de oferta e demanda, e o sistema estatal
cooperativo daria lugar a um sistema privado concorrencial. Coisa moderna.

======

Era uma transição sem precedentes, aqui e no mundo. Desconhecida.
Dificílima. Como veremos, talvez impossível. Mas o Banco Mundial exigia. Já
na Presidência, Fernando Henrique começou então a operação-desmonte, cuja
lógica louca e implacável, como veremos, lançará o Brasil na maior crise de
sua história.

======

O governo entregou a charada a uma empresa inglesa, a Coopers & Lybrand, com
a orientação de privatizar tudo, rapidamente. Foi mais realista que o rei.
Alguns anos antes, em plena era Reagan, os Estados Unidos, pátria do
liberalismo, haviam tomado o cuidado de preservar sob controle estatal o seu
sistema de geração hidrelétrica, parte do qual continua a ser operado
diretamente pelo Exército. Isso se explica, de um lado, pela necessidade de
preservar nas mãos do Estado o núcleo estratégico do sistema energético, sem
o qual o país pára. De outro, porque gerenciar hidrelétricas é gerenciar as
reservas de água, com implicações diretas sobre abastecimento, irrigação
agrícola, navegação interior, meio ambiente, pesca, turismo e inúmeras
outras atividades. (A França foi muito mais radical: seu sistema elétrico
permanece estatal e monolítico.)

======

Nada disso comoveu os nossos tecnocratas. Eles entendem de derivativos,
mercados futuros, hedges, rolagens, empréstimos-ponte, fluxos financeiros em
geral, mas não sabem nada de economia real, cuja base é justamente a
energia. São funcionários do capitalismo financeiro. Acordam pensando em
como atrair investimentos estrangeiros para equilibrar temporariamente as
contas externas que eles mesmos arrombaram. Dormem pensando em como obter,
da sociedade, mais recursos para manter em dia os pagamentos de juros a
bancos e instituições internacionais, que lhes darão bons empregos depois.
Vivem gerenciando um eterno curto prazo. Em suas mãos, o melhor sistema
hidrelétrico do mundo, o motor da economia brasileira, virou um ativo
financeiro a mais, disponível para fazer caixa. Um belo patrimônio a ser
consumido.

======

O relatório produzido pela Coopers & Lybrand é uma das maiores obras-primas
da ignorância universal. Como o sistema inglês é puramente térmico, eles
simplesmente ignoraram a forma específica de otimização da hidreletricidade
brasileira, tratando as linhas de transmissão como uma parte "neutra" do
sistema, uma parte que permaneceria estatal, com a geração e a distribuição
sendo entregues a agentes privados. Se implantado, esse modelo causaria uma
perda imediata de 25% na potência instalada. A gritaria foi enorme, e
algumas loucuras foram corrigidas.

======

A reforma acabou criando uma empresa privada, chamada Operador Nacional do
Sistema (ONS), encarregada de controlar toda a geração, seja ela feita em
usinas privadas ou ainda estatais. É ele quem determina quanta energia cada
usina colocará na rede em cada momento (conforme a base de dados físicos do
sistema) e a que preço (calculado a partir do custo marginal da operação do
sistema naquela configuração). O ONS ignora contratos ou qualquer tipo de
acerto entre empresas. Tem poder absoluto. Em contrapartida, seu modo de
operar é transparente para todos os agentes envolvidos: as decisões são
tomadas por computadores, segundo programas de otimização conhecidos. Os
demais integrantes do sistema têm cópias atualizadas dos dados e dos
programas, de modo que as decisões do ONS podem ser acompanhadas e checadas.

======

Ao contrário do que se pensa, a operação física do sistema permaneceu, pois,
absolutamente centralizada, mesmo depois das privatizações. É uma
especificidade brasileira, que decorre da herança de nossa base hidrelétrica
interligada. A empresa privada que compra uma geradora é apenas uma
investidora em energia, e não uma operadora de usina. Ela não controla sua
própria operação, não define quanto vai produzir, nem fixa seus preços. Seu
ganho é de natureza exclusivamente financeira. Como se vê, o novo modelo não
conta com um mercado de energia propriamente dito - a menos para a parcela
sobrante -, o que demonstra que a venda das usinas obedeceu apenas a um
imperativo ideológico e a um interesse imediato de obter recursos.

==== continua a seguir =====

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SUBJECT: 03_Foi loucura, mas houve metodo nela: genese, dinamica e sentido da crise energetica brasileira -- 03
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DATE: 13/06/2001 12:29

Direito_Saúde -- 12.06.2001
======================

Foi loucura, mas houve método nela:
gênese, dinâmica e sentido da crise energética brasileira
César Benjamin*

======
(continuação_03)
======

Chegamos a um ponto crucial deste artigo, o de compreender o
incompreensível: partindo de um sistema reconhecidamente confiável e repleto
de reservas, como foi possível cairmos em um buraco negro? Por que a crise,
anunciada com tanta antecedência, não foi detida e revertida? Como pôde o
sistema marchar para o suicídio, como se fosse uma fatalidade?

======

Para tal, temos de compreender como os agentes relevantes do novo modelo se
comportaram ao enxergar a crise que se agigantava. Imaginemos que, em 1998,
um extraterrestre preocupado com o destino do Brasil procurasse esses
agentes, perguntando o que cada um estava fazendo, diante da aproximação do
colapso. Eis o que ele ouviria:

=====

(a) Do Operador Nacional do Sistema: "Mais do que ninguém, eu vejo a
aproximação da crise, pois sou responsável pela operação física do sistema.
Mas, na nova divisão de tarefas, minha responsabilidade é otimizar a oferta
de energia em cada momento, atendendo a demanda que cresce. Sem
investimentos, sem novas usinas geradoras, sem linhas de transmissão,
resta-me esvaziar os reservatórios, para cumprir minha missão no presente, e
enviar relatórios ao governo, alertando-o para a situação. É o que tenho
feito."

=====

(b) Do Ministério das Minas e Energia: "Não posso liberar os investimentos
das empresas ainda estatais de energia, pois elas estão submetidas ao
Conselho Nacional de Desestatização, comandado pelo pessoal da Fazenda.
Informei o presidente sobre o risco de déficit, apontado nos relatórios do
ONS. O presidente está atado pelos acordos com o FMI, mas apoiou o programa
emergencial que concebi, que prevê a construção de 49 usinas térmicas, dando
aos investidores garantias sobre o preço futuro do gás."

=====

(c) Das distribuidoras (parte totalmente privatizada do sistema): "Eu também

sei que a crise está em curso, mas por favor compreenda minha situação.
Neste momento, estou coberta por meus contratos com as geradoras. Se eu
contratar mais energia agora, para proteger meus consumidores, terei de
estabelecer contratos de vinte anos a US$ 40 o mWh, pois o gás está muito
caro. Sei que este preço tende a cair. Não poderei repassar o sobrepreço
atual aos consumidores, pois a Aneel não me deixa. Mesmo que deixasse, não
resolveria o problema, pois meus consumidores ficarão livres para escolher
outras distribuidoras em 2005. Contratar agora energia nova, induzindo
investimentos em geração, me levará à falência. Prefiro ficar parada onde
estou. Se, pelo menos, eu pudesse fazer contratos mais curtos..."

=====

(d) Dos investidores privados em geração (novos agentes do sistema): "Eu
também sei que se aproxima uma crise. Mas, por favor, não me venha a Aneel
tentar me impor contratos mais curtos com as distribuidoras, pois eles não
garantem o retorno do investimento que eu deveria fazer. Por outro lado,
esse súbito aumento no preço do gás importado reforça a necessidade de
proteção cambial, pois minha moeda de referência é o dólar. Fiquei muito
inseguro com este novo câmbio flutuante. Não posso assinar, sem proteção,
contratos de vinte anos, comprometendo-me a entregar uma energia que depende
de um gás cujo preço não sei qual será. Além disso, o governo de vocês está
preparando a privatização de Furnas, que é uma galinha gorda, pronta para
dar uma bela canja, enquanto por aqui o governo americano também está
iniciando um programa de termelétricas. Prefiro esperar para escolher, na
hora certa, a opção mais segura e rentável. Com a aproximação da crise,
talvez as autoridades brasileiras fiquem mais sensíveis..."

=====
(e) Da agência reguladora (Aneel): "Sei que todos esperam que eu defina o
valor normativo, ou 'referência externa', da energia, de modo a estimular os
contratos. Mas não tenho nenhum critério objetivo para fazer este cálculo. A
Fazenda não me deixa soltar um valor alto demais, pelo impacto na inflação.
Os investidores não aceitam um valor baixo demais. Por outro lado, as
distribuidoras não aceitam contratos longos em energia térmica, pois o preço
atual do gás está muito alto. Com contratos curtos, os investidores não
investem. Como posso regular esta mixórdia?"

=====

(f) Do Ministério da Fazenda: "Não estou seguro que se aproxime uma crise
energética, isso é coisa do tempo dos nossos avós. Nem me lembro quando
tivemos a última. Essas incertezas são naturais, fazem parte do processo de
alteração da matriz energética e da transição para o mercado. Quanto às
ameaças de colapso, são apenas lobby. Querem hedge cambial, querem tarifas
indexadas, querem mexer em contratos já assinados, isso cheira mal. Sou
responsável por três tarefas consideradas prioritárias pelo presidente da
República: garantir superávit fiscal, manter a inflação dentro das metas e
concluir a privatização do setor elétrico. Todas elas reforçam minha posição
de reter recursos no caixa do governo. Grandes investimentos, feitos por
empresas estatais, são coisa do passado. Além disso, ninguém gosta de
comprar empresas que estejam iniciando projetos vultosos, pois isso
imobiliza muito capital e dificulta uma rápida distribuição de dividendos.
Se o mercado funcionar, tudo se arranja."

=====

Fiéis às suas próprias lógicas, nenhum dos atores era capaz de deter a
crise. Pior: vários deles não desejavam fazer isso, fosse porque implicava
um nível exagerado de exposição ao risco, fosse porque uma crise controlada
impulsionaria a transição desejada. Restava só uma carta: Petrobras. Com os
investidores privados pulando fora e a situação energética se agravando, o
ministro Tourinho apelou para que a velha e boa estatal construísse as
térmicas salvadoras. Do ponto de vista estritamente empresarial, uma
operação arriscadíssima. Ela aceitou, assumindo para si o risco cambial. Por
quê?

======

Primeiro, a Petrobras estava com um mico preto na mão: o famoso gasoduto
Brasil-Bolívia, inaugurado em 1998, ainda opera com menos de 40% de sua
capacidade, por falta de demanda. Com um agravante: o contrato que a
Petrobras assinou é do tipo take or pay. Ou seja, a empresa é obrigada a
pagar por todo o gás que poderia ser entregue, usando-o ou não. Estava tendo
um prejuízo financeiro gigantesco, que justificava o risco igualmente
gigantesco do novo negócio. Por outro lado, entrando diretamente na produção
de energia elétrica, ela diversificaria sua atuação, podendo fortalecer sua
posição estratégica, e ainda por cima ajudaria o governo em um momento
difícil, tornando-se sua credora moral.

======

Montado para ser privatista, na hora da crise o modelo caía de novo no colo
do Estado, mas já inteiramente comandado pela lógica do capital privado.
Pois, estruturado historicamente na base hidrelétrica, que é coerente com
nossa dotação natural de recursos, o enorme sistema energético brasileiro,
na prática, fora levado a abandonar o potencial hídrico inexplorado, sua
maior vantagem comparativa no mundo atual. Já se movia puxado por um fio
imaginário, atado em uma ponta metafísica. As térmicas, em torno das quais
tudo passou a girar, simplesmente não existem! E, em condições normais, não
são (nem serão) necessárias para atender a demanda!

======

O rabo passara a abanar o cachorro. Um cachorro cotó!
Ionesco, Beckett, Kafka, todos os surrealistas, fostes humilhados!

======

Foi loucura, mas houve método nela. Todos agiram segundo sua própria lógica,
e a soma das lógicas particulares é que produziu uma paralisia geral diante
da crise anunciada. Não houve acaso: no novo modelo, ninguém mais é
responsável pelo problema energético brasileiro como um todo. A taxa de
risco - historicamente mantida sempre abaixo de 5% - fora deixada solta, ao
sabor do mercado.

======

Mas, ainda tínhamos energia disponível, graças às velhas reservas de água,
que estavam indo embora. O tempo corria contra nós. Em agosto de 1999, o
risco de racionamento atingiu 30%. O ministro Tourinho consultou os orixás
da Bahia e apostou. Afinal, tinha 70% de chances de não-racionamento, e
precisava de tempo para deslanchar o programa das térmicas, agora apoiado
pela Petrobras. Em dezembro, as reservas hídricas do sistema chegaram no
ponto mais baixo da história: 18%. O risco de black-out foi a 50%. O nível
dos reservatórios passou a ser acompanhado dia a dia, os relatórios passavam
de mão em mão, mas qualquer alerta que vazava para a imprensa era logo
desmentido. Enredado na teia que ele próprio montara, o governo optara pelo
silêncio.

======

Em janeiro e fevereiro de 2000, choveu extraordinariamente. São Pedro não
nos faltou. Os reservatórios encheram de novo, embora sem retornar a níveis
minimamente seguros. Como não veio a crise anunciada, o pessoal da Fazenda
confirmou sua impressão de que tudo não passava de um gigantesco lobby. Foi
cuidar do que sabe fazer e do que acha importante fazer: conter
investimentos e produzir superávit contábil para ficar de bem com o FMI.

======

Graças a essas chuvas excepcionalmente fartas, ultrapassamos 2000 sem crise
energética aparente. Chegamos em dezembro com os reservatórios em 28%.
Beleza. Um ano antes, estavam em 18% e não houve problema. Por que haveria
em 2001? Raciocínio medíocre, mas que encheu Fernando Henrique de alegria e
coragem. Tanta coragem que, em fevereiro deste ano - há apenas três
meses! -, ele resolveu fazer graça. Para faturar em cima dos reclamos
populares por mais segurança, foi às televisões anunciar o Projeto
Iluminação Pública Eficiente (Projeto Reluz), voltado para "tornar
eficientes 8 milhões de pontos de iluminação pública e instalar um milhão de
novos pontos eficientes." Para o meio rural, lançou o Programa Luz no Campo,
que tinha como meta "levar energia elétrica a um milhão de propriedades e
domicílios até 2002." Comprometeu-se também a "zelar pela segurança para o
investidor privado e os direitos do consumidor quanto à oferta de energia, a
qualidade dos serviços e a modicidade das tarifas."

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O presidente enlouquecera, houve quem acreditasse.

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==== continua a seguir =====

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SUBJECT: 04_Foi loucura, mas houve metodo nela: genese, dinamica e sentido da crise energetica brasileira -- 04
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/06/2001 12:30

Direito_Saúde -- 12.06.2001
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Foi loucura, mas houve método nela:
gênese, dinâmica e sentido da crise energética brasileira
César Benjamin*

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(continuação_04 -- final )
======

Se você joga dois dados e tira uma dupla de seis, comemore. Mas não tente de
novo. Prudência, no entanto, não é o forte de um governo dominado por
financistas e especuladores. Eles gostam de apostar.

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No lance de 2001, São Pedro nos sorteou uma dupla de um. Choveu bem menos
que a média. Como o sistema vinha operando com a chuva de cada ano, a crise
emergiu. O presidente se disse surpreso, chocado. Luís Pinguelli Rosa
rebate: "A surpresa do governo com a crise é uma farsa. Ele foi
exaustivamente avisado, por mim e por outros colegas, em muitas ocasiões,
desde pelo menos cinco anos atrás. Não somos gênios nem adivinhos. Bastava
verificar a evolução das curvas de oferta e demanda e verificar onde elas se
cruzariam. Deveria ter sido em 2000, mas nesse ano tivemos sorte."

======

O sistema elétrico brasileiro, com seus grandes reservatórios, permitiu que
se fizessem barbaridades durante cinco anos, sem que a sociedade percebesse,
pois havia reservas acumuladas. Um sistema de base térmica resistiria poucas
semanas, se tanto. Agora, porém, essa mesma inércia está contra nós: nosso
combustível não pode ser comprado em nenhum mercado, a preço nenhum. Depende
de novas chuvas, fartas. A ameaça que paira sobre o Brasil não é a de ter de
pagar mais caro para manter-se ligado e aceso. A ameaça é, pura e
simplesmente, a de entrar em colapso. Justamente porque o combustível de que
precisamos não se compra, nosso sistema anterior de planejamento
energético - hoje desmontado - era tão cuidadoso, preferindo errar por
excesso de cautela, nunca por irresponsabilidade.

======

Quando a crise não podia ser mais escondida, o presidente mostrou na
televisão um gráfico (histograma) para dizer que os governos Fernando Collor
(1989-1992) e Itamar Franco (1992-1994) eram os culpados. Os investimentos
em energia teriam diminuído naqueles períodos e se recuperado
espetacularmente durante os seis últimos anos. Hoje sabemos que os dados de
Fernando Henrique: (a) consideravam como "investimento" o dinheiro das
privatizações, que apenas transferiram a propriedade de empresas já
existentes e não aumentaram em nenhum megawatt-hora a capacidade instalada;
(b) incluíam a geração feita em usinas da Argentina e do Uruguai, de onde o
Brasil, nos últimos anos, passou a importar eletricidade (algo tão bizarro
quanto a Arábia Saudita transformar-se em importadora de petróleo!); (c)
faziam dupla contagem de 1.000 mWh gerados no sistema Norte, pois o
presidente considerou que a linha de transmissão Imperatriz-Brasília
acrescentava 1.000 mWh ao sistema, quando, como diz o nome, ela apenas
transmite essa energia do Norte na direção do Sudeste. Dos 5.200 mWh que
Fernando Henrique mostrou como conquistas de seu governo, 2.500 mWh eram
falsos.

======

No exercício do mandato, em plena crise, lidando com uma questão vital, o
presidente do Brasil mentiu deliberadamente à nação.

======

Criou-se uma situação inédita, que ainda não foi corretamente dimensionada
pela opinião pública. Em tempos de paz, nenhum governo do mundo jamais
colocou o seu país sob risco tão alto como o governo de Fernando Henrique
Cardoso. O Operador Nacional do Sistema prevê que chegaremos em novembro com
apenas 10% dos reservatórios preenchidos, a menos que ocorram chuvas muito
improváveis em agosto, setembro e outubro. No pior momento, até hoje,
operamos com 18%. Talvez o presidente e sua equipe econômica não saibam -
afinal, o que eles sabem? - de uma informação crucial: se chegarmos nesse
nível, ignora-se o que poderá ocorrer. As turbinas instaladas no Brasil são
programadas para gerar energia em 60 hertz (ou 60 ciclos por segundo) e só
podem fazê-lo nesta freqüência, pois todas as nossas máquinas, equipamentos
e eletrodomésticos estão ajustados a ela. Isso exige que as turbinas
mantenham, com estabilidade, uma certa velocidade de rotação. Quando a colun
a d'água diminui, o peso da água também diminui e o fluxo se torna menos
estável, exigindo que as turbinas façam mais esforço para manter a rotação
programada. Se o esforço for excessivo, os sistemas de proteção entram em
ação automaticamente, interrompendo a geração. Ocorrem quedas súbitas e
descontroladas, que podem ser seqüenciais, por sobrecarga.

======

Se o nível de 10% for de fato atingido, o sistema elétrico brasileiro, que
já foi referência mundial, não terá mais confiabilidade operacional. Não se
trata de hipótese longínqua. Ao contrário, é a mais provável. O relatório
19-2001 do Operador Nacional do Sistema, que aponta esse cenário, previa que
o armazenamento nas regiões Sudeste e Centro-Oeste estivesse em 33% no
início de junho. Em meados de maio, essas regiões já estavam com 29,7%.

======

Mesmo assim, no momento de fechamento desta matéria, o governo brasileiro e
a Rede Globo de Televisão ainda passam para a opinião pública a idéia de que
o país vive a incerteza de fazer ou não fazer racionamento, e que a
sociedade é quem vai decidir sobre isso, ao decidir entre esbanjamento e
racionalização do consumo individual. Depois de cinco anos de desgoverno, a
incerteza que está colocada diante de nós é bem outra. É entre racionamento
e colapso. O tempo e a sorte passaram a ser os elementos decisivos.

======

Em vez de reconhecer a gravidade da crise e trabalhar para enfrentar o pior
cenário, o governo resolveu apostar novamente. Se chover bastante nos
próximos meses (o que não é provável, pois a estação é seca), passaremos
raspando, sofrendo os inconvenientes já bem conhecidos. Se não chover
excepcionalmente, o país apagará. Chegaremos ao caso-limite de lançar uma
sociedade em um salve-se-quem-puder, de destruir fisicamente uma grande
economia, sem guerra externa, apenas pela implacável aplicação de uma
ideologia, chamada neoliberal.

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Que Deus nos proteja.
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Nota
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* Este artigo não poderia ter sido escrito sem conversas do autor com três
especialistas em energia: Luís Pinguelli Rosa (vice-diretor da Coppe/UFRJ),
Roberto d'Araújo (diretor do Instituto Ilumina) e Sebastião Soares
(ex-diretor do BNDES), que também forneceram generosamente fontes de
consulta. Na correria final, nenhum deles pôde ler o texto, sobre o qual não
são responsáveis. Um quarto especialista, igualmente generoso, pediu que seu
nome não fosse citado, por causa da função que ocupa. Minha homenagem a ele
fica por conta da reprodução de uma de suas últimas frases em nossa
conversa: "Estou deprimido. O sistema elétrico brasileiro é generoso, nos dá
muito tempo para corrigir bobagens eventuais. Só não admite cinco anos de
bobagens. Aí ele se torna cruel." Quem quiser saber mais sobre a crise
energética, vá ao sítio www.ilumina.org.br, alimentado por técnicos do
setor, abnegados e patriotas.
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César Benjamin é editor. Autor de A opção brasileira (Rio de Janeiro,
Contraponto Editora, 1998) e integrante da coordenação nacional do Movimento
Consulta Popular.
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http://groups.yahoo.com/group/direito_saude
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Inverno e faz Calor
FROM: "Srgio Taborda" <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/06/2001 12:58


>> "É inverno" = a temperatura média é baixa , "faz calor" = existe
>> transferencia de energia para 'dentro' do sistema.(nós)
>> Os nosso sensores detectam calor, ou seja, 'fluxos' de energia, assim
como a
>> sua "direcção"
>> Quando a direcção é "para fora" sentimos frio. quando é 'para dentro'
>> sentimos "calor"

>Creio não ser muito exata esta descrição.

Não pretendia ser.Apenas a ilustração de que usamos a palavra calor para
coisas diferentes.

>A temperatura do corpo de um
>esquimó é de 36 graus [se não estiver enganado], colocado em um ambiente
>de 20 graus ele estaria irradiando calor [de dentro para fora]

Estaria ?
Com o seu isolamento térmico , não sei se estaria....
É que 36º é a temperatura interna do corpo...não?

>e portanto
>deveria sentir frio, mas se vc perguntar pro esquimó o que ele está
>sentindo, acho que a resposta não será esta.

Porque tb não sei se estaria irradiando energia
Experimente então num ambiente de 0ºC :-))
(por alguma coisa eles se vestem/vestiam com peles de animais)

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

P.S. Estamos falando de o por nu, certo ?


SUBJECT: mercurio
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/06/2001 13:06

Por favor, alguém saberia me dizer se o cinábrio [HgS], por ação somente de agentes da dinâmica externa pode vir a poluir meio ambiente?

Agradecida,

Sheila.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Re: f Inverno e faz Calor
FROM: "Srgio Taborda" <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/06/2001 13:08

> > Acho que entendi qdo diz *media*.
>
> O Taborda discorda, mas insisto na minha visao.

Nota: Eu nco discordo da tua visco. Eu apenas discordo da aproximagco.
Nco i certo, a meu ver, que se usem dois sistemas para descrever apenas um
fensmeno.
E se o macroscspico nos i suficiente, entco ,pela navalha de Occam, deixamos
o outro de lado.
Eu tenti referir que nco i possivel a demosntragco de "Equilibrio dinbmico"
com o sistema macroscspico. Ou seja, os sistema C cosntituido por A e B.

> Se tivermos um copo A e outro B cada qual com agua 'a 100oC, qdo
> colocarmos um pedaco de gelo entre os dois corpos, esse gelo ira' absorver
> a energia irradiada pelos dois copos e derreter.

A temperatura i diferente. Os 3 sistemas irco passar desse estado (instavel)
a outro estavel em que as temperaturas sco todas iguais (ou tendem a
ser..neste caso o gelo derrete pelo que o sistema "deixa de existir")

> Se entre esses dois copos colocarmos um copo com chumbo derretido a uns
> 328oC, ambos irao absorver a energia irradiada pelo copo de chumbo.

Claro. Mas para nada disto precisamos do equilibrio dinbmico.Ati pq estes
sistemas nco estco em equilibrio.

> Nao me parece q. o gelo ira' mandar um sinal para os copos: 'ei, estou
> aqui, comecem a irradiar energia' (..)

Eu tb nunca disse isso :-)

Repara no seguinte: quando eu digo "O sistema A" eu nco digo que as
partmculas que o constituem estco em equilibro entre si, pois nco?
Se olharmos de perto, acabaremos por nco ver dois sistemas A e B ,mas
milhues deles com diferentes estados.
Quando se diz "O sistema A" estamos automaticamente a referirmos ` escala de
trabalho. O equilibro microscspico nco i possmvel alcangar nunca (4: Lei da
Termodinbmica: O Zero Absoluto i instavel). Mas a Termodinbmica i uma
cijncia de macro-estados => Os estados sco sempre descritos pelas mesmas
variaveis que o sistema.

Em resposta a Sheila foi respondido por ti que,

>O velho experimento da mco mergulhada em aguas de diferentes temperaturas.
>Coloca-se a mao esquerda em uma vasilha com agua a 50oC e a direita em
>agua a 4oC. Depois de um tempo poem-se ambas em uma mesma vasilha com agua
>a 20oC.

Nco sei se i importante, mas faltou dizer que a pessoa que fizer isto nco
sera capaz de identificar o estado "quente" ou "frio" do recipiente a 20:C.
Se a temperatura do 3* recipiente for desconhecida do sujeito, com este
experimento nco i possmvel descobrir se o 3* recipiente esta quente ou frio.
Isto, prende-se exactamente com o nosso corpo nco medir temperaturas, mas
apenas ser sensmvel a transferencias de energia: calor. (Quando a
transferencia i demasiado violenta -energia / tempo elevado- dco se as
queimaduras- quer por temperaturas baixas ou elevadas )

Portanto, sim, o ambiente i responsavel pelas sensagues de frio e de
'calor'.

Cumprimentos,

Sirgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] 01_Foi loucura, ... parte
FROM: "Srgio Taborda" <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/06/2001 13:16



> Cinco anos sucessivos com
> pouquíssima chuva em quase todo o país provocaram grandes transtornos e um
> pesado racionamento de energia. Tínhamos então 3.500 megawatts-hora (mWh)

Eu sei que sou chato...
Segundo o SI ,'mega' tem o prefixo 'M' e não 'm'. O que está escrito ali
seria miliwatts-hora.
"Tínhamos então 3.500 MWh (megawatts-hora)" seria a forma certa de
escrever - com a descrição entre parêntesis e não a unidade -.mas como já
não me lembro se isto pertence à norma internacional ou à de PT , fica a
duvida. Contudo, o prefixo está incorrecto.

Segundo julgo saber, ai tb é válido o SI , não é? Mas é que eu já vi em mais
lados escrito com 'm'...e às tantas já não sei se realmente a norma é a
mesma. Já agora, se me puderem esclarecer agradecia.

Desculpem pelo incómodo, cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: 03_Foi loucura, mas houve metodo nela: genese, dinamica e sentido da crise energetica brasileira -- 03
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/06/2001 13:20

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
Nos poupe...

Qdo vc conseguir por na cadeia os traficantes de orgaos e
os responsaveis pela crise energetica, vc posta aqui a sentenca.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Humor negro de Galeano
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/06/2001 13:31

Eu achei o texto interessante, se bem q nao entendo muito
de gasolina no chumbo, nem da politica das grandes organizacoes,
mas parece-me q o chumbo q faz muito mal aa saude assim
como o cigarro...
Uma analise tecnica da questao seria bem vinda....
[]s
jocax

João Mário Miranda wrote:

> Recebi o texto que se segue numa outra lista com o comentário:
> "Achei este texto muito bom...". Eu, pelo contrário, achei-o
> falacioso, demagógico, enganador e provinciano. Se calhar estou
> a exagerar, mas uma provocação faz sempre bem ao debate.
>
> Comentários?



SUBJECT: Revolta contra editores de periodicos?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/06/2001 13:52

Nao sei se eh verdade mas fica o alerta :
[]s
jocax
----- Original Message -----
From: "A.Barreto" <aldoibct@ax.apc.org>


> MUNDO DA CIENCIA SE REVOLTA CONTRA OS EDITORES DE PERIODICOS
>
> James Meek, science correspondent
> Saturday May 26, 2001
> The Guardian (UK)
>
> Cientistas pelo mundo estao em furia contra o exessivo dominio da
> informação por corporações privadas que ocultam da maior parte do
publico
> pesquisas publicadas em seus periodicos e que foram financiadas pelo
> proprio publico, na medida que tiveram vantajosas bolsas de fomento do

Estado.
>
> Esta pesquisas de interesse fundamental para o bem estar da sociedade
sao
> mantidas em segredo da maioria dos possiveis interessados devido ao
custo
> absurdo da assinatura de um periodico ou de uma base de dados.Milhoes
de
> paginas de pesquisa cientifica que podem conter a cura da aids ou de
> determinados tipos de cancer, das viagens espaciais ou simplesmente
das
> aventuras do conhecimento humano estao fechadas, ocultas da maior
parte da
> sociedade pelo sabor do lucro insaciado dos produtores de periodicos e

> bases de dados cientificas.
>
> Oitocentos pesquisadores britanicos juntaram-se a outros 22.000 de 161

> paises em uma campanha para boicotar os editores famintos de lucros
que se
> recusam a liberar seus artigos livremente na internet apos 6 meses da
> publicação inicial para seus clientes.
>
> A reportagem do Guardian de Londres e' muito interessante
>
> http://www.guardian.co.uk/uk_news/story/0,3604,496855,00.html
>
> e traz dados incriveis de custo de alguns periodicos como:
>
> Title BRAIN RESEARCH
> Publisher Elsevier
> Annual subscription 1991 £3,713 ( + - 8.000 dolares)
> Annual subscription 2001 £9,148 ( + - 18 .000 dolares)
> Increase 146%
>
> Title JOURNAL OF VIROLOGICAL METHODS
> Publisher Elsevier
> Subscription 1991 £527
> Subscription 2001 £1,555
> Increase 195%
>
> Title NEUROSCIENCE LETTERS
> Publisher Elsevier
> Subscription 1991 £1,125
> Subscription 2001 £2,805
> Increase 149%
>
> Title PREVENTATIVE VETERINARY MEDICINE
> Publisher Elsevier
> Subscription 1991 £171
> Subscription 2001 £713
> Increase 317%
>
> Title BIOCHEMICAL JOURNAL
> Publisher Biochemical Society (not-for-profit body)
> Subscription 1991 £793
> Subscription 2001 £1,334
> Increase 68%
> SOURCE: Consortium of University Research Libraries
>
> Noticia traduzida do Library Juice 4:20 - May 30, 2001
>
> ______________________________________________
>
> Aldo de Albuquerque Barreto
> LISTA DE DIVULGACAO DA ANCIB
> A Ancib e' Associada a Sociedade Brasileira
> para o Progresso da Ciencia - SBPC
> Ancib: <http://www.alternex.com.br/~aldoibct/ancib.html>
>
--------------------------------------------------------------------------

-------------------
>
>



SUBJECT: Re: 01_Foi loucura, ... à parte
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/06/2001 15:09

--- In ciencialist@y..., "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@h...> wrote:
> "Tínhamos então 3.500 MWh (megawatts-hora)" seria a forma certa de
> escrever - com a descrição entre parêntesis e não a unidade -.mas como já=

> não me lembro se isto pertence à norma internacional ou à de PT , fica a
> duvida. Contudo, o prefixo está incorrecto.

Tem norma internacional pra isso, tbm? Bem, no Manual de Redacao
de O Estado de S. Paulo -- um dos principais jornais destas bandas --
recomenda-se q. a sigla venha depois do nome por extenso. Nao sei
se isso se aplica a unidades tbm...

> Segundo julgo saber, ai tb é válido o SI , não é? Mas é que eu já vi em m=
ais
> lados escrito com 'm'...e às tantas já não sei se realmente a norma é a
> mesma. Já agora, se me puderem esclarecer agradecia.

Sim, aqui tbm em tese vale o SI. Mas ninguem escreve corretamente.
Tem gente q. escreve MW/h ou no menos grave MW-h...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] É Inverno e faz Calor
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/06/2001 15:23

On Wed, 13 Jun 2001, Sérgio Taborda wrote:
> >A temperatura do corpo de um
> >esquimó é de 36 graus [se não estiver enganado], colocado em um ambiente
> >de 20 graus ele estaria irradiando calor [de dentro para fora]
> Estaria ?

Sim. Mesmo vestido ele estaria irradiando energia térmica.

> Com o seu isolamento térmico , não sei se estaria....
> É que 36º é a temperatura interna do corpo...não?

É a temperatura medida por um termômetro quando colocado nas axilas
[portanto externa].

> >e portanto
> >deveria sentir frio, mas se vc perguntar pro esquimó o que ele está
> >sentindo, acho que a resposta não será esta.
> Porque tb não sei se estaria irradiando energia
> Experimente então num ambiente de 0ºC :-))
> (por alguma coisa eles se vestem/vestiam com peles de animais)

Como disse acima, mesmo vestido ele irradiaria calor.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: mercurio
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/06/2001 15:33

--- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
> Por favor, alguém saberia me dizer se o cinábrio [HgS], por ação somente =
de agentes da dinâmica externa pode vir a poluir meio ambiente?

http://wwwbrr.cr.usgs.gov/projects/SW_corrosion/cinnabar-poster/Acknowledge=
.html
http://wwwbrr.cr.usgs.gov/projects/SW_corrosion/cinnabar/index.html

Aparentemente na presenca de acidos organicos pode ocorrer a
dissolucao do cinábrio liberando Hg.

Ravichandran M, Aiken GR, Reddy MM, Ryan JN 1998 --
Enhanced dissolution of cinnabar (mercuric sulfide) by
dissolved organic matter isolated from the Florida Everglades.
ENVIRONMENTAL SCIENCE & TECHNOLOGY
32: (21) 3305-11.

Ravichandran M, Aiken GR, Reddy MM, Ryan JN 1998 --
Enhanced dissolution of cinnabar (mercuric sulfide) by
aquatic humic substances. ABSTRACTS OF PAPERS
OF THE AMERICAN CHEMICAL SOCIETY
216: 087-ENVR

SHIKINA ND, BORISOV MV, KHODAKOVSKY IL 1985 --
POSSIBLE APPLICATION OF NATURAL PROCESSES
OF DISSOLUTION AND CRYSTALLIZATION OF CINNABAR.
GEOKHIMIYA (5) 726-31.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: livro
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/06/2001 15:41

Terminei um maravilhoso livro chamado O Planeta Terra de Jonathan Weiner,
o título diz tudo. É uma descrição bem abrangente [muito abrangente] do
nosso planeta, de onde vem, para onde vai, como ele se comporta, como os
cientistas descobriram seus comportamentos, etc etc etc...

Recomendo a todos que se interessam pelo assunto.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Jornal acusa Reino Unido de usar deficientes em testes nucleares
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/06/2001 16:18

Direito_Saúde -- 13.06.2001
======================


11/06/2001 - 22h25

===
Jornal acusa Reino Unido de usar deficientes em testes nucleares

===
da France Presse, em Londres
===

O governo do Reino Unido utilizou portadores de deficiência física e mental como cobaias em testes nucleares na Austrália na década de 50, afirma a edição de hoje do jornal britânico "The Independent".

===

Essas pessoas teriam assistido a explosões nucleares no deserto do sul de Maralinga, na Austrália, para depois passar por exames. Segundo o jornal, porém, todas morreram antes de serem chamadas para os testes.

===

A acusação foi examinada e rejeitada em 1985 por uma comissão real australiana. Segundo o jornal, um piloto que disse ter transportado os deficientes até os testes nucleares revelou a natureza dos testes no final dos anos 80 para o cientista australiano Robert Jackson, que dirige o Centro de Pesquisas de Doenças da cidade de Perth.

===

Jackson considerou válidas as explicações do piloto, que depois virou funcionário do Centro de Pesquisas de Perth, e após algum tempo se demitiu e desapareceu.

===

Vários militares australianos em Maralinga afirmaram que dois grupos de pessoas deficientes tinham sido levadas para uma área testes pouco antes de uma das 12 explosões nucleares realizadas pela Inglaterra na Austrália nos anos 50.

===

No começo de maio, o Governo inglês reconheceu ter exposto 12 soldados neozelandeses, australianos e ingleses à radiação nuclear "para testar a resistência das fardas". "Não fazíamos testes com as pessoas mas com as fardas", disse um porta-voz, que garantiu jamais ter usado gente como cobaia.

===

Em 1997, o governo inglês afirmou ao Tribunal europeu de Direitos Humanos, em Estrasburgo (França), que nenhum ser humano tinha sido usado para testes nucleares.



=========================================
http://www.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u3963.shtml
=========================================
http://groups.yahoo.com/group/direito_saude
===================================



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re:Humor negro de Galeano
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/06/2001 16:51

Ol Joo

>Humor negro
>
>Por Eduardo Galeano *
>
>
>-Anedota 1
>
>A gasolina com chumbo uma inveno norte-americana.

Assim como a lmpada eltrica, o transistor, milhares de remdios, e at o avio, embora os patriotas brasileiros no admitam.
J o "estado parasita" uma inveno uruguaia, um paiseco que vive de lavar dinheiro sujo brasileiro.

>L pelos anos 20, foi imposta nos Estados Unidos e no
>mundo.

Ser que ele est querendo dizer que havia um compl americano para envenar o resto do mundo? risvel.

>Quando o governo norte-americano a proibiu, em
>1986, a gasolina com chumbo estava matando adultos num
>ritmo de cinco mil por ano, segundo a Environmental
>Protection Agency, agncia oficial que se ocupa da
>proteo do meio ambiente.

Ento eles proibiram, e os outros pases deviam fazer o mesmo. Atitude correta.


Alm disso, segundo as
>numerosas fontes citadas pelo jornalista Jamie Kitman
>em sua pesquisa para a revista The Nation, o chumbo
>havia provocado danos no sistema nervoso e em nvel
>mental de muitos milhes de crianas, ningum sabe
>exatamente quantas, durante 60 anos.
>Charles Kettering e Alfred Sloan, diretores da General
>Motors, foram os principais promotores desse veneno.
>Eles passaram histria como benfeitores da medicina,
>porque fundaram um grande hospital.

que horror. Ento havia mesmo um compl americano para poluir o mundo.

>
>-Anedota 2
>
>Gregos e romanos sabiam que o chumbo inimigo do
>sangue, do solo, do ar e da gua.

Engraado, o que eu li em vrios locais dizia exatamente o contrrio. Os romanos construiam encanamentos de chumbo e alguns autores chegaram a associar o envenenamento por chumbo com a decadncia romana (exageros a parte)


>Isso no tem nada de
>novo. Entretanto, alguns pases continuam acrescentando
>chumbo gasolina. E meu pas, o Uruguai, vai alm:
>castiga a boa conduta. A gasolina sem chumbo custa mais
>caro. Quem polui menos, paga mais.

Grande Uruguai. Felipo vai dar uma lio nesses caras dia 03 de julho (er... assim espero)

>
>-Anedota 3
>
>A empresa norte-americana Ethyl e a inglesa Octel
>vendem no exterior o que est proibido em seus pases.
>O aditivo de chumbo para a gasolina exportado para os
>pases que podem ser intoxicados impunemente: quase
>toda a frica e alguns outros pases do hemisfrio Sul.

Ento a culpa dos gringos, afinal ns somos um monte de bons selvagens... Tio Sam tinha que cuidar melhor de ns e zelar por nossos interesses, por que ns no conseguimos nem limpar nossas bundas sozinhos.

>Para ser um negcio em agonia, no est to mal. O
>balano de 1999 revelou que a Ethyl teve ganho bruto de
>US$ 190 milhes.
>O problema de Jack o Estripador foi que estava mal-
>assessorado. O pobre Jack no tinha agentes de relaes
>pblicas que maquiassem sua imagem, nem especialistas
>em publicidade que dessem a bno aos seus atos. Por
>outro lado, a empresa Ethyl, nascida do casamento entre
>a General Motors e a Standar Oil, diz em sua propaganda
>que "o respeito pelas pessoas" o valor mais
>importante que guia suas aes, e que faz o que faz
>desenvolvendo "uma cultura baseada na confiana mtua e
>no respeito mtuo". E a empresa Octel explica: "A Octel
>continua desempenhando um papel primordial no processo
>universal de eliminao dos combustveis com chumbo,
>atravs do fornecimento seguro e eficiente de chumbo
>para combustveis, que continuar fornecendo aos seus
>clientes enquanto eles quiserem". Uma obra-prima:
>praticar o crime a melhor maneira de colaborar na
>luta contra o crime.
>
>-Anedota 4
>
>Segundo o ltimo informe do Banco Mundial, 15% da
>populao mundial devora a metade de toda a energia que
>o planeta consome. Os automveis bebem parte dessa
>metade. Nos pases ricos, h 580 veculos para cada mil
>habitantes, nos pases pobres, dez. Os pases ricos
>proibiram a gasolina com chumbo, mas seus habitantes de
>quatro rodas cospem outros venenos. Da vertiginosa
>motorizao das ruas provm boa parte dos gases que
>causam o aquecimento do planeta, enlouquecem o clima e
>perfuram a camada de oznio. Os automveis so cada vez
>mais numerosos e cada vez maiores. Talvez os 4x4, que
>toda criana do mundo sonha ter, tenham esse nome
>porque consomem quatro vezes mais combustvel do que os
>carros pequenos.
>Faa-se nossa vontade, assim na terra como no cu:
>salvo os bebs, todos tm automvel prprio no pas que
>mais energia consome e mais veneno cospe. O pas mais
>gluto e esbanjador possui nada mais do que 4% da
>populao mundial, emite nada menos do que 24% do
>dixido de carbono que vai para a atmosfera e gasta
>fortunas na publicidade que o absolve. Uma organizao
>modestamente chamada Fora-Tarefa Ambiental dos Lderes
>Globais do Amanh (Global Leaders of Tomorrow
>Environment Task Force) divulgou um mapa mundi
>ecolgico, publicado com o maior destaque pela revista
>Newsweek e por outros meios de comunicao, junto com
>um texto explicativo. Os Lderes Globais demonstram que
>os pases mais ricos so os melhores amigos da
>natureza, os mais "eco-friendly", e os principais
>culpados pelas calamidades ecolgicas do planeta so
>Bangladesh e Uganda.

No posso deixar de concordar em parte com Galeano. Os pases ricos poluem mais, assim como um carro polu mais do que uma carroa, uma usina termo-eltrica polu mais do que uma roda dgua. O ideal mesmo, do ponto de vista ecolgico, seria a extino da vida humana. O problema no que Bangladesh e Uganda contribuam para a calamidade ecolgica, esses dois pases so autnticas calamidades ecolgicas, sociais, economicas, polticas, etc.

>
>-Anedota 5
>
>O dixido de carbono ataca a memria? Em sua campanha
>presidencial, Geoge W. Bush havia prometido limitar as
>emisses de gases txicos.

Bush um cretino mesmo. Ainda bem que os EUA ainda so uma democracia, seno o mundo estaria ferrado com um cretino desse no poder. Imagine um Bush no comando de um estado totalitrio estilo Unio Sovitica?


[]s

Andr


SUBJECT: Re: Biologia e livre-arbítrio
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/06/2001 18:07

Os cabinhos mencionados são os microtubulos,
estruturas de nanodimensões. Roger Penrose e um
bando de outros pesquisadores têm uma teoria quântica
sobre a consciencia humana baseada nessas
coisas. Basta dizer que a maioria da comunidade
neurocientífica mundial costuma rir à beça quando
o assunto "consciência quântica" é trazido à baila.

Até mais,
Sergio Navega.


-----Original Message-----
From: Gabriel Antunes <gabriel101@uol.com.br>
To: ciencialist@yahoogroups.com <ciencialist@yahoogroups.com>
Date: Quarta-feira, 13 de Junho de 2001 18:01
Subject: Re: [ciencialist] Re:Biologia e livre-arbítrio


>> Existem estudos que indicam que os cabinhos que fazem as
>> ligações entre os neurônios [notem a precisão científica] são de
>> tamanho tão reduzido que gerariam efeitos quânticos. O sim
>> gerado por um neurônio não seria necessariamente um sim no
>> próximo.
>
>Estranho... :-)
>
>Um grande abraço,
>
>Gabriel Antunes
>
>p.s: os cabinhos são os axônios (que enviam sinais) e os dendritos (que
>recebem os sinais).
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Humor negro de Galeano
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/06/2001 18:08

Olá Joao,

> Recebi o texto que se segue numa outra lista com o comentário:
> "Achei este texto muito bom...". Eu, pelo contrário, achei-o
> falacioso, demagógico, enganador e provinciano. Se calhar estou
> a exagerar, mas uma provocação faz sempre bem ao debate.
>
> Comentários?

Claro que o artigo deveria ter mais bases. Quem lê tê que escolhere se
acredita ou não. Mas muitos pontos ali apresentados são sérios e
verdadeiros, como a ligação do governo americano com diversas empresas de
petróleo (principalmente o Bush).

A decisão de Bush de não concordar com a diminuição de gás carbônico
injetado na atmosfera me chocou muito. A ambição do homem é impressionante
mesmo. Isto me lembra uma frase de Maquiavel que pode servir de analogia
para esta situação.

"... pois os homens se esquecem mais facilmente da morte do pai do que da
perda do patrimônio."

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Teoria das cordas depende de observacoes
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/06/2001 18:20

UOL - THE NEW YORK TIMES Quarta-feira, 13 de Junho de 2001

ASTRONOMIA
Comprovação da teoria das
cordas depende de observações

DENNIS OVERBYE

David Schramm, cosmologista da Universidade de Chicago,
costuma dizer que o Bib Bang é o acelerador de partículas
do
pesquisador pobre. Em seus resíduos que, afinal, incluem
todo o
universo, estão os efeitos de energias e processos não
disponíveis
na Terra. Ele afirma que, se os astrônomos olhassem para o
céu
com atenção suficiente, poderiam testar teorias e fenômenos
que
estão além da capacidade e do orçamento dos físicos em
recria-los em laboratórios.

Essa idéia parece ter se espalhado entre aos seguidores da
teoria
das cordas, a assustadora "teoria de tudo" que descreve a
natureza como sendo composta de pequenas cordas e
membranas, vibrando em 10 ou 11 dimensões.

Desde a sua criação, a teoria das cordas vem sendo
criticada por
produzir idéias que parecem ser experimentalmente
impossíveis de
se testar, da mesma forma que são matematicamente
elegantes.
Mas, nos últimos dois anos os estudiosos da teoria das
cordas
passaram a apresentar novos modelos de universo, elaborados

para demonstrar que a chamada física das cordas "pode ter
um
efeito observável sobre as medições cosmológicas precisas".
Em
alguns desses modelos, por exemplo, a história cósmica se
inicia
com um par de universos insulares chocando-se um contra o
outro
na quinta dimensão, como se fossem folhas molhadas. Se os
teóricos das cordas estiverem certos, uma confirmação
concreta
de tais idéias pode se originar da medição detalhada das
fracas
ondas de rádio do Big Bang ou de estudos das chamadas ondas

gravitacionais, que cruzariam o espaço-tempo, fazendo com
que
ele se expandisse e se contraísse como um acordeão.

Incentivados pela perspectiva de contarem com o auxílio de
um
novo empirismo, os teóricos chegaram mesmo a se aventurar
em
conferências de cosmologia - para a alegria daqueles
astrônomos
ansiosos por algum novo desafio.

Durante uma recente conferência em Baltimore, por exemplo,
Gia
Dvali, um físico da Universidade de Nova York, foi
assediado por
astrônomos que queriam saber de mais detalhes e previsões
astronômicas precisas, após ele ter anunciado uma
explicação,
baseada na teoria das cordas, para a chamada energia
escura, que
parece estar acelerando a expansão do universo.

Ao se aventurarem pelos campos da cosmologia, os teóricos
das
cordas estão seguindo um caminho bastante trilhado. No
último
meio século - enquanto os astrônomos descobriam quasares,
pulsares e tênues chiados de rádio que se supunha serem o
ruído
da bola de fogo primordial - os físicos, buscando novas
áreas de
pesquisa, passaram a migrar aos bandos para a cosmologia.

Saul Perlmutter, físico do Lawrence Berkeley National
Laboratory, que chefiou uma das duas equipes de astrônomos
que
descobriram que a expansão do universo está, aparentemente,

sofrendo uma aceleração, admite que uma das razões para que

tivesse se voltado para a astronomia foi o receio de se
tornar uma
engrenagem de alguma experiência gigantesca realizada em um

acelerador de partículas.

"Os astrônomos devem ser capazes de responder a questões
fundamentais sem utilizarem aceleradores", afirma
Perlmutter.

Mas a união entre espaço interior e exterior nem sempre foi
um
processo tranqüilo. Os astrônomos são tradicionalmente
tipos
solitários, que às vezes passam anos acompanhando uma única

estrela. Já os físicos são sociáveis e gostam de abordar os

problemas reunidos em "gangues". Cada um dos grupos defende
o
seu jeito de ser.

Os físicos ficaram assombrados quando Schramm, um
batalhador
franco e alto-confiante, que morreu em um desastre aéreo,
em
1997, alegou na década de setenta que as medições
realizadas
sobre a abundância do hélio produzido pelo Big Bang
poderiam
ser utilizadas para concluir que, no universo, haveria
apenas três
ou quatro tipos de neutrinos - partículas elementares
misteriosas,
praticamente sem massa. Experiências realizadas no CERN - o

maior laboratório europeu de física de partículas - e em
Stanford,
em 1989, comprovaram que ele e os seus colegas estavam
certos.

Vários físicos se recordam de terem ficado boquiabertos com
a
aparente simplicidade dos modelos padrões do Big Bang, nos
quais somente três parâmetros, ou números, controlam a
história e
o destino do universo.

Einstein foi um precoce e cauteloso explorador da conexão
entre
o espaço interno e o externo. Mesmo antes de ter terminado
de
formular a sua teoria geral da relatividade, que explica a
gravidade
como sendo a distorção do espaço-tempo pela matéria e pela
energia, ele começou a solicitar aos astrônomos que
fizessem a
medição do efeito de desvio da luz durante um eclipse total
do sol,
quando os raios de uma estrela distante tangenciariam o
disco
solar e - segundo a sua previsão - seriam suficientemente
refratados para fazer com que a estrela parecesse estar
mais
afastada do disco. Em 1919, três anos após a publicação da
teoria, o astrônomo inglês Arthur Eddington, anunciou com
grande
alarde que o efeito havia sido confirmado (embora alguns
historiadores tenham criticado a forma como ele trabalhou
com os
dados), afirmando que Einstein seria o novo Copérnico.

Enquanto isso, Einstein manipulava as suas equações, de
forma
que elas não levassem inexoravelmente à conclusão de que o
universo estivesse se expandindo. Ele havia sido convencido
pela
tradicional doutrina astronômica de que o cosmo era
estático. Em
1931 Einstein eliminou a manipulação introduzida nas suas
equações, quando Edwin Hubble descobriu que o universo
estava
realmente em expansão.

No entanto, apesar da sua importância óbvia para o universo
e da
sua elegância matemática, a relatividade geral logo se
tornou um
ponto de estagnação na física, sendo encarada como uma bela

teoria que, infelizmente, pouco tinha a ver com o mundo
real. Sem
meios de testar algumas das conseqüências mais bizarras da
teoria, tais como a idéia de que as estrelas que entrassem
em
colapso sob as suas próprias massas poderiam distorcer o
espaço
a sua volta como um manto e literalmente desaparecer
naquilo que
mais tarde seria chamado de "buraco negro", nem mesmo
Einstein
sabia que idéias deveriam ser levadas a sério.

Tudo isso mudou na década de sessenta, quando os astrônomos

descobriram os quasares, objetos distantes semelhantes a
estrelas,
que pareciam emitir quantidades gigantescas de energia. Os
buracos negros - embora esse termo não tivesse ainda sido
criado
- eram a melhor forma de se explicar esse fenômeno. De
repente
parecia que "os relativistas, com o seu trabalho
sofisticado, não
eram apenas magníficos ornamentos culturais, mas que podiam
ser
úteis para a ciência", conforme o astrofísico britânico,
Thomas
Gold, afirmou em uma conferência em 1963. "Que vergonha
seria
se tivéssemos que enxotar novamente os relativistas",
acrescentou
Gold.

Os teóricos das cordas, que seriam os sucessores de
Einstein,
ainda não tiveram o seu momento de glória. A questão é
saber se
eles algum dia o terão. O princípio básico da teoria afirma
que as
energias sob as quais as forças estariam unificadas e os
efeitos da
física das cordas visíveis seriam milhares de trilhões de
vezes
maiores do que aquela gerada pelo maior acelerador de
partículas
já concebido, o Large Hadron Collider, do CERN. Esse
acelerador disparará prótons em torno de um campo
eletromagnético de 29 quilômetros, construído ao redor de
Genebra, fazendo com que colidam de forma a gerar energias
de
14 trilhões de elétron-volts. (Em uma variante da teoria
das
cordas proposta há alguns anos, a interferência de um
universo
vizinho poderia produzir efeitos sob as baixas energias dos

aceleradores terrestres).

Felizmente, porém, conforme Schram teria afirmado, a
natureza já
realizou essa experiência, utilizando o acelerador de
partículas do
cientista pobre. E os resultados podem estar escritos no
céu - em
ondulações inscritas na bola de fogo primordial, dizem os
astrônomos, quando o universo tinha a idade de um
bilionésimo de
um trilionésimo de um trilionésimo de um segundo, ou então
nas
ondas gravitacionais que agitam o espaço.

O trabalho de leitura dessas ondulações cósmicas, com
delicados
rádio-telescópios instalados em balões ou satélites, apenas

começou e espera-se que leve toda uma década. O mesmo
acontece com a tentativa de se desvendar o mistério da
estranha
aceleração do ritmo de expansão do universo. O estudo sério
das
ondas gravitacionais - que ainda não foram diretamente
detectadas - ainda é uma tarefa para um futuro mais
distante.

Quanto aos teóricos das cordas eles devem ter esperanças de

que, entre o grupo de astrônomos que realizam as
investigações
necessárias a confirmação de suas teorias, haja um sucessor
de
Eddington.

Tradução: Danilo Fonseca



SUBJECT: Re: Biologia e livre-arbítrio
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/06/2001 19:23

--- In ciencialist@y..., "Sergio Navega" <snavega@a...> wrote:
> Os cabinhos mencionados são os microtubulos,
> estruturas de nanodimensões. Roger Penrose e um
> bando de outros pesquisadores têm uma teoria quântica
> sobre a consciencia humana baseada nessas
> coisas. Basta dizer que a maioria da comunidade
> neurocientífica mundial costuma rir à beça quando
> o assunto "consciência quântica" é trazido à baila.

Nao chega a ser uma teoria. Eh uma sensacao q.
Penrose tem de q. a quantica tem algo a ver com
o processo de forma mais decisiva... Por eqto ele
esta' atirando pra tudo qto eh lado... Vejamos se
ele ou seus discipulos acertam algo interessante
nos tempos q. virao.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: <ciencialist@yahoogroups.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/06/2001 20:17


Olá,

Esta mensagem é uma notificação para informá-lo que um novo arquivo foi adicionado no grupo ciencialist.

Arquivo : /Implications of IP for the diagnosis of brain death.pdf
Carregado por : c.galli@terra.com.br
Descrição : Artigo publicado pela Brazilian Journal of Medical and Biological Research (1999) 32:1479-1487 -- O CFM e qualquer outra publicação internacional em revista científica indexada não conseguiram contestar cientificamente as demonstrações contidas nesse artigo sobre os erros declaratórios do momento da irreversibilidade da morte encefálica, desde 1999. Limitam-se apenas a dizer dogmaticamente que "morte encefálica não se discute" ...

Você pode acessar o arquivo pela URL:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/Implications%20of%20IP%20for%20the%20diagnosis%20of%20brain%20death.pdf

Para saber mais sobre compartilhamento de arquivos no grupo, leia:

http://help.yahoo.com/help/us/groups/files

Atenciosamente,

c.galli@terra.com.br






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FROM: <ciencialist@yahoogroups.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/06/2001 20:37

Ol,

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Arquivo : /Cincia_Hoje -- Falhas no Diag da Morte Cerebral.pdf
Carregado por : c.galli@terra.com.br
Descrio : EDITORIAL:Cincia Hoje aponta tambm para uma questo crucial que pode transformar milhares de vidas.Os critrios usados no Brasil e em diversos outros pases para diagnosticar morte cerebral de um paciente, permitindo a retirada de rgos para transplantes so inadequadas.Muitas das pessoas que tm a morte cerebral diagnosticada a partir dos exames exigidos atualmente poderiam se recuperar e retomar sua vida normal se fossem submetidas hipotermia.Esses dados mostram que

Voc pode acessar o arquivo pela URL:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/Ci%80%A0%A0%EAncia_Hoje%20--%20%20Falhas%20no%20Diag%20da%20Morte%20Cerebral.pdf

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DATE: 13/06/2001 21:00


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Arquivo : /Morte Encefalica_Um Diagnostico Agonizante.doc
Carregado por : c.galli@terra.com.br
Descrição : Esse artigo foi publicado na Revista Neurociencia de agosto de 1998 da UNIFESP, que eh de circulacao publica. A edicao encontra-se esgotada.

Você pode acessar o arquivo pela URL:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/Morte%20Encefalica_Um%20Diagnostico%20Agonizante.doc

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DATE: 13/06/2001 21:10


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Arquivo : /Dor e Morte_Folha de São Paulo.doc
Carregado por : c.galli@terra.com.br
Descrição : Na edicao de maio de 2000, a Revista Anaesthesia do Reino Unido alerta em EDITORIAL para que os anestesistas façam ANESTESIA GERAL nos doadores, para que eles nao sofram na retirada dos orgaos, devido aa arbitrariedade da declaracao da morte encefalica em vigor.

Você pode acessar o arquivo pela URL:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/Dor%20e%20Morte_Folha%20de%20S%80%A0%A0%E3o%20Paulo.doc

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Atenciosamente,

c.galli@terra.com.br






SUBJECT: O SI
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/06/2001 22:47


>> "Tínhamos então 3.500 MWh (megawatts-hora)" seria a forma certa de
>> escrever - com a descrição entre parêntesis e não a unidade -.mas como
já=

>> não me lembro se isto pertence à norma internacional ou à de PT , fica a
>> duvida. Contudo, o prefixo está incorrecto.

>Tem norma internacional pra isso, tbm?

Claro. Isso é uma das principais coisas que foi criada bem no inicio do SI
com a revolução francesa.
(1º regra : Tem norma para tudo. Até para o tamanho dos
preservativos..sabias? :-) )

Tem regras para os prefixos e sufixos. Para a forma como se escrevem as
unidades...por exemplo não se deve dizer '1 grau kelvin' ,mas sim '1 kelvin'
só, por ser uma escala absoluta. As unidades com nomes de pessoas como,
kelvin, ampere, watt, newton,joule, etc..são escritas em minuscula e os seus
simbolos em maiuscula ,K, A,W, N e J, respectivamente.
As unidades não têm plural.(outra coisa que tou agora vendo que tb está mal
ali, e que eu copiei errado :-)) ) se diz 4 metro e não 4 metros. Embora na
linguagem corrente se use a segunda. A gente deixa passar por
praticidade,quando fala, mas em rigor está incorrecto escrever assim. E se
escreve por extenso depois e não antes: 4 m (metro)
5 Nm/K (newton, metro por kelvin ) Sendo perferivel não escrever nada.
Etc...

> Bem, no Manual de Redacao
>de O Estado de S. Paulo -- um dos principais jornais destas bandas --
>recomenda-se q. a sigla venha depois do nome por extenso. Nao sei
>se isso se aplica a unidades tbm...

Defacto não.As unidades não são siglas. km ( kilo-metro -> quilometro)
parece uma sigla, mas m/s (metro por segundo)´já não.
Essa regra faz sentido para siglas como E.U.A. , O.N.U., D.N.A.; etc...
Tem uma regra que evidencia bem que uma unidade não é uma sigla. Não se deve
colocar nenhum ponto a seguir à unidade.(tem uma regra especial quando a
seguir vem um ponto final,mas agora já não sei bem como é)
Então km não é k.m. e portanto não é uma sigla. km é uma palavra só.é uma
unidade em si mesma.
Portanto, a recomendação faz sentido, se estivermos falando de siglas. Mas
não neste caso, pois não é uma sigla (não tem pontinhos separando as letras
nem está em maisuculas.)

>> Segundo julgo saber, ai tb é válido o SI , não é? Mas é que eu já vi em
mais
>> lados escrito com 'm'...e às tantas já não sei se realmente a norma é a
>> mesma. Já agora, se me puderem esclarecer agradecia.

>Sim, aqui tbm em tese vale o SI. Mas ninguem escreve corretamente.

Eu próprio tenho dificuldade de me lembrar de todas as normas ..mas acho
pena não se cumprirem as mais básicas, como esta das unidades , por exemplo.

>Tem gente q. escreve MW/h ou no menos grave MW-h...

Tem quem leia MWh como "Mega-vátios por hora" Além se não ser "por" tb não
sei o que será vátios.
Se alguem souber explicar...

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Genetica
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/06/2001 09:37

Ola Frederico,

> Tenho algumas duvidas referentes a genetica e hereditariedade:
> exitem certas caracteristicas no homem que são transmitidas de
> pais para filhos, como a cor dos olhos, tipo de cabelo, etc. As
> caracteristicas que são iguais para todos os individuos da
> espécie, como ter dois olhos, uma boca, é transmitida
> geneticamente tambem, certo?

Sim, com certeza. O DNA posui todas as informacoes necessarias para criar o
individuo, e nao apenas uma configuracao para um modelo.

> Do ponto de vista da Biologia, e tambem da teoria da evolução,
> existe alguma diferenciação entre esses dois tipos que eu citei?

Ha uma classificacao sim, porem sem muita importancia (nem me lembro as
nomenclaturas :-).

P.S: apos escrever esse e-mail, li um outro e-mail de Roberto Takata no qual
ele colocava as nomenclaturas que eu nao me lembrava: monomorfismo (quando a
caracteristica eh comum em uma especie) e polimorfismo (quando a
caracteristica varia entre os membros da especie). Dai voltei e escrevi esse
P.S.. :-)

> Como seria as respectivas nomenclaturas, áreas de pesquisa, etc,
> para elas?

Genetica. :-)
Bom... ah tambem a meme'tica, que visa abordar a cultura sob o prisma da
selecao natural. Segundo esta teoria, as ideias (Deus existe, ler eh bom,
sexo eh bom, fumar eh legal...) "agem" seguindo as leis da selecao natural:
visam a multiplicacao, no sentido de "infectar" mais cabecas. :-)

Se quiser detalhes, eh so falar.

Um grande abraco,

Gabriel Antunes





SUBJECT: Ciencia alema pede perdao por nazismo
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <direito_saude@yahoogroups.com>
CC: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/06/2001 11:37

Direito_Saúde -- 14.06.2001
======================

13/06/2001 - 20h41
==
Ciência alemã pede perdão por nazismo
===

ROBERT KOENIG
da "Science Now"

===

Durante meio século, sobreviventes de experimentos nazistas nos campos de concentração esperaram das sociedades científicas alemãs um pedido formal de desculpas _assim como mais detalhes sobre as pesquisas que levaram aos abusos sofridos.

==

No dia 7 deste mês, algumas dessas vítimas finalmente receberam as desculpas explícitas do chefe da principal organização de pesquisa do país, a Sociedade Max Planck, que substituiu a Sociedade Kaiser Wilhelm (KWG), responsável por estudos abomináveis durante a Segunda Guerra.

==

A desculpa histórica aconteceu durante um simpósio sobre experimentação humana patrocinado pela comissão presidencial Max Planck, que investiga as atividades da KWG durante o Terceiro Reich, no período de 1933 a 1945.

==

Na cerimônia de abertura, o presidente da Max Planck, Hubert Markl, expressou aos sobreviventes de experimentos nos campos "profundo lamento, compaixão e vergonha por tais crimes terem sido promovidos, cometidos e não prevenidos por cientistas alemães".

==

Markl afirmou que "existem evidências científicas que mostram, sem sombra de dúvida, que diretores e funcionários dos institutos Kaiser Wilhelm organizaram e mesmo participaram ativamente dos crimes do regime nazista. A Sociedade Max Planck, como herdeira da Sociedade Kaiser Wilhelm, precisa enfrentar esses fatos históricos e assumir sua responsabilidade moral".

==

A desculpa de Markl foi seguida de emocionados discursos de duas vítimas dos experimentos com gêmeos feitos pelo médico Joseph Mengele no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. De um total estimado em 1.500 gêmeos usados por Mengele nos seus experimentos, menos de 200 indivíduos sobreviveram à guerra e somente 80 estão vivos hoje. Mengele costumava injetar em um dos gêmeos uma substância tóxica ou um patógeno e usava o outro como controle.

==

"Éramos usados como cobaias humanas", disse Eva Mozes Kor, de Indiana (EUA), que sobreviveu aos abusos de Mengele, juntamente com sua irmã, Miriam.

==

Embora Mengele não trabalhasse na KWG, ele colaborou em muitos projetos com cientistas da instituição. A comissão continuará investigando qualquer evidência que possa surgir. Embora muitos documentos sobre crimes nazistas estejam irremediavelmente perdidos, alguns dos sobreviventes dizem que o ato de prestação de contas acalma suas mentes e, talvez, previna futuras atrocidades. "Seres humanos fizeram Auschwitz", diz a sobrevivente Jona Laks. "Não existe garantia de que não se repetirá."

=========================================
http://www.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u3963.shtml
=========================================
http://groups.yahoo.com/group/direito_saude
==================================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Pedido de anestesia para doadores de orgaos com morte cerebral gera polemica. A explicacao "cientifica" das galinhas com cabecas cortadas ...
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/06/2001 15:20

Direito_Saúde -- 25.08.2000
======================
A explicação _"cientifica"_ das galinhas com cabeças cortadas ...

==================================
Pedido de anestesia para doadores de órgãos com morte cerebral gera polêmica
==================================
24 de agosto, 2000
Às 9:48 PM hora de Nova York (0148 GMT)
==================================

LONDRES -- O pedido de anestesistas para que os doadores de órgãos com morte cerebral sejam sedados antes da operação de remoção dos órgãos, _sob alegação de que os pacientes ainda possam sentir dor_, gerou polêmica entre as autoridades britânicas.

===

O jornal britânico Guardian citou, no sábado, _o editorial da publicação Anaesthesia_, do Royal College of Anaesthetists, dizendo que _tanto movimentos musculares como aumentos na pressão sangüínea e dos batimentos cardíacos, comuns em remoção de órgãos, abalam a equipe de médicos na cirurgia_.



===

"Morte não é um EVENTO _mas um PROCESSO e nosso entendimento LIMITADO do processo exige cautela antes de presumir que não é necessária a anestesia,_" disseram em um editorial Basil Matta e Peter Young , do Addenbrooke's Hospital, em Cambridge.



===

Vários estudos demonstraram alguma atividade detectada nas células do cérebro mesmo quando não há resposta da parte que liga o cérebro à espinha, acrescentaram os médicos.



===

"Não estou afirmando que esses pacientes estão vivos nem que possam sentir dor," disse Philip Keep, do Norfolk and Norwich Hospital, em entrevista à imprensa local.



===

"O que estou dizendo é que não sei se esses pacientes estão vivos, _que não sei se esses pacientes podem sentir algum tipo de dor e, sob essas circunstâncias, não me sinto preparado para andar com um cartão de doador._"



==========================================
PREOCUPAÇÃO COM OS FAMILIARES
==========================================


Keep, que é a favor da doação de órgãos, comentou que os pacientes _deveriam ser sistematicamente anestesiados antes de serem operados para extração dos órgãos_. Disse que muitas pessoas da equipe se sentem desconfortáveis na operação.



===

"As enfermeiras ficam realmente muito aborrecidas," disse. "Você dá o corte e o pulso e a pressão sangüínea sobem."



===

As autoridades governamentais e as organizações de doação de órgãos reagiram ao editorial de Keep, preocupados que suas declarações possam confundir os familiares de pacientes e provocar uma queda nas doações.

===



As diretrizes das autoridades britânicas, da Sociedade de Cuidados Intensivos, afirmam que não é necessário o uso de anestésicos durante tais operações em pacientes com morte cerebral e o Departamento de Saúde rejeitou as alegações dos anestesistas.

===



"Não há dúvida de que a pessoa que tem morte cerebral não sente mais dor," afirmou uma porta-voz do departamento.

===



Durante essas operações, os pacientes muitas vezes reagem por reflexo durante os procedimentos, explicou John Evans, da _British Organ Donor Society_.

===



_"É igual ao que ocorre quando a galinha continua correndo mesmo quando cortamos sua cabeça," disse. "As pessoas que levantaram essa questão são anestesistas. Não são neurologistas."_

===



As normas sobre o que constitui morte cerebral foram formadas por colegiados médicos britânicos durante a década de 1970.

===

(Com informação da France Presse e Reuters)

====================================
Saiba mais sobre morte encefálica em:

http://www.epm.br/neuro/mortencefalica.htm
http://www.epm.br/neuro/apnea.htm
http://www.epm.br/neuro/opinioes.htm
http://www.epm.br/neuro/brdeath.html
http://www.epub.org.br/bjmbr/year1999/v32n12/3633c.htm
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf

=======

[]'s

Celso Galli Coimbra
===========================================
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
===========================================

INSTRUÇÕES:

INSCRIÇÃO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com

PARA ler os artigos sobre morte encefálica:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/

PARA visitar os sites sobre morte encefálica:
http://www.yahoogroups.com/links/direito_saude/

PARA acessar a página principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude

=================================================



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/06/2001 04:11

Grande Jocax!
Saudações.

>> Todos sabemos que quem auxilia um criminoso
>> em seu crime eh cumplice e eh penalizado por isso,
>> pois nao eh moralmente correto.

A Lei não pune por algo ser moral ou imoral, e sim por ser um fato típico (previsto) e antijurídico. O entendimento mais claro atualmente é que a moral está dentro do Direito, mas este a transcede nos termos que disciplina atos não necessariamente ligados este acampo (Teoria dos Círculos Concêntricos de Hans Kelsen). Às vezes o Direito é apenas instrumental, além do fato que nem sempre as regras de conduta social são unilaterais. A moral é unilateral, tem apenas uma expectativa interna de cumprimento. O que é moral para um não é necessariamente para outro. Além disso não existe moral absoluta, apenas relativa. Existe uma *crença* na chamada "moral natural", mas trata-se apenas de uma suposição filosófica. É preciso estar atento à diferença entre ética e moral.


>> Quem ajuda a esconder um criminoso, ou procurado
>> por um crime, ou auxilia-o a fugir, tambem esta sujeito
>> a penalidades pois tambem nao eh moralmante correto.

A menos que a Sociedade tenha investido essa pessoa de uma exclusão especial. Além do advogado, a mãe, pai ou filho tem o direito de auxiliar a fugir o ascendente/descendente direto. Pode-se acreditar que isso é imoral, mas se o Direito fosse tutelar tudo o que todos acham "moral" seria ainda mais ineficiente como instrumento de controle social. Não poderia deixar de ser auto-contraditório.


>> Quem auxiliou este criminoso a fugir ( advogado ) e se
>> tornar *oficialmente* inocente esta agindo corretamente?
>> Esta pessoa ( advogado ) nao deveria estar sujeito a
>> penalidades uma vez que *saiba* que seu cliente eh, na
>> verdade, um criminoso?

O advogado não vai defender "o criminoso", embora na prática possa parecer isso. Ele defende os *direitos* do criminoso. Além disso, ele mostra apenas uma das faces da moeda (o lado do réu), e é obrigado a tornar conhecidas todas as suas provas para que a *acusação* possa se antecipar. Por fim, quem vai julgar não é ele, nem a acusação, mas 11 pessoas que representam a sociedade, orientadas por um juiz. Se não existisse advogado para proteger os direitos do criminoso e apresentar sua versão dos fatos, nào haveria justiça, pois apenas "saber" que alguém é criminoso não é o suficiente para cumprir uma pena. Quantas vezes um promotor capitula erroneamente o crime do réu, modificando o crime cometido e, por conseguinte, o tempo da pena? E se eu sei que meu cliente apenas matou, mas o promotor diz que ele matou e estuprou? E se, ainda por cima, ele matou em legítima defesa? E se ele apenas feriu, e depois alguém matou, mas os fatos aparentemente indicam que foi ele quem matou?

E se alguém entra em sua casa, para roubar, você atira e mata o ladrão, depois o promotor te acusa de homicídio *doloso* (isso acontece muitas vezes!), como fica sua situação sem um advogado? Realmente você matou, mas será que as circunstâncias do crime não devem ser consideradas? Ou você deve levar um 121, caput (homicídio doloso)?

Às vezes há tantas peculiaridades envolvidas, tantos pormenores, que se o advogado não tiver o direito ao sigilo profissional a coisa seria impossível. Isso já foi tentado, mas a história mostra fracassos colossais e caos social devido à falta da chamada segurança jurídica. Era o chamado Sistema Penal Inquisitivo.


>> Acredito que estes advogados podem praticar o mal
>> impunemente e para evitar isso a legislacao penal
>> deveria ser alterada para impedir esta pratica imoral.

Nunca foi esse o problema da consecução da justiça. O mal começa lá no chamado BO ou IP (Inquérito Policial). Um inquérito policial mal feito já prejudica muito a apuração dos fatos reais. Há o problema das testemunhas, ameaças, o sistema prisional então é uma das piores coisas que existem.

Temos uma Constituição Federal que é tão violada que tornou-se mero pedaço de papel decorativo. Não existe *a menor autoridade moral* social, política ou judiciária para reprimir um crime que ela nunca ajudou a impedir as causas. Esses impedimentos estão assegurados como "direitos" que nunca foram cumpridos.

A repressão sem o combate às causas vai apenas levar a violência a explodir mais e mais. Por fim, decisões precipitadas por vias não democráticas já seriam a denúncia do fracasso completo da sociedade.

Não precisamos de mais leis ou de novamente modificá-las. Precisamos é que elas sejam cumpridas. Apenas isso.

Abraços.

Peterson Leal.



SUBJECT: Re: Genetica
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/06/2001 10:53

--- In ciencialist@y..., "Gabriel Antunes" <gabriel101@u...> wrote:
> Sim, com certeza. O DNA posui todas as informacoes necessarias para criar o
> individuo, e nao apenas uma configuracao para um modelo.

Na verdade nao possui todas. Boa parte das informacoes
provEm do ambiente em q. o individuo se desenvolve.

O desenvolvimento do embriao de um metazoario,
por exemplo, depende de fatores presentes no citoplasma
do ovulo -- entre ARNm e proteinas (e outras substancias
ainda desconhecidas).

Um organismo eh fruto da interacao do material genetico
com o ambiente.

> Bom... ah tambem a meme'tica, que visa abordar a cultura sob o prisma da
> selecao natural. Segundo esta teoria, as ideias (Deus existe, ler eh bom,
> sexo eh bom, fumar eh legal...) "agem" seguindo as leis da selecao natural:
> visam a multiplicacao, no sentido de "infectar" mais cabecas. :-)

Cuidado com a linguagem finalista. Em evolucao nada eh visado.
Nao existe um pre-direcionamento, nao existe um objetivo.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: O SI
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/06/2001 11:03

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> Claro. Isso é uma das principais coisas que foi criada bem no inicio do S=
I
> com a revolução francesa.
> (1º regra : Tem norma para tudo. Até para o tamanho dos
> preservativos..sabias? :-) )

Na verdade falava da regra de se colocar a descricao da unidade depois do
simbolo.

> As unidades não têm plural.(outra coisa que tou agora vendo que tb está m=
al
> ali, e que eu copiei errado :-)) ) se diz 4 metro e não 4 metros.

opa! ai' eu ja' acho q. nao... nao tem plural sao os simbolos, as unidades =
escritas
por extenso tEm plural, sim.

4 metros, 5 newtons, 13 ampéres... mas 4 m, 5 N e 13 A (e nao
4 ms, 5 Ns ou 13 As como alguns costumam escrever --- o q. ao pe' da
letra siginificaria metro segundos, newton segundos e ampére segundos...)

agora legal mesmo eh qdo se escreve o horario:

reuniao ás 19:00 Hs

(atropelam ateh a gramatica)

> Portanto, a recomendação faz sentido, se estivermos falando de siglas. Ma=
s
> não neste caso, pois não é uma sigla (não tem pontinhos separando as letr=
as
> nem está em maisuculas.)

Por aqui o uso (nao sei se eh regra) eh nao se pontuar as siglas -- em
especial os acronomios -- pontuam-se apenas as abreviaturas.

> Eu próprio tenho dificuldade de me lembrar de todas as normas ..mas acho
> pena não se cumprirem as mais básicas, como esta das unidades , por exemp=
lo.

Por aqui nao se cumprem coisas mais importantes... ai' ja' viu o q.
resto sao floreios...

> Tem quem leia MWh como "Mega-vátios por hora" Além se não ser "por" tb nã=
o
> sei o que será vátios.
> Se alguem souber explicar...

Deve haver uma similar 'a lei Aldo Rebelo ai' na terrinha...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Pedido de anestesia para doadores de orgaos com morte cerebral gera polemica. A explicacao "cientifica" das galinhas com cabecas cortadas ...
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/06/2001 11:06

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:

Coimbra,

vc tem autorizacao dos detentores do copirraite
para a reproducao dessas notas e sobretudo
para a copia daqueles artigos q. vc colocou
na pasta de arquivos da lista?

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/06/2001 13:38

É óbvio que sua contrariedade é com
o conteúdo das publicações.
===
Como o conteúdo lhe contraria e você não tem
condições mais de enfrentá-lo, nem pedindo
socorro aos "especialistas" como já fez anteriormente,
atem-se agora a aspectos formais para procurar
censurar indiretamente.
===
Não tenho apenas licença, mas também
procuração ad judicia e extra judicia
do AUTOR dos trabalhos e das publicações
referidas.
===
Atente, por outro lado, que o conteúdo de INTERESSE
PÚBLICO, e COLETADO dentro da sociedade pelos seus
divulgadores; e, desde que citadas as fontes de publicação,
PERTENCEM à sociedade enquanto
conhecimento e informação.
===
Não é permissível que sejam subtraídos
do alcance dessa sociedade.
===
Essas notas, como você disse, estão estreitamente
ligadas a MEU trabalho profissional na área
da saúde também, que tornei público.
E com certeza você não conhece a abrangência
dele, para saber o que é ou não pertinente ou dele derivado.
===
O Jornalista da Folha de São Paulo colheu a informação
sobre a anestesia requerida para os doadores nos
grupos administrados por mim (onde ele estava),
e onde eu a liberei antes de qualquer publicação na mídia
(inclusive internacional) porque temos contato direto com
as fontes e os protagonistas desses acontecimentos.
===
Assim como essa, muitas outras publicações tiveram
origem nessas liberações ali feitas ou / e
também nos trabalhos desenvolvido por mim.
===
A Publicação da Brazilian Journal e de Ciência Hoje já
estão dentro de processos judiciais contra o CFM,
hoje com mais de 200 autores de todo o Brasil,
que me outorgaram procuração, incluindo médicos,
juízes federais, jornalistas, psicólogos, psiquiatras,
professores universitários, biólogos pós graduados,
autoridades executivas e outros.
===
Essas publicações já estão em uso PÚBLICO e JUDICIAL,
levadas por mim, dentro de sindicância em andamento contra o
Conselho Federal de Medicina no Ministério Público Federal,
que acompanho como representante legal dessas pessoas.
===
Ao final, menciono que informação de conteúdo
científico, segundo a Constituição Federal Brasileira,
independe de LICENÇA e não é passível de censura,
preservadas as fontes.
===
[]'s

Celso Galli Coimbra
================
From: rmtakata@altavista.net
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Friday, June 15, 2001 11:06 AM
Subject: [ciencialist] Re: Pedido de anestesia para doadores de orgaos com morte cerebral gera polemica. A explicacao "cientifica" das galinhas com cabecas cortadas ...


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:

Coimbra,

vc tem autorizacao dos detentores do copirraite
para a reproducao dessas notas e sobretudo
para a copia daqueles artigos q. vc colocou
na pasta de arquivos da lista?

[]s,

Roberto Takata


==========================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/06/2001 14:30

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
Celso, valeu, cara. Vc me fez rir um bocado...

Quase acreditei q. vc escreveu a seria esse ultima mensagem.

Abraços,

Roberto Takata




SUBJECT: Morte Suspeita: Edtorial do Jornal do Brasil -- 01.03.1999
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/06/2001 14:36

Direito_Saúde -- 01.03.1999
======================


Esse editorial do Jornal do Brasil,
reproduzido abaixo, foi publicado em razão
das demonstrações científicas levadas
por nós para a cobrança de esclarecimentos
pela via da Interpelação Judicial
(e antes apresentadas perante toda
a comunidade neurocientifica internacional
SEM que tenham sido possíveis constestar,
pelo contrário), desde 17 de setembro
de 1997 até o presente momento,
contra a União e o Conselho Federal de Medicina.

===

Hoje, mais de duzentas pessoas em todo o Brasil
outorgaram-nos (e elas continuam sendo enviadas)
procuração em caráter gratuito
e não oneroso para esclarecer oficialmente
os erros do procedimento declaratório da morte
encefálica junto ao CFM e a União,
o que abriu sindicância dentro
do Ministério Público Federal a respeito
contra esse Órgão de classe.

===

Erros, como o teste da apnéia (desligamento
do respirador por 10 minutos) que possuem
o único objetivo de viabilizar e aumentar o
máximo possível a realização
de transplantes de órgãos, SEM esgotar os recursos
terapêuticos existentes para salvar a vida do
_"potencial"_ doador,
retirando-os de pessoas ainda vivas
e que ainda podem ser salvas
em sua grande maioria.

===

Com base no trabalho realizado no Basil,
mais recentemente foi demonstrado e publicado
aqui e no Exterior em midias populares,
e científicas de elite, que o paciente do qual os órgãos
estão sendo extraídos está sentindo
toda a DOR do procedimento.

===

ESSE FATO já tinha sido por nós denunciado e
documentado jucialmente desde 17 de setembro
de 1997.

===

Em função disso a Revista científica dos Anestesistas,
publicada na Inglaterra, denunciou em editorial de sua
edição de maio de 2000, a presença de DOR na retirada
dos órgãos e orientou os anestesistas a fazerem
ANESTESIA GERAL nos doadores,
_"para que eles não sofressem devido ao procedimento
ARBITRÁRIO da declaração da morte encefálica"_.

===

[]'s

Celso Galli Coimbra

=================================


EDITORIAL DO JORNAL DO BRASIL
=================================
Publicado em 01.03.1999,
Caderno Brasil, página 08
=================================
MORTE SUSPEITA
=====================



" ( ... ) Transplantes são técnicas sofisticadas
de medicina de ponta, CUSTAM CARO e um sistema
de transplantes, a começar pela captação de órgãos,
deve ser tecnicamente coerente de uma ponta
a outra do processo, para evitar suspeitas de
favorecimento, corrupção e quebra de ética médica.
=======


Quantos hospitais brasileiros têm condições de medir
o fluxo do sangue no cérebro
de paciente em coma profundo?
=======


É indispensável que, quando alguém
passe a doador potencial, seja avaliado pelos
métodos mais modernos de diagnóstico e,
se não forem conclusivos, indicando lesão
irreversível, deve-se tentar SALVAR esse paciente
e não considerá-lo a priori, por falta de RECURSOS,
PREGUIÇA ou até GANÂNCIA DESENFREADA,
simples doador de órgãos.
=======

Além da DÚVIDA MÉDICA, cabe lembrar
que 80% de TODOS os transplantes realizados
no Brasil são de rim e que a maioria dos rins
pára de funcionar por hipertensão e diabetes,
cuja PREVENÇÃO é fácil e custa relativamente pouco.

===

O Governo sancionou lei tornando os brasileiros
doadores automáticos, o que, num país de fortes
desníveis sociais,
despertou suspeitas não de todo infundadas.
======


Felizmente as autoridades voltaram atrás
por pressão dos médicos e o consentimento
da família do morto voltou a ser necessário.
======

O Ministério da Saúde gastou somas enormes
em campanhas sobre transplantes,
MAS FALTOU ATENÇÃO À PREVENÇÃO
do diabetes e da hipertensão,
o que REDUZIRIA a fila de 25 mil brasileiros
à espera de um órgão.
======

A angústia para salvar uma vida
num sistema insatisfatório poderá originar
uma situação inaceitável do ponto
de vista da ética médica e até do Código Penal.
======


Estaríamos MATANDO pacientes,
em geral pobres, que poderiam ser salvos
em nome da eficiência
e da esperança dos transplantes. "

===
(os grifos são nossos)
==============================

Saiba mais sobre morte encefálica em:

http://www.epm.br/neuro/mortencefalica.htm
http://www.epm.br/neuro/apnea.htm
http://www.epm.br/neuro/opinioes.htm
http://www.epm.br/neuro/brdeath.html
http://www.epub.org.br/bjmbr/year1999/v32n12/3633c.htm
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf

======

Celso Galli Coimbra
OABRS 11352
direito_saude-owner@yahoogroups.com
c.galli@terra.com.br

==============================





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: En: [ciencialist] Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/06/2001 16:15

Roberto, por favor, não estou conseguindo perceber o qual seria o problema
com o conteúdo das msgns do Celso. Não sei se outras pessoas da lista sentem
o mesmo, mas a mim, parece que o esteja incomodando em mto, e
especialmente, e tô tentando compreender o pq.

Veja, só: fui dar uma olhada nos arquivos da lista, e vi que existe um
postado pelo Brudna, que tb é uma publicação em revista.

Desculpe estar perguntando, mas sem conseguir entender o que se passa, suas
msgns em relação a esse assunto acabam por me fazer sentir algum
constrangimento.

[]s,
Sheila.

----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
Celso, valeu, cara. Vc me fez rir um bocado...

Quase acreditei q. vc escreveu a seria esse ultima mensagem.

Abraços,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/06/2001 17:18

A nossa abordagem do assunto
morte encefálica
é objetiva e técnica.

===

Não me concedo aceitar provocações
ambíguas para o âmbito
da contenda pessoal,
que evidentemente é o objetivado
com todo esse _"riso"_ generoso
em público, mencionado na mensagem
abaixo ...

===

Suponho que "risos" não são compatíveis
com uma postura científica sobre um assunto
de tal gravidade, que já foi internacionalmente
reconhecido como cientificamente VÁLIDO.
( A Brazilian Journal é uma revista cientifica
indexada )

===

Entretanto, se houver quem quiser rir
-- dizendo eu o óbvio --
decida sobre isso com base
na percepção de ÉTICA
que possuir do que seja ciência.

===

Para todos que estão empenhados no esclarecimento
da questão morte encefálica o _"riso"_
(e o óbvio convite a ele feito para os demais ... )
é apenas irrelevante,
e nunca impediu levar adiante o que vem sendo feito.

===

Os que apenas se mobilizam a _"rir"_ ,
desde logo passaram
a ser uma confirmação de que interesses
não assumidos claramente
estão sendo contrariados (quais são ?).
Interesses estranhos à transparência
da realidade.

===

Caso contrário, poupariam seus "risos"
e enfrentariam o questionamento técnico científico
suscitado internacionalmente,
também _judicialmente_ no Brasil,
e pendente ainda (e já tarde)
de demonstração de erro ...

===

[]'s

Celso Galli Coimbra
==================

From:rmtakata@altavista.net

In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
Celso, valeu, cara. Vc me fez rir um bocado...

Quase acreditei q. vc escreveu a seria esse ultima mensagem.

Abraços,

Roberto Takata

===========================



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: En: [ciencialist] Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/06/2001 18:43

Bem, Sheila,

'a parte a resposta em pvt, envio este esclarecimento condensado 'a lista:

Vc concorda mesmo com ele q. eh uma tentativa de censura??? Q. mais posso
fazer diante de uma acusao tao imbecil e paranoica alem de rir?

O problema nunca foi o conteudo ou o tema e sim a forma sensacionalista. E
o questionamento sobre o copirraite nada tem a ver com isso.

Problemas de copirraite sao uma das minhas preocupacoes q. decorrem
naturalmente. Mas ninguem eh obrigado a saber disso, especialmente os
q. nao me conhecem de outras listas.

Veja bem, qual a prova q. ele apresenta para sustentar o trafico de
orgaos? E pra sustentar q. o diagnostico de morte encefalica eh mantida
apenas para prover os lucros dos medicos e instituicoes q. fazem
transplantes? De q. eh q, adianta entulhar a lista com isso, se os canais
adequados para tto sao a justica e o CFM?

Eh a mesma reacao q. tive em relacao ao espaco dado pela Superinteressante
para os q. defendem q. o HIV nao causa Aids, q. as vacinas fazem mais mal
do q. bem ou mais recentemente da mistura paranoica de acusoes contra a
medicina atual. Eh a mesma reacao contra os hoaxes de todo tipo e qq outra
alegacao sem fundamentacao em provas.

Ou sera' q. eu tenho mesmo uma clinica clandestina de transplantes?
(Alguem ai' precisa de um figado pra fazer um foi gras?) Alias, isto eh um
exemplo interessantissimo de como funcionam as teorias conspiratorias...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/06/2001 18:59

Olá Roberto,

> 'a parte a resposta em pvt, envio este esclarecimento condensado
> 'a lista:
>
> Vc concorda mesmo com ele q. eh uma tentativa de censura???
> Q. mais posso fazer diante de uma acusao tao imbecil e
> paranoica alem de rir?

As acusações não seriam imbecis nem paranóicas se tivessem as bases, as
fontes etc. Ao invés de rir, talvez fosse melhor perguntar para ele se têm
embasamento para falar o que falou.

> Problemas de copirraite sao uma das minhas preocupacoes q.
> decorrem naturalmente. Mas ninguem eh obrigado a saber disso,
> especialmente os q. nao me conhecem de outras listas.

De modo semelhante, seu modo de agir poderia ser visto como arrogante para
os que não sabiam que essa era uma das suas preucupações.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/06/2001 19:06

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Suponho que "risos" não são compatíveis
> com uma postura científica sobre um assunto
> de tal gravidade, que já foi internacionalmente
> reconhecido como cientificamente VÁLIDO.
> ( A Brazilian Journal é uma revista cientifica
> indexada )

Eh cientificamente valido q. o diagnostico de
morte encefalica eh mantida para q. medicos
e instituicoes q. fazem transplantes obtenham
lucro?

> Entretanto, se houver quem quiser rir
> -- dizendo eu o óbvio --
> decida sobre isso com base
> na percepção de ÉTICA
> que possuir do que seja ciência.

Eh perfeitamente etico rir diante de uma
bobagem sem tamanho como a acusacao de
censura por minha parte...

> Para todos que estão empenhados no esclarecimento
> da questão morte encefálica o _"riso"_
> (e o óbvio convite a ele feito para os demais ... )
> é apenas irrelevante,
> e nunca impediu levar adiante o que vem sendo feito.

Otimo, colija as provas do trafico de orgaos e
do diagnostico da morte encefalica sendo mantida
por esses traficantes.

> Os que apenas se mobilizam a _"rir"_ ,
> desde logo passaram
> a ser uma confirmação de que interesses
> não assumidos claramente
> estão sendo contrariados (quais são ?).
> Interesses estranhos à transparência
> da realidade.

Eh cientificamente valido essa inferencia
tbm? Alguma revista indexada publicou
q, eu defendo interesses escusos?

> Caso contrário, poupariam seus "risos"
> e enfrentariam o questionamento técnico científico
> suscitado internacionalmente,
> também _judicialmente_ no Brasil,
> e pendente ainda (e já tarde)
> de demonstração de erro ...

Primeiro: nao tenho capacitacao tecnica pra
avaliar a validade do diagnostico de morte
encefalica.

Segundo: mesmo q. o tivesse nao tenho
interesse nenhum em obstruir os estudos,
alias eu serei um beneficiado em potencial,
caso seu irmao esteja certo.

Terceiro: entao ja' q. esta' tudo encaminhado,
porq. vc nao espera pela decisao judicial?

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
CC: <hcaprini@uol.com.br>
DATE: 15/06/2001 19:16

É necessário revisar a "liberdade de expressão adjetiva"
na Internet, que esse senhor está usando.
===
Em motores de busca elas ficarão por muito tempo,
associadas ao nome contra quem foi dirigida.
===
E, então, essa permissividade de expressão
pode ser analisada sob a tipificação penal
da injúria, calúnia e difamação.
===
INCORRE em erro o Sr. Takata ao comparar os fatos
com publicações da "Superinteressante".
===
As publicações que disponibilizei ESTÃO em veículos
científicos de seriedade que NÃO possuem termo de
comparação com essa revista, que de científico nada
tem.
===
Elas estão na BRAZILIAN JOURNAL OF MEDICAL AND
BIOLOGICAL RESEARCH (1999) 32:1479 - 1487.
===
Publicação de inteira IDONEIDADE internacional
e INDEXADA.
===
Também disponibilizei na edição da Revista
CIÊNCIA HOJE, de junho de 2000.
===
Existem muitas outras. Mas essas são suficientes.
===
AS PUBLICAÇÕES DESSAS REVISTAS
NADA TÊM DE SENSACIONALISTAS
OU PARANÓICAS, como quer o insinuar o missivista
Roberto Takata.
===
A TERGIVERSAÇÃO agora aportada para
o desvio do _"tráfico de órgãos"_ é argumento
de quem não tem qualquer um válido.
===
A questão sustentada CLARAMENTE é a do ERRO
DECLARATÓRIO DO MOMENTO
DA IRREVERSIBILIDADE DA MORTE
ENCEFÁLICA.
===
Isso ficou muito claro, para não ter sido entendido.
===
O "desentendimento" quanto ao enfoque
VERDADEIRO é oportunista.
===
Atitudes _"analíticas"_, vindas de quem se considera
cientista e cético, AUSENTES da honesta fidelidade aos
FATOS e à apresentação dos argumentos e idéias
da parte contrária representam SIM,
forma de CENSURA indireta pela busca
do descrédito da pessoa, SEM a honestidade
intelectual de enfrentar ARGUMENTOS, que
estão nos registros FILES dessa lista.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
=================
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Friday, June 15, 2001 6:43 PM
Subject: En: [ciencialist] Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.


Bem, Sheila,

'a parte a resposta em pvt, envio este esclarecimento condensado 'a lista:

Vc concorda mesmo com ele q. eh uma tentativa de censura??? Q. mais posso
fazer diante de uma acusao tao imbecil e paranoica alem de rir?

O problema nunca foi o conteudo ou o tema e sim a forma sensacionalista. E
o questionamento sobre o copirraite nada tem a ver com isso.

Problemas de copirraite sao uma das minhas preocupacoes q. decorrem
naturalmente. Mas ninguem eh obrigado a saber disso, especialmente os
q. nao me conhecem de outras listas.

Veja bem, qual a prova q. ele apresenta para sustentar o trafico de
orgaos? E pra sustentar q. o diagnostico de morte encefalica eh mantida
apenas para prover os lucros dos medicos e instituicoes q. fazem
transplantes? De q. eh q, adianta entulhar a lista com isso, se os canais
adequados para tto sao a justica e o CFM?

Eh a mesma reacao q. tive em relacao ao espaco dado pela Superinteressante
para os q. defendem q. o HIV nao causa Aids, q. as vacinas fazem mais mal
do q. bem ou mais recentemente da mistura paranoica de acusoes contra a
medicina atual. Eh a mesma reacao contra os hoaxes de todo tipo e qq outra
alegacao sem fundamentacao em provas.

Ou sera' q. eu tenho mesmo uma clinica clandestina de transplantes?
(Alguem ai' precisa de um figado pra fazer um foi gras?) Alias, isto eh um
exemplo interessantissimo de como funcionam as teorias conspiratorias...

[]s,

Roberto Takata

==================================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/06/2001 19:25



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> Ou sera' q. eu tenho mesmo uma clinica clandestina de transplantes?

É claro que tem. E uma fábrica de vacinas ... e também é dono de
várias patentes de envolvem o HIV. Eu tenho uma fábrica de DDT. Quer
comprar uma tonelada ?

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
CC: <hcaprini@uol.com.br>
DATE: 15/06/2001 19:41

Não tergiverse.
===
O assunto objeto de publicação CIENTÍFICA
em revista internacional INDEXADA
é o erro declaratório do momento da
IRREVERSIBILIDADADE da morte
encefálica.
===
NÃO a outra questão do tráfico de órgãos.
===
Se o interlocutor não tem capacitação
técnica para avaliar esse assunto,
como ele próprio diz,
sobre ele não se manifeste
de forma conclusiva e adjetiva à minha pessoa,
nem OBSTRUA sua divulgação com distorções,
como a do _"tráfico de órgãos"_.
===
Isso não é ético.
===
A decisão NÃO vai ser judicial, ainda.
===
Ela vai vir do debate HONESTO e
transparente dentro do meio
científico, enfrentando as questões
técnicas opostas pela vida judicial,
DEVIDO à necessidade de
absoluta formalidade e contundência
na apresentação das mesmas.
===
O procedimento judicial desencadeado
tem por objeto prevenir responsabilidades
criminais e civis de quem se OMITIR em
esclarecer assunto que diz respeito
à declaração de morte de um universo
indefinido de pessoas dentro da sociedade.
===
E que tem a responsabilidade legal em fazê-lo.
===
Também é a MAIS forte alternativa
de exercício do direito de exigência de esclarecimento
aos órgãos públicos que pode ser feito por cidadãos.
===
Direito assegurado na Constituição Federal.
===
Não possui prestação jurisdicional,
porque não é litigioso.
===
Mas para o futuro, confirmada a procedência
da Interpelação, servirá como prova de má fé dos
responsáveis por esse esclarecimento.
===
ENTÃO, entendam-se todos eles (civil e criminalmente)
com as famílias dos supostos mortos encefálicos dos quais
retiraram os órgãos ao longo de todos esses anos.
===
O tempo corre contra a irresponsabilidade em
enfrentar o assunto, com o único objetivo
declarado textualmente de "MANTER A IMAGEM
DA MEDICINA".
===
Esse assunto vem sendo objeto de TOTAL censura
dentro do Brasil, enquanto no exterior tudo o que
está acontecendo, e vem sendo publicado,
tem suas origens aqui.
===
Ao contrário do que pensa (individualmente)
o interlocutor, é DIREITO da coletividade
ter acesso a informações que têm tanto
efeito sobre suas vidas e a de seus
familiares. o EFEITO de vida ou morte.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
From: rmtakata@altavista.net
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Friday, June 15, 2001 7:06 PM
Subject: [ciencialist] Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Suponho que "risos" não são compatíveis
> com uma postura científica sobre um assunto
> de tal gravidade, que já foi internacionalmente
> reconhecido como cientificamente VÁLIDO.
> ( A Brazilian Journal é uma revista cientifica
> indexada )

Eh cientificamente valido q. o diagnostico de
morte encefalica eh mantida para q. medicos
e instituicoes q. fazem transplantes obtenham
lucro?

> Entretanto, se houver quem quiser rir
> -- dizendo eu o óbvio --
> decida sobre isso com base
> na percepção de ÉTICA
> que possuir do que seja ciência.

Eh perfeitamente etico rir diante de uma
bobagem sem tamanho como a acusacao de
censura por minha parte...

> Para todos que estão empenhados no esclarecimento
> da questão morte encefálica o _"riso"_
> (e o óbvio convite a ele feito para os demais ... )
> é apenas irrelevante,
> e nunca impediu levar adiante o que vem sendo feito.

Otimo, colija as provas do trafico de orgaos e
do diagnostico da morte encefalica sendo mantida
por esses traficantes.

> Os que apenas se mobilizam a _"rir"_ ,
> desde logo passaram
> a ser uma confirmação de que interesses
> não assumidos claramente
> estão sendo contrariados (quais são ?).
> Interesses estranhos à transparência
> da realidade.

Eh cientificamente valido essa inferencia
tbm? Alguma revista indexada publicou
q, eu defendo interesses escusos?

> Caso contrário, poupariam seus "risos"
> e enfrentariam o questionamento técnico científico
> suscitado internacionalmente,
> também _judicialmente_ no Brasil,
> e pendente ainda (e já tarde)
> de demonstração de erro ...

Primeiro: nao tenho capacitacao tecnica pra
avaliar a validade do diagnostico de morte
encefalica.

Segundo: mesmo q. o tivesse nao tenho
interesse nenhum em obstruir os estudos,
alias eu serei um beneficiado em potencial,
caso seu irmao esteja certo.

Terceiro: entao ja' q. esta' tudo encaminhado,
porq. vc nao espera pela decisao judicial?

[]s,

Roberto Takata


===========================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Diagnostico da morte encefalica em xeque .Folha de Sao Paulo 19.12.1999
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/06/2001 20:14

Direito_Saúde -- 19.12.1999
==========================
Publicado na
===
Folha de São Paulo - 19.12.1999 - Tendências/Debates
============================================

Diagnóstico da morte encefálica em xeque
====



--------------------------------------------------------------------
Sendo os critérios usados hoje corretos, sairão fortalecidos da discussão honesta
--------------------------------------------------------------------


CÍCERO GALLI COIMBRA



===

Os meios de comunicação têm, uma vez mais,
um papel importante a desempenhar.
Sérios questionamentos relativos à validade
dos critérios correntes para o diagnóstico de
morte encefálica estão sendo oferecidos
à classe médica, após haverem passado pelas
avaliações do corpo editorial da mais bem
conceituada revista médica nacional
("Brazilian Journal of Medical and Biological Research")
e da comissão organizadora do
Terceiro Simpósio Internacional sobre Coma e Morte
(Cuba, fevereiro de 2000).


===

Mesmo reconhecida pelo pensamento científico honesto,
sem a atenção da mídia, a crítica ora apresentada poderá
levar mais de uma década para vencer o ostracismo
e a indiferença, bem como a vaidade e o interesse
ofendidos, para só então alterar a abordagem
do paciente neurológico grave.

===

Para o diagnóstico de morte encefálica,
após um traumatismo craniano severo,
por exemplo, verifica-se a presença de coma
profundo com ausência dos chamados
"reflexos cefálicos" (sinais que requerem
o concurso do encéfalo, tais como o fechamento
das pupilas pela exposição à luz).

===

A seguir, submete-se o paciente ao chamado
"teste da apnéia", que consiste no desligamento
do respirador por até dez minutos para elevar a
concentração de gás carbônico (CO2) no sangue,
de forma a estimular o centro respiratório
encefálico. O teste é precedido e acompanhado
de medidas destinadas a evitar a desoxigenação
do sangue. A ausência de resposta respiratória
levaria à fase final do diagnóstico: um exame
confirmatório, como o eletroencefalograma
ou a angiografia.

===

Ao serem tais critérios propostos, há 30 anos,
imaginava-se que, quando houvesse desaparecido
o último dos reflexos cefálicos, a circulação
cerebral haveria cessado em decorrência da
máxima elevação da pressão no interior do
crânio, pela progressão do edema
("inchaço") cerebral. Como o cérebro não
sobrevive nessas condições,
a documentação desse estado por algumas
horas traria a certeza da irreversibilidade da lesão.

===

Hoje, ao contrário,
se sabe que essas funções neurológicas
tornam-se reversivelmente suprimidas com
um fluxo de sangue inferior a apenas
50% a 60% do normal. A morte das células,
no entanto, somente ocorre com a redução
para abaixo de 15% a 20% do normal.
Portanto pacientes com irrigação cerebral
entre tais limites podem
ser erradamente apontados como mortos.


===

Pior: a despeito de monitoração
rigorosa das funções vitais, o CO2 elevado
pelo teste da apnéia provoca queda severa
da pressão arterial (em 40% dos casos)
e paradas cardíacas irreversíveis,
além de elevar ainda mais a pressão
no interior do crânio, determinando
o colapso irrecuperável da circulação
intracraniana e tornando
inúteis os exames confirmatórios.

===

Ao contrário, pacientes dependentes
do respirador, mas não submetidos
à apnéia, apesar de encontrarem-se
com pupilas dilatadas e sem resposta
à luz, têm sido recuperados pela redução
da temperatura corporal (hipotermia)
em 4C (de 37C para 33C) ao longo
de 12 a 24 horas, reassumindo a vida
profissional normal meses após o acidente.
A hipotermia tem recuperado, a esse ponto,
70% dos casos de trauma craniano severo,
contrastando com os 7% obtidos
com terapias tradicionais.


===


Familiares de vítimas de traumatismo
craniano grave ou parada cardíaca prolongada
devem desautorizar a realização da apnéia
e solicitar ao médico que considere a hipotermia.
Mesmo a angiografia não confere segurança
ao diagnóstico, pois pacientes que têm mantida
a função da região do cérebro que controla
a temperatura do corpo podem não
apresentar imagens vasculares nesse exame,
demonstrando-se a sua limitação.


===


Ao verificarem que os acidentados hipotérmicos,
pela exposição do corpo ao clima frio antes
do resgate, vinham a recuperar-se,
os propositores dos atuais critérios
desconsideraram seu potencial terapêutico,
chamando-o apenas "critério de exclusão".


===


======

Milhares de vidas jovens e úteis perdidas
anualmente no Brasil, em cuja educação
e formação profissional o país investiu
longamente, seriam recuperáveis por esse
tratamento (do qual o ator Gerson Brenner
se beneficiou).
Engajados no Sistema Nacional de
Captação de Órgãos, com ênfase para o
diagnóstico precoce de morte encefálica,
a maioria dos hospitais públicos não
possui aparelhagem para aplicação
da hipotermia, nem entre seus diretores
se verifica interesse na sua aquisição,
configurando-se situação
deplorável sob o ponto de vista ético.


===


Quem teme a verdade?
Sendo os critérios corretos,
sairão fortalecidos da discussão honesta.
Caso contrário,
após o decurso de dez anos
para reconhecimento de sua falibilidade,
muitos milhares de vidas terão sido perdidas,
levando suas famílias à dor
e ao desamparo sem necessidade.
Sendo corrigidos rapidamente,
os transplantes passarão a ser feitos com ética,
consciência e segurança.



--------------------------------------------------------------------------

Cícero Galli Coimbra,
44, médico neurologista
pós-doutorado pela Universidade de Lund (Suécia),
professor livre-docente
da Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp) e autor de artigo sobre o assunto publicado
em 1/12/1999 na
"Brazilian Journal of Medical and Biological Research"
____________________________________________________________________________________

Saiba mais sobre morte encefálica em:
===
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
http://www.epm.br/neuro/mortencefalica.htm
http://www.epm.br/neuro/apnea.htm
http://www.epm.br/neuro/opinioes.htm
http://www.epm.br/neuro/brdeath.html
http://www.epub.org.br/bjmbr/year1999/v32n12/3633c.htm
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf

===================================

http://groups.yahoo.com/group/direito_saude
===================================




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Morte encefalica eh posta sob suspeita. O Custo do Diagnostico. Jornal do Brasil -- 21.02.2000
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
CC: <hcaprini@uol.com.br>
DATE: 15/06/2001 20:34

Direito_Saúde -- 21.02.1999
======================
Morte encefálica é posta sob suspeita.
O Custo do Diagnóstico.
Jornal do Brasil 21.02.2000
==============================


Publicado em.: 21/02/1999
Fonte..: JORNAL DO BRASIL
Editoria: Brasil
Página: 07
Edição.: 1ª
========
Morte encefálica é posta sob suspeita
========
Base legal para
transplantes na mira
de advogado gaúcho
===


JOSÉ MITCHELL

===

PORTO ALEGRE _
"Estupefato com as confissões de médicos",
o advogado gaúcho Celso Galli Coimbra denunciou
ontem que transcrições literais de duas reuniões
do Conselho Regional de Medicina de São Paulo
(Cremesp)
"revelaram que também que se declara
morte encefálica _ base legal para transplantes _
para reduzir gastos de internações e tratamentos".

===

"Houve médicos que assumiram que o
diagnóstico de morte encefálica é,
na verdade, prognóstico.
E se há prognóstico para uma decisão
de morte encefálica, há uma situação
de homicídio de pacientes", diz Celso Coimbra.
Ele prossegue: "mais grave ainda é que
boa parte dos participantes da reunião
foi responsável pela elaboração dos critérios
de morte encefálica incluídos na Resolução
1480 do Conselho Federal de Medicina (CFM)
que regulamentou a Lei de Transplantes".

===

PROCESSO _
As transcrições das duas reuniões do Cremesp,
dos dias 21 de janeiro e 11 de fevereiro do ano
passado, divulgadas por Celso Coimbra,
foram anexadas pelo próprio Conselho para se
defender num processo que tramita na
19º Vara Federal de São Paulo.
Nesta ação contra o Cremesp,
o neurologista Cícero Galli Coimbra
(irmão do advogado Celso Coimbra)
defende seu direito de livre expressão científica
garantido na Constituição.
Ele faz pesquisas sobre hipotermia
(esfriamento do corpo) que, alega,
poderiam salvar pacientes incluídos
nos parâmetros de morte encefálica,
cuja fundamentação científica garante inexistir.

===

Com esse processo,
que aguarda decisão da juíza federal
Vera Lúcia Rosa Jucovsky,
Cícero quer trancar processo administrativo
do Cremesp contra ele.
Cícero é acusado de infringir o artigo 133
do Código de Ética Médica,
que veda aos médicos divulgarem fora do meio
científico tratamento não expressamente
reconhecido por órgão competente.

===

RESOLUÇÃO _
Como o processo é público,
pela primeira vez na história recente
da medicina brasileira a sociedade
pode saber detalhes mantidos em sigilo até hoje,
como a identidade de alguns dos pesquisadores
que elaboraram a regulamentação
da Lei dos Transplantes através
da Resolução do CFM.
Isso era "desconhecido até hoje pela
população brasileira, embora a resolução
do CFM tenha entrado em vigor ano passado
e envolva a vida e a morte das pessoas",
critica Celso.

===

E mais:
ele diz que embora o Congresso Nacional
tenha designado especificamente o
Conselho Federal de Medicina (CFM) para
determinar os critérios de morte encefálica,
as atas da Cremesp revelam que a minuta
da resolução do Conselho Federal de Medicina
(CFM) não foi feita pelo CFM, mas por um comitê
de especialistas do Conselho Regional
de Medicina de São Paulo.
"No mínimo eles deveriam ter a honestidade
de assumir que foram eles os autores.
Por que manter essas informações escondidas?.
Por que os pesquisadores devem ficar no anonimato ?",
questionou.

===

Na reunião do Cremesp
de 21 de janeiro de 1998,
o conselheiro e neurologista Célio Levyman
contou que o CFM "delegou" a uma câmara
técnica do Cremesp "a preparação de uma minuta
de Resolução", que "foi diretamente para a
plenária do CFM e como tal foi aprovada
como a Resolução 1480 de 1997".

===

A neuropediatra e conselheira do Cremesp
Irene Abramovich acrescentou na reunião,
se referindo ao colega Célio:
"Nós montamos esta comissão aqui,
foi levada para o Federal que endossou uma
opinião técnica dos profissionais de São Paulo
de reconhecido e notório saber".
E confirmou: "O CFM assumiu para si a resolução".

===

EXAMES _
Nos diversos depoimentos dos médicos,
houve um entendimento GENERALIZADO
de que bastariam exames clínicos para a
declaração da morte encefálica.
Mesmo assim, conforme os depoimentos
no Cremesp, se realizam exames
complementares para comprovação
da morte encefálica a fim de
PROTEGER OS MÉDICOS DE POSSÍVEIS
PROCESSOS, como admitiu um dos participantes
da primeira reunião e também DIRETOR do
Conselho Federal de Medicina,
NEI MOREIRA DA SILVA:
"A preocupação nossa é em um país que tem
um sistema jurídico complicado como o Brasil
você não ter algo documental em relação a isso.
FOI POR AI A DECISÃO,
disse o médico,
conforme a página 1.015 do processo.



==================================
O custo do diagnóstico
==================================


PORTO ALEGRE _
"É fundamental entender também
que infelizmente no mundo atual o
CUSTO/BENEFÍCIO é uma coisa muito importante.
Hoje em dia o FLUXO DE DINHEIRO
permeia todas as atividades humanas.
Então, não só para mitigar o sofrimento
do paciente como para mitigar o
sofrimento da família,
TAMBÉM MITIGA-SE O GASTO EXCESSIVO
com o diagnóstico de morte encefálica".

====

Assim,
o Chefe da Disciplina de Neurologia
da Escola Paulista de Medicina,
Alberto Alan Gabbai (página 972 do processo),
na segunda reunião do Cremesp em 11 de fevereiro
de 1998, JUSTIFICOU um dos motivos para o
diagnóstico de morte encefálica.
"É uma confissão de que pacientes
não são salvos para reduzir gastos",
acusou o advogado Celso Coimbra.

====

Gabbai defendeu os critérios de morte
encefálica e disse que o médico,
ao saber da causa dessa morte pode,
com seu diagnóstico,
"mitigar o sofrimento desnecessário do doente".

====


PROGNÓSTICO _
Celso Coimbra aponta as indefinições
dos médicos entre prognóstico e diagnóstico
de morte encefálica, advertindo que a primeira
"caracteriza o assassinato de pacientes
no caso de declaração de morte encefálica".

====

Nos depoimentos no Cremesp,
o médico Luiz Manreza pergunta:
"É que o conceito de morte encefálica
é realmente prognóstico ou diagnóstico?.
O que é importante para o nosso conceito
é um conceito de impossibilidade de retorno
a uma qualidade de vida".
Mais incisivo (na página 963 do processo),
o professor da Faculdade de Ciências
Médicas da Santa Casa (SP) Wilson Sanvito
acrescenta: "eu acho que o mais importante
que o diagnóstico é o prognóstico.
QUAL A DIFERENÇA ?".

===
E salienta:
===
"O que interessa à família
e o que interessa fundamentalmente
à comunidade médica é se aquele indivíduo
vai sair do coma ou não.
Se é um coma irreversível
ou se ele é viável para a vida.
Isso é um prognóstico.
E DAÍ, QUAL É O PROBLEMA?
Isto é uma heresia?
Isto é má prática de medicina?
Eu acho que não se configura isso".

===

TRATOR _
Celso Coimbra chamou atenção
para o pronunciamento do neurologista
paulista Luiz Augusto Franco de Andrade,
na reunião do Cremesp, sobre como seria
tratado um neurologista COMUM,
sem títulos universitários,
que contestasse os critérios de morte encefálica,
como estava fazendo o neurologista
e professor Cícero Coimbra
(irmão de Celso e pivô das reuniões do Cremesp).
Luiz de Andrade dirigiu-se assim para Cícero:

====

"Se não fosse o senhor membro
desta Escola [Paulista de Medicina],
professor de lá, chefe de uma disciplina,
o senhor não estaria sendo convidado
hoje e nem estariam sendo discutidas
as suas opiniões,
PASSAVA POR CIMA COMO UM
ROLO COMPRESSOR E FIM"
(página 987 do processo judicial).
(J.M.)

===
Total de Palavras: 1095
(grifos nossos)
====================
Saiba mais sobre morte encefálica em:

http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
http://www.epm.br/neuro/mortencefalica.htm
http://www.epm.br/neuro/apnea.htm
http://www.epm.br/neuro/opinioes.htm
http://www.epm.br/neuro/brdeath.html
http://www.epub.org.br/bjmbr/year1999/v32n12/3633c.htm
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf

=====================
http://groups.yahoo.com/group/direito_saude
=====================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Editorial da Revista Ciencia Hoje, No. 161 -- Junho de 2000
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/06/2001 22:06

===
A Revista CIÊNCIA HOJE,
edição 161, de junho de 2000,
publicou o Artigo
"Falhas no Diagnóstico da Morte Cerebral".
===
Esse artigo encontra-se na área de Files
dessa lista (com licença de seu Autor, o que era
óbvio considerando quem é o Autor) para
quem quiser tomar conhecimento,
e pode também ser acessado pelo link abaixo
colocado.
===
Essa idônea Revista -- que _NADA_ tem sequer
remotamente de _"sensacionalista"_ -- como foi
acusado sobre esse assunto pelo Sr. Takata,
firmou sobre o artigo em questão,
no seu EDITORIAL, a seguinte posição:
===
" Ciência Hoje aponta também para uma questão
CRUCIAL que pode transformar milhares de vidas.
Os critérios usados no Brasil e em diversos outros
países para diagnosticar morte cerebral de um
paciente, PERMITINDO a retirada de órgãos para
transplantes são inadequadas.
Muitas das pessoas que têm a morte cerebral
diagnosticada a partir dos exames exigidos
atualmente poderiam se recuperar e retomar
sua vida NORMAL se fossem submetidas
à hipotermia - resfriamento do corpo,
de 37 graus C para 33 graus C,
por um período entre 12 a 24 horas.
ESSES DADOS mostram que é preciso reavaliar
URGENTEMENTE os critérios hoje adotados
pelo Conselho Federal de Medicina. "
====
(grifos nossos)
====
[]'s
Celso Galli Coimbra
===================================
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===================================

Saiba mais sobre morte encefálica em:
http://www.epm.br/neuro/mortencefalica.htm
http://www.epm.br/neuro/apnea.htm
http://www.epm.br/neuro/opinioes.htm
http://www.epm.br/neuro/brdeath.html
http://www.epub.org.br/bjmbr/year1999/v32n12/3633c.htm
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
=================================================
http://groups.yahoo.com/group/direito_saude
===================================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Contagem
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/06/2001 22:40

Olá pessoal e Leo especialmente.

Alguém tem alguma sugestão para resolver o problema do bom homem abaixo !
(não vale usar os métodos do Malba Tahan de contar pernas e orelhas e
dividir por 4, descontando os aleijados, é claro.)
[s] Neville
----------------------------------------------
Can anyone recommend systems for counting people as they enter a building?
I am specifically looking for a system that can reliably count people as
they enter a museum through a relatively wide entrance way.
Many thanks
Ben Gammon

Ben Gammon
Head of Visitor Research
Science Museum, London
SW7 2DD
0171 942 4843
-------------------------------------------------



SUBJECT: En: [ciencialist] Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/06/2001 22:46

----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>

Bem, Sheila,

'a parte a resposta em pvt, envio este esclarecimento condensado 'a lista:

Vc concorda mesmo com ele q. eh uma tentativa de censura??? Q. mais posso
fazer diante de uma acusao tao imbecil e paranoica alem de rir?

**Não falo da questão de censura ou outra em especial. Falo genericamente.
Se a acusação a que se refere é a de tráfico de órgão, embora eu não seja
das pessoas mais inteligentes, expertas, e bem informadas, creio que o erro
não esteja em mim ao acreditar que exista um comércio paralelo de órgãos.
Concordo que, ao menos por enquanto, seja uma questão de crença, assim como
é minha crença que exista tráfico ilegal de gemas.
Na verdade, não foi esse o assunto que vi gerando inicial indignação sua, e
sim um assunto que torna a ser debatido aqui nessa lista sobre o diagnóstico
de morte encefálica.
Talvez eu tenha entendido mal, logo, minha pergunta é condizente.**

O problema nunca foi o conteudo ou o tema e sim a forma sensacionalista. E
o questionamento sobre o copirraite nada tem a ver com isso.

** Quanto a palavra "sensacionalista", conpreendo o que diz (não tenho me
mostrado sendo uma pessoa que não busque entender palavras e termos
empregado em msgns aqui), porém, pelo que li a respeito do assunto,
pessoalmente não empregaria a mesma palavra. Tampouco não usaria a palavra
"alarmista" nesse caso, pois vejo problema do diagnóstico de morte
encefálica, sendo algo real e de grande importância.**

Problemas de copirraite sao uma das minhas preocupacoes q. decorrem
naturalmente. Mas ninguem eh obrigado a saber disso, especialmente os
q. nao me conhecem de outras listas.

**O que me chamou a atenção foi existir já um anexo no arquivo da lista, em
igual condição, e não ser mencionado qdo vc levantou a questão.
Mas como vc me exclareceu, o problema do copirraite não faz parte do
problema.**

Veja bem, qual a prova q. ele apresenta para sustentar o trafico de
orgaos? E pra sustentar q. o diagnostico de morte encefalica eh mantida
apenas para prover os lucros dos medicos e instituicoes q. fazem
transplantes? De q. eh q, adianta entulhar a lista com isso, se os canais
adequados para tto sao a justica e o CFM?

**Penso que seria o mesmo, se eu dissesse que msgns aqui postadas,
referentes a religião, devessem ser discutidas em outro lugar. Não estou me
lembrando agora, mas, nos ultimos tempos, e nisso já vai pelo menos mais de
um mês, existiram outros temas longe de serem "científicos" que passaram
pela lista.
Talvez seja a minha opinião a de uma pessoa de pouca visão.
Aqui, foi dito que homeopatia, que há mto tem o aceite dos conselhos éticos
de medicina e de farmácia, é um embuste permitido por esses órgãos. Se
existem provas ou não da afirmação, penso, não aqui foram mostradas.**

Eh a mesma reacao q. tive em relacao ao espaco dado pela Superinteressante
para os q. defendem q. o HIV nao causa Aids, q. as vacinas fazem mais mal
do q. bem ou mais recentemente da mistura paranoica de acusoes contra a
medicina atual. Eh a mesma reacao contra os hoaxes de todo tipo e qq outra
alegacao sem fundamentacao em provas.

** Desculpe, não penso que o caso seja análogo.Falha minha, talvez.**

Ou sera' q. eu tenho mesmo uma clinica clandestina de transplantes?
(Alguem ai' precisa de um figado pra fazer um foi gras?)

** Não só não disse nada disso, como não estou supondo tal coisa. No
entanto, pensei que vc pudesse ter alguma informação, que ainda não tivesse
apresentado.

Olhe... se me perguntarem se tenho alguma idéia sobre a existência de
tráfico de gemas, à manipulação de relatórios sobre meio ambiente, digo que
não tenho qq notícia de que tais coisas existam. Mas não considero o assunto
como sendo parte da crença de alguém.**

Alias, isto eh um
exemplo interessantissimo de como funcionam as teorias conspiratorias...

** Não compreendi...**

[]s,
Sheila.



SUBJECT: Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/06/2001 15:22

Pessoal, deletem esta mensagem. Sera' longa

--- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
> ----- Original Message -----
> From: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@a...>
> Vc concorda mesmo com ele q. eh uma tentativa de censura??? Q. mais
> posso fazer diante de uma acusao tao imbecil e paranoica alem de rir?
>
> **Nao falo da questao de censura ou outra em especial. Falo
genericamente.

So' q. a questao nao eh generica. Vc achou estranho eu rir. Eu ri porq. me
acusaram de censura. Nao tenho nem instrumentos nem inclinacao para isso.
Ou eu nao tenho o direito de rir de algo tao despropositado?

Ele pode acusar medicos de fazerem parte de um plano sordido de
enriquecimento 'as custas de vida humana e o pessoal da lista nao pode nem
fazer piada sobre advogados sem ser ameacado de processo...

Outro ponto, se a pessoa acha q. existe trafico de orgaos o problema eh
dela. Mas se ela acusa essa existencia, entao q. se estabelecam provas.
Nao posso exigir q. alguem paute suas afirmacoes (e nagacoes) em algo mais
bem embasado? Isso eh diferente do q. eu tenho feito em relacao a qq outro
assunto?


> ** Quanto a palavra "sensacionalista", conpreendo o que diz (nao tenho
(corte...)
> "alarmista" nesse caso, pois vejo problema do diagnostico de morte
> encefalica, sendo algo real e de grande importancia.**

Eu falo em sensacionalismo qdo se diz q. o diagnostico de morte encefalica
eh mantido como tal para proteger os interesses dos medicos e instituicoes
q. fazem o transplante. Vc nao empregaria o termo sensacionalismo a tal
acusacao sem provas? Eu emprego. Do mesmo modo como o emprego qdo falam q.
os acidentes da petrobras sao propositais, q. a crise energetica foi
planejada ou o ufanismo pela qualidade da carne brasileira contra o
imperio do mal canadense...

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9839
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9834
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9651
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9349
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/8738
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/8702

Infelizmente vc se deixou enganar, nao tem nada a ver com a morte
encefalica em si. E isso ja' ocorreu antes:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/2931
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/2912
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/2530

> **O que me chamou a atencao foi existir ja' um anexo no arquivo da
> lista, em igual condicao, e nao ser mencionado qdo vc levantou a
> questao. Mas como vc me exclareceu, o problema do copirraite n‹o faz
> parte do problema.**

Eis o ponto. Ja' existia. Se nao se pediu a autorizacao faz mal. Eu
nao sou representante do Ecad ou da ABDR ou coisa similar. Mas
me preocupo com isso por dois motivos: a coisa em si, q. nao eh
certa. E com as consequencias eventuais q a pessoa, em geral amiga,
por vezes nao, possa ter. E' o mesmo cuidado q. tomo qdo vejo
pessoas brincando com, sei la', fogo ou em local perigoso. Ja'
passei os links mostrando como isso nao eh um ataque gratuito,
alias nem eh um ataque de minha parte, mas sim tao somente
uma preocupacao (e ocasionalmente por vezes pra pentelhar, como faco com
meus colegas q. fumam).

> **Penso que seria o mesmo, se eu dissesse que msgns aqui postadas,
> referentes a religiao, devessem ser discutidas em outro lugar. Nao estou
> me lembrando agora, mas, nos ultimos tempos, e nisso ja' vai pelo menos
> mais de um mes, existiram outros temas longe de serem "cientificos" que
> passaram pela lista.

Agora vc esta' me acusando de incoerente ou capcioso.

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/5568
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9406
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/8837
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/2621

Mas eh claro q. podem me acusar de nao cumprir (pelo menos algumas)
promessas:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/4839

> Aqui, foi dito que homeopatia, que ha' mto tem o aceite dos conselhos
> eticos de medicina e de farmacia, e' um embuste permitido por esses
> orgaos. Se existem provas ou nao da afirmacao, penso, nao aqui foram
> mostradas.**

Bem, vc o q. entende dessas postagens -- fora a de outros membros --?

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9393
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/5127?threaded=1
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/5155

> Eh a mesma reacao q. tive em relacao ao espaco dado pela
> Superinteressante para
(corte...)
> alegacao sem fundamentacao em provas.
>
> ** Desculpe, nao penso que o caso seja analogo.Falha minha, talvez.**

Alegacao sem apresentacao de provas. Ele diz q. o CFM se recusa a rever os
padroes de diagnostico de morte encefalica para defender interesses
financeiros obtidos com o transplante ou ainda pior com a venda desses
orgaos.

> Ou sera' q. eu tenho mesmo uma clinica clandestina de transplantes?
> (Alguem ai' precisa de um figado pra fazer um foi gras?)
>
> ** Nao so' nao disse nada disso, como nao estou supondo tal coisa. No
> entanto, pensei que vc pudesse ter alguma informacao, que ainda nao
> tivesse apresentado.

Estou falando da insinuacao de Coimbra de q. eu teria algum interesse
oculto em minha insistencia para q. ele apresente dados, informacoes,
indicios ou provas da afirmacao dele de q. existe o trafico...

A mencao 'a clinica clandestina eh apenas uma brincadeira com essa
insinuacao...

> Olhe... se me perguntarem se tenho alguma ideia sobre a existencia de
> trafico de gemas, a manipulacao de relatorios sobre meio ambiente, digo
> que nao tenho qq noticia de que tais coisas existam. Mas nao considero o
> assunto como sendo parte da crenca de alguem.**

Estou tao somente pedindo q. ele mostre as provas da existencia do
trafico, de q. os medicos nao mudam o diagnostico de morte encefalica para
manter seus lucros...

> Alias, isto eh um exemplo interessantissimo de como funcionam as teorias
> conspiratorias...
>
> ** Nao compreendi...**

A pessoa insinua coisas e o incauto passa a imaginar. Vc foi vitima e
agora nos estamos brigando aqui. Eu tenho q. explicar porq. ri diante de
uma acusao ridicula de censura, tenho q. explicar a minha posicao de
exigir embasamento das acusacoes e eu eh q. terei q. provar q. nao tenho
nenhum interesse por tras...

Teorias conspiratorias funcionam assim. Cria-se uma historia ficticia ou
nao e tecem-se conjecturas sobre a motivacao oculta por tras dessa
historia. Area-51, caso Roswell, a entrega da Copa pelo Brasil na Franca,
a estranha criatura do McDonalds...

Podem ser verdade? Podem. Mas onde estao as provas?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/06/2001 15:25

--- In ciencialist@y..., "Gabriel Antunes" <gabriel101@u...> wrote:
> Olá Roberto,

> As acusações não seriam imbecis nem paranóicas se tivessem as bases, as
> fontes etc. Ao invés de rir, talvez fosse melhor perguntar para ele se tê=
m
> embasamento para falar o que falou.

E nao o fiz?

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9948

Mas ri foi eh da acusao de q. eu estaria censurando... Leia o titulo da
mensagem...

> > Problemas de copirraite sao uma das minhas preocupacoes q.
> > decorrem naturalmente. Mas ninguem eh obrigado a saber disso,
> > especialmente os q. nao me conhecem de outras listas.
>
> De modo semelhante, seu modo de agir poderia ser visto como arrogante par=
a
> os que não sabiam que essa era uma das suas preucupações.

Tem toda razao. Peco desculpas.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Editorial da Revista Ciencia Hoje, No. 161 -- Junho de 2000
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/06/2001 15:29

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Esse artigo encontra-se na área de Files
> dessa lista (com licença de seu Autor, o que era
> óbvio considerando quem é o Autor) para

E tbm do outro autor? Sao dois textos. E da edicao da
revista? O copirraite nao eh da CH? Ou sao dos autores?

> Essa idônea Revista -- que _NADA_ tem sequer
> remotamente de _"sensacionalista"_ -- como foi
> acusado sobre esse assunto pelo Sr. Takata,
> firmou sobre o artigo em questão,
> no seu EDITORIAL, a seguinte posição:

Nao invente coisas. Eu disse q. sensacionalismo eh
acusar os medicos de nao reverem o diagnostico por
interesses financeiros e q. existe um trafico de orgaos e
tudo isso sem provas.

A CH nao disse isso. E nem o seu irmao no texto.
Quem fez essa acusao foi vc. E ainda espero pelas
provas.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: En: [ciencialist] Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/06/2001 15:39

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> > Ou sera' q. eu tenho mesmo uma clinica clandestina de transplantes?
>
> É claro que tem. E uma fábrica de vacinas ... e também é dono de
> várias patentes de envolvem o HIV. Eu tenho uma fábrica de DDT. Quer
> comprar uma tonelada ?

psiu. nao espalha, senao a receita federal quebra o meu sigilo bancario...

ddt? bem, preciso mandar umas baratas embora la' de casa... me vej
duas toneladas.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/06/2001 16:06

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> É necessário revisar a "liberdade de expressão adjetiva"
> na Internet, que esse senhor está usando.

Qual senhor?

> E, então, essa permissividade de expressão
> pode ser analisada sob a tipificação penal
> da injúria, calúnia e difamação.

Podemos analisar sim, como nao?

> As publicações que disponibilizei ESTÃO em veículos
> científicos de seriedade que NÃO possuem termo de
> comparação com essa revista, que de científico nada
> tem.

E onde nessas revistas se diz q. ha' trafico de orgaos e q.
isso esta' ligado com o diagnostico de morte encefalica?

Estara' na Science da proxima semana um estudo
cientifico de q. eu estou fazendo censura?

> AS PUBLICAÇÕES DESSAS REVISTAS
> NADA TÊM DE SENSACIONALISTAS
> OU PARANÓICAS, como quer o insinuar o missivista
> Roberto Takata.

Paranoicas e sensacionalistas sao acusacoes graves e
sem provas de q. ha' trafico de orgaos e o CFM esta'
protegendo isso. Nao falei em nenhum momento das
revistas, q. tenho em boa conta -- embora nao interesse
a minha apreciacao sobre os veiculos.

Sei q. sabe ler. Gostaria, entao, q. nao fizesse ligacoes
indevidas do q. eu escrevo.

> A TERGIVERSAÇÃO agora aportada para
> o desvio do _"tráfico de órgãos"_ é argumento
> de quem não tem qualquer um válido.

Nao eh tergiversacao, eh o ponto sobre o qual tenho
dito. Vc eh q. conseguiu confundir o incauto pra fazer
pensar q. a minha cisma eh com o diagnostico em si.

> A questão sustentada CLARAMENTE é a do ERRO
> DECLARATÓRIO DO MOMENTO
> DA IRREVERSIBILIDADE DA MORTE
> ENCEFÁLICA.
> ===
> Isso ficou muito claro, para não ter sido entendido.

Claro deveria ter ficado claro qdo eu disse:

'Otimo, colija as provas do trafico de orgaos e
do diagnostico da morte encefalica sendo mantida
por esses traficantes.'

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9993

> Ele (o auxilair de enfermagem Edson Izidoro
> Guimaraes) matava, mas não ele era quem
> retirava os órgãos.

'A retirada sistematica dos orgaos das
vitimas esta' substanciada em provas?'

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9944

> O "desentendimento" quanto ao enfoque
> VERDADEIRO é oportunista.

Vejamos, vc esta' me chamando de oportunista, nao?
Isso faz parte das liberdades adjetivas?

> Atitudes _"analíticas"_, vindas de quem se considera
> cientista e cético, AUSENTES da honesta fidelidade aos
> FATOS e à apresentação dos argumentos e idéias
> da parte contrária representam SIM,
> forma de CENSURA indireta pela busca
> do descrédito da pessoa, SEM a honestidade
> intelectual de enfrentar ARGUMENTOS, que
> estão nos registros FILES dessa lista.

Vejamos, 'desonesto', 'falacioso'. Oua, eita liberdade
adjetiva...

Cientista e cetico, eu??? De cientista nao sou nem arremedo,
de cetico tbm nao...

Estou apenas pedindo as provas da ligacao do diagnostico de
morte encefalica com o trafico de orgaos.

Nao estou descreditando ninguem. Apenas pedindo provas
para uma acusao grave por parte de alguem. Se essa pessoa
faz essa ligacao com tentativa de impedimento da discussao
nao serei mesmo eu quem estarei descreditando-a...

Alias, pergunte ao seu irmao se uma pessoa nao me contatou
dando seu depoimento acerca do tema. E pergunte a essa
pessoa se eu nao me prontifiquei a repassar a mensagem 'a
lista. E q. apenas nao o fiz a pedido dessa propria pessoa
(alegando temor de punicoes disciplinares).

(Escrevo tao mal assim pra nao ter deixado claro ainda
o meu ponto de discussao?)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: O Desvio OPORTUNISTA do assunto ERROS NOS CRITERIOS DECLARATORIOS DA MORTE ENCEFALICA.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/06/2001 16:22

Sr. Gabriel Antunes,
novamente alerto para a permissividade
adjetiva à pessoa de terceiros, pelas
razões que já aludi em mensagem
anterior.
===
Sr. GABRIEL,
sob pena de incorrer no mesmo ERRO de
Takata, e por uma questão de fidelidade
aos FATOS por parte de quem tenha
honestidade intelectual ( é o seu caso ? ),
vá LER os arquivos que
coloquei na área de FILES da
lista, onde estão publicações da
Revista CIÊNCIA HOJE e
da BRAZILIAN JOURNAL OF MEDICAL
AND BIOLOGICAL RESEARCH (1999) 32:1479-1487,
ANTES de manifestar-se sem conhecimento
de causa sobre algo quanto ao que o
Sr. está demonstrando
completo DESCONHECIMENTO para
opinar com seriedade.
=======
Outra questão: é problemático
dar opiniões sem SEQUER ter lido todas
as mensagens postadas sobre
o assunto, como foi feito pelo
missivista precipitadamente.
=======
Há SERIEDADE nessa forma
de debate ?
======
( "muito" oportuna a "preocupação"
de Takata sobre direitos
autorais, no caso _específico_ ...,
considerando que ele sabe quem
é o AUTOR das publicações,
e CONHECE esse debate de longa
data. )
=====
Viste os sites onde esse
assunto é estudado sob o
aspecto neurocientifico.
Eu os disponibilizei ao final
das mensagens avulsas que
enviei.
=====
Respeite sua inteligência
em intervenções futuras.
=====
[]'s

Celso Galli Coimbra
====================
From: Gabriel Antunes
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Friday, June 15, 2001 6:59 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.


Olá Roberto,

> 'a parte a resposta em pvt, envio este esclarecimento condensado
> 'a lista:
>
> Vc concorda mesmo com ele q. eh uma tentativa de censura???
> Q. mais posso fazer diante de uma acusao tao imbecil e
> paranoica alem de rir?

As acusações não seriam imbecis nem paranóicas se tivessem as bases, as
fontes etc. Ao invés de rir, talvez fosse melhor perguntar para ele se têm
embasamento para falar o que falou.

> Problemas de copirraite sao uma das minhas preocupacoes q.
> decorrem naturalmente. Mas ninguem eh obrigado a saber disso,
> especialmente os q. nao me conhecem de outras listas.

De modo semelhante, seu modo de agir poderia ser visto como arrogante para
os que não sabiam que essa era uma das suas preucupações.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Tentativa de DESVIAR as atencoes sobre o assunto publicado em Revistas Cientificas
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/06/2001 16:52

TERGIVERSAÇÕES -- II
===
O Sr. Takata agora optou por
se fazer de desentendido.
===
Ele está usando a questão
_"tráfico de órgãos"_ (que é
OUTRO assunto) para desviar
a atenção do que foi objeto
de publicação em Revistas Científicas:
OS ERROS DECLARATÓRIOS DO
MOMENTO DA IRREVERSIBILIDADE
DA MORTE ENCEFÁLICA, contidos
na Resolução CFM 1480/97.
===
A _"CISMA"_ de Takata nesta lista tem
antecedentes ANTIGOS com a questão da
contestação ao diagnóstico de morte encefálica
em uso, registrada em seus arquivos.
===
NÃO É VERDADE que tenha sido dito por mim
em qualquer mensagem que "O CFM
protege tráfico de órgãos".
===
Quem está dizendo isso é Takata.
===
MERO _expediente_ tergiversador.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
=================
-
From: rmtakata@altavista.net
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Saturday, June 16, 2001 4:06 PM
Subject: [ciencialist] Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> É necessário revisar a "liberdade de expressão adjetiva"
> na Internet, que esse senhor está usando.

Qual senhor?

> E, então, essa permissividade de expressão
> pode ser analisada sob a tipificação penal
> da injúria, calúnia e difamação.

Podemos analisar sim, como nao?

> As publicações que disponibilizei ESTÃO em veículos
> científicos de seriedade que NÃO possuem termo de
> comparação com essa revista, que de científico nada
> tem.

E onde nessas revistas se diz q. ha' trafico de orgaos e q.
isso esta' ligado com o diagnostico de morte encefalica?

Estara' na Science da proxima semana um estudo
cientifico de q. eu estou fazendo censura?

> AS PUBLICAÇÕES DESSAS REVISTAS
> NADA TÊM DE SENSACIONALISTAS
> OU PARANÓICAS, como quer o insinuar o missivista
> Roberto Takata.

Paranoicas e sensacionalistas sao acusacoes graves e
sem provas de q. ha' trafico de orgaos e o CFM esta'
protegendo isso. Nao falei em nenhum momento das
revistas, q. tenho em boa conta -- embora nao interesse
a minha apreciacao sobre os veiculos.

Sei q. sabe ler. Gostaria, entao, q. nao fizesse ligacoes
indevidas do q. eu escrevo.

> A TERGIVERSAÇÃO agora aportada para
> o desvio do _"tráfico de órgãos"_ é argumento
> de quem não tem qualquer um válido.

Nao eh tergiversacao, eh o ponto sobre o qual tenho
dito. Vc eh q. conseguiu confundir o incauto pra fazer
pensar q. a minha cisma eh com o diagnostico em si.

> A questão sustentada CLARAMENTE é a do ERRO
> DECLARATÓRIO DO MOMENTO
> DA IRREVERSIBILIDADE DA MORTE
> ENCEFÁLICA.
> ===
> Isso ficou muito claro, para não ter sido entendido.

Claro deveria ter ficado claro qdo eu disse:

'Otimo, colija as provas do trafico de orgaos e
do diagnostico da morte encefalica sendo mantida
por esses traficantes.'

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9993

> Ele (o auxilair de enfermagem Edson Izidoro
> Guimaraes) matava, mas não ele era quem
> retirava os órgãos.

'A retirada sistematica dos orgaos das
vitimas esta' substanciada em provas?'

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9944

> O "desentendimento" quanto ao enfoque
> VERDADEIRO é oportunista.

Vejamos, vc esta' me chamando de oportunista, nao?
Isso faz parte das liberdades adjetivas?

> Atitudes _"analíticas"_, vindas de quem se considera
> cientista e cético, AUSENTES da honesta fidelidade aos
> FATOS e à apresentação dos argumentos e idéias
> da parte contrária representam SIM,
> forma de CENSURA indireta pela busca
> do descrédito da pessoa, SEM a honestidade
> intelectual de enfrentar ARGUMENTOS, que
> estão nos registros FILES dessa lista.

Vejamos, 'desonesto', 'falacioso'. Oua, eita liberdade
adjetiva...

Cientista e cetico, eu??? De cientista nao sou nem arremedo,
de cetico tbm nao...

Estou apenas pedindo as provas da ligacao do diagnostico de
morte encefalica com o trafico de orgaos.

Nao estou descreditando ninguem. Apenas pedindo provas
para uma acusao grave por parte de alguem. Se essa pessoa
faz essa ligacao com tentativa de impedimento da discussao
nao serei mesmo eu quem estarei descreditando-a...

Alias, pergunte ao seu irmao se uma pessoa nao me contatou
dando seu depoimento acerca do tema. E pergunte a essa
pessoa se eu nao me prontifiquei a repassar a mensagem 'a
lista. E q. apenas nao o fiz a pedido dessa propria pessoa
(alegando temor de punicoes disciplinares).

(Escrevo tao mal assim pra nao ter deixado claro ainda
o meu ponto de discussao?)

[]s,

Roberto Takata

========================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: O Desvio OPORTUNISTA do assunto ERROS NOS CRITERIOS DECLARATORIOS DA MORTE ENCEFALICA.
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/06/2001 17:03

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Sr. Gabriel Antunes,
> novamente alerto para a permissividade
> adjetiva à pessoa de terceiros, pelas
> razões que já aludi em mensagem
> anterior.

agora quer intimidar os outros tbm? qualé, se toca, cara.

Gabriel não insinuou de modo algum q. vc seja imbecil ou paranóico,
nem eu tampouco o fiz.

Eu disse q. me acusar de censura é imbecil e panóico.

Mas Gabriel não disse nem ao menos isso. Confundido pelo q. vc,
Coimbra, disse (ou por alguma falha minha de comunicação q. estou
tentando encontrar), achou q. eu rira e qualificara como imbecil e
paranóico as acusações q. vc faz contra o CFM e os médicos q. fazem
transplantes de participarem de tráfico de órgãos.

E de fato, se se faz uma acusação sem bases não vejo mal algum q.
alguém qualifique tais acusações de paranóicas e imbecis.

> aos FATOS por parte de quem tenha
> honestidade intelectual ( é o seu caso ? ),

e vc pode acusar os outros de desonestidade?

> vá LER os arquivos que
> coloquei na área de FILES da
> lista, onde estão publicações da
> Revista CIÊNCIA HOJE e
> da BRAZILIAN JOURNAL OF MEDICAL
> AND BIOLOGICAL RESEARCH (1999) 32:1479-1487,
> ANTES de manifestar-se sem conhecimento
> de causa sobre algo quanto ao que o
> Sr. está demonstrando
> completo DESCONHECIMENTO para
> opinar com seriedade.

e agora chamando-o de ignorante.

tais artigos falam sobre o diagnostico de morte encefalica e nao se o
CFM o mantem pra assegurar o lucro da area de transplantes ou pra
alimentar o trafico de orgaos.

> =======
> Há SERIEDADE nessa forma
> de debate ?

se vc for debater a serio, havera´. mas eqto me acusar de censura e
falar q. eu desvio o assunto, qdo vc o faz, nao tenho porq. leva´-lo a
serio.

> ( "muito" oportuna a "preocupação"
> de Takata sobre direitos
> autorais, no caso _específico_ ...,
> considerando que ele sabe quem
> é o AUTOR das publicações,
> e CONHECE esse debate de longa
> data. )

o autor de um texto nem sempre eh o detentor do copirraite,
particularmente verdadeiro qdo se trata de textos publicados em
periodicos -- geralmente havendo clausula no contrato para a cessao
dos direitos.

pode tirar as aspas com preocupacao. achei desnecessario passar os
links q. demonstram ser legitima a minha preocupacao, mas enfim nem
sempre se pode contar com a boa vontade alheia:

http://groups.yahoo.com/group/fcb/message/703
http://groups.yahoo.com/group/fcb/message/1930
http://groups.yahoo.com/group/fcb/message/2827
http://groups.yahoo.com/group/fcb/message/3250

e particularmente:

http://groups.yahoo.com/group/sbcr/message/32
(apenas para assinantes)

em q. se comenta:

"Engraçado... parece que eu tive uma "premonição" de que, se
aparecesse alguém para lembrar o problema dos direitos autorais,
seria o Takata ;)"

chamo a atencao desse aspecto dos direitos autorais principalmente em
duas situacoes. como ja´ comentado, pra torrar a paciencia de alguem
(e jogar um pouco de peso na consciencia) e qdo a eventual violacao do
copirraite pode trazer uma consequencia seria para a pessoa e/ou para
o detentor dos direitos. (tenho certeza q. serei obrigado a dar
explicacoes detalhadas sobre esses criterios, mesmo me parecendo
absolutamente desnecessario agora...)

> Respeite sua inteligência
> em intervenções futuras.

agora chama Gabriel de burro... liberdade adjetiva?

ou sera´ q. tem o artigo 140 1/2 do Codigo Penal Brasileiro q. trata
do crime contra a honra do sr. Celso Galli Coimbra assim escrito:

art. 140 e 1/2: serao considerados crime contra a honra do sr. celso
galli coimbra qq afirmacao da qual seja de seu
desagrado, independentemente de se tal afirmacao se refira ou nao a
ele.

paragrafo 2: nao obstante, o sr. celso galli coimbra desfrutara´ de
total liberdade verbal para ofender a honra alheia.

tem um artigo assim no capitulo 5 ou em algum outro ponto?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: TERGIVERSACAO e o Editorial da Revista Ciencia Hoje, No. 161 -- Junho de 2000
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/06/2001 17:14

TERGIVERSAÇÃO -- III
===
O Sr. Takata
continua procurando
desviar a atenção sobre a questão
científica suscitada em publicações
científicas internacionais sobre
OS ERROS DECLARATÓRIOS DO
MOMENTO DA IRREVERSIBILIDADE
DA MORTE ENCEFÁLICA,
confundindo esse assunto com OUTRO,
que é de natureza estritamente POLICIAL e
CRIMINAL, qual seja o _"tráfico de órgãos"_.
===
MERO _expediente_ para fugir do assunto científico,
DEPOIS que foram colocadas na área de "arquivos"
dessa lista essas publicações, que ele não
tem condições de contestar, ASSIM
como o CFM não está sabendo e podendo
contestar desde 1999,
AINDA que cobrado judicialmente
por mais de duas centenas de cidadãos
brasileiros.
===
O CFM apenas diz _"o diagnóstico de morte encefálica
não se discute"_; ou _"nós confirmamos o diagnóstico
de morte encefálica"_
===
MAS, em momento algum, tem a TRANSPARÊNCIA
cumprir com a sua obrigação LEGAL de enfrentar
e esclarecer as questões técnicas
OPOSTAS sobre assunto de tamanha gravidade.
===
O Sr. Takata fez sim paralelo com esse assunto
publicado em Revistas sérias e a linha de publicação
de uma revista que de científica nada tem.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
From: rmtakata@altavista.net
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Saturday, June 16, 2001 3:29 PM
Subject: [ciencialist] Re: Editorial da Revista Ciencia Hoje, No. 161 -- Junho de 2000


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Esse artigo encontra-se na área de Files
> dessa lista (com licença de seu Autor, o que era
> óbvio considerando quem é o Autor) para

E tbm do outro autor? Sao dois textos. E da edicao da
revista? O copirraite nao eh da CH? Ou sao dos autores?

> Essa idônea Revista -- que _NADA_ tem sequer
> remotamente de _"sensacionalista"_ -- como foi
> acusado sobre esse assunto pelo Sr. Takata,
> firmou sobre o artigo em questão,
> no seu EDITORIAL, a seguinte posição:

Nao invente coisas. Eu disse q. sensacionalismo eh
acusar os medicos de nao reverem o diagnostico por
interesses financeiros e q. existe um trafico de orgaos e
tudo isso sem provas.

A CH nao disse isso. E nem o seu irmao no texto.
Quem fez essa acusao foi vc. E ainda espero pelas
provas.

[]s,

Roberto Takata

======================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Tentativa de DESVIAR as atencoes sobre o assunto publicado em Revistas Cientificas
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/06/2001 17:17

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> NÃO É VERDADE que tenha sido dito por mim
> em qualquer mensagem que "O CFM
> protege tráfico de órgãos".

bem, o q. vc disse entao na mensagem abaixo?

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9947
A morte de todos eles estava *bem* confirmada ?
===
Em caso positivo, confirmada por quem os levou
para essa finalidade *científica* ou pelos *inidôneos*
médicos que permitiram sua exportação ?
===
Os médicos que permitiram essa exportação por lotes,
vão ser processados ? Claro que não.
===
Como eles foram transferidos para os EUA ?
===
Por isso também que é muito difícil rastrear o tráfico
de órgãos ... Ele está dentro do sistema.
(Essa notícia é uma "lenda urbana", como alguns gostam
de cunhar aquilo que lhes questiona as opiniões ?
===
http://www.cnnemportugues.com/2001/tec/06/11/natimostos/index.html
corte)



SUBJECT: Re: TERGIVERSACAO e o Editorial da Revista Ciencia Hoje, No. 161 -- Junho de 2000
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/06/2001 17:19

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> MERO _expediente_ para fugir do assunto científico,

prove!

> O Sr. Takata fez sim paralelo com esse assunto
> publicado em Revistas sérias e a linha de publicação
> de uma revista que de científica nada tem.

prove!

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: TERGIVERSACAO e o Editorial da Revista Ciencia Hoje, No. 161 -- Junho de 2000
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/06/2001 17:27

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> --- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> > MERO _expediente_ para fugir do assunto científico,
>
> prove!

eu demonstro o contrario:

Vc ja´ falou com seu irmao? Confirme com ele o nome da pessoa q.
entrou em contato comigo e fale com essa pessoa se eu nao lhe
perguntei se eu nao poderia postar na lista o depoimento dela na
lista? Pedido q. foi negado, alegando-se medo de represalias.
Solicitacao a qual eu atendi.

Acusacoes infundadas sao difamacao, perjurio, infamia ou calunia?
(So´pra alertar. Isso nao eh uma ameaca de processo, nao ligo pra
coisas bobas como essa a esse ponto.)

> > O Sr. Takata fez sim paralelo com esse assunto
> > publicado em Revistas sérias e a linha de publicação
> > de uma revista que de científica nada tem.
>
> prove!

eu demonstro o contrario:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9992

"Veja bem, qual a prova q. ele apresenta para sustentar o trafico de
orgaos? E pra sustentar q. o diagnostico de morte encefalica eh
mantida apenas para prover os lucros dos medicos e instituicoes q.
fazem transplantes? De q. eh q, adianta entulhar a lista com isso, se
os canais adequados para tto sao a justica e o CFM?

Eh a mesma reacao q. tive em relacao ao espaco dado pela
Superinteressante para os q. defendem q. o HIV nao causa Aids, q. as
vacinas fazem mais mal do q. bem ou mais recentemente da mistura
paranoica de acusoes contra a medicina atual. Eh a mesma reacao contra
os hoaxes de todo tipo e qq outra alegacao sem fundamentacao em
provas."

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: A OBRIGACAO DO CFM EM ENFRENTAR PUBLICAMENE O QUESTIONAMENTO TECNICO CIENTIFICO
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/06/2001 18:13

OBJETIVANDO:
=============

O CFM tem obrigação LEGAL de esclarecer
as questões técnicas reconhecidas como
cientificamente VÁLIDAS pela comunidade científica
internacional.
===
DESDE 1999 ele disse que iria responder,
e NÃO respondeu até o presente momento.
===
MESMO sendo disso COBRADO hoje por mais
de duas centenas de cidadãos pela via judicial,
os quais eu represento.
===
Limita-se a dizer que _"morte encefálica não
se discute"_; ou _"confirmamos o diagnóstico"_,
sem enfrentar o questionamento técnico científico.
===
Mais recentemente,
no XXIII Congresso Brasileiro de Neurologia
e Neurocirurgia, ocorrido em setembro de
2000 em SP, para tratar do assunto,
NADA MAIS além de ataques
pessoais foram feitos, CONTINUANDO
a questão técnica cientifica DESPREZADA,
estando presente e tal testemunhando
a elite da neurologia brasileira.
===
Nesse Congresso, a questão técnica científica
foi reiteradamente cobrada na Mesa de Debates
e SEQUER uma única palavra dita a respeito.
===
O Presidente do CFM na oportunidade
disse _"não podemos admitir
que estejam cobrando lá em Porto Alegre
explicações em processo
judicial sobre o NOSSO diagnóstico"_.
===
Outros médicos presentes cobraram
o esclarecimento da
questão técnica científica
e foram igualmente IGNORADOS.
===
E estavam presentes os membros da
_"Comissão Técnica Brasileira da Morte Encefálica"_
===
Esse Congresso foi filmado.
A filmagem instrui procedimento
de sindicância contra o CFM dentro
do Ministério Público Federal,
acompanhado por nós.
===
ENQUANTO isso,
mortes encefálicas CONTINUAM
sendo declaradas aos milhares no Brasil
para que transplantes
de órgãos VITAIS continuem a ser feitos.
===
JOSÉ SERRA, meses atrás,
libera mais de 80 milhões
para estimular a atividade transplantista
e NADA libera para A PREVENÇÃO
à necessidade de futuros transplantes,
que em sua maciça maioria são evoluções de
casos de falta de fáceis e baratas medidas
PREVENTIVAS
===
UMA VEZ este diagnóstico estando tecnicamente
CONTESTADO, e a validade da contestação
RECONHECIDA POR PUBLICAÇÃO CIENTÍFICA
INTERNACIONAL INDEXADA, ele NÃO pode continuar
sendo posto em uso,
enquanto não houver esclarecimento
===
PORQUE o diagnóstico é de MORTE de pessoas,
e não de uma gripe.
===
Um diagnóstico desses NÃO PODE TER controvérsias
cientificamente válidas IGNORADAS.
===
SEM esse diagnóstico,
TAL COMO ESTÁ na Resolução
CFM 1480/97, os transplantes de órgãos vitais
de traumatizado encefálico severo,
NÃO PODEM mais ser feitos.
Isso é um fato demonstrado nas
publicações.
===
A atividade transplantadora PRECISA DO
DIAGNÓSTICO _SEM QUALQUER REVISÃO_
para que tenha prosseguimento,
caso contrário ( havendo revisão ) diminui a
OFERTA de órgãos.
===
O OUTRO LADO DA MOEDA, o lado do paciente
traumatizado encefálico severo, é DESPREZADO
e sua possibilidade CONCRETA de socorro eficiente
é PROIBIDA.
===
PORQUE, se esse socorro for alcançado ao traumatizado
encefálico severo,
a morte encefálica tal como está hoje protocolada,
NÃO PODERÁ ser declarada, e
seus órgãos não poderão ser retirados.
===
Agravante: AS DENÚNCIAS de presença de DOR por
ocasião da retirada dos órgãos continuam
sendo IRRESPONSAVELMENTE ignoradas
pelos gestores da medicina.
===
O TESTE DA APNÉIA, previsto nos protocolos
da morte encefálica, sem nenhum valor terapêutico
para o traumatizado encefálica, é um teste que causa
a PRECIPITAÇÃO de seu quadro clínico para o
estado de IRREVERSIBILIDADE.
===
CELYO LEVYMANN, um dos 12 ilustres _anônimos_
elaboradores dos protocolos de morte encefálica
no Brasil, PUBLICAMENTE, no dia 18 de janeiro de 1998,
DISSE que o teste da apnéia NÃO DURA 10 MINUTOS,
de acordo com esses protocolos do qual ele participara,
mas SIM _"DOIS a TRÊS minutos"_, porque _"SENÃO
SERIA UMA CATÁSTROFE PARA A VIDA DO
PACIENTE"_.
===
NÃO DISSE A VERDADE: o teste está textualmente
estabelecido, por ele inclusive, para durar 10 minutos!
===
?_DIANTE DISSO, o Conselho Federal de Medicina
não tem NADA a esclarecer formalmente e, sobretudo,
com demonstrações TÉCNICAS ?
===
SEM fazer isso, COMO aceitar que continuem
os transplantes FUNDADOS nesse _"diagnóstico"_?
===
A questão é muito OBJETIVA.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Saturday, June 16, 2001 3:22 PM
Subject: [ciencialist] Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.


Pessoal, deletem esta mensagem. Sera' longa

--- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
> ----- Original Message -----
> From: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@a...>
> Vc concorda mesmo com ele q. eh uma tentativa de censura??? Q. mais
> posso fazer diante de uma acusao tao imbecil e paranoica alem de rir?
>
> **Nao falo da questao de censura ou outra em especial. Falo
genericamente.

So' q. a questao nao eh generica. Vc achou estranho eu rir. Eu ri porq. me
acusaram de censura. Nao tenho nem instrumentos nem inclinacao para isso.
Ou eu nao tenho o direito de rir de algo tao despropositado?

Ele pode acusar medicos de fazerem parte de um plano sordido de
enriquecimento 'as custas de vida humana e o pessoal da lista nao pode nem
fazer piada sobre advogados sem ser ameacado de processo...

Outro ponto, se a pessoa acha q. existe trafico de orgaos o problema eh
dela. Mas se ela acusa essa existencia, entao q. se estabelecam provas.
Nao posso exigir q. alguem paute suas afirmacoes (e nagacoes) em algo mais
bem embasado? Isso eh diferente do q. eu tenho feito em relacao a qq outro
assunto?


> ** Quanto a palavra "sensacionalista", conpreendo o que diz (nao tenho
(corte...)
> "alarmista" nesse caso, pois vejo problema do diagnostico de morte
> encefalica, sendo algo real e de grande importancia.**

Eu falo em sensacionalismo qdo se diz q. o diagnostico de morte encefalica
eh mantido como tal para proteger os interesses dos medicos e instituicoes
q. fazem o transplante. Vc nao empregaria o termo sensacionalismo a tal
acusacao sem provas? Eu emprego. Do mesmo modo como o emprego qdo falam q.
os acidentes da petrobras sao propositais, q. a crise energetica foi
planejada ou o ufanismo pela qualidade da carne brasileira contra o
imperio do mal canadense...

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9839
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9834
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9651
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9349
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/8738
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/8702

Infelizmente vc se deixou enganar, nao tem nada a ver com a morte
encefalica em si. E isso ja' ocorreu antes:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/2931
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/2912
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/2530

> **O que me chamou a atencao foi existir ja' um anexo no arquivo da
> lista, em igual condicao, e nao ser mencionado qdo vc levantou a
> questao. Mas como vc me exclareceu, o problema do copirraite n<o faz
> parte do problema.**

Eis o ponto. Ja' existia. Se nao se pediu a autorizacao faz mal. Eu
nao sou representante do Ecad ou da ABDR ou coisa similar. Mas
me preocupo com isso por dois motivos: a coisa em si, q. nao eh
certa. E com as consequencias eventuais q a pessoa, em geral amiga,
por vezes nao, possa ter. E' o mesmo cuidado q. tomo qdo vejo
pessoas brincando com, sei la', fogo ou em local perigoso. Ja'
passei os links mostrando como isso nao eh um ataque gratuito,
alias nem eh um ataque de minha parte, mas sim tao somente
uma preocupacao (e ocasionalmente por vezes pra pentelhar, como faco com
meus colegas q. fumam).

> **Penso que seria o mesmo, se eu dissesse que msgns aqui postadas,
> referentes a religiao, devessem ser discutidas em outro lugar. Nao estou
> me lembrando agora, mas, nos ultimos tempos, e nisso ja' vai pelo menos
> mais de um mes, existiram outros temas longe de serem "cientificos" que
> passaram pela lista.

Agora vc esta' me acusando de incoerente ou capcioso.

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/5568
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9406
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/8837
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/2621

Mas eh claro q. podem me acusar de nao cumprir (pelo menos algumas)
promessas:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/4839

> Aqui, foi dito que homeopatia, que ha' mto tem o aceite dos conselhos
> eticos de medicina e de farmacia, e' um embuste permitido por esses
> orgaos. Se existem provas ou nao da afirmacao, penso, nao aqui foram
> mostradas.**

Bem, vc o q. entende dessas postagens -- fora a de outros membros --?

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9393
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/5127?threaded=1
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/5155

> Eh a mesma reacao q. tive em relacao ao espaco dado pela
> Superinteressante para
(corte...)
> alegacao sem fundamentacao em provas.
>
> ** Desculpe, nao penso que o caso seja analogo.Falha minha, talvez.**

Alegacao sem apresentacao de provas. Ele diz q. o CFM se recusa a rever os
padroes de diagnostico de morte encefalica para defender interesses
financeiros obtidos com o transplante ou ainda pior com a venda desses
orgaos.

> Ou sera' q. eu tenho mesmo uma clinica clandestina de transplantes?
> (Alguem ai' precisa de um figado pra fazer um foi gras?)
>
> ** Nao so' nao disse nada disso, como nao estou supondo tal coisa. No
> entanto, pensei que vc pudesse ter alguma informacao, que ainda nao
> tivesse apresentado.

Estou falando da insinuacao de Coimbra de q. eu teria algum interesse
oculto em minha insistencia para q. ele apresente dados, informacoes,
indicios ou provas da afirmacao dele de q. existe o trafico...

A mencao 'a clinica clandestina eh apenas uma brincadeira com essa
insinuacao...

> Olhe... se me perguntarem se tenho alguma ideia sobre a existencia de
> trafico de gemas, a manipulacao de relatorios sobre meio ambiente, digo
> que nao tenho qq noticia de que tais coisas existam. Mas nao considero o
> assunto como sendo parte da crenca de alguem.**

Estou tao somente pedindo q. ele mostre as provas da existencia do
trafico, de q. os medicos nao mudam o diagnostico de morte encefalica para
manter seus lucros...

> Alias, isto eh um exemplo interessantissimo de como funcionam as teorias
> conspiratorias...
>
> ** Nao compreendi...**

A pessoa insinua coisas e o incauto passa a imaginar. Vc foi vitima e
agora nos estamos brigando aqui. Eu tenho q. explicar porq. ri diante de
uma acusao ridicula de censura, tenho q. explicar a minha posicao de
exigir embasamento das acusacoes e eu eh q. terei q. provar q. nao tenho
nenhum interesse por tras...

Teorias conspiratorias funcionam assim. Cria-se uma historia ficticia ou
nao e tecem-se conjecturas sobre a motivacao oculta por tras dessa
historia. Area-51, caso Roswell, a entrega da Copa pelo Brasil na Franca,
a estranha criatura do McDonalds...

Podem ser verdade? Podem. Mas onde estao as provas?

[]s,

Roberto Takata

=========================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: <ciencialist@yahoogroups.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/06/2001 18:53


Olá,

Esta mensagem é uma notificação para informá-lo que um novo arquivo foi adicionado no grupo ciencialist.

Arquivo : /ROL DE QUESITOS OPOSTOS AO CFM JUDICIALMENTE.rtf
Carregado por : c.galli@terra.com.br
Descrição : Desde 17 de junho de 2000, o CFM recusa-se a responder essas questoes tecnicas, cobrados a seguir pelo Ministerio Publico Federal em sindicancia ainda em andamento. Limita-se a ataques pessoais e a dizer que "morte encefalica nao se discute".

Você pode acessar o arquivo pela URL:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/ROL%20DE%20QUESITOS%20OPOSTOS%20AO%20CFM%20JUDICIALMENTE.rtf

Para saber mais sobre compartilhamento de arquivos no grupo, leia:

http://help.yahoo.com/help/us/groups/files

Atenciosamente,

c.galli@terra.com.br






SUBJECT: Re: TERGIVERSACAO e "OS CANAIS ADEQUADOS"
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/06/2001 19:48

O Sr. Takata continua fazendo
paralelos INDEVIDOS entre as publicações
científicas sérias sobre
O ERRO DECLARATÓRIO DO MOMENTO
DA IRREVERSIBILIDADE DA MORTE ENCEFÁLICA
e as publicações da Revista Superinteressante.

===

CONTINUA insistindo em TERGIVERSAR
confundindo esse assunto e essas publicações
científicas com a OUTRA questão, qual seja
a do _"tráfico de órgãos"_, que é assunto
POLICIAL, como já dissemos.

===

O Tráfico de Órgãos esse Senhor
sabe que NÃO tem COISA ALGUMA
a ver com a questão técnica científica
que está suscitada em publicações
científicas SÉRIAS.

===

OS _CANAIS ADEQUADOS"_ , mencionados
pelo Sr. Takata, ESTÃO SENDO ACIONADOS
E EM ANDAMENTO,
PORQUE, _condição "sine qua non"_,
NÓS ESTAMOS AGINDO, REPRESENTANDO
MAIS DE DUAS CENTENAS DE PESSOAS
NO BRASIL, PARA OBRIGAR O CONSELHO FEDERAL
DE MEDICINA A RESPONDER.
( = vejam o ROL DE QUESITOS que apresentamos,
EXIGIMOS e fizemos RESPEITAR, na área de Arquivos
da lista = )

===

Isso significa que vamos fazê-lo responder
exigindo o respeito a direitos fundamentais de
cidadania.

====

É impossível o CFM tentar ENGANAR,
com jargonismo técnico
e raciocínios FALSOS, "os canais adequados"
hoje em dia, _como já tentou_,
em suas respostas, porque "os canais adequados",
terão necessariamente que nos abrir vistas da resposta
para RÉPLICA.

===

( ninguém vai pedir que eu prove isso ? )

===

PORTANTO o verdadeiro _"CANAL ADEQUADO"_´
é o exercício PLENO DA CIDADANIA ,
que não se OMITE.

===

O missivista, Sr. Takata, NÃO conhece
a eficiência do EXERCÍCIO DA CIDADANIA,
_COMO CANAL ADEQUADO_ ?

===

NÓS somos o _"CANAL ADEQUADO"_

===

CHAMA A ATENÇÃO esse discurso sobre
_"CANAL ADEQUADO"_ feito pelo Sr. Takata
PORQUE é o _MESMO_ feito pelo Conselho Federal
de Medicina, _órgão que exerce um autoritarismo
diagnóstico_, QUANDO esbraveja que TUDO tem
que ser discutido _a portas fechadas_, no
"CANAL ADEQUADO".

===

Ato falho Sr. Takata ?

===

OU seja, _"jogo de cartas marcadas_.

===

Mesmo no _Canal Adequado_
do XXIII Congresso Brasileiro de Neurologia,
que já mencionei, eles (os gestores do CFM)
fugiram do assunto, DIZENDO em outras reuniões
que _"a imagem da medicina não pode
ser comprometida, e é isso que está em JOGO"_
(Atas da Comissão Técnica da Morte Encefálica)

===

_ jogo de _"cartas marcadas"_.

===

Repetimos: o ÚNICO canal adequado é o
exercício da CIDADANIA, sem omissões,
ao contrário de COMO propõe _"politicamente comportado"_
Mr. Takata, _fazendo um sintomático
CORO às lamentações do CFM_

===

O choro é livre. Direito se exige, não se implora ...

===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================

From: rmtakata@altavista.net
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Saturday, June 16, 2001 5:27 PM
Subject: [ciencialist] Re: TERGIVERSACAO e o Editorial da Revista Ciencia Hoje, No. 161 -- Junho de 2000


--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> --- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> > MERO _expediente_ para fugir do assunto científico,
>
> prove!

eu demonstro o contrario:

Vc ja´ falou com seu irmao? Confirme com ele o nome da pessoa q.
entrou em contato comigo e fale com essa pessoa se eu nao lhe
perguntei se eu nao poderia postar na lista o depoimento dela na
lista? Pedido q. foi negado, alegando-se medo de represalias.
Solicitacao a qual eu atendi.

Acusacoes infundadas sao difamacao, perjurio, infamia ou calunia?
(So´pra alertar. Isso nao eh uma ameaca de processo, nao ligo pra
coisas bobas como essa a esse ponto.)

> > O Sr. Takata fez sim paralelo com esse assunto
> > publicado em Revistas sérias e a linha de publicação
> > de uma revista que de científica nada tem.
>
> prove!

eu demonstro o contrario:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9992

"Veja bem, qual a prova q. ele apresenta para sustentar o trafico de
orgaos? E pra sustentar q. o diagnostico de morte encefalica eh
mantida apenas para prover os lucros dos medicos e instituicoes q.
fazem transplantes? De q. eh q, adianta entulhar a lista com isso, se
os canais adequados para tto sao a justica e o CFM?

Eh a mesma reacao q. tive em relacao ao espaco dado pela
Superinteressante para os q. defendem q. o HIV nao causa Aids, q. as
vacinas fazem mais mal do q. bem ou mais recentemente da mistura
paranoica de acusoes contra a medicina atual. Eh a mesma reacao contra
os hoaxes de todo tipo e qq outra alegacao sem fundamentacao em
provas."

[]s,

roberto takata

=====================================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Tentativa de DESVIAR as atencoes sobre o assunto publicado em Revistas Cientificas
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/06/2001 19:53

Mr. Takata,
===
quem pode diagnosticar morte no Brasil ?
===
E quais os documentos necessários para
deslocar um cadáver ?
===
É algo que pode ser feito sem rigorosas
formalidades ?
===
Não tente dar abrangência ao que foi
dito por mim MAIOR do que a real.
===
Não fuja do assunto científico.
===
ESSE outro é caso de polícia,
e NINGUÉM questiona que é caso de polícia,
envolva quem envolver.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
===

----- Original Message -----
From: rmtakata@altavista.net
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Saturday, June 16, 2001 5:17 PM
Subject: [ciencialist] Re: Tentativa de DESVIAR as atencoes sobre o assunto publicado em Revistas Cientificas


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> NÃO É VERDADE que tenha sido dito por mim
> em qualquer mensagem que "O CFM
> protege tráfico de órgãos".

bem, o q. vc disse entao na mensagem abaixo?

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9947
A morte de todos eles estava *bem* confirmada ?
===
Em caso positivo, confirmada por quem os levou
para essa finalidade *científica* ou pelos *inidôneos*
médicos que permitiram sua exportação ?
===
Os médicos que permitiram essa exportação por lotes,
vão ser processados ? Claro que não.
===
Como eles foram transferidos para os EUA ?
===
Por isso também que é muito difícil rastrear o tráfico
de órgãos ... Ele está dentro do sistema.
(Essa notícia é uma "lenda urbana", como alguns gostam
de cunhar aquilo que lhes questiona as opiniões ?
===
http://www.cnnemportugues.com/2001/tec/06/11/natimostos/index.html
corte)




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: hipotermia branda - muito longo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/06/2001 19:58

Alguns estudos aos quais tive acesso (o Celso, vc me garante mesmo q.
isso nao eh violacao de copirraite?) -- atencao para o fato de alguns
estudos serem o mesmo grupo de autores. Nao tem a intencao de ser uma
pesquisa intensiva, nem seguir criterios validos para uma meta-analise da
literatura. Trabalhos pros e contras estao listados, com o resumo qdo
possivel (trabalhos sem resumo, mas com o titulo indicando claramente a
conclusao foi incluido para posterior consulta). Recomenda-se seriamente
q. ninguem feche opiniao a partir desses dados, a menos q. possua formacao
na area medica q. permita tomar decisoes sobre isso.

(A divisao entre contra e pros certamente eh bastante artificial, entao
nao se fiem na minha classificacao dos trabalhos.)

[]s,

Roberto Takata

----------------

*contra*:

*Shiozaki T, Hayakata T, Taneda M, Nakajima Y, Hashiguchi N, Fujimi S,
Nakamori Y, Tanaka H, Shimazu T, Sugimoto H 2001 -- A multicenter
prospective randomized controlled trial of the efficacy of mild
hypothermia for severely head injured patients with low intracranial
pressure. JOURNAL OF NEUROSURGERY 94: (1) 50-4.
Abstract:
Object. The criteria for the use of mild hypothermia (34 degreesC) in
severely head injured patients have not been standardized. A prospective
randomized controlled trial was conducted to determine whether mild
hypothermia is essential in the treatment of severely head injured
patients with low intracranial pressure (ICP).
Methods. At 11 medical centers, 91 severely head injured patients with an
admission Glasgow Coma Scale score of 8 or less in whom ICP could be
maintained below 25 mm Hg by conventional therapies were divided randomly
into two groups: the mild hypothermia group (HT group, 45 patients) and
the normothermia group (NT group, 46 patients). Patients in the HT group
were exposed to mild hypothermia (34 degreesC) for 48 hours, followed by
rewarming at 1 degreesC per day for 3 days. whereas patients in the NT
group were exposed to normothermia (37 degreesC) for 5 days. The two
groups were similar with respect to prognostic factors, and there was no
difference in clinical outcome at 3 months postinjury. During treatment,
there was a significantly greater use of neuromuscular blocking agents in
the HT group (p = 0.011). During the initial 2 weeks postinjury, the
incidences of pneumonia, meningitis, leukocytopenia, thrombocytopenia,
hypernatremia, hypokalemia, and hyperamylasemia were significantly higher
in the HT than in the NT group (p < 0.05).
Conclusions. Mild hypothermia should not be used for the treatment of
severely head injured patients with low ICP because this therapy conveys
no advantage over normothermia in such patients.

*Narayan RK 2001 -- Hypothermia for traumatic brain injury - A good idea
proved ineffective. NEW ENGLAND JOURNAL OF MEDICINE 344: (8) 602-3.

(sem resumo)

*Shiozaki T, Kato A, Taneda M, Hayakata T, Hashiguchi N, Tanaka H, Shimazu
T, Sugimoto H 1999 -- Little benefit from mild hypothermia therapy for
severely head injured patients with low intracranial pressure. JOURNAL OF
NEUROSURGERY 91: (2) 185-91.

Abstract:
Object. This study was performed to determine whether mild hypothermia
therapy is essential for the treatment of severely head injured patients
in whom intracranial pressure (ICP) can be maintained below 20 mm Hg by
using conventional therapies.
Methods. Sixteen consecutive severely head injured patients fulfilled the
following criteria: the patient's ICP was maintained below 20 mm Hg by
using fluid restriction, hyperventilation, and high-dose barbiturate
therapy; and the patient had a Glasgow Coma Scale score of 8 or less on
admission. After conventional therapies had been applied, the patients
were divided randomly into two groups: the mild hypothermia group (HT
group; eight patients) and the normothermia group (NT group; eight
patients). The HT group received mild hypothermia (intracranial
temperature 34 degrees C) therapy for 48 hours followed by rewarming at 1
degrees C per day for 3 days, whereas the NT group received normothermia
(intracranial temperature 37 degrees C) therapy for 5 days. Specimens of
cerebrospinal fluid (CSF) taken from an intraventricular catheter every 24
hours were analyzed for the presence of excitatory amino acids ([EAAs]
glutamate, aspartate, and glycine) and cytokines (tumor necrosis
factor-alpha, interleukin [IL]-1 beta, IL-6, IL-8, and IL-10). The two
groups did not differ significantly in patient age, neurological status,
or level of ICP. There were no significant differences in daily changes in
CSF concentrations of EAAs and cytokines between the two groups. The
incidence of pneumonia was slightly higher in the HT group compared with
the NT group (p = 0.059). The incidence of diabetes insipidus associated
with hypernatremia was significantly higher in the HT group compared with
that in the NT group (p < 0.01). The two groups did not differ with
respect to their clinical outcomes.
Conclusions. The authors recommend normothermia therapy for the treatment
of severely head injured patients in whom ICP can be maintained at lower
than 20 mm Hg by using conventional therapies, because mild hypothermia
therapy does not convey any advantage over normothermia therapy in such
patients.

*Jimbo H, Dohi K, Nakamura Y, Izumiyama H, Ikeda Y, Matsumoto K, Kushima M,
Takaki A 2000 -- Fatal severe vasospasm due to rewarming following
hypothermia - Case report. NEUROLOGIA MEDICO-CHIRURGICA 40: (9) 463-6.

Abstract:
A 37-year-old female died of cerebral vasospasm as a complication of
rewarming following hypothermia therapy for severe head injury. She
presented with severe consciousness disturbance and anisocoria after
falling down a flight of stairs. Computed tomography (CT) revealed a right
acute subdural hematoma and temporal contusion. Following surgery, mild
hypothermia was started and rewarming was completed by the 11th day.
Neurological examination showed no abnormalities, but intracranial
pressure (ICP) suddenly increased and she manifested anisocoria on the
13th day. Repeat CT revealed a low density area in the right middle
cerebral artery region and cerebral angiography showed diffuse narrowing
of the main arterial trunks. A cerebrospinal fluid (CSF) sample was
collected using an intraventricular ICP monitoring catheter, The CSF level
of 8-hydroxy-2'-deoxyguanosine was elevated during the rewarming period,
indicating substantial deoxyribonucleic acid (DNA) oxidation. She died on
the 15th day due to uncontrollable ICP. Histological examination at
autopsy of the narrowed artery found the waving phenomenon in the internal
elastic lamina and invasion of inflammatory cells into the adventitia.
These findings constitute the possible evidence that free-radical-mediated
oxidative DNA damage may be important in the genesis of severe
vasospasm due to rewarming following hypothermia.

*Su PY, Ishikawa J 1997 -- Analysis of mild barbiturate moderate
hypothermia therapy on the authors 152 cases. NEUROLOGICAL SURGERY 25: (6)
529-35.

Abstract:
Mild barbiturate-moderate hypothermia therapy was established for severe
head injury and cerebrovascular disease. This
study was conducted on 152 patients from April 1984 through July 1995. In
this study were included patients with Glasgow
Coma Scale score of less than 8 points but those with serious systemic
complications and elderly and infantile patients were
excluded. Our protocol consisted of administration of thiamylal Na
1.25-2.5 mg/kg/h and droperidol 20-40 mu g/kg/h (mild
barbiturate) while maintaining a core temperature of 32-34 degrees C
(moderate hypothermia). The clinical outcome was good
(GR, MD) in 58 cases, poor (SD) in 24 cases and bad (PVS, D) in 70 cases.
This therapy was found to be particularly
effective for preventing ischemic neurological damage in the vasospasm
stage following SAH and severe head injury in young
patients.
However, this therapy did not prevent pneumonia, cardiac failure,
arrhythmia and hypopotassemia from occurring frequently.
We conclude that this therapy is contraindicated in the elderly, i.e.
those older than 65 years.

*pros*

*Jiang JY, Yu MK, Zhu C 2000 -- Effect of long-term mild hypothermia
therapy in patients with severe traumatic brain injury: 1-year follow-up
review of 87 cases. JOURNAL OF NEUROSURGERY 93: (4) 546-9.

Abstract:
Object. The goal of this study was to investigate the protective effects
of long-term (3-14 days) mild hypothermia therapy
(33-35 degrees C) on outcome in 87 patients with severe traumatic brain
injury (TBI) (Glasgow Coma Scale score less than or
equal to 8).
Methods. In 43 patients assigned to a mild hypothermia group, body
temperatures were cooled to 33 to 35 degrees C a mean
of 15 hours after injury and kept at 33 to 35 degrees C for 3 to 14 days.
Rewarming commenced when the individual patient's
intracranial pressure (ICP) returned to the normal level. Body
temperatures in 44 patients assigned to a normothermia group
were maintained at 37 to 38 degrees C. Each patient's outcome was
evaluated 1 year later by using the Glasgow Outcome
Scale. One year after TBI, the mortality rate was 25.58% (11 of 43
patients) and the rate of favorable outcome (good
recovery or moderate disability) was 46.51% (20 of 43 patients) in the
mild hypothermia group. In the normothermia group,
the mortality rate was 45.45% (20 of 44 patients) and the rate of
favorable outcome was 27.27% (12 of 44 patients) (p <
0.05). Induced mild hypothermia also markedly reduced ICP (p < 0.01) and
inhibited hyperglycemia (p < 0.05). The rates of
complication were not significantly different between the two groups.
Conclusions. The data produced by this study demonstrate that long-term
mild hypothermia therapy significantly improves
outcomes in patients with severe TBI.

*Shiozaki T, Sugimoto H, Taneda M, Oda J, Tanaka H,
Hiraide A, Shimazu T 1998 -- Selection of severely head injured patients
for mild hypothermia therapy. JOURNAL OF NEUROSURGERY 89: (2) 206-11.

Abstract:
Object. The authors have analyzed the efficacy of inducing mild
hypothermia (34 degrees C) in 62 severely head injured
patients to control fulminant intracranial hypertension.
Methods. All 62 patients fulfilled the following criteria: 1) persistent
intracranial pressure (ICP) greater than 20 mm Hg despite
fluid restriction, hyperventilation, and high-dose barbiturate therapy; 2)
an ICP lower than the mean arterial pressure; and 3) a
Glasgow Coma Scale (GCS) score of 8 or less on admission. The patients
were divided into three groups based on
computerized tomography findings: extracerebral hematoma (34 patients with
subdural and/or epidural hematoma), focal
cerebral lesion (20 patients with localized brain contusion and/or
intracerebral hematoma), and diffuse swelling (eight patients
with no focal mass lesion). Mild hypothermia prevented ICP elevation in 35
(56.5%) of the 62 patients whose ICP was greater
than 20 mm Hg despite conventional therapies. Among those 35 patients
whose ICP was controlled by mild hypothermia, 12
(34.3%) achieved functional recovery (good outcome or moderate
disability). However, functional recovery was observed in
only five (10.9%) of the 46 patients whose ICP was greater than 40 mm Hg
after conventional therapies. Of 40 patients with
an admission GCS score of 5 to 8, there were 11 (27.5%) who achieved
functional recovery. On the contrary, mild
hypothermia was not effective in 22 patients with an admission GCS score
of 3 or 4. In the patients with focal cerebral lesions.
ICP was controlled by mild hypothermia in 17 patients (85%) and patient
outcome was intimately related to the extent of the
damage. Among 18 patients with extracerebral hematoma who had a midline
shift of 9 to 12 mm, raised ICP could be
successfully controlled by mild hypothermia in 16 patients (88.9%) and
three (16.7%) achieved functional recovery. However,
ICP could not be controlled in patients with extracerebral hematoma who
had a midline shift of 13 mm or more. In patients with
diffuse swelling, ICP elevation could not be prevented at all by mild
hypothermia.
Conclusions. The authors conclude that mild hypothermia is effective for
preventing ICP elevation in patients without diffuse
brain swelling in whom ICP remains higher than 20 mm Hg but less than 40
mm Hg after conventional therapies.




SUBJECT: Re: A estrategia de sobrecarregar o canal do debate
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/06/2001 20:02

Sutilezas grosseiras ....
===
É melhor ater-se a argumentos.
===
É interessante evitar expressões
grosseiras em um debate,
tipo as mencionadas e usadas
com relação à minha pessoa.
===
a menos que o objetivo seja
inviabilizá-lo ...
===
Carregar o canal de debate
pelo lado pessoal foi uma estratégia
muito usada por voce nesta lista,
quando estive aqui antes.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: rmtakata@altavista.net
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Saturday, June 16, 2001 5:03 PM
Subject: [ciencialist] Re: O Desvio OPORTUNISTA do assunto ERROS NOS CRITERIOS DECLARATORIOS DA MORTE ENCEFALICA.


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Sr. Gabriel Antunes,
> novamente alerto para a permissividade
> adjetiva à pessoa de terceiros, pelas
> razões que já aludi em mensagem
> anterior.

agora quer intimidar os outros tbm? qualé, se toca, cara.

Gabriel não insinuou de modo algum q. vc seja imbecil ou paranóico,
nem eu tampouco o fiz.

Eu disse q. me acusar de censura é imbecil e panóico.

Mas Gabriel não disse nem ao menos isso. Confundido pelo q. vc,
Coimbra, disse (ou por alguma falha minha de comunicação q. estou
tentando encontrar), achou q. eu rira e qualificara como imbecil e
paranóico as acusações q. vc faz contra o CFM e os médicos q. fazem
transplantes de participarem de tráfico de órgãos.

E de fato, se se faz uma acusação sem bases não vejo mal algum q.
alguém qualifique tais acusações de paranóicas e imbecis.

> aos FATOS por parte de quem tenha
> honestidade intelectual ( é o seu caso ? ),

e vc pode acusar os outros de desonestidade?

> vá LER os arquivos que
> coloquei na área de FILES da
> lista, onde estão publicações da
> Revista CIÊNCIA HOJE e
> da BRAZILIAN JOURNAL OF MEDICAL
> AND BIOLOGICAL RESEARCH (1999) 32:1479-1487,
> ANTES de manifestar-se sem conhecimento
> de causa sobre algo quanto ao que o
> Sr. está demonstrando
> completo DESCONHECIMENTO para
> opinar com seriedade.

e agora chamando-o de ignorante.

tais artigos falam sobre o diagnostico de morte encefalica e nao se o
CFM o mantem pra assegurar o lucro da area de transplantes ou pra
alimentar o trafico de orgaos.

> =======
> Há SERIEDADE nessa forma
> de debate ?

se vc for debater a serio, havera´. mas eqto me acusar de censura e
falar q. eu desvio o assunto, qdo vc o faz, nao tenho porq. leva´-lo a
serio.

> ( "muito" oportuna a "preocupação"
> de Takata sobre direitos
> autorais, no caso _específico_ ...,
> considerando que ele sabe quem
> é o AUTOR das publicações,
> e CONHECE esse debate de longa
> data. )

o autor de um texto nem sempre eh o detentor do copirraite,
particularmente verdadeiro qdo se trata de textos publicados em
periodicos -- geralmente havendo clausula no contrato para a cessao
dos direitos.

pode tirar as aspas com preocupacao. achei desnecessario passar os
links q. demonstram ser legitima a minha preocupacao, mas enfim nem
sempre se pode contar com a boa vontade alheia:

http://groups.yahoo.com/group/fcb/message/703
http://groups.yahoo.com/group/fcb/message/1930
http://groups.yahoo.com/group/fcb/message/2827
http://groups.yahoo.com/group/fcb/message/3250

e particularmente:

http://groups.yahoo.com/group/sbcr/message/32
(apenas para assinantes)

em q. se comenta:

"Engraçado... parece que eu tive uma "premonição" de que, se
aparecesse alguém para lembrar o problema dos direitos autorais,
seria o Takata ;)"

chamo a atencao desse aspecto dos direitos autorais principalmente em
duas situacoes. como ja´ comentado, pra torrar a paciencia de alguem
(e jogar um pouco de peso na consciencia) e qdo a eventual violacao do
copirraite pode trazer uma consequencia seria para a pessoa e/ou para
o detentor dos direitos. (tenho certeza q. serei obrigado a dar
explicacoes detalhadas sobre esses criterios, mesmo me parecendo
absolutamente desnecessario agora...)

> Respeite sua inteligência
> em intervenções futuras.

agora chama Gabriel de burro... liberdade adjetiva?

ou sera´ q. tem o artigo 140 1/2 do Codigo Penal Brasileiro q. trata
do crime contra a honra do sr. Celso Galli Coimbra assim escrito:

art. 140 e 1/2: serao considerados crime contra a honra do sr. celso
galli coimbra qq afirmacao da qual seja de seu
desagrado, independentemente de se tal afirmacao se refira ou nao a
ele.

paragrafo 2: nao obstante, o sr. celso galli coimbra desfrutara´ de
total liberdade verbal para ofender a honra alheia.

tem um artigo assim no capitulo 5 ou em algum outro ponto?

[]s,

roberto takata

============================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: hipotermia branda - muito longo
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/06/2001 20:09

Sr. Takata,
==
não se preocupe com essa questão do copirraite.
==
Oportunamente eu trarei a legislação sobre o assunto.
==
Agora, estou repassando essa mensagem sua para o Cícero,
pois quem é autoridade sobre o assunto hipotermia é ele.
==
Considero altamente produtivo o ingresso na
questão essencialmente técnica.
==
Parabéns.
==
[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Saturday, June 16, 2001 7:58 PM
Subject: [ciencialist] hipotermia branda - muito longo


Alguns estudos aos quais tive acesso (o Celso, vc me garante mesmo q.
isso nao eh violacao de copirraite?) -- atencao para o fato de alguns
estudos serem o mesmo grupo de autores. Nao tem a intencao de ser uma
pesquisa intensiva, nem seguir criterios validos para uma meta-analise da
literatura. Trabalhos pros e contras estao listados, com o resumo qdo
possivel (trabalhos sem resumo, mas com o titulo indicando claramente a
conclusao foi incluido para posterior consulta). Recomenda-se seriamente
q. ninguem feche opiniao a partir desses dados, a menos q. possua formacao
na area medica q. permita tomar decisoes sobre isso.

(A divisao entre contra e pros certamente eh bastante artificial, entao
nao se fiem na minha classificacao dos trabalhos.)

[]s,

Roberto Takata

----------------

*contra*:

*Shiozaki T, Hayakata T, Taneda M, Nakajima Y, Hashiguchi N, Fujimi S,
Nakamori Y, Tanaka H, Shimazu T, Sugimoto H 2001 -- A multicenter
prospective randomized controlled trial of the efficacy of mild
hypothermia for severely head injured patients with low intracranial
pressure. JOURNAL OF NEUROSURGERY 94: (1) 50-4.
Abstract:
Object. The criteria for the use of mild hypothermia (34 degreesC) in
severely head injured patients have not been standardized. A prospective
randomized controlled trial was conducted to determine whether mild
hypothermia is essential in the treatment of severely head injured
patients with low intracranial pressure (ICP).
Methods. At 11 medical centers, 91 severely head injured patients with an
admission Glasgow Coma Scale score of 8 or less in whom ICP could be
maintained below 25 mm Hg by conventional therapies were divided randomly
into two groups: the mild hypothermia group (HT group, 45 patients) and
the normothermia group (NT group, 46 patients). Patients in the HT group
were exposed to mild hypothermia (34 degreesC) for 48 hours, followed by
rewarming at 1 degreesC per day for 3 days. whereas patients in the NT
group were exposed to normothermia (37 degreesC) for 5 days. The two
groups were similar with respect to prognostic factors, and there was no
difference in clinical outcome at 3 months postinjury. During treatment,
there was a significantly greater use of neuromuscular blocking agents in
the HT group (p = 0.011). During the initial 2 weeks postinjury, the
incidences of pneumonia, meningitis, leukocytopenia, thrombocytopenia,
hypernatremia, hypokalemia, and hyperamylasemia were significantly higher
in the HT than in the NT group (p < 0.05).
Conclusions. Mild hypothermia should not be used for the treatment of
severely head injured patients with low ICP because this therapy conveys
no advantage over normothermia in such patients.

*Narayan RK 2001 -- Hypothermia for traumatic brain injury - A good idea
proved ineffective. NEW ENGLAND JOURNAL OF MEDICINE 344: (8) 602-3.

(sem resumo)

*Shiozaki T, Kato A, Taneda M, Hayakata T, Hashiguchi N, Tanaka H, Shimazu
T, Sugimoto H 1999 -- Little benefit from mild hypothermia therapy for
severely head injured patients with low intracranial pressure. JOURNAL OF
NEUROSURGERY 91: (2) 185-91.

Abstract:
Object. This study was performed to determine whether mild hypothermia
therapy is essential for the treatment of severely head injured patients
in whom intracranial pressure (ICP) can be maintained below 20 mm Hg by
using conventional therapies.
Methods. Sixteen consecutive severely head injured patients fulfilled the
following criteria: the patient's ICP was maintained below 20 mm Hg by
using fluid restriction, hyperventilation, and high-dose barbiturate
therapy; and the patient had a Glasgow Coma Scale score of 8 or less on
admission. After conventional therapies had been applied, the patients
were divided randomly into two groups: the mild hypothermia group (HT
group; eight patients) and the normothermia group (NT group; eight
patients). The HT group received mild hypothermia (intracranial
temperature 34 degrees C) therapy for 48 hours followed by rewarming at 1
degrees C per day for 3 days, whereas the NT group received normothermia
(intracranial temperature 37 degrees C) therapy for 5 days. Specimens of
cerebrospinal fluid (CSF) taken from an intraventricular catheter every 24
hours were analyzed for the presence of excitatory amino acids ([EAAs]
glutamate, aspartate, and glycine) and cytokines (tumor necrosis
factor-alpha, interleukin [IL]-1 beta, IL-6, IL-8, and IL-10). The two
groups did not differ significantly in patient age, neurological status,
or level of ICP. There were no significant differences in daily changes in
CSF concentrations of EAAs and cytokines between the two groups. The
incidence of pneumonia was slightly higher in the HT group compared with
the NT group (p = 0.059). The incidence of diabetes insipidus associated
with hypernatremia was significantly higher in the HT group compared with
that in the NT group (p < 0.01). The two groups did not differ with
respect to their clinical outcomes.
Conclusions. The authors recommend normothermia therapy for the treatment
of severely head injured patients in whom ICP can be maintained at lower
than 20 mm Hg by using conventional therapies, because mild hypothermia
therapy does not convey any advantage over normothermia therapy in such
patients.

*Jimbo H, Dohi K, Nakamura Y, Izumiyama H, Ikeda Y, Matsumoto K, Kushima M,
Takaki A 2000 -- Fatal severe vasospasm due to rewarming following
hypothermia - Case report. NEUROLOGIA MEDICO-CHIRURGICA 40: (9) 463-6.

Abstract:
A 37-year-old female died of cerebral vasospasm as a complication of
rewarming following hypothermia therapy for severe head injury. She
presented with severe consciousness disturbance and anisocoria after
falling down a flight of stairs. Computed tomography (CT) revealed a right
acute subdural hematoma and temporal contusion. Following surgery, mild
hypothermia was started and rewarming was completed by the 11th day.
Neurological examination showed no abnormalities, but intracranial
pressure (ICP) suddenly increased and she manifested anisocoria on the
13th day. Repeat CT revealed a low density area in the right middle
cerebral artery region and cerebral angiography showed diffuse narrowing
of the main arterial trunks. A cerebrospinal fluid (CSF) sample was
collected using an intraventricular ICP monitoring catheter, The CSF level
of 8-hydroxy-2'-deoxyguanosine was elevated during the rewarming period,
indicating substantial deoxyribonucleic acid (DNA) oxidation. She died on
the 15th day due to uncontrollable ICP. Histological examination at
autopsy of the narrowed artery found the waving phenomenon in the internal
elastic lamina and invasion of inflammatory cells into the adventitia.
These findings constitute the possible evidence that free-radical-mediated
oxidative DNA damage may be important in the genesis of severe
vasospasm due to rewarming following hypothermia.

*Su PY, Ishikawa J 1997 -- Analysis of mild barbiturate moderate
hypothermia therapy on the authors 152 cases. NEUROLOGICAL SURGERY 25: (6)
529-35.

Abstract:
Mild barbiturate-moderate hypothermia therapy was established for severe
head injury and cerebrovascular disease. This
study was conducted on 152 patients from April 1984 through July 1995. In
this study were included patients with Glasgow
Coma Scale score of less than 8 points but those with serious systemic
complications and elderly and infantile patients were
excluded. Our protocol consisted of administration of thiamylal Na
1.25-2.5 mg/kg/h and droperidol 20-40 mu g/kg/h (mild
barbiturate) while maintaining a core temperature of 32-34 degrees C
(moderate hypothermia). The clinical outcome was good
(GR, MD) in 58 cases, poor (SD) in 24 cases and bad (PVS, D) in 70 cases.
This therapy was found to be particularly
effective for preventing ischemic neurological damage in the vasospasm
stage following SAH and severe head injury in young
patients.
However, this therapy did not prevent pneumonia, cardiac failure,
arrhythmia and hypopotassemia from occurring frequently.
We conclude that this therapy is contraindicated in the elderly, i.e.
those older than 65 years.

*pros*

*Jiang JY, Yu MK, Zhu C 2000 -- Effect of long-term mild hypothermia
therapy in patients with severe traumatic brain injury: 1-year follow-up
review of 87 cases. JOURNAL OF NEUROSURGERY 93: (4) 546-9.

Abstract:
Object. The goal of this study was to investigate the protective effects
of long-term (3-14 days) mild hypothermia therapy
(33-35 degrees C) on outcome in 87 patients with severe traumatic brain
injury (TBI) (Glasgow Coma Scale score less than or
equal to 8).
Methods. In 43 patients assigned to a mild hypothermia group, body
temperatures were cooled to 33 to 35 degrees C a mean
of 15 hours after injury and kept at 33 to 35 degrees C for 3 to 14 days.
Rewarming commenced when the individual patient's
intracranial pressure (ICP) returned to the normal level. Body
temperatures in 44 patients assigned to a normothermia group
were maintained at 37 to 38 degrees C. Each patient's outcome was
evaluated 1 year later by using the Glasgow Outcome
Scale. One year after TBI, the mortality rate was 25.58% (11 of 43
patients) and the rate of favorable outcome (good
recovery or moderate disability) was 46.51% (20 of 43 patients) in the
mild hypothermia group. In the normothermia group,
the mortality rate was 45.45% (20 of 44 patients) and the rate of
favorable outcome was 27.27% (12 of 44 patients) (p <
0.05). Induced mild hypothermia also markedly reduced ICP (p < 0.01) and
inhibited hyperglycemia (p < 0.05). The rates of
complication were not significantly different between the two groups.
Conclusions. The data produced by this study demonstrate that long-term
mild hypothermia therapy significantly improves
outcomes in patients with severe TBI.

*Shiozaki T, Sugimoto H, Taneda M, Oda J, Tanaka H,
Hiraide A, Shimazu T 1998 -- Selection of severely head injured patients
for mild hypothermia therapy. JOURNAL OF NEUROSURGERY 89: (2) 206-11.

Abstract:
Object. The authors have analyzed the efficacy of inducing mild
hypothermia (34 degrees C) in 62 severely head injured
patients to control fulminant intracranial hypertension.
Methods. All 62 patients fulfilled the following criteria: 1) persistent
intracranial pressure (ICP) greater than 20 mm Hg despite
fluid restriction, hyperventilation, and high-dose barbiturate therapy; 2)
an ICP lower than the mean arterial pressure; and 3) a
Glasgow Coma Scale (GCS) score of 8 or less on admission. The patients
were divided into three groups based on
computerized tomography findings: extracerebral hematoma (34 patients with
subdural and/or epidural hematoma), focal
cerebral lesion (20 patients with localized brain contusion and/or
intracerebral hematoma), and diffuse swelling (eight patients
with no focal mass lesion). Mild hypothermia prevented ICP elevation in 35
(56.5%) of the 62 patients whose ICP was greater
than 20 mm Hg despite conventional therapies. Among those 35 patients
whose ICP was controlled by mild hypothermia, 12
(34.3%) achieved functional recovery (good outcome or moderate
disability). However, functional recovery was observed in
only five (10.9%) of the 46 patients whose ICP was greater than 40 mm Hg
after conventional therapies. Of 40 patients with
an admission GCS score of 5 to 8, there were 11 (27.5%) who achieved
functional recovery. On the contrary, mild
hypothermia was not effective in 22 patients with an admission GCS score
of 3 or 4. In the patients with focal cerebral lesions.
ICP was controlled by mild hypothermia in 17 patients (85%) and patient
outcome was intimately related to the extent of the
damage. Among 18 patients with extracerebral hematoma who had a midline
shift of 9 to 12 mm, raised ICP could be
successfully controlled by mild hypothermia in 16 patients (88.9%) and
three (16.7%) achieved functional recovery. However,
ICP could not be controlled in patients with extracerebral hematoma who
had a midline shift of 13 mm or more. In patients with
diffuse swelling, ICP elevation could not be prevented at all by mild
hypothermia.
Conclusions. The authors conclude that mild hypothermia is effective for
preventing ICP elevation in patients without diffuse
brain swelling in whom ICP remains higher than 20 mm Hg but less than 40
mm Hg after conventional therapies.

=====================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Ciência e UFOs
FROM: "Ceticismo Aberto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/06/2001 20:25

Eu já tinha feito o spam meu de cada dia lá no uol.ciencia, mas
aqui
vai no Ciencialist...

Quem se interessar por ciência E ufos, confira:
http://www.ceticismoaberto.br.cf

Airsmither



SUBJECT: Re: A estrategia de sobrecarregar o canal do debate
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/06/2001 20:54

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> a menos que o objetivo seja
> inviabiliza'-lo ...

Doi morder a lingua, ne'?

(A proposito, ja' perguntou para o seu irmao sobre a pessoa q. entrou em
contato comigo?)

Vc esta' careca de saber q. o meu ponto era o seu modo de expor o tema --
imiscuido em uma teoria conspiratoria sem provas.

O meu ponto continua sendo:

* onde estao as provas de q. ha' ma' fe' do CFM na questao da morte
encefalica visando a protecao dos ganhos financeiros dos medicos e das
instituicoes q. fazem transplantes?

* onde estao as provas do trafico de orgaos?

Nao eh tergiversacao, pois os pontos sempre foram esses, como pode-se
atestar na pesquisa do historico das mensagens. (Mais surpreso ainda
ficava com a suposta ligacao entre o primeiro e o segundo ponto, mas
como vc diz q. nao eh o q. vc disse... de todo modo as duas coisas
separadas vc afirma.)

O primeiro ponto se firmou naquela primeira serie sua de postagens e o
segundo se firmou na serie atual.

(Pro trafico ate' seria interessante diminuir a oferta de orgaos, ja' q
demanda continuaria a mesma, encarecendo ainda mais o 'produto'...)

(Atulhar a caixa-postal alheia tem pouco a ver com cidadania. Ja'
discutimos longamente sobre isso tto em publico como em pvt: ponha tudo em
uma pagina de livre acesso e apenas aponte para a pagina, ao inves de
reproduzir tudo e mandar via email...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Mais hipotermia branda
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/06/2001 21:15

De novo, pra quem tiver paciencia de ler, sejam criticos na leitura. E
reproduzo aqui os resumos porq. o sr. Celso Galli Coimbra, q. eh advogado,
garante me q. nao eh violacao de copirraite.

[]s,

Roberto Takata
------
Clifton GL, Miller ER, Choi SC, Levin HS, McCauley S, Smith KR, Muizelaar
JP, Wagner FC, Marion DW, Luerssen TG, Chesnut RM, Schwartz M 2001 --
Lack of Effect of Induction of Hypothermia after Acute Brain Injury. New
England J. Medicine 344 (8): 556-3.

ABSTRACT
Background Induction of hypothermia in patients with brain injury was
shown to improve outcomes in small clinical studies, but the results were
not definitive. To study this issue, we conducted a multicenter trial
comparing the effects of hypothermia with those of normothermia in
patients with acute brain injury.
Methods The study subjects were 392 patients 16 to 65 years of age with
coma after sustaining closed head injuries who were randomly assigned to
be treated with hypothermia (body temperature, 33¡C), which was initiated
within 6 hours after injury and maintained for 48 hours by means of
surface cooling, or normothermia. All patients otherwise received standard
treatment. The primary outcome measure was functional status six months
after the injury.
Results The mean age of the patients and the type and severity of injury
in the two treatment groups were similar. The mean (±SD) time from injury
to randomization was 4.3±1.1 hours in the hypothermia group and 4.1±1.2
hours in the normothermia group, and the mean time from injury to the
achievement of the target temperature of 33¡C in the hypothermia group
was 8.4±3.0 hours. The outcome was poor (defined as severe disability, a
vegetative state, or death) in 57 percent of the patients in both groups.
Mortality was 28 percent in the hypothermia group and 27 percent in the
normothermia group (P=0.79). The patients in the hypothermia group had
more hospital days with complications than the patients in the
normothermia group. Fewer patients in the hypothermia group had high
intracranial pressure than in the normothermia group.
Conclusions Treatment with hypothermia, with the body temperature reaching
33¡C within eight hours after injury, is not effective in improving
outcomes in patients with severe brain injury.

Marion DW, Penrod LE, Kelsey SF, Obrist WD, Kochanek PM, Palmer AM,
Wisniewski SR, DeKosky ST 1997 -- Treatment of Traumatic Brain Injury with
Moderate Hypothermia. N. England J. Medicine 336 (8): 540-6.

ABSTRACT
Background Traumatic brain injury initiates several metabolic processes
that can exacerbate the injury. There is evidence that hypothermia may
limit some of these deleterious metabolic responses.
Methods In a randomized, controlled trial, we compared the effects of
moderate hypothermia and normothermia in 82 patients with severe closed
head injuries (a score of 3 to 7 on the Glasgow Coma Scale). The patients
assigned to hypothermia were cooled to 33¡C a mean of 10 hours after
injury, kept at 32 to 33¡C for 24 hours, and then rewarmed. A specialist
in physical medicine and rehabilitation who was unaware of the treatment
assignments evaluated the patients 3, 6, and 12 months later with the use
of the Glasgow Outcome Scale.
Results The demographic characteristics and causes and severity of injury
were similar in the hypothermia and normothermia groups. At 12 months, 62
percent of the patients in the hypothermia group and 38 percent of those
in the normothermia group had good outcomes (moderate, mild, or no
disabilities). The adjusted risk ratio for a bad outcome in the
hypothermia group was 0.5 (95 percent confidence interval, 0.2 to 1.2).
Hypothermia did not improve the outcomes in the patients with coma scores
of 3 or 4 on admission. Among the patients with scores of 5 to 7,
hypothermia was associated with significantly improved outcomes at 3 and 6
months (adjusted risk ratio for a bad outcome, 0.2; 95 percent confidence
interval, 0.1 to 0.9 at both intervals), although not at 12 months (risk
ratio, 0.3; 95 percent confidence interval, 0.1 to 1.0).
Conclusions Treatment with moderate hypothermia for 24 hours in patients
with severe traumatic brain injury and coma scores of 5 to 7 on admission
hastened neurologic recovery and may have improved the outcome.



SUBJECT: Re: A estrategia de sobrecarregar o canal do debate
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/06/2001 22:02

Sr. Takata,
===
não se alegre por nada.
Isso soa infantil.
===
Não há língua mordida de minha parte.
===
Vá LER o que já postei e retorne
para um dialogo educado e civilizado.
===
Agressividade qualquer pessoa
pode manifestar.
===
Não subestime ninguém com relação
a isso.
===
ATENTE para os fatos.
===
O que postei nessa lista já é suficiente
para demonstrar MUITOS erros
por parte do CFM.
===
ERROS que excluem a presença de BOA FÉ.
===
Quem tem boa - fé não se subtrai
a prestar esclarecimentos
dos quais tem obrigação legal.
===
OBRIGAÇÃO LEGAL. Sabe o que é isso ?
===
TUDO aquilo que foi inconveniente
para os interesses
que você defende ignorar
foi ignorado nas postagens avulsas.
===
Aumentou o máximo possível a saturação
no tráfico de mensagens, dificultando a
assimilação para os demais.
===
Estratégia conhecida não ?
===
Não subestime a comunicação
entre as pessoas que estão
trabalhando dentro desse assunto
para me fazer perguntinhas infantis
tipo suspense "se já falei com fulano".
===
Por enquanto, para não sobrecarregar
de informações o canal para os demais
( que é o que você quer )
vou esperar para enviar mais material.
===
MAS RESPONDA,
é possível fazer diagnóstico de morte encefálica,
se forem esgotados os recursos terapêuticos
com o traumatizado encefálico severo ?
(Essa questão já foi colocada por mim aqui)
===
Deixe a tergiversação de lado,
a questão que está sendo colocada aqui,
REPETINDO é
O ERRO DECLARATÓRIO DO MOMENTO
DA IRREVERSIBILIDADE DA MORTE ENCEFÁLICA.
===
NÃO a questão do tráfico de órgãos que é assunto
policial. Isso já está mais do que respondido e
não vou permitir que os dois assunto sejam
confundidos.
===
AGORA, _pergunto_ Sr. Takata, aquela amontoado de
MÁ FÉ que está dentro das ATAS DA COMISSÃO
TÉCNICA DA MORTE ENCEFÁLICA é de seu conhecimento?
(são mais de 200 páginas)
===
Isso é PROVA JUDICIAL (está em processos de acesso
público )
===.
Se o missivista apenas
lê o que lhe convém é problema seu.
===
PERGUNTO: Por que DESDE 1999 o CFM deixa de responder
a contestação científica reconhecida como válida pela comunidade
neurológica internacional ?
===
Por que NÃO TEM COMPETÊNCIA PARA ISSO?
===
Por que SIMPLESMENTE NÃO SABE RESPONDER?
===
Por que NÃO QUER RESPONDER ?
===
SE ele não RESPONDE,
precisando ter sido aberto um inédito
procedimento investigatório contra esse
Órgão dentro do Ministério Público Federal
ATRAVÉS DO MEU TRABALHO
COMO ADVOGADO, é, _NO MÍNIMO_,
por absoluta FALTA DE _TRANSPARÊNCIA
_ (atente bem para essa
palavra Mr. Takata: TRANSPARÊNCIA )
NA ADMINISTRAÇÃO DE INTERESSES
PÚBLICOS A ELE CONFIADOS
( no caso que implicam na vida
e morte dos cidadãos de uma sociedade ).
===
O missivista sabe o que significa
FALTA DE TRANSPARÊNCIA
no exercício da Administração
do Interesse Público ?
===
SIGNIFICA MÁ FÉ -- Mr. Takata.
===
REPITA, para não esquecer
"A falta de transparência no exercício do PODER
adiministrativo GOZA do pressuposto legal de MÁ FÉ".
===
O interlocutor CONHECE história
da concepção da morte encefálica ?
===
TEORIA CONSPIRATÓRIA é o refrão dos que
abrem mão de sua CIDADANIA ( em troca de que ? )
para tentar desacreditar a AÇÃO de
quem a impõe.
===
LEMBRE-SE que nessa lista anteriormente
a sua posição com relação ao conteúdo oposto
ao CFM em publicações internacionais ( antes delas )
era uma, agora está cima de um muro
===
Saia de cima desse muro,
se quer debater o assunto
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Saturday, June 16, 2001 8:54 PM
Subject: [ciencialist] Re: A estrategia de sobrecarregar o canal do debate


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> a menos que o objetivo seja
> inviabiliza'-lo ...

Doi morder a lingua, ne'?

(A proposito, ja' perguntou para o seu irmao sobre a pessoa q. entrou em
contato comigo?)

Vc esta' careca de saber q. o meu ponto era o seu modo de expor o tema --
imiscuido em uma teoria conspiratoria sem provas.

O meu ponto continua sendo:

* onde estao as provas de q. ha' ma' fe' do CFM na questao da morte
encefalica visando a protecao dos ganhos financeiros dos medicos e das
instituicoes q. fazem transplantes?

* onde estao as provas do trafico de orgaos?

Nao eh tergiversacao, pois os pontos sempre foram esses, como pode-se
atestar na pesquisa do historico das mensagens. (Mais surpreso ainda
ficava com a suposta ligacao entre o primeiro e o segundo ponto, mas
como vc diz q. nao eh o q. vc disse... de todo modo as duas coisas
separadas vc afirma.)

O primeiro ponto se firmou naquela primeira serie sua de postagens e o
segundo se firmou na serie atual.

(Pro trafico ate' seria interessante diminuir a oferta de orgaos, ja' q
demanda continuaria a mesma, encarecendo ainda mais o 'produto'...)

(Atulhar a caixa-postal alheia tem pouco a ver com cidadania. Ja'
discutimos longamente sobre isso tto em publico como em pvt: ponha tudo em
uma pagina de livre acesso e apenas aponte para a pagina, ao inves de
reproduzir tudo e mandar via email...)

[]s,

Roberto Takata




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Morte encefálica gera polêmica
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/06/2001 22:05

Direito_Saúde -- 13.06.2001
======================


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CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, QUINTA-FEIRA, 13 DE JULHO DE 2000
Morte encefálica gera polêmica


--------------------------------------------------------------------------



Tanto o Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers) quanto a Central de Transplantes do Estado preferem não comentar a recente interpelação judicial movida por 72 pessoas, junto à Justiça Federal do RS, para que sejam revisados os critérios definidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para o diagnóstico de morte encefálica, necessário para a liberação da retirada de órgãos para transplantes.
A ação foi impetrada em junho e seus autores, além de uma revisão dos critérios estabelecidos pelo CFM, criticam a eficiência de testes, como a angiografia cerebral. Este exame, segundo eles, não é capaz de detectar baixos níveis de fluxo sangüíneo no cérebro. A partir dos resultados da angiografia, lembram, pode ou não ser determinada a morte cerebral e a conseqüente possibilidade de retirada de órgãos para cirurgias em outros pacientes.

'Não nos pronunciamos a este respeito porque as leis que regem este assunto são de competência exclusiva do Conselho Federal', afirma o consultor jurídico do Cremers, Jorge Perrone. Segundo ele, ainda há casos em estudos e que dependem de definição do CFM, como os de anencefalia. 'No período entre o nascimento e a morte definitiva, fica-se sem saber se a criança pode ser doadora.' Segundo o coordenador do Programa de Doação de Órgãos e da Central de Transplantes da Secretaria Estadual da Saúde, Roberto Schlindwein, 'apenas seguimos as determinações do CFM'.






--------------------------------------------------------------------------

Correio do Povo
Porto Alegre - RS - Brasil


====================================
Saiba mais sobre morte encefálica em:
============================================
http://www.epm.br/neuro/mortencefalica.htm
http://www.epm.br/neuro/apnea.htm
http://www.epm.br/neuro/opinioes.htm
http://www.epm.br/neuro/brdeath.html
http://www.epub.org.br/bjmbr/year1999/v32n12/3633c.htm
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
=================================================



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais hipotermia branda
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/06/2001 22:09

----- Original Message -----
From: "Roberto Mitsuo Takata"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Saturday, June 16, 2001 9:15 PM
Subject: [ciencialist] Mais hipotermia branda

> De novo, pra quem tiver paciencia de ler, sejam criticos na leitura. E
> reproduzo aqui os resumos porq. o sr. Celso Galli Coimbra, q. eh advogado,
> garante me q. nao eh violacao de copirraite.

Olá, Takata e Celso

Fico feliz com a trégua, que espero seja duradoura, e pelo menos desta vez
estou na torcida para que tudo acabe em pizza. Do contrário, vou sugerir ao
Léo que coloque em ação sua Outlook-metralhadora capaz de lançar
emails-bomba em série. :-)

Conquanto parte da briga atual tenha se originado graças aos risos do
Takata, peço vênia para rir do parágrafo acima reproduzido, sem com isso
pretender ofender a nenhum dos ilustres debatedores. Não interpretem isso
como uma tergiversação mesmo porque o assunto em discussão, ainda que muito
interessante, foge um pouco da minha seára atual, faltando-me tempo para
retomar conhecimentos que deixei em algum lugar do passado. Ipso facto,
espero ter deixado claro que não estou me escusando de participar de tão
calorosa polêmica, mas reservando-me ao direito de assistir de camarote o
sucesso dos nobres colegas.

O motivo do riso é simples: Imaginei o Takata sendo acusado de violação de
copirraite e sendo defendido em juizo pelo advogado Celso Galli Coimbra. Não
resisti a dar uma risada semelhante à do Léo. Lá vai:
:-))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

Era o que tinha a dizer e, na falta de nada melhor, peço deferimento afim de
que todos possam dispensar um pouco de sua atenção, certamente aprisionada
ao debate, compartilhando de minhas gargalhadas.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm

P.S.: Se a rodada de pizza for em São Paulo faço questão de escolher a
pizzaria e pagar a conta desde que, e somente se, meus "inimigos íntimos" de
outros debates comparecerem. E os amigos também, é claro.



SUBJECT: A Razao Homicida do Teste da Apneia nos Protocolos para Declaracao de Morte Encefalica
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/06/2001 22:26

=========================

A tradução correta da frase:

===

"Brain death is the cessation and
irreversibility of all brain function, including brain stem."

===

É a seguinte:

===


"A morte encefálica é a cessação
irreversível de toda a função encefálica,
incluindo a função do tronco encefálico."
Tronco encefálico é uma parte do encéfalo
( as três partes são: cérebro,
cerebelo e tronco encefálico ).

===

Comentário:

===

A definição encontra-se ultrapassada.
Mesmo os defensores do diagnóstico
de morte encefálica já admitem que existe
pelo menos uma parte do encéfalo,
localizada no cérebro, que se encontra
funcionando por ocasião do diagnóstico
de "morte encefálica" - essa parte é o hipotálamo,
responsável pelo controle da temperatura
e pelo sistema endócrino do indivíduo
( isso encontra-se definitivamente provado ).


===


A definição de perda IRREVERSÍVEL da função
( isto é, das demais funções não hipotalâmicas )
jamais foi comprovada cientificamente.
Apenas observa-se a ausência de parte
das funções encefálicas durante um
determinado período de tempo,
usualmente 6 horas, e então
INFERE-SE que a função não retornará
jamais (por isso, dizem os críticos dos
protocolos em uso que não é diagnóstico,
mas sim prognóstico).


===

Durante esse tempo,
alguns protocolos indicam a realização
do teste da apnéia por DUAS vezes:
uma por ocasião do início do período de 6 horas
e outra por ocasião do seu término,
pois o teste da apnéia destina- se a avaliar
o reflexo respiratório, ou seja,
a capacidade do indivíduo de pelo
menos tentar respirar por si mesmo.

===

Segundo o proposto,
o reflexo respiratório tem que estar ausente
por pelo menos 6 horas,
já que é uma das funções encefálicas
que devem ser documentadas como ausentes.
Pelas razões expostas no artigo da Ciência Hoje,
de junho de 2000
( http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf ),
o teste da apnéia pode provocar o colapso
irreversível da circulação intracraniana
(quanto mais quando é realizado 2 vezes)
naquela parcela desses pacientes que se
encontravam com essa circulação
apenas reduzida a ponto de parte
das funções encefálicas
(as não hipotalâmicas)
encontrarem-se transitoriamente ausentes,
mas não reduzida a ponto de
tornar irreversível a morte do tecido nervoso.


====

Dessa forma os riscos inerentes
ao próprio teste da apnéia podem
provocar uma morte
encefálica real.

===


A essa altura,
o leitor desse texto pode vir a indagar-se:
"Por que não eliminam, então, o teste da apnéia,
substituindo-o por um procedimento
diagnóstico mais seguro?"


===

A razão é SIMPLES:
Porque os médicos não querem arriscar-se
a ter casos em que o paciente começa a esboçar
o esforço respiratório durante o procedimento
de retirada de órgãos,
o que caracterizaria a morte
provocada pela própria retirada de órgãos.

===

Consciente
( por preocupação com as implicações
dessa discussão para o sistema de transplantes )
ou subconscientemente
( como mecanismo de defesa
ou auto-preservação profissional ),
os responsáveis pela elaboração ou implantação
desses protocolos declaram-se então
"não convencidos" dos riscos do teste.

===


Aceitar a possibilidade
de que o próprio teste da apnéia pode
levar à morte encefálica significaria reconhecer
um ERRO MÉDICO MORTAL sendo aplicado
SISTEMATICAMENTE em todo o mundo,
trazendo profundo ABALO para a credibilidade
profissional de altos expoentes da medicina
INTERNACIONAL E NACIONAL,
com IMPLICAÇÕES JURÍDICAS
imprevisíveis.

===


O preço dessa INTRASIGÊNCIA
é a CONTINUIDADE do erro,
com o ônus de, no futuro ( próximo ou distante ),
denunciar-se haver sido cometido de forma DOLOSA
a partir do momento em que as críticas
foram publicadas em revistas indexadas ( http://www.epub.org.br/bjmbr/year1999/v32n12/3633c.htm ).

===

O impasse resultante torna o
Conselho Federal de Medicina Brasileiro
e outros órgãos, inclusive internacionais,
completamente paralisados.


===

Se tentarem responder às criticas publicadas
e aos quesitos objetos de Interpelação Judicial
já formulados perante a Justiça Federal Brasileira,
por cerca quase duas centenaa de cidadãos brasileiros,
ficará patente, frente aos demais colegas médicos,
a falta de argumentos técnicos para sustentarem
o teste da apnéia.

===

Preferem o silêncio técnico,
repetindo INCESSANTEMENTE que os protocolos
são aceitos internacionalmente,
esperando que, eventualmente,
como que por MILAGRE
salvador da sua INTEGRIDADE profissional,
o assunto seja ESQUECIDO
( o que NÃO ocorrerá ).

===



No entanto,
como as mortes provocadas pelo teste
CONTINUAM a ocorrer sistematicamente,
é IMPOSSÍVEL que o assunto seja esquecido,
tendente a avolumar-se cada vez mais
em função, inclusive, da tomada de consciência,
por parte dos MÉDICOS que iniciam na carreira
e a quem é determinado que executem o teste,
que o SILÊNCIO TÉCNICO de seus superiores
( que EXARAM essas ordens )
pode ter somente uma causa:
A FALTA DE ARGUMENTAÇÃO TÉCNICA POSSÍVEL.

===
Que, não sendo admitida de IMEDIATO
(e essa tempestividade já passou há muito tempo)
IMPLICA NECESSARIAMENTE na MÁ FÉ
EXPLICITA ADMINISTRATIVA.

===


Por outro lado,
os motivos que levam à resistência
às criticas aos protocolos em uso
encontram-se bem ilustrados no
debate internacional via internet reproduzido abaixo:

[]'s

Celso Galli Coimbra
OABRS 11352
===========================
===========================

From: COIMBRACG
To: Subject: Re: Presence of relatives during testing for brain stem death
Copies to:
Date sent: Thu, 28 Dec 2000 12:21:33 -300



To the Editor:




I congratulate Dr. Zisfein for his interest in clarifying the potential risks of apnea testing, which he regads as a fundamental procedure for the diagnosis of brain death and of brain-stem death in countries like USA and England respectively.




Based on proposals by Dr. Plum (pp. 24-65) in "The Definition of Death", book edited by Youngner, 1999, Dr. Zisfein suggests that a drop in blood pressure to systolic levels higher than or equal to 90 mmHg cannot induce further brain damage during apnea testing.
However, reducing the systolic blood pressure to 90 mmHg in patients who are in coma secondary to increased intracranial pressure (ICP) implies inducing a profound drop in the cerebral perfusion pressure (CCP), since CCP is highly dependent on mean arterial pressure (MAP) according to established knowledge: CCP=MAP-ICP. Dr. Zisfein's proposal is therefore in contrast with current guidelines for management of severe head trauma [Glasgow Coma Score (GCS) < 8] and other conditions associated with
increased ICP. In Birminham, Alabama, CCP therapy includes maintenance of CCP levels above 70 mmHg (generally > 90 mmHg). The intensive care of these patients is similarly aimed at maintaining CCP in Philadelphia, Pennsylvania. In Lund, Sweden, CCP is maintained at levels close to 50 mmHg. Considering the worldwide recognized importance of CCP preservation for the management of severe head injury, Chesnut [Chesnut RM (1997); Avoidance of hypotension: conditio sine qua non of successful
severe head-injury management; J Trauma, 42:S4-S9] suggests that: "...this may be the common, occult element accounting for much, if not the majority, of the outcome improvements reported by the various centers championing present-day 'cutting edge'
management techniques."





No patient is considered for apnea testing if GCS > 3, which implies that hypotension should be avoided as part of the treatment aimed at preserving CPP in all severe head-injury victims considered for the diagnosis of brain death. By the time when they are tested for apnea they are either in critical neurological condition [global ischemic penumbra (GIP)] or with irreversible and diffuse brain damage. Therefore, apnea testing cannot be performed unless GIP is ruled out as a cause of reversible inactivation of all synapse-dependent brain functions. Dr. Zisfein provides no data to support the hypothesis that either (A) the brain blood flow (BBF) of all patients subjected to apnea testing is lower than the range of ischemic penumbra, or (B) the oxygen extraction fraction (OEF) of their brain tissue is low despite BBF being within that range. The publication of Dr. Plum's chapter (1999) precedes that of the paper alerting to the implications of ischemic penumbra for the diagnosis of brain death ( December, 1999 -
http://www.epub.org.br/bjmbr/year1999/v32n12/3633c.htm), and Dr. Plum has addressed no comment on this issue (GIP).





On the other hand, there is no reason to test patients for apnea if their BBF is known to be below the range of ischemic penumbra, since that implies necrosis of the brain-stem respiratory centers. Moreover, considering apnea test implies holding the possibility
that the BBF may be high enough to support the function of the respiratory centers - which requires the BBF necessarily to be above the upper limit of ischemic penumbra. Since apnea testing admittedly may further reduce CPP (by severely reducing MAP), the test itself may prevent the patient's respiratory centers from responding to hypercarbia. Even when a milder reduction of the systolic blood pressure (to levels higher than those suggested in Dr. Plum's chapter - 90 mmHg) during apnea may be profound enough to prevent respiratory responses and/or to trigger irreversible intracranial circulatory collapse in a patient with increased ICP whose BBF level is already critical but with still high OEF. I refer to paragraph # 5 of my initial message for further evidences which support the view that apnea test is not only useless (to exclude recoverable cases from the diagnosis of brain death) but may be the ultimate cause of brain death in nearly all cases of deep coma (GCS = 3) that could be otherwise recovered by moderate hypothermia and/or other novel therapeutic approaches.





Among Dr. Zisfein's arguments the following remark exposes the opposing interests of potential donors and recipients of umpaired vital organs: "If an organ donor would begin breathing in the operating room when organs are being recovered, that would be a
disaster." I understand that any test destined to measure BBF and OEF may not be sensitive enough, or measure transient (short-lasting) lower values that pertain to the particular moment when the test for a dynamic physiological variable is applied. I also
understand that these and other tests like diffusion weighed MRI may be considered too expensive for the diagnosis of brain death and require unwise transportation of a critically ill patient. However, I also understand that the chances for recovering the critically ill
cannot be purposefully neglected under the argument that transplantation of unpaired vital organs would not survive without testing the potential donor for apnea. Holding such argument for the sake of organ procurement would imply accepting the diagnosis of brain death as ethically unfeasible, according to the "primum non nocere" basic principle of medical practice, which has been properly indicated by Dr. Evans during the development of a similar discussion ( http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266#EL12 ).
The continuation of brain death or brain-stem death diagnosis as currently proposed, with neglect of the novel neuroscientific achievements that point to these technical limitations and therapeutic alternatives will indeed be a disaster for the reputation of medical practice.





Finally, it might be opportune to emphasize that Jeret and Benjamin have not suggested that the risk of hypotension during apnea testing could be avoided by continuous arterial blood pressure monitoring. Rather, their study demonstrated that marked hypotension (>15% drop in MAP) and cardiac arrest do occur during the apnea test despite "careful monitoring of vital signs". They commented on "The moral implications of performing
a potentially dangerous diagnostic test with no therapeutic implications for the patient...", and finally declared that "Our article and its two illustrative case reports underscore the unpredictability and heterogeneity encountered in clinical practice. We hope that
our article will prompt additional caution among clinicians. The legal, ethical, and religious implications of our study await the analysis of experts in these fields." ( Arch Neurol Vol 52, apr 1995, pp 338-339).



Cicero Coimbra, MD, PhD
Consultant Neurologist, Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo
Associate Professor, Department of Neurology and Neurosurgery,
UNIFESP School of Medicine

======================================


Date sent: Sat, 23 Dec 2000 16:59:53 -0500
Send reply to: Brain Death Issues and the Definition of Death
From: James Zisfein
Subject: Re: Presence of relatives during testing for brain stem death
To:




Dr. Coimbra refers to the excellent paper by Jeret and Benjamin (his reference #5), which showed the risk of hypotension during apnea tests, and alerted neurologists and intensivists worldwide to the importance of continuous arterial blood pressure (BP) monitoring by an indwelling arterial catheter. Current practice guidelines for apnea tests (see Plum's chapter in Youngner's book, as referenced in my previous post) now require BP monitoring, and stoppage of the apnea test if the systolic pressure drops below 90 mmHg. Physicians who are experienced in apnea testing identify hemodynamically unstable patients and *pretreat* them by increasing pressor infusion rates (of dopamine, dobutamine, or epinephrine) before the apnea test begins, therefore preventing
critical drops in BP. In the absence of a drop in BP, the apnea test does not damage the brain.



There is no substitute for the apnea test for brain death. If a patient breathes spontaneously - even if that is the only brain function - he is alive. No mortuary director worldwide would accept a breathing patient, nor would any funeral director bury one. If an
organ donor would begin breathing in the operating room when organs
are being recovered, that would be a disaster. I submit that the apnea test
can and must be performed, and it is up to physicians who perform the test to do it properly and safely.



Jim
James Zisfein, MD
Section Chief of Neurology
Chair, Ethics Committee
Lincoln Hospital, Bronx, NY


==========================

----- Original Message -----
From: Cicero Coimbra
To:
Sent: Friday, December 22, 2000 6:00 PM
Subject: Re: Presence of relatives during testing for brain stem




To the Editor:




I write to comment on Dr. Zisfein's remarks to ........... reproduced as follows: "Apnea
tests for brain death can indeed be hazardous. I'm not referring to possible 'brain damage' from the brief hypercarbia in a successful test, which is theoretical and unlikely. Rather, Dr Evans alludes to apnea tests as cause of cardiac arrest..."





Actually, that brain damage may become irreversible during apnea test should not be assumed as unlikely, but rather as a concrete possibility in a patient with severe intracranial hypertension in deep coma and cephalic areflexia, regardless of whether cardiac arrest occurs or not. This is because the brain blood flow (BBF) is a continuous physiological variable and, therefore, does not decrease to levels lower than 10 ml.100g-1.min-1 due to progression of intracranial hypertension without crossing the range of 35 to 10 ml.100g -1.min-1 ( the range of ischemic penumbra, when brain function may be supressed without irreversible damage).





Therefore, the BBF of patients with increased intracranial pressure (ICP) found in GCS of 3 and cephalic areflexia is certainly lower than 35 ml.100g-1.min-1, (the threshold for functional inactivation) but not certainly lower than 10 ml.100g-1.min-1 (the threshold for
irreversibility when sustained for longer than 1 hour, according to current neuroscientific knowledge). Threrefore, a global reduction of blood supply to the whole brain or solely to the infratentorial structures down to the critical range of ischemic penumbra for hours/days [referred to as global ischemic penumbra or GIP - (1)] may lead to misdiagnosis of irreversible brain or brain stem damage in a subset of deeply comatose patients with cephalic areflexia.





Moreover, that undeniable GIP period (a mathematical certainty) has neither been proved to be invariably shorter than 6 hours (the most frequently proposed period of clinical observation for the diagnoses of brain death and brain stem death). Actually, direct
measurements of BBF in patients in deep coma and with cephalic areflexia (performed before apnea testing became widely accepted and employed) showed results consistent with GIP in 50% of cases (2-4).




Apnea testing may indeed irreversibly damage the brains of the specific subset of patients in GCS of 3 and cephalic areflexia who are still within the GIP period even when cardiac arrest is not induced. This is because apnoea testing may induce severe arterial hypotension (in about 40% of cases) (5). Conceivably, apnea may further increase ICP due to the effect of the aimed levels of hypercarbia on brain swelling. By decreasing blood pressure and/or further increasing ICP in a patient with critical levels of brain perfusion pressure, apnea testing may reduce BBF to levels lower than the GIP range, thereby establishing (only then) irreversible damage to his/her brain.





Careful, continuous monitoring of blood pressure (for immediate resumption of ventilatory support as soon as a systolic pressure lower than 90mmHg is detected) does not prevent induction of irreversible brain damage by apnea testing. Even transient hypotension [the most detrimental secondary insult after traumatic brain injury - TBI (6)] may cause irreversible collapse of the intracranial circulation in cats after severe head trauma (7). Data from 2 different studies (8, 9) suggest that these experimental results may indeed reproduce the response of the human brain circulation to apnoea testing. When apnea test was not used, victims of severe TBI sustained elevated ICP and decreased
perfusion pressure up to spontaneous cardiac arrest in 100% of the cases (8). In contrast, 100% of these patients were found with normal ICP and normal perfusion pressure, but with a BBF level equal or close to zero after apnea test (9). This 100% of disagreement suggests that hypotension (and/or possibly a further increase of ICP) during the period of apnea may have induced irreversible intracranial circulatory arrest in the second study (9):
the efflux of the blood volume from the intracranial space secondary to the induced circulatory collapse would explain the normalization of ICP and perfusion pressure after apnea testing. The vascular collapse may become irreversible due to the establishment of tension forces involving the inner endothelial surfaces of brain vessels during the transient period of inadvertently lowered perfusion pressure. In addition, the respiratory center is not expected to respond to hypercarbia if BBF is further reduced from
the GIP range.




Apnea test is therefore a diagnostic procedure that may cause the state (brain death or brain stem death) that it should only diagnose. Moreover, it is performed without anticipation of any therapeutic benefit to the patient, and usually without the consent of his(her) family. Would the family members feel comfortable about simply watching apnea test being performed if they were aware of the risks involved?





On the other hand, is there any therapeutic technique capable of recovering patients in GIP to normal daily life when apnea testing is avoided? Induced hypothermia (33ºC) has recovered to normal life TBI victims found in GCS of 3 and dilated/unresponsive pupils
who are not subjected to apnea testing (10, 11). As hypothermia effectively treats brain swelling and edema (12), recovery from GIP is one reasonable explanation for these remarkable results, obtained when timely cooling is initiated (13) and brain temperature is controlled to avoid intracranial thermal pooling (14).





When hypothermia was indicated as a criterion of exclusion 32 years ago, the Harvard Ad Hoc Committee overlooked the possibility that TBI victims rendered accidentally hypothermic could have resumed normal daily life (despite "looking" brain dead, with flat EEG) precisely as a consequence of the therapeutic effect of their low body temperature. Comprehensibly, as the phenomenon of ischemic penumbra was not known in 1968, the members of the




Committee could only consider the possibility that those patients could recover because hypothermia was simulating brain death.



The current diagnostic criteria were arbitrarily proposed (and accepted) 32 years ago, based on the incorrect assumption that intracranial circulatory arrest would be the only possible explanation for deep coma and cephalic areflexia in a patient with increased ICP (provided that all known factors capable of inducing metabolic depression are ruled out). Accordingly, angiography was proposed as a confirmatory test in the early seventies. More recently, the diagnosis of brain death was regarded as a clinical diagnosis: evidently, if collapse of the blood supply to the brain is taken as the only conceivable patophysiological mechanism underlying the absence of neurological function, the lack of clinical improvement for a few hours would be also taken as enough evidence for the
diagnosis of brain death or brain stem death.





Despite the evident prognostic nature of diagnostic criteria that include a period of observation, most physicians have felt quite comfortable about accepting the diagnosis of brain death or brain stem death as a self-fulfilling prophecy based on that assumption and, for the inculpable intent of simple documentation, have easily agreed in testing for apnea those patients whose neurological condition they already regarded as irreversible. We no longer have that excuse.




For a more detailed discussion on this subject, please access the following web site:

http://www.epub.org.br/bjmbr/year1999/v32n12/3633c.htm


Cicero Coimbra, MD, PhD
Consultant Neurologist, Hospital do Servidor Público Municipal
de São Paulo
Associate Professor, Department of Neurology and Neurosurgery,
UNIFESP School of Medicine

===

1. Coimbra CG (1999). Implications of ischemic penumbra for the
diagnosis of brain death. Brazilian J Med Biol Res;32:1538-45.

===

2. Hoyer S & Wawersik J (1968). Untersuchungen der Hirndurchblutung und des Hirnstoffwechsels beim Decerebrationssyndrom. Langenbecks Arch Chir, 322: 602-605.

===

3. Bes A, Arbus L, Lazorthes Y, Delpla M & Escande M (1969). Hemodynamic and metabolic studies of coma depassé. Research on biological criteria for cerebral death. International CBF Symposium, Mayence.


===

4. Shalit MN, Beller J, Feinsod M, Drapkin AJ & Cotev S (1970). The blood flow and oxygen consumption of the dying brain. Neurology, 20: 740 -748.

===

5. Jeret JS & Benjamin JL (1994). Risk of hypotension during apnea testing. Arch Neurol, 51:595-599.

===

6. Lewelt W, Jenkins L & Miller JD (1980). Autoregulation of cerebral blood flow after experimental fluid percussion injury of the brain. J Neurosurg, 53: 430-511.

===

7. Chesnut RM (1997). Avoidance of hypotension: conditio sine Qua non of successful severe head-injury management. J Trauma, 42:S4-S9.

===

8. Jørgensen PB, Heilbrun MP, Boysen G, Rosenklint A & Jørgensen EO (1972). Cerebral perfusion pressure correlated with regional cerebral blood flow, EEG and aortocervical arteriography in patients with severe brain disorders progressing to brain death. Europ Neurol, 8: 207-212.


===

9. Obrist WD, Jaggi JL, Langfitt TW & Zimmerman RA (1981). Cessation of CBF in brain death with normal perfusion pressure. J Cerebral Blood Flow Metab, 1(Suppl 1): S524-S525.

===


10. Metz C, Holzschuh M, Bein T, Woertgen C, Frey A, Frey I, Taeger K & Brawanski A (1996). Moderate hypothermia in patients with severe head injury and extracerebral effects. J Neurosurg, 85:533-541.


===

11. Watanabe Y (1997). Once again on cardiac transplantation. Flaws in the logic of proponents. Jpn Heart J, 38: 617-624.

===

12. Schwab S, Spranger M, Aschoff A, Steiner T & Hacke W (1997). Brain temperature monitoring and modulation in patients with severe MCA infarction. Neurology, 48: 762-767.

===

13. Hayashi N (1996). Brain hypothermia therapy. Jpn Med J, 3767:21-27.


===

14. Hayashi N, Hirayama A, Udegawa A, Daimon W & Ohata M (1994). Systemic management of cerebral edema based on a new concept in severe head injury patients. Acta Neurochir [suppl]; 60:541-543.



==============================

Date sent: Thu, 21 Dec 2000 12:00:25 -0500
Send reply to: Brain Death Issues and the Definition of Death
From: James Zisfein
Subject: Re: Presence of relatives during testing for brain stem death
To:




Neurology bedside tests can appear sadistic or bizarre. In deep coma
(not just brain death), we test for responsiveness to noxious stimuli by strong pressure applied to the nerves over the eyes, or by squeezing fingernail beds with a hard object, or by grinding one's knuckles into the patient's sternum (this last procedure known to medical students as a "noogie"). Plus, there is the ice-water ear lavage that Dr. Evans mentions. If family members insist on staying in the room of an unresponsive patient, experienced neurologists will warn them on what they are about to see - and explain why it is
necessary.



(Cardiologists look so much more doctor-like doing their exams - until they test reflexes, when they typically whack the knee with a stethoscope, and cause far more pain then we do with our soft rubber hammers!)



Apnea tests for brain death can indeed be hazardous. I'm not referring to possible "brain damage" from the brief hypercarbia in a successful test, which is theoretical and unlikely. Rather, Dr. Evans alludes to apnea tests as a cause of cardiac arrest, which occurs
because of the autonomic instability of many brain dead patients.



You can reduce this risk by careful, continuous monitoring of blood pressure by arterial line during the test, and by stopping the test if the systolic falls below 90 mmHg. In my opinion, apnea testing is a critical care procedure that should be performed only by
physicians who have been properly credentialed.



I don't like the term "brain death" any more than Dr. Evans does, but (at least in the US) we're stuck with it. For the current state of the art in brain death diagnosis, see the essay by Dr. Plum (pp. 24-65) in "The Definition of Death", book edited by Youngner, 1999.
Admittedly, the tests for brain death do not include tests of autonomic or neuroendocrine functions that may require some hypothalamic functioning, and allow for the possibility of viable cerebral hemispheric tissue. We still call the condition "brain death"; so be it.



The notion that the brain dead patient is "dead enough for transplant purposes", as argued by Dr. Evans below, is also advanced by Veatch and by several other essayists in Youngner's book. The legal definition that death is an event - occuring instantaneously, with life completely present just before, and completely absent just after - is not biologically defensible. However, I worry that the bereaved family has enough difficulty, as it is, in handling the unexpected and tragic death in brain death cases, and would go
bonkers when presented with dead-for-this-but-not-for-that. Worse, we could achieve definitional purity at the cost of further jeopardizing the availability of organs for transplantation, which would cause the unjustifiable death of many more. At this time, I believe that it is perilous to change the "dead donor" rule. (Maybe it could be tried
by a small jurisdiction - Oregon seems to like to try weird things - to see what the effect would be on organ supply.)



-Jim

James Zisfein, MD
Section Chief of Neurology
Chair, Ethics Committee
Lincoln Hospital, Bronx, NY


==========================
From: James J. Hughes
To:
Sent: Wednesday, December 20, 2000 11:22 AM
Subject: FW: Re: Presence of relatives during testing for brain stem death


Forwarded at the request of Dr. Evans
Presence of relatives during testing for brain stem death



Dr. Hughes is presumably referring to the paper under the above title by Pugh et al. in this week's British Medical Journal (BMJ 2000;321:1505-6). It is there mentioned that some respondents described the testing as "macabre" and "harrowing". I would add "callous" - thinking of the test which involves injecting ice-cold saline into the ears, which must cause great distress to those who still retain the function being tested (and there's no need for the test if one knows it's absent, of course) - and "dangerous" - thinking of the apnea test, which may exacerbate the brain damage (1) and even be the proximate cause of death.




It is worrying that Dr. Bonner still speaks of "brain death". The claim that the tests diagnose permanent loss of all brain functions was abandoned in 1995 and further use of the term was then discouraged by the UK expert committee (2). They do not, as a matter of fact, even suffice for the diagnosis of death of the brain stem (3) and, since the concept
of "brain stem death" is now held - by a senior spokesman for the Department of Health (4) - to be "impossible to define and should not be used", it is far from clear what state the tests are now supposed to diagnose or what it should be called. Perhaps we are witnessing official recognition of the fact that the tests are prognostic guidelines - the purpose for which they were originally introduced in 1976 (5). In the context in which they are now used for the certification of death, it may be that the relatives should be told
that they establish a state in which their loved-one is "as good as dead" or "dead enough for transplant purposes". They are surely entitled to a perfectly frank and honest description.


===

David W.Evans
Retired cardiologist
Cambridge (UK)

===

1. Coimbra CG. Implications of ischemic penumbra for the diagnosis of brain death. Braz J Med Biol Res 1999;32:1479-1487.


===

2. Working Group of the Royal College of Physicians. Criteria for the diagnosis of brain stem death. J Roy Coll Physns 1995;29:381-2.


===

3. Evans DW, Hill DJ. The brain stems of organ donors are not dead. Catholic Medical Quarterly 1989:40:113-121.


===

4. Doyle P. Personal communication, 14 Dec 2000.


===

5. Conference of Medical Royal Colleges of the United Kingdom. Diagnosis of brain death. BMJ 1976;ii:1187-8.


==============


[]'s

Celso Galli Coimbra
OABRS 11352
c.galli@terra.com.br
direito_saude-owner@yahoogroups.com
=================================

Saiba mais em:
http://www.epm.br/neuro/mortencefalica.htm
http://www.epm.br/neuro/apnea.htm
http://www.epm.br/neuro/opinioes.htm
http://www.epm.br/neuro/brdeath.html
http://www.epub.org.br/bjmbr/year1999/v32n12/3633c.htm
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf







[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Mais hipotermia branda
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/06/2001 22:35

Prezado Alberto,
===
eu diria na defesa de Takata,
que ele é culpado mesmo de transgredir
direitos autorais, principalmente quando
pensa,
porque ele com tal se considera transgressor ...
===
Diria também que pela insistência
dele em saber tudo sobre
tráfico de órgãos,
quando está se falando é de morte
encefálica,
fica levantado o indício de
seu envolvimento com esse
negócio que prospera na
China ...

===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================


----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist
Sent: Saturday, June 16, 2001 10:09 PM
Subject: Re: [ciencialist] Mais hipotermia branda


----- Original Message -----
From: "Roberto Mitsuo Takata"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Saturday, June 16, 2001 9:15 PM
Subject: [ciencialist] Mais hipotermia branda

> De novo, pra quem tiver paciencia de ler, sejam criticos na leitura. E
> reproduzo aqui os resumos porq. o sr. Celso Galli Coimbra, q. eh advogado,
> garante me q. nao eh violacao de copirraite.

Olá, Takata e Celso

Fico feliz com a trégua, que espero seja duradoura, e pelo menos desta vez
estou na torcida para que tudo acabe em pizza. Do contrário, vou sugerir ao
Léo que coloque em ação sua Outlook-metralhadora capaz de lançar
emails-bomba em série. :-)

Conquanto parte da briga atual tenha se originado graças aos risos do
Takata, peço vênia para rir do parágrafo acima reproduzido, sem com isso
pretender ofender a nenhum dos ilustres debatedores. Não interpretem isso
como uma tergiversação mesmo porque o assunto em discussão, ainda que muito
interessante, foge um pouco da minha seára atual, faltando-me tempo para
retomar conhecimentos que deixei em algum lugar do passado. Ipso facto,
espero ter deixado claro que não estou me escusando de participar de tão
calorosa polêmica, mas reservando-me ao direito de assistir de camarote o
sucesso dos nobres colegas.

O motivo do riso é simples: Imaginei o Takata sendo acusado de violação de
copirraite e sendo defendido em juizo pelo advogado Celso Galli Coimbra. Não
resisti a dar uma risada semelhante à do Léo. Lá vai:
:-))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

Era o que tinha a dizer e, na falta de nada melhor, peço deferimento afim de
que todos possam dispensar um pouco de sua atenção, certamente aprisionada
ao debate, compartilhando de minhas gargalhadas.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm

P.S.: Se a rodada de pizza for em São Paulo faço questão de escolher a
pizzaria e pagar a conta desde que, e somente se, meus "inimigos íntimos" de
outros debates comparecerem. E os amigos também, é claro.




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Mais hipotermia branda -- Parametros alterados nesse estudo.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/06/2001 22:52

Sr. Takata,
===
esse estudo, encomendado para buscar
equilibrar o debate internacional e o clamor
dos médicos,
padece do seguinte erro científico:
==
ele MUDOU os parâmetros de utilização,
reconhecidamente bem sucedidos,
da hipotermia.
===
Ele trabalhou com outros parâmetros
estranhos aos já em uso corrente na
clínica neurológica no Japão,
e em vários hospitais brasileiros
que estão pondo em prática a
hipotermia, mesmo contrariando
o CFM, e trazendo com isso
uma redução da OFERTA
de órgãos.
===
Pergunta para cabeça pensantes
sem preocupações com copirr:
===
Como é que tem sido
vista no Brasil a redução da oferta de
órgãos ... ?
===
Logo ... vale tudo.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Saturday, June 16, 2001 9:15 PM
Subject: [ciencialist] Mais hipotermia branda


De novo, pra quem tiver paciencia de ler, sejam criticos na leitura. E
reproduzo aqui os resumos porq. o sr. Celso Galli Coimbra, q. eh advogado,
garante me q. nao eh violacao de copirraite.

[]s,

Roberto Takata
------
Clifton GL, Miller ER, Choi SC, Levin HS, McCauley S, Smith KR, Muizelaar
JP, Wagner FC, Marion DW, Luerssen TG, Chesnut RM, Schwartz M 2001 --
Lack of Effect of Induction of Hypothermia after Acute Brain Injury. New
England J. Medicine 344 (8): 556-3.

ABSTRACT
Background Induction of hypothermia in patients with brain injury was
shown to improve outcomes in small clinical studies, but the results were
not definitive. To study this issue, we conducted a multicenter trial
comparing the effects of hypothermia with those of normothermia in
patients with acute brain injury.
Methods The study subjects were 392 patients 16 to 65 years of age with
coma after sustaining closed head injuries who were randomly assigned to
be treated with hypothermia (body temperature, 33¡C), which was initiated
within 6 hours after injury and maintained for 48 hours by means of
surface cooling, or normothermia. All patients otherwise received standard
treatment. The primary outcome measure was functional status six months
after the injury.
Results The mean age of the patients and the type and severity of injury
in the two treatment groups were similar. The mean (±SD) time from injury
to randomization was 4.3±1.1 hours in the hypothermia group and 4.1±1.2
hours in the normothermia group, and the mean time from injury to the
achievement of the target temperature of 33¡C in the hypothermia group
was 8.4±3.0 hours. The outcome was poor (defined as severe disability, a
vegetative state, or death) in 57 percent of the patients in both groups.
Mortality was 28 percent in the hypothermia group and 27 percent in the
normothermia group (P=0.79). The patients in the hypothermia group had
more hospital days with complications than the patients in the
normothermia group. Fewer patients in the hypothermia group had high
intracranial pressure than in the normothermia group.
Conclusions Treatment with hypothermia, with the body temperature reaching
33¡C within eight hours after injury, is not effective in improving
outcomes in patients with severe brain injury.

Marion DW, Penrod LE, Kelsey SF, Obrist WD, Kochanek PM, Palmer AM,
Wisniewski SR, DeKosky ST 1997 -- Treatment of Traumatic Brain Injury with
Moderate Hypothermia. N. England J. Medicine 336 (8): 540-6.

ABSTRACT
Background Traumatic brain injury initiates several metabolic processes
that can exacerbate the injury. There is evidence that hypothermia may
limit some of these deleterious metabolic responses.
Methods In a randomized, controlled trial, we compared the effects of
moderate hypothermia and normothermia in 82 patients with severe closed
head injuries (a score of 3 to 7 on the Glasgow Coma Scale). The patients
assigned to hypothermia were cooled to 33¡C a mean of 10 hours after
injury, kept at 32 to 33¡C for 24 hours, and then rewarmed. A specialist
in physical medicine and rehabilitation who was unaware of the treatment
assignments evaluated the patients 3, 6, and 12 months later with the use
of the Glasgow Outcome Scale.
Results The demographic characteristics and causes and severity of injury
were similar in the hypothermia and normothermia groups. At 12 months, 62
percent of the patients in the hypothermia group and 38 percent of those
in the normothermia group had good outcomes (moderate, mild, or no
disabilities). The adjusted risk ratio for a bad outcome in the
hypothermia group was 0.5 (95 percent confidence interval, 0.2 to 1.2).
Hypothermia did not improve the outcomes in the patients with coma scores
of 3 or 4 on admission. Among the patients with scores of 5 to 7,
hypothermia was associated with significantly improved outcomes at 3 and 6
months (adjusted risk ratio for a bad outcome, 0.2; 95 percent confidence
interval, 0.1 to 0.9 at both intervals), although not at 12 months (risk
ratio, 0.3; 95 percent confidence interval, 0.1 to 1.0).
Conclusions Treatment with moderate hypothermia for 24 hours in patients
with severe traumatic brain injury and coma scores of 5 to 7 on admission
hastened neurologic recovery and may have improved the outcome.

=====================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Desvio OPORTUNISTA do assunto ERROS NOS CRITERIOS DECLARATORIOS DA MORTE ENCEFALICA.
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/06/2001 01:19


Olá Celso,

> Sr. GABRIEL,
> sob pena de incorrer no mesmo ERRO de
> Takata, e por uma questão de fidelidade
> aos FATOS por parte de quem tenha
> honestidade intelectual ( é o seu caso ? ),
> [...]

Calma meu amigo...

> ANTES de manifestar-se sem conhecimento
> de causa sobre algo quanto ao que o
> Sr. está demonstrando
> completo DESCONHECIMENTO para
> opinar com seriedade.

É, realmente... Na verdade, por uma desorganização minha, tive a incorreta
impressão que o Takata tinha rido de TUDO que você já tinha apresentado até
o momento. Acho que foi o único erro.

No primiro comentário (acho que é o que fez o senhor se enfurecer um pouco
:-), apenas procurei amenizar um pouco a situação: se o Roberto Takata acha
digna de risos as suas mensagens, é porque acha que as mesmas não estão bem
fundamentadas. Se ele procurasse debater melhor o assunto com o senhor,
talvez encontrasse fundametos em suas afirmações.

Mas vejo que o comentário se mostrou inoportuno.

De qualquer maneira, ou by the way, desculpe-me.

> Outra questão: é problemático
> dar opiniões sem SEQUER ter lido todas
> as mensagens postadas sobre
> o assunto, como foi feito pelo
> missivista precipitadamente.

Mas eu nem falei sobre o conteúdo das suas mensagens.

> Há SERIEDADE nessa forma
> de debate ?
> ======
> ( "muito" oportuna a "preocupação"
> de Takata sobre direitos
> autorais, no caso _específico_ ...,
> considerando que ele sabe quem
> é o AUTOR das publicações,
> e CONHECE esse debate de longa
> data. )

??
Espero que o senhor não esteja dizendo que estas são minhas palavras.

> Respeite sua inteligência
> em intervenções futuras.

Este tipo de "colocação" é a que eu não considero séria.

Com o verbo no imperativo, falando como minha mãe a muito tempo atrás,
julgando-se superior e ainda por cima dando uma de bonzinho, já que fala
para o meu bem.

Mas não quero que o senhor fique louco pra dar umas bofetadas no monitor ou
algo semelhante depois de ler este e-mail, por isso aé coloquei uma
musiquinha aí embaixo pra você se lembrar que "All we need is love".

"Come on people now, smile on your brother! Everybody get together! Try to
love one another right now!"

:-)

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Risadas imaturas ...
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/06/2001 02:10

===
Eu adverti o Sr. Takata,
_o risonho_, que deve estar rindo
ou de nervoso
ou porque não está tendo MATURIDADE
para entender que esse assunto
é _extremamente_ SÉRIO E GRAVE.

===

ADVERTI
COM CLAREZA,
que não invadisse minha caixa postal
em PVT com suas crises de mau humor
( RECLAMANDO MINHA PRESENÇA
NA LISTA POR SER ADVOGADO, por causa
do _"seu saco"_, como disse )
ou de hilaridade sem sentido.

===

CASO EM QUE ISSO não fosse
respeitado eu disse que enviaria
para a lista essas interpelações
invasoras.

===

DEIXEI claro para o
_ despropositado risonho_,
sobre assuntos que
NADA TÊM DE ENGRAÇADO,
que apenas lhe responderia
dentro do grupo.

===

Não adiantou.

===

Está cumprida minha advertência.

===

Espero que daqui para frente
seja possível entender, _o óbvio_:
O ASSUNTO É GRAVE DEMAIS.

===

Não é para ser tratado com a IMATURIDADE
galhofeira que ele
vem apresentando, enquanto nesta
lista, para os demais, procura DESVIAR
A ATENÇÃO DO ESSENCIAL.
E ainda _"parecer"_ que está sendo sério.

===

Está abaixo seu PVT hilário.

===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>
To: <c.galli@terra.com.br>
Sent: Saturday, June 16, 2001 5:06 PM


Desculpe-me, mas sou obrigado a rir de novo...

[]s,

roberto takata

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> TERGIVERSAÇÕES -- II
> ===
> O Sr. Takata agora optou por
> se fazer de desentendido.
> ===
> Ele está usando a questão
> _"tráfico de órgãos"_ (que é
> OUTRO assunto) para desviar
> a atenção do que foi objeto
> de publicação em Revistas Científicas:
> OS ERROS DECLARATÓRIOS DO
> MOMENTO DA IRREVERSIBILIDADE
> DA MORTE ENCEFÁLICA, contidos
> na Resolução CFM 1480/97.
> ===
> A _"CISMA"_ de Takata nesta lista tem
> antecedentes ANTIGOS com a questão da
> contestação ao diagnóstico de morte encefálica
> em uso, registrada em seus arquivos.
> ===
> NÃO É VERDADE que tenha sido dito por mim
> em qualquer mensagem que "O CFM
> protege tráfico de órgãos".
> ===
> Quem está dizendo isso é Takata.
> ===
> MERO _expediente_ tergiversador.
> ===
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra





SUBJECT: Eu e os direitos autorais
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/06/2001 03:19

Percebi que mencionaram o fato de eu ter disponibilizado um PDF da
revista Nature na area 'Files' da Ciencialist. Aquele arquivo eh
sobre o projeto Golem e o PDF estava disponivel para download e
divulgacao no site da equipe que desenvolve o projeto (golem@home). O
unico objetivo que tinha era facilitar o acesso a essa informacao.

Se fiz mal peco desculpas ajoelhado e prometo nunca mais fazer...
alem de apagar o arquivo da area 'Files' eh claro. :)

Sei que as preocupacoes do Takata quanto aos direitos autorais sao
procedentes e adequadas... mas nao estou aconstumado a me policiar
desta maneira.

Alias... se nao deixarem eu divulgar o projeto.. apago agora mesmo
essa porcaria de golem@home dos computadores onde instalei.. e adeus
ajuda. Hehehehehe. (golem@home eh semelhante ao seti@home)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna





SUBJECT: Re: [ciencialist] Eu e os direitos autorais
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/06/2001 03:43

> Sei que as preocupacoes do Takata quanto aos direitos autorais sao
> procedentes e adequadas... mas nao estou aconstumado a me policiar
> desta maneira.

Não tenho certeza, mas os PDF não seria apenas para leitura justamente para
se tornarem livres para a distribuição ?

Aproveitando que temos um advogado com participação ativa na lista e outros
participantes que trabalham ativamente com este tópico, venho a perguntar :

O que é considerado violação dos direitos autorais ?

Existem diferenças entre os direitos cabiveis ao autor para os diferentes
veiculos de comunicação (livro, tv, radio, internet, etc), para os diferentes
tipos de informação (som, imagem, texto, esquemas, etc) e para os diversosos
conteudos (científico, religioso, político, etc) ?

Quando uma entidade é portadora dos direitos autorais de seus colaboradores,
a transferência de direitos do colaborador para a entidade deve ser feita
explicitamente ?

No caso de uma entidade abrir mão de seus direitos autorais e tornar seu
conteúdo livre e fizer uso de informaçòes de terceros (estas não livres).
Quando uma pessoa fizer a reprodução livre deste conteúdo, quem assume a
responsabilidade pela violação dos direitos autorais do conteúdo nào-livre ?


SUBJECT: Teorização
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/06/2001 07:33

Prezado Celso:
Saudações.

>> Alexandre, cresça e apareça.Envie e quem
>> pode arranjar problemas não sou eu ...
>> Ganha uma bala ( de goma ) se conseguir
>> saber porque ...

Mas talvez ele *não saiba* mesmo o porque... seria até interessante se tentasse.

Na minha opinião, Celso, vejo que está havendo uma tentativa de se argumentar com o que não se conhece direito. É pelo menos difícil dizer algo para quem não sabe direito o que está falando. Algumas pessoas tentam refutar a Teoria da Relatividade ou ainda a Teoria da Evolução sabendo nada ou muito pouco sobre Física ou os princípios da Biologia.

Não deveria nos admirar que também hajam pessoas que tentem refutar alguns institutos jurídicos sem conhecer corretamente como funciona a Teoria do Direito.

Há apenas duas coisas que gostaria de deixar claro: uma delas é dizer que fulano é ou deixa de ser ético por causa da sua profissão é uma atitude irrelevante. Outra é alguém sugerir uma "reforma" no que *acredita* estar errado mas sequer saber propor essa reforma. É como a opinião de alguém que diz: "está errado. tem que mudar". Mas não diz *o que* precisa mudar, ou então não traz um plano ou esquema de mudança que possa ter uma utilizade prática para estudo.

Imagine se eu digo que "A Teoria da Gravitação precisa mudar". E alguém me pergunta: "mas qual o modelo que você sugere para explicar melhor os fenômenos explicados pela gravitação". Seria como eu responder: "Ah, não está muito boa, tem falhas. Traz conclusões errôneas".

Isso é muito mais um *rodeio* do que uma *alternativa* viável e mesmo possível de investigar. Não me pareceria muito mais do que a simples crítica pela crítica.

Apreciaria imensamente ver propostas sérias e *sistematizadas* de alternativas para supostos "problemas". Dizer que "está errado" sem apontar exatamente o que seria necessário para uma mudança para o "não errado" não traz muito mais informação do que qualquer *opinião* pessoal possa trazer.

Em último lugar, acho qualquer forma de ataque pessoal lamentável.

É como penso.

Abraços.

Peterson Leal.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Eu e os direitos autorais
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/06/2001 08:36


>
> Não tenho certeza, mas os PDF não seria apenas para leitura justamente
para
> se tornarem livres para a distribuição ?

Os PDFs são editáveis na verdade. É só vc ter instalado a versão Full do
Acrobat (existem outras técnicas também).

SDS,

Alexandre Sedlacek Moana





SUBJECT: Re: [ciencialist] Risadas imaturas ...
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/06/2001 08:39


> Eu adverti o Sr. Takata,
> _o risonho_, que deve estar rindo
> ou de nervoso
> ou porque não está tendo MATURIDADE
> para entender que esse assunto
> é _extremamente_ SÉRIO E GRAVE.

(risos)

Pô!!

Eu estou sorrindo mesmo em assuntos muito sérios, mesmo de vida e morte. Não
acho que isso atrapalhe a velocidade do meu raciocínio. Na verdade acho
possível que o estimule.

É proibido?? He,he...


SDS,

Alexandre Sedlacek Moana



SUBJECT: Re: [ciencialist] A Razao Homicida do Teste da Apneia nos Protocolos para Declaracao de Morte Encefalica
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/06/2001 08:56

"( isso encontra-se definitivamente provado )."


??????????????????????

Por aqui estamos agora nos tornando dogmáticos ???????

A CIÊNCIA esta aceitando provas DEFINITIVAS???

O que esta acontecendo?

MÉTODO! Essa é a nossa palavra, não é?

Vamos alterar a frase para (pelas evidências, hoje aceitamos essa teoria),
pode ser assim?

SDS,

Alexandre Sedlacek Moana (contratos)
ENERGIA - Assessoria em Sistemas de Energia e Comércio Ltda.
www.energias.com.br/energia
55-11-3057-1036





SUBJECT: Re: A estrategia de sobrecarregar o canal do debate
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/06/2001 14:18

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> não se alegre por nada.
> Isso soa infantil.

agora sou infantil? to falando q. tem o artigo 140 e meio no codigo
penal... liberdade adjetiva, eilarilara...

bem, mas confesso q. gosto do Chaves (nao o Hugo, nem o Cesar, nem
o Aureliano, mas o do meu xara´ bolanos...)

eu me alegro qdo leio coisas engracadas tais como eu exercer censura
sobre alguem ou algo ou eu ter interesses ocultos... (bem, interesses
ocultos eu tenho pela Sharon Stone... nao sofro de necrofilia.)

> Não há língua mordida de minha parte.

nao duvido disso... certas pessoas sao orgulhosas demais pra perceber
os proprios erros...

> Vá LER o que já postei e retorne
> para um dialogo educado e civilizado.

so´ tenho respondido porq. tenho sido obrigado a ler... se eu nao
lesse nao responderia -- e o resto da lista respiraria aliviado.

> Agressividade qualquer pessoa
> pode manifestar.

Isso eh uma ameca?

> Não subestime ninguém com relação
> a isso.

Confirmacao da ameaca?

> O que postei nessa lista já é suficiente
> para demonstrar MUITOS erros
> por parte do CFM.

muitos erros, nao implica em q. erro especifico de q. o CFM esta´
propositadamente irredutivel qto ao diagnostico a fim de proteger os
interesses financeiros dos medicoes e das intituicoes de
transplantes...

> ERROS que excluem a presença de BOA FÉ.

a ma´ fe´ e´ especifica em relacao aos ganhos financeiros...
corporativismo, negligencia, omissao e coisas q. tais nao demonstra
essa ma´ fe´ -- pode haver ma´ fe´ em relacao a outras coisas.

> Quem tem boa - fé não se subtrai
> a prestar esclarecimentos
> dos quais tem obrigação legal.

quem nao pode ou nao quer prestar tais esclarecimentos nao eh
necessariamente alguem q. esta´ mantendo um diagnostico de morte
encefalica para a manutencao dos lucros.

> OBRIGAÇÃO LEGAL. Sabe o que é isso ?

eu acho toda obrigacao chata...

> TUDO aquilo que foi inconveniente
> para os interesses
> que você defende ignorar
> foi ignorado nas postagens avulsas.

interesses q. eu defendo? tipo, uma lista livre de panfletagens?

> Aumentou o máximo possível a saturação
> no tráfico de mensagens, dificultando a
> assimilação para os demais.

eu tao somente respondi 'as suas mensagens... se fizer as contas
direitinho a relacao eh de menos de 1:1 -- isto eh, ha´ menos
mensagens minhas do q. suas... a maior parte alias rechacando as suas
insinuacoes contra a honra de minha pessoa e de terceiros.

e ademais a culpa foi sua... quem foi q. disse q. nao responderia 'as
mensagens em pvt? eu? tentei o contato direto, canal q. vc fechou...

tadinho do Celso, taaaao inocente, taaao oprimido por este agente do
mal...

> Não subestime a comunicação
> entre as pessoas que estão
> trabalhando dentro desse assunto
> para me fazer perguntinhas infantis
> tipo suspense "se já falei com fulano".

otimo, se ja' falou sabe q. foi essa pessoa quem me impediu de postar
o depoimento q. ela me fez... mas vc nao vai admitir isso, vai? tenho
certeza q. nao. ate´ porq. minaria a sua tese de q. tenho interesses
ocultos nessa historia ou de q. faco censura.

> MAS RESPONDA,
> é possível fazer diagnóstico de morte encefálica,
> se forem esgotados os recursos terapêuticos
> com o traumatizado encefálico severo ?
> (Essa questão já foi colocada por mim aqui)

eu nao sei... nao sou neurologista, nao sou medico... nao tenho
vivencia na area, nao tenho conhecimentos.

> Deixe a tergiversação de lado,
> a questão que está sendo colocada aqui,
> REPETINDO é
> O ERRO DECLARATÓRIO DO MOMENTO
> DA IRREVERSIBILIDADE DA MORTE ENCEFÁLICA.

nao ha´ tergiversacao... eu nao toco nesse assunto, nao eh da minha
alcada, nao eh da minha competencia. a decisao cabe aos medicos e como
vc disse isso esta´ sendo feito -- ainda q. pelo q. vc fala aos
trancos e barrancos...

eu apenas segui com a minha linha de indagacao sobre o outro tema:
trafico de orgaos. foi vc quem ligou os dois temas. isso se chama
venda casada.

digamos q. eventualmente haja mesmo erro do diagnostico. isso nao
significa q. isso se motiva pela protecao de interesses financeiros e
isso nao significa q. ha´ trafico de orgaos.

vc tem tres teses: A, B e C. sua tese principal eh A. mas vc, nesta
recente retomada, apresentou a C inicialmente. estou apenas pedindo a
confirmacao da C e da B (q. vem desde antes) e vc acha q. com isso
estou atrapalhando a A...

nao estou impedindo-o de falar sobre A e nem estou trabalhando para
combater essa tese -- nao tenho competencia para isso.

basta vc apresentar as provas de B e C q. eu paro de questionar
isso... ou dizer: no momento nao tenho provas disso.

> NÃO a questão do tráfico de órgãos que é assunto
> policial. Isso já está mais do que respondido e
> não vou permitir que os dois assunto sejam
> confundidos.

vc eh quem esta´ confundindo. eu nao estou ligando A com o resto...
foi vc quem ligou e depois desligou. so´ me interessa saber sobre B e
C, nao sou obrigado a discutir A, sobre a qual, repito, nao tenho
capacidade tecnica.

> AGORA, _pergunto_ Sr. Takata, aquela amontoado de
> MÁ FÉ que está dentro das ATAS DA COMISSÃO
> TÉCNICA DA MORTE ENCEFÁLICA é de seu conhecimento?
> (são mais de 200 páginas)

essa ma´ fe´ q. vc vej, liga-se objetivamente 'a tese B: o erro eh
mantido para proteger os interesses financeiros? ha´ provas ou apenas
insinuacoes?

o B na verdade depende de dois pontos: A eh verdadeira e o motivo eh
financeiro...

nao estou questionando A, q. caso nao seja verdadeira, B nao se
sustenta. mas estou questionando apenas B, de certa forma ja´
admitindo por hipotese q. A seja verdadeira.

> PERGUNTO: Por que DESDE 1999 o CFM deixa de responder
> a contestação científica reconhecida como válida pela comunidade
> neurológica internacional ?
> ===
> Por que NÃO TEM COMPETÊNCIA PARA ISSO?
> ===
> Por que SIMPLESMENTE NÃO SABE RESPONDER?
> ===
> Por que NÃO QUER RESPONDER ?

nao eh o q. esse processo esta´ querendo saber?

> REPITA, para não esquecer
> "A falta de transparência no exercício do PODER
> adiministrativo GOZA do pressuposto legal de MÁ FÉ".

quero ver eh a prova de q. essa ma´ fe´ q. vc vej se refere aos ganhos
financeiros.

> TEORIA CONSPIRATÓRIA é o refrão dos que
> abrem mão de sua CIDADANIA ( em troca de que ? )
> para tentar desacreditar a AÇÃO de
> quem a impõe.

nao. teoria conspiratoria eh alegacao de q. existe uma conspiracao
(visando-se a interesses escusos). em geral teorias sem embasamento.

a conspiracao a q. vc se refere eh q. o CFM nao esta´ revendo o
diagnostico porq. defende os interesses financeiros de certos grupos.

estou tao somente pedindo apoio a essa teoria. dej-me uma prova de q.
o diagnostico nao eh discutido para defender os lucros e pronto.

nao estou falando nada da tese A, estou falando da tese B, so´ isso...
viu como eh vc quem confunde?

ao falar da tese B, nao posso desacreditar a tese A, mesmo q. por
ventura se demonstrasse q. B eh falsa. ja´ q. B depende de A, mas A
nao depende de B.

como vc confunde isso, acha q. estou atacando A (repito: nao falo
nada de A, pois nao tenho capacitacao tecnica).

alias vc sempre vem querer fazer essa venda casada... doutra feita
falei a cerca de transgenicos e vc quis fazer passar como se eu
tivesse criticado a morte encefalica:



> LEMBRE-SE que nessa lista anteriormente
> a sua posição com relação ao conteúdo oposto
> ao CFM em publicações internacionais ( antes delas )
> era uma, agora está cima de um muro

eu nunca falei nada contra as publicacoes.

ache algum momento em q. falei contra a tese A... so´ q. tinha duvidas
inicialmente qto a procedencia dela, uma vez que tinha duvidas em
relacao a sua credibilidade (duvidas pessoais e nao quero convencer
ninguem a cerca disso).

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/2530
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/messages/2518?threaded=1
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/1677
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/1537
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/1511
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/1484?thread=1
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/1280


http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/1692

> Saia de cima desse muro,
> se quer debater o assunto

nao quero debater esse assunto. o muro eh o meu lugar, sobretudo sobre
um tema q. foge de minha competencia tecnica (se eh q. eu tenho algum
tipo de competencia...)

tudo o q. quero sao provas para as teses B e C...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: O Desvio OPORTUNISTA do assunto ERROS NOS CRITERIOS DECLARATORIOS DA MORTE ENCEFALICA.
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/06/2001 14:24

--- In ciencialist@y..., "Gabriel Antunes" <gabriel101@u...> wrote:
> Com o verbo no imperativo, falando como minha mãe a muito tempo
atrás,
> julgando-se superior e ainda por cima dando uma de bonzinho, já que
fala
> para o meu bem.

Ah! Moleque, nao eh pra retrucar os mais velhos, hein? Olha q. o titio
da´ uma palmadas...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: Eu e os direitos autorais
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/06/2001 14:29

--- In ciencialist@y..., lrb@i... wrote:
> Sei que as preocupacoes do Takata quanto aos direitos autorais sao
> procedentes e adequadas... mas nao estou aconstumado a me policiar
> desta maneira.

mas vc vai precisar publicar essa declaracao em uma revista cientifica
indexada, re re...

pro pessoal ver como eu encho o saco do pessoal com isso:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/955

nao me consta q. eu tenha tentado obstruir aquela linha (ou sera´ q.
alem de uma clinica clandestina, patentes com HIV, fabrica de vacinas,
eu ainda emprego o dragao invisivel como capataz?)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: Mais hipotermia branda -- Parametros alterados nesse estudo.
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/06/2001 14:36

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> esse estudo, encomendado para buscar
> equilibrar o debate internacional e o clamor
> dos médicos,
> padece do seguinte erro científico:

ha´ provas de q. os resultados dos estudos foram encomendados?

> ele MUDOU os parâmetros de utilização,
> reconhecidamente bem sucedidos,
> da hipotermia.

quais parametros foram mudados? e como a alteracao desses parametros
teria afetado o resultado desse estudo?

> Como é que tem sido
> vista no Brasil a redução da oferta de
> órgãos ... ?

nao sei. como? (eu iria dizer q. com as corneas transplantadas, mas
ai´ vc diria q. eh tergiversacao, sem entender q. eh brincadeira.)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/06/2001 19:14



Gabriel Antunes wrote:


> > Problemas de copirraite sao uma das minhas preocupacoes q.
> > decorrem naturalmente. Mas ninguem eh obrigado a saber disso,
> > especialmente os q. nao me conhecem de outras listas.
>
> De modo semelhante, seu modo de agir poderia ser visto como arrogante para
> os que não sabiam que essa era uma das suas preucupações.

Parece haver aqui uma inversão de valores. A violação dos direitos
de autor deviam ser a preocupação de toda a gente e não só do
Takata. O tradicional desrespeito pelos direitos de autor direitos
de autor é que poderá contrastar com a posição dele e poderá
parecer arrogante a muita gente. Mas a posição dele é a posição
certa.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Desvio OPORTUNISTA do assunto ERROS NOS CRITERIOS DECLARATORIOS DA MORTE ENCEFALICA.
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/06/2001 22:08


Olá Roberto e lista,

> > Com o verbo no imperativo, falando como minha mãe a muito
> > tempo atrás, julgando-se superior e ainda por cima dando uma
> > de bonzinho, já que fala para o meu bem.
>
> Ah! Moleque, nao eh pra retrucar os mais velhos, hein? Olha q. o
> titio da´ uma palmadas...

Além de ser uma lista de debates não tão superficiais (pelo que vi até
agora) ainda é cheia de tiradas engraçadas como essa... Entrei a pouco
tempo, mas estou gostando muito da lista!

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Contagem
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 10:13

Eu pensei num metodo ( quero 1% de 'royalties' sobre o sistema :-) ) :

Na entrada coloca-se uma serie de detectores no teto dispostos
numa linha reta que cobre toda a extensao da porta de entrada.

Toda vez que fosse detectada uma 'cabeca' e um par de ombros juntos
seria contado uma pessoa.

Cada detector mediria a distancia do topo da cabeca ( parte mais alta )
com os ombros ( talvez pudesse ser orelhas tambem ) e contaria uma pessoa.

[]s
jocax

Neville wrote:

> Olá pessoal e Leo especialmente.
>
> Alguém tem alguma sugestão para resolver o problema do bom homem abaixo !
> (não vale usar os métodos do Malba Tahan de contar pernas e orelhas e
> dividir por 4, descontando os aleijados, é claro.)
> [s] Neville
> ----------------------------------------------
> Can anyone recommend systems for counting people as they enter a building?
> I am specifically looking for a system that can reliably count people as
> they enter a museum through a relatively wide entrance way.
> Many thanks
> Ben Gammon
>
> Ben Gammon
> Head of Visitor Research
> Science Museum, London
> SW7 2DD
> 0171 942 4843
> -------------------------------------------------
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Re: Contagem
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 12:00

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> Eu pensei num metodo ( quero 1% de 'royalties' sobre o sistema :-) ) :
>
> Na entrada coloca-se uma serie de detectores no teto dispostos
> numa linha reta que cobre toda a extensao da porta de entrada.
>
> Toda vez que fosse detectada uma 'cabeca' e um par de ombros juntos
> seria contado uma pessoa.
>
> Cada detector mediria a distancia do topo da cabeca ( parte mais alta )
> com os ombros ( talvez pudesse ser orelhas tambem ) e contaria uma pessoa.

Vc roubou uma de minhas ideias... outro metodo, bastante complicado seria
colocar uma tapete sensivel 'a pressao na entrada -- um software seria capaz
de reconhecer padroes de pegadas humanas, a direcao e assim contar qtas pessoas
entram e qtas saem...

outro ainda seria colocar quatro varredores de laser de baixa potencia em forma
de cruz. o padrao de interrupcao geraria uma area correspondente ao corte
transversal da pessoa -- novamente um software reconheceria o movimento e
faria a contagem.

uma terceira, seria um software de analise de imagens captadas por camaras
localizadas estrategicamente -- detectaria padroes humanos e rastrearia seu
movimento. para nao confundir com eventuais manequins e outros
bonecos, a camara poderia ser sensivel ao calor.

um quarto metodo seria instalar catracas na entrada.

um bem sorvete na testa seria pedir q. os visitantes assinassem uma lista
ou depositassem fichas em uma urna. (teria q. se corrigir por amostragem
pra ver qtas pessoas em media faria isso efetivamente.)

o metodo mais simples e talvez o mais barato, seria contratar fiscais de
entrada -- revezaria em turnos de meia-hora e eles contariam o numero
de pessoas q. entram e q. saem.

o mais utilizado eh cobrar pela entrada e no final do expediente contar
qtos ingressos foram vendidos.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Mil coisas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 12:04

Algumas horas antes de sair para o rancho constatei o RETORNO do advogado Coimbra (e já pensei comigo ... lá vem aquela ladainha programada de morte encefálica e outras explosões que advirão da cabeça típica de um advogado em busca de seu lugar ao sol).
E, sem mais, postei curta mensagem salientando a amoralidade dos advogados, no caso envolvendo Izidoro e Juiz. E já esperava uma prolífica resposta ... longa e vazia de ciência.

Como o Sr. Coimbra bem o sabe cultivo um saudável preconceito contra a advocacia a qual sempre julguei uma profissão parasítica (se todos tivessem Educação tal profissão não existiria), pseudo-científica, exploratória e primeiro passo para um péssimo político (a enorme maioria de nossos queridos políticos são "doutores", após 4 ou 5 anos numa faculdade de direito do interior ... uma em cada esquina para melhor servi-lo). É meu preconceito e cultivo-o com todo o carinho ... o livre-arbítrio me permite isso.

Com tristeza, ao retornar do rancho, vejo que minha previsão foi realizada ... confusão na ciencialist, com o retorno coimbriano.

Que tenho, em particular, contra o Sr. Coimbra? Pessoalmente nada ... nem o conheço e, sendo advogado --- alimentando meu preconceito --- não vejo muita animosidade em conhece-lo.

Como o vejo? Como um simples advogado tentando seu lugar ao sol, porém, agora, à sombra de seu irmão. Pelas informações que tenho, seu irmão é um bom Doutor (esse sim, com título bem merecido!), ou seja, um bom exemplo para sua profissão. Como seu irmão levantou a lebre da morte encefálica, o nosso Sr. Coimbra, sem entender absolutamente nada disso, levantou a bandeira para divulgar e defender as palavras do irmão. Muito justo, uma função de irmão e advogado.
E, como tal (porém sempre usando das palavras conceituais do Dr. irmão) começou a postar para dezenas de news, grupos de discussão e revistas sua defesa no assunto 'morte encefálica' (que obviamente já esteve presente no ciencialist ... e obviamente, também causou dissabores na oportunidade).
Uma vez que o assunto 'morte encefálica' estava perdendo um pouco a 'audiência', a solução é encontrar novos 'batentes' de apoio ... nasce o ataque ao CFM e o problema do 'rapto de órgãos'.

Por que o acho inconveniente ao ciencialist? Bem, isso é um 'achismo' meu e apenas me justifico citando: o Sr. Coimbra é prolixo demais; suas mensagens não despertam meu particular interesse; o ciencialist não é lugar para debates advocatícios; o Sr. Coimbra entulha minha pasta com mensagens que circula pelo news de socialismo, direito etc. em lugar de simplesmente postar o endereço (para os interessados); o Sr. Coimbra é ameaçador (cuidado que ele pode ameaça-lo de abrir algum processo --- advogado é 'doidinho' para vir com essas ameaçinhas infantis). E, para terminar meu achismo, ele não cultura para discutir ciência mínima, apenas pseudo-ciência ... como pode ser visto em seu verbalismo.
Mas, como tudo isso é achismo meu, pouco deve interessar aos amigos do ciencialist e mesmo ao Sr. Coimbra. E, portanto, vamos ao que realmente interessa:

Sistema Internacional de Unidades

O SIU, perfeitamente lógico, institui normas para tudo (até fora das ciências):

Postula as grandezas primitivas (massa, comprimento, tempo, corrente elétrica) e define suas unidades e dimensões. A partir delas, define as grandezas derivadas, suas unidades e dimensões.

Estabelece leis para os SÍMBOLOS das unidades (m, kg, T, MWh, N ..... para o 'metro', 'quilograma', 'tesla', 'megawatthora', 'newton' etc.) assim como sua identificação por extenso (sempre com letras minúsculas e uso adequado do plural: metro, metros; newton, newtons; quilowatthora, quilowattshora; etc.) e posição (a unidade deve ser posterior ao número de medida, sem espaço entre esse número e o correspondente símbolo da unidade ... sempre ... 1N, 10kg (dez quilogramas), 20,00R$ (vinte reais).
Nota: para a unidade monetária, por questão de adulteração do número de medida, E PARA USO NÃO CIENTÍFICO, aceita-se a colocação da unidade (R$) precedendo o número de medida (R$20,00).

São adotados PREFIXOS para múltiplos de 3 (ordem de grandeza) (sempre em maiúscula --- M-mega, T-tera, G-giga, ...) e submúltiplos de 3 (ordem de grandeza) (sempre em minúscula --- m-mili, u-micro,n-nano, f-femto,a-atto, ...).

Nota: o k (minúsculo) é uma excessão para o múltiplo 10^3 e isso deriva do fato de que a unidade de massa (o quilograma kg) ter sido definida com o prefixo 'quilo'. Assim sendo deve-se por: 10kN e não 10KN; deve-se por 10kWh e não 10KWh etc.).

Para as unidades os símbolos devem ser escritos com maiúsculas, se homenageiam celebridades científica (N, T, Pa, J, K, C ...), caso contrário, com minúsculas (m, h, m/s, km, km/h ...); quando escritas 'por extenso', SEMPRE em minúsculas (graus célsius, 20 newtons, 1,2 tesla, 11kelvin .....).

Sobre as temperaturas, temos as escalas relativas (estabelecidas mediante o chute de 2 pontos fixos) e as escalas absolutas (estabelecidas com apenas 1 chute, a extensão do 'grau').
São leituras relativas: 20ôC (vinte graus célsius); 10ôF (dez graus fahrenheit); 5ôRé (cinco graus reaumur) ...
São leituras absolutas: 20K (vinte kelvins); 12R (doze rankines).

Ainda sobre as temperaturas .... de equilíbrio:
Dois corpos EM TEMPERATURAS DIFERENTES (um deles pode ser um termômetro) postos em presença (num recinto adiabático) trocam calor apenas entre si. A taxa (velocidade) de troca de calor é função da diferença de temperatura entre eles; quanto menor for se tornando essa diferença, menor será a quantidade de calor trocado e o sistema tende assintoticamente á temperatura de equilíbrio. Teoricamente essa temperatura será inatingível (mesmo caso dos problemas de Zenão!); na prática, o termômetro (que também participa das trocas de calor) não tem sensibilidade para tanto e registra uma temperatura que é assumida como sendo a de equilíbrio.

Temperatura é função de ponto (especificamente a medida da ampliturde de vibração da partícula de massa m no ponto considerado). A medida direta dessa amplitude é, na prática, impossível (precisariamos de um nano-anão com uma femto-régua para efetuar essa medição).
Para um mesmo corpo extenso a temperatura será diferente de ponto para ponto. Que fazer?
Esquecer o reino microscópico do conceito de temperatura e passar ao reino macroscópico assumindo o 'valor médio' dessas miríades de amplitudes. Como fazer isso? Bem, todos conhecem a técnica de funcionamento e graduação de termômetro a gás a volume constante.

Ufa! pelo que de bom, pelo que de mal,

[]'
Léo
================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Contagem
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 12:19



rmtakata@altavista.net wrote:

>
> o mais utilizado eh cobrar pela entrada e no final do expediente contar
> qtos ingressos foram vendidos.

Em alternativa, poder-se-ia oferecer dinheiro ao visitante e no final
do dia contar o dinheiro que falta.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Sistema Internacional
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 12:25

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> medida, sem espaco entre esse numero e o correspondente simbolo da
> unidade ... sempre ... 1N, 10kg (dez quilogramas), 20,00R$ (vinte
> reais).

bem, na resolucao do conmetro no item 3.5:

------
Espacamento entre numero e simbolo

O espacamento entre um numero e o simbolo da unidade correspondente deve
atender 'a conveniencia de cada caso, assim, por exemplo:

a) em frases de textos correntes, e' dado normalmente o espacamento
correspondente a uma ou a meia letra, mas nao se deve dar espacamento
quando ha' possibilidade de fraude;

b) em colunas de tabelas, e' facultado utilizar espacamentos diversos
entre os numeros e os simbolos das unidades correspondentes.
-----

http://www.inmetro.gov.br/regs_ext/Docs/Atcd000227.htm

[]s,

roberto takata



SUBJECT: En: [ciencialist] Re: Contagem
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 12:40

Se o um problema é real, e o ingresso é gratuito, e o objetivo é somente
saber o numero de visitantes, creio que o mais simples seria, como disse o
Takata, instalar uma catraca.senão na entrada, na saída, que poderia ser em
forma mais elegante, um porta giratória.

Qto a pegadas humanas, fico imaginando se caso entrassem juntas duas pessoas
que só possuem um pé somente, se o identificador registraria como se fosse
apenas uma.

[]s,
Sheila.

----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
wrote:
> Eu pensei num metodo ( quero 1% de 'royalties' sobre o sistema :-) ) :
>
> Na entrada coloca-se uma serie de detectores no teto dispostos
> numa linha reta que cobre toda a extensao da porta de entrada.
>
> Toda vez que fosse detectada uma 'cabeca' e um par de ombros juntos
> seria contado uma pessoa.
>
> Cada detector mediria a distancia do topo da cabeca ( parte mais alta )
> com os ombros ( talvez pudesse ser orelhas tambem ) e contaria uma
pessoa.

Vc roubou uma de minhas ideias... outro metodo, bastante complicado seria
colocar uma tapete sensivel 'a pressao na entrada -- um software seria capaz
de reconhecer padroes de pegadas humanas, a direcao e assim contar qtas
pessoas
entram e qtas saem...

outro ainda seria colocar quatro varredores de laser de baixa potencia em
forma
de cruz. o padrao de interrupcao geraria uma area correspondente ao corte
transversal da pessoa -- novamente um software reconheceria o movimento e
faria a contagem.

uma terceira, seria um software de analise de imagens captadas por camaras
localizadas estrategicamente -- detectaria padroes humanos e rastrearia seu
movimento. para nao confundir com eventuais manequins e outros
bonecos, a camara poderia ser sensivel ao calor.

um quarto metodo seria instalar catracas na entrada.

um bem sorvete na testa seria pedir q. os visitantes assinassem uma lista
ou depositassem fichas em uma urna. (teria q. se corrigir por amostragem
pra ver qtas pessoas em media faria isso efetivamente.)

o metodo mais simples e talvez o mais barato, seria contratar fiscais de
entrada -- revezaria em turnos de meia-hora e eles contariam o numero
de pessoas q. entram e q. saem.

o mais utilizado eh cobrar pela entrada e no final do expediente contar
qtos ingressos foram vendidos.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 12:47

Qdo o Leo mencionou o caso do enfermeiro Izidoro, que matava
doentes, ser defendido por um advogado que talvez o absolvesse
surgiu-me algumas importantes questoes eticas......

Todos sabemos que quem auxilia um criminoso em seu crime eh cumplice
e eh penalizado por isso, pois nao eh moralmente correto.

Quem ajuda a esconder um criminoso, ou procurado por um crime,
ou auxilia-o a fugir, tambem esta sujeito a penalidades pois tambem nao
eh
moralmante correto.

Agora existem situacoes em que um criminoso eh, nao soh ajudado a
escapar, mas inocentado do crime e fica livre para sempre.

Quem auxiliou este criminoso a fugir ( advogado ) e se tornar
*oficialmente*
inocente esta agindo corretamente ? Esta pessoa ( advogado ) nao deveria
estar
sujeito a penalidades uma vez que *saiba* que seu cliente eh, na
verdade,
um criminoso?

Nao deveria este advogado ser submetido a um interrogatorio e dizer,
sob juramento, se acredita ou sabe q seu cliente eh culpado ou
inocente ?

Acredito que estes advogados podem praticar o mal impunemente e para
evitar
isso a legislacao penal deveria ser alterada para impedir esta pratica
imoral.

[]s
jocax
PS: Acho q advogados que saibam que seus clientes sao culpados e, mesmo
assim, os defendem por dinheiro, deveriam ser penalizados do mesmo modo
que o sao aqueles auxiliam estes criminosos a escaparem.
PS2: Como bom megalomaniaco que sou , quem sabe este mail nao se torne
o estopim para uma mudanca de paradigma na legislacao advocaticia?



SUBJECT: Re: Licenca do AUTOR existente.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 12:55

João,
===
insira a _"preocupação"_ de Takata
no contexto ( ele sabe muito bem quem
é o Autor dos textos que disponibilizei e qual
vem sendo minha atuação profissional em tudo
isso, ASSIM como o Autor dos textos
sabe muito bem quem é Takata -- a respeito
_desse assunto_ ),
e depois veja o que é realmente
direitos autorais, QUAIS as regras.
===
Examine a legislação de direito autoral.
===
Estranho que Takata, _"tão"_ preocupado
com direitos autorais, não tenha AINDA
examinado a legislação sobre esse assunto.
===
Que preocupação é essa _realmente_, então ?
===
A INVERSÃO DE VALORES que vejo é a menção
menos que superficial sobre o assunto,
feita de forma _especificamente_
OPORTUNISTA pelo Sr. Takata para
desviar a atenção de
CONTEÚDOS de enorme gravidade,
ser erroneamente vista como procedente
( ele ou quem se manifesta conhece a
legislação ? ) em detrimento do ESSENCIAL.
===
Então fica assim ... :
ESCLARECIMENTO
SOBRE ERROS NA DECLARAÇÃO DE
VIDA e MORTE NA SOCIEDADE
depois dos _direitos autorais_,
AINDA apresentados com erro do que sejam os
mesmos ENQUANTO direito ...
===
Email enviado com cópia para
o Autor dos textos.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: João Mário Miranda
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Sunday, June 17, 2001 7:14 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Tentativa de censura de veiculacao de informacao cientifica. Licenca do AUTOR existente.




Gabriel Antunes wrote:


> > Problemas de copirraite sao uma das minhas preocupacoes q.
> > decorrem naturalmente. Mas ninguem eh obrigado a saber disso,
> > especialmente os q. nao me conhecem de outras listas.
>
> De modo semelhante, seu modo de agir poderia ser visto como arrogante para
> os que não sabiam que essa era uma das suas preucupações.

Parece haver aqui uma inversão de valores. A violação dos direitos
de autor deviam ser a preocupação de toda a gente e não só do
Takata. O tradicional desrespeito pelos direitos de autor direitos
de autor é que poderá contrastar com a posição dele e poderá
parecer arrogante a muita gente. Mas a posição dele é a posição
certa.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com

============================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 12:57

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> Qdo o Leo mencionou o caso do enfermeiro Izidoro

Os enfermeiros ficam possessos da vida, Edson Izidoro Guimaraes era
auxiliar de enfermagem... (Se bem q. eles ficaram possessos com a
enfermeira do funk tbm... Tto q. a obrigaram a se chamar a ninja do
funk... Nao se sabe se os ninjas aprovaram a homenagem.)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Contagem
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 13:01



>Na entrada coloca-se uma serie de detectores no teto dispostos
>numa linha reta que cobre toda a extensao da porta de entrada.

>Toda vez que fosse detectada uma 'cabeca' e um par de ombros juntos
>seria contado uma pessoa.

Isto é como detectar carros a sair e a entrar de uma garagem... e é preciso
ter 2 series dessas de que falas postas a uma distancia x , não muito
elevada...digamos 50 cm , para detectar a direcção de entrada....e outros
promenores ...

Essa dos ombros e da cabeça...não si para quê essa diferença...basta que o
sistema conte um certo espaço como uma pessoa.
por exemplo 60 cm ... se cada detector distanciar 5 cm teriamos de ter 12
detectores seguidos em estado "on" e isso contaria uma pessoa.
Claro que se passar um armário ou qq coisa para dentro do museu por essa
porta ... a coisa complica-se...
:-)

Quanto ha ideia da cruz do Takata não entendi muito bem como seria essa
cruz...

cumprimentos,

Sérgio M.M. Taborda




SUBJECT: En: [ciencialist] Re: Contagem
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 13:07

--- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
> Qto a pegadas humanas, fico imaginando se caso entrassem juntas duas pess=
oas
> que só possuem um pé somente, se o identificador registraria como se foss=
e
> apenas uma.

Em principio, sim, caso ainda se satisfaca a condicao de q. cada uma
delas lhes falte o pe' oposto e q. andem coladas e simulem o caminhar
cada qual alternando-se para avancar...

Se tal situacao -- aparentemente bastante incomum -- configurar-se,
realmente o sistema sera' logrado.

Uma nota triste eh q. as pessoas q. tenham algum problema --
seja de locomocao, de vista, de fala, mental ou equivalente --
em geral nao sao computadas como visitas. Em parte por nao
lhes ser cobrada entrada, o q. eh bom. Mas isso acaba sendo
desconsiderado qdo se pensa em adequacao do espaco ao visitante
-- o q. inibe ainda mais o acesso dessas pessoas. Isso ocorre
tbm com criancas.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Licenca do AUTOR existente.
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 13:17

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Estranho que Takata, _"tão"_ preocupado
> com direitos autorais, não tenha AINDA
> examinado a legislação sobre esse assunto.

Legal como fala de coisas sem ter o conhecimento
necessario. Quer dizer, pode-se falar a expressao eh
gracas aos ceus livre, mas nao se deveria nesse
caso procurar ser levado 'a serio sobre o assunto.

http://groups.yahoo.com/group/fcb/message/2827
http://groups.yahoo.com/group/fcb/message/3250

Mas a escrita eh tao bizantina q. eu, leigo q. sou,
nao me sinto seguro em sua (da lei) interpretacao.
Eh tao bizantina q. juizes diferentes podem ter
interpretacoes diferentes... Eh tao bizantina q.
permite interpretacoes diferentes... Uma virgula
em lugar errado muda completamente o sentido
de uma lei -- quem se recorda do episodio da
mudanca perpretada na lei de aposentadoria
entende o q. quero dizer.

Mas vc, Celso, chuta demais, acusa demais. E
prova de menos. Se eu fizesse o mesmo contra
sua pessoa ja' teria uns trinta processos nas
costas. Mas isso nao eh o meu sistema de
trabalho.

Quem se desvia do assunto eh vc. Fazendo
picuinhas do nada.

Eu so' quero q. vc me prove q. o CFM nao
reve o diagnostico pra defender o lucro dos
medicos e das instituicoes q. fazem transplantes.

Do trafico de orgao ja' vi q. nao tem prova
nenhuma.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "merlin" <merlin@imagelink.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 13:18


----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
To: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>; Genismo
<Genismo@yahoogroups.com>
Sent: Monday, June 18, 2001 12:47 PM
Subject: [ciencialist] Advocacia eh uma profissao etica?

Amigos, eu tenho acompanhado esta lista e gostaria antes de mais nada
elogiar
o nível desta e das pessoas que fazem parte da mesma. As questões que são
levantadas aqui são relevantes e interessantes.
Apenas gostaria de expressar minha opinião sobre este ponto que está sendo
discutido, embora não seja advogado.
A questão de um advogado defender um criminoso não está vinculado a suas
conviccões pessoais. É um direito de qualquer pessoa poder defender-se,
independentemente do crime que tenha cometido. Se a sociedade não der esta
oportunidade corremos o risco de executarmos sentenças ao nosso bel-prazer.
Essa é a base de uma sociedade democrática.
O médico também salva a vida de criminosos nas salas de operações porque
este é seu dever, é sua profissão. O raciocínio é o mesmo para o advogado.
Toda pessoa tem que ter o direito de alguém que a defenda, mesmo que
intimamente não concorde com suas ações.
Caso contrário corremos o risco de ter um retrocesso na nossa evolução.

Atenciosamente,
Ramanujan


Qdo o Leo mencionou o caso do enfermeiro Izidoro, que matava
doentes, ser defendido por um advogado que talvez o absolvesse
surgiu-me algumas importantes questoes eticas......

Todos sabemos que quem auxilia um criminoso em seu crime eh cumplice
e eh penalizado por isso, pois nao eh moralmente correto.

Quem ajuda a esconder um criminoso, ou procurado por um crime,
ou auxilia-o a fugir, tambem esta sujeito a penalidades pois tambem nao
eh
moralmante correto.

Agora existem situacoes em que um criminoso eh, nao soh ajudado a
escapar, mas inocentado do crime e fica livre para sempre.

Quem auxiliou este criminoso a fugir ( advogado ) e se tornar
*oficialmente*
inocente esta agindo corretamente ? Esta pessoa ( advogado ) nao deveria
estar
sujeito a penalidades uma vez que *saiba* que seu cliente eh, na
verdade,
um criminoso?

Nao deveria este advogado ser submetido a um interrogatorio e dizer,
sob juramento, se acredita ou sabe q seu cliente eh culpado ou
inocente ?

Acredito que estes advogados podem praticar o mal impunemente e para
evitar
isso a legislacao penal deveria ser alterada para impedir esta pratica
imoral.

[]s
jocax
PS: Acho q advogados que saibam que seus clientes sao culpados e, mesmo
assim, os defendem por dinheiro, deveriam ser penalizados do mesmo modo
que o sao aqueles auxiliam estes criminosos a escaparem.
PS2: Como bom megalomaniaco que sou , quem sabe este mail nao se torne
o estopim para uma mudanca de paradigma na legislacao advocaticia?


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SUBJECT: Re: Contagem
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 13:26

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> Quanto ha ideia da cruz do Takata não entendi muito bem como seria essa
> cruz...

Imagine um facho q. se abre em leque no sentido horizontal -- um laser
fazendo a varredura de uma area. Se um objeto se interpoem a esse
facho, ele ira' projetar uma sombra conica em sentido oposto 'a da fonte.
Se uma outra pessoa se postar nessa sombra, nao sera' detectada.

Se se poem outro facho projetando-se em direcao ortogonal (mas tbm
na horizontal, claro) ao primeiro facho, a area de sombra fica melhor
delimitada.

Fachos nos sentidos contrarios aos dois podem aumentar ainda mais
a resolucao.

[]s,

Roberto Takata







SUBJECT: continuando no clima
FROM: daniellf@highway.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 13:29

Qual o advogado mais inteligente que ja existiu?
Edwin Hubble, ele largou essa coisa e foi estudar Astronomia.


-----------------------------
|Daniel Leal Freire
|Rio de Janeiro - Brasil
|daniellf@highway.com.br




SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 13:35

--- In ciencialist@y..., "merlin" <merlin@i...> wrote:
>.... Apenas gostaria de expressar minha opinião sobre este ponto que
está
sendo
> discutido, embora não seja advogado.
> A questão de um advogado defender um criminoso não está vinculado a
suas
> conviccões pessoais. É um direito de qualquer pessoa poder
>defender-se,

Veja que eu nao estou impedindo uma pessoa de defender-se
estou querendo "enquadrar" os advogados que defendam clientes
que eles *sabem* que sao criminosos.
Sao coisas bem diferentes.

O Advogado DEVERIA SER RESPONSAVEL pela 'pena' que ele consegue
ao seu cliente. Nao deveria ser acobertado pela legislacao
quando seu cliente eh realmente culpado.

Se for provada a culpa dpo cliente, e tambem que o advogado
sabia dessa culpa, ele deveria pagar por ter pedido uma
penalidade(soltura) nao compativel com o crime.


> independentemente do crime que tenha cometido. Se a sociedade não
der esta
> oportunidade corremos o risco de executarmos sentenças ao nosso
bel-prazer.
> Essa é a base de uma sociedade democrática.
> O médico também salva a vida de criminosos nas salas de operações
>porque
> este é seu dever, é sua profissão. O raciocínio é o mesmo para o
>advogado.

O medico pode salvar a vida mas nao esta libertando um criminoso,
apos salvar sua vida, o criminoso devera ser submetido a julgamento.

O advogado pode libertar o criminoso sabendo de seu crime.
Se a legislacao permite que isto ocorra a legislacao deveria,
a meu ver, ser mudada. O fato de a legislacao permitir
nao implica q esta legislacao esteja correta. A escravarura era
permitida tambem.


> Toda pessoa tem que ter o direito de alguém que a defenda, mesmo que
> intimamente não concorde com suas ações.

Sim, mas quem a defende deveria estar sujeita a penalidade
quando sabe que o cliente eh criminoso e mesmo assim o solta.

A defesa deveria lutar por uma pena que ela ( defesa ) considera
justa e ser responsabilizada por esta pena.

[]s
jocax



SUBJECT: Direito aa vida: Direito Fundamental.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 13:45

É importante
registrar que existe
hierarquia nos direitos.
==
O direito à vida é
Direito Fundamental,
assim erigido pela
Constituição Federal
Brasileira.
==
O Direito Autoral é
direito ordinário,
previsto em legislação
ordinária.
==

[]'s

Celso Galli Coimbra


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 13:48

Estão esquecendo de alguns detalhes....

Existem casos onde mesmo o Réu não sabe que é inocente. Lembram daqueles
enganados pela terapia de regressão nos EUA? QUe safadeza?

A justiça não poderia imperar caso o advogado não agisse dessa forma.

Não é por se tratar um ótimo advogado defendendo um réu que a justiça esta
impedida de se fazer.

Acho que as opiniões sobre a Advocacia em si, principalmente a criminal,
foram imediatistas.

E tem outra coisa, não é uma profissão parasítica como falaram, baseando no
fato de que se todos a conhecessem não precisariam de advogados.

Hora meus senhores, se fosse assim todas as profissões seriam parasíticas,
pois se conhecemos de Eletricidade por que contrataríamos um técnico do
ramo??

Argumentos pobres foram usados.

Obs. Bom, antes que me perguntem não sou advogado, só fiz até o 4o ano de
Direito. :)


SDS,

Alexandre Sedlacek Moana






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "merlin" <merlin@imagelink.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 13:58


----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, June 18, 2001 1:35 PM
Subject: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?


--- In ciencialist@y..., "merlin" <merlin@i...> wrote:
>.... Apenas gostaria de expressar minha opinião sobre este ponto que
está
sendo
> discutido, embora não seja advogado.
> A questão de um advogado defender um criminoso não está vinculado a
suas
> conviccões pessoais. É um direito de qualquer pessoa poder
>defender-se,

Veja que eu nao estou impedindo uma pessoa de defender-se
estou querendo "enquadrar" os advogados que defendam clientes
que eles *sabem* que sao criminosos.
Sao coisas bem diferentes.

O Advogado DEVERIA SER RESPONSAVEL pela 'pena' que ele consegue
ao seu cliente. Nao deveria ser acobertado pela legislacao
quando seu cliente eh realmente culpado.

Se for provada a culpa dpo cliente, e tambem que o advogado
sabia dessa culpa, ele deveria pagar por ter pedido uma
penalidade(soltura) nao compativel com o crime.


> independentemente do crime que tenha cometido. Se a sociedade não
der esta
> oportunidade corremos o risco de executarmos sentenças ao nosso
bel-prazer.
> Essa é a base de uma sociedade democrática.
> O médico também salva a vida de criminosos nas salas de operações
>porque
> este é seu dever, é sua profissão. O raciocínio é o mesmo para o
>advogado.

O medico pode salvar a vida mas nao esta libertando um criminoso,
apos salvar sua vida, o criminoso devera ser submetido a julgamento.

O advogado pode libertar o criminoso sabendo de seu crime.
Se a legislacao permite que isto ocorra a legislacao deveria,
a meu ver, ser mudada. O fato de a legislacao permitir
nao implica q esta legislacao esteja correta. A escravarura era
permitida tambem.


> Toda pessoa tem que ter o direito de alguém que a defenda, mesmo que
> intimamente não concorde com suas ações.

Sim, mas quem a defende deveria estar sujeita a penalidade
quando sabe que o cliente eh criminoso e mesmo assim o solta.

A defesa deveria lutar por uma pena que ela ( defesa ) considera
justa e ser responsabilizada por esta pena.

Na verdade não é o advogado que liberta ninguém. Ele apenas cumpre com o
seu papel.
É a sociedade, o júri (quando for o caso), e o juiz que o libertam.
Podemos questionar o nosso Código Penal que por vezes é benigno demais,
ou o fato de existir júri popular (na maioria das vezes leigos em Direito),
tudo isso deve ser discutido na sociedade.
Agora negar um ajuda profissional para um criminoso é inviável.
O fato dele ser ou não culpado, por várias vezes não fica claro para uns,
enquanto para outros é fato certo. Não temos uma linha divisória.
Quantas pessoas não foram condenadas injustamente ?
Bem, não vou prolongar a discussão. Paro por aqui.
A minha opinião continua sendo esta :
por pior que seja o crime TODOS devem ter direito a uma ajuda profissional.

Sem mais,
Ramanujan

[]s
jocax


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SUBJECT: Publicacao de artigo sem autorizacao nao da dano moral
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 13:58

===
A questão, _quando se trata mesmo de direitos
autorais_, é o objetivo de obtenção de LUCRO
pecuniário, ausente de licença para publicação.
===
[]'s

Celso Galli Coimbra
===

DIREITOS AUTORAIS
===
Publicação de artigo sem autorização não dá dano moral
===

Publicação de artigo em site, sem autorização, mesmo quando o nome do autor é divulgado, não gera danos morais e sim patrimoniais. O entendimento é do juiz Alexandre Alves Lazzarini, ao negar indenização para o advogado João Antônio César da Motta no valor de R$ 1,1 milhão.

César da Motta pedira indenização por danos morais e patrimoniais contra o site Jurinforma (www.jurinforma.com.br ) e contra o advogado Mário César Bucci. O site publicou seu artigo sem autorização. O juiz reconheceu apenas os danos patrimoniais. O valor ainda será arbitrado pela Justiça.

"Não há como se afastar a violação dos direitos patrimoniais do autor, elencados no art. 29 da Lei 9.610/98, pois não houve autorização prévia para: a) reprodução dos seus artigos; b) para inclusão em base de dados e o armazenamento em computador", disse o juiz.

A sentença do juiz é serena e aplica a legislação dentro de parâmetros técnicos. Levado o debate às últimas conseqüências, contudo, seria de se examinar a originalidade das teses defendidas no artigo em questão. Fatalmente, se constataria que as mesmas foram defendidas antes por outros autores.

Evidentemente, isso não atenua a circunstância de a divulgação não ter sido autorizada - da mesma forma que advogados e juízes não pedem autorização para citar autores em suas petições e sentenças. Nem se examina, no caso, a qualidade ou falta de qualidade do texto em questão. Até porque, se o artigo foi veiculado, é de se imaginar que algo de interessante se tenha visto no trabalho.

Mas seria de se examinar o LUCRO que o site auferiu com a incorporação da obra do advogado reclamante. Na suposição de que a revista virtual Jurinforma tenha tido prejuízo, esse é um fato que também deveria ser levado em conta.


Revista Consultor Jurídico, 16 de junho de 2001
============
http://cf6.uol.com.br/consultor/view.cfm?numero=5551&ad=b
============


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 14:03

Alexandre Sedlacek Moana wrote:

> Estão esquecendo de alguns detalhes....
>
> Existem casos onde mesmo o Réu não sabe que é inocente. Lembram daqueles
> enganados pela terapia de regressão nos EUA? QUe safadeza?
>
> A justiça não poderia imperar caso o advogado não agisse dessa forma.
>
> Não é por se tratar um ótimo advogado defendendo um réu que a justiça esta
> impedida de se fazer.
>

Obviamente a justica nao eh perfeita e eh feita, antes de tudo, por homens
com todos os seus defeitos e qualidades.

O que eu estou advogando ( hehehe ) eh que os advogados arquem com
a responsabilidade na pena que conseguiram a seus clientes quando sabem
que estes clientes sao culpados.
O q me parece estar acontecendo atualmente eh que isto nao ocorre.

Se um traficante-assassino eh levado a julgamento por um crime
e seus advogados conseguem absolve-lo e, posteriormente, surjam
provas que o reu era culpado e q estes advogados sabiam disso entao
estes advogados , nestes casos, deveriam ser penalizados pela soltura
do criminoso.

Do jeito que esta isto nao ocorre e, se alguem liberta um criminoso,
azar o da sociedade. Nenuma pena eh imputada ao advogado que,
'criminosamente', o libertou. Se houvesse uma pena para isto muito
criminoso, hoje solto, estaria atras das grades.

Eh neste sentido q eu coloquei a questao sobre a 'eticidade' da profissao.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 14:09


>
> O que eu estou advogando ( hehehe ) eh que os advogados arquem com
> a responsabilidade na pena que conseguiram a seus clientes quando sabem
> que estes clientes sao culpados.
> O q me parece estar acontecendo atualmente eh que isto nao ocorre.
>
> Se um traficante-assassino eh levado a julgamento por um crime
> e seus advogados conseguem absolve-lo e, posteriormente, surjam
> provas que o reu era culpado e q estes advogados sabiam disso entao
> estes advogados , nestes casos, deveriam ser penalizados pela soltura
> do criminoso.
>
> Do jeito que esta isto nao ocorre e, se alguem liberta um criminoso,
> azar o da sociedade. Nenuma pena eh imputada ao advogado que,
> 'criminosamente', o libertou. Se houvesse uma pena para isto muito
> criminoso, hoje solto, estaria atras das grades.
>
> Eh neste sentido q eu coloquei a questao sobre a 'eticidade' da
profissao.

Bom, mas isso ocasionaria um efeito colateral maligno.

Porque um advogado se arriscaria a defender um coitado que já paga pouco e
ainda por cima se co-responsabilizando por esse indivíduo?

Acho que essa solução não seria viável.

Acredito que o mecanismo que existe hoje ainda é o melhor possível.

SDS,

Alexandre Sedlacek Moana (contratos)
ENERGIA - Assessoria em Sistemas de Energia e Comércio Ltda.
www.energias.com.br/energia
55-11-3057-1036







SUBJECT: O direito aa defesa eh AMPLO. Outras questoes, sao de ordem etica.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 14:15

Num regime democrático
o Estado acusa através do
Ministério Público ou de seus
órgãos administrativos e toda
sua infra estrutura.
===
Em contrapartida,
qualquer cidadão tem o
direito constitucional de defesa
( também direito fundamental )
que é AMPLO ( e ao qual ele não pode
renunciar ), executado pelos
Advogados, que estão obrigados
a respeitar regras processuais e
a BOA FÉ processual
===
Em um estado democrático
o direito à defesa é AMPLO.
===
Essa regra está entre os
direitos fundamentais da
Constituição Federal.
===
É importante entender que
NÃO CABE a um advogado
o JULGAMENTO FORMAL.
===
Cabe-lhe a defesa.
===
Que se EXIGE do ponto de
vista LEGAL, que seja a melhor
possível, inclusive.
===
O Julgamento FORMAL cabe
ao Magistrado.
===
O litigioso judicial,
OBJETIVANDO o esclarecimento
da verdade, é TRIANGULAR.
===
Acusador. Defensor. Julgador.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: continuando no clima
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 14:20

Com base em que
critérios _"inteligentes"
você faz a aferição
de inteligência dos integrantes de uma
classe profissional
indispensável na sociedade ?

==

Dê uma resposta inteligente.

==

[]'s

Celso Galli Coimbra
================


----- Original Message -----
From: <daniellf@highway.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, June 18, 2001 1:29 PM
Subject: [ciencialist] continuando no clima


Qual o advogado mais inteligente que já existiu?
Edwin Hubble, ele largou essa coisa e foi estudar Astronomia.






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 14:23

Alexandre Sedlacek Moana wrote:

> >
> > O que eu estou advogando ( hehehe ) eh que os advogados arquem com
> > a responsabilidade na pena que conseguiram a seus clientes quando sabem
> > que estes clientes sao culpados.
> > O q me parece estar acontecendo atualmente eh que isto nao ocorre.
> >
> > Se um traficante-assassino eh levado a julgamento por um crime
> > e seus advogados conseguem absolve-lo e, posteriormente, surjam
> > provas que o reu era culpado e q estes advogados sabiam disso entao
> > estes advogados , nestes casos, deveriam ser penalizados pela soltura
> > do criminoso.
> >
> > Do jeito que esta isto nao ocorre e, se alguem liberta um criminoso,
> > azar o da sociedade. Nenuma pena eh imputada ao advogado que,
> > 'criminosamente', o libertou. Se houvesse uma pena para isto muito
> > criminoso, hoje solto, estaria atras das grades.
> >
> > Eh neste sentido q eu coloquei a questao sobre a 'eticidade' da
> profissao.
>
> Bom, mas isso ocasionaria um efeito colateral maligno.
>
> Porque um advogado se arriscaria a defender um coitado que já paga pouco e
> ainda por cima se co-responsabilizando por esse indivíduo?
>

Veja q se este advogado pedir uma pena que ele considera justa
nao havera o que temer , certo?
Nao precisa pedir a absolvicao total....

E alem do mais para q o advogado seja considerado culpado, deveria se
provar q ele sabia da culpa do reu.
Se ele agir eticamente nao tera o q temer.
Acho q seria um aprimoramento na legislacao. E tornaria a prof + etica.
[]s
jocax

>
> Acho que essa solução não seria viável.
>
> Acredito que o mecanismo que existe hoje ainda é o melhor possível.
>
> SDS,
>
> Alexandre Sedlacek Moana (contratos)
> ENERGIA - Assessoria em Sistemas de Energia e Comércio Ltda.
> www.energias.com.br/energia
> 55-11-3057-1036
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 14:27

Quem precisa perguntar se
a advocacia é uma profissão ética,
está fazendo uma pergunta sem ética,
depois está fazendo uma pergunta piegas,
depois está fazendo uma pergunta sem
demonstração de conhecimento,
depois está fazendo uma pergunta sem
o mínimo de inteligência.

===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: continuando no clima
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 14:27

Com base em q. um representante da classe
nao eh capaz de entender o carater estritamente
humoristico da frase.

(Ate' porq. o fato de se falar em o 'mais'
inteligente nao significa q. os demais nao
o sejam... alias, ha' pelo menos um
advogado bastante sensato nesta lista.)

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Com base em que
> critérios _"inteligentes"
> você faz a aferição
> de inteligência dos integrantes de uma
> classe profissional
> indispensável na sociedade ?
>
> ==
>
> Dê uma resposta inteligente.
>
> ==
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> ================
>
>
> ----- Original Message -----
> From: <daniellf@h...>
> To: <ciencialist@y...>
> Sent: Monday, June 18, 2001 1:29 PM
> Subject: [ciencialist] continuando no clima
>
>
> Qual o advogado mais inteligente que já existiu?
> Edwin Hubble, ele largou essa coisa e foi estudar Astronomia.




SUBJECT: Re: [ciencialist] O direito aa defesa eh AMPLO. Outras questoes, sao de ordem etica.
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 14:28




"Num regime democrático
o Estado acusa através do
Ministério Público ou de seus
órgãos administrativos e toda
sua infra estrutura.
===
Em contrapartida,
qualquer cidadão tem o
direito constitucional de defesa
( também direito fundamental )
que é AMPLO ( e ao qual ele não pode
renunciar ), executado pelos
Advogados, que estão obrigados
a respeitar regras processuais e
a BOA FÉ processual
===
Em um estado democrático
o direito à defesa é AMPLO."

Tudo isso é muito bonito, mas aqui o que queremos saber é se tem eficiência,
se é a melhor opção ou o que pode ser aperfeiçoado. Isso é que é ciência.

As regras escritas, por sinal por humanos, podem ser falhas, erradas e
imperfeitas. Por melhor que sejam suas redações.

DANE-SE o que escreveram. A ciência quer saber se é a melhor opção, pelo
menos no contexto em questão.

SDS,

Alexandre Sedlacek Moana







SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 14:29

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Quem precisa perguntar se
> a advocacia é uma profissão ética,
> está fazendo uma pergunta sem ética,
> depois está fazendo uma pergunta piegas,
> depois está fazendo uma pergunta sem
> demonstração de conhecimento,
> depois está fazendo uma pergunta sem
> o mínimo de inteligência.

non sequitur.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 14:30

Primeiro: se policiais, peritos, Ministério Público e o Judiciário em geral
fizessem o dever de casa direitinho menos criminosos estariam nas ruas.

O advogado deve defender uma pessoa mesmo sabendo que o tal é culpado. Neste
caso o advogado não deveria tentar provar que o dito cujo é inocente, mas
atuar como fiscal e evitar que excessos sejam cometidos contra seu cliente,
fazendo de tudo para que o processo corra conforme manda a lei.

Um exemplo: tem muito ladrão de galinha realmente culpado pelo crime de
furtar galinhas que é simplesmente jogado dentro de uma cela com ladrões de
banco, traficantes e homicidas perigosíssimos. Em muitos casos este
desgraçado é esquecido lá dentro e nem sequer lembram que ele deve ser
processado. Muitos já cumpriram uma pena maior que a prevista em lei e ainda
não foram devidamente processados. É aqui que deveria atuar -- não só
advogados -- mas o próprio Ministério Público no sentido de evitar este tipo
de abuso.

A somatória de prazos entre a prisão e a citação do réu (na qual dá inicio
ao processo penal) é de mais ou menos 81 dias. Já foi sabido de casos que o
ladrão de galinha ficou um ano e meio, dois e até mais e polícia nem sabia
porque o cara estava ali pois nem o inquérito tinha sido instaurado!!!!!!!!

Se um inquérito é preparado conforme manda o livrinho nem o advogado do
O.J.Simpson livra a cara do bandido!

Se um criminoso é inocentado todos querem malhar o advogado (até
compreendo!) mas ninguém analisou o Processo e os demais envolvidos:
confissão sob tortura, destruição de provas na cena do crime (lembram-se do
PC Farias?), atraso na instauração do inquérito policial, desleixo dos
peritos, perda de prazo do MP, erro na citação, erro na tipificação do
crime, etc...

Por falhas processuais, um criminoso volta às ruas, sim!

*******

> O Advogado DEVERIA SER RESPONSAVEL pela 'pena' que ele consegue
> ao seu cliente. Nao deveria ser acobertado pela legislacao
> quando seu cliente eh realmente culpado.

Negativo!!!! O ESTADO deve ser responsável pela sucessão de erros que levou
à absolvissão de um criminoso. Ou seja, ninguém fez o dever de casa!

********

> Se for provada a culpa dpo cliente, e tambem que o advogado
> sabia dessa culpa, ele deveria pagar por ter pedido uma
> penalidade(soltura) nao compativel com o crime.

Não é o advogado quem pede a penalidade, é o MP. Há casos em que o advogado
apenas mostra ao MP os erros do inquérito e o próprio MP recomenda ao juiz o
arquivamento do processo... O MP acaba por reconhecer que as provas contra
um suspeito são muito frágeis pelos erros de perícia entre outros. Logo, não
é só o advogado o vilão da história.

Gritando: O ERRO É DO MP QUE NÃO FOI CAPAZ DE PROVAR A CULPA.

Afinal, ninguém é obrigado a provar inocência!

********

Cuidado, senhores. Dá a entender que só inocentes têm direito ao processo.

********

Mais alguma duvida?

Abraços,

Alexandre Medeiros

> -----Mensagem original-----
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]
> Enviada em: Segunda-feira, 18 de Junho de 2001 05:35
> Para: ciencialist@yahoogroups.com
> Assunto: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
>
>
> --- In ciencialist@y..., "merlin" <merlin@i...> wrote:
> >.... Apenas gostaria de expressar minha opinião sobre este ponto que
> está
> sendo
> > discutido, embora não seja advogado.
> > A questão de um advogado defender um criminoso não está vinculado a
> suas
> > conviccões pessoais. É um direito de qualquer pessoa poder
> >defender-se,
>
> Veja que eu nao estou impedindo uma pessoa de defender-se
> estou querendo "enquadrar" os advogados que defendam clientes
> que eles *sabem* que sao criminosos.
> Sao coisas bem diferentes.
>
> O Advogado DEVERIA SER RESPONSAVEL pela 'pena' que ele consegue
> ao seu cliente. Nao deveria ser acobertado pela legislacao
> quando seu cliente eh realmente culpado.
>
> Se for provada a culpa dpo cliente, e tambem que o advogado
> sabia dessa culpa, ele deveria pagar por ter pedido uma
> penalidade(soltura) nao compativel com o crime.
>
>
> > independentemente do crime que tenha cometido. Se a sociedade não
> der esta
> > oportunidade corremos o risco de executarmos sentenças ao nosso
> bel-prazer.
> > Essa é a base de uma sociedade democrática.
> > O médico também salva a vida de criminosos nas salas de operações
> >porque
> > este é seu dever, é sua profissão. O raciocínio é o mesmo para o
> >advogado.
>
> O medico pode salvar a vida mas nao esta libertando um criminoso,
> apos salvar sua vida, o criminoso devera ser submetido a julgamento.
>
> O advogado pode libertar o criminoso sabendo de seu crime.
> Se a legislacao permite que isto ocorra a legislacao deveria,
> a meu ver, ser mudada. O fato de a legislacao permitir
> nao implica q esta legislacao esteja correta. A escravarura era
> permitida tambem.
>
>
> > Toda pessoa tem que ter o direito de alguém que a defenda, mesmo que
> > intimamente não concorde com suas ações.
>
> Sim, mas quem a defende deveria estar sujeita a penalidade
> quando sabe que o cliente eh criminoso e mesmo assim o solta.
>
> A defesa deveria lutar por uma pena que ela ( defesa ) considera
> justa e ser responsabilizada por esta pena.
>
> []s
> jocax
>
>
> &&& --- &&&
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>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 14:31



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Nao deveria este advogado ser submetido a um interrogatorio e dizer,
> sob juramento, se acredita ou sabe q seu cliente eh culpado ou
> inocente ?

Isso violaria uma das regras mais sábia e mais inteligentes que
alguma vez se fez: o sigilo profissional. Médicos, advogados,
padres, psicologos e outros são obrigados a manter sigilo
profissional. Disso depende a credibilidade da profissão.

Por outro lado, ninguém pode ser obrigado a incriminar-se a si
próprio. Outra regra sábia que tem por objectivo impedir a justiça
com base em confissões obtidas sob tortura ou ameaça. Por isso,
o que o réu conta ao seu advogado não pode ser transmitido ao
tribunal.

Você esquece-se que um tribunal é um local de confronto entre
a acusação e a defesa. A defesa tem por missão defender o réu,
não tem por missão fazer justiça. A defesa é ética quando o
advogado faz tudo o que tem ao seu alcance para inocentar o réu.
Não é ética quando trai os interesses do réu. À acusação cabe
a missão de incriminar o réu, mesmo que ele seja inocente. A
acusação não é ética quando não ataca o réu como devia. As únicas
pessoas que têm de ser éticas no sentido tradicional é o juiz,
os jurados e as testemunhas. E o juiz e os jurados é que têm por
missão fazer justiça.

Que os jogos comecem e que cada um cumpra o seu dever ...

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 14:33

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> --- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> > Quem precisa perguntar se
> > a advocacia é uma profissão ética,
> > está fazendo uma pergunta sem ética,
> > depois está fazendo uma pergunta piegas,
> > depois está fazendo uma pergunta sem
> > demonstração de conhecimento,
> > depois está fazendo uma pergunta sem
> > o mínimo de inteligência.
>
> non sequitur.

e antes q. se desande a falar coisas:

eu acho a profissao advocaticia de gde
importancia. (nao darei provas de meu
depoimento.)

concordo com moana,

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Re: Contagem
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 14:35



rmtakata@altavista.net wrote:

> Se tal situacao -- aparentemente bastante incomum -- configurar-se,
> realmente o sistema sera' logrado.

Não seria incomum se o edificio fosse o Museu da Guerra, muito
visitado pelos estropiados...
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 14:37


> Veja q se este advogado pedir uma pena que ele considera justa
> nao havera o que temer , certo?
> Nao precisa pedir a absolvicao total....
>
> E alem do mais para q o advogado seja considerado culpado, deveria se
> provar q ele sabia da culpa do reu.
> Se ele agir eticamente nao tera o q temer.
> Acho q seria um aprimoramento na legislacao. E tornaria a prof + etica.

Mas veja, no caso vc estaria fazendo uma mistura explosiva. Colocaria a
função de JULGAR para o advogado. Vc na verdade estaria amplificando a
possibilidade de um erro.

Já imaginou? O Advogado errado seu julgamento, o juiz, por sua vez, e o que
não é incomum, errando o seu.O que aconteceria com o Réu? Lembre-se que a
culpabilidade não é tão facilmente identificável em todos os casos.

A separação é saudável. O que carece de precisão , nesse caso é o JULGAMENTO
por que tem a competência para tanto.

É ai que o bixo costuma pegar...Na verdade antes disso.Lá no Inquérito, que
muitas vezes nem acontece, onde geralmente temos visto inúmeras denúncias e
confissões de corrupção.

Parece que no executivo temos maiores possibilidades de erros sociais, como
os traficantes que constantemente são presos, ou seus "aviões", e são
liberados após seus acertos costumeiros.

O advogado tem é que fazer o que esta previsto mesmo. Ainda acho que o que é
a sua função esta corretamente definido.

Onde temos que mexer, acredito, seja nos outros pontos do processo de
APENAR.

SDS,

Alexandre Sedlacek Moana







SUBJECT: morte encefalica
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 14:38

continuando (vale todos os alertas anteriores: nao eh pra tirarem
conclusoes, estou postando porq. Celso Coimbra diz q. pode sem
problemas, nao estou emitindo nenhum parecer tecnico porq. nao tenho
capacitacao para isso):

[]s,

Roberto Takata

--------

Flowers WM, Patel BR 2000 -- Accuracy of clinical evaluation in the
determination of brain death. SOUTHERN MEDICAL JOURNAL 93: (2) 203-6.

Abstract:
Background. The accuracy of the clinical diagnosis of brain death has
never been established.
Methods. Seventy-one consecutive clinically brain dead patients were
studied retrospectively. Inclusion criteria were complete cessation of
brain function with profound coma of known cause, complete absence of
brain stem reflexes, and apnea, all persisting for at least 6 hours. A
formal apnea test with a documented PCO2 of >60 mm Hg was required. All
evaluations were done by experienced neurosurgery or neurology resident or
staff physicians. The clinical diagnosis was compared with the results of
radionuclide angiography and with the clinical course and final outcome.
Results. Seventy patients had no arterial blood flow on radionuclide
angiography. One blood flow study was considered to have yielded a
false-negative result. No patient recovered or survived.
Conclusions. The clinical diagnosis of brain death is highly reliable when
made by experienced examiners using established criteria. In this study,
the accuracy was 100%.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 14:41



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> A defesa deveria lutar por uma pena que ela ( defesa ) considera
> justa e ser responsabilizada por esta pena.

Isso seria o mesmo que pedir a um jogador de futebol para
falhar um penalty que ele sabe que é injusto.

A responsabilidade pela pena cabe ao juiz e aos jurados. Ao
advogado cabe a responsabilidade de defender o réu.

Advogado não é arbitro.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 14:43


""

Quem precisa perguntar se
a advocacia é uma profissão ética,
está fazendo uma pergunta sem ética,
depois está fazendo uma pergunta piegas,
depois está fazendo uma pergunta sem
demonstração de conhecimento,
depois está fazendo uma pergunta sem
o mínimo de inteligência.""

===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================


Putz!!! Pode falar um palavrãozinho aqui??

Que que é isso???

A lista esta perdendo a lucidez?? Nunca vi uma coisa dessas aqui!!!!!!

Somos agora colocadores de rótulos e não argumentadores??

He,he...ALGUM MODERADOR VOLUNTÁRIO?? ;)


SDS,

Alexandre Sedlacek Moana



SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 14:43

O interessante nisso tudo
é que vocês estão esquecendo que
a advocacia não é APENAS criminal.
Essa é até uma minoria.
===
Segundo algumas apreciações
que estou presenciando
(bastante reacionárias)
existe desde logo para algumas
pessoa o pressuposto de culpa.
===
Culpa é impossível (proibida)
de ser presumida.
===
Mais, em direito ninguém é obrigado a
admitir culpa.
===
Culpa e Dolo têm que ser objeto de
prova.
===
===
Suponhamos uma cidade em que
não tenha num determinado momento
advogado.
===
Por força de lei, o Juiz
indicará um cidadão para fazer
esse papel.
===
Pode ser qualquer um de vocês,
portanto.
===
E NÃO será permitido recusar ( lei ).
===
Esse cidadão vai ter que se comprometer
a fazer a melhor defesa ( lei ).
===
Independentemente de considerar ou não
culpado quem ele defende ( lei ).
===
A questão ÉTICA está no
que se chama LITIGÂNCIA DE BOA FÉ.
===
As outras questões pertinentes
são os impedimentos.
===
Esse é o ponto que deveria ser
MELHOR examinado.
===
E, onde eu me posiciono,
inclusive de uma forma considerada
radical.
===
O assunto não é simples.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
===============

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Monday, June 18, 2001 2:03 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?


Alexandre Sedlacek Moana wrote:

> Estão esquecendo de alguns detalhes....
>
> Existem casos onde mesmo o Réu não sabe que é inocente. Lembram daqueles
> enganados pela terapia de regressão nos EUA? QUe safadeza?
>
> A justiça não poderia imperar caso o advogado não agisse dessa forma.
>
> Não é por se tratar um ótimo advogado defendendo um réu que a justiça esta
> impedida de se fazer.
>

Obviamente a justica nao eh perfeita e eh feita, antes de tudo, por homens
com todos os seus defeitos e qualidades.

O que eu estou advogando ( hehehe ) eh que os advogados arquem com
a responsabilidade na pena que conseguiram a seus clientes quando sabem
que estes clientes sao culpados.
O q me parece estar acontecendo atualmente eh que isto nao ocorre.

Se um traficante-assassino eh levado a julgamento por um crime
e seus advogados conseguem absolve-lo e, posteriormente, surjam
provas que o reu era culpado e q estes advogados sabiam disso entao
estes advogados , nestes casos, deveriam ser penalizados pela soltura
do criminoso.

Do jeito que esta isto nao ocorre e, se alguem liberta um criminoso,
azar o da sociedade. Nenuma pena eh imputada ao advogado que,
'criminosamente', o libertou. Se houvesse uma pena para isto muito
criminoso, hoje solto, estaria atras das grades.

Eh neste sentido q eu coloquei a questao sobre a 'eticidade' da profissao.

[]s
jocax




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 14:45

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Quem precisa perguntar se
> a advocacia é uma profissão ética,

Uma profissao que tem o "alvara" para soltar um criminoso
sem que nenhuma responsabilidade incida sobre este ato
imoral eh uma profissao sem etica.
==
Isso nao quer dizer q todos os advogados sejam sem etica,
mas a profissao carece de legislacao q a torne mais etica.
===
E eu estou propondu uma mudanca de leigislacao que torna a
profissao essencialmente etica.
==
EU ja dei a base onde demonstro meu ponto de vista
provando que, atualmente, ajudar a soltar criminosos eh legal.
==
Entao esta demonstrado que a profissao precisa ser
melhor regulamentada para q seja considerada etica.
==
Ateh q alguem me mostre q eu esteja errado eu considero
meus argumentos justos.
===
[]s
jocax


> está fazendo uma pergunta sem ética,
> depois está fazendo uma pergunta piegas,
> depois está fazendo uma pergunta sem
> demonstração de conhecimento,
> depois está fazendo uma pergunta sem
> o mínimo de inteligência.
>
> ===
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> ================
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Publicacao de artigo sem autorizacao nao da dano moral
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 14:48



Celso Galli Coimbra wrote:
>
> ===
> A questão, _quando se trata mesmo de direitos
> autorais_, é o objetivo de obtenção de LUCRO
> pecuniário, ausente de licença para publicação.

Se a publicação sem fins lucrativos fosse
permitida qualquer organização sem fins lucrativos poderia
acabar com a industria discografica em menos de um ano.

Seria interessante ver um sistema tipo Napster mudar-se
para o Brasil.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica? O Estado criminoso.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 14:52

Há em todos os Estados do Brasil,
ladrões de galinha
ou país de famílias que furtaram COMIDA
para consumo e por necessidade,
que foram presos e condenados por
esse "grave" crime.

===

Não poucos deles, passam a vida toda
presos, morrem na prisão,
porque existem poucos advogados
para fazer o que se chama procedimento
de revisão criminal.

===

A pena para esse "crime" é muito curta ...

===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================


----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
To: 'ciencialist@yahoogroups.com'
Sent: Monday, June 18, 2001 2:30 PM
Subject: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?


Primeiro: se policiais, peritos, Ministério Público e o Judiciário em geral
fizessem o dever de casa direitinho menos criminosos estariam nas ruas.

O advogado deve defender uma pessoa mesmo sabendo que o tal é culpado. Neste
caso o advogado não deveria tentar provar que o dito cujo é inocente, mas
atuar como fiscal e evitar que excessos sejam cometidos contra seu cliente,
fazendo de tudo para que o processo corra conforme manda a lei.

Um exemplo: tem muito ladrão de galinha realmente culpado pelo crime de
furtar galinhas que é simplesmente jogado dentro de uma cela com ladrões de
banco, traficantes e homicidas perigosíssimos. Em muitos casos este
desgraçado é esquecido lá dentro e nem sequer lembram que ele deve ser
processado. Muitos já cumpriram uma pena maior que a prevista em lei e ainda
não foram devidamente processados. É aqui que deveria atuar -- não só
advogados -- mas o próprio Ministério Público no sentido de evitar este tipo
de abuso.

A somatória de prazos entre a prisão e a citação do réu (na qual dá inicio
ao processo penal) é de mais ou menos 81 dias. Já foi sabido de casos que o
ladrão de galinha ficou um ano e meio, dois e até mais e polícia nem sabia
porque o cara estava ali pois nem o inquérito tinha sido instaurado!!!!!!!!

Se um inquérito é preparado conforme manda o livrinho nem o advogado do
O.J.Simpson livra a cara do bandido!

Se um criminoso é inocentado todos querem malhar o advogado (até
compreendo!) mas ninguém analisou o Processo e os demais envolvidos:
confissão sob tortura, destruição de provas na cena do crime (lembram-se do
PC Farias?), atraso na instauração do inquérito policial, desleixo dos
peritos, perda de prazo do MP, erro na citação, erro na tipificação do
crime, etc...

Por falhas processuais, um criminoso volta às ruas, sim!

*******

> O Advogado DEVERIA SER RESPONSAVEL pela 'pena' que ele consegue
> ao seu cliente. Nao deveria ser acobertado pela legislacao
> quando seu cliente eh realmente culpado.

Negativo!!!! O ESTADO deve ser responsável pela sucessão de erros que levou
à absolvissão de um criminoso. Ou seja, ninguém fez o dever de casa!

********

> Se for provada a culpa dpo cliente, e tambem que o advogado
> sabia dessa culpa, ele deveria pagar por ter pedido uma
> penalidade(soltura) nao compativel com o crime.

Não é o advogado quem pede a penalidade, é o MP. Há casos em que o advogado
apenas mostra ao MP os erros do inquérito e o próprio MP recomenda ao juiz o
arquivamento do processo... O MP acaba por reconhecer que as provas contra
um suspeito são muito frágeis pelos erros de perícia entre outros. Logo, não
é só o advogado o vilão da história.

Gritando: O ERRO É DO MP QUE NÃO FOI CAPAZ DE PROVAR A CULPA.

Afinal, ninguém é obrigado a provar inocência!

********

Cuidado, senhores. Dá a entender que só inocentes têm direito ao processo.

********

Mais alguma duvida?

Abraços,

Alexandre Medeiros

> -----Mensagem original-----
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]
> Enviada em: Segunda-feira, 18 de Junho de 2001 05:35
> Para: ciencialist@yahoogroups.com
> Assunto: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
>
>
> --- In ciencialist@y..., "merlin" <merlin@i...> wrote:
> >.... Apenas gostaria de expressar minha opinião sobre este ponto que
> está
> sendo
> > discutido, embora não seja advogado.
> > A questão de um advogado defender um criminoso não está vinculado a
> suas
> > conviccões pessoais. É um direito de qualquer pessoa poder
> >defender-se,
>
> Veja que eu nao estou impedindo uma pessoa de defender-se
> estou querendo "enquadrar" os advogados que defendam clientes
> que eles *sabem* que sao criminosos.
> Sao coisas bem diferentes.
>
> O Advogado DEVERIA SER RESPONSAVEL pela 'pena' que ele consegue
> ao seu cliente. Nao deveria ser acobertado pela legislacao
> quando seu cliente eh realmente culpado.
>
> Se for provada a culpa dpo cliente, e tambem que o advogado
> sabia dessa culpa, ele deveria pagar por ter pedido uma
> penalidade(soltura) nao compativel com o crime.
>
>
> > independentemente do crime que tenha cometido. Se a sociedade não
> der esta
> > oportunidade corremos o risco de executarmos sentenças ao nosso
> bel-prazer.
> > Essa é a base de uma sociedade democrática.
> > O médico também salva a vida de criminosos nas salas de operações
> >porque
> > este é seu dever, é sua profissão. O raciocínio é o mesmo para o
> >advogado.
>
> O medico pode salvar a vida mas nao esta libertando um criminoso,
> apos salvar sua vida, o criminoso devera ser submetido a julgamento.
>
> O advogado pode libertar o criminoso sabendo de seu crime.
> Se a legislacao permite que isto ocorra a legislacao deveria,
> a meu ver, ser mudada. O fato de a legislacao permitir
> nao implica q esta legislacao esteja correta. A escravarura era
> permitida tambem.
>
>
> > Toda pessoa tem que ter o direito de alguém que a defenda, mesmo que
> > intimamente não concorde com suas ações.
>
> Sim, mas quem a defende deveria estar sujeita a penalidade
> quando sabe que o cliente eh criminoso e mesmo assim o solta.
>
> A defesa deveria lutar por uma pena que ela ( defesa ) considera
> justa e ser responsabilizada por esta pena.
>
> []s
> jocax
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/

=========================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 14:58

O único reparo que eu faço
no que foi dito é que ao Juiz
cabe o DEVER de ser imparcial.
===
Juízes, Advogados e Promotores
não têm hierarquia entre si e todos
tem obrigações éticas severas.
===
Ética nessas profissões é lei federal.
===
Não é apenas um valor ideal.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: João Mário Miranda
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Monday, June 18, 2001 2:31 PM
Subject: Re: [ciencialist] Advocacia eh uma profissao etica?




Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Nao deveria este advogado ser submetido a um interrogatorio e dizer,
> sob juramento, se acredita ou sabe q seu cliente eh culpado ou
> inocente ?

Isso violaria uma das regras mais sábia e mais inteligentes que
alguma vez se fez: o sigilo profissional. Médicos, advogados,
padres, psicologos e outros são obrigados a manter sigilo
profissional. Disso depende a credibilidade da profissão.

Por outro lado, ninguém pode ser obrigado a incriminar-se a si
próprio. Outra regra sábia que tem por objectivo impedir a justiça
com base em confissões obtidas sob tortura ou ameaça. Por isso,
o que o réu conta ao seu advogado não pode ser transmitido ao
tribunal.

Você esquece-se que um tribunal é um local de confronto entre
a acusação e a defesa. A defesa tem por missão defender o réu,
não tem por missão fazer justiça. A defesa é ética quando o
advogado faz tudo o que tem ao seu alcance para inocentar o réu.
Não é ética quando trai os interesses do réu. À acusação cabe
a missão de incriminar o réu, mesmo que ele seja inocente. A
acusação não é ética quando não ataca o réu como devia. As únicas
pessoas que têm de ser éticas no sentido tradicional é o juiz,
os jurados e as testemunhas. E o juiz e os jurados é que têm por
missão fazer justiça.

Que os jogos comecem e que cada um cumpra o seu dever ...

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 15:04

Essa profissão não tem esse "alvará".
Dizer isso é um equívoco.
===
É importante entender que essa profissão
está inserida e é parte indispensável
do Sistema Jurídico de cada país.
===
A questão está no sistema ...
===
A generalização da pergunta é desastrosa,
e oportuniza problemas GRAVES que
existem no sistema judicial serem mantidos.
===
Imagine se ela fosse transformada
para "A defesa é uma atividade ética" ?
===
Se a defesa lato sensu não existisse historicamente,
não existiria sociedade.
===

[]'S

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Monday, June 18, 2001 2:45 PM
Subject: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Quem precisa perguntar se
> a advocacia é uma profissão ética,

Uma profissao que tem o "alvara" para soltar um criminoso
sem que nenhuma responsabilidade incida sobre este ato
imoral eh uma profissao sem etica.
==
Isso nao quer dizer q todos os advogados sejam sem etica,
mas a profissao carece de legislacao q a torne mais etica.
===
E eu estou propondu uma mudanca de leigislacao que torna a
profissao essencialmente etica.
==
EU ja dei a base onde demonstro meu ponto de vista
provando que, atualmente, ajudar a soltar criminosos eh legal.
==
Entao esta demonstrado que a profissao precisa ser
melhor regulamentada para q seja considerada etica.
==
Ateh q alguem me mostre q eu esteja errado eu considero
meus argumentos justos.
===
[]s
jocax


> está fazendo uma pergunta sem ética,
> depois está fazendo uma pergunta piegas,
> depois está fazendo uma pergunta sem
> demonstração de conhecimento,
> depois está fazendo uma pergunta sem
> o mínimo de inteligência.
>
> ===
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> ================
>
>


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: En: [ciencialist] Re: Contagem
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 15:08

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Não seria incomum se o edificio fosse o Museu da Guerra, muito
> visitado pelos estropiados...

Mas os dois andandos juntinhos simulando um caminhar normal?

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Publicacao de artigo sem autorizacao nao da dano moral
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 15:09

Atente para o sentido da palavra LUCRO
nesse contexto que é o indenizatório.

==

É LUCRO deixar de gastar.

==

Logo não está sendo feita discordância.

==

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: João Mário Miranda
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Monday, June 18, 2001 2:48 PM
Subject: Re: [ciencialist] Publicacao de artigo sem autorizacao nao da dano moral




Celso Galli Coimbra wrote:
>
> ===
> A questão, _quando se trata mesmo de direitos
> autorais_, é o objetivo de obtenção de LUCRO
> pecuniário, ausente de licença para publicação.

Se a publicação sem fins lucrativos fosse
permitida qualquer organização sem fins lucrativos poderia
acabar com a industria discografica em menos de um ano.

Seria interessante ver um sistema tipo Napster mudar-se
para o Brasil.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com

=====================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 15:11



"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:


> É aqui que deveria atuar -- não só
> advogados -- mas o próprio Ministério Público no sentido de evitar este tipo
> de abuso.

O Ministério Público não tem nenhum incentivo para libertar inocentes.
Só tem incentivo para os condenar, pois é para isso que ele existe e
é isso que é pressionado a fazer.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica? O Estado criminoso.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 15:15

O problema da criminalidade
não é o dever de casa das profissões
que lidam com ela.

===

MARGINALIDADE é um problema de toda a sociedade.

====

Uma sociedade que aceita a INJUSTIÇA SOCIAL
sempre terá (merecidamente) marginais e
CRIMINOSOS.

===

[]'s

Celso Galli Coimbra

----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
To: 'ciencialist@yahoogroups.com'
Sent: Monday, June 18, 2001 2:30 PM
Subject: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?


Primeiro: se policiais, peritos, Ministério Público e o Judiciário em geral
fizessem o dever de casa direitinho menos criminosos estariam nas ruas.

O advogado deve defender uma pessoa mesmo sabendo que o tal é culpado. Neste
caso o advogado não deveria tentar provar que o dito cujo é inocente, mas
atuar como fiscal e evitar que excessos sejam cometidos contra seu cliente,
fazendo de tudo para que o processo corra conforme manda a lei.

Um exemplo: tem muito ladrão de galinha realmente culpado pelo crime de
furtar galinhas que é simplesmente jogado dentro de uma cela com ladrões de
banco, traficantes e homicidas perigosíssimos. Em muitos casos este
desgraçado é esquecido lá dentro e nem sequer lembram que ele deve ser
processado. Muitos já cumpriram uma pena maior que a prevista em lei e ainda
não foram devidamente processados. É aqui que deveria atuar -- não só
advogados -- mas o próprio Ministério Público no sentido de evitar este tipo
de abuso.

A somatória de prazos entre a prisão e a citação do réu (na qual dá inicio
ao processo penal) é de mais ou menos 81 dias. Já foi sabido de casos que o
ladrão de galinha ficou um ano e meio, dois e até mais e polícia nem sabia
porque o cara estava ali pois nem o inquérito tinha sido instaurado!!!!!!!!

Se um inquérito é preparado conforme manda o livrinho nem o advogado do
O.J.Simpson livra a cara do bandido!

Se um criminoso é inocentado todos querem malhar o advogado (até
compreendo!) mas ninguém analisou o Processo e os demais envolvidos:
confissão sob tortura, destruição de provas na cena do crime (lembram-se do
PC Farias?), atraso na instauração do inquérito policial, desleixo dos
peritos, perda de prazo do MP, erro na citação, erro na tipificação do
crime, etc...

Por falhas processuais, um criminoso volta às ruas, sim!

*******

> O Advogado DEVERIA SER RESPONSAVEL pela 'pena' que ele consegue
> ao seu cliente. Nao deveria ser acobertado pela legislacao
> quando seu cliente eh realmente culpado.

Negativo!!!! O ESTADO deve ser responsável pela sucessão de erros que levou
à absolvissão de um criminoso. Ou seja, ninguém fez o dever de casa!

********

> Se for provada a culpa dpo cliente, e tambem que o advogado
> sabia dessa culpa, ele deveria pagar por ter pedido uma
> penalidade(soltura) nao compativel com o crime.

Não é o advogado quem pede a penalidade, é o MP. Há casos em que o advogado
apenas mostra ao MP os erros do inquérito e o próprio MP recomenda ao juiz o
arquivamento do processo... O MP acaba por reconhecer que as provas contra
um suspeito são muito frágeis pelos erros de perícia entre outros. Logo, não
é só o advogado o vilão da história.

Gritando: O ERRO É DO MP QUE NÃO FOI CAPAZ DE PROVAR A CULPA.

Afinal, ninguém é obrigado a provar inocência!

********

Cuidado, senhores. Dá a entender que só inocentes têm direito ao processo.

********

Mais alguma duvida?

Abraços,

Alexandre Medeiros

> -----Mensagem original-----
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]
> Enviada em: Segunda-feira, 18 de Junho de 2001 05:35
> Para: ciencialist@yahoogroups.com
> Assunto: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
>
>
> --- In ciencialist@y..., "merlin" <merlin@i...> wrote:
> >.... Apenas gostaria de expressar minha opinião sobre este ponto que
> está
> sendo
> > discutido, embora não seja advogado.
> > A questão de um advogado defender um criminoso não está vinculado a
> suas
> > conviccões pessoais. É um direito de qualquer pessoa poder
> >defender-se,
>
> Veja que eu nao estou impedindo uma pessoa de defender-se
> estou querendo "enquadrar" os advogados que defendam clientes
> que eles *sabem* que sao criminosos.
> Sao coisas bem diferentes.
>
> O Advogado DEVERIA SER RESPONSAVEL pela 'pena' que ele consegue
> ao seu cliente. Nao deveria ser acobertado pela legislacao
> quando seu cliente eh realmente culpado.
>
> Se for provada a culpa dpo cliente, e tambem que o advogado
> sabia dessa culpa, ele deveria pagar por ter pedido uma
> penalidade(soltura) nao compativel com o crime.
>
>
> > independentemente do crime que tenha cometido. Se a sociedade não
> der esta
> > oportunidade corremos o risco de executarmos sentenças ao nosso
> bel-prazer.
> > Essa é a base de uma sociedade democrática.
> > O médico também salva a vida de criminosos nas salas de operações
> >porque
> > este é seu dever, é sua profissão. O raciocínio é o mesmo para o
> >advogado.
>
> O medico pode salvar a vida mas nao esta libertando um criminoso,
> apos salvar sua vida, o criminoso devera ser submetido a julgamento.
>
> O advogado pode libertar o criminoso sabendo de seu crime.
> Se a legislacao permite que isto ocorra a legislacao deveria,
> a meu ver, ser mudada. O fato de a legislacao permitir
> nao implica q esta legislacao esteja correta. A escravarura era
> permitida tambem.
>
>
> > Toda pessoa tem que ter o direito de alguém que a defenda, mesmo que
> > intimamente não concorde com suas ações.
>
> Sim, mas quem a defende deveria estar sujeita a penalidade
> quando sabe que o cliente eh criminoso e mesmo assim o solta.
>
> A defesa deveria lutar por uma pena que ela ( defesa ) considera
> justa e ser responsabilizada por esta pena.
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SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 15:25

Sei que tudo isso foge do escopo da lista, mas não resisti...

Sei de pelo menos um caso que, em plena sessão do juri, o Promotor de
Justiça pediu ao Juiz a suspensão do julgamento porque o advogado era burro
demais para defender o acusado e acabaria por prejudicá-lo ainda mais. Não
sei se a OAB puniu este advogado.

> -----Mensagem original-----
> De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
> Enviada em: Segunda-feira, 18 de Junho de 2001 07:12
> Para: ciencialist@yahoogroups.com
> Assunto: Re: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
>
>
>
>
> "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
>
> > É aqui que deveria atuar -- não só
> > advogados -- mas o próprio Ministério Público no sentido de
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> > de abuso.
>
> O Ministério Público não tem nenhum incentivo para libertar inocentes.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Mil coisas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 15:29

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, June 18, 2001 12:04 PM
Subject: [ciencialist] Mil coisas

> ...cultivo um saudável preconceito contra a advocacia...

Neste caso vou propor que os advogados protestem contra o Léo organizando a
"Parada do orgulho OAB". :-))

> ...a qual sempre julguei uma profissão parasítica (...) e primeiro passo
> para um péssimo político (a enorme maioria de nossos queridos políticos
> são "doutores", após 4 ou 5 anos numa faculdade de direito do interior...

Sem dúvida. E justamente por isso tome muito cuidado. Não sei se vocês já se
deram conta mas a nossa Constituição foi escrita por advogados e para
advogados. Duvida? Então leia com atenção os artigos 93 (inciso I), 103
(inciso VII) e 129 (parágrafo 3.o). Todos eles dão amplos poderes à OAB,
uma entidade que, ou muito me engano, ou sequer está definida na
Constituição. Ora, se uma entidade, que NÃO ESTÁ DEFINIDA na Constituição,
tem tantos poderes, isto significa tão somente uma coisa: Nossa Carta Magna
(ou primeira) não é a Constituição e sim o Estatuto da OAB. Isto é Brasil!!!
Até o Presidente da República e o Congresso estão definidos na Constituição.
Que eu saiba, nenhuma outra associação de classe tem "privilégio" semelhante
à OAB e/ou está acima da Carta quase-Magna.

> Uma vez que o assunto 'morte encefálica' estava perdendo um pouco a
> 'audiência', a solução é encontrar novos 'batentes' de apoio ... nasce o
> ataque ao CFM...

Em tempo: Apesar de ex-médico, não estou aqui defendendo o CFM mas tão
somente relatando algo sobre a OAB que para mim soa como OABsurdo. Se
precisar criticar o CFM, farei como sempre fiz, mesmo no tempo em que era
médico de carteirinha; aliás, continuo com a carteirinha, pois continuei
pagando os encargos.

> Mas, como tudo isso é achismo meu, pouco deve interessar aos amigos do
> ciencialist e mesmo ao Sr. Coimbra. E, portanto, vamos ao que realmente
> interessa:

Vamos lá.

> Temperatura é função de ponto (...)
> Para um mesmo corpo extenso a temperatura será diferente de ponto para
> ponto. Que fazer?
> Esquecer o reino microscópico do conceito de temperatura e passar ao reino
> macroscópico assumindo o 'valor médio' dessas miríades de amplitudes.

Sem dúvida. E é por isso que gosto de chamar a atenção para o que denomino
Teorema da Indeterminação, algo tão óbvio quanto desconhecido: "Ao se
estudar uma população heterogênea pela utilização de propriedades
populacionais (e não individuais) os valores individuais obtidos estarão
sempre sujeitos a um fator de incerteza independente da precisão e/ou
exatidão do método e dependente do grau de heterogeneidade da população em
estudo."

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 15:31

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, June 18, 2001 1:35 PM
Subject: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?

> O medico pode salvar a vida mas nao esta libertando um criminoso,
> apos salvar sua vida, o criminoso devera ser submetido a julgamento.

As coisas nem sempre são tão simples assim. Conheço médicos que nas décadas
de 60-70 (época da ditadura militar) trataram pretensos "criminosos" sem
denunciá-los. Alguns médicos chegaram mesmo a serem processados com base no
AI-5, outros foram perseguidos em sua vida acadêmica e terceiros foram
torturados e/ou até mesmo desapareceram de circulação. Tenho colegas que
surgiram após uns 5 anos totalmente abobados e pelo menos um que jamais
retornou. O tempo passou e hoje sabemos que os criminosos não eram nem os
pretensos acusados nem os médicos, mas aqueles que se ampararam na
legislação da época.

> > Toda pessoa tem que ter o direito de alguém que a defenda, mesmo que
> > intimamente não concorde com suas ações.
> Sim, mas quem a defende deveria estar sujeita a penalidade
> quando sabe que o cliente eh criminoso e mesmo assim o solta.

Parece-me que estamos novamente frente ao utopismo jocaxiano, algo sob o
qual prefiro não comentar.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa eh uma pergunta etica ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 15:31

O Ministério Público
é o fiscal do cumprimento da lei
e titular de ações de interesse da sociedade,
como a Ação Penal Pública,
que é a usada para acusação de crimes.

===

MAS ele não pode exercer essa função,
se não houver defesa.

===

O sentido da expressão DEFESA em direito
é muito amplo.

===

TODA defesa tem acusação e TODA
acusação tem defesa.

===

Assim, há situações em que
especificar que a ação é de advogado
ou de promotor não diz coisa alguma,
SE a apreciação for feita pelo binômio
defesa / acusação.

===

EXISTE a figura importante do
Assistente da Acusação,
que pode decidir a condução
de muitos julgamentos de interesse
público.

===

O Assistente da Acusação é
sempre um advogado.

===

IMPORTANTE: CULPADOS não existem
a priori -- antes de processo com direito à ampla
defesa e decisão judicial transitada em julgado.

===

No sistema jurídico brasileiro
"todos são inocentes até prova em contrário".

===

No Francês "todos são culpados até prova em
contrário".

===


[]'s

Celso Galli Coimbra
================


----- Original Message -----
From: João Mário Miranda
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Monday, June 18, 2001 3:11 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?




"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:


> É aqui que deveria atuar -- não só
> advogados -- mas o próprio Ministério Público no sentido de evitar este tipo
> de abuso.

O Ministério Público não tem nenhum incentivo para libertar inocentes.
Só tem incentivo para os condenar, pois é para isso que ele existe e
é isso que é pressionado a fazer.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 15:31

"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

> O advogado deve defender uma pessoa mesmo sabendo que o tal é culpado. Neste
> caso o advogado não deveria tentar provar que o dito cujo é inocente, mas
> atuar como fiscal e evitar que excessos sejam cometidos contra seu cliente,
> fazendo de tudo para que o processo corra conforme manda a lei.
>

NAO DEVERIA TENTAR
Mas existe alguma punicao caso TENTE?
Nao creio q exista e isto torna a profissao essencialmente anti-etica.


>
>
> Se um inquérito é preparado conforme manda o livrinho nem o advogado do
> O.J.Simpson livra a cara do bandido!
>

MAS LIVROU NAO LIVROU?
Ou sem um bom advogado ele se livraria ?

>
> Se um criminoso é inocentado todos querem malhar o advogado (até
> compreendo!) mas ninguém analisou o Processo e os demais envolvidos:
> confissão sob tortura, destruição de provas na cena do crime (lembram-se do
> PC Farias?), atraso na instauração do inquérito policial, desleixo dos
> peritos, perda de prazo do MP, erro na citação, erro na tipificação do
> crime, etc...
>
> Por falhas processuais, um criminoso volta às ruas, sim!
>
> *******
>
> > O Advogado DEVERIA SER RESPONSAVEL pela 'pena' que ele consegue
> > ao seu cliente. Nao deveria ser acobertado pela legislacao
> > quando seu cliente eh realmente culpado.
>
> Negativo!!!! O ESTADO deve ser responsável pela sucessão de erros que levou
> à absolvissão de um criminoso. Ou seja, ninguém fez o dever de casa!
>

O ADVOGADO TAMBEM TEM SEU PAPEL DE CULPA SIM
SE ELE SABE DA CULPABILIDADE DO REU.



>
> ********
>
> > Se for provada a culpa dpo cliente, e tambem que o advogado
> > sabia dessa culpa, ele deveria pagar por ter pedido uma
> > penalidade(soltura) nao compativel com o crime.
>
> Não é o advogado quem pede a penalidade, é o MP. Há casos em que o advogado
> apenas mostra ao MP os erros do inquérito e o próprio MP recomenda ao juiz o
> arquivamento do processo... O MP acaba por reconhecer que as provas contra
> um suspeito são muito frágeis pelos erros de perícia entre outros. Logo, não
> é só o advogado o vilão da história.
>

MAS ELE TEM A PARCELA DA CULPA SIM


>
> Gritando: O ERRO É DO MP QUE NÃO FOI CAPAZ DE PROVAR A CULPA.
>

EXISTEM CRIMES Q NAO SE PODE PROVAR A CULPA
por falta de provas materiais por exemplo,
MAS SE O ADVOGADO SABE Q ELE EH CULPADO
A RESPONSABILIDADE CAIRIA NELE TAMBEM.


>
> Afinal, ninguém é obrigado a provar inocência!
>

Mais uma razao para os advogados nao o fazerem.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 15:36

Olá Celso,

> Quem precisa perguntar se
> a advocacia é uma profissão ética,
> está fazendo uma pergunta sem ética,

Não provou por quê, e isso, acho eu, é importantíssimo em uma afirmação que
se supõe a ser séria (cientificamente).

> depois está fazendo uma pergunta piegas,
> depois está fazendo uma pergunta sem
> demonstração de conhecimento,

Chiii... E estas respostas demonstram algum conhecimento por acaso?

> depois está fazendo uma pergunta sem
> o mínimo de inteligência.

Ih... Lá vem os ataques baixos...

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 15:38

João Mário Miranda wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Nao deveria este advogado ser submetido a um interrogatorio e dizer,
> > sob juramento, se acredita ou sabe q seu cliente eh culpado ou
> > inocente ?
>
> Isso violaria uma das regras mais sábia e mais inteligentes que
> alguma vez se fez: o sigilo profissional. Médicos, advogados,
> padres, psicologos e outros são obrigados a manter sigilo
> profissional. Disso depende a credibilidade da profissão.

Mas esta regra deveria ser ABOLIDA no caso de HOMICIDAS perigosos
estupradores e traficantes, vc nao acha?


>
>
> Por outro lado, ninguém pode ser obrigado a incriminar-se a si
> próprio.

Ninguem esta se incriminando. Se de ANTEMAO o advogado souber que
sera inquirido de seus atos ele agira ETICAMENTE.
Pelo menos havera uma pressao para q ele haja corretamente.



> Outra regra sábia que tem por objectivo impedir a justiça
> com base em confissões obtidas sob tortura ou ameaça. Por isso,
> o que o réu conta ao seu advogado não pode ser transmitido ao
> tribunal.
>

Nao estou falando em torttura estou colocando q a pprofissao deve
ser regulamendata no sentido etico e TODOS saberao de ANTEMAO que o advogado podera querer a
pena JUSTA e nao a absolvicao a qqr preco.


>
> Você esquece-se que um tribunal é um local de confronto entre
> a acusação e a defesa. A defesa tem por missão defender o réu,
> não tem por missão fazer justiça.

Que se mude isso e que a justica seja feita !




> A defesa é ética quando o
> advogado faz tudo o que tem ao seu alcance para inocentar o réu.

Isso *nao eh correto* e deveria ser mudado.
Sendo assim a profissao NAO EH ETICA.


>
> Não é ética quando trai os interesses do réu. À acusação cabe
> a missão de incriminar o réu, mesmo que ele seja inocente. A
> acusação não é ética quando não ataca o réu como devia. As únicas
> pessoas que têm de ser éticas no sentido tradicional é o juiz,
> os jurados e as testemunhas. E o juiz e os jurados é que têm por
> missão fazer justiça.
>

Isso deveria ser mudado no meu entender.


>
> Que os jogos comecem e que cada um cumpra o seu dever ...
>

A justica nao deveria ser um jogo.

[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 15:43

Alexandre Sedlacek Moana wrote:

> > Veja q se este advogado pedir uma pena que ele considera justa
> > nao havera o que temer , certo?
> > Nao precisa pedir a absolvicao total....
> >
> > E alem do mais para q o advogado seja considerado culpado, deveria se
> > provar q ele sabia da culpa do reu.
> > Se ele agir eticamente nao tera o q temer.
> > Acho q seria um aprimoramento na legislacao. E tornaria a prof + etica.
>
> Mas veja, no caso vc estaria fazendo uma mistura explosiva. Colocaria a
> função de JULGAR para o advogado. Vc na verdade estaria amplificando a
> possibilidade de um erro.
>

Nao se os advogados nao distorcessem artificialmente os fatos em favor de seus
clientes.
Se todos agissem no sentido de mostrar a *verdade* a possibilidade de erro
nao estaria sendo amplificada e sim minimizada.
Qdo tem um grupo tentando culpar *a qualquer preco* e outro tentando
inocentar *a qualquer preco* as possibilidades de erros sao muito maiores.


>
> Já imaginou? O Advogado errado seu julgamento, o juiz, por sua vez, e o que
> não é incomum, errando o seu.O que aconteceria com o Réu? Lembre-se que a
> culpabilidade não é tão facilmente identificável em todos os casos.
>

Lembra q eu disse q o advogado deveria *nao* inocentar o reu se ele SOUBER
que o reu eh culpado, ele nao estaria dando a pena, mas pedindo a pena.
O mesmo poderia acontecer com a promotoria que na busca pela verdade
tambem nao culparia alguem sabendo que este alguem eh inocente.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 15:45

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> > Que os jogos comecem e que cada um cumpra o seu dever ...
>
> A justica nao deveria ser um jogo.

Nao ha' como fugir disso. Sempre q. ha' dois interesses
potencialmente conflitantes temos o cenario pra teoria
dos jogos...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 15:45

A analogia está errada
quando fala em ajudar
um criminoso.

===

Ele está cumprindo uma obrigação
decorrente do pacto social existente,
que está erigido na Constituição Federal.

===

Essa analogia somente
poderia ser feita no caso
em que o criminoso procura
um advogado ANTES, por
exemplo, de "matar alguém"
para saber como "matar bem",
e já fazê-lo sob situações,
condições, circunstâncias
que facilitem a sua absolvição.

===

Mas para essa "consultoria",
também pode se preciso procurar um
físico, um biólogo, um médico
( para DIAGNOSTICAR MORTE
ENCEFÁLICA), etc .

===

Ai está a
questão realmente problemática.

===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================


----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: CienciaList ; Genismo
Sent: Monday, June 18, 2001 12:47 PM
Subject: [ciencialist] Advocacia eh uma profissao etica?


Qdo o Leo mencionou o caso do enfermeiro Izidoro, que matava
doentes, ser defendido por um advogado que talvez o absolvesse
surgiu-me algumas importantes questoes eticas......

Todos sabemos que quem auxilia um criminoso em seu crime eh cumplice
e eh penalizado por isso, pois nao eh moralmente correto.

Quem ajuda a esconder um criminoso, ou procurado por um crime,
ou auxilia-o a fugir, tambem esta sujeito a penalidades pois tambem nao
eh
moralmante correto.

Agora existem situacoes em que um criminoso eh, nao soh ajudado a
escapar, mas inocentado do crime e fica livre para sempre.

Quem auxiliou este criminoso a fugir ( advogado ) e se tornar
*oficialmente*
inocente esta agindo corretamente ? Esta pessoa ( advogado ) nao deveria
estar
sujeito a penalidades uma vez que *saiba* que seu cliente eh, na
verdade,
um criminoso?

Nao deveria este advogado ser submetido a um interrogatorio e dizer,
sob juramento, se acredita ou sabe q seu cliente eh culpado ou
inocente ?

Acredito que estes advogados podem praticar o mal impunemente e para
evitar
isso a legislacao penal deveria ser alterada para impedir esta pratica
imoral.

[]s
jocax
PS: Acho q advogados que saibam que seus clientes sao culpados e, mesmo
assim, os defendem por dinheiro, deveriam ser penalizados do mesmo modo
que o sao aqueles auxiliam estes criminosos a escaparem.
PS2: Como bom megalomaniaco que sou , quem sabe este mail nao se torne
o estopim para uma mudanca de paradigma na legislacao advocaticia?

============================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 15:48

Olá lista,

> Quem auxiliou este criminoso a fugir ( advogado ) e se tornar
> *oficialmente* inocente esta agindo corretamente ? Esta pessoa
> ( advogado ) nao deveria estar sujeito a penalidades uma vez que
> *saiba* que seu cliente eh, na verdade, um criminoso?

Na minha opinião, a justiça deveria proceder desta maneira: advogados
defendem apenas clientes que se declarem inocentes. Um cliente que se
declare culpado, mesmo que apenas para seu advogado, é culpado e pronto. Sem
julgamento, ele deve receber a pena cabível. A justiça ficaria um pouco mais
resumida: apenas casos duvidosos seriam julgados.

Nem é preciso dizer que MUITAS pessoas quererão mentir para seus advogados.
Claro. Mas essa necessidade, e este estilo de procedência pode fazer om que
as pessoas tenham uma definição mais correta de justiça: muitos criminosos
pensam que eles podem fazer o que quiser, contando que seus bons advogados
os livrem de seus penas. "Ilegalizado" a defesa de criminosos culpados, as
pessoas perceberão com mais clareza que a justiça só julga pessoas que se
julgam inocentes.

Claro que este quadro não resolve o problema, mas acredito que é melhor do
que o que está atualmente.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 15:48

Celso Galli Coimbra wrote:

> Essa profissão não tem esse "alvará".
> Dizer isso é um equívoco.

Algum advogado ja foi presopor defender e inocentar um criminoso?
Nao existe pena para esta pratica oficializada.

O q estou propondo eh mudar o sistema.
[]s
jocax

>
> ===
> É importante entender que essa profissão
> está inserida e é parte indispensável
> do Sistema Jurídico de cada país.
> ===
> A questão está no sistema ...
> ===
> A generalização da pergunta é desastrosa,
> e oportuniza problemas GRAVES que
> existem no sistema judicial serem mantidos.
> ===
> Imagine se ela fosse transformada
> para "A defesa é uma atividade ética" ?
> ===
> Se a defesa lato sensu não existisse historicamente,
> não existiria sociedade.
> ===
>
> []'S
>
> Celso Galli Coimbra
> ================
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos
> To: ciencialist@yahoogroups.com
> Sent: Monday, June 18, 2001 2:45 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
>
> --- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> > Quem precisa perguntar se
> > a advocacia é uma profissão ética,
>
> Uma profissao que tem o "alvara" para soltar um criminoso
> sem que nenhuma responsabilidade incida sobre este ato
> imoral eh uma profissao sem etica.
> ==
> Isso nao quer dizer q todos os advogados sejam sem etica,
> mas a profissao carece de legislacao q a torne mais etica.
> ===
> E eu estou propondu uma mudanca de leigislacao que torna a
> profissao essencialmente etica.
> ==
> EU ja dei a base onde demonstro meu ponto de vista
> provando que, atualmente, ajudar a soltar criminosos eh legal.
> ==
> Entao esta demonstrado que a profissao precisa ser
> melhor regulamentada para q seja considerada etica.
> ==
> Ateh q alguem me mostre q eu esteja errado eu considero
> meus argumentos justos.
> ===
> []s
> jocax
>
> > está fazendo uma pergunta sem ética,
> > depois está fazendo uma pergunta piegas,
> > depois está fazendo uma pergunta sem
> > demonstração de conhecimento,
> > depois está fazendo uma pergunta sem
> > o mínimo de inteligência.
> >
> > ===
> >
> > []'s
> >
> > Celso Galli Coimbra
> > ================
> >
> >
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 15:48



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
> > O advogado deve defender uma pessoa mesmo sabendo que o tal é culpado. Neste
> > caso o advogado não deveria tentar provar que o dito cujo é inocente, mas
> > atuar como fiscal e evitar que excessos sejam cometidos contra seu cliente,
> > fazendo de tudo para que o processo corra conforme manda a lei.
> >
>
> NAO DEVERIA TENTAR
> Mas existe alguma punicao caso TENTE?
> Nao creio q exista e isto torna a profissao essencialmente anti-etica.

A questão é que ele deveria tentar provar que ele é inocente
mesmo sabendo que ele é culpado. Advogado não é juiz e ninguém
deve ser julgado pelo próprio advogado.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa eh uma pergunta etica ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 15:49

Não é assim que
se pode fazer justiça,
tenha certeza.

===

Você não conhece o funcionamento
do Poder Judiciário.

===

Já parou para pensar no que
significa a expressão justiça ?

===

Defina Justiça.

===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Monday, June 18, 2001 3:38 PM
Subject: Re: [ciencialist] Advocacia eh uma profissao etica?


João Mário Miranda wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Nao deveria este advogado ser submetido a um interrogatorio e dizer,
> > sob juramento, se acredita ou sabe q seu cliente eh culpado ou
> > inocente ?
>
> Isso violaria uma das regras mais sábia e mais inteligentes que
> alguma vez se fez: o sigilo profissional. Médicos, advogados,
> padres, psicologos e outros são obrigados a manter sigilo
> profissional. Disso depende a credibilidade da profissão.

Mas esta regra deveria ser ABOLIDA no caso de HOMICIDAS perigosos
estupradores e traficantes, vc nao acha?


>
>
> Por outro lado, ninguém pode ser obrigado a incriminar-se a si
> próprio.

Ninguem esta se incriminando. Se de ANTEMAO o advogado souber que
sera inquirido de seus atos ele agira ETICAMENTE.
Pelo menos havera uma pressao para q ele haja corretamente.



> Outra regra sábia que tem por objectivo impedir a justiça
> com base em confissões obtidas sob tortura ou ameaça. Por isso,
> o que o réu conta ao seu advogado não pode ser transmitido ao
> tribunal.
>

Nao estou falando em torttura estou colocando q a pprofissao deve
ser regulamendata no sentido etico e TODOS saberao de ANTEMAO que o advogado podera querer a
pena JUSTA e nao a absolvicao a qqr preco.


>
> Você esquece-se que um tribunal é um local de confronto entre
> a acusação e a defesa. A defesa tem por missão defender o réu,
> não tem por missão fazer justiça.

Que se mude isso e que a justica seja feita !




> A defesa é ética quando o
> advogado faz tudo o que tem ao seu alcance para inocentar o réu.

Isso *nao eh correto* e deveria ser mudado.
Sendo assim a profissao NAO EH ETICA.


>
> Não é ética quando trai os interesses do réu. À acusação cabe
> a missão de incriminar o réu, mesmo que ele seja inocente. A
> acusação não é ética quando não ataca o réu como devia. As únicas
> pessoas que têm de ser éticas no sentido tradicional é o juiz,
> os jurados e as testemunhas. E o juiz e os jurados é que têm por
> missão fazer justiça.
>

Isso deveria ser mudado no meu entender.


>
> Que os jogos comecem e que cada um cumpra o seu dever ...
>

A justica nao deveria ser um jogo.

[]s
jocax


=================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Mil coisas
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 15:50

> -----Mensagem original-----
> De: Alberto Mesquita Filho [mailto:albmesq@uol.com.br]

> Sem dúvida. E justamente por isso tome muito cuidado. Não sei
> se vocês já se deram conta mas a nossa Constituição foi escrita
> por advogados e para advogados. Duvida? Então leia com atenção
> os artigos 93 (inciso I), 103 (inciso VII) e 129 (parágrafo 3.o).
> Todos eles dão amplos poderes à OAB, uma entidade que, ou muito
> me engano, ou sequer está definida na Constituição. Ora, se uma
> entidade, que NÃO ESTÁ DEFINIDA na Constituição,
> tem tantos poderes, isto significa tão somente uma coisa:
> Nossa Carta Magna (ou primeira) não é a Constituição e sim o
> Estatuto da OAB. Isto é Brasil!!! Até o Presidente da República
> e o Congresso estão definidos na Constituição. Que eu saiba,
> nenhuma outra associação de classe tem "privilégio" semelhante
> à OAB e/ou está acima da Carta quase-Magna.

Pô! Dá um tempo. Tá parecendo mais uma dessas teorias
conspiratórias. Hê-hê-hê!

A OAB não tá com essa bola toda não. Também não quero defendê-la
incondicionalmente, mas admitam, é a entidade de classe mais bem
organizada que existe. E tem que ser mesmo, afinal, quase tive
um treco quando paguei a anuidade... e deve fazer juz ao meu rico
dinheirinho.

******

E não me venham com o argumento do corporativismo, pois todas as
entidades de classe têm o rabo preso.

Abraços,

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 15:55



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:


> > Isso violaria uma das regras mais sábia e mais inteligentes que
> > alguma vez se fez: o sigilo profissional. Médicos, advogados,
> > padres, psicologos e outros são obrigados a manter sigilo
> > profissional. Disso depende a credibilidade da profissão.
>
> Mas esta regra deveria ser ABOLIDA no caso de HOMICIDAS perigosos
> estupradores e traficantes, vc nao acha?

Toda a gente é inocente até prova em contrário. A confissão deve
ser ignorada como prova. Não acho.

>
> > Outra regra sábia que tem por objectivo impedir a justiça
> > com base em confissões obtidas sob tortura ou ameaça. Por isso,
> > o que o réu conta ao seu advogado não pode ser transmitido ao
> > tribunal.
> >
>
> Nao estou falando em torttura estou colocando q a pprofissao deve
> ser regulamendata no sentido etico e TODOS saberao de ANTEMAO que o advogado podera querer a
> pena JUSTA e nao a absolvicao a qqr preco.

O advogado não sabe qual é a pena justa. O advogado sabe qual é
a pena que melhor interessa ao seu cliente. Isso da pena justa é
problema do juiz.


> > Você esquece-se que um tribunal é um local de confronto entre
> > a acusação e a defesa. A defesa tem por missão defender o réu,
> > não tem por missão fazer justiça.
>
> Que se mude isso e que a justica seja feita !

O sistema judicial serve para fazer justiça. A defesa serve para
defender.


> >
> > Que os jogos comecem e que cada um cumpra o seu dever ...
> >
>
> A justica nao deveria ser um jogo.

A justiça é um jogo porque a melhor forma de se fazer justiça
é através do confronto contraditório entre as partes.

O que você propõe é um absurdo.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 15:57



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Nao se os advogados nao distorcessem artificialmente os fatos em favor de seus
> clientes.
> Se todos agissem no sentido de mostrar a *verdade*


Se isso acontecesse não seriam necessários julgamentos.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: 21/hora
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 16:03

>

Poxa! 42 mensagens entre 12:00 e 14:00, so lendo por amostragem....

Eduardo..






SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 16:05

> De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]
>
> "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
> > O advogado deve defender uma pessoa mesmo sabendo que o tal
> é culpado. Neste
> > caso o advogado não deveria tentar provar que o dito cujo é
> inocente, mas
> > atuar como fiscal e evitar que excessos sejam cometidos
> contra seu cliente,
> > fazendo de tudo para que o processo corra conforme manda a lei.
> >
>
> NAO DEVERIA TENTAR
> Mas existe alguma punicao caso TENTE?
> Nao creio q exista e isto torna a profissao essencialmente anti-etica.

"Essencialmente anti-ética"?? Acho um exagero de sua parte...

Eu, se soubesse que meu cliente é realmente culpado do crime,
não poderia, por determinação legal, prejudicá-lo. Posso, e devo,
por uma questão de foro íntimo, renunciar à demanda sem ser
obrigado a dar satisfação a quem quer que seja. Mas esta é
a minha posição pessoal: é uma ética que não se aprende em
faculdade, vem do berço.

> > Se um inquérito é preparado conforme manda o livrinho nem o
> advogado do
> > O.J.Simpson livra a cara do bandido!
> >
>
> MAS LIVROU NAO LIVROU?
> Ou sem um bom advogado ele se livraria ?

O caso O.J.Simpson é o que chamamos nos bastidores judiciários de
decisão política. Se ele fosse condenado à morte é bem provável
que a comunidade negra queimasse a cidade de Los Angeles
até os alicerces. Cá entre nós, foi relativamente fácil
defendê-lo. Cometeu-se uma injustiça em nome de um iminente
risco de ordem pública.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa eh uma pergunta etica ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 16:06

Hans Kelsen
era positivista,
para ele fonte do direito seria apenas a legislação
escrita. Não é assim.

===

A moral é um fenômeno cultural,
não é apenas um fato individual,
está essencialmente ligada a uma
comunidade e a um momento
histórico.

===

A moral e a ética ( lato sensu )
vão além do direito,
mas dele não deve estar excluída.

===

O Direito, a moral e a ética
têm como imperativos
a AMPLA DEFESA
(lei, mora e ética juntos)

===

Qual a moral ou o direito de uma pessoa
só numa ilha ?
(Já começa que não teria ninguém
para declarar falsamente sua morte
encefálica e transferir seus órgãos
para outros ... )
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================


----- Original Message -----
From: Peterson Leal
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Friday, June 15, 2001 4:11 AM
Subject: [ciencialist] Advocacia eh uma profissao etica?


Grande Jocax!
Saudações.

>> Todos sabemos que quem auxilia um criminoso
>> em seu crime eh cumplice e eh penalizado por isso,
>> pois nao eh moralmente correto.

A Lei não pune por algo ser moral ou imoral, e sim por ser um fato típico (previsto) e antijurídico. O entendimento mais claro atualmente é que a moral está dentro do Direito, mas este a transcede nos termos que disciplina atos não necessariamente ligados este acampo (Teoria dos Círculos Concêntricos de Hans Kelsen). Às vezes o Direito é apenas instrumental, além do fato que nem sempre as regras de conduta social são unilaterais. A moral é unilateral, tem apenas uma expectativa interna de cumprimento. O que é moral para um não é necessariamente para outro. Além disso não existe moral absoluta, apenas relativa. Existe uma *crença* na chamada "moral natural", mas trata-se apenas de uma suposição filosófica. É preciso estar atento à diferença entre ética e moral.


>> Quem ajuda a esconder um criminoso, ou procurado
>> por um crime, ou auxilia-o a fugir, tambem esta sujeito
>> a penalidades pois tambem nao eh moralmante correto.

A menos que a Sociedade tenha investido essa pessoa de uma exclusão especial. Além do advogado, a mãe, pai ou filho tem o direito de auxiliar a fugir o ascendente/descendente direto. Pode-se acreditar que isso é imoral, mas se o Direito fosse tutelar tudo o que todos acham "moral" seria ainda mais ineficiente como instrumento de controle social. Não poderia deixar de ser auto-contraditório.


>> Quem auxiliou este criminoso a fugir ( advogado ) e se
>> tornar *oficialmente* inocente esta agindo corretamente?
>> Esta pessoa ( advogado ) nao deveria estar sujeito a
>> penalidades uma vez que *saiba* que seu cliente eh, na
>> verdade, um criminoso?

O advogado não vai defender "o criminoso", embora na prática possa parecer isso. Ele defende os *direitos* do criminoso. Além disso, ele mostra apenas uma das faces da moeda (o lado do réu), e é obrigado a tornar conhecidas todas as suas provas para que a *acusação* possa se antecipar. Por fim, quem vai julgar não é ele, nem a acusação, mas 11 pessoas que representam a sociedade, orientadas por um juiz. Se não existisse advogado para proteger os direitos do criminoso e apresentar sua versão dos fatos, nào haveria justiça, pois apenas "saber" que alguém é criminoso não é o suficiente para cumprir uma pena. Quantas vezes um promotor capitula erroneamente o crime do réu, modificando o crime cometido e, por conseguinte, o tempo da pena? E se eu sei que meu cliente apenas matou, mas o promotor diz que ele matou e estuprou? E se, ainda por cima, ele matou em legítima defesa? E se ele apenas feriu, e depois alguém matou, mas os fatos aparentemente indicam que foi ele quem matou?

E se alguém entra em sua casa, para roubar, você atira e mata o ladrão, depois o promotor te acusa de homicídio *doloso* (isso acontece muitas vezes!), como fica sua situação sem um advogado? Realmente você matou, mas será que as circunstâncias do crime não devem ser consideradas? Ou você deve levar um 121, caput (homicídio doloso)?

Às vezes há tantas peculiaridades envolvidas, tantos pormenores, que se o advogado não tiver o direito ao sigilo profissional a coisa seria impossível. Isso já foi tentado, mas a história mostra fracassos colossais e caos social devido à falta da chamada segurança jurídica. Era o chamado Sistema Penal Inquisitivo.


>> Acredito que estes advogados podem praticar o mal
>> impunemente e para evitar isso a legislacao penal
>> deveria ser alterada para impedir esta pratica imoral.

Nunca foi esse o problema da consecução da justiça. O mal começa lá no chamado BO ou IP (Inquérito Policial). Um inquérito policial mal feito já prejudica muito a apuração dos fatos reais. Há o problema das testemunhas, ameaças, o sistema prisional então é uma das piores coisas que existem.

Temos uma Constituição Federal que é tão violada que tornou-se mero pedaço de papel decorativo. Não existe *a menor autoridade moral* social, política ou judiciária para reprimir um crime que ela nunca ajudou a impedir as causas. Esses impedimentos estão assegurados como "direitos" que nunca foram cumpridos.

A repressão sem o combate às causas vai apenas levar a violência a explodir mais e mais. Por fim, decisões precipitadas por vias não democráticas já seriam a denúncia do fracasso completo da sociedade.

Não precisamos de mais leis ou de novamente modificá-las. Precisamos é que elas sejam cumpridas. Apenas isso.

Abraços.

Peterson Leal.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mil coisas
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 16:09


Olá Léo,

> Como o Sr. Coimbra bem o sabe cultivo um saudável
> preconceito contra a advocacia a qual sempre julguei uma
> profissão parasítica (se todos tivessem Educação tal profissão
> não existiria),

O conceito de educação teria que ser algo que emglobasse a engenharia
genética para modificar o DNA de uma pessoa...

Independente de instituições e qualidade de ensino, a pessoa determinará
fortemente os seus atos do futuro. Acredito que é bastante natural criar uma
organização de terceiros para mediar conflitos.

> pseudo-científica

Só por ser pseudo-científico não significa que seja ruim, certo?

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa eh uma pergunta etica ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 16:13

O causídico sabe
o que é _"LITIGÂNCIA de boa fé'_ ?

===

MESMO com LITIGÂNCIA de boa fé,
_ o que é a regra_,
os julgamentos seriam INDISPENSÁVEIS.

===

( apreciaria uma explicação sobre o
que vem a ser "distorção artificial" ... )
===


[]'s

Celso Galli Coimbra

====================
From: João Mário Miranda
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Monday, June 18, 2001 3:57 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?




Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Nao se os advogados nao distorcessem artificialmente os fatos em favor de seus
> clientes.
> Se todos agissem no sentido de mostrar a *verdade*


Se isso acontecesse não seriam necessários julgamentos.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 16:14

> De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]

> Celso Galli Coimbra wrote:
>
> > Essa profissão não tem esse "alvará".
> > Dizer isso é um equívoco.
>
> Algum advogado ja foi presopor defender e inocentar um criminoso?
> Nao existe pena para esta pratica oficializada.

Existe sim. Tá no estatuto da OAB. E, salvo as suspeitas de
corporativismo, advogados já perderam a carteira da ordem por
violar sigilo profissional.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 16:17


> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
> >
> > > O advogado deve defender uma pessoa mesmo sabendo que o
> tal é culpado. Neste
> > > caso o advogado não deveria tentar provar que o dito cujo
> é inocente, mas
> > > atuar como fiscal e evitar que excessos sejam cometidos
> contra seu cliente,
> > > fazendo de tudo para que o processo corra conforme manda a lei.
> > >
> >
> > NAO DEVERIA TENTAR
> > Mas existe alguma punicao caso TENTE?
> > Nao creio q exista e isto torna a profissao essencialmente
> anti-etica.
>
> A questão é que ele deveria tentar provar que ele é inocente
> mesmo sabendo que ele é culpado. Advogado não é juiz e ninguém
> deve ser julgado pelo próprio advogado.
>

Bem lembrado, João!

Jocax, vc iria achar bonito que seu advogado julgasse certa
ou errada sua pretensão a um direito qualquer? É dever dele
defendê-lo, uma vez que ele aceitou o seu caso.

Certo?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 16:27

João Mário Miranda wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Nao se os advogados nao distorcessem artificialmente os fatos em favor de seus
> > clientes.
> > Se todos agissem no sentido de mostrar a *verdade*
>
> Se isso acontecesse não seriam necessários julgamentos.

Os julgamentos poderiam ser foruns onde a verdade seria buscada.
E nao cada um querendo ganhar a disputa como num jogo infantil.

De qqr modo,
sempre que haverao clientes (ou o estado ) pagando para serem defendidos
e haverao advogados dispostos a defende-los.

Acontece q esta defesa nao pode ficar IMPUNE qdo se sabe da
culpabilidade do reu ou seja : Deveria haver LIMITES para a defesa.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 16:29

Realmente,

é algo para lá de "Superinteressante"
como está sendo comentado, com
pretensões mais "Superinteressantes"
ainda, fatos e realidades desconhecidos
dos comentaristas em sua maioria.
Em que pese de fácil conhecimento.

===

Quem já leu os Estatutos dos Advogados ( lei federal ) ?
O Código de Ética dos Advogados ( idem ) ?

===

Quem já leu a Constituição Federal
( leitura obrigatória para todos ) ?

===

Quem já leu o Código do Consumidor
( leitura obrigatória para todos ) ?

===

Quem já leu o Estatuto da Magistratura ?

===

Quem já leu o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União e
de seus Estados ?

===

Quem lê contratos antes de assinar ?

===

[]'s

Celso Galli Coimbra
==============


----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
To: 'ciencialist@yahoogroups.com'
Sent: Monday, June 18, 2001 4:14 PM
Subject: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?


> De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]

> Celso Galli Coimbra wrote:
>
> > Essa profissão não tem esse "alvará".
> > Dizer isso é um equívoco.
>
> Algum advogado ja foi presopor defender e inocentar um criminoso?
> Nao existe pena para esta pratica oficializada.

Existe sim. Tá no estatuto da OAB. E, salvo as suspeitas de
corporativismo, advogados já perderam a carteira da ordem por
violar sigilo profissional.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]

==============================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mil coisas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 16:30

----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, June 18, 2001 3:50 PM
Subject: RES: [ciencialist] Mil coisas

> -----Mensagem original-----
> De: Alberto Mesquita Filho
> > Nossa Carta Magna (ou primeira) não é a Constituição e sim o
> > Estatuto da OAB. Isto é Brasil!!! Até o Presidente da República
> > e o Congresso estão definidos na Constituição. Que eu saiba,
> > nenhuma outra associação de classe tem "privilégio" semelhante
> > à OAB e/ou está acima da Carta quase-Magna.
> Pô! Dá um tempo. Tá parecendo mais uma dessas teorias
> conspiratórias. Hê-hê-hê!

Não custa nada botar lenha na fogueira, não é verdade? :-)) Como médico,
adoro ver o CFM na berlinda. Noto, no entanto, que os advogados postam-se
como capachos da OAB e vivem defendendo a entidade que zela por seus
privilégios, nem sempre constitucionais e/ou éticos. Sem dúvida, ela deve
ter um corporativismo bastante organizado e a superproteger bastante aqueles
que pagam sua taxa que, pelo que lê-se abaixo, deve ser considerável. Não
obstante, pago em dia meus impostos de renda e tenho minhas razões para não
tolerar os OABsurdos.

O questionamento, que expus na msg anterior, já fiz para centenas de
advogados e todos viraram-me as costas. Você não me virou as costas mas fez
que não entendeu. Tudo bem, você está no seu direito, assim como estou no
meu de continuar estranhando os OABusos constitucionais bem como os
OABsurdos a privilegiarem uma classe em detrimento de outras. Se trata-se ou
não de uma teoria conspiratória, lembro que toda teoria fundamentada
na lógica merece uma crítica, também fundamentada na lógica. E se os
fundamentos estiverem "furados", que se apontem os "furos". O tempo do AI-5
já passou.

> A OAB não tá com essa bola toda não. Também não quero defendê-la
> incondicionalmente, mas admitam, é a entidade de classe mais bem
> organizada que existe. E tem que ser mesmo, afinal, quase tive
> um treco quando paguei a anuidade... e deve fazer juz ao meu rico
> dinheirinho.
> E não me venham com o argumento do corporativismo, pois todas as
> entidades de classe têm o rabo preso.

Alguém já disse: "Um erro não justifica outro". Sou capaz de apostar que foi
um advogado. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 16:33

Celso Galli Coimbra wrote:

> A analogia está errada
> quando fala em ajudar
> um criminoso.
>

Nao esta nao, o advogado , *qdo sabe q seu cliente eh culpado*
estaria sendo pago para agir anti-eticamente.
Ajudando-o POR DINHEIRO.
Pois sem o dinheiro ela nao ajudaria um criminoso.

>
> ===
>
> Ele está cumprindo uma obrigação
> decorrente do pacto social existente,
> que está erigido na Constituição Federal.
>

Este pacto eh q estamos discutindo. E ele obviamente pode ser
mudado. A escravatura nao foi mudada?


>
> ===
>
> Essa analogia somente
> poderia ser feita no caso
> em que o criminoso procura
> um advogado ANTES, por
> exemplo, de "matar alguém"
> para saber como "matar bem",
> e já fazê-lo sob situações,
> condições, circunstâncias
> que facilitem a sua absolvição.
>

Eu estou me referindo que no decorrer do processo o cliente poderia
CONFESSAR o crime ou o advogado vir a descobri-lo por conta
propria.

[]s
jocax





SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa eh uma pergunta etica ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 16:35

Também deveria haver limites para
a acusação ?

===

O missivista já foi informado que advogados
tanto acusam quanto defendem ?

===

Pois bem, informe-se que há limites para a
defesa e para a acusação.

===

Os limites da litigância de boa fé ( lei ).

===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Monday, June 18, 2001 4:27 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?


João Mário Miranda wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Nao se os advogados nao distorcessem artificialmente os fatos em favor de seus
> > clientes.
> > Se todos agissem no sentido de mostrar a *verdade*
>
> Se isso acontecesse não seriam necessários julgamentos.

Os julgamentos poderiam ser foruns onde a verdade seria buscada.
E nao cada um querendo ganhar a disputa como num jogo infantil.

De qqr modo,
sempre que haverao clientes (ou o estado ) pagando para serem defendidos
e haverao advogados dispostos a defende-los.

Acontece q esta defesa nao pode ficar IMPUNE qdo se sabe da
culpabilidade do reu ou seja : Deveria haver LIMITES para a defesa.

[]s
jocax

====================================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 16:36

João Mário Miranda wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
> >
> > > O advogado deve defender uma pessoa mesmo sabendo que o tal é culpado. Neste
> > > caso o advogado não deveria tentar provar que o dito cujo é inocente, mas
> > > atuar como fiscal e evitar que excessos sejam cometidos contra seu cliente,
> > > fazendo de tudo para que o processo corra conforme manda a lei.
> > >
> >
> > NAO DEVERIA TENTAR
> > Mas existe alguma punicao caso TENTE?
> > Nao creio q exista e isto torna a profissao essencialmente anti-etica.
>
> A questão é que ele deveria tentar provar que ele é inocente
> mesmo sabendo que ele é culpado. Advogado não é juiz e ninguém
> deve ser julgado pelo próprio advogado.
>

Eu acho q NAO deveria tentar provar a inocencia qdo se sabe que nao eh.
Acho anti-etico POREM LEGAL.
Poderia ser anti-etico e Ilegal.
E nao seria o advogado que iria julga-lo ao advogado caberia
*dizer a verdade*. E nao mentir para ganhar a causa.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 16:36




""""""""Realmente,

é algo para lá de "Superinteressante"
como está sendo comentado, com
pretensões mais "Superinteressantes"
ainda, fatos e realidades desconhecidos
dos comentaristas em sua maioria.
Em que pese de fácil conhecimento.


Quem já leu os Estatutos dos Advogados ( lei federal ) ?
O Código de Ética dos Advogados ( idem ) ?

===

Quem já leu a Constituição Federal
( leitura obrigatória para todos ) ?""""""""


Vou ser bonzinho com vc antes que comecem a te bombardear.

Isso aqui não é uma crença baseada no que foi escrito por alguém!!

Isso aqui é uma argumentação, sabe o que é isso??? Não esta limitada aos
códigos, portarias ou outras regulações.

Atente para esse fato. Alguns, acertada ou erroneamente, estão sugerindo a
alteração do sistema, e não a alteração de um procedimento jurídico apenas.

Para discutir cientificamente tem que se livrar desses quase DOGMAS que
carrega quando argumenta.

SDS,

ASM




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa eh uma pergunta etica ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 16:40

Celso Galli Coimbra wrote:

> Não é assim que
> se pode fazer justiça,
> tenha certeza.
>

De certezas e boas intencoes o inferno esta cheio :-)
Eu acho q se pode fazer mais justica desta maneira sim.


>
> ===
>
> Você não conhece o funcionamento
> do Poder Judiciário.
>

De fato, mas o q eu falei eh verdadeiro nao?
Algum advogado ja foi preso por soltar um homicida?

>
> ===
>
> Já parou para pensar no que
> significa a expressão justiça ?

Vc acha justo soltar um criminoso por incompetencia da promotoria ou
a elevada competencia de um advogado?

>
>
> ===
>
> Defina Justiça.

Do michaellis:
justiça
s. f. 1. Virtude que consiste em dar ou deixar a cada um o que por direito lhe pertence. 2.
Conformidade com o direito. 3. Direito, razão fundada nas leis. 4. Jurisdição, alçada. 5.
Tribunais, magistrados e todas as pessoas encarregadas de aplicar as leis. 6. Autoridade
judicial. 7. Rel. Estado de graça; retidão da alma que a graça vivifica; inocência primitiva,
antes do pecado do primeiro homem.





SUBJECT: Corpos que demoram a se decompor
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 16:43

Já ouvi falar sobre o assunto. Inclusive um fato semelhante aconteceu com meu pai. Seu corpo ficou quase intacto alguns anos depois de sua morte. Eis a dúvida de um amigo:

>> Há possibilidade de um defunto permanecer intacto
>> por muitos anos? A Igreja Católica divulga a existência
>> de "santos" falecidos, que,embora passados muitos
>> anos, seus corpos não sofreram deterioração.
>> Qual a explicação científica?

Mas como não tenho detalhes sobre a explicação, estou aguardando quem puder responder.

Agradeço desde já

Abraços.

Peterson Leal.



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 16:45

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@=
u...> wrote:
> > De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@u...]
> > Algum advogado ja foi presopor defender e inocentar um criminoso?
> > Nao existe pena para esta pratica oficializada.
>
> Existe sim. Tá no estatuto da OAB. E, salvo as suspeitas de
> corporativismo, advogados já perderam a carteira da ordem por
> violar sigilo profissional.

Codigo de Etica da OAB:

Titulo 1
Cap 1.
art 6o: E' defeso ao advogado expor os fatos em Juizo falseando
deliberadamente a verdade ou estribando-se na ma'-fe'.

----
Acho q. se traduz assim:
O advogado nao pode mentir de proposito durante um processo.
----

Cap 2.
art. 20: O advogado deve abster-se de patrocinar causa contraria 'a etica,
'a moral ou 'a validade de ato juridico em que tenha colaborado,
orientado ou conhecido em consulta; da mesma forma, deve declinar seu
impedimento etico quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta
lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer.

----
Esta redacao eh mais nebulosa. Deixe-me ver se me saio bem: O advogado nao
pode defender alguem q. lhe revele ter cometido algo ilegal, mas tbm nao
pode acusar essa pessoa...
----

Se se constar q. o advogado violou o codigo de etica, a associacao pode
punir com advertencia, suspensao ou exclusao...

Alias, olha q. coisa interessante eu achei:

Cap 3
Art 33: O advogado deve abster-se de:
II - debater, em qualquer veiculo de divulgacao, causa sob seu patrocinio
ou patrocinio de colega;

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 16:45

> De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]

> Deveria haver LIMITES para a defesa.

Existe: a Lei.

O mesmo vale para os limites da acusação.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pe rgunta eh etica ?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 16:53



> -----Mensagem original-----
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]
> Enviada em: Segunda-feira, 18 de Junho de 2001 08:33
> Para: ciencialist@yahoogroups.com
> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa
> pergunta eh etica ?
>
>
> Celso Galli Coimbra wrote:
>
> > A analogia está errada
> > quando fala em ajudar
> > um criminoso.
> >
>
> Nao esta nao, o advogado , *qdo sabe q seu cliente eh culpado*
> estaria sendo pago para agir anti-eticamente.
> Ajudando-o POR DINHEIRO.
> Pois sem o dinheiro ela nao ajudaria um criminoso.

Jocax, você é um romântico patológico... hê-hê-hê-hê (pois do contrário
eu acharia que vc é ingênuo ou hipócrita.)

É óbvio que é por dinheiro.

Sem dinheiro, meu camarada, não se dá ajuda nem a
inocente. Nem você, nem eu, ninguém faz isso.

Ou alguém dá lista tem vocação pra mártir abnegado.

Se tem, tiro o chapéu e mordo a língua.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa eh uma pergunta etica ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 16:55

Celso Galli Coimbra wrote:

> O causídico sabe
> o que é _"LITIGÂNCIA de boa fé'_ ?
>

Nao conheco o tal causidico , ele estava por aqui?
De qqr modo se for de MA FEH aconteceria alguma coisa
ao advogado? NADA

>
> ===
>
> MESMO com LITIGÂNCIA de boa fé,
> _ o que é a regra_,
> os julgamentos seriam INDISPENSÁVEIS.
>

Eu nao estou querendo acabar com os julgamentos e sim
com a impunidade dos advogados.

>
> ===
>
> ( apreciaria uma explicação sobre o
> que vem a ser "distorção artificial" ... )

Tudo q eh dito com o objetivo de iludir o juri para
absolver um reu que na verdade eh sabidamente culpado.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa eh uma pergunta etica ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 17:03



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Tudo q eh dito com o objetivo de iludir o juri para
> absolver um reu que na verdade eh sabidamente culpado.

O papel do juri é não se deixar iludir.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 17:06

"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

> > De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]
>
> > Celso Galli Coimbra wrote:
> >
> > > Essa profissão não tem esse "alvará".
> > > Dizer isso é um equívoco.
> >
> > Algum advogado ja foi presopor defender e inocentar um criminoso?
> > Nao existe pena para esta pratica oficializada.
>
> Existe sim. Tá no estatuto da OAB. E, salvo as suspeitas de
> corporativismo, advogados já perderam a carteira da ordem por
> violar sigilo profissional.
>

Violar o sigilo nao eh bem o q eu tinha em mente.

Minha pergunta eh :
Algum advogado ja foi preso por libertar um criminoso
sabendo que este era culpado?

[]s
jocax



SUBJECT: A Ciencialist vai entrar em 'stand by'
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 17:09

A ciencialist estah entrando TEMPORARIAMENTE em 'stand by' para que
todos consigam ler as inumeras mensagens que circularam hoje
(18/06).


Mais tarde eu libero novamente.


Desculpe pela intromissao.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.



SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 17:10

"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

> > Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > >
> > > "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
> > >
> > > > O advogado deve defender uma pessoa mesmo sabendo que o
> > tal é culpado. Neste
> > > > caso o advogado não deveria tentar provar que o dito cujo
> > é inocente, mas
> > > > atuar como fiscal e evitar que excessos sejam cometidos
> > contra seu cliente,
> > > > fazendo de tudo para que o processo corra conforme manda a lei.
> > > >
> > >
> > > NAO DEVERIA TENTAR
> > > Mas existe alguma punicao caso TENTE?
> > > Nao creio q exista e isto torna a profissao essencialmente
> > anti-etica.
> >
> > A questão é que ele deveria tentar provar que ele é inocente
> > mesmo sabendo que ele é culpado. Advogado não é juiz e ninguém
> > deve ser julgado pelo próprio advogado.
> >
>
> Bem lembrado, João!
>
> Jocax, vc iria achar bonito que seu advogado julgasse certa
> ou errada sua pretensão a um direito qualquer? É dever dele
> defendê-lo, uma vez que ele aceitou o seu caso.
>

Mas a defesa deveria TER LIMITES eh isso q estou propondo.
Ele deve defender ateh no limte que esta defesa esbarre am alguma
norma etica. Por exemplo
Eh etico vc absolver um Homicida-serial-killer tantando induzir o Juri
de qqr maneira que nao foi o reu que assassinou MESMO sabendo-se
que foi ele?
Se o advogado souber a culpabilidade e absolver o criminoso
deveria ser penalizado por isso.

[]s
jocax



SUBJECT: Hora de parar (Gabriel e os demais que estao explorando o tema generalizante da questao etica )
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 17:14

Hora de parar (Gabriel e os demais que estão
explorando o tema generalizante da questão ética
para TODA uma profissão indiscriminadamente)
=====================================

Sr. Gabriel,

provei sim.
Mas deixei ao alcance do entendimento
de cada um.

===

A pergunta é manifestamente ofensiva e preconceituosa
porque generaliza a falta de ética para toda uma
profissão e seus integrantes. Quando ela ao assim
ser feita DEMONSTRA falta de ética de quem fez.

===

Isso é manifestamente desprovido, no mínimo
de inteligência. Veja que a pergunta demonstra
isso.

===

Preconceito não é compatível com inteligência.

===

Era preciso que eu explicasse isso
para você entender ?

===

Vou explicar outra coisa então:
essa abordagem generalizante e depreciativa de uma classe,
CUJO TRABALHO É CONSIDERADO
DE INTERESSE PÚBLICO na Constituição Federal Brasileira,
diz respeito às atribuições legais da Ordem dos Advogados
do Brasil e do Ministério Público Federal investigar.

===

Criar essa situação é uma atitude inteligente ?

===

Seja um bom entendedor. Levantar suspeitas desse nível e
indiscriminadas não é debater, é MÁ FÉ mesmo.

===

Essa abordagem inconseqüente, e que ela sim não terá
como ser provada, vai ficar registrada em arquivos.

===

Ela transgride legislação federal e é passível de
esclarecimento objetivo.

===

Mais, como Advogado eu tenho obrigação estatutária de não permitir
que a classe profissional a qual pertenço
seja colocada sob suspeitas levianamente.

===

Por uma questão INCLUSIVE amistosa agora
estou alertando que é hora de parar com esse
enfoque inadmissível.

===

Espero que isso seja percebido e
não apareça algum comentário irresponsável para agravar
essa situação desnecessariamente.
Tipo: prove que é hora de parar ....

===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: Gabriel Antunes
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Monday, June 18, 2001 3:36 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?


Olá Celso,

> Quem precisa perguntar se
> a advocacia é uma profissão ética,
> está fazendo uma pergunta sem ética,

Não provou por quê, e isso, acho eu, é importantíssimo em uma afirmação que
se supõe a ser séria (cientificamente).

> depois está fazendo uma pergunta piegas,
> depois está fazendo uma pergunta sem
> demonstração de conhecimento,

Chiii... E estas respostas demonstram algum conhecimento por acaso?

> depois está fazendo uma pergunta sem
> o mínimo de inteligência.

Ih... Lá vem os ataques baixos...

Um grande abraço,

Gabriel Antunes

==========================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Alerta amistoso
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 17:16

O alerta é amistoso.

Mudem o título do assunto
para continuar esse debate.

[]'s

Celso Galli Coimbra


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa eh uma pergunta etica ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 17:19

João Mário Miranda wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Tudo q eh dito com o objetivo de iludir o juri para
> > absolver um reu que na verdade eh sabidamente culpado.
>
> O papel do juri é não se deixar iludir.
>

Ta ,
o papel do colete a prova de balas eh impedir a morte.
Mas isso justificaria vc poder atirar nas pessoas ? :-)

[]s
jocax




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 17:22



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Minha pergunta eh :
> Algum advogado ja foi preso por libertar um criminoso
> sabendo que este era culpado?

Uma pessoa só pode ser declarada culpada depois do julgamento.
Um advogado não pode concluir que uma pessoa é culpada sem
realizar um julgamento. Para isso, antes de aceitar um cliente
o advogado teria que proceder a um julgamente prévio e o cliente
teria que contratar outro advogado que por sua vez exigiria um
julgamento prévio... até ao infinito...

A culpa só pode ser determinada por julgamento. Um julgamento
é única forma aceitavel de estabelecer a culpa ou a enocencia.
Para isso tem que existir um confronto entre a defesa e a
acusação. A defesa só serve a justiça se der o seu melhor.

Por isso a sua pergunta não tem cabimento. Antes do julgamento
ninguém pode saber se o réu é culpado ou inocente.

Os únicos culpados pela libertação de um criminoso é a acusação,
se o juri for imparcial, ou o juri se a acusação for competente.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: Joao -- olhe os limites -- Nao generalize
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 17:23

João,

não force limites.
O alerta é amistoso.

===

Está sendo criada uma situação
com tipificação LEGAL delicada.

===

Não vá adiante em suas generalizações.

===

Como disse, ha uma questão de limites que são
legais, que vc está ignorando e envolvendo outros.

===

Não generalize.

===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================


----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Monday, June 18, 2001 4:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa eh uma pergunta etica ?


Celso Galli Coimbra wrote:

> O causídico sabe
> o que é _"LITIGÂNCIA de boa fé'_ ?
>

Nao conheco o tal causidico , ele estava por aqui?
De qqr modo se for de MA FEH aconteceria alguma coisa
ao advogado? NADA

>
> ===
>
> MESMO com LITIGÂNCIA de boa fé,
> _ o que é a regra_,
> os julgamentos seriam INDISPENSÁVEIS.
>

Eu nao estou querendo acabar com os julgamentos e sim
com a impunidade dos advogados.

>
> ===
>
> ( apreciaria uma explicação sobre o
> que vem a ser "distorção artificial" ... )

Tudo q eh dito com o objetivo de iludir o juri para
absolver um reu que na verdade eh sabidamente culpado.

[]s
jocax





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: En: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 17:27

Oi, João

Qdo vc usa a palavra libertado, vc fala sobre ser preso ou solto,
independente dele ter sido declarado culpado?
Creio uma pessoa que foi condenada a pena de reclusão tenha sido declarado
culpada.
O que quero mesmo dizer, é que se alguém é considerado inocente, mesmo que
ele seja autor de um crime que resultaria em detenção, seria ilógico o
advogado ser considerado culpado.
Como seria então? O "criminoso" é declarado inocente, e um segundo
julgamento se instalaria condenando seu advogado pelo réu haver sido
inocentado? Isso não faz sentido pra mim...

[]s,
Sheila.

From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>


Minha pergunta eh :
Algum advogado ja foi preso por libertar um criminoso
sabendo que este era culpado?

[]s
jocax




SUBJECT: Alexandre Moana -- a ignorancia ce leis nao isenta analfabetos
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 17:34

Eu já alertei.

==
Ignorância de leis
não isenta um analfabeto
de cumpri-las.
==

Vocês estão transgredindo
legislação federal.

===

Guarde a sua bondade para
vc porque pode precisar
dela.

===

Eu certamente a coloco no lixo.




[]'s

Celso Galli Coimbra

=====================
----- Original Message -----
From: Alexandre Sedlacek Moana
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Monday, June 18, 2001 4:36 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?





""""""""Realmente,

é algo para lá de "Superinteressante"
como está sendo comentado, com
pretensões mais "Superinteressantes"
ainda, fatos e realidades desconhecidos
dos comentaristas em sua maioria.
Em que pese de fácil conhecimento.


Quem já leu os Estatutos dos Advogados ( lei federal ) ?
O Código de Ética dos Advogados ( idem ) ?

===

Quem já leu a Constituição Federal
( leitura obrigatória para todos ) ?""""""""


Vou ser bonzinho com vc antes que comecem a te bombardear.

Isso aqui não é uma crença baseada no que foi escrito por alguém!!

Isso aqui é uma argumentação, sabe o que é isso??? Não esta limitada aos
códigos, portarias ou outras regulações.

Atente para esse fato. Alguns, acertada ou erroneamente, estão sugerindo a
alteração do sistema, e não a alteração de um procedimento jurídico apenas.

Para discutir cientificamente tem que se livrar desses quase DOGMAS que
carrega quando argumenta.

SDS,

ASM



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: RES: [ciencialist] Mil coisas
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 17:35

> -----Mensagem original-----
> De: Alberto Mesquita Filho [mailto:albmesq@uol.com.br]

> > > Nossa Carta Magna (ou primeira) não é a Constituição e sim o
> > > Estatuto da OAB. Isto é Brasil!!! Até o Presidente da República
> > > e o Congresso estão definidos na Constituição. Que eu saiba,
> > > nenhuma outra associação de classe tem "privilégio" semelhante
> > > à OAB e/ou está acima da Carta quase-Magna.

Em tempo: Não cabe à CF definir estatutos disso ou daquilo. Aliás,
tem muita coisa na CF que deveria ser tratada apenas por lei ordinária.

> Não custa nada botar lenha na fogueira, não é verdade? :-))
> Como médico,
> adoro ver o CFM na berlinda. Noto, no entanto, que os
> advogados postam-se
> como capachos da OAB e vivem defendendo a entidade que zela por seus
> privilégios, nem sempre constitucionais e/ou éticos. Sem
> dúvida, ela deve
> ter um corporativismo bastante organizado e a superproteger
> bastante aqueles
> que pagam sua taxa que, pelo que lê-se abaixo, deve ser
> considerável. Não
> obstante, pago em dia meus impostos de renda e tenho minhas
> razões para não
> tolerar os OABsurdos.
>
> O questionamento, que expus na msg anterior, já fiz para centenas de
> advogados e todos viraram-me as costas. Você não me virou as
> costas mas fez
> que não entendeu. Tudo bem, você está no seu direito, assim
> como estou no
> meu de continuar estranhando os OABusos constitucionais bem como os
> OABsurdos a privilegiarem uma classe em detrimento de outras.
> Se trata-se ou
> não de uma teoria conspiratória, lembro que toda teoria fundamentada
> na lógica merece uma crítica, também fundamentada na lógica. E se os
> fundamentos estiverem "furados", que se apontem os "furos". O
> tempo do AI-5
> já passou.
>
> > A OAB não tá com essa bola toda não. Também não quero defendê-la
> > incondicionalmente, mas admitam, é a entidade de classe mais bem
> > organizada que existe. E tem que ser mesmo, afinal, quase tive
> > um treco quando paguei a anuidade... e deve fazer juz ao meu rico
> > dinheirinho.
> > E não me venham com o argumento do corporativismo, pois todas as
> > entidades de classe têm o rabo preso.
>
> Alguém já disse: "Um erro não justifica outro". Sou capaz de
> apostar que foi
> um advogado. :-))
>
> [ ]'s
> Alberto

Capacho da OAB? Também não simpatizo com muitos colegas de profissão,
mas, por favor, não generalize.

Ok! Não vou lhe dar as costas.

Transcrições da CF/88:

"Art. 93 - Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal,
disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes
princípios:
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto,
através de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem
dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, obedecendo-se, nas
nomeações, à ordem de classificação;"

Qualquer um que queira ingressar na carreira da magistratura deve ser
bacharel em Direito. Cabe à OAB a fiscalização. Talvez não seja necessário
mesmo que a OAB participe destas fases de concurso para ingresso na
cerreira. Mas qual a sua opinião a respeito? Para levar adiante a discussão
preciso saber o que o incomoda neste tema.

"Art. 103 - Podem propor a ação de inconstitucionalidade:
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;"

E daí? Seria estranho se coubesse ao CREA! Opine sobre isso também.

"Art. 129 - São funções institucionais do Ministério Público:
§ 3º - O ingresso na carreira far-se-á mediante concurso público de provas e
títulos, assegurada participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua
realização, e observada, nas nomeações, a ordem de classificação."

Por extensão, são as mesmas razões do Art. 93.

Sua opinião é indispensável.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 17:51

Não é o advogado quem liberta criminoso. É o juiz baseado nas alegações da
acusação e da defesa.

***

Tá! Tá! Tá! Sem rodeios, eu sei o que você tá querendo dizer.
Também acho imoral um advogado (sabendo que seu cliente estuprou
e matou uma garotinha) tentar convencer o juri que seu cliente
é um santo.

Se fosse meu cliente, apenas evitaria que ele fosse condenado por,
digamos, genocídio. Esse deveria ser o papel do advogado.

Mas, pô, não é toda uma classe que deve ser escarniçada por causa
disso. Este é seu erro!

[]'s

Alexandre Medeiros

> -----Mensagem original-----
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]
> Enviada em: Segunda-feira, 18 de Junho de 2001 09:06
> Para: ciencialist@yahoogroups.com
> Assunto: Re: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
>
>
> "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
> > > De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]
> >
> > > Celso Galli Coimbra wrote:
> > >
> > > > Essa profissão não tem esse "alvará".
> > > > Dizer isso é um equívoco.
> > >
> > > Algum advogado ja foi presopor defender e inocentar um criminoso?
> > > Nao existe pena para esta pratica oficializada.
> >
> > Existe sim. Tá no estatuto da OAB. E, salvo as suspeitas de
> > corporativismo, advogados já perderam a carteira da ordem por
> > violar sigilo profissional.
> >
>
> Violar o sigilo nao eh bem o q eu tinha em mente.
>
> Minha pergunta eh :
> Algum advogado ja foi preso por libertar um criminoso
> sabendo que este era culpado?
>
> []s
> jocax
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
> http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: RES: RES: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica ?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 18:07

> De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]

> Mas a defesa deveria TER LIMITES eh isso q estou propondo.
> Ele deve defender ateh no limte que esta defesa esbarre am alguma
> norma etica. Por exemplo
> Eh etico vc absolver um Homicida-serial-killer tantando induzir o Juri
> de qqr maneira que nao foi o reu que assassinou MESMO sabendo-se
> que foi ele?
> Se o advogado souber a culpabilidade e absolver o criminoso
> deveria ser penalizado por isso.

Nesses termos, também concordo! Mas, não dá, Jocax! Simplesmente
não dá! Isso é uma questão de foro íntimo do advogado. Se o
merda do advogado acha que este carniceiro é inocente, não
tem muito o que fazer. Entendeu? O problema não é do SISTEMA.
O problema é com a moralidade dessa pessoa... Não há lei que
mude isso. Não há lei que possa mudar essa maldita
natureza humana.

Nem todos os advogados têm como meta a Justiça.
Substitua advogado por qualquer outra profissão e as coisas
talvez passem a ficar mais claras para vc.

Leis existem. E por incrível que pareça o Brasil tem
boas leis. Mas são os valores de uma sociedade que vão
dizer se as leis serão ou não aplicadas.

Roma sucumbiu à quase total imoralidade e tinha um repertório
magnífico de julgados e lei que orientam até hoje quase todos
os sistemas jurídicos no mundo.

Nesse sentido é totalmente inútil criar uma lei que o
obrigue o cumprimento de outra.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Chega de Direito!!!
FROM: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 18:50

Olá, pessoal.

Por favor, PAREM com esta interminável e prolixa thread... desse jeito não é possível permanecer, isso está totalmente fora dos objetivos da lista e, creio, do interesse da maioria dos participantes.

Por que não cria uma lista específica para tratar do assunto, Sr. Celso? Seria esta lista o foro apropriado para promover acaloradas discussões jurídicas? Até quando se discute MQ com o Alberto (herege!!! :)) na lista é possível manter-se o senso de humor. O seu estilo processual de escrever é irritante e desnecessário... Para quê isso? Sábios foram realmente Hubble e Avogadro, que deixaram essa atividade menor para dedicar-se à ciência, como já disse alguém nesta lista.

Afff... desculpem o desabafo, mas isso está irritante demais!

Godoy


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 19:10

Assunto: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
Sr. Coimbra escreve:


Quem precisa perguntar se
a advocacia é uma profissão ética,
está fazendo uma pergunta sem ética,
depois está fazendo uma pergunta piegas,
depois está fazendo uma pergunta sem
demonstração de conhecimento,
depois está fazendo uma pergunta sem
o mínimo de inteligência.


Dr. Léo pergunta (curtindo seu preconceito):

Com base em que critérios "éticos" pode-se dizer que uma dada pergunta é sem ética?
Será baseado nos "livros" escritos por advogados, com 800 páginas, das quais 780 são citações e textos de outros livros de outros advogados? Quer que eu envie uma pilha de exemplos?

Que critério um advogado pode ter para julgar uma pergunta como 'piegas'? Será o artigo 23 - item 12 - parágrafo 4? O próprio advogado já não é piegas por si só?

Que critério um advogado usa para julgar um pergunta 'sem demonstração de conhecimento'? A pergunta "Que é cosseno fí?" demonstra conhecimento? Quem pergunta quer conhecer! Já pensou em algo assim? Veja corintus 3 x santos 0.

Com base em que critérios "inteligentes" vc pode dizer que a pergunta feita não tem o mínimo de inteligência?

:-)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

[]'
Léo






SUBJECT: Re: Mil coisas ... E vai melhorar !
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 19:22

Alberto,
==
eu estou me opondo às generalizações que feitas
às profissões, ignoram a diferença entre profissionais,
órgãos de classe e a profissão exercida.
==
O corporativismo é um problema, sem dúvida
em todas as profissões.
==
Não vejo aonde levaria estar tratando um problema
que vai além dos orgãos de classe, como o corporativismo,
como sendo uma questão de quem é mais corporativista,
quando por menos que seja algum, já é demais.
==
O que não está sendo dito aqui,
devido à superficialidade e preconceitos infantis
das abordagens de pessoas como
o indivíduo que responde pela alcunha de
Leo ( que ao morrer espero que tenha uma
boa morte encefálica mal diagnosticada ),
é que o corporativismo apenas beneficia
um pequeno grupo dentro de cada profissão.
==
O corporativismo é um mal para os que realmente
trabalham dentro de qualquer profissão.
==
Esses são os maiores prejudicados
em todas as profissões pelo corporativismo.
==
Mas já que falamos de órgãos,
voltando à morte encefálica,
o tal de Leo deixou-me muito SATISFEITO
por saber que eu consigo irritá-lo tanto,
e mesmo fora dessa lista ele não me escapa.
==
Prometo melhorar, e também foi por isso
que prognostiquei a morte encefálica dele,
afinal prognóstico qualquer um pode fazer ...
O que estiver ao meu alcance fazer
para IRRITÁ-LO, vou continuar fazendo.
Eu ainda vou conseguir que ele tenha um
aneurisma na frente de um computador.
==
Depois, não vou precisar nem de advogado,
porque a culpa terá sido dele.
==
Espero que a família doe todos os
órgãos dele e também espero que
tenha algum que esteja podendo
ser aproveitado ainda.
==
Sempre há esperança para os receptores de
que ele tenha algum aproveitável,
excluindo o cérebro (que não é utilizado mesmo)
nem que seja para o sistema de "repique".
==
É claro que vão retirar seus órgãos
sem anestesia. Com isso não tenho
que me preocupar.
==
Mas o melhor é que nesse momento
ele vai ter que lembrar de mim de qualquer
jeito. Vai ser tragicômico
==
Isso sem dúvida eu posso dizer-lhe
pessoalmente se houver oportunidade.
==
Entretanto, duvido que ele
seja capaz de dizer uma linha
do que escreveu na minha frente.
==
Quem late não morde.
Ele vale por um canil inteiro, em termos
de barulho, não em termos de um
único habitante do canil.
==
Não há necessidade de ele
se ofender com o que estou dizendo,
porque eu disse que ele não é um
cachorro.
==

[]'s

Celso Galli Coimbra
================

From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist
Sent: Monday, June 18, 2001 4:30 PM
Subject: Re: [ciencialist] Mil coisas


----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, June 18, 2001 3:50 PM
Subject: RES: [ciencialist] Mil coisas

> -----Mensagem original-----
> De: Alberto Mesquita Filho
> > Nossa Carta Magna (ou primeira) não é a Constituição e sim o
> > Estatuto da OAB. Isto é Brasil!!! Até o Presidente da República
> > e o Congresso estão definidos na Constituição. Que eu saiba,
> > nenhuma outra associação de classe tem "privilégio" semelhante
> > à OAB e/ou está acima da Carta quase-Magna.
> Pô! Dá um tempo. Tá parecendo mais uma dessas teorias
> conspiratórias. Hê-hê-hê!

Não custa nada botar lenha na fogueira, não é verdade? :-)) Como médico,
adoro ver o CFM na berlinda. Noto, no entanto, que os advogados postam-se
como capachos da OAB e vivem defendendo a entidade que zela por seus
privilégios, nem sempre constitucionais e/ou éticos. Sem dúvida, ela deve
ter um corporativismo bastante organizado e a superproteger bastante aqueles
que pagam sua taxa que, pelo que lê-se abaixo, deve ser considerável. Não
obstante, pago em dia meus impostos de renda e tenho minhas razões para não
tolerar os OABsurdos.

O questionamento, que expus na msg anterior, já fiz para centenas de
advogados e todos viraram-me as costas. Você não me virou as costas mas fez
que não entendeu. Tudo bem, você está no seu direito, assim como estou no
meu de continuar estranhando os OABusos constitucionais bem como os
OABsurdos a privilegiarem uma classe em detrimento de outras. Se trata-se ou
não de uma teoria conspiratória, lembro que toda teoria fundamentada
na lógica merece uma crítica, também fundamentada na lógica. E se os
fundamentos estiverem "furados", que se apontem os "furos". O tempo do AI-5
já passou.

> A OAB não tá com essa bola toda não. Também não quero defendê-la
> incondicionalmente, mas admitam, é a entidade de classe mais bem
> organizada que existe. E tem que ser mesmo, afinal, quase tive
> um treco quando paguei a anuidade... e deve fazer juz ao meu rico
> dinheirinho.
> E não me venham com o argumento do corporativismo, pois todas as
> entidades de classe têm o rabo preso.

Alguém já disse: "Um erro não justifica outro". Sou capaz de apostar que foi
um advogado. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm

=========================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 20:03



--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@=
u...> wrote:
> > De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@u...]
> > Algum advogado ja foi presopor defender e inocentar um criminoso?
> > Nao existe pena para esta pratica oficializada.
>
> Existe sim. Tá no estatuto da OAB. E, salvo as suspeitas de
> corporativismo, advogados já perderam a carteira da ordem por
> violar sigilo profissional.

R. Takata:

||Codigo de Etica da OAB:

Titulo 1
Cap 1.
art 6o: E' defeso ao advogado expor os fatos em Juizo falseando
deliberadamente a verdade ou estribando-se na ma'-fe'.

----
Acho q. se traduz assim:
O advogado nao pode mentir de proposito durante um processo.||

Léo:

"Durante um processo todo advogado pode mentir ... desde que não seja de propósito"
----

||Cap 2.
art. 20: O advogado deve abster-se de patrocinar causa contraria 'a etica,
'a moral ou 'a validade de ato juridico em que tenha colaborado,
orientado ou conhecido em consulta; da mesma forma, deve declinar seu
impedimento etico quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta
lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer.

----
Esta redacao eh mais nebulosa. Deixe-me ver se me saio bem: O advogado nao
pode defender alguem q. lhe revele ter cometido algo ilegal, mas tbm nao
pode acusar essa pessoa...||

Léo:

Toda redação/lei/etc. jurídica é nebulosa. Essa é a causa básica da existência da profissão ... interpretar a lei!
Se tais textos fossem escritos por logicistas o curso de direito teria extensão apenas de 6 meses.

||Alias, olha q. coisa interessante eu achei:

Cap 3
Art 33: O advogado deve abster-se de:
II - debater, em qualquer veiculo de divulgacao, causa sob seu patrocinio
ou patrocinio de colega;||

Léo:

Céus!!!! Purgatórios!!! Infernos!!! "morte encefálica" é uma causa em debate em veículo de divulgação como o é a ciencialist e outras?
Dependendo da resposta tomarei as providências conforme Cap. 3 - Art. 33 do código de ética da OABsurda (direitos reservados ao Mesquita).


|| []' Takata
[]' Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] A Ciencialist vai entrar em 'stand by'
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 20:05

Pronto LRB ... já é mais tarde!

[]'
Léo
===================
-----Mensagem Original-----
De: <lrb@if.ufrgs.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 18 de junho de 2001 17:09
Assunto: [ciencialist] A Ciencialist vai entrar em 'stand by'


A ciencialist estah entrando TEMPORARIAMENTE em 'stand by' para que
todos consigam ler as inumeras mensagens que circularam hoje
(18/06).


Mais tarde eu libero novamente.


Desculpe pela intromissao.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.


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SUBJECT: Sr. Luiz Ferraz Netto
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 20:13

Sr. Luiz Ferraz Netto,

Não é minha intenção defender o advogado Celso Coimbra, até porque não estou
acompanhando essa celeuma sobre a morte encefálica. Mas como o senhor é
genérico nos julgamentos que faz dos advogados, e tendo em vista que sou
bacharel em direito (o senhor sabe disso), minha mulher é advogada e tenho
amigos advogados, sinto-me na obrigação de revidar suas estúpidas, ridículas
e irresponsáveis acusações.

Há mais de um ano que participo desta lista, mas jamais, em momento algum,
pentelhei os listeiros com assuntos advocatícios. Minhas mensagens têm todas
elas conteúdo compatível com o tema da lista: epistemologia, filosofia da
ciência e ciência. Não obstante isso, pelo simples fato de eu ser advogado,
o senhor certa vez agrediu-me verbalmente, agiu como um provocador, atitude
esta que é bem do seu feitio (atacar pessoas, e não idéias). Eis a sua
provocação:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/7464

Inúmeras foram as vezes em que o senhor reportou-se genericamente aos
profissionais do Direito, sempre atribuindo-lhes este ou aquele estigma
horroroso e sabendo que nesta lista participam membros desta categoria (eu e
o Peterson). Como os seus juízos são arbitrários e absolutos (não existem
exceções para as regras idiotas que o senhor estabelece), e tendo em vista a
sua antipatia com relação a mim, estampada na mensagem "supra", é natural
que eu pense que o senhor na realidade está se valendo de um ardil para
atacar-me. Artifício muito usado por covardes: bater no escuro ou pelas
costas, não dando chances de defesa ao agredido; hostilizar alguém de uma
forma indireta (fazendo dos juízos genéricos um estratagema) para, em caso
de revide, tachar o outro de paranóico.

E agora, aproveitando-se de uma unanimidade já quase estabelecida entre os
listeiros contra o sr. Celso Coimbra, o senhor o agride. Parece até menino
medroso que se enche de coragem quando está no meio da turba. Léo, não seja
infantil e pare de agir como velhaco.

O senhor, com seu raciocínio simplório e maniqueísta, afirma que os
profissionais do Direito (e em particular os advogados) são amorais,
parasitas, exploradores, etc. Só falta dizer que quem inventou a bomba
atômica foi um advogado e não um físico; que os que trabalham no complexo
industrial-militar dos Estados Unidos, do Iraque, da China ou de qualquer
outro país, todos preocupados em aumentar exponencialmente as forças
destrutivas da humanidade, são na verdade advogados disfarçados de
cientistas e técnicos; que Conrad Lorenz, aquele biólogo que endossou a
política eugenista de Hitler e seus comparsas, não era biólogo mas promotor
de justiça; que os médicos que colaboraram com os torturadores durante o
regime militar (os piolhos de Mengele) eram juízes togados que se faziam
passar por médicos; e que os advogados e juristas que arriscaram suas vidas
na defesa dos direitos à vida e à integridade física dos encarcerados
(Sobral Pinto é um exemplo) eram na realidade bondosos e abnegados
cientistas, alguns deles colegas seus da Faculdade de Física.

Canalhas, corruptos e venais existem em todas as profissões, inclusive na
sua.

Na minha categoria profissional existem, sim, pessoas corrompidas. Todos os
anos a OAB (cujos membros, obviamente, são advogados) expulsa de suas
fileiras uma carrada deles, e o juiz Lalau, aquele que, em conluio com
empreiteiros (todos engenheiros com formação científica), assaltou a Fazenda
Pública, não estaria hoje preso se não fosse a denúncia de um quixotesco
procurador da república (bacharel em Direito e ex-advogado da Caixa
Econômica Federal), Sr. Luiz Francisco de Souza. Aliás, o mesmo procurador
que enfernizou a vida desse que é o exemplo-mor da prepotência, do
oportunismo e de tudo que há de arcaico e de pútrido na política brasileira:
o "médico" e último coronel Antônio Carlos Magalhães. Do ACM e também
daquele "engenheiro" careca, ex-lider do Governo no Senado, o José Roberto
Arruda.

Ah, eu estava me esquecendo que o senhor também não gosta de engenheiros. Em
uma de suas provocações ao colega Marco Aurélio Andrade, o senhor referiu-se
de uma maneira depreciativa à classe dos engenheiros. Está me parecendo que
o senhor, em seus faniquitos nervosos, só sabe atacar abstrações: o advogado
em geral, o engenheiro considerado em abstrato, etc. (parece até filósofo
metafísico em crises de hemorróidas.) Claro, abstrações não podem revidar,
não é?

Mas, retomando o fio, apesar do lixo que há em minha profissão, para
contrabalançar também existem profissionais valorosos, éticos, realmente
preocupados com a justiça social e com os direitos humanos (como há muitos
entre os engenheiros, médicos, professores, físicos, biólogos, etc.) Conheço
vários que, pelo vasto conhecimento da legislação que possuem, podiam estar
ganhando os tubos como procuradores ou consultores jurídicos de grandes
corporações. No entanto, preferem advogar para sindicatos de trabalhadores
rurais ou comunidades indígenas, recebendo por seus serviços quantias quase
simbólicas e que sempre atrasam, e tendo, vez por outra, de fugir e de se
esconder para não serem assassinados por grileiros e pistoleiros.

Peço ao senhor que, nas próximas vezes que abrir a boca para vomitar suas
baboseiras sobre nós, os profissionais do Direito, entulhando a lista com
assuntos despropositados e incongruentes que nada têm de científicos, não
deixe que a sua imundície respingue sobre esses advogados, procuradores,
juízes e juristas de valor, esses que eu mencionei.

O senhor afirma que advogados não existiriam se todos tivessem educação.
Sim, advogados também existem para defender em juízo a honra e a dignidade
daqueles que são agredidos por indivíduos grosseiros e mal-educados como o
senhor, de pessoas que, como o senhor, não sabem tratar os outros com a
devida urbanidade e respeito.

O senhor certamente não sabe que a profissão de advogado surgiu na
democrática Atenas (já ouviu falar nos sofistas?), e surgiu nessa cidade
grega porque somente numa democracia as pessoas têm "direitos" a serem
resguardados; somente naquelas cidades em que as pessoas são "livres" para
argumentar e para defender seus pontos de vista e interesses é que a justiça
pode ser feita através do diálogo, da discussão aberta, da busca do
consenso, enfim, por meio da Razão. Infelizmente, nem todo mundo tem o
discernimento necessário, capacidade para articular idéias ou desenvoltura
para falar. Por isso, para terem alguma chance, pagam pessoas para brigar
por elas. E se não têm dinheiro, o Estado "democrático de direito"
(repetindo, "Estado Democrático de Direito") cobre as despesas. Bem, pelo
menos era pra ser assim.

O senhor também afirma que o Direito é uma pseudociência. Quem é o senhor
para falar em ciências e pseudociências? Isso é assunto pra filósofo.
Ademais, para o senhor não existem "as ciências", mas "A Ciência", "uma
abstração dogmática que ocupa o lugar de Deus ou de uma teologia
repressiva." Quanto ao seu ceticismo "científico", trata-se de um outro
embuste. Na verdade, o senhor é um policial enrustido cujo discurso
pretensamente "cético" nada mais é que uma tentativa de normatização
policialesca do pensamento.

Sr. Léo, sua mulher é advogada. Respeite a mãe de seus filhos.

Abraços,
Manuel Bulcão

PS.: Caro Brudna, desculpe-me por esta mensagem destemperada. Mas eu
precisava falar tudo isso.





SUBJECT: Re: Mil coisas
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 20:14

Sr. Luiz Ferraz Netto,

Não é minha intenção defender o advogado Celso Coimbra, até porque não estou
acompanhando essa celeuma sobre a morte encefálica. Mas como o senhor é
genérico nos julgamentos que faz dos advogados, e tendo em vista que sou
bacharel em direito (o senhor sabe disso), minha mulher é advogada e tenho
amigos advogados, sinto-me na obrigação de revidar suas estúpidas, ridículas
e irresponsáveis acusações.

Há mais de um ano que participo desta lista, mas jamais, em momento algum,
pentelhei os listeiros com assuntos advocatícios. Minhas mensagens têm todas
elas conteúdo compatível com o tema da lista: epistemologia, filosofia da
ciência e ciência. Não obstante isso, pelo simples fato de eu ser advogado,
o senhor certa vez agrediu-me verbalmente, agiu como um provocador, atitude
esta que é bem do seu feitio (atacar pessoas, e não idéias). Eis a sua
provocação:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/7464

Inúmeras foram as vezes em que o senhor reportou-se genericamente aos
profissionais do Direito, sempre atribuindo-lhes este ou aquele estigma
horroroso e sabendo que nesta lista participam membros desta categoria (eu e
o Peterson). Como os seus juízos são arbitrários e absolutos (não existem
exceções para as regras idiotas que o senhor estabelece), e tendo em vista a
sua antipatia com relação a mim, estampada na mensagem "supra", é natural
que eu pense que o senhor na realidade está se valendo de um ardil para
atacar-me. Artifício muito usado por covardes: bater no escuro ou pelas
costas, não dando chances de defesa ao agredido; hostilizar alguém de uma
forma indireta (fazendo dos juízos genéricos um estratagema) para, em caso
de revide, tachar o outro de paranóico.

E agora, aproveitando-se de uma unanimidade já quase estabelecida entre os
listeiros contra o sr. Celso Coimbra, o senhor o agride. Parece até menino
medroso que se enche de coragem quando está no meio da turba. Léo, não seja
infantil e pare de agir como velhaco.

O senhor, com seu raciocínio simplório e maniqueísta, afirma que os
profissionais do Direito (e em particular os advogados) são amorais,
parasitas, exploradores, etc. Só falta dizer que quem inventou a bomba
atômica foi um advogado e não um físico; que os que trabalham no complexo
industrial-militar dos Estados Unidos, do Iraque, da China ou de qualquer
outro país, todos preocupados em aumentar exponencialmente as forças
destrutivas da humanidade, são na verdade advogados disfarçados de
cientistas e técnicos; que Conrad Lorenz, aquele biólogo que endossou a
política eugenista de Hitler e seus comparsas, não era biólogo mas promotor
de justiça; que os médicos que colaboraram com os torturadores durante o
regime militar (os piolhos de Mengele) eram juízes togados que se faziam
passar por médicos; e que os advogados e juristas que arriscaram suas vidas
na defesa dos direitos à vida e à integridade física dos encarcerados
(Sobral Pinto é um exemplo) eram na realidade bondosos e abnegados
cientistas, alguns deles colegas seus da Faculdade de Física.

Canalhas, corruptos e venais existem em todas as profissões, inclusive na
sua.

Na minha categoria profissional existem, sim, pessoas corrompidas. Todos os
anos a OAB (cujos membros, obviamente, são advogados) expulsa de suas
fileiras uma carrada deles, e o juiz Lalau, aquele que, em conluio com
empreiteiros (todos engenheiros com formação científica), assaltou a Fazenda
Pública, não estaria hoje preso se não fosse a denúncia de um quixotesco
procurador da república (bacharel em Direito e ex-advogado da Caixa
Econômica Federal), Sr. Luiz Francisco de Souza. Aliás, o mesmo procurador
que enfernizou a vida desse que é o exemplo-mor da prepotência, do
oportunismo e de tudo que há de arcaico e de pútrido na política brasileira:
o "médico" e último coronel Antônio Carlos Magalhães. Do ACM e também
daquele "engenheiro" careca, ex-lider do Governo no Senado, o José Roberto
Arruda.

Ah, eu estava me esquecendo que o senhor também não gosta de engenheiros. Em
uma de suas provocações ao colega Marco Aurélio Andrade, o senhor referiu-se
de uma maneira depreciativa à classe dos engenheiros. Está me parecendo que
o senhor, em seus faniquitos nervosos, só sabe atacar abstrações: o advogado
em geral, o engenheiro considerado em abstrato, etc. (parece até filósofo
metafísico em crises de hemorróidas.) Claro, abstrações não podem revidar,
não é?

Mas, retomando o fio, apesar do lixo que há em minha profissão, para
contrabalançar também existem profissionais valorosos, éticos, realmente
preocupados com a justiça social e com os direitos humanos (como há muitos
entre os engenheiros, médicos, professores, físicos, biólogos, etc.) Conheço
vários que, pelo vasto conhecimento da legislação que possuem, podiam estar
ganhando os tubos como procuradores ou consultores jurídicos de grandes
corporações. No entanto, preferem advogar para sindicatos de trabalhadores
rurais ou comunidades indígenas, recebendo por seus serviços quantias quase
simbólicas e que sempre atrasam, e tendo, vez por outra, de fugir e de se
esconder para não serem assassinados por grileiros e pistoleiros.

Peço ao senhor que, nas próximas vezes que abrir a boca para vomitar suas
baboseiras sobre nós, os profissionais do Direito, entulhando a lista com
assuntos despropositados e incongruentes que nada têm de científicos, não
deixe que a sua imundície respingue sobre esses advogados, procuradores,
juízes e juristas de valor, esses que eu mencionei.

O senhor afirma que advogados não existiriam se todos tivessem educação.
Sim, advogados também existem para defender em juízo a honra e a dignidade
daqueles que são agredidos por indivíduos grosseiros e mal-educados como o
senhor, de pessoas que, como o senhor, não sabem tratar os outros com a
devida urbanidade e respeito.

O senhor certamente não sabe que a profissão de advogado surgiu na
democrática Atenas (já ouviu falar nos sofistas?), e surgiu nessa cidade
grega porque somente numa democracia as pessoas têm "direitos" a serem
resguardados; somente naquelas cidades em que as pessoas são "livres" para
argumentar e para defender seus pontos de vista e interesses é que a justiça
pode ser feita através do diálogo, da discussão aberta, da busca do
consenso, enfim, por meio da Razão. Infelizmente, nem todo mundo tem o
discernimento necessário, capacidade para articular idéias ou desenvoltura
para falar. Por isso, para terem alguma chance, pagam pessoas para brigar
por elas. E se não têm dinheiro, o Estado "democrático de direito"
(repetindo, "Estado Democrático de Direito") cobre as despesas. Bem, pelo
menos era pra ser assim.

O senhor também afirma que o Direito é uma pseudociência. Quem é o senhor
para falar em ciências e pseudociências? Isso é assunto pra filósofo.
Ademais, para o senhor não existem "as ciências", mas "A Ciência", "uma
abstração dogmática que ocupa o lugar de Deus ou de uma teologia
repressiva." Quanto ao seu ceticismo "científico", trata-se de um outro
embuste. Na verdade, o senhor é um policial enrustido cujo discurso
pretensamente "cético" nada mais é que uma tentativa de normatização
policialesca do pensamento.

Sr. Léo, sua mulher é advogada. Respeite a mãe de seus filhos.

Abraços,
Manuel Bulcão

PS.: Caro Brudna, desculpe-me por esta mensagem destemperada. Mas eu
precisava falar tudo isso.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Alerta amistoso
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 20:48

É impressão minha ou estão ameaçando nessas mensagens?

Algum idiota parece não saber a diferença entre um debate e a ESTÚPIDA
crença dele?

TUDO, ABSOLUTAMENTE TUDO pode ser questionado pela ciência.

Se não podem entender isso mudem-se para uma lista de IDIOTAS DOGMÁTICOS!

DANEM-SE.

E PROVEM, mas pela ciência!

IDIOTAS!

SDS,

Alexandre Sedlacek Moana




SUBJECT: Re: [ciencialist] Alerta amistoso
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 20:52

E o que isso aqui veio fazer na minha caixa de correio???????????


SDS,

Alexandre Sedlacek Moana
________

Sr. Luiz Ferraz Netto,

Não é minha intenção defender o advogado Celso Coimbra, até porque não estou
acompanhando essa celeuma sobre a morte encefálica. Mas como o senhor é
genérico nos julgamentos que faz dos advogados, e tendo em vista que sou
bacharel em direito (o senhor sabe disso), minha mulher é advogada e tenho
amigos advogados, sinto-me na obrigação de revidar suas estúpidas, ridículas
e irresponsáveis acusações.

Há mais de um ano que participo desta lista, mas jamais, em momento algum,
pentelhei os listeiros com assuntos advocatícios. Minhas mensagens têm todas
elas conteúdo compatível com o tema da lista: epistemologia, filosofia da
ciência e ciência. Não obstante isso, pelo simples fato de eu ser advogado,
o senhor certa vez agrediu-me verbalmente, agiu como um provocador, atitude
esta que é bem do seu feitio (atacar pessoas, e não idéias). Eis a sua
provocação:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/7464

Inúmeras foram as vezes em que o senhor reportou-se genericamente aos
profissionais do Direito, sempre atribuindo-lhes este ou aquele estigma
horroroso e sabendo que nesta lista participam membros desta categoria (eu e
o Peterson). Como os seus juízos são arbitrários e absolutos (não existem
exceções para as regras idiotas que o senhor estabelece), e tendo em vista a
sua antipatia com relação a mim, estampada na mensagem "supra", é natural
que eu pense que o senhor na realidade está se valendo de um ardil para
atacar-me. Artifício muito usado por covardes: bater no escuro ou pelas
costas, não dando chances de defesa ao agredido; hostilizar alguém de uma
forma indireta (fazendo dos juízos genéricos um estratagema) para, em caso
de revide, tachar o outro de paranóico.

E agora, aproveitando-se de uma unanimidade já quase estabelecida entre os
listeiros contra o sr. Celso Coimbra, o senhor o agride. Parece até menino
medroso que se enche de coragem quando está no meio da turba. Léo, não seja
infantil e pare de agir como velhaco.

O senhor, com seu raciocínio simplório e maniqueísta, afirma que os
profissionais do Direito (e em particular os advogados) são amorais,
parasitas, exploradores, etc. Só falta dizer que quem inventou a bomba
atômica foi um advogado e não um físico; que os que trabalham no complexo
industrial-militar dos Estados Unidos, do Iraque, da China ou de qualquer
outro país, todos preocupados em aumentar exponencialmente as forças
destrutivas da humanidade, são na verdade advogados disfarçados de
cientistas e técnicos; que Conrad Lorenz, aquele biólogo que endossou a
política eugenista de Hitler e seus comparsas, não era biólogo mas promotor
de justiça; que os médicos que colaboraram com os torturadores durante o
regime militar (os piolhos de Mengele) eram juízes togados que se faziam
passar por médicos; e que os advogados e juristas que arriscaram suas vidas
na defesa dos direitos à vida e à integridade física dos encarcerados
(Sobral Pinto é um exemplo) eram na realidade bondosos e abnegados
cientistas, alguns deles colegas seus da Faculdade de Física.

Canalhas, corruptos e venais existem em todas as profissões, inclusive na
sua.

Na minha categoria profissional existem, sim, pessoas corrompidas. Todos os
anos a OAB (cujos membros, obviamente, são advogados) expulsa de suas
fileiras uma carrada deles, e o juiz Lalau, aquele que, em conluio com
empreiteiros (todos engenheiros com formação científica), assaltou a Fazenda
Pública, não estaria hoje preso se não fosse a denúncia de um quixotesco
procurador da república (bacharel em Direito e ex-advogado da Caixa
Econômica Federal), Sr. Luiz Francisco de Souza. Aliás, o mesmo procurador
que enfernizou a vida desse que é o exemplo-mor da prepotência, do
oportunismo e de tudo que há de arcaico e de pútrido na política brasileira:
o "médico" e último coronel Antônio Carlos Magalhães. Do ACM e também
daquele "engenheiro" careca, ex-lider do Governo no Senado, o José Roberto
Arruda.

Ah, eu estava me esquecendo que o senhor também não gosta de engenheiros. Em
uma de suas provocações ao colega Marco Aurélio Andrade, o senhor referiu-se
de uma maneira depreciativa à classe dos engenheiros. Está me parecendo que
o senhor, em seus faniquitos nervosos, só sabe atacar abstrações: o advogado
em geral, o engenheiro considerado em abstrato, etc. (parece até filósofo
metafísico em crises de hemorróidas.) Claro, abstrações não podem revidar,
não é?

Mas, retomando o fio, apesar do lixo que há em minha profissão, para
contrabalançar também existem profissionais valorosos, éticos, realmente
preocupados com a justiça social e com os direitos humanos (como há muitos
entre os engenheiros, médicos, professores, físicos, biólogos, etc.) Conheço
vários que, pelo vasto conhecimento da legislação que possuem, podiam estar
ganhando os tubos como procuradores ou consultores jurídicos de grandes
corporações. No entanto, preferem advogar para sindicatos de trabalhadores
rurais ou comunidades indígenas, recebendo por seus serviços quantias quase
simbólicas e que sempre atrasam, e tendo, vez por outra, de fugir e de se
esconder para não serem assassinados por grileiros e pistoleiros.

Peço ao senhor que, nas próximas vezes que abrir a boca para vomitar suas
baboseiras sobre nós, os profissionais do Direito, entulhando a lista com
assuntos despropositados e incongruentes que nada têm de científicos, não
deixe que a sua imundície respingue sobre esses advogados, procuradores,
juízes e juristas de valor, esses que eu mencionei.

O senhor afirma que advogados não existiriam se todos tivessem educação.
Sim, advogados também existem para defender em juízo a honra e a dignidade
daqueles que são agredidos por indivíduos grosseiros e mal-educados como o
senhor, de pessoas que, como o senhor, não sabem tratar os outros com a
devida urbanidade e respeito.

O senhor certamente não sabe que a profissão de advogado surgiu na
democrática Atenas (já ouviu falar nos sofistas?), e surgiu nessa cidade
grega porque somente numa democracia as pessoas têm "direitos" a serem
resguardados; somente naquelas cidades em que as pessoas são "livres" para
argumentar e para defender seus pontos de vista e interesses é que a justiça
pode ser feita através do diálogo, da discussão aberta, da busca do
consenso, enfim, por meio da Razão. Infelizmente, nem todo mundo tem o
discernimento necessário, capacidade para articular idéias ou desenvoltura
para falar. Por isso, para terem alguma chance, pagam pessoas para brigar
por elas. E se não têm dinheiro, o Estado "democrático de direito"
(repetindo, "Estado Democrático de Direito") cobre as despesas. Bem, pelo
menos era pra ser assim.

O senhor também afirma que o Direito é uma pseudociência. Quem é o senhor
para falar em ciências e pseudociências? Isso é assunto pra filósofo.
Ademais, para o senhor não existem "as ciências", mas "A Ciência", "uma
abstração dogmática que ocupa o lugar de Deus ou de uma teologia
repressiva." Quanto ao seu ceticismo "científico", trata-se de um outro
embuste. Na verdade, o senhor é um policial enrustido cujo discurso
pretensamente "cético" nada mais é que uma tentativa de normatização
policialesca do pensamento.

Sr. Léo, sua mulher é advogada. Respeite a mãe de seus filhos.

Abraços,
Manuel Bulcão

PS.: Caro Brudna, desculpe-me por esta mensagem destemperada. Mas eu
precisava falar tudo isso.




----- Original Message -----
From: Celso Galli Coimbra <c.galli@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, June 18, 2001 5:16 PM
Subject: [ciencialist] Alerta amistoso


O alerta é amistoso.

Mudem o título do assunto
para continuar esse debate.

[]'s

Celso Galli Coimbra


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Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
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SUBJECT: Re: Alerta amistoso
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/06/2001 20:56

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> O alerta é amistoso.
>
> Mudem o título do assunto
> para continuar esse debate.

Vai querer processar todo mundo?

Ninguem pode questionar se a advocacia eh ou nao etica?

(Alias estou esperando pelas respostas. Repito as perguntas:

1) Vc tem provas de q. o CFM deliberadamente nao reve o
diagnostico pra proteger os lucros?

2) Ha' provas de q. o estudo negando a validade da
hipotermia branda teve os resultados encomendados?

3) Quais parametros foram alterados? E quais as
alteracoes nos resultados q. isso causa? )

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: Eu e os direitos autorais
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 21:10

Prezado Leonardo,
==
eu teria satisfação em contribuir trazendo
subsídios sobre esse assunto,
que tem sido acompanhado por advogados,
promotores e juízes
de todo o Brasil em listas específicas em cima
de casos judiciais em andamento, e ainda com
seus protagonistas nelas.
==
Mas, como fazer isso diante do clima de desrespeito
pessoal e generalizado a toda uma classe profissional
indiscriminadamente, como ocorreu nessa lista por parte
de pessoas que se _"querem"_ por respeitáveis ?
==
Que respeitabilidade é essa que elas pensam que têm ?
==
Se tinham, perderam.
==
Ninguém é respeitável se igualmente
não respeita as demais pessoas.
==
Veja o caso desse indivíduo exibicionista
que chamam nessa lista de "Leo".
==
Esse indivíduo, se tivesse algum caráter,
saberia que há coisas que
são para ser ditas cara a cara.
==
Ele vai ter essa oportunidade,
isto é agora questão de
tempo.
==
Ele está em outras listas onde eu estou,
mas nelas esse covarde não abre a boca,
fica quietinho, com o rabo no meio das pernas.
==
Pessoas desse tipo apenas se manifestam
se podem contar
com A CLAQUE de pessoas que
também abrem mão com facilidade
de sua respeitabilidade.
==
Quem tiver interesse pode ingressar
em listas jurídicas onde esse assunto
vem sendo estudado de forma acessível,
e nelas mesmo o
exibicionista "Leo",
seria tratado com educação,
e sem qualquer descaso apenas por
não atuar na mesma área profissional.
==

[]'s

Celso Galli Coimbra
================

----- Original Message -----
From: Leonardo Stern
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Sunday, June 17, 2001 3:43 AM
Subject: Re: [ciencialist] Eu e os direitos autorais


> Sei que as preocupacoes do Takata quanto aos direitos autorais sao
> procedentes e adequadas... mas nao estou aconstumado a me policiar
> desta maneira.

Não tenho certeza, mas os PDF não seria apenas para leitura justamente para
se tornarem livres para a distribuição ?

Aproveitando que temos um advogado com participação ativa na lista e outros
participantes que trabalham ativamente com este tópico, venho a perguntar :

O que é considerado violação dos direitos autorais ?

Existem diferenças entre os direitos cabiveis ao autor para os diferentes
veiculos de comunicação (livro, tv, radio, internet, etc), para os diferentes
tipos de informação (som, imagem, texto, esquemas, etc) e para os diversosos
conteudos (científico, religioso, político, etc) ?

Quando uma entidade é portadora dos direitos autorais de seus colaboradores,
a transferência de direitos do colaborador para a entidade deve ser feita
explicitamente ?

No caso de uma entidade abrir mão de seus direitos autorais e tornar seu
conteúdo livre e fizer uso de informaçòes de terceros (estas não livres).
Quando uma pessoa fizer a reprodução livre deste conteúdo, quem assume a
responsabilidade pela violação dos direitos autorais do conteúdo nào-livre ?
===============================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: Mil coisas
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>, Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
DATE: 18/06/2001 21:13

Acho que o Senhor errou a caixa de correio.

Sou o Alexandre Sedlacek Moana, mas se me permite, gostaria de tecer alguns comentários.

É claro que acredito que a classe dos advogados é uma engrenagem importante do sistema jurídico e social. Podem existir questionamentos a respeito da forma de cobrança, regras e procedimentos, honorários, mas tudo o que for questionado pela ciência deve ser tratado com respeito a um método, e não uma pressão social ou emocional infundada.

Eu fui o primeiro a defender a atual forma da defesa cega do cliente, porque acho que é o modelo que funciona, mas não posso, por crer nisso baseado em um conjunto de evidências, querer obrigar que outros acreditem como eu apenas pelo meu QUERER.

Eu tenho mais envolvimento jurídico do que a maioria. Estudei direito depois que me formei, toda minha família é de advogados, inclusive o meu pai. Eu entendi as dúvidas do pessoal. Também concordo que foram pobres e desinformados em muitos dos argumentos, até um pouco agressivos, mas vou falar...Isso das ameaças que rolaram na lista realmente me irritaram!

Aconteceu uma confusão muito infantil que foi o fato do Advogado começar por argumentar sobre sua hipótese e depois baseou muitas das suas opiniões em regras já estabelecidas pelo legislativo nacional.

Que argumentação é essa que se inicia científica e depois utiliza os códigos como fonte de premissas??

Isso foi a coisa mais ridícula que eu já presenciei nas listas céticas e científicas.

SDS,

Alexandre Sedlacek Moana

----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: alex@energias.com.br
Sent: Monday, June 18, 2001 8:33 PM
Subject: Re: Mil coisas


Sr. Luiz Ferraz Netto,

Não é minha intenção defender o advogado Celso Coimbra, até porque não estou
acompanhando essa celeuma sobre a morte encefálica. Mas como o senhor é
genérico nos julgamentos que faz dos advogados, e tendo em vista que sou
bacharel em direito (o senhor sabe disso), minha mulher é advogada e tenho
amigos advogados, sinto-me na obrigação de revidar suas estúpidas, ridículas
e irresponsáveis acusações.

Há mais de um ano que participo desta lista, mas jamais, em momento algum,
pentelhei os listeiros com assuntos advocatícios. Minhas mensagens têm todas
elas conteúdo compatível com o tema da lista: epistemologia, filosofia da
ciência e ciência. Não obstante isso, pelo simples fato de eu ser advogado,
o senhor certa vez agrediu-me verbalmente, agiu como um provocador, atitude
esta que é bem do seu feitio (atacar pessoas, e não idéias). Eis a sua
provocação:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/7464

Inúmeras foram as vezes em que o senhor reportou-se genericamente aos
profissionais do Direito, sempre atribuindo-lhes este ou aquele estigma
horroroso e sabendo que nesta lista participam membros desta categoria (eu e
o Peterson). Como os seus juízos são arbitrários e absolutos (não existem
exceções para as regras idiotas que o senhor estabelece), e tendo em vista a
sua antipatia com relação a mim, estampada na mensagem "supra", é natural
que eu pense que o senhor na realidade está se valendo de um ardil para
atacar-me. Artifício muito usado por covardes: bater no escuro ou pelas
costas, não dando chances de defesa ao agredido; hostilizar alguém de uma
forma indireta (fazendo dos juízos genéricos um estratagema) para, em caso
de revide, tachar o outro de paranóico.

E agora, aproveitando-se de uma unanimidade já quase estabelecida entre os
listeiros contra o sr. Celso Coimbra, o senhor o agride. Parece até menino
medroso que se enche de coragem quando está no meio da turba. Léo, não seja
infantil e pare de agir como velhaco.

O senhor, com seu raciocínio simplório e maniqueísta, afirma que os
profissionais do Direito (e em particular os advogados) são amorais,
parasitas, exploradores, etc. Só falta dizer que quem inventou a bomba
atômica foi um advogado e não um físico; que os que trabalham no complexo
industrial-militar dos Estados Unidos, do Iraque, da China ou de qualquer
outro país, todos preocupados em aumentar exponencialmente as forças
destrutivas da humanidade, são na verdade advogados disfarçados de
cientistas e técnicos; que Conrad Lorenz, aquele biólogo que endossou a
política eugenista de Hitler e seus comparsas, não era biólogo mas promotor
de justiça; que os médicos que colaboraram com os torturadores durante o
regime militar (os piolhos de Mengele) eram juízes togados que se faziam
passar por médicos; e que os advogados e juristas que arriscaram suas vidas
na defesa dos direitos à vida e à integridade física dos encarcerados
(Sobral Pinto é um exemplo) eram na realidade bondosos e abnegados
cientistas, alguns deles colegas seus da Faculdade de Física.

Canalhas, corruptos e venais existem em todas as profissões, inclusive na
sua.

Na minha categoria profissional existem, sim, pessoas corrompidas. Todos os
anos a OAB (cujos membros, obviamente, são advogados) expulsa de suas
fileiras uma carrada deles, e o juiz Lalau, aquele que, em conluio com
empreiteiros (todos engenheiros com formação científica), assaltou a Fazenda
Pública, não estaria hoje preso se não fosse a denúncia de um quixotesco
procurador da república (bacharel em Direito e ex-advogado da Caixa
Econômica Federal), Sr. Luiz Francisco de Souza. Aliás, o mesmo procurador
que enfernizou a vida desse que é o exemplo-mor da prepotência, do
oportunismo e de tudo que há de arcaico e de pútrido na política brasileira:
o "médico" e último coronel Antônio Carlos Magalhães. Do ACM e também
daquele "engenheiro" careca, ex-lider do Governo no Senado, o José Roberto
Arruda.

Ah, eu estava me esquecendo que o senhor também não gosta de engenheiros. Em
uma de suas provocações ao colega Marco Aurélio Andrade, o senhor referiu-se
de uma maneira depreciativa à classe dos engenheiros. Está me parecendo que
o senhor, em seus faniquitos nervosos, só sabe atacar abstrações: o advogado
em geral, o engenheiro considerado em abstrato, etc. (parece até filósofo
metafísico em crises de hemorróidas.) Claro, abstrações não podem revidar,
não é?

Mas, retomando o fio, apesar do lixo que há em minha profissão, para
contrabalançar também existem profissionais valorosos, éticos, realmente
preocupados com a justiça social e com os direitos humanos (como há muitos
entre os engenheiros, médicos, professores, físicos, biólogos, etc.) Conheço
vários que, pelo vasto conhecimento da legislação que possuem, podiam estar
ganhando os tubos como procuradores ou consultores jurídicos de grandes
corporações. No entanto, preferem advogar para sindicatos de trabalhadores
rurais ou comunidades indígenas, recebendo por seus serviços quantias quase
simbólicas e que sempre atrasam, e tendo, vez por outra, de fugir e de se
esconder para não serem assassinados por grileiros e pistoleiros.

Peço ao senhor que, nas próximas vezes que abrir a boca para vomitar suas
baboseiras sobre nós, os profissionais do Direito, entulhando a lista com
assuntos despropositados e incongruentes que nada têm de científicos, não
deixe que a sua imundície respingue sobre esses advogados, procuradores,
juízes e juristas de valor, esses que eu mencionei.

O senhor afirma que advogados não existiriam se todos tivessem educação.
Sim, advogados também existem para defender em juízo a honra e a dignidade
daqueles que são agredidos por indivíduos grosseiros e mal-educados como o
senhor, de pessoas que, como o senhor, não sabem tratar os outros com a
devida urbanidade e respeito.

O senhor certamente não sabe que a profissão de advogado surgiu na
democrática Atenas (já ouviu falar nos sofistas?), e surgiu nessa cidade
grega porque somente numa democracia as pessoas têm "direitos" a serem
resguardados; somente naquelas cidades em que as pessoas são "livres" para
argumentar e para defender seus pontos de vista e interesses é que a justiça
pode ser feita através do diálogo, da discussão aberta, da busca do
consenso, enfim, por meio da Razão. Infelizmente, nem todo mundo tem o
discernimento necessário, capacidade para articular idéias ou desenvoltura
para falar. Por isso, para terem alguma chance, pagam pessoas para brigar
por elas. E se não têm dinheiro, o Estado "democrático de direito"
(repetindo, "Estado Democrático de Direito") cobre as despesas. Bem, pelo
menos era pra ser assim.

O senhor também afirma que o Direito é uma pseudociência. Quem é o senhor
para falar em ciências e pseudociências? Isso é assunto pra filósofo.
Ademais, para o senhor não existem "as ciências", mas "A Ciência", "uma
abstração dogmática que ocupa o lugar de Deus ou de uma teologia
repressiva." Quanto ao seu ceticismo "científico", trata-se de um outro
embuste. Na verdade, o senhor é um policial enrustido cujo discurso
pretensamente "cético" nada mais é que uma tentativa de normatização
policialesca do pensamento.

Sr. Léo, sua mulher é advogada. Respeite a mãe de seus filhos.

Abraços,
Manuel Bulcão

PS.: Caro Brudna, desculpe-me por esta mensagem destemperada. Mas eu
precisava falar tudo isso.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: continuando no clima
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 21:19

Considerando o contexto que
está criado o lado humorístico
ambíguo
perdeu sua pertinência.


==

A questão que eu coloquei
foi de aferição ...

==

[]'s

Celso Galli Coimbra
===============
----- Original Message -----
From: rmtakata@altavista.net
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Monday, June 18, 2001 2:27 PM
Subject: [ciencialist] Re: continuando no clima


Com base em q. um representante da classe
nao eh capaz de entender o carater estritamente
humoristico da frase.

(Ate' porq. o fato de se falar em o 'mais'
inteligente nao significa q. os demais nao
o sejam... alias, ha' pelo menos um
advogado bastante sensato nesta lista.)

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Com base em que
> critérios _"inteligentes"
> você faz a aferição
> de inteligência dos integrantes de uma
> classe profissional
> indispensável na sociedade ?
>
> ==
>
> Dê uma resposta inteligente.
>
> ==
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> ================
>
>
> ----- Original Message -----
> From: <daniellf@h...>
> To: <ciencialist@y...>
> Sent: Monday, June 18, 2001 1:29 PM
> Subject: [ciencialist] continuando no clima
>
>
> Qual o advogado mais inteligente que já existiu?
> Edwin Hubble, ele largou essa coisa e foi estudar Astronomia.

==============================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: O que a cencia precisa saber ... sobre sua existencia
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 21:30

Está sendo aperfeiçoado
há dois mil anos.

===

Saiba, entretanto,
que tem eficiência.,
o que é óbvio.
O direito é uma ciência
de resultados.

===

A chamada "ciência" atual deveria
saber que sem o direito
ela pode dizer adeus
à sua existência ...

===

Terá que ser praticada
dentro de cavernas,
entre uma caçada
e outra.


===

[]'s

Celso Galli Coimbra


----- Original Message -----
From: Alexandre Sedlacek Moana
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Monday, June 18, 2001 2:28 PM
Subject: Re: [ciencialist] O direito aa defesa eh AMPLO. Outras questoes, sao de ordem etica.





"Num regime democrático
o Estado acusa através do
Ministério Público ou de seus
órgãos administrativos e toda
sua infra estrutura.
===
Em contrapartida,
qualquer cidadão tem o
direito constitucional de defesa
( também direito fundamental )
que é AMPLO ( e ao qual ele não pode
renunciar ), executado pelos
Advogados, que estão obrigados
a respeitar regras processuais e
a BOA FÉ processual
===
Em um estado democrático
o direito à defesa é AMPLO."

Tudo isso é muito bonito, mas aqui o que queremos saber é se tem eficiência,
se é a melhor opção ou o que pode ser aperfeiçoado. Isso é que é ciência.

As regras escritas, por sinal por humanos, podem ser falhas, erradas e
imperfeitas. Por melhor que sejam suas redações.

DANE-SE o que escreveram. A ciência quer saber se é a melhor opção, pelo
menos no contexto em questão.

SDS,

Alexandre Sedlacek Moana




============================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 21:59

Olá João e lista,

> Você esquece-se que um tribunal é um local de confronto entre
> a acusação e a defesa. A defesa tem por missão defender o réu,
> não tem por missão fazer justiça.

Mas estamos discutindo justamente se esse método é eficaz ou eficiente.

Porque a "defesa" e a "acusação" não trabalham para a justiça? Talvez fôsse
muito mais justo, não?... :-)

Um grande abraço,

Gabriel Antunes




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa eh uma pergunta etica ?
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 22:14


Olá Celso,

Argumente por favor.

> Não é assim que
> se pode fazer justiça,
> tenha certeza.

Se o senhor se referiu a essa passagem também:

> > Você esquece-se que um tribunal é um local de confronto entre
> > a acusação e a defesa. A defesa tem por missão defender o réu,
> > não tem por missão fazer justiça.
>
> Que se mude isso e que a justica seja feita !

Então, por favor, me diga por quê você acha que a defesa e a acusação NÃO
poderiam trabalhar pela justiça.

Talvez os processos pudessem ser relizados apenas com aqueles que se
consideram inocentes. Se o cliente dissesse para o advogado que ele é
culpado, então este advogado tomaria as providências para que isso valesse
como uma confissão e o cliente fosse condenado. Isto talvez mudasse um pouco
a maneira de se olhar para a justiça.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes




SUBJECT: Assuntos Off-topic
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 22:21


Olá lista,

Rapidamente...

Sei que a discussão de direito está boa, mas, afim de mantermos a seriedade
da lista, não seria melhor evitarmos entrar a fundo em discussões off-topic?

Outra pergunta: a lista têm moderador que censura as mensagens?

Um grande abraço,

Gabriel Antunes




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 22:47


Olá Celso,

> é algo para lá de "Superinteressante"
> como está sendo comentado, com
> pretensões mais "Superinteressantes"

Sinceramente não entendi que pretensões Superinteressantes são essas.

> Quem já leu os Estatutos dos Advogados ( lei federal ) ?
> O Código de Ética dos Advogados ( idem ) ?
> [...]

Também não entendi o propósito desse monte de perguntas. Parece que é para
autoafirmar-se. Imagino que o senhor espere que a maioria dê resposta
negativa às suas perguntas... Mas isso é algo bem natural: por um acaso o
senhor já leu "A Origem das Espécies" ou "O Gene Egoísta"? Ou por um acaso
já leu "Cosmos" de Carl Sagan?

São mundos diferentes; é natural esperar respostas negativas não acha? :-)

Um grande abraço,

Gabriel Antunes




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 22:49


> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>

Só queria dizer que estou concordando inteiramente com suas idéias sobre a
"Reforma do Poder Judiciário" João Carlos Holland de Barcellos. :-)

Um grande abraço,

Gabriel Antunes




SUBJECT: Re: [ciencialist] Hora de parar (Gabriel e os demais que estao explorando o tema generalizante da questao etica )
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 23:23

Olá Celso e lista,

> A pergunta é manifestamente ofensiva e preconceituosa

Um conselho de amigo: coloque a cópia da minha pergunta antes do comentário
pra ficar mais fácil pra todos entenderem que pergunta é.

Aqui vai: "E essas respostas demonstram algum conhecimento por acaso?"

SINCERAMENTE, a pergunta não têm nada de ofensivo nem preconceituosa. Com a
pergunta quis mostrar que suas frases anteriormente comentadas não continham
argumento no "estilo" científico.

> porque generaliza a falta de ética para toda uma
> profissão e seus integrantes.

Eu não disse que a profissão dos advogados sofre de falta de ética.
Realmente não disse. E sem querer ser repetitivo, você não provou que eu
disse (fato incontestável esse)... :-)

> Vou explicar outra coisa então:
> essa abordagem generalizante e depreciativa de uma classe,
> 7CUJO TRABALHO É CONSIDERADO
> DE INTERESSE PÚBLICO na Constituição Federal
> Brasileira,
> diz respeito às atribuições legais da Ordem dos Advogados
> do Brasil e do Ministério Público Federal investigar.
> ===
> Criar essa situação é uma atitude inteligente ?
> [...]
> Mais, como Advogado eu tenho obrigação estatutária de não
> permitir que a classe profissional a qual pertenço
> seja colocada sob suspeitas levianamente.

[Acho realmente que estás confundindo meus argumentos com o de outra pessoa.
Certifique-se bem disto. Se não estiver confundindo mesmo, então o
comentário abaixo é válido.]

Ninguém nessa lisa é criança pra ficar ouvindo este tipo de reprimenda. Não
estou 'teimando' para não entender o que o senhor diz, estou puxando sempre
para o lado científico e pedindo ao senhor que argumente. Diante de um
argumento bem contruído (sensato do ponto de vista científico) eu não
questiono: aceito, já que a lógica têm esta característica irrefutável de
comprovação.

Se, por um lado, o senhor está convencido de que minhas atitudes são burras,
anti-éticas, sem sentido ou sei lá o quê; eu também estou convencido de que
seus argumentos não são científicos.

Não respondo mais aos seus e-mails devido à razão exposta acima.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes




SUBJECT: Surpresa
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/06/2001 23:42


Olá Celso e lista,

Estou simplesmente pasmo diante das ameaças proferidas por Celso Coimbra a
mim a ao Jocax.

Em um momento vejo cientistas debatendo a respeito da ética e de se o
sistema funciona de maneira correta, e em outro vejo um advogado ameaçando a
todos por debaterem sobre isso.

As últimas duas mensagens que li
(http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/10132 e
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/10135)
apresentam ameaças (estou partindo deste pressuposto) a mim e ao Jocax que
nunca vi iguais nos grupos e listas que participei.

Não vejo porque o motivo de tantas ameaças judiciais em uma lista tão
informal (mas não superficial) quanto à ciencialist. Essa não é a primeira
experiência ruim que tive com advogados, e espero não ter que concordar com
a maioria do pessoal que diz que "advogado é fogo..." ou coisa do gênero.

Na minha opinião, eu e o Jocax estavamos debatendo: defendendo um novo jeito
de se fazer justiça, no qual o papel da defesa e da acusação teriam que ser
revistos ou mesmo extintos em favor da justiça.

O companheiro Celso Coimbra achou "ofensivos", "preconceituosos" e
"depreciativos" os comentários (me darei ao luxo de não ter que provar
isso).

Gostaria realmente de saber se só sou eu que estou com esta impressão de
surpresa diante das ameaças (ou se preferirem, advertências) de Celso
Coimbra.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes




SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 01:09

Sr. Takata,
==
o artigo que achou interessante
aplica-se a causas privadas.
==
A providência judicial da Morte encefálica
é de interesse público,
ONDE eu também sou Autor.
==
Estão surgindo declarações de extrema imbecilidade
com relação ao exercício da advocacia,
por parte de listeiro que não respeita
sequer sua esposa, que é advogada.
==
Nesse sentido ele dá cabal demonstração
de sua falta de caráter.
==
Em breve, sem a menor dúvida,
este indivíduo vai estar sendo acusado
por um advogado, precisando
contratar outro para defendê-lo,
e sendo julgado por um Magistrado.
==
Quem o conhecer saberá,
quanto vai engolir sua própria língua.
==


[]'s

Celso Galli Coimbra
================



--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@=
u...> wrote:
> > De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@u...]
> > Algum advogado ja foi presopor defender e inocentar um criminoso?
> > Nao existe pena para esta pratica oficializada.
>
> Existe sim. Tá no estatuto da OAB. E, salvo as suspeitas de
> corporativismo, advogados já perderam a carteira da ordem por
> violar sigilo profissional.

R. Takata:

||Codigo de Etica da OAB:

Titulo 1
Cap 1.
art 6o: E' defeso ao advogado expor os fatos em Juizo falseando
deliberadamente a verdade ou estribando-se na ma'-fe'.

----
Acho q. se traduz assim:
O advogado nao pode mentir de proposito durante um processo.||

Léo:

"Durante um processo todo advogado pode mentir ... desde que não seja de propósito"
----

||Cap 2.
art. 20: O advogado deve abster-se de patrocinar causa contraria 'a etica,
'a moral ou 'a validade de ato juridico em que tenha colaborado,
orientado ou conhecido em consulta; da mesma forma, deve declinar seu
impedimento etico quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta
lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer.

----
Esta redacao eh mais nebulosa. Deixe-me ver se me saio bem: O advogado nao
pode defender alguem q. lhe revele ter cometido algo ilegal, mas tbm nao
pode acusar essa pessoa...||

Léo:

Toda redação/lei/etc. jurídica é nebulosa. Essa é a causa básica da existência da profissão ... interpretar a lei!
Se tais textos fossem escritos por logicistas o curso de direito teria extensão apenas de 6 meses.

||Alias, olha q. coisa interessante eu achei:

Cap 3
Art 33: O advogado deve abster-se de:
II - debater, em qualquer veiculo de divulgacao, causa sob seu patrocinio
ou patrocinio de colega;||






[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: CARA DE PAU
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 02:36


PUTZ !

VEJAM SÓ: "comprovado cientificamente!"

http://www.geocities.com/Athens/Acropolis/9045/
==================================================
"Espírito: o Desafio da Comprovação", (Ed. Elevação, 180 páginas, com CD de Vozes Paranormais) é a primeira obra que retrata o esforço de se autenticar o fenômeno das Vozes Paranormais, conhecido como Transcomunicação Instrumental, em condições laboratoriais. Mais que isso: sendo esse um fenômeno elétrico, é passível de ser replicável e estudado por especialistas em Processamento de Sinais, com suporte da matemática.

Essa possibilidade foi o que levou a autora, Sonia Rinaldi, a traçar o primeiro projeto de cunho científico, que busca comprovar a realidade da sobrevivência após a morte física, tendo como base a TCI.

Segundo ela, somente mediante o endosso da Ciência é que o Espírito poderá deixar os domínios da Religião e entrar no que é da Natureza, sem misticismo ou fantasia.

Os resultados desse projeto surpreenderam a todos, a começar pelos cientistas que participaram dos estudos, vindo a desaguar em revelações inesperadas.

A investigação do fenômeno, detalhada no livro, mostrou dados que ainda nossa Ciência teria dificuldade para explicar. E vai mais longe: constitui o primeiro levantamento das características das Vozes Paranormais com base em análises estatísticas, além de determinar as melhores condições para recepção dos contatos, enfim, o que dá certo, o que não dá e porque não dá, nos experimentos de Transcomunicação Instrumental.

A autora, incansável em sua busca, percebeu que repetir as experiências e procedimentos descobertos pelos colegas europeus nos anos 50 não condizia com sua tendência investigativa e inovadora. Notou que, se ao invés de repetir receitas, procurasse "entender" verdadeiramente o fenômeno, de forma muito mais eficaz se poderia auxiliar aos Comunicantes para se melhorar o intercâmbio. E foi assim que, enquanto grande parte dos transcomunicadores ainda hoje fazem experimentos em gravadores, Sonia rumou para o computador há anos, e com esse meio, alcançou vozes e imagens de melhor qualidade. Sabia que só os recursos digitais permitiriam o controle efetivo das gravações, e isso possibilitaria as condições ideais para atrair a atenção de cientistas interessados em investigar a sobrevivência após a morte.

Essa primeira obra, como qualquer pesquisa, deixa muitas questões sem respostas, mas, isso é importantíssimo, pois pela primeira vez na história se procurou confrontar a nossa Ciência com a dos Comunicantes Espirituais.

Esta obra é imperdível para aqueles que apreciam o lado racional e científico dos fenômenos espiríticos. Nunca Religião e Ciência estiveram tão perto.


PROMOÇÃO PARA VISITANTE DO SITE:

Esse livro (e CD) já se encontra nas livrarias ao preço de R$ 29,00 - mas, nossos visitantes podem solicitar com desconto, sendo que, já incluso embalagem e correio, o preço final é de R$ 23,30.

Para solicitar, favor enviar cheque cruzado, nominal à autora, para:
C.P. 67.005
05391.970 - S.Paulo - SP
==================================================

Vejam novamente: "Esta obra é imperdível para aqueles que apreciam o lado racional e científico dos fenômenos espiríticos. Nunca Religião e Ciência estiveram tão perto".

Gostaram da "promoção"???

Bah... às vezes fica difícil deixar de se irritar quando a CARA DE PAU chega a tal ponto.

Abraços.

Peterson Leal.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mil coisas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 02:43

----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, June 18, 2001 5:35 PM
Subject: RES: [ciencialist] Mil coisas


> Capacho da OAB? Também não simpatizo com muitos colegas de profissão,
> mas, por favor, não generalize.

Não foi minha intenção generalizar mesmo porque tenho muitos amigos
advogados. Aliás, meu pai era advogado e ainda que tenha exercido muito
pouco a profissão, sempre se orgulhou de seu diploma.

> Ok! Não vou lhe dar as costas.

Agradeço a deferência. Se bem que no momento as coisas por aqui andam tão
pretas que estou até desistindo de malhar a OAB. Como disse acima, não tenho
nada contra os advogados e apenas aproveitei a correnteza para levantar
alguns questionamentos. Adoro o diálogo, mas parece que a coisa está
degringolando e portanto prefiro deixar minhas dúvidas para tempos mais
calmos. Por ora, se tiver que "brigar" que seja com os físicos quânticos,
pois estes já sabem que eu não sou de nada e que portanto podem me encarar
numa boa. ;-)

> Sua opinião é indispensável.

Neste caso vou relatar apenas a dúvida principal. Não é uma questão de
direito mas de lógica. Carta Magna, a meu ver, deveria ser independente de
qualquer outro pronunciamento. E como documento independente de qualquer
outro, se fala em OAB, deve definir e caracterizar muito bem o que seja a
OAB. Assim como faz para a Presidência da República, para o Congresso
Nacional, para o Poder Judiciário e tudo o mais, com a única exceção da OAB.
Ou seja: a OAB, por uma questão de lógica, está acima da Constituição. Ou
então algum artigo passou-me desapercebido. Que artigo seria esse? Que outra
entidade corporativista goza desta "regalia".

Tome por exemplo o artigo 200 da Constituição, aquele que fala sobre "a
competência e atribuições" do "sistema único de saúde", sendo que este está
muito bem definido no artigo 198 e em seu parágrafo único. Promova agora as
seguintes modificações: 1) Restrinja o artigo 200 da Constituição de maneira
a que algumas das competências e/ou atribuições sejam eliminadas; 2)
Acrescente um novo artigo a delegar estas competências e/ou atribuições a
alguma entidade corporativista a congregar médicos brasileiros e não
definida na Constituição, mas apenas citada. Seria certo isso?

Quanto ao mais, se os advogados são mais ou menos corporativistas do que os
médicos, ou do que os donos de padaria, ou então se o corporativismo é ou
não deletério para o país (na minha opinião é, pelo menos o corporativismo
selvagem que existe por aí), isto é um assunto que podemos por ora deixar de
lado e por dois motivos: primeiro, porque como tenho percebido, o mar aqui
na Ciencialist não está para peixe; e segundo porque não é impossível que os
amantes de uma ciência mais quadradinha venham nos criticar por estarmos
debatendo assuntos que fogem da seára do cientista (por sinal uma classe
extremamente firmada em um corporativismo doentio, e esta eu conheço bem).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: A BOA - FE DO CFM NA ELABORACAO DA MORTE ENCEFALICA_01
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 02:51

DEMONSTRAÇÕES DE _"BOA FÉ"_
NA RESOLUÇÃO 1.480/97 DO CFM,
===============================
TESTE DA APNÉIA:
DECLARAÇÕES DO NEUROLOGISTA
CELIO LEVYMAN
===============================

O neurologista Celio Levyman,
um dos 12 elaboradores dos critérios
da morte encefálica no Brasil, portanto
da Resolução CFM 1.480/97, em debate
no Programa Opinião, da TV Cultura de
São Paulo, do dia 16 de janeiro de 1998,
afirma publicamente sobre o teste da
apnéia usado para a verificação da morte
encefálica, ipsis literis:
===


" O teste da apnéia não é feito com 10 minutos,
REALMENTE DEIXAR 10 MINUTOS SEM
RESPIRAR, NATURALMENTE QUE O DESASTRE
SERÁ TOTAL, o teste da apnéia é
feito com um tempo muito menor.
O tempo definido é de dois a três minutos."

===
Na resolução 1.480/97 do CFM,
elaborada por ele próprio
( e mais 11 notáveis anônimos )
consta 10 minutos!
===
A gravação comprobatória da declaração
está instruindo procedimento judicial.
===


[]'s

Celso Galli Coimbra
======================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mil coisas ... E vai melhorar !
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 03:17

----- Original Message -----
From: "Celso Galli Coimbra"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, June 18, 2001 7:22 PM
Subject: [ciencialist] Re: Mil coisas ... E vai melhorar !

> eu estou me opondo às generalizações que feitas
> às profissões, ignoram a diferença entre profissionais,
> órgãos de classe e a profissão exercida.

Concordo e o que tinha a dizer a respeito já disse em outra mensagem
(resposta ao Alexandre Medeiros)

> O que não está sendo dito aqui,
> devido à superficialidade e preconceitos infantis
> das abordagens de pessoas como
> o indivíduo que responde pela alcunha de
> Leo

Sinto muito mas com todo o respeito que tenho por todos os colegas da
Ciencialist, e muito particularmente pelo Manuel Bulcão, não consigo ver o
Léo sob esse prisma. Que ele é um gozador, concordo, e frequentemente me
flagro dando corda a esse seu lado humorístico. Mas agora as coisas estão
tomando um rumo diverso e como eu gosto sempre de me postar do outro lado da
questão [quase como um advogado do diabo -- Léo, essa não é pra você, tá?
:-))], procuro visualizar o lado bom do Léo. Por exemplo, sua Feira de
Ciências, que tem ajudado milhares de jovens.

> O que estiver ao meu alcance fazer
> para IRRITÁ-LO, vou continuar fazendo.

Sob esse aspecto, dou-lhe o maior apoio. Aliás, no passado tentei fazer isso
com o Jocax, mas ele não entrou na minha. ;-)

> excluindo o cérebro (que não é utilizado mesmo)
> nem que seja para o sistema de "repique".

Aí eu já discordo. Dos quatro neurônios que ele tem, dois estão funcionando
perfeitamente bem. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mil coisas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 06:44

Olá Manuel,
já lhe respondi em pvt ... deixemos os 'pessoais' fora dessa lista.

[]'
Léo
===================
-----Mensagem Original-----
De: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 18 de junho de 2001 20:14
Assunto: [ciencialist] Re: Mil coisas


Sr. Luiz Ferraz Netto,

Não é minha intenção defender o advogado Celso Coimbra, até porque não estou
acompanhando essa celeuma sobre a morte encefálica. Mas como o senhor é
genérico nos julgamentos que faz dos advogados, e tendo em vista que sou





SUBJECT: Mil coisas ... E vai melhorar ! OU PIORAR!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 07:01

Olá Sr. Coimbra,

finalmente soltou sua veia humorística. Ri bastante ... belas ameaças!
O tremor é tanto que permanecerei em 'stand-by' até que se encerre, nessa lista, suas alegorias de morte encefálica, dos órgãos retirados ao vivo e quimeras advocatícias.

Abraço ao Coimbra e a todos (ao Bulcão, como salientei em pvt, continue assim, é o comportamento de quem tem brios).

Léo
T+

PS: Apenas solicito, cordialmente, que se retire das mensagens trocadas as partes não necessárias, pois que com a re-entrada do Sr. Coimbra, os prolixos textos longos e a repetição deles está entupindo a pasta.

====================
-----Mensagem Original-----
De: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 18 de junho de 2001 19:22
Assunto: [ciencialist] Re: Mil coisas ... E vai melhorar !


Alberto,
==
eu estou me opondo às generalizações que feitas
às profissões, ignoram a diferença entre profissionais,





SUBJECT: Re: [ciencialist] Hora de parar (Gabriel e os demais que estao explorando o tema generalizante da questao etica )
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/06/2001 07:35

O missivista agora quer censurar uma discussao etica que visa
o aprimoramento da legislacao.
==
O missivista parece nao perceber que tal atitude antes de tudo
eh antidemocratica e atenta ao direito de liberdade de expressao
==
O missivista quer impedir ( por interesse proprio? ) que o
a discussao filosofica prossiga impedindo, quem sabe, subsidios
preciosos aa da profissao em estudo.
==
Se nao ha o que se reparar na profissao em estudo nao ha
tambem porque impedir seu prosseguimento que deveria naturalmente
chegar a alguma conclusao conciliatoria.
==
O q esta sendo discutido nao eh o carater dos advogados ou da categoria
e sim falhas na legislacao que podem permitir impunidades em caso de
transgressao moral.
==
Que isto fique claro para que o missivista nao troque alhos com bugalhos.
==
Fica a pergunta pq o missivista ao inves de querer impedir a discussao
do assunto democraticamente nao participa expondo sua opiniao como
todos os debatedores da lista ?

[]s
jocax


Celso Galli Coimbra wrote:

> Hora de parar (Gabriel e os demais que estão
> explorando o tema generalizante da questão ética
> para TODA uma profissão indiscriminadamente)
> =====================================
>
> Sr. Gabriel,
>
> provei sim.
> Mas deixei ao alcance do entendimento
> de cada um.
>
> ===
>
> A pergunta é manifestamente ofensiva e preconceituosa
> porque generaliza a falta de ética para toda uma
> profissão e seus integrantes. Quando ela ao assim
> ser feita DEMONSTRA falta de ética de quem fez.
>
> ===
>
> Isso é manifestamente desprovido, no mínimo
> de inteligência. Veja que a pergunta demonstra
> isso.
>
> ===
>
> Preconceito não é compatível com inteligência.
>
> ===
>
> Era preciso que eu explicasse isso
> para você entender ?
>
> ===
>
> Vou explicar outra coisa então:
> essa abordagem generalizante e depreciativa de uma classe,
> CUJO TRABALHO É CONSIDERADO
> DE INTERESSE PÚBLICO na Constituição Federal Brasileira,
> diz respeito às atribuições legais da Ordem dos Advogados
> do Brasil e do Ministério Público Federal investigar.
>
> ===
>
> Criar essa situação é uma atitude inteligente ?
>
> ===
>
> Seja um bom entendedor. Levantar suspeitas desse nível e
> indiscriminadas não é debater, é MÁ FÉ mesmo.
>
> ===
>
> Essa abordagem inconseqüente, e que ela sim não terá
> como ser provada, vai ficar registrada em arquivos.
>
> ===
>
> Ela transgride legislação federal e é passível de
> esclarecimento objetivo.
>
> ===
>
> Mais, como Advogado eu tenho obrigação estatutária de não permitir
> que a classe profissional a qual pertenço
> seja colocada sob suspeitas levianamente.
>
> ===
>
> Por uma questão INCLUSIVE amistosa agora
> estou alertando que é hora de parar com esse
> enfoque inadmissível.
>
> ===
>
> Espero que isso seja percebido e
> não apareça algum comentário irresponsável para agravar
> essa situação desnecessariamente.
> Tipo: prove que é hora de parar ....
>
> ===
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> ================
> ----- Original Message -----
> From: Gabriel Antunes
> To: ciencialist@yahoogroups.com
> Sent: Monday, June 18, 2001 3:36 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
>
> Olá Celso,
>
> > Quem precisa perguntar se
> > a advocacia é uma profissão ética,
> > está fazendo uma pergunta sem ética,
>
> Não provou por quê, e isso, acho eu, é importantíssimo em uma afirmação que
> se supõe a ser séria (cientificamente).
>
> > depois está fazendo uma pergunta piegas,
> > depois está fazendo uma pergunta sem
> > demonstração de conhecimento,
>
> Chiii... E estas respostas demonstram algum conhecimento por acaso?
>
> > depois está fazendo uma pergunta sem
> > o mínimo de inteligência.
>
> Ih... Lá vem os ataques baixos...
>
> Um grande abraço,
>
> Gabriel Antunes
>
> ==========================
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/06/2001 07:38

João Mário Miranda wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Minha pergunta eh :
> > Algum advogado ja foi preso por libertar um criminoso
> > sabendo que este era culpado?
>
> Uma pessoa só pode ser declarada culpada depois do julgamento.
> Um advogado não pode concluir que uma pessoa é culpada sem
> realizar um julgamento.

PODE SIM.
Enquanto o advogado prepara a defesa,
seu cliente pode confesssar que eh culpado ou o proprio advogado
descobrir provas materiais que atestem a culpa do cliente.


[]s
jocax






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Joao -- olhe os limites -- Nao generalize
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/06/2001 07:40

Celso Galli Coimbra wrote:

> João,
>
> não force limites.
> O alerta é amistoso.
>

Pq vc nao defende seus pontos de vista ao inves de amacar?
Acho q eh mais facil, e talvez mais prazeroso, ameacar,
nao eh mesmo?

[]s
jocax






SUBJECT: Re: En: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/06/2001 07:47

Sheila wrote:

> Oi, João
>
> Qdo vc usa a palavra libertado, vc fala sobre ser preso ou solto,
> independente dele ter sido declarado culpado?

A situacao hipotetica q eu estava estudando era a seguinte :
O criminoso contrata um advogado para defende-lo.
O advogado, enquanto prepara a defesa de seu cliente, fica sabendo
por confissao do cliente ou outros meios, que o cliente eh culpado.
Mesmo assim este advogado consegue defender o cliente no tribunal
inocentando-o.
Ou seja ele ajudou que um crimnoso fosse libertado. ( Isso eh imoral l)

Posteriormente este mesmo cliente eh condenado por outro crime
, por exemplo, e descobre-se durante as investigacoes que :
1- O cliente era culpado do crime anterior em q tinha sido absolvido.
2- O advogado d ocliente sabia de sua culpabilidade.

Entao ficam as questoes eticas :
1-Eh licito que este advogado permita que isto ocorra?
2-Em sendo configurado a atitude imoral acima nao deveria este advogado
ser punido tambem?
3-A ausencia de punicao legal nao estimularia a pratica da imoralidade?

Acredito que para resolver estas questoes a legislacao deveria ser
alterada.

[]s
jocax

>
> Creio uma pessoa que foi condenada a pena de reclusão tenha sido declarado
> culpada.
> O que quero mesmo dizer, é que se alguém é considerado inocente, mesmo que
> ele seja autor de um crime que resultaria em detenção, seria ilógico o
> advogado ser considerado culpado.
> Como seria então? O "criminoso" é declarado inocente, e um segundo
> julgamento se instalaria condenando seu advogado pelo réu haver sido
> inocentado? Isso não faz sentido pra mim...
>
> []s,
> Sheila.
>
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
>
> Minha pergunta eh :
> Algum advogado ja foi preso por libertar um criminoso
> sabendo que este era culpado?
>
> []s
> jocax
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/




SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/06/2001 07:50

"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

> Não é o advogado quem liberta criminoso. É o juiz baseado nas alegações da
> acusação e da defesa.
>
> ***
>
> Tá! Tá! Tá! Sem rodeios, eu sei o que você tá querendo dizer.
> Também acho imoral um advogado (sabendo que seu cliente estuprou
> e matou uma garotinha) tentar convencer o juri que seu cliente
> é um santo.
>
> Se fosse meu cliente, apenas evitaria que ele fosse condenado por,
> digamos, genocídio. Esse deveria ser o papel do advogado.
>
> Mas, pô, não é toda uma classe que deve ser escarniçada por causa
> disso. Este é seu erro!
>

Eu nao estou escarnicando a classe dos advogados e sim discutindo
os estatutos que regem a profissao no sentido de APRIMORA-LA.
Sao coisas bem diferentes. Leia a mensagem original e o PS q eu
coloquei no fim dela.
[]s
jocax





SUBJECT: Re: RES: RES: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/06/2001 07:54

"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

> > De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]
>
> > Mas a defesa deveria TER LIMITES eh isso q estou propondo.
> > Ele deve defender ateh no limte que esta defesa esbarre am alguma
> > norma etica. Por exemplo
> > Eh etico vc absolver um Homicida-serial-killer tantando induzir o Juri
> > de qqr maneira que nao foi o reu que assassinou MESMO sabendo-se
> > que foi ele?
> > Se o advogado souber a culpabilidade e absolver o criminoso
> > deveria ser penalizado por isso.
>
> Nesses termos, também concordo! Mas, não dá, Jocax! Simplesmente
> não dá! Isso é uma questão de foro íntimo do advogado.

Nao eh questao soh de foro intimo.
Se o advogado sabe que nada lhe acontecera ele nao tem pq temer
a pratica imoral. O q eu estou propondo eh simplesmente que
em constatado a pratica o advogado seja incriminado. Isso deveria
diminuir a ocorrencia destes casos e nao impedi-las de todo.
O q se ganha , principalmente, eh q a legislacao da profissao
ficaria eticamente bem fundamentada e nao com um buraco etico
como esta agora.
[]s
jocax






SUBJECT: DESAFIO
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 08:32





""""Eu já alertei.

==
Ignorância de leis
não isenta um analfabeto
de cumpri-las.
==

Vocês estão transgredindo
legislação federal. """

______________

Caro Sr. Coimbra,

Estou lhe desafiando a provar sua competência indicando onde eu possa ter
transgredido a CF.

Falar é muito fácil, agora argumente mesmo dentro dos códigos, porque
argumentar dentro de idéias já vimos que não foi possível.

Estou esperando uma resposta coerente dessa vez!

SDS,

Alexandre Sedlacek Moana





SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/06/2001 11:20

Pronto,

acho q. todos ja' nos desentendemos bastante e saimos
completamente da linha cientifica de exploracao do tema...

Podemos encerrar esta discussao na lista por aqui, nao?

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] Assuntos Off-topic
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 14:20

(risos)

Agora a confusão se completou,he,he...

As mensagens perderam a sequência cronológica.

Atentem...algumas foram postadas depois, mesmo tendo sidas enviadas antes...

SDS,

ASM




SUBJECT: En: [ciencialist] Alerta amistoso
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 14:30

Alexandre, por favor, poderia me dizer se foi um deslize de escrita, ou se
me incluiu no rol de pessoas que vc chama de "idiotas" e diz pra se danarem?

[]s,
Sheila.

----- Original Message -----
From: Alexandre Sedlacek Moana <alex@energias.com.br>



É impressão minha ou estão ameaçando nessas mensagens?

Algum idiota parece não saber a diferença entre um debate e a ESTÚPIDA
crença dele?

TUDO, ABSOLUTAMENTE TUDO pode ser questionado pela ciência.

Se não podem entender isso mudem-se para uma lista de IDIOTAS DOGMÁTICOS!

DANEM-SE.

E PROVEM, mas pela ciência!

IDIOTAS!

SDS,

Alexandre Sedlacek Moana




SUBJECT: Re: [ciencialist] Alerta amistoso
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 14:41


E o que isso aqui veio fazer na minha caixa de correio???????????

Alexandre,

Como o Brudna passou a moderar a lista (não lhe tiro a razão), eu pensei que
a minha mensagem não seria editada, por ser uma resposta agressiva a uma
agressão e por não ter conteúdo compatível com o tema da lista.

Por isso, enviei para os que estavam debatendo acerca da ética na advocacia
a minha mensagem.

Foi só um desabafo. E não tem nada a ver com alerta amistoso ou não. Não
pretendo "processar" ninguém.

Nesta lista só discuto ciência e assuntos correlatos, embora algumas pessoas
utilizam o fato de eu ser advogado (espero que por pouco tempo) para
rebater-me com argumentos 'ad hominem'.

Peço-lhe desculpas por ter entulhado sua caixa de correio com minhas
queixas.

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: [ciencialist] Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/06/2001 14:49



Gabriel Antunes wrote:
>
> Olá João e lista,
>
> > Você esquece-se que um tribunal é um local de confronto entre
> > a acusação e a defesa. A defesa tem por missão defender o réu,
> > não tem por missão fazer justiça.
>
> Mas estamos discutindo justamente se esse método é eficaz ou eficiente.
>
> Porque a "defesa" e a "acusação" não trabalham para a justiça? Talvez fôsse
> muito mais justo, não?... :-)

Não estou a perceber qual é a sua teoria do processo judicial.

Num processo judicial, um acusador acusa. Normalmente a acusação
tem um interesse próprio em acusar. Pode ser alguém que diz que
você lhe deve dinheiro. Logo, a acusação nunca é imparcial. Tem
um interesse próprio. Não está interessada na justiça, está
interessada em ganhar a causa. O acusado tem direito a defender-se.
Como é óbvio, o acusado não está interessado na justiça, está
interessado em ganhar a causa. Logo, o acusado não é imparcial.
Ainda bem que nem você nem o Jocax defendem que o acusado devia
trabalhar para a justiça. O acusado não percebe nada de leis e
contrata um advogado de defesa. A defesa é uma extenção da acusação,
não é um braço da justiça. Quem é o acusado que estaria disposto a
contratar um advogado que defende os interesses da justiça e não
os do réu? Se os advogados defendessem a justiça não serviriam para
nada. Mais valia confiar no bom senso do Juiz.

Você diz que seria mais justo. Seria mais justo como? Como é que
um advogado de defesa pode defender o réu e ao mesmo tempo
julga-lo? Essas duas funções são incompativeis.

Também seria melhor que um sindicato defendesse bem os direitos
dos tabalhadores e os interesses da empresa. Mas há um conflito
de interesses...Por isso é que há sindicatos

Também seria melhor que os partidos políticos defendessem todos
o interesse do país, mas num país há conflitos de interesses e
por isso é que há partidos...

A sociedade é conflitual, não é o jardim do Eden.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: Alerta amistoso
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/06/2001 15:45

'Eu compreendo porque não gostam de advogados ... indiscriminadamente.'

Adivinhem quem disse isso?

(Pode estar fora de contexto entao quem quiser ler na integra:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/1269 )

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 17:21

Gostaria de perguntar aos membros da lista se estão de acordo em enviarmos
as mensagens do Advogado Ameaçador e Insultador para a OAB.

SDS,

ASM


----- Original Message -----
From: Celso Galli Coimbra <c.galli@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, June 19, 2001 1:09 AM
Subject: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta
eh etica ?


Sr. Takata,
==
o artigo que achou interessante
aplica-se a causas privadas.
==
A providência judicial da Morte encefálica
é de interesse público,
ONDE eu também sou Autor.
==
Estão surgindo declarações de extrema imbecilidade
com relação ao exercício da advocacia,
por parte de listeiro que não respeita
sequer sua esposa, que é advogada.
==
Nesse sentido ele dá cabal demonstração
de sua falta de caráter.
==
Em breve, sem a menor dúvida,
este indivíduo vai estar sendo acusado
por um advogado, precisando
contratar outro para defendê-lo,
e sendo julgado por um Magistrado.
==
Quem o conhecer saberá,
quanto vai engolir sua própria língua.
==


[]'s

Celso Galli Coimbra
================



--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@=
u...> wrote:
> > De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@u...]
> > Algum advogado ja foi presopor defender e inocentar um criminoso?
> > Nao existe pena para esta pratica oficializada.
>
> Existe sim. Tá no estatuto da OAB. E, salvo as suspeitas de
> corporativismo, advogados já perderam a carteira da ordem por
> violar sigilo profissional.

R. Takata:

||Codigo de Etica da OAB:

Titulo 1
Cap 1.
art 6o: E' defeso ao advogado expor os fatos em Juizo falseando
deliberadamente a verdade ou estribando-se na ma'-fe'.

----
Acho q. se traduz assim:
O advogado nao pode mentir de proposito durante um processo.||

Léo:

"Durante um processo todo advogado pode mentir ... desde que não seja de
propósito"
----

||Cap 2.
art. 20: O advogado deve abster-se de patrocinar causa contraria 'a etica,
'a moral ou 'a validade de ato juridico em que tenha colaborado,
orientado ou conhecido em consulta; da mesma forma, deve declinar seu
impedimento etico quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta
lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer.

----
Esta redacao eh mais nebulosa. Deixe-me ver se me saio bem: O advogado nao
pode defender alguem q. lhe revele ter cometido algo ilegal, mas tbm nao
pode acusar essa pessoa...||

Léo:

Toda redação/lei/etc. jurídica é nebulosa. Essa é a causa básica da
existência da profissão ... interpretar a lei!
Se tais textos fossem escritos por logicistas o curso de direito teria
extensão apenas de 6 meses.

||Alias, olha q. coisa interessante eu achei:

Cap 3
Art 33: O advogado deve abster-se de:
II - debater, em qualquer veiculo de divulgacao, causa sob seu patrocinio
ou patrocinio de colega;||






[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



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SUBJECT: En: [ciencialist] Alerta amistoso
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
CC: <alex@energias.com.br>, <lrb@if.ufrgs.br>
DATE: 19/06/2001 17:34


----- Original Message -----
From: Sheila <hcaprini@uol.com.br>
To: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, June 19, 2001 2:30 PM
Subject: En: [ciencialist] Alerta amistoso


Alexandre, por favor, poderia me dizer se foi um deslize de escrita, ou se
me incluiu no rol de pessoas que vc chama de "idiotas" e diz pra se danarem?

[]s,
Sheila.

----- Original Message -----
From: Alexandre Sedlacek Moana <alex@energias.com.br>



É impressão minha ou estão ameaçando nessas mensagens?

Algum idiota parece não saber a diferença entre um debate e a ESTÚPIDA
crença dele?

TUDO, ABSOLUTAMENTE TUDO pode ser questionado pela ciência.

Se não podem entender isso mudem-se para uma lista de IDIOTAS DOGMÁTICOS!

DANEM-SE.

E PROVEM, mas pela ciência!

IDIOTAS!

SDS,

Alexandre Sedlacek Moana





SUBJECT: Re: Alerta amistoso
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 18:14

DEBATE NÃO É OFENSA GENERALIZADA
A TODA UMA CLASSE PROFISSIONAL
SEJA QUAL FOR ESSA CLASSE.
=================================
Já que o Sr.
escolheu usar a palavra IDIOTA.
Vamos examinar melhor a aplicação
desse vocábulo.
==
Só um IDIOTA nato pode entender
como ameaça um alerta amistoso,
CAUTELARMENTE qualificado como
tal, com o exclusivo objetivo de
evitar que surjam problemas
_INDEPENDENTES de qualquer
iniciativa INDIVIDUAL_
(_prestou atenção nesse detalhe ?_)
decorrentes de legislações federais
que estão sendo transgredidas
por abordagens LEVIANAS,
que NADA têm a ver com debates
restrito ao âmbito dos ARGUMENTOS.
==
SE a _CRIANÇA DA CLAQUE_,
com sua irrepreensível _"postura científica"_
DESCONHECE essa legislação e DESCONHECE que ela
PROÍBE as leviandades aqui proferidas,
SEJA PARA QUAL PROFISSÃO FOR
E SEU MEMBROS, dane-se ela e sua
_ciência de faz de conta_,
que está por especial atributo de
inteligência à procura de problemas.
==
A CRIANÇA DA _CLAQUE_
DOS IDIOTAS ( Luiz Ferraz Morto Encefálico Netto )
não se deu ao trabalho
de PERGUNTAR (e esperar resposta)
antes de sair tirando
conclusões, devido à sua arrogância
e presunção de que ciência é apenas
o quase nada que ele conhece.
==
Quando enviei esse email,
_CRIANÇA DA CLAQUE_, estava
eu recebendo pedido de CONFIRMAÇÃO
sobre AS IDIOTICES proferidas nessa
lista generalizantes e OFENSIVAS a
TODAS as pessoas integrantes de
uma profissão.
==
Só IDIOTAS por vocação
não percebem que esse BESTIOLÓGICO
já está tipificado.
==
BESTIOLOGISTAS, Alexandre, não sabem
DIFERENCIAR
ameaça de um alerta _ressalvado como amistoso_,
com o exclusivo objetivo de não
agravar uma situação.
==
Se a CRIANÇA DA CLAQUE
tem algum problema com seus
pais, resolva em casa.
==
PERGUNTE para eles porque eles
"não prestam como pessoas porque
atuam na defesa de terceiros que
_*podem*_ ser culpados",
como foi sustentado aqui por pessoas
que garganteiam sobre ciência ( ? ).
===
Vá adquirir um pouco de experiência,
antes de querer engrossar a voz.
Ou dito de outra forma _cresça_!
==
DEPOIS vem a historinha
covarde: "era brincadeira ..., como
vocês não entenderam isso ?"
==

Celso Galli Coimbra

----- Original Message -----
From: Alexandre Sedlacek Moana
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Monday, June 18, 2001 8:48 PM
Subject: Re: [ciencialist] Alerta amistoso


É impressão minha ou estão ameaçando nessas mensagens?

Algum idiota parece não saber a diferença entre um debate e a ESTÚPIDA
crença dele?

TUDO, ABSOLUTAMENTE TUDO pode ser questionado pela ciência.

Se não podem entender isso mudem-se para uma lista de IDIOTAS DOGMÁTICOS!

DANEM-SE.

E PROVEM, mas pela ciência!

IDIOTAS!

SDS,

Alexandre Sedlacek Moana





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: Surpresa
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 18:19

Gabriel,
==
Pressuposto errado.
==
O Sr. não sabe o que é ameaça.
==
Como seus emails são argumentados
lhe darei outras respostas depois.
==
[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: Gabriel Antunes
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Monday, June 18, 2001 11:42 PM
Subject: [ciencialist] Surpresa



Olá Celso e lista,

Estou simplesmente pasmo diante das ameaças proferidas por Celso Coimbra a
mim a ao Jocax.

Em um momento vejo cientistas debatendo a respeito da ética e de se o
sistema funciona de maneira correta, e em outro vejo um advogado ameaçando a
todos por debaterem sobre isso.

As últimas duas mensagens que li
(http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/10132 e
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/10135)
apresentam ameaças (estou partindo deste pressuposto) a mim e ao Jocax que
nunca vi iguais nos grupos e listas que participei.

Não vejo porque o motivo de tantas ameaças judiciais em uma lista tão
informal (mas não superficial) quanto à ciencialist. Essa não é a primeira
experiência ruim que tive com advogados, e espero não ter que concordar com
a maioria do pessoal que diz que "advogado é fogo..." ou coisa do gênero.

Na minha opinião, eu e o Jocax estavamos debatendo: defendendo um novo jeito
de se fazer justiça, no qual o papel da defesa e da acusação teriam que ser
revistos ou mesmo extintos em favor da justiça.

O companheiro Celso Coimbra achou "ofensivos", "preconceituosos" e
"depreciativos" os comentários (me darei ao luxo de não ter que provar
isso).

Gostaria realmente de saber se só sou eu que estou com esta impressão de
surpresa diante das ameaças (ou se preferirem, advertências) de Celso
Coimbra.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes


===============


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Finalizar polemica. (administrador)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/06/2001 18:29

Peco que todos debatedores da questao direito-morte-encefalica-
saude encontrem algum modo de finalizar os debates ou diminuir o
numero de comentarios.

Para quem tiver interesse em continuar o debate indico a lista
http://groups.yahoo.com/group/direito_saude/

Para fazer a inscricao envie um mail para
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com

Reclamacoes e/ou comentarios devem ser direcionados para
lrb@if.ufrgs.br com o subject (assunto) 'Polemica na Ciencialist'.

Obrigado.
Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Surpresa
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 19:06

Olá Gabriel,

Gabriel: Na minha opinião, eu e o Jocax estavamos debatendo: defendendo um
novo jeito de se fazer justiça, no qual o papel da defesa e da acusação
teriam que ser revistos ou mesmo extintos em favor da justiça.

Manuel: Eu entendi seu debate com o Jocax como uma avaliação científica
(porém informal) a respeito da forma de se fazer justiça. Acho esse assunto
interessante e válido.

Creio que o melhor meio de se fazer justiça é o mesmo que a comunidade
científica se vale para se chegar o mais próximo possível da verdade: a
prova material e a discussão livre e aberta, em que um tenta "falsear" o
arrazoado (hipótese) do outro até se chegar a um consenso.

A discussão (regrada e com árbitro) é o principal instrumento da razão.

O Direito Penal depende muito de uma ciência 'stricto sensu' chamada
medicina legal. É importante investir mais no seu desenvolvimento.

Sou contra a pena de morte e outras penas muito severas porque entendo que
até os instrumentos da razão tem as suas vicissitudes. As falácias, por
exemplo, que muitas vezes são bastante convincentes. Nada é perfeito.

Como se sabe, nas ciências empíricas não há verdades absolutas. Por razões
semelhantes, não deve haver uma "culpa absoluta."

Freud disse (eu não podia deixar de falar em Freud) que um pouco de
transgressão faz bem para a saúde. Creio que isso deve ser considerado como
atenuante.

Francamente, não tenho saco para falar sobre Direito nos meus momentos de
folga. Por isso, não vou me prolongar.

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Finalizar polemina - segunda parte (administrador)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/06/2001 21:38

Vou enviar os 22 e-mails que ainda estao na fila.

Espero que essas mensagens nao sirvam para prolongar ainda mais a
discussao.

O debate pode continuar, mas de forma mais calma e dando espaco
para que outros assuntos surjam naturalmente na lista.

A melhor solucao eh direcionar o debate para a lista
http://groups.yahoo.com/group/direito_saude/

Obrigado pela atencao.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.




SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 22:05

Questão de ordem.

O João conhece a legislação que acha
que deve ser alterada ?

==

Se não conhece essa legislação,
o que está evidente pelos erros que vem
cometendo, como pode
sugerir mudanças ?

==

Mas já que fala como se conhecesse,
então INDIQUE especificamente
qual é ela.

==

[]'s

Celso Galli Coimbra



----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Tuesday, June 19, 2001 7:47 AM
Subject: Re: En: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?


Sheila wrote:

> Oi, João
>
> Qdo vc usa a palavra libertado, vc fala sobre ser preso ou solto,
> independente dele ter sido declarado culpado?

A situacao hipotetica q eu estava estudando era a seguinte :
O criminoso contrata um advogado para defende-lo.
O advogado, enquanto prepara a defesa de seu cliente, fica sabendo
por confissao do cliente ou outros meios, que o cliente eh culpado.
Mesmo assim este advogado consegue defender o cliente no tribunal
inocentando-o.
Ou seja ele ajudou que um crimnoso fosse libertado. ( Isso eh imoral l)

Posteriormente este mesmo cliente eh condenado por outro crime
, por exemplo, e descobre-se durante as investigacoes que :
1- O cliente era culpado do crime anterior em q tinha sido absolvido.
2- O advogado d ocliente sabia de sua culpabilidade.

Entao ficam as questoes eticas :
1-Eh licito que este advogado permita que isto ocorra?
2-Em sendo configurado a atitude imoral acima nao deveria este advogado
ser punido tambem?
3-A ausencia de punicao legal nao estimularia a pratica da imoralidade?

Acredito que para resolver estas questoes a legislacao deveria ser
alterada.

[]s
jocax

>
> Creio uma pessoa que foi condenada a pena de reclusão tenha sido declarado
> culpada.
> O que quero mesmo dizer, é que se alguém é considerado inocente, mesmo que
> ele seja autor de um crime que resultaria em detenção, seria ilógico o
> advogado ser considerado culpado.
> Como seria então? O "criminoso" é declarado inocente, e um segundo
> julgamento se instalaria condenando seu advogado pelo réu haver sido
> inocentado? Isso não faz sentido pra mim...
>
> []s,
> Sheila.
>
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
>
> Minha pergunta eh :
> Algum advogado ja foi preso por libertar um criminoso
> sabendo que este era culpado?
>
> []s
> jocax
>
> &&& --- &&&
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> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/06/2001 22:09

--- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:
> Gostaria de perguntar aos membros da lista se estão de acordo em
enviarmos
> as mensagens do Advogado Ameaçador e Insultador para a OAB.

Eu nao. Acho q. nao cabe. Ele apenas perdeu as estribeiras o q. eh
normal em situacao de muita pressao.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: Ser Coritniano eh etico ? Ser gremista sem duvida eh etico.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 22:27

João,
==
se você entendeu isso como ameaça
é porque não sabe o que é ameaça,
e eu não vou explicar ou demonstrar
mais nada
para as pessoas que de "modo geral"
estão mesmo é sem o que fazer.
==
Motores de busca concentrados em
programas profissionais de pesquisa rastreiam
palavras e expressões que você deveria evitar.
==
Quanto a debater,
teria que estar ausente o aspecto de ofensa pessoal
que já ocorreu aqui e está presente na abordagem
generalizante.
Depois, quando sai uma resposta mais pesada,
sempre tem alguém para dizer: "foi brincadeira ... "

==
Além disso,
vocês não têm sequer noções de direito
pelo que estão manifestando,
salvo exceções bem definidas que se pronunciaram
e já nem estão mais ai ...
==
Quando alguém coloca a explicação
de uma noção básica, explica, lá
vem uma abordagem sem pertinência.
==
Você, sendo biólogo ( não sei se é ) acha que eu
posso fazer postulado de autoridade sobre biologia
para quem é especialista nela ?
==
Que eu posso sair distorcendo noções e conceitos ?
==
Esse debate teria pontos que julgo interessantes,
mas tornou-se impossível participar dele
ou outro colega contribuir
pela maneira ofensiva como tem sido
abordado.
==
A biologia é uma profissão ética ?
==
A medicina é uma profissão ética ?
==
A RELIGIÃO "criada" pelo JOÃO --
O _"GEN ... não sei o quê"_
é uma RELIGIÃO ÉTICA ?
(claro que não é, não cabe sequer a pergunta ...)
==
O catolicismo é uma religião ética ?
==
O ceticismo é ético ?
==
O protestantismo é ético ?
==
HÁ UM SOFISMA NA PROPOSIÇÃO.
==
Portanto, fiquem privados de maiores
contribuições.
==
[]'s

Celso Galli Coimbra
================


----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Tuesday, June 19, 2001 7:40 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Joao -- olhe os limites -- Nao generalize


Celso Galli Coimbra wrote:

> João,
>
> não force limites.
> O alerta é amistoso.
>

Pq vc nao defende seus pontos de vista ao inves de amacar?
Acho q eh mais facil, e talvez mais prazeroso, ameacar,
nao eh mesmo?

[]s
jocax


=============================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/06/2001 22:28



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> PODE SIM.
> Enquanto o advogado prepara a defesa,
> seu cliente pode confesssar que eh culpado ou o proprio advogado
> descobrir provas materiais que atestem a culpa do cliente.

Mas o advogado não pode fazer de acusação e de juiz. Toda a
gente tem direito a uma defesa e a um julgamento imparcial.
Até esse julgamento, toda a gente é inocente, mesmo. Mesmo
que encontre provas ele não pode tirar conclusões. Só um
juiz é que pode.

Mais, ninguém pode se incriminar a si próprio, logo
confissão vale zero.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re:Finalizar polemina - segunda parte (administrador)
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
CC: <lrb@if.ufrgs.br>
DATE: 19/06/2001 22:50

Sr. Administrador,

essa sua sugestão foi sem ética alguma.
( já sei é aquela história da brincadeira ...
nada é assumido, é tudo brincadeira ... ).
Brincando também se diz o que não se
tem coragem de falar de outra maneira ...
Nem dá no mesmo, é pior.
==
A sugestão é sem efeito.
Porque como muitos sabem essa é uma das listas
que administro.
==
E ao contrário do que é permitido aqui,
nela não se permite ofensa pessoal ( disfarçada de
brincadeira ... )
==
O debate é livre, a lista é multidisciplinar e não
tem as restrições dos off topic
==
Tem inclusive transplantadores e laboratórios farmacêuticos
nessa lista e
não há baixarias.
==
Não há surtos de "donos da lista"
porque um listeiro não simpatiza
com a forma como o outro escreve, ou conteúdo,
etc.
==
Sem os patrulhamentos do politicamente
correto nisso ou naquilo.
Aqui: isso não é ciência !!! aquilo que é ciência !!!
Já lá: aprenderiam o que é ciência.
==
Filtros servem para o quê ?
==
Aliás parece que houve um cadastramento
hoje de alguém daqui lá, não é mesmo ?
==

[]'s

Celso Galli Coimbra

----- Original Message -----
From: lrb@if.ufrgs.br
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Tuesday, June 19, 2001 9:38 PM
Subject: [ciencialist] Finalizar polemina - segunda parte (administrador)


Vou enviar os 22 e-mails que ainda estao na fila.

Espero que essas mensagens nao sirvam para prolongar ainda mais a
discussao.

O debate pode continuar, mas de forma mais calma e dando espaco
para que outros assuntos surjam naturalmente na lista.

A melhor solucao eh direcionar o debate para a lista
http://groups.yahoo.com/group/direito_saude/

Obrigado pela atencao.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 22:57

Alexandre,

cresça e apareça.

Envie e quem pode arranjar problemas não
sou eu ...

Ganha uma bala ( de goma ) se conseguir saber porque ...

Aliás, vai ser perda de tempo,
ela já pegou os arquivos de vocês com
o título que eu disse que era para ser evitado.

Perca o seu tempo ...



[]'s

Celso Galli Coimbra
===============


----- Original Message -----
From: rmtakata@altavista.net
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Tuesday, June 19, 2001 10:09 PM
Subject: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?


--- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:
> Gostaria de perguntar aos membros da lista se estão de acordo em
enviarmos
> as mensagens do Advogado Ameaçador e Insultador para a OAB.




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: Alerta amistoso
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 23:02

Especialista na _descontextualização _
de idéias.

Isso já gerou um descrédito.

Celso Galli Coimbra
====================
----- Original Message -----
From: rmtakata@altavista.net
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Tuesday, June 19, 2001 3:45 PM
Subject: [ciencialist] Re: Alerta amistoso


'Eu compreendo porque não gostam de advogados ... indiscriminadamente.'

Adivinhem quem disse isso?

(Pode estar fora de contexto entao quem quiser ler na integra:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/1269 )

[]s,

Roberto Takata





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: Chega de Direito!!!
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/06/2001 23:26

Antonio,

sabe para o que servem os recursos
de filtros de seu correio eletrônico ?
==
Você acha que eu vou mudar
minha forma de escrever para lhe
agradar ?
==
Eu já administro várias listas.
==
Irrite-se em paz ...
==
Eu não vim aqui (a passeio) para falar de direito,
pelo contrário.
==

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
(sempre que eu visito essa lista
ela fica movimentada, não sabia ?)
==========================


----- Original Message -----
From: Antonio Godoy
To: Ciencialist
Sent: Monday, June 18, 2001 6:50 PM
Subject: [ciencialist] Chega de Direito!!!


Olá, pessoal.

Por favor, PAREM com esta interminável e prolixa thread... desse jeito não é possível permanecer, isso está totalmente fora dos objetivos da lista e, creio, do interesse da maioria dos participantes.

Por que não cria uma lista específica para tratar do assunto, Sr. Celso? Seria esta lista o foro apropriado para promover acaloradas discussões jurídicas? Até quando se discute MQ com o Alberto (herege!!! :)) na lista é possível manter-se o senso de humor. O seu estilo processual de escrever é irritante e desnecessário... Para quê isso? Sábios foram realmente Hubble e Avogadro, que deixaram essa atividade menor para dedicar-se à ciência, como já disse alguém nesta lista.

Afff... desculpem o desabafo, mas isso está irritante demais!

Godoy


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/06/2001 07:46


Celso Galli Coimbra wrote:

> Questão de ordem.
>
> O João conhece a legislação que acha
> que deve ser alterada ?
>

1- No julgamento o Reu faz uma declaracao jurando dizer a verdade, nao eh?
O Advogado de defesa faz tambem este juramento?
( Creio que nao, e isso deveria ser alterado para q ele tbem o fizesse).

2-Reus que foram inocentados e posteriormente descobriu-se sua culpabilidade
indica que poderia ter ocorrido um crime moral do advogado.
Existe alguma investigacao neste caso para se saber se o advogado sabia da
culpabilidade do seu cliente?
( Creio que nao, e isso deveria ser alterado para q ele fosse tambem alvo
de investigacoes ).

OU ( como diz o Datena ) ESTOU ENGANADO?
[]s
jocax



>
> ==
>
> Se não conhece essa legislação,
> o que está evidente pelos erros que vem
> cometendo, como pode
> sugerir mudanças ?
>
> ==
>
> Mas já que fala como se conhecesse,
> então INDIQUE especificamente
> qual é ela.
>
> ==
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos
> To: ciencialist@yahoogroups.com
> Sent: Tuesday, June 19, 2001 7:47 AM
> Subject: Re: En: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
>
> Sheila wrote:
>
> > Oi, João
> >
> > Qdo vc usa a palavra libertado, vc fala sobre ser preso ou solto,
> > independente dele ter sido declarado culpado?
>
> A situacao hipotetica q eu estava estudando era a seguinte :
> O criminoso contrata um advogado para defende-lo.
> O advogado, enquanto prepara a defesa de seu cliente, fica sabendo
> por confissao do cliente ou outros meios, que o cliente eh culpado.
> Mesmo assim este advogado consegue defender o cliente no tribunal
> inocentando-o.
> Ou seja ele ajudou que um crimnoso fosse libertado. ( Isso eh imoral l)
>
> Posteriormente este mesmo cliente eh condenado por outro crime
> , por exemplo, e descobre-se durante as investigacoes que :
> 1- O cliente era culpado do crime anterior em q tinha sido absolvido.
> 2- O advogado d ocliente sabia de sua culpabilidade.
>
> Entao ficam as questoes eticas :
> 1-Eh licito que este advogado permita que isto ocorra?
> 2-Em sendo configurado a atitude imoral acima nao deveria este advogado
> ser punido tambem?
> 3-A ausencia de punicao legal nao estimularia a pratica da imoralidade?
>
> Acredito que para resolver estas questoes a legislacao deveria ser
> alterada.
>
> []s
> jocax
>
> >
> > Creio uma pessoa que foi condenada a pena de reclusão tenha sido declarado
> > culpada.
> > O que quero mesmo dizer, é que se alguém é considerado inocente, mesmo que
> > ele seja autor de um crime que resultaria em detenção, seria ilógico o
> > advogado ser considerado culpado.
> > Como seria então? O "criminoso" é declarado inocente, e um segundo
> > julgamento se instalaria condenando seu advogado pelo réu haver sido
> > inocentado? Isso não faz sentido pra mim...
> >
> > []s,
> > Sheila.
> >
> > From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> >
> > Minha pergunta eh :
> > Algum advogado ja foi preso por libertar um criminoso
> > sabendo que este era culpado?
> >
> > []s
> > jocax
> >
> > &&& --- &&&
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> > &&& --- &&&
> >
> > Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/06/2001 07:50

Alexandre Sedlacek Moana wrote:

> Gostaria de perguntar aos membros da lista se estão de acordo em enviarmos
> as mensagens do Advogado Ameaçador e Insultador para a OAB.
>
>

Minha opiniao eh q se ele parar de ameacar o livre e construtivo debate de ideias
com processos , tal expediente nao se fara necessario.
[]s
jocax


> SDS,
>
> ASM
>
> ----- Original Message -----
> From: Celso Galli Coimbra <c.galli@terra.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Sent: Tuesday, June 19, 2001 1:09 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta
> eh etica ?
>
> Sr. Takata,
> ==
> o artigo que achou interessante
> aplica-se a causas privadas.
> ==
> A providência judicial da Morte encefálica
> é de interesse público,
> ONDE eu também sou Autor.
> ==
> Estão surgindo declarações de extrema imbecilidade
> com relação ao exercício da advocacia,
> por parte de listeiro que não respeita
> sequer sua esposa, que é advogada.
> ==
> Nesse sentido ele dá cabal demonstração
> de sua falta de caráter.
> ==
> Em breve, sem a menor dúvida,
> este indivíduo vai estar sendo acusado
> por um advogado, precisando
> contratar outro para defendê-lo,
> e sendo julgado por um Magistrado.
> ==
> Quem o conhecer saberá,
> quanto vai engolir sua própria língua.
> ==
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> ================
>
> --- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@=
> u...> wrote:
> > > De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@u...]
> > > Algum advogado ja foi presopor defender e inocentar um criminoso?
> > > Nao existe pena para esta pratica oficializada.
> >
> > Existe sim. Tá no estatuto da OAB. E, salvo as suspeitas de
> > corporativismo, advogados já perderam a carteira da ordem por
> > violar sigilo profissional.
>
> R. Takata:
>
> ||Codigo de Etica da OAB:
>
> Titulo 1
> Cap 1.
> art 6o: E' defeso ao advogado expor os fatos em Juizo falseando
> deliberadamente a verdade ou estribando-se na ma'-fe'.
>
> ----
> Acho q. se traduz assim:
> O advogado nao pode mentir de proposito durante um processo.||
>
> Léo:
>
> "Durante um processo todo advogado pode mentir ... desde que não seja de
> propósito"
> ----
>
> ||Cap 2.
> art. 20: O advogado deve abster-se de patrocinar causa contraria 'a etica,
> 'a moral ou 'a validade de ato juridico em que tenha colaborado,
> orientado ou conhecido em consulta; da mesma forma, deve declinar seu
> impedimento etico quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta
> lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer.
>
> ----
> Esta redacao eh mais nebulosa. Deixe-me ver se me saio bem: O advogado nao
> pode defender alguem q. lhe revele ter cometido algo ilegal, mas tbm nao
> pode acusar essa pessoa...||
>
> Léo:
>
> Toda redação/lei/etc. jurídica é nebulosa. Essa é a causa básica da
> existência da profissão ... interpretar a lei!
> Se tais textos fossem escritos por logicistas o curso de direito teria
> extensão apenas de 6 meses.
>
> ||Alias, olha q. coisa interessante eu achei:
>
> Cap 3
> Art 33: O advogado deve abster-se de:
> II - debater, em qualquer veiculo de divulgacao, causa sob seu patrocinio
> ou patrocinio de colega;||
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
> http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/06/2001 08:45

> Gostaria de perguntar aos membros da lista se estão de acordo em
enviarmos
> as mensagens do Advogado Ameaçador e Insultador para a OAB.

Eu nao. Acho q. nao cabe. Ele apenas perdeu as estribeiras o q. eh
normal em situacao de muita pressao.

[]s,

roberto takata

______

Ok, então vou apenas enviar para um amigo psicólogo como alostra de
comportamento humano inadequado.

:))

SDS,

ASM



&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
&&& --- &&&

Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/







SUBJECT: Re: [ciencialist] Alerta amistoso
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/06/2001 08:56

Ok, Manuel

Eu fiz isso algumas vezes lá no FCB qdo as mensagens eram moderadas. :))

Bom, vamos retornar ar argumentações sem emoções negativas?

O bom humor parece ajudar o raciocínio mais rápido. :)

E antes que alguém sabiamente solicite as provas, eu não as tenho, apenas
"parece". :)

SDS,

ASM. :))


----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, June 19, 2001 2:41 PM
Subject: Re: [ciencialist] Alerta amistoso


>
> E o que isso aqui veio fazer na minha caixa de correio???????????
>
> Alexandre,
>
> Como o Brudna passou a moderar a lista (não lhe tiro a razão), eu pensei
que
> a minha mensagem não seria editada, por ser uma resposta agressiva a uma
> agressão e por não ter conteúdo compatível com o tema da lista.
>
> Por isso, enviei para os que estavam debatendo acerca da ética na
advocacia
> a minha mensagem.
>
> Foi só um desabafo. E não tem nada a ver com alerta amistoso ou não. Não
> pretendo "processar" ninguém.
>
> Nesta lista só discuto ciência e assuntos correlatos, embora algumas
pessoas
> utilizam o fato de eu ser advogado (espero que por pouco tempo) para
> rebater-me com argumentos 'ad hominem'.
>
> Peço-lhe desculpas por ter entulhado sua caixa de correio com minhas
> queixas.
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>




SUBJECT: RES: RES: RES: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica ?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/06/2001 09:20

Jocax:
Mas a defesa deveria TER LIMITES eh isso q estou
propondo. Ele deve defender ateh no limte que esta defesa
esbarre am alguma norma etica. Por exemplo Eh etico vc
absolver um Homicida-serial-killer tantando induzir o Juri
de qqr maneira que nao foi o reu que assassinou MESMO
sabendo-se que foi ele?
Se o advogado souber a culpabilidade e absolver o criminoso
deveria ser penalizado por isso.
--------------------------------------------------------
Medeiros:
Nesses termos, também concordo! Mas, não dá,
Jocax! Simplesmente não dá! Isso é uma questão de foro
íntimo do advogado.
--------------------------------------------------------
Jocax:
Nao eh questao soh de foro intimo. Se o advogado
sabe que nada lhe acontecera ele nao tem pq temer a pratica
imoral. O q eu estou propondo eh simplesmente que em
constatado a pratica o advogado seja incriminado. Isso
deveria diminuir a ocorrencia destes casos e nao
impedi-las de todo. O q se ganha , principalmente, eh
q a legislacao da profissao ficaria eticamente bem
fundamentada e nao com um buraco etico como esta agora.
--------------------------------------------------------
Alexandre:

Vamos supor que vivemos num Estado-Autoritário, algo
entre o Estado-Direito e o Estado-Totalitário.

Para melhor ilustrar, imagine o Brasil sob a mão dos
militares, antes da reabertura democrática (ou o Chile
nas mãos do Pinochet)...

Neste Estado, ainda não foi usurpado o direito a
defesa, mas impõem-se restrições severas à liberdade
de expressão.

Suponha também que seu cliente violou a lei então
vigente e divulgou informação que o Estado censurou.
P.Ex., ele publicou um livro sob pseudônimo sobre
um assunto proibido por lei. Em suma, cometeu um
crime, cuja pena é reclusão (passando pela fase
de confissão sob tortura, claro)

Os arapongas apanham seu cliente e você vai lá
defendê-lo e, mesmo SABENDO que seu cliente cometeu
este crime, consegue, através de artifícios
processuais, a absolvição de seu cliente.

Preciso continuar????

Imagine o perigo que é abrir um precedente deste tipo...

O que vc propõe não tem efeito prático. Será mais uma
lei inútil cheia de boas intenções. O advogado, se for
amoral ou imoral, vai dar um jeito de burlar sua lei,
simplesmente negando que sabia que seu cliente era
culpado, ou vai sumir com provas, ou vai corromper
autoridades...

Não podemos violar uma prerrogativa -- dever/direito
ao sigilo profissional -- só porque meia dúzia de
advogados agem de má-fé.

Já foi dito que nem tudo que é lícito é moral.
É absolutamente necessário que a lei por vezes
proteja ou proíba algo moralmente questionável por
uma questão de segurança e ordem pública. Ora,
há quem defenda que "a propriedade é um roubo",
todavia a base da lei civil é a propriedade!!!

A lei às vezes entra em conflito com a moral. Veja
a teoria dos círculos secantes do Miguel Reale e
a dos círulos concêntricos do Kelsen (que já foi
citado aqui nesta lista pelo Peterson, se não me
engano). O conflito, a meu ver, é apenas aparente,
pois é uma MORAL IDEAL, aquém das relações humanas
cotidianas. Isso tem um nome: Utopia!

Jocax, é tolice querer moralizar as pessoas por decreto!

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Alerta amistoso
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/06/2001 09:43


" BESTIOLOGISTAS, Alexandre, não sabem
DIFERENCIAR
ameaça de um alerta _ressalvado como amistoso_,
com o exclusivo objetivo de não
agravar uma situação. ""

Comecei a refutar e apaguei a mensagem.

Baixou do limite mínimo de argumentação para que possa ser refutado.

Virou "quase" xingamento puro. :)

Ahhh...e eu não falo que nada é brincadeira não.O que critiquei é muito de
VERDADE!

SDS,

ASM




SUBJECT: Sobre a questao da jurtica
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/06/2001 17:14

From: "Sunda Hufufuur" <hufufuur@montreal.com.br>
To: <direito_debate@yahoogroups.com>;
<responsabilidade-civil@widesoft.com.br>; <direito_debate@yahoogroups.com>;
<juris-l@elogica.com.br>
Sent: Wednesday, June 20, 2001 4:02 PM
Subject: [resp_civil] justiça começa a ter vergonha na cara


A JUSTIÇA PARECE ESTAR TOMANDO VERGONHA NA CARA

Noticia Ricardo Boechat, no jornal O Globo que o STF fixou finalmente a
indenização de
1.200.000,00 (hum milhão e duzentos mil reais) a serem pagos por Bruno Meyer
para sua vítima, em
decorrência de tê-lo agredido gratuitamente numa boate no Rio de Janeiro,
obrigando o mesmo a
viver por anos alimentando-se por sonda e fazer muitíssima soperações
plásticas no maxilar e
aoutras operações mais graves no torax, etc., ficando sob cuidados médicos
por anos, e com
recuperação muito lenta, etc. Enfim, um pitboy violento e nocivo para a
sociedade, porém
milionário, que hoje vive em Miami, foragido.


Como era de se esperar, o Tribunal do Rio de Janeiro, que em algunbs casos
de morte costuma
arbitrar algo como 300 salários mínimos, havia arbitrado algo em torno dos
60.000,00. Em segunda
instância subiu para 300.000,00.
Agora finalmente parece que saiu uma indenização à altura do fato (se fosse
nos EUA chegava ao
dobro)...Pois bem, pela primeira vez o STF parece ter deixado de exercer a
magistratura como
vendedor de sapatos, preocupado se alguém vai ganhar muito ou pouco e
aplicado uma espécie de
punitive damage...

Esperamos que de agora em diante entrem na fila dos pagamentos milionários
as empresas de cartão
de crédito e tb. Sérgio Naya...Este homem que possui milhões deveria ser
condenado a dar um
milhãozinho para cada morador do Palace II, e mais, caso não tivesse
dinheiro, no problem: que
os moradores se tornassme donos de sua empresa e de tudo o que tem.

Sem puxar a sardinha para Israel ou qualquer outro país, vejam que
diferença: no dia seguinte ao
desabamento em Israel todo mundo lá já estava preso, desde o poroprietário
ao engenheiro. Não
defendo isso e nem mesmo a prisão de Naya, porque já a julgava sem base
legal...Porém uma coisa
é certa: não há tanto "parangolé" em outros países, e o camarada pode até
fazer algo, mas se
fizer vai ter de aguentar as conseqüências rapidamente...E o patrimônio do
réu não é encarado
nestes lugares como imunidade. Na Inglaterra se alguém diz "vou levá-lo aos
tribunais" isso
infunde um temor. Aqui não...aqui é o próprio ofensor quem fala: "está com
raiva? Vai para a
justiça", não porque esteja alegando a idoneidade de sua conduta, mas pq.
sabe que A A JUSTIÇA
AQUI É UMA PALHAÇADA ACADÊMICA PROMOVIDA PELA FALSA CULTURA ostentada em
bibliografias pomposas
ao final dos livros, citações e outros pruridos da arrogância cujo principal
alicerce é o eixo
Rio-São Paulo.

Parabéns ao STF, ao menos uma vez (toda regra tem sempre sua exceção)

É isso aí.

S. Hufufuur




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SUBJECT: Re:Finalizar polemina - segunda parte (administrador)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/06/2001 17:33


Eu recebi uma copia deste e-mail diretamente na minha conta e
respondi diretamente para o Celso Galli. Nao tenho disponivel uma
copia da mensagem neste computador. Amanha (?) eu mando.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist

> Sr. Administrador,
>
> essa sua sugestão foi sem ética alguma.
> ( já sei é aquela história da brincadeira ...
> nada é assumido, é tudo brincadeira ... ).
> Brincando também se diz o que não se
> tem coragem de falar de outra maneira ...
> Nem dá no mesmo, é pior.
> ==
> A sugestão é sem efeito.
> Porque como muitos sabem essa é uma das listas
> que administro.
> ==
> E ao contrário do que é permitido aqui,
> nela não se permite ofensa pessoal ( disfarçada de
> brincadeira ... )
> ==
> O debate é livre, a lista é multidisciplinar e não
> tem as restrições dos off topic
> ==
> Tem inclusive transplantadores e laboratórios farmacêuticos
> nessa lista e
> não há baixarias.
> ==
> Não há surtos de "donos da lista"
> porque um listeiro não simpatiza
> com a forma como o outro escreve, ou conteúdo,
> etc.
> ==
> Sem os patrulhamentos do politicamente
> correto nisso ou naquilo.
> Aqui: isso não é ciência !!! aquilo que é ciência !!!
> Já lá: aprenderiam o que é ciência.
> ==
> Filtros servem para o quê ?
> ==
> Aliás parece que houve um cadastramento
> hoje de alguém daqui lá, não é mesmo ?
> ==
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
>
> ----- Original Message -----
> From: lrb@i...
> To: ciencialist@y...
> Sent: Tuesday, June 19, 2001 9:38 PM
> Subject: [ciencialist] Finalizar polemina - segunda parte
(administrador)
>
>
> Vou enviar os 22 e-mails que ainda estao na fila.
>
> Espero que essas mensagens nao sirvam para prolongar ainda mais a
> discussao.
>
> O debate pode continuar, mas de forma mais calma e dando espaco
> para que outros assuntos surjam naturalmente na lista.
>
> A melhor solucao eh direcionar o debate para a lista
> http://groups.yahoo.com/group/direito_saude/
>
> Obrigado pela atencao.
> Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.
>
>
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/06/2001 17:52

Isso sim é ameaça Alexandre,

Mostre quem pretende ser quando
crescer e MANDE.

Desafio você a fazer isso.

Falou, faça.



[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Wednesday, June 20, 2001 7:50 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?


Alexandre Sedlacek Moana wrote:

> Gostaria de perguntar aos membros da lista se estão de acordo em enviarmos
> as mensagens do Advogado Ameaçador e Insultador para a OAB.
>
>

Minha opiniao eh q se ele parar de ameacar o livre e construtivo debate de ideias
com processos , tal expediente nao se fara necessario.
[]s
jocax


> SDS,
>
> ASM
>
> ----- Original Message -----
> From: Celso Galli Coimbra <c.galli@terra.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Sent: Tuesday, June 19, 2001 1:09 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta
> eh etica ?
>
> Sr. Takata,
> ==
> o artigo que achou interessante
> aplica-se a causas privadas.
> ==
> A providência judicial da Morte encefálica
> é de interesse público,
> ONDE eu também sou Autor.
> ==
> Estão surgindo declarações de extrema imbecilidade
> com relação ao exercício da advocacia,
> por parte de listeiro que não respeita
> sequer sua esposa, que é advogada.
> ==
> Nesse sentido ele dá cabal demonstração
> de sua falta de caráter.
> ==
> Em breve, sem a menor dúvida,
> este indivíduo vai estar sendo acusado
> por um advogado, precisando
> contratar outro para defendê-lo,
> e sendo julgado por um Magistrado.
> ==
> Quem o conhecer saberá,
> quanto vai engolir sua própria língua.
> ==
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> ================
>
> --- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@=
> u...> wrote:
> > > De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@u...]
> > > Algum advogado ja foi presopor defender e inocentar um criminoso?
> > > Nao existe pena para esta pratica oficializada.
> >
> > Existe sim. Tá no estatuto da OAB. E, salvo as suspeitas de
> > corporativismo, advogados já perderam a carteira da ordem por
> > violar sigilo profissional.
>
> R. Takata:
>
> ||Codigo de Etica da OAB:
>
> Titulo 1
> Cap 1.
> art 6o: E' defeso ao advogado expor os fatos em Juizo falseando
> deliberadamente a verdade ou estribando-se na ma'-fe'.
>
> ----
> Acho q. se traduz assim:
> O advogado nao pode mentir de proposito durante um processo.||
>
> Léo:
>
> "Durante um processo todo advogado pode mentir ... desde que não seja de
> propósito"
> ----
>
> ||Cap 2.
> art. 20: O advogado deve abster-se de patrocinar causa contraria 'a etica,
> 'a moral ou 'a validade de ato juridico em que tenha colaborado,
> orientado ou conhecido em consulta; da mesma forma, deve declinar seu
> impedimento etico quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta
> lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer.
>
> ----
> Esta redacao eh mais nebulosa. Deixe-me ver se me saio bem: O advogado nao
> pode defender alguem q. lhe revele ter cometido algo ilegal, mas tbm nao
> pode acusar essa pessoa...||
>
> Léo:
>
> Toda redação/lei/etc. jurídica é nebulosa. Essa é a causa básica da
> existência da profissão ... interpretar a lei!
> Se tais textos fossem escritos por logicistas o curso de direito teria
> extensão apenas de 6 meses.
>
> ||Alias, olha q. coisa interessante eu achei:
>
> Cap 3
> Art 33: O advogado deve abster-se de:
> II - debater, em qualquer veiculo de divulgacao, causa sob seu patrocinio
> ou patrocinio de colega;||
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
> http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/

===============================================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: RES: RES: RES: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/06/2001 18:15

"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

> Jocax:
> Mas a defesa deveria TER LIMITES eh isso q estou
> propondo. Ele deve defender ateh no limte que esta defesa
> esbarre am alguma norma etica. Por exemplo Eh etico vc
> absolver um Homicida-serial-killer tantando induzir o Juri
> de qqr maneira que nao foi o reu que assassinou MESMO
> sabendo-se que foi ele?
> Se o advogado souber a culpabilidade e absolver o criminoso
> deveria ser penalizado por isso.
> --------------------------------------------------------
> Medeiros:
> Nesses termos, também concordo! Mas, não dá,
> Jocax! Simplesmente não dá! Isso é uma questão de foro
> íntimo do advogado.

Como vc pode dizer que nao da, com tanta certeza,
se isso nunca foi tentado antes?
( que eu saiba )


>
> --------------------------------------------------------
> Jocax:
> Nao eh questao soh de foro intimo. Se o advogado
> sabe que nada lhe acontecera ele nao tem pq temer a pratica
> imoral. O q eu estou propondo eh simplesmente que em
> constatado a pratica o advogado seja incriminado. Isso
> deveria diminuir a ocorrencia destes casos e nao
> impedi-las de todo. O q se ganha , principalmente, eh
> q a legislacao da profissao ficaria eticamente bem
> fundamentada e nao com um buraco etico como esta agora.
> --------------------------------------------------------
> Alexandre:
>
> Vamos supor que vivemos num Estado-Autoritário, algo
> entre o Estado-Direito e o Estado-Totalitário.
>
> Para melhor ilustrar, imagine o Brasil sob a mão dos
> militares, antes da reabertura democrática (ou o Chile
> nas mãos do Pinochet)...
>
> Neste Estado, ainda não foi usurpado o direito a
> defesa, mas impõem-se restrições severas à liberdade
> de expressão.
>
> Suponha também que seu cliente violou a lei então
> vigente e divulgou informação que o Estado censurou.
> P.Ex., ele publicou um livro sob pseudônimo sobre
> um assunto proibido por lei. Em suma, cometeu um
> crime, cuja pena é reclusão (passando pela fase
> de confissão sob tortura, claro)
>
> Os arapongas apanham seu cliente e você vai lá
> defendê-lo e, mesmo SABENDO que seu cliente cometeu
> este crime, consegue, através de artifícios
> processuais, a absolvição de seu cliente.
>

Para mim nao seria imoral embora pudesse ser crime pois o q esta na lei
nem sempre eh moral ( como no caso citado )
Entao, neste caso, eu *nao* estaria sendo imoral ( embora pudesse estar
cometendo um crime, concordo ).

Claro q eu estaria me arriscando a ser preso por ter transgredido a lei
mas estaria em paz com minha consciencia por ter agito eticamente.


[]s
jocax
PS: Eu nao estou falando em romper o sigilo profissional.
Eu ainda nao sei COMO o qdvogado deveria proceder nos casos
que mencionei. Mas com certeza nao seria absolvendo o assassino.






SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/06/2001 18:20

João,
==
1. os acusados nunca são compromissados a dizer a verdade.
Eles têm por assim dizer o direito de não dizer a verdade,
porque não se admite que uma pessoa deva ser
obrigada a incriminar a si própria.
==
Quem é compromissada a dizer sempre a verdade
são as testemunhas.
==
Importante: as testemunhas não são da defesa ou da acusação.
Elas apenas são arroladas por uma e por outra.
As testemunhas são do processo.
==
2. Quem absolve ou condena é o Poder Judiciário.
Não é o advogado. O raciocínio de vocês incorre no
erro de ignorar que existe sempre acusação.
A defesa e a acusação são parciais. Quem deve ser
imparcial é o Julgador.
Dessa interação é que melhor surge o esclarecimento
da verdade.

2.1- Vocês estão deixando de perceber que "Justiça" não
é apenas condenação. Há condenações que podem ser
a negação da Justiça -- condenações injustas --,
basta cercearem o exercício da
defesa.
==
3. Para poder exercer uma profissão que tem a obrigação de
CONTRARIAR interesses o advogado possui a prerrogativa de
sigilo profissional, assim como o médico, NINGUÉM pode
lhe exigir que revele o que seu cliente diz ou o que sabe no
exercício de sua profissão.
==
4. Não me consta que exista "crime moral", do ponto de vista
legal.
==
5. Já foi dito aqui e me parece que vc não registrou ainda
o que significa: defesa e acusação estão é obrigados pela
lei processual a exercerem suas funções respeitando
o que se chama "litigância de boa fé".
==
6. No imperativo de "litigância de boa fé" estão os limites
legais da defesa e da acusação. Portanto, observe que elas
não são algo sem regras.
==
7. Mas você não respondeu minha pergunta.
==

[]'s

Celso Galli Coimbra



----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Wednesday, June 20, 2001 7:46 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?



Celso Galli Coimbra wrote:

> Questão de ordem.
>
> O João conhece a legislação que acha
> que deve ser alterada ?
>

1- No julgamento o Reu faz uma declaracao jurando dizer a verdade, nao eh?
O Advogado de defesa faz tambem este juramento?
( Creio que nao, e isso deveria ser alterado para q ele tbem o fizesse).

2-Reus que foram inocentados e posteriormente descobriu-se sua culpabilidade
indica que poderia ter ocorrido um crime moral do advogado.
Existe alguma investigacao neste caso para se saber se o advogado sabia da
culpabilidade do seu cliente?
( Creio que nao, e isso deveria ser alterado para q ele fosse tambem alvo
de investigacoes ).

OU ( como diz o Datena ) ESTOU ENGANADO?
[]s
jocax



>
> ==
>
> Se não conhece essa legislação,
> o que está evidente pelos erros que vem
> cometendo, como pode
> sugerir mudanças ?
>
> ==
>
> Mas já que fala como se conhecesse,
> então INDIQUE especificamente
> qual é ela.
>
> ==
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos
> To: ciencialist@yahoogroups.com
> Sent: Tuesday, June 19, 2001 7:47 AM
> Subject: Re: En: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica?
>
> Sheila wrote:
>
> > Oi, João
> >
> > Qdo vc usa a palavra libertado, vc fala sobre ser preso ou solto,
> > independente dele ter sido declarado culpado?
>
> A situacao hipotetica q eu estava estudando era a seguinte :
> O criminoso contrata um advogado para defende-lo.
> O advogado, enquanto prepara a defesa de seu cliente, fica sabendo
> por confissao do cliente ou outros meios, que o cliente eh culpado.
> Mesmo assim este advogado consegue defender o cliente no tribunal
> inocentando-o.
> Ou seja ele ajudou que um crimnoso fosse libertado. ( Isso eh imoral l)
>
> Posteriormente este mesmo cliente eh condenado por outro crime
> , por exemplo, e descobre-se durante as investigacoes que :
> 1- O cliente era culpado do crime anterior em q tinha sido absolvido.
> 2- O advogado d ocliente sabia de sua culpabilidade.
>
> Entao ficam as questoes eticas :
> 1-Eh licito que este advogado permita que isto ocorra?
> 2-Em sendo configurado a atitude imoral acima nao deveria este advogado
> ser punido tambem?
> 3-A ausencia de punicao legal nao estimularia a pratica da imoralidade?
>
> Acredito que para resolver estas questoes a legislacao deveria ser
> alterada.
>
> []s
> jocax
>
> >
> > Creio uma pessoa que foi condenada a pena de reclusão tenha sido declarado
> > culpada.
> > O que quero mesmo dizer, é que se alguém é considerado inocente, mesmo que
> > ele seja autor de um crime que resultaria em detenção, seria ilógico o
> > advogado ser considerado culpado.
> > Como seria então? O "criminoso" é declarado inocente, e um segundo
> > julgamento se instalaria condenando seu advogado pelo réu haver sido
> > inocentado? Isso não faz sentido pra mim...
> >
> > []s,
> > Sheila.
> >
> > From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> >
> > Minha pergunta eh :
> > Algum advogado ja foi preso por libertar um criminoso
> > sabendo que este era culpado?
> >
> > []s
> > jocax
> >
> > &&& --- &&&
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> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/06/2001 18:26



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:


> 1- No julgamento o Reu faz uma declaracao jurando dizer a verdade, nao eh?
> O Advogado de defesa faz tambem este juramento?
> ( Creio que nao, e isso deveria ser alterado para q ele tbem o fizesse).

O advogado não presta testemunho num julgamento. O que ele diz não
pode ser encarado pelo juri como prova. O advogado limita-se a
argumentar. O juri só deve olhar para a prova feita no julgamento
e deve ignorar argumentos falaciosos do advogado. Tão simples
quanto isso.

Mais, o Reu tem sempre o direito a não testemunhar.


> 2-Reus que foram inocentados e posteriormente descobriu-se sua culpabilidade
> indica que poderia ter ocorrido um crime moral do advogado.
> Existe alguma investigacao neste caso para se saber se o advogado sabia da
> culpabilidade do seu cliente?
> ( Creio que nao, e isso deveria ser alterado para q ele fosse tambem alvo
> de investigacoes ).

Você teima em violar um principio elementar: o Reu só é
culpado quando isso for provado em tribunal. Antes de ele ir
a tribunal ninguém sabe se ele é culpado.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/06/2001 18:34

Celso Galli Coimbra wrote:

> João,
> ==
> 1. os acusados nunca são compromissados a dizer a verdade.
> Eles têm por assim dizer o direito de não dizer a verdade,
> porque não se admite que uma pessoa deva ser
> obrigada a incriminar a si própria.

Alteracao 1. da legislacao : O advogado deveria ser
compromissado a dizer a verdade tanto como as testemunhas.
Isso *diminuiria* as possibilidades do juri ser ludibriado por uma defesa
q visa simplesmente ganhar a causa e nao fazer justica.

>
> ==
> Quem é compromissada a dizer sempre a verdade
> são as testemunhas.

A alteracao 1 , que proponho acima, mudaria isso.

>
> ==
> Importante: as testemunhas não são da defesa ou da acusação.
> Elas apenas são arroladas por uma e por outra.
> As testemunhas são do processo.
> ==
> 2. Quem absolve ou condena é o Poder Judiciário.
> Não é o advogado. O raciocínio de vocês incorre no
> erro de ignorar que existe sempre acusação.

Alteracao 2 da legislacao: A acusacao TAMBEM nao poderia incriminar
um reu *sabendo* que ele eh inocente sob risco de ser penalizado por isso.
( agora as coisas estao niveladas )


>
> A defesa e a acusação são parciais. Quem deve ser
> imparcial é o Julgador.

Alteracao 3 : Nem a defesa nem a acusacao deveriam ser totalmente parciais
mas sim regidos por uma certa norma etica a ser estabelecida.


>
> Dessa interação é que melhor surge o esclarecimento
> da verdade.
>

Nao acredito q esta eh a melhor interacao q faca surgir a verdade.
Fosse assim, todos advogados teriam a mesma competencia na absolvicao
ou nao do reu.


>
> 2.1- Vocês estão deixando de perceber que "Justiça" não
> é apenas condenação. Há condenações que podem ser
> a negação da Justiça -- condenações injustas --,
> basta cercearem o exercício da
> defesa.

Ok, eu mudei isso na alteracao 3 acima.

>
> ==
> 3. Para poder exercer uma profissão que tem a obrigação de
> CONTRARIAR interesses o advogado possui a prerrogativa de
> sigilo profissional, assim como o médico, NINGUÉM pode
> lhe exigir que revele o que seu cliente diz ou o que sabe no
> exercício de sua profissão.

Eu nao estou PROPONDO que o sigilo seja quebrado, mas isso poderia
ateh ser viavel. A regulamentacao destas mudancas que proponho deveriam
ser bem estudadas.



>
> ==
> 4. Não me consta que exista "crime moral", do ponto de vista
> legal.
> ==
> 5. Já foi dito aqui e me parece que vc não registrou ainda
> o que significa: defesa e acusação estão é obrigados pela
> lei processual a exercerem suas funções respeitando
> o que se chama "litigância de boa fé".

Qual a punicao caso isso nao seja respeitado?


>
> ==
> 6. No imperativo de "litigância de boa fé" estão os limites
> legais da defesa e da acusação. Portanto, observe que elas
> não são algo sem regras.

Quais as punicoes?

>
> ==
> 7. Mas você não respondeu minha pergunta.

Respondi acima;

[]s
jocax





SUBJECT: Re: Liberdade de expressao eh livre, MAS tambem eh responsavel
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/06/2001 18:35

João,

A liberdade da expressão do pensamento
não significa que não exista responsabilidades
civis e criminais pela sua manifestação quando
transgredir direitos assegurados por lei.
==
Como o direito ao respeito. O direito à resposta.
Para dar apenas dois exemplos.
==
Por isso a Constituição Federal assegura
essa liberdade, vedando o anonimato.
Ele é vedado para que exista responsabilidade
pessoal pelo exercício da liberdade de pensamento.
(Art. 5o., inciso IV)
==
Liberdade sem responsabilidades não existe.
==

[]'

Celso Galli Coimbra
===============


----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Wednesday, June 20, 2001 7:50 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?


Alexandre Sedlacek Moana wrote:

> Gostaria de perguntar aos membros da lista se estão de acordo em enviarmos
> as mensagens do Advogado Ameaçador e Insultador para a OAB.
>
>

Minha opiniao eh q se ele parar de ameacar o livre e construtivo debate de ideias
com processos , tal expediente nao se fara necessario.
[]s
jocax


> SDS,
>
> ASM
>
> ----- Original Message -----
> From: Celso Galli Coimbra <c.galli@terra.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Sent: Tuesday, June 19, 2001 1:09 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta
> eh etica ?
>
> Sr. Takata,
> ==
> o artigo que achou interessante
> aplica-se a causas privadas.
> ==
> A providência judicial da Morte encefálica
> é de interesse público,
> ONDE eu também sou Autor.
> ==
> Estão surgindo declarações de extrema imbecilidade
> com relação ao exercício da advocacia,
> por parte de listeiro que não respeita
> sequer sua esposa, que é advogada.
> ==
> Nesse sentido ele dá cabal demonstração
> de sua falta de caráter.
> ==
> Em breve, sem a menor dúvida,
> este indivíduo vai estar sendo acusado
> por um advogado, precisando
> contratar outro para defendê-lo,
> e sendo julgado por um Magistrado.
> ==
> Quem o conhecer saberá,
> quanto vai engolir sua própria língua.
> ==
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> ================
>
> --- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@=
> u...> wrote:
> > > De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@u...]
> > > Algum advogado ja foi presopor defender e inocentar um criminoso?
> > > Nao existe pena para esta pratica oficializada.
> >
> > Existe sim. Tá no estatuto da OAB. E, salvo as suspeitas de
> > corporativismo, advogados já perderam a carteira da ordem por
> > violar sigilo profissional.
>
> R. Takata:
>
> ||Codigo de Etica da OAB:
>
> Titulo 1
> Cap 1.
> art 6o: E' defeso ao advogado expor os fatos em Juizo falseando
> deliberadamente a verdade ou estribando-se na ma'-fe'.
>
> ----
> Acho q. se traduz assim:
> O advogado nao pode mentir de proposito durante um processo.||
>
> Léo:
>
> "Durante um processo todo advogado pode mentir ... desde que não seja de
> propósito"
> ----
>
> ||Cap 2.
> art. 20: O advogado deve abster-se de patrocinar causa contraria 'a etica,
> 'a moral ou 'a validade de ato juridico em que tenha colaborado,
> orientado ou conhecido em consulta; da mesma forma, deve declinar seu
> impedimento etico quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta
> lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer.
>
> ----
> Esta redacao eh mais nebulosa. Deixe-me ver se me saio bem: O advogado nao
> pode defender alguem q. lhe revele ter cometido algo ilegal, mas tbm nao
> pode acusar essa pessoa...||
>
> Léo:
>
> Toda redação/lei/etc. jurídica é nebulosa. Essa é a causa básica da
> existência da profissão ... interpretar a lei!
> Se tais textos fossem escritos por logicistas o curso de direito teria
> extensão apenas de 6 meses.
>
> ||Alias, olha q. coisa interessante eu achei:
>
> Cap 3
> Art 33: O advogado deve abster-se de:
> II - debater, em qualquer veiculo de divulgacao, causa sob seu patrocinio
> ou patrocinio de colega;||
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: Teorizacao + Questao das ofensas pessoais.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
CC: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>, "Manuel Bulcao" <manuelbulcao@uol.com.br>
DATE: 20/06/2001 19:40

Prezado Peterson,

é exatamente isso,
colocado com inteira propriedade por você.
Sem domínio de conteúdo não se pode
criticar com validade
qualquer conhecimento.
==
Pode-se fazer perguntas, não apresentar "verdades".
==
Quando em debates públicos na mídia convencional
sobre a questão médica da morte encefálica,
invariavelmente os médicos presentes diziam,
quando questionados, "você não é médico".
Eu lhes dizia que estava
agindo como advogado que tem obrigação de
saber produzir provas. E essas provas estavam
colhidas no meio médico e apresentadas com
especificação. Era a elas que eles teriam que
responder.
==
==
Considero também lamentável a questão da agressão
pessoal. Também considero assim ter respondido
a elas. Embora essa resposta possa ser um direito depois
de feita a agressão. Nesse ponto, não gostei de ter
respondido a algumas pessoas exercendo esse direito.
A outra alternativa que poderia ser feita era
não responder e processar
quem ofendia.
Também lastimável em um ambiente que
simplesmente deveria haver educação,
independentemente das antipatias que um ou outro possa
ter pelo jeito de alguém escrever, pensar ou emitir conteúdos.
===
Convivência é isso mesmo, respeitar as diferenças.
===
Considero desmoralizante para qualquer área de conhecimento
o apelo à intimidação através da ofensa pessoal.
===
Além de inútil.
===
Não vejo superioridade entre os diferentes conhecimentos
e profissões. TODAS são necessárias.
===
E faço uma crítica à Administração dessa lista.
Injúria, Calúnia e difamação são ilícitos penais.
Não se pode permitir em listas da Internet a
prática dessas atitudes, para depois dizerem
que era tudo brincadeira. O mínimo que se pode
pensar é que é uma "brincadeira" muito mal explicada.
===
E observar qual o objetivo da "brincadeira",
para saber sua intenção real.
===
QUEM abre um espaço para veiculo de informações
e debates também é responsável por não permitir
que nele transite a injuria, calúnia e difamação ( quando
evidentes ) e ainda
sistematicamente, sabendo-se que dispõe de recursos
administrativos para impedir isso.
===
Posso falar à vontade sobre isso porque administro
SETE grupos ( bem mais que 1.000 pessoas )
na Internet e neles não se permite
irresponsabilidade na manifestação do pensamento,
especificamente falando em INJÚRIA, CALÚNIA e
DIFAMAÇÃO.
===
Não apenas porque existe a RESPONSABILIDADE
DO VEÍCULO, tal como o de um jornal que intermedia
ofensas, mas sobretudo porque a convivência entre
adultos deve por questões éticas ser EDUCADA.
===
Sem educação considero que falar de Justiça
fica sem sinceridade. Falar de ciência fica sem
seriedade.
===
Quando digo isso, e já disse várias vezes nessa
lista e para seu moderador com outras palavras,
ENTENDEM que estou ameaçando.
===
Isso é não saber o que é ameaça, mas há obrigação
de saber o que é educação.
===

Abraços,

Celso Galli Coimbra
================

----- Original Message -----
From: Peterson Leal
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Sunday, June 17, 2001 7:33 AM
Subject: [ciencialist] Teorização


Prezado Celso:
Saudações.

>> Alexandre, cresça e apareça.Envie e quem
>> pode arranjar problemas não sou eu ...
>> Ganha uma bala ( de goma ) se conseguir
>> saber porque ...

Mas talvez ele *não saiba* mesmo o porque... seria até interessante se tentasse.

Na minha opinião, Celso, vejo que está havendo uma tentativa de se argumentar com o que não se conhece direito. É pelo menos difícil dizer algo para quem não sabe direito o que está falando. Algumas pessoas tentam refutar a Teoria da Relatividade ou ainda a Teoria da Evolução sabendo nada ou muito pouco sobre Física ou os princípios da Biologia.

Não deveria nos admirar que também hajam pessoas que tentem refutar alguns institutos jurídicos sem conhecer corretamente como funciona a Teoria do Direito.

Há apenas duas coisas que gostaria de deixar claro: uma delas é dizer que fulano é ou deixa de ser ético por causa da sua profissão é uma atitude irrelevante. Outra é alguém sugerir uma "reforma" no que *acredita* estar errado mas sequer saber propor essa reforma. É como a opinião de alguém que diz: "está errado. tem que mudar". Mas não diz *o que* precisa mudar, ou então não traz um plano ou esquema de mudança que possa ter uma utilizade prática para estudo.

Imagine se eu digo que "A Teoria da Gravitação precisa mudar". E alguém me pergunta: "mas qual o modelo que você sugere para explicar melhor os fenômenos explicados pela gravitação". Seria como eu responder: "Ah, não está muito boa, tem falhas. Traz conclusões errôneas".

Isso é muito mais um *rodeio* do que uma *alternativa* viável e mesmo possível de investigar. Não me pareceria muito mais do que a simples crítica pela crítica.

Apreciaria imensamente ver propostas sérias e *sistematizadas* de alternativas para supostos "problemas". Dizer que "está errado" sem apontar exatamente o que seria necessário para uma mudança para o "não errado" não traz muito mais informação do que qualquer *opinião* pessoal possa trazer.

Em último lugar, acho qualquer forma de ataque pessoal lamentável.

É como penso.

Abraços.

Peterson Leal.

==================================



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Quanta novidade...
FROM: Mauro Pennafort <mpennafort@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 00:55

Tenho tido pouqumssimo tempo pra dedicar ` lista e,
por cerca de um mjs, ss tenho baixado as mensagens sem
poder lj-las. Hoje fui ver a quantas andava a lista e
me deparei com mais de 600 mensagens nco lidas. Fiquei
espantado e pensei que houvesse discussues muito
produtivas sobre assuntos interessantes.

Mas o que encontro?! Um tumulto generalizado em que
alguns utspicos querem reformar a profissco dos outros
e estes zltimos sobem no palanque e se defendem com
argumentos de autoridade, falacias lsgicas e ameagas.
E tome lenha na fogueira!

Advogado defende bandido sim! E dam?! Mesmo sabendo
(quase sempre sabem) defendem. E dam?! I a profissco
deles. Quem da aula em escola pzblica aqui sabe que,
muitas vezes, enganamos os alunos, nco com mentiras,
mas com ilusues. Sabemos que o aluno que vai passar i
aquele que faz curso (alunos do Leo), mas seguimos
adiante e incentivamos os garotos. Quem i obstetra ja
teve que aconselhar aborto algumas vezes. E por am
vai... Todas as profissues tjm seus podres. Os
advogados ss estco mais expostos, pelo fato das
consequjncias serem mais vismveis.

Vamos parar de dar corda! Parar de bater palma pra
maluco dangar! Tem gente que adora um palco e ta ss
esperando qualquer coisa pra se promover.

Eu sei que depois dessa mensagem vem alguim dizendo
que estou querendo suprimir o debate e atacar a
democracia, mas isso nco quer dizer nada. (Ainda mais
se vier de um advogado... Hehehe... Tt brincando
mesmo!! Se nco gosta de brincadeira, azar!!)

Fora isso...

Tudo tranquilo...

Forte abrago!

Mauro Pennafort

__________________________________________________
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http://personal.mail.yahoo.com/



SUBJECT: Agulhas
FROM: Mauro Pennafort <mpennafort@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 00:59

Pessoal,

Recebi o seguinte e-mail de um aluno e nco estou
sabendo responder. Pego ajuda a vocjs:

"Caro Mauro, como i feito o buraco nas agulhas de
injegco???
Grato pela atengco."

Uma pergunta eminentemente pratica, mas que nco soube
responder. Se alguim souber...

Forte abrago!

Mauro Pennafort

__________________________________________________
Do You Yahoo!?
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SUBJECT: A questao da liberdade de expressao responsavel
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
CC: <hcaprini@uol.com.br>, "Manuel Bulcao" <manuelbulcao@uol.com.br>, "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
DATE: 21/06/2001 06:54

Na notícia abaixo, exemplos de conseqüências sobre
*divagações* ofensivas a valores pessoais
e à reputação das pessoas.
==
A questão da *liberdade de expressão responsável*.
==
Informar não é *ameaçar*.
(aviso para não haver *conclusões* indevidas).
==
[]'s Celso Galli Coimbra

=====================================
Jornal do Brasil pede desculpas a Arturo Buzzi
==

Drault Erananny Filho*
==

O Jornal do Brasil foi condenado a pagar R$ 60 mil de indenização por danos morais ao advogado Arturo Buzzi. Também divulgou uma nota com pedido de desculpas pela publicação de textos veiculados, em 1996. Nos textos, Buzzi foi citado como um dos suspeitos pelo assassinato do advogado Galba Menegalle, de Brasília. O advogado ganhou a ação em primeira e segunda instâncias. A publicação da nota fez parte de um acordo firmado com o jornal.
==
Buzzi foi representado pelos advogados Carlos André Moraes Milhomem de Sousa e Paulo Roberto Roque Antônio Khouri. De acordo com Sousa, o JB "alimentou situações fantasiosas sobre a morte do advogado que era amigo pessoal de Buzzi".
==
O processo por danos morais também é movido contra os jornais Correio Braziliense e Gazeta do Povo. Em primeira e segunda instâncias, a ação foi julgada procedente. Os advogados de Arturo Buzzi se basearam no artigo 5º, inciso X, da Constituição para fazer o pedido.

Revista Consultor Jurídico, 19 de junho de 2001.
===============================================
http://cf6.uol.com.br/consultor/view.cfm?numero=5566&ad=b
--------------------------------------------------------------------------------

Drault Erananny Filho é editor da Revista Consultor Jurídico no Rio de Janeiro




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Eu vi o e-clips!!
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 08:48

Gentens!! Maravilhoso!!

O sol deu seu magnífico espetáculo hoje de manhã cedo e agora ao teclar a
lua acaba de sair da frente do dito cujo. Valeu a pena acordar cedinho
debaixo de geada e ver o primeiro espetáculo solar do milênio.

Na verdade eu gostaria de estar na África para ver o eclipse total como
aconteceu no Brasil em 1994. Aliás tenho uma foto que eu mesmo fiz do
memorável acontecimento na cidade de Pato Branco [perto de Foz do Iguaçu].

http://www.tarcisio-borges.hpg.com.br/foto06.html

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorização
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 09:45



> Mas talvez ele *não saiba* mesmo o porque... seria até interessante se
tentasse.
> Na minha opinião, Celso, vejo que está havendo uma tentativa de se
argumentar com o quenão >se conhece direito. É pelo menos difícil dizer algo
para quem não sabe direito o que está falando. >Algumas pessoas tentam
refutar a Teoria da Relatividade ou ainda a Teoria da Evolução sabendo >nada
ou muito pouco sobre Física ou os princípios da Biologia.
> Não deveria nos admirar que também hajam pessoas que tentem refutar
alguns institutos >jurídicos sem conhecer corretamente como funciona a
Teoria do Direito.

Peterson,

Se esta se referindo a mim, Alexandre, sei sim o que eu estou falando. Não
tenho noções de Direito tão básicas como pensa.

Releia as mensagens se for o caso. Acho que vcs estão confundindo. Por eu
estar defendendo o Método da ciência não é motivo para estar defendendo as
hipóteses inseridas no assunto.

Vocês não estão lendo as mensagens e estão refutando!!
Esta virando uma bagunça e de certa forma um grande desrespeito!!

> Há apenas duas coisas que gostaria de deixar claro: uma delas é dizer
que fulano é ou deixa de >ser ético por causa da sua profissão é uma atitude
irrelevante. Outra é alguém sugerir uma >"reforma" no que *acredita* estar
errado mas sequer saber propor essa reforma. É como a >opinião de alguém que
diz: "está errado. tem que mudar". Mas não diz *o que* precisa mudar, ou
>então não traz um plano ou esquema de mudança que possa ter uma utilizade
prática para estudo.

Bom, novamente, se esta se referindo a minha pessoa indique a mensagem onde
tenha algum texto que tenha falado algo no mínimo "parecido" com isso!

Pô! Eu não refuto nada aqui ser ler atentamente! É questão mínima,
repetindo, de RESPEITO!

>Em último lugar, acho qualquer forma de ataque pessoal lamentável.

Concordo, e as ameaças floreadas também.

SDS,

ASM








SUBJECT: Bussola
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: José Carlos Neves de Araújo <jcarlos@das.inpe.br>, "Lilia Arany Prado" <lilia@ov.ufrj.br>, "Marinho" <marinho@fis.ita.cta.br>, "Olympium" <olympium-olympia@yahoogroups.com>, Ciência-List <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 10:53

Olá,

Se a força magnética nao realiza trabalho, de onde vem a energia cinetica
que uma bussola adquire quando é solta, inicialmente em repouso,
perpendicularmente ao campo magnético?

Não aguento mais conviver com essa duvida...

<Bruno Woltzenlogel Paleo>
bwp@terra.com.br - UIN-77325094
http://br.geocities.com/dopelganger5/





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Finalizar polemina - segunda parte (administrador)
FROM: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 11:02

> Porque como muitos sabem essa é uma das listas
> que administro.

Pensei que o LRB era o administrador da ciencialist! Agora o Sr. Rábula quer
dar um golpe de estado... Acho que sei porque existe a fixação do nobre
causídico em morte encefálica: é porque ele próprio já é vítima de tal
circunstância!

Prof. Godoy




SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorização
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 11:09

Vou falar resumidamente o que eu acho que realmente aconteceu para tornar
improdutiva essa sequência de mensagens.

A hipótese foi lançada, e ao invés de ser refutada com idéias passou a ser
refutada com códigos. Uma piada metodológica.

SDS,

ASM






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Chega de Direito!!!
FROM: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 11:10

> sabe para o que servem os recursos
> de filtros de seu correio eletrônico ?

Sim, mas é lastimável ter que utilizá-los nesta lista.

> Você acha que eu vou mudar
> minha forma de escrever para lhe
> agradar ?

O mínimo que você poderia fazer é isto, uma vez que a estilística processual
não é a única forma de expressão escrita existente. Você acha mesmo que essa
é a melhor maneira de despertar interesse pelos seus argumentos? Pode ser
assim com gente ignorante, mas não com o seleto grupo da ciencialist.

> Eu já administro várias listas.

E daí? Não perguntei sobre isso e nem me interessa. Pelo menos pelo que me
consta, esta aqui não é administrada por você.

> Irrite-se em paz ...

??????????

> Eu não vim aqui (a passeio) para falar de direito,
> pelo contrário.

Então que tal começar a falar sobre isso?

> Celso Galli Coimbra
> ================
> (sempre que eu visito essa lista
> ela fica movimentada, não sabia ?)
> ==========================

É verdade. Nas outras oportunidades você foi igualmente polêmico. Mas era
mais educado e menos agressivo com os membros da lista.

Godoy




SUBJECT: Questões Gerais
FROM: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 11:18

Olá, pessoal.

Acabo de seguir a sugestão do Sr. Rábula e adicioná-lo à minha lista de remetentes bloqueados.

Sugiro que os instatisfeitos como eu façam o mesmo. Vamos voltar a discutir ciência, pelo amor do Léo!

[ ]'s,

Godoy


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Questões Gerais
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 14:13

>Olá, pessoal.

>Acabo de seguir a sugestão do Sr. Rábula e adicioná-lo à minha lista de
remetentes bloqueados.

>Sugiro que os instatisfeitos como eu façam o mesmo. Vamos voltar a discutir
ciência, pelo amor do Léo!

[ ]'s,

>Godoy


Bom será que já da para a lista ser liberada? :) Podemos sair do castigo? :)

Estou com saudades de enviar a mensagem em tempo real para a lista. ;)

Juro que não respondo mais provocações sem argumentos. :)

SDS,

ASM




SUBJECT: Re:Finalizar polemina - segunda parte (administrador)
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 14:27

A simples capacidade de ler desse Professor
está com sérios problemas ...
==
Que crédito merece quem
não entende o que lê e
sai a fazer comentários ?
==
[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: Antonio Godoy
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Thursday, June 21, 2001 11:02 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re:Finalizar polemina - segunda parte (administrador)


> Porque como muitos sabem essa é uma das listas
> que administro.

Pensei que o LRB era o administrador da ciencialist! Agora o Sr. Rábula quer
dar um golpe de estado... Acho que sei porque existe a fixação do nobre
causídico em morte encefálica: é porque ele próprio já é vítima de tal
circunstância!

Prof. Godoy




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Lista voltando ao normal (administrador)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 14:44

Atendendo a pedidos estou tirando a moderacao de mensagens da
Ciencialist.

Eu poderia moderar individualmente, mas neste caso teria que fazer
julgamentos e arrumar mais confusao.

Se algum problema ocorrer volto imediatamente com a 'moderacao' de
quantidade de mensagens.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist





SUBJECT: Re: Advocacia eh uma profissao etica ? Essa pergunta do Joao eh etica ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 14:55

Quem vai decidir se o indivíduo é o serial killer é a decisão judicial
transitada em julgado. Não cabe ao advogado dar sentenças.
Não é ele que absolve. Ele faz a defesa. Como também
pode fazer a acusação. Isso já foi dito várias vezes.
==
No sistema jurídico brasileiro vigora o princípio
da inocência até prova em contrário.
==
Essa prova tem que ser em juízo e objeto de sentença
do Poder Judiciário.
==
Dizia um Juiz da Suprema Corte norte americana
que o óbvio está cada vez menos perceptível em nossa época.
==
O João pensa que advogados não escolhem ou recusam
defesas por razões de foro íntimo ou impedimentos.
==
Se o sigilo profissional desaparecer,
junto desaparece a possibilidade de defender qualquer pessoa.
==
Tem que conhecer o assunto para falar sobre ele.
==
Caso contrário é mera divagação.
==
João continua sem responder a pergunta
que fiz quanto a ter lido a legislação
sobre a qual está teorizando.
==
[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Wednesday, June 20, 2001 6:15 PM
Subject: Re: RES: RES: RES: RES: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica ?


"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

> Jocax:
> Mas a defesa deveria TER LIMITES eh isso q estou
> propondo. Ele deve defender ateh no limte que esta defesa
> esbarre am alguma norma etica. Por exemplo Eh etico vc
> absolver um Homicida-serial-killer tantando induzir o Juri
> de qqr maneira que nao foi o reu que assassinou MESMO
> sabendo-se que foi ele?
> Se o advogado souber a culpabilidade e absolver o criminoso
> deveria ser penalizado por isso.
> --------------------------------------------------------
> Medeiros:
> Nesses termos, também concordo! Mas, não dá,
> Jocax! Simplesmente não dá! Isso é uma questão de foro
> íntimo do advogado.

Como vc pode dizer que nao da, com tanta certeza,
se isso nunca foi tentado antes?
( que eu saiba )


>
> --------------------------------------------------------
> Jocax:
> Nao eh questao soh de foro intimo. Se o advogado
> sabe que nada lhe acontecera ele nao tem pq temer a pratica
> imoral. O q eu estou propondo eh simplesmente que em
> constatado a pratica o advogado seja incriminado. Isso
> deveria diminuir a ocorrencia destes casos e nao
> impedi-las de todo. O q se ganha , principalmente, eh
> q a legislacao da profissao ficaria eticamente bem
> fundamentada e nao com um buraco etico como esta agora.
> --------------------------------------------------------
> Alexandre:
>
> Vamos supor que vivemos num Estado-Autoritário, algo
> entre o Estado-Direito e o Estado-Totalitário.
>
> Para melhor ilustrar, imagine o Brasil sob a mão dos
> militares, antes da reabertura democrática (ou o Chile
> nas mãos do Pinochet)...
>
> Neste Estado, ainda não foi usurpado o direito a
> defesa, mas impõem-se restrições severas à liberdade
> de expressão.
>
> Suponha também que seu cliente violou a lei então
> vigente e divulgou informação que o Estado censurou.
> P.Ex., ele publicou um livro sob pseudônimo sobre
> um assunto proibido por lei. Em suma, cometeu um
> crime, cuja pena é reclusão (passando pela fase
> de confissão sob tortura, claro)
>
> Os arapongas apanham seu cliente e você vai lá
> defendê-lo e, mesmo SABENDO que seu cliente cometeu
> este crime, consegue, através de artifícios
> processuais, a absolvição de seu cliente.
>

Para mim nao seria imoral embora pudesse ser crime pois o q esta na lei
nem sempre eh moral ( como no caso citado )
Entao, neste caso, eu *nao* estaria sendo imoral ( embora pudesse estar
cometendo um crime, concordo ).

Claro q eu estaria me arriscando a ser preso por ter transgredido a lei
mas estaria em paz com minha consciencia por ter agito eticamente.


[]s
jocax
PS: Eu nao estou falando em romper o sigilo profissional.
Eu ainda nao sei COMO o qdvogado deveria proceder nos casos
que mencionei. Mas com certeza nao seria absolvendo o assassino.


========================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES:[ciencialist] Agulhas
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 15:02

> De: Mauro Pennafort [mailto:mpennafort@yahoo.com]
> "Caro Mauro, como é feito o buraco nas agulhas de
> injeção???

Acho que por extrusão. Não deve ser por ferramenta de corte devido ao
pequeno diâmetro da agulha. Não tenho certeza. É só um palpite.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bussola
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: Ciência-List <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 15:09

On Thu, 21 Jun 2001, Bruno Woltzenlogel Paleo wrote:
> Se a força magnética nao realiza trabalho, de onde vem a energia cinetica
> que uma bussola adquire quando é solta, inicialmente em repouso,
> perpendicularmente ao campo magnético?
> Não aguento mais conviver com essa duvida...

As forças que realizam trabalho são as quatro forças elementares da
natureza [forças conservativas]:

força nuclear fraca
força nuclear forte
força gravitacional
força eletroMAGNÉTICA

A bússola cai nesta última.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: En: RES:[ciencialist] Agulhas
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 15:21

Pensei que usassem alguma espécie de molde...

Sheila.

----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de <alxmpub@uol.com.br>

> De: Mauro Pennafort [mailto:mpennafort@yahoo.com]
> "Caro Mauro, como é feito o buraco nas agulhas de
> injeção???

Acho que por extrusão. Não deve ser por ferramenta de corte devido ao
pequeno diâmetro da agulha. Não tenho certeza. É só um palpite.

[]'s

Alexandre Medeiros



SUBJECT: Re: Encerrado o assunto: Essa pergunta do Joao eh etica ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 15:27

João,
==
o saber da inocência ou saber da culpa,
seja pela defesa ou pela acusação,
não pode dispensar regular processo
de julgamento, com decisão judicial
que vai definir então se é culpado ou
inocente.
==
SEM contraditório entre defesa
e acusação não pode haver definição
de culpa.
==
SEM contraditório não está respeitado
o princípio da ampla defesa.
==
Sua proposição tem como efeito eliminar a
defesa. Transformando em INQUISITORIAL a
decisão de culpa.
==
Alguma vez, João, vc leu a Constituição
Federal ? Não deixe de responder
essa pergunta porque considerarei
encerrado aqui esse assunto se
ficar sem resposta.
==
Repare João que se eu estivesse querendo
fazer _especulações_ desse teor
sobre qualquer área de conhecimento
científico aqui, o mínimo que estariam
me chamando seria de leigo.
==
E estariam certos.
==
A questão de ordem: você não respondeu sobre
a legislação quanto a tê-la lido.
Diga qual é essa legislação.
==
As conseqüências para a litigância de má fé podem
ir _de acordo com a gravidade_ desde uma sentença
declarando isso com penalidades pecuniárias até
a perda da carteira profissional, em processo próprio,
sem prejuízo de outras conseqüências (questão da
gravidade é o que é avaliado) envolvidas.
==
Não respondeu: cite a legislação que vc
está questionando.
==
_Encerrado_ o assunto se
não for indicada com clareza essa legislação
==
[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Wednesday, June 20, 2001 6:34 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?


Celso Galli Coimbra wrote:

> João,
> ==
> 1. os acusados nunca são compromissados a dizer a verdade.
> Eles têm por assim dizer o direito de não dizer a verdade,
> porque não se admite que uma pessoa deva ser
> obrigada a incriminar a si própria.

Alteracao 1. da legislacao : O advogado deveria ser
compromissado a dizer a verdade tanto como as testemunhas.
Isso *diminuiria* as possibilidades do juri ser ludibriado por uma defesa
q visa simplesmente ganhar a causa e nao fazer justica.

>
> ==
> Quem é compromissada a dizer sempre a verdade
> são as testemunhas.

A alteracao 1 , que proponho acima, mudaria isso.

>
> ==
> Importante: as testemunhas não são da defesa ou da acusação.
> Elas apenas são arroladas por uma e por outra.
> As testemunhas são do processo.
> ==
> 2. Quem absolve ou condena é o Poder Judiciário.
> Não é o advogado. O raciocínio de vocês incorre no
> erro de ignorar que existe sempre acusação.

Alteracao 2 da legislacao: A acusacao TAMBEM nao poderia incriminar
um reu *sabendo* que ele eh inocente sob risco de ser penalizado por isso.
( agora as coisas estao niveladas )


>
> A defesa e a acusação são parciais. Quem deve ser
> imparcial é o Julgador.

Alteracao 3 : Nem a defesa nem a acusacao deveriam ser totalmente parciais
mas sim regidos por uma certa norma etica a ser estabelecida.


>
> Dessa interação é que melhor surge o esclarecimento
> da verdade.
>

Nao acredito q esta eh a melhor interacao q faca surgir a verdade.
Fosse assim, todos advogados teriam a mesma competencia na absolvicao
ou nao do reu.


>
> 2.1- Vocês estão deixando de perceber que "Justiça" não
> é apenas condenação. Há condenações que podem ser
> a negação da Justiça -- condenações injustas --,
> basta cercearem o exercício da
> defesa.

Ok, eu mudei isso na alteracao 3 acima.

>
> ==
> 3. Para poder exercer uma profissão que tem a obrigação de
> CONTRARIAR interesses o advogado possui a prerrogativa de
> sigilo profissional, assim como o médico, NINGUÉM pode
> lhe exigir que revele o que seu cliente diz ou o que sabe no
> exercício de sua profissão.

Eu nao estou PROPONDO que o sigilo seja quebrado, mas isso poderia
ateh ser viavel. A regulamentacao destas mudancas que proponho deveriam
ser bem estudadas.



>
> ==
> 4. Não me consta que exista "crime moral", do ponto de vista
> legal.
> ==
> 5. Já foi dito aqui e me parece que vc não registrou ainda
> o que significa: defesa e acusação estão é obrigados pela
> lei processual a exercerem suas funções respeitando
> o que se chama "litigância de boa fé".

Qual a punicao caso isso nao seja respeitado?


>
> ==
> 6. No imperativo de "litigância de boa fé" estão os limites
> legais da defesa e da acusação. Portanto, observe que elas
> não são algo sem regras.

Quais as punicoes?

>
> ==
> 7. Mas você não respondeu minha pergunta.

Respondi acima;

[]s
jocax



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorização
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 15:47

----- Original Message -----
From: "Alexandre Sedlacek Moana"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, June 21, 2001 9:45 AM
Subject: Re: [ciencialist] Teorização

> Peterson escreveu
> > Na minha opinião, Celso, vejo que está havendo uma tentativa de se
> > argumentar com o que não se conhece direito. É pelo menos difícil dizer
> > algo para quem não sabe direito o que está falando. Algumas pessoas
> > tentam refutar a Teoria da Relatividade ou ainda a Teoria da Evolução
> > sabendo nada ou muito pouco sobre Física ou os princípios da Biologia.

Na minha humilde opinião, a pessoa ideal para pilotar um avião,
principalmente se eu estiver em seu interior ;-), será aquela que foi
devidamente preparada para a missão. O mesmo vale para o motorista de um
automóvel, para o cirurgião ideal, para o advogado ideal, sempre que
estivermos pensando numa atividade de cunho social. Não obstante, esta regra
não deve ser levada a extremos, a ponto de aprovarmos por decreto o direito
da autoridade. Fosse assim, não haveria discussões na Ciencialist. A palavra
final ficaria sempre com a maior autoridade no assunto, provavelmente eleita
por consenso entre os pares. Isto a rigor foi o que aconteceu na
universidade do século XX com algumas exceções (alguns departamentos, e
conheci pelo menos um desses na Usp, não se contaminaram).

Em se tratando de argumentação, e deixando o lixo acadêmico de lado, prefiro
o ideal popperiano que vou repetir aqui pela enésima vez, seguindo o ditado
popular a dizer que "água mole em pedra dura tanto bate até que fura":

"Não acredito na teoria corrente segundo a qual, para tornarem uma
discussão fecunda, os opositores têm de ter muita coisa em comum. Pelo
contrário, creio que quanto mais diferem os seus backgrounds, mais
fecunda é a argumentação. Não há sequer necessidade de uma linguagem
comum para se começar: se não tivesse havido uma torre de Babel,
teríamos tido de construir uma. A diversidade torna a discussão crítica
fecunda. As únicas coisas que os parceiros de uma discussão têm de
partilhar são o desejo de conhecer, e a disponibilidade para aprender
com o companheiro, criticando severamente as suas opiniões - na versão
mais forte possível que se puder dar dessas opiniões - e ouvindo o que
ele tem para dizer como resposta."

Exemplificando: Até 1905 Einstein era considerado um físico medíocre, tendo
sido desprezado pela universidade que cursou. Para não morrer de fome foi
trabalhar num departamento de patentes onde neste ano escreveu três artigos
refutando toda a física de sua época. Por obra do puro acaso estes artigos
caíram nas mãos de Planck. Fosse outro o editor e esses artigos estariam na
gaveta até hoje, pois seu autor "não sabia nada ou muito pouco sobre física"
para escrever artigos de grande impacto acadêmico.

Com respeito à teoria da evolução, creio que ela tem um de seus alicerces
firmados sobre o mendelismo. Não me parece que Mendel tenha sido um biólogo
de respeito na sua época. Não obstante, também promoveu uma revolução na
biologia e sequer viveu para testemunhar seu sucesso.

Em nome da mediocridade que assola o Olimpo Acadêmico, procura-se hoje
decretar o princípio da autoridade, utilizando-se como referência, e com
grande freqüência, duas teorias em grande parte desenvolvidas nos bastidores
da ciência e graças a idéias de autores que foram alijados das academias
durante a maior parte de sua vida criativa.

Alexandre escreveu
> Esta virando uma bagunça e de certa forma um grande desrespeito!!

Exatamente! E é isso o que não pode acontecer. Dentre os debates mais
"encarniçados" que aconteceram aqui na Ciencialist, creio ter participado da
maioria. Se alguma vez faltei com o respeito para com algum colega procurei
me redimir mesmo sem baixar a crista. Não obstante não é isso que tem sido
verificado nos últimos dias e certamente poderíamos eleger o mes de junho
como "o mes do desrespeito na Ciencialist" :-(. E não vou dizer que o
culpado é esse ou aquele pois tenho notado que o desrespeito é geral.

> Pô! Eu não refuto nada aqui sem ler atentamente! É questão mínima,
> repetindo, de RESPEITO!
> >Em último lugar, acho qualquer forma de ataque pessoal lamentável.

É isso aí.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Agua e evolucao
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 16:08

Uma duvida que jah dura alguns anos.

Porque a agua apresenta as propriedades organolepticas que tem? Ou
seja, eh insipida, inodora, 'transparente', etc. Seria isso uma
adaptacao evolutiva? Ou simplesmente eh? :)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna










SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua e evolucao
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 16:24

Eu "chutaria" que é questão evolutiva.

Seria desagradável caso, para nós que somos envoltos por essa substância, se
ela nos proporcionasse Gosto, Cheiro ou Cor.

Adaptação evolutiva do homem, acho que é isso.

O "simplesmente é" deve ser muito raro. :)

SDS,

ASM



> Uma duvida que jah dura alguns anos.

>Porque a agua apresenta as propriedades organolepticas que tem? Ou
>seja, eh insipida, inodora, 'transparente', etc. Seria isso uma
>adaptacao evolutiva? Ou simplesmente eh? :)

>Ateh mais.
>Luis Roberto Brudna









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SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua e evolucao
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 16:24

On Thu, 21 Jun 2001 lrb@if.ufrgs.br wrote:
> Uma duvida que jah dura alguns anos.
> Porque a agua apresenta as propriedades organolepticas que tem? Ou
> seja, eh insipida, inodora, 'transparente', etc. Seria isso uma
> adaptacao evolutiva? Ou simplesmente eh? :)
> Luis Roberto Brudna

Ela é insípida e inodora porque não reage com nossas células olfativas e
gustativas. Se as células fossem compostas por sódio metálico a reação
seria notável [Água?? Eu ein! Me queima a língua!].

Quanto a ser transparente deve-se ao fato de ser transparente
[translúcida] à banda de frequência do espectro eletromagnético ao qual o
nosso olho responde. Se enxergássemos o infravermelho a água seria bem
escura.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bussola
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>, José Carlos Neves de Araújo <jcarlos@das.inpe.br>, "Lilia Arany Prado" <lilia@ov.ufrj.br>, "Marinho" <marinho@fis.ita.cta.br>, "Olympium" <olympium-olympia@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 16:28

Léo, que estava 'stand-by' para assuntos rabulianos (e assim permanecerá), retorna para a ciência.

O campo magnético terrestre sobre o dipolo magnético (bússola), não tem ação 'motriz', apenas ação diretriz. Ao ser colocada a 'pequena' bússola no campo magnético aparecem as forças (binário) nos dois pólos e sua ação é girar a bússola colocando-a na situação de torque nulo. Obtida essa situação ela permanecerá em equilíbrio uma vez que a resultante do par sobre ela é nula.
Tal acontece em virtude da bússola comportar-se como "ponto material" no campo magnético terrestre. Mas, se a bússola tivesse 200 km de comprimento e fora do equador, talvez(?) ai sim houvesse uma manifestação motriz.

[]' (a quase todos)
Léo
========================

-----Mensagem Original-----
De: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
Para: "José Carlos Neves de Araújo" <jcarlos@das.inpe.br>; "Lilia Arany Prado" <lilia@ov.ufrj.br>; "Marinho" <marinho@fis.ita.cta.br>; "Olympium" <olympium-olympia@yahoogroups.com>; "Ciência-List" <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 21 de junho de 2001 10:53
Assunto: [ciencialist] Bussola


| Olá,
|
| Se a força magnética nao realiza trabalho, de onde vem a energia cinetica
| que uma bussola adquire quando é solta, inicialmente em repouso,
| perpendicularmente ao campo magnético?
|
| Não aguento mais conviver com essa duvida...
|
| <Bruno Woltzenlogel Paleo>
| bwp@terra.com.br - UIN-77325094
| http://br.geocities.com/dopelganger5/
|
|
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua e evolucao
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 17:13

Tarcísio,

Eu acho que isso na verdade é conseqüência, e não causa.

Essas características de nossos órgãos dos sentidos devem ser assim
justamente pelas propriedades inerentes à água.

O corpo humano não sente a água por ter se adaptado melhor e não por ter
essas características simplesmente, considerando meu amigo Charles. :)

SDS,

ASM


----- Original Message -----
From: Tarcisio Borges da Silva Jr. <tbs97@fisica.ufpr.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, June 21, 2001 4:24 PM
Subject: Re: [ciencialist] Agua e evolucao


On Thu, 21 Jun 2001 lrb@if.ufrgs.br wrote:
> Uma duvida que jah dura alguns anos.
> Porque a agua apresenta as propriedades organolepticas que tem? Ou
> seja, eh insipida, inodora, 'transparente', etc. Seria isso uma
> adaptacao evolutiva? Ou simplesmente eh? :)
> Luis Roberto Brudna

Ela é insípida e inodora porque não reage com nossas células olfativas e
gustativas. Se as células fossem compostas por sódio metálico a reação
seria notável [Água?? Eu ein! Me queima a língua!].

Quanto a ser transparente deve-se ao fato de ser transparente
[translúcida] à banda de frequência do espectro eletromagnético ao qual o
nosso olho responde. Se enxergássemos o infravermelho a água seria bem
escura.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br


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SUBJECT: Re: Agua e evolucao
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 17:20

Agua eh um elemento hiper-abundante.

Imagine o desconforto de sentir a agua sempre?
Quem trabalhou em peixaria sabe disso... ou
em lojas de perfume.

Ficaria um ruido de fundo constante, desnorteador e
possivelmente irritante.

(Imagina-se q. peixes nao sentem a agua
molhada... apenas o ar como terrivelmente
seco...)

Uma forma alternativa de se pensar:
qual a vantagem q. sentir o cheiro e o
sabor d'agua traria em nosso ambiente?

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua e evolucao
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 17:32

On Thu, 21 Jun 2001, Alexandre Sedlacek Moana wrote:
> Eu acho que isso na verdade é conseqüência, e não causa.

Eu não disse que estas eram as causas da água ser organoléptica, eu disse
simplesmente que não sentimos cheiro da água porque as células não
respondem a ela. Agora porque as células não respondem a água é outro
assunto, tem a ver com evolução, com o fato das célular serem formadas de
água e de a água não causar nenhum desconforto às células em si.

> Essas características de nossos órgãos dos sentidos devem ser assim
> justamente pelas propriedades inerentes à água.

Por propriedades inerentes ao nosso organismo. Como já disse, se fôssemos
feitos de sódio a coisa seria diferente.

> O corpo humano não sente a água por ter se adaptado melhor e não por ter
> essas características simplesmente, considerando meu amigo Charles. :)

Nosso amigo Charles [ele não é só seu amigo].

O corpo humano não sente a água simplesmente porque nunca precisou sentir.

Quanto a invisibilidade deve-se ao fato da banda de luz, que é a máxima
frequência do espectro em que não há reação destrutiva com células
orgânicas, quanto maior a frequência maior a resolução de imagem e maior a
energia dos fótons. Mas apenas no espectro visível as ondas não reagem com
as células de forma destrutiva [o IV esquenta e o UV reage com o DNA]. Ora
justamente nesta banda de frequência a água é transparente [não é mesmo
uma coincidência???].

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
====================================================
> On Thu, 21 Jun 2001 lrb@if.ufrgs.br wrote:
> > Uma duvida que jah dura alguns anos.
> > Porque a agua apresenta as propriedades organolepticas que tem? Ou
> > seja, eh insipida, inodora, 'transparente', etc. Seria isso uma
> > adaptacao evolutiva? Ou simplesmente eh? :)
> > Luis Roberto Brudna
>
> Ela é insípida e inodora porque não reage com nossas células olfativas e
> gustativas. Se as células fossem compostas por sódio metálico a reação
> seria notável [Água?? Eu ein! Me queima a língua!].
>
> Quanto a ser transparente deve-se ao fato de ser transparente
> [translúcida] à banda de frequência do espectro eletromagnético ao qual o
> nosso olho responde. Se enxergássemos o infravermelho a água seria bem
> escura.
>
> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Agua e evolucao
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 17:34

On Thu, 21 Jun 2001 rmtakata@altavista.net wrote:
> Agua eh um elemento hiper-abundante.
> Uma forma alternativa de se pensar:
> qual a vantagem q. sentir o cheiro e o
> sabor d'agua traria em nosso ambiente?

Se a água não fosse superabundante a vantagem seria a de sabermos
exatamente onde ela está [como algumas espécies de animais de deserto e
savana sabem].

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: Agulhas
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 17:42

http://www.pushback.com/Wattenburg/FAQ/hypodermic-needle-hole.html

http://www.newscientist.com/lastword/answers/lwa1330gadgets.html

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua e evolucao
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 17:44



>O corpo humano não sente a água simplesmente porque nunca precisou sentir.


Não acho que seja apenas por isso. Acho que ele não sente porque seria uma
desvantagem evolutiva caso sentisse. Nos incomodaria, ou no mínimo ocuparia
nossa atenção, desnecessariamente.

SDS,

ASM



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 17:45

João Mário Miranda wrote:

>
> Você teima em violar um principio elementar: o Reu só é
> culpado quando isso for provado em tribunal. Antes de ele ir
> a tribunal ninguém sabe se ele é culpado.
>

Joao, vc teima em confundir legislacao com etica.
O cara pode ser absolvido mas isso nao quer dizer q nao seja culpado.
Para a lei ele pode ser inocente, mas na verdade nao eh.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Encerrado o assunto: Essa pergunta do Joao eh etica ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 18:03

Celso Galli Coimbra wrote:

> ==
> Alguma vez, João, vc leu a Constituição
> Federal ? Não deixe de responder
> essa pergunta porque considerarei
> encerrado aqui esse assunto se
> ficar sem resposta.

Para nao atulhar a lista e atendendo recomendacoes do administrador
soh te responderei perguntas sobre estes assuntos em private ( PVT )
[]s
jocax




SUBJECT: As questos economicas do porque da declaracao de morte encefalica no Brasil
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
CC: <direito_saude@egroups.com>, <bioetica@widesoft.com.br>
DATE: 21/06/2001 18:06

DECLARAÇÕES DE ALBERTO ALAN GABBAI,
um dos 12 encarregados pelo CFM de elaborar
os critérios da morte encefálica no Brasil constantes
da Resolução CFM 1480/97
======================================

"Além disso é fundamental entender também que infelizmente no mundo atual o CUSTO BENEFÍCIO é uma coisa muito importante. Hoje em dia o FLUXO DE DINHEIRO permeia todas as atividades humanas."

==

"Então, não só para mitigar o sofrimento do paciente, como para mitigar o sofrimento da família, TAMBÉM MITIGA-SE O GASTO EXCESSIVO COM O DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA."

===
Página 972 da Ação Declaratória 98.0039872 - 4, ajuizada na 19a Vara Federal de São Paulo, contra o Conselho de Medicina do Estado de São Paulo.

==========




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Agua e evolucao
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 18:07

Acho que a resposta do Tarcísio é a melhor até agora.

Vejo um certo problema em justificar a ausência de
deteção de gosto apenas por uma questão evolucionista.
A questão é que a evolução é frequentemente usada
para justificar tudo o que parece óbvio, simplesmente
porque é fácil jogar isso para a conta da adaptação.
É uma tentação que devemos saber resistir um pouco,
procurando obter justificações causais mais profundas,
mesmo que apenas para confirmar o próprio processo
evolucionário (que acho uma das mais fantásticas
teorias científicas atuais). Caso contrário, acabamos
criando mais uma seita, uma "religião" que não pensa
em rever seus dogmas, mas apenas aceita-os como
automaticamente explicando as coisas (digo isso para
todos aqui e olhando no espelho também).

Acho que a água é um recurso importantíssimo para
a vida dos organismos e que poderia oferecer um certo
"prazer gustativo" que auxiliasse o animal a consumi-la
(e também a localizá-la; localizar pelo "faro" seria
uma importante habilidade evolutiva em ambientes
secos e áridos; o animal que não tivesse habilidades
de localização pelo cheiro seria "cortado" da linha
de frente da sobrevivência; esta hipótese tem mais
sentido evolucionista do que a adaptação ao gosto
e cheiro).

Provavelmente a água é mesmo uma substância muito estável
e que "teima" em não ser reconhecida por equipamentos
sensórios baseados essencialmente em atividade química,
ao mesmo tempo em que é imprescindível à manutenção da
vida. Mas isso é apenas especulação.

Até mais,
Sergio Navega.



-----Original Message-----
From: Tarcisio Borges da Silva Jr. <tbs97@fisica.ufpr.br>
To: ciencialist@yahoogroups.com <ciencialist@yahoogroups.com>
Date: Quinta-feira, 21 de Junho de 2001 16:25
Subject: Re: [ciencialist] Agua e evolucao


On Thu, 21 Jun 2001 lrb@if.ufrgs.br wrote:
> Uma duvida que jah dura alguns anos.
> Porque a agua apresenta as propriedades organolepticas que tem? Ou
> seja, eh insipida, inodora, 'transparente', etc. Seria isso uma
> adaptacao evolutiva? Ou simplesmente eh? :)
> Luis Roberto Brudna

Ela é insípida e inodora porque não reage com nossas células olfativas e
gustativas. Se as células fossem compostas por sódio metálico a reação
seria notável [Água?? Eu ein! Me queima a língua!].

Quanto a ser transparente deve-se ao fato de ser transparente
[translúcida] à banda de frequência do espectro eletromagnético ao qual o
nosso olho responde. Se enxergássemos o infravermelho a água seria bem
escura.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br


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SUBJECT: Pesquisa
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 18:10

Quantos aqui são doadores de órgãos?

SDS,

ASM



SUBJECT: Re: Agua e evolucao
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 18:12

--- In ciencialist@y..., "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@f...> wrote:=

> Se a água não fosse superabundante a vantagem seria a de sabermos
> exatamente onde ela está [como algumas espécies de animais de deserto e
> savana sabem].

Pois entao, isso apenas corrobora a hipotese.

Se bem q. nao se sabe bem se esses organismos detectam
o cheiro da agua ou de moleculas dissolvidas na agua.

Um impedimento em principio para a distincao da agua
em si, eh q. as mucosas olfativa e gustativa necessitam de
protecao contra a dessecacao. E essa protecao eh dada por
mucos e secrecoes aquosas. Ai' moleculas de agua iriam se
dissolver em moleculas de agua para serem percebidas?
Fica complicado...

Nao sei se os artigos abaixos tEm algo a ver:

NADEAU I 1995 -- TASTELESS AND ODORLESS
WATER IS IN THE OFFING. RECHERCHE 26: (272) 84-5.

OKADA Y, MIYAMOTO T, SATO T 1993 -- THE
IONIC BASIS OF THE RECEPTOR POTENTIAL
OF FROG TASTE CELLS INDUCED BY WATER
STIMULI. JOURNAL OF EXPERIMENTAL
BIOLOGY 174: 1-17.

ARITO H, IINO M, TAKAGI SF 1978 -- WATER
RESPONSE OF FROG OLFACTORY EPITHELIUM
AS OBSERVED FROM OLFACTORY-BULB.
JOURNAL OF PHYSIOLOGY-LONDON 279: 605-19.

OMAHONY M 1972 -- PURITY EFFECTS AND
DISTILLED WATER TASTE. NATURE 240: (5382) 489

BARTOSHU.LM 1968 -- WATER TASTE IN MAN.
PERCEPTION & PSYCHOPHYSICS 3: (1B) 69.

ZOTTERMAN Y 1956 -- SPECIES DIFFERENCES
IN THE WATER TASTE. ACTA PHYSIOLOGICA
SCANDINAVICA 37: (1) 60-70.

LILJESTRAND G, ZOTTERMAN Y 1954 --
THE WATER TASTE IN MAMMALS. ACTA
PHYSIOLOGICA SCANDINAVICA 32: (4) 219-303.

ANDERSSON B, ZOTTERMAN Y 1950 -- THE
WATER TASTE IN THE FROG. ACTA
PHYSIOLOGICA SCANDINAVICA 20: (1) 95-100.

ZOTTERMAN Y 1950 -- THE WATER TASTE OF
THE FROG. EXPERIENTIA 6: (2) 57-8.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 18:15



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> Joao, vc teima em confundir legislacao com etica.
> O cara pode ser absolvido mas isso nao quer dizer q nao seja culpado.
> Para a lei ele pode ser inocente, mas na verdade nao eh.

Você está a pressupor que ele é culpado. Pode não ser. A única
entidade com competencia para julgar é o tribunal porque é
imparcial e porque o direito à defesa está garantido. A sua
proposta viola frequentemente o principio da inocencia até
prova em contrário e o julgamento imparcial. Isso é que não é
ético.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: Pesquisa
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 18:18

Eu, de orgaos e tecidos...

So' nao doo sangue por eqto porq. estou abaixo do peso.

Alias, estao faltando doadores de semen nos hospitais:
eh serio.

http://einstein.ajato.com.br/reproducao/semen.htm
http://einstein.ajato.com.br/reproducao/semen4.htm

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Pesquisa
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 18:19

Parece-me q todos sao doadores compulsorios a menos q expressem
sua vontade de nao se-lo atraves de uma mensagem na carteira de
identidade, nao eh?

Eu sou doador.

Eu acho q seria justo que soh pudessem ser RECEPTORES de orgaos aqueles
que sao DOADORES.

Nao acho correto que pessoas q expressam seu desejo de *nao* serem doadores
receber orgaos (a menos q nao existam doadores necessitando deles ) .

[]s
jocax





SUBJECT: Crescimento da tecnologia versus preocupacao com o ser humano
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 18:21

Direito_Saúde -- 21.06.2001
======================

"Infelizmente o que os autos retratam é nada mais do que se tem visto habitualmente nos dias contemporâneos - a massificação dos cuidados com a saúde humana.

==

Na proporção em que cresce o processo tecnológico, também diminui a preocupação com o ser humano em si, com a pessoa (...) Tempos em que se procuram abstrair-se das responsabilidades.

==

O hospital não é um hotel. Não é uma hospedaria de doentes. Deve ser o abrigo dos homens para tratamento de suas moléstias; deve ser a casa onde se procura diminuir a dor, tratar da saúde, velar por ela e cuidar sempre para que aqueles que ali entram, se não conseguirem a cura, pelo menos não sofram dano maior.

===

Enfim, que o hospital seja realmente uma casa santa, uma santa casa."(g.n.)

===

Declaração de voto do Juiz Abreu Leite - RT 689/230
(apud Miguel Kfouri Neto, Responsabilidade Civil do Médico,
p. 175, 1a edição, Revista dos Tribunais).
=============================================



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Agua e evolucao
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 18:22

From: Alexandre Sedlacek Moana <alex@energias.com.br>
>
>>O corpo humano não sente a água simplesmente porque nunca precisou sentir.
>
>Não acho que seja apenas por isso. Acho que ele não sente porque seria uma
>desvantagem evolutiva caso sentisse. Nos incomodaria, ou no mínimo ocuparia
>nossa atenção, desnecessariamente.
>

Existe outro aspecto que é a acostumação. Se você usar em um
braço uma "faixa quente" (elétrica) irá sentir calor e desconforto
naquela região. No entanto, após algum tempo de uso, você (seu
cérebro) se acostuma e não "percebe" mais a temperatura. Isto ocorre
porque nosso cérebro se especializa em fazer-nos perceber
diferenças. Se a excitação é sempre a mesma, vamos nos
acostumar e logo ela já não será mais percebida.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: Pesquisa
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 18:30

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrot=
e:
> Parece-me q todos sao doadores compulsorios a menos q expressem
> sua vontade de nao se-lo atraves de uma mensagem na carteira de
> identidade, nao eh?

Sim e nao. A familia deve ser consultada.

http://www.senado.gov.br/web/senador/lucalc/leis/95006rf.htm

mas a medida provisoria 1.959-27 de 25/10 do ano passado alterou a lei:

'Com a medida consolidou-se a obrigatoriedade de consulta/autorização
da família do potencial doador para a retirada de órgãos, tecidos ou
partes do corpo para transplantes e outras finalidades terapêuticas
(como enxertos).'

http://www.saude.gov.br/noticias/agencia/outubro.htm

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Pesquisa
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 18:30

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrot=
e:
> Parece-me q todos sao doadores compulsorios a menos q expressem
> sua vontade de nao se-lo atraves de uma mensagem na carteira de
> identidade, nao eh?

Sim e nao. A familia deve ser consultada.

http://www.senado.gov.br/web/senador/lucalc/leis/95006rf.htm

mas a medida provisoria 1.959-27 de 25/10 do ano passado alterou a lei:

'Com a medida consolidou-se a obrigatoriedade de consulta/autorização
da família do potencial doador para a retirada de órgãos, tecidos ou
partes do corpo para transplantes e outras finalidades terapêuticas
(como enxertos).'

http://www.saude.gov.br/noticias/agencia/outubro.htm

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Pesquisa
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 18:34

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> http://www.saude.gov.br/noticias/agencia/outubro.htm

http://www.saude.gov.br/noticias/agencia/outubro.htm#not13

Eqto a MP valer, vale a consulta previa -- independentemente
da vontade do finado.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Pesquisa
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 18:38



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Eu sou doador.
>
> Eu acho q seria justo que soh pudessem ser RECEPTORES de orgaos aqueles
> que sao DOADORES.
>

Mas nesse caso os dadores não seriam DOADORES, seriam TROCADORES.

Essa proposta simplesmente não funciona. Se os serviços de saúde
pública entram numa filosofia de troca aqueles que pagam mais
impostos tinham que ter direito a melhores serviços. Acabava o
estado solidário.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: En: [ciencialist] Pesquisa
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 18:42

Não existe somente doação em morte (que eu me lembre agora, existe ao menos
a situação de doação de órgãos pares, e de medula).

A declaração de não desejo de ter órgãos doados qdo "morto" não poderia ser
feita unicamente através de observação em carteira de identidade. Anotada em
carteira de habilitação, tb era válida.
No entanto, não me lembro a data, mas foi publicada nova conduta legal, na
qual não mais seria considerada a vontade do doador "morto", e sim a família
ou responsável passou a ter esse direito/"dever".
Visto ser essa a atual regra legal, não cabe sua consideração sobre dever ou
não possíveis doadores (ou melhor: o termo que tem sido usado é doadores em
potencial) poderem ser receptores.

Sheila.

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>



Parece-me q todos sao doadores compulsorios a menos q expressem
sua vontade de nao se-lo atraves de uma mensagem na carteira de
identidade, nao eh?

Eu sou doador.

Eu acho q seria justo que soh pudessem ser RECEPTORES de orgaos aqueles
que sao DOADORES.

Nao acho correto que pessoas q expressam seu desejo de *nao* serem doadores
receber orgaos (a menos q nao existam doadores necessitando deles ) .

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 18:43

João Mário Miranda wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > Joao, vc teima em confundir legislacao com etica.
> > O cara pode ser absolvido mas isso nao quer dizer q nao seja culpado.
> > Para a lei ele pode ser inocente, mas na verdade nao eh.
>
> Você está a pressupor que ele é culpado. Pode não ser. A única
> entidade com competencia para julgar é o tribunal porque é
> imparcial e porque o direito à defesa está garantido. A sua
> proposta viola frequentemente o principio da inocencia até
> prova em contrário e o julgamento imparcial. Isso é que não é
> ético.
>

Que proposta q vc se refere ?

Veja bem , para vc entender, considere o seguinte *fato hipotetico* :

O cara matou varias pessoas inoentes e indefesas , um srial killer por exemplo,
e, para nao ser julgado, mudou a identidade e sumiu .

Eu te pergunto o cara eh ou nao um criminoso?

[]s
jocax



SUBJECT: Re: Agua e evolucao
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 18:51

--- In ciencialist@y..., "Sergio Navega" <snavega@a...> wrote:
> Acho que a água é um recurso importantíssimo para
> a vida dos organismos e que poderia oferecer um certo
> "prazer gustativo" que auxiliasse o animal a consumi-la

Opa! E como nao? Bem, de fato nao eh exatamente
gustativo. Mas beber agua eh um gde prazer.

> (e também a localizá-la; localizar pelo "faro" seria
> uma importante habilidade evolutiva em ambientes
> secos e áridos; o animal que não tivesse habilidades
> de localização pelo cheiro seria "cortado" da linha
> de frente da sobrevivência; esta hipótese tem mais
> sentido evolucionista do que a adaptação ao gosto
> e cheiro).

Como disse antes, no muco q. envolve as celulas
sensoriais ha' agua. Fica dificil assim.

(E tem q. haver muco? Sim, a explicacao vai
recair nas propriedades da agua. Nao so' a agua eh
um solvente bastante eficiente de inumeras
substancias, como tbm o meio mais abundante
permissivo 'a ocorrencia de reacoes quimicas
em uma velocidade razoavel -- de picossegundos
a alguns dias. Enfim, a vida surgiu na agua...
A vida deste planeta sendo caracterizada pela
celula como unidade morfo-funcional --
virus so' funcionam dentro das celulas q.
parasitam -- e as celulas possuindo em seu
interior um meio aquoso, a manutencao dos
processos vitais dependem da integridade da
celula e desse meio aquoso intracelular. Calha
q. a membrana celular eh bastante permeavel
'a agua. Isso significa q. celulas nuas dessecam
rapidamente em meio com baixo potencial
hidrico -- como o ar. Ou se possui uma camada
protetora como a epiderme -- com gdes qtdades
de proteina impermeabilizante -- ou se protege
com um muco glicoproteico -- q. nao
impermeabiliza, mas permite a troca com o
meio nao apenas de agua, mas tbm de substancias
soluveis em agua. A recepcao dos sinais do
ambiente pelas celulas sensoriais dependem de
proteinas. No caso de sinais quimicos como o
gosto e o cheiro, as particulas de sabor e de
cheiro devem se associar a proteinas de membrana
para eliciar a resposta. (Essas moleculas nao
podem simplesmente invadir as celulas, como
eh o caso da luz...) Bem, isso significa q. a
celula sensorial precisa estar em contato com o
ambiente. E precisa de protecao contra o dessecamento.
Nao pode ser por meio de queratina ou uma substancia
impermeabilizante -- q. impede a troca com o meio.
Eis o muco... E a funcao do muco eh justamente proteger
contra a perda de agua, eh um meio hidratante... eh
um meio aquoso...)

Essa explicacao da' uma certa impressao de q.
'teria' q. ser assim. Nao exatamente assim, na
verdade. Haveria talvez outras possibilidades,
mas calhou dessa ter surgido.

> Provavelmente a água é mesmo uma substância muito estável
> e que "teima" em não ser reconhecida por equipamentos
> sensórios baseados essencialmente em atividade química,
> ao mesmo tempo em que é imprescindível à manutenção da
> vida. Mas isso é apenas especulação.

Acho q. atribuir caracteristicas antropomorficas
'as coisas eh mais complicado do q. uma visao evolutiva.

Sim, claro q. pode haver abuso via pan-selecionismo.
E devemos ter cuidado pra nao cair nessa armadilha.

Mas um simples 'porq. sim', nao me parece a melhor
explicacao tampouco...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: En: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 19:11

Não compreendi sua colocação, Holland.
A pessoa hipotética teria sido ou não julgada?

Sheila.

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>



João Mário Miranda wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > Joao, vc teima em confundir legislacao com etica.
> > O cara pode ser absolvido mas isso nao quer dizer q nao seja culpado.
> > Para a lei ele pode ser inocente, mas na verdade nao eh.
>
> Você está a pressupor que ele é culpado. Pode não ser. A única
> entidade com competencia para julgar é o tribunal porque é
> imparcial e porque o direito à defesa está garantido. A sua
> proposta viola frequentemente o principio da inocencia até
> prova em contrário e o julgamento imparcial. Isso é que não é
> ético.
>

Que proposta q vc se refere ?

Veja bem , para vc entender, considere o seguinte *fato hipotetico* :

O cara matou varias pessoas inoentes e indefesas , um srial killer por
exemplo,
e, para nao ser julgado, mudou a identidade e sumiu .

Eu te pergunto o cara eh ou nao um criminoso?

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 19:25



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> Que proposta q vc se refere ?
>
> Veja bem , para vc entender, considere o seguinte *fato hipotetico* :
>
> O cara matou varias pessoas inoentes e indefesas , um srial killer por exemplo,
> e, para nao ser julgado, mudou a identidade e sumiu .
>
> Eu te pergunto o cara eh ou nao um criminoso?

Se os factos que você relata são verdadeiros é possivel que
seja. Mas os factos que você relata podem não ser verdadeiros.
O julgamento serve para determinar se são ou não. O advogado
de defesa tem que defender aquilo que o reu entender que
ele deve defender ou então recusa o caso. O que a defesa não
pode fazer é adoptar a visão da acusação. Se adopta a visão da
acusação contra a vontade do acusado não está a defender. Se
julga o acusado e o defende em função desse julgamento está
a negar ao acusado o direito a um julgamento justo, porque
procedeu a um julgamento prévio no qual o reu não teve defesa.


--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Re: Advocacia eh uma profissao etica? Essa pergunta eh etica ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 19:26

Sheila wrote:

> Não compreendi sua colocação, Holland.
> A pessoa hipotética teria sido ou não julgada?
>

Nao ela nao teria sido julgada pq nao a descobriram ou ela fugiu.
Existem criminosos que ninguem nem imagina que o sao.
[]s
jocax


>
> Sheila.
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
>
> João Mário Miranda wrote:
>
> > Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > >
> > > Joao, vc teima em confundir legislacao com etica.
> > > O cara pode ser absolvido mas isso nao quer dizer q nao seja culpado.
> > > Para a lei ele pode ser inocente, mas na verdade nao eh.
> >
> > Você está a pressupor que ele é culpado. Pode não ser. A única
> > entidade com competencia para julgar é o tribunal porque é
> > imparcial e porque o direito à defesa está garantido. A sua
> > proposta viola frequentemente o principio da inocencia até
> > prova em contrário e o julgamento imparcial. Isso é que não é
> > ético.
> >
>
> Que proposta q vc se refere ?
>
> Veja bem , para vc entender, considere o seguinte *fato hipotetico* :
>
> O cara matou varias pessoas inoentes e indefesas , um srial killer por
> exemplo,
> e, para nao ser julgado, mudou a identidade e sumiu .
>
> Eu te pergunto o cara eh ou nao um criminoso?
>
> []s
> jocax
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pesquisa
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 19:32



João Mário Miranda wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Eu sou doador.
> >
> > Eu acho q seria justo que soh pudessem ser RECEPTORES de orgaos aqueles
> > que sao DOADORES.
> >
>
> Mas nesse caso os dadores não seriam DOADORES, seriam TROCADORES.
>

Nao sao trocadores. A grande maioria das pessoas morrem sem ter nunca
recebido qqr orgao.


>
> Essa proposta simplesmente não funciona. Se os serviços de saúde
> pública entram numa filosofia de troca aqueles que pagam mais
> impostos tinham que ter direito a melhores serviços. Acabava o
> estado solidário.
>

Os q pagam + impostos o pagam pq ganham mais se fosse seguir sua logica
todos deveriam pagar imposto igual.

Quem nao quer doar o faz de livre vontade e por isso deveriam
arcar com as consequencias.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Pesquisa
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/06/2001 19:43



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Os q pagam + impostos o pagam pq ganham mais se fosse seguir sua logica
> todos deveriam pagar imposto igual.

Não é a minha lógica, é a sua.

> Quem nao quer doar o faz de livre vontade e por isso deveriam
> arcar com as consequencias.

É irrelevante se algo é feito de livre vontade ou não. Quem paga
mais impostos não o faz de livre vontade e no entanto tem os mesmos
serviços que quem não paga.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Pesquisa
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 19:44

Assunto: [ciencialist] Pesquisa


| Quantos aqui são doadores de órgãos?
|
| SDS,
|
| ASM

Assim que entrei no cursinho doei um pequeno e um tanto já antigo para o Mosteiro de São Bento. Hoje deve fazer parte dos armários de instrumentos nas salas de laboratório. O fole era acionado por pedal. :-))))

[]'
Léo
=============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Agua e evolucao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 20:02

Não posso dizer agora que não se trata de minha praia pois todas têm água!
Entretanto, água existe antes do primeiro ser tornar-se 'ser' e, quanto este foi 'seerizado' (talvez naquela tal sopa) usou-se 90% de água. E a água já era transparente ... ainda não era insípida ou inodora ou coisas que tais pois, não existiam papilas gustativas ou coisas da pituitária para dar-lhes esses nomes.

Assim sendo, nos somos água em essência. Além da água juntaram umas tantas tranqueiras e hoje temos até consciência, a ponto de atribuir propriedades que a água nunca teve mas, ficariam bem para os modelos físicos de que dispomos. Inventamos os modelos e as propriedades organolépticas ... e agora perguntamos para a água por que ela é assim ou assado!

Por que não perguntar ao modelo que levou a esse nome?
Ora direis ouvir estrelas ... a gente inventa nomes para as coisas da natureza para adapta-las aos nossos modelos ... não vamos agora perguntar á natureza por que têm tal e qual propriedade!

Os animais do deserto 'sentem' a presença de água ou sentem que em dada direção que o vento sopra falta umidade? Partículas de água juntam-se ás partículas de poeira e são levadas pelo vento ... que sopra numa dada direção; os animais mexem a cabeça e 'sentem' que naquela direção o ar é menos seco que nas demais ... e tocam o bonde para lá e, podem morrer se o vento mudar!

[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
De: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 21 de junho de 2001 18:07
Assunto: [ciencialist] Re: Agua e evolucao


| Acho que a resposta do Tarcísio é a melhor até agora.
|
| Vejo um certo problema em justificar a ausência de
| deteção de gosto apenas por uma questão evolucionista.
| A questão é que a evolução é frequentemente usada
| para justificar tudo o que parece óbvio, simplesmente
| porque é fácil jogar isso para a conta da adaptação.
| É uma tentação que devemos saber resistir um pouco,
| procurando obter justificações causais mais profundas,
| mesmo que apenas para confirmar o próprio processo
| evolucionário (que acho uma das mais fantásticas
| teorias científicas atuais). Caso contrário, acabamos
| criando mais uma seita, uma "religião" que não pensa
| em rever seus dogmas, mas apenas aceita-os como
| automaticamente explicando as coisas (digo isso para
| todos aqui e olhando no espelho também).
|
| Acho que a água é um recurso importantíssimo para
| a vida dos organismos e que poderia oferecer um certo
| "prazer gustativo" que auxiliasse o animal a consumi-la
| (e também a localizá-la; localizar pelo "faro" seria
| uma importante habilidade evolutiva em ambientes
| secos e áridos; o animal que não tivesse habilidades
| de localização pelo cheiro seria "cortado" da linha
| de frente da sobrevivência; esta hipótese tem mais
| sentido evolucionista do que a adaptação ao gosto
| e cheiro).
|
| Provavelmente a água é mesmo uma substância muito estável
| e que "teima" em não ser reconhecida por equipamentos
| sensórios baseados essencialmente em atividade química,
| ao mesmo tempo em que é imprescindível à manutenção da
| vida. Mas isso é apenas especulação.
|
| Até mais,
| Sergio Navega.
|
|
|
| -----Original Message-----
| From: Tarcisio Borges da Silva Jr. <tbs97@fisica.ufpr.br>
| To: ciencialist@yahoogroups.com <ciencialist@yahoogroups.com>
| Date: Quinta-feira, 21 de Junho de 2001 16:25
| Subject: Re: [ciencialist] Agua e evolucao
|
|
| On Thu, 21 Jun 2001 lrb@if.ufrgs.br wrote:
| > Uma duvida que jah dura alguns anos.
| > Porque a agua apresenta as propriedades organolepticas que tem? Ou
| > seja, eh insipida, inodora, 'transparente', etc. Seria isso uma
| > adaptacao evolutiva? Ou simplesmente eh? :)
| > Luis Roberto Brudna
|
| Ela é insípida e inodora porque não reage com nossas células olfativas e
| gustativas. Se as células fossem compostas por sódio metálico a reação
| seria notável [Água?? Eu ein! Me queima a língua!].
|
| Quanto a ser transparente deve-se ao fato de ser transparente
| [translúcida] à banda de frequência do espectro eletromagnético ao qual o
| nosso olho responde. Se enxergássemos o infravermelho a água seria bem
| escura.
|
| []s
| TARCISIO BORGES
| tbs97@fisica.ufpr.br
|
|
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|
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pesquisa
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 20:57

> Quantos aqui são doadores de órgãos?

Manuel: doador de órgão eu sou, mas receptor de órgão jamais! Nunca! Eu sou
é macho, e sabe como é que macho morre? De câncer na próstata.

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Bases filosóficas e cientificidade
FROM: "Henrique C. Cerqueira" <socrates1@bol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 21:28

OI pessoal ,
sou estudante de Psicologia e muito preocupado com a cientificidade de minha
abordagem. Como vcs devem saber, no curso de graduação em psicologia
estudamos diversas abordagens como psicanálise, humanismo, gestalt,
psicologia cognitiva, entre outras. Muitas dessas abordagens são
extremamente especulativas e supõem a existência de entidades metafísicas,
adotando uma postura dualista de mundo.
Em minha escolha pela Análise do comportamento como a abordagem que
orientará minha conduta, basiei-me na cientificidade que essa teoria possui.
Seu corpo teórico foi criado através de exaustivas experimentações que foram
e são realizadas em sua maioria com organismos menos complexos como ratos e
pombos, mas também com seres humanos (principalmente nos dias de hoje, onde
a metodologia de estudo do comportamento humano tem obtido certo avanço).
Gostaria de saber sobre os participantes da lista do que um "corpo teórico"
necessita para ser considerado científico ???Vcs consideram a psicanálise
uma ciência???ou uma pseudo ciência como diria Popper????
Pergunto ,pois partilho grande parte da visão que cientistas das ciências
naturais possuem sobre a psicologia de modo geral em considerá-la como uma
pseudo-ciência,etc.
Aliás, confesso que é dessa forma que enxergo as outras abordagens em
psicologia salvo execeções como a psicologia cognitiva e a análise do
comportamento.
Outros assunto relacionado a isso é se alguém saberia me explicar um pouco
sobre as teorias do físico e epistemólogo vienense Ernst Mach,
principalmente sobre seu Positivismo. Conheço alguma coisa, mas não muito.
Este autor, junto a outro físico P.W.Bridgman foram influências
determinantes na criação da Análise do comportamento.
Agradeço à todos qualquer ajuda ,

Henrique



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Chega de Direito!!!
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 21:50

Celso Galli Coimbra,

Acho que você está além de gerando uma polêmica desnecessária mandando
mensagens que não tem nenhum conteúdo científico, como a mensagens com os
subjects: "As questos economicas do porque da declaracao de morte encefalica
no Brasil" e "Crescimento da tecnologia versus preocupacao com o ser
humano". Além disso acho seu comportamento muito estranho, me parece que não
aceita críticas e/ou acusações. Posso estar errado já que não li na íntegra
todas as suas mensagens por falta tempo, me preocupei em ler as mensagens
com caráter científico e das áreas do meu interesse

Quanto ao seu comentário: "sempre que eu visito essa lista ela fica
movimentada, não sabia ?".
1- Para mim você está querendo aparecer.
2- Quem tanto reclamou de piadas agora fez uma...

Concordo plenamente com o Sr. Antonio Godoy. Creio que esse seu linguajar
jurídico não se aplica a esse lista científica. E o fato de você administrar
outras listas é estremamente irrelevante. Num tribunal eu gritaria
"Protesto!", mas acho que não necessitamos ir tão longe assim.

Sem mais.

[ ]'s

--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| Rio de Janeiro - Brasil
| http://www.geocities.com/dfreirebr/
| daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein

----- Original Message -----
From: Antonio Godoy <godoy@bwnet.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, June 21, 2001 11:10 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Chega de Direito!!!


> > sabe para o que servem os recursos
> > de filtros de seu correio eletrônico ?
>
> Sim, mas é lastimável ter que utilizá-los nesta lista.
>
> > Você acha que eu vou mudar
> > minha forma de escrever para lhe
> > agradar ?
>
> O mínimo que você poderia fazer é isto, uma vez que a estilística
processual
> não é a única forma de expressão escrita existente. Você acha mesmo que
essa
> é a melhor maneira de despertar interesse pelos seus argumentos? Pode ser
> assim com gente ignorante, mas não com o seleto grupo da ciencialist.
>
> > Eu já administro várias listas.
>
> E daí? Não perguntei sobre isso e nem me interessa. Pelo menos pelo que me
> consta, esta aqui não é administrada por você.
>
> > Irrite-se em paz ...
>
> ??????????
>
> > Eu não vim aqui (a passeio) para falar de direito,
> > pelo contrário.
>
> Então que tal começar a falar sobre isso?
>
> > Celso Galli Coimbra
> > ================
> > (sempre que eu visito essa lista
> > ela fica movimentada, não sabia ?)
> > ==========================
>
> É verdade. Nas outras oportunidades você foi igualmente polêmico. Mas era
> mais educado e menos agressivo com os membros da lista.
>
> Godoy



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bases filosóficas e cientificidade
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/06/2001 21:50

From: "Henrique C. Cerqueira"

> Gostaria de saber sobre os participantes da lista do que um "corpo
teórico"
> necessita para ser considerado científico ???

Oi,

Bom, primeiro, suponho que todos concordamos que um corpo teórico, uma
teoria, para ser uma teoria tem de ser não-contraditória.
Ou seja, seus postulados, não podem, apenas usando de lógica simples,
resultar em duas conclusões , igualmente válidas à luz dos postulados
iniciais, mas que se contradizem. Se isto acontecer o corpo teórico nem
sequer é uma teoria. muito menos cientifica.

Depois, ela tem de ser independente. Ou seja, os resultados, previsões
,etc..têm de ser os mesmos seja qual for o Observador.
Note-se: em psicologia, eu acho, se estudam as pessoas. Assim cada uma será
diferente da outra. Mas 2 Observadores, testando a mesma pessoas , com a
mesma teoria - a teoria em causa- devem ser capazes de chegar ,
independentemente, às mesmas conclusões.
Por exemplo, dois médicos, um paciente. Ambos os médicos chegam às mesmas
conclusões, usando a mesma teorias sobre o único paciente.

A teoria tem de ser imparcial.
A imparcialidade, quer dizer que o Observador, conclui as mesmas coisas ,
independentemente do seu estado de saúde, emocional, psíquico ou físico. Em
"teoria" uma máquina, dotada das regras da teoria, privada de humanidade,
concluiria o mesmo. Assim, uma teoria pode ser cientifica.

Depois, para ela ser cientifica de facto, tem de obedecer à experimentação.
Isto é , ao teste de hipóteses que nascem pelo estudo dos postulados e de
resultados credíveis derivados anteriormente.
Isto implica no 3º factor. A Reprodutibilidade.
Algo , tem que ser reprodutível para ser considerado "existente" em ciência.

Um teoria cientifica, não afirma. Demonstra. Se a tua teoria, demonstra,
então ela é cientifica.
Demonstrar é exactamente aquilo: mostrar a mesma coisa a todas as pessoas ,
independentemente das pessoas a quem estamos a mostrar.

Bom, espero que ajude....

[],

Sérgio M. M. Taborda





SUBJECT: Concurso de Redações
FROM: thiagomaiasantos@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/06/2001 00:28

Sei que este e-mail é meio off-topic, mas como imagino que neste
grupo se tenha um número considerável de pessoas críticas, encaminho
para divulgação.


O grupo Acrópolis está promovendo um concurso de redações sobre o
tema Pena
de Morte. O prêmio é uma edição de Divina Comédia (se for o caso,
pode-se
trocar a edição da Divina Comédia por um livro de Filosofia, desde
que o
mesmo não ultrapasse o valor de R$ 50,00). Mesmo quem mora no exterior
(Portugal e outros países), terão os custos com o transporte do prêmio
cobertos pelo patrocinador. Para participar, basta ser associado do
grupo
Acrópolis. Maiores informações, inclusive o regulamento do presente
concurso, poderão ser requisistadas pelo e-mail
thiagomaiasantos@uol.com.br.


Para se associar ao grupo, visite a página:

http://br.egroups.com/group/acropolis

Ou envie e-mail totalmente em branco para:

acropolis-subscribe@br.egroups.com


Thiago Maia

Poeta, autodidata em Filosofia,
Moderador e Proprietário do grupo Acrópolis





SUBJECT: Re: [ciencialist] Bases filosóficas e cientificidade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/06/2001 02:50

----- Original Message -----
From: "Henrique C. Cerqueira"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, June 21, 2001 9:28 PM
Subject: [ciencialist] Bases filosóficas e cientificidade

> Gostaria de saber sobre os participantes da lista do que um "corpo
> teórico" necessita para ser considerado científico ???

Olá Henrique

O assunto é complexo mas você poderá encontrar o que penso a respeito em
inúmeros artigos, dentre os quais destaco "Teoria sobre o método científico"
e "Doutrinas Filosóficas e Teorias Científicas" (vide links abaixo).

Estou preparando um "Índice Analítico e Remissivo" de meu Web Site. Com
respeito ao assunto que lhe interessa, no momento tenho catalogado os
tópicos e/ou artigos abaixo relacionados (muitos são msgs que escrevi para a
Ciencialist ou outras listas ou newsgroups). A relação está bastante
incompleta e deverei concluí-la provavelmente no final do mês de julho
[trabalho de férias :-)]. Responderei com prazer as dúvidas sobre qualquer
dos artigos (inclusive possíveis falhas dos links, pois ainda não os
testei). Algumas referências (creio que 3 ou 4) acompanham-se de: "ainda não
está no site". O link que se segue provavelmente estará funcionando como tal
apenas no início de julho, no mais tardar dia 10.

Existem muitos ciencialisteiros que encaram a ciência e a teorização de
maneira diferente da minha e sem dúvida seria interessante que eles também
postassem aqui uma síntese analítico-remissiva de seus trabalhos bem como o
paradeiro de suas msgs principais relativas ao tema.

Selecionei o tópico Ciência, que é o seguinte:

Ciência (vide também Iniciação Científica, Pesquisa)
-Ciência, conhecimento e criatividade (ainda não está no site)
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/artigos/editor25.htm
-Ciência e dialética
--A importância do diálogo científico:
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/varios/ci4562.txt
--A síntese e a dialética oriental:
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/varios/ci5898.txt
-Ciência e fé
--A fé do cientista:
www.geocities.com/ecientificocultural/Usenet/dialogos06.htm#Diálogo_2
--A fé na experimentação:
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/VL/vl09.txt
--Ciência e criacionismo:
---msg 6542:
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/varios/ci6542.txt
---msg 6559:
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/varios/ci6559.txt
--Ciência e religião (ainda não está no site)
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/mted.htm#Ciencia
--Intuitivismo vs intuicionismo:
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/VL/vl11.txt
-Ciência e humor
--Sites sobre ciência e humor
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/EduSup/links1.htm#Humor
--"Teoria" sobre a existência de Papai Noel
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/tepn.htm
-Ciência e realismo
--A evolução do realismo
www.geocities.com/ecientificocultural/Relat/EletroRel01.htm#Conteúdo
--Ciência e realismo
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/varios/ci5899.txt
--O realismo relativista
www.geocities.com/ecientificocultural/Relat/EletroRel01.htm#Conteúdo
-Crackpot Index - Índice de Incredibilidade
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/pot.htm
-Doutrinas filosóficas e teorias científicas
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/FilCien/cap05.htm
-Ensaios sobre filosofia e ciência orientais
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/FilCien/ci_or00.htm
-Experiência versus observação (vide também A práxis científica)
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/VL/vl11.txt
-Hipóteses, teorias e teorização
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/FilCien/cap02.htm
-Método Científico
--A práxis científica
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/FilCien/cap03.htm
--O macrométodo científico
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/artigos/epe.htm#macrometodo
--O "vácuo lógico" e a intuição (ainda não está no site)
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/mted.htm#intuicao
--Popper e a indução (ainda não está no site)
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/mted.htm#Popper
--Sobre a unicidade do método científico
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/tgbd.htm#5617
--Teoria sobre o método científico
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/artigos/metcien1.htm
-Metafísica
--Considerações sobre ciência e metafísica
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/varios/ci4549.txt
--Física vs metafísica e O evolucionismo Popper vs Khun
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/varios/ci4541.txt
--Sobre a importância da metafísica e/ou da epistemologia
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/tgbd.htm#5696
-Princípios fundamentais da ciência
--A ciência e seus princípios
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/FilCien/cap01.htm
--A universalidade dos princípios
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/artigos/editor22.htm
--Os fenômenos naturais e seus princípios
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/artigos/editor17.txt
--Regra da repetitividade
---msg 18
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/varios/ci4552.txt
---msg 20
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/varios/ci4558.txt
-O que é ciência, afinal?
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/artigos/editor23.htm
-Sobre os "períodos de ciência normal" de Thomas Khun
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/varios/ci4742.txt
-Sobre pesquisa e a filosofia da ciência
www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/artigos/pesqUP12.htm

> Vcs consideram a psicanálise
> uma ciência???ou uma pseudo ciência como diria Popper????

Você encontrará o que penso a respeito em "Teoria sobre o método
científico". Vide a minha crítica ao posicionamento de Popper no item 9 do
trabalho (O falsificacionismo como delimitador da ciência). Resumo minha
maneira de pensar da seguinte forma: "Não existem áreas não científicas, mas
sim áreas onde ainda não foram produzidos conhecimentos científicos." Isto
não significa dizer que "tudo é ciência" mas que quase tudo pode ser
estudado cientificamente.

> Pergunto, pois partilho grande parte da visão que cientistas das ciências
> naturais possuem sobre a psicologia de modo geral em considerá-la como uma
> pseudo-ciência,etc.

Não confunda estudiosos de ciências naturais com cientistas. Cientista é
quem produz conhecimento científico e não apenas literário-científico.
Estudioso é quem lê o que os cientistas produziram. Pensando-se desta
maneira não sei se conseguiria reunir 5% dos cientistas da atualidade a
serem incluídos entre aqueles que julgam a psicologia uma pseudo-ciência.

Assim como os estudiosos das ciências naturais denotam um certo preconceito
para com as ciências humanas e/ou sociais, os estudiosos destas últimas (e
acredito que não os cientistas propriamente ditos) denotam um certo
preconceito para com o método científico utilizado pelos cientistas
naturais. A meu ver isto retrata uma certa ignorância sobre o que seja o
método científico e comento alguma coisa sobre isto (mas não muito) em
"Sobre a unicidade do método científico".

> Outros assunto relacionado a isso é se alguém saberia me explicar um pouco
> sobre as teorias do físico e epistemólogo vienense Ernst Mach,
> principalmente sobre seu Positivismo. Conheço alguma coisa, mas não muito.
> Este autor, junto a outro físico P.W.Bridgman foram influências
> determinantes na criação da Análise do comportamento.

Não quero opinar sobre o que não entendo. Certamente você encontrará aqui na
Ciencialist alguém que possa dizer alguma coisa sobre o positivismo de Mach
e/ou sobre os trabalhos de Bridgman.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bases filosóficas e cientificidade
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/06/2001 02:51

Caro Henrique,

Henrique: Gostaria de saber sobre os participantes da lista do que um "corpo
teórico" necessita para ser considerado científico ???Vcs consideram a
psicanálise uma ciência???ou uma pseudo ciência como diria Popper????
Pergunto ,pois partilho grande parte da visão que cientistas das ciências
naturais possuem sobre a psicologia de modo geral em considerá-la como uma
pseudo-ciência,etc.

Manuel: Gente, sei que estou ficando repetitivo, mas tenham paciência. É só
mais uma vez.

Popper não afirmou que a psicanálise é uma pseudociência como a astrologia e
outras gororobas. Popper afirmou que a teoria de Freud é um "programa
metafísico de pesquisa". Outros programas metafísicos de pesquisa, segundo
este filósofo, eram o marxismo e o darwinismo. Diga-se ainda que Popper não
antipatizava com a psicanálise (com o marxismo, sim, porém nem tanto, mas
com o darwinismo e com a psicanálise, não). Popper até afirmou que são de
metafísicas como a de Freud que se originam as verdadeiras ciências.

Uma coisa que pouca gente sabe é que Freud, ao menos em parte, concordava
com Popper quanto ao caráter "especulativo" da psicanálise. Freud pretendia
fazer da psicanálise (que é uma psicologia 'do homem') uma ciência natural,
integrá-la à ciência da natureza, mas ele próprio admitiu que se tratava de
um projeto a longo prazo. Tanto que ele denominou seu modelo teórico de
"metapsicologia". E com conceitos tais como o de 'inconsciente', 'pulsões',
'recalcamento', 'narcisismo', 'ego', 'superego', 'id', etc., Freud tentou
traduzir a metafísica em metapsicologia. Em seu livro 'Psicopatologia da
Vida Cotidiana', ele escreveu: "Poderíamos atribuir-nos a tarefa de
decompor, colocando-nos nesse ponto de vista, os mitos relativos ao paraíso
e ao pecado original, ao mal e ao bem, à imortalidade etc, e de traduzir a
metafísica em metapsicologia."

Acho a abordagem behaviorista interessantíssima. Mas creio (posso estar
enganado) que o que ela tem a dizer a respeito do comportamento humano não é
muito. Por que sustento isso?

Sabe-se que um sistema dinâmico pode apresentar um comportamento ordenado,
estereotipado, ou um comportamento caótico. Pois bem, é no limite do caos
(uma região muito estreita entre a ordem e o caos) que o processamento de
informações atinge sua capacidade máxima. Por isso que os sistemas
adaptativos complexos tendem a se estabilizar no limite ou no começo do
caos.

O grosso das informações com as quais os homens lidam em sua interação com o
ambiente são informações extra-genéticas. É por isso que temos um cérebro
grande, um cérebro que evoluiu até atingir uma capacidade computacional
ótima, "no limite do caos".

Por isso, também, que o nosso comportamento é bem menos estereotipado e
muitíssimo mais imprevisível que o comportamento de qualquer outro animal,
como, por exemplo, o de ratos e pombos.

Uma hipótese só é científica se for capaz de fazer previsões. Ora, o
comportamento humano é altamente imprevisível, quase caótico e amiúde
contraditório (às vezes um 'não' significa um 'sim' e vice-versa). Que tipo
de previsões uma psicologia 'científica' que estuda o comportamento humano
pode fazer?

Outra coisa: por que não estudar, além do comportamento, o 'discurso'?

[]s,
Manuel Bulcão






SUBJECT: Re: Bases filosóficas e cientificidade
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/06/2001 10:02

--- In ciencialist@y..., "Henrique C. Cerqueira" <socrates1@b...> wrote:
> necessita para ser considerado científico ???Vcs consideram a psicanálise=

> uma ciência???ou uma pseudo ciência como diria Popper????

Tai', uma bela pergunta e uma otima oportunidade preu aprender o
q. eh psicanalise...

Bem, nossos colegas ja' apontaram pontos importantes.

Eu particularmente acho q. nao existe um conjunto q. defina de
modo inequivoco o q. seja cientifico ou nao. Mas existem uma
serie de procedimentos q. aproximam ou afastam uma abordagem
do campo cientifico.

Ha' uma serie de marcas na area q. reconhecemos como cientificos,
mas nao ha' uma cerca q. delimite essa area. Se caminharmos pela
borda, saberemos q. estamos proximos ou longe da area mais central,
mas nao podemos dizer sempre com certeza se isso eh ou nao ciencia
sem gdes duvidas.

Se me permitem uma imagem um tto tendenciosa. Imagine um
poste de luz (nao, nao eh a luz do saber vindo dos ceus...) e a
area clara formada pela luz projetada. Sabemos onde eh bem
iluminado e onde eh bem escuro -- mas existem areas menos
iluminadas, muito mal iluminadas e assim por diante...

Nao conheco muito da psicanalise pra falar. Pelo q. tenho
lido de orelhada eh q. um problema serio para se pensar
nela como uma teoria cientifica - a la Popper -- eh q. ela
nao eh falseavel: i.e., ela nao faz uma previsao q. possa
ser testada -- a teoria psicanalitica explicaria tto uma
dada resposta como sua ausencia...

Uma serie de pontos q. podem ser considerados para uma
avaliacao de uma abordagem como cientifica eh apresentado
em:

http://www.csicop.org/si/9012/critical-thinking.html

(mas pra mim isso nao define algo como cientifico...
eh apenas um indicador.)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Bases filosóficas e cientificidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 22/06/2001 10:50

Gostei muito da exposicao do Taborda mas gostaria de dar minha opiniao :

A condicao necessaria eh q a teoria possa ser empiricamente
( atraves de experimentos ) falseavel. Se nao existe um meio de colocar a
teoria em cheque ela nao pode ser dita cientidica.

Existem varias abordagens ou ramos da psicologia a que eu considero a
"mais cientifica" eh a chamada "psicologia evolutiva" que nao utiliza
a psicanalise de Freud mas sim o neo-darwinismo como base de sustentacao.

Todo comportamento eh analisado sob o ponto de vista da maximizacao
da perpetuacao de genes. Eh uma area nova e bastante promissora.
Se eu fosse vc eu daria uma olhada nesta abordagem.

[]s
jocax


Sérgio Taborda wrote:

> From: "Henrique C. Cerqueira"
>
> > Gostaria de saber sobre os participantes da lista do que um "corpo
> teórico"
> > necessita para ser considerado científico ???
>
> Oi,
>
> Bom, primeiro, suponho que todos concordamos que um corpo teórico, uma
> teoria, para ser uma teoria tem de ser não-contraditória.
> Ou seja, seus postulados, não podem, apenas usando de lógica simples,
> resultar em duas conclusões , igualmente válidas à luz dos postulados
> iniciais, mas que se contradizem. Se isto acontecer o corpo teórico nem
> sequer é uma teoria. muito menos cientifica.
>
> Depois, ela tem de ser independente. Ou seja, os resultados, previsões
> ,etc..têm de ser os mesmos seja qual for o Observador.
> Note-se: em psicologia, eu acho, se estudam as pessoas. Assim cada uma será
> diferente da outra. Mas 2 Observadores, testando a mesma pessoas , com a
> mesma teoria - a teoria em causa- devem ser capazes de chegar ,
> independentemente, às mesmas conclusões.
> Por exemplo, dois médicos, um paciente. Ambos os médicos chegam às mesmas
> conclusões, usando a mesma teorias sobre o único paciente.
>
> A teoria tem de ser imparcial.
> A imparcialidade, quer dizer que o Observador, conclui as mesmas coisas ,
> independentemente do seu estado de saúde, emocional, psíquico ou físico. Em
> "teoria" uma máquina, dotada das regras da teoria, privada de humanidade,
> concluiria o mesmo. Assim, uma teoria pode ser cientifica.
>
> Depois, para ela ser cientifica de facto, tem de obedecer à experimentação.
> Isto é , ao teste de hipóteses que nascem pelo estudo dos postulados e de
> resultados credíveis derivados anteriormente.
> Isto implica no 3º factor. A Reprodutibilidade.
> Algo , tem que ser reprodutível para ser considerado "existente" em ciência.
>
> Um teoria cientifica, não afirma. Demonstra. Se a tua teoria, demonstra,
> então ela é cientifica.
> Demonstrar é exactamente aquilo: mostrar a mesma coisa a todas as pessoas ,
> independentemente das pessoas a quem estamos a mostrar.
>
> Bom, espero que ajude....
>
> [],
>
> Sérgio M. M. Taborda
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Re: Bases filosóficas e cientificidade
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/06/2001 10:51

A preocupação com a "cientificidade" da psicologia é muito
válida, pois há diversos abusos. A psicologia "clássica"
de William James e depois as diversas correntes freudianas
(ainda em voga atualmente) tem sido consideradas falhas em
relação ao tratamento científico da questão (muitos freudianos
não admitem, mas o que eles fazem é mera filosofia).

Isso motivou (nos idos de 1910-1920) ao nascimento do
behaviorismo (comportamentalismo), quase como uma reação
à falta de metodologia por parte das outras ciências. Só
que os behavioristas foram longe demais em seu radicalismo.
Baseiam sua ciência apenas em estímulo-resposta e evitam
a todo custo modelar a "mente", achando que isso é
desnecessário e perigoso (em termos metafísicos). O
behaviorismo sofreu muito com a entrada da ciência cognitiva
que, com Chomsky, Miller e outros, tomou a dianteira.

Hoje nós temos a neurociência cognitiva e as áreas modernas
da ciência cognitiva produzindo ciência com C maiúsculo.
O behaviorismo ainda é pesquisado, e com o mesmo radicalismo
(frequentemente tenho discussões com behavioristas radicais
americanos, e eles continuam intransigentes). A ciência
cognitiva moderna é, na minha visão, a melhor forma de
entender o cérebro e a mente.

Até mais,
Sergio Navega.




-----Original Message-----
From: Henrique C. Cerqueira <socrates1@bol.com.br>
To: ciencialist@yahoogroups.com <ciencialist@yahoogroups.com>
Date: Quinta-feira, 21 de Junho de 2001 21:43
Subject: [ciencialist] Bases filosóficas e cientificidade


>OI pessoal ,
>sou estudante de Psicologia e muito preocupado com a cientificidade de
minha
>abordagem. Como vcs devem saber, no curso de graduação em psicologia
>estudamos diversas abordagens como psicanálise, humanismo, gestalt,
>psicologia cognitiva, entre outras. Muitas dessas abordagens são
>extremamente especulativas e supõem a existência de entidades metafísicas,
>adotando uma postura dualista de mundo.
>Em minha escolha pela Análise do comportamento como a abordagem que
>orientará minha conduta, basiei-me na cientificidade que essa teoria
possui.
>Seu corpo teórico foi criado através de exaustivas experimentações que
foram
>e são realizadas em sua maioria com organismos menos complexos como ratos e
>pombos, mas também com seres humanos (principalmente nos dias de hoje, onde
>a metodologia de estudo do comportamento humano tem obtido certo avanço).
>Gostaria de saber sobre os participantes da lista do que um "corpo teórico"
>necessita para ser considerado científico ???Vcs consideram a psicanálise
>uma ciência???ou uma pseudo ciência como diria Popper????
> Pergunto ,pois partilho grande parte da visão que cientistas das ciências
>naturais possuem sobre a psicologia de modo geral em considerá-la como uma
>pseudo-ciência,etc.
>Aliás, confesso que é dessa forma que enxergo as outras abordagens em
>psicologia salvo execeções como a psicologia cognitiva e a análise do
>comportamento.
>Outros assunto relacionado a isso é se alguém saberia me explicar um pouco
>sobre as teorias do físico e epistemólogo vienense Ernst Mach,
>principalmente sobre seu Positivismo. Conheço alguma coisa, mas não muito.
>Este autor, junto a outro físico P.W.Bridgman foram influências
>determinantes na criação da Análise do comportamento.
>Agradeço à todos qualquer ajuda ,
>
>Henrique
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bases filosóficas e cientificida de
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/06/2001 10:56

Manuel Bulcão wrote:

> ...metafísico de pesquisa". Outros programas metafísicos de pesquisa, segundo
> este filósofo, eram o marxismo e o darwinismo.

Que eu saiba Popper reconsiderou seu julgamento sobre o darwinismo
e, mais tarde, o considerou cientifico sim.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bases filosóficas e cientificidade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/06/2001 15:04

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
Sent: Friday, June 22, 2001 10:50 AM
Subject: Re: [ciencialist] Bases filosóficas e cientificidade

> A condicao necessaria eh q a teoria possa ser empiricamente
> ( atraves de experimentos ) falseavel. Se nao existe um meio de colocar a
> teoria em cheque ela nao pode ser dita cientidica.

Concordo contigo mas gostaria de esclarecer que quando digo ser contrário ao
"Falsificacionismo Como Delimitador da Ciência" estou me referindo a "áreas
do conhecimento" e não a "teorias propriamente ditas". E qual a diferença?
Muito simples. Pense por exemplo na Mecânica. A Mecânica é uma área do
conhecimento e como tal comporta várias teorias como, por exemplo:

a) A mecânica newtoniana;
b) As mecânicas dos seguidores de Newton e que negam a essência dos
Principia
c) A mecânica estatística clássica
d) A mecânica relativista
e) A mecânica quântica hamiltoniana
etc, etc, etc.

Ou seja, graças ao falsificacionismo podemos falsear uma ou todas teorias
acima. Se falsearmos todas... Isso significaria que a Mecânica é uma
pseudociência? A idéia que Popper pretende nos passar é que sim, pois ao que
tudo indica uma área do conhecimento, para ele, deveria possuir pelo menos
uma teoria falseável. Aliás, essa idéia não é exclusiva de Popper pois ele
apenas acrescentou o condimento falseabilidade. Essa idéia retrata a
presunção do homem moderno. Afirma-se despudoradamente, nos melhores centros
universitários do mundo, que na Antigüidade não se produzia ciência pois não
haviam teorias e sim doutrinas. E que ciência seria coisa da modernidade.
Pois eu afirmo que na Antigüidade existiam muitos cientistas, muitos
filósofos e muitos cientistas-filósofos, e que nos dias atuais existem
poucos cientistas, poucos filósofos e muitos presunçosos. Em contraposição a
essa idéia dos "moderninhos" existe o pensamento de Leonardo da Vinci, um
cientista-artista que em sua "Teoria do Conhecimento" pretendeu encarar a
arte sob um ponto de vista científico (obviamente não quando estava
produzindo arte e não ciência).

> Existem varias abordagens ou ramos da psicologia a que eu considero a
> "mais cientifica" eh a chamada "psicologia evolutiva" que nao utiliza
> a psicanalise de Freud mas sim o neo-darwinismo como base de sustentacao.

Pois eu diria que a psicologia é um ramo do saber repleto de potencialidades
científicas e que a psicologia evolutiva será uma teoria científica se e
somente se sujeitar-se à falseabilidade de suas hipóteses. E para ser mais
rigoroso, diria que não será suficiente fazer previsões que dão certo, pois
eu posso dizer que Papai Noel aparecerá no Shopping Morumbi no Natal e todos
poderão confirmar esta previsão, a exemplo das previsões que a mecânica
quântica faz a todo o momento e recheada de hipóteses "ad hoc" a
superprotegerem-na. Não! Uma teoria deve sujeitar-se não apenas a previsões,
mas à falseabilidade direta ou indireta de TODAS as suas hipóteses. Digo
indireta pois a boa teoria é aquela em que as hipóteses estão intimamente
interligadas e/ou aderentes entre si. Logo, podemos às vezes pensar, e com
muito cuidado, num falseamento acoplado de, por exemplo, hipóteses duas a
duas.

Se a teoria possuir apenas uma afirmação não falseável, direta ou
indiretamente, em seu núcleo central, ela será objeto de estudo de áreas
outras do conhecimento, tais como arte, teologia, ocultismo, ficção,
pseudo-ciências, etc. Sem dúvida, podemos completá-la através de recursos ad
hoc, mas isso não é tarefa fácil e os quânticos que o digam.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bases filosóficas e cientificidade
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/06/2001 18:01

Olá,

Jocax: Existem varias abordagens ou ramos da psicologia a que eu considero a
"mais cientifica" eh a chamada "psicologia evolutiva" que nao utiliza a
psicanalise de Freud mas sim o neo-darwinismo como base de sustentacao.
(...)Todo comportamento eh analisado sob o ponto de vista da maximizacao da
perpetuacao de genes. Eh uma area nova e bastante promissora. Se eu fosse vc
eu daria uma olhada nesta abordagem.

Manuel: Essa tal de psicologia é mesmo uma Torre de Babel. O Henrique,
simpatizante do behaviorismo, posta uma mensagem acerca da relação entre
psicologia e ciência e, poucas horas depois, já tem resposta de um discípulo
de Freud, de um psicólogo cognitivo e de um psicólogo evolucionário (o
Takata, sabiamente, apenas pôs questões pertinentes) . Parece até contenda
entre quânticos e relativistas, que só entram em acordo na hora de baixar o
cacete no Alberto Mesquita.

Quanto à psicologia evolucionária, pelo menos no que diz respeito à sua
versão populesca (a mais divulgada), o seu principal equívoco é supor
aprioristicamente que todo comportamento é selecionado e que desempenha uma
função adaptativa. Kimura e Gould apresentam argumentos que rechaçam esse
ultra-selecionismo. Com efeito, muitas das características comportamentais e
fenotípicas de um organismo vivo não são nem boas nem más do ponto de vista
evolucionário. São neutras. Em que o nariz chato de um negróide australiano
contribui para o seu sucesso darwiniano? Um gene ou uma combinação de genes
pode determinar mais de uma característica fenotípica, sendo que apenas uma
delas tem uma função adaptativa, razão pela qual tais genes foram
selecionados. Os outros caracteres vêm de brinde. O mesmo argumento é válido
para o comportamento.

E o que garante que o homem seja um exemplo de sucesso adaptativo? Tudo
indica que sim. Afinal, somos 6 bilhões de indivíduos espalhados pelo
planeta, uma biomassa considerável. No entanto, há um fato a ser levado em
conta: calcula-se que a média de vida das espécies invertebradas seja de 7
milhões de anos, e a das vertebradas metade disso, 3 milhões de anos (acho
que os números são esses, não sei ao certo, de qualquer modo passam de um
milhão). Ora, a idade aproximada da espécie Homo sapiens sapiens é de 50-100
mil anos, e já dispomos de meios de destruição capazes de nos levar ao
extermínio num piscar de olhos. Com muita sorte nossa espécie dura mais mil
anos. É, talvez o sucesso biológico do homem seja apenas aparente. É
provável que o nosso principal atributo, a consciência, produza mais
cacofonia do que ordem.

Ah, mas existem os memes. Só que a memética, segundo o próprio Dawkins que a
criou, é uma teoria muito, muito especulativa. A memética é uma conjectura
filosófica.

Mas não digo que nada se aproveita na psicologia evolucionária. A mim ela
tem servido como desculpa quando minha mulher me pega pulando a cerca.
"Amooor, você acha que eu não sofro quando perco o domínio sobre os meus
genes egoístas?!". Até hoje funcionou.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Marcelo Gleiser
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/06/2001 20:49

JC-EMail - 1810

14. Fisico Marcelo Gleiser ganha premio do CNPq

O fisico Marcelo Gleiser, colunista do caderno "Mais!" da "Folha de SP", ganhou o Premio Jose' Reis de Divulgaçao Cientifica, concedido anualmente pelo CNPq. O valor da premiaçao e' de US$ 4.500.

Gleiser deve lançar este ano seu terceiro livro de divulgaçao cientifica: "O Fim da Terra e do Ceu: O Apocalipse na Ciencia e na Religiao".
(Folha Online, 14/6)

[]'
Léo
================




SUBJECT: Re: [ciencialist] Marcelo Gleiser
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/06/2001 22:18


>O fisico Marcelo Gleiser, colunista do caderno "Mais!" da "Folha de SP",
ganhou o Premio Jose' Reis de Divulgaçao >Cientifica, concedido anualmente
pelo CNPq.

Qual é a área dele que lhe fez ganhar o prémio ?

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: Medicina -- Transplante - Doe sangue e Orgaos -- A farsa da morte encefalica
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <direitos-humanos@grupos.com.br>
CC: <direito_saude@egroups.com>, <bioetica@widesoft.com.br>, <ciencialist@yahoogroups.com>, <socialismo-br@egroups.com>, <artigos-juridicos@grupos.com.br>
DATE: 22/06/2001 23:24

DOADOR DE ÓRGÃOS VITAIS É SUICIDA DE CARTEIRINHA.
A QUESTÃO PERTINENTE NÃO É A DA SOLIDARIEDADE.
É A DA VERDADE SOBRE A DECLARAÇÃO DE MORTE ENCEFÁLICA
QUE O CFM RECUSA-SE A ENFRENTAR COM TRANSPARÊNCIA.
===============================================

O problema da doação de órgãos passa pela fato científico de que a declaração da morte encefálica a ela indispensável é feita com o paciente doador ainda vivo, e potencialmente recuperável em 70% dos 10.000 pacientes como tal declarados no Brasil anualmente.

==

Passa pelo fato de que os recursos terapêuticos existentes não são ESGOTADOS com o traumatizado encefálico severo ( que é o *doador* por excelência de órgãos vitais ) , PORQUE se isso acontecer ele não poderá ser declarado com morte encefálica, SEGUNDO as regras vigentes no protocolo da morte encefálica do Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM 1.480/97).

==

Passa pelo fato de que dos órgãos retirados metade vai para o sistema privado de saúde e a outra vai para a rede pública. Desaparece a fila única.

==

Passa pelo fato de que o Governo Federal PAGA MAIS pelo leito de UTI ocupado por uma pessoa supostamente com morte encefálica, do que paga por um paciente que está na fila das UTIs, aguardando lugar nelas e com sua vida dependendo de ingressar nessas UTIs. O que cria um _*efeito dominó da morte*_. Se quem estiver na fila de espera da UTI iniciar o quadro neuroclínico de morte encefálica ele _*fura a fila*_ da UTI_ e *finalmente * ganha o seu leito, para ser estraçalhado ainda em vida dentro do conceito de _*potencial doador*_ e do _*aproveitamento dos órgãos nas melhores condições possíveis*_. Em outras palavras: a abordagem nos hospitais do paciente com traumatismo encefálico severo é: DECLARAR SUA MORTE O MAIS RAPIDAMENTE POSSÍVEL PARA RETIRAR OS ÓRGÃOS NAS MELHORES CONDIÇÕES POSSÍVEIS EM BENEFÍCIO DE UM TERCEIRO PACIENTE E EM PREJUÍZO DA EXAUSTÃO DO SEU SOCORRO.

==

Passa pelo fato de que há publicações científicas respeitáveis que já denunciaram em EDITORIAL a presença de DOR na retirada dos órgãos e RECOMENDARAM aos anestesistas que fizessem _*anestesia geral*_ no doador para que ele _*não sofresse diante da vigente ARBITRARIEDADE dos critérios declaratórios da morte encefálica*_.

==

Passa pelo fato de que 80% das pessoas que hoje estão na fila de receptores JAMAIS a ela precisariam ter chegado na situação de precisar de um órgão de origem mais do que duvidosa, SE o Governo Federal gastasse pelos menos a _*saliva dos médicos*_ em prevenir a necessidade futura de transplantes.

==

Transplantes são caros e dão lucro,
MEDICINA PREVENTIVA que impede transplantes não dá lucro.

==

Nada a ver, portanto, com a falta de solidariedade.
Tudo a ver com a subtração da verdade sobre a morte
encefálica e sua razão de ser declarada, com erros
já denunciados e demonstrados internacionalmente.

==

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
From: Hetan
To: direitos-humanos@grupos.com.br
Sent: Friday, June 22, 2001 1:54 PM
Subject: Res: Medicina/transplante- Doe sangue e Órgãos


Particularmente penso que o problema da doação de órgãos passe primeiramente pela questão da falta de solidariedade humana.
Certo que existe o problema da confiança no profissional médico e no sistema como um todo, passando pela importante questão da exanimação e chegando na comercialização criminosa de órgãos humanos, o que, retira, sem dúvida alguma, causadores do receio de doar órgãos, uma das mais nobres demonstrações de solidariedade.
Difícil avançar nestas importantes questões adjetivas, quando em verdade o problema central é o dá falta de solidariedade.
Fácil demonstrar a questão da falta de solidariedade, como nesta sede já o fiz, quando nos defrontamos com a questão da doação de sangue, onde aquelas questões adjetivas, da exanimação ao comércio, não tem abrigo. Vemos os gerenciadores dos bancos públicos de sangue rogarem diuturnamente por doadores voluntários.
Portanto, caro colega, acredito a questão maior da falta de solidariedade é que deve ser discutida pela sociedade, sob pena de fomentarmos mas desconfiança, incerteza e crendices absurdas. Neste contexto estas questões adjetivas se incorporariam naturalmente, pois que são igualmente importantes.
Seria então como falar de multiplicação e divisão, sem se cogitar em soma e diminuição, um sofismo irresponsável.

Amplexos cordiais

Hetan

Segue mensagem veiculada nesta sede sobre o problema da solidariedade, apresentada pelo Fantástico - Rede Globo. Os grifos são meus.

De: ediogenes@bol.com.br [mailto:ediogenes@bol.com.br]
Enviada em: domingo, 17 de junho de 2001 06:52
Para: direitos-humanos@grupos.com.br
Assunto: [Direitos Humanos] Medicina/transplante





A revista isto é desta semana, traz uma enquête sobre o medo das pessoas doarem órgãos para transplante. Muitos responde que é a falta de confiança nos médicos que nos fazem a ter medo. Isto é verdade, e a culpa principalmente é dos Conselhos de Medicina que ao invés de agirem com órgão que defende a Medicina, agem corno sindicatos e defendem os médicos. Vejam a opinião do CREMEC sobre os genéricos, e como ele apenas defende seus associados.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Heaven's Gate
FROM: "Ceticismo Aberto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/06/2001 00:11

De http://www.ceticismoaberto.br.cf

Transcrição traduzida de um panfleto de convite a uma palestra da
seita Heaven's Gate, demonstra os aspectos doentios desta mistura de
fanatismo e ufologia que terminou com o famoso e trágico
suicídio
coletivo (e talvez, homicídio) de todos membros da seita.

<<<<<<
OVNIs, ETs, E SUA LUTA FINAL PELOS ESPÓLIOS TERRESTRES

Todos aliens que se reproduzem - incluindo mamíferos e reptilianos
-
usam os humanos da Terra para seus próprios interesses (e o fazem

milhares de anos).

- Eles mantêm intencionalmente humanos falsamente " programados "
ou " na escuridão "
- principalmente através de conceitos religiosos
secundariamente através de preocupações reprodutivas e "
humanitárias ".
- Eles alimentam estas preocupações transmitindo imagens e
pensamentos na atmosfera de Terra à toda hora.
- Estes " Luciferianos " abduzem os humanos para experimentação
genética, " roubam " espécimes humanos saudáveis para seu
próximo "
conjunto de roupas ", e induzem os humanos a servi-los.
Apesar destes fatos, há um verdadeiro Reino de " Deus " - um
verdadeiro " Reino Evolucionário de Nível Superior ao Humano ,
acima
de tudo mamíferos, reptilianos, ou quaisquer outras espécie
reprodutivas. É um Reino repleto de membros que existe no
Paraísos
literais, com seus próprios recipientes " biológicos " sem
igual ou
corpos, e modos de viagem - astronaves ou " OVNIs ". Na realidade,
é
mais fisicamente real que o mundo dos aliens ou humanos. Este
Nível
de Reino criou o universo físico, como nós o conhecemos, como
uma "
sala de aula holográfica ", e o reino humano-mamífero como um
degrau.
Esse holograma está para ser " recarregado " - cancelado e
reiniciado - já que sua utilidade como uma sala de aula se acabou.

Dois mil anos atrás, um Membro Antigo no real " Reino de Céu ",
deixou para trás o Próximo Nível - não-mamífero -
Corpo e encarnou em
um corpo humano " escolhido " e " preparado " a aprox seus 29 anos.
Ele trouxe com Ele as almas ou " espíritos " que o Reino do Pai
dele
tinha criado no passado, para que Ele pudesse lhes ajudar a encarnar
e poderia mudar sobre seus corpos. Essa fórmula para nascer no
Nível
Evolutivo Superior ao Humano requer a abstenção de todo
comportamento
humano-mamífero, como sexualidade (todas as formas); ligações
(familiares, humanas, de posses, e responsabilidades); hábitos (de
todos os tipos); hábitos; e auto-preservação.

Essa fórmula foi oferecida uma segunda vez, em 1975/76 por dois
Membros Antigos daquele mesmo Reino (que encarnaram quando os corpos
que foram escolhidos " e " preparados " para eles, estava em seus 40
anos). Eles divulgaram um " chamado " para a tripulação - as almas
que vieram com eles - e lhes ajudaram a encarnar (controlar seus
corpos), enquanto em isolamento virtual por aprox 18 anos.

Esse procedimento de " nascimento " ou encarnação requer tutoria
pessoal por um Membro Antigo daquele Reino enquanto está encarnado
no
reino humano. Quando uma alma - uma trazida aqui pelo Próximo
Nível -
encarna, tem que tomar controle de um corpo (que foi " escolhido "
e " preparado " para isto) para o grau onde deixa de agir como um
humano-mamífero, suficientemente para estabelecer e sustentar uma
lealdade bem fundada ao Próximo Nível através daquele Membro
Antigo.
É essa lealdade e relação pessoal com esse Mambro Antigo que
motiva
essas mudanças de comportamento e faz esse " renascido "
viável.

Uma " sala de aula " muito acelerada (para " nascimento " -
encarnação), está sendo oferecida agora pela terceira e
última vez
nesta civilização, por aqueles representantes de 1975/76 para o
restante das almas que foram popupadas de um tempo prévio pelo
Próximo Nível.

Os 2000 anos representativos passados, os dois representantes que
vieram nos anos 70 e seus estudantes daquela vez e da presente,
vieram e partirão em astronaves ou " nuvem de luz ".


REPRESENTANTES DAQUELE " PRÓXIMO NÍVEL " FALARÃO:
SEGUNDA-FEIRA - 6 DE JUNHO - 19:00h
R. Oakdale South, 10, Medford
Paço Municipal do Condado de Jackson
(Na Oakdale com a principal)

Material de leitura estará disponível. Venha CEDO se você
quiser
saber mais sobre nós.

ADMISSÃO LIVRE

NÓS NÃO SOMOS PATROCINADOS

SUA AJUDA É BEM-VINDA

>>>>>>>>

Airsmither



SUBJECT: A Constante de Planck e o Infinito
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/06/2001 03:27

Olá,

Não sou físico nem matemático, muito pelo contrário. :-) Considerem este
texto como uma elucubração de um não especialista sem nenhuma pretensão, a
não ser vislumbrar, com seus parcos recursos intelectuais, alguma lógica nos
absurdos do mundo. Se não tiverem paciência de lê-lo até o fim, o que é
plenamente justificável, ao menos dêem uma espiada no interessante caso das
séries divergentes de soma ambígua, logo abaixo.

Dando continuidade àquela polêmica com o Jocax sobre o interessantíssimo e
irrefutável enunciado X = X:

Manuel: X = X, qualquer que seja X.

Manuel (desta vez concordando parcialmente com o Jocax): Êpa! Isso não é uma
verdade assim tão óbvia e objetiva. Queres ver? Vamos supor que X seja um
número irracional qualquer. Por exemplo: 1,4356291.... Ora, se X = X
qualquer que seja X, então:

1,4356291... = 1,4356291...

Mas o que garante que os termos dessa relação permanecerão iguais nas
próximas casas decimais? Na verdade, como os números irracionais possuem
infinitas casas decimais e são aperiódicos, é infinitamente mais provável
que os termos não sejam idênticos.

As grandezas abstratas incomensuráveis (números irracionais e conjuntos
infinitos) representam para a matemática (e, por conseguinte, para a Razão)
o mesmo que o quantum de ação de Planck representa para as ciências
empíricas. Ou seja, ambos (a constante de Planck e o infinito) conferem aos
fenômenos da realidade um grau de incerteza que o pensamento humano não pode
jamais superar.

Não quero com isso dizer que, ao introduzir o infinito em seus esquemas, a
matemática deixa de ser operacional. Muito pelo contrário. Sem o irracional
número Pi, sem o infinitésimo do cálculo diferencial, sem os números
imaginários (raiz quadrada de - 2, por exemplo) seria impossível qualquer
avanço tecnológico significativo. Mas, para digerir o infinito e o
incomensurável, o pensamento humano teve que aceitar ou pelo menos aprender
a conviver com a idéia de um universo em que a indeterminação lhe é
intrínseca.

Frente a problemas que envolvem quantidades infinitas, a matemática não nos
dá uma solução única, isto é, nesses casos o que a matemática via de regra
nos oferece é uma diversidade de soluções possíveis e algumas vezes
contraditórias. Vejamos um caso daquilo que os matemáticos chamam de séries
divergentes: a soma de todos os números inteiros.

Ora, se para cada número inteiro positivo existe um correspondente negativo,
então a soma de todos os inteiros é igual a zero:

1 - 1 + 2 - 2 + 3 - 3 + 4 - 4 + 5 - 5 ... = X
(1 - 1) + (2 - 2) + (3 - 3) + (4 - 4) + (5 - 5) ... = X
0 + 0 + 0 + 0 + 0 ... = 0

Mas podemos calcular de uma forma diferente:

1 - 1 + 2 - 2 + 3 - 3 + 4 - 4 + 5 - 5 ... = X
1 + (- 1 + 2) + ( - 2 + 3) + (- 3 + 4) + (- 4 + 5)... = X
1 + 1 + 1 + 1 + 1 ... = infinito positivo

Ou ainda, se iniciarmos a série com um inteiro negativo:

- 1 + 1 - 2 + 2 - 3 + 3 - 4 + 4 - 5 + 5 ... = X
- 1 + (1 - 2) + (2 - 3) + (3 - 4) + (4 - 5) ... = X
- 1 - 1 - 1 - 1 - 1 ... = infinito negativo

Logo, a resposta da pergunta "qual a soma de todos os inteiros?" é: depende
da forma como fazemos a conta, ou seja, depende do observador (ou melhor, do
contador). X = zero, infinito positivo ou infinito negativo, dependendo de
como se calcula.

Algo semelhante, pois, ao que ocorre na mecânica quântica, onde os objetos
de estudo são sistemas tão diminutos que o próprio ato de mensurar suas
propriedades ou a forma como se mede afeta os resultados da medição. Com
efeito, para medir um determinado objeto, temos que exercer uma ação sobre
ele. Com relação a objetos grandes, macroscópicos, os efeitos decorrentes da
ação exercida pelo medidor sobre o objeto é desprezível. Mas quando se trata
de átomos, prótons, nêutrons e elétrons, a ação, mesmo que mínima (no mínimo
um quantum de ação de Planck) afeta de uma forma significativa suas
propriedades (quando não sua velocidade, afeta sua posição e vice-versa). É
como se, para saber o local exato em que está estacionado um furgão,
tivéssemos que jogar um Fiat Mille sobre ele.

Para serem objetivos, tanto o matemático como o físico quântico devem se
limitar a enumerar as soluções possíveis ou dar aos problemas uma
interpretação probabilista. Os matemáticos afirmam que as séries divergentes
que apresentam somas ambíguas na realidade não têm quaisquer somas reais, ou
seja, os resultados dessas operações de adição são "imaginários" (?). Já os
físicos quânticos consideram as partículas subatômicas, ao menos enquanto
não interagem com os instrumentos de medição do cientista, como ondas de
probabilidade.

O interessante é que todos os experimentos até hoje realizados com
partículas subatômicas (o da dupla fenda, por exemplo) vêm demonstrando que
as ondas de probabilidade do mundo dos quanta não são uma metáfora, uma
assunção (princípio que se admite não por ser verdadeiro, mas apenas em
função das conseqüências que dele se pode tirar) ou mero artifício de que se
valem os cientista para descrever "grosso modo" o estado de fótons e
elétrons entre uma mensuração e outra. Tudo indica que esses entes
minúsculos apresentam "realmente" um comportamento ondulatório, com
difração, interferências construtivas e destrutivas, etc.

É plenamente justificável o assombro diante de tão bizarro comportamento: o
fato de uma partícula seguir todas as trajetórias possíveis ao mesmo tempo
(não vejo uma maneira de traduzir tal fenômeno para a linguagem comum em que
o resultado não encerre uma aparente contradição lógica - simultaneamente em
todos os lugares - ou um paradoxo), bem como o caráter arbitrário do
instante e do lugar em que o elétron deixa de ser onda e passa a ser
partícula puntiforme; isto é, no experimento da dupla fenda, a detecção do
elétron neste ponto da tela e não em qualquer outro ponto possível não tem
uma explicação ou uma razão de ser.

É porque, quando se realiza cálculos de probabilidade, costuma-se admitir
que, no tempo t, apenas um dos elementos do espaço amostral existe
realmente, consistindo todos os outros em ficções matemáticas. Isso é
verdade quando lidamos com objetos macroscópicos. Realmente, se digo que é
possível que minha mulher, neste exato momento (10:00 horas da manhã de
Sexta-feira), encontra-se ou no fórum ou no escritório ou mais provavelmente
no sindicato, sei que ela só pode estar em um e apenas num desses lugares.
Dessas três suposições somente uma é real. As demais são pura imaginação
cuja função é preencher as lacunas do meu conhecimento.

Mas, no microscópico mundo dos quanta, dos resultados das experiências
realizadas em laboratório pode-se inferir que, enquanto uma partícula não
estabelece interações com qualquer outra coisa (dentre essas coisas os
nossos instrumentos de medida), enquanto a partícula permanece
"ensimesmada", sem se relacionar (uma coisa-em-si), todos os elementos do
espaço amostral (localizações possíveis da partícula) existem "realmente": o
virtual é real, o contrafactual é factual, o que pode ser é. Talvez a
realidade subatômica seja um mundo de transição entre a matemática e a
física, ou seja, um mundo em que as possibilidades matemáticas não são
abstrações mentais ou ficções úteis, mas objetos reais. Ipso facto, talvez a
matemática não seja um mero instrumento da ciência, mas ela própria uma
ciência, a mais fundamental de todas elas. É, talvez o idealismo em geral e
o platonismo em particular não sejam concepções do mundo inteiramente
falsas.

Na experiência da dupla fenda, o elétron, antes de ser detectado, isto é,
antes de interagir com o écran, é um micro-sistema cujos elementos são suas
trajetórias possíveis. Ora, o Universo como um todo é um sistema isolado
infinitamente grande. Por ser infinito, não encerraria ele uma ambigüidade
análoga a das séries divergentes? Por que não considerar o Universo como um
conjunto de histórias possíveis, sendo o nosso universo "particular" apenas
um dos elementos desse sistema?

Nas séries divergentes de soma ambígua, a um número positivo segue um número
negativo de igual módulo 'ad infinitum'. Ora, o Universo é um sistema
matéria-gravitação, e, segundo alguns físicos teóricos (Peter Bergman,
Tryon, Vilenkin, Hawking e outros), matéria - na verdade, matéria +
energia - e gravitação são grandezas que, se somadas, totaliza zero. Se o
sistema matéria-gravitação for infinito...

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: CARA DE PAU
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
CC: <CienciaCidadania@br.egroups.com>
DATE: 23/06/2001 09:46

A Sonia Rinaldi é velha batalhadora (como se diria
em uma mesa de bar, é uma p... véia) nessa causa das
"vozes paranormais". Em uma época em que eu estava
muito melhor financeiramente do que estou agora, tive
a curiosidade de comprar 2 de seus livros. Abri os
livros e procurei ser o mais caridoso possível com
o texto. Não creio que seja possível deixar de soltar
sonoras gargalhadas. Tentei mesmo, mas não consegui.
O livro é melhor do que Casseta & Planeta. É muita
ingenuidade.

Esse assunto me interessa um pouco porque tem a ver
com a relação entre os fenômenos randômicos e as
suas possíveis interpretações cognitivas (que sempre
existem, quando o interpretador "quer" enxergar algo).
Escrevi um pequeno artigo sobre essa questão,
disponível em:

O Monstro da Moeda (em Inglês)
http://www.intelliwise.com/reports/pattern.htm

Os livros da Sonia são risíveis. Só para ter uma
idéia, em uma certa passagem a Sonia refere-se a um
"experimento enganoso" no qual havia interpretado uma
voz reversa como dizendo algo em português de forma
clara e inequívoca. Ela mesma confessa no livro que
aquela experiência foi muito impressionante, e seria
um dos bons casos a suportar suas sandices. Mas logo
depois uma colaboradora reconheceu a voz e
identificou-a como sendo a gravação que fizeram de
uma palestra. Naquele dia, o gravador "engasgou" e
parte da fita dobrou e foi gravada do lado errado.
Sonia reconheceu que tinha sido ludibriada e
interpreta isso como sendo um alerta para que
seja feita sempre uma "análise científica" da
questão, e relata que é preciso rigor. Não obstante,
pasmem, logo em seguida continua a interpretar os
*outros* registros sonoros que conseguiu e a usá-los
como "prova" de comunicação com espíritos *sem aventar
a hipótese de possíveis problemas também nessas gravações*.

Ou seja, quando a localização do problema é óbvia e
cai no colo dela, descarta-se o uso daquilo como evidência.
Mas quando não há rápida explicação para o efeito,
aceita-se isso como "prova" de algo completamente absurdo
e sem sentido como "vozes do além". É infantil demais.
Contudo, isso engana muita gente por aí, principalmente
aquelas pessoas fragilizadas pela perda de um ente querido
(que são a maioria do "público" da Sonia). Em certos casos,
considero que isso possa ser desumano, pois prolonga a dor
do sofrimento da perda.

Até mais,
Sergio Navega.



-----Original Message-----
From: Peterson Leal <peterlsm@terra.com.br>
To: ciencialist@yahoogroups.com <ciencialist@yahoogroups.com>
Date: Sábado, 23 de Junho de 2001 00:40
Subject: [ciencialist] CARA DE PAU



PUTZ !

VEJAM SÓ: "comprovado cientificamente!"

http://www.geocities.com/Athens/Acropolis/9045/
==================================================
"Espírito: o Desafio da Comprovação", (Ed. Elevação, 180 páginas, com CD de
Vozes Paranormais) é a primeira obra que retrata o esforço de se autenticar
o fenômeno das Vozes Paranormais, conhecido como Transcomunicação
Instrumental, em condições laboratoriais. Mais que isso: sendo esse um
fenômeno elétrico, é passível de ser replicável e estudado por especialistas
em Processamento de Sinais, com suporte da matemática.

Essa possibilidade foi o que levou a autora, Sonia Rinaldi, a traçar o
primeiro projeto de cunho científico, que busca comprovar a realidade da
sobrevivência após a morte física, tendo como base a TCI.

Segundo ela, somente mediante o endosso da Ciência é que o Espírito poderá
deixar os domínios da Religião e entrar no que é da Natureza, sem misticismo
ou fantasia.

Os resultados desse projeto surpreenderam a todos, a começar pelos
cientistas que participaram dos estudos, vindo a desaguar em revelações
inesperadas.

A investigação do fenômeno, detalhada no livro, mostrou dados que ainda
nossa Ciência teria dificuldade para explicar. E vai mais longe: constitui
o primeiro levantamento das características das Vozes Paranormais com base
em análises estatísticas, além de determinar as melhores condições para
recepção dos contatos, enfim, o que dá certo, o que não dá e porque não dá,
nos experimentos de Transcomunicação Instrumental.

A autora, incansável em sua busca, percebeu que repetir as experiências e
procedimentos descobertos pelos colegas europeus nos anos 50 não condizia
com sua tendência investigativa e inovadora. Notou que, se ao invés de
repetir receitas, procurasse "entender" verdadeiramente o fenômeno, de
forma muito mais eficaz se poderia auxiliar aos Comunicantes para se
melhorar o intercâmbio. E foi assim que, enquanto grande parte dos
transcomunicadores ainda hoje fazem experimentos em gravadores, Sonia rumou
para o computador há anos, e com esse meio, alcançou vozes e imagens de
melhor qualidade. Sabia que só os recursos digitais permitiriam o controle
efetivo das gravações, e isso possibilitaria as condições ideais para atrair
a atenção de cientistas interessados em investigar a sobrevivência após a
morte.

Essa primeira obra, como qualquer pesquisa, deixa muitas questões sem
respostas, mas, isso é importantíssimo, pois pela primeira vez na história
se procurou confrontar a nossa Ciência com a dos Comunicantes Espirituais.

Esta obra é imperdível para aqueles que apreciam o lado racional e
científico dos fenômenos espiríticos. Nunca Religião e Ciência estiveram
tão perto.


PROMOÇÃO PARA VISITANTE DO SITE:

Esse livro (e CD) já se encontra nas livrarias ao preço de R$ 29,00 - mas,
nossos visitantes podem solicitar com desconto, sendo que, já incluso
embalagem e correio, o preço final é de R$ 23,30.

Para solicitar, favor enviar cheque cruzado, nominal à autora, para:
C.P. 67.005
05391.970 - S.Paulo - SP
==================================================

Vejam novamente: "Esta obra é imperdível para aqueles que apreciam o lado
racional e científico dos fenômenos espiríticos. Nunca Religião e Ciência
estiveram tão perto".

Gostaram da "promoção"???

Bah... às vezes fica difícil deixar de se irritar quando a CARA DE PAU chega
a tal ponto.

Abraços.

Peterson Leal.


&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
&&& --- &&&

Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/






SUBJECT: Re: Bases filosóficas e cientificidade
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/06/2001 10:11

From: socrates1 <socrates1@bol.com.br>
>
>Sérgio,
>só para relembrar o comportamentalismo de Skinner difere do primeiro
>comportamentalismo de Watson.
>Acho que vc deve de conhecer a distinção entre behaviorismo metodológico e
>radical.
>O behaviorismo radical é chamado radical por dois motivos.1- Afastas toda a
>metafísica do saber, acho que porque visão dualista não é aceita pois não é
>passível de experimentação e nem por fins pragmaticos pode ser justificada
>,segundo Skinner.

Sem dúvida, Skinner foi importantíssimo para o avanço da formulação
behaviorista. E até considero relativamente sadia a preocupação dele
de evitar o avanço da metafísica na ciência (principalmente na
psicologia). Mas ainda assim, acho que foi radical demais e isto
o impediu de enxergar um universo teórico imenso.

>2- O Behaviorismo Radical considera capaz o estudo de eventos privados
>(pensamentos). Mas considera os pensamentos como qualquer outro
>comportamento, diferindo em nada de outros comportamentos públicos.

Creio que você quis dizer que o BR considera-se *incapaz* de estudar
os eventos privados. É uma das bandeiras de Skinner (e Watson também).

>A tríplice contingência consiste na ferramenta de estudo do comportamento.
>S-R-SR.
>Um estímulo(S) afeta o organismo que emite uma resposta e pode ser
reforçado
>ou punido.
>A contingência de Watson, consistia na relação mecanicista similar a física
>newtoniana. S-R
>Um estímulo elicia uma resposta em uma relação linear e contígua.

O que acho mais importante em Skinner (e também, de forma precoce em
Thorndike e Hull) é o condicionamento operante. É uma formulação muito
interessante e importante. Mas aqui novamente acho que o radicalismo dele
de não continuar a explorar a questão (em termos de modelos teóricos)
prejudicou em muito o avanço da matéria. Uma pergunta que Skinner deveria
ter feito é: por que o animal tem comportamento errático logo antes de
uma sessão de condicionamento operante? A resposta a esta pergunta têm
muitas implicações teóricas e experimentais, mas é necessário considerar
certos modelos mentalistas para isso.

>A contingência na psicologia cognitiva é a S-O-R. Um estímulo afeta o
>organismo, o organismo processa a informação e emite uma resposta.
>Continunando, a mente ou entidades mentais como o Ego,Id e Superego assim
>como outros conceitos metafísicos constituem em ficções explanatórias para
o
>behaviorista skinneriano. São explicações que interrompem a pergunta:
porque
>um organismo se comportou de determinada maneira???
>Por exemplo: Vejo um sujeito adulto que sempre grita( comportamento de
>raiva) com sua namorada quando ela pede para ele não sair de casa sem ela.
>Posso dizer que é o Id que o faz agir assim. Tb posso dizer que é a
>personalidade dele que o faz agir assim.Também posso dizer que foi a mente
>dele que o fez agir daquela forma. Mas qual é a evidência da existência do
>Id, ??? É o próprio comportamento de raiva. Ou seja, usamos algo que
iriamos
>tentar explicar(o porque do comportamento de gritar) como evidência da
>explicação de algo( ID).
>Assim a explicação fica totalmente circular.Dizer que o foi por causa do Id
>que o sujeito agiu daquela forma levanta a seguinte questão. Porque o Id
fez
>com que o sujeito agisse daquela forma.
>Do mesmo jeito, poderíamos dizer que tem foi um bonequinho x na mente do
>sujeito que o fez agir assim.
>Vai surgir a pergunta, porque o comportamento do bonequinho x foi esse?
Para
>explicar, novamente teriamos que criar o bonequinho y ,e para explicar o
>comportamento do bonequinho y teríamos que criar o bonequinho w.
>Assim sucessivamente e infinitamente.
>DEu pra entender???? Espero que sim....
>

Bem, espero que você tenha dado o exemplo com noções freudianas apenas à
guisa de ligar um assunto ao outro. Os modelos cognitivos modernos dessas
situações são bem diferentes e saem da circularidade (e irrefutabilidade)
dos modelos freudianos. Basta ver que esses modelos cognitivos apoiam-se
na neurociência. Aliás, este é um dos pontos que critico em Skinner: o
pouco interesse de ligar suas teorias à (então incipiente) neurociência
de seu tempo. O behaviorismo é um modelo "fechado", não se comunica
fluentemente com os demais ramos da ciência. Por isso, é um túnel sem
saída.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: Bases filosóficas e cientificida de
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/06/2001 10:15

Hum... gostaria de saber até que ponto você defende
Skinner e o seu "Verbal Behavior" como explicações
adequadas para a imensa geratividade que a linguagem
humana tem. Como é que você interpreta a surra que
Chomsky deu em Skinner?

Até mais,
Sergio Navega.



-----Original Message-----
From: socrates1 <socrates1@bol.com.br>
To: ciencialist@yahoogroups.com <ciencialist@yahoogroups.com>
Date: Sábado, 23 de Junho de 2001 03:32
Subject: Re: [ciencialist] Bases filosóficas e cientificida de


>
>>
>> Outra coisa: por que não estudar, além do comportamento, o 'discurso'?
>>
>
>Manuel,
>adorei a sua deixa. Foi ótima para eu falar rapidinho sobre um assunto bem
>interessante.
>Ótima colocação...Por que não analisar o discurso??? Concordo totalmente
com
>a sua opinião e Skinner também.
>Nós fazemos exatamente isso. O livro mais importante do behaviorismo
radical
>é chamado de "Comportamento Verbal".
>O discurso é visto como um comportamento como qualquer outro , só que é
>considerado um comportamento bem mais interessante e intrigante que
outros.
>AS palavras ou discurso passam a ser analisados não mais por sua
topografia,
>mas pela sua função.
>Por exemplo: Uma criança diz "mamãe, perdi minha moeda" supondo que a
>criança realmente perdeu a moeda quando ela caiu no bueiro.
>Dizemos que a criança está descrevendo um evento que realmente aconteceu.
>Isto se chama "tato".
>Daí a criança ganha outra moeda da mãe por ter perdido a sua.
>Como a criança foi reforçada , ou seja as consequências que seu
>comportamento obteve aumentaram a probabilidade de que esse comportamento
>seja emitido novamente.
>Da mesma forma que uma espécie é selecionada caso se adapte a um ambiente,
o
>comportamento também foi bem adaptado a esse ambiente e foi selecionado e
>vai ter sua frequência aumentada.
>Agora, a criança emite a mesma resposta de antes ("mamãe, perdi minha
>moeda"). A topografia do discurso continua o mesmo, só que a funcionalidade
>dele não. Antes a criança era controlada por um evento que aconteceu( moeda
>cair no bueiro) e agora a variável controladora é o reforço adquirido por
>determinado discurso. Este comportamento se chama "mando".
>O exemplo foi só para ilustrar dois comportamentos verbais muito
importantes
>usados no estudo do discurso. Mas, tem muito mais.
>Assim, não definimos o discurso pela sua topografia, mas por sua
>funcionalidade.
>Dessa forma, um "não" nem sempre tem significado de ""não", pode na verdade
>ter siginificado de "sim". E vice versa.
>
>Até mais pessoal,
>Henrique
>
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Re: Bases filosóficas e cientificidade
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/06/2001 12:58

--- In ciencialist@y..., "Henrique C. Cerqueira" <socrates1@b...>
wrote:

> Gostaria de saber sobre os participantes da lista do que um "corpo
teórico"
> necessita para ser considerado científico ???Vcs consideram a
psicanálise
> uma ciência???ou uma pseudo ciência como diria Popper????


Sugiro dar uma lida em
Psicanálise
http://www.cetico.hpg.com.br/psicanalise.html
Pseudociência
http://www.cetico.hpg.com.br/pseudociencia.html
Teorias
http://www.cetico.hpg.com.br/teorias.html
Science (inglês)
http://skepdic.com/science.html

Um psicanalista poderia, por exemplo, fazer uma afirmação do tipo
"você odeia homossexuais porque tem homossexualidade reprimida". Se
fosse realmente científica diria "85,4% das pessoas que odeiam
homossexuais têm homossexualidade reprimida, com P=0,003", obviamente
só DEPOIS de encontrar uma maneira de comprovar se uma pessoa tem
mesmo homossexualidade reprimida ou não. Isso é apenas um exemplo
ilustrativo, é claro.

[]s
Ronaldo Cordeiro
Dicionário Céptico: http://www.dicceptico.cjb.net



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bases filosóficas e cientificidade
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/06/2001 15:48

Olá,

Takata: Nao conheco muito da psicanalise pra falar. Pelo q. tenho lido de
orelhada eh q. um problema serio para se pensar nela como uma teoria
cientifica - a la Popper -- eh q. ela nao eh falseavel: i.e., ela nao faz
uma previsao q. possa ser testada -- a teoria psicanalitica explicaria tto
uma dada resposta como sua ausencia...

Manuel: Realmente. Mas o problema da testabilidade é comum a todas as
ciências do homem. Popper disse que as ciências humanas ainda não
encontraram o seu Galileu. E creio que, mesmo que o encontre um dia,
permanecerão problemas importantes irredutíveis ou refratários a seus
esquemas. O que fazer com esses problemas? Entregá-los aos místicos ou fazer
deles o objeto de uma hermenêutica "paracientífica"?

A ciência lida com muita dificuldade com sistemas dinâmicos não-lineares,
que é o caso do indivíduo humano. A resposta de tais sistemas a um
determinado estímulo não é unívoca, mas uma vasta gama de comportamentos
possíveis e até mesmo contraditórios. Daí a imprevisibilidade radical, a
imponderabilidade de boa parte dos fenômenos psíquicos. Cabe ao cientista,
in casu, inventariar as respostas possíveis, tão-somente.

Para dar conta da polissemia do discurso e da imprevisibilidade do
comportamento humano, só mesmo modelos teóricos muito abstratos, como é a
psicanálise.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bases filosóficas e cientificida de
FROM: "Henrique C. Cerqueira" <socrates1@bol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/06/2001 16:06


>
> Hum... gostaria de saber até que ponto você defende
> Skinner e o seu "Verbal Behavior" como explicações
> adequadas para a imensa geratividade que a linguagem
> humana tem. Como é que você interpreta a surra que
> Chomsky deu em Skinner?
>
> Até mais,
> Sergio Navega.
>
>
Sérgio,
vou te confessar que ainda não li o artigo do Chomsky sobre o "Verbal
Behavior".
Ele tá até aqui comigo, mas vou lê-lo agora nas férias e depois te falo.
Podo só dizer por alto o que behavioristas dizem sobre o artigo.
Dizem que Skinner achou o artigo tão sem fundamento que nem respondeu.
Outros behavioristas radicais responderam por ele, mas eu nunca li nada
sobre.
Meus professores(os poucos que tenho de Análise do cmportamento) tb adotam
postura similar, dizem que o livro fala mais sobre ratos pressionando barras
do que tudo. E que Chomsky não entendeu nada do livro de Skinner.
Uma fez perguntei a opinião de um professor meu que é psicolinguista( acho
que é o mesmo que o chomsky era) sobre as críticas de Chomsky. Esse meu
professor é adepto da psicologia cognitiva. Ele me respondeu que tem
críticas muito boas e algumas que não fazem muito sentido.
Infelizmente não posso dar minha opinião.
Até mais,
Henrique






SUBJECT: Re: [ciencialist] A Constante de Planck e o Infinito
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/06/2001 16:56

----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão"
Sent: Saturday, June 23, 2001 3:27 AM
Subject: [ciencialist] A Constante de Planck e o Infinito

Olá, Manuel

Muito interessante e elucidativa a sua msg. Não é minha intenção respondê-la
na íntegra mas tão somente aproveitar o gancho para comentar algo que venho
há anos falando sobre a incerteza da física moderna. Em dado trecho de sua
msg você diz:

> Algo semelhante, pois, ao que ocorre na mecânica quântica, onde os objetos
> de estudo são sistemas tão diminutos que o próprio ato de mensurar suas
> propriedades ou a forma como se mede afeta os resultados da medição. Com
> efeito, para medir um determinado objeto, temos que exercer uma ação sobre
> ele. Com relação a objetos grandes, macroscópicos, os efeitos decorrentes
> da ação exercida pelo medidor sobre o objeto é desprezível. Mas quando se
> trata de átomos, prótons, nêutrons e elétrons, a ação, mesmo que mínima
> (no mínimo um quantum de ação de Planck) afeta de uma forma significativa
> suas propriedades (quando não sua velocidade, afeta sua posição e
> vice-versa). É como se, para saber o local exato em que está estacionado
> um furgão, tivéssemos que jogar um Fiat Mille sobre ele.

Em 1987 cheguei a escrever, a esse respeito, o seguinte:

"O raciocínio de Heisenberg foi brilhante; e acredito mesmo que ele
esteve próximo de dar um passo muito grande em física. Bastava enxergar
um "a priori" desnecessário que estava admitindo e a incerteza teria se
esfacelado a seus olhos; e ele certamente teria enxergado a verdade. Mas
por puro azar a sua física, corpuscular na origem, estava apoiando a
outra física: a física dualística. Esta última já nasceu incerta e,
portanto, só poderia deduzir uma incerteza. Apesar de incerta, "era a
única" em que se apoiar na época. Mas, na realidade, Heisenberg não
estava se apoiando na mesma mas apoiando-a. E a satisfação por esta
contestação deve ter bloqueado seu raciocínio.
Heisenberg admitiu implicitamente, em sua teoria, que a posição de uma
partícula somente podia ser determinada através do choque seguido da
observação de propriedades de outra partícula. Acredito que ninguém o
criticou por este ângulo pois este 'a priori' é aceito,
inconscientemente, por quase todos os físicos modernos que estudam
partículas. Eliminado este 'a priori', este tipo de indeterminação cai
por terra."
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron2/incerteza2.htm

Ora, se admitirmos, como admitiram Gilbert (1544-1603) e, posteriormente,
Newton (1642-1727), a existência de uma entidade "imaterial" responsável
pelos campos de força, e a propagar-se por um espaço absoluto --e não um
éter como assumiram os físicos do século XIX e, de maneira indireta, os
físicos do século XX, o "famoso" vácuo quântico,-- o argumento de Heisenberg
realmente cai por terra. Pois essa entidade imaterial não é um corpúsculo
dotado de massa nem de momento clássico e, conseqüentemente, somente
transporta momento no sentido em que exerce um efeito retroativo. Ou, melhor
dizendo, se uma partícula está no campo de outra, essa outra também está no
campo da primeira e os campos são compensados de maneira a originarem um
efeito conservativo e que em hipótese alguma é decorrente da ação em si,
mas do complexo inerente ao universo em estudo.

O que pretendo dizer é que "se existir" alguma incerteza de natureza
metafísica em nosso Universo, essa incerteza nada tem a ver com aquela
proposta por Heisenberg e, em hipótese alguma, justificará os fantasmas que
assombraram os físicos quânticos por todo o século XX. Sem dúvida, a física
quântica é produto de uma ficção e, como tal, em futuro próximo sequer virá
a engrossar o campo das pseudo-ciências, mas passará ao esquecimento total,
tal e qual a teoria do calórico.

[ ]'s
Alberto
Um dos cavaleiros do apocalipse quântico :-))
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Uri Geller na Nature em 1974 ?
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: roxo@jedi.com.br
DATE: 23/06/2001 17:35


Achei estranho isso aparecer na Nature, alguem pode me dar uma explicação
para este aparente posicionamento da Nature ou verificar a referencia citada ?

----
(retirado de http://www.tcom.co.uk/hpnet/books/geller-papers/g2.htm)
"This editorial appeared in Nature and is referred to in the Introduction.
Not only does it explain why the British journal decided to publish the
Stanford Research Institute investigations of Geller, but it articulates the
hesitations and doubts, obligations and responsibilities of scientists toward
the field of psychical research. The writer of the editorial does not limit
his comments to the work of the SRI scientists with Geller; he discusses
perceptual experiments with other psychic subjects.

Published in Nature, Vol. 252, No. 5476, Oct. 18, 1974, pp. 602-607.

WE PUBLISH this week a paper by R. Targ and H. Puthoff that is bound to
create something of a stir in the scientific community. The claim is made
that information can be transferred by some channel whose characteristics
appear to fall "outside the range of known perceptual modalities." Or, more
bluntly, some people can read thoughts or see things remotely.
Such a claim is, of course, bound to be greeted with a preconditioned
reaction among many scientists. To some it simply confirms what they have
always known or believed. To others it is beyond the laws of science and
therefore necessarily unacceptable. But to a few - though perhaps to more
than is realized-the questions are still unanswered, and any evidence of high
quality is worth a critical examination.
The issue, then, is whether the evidence is of sufficient quality to be taken
seriously. In trying to answer this, we have been fortunate in having the
help of three independent referees who have done their utmost to see the
paper as a potentially important scientific communication and not as a
challenge to, or confirmation of prejudices. We thank them for the
considerable effort they have put into helping us, and we also thank Dr.
Christopher Evans of the National Physical Laboratory, whose continued advice
on the subject is reflected in the content of this leading article.
A general indication of the referees' comments may be helpful to readers in
reaching their own assessment of the paper. Of the three, one believed we
should not publish, one did not feel strongly either way, and the third was
guardedly in favor of publication. We first summarize the arguments against
the paper.
1. There was agreement that the paper was weak in design and presentation,
to the extent that details given as to the precise way in which the
experiment was earned out were disconcertingly vague. The referees felt that
insufficient account had been taken of the established methodology of
experimental psychology and that in the form originally submitted the paper
would be unlikely to he accepted for publication in a psychological journal
on these grounds alone. Two referees also felt that the authors had not taken
into account the lessons learned in the past by parapsychologists researching
this tricky and complicated area.
2. The three referees were particularly critical of the method of target
selection used, pointing out that the choice of a target by "opening a
dictionary at random" is a naive, vague, and unnecessarily controversial
approach to randomization. Parapsychologists have long rejected such methods
of target selection and, as one referee put it, weaknesses of this kind
reveal "a lack of skill in their experiments, which might have caused them to
make some other mistake which is less evident from their writing."
3. All the referees felt that the details given of various safeguards and
precautions introduced against the possibility of conscious or unconscious
fraud on the part of one or other of the subjects were "uncomfortably vague"
(to use one phrase). This in itself might be sufficient to raise doubt that
the experiments have demonstrated the existence of a new channel of
communication that does not involve the use of the senses.
4. Two of the referees felt that it was a pity that the paper, instead of
concentrating in detail and with meticulous care on one particular approach
to extrasensory phenomena, produced a mix- ture of different experiments,
using different subjects in unconnected circumstances and with only a tenuous
overall theme. At the best these were more "a series of pilot studies . . .
than a report of a completed experiment."
On their own these highly critical comments could be grounds for rejection
of the paper, but it was felt that other points needed to be taken into
account before a final decision could be made.
1. Despite its shortcomings, the paper is presented as a scientific document
by two qualified scientists, writing from a major research establishment
apparently with the unqualified backing of the research institute itself.
2. The authors have clearly attempted to investigate under laboratory
conditions phenomena that, while highly implausible to many scientists, would
nevertheless seem to be worthy of investiga- tion even if, in the final
analysis, negative findings are revealed. If scientists dispute and debate
the reality of extrasensory perception, then the subject is clearly a matter
for scientific study and, reportage.
3. Very considerable advance publicity - it is fair to say not generated by
the authors or their institute - has preceded the presentation of this
report. As a result many scientists and very large numbers of nonscientists
believe, as the result of anecdote and hearsay, that the Stanford Research
Institute (SRI) was engaged in a major research program into
parapsychological matters and had even been the scene of a remarkable break
through in this field. The publication of this paper, with its muted claims,
suggestions of a limited research program, and modest data, is, we believe,
likely to put the whole matter in more reasonable perspective.
4. The claims that have been made by, or on behalf of, one of the subjects,
Mr. Uri Geller, have been hailed publicly as indicating total acceptance by
the SRI of allegedly sensational powers and may also perhaps now be seen in
true perspective. It must be a matter of interest to scientists to note that,
contrary to very widespread rumor, the paper does not present any evidence
whatsoever for Geller's alleged abilities to bend metal rods by stroking
them, influence magnets at a distance, make watches stop or start by some
psychokinetic force, and so on. The publication of the paper would he
justified on the grounds of allowing scientists the opportunity to
discriminate between the cautious, limited, and still highly debatable
experimental data, and extravagant rumor, fed in recent days by inaccurate
attempts in some newspapers at precognition of the contents of the paper.
5. Two of the referees also felt that the paper should be published because
it would allow parapsychologists, and all other scientists interested in
researching this arguable field, to gauge the quality of the Stanford
research and assess how much it is contributing to parapsychology. "


SUBJECT: Re: Valeu Fromer Doe Sangue e Orgaos -- Orgaos? Morte encefalica: A populacao deve informar-se melhor
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <direitobrasil@grupos.com.br>
CC: <direitos-humanos@grupos.com.br>, <ciencialist@yahoogroups.com>, <direito_saude@egroups.com>, <bioetica@widesoft.com.br>, <artigos-juridicos@grupos.com.br>
DATE: 23/06/2001 18:09

Com todo o respeito às pessoas que não estão informadas sobre a realidade homicida subjacente ao apelo da _*doação*_ de órgãos VITAIS, e que de fato doação não é quando envolve a fraudulenta declaração de morte encefálica em prática corrente para a maioria dos traumatizados encefálicos severos, o uso da tragédia de pessoas conhecidas consiste apenas em mera _propaganda_. Não está sendo informado que Fromer teve destruição da massa encefálica, não apenas por edema (distensão) cerebral.

==

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: Hetan
To: direitobrasil@grupos.com.br
Sent: Saturday, June 23, 2001 9:13 AM
Subject: [DireitoBrasil] Valeu Fromer Doe Sangue e Órgãos



Não há ato mais sublime que ser solidário com o drama do próximo.
Marcelo Fromer em morte fez mais do que muitos em vida:
1- Possibilitou que mais quatro pessoas pudessem viver e, esperamos, sem seqüelas;
2- Enfrentou a tradicionalíssima religião judia que proibia a doação de órgãos que não fosse aos irmãos de credo, sendo por isso sepultado longe de seus entes.

Melhor assim, tornou-se um Humanitário Autêntico, rico em nossas lembranças e saudades.
Veja toda matéria em http://epoca.globo.com/semanal/_materias/especiala.htm

===============================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pesquisa
FROM: "Sandra Rosario" <matricarya@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/06/2001 19:10

>Quantos aqui são doadores de órgãos?

Sou doadora, mas atualmente tenho receio até de dizer isso, pois tenho um
amigo que entrou no hospital para fazer um exame de coluna e saiu de lá sem
um rim. Absurdo, não?
Apagaram ele e, depois, quando voltou a si já estava no quarto e com o
médico lhe dando alta. Ele não entendeu nada. Só na saída é que percebeu o
corte e quando foi procurar o tal médico, ele tinha sumido.
Sendo assim, concordo a lei que diz que tem que haver autorização da
família.

Sandra
_________________________________________________________________________
Get Your Private, Free E-mail from MSN Hotmail at http://www.hotmail.com.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pesquisa
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/06/2001 19:23

> Sou doadora, mas atualmente tenho receio até de dizer isso, pois tenho um
> amigo que entrou no hospital para fazer um exame de coluna e saiu de lá
sem
> um rim. Absurdo, não?
> Apagaram ele e, depois, quando voltou a si já estava no quarto e com o
> médico lhe dando alta. Ele não entendeu nada. Só na saída é que percebeu o
> corte e quando foi procurar o tal médico, ele tinha sumido.
> Sendo assim, concordo a lei que diz que tem que haver autorização da
> família.

Só acredito nessa história se você der o nome completo desse seu amigo. Por
que essa história escabrosa não foi noticiada em nenhum meio de comunicação?

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
CC: <direitos-humanos@grupos.com.br>, <direito_saude@egroups.com>
DATE: 23/06/2001 19:34

Quem estava curioso
sobre a questão do tráfico de órgãos
( assunto _*ESTRANHO*_ à questão científica
volto a enfatizar ) ?
===
Eu não sou doador, e por coerência
não sou receptor também.
===
Se for possível peço a Sandra
que me diga se foi feito registro de
ocorrência policial desse caso de seu amigo, ou
se foi comunicado ao Ministério
Público. É muito importante
essa pergunta.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
From: Sandra Rosario
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Saturday, June 23, 2001 7:10 PM
Subject: Re: [ciencialist] Pesquisa


>Quantos aqui são doadores de órgãos?

Sou doadora, mas atualmente tenho receio até de dizer isso, pois tenho um
amigo que entrou no hospital para fazer um exame de coluna e saiu de lá sem
um rim. Absurdo, não?
Apagaram ele e, depois, quando voltou a si já estava no quarto e com o
médico lhe dando alta. Ele não entendeu nada. Só na saída é que percebeu o
corte e quando foi procurar o tal médico, ele tinha sumido.
Sendo assim, concordo a lei que diz que tem que haver autorização da
família.

Sandra
_________________________________________________________________________



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pesquisa
FROM: "Sandra Rosario" <matricarya@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/06/2001 19:44

>Só acredito nessa história se você der o nome completo desse seu amigo. Por
>que essa história escabrosa não foi noticiada em nenhum meio de
>comunicação?
>
>[]s
>Manuel Bulcão
>

Manuel,
Não sei porque a história não foi noticiada, mas ela é verdadeira.

Sandra
_________________________________________________________________________
Get Your Private, Free E-mail from MSN Hotmail at http://www.hotmail.com.



SUBJECT: Re: Pesquisa
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/06/2001 19:48

Sandra,

houve registro de ocorrência policial
ou comunicação ao Ministério Público ?
===
Peço que verifique isso por
gentileza (sei que provavelmente
não tem a resposta sem
verificar).
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: Sandra Rosario
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Saturday, June 23, 2001 7:44 PM
Subject: Re: [ciencialist] Pesquisa


>Só acredito nessa história se você der o nome completo desse seu amigo. Por
>que essa história escabrosa não foi noticiada em nenhum meio de
>comunicação?
>
>[]s
>Manuel Bulcão
>

Manuel,
Não sei porque a história não foi noticiada, mas ela é verdadeira.

Sandra
_________________________________________________________________________



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )
FROM: "Sandra Rosario" <matricarya@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/06/2001 19:51

Sei que não houve registro policial. Meu amigo amostrou o corte e disse que
tinha sido orientado a apresentar queixa no CRM (o que não sei se foi feito
por ele), pois tinha feito uma ultrassonografia para comprovar que agora
estava sem um dos rins.
Apenas registrei o fato aqui, pois é algo que me chocou.
Sandra


>===
>Eu não sou doador, e por coerência
>não sou receptor também.
>===
>Se for possível peço a Sandra
>que me diga se foi feito registro de
>ocorrência policial desse caso de seu amigo, ou
>se foi comunicado ao Ministério
>Público. É muito importante
>essa pergunta.
>===
>
>[]'s
>
>Celso Galli Coimbra
>================

_________________________________________________________________________
Get Your Private, Free E-mail from MSN Hotmail at http://www.hotmail.com.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bases filosóficas e cientificida de
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/06/2001 20:41

----- Original Message -----
From: "Henrique C. Cerqueira"
Sent: Saturday, June 23, 2001 4:06 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Bases filosóficas e cientificida de

Sérgio escreveu:
> > Como é que você interpreta a surra que
> > Chomsky deu em Skinner?

Henrique respondeu:
> Dizem que Skinner achou o artigo tão sem fundamento que nem respondeu.

Donde se conclui que aquela história de "Quem cala consente" nada mais
retrata senão uma "filosofia" de botequim e/ou de motorista de caminhão. Do
contrário eu poderia pensar que dei uma surra em todos os físicos modernos,
pois até hoje não recebi uma crítica consistente às minhas teorias, que se
opõem frontalmente à física moderna.

De qualquer forma, mesmo sem conhecer o trabalho de Chomsky, creio que ele
merecia uma resposta de Skinner. Assim como acredito merecer comentários
daqueles que afirmam que minhas teorias não têm fundamentos. Ou será que os
físicos modernos não conseguem fundamentar suas críticas às minhas teorias?
:-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
CC: <direito_saude@egroups.com>
DATE: 23/06/2001 20:42

Sandra,

seu amigo tem obrigação
de comparecer ao Ministério Público,
e registrar o acontecimento.
===
Isso pode ser feito mediante simples
comparecimento e procedimento verbal no
ato.
===
SE ele não fizer isso, fica o pressuposto
de que ele autorizou esse procedimento,
e a denúncia dele ausente de qualquer credibilidade.
===
Essa providência dispensa advogado.
===
Ser orientado ( por quem ?)
a apresentar apenas queixa no
CRM é medida insuficiente.
===
Provada a ocorrência de operação
não autorizada para extração de um
rim existe a comprovação
de um crime grave.
===
O CRM não é titular de competência
para investigar isso como é devido.
===
Sua competência é apenas administrativa
e não criminal.
===
Caso queira, diga a cidade e lhe darei
os endereços aonde comparecer em email
privado.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
OABRS 11352
==================
From: Sandra Rosario
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Saturday, June 23, 2001 7:51 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )


Sei que não houve registro policial. Meu amigo amostrou o corte e disse que
tinha sido orientado a apresentar queixa no CRM (o que não sei se foi feito
por ele), pois tinha feito uma ultrassonografia para comprovar que agora
estava sem um dos rins.
Apenas registrei o fato aqui, pois é algo que me chocou.
Sandra


>===
>Eu não sou doador, e por coerência
>não sou receptor também.
>===
>Se for possível peço a Sandra
>que me diga se foi feito registro de
>ocorrência policial desse caso de seu amigo, ou
>se foi comunicado ao Ministério
>Público. É muito importante
>essa pergunta.
>===
>
>[]'s
>
>Celso Galli Coimbra
>================




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/06/2001 20:57

Olá,

Celso: Eu não sou doador, e por coerência não sou receptor também.

Manuel: Vc não é doador de órgão nem receptor de õrgão. Ou seja, vc é um
macho celibatário por uma questão de coerência. :-))

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: En: [ciencialist] Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/06/2001 21:44



----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Saturday, June 23, 2001 8:57 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Pesquisa ( e noticias de trafico
ocasionalmente )


Olá,

Celso: Eu não sou doador, e por coerência não sou receptor também.

Manuel: Vc não é doador de órgão nem receptor de õrgão. Ou seja, vc é um
macho celibatário por uma questão de coerência. :-))

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pesquisa
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/06/2001 22:05

Sandra: Manuel, Não sei porque a história não foi noticiada, mas ela é
verdadeira.

Manuel: Bem, vc apenas afirma que ela é verdadeira e pronto. Me dê uma razão
para eu acreditar que é verdadeira a afirmação de uma pessoa que eu não
conheço, de alguém que nunca vi e sobre a qual ninguém me falou a respeito.

Dê-me o nome do seu amigo, o nome completo (não vale X pereira da Silva, ou
X Pereira de Souza). Acho que não estou pedindo muito.

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Morte encefalica: Feito para Mostrar Figurinha para o Publico poder Acreditar
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <attacorg@yahoogroups.com>, <bioetica@widesoft.com.br>, <ciencialist@yahoogroups.com>, <direito_saude@egroups.com>
CC: <attac-sp@yahoogroups.com>
DATE: 23/06/2001 22:31

Direito_Saúde -- 23.06.2001
======================
DECLARAÇÕES DE FERNANDO MENEZES BRAGA,
um dos 12 encarregados pelo CFM de elaborar
os critérios da morte encefálica no Brasil constantes
da Resolução CFM 1480/97
==========================================
FERNANDO MENEZES BRAGA

===


"A gente faz exame complementar porque precisa MOSTRAR FIGURINHA, principalmente para os OUTROS COLEGAS, ENFERMEIROS e PRINCIPALMENTE O PÚBLICO que desconhece isso, SENÃO REALMENTE ELES NÃO IRIAM ACREDITAR. Você precisa SEMPRE MOSTRAR FIGURINHA, não para nós, porque eu acho que isto não tenho dúvida nenhuma."
===
(grifos nossos)
===
Páginas 911 da Ação Declaratória 98.0039872 - 4, ajuizada na 19a Vara Federal de São Paulo, contra o Conselho de Medicina do Estado de São Paulo.
===
Professor Titular e Chefe da Disciplina de Neurocirurgia do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Escola Paulista de Medicina.

===================================
http://groups.yahoo.com/group/direito_saude
===================================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Morte encefalica: Feito para Mostrar Figurinha para o Publico poder Acreditar
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/06/2001 01:00

Celso,
============
Não TERGIVERSE,
============
Pus o meu motor rastreador para detectar....
============
as...
============
declarações do sr....
============
FERNANDO MENEZES BRAGA...
============
um colecionador de FIGURINHAS...
============
que desde a década de 70 me deve uma do...
============
Álbum...
============
de ELVIS PRESLEY...
============
e que até hoje...
============
NÃO ME PAGOU!!!


[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Morte encefalica: Feito para Mostrar Figurinha para o Publico poder Acreditar
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/06/2001 01:05


----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Sunday, June 24, 2001 1:00 AM
Subject: Re: [ciencialist] Morte encefalica: Feito para Mostrar Figurinha
para o Publico poder Acreditar


Celso,
============
Não TERGIVERSE,
============
Pus o meu motor rastreador para detectar....
============
as...
============
declarações do sr....
============
FERNANDO MENEZES BRAGA...
============
um colecionador de FIGURINHAS...
============
que desde a década de 70 me deve uma do...
============
Álbum...
============
de ELVIS PRESLEY...
============
e que até hoje...
============
NÃO ME PAGOU!!!


[]s,
Manuel Bulcão


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SUBJECT: Morte Encefalica: Exames feitos apenas para proteger medicos de processos judiciais
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
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DATE: 24/06/2001 01:22

DECLARAÇÕES DE NEI MOREIRA LIMA DA SILVA,
um dos 12 encarregados pelo CFM de elaborar
os critérios da morte encefálica no Brasil constantes
da Resolução CFM 1480/97
==========================================

NEI MOREIRA LIMA DA SILVA
===
Diretor do Conselho Federal de Medicina na época.
===

"A preocupação nossa é em um País que tem um sistema jurídico tão complicado como o Brasil, você não ter algo documental em relação a isso.
FOI POR AI A DECISÃO."
===

Declaração do dirigente do CFM a páginas 1015 da Ação Declaratória 98.0039872 - 4, ajuizada na 19a Vara Federal de São Paulo, contra o Conselho de Medicina do Estado de São Paulo (Atas da Comissão Técnica da Morte Encefálica ) para explicar COMO e PORQUE fizeram a Resolução 1.480/97, quando foi afirmado que os exames complementares da declaração de morte são realizados APENAS para proteger os médicos de possíveis processos judiciais.

===


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Morte Encefalica: Gerson Brenner foi atendido com hipotermia que o CFM proibe para pacientes comuns
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>, <direito_saude@egroups.com>, <bioetica@widesoft.com.br>
CC: <faroljuridico@egroups.com>, <direitobrasil@grupos.com.br>, <attacorg@yahoogroups.com>
DATE: 24/06/2001 01:29

Gerson Brenner foi atendido com hipotermia que o CFM
proíbe para outros pacientes porque em sendo ela utilizada
com o traumatizado encefálico severo impede a declaração
de morte encefálica. Sem declaração de morte encefálica
não é possível a retirada dos órgãos para transplantes.
=============================================
Estado de São Paulo:
Sexta-feira,
21 de agosto de 1998
======================================
TEMPERATURA DO CÉREBRO É REDUZIDA
Médicos do ator colocaram colchão térmico para baixar o metabolismo
JOBSON LEMOS

Especial para o Estado

==
O estado de saúde do ator Gerson Brenner, de 38 anos, manteve-se estável ontem, mas
ainda é considerado grave pela equipe médica que o atende no Hospital Israelita Albert
Einstein. Brenner continua sedado, em coma induzido, e seu cérebro foi mantido, até
ontem à noite, em 34 graus - dois abaixo do normal - por meio de um colchão térmico.
De acordo com o neurocirurgião Jorge Roberto Pagura, essas medidas são necessárias
para estabilizar a pressão intracraniana do ator. Os picos de hipertensão observados
na madrugada de anteontem, apesar de esperados pelos médicos, poderiam, segundo
Pagura, comprometer a circulação sangüínea no cérebro de Brenner.

==

Essa situação, entretanto, não deve ser mantida pelos médicos. "Aos poucos vamos
retirá-lo do coma para ver como seu organismo se comporta conta própria", disse
Pagura.

==

Amanhã, o neurocirurgião deve começar a reduzir as doses de sedativos dadas ao ator.

O metabolismo cerebral de Brenner voltará, gradualmente, ao normal e será monitorado
pelos médicos.


Pagura tem visitado o ator até três vezes por dia. Cristina dos Santos Oliveira, irmã
de Brenner, não tem saído do hospital. "Tenho dormido muito pouco." Ela comentou a
prisão dos suspeitos de ter baleado seu irmão. "Quero que paguem, mas não estou
preocupada com isso agora."


A mulher de Brenner, a bailarina Denise Tacto, fez exames de ultrassonografia ontem à
tarde no hospital. Ela está grávida de oito meses e chegou a ter contrações na
terça-feira, depois de visitar o marido. Mas o exame não revelou qualquer problema.


====================================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: SHOW DO MILHÃO
FROM: "Peter/UFMT" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/06/2001 01:52

Prezados amigos,
Saudações.

Há poucos instantes assisti ao Show do Milhão e, em determinado momento foi feita a seguinte pergunta:

QUAL DESSES ANIMAIS NÃO É NOCIVO?

1.) Grilo
2.) Piranha
3.) Escorpião
4.) Taturana

A resposta dita como correta foi a 1.

Mas... confesso que fiquei confuso. Eu escolheria a resposta 2 -- Piranha --, devido ao fato de ter aprendido nas aulas de 1° Grau que animais nocivos são aqueles que interferem no desenvolvimento das funções humanas.

Julgo o grilo ser realmente o animal mais nocivo nesse sentido biológico/social, haja vista que tanto gafanhotos quanto grilos devastam plantações inteiras, deixando até mesmo municípios inteiros comprometidos no sentido de exploração rural.

A piranha está no meio-ambiente dela. Nesse sentido, o escorpião seria muito mais nocivo, pois está no ambiente *terrestre*, que é o nosso, sendo assim muito mais perigoso.

Enfim, acho que haveriam essas duas possibilidades, mais prováveis de serem as corretas.

Mas pode ser que eu esteja completamente errado nesse julgamento. É por isso que AGUARDO A OPINIÃO DOS DEMAIS COLEGAS SOBRE O FATO.

Abraços.

Peterson Leal.



SUBJECT: Pedido de desculpa
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/06/2001 15:01

Quero pedir desculpas ao Celso pelas minhas infantis e etílicas piadinhas de
ontem à noite. Francamente, nem me lembro de tê-las feito...

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/06/2001 16:08


> Sei que não houve registro policial. Meu amigo amostrou o corte e disse
que
> tinha sido orientado a apresentar queixa no CRM (o que não sei se foi
feito
> por ele), pois tinha feito uma ultrassonografia para comprovar que agora
> estava sem um dos rins.

Putz...

Isso me lembra a estória da mulher bonita que seduzia o cara no bar, o
levava para seu apartamento, faziam sexo e no dia seguinte: Surpresa! Lá
estava o coitado sem um dos rins, imerso em uma banheira de gelo com um
bilhete dizendo para que ligasse urgentemente para o hospital caso não
quisesse morrer.

Pois é Sandra, seu amigo te enganou direitinho. E o corte que ele te
'amostrou', eu tenho uma cicatriz no mesmo local devido a uma queda de
bicicleta. Mas talvez tenham sido aliens que me abduziram, fizeram
experiências nefrológicas comigo e 'implantaram' essa lembrança da queda em
meu cérebro para que eu não soubesse o que havia acontecido.

Se o cara que inventa essas estórias, pelo menos se desse ao trabalho de
bolar a parte em que é feito o teste de imunocompatibilidade, elas seriam
mais interessantes.

As pessoas deveriam saber que transplantar um rim não é só 'tirar daqui e
colocar ali'. Talvez isso acabasse como esse medo ridículo de ter um órgão
roubado em uma instituição de saúde.

Tudo isso é lenda urbana...

[]s
Raul




SUBJECT: Re:Medicina_transplante -- Doe sangue e nao doe orgaos vitais. A questao da morte encefalica.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <direitos-humanos@grupos.com.br>
CC: <artigos-juridicos@grupos.com.br>, <ciencialist@yahoogroups.com>, <bioetica@widesoft.com.br>, <direito_saude@egroups.com>
DATE: 24/06/2001 16:41

Prezado colega,

Posso falar por experiência própria de quem está no centro dos acontecimentos sobre esse assunto há bem mais de uma década. A rede globo manipula e censura toda notícia que não vai ao encontro dos interesses transplantadores.

==

Ela não é um veículo de informações sequer remotamente imparcial.

==

Um exemplo. Quando a CNN noticiou o editorial da Revista dos Anestesistas da Inglaterra orientando para ser feita anestesia geral nos doadores antes da retirada dos órgãos, devido à comprovação já conhecida de que nesse momento eles apresentavam inequívocos sinais de DOR, a Rede Globo não permitiu a veiculação dessa noticia.

A Folha de São Paulo publicou.

==

Meses atrás, quando o Governo Britânico fechou três dos seus oito centros de transplantes, nada foi noticiado em mídia alguma do Brasil.

==

Quando em maio do ano passado a Escócia parou com os transplantes cardíacos, porque mesmo os médicos transplantadores estavam se recusando a fazê-lo, nada foi noticiado no Brasil.

==

Quando João Paulo II manifestou-se publicamente em agosto do ano passado ao Congresso da Associação Internacional dos Transplantadores, alertando para o avanço neurocientífico que tornava obsoleta a declaração de morte encefálica e a obrigação do respeito à vida dos doadores em primeiro lugar, nada foi noticiado.

==

[]'s

Celso Galli Coimbra
================

----- Original Message -----
From: Hetan
To: direitos-humanos@grupos.com.br
Sent: Sunday, June 24, 2001 8:11 AM
Subject: Re:Medicina/transplante- Doe sangue e Órgãos


Não discrimine a fonte da informação. Sua linha de raciocínio sugere que nada que venha da Rede Globo serve, será ?
Difícil está posição ser defensável.
A informação é o tijolo, quem determina o desenho da casa é cada um de nós, não é verdade?
Na ditadura nos era imposto com que tijolos deveríamos contruir uma casa. Hoje, na democracia, podemos livremente escolher nossos tijolos.
Somos juízes de nossas decisões e únicos responsáveis pelo risco de discrimina-las.
Particularmente costumo impugnar a informação, não pela fonte, mais pela sua verossimilhança.
Algo como não julgar um livro pela capa.
Acho isso mais defensável, ou não?

Cordialmente

Hetan - Curitiba
-----Mensagem original-----
De: Cristiane Rozicki
Enviada em: sexta-feira, 22 de junho de 2001 21:14
Para: direitos-humanos@grupos.com.br
Assunto:Re:Medicina/transplante- Doe sangue e Órgãos




Existe uma questão que está sendo banalizada e excluída das redes globo de desinformação.

Para ser doa_dor (espero que as dores não se transmitam ao receptador), é _preciso_:

_estar_vivo_ !


O coração deve estar bombeando sangue, ainda.

A pessoa, que ainda vive, terá seu corpo retalhado para a captação de órgãos.


Como é que um médico poderá ter a mais infalível certeza de que eu morri?

Não estou brincando com a morte.
Ela vive aqui.


Cristiane Rozicki




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/06/2001 17:08

Não há qualquer analogia com a historieta da banheira.
===
A listeira apresentou um depoimento pessoal de visão direta.
Não apresentou uma denúncia vinda por outro meio.
===
O que está faltando,
e insisto que é indispensável à idoneidade
da denúncia, é que ela seja apresentada
à autoridade competente por quem está
dizendo que teve um rim subtraído em hospital.
===
A questão objetiva é simplesmente essa.
===
A autoridade competente é o Ministério Público.
===
Não é o CRM.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
From: Raul Sturari Jr
To: ciencialist
Sent: Sunday, June 24, 2001 4:08 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )



> Sei que não houve registro policial. Meu amigo amostrou o corte e disse
que
> tinha sido orientado a apresentar queixa no CRM (o que não sei se foi
feito
> por ele), pois tinha feito uma ultrassonografia para comprovar que agora
> estava sem um dos rins.

Putz...

Isso me lembra a estória da mulher bonita que seduzia o cara no bar, o
levava para seu apartamento, faziam sexo e no dia seguinte: Surpresa! Lá
estava o coitado sem um dos rins, imerso em uma banheira de gelo com um
bilhete dizendo para que ligasse urgentemente para o hospital caso não
quisesse morrer.

Pois é Sandra, seu amigo te enganou direitinho. E o corte que ele te
'amostrou', eu tenho uma cicatriz no mesmo local devido a uma queda de
bicicleta. Mas talvez tenham sido aliens que me abduziram, fizeram
experiências nefrológicas comigo e 'implantaram' essa lembrança da queda em
meu cérebro para que eu não soubesse o que havia acontecido.

Se o cara que inventa essas estórias, pelo menos se desse ao trabalho de
bolar a parte em que é feito o teste de imunocompatibilidade, elas seriam
mais interessantes.

As pessoas deveriam saber que transplantar um rim não é só 'tirar daqui e
colocar ali'. Talvez isso acabasse como esse medo ridículo de ter um órgão
roubado em uma instituição de saúde.

Tudo isso é lenda urbana...

[]s
Raul




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bases filosóficas e cientificida de
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/06/2001 19:04


| Donde se conclui que aquela história de "Quem cala consente" nada mais
| retrata senão uma "filosofia" de botequim e/ou de motorista de caminhão.|

Registre-se esse juizo, o qual endosso. Entenderam né!?

[]'
Léo
================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pesquisa
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/06/2001 21:24



Sandra Rosario wrote:

> Apagaram ele e, depois, quando voltou a si já estava no quarto e com o
> médico lhe dando alta. Ele não entendeu nada. Só na saída é que percebeu o
> corte e quando foi procurar o tal médico, ele tinha sumido.
> Sendo assim, concordo a lei que diz que tem que haver autorização da
> família.

Afirmações extraordinárias requerem provas extraordinárias!!
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/06/2001 21:26



Sandra Rosario wrote:
>
> Sei que não houve registro policial. Meu amigo amostrou o corte e disse que
> tinha sido orientado a apresentar queixa no CRM (o que não sei se foi feito
> por ele), pois tinha feito uma ultrassonografia para comprovar que agora
> estava sem um dos rins.

Mas isso não prova nada, não é? O seu amigo tinha dois rins?
Ele fez uma ultrassonografia antes de ir para o hospital?
:))

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/06/2001 21:35


Celso Galli Coimbra wrote:
>
> Não há qualquer analogia com a historieta da banheira.
> ===
> A listeira apresentou um depoimento pessoal de visão direta.
> Não apresentou uma denúncia vinda por outro meio.

Não sejamos ridiculos. A listeira nem sequer é uma pessoa de carne
e osso. Tanto quanto sabemos ela é um endereço de email do hotmail
Qualquer pessoa poderá abrir uma conta no hotmail e mandar uma
mensagem daquelas. Para alem disso, conta uma história que não
testemunhou directamente e como já foi sugerido pode ter sido
vitima de uma piada. Nada nos permite garante que a história seja
verdadeira.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/06/2001 23:03

>> Não há qualquer analogia com a historieta da banheira.
>> ===
>> A listeira apresentou um depoimento pessoal de visão direta.
>> Não apresentou uma denúncia vinda por outro meio.

>Não sejamos ridiculos. A listeira nem sequer é uma pessoa de carne
>e osso. Tanto quanto sabemos ela é um endereço de email do hotmail
>(...)Para alem disso, conta uma história que não
>testemunhou directamente e como já foi sugerido pode ter sido
>vitima de uma piada. Nada nos permite garante que a história seja
>verdadeira.

Se souberem o que é um mito urbano, saberão o pq daquela história....
(conhecem aquele chain-letter do "Aconteceu no pais X no ano passado. Um
amigo meu saiu para noite ....etc...e quando acordou estava na banheira
imerso em gelo e com um bilhete do lado que dizia "telefone para este nº.
Peça um médico. Acabamos de lhe retirar o orgão Y" ?)
Mas! lá qp não existe mprovas a favor, não significa que seja
mentira...simplesmente pode não haver forma de provar....
Eu tb não posso provar que não estive em Paris até ha 10 horas atrás :-))

Just for brincadeira...

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda






SUBJECT: Re: [ciencialist] Corpos que demoram a se decompor
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/06/2001 09:27

On Mon, 18 Jun 2001, Peterson Leal wrote:
> Já ouvi falar sobre o assunto. Inclusive um fato semelhante aconteceu com meu pai. Seu corpo ficou quase intacto alguns anos depois de sua morte. Eis a dúvida de um amigo:
> >> Há possibilidade de um defunto permanecer intacto
> >> por muitos anos? A Igreja Católica divulga a existência
> >> de "santos" falecidos, que,embora passados muitos
> >> anos, seus corpos não sofreram deterioração.
> >> Qual a explicação científica?
> Mas como não tenho detalhes sobre a explicação, estou aguardando quem puder responder.
> Peterson Leal.

Nao sou expert mas já me interessei por mumificação e acho que posso
contribuir um pouco.

Para que um corpo não se decomponha basta eliminar [ou inutilizar] as
bactérias necrófagas. Existem alguns processos que podem ser usados:

químico - uso de mercúrio [múmias chinesas] ou cianureto [Napoleão
Bonaparte] ou outro veneno mortal.

químico/físico - sal ou latrão [múmias egípcias].

físico - secar no sol ou no gelo [múmias incas e múmias acidentais].

Há o caso também da Evita Perón em que a água de seu corpo foi trocada por
cera e o mesmo processo é usado em museus da Alemanha.

Há também de se avaliar o ambiente em que o corpo é deixado, alguns tipos
de lama/barro e o uso de caixões de chumbo e o embalsamamento com produtos
tóxicos ajuda bastante na preservação.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Corpos que demoram a se decompor
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/06/2001 10:12

Olá Tarcisio,

tenho recebido vários pedidos de consulentes do imperdível sobre o tema em questão. Por tratar-se de assunto alheio á minha praia limito-me a indicar o aspecto físico que leva ao retardo da decomposição e uns poucos links sobre o tema.
Apreciaria deveras que vc desenvolvesse o tema 'um cadinho' mais para colocá-lo como Leitura Recomendada (Sala 19) no www.feiradeciencias.com.br .
Essa exposição abaixo, de sua autoria, poderá muito bem servir de esboço para o trabalho.
No aguardo,
[]'
Léo
==============

-----Mensagem Original-----
De: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 25 de junho de 2001 09:27
Assunto: Re: [ciencialist] Corpos que demoram a se decompor


On Mon, 18 Jun 2001, Peterson Leal wrote:
> Já ouvi falar sobre o assunto. Inclusive um fato semelhante aconteceu com meu pai. Seu corpo ficou quase intacto alguns anos depois de sua morte. Eis a dúvida de um amigo:
> >> Há possibilidade de um defunto permanecer intacto
> >> por muitos anos? A Igreja Católica divulga a existência
> >> de "santos" falecidos, que,embora passados muitos
> >> anos, seus corpos não sofreram deterioração.
> >> Qual a explicação científica?
> Mas como não tenho detalhes sobre a explicação, estou aguardando quem puder responder.
> Peterson Leal.

Nao sou expert mas já me interessei por mumificação e acho que posso
contribuir um pouco.

Para que um corpo não se decomponha basta eliminar [ou inutilizar] as
bactérias necrófagas. Existem alguns processos que podem ser usados:

químico - uso de mercúrio [múmias chinesas] ou cianureto [Napoleão
Bonaparte] ou outro veneno mortal.

químico/físico - sal ou latrão [múmias egípcias].

físico - secar no sol ou no gelo [múmias incas e múmias acidentais].

Há o caso também da Evita Perón em que a água de seu corpo foi trocada por
cera e o mesmo processo é usado em museus da Alemanha.

Há também de se avaliar o ambiente em que o corpo é deixado, alguns tipos
de lama/barro e o uso de caixões de chumbo e o embalsamamento com produtos
tóxicos ajuda bastante na preservação.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Marcelo Gleiser
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/06/2001 10:45


|
| >O fisico Marcelo Gleiser, colunista do caderno "Mais!" da "Folha de SP",
| ganhou o Premio Jose' Reis de Divulgaçao >Cientifica, concedido anualmente
| pelo CNPq.
|
| Qual é a área dele que lhe fez ganhar o prémio ?
|
| Cumprimentos,
|
| Sérgio M. M. Taborda
|

Toda informação que tenho é:

|||14. Fisico Marcelo Gleiser ganha premio do CNPq

O fisico Marcelo Gleiser, colunista do caderno "Mais!" da "Folha de SP", ganhou o Premio Jose' Reis de Divulgaçao Cientifica, concedido anualmente pelo CNPq. O valor da premiaçao e' de US$ 4.500.

Gleiser deve lançar este ano seu terceiro livro de divulgaçao cientifica: "O Fim da Terra e do Ceu: O Apocalipse na Ciencia e na Religiao".
(Folha Online, 14/6)|||

Ainda tenho arquivadas as críticas feitas pelo Prof. da Unicamp sobre as 'danças do universo'. Quem as quiser é só avisar.

[]'
Léo
==================




SUBJECT: Re: [ciencialist] Resumo 491
FROM: "Salgado" <jmsalgado@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/06/2001 16:10

Voce quer saber algo sobre pulhas virtuais (hoaxes) ? Vá em:
http://www.quatrocantos.com/tec_web/lendas/10lendas.htm

> Mensagem: 2
> Data: Sun, 24 Jun 2001 16:08:34 -0300
> De: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
> Assunto: Re: Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )
>
>
> > Sei que não houve registro policial. Meu amigo amostrou o corte e disse
> que
> > tinha sido orientado a apresentar queixa no CRM (o que não sei se foi
> feito
> > por ele), pois tinha feito uma ultrassonografia para comprovar que agora
> > estava sem um dos rins.
>
> Putz...
>
> Isso me lembra a estória da mulher bonita que seduzia o cara no bar, o
> levava para seu apartamento, faziam sexo e no dia seguinte: Surpresa! Lá
> estava o coitado sem um dos rins, imerso em uma banheira de gelo com um
> bilhete dizendo para que ligasse urgentemente para o hospital caso não
> quisesse morrer.
>
> Pois é Sandra, seu amigo te enganou direitinho. E o corte que ele te
> 'amostrou', eu tenho uma cicatriz no mesmo local devido a uma queda de
> bicicleta. Mas talvez tenham sido aliens que me abduziram, fizeram
> experiências nefrológicas comigo e 'implantaram' essa lembrança da queda
em
> meu cérebro para que eu não soubesse o que havia acontecido.
>
> Se o cara que inventa essas estórias, pelo menos se desse ao trabalho de
> bolar a parte em que é feito o teste de imunocompatibilidade, elas seriam
> mais interessantes.
>
> As pessoas deveriam saber que transplantar um rim não é só 'tirar daqui e
> colocar ali'. Talvez isso acabasse como esse medo ridículo de ter um órgão
> roubado em uma instituição de saúde.
>
> Tudo isso é lenda urbana...
>
> []s
> Raul



SUBJECT: Re: Pesquisa
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/06/2001 16:45

--- In ciencialist@y..., "Sandra Rosario" <matricarya@h...> wrote:
> >Quantos aqui são doadores de órgãos?
>
> Sou doadora, mas atualmente tenho receio até de dizer isso, pois tenho um=

> amigo que entrou no hospital para fazer um exame de coluna e saiu de lá =
sem
> um rim. Absurdo, não?

Absurdo total. Mas perguntas importantes:

Q. amigo? Q. hospital? Qdo foi isso? Foi feito um B.O. (senso policial e na=
o
da industria farmaceutica)? A diretoria do hospital foi notificada?
O q. ela disse? Foi aberta sindicancia? O hospital foi processado?
Em q. pe' esta' o caso?

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/06/2001 16:47

Ridículo

é não entender o que significa
dizer que fatos como esses DEVEM
ser denunciados
no Ministério Público.

Quando se corta trechos
da mensagem original, retirando
o sentido do texto inteiro
é possível chegar a conclusões
ridículas.

Celso Galli Coimbra

----- Original Message -----
From: João Mário Miranda
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Sunday, June 24, 2001 9:35 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )



Celso Galli Coimbra wrote:
>
> Não há qualquer analogia com a historieta da banheira.
> ===
> A listeira apresentou um depoimento pessoal de visão direta.
> Não apresentou uma denúncia vinda por outro meio.

Não sejamos ridiculos. A listeira nem sequer é uma pessoa de carne
e osso. Tanto quanto sabemos ela é um endereço de email do hotmail
Qualquer pessoa poderá abrir uma conta no hotmail e mandar uma
mensagem daquelas. Para alem disso, conta uma história que não
testemunhou directamente e como já foi sugerido pode ter sido
vitima de uma piada. Nada nos permite garante que a história seja
verdadeira.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Pesquisa
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/06/2001 16:53

A prova é simples:
a idoneidade da denúncia depende
de comunicação formal ao Ministério
Público.
===
Se não há essa denúncia ao Órgão
realmente competente, não adianta
fazer as elocubrações leigas que estou
presenciando.
===
APENAS depois disso é que nomes
irão interessar.
===
Até porque serão objeto de procedimento
criminal PÚBLICO, seja por denunciação
falsa, seja por pertinência.
===
Cuidado antes de julgar pelo
ridículo.
===

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: João Mário Miranda
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Sunday, June 24, 2001 9:24 PM
Subject: Re: [ciencialist] Pesquisa




Sandra Rosario wrote:

> Apagaram ele e, depois, quando voltou a si já estava no quarto e com o
> médico lhe dando alta. Ele não entendeu nada. Só na saída é que percebeu o
> corte e quando foi procurar o tal médico, ele tinha sumido.
> Sendo assim, concordo a lei que diz que tem que haver autorização da
> família.

Afirmações extraordinárias requerem provas extraordinárias!!
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Bases filosóficas e cientificidade
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/06/2001 16:59

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Para dar conta da polissemia do discurso e da imprevisibilidade do
> comportamento humano, só mesmo modelos teóricos muito abstratos, como é a=

> psicanálise.

Eu tendo a achar q. nos, humanos, somos mais previsiveis do q.
queremos supor.

Sem atribuir ja' um carater acientifico 'a psicanalise, eu a vejo
muito por contraste com, por exemplo, as neurociencias.
(Continuando com a minha analogia tendenciosa do claro e
do escuro -- nao sei se haveria aqui um efeito analogo ao
chiaroscuro, em q. a clareza de uma parte, reforcasse a obscuridade
de outra.)

Ha' algum efeito analisado pela psicanalise q. se reflita em
fenomenos neurologicos detectaveis? Podem me chamar de
reducionista, mas por mim o comportamento humano passa
necessariamente pela via neural.

A neuropsiquiatria, por exemplo, parece q. tem conseguido --
continuo falando de orelhada -- avancos importantes: seja o
lexotan ou prozac... Relacionar a depressao com niveis baixos
de serotonina, o relaxamento com niveis altos de oxitocina,
padroes de atividade cerebral, via PET ou EEG, com dados
estados emocionais ou atividades mentais e assim por diante.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/06/2001 17:04

É necessário saber direcionar
o raciocínio em função de casos
individualizados e cobrar a coerência
diante das providências que demonstrarão
ou não sua seriedade.
===
Se isso não for feito estará sendo
desenvolvida apenas a apologia generalista
do rótulo das _"lendas urbanas"_,
o que não deixa de ser uma forma
de promovê-las.
===
SE ocorreu o fato, então denuncie esse
Senhor o que lhe aconteceu
ao Ministério Público de sua
cidade. Simples assim ...
===

[]'s

Celso Galli Coimbra


----- Original Message -----
From: Sérgio Taborda
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Sunday, June 24, 2001 11:03 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )


>> Não há qualquer analogia com a historieta da banheira.
>> ===
>> A listeira apresentou um depoimento pessoal de visão direta.
>> Não apresentou uma denúncia vinda por outro meio.

>Não sejamos ridiculos. A listeira nem sequer é uma pessoa de carne
>e osso. Tanto quanto sabemos ela é um endereço de email do hotmail
>(...)Para alem disso, conta uma história que não
>testemunhou directamente e como já foi sugerido pode ter sido
>vitima de uma piada. Nada nos permite garante que a história seja
>verdadeira.

Se souberem o que é um mito urbano, saberão o pq daquela história....
(conhecem aquele chain-letter do "Aconteceu no pais X no ano passado. Um
amigo meu saiu para noite ....etc...e quando acordou estava na banheira
imerso em gelo e com um bilhete do lado que dizia "telefone para este nº.
Peça um médico. Acabamos de lhe retirar o orgão Y" ?)
Mas! lá qp não existe mprovas a favor, não significa que seja
mentira...simplesmente pode não haver forma de provar....
Eu tb não posso provar que não estive em Paris até ha 10 horas atrás :-))

Just for brincadeira...

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda






[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Os limites da explicacao cientifica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, ifusp <ifusp-ex-alunos@egroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>
DATE: 25/06/2001 17:06

Folha de São Paulo, domingo, 24 de junho de 2001


Os limites da explicação científica

por Steven Weinberg ( Nobel de Fisica )

Alguns anos atrás, passei uma tarde com outros
professores da
Universidade do Texas (EUA) contando o trabalho de
nossas
respectivas disciplinas a um grupo de graduandos.
Descrevi em
linhas gerais o grande progresso que nós, físicos,
havíamos feito
no tocante à explicação do que era conhecido
experimentalmente
sobre partículas elementares e campos; como, enquanto
estudante, eu tivera de aprender uma grande variedade
de fatos
heterogêneos sobre partículas, forças e simetrias;
como, de
meados dos anos 60 até meados dos anos 70, toda essa
miscelânea era explicada no que hoje é chamado o
Modelo
Padrão das partículas elementares; como aprendemos que
esses
fatos heterogêneos sobre partículas e forças podem ser
deduzidos
matematicamente de uns poucos princípios bem simples;
e como
um grande "A-há!" coletivo irrompeu da comunidade dos
físicos.

Após os comentários, um colega de faculdade
(cientista, mas não
físico atômico) comentou: "Bem, claro que você sabe
que a
ciência na verdade não explica as coisas, somente as
descreve".

Eu já ouvira esse comentário antes, mas na hora aquilo
me pegou
de surpresa......


Texto completo:
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/324



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/06/2001 17:13



Celso Galli Coimbra wrote:
>
> Ridículo
>
> é não entender o que significa
> dizer que fatos como esses DEVEM
> ser denunciados
> no Ministério Público.

Desculpe lá mas não vi factos nenhuns. Como aliás expliquei no
email anterior. Não há factos. Há um testemunho sem credibilidade.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/06/2001 17:42

Não falei em fatos, partindo de sua existência.
Falei em denúncia válida.
Denúncia desse teor válida
é aquela necessariamente
apresentada dentro do Ministério
Público antes de em qualquer outro
lugar.
====
Uma denúncia pode ou não corresponder
a um fato.
====
Saber disso, caso a caso, somente é possível
após investigação por autoridade
competente. No caso o Ministério
Público.
====
----- Original Message -----
From: João Mário Miranda
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Monday, June 25, 2001 5:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )




Celso Galli Coimbra wrote:
>
> Ridículo
>
> é não entender o que significa
> dizer que fatos como esses DEVEM
> ser denunciados
> no Ministério Público.

Desculpe lá mas não vi factos nenhuns. Como aliás expliquei no
email anterior. Não há factos. Há um testemunho sem credibilidade.

--
joão
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Salgado
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/06/2001 18:02

Sr. Salgado,


esclareça se está chamando alguém
dessa lista de "pulha".



Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: Salgado
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Monday, June 25, 2001 4:10 PM
Subject: Re: [ciencialist] Resumo 491


Voce quer saber algo sobre pulhas virtuais (hoaxes) ? Vá em:
http://www.quatrocantos.com/tec_web/lendas/10lendas.htm

> Mensagem: 2
> Data: Sun, 24 Jun 2001 16:08:34 -0300
> De: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
> Assunto: Re: Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )
>
>
> > Sei que não houve registro policial. Meu amigo amostrou o corte e disse
> que
> > tinha sido orientado a apresentar queixa no CRM (o que não sei se foi
> feito
> > por ele), pois tinha feito uma ultrassonografia para comprovar que agora
> > estava sem um dos rins.
>
> Putz...
>
> Isso me lembra a estória da mulher bonita que seduzia o cara no bar, o
> levava para seu apartamento, faziam sexo e no dia seguinte: Surpresa! Lá
> estava o coitado sem um dos rins, imerso em uma banheira de gelo com um
> bilhete dizendo para que ligasse urgentemente para o hospital caso não
> quisesse morrer.
>
> Pois é Sandra, seu amigo te enganou direitinho. E o corte que ele te
> 'amostrou', eu tenho uma cicatriz no mesmo local devido a uma queda de
> bicicleta. Mas talvez tenham sido aliens que me abduziram, fizeram
> experiências nefrológicas comigo e 'implantaram' essa lembrança da queda
em
> meu cérebro para que eu não soubesse o que havia acontecido.
>
> Se o cara que inventa essas estórias, pelo menos se desse ao trabalho de
> bolar a parte em que é feito o teste de imunocompatibilidade, elas seriam
> mais interessantes.
>
> As pessoas deveriam saber que transplantar um rim não é só 'tirar daqui e
> colocar ali'. Talvez isso acabasse como esse medo ridículo de ter um órgão
> roubado em uma instituição de saúde.
>
> Tudo isso é lenda urbana...
>
> []s
> Raul


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Salgado
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/06/2001 18:16

Celso,

por favor... Ele escreveu 'pulhas virtuais' e ainda explica entre parentese=
:
'hoaxes'.

Pulha, como substantivo feminino, eh o mesmo q. gracejo, peta, mentira...
nao caberia ser encarado como substantivo masculino, do contrario, a
explicacao parentetica nao faria sentido.

De ttos 'data venia', 'modus operandi', 'dura lex, sedi lex', 'ad judicia',=

'jus agendi' e outros latinismos, creio q. respeitar um pouco a lingua
materna eh obrigacao dos profissionais q. dependem dela...

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Sr. Salgado,
>
> esclareça se está chamando alguém
> dessa lista de "pulha".
>
> Celso Galli Coimbra
> ================
> From: Salgado
>
> Voce quer saber algo sobre pulhas virtuais (hoaxes) ? Vá em:
> http://www.quatrocantos.com/tec_web/lendas/10lendas.htm




SUBJECT: Putz!!!
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/06/2001 18:29

Começou de novo a pancadaria? :)

He,he...

Bom, vamos lá. :)

Mas vejam se da para limitarem o número de mensagens que eu não quero ficar
de castigo novamente. ;))

SDS,

ASM


----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, June 25, 2001 6:16 PM
Subject: [ciencialist] Re: Salgado


Celso,

por favor... Ele escreveu 'pulhas virtuais' e ainda explica entre parentese=
:
'hoaxes'.

Pulha, como substantivo feminino, eh o mesmo q. gracejo, peta, mentira...
nao caberia ser encarado como substantivo masculino, do contrario, a
explicacao parentetica nao faria sentido.

De ttos 'data venia', 'modus operandi', 'dura lex, sedi lex', 'ad judicia',=

'jus agendi' e outros latinismos, creio q. respeitar um pouco a lingua
materna eh obrigacao dos profissionais q. dependem dela...

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Sr. Salgado,
>
> esclareça se está chamando alguém
> dessa lista de "pulha".
>
> Celso Galli Coimbra
> ================
> From: Salgado
>
> Voce quer saber algo sobre pulhas virtuais (hoaxes) ? Vá em:
> http://www.quatrocantos.com/tec_web/lendas/10lendas.htm



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pesquisa ( e noticias de trafico ocasionalmente )
FROM: "Sandra Rosario" <matricarya@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/06/2001 22:02

Celso,
Obrigada por sua orientação.Quem orientou ele a dar queixa foi o médico da
esposa dele. Já enviei uma cópia do seu email para ele.
Sandra



_________________________________________________________________________
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SUBJECT: Caçadores de Lendas
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/06/2001 23:45


>Se isso não for feito estará sendo
>desenvolvida apenas a apologia generalista
>do rótulo das _"lendas urbanas"_,
>o que não deixa de ser uma forma
>de promovê-las.
===

Dessa vez eu concordo.

Muitas vezes eu vejo tudo ser automática e comodamente taxado de Lenda
Urbana e pronto.

E um dia que uma pessoa tenha sido injustiçada e não tenha vós para gritar
sua desventura? Caso tente um método de comunicação rápida e poderosa como o
e-mail vai ser castrada pelos Descobridores de Lendas de Plantão?

Uma arma que temos agora não terá eficácia?

Claro que existem e existirão muitas besteiras circulando dessa forma, mas
podem ser interpretadas pela sua informação muitas vezes não tão evidente
como:

O medo, a possibilidade real, a falta de defesa, a inevitabilidade,
etc,etc.....E em alguns casos até sendo verdade.

Como falei algumas vezes, sou contra o ceticismo imediatista e automatizado.

SDS,

ASM



SUBJECT: Seminrio no MAST
FROM: Mauro Pennafort <mpennafort@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, quantica@yahoogroups.com, scientia@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 00:08

Seminario do Mjs de Junho no Museu de Astronomia

Dia 27 de junho, quarta-feira, `s 15h30min

O Museu de Astronomia e Cijncias Afins  MAST/MCT,
convida para o seminario ministrado pelo Prof: Josi
Leandro Rocha Cardoso (MAST), tema: "Defesa Nacional".
Apresentagco de resultados preliminares da selegco de
matirias sobre cijncia e tecnologia publicadas na
revista "A Defesa Nacional", entre 1935-1945.
Examinando a questco cijncia e guerra e a divulgagco
da cijncia no Brasil, objetiva identificar o
comportamento intelectual dos militares em relagco ao
conhecimento cientmfico, precisar o dialogo entre
instituigues militares e cientmficas, e estabelecer
correlagues entre ticnicas e instrumentos para fins
militares e o desenvolvimento tecnocientmfico.

ENTRADA FRANCA

__________________________________________________
Do You Yahoo!?
Get personalized email addresses from Yahoo! Mail
http://personal.mail.yahoo.com/


SUBJECT: Re: Caçadores de Lendas
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 00:22

--- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:


> E um dia que uma pessoa tenha sido injustiçada e não tenha vós para
gritar
> sua desventura? Caso tente um método de comunicação rápida e
poderosa como o
> e-mail vai ser castrada pelos Descobridores de Lendas de Plantão?
>
> Uma arma que temos agora não terá eficácia?


Tarde demais, Alexandre. Os alertas via e-mail, especialmente aqueles
que contêm a marca registrada do "envie esta mensagem ao máximo de
pessoas que puder", já estão irremediavelmente associados ao boato, à
lenda urbana. Eu, em todos esses anos de Internet, não vi sequer um
desses "alertas" que não se encaixasse nessa classificação. Se alguém
precisar de algum canal de comunicação rápida hoje em dia
e apelar para o SPAM, dificilmente vai conseguir atingir mais que o
cliente típico desse tipo de corrente: os crédulos. Quanto aos
céticos, vão continuar exigindo nomes, locais, datas, qualquer
informação que possa ser verificada e confirmada.

Ceticismo é isso.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bases filosóficas e cientificidade
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/06/2001 00:47

Olá Takata,

Manuel: Para dar conta da polissemia do discurso e da imprevisibilidade do
comportamento humano, só mesmo modelos teóricos muito abstratos, como é a
psicanálise.

Takata: Eu tendo a achar q. nos, humanos, somos mais previsiveis do q.
queremos supor.

Manuel: Existe um tipo de raciocínio que o semiologista Peirce denominou de
raciocínio por abdução. Os detetives costumam raciocinar por abdução: "Se eu
fosse o assassino, onde eu me esconderia?" Os malandros que levam os otários
na conversa também. A abdução só é possível porque nós, seres humanos, em
muitas ocasiões nos comportamos 'previsivelmente'.

Nós, como os cães de Pavlov, temos o nosso 'estereótipo dinâmico'. Uma parte
do nosso comportamento é estereotipada, constituída por reflexos
condicionados. Por isso que o behaviorismo tem algo a dizer a respeito do
comportamento humano. Se não, não estaria boa parte dos behavioristas
empregada nos departamentos de marketing das grandes corporações.

Mas há algo em nós que não se verifica em ratos, pombos e cães (em
chimpanzés sim, mas numa forma muito rudimentar), aquilo que torna possível
que assassinos inteligentes não sejam descobertos mesmo pelo mais esperto
dos detetives. Esse 'algo' é a criatividade, a inventividade, a capacidade
de elaborar modelos teóricos, sistemas filosóficos, romances, obras de arte
e delírios psicóticos.

Aquele supercomputador, o Deep Blue, tinha uma velocidade no processamento
de informações incomparavelmente maior que a do cérebro do enxadrista
Kasparov. Tudo bem, o computador venceu a maior parte das partidas. Mas
perdeu algumas. E as perdeu porque o Kasparov 'criou' situações inusitadas
que não constavam no banco de dados da máquina. Pelo que sei, os
computadores são incapazes de criar. Talvez um dia...

Assim como a evolução das espécies depende muito do 'acaso' das mutações, o
processo criativo depende muito de um 'ruído' de fundo, que alguns autores
chamam de 'movimento browniano do pensamento'. A ciência da complexidade
tenta explicar isso. Seus teóricos definem a consciência como um fenômeno
emergente de um sistema adaptativo complexo que se estabilizou na linha que
separa a ordem do caos, pois é no começo do caos que a capacidade de
manipular informações atinge o grau máximo.

O filósofo Nietzsche intuiu essa relação entre o caos e as faculdades
mentais superiores. Escreveu ele: "É preciso ter um caos dentro de si para
dar à luz uma estrela bailarina."

A consciência vale-se do caos (existem mecanismos psíquicos que fisgam este
ou aquele movimento errático útil) mas dele também tem que se proteger, caso
contrário torna-se ela própria errática, caótica, isto é, sucumbe à loucura.
Que foi o que aconteceu com Nietzsche, com Van Gogh, com Boltzmann (que se
suicidou numa crise de depressão) e outros. Por isso que esse 'movimento
browniano do pensamento' é um processo 'inconsciente'. Aqueles 'ruídos'
úteis emergem inopinadamente na consciência sob a forma de 'insights', isto
é, compreensões repentinas.

Mas seria o cérebro humano apenas um supercomputador feito de carne? Sua
função limita-se a computar informações? Um marceneiro habilidoso, ao fazer
uma cadeira, não está preocupado apenas em fazer uma cadeira: ele quer que a
sua cadeira seja 'bonitinha'. Não criamos apenas objetos úteis, mas objetos
úteis e 'belos'. Essa preocupação com a beleza, os cientistas e filósofos
também a têm. Como escrevi em outra mensagem: "Paul Dirac certa vez afirmou:
'é mais importante ter beleza em nossas equações do que fazer com que se
enquadrem na experiência.' Poincaré, por sua vez, escreveu que 'para
qualquer ciência, é necessário algo mais que apura lógica.' esse 'algo mais'
ele identificou no 'senso da beleza matemática, da harmonia dos números e
formas, e da elegância geométrica.' Cito ainda uma sentença de Steven
Weinberg: 'talvez o mundo seja mesmo complicado, feio e caótico, mas, se for
assim, eu desisto."

Ou seja, a atividade prático-material e o processo cognitivo têm, para o
homem, um 'significado' a mais. (Muitos cientistas brigam entre si, um
combatendo o modelo teórico do outro, não porque este ou aquele modelo tem
um poder maior de previsão, mas por uma simples questão de 'estética'.)
Freud, com sua teoria da libido, quis apenas decifrar e/ou interpretar esse
significado subjacente. Falou que a libido (ou desejo) tem um cunho sexual.
Induziu essa conjectura de um farto material clínico. E também porque supôs
que a linguagem humana originou-se dos 'sinais' sexuais - rituais de corte e
sedução - de nossos ancestrais antropóides. Essa hipótese é falseável e,
portanto, 'científica'. É falseável, mas ainda não foi falseada, muito pelo
contrário. A primatologia vem atualmente descortinando uma sexualidade
multifuncional - e que, paradoxalmente, transcende a dicotomia
masculino-feminino - entre os primatas da superfamília "hominoidea" (os
bonobos, por exemplo), a qual pertence o gênero humano.

O 'falo', o órgão sexual masculino, que Freud relaciona com um dos estágios
do desenvolvimento da libido (estágio uretral ou fálico), é reconhecidamente
um símbolo de poder não só entre os homens, mas também entre os chimpanzés,
babuínos e até entre alguns macacos arborícolas, como o macaco-de-cheiro.
Veja o que Carl Sagan escreveu em seu livro "Sombras de Antepassados
Esquecidos": "[As] ameaças fálicas, derivadas de um gesto de dominação
sexual (o ato de montar) foram observadas entre muitas espécies de macacos
tanto do Velho como do Novo Mundo. No caso dos macacos africanos e dos
babuínos, há certos machos que se sentam sempre de costas voltadas para o
campo, mantendo-se de guarda e exibindo o intensamente colorido pênis e os
testículos, por vezes do mesmo colorido intenso. Se um estranho ao grupo se
aproxima demasiado, os guardas têm mesmo uma ereção; as chamadas 'cópulas de
fúria' também têm lugar." (pág. 316)

Takata: Sem atribuir ja' um carater acientifico 'a psicanalise, eu a vejo
muito por contraste com, por exemplo, as neurociencias. (Continuando com a
minha analogia tendenciosa do claro e do escuro -- nao sei se haveria aqui
um efeito analogo ao chiaroscuro, em q. a clareza de uma parte, reforcasse a
obscuridade de outra.)

Manuel: Não vejo muito contraste entre as neurociências, sobretudo a
psicologia cognitiva, e a psicanálise de Freud. Ambas estudam aspectos
diferentes de um mesmo fenômeno, a mente. Contraste vejo entre a psicologia
cognitiva, que tenta modelar a mente, e o behaviorismo, que não admite em
seus esquemas o 'inconsciente' e mesmo a 'mente', por serem, segundo ele,
abstrações metafísicas. O behaviorismo, em nome do rigor científico, dá de
presente aos místicos e as pseudociências a mente humana. Êta presentão!

Takata: Ha' algum efeito analisado pela psicanalise q. se reflita em
fenomenos neurologicos detectaveis? Podem me chamar de reducionista, mas por
mim o comportamento humano passa necessariamente pela via neural.

Manuel: Há sim, muitos. Experiências realizadas em laboratório pelo
psicólogo William Dement demonstram a existência de uma correlação entre a
ereção do pênis e do clitóris (a ereção, nos primatas, está associada tanto
ao sexo quanto a rituais de hierarquia e dominação) e o sono com MOR
(movimento ocular rápido), isto é, a momentos do sono em que ocorre
'sonhos'. Para Freud, o caos de que se alimenta as atividades mentais
superiores manifesta-se diretamente nos sonhos.

Sobre a sexualidade infantil, a embriologia e a endocrinologia fornecem
atualmente a chave para a sua compreensão. Com efeito, sabe-se hoje que o
processo de diferenciação sexual no indivíduo se dá em três fases: durante a
primeira metade da gestação, após o nascimento e na puberdade. A partir da
sexta semana de gestação, e sob a ação da testosterona e do hormônio
antimullëriano, começa a se desenvolver no embrião geneticamente masculino
(portador do cromossomo Y) a próstata, o pênis e o escroto. Também nesta
fase, os andrógenos circulantes e outros esteróides gonodais agem sobre o
sistema nervoso central em formação, ou seja, a diferenciação sexual "in
utero" afeta também o cérebro -- A ação da testosterona se dá
particularmente sobre o hipotálamo. (Aron, 1984; Mac Lusky, 1986)

Mas o desenvolvimento e a "sexualização" do sistema nervoso central não se
conclui ainda no útero. Nos humanos, o processo de diferenciação sexual do
SNC estende-se até aproximadamente o quinto ano de vida. Aliás, logo após o
nascimento o que se verifica é um recrudescimento brutal deste processo. De
fato, foi observado em recém-nascidos machos de várias espécies de
mamíferos, entre as quais o homem, uma secreção de testosterona muito
intensa, fenômeno este que ficou conhecido como "crise testicular neonatal".
"No menino" -- escreveu o neurologista André Bourguignon -- "a taxa de
testosterona chega à metade da do adulto já na segunda hora de vida e, após
um decréscimo, continua alta do segundo ao sexto mês. Diminui depois, até
atingir taxas muito baixas (1% da taxa adulta) que se mantêm até os oito-dez
anos, depois voltam a subir progressivamente, até a puberdade. (...) Quanto
às meninas, é entre o sexto e o décimo segundo mês que uma atividade
ovariana se acentua muito nitidamente." (HNH; pp. 173/174)

É sabido que a testosterona, o hormônio masculino, é responsável pela
sensação de prazer sexual não só no homem como também na mulher (Mulheres
cuja taxa deste andrógeno é muito baixa ou nula são incapazes de terem
orgasmos). Ora, tanto no menino quanto na menina estão presentes hormônios
de ambos os sexos, embora em proporções inversas, de modo que, também nas
crianças, a testosterona induz sensações prazerosas, de natureza sexual, e
relacionadas àquelas zonas corporais de maior contato com os adultos que
lhes dedicam cuidados, sobretudo a mãe: a boca, durante o período de
amamentação, e a mucosa anal, quando a criança começa a adiquirir controle
sobre os seus esfíncteres, que é também a fase em que os pais lhe impõem
normas sobre higiêne. Foi com base nesta constatação -- a existência, na
criança, de outras zonas "erógenas" além da genitália -- que Freud elaborou
sua teoria da libido pré-genital.

Como se pode ver, os progressos da biologia confirmaram "a posteriori"
algumas das idéias mais importantes de Freud. Segundo Bourguignon, "a crise
hormonal pós-natal arremata a diferenciação sexual do psiquismo e do
comportamento. Sem ela, não haveria sexualidade infantil, complexo de Édipo,
perversões." (Idem; p. 176)

Takata: A neuropsiquiatria, por exemplo, parece q. tem conseguido --
continuo falando de orelhada -- avancos importantes: seja o lexotan ou
prozac... Relacionar a depressao com niveis baixos de serotonina, o
relaxamento com niveis altos de oxitocina, padroes de atividade cerebral,
via PET ou EEG, com dados estados emocionais ou atividades mentais e assim
por diante.

Manuel: Uma das minhas críticas a alguns psicanalistas (Lacan, Bruno
Bettelheim, etc.) é a ânsia de traduzir todo e qualquer fenômeno mental
(neuroses, psicoses, autismo, etc.) em termos psicanalíticos. Chamo esse
desvio de 'psicologismo'. Obviamente que há distúrbios psíquicos que são
organogênicos (defeitos de hardware), doenças derivadas de desequilíbrios
hormonais ou de neurotransmissores ou má formação do cérebro.

O problema é que alguns neurocientistas caem no erro oposto, que é de
somente ver distúrbios organogênicos até em afecções mentais 'psicogênicas'.
É o mesmo que dizer que a causa do suicídio é a corda com a qual o suicida
se enforcou.

O aparelho psíquico de que nos fala Freud é apenas um órgão 'virtual', um
programa que só pode ser rodado nessa máquina que é o cérebro humano. Entre
o aparelho psíquico (mente) e o cérebro há uma unidade, mas não convém
reduzir um ao outro.

Freud, que não era 'psicologista' nem 'reducionista', escreveu em seu
"Esboços de Psicanálise" a respeito do progresso da psicofarmacologia, por
ele almejado: "O futuro talvez nos ensine a agir diretamente, com a ajuda de
algumas substâncias químicas, sobre as quantidades de energia e sua
distribuição no aparelho psíquico. Haveremos nós de descobrir, talvez,
outras possibilidades terapêuticas insuspeitadas? Por ora, no entanto,
dispomos somente da técnica psicanalítica. E é por isso que, a despeito de
todas as suas limitações, convém não desprezá-la."

Quanto a mim, a despeito dos imensos progressos da psicofarmacologia, eu
prefiro combinar psicoterapia com psicofármacos. Faço análise e, ao mesmo
tempo, tomo o meu tryptanolzinho querido e o meu frontal maravilhoso. :-)

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: Cacadores de Lendas ceticistas
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/06/2001 01:10

Cetismo de fraldas (o ceticismo ... )
===
Aliás, esse *ceticismo* é (ele próprio)
uma _*lenda urbana*_ tanto
quanto também é ele próprio o retrato falado
da _*teoria da conspiração*_, porque apenas
faz barulho verbal usando estereótipos
e não viabiliza com eficácia
o esclarecimento REAL do que importa.
===
Esse *ceticismo* não sabe INVESTIGAR e
dar o benefício da dúvida ( cético ?)
para esclarecimentos sérios possam ser obtidos ...
Parte de premissas rígidas ( é o _*ceticismo dogmático*_ )
===
Ceticismo conseguiu transformar-se
(e superar) o que pretende combater: lendas, crendices
e terríveis conspirações.
===
O _*orgulho*_ ceticista poderia fazer uma
passeata pelas ruas de São Paulo ...
===
Cético não aprendeu a investigar
casuísticamente.
===
Ceticismo já está se tornando
uma religião fundamentalista.
===
Assim, um bom céptico dessa linha jargônica
deveria indagar-se se ele próprio
existe ou é uma lenda urbana.
===

Celso Galli Coimbra
================

----- Original Message -----
From: rcordeiro@writeme.com
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Tuesday, June 26, 2001 12:22 AM
Subject: [ciencialist] Re: Caçadores de Lendas


--- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:


> E um dia que uma pessoa tenha sido injustiçada e não tenha vós para
gritar
> sua desventura? Caso tente um método de comunicação rápida e
poderosa como o
> e-mail vai ser castrada pelos Descobridores de Lendas de Plantão?
>
> Uma arma que temos agora não terá eficácia?


Tarde demais, Alexandre. Os alertas via e-mail, especialmente aqueles
que contêm a marca registrada do "envie esta mensagem ao máximo de
pessoas que puder", já estão irremediavelmente associados ao boato, à
lenda urbana. Eu, em todos esses anos de Internet, não vi sequer um
desses "alertas" que não se encaixasse nessa classificação. Se alguém
precisar de algum canal de comunicação rápida hoje em dia
e apelar para o SPAM, dificilmente vai conseguir atingir mais que o
cliente típico desse tipo de corrente: os crédulos. Quanto aos
céticos, vão continuar exigindo nomes, locais, datas, qualquer
informação que possa ser verificada e confirmada.

Ceticismo é isso.

[]s
Ronaldo




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Cacadores de Lendas ceticistas
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 10:02

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:

> Cetismo de fraldas (o ceticismo ... )
> ===
> Aliás, esse *ceticismo* é (ele próprio)
> uma _*lenda urbana*_ tanto
...
> Ceticismo já está se tornando
> uma religião fundamentalista.
> ===
> Assim, um bom céptico dessa linha jargônica
> deveria indagar-se se ele próprio
> existe ou é uma lenda urbana.
> ===
>
> Celso Galli Coimbra
> ================


Tudo bem, Celso. Se vc não gosta dos céticos tem todo o direito de
fazer todas essas críticas em tom de desabafo, sem apresentar sequer
um único argumento racional. Mas, já que estamos falando de lendas
urbanas, vc bem que poderia ter dado mais respaldo à sua argumentação
se tivesse citado ao menos um exemplo de lenda que se tivesse
comprovado verdadeira.

[]s
Ronaldo Cordeiro

P.S. Juro que eu existo!




SUBJECT: Re: Salgado
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 10:09

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:

> De ttos 'data venia', 'modus operandi', 'dura lex, sedi lex', 'ad
judicia',=
>
> 'jus agendi' e outros latinismos, creio q. respeitar um pouco a
lingua
> materna eh obrigacao dos profissionais q. dependem dela...


Isso é verdade. Curiosamente, quando alguém escreve um texto cheio de
expressões em inglês, é imediatamente taxado de traidor da língua,
alienado, subserviente e incapaz de se expressar em português. Quando
enche o texto de expressões em latim ou francês, é visto como um
intelectual. Pseudoerudição ainda impressiona muita gente.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Caçadores de Lendas
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/06/2001 10:32



>Tarde demais, Alexandre. Os alertas via e-mail, especialmente aqueles
>que contêm a marca registrada do "envie esta mensagem ao máximo de
>pessoas que puder", já estão irremediavelmente associados ao boato, à
>lenda urbana. Eu, em todos esses anos de Internet, não vi sequer um
>desses "alertas" que não se encaixasse nessa classificação. Se alguém
>precisar de algum canal de comunicação rápida hoje em dia
>e apelar para o SPAM, dificilmente vai conseguir atingir mais que o
>cliente típico desse tipo de corrente: os crédulos. Quanto aos
>céticos, vão continuar exigindo nomes, locais, datas, qualquer
>informação que possa ser verificada e confirmada.

>Ceticismo é isso.

>[]s
>Ronaldo


Ronaldo,

Quanto a isso eu não tenho dúvidas. Realmente a maioria dos SPAMS vemos logo
de cara a inconsistência.

O que proponho é que dentro da mensagem literal, avaliemos o que na verdade
eles dizem.

Esses dos órgão por exemplo. Realmente esta criada uma conjuntura de forças,
estilo demanda, oferta e necessidade extrema, que propiciariam tais absurdos
como roubo de órgãos. Talvez o próprio temor social ou a possibilidade mais
presente dessa intenção sejam as reais informações contidas nos SPAMS.

Lembra de um que contava um caso de péssimo atendimento aos cliente lá no
finado Dado Bier em SP? O pessoal citava inclusive o No do processo e a vara
onde estava. Caso fosse verdade a corrente de e-mails estaria sendo muito
útil como serviço em prol do social.

Acho que muitas vezes esses SPAMS espelham algumas tendências sociais que
merecem atenção, por mais que a mensagem literal seja falsa.

Lógico que não vamos engolir qualquer coisa, mas eu tenho muitas vezes a
impressão de que o bloqueio de tais mensagens é demasiado automático.

SDS,

ASM





SUBJECT: Re: Portuges versus latim e portugues versus ingles: Qual a analogia sugerida ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/06/2001 11:13

Prezado Ronaldo,

qual texto foi escrito aqui cheio de expressões
latinas ? Quem escreveu ? ( perguntas não céticas ... )
===
Quem desconhece a relação de origem
que a língua portuguesa tem com o Latim ?
===
Quem desconhece a importância que o aprendizado
do Latim possui para melhor domínio da língua
portuguesa?
===
Existe equivalência no paralelo entre Latim e Língua
portuguesa e a portuguesa e inglesa ? Qual ?
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: rcordeiro@writeme.com
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Tuesday, June 26, 2001 10:09 AM
Subject: [ciencialist] Re: Salgado


--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:

> De ttos 'data venia', 'modus operandi', 'dura lex, sedi lex', 'ad
judicia',=
>
> 'jus agendi' e outros latinismos, creio q. respeitar um pouco a
lingua
> materna eh obrigacao dos profissionais q. dependem dela...


Isso é verdade. Curiosamente, quando alguém escreve um texto cheio de
expressões em inglês, é imediatamente taxado de traidor da língua,
alienado, subserviente e incapaz de se expressar em português. Quando
enche o texto de expressões em latim ou francês, é visto como um
intelectual. Pseudoerudição ainda impressiona muita gente.

[]s
Ronaldo




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Cacadores de Lendas ceticistas
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 14:43

--- In ciencialist@y..., rcordeiro@w... wrote:
> P.S. Juro que eu existo!

Quero provas!

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Bases filosóficas e cientificidade
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 15:16

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Mas há algo em nós que não se verifica em ratos, pombos e cães (em
> chimpanzés sim, mas numa forma muito rudimentar), aquilo que torna possív=
el
> que assassinos inteligentes não sejam descobertos mesmo pelo mais esperto=

> dos detetives. Esse 'algo' é a criatividade, a inventividade, a capacidad=
e
> de elaborar modelos teóricos, sistemas filosóficos, romances, obras de ar=
te
> e delírios psicóticos.

olha q. eu estou pra apostar como as pesquisas mais detalhadas da
etologia irao demolir este ultimo bastiao do orgulho humano...
claro exageros 'a parte dos relatos de gatos van goghs e elefantes
renoirs, pelo menos alguns grupos de animais se mostrarao
capazes de altos niveis de abstracao... (nao me parece q. as tocaias
elaboradas por chimpanzes sejam tao rudimentares assim --
certamente se saem muito melhores do q. nos, /Homo interneticus/,
sairiamos...)

> que não constavam no banco de dados da máquina. Pelo que sei, os
> computadores são incapazes de criar. Talvez um dia...

Houve um estudo -- ainda falando de orelhada -- em q.
um programa de computador inventou duas pecas
publicitarias. Elas teria tido maior aceitacao do q. outras
produzidas por humanos... Talvez isso nao aproxime os
computadores dos humanos, mas alguns humanos se
aproximam dos computadores...

> tenta explicar isso. Seus teóricos definem a consciência como um fenômeno=

> emergente de um sistema adaptativo complexo que se estabilizou na linha q=
ue
> separa a ordem do caos, pois é no começo do caos que a capacidade de
> manipular informações atinge o grau máximo.

Sinceramente, nao me parece uma definicao muito operacional
de consciencia... (Vi uma definicao semelhante, se nao igual,
ser aplicada para a vida...)

> Manuel: Não vejo muito contraste entre as neurociências, sobretudo a
> psicologia cognitiva, e a psicanálise de Freud. Ambas estudam aspectos

psicologia cognitiva e' um campo das neurociencias?

> Manuel: Há sim, muitos. Experiências realizadas em laboratório pelo
> psicólogo William Dement demonstram a existência de uma correlação entre =
a
> ereção do pênis e do clitóris (a ereção, nos primatas, está associada tan=
to
> ao sexo quanto a rituais de hierarquia e dominação) e o sono com MOR
> (movimento ocular rápido), isto é, a momentos do sono em que ocorre
> 'sonhos'. Para Freud, o caos de que se alimenta as atividades mentais
> superiores manifesta-se diretamente nos sonhos.

mas ha' alguma correlacao de teor sexual dos sonhos e as polucoes noturnas =

ou erecoes penianas e clitorianas?

> Sobre a sexualidade infantil, a embriologia e a endocrinologia fornecem
> atualmente a chave para a sua compreensão. Com efeito, sabe-se hoje que =
o
> processo de diferenciação sexual no indivíduo se dá em três fases: durant=
e a
> primeira metade da gestação, após o nascimento e na puberdade. A partir d=
a
> sexta semana de gestação, e sob a ação da testosterona e do hormônio
> antimullëriano, começa a se desenvolver no embrião geneticamente masculin=
o
> (portador do cromossomo Y) a próstata, o pênis e o escroto. Também nesta
> fase, os andrógenos circulantes e outros esteróides gonodais agem sobre o=

> sistema nervoso central em formação, ou seja, a diferenciação sexual "in
> utero" afeta também o cérebro -- A ação da testosterona se dá
> particularmente sobre o hipotálamo. (Aron, 1984; Mac Lusky, 1986)

Mas isso se liga com o 'complexo de Edipo'? (Nao sei se isso eh
apenas uma distorcao popular da teoria psicanalitica ou algo q. Freud
realmente tinha em mente.)

> É sabido que a testosterona, o hormônio masculino, é responsável pela
> sensação de prazer sexual não só no homem como também na mulher (Mulheres=

> cuja taxa deste andrógeno é muito baixa ou nula são incapazes de terem
> orgasmos). Ora, tanto no menino quanto na menina estão presentes hormônio=
s
> de ambos os sexos, embora em proporções inversas, de modo que, também nas=

> crianças, a testosterona induz sensações prazerosas, de natureza sexual, =
e
> relacionadas àquelas zonas corporais de maior contato com os adultos que
> lhes dedicam cuidados, sobretudo a mãe: a boca, durante o período de
> amamentação, e a mucosa anal, quando a criança começa a adiquirir control=
e
> sobre os seus esfíncteres, que é também a fase em que os pais lhe impõem
> normas sobre higiêne. Foi com base nesta constatação -- a existência, na
> criança, de outras zonas "erógenas" além da genitália -- que Freud elabo=
rou
> sua teoria da libido pré-genital.

mas ha' uma correlacao dos niveis hormonais com a estimulacao dessas
areas?

> O problema é que alguns neurocientistas caem no erro oposto, que é de
> somente ver distúrbios organogênicos até em afecções mentais 'psicogênica=
s'.
> É o mesmo que dizer que a causa do suicídio é a corda com a qual o suicid=
a
> se enforcou.

Nao me parece ser assim. Eu -- visao tendenciosa -- nao consigo
dissociar o psicologico do somatico (seria o mesmo q. negar o
carater somatico ao reprodutivo, acho). Em q. outro substrato
poderia atuar o psiquismo se nao na propria biologia do organismo?
E q. outra base poderia ter se nao o corpo? Fora disso me parece q.
andamos a falar sobre espiritos dissoluveis da materia...

> O aparelho psíquico de que nos fala Freud é apenas um órgão 'virtual', um=

> programa que só pode ser rodado nessa máquina que é o cérebro humano. Ent=
re
> o aparelho psíquico (mente) e o cérebro há uma unidade, mas não convém
> reduzir um ao outro.

Bem, em aceitando a analogia cerebro/computador -- o programa no
computador nao eh uma serie de instrucoes imateriais -- mas um conjunto
de eletrons q. fluem de um capacitor a outro. O programa no disquete sao
padroes magneticos criados por uma dada orientacao nas particulas
de ferro magnetizado -- padroes esses q. induzem padroes no circuito
eletronico do computador q. ira' controlar o fluxo de eletrons em seu
interior...

Nao estou defendendo q. a mente seja o cerebro e ponto. Mas um padrao
de funcionamento do cerebro... Assim como o programa so' existe de
fato qdo roda no computador -- a sua listagem em um livro por si so' nao
realiza contas, nao altera o padrao de brilho dos pontos de fosforos na tel=
a
do monitor...

> Quanto a mim, a despeito dos imensos progressos da psicofarmacologia, eu
> prefiro combinar psicoterapia com psicofármacos. Faço análise e, ao mesmo=

> tempo, tomo o meu tryptanolzinho querido e o meu frontal maravilhoso. :-)=


Mas eis. Se a psicoterapia funciona, nao podemos ve-la em acao
nos neuronios? Nao veremos novas ligacoes? Alteracao na
producao de neurotransmissores? Padroes de disparos, ativacao e
inibicao de determinados centros?

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Caçadores de Lendas
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 16:03

--- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:

>
> Acho que muitas vezes esses SPAMS espelham algumas tendências
sociais que
> merecem atenção, por mais que a mensagem literal seja falsa.
>
> Lógico que não vamos engolir qualquer coisa, mas eu tenho muitas
vezes a
> impressão de que o bloqueio de tais mensagens é demasiado
automático.


Isso é exatamente uma das preocupações dos céticos. Richard Dawkins,
em sua Carta Aberta ao Príncipe Charles, em que critica as opiniões do
príncipe sobre os transgênicos, demonstra a preocupação em que os
seguidos alarmes falsos dados pelos ambientalistas acabem por
dessensibilizar a população. Quando surigir algum perigo real, pode
acontecer como na história do menino que gritava "Lobo!", da fábula de
Esopo, ninguém mais acredita.

Se hoje os SPAMs não têm credibilidade, obviamente não é por culpa dos
céticos, e sim de quem cria e espalha os boatos pela Internet.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Caçadores de Lendas
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/06/2001 16:10

Na verdade eu pensei também na fábula do Lobo quando escrevi isso.

Algo que um dia poderia servir para nos auxiliar a elevar uma vós solitária
com a razão vai perder essa propriedade se automaticamente for
desacreditado.

SDS,

ASM


----- Original Message -----
From: <rcordeiro@writeme.com>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, June 26, 2001 4:03 PM
Subject: [ciencialist] Re: Caçadores de Lendas


--- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:

>
> Acho que muitas vezes esses SPAMS espelham algumas tendências
sociais que
> merecem atenção, por mais que a mensagem literal seja falsa.
>
> Lógico que não vamos engolir qualquer coisa, mas eu tenho muitas
vezes a
> impressão de que o bloqueio de tais mensagens é demasiado
automático.


Isso é exatamente uma das preocupações dos céticos. Richard Dawkins,
em sua Carta Aberta ao Príncipe Charles, em que critica as opiniões do
príncipe sobre os transgênicos, demonstra a preocupação em que os
seguidos alarmes falsos dados pelos ambientalistas acabem por
dessensibilizar a população. Quando surigir algum perigo real, pode
acontecer como na história do menino que gritava "Lobo!", da fábula de
Esopo, ninguém mais acredita.

Se hoje os SPAMs não têm credibilidade, obviamente não é por culpa dos
céticos, e sim de quem cria e espalha os boatos pela Internet.

[]s
Ronaldo


&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
&&& --- &&&

Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/






SUBJECT: Re: Portuges versus latim e portugues versus ingles: Qual a analogia sugerida ?
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 16:40

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Prezado Ronaldo,
>
> qual texto foi escrito aqui cheio de expressões
> latinas ? Quem escreveu ? ( perguntas não céticas ... )


Não tenho a mais vaga e remota idéia. Estava apenas comentando a
mensagem do Takata. Mas se quiser um exemplo, dê uma lida nos textos
do Olavo de Carvalho (www.olavodecarvalho.org).


> Quem desconhece a importância que o aprendizado
> do Latim possui para melhor domínio da língua
> portuguesa?
> ===


O aprendizado do latim tem importância mesmo é no domínio do... latim.
A não ser que vc seja filólogo ou coisa parecida e faça absoluta
questão de conhecer a origem das palavras que derivam do latim, este é
dispensável para a construção de qualquer texto bem escrito em
portugês. Afinal, o objetivo de um texto deve ser o de transmitir
informações. Usar termos que se sabe serem obscuros para o leitor,
sejam eles em latim, inglês, francês, ou mesmo expressões desusadas do
próprio português, dão a impressão de que o autor dava mais
importância a mostrar um ar de pretensa erudição do que ser
compreendido.


> Existe equivalência no paralelo entre Latim e Língua
> portuguesa e a portuguesa e inglesa ? Qual ?


Eu não disse que existia. O que eu fiz foi criticar a idéia de se
considerar erudito um texto recheado de expressões em latim, francês,
alemão, grego, ou mesmo português arcaico, ao mesmo tempo em que se
critica quem usa expressões em inglês. Todos caem numa das
alternativas:

A) Falta de capacidade de se expressar em português
B) Pedantismo

Textos têm que ser valorizados pelo conteúdo, concorda?

[]s
Ronaldo Cordeiro


> --- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
>
> > De ttos 'data venia', 'modus operandi', 'dura lex, sedi lex', 'ad
> judicia',=
...



SUBJECT: Re: Caçadores de Lendas
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 17:36

--- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:
> Algo que um dia poderia servir para nos auxiliar a elevar uma vós solitár=
ia
> com a razão vai perder essa propriedade se automaticamente for
> desacreditado.

Bem, o email de distribuicao aleatoria nao sera'
um meio adequado para qq tipo de denuncia seria.

Eu particularmente nao desacredito automaticamente --
mas deixo em modo de espera se nao possui qq
embasamento maior.

Muitas vezes corro atras das fontes, mesmo sabendo
q. sao remotas as chances de serem veridicas as
informacoes do email: caso do atentado de soropositivos
no metro -- mensagem da empresa disponivel no sitio
desmente o email; denuncias de produtos cancerigenos
(viver da' cancer...) e assim por diante. Pelo serve pra
mostrar ao remetente q. o email nao procede.

Da' pra fazer uma listagem:

falsos
1) menino em estado terminal (haveria uma doacao
por uma empresa a cada email repassado);
2) receita de biscoitos de uma cadeia de lanchonete;
3) o mapa alterado do Brasil nas escolas americanas;
4) Garcia Marques e seu canto do cisne;
5) Jabor e o texto de Fritz Utzeri;
6) Ziraldo contra o racionamento de energia;
7) Verissimo contra o pagode, axe', funk e sertanejo;
8) antiperspirante cancerigeno;
9) xampu cancerigeno;
10) o monstro do McDonalds (nao, nao eh o Ronald
McDonald);
11) a entrega da Copa pelo Brasil para a Franca;
12) Aids no cinema;
13) Aids nos orelhoes;
14) Aids no Metro de S. Paulo;
15) golpe do cartao com falsos vendedores de gas;
17) saia justa de Alexandre Pires no Jo Soares;
18) roubo de rins apos um drinque;
19) alertas de virus (mais de 2 versoes);
20) celulares gratis por distribuicao de email;
21) premios da Microsoft/AOL por distribuicao de email;
22) visita aos bastidores da MTV por distribuicao de email;
23) fique rico com 1 real;
24) celular e relampagos;
25) cobra comedora de gente;
26) dia da limpeza na Internet (primeiro de abril!)
27) aspartame cancerigeno
28) minhocas no McDonalds

exageros
1) gato bonsai
2) celular e cancer no cerebro -- ainda nao foi bem estabelecido
3) tosse em caso de ataque cardiaco
4) lepitospirose em latas de refri
5) agua no microondas

verdadeiros, mas inocuos
1) Taliban e a situacao das mulheres afegas;
2) ursos na China;
3) estupro de meninas na Africa do Sul pelos soropositivos;
4) copos plasticos sob suspeita de -- adivinhem -- causar cancer;
5) passageiro surrado em voo da TAM;
6) alerta sobre a devastacao da reserva de Bombinhas;

isso eh so' uma colecao particular (condensando todos os
alertas sobre virus novos em um unico item)...

na minha amostragem, 0% dos emails de corrente serviram
pra alguma coisa...

paginas q. podem ser uteis:

http://galileu.globo.com/mensal/_materias/rep_boato.htm
http://hoaxbusters.ciac.org/
http://www.antispam.org.br/
http://www.korova.com/virus/hoax.htm
http://urbanlegends.about.com/science/urbanlegends/
http://chainletters.org/

Nao responsa diretamente a nenhum hoax ou spam.
Em caso de spam reclame diretamente com o provedor
de onde veio a mensagem -- atencao, nao eh necessariamente,
raramente o eh, aquele q. vem no endereco, mas o q. vem
no cabecalho...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Resumo 492
FROM: "Salgado" <jmsalgado@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
CC: <c.galli@terra.com.br>
DATE: 26/06/2001 17:39

> Mensagem: 6
> Data: Mon, 25 Jun 2001 16:10:10 -0300
> De: "Salgado" <jmsalgado@uol.com.br>
> Assunto: Re: Resumo 491
>
> Voce quer saber algo sobre pulhas virtuais (hoaxes) ? Vá em:
> http://www.quatrocantos.com/tec_web/lendas/10lendas.htm

Como a mensagem acima diz pulha virtual é a lenda urbana da Internet também
chamada de hoaxe.
Eu não chamei ninguém de pulha e sim as lendas que transitam na Rede que são
chamadas de pulhas virtuais.
Me desculpe se não me fiz entender.
Obrigado pela defesa caro Sérgio Takata.



SUBJECT: Re: Portuges versus latim e portugues versus ingles: Qual a analogia sugerida ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/06/2001 17:41

Prezado Ronaldo,

não vi desde que retornei a essa lista
ninguém usando expressões pseudo eruditas
latinas, a não ser o Sr. Takata.
===
A mensagem comentada por você são provenientes de ilações
fora de contexto de quem não conhece
bem a profissão que
está criticando.
===
O uso de expressões jargônicas é mal visto
dentro do direito, especialmente se dirigidas
a pessoas que não vão ter como entendê-la.
===
Sempre deve ser priorizada a clareza e eficácia
da comunicação.
O contrário é no mínimo falta de profissionalismo.
Ou seja: burrice.
===
Por outro lado, quem estudou latim sabe
de sua importância para o domínio da língua
portuguesa. Sabe que isso não significa
ter que usar o latim junto com o português.
E sabe que lhe permite usar o português
com mais clareza.
===
Latim era matéria curricular antes da reforma
do ensino no início da década de 70.
===
Eu não aprecio ler Olavo de Carvalho.
===
Como é fácil desviar atenções
e confundir, não é ?
É só alguém jogar algumas expressões
que incomodem e _*induzam*_ ao preconceito cético
e mesmo os que não
_*têm a mais remota idéia*_
farão um comentário remoto.
===
Muito cético.
===
Concordo que textos devem ser valorizados
pelo conteúdo. Mais ainda: avaliados com ausência
de preconceitos.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================

From: rcordeiro@writeme.com
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Tuesday, June 26, 2001 4:40 PM
Subject: [ciencialist] Re: Portuges versus latim e portugues versus ingles: Qual a analogia sugerida ?


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Prezado Ronaldo,
>
> qual texto foi escrito aqui cheio de expressões
> latinas ? Quem escreveu ? ( perguntas não céticas ... )


Não tenho a mais vaga e remota idéia. Estava apenas comentando a
mensagem do Takata. Mas se quiser um exemplo, dê uma lida nos textos
do Olavo de Carvalho (www.olavodecarvalho.org).


> Quem desconhece a importância que o aprendizado
> do Latim possui para melhor domínio da língua
> portuguesa?
> ===


O aprendizado do latim tem importância mesmo é no domínio do... latim.
A não ser que vc seja filólogo ou coisa parecida e faça absoluta
questão de conhecer a origem das palavras que derivam do latim, este é
dispensável para a construção de qualquer texto bem escrito em
portugês. Afinal, o objetivo de um texto deve ser o de transmitir
informações. Usar termos que se sabe serem obscuros para o leitor,
sejam eles em latim, inglês, francês, ou mesmo expressões desusadas do
próprio português, dão a impressão de que o autor dava mais
importância a mostrar um ar de pretensa erudição do que ser
compreendido.


> Existe equivalência no paralelo entre Latim e Língua
> portuguesa e a portuguesa e inglesa ? Qual ?


Eu não disse que existia. O que eu fiz foi criticar a idéia de se
considerar erudito um texto recheado de expressões em latim, francês,
alemão, grego, ou mesmo português arcaico, ao mesmo tempo em que se
critica quem usa expressões em inglês. Todos caem numa das
alternativas:

A) Falta de capacidade de se expressar em português
B) Pedantismo

Textos têm que ser valorizados pelo conteúdo, concorda?

[]s
Ronaldo Cordeiro


> --- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
>
> > De ttos 'data venia', 'modus operandi', 'dura lex, sedi lex', 'ad
> judicia',=
...




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Caçadores de Lendas
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/06/2001 17:41

O seu procedimento eu acho certo na verdade.

É isso que eu defendo. A probabilidade é remota, mas ....Até as refutações
de existência de sobrenatural nós verificamos por precaução, porque não uma
possibilidade mais razoável?

SDS,

ASM
----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, June 26, 2001 5:36 PM
Subject: [ciencialist] Re: Caçadores de Lendas


--- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:
> Algo que um dia poderia servir para nos auxiliar a elevar uma vós solitár=
ia
> com a razão vai perder essa propriedade se automaticamente for
> desacreditado.

Bem, o email de distribuicao aleatoria nao sera'
um meio adequado para qq tipo de denuncia seria.

Eu particularmente nao desacredito automaticamente --
mas deixo em modo de espera se nao possui qq
embasamento maior.

Muitas vezes corro atras das fontes, mesmo sabendo
q. sao remotas as chances de serem veridicas as
informacoes do email: caso do atentado de soropositivos
no metro -- mensagem da empresa disponivel no sitio
desmente o email; denuncias de produtos cancerigenos
(viver da' cancer...) e assim por diante. Pelo serve pra
mostrar ao remetente q. o email nao procede.

Da' pra fazer uma listagem:

falsos
1) menino em estado terminal (haveria uma doacao
por uma empresa a cada email repassado);
2) receita de biscoitos de uma cadeia de lanchonete;
3) o mapa alterado do Brasil nas escolas americanas;
4) Garcia Marques e seu canto do cisne;
5) Jabor e o texto de Fritz Utzeri;
6) Ziraldo contra o racionamento de energia;
7) Verissimo contra o pagode, axe', funk e sertanejo;
8) antiperspirante cancerigeno;
9) xampu cancerigeno;
10) o monstro do McDonalds (nao, nao eh o Ronald
McDonald);
11) a entrega da Copa pelo Brasil para a Franca;
12) Aids no cinema;
13) Aids nos orelhoes;
14) Aids no Metro de S. Paulo;
15) golpe do cartao com falsos vendedores de gas;
17) saia justa de Alexandre Pires no Jo Soares;
18) roubo de rins apos um drinque;
19) alertas de virus (mais de 2 versoes);
20) celulares gratis por distribuicao de email;
21) premios da Microsoft/AOL por distribuicao de email;
22) visita aos bastidores da MTV por distribuicao de email;
23) fique rico com 1 real;
24) celular e relampagos;
25) cobra comedora de gente;
26) dia da limpeza na Internet (primeiro de abril!)
27) aspartame cancerigeno
28) minhocas no McDonalds

exageros
1) gato bonsai
2) celular e cancer no cerebro -- ainda nao foi bem estabelecido
3) tosse em caso de ataque cardiaco
4) lepitospirose em latas de refri
5) agua no microondas

verdadeiros, mas inocuos
1) Taliban e a situacao das mulheres afegas;
2) ursos na China;
3) estupro de meninas na Africa do Sul pelos soropositivos;
4) copos plasticos sob suspeita de -- adivinhem -- causar cancer;
5) passageiro surrado em voo da TAM;
6) alerta sobre a devastacao da reserva de Bombinhas;

isso eh so' uma colecao particular (condensando todos os
alertas sobre virus novos em um unico item)...

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pra alguma coisa...

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http://www.korova.com/virus/hoax.htm
http://urbanlegends.about.com/science/urbanlegends/
http://chainletters.org/

Nao responsa diretamente a nenhum hoax ou spam.
Em caso de spam reclame diretamente com o provedor
de onde veio a mensagem -- atencao, nao eh necessariamente,
raramente o eh, aquele q. vem no endereco, mas o q. vem
no cabecalho...

[]s,

Roberto Takata



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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/






SUBJECT: Re: Caçadores de Lendas
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 17:46

--- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:
> É isso que eu defendo. A probabilidade é remota, mas ....Até as refutaçõe=
s
> de existência de sobrenatural nós verificamos por precaução, porque não u=
ma
> possibilidade mais razoável?

Porq. se perde muito tempo. Q. deveria trazer os indicios
mostrando q. a mensagem tem procedencia eh o emissor...

Uma quantidade inumeravel de alegacoes podem ser feitas
gratuitamente, se investigarmos um a um nao sobra tempo
pra mais nada...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Caçadores de Lendas
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/06/2001 17:53

Verdade, mas algumas vem com pelo menos alguma indicação de possível
veracidade.

Lembra do exemplo que citei daquela corrente de e-mails que falava do
acontecimento no Dado Bier, e que tinha a indicação de um processo e um
prévio BO?

Alguns poderiam ser verificados mesmo com o pouco tempo disponível que
temos.

SDS,

ASM
----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, June 26, 2001 5:46 PM
Subject: [ciencialist] Re: Caçadores de Lendas


--- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:
> É isso que eu defendo. A probabilidade é remota, mas ....Até as refutaçõe=
s
> de existência de sobrenatural nós verificamos por precaução, porque não u=
ma
> possibilidade mais razoável?

Porq. se perde muito tempo. Q. deveria trazer os indicios
mostrando q. a mensagem tem procedencia eh o emissor...

Uma quantidade inumeravel de alegacoes podem ser feitas
gratuitamente, se investigarmos um a um nao sobra tempo
pra mais nada...

[]s,

Roberto Takata



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SUBJECT: Re: Cacadores de Lendas
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/06/2001 18:01

Por que os _*cépticos*_ ( *juram* que são ... )
não discutem com os ambientalistas
a questão dos transgênicos ?
===
Entre os ambientalistas há cientistas.
===
A rotulação prévia de descrédito incondicional dos
_*cépticos*_
não é uma maneira de não enfrentar argumentos ?
===
Essa incondicionalidade prévia de descrédito,
também lhes retira a credibilidade.
===
Então eles logo precisam organizarem-se em
_*clubes*_, onde a UNANIMIDADE
( *aquela* sobre a qual falou Nelson Rodrigues )
é a regra.
===


[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: rcordeiro@writeme.com
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Tuesday, June 26, 2001 4:03 PM
Subject: [ciencialist] Re: Caçadores de Lendas


--- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:

>
> Acho que muitas vezes esses SPAMS espelham algumas tendências
sociais que
> merecem atenção, por mais que a mensagem literal seja falsa.
>
> Lógico que não vamos engolir qualquer coisa, mas eu tenho muitas
vezes a
> impressão de que o bloqueio de tais mensagens é demasiado
automático.


Isso é exatamente uma das preocupações dos céticos. Richard Dawkins,
em sua Carta Aberta ao Príncipe Charles, em que critica as opiniões do
príncipe sobre os transgênicos, demonstra a preocupação em que os
seguidos alarmes falsos dados pelos ambientalistas acabem por
dessensibilizar a população. Quando surigir algum perigo real, pode
acontecer como na história do menino que gritava "Lobo!", da fábula de
Esopo, ninguém mais acredita.

Se hoje os SPAMs não têm credibilidade, obviamente não é por culpa dos
céticos, e sim de quem cria e espalha os boatos pela Internet.

[]s
Ronaldo




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Caçadores de Lendas
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 18:12

Lamentavelmente, o meu hoax "Dia Mundial Contra a Propagação
Acrítica de Emails " nem sequer mereceu uma menção honrosa
do Takata.

Joao

rmtakata@altavista.net wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:
> > Algo que um dia poderia servir para nos auxiliar a elevar uma vós solitár=
>
> ia
> > com a razão vai perder essa propriedade se automaticamente for
> > desacreditado.
>
> Bem, o email de distribuicao aleatoria nao sera'
> um meio adequado para qq tipo de denuncia seria.
>
> Eu particularmente nao desacredito automaticamente --
> mas deixo em modo de espera se nao possui qq
> embasamento maior.
>
> Muitas vezes corro atras das fontes, mesmo sabendo
> q. sao remotas as chances de serem veridicas as
> informacoes do email: caso do atentado de soropositivos
> no metro -- mensagem da empresa disponivel no sitio
> desmente o email; denuncias de produtos cancerigenos
> (viver da' cancer...) e assim por diante. Pelo serve pra
> mostrar ao remetente q. o email nao procede.
>
> Da' pra fazer uma listagem:
>
> falsos
> 1) menino em estado terminal (haveria uma doacao
> por uma empresa a cada email repassado);
> 2) receita de biscoitos de uma cadeia de lanchonete;
> 3) o mapa alterado do Brasil nas escolas americanas;
> 4) Garcia Marques e seu canto do cisne;
> 5) Jabor e o texto de Fritz Utzeri;
> 6) Ziraldo contra o racionamento de energia;
> 7) Verissimo contra o pagode, axe', funk e sertanejo;
> 8) antiperspirante cancerigeno;
> 9) xampu cancerigeno;
> 10) o monstro do McDonalds (nao, nao eh o Ronald
> McDonald);
> 11) a entrega da Copa pelo Brasil para a Franca;
> 12) Aids no cinema;
> 13) Aids nos orelhoes;
> 14) Aids no Metro de S. Paulo;
> 15) golpe do cartao com falsos vendedores de gas;
> 17) saia justa de Alexandre Pires no Jo Soares;
> 18) roubo de rins apos um drinque;
> 19) alertas de virus (mais de 2 versoes);
> 20) celulares gratis por distribuicao de email;
> 21) premios da Microsoft/AOL por distribuicao de email;
> 22) visita aos bastidores da MTV por distribuicao de email;
> 23) fique rico com 1 real;
> 24) celular e relampagos;
> 25) cobra comedora de gente;
> 26) dia da limpeza na Internet (primeiro de abril!)
> 27) aspartame cancerigeno
> 28) minhocas no McDonalds
>
> exageros
> 1) gato bonsai
> 2) celular e cancer no cerebro -- ainda nao foi bem estabelecido
> 3) tosse em caso de ataque cardiaco
> 4) lepitospirose em latas de refri
> 5) agua no microondas
>
> verdadeiros, mas inocuos
> 1) Taliban e a situacao das mulheres afegas;
> 2) ursos na China;
> 3) estupro de meninas na Africa do Sul pelos soropositivos;
> 4) copos plasticos sob suspeita de -- adivinhem -- causar cancer;
> 5) passageiro surrado em voo da TAM;
> 6) alerta sobre a devastacao da reserva de Bombinhas;
>
> isso eh so' uma colecao particular (condensando todos os
> alertas sobre virus novos em um unico item)...
>
> na minha amostragem, 0% dos emails de corrente serviram
> pra alguma coisa...
>
> paginas q. podem ser uteis:
>
> http://galileu.globo.com/mensal/_materias/rep_boato.htm
> http://hoaxbusters.ciac.org/
> http://www.antispam.org.br/
> http://www.korova.com/virus/hoax.htm
> http://urbanlegends.about.com/science/urbanlegends/
> http://chainletters.org/
>
> Nao responsa diretamente a nenhum hoax ou spam.
> Em caso de spam reclame diretamente com o provedor
> de onde veio a mensagem -- atencao, nao eh necessariamente,
> raramente o eh, aquele q. vem no endereco, mas o q. vem
> no cabecalho...
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: Caçadores de Lendas
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 18:21

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Lamentavelmente, o meu hoax "Dia Mundial Contra a Propagação
> Acrítica de Emails " nem sequer mereceu uma menção honrosa
> do Takata.

A minha falha foi imperdoavel, Miranda.

(Alias, q. fim levou o refri de laranja da Pepsi Co?)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Cacadores de Lendas
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 18:26

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Por que os _*cépticos*_ ( *juram* que são ... )
> não discutem com os ambientalistas
> a questão dos transgênicos ?

Claro q. discutem.

Alem disso entre os ambientalistas tbm ha'
os q. sao favoraveis aos transgenicos. E entre
os q. sao desfavoraveis aos transgenicos tbm
ha' os q. nao sao propriamente ambientalistas.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Cacadores de lendas que nao cacam formulas de bolo
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/06/2001 18:29

Negar algo _*incondicionalmente*_ por ausência
de fontes incorre no mesmo ERRO da não
apresentação das fontes.
===
Exemplos que alguns gostam que eu cite:
Os protocolos da morte encefálica foram
elaborados no primeiro semestre de 1968,
por um Comitê de Harvard.
===
Seus trabalhos NÃO POSSUÍAM a citação
de uma ÚNICA FONTE BIBLIOGRÁFICA
ou estudo controlado.
===
A única menção _*bibliográfica*_ existente
nesses trabalhos era o discurso de PIO XII
em 1957 aos Anestesiologistas, onde ele
dizia que _*cabia aos médicos determinar
o momento da morte*_
===
Diante disso o noticiário da época
publicou matérias com o título:
_*Você está morto quando seu médico
diz que você está*_
===
QUAL cético chamou essa
declaração de morte de
_*lenda urbana*_ ?
===
Se houver algum na lista,
em nome do orgulho cético,
gostaria de ouvir uma resposta (boa).
===
Mais, esse Comitê estava composto
por advogados e transplantadores.
===
Duas profissões que não podiam estar
presentes em um trabalho de determinação
neurológica da morte, por razões óbvias.
===
Qual cético, _*caçador de lendas*_
manifestou-se ?
===
A única explicação sofrível seria talvez
o fato de ainda não existirem _*céticos caçadores
de formulas de bolo*_, porque foi exatamente
como uma simples _formula de bolo_ que
essa declaração de morte tida como
*científica* foi concebida.
===
Mas os céticos não gostam de falar nesse assunto ...
===
Eles são acusadores e juízes ao mesmo tempo.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: robos
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 18:32

No Brasil lancaram ha' pouco uma serie de fasciculos sobre robos, vem
encartado pecas para montar um ao final da colecao.

Nao sei se a obra eh boa, mas quem tiver interesse... se nao me engano o
titulo eh: Microbot...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "raquel gropp" <raquelgropp@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 18:47

Pasmem senhores! ... Este artigo saiu na folha ciência de hoje.

http://www.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2606200101.htm

Darwin se contorceria na tumba se soubesse que sua teoria seria usada pra
isso!
[]´s
Raquel




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SUBJECT: Re: Caçadores de Lendas
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 18:52

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> falsos
> 27) aspartame cancerigeno

Na Ciencia Hoje apareceu um pequeno texto sobre "O lado obscuro do
aspartame", na qual descrevem alguns problemas de saude que poderiam
estar relacionados com o uso do adocante, entre eles, dores de
cabeca, insonia, vertigens, esclerose multipla, cegueira e tumores
cerebrais.

Para quem quiser maiores detalhes eh soh acessar
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch155/emdia.pdf (pag 12)


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna



SUBJECT: Re: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 18:57



raquel gropp wrote:
>
> Pasmem senhores! ... Este artigo saiu na folha ciência de hoje.
>
> http://www.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2606200101.htm
>
> Darwin se contorceria na tumba se soubesse que sua teoria seria usada pra
> isso!

Isso é irrelevante. O que interessa saber é

i) se a teoria é bem aplicada
ii) tendo sido bem aplicada, se não existem explicações
alternativas melhores
iii) e qual das teorias é verdadeira.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bases filosóficas e cientificidade
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/06/2001 20:53

Olá Takata,

Takata: olha q. eu estou pra apostar como as pesquisas mais detalhadas da
etologia irao demolir este ultimo bastiao do orgulho humano... claro
exageros 'a parte dos relatos de gatos van goghs e elefantes renoirs, pelo
menos alguns grupos de animais se mostrarao capazes de altos niveis de
abstracao... (nao me parece q. as tocaias elaboradas por chimpanzes sejam
tao rudimentares assim -certamente se saem muito melhores do q. nos, /Homo
interneticus/,sairiamos...)

Manuel: É claro que existe uma continuidade entre o psiquismo humano e o dos
nossos irmãozinhos quadrúpedes ou bípedes emplumados. A autopercepção, isto
é, a existência de uma auto-imagem mental a monitorar o comportamento (o
fantasma da máquina?), que muitos julgavam ser um atributo exclusivo do
homem, já foi detetectado no chimpanzé, no gorila, no orangotango e até em
um cetáceo, o golfinho.

O problema é que, por alguma razão ainda desconhecida, todas as espécies do
gênero Homo com a exceção da nossa -- Homo sapiens sapiens -- desapareceram.
Aliás, nossos parentes vivos mais próximos, os grandes símios do gênero Pan
(chimpanzés e bonobos), nem mesmo pertencem à nossa família "hominidae".
Esta compreende, além dos homens, as espécies pertencentes ao gênero
"australopithecus", todas igualmente extintas. Há, portanto, um grande fosso
a separar os homens dos macacos modernos, de modo que os padrões
comportamentais compartilhados por ambos (formas de conduta homólogas) dizem
respeito a ascendentes muito remotos, distantes de nós oito milhões de anos
ou mais. Este desconhecimento acerca dos elos mais recentes da cadeia
evolucionária que culminou no homem tem por corolário a impressão,
largamente difundida, de que, sob muitos aspectos, há entre a nossa espécie
e o resto do reino animália uma descontinuidade absoluta (ou seja, perde-se
de vista a continuidade), ao ponto de muita gente considerar alguns
atributos humanos -- nosso intelecto e senso moral -- como fenômenos
sobrenaturais. Aliás, até hoje não são poucos os antropólogos que consideram
a cultura como a antítese da natureza. E algumas correntes da psicologia
moderna compartilham a crença na existência de uma ruptura radical ou corte
ontológico entre o psiquismo consciente do homem e o psiquismo
sensório-motor dos animais.

Manuel: ... tenta explicar isso. Seus teóricos definem a consciência como um
fenômeno emergente de um sistema adaptativo complexo que se estabilizou na
linha que separa a ordem do caos, pois é no começo do caos que a capacidade
de manipular informações atinge o grau máximo.

Takata: Sinceramente, nao me parece uma definicao muito operacional de
consciencia... (Vi uma definicao semelhante, se nao igual, ser aplicada para
a vida...)

Manuel: A ciência da complexidade é uma ciência interdisciplinar que tem por
objeto sistemas diâmicos não-lineares complexos. O que há em comum entre a
vida (Gaia), o cérebro humano e a economia de mercado? A não-linearidade e a
complexidade. Pensar na mente, ou no complexo cérebro-mente, como um sistema
complexo igual a muitos outros é retirar-lhe aquela aura sobrenatural,
mítico-religiosa, é pensá-la como algo terreno e mundano. É fazer da
psicologia uma física, não mais uma metafísica. Um passo significativo no
sentido da 'operacionalidade' científica.

A economia, a biologia e a psicologia estão apenas seguindo os passos dos
físicos da Escola de Bruxelas (Prigogine a frente), criadores da
termodinâmica e da mecânica estatística do não-equilíbrio, que se valem da
matemática do caos para modelar seus objetos. O engraçado é que, remando
contra a corrente, vemos muitos estudiosos do cérebro e do comportamento
humano. Estes, em nome do rigor científico e da previsibilidade (pois um
comportamento não-linear e imprevisível problematiza o princípio da
falseabilidade, e eles não querem problemas), continuam elaborando modelos
teóricos a la física newtoneana, com seus círculos e hipérboles precisas e
seus tediosos movimentos retilíneos uniformes e uniformemente acelerados.
Tais modelos, com suas definições 'científicas' de comportamento e de
consciência (consciência? Alguns sequer acreditam nisso, um problema a
menos), estes sim vêm perdendo a sua operacionalidade.

Manuel: Não vejo muito contraste entre as neurociências, sobretudo a
psicologia cognitiva, e a psicanálise de Freud. Ambas estudam aspectos...

Takata: psicologia cognitiva e' um campo das neurociencias?

Manuel: Recentemente comprei um livro do psicólogo cognitivo George Vignaux,
"As Ciências Cognitivas". O livro é muito bom. Na pág. 10 ele escreve:
"Quais são as disciplinas que podem ser consideradas como diretamente
implicadas nas ciências cognitivas? Certamente as neurociências, a
inteligência artificial, a filosofia, a psicologia e a linguística. O que é
que as reúne? É a preocupação com as relações espírito/cérebro (mind/brain)
e com as modelizações possíveis desta relação..."

Manuel: Há sim, muitos. Experiências realizadas em laboratório pelo
psicólogo William Dement demonstram a existência de uma correlação entre a
ereção do pênis e do clitóris (a ereção, nos primatas, está associada tanto
ao sexo quanto a rituais de hierarquia e dominação) e o sono com MOR
(movimento ocular rápido), isto é, a momentos do sono em que ocorre
'sonhos'. Para Freud, o caos de que se alimenta as atividades mentais
superiores manifesta-se diretamente nos sonhos.

Takata: mas ha' alguma correlacao de teor sexual dos sonhos e as polucoes
noturnas ou erecoes penianas e clitorianas?

Manuel: Pelo que sei, não necessariamente. Mas conjectura-se a existência de
uma correlação entre os símbolos da ritualística sexual (entre eles o
'falo') e a totalidade do comportamento humano. Existem significantes
inatos. O movimento de indicação com o dedo, por exemplo. O 'falo', outro
exemplo. O 'pai', resquício em nossa mente do indivíduo alfa e que somente
em algumas culturas confunde-se com o genitor. É que, provavelmente, a
linguagem humana evoluiu dos sinais sexuais, conforme Freud supôs. Por trás
do Homo sapiens há um Homo penis erectus. :-)

Takata: Mas isso se liga com o 'complexo de Edipo'? (Nao sei se isso eh
apenas uma distorcao popular da teoria psicanalitica ou algo q. Freud
realmente tinha em mente.)

Manuel: Admito que a metapsicologia de Freud é um tanto especulativa, mas
Freud não especulou no vazio. Freud era médico psiquiatra e também
neurologista. Ele elaborou seus esquemas valendo-se de um farto material
clínico. Ele percebeu em seus pacientes neuróticos um drama análogo ao de
Édipo. Talvez porque em nossa cultura a família é monogâmica e nuclear e o
significante 'pai', resquício daquela autoridade antropóide que impunha aos
demais regras de conduta sexual, associa-se na primeira infância ao genitor,
que é casado com nossa apetitosa mãe. Depois tal significante liga-se a
outras autoridades, como, por exemplo, o meu chefinho, gente muito boa, que
já passou várias vezes aqui na minha sala doido pra saber o que estou
escrevendo, ou mesmo abstrações (papai do céu, pátria, etc.)

Pode ser, também, que o édipo-complexo seja um efeito colateral da nossa
neotenia.

Takata, depois respondo o resto. Vou parar antes que esse arremedo de
indivíduo alfa me pegue e me dê uns cagaços.

Mas, terminando: o significante 'pai', provavelmente inato (é uma hipótese)
não é um atavismo. Ele sobreviveu graças a sua importante função na
organização social.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Bases filosóficas e cientificidade
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 21:53

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Esta compreende, além dos homens, as espécies pertencentes ao gênero
> "australopithecus", todas igualmente extintas. Há, portanto, um grande fo=
sso
> a separar os homens dos macacos modernos, de modo que os padrões
> comportamentais compartilhados por ambos (formas de conduta homólogas) di=
zem
> respeito a ascendentes muito remotos, distantes de nós oito milhões de an=
os
> ou mais.

Bem, nao me fiaria tao fortemente em questoes puramente
nomenclaturais. Mas os grandes macacos (orangotango,
gorila, chimpanze' e humanos) pertencem todos 'a mesma
familia: Hominidae. Os grandes macacos africanos (gorila,
chimpanze' e humanos) pertencem 'a mesma subfamilia:
Homininae.

Eu apoio a tese de q. chimpanzes e humanos deveriam
possuir um mesmo nome generico: /Pan/ -- /P. troglodytes/,
/P. panisucs/ e /P. sapiens/. O q. tem impedido isso eh
mais a nossa visao especiocentrica. (Claro, prefiro a Camila
Pitanga ou Leila Diniz 'a Chita -- nao apenas pelo fato de
Chita ser um chimpanze' macho...)

As diferencas nao sao tao gdes qto fazemos crer.

(A separacao entre a linhagem q. deu origem aos
humanos atuais e os chimpanzes e gorilas parace
nao distar mais do q. 4,5 milhoes de anos do
presente, na verdade...)

> Takata: Sinceramente, nao me parece uma definicao muito operacional de
> consciencia... (Vi uma definicao semelhante, se nao igual, ser aplicada p=
ara
> a vida...)
>
> Manuel: A ciência da complexidade é uma ciência interdisciplinar que tem =
por
> objeto sistemas diâmicos não-lineares complexos. O que há em comum entre =
a
> vida (Gaia), o cérebro humano e a economia de mercado? A não-linearidade =
e a
> complexidade. Pensar na mente, ou no complexo cérebro-mente, como um sist=
ema
> complexo igual a muitos outros é retirar-lhe aquela aura sobrenatural,
> mítico-religiosa, é pensá-la como algo terreno e mundano. É fazer da
> psicologia uma física, não mais uma metafísica. Um passo significativo no=

> sentido da 'operacionalidade' científica.

Bem, talvez seja operacional para definir sistemas complexos...
mas parece ser generico demais para se aplicar apenas 'a
consciencia.

(Me lembra uma piada de Wood Allen: "Claro q. a leitura
dinamica funciona. Li Guerra e Paz em cinco minutos. O
livro eh sobre a Russia...")

> matemática do caos para modelar seus objetos. O engraçado é que, remando
> contra a corrente, vemos muitos estudiosos do cérebro e do comportamento
> humano. Estes, em nome do rigor científico e da previsibilidade (pois um
> comportamento não-linear e imprevisível problematiza o princípio da
> falseabilidade, e eles não querem problemas), continuam elaborando modelo=
s
> teóricos a la física newtoneana, com seus círculos e hipérboles precisas =
e
> seus tediosos movimentos retilíneos uniformes e uniformemente acelerados.=

> Tais modelos, com suas definições 'científicas' de comportamento e de
> consciência (consciência? Alguns sequer acreditam nisso, um problema a
> menos), estes sim vêm perdendo a sua operacionalidade.

Bem, ainda deposito esperancas na neurologia...

> Takata: psicologia cognitiva e' um campo das neurociencias?
>
> Manuel: Recentemente comprei um livro do psicólogo cognitivo George Vigna=
ux,
> "As Ciências Cognitivas". O livro é muito bom. Na pág. 10 ele escreve:
> "Quais são as disciplinas que podem ser consideradas como diretamente
> implicadas nas ciências cognitivas? Certamente as neurociências, a
> inteligência artificial, a filosofia, a psicologia e a linguística. O que=
é
> que as reúne? É a preocupação com as relações espírito/cérebro (mind/brai=
n)
> e com as modelizações possíveis desta relação..."

Hmmm... mas isso nao poem a psicologia cognitiva como
uma subarea das neurociencias mais do q. seria uma subarea da
filosofia ou da linguistica... qual a consequencia disso para
a psicanalise?

> linguagem humana evoluiu dos sinais sexuais, conforme Freud supôs. Por tr=
ás
> do Homo sapiens há um Homo penis erectus. :-)

Opa! Fale por vc... atras de mim nao tem ninguem... re re...

Ha' algum indicio q. indique essa origem da linguagem mais
claramente? Do pouco q. sei, ha' linguagem em outros primatas
q. nao envolvem necessaria ou diretamente sexo... Embora haja
comunicacao de teor sexual tbm.

> Pode ser, também, que o édipo-complexo seja um efeito colateral da nossa
> neotenia.

Eu me pergunto o qto disso nao seria resultado da sociedade
vitoriana em q. Freud e seus pacientes viviam.

Encontra-se as neuroses tao bem caracterizadas em outras
culturas? A questao sexual se encontra necessariamente
reprimida ou criando uma tensao entre o desejo e a sociedade?

> Mas, terminando: o significante 'pai', provavelmente inato (é uma hipótes=
e)
> não é um atavismo. Ele sobreviveu graças a sua importante função na
> organização social.

Ha' um significante 'mae' q. parece possuir tto ou mais
importancia em pelo menos algumas culturas humanas...
Pergunto-me se isso nao restringiria o alcance 'as culturas
patriarcais...

Nao sei... Bem, de fato desconheco quase q. completamente a
psicanalise pra falar qq coisa dela.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Caçadores de Lendas
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 22:37

--- In ciencialist@y..., lrb@i... wrote:
> Na Ciencia Hoje apareceu um pequeno texto sobre "O lado obscuro do
> aspartame", na qual descrevem alguns problemas de saude que poderiam
> estar relacionados com o uso do adocante, entre eles, dores de
> cabeca, insonia, vertigens, esclerose multipla, cegueira e tumores
> cerebrais.

hmmmm.... bem, tem a questao do espaco, mas nao me pareceu
muito esclarecedora a materia, nao. talvez nao fosse esse o proposito,
sendo apenas um tipo de sondagem...

http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/002444.htm

http://www.ewjm.com/cgi/content/full/171/5/300?maxtoshow=&HITS=10&hits=10&RESULTFORMAT=&titleabstract=aspartame+and+cancer&searchid=
QID_NOT_SET&stored_search=&FIRSTINDEX=0&journalcode=ewjm

http://www.fda.gov/bbs/topics/ANSWERS/ANS00772.html

Em uma carta publicada no jornal The Lancet, dois pesquisadores
australianos: Anthony Zehetner e Mark McLean
Volume 354, Number 9172 03 July 1999 pag 78 -- dao algumas
informacoes interessantes. A quantidade de metanol liberada
em uma lata de refrigerante dietetico eh de 20 mg, eqto q.
qtdade equivalente de suco de fruta produz 40 mg do composto.
(Uma lata de cerveja tem entre 60 e 100 mg de metanol.)

Em relacao 'a fenilananina, um aminoacido naturalmente
presente em nossa dieta e utilizado por nosso organismo --
sendo problematico apenas em caso de fenilcetonuria --
100 mg estao presentes em uma lata de refrigerante dietetico.
Contra 300 em um ovo, 500 em um copo de leite e 900 mg
em um hamburguer...

Agora, claro q. a empresa q. fabrica o produto (a Nutrasweet --
da Monsanto -- a mesma dos transgenicos) nao gosta qdo
estudos q. contrariem seus interesses sao publicados. Vide a
pressao q. ela fez contra o Journal of Neuropathology and
Experimental Neurology em 1996 para nao publicar um
estudo q. indicava a correlacao entre a liberacao do adocante
no mercado e o aumento de um tipo de cancer cerebral...
(o estudo foi publicado de todo modo...

Olney JW, Farber NB, Spitznagel E, Robins LN 1996 --
Increasing brain tumor rates: Is there a link to aspartame?
JOURNAL OF NEUROPATHOLOGY AND
EXPERIMENTAL NEUROLOGY 55: (11) 1115-1123

mas parece q. ha' contestacoes... irei verificar.)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Portuges versus latim e portugues versus ingles: Qual a analogia sugerida ?
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/06/2001 23:57

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:

> O uso de expressões jargônicas é mal visto
> dentro do direito, especialmente se dirigidas
> a pessoas que não vão ter como entendê-la.


Aleluia. Espero que seus colegas endossem suas palavras.


> Por outro lado, quem estudou latim sabe
> de sua importância para o domínio da língua
> portuguesa. Sabe que isso não significa
> ter que usar o latim junto com o português.
> E sabe que lhe permite usar o português
> com mais clareza.


Ah, dá um exemplo, dá? Tá difícil acreditar que latim hoje em dia
sirva para mais alguma coisa além de criar nomes científicos.


> Latim era matéria curricular antes da reforma
> do ensino no início da década de 70.


Argumentum ad antiquitatem? Brincadeirinha. Se era usado antes não
quer dizer que era bom ou ruim. Antigamente também se usava a
palmatória. Também a cafua. Separavam os meninos das meninas...


> Eu não aprecio ler Olavo de Carvalho.


Nem eu!


> Como é fácil desviar atenções
> e confundir, não é ?
> É só alguém jogar algumas expressões
> que incomodem e _*induzam*_ ao preconceito cético
> e mesmo os que não
> _*têm a mais remota idéia*_
> farão um comentário remoto.


Meu comentário não teve nada de remoto. Digo e reafirmo que a
exploração de expressões em latim e linguagem rebuscada caracaterizam
pseudoerudição (se isso tem a ver ou não com vc, isso é entre vc e o
Takata). Relaxe.

Preconceito: aquilo de que não se consegue falar sem ficar irritado.

[]s
Ronaldo Cordeiro



SUBJECT: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 00:43

O chato dessa matéria é ela não conter informação do objetivo da pesquisa.
Pra mim, isso torna completamente sem propósito a divulgação de que ela
exista, e incita a conclusões indevidas.

Sheila.

----- Original Message -----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>


raquel gropp wrote:
>
> Pasmem senhores! ... Este artigo saiu na folha ciência de hoje.
>
> http://www.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2606200101.htm
>
> Darwin se contorceria na tumba se soubesse que sua teoria seria usada pra
> isso!

Isso é irrelevante. O que interessa saber é

i) se a teoria é bem aplicada
ii) tendo sido bem aplicada, se não existem explicações
alternativas melhores
iii) e qual das teorias é verdadeira.

--
joão



SUBJECT: Linda Fisher e as lendas urbanas ...
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 01:12


===
Linda Fisher estará dando aulas de _*lendas urbanas*_
dentro da EPA.
===
A notícia é do início de maio.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================

EXECUTIVA DA MONSANTO É NOMEADA PARA A EPA


O segundo cargo de maior importância na hierarquia da Agência Norte-americana de Proteção Ambiental (EPA), a diretoria executiva, será em breve ocupado por uma ex-executiva da Monsanto, Linda Fisher. Ela atuou por dez anos como lobbista no escritório da multinacional em Washington. Linda também trabalhou como conselheira no comitê de biotecnologia para alimentos no Departamento Norte-americano de Agricultura. A nomeação da executiva foi vista com reserva por opositores dos transgênicos.

=====

Atualmente, uma das maiores polêmicas na EPA, na área da biotecnologia, é a forma como a Aventis SA aprovou uma variedade de milho geneticamente modificada, a StarLink, que repele qualquer tipo de peste que tente danificá-la, mas que foi banida em 1998, devido ao CONSENSO de que provoca reações alérgicas em alguns tipos de pessoas.

=====

A descoberta de contaminação por essa variedade de milho, há cerca de seis meses, causou um recall massivo no mercado norte-americano, provocando a retirada de diversos tipos de batatas fritas e similares das gôndolas de supermercados. A EPA, que regula plantas alteradas para produzir seus próprios pesticidas, também está considerando se deve ou não ser renovado o registro de uma variedade de batatas e do milho Bt, aprovados há seis anos e com prazo de vencimento em setembro próximo.

(Envirolink Netforchange)

======================================================




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Portuges versus latim e portugues versus ingles: Qual a analogia sugerida ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 02:34

Cordeiro,

se você não sabe a importância do Latim
para a língua portuguesa e *ainda* acha que pode
ser *espirituoso* com gracejos sobre essa
sua ignorância, eu não vou perder tempo
com explicações, além da mais simples:
sem ele ela não existiria.
==
Você estaria falando uma língua anglo saxônica.
==
É problema seu aprender a pensar.
==
Provavelmente você é um produto da
_*reforma do ensino*_ do Ministro Jarbas Passarinho,
que implantou na rede pública de ensino brasileira
uma deformação com vistas a retardar o
desenvolvimento dos estudantes.
==
A minha passagem por esse ensino público
foi anterior a ela. Eu cursei ginásio e clássico,
( provavelmente você não sabe o que foram também ).
==
Ria a sós, olhando para um espelho ...
==
Não lhe responderei mais sobre esse assunto
ou sobre tiradas imaturas.

[]'s

Celso Galli Coimbra
================

From: rcordeiro@writeme.com
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Tuesday, June 26, 2001 11:57 PM
Subject: [ciencialist] Re: Portuges versus latim e portugues versus ingles: Qual a analogia sugerida ?


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:

> O uso de expressões jargônicas é mal visto
> dentro do direito, especialmente se dirigidas
> a pessoas que não vão ter como entendê-la.


Aleluia. Espero que seus colegas endossem suas palavras.


> Por outro lado, quem estudou latim sabe
> de sua importância para o domínio da língua
> portuguesa. Sabe que isso não significa
> ter que usar o latim junto com o português.
> E sabe que lhe permite usar o português
> com mais clareza.


Ah, dá um exemplo, dá? Tá difícil acreditar que latim hoje em dia
sirva para mais alguma coisa além de criar nomes científicos.


> Latim era matéria curricular antes da reforma
> do ensino no início da década de 70.


Argumentum ad antiquitatem? Brincadeirinha. Se era usado antes não
quer dizer que era bom ou ruim. Antigamente também se usava a
palmatória. Também a cafua. Separavam os meninos das meninas...


> Eu não aprecio ler Olavo de Carvalho.


Nem eu!


> Como é fácil desviar atenções
> e confundir, não é ?
> É só alguém jogar algumas expressões
> que incomodem e _*induzam*_ ao preconceito cético
> e mesmo os que não
> _*têm a mais remota idéia*_
> farão um comentário remoto.


Meu comentário não teve nada de remoto. Digo e reafirmo que a
exploração de expressões em latim e linguagem rebuscada caracaterizam
pseudoerudição (se isso tem a ver ou não com vc, isso é entre vc e o
Takata). Relaxe.

Preconceito: aquilo de que não se consegue falar sem ficar irritado.

[]s
Ronaldo Cordeiro




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 06:44

Eu não li o artigo que você cita, mas li o mesmo artigo
na New Scientist. O objectivo da pesquisa é descobrir a
verdade. Quaisquer conclusões que se possam tirar são
da responsabilidade de quem as tira.

Mas que conclusões é que você teme?

Joao

Sheila wrote:
>
> O chato dessa matéria é ela não conter informação do objetivo da pesquisa.
> Pra mim, isso torna completamente sem propósito a divulgação de que ela
> exista, e incita a conclusões indevidas.
>
> Sheila.
>
> ----- Original Message -----
> From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
>
> raquel gropp wrote:
> >
> > Pasmem senhores! ... Este artigo saiu na folha ciência de hoje.
> >
> > http://www.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2606200101.htm
> >
> > Darwin se contorceria na tumba se soubesse que sua teoria seria usada pra
> > isso!
>
> Isso é irrelevante. O que interessa saber é
>
> i) se a teoria é bem aplicada
> ii) tendo sido bem aplicada, se não existem explicações
> alternativas melhores
> iii) e qual das teorias é verdadeira.
>
> --
> joão
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] robos
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 07:58


>Nao sei se a obra eh boa, mas quem tiver interesse... se nao me engano o
>titulo eh: Microbot...

..tica. Microrobótica.

Lendo isto lembrei-me de como se usam os prefixos de uma forma quase
aleatória.
Nanotecnologia, Microrobótica, Microcomputador...

Alguns dizem que fazem nanotecnologia quando trabalham com componentes de
microns , outros que fazem microrobotica quando trabalham com componentes de
cm ...

a pergunta é, se sabes da dimensão dessa robotica desses fasciculos.Sabes?

Cumprimentos

Sérgio M.M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Caçadores de Lendas
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 09:27

On Wed, 27 Jun 2001 rmtakata@altavista.net wrote:
> Em relacao 'a fenilananina, um aminoacido naturalmente
> presente em nossa dieta e utilizado por nosso organismo --
> sendo problematico apenas em caso de fenilcetonuria --
> 100 mg estao presentes em uma lata de refrigerante dietetico.
> Contra 300 em um ovo, 500 em um copo de leite e 900 mg
> em um hamburguer...

Certa vez no MacDonalds com minha namorada vi o cartaz que dizia que a
Coca possuia o tal aminoácido. Mostrei o cartaz para minha namorada e
disse:

-A Coca do MacDonalds é a única que possui nananinanina!!*

[*expressão negativa usada para crianças pequenas]

:-))) Acho que ela gostou da piada.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Bases filosóficas e cientificidade
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 09:36

> De: Manuel Bulcão [mailto:manuelbulcao@uol.com.br]
> É claro que existe uma continuidade entre o psiquismo
> humano e o dos nossos irmãozinhos quadrúpedes ou bípedes
> emplumados. A autopercepção, isto é, a existência de
> uma auto-imagem mental a monitorar o comportamento (o
> fantasma da máquina?), que muitos julgavam ser um atributo
> exclusivo do homem, já foi detetectado no chimpanzé, no
> gorila, no orangotango e até em um cetáceo, o golfinho.

E por falar em "o fantasma da máquina", hoje à noite
na Locomotion (pra quem tem o privilégio) será exibido
o desenho animado japonês "Ghost In The Shell". Dizem
as más línguas que este animê inspirou os roteiristas
de Matrix. Vale a pena conferir.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Linda Fisher e as lendas urbanas ...
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 09:41

On Wed, 27 Jun 2001, Celso Galli Coimbra wrote:
> Atualmente, uma das maiores polêmicas na EPA, na área da
> biotecnologia, é a forma como a Aventis SA aprovou uma variedade de
> milho geneticamente modificada, a StarLink, que repele qualquer tipo
> de peste que tente danificá-la, mas que foi banida em 1998, devido ao
> CONSENSO de que provoca reações alérgicas em alguns tipos de pessoas.

Creio que a história contada está truncada. O tal milho não repele
qualquer tipo de peste danosa. Ele é geneticamente modificado para ser
resistente a pesticidas que matam tudo [literalmente qualquer coisa]. O
problema nã é se ele é geneticamente modificado e sim os resíduos dos
pesticidas que persistem nas lavouras até a colheita. Além do que, o uso
destes pesticidas torna o solo totalmente estéril.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: Portuges versus latim e portugues versus ingles: Qual a analogia sugerida ?
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 09:49

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Cordeiro,
>
> se você não sabe a importância do Latim
> para a língua portuguesa e *ainda* acha que pode
> ser *espirituoso* com gracejos sobre essa
> sua ignorância, eu não vou perder tempo
> com explicações, além da mais simples:
> sem ele ela não existiria.
...
> Não lhe responderei mais sobre esse assunto
> ou sobre tiradas imaturas.


Ora Celso, falando assim até parece que vc estava mesmo respondendo.
Eu pedi apenas um único exemplo de onde o conhecimento do latim seria
importante na compreensão do português. Isso não deveria ser difícil
para vc, já que defende tanto o latim. Mas em lugar de responder vc
tergiversou, apelou para ataques pessoais e para os argumentos
falaciosos do "não vou perder tempo respondendo" e "você deveria
saber".

Citando, quem diria, Olavo de Carvalho: Você não imagina o quanto a
sua resposta é típica.

[]s
Ronaldo Cordeiro



SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "raquel gropp" <raquelgropp@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 09:59

Olá João!
Discordo de vc.Isto interessa sim, enquadrar uma psicopatia como uma
vantagem evolutiva foge à qualquer critério científico. Como pode ser
analisado se por si só já é um desvio anti-social?
Ou será que ainda vão provar que o normal é ser anormal? :-)
Sem dizer que a matéria mostra números que não dizem absolutamente nada,
donde se pode concluir qualquer bobagem como esta inclusive. Eu acho
lastimável que isso tenha sido publicado num caderno de ciências.
[]´s
Raquel


>From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
>
>
>
>Isso é irrelevante. O que interessa saber é
>
>i) se a teoria é bem aplicada
>ii) tendo sido bem aplicada, se não existem explicações
>alternativas melhores
>iii) e qual das teorias é verdadeira.
>
>--
>joão
>

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Portuges versus latim e portugues versus ingles: Qual a analogia sugerida ?
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 10:02

Nossa!!!

Citamos o Olavinho....

Agora sim o Apocalipse deve estar próximo,he,he.....

Falando nisso, onde esta nosso companheiro Olavinho, O Sapiente? :)

SDS,

ASM
----- Original Message -----
From: <rcordeiro@writeme.com>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, June 27, 2001 9:49 AM
Subject: [ciencialist] Re: Portuges versus latim e portugues versus ingles:
Qual a analogia sugerida ?


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Cordeiro,
>
> se você não sabe a importância do Latim
> para a língua portuguesa e *ainda* acha que pode
> ser *espirituoso* com gracejos sobre essa
> sua ignorância, eu não vou perder tempo
> com explicações, além da mais simples:
> sem ele ela não existiria.
...
> Não lhe responderei mais sobre esse assunto
> ou sobre tiradas imaturas.


Ora Celso, falando assim até parece que vc estava mesmo respondendo.
Eu pedi apenas um único exemplo de onde o conhecimento do latim seria
importante na compreensão do português. Isso não deveria ser difícil
para vc, já que defende tanto o latim. Mas em lugar de responder vc
tergiversou, apelou para ataques pessoais e para os argumentos
falaciosos do "não vou perder tempo respondendo" e "você deveria
saber".

Citando, quem diria, Olavo de Carvalho: Você não imagina o quanto a
sua resposta é típica.

[]s
Ronaldo Cordeiro


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SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 10:26

Raquel,

Você pergunta:

> Discordo de vc.Isto interessa sim, enquadrar uma psicopatia como uma
> vantagem evolutiva foge à qualquer critério científico. Como pode ser
> analisado se por si só já é um desvio anti-social?

Resposta é simples: as psicopatias podem conferir vantagens
evolutivas aos seus portadores. O estudo, se se revelar correcto, é
uma simples constatação de que o crime compensa.

> Ou será que ainda vão provar que o normal é ser anormal? :-)

O seu erro está em pensar que um comportamento anti-social não
pode conferir uma vantagem evolutiva. Porque não? O estudo não
aprova a violação, da mesma forma que um estudo que mostre que
a currupção compensa não aprova a currupção. Estudo cientificos
não são guias de moral.

Joao


raquel gropp wrote:
>
> Olá João!
> Discordo de vc.Isto interessa sim, enquadrar uma psicopatia como uma
> vantagem evolutiva foge à qualquer critério científico. Como pode ser
> analisado se por si só já é um desvio anti-social?
> Ou será que ainda vão provar que o normal é ser anormal? :-)
> Sem dizer que a matéria mostra números que não dizem absolutamente nada,
> donde se pode concluir qualquer bobagem como esta inclusive. Eu acho
> lastimável que isso tenha sido publicado num caderno de ciências.
> []´s
> Raquel
>
> >From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
> >
> >
> >
> >Isso é irrelevante. O que interessa saber é
> >
> >i) se a teoria é bem aplicada
> >ii) tendo sido bem aplicada, se não existem explicações
> >alternativas melhores
> >iii) e qual das teorias é verdadeira.
> >
> >--
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joão
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SUBJECT: JunkScience
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 10:37

Falando em lendas urbanas, aspartame, transgenicos,...

What is junk science?
Elizabeth Whelan, president of the American Council on Science and
Health, once identified two core elements: a distortion of scientific
fact, and exaggeration of risk. For our purposes, we add a third
element, politicization of science. Junk science occurs when facts
are distorted, risk is exaggerated and the science is steeped in
politics and ideology. The volume of junk science is immense, and
over the next five days we'll be covering only a small part of the
problem.
(fonte: http://www.nationalpost.com/features/junkscience/ )


Alguns links sobre o assunto:
http://www.junkscience.com/
http://directory.google.com/Top/Society/Issues/Environment/Opposing_Vi
ews/Junk_Science/

Aproveitando o embalo:
http://www.geocities.com/humornaciencia/Conteudo/Especiais/vela.htm


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna





SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 10:38

Concordo.

Não é por um procedimento não estar de acordo com nossas atuais normas
sociais que ele não possa garantir uma vantagem evolutiva.

Qual seria o método para se coibir a proliferação dessa característica,
desconfortável para nosso convívio social, e ao mesmo tempo benéfica para
seu possuidor?

Alterar com precisão o sistema de forma que de uma vantagem passe a ser uma
desvantagem evolutiva.

SDS,

ASM


----- Original Message -----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, June 27, 2001 10:26 AM
Subject: Re: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução


Raquel,

Você pergunta:

> Discordo de vc.Isto interessa sim, enquadrar uma psicopatia como uma
> vantagem evolutiva foge à qualquer critério científico. Como pode ser
> analisado se por si só já é um desvio anti-social?

Resposta é simples: as psicopatias podem conferir vantagens
evolutivas aos seus portadores. O estudo, se se revelar correcto, é
uma simples constatação de que o crime compensa.

> Ou será que ainda vão provar que o normal é ser anormal? :-)

O seu erro está em pensar que um comportamento anti-social não
pode conferir uma vantagem evolutiva. Porque não? O estudo não
aprova a violação, da mesma forma que um estudo que mostre que
a currupção compensa não aprova a currupção. Estudo cientificos
não são guias de moral.

Joao


raquel gropp wrote:
>
> Olá João!
> Discordo de vc.Isto interessa sim, enquadrar uma psicopatia como uma
> vantagem evolutiva foge à qualquer critério científico. Como pode ser
> analisado se por si só já é um desvio anti-social?
> Ou será que ainda vão provar que o normal é ser anormal? :-)
> Sem dizer que a matéria mostra números que não dizem absolutamente
nada,
> donde se pode concluir qualquer bobagem como esta inclusive. Eu acho
> lastimável que isso tenha sido publicado num caderno de ciências.
> []´s
> Raquel
>
> >From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
> >
> >
> >
> >Isso é irrelevante. O que interessa saber é
> >
> >i) se a teoria é bem aplicada
> >ii) tendo sido bem aplicada, se não existem explicações
> >alternativas melhores
> >iii) e qual das teorias é verdadeira.
> >
> >--
> >joão
> >
>
> _________________________________________________________________________
> Get Your Private, Free E-mail from MSN Hotmail at http://www.hotmail.com.
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> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/

--
joão
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Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/






SUBJECT: detector de mentiras
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 10:50

===============================================
http://igspot.ig.com.br/airsmither/sagan_detment.htm

A arte refinada de detectar mentiras
por Carl Sagan, capítulo 12 do livro "O Mundo Assombrado pelos Demônios".
===============================================

Para quem não leu o livro e se interessa pelo assunto.

"A credulidade mata."
Carl Sagan

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: RES: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 11:24

> -----Mensagem original-----
> De: Alexandre Sedlacek Moana [mailto:alex@energias.com.br]
>
> Concordo.
>
> Não é por um procedimento não estar de acordo com nossas atuais normas
> sociais que ele não possa garantir uma vantagem evolutiva.
>
> Qual seria o método para se coibir a proliferação dessa
> característica,
> desconfortável para nosso convívio social, e ao mesmo tempo
> benéfica para
> seu possuidor?
>
> Alterar com precisão o sistema de forma que de uma vantagem
> passe a ser uma
> desvantagem evolutiva.
>
> SDS,
>
> ASM

Estupro é reprovável porque fere o instinto egoísta
do indivíduo macho, pois um concorrente oportunista
está espalhando seus genes em fêmeas que o primeiro
considera como sua posse. Só por isso. Mas pode ter
sido uma vantagem evolutiva no PASSADO em razão da
potencial variabilidade genética decorrente da
prática sistemática do estupro.

Hoje seria desvantagem, pois este comportamento em
larga escala provocaria convulsão social, assassinatos
motivados por vingança, etc, compromentendo a segurança
coletiva. Por isso deve ser reprimido.

Particularmente, eu estraçalharia o desgraçado que
se aproximasse de minha garota com esta intenção.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bases filosóficas e cientificidade
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 11:54

Olá Takata,

Takata: Nao me parece ser assim. Eu -- visao tendenciosa -- nao consigo
dissociar o psicologico do somatico (seria o mesmo q. negar o carater
somatico ao reprodutivo, acho). Em q. outro substrato poderia atuar o
psiquismo se nao na propria biologia do organismo? E q. outra base poderia
ter se nao o corpo? Fora disso me parece q. andamos a falar sobre espiritos
dissoluveis da materia...

Manuel: A psicanálise não é uma variante do dualismo cartesiano. Eu também
não dissocio o psicológico do somático, assim como não dissocio a biologia
da físico-química nem a físico-química da física das partículas. Mas quando
olho um ser humano, não vejo apenas um amontoado de quarks e léptons. Talvez
eu esteja com algum problema na vista, não sei.

Os físicos, ao estudarem o comportamento do elétron-partícula, depararam-se
com o elétron-onda. Alguns físicos ainda não engoliram esse estranho
comportamento ondulatório dos corpúsculos subatômicos, essa dualidade
onda-partícula. Isso lhes cheira a metafísica, ou melhor, ao velho dualismo
espírito-matéria.

Partícula/onda > genótipo/fenótipo > cérebro/mente.

Quando encontramos um amigo muito triste porque a mãe morreu, entendemos que
a causa da tristeza é a morte da mãe, e não um desequilíbrio na produção dos
neurotransmissores, embora saibamos que situações de luto produza alterações
físico-químicas no cérebro. Guardando as devidas proporções, esse exemplo
serve para ilustrar a sutil diferença entre os distúrbios por razões
neurológicas e distúrbios por razões psicológicas.

Takata: Bem, em aceitando a analogia cerebro/computador -- o programa no
computador nao eh uma serie de instrucoes imateriais -- mas um conjunto de
eletrons q. fluem de um capacitor a outro. O programa no disquete sao
padroes magneticos criados por uma dada orientacao nas particulas de ferro
magnetizado -- padroes esses q. induzem padroes no circuito eletronico do
computador q. ira' controlar o fluxo de eletrons em seu interior...

Nao estou defendendo q. a mente seja o cerebro e ponto. Mas um padrao
de funcionamento do cerebro... Assim como o programa so' existe de fato qdo
roda no computador -- a sua listagem em um livro por si so' nao realiza
contas, nao altera o padrao de brilho dos pontos de fosforos na tela do
monitor...

Manuel: Podemos ouvir a mesma música num disco de vinil, num CD ou numa fita
K7. Não existe informação sem um meio material, mas a informação não se
reduz ao seu substrato material. Há uma 'unidade' entre a informação e a
matéria, mas não uma cabal 'identidade'. Se tenho um problema em um de meus
softwares, não chamo um técnico de hardware para resolver o meu problema.

Manuel: Quanto a mim, a despeito dos imensos progressos da
psicofarmacologia, eu prefiro combinar psicoterapia com psicofármacos. Faço
análise e, ao mesmo tempo, tomo o meu tryptanolzinho querido e o meu frontal
maravilhoso. :-)

Takata: Mas eis. Se a psicoterapia funciona, nao podemos ve-la em acao nos
neuronios? Nao veremos novas ligacoes? Alteracao na producao de
neurotransmissores? Padroes de disparos, ativacao e inibicao de determinados
centros?

Manuel: Os antidepressivos e ansiolíticos são extremamente úteis para tirar
o doente das crises e mantê-lo lúcido para encarar e resolver os seus
problemas 'psicológicos'. Mas se ele não os resolve, se deixar de tomar o
remédio os sintomas neuróticos ressurgem. Terá ele que tomar os
psicofármacos por tempo indefinito, tendo que suportar todos os seus efeitos
colaterais.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 12:26

>Hoje seria desvantagem, pois este comportamento em
>larga escala provocaria convulsão social, assassinatos
>motivados por vingança, etc, compromentendo a segurança
>coletiva. Por isso deve ser reprimido.

>Particularmente, eu estraçalharia o desgraçado que
>se aproximasse de minha garota com esta intenção.

>[]'s

>Alexandre Medeiros

Mas isso não é hoje.

Se vc fosse um símio, estivesse nas árvores com seu grupo e não fosse o
macho lider, primeiro que não teria sua garota, depois que se tivesse ela
lhe seria retirada, por bem ou por mal.

E caso quisesse estilhaçar alguém provavelmente seria estilhaçado antes pelo
macho dominante.

Essas regras não são novas, são antigas.

E não acredito nas citatas convulsões sociais. Diariamente muitas mulheres
das classes baixas são estupradas, e quando muito fazem um BO. Só a
empregada aqui de casa já relatou muitos casos com suas amigas na volta do
trabalho para casa.

Sem dizer os casos constantemente reportados da África, com aquela onde de
estupros pela crença de que ter relações com virgens cura da AIDS.

SDS,

ASM












SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Fernanda Amadei Sais" <fernandasais@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 13:04


Alexandre Sedlacek Moana escreveu:

"Qual seria o método para se coibir a proliferação dessa
característica,
desconfortável para nosso convívio social, e ao mesmo tempo benéfica
para
seu possuidor?"


Fernanda: Uma característica pode ser considerada benéfica para seu
possuidor apenas por conferir vantagem evolutiva, como supostamente no
caso do estupro? "Vantagem" para os genes traduz-se sempre, e
necessariamente, em vantagem para o indivíduo? (creio que embora
geralmente possa ser assim há excessões é esta é uma delas).


Alexandre Medeiros escreveu:

"Estupro é reprovável porque fere o instinto egoísta
do indivíduo macho, pois um concorrente oportunista
está espalhando seus genes em fêmeas que o primeiro
considera como sua posse. Só por isso. "

Fernanda: Só por isso? Acho que há outros motivos (mais justos) para
ser eticamente reprovável... Fere a liberdade de escolha da femea em
relacao ao macho pela qual deseja ser fecundada, além de causar
transtornos psicológicos que diminuem o bem-estar social.

___

Fernanda Sais

PS: De qualquer forma, embora eu não tenha experiencia científica
achei que os dados dessa pesquisa, ao menos como apresentados pela
reportagem, não são conclusivos.



SUBJECT: Re: RES: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 14:00



"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

>
> Hoje seria desvantagem, pois este comportamento em
> larga escala provocaria convulsão social, assassinatos
> motivados por vingança, etc, compromentendo a segurança
> coletiva. Por isso deve ser reprimido.

Erro. Uma caracteristica pode propagar-se mesmo quando prejudica
a sociedade como um todo. Do ponto de vista evolutivo, o que
interessa é se a caracteristica confere vantagem aos genes que
a codificam. Os interesses dos genes não coincidem com os
interesses dos individuos nem estes dois com os interesses da
sociedade.

O artigo da NewScientist refere que nos EUA só 1% dos violadores
é que são apanhados. Isto quer dizer que um violador que faça 10
violações tem apenas 10% de probabilidades de ser apanhado mas
10% de probabilidades de ter 10 filhos. Um eventual gene da tendencia
para a violação pode espalhar-se apesar do peso que isso representa
para a sociedade. Isto é, o crime compensa.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: RES: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 14:08

> De: Alexandre Sedlacek Moana [mailto:alex@energias.com.br]

> Se vc fosse um símio, estivesse nas árvores com seu grupo e
> não fosse o macho lider, primeiro que não teria sua garota,
> depois que se tivesse ela lhe seria retirada, por bem ou
> por mal.

Exceto se eu for o alfa. :-))
Ok! Todas as garotas seriam do alfa. No caso dos chipanzés
o alfa compartilha algumas com alguns beta. Por uma questão
de política às vezes ele permite que outros ainda mais
inferiores tenham relações sexuais de vez em quando. Não
é um quadro tão ruim. Mesmo assim, ocorre o estupro e o
estuprador não é pego com tanta freqüência.

No caso específico dos humanos, o estupro era prática comum
entre tribos rivais (e de certo modo incentivado), e raro
entre os membros da mesma tribo. Existia uma espécie de
pacto tácito, informal, para esse fim. Só a título
especulativo, substitua o termo tribo por etnia, classe
social, família, bairro, países e veja as curiosas
variações do mesmo tema.

> E caso quisesse estilhaçar alguém provavelmente seria
> estilhaçado antes pelo macho dominante.

Dentro de minha casa sou o unico macho, logo dominante. :-))

> E não acredito nas citatas convulsões sociais. Diariamente
> muitas mulheres das classes baixas são estupradas, e
> quando muito fazem um BO. Só a empregada aqui de casa
> já relatou muitos casos com suas amigas na volta do
> trabalho para casa.

Ainda assim é um número pequeno de casos com relação ao total
da população. Agora tente visualizar um quadro onde existisse
um estuprador em cada 10 homens. Seria uma guerra.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Bases filosóficas - Ensino Medio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 14:52

Relativo á Educação/Ensino Médio (assunto de meu particular interesse )- filosofia e sociologia, colhi essa mensagem de uma de minhas listas de discussão (ou de bicoração). Um tanto longa ... mas pertinente!

[]'
Léo

============================
-----Mensagem Original-----
De: andre
Para: Jaques O. Carvalho
Enviada em: sábado, 23 de junho de 2001 12:22
Assunto: refuta isso


FÁBRICA DE BÁRBAROS

25/09/99

"Serão filósofos os que não puderem ser outra coisa." (José Ortega y Gasset)

Deus me livre da pretensão de definir filosofia, questão que, para ser respondida depende de uma elaboração filosófica prévia. Mesmo assim, depois de alguns anos estudando esse negócio, posso com certeza fazer algumas considerações a respeito. Pelo menos o suficiente para dizer que esse projeto de lei que acaba de ser aprovado é não só idiota como imoral.

Estou falando de um projeto que torna obrigatório o ensino de filosofia no segundo grau das escolas do país inteiro, segundo notícia do Estado de São Paulo de 22/09/99:

"Filosofia pode entrar no currículo"

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou hoje, em caráter terminativo, projeto que torna obrigatório o ensino de filosofia e sociologia nas classes de ensino médio (antigo 2.º grau). A proposta já havia passado pela Comissão de Educação e, caso não haja pedido específico para votação em plenário, seguirá para o Senado. 'A formação humana e crítica é uma das lacunas na educação de nossos estudantes de ensino médio', disse o deputado Padre Roque (PT-PR), autor do projeto."

Do fato de o projeto incluir sociologia, prefiro nem falar, porque é óbvio para qualquer mortal com mais de dois neurônios que isso vai servir para que as escolas façam descer pela goela dos pobres alunos aquele marxismo vulgar e mal digerido que já é a regra geral nas aulas de História e Geografia. Isso porque é óbvio que ninguém vai ensinar sociologia para estudar textos de Weber, ou Nisbet, ou Voegelin, e sim para fazer doutrinação - isto é, fazer os estudantes decorar Marx, Gramsci, Althusser, Rousseau e demais bobagens.

Mas até aí não há realmente nada de novo - as aulas das outras matérias já são mesmo aulas de sociologia disfarçadas, e não é novidade para nenhum habitante acordado da nação brasileira que as escolas de segundo grau só servem para fazer doutrinação comunista (isso, realmente, é um fato tão óbvio que as dezenas de e-mails que recebo negando-o toda vez que comento o assunto só podem ser a prova definitiva de que o brasileiro médio se transformou em zumbi).

O que é mais grotesco no projeto não é a inclusão da sociologia; é que se ponha no mesmo barco a filosofia. Porque a filosofia não é apenas mais uma ciência (ou pseudo-ciência); a filosofia não é apenas um conjunto de noções que pessoas que já morreram inventaram. O estudo da filosofia é o esforço supremo da alma em busca do conhecimento; é a atividade mais nobre da inteligência.

Ora, mas o que é que impede que uma coisa tão nobre seja ensinada no segundo grau? Simples: o fato de que o segundo grau é o segundo grau.

O esforço filosófico requer, antes de mais nada, um amadurecimento da personalidade. Requer ainda um cabedal de conhecimentos prévios ao filosófico. Isso porque a filosofia engaja o ser humano inteiro na busca do conhecimento, e essa busca se dá essencialmente através da reflexão - reflexão sobre leituras e sobre experiências.

Adolescentes de quinze, dezesseis ou dezessete anos não têm amadurecimento, vivência e cultura suficientes para a reflexão filosófica. Tentar forçá-las a fazê-la é não só inútil, como é uma imoralidade.

É uma imoralidade porque vai forçar as pessoas a desenvolver uma parte da alma sem ter desenvolvido as outras, que são justamente a base de sustentação para o amadurecimento e para um eventual esforço filosófico futuro, criando verdadeiros aleijões espirituais.

Mas, ao mesmo tempo, é claro que não será possível, no segundo grau, dar a filosofia como uma atividade de caráter pessoal e espiritual. Ela ficará reduzida à exposição de idéias de uma série de autores pelos quais nenhum dos alunos conseguirá se interessar.

Sabemos bem como é isso. A maior parte dos livros ditos de "iniciação filosófica" são assim. É só ver essas coisas grotescas que são o "Convite à filosofia" da Marilena Chauí e o "Filosofando" da Maria Helena Arruda. Nessas obras, a filosofia aparece como um filme no qual o aluno não está convidado a tomar parte - ele está convidado apenas a sentar e assistir, e fingir que se interessa pelo que toda aquela gente já pensou. E, o que é pior, nesses livros específicos, o próprio pensamento dos filósofos vem todo pervertido, distorcido, esquartejado, e analisado segundo a ótica marxista mais vulgar possível, tão vulgar que faria o próprio Marx corar de vergonha. Basta lembrar o exemplo dado por Olavo de Carvalho da análise que a dona Marilena faz de Aristóteles num de seus livros (vide o magistral ensaio "Lógica da mistificação").

Um outro livro em que a postura é justamente essa é "O Mundo de Sofia", que dispôs breves exposições dos filósofos (numa escolha arbitrária que, entre outras coisas, incluía Berkeley e excluía Schelling) ao nível do entendimento infantil, deixando a idéia de que qualquer criança pode ser filósofa.

Acontece que filosofia não é para crianças. Não basta fazer questões de aparência filosófica para ingressar na filosofia - a filosofia pressupõe um desejo sincero de acertar, de descobrir a verdade, de chegar ao fundo da questão. Pressupõe também um método, pressupõe critérios para discutir os problemas. Ao mesmo tempo, não basta saber o que disseram todos os filósofos para ingressar na filosofia; é preciso que toda essa massa de informações seja digerida numa síntese pessoal; é preciso que o sujeito não fique apenas assistindo ao filme, mas se decida a participar ativamente dele.

Claro que nada disso será ensinado no segundo grau; e não será porque é impossível. A filosofia se reduzirá, portanto, a um esquema que ou desviará para a decoreba, ou para a doutrinação idiota. Mas, para superar a rigidez do esquema, serão feitas inúmeras exortações a que os alunos "deixem o seu pensamento flutuar", que é justamente a atividade mais anti-filosófica que existe. Todos serão encorajados a "ter uma opinião", e sairão inteiramente convencidos de que basta ter pensado em alguma coisa para que essa coisa seja tão importante quanto as obras completas de Aristóteles e Platão.

E a educação, que visa a, gradualmente, tirar o indivíduo de sua esfera subjetiva e alargar sua área de interesses, estará sendo destinada a reduzir o indivíduo ao subjetivismo mais rasteiro e mais medíocre. Quantos universitários e mesmo estudantes secundaristas não vemos hoje prontos a opinar sobre tudo sem nenhuma leitura ou reflexão prévias, prontos a tomar a própria visão das coisas como válida universalmente só porque essa é a "sua visão", prontos a julgar num único instante todo o conhecimento amealhado pela humanidade durante milênios?

Pois bem: o ensino de filosofia no segundo grau, com todas as distorções que introduzirá nas almas e nas consciências dos alunos, terá por resultado final a produção em massa desse tipo de señorito arrogante (nos termos de Ortega y Gasset), de bárbaro que se julga muito culto, de imbecil pronto a se sentir superior a São Tomás de Aquino, Avicena e Maimônides só porque lhe disseram que a religião é "produto da ideologia da classe dominante".

E o país estará dando mais um passo para deseducar as pessoas, para deixá-las reduzidas ao nível da ignorância, para chafurdá-las ainda mais nas trevas. É para isso que servirá esse projeto de lei, não à toa, inventado por um padre petelho.

Ah, sim: servirá também para que a dona Marilena Chauí, aliás uma das principais defensoras do projeto, consiga vender mais exemplares de sua obrinha ridícula...


***

TESTE DE FIDELIDADE IDEOLÓGICA

31/03/00

Vejo, abismado, três temas de redação propostos por um colégio carioca de classe média alta (aliás, provavelmente o colégio mais badalado do Rio de uns dois anos para cá).

O primeiro deles: "O racismo, no Brasil, é mascarado ou escancarado?"

Suponho que "racismo escancarado" sejam as ondas de violência entre raças a que assistimos com tanta freqüência nos Estados Unidos, lideradas, de um lado, por coisas como a Ku Klux Klan, e, do outro, por coisas do tipo Panteras Negras.

Agora, o que diabos será "racismo mascarado"? Algo como porrada implícita, ou ódio oculto? Que mal faz isso, afinal?

Ou a professora de redação está propondo que o Estado deveria cuidar de entrar na cabeça das pessoas para saber o que elas pensando, quem elas andam odiando? Como diabos alguém poderia saber que existe racismo mascarado, se ele é mascarado?

Ah, já sei: racismo mascarado é algo como o anúncio do Ministério da Saúde sobre AIDS, em que uma negra faz o papel de aidética. Mas e se fosse uma branca? Também seria racismo, porque as negras estariam sendo preteridas para o papel por serem negras. Em suma: racismo mascarado é qualquer coisa que ofenda a delicada sensibilidade de movimentos negros. E de professorinhas de redação.

O segundo tema era meio enigmático: "Por que ideologias nazi-fascistas estão crescendo?"
Se eu fosse aluno nesse colégio, responderia que as ideologias nazi-fascistas não estão crescendo, e que a professora de redação devia se instruir um pouco mais. Claro, existe nazismo - em movimentos que põem a raça acima da unidade cultural e nacional (alguém consegue encontrar menção a algum deles neste mesmo artigo? Um doce para quem conseguir!), em movimentos que proíbem o porte de armas, em movimentos de proibição de cigarros. Mas nenhum desses movimentos se diz nazista, e nem é visto como tal pela maioria - não, não, essas determinações vêm direto da ONU, que, afinal, é a campeã mundial de democracia. O que cresce, portanto, é um monstrengo com cara de democracia e alma de nazismo.

Mas eu duvido que seja a isso que o tema de redação se refere - com certeza, a professorinha se referia à meia dúzia de skinheads e lutadores de jiu-jitsu que são pintados com cores tão horríveis pela mídia. Agora, achar que isso é exemplo de crescimento do nazi-fascismo só pode ser piada. Como eu mesmo disse muito tempo atrás, é temer um ovo de codorna quando o ovo de serpente está crescendo bem debaixo de nossos narizes.

O mais engraçado de todos, porém, era o terceiro tema. Juro que não estou inventando: "Um mundo onde diferenças não se transformem em divergências é uma utopia?"

Tentemos entender. Pode ser que o autor da pergunta considere "utopia" uma coisa ruim, e, portanto, prefira mesmo que continuem existindo divergências. Mas achar isso é desconhecer o sentido em que o termo é usado normalmente, erro imperdoável para quem pretende entender a pergunta.

"Utopia", grosso modo, é algo a que se almeja, algo que só pode ser realizado em sonhos. Portanto, o autor da pergunta considera que deveríamos almejar a um mundo em que as diferenças não se transformassem em divergências. Mas o que é que ele vê de tão ruim nas divergências? Acaso gostaria ele de que todos pensassem igual e agissem igual?

É o que parece. Ele está pregando o totalitarismo, e obrigando seus alunos a escrever defendendo o totalitarismo. E isso porque a idéia de que duas pessoas possam divergir sem que uma queira matar ou prender a outra parece estar totalmente fora de seu universo mental; universo que, é forçoso concluir, parece se restringir aos membros do Partido Comunista, ou do Partido Nazista. São esses que usam e abusam da técnica de desumanizar o adversário e se mostram sempre dispostos a matá-los. São esses que odeiam divergências.

***

Mas por que será que esse tipo de coisa aparece num curso pré-vestibular?

Ora, se um colégio tem um "pré-vestibular", isso quer dizer que sua função é preparar os alunos para realizar o vestibular. E como é feito o vestibular?

Na busca dessa resposta, comecei a ler o edital do novo modelo de vestibular da UERJ, maior universidade do Rio de Janeiro, com um vestibular que movimenta mais de 50 mil pessoas.

No item 6 do edital, intitulado "Da Prova", eis o que dizem as sumidades que elaboraram esse novo vestibular:

"A prova (...) terá como objetivo avaliar as habilidades e as competências fundamentais para o ingresso no ensino superior e para o exercício pleno da cidadania".

Como eu não sei como diabos um vestibular pode avaliar se alguém tem ou não condições para "exercer a cidadania" e, aliás, também não sei o que os autores desse edital entendem por "exercício pleno da cidadania" (expressão que, no fim das contas, pode significar qualquer coisa), fui ler os programas das disciplinas, divido em três partes: "Linguagens, códigos e suas tecnologias", "Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias" e "Ciências humanas e suas tecnologias" (atribuo esses "e suas tecnologias" ao simples desejo de parecer moderno, mas vamos ao menos perdoar essa caipirice).

A parte dedicada à linguagem começa dizendo que as línguas serão estudadas, primeiro, "relacionadas aos novos meios e às novas tecnologias de comunicação" e, por isso, inclui um capítulo intitulado "do hipertexto". A ênfase, parece, será mudada dos grandes clássicos da literatura para reportagens de jornais escritas por analfabetos funcionais e para a mui complexa linguagem dos sites de internet. Eu não estou brincando. Vejam os tópicos listados no tal capítulo, tópicos que o candidato deverá dominar: "leads e quadros em matérias jornalísticas, marcadores para 'navegação' em processadores de texto e na internet."

Isso porque as línguas terão "enfoque instrumental, sendo utilizadas e estudadas não em si mesmas, mas como ferramentas de estudo e de construção da identidade pessoal e social." Não consigo deixar de imaginar que talvez o estudo das línguas em si mesmas devesse anteceder o estudo delas enquanto instrumentos, e de lembrar as inúmeras riquezas que o odiado estudo da língua portuguesa "em si mesma" traz para quem deseja se educar, mas os autores do vestibular parecem mais preocupados em testar a aptidão de seus candidatos para a ação política. São eles mesmos quem o dizem:

"Parte-se do estudo e da prática da argumentação como condição da 'fala cidadã'. A fala cidadã exige tanto saber argumentar, para melhor defender as posições próprias, quanto saber compreender o argumento do outro."

O Pedro Sette Câmara me contou uma vez que, em palestra na UFRJ, José Saramago disse que os programas de alfabetização são importantes porque, se não forem alfabetizados, os cidadãos não conseguirão ler o programa de seu partido político. Esse parece ser o principal uso que os autores do novo vestibular da UERJ vêem na língua.

Era de se imaginar, ao menos, que eles deixassem as ciências naturais em paz. Mas que nada: o segundo item "está composto de conteúdos das disciplinas Matemática, Física, Química e Biologia, que objetivam relacionar o conhecimento científico sistematizado com as diferentes situações do cotidiano, contribuindo para a formação de um indivíduo capaz de tomar decisões na sociedade do século XXI."

Como temas do tipo "ligações químicas", "cálculos estequiométricos simples", "geometria espacial" e "conservação da energia interna" serão capazes de contribuir para a tal "capacidade de tomar decisões", eu não consegui descobrir. Imagino que eles ainda devam encontrar um jeito.

Mas o jeito não precisa ser encontrado para o uso político do terceiro bloco, que engloba história e geografia. Essas matérias têm sido usadas como plataforma para a doutrinação esquerdista há muitas décadas, e são apresentadas da seguinte maneira pelo edital:

"O enfoque teórico-prático deve privilegiar estratégias diversificadas que promovam mais o raciocínio do que a memorização, valorizem mais a análise de diferentes fontes e testemunhos passados e presentes, contribuindo para um pensamento crítico face às questões do mundo contemporâneo."

Trocando em miúdos: ninguém vai precisar sabe quem foi Napoleão, nem por que ele invadiu Portugal, mas vão precisar repetir direitinho o discurso do PT contra o Governo Fernando Henrique; ninguém vai precisar identificar a localização geográfica do Mar Mediterrâneo (façam essa pesquisa um dia com conhecidos ou filhos de conhecidos que estudem no Segundo Grau: aposto que a maioria não vai saber; já fiz a experiência), mas todos serão obrigados a ter na ponta da língua as razões dadas pela UNESCO para a existência de fome no mundo, ou os motivos da famosa (e inexistente) "concentração fundiária" no Brasil.

E se acham que estou exagerando, faço notar que, no programa de História, não há um único tópico de história mundial; todos são relativos exclusivamente ao Brasil. O mais engraçado deles diz o seguinte: "Organização política do Estado republicano brasileiro: a república oligárquica, a construção e crise do populismo, a modernização autoritária e o Estado neoliberal." Existe todo um tratado de História do Brasil segundo o PT resumido nessa simples organização do tema.

Mais ainda no tema seguinte: "Conflitos socioeconômicos rurais e urbanos no contexto do Brasil republicano."

Em nenhum lugar, no programa da prova, se faz referência à organização política do Brasil quando era reino unido a Portugal, ou à influência portuguesa no nosso modo de vida. Não contentes em falar apenas de Brasil, ainda fazem escolhas arbitrárias de temas, escolhidos não de acordo com sua verdadeira relevância histórica, mas de acordo com sua relação com o noticiário midiático. Estamos, realmente, em maus lençóis, quando os temas principais a serem estudados no ensino médio são determinados pelas manchetes dos jornais e televisões, e não por sua relevância para a formação cultural do aluno.

Pois bem: é nesse contexto de estupidez incalculável que se desenvolvem os programas das aulas dos diversos colégios cuja função maior é "preparar para o vestibular." É para esse verdadeiro teste de fidelidade ideológica que as escolas do país afora estão preparando, e não é de espantar que temas absurdos como os relativos ao racismo no Brasil sejam cobrados em redações escolares.

A coisa é ainda pior: o vestibular é a porta de entrada para a universidade. Se a porta está desse jeito, imaginem o estado das próprias universidades: já não é segredo para ninguém que elas se transformaram em antros de facções políticas esquerdistas, que exercem uma verdadeira tirania cultural onde, supostamente, deveria reinar a liberdade de pensamento e expressão, condição quase imprescindível para o florescimento de uma verdadeira cultura intelectual.

E depois dizem que cultura e a educação brasileiras são tão ruins por falta de verbas...









SUBJECT: Re: [ciencialist] Bases filosóficas - Ensino Medio
FROM: "raquel gropp" <raquelgropp@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 16:09

Como serão dadas as aulas de ensino de filosofia é um problema a ser
discutido, mas ser contra o ensino por falta de conhecimento e maturidade do
aluno jovem é uma grande bobagem. Ter filosofia nas escolas é ensinar o
aluno não só como são as coisas, mas tb o porquê de como são as coisas, e
isto se não for abolido como exercício será muito bem desenvolvido pelas
crianças naturalmente cheias de &#8220;porquês&#8221;.
Viva a filosofia de volta às salas de aula!
Abaixo os maus professores que não sabem cumprir sua missão!
[]´s
Raquel



>From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogroups.com
>To: <ciencialist@yahoogroups.com>
>Subject: [ciencialist] Bases filosóficas - Ensino Medio
>Date: Wed, 27 Jun 2001 14:52:07 -0300
>
>Relativo á Educação/Ensino Médio (assunto de meu particular interesse )-
>filosofia e sociologia, colhi essa mensagem de uma de minhas listas de
>discussão (ou de bicoração). Um tanto longa ... mas pertinente!
>
>[]'
>Léo
>
>============================
>-----Mensagem Original-----
>De: andre
>Para: Jaques O. Carvalho
>Enviada em: sábado, 23 de junho de 2001 12:22
>Assunto: refuta isso
>
>
>FÁBRICA DE BÁRBAROS
>
>25/09/99
>
>"Serão filósofos os que não puderem ser outra coisa." (José Ortega y
>Gasset)
>
>Deus me livre da pretensão de definir filosofia, questão que, para ser
>respondida depende de uma elaboração filosófica prévia. Mesmo assim, depois
>de alguns anos estudando esse negócio, posso com certeza fazer algumas
>considerações a respeito. Pelo menos o suficiente para dizer que esse
>projeto de lei que acaba de ser aprovado é não só idiota como imoral.
>
>Estou falando de um projeto que torna obrigatório o ensino de filosofia no
>segundo grau das escolas do país inteiro, segundo notícia do Estado de São
>Paulo de 22/09/99:
>
>"Filosofia pode entrar no currículo"
>
>A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou hoje,
>em caráter terminativo, projeto que torna obrigatório o ensino de filosofia
>e sociologia nas classes de ensino médio (antigo 2.º grau). A proposta já
>havia passado pela Comissão de Educação e, caso não haja pedido específico
>para votação em plenário, seguirá para o Senado. 'A formação humana e
>crítica é uma das lacunas na educação de nossos estudantes de ensino
>médio', disse o deputado Padre Roque (PT-PR), autor do projeto."
>
>Do fato de o projeto incluir sociologia, prefiro nem falar, porque é óbvio
>para qualquer mortal com mais de dois neurônios que isso vai servir para
>que as escolas façam descer pela goela dos pobres alunos aquele marxismo
>vulgar e mal digerido que já é a regra geral nas aulas de História e
>Geografia. Isso porque é óbvio que ninguém vai ensinar sociologia para
>estudar textos de Weber, ou Nisbet, ou Voegelin, e sim para fazer
>doutrinação - isto é, fazer os estudantes decorar Marx, Gramsci, Althusser,
>Rousseau e demais bobagens.
>
>Mas até aí não há realmente nada de novo - as aulas das outras matérias já
>são mesmo aulas de sociologia disfarçadas, e não é novidade para nenhum
>habitante acordado da nação brasileira que as escolas de segundo grau só
>servem para fazer doutrinação comunista (isso, realmente, é um fato tão
>óbvio que as dezenas de e-mails que recebo negando-o toda vez que comento o
>assunto só podem ser a prova definitiva de que o brasileiro médio se
>transformou em zumbi).
>
>O que é mais grotesco no projeto não é a inclusão da sociologia; é que se
>ponha no mesmo barco a filosofia. Porque a filosofia não é apenas mais uma
>ciência (ou pseudo-ciência); a filosofia não é apenas um conjunto de noções
>que pessoas que já morreram inventaram. O estudo da filosofia é o esforço
>supremo da alma em busca do conhecimento; é a atividade mais nobre da
>inteligência.
>
>Ora, mas o que é que impede que uma coisa tão nobre seja ensinada no
>segundo grau? Simples: o fato de que o segundo grau é o segundo grau.
>
>O esforço filosófico requer, antes de mais nada, um amadurecimento da
>personalidade. Requer ainda um cabedal de conhecimentos prévios ao
>filosófico. Isso porque a filosofia engaja o ser humano inteiro na busca do
>conhecimento, e essa busca se dá essencialmente através da reflexão -
>reflexão sobre leituras e sobre experiências.
>
>Adolescentes de quinze, dezesseis ou dezessete anos não têm amadurecimento,
>vivência e cultura suficientes para a reflexão filosófica. Tentar forçá-las
>a fazê-la é não só inútil, como é uma imoralidade.
>
>É uma imoralidade porque vai forçar as pessoas a desenvolver uma parte da
>alma sem ter desenvolvido as outras, que são justamente a base de
>sustentação para o amadurecimento e para um eventual esforço filosófico
>futuro, criando verdadeiros aleijões espirituais.
>
>Mas, ao mesmo tempo, é claro que não será possível, no segundo grau, dar a
>filosofia como uma atividade de caráter pessoal e espiritual. Ela ficará
>reduzida à exposição de idéias de uma série de autores pelos quais nenhum
>dos alunos conseguirá se interessar.
>
>Sabemos bem como é isso. A maior parte dos livros ditos de "iniciação
>filosófica" são assim. É só ver essas coisas grotescas que são o "Convite à
>filosofia" da Marilena Chauí e o "Filosofando" da Maria Helena Arruda.
>Nessas obras, a filosofia aparece como um filme no qual o aluno não está
>convidado a tomar parte - ele está convidado apenas a sentar e assistir, e
>fingir que se interessa pelo que toda aquela gente já pensou. E, o que é
>pior, nesses livros específicos, o próprio pensamento dos filósofos vem
>todo pervertido, distorcido, esquartejado, e analisado segundo a ótica
>marxista mais vulgar possível, tão vulgar que faria o próprio Marx corar de
>vergonha. Basta lembrar o exemplo dado por Olavo de Carvalho da análise que
>a dona Marilena faz de Aristóteles num de seus livros (vide o magistral
>ensaio "Lógica da mistificação").
>
>Um outro livro em que a postura é justamente essa é "O Mundo de Sofia", que
>dispôs breves exposições dos filósofos (numa escolha arbitrária que, entre
>outras coisas, incluía Berkeley e excluía Schelling) ao nível do
>entendimento infantil, deixando a idéia de que qualquer criança pode ser
>filósofa.
>
>Acontece que filosofia não é para crianças. Não basta fazer questões de
>aparência filosófica para ingressar na filosofia - a filosofia pressupõe um
>desejo sincero de acertar, de descobrir a verdade, de chegar ao fundo da
>questão. Pressupõe também um método, pressupõe critérios para discutir os
>problemas. Ao mesmo tempo, não basta saber o que disseram todos os
>filósofos para ingressar na filosofia; é preciso que toda essa massa de
>informações seja digerida numa síntese pessoal; é preciso que o sujeito não
>fique apenas assistindo ao filme, mas se decida a participar ativamente
>dele.
>
>Claro que nada disso será ensinado no segundo grau; e não será porque é
>impossível. A filosofia se reduzirá, portanto, a um esquema que ou desviará
>para a decoreba, ou para a doutrinação idiota. Mas, para superar a rigidez
>do esquema, serão feitas inúmeras exortações a que os alunos "deixem o seu
>pensamento flutuar", que é justamente a atividade mais anti-filosófica que
>existe. Todos serão encorajados a "ter uma opinião", e sairão inteiramente
>convencidos de que basta ter pensado em alguma coisa para que essa coisa
>seja tão importante quanto as obras completas de Aristóteles e Platão.
>
>E a educação, que visa a, gradualmente, tirar o indivíduo de sua esfera
>subjetiva e alargar sua área de interesses, estará sendo destinada a
>reduzir o indivíduo ao subjetivismo mais rasteiro e mais medíocre. Quantos
>universitários e mesmo estudantes secundaristas não vemos hoje prontos a
>opinar sobre tudo sem nenhuma leitura ou reflexão prévias, prontos a tomar
>a própria visão das coisas como válida universalmente só porque essa é a
>"sua visão", prontos a julgar num único instante todo o conhecimento
>amealhado pela humanidade durante milênios?
>
>Pois bem: o ensino de filosofia no segundo grau, com todas as distorções
>que introduzirá nas almas e nas consciências dos alunos, terá por resultado
>final a produção em massa desse tipo de señorito arrogante (nos termos de
>Ortega y Gasset), de bárbaro que se julga muito culto, de imbecil pronto a
>se sentir superior a São Tomás de Aquino, Avicena e Maimônides só porque
>lhe disseram que a religião é "produto da ideologia da classe dominante".
>
>E o país estará dando mais um passo para deseducar as pessoas, para
>deixá-las reduzidas ao nível da ignorância, para chafurdá-las ainda mais
>nas trevas. É para isso que servirá esse projeto de lei, não à toa,
>inventado por um padre petelho.
>
>Ah, sim: servirá também para que a dona Marilena Chauí, aliás uma das
>principais defensoras do projeto, consiga vender mais exemplares de sua
>obrinha ridícula...
>
>
>***
>
>TESTE DE FIDELIDADE IDEOLÓGICA
>
>31/03/00
>
>Vejo, abismado, três temas de redação propostos por um colégio carioca de
>classe média alta (aliás, provavelmente o colégio mais badalado do Rio de
>uns dois anos para cá).
>
>O primeiro deles: "O racismo, no Brasil, é mascarado ou escancarado?"
>
>Suponho que "racismo escancarado" sejam as ondas de violência entre raças a
>que assistimos com tanta freqüência nos Estados Unidos, lideradas, de um
>lado, por coisas como a Ku Klux Klan, e, do outro, por coisas do tipo
>Panteras Negras.
>
>Agora, o que diabos será "racismo mascarado"? Algo como porrada implícita,
>ou ódio oculto? Que mal faz isso, afinal?
>
>Ou a professora de redação está propondo que o Estado deveria cuidar de
>entrar na cabeça das pessoas para saber o que elas pensando, quem elas
>andam odiando? Como diabos alguém poderia saber que existe racismo
>mascarado, se ele é mascarado?
>
>Ah, já sei: racismo mascarado é algo como o anúncio do Ministério da Saúde
>sobre AIDS, em que uma negra faz o papel de aidética. Mas e se fosse uma
>branca? Também seria racismo, porque as negras estariam sendo preteridas
>para o papel por serem negras. Em suma: racismo mascarado é qualquer coisa
>que ofenda a delicada sensibilidade de movimentos negros. E de
>professorinhas de redação.
>
>O segundo tema era meio enigmático: "Por que ideologias nazi-fascistas
>estão crescendo?"
>Se eu fosse aluno nesse colégio, responderia que as ideologias
>nazi-fascistas não estão crescendo, e que a professora de redação devia se
>instruir um pouco mais. Claro, existe nazismo - em movimentos que põem a
>raça acima da unidade cultural e nacional (alguém consegue encontrar menção
>a algum deles neste mesmo artigo? Um doce para quem conseguir!), em
>movimentos que proíbem o porte de armas, em movimentos de proibição de
>cigarros. Mas nenhum desses movimentos se diz nazista, e nem é visto como
>tal pela maioria - não, não, essas determinações vêm direto da ONU, que,
>afinal, é a campeã mundial de democracia. O que cresce, portanto, é um
>monstrengo com cara de democracia e alma de nazismo.
>
>Mas eu duvido que seja a isso que o tema de redação se refere - com
>certeza, a professorinha se referia à meia dúzia de skinheads e lutadores
>de jiu-jitsu que são pintados com cores tão horríveis pela mídia. Agora,
>achar que isso é exemplo de crescimento do nazi-fascismo só pode ser piada.
>Como eu mesmo disse muito tempo atrás, é temer um ovo de codorna quando o
>ovo de serpente está crescendo bem debaixo de nossos narizes.
>
>O mais engraçado de todos, porém, era o terceiro tema. Juro que não estou
>inventando: "Um mundo onde diferenças não se transformem em divergências é
>uma utopia?"
>
>Tentemos entender. Pode ser que o autor da pergunta considere "utopia" uma
>coisa ruim, e, portanto, prefira mesmo que continuem existindo
>divergências. Mas achar isso é desconhecer o sentido em que o termo é usado
>normalmente, erro imperdoável para quem pretende entender a pergunta.
>
>"Utopia", grosso modo, é algo a que se almeja, algo que só pode ser
>realizado em sonhos. Portanto, o autor da pergunta considera que deveríamos
>almejar a um mundo em que as diferenças não se transformassem em
>divergências. Mas o que é que ele vê de tão ruim nas divergências? Acaso
>gostaria ele de que todos pensassem igual e agissem igual?
>
>É o que parece. Ele está pregando o totalitarismo, e obrigando seus alunos
>a escrever defendendo o totalitarismo. E isso porque a idéia de que duas
>pessoas possam divergir sem que uma queira matar ou prender a outra parece
>estar totalmente fora de seu universo mental; universo que, é forçoso
>concluir, parece se restringir aos membros do Partido Comunista, ou do
>Partido Nazista. São esses que usam e abusam da técnica de desumanizar o
>adversário e se mostram sempre dispostos a matá-los. São esses que odeiam
>divergências.
>
>***
>
>Mas por que será que esse tipo de coisa aparece num curso pré-vestibular?
>
>Ora, se um colégio tem um "pré-vestibular", isso quer dizer que sua função
>é preparar os alunos para realizar o vestibular. E como é feito o
>vestibular?
>
>Na busca dessa resposta, comecei a ler o edital do novo modelo de
>vestibular da UERJ, maior universidade do Rio de Janeiro, com um vestibular
>que movimenta mais de 50 mil pessoas.
>
>No item 6 do edital, intitulado "Da Prova", eis o que dizem as sumidades
>que elaboraram esse novo vestibular:
>
>"A prova (...) terá como objetivo avaliar as habilidades e as competências
>fundamentais para o ingresso no ensino superior e para o exercício pleno da
>cidadania".
>
>Como eu não sei como diabos um vestibular pode avaliar se alguém tem ou não
>condições para "exercer a cidadania" e, aliás, também não sei o que os
>autores desse edital entendem por "exercício pleno da cidadania" (expressão
>que, no fim das contas, pode significar qualquer coisa), fui ler os
>programas das disciplinas, divido em três partes: "Linguagens, códigos e
>suas tecnologias", "Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias" e
>"Ciências humanas e suas tecnologias" (atribuo esses "e suas tecnologias"
>ao simples desejo de parecer moderno, mas vamos ao menos perdoar essa
>caipirice).
>
>A parte dedicada à linguagem começa dizendo que as línguas serão estudadas,
>primeiro, "relacionadas aos novos meios e às novas tecnologias de
>comunicação" e, por isso, inclui um capítulo intitulado "do hipertexto". A
>ênfase, parece, será mudada dos grandes clássicos da literatura para
>reportagens de jornais escritas por analfabetos funcionais e para a mui
>complexa linguagem dos sites de internet. Eu não estou brincando. Vejam os
>tópicos listados no tal capítulo, tópicos que o candidato deverá dominar:
>"leads e quadros em matérias jornalísticas, marcadores para 'navegação' em
>processadores de texto e na internet."
>
>Isso porque as línguas terão "enfoque instrumental, sendo utilizadas e
>estudadas não em si mesmas, mas como ferramentas de estudo e de construção
>da identidade pessoal e social." Não consigo deixar de imaginar que talvez
>o estudo das línguas em si mesmas devesse anteceder o estudo delas enquanto
>instrumentos, e de lembrar as inúmeras riquezas que o odiado estudo da
>língua portuguesa "em si mesma" traz para quem deseja se educar, mas os
>autores do vestibular parecem mais preocupados em testar a aptidão de seus
>candidatos para a ação política. São eles mesmos quem o dizem:
>
>"Parte-se do estudo e da prática da argumentação como condição da 'fala
>cidadã'. A fala cidadã exige tanto saber argumentar, para melhor defender
>as posições próprias, quanto saber compreender o argumento do outro."
>
>O Pedro Sette Câmara me contou uma vez que, em palestra na UFRJ, José
>Saramago disse que os programas de alfabetização são importantes porque, se
>não forem alfabetizados, os cidadãos não conseguirão ler o programa de seu
>partido político. Esse parece ser o principal uso que os autores do novo
>vestibular da UERJ vêem na língua.
>
>Era de se imaginar, ao menos, que eles deixassem as ciências naturais em
>paz. Mas que nada: o segundo item "está composto de conteúdos das
>disciplinas Matemática, Física, Química e Biologia, que objetivam
>relacionar o conhecimento científico sistematizado com as diferentes
>situações do cotidiano, contribuindo para a formação de um indivíduo capaz
>de tomar decisões na sociedade do século XXI."
>
>Como temas do tipo "ligações químicas", "cálculos estequiométricos
>simples", "geometria espacial" e "conservação da energia interna" serão
>capazes de contribuir para a tal "capacidade de tomar decisões", eu não
>consegui descobrir. Imagino que eles ainda devam encontrar um jeito.
>
>Mas o jeito não precisa ser encontrado para o uso político do terceiro
>bloco, que engloba história e geografia. Essas matérias têm sido usadas
>como plataforma para a doutrinação esquerdista há muitas décadas, e são
>apresentadas da seguinte maneira pelo edital:
>
>"O enfoque teórico-prático deve privilegiar estratégias diversificadas que
>promovam mais o raciocínio do que a memorização, valorizem mais a análise
>de diferentes fontes e testemunhos passados e presentes, contribuindo para
>um pensamento crítico face às questões do mundo contemporâneo."
>
>Trocando em miúdos: ninguém vai precisar sabe quem foi Napoleão, nem por
>que ele invadiu Portugal, mas vão precisar repetir direitinho o discurso do
>PT contra o Governo Fernando Henrique; ninguém vai precisar identificar a
>localização geográfica do Mar Mediterrâneo (façam essa pesquisa um dia com
>conhecidos ou filhos de conhecidos que estudem no Segundo Grau: aposto que
>a maioria não vai saber; já fiz a experiência), mas todos serão obrigados a
>ter na ponta da língua as razões dadas pela UNESCO para a existência de
>fome no mundo, ou os motivos da famosa (e inexistente) "concentração
>fundiária" no Brasil.
>
>E se acham que estou exagerando, faço notar que, no programa de História,
>não há um único tópico de história mundial; todos são relativos
>exclusivamente ao Brasil. O mais engraçado deles diz o seguinte:
>"Organização política do Estado republicano brasileiro: a república
>oligárquica, a construção e crise do populismo, a modernização autoritária
>e o Estado neoliberal." Existe todo um tratado de História do Brasil
>segundo o PT resumido nessa simples organização do tema.
>
>Mais ainda no tema seguinte: "Conflitos socioeconômicos rurais e urbanos no
>contexto do Brasil republicano."
>
>Em nenhum lugar, no programa da prova, se faz referência à organização
>política do Brasil quando era reino unido a Portugal, ou à influência
>portuguesa no nosso modo de vida. Não contentes em falar apenas de Brasil,
>ainda fazem escolhas arbitrárias de temas, escolhidos não de acordo com sua
>verdadeira relevância histórica, mas de acordo com sua relação com o
>noticiário midiático. Estamos, realmente, em maus lençóis, quando os temas
>principais a serem estudados no ensino médio são determinados pelas
>manchetes dos jornais e televisões, e não por sua relevância para a
>formação cultural do aluno.
>
>Pois bem: é nesse contexto de estupidez incalculável que se desenvolvem os
>programas das aulas dos diversos colégios cuja função maior é "preparar
>para o vestibular." É para esse verdadeiro teste de fidelidade ideológica
>que as escolas do país afora estão preparando, e não é de espantar que
>temas absurdos como os relativos ao racismo no Brasil sejam cobrados em
>redações escolares.
>
>A coisa é ainda pior: o vestibular é a porta de entrada para a
>universidade. Se a porta está desse jeito, imaginem o estado das próprias
>universidades: já não é segredo para ninguém que elas se transformaram em
>antros de facções políticas esquerdistas, que exercem uma verdadeira
>tirania cultural onde, supostamente, deveria reinar a liberdade de
>pensamento e expressão, condição quase imprescindível para o florescimento
>de uma verdadeira cultura intelectual.
>
>E depois dizem que cultura e a educação brasileiras são tão ruins por falta
>de verbas...
>
>
>
>
>
>
>

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SUBJECT: En: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 16:09

Vou tentar me fazer entender no que disse antes.

A matéria da Folha de São Paulo/Ciência (endereço indicado por Raquel) não
mostra o objetivo da pesquisa. As informações do método usado, são poucas,
insuficientes pra que se possa tecer qq opinião qto a validade dos dados
apurados pela pesquisa. Em minha opinião, já é o suficiente pra sua
divulgação nessa forma ser dispensável.

A Folha de São Paulo é um veículo de informação popular. O tema estupro é
algo bem polêmico, e o ato, bem presente em nossa cultura e sociedade, sendo
que popularmente não têm um conceituação, entendimento, único, e por mtas
vezes a vítima se transforma em co-autora aos olhos das demais pessoas, e
não raramente, o autor do crime é visto não só como inocente, como tb como
vítima.
Atente pra reação da Raquel, e me diga se não é a reação normal que qq
mulher teria ao ler tal artigo?


Espero ter conseguido fazer-me entender...

Sheila.


----- Original Message -----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>


Eu não li o artigo que você cita, mas li o mesmo artigo
na New Scientist. O objectivo da pesquisa é descobrir a
verdade. Quaisquer conclusões que se possam tirar são
da responsabilidade de quem as tira.

Mas que conclusões é que você teme?

Joao

Sheila wrote:
>
> O chato dessa matéria é ela não conter informação do objetivo da pesquisa.
> Pra mim, isso torna completamente sem propósito a divulgação de que ela
> exista, e incita a conclusões indevidas.
>
> Sheila.
>
> ----- Original Message -----
> From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
>
> raquel gropp wrote:
> >
> > Pasmem senhores! ... Este artigo saiu na folha ciência de hoje.
> >
> > http://www.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2606200101.htm
> >
> > Darwin se contorceria na tumba se soubesse que sua teoria seria usada
pra
> > isso!
>
> Isso é irrelevante. O que interessa saber é
>
> i) se a teoria é bem aplicada
> ii) tendo sido bem aplicada, se não existem explicações
> alternativas melhores
> iii) e qual das teorias é verdadeira.
>
> --
> joão



SUBJECT: En: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 16:18

Sendo mais direta: a impressão que se tem através dessa notícia de jornal, é
a de que o objetivo da pesquisa é prover base que justifique o crime de
estupro.

Sheila.

----- Original Message -----
From: Sheila <hcaprini@uol.com.br>


Vou tentar me fazer entender no que disse antes.

A matéria da Folha de São Paulo/Ciência (endereço indicado por Raquel) não
mostra o objetivo da pesquisa. As informações do método usado, são poucas,
insuficientes pra que se possa tecer qq opinião qto a validade dos dados
apurados pela pesquisa. Em minha opinião, já é o suficiente pra sua
divulgação nessa forma ser dispensável.

A Folha de São Paulo é um veículo de informação popular. O tema estupro é
algo bem polêmico, e o ato, bem presente em nossa cultura e sociedade, sendo
que popularmente não têm um conceituação, entendimento, único, e por mtas
vezes a vítima se transforma em co-autora aos olhos das demais pessoas, e
não raramente, o autor do crime é visto não só como inocente, como tb como
vítima.
Atente pra reação da Raquel, e me diga se não é a reação normal que qq
mulher teria ao ler tal artigo?


Espero ter conseguido fazer-me entender...

Sheila.


----- Original Message -----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>


Eu não li o artigo que você cita, mas li o mesmo artigo
na New Scientist. O objectivo da pesquisa é descobrir a
verdade. Quaisquer conclusões que se possam tirar são
da responsabilidade de quem as tira.

Mas que conclusões é que você teme?

Joao

Sheila wrote:
>
> O chato dessa matéria é ela não conter informação do objetivo da pesquisa.
> Pra mim, isso torna completamente sem propósito a divulgação de que ela
> exista, e incita a conclusões indevidas.
>
> Sheila.
>
> ----- Original Message -----
> From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
>
> raquel gropp wrote:
> >
> > Pasmem senhores! ... Este artigo saiu na folha ciência de hoje.
> >
> > http://www.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2606200101.htm
> >
> > Darwin se contorceria na tumba se soubesse que sua teoria seria usada
pra
> > isso!
>
> Isso é irrelevante. O que interessa saber é
>
> i) se a teoria é bem aplicada
> ii) tendo sido bem aplicada, se não existem explicações
> alternativas melhores
> iii) e qual das teorias é verdadeira.
>
> --
> joão



SUBJECT: En: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 16:39

Pra uma leitura leiga, sem objetivação do que se pretende com tal pesquisa,
e numa sociedade em que o estupro até certo ponto é consentida, penso a
matéria, conforme foi veiculada em A Folha de São Paulo, ser irresponsável e
inconsequente.

Sheila..

----- Original Message -----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, June 27, 2001 10:26 AM
Subject: Re: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução


Raquel,

Você pergunta:

> Discordo de vc.Isto interessa sim, enquadrar uma psicopatia como uma
> vantagem evolutiva foge à qualquer critério científico. Como pode ser
> analisado se por si só já é um desvio anti-social?

Resposta é simples: as psicopatias podem conferir vantagens
evolutivas aos seus portadores. O estudo, se se revelar correcto, é
uma simples constatação de que o crime compensa.

> Ou será que ainda vão provar que o normal é ser anormal? :-)

O seu erro está em pensar que um comportamento anti-social não
pode conferir uma vantagem evolutiva. Porque não? O estudo não
aprova a violação, da mesma forma que um estudo que mostre que
a currupção compensa não aprova a currupção. Estudo cientificos
não são guias de moral.

Joao


raquel gropp wrote:
>
> Olá João!
> Discordo de vc.Isto interessa sim, enquadrar uma psicopatia como uma
> vantagem evolutiva foge à qualquer critério científico. Como pode ser
> analisado se por si só já é um desvio anti-social?
> Ou será que ainda vão provar que o normal é ser anormal? :-)
> Sem dizer que a matéria mostra números que não dizem absolutamente
nada,
> donde se pode concluir qualquer bobagem como esta inclusive. Eu acho
> lastimável que isso tenha sido publicado num caderno de ciências.
> []´s
> Raquel
>
> >From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
> >
> >
> >
> >Isso é irrelevante. O que interessa saber é
> >
> >i) se a teoria é bem aplicada
> >ii) tendo sido bem aplicada, se não existem explicações
> >alternativas melhores
> >iii) e qual das teorias é verdadeira.
> >
> >--
> >joão
> >
>
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>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
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SUBJECT: Re: En: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 16:47

Sheila wrote:
>
> Sendo mais direta: a impressão que se tem através dessa notícia de jornal, é
> a de que o objetivo da pesquisa é prover base que justifique o crime de
> estupro.

Primeiro, o objectivo de qualquer pesquisa é sempre a descoberta da
verdade. Segundo, mesmo que o objectivo da pesquisa fosse "prover
base que justifique o crime de estupro" isso não significa que o
crime seja justificavel. Terceiro, nada no artigo sugere que a
violação é justificavel, o que se sugere é que o crime pode
compensar. Quarto, a aceitação da violação é um problema ético não
é um problema cientifico. A violação não respeita a liberdade da
mulher e nada nem ninguém conseguirá justificar o desrespeito dessa
liberdade. Quinto, os jornais e as revistas cientificas não podem
ser responsabilizadas pelas interpretações idiotas que possam ser
dadas às notícias.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: En: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 16:48

Qdo se fala em vantagem evolutiva nese caso, está se falando na
sobrevivência da espécie humana?

Não vejo como uma vantagem, pois a espécie humana não necessita da maior
eficiência (se é que essa exista...) do ato de estupro pra sua perpetuação.
Pelo contrário, penso que esse tipo de ação se tomada como socialmente
positiva, pode levar a um caos social que traga maiores baixas
populacionais.

Sheila.

----- Original Message -----
From: Alexandre Sedlacek Moana <alex@energias.com.br>

Concordo.

Não é por um procedimento não estar de acordo com nossas atuais normas
sociais que ele não possa garantir uma vantagem evolutiva.

Qual seria o método para se coibir a proliferação dessa característica,
desconfortável para nosso convívio social, e ao mesmo tempo benéfica para
seu possuidor?

Alterar com precisão o sistema de forma que de uma vantagem passe a ser uma
desvantagem evolutiva.

SDS,

ASM


----- Original Message -----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
Raquel,

Você pergunta:

> Discordo de vc.Isto interessa sim, enquadrar uma psicopatia como uma
> vantagem evolutiva foge à qualquer critério científico. Como pode ser
> analisado se por si só já é um desvio anti-social?

Resposta é simples: as psicopatias podem conferir vantagens
evolutivas aos seus portadores. O estudo, se se revelar correcto, é
uma simples constatação de que o crime compensa.

> Ou será que ainda vão provar que o normal é ser anormal? :-)

O seu erro está em pensar que um comportamento anti-social não
pode conferir uma vantagem evolutiva. Porque não? O estudo não
aprova a violação, da mesma forma que um estudo que mostre que
a currupção compensa não aprova a currupção. Estudo cientificos
não são guias de moral.

Joao


raquel gropp wrote:
>
> Olá João!
> Discordo de vc.Isto interessa sim, enquadrar uma psicopatia como uma
> vantagem evolutiva foge à qualquer critério científico. Como pode ser
> analisado se por si só já é um desvio anti-social?
> Ou será que ainda vão provar que o normal é ser anormal? :-)
> Sem dizer que a matéria mostra números que não dizem absolutamente
nada,
> donde se pode concluir qualquer bobagem como esta inclusive. Eu acho
> lastimável que isso tenha sido publicado num caderno de ciências.
> []´s
> Raquel
>
> >From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
> >
> >
> >
> >Isso é irrelevante. O que interessa saber é
> >
> >i) se a teoria é bem aplicada
> >ii) tendo sido bem aplicada, se não existem explicações
> >alternativas melhores
> >iii) e qual das teorias é verdadeira.
> >
> >--
> >joão



SUBJECT: En: En: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 17:24

Existe sim responsabilidade pelas conclusões *idiotas* que possam ser
tiradas. Senão responsabilidade legal, responsabilidade social.
No entanto, a questão do que é responsabilidade, é assunto polêmico.
Qdo falo em responsabilidade pelas conclusões *idiotas*, estou observando o
poder da mídia sobre postura em nossa sociedade.
A partir do significado dado a palavra idiota usada em sua msgm, creio que
só reste concluir que fazemos parte de uma sociedade formada de *idiotas* em
sua maioria.

Sheila.

----- Original Message -----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>



Sheila wrote:
>
> Sendo mais direta: a impressão que se tem através dessa notícia de jornal,
é
> a de que o objetivo da pesquisa é prover base que justifique o crime de
> estupro.

Primeiro, o objectivo de qualquer pesquisa é sempre a descoberta da
verdade. Segundo, mesmo que o objectivo da pesquisa fosse "prover
base que justifique o crime de estupro" isso não significa que o
crime seja justificavel. Terceiro, nada no artigo sugere que a
violação é justificavel, o que se sugere é que o crime pode
compensar. Quarto, a aceitação da violação é um problema ético não
é um problema cientifico. A violação não respeita a liberdade da
mulher e nada nem ninguém conseguirá justificar o desrespeito dessa
liberdade. Quinto, os jornais e as revistas cientificas não podem
ser responsabilizadas pelas interpretações idiotas que possam ser
dadas às notícias.

--
joão



SUBJECT: Re: En: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 17:29



Sheila wrote:
>
> Qdo se fala em vantagem evolutiva nese caso, está se falando na
> sobrevivência da espécie humana?

A vantagem evolutiva não é da espécie humana. A selecção de grupo
não existe. A vantagem evolutiva é de um hipotético gene (ou genes)
que tornam o individuo propenso a violar.

> Não vejo como uma vantagem, pois a espécie humana não necessita da maior
> eficiência (se é que essa exista...) do ato de estupro pra sua perpetuação.

A vantagem não é da espécie humana.

> Pelo contrário, penso que esse tipo de ação se tomada como socialmente
> positiva, pode levar a um caos social que traga maiores baixas
> populacionais.

O caos social é irrelevante desde que as vantagens para o "gene da
violação" sejam maiores que as desvantagens. Se assim for esse gene
terá sempre uma vantagem evolutiva.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Direitos do Fisico
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 17:30

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO FÍSICO
Autor anônimo

Consideramos esses postulados como intuitivamente óbvios, que todo
físico(a) nasce igual, em primeira aproximação, e é dotado(a), pelo
criador, de certos privilégios discretos, entre eles, uma vida média de
repouso, n graus de liberdade e os seguintes direitos, que são invariantes
sob todas as transformações:

I. Aproximar todos os problemas a casos ideais.

II. Usar cálculos de ordem de grandeza sempre que necessários (isto é,
sempre que se der bem com eles).

III. Usar o rigoroso método da "acochambração" para resolver problemas
mais difíceis que a soma de inteiros reais positivos.

IV. Desprezar todas as funções que divergem considerando-as "detestáveis"
e "não-físicas".

V. Invocar o princípio da incerteza sempre que confrontado com
matemáticos, químicos, engenheiros, psicólogos, dramaturgos e andere
schweinhund.

VI. Usar "notações bastardas" onde a matemática convencional não
funcionar.

VII. Justificar um raciocício furado com o argumento de que dá a resposta
certa.

VIII. Escolher espertamente condições iniciais convenientes, usando
princípio geral da trivialidade.

IX. Usar argumentos plausíveis no lugar de provas e, a partir daí,
referir-se a esses argumentos como provas.

X. Considerar ato de fé qualquer princípio que pareça correto mas não
possa ser provado.
==========================================================

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: En: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 17:31



Sheila wrote:
>
> Pra uma leitura leiga, sem objetivação do que se pretende com tal pesquisa,
> e numa sociedade em que o estupro até certo ponto é consentida, penso a
> matéria, conforme foi veiculada em A Folha de São Paulo, ser irresponsável e
> inconsequente.

Você está a sugerir que a divulgação cientifica deve ser evitada
porque o público não entende o que lê. Essa atitude só serviria
para promover a ignorância.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: En: En: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 18:10

Bem, então ou a pesquisa não tem relação com o que falamos agora, ou ela não
é válida, pois creio que não está provado que existam genes que tornam o
indivíduo propenso a violar.

Sheila.

----- Original Message -----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>

Sheila wrote:
>
> Qdo se fala em vantagem evolutiva nese caso, está se falando na
> sobrevivência da espécie humana?

A vantagem evolutiva não é da espécie humana. A selecção de grupo
não existe. A vantagem evolutiva é de um hipotético gene (ou genes)
que tornam o individuo propenso a violar.

> Não vejo como uma vantagem, pois a espécie humana não necessita da maior
> eficiência (se é que essa exista...) do ato de estupro pra sua
perpetuação.

A vantagem não é da espécie humana.

> Pelo contrário, penso que esse tipo de ação se tomada como socialmente
> positiva, pode levar a um caos social que traga maiores baixas
> populacionais.

O caos social é irrelevante desde que as vantagens para o "gene da
violação" sejam maiores que as desvantagens. Se assim for esse gene
terá sempre uma vantagem evolutiva.

--
joão




SUBJECT: Re: En: En: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evo lução
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 18:22

Uma pessoa que tira conclusões idiotas não é necessariamente
idiota. Pode sempre aprender com os seus erros e não há nada
de idiota nisso. Mas, a atitude paternalista de negar ao
publico a discussão de temas cientificos só porque o publico
poderá tirar conclusões idiotas só servirá para tornar esse
público realemente idiota.

Joao

Sheila wrote:
>
> Existe sim responsabilidade pelas conclusões *idiotas* que possam ser
> tiradas. Senão responsabilidade legal, responsabilidade social.
> No entanto, a questão do que é responsabilidade, é assunto polêmico.
> Qdo falo em responsabilidade pelas conclusões *idiotas*, estou observando o
> poder da mídia sobre postura em nossa sociedade.
> A partir do significado dado a palavra idiota usada em sua msgm, creio que
> só reste concluir que fazemos parte de uma sociedade formada de *idiotas* em
> sua maioria.
>
> Sheila.
>
> ----- Original Message -----
> From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
>
> Sheila wrote:
> >
> > Sendo mais direta: a impressão que se tem através dessa notícia de jornal,
> é
> > a de que o objetivo da pesquisa é prover base que justifique o crime de
> > estupro.
>
> Primeiro, o objectivo de qualquer pesquisa é sempre a descoberta da
> verdade. Segundo, mesmo que o objectivo da pesquisa fosse "prover
> base que justifique o crime de estupro" isso não significa que o
> crime seja justificavel. Terceiro, nada no artigo sugere que a
> violação é justificavel, o que se sugere é que o crime pode
> compensar. Quarto, a aceitação da violação é um problema ético não
> é um problema cientifico. A violação não respeita a liberdade da
> mulher e nada nem ninguém conseguirá justificar o desrespeito dessa
> liberdade. Quinto, os jornais e as revistas cientificas não podem
> ser responsabilizadas pelas interpretações idiotas que possam ser
> dadas às notícias.
>
> --
> joão
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/

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joão
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SUBJECT: Re: En: En: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Ev olução
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 18:25

A pesquisa é um indicio que esses genes existem.


Joao

Sheila wrote:
>
> Bem, então ou a pesquisa não tem relação com o que falamos agora, ou ela não
> é válida, pois creio que não está provado que existam genes que tornam o
> indivíduo propenso a violar.
>
> Sheila.


SUBJECT: Re: Estupro X Teoria da Evolucao
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 19:09

Existem responsabilidades legais
pelas _*conseqüências*_
de conclusões *idiotas* veiculadas
ao público.
===
É por isso que a liberdade de expressão
do pensamento não pode ser anônima.
===
Isso nada tem a ver com paternalismos,
pelo contrário.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: João Mário Miranda
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Wednesday, June 27, 2001 6:22 PM
Subject: Re: En: En: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evo lução


Uma pessoa que tira conclusões idiotas não é necessariamente
idiota. Pode sempre aprender com os seus erros e não há nada
de idiota nisso. Mas, a atitude paternalista de negar ao
publico a discussão de temas cientificos só porque o publico
poderá tirar conclusões idiotas só servirá para tornar esse
público realemente idiota.

Joao

Sheila wrote:
>
> Existe sim responsabilidade pelas conclusões *idiotas* que possam ser
> tiradas. Senão responsabilidade legal, responsabilidade social.
> No entanto, a questão do que é responsabilidade, é assunto polêmico.
> Qdo falo em responsabilidade pelas conclusões *idiotas*, estou observando o
> poder da mídia sobre postura em nossa sociedade.
> A partir do significado dado a palavra idiota usada em sua msgm, creio que
> só reste concluir que fazemos parte de uma sociedade formada de *idiotas* em
> sua maioria.
>
> Sheila.
>
> ----- Original Message -----
> From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
>
> Sheila wrote:
> >
> > Sendo mais direta: a impressão que se tem através dessa notícia de jornal,
> é
> > a de que o objetivo da pesquisa é prover base que justifique o crime de
> > estupro.
>
> Primeiro, o objectivo de qualquer pesquisa é sempre a descoberta da
> verdade. Segundo, mesmo que o objectivo da pesquisa fosse "prover
> base que justifique o crime de estupro" isso não significa que o
> crime seja justificavel. Terceiro, nada no artigo sugere que a
> violação é justificavel, o que se sugere é que o crime pode
> compensar. Quarto, a aceitação da violação é um problema ético não
> é um problema cientifico. A violação não respeita a liberdade da
> mulher e nada nem ninguém conseguirá justificar o desrespeito dessa
> liberdade. Quinto, os jornais e as revistas cientificas não podem
> ser responsabilizadas pelas interpretações idiotas que possam ser
> dadas às notícias.
>
> --
> joão
>
>


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: En: En: En: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Ev olução
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 19:11

Seria mesmo? A pesquisa não fala de genes que tornam o indivíduo propenso a
violar. Pelo que entendi da matéria, usaram um método estatístico pra
levantar dados sobre fertilidade em relação a atos sexuais consentidos e não
consentidos.

Sheila.

----- Original Message -----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>


A pesquisa é um indicio que esses genes existem.


Joao

Sheila wrote:
>
> Bem, então ou a pesquisa não tem relação com o que falamos agora, ou ela
não
> é válida, pois creio que não está provado que existam genes que tornam o
> indivíduo propenso a violar.
>
> Sheila.



SUBJECT: En: En: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 19:14

Estou sugerindo que a publicação dela em jornal não especializado seja
tratada com mais cuidado. Talvez o termo adequadamente.

É o tal compromisso com a verdade. Meia verdade, que eu saiba, não existe...

Sheila.

----- Original Message -----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>


Sheila wrote:
>
> Pra uma leitura leiga, sem objetivação do que se pretende com tal
pesquisa,
> e numa sociedade em que o estupro até certo ponto é consentida, penso a
> matéria, conforme foi veiculada em A Folha de São Paulo, ser irresponsável
e
> inconsequente.

Você está a sugerir que a divulgação cientifica deve ser evitada
porque o público não entende o que lê. Essa atitude só serviria
para promover a ignorância.

--
joão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Estupro X Teoria da Evolucao
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 19:16



Celso Galli Coimbra wrote:
>
> Existem responsabilidades legais
> pelas _*conseqüências*_
> de conclusões *idiotas* veiculadas
> ao público.

Ninguém falou em veiculação de ideias idiotas, mas em
interpretações idiotas por parte do público. Não se
pode culpar o emissor pela interpretação errada do
receptor.

Independentemente disso, ninguém deve ser condenado por
expressar uma opinião idiota.
--
joão
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http://www.explicacoes.com


SUBJECT: En: En: En: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evo lução
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 19:24

Tem razão. No entanto, quis dizer que, devido ao pensamento e comportamento
social que tenho visto, a tendência é a interpretação de que a pesquisa
tende a justificar o crime de estupro.
Acredito na informação como modo de *iluminar* mentes, porém não na
informação mal passada.

Sheila.

----- Original Message -----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>

Uma pessoa que tira conclusões idiotas não é necessariamente
idiota. Pode sempre aprender com os seus erros e não há nada
de idiota nisso. Mas, a atitude paternalista de negar ao
publico a discussão de temas cientificos só porque o publico
poderá tirar conclusões idiotas só servirá para tornar esse
público realemente idiota.

Joao

Sheila wrote:
>
> Existe sim responsabilidade pelas conclusões *idiotas* que possam ser
> tiradas. Senão responsabilidade legal, responsabilidade social.
> No entanto, a questão do que é responsabilidade, é assunto polêmico.
> Qdo falo em responsabilidade pelas conclusões *idiotas*, estou observando
o
> poder da mídia sobre postura em nossa sociedade.
> A partir do significado dado a palavra idiota usada em sua msgm, creio que
> só reste concluir que fazemos parte de uma sociedade formada de *idiotas*
em
> sua maioria.
>
> Sheila.
>
> ----- Original Message -----
> From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
>
> Sheila wrote:
> >
> > Sendo mais direta: a impressão que se tem através dessa notícia de
jornal,
> é
> > a de que o objetivo da pesquisa é prover base que justifique o crime de
> > estupro.
>
> Primeiro, o objectivo de qualquer pesquisa é sempre a descoberta da
> verdade. Segundo, mesmo que o objectivo da pesquisa fosse "prover
> base que justifique o crime de estupro" isso não significa que o
> crime seja justificavel. Terceiro, nada no artigo sugere que a
> violação é justificavel, o que se sugere é que o crime pode
> compensar. Quarto, a aceitação da violação é um problema ético não
> é um problema cientifico. A violação não respeita a liberdade da
> mulher e nada nem ninguém conseguirá justificar o desrespeito dessa
> liberdade. Quinto, os jornais e as revistas cientificas não podem
> ser responsabilizadas pelas interpretações idiotas que possam ser
> dadas às notícias.
>
> --
> joão
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> Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: En: [ciencialist] Re: Estupro X Teoria da Evolucao
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 19:30

Por muitas vezes, sim. O emissor tem sim *culpa* pelo o que o receptor
compreende. Na verdade, é disso que falo agora. Não falo da pesquisa em sim,
e sim do conteúdo do artigo da Folha.

Desculpe, mas não vejo nenhuma tentativa de condenação de alguém por
expressar opinião idiota. Ou será que deveria ver?

Sheila.

----- Original Message -----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, June 27, 2001 7:16 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Estupro X Teoria da Evolucao




Celso Galli Coimbra wrote:
>
> Existem responsabilidades legais
> pelas _*conseqüências*_
> de conclusões *idiotas* veiculadas
> ao público.

Ninguém falou em veiculação de ideias idiotas, mas em
interpretações idiotas por parte do público. Não se
pode culpar o emissor pela interpretação errada do
receptor.

Independentemente disso, ninguém deve ser condenado por
expressar uma opinião idiota.
--
joão



SUBJECT: Re: Estupro X Teoria da Evolucao
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 20:39

Ao contrário,
dependendo das CONSEQÜÊNCIAS
da veiculação de idéias _*idiotas*_ pode
haver condenação pacificamente.
===
A apologia do estupro é uma idéia
idiota, seja qual for a pretensão idiota
com que esteja sendo apresentada.
===
FATO: estupro é crime.
===
Não pode ser esquecido o
FATO de que estupro é CRIME
e esse FATO não vai ser mudado
por estudo algum.
===
_*Estudo*_ que justifique um crime ( fato )
é mais do que uma apenas IDIOTICE.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
From: João Mário Miranda
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Wednesday, June 27, 2001 7:16 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Estupro X Teoria da Evolucao




Celso Galli Coimbra wrote:
>
> Existem responsabilidades legais
> pelas _*conseqüências*_
> de conclusões *idiotas* veiculadas
> ao público.

Ninguém falou em veiculação de ideias idiotas, mas em
interpretações idiotas por parte do público. Não se
pode culpar o emissor pela interpretação errada do
receptor.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Estupro X Teoria da Evolucao
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 21:22

Primeiro, não há nenhum estudo que faz a apologia da violação.

Segundo, a violação é injustificavel, logo nenhum estudo
a poderia justificar. A ciência não resolve questões éticas,
nem a ética resolve questões cientificas.

Terceiro, mesmo que alguém pretendesse ter um estudo que
justifica a violação, nenhuma lei deve impedir a sua divulgação.
A liberdade de expressão serve precisamente para propagar ideias
contrárias à lei e aos usos da sociedade. Não confunda "propagação
da ideia de que a violação é correcta" com "incentivo à violação".

Quarto, uma lei que pretenda substituir o bom senso dos cidadãos
é uma lei paternalista e devia ser abolida. Qualquer cidadão de
bom senso ignorará qualquer apologia da violação; os cidadãos
sem bom senso são uma causa perdida e não há lei que lhes valha.

Quinto, há uma diferença entre "pode" e "deve". Se "pode" haver
condenação da propagação de ideias idiotas, isso não significa
que "deva" haver.



Joao

Celso Galli Coimbra wrote:
>
> Ao contrário,
> dependendo das CONSEQÜÊNCIAS
> da veiculação de idéias _*idiotas*_ pode
> haver condenação pacificamente.
> ===
> A apologia do estupro é uma idéia
> idiota, seja qual for a pretensão idiota
> com que esteja sendo apresentada.
> ===
> FATO: estupro é crime.
> ===
> Não pode ser esquecido o
> FATO de que estupro é CRIME
> e esse FATO não vai ser mudado
> por estudo algum.
> ===
> _*Estudo*_ que justifique um crime ( fato )
> é mais do que uma apenas IDIOTICE.
> ===
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> ================
> From: João Mário Miranda
> To: ciencialist@yahoogroups.com
> Sent: Wednesday, June 27, 2001 7:16 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Estupro X Teoria da Evolucao
>
> Celso Galli Coimbra wrote:
> >
> > Existem responsabilidades legais
> > pelas _*conseqüências*_
> > de conclusões *idiotas* veiculadas
> > ao público.
>
> Ninguém falou em veiculação de ideias idiotas, mas em
> interpretações idiotas por parte do público. Não se
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> Independentemente disso, ninguém deve ser condenado por
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> --
> joão
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SUBJECT: Premio da Procuradoria Geral do Estado de Sao Paulo -- Violencia contra a Mulher
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 21:24

A PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO tem o prazer de convidar V.Sa. para o ato solene de entrega do prêmio "Procuradoria Geral do Estado - 2000" à Procuradora do Estado


MÔNICA DE MELO
vencedora do concurso com a monografia
"Juizado Especial Criminal e o acesso à justiça da mulher
VÍTIMA DE VIOLÊNCIA".

Programa
17h - Recepção dos convidados

17:30h - Abertura da Cerimônia
18:30h - Coquetel oferecido pela APESP
Local: Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo
Rua Álvares Machado, 18, 1o andar - Liberdade
Data: 3 de julho de 2001

Horário: 17 às 20h


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Estupro X Teoria da Evolucao -- Desde quando Ciencia nada tem a ver com leis sociais e etica ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 22:07

A todo direito corresponde uma obrigação.
===
O direito da liberdade de expressão corresponde
a obrigação pela responsabilidade no uso dessa
liberdade.
===
O missivista incorre em erro na sua análise da
_*liberdade de expressão*_.
===
A Constituição Federal não protege a liberdade de expressão
para PERMITIR à transgressão das leis da sociedade.
===
A liberdade de expressão não protege as conseqüências ou a ilicitude
da expressão do pensamento.
===
DAI A RAZÃO, já referida, de
somente poder ser exercida sem anonimato.
===
SE o missivista não entendeu o que está sendo explicado,
vá para um lugar público e faça uma experiência _*científica*_
de conseqüências danosas: DEFENDA O RACISMO, ou
INCITE AO HOMICÍDIO, ou INCITE À AGRESSÃO SEXUAL.
===
Quaisquer que sejam seus fundamentos, CIENTÍFICOS OU
NÃO, o _*cientista*_ vai responder a processo por CRIME.
===
E, claro, como o missivista considera que advogados não são éticos,
vai dispensar defesa ( o que não será aceito ) e vai confessar
que teve uma atitude criminosa e pedir para ser condenado
a pena máxima possível, sem qualquer atenuante,
o que se for aceito irá colocá-lo em um presídio
brasileiro onde ocorrem o correspondente ao estupro,
que é o _*atentado violento ao pudor*_.
===
Diante dessa experiência poderá refletir sobre a questão
literalmente *em cima dela*.
===
Incorre em erro dizer que a PRÁTICA da ciência não tem
que ter ética ou respeitar a lei. TEM que respeitar a lei sim.
===
Conhecer leis superficialmente é uma cultura básica indispensável,
para cientistas inclusive.
===
Falar sobre leis deve ter como pressuposto o
conhecimento delas. Questão de seriedade do
discurso.
===
Sem a existência de leis NÃO EXISTE ORGANIZAÇÃO
SOCIAL.
===
Sem essa organização não há ciência.
===
Lei é a regulamentação dos valores básicos.
===
_*Bom senso*_, _*ética_ são valores de uso geralmente
_*facultativo*_ para ALÉM das
leis, e NÃO AS SUBSTITUEM no que respeita
ao básico para a viabilidade da vida em uma sociedade.
===
A Lei é imperativa não é facultativa.
===
_*PODE*_ foi utilizado porque não me
referi a uma condenação concreta.
===
Esse trabalho publicado faz a apologia da
violação.
===
Violação por ESTUPRO é CRIME ( fato ).
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: João Mário Miranda
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Wednesday, June 27, 2001 9:22 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Estupro X Teoria da Evolucao


Primeiro, não há nenhum estudo que faz a apologia da violação.

Segundo, a violação é injustificavel, logo nenhum estudo
a poderia justificar. A ciência não resolve questões éticas,
nem a ética resolve questões cientificas.

Terceiro, mesmo que alguém pretendesse ter um estudo que
justifica a violação, nenhuma lei deve impedir a sua divulgação.
A liberdade de expressão serve precisamente para propagar ideias
contrárias à lei e aos usos da sociedade. Não confunda "propagação
da ideia de que a violação é correcta" com "incentivo à violação".

Quarto, uma lei que pretenda substituir o bom senso dos cidadãos
é uma lei paternalista e devia ser abolida. Qualquer cidadão de
bom senso ignorará qualquer apologia da violação; os cidadãos
sem bom senso são uma causa perdida e não há lei que lhes valha.

Quinto, há uma diferença entre "pode" e "deve". Se "pode" haver
condenação da propagação de ideias idiotas, isso não significa
que "deva" haver.



Joao

Celso Galli Coimbra wrote:
>
> Ao contrário,
> dependendo das CONSEQÜÊNCIAS
> da veiculação de idéias _*idiotas*_ pode
> haver condenação pacificamente.
> ===
> A apologia do estupro é uma idéia
> idiota, seja qual for a pretensão idiota
> com que esteja sendo apresentada.
> ===
> FATO: estupro é crime.
> ===
> Não pode ser esquecido o
> FATO de que estupro é CRIME
> e esse FATO não vai ser mudado
> por estudo algum.
> ===
> _*Estudo*_ que justifique um crime ( fato )
> é mais do que uma apenas IDIOTICE.
> ===
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> ================
> From: João Mário Miranda
> To: ciencialist@yahoogroups.com
> Sent: Wednesday, June 27, 2001 7:16 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Estupro X Teoria da Evolucao
>
> Celso Galli Coimbra wrote:
> >
> > Existem responsabilidades legais
> > pelas _*conseqüências*_
> > de conclusões *idiotas* veiculadas
> > ao público.
>
> Ninguém falou em veiculação de ideias idiotas, mas em
> interpretações idiotas por parte do público. Não se
> pode culpar o emissor pela interpretação errada do
> receptor.
>
> Independentemente disso, ninguém deve ser condenado por
> expressar uma opinião idiota.
> --
> joão
> http://www.nonio.com
> http://www.explicacoes.com
>
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>
>


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Ciencia e Crime : A crianca como sujeito de experimentacao cientifica: uma analise historica dos aspectos eticos
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 22:32

Direito_Saúde -- 08.02.2001
======================
Ciência e Crime: A crianca como sujeito de experimentacao científica: uma analise histórica dos aspectos éticos.

===


Fonte: MOTA, Joaquim Antônio César. Tese de doutoramento: "A criança como sujeito de experimentação científica: uma análise histórica dos aspectos éticos", UFMG, agosto de 1998.

===

Algumas histórias exemplares da crueldade em nome da ciência, dados extraídos da tese de doutoramento de Joaquim Antônio César Mota: "A criança como sujeito de experimentação científica: uma análise histórica dos aspectos éticos", UFMG, agosto de 1998.


===

"O processo de diagnosticar e tratar as moléstias sempre teve aspectos experimentais. Começou com a aplicação deste ou daquele remédio a um doente e a observação dos resultados. Os médicos foram os primeiros a interrogar a natureza em busca de respostas. E o ser humano sempre foi sujeito e objeto dessa experimentação. Paralelamente à construção dessa área de conhecimento, o ser humano tem deparado-se com questões morais e éticas inerentes a essas relações pessoa-sujeito versus pessoa-objeto da experimentação (CORNFORD, 1989, p. 60-61).

===

O mais antigo documento sobre aspectos éticos da experimentação em seres humanos é, provavelmente, o livro "De Medicina" de Celso, escrito no ano 25 d.C. Neste livro, louvava-se a vivissecção de criminosos realizada na escola médica de Alexandria, no século III a.C., considerando não ser cruel infligir sofrimentos em criminosos, para
beneficiar multidões de pessoas inocentes (CARLINI, 1987, p. 2; CORDEIRO, 1990). Herófilo e Erasístrato, os dois expoentes dessa escola médica, ao usarem pessoas vivas, escravos e criminosos, deram os primeiros passos conhecidos nos estudos anatômicos (LYONS & PETRUCELLI, 1978, p. 229; OLIVEIRA, 1981, p. 87; SOUSA, 1981, p. 83). E, desde então, com a vivissecção (primeiro passo sistemático da experimentação em seres humanos), a inocência do processo de conhecimento foi
perdida e levantam-se questões de consciência (...)

===

No mundo moderno atos referendados pelos governos, portanto legais, nem sempre são legítimos e moralmente aceitos. Algumas pesquisas, financiadas e incentivadas por governos e instituições científicas, tornam sinônimas as palavras "experiência" e "crime". Os exemplos, infelizmente, são múltiplos em número, lugares e épocas: prisioneiros
de guerra sendo utilizados como cobaias; implantação de células cancerosas em pacientes senis; infecção de crianças deficientes mentais com o vírus da hepatite; não tratamento de centenas de negros americanos do norte com sífilis; exposição de cancerosos a altas doses de radiação; perfusão de cabeças decapitadas de fetos para o estudo de metabolismo das cetonas (CARLINI, 1987, p. 4).


===

Onde essa sinonímia entre experimento científico e crime mais se exteriorizou foi na Alemanha hitlerista. Mais de 90% dos membros da profissão médica dos níveis mais elevados estavam envolvidos com atos nos quais pessoas eram mortas ou lesadas permanentemente, nos hospitais e universidades alemãs e nos campos de concentração (DROBNIEWSKI, 1993).

===

Os médicos alemães filiaram-se ao partido nazista não só precocemente, mas em maior número do que qualquer outro grupo profissional. Em 1942, mais de 38 mil médicos eram membros do Partido, o que representava mais de 50% de todos os médicos alemães. Este dado torna-se mais, significativo quando se sabe que, em 1933, 60% dos médicos berlinenses eram judeus. Este exemplo mostra-nos que o ethos médico não é
imutável, mas intensamente influenciado por forças sociais e políticas e por perversões na aplicação da ciência e da tecnologia (BARONDESS, 1996).


===

Vale lembrar que em 1933, quando o Partido Nacional-Socialista conquistou o poder na Alemanha, esse país era o centro mais avançado da medicina e da ciência biomédica do mundo, inclusive no tocante à regulamentação ética, com as leis de 1900 e 1931 sobre experimentação em seres humanos. Em 1900, o Ministério da Religião, Educação e Saúde da Prússia ordenou que os experimentos com seres humanos só poderiam ser
realizados em adultos competentes que dessem seu consentimento informado. E em 1931, como resultado de acusações pela imprensa da realização de procedimentos antiéticos em seres humanos durante experimentos científicos, o Ministério do Interior da Alemanha publicou normas muito semelhantes às de 1900, regulando o uso de novas
terapias e a experimentação com seres humanos. Esta lei estabelecia direitos aos
voluntários que só foram discutidos mundialmente após o fim da Segunda Guerra Mundial, tais como a necessidade de realização de testes prévios em animais e de obtenção de consentimento do voluntário ou de seu representante legal após o fornecimento de informações adequadas (condição essencial para a realização de qualquer pesquisa biomédica), e de cuidados especiais nos casos que envolvessem menores de idade (CAPRON, 1989, p. 129; BENNETT, 1993). Ironicamente, o estabelecimento do normas internacionais sobre pesquisas utilizando seres humanos foi
motivado pelo desvelamento dos experimentos nazistas durante a Guerra.

===

Deve-se assinalar que essas normas continuaram a vigorar na Alemanha durante o Terceiro Reich. Uma das justificativas dadas pelos cientistas nazistas para a realização de experimentos cruéis em judeus, ciganos, homossexuais e comunistas era que essas pessoas eram seres inferiores, que não tinham o estatuto de ser humano e, portanto não estavam sob o manto das leis de 1900 e 1931 (WIGODSKI & HOPPE, 1996). (...)


===

Esse comportamento dos cientistas alemães precedeu a implantação do governo nazista. Em 1920, um livro escrito por dois renomados professores alemães, um psiquiatra e o outro jurista, enfatizava que matar homens desqualificados era um ato justificável (ELLARD, 1993). Foi inclusive nas teorias médicas de higiene racial, desenvolvidas a partir da segunda metade do século XIX e amplamente difundidas nas primeiras décadas desse século, que o Nacional Socialismo buscou os fundamentos
científicos para legitimar sua política. Não apenas Joseph Mengele,
mas um número significativo e representativo dos médicos alemães participou, não como vítimas de um ditador perverso e odioso, mas como parte integrante de um projeto que ajudaram a desenvolver. Experiências médicas não foram uma aberração nazista isolada. Estavam integradas na mesma concepção que exterminou milhões de pessoas, os médicos nazistas exercitando sua função de soldados biológicos (CYTRYNOWICZ, 1990, p. 111). Não foi em nome de um instinto sanguinário, do interesse econômico
ou político, ou ainda de preconceito, que eles sacrificaram todo e qualquer escrúpulo. O que havia era o não reconhecimento do outro, o que excluía qualquer relação ética (FINKIELKRAUT, 1989, p. 21-22). (...)

===

A pesquisa médica nazista é comumente considerada como uma aberração que começou e terminou com os horrores do regime hitlerista. Porém se seu começo foi mais gradual e dentro das leis, os seus resultados continuaram a ser citados na literatura médica contemporânea. A medicina nazista, portanto, não existiu apenas entre 1933 e 1945, mas estende- se além de 1945. Ironicamente, enquanto os nazistas tinham leis muito rígidas para proteção dos animais contra abusos em experimentação científica (SEIDELMAN, 1986), nos campos de concentração seres humanos eram utilizados como cobaias sem nenhuma proteção (SEIDELMAN, 1989).


===

Além disso, a influência da medicina nazista não acabou em Nuremberg. Após 1945, os poucos médicos alemães que ousaram criticar a postura dos seus colegas durante a guerra, foram acusados de tentar desonrar a profissão médica alemã. Nos anos oitenta, a Associação dos Médicos Alemães (Câmara dos Médicos) puniu um médico por ele ter
publicado um artigo no Lancet denunciando o comportamento dos médicos alemães no holocausto (HANAUSKE-ABEL,1986). Vale assinalar que dois presidentes dessa Câmara no pós-guerra haviam sido membros da SS, o que mostra a concordância do modo de pensar deles com uma parcela representativa do corpo médico alemão. (DROBNIEWSKI, 1993). A negação de culpabilidade e o uso dos corpos das vítimas do nazismo pela ciência alemã continuou por longo período no pós-guerra. Espécimes anatômicos oriundos dos campos de extermínio, incluindo a coleção Hallervorden do
renomado Instituto Max-Planck para Pesquisas Cerebrais, foram incinerados apenas em 1989 e 1990. E não é demais lembrar que vários médicos nazistas eram respeitáveis cientistas reconhecidos internacionalmente.

===

O professor Ernst Rüdin da Universidade de Munique, era mundialmente conhecido nas áreas de psiquiatria e genética, especialmente no estudo da relação entre esquizofrenia e genética. Foi ele o principal inspirador da lei de prevenção das doenças hereditárias de 1935, que estabeleceu a base para o programa de esterilização em massa de pessoas com traços genéticos indesejáveis. Os seus critérios para esterilização incluíam pessoas que faziam objeções de consciência para se alistar no exército, pois isso era considerado uma fraqueza mental, uma forma de esquizofrenia e, portanto, hereditária. O professor Otmar von Verschuer era outro geneticista internacionalmente reconhecido, pioneiro na pesquisa com gêmeos. Em junho de 1939, ele foi convidado a expor seus
resultados durante a reunião anual da Royal Society of London, que foram depois publicados pela revista dessa sociedade. Esses dois cientistas, Rüdin e von Verschuer, continuaram a ser citados na literatura médica internacional no pós-guerra, sem críticas às suas reputações ou ao contexto de seus trabalhos (...)


===

Já Joseph Mengele, que estudou medicina e antropologia em Munique, onde em 1935 alcançou o grau de PhD com uma tese sobre fenda palatina, foi assistente do professor Verschuer em Frankfurt. Inclusive os experimentos realizados em Auschwitz eram vistos por Mengele como cruciais para sua ascensão na carreira acadêmica. Um seu trabalho foi inclusive citado no Index Medicus de 1937 (SEIDELMAN, 1989). Na área de embriologia oral e especialmente no estudo das anomalias labiais e de palato seus trabalhos continuam a ser citados na literatura científica. Ironicamente, a identificação de seu esqueleto encontrado no Brasil foi possível, em parte, devido a uma variação mandibular que o próprio Mengele havia descrito em estudo realizado nos anos trinta. A síndrome de Hallervorden-Spatz, foi descrita em 1922 pelos professores Hallervorden e Spatz. Ambos foram cientistas que participaram ativamente da política nazista de extermínio. O professor Hallervorden dissecou cerca de 500 cérebros de prisioneiros de guerra e inclusive orientava os soldados alemães não só sobre a melhor maneira de matar os prisioneiros para preservar o cérebro, as como preparar este órgão para evitar sua deteriorização (HARPER, 1996). Um dos maiores e mais conceituados atlas de anatomia humana é o "Pernkopf Anatomy" do professor Edward Pernkopf da Universidade de Viena. Este atlas contem mais de 800 desenhos detalhados de dissecação. O professor Pernkopf era um líder nazista, catedrático da Universidade de Viena e há evidências que os cadáveres utilizados no seu trabalho foram de vítimas da política nazista de extermínio (ISRAEL & SEIDELMAN, 1996). O professor Sigmund Rascher foi responsável pelos experimentos em Dachau que consistiam na exposição de prisioneiros a baixas temperaturas extremas, o que levava a necrose dos membros e à morte. Alguns destes experimentos tiveram que ser transferidos para Auschwitz - um campo maior, com áreas isoladas - porque os gritos de dor dos prisioneiros submetidos a essas crueldades eram tão assustadores que perturbavam a "paz" do campo de concentração.

===

A transferência para Auschwitz, permitiu que a agonia destes seres humanos incomodasse menos (ALEXANDER, 1949).


===

Para pesquisar substâncias anticoagulantes, o Dr. Rausch, em Dachau, realizou amputações de membros de prisioneiros sadios e conscientes e provocou ferimentos no baço de outros prisioneiros, além de dissecações em pessoas vivas para avaliar o efeito da descompressão rápida. Esse último experimento tinha como objetivo descobrir as causas dos sintomas dessa descompressão (...)

===

O que faltou a esses experimentos não foi método, mas ética. Tanto que alguns resultaram em importantes contribuições ao conhecimento médico. As investigações de Carl Clanberg, médico nazista, sobre o metabolismo da progesterona - onde utilizou prisioneiras submetidas a cirurgias desnecessárias - serviram de base para estudos posteriores na Universidade de Kiel. Encontra-se também uma relação entre a base
conceitual da tecnologia reprodutiva atual e as experiências obstétricas durante o regime Nacional-Socialista (SOMMER, 1994, p. 170-171). A eficácia de várias vacinas e drogas contra o tifo exantemático foram experimentadas nos campos de concentração de Buchenwald e Natzweilwe. Pessoas previamente vacinadas e controles não vacinados eram infectados com Rickettsia e as porcentagens de morte nos dois grupos comparadas.


===

Em outro estudo, noventa ciganos receberam alternadamente água de mar para estudar-se o quadro clínico de hipertonicidade plasmática. Os experimentos do professor Gebhardt que, para testar a ação da sulfonamida, produziu necrose e em seguida inoculou bacilo de necrose gasosa em prisioneiras políticas polonesas contribuiu para o melhor conhecimento dessa droga (ALEXANDER, 1949).

===

A qualidade técnica de alguns experimentos nazistas foi referendada pelo fato de que em 1945, um pesquisador norte-americano, Dr. Leo Alexander, por delegação do Departamento de Comércio dos EUA, publicou uma compilação dos dados de algumas dessas pesquisas na esperança de que "that it will be of direct benefit to U.S. science and industry".

===

Tanto que nem todos esses cientistas alemães foram julgados em Nuremberg. Alguns foram levados por militares norte-americanos para os EUA no pós-guerra imediato para trabalhar nos seus centros de pesquisas, utilizando seus conhecimentos e dados obtidos nos experimentos com esses "seres inferiores" (WIGODSKI & HOPPE, 1996).

===

E para mostrar que esse comportamento não é característico ou específico de determinada sociedade, cultura ou estado, o Japão também usou cobaias humanas, os chineses, pejorativamente chamados de marutas, na Unidade 731, na Manchúria, região então ocupada pelos japoneses.


===

Durante treze anos, de 1933 a 1945, pelo menos 3000 pessoas, adultos e crianças, sofreram inoculação de microorganismos virulentos para pesquisa de doenças infecciosas. No fim da guerra, os poucos "marutas" sobreviventes foram mortos e os prédios dinamitados. Os homens envolvidos nessas pesquisas criminosas foram empregados pelos EUA através de um acordo com o Alto Comando Aliado: suas vidas e a absolvição de seus crimes em troca dos dados obtidos nessas pesquisas
(CHIARETTI, 1993). Isso também mostra que as informações obtidas a partir de experimentos incompatíveis com os valores éticos são, as vezes, mais valorizadas que a vida e a dignidade humana (SEIDELMAN, 1989).


===

E as recentes denúncias, lamentavelmente verdadeiras, de práticas de eugenia racial em vários outros países da Europa (Suíça, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Estônia e Áustria) antes, durante e depois da Segunda Guerra, mostram que a capacidade dos cientistas de fazer o mal é pelo menos de igual magnitude da de fazer o bem. Alguns exemplos de
experimentos realizados nos EUA entre 1930 e 1950, financiados e incentivados pelo governo, universidades e coletividade, confirmam isso.

===

De 1932 a 1972, em Tuskegee, Alabama-EUA, 412 homens sifilíticos, negros iletrados e pobres, foram mantidos sem tratamento, mesmo após a descoberta da penicilina, com o objetivo de se conhecer a evolução da sífilis. Não apenas era negado a eles o tratamento, mas também a informação de que tinham sífilis. E, portanto, conviviam com suas parceiras sexuais sem nenhum cuidado, contribuindo para a disseminação da sífilis entre a população negra do Alabama. Esse experimento, apesar do tempo prolongado de sua realização e de ser do conhecimento de inúmeros médicos, só foi suspenso em 1972, quando denunciado por um jornalista do Washington Post, quase trinta anos depois de se conhecer a eficácia da penicilina no tratamento da sífilis (MARWICK, 1988).


===

Durante quatro décadas, 14 trabalhos científicos foram publicados sobre este estudo. O que hoje conhecemos sobre os efeitos da sífilis no coração, cérebro e articulações deve-se, em parte, a esse experimento. Periódicos científicos, tais como o New England Journal of Medicine e o American Journal of Medicine publicaram alguns destes artigos, que fazem referência explícita aos dados obtidos nesse estudo. Nenhuma dessas
revistas comentou as circunstâncias nas quais os dados foram obtidos (CAPLAN, 1995, p. 103-104).


===

Entre 1940 e 1970, vários experimentos com substâncias radioativas, cujos efeitos deletérios já eram conhecidos na época, foram realizados pelo governo norte-americano, envolvendo aproximadamente nove mil pessoas, entre elas crianças, presidiários e doentes mentais (LANE, 1995). Em estudo realizado durante dez anos pela Universidade de Harvard e pelo Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), em uma escola pública de Waltham-Massachusetts, 49 adolescentes sadios e 61 crianças com retardo mental, receberam alimentos radioativos e injeções de radioisótopos. Esse experimento fez parte de um conjunto de pesquisas, financiadas e incentivadas pelo governo dos EUA, onde crianças, prisioneiros e pobres foram "cobaias" de procedimentos de alto risco
(...)

===

Um comitê, constituído pelo governo norte-americano em 1994 para analisar denúncias de práticas antiéticas nessas pesquisas financiadas pelo governo norte-americano entre 1944 e 1974, revelou que, apesar de ter havido várias discussões a respeito nos altos escalões científicos e governamentais norte-americanos durante todo o desenrolar das
pesquisas e de se conhecer os seus riscos, raramente houve a preocupação de se
obter consentimento das pessoas envolvidas nestes experimentos (ADVISORY COMMITTEE, 1996). Esse comitê comprovou que nos anos quarenta foram administrados em pacientes hospitalizados e em prisioneiros e crianças, plutônio e outras substâncias radioativas com fins não terapêuticos, além de se fazer contaminação ambiental intencional para observação de seus efeitos em moradores dessas áreas, sem o seu conhecimento e concordância (FADEN, 1996). Estas pesquisas foram realizadas em instituições do porte das universidades de Rochester (NY), de Chicago e da Califórnia e do Massachusetts General Hospital, de Boston e a maioria destes estudos eram corretos metodologicamente, o que mostra que um estudo pode ser cientificamente viável e moralmente condenável (MARWICK, 1988).


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Fonte: MOTA, Joaquim Antônio César. Tese de doutoramento: "A criança como sujeito de experimentação científica: uma análise histórica dos aspectos éticos", UFMG, agosto de 1998.
____________________________________________________________________

Joaquim Antônio César Mota - Médico. Professor Adjunto III, doutor, do
Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG -
Universidade Federal de Minas Gerais. Membro da Comissão de Ética em
Pesquisa da UFMG. Diretor Geral do Hospital das Clínicas da UFMG.
Membro do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte e do Conselho de
Usuários do Hospital das Clínicas da UFMG.
Dissertação de Mestrado: "A ideologia implícita no discurso da
amamemtação materna e estudo retrospectivo comparando crescimento e
morbidade de lactentes em uso de leite humano e leite de vaca", UFMG,1990.
Tese de doutoramento: "A criança como sujeito de experimentação
científica: uma análise histórica dos aspectos éticos", UFMG, 1998.

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http://www.egroups.com/group/direito_saude
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Estupro X Teoria da Evolucao -- Desde quando Ciencia nada tem a ver com leis sociais e etica ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/06/2001 23:20

Celso,

este é a última resposta que lhe envio porque:

1 - você parte do principio que eu disse que os advogados não têm
ética. Deve estar a confundir-me com outra pessoa, certamente.

2 - Você é que incorre num erro de análise ao pressupor que
o mundo inteiro está sob alçada da constituição brasileira. Eu
não estou.

3 - Segundo a constituição portuguesa, a extradição de cidadão
portugueses é proibida. Por isso, jamais em tempo algum, poderei
ser condenado a passar o resto dos meus dias numa prisão brasileira.

4 - você não entendeu a diferença entre *pode* e *deve*. Quando eu
digo *deve* quero dizer que a lei deveria ser diferente daquilo que
é.

5 - o estudo cientifico não faz apologia de nada e você insiste
que faz. Nem que você faça contorcionismo, jamais conseguirá
culpar o cientista que o fez por uma violação cometida na sequência
da leitura do notícia. Até porque, muito provavelmente, ele vive
num país onde é garantida liberdade académica, como aliás acredito
ser o caso do Brasil.

6 - a liberdade de expressão é uma questão filosófica, não é
uma questão legal. Você insiste em discuti-la sob o ponto de
vista legal (do pode) em vez de discuti-la do ponto de vista
filosofico (do deve).

7 - você pressupõe demasiadas coisas.

Joao

Celso Galli Coimbra wrote:
>
> A todo direito corresponde uma obrigação.
> ===
> O direito da liberdade de expressão corresponde
> a obrigação pela responsabilidade no uso dessa
> liberdade.
> ===
> O missivista incorre em erro na sua análise da
> _*liberdade de expressão*_.
> ===
> A Constituição Federal não protege a liberdade de expressão
> para PERMITIR à transgressão das leis da sociedade.
> ===
> A liberdade de expressão não protege as conseqüências ou a ilicitude
> da expressão do pensamento.
> ===
> DAI A RAZÃO, já referida, de
> somente poder ser exercida sem anonimato.
> ===
> SE o missivista não entendeu o que está sendo explicado,
> vá para um lugar público e faça uma experiência _*científica*_
> de conseqüências danosas: DEFENDA O RACISMO, ou
> INCITE AO HOMICÍDIO, ou INCITE À AGRESSÃO SEXUAL.
> ===
> Quaisquer que sejam seus fundamentos, CIENTÍFICOS OU
> NÃO, o _*cientista*_ vai responder a processo por CRIME.
> ===
> E, claro, como o missivista considera que advogados não são éticos,
> vai dispensar defesa ( o que não será aceito ) e vai confessar
> que teve uma atitude criminosa e pedir para ser condenado
> a pena máxima possível, sem qualquer atenuante,
> o que se for aceito irá colocá-lo em um presídio
> brasileiro onde ocorrem o correspondente ao estupro,
> que é o _*atentado violento ao pudor*_.
> ===
> Diante dessa experiência poderá refletir sobre a questão
> literalmente *em cima dela*.
> ===
> Incorre em erro dizer que a PRÁTICA da ciência não tem
> que ter ética ou respeitar a lei. TEM que respeitar a lei sim.
> ===
> Conhecer leis superficialmente é uma cultura básica indispensável,
> para cientistas inclusive.
> ===
> Falar sobre leis deve ter como pressuposto o
> conhecimento delas. Questão de seriedade do
> discurso.
> ===
> Sem a existência de leis NÃO EXISTE ORGANIZAÇÃO
> SOCIAL.
> ===
> Sem essa organização não há ciência.
> ===
> Lei é a regulamentação dos valores básicos.
> ===
> _*Bom senso*_, _*ética_ são valores de uso geralmente
> _*facultativo*_ para ALÉM das
> leis, e NÃO AS SUBSTITUEM no que respeita
> ao básico para a viabilidade da vida em uma sociedade.
> ===
> A Lei é imperativa não é facultativa.
> ===
> _*PODE*_ foi utilizado porque não me
> referi a uma condenação concreta.
> ===
> Esse trabalho publicado faz a apologia da
> violação.
> ===
> Violação por ESTUPRO é CRIME ( fato ).
> ===
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> ================
> ----- Original Message -----
> From: João Mário Miranda
> To: ciencialist@yahoogroups.com
> Sent: Wednesday, June 27, 2001 9:22 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Estupro X Teoria da Evolucao
>
> Primeiro, não há nenhum estudo que faz a apologia da violação.
>
> Segundo, a violação é injustificavel, logo nenhum estudo
> a poderia justificar. A ciência não resolve questões éticas,
> nem a ética resolve questões cientificas.
>
> Terceiro, mesmo que alguém pretendesse ter um estudo que
> justifica a violação, nenhuma lei deve impedir a sua divulgação.
> A liberdade de expressão serve precisamente para propagar ideias
> contrárias à lei e aos usos da sociedade. Não confunda "propagação
> da ideia de que a violação é correcta" com "incentivo à violação".
>
> Quarto, uma lei que pretenda substituir o bom senso dos cidadãos
> é uma lei paternalista e devia ser abolida. Qualquer cidadão de
> bom senso ignorará qualquer apologia da violação; os cidadãos
> sem bom senso são uma causa perdida e não há lei que lhes valha.
>
> Quinto, há uma diferença entre "pode" e "deve". Se "pode" haver
> condenação da propagação de ideias idiotas, isso não significa
> que "deva" haver.
>
> Joao
>
> Celso Galli Coimbra wrote:
> >
> > Ao contrário,
> > dependendo das CONSEQÜÊNCIAS
> > da veiculação de idéias _*idiotas*_ pode
> > haver condenação pacificamente.
> > ===
> > A apologia do estupro é uma idéia
> > idiota, seja qual for a pretensão idiota
> > com que esteja sendo apresentada.
> > ===
> > FATO: estupro é crime.
> > ===
> > Não pode ser esquecido o
> > FATO de que estupro é CRIME
> > e esse FATO não vai ser mudado
> > por estudo algum.
> > ===
> > _*Estudo*_ que justifique um crime ( fato )
> > é mais do que uma apenas IDIOTICE.
> > ===
> >
> > []'s
> >
> > Celso Galli Coimbra
> > ================
> > From: João Mário Miranda
> > To: ciencialist@yahoogroups.com
> > Sent: Wednesday, June 27, 2001 7:16 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] Re: Estupro X Teoria da Evolucao
> >
> > Celso Galli Coimbra wrote:
> > >
> > > Existem responsabilidades legais
> > > pelas _*conseqüências*_
> > > de conclusões *idiotas* veiculadas
> > > ao público.
> >
> > Ninguém falou em veiculação de ideias idiotas, mas em
> > interpretações idiotas por parte do público. Não se
> > pode culpar o emissor pela interpretação errada do
> > receptor.
> >
> > Independentemente disso, ninguém deve ser condenado por
> > expressar uma opinião idiota.
> > --
> > joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist]: Estupro X Teoria da Evolucao -- Desde quando Ciencia nada tem a ver com leis sociais e etica ?
FROM: "Fernando Santos" <fcmts@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/06/2001 23:35


Espero sinceramente que este senhor seja uma anomalia e não o modelo dos
conhecedores
da Lei da sociedade em que vivo. A presença de um advogado seria muito bem
vinda se
estivesse a defender os direitos dos desamparados, e não para trazer
hipocrisia e
obscurantismo.

Fernando Santos

----- Original Message -----
From: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, June 27, 2001 10:07 PM
Subject: [ciencialist] Re: Estupro X Teoria da Evolucao -- Desde quando
Ciencia nada tem a ver com leis sociais e etica ?


> A todo direito corresponde uma obrigação.
> ===
> O direito da liberdade de expressão corresponde
> a obrigação pela responsabilidade no uso dessa
> liberdade.
> ===
> O missivista incorre em erro na sua análise da
> _*liberdade de expressão*_.
> ===
> A Constituição Federal não protege a liberdade de expressão
> para PERMITIR à transgressão das leis da sociedade.
> ===
> A liberdade de expressão não protege as conseqüências ou a ilicitude
> da expressão do pensamento.
> ===
> DAI A RAZÃO, já referida, de
> somente poder ser exercida sem anonimato.
> ===
> SE o missivista não entendeu o que está sendo explicado,
> vá para um lugar público e faça uma experiência _*científica*_
> de conseqüências danosas: DEFENDA O RACISMO, ou
> INCITE AO HOMICÍDIO, ou INCITE À AGRESSÃO SEXUAL.
> ===
> Quaisquer que sejam seus fundamentos, CIENTÍFICOS OU
> NÃO, o _*cientista*_ vai responder a processo por CRIME.
> ===
> E, claro, como o missivista considera que advogados não são éticos,
> vai dispensar defesa ( o que não será aceito ) e vai confessar
> que teve uma atitude criminosa e pedir para ser condenado
> a pena máxima possível, sem qualquer atenuante,
> o que se for aceito irá colocá-lo em um presídio
> brasileiro onde ocorrem o correspondente ao estupro,
> que é o _*atentado violento ao pudor*_.
> ===
> Diante dessa experiência poderá refletir sobre a questão
> literalmente *em cima dela*.
> ===
> Incorre em erro dizer que a PRÁTICA da ciência não tem
> que ter ética ou respeitar a lei. TEM que respeitar a lei sim.
> ===
> Conhecer leis superficialmente é uma cultura básica indispensável,
> para cientistas inclusive.
> ===
> Falar sobre leis deve ter como pressuposto o
> conhecimento delas. Questão de seriedade do
> discurso.
> ===
> Sem a existência de leis NÃO EXISTE ORGANIZAÇÃO
> SOCIAL.
> ===
> Sem essa organização não há ciência.
> ===
> Lei é a regulamentação dos valores básicos.
> ===
> _*Bom senso*_, _*ética_ são valores de uso geralmente
> _*facultativo*_ para ALÉM das
> leis, e NÃO AS SUBSTITUEM no que respeita
> ao básico para a viabilidade da vida em uma sociedade.
> ===
> A Lei é imperativa não é facultativa.
> ===
> _*PODE*_ foi utilizado porque não me
> referi a uma condenação concreta.
> ===
> Esse trabalho publicado faz a apologia da
> violação.
> ===
> Violação por ESTUPRO é CRIME ( fato ).
> ===
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra




SUBJECT: Re: Estupro X Teoria da Evolucao -- Desde quando Ciencia nada tem a ver com leis sociais e etica ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 01:02

Re: Estupro X Teoria da Evolução -- Desde quando Ciência nada tem a ver com leis sociais e Ética ?

=============================


João,

realmente eu lhe devo desculpas quanto à questão da falta de ética genérica na profissão do advogado. Quem sustentou essa questão foi outro João dessa lista ( vale para ele o que disse então ). De qualquer forma o erro foi meu em não observar que não se tratava da mesma pessoa.
===
No Brasil, como em QUALQUER outro país civilizado, a Lei Maior, onde os seus cidadãos ELEGERAM as regras que irão reger a existência de sua sociedade e convivência é a Constituição Federal. Assim, a questão do _*deve*_ ou do _*pode*_, também, deve ser analisada sob o ângulo da escolha dos interessados ao longo de sua história quanto ao pacto social viabilizador da sociedade que escolheram, tornado _*obrigatório*_.

===
Não conheço a Constituição Federal de Portugal como conheço a brasileira. Mas os direitos fundamentais estão já em todas as constituições de países civilizados. E liberdade de expressão com RESPONSABILIDADE pelo seu uso é direito fundamental nelas. Inclusive nos países onde a fonte do direito não é a lei escrita ( fonte positiva ), mas os costumes e os precedentes ( como Inglaterra e EUA ). Nestes últimos foi mais difícil construir a regra da responsabilidade pelas conseqüências da liberdade de expressão ( nos EUA, devido à 5a. emenda da Constituição norte americana, se bem me recordo).
===
Quando falo de Constituição Federal _*evidentemente*_ estou me referindo a do Brasil para os brasileiros. E você incorre em erro em não perceber isso. Também incorre em erro ao dizer que estou dilatando as regras constitucionais brasileiras ( que em Portugal não são diferentes, no essencial, quanto aos _*direitos fundamentais*_ ) ao *mundo inteiro*. O princípio internacional da aplicabilidade das leis é o territorial.
===
É erro pensar que o estudo científico e seus experimentos é NEUTRO ( veja o texto sobre experimentos científicos feito por médico brasileiro que enviei antes dessa mensagem ) e pode prescindir da ÉTICA e do respeito às legislações em qualquer parte do mundo. E também não observar que me referi em particular ao artigo que abordou o assunto estupro ( CRIME também em Portugal ).
===
Já expliquei a questão da liberdade de expressão o suficiente, e não me consta que em Portugal seja diferente do Brasil. Ambos os sistemas jurídicos têm a mesma origem.
===
A _*liberdade de expressão*_, ONDE quer que seja objeto de regramento legislativo, ANTES de ser uma questão _*filosófica*_, como você sustenta, seguramente é uma questão legal sob o ponto de vista de seu uso na sociedade. E isso é um FATO ( no Brasil, Artigo 5o., inciso IV de sua Constituição ).
===
É mera questão de opinião, e não de demonstração sua dizer que *pressuponho demasiadas coisas*. Mas opiniões respeitam-se mesmo em se discordando delas.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
====================
----- Original Message -----
From: João Mário Miranda
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Wednesday, June 27, 2001 11:20 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Estupro X Teoria da Evolucao -- Desde quando Ciencia nada tem a ver com leis sociais e etica ?


Celso,

este é a última resposta que lhe envio porque:

1 - você parte do principio que eu disse que os advogados não têm
ética. Deve estar a confundir-me com outra pessoa, certamente.

2 - Você é que incorre num erro de análise ao pressupor que
o mundo inteiro está sob alçada da constituição brasileira. Eu
não estou.

3 - Segundo a constituição portuguesa, a extradição de cidadão
portugueses é proibida. Por isso, jamais em tempo algum, poderei
ser condenado a passar o resto dos meus dias numa prisão brasileira.

4 - você não entendeu a diferença entre *pode* e *deve*. Quando eu
digo *deve* quero dizer que a lei deveria ser diferente daquilo que
é.

5 - o estudo cientifico não faz apologia de nada e você insiste
que faz. Nem que você faça contorcionismo, jamais conseguirá
culpar o cientista que o fez por uma violação cometida na sequência
da leitura do notícia. Até porque, muito provavelmente, ele vive
num país onde é garantida liberdade académica, como aliás acredito
ser o caso do Brasil.

6 - a liberdade de expressão é uma questão filosófica, não é
uma questão legal. Você insiste em discuti-la sob o ponto de
vista legal (do pode) em vez de discuti-la do ponto de vista
filosofico (do deve).

7 - você pressupõe demasiadas coisas.

Joao

Celso Galli Coimbra wrote:
>
> A todo direito corresponde uma obrigação.
> ===
> O direito da liberdade de expressão corresponde
> a obrigação pela responsabilidade no uso dessa
> liberdade.
> ===
> O missivista incorre em erro na sua análise da
> _*liberdade de expressão*_.
> ===
> A Constituição Federal não protege a liberdade de expressão
> para PERMITIR à transgressão das leis da sociedade.
> ===
> A liberdade de expressão não protege as conseqüências ou a ilicitude
> da expressão do pensamento.
> ===
> DAI A RAZÃO, já referida, de
> somente poder ser exercida sem anonimato.
> ===
> SE o missivista não entendeu o que está sendo explicado,
> vá para um lugar público e faça uma experiência _*científica*_
> de conseqüências danosas: DEFENDA O RACISMO, ou
> INCITE AO HOMICÍDIO, ou INCITE À AGRESSÃO SEXUAL.
> ===
> Quaisquer que sejam seus fundamentos, CIENTÍFICOS OU
> NÃO, o _*cientista*_ vai responder a processo por CRIME.
> ===
> E, claro, como o missivista considera que advogados não são éticos,
> vai dispensar defesa ( o que não será aceito ) e vai confessar
> que teve uma atitude criminosa e pedir para ser condenado
> a pena máxima possível, sem qualquer atenuante,
> o que se for aceito irá colocá-lo em um presídio
> brasileiro onde ocorrem o correspondente ao estupro,
> que é o _*atentado violento ao pudor*_.
> ===
> Diante dessa experiência poderá refletir sobre a questão
> literalmente *em cima dela*.
> ===
> Incorre em erro dizer que a PRÁTICA da ciência não tem
> que ter ética ou respeitar a lei. TEM que respeitar a lei sim.
> ===
> Conhecer leis superficialmente é uma cultura básica indispensável,
> para cientistas inclusive.
> ===
> Falar sobre leis deve ter como pressuposto o
> conhecimento delas. Questão de seriedade do
> discurso.
> ===
> Sem a existência de leis NÃO EXISTE ORGANIZAÇÃO
> SOCIAL.
> ===
> Sem essa organização não há ciência.
> ===
> Lei é a regulamentação dos valores básicos.
> ===
> _*Bom senso*_, _*ética_ são valores de uso geralmente
> _*facultativo*_ para ALÉM das
> leis, e NÃO AS SUBSTITUEM no que respeita
> ao básico para a viabilidade da vida em uma sociedade.
> ===
> A Lei é imperativa não é facultativa.
> ===
> _*PODE*_ foi utilizado porque não me
> referi a uma condenação concreta.
> ===
> Esse trabalho publicado faz a apologia da
> violação.
> ===
> Violação por ESTUPRO é CRIME ( fato ).
> ===
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> ================
> ----- Original Message -----
> From: João Mário Miranda
> To: ciencialist@yahoogroups.com
> Sent: Wednesday, June 27, 2001 9:22 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Estupro X Teoria da Evolucao
>
> Primeiro, não há nenhum estudo que faz a apologia da violação.
>
> Segundo, a violação é injustificavel, logo nenhum estudo
> a poderia justificar. A ciência não resolve questões éticas,
> nem a ética resolve questões cientificas.
>
> Terceiro, mesmo que alguém pretendesse ter um estudo que
> justifica a violação, nenhuma lei deve impedir a sua divulgação.
> A liberdade de expressão serve precisamente para propagar ideias
> contrárias à lei e aos usos da sociedade. Não confunda "propagação
> da ideia de que a violação é correcta" com "incentivo à violação".
>
> Quarto, uma lei que pretenda substituir o bom senso dos cidadãos
> é uma lei paternalista e devia ser abolida. Qualquer cidadão de
> bom senso ignorará qualquer apologia da violação; os cidadãos
> sem bom senso são uma causa perdida e não há lei que lhes valha.
>
> Quinto, há uma diferença entre "pode" e "deve". Se "pode" haver
> condenação da propagação de ideias idiotas, isso não significa
> que "deva" haver.
>
> Joao
>
> Celso Galli Coimbra wrote:
> >
> > Ao contrário,
> > dependendo das CONSEQÜÊNCIAS
> > da veiculação de idéias _*idiotas*_ pode
> > haver condenação pacificamente.
> > ===
> > A apologia do estupro é uma idéia
> > idiota, seja qual for a pretensão idiota
> > com que esteja sendo apresentada.
> > ===
> > FATO: estupro é crime.
> > ===
> > Não pode ser esquecido o
> > FATO de que estupro é CRIME
> > e esse FATO não vai ser mudado
> > por estudo algum.
> > ===
> > _*Estudo*_ que justifique um crime ( fato )
> > é mais do que uma apenas IDIOTICE.
> > ===
> >
> > []'s
> >
> > Celso Galli Coimbra
> > ================
> > From: João Mário Miranda
> > To: ciencialist@yahoogroups.com
> > Sent: Wednesday, June 27, 2001 7:16 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] Re: Estupro X Teoria da Evolucao
> >
> > Celso Galli Coimbra wrote:
> > >
> > > Existem responsabilidades legais
> > > pelas _*conseqüências*_
> > > de conclusões *idiotas* veiculadas
> > > ao público.
> >
> > Ninguém falou em veiculação de ideias idiotas, mas em
> > interpretações idiotas por parte do público. Não se
> > pode culpar o emissor pela interpretação errada do
> > receptor.
> >
> > Independentemente disso, ninguém deve ser condenado por
> > expressar uma opinião idiota.
> > --
> > joão
> > http://www.nonio.com
> > http://www.explicacoes.com
> >
> > Yahoo! Groups Sponsor
> >
> >


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re:Estupro X Teoria da Evolucao -- Desde quando Ciencia nada tem a ver com leis sociais e etica ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 01:07

Deixe de retórica LEVIANA e demonstre o que disse.


Celso Galli Coimbra
===================
----- Original Message -----
From: Fernando Santos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Wednesday, June 27, 2001 11:35 PM
Subject: Re: [ciencialist]: Estupro X Teoria da Evolucao -- Desde quando Ciencia nada tem a ver com leis sociais e etica ?



Espero sinceramente que este senhor seja uma anomalia e não o modelo dos
conhecedores
da Lei da sociedade em que vivo. A presença de um advogado seria muito bem
vinda se
estivesse a defender os direitos dos desamparados, e não para trazer
hipocrisia e
obscurantismo.

Fernando Santos

----- Original Message -----
From: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, June 27, 2001 10:07 PM
Subject: [ciencialist] Re: Estupro X Teoria da Evolucao -- Desde quando
Ciencia nada tem a ver com leis sociais e etica ?


> A todo direito corresponde uma obrigação.
> ===
> O direito da liberdade de expressão corresponde
> a obrigação pela responsabilidade no uso dessa
> liberdade.
> ===
> O missivista incorre em erro na sua análise da
> _*liberdade de expressão*_.
> ===
> A Constituição Federal não protege a liberdade de expressão
> para PERMITIR à transgressão das leis da sociedade.
> ===
> A liberdade de expressão não protege as conseqüências ou a ilicitude
> da expressão do pensamento.
> ===
> DAI A RAZÃO, já referida, de
> somente poder ser exercida sem anonimato.
> ===
> SE o missivista não entendeu o que está sendo explicado,
> vá para um lugar público e faça uma experiência _*científica*_
> de conseqüências danosas: DEFENDA O RACISMO, ou
> INCITE AO HOMICÍDIO, ou INCITE À AGRESSÃO SEXUAL.
> ===
> Quaisquer que sejam seus fundamentos, CIENTÍFICOS OU
> NÃO, o _*cientista*_ vai responder a processo por CRIME.
> ===
> E, claro, como o missivista considera que advogados não são éticos,
> vai dispensar defesa ( o que não será aceito ) e vai confessar
> que teve uma atitude criminosa e pedir para ser condenado
> a pena máxima possível, sem qualquer atenuante,
> o que se for aceito irá colocá-lo em um presídio
> brasileiro onde ocorrem o correspondente ao estupro,
> que é o _*atentado violento ao pudor*_.
> ===
> Diante dessa experiência poderá refletir sobre a questão
> literalmente *em cima dela*.
> ===
> Incorre em erro dizer que a PRÁTICA da ciência não tem
> que ter ética ou respeitar a lei. TEM que respeitar a lei sim.
> ===
> Conhecer leis superficialmente é uma cultura básica indispensável,
> para cientistas inclusive.
> ===
> Falar sobre leis deve ter como pressuposto o
> conhecimento delas. Questão de seriedade do
> discurso.
> ===
> Sem a existência de leis NÃO EXISTE ORGANIZAÇÃO
> SOCIAL.
> ===
> Sem essa organização não há ciência.
> ===
> Lei é a regulamentação dos valores básicos.
> ===
> _*Bom senso*_, _*ética_ são valores de uso geralmente
> _*facultativo*_ para ALÉM das
> leis, e NÃO AS SUBSTITUEM no que respeita
> ao básico para a viabilidade da vida em uma sociedade.
> ===
> A Lei é imperativa não é facultativa.
> ===
> _*PODE*_ foi utilizado porque não me
> referi a uma condenação concreta.
> ===
> Esse trabalho publicado faz a apologia da
> violação.
> ===
> Violação por ESTUPRO é CRIME ( fato ).
> ===
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra




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SUBJECT: Boletim Terra Redonda 002
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: strbrasil@yahoogroups.com, ateus-br@yahoogroups.com, CienciaCidadania@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogroups.com, despertar@yahoogroups.com, pensamento@yahoogroups.com, sbcr@yahoogroups.com, secularismo@yahoogroups.com, turma@yahoogroups.com
CC: STRed@yahoogroups.com
DATE: 28/06/2001 01:33

******* Boletim Terra Redonda *******
Numero 002 - Abril/Maio/Junho 2001
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br

== Neste Nmero:
* Novas Categorias de Membro Associado
* Novos Produtos na rea Compras
* Novas reas na STR
* Lista de Comunicao Entre Membros e Visitantes
* 10 e 11 Encontros Regionais da STR em Curitiba e no Rio de Janeiro
* Vagas Para Editores Novos
* Novo Chat da STR
* Crtica Contra a Igreja Universal do Reino de Deus
* Novos Textos e Ensaios
* Informaes
----------------------------------------------------------------------

* Novas Categorias de Membro Associado

Agora voc pode adquirir sua Carteirinha de Membro Associado da STR e
receber outros benefcios. Agora temos 9 categorias diferentes de Membro,
escolha a sua e cadastre-se! Todos os Membros Associados recebem: Satisfao
pelo envolvimento, dados listados com destaque separados da lista de Membros
Cadastrados, carteirinha personalizada de Membro Associado, descontos na
rea Compras da STR e carta de agradecimento assinada pelo presidente da
STR. Visite http://www.strbrasil.com.br/Membros para ver em detalhe cada
categoria e seus benefcios.

* Novos Produtos na rea Compras

Nossa rea Compras foi atualizada. Agora voc pode adquirir camisetas e
bons exclusivos da STR. Com imagens e frases atestas, racionalistas e
cticas, em vrios tamanhos. possvel at criar o seu prprio modelo
personalizado. Nossa seo de livros tambm ser atualizada, contendo um
acervo maior de livros que tratam dos mesmos assuntos que a STR. Visite os
endereos:

http://www.strbrasil.com.br/Compras
http://www.strbrasil.com.br/Compras/camisetas.htm
http://www.strbrasil.com.br/Compras/bones.htm
http://www.strbrasil.com.br/Compras/livros

* Novas reas na STR

Estamos criando 3 novas reas na STR. Na "Eventos" listaremos feiras,
exposies, palestras e eventos que tratam de temas em comum com a STR.
Teremos uma lista de bibliotecas, museus, universidades, centros de cincia
e afins. Publicaremos recortes de notcias relevantes publicadas na mdia.
Na "Revolucione" teremos vrias cartas abertas e cartas semi-prontas que
sero assinadas e enviadas automaticamente pelos visitantes para
pessoas-chave. Teremos uma lista de contatos na mdia, polticos e afins.
Esta rea ter cartas em conjunto com outroas organizaes. Na "Os
Perigosos" publicaremos crticas todo tipo de propaganda religiosa,
pseudocientfica e de cunho charlatanista que aparece na mdia. As reas
ainda esto em fase de construo, publicaremos na rea Principal a data
prevista de lanamento em breve.

* Lista de Comunicao Entre Membros e Visitantes

Agora voc pode se comunicar com os Membros e Visitantes da STR atravs
de nossa Lista de Comunicao. Atravs dela voc poder conhecer melhor
pessoas que pensam como voc, agendar encontros regionais, debater, etc. A
lista funciona atravs de mensagens por e-mail, quando algum envia uma
mensagem para a lista todos os cadastrados a recebem ao mesmo tempo. Para se
cadastrar visite http://www.strbrasil.com.br/lista.htm e preencha o
formulrio, ou envie e-mail em branco para
Strbrasil-subscribe@yahoogroups.com .

* 10 e 11 Encontros Regionais da STR em Curitiba e no Rio de Janeiro

O 10 Encontro Regional da STR ser realizado em Curitiba/PR, no sbado
30 de Junho de 2001, s 18:30. O encontro se realizar no Bar Dromedrio,
que fica Rua Vicente Machado 194, 1 andar.

O 11 Encontro Regional da STR no Rio de Janeiro acontecer no sbado 14
de julho, no Restaurante Estao do Chopp, que fica no 3 andar do Shopping
Tijuca, que fica Av. Maracan 987. Convidamos os Membros e Visitantes de
outros estados prximos comparecerem tambm. Mais informaes atravs da
Lista de Comunicao ( http://www.strbrasil.com.br/lista.htm )ou com Leo
Vines (RJ - Strbrasil@hotmail.com ) e Mozart Hasse (PR -
mozart.hasse@usa.net ).

Veja na rea Eleve Sua Voz ( http://www.strbrasil.com.br/Voz ) as fotos
dos outros encontros. Contamos com a presena de todos os Membros e
Visitantes atestas, agnsticos, cticos, racionalistas e livres-pensadores!
Leve seus amigos! No perca!

* Vagas Para Editores Novos

Nossa organizao est crescendo bastante. No momento temos um quadro de
16 editores, porm h a necessidade de mais integrantes em nossa equipe.
Portanto estamos abrindo vagas para editores novos. As vagas abertas so as
seguintes:

- Marketing & Divulgao (1 Vaga): Divulgar a STR na mdia e em
instituies especficas.
- Editor de Links (1 Vaga): Fazer a manuteno do acervo de links da STR.
- Editor da Revolucione (2 Vagas): Gerenciar as cartas e constuir o
acervo de contatos.
- Editor de Espanhol (1 Vaga): Traduo e reviso de ensaios e textos.
- Editor de Compras (1 Vaga): Procura de livros e links em livrarias on
line.
- Relaes Pblicas (1 Vaga): Canal de contato entre a STR, o pblico e a
mdia.

Candidatos podem enviar proposta para STRed@yahoogroups.com para
apreciao.

* Novo Chat da STR

Criamos uma sala de chat no site batepapo.com.br exclusiva da STR. Ainda
estamos em fase de testes mas a mesma j pode ser utilizada. Visite
http://www.strbrasil.com.br/Chat e clique no cone. Os horrios agendados
para encontros 22:00 e 00:00. Se a maioria aprovar este novo sistema
iremos adot-lo definitivamente. Por favor enviem comentrios quanto ao
funcionamento.

* Crtica Contra a Igreja Universal do Reino de Deus

Estamos publicando uma srie de textos de um ex-pastor da Igreja
Universal do Reino de Deus. Mario Justino escreveu em 1995 o livro Nos
Bastidores do Reino e nos autorizou a publicao de dois captulos na
ntegra. Esta srie de 6 textos ser publicada na rea Libertas. Visite
http://www.strbrasil.com.br/Libertas/reino1.htm e veja o primeiro texto.
Mario pretende escrever um ensaio exclusivo para a STR relatando seu caso
com a IURD.

* Novos Textos e Ensaios

Estes so os textos e ensaios publicados neste trimestre. Visite a seo
Novidades ( http://www.strbrasil.com.br/novo.htm ) para uma lista completa.
No se esquea de enviar seus comentrios e crticas, preenchendo o
formulrio no final de cada texto.

21/06/2001
- Nos Bastidores do Reino: A Vida Secreta na Igreja Universal do Reino de
Deus (Parte I)
http://www.strbrasil.com.br/Libertas/reino1.htm
12/06/2001
- A Vida do Papa
http://www.strbrasil.com.br/Humor/papa.htm
- A Lio de F
http://www.strbrasil.com.br/Humor/licao.htm
- As Queixas das Criaturas de Deus
http://www.strbrasil.com.br/Humor/queixas.htm
11/06/2001
- Carteirinhas exclusivas para Membros. Criadas novas categorias.
http://www.strbrasil.com.br/Membros/index.htm#Categorias
10/06/2001
- Nem Deus Nem O Diabo, Epitcio...
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/nem.htm
07/06/2001
- Links por Assunto
http://www.strbrasil.com.br/Links/linkassu.htm
28/05/2001
- O Reitor Po-Duro
http://www.strbrasil.com.br/Humor/reitor.htm
- Jesus no Monte
http://www.strbrasil.com.br/Humor/monte.htm
23/05/2001
- O Legado Parapsicolgico de Charles Honorton
http://www.strbrasil.com.br/Str/legado.htm
22/05/2001
- Profecia Sobre Um Nascimento Virginal?
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/virginal.htm
16/05/2001
- A Extenso da Aids e os Preceitos Morais Catlicos
http://www.strbrasil.com.br/Libertas/extensao.htm
- A Pobreza e os ndices de Natalidade
http://www.strbrasil.com.br/Libertas/pobreza.htm
- O Catolicismo e a Sua Cumplicidade Com Regimes Criminosos
http://www.strbrasil.com.br/Libertas/catolicismo.htm
- A Oposio da Igreja Catlica ao Progresso da Humanidade
http://www.strbrasil.com.br/Libertas/oposicao.htm
12/05/2001
- Deus Existe? Eis a Questo
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/questao.htm
11/05/2001
- Contra o Ensino Religioso nas Escolas Pblicas (Em Defesa do Estado Laico)
http://www.strbrasil.com.br/Libertas/escolas.htm
- A Tese do Coelho
http://www.strbrasil.com.br/Humor/coelho.htm
09/05/2001
- Transgredindo as Fronteiras: Em Direo a uma Hermenutica Transformativa
da Gravitao Quntica
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/transgredindo.htm
04/05/2001
- Alternativa - Mas No Muito Garantida
http://www.strbrasil.com.br/Str/alternativa3.htm
- Chat Para a Revista Galileu de Daniel Sottomaior
http://www.strbrasil.com.br/Str/galileu.htm
- Como Surgiu Jesus
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/jesus.htm
- Religio: A Mais Grave Doena Social Humana
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/religiao.htm
- Finalmente! Descoberto o Inferno!
http://www.strbrasil.com.br/Libertas/inferno.htm
- O Inferno
http://www.strbrasil.com.br/Humor/inferno.htm
15/04/2001
- A Freira An
http://www.strbrasil.com.br/Humor/freira.htm
07/04/2001
- Esclarecendo a Bblia
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/esclarecendo.htm
- O Po e a 2 Lei da Termodinmica
http://www.strbrasil.com.br/Humor/pao.htm
- A Dieta Fria
http://www.strbrasil.com.br/Humor/dieta.htm
- A Famlia Desmantelada
http://www.strbrasil.com.br/Humor/familia.htm
- Deus Criou o Mundo usando o MS-DOS
http://www.strbrasil.com.br/Humor/msdos.htm
29/03/2001
- "Engenharia Alternativa" Uma Parbola Ps-Moderna
http://www.strbrasil.com.br/Humor/alteng.htm
26/03/2001
- O Acidente
http://www.strbrasil.com.br/Humor/acidente.htm
- Gravidez Divina
http://www.strbrasil.com.br/Humor/gravidez.htm
- O Retorno de Jesus Cristo
http://www.strbrasil.com.br/Humor/retorno.htm
21/03/2001
- Canetas BIC e Extraterrestres
http://www.strbrasil.com.br/Humor/bic.htm
20/03/2001
- A Herana do Judeu
http://www.strbrasil.com.br/Humor/heranca.htm
- Hitler e o Diabo
http://www.strbrasil.com.br/Humor/hitler.htm
- Jesus e as Drogas
http://www.strbrasil.com.br/Humor/drogas.htm
- Religiosos na Barbearia
http://www.strbrasil.com.br/Humor/barbearia.htm
- O Judeu e o Filipino
http://www.strbrasil.com.br/Humor/judeu.htm
- O Lago da Galilia
http://www.strbrasil.com.br/Humor/lago.htm
- O Relgio do Judeu
http://www.strbrasil.com.br/Humor/relogio.htm
06/03/2001
- O Que Humanismo Secular?
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/humanismo.htm
27/02/2001
- Profecias ou Charlatanismo?
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/charlatanismo.htm

* Informaes

Alguns formulrios da STR no esto funcionando corretamente devido a
troca de servidor. Isto deve se normalizar dentro de dois dias. Pedimos
desculpas caso alguma mensagem enviada atravs de formulrios no funcione,
por favor utilizem nossos endereos de e-mail neste caso.

Este boletim lhe foi enviado pois voc se registrou como Membro (
http://www.strbrasil.com.br/Membros ) da Sociedade da Terra Redonda ou faz
parte das principais listas de atesmo, ceticismo e cincia em lngua
portuguesa. Caso no queira mais receber os boletins trimestrais, envie
e-mail para Strbrasil@hotmail.com com o ttulo "Remover do Boletim".

---

P.S.: Pedimos desculpas aos membros de mais de uma lista pelas mensagens
duplicadas.
_________________________________________________________________________
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SUBJECT: Errata Boletim Terra Redonda 2
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: STRBrasil@yahoogroups.com, ateus-br@yahoogroups.com, CienciaCidadania@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogroups.com, despertar@yahoogroups.com, pensamento@yahoogroups.com, sbcr@yahoogroups.com, secularismo@yahoogroups.com
CC: STRed@yahoogroups.com
DATE: 28/06/2001 03:19

Prezados,

Aps ter enviado o Boletim Terra Redonda 002 percebi que cometi alguns
erros. No endereo da seo livros da rea Compras o correto seria
http://www.strbrasil.com.br/Compras/livros.htm .

H um erro de concordncia verbal onde digo os horrios agendados para
reunies no Chat, o "" deveria ser "so".

Esqueci de mencionar que est implementado um sistema de recomendao
automtica, onde em cada pgina da STR o leitor pode preencher o e-mail de
um amigo e lhe recomendar automaticamente que visite o texto em questo.

Peo desculpas por outros erros eventuais, escrevi o Boletim s pressas e
no tive tempo de revisar com calma.

Abraos,
Leo Vines, Presidente
Vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br
"Porque concluir melhor que acreditar."
_________________________________________________________________________
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SUBJECT: Comissao de Etica na Ciencialist
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/06/2001 08:49

Estou meio sem tempo ultimamente e por isso nao tenho podido
participar dos debates....

Mas parece-me q a ciencialist foi tomada de assalto por predadores
da etica e das boas maneiras em lista de discussoes tornando-as
um tanto quanto *PESADAS*.

Proponho que seja formado um conselho de etica na lista que :

1- Analisaria o comportamento de missivistas que tem por habito
tornar a lista uma cesta de lixo de xingamentos e ameacas.

2- Propor se for o caso penalidades para tais comportamentos que
poderiam ser :
- Aviso de comportamento nao compativel
- Suspensao temporaria de alguns dias
- Em caso de sucessivas reincidencias o banimento da lista.

Com estas medidas *talvez* a lista volte a ser alegre e livre
como sempre foi.....

[]s
jocax



SUBJECT: Boletim Terra Redonda 002
FROM: "Clóvis A. S. Maia" <gytuin@mailbr.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 11:06

O que??
Nove categorias diferentes de socios? Carteirinhas assinadas pelo
presidente? Camisetas e bones exclusivos com imagens e frases ateistas??
Isso eh uma propaganda de um forum de discussao ou de um clube do
bolinha? Tem mais cara de spam de empresa virtual!
Mundo moderno. Ou voce paga para ser religioso, ou paga para ser
"cetico". Isso ai, muito "cetico" mesmo... acho que prefiro ficar com os
produtos Tabajara. Pelo menos sao mais engracados.

Ate,
Clovis


Mensagem Original:
-------------------------------------------------------------
* Novas Categorias de Membro Associado

Agora você pode adquirir sua Carteirinha de Membro Associado da STR e
receber outros benefícios. Agora temos 9 categorias diferentes de Membro,
escolha a sua e cadastre-se! Todos os Membros Associados recebem: Satisfação
pelo envolvimento, dados listados com destaque separados da lista de Membros
Cadastrados, carteirinha personalizada de Membro Associado, descontos na
Área Compras da STR e carta de agradecimento assinada pelo presidente da
STR. Visite http://www.strbrasil.com.br/Membros para ver em detalhe cada
categoria e seus benefícios.

* Novos Produtos na Área Compras

Nossa Área Compras foi atualizada. Agora você pode adquirir camisetas e
bonés exclusivos da STR. Com imagens e frases ateístas, racionalistas e
céticas, em vários tamanhos. É possível até criar o seu próprio modelo
personalizado. Nossa seção de livros também será atualizada, contendo um
acervo maior de livros que tratam dos mesmos assuntos que a STR. Visite os
endereços:
-----------------------------------------------------------




SUBJECT: En: [ciencialist] Comissao de Etica na Ciencialist
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 11:24


Por favor, João, poderia dizer quem são esses tais predadores?

Sheila.

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>

Estou meio sem tempo ultimamente e por isso nao tenho podido
participar dos debates....

Mas parece-me q a ciencialist foi tomada de assalto por predadores
da etica e das boas maneiras em lista de discussoes tornando-as
um tanto quanto *PESADAS*.

Proponho que seja formado um conselho de etica na lista que :

1- Analisaria o comportamento de missivistas que tem por habito
tornar a lista uma cesta de lixo de xingamentos e ameacas.

2- Propor se for o caso penalidades para tais comportamentos que
poderiam ser :
- Aviso de comportamento nao compativel
- Suspensao temporaria de alguns dias
- Em caso de sucessivas reincidencias o banimento da lista.

Com estas medidas *talvez* a lista volte a ser alegre e livre
como sempre foi.....

[]s
jocax


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Comissao de Etica na Ciencialist
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/06/2001 12:47

Isso eh comissao de etica que deveria verificar e nao eu....
==
Eu posso ter uma visao talvez distorcida e por isso uma soh
pessoa nao poderia fazer tais julgamentos...
==
Se ninguem alem de mim sentiu nenhum clima do tipo na lista
eu retiro o meu pedido de criacao de comissao....
==
Eu faco questao de *NAO* participar da comissao caso ela
seja criada..
===
[]s
jocax



--- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
>
> Por favor, João, poderia dizer quem são esses tais predadores?
>
> Sheila.
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
>
> Estou meio sem tempo ultimamente e por isso nao tenho podido
> participar dos debates....
>
> Mas parece-me q a ciencialist foi tomada de assalto por predadores
> da etica e das boas maneiras em lista de discussoes tornando-as
> um tanto quanto *PESADAS*.
>
> Proponho que seja formado um conselho de etica na lista que :
>
> 1- Analisaria o comportamento de missivistas que tem por habito
> tornar a lista uma cesta de lixo de xingamentos e ameacas.
>
> 2- Propor se for o caso penalidades para tais comportamentos que
> poderiam ser :
> - Aviso de comportamento nao compativel
> - Suspensao temporaria de alguns dias
> - Em caso de sucessivas reincidencias o banimento da lista.
>
> Com estas medidas *talvez* a lista volte a ser alegre e livre
> como sempre foi.....
>
> []s
> jocax
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Bases filosóficas e cientificidade
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/06/2001 13:11

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Manuel: A psicanálise não é uma variante do dualismo cartesiano. Eu també=
m
> não dissocio o psicológico do somático, assim como não dissocio a biologi=
a
> da físico-química nem a físico-química da física das partículas. Mas quan=
do
> olho um ser humano, não vejo apenas um amontoado de quarks e léptons. Tal=
vez
> eu esteja com algum problema na vista, não sei.

Bem, todos nos temos um problema de vista -- nao enxergamos nada
q. seja menor do q. o correspondente a 1mm de diametro a 10m de
distancia...

O q. vejo qdo olho pro ser humano depende da situacao. Mas pensando
estritamente na natureza fisica -- nao da' pra fugirmos disso: somos um
sistema formado por atomos, ions e quetais com uma dada disposicao
e q. interagem de um dado modo entre si.

A base do psiquismo e', tto qto podemos entender, a base da fisica.
Mas a base mais imediata me parece ser a biologia. (O psiquismo
pode ser a base das artes, da religiao, da historia...)

A biologia ganhou muito em poder de predicao com a aplicacao
dos principios fisicos-quimicos. O reconhecimento de q. a vida
eh um processo de natureza quimica, o entendimento do funciona-
mento das biomoleculas, tornaram a biologia mais solida.

E' assim q. vejo q. a psicologia deveria fincar seus pes mais
firmemente no terreno biologico. (Ao q. me parece, em alguns
casos eh o q. se verifica -- e nao sao os q. fazem mais progressos?)

> Quando encontramos um amigo muito triste porque a mãe morreu, entendemos =
que
> a causa da tristeza é a morte da mãe, e não um desequilíbrio na produção =
dos
> neurotransmissores, embora saibamos que situações de luto produza alteraç=
ões
> físico-químicas no cérebro. Guardando as devidas proporções, esse exemplo=

> serve para ilustrar a sutil diferença entre os distúrbios por razões
> neurológicas e distúrbios por razões psicológicas.

E' uma alteracao neurologica provocada por um evento externo.
Uma alteracao natural e saudavel. Assim como ha' alteracoes
neurologicas provocadas por eventos internos (na verdade tudo
se reflete em eventos externos, mas nao compliquemos) q.
sao saudaveis.

Ainda forcando a barra na analogia cerebro/computador. O computador
pode dar respostas diferentes se a entrada eh diferente e/ou se as conexoes=

internas sao alteradas. Mas tudo se reflete nos fluxos de eletrons dentro
dos processadores... Tudo se reflete no padrao de funcionamento da
maquina.

Mas como vc aceita q. o psiquismo eh um processo biologico, entao
nao ha' divergencias entre nos no q. se refere a isso.

> Manuel: Podemos ouvir a mesma música num disco de vinil, num CD ou numa f=
ita
> K7. Não existe informação sem um meio material, mas a informação não se
> reduz ao seu substrato material. Há uma 'unidade' entre a informação e a
> matéria, mas não uma cabal 'identidade'. Se tenho um problema em um de me=
us
> softwares, não chamo um técnico de hardware para resolver o meu problema.=


Repare no seguinte: vc usa o mesmo instrumento para recuperar
a musica codificada no vinil, no CD ou no K7? Nao. Sao necessarios
aparelhos diferentes para transformar isso em vibracoes mecanicas -- q.
eh a unica forma q. nossos ouvidos eh capaz de captar (e transformar
em impulsoso nervosos q. serao trabalhados no cerebro e adjacencias...).

Tto o meio eh diferente q. cada qual produz resultados ligeiramente
diferentes na conversao em ondas mecanicas. O vinil e o K7 sao
analogicos -- eles sao capazes de registrar uma gama mais ampla
de sons do q. o CD. Mas o CD pela natureza digital (discreta) de sua
codificacao eh capaz de ser mais compacto e menos sujeito a ruidos --
os chiados.

(Dependendo do tipo de problema no software -- vc tera' sim q.
se ver com um tecnico de hardware... Mas indo ainda mais
profundo: o software pode ser pensado em uma linguagem alta e
em uma linguagem baixa. A mais baixa eh chamada de linguagem
de maquina, a mais alta tende a imitar a linguagem humana normal.
A linguagem de maquina lida diretamente com o padrao de distribuicao
de eletrons nas mais diversas chaves dentro do processador. A
linguagem mais alta depende de um compilador q. a transforme em
padroes de distribuicao de eletrons -- q. eh o q. o computador utiliza.
De fato, um programador nao precisa entender a arquitetura do
chip para criar seus jogos, simuladores e similares; mas um q.
tenha a nocao sera' capaz de criar programas mais eficientes...
Isso falando no sentido pratico. Ainda no sentido pratico.
O satelite Hubble teve um problema de fabricacao e nasceu
miope. Entendo esse problema de hardware, pOde se desenvolver
um software q. compensasse a distorcao do espelho principal do
telescopio. A via eh de duas maos no ganho q. se tem pelo
entendimento do defeito ou mal funcionamento em sua nartureza
fisica... A minha aposta eh q. a neurologia sera' capaz de
abrir a caixa-preta craniana... O q. faremos com isso depende
do q. queremos e do q. achamos q. seja o melhor.)

> Takata: Mas eis. Se a psicoterapia funciona, nao podemos ve-la em acao no=
s
> neuronios? Nao veremos novas ligacoes? Alteracao na producao de
> neurotransmissores? Padroes de disparos, ativacao e inibicao de determina=
dos
> centros?
>
> Manuel: Os antidepressivos e ansiolíticos são extremamente úteis para tir=
ar
> o doente das crises e mantê-lo lúcido para encarar e resolver os seus
> problemas 'psicológicos'. Mas se ele não os resolve, se deixar de tomar o=

> remédio os sintomas neuróticos ressurgem. Terá ele que tomar os
> psicofármacos por tempo indefinito, tendo que suportar todos os seus efei=
tos
> colaterais.

Mas o q. eu digo eh q a resolucao dos problemas seja por q. meio for
deve ser porq. se afetou ou a arquitetura neuronal ou o seu padrao de
funcionamento. Se a terapia -- nao estou falando de medicamentos --
funciona, suponho q. deva estar alterando alguma coisa no cerebro
fisicamente.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: SHOW DO MILHÃO
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/06/2001 13:26

--- In ciencialist@y..., "Peter/UFMT" <peterlsm@t...> wrote:
Irei verificar, mas nao me lembro de alguma especie de
grilo sendo classificada como praga agricola.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: robos
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/06/2001 13:40

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@h...> wrote:
> a pergunta é, se sabes da dimensão dessa robotica desses fasciculos.Sabes=
?

No caso o micro se refere provavelmente 'a reducao de microcomputador...
mas o robo deve ser daquele de brinquedo comum. (Tudo chute.)

(Qto aos prefixos, acho q. a exigencia de rigor se refere apenas 'as unidad=
es, nao
a composicoes de neologismos... microcomputador eh um exemplo claro. Ou
podemos pensar alternativamente q. existem dois prefixos: o das unidades
e o q. significa simplesmente pequeno... qdo se fala em microcefalia, se qu=
er
dizer assim: cabeca pequena -- menor do q. o tamanho normal -- e nao cabeca=

na ordem dos micrometros -- ou microgramas... ou se um dia inventarem a
unidade cefalia, teremos a milionesima parte da cefalia como sentido apendi=
culado
ao sentido atual... em alguns casos o prefixo se derivaria de uma composica=
o
subentendida: nanotecnologia -- restringindo-se para os puristas aos compon=
entes
da ordem dos nanometros -- como composto por nano(metro)+tecnologia... para=

os liberais, a etimologia seria nano(=muito pequeno)+tecnologia -- assim co=
mo
nanismo e nanomelia seriam palavras compostas com esse radical... ou muito =

me engano, ou pelo menos alguns dicionarios e gramaticas ja' fazem essa dis=
tincao,
qdo aplicavel.)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: RES: En: [ciencialist] Comissao de Etica na Ciencialist
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 14:01

Não há necessidade de comissão.

Proponho o seguinte procedimento: todos podem expor idéias e
opiniões sem restrição, desde que dentro do objetivo da lista
(ciência, divulgação científica, filosofia da ciência, etc);
todas as mensagens podem ser argumentadas mesmo que o nível
da discussão "esquente"; enquanto houver civilidade e
respeito entre os debatedores a discussão continua; o
primeiro que perder a capacidade argumentativa e partir
para agressão não deverá ter suas mensagens respondidas
por ninguém da lista. O cara, se for orgulhoso demais,
não é obrigado a se retratar e poderá iniciar nova discussão
a qualquer momento desde que dentro dos limites do bom
senso.

É uma espécie de "chá de simancol". Deixemos o mal-educado
falando sozinho, pondo ele na geladeira, até esfriar a cuca
e retomar o debate racional.

Assim, ninguém precisa ficar na posição incômoda de censor.

O que vale com minha proposta é a autocensura. Ou o colega
seja educado, ou vai ser ignorado até se mancar.

PS: Funciona com minha namorada. Nunca obriguei ela a pedir
desculpas, basta baixar o volume para voltar a conversar. :-))

[]'s

Alexandre Medeiros

> -----Mensagem original-----
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]
> Enviada em: Quinta-feira, 28 de Junho de 2001 04:47
> Para: ciencialist@yahoogroups.com
> Assunto: Re: En: [ciencialist] Comissao de Etica na Ciencialist
>
>
> Isso eh comissao de etica que deveria verificar e nao eu....
> ==
> Eu posso ter uma visao talvez distorcida e por isso uma soh
> pessoa nao poderia fazer tais julgamentos...
> ==
> Se ninguem alem de mim sentiu nenhum clima do tipo na lista
> eu retiro o meu pedido de criacao de comissao....
> ==
> Eu faco questao de *NAO* participar da comissao caso ela
> seja criada..
> ===
> []s
> jocax
>
>
>
> --- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
> >
> > Por favor, João, poderia dizer quem são esses tais predadores?
> >
> > Sheila.
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
> >
> > Estou meio sem tempo ultimamente e por isso nao tenho podido
> > participar dos debates....
> >
> > Mas parece-me q a ciencialist foi tomada de assalto por predadores
> > da etica e das boas maneiras em lista de discussoes tornando-as
> > um tanto quanto *PESADAS*.
> >
> > Proponho que seja formado um conselho de etica na lista que :
> >
> > 1- Analisaria o comportamento de missivistas que tem por habito
> > tornar a lista uma cesta de lixo de xingamentos e ameacas.
> >
> > 2- Propor se for o caso penalidades para tais comportamentos que
> > poderiam ser :
> > - Aviso de comportamento nao compativel
> > - Suspensao temporaria de alguns dias
> > - Em caso de sucessivas reincidencias o banimento da lista.
> >
> > Com estas medidas *talvez* a lista volte a ser alegre e livre
> > como sempre foi.....
> >
> > []s
> > jocax
> >
> >
> > [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Herdeiros de vítima da Aids conquistam no STJ direito a mover acao por dano moral
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <direito_saude@yahoogroups.com>
CC: <bioetica@widesoft.com.br>, <soropositivo@egroups.com>, <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 15:10

Direito_Saúde -- 28.06.2001
======================


Notícias do Superior Tribunal de Justiça

27/06/01 -
Herdeiros de vítima da Aids conquistam no STJ direito a mover ação por dano moral

Caso a vítima de dano moral já tenha morrido, o direito a indenização pode ser exercido pelos sucessores. A decisão foi do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao reconhecer a legitimidade dos pais para moverem ação contra o Estado do Paraná em conseqüência da divulgação, por servidores públicos, do fato de seu filho ser portador do vírus HIV. "Se o sofrimento é algo pessoal, o direito de ação de indenização do dano moral é de natureza patrimonial e, como tal, transmite-se aos sucessores", afirmou o ministro-relator, José Delgado, seguido em seu voto pelos demais integrantes da Primeira Turma do Tribunal.

Os pais de S., morto em abril de 1994, entraram com a ação com pedido de indenização no valor de dez mil salários mínimos por causa de um edital assinado, divulgado e distribuído por dois servidores estaduais. O comunicado alertava para a suspeita de um caso de Aids no município de Morretes (PR), mencionado o nome do portador do vírus. Espalhados por toda a cidade - farmácias, hospitais, laboratórios, clínicas, prefeitura e delegacia de polícia - os avisos causaram inúmeros transtornos ao doente.

Em depoimento no inquérito administrativo aberto contra os servidores J. e M., condenados a 30 e dez dias de suspensão, respectivamente, S. afirmou ter sido discriminado porque todos na cidade tomaram conhecimento de sua doença. "Não conseguia mais emprego e não podia andar normalmente pelas ruas. Na sociedade em geral, foi taxado de aidético, sendo vítima de discriminação, caracterizando-se assim o dano a sua pessoa e a sua imagem", sustentou a defesa dos pais e também herdeiros do rapaz.

A primeira decisão da Justiça estadual foi desfavorável ao casal. O Juízo da 4ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Curitiba julgou extinto o pedido de indenização feito pelos pais de S., sem apreciação do mérito. Inconformados, eles apelaram ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). O tribunal estadual reconheceu a reivindicação dos direitos que poderiam vir a ser reconhecidos para a vítima dos danos morais e cassou a sentença anterior.

O Estado do Paraná então recorreu ao STJ. O Tribunal confirmou acórdão do TJ-PR. Segundo o ministro José Delgado, o direito que poderia ser reconhecido à vítima transmite-se, incontestavelmente, aos seus pais. "A regra, em nossa ordem jurídica, impõe a transmissibilidade dos direitos não personalíssimos, salvo expressão legal", afirmou. O processo agora deverá voltar ao juízo de origem - 4ª Vara de Fazenda Pública de Curitiba - "para análise das demais questões levantadas e decisão como de direito".

Os nomes dos envolvidos foram preservados porque o processo corre em segredo de Justiça.



==================================
http://groups.yahoo.com/group/direito_saude
==================================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Do que o homem e' capaz...
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: bio-l@egroups.com, ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/06/2001 15:22

Por principio etico eu nao participo de correntes, mas para tomarem
conhecimento reproduzo abaixo a denuncia de maus-tratos 'a uma forma de
vida.

[]s,

Roberto Takata

---------

Recebi esta mensagem e achei que nao era verdade ate' entrar no site...

QUE ABSURDO!!!!

............................................

Ola' amigos:

A qualquer um que sinta amor ou respeito por qualquer forma de Vida...

Um grupo de japoneses desalmados resolveram engarrafar um ser vivo
tao delicado para satisfazerem seus desejos de consumo e interesses
financeiros.

A pobre criatura e' colocada dentro de uma garrafa cubica de vidro ainda
pequena e ha' medida que cresce seu corpo e' deformado pela resistencia da
parede da garrafa, adquirindo um hediondo aspecto quadrado.

O ser e' torturado, mantido em um espaco apertado, impedindo seu
desenvolvimento normal deformando-o. Eles sao vendidos de acordo com os
autores dessa ideia estupida para economia de espaco e tambem para peca
decorativa!!!

Estamos fazendo um abaixo-assinado contra tal crueldade com uma forma de
vida tao inocente. Agradecemos seu interesse, pedimo-lhes que acrescentem
seu nome ao final da lista e reenviem para o maior numero de pessoas.

Para maiores informacoes:

Japan corners the market on square fruit
http://www.cnn.com/2001/WORLD/asiapcf/east/06/15/square.watermelon/index.html

Agora em nova embalagem
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2001/06/15/ger724.html

----
1 - Altamirando Melao, Sao Paulo, Brasil
altamelao@yahoo.com

2 - Walter Mello, Alagoas, Brasil
wmello@ibt.com.br
----



SUBJECT: Re: Boletim Terra Redonda 002
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 15:44

É a _*verdadeira face*_ da FÉ CÉTICA.
==
Nada dá mais lucro do que fundar uma religião
( fundamentalista ) com uma *causa* que combate
*inimigos* pelo mundo todo.
==
O nome é o de menos.
No caso é Colégio Cético.
==
Com tudo isso eles precisam cobrar dízimo
( mas chegam lá ... ) ?
==
O Deus dos céticos é a pecúnia.
==
Visitem o site e vejam que tem preço
para tudo. Ainda não tem para venda de
_*indulgências*_ aos convertidos ( lapso
fácil de ser corrigido ) de outras religiões,
mas tem pelas nove categorias de conversão.
==
O SPAM comercial deles está ai.
==
[]'s

Celso Galli Coimbra
================



From: Clóvis A. S. Maia
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Thursday, June 28, 2001 11:06 AM
Subject: [ciencialist] Boletim Terra Redonda 002


O que??
Nove categorias diferentes de socios? Carteirinhas assinadas pelo
presidente? Camisetas e bones exclusivos com imagens e frases ateistas??
Isso eh uma propaganda de um forum de discussao ou de um clube do
bolinha? Tem mais cara de spam de empresa virtual!
Mundo moderno. Ou voce paga para ser religioso, ou paga para ser
"cetico". Isso ai, muito "cetico" mesmo... acho que prefiro ficar com os
produtos Tabajara. Pelo menos sao mais engracados.

Ate,
Clovis


Mensagem Original:
-------------------------------------------------------------
* Novas Categorias de Membro Associado

Agora você pode adquirir sua Carteirinha de Membro Associado da STR e
receber outros benefícios. Agora temos 9 categorias diferentes de Membro,
escolha a sua e cadastre-se! Todos os Membros Associados recebem: Satisfação
pelo envolvimento, dados listados com destaque separados da lista de Membros
Cadastrados, carteirinha personalizada de Membro Associado, descontos na
Área Compras da STR e carta de agradecimento assinada pelo presidente da
STR. Visite http://www.strbrasil.com.br/Membros para ver em detalhe cada
categoria e seus benefícios.

* Novos Produtos na Área Compras

Nossa Área Compras foi atualizada. Agora você pode adquirir camisetas e
bonés exclusivos da STR. Com imagens e frases ateístas, racionalistas e
céticas, em vários tamanhos. É possível até criar o seu próprio modelo
personalizado. Nossa seção de livros também será atualizada, contendo um
acervo maior de livros que tratam dos mesmos assuntos que a STR. Visite os
endereços:
-----------------------------------------------------------



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re:Comissao de CENSURA na Ciencialist
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 16:00

João

você está fugindo da pergunta que lhe foi feita.
E ao mesmo tempo não está assumindo
o que diz. Esse comportamento tem um nome
bem conhecido.

Faz parte de sua postura científica ?

Diga quem são OS predadores.

==

Celso Galli Coimbra
===============


----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Thursday, June 28, 2001 12:47 PM
Subject: Re: En: [ciencialist] Comissao de Etica na Ciencialist


Isso eh comissao de etica que deveria verificar e nao eu....
==
Eu posso ter uma visao talvez distorcida e por isso uma soh
pessoa nao poderia fazer tais julgamentos...
==
Se ninguem alem de mim sentiu nenhum clima do tipo na lista
eu retiro o meu pedido de criacao de comissao....
==
Eu faco questao de *NAO* participar da comissao caso ela
seja criada..
===
[]s
jocax



--- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
>
> Por favor, João, poderia dizer quem são esses tais predadores?
>
> Sheila.
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
>
> Estou meio sem tempo ultimamente e por isso nao tenho podido
> participar dos debates....
>
> Mas parece-me q a ciencialist foi tomada de assalto por predadores
> da etica e das boas maneiras em lista de discussoes tornando-as
> um tanto quanto *PESADAS*.
>
> Proponho que seja formado um conselho de etica na lista que :
>
> 1- Analisaria o comportamento de missivistas que tem por habito
> tornar a lista uma cesta de lixo de xingamentos e ameacas.
>
> 2- Propor se for o caso penalidades para tais comportamentos que
> poderiam ser :
> - Aviso de comportamento nao compativel
> - Suspensao temporaria de alguns dias
> - Em caso de sucessivas reincidencias o banimento da lista.
>
> Com estas medidas *talvez* a lista volte a ser alegre e livre
> como sempre foi.....
>
> []s
> jocax
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Do que o homem e' capaz...
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 16:10

Escrito desta forma, até parece uma reedição dos Gatos Bonsai.

Porém, os links abaixo revelam que trata-se de uma melancia.
Engarrafa-se melancias para elas ficarem cúbicas.

Talvez, antes de sairmos por aí acusando outra civilização pelo
tratamento dado às plantas e dizendo "do que o homem é capaz" com o dedo em
riste em sua direção, devemos observar o que nós mesmos fazemos, também pelo
bem da estética e muitas vezes do mercado:

- Confinamos plantas em vasinhos minúsculos, impedindo duas raízes de
crescerem ou forçando-as a crescerem para fora dos vasos
- Transplantamos árvores, decepando as pontas de suas raízes
- Podamos árvores
- Cortamos raízes de árvores quando elas saem por cima das calçadas
- Podamos arbustos para eles ficarem com formatos peculiares
- Forçamos trepadeiras a escalarem as paredes de nossas casas e muros,
que possuem superfícies completamente estranha a elas

Mas, se temos dúvidas quanto ao conceito de sofrimento de plantas,
talvez devamos, antes de acusar outra civilização por um tratamento duvidoso
dado a uns frutos, observar o que nós mesmos fazemos com aqueles que sabemos
que sofrem: passarinhos presos em gaiolas, com galinhas acumuladas em locais
pequenos, com luz na cara para não dormirem e assim botarem ovos o tempo
todo, com suínos engordados até não conseguirem mais sair do lugar, com o
abuso de experimentos com animais em laboratório - há casos em que não é
necessário, etc...

Nunca vi uma mensagem como a abaixo esbravejando contra essas coisas.

Inté,
Belisário


----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
To: <bio-l@egroups.com>; <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, June 28, 2001 3:22 PM
Subject: [ciencialist] Do que o homem e' capaz...


> Por principio etico eu nao participo de correntes, mas para tomarem
> conhecimento reproduzo abaixo a denuncia de maus-tratos 'a uma forma de
> vida.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> ---------
>
> Recebi esta mensagem e achei que nao era verdade ate' entrar no site...
>
> QUE ABSURDO!!!!
>
> ............................................
>
> Ola' amigos:
>
> A qualquer um que sinta amor ou respeito por qualquer forma de Vida...
>
> Um grupo de japoneses desalmados resolveram engarrafar um ser vivo
> tao delicado para satisfazerem seus desejos de consumo e interesses
> financeiros.
>
> A pobre criatura e' colocada dentro de uma garrafa cubica de vidro ainda
> pequena e ha' medida que cresce seu corpo e' deformado pela resistencia da
> parede da garrafa, adquirindo um hediondo aspecto quadrado.
>
> O ser e' torturado, mantido em um espaco apertado, impedindo seu
> desenvolvimento normal deformando-o. Eles sao vendidos de acordo com os
> autores dessa ideia estupida para economia de espaco e tambem para peca
> decorativa!!!
>
> Estamos fazendo um abaixo-assinado contra tal crueldade com uma forma de
> vida tao inocente. Agradecemos seu interesse, pedimo-lhes que acrescentem
> seu nome ao final da lista e reenviem para o maior numero de pessoas.
>
> Para maiores informacoes:
>
> Japan corners the market on square fruit
>
http://www.cnn.com/2001/WORLD/asiapcf/east/06/15/square.watermelon/index.htm
l
>
> Agora em nova embalagem
> http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2001/06/15/ger724.html
>
> ----
> 1 - Altamirando Melao, Sao Paulo, Brasil
> altamelao@yahoo.com
>
> 2 - Walter Mello, Alagoas, Brasil
> wmello@ibt.com.br
> ----
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>



SUBJECT: Re: Comissao de Etica na Ciencialist
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 16:18

A questão fundamental em qualquer debate é a civilidade,
como colocou Alexandre, e já tinha sido reclamada por mim antes.
==
O descuido com adjetivações que atingem a pessoa e não
enfrentam seus argumentos gera o direito de resposta à agressão.
==
Quando quem agride recebe uma resposta, não gosta, é claro.
==
Mas então essa pessoa acaso vai verificar porque recebeu
aquela resposta ?
==
Em debates com civilidade, os argumentos são para serem
expostos e não para serem levados ao esgotamento pela
supremacia de um único.
==
Essa lista tem atualmente uma média de 200 pessoas e
a participação efetiva é restrita a uns poucos, devido em muito ao
hábito que percebi de ridicularizar as pessoas por suas idéias e
pensamentos.
==
Isso é uma forma de censura.
==

[]'s

Celso Galli Coimbra
================

----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
To: 'ciencialist@yahoogroups.com'
Sent: Thursday, June 28, 2001 2:01 PM
Subject: RES: En: [ciencialist] Comissao de Etica na Ciencialist


Não há necessidade de comissão.

Proponho o seguinte procedimento: todos podem expor idéias e
opiniões sem restrição, desde que dentro do objetivo da lista
(ciência, divulgação científica, filosofia da ciência, etc);
todas as mensagens podem ser argumentadas mesmo que o nível
da discussão "esquente"; enquanto houver civilidade e
respeito entre os debatedores a discussão continua; o
primeiro que perder a capacidade argumentativa e partir
para agressão não deverá ter suas mensagens respondidas
por ninguém da lista. O cara, se for orgulhoso demais,
não é obrigado a se retratar e poderá iniciar nova discussão
a qualquer momento desde que dentro dos limites do bom
senso.

É uma espécie de "chá de simancol". Deixemos o mal-educado
falando sozinho, pondo ele na geladeira, até esfriar a cuca
e retomar o debate racional.

Assim, ninguém precisa ficar na posição incômoda de censor.

O que vale com minha proposta é a autocensura. Ou o colega
seja educado, ou vai ser ignorado até se mancar.

PS: Funciona com minha namorada. Nunca obriguei ela a pedir
desculpas, basta baixar o volume para voltar a conversar. :-))

[]'s

Alexandre Medeiros

> -----Mensagem original-----
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]
> Enviada em: Quinta-feira, 28 de Junho de 2001 04:47
> Para: ciencialist@yahoogroups.com
> Assunto: Re: En: [ciencialist] Comissao de Etica na Ciencialist
>
>
> Isso eh comissao de etica que deveria verificar e nao eu....
> ==
> Eu posso ter uma visao talvez distorcida e por isso uma soh
> pessoa nao poderia fazer tais julgamentos...
> ==
> Se ninguem alem de mim sentiu nenhum clima do tipo na lista
> eu retiro o meu pedido de criacao de comissao....
> ==
> Eu faco questao de *NAO* participar da comissao caso ela
> seja criada..
> ===
> []s
> jocax
>
>
>
> --- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
> >
> > Por favor, João, poderia dizer quem são esses tais predadores?
> >
> > Sheila.
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
> >
> > Estou meio sem tempo ultimamente e por isso nao tenho podido
> > participar dos debates....
> >
> > Mas parece-me q a ciencialist foi tomada de assalto por predadores
> > da etica e das boas maneiras em lista de discussoes tornando-as
> > um tanto quanto *PESADAS*.
> >
> > Proponho que seja formado um conselho de etica na lista que :
> >
> > 1- Analisaria o comportamento de missivistas que tem por habito
> > tornar a lista uma cesta de lixo de xingamentos e ameacas.
> >
> > 2- Propor se for o caso penalidades para tais comportamentos que
> > poderiam ser :
> > - Aviso de comportamento nao compativel
> > - Suspensao temporaria de alguns dias
> > - Em caso de sucessivas reincidencias o banimento da lista.
> >
> > Com estas medidas *talvez* a lista volte a ser alegre e livre
> > como sempre foi.....
> >
> > []s
> > jocax
> >
> >
> > [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re:Comissao de CENSURA na Ciencialist
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/06/2001 16:24

Eh Alexandre sua ideia de deixar as pessoas de 'castigo' nao sei
se funciona nao.....

Na minha opiniao, Celso, vc eh o predador da boa conduta
na lista com suas ameacas de processos e ofensa aa inteligencia
dos participantes.

( Qtas vezes vc disse, por exemplo, q falta inteligencia a uma pessoa
)
por ela nao ter uma opiniao igual a sua?
Mas eh opiniao pessoal minha e nao sei se outros compartilham ou nao
dela.
[]s
jocax



--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> João
>
> você está fugindo da pergunta que lhe foi feita.
> E ao mesmo tempo não está assumindo
> o que diz. Esse comportamento tem um nome
> bem conhecido.
>
> Faz parte de sua postura científica ?
>
> Diga quem são OS predadores.
>
> ==
>
> Celso Galli Coimbra
> ===============
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos
> To: ciencialist@y...
> Sent: Thursday, June 28, 2001 12:47 PM
> Subject: Re: En: [ciencialist] Comissao de Etica na Ciencialist
>
>
> Isso eh comissao de etica que deveria verificar e nao eu....
> ==
> Eu posso ter uma visao talvez distorcida e por isso uma soh
> pessoa nao poderia fazer tais julgamentos...
> ==
> Se ninguem alem de mim sentiu nenhum clima do tipo na lista
> eu retiro o meu pedido de criacao de comissao....
> ==
> Eu faco questao de *NAO* participar da comissao caso ela
> seja criada..
> ===
> []s
> jocax
>
>
>
> --- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
> >
> > Por favor, João, poderia dizer quem são esses tais predadores?
> >
> > Sheila.
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
> >
> > Estou meio sem tempo ultimamente e por isso nao tenho podido
> > participar dos debates....
> >
> > Mas parece-me q a ciencialist foi tomada de assalto por predadores
> > da etica e das boas maneiras em lista de discussoes tornando-as
> > um tanto quanto *PESADAS*.
> >
> > Proponho que seja formado um conselho de etica na lista que :
> >
> > 1- Analisaria o comportamento de missivistas que tem por habito
> > tornar a lista uma cesta de lixo de xingamentos e ameacas.
> >
> > 2- Propor se for o caso penalidades para tais comportamentos que
> > poderiam ser :
> > - Aviso de comportamento nao compativel
> > - Suspensao temporaria de alguns dias
> > - Em caso de sucessivas reincidencias o banimento da lista.
> >
> > Com estas medidas *talvez* a lista volte a ser alegre e livre
> > como sempre foi.....
> >
> > []s
> > jocax
> >
> >
> > [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Boletim Terra Redonda 002
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 16:24


Exelentíssimo Dr. Coimbra escreveu:


""" É a _*verdadeira face*_ da FÉ CÉTICA.
==
Nada dá mais lucro do que fundar uma religião
( fundamentalista ) com uma *causa* que combate
*inimigos* pelo mundo todo.
==
O nome é o de menos.
No caso é Colégio Cético.
==
Com tudo isso eles precisam cobrar dízimo
( mas chegam lá ... ) ? """"



Não acho que isso seja uma espécie de dízimo religioso.

Isso tem a intenção de manter e ampliar a estrutura , para um objetivo
comum, que não é o enriquecimento dos administradores.

Afinal, gatam com hospedagem, material de impressão, insumos de escritório,
etc,etc...

As religiões nem sempre se comportam dessa forma.

SDS,

ASM






SUBJECT: China eh acusada de retirar orgaos de prisioneiros executados -- BBC
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 16:25

Direito_Saúde -- 28.06.2001
========================


http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/010628_china.shtml
28 de junho, 2001 - Publicado às 10h29 GMT
===================================
CHINA É ACUSADA DE RETIRAR ÓRGÃOS
DE PRISIONEIROS EXECUTADOS
===================================

O médico deu detalhes das cirurgias
===
Um médico chinês descreveu em detalhes como funciona um suposto esquema de retirada e venda de órgãos de prisioneiros executados no país para transplantes.

===

Falando ao Congresso americano, Wang Guoqi disse que já retirou a pele e as córneas de cerca de 100 corpos de prisioneiros, enquanto trabalhava para o exército chinês.

===

Segundo ele, muitas vezes os médicos retiram os órgãos com os prisioneiros AINDA VIVOS.

===

O governo chinês negou enfaticamente as denúncias, afirmando que o médico estava mentindo para tentar conseguir asilo político nos Estados Unidos.

===

Arrependimento

===

Guoqi afirmou que sentia "um profundo arrependimento e remorso" ao retirar os órgãos dos prisioneiros.

===

Ele disse que, pelo menos em uma ocasião, começou a retirar a pele de um condenado que ainda estava respirando. Segundo Guoqi, toda a pele de um prisioneiro podia ser removida em no máximo 20 minutos.

===

O médico disse que _*A VENDA DE ÓRGÃOS PARA TRANSPLANTES*_ gera muitos recursos para o Exército chinês.

===

A retirada de órgãos sem consentimento da família é ilegal no país, mas o governo é acusado de não garantir o cumprimento da lei.

===
( grifos nossos )



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Medico denuncia suposto comercio de orgaos na China -- CNN
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 16:43

Direito_Saúde -- 28.06.2001
=========================


http://www.cnnemportugues.com/2001/mundo/asia/06/28/china/index.html
======================================
MÉDICO DENUNCIA SUPOSTO COMÉRCIO
DE ÓRGÃOS NA CHINA
======================================



28 de junho, 2001
Às 7:54 AM hora de Brasília (1054 GMT)


===

WASHINGTON (CNN) -- O médico chinês Wang Guoqi acusou
o governo de Pequim, na quarta-feira, de retirar e vender partes dos corpos de prisioneiros executados na China, alguns ainda clinicamente vivos.
===
Em depoimento à Subcomissão de Direitos Humanos do Congresso dos Estados Unidos, Wang, um especialista em tratamento de queimaduras, descreveu o que chamou de procedimentos coordenados entre cirurgiões e autoridades chinesas para extrair órgãos de condenados imediatamente após suas execuções.

===

Wang, que está pedindo asilo político nos Estados Unidos, afirmou ter participado de tais ações, ajudando cirurgiões a operar em ambulâncias e extrair órgãos sem consentimento prévio do doador ou de sua família.

===

O médico disse que também trabalhou em um crematório, retirando, além das córneas, a pele de condenados a fim de transplantá-la para vítimas de queimaduras.

===

O Hospital da Brigada Geral da Polícia Paramilitar de Tianjin, onde Wang trabalhava, vendia os órgãos e tecidos, segundo a denúncia.

===

A China executa mais condenados por ano do que qualquer país do mundo. De acordo com os números da Anistia Internacional, só em 2000 foram mais de mil pessoas.

===

Uma autoridade do Departamento de Estado, em Washington, declarou à CNN que a Casa Branca demonstrou preocupação com as informações contidas no depoimento de Wang.

===

A embaixada chinesa não respondeu de imediato às alegações, mas em ocasiões anteriores já havia negado o envolvimento do governo no comércio de órgãos, enfatizando que essa prática é ilegal na China.

===

Wang afirmou que um fato ocorrido em outubro de 1995 torturou sua consciência. Ele teria sido obrigado a remover a pele de um prisioneiro ainda vivo.

===

O prisioneiro - condenado à morte por assalto e homicídio - recebeu uma droga anticoagulante e levou um tiro.

===

Wang relatou que o homem não morreu imediatamente e foi transferido para uma ambulância, onde urologistas removeram seus rins.

===

Wang e outros cirurgiões retiraram a pele do condenado antes de colocá-lo, ainda vivo, em saco plástico e levá-lo para um caminhão.

===

Após entrar nos Estados Unidos com passaporte falso, Wang contactou o ativista chinês Harry Wu, que dirige a fundação Laogai, uma organização sem fins lucrativos que luta contra a coleta de órgãos de prisioneiros chineses.

===

De acordo com Wu, há documentos do governo chinês comprovando que Pequim está ajudando hospitais militares a ganhar dinheiro com a venda de pele, córneas, rins e fígados de prisioneiros executados.

===

Wu afirmou que os órgãos também são vendidos no exterior e que alguns norte-americanos chegam a pagar 30 mil dólares por um rim.

===

Ativistas dos direitos humanos _*DISSERAM QUE ESSA ATIVIDADE NÃO ESTÁ RESTRITA À CHINA E QUE HÁ MERCADOS DE VENDA DE ÓRGÃOS HUMANOS EM OUTROS LUGARES DO MUNDO*_.

===

( grifos nossos )

=======================



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Do que o homem e' capaz...
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 17:23

He,he...Os caras fizeram até trocadilho com Watermelon (melancia), he,he....

Ok, era um brincadeira a revolta, como os gatos bonsai, mas eu já vi o
pessoal cético aqui elogiando.

Falando que superlegal era o site dos gatos bonsai.

Acho uma brincadeira sem graça e inútil.

Lembrem-se que a NET é visitada por pessoas do mundo todo, e nem sempre o
inglês é perfeitamente interpretado. Logo não vejo graça em brincar com algo
de forma que realmente possa passar por verdade. Só faz com que percamos
tempo.

Acho idiota.

SDS,

ASM



> > 1 - Altamirando Melao, Sao Paulo, Brasil
> > altamelao@yahoo.com
> >
> > 2 - Walter Mello, Alagoas, Brasil
> > wmello@ibt.com.br




SUBJECT: Re: Boletim Terra Redonda 002
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 17:26

Prezado Alexandre,

nem doutor, muito menos excelentíssimo,
mesmo brincando.

===

A minha objeção aos céticos é que eles assumem atitudes patrulhadoras ( são OS censores do conhecimento *politicamente correto*, sendo tal o que eles assim determinam ), arvorando-se ao mesmo tempo em acusadores e julgadores das informações e conhecimentos, o que PODE impedir ou dificultar que aquilo que está por trás de um boato, -- por exemplo -- , seja descoberto. Você mesmo mostrou esse aspecto da necessidade de não _*literalizar*_ o significado de certas informações, com o que estou plenamente de acordo.

===

Observe a questão da ROTULAÇÃO do comércio de órgãos ser jargoneada como *lenda urbana*. Esse assunto vai ser provado e isso agora é questão de tempo, mas é de DIFÍCIL prova. É de arriscada investigação. Demanda tempo. Por outro lado, o que já vem sendo denunciado por pessoas sérias e órgãos de divulgação sérios, DEVERIA ser visto pelas pessoas de bom senso como um sinal de alerta, no sentido de rigorosa investigação que só pode ser feito por quem tem competência formal para isso (não é o caso dos céticos), ao contrário do preconceito jargônico descredibilizador usado por quem se diz cético.

===
_*CONCLUIR É MELHOR DO QUE ACREDITAR*_ está correto ( ENQUANTO meia verdade ), MAS PARA CONCLUIR COM HONESTIDADE É PRECISO MUITAS VEZES CONCEDER O BENEFÍCIO DA DÚVIDA AO QUE CHAMAM APENAS DE *ACREDITAR*. Em investigações isso pode ser chamado de *indicio*.
===

Também faço objeção pelo patrulhamento das CRENÇAS ( isso mesmo, por que não ? ) que segmentos dentro da sociedade têm necessidade. Exemplificando, conheço muitas pessoas que saíram da criminalidade por terem adquirido uma CRENÇA em algo. Que direito tem os céticos de destruírem ou patrulharem aquilo que proporcionou algum equilíbrio a outras pessoas, APENAS PORQUE PARA ELES -- CÉTICOS -- NÃO SERVEM ? Respeitem a _*verdade*_ de cada um naquilo que de subjetivo ela se apresenta para cada pessoa.

===

Agora, o que é SPAM para os demais, segundo os DENUNCIADORES céticos, não é SPAM para os PRÓPRIOS céticos, quando eles o praticam, enviando uma LISTA DE COMPRAS para esse grupo.

===

Os gastos que eles têm qualquer grupo de pessoas organizadas em torno de um objetivo também têm, e nem por isso vêm trazer um _*MERCADO PERSA*_ de itens à venda para um grupo onde nem todos compartilham de suas motivações.

===

[]'s

Celso Galli Coimbra
====================
From: Alexandre Sedlacek Moana
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Thursday, June 28, 2001 4:24 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Boletim Terra Redonda 002



Exelentíssimo Dr. Coimbra escreveu:


""" É a _*verdadeira face*_ da FÉ CÉTICA.
==
Nada dá mais lucro do que fundar uma religião
( fundamentalista ) com uma *causa* que combate
*inimigos* pelo mundo todo.
==
O nome é o de menos.
No caso é Colégio Cético.
==
Com tudo isso eles precisam cobrar dízimo
( mas chegam lá ... ) ? """"



Não acho que isso seja uma espécie de dízimo religioso.

Isso tem a intenção de manter e ampliar a estrutura , para um objetivo
comum, que não é o enriquecimento dos administradores.

Afinal, gatam com hospedagem, material de impressão, insumos de escritório,
etc,etc...

As religiões nem sempre se comportam dessa forma.

SDS,

ASM





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Produto
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 17:41


1)Quanto as imediatas rotulações, nisso já concordamos que compartilhamos a
mesma opinião.



>Exemplificando, conheço muitas pessoas que saíram da criminalidade por
terem adquirido uma
>CRENÇA em algo. Que direito tem os céticos de destruírem ou patrulharem
aquilo que proporcionou
>algum equilíbrio a outras pessoas, APENAS PORQUE PARA ELES -- CÉTICOS --
NÃO
> SERVEM ? Respeitem a _*verdade*_ de cada um naquilo que de subjetivo
ela se apresenta para cada pessoa.

2)Bom, até nisso eu concordo.

Uma vez eu brinquei aqui elaborando uma porcentagem. Disse acreditar que
"95%" da população mundial deveria seguir alguma doutrina controladora
sobrenatural por não terem condição mínima de raciocínio que as mantivesse
em acordo com o bom desenvolvimento social por motivos racionais.

Pois é, enquanto essas doutrinas possam ser controladamente mantidas em
benefício da humanidade, por cérebros racionais e mais próximos da lucidez
do mundo natural, acho que podem até ser
úteis.

>Agora, o que é SPAM para os demais, segundo os DENUNCIADORES céticos, não
é SPAM para
>os PRÓPRIOS céticos, quando eles o praticam, enviando uma LISTA DE
COMPRAS para esse grupo.

3)É um pouco diferente dessa vez.

Isso foi uma divulgação em um maio conhecido. Onde considera-se que os
componentes das listas possam ter condições um pouco melhores de avaliar
esse e-mail múltiplo.


> Os gastos que eles têm qualquer grupo de pessoas organizadas em torno de
um objetivo também têm, e
>nem por isso vêm trazer um _*MERCADO PERSA*_ de itens à venda para um
grupo onde nem
>todos compartilham de suas motivações.

4)Achei criativo, e pode funcionar. Não achei tão ruim a idéia dos produtos.

Nosso produto aqui é a Busca da Verdade por um Método , não é?Nada melhor do
que estratégias para vendê-lo.

SDS,

ASM





SUBJECT: Re:Comissao de CENSURA na Ciencialist
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 17:46

Na sua opinião João,
que para mim não tem valor algum.

E eu não aceito julgamentos de opiniões
as quais não tenho porque dar-lhes
qualquer valor.

Lembre que respondi a agressões.

Uma minoria atuante ataca, agride, como não consegue intimidar
então vem o João pedir censura ...

Patético.


[]'s

Celso Galli Coimbra

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Thursday, June 28, 2001 4:24 PM
Subject: [ciencialist] Re:Comissao de CENSURA na Ciencialist


Eh Alexandre sua ideia de deixar as pessoas de 'castigo' nao sei
se funciona nao.....

Na minha opiniao, Celso, vc eh o predador da boa conduta
na lista com suas ameacas de processos e ofensa aa inteligencia
dos participantes.

( Qtas vezes vc disse, por exemplo, q falta inteligencia a uma pessoa
)
por ela nao ter uma opiniao igual a sua?
Mas eh opiniao pessoal minha e nao sei se outros compartilham ou nao
dela.
[]s
jocax



--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> João
>
> você está fugindo da pergunta que lhe foi feita.
> E ao mesmo tempo não está assumindo
> o que diz. Esse comportamento tem um nome
> bem conhecido.
>
> Faz parte de sua postura científica ?
>
> Diga quem são OS predadores.
>
> ==
>
> Celso Galli Coimbra
> ===============
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos
> To: ciencialist@y...
> Sent: Thursday, June 28, 2001 12:47 PM
> Subject: Re: En: [ciencialist] Comissao de Etica na Ciencialist
>
>
> Isso eh comissao de etica que deveria verificar e nao eu....
> ==
> Eu posso ter uma visao talvez distorcida e por isso uma soh
> pessoa nao poderia fazer tais julgamentos...
> ==
> Se ninguem alem de mim sentiu nenhum clima do tipo na lista
> eu retiro o meu pedido de criacao de comissao....
> ==
> Eu faco questao de *NAO* participar da comissao caso ela
> seja criada..
> ===
> []s
> jocax
>
>
>
> --- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
> >
> > Por favor, João, poderia dizer quem são esses tais predadores?
> >
> > Sheila.
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
> >
> > Estou meio sem tempo ultimamente e por isso nao tenho podido
> > participar dos debates....
> >
> > Mas parece-me q a ciencialist foi tomada de assalto por predadores
> > da etica e das boas maneiras em lista de discussoes tornando-as
> > um tanto quanto *PESADAS*.
> >
> > Proponho que seja formado um conselho de etica na lista que :
> >
> > 1- Analisaria o comportamento de missivistas que tem por habito
> > tornar a lista uma cesta de lixo de xingamentos e ameacas.
> >
> > 2- Propor se for o caso penalidades para tais comportamentos que
> > poderiam ser :
> > - Aviso de comportamento nao compativel
> > - Suspensao temporaria de alguns dias
> > - Em caso de sucessivas reincidencias o banimento da lista.
> >
> > Com estas medidas *talvez* a lista volte a ser alegre e livre
> > como sempre foi.....
> >
> > []s
> > jocax
> >
> >
> > [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Produto
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/06/2001 17:56

--- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:
> Uma vez eu brinquei aqui elaborando uma porcentagem. Disse acreditar que
> "95%" da população mundial deveria seguir alguma doutrina controladora
> sobrenatural por não terem condição mínima de raciocínio que as mantivess=
e
> em acordo com o bom desenvolvimento social por motivos racionais.

A maioria das pessoas sao suficientemente inteligente e
possuem integridade emocional para um bom desenvol-
vimento social por motivos racionais -- o q. quer q. isso
signifique...

Boa parte das pessoas sao religiosas por questao de criacao.
Sim, aparentemente ha' um componente biologico para a
religiosidade. Mas, nao, os ateus nao sao seres mutantes
muito provavelmente. Uma pessoa religiosa se tivesse outra
educacao poderia ser ateia. E uma pessoa ateia poderia ser
religiosa se tivesse outra experiencia de vida. (Meus
cabelos sao naturalmente negros, mas posso pinta'-los --
eqto ainda os tenho -- de azul, laranja e outras cores...)

E' complicado discutir religiosidade sem pisar nos calos de
ninguem -- parece-me q. eh tarefa pra McGiver nenhum
botar defeito (para os mais novos, considerem q. eh tarefa
para Ethan Hunt -- embora a serie original seja bem mais
anterior ao 'Profissao Perigo'...).

Mas nao vejo nenhum impedimento do convivio de preceitos
religiosos e racionais em uma so' pessoa. A unica gde questao
e' o radicalismo doutrinario -- q. independe do credo da pessoa.

> Pois é, enquanto essas doutrinas possam ser controladamente mantidas em
> benefício da humanidade, por cérebros racionais e mais próximos da lucide=
z
> do mundo natural, acho que podem até ser úteis.

Jamais !!!!!!!!!!!!!!!!!!!

> Nosso produto aqui é a Busca da Verdade por um Método , não é?Nada melhor=
do
> que estratégias para vendê-lo.

Eu seria bem mais modesto. Em vez de verdade, q. tal: 'modelos
parciais q. expliquem o funcionamento do mundo natural'? Esta'
mais a fim da busca cientifica, com a qual os ateistas tendem a
se alinhar.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Produto
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 18:19



>A maioria das pessoas sao suficientemente inteligente e
>possuem integridade emocional para um bom desenvol-
>vimento social por motivos racionais -- o q. quer q. isso
>signifique...


Não tenho certeza disso.

>Boa parte das pessoas sao religiosas por questao de criacao.
>Sim, aparentemente ha' um componente biologico para a
>religiosidade. Mas, nao, os ateus nao sao seres mutantes
>muito provavelmente. Uma pessoa religiosa se tivesse outra
>educacao poderia ser ateia. E uma pessoa ateia poderia ser
>religiosa se tivesse outra experiencia de vida. (Meus
>cabelos sao naturalmente negros, mas posso pinta'-los --
>eqto ainda os tenho -- de azul, laranja e outras cores...)

Ok, somos behavioristas é verdade, e a cada dia sofrendo influências de
novas descobertas de inatismo comportamental.

Esta coberto de razão. Se eu tivesse nascido lá com os meus parentes do
Oriente Médio estaria ferrado. :)

Mas nasci em uma familia católica. Meu avô era Reporter Religioso, colunas
nos jornais, programas de rádio, etc,etc...Mas meu pai já estava cheio de
questionamentos não respondidos pela crença e eu tive um pouco de sorte.

Imagina as implicações práticas? Quer dizer que qualquer afastamento de um
cidadão, de um futuro onde a lógica e o natural imperem sobre o
sobrenatural, da educação da época poderá colocá-lo novamente nos trilhos do
irracional e sobrenatural.

Talvez as crenças sejam impossíveis de serem banidas totalmente da sociedade
do atual modelo de ser humano.


>Mas nao vejo nenhum impedimento do convivio de preceitos
religiosos e racionais em uma so' pessoa.


Acho imissíveis!

(na verdade eu não sei até que profundidade vc chega qdo fala preceitos)

Eu sou sempre o primeiro a me posicionar tolerante com o bom convívio social
e a cooperação entre o religioso e o científico, mas nunca em uma só pessoa.

Como defender a busca pela informação lúcida se se permite aceitar algo sem
evidências mínimas advindas de um método anti-mentiras?

Isso é uma espécie de desonestidade para mim.


> Pois é, enquanto essas doutrinas possam ser controladamente mantidas em
> benefício da humanidade, por cérebros racionais e mais próximos da lucide=
z
> do mundo natural, acho que podem até ser úteis.

*Jamais !!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Complemente, por favor.


>Eu seria bem mais modesto. Em vez de verdade, q. tal: 'modelos
>parciais q. expliquem o funcionamento do mundo natural'? Esta'
>mais a fim da busca cientifica, com a qual os ateistas tendem a
>se alinhar.

Acho que a busca seja realmente da verdade.

Que consigamos apenas modelos temporários, isso é apenas a verdade prática
do que é a busca, mas acredito que o objetivo seja a inatingível verdade
mesmo.

SDS,

ASM



SUBJECT: Re:Comissao de CENSURA na Ciencialist
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/06/2001 18:22

Bom, se pegarmos os historicos de suas mensagens
poderemos ver claramente quem eh o agressor e ameacador : EH VC

Comissao de etica existem para coibir abusos, pq vc acha q existem
LEIS ? Policia? Juizes? Advogados?

Se a coisa desandar por aqui , espero que nao desande,
seria bastante natural nossa comunidade tambem imitar a sociedade
e criar um tipo de controle etico...

Soh espero q isso nao seja necessario,
mas to comecando a duvidar....

[]s
jocax



--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Na sua opinião João,
> que para mim não tem valor algum.
>
> E eu não aceito julgamentos de opiniões
> as quais não tenho porque dar-lhes
> qualquer valor.
>
> Lembre que respondi a agressões.
>
> Uma minoria atuante ataca, agride, como não consegue intimidar
> então vem o João pedir censura ...
>
> Patético.
>
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos
> To: ciencialist@y...
> Sent: Thursday, June 28, 2001 4:24 PM
> Subject: [ciencialist] Re:Comissao de CENSURA na Ciencialist
>
>
> Eh Alexandre sua ideia de deixar as pessoas de 'castigo' nao sei
> se funciona nao.....
>
> Na minha opiniao, Celso, vc eh o predador da boa conduta
> na lista com suas ameacas de processos e ofensa aa inteligencia
> dos participantes.
>
> ( Qtas vezes vc disse, por exemplo, q falta inteligencia a uma
pessoa
> )
> por ela nao ter uma opiniao igual a sua?
> Mas eh opiniao pessoal minha e nao sei se outros compartilham ou nao
> dela.
> []s
> jocax
>
>
>
> --- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> > João
> >
> > você está fugindo da pergunta que lhe foi feita.
> > E ao mesmo tempo não está assumindo
> > o que diz. Esse comportamento tem um nome
> > bem conhecido.
> >
> > Faz parte de sua postura científica ?
> >
> > Diga quem são OS predadores.
> >
> > ==
> >
> > Celso Galli Coimbra
> > ===============
> >
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: Joao Carlos Holland de Barcellos
> > To: ciencialist@y...
> > Sent: Thursday, June 28, 2001 12:47 PM
> > Subject: Re: En: [ciencialist] Comissao de Etica na Ciencialist
> >
> >
> > Isso eh comissao de etica que deveria verificar e nao eu....
> > ==
> > Eu posso ter uma visao talvez distorcida e por isso uma soh
> > pessoa nao poderia fazer tais julgamentos...
> > ==
> > Se ninguem alem de mim sentiu nenhum clima do tipo na lista
> > eu retiro o meu pedido de criacao de comissao....
> > ==
> > Eu faco questao de *NAO* participar da comissao caso ela
> > seja criada..
> > ===
> > []s
> > jocax
> >
> >
> >
> > --- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
> > >
> > > Por favor, João, poderia dizer quem são esses tais predadores?
> > >
> > > Sheila.
> > >
> > > ----- Original Message -----
> > > From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
> > >
> > > Estou meio sem tempo ultimamente e por isso nao tenho podido
> > > participar dos debates....
> > >
> > > Mas parece-me q a ciencialist foi tomada de assalto por
predadores
> > > da etica e das boas maneiras em lista de discussoes tornando-as
> > > um tanto quanto *PESADAS*.
> > >
> > > Proponho que seja formado um conselho de etica na lista que :
> > >
> > > 1- Analisaria o comportamento de missivistas que tem por habito
> > > tornar a lista uma cesta de lixo de xingamentos e ameacas.
> > >
> > > 2- Propor se for o caso penalidades para tais comportamentos que
> > > poderiam ser :
> > > - Aviso de comportamento nao compativel
> > > - Suspensao temporaria de alguns dias
> > > - Em caso de sucessivas reincidencias o banimento da lista.
> > >
> > > Com estas medidas *talvez* a lista volte a ser alegre e livre
> > > como sempre foi.....
> > >
> > > []s
> > > jocax
> > >
> > >
> > > [As partes desta mensagem que não continham texto foram
removidas]
> >
> >
> >
> > [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Produto
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 18:46

>Nosso produto aqui é a Busca da Verdade por um Método , não é? Nada melhor do
que estratégias para vendê-lo.<

===

Para mim isso diz tudo sobre o que estou colocando restrições.
*A busca da verdade e seu preço pecuniário.*

===

Verdade paga é a de quem oferece mais ( o método vai de brinde ).

===

Se um traficante de cocaína pagar para construir uma escola (obra social meritória), ele vai querer vender cocaína naquela escola.

===

Não posso deixar de imaginar alguém com um dos produtos céticos oferecidos para venda (boné e piercing céticos) na fila de exorcismo em estádio de futebol, esperando ser atendido por um bispo de Edir Macedo. Financiar a verdade é isso ...

===

[]'s

Celso Galli Coimbra


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Produto
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 18:58

(risos)

Putz!!!

Que distorção,he,he...

Assim não da nem para refutar. :)

Bom, uma tentativa bem sintética:

[Busca é um vocábulo com significado diferente de Verdade]

SDS,

ASM



----- Original Message -----
From: Celso Galli Coimbra <c.galli@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, June 28, 2001 6:46 PM
Subject: [ciencialist] Re: Produto


>Nosso produto aqui é a Busca da Verdade por um Método , não é? Nada melhor
do
que estratégias para vendê-lo.<

===

Para mim isso diz tudo sobre o que estou colocando restrições.
*A busca da verdade e seu preço pecuniário.*

===

Verdade paga é a de quem oferece mais ( o método vai de brinde ).

===

Se um traficante de cocaína pagar para construir uma escola (obra social
meritória), ele vai querer vender cocaína naquela escola.

===

Não posso deixar de imaginar alguém com um dos produtos céticos oferecidos
para venda (boné e piercing céticos) na fila de exorcismo em estádio de
futebol, esperando ser atendido por um bispo de Edir Macedo. Financiar a
verdade é isso ...

===

[]'s

Celso Galli Coimbra


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
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SUBJECT: Re:Comissao de CENSURA na Ciencialist
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 19:00

A sua verdadeira vocação é a de policial que se diz _*otoridade*_,
quando é contrariado e fica sem argumentos
( sabe o que é argumento ?)
==
Lembra daquela sua *saída* de dizer que me citaria a legislação
sobre a qual estava _*deitando*_ desconhecimento em PVT e
não na lista ?
==
Não citou nem aqui nem em PVT.
==
Ao invés de falar -- sem crédito -- nos tais históricos
MOSTRE-0S DENTRO DO CONTEXTO
em que surgiram.
Proceda como um cético ... PROVE DENTRO DO CONTEXTO.
Ou apenas como alguém que não está
agindo com reserva de ânimos em suas sugestões.
==
Outro detalhe IMPORTANTE: Você disse *OS predadores*.
A quem mais a *otoridade policial* estava se referindo ?
==

[]'s

Celso Galli Coimbra
================


----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Thursday, June 28, 2001 6:22 PM
Subject: [ciencialist] Re:Comissao de CENSURA na Ciencialist


Bom, se pegarmos os historicos de suas mensagens
poderemos ver claramente quem eh o agressor e ameacador : EH VC

Comissao de etica existem para coibir abusos, pq vc acha q existem
LEIS ? Policia? Juizes? Advogados?

Se a coisa desandar por aqui , espero que nao desande,
seria bastante natural nossa comunidade tambem imitar a sociedade
e criar um tipo de controle etico...

Soh espero q isso nao seja necessario,
mas to comecando a duvidar....

[]s
jocax



--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Na sua opinião João,
> que para mim não tem valor algum.
>
> E eu não aceito julgamentos de opiniões
> as quais não tenho porque dar-lhes
> qualquer valor.
>
> Lembre que respondi a agressões.
>
> Uma minoria atuante ataca, agride, como não consegue intimidar
> então vem o João pedir censura ...
>
> Patético.
>
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos
> To: ciencialist@y...
> Sent: Thursday, June 28, 2001 4:24 PM
> Subject: [ciencialist] Re:Comissao de CENSURA na Ciencialist
>
>
> Eh Alexandre sua ideia de deixar as pessoas de 'castigo' nao sei
> se funciona nao.....
>
> Na minha opiniao, Celso, vc eh o predador da boa conduta
> na lista com suas ameacas de processos e ofensa aa inteligencia
> dos participantes.
>
> ( Qtas vezes vc disse, por exemplo, q falta inteligencia a uma
pessoa
> )
> por ela nao ter uma opiniao igual a sua?
> Mas eh opiniao pessoal minha e nao sei se outros compartilham ou nao
> dela.
> []s
> jocax
>
>
>
> --- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> > João
> >
> > você está fugindo da pergunta que lhe foi feita.
> > E ao mesmo tempo não está assumindo
> > o que diz. Esse comportamento tem um nome
> > bem conhecido.
> >
> > Faz parte de sua postura científica ?
> >
> > Diga quem são OS predadores.
> >
> > ==
> >
> > Celso Galli Coimbra
> > ===============
> >
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: Joao Carlos Holland de Barcellos
> > To: ciencialist@y...
> > Sent: Thursday, June 28, 2001 12:47 PM
> > Subject: Re: En: [ciencialist] Comissao de Etica na Ciencialist
> >
> >
> > Isso eh comissao de etica que deveria verificar e nao eu....
> > ==
> > Eu posso ter uma visao talvez distorcida e por isso uma soh
> > pessoa nao poderia fazer tais julgamentos...
> > ==
> > Se ninguem alem de mim sentiu nenhum clima do tipo na lista
> > eu retiro o meu pedido de criacao de comissao....
> > ==
> > Eu faco questao de *NAO* participar da comissao caso ela
> > seja criada..
> > ===
> > []s
> > jocax
> >
> >
> >
> > --- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
> > >
> > > Por favor, João, poderia dizer quem são esses tais predadores?
> > >
> > > Sheila.
> > >
> > > ----- Original Message -----
> > > From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
> > >
> > > Estou meio sem tempo ultimamente e por isso nao tenho podido
> > > participar dos debates....
> > >
> > > Mas parece-me q a ciencialist foi tomada de assalto por
predadores
> > > da etica e das boas maneiras em lista de discussoes tornando-as
> > > um tanto quanto *PESADAS*.
> > >
> > > Proponho que seja formado um conselho de etica na lista que :
> > >
> > > 1- Analisaria o comportamento de missivistas que tem por habito
> > > tornar a lista uma cesta de lixo de xingamentos e ameacas.
> > >
> > > 2- Propor se for o caso penalidades para tais comportamentos que
> > > poderiam ser :
> > > - Aviso de comportamento nao compativel
> > > - Suspensao temporaria de alguns dias
> > > - Em caso de sucessivas reincidencias o banimento da lista.
> > >
> > > Com estas medidas *talvez* a lista volte a ser alegre e livre
> > > como sempre foi.....
> > >
> > > []s
> > > jocax
> > >
> > >
> > > [As partes desta mensagem que não continham texto foram
removidas]
> >
> >
> >
> > [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Produto
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/06/2001 19:16

--- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:
> >A maioria das pessoas sao suficientemente inteligente e
> >possuem integridade emocional para um bom desenvol-
> >vimento social por motivos racionais -- o q. quer q. isso
> >signifique...
>
>
> Não tenho certeza disso.

Bem, se se cre no contrario, entao nao ha' motivos
pra qq cruzada iluminista... Todos sao assim e sempre
serao assim...

Mas eu nao sou iluminista nem cruzado, no entanto
defendo essa ideia.

Os fundamentalistas de qq sistema de crencas, felizmente
nao compoem a maioria. Poucos sao religiosos ferrenhos.
E apenas qdo pressionados incorrem em pensar em modelos
sobrenaturais para tudo... Ate' mesmo boa parte dos esotericos
sao naturalistas: as forcas cosmicas e quetais sao parte do
mundo imanente... traduzindo, sao forcas da natureza e nao
forcas misticas transcendentes...

E mesmo assim, apelar para o transcendente nao eh
necessariamente uma desonestidade intelectual... E'
perfeitamente defensavel aceitar uma origem sobrenatural
da natureza -- um principio de ordenacao (assim como
a navalha de Occam pode servir de principio de ordenacao)...
Claro, e' dispensavel, mas nao e' contraditorio com o discurso.

> Imagina as implicações práticas? Quer dizer que qualquer afastamento de u=
m
> cidadão, de um futuro onde a lógica e o natural imperem sobre o
> sobrenatural, da educação da época poderá colocá-lo novamente nos trilhos=
do
> irracional e sobrenatural.

Claro. Nao existe um determinismo historico. Nao ha'
um progressionismo nesse sentido... Aceito a nocao de
progresso no sentido em q. as coisas ocorreram do modo
como ocorreram e por isso estamos na situacao em q.
estamos... Posto q. sempre iremos achar q. a nossa epoca
e' o apice da historia sempre iremos achar q. o movimento
foi de progresso -- e na maioria das vezes q. o futuro e' de
retrocesso... (Induzido por uma analise historica superficial,
sou levado a pensar q. a Historia Humana e' uma serie de
circulos -- ou melhor uma espiral... eternamento retornando
a um ponto proximo ao anterior, ja' q. o movimento principal
e' de negacao do precedente... o passo seguinte eh a negacao da
negacao e eis nos de volta ao ponto de partida (mas como as
coisas sempre mudam um pouco e nem sempre ha' uma
sincronia entre os ciclos dos diferentes aspectos da cultura
humana, o ciclo nao se fecha completamente, mas se move
em uma especie de espiral...)... com isso conclui-se q.
discordo da ideia da sintese dialetica (embora suspeite
q. seria mais produtivo se ela de fato ocorresse)...)

> Talvez as crenças sejam impossíveis de serem banidas totalmente da socied=
ade
> do atual modelo de ser humano.

Acho q. sim. Mas nao acho q. isso seja
um fardo pra humanidade...

> >Mas nao vejo nenhum impedimento do convivio de preceitos
> religiosos e racionais em uma so' pessoa.
>
> Acho imissíveis!

Imisciveis? Vou alem do q. escrevi anteriormente:
sao inseparaveis...

Preceitos religiosos sao basicamente preceitos eticos (sim,
e' possivel etica alem da religiao... embora possamos criar
uma redefinicao, bastante operacional alias, da religiao como
um conjunto de principios eticos...). Preceitos eticos no
fundo nao sao racionais, nao sao adquiridos por meios
racionais... ainda q. seja possivel uma racionalizacao
posterior para se tentar sustentar um dado preceito...

O raciocinio nao eh um fim, nem eh um principio.
Mas sao um conjunto de operacoes q. culmina com
uma conclusao ou um conjunto de conclusoes. A
escolha q. se faz em cima dessa conclusao so' e'
possivel se temos um motivo por tras, q. sera' a
emocao ou a etica (tendo a achar q. a etica eh apenas
a emocao justificada...). O neurologista Antonio
Damasio demonstra muito bem a conexao entre
a emocao e o raciocinio -- alguem emocionalmente
prejudicado e' incapaz de exercer a razao de modo
compativel com o convivio social (tto pelo excesso
da emocao, como pela carencia).

Talvez me acuse de dar uma volta por primeiro
igualar religiao e etica e depois etica e emocao...

De fato isso e' contestavel. E sendo assim a minha
afirmacao mais temeraria da indissolubilidade entre
a religiao e a razao e' plenamente exposta a criticas --
correndo o serio risco de nao passar de uma frase de
efeito... (Note-se porem q. nao estou apoiando a
'Fides et Ratio' janpaulina... q. vai por outra trilha.)

Mas espero ao menos salvar a ideia de q. a razao
possa ser guiada pela etica religiosa sem gdes conflitos...

(Poderei ser criticado pelo fato da religiao nao ser
propriamente a fantasia de um sistema pelado de
eticas, mas um pacote q. em geral engloba uma
cosmogonia e todo um compendio mitico q
funciona como substrato para o ideario etico dessa
religiao... E como essa porcao geralmente bate
de frente com o q. e' dito pelas ciencias, as duas
se chocam necessariamente -- ideia defendida por
Dawkins entre outros... Eu nao estou convencido
de q. esses apendices nao possam ser considerados
como acessorios sem funcao critica -- apenas em
casos fundamentalistas -- boa parte dos cientistas
cristaos tEm essa visao de sua propria religiao...
Martin Gardner, um eminente representante da
Csicop e' teista, Susan Blackmore, outra csicoper,
e' budista...)

> (na verdade eu não sei até que profundidade vc chega qdo fala preceitos)

Ate' a questao de Deus ou outra divindade ou
conjunto de divindades equivalentes...

> Como defender a busca pela informação lúcida se se permite aceitar algo s=
em
> evidências mínimas advindas de um método anti-mentiras?

A navalha de Occam vale para ela mesma?

> > Pois é, enquanto essas doutrinas possam ser controladamente mantidas em=

> > benefício da humanidade, por cérebros racionais e mais próximos da luci=
de=
> z
> > do mundo natural, acho que podem até ser úteis.
>
> *Jamais !!!!!!!!!!!!!!!!!!!
>
> Complemente, por favor.

Na medida em q. nao acredito na existencia
de mentes privilegiadas sobre a maioria bruta,
esse cenario nao faz sentido pra mim.

> Que consigamos apenas modelos temporários, isso é apenas a verdade prátic=
a
> do que é a busca, mas acredito que o objetivo seja a inatingível verdade
> mesmo.

Bem, ja' q. falamos em honestidade intelectual.
Normalmente diremos q. o q. eh indetectavel nao
e' distinguivel do inexistente e, pelo principio da
parcimonia (tbm apelidade de navalha de Occam),
salvo indicios em contrario chamaremos pelo
nome proprio de inexistente. Papai Noel e'
inexistente, Deus e' inexistente, meu aumento
salarial e' inexistente.

Pergunto: a verdade inatingivel e' detectavel?

Podemos chamar essa verdade inatingivel 'a baila,
alegando um principio ordenador... pois bem,
eu acho q. isso seja uma posicao defensavel...
Mas por coerencia eu tbm tomo por defensavel
clamar Deus por principio ordenador... E
se alguem quiser chamar o Coelhinho da Pascoa
tudo bem tbm... (desde q. se limite a um
principio ordenador da visao de mundo -- o q. o
coloca alem do limite cientifico...)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re:Comissao de CENSURA na Ciencialist
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/06/2001 19:19

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> A sua verdadeira vocação é a de policial que se diz _*otoridade*_,
> quando é contrariado e fica sem argumentos
> ( sabe o que é argumento ?)

Quem queria processar as pessoas por discutirem ideias (
a legislacao naquele caso ) era vc. Vc estava fazendo o papel de
censor. Uma censura por ameacas.

Eu estou tao somente querendo q a lista nao se transforme numa pilha
de insultos e ameacas.

Essa eh a proposta, que fique bem claro, que nao eh censurar o debate
de ideias como Vc queria fazer, mas evitar que o debate descambe
sempre para a 'baixaria' pura e provocativa.

> ==
> Lembra daquela sua *saída* de dizer que me citaria a legislação
> sobre a qual estava _*deitando*_ desconhecimento em PVT e
> não na lista ?

Eu nunca disse q iria citar legislacao nenhuma.
Desafio vc a me mostrar o lugar q eu digo q iria citar
alguma legislacao.

> ==
> Não citou nem aqui nem em PVT.
> ==
> Ao invés de falar -- sem crédito -- nos tais históricos
> MOSTRE-0S DENTRO DO CONTEXTO

Se isso se fizer necessario eu procurarei estas mensagens
mas eh um trabalho um tanto qto enfadonho e eu procurarei
me poupar.
( Se alguem na lista quiser ajudar seria eu nao reclamaria )

> em que surgiram.
> Proceda como um cético ... PROVE DENTRO DO CONTEXTO.
> Ou apenas como alguém que não está
> agindo com reserva de ânimos em suas sugestões.
> ==
> Outro detalhe IMPORTANTE: Você disse *OS predadores*.
> A quem mais a *otoridade policial* estava se referindo ?
> ==

"otoridade policial" ? depois dessa vc vem me dizer que nao eh vc
o truculento e provocador da lista ?????

[]s
jocax






SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Comissao de Etica na Ciencialist
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 19:53

Interessante
======
o novo estilo
======
adotado pelo
======
jocax para
======
escrever essa
=====
mensagem.
=====
(influência alienígena?) :-))
=====
Entretanto, -- *não* ---
=====
vejo necessidade
=====
de uma comissão
=====
de ética. Talvez
=====
uma de --- *falta
=====
de ética* --- seria a
=====
mais recomendada.
=====
[]'
=====
Léo
+++++
PS: Poderei voltar
====
ao meu estilo
====
jocoso?
+++++
==============================
-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 28 de junho de 2001 12:47
Assunto: Re: En: [ciencialist] Comissao de Etica na Ciencialist


Isso eh comissao de etica que deveria verificar e nao eu....
==
Eu posso ter uma visao talvez distorcida e por isso uma soh
pessoa nao poderia fazer tais julgamentos...
==
Se ninguem alem de mim sentiu nenhum clima do tipo na lista
eu retiro o meu pedido de criacao de comissao....
==
Eu faco questao de *NAO* participar da comissao caso ela
seja criada..
===
[]s
jocax



--- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
>
> Por favor, João, poderia dizer quem são esses tais predadores?
>
> Sheila.
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
>
> Estou meio sem tempo ultimamente e por isso nao tenho podido
> participar dos debates....
>
> Mas parece-me q a ciencialist foi tomada de assalto por predadores
> da etica e das boas maneiras em lista de discussoes tornando-as
> um tanto quanto *PESADAS*.
>
> Proponho que seja formado um conselho de etica na lista que :
>
> 1- Analisaria o comportamento de missivistas que tem por habito
> tornar a lista uma cesta de lixo de xingamentos e ameacas.
>
> 2- Propor se for o caso penalidades para tais comportamentos que
> poderiam ser :
> - Aviso de comportamento nao compativel
> - Suspensao temporaria de alguns dias
> - Em caso de sucessivas reincidencias o banimento da lista.
>
> Com estas medidas *talvez* a lista volte a ser alegre e livre
> como sempre foi.....
>
> []s
> jocax
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: Comissao de CENSURA do JOCAX na Ciencialist
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 19:56

Quem são *OS* predadores Sr. João ?
==
Fugiu da questão novamente.
A denúncia *corajosa* foi no plural ...
==
A sua _*memória*_ não é prova de nada.
Demonstre o que acusa dentro do contexto
em que ocorreu.
==
Disse que apresentaria a legislação em PVT e ainda
disse que foi a pedido do Moderador
da lista.
==
Novamente o Sr. João apela para sua _*sui generis*_
capacidade de interpretação jurídica, fruto de longos
e dedicados anos trabalhando com hermenêutica,
e CONFUNDE o que textualmente foi apresentado
como INFORMAÇÃO sobre o que seja
CALÚNIA, INJÚRIA E DIFAMAÇÃO.
==
Informação que vinha se tornando indispensável.
==
A sua capacidade hermenêutica não lhe
permite ainda distinguir *informação* de *ameaça*.
==
INFORMO o *inocente* João que chamar alguém de
*predador* está tipificado nas hipóteses de
INJÚRIA, CALÚNIA e DIFAMAÇÃO
do Código Penal.
==
Essa informação deve ser vista como um
favor que faço a esse inocente Senhor.
==
Não faça que não entendeu o que eu
disse com a expressão popular
_*otoridade*_: Quem está demonstrando
vocação policial, E NÃO SOU O PRIMEIRO
A DIZER ISSO, é o *inocente* missivista.
==

Celso Galli Coimbra
================


----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Thursday, June 28, 2001 7:19 PM
Subject: [ciencialist] Re:Comissao de CENSURA na Ciencialist


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> A sua verdadeira vocação é a de policial que se diz _*otoridade*_,
> quando é contrariado e fica sem argumentos
> ( sabe o que é argumento ?)

Quem queria processar as pessoas por discutirem ideias (
a legislacao naquele caso ) era vc. Vc estava fazendo o papel de
censor. Uma censura por ameacas.

Eu estou tao somente querendo q a lista nao se transforme numa pilha
de insultos e ameacas.

Essa eh a proposta, que fique bem claro, que nao eh censurar o debate
de ideias como Vc queria fazer, mas evitar que o debate descambe
sempre para a 'baixaria' pura e provocativa.

> ==
> Lembra daquela sua *saída* de dizer que me citaria a legislação
> sobre a qual estava _*deitando*_ desconhecimento em PVT e
> não na lista ?

Eu nunca disse q iria citar legislacao nenhuma.
Desafio vc a me mostrar o lugar q eu digo q iria citar
alguma legislacao.

> ==
> Não citou nem aqui nem em PVT.
> ==
> Ao invés de falar -- sem crédito -- nos tais históricos
> MOSTRE-0S DENTRO DO CONTEXTO

Se isso se fizer necessario eu procurarei estas mensagens
mas eh um trabalho um tanto qto enfadonho e eu procurarei
me poupar.
( Se alguem na lista quiser ajudar seria eu nao reclamaria )

> em que surgiram.
> Proceda como um cético ... PROVE DENTRO DO CONTEXTO.
> Ou apenas como alguém que não está
> agindo com reserva de ânimos em suas sugestões.
> ==
> Outro detalhe IMPORTANTE: Você disse *OS predadores*.
> A quem mais a *otoridade policial* estava se referindo ?
> ==

"otoridade policial" ? depois dessa vc vem me dizer que nao eh vc
o truculento e provocador da lista ?????

[]s
jocax






[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Comissao de Etica na Ciencialist
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 20:04

Sem dúvida, desde que fique claro o que
é jocosidade,
e pode também presidir
a *Comissão de Falta de Ética*
que recomendou.
===
----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Thursday, June 28, 2001 7:53 PM
Subject: Re: En: [ciencialist] Comissao de Etica na Ciencialist


Interessante
======
o novo estilo
======
adotado pelo
======
jocax para
======
escrever essa
=====
mensagem.
=====
(influência alienígena?) :-))
=====
Entretanto, -- *não* ---
=====
vejo necessidade
=====
de uma comissão
=====
de ética. Talvez
=====
uma de --- *falta
=====
de ética* --- seria a
=====
mais recomendada.
=====
[]'
=====
Léo
+++++
PS: Poderei voltar
====
ao meu estilo
====
jocoso?
+++++
==============================
-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 28 de junho de 2001 12:47
Assunto: Re: En: [ciencialist] Comissao de Etica na Ciencialist


Isso eh comissao de etica que deveria verificar e nao eu....
==
Eu posso ter uma visao talvez distorcida e por isso uma soh
pessoa nao poderia fazer tais julgamentos...
==
Se ninguem alem de mim sentiu nenhum clima do tipo na lista
eu retiro o meu pedido de criacao de comissao....
==
Eu faco questao de *NAO* participar da comissao caso ela
seja criada..
===
[]s
jocax



--- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
>
> Por favor, João, poderia dizer quem são esses tais predadores?
>
> Sheila.
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
>
> Estou meio sem tempo ultimamente e por isso nao tenho podido
> participar dos debates....
>
> Mas parece-me q a ciencialist foi tomada de assalto por predadores
> da etica e das boas maneiras em lista de discussoes tornando-as
> um tanto quanto *PESADAS*.
>
> Proponho que seja formado um conselho de etica na lista que :
>
> 1- Analisaria o comportamento de missivistas que tem por habito
> tornar a lista uma cesta de lixo de xingamentos e ameacas.
>
> 2- Propor se for o caso penalidades para tais comportamentos que
> poderiam ser :
> - Aviso de comportamento nao compativel
> - Suspensao temporaria de alguns dias
> - Em caso de sucessivas reincidencias o banimento da lista.
>
> Com estas medidas *talvez* a lista volte a ser alegre e livre
> como sempre foi.....
>
> []s
> jocax
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Comissao de Etica na Ciencialist
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 20:45

"Não converso com alienígena no ciencialist" --- Isso é jocosidade.

Sou 'imortal', segundo a Academia de Ciências, Letras e Artes a qual pertenço, e como tal conheço as 'várias éticas' que apareceram e desapareceram no decorrer da história do homem. Alguns chamam-se de 'deus', para, jocosamente, salientar o fato de que não tenho poder sobre coisa alguma.
Aceitaria de bom grado presidir essa comissão e como tal só poderei dar o voto 'Minerva' para excluí-lo do ciencialist.
Aliás, eu o deixaria apenas nas listas de Direito dentre todas as que vc participa pela NET. Lá ninguém discute Ciência, discutem 'dogmas' (alguns chamam de leis) elaborados por uma classe elitista como sendo o que de melhor há para um povo ... sem consultar o povo!

Quando a Educação prevalecer entre o povo (talvez não viva para ver essa conquista) a profissão dentro da qual vc labuta não será mais necessária. Mas tenho uma outra "fé" ... a informática colocará, mesmos que sejam as porcas leis atuais, de tal modo que, mesmo o povo, num simples teclar prepare 'automaticamente' sua defesa ou 'ataque'. A pessoa física desse tipo de profissional, com a tecnologia, será coisa do passado.

deus
================





-----Mensagem Original-----
De: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 28 de junho de 2001 20:04
Assunto: [ciencialist] Re: Comissao de Etica na Ciencialist


Sem dúvida, desde que fique claro o que
é jocosidade,
e pode também presidir
a *Comissão de Falta de Ética*
que recomendou.
===
----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Thursday, June 28, 2001 7:53 PM
Subject: Re: En: [ciencialist] Comissao de Etica na Ciencialist


Interessante
======
o novo estilo
======
adotado pelo
======
jocax para
======
escrever essa
=====
mensagem.
=====
(influência alienígena?) :-))
=====
Entretanto, -- *não* ---
=====
vejo necessidade
=====
de uma comissão
=====
de ética. Talvez
=====
uma de --- *falta
=====
de ética* --- seria a
=====
mais recomendada.
=====
[]'
=====
Léo
+++++
PS: Poderei voltar
====
ao meu estilo
====
jocoso?
+++++
==============================
-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 28 de junho de 2001 12:47
Assunto: Re: En: [ciencialist] Comissao de Etica na Ciencialist


Isso eh comissao de etica que deveria verificar e nao eu....
==
Eu posso ter uma visao talvez distorcida e por isso uma soh
pessoa nao poderia fazer tais julgamentos...
==
Se ninguem alem de mim sentiu nenhum clima do tipo na lista
eu retiro o meu pedido de criacao de comissao....
==
Eu faco questao de *NAO* participar da comissao caso ela
seja criada..
===
[]s
jocax



--- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
>
> Por favor, João, poderia dizer quem são esses tais predadores?
>
> Sheila.
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...>
>
> Estou meio sem tempo ultimamente e por isso nao tenho podido
> participar dos debates....
>
> Mas parece-me q a ciencialist foi tomada de assalto por predadores
> da etica e das boas maneiras em lista de discussoes tornando-as
> um tanto quanto *PESADAS*.
>
> Proponho que seja formado um conselho de etica na lista que :
>
> 1- Analisaria o comportamento de missivistas que tem por habito
> tornar a lista uma cesta de lixo de xingamentos e ameacas.
>
> 2- Propor se for o caso penalidades para tais comportamentos que
> poderiam ser :
> - Aviso de comportamento nao compativel
> - Suspensao temporaria de alguns dias
> - Em caso de sucessivas reincidencias o banimento da lista.
>
> Com estas medidas *talvez* a lista volte a ser alegre e livre
> como sempre foi.....
>
> []s
> jocax
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/





SUBJECT: Re: [ciencialist] Do que o homem e' capaz...
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 21:52



> Por principio etico eu nao participo de correntes, mas para tomarem
> conhecimento reproduzo abaixo a denuncia de maus-tratos 'a uma forma de
> vida.

De facto deplorável, não fosse esse ser , uma melancia....
e isto contínua assim vamos ter para breve a teoria das Chain-Letter...
Uma coisa do tipo "PQ se acredita em Deus" misturado com "PQ algumas pessoas
são tão estúpidas"
LOL...

:-)

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: CARA DE PAU
FROM: "Ceticismo Aberto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/06/2001 22:01

Caro Sergio Navega,

Eu enviei uma cópia de sua mensagem ao grupo uol.ufo para
responder a
uma mensagem de Ademar José Gevaerd - editor das revistas UFO e
ESOTERA - defendendo a TCI e a Sonia Rinaldi especificamente. Espero
q
não se importe, e gostaria muito que se possível e se a
discussão por
lá continuar, você participasse.

O endreço por newsreaders é
news://news.uol.com.br/uol.educacao.ciencia.ufo
e pela web é
http://grupos.uol.com.br/cgi-bin/dnewsweb13?
cmd=xover&group=uol.educacao.ciencia.ufo&from=&utag=&sub=y

Abraços,

Airsmither




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Produto
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/06/2001 22:25

Takata,

>Bem, se se cre no contrario, entao nao ha' motivos
>pra qq cruzada iluminista... Todos sao assim e sempre
>serao assim...
>Mas eu nao sou iluminista nem cruzado, no entanto
>defendo essa ideia.

Existe o motivo sim.

Vc falar que os que são assim e sempre serão assim exclui os que "estão"
assim, concorda?

Na verdade não acredito que "fisicamente" um intelecto seja melhor que o
outro e isso automaticamente o afaste ou aproxime da realidade.

O que eu acredito é que exista uma situação onde o comportamental/inato
retire a possibilidade do indivíduo de avaliar argumentos em detrimento de
uma verdade pré-estabelecida.

Sem a possibilidade de avaliar argumentos cai por terra inclusive o
argumento decisório que este individuo faria consigo mesmo.

Ficou claro agora? Para mim não é uma questão de nascer "melhor" ou "pior",
mas sim de se tornar diferente ao ponto de ser irreversível.



>E mesmo assim, apelar para o transcendente nao eh
>necessariamente uma desonestidade intelectual... E'
>perfeitamente defensavel aceitar uma origem sobrenatural
>da natureza -- um principio de ordenacao (assim como
>a navalha de Occam pode servir de principio de ordenacao)...
>Claro, e' dispensavel, mas nao e' contraditorio com o discurso.

Bom, é que vc esta considerando uma situação mais amena.
Um crente não questionaria a possibilidade de outra hipótese para a
ordenação que não sua verdade pré-estabelecida.

Acho uma desonestidade considerar a adoção de uma verdade sem a
possibilidade de questioná-la e ainda considerar-se um homem de ciência.

Na verdade acredito que estejam ocorrendo desestendimentos de conceito. O
que vc esta definindo religião esta parecendo mais um conceito de ética do
que de religião para mim.

>Acho q. sim. Mas nao acho q. isso seja
>um fardo pra humanidade...

Na verdade eu não acho um fardo, mas acho que é como aquela verruga que
vivem falando que pode virar um câncer. Um dia algum humano que acredita nas
vantagens da vida eterna pode, sem muitos empecilhos, colocar a vida real em
perigo.



>Imisciveis? Vou alem do q. escrevi anteriormente:
>sao inseparaveis...

Como falei anteriormente. Vc na verdade esta utilizando uma pequena parte do
que é religião.

Se fosse apenas a ética seria maravilhoso! Os 10 mandamentos são muito
legais nesse contexto, por exemplo. Mas não fica apenas nisso.

>Preceitos eticos no fundo nao sao racionais, nao sao adquiridos por meios
>racionais... ainda q. seja possivel uma racionalizacao
>posterior para se tentar sustentar um dado preceito...

Verdade.

Muitas vezes tentamos racionalizar sobre o porquê de nos empenharmos para o
bom convívio social, amor, procriar, etc,etc.....

Na verdade essa "emoção" a qual vc se refere eu costumo chamar de
"instinto".

>O neurologista Antonio Damasio demonstra muito bem a conexao entre
>a emocao e o raciocinio -- alguem emocionalmente
>prejudicado e' incapaz de exercer a razao de modo
>compativel com o convivio social (tto pelo excesso
>da emocao, como pela carencia).

Acredito no "por excesso", mas não no "pela carência", se bem que vc
salientou o "compatível com o sistema social" , aí eu concordo integralmente
com o período.

Acho que a razão pode ser total e completamente utilizada sem a presença da
emoção. Na verdade mais eficientemente ainda, mas seria completamente
incompatível com o sistema social.

>Talvez me acuse de dar uma volta por primeiro
>igualar religiao e etica e depois etica e emocao...

Não, não....O que acho é apenas que vc esta utilizando algumas propriedades
da religião como sua definição, e esquecendo de outros itens.


>Mas espero ao menos salvar a ideia de q. a razao
>possa ser guiada pela etica religiosa sem gdes conflitos...

A ética sim...sem problemas, mas como falei, acho completamente imiscíveis
um raciocínio racional e qualquer religião. Mas acho que nossos conceitos de
religião não estão em sintonia.

>(Poderei ser criticado pelo fato da religiao nao ser
>propriamente a fantasia de um sistema pelado de
>eticas, mas um pacote q. em geral engloba uma
>cosmogonia e todo um compendio mitico q
>funciona como substrato para o ideario etico dessa
>religiao... )

Isso! É mais ou menos dessa forma que refuto.

>Ate' a questao de Deus ou outra divindade ou
>conjunto de divindades equivalentes...

Bom...vai depender nesse caso de quais poderes ou influências são devidos a
esses Deuses.

>A navalha de Occam vale para ela mesma?

Vc utiliza algum método para optar por esse princípo? Ou melhor, por essa
regra de raciocínio?

Eu utilizo. O que me difere da aceitação inquestionável da verdade de alguma
religião.


>Na medida em q. nao acredito na existencia
>de mentes privilegiadas sobre a maioria bruta,
>esse cenario nao faz sentido pra mim.

Reveja esse conceito de "mente privilegiada" que agora acho que deixei mais
claro.
Estou utilizando uma mistura de comportamente/inato, sedo mais influente o
"behavior".
Tente novamente refutar o período que deu origem a esta questão utilizando
essa mais aclarada apreciação.


> Que consigamos apenas modelos temporários, isso é apenas a verdade prátic=
a
> do que é a busca, mas acredito que o objetivo seja a inatingível verdade
> mesmo.

*Pergunto: a verdade inatingivel e' detectavel?


Não acredito.

Por isso o "inatingível" e a "busca" tendo papel importante na frase.

>Podemos chamar essa verdade inatingivel 'a baila,
>alegando um principio ordenador... pois bem,
>eu acho q. isso seja uma posicao defensavel...
>Mas por coerencia eu tbm tomo por defensavel
>clamar Deus por principio ordenador... E
>se alguem quiser chamar o Coelhinho da Pascoa
>tudo bem tbm... (desde q. se limite a um
>principio ordenador da visao de mundo -- o q. o
>coloca alem do limite cientifico...)

Mais do que correto!

Esse é o momento em que eu invocaria a palavra Deus sem nenhum
constrangimento.

Apenas que este não me imporia nenhuma verdade ou influência nos
comportamentos morais humanos.

E mais! Ele estaria passível de novas refutações, caso ainda restem dúvidas
de que seja o olho da espiral como pensado.


SDS,

ASM






SUBJECT: RES: Boletim Terra Redonda 002
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/06/2001 09:18

> De: Celso Galli Coimbra [mailto:c.galli@terra.com.br]
>
> A minha objeção aos céticos é que eles assumem atitudes
> patrulhadoras ( são OS censores do conhecimento
> *politicamente correto*, sendo tal o que eles assim
> determinam ), arvorando-se ao mesmo tempo em acusadores e
> julgadores das informações e conhecimentos, o que PODE
> impedir ou dificultar que aquilo que está por trás de um
> boato, -- por exemplo -- , seja descoberto. Você mesmo
> mostrou esse aspecto da necessidade de não _*literalizar*_
> o significado de certas informações, com o que estou
> plenamente de acordo.

Celso,

Reconheço que algumas pessoas que se dizem céticas passam
uma imagem arrogante e escarnecem de pessoas que sustentam
suas crenças religiosas ou místicas.

Mas esta não é a postura de um cético preocupado tão-somente
com a verdade, pelo menos aquela verificável, refutável, uma
vez que somos incapazes de estabelecer verdades absolutas.

Cético também não é o que desacredita de tudo, este
é o nihilista.

> Também faço objeção pelo patrulhamento das CRENÇAS ( isso
> mesmo, por que não ? ) que segmentos dentro da sociedade têm
> necessidade. Exemplificando, conheço muitas pessoas que
> saíram da criminalidade por terem adquirido uma CRENÇA em
> algo. Que direito tem os céticos de destruírem ou
> patrulharem aquilo que proporcionou algum equilíbrio a outras
> pessoas, APENAS PORQUE PARA ELES -- CÉTICOS -- NÃO SERVEM ?
> Respeitem a _*verdade*_ de cada um naquilo que de
> subjetivo ela se apresenta para cada pessoa.

O parágrafo está perfeito, exceto pela objeção que você
faz ao patrulhamento das CRENÇAS. Acho que todas as sociedade
privadas ou públicas devem ser objeto de vigilância. Abusos
são cometidos de todos os lados, especialmente quando
não tem alguém olhando. É obvio que esta vigilância deve
ser regulada pela lei, não estou me referindo à paranóia
do Grande Irmão de Orwell.

> Agora, o que é SPAM para os demais, segundo os DENUNCIADORES
> céticos, não é SPAM para os PRÓPRIOS céticos, quando eles o
> praticam, enviando uma LISTA DE COMPRAS para esse grupo.

Todavia, tolerável, uma vez que o Brudna é presidente do STR
e também o moderador da lista. Aliás um moderador bem liberal.

> Os gastos que eles têm qualquer grupo de pessoas organizadas
> em torno de um objetivo também têm, e nem por isso vêm trazer
> um _*MERCADO PERSA*_ de itens à venda para um grupo onde
> nem todos compartilham de suas motivações.

TODOS de certa forma, participam de grupos sociais, com
um objetivo, ainda que subsidiário, de vender seu próprio
peixe.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Produto
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/06/2001 09:37

Takata,

>Bem, se se cre no contrario, entao nao ha' motivos
>pra qq cruzada iluminista... Todos sao assim e sempre
>serao assim...
>Mas eu nao sou iluminista nem cruzado, no entanto
>defendo essa ideia.

Existe o motivo sim.

Vc falar que os que são assim e sempre serão assim exclui os que "estão"
assim, concorda?

Na verdade não acredito que "fisicamente" um intelecto seja melhor que o
outro e isso automaticamente o afaste ou aproxime da realidade.

O que eu acredito é que exista uma situação onde o comportamental/inato
retire a possibilidade do indivíduo de avaliar argumentos em detrimento de
uma verdade pré-estabelecida.

Sem a possibilidade de avaliar argumentos cai por terra inclusive o
argumento decisório que este individuo faria consigo mesmo.

Ficou claro agora? Para mim não é uma questão de nascer "melhor" ou "pior",
mas sim de se tornar diferente ao ponto de ser irreversível.



>E mesmo assim, apelar para o transcendente nao eh
>necessariamente uma desonestidade intelectual... E'
>perfeitamente defensavel aceitar uma origem sobrenatural
>da natureza -- um principio de ordenacao (assim como
>a navalha de Occam pode servir de principio de ordenacao)...
>Claro, e' dispensavel, mas nao e' contraditorio com o discurso.

Bom, é que vc esta considerando uma situação mais amena.
Um crente não questionaria a possibilidade de outra hipótese para a
ordenação que não sua verdade pré-estabelecida.

Acho uma desonestidade considerar a adoção de uma verdade sem a
possibilidade de questioná-la e ainda considerar-se um homem de ciência.

Na verdade acredito que estejam ocorrendo desestendimentos de conceito. O
que vc esta definindo religião esta parecendo mais um conceito de ética do
que de religião para mim.

>Acho q. sim. Mas nao acho q. isso seja
>um fardo pra humanidade...

Na verdade eu não acho um fardo, mas acho que é como aquela verruga que
vivem falando que pode virar um câncer. Um dia algum humano que acredita nas
vantagens da vida eterna pode, sem muitos empecilhos, colocar a vida real em
perigo.



>Imisciveis? Vou alem do q. escrevi anteriormente:
>sao inseparaveis...

Como falei anteriormente. Vc na verdade esta utilizando uma pequena parte do
que é religião.

Se fosse apenas a ética seria maravilhoso! Os 10 mandamentos são muito
legais nesse contexto, por exemplo. Mas não fica apenas nisso.

>Preceitos eticos no fundo nao sao racionais, nao sao adquiridos por meios
>racionais... ainda q. seja possivel uma racionalizacao
>posterior para se tentar sustentar um dado preceito...

Verdade.

Muitas vezes tentamos racionalizar sobre o porquê de nos empenharmos para o
bom convívio social, amor, procriar, etc,etc.....

Na verdade essa "emoção" a qual vc se refere eu costumo chamar de
"instinto".

>O neurologista Antonio Damasio demonstra muito bem a conexao entre
>a emocao e o raciocinio -- alguem emocionalmente
>prejudicado e' incapaz de exercer a razao de modo
>compativel com o convivio social (tto pelo excesso
>da emocao, como pela carencia).

Acredito no "por excesso", mas não no "pela carência", se bem que vc
salientou o "compatível com o sistema social" , aí eu concordo integralmente
com o período.

Acho que a razão pode ser total e completamente utilizada sem a presença da
emoção. Na verdade mais eficientemente ainda, mas seria completamente
incompatível com o sistema social.

>Talvez me acuse de dar uma volta por primeiro
>igualar religiao e etica e depois etica e emocao...

Não, não....O que acho é apenas que vc esta utilizando algumas propriedades
da religião como sua definição, e esquecendo de outros itens.


>Mas espero ao menos salvar a ideia de q. a razao
>possa ser guiada pela etica religiosa sem gdes conflitos...

A ética sim...sem problemas, mas como falei, acho completamente imiscíveis
um raciocínio racional e qualquer religião. Mas acho que nossos conceitos de
religião não estão em sintonia.

>(Poderei ser criticado pelo fato da religiao nao ser
>propriamente a fantasia de um sistema pelado de
>eticas, mas um pacote q. em geral engloba uma
>cosmogonia e todo um compendio mitico q
>funciona como substrato para o ideario etico dessa
>religiao... )

Isso! É mais ou menos dessa forma que refuto.

>Ate' a questao de Deus ou outra divindade ou
>conjunto de divindades equivalentes...

Bom...vai depender nesse caso de quais poderes ou influências são devidos a
esses Deuses.

>A navalha de Occam vale para ela mesma?

Vc utiliza algum método para optar por esse princípo? Ou melhor, por essa
regra de raciocínio?

Eu utilizo. O que me difere da aceitação inquestionável da verdade de alguma
religião.


>Na medida em q. nao acredito na existencia
>de mentes privilegiadas sobre a maioria bruta,
>esse cenario nao faz sentido pra mim.

Reveja esse conceito de "mente privilegiada" que agora acho que deixei mais
claro.
Estou utilizando uma mistura de comportamente/inato, sedo mais influente o
"behavior".
Tente novamente refutar o período que deu origem a esta questão utilizando
essa mais aclarada apreciação.


> Que consigamos apenas modelos temporários, isso é apenas a verdade prátic=
a
> do que é a busca, mas acredito que o objetivo seja a inatingível verdade
> mesmo.

*Pergunto: a verdade inatingivel e' detectavel?


Não acredito.

Por isso o "inatingível" e a "busca" tendo papel importante na frase.

>Podemos chamar essa verdade inatingivel 'a baila,
>alegando um principio ordenador... pois bem,
>eu acho q. isso seja uma posicao defensavel...
>Mas por coerencia eu tbm tomo por defensavel
>clamar Deus por principio ordenador... E
>se alguem quiser chamar o Coelhinho da Pascoa
>tudo bem tbm... (desde q. se limite a um
>principio ordenador da visao de mundo -- o q. o
>coloca alem do limite cientifico...)

Mais do que correto!

Esse é o momento em que eu invocaria a palavra Deus sem nenhum
constrangimento.

Apenas que este não me imporia nenhuma verdade ou influência nos
comportamentos morais humanos.

E mais! Ele estaria passível de novas refutações, caso ainda restem dúvidas
de que seja o olho da espiral como pensado.


SDS,

ASM







SUBJECT: ICQ
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/06/2001 12:26

Para o pessoal que gosta do ICQ.

SDS,

ASM


Internet ajuda a prender quadrilha no ABC paulista




Sexta, 29 de junho de 2001, 02h40

Um engenheiro usou a Internet para avisar que a empresa em que trabalha, de informática, estava sendo assaltada. V.A.O., 32 anos, estava no escritório, em São Caetano, no ABC paulista, onde mais 20 funcionários trabalhavam, quando uma quadrilha invadiu o local, pedindo que todos permanecessem no lugar. Usando um programa de bate-papo online, V. avisou seu cunhado do assalto. Ele telefonou para a casa do engenheiro que avisou a polícia. Todos foram presos.

http://www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/brasil/2001/06/29/003.htm





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: noticias varias
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/06/2001 16:21

Notícias nonio.com

Notícias recentemente publicadas no nonio.com

Evolucao: Porque é que os animais são simétricos
(versão 2)
Já se tentou explicar no nonio porque é que os animais
são simétricos. Na altura chegamos a duas respostas:
os animais são simétricos porque não há razão para
serem assimétricos e são simétricos porque o
desenvolvimento embrionário é naturalmente simétrico.
Mas o assunto não se fica por aqui. Mas existem mais
duas razões. [continua]
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=595


Economia: A riqueza das nações
Alguns países são ricos e outros são pobres. Os ricos
nem sempre são aqueles com mais recursos naturais.
Alguns dos ricos nem sequer têm recursos naturais. A
razão da riqueza das nações é uma questão com pano
para mangas e que por certo dará uma discussão
produtiva. O que eu proponho aos leitores é que se
fale do assunto. Usando dos conhecimentos da
história, da geografia e do sistema político e social
tentemos perceber o que é que faz um país rico e o
que é que faz um país pobre.
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=594


Biotecnologia: Companhia lança gato geneticamente
modificado.
15% dos americanos são alérgicos a gatos e não
podem desfrutar da companhia destes maravilhosos
animais domésticos. a alergia é causada por uma
proteína segregada pela pele dos bichanos. Uma
companhia americana viu nisto uma excelente
oportunidade de negócio e em 2003 pretende lançar
no mercado um gato geneticamente modificado que
não segrega a dita proteína. Basta eliminar um gene. O
fundador da companhia disse à Reuters: `Cães?! Nem
lhes toco, são muito mais complicados do que os gatos
e sabemos muito pouco sobre o seu sistema
reprodutor.'' O primeiro passo para a criação de gatos
bonsai a sério.
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http://www.nonio.com/article.php?sid=593


Ambiente: Plantas revolucionaram o clima há 380 MA
Há 380 milhões de anos sugiram as primeiras árvores
que alteraram por completo o clima. Num processo
que eu não compreendo muito bem, as plantas
absorveram determinados minerais do solo e libertaram
outros o que levou a que mais CO2 reagisse com o
cálcio e o magnésio formando carbonatos. Este
processo, juntamente com a fotossintese provocou o
abaixamento brusco do CO2 e um aumento da
concentração de O2 na atmosfera. As elevadas
concentrações de O2 permitiram o aparecimento de
insectos gigantes e a baixa concentração de CO2
provocou um arrefecimento global. Tudo isto pode ser
relacionado com a nossa época e com o aquecimento
global. É engraçado como pequenas variações do
texto podem levar o leitor a interpretar este estudo de
formas diferentes. Vale a pena ler o comunicado de
imprensa original, a notícia da lusa, a notícia no Dn e a
notícia no Público.
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http://www.nonio.com/article.php?sid=592


Espaco: Formação do Sistema Solar: Evolucionismo
versus Catastrofismo
De onde vem o sistema solar? Como a partir do caos
cósmico poderia nascer uma estrela, nove planetas,
dezenas de satélites, milhares de asteróides? Desde
que a ciência esta capacitada para se colocar
razoavelmente esta questão, as soluções propostas vão
e vêm entre duas alternativas. E encontramos de novo
a dupla infernal: evolucionismo e catastrofismo.
[continua]
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http://www.nonio.com/article.php?sid=591


Espaco: Sistema Solar caótico e o desaparecimento
dos dinossauros
O Sistema Solar pode não ser um sistema de órbitas
eternamente estáveis. Da interferência gravitacional
entre os planetas pode emergir o caos. Cientistas da
Universidade da Califórnia realizaram simulações
numéricas do Sistema Solar e concluíram que há 65
milhões de anos as órbitas de Mercúrio, Terra e Marte
sofreram uma variação súbita que poderá estar na
origem do impacto do meteorito que terá causado o
desaparecimento dos dinossauros. ( mais info).
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http://www.nonio.com/article.php?sid=590


Evolucao: Violação: uma estratégia eficaz e perversa
Segundo esta notícia na NewScientist um novo estudo
mostrou que uma mulher tem mais probabilidades de
engravidar numa violação (8%) do que numa relação
sexual consentida (3% - dados para mulheres que não
tomam a pílula). Isto sugere que a violação é, do ponto
de vista evolutivo, uma estratégia eficaz para o
violador. É possível que os violadores se sintam mais
atraídos por mulheres no período fértil e isso explique
o facto de as suas vítimas engravidarem
frequentemente. O artigo esclarece que para que a
violação seja uma boa estratégia para o violador, em
média, têm que ultrapassar os custos. Segundo as
estatísticas, nos EUA, só 1% dos violadores é que são
condenados.
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http://www.nonio.com/article.php?sid=589


Espaco: Vida em Calisto! É Possível?
Navegando pela internet afim de obter mais informação
sobre essa lua, achei um curioso artigo que especula
sobre a possibilidade de vida em Calisto. Para minha
surpresa, na superfície! Mas primeiro, é necessário
descrever um pouco esse distante mundo. [continua]
5 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=588


Arqueologia: Novas gravuras Paleolíticas no Sabor
Segundo esta notícia no Público foram descobertas
novas e importantes gravuras no vale do Sabor (Rio do
distrito de Bragança, Portugal). Estas novas gravuras
representam cavalos e arouques e são em tudo
semelhantes à mais antigas gravuras do mundialmente
famoso Vale do Côa. [continua]
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http://www.nonio.com/article.php?sid=587


Engenharia: Papagaio de papel usado para levantar
bloco de 4 toneladas
Segundo esta notícia um Papagaio de Papel foi
utilizado para levantar um bloco de 4 toneladas numa
experiência realizada no deserto do Mojave. Esta
experiência veio demonstrar que os egípcios poderiam
ter utilizado este método para levantar os grandes
blocos das pirâmides. O método também poderá ser
utilizado em países pobres em obras de engenharia
para levantar objectos pesados. Encontrei ainda este
artigo sobre uma experiência anterior.
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http://www.nonio.com/article.php?sid=586


Espaco: Elevador Espacial revisitado
[o que se segue é um comentário feito por um leitor a
este artigoAchei que valia a pena coloca-lo na página
principal- joao]

Nesta estoria do "Elevador Espacial" ou "Torre
Orbital", há umas coisas que eu não sei se entendi
direito. Se alguem se interessar em me esclarecer
ficarei muito grato. [continua]
4 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=585


Espaco: IO tão quente no equador como nos polos
Segundo este artigo os cientistas estão intrigados com
a distribuição de temperaturas na Lua vulcanica de
Jupiter, IO. A temperatura nos polos é igual à do
equador, apesar de o equador receber mais energia
solar. Talvez em IO, a temperatura seja totalmente
determinada pelo vulcanismo e não pela energia
recebida do Sol. O artigo também refere que em
Vénus, por causa do efeito de estufa, a temperatura
também é uniforme.
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http://www.nonio.com/article.php?sid=584


Fisica: Supernova de Laboratório
Foi publicado no mês de junho um artigo muito
interessante na Discover sobre simulação experimental
de Supernovas em laboratório. Para criar condições
idênticas às que ocorrem numa supernova os cientistas
usam lasers poderosíssimos normalmente utilizados em
experiências de fusão atómica.
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http://www.nonio.com/article.php?sid=583


Espaco: Colonizar o espaço para quê?
A ideia de que um dia o Homem acabará por colonizar
outros planetas é uma crença corrente. No entanto, de
momento, não existem motivos de peso que justifiquem
o empreendimento. O que existe são vagas ideias
sobre turismo espacial, exploração mineral ou
utilização do espaço para fins publicitários. Neste
artigo procura analisar os motivos que possam justificar
o investimento de recursos na exploração do espaço.
[continua]
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http://www.nonio.com/article.php?sid=582


Humor: A arte de fritar batatas
É um indubitável facto da vida que algumas batatas
fritas são melhores do que outras. Os cientistas já
devem ter estudado este problema, mas isso não
interessa nada. O que quer que eles tenham
descoberto está enterrado nas prateleiras das
bibliotecas e ninguém está muito interessado em passar
as tardes a ler artigos. Em vez de vos dizer o que é que
esses investigadores descobriram, proponho-me utilizar
a minha criatividade e alguns conhecimentos
elementares para vos explicar porque é que algumas
batatas fritas são melhores que outras e o que é que
podemos fazer para fritar melhores batatas. [continua]
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http://www.nonio.com/article.php?sid=581


Paleontologia: Cientistas acham crocodilos de 70
milhões de anos no Brasil
Segundo esta notícia na Folha pesquisadores
brasileiros descobriram no interior de São Paulo um
conjunto de fósseis de crocodilos primitivos, com
cerca de 70 milhões de anos de idade. O achado é
extremamente importante porque o conjunto inclui
fosseis de crocodilos em vários estadios de
desenvolvimento, desde um crocodilo bebé (ou bebê)
até animais adultos. A notícia também saiu no Jornal do
Brasil e no Globo
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http://www.nonio.com/article.php?sid=580


Espaco: Eclipse Solar no Mapa Cor-de-Rosa
Hoje é dia de eclipse total do Sol numa faixa que
atravessa o Mapa Cor-de-Rosa e vai até Madagáscar.
Por causa dos fusos horários, não me arrisco a dizer a
que horas é. Um dos email que recebi dizia que o
eclipse é às "8:30 am EDT", outro que é "às 13:38
(hora angolana ?), outro ainda às 6:11 PDT (13:11
UT). Consultando este site cheguei à conclusão que a
hora de Luanda é igual à hora de Lisboa e que
Brasilia=Lisboa-4. com estes dados já podemos tentar
ver o eclipse na web. Alguém compilou uma lista
exaustiva dos sites que transmitem o eclipse em
directo. Há algum felizardo no Mapa Cor-de-Rosa que
leia o nonio?
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http://www.nonio.com/article.php?sid=579


Paleontologia: Extinção dos dinossauros - Choque do
asteróide convence?
A explicação do choque de um asteróide gigante com
a terra como a causa de extinção dos dinossauros,
pretende convencer que essa foi a única razão para o
seu desaparecimento, mas isso explica tudo? Acho que
não, essa hipótese não explica e nem convence
totalmente. [continua]
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http://www.nonio.com/article.php?sid=578


Biotecnologia: Telómeros longos inibem genes
próximos
Os telómeros são sequências de DNA localizadas nas
extremidades dos cromossomas. De cada vez que a
célula se divide os telómeros ficam mais curtos, a não
ser que a telomerase, uma enzima, reponha a sequência
encurtada. Sabia-se que ao fim de algumas divisões a
célula deixa de se dividir, mas não se sabia como é que
a célula sabe que já se dividiu muitas vezes. Ao que
parece, os telómeros funcionam como contadores de
divisões. Agora descobriu-se uma coisa importante: os
genes localizados perto dos telómeros são inibidos
pelos telómeros e a intensidade da inibição é
proporcional ao tamanho do telómero. ( comunicado
de imprensa ). Especulação: Quando o telómero fica
curto os genes próximos tornam-se activos e são estes
genes que impedem que a célula continue a dividir-se.
Inibe esse gene e torna-te imortal.
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http://www.nonio.com/article.php?sid=577


Fisica: Neutrinos mudam de sabor e têm massa
O modelo solar standard prevê que o sol emita uma
quantidade de neutrinos que muito maior que aquela
que estava a ser detectada. Ou o modelo do Sol
estava errado ou os detectores de neutrinos não
estavam a funcionar bem. Agora descobriu-se o
mistério. Os detectores detectavam neutrinos
electrónicos, mas os neutrinos também podem ser
muónicos e tauónicos. Acontece que o Sol produz de
facto a quantidade de neutrinos electrónicos certa, só
que estes neutrinos convertem-se em muonicos e
tauonicos. Os novos dados também mostram que os
neutrinos afinal têm massa. Isto contradiz o modelo
Standard da Física de Partículas pois ele prevê que o
neutrinos não têm massa e que não podem mudar de
sabor. A descoberta foi feita no Subdury National
Observatory e história é contada na NewScientist
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http://www.nonio.com/article.php?sid=576


Engenharia: Os novos submarinos Portugueses

ROV e Isurus
A nova geração de submarinos

Os novos veículos Submarinos Autónomos (VSAs)
são a última aplicação da tecnologia para a observação
do meio subaquático. Estes, são instrumentos de
grande importância para a investigação/inspecção
oceanográfica, detecção de poluição e monitorização
de eventuais mudanças climáticas dos oceanos.
[continua]
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http://www.nonio.com/article.php?sid=575


Ciencia: Os novos submarinos Portugueses
Artigo não publicado por ser repetido - joao

O Laboratório de Sistemas e Tecnologia Subaquática
(LSTS) da Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto foi estabelecido em 1996 e agrega
investigadores do Departamento de Engenharia
Electrotécnica e de Computadores da FEUP e do Pólo
do Porto do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR).
[continua]
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http://www.nonio.com/article.php?sid=574


Ambiente: Aquecimento Global + Ventos + Himalaias
= Atraso na rotação da Terra
Segundo vi num programa no canal Discovery, o
aquecimento do globo trás algo mais, que o
derretimento de Icebergs e todos os outros problemas
que estamos fartos de ouvir (infelizmente), a alteração
da temperatura vai afectar directamente os ventos, e,
segundo o documentário uma corrente de vento
alterou-se de tal maneira que ao interagir com a cadeia
montanhosa dos Himalaias, vai atrasar a rotação da
Terra em torno de si, os valores de tal atraso não sei,
mas aqui fica a nota.
Atentamente PJunior [continua]
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http://www.nonio.com/article.php?sid=573


Filosofia: Libertarismo
Segundo a teoria política, o Libertarismo é a corrente
política que defende que o melhor governo é aquele
que governa o mínimo possível; a função do estado
deve ser apenas a de impedir a violação dos direitos
humanos básicos. Por outras palavras, os individuos
devem ser livres para fazer tudo aquilo que desejem
fazer, desde que não violem o direito dos outros a
exercer o mesmo direito. O papel do governo é o de
proteger esse direito.[continua]
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http://www.nonio.com/article.php?sid=572


Espaco: Rotação retrograda de Vénus
Este artigo ainda não está acabado. Perguntas e
sugestões para melhorá-lo são bemvindas

. Vénus gira em torno de si próprio no sentido dos
ponteiros do relógio, ao contrário da maior parte dos
outros planetas. Todos os planetas, excepto Vénus,
Plutão e eventualmente Urano, giram sobre si próprios
contra os ponteiros dos relógios, todos os planetas
giram em torno do Sol contra os ponteiros dos relógios
e a maior parte dos satélites giram em torno dos seus
planetas contra os ponteiros dos relógios. Por isso,
Vénus sempre foi um mistério por resolver. Várias
teorias procuraram ao longo do tempo explicar a
estranha rotação horária de Vénus. [continua]
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http://www.nonio.com/article.php?sid=571


Economia: Teoria dos Jogos

A teoria dos jogos tornou-se um ramo proeminente da
matemática nos anos 40 do século XX, especialmente
depois da publicação em 1944 de The Theory of
Games and Economic Behavior de John von Neumann
e Oskar Morgenstern. A teoria dos jogos distingue-se
da economia na medida em que procura encontrar
estratégias racionais em situações em que o resultado
depende não só da estratégia própria de um agente e
das condições de mercado, mas também das
estratégias escolhidas por outros agentes que
possivelmente têm estratégias diferentes ou objectivos
comuns.[continua]
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http://www.nonio.com/article.php?sid=570


Ambiente: O que é que você sabe sobre o
aquecimento global?
As boas notícias nunca são notícias e cada época teve
as suas previsões catastróficas. A nossa visão do
mundo está extremamente marcada pelos meios de
comunicação social. Nem todas as perguntas que se
seguem têm resposta, nem todas são inocentes. Elas
servem para mostrar que não basta ver televisão ou ler
jornais para estar informado, até porque as respostas
às perguntas, embora essenciais para perceber o
problema do aquecimento global, jamais chegam aos
media. Elas são também um teste ao leitor e uma
provocação. Confesso que não sei nem metade das
respostas, mas estou certo que as perguntas podem
gerar uma discussão interessante. [continua]
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http://www.nonio.com/article.php?sid=569


Biologia: A Vida implica a existência de Oxigénio?
Segundo vi num documentánio do "Discovery" a
existência de vida não implica a existência de oxigénio.
Existe um micro-organismo, uma forma de vida que
usa o ferro como nós usamos oxigenio (+- isto), de
momento não sei o nome mas lembro-me que estes
bichos viviam em zonas muito profundas dos oceanos
e inclusivé, viviam a algumas de dezenas de metros no
subsolo, sendo o ferro o unico material em comum
com os vários tipos de habitat. Também é possivel
que, se tal teoria for real, estes bichos sejam oriundos
de outros planetas tendo sido transportados para o
nosso planeta por asteroides.

PJunior
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http://www.nonio.com/article.php?sid=568


Internet: o que é isto?
pirataria?
se se clicar em
http://www.expresso.pt/
aparece isto:
" test by badungbOy of indosniffing "
erro 404 ou ciber ataque?
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http://www.nonio.com/article.php?sid=567


Quimica: Oxidantes em Europa
Pensa-se que Europa tenha um oceano por debaixo da
crosta gelada. E pensa-se que esse oceano possa ter
formas de vida. Mas a fonte de energia primária não é
a fotossíntese porque a luz do sol não atinge o oceano
interior. Mas é possível que a vida em Europa dependa
de oxidação-redução. Para isso são precisos
oxidantes, e um novo estudo sugere que os oxidantes
se formem devido ao bombardeamento da superfície
de Europa por partículas aceleradas pela magnetosfera
de Júpiter.
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http://www.nonio.com/article.php?sid=566


Espaco: Mais indícios de água em Marte
Cá no nosso planeta, quando a lava de um vulcão
atinge terrenos húmidos ou gelados a água por debaixo
entra em ebulição causando um erupção de vapor
através da lava. Formam-se formas cónicas conhecidas
por pseudocrateras. Pseudocrateras com cerca de 10
milhões de anos foram agora detectadas em Marte. O
que é que isto significa? Como Marte não é como a
Terra não sabemos. Pode ter sido uma erupção de
água ou pode ter sido uma erupção de CO2 gelado.
Mas esta notícia no Público não fala de CO2 gelado.
Porque será?
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http://www.nonio.com/article.php?sid=565


Educacao: A arte de perguntar
O presente texto é uma contribuição à lingüística
pedagógica. A formulação de perguntas expressivas
não é uma eficiente estratégia para racionalizar o tempo
e favorecer a participação dos alunos nos seminários?
O texto procura responder a esta questão inicial e
apresentar de algumas técnicas de elaboração de
perguntas expressivas, de modo a favorecer, durante
as realização dos encontros pedagógicos, a
objetividade, a simplicidade, a clareza e a
gramaticalidade dos questionamentos. [continua]
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http://www.nonio.com/article.php?sid=564


Fisica: Campos magnéticos alisam o espaço-tempo
Segundo a teoria da relatividade de Einstein, a
gravidade deforma o espaço-tempo criando aquilo que
pode ser considerado o análogo de uma cova na
vizinhança de uma grande massa como uma estrela.
Físicos da universidade de Portsmouth, UK defendem
agora que os campos magnéticos alisam o espaço
tempo. Deformações graviticas no tecido do espaço
podem ser compensadas por fortes campos
magnéticos e as ondas graviticas podem ser destruidas
quando atravessam fortes campos magnéticos.
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http://www.nonio.com/article.php?sid=563


Espaco: Hubble determina a constante de Hubble
Segundo esta notícia na Nature, o telescópio Hubble
terminou as experiências que conduziram è
determinação da constante de Hubble que mede a taxa
de expansão do universo. E a resposta é 72 km por
segundo por megaparsec. As estimativas anteriores
variavam entre 50 e 100 km por segundo por
megaparsec. Este estudo baseou-se na observação de
Cefeides, estrelas especiais que são usadas para
determinar a distância às galáxias distantes. O Hubble
que dá o nome à constante e ao telescópio é o memo
Hubble que nos anos 20 descobriu que o universo se
encontra em expansão.
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http://www.nonio.com/article.php?sid=562


Espaco: Rocket Guy
Na primavera de 2002, Brian Walker pretende
lançar-se a si próprio quase até ao espaço exterior
num foguetão que ele próprio construiu. O voo vai
durar cerca de 15 minutos. O foguetão vai atingir 48
km de altitude e depois vai cair de volta à terra. Um air
bag gigante vai funcionar como pára-quedas e como
amortecedor da queda. Orçamento: 300 mil dólares. A
história é contada neste artigo.
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http://www.nonio.com/article.php?sid=561


Matematica: gravador de cassetes
A observação de um gravador de cassetes sugere que
o enrolamento da bobina é feito a uma revolução por
segundo. Quando uma cassete de C60 começa a
tocar, o diâmetro da bobina vazia é de 2 cm, e
quando, passada meia hora, chega ao fim o diâmetro
da bobina cheia é de 5 cm. 1. Qual é a espessura do
comprimento da fita? 2. Quando é que a velocidade da
fita é de 11 cms^-1?
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http://www.nonio.com/article.php?sid=560


Matematica: Lógica IV
Aqui estão 10 frases e você é convidado a deduzir a
única solução a que elas conduzem. 1. Os únicos
animais que existem nesta casa são gatos. 2. Todo o
animal que é de estimação gosta de contemplar a Lua.
3. Quando detesto um animal, evito-o. 4. Nenhum
animal é carnívoro, a não ser que vagueiem durante a
noite. 5. Nenhum gato deixa de matar ratos. 6. Nunca
nenhum animal falou comigo, excepto quando estão
nesta casa. 7. Os cangurus não são animais de
estimação. 8. Apenas os animais carnívoros matam
ratos. 9. Eu detesto animais que não me falem. 10. Os
animais que vagueiam durante a noite gostam sempre
de contemplar a Lua.
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http://www.nonio.com/article.php?sid=559


Ambiente: Quioto péssimo para a economia,
irrelevante para o clima
Relacionado com a lei das consequências não
desejadas está este artigo no Times sobre um livro a
ser publicado este verão. O livro foi escrito por um
ambientalista especialista em estatística e defende que
os efeitos do tratado de Quioto no clima são mínimos,
vai atrasar o aquecimento global apenas 6 anos, mas
os efeitos do tratado na economia mundial são
devastadores. O desenvolvimento das nações pobres
vai atrasar-se e elas nunca conseguirão combater os
efeitos do aquecimento global que acontecerá de
qualquer das formas. Uma ideia para pensar.
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http://www.nonio.com/article.php?sid=558


Ambiente: Lei das consequências não desejadas
Mudanças num sistema complexo provocam
consequências imprevisíveis, quase sempre contrárias
ao desejado pelos seus autores. Por exemplo, a
proibição do DDT poderá ter salvado a vida selvagem
da destruição, mas foi responsável pela morte de
milhões de pessoas nos países do terceiro mundo por
causa da malária. Os ambientalistas são louvados pela
bondade das suas intenções, mas raramente são
julgados pelas consequências não desejadas das suas
ideias. A superioridade moral nem sempre pertence a
quem aparenta pertencer, e nos dias de hoje é
necessária coragem para mostrar que o rei vai nu. Esta
é a opinião de Thomas Sowell que escreveu um artigo
no Washington Times sobre a lei das consequências
não desejadas e da sua relação com os activistas do
ambiente.
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http://www.nonio.com/article.php?sid=557


Espaco: Aneis de Saturno são extra-saturnianos
Alguns dos aneis de Saturno podem ter sido formados
por material proveniente dos limites do Sistema Solar e
não se formaram ao mesmo tempo que o planeta.
Novas observações, detectaram material cor de
Salmão, provavelmente material orgânico que não é
comum no Sistema de Saturno, mas é comum nos
limites do Sistema Solar. Provavelmente um cometa ou
uma pequena Lua foi captada pelo planeta e desfez-se
em pedaços formando o anel. ( notícia na BBC)
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http://www.nonio.com/article.php?sid=556


Ciencia: Chega-se mais facilmente a Marte ...
Os gastos em pesquisa cientifica são criticados por um
sector da sociedade. Os críticos defendem que alguns
empreendimentos científicos, como a exploração do
Sistema Solar, ou a física das partículas não têm
aplicação prática e não servem os interesses da
humanidade. Os críticos afirmam que o dinheiro seria
melhor aplicado se fosse utilizado para combater a
pobreza. Alguns defendem mesmo que é imoral que se
gaste tanto dinheiro para mandar uma sonda a Marte,
mas não se gaste um tostão para combater a pobreza.
[continua]
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http://www.nonio.com/article.php?sid=555


Quimica: Banco de dados de rotas sintéticas (reações)
que falharam
O erro muitas vezes é valioso, e para não perder esta
importante informação um banco de dados (Failed
Reactions) foi criado. O banco de dados apresenta
uma coletânea de reações, presentes na literatura, que
não procederam como desejado. As informações
estão dividas em três categorias: reações com produtos
indesejados, produtos 'paralelos' e métodos que não
resultaram em nenhum produto. Mais informações
podem ser encontradas em www.chemweb.com
(cadastro gratuito). Banco de dados disponível em
www.accelrys.com .
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http://www.nonio.com/article.php?sid=554


Matematica: Latex 2e
Olá a todos, alguém me podia arranjar uma versão do
Latex para o win e já agora se não era pedir muito
como fazer a sua instalação. Obrigado.
joaojulio@portugalmail.pt
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http://www.nonio.com/article.php?sid=553


Biotecnologia: Contestada descoberta de Bactéria com
250 milhões de anos
O ano passado foi encontrada uma bactéria enterrada
a cerca de 610 metros de profundidade envolta em
cristais de sal . Estimou-se que esta batéria tinha 250
milhões de anos e foi possível reanima-la ( notícia no
nónio). Agora uma equipa israelita comparou os dados
genéticos da bactéria reanimada com a sequência da
espécie S. marismortui e concluiu que elas são muito
parecidas. A equipa israelita afirma que seriam
precisos poucos dias de evolução num laboratório para
justificar aquelas diferenças. Eles alegam que mutações
acumuladas ao longo de 250 milhões implicariam
forçosamente que as bactérias actuais fossem muito
diferentes das bactérias com 250 milhões de anos. No
entanto, os autores da descoberta original contrapõem
que a taxa d mutação é mais baixa do que se supõe. (
notícia na BBC )
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http://www.nonio.com/article.php?sid=552


Cultura: Descoberta cidade egípcia no fundo do mar
No século II AC a cidade egípcia de Ro Heneth,
localizada na foz do rio Nilo e a porta de entrada no
país antes de Alexandria ter sido construída, deslizou
para o mar na sequência de um tremor de Terra. No
ano passado a cidade foi redescoberta no fundo do
mar, a dez metros de profundidade, e agora estão a ser
recuperado os primeiros achados arqueológicos, uma
grande estátua de rainha vestida como a deusa Ísis e
duas grandes estátuas representando um faraó. Esta
descoberta está a ser comparada à descoberta de
Herculano e Pompeia pelo facto de tudo ter sido
conservado como estava no momento da catástrofe. (
notícia no Público e relação de Ro Heneth com
Homero)
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http://www.nonio.com/article.php?sid=551


Paleontologia: Homem provável responsável por
paleo-extinções
As pressões da espécie humana sobre o ambiente são
tais que é possível que isso esteja a provocar uma
extinção em massa da fauna e da flora. No entanto, já
causávamos estragos mesmo quando éramos apenas
um bando de caçadores. Pelo menos é o que defende
uma teoria segundo a qual a espécie humana é
responsável pela extinção dos animais de grande porte
em duas ocasiões: quando a humanidade chegou à
Austrália há 50 mil anos e quando chegou há América
do Norte, há 11 mil anos. Estes eventos coincidem
com extinções maciças dos animais de grande porte.
Dois recentes vieram agora apoiar essas teorias. Uma
simulação em computador mostrou que algumas
espécies poderiam de facto extinguir-se se o
ecossistema fosse perturbado, e uma datação de
fósseis permitiu concluir que as extinções na Austrália
ocorreram de facto depois da chegada do Homem. (
notícia na NewScientist)
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http://www.nonio.com/article.php?sid=550


Matematica: Lógica III
3 mercadores A, B e C passam a noite num oásis no
deserto do Sara com o intuito de seguir viagem no dia
seguinte em direcções diferentes. A e B odeiam C e
ambos projectam mata-lo, mas tudo se passa
separadamente e nem A nem B sabem o que quer que
seja das intenções um do outro. Assim durante a noite
A introduz no cantil de água de C um veneno
poderosíssimo, B por seu turno desconhece a acção
de A e faz um furo no cantil de C de modo a que este
perdesse toda a água que transportava. de tudo
resultou que C ficou privado de água e acabou por
morrer de cede. Quem é o responsável pela sua
morte? Poderá A ser condenado por ter envenenado a
água de que C não chegou a beber uma gota? Poderá
B ser condenado por ter impedido C de beber água
envenenada e cujo consumo lhe tiraria a vida bem mais
rapidamente?
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http://www.nonio.com/article.php?sid=549


Espaco: Mulher não entra
Anatoly Grigoryev, director de um instituto médico
Russo, defende que a tripulação de uma eventual
expedição russa a Marte não deverá conter mulheres.
Segundo ele, equipas mistas são mais susceptíveis a
conflitos. Ele também afirma que como a comida
ocupa muito espaço, ela deverá ser produzida a bordo.
Um argumento um tanto estranho já que a massa que
teria que ser transportada passaria a ser ainda maior, já
que teriam que levar o equipamento agrícola.
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Espaco: Cintura de asteróides extrasolar
Segundo esta notícia no Público, foi encontrado um
sistema solar em formação com uma cintura de
asteróides semelhante à cintura de asteróides que
existe entre Marte e Júpiter. Esta cintura poderá conter
planetas em formação.
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http://www.nonio.com/article.php?sid=547


Biologia: Flor Gigante floresce
Uma flor gigante da espécie Amorphophallus titanum
está prestes a florir. Este evento é extremamente raro e
está a ser transmitido via web. A flor poderá ter cerca
de 3 m de diâmetro, abre em poucas horas e durará
alguns dias.
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SUBJECT: John Gribbin explica porque nem sempre se deve acreditar nos cientistas: Eles tambem erram
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <direito_saude@yahoogroups.com>
CC: <artigos_juridicos@yahoogroups.com>, <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/06/2001 02:47

John Gribbin explica porque nem sempre se deve acreditar nos cientistas:
Eles tambem erram
========================================================
Sábado,
30 de junho de 2001
===

Eles também erram
29.Jun.2001
Flavio Dieguez
no@no.com.br

===

Sem contar com o carisma de Carl Sagan, ou com a aura de genialidade do
físico Stephen Hawking, o astrofísico, jornalista e escritor inglês John
Gribbin teve que confiar apenas no talento para chegar à posição invejável
de um dos mais lidos divulgadores de ciência da atualidade. Sempre
sintonizado nas novidades científicas de maior impacto sobre o imaginário do
público e muito rápido no gatilho ao planejar e colocar as idéias no papel,
Gribbin já entregou às livrarias 25 livros de sucesso, entre os quais seis
best-sellers. E quem já viu o seu último trabalho - "The birth of time" (O
nascimento do tempo, lançado em março nos Estados Unidos) - aposta que o
êxito não vai parar por aí.

===

Primeiro, porque Gribbin decidiu escrever sobre um assunto ao mesmo tempo
atual e eternamente cativante: a determinação da idade exata do Universo.
Trata-se de uma questão decisiva da cosmologia. Importante e difícil de
apurar, ela está há décadas no topo da agenda da ciência. O número que se
conhecia podia ser qualquer valor entre 10 bilhões e 20 bilhões de anos, mas
agora sabe-se que a idade correta é de 13 bilhões, com uma margem de erro de
apenas 10%, para mais ou para menos.

===

O feito de Gribbin, como de praxe, foi dar ao enredo árido e necessariamente
técnico, o suspense de uma novela de Sherlock Holmes - ajudado, em parte,
pelo fato dessa conquista histórica ter sido temperada por um dos maiores
vexames da ciência recente, graças aos erros cometidos pelos pesquisadores
ao anunciar seus resultados à imprensa.

===

O fato é que, em março de 1995, a equipe do Telescópio Espacial Hubble,
responsável pelo cálculo da idade do Cosmo, divulgou, como se fosse
definitivo, um número que representava, de fato, apenas uma análise
preliminar da imensa quantidade de dados coletados nos anos anteriores. A
astrônoma americana Wendy Freedman, do Carnegie Institutions e porta-voz da
equipe do Hubble, entregou aos jornalistas uma bomba cosmológica ao declarar
que o Universo não só era muito mais jovem do que se pensava, pois tinha
apenas 10 bilhões de anos, como também seria mais novo do que as estrelas
mais antigas conhecidas.

===

A notícia virou manchete mundial, apesar do protesto de diversos
especialistas da área, e criou uma polêmica surrealista que povoou jornais e
revistas durante os três anos seguintes - tempo que demorou para a análise
definitiva dos dados ficar pronta e mostrar, afinal, que a idade precisa do
Cosmo era mesmo de 13 bilhões de anos. Gribbin, que em 1995 já havia
começado a escrever o seu livro, decidiu fazer sua própria pesquisa sobre o
assunto - ele é pesquisador Universidade de Sussex, na Inglaterra. E acabou
dando uma contribuição inédita à determinação da idade do Cosmo, chegando ao
número certo por meio de uma curiosa relação entre o tamanho da via Láctea e
o tempo de existência do Universo. Essa circunstância, com certeza, deu ao
seu texto um sabor adicional.

===

Nesta entrevista concedida ao no., Gribbin fala de sua conclusão e da
importância das várias descobertas recentes feitas sobre o Universo -
especialmente desse episódio burlesco envolvendo os cientistas do telescópio
espacial, cujo comportamento, ele considera "indesculpável".

===

Ultimamente tem-se a impressão de que algumas instituições de pesquisas
andam exagerando ao descrever suas descobertas, em particular a Nasa e o
Instituto do Telescópio Espacial Hubble. Isso é fato?

===

John Gribbin - As assessorias de imprensa, e às vezes os próprios
cientistas, fazem afirmações definitivas demais sobre assuntos sobre os
quais há, na verdade, muita dúvida. Acredito que seja uma tentativa de
tornar a vida dos jornalistas mais fácil. Mas o resultado não é bom. Eu
gostaria que as incertezas fossem mencionadas porque só assim o público de
não cientistas pode, gradualmente, entender o que elas significam.

===

Em seu livro, você afirma que o público aceitou que a idade do Universo era
de 8 a 12 bilhões de anos porque a medida foi feita pelo "mítico" Telescópio
Espacial Hubble. Os cientistas envolvidos no projeto também não teriam sido
enfáticos demais em suas declarações?

===

JG - A maneira como eles anunciaram esses números deixou a impressão de que
não havia dúvida sobre as medidas. E o pior é que todos os cientistas
envolvidos obviamente sabiam que os resultados embutiam uma larga margem de
erro em decorrência da própria dificuldade da empreitada. Não há desculpa
para esse tipo de comportamento. Inclusive porque estava escrito no artigo
publicado na revista científica "Nature" que a imprecisão da medida era de
40%.

===

E com isso as pessoas ficaram três anos com uma informação errada. Qual a
solução para esse tipo de situação?

===

JG - A única solução, nesse caso, é falar com outros cientistas - o mais
indicado, no que se refere à idade do Cosmo, seria falar com o astrofísico
Allen Sandage, das Instituições Carnegie, nos Estados Unidos. Isso teria
mostrado que as medidas encontrada pelo Hubble, e outras feitas na mesma
época, davam ao Universo uma idade que poderia ir de 10 a 15 bilhões de
anos. Por volta de 1995, não era possível ser mais específico do que isso. O
que os jornalistas científicos precisam imaginar é o que fariam se não
estivessem lidando com informação científica. Por exemplo, se um político
prevê que esse ou aquele partido vai ganhar uma eleição, você toma o cuidado
de pedir a opinião de outra pessoa igualmente qualificada para falar do
assunto.

===

Mas a ciência tem suas especificidades...

===
JG - No caso da ciência, os jornalistas precisam saber que há diversas
maneiras de fazer uma certa medida, por exemplo, a da idade do Cosmo. E que
métodos diferentes às vezes dão resultados diferentes. Isso geralmente
significa que as técnicas disponíveis são relativamente imprecisas; ou seja,
o resultado exato está em algum ponto, que ainda não pôde ser determinado,
entre os diversos valores obtidos.

===

Em seu livro, você diz que, após décadas de busca, a idade do Universo está
agora bem estabelecida, com uma margem de erro de apenas 10%. Por que isso é
tão relevante?

===

JG - É importante, pois o número obtido é coerente com praticamente todos os
outros conhecimentos que temos na física, em geral, e na cosmologia, em
particular. Isso nos dá uma grande segurança de que nosso conhecimento atual
nessas áreas está correto. Em ciência, a concordância entre os fatos
conhecidos é muito importante.

===

E qual das grandes questões ainda pendentes na astronomia, poderá ser
próxima a ser resolvida?

===

JG - A identificação da matéria escura, que constitui a maior parte da
matéria do Universo, mas não conseguimos ainda descobrir do que é feita; e,
talvez, a detecção direta das ondas gravitacionais, previstas pela teoria da
relatividade geral de Einstein ainda no início do século 20.

===

Até os anos 80, a teoria do Big Bang previa apenas que as galáxias estão se
afastando umas das outras de maneira constante. Mas aí surgiu a idéia de que
o Universo, logo depois de nascer, teria se ampliado enormemente (num
processo chamado "inflação cósmica"), depois passou a crescer normalmente,
mas apenas para voltar a se acelerar, aos poucos. Existe até a idéia de que
existe uma força desconhecida, uma antigravidade, uma idéia originalmente
proposta por Einstein, empurrando as galáxias para longe. A teoria não está
ficando confusa?

===

JG - Não vejo confusão, não. Ao contrário, é espantoso como todas essas
idéias se encaixam umas às outras à perfeição. Conhecemos agora diversos
fatos que tornam a história do Big Bang bastante complexa. Isso não
significa que ela esteja toda correta, mas a teoria padrão do Big Bang, além
de ter uma forte coerência interna, também é coerente com todos esses fatos
novos. Qualquer teoria nova, com a pretensão de substituir a atual, terá que
explicar tudo o que ela explica e alguma coisa mais, que hoje nem se
imagina.

===============================================

http://www.no.com.br/servlets/newstorm.notitia.apresentacao.ServletDeNoticia
?codigoDaNoticia=23894&dataDoJornal=atual
===================================
http://groups.yahoo.com/group/direito_saude
===================================




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bases filosóficas e cientificidade
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/06/2001 14:18

Olá Takata,

Takata: O q. vejo qdo olho pro ser humano depende da situacao. Mas pensando
estritamente na natureza fisica -- nao da' pra fugirmos disso: somos um
sistema formado por atomos, ions e quetais com uma dada disposicao e q.
interagem de um dado modo entre si.

A base do psiquismo e', tto qto podemos entender, a base da fisica. Mas a
base mais imediata me parece ser a biologia. (O psiquismo pode ser a base
das artes, da religiao, da historia...)

Manuel: Não discordo de nada do que você escreveu. A base do psiquismo é, em
última análise, a base da física. Em termos físicos, o ser humano é um
sistema formado de átomos. Só que se trata de um sistema físico distante do
equilíbrio termodinâmico, razão pela qual, ainda pela ótica da física, somos
sistemas dinâmicos não-lineares. Quanto a esse aspecto, em nada nos
distinguimos da fumaça de um cigarro.

Até vou mais longe na definição "física" do homem: nós, seres humanos, somos
sistemas dinâmicos não-lineares "auto-reguladores". Frente a um estímulo
(causa), nossa resposta (efeito) é variada. No entanto, somos capazes de
antecipar em nossa mente as respostas possíveis, prever as conseqüências de
cada uma delas para, em seguida, "escolher". Veja que até a liberdade pode
ser definida como uma propriedade física.

Mas qual o critério da nossa escolha? Por força dos meus valores, posso até
escolher me matar, dependendo das circunstâncias. Claro, a maioria dos
suicidas são pessoas doentes, com distúrbios neurológicos graves. Mas há
também aqueles que adoecem e se matam por questões éticas. Muitas vezes, por
razões psicológicas (os valores são formações psíquicas), tomamos decisões
que vão de encontro à nossa biologia, decisões aparentemente sem
(bio)lógica.

Se sou um iluminista e vivo numa sociedade totalitária (ou um autoritário
vivendo numa sociedade liberal e democrática), por uma questão de
sobrevivência, movido pelos básicos instintos, posso abrir mão de meus
valores como quem troca de roupa? Não, mormente se esses valores me foram
incutidos na infância. Ao menos por algum tempo vivenciarei um doloroso
conflito 'psicológico', conflito este que pode minar minha saúde.

Sabe-se que a mentira é uma tática de sobrevivência (engodo tático). A
mentira confere ao mentiroso um plus de aptidão. Ora, se para sobreviver às
vezes tenho que enganar deliberadamente os outros, por que não posso mentir
para mim mesmo? Sim, posso tentar ludibriar-me, convencer-me de que o errado
é certo e vice-versa. Posso esconder de mim mesmo o meu conflito -isto é,
posso "recalcá-lo" - e para tanto elaboro um discurso, que pode ser verbal
(mito) ou comportamental (rito). Mas o conflito subjaz sob minhas palavras e
gestos significativos. O que esvaeceu foi a sua corolária dor psíquica: a
ansiedade e a tristeza. O corolário agora é a natureza obsessivo-compulsiva
do discurso, que por sua vez pode incomodar e gerar sofrimento. E se a
mitomania ou ritomania incomoda muito e faz sofrer, diz-se que a angústia e
a depressão apenas foram substituídas por uma outra afecção mental
psicogênica.

A psicanálise como método terapêutico é muito eficaz quando os conflitos são
resolúveis. Mas há conflitos psíquicos muito difíceis de serem resolvidos,
quando não são irresolúveis. Freud admitiu que a Civilização por si causa
mal-estar. Mesmo em alguns desses casos a psicanálise é útil. Se não cura,
ao menos ajuda a transformar os sintomas em outros mais 'aceitáveis', ajuda
a substituir sintomas que isolam a pessoa por outros que propiciam maior
sociabilidade.

Mas a psicanálise não é eficaz com depressão ou distúrbio de ansiedade de
origem organogênica. Nesses casos a psicofarmacoterapia deixa de ser um
coadjuvante para se tornar o tratamento principal.

O problema é saber a natureza do distúrbio, se psicogênico ou organogênico.
É um problema complicado, até porque muitas vezes há uma associação de ambos
os fatores. Um indivíduo pode ser saudável, mas apresentar uma predisposição
genético-constitucional mais acentuada que a média para desenvolver uma
neurose de situação. Outros apresentam distúrbios neurológicos de origem
orgânica, a gagueira, por exemplo, que os tornam objeto de chacota, fato
este que acrescenta ao quadro clínico problemas psicológicos (não aceitação,
baixa auto-estima, etc.), o que agrava a própria gagueira e o círculo se
fecha.

De qualquer modo, é bom evitar os extremos, tanto o psicologismo, que
considera até o cretinismo microcefálico uma manifestação 'narcísica', como
o reducionismo, que empurra psicotrópicos pesados até num adolescente que
não passou no vestibular.

Takata: A biologia ganhou muito em poder de predicao com a aplicacao dos
principios fisicos-quimicos. O reconhecimento de q. a vida eh um processo de
natureza quimica, o entendimento do funcionamento das biomoleculas, tornaram
a biologia mais solida.

E' assim q. vejo q. a psicologia deveria fincar seus pes mais firmemente no
terreno biologico. (Ao q. me parece, em alguns casos eh o q. se verifica --
e nao sao os q. fazem mais progressos?)

Manuel: Freud é atacado por muitos culturalistas por seus 'desvios
biologistas', segundo eles. Em outra mensagem escrevi o seguinte: Freud
sempre buscou firmar suas teorias sobre uma base natural. Sua preocupação
com o fundamento biológico dos fenômenos psíquicos por ele observados é uma
constante em toda a sua obra. Entretanto, em sua época o conhecimento
acerca dos processos neurológicos e bioquímicos ainda era incipiente, além
do que a etologia, ciência do comportamento animal, sequer tinha sido
criada. De modo que se pode afirmar que Freud passou pela mesma dificuldade
com a qual se deparou Darwin. Este, como se sabe, elaborou sua
revolucionária teoria da evolução das formas de vida sobre um vazio: o
desconhecimento dos mecanismos da transmissão hereditária -- as leis da
hereditariedade de Mendel, segundo a qual as informações que passam de uma
geração a outra são quantizadas, isto é, tem por base "partículas
elementares" denominadas genes, e que por isso não se combinam a maneira dos
líquidos, permaneceu ignorada até que, em 1900, foi redescoberta pelo
biólogo holandês Hugo de Vries.

Esse vazio era o calcanhar de Aquiles da teoria de Darwin, o que a deixava
vulnerável a toda sorte de críticas, mesmo as dos criacionistas; até que, em
meados dos anos 40, elaborou-se a "teoria sintética da evolução" (ou
neodarwinismo). Sintética porque combinava o mecanismo da seleção natural,
descoberto por Darwin-Wallace, com a genética moderna. A partir de então, o
evolucionismo darwiniano firmou-se como uma teoria "acabada".

De um modo semelhante, a teoria freudiana careceu por muito tempo de uma
firme base biológica. Esse hiato é a razão pela qual muitas das conjeturas
de Freud, embora firmemente assentadas em dados empíricos, davam a impressão
de serem "algo forçado", malabarismos mentais ou explicações da realidade a
maneira dos mitos. Tal lacuna também favoreceu o surgimento de escolas
psicanalíticas dissidentes que negligenciam a continuidade que há entre o
animal e o homem e que concebem a cultura como uma espécie de
contra-natureza.

Ciente desse problema, Freud, para o qual a sexualidade era o componente
chave dos processos psíquicos, confessou: "Não se esqueçam; não estamos de
posse, atualmente, de um critério universalmente admitido da natureza sexual
de um processo, a menos que seja, mais uma vez, o da relação com a função de
reprodução, que devemos recusar como demasiado estreiro. (...) as
características químicas que temos o direito de supor aguardam apenas sua
descoberta." (Gesammelle Werke, XI, p. 331-332, "in" História Natural do
Homem; André Bourguignon; Ed. Zahar; p. 172)

Freud, que conjecturou a existência de um nexo 'erótico' entre o homem e
seus símbolos, ansiava para que, um dia, a bio-química pudesse testar
(falsear) a sua teoria da libido. Senhores neurocientistas, preparem seus
bisturis...

Uma coisa interessante: muitas das críticas céticas ao freudismo se
assemelham muito à crítica que os criacionistas até hoje fazem a Darwin: que
o darwinismo é vago; que o darwinismo não é ciência, mas metafísica, visto
que, segundo Popper (os criacionistas citam inclusive Popper), seu princípio
central é uma quase tautologia não falseável: 'o sobrevivente sobrevive'.

Takata: Mas o q. eu digo eh q a resolucao dos problemas seja por q. meio for
deve ser porq. se afetou ou a arquitetura neuronal ou o seu padrao de
funcionamento. Se a terapia -- nao estou falando de medicamentos --
funciona, suponho q. deva estar alterando alguma coisa no cerebro
fisicamente.

Manuel: a psicoterapia, quando adequada e bem realizada, afeta sim o padrão
de funcionamento do cérebro. Induz alterações bio-químicas positivas, tanto
quanto violências verbais reiteradas e constantes afetam negativamente o
equilíbrio químico do cérebro.

Todo neurótico é neurótico a seu modo e de uma maneira muito particular. O
método psicanalítico é difícil e prolongado porque leva em conta tais
particularidades. Os psicofármacos, ao contrário, têm efeitos rápidos porque
ataca todos os problemas do mesmo jeito. É como se você usasse uma
espingarda grosso calibre para matar tanto um elefante quanto um gato e até
mesmo uma formiga. É como servir ração de cavalo para cavalo, cachorro,
galinha, gente, etc. Que alimenta alimenta, mas em compensação dá uma dor de
barriga...

Um dos efeitos colaterais da esmagadora maioria dos antidepressivos, aquele
que ocorre com maior freqüência, é a diminuição da libido. Talvez o efeito
antidepressivo do prozac e outros psicofármacos seja a confirmação da teoria
da libido de Freud: acaba-se com a neurose acabando-se com a libido. É uma
espécie de lobotomia light. É como querer por um fim no analfabetismo
exterminando fisicamente os analfabetos.

Não tenho nada contra os psicofármacos, muito pelo contrário. Só acho que
seu uso deve ser mais criterioso. Não se deve prescrevê-los como quem
distribui distribuindo farinha.

Abraços,
Manuel Bulcão






SUBJECT: Re: RES: Boletim Terra Redonda 002
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/06/2001 15:39

> > Agora, o que é SPAM para os demais, segundo os DENUNCIADORES
> > céticos, não é SPAM para os PRÓPRIOS céticos, quando eles o
> > praticam, enviando uma LISTA DE COMPRAS para esse grupo.
>
> Todavia, tolerável, uma vez que o Brudna é presidente do STR
> e também o moderador da lista. Aliás um moderador bem liberal.

Costumo nao misturar muito as estacoes. Tanto eh que mensagens
sobre a STR muitas vezes sao espontaneamente divulgadas por outros
integrantes da lista, que nao tem relacao direta com a administracao
do site da STR.
Eu sou apenas um editor da area de links da STR, o coordenador
geral eh o Leo Vines.
Agora passei a moderar a Ciencialist, NUNCA tinha feito isto antes,
mas a coisa passou dos limites e lamentavelmente tenho que
interferir. :/ Soh estou rejeitando mensagens agressivas, o resto
continua normal.
Mensagens relativas a STR devem ser direcionadas para a lista
http://groups.yahoo.com/group/strbrasil/

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - moderador (temporario) da Ciencialist






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Produto
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/07/2001 16:05

Olá,

Sobre a fé, vejamos o que diz Karl Popper, o filósofo mais citado pelos
céticos em sua cruzada iluminista:

<<quem quer que adote a atitude racionalista o faz por haver adotado, sem
raciocinar, alguma proposta, decisão, ou crença, ou hábito, ou comportamento
que, portanto, por sua vez, pode ser chamado irracional. Seja como for,
podemos descrevê-lo como uma irracional fé na razão.>>

O que Popper quis dizer é que a verdade dos princípios fundamentais do
racionalismo não pode ser demonstrada nem pela argumentação nem pela
experiência. É uma questão de fé. Crer ou não crer na razão, eis a questão.

Popper era um racionalista, mas se distinguia pela sua postura 'crítica' e
'auto-crítica'. Sobre o seu racionalismo crítico, Popper escreveu:

<<... racionalismo crítico, que reconhece o fato de que a atitude
racionalista fundamental se baseia numa decisão irracional, ou numa fé na
razão. Em conseqüência, nossa escolha está aberta. Somos livres de escolher
alguma forma de irracionalismo, mesmo alguma forma radical e compreensiva.
Mas também somos livres de escolher uma forma crítica de racionalismo, que
francamente admita suas limitações e sua base numa decisão irracional
(admitindo, até essa
extensão, certa prioridade do irracionalismo).>>

Em suma, o racionalismo crítico reconhece a precedência da fé em relação à
razão e, também, a liberdade de escolha. O racionalismo crítico de Popper
não vê contradição entre a fé e a razão. O que ele não admite é o
fundamentalismo, seja qual fundamentalismo for: cristão, islâmico,
científico, etc.

Os fundamentalistas não propõem aos outros sua crença. Eles a impõem.

A religião não deve imiscuir-se em assuntos científicos. O que pode ser
explicado pela ciência é assunto da ciência.

Mas há questões que não podem ser abordadas pela ciência. A ciência só pode
lidar com o que é mensurável. Ora, o infinito é incomensurável (ele não tem
medida). Ressalte-se ainda que o trabalho do cientista consiste em comparar
objetos diversos e, dessa comparação, extrair regularidades. Ora, o Universo
como um todo (o Ser) é algo absolutamente singular, dado que não existe um
'outro' fora dele para que possamos fazer comparações 'científicas'. De modo
que as ciências empíricas não podem responder à pergunta fundamental: "por
que o Universo é como é?" ou "por que o Ser e não o Nada?"

O Infinito e o Ser são refratários aos instrumentos da ciência. Questões que
abordam o Infinito e o Ser não são questões científicas. São questões
filosóficas e/ou religiosas.

Não digo que os cientistas não devam filosofar. Os grandes cientistas foram
também filósofos. Mas um sistema filosófico não é melhor e mais verdadeiro
que os outros pelo simples fato de ser "científico". Na filosofia só existe
uma autoridade: a lógica, e a lógica não é uma ciência empírica, uma ciência
no sentido popperiano do termo.

E não há nenhum postulado lógico que exclua ou pressuponha a existência ou
inexistência de Deus. Uma teologia pode ser tão lógica e coerente quanto a
mais lógica e coerente das filosofias materialistas.

Por último: somente os enunciados falseáveis (isto é, que podem ser
testados) são científicos. Ora, os juízos de valor ou imperativos não são
falseáveis. Enunciados que não dizem como as coisas SÃO, mas como DEVEM SER
(as normas morais) não são verdadeiros ou falsos, mas certos ou errados,
corretos ou não. Não se diz: é VERDADEIRO não matar. Diz-se apenas que é
CORRETO ou é BOM não matar. Disso se conclui que toda e qualquer moral
"científica" não passa de uma impostura intelectual.

É possível uma ciência da moral, mas não uma moral 'científica'. No campo da
moral a ciência não é autoridade.

Somos livres para escolher esta ou aquela fé. O problema ético fundamental é
que, para alguns, a liberdade é uma virtude; para outros, uma desgraça.

Abraços,
Manuel Bulcão

PS: Os trechos de Karl Popper foram extraídos do seu livro "A Sociedade
Aberta e Seus Inimigos".





SUBJECT: Fim do mundo ... finalmente!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/07/2001 18:55

Teoria do fim do mundo desafia modelos da cosmologia

SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo

A cosmologia se propôs a explicar o início e o fim do Universo. O surgimento do cosmos já há algum tempo está razoavelmente descrito pela teoria do Big Bang _a explosão que teria originado tudo que existe_, e seu desfecho, a expansão eterna, foi aferido experimentalmente no ano passado. Respondidas essas duas questões essenciais, alguns poderiam se perguntar se já não está chegando a hora de os cosmólogos procurarem outro emprego.

"Nós não terminamos com a cosmologia, de jeito nenhum", diz Paolo de Bernardis, cientista da Universidade de Roma. Ele é um dos principais pesquisadores do projeto Boomerang, que, no ano passado, analisando a radiação cósmica de fundo (uma espécie de eco deixado pelo Big Bang), conseguiu descobrir quanta massa existe no Universo _o que levou à conclusão de que ele iria se expandir para sempre.

Seus resultados, obtidos com observações feitas em balões na Antártida e publicados na revista britânica "Nature", mostraram que a densidade do Universo era ligeiramente menor que a chamada densidade crítica. Se fosse maior, significaria que a gravidade gerada por toda a massa do Universo seria suficiente para reverter o processo de expansão do cosmos, concluindo sua existência com um Big Bang ao avesso, ou seja, uma grande implosão.

A conclusão, que foi reconfirmada por vários cientistas de lá para cá, ofereceu o cálculo mais preciso já feito da composição do Universo. Os dados sugeriam que, de tudo o que existe, apenas 5% corresponderiam à matéria bariônica (feita de prótons, nêutrons e elétrons). O resto os cientistas sabem que está lá, mas não conseguem dizer do que se trata.

Para "explicar" esses 95% faltantes, dois conceitos enigmáticos foram engendrados: a matéria e a energia escuras. "Há muitas teorias interessantes, mas não temos idéia do que sejam", diz de Bernardis. Essas entidades precisam existir para explicar os resultados obtidos a partir das observações, mas nenhuma das teorias consolidadas sobre a composição do Universo prevê algo assim.

Tudo o que se sabe é que a matéria escura, que corresponde a 30% do que há no Universo, tem massa (porque são observados os efeitos gravitacionais produzidos por ela) e que a energia escura, que abocanha os 65% restantes, parece funcionar às avessas da gravidade, repelindo a matéria. Sobre todo o resto, os cientistas permanecem, literalmente, no escuro.

Teorias insatisfatórias

"Tenho de dizer que essa é uma situação bem insatisfatória para um cientista moderno: as evidências experimentais sobre a composição do Universo não são contempladas pelo Modelo Padrão da física de partículas. A evidência experimental é que está errada? O Modelo Padrão é que está incompleto? Não sabemos. A cosmologia e a física de partículas devem trabalhar juntas para resolver esse problema", afirma de Bernardis.

Aliás, a cosmologia é a ciência onde as teorias duelam até a morte. Para explicar os momentos iniciais do Big Bang, por exemplo, a relatividade geral (que explica a força gravitacional e só funciona em macroescalas) e a mecânica quântica (que explica as outras forças da natureza e se aplica a microescalas) precisariam trabalhar juntas. Só que elas são intrinsecamente incompatíveis.

"A resposta da cosmologia tem sido pragmática: manter uma certa distância de situações onde nossos conhecimentos atuais se mostrem inadequados", diz Raul Abramo, cosmólogo brasileiro que atualmente está na Universidade de Munique, Alemanha. "Infelizmente, essa estratégia não pode funcionar para sempre."

Abramo considera a cosmologia um campo de atuação excelente para quem está buscando uma teoria física que supere as diferenças entre a relatividade geral e a mecânica quântica. Atualmente, a melhor candidata a esse cargo é a teoria da supercordas, que une a gravidade às outras forças (eletromagnética, nuclear forte e nuclear fraca) supondo que as partículas elementares, na verdade, são cordas vibrando em dez diferentes dimensões espaciais.

"Considero que a cosmologia é uma das pouquíssimas chances da teoria das supercordas de obter qualquer validação experimental, sem necessitar de aceleradores de partículas do tamanho do Sistema Solar", opina Abramo.

Sintonia fina

Finalmente, há ainda uma necessidade de fazer sintonia fina com os parâmetros característicos do Universo, como a taxa de expansão, a densidade de energia escura e assim por diante. O Big Bang é uma hipótese vencedora, mas se sustentou por muito tempo à base de tolerância extrema a margens de erro. "Até poucos anos atrás, erros de até 50% nos parâmetros fundamentais ainda eram tolerados", afirma Abramo.

Ele acredita que ajustes levem a precisão desses cálculos a uma margem de erro de 1% a 5% em alguns anos, mas sem muitas mudanças em relação às estimativas atuais. Muitos dos dados virão ainda de novos estudos a respeito da radiação cósmica de fundo. A Nasa (agência espacial dos EUA), por exemplo, está lançando neste domingo um satélite (MAP) para melhor mapear essa radiação.

Existe uma possibilidade, inclusive, de esses estudos esclarecerem mais sobre a energia escura.

Aliás, a energia escura pode até virar o jogo em questões que os cosmólogos já consideram quase fechadas, como a expansão eterna do Universo. "O estado final do Universo depende do tipo exato de energia escura presente. Como não sabemos o que a energia escura realmente é, não podemos dizer com certeza que o Universo irá se expandir para sempre", afirma de Bernardis.

Com tantas coisas escuras por aí, não há dúvida de que ainda há muito pela frente antes que os cosmólogos abandonem suas observações e especulações acerca do Universo. "É nesse estágio que anda a cosmologia", afirma o cientista brasileiro. "Há pratos para todos os gostos _e o banquete só tende a aumentar."
=======================

[]'
Léo





SUBJECT: Isso que eh gastar!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/07/2001 19:05

Isso sim que é gastar dinheiro! Barrabás!
[]'
Léo
===========
NASA lança satélite para explorar as orígens do Universo

Sábado, 30 de junho de 2001
A NASA lançou neste sábado, na base espacial de Cabo Cañaveral (Flórida, sudeste), um satélite MAP com o objetivo de explorar as orígens do Universo, informou a Agência Espacial americana (NASA) em comunicado.

O satélite foi lançado às 19h46 GMT, 16h46 de Brasília, e viajará durante 4 meses até alcançar seu destino final, a 1,5 milhão de km da Terra. A missão durará 18 meses.

"O MAP observará os vestígios de calor que datam do Big Bang (a grande explosão inicial) e os cintistas utilizarão essa informação para compreender o conteúdo, a forma, a história e o destino final do Universo", destaca o documento.

O projeto custa 145 milhões de dólares e busca estabelecer uma "fotografia precisa das orígens do Universo".

Segundo uma teoria de 1948 elaborada por George Gamow, o Universo teve origem no Big Bang, uma enorme explosão há 15 bilhões de anos e da qual restaram vestígios radioelétricos ou cinzas "fósseis".

O MAP (Microwave Anisotropy Probe) pode detectar as "anisotropias" -ínfimas variações de temperatura- desses vestígios que, segundo os cientistas, são um espelho do que aconteceu durante o Big Bang.

Copyright 2001 AFP




SUBJECT: Re: Isso que eh gastar!
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/07/2001 23:21

> O MAP (Microwave Anisotropy Probe) pode detectar as
"anisotropias" -ínfimas variações de temperatura- desses vestígios
que, segundo os cientistas, são um espelho do que aconteceu durante o
Big Bang.

Para quem quiser uma melhor definição de "anisotropia", aí vai,
segundo a Britannica:

Anisotropy: in physics, the quality of exhibiting properties with
different values when measured along axes in different directions.
Anisotropy is most easily observed in single crystals of solid
elements or compounds, in which atoms, ions, or molecules are arranged
in regular lattices. In contrast, the random distribution of particles
in liquids, and especially in gases, causes them rarely, if ever, to
be anisotropic.
A familiar example of anisotropy is the difference in the refractive
index of light along different axes of crystals of the mineral
calcite. Another example is the electrical resistivity of selenium,
which is high in one direction but low in the other; when an
alternating current is applied to this material, it is transmitted in
only one direction (rectified), thus becoming a direct current.

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br





SUBJECT: Re: [ciencialist] Fim do mundo ... finalmente!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/07/2001 23:29

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Sunday, July 01, 2001 6:55 PM
Subject: [ciencialist] Fim do mundo ... finalmente!

> Teoria do fim do mundo desafia modelos da cosmologia
> SALVADOR NOGUEIRA
> da Folha de S.Paulo

> Teorias insatisfatórias
> "Tenho de dizer que essa é uma situação bem insatisfatória para um
> cientista moderno: as evidências experimentais sobre a composição do
> Universo não são contempladas pelo Modelo Padrão da física de partículas.

Como já cansei de reafirmar em mensagens anteriores: "O fim da mecânica
quântica se avizinha". Em cerca de 10 anos não restará quase NADA da
teorização efetuada em física no século XX. Mecânica quântica e relatividade
moderna irão ocupar o seu local reservado na história da física juntamente
com as teorias do flogisto e do calórico. "Ouçam o que eu digo por que o que
eu digo não está nos livros" (esta frase parece-me que é do Ronald Golias)

> A evidência experimental é que está errada? O Modelo Padrão é que está
> incompleto? Não sabemos.

Não sabemos quem????? Está todo o mundo cansado de saber o que está errado!
O único problema que surgiu agora é que não cabe mais nada embaixo do
tapete.

> Para
> explicar os momentos iniciais do Big Bang, por exemplo, a relatividade
> geral (que explica a força gravitacional e só funciona em macroescalas) e
> a mecânica quântica (que explica as outras forças da natureza e se aplica
> a microescalas) precisariam trabalhar juntas. Só que elas são
> intrinsecamente incompatíveis.

Só o Salvador Nogueira não sabia disso. Essa incompatibilidade já foi
demonstrada há cerca de 70 anos e efusivamente repetida durante todo o
século XX; se bem que os escritos a respeito foram parar embaixo do tapete.

> Abramo considera a cosmologia um campo de atuação excelente para quem está
> buscando uma teoria física que supere as diferenças entre a relatividade
> geral e a mecânica quântica.

Ainda tem gente que acredita conseguir conservar alguns absurdos
incompatíveis com a experimentação. Chamam a isso de superar. Parece piada
mas é verdade.

> Atualmente, a melhor candidata a esse cargo é a
> teoria da supercordas, que une a gravidade às outras forças
> (eletromagnética, nuclear forte e nuclear fraca) supondo que as partículas
> elementares, na verdade, são cordas vibrando em dez diferentes dimensões
> espaciais.

E ainda tem gente aqui na Ciencialist que se preocupa em falar mal de
religião. Vamos então utilizar a navalha de Occam e dar um Nobel póstumo ao
Kardec, pois creio que em suas "teorias científicas" ele acreditava em
apenas mais uma dimensão (a dimensão dos espíritos) além das três que estão
por aí e do tempo.

> "Até poucos anos atrás, erros de até 50% nos parâmetros fundamentais
> ainda eram tolerados", afirma Abramo.

E ainda há aqui na Ciencialist quem me critique quando falo no tapete. Se me
derem um handicap de 50% eu estouro a banca de qualquer cassino. E essa
disparidade representa a verdadeira história da física moderna, aquela que
"dizem" fazer previsões confirmadas até a centésima casa decimal. Só não
sabem qual é o significado físico de suas previsões.

> Como não sabemos o que a energia escura realmente é, não...

E por acaso eles sabem o que é energia? Ou o que é radiação?

> "Há pratos para todos os gostos _e o banquete só tende a aumentar."

Pois eu acho que a pizza está acabando. E o tapete não aguenta mais.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm

PS: Abandonem a física quântica enquanto ainda é tempo. Amanhã não adiantará
mais chorar e nem pensar em se suicidar com as supercordas, pois não haverá
corda suficiente para todos os físicos "modernos".




SUBJECT: Re: [defesadafe] Léo - velocidade do som no vacuo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <defesadafe@intl.egroups.com>
CC: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/07/2001 01:43

Gosto de gente 'simples' porém não 'simplória', de pessoas inteligentes que
preferem o sessego bucólico de Barretos ao status e ao glamour (professor da
USP, por exemplo, ou Juiz Federal, etc.).

Léo, acho que estamos nos desentendendo por picuinhas...

Desculpe-me por aquela mensagem estupidamente desaforada.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [defesadafe] Léo - velocidade do som no vacuo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <defesadafe@br.egroups.com>
CC: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/07/2001 02:12

Olá Bulcão (com permissão dos demais),

Lá fiquei bravo com a pessoa (vc sabe a quem me refiro) e suas ameaças e tipos de mensagens. Desabafei sobre a profissão e errei o alvo. Esqueça o ocorrido, pelo visto pesou para (nós) ambos.
O sossego de Barretos, meu laboratório particular, meus dois filhotes, a esposa e o rancho (não nessa ordem) consistem na melhor aposentadoria que alguém pode ter.
Sem ressentimentos,
um abraço,
Léo
PS: pela mensagem anterior ao 'defesadafe' percebe que continuo a falar bobagens.
==========
-----Mensagem Original-----
De: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
Para: <defesadafe@br.egroups.com>
Cc: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 2 de julho de 2001 01:43
Assunto: Re: [defesadafe] Léo - velocidade do som no vacuo


| Gosto de gente 'simples' porém não 'simplória', de pessoas inteligentes que
| preferem o sessego bucólico de Barretos ao status e ao glamour (professor da
| USP, por exemplo, ou Juiz Federal, etc.).
|
| Léo, acho que estamos nos desentendendo por picuinhas...
|
| Desculpe-me por aquela mensagem estupidamente desaforada.
|
| Abraços,
| Manuel Bulcão
|
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] noticias varias
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>, <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/07/2001 10:53

Oi João,
algumas coisas:

a) enviei 2 ou 3 mensagens para vc, em pvt, e 'voltaram'. Seu endereço eletrônico que tenho é :jmiranda@explicacoes.com . Essa mensagem para o ciencialist tb vai para esse endereço para nova confirmação de retorno.

b) está ótimo seu site, será o Imperdível de Portuga?

c) já dei meu parecer sobre o enigma da fita k-7. Ainda não consegui baixar a publicação em meu browser. Não sei se o processo é 'tomático'.

d) estou precisando de um motor de busca interna no Imperdível. Sabe sobre algum programa para isso?

e) não estou recebendo 'periodicamente' as novidades do Nônio, em pvt. Favor incluir meu endereço em sua lista de distribuição: < leo@barretos.com.br .
====

Aproveitando o e.mail:

Oi Alberto,

he he he ... quando postei o artigo já esperava suas pauladas quânticas.
Estou com vc torcendo para o rápido desmoronamento dessa 'teoria' matemática fosfórica para que a séria e tradicional ciência retorne a seu berço. Quando isso acontecer o Imperdível e o quase- imperdível terão 1 000 000 de páginas visitadas ao mês!
Se as cordas ou as supercordas não forem suficientes para o enforcamento de todos penso seriamente em contribuir com as cordas pitagóricas, de Melde, do sonômetro, dos instrumentos musicais (de corda --- tal qual o sino:-)), da 'corda' dos antigos relógios etc.
Quem sabe dessa vez a turma aCORDA!

Oi Pessoal,

tudo que tinha nas listas (news) do uol desapareceram como 'passe de mágica' do meu micro. Desapareceu até a pasta dos news da lista de pasta! Isso aconteceu com vcs que 'assinavam' o uol-carreira-fisica/eletrotecnica/vestibular etc.? Meus papos com Alberto, Daniel, Arthur, IJ .... sumiram!!!!!!????????
Sabem o que houve? Ou não 'houve', e é apenas coisa aqui da máquina?

[]'
Léo


-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 29 de junho de 2001 16:21
Assunto: [ciencialist] noticias varias


Notícias nonio.com

Notícias recentemente publicadas no nonio.com

Evolucao: Porque é que os animais são simétricos
(versão 2)
Já se tentou explicar no nonio porque é que os animais
são simétricos. Na altura chegamos a duas respostas:





SUBJECT: Re: Medico denuncia suposto comercio de orgaos na China -- CNN
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/07/2001 11:31

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> http://www.cnnemportugues.com/2001/mundo/asia/06/28/china/index.html
> MÉDICO DENUNCIA SUPOSTO COMÉRCIO
> DE ÓRGÃOS NA CHINA

Finalmente alguma coisa q. parece mais palpavel...

Aguardemos o desenrolar da historia.

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: Isso que eh gastar!
FROM: holanda_lb@zipmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/07/2001 11:50


> Data: Sun, 1 Jul 2001 19:05:55 -0300
> De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
>
>Isso sim que é gastar dinheiro! Barrabás!
>[]'
>Léo
>===========
>NASA lança satélite para explorar as orígens do Universo
>
[...]
>O projeto custa 145 milhões de dólares e busca estabelecer uma
"fotografia
>precisa das orígens do Universo".

[...]

É verdade Léo,
Isso é que é saber gastar...
Já por aqui, gasta-se muito (provavelmente bilhões) só com propinas,
corrupção e salvar dívidas de bancos cujos banqueiros são ladrões... e
a probabilidade de vermos o dinheiro de volta...
A comparação é a seguinte: lá gasta-se muito com pesquisa que pode
ajudar a gerações de pessoas, aqui, gasta-se muito para deixar as
gerações dos políticos e banqueiros felizes...

Abraços,
Leandro.




SUBJECT: Re: Produto
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/07/2001 12:31

--- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:
> Vc falar que os que são assim e sempre serão assim exclui os que "estão"
> assim, concorda?

hmmm... esta' parecendo aquele discurso: 'eu nao sou deputado,
eu estou deputado...' -- mas tudo bem, eu tbm utilizei de uma
artimanha verbal.

embora tbm nao concorde com a sua visao sobre 'irreversibilidade'
de visoes de mundo (o termo melhor deveria ser 'imutabilidade' --
q. nao eh necessariamente uma mudanca de sentido oposto), ainda
assim nao me parece q. a maioria das pessoas sejam trastes inuteis
incapazes de pensar por si mesmas de modo coerente e preciso...

insisto, boa parte das pessoas sao capazes de levar suas vidas de
modo bem produtivo pensando por si mesmas...

> O que eu acredito é que exista uma situação onde o comportamental/inato
> retire a possibilidade do indivíduo de avaliar argumentos em detrimento d=
e
> uma verdade pré-estabelecida.

Se existe, duvido q. atinja 95% da populacao mundial. Ou qq outra
cifra tao substancial. O comportamento das pessoas em geral mostram
q, elas nao sao fanaticas em condicoes normais.

> Ficou claro agora? Para mim não é uma questão de nascer "melhor" ou "pior=
",
> mas sim de se tornar diferente ao ponto de ser irreversível.

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/10447

"Disse acreditar que "95%" da população mundial deveria
seguir alguma doutrina controladora sobrenatural por não
terem condição mínima de raciocínio que as mantivesse
em acordo com o bom desenvolvimento social por
motivos racionais."

Desculpe-me o cabotinismo, mas nao falavamos de
*nascer* melhor ou pior, mas de *ser* melhor ou
pior.

> Bom, é que vc esta considerando uma situação mais amena.
> Um crente não questionaria a possibilidade de outra hipótese para a
> ordenação que não sua verdade pré-estabelecida.

A situacao mais amena eh a que se observa mais comumente.
O fanatismo nao eh uma manifestacao de regra -- do contrario
nao seria noticia, nao causaria tta comocao.

Um religioso questiona sim. Ou apenas os ateus tiveram a sua
crise existencial? Entre os catolicos, um exemplo mais
vivido eh o de Sto Agostinho. (Alias, a duvida permeia ate'
mesmo a propria figura central do cristianismo... a fragilidade
de Cristo expressa na frase: "Pai, por q. me abandonaste?" --
mostra essa face humana da duvida. Agora, claro q. o catolicismo,
como boa parte de outras religioes e sistemas eticos, nao sao
exatamente consistentes... Mas o discurso geral dos religiosos
eh q. o questionamento aumenta a fe'... Aqui sim entra o 'Fides
et Ratio' janpaulino.)

Pode-se questionar se esse questionamento religioso nao eh
tendencioso... (Para mim, certamente o e', mas nao me parece
algo restrito 'as religioes.)

> Acho uma desonestidade considerar a adoção de uma verdade sem a
> possibilidade de questioná-la e ainda considerar-se um homem de ciência.

Vc esta' assumindo q. nao houve questionamento e q. nao existe
essa possibilidade. (Ou talvez q a prova de q, nao houve o
questionamento eh a manutencao da ou a adesao a uma corrente
religiosa...)

> Na verdade eu não acho um fardo, mas acho que é como aquela verruga que
> vivem falando que pode virar um câncer. Um dia algum humano que acredita =
nas
> vantagens da vida eterna pode, sem muitos empecilhos, colocar a vida real=
em
> perigo.

Isso pode ocorrer com ou sem religiao, com ou sem fe'.
Se alguem leva a questao do 'gene egoista' muito a serio,
pode pensar q. sua missao esta' cumprida ao doar um porcao
de semen ou ovulo para um programa de reproducao assistida...

O desejo da vida eterna precede em muito a jornada cientifica
propriamente dita -- e nao se tem registro de uma corrida em
massa ao suicidio. (Alias, algumas religioes como a catolica
impoem proibicoes tacitas ao suicidio...)

'Haven's Gate' eh uma excecao. Assim como a auto-imolacao
de ativistas politicos. (Nao quero entrar no merito desta
questao.)

Olhar simplesmente o lado dissonante de algumas seitas e
com isso generalizar ao sentimento religioso em si nao me
parece muito correto.

> Como falei anteriormente. Vc na verdade esta utilizando uma pequena parte=
do
> que é religião.
>
> Se fosse apenas a ética seria maravilhoso! Os 10 mandamentos são muito
> legais nesse contexto, por exemplo. Mas não fica apenas nisso.

Mas veja bem, isso ja' e' pelo menos uma mostra de q.
nao sao incompativeis... (Se nao podemos resumir as
religioes aos seus preceitos eticos, nao poderemos
dizer q. sejam inseparaveis, mas ainda assim podemos
dizer q. nao sao incompativeis...)

> Acredito no "por excesso", mas não no "pela carência", se bem que vc
> salientou o "compatível com o sistema social" , aí eu concordo integralme=
nte
> com o período.

Veja bem, imagine uma pessoa q. seja capaz de
raciocinar e ver quais as consequencias possiveis
de cada ato. Sem emocao ele nao eh capaz de
escolher dentre os possiveis caminhos q. se
lhe apresentam.

Uma historia bem conhecida eh a do burro q.
se vej bem no meio do caminho entre uma
fonte de agua de um lado e comida de outro.
Ele tem fome e sede, mas nao sabe priorizar
suas necessidades. Sabe q. se nao comer nem
beber morrera'. E ele morre de fome e de sede
ja' q. nao conseguia escolher para qual lado
ir primeiro.

E' o idiota racional. Tais casos sao registrado
na literatura medica em funcao de lesoes no
cerebro ou sequelas de cirurgias.

> Acho que a razão pode ser total e completamente utilizada sem a presença =
da
> emoção. Na verdade mais eficientemente ainda, mas seria completamente
> incompatível com o sistema social.

E tbm com a sobrevivencia individual.

> A ética sim...sem problemas, mas como falei, acho completamente imiscívei=
s
> um raciocínio racional e qualquer religião. Mas acho que nossos conceitos=
de
> religião não estão em sintonia.

Pense assim. Vc concorda q. um sistema etico religioso pode
ser compativel com o raciocinio. Bem, mas vc quer considerar
outros aspectos.

Basta q. esses outros aspectos tbm sejam compativeis: ausencia
de radicalismo, comprometimento com a logica...

O catolicismo aceita as explicacoes cientificas. Digamos q
abdique dos milagres. Presto, faltam poucos ajustes para q.
se torne plenamente compativel com o Windows 2000.
Muitos catolicos nao dao essa enfase aos milagres, muitos
sao ate' mesmo cientistas bastante produtivos... E intelectual-
mente honestos.

> Vc utiliza algum método para optar por esse princípo? Ou melhor, por essa=

> regra de raciocínio?
>
> Eu utilizo. O que me difere da aceitação inquestionável da verdade de alg=
uma
> religião.

Q. metodo? O cientifico? Noves fora q. nao existe *o* metodo
cientifico... O q. guia na aceitacao ou nao da navalha de Occam?

> Reveja esse conceito de "mente privilegiada" que agora acho que deixei ma=
is
> claro.
> Estou utilizando uma mistura de comportamente/inato, sedo mais influente =
o
> "behavior".
> Tente novamente refutar o período que deu origem a esta questão utilizand=
o
> essa mais aclarada apreciação.

Como eu disse, a maioria das pessoas sao plenamente
capazes de cuidar de suas proprias vidas. Vc parece achar
q. todos ou quase todos os religiosos sao fanaticos ou
idiotas baboes... nao sao. A maioria tem essa mente
lucidamente proxima do mundo natural -- o q. quer q. isso
queira dizer... A religiao tem importancia direta
apenas em questoes excepcionais na vida de alguem: como
a iminencia da morte. A evangelica mais fervorosa nao
reza para q. a sua receita de bolo dej certo...

> Por isso o "inatingível" e a "busca" tendo papel importante na frase.

A busca de um "Deus" inatingivel? Isso soa
cientificamente correto?

> Apenas que este não me imporia nenhuma verdade ou influência nos
> comportamentos morais humanos.

Pra vc sim. Pros outros nao. E nao vejo por q.
implicar com isso... Alguns querem extrair licoes
de moral dos genes, isso eh problema pessoal deles.

So' meto o meu bedelho qdo passam a dizer q. isso
eh uma deducao logica ou q. a ciencia tem algo a
dizer sobre isso...

> E mais! Ele estaria passível de novas refutações, caso ainda restem dúvid=
as
> de que seja o olho da espiral como pensado.

Nao. Como principio ordenador esta' alem da inquiricao cientifica.
E estando alem da inquiricao cientifica nao esta' sujeita a refutacoes
nesses moldes. Assim como a navalha de Occam ou o materialismo
em estando na posicao de principios ordenadores de visao de mundo
nao estao sujeitas a investigacao cientifica.

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: Bases filosóficas e cientificidade
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/07/2001 13:33

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> também aqueles que adoecem e se matam por questões éticas. Muitas vezes, =
por
> razões psicológicas (os valores são formações psíquicas), tomamos decisõe=
s
> que vão de encontro à nossa biologia, decisões aparentemente sem
> (bio)lógica.

Eis, a mim nao me parece q. isso ocorra.

Essas respostas psicologicas sao respostas biologicas. Se
a resposta eh deleteria ao organismo nao deixa de ser biologica.

Uma bacteria q. morre ao ser exposta ao alcool nao esta'
contrariando a sua biologia...

(Parece q. existe uma tendencia a achar q. o biologico se
refere apenas ao inato ou, antes, ao genetico... O biologico
se refere 'a interacao entre os genes e o ambiente.)

> De um modo semelhante, a teoria freudiana careceu por muito tempo de uma
> firme base biológica. Esse hiato é a razão pela qual muitas das conjetura=
s
> de Freud, embora firmemente assentadas em dados empíricos, davam a impres=
são
> de serem "algo forçado", malabarismos mentais ou explicações da realidade=
a
> maneira dos mitos. Tal lacuna também favoreceu o surgimento de escolas

E ha' estudos q. tentem preencher essas lacunas? E q. tenham
conseguido compatibilizar as ideias freudianas com o q. se
conhece de neurologia? A teoria psicanalitica eh a q. melhor
consegue explicar esses fenomenos?

> que, segundo Popper (os criacionistas citam inclusive Popper), seu princí=
pio
> central é uma quase tautologia não falseável: 'o sobrevivente sobrevive'.=


Nao ha' nada de tautologico no principio da teoria da evolucao.
Podemos testar a conclusao verificando se na prole, mantendo-se
as condicoes ambientais dos pais, as caracteristicas ligadas a uma
maior capacidade reprodutiva dos pais, tbm o sao na prole. Existe
uma visao em perspectiva de fato no exame do processo de selecao
natural -- vemos inicialmente o efeito a posteriori. Mas nao ha'
circularidade qdo invertemos o sentido dessa visao, nao aplicamos
nos mesmos individuos, mas em sua descendencia.
1
antes <------------------ depois
1 1'
antes <------------------ depois ---------------------> depois'

e nao:
1'
antes -------------------->depois

> Manuel: a psicoterapia, quando adequada e bem realizada, afeta sim o padr=
ão
> de funcionamento do cérebro. Induz alterações bio-químicas positivas, tan=
to
> quanto violências verbais reiteradas e constantes afetam negativamente o
> equilíbrio químico do cérebro.

Pois entao. E se tais alteracoes sao consistentes podemos
verificar a eficiencia das terapias e melhora'-las eventualmente.

Verificar se ha' mesmo cura ou um efeito de sugestionamento.
Em sendo verdade o recalque, quem nao garantiria q. nao
estaria apenas se realocando o objeto de recalque? Dando-lhe
apenas uma nova embalagem?

- algumas perguntas:

de onde Freud tirou o complexo de Edipo? (Sim, sei q.
eh de inspiracao nas narrativas gregas, mas qual a
base empirica q. o levou supostamente a pensar q.
existe uma relacao de amor e odio com os pais...
Nem sei se isso eh apenas historia. Uma psicologa
me disse q. o amor e odio era dirigido para ambos
os pais.)

de onde Freud tirou as fases da sexualidade
infantil?

de onde ele tirou o ego, o supergo e o id?

a existencia da libido?

q. a neurose era causada pela repressao da
libido? (membros de sociedades sexualmente mais
permissivas sao menos neuroticos?)

(bem, sei q. se eu lesse diretamente as obras
de Freud ou livros relacionados eu provavelmente
encontraria as respostas, mas queria apenas uma
resposta rapida...)

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Produto
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/07/2001 13:52

Takata,

Considerações iniciais:

Eu acho que esta um pouco carregado demais emotivamente as partes iniciais
do seu texto, na verdade não acho interessante refutar observações do tipo
"esta parecendo", ""pessoas trastes inúteis", etc,etc..Não foi o que falei,
apesar de emocionalmente vc ter captado assim.

Não estou falando que seja algo errado ou coisa parecida. Quando tento
conseguir apoio de um grupo ou comercialmente buscar certos objetivos eu
também me comunico dessa forma, mas não me sinto à vontade fazendo isso
buscando uma aproximação fria da verdade utilizando um método, ok?

Também sei que vc acredita mais do que eu na influência brutal da emoção
sobre todas as atividades humanas. :)
Mas isso é que faz a variabilidade, inclusive de pensamentos, útil. :) Ou
seja, continue assim, mas eu nem sempre vou argumentar sobre apreciações
emocionais ou palavras e frases de impacto emocional.



>Vc esta' assumindo q. nao houve questionamento e q. nao existe
>essa possibilidade. (Ou talvez q a prova de q, nao houve o
>questionamento eh a manutencao da ou a adesao a uma corrente
>religiosa...)

Não, estou me baseando no fato de que o questionamento para muitas religiões
seja uma demonstração de fraqueza explícita.

Vc ter dúvida da existência de Deus, pela característica das intruções por
exemplo de JC, já se configura um pecado, pois é um dos poucos
"pensadores"que consideram a consumação do erro a própria cogitação
intelectual, não é?

>Olhar simplesmente o lado dissonante de algumas seitas e
>com isso generalizar ao sentimento religioso em si nao me
>parece muito correto.

Na verdade é essa a parte que refuto das suas colocações.
Eu acho que vc olha o lado bom demais, que realmente existe, mas eu acho que
o conjunto é perigoso.

Note, não estou falando nem que não seja necessária a religião e nem que
seja malígna, mas que deixe uma pora aberta para maus acontecimentos.

>Mas veja bem, isso ja' e' pelo menos uma mostra de q.
>nao sao incompativeis... (Se nao podemos resumir as
>religioes aos seus preceitos eticos, nao poderemos
>dizer q. sejam inseparaveis, mas ainda assim podemos
>dizer q. nao sao incompativeis...)


Mas se alguma delas admite uma proposição como verdadeira sem a necessidade
de prova, então já é condição de incompaibilidade com o método das ciências,
não é?

>Veja bem, imagine uma pessoa q. seja capaz de
>raciocinar e ver quais as consequencias possiveis
>de cada ato. Sem emocao ele nao eh capaz de
>escolher dentre os possiveis caminhos q. se
>lhe apresentam.

Porque não?
De onde tirou essa condição essencial?


>E tbm com a sobrevivencia individual.

Não sei.
Nesse caso não tenho certeza dessa incompatibilidade, mas também acho
provável.


>Muitos catolicos nao dao essa enfase aos milagres, muitos
>sao ate' mesmo cientistas bastante produtivos... E intelectual-
>mente honestos.

Claro, por isso eu insisti na não separação dos religiosos produtivos
cientificamente desde o começo, mas como falei, não deixa de ser um detalhe
perigoso porque, caso realmente sejam católicos/cristãos, estão impedidos de
problematizar suas crenças fundamentais.

>Q. metodo? O cientifico? Noves fora q. nao existe *o* metodo
>cientifico... O q. guia na aceitacao ou nao da navalha de Occam?

Sim, não existe um método com essa legenda, mas existem proteções contra as
falácias, pelo menos as mais óbvias. Métodos dialeticamente aceitos, e
outras ferramentas para nos ajudarem a filtrar as infos recebidas pelos
órgãos dos sentidos.

Posso aceitar a navalha de Occam como "mais eficiente para as situações
observadas", mas estou disposto a abrir mão caso seja evidenciado algo
diferente, e mais do que isso, acredito na "refutação" preditiva para todas
as anteriores "aceitações" da ciência, na medida do possível.


>Como eu disse, a maioria das pessoas sao plenamente
>capazes de cuidar de suas proprias vidas.

Mas quando uma aceitação é feita sem sequer a possibilidade de ser refutada
ou de ser corrigida é uma variável que pode tornar alguém "incapaz" de
cuidar da sua vida ou a de outros lucidamente.

>A busca de um "Deus" inatingivel? Isso soa
>cientificamente correto?

[Evitemos os "parece", ou ainda "da a impressão", "soa como" realtivos as
frases. Na verdade atrasam um pouco a troca de idéias sem necessidade.
A forma como algo é "emocionalmente" captado não acredito que seja relevante
nesse tipo de problematização.] (fiz a posteriori uma observação inicial
sobre isso)


Pq não? Acha que a busca esta sempre em algo óbvio de ser encontrado?
Não vejo "erro"científico nisso.
Buscamos a quantidade de números contidos em R entre 0-1 e sabemos que não
poderemos achar, não é? Até operamos com eles sem nenhum tipo de problema.

Procuramos limites que nem temos certeza de serem atingíveis, e daí? Não
compartilhar com vc a obviedade de um erro nisso.


>So' meto o meu bedelho qdo passam a dizer q. isso
>eh uma deducao logica ou q. a ciencia tem algo a
>dizer sobre isso...

Na verdade esse é o método certo, é o método que eu defendo de atuação, mas
nem por isso eu deixo de me preocupar com o que pode ser feito em nome do
"sobrenatural", justamente por esse ser independente das consequências das
atitudes agressivas contra o "natural".

> E mais! Ele estaria passível de novas refutações, caso ainda restem dúvid=
as
> de que seja o olho da espiral como pensado.

>Nao. Como principio ordenador esta' alem da inquiricao cientifica.

Além da inquirição lógica?

SDS,

ASM




SUBJECT: Re: Produto
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/07/2001 13:57

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> vivido eh o de Sto Agostinho. (Alias, a duvida permeia ate'

Leia-se Sao Tomas de Aquino...

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Produto
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/07/2001 14:00


> Não digo que os cientistas não devam filosofar. Os grandes cientistas
foram
> também filósofos. Mas um sistema filosófico não é melhor e mais verdadeiro
> que os outros pelo simples fato de ser "científico".

Verdade, mas note, algumas "filosofias" não admitem sua "auto-refutação" , é
aí que eu baseio a incompatibilidade.

É aquilo de "porque buscar se já achou".

SDS,

ASM






SUBJECT: Re: Produto
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/07/2001 14:29

--- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:
> Vc ter dúvida da existência de Deus, pela característica das intruções po=
r
> exemplo de JC, já se configura um pecado, pois é um dos poucos
> "pensadores"que consideram a consumação do erro a própria cogitação
> intelectual, não é?

Depende da exegese biblica q. se faz.

Se eu fosse catolico, se ate' a figura-mor teve duvidas
por q. haveria de se condenar alguem por tbm sucumbir
'as duvidas?

> Na verdade é essa a parte que refuto das suas colocações.
> Eu acho que vc olha o lado bom demais, que realmente existe, mas eu acho =
que
> o conjunto é perigoso.

Tao perigoso q. em 100.000 de anos de historia eis nos
aqui discutindo se a religiao eh ou nao destrutiva...

O problema eh o fanatismo q. nem eh algo inerente
'as religioes nem apenas nela ocorre... E se alguem
disser q. estatisticamente mais se relacionam entre
si do q. nao, eu diria q. a maioria dos casos de gripe
ocorrem entre os religiosos (principalmente entre
os cristaos)... Corintiano eh chato porq. eh a maioria
e nao porq. torce pro Corinthians.

Nao eh o lado bom demais. E' o lado q. e'. Se fosse
do jeito q. vc pinta, nao estaria agora mesmo bringando
com um religioso na esquina?

> Note, não estou falando nem que não seja necessária a religião e nem que
> seja malígna, mas que deixe uma pora aberta para maus acontecimentos.

Isso nao eh exclusividade da religiao. Combata o fanatismo.

> Mas se alguma delas admite uma proposição como verdadeira sem a necessida=
de
> de prova, então já é condição de incompaibilidade com o método das ciênci=
as,
> não é?

Repito a pergunta: a admissao da existencia de uma verdade a ser
buscada eh incompativel com a jornada cientifica?

A admissao da validade da navalha de Occam eh incompativel
com a busca cientifica?

Existem axiomas nas Ciencias, a Ciencia eh incompativel com ela mesma?

> >Veja bem, imagine uma pessoa q. seja capaz de
> >raciocinar e ver quais as consequencias possiveis
> >de cada ato. Sem emocao ele nao eh capaz de
> >escolher dentre os possiveis caminhos q. se
> >lhe apresentam.
>
> Porque não?
> De onde tirou essa condição essencial?

Tente achar uma solucao estritamente racional para o burro.
Ele nao tem emocoes, sabe apenas q. esta' com fome e com sede.
(Nao, ele nao tem moeda...)

Tire a questao da emocao: eu caso ou compro bicicleta?

Tente responder a uma pergunta q. nao recai no 'porq. sim'
ou o equivalente emocional 'porq. eu tenho vontade'... Nao
ha' resposta racional possivel.

> Claro, por isso eu insisti na não separação dos religiosos produtivos
> cientificamente desde o começo, mas como falei, não deixa de ser um detal=
he
> perigoso porque, caso realmente sejam católicos/cristãos, estão impedidos=
de
> problematizar suas crenças fundamentais.

De forma alguma. Alguns estao inquirindo se rezar curar mesmo...

> Sim, não existe um método com essa legenda, mas existem proteções contra =
as
> falácias, pelo menos as mais óbvias. Métodos dialeticamente aceitos, e
> outras ferramentas para nos ajudarem a filtrar as infos recebidas pelos
> órgãos dos sentidos.

E tais 'ferramentas' nao estao necessariamente tiradas do
alcance de alguem apenas por aceitar uma dada fe'...

Q. ferramenta anti-falacia vc utiliza para saber q. o mundo
existe mesmo de modo objetivo?

> Posso aceitar a navalha de Occam como "mais eficiente para as situações
> observadas", mas estou disposto a abrir mão caso seja evidenciado algo
> diferente, e mais do que isso, acredito na "refutação" preditiva para tod=
as
> as anteriores "aceitações" da ciência, na medida do possível.

Em q, circunstancias vc largaria a navalha de Occam?

> Mas quando uma aceitação é feita sem sequer a possibilidade de ser refuta=
da
> ou de ser corrigida é uma variável que pode tornar alguém "incapaz" de
> cuidar da sua vida ou a de outros lucidamente.

O fato da maioria das pessoas ser religiosa e nao termos um
caos na vida individual de modo generalizado, parece ser um indicador
de q. esse 'perigo' esta' sendo superestimado.

Ninguem diz q. os paes na padaria sao multiplicados
junto com os peixes...

> Buscamos a quantidade de números contidos em R entre 0-1 e sabemos que nã=
o
> poderemos achar, não é? Até operamos com eles sem nenhum tipo de problema=
.

Quem busca a quantidade de numeros contidos entre 0 e 1?

> Na verdade esse é o método certo, é o método que eu defendo de atuação, m=
as
> nem por isso eu deixo de me preocupar com o que pode ser feito em nome do=

> "sobrenatural", justamente por esse ser independente das consequências da=
s
> atitudes agressivas contra o "natural".

Nao necessariamente. A proibicao tacita ao suicidio no catolicismo eh um
tipo de vinculacao moral entre o transcendente e o imanente.

Muitas religioes vEem o mundo natural como uma extensao de um
plano superior. Se isso eh arquitetado por um ser superior q. devemos
respeitar, uma agressao a sua criacao eh uma agressao q. poderia ser conden=
ada.

O engracado eh q. os religiosos aplicam aos ateus a contrafacao dessa sua
observacao: Sem Deus tudo eh permitido...

Na minha opiniao, ambos erram o alvo.

> >Nao. Como principio ordenador esta' alem da inquiricao cientifica.
>
> Além da inquirição lógica?

A logica atua assim:

premissa 1
premissa 2
---------------
conclusao

se a conclusao nao bate com a observacao sabemos q. pelo menos uma das
premissas eh falsa. mas nao nos diz qual...

e se se trata de um principio ordenador nos devemos mante-lo por definicao.=


para o materialismo o mundo eh composto apenas de uma realidade
fisica, natural.

digamos q. os ceus se abram e um deus em pessoa apareca. isso seria
a prova definitiva de deus? nao poderiam os ceticos perguntar se nao
seria apenas uma criatura com tecnologia avancada? uma projecao
holografica? uma alucinacao coletiva?

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Produto
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/07/2001 14:44

Já tinha considerado assim, na verdade. :)

Acho que de tanto falarmos no homem, quando vemos um santo relacionado aos
nossos assuntos já lemos "Aquino". :)

SDS,

ASM


----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, July 02, 2001 1:57 PM
Subject: [ciencialist] Re: Produto


--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> vivido eh o de Sto Agostinho. (Alias, a duvida permeia ate'

Leia-se Sao Tomas de Aquino...

[]s,

Roberto Takata




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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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Para sair da lista envie um mail para
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Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/







SUBJECT: Re: [ciencialist] noticias varias
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/07/2001 15:30

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Monday, July 02, 2001 10:53 AM
Subject: Re: [ciencialist] noticias varias


> Oi Pessoal,
> tudo que tinha nas listas (news) do uol desapareceram como 'passe de
> mágica' do meu micro. Desapareceu até a pasta dos news da lista de pasta!
> Isso aconteceu com vcs que 'assinavam' o
> uol-carreira-fisica/eletrotecnica/vestibular etc.? Meus papos com Alberto,
> Daniel, Arthur, IJ .... sumiram!!!!!!????????
> Sabem o que houve? Ou não 'houve', e é apenas coisa aqui da máquina?

Pois é. O news uol está um caos total. Desapareceu tudo misteriosamente.
Entrei na página Web do fórum da Uol, para tentar recuperar algumas
mensagens misteriosamente desaparecidas e quando tentei acessar o grupo
"uol.carreiras.fisica" recebi a seguinte mensagem:

"Ocorreu um erro. Por favor, notifique o UOL (grupos@uol.com.br).
News host not responding: 411 License key expired, use tellnews
extend".

Ou seja, pelo visto as mensagens desapareceram do provedor UOL. Tudo indica
que o UOL está utilizando algum computador terceirizado (news host) e deve
estar em débito (license expired). Aliás, nos últimos dias as viagens pela
UOL estão péssimas. Acho que até aquele barquinho que você deve ter no seu
rancho em Barretos (para as pescarias de fim de semana) viaja mais rápido do
que o "transatlântico" UOL. Não é só a mecânica quântica que está com os
seus dias contados.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Isso que eh gastar!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/07/2001 15:39


Leandro escreve:
=================
[...]

É verdade Léo,
Isso é que é saber gastar...
Já por aqui, gasta-se muito (provavelmente bilhões) só com propinas,
corrupção e salvar dívidas de bancos cujos banqueiros são ladrões... e
a probabilidade de vermos o dinheiro de volta...
A comparação é a seguinte: lá gasta-se muito com pesquisa que pode
ajudar a gerações de pessoas, aqui, gasta-se muito para deixar as
gerações dos políticos e banqueiros felizes...

Abraços,
Leandro.
==================
Olá Leandro,

Quanto ao político nacional, resultado do caldo que restou da Educação, convenha que a culpa são dos eleitores. Se todos seguissem minha bandeira (notoriamente conhecida) isso não aconteceria. Caso não se recorde, volto a hasteá-la: "Jamais re-eleja político! Acabemos com a profissão."

Quanto ao gasto gringo "que pode ajudar as gerações de pessoas", jogando uma lata equipada no espaço para captar o 'tzim ....tium, tzim ... tium' deixa muito a desejar. Seus interesses estão longe de respaldar a melhoria da espécie. Muito longe, alguns bilhões de quilômetros disso! A condição social do próprio povo americana seria deveras melhorada com essa quantia jogada no espaço. Humanísmo ... pois sim!

Ainda acho um gasto absurdo e que poderia ser muito melhor aproveitado (repartindo comigo, por exemplo :-))

[]'
Léo
==================





SUBJECT: Re: [ciencialist] John Gribbin explica porque nem sempre se deve acreditar nos cientistas: Eles tambem erram
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/07/2001 15:56

On Sat, 30 Jun 2001, Celso Galli Coimbra wrote:
> John Gribbin explica porque nem sempre se deve acreditar nos cientistas:
> Eles tambem erram

Eu diria [seguindo a lógica do texto apresentado] que o final do título
está errado. O correto seria que os cientistas também têm uma taxa de
erro.

Em nenhum momento do texto foi indicado erro de qualquer cientista e sim o
descuido da mídia de negligenciar a taxa de erro intrínseca de
determinadas pesquisas da NASA.

O fulano tinha dados melhores que a NASA e foi ignorado? Então reclame da
imprensa e não da NASA que apenas fez seu trabaio. A nasa tem sua parcela
de culpa? Talvez, quem sabe da agência de relações públicas que não deixou
a coisa óbvia para os jornalistas.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] Isso que eh gastar!
FROM: "Tarcisio Borges da Silva Jr." <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/07/2001 16:04

On Sun, 1 Jul 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Isso sim que é gastar dinheiro! Barrabás!

> O projeto custa 145 milhões de dólares e busca estabelecer uma
> "fotografia precisa das orígens do Universo".

Custa apenas 1/13 de um bombardeiro B2.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] Fim do mundo ... finalmente!
FROM: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/07/2001 17:56

Olá, Alberto, Léo e demais amigos.

Já que ninguém defende a física moderna... aí vou eu!

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>

> as evidências experimentais sobre a composição do
> > Universo não são contempladas pelo Modelo Padrão da física de
partículas.

Bem... minha opinião particular é que o modelo-padrão é um bom começo. Ele
tem muitos sucessos, apesar de tudo.

> Como já cansei de reafirmar em mensagens anteriores: "O fim da mecânica
> quântica se avizinha". Em cerca de 10 anos não restará quase NADA da
> teorização efetuada em física no século XX. Mecânica quântica e
relatividade
> moderna irão ocupar o seu local reservado na história da física juntamente
> com as teorias do flogisto e do calórico. "Ouçam o que eu digo por que o
que
> eu digo não está nos livros" (esta frase parece-me que é do Ronald Golias)

E os sucessos experimentais da MQ? Vão para onde? Eu sei que insisto sempre
neste tema, mas me parece difícil que surja em tão curto prazo alguma teoria
que venha a obter tantos sucessos experimentais e aplicações como a MQ.
Afinal, a nova teoria terá que ser mais geral (englobando desta maneira tudo
o que a MQ tenta descrever e ampliando seu alcance).

>
> > A evidência experimental é que está errada? O Modelo Padrão é que está
> > incompleto? Não sabemos.
>
> Não sabemos quem????? Está todo o mundo cansado de saber o que está
errado!
> O único problema que surgiu agora é que não cabe mais nada embaixo do
> tapete.
>

Ei! Calma lá... algumas evidências são inconclusivas e existem sérias
divergências a respeito do que está "certo" e o que está "errado".

> >...a relatividade geral... e a mecânica quântica são
> > intrinsecamente incompatíveis.
>
> Só o Salvador Nogueira não sabia disso. Essa incompatibilidade já foi
> demonstrada há cerca de 70 anos e efusivamente repetida durante todo o
> século XX; se bem que os escritos a respeito foram parar embaixo do
tapete.

Alberto, vc poderia citar uma fonte segura? Eu gostaria sinceramente de
estudar a argumentação.

> > Abramo considera a cosmologia um campo de atuação excelente para quem
está
> > buscando uma teoria física que supere as diferenças entre a relatividade
> > geral e a mecânica quântica.
>
> Ainda tem gente que acredita conseguir conservar alguns absurdos
> incompatíveis com a experimentação. Chamam a isso de superar. Parece piada
> mas é verdade.

Hmmm... e porque os absurdos incompatíveis com a experimentação não podem
servir de argumento contrário às tentativas de explicação clássica do mundo
quântico?

> E ainda tem gente aqui na Ciencialist que se preocupa em falar mal de
> religião. Vamos então utilizar a navalha de Occam e dar um Nobel póstumo
ao
> Kardec, pois creio que em suas "teorias científicas" ele acreditava em
> apenas mais uma dimensão (a dimensão dos espíritos) além das três que
estão
> por aí e do tempo.

E a topologia? Será que é uma mera "viagem astral" de matemáticos loucos? Um
espaço-tempo n-dimensional é esquisito, de fato (acho que nossa limitação
sensorial é que causa tanta espécie a estas idéias); no entanto,
topologicamente é bem plausível.

>
> > "Até poucos anos atrás, erros de até 50% nos parâmetros fundamentais
> > ainda eram tolerados", afirma Abramo.

Quantos anos levou-se até chegar a uma aproximação razoável da constante
gravitacional? Quantos anos até as provas definitivas do caráter ondulatório
da luz? As impossibilidades técnicas são sempre superadas (ou quase!).

> E ainda há aqui na Ciencialist quem me critique quando falo no tapete.

Bom... eu discordo da visão do "tapete". Acho que a física tem seu lado
"utilitarista", e o pragmatismo experimental às vezes sufoca de fato idéias
que a priori pareçam apenas especulações. Mas o processo me parece natural.

> Se me
> derem um handicap de 50% eu estouro a banca de qualquer cassino. E essa
> disparidade representa a verdadeira história da física moderna, aquela que
> "dizem" fazer previsões confirmadas até a centésima casa decimal. Só não
> sabem qual é o significado físico de suas previsões.

Affffffff... não vamos generalizar. Muitos efeitos quânticos são
extremamente bem previstos e se sabe exatamente o que significam (a teoria
das bandas de valência e de condução, por exemplo, da física do estado
sólido - é graças a ela que se pode sentar e escrever em um computador cujos
CIs são dispositivos eletrônicos de estado sólido).

>
> > Como não sabemos o que a energia escura realmente é, não...
>
> E por acaso eles sabem o que é energia? Ou o que é radiação?
>
> > "Há pratos para todos os gostos _e o banquete só tende a aumentar."
>
> Pois eu acho que a pizza está acabando. E o tapete não aguenta mais.

Se assim é, a busca da verdade é sempre bem-vinda. Em minha particular
visão, acho meio complicado a ciência de nossa época ter completo
conhecimento sobre as entidades e situações físicas.

> PS: Abandonem a física quântica enquanto ainda é tempo. Amanhã não
adiantará
> mais chorar e nem pensar em se suicidar com as supercordas, pois não
haverá
> corda suficiente para todos os físicos "modernos".

Hehehhe... talvez as supercordas sirvam um dia para enforcar os temíveis
contestadores da física moderna!!!

Um abraço,

Godoy




SUBJECT: Re: [ciencialist] noticias varias
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/07/2001 20:12

Isto não é cmg , mas ...

>d) estou precisando de um motor de busca interna no Imperdível. Sabe sobre
algum programa para isso?

Leo, não tou encontrando o link no meus favoritos do teu site, mas para isso
vais precisar de um cgi, o upaginas em asp, php ,ou algo similar...simples
HTML não vai servir...ah e uam base da dados tb convém :-)

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] noticias varias
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/07/2001 20:35


Alberto atende solicitação do Léo:
|
| Pois é. O news uol está um caos total. Desapareceu tudo misteriosamente.
| Entrei na página Web do fórum da Uol, para tentar recuperar algumas
| mensagens misteriosamente desaparecidas e quando tentei acessar o grupo
| "uol.carreiras.fisica" recebi a seguinte mensagem:
|
| "Ocorreu um erro. Por favor, notifique o UOL (grupos@uol.com.br).
| News host not responding: 411 License key expired, use tellnews
| extend".
|
| Ou seja, pelo visto as mensagens desapareceram do provedor UOL. Tudo indica
| que o UOL está utilizando algum computador terceirizado (news host) e deve
| estar em débito (license expired). Aliás, nos últimos dias as viagens pela
| UOL estão péssimas. Acho que até aquele barquinho que você deve ter no seu
| rancho em Barretos (para as pescarias de fim de semana) viaja mais rápido do
| que o "transatlântico" UOL. Não é só a mecânica quântica que está com os
| seus dias contados.
|
| [ ]'s
| Alberto
| http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm

Pois é, depois de 2 dias sem nada decidi uma operação ... e funcionou!!! Tudo voltou ao normal (exceto que as mensagens apareceram como 'não lidas'. Eis o que fiz:
Ferramentas --- contas --- notícias --- incluir
no espaço adequado digitei: news.uol.com.br --- OK
Ai aparece todos os news para a escolha --- selecione o que interessa --- etc. --- OK.

Reaparece a pasta do uol e as sub-pastas de news selecionados............

Alegria ... alegria ......

[]'
Léo
===============




SUBJECT: Crimes e transplantes -- Paulo Airton Pavesi
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <direito_saude@yahoogroups.com>
CC: <politica-br@yahoogroups.com>, <constitucional@grupos.com.br>, <direitobrasil@grupos.com.br>, <direitos-humanos@grupos.com.br>, <faroljuridico@egroups.com>, <cpgd_ufsc@yahoogroups.com>, <attacorg@yahoogroups.com>, <responsabilidade-civil@widesoft.com.br>, <ciencialist@yahoogroups.com>, <bioetica@widesoft.com.br>, <artigos_juridicos@yahoogroups.com>, <bem-vind@attac.org>
DATE: 02/07/2001 21:03

Direito_Saúde -- 02.07.2001
======================
Com a liberação de seu firmatário.
===========================

From: Paulo Airton Pavesi
To: c.galli@terra.com.br
Cc: direito_saude@yahoogroups.com
Sent: Sunday, July 01, 2001 11:25 AM
Subject: CRIMES E TRANSPLANTES - VEJA ISSO.


Li sua matéria sobre a anestesia de doadores para a retirada de órgãos.

Isso aconteceu comigo, num processo doloroso de doar meu filho para uma equipe sanguinaria e comercial, quando foi comprovado pela polícia federal o desvio das córneas da fila de espera.

Se não bastasse, foi uma morte provocada e acelerada, onde vários documentos sumiram como a tomografia, o laudo da mesma, a autorização para a doação de órgãos está rasurada, os médicos apresentaram exames com a data posterior ao sepultamento do meu filho, e na descrição da cirurgia, o médico faz a observação de que não havia ME (morte encefálica).

Mesmo assim prosseguiram com a retirada dos órgãos e realizaram seu comércio.

Entrei na justiça. O ministério da saúde está abafando o meu caso porque teme "prejudicar" o sistema de transplantes. A polícia federal não quer indiciar os médicos por assassinato por terem desaparecidos os exames que citei acima.

O prontuário do meu filho se encontra em branco.

Querem mais provas do que isso ?
Os documentos scaneados (exames, lista de espera duplicada e elaborada pelo transplantador, rasuras e e incertezas), estão no site www.geocities.com/transplante2001.
no menu "cópia dos documentos" poderá ver as provas evidentes de um crime organizado, que atua em Poços de Caldas, Campinas e Ribeirão Preto.

Se puder, gostaria muito de conversar com o Sr., por telefone ou pessoalmente.

Meu telefone é 011 ( == *número suprimido por mim a critério meu* == )
Abraços
Paulo Airton Pavesi

==========================================
http://groups.yahoo.com/group/direito_saude
==========================================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Fim do mundo ... finalmente!
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/07/2001 21:12

Oi. Alguns toques.

----- Original Message -----
From: Antonio Godoy

> ----- Original Message -----
> From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
> To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
>
> > > A evidência experimental é que está errada? O Modelo Padrão é que está
> > > incompleto? Não sabemos.
> >
> > Não sabemos quem????? Está todo o mundo cansado de saber o que está
> errado!
> > O único problema que surgiu agora é que não cabe mais nada embaixo do
> > tapete.
> >
>
> Ei! Calma lá... algumas evidências são inconclusivas e existem sérias
> divergências a respeito do que está "certo" e o que está "errado".

O Modelo Padrão é claramente um modelo transitório, e já se sabe disso
pelo menos desde o seu advento, em fins da década de 70. Como, aliás, ocorre
com todas as teorias da física de partículas. Por algumas razões:

1 - Ele não inclui a gravitação;
2 - Ele prevê que a massa dos neutrinos é zero; e parece que há pelo
menos um tipo de neutrino com massa diferente de zero, a julgar pelas
observações reportadas recentemente na mídia;
3 - Há outras divergências entre os experimentos e as previsões do
modelo, particularmente quando estão envolvidas energias muito altas;
4 - O modelo possui uma quantidade incomodamente grande de parâmetros
numéricos introduzidos ad hoc e que não podem ser calculados a partir da
teoria. Alguns deles são as cargas e massas das partículas elementares; há
outros que foram introduzidos de forma bastante artificial (se quiserem
nomes, "matriz de Kobayashi-Maskawa"). Do ponto de vista desses parâmetros,
a teoria não é econômica;
5 - A teoria não prevê por que existem as partículas que existem, com
suas massas e cargas.

> > >...a relatividade geral... e a mecânica quântica são
> > > intrinsecamente incompatíveis.
> >
> > Só o Salvador Nogueira não sabia disso. Essa incompatibilidade já foi
> > demonstrada há cerca de 70 anos e efusivamente repetida durante todo o
> > século XX; se bem que os escritos a respeito foram parar embaixo do
> tapete.
>
> Alberto, vc poderia citar uma fonte segura? Eu gostaria sinceramente de
> estudar a argumentação.

Vou deixar para o Alberto citar uma fonte segura, mas já vou
argumentando alguma coisa. O formalismo matemático usado no Modelo Padrão
foi desenvolvido por Richard Feynmann primeiramente na modelagem do campo
eletromagnético - criando a Eletrodinâmica Quântica. Tentou-se então aplicar
o mesmo formalismo para outros campos. Com a força fraca deu certo: Glashow,
Salam e Weinberg em 1968 publicaram a Teoria das Interações Eletrofracas,
que não só apresentava uma teoria quântica satisfatória das forças fracas,
como também apresentava uma teoria única para as forças eletromagnéticas e
fracas, que a partir de então receberam o nome de forças eletrofracas. Na
década de 70, conseguiu-se modelar as forças fortes com esse formalismo. Uma
teoria unificada das forças eletrofracas com as fortes ainda esperam quem as
descubra - as candidatas atuais são chamadas GUTs (Teorias da Grande
Unificação).

Porém, jamais se conseguiu aplicar o formalismo de Feynmann no campo
gravitacional. O que ocorre é que esse formalismo envolve séries, ou seja,
somas de vários termos (do tipo da série de Taylor ou de Fourier, ou seja,
séries infinitas que convergem). Só que, no caso da gravitação, as séries
não convergem de jeito nenhum. Até onde eu sei, ninguém conseguiu descobrir
como fazê-las convergir. Não conheço, porém, nenhuma demonstração rigorosa
se a teoria quântica do campo (como são chamadas coletivamente as teorias
derivadas desse formalismo feynmanniano) é incompatível com a relatividade.
A teoria das supercordas é um formalismo alternativo ao de Feynmann que, se
não estiver correta, pelo menos mostrou que é possível construir uma teoria
única para as quatro forças, incluindo a gravitação.

Até,
Belisário





SUBJECT: Re: noticias varias
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/07/2001 21:21

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Pois é, depois de 2 dias sem nada decidi uma operação ... e funcionou!!! =


Hmmm, acho q. nao tem muito a ver com a operacao.

Fui agora (sem realizar a operacao) e o servico esta' funcionando
normalmente (sem qq aviso ou esclarecimento por parte da UOL).

Isso me lembra uma piada -- um humor um tto qto negro.
Certamente existe um japones q. em explodindo a bomba
no momento exato em q. puxava a descarga, ainda hj
tem a certeza de q. ele eh o autor involuntario da tragedia de
Hiroxima...

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Produto
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/07/2001 21:54



>Depende da exegese biblica q. se faz.
>Se eu fosse catolico, se ate' a figura-mor teve duvidas
>por q. haveria de se condenar alguem por tbm sucumbir
>'as duvidas?

:) Se vc fosse católico eu até acredito, mas tenta dialogar sobre isso com
alguns católicos. :) He,he...Não tive muitas experiências boas em um
universo bem razoável, não.
Se vc duvida não é um sinal bom para os religiosos, não sei se existem
exceções de vulto por aí. Na verdade acho que sem esse ensinamento de
intolerância qualquer religião não seria adaptada o suficiente para
sobreviver a seleção natural das doutrinas com mais longevidade.

>Tao perigoso q. em 100.000 de anos de historia eis nos
>aqui discutindo se a religiao eh ou nao destrutiva...

O que quer dizer com isso? Que por existirmos a tanto tempo a religião não
pode ser tão perigosa?

Um humano sozinho nunca teve tanto poder físico como agora.... Bom , na
verdade como não sei exatamente o que vc quis dizer aguardarei a
confirmação.

>Nao eh o lado bom demais. E' o lado q. e'. Se fosse
>do jeito q. vc pinta, nao estaria agora mesmo bringando
>com um religioso na esquina?

Na verdade se eu achasse que teria alguma eficácia e fosse o mais certo
poderia até ser, mas eu nem sei se é correto diminuir a religião. O que acho
correto é que os que detenham certo grau de influência social sejam
totalmente livres de "idéias imutáveis e sem base sólida".

Esses dias veio uma senhora aqui em casa, tocou a campainha, pleno sabadão
de manhã..
Era uma crente sei lá do que e quis me apresentar as palavras do
Senhor....Bom, escutei atentamente enquanto imaginava uma forma de fugir,
nem toquei no assunto de que eu não acreditava , e pronto.
Não sei se agi corretamente, mas não acho que outra forma fosse mais útil
socialmente, e nem pesoalmente.

Se ela tivesse aparente uma formação que propiciasse uma possibilidade de
argumentação maior a história seria diferente.


>Isso nao eh exclusividade da religiao. Combata o fanatismo.

Mas é que para mim o fato de acreditar em algo sem a possibilidade da dúvida
é fanatismo. Acha isso natural e passivelmente aceito?

>Repito a pergunta: a admissao da existencia de uma verdade a ser
>buscada eh incompativel com a jornada cientifica?

Não, desde que admita refutação e não tenha formação de uma teia emocional
que a sustente.

>A admissao da validade da navalha de Occam eh incompativel
>com a busca cientifica?

Ela pode ser refutada a qualquer momento, sem causar náusea ao defensor
metódico do sistema. Além disso admissão da verdade não é a mesma coisa que
inquestionabilidade.

>Existem axiomas nas Ciencias, a Ciencia eh incompativel com ela mesma?

Não, desde que ela não admita a verdade inquestionavelmente e com um peso
emocional selando a intocabilidade do axioma.

>Tente achar uma solucao estritamente racional para o burro.
>Ele nao tem emocoes, sabe apenas q. esta' com fome e com sede.
>(Nao, ele nao tem moeda...)

>Tire a questao da emocao: eu caso ou compro bicicleta?

>Tente responder a uma pergunta q. nao recai no 'porq. sim'
>ou o equivalente emocional 'porq. eu tenho vontade'... Nao
>ha' resposta racional possivel.

O que acha de "a opção 1 é a escolhida em detrimento da opção 2 porque a
opção 1 tem uma unidade de probabilidade de ser a certa maior do que a 2,
mesmo que os métodos de avaliação de probabilidade não sejam 100%
confiáveis".

>De forma alguma. Alguns estao inquirindo se rezar curar mesmo...

Sim, pode ser que cure, mas não posso admitir o motivo da cura sendo aquele
que esta previsto nas escrituras sagradas, e não admitindo refutações a
respeito.

>E tais 'ferramentas' nao estao necessariamente tiradas do
>alcance de alguem apenas por aceitar uma dada fe'...

Agora eu discordo.
As pessoas que segem certas religiões não podem se dar ao luxo de duvidar de
certas verdades absolutas impostas.

>Q. ferramenta anti-falacia vc utiliza para saber q. o mundo
>existe mesmo de modo objetivo?

Essa vai longe, eu acho que ele existe por certos fatores, mas o mais
importante da minha crítica não é isso, é que eu estou aberto a aceitar e
avaliar uma refutação que diga que o mundo não existe de modo objetivo.

>Em q, circunstancias vc largaria a navalha de Occam?

Quando eu quisesse impor verdades sociais apelando para o emotivo. Eu
largaria prontamente em nome da eficácia. Se não para minhas conclusões,
pelo menos para meus textos, etc..Seriam conclusões e linhas de raciocínio
não necessariamente navalhadas para o bem da simplicidade.

>O fato da maioria das pessoas ser religiosa e nao termos um
>caos na vida individual de modo generalizado, parece ser um indicador
>de q. esse 'perigo' esta' sendo superestimado.

>Ninguem diz q. os paes na padaria sao multiplicados
>junto com os peixes...

Verdade, pode nao ser um perigo extremo, e na verdade eu não sei como vc
esta quantificando o "perigo" que estou usando aqui para considerar que é o
"perigo" superestimado. Acredito na existência do perigo, e que pode ter
consequências extremas.

Acho que esse é um dos impasses que na verdade não existem de nossa troca de
mensagens. Vc esta supondo uma dimensão de perigo ao qual me refiro, é isso?

>Quem busca a quantidade de numeros contidos entre 0 e 1?

Acabei de fazer uma rotina no meu micro para descobrir isso, acho que tenho
que parar o looping porque não acredito que vá achar todos. :) Pelo menos
antes de dar pau aqui no sistema.

>O engracado eh q. os religiosos aplicam aos ateus a contrafacao dessa sua
>observacao: Sem Deus tudo eh permitido...

>Na minha opiniao, ambos erram o alvo.

Na verdade muitas coisas vc vai achar engraçadas então, por exemplo os
religiosos constantemente se referirem à iluminação, salvação, etc,etc....E
vc provavelmente deve concordar com a denominação do período cultural do
Iluminismo e de poder salvar alguém de um tratamento alternativo que sabe
ser ineficiente em um caso grave facilmente curável pela alopatia.

Todas as palavras que pensássemos em usar para separar mentira de verdade já
foram usadas no conjunto das religiões que nos precedem.

A diferença é que se eu acredito que o mundo é esse aqui, eu não tenho tanto
ímpeto de me jogar com um carro bomba considerando que serei possuidor de 7
virgens eternas entre outros presentes divinos para quem da a vida em nome
de seu Senhor. (considerando um caso extremo)


>digamos q. os ceus se abram e um deus em pessoa apareca. isso seria
>a prova definitiva de deus? nao poderiam os ceticos perguntar se nao
>seria apenas uma criatura com tecnologia avancada? uma projecao
>holografica? uma alucinacao coletiva?

[Bom, na verdade acho que não entendi muito bem o seu "principio ordenador
irrefutável". Da uma explicadinha rápida aí. :)]

continuando:

Claro que não seria uma prova definitiva de Deus, e também não seria nem uma
prova definitiva de sobrenatural.

A primeira reação, e a segunda também, seriam a elaboração de hipóteses para
tentar explicar pelo natural conhecido o que poderia vir a ser o que foi
recebido pelos órgãos dos sentidos.(incluindo as que vc já elaborou)


SDS,

ASM










SUBJECT: Morte Cerebral -- Nao eh equivalente aa morte natural -- Decisao de Corte Judicial Argentina
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <bioetica@widesoft.com.br>, <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/07/2001 23:18

Direito_Saúde -- 02.07.2001
======================
From: Alexandre Mussoi Moreira
To: direito_saude@yahoogroups.com
Morte Cerebral -- Nao eh equivalente aa morte natural
-- Decisao de Corte Judicial Argentina
==========================================
O remetente é Desembargador
do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.
==========================================

Caro Celso:

Creio que a notícia que segue é de seu especial interesse.

ALEXANDRE MUSSOI MOREIRA
===

CORTE ARGENTINA PROTEGE A BEBÉ CON MUERTE CEREBRAL
BUENOS AIRES, 27 Jun. 01 (ACI).- Una corte argentina rechazó autorizar el
aborto en un caso que envuelve a un niño no nacido que está severamente
impedido y con un alto riesgo de sobrevivir al nacimiento.


La corte rechazó los argumentos acerca del niño, quien es anencefálico y que
presenta un DIAGNÓSTICO DE "MUERTE CEREBRAL".


La Anencefalia es un raro
desorden en el cual la cabeza del no nacido falla al desarrollarse, y su
temprana muerte se vuelve inevitable.


LA CORTE DICTAMINÓ, POR ESTO, QUE LA "MUERTE CEREBRAL"
NO ES EQUIVALENTE A LA MUERTE REAL


"De otra manera -resolvió la corte- "por amor a la
coherencia, tendríamos que argumentar que cualquier feto que sufra de
anencefalia no es un ser humano sino un cuerpo, un cadáver, una cosa".


La decisión de la corte fue guiada por una estipulación en la constitución
argentina que reconoce EL DERECHO DE LA VIDA
de un no nacido y de CUALQUIER
SER HUMANO por concepción
HASTA LA MUERTE NATURAL
.
Fonte www.aciprensa.com <http://www.aciprensa.com>

=========================
INSTRUÇÕES E ENDEREÇOS:
=========================

=========================

PARA ler os artigos sobre morte encefálica em direito_saude: http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/

=========================

PARA visitar os sites na Internet sobre morte encefálica:
http://www.epm.br/neuro/mortencefalica.htm
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
http://www.epm.br/neuro/apnea.htm
http://www.epm.br/neuro/opinioes.htm
http://www.epm.br/neuro/brdeath.html
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266

=========================

PARA ter acesso a todas as mensagens anteriores da lista:
http://www.yahoogroups.com/messages/direito_saude

=========================

PARA acessar a página principal deste Grupo: http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude

=========================






[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Fim do mundo ... finalmente!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/07/2001 02:16

----- Original Message -----
From: "Antonio Godoy"
Sent: Monday, July 02, 2001 5:56 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fim do mundo ... finalmente!

> Já que ninguém defende a física moderna... aí vou eu!

Olá, Godoy. A maioria dos físicos "modernos" não está nem aí para com a
minha maneira antiquada de pensar a física. E já que os físicos "modernos"
se calam, aqui vamos nós para mais uma contenda amigável, espero. :-))

> > > as evidências experimentais sobre a composição do
> > > Universo não são contempladas pelo Modelo Padrão da física de
> > > partículas.
> Bem... minha opinião particular é que o modelo-padrão é um bom começo. Ele
> tem muitos sucessos, apesar de tudo.

Muito bem colocado: "apesar de tudo". O problema é que o tempo passa e os
sucessos são os mesmos do tempo de Schrödinger, aquele que bolou uma equação
num repente e depois passou o resto da vida tentando convencer os que a
utilizavam de que ela era apenas uma equação que dava certo em determinadas
condições ultraparticulares e sem que se soubesse o porquê.

> > Como já cansei de reafirmar em mensagens anteriores: "O fim da mecânica
> > quântica se avizinha". Em cerca de 10 anos não restará quase NADA da
> > teorização efetuada em física no século XX. Mecânica quântica e
> > relatividade moderna irão ocupar o seu local reservado na história da
> > física juntamente com as teorias do flogisto e do calórico.
> E os sucessos experimentais da MQ? Vão para onde? Eu sei que insisto
> sempre neste tema, mas me parece difícil que surja em tão curto prazo
> alguma teoria que venha a obter tantos sucessos experimentais e aplicações
> como a MQ. Afinal, a nova teoria terá que ser mais geral (englobando desta
> maneira tudo o que a MQ tenta descrever e ampliando seu alcance).

Bem, eu falei em teorização e não em experimentação. Em termos de
experimentação eu diria que não existem sucessos da MQ pois a experiência
retrata única e exclusivamente o que é observado em laboratório e não os
sonhos de físicos quânticos. Não existe experiência quântica mas tão somente
experiência em física. Em 1998 já comentei isso com o Fabio Chalub no
uol.ciencia. As minhas msgs a respeito podem ser lidas em "Um elétron não
tão nebuloso" -->
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/uol1998a.htm .
Dentre outras coisas, citei o seguinte, quando ele tentou me convencer dos
"sucessos experimentais da física quântica":

"Eu diria que são fenômenos que comportam uma explicação quântica, mas
jamais que são fenômenos quânticos. Isto cheira-me a lavagem cerebral.
Por exemplo, se o 'teletransporte' de fótons, anunciado recentemente por
nossa mídia, tivesse sido realizado 10 anos atrás, ele teria ido contra
os fundamentos da física quântica de então. Hoje já estão chamando o
mesmo como 'teletransporte quântico'. E logo mais irão citar este
'fenômeno quântico' como uma das miraculosas previsões da teoria
quântica. O Popper deve estar se remoendo em seu túmulo."

Por outro lado, concordância entre teoria e prática, a que você se refere
como sucessos experimentais, não corresponde à realidade. O próprio artigo
que deu origem a esta thread comenta sobre essa esparrela. Isto sem falar
nas hipóteses "ad hoc" e que sempre são criadas antes dos anúncios dos
famigerados sucessos. Como disse, utilizando uma metodologia destas eu
desbanco qualquer cassino. Parece-me que os físicos quânticos aprenderam
estatística e/ou teoria dos erros com os políticos brasileiros.

> > >...a relatividade geral... e a mecânica quântica são
> > > intrinsecamente incompatíveis.
> > Só o Salvador Nogueira não sabia disso. Essa incompatibilidade já foi
> > demonstrada há cerca de 70 anos e efusivamente repetida durante todo o
> > século XX; se bem que os escritos a respeito foram parar embaixo do
> > tapete.
> Alberto, vc poderia citar uma fonte segura? Eu gostaria sinceramente de
> estudar a argumentação.

Que tal Albert Einstein? Bem, irão dizer que ele está ultrapassado ou que
teria dito isso após ter sido acometido de forte esclerose cerebral, o que
na realidade não aconteceu. Neste caso aquele livrinho best-seller do
Hawkings parece-me que chega a comentar alguma coisa sobre esta
incompatibilidade, se bem que num sentido tragicômico. Enfim, existem
inúmeros físicos "modernos", e não apenas aqueles entrevistados pelo autor
do artigo postado pelo Léo, que aceitam as duas teorias, mesmo declarando
que elas são incompatíveis entre si. Este é um caso bastante esquisito e
sui-generis em toda a história da ciência. Pois são duas teorias que se
apóiam e, não obstante, são incompatíveis. Se uma for verdadeira, a outra
deverá ser falsa; e se qualquer uma delas for falsa a outra também deverá
ser. Este último argumento foi o que Bohr utilizou para "vencer" o "duelo"
contra Einstein; e foi apenas após quase se convencer desta realidade que
Einstein se calou. Conclusão óbvia: as duas teorias são falsas.

Após ter escrito esta msg recebi a resposta do Belisário, que foi mais a
fundo na questão, localizando uma das "possíveis" incompatibilidades na
gravitação. Sinceramente, não sou adepto da física moderna e sim um réles
apresentador de uma teoria alternativa. Mas leio muito do que eles escrevem,
o suficiente para perceber que as incompatibilidades existem de fato. Mas
isso é um problema que ELES têm de resolver e não eu; pois o tempo está
passando e a represa está prestes a romper. Outras incompatibilidades
existem mas eles irão dizer que já estão resolvidas pela introdução de
hipóteses "ad hoc". Assim como, por exemplo, "resolveram" o paradoxo EPR
através da experiência de Aspect.

> Hmmm... e porque os absurdos incompatíveis com a experimentação não podem
> servir de argumento contrário às tentativas de explicação clássica do
> mundo quântico?

Já disse que não existe mundo quântico nem mundo clássico e sim mundo
físico. Portanto não vejo porque a física clássica teria que explicar um
mundo inexistente. Você poderá até mesmo me convencer de que a física
clássica não explica alguns poucos fenômenos observados a partir do final do
século XIX. Isto não é o mesmo que dizer que a metodologia clássica é
impotente para a explicação desses fenômenos. Abandone a idéia de fluidos
elétricos, algo que não existe --apesar de apoiar toda a física moderna
(relatividade e quântica)-- e você conseguirá explicar quase tudo o que
dizem ser classicamente inexplicável. E utilizando-se de uma metodologia
100% clássica, ainda que não seja exatamente a física e/ou teoria clássica
do final do século XIX. Volto a dizer: Física quântica é ficção a apoiar-se
nos fluidos elétricos, algo tão inexistente quanto o flogisto e o calórico
dos sonhadores do século XVII ou XVIII. Dê tempo ao tempo, pois isto está
ficando dia a dia mais patente.

> > E ainda tem gente aqui na Ciencialist que se preocupa em falar mal de
> > religião. Vamos então utilizar a navalha de Occam e dar um Nobel póstumo
> > ao Kardec, pois creio que em suas "teorias científicas" ele acreditava
> > em apenas mais uma dimensão (a dimensão dos espíritos) além das três que
> > estão por aí e do tempo.
> E a topologia? Será que é uma mera "viagem astral" de matemáticos loucos?
> Um espaço-tempo n-dimensional é esquisito, de fato (acho que nossa
> limitação sensorial é que causa tanta espécie a estas idéias); no entanto,
> topologicamente é bem plausível.

Nada contra a matemática. Digo apenas que matemática não é física e física
não é matemática. Dimensões matemáticas prestam-se a nos fornecer algoritmos
que funcionam para a resolução de problemas relacionados ao Cálculo, assim
como os algoritmos do Cálculo Operacional que são úteis para engenheiros ou
estudiosos de análise de compartimentos (transformadas de Laplace), ou até
mesmo os números complexos. Isso não é física. Não existem entidades físicas
complexas e/ou imaginárias, mas entidades físicas que se prestam a serem
descritas por números complexos.

Você dá a entender que nossos sentidos são limitados e portanto não
conseguem captar outras dimensões. Mas utilizando este argumento eu também
posso dizer que existe a dimensão espiritual de Kardec. Ou seja, confundir
física com matemática leva-nos a um absurdo semelhante ao de confundir
teorias científicas com doutrinas religiosas. Vamos então "salvar" a teoria
quântica mas, por coerência, vamos também permitir que os pseudocientistas
ocupem o nosso espaço, pois eles são tão "cientistas" quanto os físicos
"modernos".

> > > "Até poucos anos atrás, erros de até 50% nos parâmetros fundamentais
> > > ainda eram tolerados", afirma Abramo.
> Quantos anos levou-se até chegar a uma aproximação razoável da constante
> gravitacional? Quantos anos até as provas definitivas do caráter
> ondulatório da luz? As impossibilidades técnicas são sempre superadas (ou
> quase!).

A primeira afirmação procede. A segunda não: Em termos de luz ainda não
existe nada definitivo. Segundo Einstein: "O veredicto do século XIX não
foi final e definitivo"; e eu acrescento: o do século XX também não. Por
outro lado, o problema não reside em incapacidades técnicas mas no grau de
tolerância. A esse aspecto a física moderna é uma teoria superprotegida como
nunca se viu igual em toda a história da ciência.

> > E ainda há aqui na Ciencialist quem me critique quando falo no tapete.
> Bom... eu discordo da visão do "tapete".

Lembro que não fui eu quem falou em tapete pela primeira vez, mas Thomas
Kuhn, o "filósofo" da ciência mais paquerado pelos físicos "modernos". Eu
costumo dizer que gosto bem mais do Popper, mas em termos de tapete sou
adepto do Kuhn e não abro. ;-)

> Acho que a física tem seu lado "utilitarista", e o pragmatismo
> experimental às vezes sufoca de fato idéias que a priori pareçam apenas
> especulações. Mas o processo me parece natural.

Pois eu diria que o pragmatismo quântico sufoca o pragmatismo experimental.
O físico "moderno" confunde senso com consenso; e consenso é coisa de
político, não de cientista.

> > Se me derem um handicap de 50% eu estouro a banca de qualquer cassino.
> > E essa disparidade representa a verdadeira história da física moderna,
> > aquela que "dizem" fazer previsões confirmadas até a centésima casa
> > decimal. Só não sabem qual é o significado físico de suas previsões.
> Affffffff... não vamos generalizar. Muitos efeitos quânticos são
> extremamente bem previstos e se sabe exatamente o que significam (a teoria
> das bandas de valência e de condução, por exemplo, da física do estado
> sólido - é graças a ela que se pode sentar e escrever em um computador
> cujos CIs são dispositivos eletrônicos de estado sólido).

Já disse acima: Não existem efeitos quânticos mas tão somente efeitos
físicos. Um efeito físico pode ou não ser explicável por uma determinada
teoria, mas isso não significa dizer que trata-se de um efeito desta teoria.
Física quântica é tão somente uma maneira errada, a meu ver, de explicar um
fenômeno físico (e não quântico). Por outro lado, dizer que sabe-se
exatamente o que significam os fantasmas quânticos representa uma ortodoxia
que nem mesmo Bohr ou Heisenberg adotaram. Sabe-se tanto sobre valência
quanto sobre gravitação. E aos que me perguntam o que é um campo
gravitacional, costumo dizer: é algo que não sabemos o que é e que, de uma
maneira também desconhecida, produz efeitos observáveis e que, como tais,
julgamos conhecer. Se souber alguma definição mais esclarecedora do que esta
para valência, gostaria de conhecer.

> Se assim é, a busca da verdade é sempre bem-vinda. Em minha particular
> visão, acho meio complicado a ciência de nossa época ter completo
> conhecimento sobre as entidades e situações físicas.

Enfim concordamos em algo. :-)). Perceba que nunca me manifestei contra os
construtores da chamada física moderna. Simplesmente acho que eles foram os
rebeldes de seu tempo e os físicos "modernos" de hoje são capachos de idéias
ultrapassadas e hoje comprovadamente destituídas de significado físico.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm

PS: O índice analítico e remissivo do meu site já está disponível em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/indiceAR.htm , para o
suplício dos físicos "modernos".
:-))))))))))))))))))))))))




SUBJECT: Re: [ciencialist] noticias varias
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/07/2001 02:33

Oi João,

as mensagens para vc realmente retornar; veja essa última:
========
Your message has been delayed and is still awaiting delivery
to the following recipient(s):

jmiranda@explicacoes.com
Message delayed


Your message is delayed
Message for domain explicacoes.com delayed at netsoares.com.br.
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Will continue trying for 48 hours.
No action is required on your part.
Last attempt failed because:
Can't connect to host
===================

[]'
Léo


-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 29 de junho de 2001 16:21
Assunto: [ciencialist] noticias varias


Notícias nonio.com






SUBJECT: Caro Teologo
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/07/2001 09:53

Achei este texto muito interessante onde o autor faz o papel de Deus e
induz
o leitor a refletir sobre a origem do universo , a origem da moral
etc..

Vale a pena dar uma lida.
Aqui vai um pequeno trecho:


Caro Teologo
Dan Barker

........
DE ONDE VIM?

Olho ao meu redor e noto que não há nada mais além de mim mesmo e
das
coisas
que criei. Não vejo outras criaturas competindo comigo ou nada acima
de mim que
possa ter me criado, a menos que esteja brincando de
esconde-esconde.
De
qualquer modo, pelo que eu saiba (e dizem que sei tudo), não há nada
mais além de
mim (nas três pessoas) e das minhas criações. Segundo você, Eu
sempre
existi.
Não criei a mim mesmo, porque se tivesse feito isso, então seria
maior

do que eu
próprio.

Sendo assim de onde vim?

Sei que você também tem esse mesmo questionamento, considerando sua
própria
existência. Você observa que a natureza, especialmente a mente
humana,

mostra
evidências de um intrincado projeto. Você nunca considerou tal
projeto

independente de um projetista. Você argumenta que os seres humanos
devem ter
tido um criador, e com relação a esse ponto de vista, não terá
nenhuma

discordância da minha parte.

Então, o que me diz de mim? Do mesmo modo que você, observo que
minha
mente é
complexa e intrincada. Muito mais complexa do que a sua, pois de
outra

maneira
como poderia tê-la criado? Minha personalidade mostra evidências de
organização e propósito. Algumas vezes me surpreendo com minha
sabedoria. Se
você pensa que sua existência prova a existência de um criador, e a
minha? Não
sou maravilhoso? Não funciono de uma maneira organizada? Minha mente
não é
uma confusão aleatória de pensamentos desordenados. Ela mostra o
que
você
chamaria de evidências de um planejamento anterior. Se você exige um
esquematizador para justificar sua existência, então porque não eu?

Você deve pensar que fazer tal pergunta é uma blasfêmia, mas pra mim
não
existe tal crime. Posso fazer a pergunta que quiser, e acho que essa
é

relevante e
justa. Se você diz que tudo precisa de um criador, e depois diz que
nem tudo (Eu)
precisa, não está se contradizendo? Deixando-me fora do argumento,
não

está
trazendo sua conclusão para dentro do argumento? Isso não é
raciocínio

circular? Não estou dizendo que discordo de sua conclusão. Como
poderia? Estou
apenas me perguntando porque é certo para você deduzir um criador e
não para
mim........




Obs: Tradução e cortesia do Free_Thinker, César Medeiros.

Revisão: José Moreira da Silva.

Texto completo :
http://sites.uol.com.br/scm2000/principal2.html

ou copia em :

http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/327

[]s
jocax
PS: estou com problemas no provedor de mail e pode ser q esta
mensagem seja duplicada.






SUBJECT: Falsificacao da memoria
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/07/2001 10:00

UOL - USA TODAY

Terça-feira, 03 de Julho de 2001

Psicólogos descobrem que mente
humana falsifica memórias

Dan Vergano

Às vezes nos lembramos daquele acidente automobilístico
em
minúcias, ou de uma pilha de frutas desabando em uma
mercearia,
ou do Pernalonga na Disneylândia. Mas, o que mais
impressiona é
o fato de essas coisas nunca terem ocorrido.

Um novo conjunto de experiências, publicado no "Journal
of
Experimental Psychology", sugere que as pessoas
falsificam
inconscientemente as suas próprias memórias, inventando
causas
para eventos que ocorrem a sua volta, a fim de
auxilia-las a
entender esses fenômenos.

"A memória não é um registro gravado. É uma espécie de
interpretação em grande escala", afirma o psicólogo Mark
Reinitz,
da University of Puget Sound, em Tacoma, Washington.

No estudo recém-divulgado, ele e a pesquisadora da Boston
University, Sharon Hannigan, mostraram slides de cenas
passadas
em locais diversos, tais como uma mercearia ou um
restaurante,
para 144 estudantes que participaram da experiência.

Os slides mostravam eventos tais como o conteúdo de
pratos
sendo derramados quando se pedia uma refeição, sem que as
causas do incidente fossem reveladas.

Segundo Reinitz, ao interrogar os estudantes, um ou dois
dias
após as cenas terem sido mostradas, os pesquisadores
descobriram que as pessoas "preenchem os vazios" das suas
memórias, alegando terem visto slides que não foram
originalmente apresentados, de forma a criar um quadro
narrativo
para a cena.

Analisando os dados da pesquisa, os pesquisadores
descobriram
que, em 68% das ocasiões, as pessoas alegavam ter
lembranças
de slides que não foram mostrados, que explicariam os
fatos
contidos nas cenas.

Por exemplo, para explicar a cena de frutas despencando
em uma
mercearia, várias pessoas alegaram ter visto uma foto na
qual
alguém retirava uma laranja de uma pilha dessas frutas.

"Para a nossa surpresa, muitas vezes eles não se
lembravam dos
slides como sendo inferências. Ao invés disso, pensavam
que as
suas inferências eram memórias reais", diz Reinitz.

"Reinitz e Hannigan levaram a experiência a extremos,
mostrando
que as pessoas inventam memórias causais", diz a
psicóloga
Elizabeth Loftus, da University of Washington, em
Seattle.

"Esse fato certamente possui relevância prática para o
depoimento
de testemunhas de crimes e acidentes em julgamentos", diz
Loftus.

Em sua própria pesquisa, Loftus mostrou aos membros de um
grupo submetido à experiências fotos de Pernalonga, um
personagem que não pertence à Disney, dando-lhes as
boas-vindas na Disneylândia.

No resultado desse estudo, que deve ser publicado na
revista
"Psychology and Marketing", ela e a psicóloga Kathryn
Braun, de
Harvard, descobriram que cerca de 35% das pessoas
afirmaram
ter dado um aperto de mão no Pernalonga durante a sua
última
visita à Disney.

"A memória é moldada pela razão", diz Loftus. "Ela faz
com que
nos lembremos de nós mesmos de uma forma mais positiva".

Tradução: Danilo Fonseca





SUBJECT: Re: [ciencialist] Fim do mundo ... finalmente!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/07/2001 13:54

Olá Alberto, Godoy e todos

Dessa mensagem do Alberto para Godoy, na deliciosa 'briguinha' de quem acabará debaixo do tapete (e como essencialmente experimental, estou do lado da natureza --- e, *natureza*, talvez seja essa a 'marca do tapete'!), vou separar logo abaixo, um trecho do Alberto que despertou-me algo sobre um 'artigo' que escrevi.

Trata-se de um texto que enviei pro R. Belisário junto com as "Ondas de De Broglie". As 'Ondas' ganhou a parada e foi publicada na ConCiência e, o outro tal texto intitulado "De que cores são as partículas elementares" seguiu o mesmo destino que seguirá a MQ :-)

O texto que destaco da mensagem do Alberto é:

"| Pois eu diria que o pragmatismo quântico sufoca o pragmatismo experimental.
| O físico "moderno" confunde senso com consenso; e consenso é coisa de
| político, não de cientista."

E, meu texto sobre as Cores das Partículas inicia-se justamente com esse destaque. Veja o trecho inicial:

=============================================================================
"Essa pergunta do título foi feita a vários físicos conhecidos e, nenhum deles 'viu' a pergunta como algo estranho. Cada um tratou, a seu modo, de descrever como se lhes apresentavam as partículas. Esse interrogatório realizou-se em 'private' e, nenhum deles sabia o que responderam os demais.

A discordância resultou em algo incrível. Tão assombroso que, acerca do próton, as opiniões de muitos coincidiram: ele (o próton), segundo opinião generalizada, sem dúvida alguma é preto (senão, é vermelho!).
Um lado interessante da coisa é que só se manifestaram os físicos-teóricos. Os físicos-experimentais, como se sabe, nunca vêem as partículas em cores. Apenas um deles, a respeito do elétron, disse que era verde (e logo esclareceu que tinha como apoio disso o rastro do elétron no oscilógrafo). Disso, pelo menos, resultou num bom método para distinguir um físico-teórico de um experimental e, como tal, pode auxiliar aos estudantes na busca de sua verdadeira vocação: se não sente as cores das partículas, não enverede pelo teórico.

Um leitor um tanto quanto alheio à ciência perguntará: "Por maioria de votos? Que modo estranho de resolver questões científicas. Por acaso a Física desconhece as verdadeiras cores das partículas?"

Essa pergunta, levantando quaisquer dúvidas, está dentro das possibilidades da cinemática; e essa não pode prescindir de examiná-la.
A cor de um corpo é função da freqüência das ondas de luz que dele emanam. Se o corpo é ativamente fluorescente se trata de ondas efetivamente emitidas por ele, caso contrário se trata de ondas refletidas pelo corpo. O primeiro caso é mais simples e definiremos como 'cor da partícula' a cor das ondas de luz que ele emite espontaneamente; a cor do átomo será a cor da radiação emitida por ele. Para simplicidade das descrições sempre iremos supor que a partícula encontra-se em repouso no conhecido referencial inercial.

Da mecânica quântica se sabe que a emissão de luz é uma ...................."
===========================================================

Esse texto completo (!?), por ainda estar sem o aval quântico/relativístico/político/social/religioso (;-), não está a público no imperdível, mas se interessar a alguém quais as cores das partículas elementares, basta ir ao provisório do imperdível : http://www.convex.com.br/esquina/feiradeciencias/sala23/particulas_cores.htm
Obviamente críticas/sugestões/avais são bem vindas.

Ainda do Alberto, apreciei deveras o comentário distinguindo a matemática da física (e vice-versa) que, como sabem, é também minha 'sólida' opinião. Só faltou, para bater frontalmente com minhas 'sólidas e divinas' opiniões, comentar que Física nada tem de * verdade absoluta* (felizmente) e nada mais é que um belo amontoado de modelos refutáveis postos para se adaptar ao que a natureza faz. Ainda tem gente que pensa que na natureza há 'movimento' e chegam até ás raias do incrível de, ao observarem um carro passando, comentarem "olha só a velocidade dele!". Que pretensão! Como alguém pode, num bater de olhos fornecer a razão ds/dt?. Sem dúvida, foi apenas uma força de expressão.

[]'
Léo
================


-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: terça-feira, 3 de julho de 2001 02:16
Assunto: Re: [ciencialist] Fim do mundo ... finalmente!


| ----- Original Message -----
| From: "Antonio Godoy"
| Sent: Monday, July 02, 2001 5:56 PM
| Subject: Re: [ciencialist] Fim do mundo ... finalmente!
|
| > Já que ninguém defende a física moderna... aí vou eu!
|
| Olá, Godoy. A maioria dos físicos "modernos" não está nem aí para com a
| minha maneira antiquada de pensar a física. E já que os físicos "modernos"
| se calam, aqui vamos nós para mais uma contenda amigável, espero. :-))
|
............................................




SUBJECT: Que ha' de errado em se falar da velocidade ?
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/07/2001 00:36

>Ainda tem gente que pensa que na natureza há 'movimento' e chegam até ás
raias do
>incrível de, ao observarem um carro passando, comentarem "olha só a
velocidade dele!".
>Que pretensão! Como alguém pode, num bater de olhos fornecer a razão
ds/dt?. Sem
>dúvida, foi apenas uma força de expressão.


- Perdoem a minha ignorancia, mas qual seria o modo correto
de se referir a um automovel em movimento ?

- A velocidade e' a variacao da posicao no espaco
pelo tempo, nao e' isso (ds/dt) ? (Supondo, e' claro,
que do ponto de referencia em que me encontro eu
possa perceber que o objeto esta' variando sua
posicao em relacao a mim, ou vice-versa)

- Entao, quando eu olho para um automovel cuja posicao
eu percebo estar variando, na verdade nao estou tendo
uma "percepcao" da velocidade do automovel ? Nao posso
"calcular" mentalmente ds/dt, mas sei que aquela
variacao da posicao do objeto significa que ele "possui"
velocidade (perdoe meu desconhecimento de palavra mais precisa)

- Enfim, quando eu olho para um automovel e digo "que velocidade !",
qual e', exatamente, a imprecisao que estou cometendo, em termos
da Fisica ?

[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/07/2001 01:18

Amigos:

- No livro "Fundamentos de Fisica",
de Halliday, Resnick e Walker,
editora LTC, 4a. edicao, volume 4,
capitulo 49 (Quarks, Leptons e o Big
Bang), topico 49-7 ("O caminho Octuplo")
pagina 307, li uma passagem interessante,
a qual gostaria que os amigos especialistas
comentassem.

- O referido topico 49-7 trata de um padrao
geometrico que aparece quando se esquematiza a
estranheza de barions, em funcao da carga.

- Nao posso entrar em maiores detalhes porque
nao entendo do assunto - somente recentemente
comecei a estudar essas "coisas". De qualquer
forma, nao e' o "assunto tecnico" em si que
quero levantar nesta mensagem, mas sim
a parte conceitual em relacao `a "confianca
depositada em uma teoria", se e' que posso
usar esse termo.

- Bem, na pagina 307, os autores falam a respeito
de um esquema geometrico (que e' apresentado no livro,
semelhante `aqueles que aparecem nos livros de
quimica organica, representando os diversos tipos
de compostos:



-------------- inicio da citacao do livro ---------------

"[...] A simetria da figura do Caminho Octuplo
para os barions de spin 3/2 envolve DEZ
particulas dispostas num arranjo como o
dos pinos num jogo de boliche. Entretanto, quando
foi feita a proposta da figura pela primeira vez,
so' eram conhecidas NOVE particulas; faltava
o "pino da frente".

Em 1962, <<< GUIADO PELA TEORIA E PELA SIMETRIA DA FIGURA >>>,
Gell-Mann fez a seguinte previsao:

"Existe um barion com spin 3/2, carga -1, estranheza -3 e
energia de repouso da ordem de 1.680 MeV. Se essa particula
^omega menos (como proponho chama-la) for procurada, penso
que sera' encontrada"

"Uma equipe de fisicos, dirigida por Nicholas Samios, do Laboratorio
Nacional de Brookhaven, aceitou o desafio e encontrou, em pouco tempo, a
particula "ausente",
<<< CONFIRMANDO TODAS AS PROPRIEDADES QUE FORAM PREVISTAS>>> A rapida
confirmacao experimental de uma previsao teorica contribui para a confianca
em uma teoria !"

-------------- fim da citacao do livro ---------------


- Os trechos grifados com <<< >>>, acima, foram destacados por mim.

- Bem, gostaria de saber:

a) Alguem conhece essa passagem, na historia da Fisica ?
b) De fato, todas as propriedades do tal barion (posteriormente
encontrado), citadas pelo Gell-Mann, estavam de acordo com suas
previsoes, ou houve algum "erro" ?
c) Como os proprios autores do livro mencionaram no ultimo
paragrafo da minha citacao, o fato de uma previsao teorica ser
comprovada experimentalmente nao garante que, de fato, a
teoria e' boa ? Ou nao foi assim que ocorreu de verdade ?
d) Mesmo que a passagem acima seja verdadeira, ela se constitui
uma excecao, e nao uma regra, dentro da mecanica quantica ?

[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Forum Cetico - Uma opiniao isenta.
FROM: "Clóvis A. S. Maia" <gytuin@mailbr.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/07/2001 14:18

Ola Senhores,

A mensagem abaixo reproduzida mostra a primeira impressao que um idoneo
professor e pesquisador universitario teve ao ter contato com o site do
Forum Cetico Brasileiro, indicado a ele por um participante do mesmo.
Sei que nosso moderador ja pediu que esse assunto nao fosse discutido
aqui, mas vou me atrever a postar a mensagem por dois motivos: 1) Nao sei o
endereco da lista de discussao do forum cetico (e, caso alguem o saiba,
podera fazer-nos um favor caso mande um forward desta a eles), e 2) Nao
creio que a mensagem ira gerar discussoes dispendiosas, uma vez que seus
autores nao estao presentes. Fica apenas como uma curiosidade.
Afinal, aos que falam tanto em nome da ciencia, que tal olharem um pouco
a opiniao dos que a fazem?

Ate,

Clovis Maia
----------------------------------------------------------------------

Caro Claudio e Amigos

Dei uma olhada rapida no site do Forum Cetico Brasileiro. Desculpe a
sinceridade, mas minha primeira impressao foi pessima. Eles afirmam, por
exemplo, que enxergam na ciencia e melhor ferramenta de sobrevivencia. O
que eh isso? Eh um ato de feh? Se
for o caso, e acho dificil que nao seja, eles nao sao muito diferentes
dos misticos e religiosos. Mas o mais barbaro eh afirmarem que tem
coragem para encararem o mundo como ele realmente eh. Essa eh uma
arrogancia e pretensao de proporcoes biblicas. O que confere a eles a
autoridade de conhecerem o mundo como ele realmente eh? Esse eh o velho
discurso religioso das certezas acima da critica. Onde estah o espirito
positivo da ciencia? Onde estah o senso critico que eles tanto
enaltecem?

Nao conheco a lista de discussoes deles. Claudio diz que gosta. Eh
possivel que na lista de discussoes apareca algo interessante. Estou
apenas fazendo um julgamento da carta de apresentacao deles. Mas tambem
quero fazer uma advertencia: cuidado com os fanaticos roxos! Fanatismo
por religiao, futebol, novela ou mesmo ciencia eh coisa de gente que nao
tem senso critico.

Sejamos mais positivos! A postura positiva eh a postura critica. A
ciencia, por exemplo, questiona a propria ciencia. E eles nao parecem
ter muitas duvidas sobre o que dizem.

Abracos

Adonai

claudio.graminho@copel.com wrote:
>
> Olá Adonai!!!
>
> Como está essa força?
> A palestra sobre Seleção e Complexidade realmente foi ótima!!!
> Deu pra ter uma idéia do porque a evolução demora apenas "alguns" milhões
> de anos entre um salto e outro. É muita variável envolvida. (pena que a
> letra
> Espero que não demore outra oportunidade de troca de conhecimentos como
> esta.
>
> Enquanto isso, gostaria de indicar dois sites céticos super interessantes
> (Adonai, vc já os conhece?)
>
> Fórum Cético Brasileiro
> Este fórum possui uma lista interessantíssima (da qual faço parte) e de
altíssimo nível em que se discute,
> desde a eficácia da vitamina C até a origem dos aminoácidos.
> Da eficiencia do atendimento do SUS até a existência de deuses.
> http://www.nitnet.com.br/~kruse/index.htm
>
> Quackwatch
> Um guia de informação contra o charlatanismo, curandeirismo, fraudes na
saúde.
> Para tomada de decisões inteligentes no que refere ao seu bem estar.
> http://www.geocities.com/quackwatch/index.html
>
> E ponham em seus bookmarks!
>
> Um forte abraço!
>
> Cláudio





SUBJECT: Re: Forum Cetico - Uma opiniao isenta.
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/07/2001 18:17


Nao seria agradavel lavar roupa suja do FCB por aqui.

Quem quiser uma lista cetica aberta tente o SBCR
http://groups.yahoo.com/group/sbcr/

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - moderador da Ciencialist.


--- In ciencialist@y..., "Clóvis A. S. Maia" <gytuin@m...> wrote:
> Ola Senhores,
>
> A mensagem abaixo reproduzida mostra a primeira impressao que
um idoneo
> professor e pesquisador universitario teve ao ter contato com o
site do
> Forum Cetico Brasileiro, indicado a ele por um participante do
mesmo.
> Sei que nosso moderador ja pediu que esse assunto nao fosse
discutido
> aqui, mas vou me atrever a postar a mensagem por dois motivos: 1)
Nao sei o
> endereco da lista de discussao do forum cetico (e, caso alguem o
saiba,
> podera fazer-nos um favor caso mande um forward desta a eles), e 2)
Nao
> creio que a mensagem ira gerar discussoes dispendiosas, uma vez que
seus
> autores nao estao presentes. Fica apenas como uma curiosidade.
> Afinal, aos que falam tanto em nome da ciencia, que tal olharem
um pouco
> a opiniao dos que a fazem?
>
> Ate,
>
> Clovis Maia
> --------------------------------------------------------------------
--
>
> Caro Claudio e Amigos
>
> Dei uma olhada rapida no site do Forum Cetico Brasileiro. Desculpe a
> sinceridade, mas minha primeira impressao foi pessima. Eles
afirmam, por
> exemplo, que enxergam na ciencia e melhor ferramenta de
sobrevivencia. O
> que eh isso? Eh um ato de feh? Se
> for o caso, e acho dificil que nao seja, eles nao sao muito
diferentes
> dos misticos e religiosos. Mas o mais barbaro eh afirmarem que tem
> coragem para encararem o mundo como ele realmente eh. Essa eh uma
> arrogancia e pretensao de proporcoes biblicas. O que confere a eles
a
> autoridade de conhecerem o mundo como ele realmente eh? Esse eh o
velho
> discurso religioso das certezas acima da critica. Onde estah o
espirito
> positivo da ciencia? Onde estah o senso critico que eles tanto
> enaltecem?
>
> Nao conheco a lista de discussoes deles. Claudio diz que gosta. Eh
> possivel que na lista de discussoes apareca algo interessante. Estou
> apenas fazendo um julgamento da carta de apresentacao deles. Mas
tambem
> quero fazer uma advertencia: cuidado com os fanaticos roxos!
Fanatismo
> por religiao, futebol, novela ou mesmo ciencia eh coisa de gente
que nao
> tem senso critico.
>
> Sejamos mais positivos! A postura positiva eh a postura critica. A
> ciencia, por exemplo, questiona a propria ciencia. E eles nao
parecem
> ter muitas duvidas sobre o que dizem.
>
> Abracos
>
> Adonai
>
> claudio.graminho@c... wrote:
> >
> > Olá Adonai!!!
> >
> > Como está essa força?
> > A palestra sobre Seleção e Complexidade realmente foi ótima!!!
> > Deu pra ter uma idéia do porque a evolução demora apenas "alguns"
milhões
> > de anos entre um salto e outro. É muita variável envolvida. (pena
que a
> > letra
> > Espero que não demore outra oportunidade de troca de
conhecimentos como
> > esta.
> >
> > Enquanto isso, gostaria de indicar dois sites céticos super
interessantes
> > (Adonai, vc já os conhece?)
> >
> > Fórum Cético Brasileiro
> > Este fórum possui uma lista interessantíssima (da qual faço
parte) e de
> altíssimo nível em que se discute,
> > desde a eficácia da vitamina C até a origem dos aminoácidos.
> > Da eficiencia do atendimento do SUS até a existência de deuses.
> > http://www.nitnet.com.br/~kruse/index.htm
> >
> > Quackwatch
> > Um guia de informação contra o charlatanismo, curandeirismo,
fraudes na
> saúde.
> > Para tomada de decisões inteligentes no que refere ao seu bem
estar.
> > http://www.geocities.com/quackwatch/index.html
> >
> > E ponham em seus bookmarks!
> >
> > Um forte abraço!
> >
> > Cláudio




SUBJECT: Re: Forum Cetico - Uma opiniao isenta.
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/07/2001 19:29

Clovis,

na pagina citada ha' contatos para a direcao do forum e
da lista de discussao.

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., "Clóvis A. S. Maia" <gytuin@m...> wrote:
> Sei que nosso moderador ja pediu que esse assunto nao fosse discutido=

> aqui, mas vou me atrever a postar a mensagem por dois motivos: 1) Nao sei=
o
> endereco da lista de discussao do forum cetico

> > http://www.nitnet.com.br/~kruse/index.htm





SUBJECT: Re: [ciencialist] Que ha' de errado em se falar da velocidade ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/07/2001 23:14


Léo escreve:
Assunto: [ciencialist] Que ha' de errado em se falar da velocidade ?


| >Ainda tem gente que pensa que na natureza há 'movimento' e chegam até ás
| raias do
| >incrível de, ao observarem um carro passando, comentarem "olha só a
| velocidade dele!".
| >Que pretensão! Como alguém pode, num bater de olhos fornecer a razão
| ds/dt?. Sem
| >dúvida, foi apenas uma força de expressão.
|
|

Paulo argumenta:

| - Perdoem a minha ignorancia, mas qual seria o modo correto
| de se referir a um automovel em movimento ?
|
| - A velocidade e' a variacao da posicao no espaco
| pelo tempo, nao e' isso (ds/dt) ? (Supondo, e' claro,
| que do ponto de referencia em que me encontro eu
| possa perceber que o objeto esta' variando sua
| posicao em relacao a mim, ou vice-versa)
|
| - Entao, quando eu olho para um automovel cuja posicao
| eu percebo estar variando, na verdade nao estou tendo
| uma "percepcao" da velocidade do automovel ? Nao posso
| "calcular" mentalmente ds/dt, mas sei que aquela
| variacao da posicao do objeto significa que ele "possui"
| velocidade (perdoe meu desconhecimento de palavra mais precisa)
|
| - Enfim, quando eu olho para um automovel e digo "que velocidade !",
| qual e', exatamente, a imprecisao que estou cometendo, em termos
| da Fisica ?
|

Léo responde:

Olá Paulo,

dito por vc "que velocidade!" não há nada de errado. Basta ver seus argumentos para o entendimento da coisa.
Veja se seu vizinho tem a mesma interpretação quando diz "que velocidade!". Para ele é apenas uma 'força de expressão', como salientei; para vc a expressão tem significado físico e sabe que trabalheira existe até chegarmos a ela.

Vc acha que vc dizendo "olha a velocidade do carro!" tem o mesmo significado da 'Feiticeira' ao exclamar isso?
Há uma palavra, mais do popular, para traduzir essa sensação visual, "rapidez". Assim como esse conceito que destacamos, nosso sofrido povo usa um monte de palavras do jargão científico sem que dê a ela o devido significado. Trabalho é uma das mais usadas e com significados dos mais esdrúxulos.
A moça que sobe na balança da farmácia diz "peso 45 quilos!". E aquele senhor, no supermercado, acabou de comprar uma lâmpada de 100 velas! Não vamos esfolá-los vivos por causa disso, mas, destaque-se que ambas as expressões carecem do mais remoto significado.

Entretanto, não foi realmente em questão ao significado ou interpretação que escrevi o texto original. A intenção, talvez eu não a tenha transferido corretamente, era dizer que na natureza não há movimento, velocidade, aceleração, densidade, força, energia etc. etc. --- isso são modelos postos para podermos descrever aquilo que a natureza faz e que ela, 'particularmente', nada tem a ver com os nomes atribuídos.

[]'
Léo
===================




SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/07/2001 01:46

----- Original Message -----
From: "Paulo Sergio Dias"
Sent: Wednesday, July 04, 2001 1:18 AM
Subject: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann

> - No livro... li uma passagem interessante, a qual gostaria que os amigos
> especialistas comentassem.

Olá Paulo

Não sou especialista no assunto mas vou tecer alguns comentários, mesmo
porque em algum lugar de sua msg você relaciona "parte conceitual" com
"confiança a ser depositada em uma teoria".

> - O referido topico 49-7 trata de um padrao geometrico que aparece quando
> se esquematiza a estranheza de barions, em funcao da carga.

Deixemos a estranheza de lado e pensemos na carga elétrica. Carga elétrica
foi um conceito criado em séculos passados para explicar efeitos do
macrocosmo e observados em condutores cobertos em sua superfície pelo que se
acreditava ser um fluido elétrico. Por cima deste modelo, e também daquele
representado por este fluido em movimento (corrente elétrica macroscópica),
Maxwell axiomatizou sua eletrodinâmica de fluidos elétricos. A teoria de
Maxwell é impecável e o modelo macroscópico ja passou por milhares de testes
experimentais.

No início do século XX tentou-se aplicar a teoria de Maxwell para partículas
recém descobertas (núcleo e elétrons) e o resultado foi desastroso. E pelo
que sabemos hoje a respeito de partículas elementares, a coisa não poderia
ter sido diferente. Sabemos hoje que as partículas elementares não
reproduzem exatamente os modelos macroscópicos utilizados por Maxwell
(cargas e correntes elétricas) e, portanto, não há porque se esperar que
apresentem comportamentos relacionados a uma estrutura que, sabidamente, não
possuem. Oseen chegou a escrever, em 1913, uma carta para Bohr a respeito,
prevendo profundas mudanças na teoria de Maxwell para que ela pudesse se
adaptar ao microcosmo. Não obstante, essas mudanças não vieram e a teoria de
Maxwell é ainda hoje uma teoria essencialmente macroscópica.

Ora, tanto a teoria quântica quanto a teoria da relatividade apóiam-se no
modelo de Maxwell, considerando-o redutível ao microcosmo (no caso da
relatividade esta redução não é tão nítida mas está presente na conceituação
da luz). Quando esta redutibilidade não dá certo, e isso é o que ocorre
quase sempre, criam-se hipóteses ad hoc tais como as órbitas permitidas,
dualidade, "spin" que não é giro, incerteza, etc.

> - Nao posso entrar em maiores detalhes porque nao entendo do assunto -
> somente recentemente comecei a estudar essas "coisas". De qualquer
> forma, nao e' o "assunto tecnico" em si que quero levantar nesta mensagem,
> mas sim a parte conceitual em relacao `a "confianca depositada em uma
> teoria", se e' que posso usar esse termo.

Pois é! Como confiar numa teoria a apoiar-se em conceitos tão frágeis? Dizer
que o elétron gera um campo semelhante ao de uma carga elétrica é tão
absurdo quanto dizer que uma molécula de água é um fluido, ou uma onda, ou
uma quimera. É o mesmo que confundir o tijolo com a casa.

> - Bem, gostaria de saber:
> b) De fato, todas as propriedades do tal barion (posteriormente
> encontrado), citadas pelo Gell-Mann, estavam de acordo com suas
> previsoes, ou houve algum "erro"?

Quais são as propriedades de um bárion? Dentre essas propriedades, quais
efetivamente existem e quais não retratam outra coisa que não seja uma
ficção quântica? Um bárion tem carga elétrica? Um tijolo é uma casa? O átomo
tem o formato de um avião? Afinal, a casa é formada por tijolos e o avião é
formado por átomos. A lógica absurda utilizada não foi a mesma?

> c) Como os proprios autores do livro mencionaram no ultimo
> paragrafo da minha citacao, o fato de uma previsao teorica ser
> comprovada experimentalmente nao garante que, de fato, a
> teoria e' boa?

Não. Significa que o modelo passou por um teste, nada mais do que isso.
Mas... que modelo é esse? Como foi criado? Na base da tentativa e erro? Ora,
se eu for colocando embaixo do tapete conceitos e/ou dados que não me
satisfazem e divulgar apenas aqueles que dão certo... Irei concluir que
toda teoria é boa.

Afinal, que previsão foi esta a se confirmar experimentalmente? O que é
spin, o que é carga, o que é estranheza e o que é energia de repouso, para
um físico quântico?

Eu poderia dizer, por exemplo, que com a teoria de Newton alguém poderia ter
previsto, no século XVII, a existência de planetas não visíveis (a história
não foi essa mas poderia ter sido). Hoje qualquer um pode constatar, através
de um telescópio, a existência desses planetas, mesmo sem conhecer nada da
teoria newtoniana. Já as previsões da teoria quântica são constatadas única
e exclusivamente por físicos quânticos, homens treinados a engolirem
absurdos em série e dados conceituais sabidamente inexistentes. Se você
questionar a carga elétrica do próton, ou seu "spin que não é giro", ou sua
natureza dual, ou a incerteza posição-momento, etc, todas hipóteses ad hoc a
"forçarem" o próton a possuir uma natureza que não tem, e a compactuar-se
com o modelo macroscópico de Maxwell, não será impossível que numa
determinada porcentagem de casos consiga fazer previsões que dão certo com
grande número de casas decimais. E, como disse em msg anterior, com um
método destes eu desbanco qualquer cassino.

> Ou nao foi assim que ocorreu de verdade?
> d) Mesmo que a passagem acima seja verdadeira, ela se constitui
> uma excecao, e nao uma regra, dentro da mecanica quantica?

A regra, dentro da mecânica quântica, é a criação de hipóteses ad hoc a
explicarem fenômenos de outra maneira inexplicáveis. Quando a regra não dá
certo, manda-se tudo para debaixo do tapete. E quando a regra dá certo
bota-se a boca no trombone, pois a propaganda é a alma do negócio.

É possível que eu tenha dito muita asneira mas a verdade nua e crua é que os
físicos "modernos" refugiam-se em seus dogmas e recusam-se a discutir
qualquer tema sério que coloque em xeque os fundamentos das teorias em que
acreditam. E a coisa mais fundamental, e a condenar toda a física moderna,
reside na conceituação de carga elétrica de uma partícula elementar. Dúvido
que um físico moderno consiga justificar o fato de apoiarem todas as suas
idéias no modelo eletrodinâmico de fluidos elétricos de Maxwell-Lorentz.
Aliás, a grande maioria nem mais se dá conta disso, pois matematizaram a
física a tal ponto que prótons e elétrons são hoje coisas de importância
secundária a se acoplarem a suas "equações que dão certo".

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Olimpiada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/07/2001 12:03

BRASIL RECEBE MEDALHA DE MENÇÃO HONROSA NA OLIMPÍADA INTERNACIONAL DE FÍSICA


O estudante Guilherme Leite Pimentel, de 17 anos, de São José dos Campos, SP, conseguiu medalha de menção honrosa na XXXII Olimpíada Internacional de Física, que se encerrou esta semana, na cidade de Antalya, na Turquia. Participaram 300 estudantes de 60 países de todo o mundo.
É a 3a. vez que o Brasil participa da Olimpíada Internacional de Fisica. Em 1999, participou com um professor observador, para colher informações para a preparação da delegação de 4 professores e 5 estudantes que participaram em 2000, na Universidade de Leicester, Inglaterra. Infelizmente, devido à falta de experiência e ao preparo insuficiente, o Brasil não conseguiu nenhum resultado em 2000.
Este ano, representaram o Brasil, 5 estudantes, Maurício Richartz de Curitiba (PR), Luíza Pilar e Caio Marques de Fortaleza (CE), Gilson Nascimento Maia de Mogi das Cruzes (SP) e Guilherme Leite Pimentel de São José dos Campos (SP). Guilherme foi o único estudante premiado da delegação brasileira.
Guilherme Pimentel se preparou nos últimos dez meses com o apoio do Prof. Silvério Germano, do Depto Física do ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica, de S. J. Campos, onde freqüentou aulas teóricas e experimentais, junto com os estudantes de 1o e 2o. ano do curso de engenharia.
O resultado de Guilherme abre as portas para os próximos estudantes brasileiros que participarão da Olimpíada Internacional de Física da Indonésia em 2002. Acreditamos que, com a experiência, adquirida nessas duas participações, conseguiremos preparar melhor os estudantes brasileiros para competições internacionais dessa natureza.
Cabe ressaltar que o estudante não contou com apoio oficial. Sua participação foi possível graças ao apoio de sua família, de sua professora Célia Sousa Pires, bem como da direção, de professores e estudantes do Colégio Bilac, que chegaram a rifar uma bicicleta para arrecadar fundos para sua viagem.
Eventos desta natureza são importantes para despertar o gosto dos estudantes pela Física e para comparar o nível de preparação de nossos estudantes com o de outros países.


Fonte: Prof. Ozimar, da Associação Paulista de Professores de Física

ozimar@sti.com.br
=====================
[]'
Léo
=====================




SUBJECT: Re: Que ha' de errado em se falar da velocidade ?
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/07/2001 12:10

> >Ainda tem gente que pensa que na natureza há 'movimento' e chegam
até ás
> raias do
> >incrível de, ao observarem um carro passando, comentarem "olha só a
> velocidade dele!".
> >Que pretensão! Como alguém pode, num bater de olhos fornecer a
razão
> ds/dt?. Sem
> >dúvida, foi apenas uma força de expressão.

> - Entao, quando eu olho para um automovel cuja posicao
> eu percebo estar variando, na verdade nao estou tendo
> uma "percepcao" da velocidade do automovel ? Nao posso
> "calcular" mentalmente ds/dt, mas sei que aquela
> variacao da posicao do objeto significa que ele "possui"
> velocidade (perdoe meu desconhecimento de palavra mais precisa)

Eu peguei a conversa na metade, mas o que entendi foi o seguinte: o
comentário original referia-se a um "bater de olhos", como de fose uma
fotografia, muito rapidamente. Nesse caso, não daria para se perceber
o movimento do carro, ele apareceria como se estivesse parado. É claro
que teria que ser uma olhada muito rápida! Realmente, somente com uma
foto de um carro em movimento não se pode deduzir sua velocidade (a
não ser que o tempo de exposição seja alto e possa-se ver o "rastro"
do carro), pois falta o ds e o dt.

Por isso, quando olhamos os carros no trânsito, é bom dar uma olhada
não tão rápida assim, ou dar duas olhadas rápidas, para não sermos
enganados ao deduzir sua velocidade.

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"In San Francisco, Halloween is redundant." - Will Durst





SUBJECT: Yahoo! News Story - Scientist Says Mind Continues After Brain Dies
FROM: Yahoo! News <ego_sun@brasilmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/07/2001 14:08

Ego (ego_sun@brasilmail.com.br) has sent you a news article
------------------------------------------------------------
Personal message:

Ol lista,

Uma notcia provocativa!

[]s

Ego

Scientist Says Mind Continues After Brain Dies
http://dailynews.yahoo.com/h/nm/20010629/sc/life_consciousness_dc_1.html

============================================================
Yahoo! News http://dailynews.yahoo.com/



SUBJECT: Re: [ciencialist] Forum Cetico - Uma opiniao isenta.
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/07/2001 14:45


Olá lista,

Não tenho tido tempo pra participar...

> A mensagem abaixo reproduzida mostra a primeira
> impressao que um idoneo professor e pesquisador
> universitario teve ao ter contato com o site do Forum Cetico
> Brasileiro, indicado a ele por um participante do mesmo.
>[...]
> Dei uma olhada rapida no site do Forum Cetico Brasileiro.
> Desculpe a sinceridade, mas minha primeira impressao foi
> pessima. Eles afirmam, por exemplo, que enxergam na ciencia
> e melhor ferramenta de sobrevivencia. O que eh isso?

Isso, acredito eu, é por causa da atual psicologia evolucionista que teve um
grande avanço com o trabalho de Richard Dawking, e o meme.

Sua teoria diz que as idéias, a cultura, os pensamentos etc., obedecem
também a seleção natural. Esse enunciado já dá margem para muitas pesquisas.

A ciência pode ser considerada a melhor ferramenta de sobrevivência, porque
estabelece as regras da sobrevivência, e mostra algumas idéias que são
seletivamente melhores. Acredito eu. Isso é biologia e seleção natural. Não
confunda com religiões.

> Mas o mais barbaro eh afirmarem que tem coragem para
> encararem o mundo como ele realmente eh. Essa eh uma
> arrogancia e pretensao de proporcoes biblicas. O que confere
> a eles a autoridade de conhecerem o mundo como ele
> realmente eh?

O método científico, claro... :-)

> Mas tambem quero fazer uma advertencia: cuidado com os
> fanaticos roxos!

Bom... existem mesmo.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes




SUBJECT: Re: [ciencialist] Inteligência Artificial
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/07/2001 14:52


Olá Fabrício e lista,

> Meu nome é Fabrício Alves Diniz e sou um dos novos
> membros do grupo!

Seja bem vindo!

> Estou muito interessado no tema "Inteligência Artificial" e
> pretendo me especializar nesta área.

Legal. Acho que é um ramo que vai crescer bastante nesses próximos anos.
(que novidade, não? :-)

Aliás, gostaria de saber qual é o conceito de Inteligência Artificial,
porque, me parece que é, nada mais nada menos, que uma ótima programação
normal de computador, que dá a impressão de que o computador realiza certas
decisões humanas.

Talvez aqueles softwares para scanear texto possam ser considerados
inteligência artificial, não acha?

Um grande abraço,

Gabriel Antunes




SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/07/2001 16:04

On Thu, 5 Jul 2001, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Ora, tanto a teoria quântica quanto a teoria da relatividade apóiam-se
> no modelo de Maxwell, considerando-o redutível ao microcosmo (no caso
> da relatividade esta redução não é tão nítida mas está presente na
> conceituação da luz). Quando esta redutibilidade não dá certo, e isso
> é o que ocorre quase sempre, criam-se hipóteses ad hoc tais como as
> órbitas permitidas, dualidade, "spin" que não é giro, incerteza, etc.

Só para explicitar um pouco a coisa, quando a relatividade e a quântica
estão sob efeitos puramente eletromagnéticos elas se reduzem às leis de
Maxwell.

Quanto a redução da relatividade ao microcosmo isto não se dá apenas com o
fóton, mas também com todas as partículas sub-atômicas e um caso clássico
é o do neutron que fora do núcleo tem uma vida de aproximadamente 15
minutos antes de seu decaimento, se o tal estiver a uma velocidade
consideravelmente próxima à da luz seu tempo de vida pode ser calculado
pelas equações de Einstein e que é medido experimentalmente.

Quanto a dualidade, spin, incerteza, etc... são fenômenos observados
experimentalmente, como vc bem sabe :-)

> Pois é! Como confiar numa teoria a apoiar-se em conceitos tão frágeis?
> Dizer que o elétron gera um campo semelhante ao de uma carga elétrica
> é tão absurdo quanto dizer que uma molécula de água é um fluido, ou
> uma onda, ou uma quimera. É o mesmo que confundir o tijolo com a casa.

Uma casa tem portas e janelas, um tijolo [padrão] não tem. Um corpo
carregado eletricamente possui caracetrísticas elétricas bem definidas
como campo elétrico, o elétron possui as mesmas características.
Experimente usar um tubo catódico.

> Eu poderia dizer, por exemplo, que com a teoria de Newton alguém
> poderia ter previsto, no século XVII, a existência de planetas não
> visíveis (a história não foi essa mas poderia ter sido). Hoje qualquer
> um pode constatar, através de um telescópio, a existência desses
> planetas, mesmo sem conhecer nada da teoria newtoniana.

Se eu não me engano a teoria da gravitação de Newton previu a existência
de Netuno [ou de Urano, ou mesmo dos dois, mas não estou certo agora].

> Já as previsões da teoria quântica são constatadas única e
> exclusivamente por físicos quânticos, homens treinados a engolirem
> absurdos em série e dados conceituais sabidamente inexistentes. Se
> você questionar a carga elétrica do próton, ou seu "spin que não é
> giro", ou sua natureza dual, ou a incerteza posição-momento, etc,
> todas hipóteses ad hoc a "forçarem" o próton a possuir uma natureza
> que não tem, e a compactuar-se com o modelo macroscópico de Maxwell,
> não será impossível que numa determinada porcentagem de casos consiga
> fazer previsões que dão certo com grande número de casas decimais. E,
> como disse em msg anterior, com um método destes eu desbanco qualquer
> cassino.

Ou cria uma nova teoria baseada em gnomos e fadas. Jogar pedras na
vidraça do vizinho e sair correndo é fácil.

> A regra, dentro da mecânica quântica, é a criação de hipóteses ad hoc
> a explicarem fenômenos de outra maneira inexplicáveis. Quando a regra
> não dá certo, manda-se tudo para debaixo do tapete. E quando a regra
> dá certo bota-se a boca no trombone, pois a propaganda é a alma do
> negócio.

Na Grécia antiga existiam os que afirmavam que a Terra era o centro do
Universo e havia os que afirmavam que o Sol o era. Por muitíssimo tempo
prevaleceu o modelo geocêntrico, depois veio o heliocêntrico. Hoje se sabe
que é excêntrico. O fato é que todos os modelos funcionam, todos os
modelos produzem os mesmos resultados ou resultados semelhantes.

Mas não foram os cientistas que tentaram impedir que o modelo geocêntrico
fosse mudado pelo heliocêntrico.

> É possível que eu tenha dito muita asneira mas a verdade nua e crua é
> que os físicos "modernos" refugiam-se em seus dogmas e recusam-se a
> discutir qualquer tema sério que coloque em xeque os fundamentos das
> teorias em que acreditam.

Mas assim o nosso amigo Alberto também é um físico "moderno" :-)

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br




SUBJECT: Re: Inteligência Artificial
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/07/2001 18:20

Fabrício,

Além dos livros que tratam especificamente de IA, recomendo
também livros sobre Ciência Cognitiva (um excelente é "Mente,
Uma Introdução à Ciência Cognitiva", de Paul Thagard). A IA
passou por uma transformação muito grande nestes últimos 20
anos e o que se aprendeu é que o problema é muito mais
complexo do que pensavam os pioneiros. Escrevi dois artigos
que podem lhe interessar (embora já estejam um pouco
desatualizados):

http://www.intelliwise.com/reports/p4port.htm

http://www.intelliwise.com/reports/paper1.htm

Se tiver alguma dúvida sobre este assunto, escreva para
a lista. Se você for participar do Infoimagem 2001 (que
ocorrerá em São Paulo, em Outubro deste ano) poderá assistir
a uma palestra que darei nesse congresso (título:
"Inteligência Artificial: Presente, Passado e Futuro).

Até mais,
Sergio Navega
http://www.intelliwise.com/snavega



-----Original Message-----
From: fabricio@cyberpl.com.br <fabricio@cyberpl.com.br>
To: ciencialist@yahoogroups.com <ciencialist@yahoogroups.com>
Date: Quarta-feira, 4 de Julho de 2001 20:33
Subject: [ciencialist] Inteligência Artificial


Olá Pessoal!

Meu nome é Fabrício Alves Diniz e sou um dos novos membros do grupo!
Estou muito interessado no tema "Inteligência Artificial" e pretendo
me
especializar nesta área.
Já comprei alguns livros de introdução sobre o assunto, mas antes de
ler,
gostaria de achar um texto mais resumido sobre o assunto, ou mesmo
algumas opiniões falando apenas
sobre o que é em si Inteligência Artificial, até que ponto pode ser
reproduzida e onde é mais aplicada atualmente.

Se alguém souber de algo...

Ah, sugestões de livros também são bem-vindas!

Um forte abraço,

Fabrício Alves Diniz




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Inteligência Artificial
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/07/2001 19:19



> Talvez aqueles softwares para scanear texto possam ser considerados
> inteligência artificial, não acha?

Não. Apenas algo muito bem elaborado para que funcione "sozinho"
O Reconhecimento óptico de caracteres (conhecido como OCR ) é um processo
notável.
Mas da paciência de procurar um algoritmo que funcione.
Assim como o do Reconhecimento de Palavras por Voz, que já começa a estar
incluído em algumas coisas.
Mas eu não chamaria a isto IA (inteligência artificial )
Mas estou certo que o meu homónimo nos brindará com uma das suas excelentes
explicações sobre este tema.


Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/07/2001 21:11

----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES"
Sent: Thursday, July 05, 2001 4:04 PM
Subject: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann

> Só para explicitar um pouco a coisa, quando a relatividade e a quântica
> estão sob efeitos puramente eletromagnéticos elas se reduzem às leis de
> Maxwell.

Pois isso retrata exatamente a conseqüência da estrutura conceitual
absurda que tenho apontado em msgs anteriores.Uma teoria relativa a
elementos simples (partículas pertencentes ao microcosmo) não pode
"reduzir-se" a outra teoria de elementos complexos (cargas e correntes
elétricas macroscópicas), a menos que ela assuma de antemão a "identidade
absoluta" entre o simples e o complexo.

Em outras palavras, a física "moderna" não conseguiu, em seus 100 anos de
existência, liberar-se dos fluidos elétricos, algo tão inexistente quanto o
flogisto ou o calórico. Se, por um lado, a alquimia deu origem a química,
por outro a física "moderna" conseguiu "reduzir-se" à "alfisia".
:-)))))))))))))))))))))). Grato pela "explicitação" a reforçar meu
argumento.

> Quanto a redução da relatividade ao microcosmo isto não se dá apenas com o
> fóton, mas também com todas as partículas sub-atômicas e um caso clássico
> é o do neutron...

Lembro apenas que na msg anterior estava me referindo aos fundamentos da
teoria. A existência do nêutron não foi essencial para o desenvolvimento da
teoria da relatividade, e portanto pode ser deixada de lado numa abordagem a
explorar os fundamentos da teoria. Apenas para refrescar a memória daqueles
que repudiam a história das ciência, a teoria da relatividade foi publicada
em 1905 e a suspeita da existência do nêutron surgiu por volta de 1930.

> Quanto a dualidade, spin, incerteza, etc... são fenômenos observados
> experimentalmente, como vc bem sabe :-)

Não só não sei, como também não observei; e duvido que alguém tenha
observado aquilo que denominam como tais. Existem sim efeitos físicos, mas
não quânticos; e os físicos quânticos não sabem explicar a não ser através
de nomes que nem sempre correspondem à realidade dos fatos. Aliás, a maioria
dos construtores da física quântica estava ciente desta ignorância. Alguns
adotaram uma atitude de insatisfação, como Einstein, Planck, Schrödinger,
etc; outros adotaram o operacionalismo ou utilitarismo de Bohr (se dá certo,
vamos continuar usando, até que "alguém" encontre uma explicação melhor).
Obviamente existe um terceiro grupo, hoje maioria absoluta, a se contentar
em permanecer na ignorância total.

> Uma casa tem portas e janelas, um tijolo [padrão] não tem. Um corpo
> carregado eletricamente possui caracetrísticas elétricas bem definidas
> como campo elétrico, o elétron possui as mesmas características.
> Experimente usar um tubo catódico.

Vou discordar dos dois exemplos. Apesar de um tijolo não ser uma casa, em
condições especiais pode ser, e os cupins que o digam. Como você colocou um
"padrão" entre parêntesis, a discordância não é absoluta. Por outro lado,
você já viu alguma carga elétrica macroscópica sofrer algo semelhante ao
efeito Aharonov-Bohm? Ou a sua física experimental parou em 1897? Ou ainda,
você já viu uma carga elétrica macroscópica, e não girante, demonstrar
possuir algo semelhante ao efeito "spin" da experiência de Stern e Gerlach,
1924 (a retratar o giro que não é giro, dos quânticos), ao atravessar um
campo magnético?

> > Eu poderia dizer, por exemplo, que com a teoria de Newton alguém
> > poderia ter previsto, no século XVII, a existência de planetas não
> > visíveis (a história não foi essa mas poderia ter sido). Hoje qualquer
> > um pode constatar, através de um telescópio, a existência desses
> > planetas, mesmo sem conhecer nada da teoria newtoniana.

> Se eu não me engano a teoria da gravitação de Newton previu a existência
> de Netuno [ou de Urano, ou mesmo dos dois, mas não estou certo agora].

Em primeiro lugar, isso não ocorreu no século XVII, mas no século XIX. Por
outro lado, a teoria somente "previu" após terem constatado que ela parecia
não funcionar corretamente. Nem Newton, nem nenhum de seus seguidores,
percebeu esta virtude da teoria. Ou seja, a existência de novos planetas
surgiu como uma hipótese a justificar aparentes falácias e não exatamente
uma previsão. Diferencia-se de uma hipótese "ad hoc" pois a hipótese, por si
só, é constatável experimentalmente (é o que chamo de "teoria salvadora",
pois a hipótese, única no caso, é falseável, o que não ocorre com as
hipóteses "ad hoc").

> Ou cria uma nova teoria baseada em gnomos e fadas. Jogar pedras na
> vidraça do vizinho e sair correndo é fácil.

E quando foi que eu saí correndo? Seja explícito, pois a última vez que me
acusaram de algo semelhante, vários de meus "adversários" da Ciencialist
saíram em minha defesa. Eles podem até não gostar da minha maneira
irreverente de contestar a física moderna, mas são justos em seus
pronunciamentos e eu procuro também ser. Por outro lado, não estou criando
gnomos mas apontando absurdos. Responda, com argumentos convincentes, o meu
questionamento relativo aos fluidos elétricos e a física moderna e, por
falta
de saída melhor, eu me renderei aos gnomos quânticos. Quanto aos gnomos de
minhas teorias, o dia em que você entendê-los devidamente, perceberá que não
são tão nebulosos assim.

> > A regra, dentro da mecânica quântica, é a criação de hipóteses ad hoc
> > a explicarem fenômenos de outra maneira inexplicáveis. Quando a regra
> > não dá certo, manda-se tudo para debaixo do tapete. E quando a regra
> > dá certo bota-se a boca no trombone, pois a propaganda é a alma do
> > negócio.

> Na Grécia antiga existiam os que afirmavam que a Terra era o centro do
> Universo e havia os que afirmavam que o Sol o era. Por muitíssimo tempo
> prevaleceu o modelo geocêntrico, depois veio o heliocêntrico. Hoje se sabe
> que é excêntrico. O fato é que todos os modelos funcionam, todos os
> modelos produzem os mesmos resultados ou resultados semelhantes.

Sim, mas existe uma relatividade clássica a justificar a compatibilidade
entre os modelos geocêntrico e heliocêntrico. Mas ainda não foi construída
nenhuma relatividade a justificar que um tijolo é uma casa, ou que um átomo
é um avião, ou que um elétron é uma carga elétrica. E esta última identidade
é assumida por todos os físicos modernos, ainda que apoiada na teoria dos
fluidos elétricos, algo comprovado experimentalmente não existir, assim como
o flogisto e o calórico.

> Mas não foram os cientistas que tentaram impedir que o modelo geocêntrico
> fosse mudado pelo heliocêntrico.

Como não? Quantos cientistas da época, em dados percentuais, aceitaram a
modificação? Galileu, por exemplo, não recebeu o diploma da faculdade que
cursou por ter sido considerado, pelos acadêmicos da época, "um
desequilibrado malabarista de números inúteis". Isso bem antes de declarar
que a Terra se move. Imagine depois!

> > É possível que eu tenha dito muita asneira mas a verdade nua e crua é
> > que os físicos "modernos" refugiam-se em seus dogmas e recusam-se a
> > discutir qualquer tema sério que coloque em xeque os fundamentos das
> > teorias em que acreditam.

> Mas assim o nosso amigo Alberto também é um físico "moderno" :-)

Grato pelo amigo e pela consideração. Lembro, no entanto, que não fui eu
quem criou a denominação "física moderna". E no contexto em que ela é
utilizada, poucos são os "físicos modernos" que me considerariam como tal.
Alguns me consideram um "físico alternativo" e outros um "crackpot". Mas
isso não me preocupa nem um pouco pois, como disse em mensagem anterior, "os
físicos 'modernos' de hoje são capachos de idéias ultrapassadas e
comprovadamente destituídas de significado físico".

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Re: Bases filosoficas e cientificidade
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/07/2001 22:02

(problemas no UOL aqui em Fortaleza deixaram-me desconectado por três dias)

Olá Takata,

Takata: Essas respostas psicologicas sao respostas biologicas. Se a resposta
eh deleteria ao organismo nao deixa de ser biologica.

Manuel: Sabe o que uma molécula de argila disse para um DNA? - "Você também
não passa de uma molécula."

Dizer que o psiquismo é biológico é o mesmo que dizer que o romance Guerra e
Paz de Tolstoi é sobre a Rússia no período das guerras napoleônicas. Sim, e
daí? O romance é só isso? É aquela piada do Wood Allen que você me contou,
só que com um detalhe a mais.

É evidente que o psiquismo humano é biológico, mas ele é "essencialmente"
psicológico. "gênero" e "essência" são categorias que, embora diferentes,
não se excluem.

Mas devemos ter cuidado com reduções generalizantes. Corremos o sério risco
de diluir o particular no universal e, o que é mais grave, na ânsia de
'naturalizar' o homem, há quem termine por 'antropomorfizar' a natureza.

Um organismo biológico é um sistema físico, mas um sistema físico muito
particular, pois obedece a um princípio físico 'particular' que é a
inversão de um princípio físico 'universal', o da degradação da energia. Se
o universo como um todo (e a imensa maioria dos subsistemas que ele
compreende) evolui no sentido da desordem, a vida, por sua vez, é ordem que
se reproduz, ordem gerando ordem.

De um modo análogo, o psiquismo humano é um processo biológico, mas um
processo biológico muito particular. Pois, se entre os heterotróficos
mata-se para viver, entre nós, seres humanos, há situações em que "mata-se
por matar" e indivíduos que vivem para matar (os necrófilos morais). Ou
seja, muitas vezes os homens matam não por razões de sobrevivência, mas
tão-somente por razões 'psicológicas'. Com freqüência, matar não é uma
necessidade, mas um desejo; não é fome, mas apetite: mata-se por prazer.

Na Espanha, durante a guerra civil, entre os falangistas havia um grupo cujo
slogan era "viva a morte".

Se as crias brincam mais que os adultos, o homem, por ser um animal
neotênico (um macaco que permaneceu jovem), é o mais brincalhão dos animais,
e uma de nossas principais atividades lúdicas é a guerra. Claro que guerras
também são feitas por razões sócio-econômicas, mas creio que tais razões,
quando existem, são apenas um motivo a mais.

Há no psiquismo humano certos traços que não são adaptações, mas exaptações.
Segundo Gould, as exaptações podem ocasionalmente vir a ter uma utilidade
evolucionária, um valor adaptativo, mas não o têm necessariamente.

Um dado interessante: o hormônio masculino, a testosterona, é responsável
tanto pela agressividade quanto pelo prazer sexual.

Há ainda o aspecto cognitivo, que vale um comentário. Em algumas espécies
animais, aquilo que você chama de 'padrão de funcionamento do cérebro' (e
que eu chamo de 'mente', mas creio que nossa discordância, se há, é apenas
semântica) é um elemento da 'arquitetura neural' (estrutura cerebral). Um
alevino de acará-brasileiro nasce sabendo como se orientar em seu ambiente.
Ele não precisa passar por nenhum processo de aprendizado, isto é, ele não
precisa ser 'programado' seja por seus genitores, seja por sua interação com
o meio. Tal como essas maquininhas de calcular que compramos por dois reais,
eles não têm software: o programa dessas 'máquinas' de sobrevivência está
embutido em suas ligações neurais inatas.

Outros organismos vivos mais complexos, ao contrário, para sobreviverem
dependem de um longo período de aprendizado. Eles precisam assimilar
informações emanadas de seus genitores, que por sua vez adquiriram-nas de
seus progenitores, etc., cadeia esta que remonta a antepassados que viveram
há milhões de anos. Nesses casos, diz-se que a mente (software ou programa,
ou sistema informacional) possui um alto grau de 'autonomia' (auto: de si
mesmo; nomo; lei).

Mas, mesmo no mais complexo dos organismos vivos (aqui na Terra, creio que
somos nós, seres humanos, mas há controvérsias), existem informações que são
inatas. Vale dizer, entre a 'natureza' e a 'cultura', entre a 'matéria' e o
'espírito' há uma região muito estreita que pertence a ambos. Todo
computador necessita de um programa embutido em seu hardware, denominado
'bootstrap-loader' (segundo informações do Jocax), sem o qual não se pode
carregar o sistema operacional e, por conseguinte, executar o software. Do
mesmo modo, também nós indivíduos humanos temos o nosso 'bootstrap-loader'.
Por mais autônoma que seja a mente humana, depende ela de algumas
informações inatas. Qualquer defeito nessas informações gera desordens
neuro-psicológicas graves. O autismo e a esquizofrenia, por exemplo. Kant,
Freud e Chomsky identificaram facetas desse programa inato. O primeiro
chamou-o de 'aparelho categórico', a razão humana. O segundo identificou-o
em alguns símbolos ou complexos simbólicos inatos de origem sexual, como o
'falo', o drama edipiano. O terceiro vislumbrou-o nos 'universais formais'
da linguagem.


Takata: algumas perguntas: de onde Freud tirou o complexo de Edipo?... as
fases da sexualidade infantil?...a existencia da libido?...


Manuel: Como trabalha um etólogo que estuda o comportamento de um animal em
liberdade, um bonobo em seu habitat natural, por exemplo? Como ele elabora
os seus modelos? Responda-me esta pergunta, e terá respondido 'grosso modo'
à pergunta que você me fez: "De onde Freud tirou isso e aquilo?"

A psicanálise tem em comum com a etologia (e com a física quântica) o fato
de que o objeto observado impõe enormes limites à observação, ou restringe
mais que nas outras ciências a intervenção do observador. Se o que o etólogo
estuda é o animal em liberdade ou o comportamento animal em sua totalidade,
não pode ele 'experimentar', mas apenas 'observar', ou, quando muito,
realizar experimentos não intrusivos. Na psicanálise, os limites da
experimentação não são apenas éticos. Há também a não-linearidade do
comportamento humano, sua intrínseca imprevibilidade, bem como a polissemia
dos significantes. Ademais, um psicólogo que estuda o homem não pode se
valer de cobaias não humanas, pombos, por exemplo. Não quer isso dizer que
em nenhuma situação os homens se comportam como pombos. Claro que sim, do
contrário os behavioristas não seriam empregados como marqueteiros. Mas veja
o que Konrad Lorenz escreveu a respeito dos behavioristas:

<<O que reprovamos nos behavioristas certamente não é o que fazem; eles
fazem o que fazem de maneira excelente. Nossa crítica refere-se somente à
sua crença de que não exista mais nada a investigar no comportamento. A
maioria dos behavioristas evita investigar qualquer coisa que não esteja
diretamente ligada ao aprendizado por reforço.
.............................
<<Quando, por outro lado, behavioristas colocam pombos experimentais dentro
de uma caixa opaca que evita a percepção de qualquer informação, exceto
aquela de quando e quão freqüentemente o pombo aperta uma barra, eu não
posso evitar a idéia de que eles não querem ver as outras várias atividades
executadas pelo animal, porque têm medo de que o que vissem pudesse diminuir
sua crença em seu próprio monismo explicativo.>>
(K. Lorenz; Os Fundamentos da Etologia; Ed. UNESP; pp. 102/103)

SOBRE O INCONSCIENTE

Como os físicos quânticos descobriram o elétron-onda? Na experiência da
dupla fenda, após repetirem o experimento um número 'n' de vezes,
verificaram no écran uma figura semilar ao padrão de interferência de uma
onda. Por "inferência", concluiram que, entre a fonte e o anteparo de
medida, o elétron comporta-se como uma onda. Ou seja, o elétron-onda foi
observado indiretamente.

Do mesmo modo, as partículas 'virtuais' não são detectáveis diretamente, mas
podem ser observadas indiretamente, isto é, sua existência pode ser
'inferida', pois seus efeitos sobre os níveis de energia dos átomos são
calculáveis.

O mesmo vale para o inconsciente. A existência de processos mentais
inconscientes foi inferida do fato de as pessoas muito amiúde comportarem-se
de um modo tal que os resultados são sempre os mesmos e jamais coincidem com
suas intenções 'conscientes'. (A desconformidade entre intenção e ato
repete-se com regularidade.) Um maníaco por limpeza vê sujeira em tudo. E
porque vê imundície que para os outros é invisível ou inexistente, ele
sempre viverá em meio a sujeira, por mais limpa que esteja a sua casa. Diria
Freud que, no fundo, o que ele quer mesmo é viver no meio da imundície ou
vivencia ele um conflito de desejos. A mania por limpeza é uma maneira de
conciliar os desejos conflitantes. Alguma coisa a ver com fixação no estágio
sádico-anal da libido combinada com uma rígida educação no que atine à
higiene.

Antes de Freud desenvolver o método psicanalítico, ele trabalhou com a
hipnose. Numa sessão de hipnose, pode-se dizer ao hipnotizado que, terminada
a sessão, e em determinada hora do dia seguinte ele abrirá o seu
guarda-chuva, momento em que não se lembrará desse comando. No dia e hora
indicados, o indivíduo realiza exatamente o que lhe foi comandado durante o
sono hipnótico, mesmo não estando chuvendo e dentro de um elevador. Se lhe
perguntam por que ele abriu o guarda-chuva, sua resposta muito provavelmente
será 'racional'. Por exemplo: "eu estou testando o guarda-chuva." Isso
remete a processos mentais inconscientes.

Sugestões hipnóticas em pessoas adultas não são duradouras. Mas, em se
tratando de crianças cujo sistema nervoso ainda está em formação, os
reiterados comandos e juízos dos pais a respeito dela sugestionam-na de um
modo permanente.

SEXUALIDADE INFANTIL

Como já falei, foi verificado em muitos mamíferos (não só no homem) a
existência de uma crise hormonal pós-natal. Nos filhotes machos, a produção
de testosterona é quase tão intensa quanto a que se verifica no indivíduo
adulto. A testosterona induz sensações prazerosas sobretudo nas mucosas
bucal e anal, que são regiões de maior contato da criança com seus
familiares. Como nós, seres humanos, somos animais neotênicos, traços dessa
libido pré-genital verificam-se na idade adulta. Por isso que os amantes se
beijam na boca, realizam coito oral (felação e cunilíngua), coito anal, os
homens beijam e sugam os mamilos da parceira, comunicam-se numa linguagem
infantil com muitos diminutivos (filhinha, filhinho, morzinho, lindinho,
gatinha...). Algumas mulheres adoram palmadinhas no bumbum como
preliminares. Um tapinha não dói.

<<Neotenia. Princípio da. Considera as características físicas do adulto
humano homólogas às do feto ou animal jovem. Acredita-se que o conceito de
neotenia, embora aplicável a certas características físicas, possa explicar
também elementos da conduta. Roheim, e mais recentemente Weyl, aplicaram
esse princípio à teoria psicodinâmica do comportamento, considerando alguns
aspectos do dispositivo instintivo (id) que possam derivar de
características do comportamento do animal jovem. Assim, a continuidade na
motivação do processo reprodutivo humano, sem o caráter cíclico observado
nos animais adultos, seria comparável ao impulso contínuo do comportamento
filial dos animais jovens, como conseqüências do princípio da neotenia. O
adulto humano teria que aplicar um dispositivo especial para reprimir os
padrões arcaicos de comportamento sexual. Seria a base biológica da
repressão primária ou primal mediante a qual a criança supera o uso de
atividades orais e anais como sistema de relacionamento com as pessoas que
ama e as substitui por atividades genitais e espirituais sublimadas. (Isaak
Mielnik; Dicionário de Termos Psiquiátricos; Ed. Rocca; pp. 192/193.)>>

Acresce dizer que, nos primatas antropóides, a sexualidade desempenha outras
funções além da reprodutiva. Já fiz menção ao fato de que, em muitos
macacos, as relações sexuais são também relações de poder, ou melhor, as
relações sociais de dominação apresentam um significado sexual. À polaridade
macho-fêmea acrescenta-se a polaridade ativo-passivo. Entre os bonobos, que
são, como o homem, macacos neotênicos, o sexo ou a ritualística sexual
apresenta uma terceira função: a função de troca. O sexo é também uma moeda.
Ressalte-se ainda que tanto nos chimpanzés comuns quanto entre os bonobos, a
horda não é mais constituída por um solitário indivíduo alfa comandando um
harém de fêmeas com seus filhotes, mas uma comunidade de machos que cooperam
na defesa do território e na caça. Nas comunidades de chimpanzés, são as
fêmeas que abandonam o grupo, não os machos (tal fenômeno denomina-se
'filopatria masculina'). O mais interessante é que o que sedimenta essas
relações entre machos é a sexualidade, ou melhor, a bissexualidade. Metade
das relações sexuais praticadas entre os indivíduos são relações
homossexuais. Ora, entre os homens e seus parentes antropóides mais próximos
há uma continuidade, um padrão comportamental comum. Isso endossa a hipótese
que Freud aventou, segundo a qual, no homem, o instinto gregário é um
derivado do instinto sexual ou libido 'sublimada' (sobretudo libido
pré-genital).

Com efeito, nas comunidades humanas as relações interpessoais, ao menos as
autoritárias, são mediadas por símbolos sexuais e suas metáforas ou
metonímias. No escritório, existem os 'puxa-sacos' e 'baba-ovos'. Há quem
classifique as pessoas em 'fodões' e 'fodidos' ou 'coitados'. No trânsito,
dou 'cotoco' ou 'banana' para os barbeiros, ambos os gestos, como se sabe,
são claras alusões à genitália masculina, o falo. Alguns presidentes da
república têm os cunhões roxos. Se quero esculhambar um desafeto, chamo-o de
'viado' e sua mãe de 'puta' (conseqüentemente, ele, além de viado, é um
'filho-da-puta', duplamente passivo). Outro dia, numa reunião de condôminos
em meu prédio, houve uma briga, e uma mulher gritou para o síndico: "fulano,
vou te 'foder'!". Primatologistas já presenciaram entre chimpanzés rituais
que equivalem a essa frase: uma fêmea de chimpanzé-pigmeu deu uma surra num
chimpanzé adolescente hierarquicamente inferior, e depois simulou coito com
ele, em que ela era o ativo e ele o passivo. Ela o macho; ele a fêmea.

Sabe-se que as asas das aves (ou dos pequenos dinossauros ancestrais das
aves) eram na origem órgãos termo-reguladores, ou seja, sua função era de
regular a temperatura do corpo desses pequenos animais de sangue quente. As
penas nada mais são que escamas reptilianas modificadas. Mais tarde, a essa
função de termo-regulação acrescentou-se uma outra função 'aerodinâmica'.
Atualmente, a função termo-reguladora das asas de algumas aves é uma função
subsidiária ou secundária. Darwin denominou tal fenômeno de 'deslocamento
funcional'. Pois bem, parece que entre os macacos aconteceu algo semelhante
com a sexualidade, um deslocamento funcional.

Acho que os fatos acima discriminados tornam mais verossímil o
pan-sexualismo de Freud, não?

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/07/2001 22:23

Alberto Mesquita Filho disse :

>Existem sim efeitos físicos, mas não quânticos

Então a Radiação de Rydberg como se explica ?
Ou se quiseres, a radiação do corpo negro.
Ou o que é o mesmo, as riscas no espectro de emissão/absorção dos átomos...

Tens alguma explicação, não quântica, para isto que dê previsões tão boas
como as da MQ ?


Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/07/2001 23:23

> a) Alguem conhece essa passagem, na historia da Fisica ?
> b) De fato, todas as propriedades do tal barion (posteriormente
> encontrado), citadas pelo Gell-Mann, estavam de acordo com suas
> previsoes, ou houve algum "erro" ?
> c) Como os proprios autores do livro mencionaram no ultimo
> paragrafo da minha citacao, o fato de uma previsao teorica ser
> comprovada experimentalmente nao garante que, de fato, a
> teoria e' boa ? Ou nao foi assim que ocorreu de verdade ?
> d) Mesmo que a passagem acima seja verdadeira, ela se constitui
> uma excecao, e nao uma regra, dentro da mecanica quantica ?

Bem... me parece que o Halliday-Resnick é confiável. Mas os amigos da área
devem certamente ter algo mais para dizer.

Que vcs acham?

Godoy
>
> []'s
> Paulo Sérgio Dias
> psdias@globo.com.br
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Fim do mundo ... finalmente!
FROM: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/07/2001 23:37

Oi Léo, Alberto e demais amigos.

Acho que depois das referências do Belisário e da resposta à minha primeira
mensagem nesta thread vou acabar virando um defensor das alternativas à
física moderna! (Inclusive, Alberto, preciso tentar responder às suas
perguntas sobre as bandas de valência e condução... é que esta época do ano
é terrível, tenho centenas de provas para corrigir os marditos livros de
chamada...ando quase sem tempo para a verdadeira ciência!!).

O problema é que realmente as coisas se complicaram em meu entendimento.
Algumas impresões:

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, July 03, 2001 1:54 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fim do mundo ... finalmente!
> Um lado interessante da coisa é que só se manifestaram os
físicos-teóricos. Os físicos-experimentais, como se sabe, nunca vêem as
partículas em cores. Apenas um deles, a respeito do elétron, disse que era
verde (e logo esclareceu que tinha como apoio disso o rastro do elétron no
oscilógrafo). Disso, pelo menos, resultou num bom método para distinguir um
físico-teórico de um experimental e, como tal, pode auxiliar aos estudantes
na busca de sua verdadeira vocação: se não sente as cores das partículas,
não enverede pelo teórico.

:) Mas isso deixa qualquer um confuso... E certamente precisando estudar
mais!

> Um leitor um tanto quanto alheio à ciência perguntará: "Por maioria de
votos? Que modo estranho de resolver questões científicas. Por acaso a
Física desconhece as verdadeiras cores das partículas?"

Parece-me que as cores das partículas são metáforas... algo como os
"sabores" dos quarks ou coisa assim.

> Ainda do Alberto, apreciei deveras o comentário distinguindo a matemática
da física (e vice-versa) que, como sabem, é também minha 'sólida' opinião.

Sim, é também a minha opinião (embora não saiba se realmente isto ficou
claro em minha última msg). Mas será que a matemática pura não pode
realmente descrever algumas faces ocultas da realidade? Um lado meu acredita
que sim.

>Só faltou, para bater frontalmente com minhas 'sólidas e divinas' opiniões,
comentar que Física nada tem de * verdade absoluta* (felizmente) e nada mais
é que um belo amontoado de modelos refutáveis postos para se adaptar ao que
a natureza faz. Ainda tem gente que pensa que na natureza há 'movimento' e
chegam até ás raias do incrível de, ao observarem um carro passando,
comentarem "olha só a velocidade dele!". Que pretensão! Como alguém pode,
num bater de olhos fornecer a razão ds/dt?. Sem dúvida, foi apenas uma força
de expressão.

Ainda bem que as "verdades absolutas" (dogmas) não são o corpo da Física! De
qualquer maneira, eu ainda gostaria de ver os resultados experimentais
previstos pelas hipóteses alternativas serem confirmados. Pode ser até que
venham a ser confirmados... seria um estouro!! (E aí o Alberto poderia
enforcar os físicos modernos nas supercordas com uma função de probabilidade
igual a um de obter óbito!!).

Abraços,

Godoy




SUBJECT: [ciencialist] Re: Isso que eh gastar!
FROM: holanda_lb@zipmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/07/2001 00:26

Senhor professor Luiz Ferraz Netto e demais membros da lista,

Eu:

É verdade Léo,
Isso é que é saber gastar...
Já por aqui, gasta-se muito (provavelmente bilhões) só com propinas,
corrupção e salvar dívidas de bancos cujos banqueiros são ladrões... e
a probabilidade de vermos o dinheiro de volta...
A comparação é a seguinte: lá gasta-se muito com pesquisa que pode
ajudar a gerações de pessoas, aqui, gasta-se muito para deixar as
gerações dos políticos e banqueiros felizes...

Luiz Ferraz Netto:

Quanto ao político nacional, resultado do caldo que restou da Educação,
convenha que a culpa são dos eleitores. Se todos seguissem minha bandeira
(notoriamente conhecida) isso não aconteceria. Caso não se recorde, volto
a hasteá-la: "Jamais re-eleja político! Acabemos com a profissão."

eu:
Eu concordo plenamente: nas urnas nunca re-elegi político algum: nem para
síndico de prédio!


Luiz Ferraz Netto:

Quanto ao gasto gringo "que pode ajudar as gerações de pessoas", jogando
uma lata equipada no espaço para captar o 'tzim ....tium, tzim ... tium'
deixa muito a desejar. Seus interesses estão longe de respaldar a melhoria
da espécie. Muito longe, alguns bilhões de quilômetros disso! A condição
social do próprio povo americana seria deveras melhorada com essa quantia
jogada no espaço. Humanísmo ... pois sim!

Eu:

Vou usar, como resposta um texto bem escrito que encontrei no

http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto05.htm


feiradeciencias:

Para que serve o seu conhecimento?

Parece destino. Mais dia, menos dia, todo cientista encontra pela frente
alguém que o interroga e mesmo o desafia a mostrar que o seu saber tem alguma
utilidade. Contudo, pode não ser de nenhum interesse, para ele, que essa
utilidade exista; ele pode simplesmente achar que o prazer de saber, de
compreender, de investigar o universo, constitua a sua total recompensa.
Com esse modo de pensar, o cientista pode até dar-se ao luxo de irritar-se,
por vezes, com quem quer que seja que peça mais do que isso.
[...]
Quantos ainda não se perguntam: "Para que serve a matemática ?"

Eu:
E outros ainda perguntam "Para que serve a astronomia?" "Para que serve
determinada experiência da NASA?"

feiradeciencias:

A menos que a aplicação de uma nova descoberta seja clara e atuante, muitos
continuarão a duvidar de seu valor.

Senhor, para que serve um bebê ?

Não menos notável e profunda é a história do cientista inglês Michael Faraday,
que bem ilustra este ponto. Ele foi, em seu tempo, muito popular, como conferencista,
e também como físico e químico de primeira classe. Em uma de suas palestras,
nos anos de 1840, ele ilustrou o comportamento peculiar de um ímã e de um
bocado de fio enrolado cujas pontas estavam ligadas em um medidor elétrico.

Ele queria mostrar que era capaz de produzir com isso uma corrente elétrica.
E realmente o fez; movendo o ímã próximo do rolo de fio, o ponteiro do medidor
saía do zero, indicando a passagem de uma corrente elétrica.
Ao terminar a palestra, um homem do auditório se aproximou de Faraday e
disse:

"Sr. Faraday, o comportamento do ímã e do rolo de fio foi interessante,
mas para que poderá servir?"

Eu:
Um outro poderia perguntar:
"Como pode ajudar gerações de pessoas jogando-se uma lata equipada no espaço
para captar o 'tzim ....tium, tzim ... tium'?

feiradeciencias:

E Faraday, educadamente respondeu, com outra pergunta:

"Senhor, para que serve uma criança recém-nascida ?"

Foi precisamente tal efeito ¾ a indução eletromagnética ¾, cuja utilidade
se viu questionada tão ingenuamente por um membro do auditório, que Faraday
usou para desenvolver o gerador elétrico que, pela primeira vez, tornou
possível obter energia elétrica barata e em grande quantidade.
A energia elétrica que você consome diariamente em sua casa nasceu naquele
dia, naquele auditório, naquele laboratório público. Esse notável experimento,
por sua vez, tornou possível o desenvolvimento da tecnologia elétrica que
nos cerca nos dias de hoje, e sem a qual a vida, no sentido moderno, seria
difícil de imaginar. A demonstração de Faraday foi uma criança recém-nascida
que cresceu e se transformou num gigante.

Eu:
É bom que nos lembremos que as pesquisas em astronomia (bem como de qualquer
outra ciência) são de grande valia. Aliás foi graças à pesquisas em astronomia
que houveram as seguintes descobertas:

Buraco na camada de ozônio.
Efeito Estufa.
Descoberta do elemento químico hélio.
E outros.

Não gosto de enfileirar as descobertas da astronomia pois eu poderia deixar
sempre muitas de fora, quer por esquecimento, quer por desconhecimento.
Não sei quanto custou cada uma dessas descobertas, talvez chegue a cifra
de milhões de dólares como a lata equipada no espaço para captar o 'tzim
....tium, tzim ... tium', mas imaginem o prejuízo para a vida animal e vegetal
(e consequentemente, ao risco que seria submetida gerações de pessoas) se
algum político vetasse as verbas destinadas as pesquisas que geraram as
descobertas como a do buraco na camada de ozônio ou o efeito estufa?
Outra coisa: o futuro da física de partículas bem como muito que há de
se descobrir na própria física virão de outras latas que, provavelmente,
serão lançadas no espaço para captar outros 'tzims ....tiums' ...
Imaginem então o que o resultado de pesquisas como terriformação podem
nos ajudar na preservação de nosso ecossistema?
Pergunto: Será que Beethoven ou Mozart fossem mais úteis para sua época
se fossem charreteiros ao invés de nos levar a gerações de pessoas belíssimas
melodias?
Na verdade é um erro capital achar que se verbas de pesquisas científicas
fossem redirecionadas para o áreas sociais o mundo seria melhor.
Vou dar uma sugestão deveras melhor: que tal pararmos de investir em aviões
que custam 1 bilhão de dólares cada, como os B-2/ATB Stealth ou aviões"invisíveis"?
Que tal pararmos de investir em bombas de nêutrons? Que tal pararmos de
investir em destroiers?
O investimento em armas ou máquinas de guerra é superior ao investimento
em ciência em qualquer país do mundo. Isso é que tem que acabar.
Sugiro que leiam, como complemento a mensagem do ciencialist com o subject
"Re: [ciencialist] Andar com fe´ e o Jovem Novo Selvagem" em

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9175

E vejam porque não podemos agora viver sem a Ciência.



P.S.: O site http://www.feiradeciencias.com.br é de autoria do próprio
professor Luiz Ferraz Netto.
Só mais uma pergunta professor: o que achou do aluno?
P.S.2: Desculpe pela demora na resposta.

Abraços
Leandro.



___________________________________________________________

http://www.zipmail.com.br O e-mail que vai aonde você está.






SUBJECT: Termometro de mercurio eh condenado nos EUA
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <direito_saude@yahoogroups.com>
CC: <bioetica@widesoft.com.br>, <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/07/2001 01:43

Contra o parecer do deputado Moacir Micheleto !Direito_Saúde -- 06.07.2001
======================
Maria C. Rosa
===============

Uso de termômetro de mercúrio é condenado nos EUA
18:20 - 04/07/2001

=====

A Academia norte-americana de Pediatria recomendou aos médicos e pais que parem de utilizar os termômetros de mercúrio, antes um item de primeira necessidade e que hoje está a caminho do túmulo na Medicina. Alternativas como termômetros digitais estão disponíveis no mercado. Se os termômetros de mercúrio quebram, os vapores podem ser absorvidos pelo corpo. Além disso, o calor e uso equivocado dos termômetros pode fazer com que o mercúrio se espalhe. A exposição por longo tempo ao mercúrio pode causar danos neurológicos às crianças. A recomendação da academia foi publicada na edição de julho de seu jornal, "Pediatrics".
===
Tribuna da Imprensa

--------------------------------------------------------------------------------

Contra o parecer do deputado Moacir Micheleto ! A favor da MP nº 2.080-62 !
===================================
http://groups.yahoo.com/group/direito_saude
===================================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Transgenicos atingem 44,2 milhoes de hectares no mundo
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <bioetica@widesoft.com.br>
CC: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/07/2001 02:20

Direito_Saúde -- 06.07.2001
======================
David Hathaway
hathaway@unisys.com.br
=================
Diário do Grande ABC - Economia - 4/7/2001
(03/07 - 14h05)
===
Área de culturas transgênicas atinge 44,2 milhões de hectares

Do Diário OnLine

Em um período de cinco anos, a área das culturas transgênicas aumentou mais de 25 vezes, atingindo 44,2 milhões de hectares, contra 1,7 milhão em 1996. O número de países que cultivam as plantas geneticamente modificadas passou de seis em 1996 para 13 em 2000 e os principais cultivadores são Estados Unidos, Argentina, Canadá, China e África do Sul.

Além disso, até o ano passado as principais culturas transgênicas eram soja, com 25,8 milhões de hectares; milho, com 10,3 milhões de hectares; algodão, com 5,3 milhões; e canola, com 2,8 milhões de hectares. As quatro culturas ocupavam mais de 99% da área global de transgênicos.

As informações foram divulgadas pela professora titular do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Maria Helena Zanettini, no 4° Seminário sobre Qualidade de Alimentos, promovido pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), em São Paulo.

=========

ESCLARECIMENTO:
A douta doutora gaúcha dá a impressão que os transgênicos estão tomando conta do mundo.

Ela não explicou, porem, que apenas 3 (três) paises -- EUA, Argentina e Canadá -- respondem sozinhos por 98% da área plantada com culturas transgênicas no mundo. A expansão toda dos últimos 5 anos se dá nestes 3 países. A China responde por menos de um por cento (1%) do total, e o resto é dividido pelos outros 13 países. Os transgênicos não estão se expandindo pelo mundo, simplesmente estão sendo usados mais intensamente nos mesmos lugares de sempre.
=========================================
Todas (TODAS, mesmo) as plantas transgênicas de todas as culturas mencionadas são de 2 tipos: 19% são plantas inseticidas ( toxina Bt em "embalagem vegetal" ); 74% são plantas engenheiradas para servirem de veículo para a "venda casada" de um herbicida tipo "mata-tudo"; e 7% são inseticidas e coadjuvantes de herbicidas ao mesmo tempo!
Fonte da Zanettini e deste esclarecimento: Global Status of Commercialized Transgenic Crops: 2000. ISAAA Briefs No. 21: Preview. ISAAA: Ithaca, NY
=========================================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: Bases filosoficas e cientificidade
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/07/2001 17:27

Beleza, Bulcao?

Acho q. nesse ritmo em breve estaremos
trocando tratados e nao mais mensagens,,,
re re...

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Dizer que o psiquismo é biológico é o mesmo que dizer que o romance Guerr=
a e
> Paz de Tolstoi é sobre a Rússia no período das guerras napoleônicas. Sim,=
e
> daí? O romance é só isso? É aquela piada do Wood Allen que você me contou=
,
> só que com um detalhe a mais.

Nao me parece um reducionismo exagerado...
O psiquismo humano me parece essencialmente
psicologico, como o sistema imunologico humano
me parece essencialmente imunologico...

Nao tbm q. o abstracionismo me perturbe
ou nao seja util. Mas ao se considerar a
porcao pratica da psicologia ou da psicanalise --
analisar esses fenomenos sob o ponto de
vista biologico, tal qual ela e', vc nao concorda q.
da' mais embasamento?

Como saberei q. um individuo 'xis' tem mesmo
uma depressao? Eu tenho indicios clinicos, mas
q. podem de repente ser indicios de uma ourtra
doenca com sintomatologia semelhante... Como
saber o q. e' o q? E se olharmos os padroes
de atividade do cerebro? Os niveis de neuro-
transmissores? Esses estudos nao poderiam
ajudar na precisao dos diagnosticos?

Nao e' necessariamente lhe dar um prozac,
mas de repente isso pode mesmo lhe ajudar --
pode ser o caso de evitar uma tentativa de
suicidio. E ajudar no tratamento essencialmente
psicanalitico ou outra tecnica psicologica q. nao
seja por farmacos.

A biologia nao e' um reducionismo. E' a propria
biologia do individuo quem pode ser uma das
chaves -- eu acho q. e' *a* chave -- para o
entendimento das peculiaridades pessoais.

> Um organismo biológico é um sistema físico, mas um sistema físico muito
> particular, pois obedece a um princípio físico 'particular' que é a

Nao e' um principio fisico 'particular' nao mais
do q. dizer q. o fato de um carro atrair outro em
funcao de sua massa com uma forca muito
pequena e' um principio 'particular' do carro, em
comparacao com as forcas descomunais q.
uma estrela exerce sobre os planetas 'a sua
volta...

Os principios sao os mesmos... apenas os resultados
sao diferentes pelas condicoes de contorno do
sistema serem diferentes.

(O principio da reflexao eh o mesmo para
qq corpo. Mas em funcao da presenca de
determinados pigmentos um corpo pode
ter cor diferente de outro, ainda q. sob a
iluminacao de uma mesma fonte luminosa...)

A vida e' um sistema q. gera desordem...
Um ser vivo bagunca o seu ambiente ao
se manter organizado... Idem com a
formacao de cristais ou o ciclo de
evaporacao e condensacao da agua.
Uma nuvem e' um sistema organizado.

(Sob esse aspecto apenas termodinamico,
um organismo vivo nao difere do complexo
conjugado ou do estado ativado de um
composto q. sofre uma reacao quimica
espontaneamente...)

> De um modo análogo, o psiquismo humano é um processo biológico, mas um
> processo biológico muito particular. Pois, se entre os heterotróficos

> tão-somente por razões 'psicológicas'. Com freqüência, matar não é uma
> necessidade, mas um desejo; não é fome, mas apetite: mata-se por prazer.

A circulacao sanguinea tbm eh um processo
biologico muito particular. Idem para a digestao,
a reproducao... Ha' particularidades e generalidades
em cada um desses processos em relacao aos demais.

Matar por prazer, satisfazer os desejos -- o q.
nisso tEm q. o torne tao diferente de outros
processos biologicos?

O estranhamento e' q. em alguns casos --
como o matar por prazer -- soa anti-etico
(eu tbm acho q. e') e se afasta do comportamento
q. julgamos normal. Mas uma doenca tbm
e' um caso de excepcionalidade -- e
isso nao a torna menos biologica...
E' uma resposta natural do organismo
(mas q. procuramos combater, nem tudo
o q. e' natural e' bom).

> Na Espanha, durante a guerra civil, entre os falangistas havia um grupo c=
ujo
> slogan era "viva a morte".

Leoes brincam com suas presas tbm...
Macacos tbm. Alguns matam por vinganca.

> Se as crias brincam mais que os adultos, o homem, por ser um animal
> neotênico (um macaco que permaneceu jovem), é o mais brincalhão dos anima=
is,
> e uma de nossas principais atividades lúdicas é a guerra. Claro que guerr=
as
> também são feitas por razões sócio-econômicas, mas creio que tais razões,=

> quando existem, são apenas um motivo a mais.

Eu discordo da visao ludica das guerras... (E tbm do
neotenismo estrito dos seres humanos.)

Ja' apresentei os motivos em outra ocasiao para
cada um desses pontos.

> Há no psiquismo humano certos traços que não são adaptações, mas exaptaçõ=
es.
> Segundo Gould, as exaptações podem ocasionalmente vir a ter uma utilidade=

> evolucionária, um valor adaptativo, mas não o têm necessariamente.

Exaptacao e' uma adaptacao. Estruturas exaptadas sao estruturas q.
conferem uma adaptacao. Mas apenas q. originariamente nao foram
selecionadas de modo a exercer funcoes q. exercem nos organismos
em questao.

> Takata: algumas perguntas: de onde Freud tirou o complexo de Edipo?... as=

> fases da sexualidade infantil?...a existencia da libido?...

> Manuel: Como trabalha um etólogo que estuda o comportamento de um animal =
em
> liberdade, um bonobo em seu habitat natural, por exemplo? Como ele elabor=
a
> os seus modelos? Responda-me esta pergunta, e terá respondido 'grosso mod=
o'
> à pergunta que você me fez: "De onde Freud tirou isso e aquilo?"

Ok, reformulo a pergunta: quais os indicios q.
levaram Freud a postular esses fenomenos supra-citados?

> sempre viverá em meio a sujeira, por mais limpa que esteja a sua casa. Di=
ria
> Freud que, no fundo, o que ele quer mesmo é viver no meio da imundície ou=

> vivencia ele um conflito de desejos. A mania por limpeza é uma maneira de=

> conciliar os desejos conflitantes. Alguma coisa a ver com fixação no está=
gio
> sádico-anal da libido combinada com uma rígida educação no que atine à
> higiene.

Diria, Freud, ok. Nao duvido q. ele o dissesse. Mas em q. ele apoiaria isso=
?
E se ele realmente morre de medo da imundicie -- tem uma
repugnancia legitima sem uma vontade oposta? (Querera' uma pessoa
aracnofobica mesmo viver com aranhas?).
Em q. se basearia Freud para dizer q. houve a fixacao de uma
fase sadico-anal (o q. quer q. isso signifique)?

> será 'racional'. Por exemplo: "eu estou testando o guarda-chuva." Isso
> remete a processos mentais inconscientes.

Mas desvela tais processos? Como?

> adulto. A testosterona induz sensações prazerosas sobretudo nas mucosas
> bucal e anal

Vc tem uma referencia sobre esse trabalho? Gostaria de dar uma
olhada nisso.

> libido pré-genital verificam-se na idade adulta. Por isso que os amantes =
se
> beijam na boca, realizam coito oral (felação e cunilíngua), coito anal, o=
s
> homens beijam e sugam os mamilos da parceira, comunicam-se numa linguagem=

> infantil com muitos diminutivos (filhinha, filhinho, morzinho, lindinho,
> gatinha...). Algumas mulheres adoram palmadinhas no bumbum como
> preliminares. Um tapinha não dói.

Vejamos: e os mamilos? Existiria uma fase mamilar?
Pessoas sentem prazer sexual com cocegas... Algumas
tEm tara pelo pe', outras por pescoco... Muitas tEm
repugnancia por sexo oral e anal (os jovens adolescentes
com namorada sabem muito bem disso...). A manifestacao
do beijo nao e' universal e nem sei se e' de ampla
distribuicao -- retirando-se a divulgacao pela cultura
norte-americana e ocidental. (No Japao, a peca O Beijo
de Rodin teve q. ser ocultada por um biombo pra nao
chocar os visitantes... ja' ha' um bom tempo q. isso
ocorreu, claro.)

Algumas mulheres e outro tto de homem se excitam
com um tapa na cara... outros com animais. Outros
com criancas... A listagem de perversoes sexuais --
de brandissimas a graves e repugnantes -- parece
ser bastante gde... (Quem tem um dicionario eletronico
pode procurar por *lagnia...)

> adulto humano teria que aplicar um dispositivo especial para reprimir os
> padrões arcaicos de comportamento sexual. Seria a base biológica da
> repressão primária ou primal mediante a qual a criança supera o uso de
> atividades orais e anais como sistema de relacionamento com as pessoas qu=
e
> ama e as substitui por atividades genitais e espirituais sublimadas. (Isa=
ak
> Mielnik; Dicionário de Termos Psiquiátricos; Ed. Rocca; pp. 192/193.)>>

Mas em q. ele se baseia fatualmente pra sustentar essas
suposicoes?

> homossexuais. Ora, entre os homens e seus parentes antropóides mais próxi=
mos
> há uma continuidade, um padrão comportamental comum. Isso endossa a hipót=
ese
> que Freud aventou, segundo a qual, no homem, o instinto gregário é um
> derivado do instinto sexual ou libido 'sublimada' (sobretudo libido
> pré-genital).

Metade das relacoes sexuais humanas sao
homossexuais? Isso esta' bem documentado?

Nao poderia ser o oposto: o instinto sexual
ser atrelado ao instinto gregario nessas manifestacoes?
Pra mim faria mais sentido ate', ja' q. daria conta de
outros tipos de manifestacao de submissao e alianca q. nao
envolve sexo: troca de favores, trabalho, comercio... (so'
por questao de discussao...)

> Com efeito, nas comunidades humanas as relações interpessoais, ao menos a=
s
> autoritárias, são mediadas por símbolos sexuais e suas metáforas ou
> metonímias.

Mas tbm por outros simbolos e imagens: dragao, cascavel, burro,
lambe-botas (ha' controversias se puxa-sacos e baba-ovos sao
de origem sexual), canhao, cachorro, liso, morto, cego, no'-cego,
cabeca-oca, mosca-tonta, fedido, sujo, pastel, diabo, escolado, preparado,
armado, carrasco, frito, queimado.

(E' engracado como se usam expressoes sexuais para caracterizar
outras situacoes e se usam outras situacoes para se caracterizar
relacoes sexuais...)

> Sabe-se que as asas das aves (ou dos pequenos dinossauros ancestrais das
> aves) eram na origem órgãos termo-reguladores, ou seja, sua função era d=
e

Acho q. nao se sabe, nao, disso sobre as asas.
Alguns acham q. eram flaps para estabilizar as manobras em
alta velocidade durante uma corrida. (A asa nao seria um bom orgao
termorregulador -- ja' q, nao e' a superficie da pele que se expande, mas
sim uma estrutura morta -- a asa -- se ja' viu um frango assado, ve-se
bem q. a superficie da asa sem as penas nao eh maior nem menor do q.
a superficie de um membro preensil...)

Ja' as penas podem ser q. tivessem a funcao de termorregulacao --
de insulacao. Mas dinossauros como Caudipteryx com um display de
penas na ponta da cauda longa levanta a hipotese de um uso sexual bem preco=
ce.
Outros aventam a hipotese de serem as penas um fator de protecao
contra a umidade.

> Acho que os fatos acima discriminados tornam mais verossímil o
> pan-sexualismo de Freud, não?

Nao sei. 'As vezes me parece como o caso acima citado do
misofobico q. ve sujeira em tudo qto eh lugar...

Ainda gostaria de ver algo mais contundente em apoio 'a
teoria psicanalitica.

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/07/2001 20:59

> Mas ainda não foi construída nenhuma relatividade a justificar que
> um tijolo é uma casa, ou que um átomo é um avião, ou que um elétron
> é uma carga elétrica. E esta última identidade é assumida por todos
> os físicos modernos, ainda que apoiada na teoria dos fluidos elétricos,
> algo comprovado experimentalmente não existir, assim como o flogisto
> e o calórico.

- E' uma pena que meus conhecimentos sobre o assunto sejam tao infimos
para conseguir apreender mais sobre esta discussao. Mesmo assim,
vou arriscar algumas perguntas adicionais:

a) Nos livros de Quimica e Fisica de 2o grau (e ate' de nivel
superior) e' dito que o eletron TEM carga eletrica negativa,
o proton TEM carga eletrica positiva e que o neutron NAO TEM
carga eletrica.

Bem, apesar de nunca ter compreendido bem o que significa
"ter carga eletrica", sempre aceitei isso como verdade,
pois, penso eu, diversos cientistas devem ter feito experiencias
suficientes para comprovar que o conceito (modelo ?) de
carga eletrica explica o que ocorre nos fenomenos que eles
observam. Porem, pelo que o Alberto escreveu (na citacao acima),
parece que o eletron ter carga eletrica e' algo inventado pelos
fisicos quanticos... Solicito maiores detalhes do Alberto,
pois nao sei se o que ele colocou como problema e' o verbo "SER"
("o eletron E' uma carga eletrica"). Se eu disser que o eletron
TEM (verbo ter) uma carga eletrica (negativa, segundo a convencao
cientifica) esta' "correto" (aceitavel, razoavel) ?


Desculpem se a pergunta e' muito primaria, mas fiquei preocupado
se passei varios anos "iludido" quanto `a "verdade" cientifica
das cargas eletricas do proton, eletron e neutron. Afinal, esse
conceito de carga positiva, negativa e "neutra" e' ideia dos
fisicos quanticos ? Ha' explicacao melhor que esta ?


b) Gostaria de insistir na minha pergunta original, que originou
esta discussao: Afinal, o Gell-Mann "previu" a existencia de um
"barion" com tais e tais propriedades (que eu ja' mencionei na
minha primeira mensagem). Ele fez essa previsao pois a teoria
aceita ate' entao indicava que essa tal particula "deveria existir".
Depois de algum tempo, alguns pesquisadores realmente encontraram
o tal "barion". Isso nao significa que a teoria era boa o bastante
para prever o que de fato ocorria no universo fisico ? Ou o "achado"
foi "forcado" para se casar com a teoria ?


- Grato pela atencao de todos.

[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Isso que eh gastar!
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/07/2001 21:25

>Vou dar uma sugestão deveras melhor: que tal pararmos de investir em aviões
>que custam 1 bilhão de dólares cada, como os B-2/ATB Stealth ou aviões
>"invisíveis" ? Que tal pararmos de investir em bombas de nêutrons? Que
>tal pararmos de investir em destroiers ? O investimento em armas ou
máquinas
>de guerra é superior ao investimento em ciência em qualquer país do mundo.
>Isso é que tem que acabar.


- Concordo com a afirmacao acima (sera' que ha' alguem que nao concorda,
com excecao dos militares e da industria belica ?), e gostaria de fornecer
mais alguns dados para discussao:

Ha' mais de 15 anos, li um livro do Joelmir Beting (que e' sociologo, e nao
economista, diga-se de passagem), onde ele informa que (cito "de memoria"):

"A sociedade americana gasta em um unico ano, em cosmeticos, o equivalente
ao que foi gasto em 14 anos do 'Projeto Apollo' "

- Obs.: Perdoem-me se a frase nao e' exatamente essa, mas e' como eu me
lembro
agora. Tambem nao me lembro do nome do livro, mas como Beting escreveu
apenas
dois, deve ser um desses: "Na pratica a teoria e' outra" ou "Os Juros
Subversivos"

- Quando usei essa argumentacao diante de um colega, que e' contra o uso
de verbas publicas em pesquisas "sem retorno social imediato", ele me disse
que, no caso dos cosmeticos, e' uma questao de "opcao pessoal" de cada um
(desculpem o pleonasmo) gastar seu dinheiro nesses produtos, ao passo que,
na destinacao de verbas publicas para as pesquisas, a populacao e'
praticamente
"forcada" a aceitar que o governo faca o que bem entender do dinheiro.

- O que pensam sobre isso (a informacao tirada do livro do Beting e a
argumentacao
do meu colega) ?


b) Ja' ouvi falar (e tambem li, em algum lugar) que durante o projeto
Apollo,
foram desenvolvidos um numero de "x" produtos, que hoje em dia estao
disponiveis
para o consumo da populacao. Alguem poderia citar alguns desses produtos ?
( se nao me engano, alguns materiais usados em medicina foram desenvolvidos
durante o projeto Apollo)

c) O estudo da possibilidade de meteoros atingirem a Terra, em futuro
proximo ou medio,
e a criacao de metodos para impedir o impacto, ou mesmo o desenvolvimento
de tecnologia
para a colonizacao de outros planetas, no caso de ser necessario um dia
abandonar
a Terra, por algum motivo, nao justificam os investimentos na Astronomia e
na tecnologia
aero-espacial ?


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/07/2001 01:39

----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda"
Sent: Thursday, July 05, 2001 10:23 PM
Subject: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann

> Alberto Mesquita Filho disse :
> >Existem sim efeitos físicos, mas não quânticos

> Então a Radiação de Rydberg como se explica?

Ótimo exemplo a justificar a minha argumentação. A radiação de Rydberg é um
EFEITO FÍSICO notado pela primeira vez por Balmer em 1885. A grande maioria
dos construtores da física quântica ou ainda não havia nascido ou ainda
estava fazendo pipi na cama. 28 anos mais tarde Bohr encontrou uma
explicação "maluca" para o fato, através das órbitas permitidas, coisa que
até hoje não se conseguiu entender fisicamente, mas apenas através de uma
matemática que se encaixa como uma luva no... No quê???? Retiramos a luva e
não enxergamos nada!!!!!

Repito meu argumento para os que não entenderam o que eu pretendi dizer,
pois é possível que entendam agora através desse exemplo do Sérgio. NÃO
EXISTEM EFEITOS QUÂNTICOS, MAS TÃO SOMENTE EFEITOS FÍSICOS. Alguns efeitos
físicos são explicáveis através do que se denomina "física" quântica. E
alguns efeitos físicos, como o efeito Rydberg, não conseguiram ser
explicáveis através da física conhecida no final do século XIX, o que não
significa dizer que não tenham explicação clássica, mas tão somente que os
físicos da época não conseguiram, utilizando-se de uma *metodologia*
clássica, explicar tais fenômenos.

A "física" quântica existe, e tanto existe que não me canso de criticá-la
[Essa é em homenagem ao Descartes :-)); "Critico, logo ela existe."] O que
digo não existir são efeitos atribuídos a esta ou àquela teoria. Esta
atribuição indevida implica em um erro lógico grave e cometido com grande
freqüência pelos físicos modernos, quando por ocasião da lavagem cerebral
que ano a ano submetem os jovens que entram na universidade.

Uma teoria não cria efeitos: Uma teoria EXPLICA efeitos observáveis na
natureza. Efeito quântico, no sentido que normalmente se propõe, não existe.
O que existem são efeitos explicáveis ou não pela "física" quântica e
efeitos explicáveis ou não pelas teorias clássicas. Por outro lado, a física
clássica não abomina a expressão quantum ou quanta. Maxwell utilizou-se
desses termos numa conotação 100% clássica, e Planck acreditava na
existência de quanta clássicos. A diferença entre um quantum clássico e um
"quantum quântico" (perdoem-me a redundância, mas não há como evitá-la neste
trecho) reside apenas em que o primeiro "deveria" adaptar-se à metodologia
clássica, enquanto que o segundo adapta-se tão somente a um utilitarismo não
compatível com a lógica clássica e a situar-se nas fronteiras da ciência com
a ficção.

Lembro ainda que seguindo-se a linha de raciocínio exposta em meu artigo "O
elétron emissor de radiações eletromagnéticas" não creio ser impossível
chegar-se à lei de Balmer através de argumentos 100% clássicos. Por
esta linha de raciocínio, a única novidade é que considero o elétron como
uma partícula 100% clássica e não como um "elemento do fluido elétrico" da
teoria de Maxwell. Esta novidade, obviamente, não faz parte da física
clássica do final do século XIX, mas está totalmente coerente com a lógica
da física clássica. O artigo citado pode ser lido em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron2/emissor01.htm

> Ou se quiseres, a radiação do corpo negro.

Novamente grato por mais este dado a justificar meu argumento. A radiação do
corpo negro também é um EFEITO FÍSICO, e não quântico, tendo sido observado
quando ainda não existia a física quântica, e portanto não se pode dizer que
represente um efeito de uma física que ainda não existia. Planck tentou
explicar este efeito através de uma matemática que o levou a conceitos que
acreditou não representarem a realidade física durante toda a sua vida.
Morreu convicto de que as explicações que deram para a matemática que criou
(posteriormente aperfeiçoada por Einstein) não se justificavam fisicamente.
Do mesmo modo que, no caso anterior (lei de Balmer), os físicos da época não
conseguiram dar uma explicação clássica para o efeito, o que não significa
que essa explicação não exista, e o caminho que proponho para tal
confunde-se, em seu início, com o citado acima.

> Ou o que é o mesmo, as riscas no espectro de emissão/absorção dos
> átomos...

Idem, ibidem.

> Tens alguma explicação, não quântica, para isto que dê previsões tão boas
> como as da MQ ?

Tenho, mas não espere que eu consiga sozinho, e em pouco tempo, justificar
fenômenos que milhares de cientistas outros não conseguiram explicar, *de
maneira satisfatória*, durante mais de 100 anos. Por outro lado, repito:
vocês estão tentando tapar o sol com a peneira. O grande "furo" da física
moderna reside na suposição da existência dos fluidos elétricos. Fluidos
elétricos não existem, e isto já foi corroborado experimentalmente "bilhões"
de vezes; e enquanto a física moderna apoiar-se nessa idéia não há como
distinguí-la de uma pseudociência.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/07/2001 01:45

----- Original Message -----
From: "Paulo Sergio Dias"
Sent: Friday, July 06, 2001 8:59 PM
Subject: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann

> a) Nos livros de Quimica e Fisica de 2o grau (e ate' de nivel
> superior) e' dito que o eletron TEM carga eletrica negativa,
> o proton TEM carga eletrica positiva e que o neutron NAO TEM
> carga eletrica.

Esta *suposição* incorpora um erro gravíssimo, o de confundir e/ou
identificar a parte com o todo. Uma carga elétrica, como definida por
Maxwell (A Treatise on Electricity & Magnetism) a partir dos trabalhos de
Coulomb, é uma identidade macroscópica. Maxwell não conhecia elétrons e
prótons e desenvolveu um modelo a assumir a carga como composta por um
fluido esparramado na superfície de um condutor. Hoje sabemos que o que para
Maxwell era um fluido, na realidade são partículas dispostas nessa
superfície. Do ponto de vista macroscópico pode-se continuar aceitando a
idéia de fluido ou, até mesmo, a idéia de que tais partículas tenham uma
simetria esférica não apenas em forma como também em efeitos (campo que
emite).

Do ponto de vista microscópico diria que os físicos precisam aprender a
metodologia adotada em biologia [essa é para agradar o Takata :-)], no
capítulo das proteínas. Costuma-se classificar a estrutura das proteínas em
primária, secundária, terciária e quaternária, conforme a abordagem
efetuada. Para utilizar uma expressão dos dias atuais, diria que as
proteínas são imaginadas, estruturalmente, por artifícios do tipo "zoom". A
pergunta que faço é a seguinte: Se fosse possível observar uma carga
elétrica, descrita por Maxwell, através de um "zoom" (estrutura secundária
da carga) tal que permitisse a visualização dos elétrons, você esperaria
encontrar partículas (elétrons ou prótons) idênticas à carga elétrica
(estrutura primária)? Pois os físicos modernos (e até mesmo os clássicos do
final do século passado) assumem essa identidade e constroem uma física a
apoiar-se neste alicerce condenado. Não vai dar outra. A física quântica irá
desaparecer totalmente do cenário da ciência, assim como desapareceram as
teorias do calórico e do flogisto, apoiadas em suposições do mesmo tipo.

Entenda que não estou pretendendo dizer que elétrons e prótons não geram (ou
sofram) efeitos elétricos e magnéticos. O que afirmo é que o campo de um
elétron não é idêntico ao de uma carga elétrica coulombiana. E quando num
campo eletromagnético, o elétron sofre efeitos diversos daqueles sofridos
por uma carga elétrica maxwelliana ou coulombiana, como queira. Ora, a carga
elétrica foi definida por Coulomb e tem suas unidades em coulomb a se
adaptarem à experiência original deste autor. Não há como atribuir-se
valores em coulomb para os efeitos gerados entre dois elétrons, logo o que
se mede nas experiências de Milikan e/ou Thompson não é a carga elétrica do
elétron mas tão somente constata-se que o elétron sofre efeitos, quando
colocado em campos eletricos. Por outro lado, quando colocados em campos
outros, sofre efeitos a mostrarem que o elétron tem uma estrutura diferente
daquela observada para o que chamamos carga elétrica (por exemplo, efeito
Aharonov-Bohm e experiência de Stern Gerlach, citados mensagem recente).

Em resumo: o que os livros citam como "carga do elétron" nada mais é senão
um número a significar um resultado experimental bem conduzido, jamais a
caracterizar uma propriedade física que o elétron não possui, a de gerar um
campo coulombiano. Posso até concordar que esse número represente uma
constante universal, mas não concordo com o significado físico que se
empresta ao mesmo.

> Bem, apesar de nunca ter compreendido bem o que significa
> "ter carga eletrica", sempre aceitei isso como verdade,
> pois, penso eu, diversos cientistas devem ter feito experiencias
> suficientes para comprovar que o conceito (modelo?) de
> carga eletrica explica o que ocorre nos fenomenos que eles
> observam. Porem, pelo que o Alberto escreveu (na citacao acima),
> parece que o eletron ter carga eletrica e' algo inventado pelos
> fisicos quanticos...

Não diria que foi inventado pelos físicos quânticos, pois este erro remonta
aos primórdios da física quântica, quando ela estava ainda em esboço. Aliás,
é dessa época a "teoria dos elétrons livres" de Drude (1900) e Lorentz
(1909). Na época já se falava em elétron como partícula, descoberto por
Thomsom em 1897. Não obstante, ainda persistia a idéia de fluido elétrico,
tanto que a teoria dos elétrons livres também é conhecida como "teoria, ou
modelo, dos fluidos elétricos incompressíveis". Essa idéia é aceita ainda
hoje e presta-se a alicerçar inúmeras teorias derivadas da física quântica,
incluindo a própria.

> Solicito maiores detalhes do Alberto,
> pois nao sei se o que ele colocou como problema e' o verbo "SER"
> ("o eletron E' uma carga eletrica"). Se eu disser que o eletron
> TEM (verbo ter) uma carga eletrica (negativa, segundo a convencao
> cientifica) esta' "correto" (aceitavel, razoavel) ?

Não. Se você disser que o elétron TEM carga elétrica coulombiana, posto que
a carga elétrica coulombiana é formada por elétrons, você estará incorrendo
no mesmo erro lógico de afirmar que "o átomo tem o formato de um avião,
posto que o avião é formado por átomos".

> Desculpem se a pergunta e' muito primaria, mas fiquei preocupado
> se passei varios anos "iludido" quanto `a "verdade" cientifica
> das cargas eletricas do proton, eletron e neutron. Afinal, esse
> conceito de carga positiva, negativa e "neutra" e' ideia dos
> fisicos quanticos?

Não. Os físicos quânticos inventaram milhares de absurdos, mas este erro
precede em alguns anos a física quântica e decorreu da confiança excessiva
na teoria de Maxwell, uma teoria construída para explicar efeitos do
macrocosmo (assim como a Mecânica dos Fluidos). Infelizmente Maxwell morreu
precocemente e seus sucessores não se deram conta do absurdo que estavam
fazendo ao extrapolar sua teoria para o microcosmo. Mesmo porque nesta época
o elétron ainda estava sendo descoberto.

> Ha' explicacao melhor que esta?

Há. Os físicos quânticos são vendedores de ilusões.

> b) Gostaria de insistir na minha pergunta original, que originou
> esta discussao: Afinal, o Gell-Mann "previu" a existencia de um
> "barion" com tais e tais propriedades (que eu ja' mencionei na
> minha primeira mensagem). Ele fez essa previsao pois a teoria
> aceita ate' entao indicava que essa tal particula "deveria existir".
> Depois de algum tempo, alguns pesquisadores realmente encontraram
> o tal "barion". Isso nao significa que a teoria era boa o bastante
> para prever o que de fato ocorria no universo fisico? Ou o "achado"
> foi "forcado" para se casar com a teoria?

Perdoe-me por ter desviado a conversa para assuntos outros. No que me diz
respeito, já comentei o que penso de previsões feitas por teorias e da
realidade experimental, a retratar o que existe na natureza e não a
confirmar esta ou aquela teoria. Corroborar sim, confirmar não (Popper). Por
outro lado, conheço jogadores que contabilizam apenas o que ganham nos
cassinos. São os fanáticos pelo jogo e adotam um comportamento muito
semelhante ao dos físicos modernos. Com respeito às propriedades dos
bárions, algumas fictícias a meu ver, deixo a explicação para os que
acreditam em ficção, pois essa, efetivamente, não é a minha praia.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Violencia Sexual
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <direito_saude@yahoogroups.com>
CC: <ciencialist@yahoogroups.com>, <artigos_juridicos@yahoogroups.com>, <faroljuridico@egroups.com>, <direitos-humanos@grupos.com.br>, <direitobrasil@grupos.com.br>
DATE: 07/07/2001 02:22

Lista Bioética
================
Clecienne Rodrigues
.


Repassando mensagem recebida da Dr.a Maria Berenice,

Desembargadora no RS...

===

Caros amigos:

Não sei se estão acompanhando minha nova luta por ter o STF "estuprado a lei": deixou de considerar o estupro como crime hediondo...
O movimento da sociedade docorre deste protesto.
Por isso convido a todos, ao menos os gaúchos, a participarem.
Obrigada,

Berenice

=======

C O N V I T E


O movimento de mulheres do Rio Grande do Sul convida o povo gaúcho para reunir-se no próximo domingo, dia 8 de julho, a partir das 10 horas, no BRIC do Parque Farropilha, Redenção, junto ao Monumento do Expedicionário, onde estarão sendo colhidas assinaturas para um abaixo-assinado, protestando contra a decisão da Justiça que julgou que o estupro não é cr! ime hediondo e, com isso, abriu as portas para aplicar penas menores e mais brandas para os estupradores.

Se você defende os direitos da cidadania contra todo tipo de agressões e discriminações, não deixe de participar deste ato cívico.

Os seus concidadãos e, sobretudo, as mulheres humilhadas pelos estupros bestiais -- muitas delas, mães de família violentadas à vista de seus filhos -- desde já agradecem a sua preciosa participação.


==============



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Transgenicos terao de ser testados antes de entrar no mercado
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <direito_saude@yahoogroups.com>
CC: <ciencialist@yahoogroups.com>, <artigos_juridicos@yahoogroups.com>
DATE: 07/07/2001 02:36

Lista Bioética
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Maria de Fátima Oliveira

http://www.uol.com.br/folha/reuters/ult112u3209.shl

06/07/2001 - 15h46
Transgênicos terão de ser testados antes de entrar no mercado

da Reuters, em Genebra
Foi fechado um acordo sobre as primeiras diretrizes mundiais exigindo que os países testem a segurança de alimentos geneticamente modificados antes que eles cheguem ao mercado, anunciou hoje a Comissão do Codex Alimentarius.

A decisão "em princípio" foi tomada pelos 165 países membros do código voluntário, representando 98% da população mundial, durante uma reunião de uma semana em Genebra.

Mas o Codex, órgão da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), não chegou a um acordo quanto à rotulagem de produtos devido a profundas divisões, disseram autoridades.

O Codex aprovou uma série de novos níveis máximos de substâncias que contaminam o meio ambiente -incluindo chumbo, cádmio e o cancerígeno aflatoxina- encontrados em sucos de frutas, cereais e leite.

"A Comissão do Codex concordou em princípio que a segurança dos alimentos derivados de organismos geneticamente modificados (OGM) deverá ser testada e aprovada pelos governos antes de entrarem no mercado", de acordo com um comunicado.

A decisão consensual, que é tomada em meio à polêmica na Europa e em todo o mundo sobre o impacto dos transgênicos na saúde e no meio ambiente, deve levar a procedimentos mais rígidos dos Estados Unidos para proteção de fatia de mercado exportador.

Gro Harlem Brundtland, diretora-geral da OMS, disse em nota: "Esta é a primeira iniciativa mundial para a avaliação da segurança de alimentos geneticamente modificados".

As regras detalhadas de segurança ficarão prontas em 2003 e vão prever em alguns casos a volta de uma forma de agricultura mais orgânica.

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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Medico conta como sao roubados orgaos de presos executados -- Veja 1707 - 04.07.2001
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/07/2001 03:05

Direito_Saúde -- 06.07.2001
======================
Medico conta como sao roubados orgaos de presos executados
=================================================
Veja edição 1707 - ano 3 - nº 26 - 4 de julho de 2001 - (página 56)
=================================================
Internacional
China
====================
CORPOS SAQUEADOS
====================
Médico conta como são roubados
órgãos de presos executados
====
Foto:
Narcotraficantes condenados em julgamento-show:
equipe médica de plantão para aproveitar o corpo
=======================================


Festivais de execuções sumárias são rotineiros na China, onde crimes como
roubo e corrupção são punidos com a pena de morte. Na semana passada,
teve-se a confirmação de uma antiga suspeita: o tiro na nuca é a senha para
outro festival de horror. Em depoimento a um comitê do Congresso
americano, Wang Guoqi, um médico chinês que busca asilo nos Estados
Unidos, contou que os condenados têm os rins, as córneas e até a pele
retirados logo após a execução, alimentando um lucrativo tráfico de órgãos
para transplante. O condenado é morto sem saber que seu corpo será
retalhado, sua família nem sequer é consultada - e, como é praxe, paga a
bala usada na execução. Como o corpo é cremado logo em seguida, as marcas do
roubo de órgãos literalmente viram cinzas.

===

Especialista em queimaduras de um hospital militar, Wang admitiu ter
retirado a pele de pernas, braços e costas de mais de 100 executados. Em um
incidente que mostra como o saque de órgãos é banal na China, o médico
descreveu como um condenado teve os rins arrancados enquanto ainda
agonizava, depois de ser alvejado na cabeça. Ainda vivo, mas já privado de
rins, córneas e pedaços de pele, ele foi embrulhado em plástico e levado
embora num caminhão militar. O esquema é tolerado porque envolve uma rede de
funcionários de vários setores públicos. Como numa operação comercial, os
valores são tabelados. Começa em 37 dólares, preço cobrado pelo guarda que
executa o condenado. Cabe a ele avisar a equipe do hospital sobre a hora e o
local em que um "doador" deverá morrer. SE O RECEPTADOR PRECISAR DE RIM, O
TIRO É NA NUCA. SE A PRIORIDADE FOR CÓRNEAS, O DISPARO É NO PEITO para
não pôr em risco a mercadoria. No fim do novelo está o receptador, em
geral estrangeiros de países vizinhos, como Malásia, Indonésia, Cingapura,
que se internam em hospitais chineses e estão dispostos a pagar até 15.000
dólares por um rim saudável. Há ainda o mercado paralelo de córneas,
congeladas para ser vendidas depois no exterior.


===

As primeiras denúncias surgiram há anos, por meio de dissidentes. O
governo chinês sempre negou a acusação - negativa repetida na semana
passada. Afirma, com orgulho, ter realizado 25.000 transplantes nos
últimos vinte anos, todos com consentimento dos doadores ou de suas
famílias. As denúncias cresceram na mesma proporção em que aumentaram as
execuções. No início da semana passada, para comemorar o dia internacional
de luta contra as drogas, 57 acusados foram condenados à morte em várias
partes do país. Em Kunming, na província sulina de Yunnan, o julgamento de
vinte traficantes ocorreu num estádio lotado, com transmissão ao vivo pela
TV. Após receber a sentença, os traficantes foram levados a um local próximo
para ser executados com um tiro na nuca.

===

No ano passado, um grupo de dez doentes renais da Malásia organizou uma
excursão à China. Hospedados num hospital militar, cada um pagou 10.000
dólares por um rim, uma pechincha. Elogiaram o tratamento vip dos médicos
chineses, que admitiram abertamente a origem dos órgãos. Em maio, o médico
Thomas Diflo, diretor de transplantes renais do Centro Médico da
Universidade de Nova York, repetiu a denúncia. Segundo ele, uma antiga
paciente que fazia hemodiálise apareceu de rim novo. A moça, de origem
asiática, confirmou ter comprado o órgão na China, onde fez o transplante.
Wang é o primeiro médico chinês a confirmar o esquema. Como a denúncia
serviu de argumento para o pedido de asilo, alguns deputados americanos
chegaram a colocar em dúvida seu depoimento. Mas, por precaução, estudam
aprovar uma lei que impeça médicos chineses especializados em transplante de
fazer estágio nos Estados Unidos.

===============================================
Veja on-line: http://www2.uol.com.br/veja/040701/p_056.html
===============================================
http://groups.yahoo.com/group/direito_saude
===============================================
==========================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocienficia internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bases filosoficas e cientificidade
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/07/2001 10:39

Olá Takata,

Takata: Acho q. nesse ritmo em breve estaremos trocando tratados e nao mais
mensagens, re re...

Manuel: Ora, você me faz várias perguntas ao mesmo tempo, perguntas estas
que requerem respostas complexas. Fica me sabatinando. Então não reclame do tamanho das minhas mensagens. :-)

Takata: Nao tbm q. o abstracionismo me perturbe ou nao seja util. Mas ao se
considerar a porcao pratica da psicologia ou da psicanalise -- analisar
esses fenomenos sob o ponto de vista biologico, tal qual ela e', vc nao
concorda q. da' mais embasamento?

Manuel: Concordo. Tanto que estou tentando mostrar-lhe os embasamentos
biológicos da psicanálise. Já lancei mão da etologia, da embriologia, da
endocrinologia, da teoria da evolução, da teoria dos sistemas adaptativos
complexos, etc. Também argumentei que algumas hipóteses de Freud, como a
teoria da libido, podem ser testadas ou falseadas por meio dos instrumentos
de análise das neurociências (Gell-Mann já tinha percebido isso). Não quero
convencer ninguém que a psicanálise é verdadeira. Não sou um dogmático
doutrinador. Até admito que Freud disse algumas bobagens (muitas bobagens é
o custo de um único grande insight). Quero apenas demonstrar que o freudismo
não é tão abstrato assim, que suas idéias não são pura especulação sem
sentido, malabarismo mental ou onanismo intelectual.

Mas se você, que é biólogo (uma autoridade no assunto), ainda não se
convenceu disso, é porque muito provavelmente meus argumentos são toscos e
simplistas. Eu, um réles advogadinho latinófilo e verboso e ainda por cima
colega do Celso Coimbra... (Celso, brincadeirinha! :-))

Takata: Como saberei q. um individuo 'xis' tem mesmo uma depressao? Eu tenho indicios clinicos, mas q. podem de repente ser indicios de uma ourtra
doenca com sintomatologia semelhante... Como saber o q. e' o q?

Manuel: Freud escreveu, em seu artigo sobre a psicanálise "selvagem", que
"às vezes nós adivinhamos erradamente e nunca estamos em posição de
descobrir tudo". Acho que ele estava admitindo a "falseabilidade" de seus
diagnósticos, não? Os diagnósticos psicanalíticos não são vaticínios de
oráculos.

Takata: E se olharmos os padroes de atividade do cerebro? Os niveis de
neuro-transmissores? Esses estudos nao poderiam ajudar na precisao dos
diagnosticos?

Manuel: Claro que ajudam. Em algum momento afirmei o contrário? A
psicanálise não exclui de seus esquemas os dados da neurologia. Já disse em
outra mensagem que Freud era neurologista. Freud não era nenhum metafísico
da alma, desses que acham que o Verbo paira sobre o vazio. Tanto que, em seu ensaio " Projeto para uma Psicologia Científica", tentou ele correlacionar
os processos psíquicos com processos neurológicos. Nesse ensaio, ele
distribuiu os neurônios em três categorias: neurônios X - percepção;
neurônios Y - memória; neurônios Z - consciência. (Ele escreveu isso em
1895, seja complacente.) Simplista e simplório (i.e., reducionista ingênuo) não é Freud, mas essa subcategoria de neurocientistas que querem ver propriedades moleculares no nível subatômico, que não sabem que "a cada grau ulterior de combinação, 'algo' de irredutível aos elementos isolados emerge numa ordem nova." (Teilhard de Chardin; O Fenômeno Humano). Esses fisicalistas que, quando contemplam uma estátua renascentista, exclamam: "Meu Deus! (ou melhor, 'minha Navalha de Occam!'), quão simétrico é esse macroagregado de moléculas de calcário!" -- Isso se eles tiverem sensibilidade estética para perceberem alguma simetria ao nível das moléculas de calcário.

Takata: Nao e' necessariamente lhe dar um prozac, mas de repente isso pode
mesmo lhe ajudar -- pode ser o caso de evitar uma tentativa de suicidio. E
ajudar no tratamento essencialmente psicanalitico ou outra tecnica
psicologica q. nao seja por farmacos.

Manuel: Mas você está apenas repetindo com outras palavras uma afirmação
minha. O nosso colega Marco Aurélio Andrade, que é médico psiquiatra e
psicanalista, receita antidepressivos a seus pacientes. Freud, em seu opúsculo "Esboços de Psicanálise", escreveu que: "O futuro talvez nos ensine a agir diretamente, com a ajuda de algumas substâncias químicas, sobre as quantidades de energia e sua distribuição no aparelho psíquico..." (se não me engano, já transcrevi esse trecho em outra mensagem.) Eu, que sou apenas um eterno psicanalisado, tomo tryptanol e frontal. E uísque nos fins de semana, Old Eight (tim-tim!) Mas vou logo avisando: tomo Old Eight não porque é uma marca mais barata, mas porque é um uísque forte de macho. Esse negócio de beber uisquezinho escocês 12 aninhos (que bonitinho!) é frescura de viado.

Takata: A biologia nao e' um reducionismo...

Manuel: Claro que não. Nem a biologia nem a termodinâmica nem a mecânica estatística nem a mecânica quântica são reducionismos. Reducionista é quem diz "nada mais é que...". Reducionista (ingênuo) é quem diz que uma banana 'nada mais é' que uma fruta, e que depois de concluir isso tenta saborear uma 'Fruta', tenta sentir o gosto de uma fruta-em-geral. Qual o sabor da fruta genérica? Coloque em um liqüidificador uma banana, uma laranja, um limão, uma lima, uma uva, uma jaca, uma maçã, uma pêra, um caju, um morango, um maracujá, um abacaxi, uma acerola, uma ata, um cajá, uma sirigüela, uma goiaba, uma azeitona, um figo, um abacate, uma jabuticaba..." Qual o gosto dessa gororoba? Provavelmente gosto de 'nada'. A gororoba pode até alimentar, mas a diarréia que vem depois, nem sei se compensa.

Na minha mensagem "solipsismo quântico" demonstrei que a ânsia de ser radicalmente objetivo pode levar a um subjetivismo radical.

Takata: A vida e' um sistema q. gera desordem...

Manuel: E exporta essa desordem para fora. A vida reproduz a sua ordem à expensas de um aumento geral da desordem. Mas há casos em que o organismo vivo alimenta-se da própria desordem que ele cria. Come a própria merda (mas não só ela, é claro, do contrário seria um moto-contínuo). É o caso dos sistemas adaptativos complexos, que se equilibram na fronteira do caos. Acho que estou me repetindo. Se bem que a repetição é uma excelente tática pedagógica. A gente repete, repete, até o educando aprender.

Takata: Matar por prazer, satisfazer os desejos -- o q. nisso tEm q. o torne tao diferente de outros processos biologicos?

Manuel: É tão banal assim organismos caprichosos e erráticos como nós, seres humanos? Se é, então explique-me como conseguimos (nós, seres vivos, que vai do vírus ao homem) reproduzir nossa existência por mais de quatro bilhões de anos? Nós, que matamos sem nenhum critério a não ser o prazer, tanto eu quanto os meus primos protozoários? Matamos e nos matamos?

Nesse caso, a seleção natural seleciona o quê? Explique-me isso, caso contrário vou começar a achar que o darwinismo é tão vago e abstrato quanto o 'freudismo'. Claro que estou me referindo à sua concepção do freudismo.

Takata: O estranhamento e' q. em alguns casos -- como o matar por prazer -- soa anti-etico (eu tbm acho q. e') e se afasta do comportamento q. julgamos normal. Mas uma doenca tbm e' um caso de excepcionalidade...

Manuel: Você acha mesmo que toda a nação alemã, todos os seus cidadãos, estavam doentes durante a Segunda Grande Guerra? Os alemães que dirigiram essas máquinas-ferramentas (os campos de concentração) de produzir cadáveres em série, como quem produz pasta de dente, eram pessoas mórbidas? Takata, seja realista. Esses alemães eram pessoas comuns como eu e você, só que viviam num contexto em que assassinar estrangeiros não era crime, mas algo digno de uma medalha de honra-ao-mérito. A sociedade hipostasiada, em guerra com o resto do mundo, endossava os necrófilos desejos do homem comum.

Eu creio que o desejo de matar (e de morrer) é normal. Anormal é a situação sócio-econômica que excita esse desejo ao ponto de torná-lo compulsivo, banal, desproporcional.

Takata: nem tudo o q. e' natural e' bom.

Manuel: E nos casos em que o natural (o que existe) não é bom, o bom não é natural? É algo anti-natural? Ou sobrenatural?

Takata: Leoes brincam com suas presas tbm... Macacos tbm. Alguns matam por vinganca.

Manuel: Por acaso eu afirmei o contrário? Disse que as crias bricam mais que os adultos. Equivale a dizer que os adultos também brincam, mas brincam menos. E que nós, seres humanos, animais neotênicos, pelo fato de sermos neotênicos, quando adultos brincamos mais que os outros animais adultos.

Takata: Eu discordo da visao ludica das guerras... (E tbm do neotenismo estrito dos seres humanos.)

Manuel: Nesse ponto, discordo de você.

Takata: Ja' apresentei os motivos em outra ocasiao para cada um desses pontos.

Manuel: Lembro-me da nossa discussão sobre neotenia. Uma boa discussão. Pena que logo no início degenerou numa queda de braço infantil. Você cismou que eu estava apenas afetando erudição, e atacou o boçal que você via em mim (coisas de Dom Quixote).

Takata: Ok, reformulo a pergunta: quais os indicios q. levaram Freud a postular esses fenomenos supra-citados?

Manuel: Acho que já respondi a esta tua pergunta. Mas tu queres detalhes, minudências. Parece até aquele personagem da Escolhinha do Professor Raimundo, que mesmo diante do óbvio, diz: "há controvérsias." Você não é burro, sabe que perguntas como essa exigem um resposta complexa. Essa sua pergunta demanda um longo e-mail como resposta. Queres mesmo um tratado ao invés de uma mensagem? Se tratado queres, tratado terás. Queres mesmo a resposta? Sim ou não.

O freudismo não é tão vago quanto o darwinismo. Popper que o diga.

Takata: Diria, Freud, ok. Nao duvido q. ele o dissesse. Mas em q. ele apoiaria
isso? E se ele realmente morre de medo da imundicie -- tem uma repugnancia legitima sem uma vontade oposta? (Querera' uma pessoa aracnofobica mesmo viver com aranhas?)

Manuel: Freud defendeu mesmo um determinismo psíquico. Freud foi um teórico do fim do século XIX e do começo do século XX. Em seus esquemas, Freud aqui e acolá resvalou no laplacianismo. Einstein também. Mas Einstein você perdoa. Com relação aos físicos quânticos vc faz vista grossa. Mas com Freud não. Com Freud vc é durão! Nem liga para o fato de Freud ter se debruçado sobre aquilo que muitos julgam o sistema físico mais complexo que existe em todo o Universo (pelo menos entre os subsistemas físicos observáveis).

Takata: Em q. se basearia Freud para dizer q. houve a fixacao de uma fase sadico-anal (o q. quer q. isso signifique)?

Manuel: você deve saber que a mucosa anal (anal significa 'algo relacionado ao cu', presumo que alguém já o explicou o significado da palavra 'cu') é um tecido cujas células, quando excitadas, fazem com que eléctrons fluam para determinadas regiões do cérebro, momento em que sentimos (eu não sinto nada, mas sou uma rara exceção) uma epifenomênica sensação de "prazer," o que quer que isso signifique, "prazer".

Takata: Vc tem uma referencia sobre esse trabalho? Gostaria de dar uma olhada nisso.

Manuel: Acho que dei a referência desse 'trabalho' mais de duas vezes aqui na ciencialist. Vc não gravou porque não quis, por falta de vontade, por excesso de cepticismo e também por arrogância (um vício nada mais é que uma virtude exagerada). Vai lá: André Bourguignon; Ed. Jorge Zahar Editor; "História Natural do Homem"; 1.0 - O Homem Imprevisto; Segunda Parte; Capítulo 3: Hominização e Sexualidade.pp. 171/179. O Bourguignon é psiquiatra e neurologista. Quer mais argumento de autoridade? Pois não: André Bourguignon, nascido em Paris em 1920, é professor titular da Universidade de Paris, onde se dedicou ao ensino e pesquisa em diversas áreas da medicina, notadamente neurologia e psiquiatria. Presidiu numerosas comissões científicas, inclusive a Comissão de Doenças Mentais (1982 e 1986), e é co-diretor da publicação das Obras Completas de Freud na França. Na Bibliografia desse livro, você terá outras referências de livros, ensaios e textos.

Esse é apenas um. Tenho outros. Se vc não ficar satisfeito é só me avisar. Tudo bem, chame o Randi se quiser.

Takata: Algumas mulheres e outro tto de homem se excitam com um tapa na cara... outros com animais. Outros com criancas... A listagem de perversoes sexuais -- de brandissimas a graves e repugnantes -- parece ser bastante gde... (Quem tem um dicionario eletronico pode procurar por *lagnia...)

Manuel: Bem, a psicanálise ao menos tenta explicar essas 'perversões' (mais uma vez: não confunda o sentido psicanalítico desse termo com o seu sentido corrente). Nossas relações com os outros são mediadas por símbolos vários. Explique, à luz da sua enorme sapiência biológica, o que significa o amor de um indivíduos por sapatos? explique-me como um sistema biológico atinge o orgasmo beijando sapatos. Você tem algum modelo explicativo mais convincente que o psicanalítico?

Takata: Mas em q. ele se baseia fatualmente pra sustentar essas suposicoes? Metade das relacoes sexuais humanas sao homossexuais? Isso esta' bem documentado?

Manuel: Criatura de Deus. Leia com atenção o que os crédulos (em oposição aos honestíssimos céticos seus amigos) escrevem. Falei que os chimpanzés pigneus e não os homens, em metade de suas relações sexuais, praticam sexo homossexual. Os macacos... Não os homens. Não estou querendo insinuar que você seja um viado enrustido, pelo simples fato de ser homem.

Takata: Nao poderia ser o oposto: o instinto sexual ser atrelado ao instinto gregario nessas manifestacoes? Pra mim faria mais sentido ate', ja' q. daria conta de outros tipos de manifestacao de submissao e alianca q. nao envolve sexo: troca de favores, trabalho, comercio... (so' por questao de discussao...)

Manuel: Claro que sim. E você, não acha que poderia ser o oposto do que você defende? Acha mesmo que Freud está errado pelo simples fato dele ser Freud?

Takata: Nao sei. 'As vezes me parece como o caso acima citado do misofobico q. ve sujeira em tudo qto eh lugar...

Manuel: É mesmo? Bem, Freud não via sexo em tudo. Tanto que ele escreveu o seguinte, em seu ensaio "O Homem dos Lobos": "estamos acostumados a rastrear o interesse por dinheiro, na medida em que é libidinoso e irracional na sua natureza, no prazer fecal." [Entretanto] "presumimos que as pessoas normais mantenham as suas relações com o dinheiro totalmente livres de influências libidinais, e que as regulem de acordo com considerações realistas."

Veja: Freud está longe dessa caricatura que você quer crer que ele seja.

Takata: Ainda gostaria de ver algo mais contundente em apoio 'teoria psicanalitica.

Manuel: Essa sua última asserção me fez lembrar uma piada.

Era uma vez um corno que não aceitava a sua situação. Ele contratou um detetive para seguir sua mulher.

O detetive, depois de uma semana, mostro-lhe todas as provas.

-- Sua mulher estava com outro homem em um automóvel. O carro entrou em um Motel. O automóvel estacionou em uma vaga. Sua mulher, de mãos dadas com o homem, entrou no quarto 301.

O corno perguntou ao detetive:

-- E aí, eles transaram?

O detetive respondeu:

-- Não sei, eles entraram no quarto e fecharam a porta.

-- Pô! -- disse o corno -- é essa dúvida que me mata.

[]s

Manuel Bulcão



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Isso que eh gastar!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/07/2001 12:25

Olá Leandro ... e demais,

excelente argumentação!

Colocou texto de 'um autor de peso' para lastreá-las. Nada posso argumentar contra as idéias do autor postas no Imperdível (www.feiradeciencias.com.br), para os alunos do Ensino Médio e Acadêmicos iniciantes.
Nesse site, o autor não pode, entretanto, dissertar sobre "as intenções políticas/sociais" da NASA ou MONSANTO ou quetais!
Será que a intenção da NASA é realmente aquela indicada? Não será uma 'expedição' apenas para manter subsídios? O autor acima pode discutir intenções e/ou interesses no Feira de Ciências? O que ele pode, e realmente o faz, é inserir em frases muito bem colocadas em centenas de seus projetos a necessidade de um bom interrogatório (ceticismo) á todas as questões levantadas. Imaginou que aconteceria se o ceticismo (como argumentação lógica/racional) fizesse parte do currículo do ensino médio e acadêmico?

Não posso dizer, realmente, que muita coisa boa não tenha advindo dos estonteantes gastos efetivados pela NASA, nem que nada gringo foi útil (seria uma generalização grosseira) mas, muitos dos mais brilhantes resultados veio de simples pesquisas em pequenos barracões (tal é o exemplo dos computadores pessoais) ou laboratórios bem mais modestos que o da NASA.

Ao fim e ao cabo, continuo avalizando três coisas (da thread):
a) abaixo os políticos!
b) deve-se tomar cuidado com as intenções/interesses de corporações americanas.
c) o Imperdível é perfeito, é mais que perfeito ... é subjuntivo!

[]'
Léo (que também é um assíduo leitor do Imperdível)
PS: O 'aluno' que usou de tal argumentação merece nota 9. Ficará com nota 10 se responder a uma das três perguntas:
1- "Por que a chuva cai em gotas e não como uma torrente única, como uma cachoeira?"
2- "Por que a cor não é um conceito físico?"
3- "Como se processa a cristalização por nucleação no estado sólido?"
====================
-----Mensagem Original-----
De: <holanda_lb@zipmail.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 6 de julho de 2001 00:26
Assunto: [ciencialist] Re: Isso que eh gastar!


Senhor professor Luiz Ferraz Netto e demais membros da lista,

Eu:

É verdade Léo,
Isso é que é saber gastar...
Já por aqui, gasta-se muito (provavelmente bilhões) só com propinas,
corrupção e salvar dívidas de bancos cujos banqueiros são ladrões... e
a probabilidade de vermos o dinheiro de volta...
A comparação é a seguinte: lá gasta-se muito com pesquisa que pode
ajudar a gerações de pessoas, aqui, gasta-se muito para deixar as
gerações dos políticos e banqueiros felizes...

Luiz Ferraz Netto:

Quanto ao político nacional, resultado do caldo que restou da Educação,
convenha que a culpa são dos eleitores. Se todos seguissem minha bandeira
(notoriamente conhecida) isso não aconteceria. Caso não se recorde, volto
a hasteá-la: "Jamais re-eleja político! Acabemos com a profissão."

eu:
Eu concordo plenamente: nas urnas nunca re-elegi político algum: nem para
síndico de prédio!


Luiz Ferraz Netto:

Quanto ao gasto gringo "que pode ajudar as gerações de pessoas", jogando
uma lata equipada no espaço para captar o 'tzim ....tium, tzim ... tium'
deixa muito a desejar. Seus interesses estão longe de respaldar a melhoria
da espécie. Muito longe, alguns bilhões de quilômetros disso! A condição
social do próprio povo americana seria deveras melhorada com essa quantia
jogada no espaço. Humanísmo ... pois sim!

Eu:

Vou usar, como resposta um texto bem escrito que encontrei no

http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto05.htm


feiradeciencias:

Para que serve o seu conhecimento?

Parece destino. Mais dia, menos dia, todo cientista encontra pela frente
alguém que o interroga e mesmo o desafia a mostrar que o seu saber tem alguma
utilidade. Contudo, pode não ser de nenhum interesse, para ele, que essa
utilidade exista; ele pode simplesmente achar que o prazer de saber, de
compreender, de investigar o universo, constitua a sua total recompensa.
Com esse modo de pensar, o cientista pode até dar-se ao luxo de irritar-se,
por vezes, com quem quer que seja que peça mais do que isso.
[...]
Quantos ainda não se perguntam: "Para que serve a matemática ?"

Eu:
E outros ainda perguntam "Para que serve a astronomia?" "Para que serve
determinada experiência da NASA?"

feiradeciencias:

A menos que a aplicação de uma nova descoberta seja clara e atuante, muitos
continuarão a duvidar de seu valor.

Senhor, para que serve um bebê ?

Não menos notável e profunda é a história do cientista inglês Michael Faraday,
que bem ilustra este ponto. Ele foi, em seu tempo, muito popular, como conferencista,
e também como físico e químico de primeira classe. Em uma de suas palestras,
nos anos de 1840, ele ilustrou o comportamento peculiar de um ímã e de um
bocado de fio enrolado cujas pontas estavam ligadas em um medidor elétrico.

Ele queria mostrar que era capaz de produzir com isso uma corrente elétrica.
E realmente o fez; movendo o ímã próximo do rolo de fio, o ponteiro do medidor
saía do zero, indicando a passagem de uma corrente elétrica.
Ao terminar a palestra, um homem do auditório se aproximou de Faraday e
disse:

"Sr. Faraday, o comportamento do ímã e do rolo de fio foi interessante,
mas para que poderá servir?"

Eu:
Um outro poderia perguntar:
"Como pode ajudar gerações de pessoas jogando-se uma lata equipada no espaço
para captar o 'tzim ....tium, tzim ... tium'?

feiradeciencias:

E Faraday, educadamente respondeu, com outra pergunta:

"Senhor, para que serve uma criança recém-nascida ?"

Foi precisamente tal efeito ¾ a indução eletromagnética ¾, cuja utilidade
se viu questionada tão ingenuamente por um membro do auditório, que Faraday
usou para desenvolver o gerador elétrico que, pela primeira vez, tornou
possível obter energia elétrica barata e em grande quantidade.
A energia elétrica que você consome diariamente em sua casa nasceu naquele
dia, naquele auditório, naquele laboratório público. Esse notável experimento,
por sua vez, tornou possível o desenvolvimento da tecnologia elétrica que
nos cerca nos dias de hoje, e sem a qual a vida, no sentido moderno, seria
difícil de imaginar. A demonstração de Faraday foi uma criança recém-nascida
que cresceu e se transformou num gigante.

Eu:
É bom que nos lembremos que as pesquisas em astronomia (bem como de qualquer
outra ciência) são de grande valia. Aliás foi graças à pesquisas em astronomia
que houveram as seguintes descobertas:

Buraco na camada de ozônio.
Efeito Estufa.
Descoberta do elemento químico hélio.
E outros.

Não gosto de enfileirar as descobertas da astronomia pois eu poderia deixar
sempre muitas de fora, quer por esquecimento, quer por desconhecimento.
Não sei quanto custou cada uma dessas descobertas, talvez chegue a cifra
de milhões de dólares como a lata equipada no espaço para captar o 'tzim
....tium, tzim ... tium', mas imaginem o prejuízo para a vida animal e vegetal
(e consequentemente, ao risco que seria submetida gerações de pessoas) se
algum político vetasse as verbas destinadas as pesquisas que geraram as
descobertas como a do buraco na camada de ozônio ou o efeito estufa?
Outra coisa: o futuro da física de partículas bem como muito que há de
se descobrir na própria física virão de outras latas que, provavelmente,
serão lançadas no espaço para captar outros 'tzims ....tiums' ...
Imaginem então o que o resultado de pesquisas como terriformação podem
nos ajudar na preservação de nosso ecossistema?
Pergunto: Será que Beethoven ou Mozart fossem mais úteis para sua época
se fossem charreteiros ao invés de nos levar a gerações de pessoas belíssimas
melodias?
Na verdade é um erro capital achar que se verbas de pesquisas científicas
fossem redirecionadas para o áreas sociais o mundo seria melhor.
Vou dar uma sugestão deveras melhor: que tal pararmos de investir em aviões
que custam 1 bilhão de dólares cada, como os B-2/ATB Stealth ou aviões"invisíveis"?
Que tal pararmos de investir em bombas de nêutrons? Que tal pararmos de
investir em destroiers?
O investimento em armas ou máquinas de guerra é superior ao investimento
em ciência em qualquer país do mundo. Isso é que tem que acabar.
Sugiro que leiam, como complemento a mensagem do ciencialist com o subject
"Re: [ciencialist] Andar com fe´ e o Jovem Novo Selvagem" em

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9175

E vejam porque não podemos agora viver sem a Ciência.



P.S.: O site http://www.feiradeciencias.com.br é de autoria do próprio
professor Luiz Ferraz Netto.
Só mais uma pergunta professor: o que achou do aluno?
P.S.2: Desculpe pela demora na resposta.

Abraços
Leandro.






SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/07/2001 13:49

Li a mensagem do Alberto inteira (aliás, recomendo sempre que se leia
sempre um texto inteiro antes de julgá-lo, mais ainda de tentar
contra-argumentar), e vou começar a comentar pelo fim. Dividi depois o texto
em subtítulos para ficar mais fácil a interpretação.

From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
To: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Saturday, July 07, 2001 1:39 AM
Subject: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
(...)
> vocês estão tentando tapar o sol com a peneira. O grande "furo" da física
> moderna reside na suposição da existência dos fluidos elétricos. Fluidos
> elétricos não existem, e isto já foi corroborado experimentalmente
"bilhões"
> de vezes; e enquanto a física moderna apoiar-se nessa idéia não há como
> distinguí-la de uma pseudociência.


1. Sobre os fluidos elétricos

Veja, Alberto, se minha interpretação é correta. Parece, pelas
discussões anteriores, que por "fluidos elétricos" você se refere ao fato de
usarmos campos eletromagnéticos para descrever as interações entre
partículas elementares, ou seja, usarmos para descrever as interações dessas
partículas os mesmos campos que usamos para descrever objetos macroscópicos.
O argumento seria que os fenômenos macroscópicos são manifestações coletivas
das entidades microscópicas constituintes, e seria um erro lógico atribuir a
essas entidades microscópicas individuais as mesmas características que a
sua coletividade, a não ser que redefinamos os conceitos envolvidos
adequadamente. Assim, por exemplo, um tijolo não se parece com uma casa.
Corrija-me se estou lhe interpretando errado.

Porém, não vejo por que possa haver um erro lógico nesse raciocínio, e,
portanto, nem tampouco por que uma teoria baseada nele possa ser considerada
uma pseudociência. É perfeitamente possível, do ponto de vista lógico, que
um certo efeito das partículas elementares apenas se some e produza
macroscopicamente efeito mais intenso, porém de mesmo tipo. Se um homem puxa
uma corda, temos uma força. Se um trilhão de homens puxam a mesma corda,
temos uma força um trilhão de vezes maior. Mas uma força qualitativamente
idêntica, apenas quantitativamente diferente.

Claro que é sempre temerário transferir conceitos relacionados a
comportamentos coletivos e transferi-los às entidades individuais. Porém,
apesar disso, do posto acima, o que vai definir se o raciocínio é correto ou
não é o resultado dele. Se produz teorias "boas" ou não, e se as teorias
explicam satisfatoriamente os fenômenos físicos ou não.

A atitude dos físicos de ignorar essa temeridade e atribuir aos elétrons
individuais campos eletromagnéticos não é uma loucura, mas simplesmente uma
conseqüência do princípio da economia na ciência. Tenta-se sempre explicar
as coisas com o que já se tem, antes de sair por aí inventando novos
conceitos e novas teorias. Se o que já se tem é suficiente, então ótimo. Se
não, parte-se para outra.

Então, o argumento central não me parece ser se a suposição da
existência de campos eletromagnéticos em nível microscópico equivalha a
tapar o sol com a peneira ou não, como foi expresso no seu parágrafo no
início desta mensagem. Mas sim se essa suposição é capaz de produzir
previsões quantitativas que estão de acordo com os dados experimentais.

Uma abordagem semelhante a essa de transferir propriedades coletivas às
entidades individuais (que, repito, não creio tratar-se de um erro lógico)
parece estar contida na sua tentativa de explicar todos os fenômenos físicos
através de uma abordagem "clássica". Pois os conceitos clássicos foram
construídos com base em objetos "macroscópicos", ou seja, em comportamentos
coletivos das partículas individuais. Transferi-los para as partículas
indiviais em si me parece uma abordagem semelhante, do ponto de vista
lógico, a transferir as propriedades eletromagnéticas dos corpos
macrosocópicos às partículas individuais.

Claro que uma abordagem clássica das partículas elementares individuais
também segue o princípio da economia: para que explicarmos quanticamente se
podemos explicar classicamente? Porém o fato é que as tentativas de se
adequar as previsões quantitativas da física clássica a certos dados
experimentais tem falhado até agora, e, desses certos dados, uma grande
parte bateu com as previsões da física quântica. Estou esperando até agora
encontrar na sua teoria uma previsão quantitativa que bata com os dados
experimentais e que a física clássica não tenha dado conta até você consguir
fazê-lo. Quanto aos conceitos da quântica serem difíceis de compreender e
parecerem ferir a lógica, tento mostrar no item 2 abaixo que isso está
relacionado com o mesmo princípio de "transferência de conceitos coletivos a
entidades individuais" e que seria de se esperar que esses conceitos
tivessem realmente essas características.

É claro que, nesse meio tempo, depois da grande massa de concordâncias
experimentais acumuladas pela quântica, você não poderá sozinho igualar seu
desempenho. Mas você não precisa de chegar a tanto. Basta eleger alguns
poucos fenômenos estratégicos, como as séries de Balmer, o espectro de corpo
negro, etc., e mostrar que sua teoria bate quatitavamente com os dados
experimentais nesses casos. Feito isso (e uma divulgação adequada), garanto
que as coisas começarão a mudar.


2. Matéria, espaço, tempo e causalidade como conceitos empíricos

Entre esses conceitos clássicos construídos desta forma - com base em
observações de objetos macroscópicos -, eu incluo matéria, espaço, tempo e
causalidade. E é por isso que eu não me incomodo tanto com o fato de os
conceitos quântico serem tão difíceis de serem interpretados. Explico melhor
nos parágrafos seguintes.

A física clássica, em sua maior parte, foi derivada de observações de
fenômenos macroscópicos, envolvendo grandezas físicas numa faixa muito
limitada de valores. Com o advento de uma maior tecnologia (e com a
motivação para sair pesquisando grandezas físicas mais extremas), teve-se
acesso a valores das grandezas físicas numa faixa enormemente mais larga.
Caberia então a questão se essa física que construímos com base em uma faixa
tão estreita de valores de grandezas físicas poderia ser extrapolada numa
boa para todo esse enorme novo universo de valores. Ora, se pensarmos um
pouco, a resposta muitíssimo provavelmente seria não. Mas a certeza além do
muitíssimo provavelmente não viria por motivos puramente lógicos - estes
apenas nos permitiriam estabelecer a plausibilidade desta resposta, não a
sua certeza. A certeza só vem quando não podemos compatiblizar a teoria
clássica com os dados experimentais. (E, mesmo assim, apenas uma certeza
maior, não a certeza total, que é inatingível.) Além disso, as pessoas
tentaram primeiramente encaixar os fenômenos nas teorias disponíveis
(clássicas), não só pelo princípio da economia, mas por motivos culturais.

O conceito de matéria, por exemplo, parece-me ter sido construído
"macroscopicamente". Nosso conceito intuitivo de matéria advém das nossas
percepções do mundo ao nosso redor: solidez, localização no espaço, cor
(quantos de nós não achamos trivial quando ouvimos pela primeira vez a idéia
de que o ar também era matéria?), etc. Todas essas são manifestações
coletivas das partículas elementares. As partículas elementares em si não
precisam necessariamente ter as mesmas características que a matéria como a
conhecemos intuitivamente. Ou seja, não precisam ser corpúsculos no sentido
clássico. Podem sê-los, mas não é necessário, e é bastante provável que não
o sejam.

O conceito intuitivo de espaço parece estar relacionado também com o
conceito intuitivo de matéria, mais especificamente à noção de localização
precisa da matéria. A maioria dos objetos que vemos e que identificamos como
matéria têm uma extensão bem determinada no espaço. Estendemos essa
percepção ao resto do espaço, encarando o espaço como "potencialidades de
posição", ou seja, situações potenciais de presença de objetos. Visto desta
forma (que é uma apenas uma interpretação), o espaço intuitivo revela ter
pelo menos algumas propriedades que advêm, em última análise, das
propriedades intuitivas da matéria e, portanto, do comportamento coletivo
das partículas individuais. É improvável que possamos estender as
propriedades intuitivas do espaço às partículas elementares. (Pode ocorrer,
mas é uma temeridade botar a mão no fogo por isso).

Não estou querendo dizer com isso que os conceitos de espaço, tempo e
causalidade são construídos pela observação enquanto vivemos - creio que
eles já estão incutidos na nossa "fiação mental" (ou "mento-corporal") desde
que nascemos, determinadas geneticamente. Mas isso não muda nada: creio que
esses conceitos estão incutidos nesta forma em nossas cabeças porque são os
que nos permitem melhor ordenar e compreender o mundo ao nosso redor; e têm
essa propriedade justamente porque se adequam à forma como espaço, tempo e
causalidade aparecem nos fenômenos envolvendo coletividades de partículas
elementares. Mas não se adequam necessariamente ao caso das próprias
partículas individuais.

A causalidade é uma lei empírica. Ou seja, estabelecemos essa lei
observando o mundo ao nosso redor - que é essencialmente um conjunto de
fenômenos coletivos das partículas elementares. De novo, é improvável que
possamos estender às partículas individuais um conceito derivado da
observação de fenômenos coletivos das partículas. Assim o é também com a
causalidade.

Nossa noção intuitiva do tempo também me parece ser derivada da
observação ao nosso redor - ou talvez de uma "fiação mental" determinada
geneticamente. Adquirimo-la sem nunca ter tido acesso direto às partículas
elementares. Mesmo raciocínio que no caso da causalidade.

Por isso, não me impressiona o fato de que os conceitos quânticos sejam
tão difíceis de interpretar além da mera matemática. Não é fácil abstrair-se
das nossas noções intuiutivas de matéria, espaço, tempo e causalidade para
construir uma nova intuição que dê conta das características das partículas
elementares individuais. Aliás, parece-me bastante improvável que possamos
transferir os conceitos da física clássica para as partículas elementares
individuais.

Além disso, sempre há infinitos "modelos de visualização" possíveis de
serem construídos sobre o formalismo matemático de uma teoria. Na física
clássica, um delels é muito mais intuitivo do que os outros - por isso é tão
fácil interpretar as teorias clássicas, em termos de partículas, campos,
forças, etc. Na física quântica, como estamos lidando com conceitos de
espaço, etc., outros que não os de nossa intuição, não há um "modelo de
visualização" mais evidente do que outros. Por isso as inúmeras
interpretações da física quântica, desde a de Einstein, passando pela de
Copenhague, até as mais tresloucadas, muitas das quais (não todas) são
equivalentes entre si. É o preço que temos a pagar por termos ido tão longe,
por termos atravessado a região de validade de nossos conceitos intiutivos
tradicionais.

Agora, comentários a outras partes da mensagem.

----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho

> ----- Original Message -----
> From: "Sérgio Taborda"
> Sent: Thursday, July 05, 2001 10:23 PM
> Subject: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
>
> > Alberto Mesquita Filho disse :
> > >Existem sim efeitos físicos, mas não quânticos
>
> > Então a Radiação de Rydberg como se explica?
>
> Ótimo exemplo a justificar a minha argumentação. A radiação de Rydberg é
um
> EFEITO FÍSICO notado pela primeira vez por Balmer em 1885. A grande
maioria
> dos construtores da física quântica ou ainda não havia nascido ou ainda
> estava fazendo pipi na cama. 28 anos mais tarde Bohr encontrou uma
> explicação "maluca" para o fato, através das órbitas permitidas, coisa que
> até hoje não se conseguiu entender fisicamente, mas apenas através de uma
> matemática que se encaixa como uma luva no... No quê???? Retiramos a luva
e
> não enxergamos nada!!!!!
>
> Repito meu argumento para os que não entenderam o que eu pretendi dizer,
> pois é possível que entendam agora através desse exemplo do Sérgio. NÃO
> EXISTEM EFEITOS QUÂNTICOS, MAS TÃO SOMENTE EFEITOS FÍSICOS. Alguns efeitos
> físicos são explicáveis através do que se denomina "física" quântica. E
> alguns efeitos físicos, como o efeito Rydberg, não conseguiram ser
> explicáveis através da física conhecida no final do século XIX, o que não
> significa dizer que não tenham explicação clássica, mas tão somente que os
> físicos da época não conseguiram, utilizando-se de uma *metodologia*
> clássica, explicar tais fenômenos.
>
> A "física" quântica existe, e tanto existe que não me canso de criticá-la
> [Essa é em homenagem ao Descartes :-)); "Critico, logo ela existe."] O que
> digo não existir são efeitos atribuídos a esta ou àquela teoria. Esta
> atribuição indevida implica em um erro lógico grave e cometido com grande
> freqüência pelos físicos modernos, quando por ocasião da lavagem cerebral
> que ano a ano submetem os jovens que entram na universidade.

Isto dos parágrafos acima, com o perdão da expressão, me parece um jogo
de palavras. Por "efeito quântico", ninguém jamais quis dizer efeitos
atribuídos à teoria quântica. Qualquer efeito quântico ou efeito clássico,
ou relativístico, ou etc., é um efeito físico. Efeitos quânticos são
simplesmente fenômenos físicos que não puderam ser explicados
satisfatoriamente pela física clássica e o puderam através da física
quântica.

Desta forma, o fato de que a radiação de Rydberg tenha sido descoberta
em 1885 não significa nada, a não ser que um efeito físico foi explicado
quantitativamente através da física quântica. Aliás, grande parte dos tais
"efeitos quânticos" foi descoberta antes do advento da teoria quântica,
alguns antes de todos os físicos envolvidos terem nascido.

Por radiação de Rydberg presumo referirem-se à radiação de espectro
descontínuo emitida pelo hidrogênio, que não conheço por esse nome. Os dados
experimentais relacionados com esse espectro concordam bastante bem com as
previsões teóricas da física quântica. E, é claro, usa-se matemática para
fazê-lo. Se os conceitos envolvidos por detrás (função de onda, dualidade
onda-partícula, etc.) são difíceis de entender, é porque são, e isso não é
motivo para descartarmos a teoria. A matemática encaixa-se como uma luva em
quê? Nos dados experimentais.

> Uma teoria não cria efeitos: Uma teoria EXPLICA efeitos observáveis na
> natureza. Efeito quântico, no sentido que normalmente se propõe, não
existe.
> O que existem são efeitos explicáveis ou não pela "física" quântica e
> efeitos explicáveis ou não pelas teorias clássicas. Por outro lado, a
física
> clássica não abomina a expressão quantum ou quanta. Maxwell utilizou-se
> desses termos numa conotação 100% clássica, e Planck acreditava na
> existência de quanta clássicos. A diferença entre um quantum clássico e um
> "quantum quântico" (perdoem-me a redundância, mas não há como evitá-la
neste
> trecho) reside apenas em que o primeiro "deveria" adaptar-se à metodologia
> clássica, enquanto que o segundo adapta-se tão somente a um utilitarismo
não
> compatível com a lógica clássica e a situar-se nas fronteiras da ciência
com
> a ficção.
>
> Lembro ainda que seguindo-se a linha de raciocínio exposta em meu artigo
"O
> elétron emissor de radiações eletromagnéticas" não creio ser impossível
> chegar-se à lei de Balmer através de argumentos 100% clássicos. Por
> esta linha de raciocínio, a única novidade é que considero o elétron como
> uma partícula 100% clássica e não como um "elemento do fluido elétrico" da
> teoria de Maxwell. Esta novidade, obviamente, não faz parte da física
> clássica do final do século XIX, mas está totalmente coerente com a lógica
> da física clássica. O artigo citado pode ser lido em
> http://www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron2/emissor01.htm

Li esse artigo, e li vários outros, mas falhei em encontrar explicações
satisfatórias para qualquer efeito físico que não tenha ainda recebido
explicação clássica satisfatória, tanto neste texto como em todos os outros
que li. Li basicamente metade do seu site. Talvez não tenha lido as partes
que fazem previsões teóricias quantitativas. Mas, por falta de tempo para
procurar mais, gostaria que você me ajudasse e me apontasse uma previsão
teórica da sua teoria que tenha podido explicar quantitativamente algum
fenômeno físico que a física clássica não tenha podido explicar até então.
Pois esse dado é, evidentemente, fundamental se queremos defender a sua
teoria.

> > Ou se quiseres, a radiação do corpo negro.
>
> Novamente grato por mais este dado a justificar meu argumento. A radiação
do
> corpo negro também é um EFEITO FÍSICO, e não quântico, tendo sido
observado
> quando ainda não existia a física quântica, e portanto não se pode dizer
que
> represente um efeito de uma física que ainda não existia. Planck tentou
> explicar este efeito através de uma matemática que o levou a conceitos que
> acreditou não representarem a realidade física durante toda a sua vida.
> Morreu convicto de que as explicações que deram para a matemática que
criou
> (posteriormente aperfeiçoada por Einstein) não se justificavam
fisicamente.
> Do mesmo modo que, no caso anterior (lei de Balmer), os físicos da época
não
> conseguiram dar uma explicação clássica para o efeito, o que não significa
> que essa explicação não exista, e o caminho que proponho para tal
> confunde-se, em seu início, com o citado acima.

Esse caminho já produziu algum resultado quantitativo que possa ser
comparado com dados experimentais?

> > Ou o que é o mesmo, as riscas no espectro de emissão/absorção dos
> > átomos...
>
> Idem, ibidem.

Idem, ibidem.

Um abraço,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann (adendo)
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/07/2001 13:55


----- Original Message -----
From: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Saturday, July 07, 2001 1:49 PM
Subject: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann


> Li a mensagem do Alberto inteira (aliás, recomendo sempre que se leia
> sempre um texto inteiro antes de julgá-lo, mais ainda de tentar
> contra-argumentar), e vou começar a comentar pelo fim. Dividi depois o
texto
> em subtítulos para ficar mais fácil a interpretação.
>
> From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
> To: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
> Sent: Saturday, July 07, 2001 1:39 AM
> Subject: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
> (...)
> > vocês estão tentando tapar o sol com a peneira. O grande "furo" da
física
> > moderna reside na suposição da existência dos fluidos elétricos. Fluidos
> > elétricos não existem, e isto já foi corroborado experimentalmente
> "bilhões"
> > de vezes; e enquanto a física moderna apoiar-se nessa idéia não há como
> > distinguí-la de uma pseudociência.

Esqueci-me de uma.
Quando é que a inexistência dos fluidos elétricos foi corroborada
experimentalmente?
Belisário




SUBJECT: Ciencia tem limite -- Eduardo Junqueira - no.com.br
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <direito_saude@yahoogroups.com>
CC: <ciencialist@yahoogroups.com>, <bioetica@widesoft.com.br>, <artigos_juridicos@yahoogroups.com>
DATE: 08/07/2001 02:44

Ciência tem limite
==============
07.Jul.2001
===
Eduardo Junqueira
Fonte:
www.no.com.br

===

Quando anunciou a conclusão do mapeamento do genoma humano, em junho do ano
passado, o fisiologista americano J. Craig Venter mostrou ter qualidades que
ultrapassavam a de cientista de crédito internacional e iatista de final de
semana. Com as ações de sua empresa em queda, ele decidiu apostar tudo em um
plano arriscado. Venter jogou suas fichas em um método alternativo de
leitura do intrincado código genético - mas bem mais rápido e simples.
Graças a isso, conseguiu apresentar o primeiro esboço do genoma humano três
anos antes da meta estabelecida pelo consórcio público conhecido como
Projeto Genoma Humano, mantido com bilhões de dólares dos Estados Unidos,
Japão e União Européia. Deu certo. Logo após o anúncio, as ações da empresa
presidida por Venter, a Celera Genomics, subiram 26%. Desde então, genética
tornou-se um negócio lucrativo e Venter tem hoje uma carteira de clientes
respeitáveis, entre eles o bilionário laboratório Pfizer. De quebra, o
cientista tornou-se celebridade mundial e referência na área. Também ganhou
uma inimizade tensa com outro peso pesado da genética, o cientista Francis
Collins, presidente do consórcio internacional. Finalmente, em fevereiro
deste ano, desafiando críticas de que o trabalho da Celera era
inconsistente, Venter e sua equipe publicaram na revista "Science", uma das
bíblias no mundo científico, a seqüência completa do genoma humano.

===

Como disse em uma entrevista à época, "foi o começo do fim". Com os dados
publicados, cientistas de todo o mundo podem tentar entender como evitar e
combater doenças, estender a longevidade, melhorar a qualidade de vida da
população. Desde que a seqüência do DNA foi anunciada, porém, Venter diz que
assiste ao crescimento de um sem fim de informações descabidas, entre elas
falsas promessas para a cura do câncer e supostos boatos sobre a geração de
um clone humano perfeito. Em entrevista exclusiva ao no., Venter analisou os
limites e as reais possibilidades abertas pelas pesquisas genéticas no
futuro próximo.

===

Como as pesquisas genéticas poderão ajudar pessoas que sofrem de males
diversos no curto prazo?

===

Craig Venter - Sempre é bom lembrar que lidamos com descobertas científicas.
Por isso, não há promessas asseguradas. Hoje a ciência conhece apenas 1%
do intrincado genoma humano. Ainda temos 99% de escuridão pela frente.
Por isso, tudo é imprevisível. Eu levei dez anos para descrever um único
gene. Agora, essa informação poderá ser utilizada por outros cientistas
que, quem sabe, irão chegar a conclusões em apenas alguns dias.

===

Mas há indicativos de campos onde a pesquisa é mais promissora?

===

CV - As doenças que mais matam no mundo são os males do coração, as
infecções e o câncer, principalmente de mama, cólon e pulmão. Por isso,
estas serão as primeiras a serem atacadas por drogas baseadas em terapias
genéticas. Afinal, é nisso que as empresas farmacêuticas estão apostando.
Nossa base de dados é utilizada em cerca de 100 países, e é certo que
teremos mudanças dramáticas nos próximos cinco anos. Antes de pensar em
novas drogas, porém, acredito que o maior conhecimento do genoma humano
poderá ter uma benéfica ação preventiva. Se descobrirmos que uma população
tem características genéticas propícias ao surgimento de um tipo de câncer
ou ao acúmulo do colesterol, poderemos iniciar um tratamento precoce
utlizando as técnicas que já temos disponíveis. Sabemos que um câncer
operado na fase inicial oferece melhores condições de sobrevida ao paciente.
Nesse caso, não será preciso reinventar a roda. Muitas vidas serão salvas se
a medicina atacar essas doenças mais cedo.

===

Mas como fazer diagnósticos precoces confiáveis?

===

CV - Estamos trabalhando nisso aqui na Celera. A idéia é criar protocolos
seguros para o diagnóstico dessas predisposições genéticas através de
diagnóstico molecular das proteínas do sangue. Mas paralelamente a isso,
nós, cientistas, continuaremos tentando entender melhor o complexo mecanismo
de criar vacinas baseadas em genes modificados ou a aritmética de como
desligar certos genes sem alterar toda a cadeia protéica envolvida no
processo. Ao contrário do que pensávamos no início de nossas pesquisas, hoje
não trabalhamos mais com sim e não, mas com probabilidades.

===

Por que a Celera tem dedicado tantos esforços a mapear o genoma do
camundongo e, mais recentemente, do cachorro e do arroz?

===

CV - Decidimos interromper a pesquisa com o arroz porque consideramos que a
Celera não deveria dispersar esforços em pesquisas no campo dos vegetais. O
mapeamento genético do cachorro está em fase final. A exemplo do genoma do
camundongo, sabemos que as diferenças genéticas entre as espécies resumem-se
a um número relativamente pequeno de genes. Por isso, os mecanismos
genômicos dos animais poderão elucidar processos similares em humanos. Isso
abre novas perspectivas em terrenos inexplorados de como os genes são
regulados e conservados.

===

Fala-se muito em clonagem de humanos e na pesquisa do que seria o ser humano
perfeito. O que o senhor acha disso?

===

CV - Isso simplesmente não interessa. Ser humano implica em ser imperfeito.
Nesse campo, tudo não passa de pura ficção científica. E boa parte disso
deve ser atribuído à desinformação e ao interesse sensacionalista da
imprensa. A população não deveria ser iludida com esse tipo de promessas
vãs. A idéia de que uma mãe poderá substituir o filho perdido por um clone
idêntico, por exemplo, é algo que não procede. Veja o caso de gêmeos
univitelinos. Eles têm a mesma aparência, a mesma carga genética, mas suas
personalidades são diferentes porque são duas pessoas distintas. O fato é
que nós não temos genes suficientes para sustentar essa idéia do
determinismo biológico. A maravilhosa diversidade da espécie humana não é
parte do nosso código genético. O meio em que vivemos é crucial para
determinar quem somos nós.

===

O que dizer sobre a escolha do sexo do bebê ou da cor dos olhos?

===

CV - Isso não tem nada a ver com o que considero pesquisa genética. Na China
e na Índia, muitas mulheres abortam ao saber que darão à luz a uma menina.
Isso é seleção, não é clonagem. O mesmo vale para a escolha da cor dos
olhos. É algo trivial, que não considero engenharia genética.

===

O senhor acha que as pesquisas genéticas poderão ajudar a pôr por terra
conflitos étnicos e disputas baseadas na suposta diferença racial entre
populações?

===

CV - O conceito de raça é uma definição social e política, mas não
científica. Sabemos que do ponto de vista genômico, os seres humanos são
muito semelhantes porque nossa origem é comum, somos parte de um contínuo.
Mas não acho que esse conhecimento irá conferir à ciência o poder
pacificador de aplacar disputas étnicas com base na certeza de que somos
todos iguais. Veja o conflito entre católicos e protestantes na Irlanda do
Norte, por exemplo. A resposta para a paz na região não está no código
genético, mas na negociação política. Está certo que podemos encontrar
algumas diferenças significativas no genoma de alguns grupos populacionais
isolados, mas isso não modifica a raça dessas pessoas. Apenas lhes confere
algumas particularidades genéticas. Mais de 99.9% do genoma dos seres
humanos é idêntico. A diferença está no 0.1% restante.

===

Como o senhor avalia a participação da comunidade científica do Brasil, um
país de Terceiro Mundo, no campo bilionário da pesquisa genética?

===

CV - Primeiro vamos deixar claro que eu não considero que o Brasil seja um
país pobre ou com dificuldades de desempenhar um papel na comunidade
científica internacional. O Brasil é um país grande. Em ciência há um lei
muito simples: se você tem impacto internacional é porque a sua pesquisa tem
qualidade e ponto final. A divulgação da pesquisa da bactéria do amarelinho
demostrou isso. Eu gostaria de citar a nossa própria experiência, aqui na
Celera. Veja bem, nós somos somente 50 pesquisadores e, com um orçamento de
apenas 100 milhões de dólares, ultrapassamos o consórcio bilionário formado
por Estados Unidos, Japão e União Européia e divulgamos a primeira versão do
genoma humano no ano passado. Por isso, sei que mesmo países com orçamento
reduzido podem surpreender. E hoje todas as informações e ferramentas de
trabalho estão disseminadas na Internet. Isso joga os custos para baixo.
Hoje, por exemplo, poderíamos fazer a pesquisa do amarelinho aqui na Celera
por um custo de apenas 100.000 dólares (a pesquisa brasileira custou cerca
de 13 milhões de dólares).

====================================

http://www.no.com.br/servlets/newstorm.notitia.apresentacao.ServletDeNoticia
?codigoDaNoticia=24577&dataDoJornal=atual
====================================



SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/07/2001 04:35

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisario"
Sent: Saturday, July 07, 2001 1:49 PM
Subject: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann

> 1. Sobre os fluidos elétricos
> É perfeitamente possível, do ponto de vista lógico, que
> um certo efeito das partículas elementares apenas se some e produza
> macroscopicamente efeito mais intenso, porém de mesmo tipo.

Possível é, mas não me parece que seja um efeito a ser esperado na grande
maioria dos casos. Via de regra, as partes são diferentes do todo, não
apenas em forma mas também em função. O indivíduo é diferente da sociedade,
os órgãos são diferentes dos organismos, as organelas celulares são
diferentes das células, a molécula de água é diferente do "líquido água", as
partículas constituintes dos átomos são diferentes dos átomos e, a meu ver,
um elétron é diferente, não apenas em forma, mas também em função, de uma
carga elétrica.

> Se um homem puxa uma corda, temos uma força. Se um trilhão de homens puxam
> a mesma corda, temos uma força um trilhão de vezes maior. Mas uma força
> qualitativamente idêntica, apenas quantitativamente diferente.

Perdoe-me, mas este é um argumento idealizado e maquiado para se adequar a
determinados propósitos. Qualquer tentativa de generalização está sujeita a
nos levar a falácias. Mesmo porque o homem não tem como função única e
principal exercer uma força constante em determinada direção e sentido, e a
puxar uma corda. A hora em que um olhar feio para o outro, isso poderá
comprometer o resultado esperado para o conjunto. Sem dúvida, em
determinados casos uma comunidade pode exercer efeitos somativos, do tipo "a
união faz a força" e neste caso, e para o efeito específico, talvez possa
sujeitar-se a leis de uma "comunidade fluida", ainda que constituída por
indivíduos distintos.

Aliás, em determinadas condições observa-se exatamente esta analogia para
os elétrons. Por exemplo: ao se comparar a experiência de Thomson para
feixes de elétrons, a simularem o comportamento de um único elétron, com a
experiência de Millikan, onde se teria a somatória de efeitos individuais.
Estas experiências comprovam que o elétron, em campos uniformes, sujeita-se
a forças "similares" àquelas apresentadas por cargas elétricas, nada mais do
que isso. Lembro, a exemplo do que foi dito acima para o homem, que o
elétron não tem como única função exercer ou sofrer estas forças a simularem
uma carga elétrica. O elétron sujeita-se a efeitos outros a demonstrarem que
entre um elétron e uma carga elétrica maxwelliana existem muito mais
diferenças do que semelhanças. Curiosamente, a teoria quântica fundamenta-se
na identidade elétron-carga, mas numa etapa posterior propugna por uma
infinidade de efeitos outros a contrariarem essa idéia inicial, afim de que
possa adequar aquilo que é observado no laboratório (efeitos cognominados
por spin, Aharonov-Bhom, etc) com a sua peculiar matemática. A meu ver, a
teoria quântica é incoerente com seus próprios fundamentos, mas esse é um
outro assunto.

> Claro que é sempre temerário transferir conceitos relacionados a
> comportamentos coletivos e transferi-los às entidades individuais. Porém,
> apesar disso, do posto acima, o que vai definir se o raciocínio é correto
> ou não é o resultado dele. Se produz teorias "boas" ou não, e se as
> teorias explicam satisfatoriamente os fenômenos físicos ou não.

Nossa única discordância a respeito deste parágrafo creio que reside na
interpretação da palavra "satisfatoriamente".

> A atitude dos físicos de ignorar essa temeridade e atribuir aos
> elétrons individuais campos eletromagnéticos não é uma loucura, mas
> simplesmente uma conseqüência do princípio da economia na ciência.
> Tenta-se sempre explicar as coisas com o que já se tem, antes de sair por
> aí inventando novos conceitos e novas teorias.

Parece-me que estamos defasados no tempo. As idéias que critiquei nas
mensagens anteriores referem-se à evolução do eletromagnetismo de Maxwell
(macroscópico em origem) para a teoria quântica (microscópica em suas
pretensões). Nesta época não se fez outra coisa a não ser inventar conceitos
novos. E, em seu trabalho primitivo, Bohr aceitou, sem demonstração alguma,
a identidade absoluta entre elétrons e cargas elétricas. E isso está
explícito, não só, mas também, em um de seus postulados a afirmar: "Um
elétron em um átomo move-se em uma órbita circular em torno do núcleo sob a
influência da atração coulombiana entre o elétron e o núcleo, obedecendo às
leis da mecânica clássica." (citado em Einsberg). Bohr também assumiu que
*por ser idêntico a uma carga elétrica*, o elétron "deveria" emitir radiação
quando acelerado no átomo. Como tal não ocorria, INVENTOU O CONCEITO
esdrúxulo de "órbita permitida" através de outro de seus postulados, qual
seja: "Apesar de estar constantemente acelerado, um elétron que se move em
uma dessas órbitas possíveis não emite radiação eletromagnética. Portanto,
sua energia total E permanece constante."

Os precursores da mecânica quântica fizeram exatamente o contrário do que
você defende: Evitaram "explicar as coisas com o que já se tinha" e passaram
a "inventar conceitos" em série, no sentido de forçar a natureza a se
adequar à matemática dos fluidos elétricos macroscópicos.

> Uma abordagem semelhante a essa de transferir propriedades coletivas
> às entidades individuais (que, repito, não creio tratar-se de um erro
> lógico) parece estar contida na sua tentativa de explicar todos os
> fenômenos físicos através de uma abordagem "clássica". Pois os conceitos
> clássicos foram construídos com base em objetos "macroscópicos", ou seja,
> em comportamentos coletivos das partículas individuais.

Isto é parcialmente verdadeiro. Por exemplo, a mecânica dos fluidos adota um
modelo a apoiar-se em elementos de volume infinitesimais. Não obstante,
nenhum especialista em mecânica dos fluidos confunde um "elemento de volume"
com a molécula do fluido considerado. O erro lógico não está no reducionismo
mas na tentativa de *explicar o microcosmo* a partir de propriedades do
macrocosmo. A mecânica dos fluidos é uma teoria macroscópica a utilizar-se
dos infinitésimos da matemática, assim como a teoria de Maxwell. A física
quântica extrapola esse reducionismo e assume, por princípio, a identidade
entre elemento de volume e partícula elementar. A partir daí começam a
surgir os fantasmas quânticos, que assombraram teorizadores do porte de
Planck, Einstein, Schrödinger, De Broglie, Bhom, Dirac, dentre outros.

Estou lendo este fim de semana um pequeno livro de entrevistas do Alessandro
Grego intitulado "Homens de Ciência". No primeiro capítulo lê-se o seguinte
comentário de Alan Sokal (físico, EUA): "...Já a teoria da física quântica é
muito complicada, e nem os físicos têm certeza do que ela significa. E tenho
de confessar que, quanto mais eu estudo teoria quântica, menos eu a
entendo." Essa idéia não é apenas de um indivíduo. Lembro de ter lido algo
muito parecido inúmeras vezes, inclusive num dos artigos introdutórios de
uma de suas recomendações de leitura, relacionadas ao centenário da teoria
quântica. Ou seja, a insatisfação é muito grande e nem todos os físicos
quânticos se contentam em ter de enviar o que não entendem para debaixo do
tapete.

> Claro que uma abordagem clássica das partículas elementares individuais
> também segue o princípio da economia: para que explicarmos quanticamente
> se podemos explicar classicamente? Porém o fato é que as tentativas de se
> adequar as previsões quantitativas da física clássica a certos dados
> experimentais tem falhado até agora,

É verdade, mas perante as insatisfações declaradas pelos estudiosos de
física quântica, parece-me que tem-se feito muito poucas tentativas de se
explicar tais fenômenos por vias não fantasiosas. Diria mesmo que o número
de tentativas é praticamente nulo e restringem-se a estudos efetuados por
físicos amadores. Nenhuma universidade está disposta a investir um centavo
de suas verbas em estudos que possam demonstrar que a física quântica
passará para a história como o grande engôdo do século XX. Mesmo porque,
nenhum político universitário, destes que distribuem verbas, quer admitir
que investiu fortunas incalculáveis nesse engôdo. O problema é que o tempo
passa e o fim da teoria quântica se avizinha. Isso está se tornando nítido
no dia a dia.

Por outro lado, não conheço nenhum trabalho que tenha tentado explicar
classicamente o problema das partículas elementares pela via que ora estou
seguindo. Como também nunca ouvi uma única crítica à física quântica sob o
ângulo que estou apresentando, qual seja, o de apontar o absurdo lógico de
identificar o simples (partículas) com o complexo (carga elétrica).

> Estou esperando até agora encontrar na sua teoria uma previsão
> quantitativa que bata com os dados experimentais e que a física clássica
> não tenha dado conta até você conseguir fazê-lo.

Perdoe-me mas uma "previsão" não pode bater com dados experimentais a menos
que a experiência seja efetivamente feita. Do contrário não será uma
previsão, mas uma explicação "a posteriori" (comento mais abaixo algo a
diferenciar previsão de espectativa).

Já disse, em mensagens anteriores (e está explícito em meus artigos), que a
trajetória de um feixe de elétrons ao passar pelo interior de um condutor
carregado (local de campo elétrico praticamente nulo, pela teoria de
Maxwell) pode ser estimada pela minha teoria (conhecida a geometria do
condutor). Isso contraria a teoria de Maxwell e parece-me ir contra a
"filosofia" quântica atual.

> É claro que, nesse meio tempo, depois da grande massa de concordâncias
> experimentais acumuladas pela quântica, você não poderá sozinho igualar
> seu desempenho. Mas você não precisa de chegar a tanto. Basta eleger
> alguns poucos fenômenos estratégicos, como as séries de Balmer, o espectro
> de corpo negro, etc., e mostrar que sua teoria bate quatitavamente com os
> dados experimentais nesses casos. Feito isso (e uma divulgação adequada),
> garanto que as coisas começarão a mudar.

Creio que você está sendo excessivamente otimista além de não ter percebido
as implicações de justificar uma teoria que, se por um lado retorna 100 anos
no tempo, por outro precisa justificar experiências realizadas não apenas
nesses 100 anos mas também nos 300 anos precedentes. Além do que, esta
teoria deve fundamentar-se em bases sólidas. Ora, se eu afirmo que um
elétron não gera um campo coulombiano, como você quer que eu explique as
séries de Balmer sem antes demonstrar "quantitativamente" que, através de
minha teoria posso chegar à "experiência" de Coulomb? Ou então, à
experiência de Ampère? Tenho que atender a prioridades básicas, por mais que
os físicos quânticos afirmem que eu devo explicar, de uma maneira
satisfatória, aquilo que, parafraseando Sokal, "nem eles têm certeza do que
significa".

> 2. Matéria, espaço, tempo e causalidade como conceitos empíricos

Nesse item parece-me que, além de outros assuntos, você tenta justificar a
física quântica e, em especial, a insatisfação (que comentei acima) a se
apossar de grande número de físicos quânticos sérios. Louvo sua atitude mas
deixo de fazer comentários pois a essência de minha crítica não reside aí,
mas no que considero como o erro primário a responder por essa insatisfação.

> Agora, comentários a outras partes da mensagem

> From: Alberto Mesquita Filho
> > From: "Sérgio Taborda"
> > Sent: Thursday, July 05, 2001 10:23 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
> > > Alberto Mesquita Filho disse:
> > > >Existem sim efeitos físicos, mas não quânticos

> > > Então a Radiação de Rydberg como se explica?

> > Ótimo exemplo a justificar a minha argumentação. A radiação de Rydberg é
> > um EFEITO FÍSICO notado pela primeira vez por Balmer em 1885.
> > (...) Repito meu argumento para os que não entenderam o que eu pretendi
> > dizer, pois é possível que entendam agora através desse exemplo do
> > Sérgio. NÃO EXISTEM EFEITOS QUÂNTICOS, MAS TÃO SOMENTE EFEITOS FÍSICOS.
> > Alguns efeitos físicos são explicáveis através do que se denomina
> > "física" quântica. E alguns efeitos físicos, como o efeito Rydberg, não
> > conseguiram ser explicáveis através da física conhecida no final do
> > século XIX, o que não significa dizer que não tenham explicação
> > clássica, mas tão somente que os físicos da época não conseguiram,
> > utilizando-se de uma *metodologia* clássica, explicar tais fenômenos.

> Isto dos parágrafos acima, com o perdão da expressão, me parece um
> jogo de palavras. Por "efeito quântico", ninguém jamais quis dizer efeitos
> atribuídos à teoria quântica. Qualquer efeito quântico ou efeito clássico,
> ou relativístico, ou etc., é um efeito físico. Efeitos quânticos são
> simplesmente fenômenos físicos que não puderam ser explicados
> satisfatoriamente pela física clássica e o puderam através da física
> quântica.

Do ponto de vista lingüístico talvez você tenha razão, parece ser um jogo de
palavras. Na prática, no entanto, a teoria é outra. O jovem está sendo
treinado sim, a acreditar que determinados efeitos existem graças
exclusivamente à física quântica. Não somente efeitos, como até mesmo
equipamentos. Existem até aqueles que afirmaram aqui, e em outras
listas ou news, que eu não poderia falar mal da física quântica através de
um computador, pois o computador seria para eles um "equipamento quântico".
E não são secundaristas a fazerem conjecturas vagas e infundadas. Não! A
maioria dos que afirmaram essas idéias eram indivíduos pós-graduandos ou
pós-graduados em física. Um destes (do uol.ciencia) estava fazendo, na
época, pós-graduação em física de partículas, na Inglaterra.

> Desta forma, o fato de que a radiação de Rydberg tenha sido descoberta
> em 1885 não significa nada, a não ser que um efeito físico foi explicado
> quantitativamente através da física quântica. Aliás, grande parte dos tais
> "efeitos quânticos" foi descoberta antes do advento da teoria quântica,
> alguns antes de todos os físicos envolvidos terem nascido.

Sem dúvida, e foi isto que pretendi chamar a atenção, dentro do contexto que
me foi apresentado. E o contexto foi exatamente aquele que descrevi acima.
Os jovens acreditam mais na física quântica do que os próprios construtores
da física quântica. E isto não me parece ser bom, pois como já disse em
mensagem anterior, isto cheira-me a lavagem cerebral.

> Li esse artigo, e li vários outros, mas falhei em encontrar
> explicações satisfatórias para qualquer efeito físico que não tenha ainda
> recebido explicação clássica satisfatória, tanto neste texto como em todos
> os outros que li. Li basicamente metade do seu site. Talvez não tenha lido
> as partes que fazem previsões teóricias quantitativas. Mas, por falta de
> tempo para procurar mais, gostaria que você me ajudasse e me apontasse uma
> previsão teórica da sua teoria que tenha podido explicar quantitativamente
> algum fenômeno físico que a física clássica não tenha podido explicar até
> então. Pois esse dado é, evidentemente, fundamental se queremos defender a
> sua teoria.

Bem, creio que deve existir uma diferença entre previsão e espectativa. Por
exemplo, pela minha teoria existe a espectativa de que em muitas condições
um elétron e/ou próton acelerado "não deve" emitir energia radiante. Isto
não creio que seria previsão, pois que já foi constatado laboratorialmente.
Não obstante, nenhuma teoria física até hoje explicou esse fato *de maneira
satisfatória*, e existem milhares de artigos, até mesmo na Internet, a se
contradizerem a respeito. Quando eu me refiro a previsão estou adotando
aquela "visão profética" das teorias. Isto está em acordo com a chamada
lógica transcendental, de Kant, assim referida no Aurélio: "ciência do
entendimento puro e do conhecimento racional, pela qual se determinam os
conceitos que se relacionam aos objetos independentemente da experiência, e
anteriormente a ela."

Muitas vezes acreditamos num efeito como previsão da teoria mas pouco tempo
após encontramos, na literatura, a experiência já realizada e nem sempre
devidamente explicada. Não sei se neste caso poderia chamar de previsão, mas
mesmo que chamasse, iria apenas refrescar meu ego, pois os demais não iriam
aceitá-la como tal. Aí talvez resida a importância do caráter quantitativo
das previsões. Pois um fenômeno pode ser conhecido, mas não estar
devidamente quantificado, prevendo-se então o seu comportamento matemático.
Outras vezes o fenômeno está quantificado, mas não adequa-se a teoria alguma
(por exemplo, o espectro do corpo negro *anteriormente* à demonstração de
Planck para uma fórmula que já existia).

De qualquer forma citei, na primeira parte desta msg, uma das previsões
sobre a trajetória de feixes de elétrons em condições especiais. Forneço
apenas o campo de um único elétron, pois não conheço a geometria do condutor
a ser testado. Conhecendo-se a geometria do condutor e a disposição dos
elétrons na superfície, da maneira assumida por minha teoria, pode-se
calcular o que chamo "campo de efeitos eletromagnéticos" (para distinguir do
"campo eletromagnético" de Maxwell) no interior do condutor e a agir sobre
um elétron (ou um feixe de elétrons) que por aí trafegue. Para esse cálculo
é suficiente integrar o campo de um elétron para o complexo experimental.
Conhecido este campo pode-se prever a trajetória do elétron.

Obviamente, existirão complicações teórico-operacionais, e é sempre bom
comentar a respeito. Lembro que estou assumindo que o elétron não tem carga
no sentido coulombiano do termo. Se ele não tem aquela carga "e" que entra
nas considerações da experiência de Thompson, não espere encontrar a relação
"e/m", pois este "e" não aparece em minhas equações. Infelizmente ainda não
encontrei ninguém interessado em efetuar essa experiência e portanto não me
animei a especular sobre detalhes e complicações que poderiam surgir no
laboratório. Muitos já me questionaram porque eu mesmo não faço a
experiência e eu respondo: minha experiência acadêmica é mais do que
suficiente para garantir-me que irão duvidar de meus resultados e sequer
irão aceitá-los para publicação e/ou reprodução experimental. Por outro
lado: Quem disse que eu nunca fiz essa experiência? Este é um segredo que me
reservo o direito de guardar, mesmo porque não estou sonegando informação
alguma. :-))

Lembro que o André Assis, em um de seus trabalhos, comenta sobre um possível
efeito a se manifestar em elétrons trafegando no interior de um condutor.
Não sei se a teoria dele chega a quantificar o fenômeno mas se o fizer será
ótimo. Não só para corroborar uma ou as duas teorias, mas também para
confrontar uma com a outra e ambas com as teorias tradicionais.

> > > Ou se quiseres, a radiação do corpo negro.
> > ...os físicos da época não conseguiram dar uma explicação clássica para
> > o efeito, o que não significa que essa explicação não exista, e o
> > caminho que proponho para tal confunde-se, em seu início, com o citado
> > acima.

> Esse caminho já produziu algum resultado quantitativo que possa ser
> comparado com dados experimentais?

Ainda não. Antes disso eu preciso calcular quais seriam as órbitas onde os
elétrons estariam em equilíbrio dinâmico em redor do átomo. Não seriam
órbitas permitidas no sentido proposto por Bohr, mas situações em que o
campo estacionário de um elétron acoplar-se-ia com o campo estacionário de
um próton. Se conseguir atingir este objetivo, estarei fazendo física. Do
contrário estarei apenas forçando a matemática a adequar-se a minha teoria,
algo que me recuso a fazer por motivos que já comentei em 1983 com as
seguintes palavras:

"Que me perdoem os físicos modernos mas ainda que concorde com a beleza da
apresentação de seus resultados, não consigo imaginar um método mais feio. É
como se um médico, frente a um doente sem diagnóstico, e cinqüenta
medicamentos, passasse a utilizar estes últimos um a um, até encontrar
aquele que curasse o paciente. Os riscos seriam grandes, o tempo perdido
seria enorme, e os custos seriam altíssimos; e não obstante, a medicina
poderia até mesmo evoluir; como a física tem evoluído, a despeito da
persistência de um fator de incerteza nesta evolução. E, a continuar neste
passo, quando não sei mas certamente chegará a negar alguns de seus dogmas.
A história se repetirá."


----- Original Message -----
From: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Saturday, July 07, 2001 1:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann (adendo

> Esqueci-me de uma.
> Quando é que a inexistência dos fluidos elétricos foi corroborada
> experimentalmente?

A primeira corroboração experimental creio que deve-se a Faraday, apesar de
a idéia não ter sido "emplacada" na época. A partir de Thomson parece ter
ocorrido uma reviravolta na física do microcosmo, e as experiências a
caracterizarem a natureza não fluida das partículas foram se acumulando, a
ponto de falar-se hoje em física de partículas. Fluido elétrico, no sentido
proposto por Maxwell, a caracterizar a sua eletrodinâmica, parece-me ser
hoje algo dotado de interesse puramente histórico, permanecendo como tal
única e exclusivamente nos fundamentos da mecânica quântica e assim mesmo em
caráter light, pois foram sendo mascarados quando de sua axiomatização. O
caráter ondulatório, proposto a partir das idéias de De Broglie, não tem
nada a ver com a idéia original de fluidos elétricos, mesmo porque quero
crer que onda não seja fluido, ainda que as ondas clássicas se propaguem em
meios fluidos. Aliás, no sentido maxwelliano, o fluido elétrico era a sede
do campo e a onda eletromagnética era algo a se propagar *a partir* deste
fluido. A física quântica misturou partícula com onda, conteúdo com
continente, observador com observado, realismo com idealismo, matemática com
física, alhos com bugalhos, de maneira que hoje, raciocinando-se
quanticamente, fica difícil até mesmo saber o que é uma experiência.
Consequentemente, mas única e exclusivamente sob o ponto de vista quântico,
e no sentido adotado por Sokal ("a teoria da física quântica é muito
complicada e nem os físicos têm certeza do que ela significa), a sua dúvida
parece-me fazer sentido.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: saida da lista
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/07/2001 06:07

Pessoal,

Vou sair da lista por um tempo. Estou doente. Doença de crohn em estado crônico com piodermas grangenosos (úlceras vasculares nas pernas e na barriga). Talvez terei de ser operado para a retirada do instestino grosso.

Quero pedir desculpas aos colegas por alguma mensagem mais agressiva. É que estou tomando doses altíssimas de um remédio a base de corticóide (80 mg de prednisona por dia), remédio este que tem por efeito colateral hiper-irritabilidade, labilidade, alterações no humor.

Um forte abraço em todos,
Manuel Bulcão


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] saida da lista
FROM: "Sandra Rosario" <matricarya@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/07/2001 15:47

Manuel

Existe uma planta chamada Unha de Gato (Uncaria tomentosa) que está sendo
empregada no tratamento da Doença de Crohn. Atualmente, o Dr. Brent W.
Davis, D.C., é quem a estuda para este fim.
Ele escreveu um artigo intitulado "A New World Class Herb for A. K.
Pratice", no qual ele descreve a capacidade que esta planta tem para
interromper desordens intestinais severas.
Se desejar maiores informações, tenho cópias de artigos publicados sobre o
assunto.
Sandra


>From: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogroups.com
>To: <ciencialist@yahoogroups.com>
>Subject: [ciencialist] saida da lista
>Date: Sun, 8 Jul 2001 06:07:24 -0300
>
>Pessoal,
>
>Vou sair da lista por um tempo. Estou doente. Doença de crohn em estado
>crônico com piodermas grangenosos (úlceras vasculares nas pernas e na
>barriga). Talvez terei de ser operado para a retirada do instestino grosso.
>
>Quero pedir desculpas aos colegas por alguma mensagem mais agressiva. É que
>estou tomando doses altíssimas de um remédio a base de corticóide (80 mg de
>prednisona por dia), remédio este que tem por efeito colateral
>hiper-irritabilidade, labilidade, alterações no humor.
>
>Um forte abraço em todos,
>Manuel Bulcão
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>

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SUBJECT: Árvore em extinção desenvolve alternativa reprodutiva
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/07/2001 19:10

Uma árvore que, ameaçada pela extinção, gerou uma cepa capaz de
reproduzir-se assexuadamente!
Belisário

---------------------------------
http://www.comciencia.br/noticias/06jul01/cipreste.htm

Árvore em extinção desenvolve alternativa reprodutiva

Um cipreste do Mediterrâneo desenvolveu uma estratégia reprodutiva assexuada
que pode ser uma adaptação em resposta à ameaça de extinção. Atualmente é a
planta mais ameaçada de extinção no mundo, com apenas 231 sobreviventes.

Esta árvore, Cupressus dupreziana, produz um pólen diplóide (ou seja, com a
carga genética total do indivíduo), que gera um embrião sem fertilização
prévia (reprodução assexual). O comum seria um pólen haplóide, com metade da
carga genética - a carga genética diplóide nesse caso é restituída com a
junção das cargas haplóides do pai e da mãe na fecundação. O fenômeno é
ainda desconhecido em plantas, pois dispensa o papel femimino: a reprodução
assexual em plantas femininas é bastante conhecida, mas ainda não havia sido
observada em indivíduos masculinos.

A pesquisa, publicada em 5 de julho deste ano na revista Nature, foi
realizada na no INRA (Institut National de la Recherche Agronomique), na
França, através do acompanhamento de seis famílias produzidas a partir de
cruzamentos controlados entre várias espécies de ciprestes da região da
Argélia. Estudos morfológicos citológicos e moleculares foram feitos para
comparar as espécies produzidas com seus pais. Foram estudados, por exemplo,
porcentagem de sementes e diâmetro do pólen. Todas as árvores estudadas eram
semelhantes às plantas masculinas.

Para os pesquisadores, o endocruzamento (cruzamento entre indivíduos
aparentados) em pequenas populações de espécies que naturalmente cruzam com
indivíduos não aparentados, leva a uma redução no desempenho da planta e
aumenta o risco de extinção. A apomixia (reprodução assexual), assim como
outros fatores que reduzem a endogamia, pode então conferir uma vantagem
seletiva no processo evolutivo da espécie.





SUBJECT: Verdades e ciência
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/07/2001 19:12

Oi. Isto é um trecho de uma mensagem que recebi por outra lista. Vejam o
que acham.
Belisário

------------------------------------

Acho que existe A REALIDADE. "Verdades" são conhecimentos
humanos que pretendem se aproximar da Realidade. Nossa tendência é
classificar as verdades não segundo seu grau de aproximação com a
Realidade, mas sim de acordo com o(s) método(s) pelo(s) qual(is) se
desenvolveram - há verdades científicas, religiosas, filosóficas, como
há as pseudo-científicas, esotéricas, advindas da adivinhação ou de
"iluminação. Todas podem ser boas ou ruins, honestas ou desonestas, bem
ou mal fundamentadas. Isto na visão de quem "conhece" uma verdade
qualquer, por exemplo um de nós, ou o mais bronco dos favelados. Porque
as verdades também são "fenômenos" que observamos e com os quais
interagimos. Aí vem uma outra classificação das verdades: de acordo com
sua importância para o observador: este conhecimento "funciona" ou não?
Quanto isso vale para mim, ou me faz sentir melhor? Uma verdade
religiosa ou esotérica pode "funcionar" muito mais para grande parte da
população que uma brilhante teoria científica. Acho muito perigoso
considerarmos nossas verdades mais importantes que as de outras pessoas.
E mais perigoso ainda deixar que pessoas pouco cultas julguem a
importância das verdades: decididamente acho que o planejamento de
políticas na Ciência não pode ser democrática. Mas tem que ser Moral. Há
terríveis exemplos de desenvolvimento e uso de conhecimentos científicos
por pessoas inteligentes, cultas e sem caráter, ou por governos
eficientes e infames.

----------------------------

Uma interlocutora respondeu a essa mensagem com as seguintes perguntas:

----------------------------
Como bem apontou o Borges, para cada realidade, há uma verdade que é mais
adequada, conforme a cultura, crença, valores éticos, morais, existenciais
(etc) de cada parcela das diversas comunidades.

É aí que a Ciência pode se transformar em tirania., com suas verdades que
universalizam a diversidade.

Voltemos à Divulgação Científica: qual, exatamente, é a responsabilidade da
Divulgação na mitificação da ciência? Qual é o perigo da percepção, falsa em
grande parte, que a população tem, achando que entende Ciência?
------------------------------

(Desconfio de que isto vai dar um bode aqui na lista... :)
Até,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Verdades e ciência
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/07/2001 01:17

Oi Belisário et all,


| Oi. Isto é um trecho de uma mensagem que recebi por outra lista. Vejam o
| que acham.
| Belisário
|
| ------------------------------------
|
| Acho que existe A REALIDADE.

Começarei por aqui, pois aqui é o começo! :-)
O que já foge á realidade, uma vez que isso é 'um trecho de uma mensagem'.
De modo geral, a 'realidade' nos é transferida pelos sentidos, e sabemos que quanto mais se aprende mais nos afastamos daquela realidade introdutória. Passo a mão na minha mesa e digo que é 'lisa', minhas células táteis, maiores que as saliências e reentrâncias da mesa é que me dão essa falsa impressão da 'realidade' sobre a superfície da mesa. Olho aquela região com uma boa lupa. Já passo a ver coisas com mais detalhes, formações, fibras etc. Levo um pedacinho da coisa ao microscópio óptico comum. E, novamente, nova 'realidade'. Finalmente, levo ao microscópio eletrônico ... e me pergunto: "Cadê a mesa?" Como posso chamar um vazio, com algumas 'sujeirinhas' esparsas, de mesa? ... e 'lisa'? ... e 'branca'? ... e 'sólida'?
A Realidade não existe ... cada um faz uma conjectura a respeito dela. É um conceito totalmente subjetivo.


|"Verdades" são conhecimentos humanos que pretendem se aproximar da Realidade.

Conhecimentos humanos não são "verdades", são julgamentos "verdadeiros" ou "falsos" dentro de contextos e condições de contornos rígidos. Só dentro desse 'amarrado' é que um dada premissa (posta como conhecimento humano) pode admitir os valores V ou F. Trocar 'V' por 'verdade', ou seja, trocar o valor por uma conjectura é o mesmo que admitir que o valor 'cara' num lance de moeda confirma que a validade da questão sob disputa.


|Nossa tendência é classificar as verdades não segundo seu grau de aproximação com a
| Realidade, mas sim de acordo com o(s) método(s) pelo(s) qual(is) se
| desenvolveram - há verdades científicas, religiosas, filosóficas, como
| há as pseudo-científicas, esotéricas, advindas da adivinhação ou de
| "iluminação.

A simples tendência de classificar "verdades" já mostra sua fragilidade. A impossibilidade da 'verdade' única está justamente no fato de se querer julgar uma 'conjectura da realidade' dentro de contextos e condições de contornos distintos. Feito isso, para a tal "verdade" haverá uma série de valores V e F, cada qual dentro de seu 'amarrado' de parâmetros.
A classificação proposta nada mais é que definir 'amarrados' diferentes. Desse modo, um V obtido pela linha científica nada terá a ver com o V (ou F) obtido pela linha religiosa, ou vice versa. Assim, uma dada 'conjectura da realidade' não poderá ser discutida por linhas de 'amarrados' distintos. E, novamente, a realidade ou a sua verdade perde a razão de ser. Em particular, na linha dos esotéricos, os 'amarrados' serão tão inconsistentes (e tão subjetivamente definidos) que os valores V ou F poderão ser obtidos via 'cara' ou 'coroa'.


|Todas podem ser boas ou ruins, honestas ou desonestas, bem
| ou mal fundamentadas. Isto na visão de quem "conhece" uma verdade
| qualquer, por exemplo um de nós, ou o mais bronco dos favelados.

Se as "verdades" são tão puerís assim, para que discutí-las!?

|Porque as verdades também são "fenômenos" que observamos e com os quais
| interagimos. Aí vem uma outra classificação das verdades: de acordo com
| sua importância para o observador: este conhecimento "funciona" ou não?

Aqui mesclou-se "verdade" com "existência". O fenômeno da queda livre existe; é um fato inconteste para todos os observadores (sem esticar muito o 'amarrado' que existe por traz disso!). A "verdade" que se oculta por traz do fenômeno só pode ser a sua 'causa'; nada além disso. E, novamente, começamos a preparar os 'amarrados'.
O amarrado da linha da ciência constitui-se no modelo da gravitação e, dentro desse modelo (e só dentro dele!) tiramos a série de valores V1 e F1 de premissas relacionadas ao fenômeno. Isso todos nós conhecemos. As outras linhas, com amarrados diferentes, podem até encontrar os valores V2 e F2 para as mesmas tais premissas, mas seria absurdo tentar confrontá-los ou propor que V1 = V2 e F1 = F2.
V1 funciona para a linha da ciência; V2 funciona, por exemplo, para a linha esotérica de um determinado grupo de indivíduos. V1 não pode servir de 'prova' para V2!

| Quanto isso vale para mim, ou me faz sentir melhor? Uma verdade
| religiosa ou esotérica pode "funcionar" muito mais para grande parte da
| população que uma brilhante teoria científica. Acho muito perigoso
| considerarmos nossas verdades mais importantes que as de outras pessoas.
| E mais perigoso ainda deixar que pessoas pouco cultas julguem a
| importância das verdades: decididamente acho que o planejamento de
| políticas na Ciência não pode ser democrática. Mas tem que ser Moral. Há
| terríveis exemplos de desenvolvimento e uso de conhecimentos científicos
| por pessoas inteligentes, cultas e sem caráter, ou por governos
| eficientes e infames.

Aqui aparecem os 'amarrados' dados pelas linhas dos subjetivos (religiosas, esótéricas, filosóficas etc.). Nesses amarrados, que englobal o emocional e sentimentos, todas as conjecturas são possíveis. É o livre arbítrio do pensamento individual.
Não sei se dentro da linha Ciência cabe a classificação Moral/Amoral, Justo/injusto, ético/não ético. Não vejo como aplicar isso á lei da inércia, de Darwin (ou neo-Darwin), ao escoamento turbulento ou aos efeitos de Purkinge. Com certeza a Ciência não é democrática (felizmente), é a ditadura dos amarrados (modelos). Ciência não tem leis julgadas por votos da maioria ou aceita a palavra da autoridade.
Quem faz uso dela (instrumento) é que deve saber onde está ponto a mão!

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| Uma interlocutora respondeu a essa mensagem com as seguintes perguntas:
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| Como bem apontou o Borges, para cada realidade, há uma verdade que é mais
| adequada, conforme a cultura, crença, valores éticos, morais, existenciais
| (etc) de cada parcela das diversas comunidades.
|
| É aí que a Ciência pode se transformar em tirania., com suas verdades que
| universalizam a diversidade.
|
| Voltemos à Divulgação Científica: qual, exatamente, é a responsabilidade da
| Divulgação na mitificação da ciência? Qual é o perigo da percepção, falsa em
| grande parte, que a população tem, achando que entende Ciência?
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Essa interlocutora não é uma assídua leitora do Imperdível. Ninguém é perfeito!
E, quanto á difulgação científica, os perigos que ela teme são facilmente sanáveis ... basta proibir a editoração da SI. :-)

[]'
Léo
.......... como sempre, aceitando e agradecendo críticas e sugestões.



| (Desconfio de que isto vai dar um bode aqui na lista... :)
| Até,
| Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Verdades e ciência
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/07/2001 03:15

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisario"
Sent: Sunday, July 08, 2001 7:12 PM
Subject: [ciencialist] Verdades e ciência

> Oi. Isto é um trecho de uma mensagem que recebi por outra lista. Vejam o
> que acham.

> Acho que existe A REALIDADE.

Durante grande parte de minha vida aceitei essa idéia como um fato
consumado. Comecei a me dar conta desse vício vivencial após assistir uma
palestra do magnífico José Leite Lopes, verdadeiro discípulo de Mário
Schenberg. Dois expoentes da física nacional. Dois físicos modernos para
ninguém botar defeito. Creio que uma das grandes mágoas que tenho da física
moderna brasileira, além de não concordar com seus princípios, é que a
geração Mário Schenberg, definitivamente, acabou. Graças aos militares.

A palestra de Leite Lopes, ocorrida no IF da USP, tinha como título: "A
física, de Parmênides a Einstein". Lembro, como se fosse hoje, que num dado
instante ele recorreu a um pensamento que atribuiu a Pitágoras: "O que é, é,
e não pode não ser". Esta frase, a meu ver, sintetiza quase todo o realismo
da antigüidade grega. Pensei, no entanto, em atualizá-la, pois vivemos na
era das grandes transformações. E acrescentei duas palavras, procurando
adaptá-la ao realismo dos dias atuais. A frase então ficou: "O que é, é, e
não pode não ser enquanto for".

Alguns anos mais tarde, num seminário de filosofia da ciência, com alunos da
iniciação científica da USJT, citei a frase, assim modificada, atribuindo-a
a Pitágoras. O coordenador do regime de iniciação, Ricardo Gonçalves, Mestre
em filosofia e especialista em Heráclito, logo corrigiu-me: Esta frase é de
Heráclito. E aproveitou para esbanjar seus conhecimentos a respeito, o que
deixou-nos maravilhado. Logo surgiu-me a reflexão: Como não pensei nisso
antes? Afinal, e ao contrário do que se lê nos livros didáticos, a filosofia
da antigüidade não está restrita a compartimentos estanques, mas existe um
relacionamento imenso entre eles. Até mesmo idéias divergentes, como as de
Heráclito, Demócrito, Aristóteles, Platão... entrelaçam-se levando-nos a
"verdades" maiores. Logo, o realismo da atualidade nada mais é senão uma
combinação de idéias germinadas há milênios.

Costumo dizer que o realismo reside nas bases da ciência. Chego mesmo a
confundir a evolução do realismo com a evolução das ciências. Até mesmo a
física quântica, que durante muitos anos julgou-se fosse refratária ao
realismo, acabou adaptando-se a um realismo "sui-generis": os "universais"
do realismo quântico seriam os "pares conjugados". E não havia outra saída,
pois ser cientista é confiar na experimentação, é aceitar que "o que é, é, e
não pode não ser enquanto for". Negue-se esta frase e creio que estaremos,
automaticamente, aposentando todos os cientistas da atualidade.

> "Verdades" são conhecimentos
> humanos que pretendem se aproximar da Realidade. Nossa tendência é
> classificar as verdades não segundo seu grau de aproximação com a
> Realidade, mas sim de acordo com o(s) método(s) pelo(s) qual(is) se
> desenvolveram - há verdades científicas, religiosas, filosóficas, como
> há as pseudo-científicas, esotéricas, advindas da adivinhação ou de
> "iluminação.

Com efeito. Percebe-se então que realismo não se confunde totalmente com
ciência. Não existe apenas um método para se estudar "o que é". Poderíamos
então dizer que em ciência estuda-se "o que é" através da experimentação. E
"o que é observado experimentalmente" não pode retratar-nos outras
realidades (regra da repetitividade) que não sejam aquelas inerentes ao
procedimento adotado. Outras verdades existem, sem dúvida. E se devemos ou
não confiar nas mesmas, isso é um problema de ordem pessoal, é uma opção que
cada um faz de acordo com seus costumes e sua cultura.

> Todas podem ser boas ou ruins, honestas ou desonestas, bem
> ou mal fundamentadas. Isto na visão de quem "conhece" uma verdade
> qualquer, por exemplo um de nós, ou o mais bronco dos favelados. Porque
> as verdades também são "fenômenos" que observamos e com os quais
> interagimos. Aí vem uma outra classificação das verdades: de acordo com
> sua importância para o observador: este conhecimento "funciona" ou não?

A funcionalidade é sempre um bom critério, mas não me parece que deva ser o
único. Aliás, não creio que existam critérios absolutos para a obtenção de
verdades, nem mesmo as científicas. Concordo que existem as verdades óbvias,
por exemplo, aquela a me dizer que estou sentado em frente do monitor de meu
computador. Mas as grandes dúvidas dificilmente questionam essas verdades
óbvias, ou esses "pré-existentes". Quando se diz que a ciência não começa
pela observação (vide Chalmers em "O que é ciência, afinal?), na realidade
está se excluindo esses "pré-existentes", ou "observáveis em primeira
instância", do que seria chamado atitude científica. Certamente existem os
observáveis pela experimentação, mas esses são "fabricados" pelo homem (não
o resultado, mas o cenário em si) e, portanto, não se poderia dizer que a
ciência "começa" por aí (na realidade ela estaria começando quando "bolamos"
a experiência, e não no ato experimental em si). Sem dúvida, o assunto é
complexo, não sendo impossível que leve-nos, por regressão, a algo
semelhante ao famoso: "Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?".

> Quanto isso vale para mim, ou me faz sentir melhor? Uma verdade
> religiosa ou esotérica pode "funcionar" muito mais para grande parte da
> população que uma brilhante teoria científica. Acho muito perigoso
> considerarmos nossas verdades mais importantes que as de outras pessoas.

Poucos se dão conta disso. A verdade, como disse acima, associa-se a
costumes e a culturas. Aqueles que se julgam "donos da verdade" estariam
prestando um benefício bem maior à nação se se preocupassem em levantar uma
bandeira em prol da educação dos excluídos pelo sistema, ao invés de se
preocuparem única e exclusivamente em criticar costumes aceitos como
verdadeiros pela grande massa inculta. Aliás, já tenho dito aqui, com outras
palavras, que os céticos, com raríssimas exceções, nada mais fazem senão dar
respaldo aos aproveitadores do sistema. Constituem-se, quando muito, na
oposição tolerada e a garantir a subsistência do "status quo".

> E mais perigoso ainda deixar que pessoas pouco cultas julguem a
> importância das verdades: decididamente acho que o planejamento de
> políticas na Ciência não pode ser democrática. Mas tem que ser Moral. Há
> terríveis exemplos de desenvolvimento e uso de conhecimentos científicos
> por pessoas inteligentes, cultas e sem caráter, ou por governos
> eficientes e infames.

Falou e disse. Minhas restrições apenas ao "não pode ser democrática". Não
que não entenda o que o autor pretendeu dizer, mas soa-me como um texto
muito perigoso e a ser indevidamente maqueado pelos aproveitadores da
ingenuidade popular.

> (Desconfio de que isto vai dar um bode aqui na lista... :)

Prepare o guarda chuva, pois o temporal se aproxima. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: O "profeta" Gell-Mann
FROM: holanda_lb@zipmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/07/2001 13:20

Olá Paulo,
Muito se falou, mas talvez suas questões não tenham sido respondidas.
Vamos lá:


[Paulo] Amigos:
- No livro "Fundamentos de Fisica", de Halliday, Resnick e Walker,
editora LTC, 4a. edicao, volume 4, capitulo 49 (Quarks, Leptons e o
Big Bang), topico 49-7 ("O caminho Octuplo") pagina 307,
[...]



[Leandro]
Na época em que me formei em física não usei essa edição. Assim, vou
confiar em você no que diz que está escrito :o)

Sobre o caminho do octeto, sim é verdade! Gell-Mann previu
corretamente a existência do bário que faltava: o "ômega menos".
Desde a descoberta dele, ninguém tem duvidado seriamente que o
caminho do octeto é correto. Uma coisa semelhante aconteceu no caso da
descoberta da tabela periódica: haviam 3 elementos que lá não estavam
e só foram descobertoas 20 anos depois: o gálio, o germânio e o
escândio.
E estava de acordo com a mecânica quântica sim.
Espero ter respondido suas questões.

Abraços
Leandro.



SUBJECT: O "profeta" Gell-Mann e a quantica
FROM: holanda_lb@zipmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/07/2001 13:22

Olá Paulo, eu de novo.
Sobre seu outro email:

[Paulo] a) Nos livros de Quimica e Fisica de 2o grau (e ate' de nivel
superior) e' dito que o eletron TEM carga eletrica negativa, o proton
TEM carga eletrica positiva e que o neutron NAO TEM carga eletrica.
[...]

[Leandro]
É verdade. Os prótons, elétrons e nêutrons têm as cargas que você
disse.
Um dado material, do ponto de vista microscópico, apresenta um grande
número de partículas carregadas (bem como pode ter, além disso, um
grande número de partículas neutras).
Do ponto de vista macroscópico, quando dizemos que um dado material
está carregado o que estamos querendo dizer é que há um desequilíbrio
na quantidade de cargas. Falamos sobre a carga líquida ou resultante
do material. Isso porque existem duas espécies de cargas (positiva e
negativa) e a carga resultante será a diferença entre as duas.


[Paulo] Desculpem se a pergunta e' muito primaria, mas fiquei
preocupado se passei varios anos "iludido" quanto `a "verdade"
cientifica das cargas eletricas do proton, eletron e neutron. Afinal,
esse conceito de carga positiva, negativa e "neutra" e' ideia dos
fisicos quanticos ?
[...]


[Leandro]

À luz da física moderna, sabemos que existem partículas microscópicas
carregadas, e não somente isso, mas também como são e como se
comportam com alto grau de precisão.

[Paulo] Ha' explicacao melhor que esta ?
[...]

[Leandro]
Se há, ainda não conhecemos. As explicações alternativas, por
enquanto, não satisfazem os resulados experimentais. A mecânica
quântica é a teoria mais testada da ciência e tem estado de acordo com
os resultados experimentais.

Abraços
Leandro.



SUBJECT: Re: Bases filosoficas e cientificidade
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/07/2001 15:44

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Manuel: Freud defendeu mesmo um determinismo psíquico.
> Freud foi um teórico do fim do século XIX e do começo do século XX.
> Em seus esquemas, Freud aqui e acolá resvalou no laplacianismo.
> Einstein também. Mas Einstein você perdoa. Com relação aos físicos
> quânticos vc faz vista grossa. Mas com Freud não.
> Com Freud vc é durão! Nem liga para o fato de Freud ter se
> debruçado sobre aquilo que muitos julgam o sistema físico
> mais complexo que existe em todo o Universo (pelo menos
> entre os subsistemas físicos observáveis).

Eu sou durao e' com a Angelina Jolie -- e eu a perdoo por
cometer Tomb Rider...

Repare q. nao estou dizendo nem ao menos q. Freud estaria
essencialmente errado. Estou apenas perguntando sobre as
bases empiricas em q. ele se baseou para o desenvolvimento
de sua teoria psicanalitica. E tbm das bases empiricas q. apoiam
ou nao a teoria atualmente.

Lembra-se de q. faz um tempinho eu tinha postado um
recorte de noticia sobre um estudo q. talvez indicasse
a validade do conceito de recalque?

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/8893

E tenho tomado o cuidado para deixar claro q. os
meus questionamentos nesta linha nao sao de simples
descredito 'a psicanalise. Frases como: "so' por questao
de discussao..." e " Sem atribuir ja' um carater acientifico
'a psicanalise" nao sao gratuitas -- elas sao lembretes
de reforco da minha proposicao inicial desta linha:

"Tai', uma bela pergunta e uma otima oportunidade
preu aprender o q. eh psicanalise..."

Elas sao importantes justamente para se evitar
essa interpretacao erronea de q. se trate de um
ataque 'a teoria psicanalitica. Falha, minha...
nao devo ter dado a enfase devida.

Peco desculpas se minhas indagacoes o ofenderam
de alguma forma. Em momento algum foi intencao minha
botar banca.

Ressalto tbm q. sobre a neotenia, nao houve
queda de braco -- a menos q. alguem o possa
fazer sozinho. As minhas observacoes 'a epoca
se referiam apenas aos pontos q. estavam em
desacordo com o conhecimento corrente da
biologia atual. Cuidei q. tivesse entendido a
intencao de minhas observacoes face a
sua resposta:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/5610

A linha toda pode ser acompanhada em:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/messages/5533?threaded=1

(A minha critica qto ao cultismo se referia
apenas 'a palavra bioevolucao...)

Reproduzo aqui de todo modo o q. disse 'a
epoca q. continua valendo:

"ressalto apenas q. nao eh objetivo meu tolher sua liberdade de
manifestacao -- nao eh uma guerra territorial. mas como tenho algum
contato com a praia, tomei a iniciativa de sugerir alguns atalhos, evitar
alguns terrenos e qual eh o point mais quente. porem, sei q. eh irritante
e facil interpretar isso como arrogancia ou tentativa de intimidacao."
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/5557

E' claro q. neste caso, a psicanalise e a psicologia,
nao e' a minha praia. No caso estou tentando descobrir os
points em praia alheia.

Mas vai na boa cara. Assim q. estiver melhor dej
as caras por aqui. (Espero mesmo nao te-lo irritado
em demasia.)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Árvore em extinção desenvolve alternativa reprodutiva
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/07/2001 16:08

Patrulha purista em acao...

--- In ciencialist@y..., "Roberto Belisario" <rbdiniz@t...> wrote:
> Árvore em extinção desenvolve alternativa reprodutiva
>
> Um cipreste do Mediterrâneo desenvolveu uma estratégia reprodutiva assexu=
ada
> que pode ser uma adaptação em resposta à ameaça de extinção. Atualmente é=
a
> planta mais ameaçada de extinção no mundo, com apenas 231 sobreviventes.

Aqui da' a impressao de q. a mutacao se originou em
resposta 'a pressao seletiva... O q. pode ocorrer e' q.
a pressao seletiva leve um espalhamento de uma
mutacao (ou como eh o caso na maior parte das vezes,
'a sua eliminacao).

> Esta árvore, Cupressus dupreziana, produz um pólen diplóide (ou seja, com=
a
> carga genética total do indivíduo), que gera um embrião sem fertilização

Carga genetica nao deve ser utilizada com esse sentido.
Carga genetica se refere 'a diminuicao do fitnesse medio da
populacao pela presenca de individuos menos adaptados
'aquelas condicoes ambientais.

Deve-se falar 'com o material genetico total de um individuo'.

> assexual em plantas femininas é bastante conhecida, mas ainda não havia s=
ido
> observada em indivíduos masculinos.

Tem alguns probleminhas aqui. Alguem se lembra da alternancia de
geracoes q. ocorrem nas plantas? Uma geracao haploide e uma diploide
sucedendo uma 'a outra?

Assim: os individuos diploides das plantas sofrem meiose e geram os
esporos -- q. se desenvolvem em individuos haploides -- q. por mitose
produzem gametas -- q. se fundem e geram um individuo diploide.

Nas plantas vasculares, a geracao haploide e' bastante reduzida
em tamanho e tempo de vida. Nas plantas com sementes os machos
sao os graos de polen e as femeas ficam alojadas na planta-mae.

A geracao diploide -- q. eh a q. normalmente vemos qdo se trata de
plantas vasculares -- podera' possuir individuos machos -- se a
planta da' origem a haploides machos (grao de polen) -- e individuos
femeas se produz apenas a haploides femeas (presas no interior do q.
sera' a semente).

Nesse sentido e' bastante comum q. machos se reproduzam
assexuadamente. Eles geram assexuadamente os graos de polen.

Noutro sentido tbm nao eh incomum q. machos se reproduzam
assexuadamente. Q. e' por meio de propagacao vegetativa --
estoloes e estacas, por exemplo.

> Para os pesquisadores, o endocruzamento (cruzamento entre indivíduos
> aparentados) em pequenas populações de espécies que naturalmente cruzam c=
om
> indivíduos não aparentados, leva a uma redução no desempenho da planta e
> aumenta o risco de extinção. A apomixia (reprodução assexual), assim como=

> outros fatores que reduzem a endogamia, pode então conferir uma vantagem
> seletiva no processo evolutivo da espécie.

Acho q. essa explicacao nao e' convincente. A
reproducao assexual, diminui ainda mais a variabilidade genetica
de uma populacao. O q. poderia ocorrer e' q. no caso de reproducao
assexuada de um individuo bem sucedido, a descendencia em
um mesmo ambiente tende a ser tbm bem sucedida -- nao sofrendo
a diminuicao da adaptacao ao ambiente pela introducao de variantes de
genes q. conferem uma menor adaptacao (i.e., nao sao afetadas
pela carga genetica da populacao).

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Verdades e ciência
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/07/2001 16:23

--- In ciencialist@y..., "Roberto Belisario" <rbdiniz@t...> wrote:

O qto isso muda as coisas pra valer?

Digamos q. haja ttas verdades qto forem os sistemas.
E se um sistema diz q. eh verdade q. eu existo e
outro diz q. nao eh verdade q. eu existe e um terceiro
q. diz q. eh verdade q. eu nao existo? Sao todas
mesmo verdades? Tudo ao mesmo tempo?

Certamente q. para um referencial unico teremos
o problema da contradicao... Mas e ai'?

Eu acho isso metafisico demais. Dizem q.
ha' metafisica em uma xicara de acucar.
Mas nao tenho infelizmente experiencia de
ter o cafe' adocado por metafisica -- apenas
metaforicamente, claro...

(Ainda bem nas coisas cotidianas essas
diferentes 'verdades' tendem a convergir...
O q. duvidar q. existe um pedaco de bolo
na mesa sofre a consequencia de nao
come-lo -- ou 'come-lo'... Somos escravos
de nossos sentidos e da nossa arquitetura
neuronal -- nenhum relativista ou solipsista
ainda pulou pela janela de Alan Sokal.
Claro, isso tampouco revela a verdade...
Mas o q. isso muda? E' verdade q. tenho
dois milhoes de dolares em minha conta
corrente? E' verdade q. o Brasil ganhou
da Franca em 1998? E' verdade q. Elvis
morreu?)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/07/2001 17:19

On Sun, 8 Jul 2001, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Já disse, em mensagens anteriores (e está explícito em meus artigos), que a
> trajetória de um feixe de elétrons ao passar pelo interior de um condutor
> carregado (local de campo elétrico praticamente nulo, pela teoria de
> Maxwell) pode ser estimada pela minha teoria (conhecida a geometria do
> condutor). Isso contraria a teoria de Maxwell e parece-me ir contra a
> "filosofia" quântica atual.

Eu já lhe respondi a respeito e volto a afirmar que a tal experiência não
contraria a teoria de Maxwell e nem vai contra a teoria quântica pois não
passa de uma clássico caso de campo elétrico.

O interior do condutor [uniformemente] carregado não possui campo elétrico
[até aqui tudo OK] mas ao se introduzir uma carga elétrica, neste caso um
feixe de elétrons, esta garga irá produzir um campo elétrico no interior
do condutor e a alteração de trajetória é prevista na teoria de Maxwell.

Tudo muito simples, uma carga elétrica em movimento no interior de um
campo elétrico tem sua trajetória alterada.

> Bem, creio que deve existir uma diferença entre previsão e espectativa. Por
> exemplo, pela minha teoria existe a espectativa de que em muitas condições
> um elétron e/ou próton acelerado "não deve" emitir energia radiante.

A teoria de Maxwell também prevê um caso bem simples onde uma carga
acelerada não emite energia radiante: Quando a carga e o sensor tiverem o
vetor aceleração iguais [mesmo módulo, direção e sentido]. Neste caso o
sensor não recebe nenhuma informação, é como se a carga não irradiasse
nada.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: Inteligência Artificial
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/07/2001 18:58

Olá, homônimo, :-)

Realmente, OCR não pode ser chamado de IA. Nem reconhecimento
de voz (ao menos os que temos hoje). Mas a confusão é
compreensível, pois está ligada àquela velha questão de
dizer o que é e o que não é inteligente. Quem quiser
ver um pouco mais sobre isto, consulte os arquivos da
ciencialist e leia a ótima discussão que tive com o Jocax há
não muito tempo atrás.

Há em IA (foi acidental...) um daqueles "traumas" que os
cientistas da área carregam. Eles trabalham, trabalham para
tentar produzir um "software inteligente" e quando finalmente
conseguem, as pessoas dizem "ah, mas isso aí não é IA".
Aconteceu isso com os sistemas especialistas, com os
sistemas baseados em raciocínio por casos e várias outras
técnicas. Inteligência é aquela coisa que, quando acontece,
tem que nos surpreender. Frequentemente surpreende até mesmo
a quem falou a coisa. Mas a inteligência tem que surpreender
sempre, principalmente quando "acaba" aquilo que foi manualmente
introduzido pelo "programador".

Até mais,
Sergio Navega.



From: Sérgio Taborda <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
>
>> Talvez aqueles softwares para scanear texto possam ser considerados
>> inteligência artificial, não acha?
>
>Não. Apenas algo muito bem elaborado para que funcione "sozinho"
>O Reconhecimento óptico de caracteres (conhecido como OCR ) é um processo
>notável.
>Mas da paciência de procurar um algoritmo que funcione.
>Assim como o do Reconhecimento de Palavras por Voz, que já começa a estar
>incluído em algumas coisas.
>Mas eu não chamaria a isto IA (inteligência artificial )
>Mas estou certo que o meu homónimo nos brindará com uma das suas excelentes
>explicações sobre este tema.
>
>
>Cumprimentos,
>
>Sérgio M. M. Taborda
>




SUBJECT: Sequenciamento de DNA
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/07/2001 20:21

Encontrei uma noticia no Nonio ( http://www.nonio.com ) que achei
muito interessante.

"Está em estudo uma nova técnica de sequenciação de DNA que se
funcionar permitirá a sequenciação do genoma humano em apenas 1 dia.
Actualmente demora cerca de três anos. Nesta técnica, o genoma passa
linearmente através de um nanoporo. Do outro lado do nonoporo, cada
base induz sinais electricos especificos que permitem identificar as
bases. O método é explicado nesta página (
http://golgi.harvard.edu/branton/nanopore.html )"

Se for realmente o que estou achando, isto eh uma enorme revolucao.
Alguem tem mais informacoes?


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna




SUBJECT: Abaixo-assinado defende ideia de que estupro sempre eh crime hediondo
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/07/2001 20:40

GERALCORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JULHO DE 2001
Lista critica redução da pena
Abaixo-assinado defende idéia de que estupro sempre é crime hediondo
===
Banca foi montada no Brique da Redenção para colher assinaturas
===

Centenas de mulheres e homens assinaram listas de um abaixo-assinado contra
a diminuição de pena para os estupradores, ontem, no Brique da Redenção. Na
banca montada pelos Conselhos Estaduais e Municipal dos Direitos da Mulher,
junto ao Monumento do Expedicionário, formou-se uma fila de interessados em
manifestar sua posição, que era a mesma que estava impressa em um cartaz, no
qual se lia a frase 'Estupro sempre é um crime hediondo'.
===
A coleta de assinaturas integra uma série de atos que serão promovidos nesta
semana para discutir a decisão do 4º Grupo Criminal do TJ, que admitiu a
existência de estupro 'simples', quando a vítima não sofrer lesão ou não for
morta. Esse tipo de estupro poderá não ser considerado crime hediondo, o que
dá direito a pena mais leve e a redução de período de prisão ao autor. A
desembargadora Maria Berenice Dias, presidente da 7ª Câmara Cível do TJ, e a
deputada Jussara Cony (PC do B) estiveram no Brique, ao lado de donas de
casa, médicas, advogadas, psicólogas e muitas estudantes. Para a diretora de
Comunicação do Conselho Estadual da Mulher, Rosa Garcia, a redução da pena
para estupradores é outro atentado contra as vítimas. Ela conclamou a
sociedade a participar, amanhã, às 15h, de um debate no Plenarinho da Câmara
Municipal.
===
Jussara Cony informou que o tema será incluído nos debates do 6º Seminário
'Saúde é um bem que se quer', na Assembléia Legislativa. Cópias do
abaixo-assinado serão entregues a autoridades em geral. O vereador Raul
Carrion (PC do B) lembrou do escândalo quando o ex-governador de SP Paulo
Maluf disse a famosa frase 'Estupra mas não mata'. 'Creio que essa decisão
de um dos TJ mais importantes do país, que é o nosso, deve ser repensada,
porque também é um escândalo', afirmou.
===

Correio do Povo
Porto Alegre - RS - Brasil

http://www.correiodopovo.com.br/jornal/A106/N282/HTML/08LISTA9.htm
--------------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/07/2001 01:04


-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 9 de julho de 2001 17:19
Assunto: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann


On Sun, 8 Jul 2001, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Já disse, em mensagens anteriores (e está explícito em meus artigos), que a
> trajetória de um feixe de elétrons ao passar pelo interior de um condutor
> carregado (local de campo elétrico praticamente nulo, pela teoria de
> Maxwell) pode ser estimada pela minha teoria (conhecida a geometria do
> condutor). Isso contraria a teoria de Maxwell e parece-me ir contra a
> "filosofia" quântica atual.

Eu já lhe respondi a respeito e volto a afirmar que a tal experiência não
contraria a teoria de Maxwell e nem vai contra a teoria quântica pois não
passa de uma clássico caso de campo elétrico.

O interior do condutor [uniformemente] carregado não possui campo elétrico
[até aqui tudo OK] mas ao se introduzir uma carga elétrica, neste caso um
feixe de elétrons, esta garga irá produzir um campo elétrico no interior
do condutor e a alteração de trajetória é prevista na teoria de Maxwell.

Tudo muito simples, uma carga elétrica em movimento no interior de um
campo elétrico tem sua trajetória alterada.

++++++++++++ Epa! E como fica o princípio da inércia? Isso é coisa do Superman:-)
Como pode as cargas introduzidas via feixe de elétrons criarem um campo e o próprio campo agir sobre elas? É como alguém querer levantar-se puxando os próprios cabelos!+++++++++++++++++++

> Bem, creio que deve existir uma diferença entre previsão e espectativa. Por
> exemplo, pela minha teoria existe a espectativa de que em muitas condições
> um elétron e/ou próton acelerado "não deve" emitir energia radiante.

A teoria de Maxwell também prevê um caso bem simples onde uma carga
acelerada não emite energia radiante: Quando a carga e o sensor tiverem o
vetor aceleração iguais [mesmo módulo, direção e sentido]. Neste caso o
sensor não recebe nenhuma informação, é como se a carga não irradiasse
nada.

++++++++++++Novo Epa! Assim não vale! Se sensor (observador) e objeto tiverem mesma aceleração vetorial *sempre* a indicação do sensor será diferente de outro com aceleração diferente (ou nula) em outro referencial.
Pense em duas naves na mesma órbita circular próximas uma da outra. O vetor aceleração centrípeta é comum ás duas. Para observadores, um em uma das naves e outro na Terra, os fenômenos ocorridos dentro da outra nave observada serão totalmente diferentes. Para a situação original proposta (carga e sensor igualmente acelerados) será que um sensor tipo 'pêndulo elétrico' não será atraído/repelido pela tal carga? Gostaria de ver isso!?+++++++++

[]'
Léo ... pitacando em questões alheias........

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br


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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/07/2001 02:58

----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES"
Sent: Monday, July 09, 2001 5:19 PM
Subject: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann

> O interior do condutor [uniformemente] carregado não possui campo elétrico
> [até aqui tudo OK] mas ao se introduzir uma carga elétrica, neste caso um
> feixe de elétrons, esta carga irá produzir um campo elétrico no interior
> do condutor e a alteração de trajetória é prevista na teoria de Maxwell.

Não vou comentar nada sobre a sua maneira "sui-generis" de interpretar a
teoria de Maxwell, mesmo porque o Léo já manifestou suas estranhezas a
respeito, a meu ver com bastante propriedade. Às vezes eu fico em dúvida se
você está agindo de má fé ou se realmente não consegue captar o que digo.
Posso não ser didático, como você mesmo já afirmou, mas a grande maioria dos
frequentadores da Ciencialist entende meus posicionamentos, se não na
primeira mensagem, pelo menos após alguns esclarecimentos. Muitos não
concordam comigo, mas rebatem minhas idéias com argumentos interessantes e
até mesmo a colocar em xeque meus conceitos. Suas observações, não obstante,
deixam-me num impasse: Não sei se me ponho a rir :-)) ou a chorar :*(

Supondo, como você afirma, que "esta trajetória possa ser prevista na
teoria de Maxwell", ainda assim parece-me que você não entendeu nada do
assunto em questão. Ora, se como você afirma a teoria de Maxwell prevê uma
trajetória, e isto é por demais óbvio, e ainda assim estou afirmando que,
pela minha teoria, a trajetória seria outra, conclui-se que a experiência
proposta é crucial, posto que seu resultado poderá falsear uma das teorias
ou, até mesmo, as duas. Que mal pergunte: Você saberia calcular, ou pelo
menos estimar, a trajetória que afirma ser prevista pela teoria de Maxwell?
Ou estaria, meramente, refugiando-se num dogma de fé, a se apoiar em
afirmações vagas de seus professores?

> A teoria de Maxwell também prevê um caso bem simples onde uma carga
> acelerada não emite energia radiante: Quando a carga e o sensor tiverem o
> vetor aceleração iguais [mesmo módulo, direção e sentido]. Neste caso o
> sensor não recebe nenhuma informação, é como se a carga não irradiasse
> nada.

Penso que você está confundindo a explicação da não emissão, pela teoria de
Maxwell, com a explicação relativista para o paradoxo da carga acelerada,
utilizando-se o argumento de Minkowski (vide msg 7010 da Ciencialist).
Enfim, o problema é bastante complexo, com ou sem argumentos relativísticos;
e se você se der ao luxo de estudá-lo um pouquinho, perceberá que existem
muito mais explicações, incompatíveis entre si, do que dúvidas. A dúvida é
uma só e bastante elementar. As explicações são incontáveis e em geral
incoerentes e conflitantes.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Listas da Internet
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/07/2001 06:36

Quantas pessoas que assinam uma lista Internet são necessárias para trocar uma lâmpada?

Resposta: 1332, sendo:


a.. 1 para trocar a lâmpada e avisar na lista que a lâmpada foi trocada

a.. 14 para escrever experiências semelhantes e novas formas de trocar uma lâmpada

a.. 7 para advertir sobre os riscos de se trocar uma lâmpada

a.. 27 para apontar erros de ortografia e gramática nos mails sobre a troca de lâmpadas

a.. 53 para atacar os que corrigiram os erros de gramática e ortografia

a.. 156 para escrever ao owner da lista reclamando da quantidade de mails sobre o assunto e dizendo que ele é inadequado a lista

a.. 41 para corrigir a ortografia nos mails atacando quem corrige a ortografia

a.. 109 para dizer que a lista não é sobre troca de lâmpadas e sugerindo criação de uma lista para isto

a.. 111 para defender que todos usam lâmpadas e assim esta mensagem é relevante para a lista

a.. 306 para debater sobre os melhores métodos para trocar lâmpadas e melhores marcas de lâmpadas

a.. 27 para postar URLs onde se pode achar exemplos de diferentes lâmpadas

a.. 103 para reclamar que a postagem simultânea de mails sobre troca de lâmpadas para as listas de gramática, ortografia e pontuação deve parar

a.. 14 para reclamar que as URLs estavam erradas e para postar as URLs corretas

a.. 3 para escrever sobre links sobre lâmpadas que eles acharam nas páginas que falam do assunto da lista e assim tornam lâmpadas um assunto da lista

a.. 33 para juntar todos os mails sobre o assunto, repeti-los todos (incluindo os footers) e acrescentar "Eu também"

a.. 31 para escrever avisando que estão saindo da lista porque eles não agüentam mais mails sobre troca de lâmpadas

a.. 4 para sugerir escreverem um texto sobre troca de lâmpadas

a.. 1 para propor uma nova lista sobre troca de lâmpadas

a.. 47 para dizer que a lista dos físicos sobre fusão a frio é o lugar mais adequado a esta discussão

a.. 90 para criticar os mails que repetem tudo para acrescentar "Eu também"

a.. 43 para apoiar a criação de uma lista sobre lâmpadas

a.. 110 para repetir todos os mails de críticas sobre os mails que repetem tudo para colocar "Eu também" e colocar no final "Eu também acho um absurdo"

1 para ser o owner da lista e modera-lá agora que ele acabou de ver um mail dizendo "eu tb quero virgolas em lanpadas de fissao a friu con listas"t

==============================================
http://www.telecompare.com.br/inputer_view.phtml?id=2522
==============================================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Listas da Internet
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/07/2001 09:02

Caro Celso,

Contrariamente ao que escrevi num email anterior sou obrigado a
responder-lhe:

1 - esta lista não é o lugar adequado para falar sobre lâmpadas, formas
de trocar lâmpadas ou para enviar piadas;

2 - Quase no fim do seu texto você escreveu "modera-lá" quando o
correcto é "modera-la". Por favor, respeite a lingua portuguesa;

3 - Você usou repetidamente palavras como mails, owner, footers
e URL. Existem palavras em pertuguês perfeitamente adequadas como
mensagens, moderador, rodapés e endereço;

4 - Algumas palavras como "corretas" não são escritas da mesma
maneira por todos os falantes da língua portuguesa. Você deverá
escrevê-las desta forma: corretas(correctas);

5 - Sugiro que crie uma nova lista para discutir essa questão das
lâmpadas.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



Celso Galli Coimbra wrote:
>
> Quantas pessoas que assinam uma lista Internet são necessárias para trocar uma lâmpada?
>
> Resposta: 1332, sendo:
>
> a.. 1 para trocar a lâmpada e avisar na lista que a lâmpada foi trocada
>
> a.. 14 para escrever experiências semelhantes e novas formas de trocar uma lâmpada
>
> a.. 7 para advertir sobre os riscos de se trocar uma lâmpada
>
> a.. 27 para apontar erros de ortografia e gramática nos mails sobre a troca de lâmpadas
>
> a.. 53 para atacar os que corrigiram os erros de gramática e ortografia
>
> a.. 156 para escrever ao owner da lista reclamando da quantidade de mails sobre o assunto e dizendo que ele é inadequado a lista
>
> a.. 41 para corrigir a ortografia nos mails atacando quem corrige a ortografia
>
> a.. 109 para dizer que a lista não é sobre troca de lâmpadas e sugerindo criação de uma lista para isto
>
> a.. 111 para defender que todos usam lâmpadas e assim esta mensagem é relevante para a lista
>
> a.. 306 para debater sobre os melhores métodos para trocar lâmpadas e melhores marcas de lâmpadas
>
> a.. 27 para postar URLs onde se pode achar exemplos de diferentes lâmpadas
>
> a.. 103 para reclamar que a postagem simultânea de mails sobre troca de lâmpadas para as listas de gramática, ortografia e pontuação deve parar
>
> a.. 14 para reclamar que as URLs estavam erradas e para postar as URLs corretas
>
> a.. 3 para escrever sobre links sobre lâmpadas que eles acharam nas páginas que falam do assunto da lista e assim tornam lâmpadas um assunto da lista
>
> a.. 33 para juntar todos os mails sobre o assunto, repeti-los todos (incluindo os footers) e acrescentar "Eu também"
>
> a.. 31 para escrever avisando que estão saindo da lista porque eles não agüentam mais mails sobre troca de lâmpadas
>
> a.. 4 para sugerir escreverem um texto sobre troca de lâmpadas
>
> a.. 1 para propor uma nova lista sobre troca de lâmpadas
>
> a.. 47 para dizer que a lista dos físicos sobre fusão a frio é o lugar mais adequado a esta discussão
>
> a.. 90 para criticar os mails que repetem tudo para acrescentar "Eu também"
>
> a.. 43 para apoiar a criação de uma lista sobre lâmpadas
>
> a.. 110 para repetir todos os mails de críticas sobre os mails que repetem tudo para colocar "Eu também" e colocar no final "Eu também acho um absurdo"
>
> 1 para ser o owner da lista e modera-lá agora que ele acabou de ver um mail dizendo "eu tb quero virgolas em lanpadas de fissao a friu con listas"t
>
> ==============================================
> http://www.telecompare.com.br/inputer_view.phtml?id=2522
> ==============================================
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: Listas da Internet
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/07/2001 09:28

Caro João,

que língua é o "pertuguês" ?


----- Original Message -----
From: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, July 10, 2001 9:02 AM
Subject: Re: [ciencialist] Listas da Internet


Caro Celso,

Contrariamente ao que escrevi num email anterior sou obrigado a
responder-lhe:

1 - esta lista não é o lugar adequado para falar sobre lâmpadas, formas
de trocar lâmpadas ou para enviar piadas;

2 - Quase no fim do seu texto você escreveu "modera-lá" quando o
correcto é "modera-la". Por favor, respeite a lingua portuguesa;

3 - Você usou repetidamente palavras como mails, owner, footers
e URL. Existem palavras em pertuguês perfeitamente adequadas como
mensagens, moderador, rodapés e endereço;

4 - Algumas palavras como "corretas" não são escritas da mesma
maneira por todos os falantes da língua portuguesa. Você deverá
escrevê-las desta forma: corretas(correctas);

5 - Sugiro que crie uma nova lista para discutir essa questão das
lâmpadas.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



Celso Galli Coimbra wrote:
>
> Quantas pessoas que assinam uma lista Internet são necessárias para trocar
uma lâmpada?
>
> Resposta: 1332, sendo:
>
> a.. 1 para trocar a lâmpada e avisar na lista que a lâmpada foi trocada
>
> a.. 14 para escrever experiências semelhantes e novas formas de trocar uma
lâmpada
>
> a.. 7 para advertir sobre os riscos de se trocar uma lâmpada
>
> a.. 27 para apontar erros de ortografia e gramática nos mails sobre a
troca de lâmpadas
>
> a.. 53 para atacar os que corrigiram os erros de gramática e ortografia
>
> a.. 156 para escrever ao owner da lista reclamando da quantidade de mails
sobre o assunto e dizendo que ele é inadequado a lista
>
> a.. 41 para corrigir a ortografia nos mails atacando quem corrige a
ortografia
>
> a.. 109 para dizer que a lista não é sobre troca de lâmpadas e sugerindo
criação de uma lista para isto
>
> a.. 111 para defender que todos usam lâmpadas e assim esta mensagem é
relevante para a lista
>
> a.. 306 para debater sobre os melhores métodos para trocar lâmpadas e
melhores marcas de lâmpadas
>
> a.. 27 para postar URLs onde se pode achar exemplos de diferentes lâmpadas
>
> a.. 103 para reclamar que a postagem simultânea de mails sobre troca de
lâmpadas para as listas de gramática, ortografia e pontuação deve parar
>
> a.. 14 para reclamar que as URLs estavam erradas e para postar as URLs
corretas
>
> a.. 3 para escrever sobre links sobre lâmpadas que eles acharam nas
páginas que falam do assunto da lista e assim tornam lâmpadas um assunto da
lista
>
> a.. 33 para juntar todos os mails sobre o assunto, repeti-los todos
(incluindo os footers) e acrescentar "Eu também"
>
> a.. 31 para escrever avisando que estão saindo da lista porque eles não
agüentam mais mails sobre troca de lâmpadas
>
> a.. 4 para sugerir escreverem um texto sobre troca de lâmpadas
>
> a.. 1 para propor uma nova lista sobre troca de lâmpadas
>
> a.. 47 para dizer que a lista dos físicos sobre fusão a frio é o lugar
mais adequado a esta discussão
>
> a.. 90 para criticar os mails que repetem tudo para acrescentar "Eu
também"
>
> a.. 43 para apoiar a criação de uma lista sobre lâmpadas
>
> a.. 110 para repetir todos os mails de críticas sobre os mails que repetem
tudo para colocar "Eu também" e colocar no final "Eu também acho um absurdo"
>
> 1 para ser o owner da lista e modera-lá agora que ele acabou de ver um
mail dizendo "eu tb quero virgolas em lanpadas de fissao a friu con listas"t
>
> ==============================================
> http://www.telecompare.com.br/inputer_view.phtml?id=2522
> ==============================================
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
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> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
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SUBJECT: Advogado australiano patenteia invencao da roda
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <direito_saude@yahoogroups.com>
CC: <artigos_juridicos@yahoogroups.com>, <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/07/2001 09:34

Advogado australiano patenteia invenção da roda
===
A roda foi uma das principais descobertas do homem há milhares de anos, e é considerada uma das principais ferramentas de transporte desde aqueles remotos tempos. Ainda assim, o advogado australiano John Keogh registrou a patente como se a invenção fosse sua autoria e propriedade, segundo informa a Agência Estado.
===
O advogado disse que sua intenção é provar que o novo sistema de patentes em seu país tem falhas e os pedidos não passam por critérios sérios de avaliação.
===

Fonte: IG
===






[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: HELP - Mal de Parkinson
FROM: "Peter/UFMT" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/07/2001 12:50

Postando a pedido de uma amiga.

Links e informações serão bem-vindas.

==================================================
Caros amigos do grupo,

Há mais ou menos uns dez anos, percebendo sua falta de controle muscular e dificuldade em falar, principalmente quando nervoso, meu pai, um homem que atualmente tem 73 anos, resolveu procurar um medico. Para nossa surpresa, foi diagnosticada a doença de Parkinson (desculpe-me se estiver escrito errado).

Dentre vários médicos especialistas, vários remédios foram medicados. Alguns surtiram efeitos positivos, outros bem negativos. Levando da melhor maneira possível, vemos meu pai encurvar-se dia após dia, esquecer coisas já ditas e caminhar com certa dificuldade.

Dá muita pena ver um homem que sempre foi um esportista, saudável como garoto, enfrentar dificuldades para viver sozinho.

##########
Peço a vocês qualquer informação que achem que possa mudar os conceitos pré-estabelecidos desta doença.
##########

Ao lermos uma reportagem, há 3 ou 4 anos atrás, pudemos perceber que o tratamento do medico estava completamente defasado. O que ajudou e muito meu pai, pois com o novo tratamento, teve melhoras significantes.

Tudo o que me mandarem será valido. Além de servir como informação, a leitura agrada demais a ele.

Tive um conhecimento superficial sobre o diagnostico da doença de Parkinson poder ser errôneo. Parece-me que na Inglaterra, foi descoberta uma nova doença com as mesmas características. Qualquer informação é valida.

Agradeço antecipadamente,

Liliane Mattoso.
==================================================

Abraços.

Peterson Leal.




SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/07/2001 15:22

On Tue, 10 Jul 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
> ++++++++++++ Epa! E como fica o princípio da inércia? Isso é coisa do
> Superman:-) Como pode as cargas introduzidas via feixe de elétrons
> criarem um campo e o próprio campo agir sobre elas? É como alguém
> querer levantar-se puxando os próprios cabelos!+++++++++++++++++++

Diz-se que o campo não existe pois não há variação de potencial dentro do
condutor. Toda a região dentro do condutor é equipotencial, ao se
introduzir uma carga cv acaba gerando uma diferença de potencial entre o
interior do condutor e a carga e eis o seu campo. Não é a carga
propriamente que gera o campo, mas a diferença de potencial da carga com o
interior do tubo.

> ++++++++++++Novo Epa! Assim não vale! Se sensor (observador) e objeto
> tiverem mesma aceleração vetorial *sempre* a indicação do sensor será
> diferente de outro com aceleração diferente (ou nula) em outro
> referencial. Pense em duas naves na mesma órbita circular próximas uma
> da outra. O vetor aceleração centrípeta é comum ás duas. Para
> observadores, um em uma das naves e outro na Terra, os fenômenos
> ocorridos dentro da outra nave observada serão totalmente diferentes.
> Para a situação original proposta (carga e sensor igualmente
> acelerados) será que um sensor tipo 'pêndulo elétrico' não será
> atraído/repelido pela tal carga? Gostaria de ver isso!?+++++++++

A experiência é comentada no livro de física de Berkeley [não lembro o
volume].

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/07/2001 15:45

Pelas barbas do califa!!
Leia bem o que vc escreveu para justificar tanto o campo, como a diferença de potencial e finalmente 'uma ddp' justificando um campo (independente da carga) e depois age nela.
Leia novamente sua explicação ... e retorne. Quanto ao Berkeley, vou caçar por aqui onde ele tá.
[]'
Léo
=============
-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: terça-feira, 10 de julho de 2001 15:22
Assunto: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann


On Tue, 10 Jul 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
> ++++++++++++ Epa! E como fica o princípio da inércia? Isso é coisa do
> Superman:-) Como pode as cargas introduzidas via feixe de elétrons
> criarem um campo e o próprio campo agir sobre elas? É como alguém
> querer levantar-se puxando os próprios cabelos!+++++++++++++++++++

Diz-se que o campo não existe pois não há variação de potencial dentro do
condutor. Toda a região dentro do condutor é equipotencial, ao se
introduzir uma carga cv acaba gerando uma diferença de potencial entre o
interior do condutor e a carga e eis o seu campo. Não é a carga
propriamente que gera o campo, mas a diferença de potencial da carga com o
interior do tubo.

> ++++++++++++Novo Epa! Assim não vale! Se sensor (observador) e objeto
> tiverem mesma aceleração vetorial *sempre* a indicação do sensor será
> diferente de outro com aceleração diferente (ou nula) em outro
> referencial. Pense em duas naves na mesma órbita circular próximas uma
> da outra. O vetor aceleração centrípeta é comum ás duas. Para
> observadores, um em uma das naves e outro na Terra, os fenômenos
> ocorridos dentro da outra nave observada serão totalmente diferentes.
> Para a situação original proposta (carga e sensor igualmente
> acelerados) será que um sensor tipo 'pêndulo elétrico' não será
> atraído/repelido pela tal carga? Gostaria de ver isso!?+++++++++

A experiência é comentada no livro de física de Berkeley [não lembro o
volume].

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br


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SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/07/2001 16:04

On Tue, 10 Jul 2001, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Não vou comentar nada sobre a sua maneira "sui-generis" de interpretar a
> teoria de Maxwell, mesmo porque o Léo já manifestou suas estranhezas a
> respeito, a meu ver com bastante propriedade.

Notei a extranheza dele e creio ter sido ao mau uso da linguagem de minha
parte, espero ja ter sanado com o email anterior.

> Às vezes eu fico em dúvida se você está agindo de má fé ou se
> realmente não consegue captar o que digo.

Confesso que era difícil, mas estou começando a entender o que vc diz. Não
custa nada me esforçar um pouco :-)

No meu entender vc disse explicitamente que a teoria de Maxwell não
conseguia explicar o fenômeno descrito e eu afirmei que podia. Então neste
email vc afirma [mais abaixo] que é "por demais óbvio" que a teoria de
Maxwell prevê a trajetória. Então eu me pergunto: Quem é que está agindo
de má fé?

> Supondo, como você afirma, que "esta trajetória possa ser prevista na
> teoria de Maxwell", ainda assim parece-me que você não entendeu nada do
> assunto em questão.

Creio que quem não entendeu foi vc. Estava rebatendo sua afirmação de que
a teoria de Maxwell não previa o fenômeno. Jamais em momento algum quis
colocar em xeque sua teoria pois creio que vc possa ter razão ao afirmar
que a sua teoria faz tal previsão.

> Ora, se como você afirma a teoria de Maxwell prevê uma trajetória, e
> isto é por demais óbvio, e ainda assim estou afirmando que, pela minha
> teoria, a trajetória seria outra, conclui-se que a experiência
> proposta é crucial, posto que seu resultado poderá falsear uma das
> teorias ou, até mesmo, as duas.

Vc disse que eu não havia entendido o assunto em questão, mas o que vc
acabou de dizer não era o assunto em questão. Acho ótimo que haja enfim
uma diferença entre as duas teorias que possa ser medida. Pena que nunca
antes deste email vc tenha afirmado isso [antes de brigar comigo, leia o
que segue -> ] vc sempre afirmou que a sua teoria previa tal fenômeno e a
teoria de Maxwell não.

> Que mal pergunte: Você saberia calcular, ou pelo menos estimar, a
> trajetória que afirma ser prevista pela teoria de Maxwell?

Queimando um pouco as pestanas posso calcular sim.

> Penso que você está confundindo a explicação da não emissão, pela teoria de
> Maxwell, com a explicação relativista para o paradoxo da carga acelerada,
> utilizando-se o argumento de Minkowski (vide msg 7010 da Ciencialist).

Não precisei de argumentos relativísticos para afirmar isto.

A teoria de Maxwell prevê ainda que uma carga parada e um observador
acelerado detecta a emissão da carga. Só estou citando fatos, não estou
argumentando. Como vc mesmo citou-nos a pouco tempo na lista, a função da
física não é explicar e sim descrever. A teoria não explica do porquê
acontece mas descreve que acontece e é observado.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/07/2001 16:19

On Tue, 10 Jul 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Pelas barbas do califa!! Leia bem o que vc escreveu para justificar
> tanto o campo, como a diferença de potencial e finalmente 'uma ddp'
> justificando um campo (independente da carga) e depois age nela. Leia
> novamente sua explicação ... e retorne. Quanto ao Berkeley, vou caçar
> por aqui onde ele tá. []' Léo

Desisto.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br

PS:
Desisto mas nem tanto, tentei ser claro mas acho que não consegui.

Campo elétrico - variação de potencial elétrico no espaço.

Se o espaço é equipotencial não há campo, se há a introdução de um
potencial diferente do equipotencial há uma diferença de potencial no
espaço e portanto um campo elétrico.

Despois disso eu realmente desisto.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Listas da Internet
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/07/2001 19:37


Caro João,

> 3 - Você usou repetidamente palavras como mails, owner,
> footers e URL. Existem palavras em pertuguês perfeitamente
> adequadas como mensagens, moderador, rodapés e endereço;

Caso o senhor não saiba, existem, sim, palavras em pOrtuguês perfeitamente
adequadas.

Não quero ofendê-lo se tu nasceste ou fora criado "nas grota", mas PERTUGUÊS
não existe!! :-)

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/07/2001 01:05

----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES"
Sent: Tuesday, July 10, 2001 4:04 PM
Subject: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann

> No meu entender vc disse explicitamente que a teoria de Maxwell não
> conseguia explicar o fenômeno descrito e eu afirmei que podia.

Não. Não existe nenhum fenômeno a ser descrito enquanto a experiência não
for realizada. Parece-me que você está colocando o carro à frente dos bois.
O que existe é uma previsão da minha teoria com respeito ao comportamento a
ser verificado com um elétron ao trafegar pelo interior de um condutor. A
minha previsão não é o fenômeno em si. O fenômeno é aquilo "a ser observado"
e que poderá, ou não, estar em acordo com a minha expectativa. Se, e somente
se, a minha expectativa se confirmar, o fenômeno estará em desacordo com o
previsto pela teoria de Maxwell. E não se trata de uma questão de opinião,
mas de uma experiência crucial.

> Então neste email vc afirma [mais abaixo] que é "por demais óbvio" que a
> teoria de Maxwell prevê a trajetória.

Sinceramente, assim fica difícil discutirmos. Você andou lendo demais livros
de física quântica, não entendeu nada do que leu, e está tentando assumir
uma interpretação quântica para os meus textos. A única teoria, dentre as
que conheço, que se dá ao luxo de não prever trajetórias, é a física
quântica. Quanto à teoria de Maxwell, eu nunca afirmei que ela fosse dotada
desta prerrogativa. Se ela incorpora ou não o "efeito Tarcísio", exposto na
"briguinha" paralela entre você e o Léo, isto não é equivalente a dizer se
ela preve ou não uma trajetória. Se o "efeito Tarcísio" não existir, ou for
desprezível, a trajetória será retilínea. Ou será que você está pretendendo
dizer que uma reta não se presta a comportar uma trajetória? Neste caso a
lei da inércia, segundo Tarcísio, simplificar-se-ia para: "Um corpo livre
da ação de forças não possui trajetória"???? :-))))). Pelo menos é essa a
idéia que você faz do meu entendimento sobre o comportamento do elétron
quando num campo de forças nulo (interior do condutor), desprezando-se o
"efeito Tarcísio".

Por outro lado, se o "efeito Tarcísio" existir, e não for desprezível, ainda
assim a trajetória deverá ser determinável, e isto é "por demais óbvio". A
menos que o "efeito Tarcísio" seja ou indeterminável (o que seria
lamentável) ou, então, um efeito quântico, mas neste segundo caso ele não
pertenceria ao modelo de Maxwell, ficando o dito pelo não dito.

> Então eu me pergunto: Quem é que está agindo de má fé?

Sou suspeito para comentar, mas persisto com a dúvida apontada em msg
anterior: "Às vezes eu fico em dúvida se você está agindo de má fé ou se
realmente não consegue captar o que digo."

> > Supondo, como você afirma, que "esta trajetória possa ser prevista na
> > teoria de Maxwell", ainda assim parece-me que você não entendeu nada do
> > assunto em questão.
> Creio que quem não entendeu foi vc. Estava rebatendo sua afirmação de que
> a teoria de Maxwell não previa o fenômeno.

Mas quando foi que fiz esta afirmação? O fenômeno, como tal, somente poderá
ser descrito após ter sido observado. Se ele estiver concorde com a minha
previsão, a teoria de Maxwell estará falseada. A menos que o "efeito
Tarcísio" seja tal a prever, em todos os casos, uma trajetória exatamente
idêntica àquela a ser prevista pela minha "equação do elétron", o que duvido
que aconteça. Do contrário, a minha teoria estará falseada. E não é
impossível que as duas teorias sejam falseadas pela experiência.

> Vc disse que eu não havia entendido o assunto em questão, mas o que vc
> acabou de dizer não era o assunto em questão. Acho ótimo que haja enfim
> uma diferença entre as duas teorias que possa ser medida. Pena que nunca
> antes deste email vc tenha afirmado isso [antes de brigar comigo, leia o
> que segue -> ] vc sempre afirmou que a sua teoria previa tal fenômeno e a
> teoria de Maxwell não.

Pois você está deixando patente que realmente não havia entendido o assunto
e não digo isso no sentido de ofendê-lo mas apenas para confirmar que talvez
eu não tenha sido devidamente claro. De qualquer forma, acho absurdo alguém
pensar que a teoria de Maxwell, aliada à mecânica newtoniana, e com o
potencial que possui, fosse incapaz de prever a trajetória de um elétron,
*supondo-se que ele tenha uma carga coulombiana*. E tanto acho isso absurdo,
que sequer pensei que alguém pudesse cair no engodo de entender o meu texto
dessa maneira.

> > Que mal pergunte: Você saberia calcular, ou pelo menos estimar, a
> > trajetória que afirma ser prevista pela teoria de Maxwell?
> Queimando um pouco as pestanas posso calcular sim.

Pois então não queime tanto as pestanas assim. O "efeito Tarcísio" é
estudado juntamente com a indução eletromagnética. Existem coisas muito
esquisitas nesse capítulo do eletromagnetismo, ainda não devidamente
exploradas. A sua briguinha com o Léo não é sem fundamento. Trata-se de algo
do tipo daquela experiência milenar da atração de pequenos objetos (pedaços
de papel) por uma vareta carregada eletricamente. Esta é a experiência mais
elementar do eletromagnetismo e, não obstante, ainda não foi devidamente
explicada. Apenas acho que, para o caso em estudo, esse efeito é desprezível
e a trajetória do feixe de elétrons, prevista pela teoria de Maxwell, seria
realmente retilínea. A experiência de Thomson, que levou à descoberta do
elétron, também é desse tipo, ainda que o campo seja diferente; e não sei se
existe algum efeito indutivo a afetar a trajetória dos elétrons na
experiência de Thomson mas, se existir, tudo indica que seja desprezível
para os cálculos em apreço.

> Não precisei de argumentos relativísticos para afirmar isto.
> A teoria de Maxwell prevê ainda que uma carga parada e um observador
> acelerado detecta a emissão da carga.

Mas isso não tem nada a ver com a afirmação que fiz. Neste caso, no
referencial do observador a carga está acelerada e espera-se, pela teoria de
Maxwell, que emita radiação. O que afirmei é que em determinadas condições
onde seria de se esperar esta emissão, parece que a mesma efetivamente não
ocorre ou, como por vezes se afirma, não se acompanha de energia radiante
(radiação de conteúdo energético nulo). Enfim, volto a dizer que a emissão
de energia radiante por cargas aceleradas é um assunto extremamente
complexo, bastante antigo (do tempo de Lorentz ou anterior) e ainda não
devidamente esclarecido. Você poderá encontrar muitos artigos a respeito em
http://xxx.lanl.gov/

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Prigogine
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/07/2001 04:14

Olá pessoal !

Simpatizo muito com as abordagens de Prigogine pela valorização conceitual
que ele se preocupa em expor mesmo em passagens de grande abstração formal.
Seu "Termodinâmica de Processos Irreversíveis" é um "clássico" que, nas
últimas décadas, reavivou a chama já quase extinta da pesquisa fundamental
em Termodinâmica.

Segue abaixo uma tradução "macarrônica" extraída de um texto de Daniel
Baril, sumarisando uma palestra apresentada na École Polytechnique.

[s] Neville
----------------------------------------------------------------------------
----

Ilya Prigogine e o Tempo*

* (Pour le Prix Nobel de chimie, l'univers n'est ni totalement déterministe
ni totalement aléatoire.)

Ilya Prigogine, químico, físico e filósofo, prêmio Nobel de química em 1977,
37 doutorados "in honoris causa", é um cientista belga de origem russa,
Ficou conhecido principalmente por ter re-conceituado a dimensão tempo na
física, o que, de certo modo, revolucionou o pensamento científico atual.

Prigogine fala em "re-descoberta do tempo" por considerar que para Newton e
Einstein esta dimensão não existiam fora do intelecto humano. "Para Newton,
as leis da natureza são eternas, tanto para o passado como para o futuro.
Para Einstein, o tempo é uma ilusão e somente as limitações do nosso
conhecimento nos impedem de ver o futuro com exatidão e certeza."

Ele argumenta que, com a abordagem totalmente determinista, livre arbítrio
ou mesmo a criatividade não podem existir. Prigogine recusa esta visão das
coisas por considerar que ela conduz diretamente ao absurdo: "O determinismo
não se extingue às portas de nosso cérebro, a menos que o ser humano esteja
além da Natureza."

A perspectiva determinista conduz igualmente a diversas ambigüidades e
dicotomias, não somente entre a ciência e a cultura, mas também entre a
física e as ciências evolucionistas e, internamente à própria física: entre
a mecânica clássica e a mecânica quântica. Haverá uma dualidade mesmo na
física quântica, entre equações deterministas e «estados de
potencialidades».

Todo trabalho de Prigogine consiste em rever e conciliar essas dualidades.
Sua solução está no que ele chama de "flecha do tempo" [la flèche du
temps]. "O tempo desempenha a função de construtor da realidade, a qual é
apenas uma possibilidade entre tantas outras, Se existem objetos
organizados e outros que não o são, isso se deve ao efeito do tempo".

A ele considera impensável que o tempo seja uma mera concepção intelectual.
"Nos somos antes de tudo criaturas do tempo. O Homem é uma possibilidade que
se tornou real". Parafraseando Sartre, ele acrescenta que "O tempo precede
à existência. Se houve um começo para o universo, para o tempo isso não
aconteceu".

<> O fim da Certeza

Se o tempo interfere de forma dinâmica na construção e na evolução, "o
futuro não é conseqüência do passado e nem ao menos é determinado"
Apoiando sua tese ele cita as "leis do caos" ( que ele colaborou na
formulação) segundo as quais é impossível de prever a evolução de um
sistema complexo ou instável porque as condições iniciais são infinitas e
as possibilidades de evolução também infinitas. O universo seria dotado de
um potencial de auto-organização que poderia se exprimir diferentemente
através do tempo.
Em réplica a Einsten, afirma: "A incerteza não se deve à nossa ignorância
[ou a do observador]"

Seu ponto de vista é que as leis físicas consideradas como "certezas"
pertencem ao domínio da teologia.
" A certeza está associada à imagem de Deus. Deus não duvida; Ele compreende
tudo, não tem começo e conhece o futuro". No entanto, nossos conhecimentos
atuais nos mostram um cosmo instável feito de flutuações, transformações e
evoluções.

Para Ilya Prigogine, as leis da natureza não são totalmente aleatórias e
imprevisíveis. De fato, não haverá nem determinismo nem acaso; nos faltaria
encontrar um caminho estreito entre essas duas situações absurdas. "Nos
podemos racionalizar o acaso e as raízes de suas probabilidades estão na
Natureza; falta-nos encontra-las"

<> Ciências Humanas

A perspectiva de Ilya Prigogine na compreensão das leis do universo tem
implicações nas ciências humanas: "A mudança em nossa maneira de ver as
leis da natureza implica também em mudanças na nossa concepção do ser
humano. Quando se tem uma imagem da natureza sendo alguma coisa que podemos
controlar, podemos também pensar que o homem é também algo que pode ser
controlado. Se a natureza é um autômato, fica difícil não considerar o
Homem também como autômato. "

Ao contrário, uma visão da incerteza e da auto-construção admite um espaço
para a criatividade como forma de participar na organização da vida. O fim
das certezas na ciência permitirá também o fim das certezas na política e na
sociologia, abrindo um grande espaço de tolerâncias.
<>
[As publicações, <<La fin des certitudes>> (Éditions Odile Jacob, 1996) e
<<Les lois du chaos>> (Flammarion, 1994) são indicadas para conhecer melhor
o pensamento e idéias de Ilya Prigogine.]

Daniel Baril
----------------------------------------------------------------------------
----





SUBJECT: Australianos fertilizam ovulos sem esperma
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 11/07/2001 08:15

UOL- Reuters


Australianos fertilizam óvulos sem esperma
15h39 - 10/07/2001



Por Marie McInerney

ADELAIDE (Reuters) - Pesquisadores australianos
disseram na
terça-feira que podem ter encontrado um meio de
fertilizar um óvulo
com células de qualquer parte do corpo, em vez do
espermatozóide,
em um novo estudo que oferece esperança a homens
inférteis e casais
de mulheres.

A especialista em fertilização Orly Lacham-Kaplan
disse que
pesquisas preliminares com camundongos podem
produzir um
importante avanço para muitos homens que não
produzem
espermatozóides ou apresentam deficiência nas
células produtoras de
esperma.

"Este é o grupo para o qual esse tipo de técnica
provavelmente será
muito útil", disse ela. " Muitas dessas pessoas
gostariam de ser os
pais biológicos de seus bebês."

Lacham-Kaplan disse que a pesquisa, se
bem-sucedida com
humanos, também poderá permitir que bebês nasçam
sem nenhuma
participação de homens, embora ela admita que essa
possibilidade
poderá levantar questões éticas.

"Se, como uma tecnologia, ela puder ser usada para
o tratamento de
casais inférteis, então eu aceitaria muito bem",
disse ela à Reuters em
entrevista pelo telefone.

"Entretanto, creio que precisamos delimitar o uso,
e acredito que
muitos grupos éticos traçarão o limite."

A unidade de pesquisa de Lacham-Kaplan no
Instituto de Reprodução
e Desenvolvimento de Melbourne até agora conseguiu
fertilizar óvulos
de camundongos com células somáticas de partes
não-reprodutivas do
corpo dos animais. O processo dá-se pela
"imitação" da fertilização
com espermatozóide, o que permite que os
cientistas produzam
embriões em culturas de laboratório.

O próximo teste fundamental do estudo será a
transferência de
centenas de embriões para mães hospedeiras, a fim
de verificar se
eles sobreviverão e se desenvolverão. Os
experimentos com
camundongos devem durar um ano. Se bem-sucedidos,
será possível
realizar experimentos com humanos em alguns países
do mundo onde
esse tipo de pesquisa é permitida.




SUBJECT: Magnetismo
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/07/2001 12:13

Olá pessoal, já estava com saudades de vcs... :o) Alberto, Belisário,
Léo e demais... Venho pedir que me iluminem num determinado assunto, pode
ser?

Já a alguns dias venho reunindo material sobre magnetismo, mas existe um
ponto que não está muito claro para mim: Origem de forças magnéticas em
barras magnetizadas com manganês ou óxidos de ferro (Fe3O4). Gostaria de
saber se todos concordam com a idéia conhecida da origem dessa força como
sendo correntes elétricas permanentes propiciadas por mera disposição
molecular de tais elementos químicos. Embora essa idéia seja aparentemente
apropriada para o fenômeno observado, tanto ela como a idéia de se tentar
desviar, seja lá o que for que se move na matéria nesse sentido, para outros
sistemas físicos acerca do encontrado na literatura me causa um certo
desconforto ao pensar, principalmente nas limitações oferecidas,
teoricamente. Agradeço profundamente a atenção pessoal. ;o)

[]s
Ozelo




SUBJECT: Re: Australianos fertilizam ovulos sem esperma
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/07/2001 14:37

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:

Ha' um empecilho bastante serio q. precisara' ser contornado:
o 'imprinting' genomico (nao sei se se traduz bem por marcacao
genomica).

Copias de um mesmissimo gene pode funcionar de modo
diverso no organismo dependendo de se recebido do pai ou
da mae.

Durante o processo de formacao das celulas sexuais, alguns
genes sao marcados quimicamente -- marcacao essa q. torna
o gene ativo ou inativo. E o padrao de marcacao depende do
sexo do genitor: muitas vezes o gene q. e' ativo qdo e' herdado
da mae, e' inativo qdo herdado do pai.

Em outra ocasiao ja' discutimos nesta lista um resultado
interessante q. ocorre no embriao, com genes de crescimento
e de inibicao do crescimento sendo ativado ou inativado de
acordo com a heranca materna ou paterna.

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] Marcelo Gleiser
FROM: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/07/2001 16:25

sei que faz muito tempo que essa mensagem fi colocada e nao sei se teve
resposta, mas estava eliminando algumas mensagens no meu box e vi essa.

bem, marcello gleiser é fisico, se nao me engano é formado pela puc do rio,
mas, é claro, com doutorado fora do brasil (nao me lembro agora se nos eua
ou na inglaterra). quem ainda nao leu seus livros, vale a pena ( pelo menos
na minha opiniao), principalemente "A Dança do umiverso". nao posso esperar
pelo seu proximo livro.

danni.


----- Original Message -----
From: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Friday, June 22, 2001 10:18 PM
Subject: Re: [ciencialist] Marcelo Gleiser


>
> >O fisico Marcelo Gleiser, colunista do caderno "Mais!" da "Folha de SP",
> ganhou o Premio Jose' Reis de Divulgaçao >Cientifica, concedido anualmente
> pelo CNPq.
>
> Qual é a área dele que lhe fez ganhar o prémio ?
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio M. M. Taborda
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>




SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/07/2001 16:48


> Estupro é reprovável porque fere o instinto egoísta
> do indivíduo macho, pois um concorrente oportunista
> está espalhando seus genes em fêmeas que o primeiro
> considera como sua posse. Só por isso.

> Particularmente, eu estraçalharia o desgraçado que
> se aproximasse de minha garota com esta intenção.
>
> []'s
>
> Alexandre Medeiros
>

eu estraçalharia voce se se aproximasse de mim com esse pensamento machista:
menos um machista ao meu redor... estupro só é reprovavel porque fere o
homem? e quanto as sequelas psicologica deixadas na mulher pro resto da
vida, voce nao pensa nisso?

se voce nao se explicou direito neste ponto e garantir as mulheres dessa
lista que foi só um descuido, tudo bem. mas se mantem a posicao desse
email... bye (e coitada da "sua garota", please, sua? quem é o concorente
oportunista que considera a mulher como posse agora?)

só para completar queria dar minha opiniao nesse negocio do estupro ser
evolutivo. acho que nao tem nada a ver com evolucao, a nao ser com o
comportamento humano, mas nao na evolucao como um todo. acho que quando
adquirimos consciencia e o que chamamos de "sentimento humano" ou seja,
quando sabemos que fazer aquilo vai ferir a pessoa do nosso lado, passamos a
nao fazer. isso vem com a consciencia de viver em comunidade e nao fazer
cons os outros aquilo que voce nao quer que façam com voce porque voce sabe
que dói.
sou contra a repressao de qualquer ato, mas quando o individuo nao tem nocao
de seu limites (e é bom relembrar, a nossa liberdade acaba quando comeca a
do outro ao nosso lado), acho que tem que haver repressao sim, pelo menos o
minimo para colocar tudo em ordem. é para isso que servem as leis. a
anarquia é o meio de "governo" perfeito, mas é impossivel para um povinho
pouco evoluido mentalmente e solidariamente como o ser humano. talvez em
alguns milhoes de anos...
desculpe pelo excesso de cliches, mas eles sao verdadeiros (na minha
opiniao, é claro).

danni.






SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Alexandre" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/07/2001 18:01

Porque não explicar isso tudo aos olhos da "Memética"?

Não seria mais racional? Sem tanta carga de sentimentos?

SDS,

ASM


----- Original Message -----
From: Morais <ardm@unisys.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, July 11, 2001 4:48 PM
Subject: Re: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução


>
> > Estupro é reprovável porque fere o instinto egoísta
> > do indivíduo macho, pois um concorrente oportunista
> > está espalhando seus genes em fêmeas que o primeiro
> > considera como sua posse. Só por isso.
>
> > Particularmente, eu estraçalharia o desgraçado que
> > se aproximasse de minha garota com esta intenção.
> >
> > []'s
> >
> > Alexandre Medeiros
> >
>
> eu estraçalharia voce se se aproximasse de mim com esse pensamento
machista:
> menos um machista ao meu redor... estupro só é reprovavel porque fere o
> homem? e quanto as sequelas psicologica deixadas na mulher pro resto da
> vida, voce nao pensa nisso?
>
> se voce nao se explicou direito neste ponto e garantir as mulheres dessa
> lista que foi só um descuido, tudo bem. mas se mantem a posicao desse
> email... bye (e coitada da "sua garota", please, sua? quem é o concorente
> oportunista que considera a mulher como posse agora?)
>
> só para completar queria dar minha opiniao nesse negocio do estupro ser
> evolutivo. acho que nao tem nada a ver com evolucao, a nao ser com o
> comportamento humano, mas nao na evolucao como um todo. acho que quando
> adquirimos consciencia e o que chamamos de "sentimento humano" ou seja,
> quando sabemos que fazer aquilo vai ferir a pessoa do nosso lado, passamos
a
> nao fazer. isso vem com a consciencia de viver em comunidade e nao fazer
> cons os outros aquilo que voce nao quer que façam com voce porque voce
sabe
> que dói.
> sou contra a repressao de qualquer ato, mas quando o individuo nao tem
nocao
> de seu limites (e é bom relembrar, a nossa liberdade acaba quando comeca a
> do outro ao nosso lado), acho que tem que haver repressao sim, pelo menos
o
> minimo para colocar tudo em ordem. é para isso que servem as leis. a
> anarquia é o meio de "governo" perfeito, mas é impossivel para um povinho
> pouco evoluido mentalmente e solidariamente como o ser humano. talvez em
> alguns milhoes de anos...
> desculpe pelo excesso de cliches, mas eles sao verdadeiros (na minha
> opiniao, é claro).
>
> danni.
>
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>




SUBJECT: Re: Magnetismo
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/07/2001 18:02

--- In ciencialist@y..., "Ozelo" <ozelo@r...> wrote:
> Olá pessoal, já estava com saudades de vcs... :o) Alberto, Belisário,=

> Léo e demais... Venho pedir que me iluminem num determinado assunto, pode=


Bem, acho q. posso responder pelos 'demais'... re re... o Mesquita particul=
armente
devera' odiar as paginas q. indico abaixo:

Ferromagnetism
http://www.britannica.com/eb/article?eu=108501&tocid=71546#71546.toc

Ferromagnetism
http://fermi.bgsu.edu/~stoner/P202/ampere/tsld010.htm

6.3 Ferromagnetism
http://www.tf.uni-kiel.de/matwis/amat/elmat_en/kap_6/backbone/r6_3_1.html

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: RES: Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/07/2001 19:20

Cara Danni,

> eu estraçalharia voce se se aproximasse de mim
> com esse pensamento machista: menos um machista
> ao meu redor... estupro só é reprovavel porque
> fere o homem? e quanto as sequelas psicologica
> deixadas na mulher pro resto da vida, voce nao
> pensa nisso?

Apenas utilizei a expressão "estraçalhar" como figura
de linguagem... Para realçar nosso sentimento de
indignação.

E é óbvio que a humilhação da mulher é muito maior
que a do pai, marido, namorado, irmão ou qq outra
pessoa. Mas achei isso tão óbvio, explícito,
notório, unânime que achei desnecessário manifestar
a ÓBVIA indignação que todo ser humano médio
deve ter diante desta horripilante agressão.

> se voce nao se explicou direito neste ponto e
> garantir as mulheres dessa lista que foi só
> um descuido, tudo bem. mas se mantem a posicao
> desse email... bye (e coitada da "sua garota",
> please, sua? quem é o concorente oportunista
> que considera a mulher como posse agora?)

Achei também que você exagerou ao me criticar
quando empreguei o pronome "minha" acerca
de "minha garota". Naturalmente,
ela ("minha garota") não é minha propriedade
nem minha posse. Jamais foi minha intenção corromper
o sentido do pronome. São questões semânticas
como estas que, erroneamente interpretadas,
dão margem a falácias de todo tipo. Normalmente,
emprego as palavras com o maior rigor possível.
Porém, eu não estou defendo uma tese perante
uma banca examinadora. O Ciencialist é uma
lista de discussão informal e amigável.

Enfim, ela é minha e eu sou dela. Nesse
contexto os domínios se anulam mutuamente,
e unem-se as virtudes num só espírito.
(Espírito aqui é também uma figura de
linguagem)

Além disso, achei seu tom um tanto ofensivo.
Eu não sou um animal.

> só para completar queria dar minha opiniao
> nesse negocio do estupro ser evolutivo. acho
> que nao tem nada a ver com evolucao, a nao ser
> com o comportamento humano, mas nao na
> evolucao como um todo. acho que quando adquirimos
> consciencia e o que chamamos de "sentimento
> humano" ou seja, quando sabemos que fazer aquilo
> vai ferir a pessoa do nosso lado, passamos a
> nao fazer. isso vem com a consciencia de viver
> em comunidade e nao fazer cons os outros aquilo
> que voce nao quer que façam com voce
> porque voce sabe que dói.

É um erro capital confundir Ciência com Moral.
A pesquisa realizada não tem qualquer juizo
moral. Ciência é imparcial. Os homens
que fazem ciência é que são parciais.
Mas tudo bem! É difícel não aplicar
o princípio antrópico em tudo que
criticamos. A Ciência *provavelmente*
nunca vai explicar o que é de fato
MORAL.

> sou contra a repressao de qualquer ato, mas
> quando o individuo nao tem nocao de seu
> limites (e é bom relembrar, a nossa liberdade
> acaba quando comeca a do outro ao nosso lado),

"A liberdade de um termina quando começa
a do outro" é de um simplismo irritante.
Se fosse tão simples assim, não seria
necessário juízes ou tribunais do povo
para decidir litígios: um PC-XT poderia
fazer isso com mais eficiência. Acontece,
porém, que as liberdades, e isso se traduz
em direitos, se misturam de forma tão
intrincada que a análise mais sutil não
poderia determinar as fronteiras
dos direitos individuais e coletivos.
Estas fronteiras são abstratas e devem
ser adequadas à ética, à moral, à lei,
no tempo e no espaço. Decidir sobre os
direitos de cada um requer distanciamento
da euforia, da histeria, da influência da
mídia, da pressão de autoridades.

> acho que tem que haver repressao
> sim, pelo menos o minimo para colocar
> tudo em ordem. é para isso que servem
> as leis.

Repressão com legalidade, legitimidade.
Repressão não deve ser interpretada como
"vingança". Devemos buscar a Justiça e não
"vingança"!

> a anarquia é o meio de "governo" perfeito,
> mas é impossivel para um povinho pouco evoluido
> mentalmente e solidariamente como o ser
> humano. talvez em alguns milhoes de anos...

Não sei porquer você entrou no tema "anarquia".
Não vejo conexão *direta* com o tema "estupro".
Isso pode ser discutido em outra ocasião.

> desculpe pelo excesso de cliches, mas eles sao
> verdadeiros (na minha opiniao, é claro).

Opiniões estimulam a todos nós. Continue assim.

Um abraço,

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Marcelo Gleiser
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/07/2001 19:44

Pois é, mas a área dele que lhe fez ganhar o prêmio foi justamente a
Divulgação Científica. Ele escreve semanalmente no caderno Mais da Folha de
S. Paulo, que sai todo domingo, e tem esses livros escritos, também. Além
disso, tem aparecido na televisão muitas vezes. Ou seja, tem ocupado a mídia
com sua divulgação - uma coisa importante, a meu ver. Afinal, temos que
utilizar os meios disponíveis para difundir o conhecimento científico.
Ganhou o prêmio pelo conjunto dessas atividades de divulgação.

Mas eu tenho uma pinimba com seus textos, que são as muitas imprecisões
neles contidas. Mesmo a Dança do Universo tem várias. Na entrevista que ele
fez no programa Roda Viva, da TV Cultura, mais ou menos quando foi lançado o
livro, houve uma saraivada de críticas por parte de um físico e historiador
da ciência particularmente rigoroso, o Roberto de Andrade Martins. Tenho
lido os textos na Folha de S. Paulo, há várias imprecisões (ou talvez sejam
metáforas sem o devido cuidado - "a metáfora requer a eterna vigilância",
não sei quem disse isso, mas foi bem dito), do tipo dizer que "a luz é uma
onda", e, no mesmo texto, mais adiante, dizer que "a luz é um fluxo de
partículas". Na física quântica (e ele estava se restringindo à física
quântica), a luz não é onda nem partícula, apenas se comporta como uma ou
como outra dependendo da circunstância. Há coisas simplesmente erradas,
também. Agora infelizmente não tenho tempo para garimpar algum exemplo, mas
se alguém quiser eu tenho como achar. Desta forma, se por acaso alguma frase
dele lhes parecer estranha, podem desconfiar de que se trata de uma
imprecisão ou de uma metáfora descuidada.

Mas não há dúvida de que "A dança do Universo" merece ser lido, mesmo
com as imprecisões. Ele tem outro livro, chamado "Retalhos Cósmicos", que é
uma coletânea de textos que ele escreveu para a Folha de S. Paulo, com
algumas figuras e pequenas mudanças nos textos.

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Morais <ardm@unisys.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, July 11, 2001 4:25 PM
Subject: Re: [ciencialist] Marcelo Gleiser


> sei que faz muito tempo que essa mensagem fi colocada e nao sei se teve
> resposta, mas estava eliminando algumas mensagens no meu box e vi essa.
>
> bem, marcello gleiser é fisico, se nao me engano é formado pela puc do
rio,
> mas, é claro, com doutorado fora do brasil (nao me lembro agora se nos eua
> ou na inglaterra). quem ainda nao leu seus livros, vale a pena ( pelo
menos
> na minha opiniao), principalemente "A Dança do umiverso". nao posso
esperar
> pelo seu proximo livro.
>
> danni.
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
> To: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Sent: Friday, June 22, 2001 10:18 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Marcelo Gleiser
>
>
> >
> > >O fisico Marcelo Gleiser, colunista do caderno "Mais!" da "Folha de
SP",
> > ganhou o Premio Jose' Reis de Divulgaçao >Cientifica, concedido
anualmente
> > pelo CNPq.
> >
> > Qual é a área dele que lhe fez ganhar o prémio ?
> >
> > Cumprimentos,
> >
> > Sérgio M. M. Taborda
> >
> >





SUBJECT: Os crimes cometidos nas doacoes de orgaos para transplantes -- Paulo Airton Pavesi
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/07/2001 20:25

Direito_Saúde -- 10.07.2001
======================
URL de origem no final do
artigo. Ricardo Bergamini
======================

Os crimes cometidos nas doações de órgãos para transplantes
================================================

*Paulo Airton Pavesi

===

Desde que denunciei o crime que vem ocorrendo nos transplantes de órgãos no
Brasil, raramente não sou censurado como se estivesse falando que o mundo é
redondo há alguns séculos atrás.

===

Jornais como a FOLHA DE SÃO PAULO, que fiz questão de mostrar uma cópia do
inquérito onde estão todas as provas, estão evitando publicar qualquer linha
que vá de encontro aos transplantes, ou quem sabe até, de encontro aos
interesses políticos de um Ministro presidenciável.

===

Mas esta semana, tive a prova da isenção e imparcialidade que a imprensa
brasileira apresenta.

===

Em 28/06/2001, um jornal de Poços de Caldas, publicou a seguinte matéria, no
intuito de engrandecer e restabelecer a imagem do hospital que praticou a
retirada ilegal de órgãos do meu filho. Depois que as matérias são
publicadas, o hospital utiliza as mesmas para abrir processos contra mim,
dizendo ter o apoio da população, que aprovam as conquistas deste hospital.
Pois bem, veja que conquistas este hospital esta obtendo:

================
INÍCIO DO ARTIGO
================

"MINISTÉRIO DA SAÚDE DOA 18 MÁQUINAS DE HEMODIÁLISE PARA A SANTA CASA DE
POÇOS DE CALDAS". JORNAL DA MANTIQUEIRA - 28/06/2001
Lucienne da Cunha
===


O Hospital da Santa Casa de Poços de Caldas, em parceria com o Ministério da
Saúde (MS), dará início à construção de um moderno centro de hemodiálise e
banco de sangue que será edificado na rua Piauí, ao lado do extinto edifício
Galiléia, em terreno de propriedade do hospital.

===

De acordo com o diretor administrativo Carlos Henrique Marcondes, as obras
terão início no começo de julho e irá abranger uma área de aproximadamente 2
mil metros de construção, onde será investido cerca de um milhão de reais.

===

"Eu estive em Brasília e o Ministério da Saúde já aprovou nosso projeto, só
estamos esperando que saia a publicação no Diário Oficial da União. Com essa
parceria a Santa Casa irá receber 18 máquinas de proporção de hemodiálise
totalmente automatizadas, proporcionando um aumento de até 40% no
atendimento de pacientes renais", fala.

===

Esse centro de hemodiálise e banco de sangue também será um grande suporte
para a ampliação nos casos de transplantes renais, onde a Santa Casa já se
destaca. Segundo Marcondes, com toda essa estrutura, a partir do próximo ano
a Santa Casa estará preparada para realizar as cirurgias cardíacas de alta
complexidade.

===

Atualmente, a Santa Casa atende 60 pacientes. Com a vinda dessas dezoito
máquinas 110 pessoas poderão ser beneficiadas. "Cerca de 100% dos pacientes
que fazem hemodiálise na Santa Casa são do SUS. Acredito que em janeiro de
2002 estaremos entregando mais esta obra para a população de Poços e
região".

===

O Ministério da Saúde fez uma avaliação em 5 mil hospitais do Brasil e a
Santa Casa foi classificada entre os 100 melhores hospitais do país,
recebendo uma nota de 8,3 no máximo de 10.

===

"Com essa avaliação nós fomos beneficiados pelo MS com uma doação de oito
equipamentos que serão destinados ao CTI adulto e CTI neonatal. Com isso,
teremos condições de aumentar o número de leitos do CTI neonatal e dobrar o
nosso atendimento", lembra.

===

O CTI neonatal é a única no sul de Minas e, de acordo com o diretor
administrativo, é uma das três existentes em Minas Gerais. "O nosso CTI
neonatal atende não só os pacientes do sul de Minas como os do sudoeste de
São Paulo. O nosso mais recente paciente, o Lucas, que precisa de um
transplante do intestino delgado, foi trazido para o CTI e com três dias de
internação já se encontra em acomodação privativa na pediatria o que prova a
qualidade do nosso tratamento e o merecimento do reconhecimento do
Ministério da Saúde", conclui.

===

Carlos Henrique Marcondes
Diretor da Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas

FIM DO ARTIGO
===


Fui checar, pois sempre que posso, faço isso. Não é a primeira vez que são
publicadas ou levadas pela Rádio Cultura ou pelo Jornal da Mantiqueira,
distorções com o intuito de melhorar a imagem do Hospital da Santa Casa. Nós
temos a consciência da importância de se ter um hospital como a Santa Casa,
assim como também temos a consciência de que a verdade deve estar sempre em
primeiro plano, quando o assunto é saúde.

===

Depois de alguns dias em conversas e discussões, exigi e consegui também,
com que o Ministério da Saúde, viesse a divulgar uma nota oficial à
imprensa, cujo conteúdo merece no mínimo, o mesmo destaque dado à reportagem
anterior. Evidentemente, não será dado. Embora o Jornal da Mantiqueira
tivesse recebido esta nota da Ministério da Saúde, achou melhor não
publicá-la. Mais uma vez, está claro para a população, que nós que doamos os
órgãos, apuramos e provamos as irregularidades, continuaremos sendo taxados
como interesseiros e oportunistas, em prejuízo da própria comunidade, que
está sendo enganada.

===


Vejam abaixo a nota do Ministério da Saúde, que foi enviada para o Jornal da
Mantiqueira, mas não foi publicada, devido ao veto do departamento comercial
da empresa, que teme perder suas contas de publicidade com o Hospital em
questão.

===

INÍCIO DA NOTA MINISTÉRIO DA SAÚDE
Ministério da Saúde Assessoria de Comunicação
Social Divisão de Imprensa 06/07/2001

===

Uma comissão da diretoria da Santa Casa de Poços de Caldas esteve no
Ministério da Saúde para requerer, por meio de um projeto de trabalho, 18
máquinas de hemodiálise para o hospital. A área técnica do Ministério da
Saúde informou à diretoria da Santa Casa que está em fase final o processo
licitatório, iniciado em janeiro de 2000, para a aquisição de 739 máquinas
de hemodiálise. O governo federal já destinou essas máquinas a unidades de
saúde previamente definidas. Por não haver um excedente de equipamentos,
essa unidade de saúde não foi, inicialmente, contemplada com nenhuma máquina
de hemodiálise.

===

Em janeiro, o Ministério da Saúde enviou 960.835 cartas a pacientes que se
internaram em hospitais integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS) no ano
passado. Essas correspondências traziam um cartão- resposta, com porte
pré-pago, para os usuários avaliarem as condições de atendimento dos
hospitais da rede SUS. Mais de 110 mil pessoas responderam o questionário. A
avaliação abrangeu cerca de 1,4 mil unidades de saúde e não 5 mil, como
afirma a matéria.

===

Das cartas enviadas pelo Ministério da Saúde, 508 foram destinadas a
usuários que estiveram internados na Santa Casa de Poços de Caldas no
período da pesquisa. Desse total, 15,2% foram respondidas (77 cartas). A
nota atribuída pelos pacientes à unidade de saúde foi 8,32. Essa pontuação a
classifica nacionalmente na 347a posição. Se considerarmos apenas os
hospitais da região sudeste (608 em sua totalidade), a Santa Casa de Poços
de Caldas está classificada na 194 a posição. No estado de Minas Gerais, dos
271 hospitais avaliados pelos usuários do SUS, a Santa Casa de Poços de
Caldas ocupa a 61a posição.


===
FIM DA NOTA DO MISTÉRIO DA SAÚDE
===


O hospital se auto-classificou e se auto-presenteou com apenas 77 votos da
população. Ainda assim, o Ministério da Saúde não quis revelar os nomes dos
cidadãos que votaram, o que torna no mínimo suspeito esta pesquisa. Como o
Ministério da Saúde pode classificar algo em uma pesquisa, se, em Poços de
Caldas possui 128.000 habitantes e apenas 77 foram ouvidos ?


==
Em que país nós estamos?
==


Não entendemos ainda, qual o poder deste hospital e seus administradores,
que conseguem movimentar todos da imprensa com um simples gesto.


===
Agora, estamos diante de assunto muito sério:
===


Quando Carlos Henrique Marcondes levou esta informação à imprensa, ninguém,
nenhum repórter, nenhum veículo de comunicação, nenhum político, nenhum
renal crônico foi checar a veracidade daquele texto. Luis Nassif, jornalista
conceituado, acreditou também e publicou sem checar o que estaria
acontecendo.

===

Já tentei levar ao referido jornalista, cópias dos documentos falsificados
apreendidos pela polícia federal, mas ele não aceitou nem mesmo segurar o
documento em mãos, o que demonstra a postura deste jornalista, que ouve
somente o que lhe convém.

===

No episódio do Fantástico, muitos disseram que a Helena de Grammont, ouviu
só uma das partes, o que é, mais uma vez, a pura mentira. Álvaro Ianhez por
exemplo, quando foi procurado, mandou dizer que não queria vê-la nem pintada
de ouro. No entanto, toda a informação que disponibilizo, é questionada e
checada várias vezes. Nunca houve, em nenhum momento, alguma informação
minha que tivesse sido derrubada por ser mentira, até porque, minhas
denúncias teriam deixado profundos estragos e certamente graves punições,
como chegou até a insinuar o jornalista Chico de Assis, ao citar uma
denúncia infundada produzida por um vereador contra juizes da cidade, e que
teve sua prisão decretada, por não corresponderem à verdade.

===

Até isso chegou a ser ventilado. Diziam que eu merecia ser preso. Certo dia,
só para ilustrar, dois amigos conversavam em uma rua do centro de Poços de
Caldas. Quando passei por eles, ouvi claramente que um deles esperava que eu
fosse preso, pelas "calúnias" que andei divulgando.

===

Cheguei a receber mensagens de pessoas de Poços de Caldas, dizendo que eu
estaria cometendo um GENOCÍDIO, prejudicando a doação de órgãos no país.

===

Muito bem. Agora eu pergunto:

===

Qual a intenção da Santa Casa em divulgar o recebimento de 18 máquinas de
hemodiálise, doadas pelo Ministério da Saúde, mesmo sabendo que o Ministério
não poderia fornece-las neste momento?

===

Quantas pessoas foram iludidas com um centro de Hemodiálise, tão necessário
a população, mas que agora sabemos que não existirá no período divulgado?

===

O que essa mentira poderá causar no relacionamento entre Poços de Caldas e
Ministério da Saúde em futuros projetos que Poços venha apresentar naquele
Ministério, uma vez que a Santa Casa, usou o nome da cidade nesta aventura ?

===

Como fica a imprensa, que acreditou tanto nas palavras deste cidadão, e que
agora é desmentida como se fossem vocês os autores desta brincadeira com a
saúde ?

===

Qual o benefício que os renais crônicos terão com as 18 máquinas que não
serão entregues porque não foram doadas ?

===

Eu nunca prometi nada à doentes renais, mas doei os rins do meu filho para
tentar salvar duas vidas. Infelizmente, uma delas não conseguiu sobreviver.
É uma luta difícil. Mesmo assim fomos acusados de prejudicar aqueles que
precisam de órgãos para viver. Sendo assim, como os doentes renais serão
salvos com as promessas falsas de um administrador hospitalar, já que ao
invés de gastar seu tempo com mentiras, poderia estar criando soluções REAIS
para o atendimento destes pacientes?

===

Já que a Santa Casa possui terreno, e R$ 1.000.000,00 para investimentos
como citou a matéria, se é que podemos acreditar, porque não tenta agora
construir com estes recursos, um pequeno centro de hemodiálise, mesmo que,
começando com algumas máquinas, até poder expandir os atendimentos e ajudar
pelo menos o mínimo possível à aqueles que precisam?

===

Porque o Ministério da Saúde, não obrigou o hospital a publicar esta nota no
jornal?

===

Porque o Ministério da Saúde, não tomará nenhuma providência legal para esta
mentira de proporção tão grave.

===

Porque o Ministério da Saúde, irá renovar o direito deste hospital continuar
fazendo transplantes criminosos, mesmo depois de ter 4 médicos deste
hospital indiciados por crimes contra a lei de Transplantes?

===

Para finalizar devo esclarecer não ser Médico. Sou um pai que doou os órgãos
do filho de 10 anos que, ao mencionar a intenção de doar órgãos, o processo
de morte encefálica de meu filho foi acelerado. Com isso passei a estudar os
transplantes e descobri diversos absurdos.

===

Agora que pretendo divulgar os crimes praticados, a imprensa tenta esconder,
porque são mantidos financeiramente pelos médicos.

===
* O autor é analista de Sistemas
pap@pocos-net.com.br

==================================
http://www.rberga.hpg.com.br/pavesi1.htm
==================================
http://groups.yahoo.com/group/direito_saude
==================================
===========================
ENDERECOS E INSTRUCOES:
===========================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica:
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
===





SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/07/2001 21:46

seria se eu, como ser humano, nao tivesse sentimentos. mas tenho e se algo
me ofende eu refuto, assim como tenho certeza que voce faz o mesmo.

há certas coisas que sao bonitas na teoria, mas incocebiveis na pratica.

danni.

----- Original Message -----
From: Alexandre <alex@energias.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, July 11, 2001 6:01 PM
Subject: Re: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução


> Porque não explicar isso tudo aos olhos da "Memética"?
>
> Não seria mais racional? Sem tanta carga de sentimentos?
>
> SDS,
>
> ASM
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Morais <ardm@unisys.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Sent: Wednesday, July 11, 2001 4:48 PM
> Subject: Re: En: [ciencialist] Estupro X Teoria da Evolução
>
>
> >
> > > Estupro é reprovável porque fere o instinto egoísta
> > > do indivíduo macho, pois um concorrente oportunista
> > > está espalhando seus genes em fêmeas que o primeiro
> > > considera como sua posse. Só por isso.
> >
> > > Particularmente, eu estraçalharia o desgraçado que
> > > se aproximasse de minha garota com esta intenção.
> > >
> > > []'s
> > >
> > > Alexandre Medeiros
> > >
> >
> > eu estraçalharia voce se se aproximasse de mim com esse pensamento
> machista:
> > menos um machista ao meu redor... estupro só é reprovavel porque fere o
> > homem? e quanto as sequelas psicologica deixadas na mulher pro resto da
> > vida, voce nao pensa nisso?
> >
> > se voce nao se explicou direito neste ponto e garantir as mulheres dessa
> > lista que foi só um descuido, tudo bem. mas se mantem a posicao desse
> > email... bye (e coitada da "sua garota", please, sua? quem é o
concorente
> > oportunista que considera a mulher como posse agora?)
> >
> > só para completar queria dar minha opiniao nesse negocio do estupro ser
> > evolutivo. acho que nao tem nada a ver com evolucao, a nao ser com o
> > comportamento humano, mas nao na evolucao como um todo. acho que quando
> > adquirimos consciencia e o que chamamos de "sentimento humano" ou seja,
> > quando sabemos que fazer aquilo vai ferir a pessoa do nosso lado,
passamos
> a
> > nao fazer. isso vem com a consciencia de viver em comunidade e nao fazer
> > cons os outros aquilo que voce nao quer que façam com voce porque voce
> sabe
> > que dói.
> > sou contra a repressao de qualquer ato, mas quando o individuo nao tem
> nocao
> > de seu limites (e é bom relembrar, a nossa liberdade acaba quando comeca
a
> > do outro ao nosso lado), acho que tem que haver repressao sim, pelo
menos
> o
> > minimo para colocar tudo em ordem. é para isso que servem as leis. a
> > anarquia é o meio de "governo" perfeito, mas é impossivel para um
povinho
> > pouco evoluido mentalmente e solidariamente como o ser humano. talvez em
> > alguns milhoes de anos...
> > desculpe pelo excesso de cliches, mas eles sao verdadeiros (na minha
> > opiniao, é claro).
> >
> > danni.
> >
> >
> >
> >
> >
> > &&& --- &&&
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> > &&& --- &&&
> >
> > Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
> http://docs.yahoo.com/info/terms/
> >
> >
> >
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Marcelo Gleiser
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/07/2001 22:33

Olá Morais,

se vc quiser as críticas científicas ao 'livro'Dança do Universo eu lhe envio as cópias zippadas.
Acredito que depois das críticas feitas pelo Prof. da Unicamp (com perto de 500 trabalhos publicados) vc mudará de idéia em propor a leitura desse livro para alguém.

[]'
Léo
=============
-----Mensagem Original-----
De: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 11 de julho de 2001 16:25
Assunto: Re: [ciencialist] Marcelo Gleiser


| sei que faz muito tempo que essa mensagem fi colocada e nao sei se teve
| resposta, mas estava eliminando algumas mensagens no meu box e vi essa.
|
| bem, marcello gleiser é fisico, se nao me engano é formado pela puc do rio,
| mas, é claro, com doutorado fora do brasil (nao me lembro agora se nos eua
| ou na inglaterra). quem ainda nao leu seus livros, vale a pena ( pelo menos
| na minha opiniao), principalemente "A Dança do umiverso". nao posso esperar
| pelo seu proximo livro.
|
| danni.
|
|
| ----- Original Message -----
| From: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
| To: <ciencialist@yahoogroups.com>
| Sent: Friday, June 22, 2001 10:18 PM
| Subject: Re: [ciencialist] Marcelo Gleiser
|
|
| >
| > >O fisico Marcelo Gleiser, colunista do caderno "Mais!" da "Folha de SP",
| > ganhou o Premio Jose' Reis de Divulgaçao >Cientifica, concedido anualmente
| > pelo CNPq.
| >
| > Qual é a área dele que lhe fez ganhar o prémio ?
| >
| > Cumprimentos,
| >
| > Sérgio M. M. Taborda
| >
| >
| > &&& --- &&&
| > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| > http://www.ciencialist.hpg.com.br
| > Para sair da lista envie um mail para
| > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
| > &&& --- &&&
| >
| > Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
| http://docs.yahoo.com/info/terms/
| >
| >
| >
|
|
|
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| VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
| ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
| &&& --- &&&
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| Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
|
|




SUBJECT: Re: [ciencialist] Magnetismo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/07/2001 04:00

----- Original Message -----
From: "Ozelo"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, July 11, 2001 12:13 PM
Subject: [ciencialist] Magnetismo

> Olá pessoal, já estava com saudades de vcs... :o) Alberto, Belisário,
> Léo e demais...

Pô, depois que você sumiu daqui ninguém mais deu dez para o meu
quase-Imperdível site. Isso é coisa que se faça? Também já estava sentindo
saudades do :o), pois a turma daqui é mais de rir de boca fechada, no estilo
:-). Até o Léo dá gargalhadas de boca fechada: :-))))))))))))))). Ou será
que a bolinha do :o) é o nariz? Bem, agora eu já escrevi e tô com preguiça
de apagar. Então vou assumir que o "o" é a boca e o ")" é o queixo. E quem
não gostar da minha interpretação que... deixa prá lá.

> Venho pedir que me iluminem num determinado assunto, pode
> ser?

Do jeito que anda a escassez de energia elétrica, não sei não. Vou ver se
tenho alguma pilha desponível.

> Já a alguns dias venho reunindo material sobre magnetismo, mas existe um
> ponto que não está muito claro para mim: Origem de forças magnéticas em
> barras magnetizadas com manganês ou óxidos de ferro (Fe3O4). Gostaria de
> saber se todos concordam com a idéia conhecida da origem dessa força como
> sendo correntes elétricas permanentes propiciadas por mera disposição
> molecular de tais elementos químicos.

Eu diria que concordo, a menos de uma pequeniníssima observação. Diria que
relaciona-se a fenômenos na escala atômica e molecular a "simularem"
correntes elétricas permanentes. Ou, para ser mais rigoroso ainda, as
correntes elétricas macroscópicas utilizar-se-iam deste efeito, natural e
espontâneo no microcosmo, de uma forma ordenada e provocada por estímulos
externos (ddp, por exemplo). No caso em discussão (ferromagnetismo), a
ordenação seria de outra ordem e própria ao microcosmo.

> Embora essa idéia seja aparentemente
> apropriada para o fenômeno observado, tanto ela como a idéia de se tentar
> desviar, seja lá o que for que se move na matéria nesse sentido, para
> outros sistemas físicos acerca do encontrado na literatura me causa um
> certo desconforto ao pensar, principalmente nas limitações oferecidas,
> teoricamente. Agradeço profundamente a atenção pessoal. ;o)

Essas limitações teóricas já causaram desconforto em uma infinidade de
homens que se utilizaram de seus neurônios para pensar, e não meramente para
repetir o que dizem seus professores. Alguns acham que eu levanto uma
bandeira contra a física quântica. Sinceramente não gosto da mecânica
quântica e chamo a atenção dos jovens sobre a perda de tempo em estudá-la
sem que se pense "também" em outras alternativas, pois ela está com seus
dias contados. Não obstante, a bandeira que levanto é contra a "lavagem
cerebral" a bloquear a criatividade e imposta aos nossos jovens pela
universidade moderna, e a mecânica quântica é meramente um instrumento para
tal e utilizado num meio bastante restrito (entre os físicos). O que
proponho é um retorno a uma universidade criativa, a formar homens como
Bohr, Heisenberg, Einstein, Planck, Schrodinger, Mário Schemberg, Leite
Lopes, Cesar Lattes, etc.

Andei dando uma olhadela nas indicações do Takata e o que encontrei não
difere muito do que está na minha Enciclopédia Britânica de mais de 10 anos.
E o que se encontra na literatura relaciona-se principalmente a dois
fenômenos extremamente indigestos. O primeiro foi comentado acima, de
relance, e a identificar uma partícula única em órbita com uma corrente
elétrica macroscópica de densidade linear constante em todos os seus pontos.
Um dos artigos citados pelo Takata fala alguma coisa sobre "teoria do campo
médio", devida a Weiss, que talvez, e dentre outras coisas, trate desse
assunto. O segundo e, a meu ver, o principal, nada mais é senão o famigerado
"spin que não é giro" dos físicos quânticos. Para quem gosta de matemática e
repudia a física, os artigos citados podem ser digeridos sem problemas. Como
você fala em desconforto ao digerir tais absurdos, quero crer que você
procura pelos fundamentos físicos. Então, sem ir a fundo no problema
ferromagnetismo, vou comentar alguma coisa do que penso sobre o "spin que
não é giro", e que a meu ver trata-se de algo muito simples, ainda que
complexo. Complexo no sentido de que comporta mais do que tão somente um
único efeito e que poder-se-ia, ingenuamente, pensar-se tratar de um giro.

No artigo "O elétron emissor de informações eletromagnéticas",
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron2/emissor01.htm ,
exponho, na figura 6, o que afirmei ser "uma órbita improvável para um
elétron em torno de outro". E quando digo um elétron em torno de outro,
pense também na possibilidade mais comum, um elétron em torno de um próton.
Esta órbita improvável é do tipo daquela observada pelos planetas do sistema
solar, a ocuparem o plano da eclíptica. E é improvável pois o elétron nesta
órbita, respeitado o campo proposto, deveria estar numa velocidade da ordem
de seis vezes a velocidade da luz. Isto não significa dizer que não existam
outras órbitas possíveis onde os elétrons, sob a ação do campo proposto,
pudessem trafegar em velocidades tais a conferirem estabilidade ao conjunto.
Simplesmente, estas órbitas devem ser excêntricas, como mostro na figura
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/figuras/parep01.gif ,
especialmente criada para esta mensagem (clique no link e obtenha a figura
em página web).

Vê-se aí um par elétron-próton que poderia ser o de um átomo de hidrogênio,
mas também qualquer outro par elétron-próton constituinte de átomos mais
complexos. Como já me referi em mensagens anteriores, existem inúmeras
órbitas protônicas nucleares e circulares, em átomos complexos, e é a
disposição destas órbitas quem dá a configuração em camadas da eletrosfera,
pois os elétrons acoplam-se um a um com os prótons. Pelo exame da figura
você notará o seguinte: com o elétron embaixo e o próton encima da figura,
você observa um giro no sentido anti-horário, tanto do próton quanto do
elétron. Se você simplesmente inverter a figura, com o próton embaixo e o
elétron encima, o giro será invertido (sentido horário) mas o átomo será o
mesmo. Não obstante, existe uma outra configuração possível e mostrada na
figura http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/figuras/parep02.gif
Neste caso temos próton embaixo e elétron encima com giro no sentido
horário. Perceba que é possível encaixar a figura parep02 na figura parep01,
coincidindo os prótons, obtendo-se então um próton com dois elétrons. A
estabilidade é garantida pelas mesmas equações, a menos de um pequeno fator
relacionado à ação de um dos elétrons sobre o outro, a modificar
ligeiramente as órbitas. Se você disser que o "spin" de cima é "up", o de
baixo será "down". Esse "spin" deve-se mais à posição do elétron relativa à
posição do próton do que propriamente de seu giro. É claro que para este
efeito se manifestar, estou supondo que elétrons e prótons obedeçam a
"minha" equação do elétron. E esta equação sugere que tanto elétrons quanto
prótons possuem, em sua estrutura interna, uma característica vetorial muito
provavelmente relacionada a um giro em torno de si mesmo, ou seja, um "spin
clássico". O "spin" quântico seria então um artefato matemático a adaptar-se
a este duplo efeito: o "spin clássico" mais a característica "up" ou "down"
e relativa à posição da órbita do elétron em relação à órbita do próton.

Note que existe algo muito parecido com o que em química dá-se o nome de
isomeria. Em física de partículas existe a expressão quiralidade, mas creio
que a expressão seja utilizada apenas para partículas únicas e não para
complexos elétron-próton. Ao passarmos um feixe de determinado átomo por um
campo magnético, é de se esperar uma separação deste feixe em dois outros,
cada um com 50% dos átomos do feixe primitivo. Isto foi feito por Stern e
Gerlach em 1924 com a prata e me parece que alguém já fez isso com feixe de
hidrogênio (já li essa experiência em algum lugar, mas não sei se seria
experiência de pensamento ou de fato).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Estupro X Teoria da Evolução
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/07/2001 14:26


oi alexandre,

> Apenas utilizei a expressão "estraçalhar" como figura
> de linguagem... Para realçar nosso sentimento de
> indignação.

dido (= eu tambem)

>
> E é óbvio que a humilhação da mulher é muito maior
> que a do pai, marido, namorado, irmão ou qq outra
> pessoa. Mas achei isso tão óbvio, explícito,
> notório, unânime que achei desnecessário manifestar
> a ÓBVIA indignação que todo ser humano médio
> deve ter diante desta horripilante agressão.

muitos homens nao tem essa opiniao sua (alguns acham que as mulheres induzem
o estupro), e como nao te conheco nao podia imaginar que voce tinha achado
que já estava explicito, ainda mais quando voce usou a frase "a unica" ou
algo parecido (desculpe, nao lembro da exata frase, mas era algo do genero).


> Achei também que você exagerou ao me criticar
> quando empreguei o pronome "minha" acerca
> de "minha garota". Naturalmente,
> ela ("minha garota") não é minha propriedade
> nem minha posse. Jamais foi minha intenção corromper
> o sentido do pronome. São questões semânticas
> como estas que, erroneamente interpretadas,
> dão margem a falácias de todo tipo. Normalmente,
> emprego as palavras com o maior rigor possível.
> Porém, eu não estou defendo uma tese perante
> uma banca examinadora. O Ciencialist é uma
> lista de discussão informal e amigável.

na verdade, nao estou muito interessaada se voce acha que um ser humano é
seu ou nao (tem pesoas que acham). novamente, nao te conheco pessoalmente e
se voce usa uma palavra dentro de um contexto, eu, como qualquer pessoa,
posso muito bem leva- la ao pé da letra. acho que se voce quer ser claro,
ainda mais para pessoas que nao te conhecem no dia a dia, voce deve dizer as
coisas sem margens de erro, mesmo se voce nao está em uma "banca
examinadora". na maioria das vezes, as coisas sao mal interpretadas porque
sao mal postas. mas, tudo bem, é por isso que a conversa é necessaria.


> Enfim, ela é minha e eu sou dela. Nesse
> contexto os domínios se anulam mutuamente,
> e unem-se as virtudes num só espírito.
> (Espírito aqui é também uma figura de
> linguagem)
>
> Além disso, achei seu tom um tanto ofensivo.
> Eu não sou um animal.

na verdade, é, como todos os outros seres humanos (mas aposto que voce
estava usando uma figura de linguagem, nao é mesmo?) nao quis te ofender,
assim como nao quero continuar (a nao ser que voce queira) esse debate. só
fiquei fula da vida porque achei sua posicao machista, mas voce já explicou
que nao pensa assim. desculpe, nao quero ser feminista (ainda mais porque
nao gosto de rotulos), só quero que a mulher seja respeitada assim como
tenho certeza que voce quer que o homem seja respeitado. e como toda mulher
encontra em seu dia a dia pelo menos um ou dois "neandertais" (fugura de
linguagem!), nunca se sabe...

>
> É um erro capital confundir Ciência com Moral.
> A pesquisa realizada não tem qualquer juizo
> moral. Ciência é imparcial. Os homens
> que fazem ciência é que são parciais.
> Mas tudo bem! É difícel não aplicar
> o princípio antrópico em tudo que
> criticamos. A Ciência *provavelmente*
> nunca vai explicar o que é de fato
> MORAL.
>

nao esto confundindo. acho "moral" uma coisa muito subjetiva, vai de cada
um. voce pode achar um comportamento ou um ato amoral e eu nao. como te
disse, nao gosto de rotular coisas, isso é ciencia, isso é moral, nao
devemos esquecer que o homem tambem faz parte da natureza, assim como tudo o
que sente e faz (essa é minha opiniao). li em uma das mensagens (desculpe
nao me lembro que escreveu) que uma pessoa achava que moral era uma coisa da
religiao. descordo plenamente, já que os ateus na tem religiao e mesmo assim
adquirem moral. isso é uma visao classica, e muito errada.
e quanto a criticar, só estava dando minha opiniao. é muito dificil
distinguir critica de opiniao (sinceramente nao sei a diferenca, porque uma
opiniao contra a sua ideia pode parecer uma má critica).


> "A liberdade de um termina quando começa
> a do outro" é de um simplismo irritante.
> Se fosse tão simples assim, não seria
> necessário juízes ou tribunais do povo
> para decidir litígios: um PC-XT poderia
> fazer isso com mais eficiência. Acontece,
> porém, que as liberdades, e isso se traduz
> em direitos, se misturam de forma tão
> intrincada que a análise mais sutil não
> poderia determinar as fronteiras
> dos direitos individuais e coletivos.
> Estas fronteiras são abstratas e devem
> ser adequadas à ética, à moral, à lei,
> no tempo e no espaço. Decidir sobre os
> direitos de cada um requer distanciamento
> da euforia, da histeria, da influência da
> mídia, da pressão de autoridades.

tambem acho simplista, mas algumas coisas simples sao as mais verdadeiras.
mas nao quer dizer que o ser humano possa seguir as coisas simples, muitas
vezes nao conseguem. como é o caso de "a nossa liberdade acaba quando comeca
a do outro". na teoria é correto (e acho que todos concordamos nisso), mas
na pratica existem pouquissimos seres humanos (se é que existe algum, só nao
generalizei porque sempre existe aquela excecaozinha) que conseguem essa
proeza. talvez seja até uma coisa de selecao natural, genetico, da epoca em
que precisavamos lutar contra tudo e contra todos para nossa sobrevivencia,
passando por cima da liberdade do outro, mas isso nao se aplica (na maioria
das vezes) no nosso mundo de hoje. ou talvez seja porque adquirimos uma
consciencia tal que nos diz que passar por cima da liberdade dos outros é
errado (nao errado no sentido total da palavra, mas aprendemos que, como nao
gostamos que invadam nosso terreno, os outros tambem nao devem gostar).
exatamente por causa dessa maioria quase total, é que as leis, etc, foram
criadas e devem existir. acho que é simplista sim (e certo), mas tem pessoas
que nao sabem do seu limite e para essas a lei deve ser criada.


> Repressão com legalidade, legitimidade.
> Repressão não deve ser interpretada como
> "vingança". Devemos buscar a Justiça e não
> "vingança"!

tambem concordo, e em nunhum momento quis dar o sentido de vinganca. é muito
dificil nao misturar emocoes humanas com repressao. mas, mais uma vez, se
pensassemos nos outros com mais frequencia, talvez esse mundo seria melhor.
nao estou querendo ser religiosa (todos que me conhecem sabem que estou
longe disso) ou bondosa, mas acho que a chave é respeito, principalmetente
no sentido de deixar as pessoas serem o que elas sao. mas com 6 bilhoes de
pessoas e com a cabecinha do ser humano atual (e me incluo tambem em muitas
situacoes), é dificil. sinceramente acho que faz parte do comportamento
humano. é mais um daqueles casos que a cerebro se desenvolve mais rapido do
que a sociedade ou o modo que respondemos ao ambiente.


> Não sei porquer você entrou no tema "anarquia".
> Não vejo conexão *direta* com o tema "estupro".
> Isso pode ser discutido em outra ocasião.

entrei nesse tema porque estva falando sobre liberdade e ao meu ver a
anarquia é a foram plena de liberdade (quando bem administrada). desculpe se
misturei assuntos, mas no contexto que estava seguindo tinha relacao.


> Opiniões estimulam a todos nós. Continue assim.

tambem acho que devemos usar a nossa massa cinzenta sempre que possivel. já
tem muita gente nao fazendo isso por aí.

abraco,
danni.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Marcelo Gleiser
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/07/2001 14:39


> Pois é, mas a área dele que lhe fez ganhar o prêmio foi justamente a
> Divulgação Científica. Ele escreve semanalmente no caderno Mais da Folha
de
> S. Paulo, que sai todo domingo, e tem esses livros escritos, também. Além
> disso, tem aparecido na televisão muitas vezes. Ou seja, tem ocupado a
mídia
> com sua divulgação - uma coisa importante, a meu ver. Afinal, temos que
> utilizar os meios disponíveis para difundir o conhecimento científico.
> Ganhou o prêmio pelo conjunto dessas atividades de divulgação.

pensei que estavam perguntando sobre sua formacao academica (que é fisica).
ele realmente vem divulgando muito a ciencia e tambem acho extremamente
valido. alias, foi com esse livro (a danca do universo) que me apaixonei for
fisica e cosmologia, entao devo dizer que tenho uma certa amizade por ele.

> livro, houve uma saraivada de críticas por parte de um físico e
historiador
> da ciência particularmente rigoroso, o Roberto de Andrade Martins. Tenho
> lido os textos na Folha de S. Paulo, há várias imprecisões (ou talvez
sejam
> metáforas sem o devido cuidado - "a metáfora requer a eterna vigilância",
> não sei quem disse isso, mas foi bem dito), do tipo dizer que "a luz é uma
> onda", e, no mesmo texto, mais adiante, dizer que "a luz é um fluxo de
> partículas".

nao tenho formacao em fisica (estudo biologia) pelo menos ainda, mas pelo
que li de livros sobre fisica e cosmologia, isto que voce descreveu parece
ser a dualidade onda-particula.
alguem pode me corrigir, mas acho que a materia pode se comportar como
particula ou energia (que seria o caso da luz, uma forma de energia). espero
que nao esteja falando bobagens.

>Na física quântica (e ele estava se restringindo à física
> quântica), a luz não é onda nem partícula, apenas se comporta como uma ou
> como outra dependendo da circunstância.

novamente na minha situacao leiga, isso me parece certo (ajudas?). tem até
um experimento classico sobre isso, que se nao me engano, ele explica no
livro.

acho que nao é aprimeira vez que ele recebe um premio, lembro que durante o
governo do clinton ele ganhou tambem um premio (embora nao me lembre pelo o
quê).


> Até,
> Belisário

até,
daniela.







SUBJECT: Re: [ciencialist] Marcelo Gleiser
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/07/2001 14:42

oi leo,
pode mandar: ardm@unisys.com.br

danni.

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, July 11, 2001 10:33 PM
Subject: Re: [ciencialist] Marcelo Gleiser


> Olá Morais,
>
> se vc quiser as críticas científicas ao 'livro'Dança do Universo eu lhe
envio as cópias zippadas.
> Acredito que depois das críticas feitas pelo Prof. da Unicamp (com perto
de 500 trabalhos publicados) vc mudará de idéia em propor a leitura desse
livro para alguém.
>
> []'
> Léo
> =============
> -----Mensagem Original-----
> De: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Enviada em: quarta-feira, 11 de julho de 2001 16:25
> Assunto: Re: [ciencialist] Marcelo Gleiser
>
>
> | sei que faz muito tempo que essa mensagem fi colocada e nao sei se teve
> | resposta, mas estava eliminando algumas mensagens no meu box e vi essa.
> |
> | bem, marcello gleiser é fisico, se nao me engano é formado pela puc do
rio,
> | mas, é claro, com doutorado fora do brasil (nao me lembro agora se nos
eua
> | ou na inglaterra). quem ainda nao leu seus livros, vale a pena ( pelo
menos
> | na minha opiniao), principalemente "A Dança do umiverso". nao posso
esperar
> | pelo seu proximo livro.
> |
> | danni.
> |
> |
> | ----- Original Message -----
> | From: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
> | To: <ciencialist@yahoogroups.com>
> | Sent: Friday, June 22, 2001 10:18 PM
> | Subject: Re: [ciencialist] Marcelo Gleiser
> |
> |
> | >
> | > >O fisico Marcelo Gleiser, colunista do caderno "Mais!" da "Folha de
SP",
> | > ganhou o Premio Jose' Reis de Divulgaçao >Cientifica, concedido
anualmente
> | > pelo CNPq.
> | >
> | > Qual é a área dele que lhe fez ganhar o prémio ?
> | >
> | > Cumprimentos,
> | >
> | > Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: RES: Estupro X Teoria da Evolução
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/07/2001 14:55

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@=
u...> wrote:
> criticamos. A Ciência *provavelmente*
> nunca vai explicar o que é de fato
> MORAL.

Bem, ha' algumas tentativas q. parecem ser bastante
promissoras. Explicar o q. e' moral nao e' algo q.
esteja fora do escopo e alcance das Ciencias.
*Justificar* uma moral e' q. e' algo inalcancavel
pelos metodos cientificos.

Podemos eventualmente entender o estupro, mas
entender nao significa aceitar. Ao entende-lo
podemos, guiado por nossa etica, procurar
meios mais eficazes para evita'-lo.

Algum tempo atras foi insinuado q. o estupro
tenderia a ser mais tolerado qdo a vitima era
alguem de fora de um grupo. Q. a ocorrencia
do estupro dentro do grupo e' q. seria mais
rechacada. E assim os casos de estupros
tenderiam a ocorrer fora do grupo do agressor.

Isso nao e' verdade. A maioria dos casos de
estupros tende a ser por parte de conhecidos
e parentes da vitima (maridos, namorados,
conhecidos, pais, padastros, afilhados). Mais
notavel essa correlacao qdo a vitima e' uma crianca.

http://www.rainn.org/statistics.html

Por isso acho temerario certas especulacoes
sem embasamento em dados solidos...
Construimos castelos no ar e depois saimos
pra buscar um alicerce.

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: Marcelo Gleiser
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/07/2001 15:18

Danni,

vc pode ver as criticas do dr. Martins em:

http://www.ifi.unicamp.br/~ghtc/ram-r66.htm

Bem, nao sou tao ferrenho assim. Claro q.
ha' erros, mas embora nao tenha lido o
livro vi a entrevista dele no Roda Viva algum
tempo atras -- com o Martins fazendo criticas
bem duras, como nessa pagina acima --
pareceu-me q. Gleiser saiu-se bem...

Nao tenho uma nocao exata de quao graves
sao os erros apontados e quao exageradas em
funcao de ter o fisico obtido um destaque
tao gde mesmo pertencendo ao campo das
Ciencias -- ramo q. efetivamente custa a
dar ibope.

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] Marcelo Gleiser
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/07/2001 15:53


----- Original Message -----
From: Danni Morais <ardm@unisys.com.br>

>
> > Pois é, mas a área dele que lhe fez ganhar o prêmio foi justamente a
> > Divulgação Científica. Ele escreve semanalmente no caderno Mais da Folha
> de
> > S. Paulo, que sai todo domingo, e tem esses livros escritos, também.
Além
> > disso, tem aparecido na televisão muitas vezes. Ou seja, tem ocupado a
> mídia
> > com sua divulgação - uma coisa importante, a meu ver. Afinal, temos que
> > utilizar os meios disponíveis para difundir o conhecimento científico.
> > Ganhou o prêmio pelo conjunto dessas atividades de divulgação.
>
> pensei que estavam perguntando sobre sua formacao academica (que é
fisica).
> ele realmente vem divulgando muito a ciencia e tambem acho extremamente
> valido. alias, foi com esse livro (a danca do universo) que me apaixonei
for
> fisica e cosmologia, entao devo dizer que tenho uma certa amizade por ele.

Léo, "ouviu" isto? Parece que o livro não é tão ruim assim... Se alguém
pode se apaixonar pela física e cosmologia com ele, então valeu o prêmio.

> > livro, houve uma saraivada de críticas por parte de um físico e
> historiador
> > da ciência particularmente rigoroso, o Roberto de Andrade Martins. Tenho
> > lido os textos na Folha de S. Paulo, há várias imprecisões (ou talvez
> sejam
> > metáforas sem o devido cuidado - "a metáfora requer a eterna
vigilância",
> > não sei quem disse isso, mas foi bem dito), do tipo dizer que "a luz é
uma
> > onda", e, no mesmo texto, mais adiante, dizer que "a luz é um fluxo de
> > partículas".
>
> nao tenho formacao em fisica (estudo biologia) pelo menos ainda, mas pelo
> que li de livros sobre fisica e cosmologia, isto que voce descreveu parece
> ser a dualidade onda-particula.
> alguem pode me corrigir, mas acho que a materia pode se comportar como
> particula ou energia (que seria o caso da luz, uma forma de energia).
espero
> que nao esteja falando bobagens.

Isso, estou falando da dualidade onda-partícula. Eu daria uma explicação
um pouco diferente da sua: creio que o mais correto seria que, de acordo com
a quântica, a luz comporta-se ora como fluxo de partículas, ora como onda (e
não energia). Nos dois casos, há energia envolvida. Especificamente, grosso
modo (isto é uma descrição simplificada que não leva em conta toda a riqueza
de fenômenos, e por conseguinte possui exceções), comporta-se como onda
(especificamente, como onda eletromagnética) enquanto transita pelo espaço,
e como partícula (nessa situação as partículas são chamadas fótons) quando
interage com a matéria.

Em 1923 o francês Louis de Broglie estendeu essa concepção de
comportamento dual a todas as partículas (elétrons, etc.). Experiências com
difração de elétrons foram realizadas mais tarde, o que corroborou a idéia
de que, de fato, essas partículas exibem comportamento ondulatório.

> >Na física quântica (e ele estava se restringindo à física
> > quântica), a luz não é onda nem partícula, apenas se comporta como uma
ou
> > como outra dependendo da circunstância.
>
> novamente na minha situacao leiga, isso me parece certo (ajudas?). tem até
> um experimento classico sobre isso, que se nao me engano, ele explica no
> livro.

Sim, isto está correto. Eu estava contrapondo esta frase ao que o
Gleiser escreveu na Folha: que a luz "é" onda num parágrafo, e que "é"
partícula em outro. Na verdade, na descrição quântica, ela não "é" onda nem
partícula, é um ente físico a que chamamos de luz e que não possui nenhum
análogo no mundo cotidiano (tal como "onda" ou "partícula"), e que ora se
comporta como onda, ora como partícula.

> acho que nao é aprimeira vez que ele recebe um premio, lembro que durante
o
> governo do clinton ele ganhou tambem um premio (embora nao me lembre pelo
o
> quê).
>

Hm, não sabia disso.
Inté,
Belisário





SUBJECT: 8 de Julho
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
CC: bio-l@egroups.com
DATE: 12/07/2001 17:20

Cabe lembrar q. a data de 8 de julho passou batida -- ate' porq. era
domingo e vespera de feriado regional em sao paulo.

Foi o primeiro Dia Nacional da Ciencia:

http://www.mct.gov.br/legis/leis/10221_2001.htm

(perdoes pela mensagem repetida aos q. participam de mais de uma lista.)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Human Mating
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/07/2001 19:59

Desculpem mas no sei como se traduz isso para o portugus.

O fato que um colega fez a seguinte pergunta sobre esse assunto ( acasalamento humano? ) e eu tambm fiquei curioso. Algum sabe a resposta?
Jocax? Takata?

------------

Gostaria de levantar outro exemplo: existem muitos casais em que uma das
pessoas infrtil, mas que so felizes mesmo sem uma prole, ou ainda so
felizes adotando crianas (genes alheios hehehehe). Onde est a voz de
comando dos genes nesse caso pra nos dizer 'procure outro(a), esse a no
serve pra ns!'? Vc pode at dizer que tudo bem, os genes no tinham como
'saber' no momento da escolha, mas depois de descoberto o fato, isso no
deveria mudar a opinio da pessoa, acabar com a atrao, sei la?

-----------

[]s
Raul


[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]




SUBJECT: Trafico de seres humanos -- 13.07.2001
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/07/2001 11:35

Direito_Saúde -- 13.07.2001
======================
TRÁFICO DE SERES HUMANOS

===
1 - Hoje em dia: www.hojeemdia.com.br
2 - Jornal do Comércio: www.jcom.com.br
3 - O Globo: oglobo.globo.com
4 - O Estado: www.estado.estadao.com.br


===
1.Tráfico de seres humanos envolve 700 mil no mundo.
2. Lista Negra sobre o tráfico de seres humanos.
3. Brasil entra na lista do tráfico humano.
4. Relatório sobre o tráfico de pessoas inclui o Brasil.


1.
====================================================
TRÁFICO DE SERES HUMANOS ENVOLVE 700 MIL NO MUNDO

Belo Horizonte, Sexta-Feira 13/07

==

WASHINGTON - Nove países da América Latina, incluindo o Brasil, participam
do tráfico de pessoas, uma espécie de escravidão moderna que mobiliza
anualmente cerca de 700 mil seres humanos pelas fronteiras ao redor do
mundo, informou ontem o Departamento de Estado norte-americano.

==

O tráfico atinge especialmente mulheres e crianças, em geral vítimas de
trabalhos forçados ou prostituição. México, Brasil, Haiti e República
Dominicana são acusados de aplicar medidas insuficientes para combater o
tráfico humano.
'É incompreensível que o negócio de seres humanos possa existir no Século
XXI', disse o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, que defendeu
'reações internacionais para combatê-lo'.


==

Dos nove latino-americanos citados, apenas a Colômbia figura em um primeiro
grupo de 12 nações que possuem leis correspondentes com os padrões mínimos
para punir a atividade e proteger as vítimas, mas que encaram certos
obstáculos para um combate decisivo.


==

Os outros oito países estão em um grupo de 47 nações do mundo 'sob
observação', pois seus governos _ com o brasileiro _ não obedecem totalmente
a esses padrões.
Um terceiro grupo é formado por 23 países potencialmente sujeitos a sanções
dos Estados Unidos por falta de esforços para combater o problema. Neste
grupo, que inclui Israel, Grécia, Coréia do Sul, Rússia, Albânia e Turquia,
não aparece nenhum país latino-americano.


==

O relatório detalha as condições nas quais as pessoas são retiradas de suas
casas ou países de origem, para serem exploradas em outros locais como
mão-de-obra barata.
'Essas pessoas trabalham duramente em oficinas, prostíbulos e explorações
agrícolas, privadas de seus direitos, submetidas a ameaças, violência e
vivendo em condições horríveis e perigosas', diz o informe.

==

Powell destacou que o tráfico implica tanto os países em desenvolvimento
como os industrializados, inclusive os Estados Unidos.
O relatório foi feito com base em informações fornecidas pelas embaixadas
norte-americanas em 168 países e por organizações não-governamentais e
humanitárias como a Anistia Internacional.


=======================================
E-Mail: mundo@hojeemdia.com.br
http://www.hojeemdia.com.br/hojedia.cgi?funcao=L&codigo=w001&data=0713
=======================================



2.
===============================================
LISTA NEGRA SOBRE O TRÁFICO DE SERES HUMANOS

Brasil aplica medidas insuficientes

==

Os países centro-americanos, assim como México, Brasil, Haiti e República
Dominicana, aplicam medidas insuficientes para combater o tráfico do seres
humanos, que afeta 700 mil pessoas em todo o mundo, segundo relatório do
Departamento americano de Estado.


==

- É incompreensível que o negócio de seres humanos possa existir no século
21 - disse o secretário americano de Estado, Colin Powell, ao apresentar um
relatório que busca "chamar a atenção do mundo para este problema" e
desencadear "reações internacionais para combatê-lo".

==

O tráfico de gente atinge especialmente mulheres e crianças, em geral
vítimas de trabalhos forçados ou prostituição. O relatório detalha as
condições nas quais as pessoas são retiradas de seus países de origem para
serem exploradas em outros locais como mão-de-obra barata.

==

"Estas pessoas trabalham duramente em oficinas, prostíbulos e explorações
agrícolas, privadas de seus direitos, submetidas a ameaças, violência e
vivendo em condições horríveis e perigosas", diz o informe.


==

categorias. Powell destacou que o tráfico implica tanto os países em
desenvolvimento como os industrializados, inclusive os EUA. Os autores do
relatório classificam os países afetados em três categorias: os que aplicam
as medidas recomendadas pelo Congresso, os que aplicam medidas insuficientes
e os que não fazem esforços significativos.

==

Colômbia é o único país da América Latina que cumpre com os requisitos de
Washington, junto com vários países europeus, Canadá e Taiwan. Brasil, Costa
Rica, República Dominicana, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras e México
aplicam medidas consideradas insuficientes. Rússia, Albânia, Israel, Líbano,
República Federal da Iugoslávia e Turquia estão entre os 23 países que não
fazem nenhum esforço.


===================================
http://www.jcom.com.br/mundo/Materia6.htm
===================================



3.
=========================================
BRASIL ENTRA NA LISTA DO TRÁFICO HUMANO

Brasil entra na lista do tráfico humano
José Meirelles Passos
Correspondente

==

WASHINGTON. O Brasil foi incluído numa lista de países que continuam
fracassando em impedir o tráfico de pessoas para o exterior, e também em
evitar a sua exploração dentro do próprio território nacional. A relação,
preparada pela primeira vez pelo governo dos Estados Unidos, foi divulgada
ontem pelo secretário de Estado, Colin Powell. Ele disse que essa
deficiência vem alimentando “uma forma moderna de escravidão”.

==

Mulheres brasileiras continuam a ser negociadas no mercado internacional,
como escravas sexuais. Rapazes têm sido vendidos dentro do país para
trabalhar na lavoura. Outros estão sendo levados à Europa como atletas e lá
são submetidos a condições humilhantes. E dentro do Brasil, empregadas
domésticas também têm trabalhado em regime de escravidão — segundo o
levantamento americano.

==

— É incompreensível que o tráfico de seres humanos ainda aconteça no século
XXI. Isso é incompreensível, mas é uma realidade... e muito verdadeira —
disse Powell.

==

Israel, Grécia e Arábia Saudita foram os países mais criticados pelo informe
americano. Eles seriam os maiores receptores dos escravos modernos, e
figuram entre as 23 nações que aparecem na categoria das que têm feito muito
pouco para coibir os abusos. Segundo o Departamento de Estado americano, boa
parte das mulheres vítimas desse tráfico no Brasil, na Turquia, na África do
Sul, na Ásia e nas ex-repúblicas soviéticas é destinada a Israel, Grécia e
Arábia Saudita.

==

— Desprovidas de seus direitos humanos mais fundamentais, sujeitas a ameaças
e violências, as vítimas do tráfico são forçadas a trabalhar sob condições
terríveis em instalações clandestinas, em construções imobiliárias, no campo
e em bordéis — disse Powell.


==

Pelo menos 700 mil pessoas, em especial mulheres e crianças, são traficadas
anualmente além das fronteiras de seus países de origem. Os Estados Unidos
não foram incluídos na lista preparada pelo Departamento de Estado, apesar
de o seu governo admitir que, daquele total, cerca de 45 a 50 mil acabam se
instalando em território americano.

==

— Nós também precisamos adotar muitas medidas corretivas aqui dentro — disse
a subsecretária de Estado para Assuntos Globais, Paula Dobriansky.


==

O Brasil aparece entre 47 países que estão num segundo nível, que
corresponde ao daqueles cujos governos ainda não têm os mínimos padrões de
proteção aos seus cidadãos, mas que vêm fazendo esforços significativos para
corrigir o problema. “Alguns são vigorosos no indiciamento dos traficantes,
mas dão pouca ou nenhuma assistência às vítimas. Outros ajudam as vítimas e
punem os traficantes, mas ainda não deram passos suficientes para prevenir o
tráfico. E alguns governos estão apenas começando a encarar o tráfico”,
dizia a explicação do Departamento de Estado.


==

O levantamento do governo americano diz que “o Brasil é uma fonte de vítimas
tanto para o tráfico doméstico quanto para o internacional”. A maioria delas
é composta por mulheres e meninas “traficadas com a finalidade de exploração
sexual na Europa, Japão, Israel e EUA”. O informe menciona também o tráfico
de rapazes para o trabalho forçado na agricultura dentro do Brasil. E diz
que alguns são levados para a Europa como atletas e acabam sendo também
prostituídos.

==

“Ocasionalmente mulheres são contratadas como empregadas domésticas em
condições que chegam às de servidão involuntária. O tráfico de imigrantes
com o propósito de explorar a mão-de-obra também ocorre em áreas urbanas no
Brasil”, diz o documento.

===================================
http://oglobo.globo.com/mundo/589316.htm
===================================



4.
====================================================
RELATÓRIO SOBRE TRÁFICO DE PESSOAS INCLUI O BRASIL

Sexta-feira, 13 de julho de 2001

==

Relatório sobre tráfico de pessoas inclui o Brasil
Oferta de vida melhor em outro país é uma das formas de recrutamento
NESTOR IKEDA
Associated Press


==

WASHINGTON – Nove países da América Latina têm tráfico de pessoas, um tipo
de escravidão moderna que envolve anualmente cerca de 700 mil pessoas nas
fronteiras de todo o mundo, informou ontem o Departamento de Estado
Americano. Dos nove, só a Colômbia está num grupo de 12 países com leis que
atendem a padrões mínimos para proteger as vítimas, mas que enfrentam
obstáculos para fazê-lo de forma decisiva.


==

Os outros países estão em um segundo patamar – que reúne 47 nações –, por
não cumprirem esses padrões, embora trabalhem para melhorar suas leis. São
eles: Brasil, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México e
República Dominicana.
O terceiro grupo é formado por 23 países, potencialmente sujeitos a sanções
por carência de esforços para combater o problema. O grupo inclui Israel,
Grécia e Coréia do Sul. O tráfico de pessoas envolve mulheres e crianças. As
vítimas são obrigadas a trabalhar em obras, bordéis e no campo.

==

O recrutamento de pessoal se dá de várias maneiras, sendo que uma das formas
é por meio da publicação de anúncios que oferecem uma vida melhor em outro
país. O relatório é o primeiro feito pelo Departamento de Estado, em
resposta a uma lei aprovada em outubro, e deve ser enviado ao Congresso no
dia 1.º de julho de cada ano.


==

“Espero que o relatório contribua para chamar a atenção sobre essa prática e
sirva para juntar esforços para combatê-la”, disse o secretário americano de
Estado, Collin Powell. A lei equivale ao certificado na luta contra as
drogas: se um país está no terceiro grupo, receberá sanções, a partir de
2003. As punições referem-se ao fim de ajuda que não seja humanitária ou
relacionada ao comércio e à reprovação de linhas de crédito de órgãos como
Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (Bird).

==


No primeiro grupo de Estados, com leis apropriadas, estão: Áustria, Bélgica,
Canadá, Alemanha, Hong Kong, Itália, Holanda, Espanha, Suíça, Taiwan, Reino
Unido e Colômbia.

===================================
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2001/07/13/cid039.html
==================================

==========================
ENDERECOS E INSTRUCOES:
==========================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Human Mating
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/07/2001 11:42

> De: Raul Sturari Jr. [mailto:raulsturari@ig.com.br]
> Gostaria de levantar outro exemplo: existem muitos casais em
> que uma das
> pessoas é infértil, mas que são felizes mesmo sem uma prole,
> ou ainda são
> felizes adotando crianças (genes alheios hehehehe). Onde está a voz de
> comando dos genes nesse caso pra nos dizer 'procure outro(a),
> esse aí não
> serve pra nós!'? Vc pode até dizer que tudo bem, os genes não
> tinham como
> 'saber' no momento da escolha, mas depois de descoberto o
> fato, isso não
> deveria mudar a opinião da pessoa, acabar com a atração, sei la?

Ja ouviram falar em pular a cerca? Hê-hê-hê-hê!

Creio que, independentemente de viver com alguém
fértil ou infértil, a pessoa sente necessidade
de copular com o maior número de pessoas
*possível*. Se não o faz, é porque reprime
por uma questão -- hmmm... digamos -- moral.

Nossos genes não dizem "largue o fulano infértil",
mas "espalhe-nos o quanto puder". Meio antropista
mas facilita a compreensão!

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Marcelo Gleiser
FROM: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/07/2001 14:35


>
> Sim, isto está correto. Eu estava contrapondo esta frase ao que o
> Gleiser escreveu na Folha: que a luz "é" onda num parágrafo, e que "é"
> partícula em outro. Na verdade, na descrição quântica, ela não "é" onda
nem
> partícula, é um ente físico a que chamamos de luz e que não possui nenhum
> análogo no mundo cotidiano (tal como "onda" ou "partícula"), e que ora se
> comporta como onda, ora como partícula.

hm, entendi a diferença. talvez isso ocorra porque ele tenta colocar da
forma mais leiga possivel, mas concordo que mesmo falando para leigos (e
talvez principalmente) os fatos cientificos nao podem ser mudados. é
dificil, porque a mudança de uma palavrinha ou até mesmo uma letra como no
caso acima, o sentido muda.
o que quis dizer nos meus outros emails é que ele é um fisico formado com
pos-graduacao e deve saber bem sobre sua area de estudo, ainda mais
conceitos "faceis" que um nao graduado muito interessado em fisica sabe
(note as aspas, nao quis dizer que mecanica quantica é facil em sua
totalidade!). mas, é claro, cientista tambem nao é perfeito, sempre tem seus
errinhos...

vou checar o link das criticas quanto a ele.

danni.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Magnetismo - Correcoes
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/07/2001 16:15

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho"
Sent: Thursday, July 12, 2001 4:00 AM
Subject: Re: [ciencialist] Magnetismo


Na msg anterior desta thread, em resposta ao Ozelo, quando falo algo sobre
como encaro o famigerado "spin" da física quântica, cometi algumas trocas de
palavras [encima, no lugar de embaixo ou vice-versa - isso é praga de físico
quântico :-)] e é possível que a msg tenha ficado confusa (principalmente
para quem não analisou devidamente as figuras indicadas). Para dirimir
dúvidas, refiz o texto original no que concerne ao assunto "spin" e coloquei
o artigo resultante primeiramente no news uol.educacao.ciencia e
posteriormente em meu website sob o título "O spin que não é giro". Vide:
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron2/parep.htm

Aguardo, nesta thread, por novas correções, comentários, críticas,
felicitações, xingamentos, gozações, piadas, etc., não obrigatoriamente
nesta ordem.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Morte Encefalica: a constante falta de respeito aa vida dos *supostos potenciais doadores*
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <constitucional@grupos.com.br>, <direitobrasil@grupos.com.br>, <direito_saude@yahoogroups.com>, <direitos-humanos@grupos.com.br>
CC: <direito-penal@yahoogroups.com>, <ciencialist@yahoogroups.com>, <biodireito@yahoogroups.com>, <bioetica@widesoft.com.br>, <estudantes-de-direito@egroups.com>, <faroljuridico@egroups.com>, <infancia-eca@egroups.com>
DATE: 14/07/2001 06:20

PAULO ANDRES
artigos_juridicos@yahoogroups.com
Sent: Friday, July 13, 2001 8:35 PM
Subject: Re: Que es la muerte cerebral
===============================



==
Sei da seriedade dos artigos enviados, mas impossvel, para mim, no lembrar de um episdio acontecido com um amigo prximo.

==
Aps um srio acidente automobilstico, foi levado a um hospital. Entre urgncias e atendimentos, deitado em uma maca e sem poder pronunciar um mero ai, porque estava com as mandbulas destroadas, ouviu o mdico comentar com a enfermeira: esse no se salva. Com tremendo esforo movimentou mos e braos, e, aps conseguir a ateno da enfermeira e do mdico, fez sinal pedindo papel e lapis. Atendido em seu pedido ( e como ele diz: pensaram que estaria escrevendo meu ltimo desejo... ), escreveu com a rapidez que lhe foi possvel: NO SOU DOADOR.

==
Paulo Andres

==========================
==========================
ENDERECOS E INSTRUCOES:
==========================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
nmero 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
===
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
===



[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]




SUBJECT: Anestesistas pedem anestesia geral para *supostos potenciais doadores* com suposta morte encefalica
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <direitobrasil@grupos.com.br>, <constitucional@grupos.com.br>, <bioetica@widesoft.com.br>, <biodireito@yahoogroups.com>
CC: <attac-sp@yahoogroups.com>, <forum-social@yahoogroups.com>, <infancia-eca@yahoogroups.com>, <attacorg@yahoogroups.com>, <faroljuridico@egroups.com>, <ciencialist@yahoogroups.com>, <estudantes-de-direito@egroups.com>
DATE: 14/07/2001 07:06

Direito_Saude -- 14.07.2001
======================
Varios estudios han senalado la aparicion de cierta actividad en las celulas cerebrales
======================
"LA MUERTE NO ES UN EPISODIO SINO UN PROCESSO, Y NUESTRA LIMITADA COMPRENSIN DE ESE PROCESSO DEBERIA EXIGIR CAUTELA ANTES DE SUPONER QUE NO SE NECESITA DE ANESTECIA" , dijeron en el EDITORAL Basil Matta y Peter Young, del hospital Addenbrooke de Cambridge.
======================

Piden que se anestesie a donantes de rganos con muerte cerebral
==
Agosto 19, 2000
Actualizado: 11:03 AM EDT (1503 GMT)

==



LONDRES -- Prominentes anestesistas britnicos pidieron que se administren calmantes a los donantes de rganos con muerte cerebral antes de practicar las ablaciones por temor de que an puedan sentir dolor, dijo el sbado el diario Guardian.

==

Un editorial de la revista "Anaesthesia" del Real Colegio de Anestesistas, citado por el diario, dijo que tanto los movimientos musculares como el incremento de la presin sangunea y del ritmo cardaco que se producen en algunos casos de remocin de rganos han provocado inquietud entre el personal mdico que asiste a esas operaciones.

===

"La muerte no es un episodio sino un proceso, y nuestra limitada comprensin de ese proceso debera exigir cautela antes de suponer que no se necesita anestecia", dijeron en el editorial Basil Matta y Peter Young, del hospital Addenbrooke de Cambridge.





Varios estudios han sealado la aparicin de cierta actividad en las clulas cerebrales aunque el bulbo raqudeo --que une el cerebro con la mdula espinal-- no parezca responder, agregaron.



Los lineamientos emitidos por la Sociedad Britnica de Terapia Intensiva establecen que el uso de anestsicos no es necesario en ese tipo de operaciones cuando se practican el pacientes con muerte cerebral, y el Departamento de Salud rechaz los argumentos de los anestesistas.



"No hay duda de que cuando la gente est cerebralmente muerta no siente dolor alguno", dijo una portavoz del Departamento de Salud.

===

(Con informacin de Reuters)
=========================================
http://cnnenespanol.com/2000/salud/08/19/organos/
=========================================
=========================================
ENDERECOS E INSTRUCOES:
==========================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
nmero 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
===
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
===



[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/07/2001 16:53

Alberto:


> [...] tipo daquela experiência milenar da atração de pequenos objetos
(pedaços
>de papel) por uma vareta carregada eletricamente. Esta é a experiência mais
>elementar do eletromagnetismo e, não obstante, ainda não foi devidamente
>explicada. [...]

- Gostaria que todos os livros didaticos ou de divulgacao cientifica
fossem tao explicitos quanto voce o foi.

- Nos, iniciantes, lemos esses livros, e consideramos que tudo o que
eles dizem sao a mais pura verdade. O mais honesto, da parte do autor,
seria sempre descrever um fenomeno mais ou menos assim:

"Este fenomeno, QUE AINDA NAO FOI BEM COMPREENDIDO PELA CIENCIA,
de acordo com a teoria mais amplamente aceita nos dias atuais,
pode ser explicado por ..."



[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: 1 000 000 !!! O Imperdivel atinge a maioridade !!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/07/2001 00:04

Olá todos,

Em 1,5 anos um sítio de pura cultura científica atingirá o seu milhão de visitas, amanhã ás 12:00 horas. Em termos de Educação, com todo o prestígio que temos por parte da mídia e governantes (?), isso é realmente acalentador. Meu ego está super acariciado, pelo expressivo número, e pelas mensagens que recebo de alunos e professores.

Agradeço a todos os amigos que contribuíram para tal sucesso.

[]'
Léo

PS:
Geração, transmissão e distribuição da energia elétrica: http://www.feiradeciencias.com.br/sala12/12_19.htm

Teoria das cores (noções básicas): http://www.convex.com.br/esquina/feiradeciencias/sala09/09_15.htm (esse é o provisório do imperdível ... daqui, após análise, passa pro definitivo on-line) ==> aguardo sugestões da leitura.

MongaDarwin: http://www.convex.com.br/esquina/feiradeciencias/sala09/09_16.htm (veja a evolução do 'macaco' para o homem em alguns minutos!) Aguardando sugestões.

Para 2a feira mais 27 projetos na Sala 10 de Ondulatória e Acústica.
==================================================





SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/07/2001 12:43


> - Nos, iniciantes, lemos esses livros, e consideramos que tudo o que
> eles dizem sao a mais pura verdade. O mais honesto, da parte do autor,
> seria sempre descrever um fenomeno mais ou menos assim:
>
> "Este fenomeno, QUE AINDA NAO FOI BEM COMPREENDIDO PELA CIENCIA,
> de acordo com a teoria mais amplamente aceita nos dias atuais,
> pode ser explicado por ..."

Os livros cientificos têm sempre essa frase no inicio. Onde diz:
"cientifico"
É isso que significa ser cientifico: "que ainda não foi totalemnte
explicado, mas que a ideia mais aceite é"
O que é realmente lamentável é que deposi não se digam as outras teorias.
...alguem tem a mania que a
ciência tb tem de ser democrática (a maioria vence) :-(((

Por outro lado é utópico esperar que seja algum dia totalmente explicado.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda





SUBJECT: Uma Constituição para Marte
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: astronomia <astronomia@egroups.com>
DATE: 15/07/2001 23:15

Um dia o Planeta Marte acabará por ser colonizado (ou não).
Marte será um novo mundo, uma oportunidade para uma nova
e mais justa sociedade. No nonio.com estamos a discutir como
é que deve ser a futura Constituição do Planeta Marte. Um
exercicio de ficção cientifica e de política constitucional.
Quem gosta da ideia pode participar na discussão no endereço
abaixo:

http://www.nonio.com/article.php?sid=643&mode=nested

ou continuar a discussão nesta lista, claro...
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/07/2001 04:38

Ois,

Ia exatamente comentar esse aparte dado pelo amigo Paulo Sérgio Dias e vi, a seguir, que o amigo Sérgio me antecipou.

E era isso justamente o que escreveria: "A se citar Ciência, a idéia de 'modelo', usado para a descrição do fenômeno, já está implícita." Não é necessário escrever mais nada!
Uma coisa só pode ser dita como "bem compreendida pela ciência" quando for referido o modelo que lastrea essa compreenção ... é justamente o *inverso* do que o amigo Paulo propõe.

É isso que deveria acompanhar todas as maracutáias que trazem a bandeira "está cientificamente provado que...", indicar sob qual modelo físico é constatada essa validade. Veja, por exemplo, a grande 'novidade' que a mídia televisiva leva ao ar atualmente "HIDROMAGNETOTERAPIA", que usa as 'propriedades magnéticas curadoras da água', como está cientificamente provado. Então, vendem uma manta de lona (com alguns ímas de geladeira colados dentro dela) para que se envolva o garrafão de água ou filtro. É tiro e queda ... sara tudo! [nota: meu vizinho já veio perguntar-me se eu tb coloco ímãs dentro da piscina como ele o faz, por indicação do Dr. (esqueci o nome do japonês!) e comprovação científica ... conhecimento milenar .... etc.]

[]'
Léo
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|
| > - Nos, iniciantes, lemos esses livros, e consideramos que tudo o que
| > eles dizem sao a mais pura verdade. O mais honesto, da parte do autor,
| > seria sempre descrever um fenomeno mais ou menos assim:
| >
| > "Este fenomeno, QUE AINDA NAO FOI BEM COMPREENDIDO PELA CIENCIA,
| > de acordo com a teoria mais amplamente aceita nos dias atuais,
| > pode ser explicado por ..."
|
| Os livros cientificos têm sempre essa frase no inicio. Onde diz:
| "cientifico"
| É isso que significa ser cientifico: "que ainda não foi totalemnte
| explicado, mas que a ideia mais aceite é"
| O que é realmente lamentável é que deposi não se digam as outras teorias.
| ...alguem tem a mania que a
| ciência tb tem de ser democrática (a maioria vence) :-(((
|
| Por outro lado é utópico esperar que seja algum dia totalmente explicado.
|
| Cumprimentos,
|
| Sérgio M. M. Taborda
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Uma Constituição para Marte
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/07/2001 04:46

Olá Vernier, digo, Nônio, digo João :-)

A primeira coisa a ser feita, sem dúvida, é eliminar toda e qualquer política envolvida no processo. Eliminar até a idéia de 'política constitucional' ...... não vamos repetir os erros cometidos aqui no nosso planetinha!
Preparar uma 'mesa quadrada' constituída por profissionais que produzem ou geram produção, pois eles sabem de que se necessita. Excluir definitivamente autoridades políticas, advogados, sociólogos, militares etc. Dar uma nova dimensão ao processo de uma justa sociedade.

[]'
Léo
==============================
-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
Para: "astronomia" <astronomia@egroups.com>
Enviada em: domingo, 15 de julho de 2001 23:15
Assunto: [ciencialist] Uma Constituição para Marte


Um dia o Planeta Marte acabará por ser colonizado (ou não).
Marte será um novo mundo, uma oportunidade para uma nova
e mais justa sociedade. No nonio.com estamos a discutir como
é que deve ser a futura Constituição do Planeta Marte. Um
exercicio de ficção cientifica e de política constitucional.
Quem gosta da ideia pode participar na discussão no endereço
abaixo:

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SUBJECT: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/07/2001 05:10

Confiram, no link:
http://orbita.starmedia.com/cabertobr1/sagan_abduc.htm

Um trecho interessante:
<<<
NOVA: Se você pudesse falar diretamente com as multidões de pessoas
que acreditam que vão para cama e talvez sejam seqüestradas por
alienígenas, o que você gostaria de dizer a elas?

SAGAN: Se eu estivesse falando com um grupo de abduzidos, eu acho que
a primeira coisa que eu faria seria lhes dizer que estou seguro que a
dor que é expressada é genuína, que eles não estão simplesmente
inventando isso. E é muito importante ser compassivo. Ao mesmo tempo,
eu deixaria claro que alucinações são um lugar comum humano, e não um
sinal de que você está louco. E que alucinações absolutamente claras
têm ocorrido a pessoas normais e que têm um compelidor senso de
realidade, mas são geradas na cabeça.

E que sendo o caso, eu lhes pediria que tentassem ser tão objetivos
quanto eles pudessem e veria se qualquer coisa assim poderia, de
fato, explicar o que eles disseram que aconteceu a eles. E eu os
lembraria que crianças, universalmente, têm pesadelos terríveis,
especialmente ao redor dos 7 a 11 anos, e acordam absolutamente
aterrorizadas sobre um monstro, uma bruxa, um duende, um demônio, e
por que alguns de nós não deveríamos reter isso? Eu quero dizer, não
há nenhuma dúvida de que esses monstros não existem, que estão se
escondendo no armário ou debaixo da cama. Isso é algo gerado na
mente. Por que tudo deveria ir embora quando nós crescemos? Nós
deveríamos reter um pouco disso. E algo assim não poderia ser uma
explicação?

Eu tentaria lhes pedir simplesmente que adotem o método científico de
hipóteses múltiplas que funcionam. No momento, eles têm só uma
hipótese e suas mentes são, em muitos casos, fechadas à alternativa.
Eu lhes pediria que fizessem uma consideração séria da alternativa,
para ver se faz sentido.
>>>

Airsmither
http://www.ceticismoaberto.br.cf




SUBJECT: Os primeiros 20 anos da epidemia de Aids
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>, scientia_una <scientia_una@yahoogroups.com>
DATE: 16/07/2001 07:49

Os primeiros 20 anos da epidemia de Aids
DRAUZIO VARELLA

Em 1981, quando foram detectados os primeiros cinco casos
de homossexuais de classe média alta com Aids na
Universidade da Califórnia, ninguém poderia imaginar que
estava emergindo uma das epidemias mais devastadoras da
história da humanidade.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), já morreram
21,8 milhões de pessoas por causa da doença e há 36,1
milhões de portadores do vírus espalhados pelo mundo.
Cerca de 90% destes vivem em lugares pobres.
A epidemia colocou vários países da África central em
estado de calamidade pública: em muitas regiões, de 20% a
30% da população está infectada. Com base nesses dados, o
Conselho de Segurança da ONU começou a trabalhar com a
possibilidade de que, ao devastar a população de adultos
jovens de um país, a epidemia represente uma ameaça à
segurança mundial. É a primeira vez que uma doença recebe
esse tipo de atenção por parte de um órgão de tal
importância.
Em São Paulo, epicentro da epidemia brasileira, tratei
dos primeiros casos de Aids. Nada mais frustrante. Os
doentes passavam anos sem apresentar sintomas e sem
suspeitar da companhia do vírus até surgirem as infecções
de repetição. Quando escapavam do primeiro ataque
oportunista, vinha o segundo, depois o terceiro e o
quarto, numa sucessão mortal.
Em 1987, foi aprovado o AZT, a primeira droga com
atividade contra o vírus. Embora os estudos mostrassem
que o AZT prolongava a sobrevida dos doentes tratados na
fase de Aids já instalada, os benefícios do tratamento
eram, na clínica, pouco convincentes.
No final de 1995, surgiram no mercado os inibidores de
protease e um novo paradigma de tratamento: a associação
de drogas. Foi uma revolução: nem o mais otimista de nós
sonhava que a doença se tornasse controlável em tão pouco
tempo.
O Brasil adotou uma política de tratamento da doença que
privilegiou o acesso gratuito à medicação antiviral. Com
a receita médica na mão, o doente vai ao posto e retira
os remédios prescritos com um mínimo de burocracia. O
tempo demonstrou o acerto da medida: o número de
internações hospitalares diminuiu, a mortalidade
despencou e, provavelmente, houve queda nos índices de
transmissão da doença.
Hoje, a comunidade científica internacional e a OMS
reconhecem o programa brasileiro de tratamento como o
mais avançado do mundo, um modelo para os países em
desenvolvimento.
O livre acesso à medicação fez desaparecer da imprensa e
do convívio social os doentes com o rosto encovado e
manchas na pele, a imagem da Aids em fase avançada.
Paradoxalmente, porém, o controle das manifestações da
doença afrouxou as precauções necessárias para impedir a
disseminação do vírus. Encantados pelo pensamento mágico,
agimos como se a epidemia brasileira estivesse controlada
e o HIV pudesse ser esquecido.
É ilustrativo o caso dos homossexuais mais jovens. Há dez
ou 15 anos, nas grandes cidades brasileiras, era difícil
encontrar um homem homossexual que não tivesse perdido um
amigo com Aids. O sofrimento da perda era uma advertência
inesquecível para a necessidade do uso de preservativos e
da redução do número de parceiros sexuais, as duas
medidas preventivas clássicas. Como consequência, as
comunidades homossexuais responderam muito mais
prontamente do que os heterossexuais na adoção de estilos
de vida compatíveis com as práticas de sexo seguro.
Muitos dos homossexuais que iniciam a vida sexual nos
dias de hoje, entretanto, não viveram os dramas da
geração anterior e não vêem a necessidade de adotar as
mesmas práticas. Da mesma forma, agem milhões de
adolescentes heterossexuais.
É insensato esquecer que, apesar dos avanços no
tratamento, a infecção pelo HIV permanece incurável e não
existe vacina para preveni-la. Conter a disseminação do
vírus é compromisso inadiável com as futuras gerações de
brasileiros, nelas incluídos nossos filhos e netos. Como
a Aids vem sempre de quem menos a gente espera, é preciso
convencer os que mantêm vida sexual ativa da
obrigatoriedade da prática de sexo seguro através dos
meios de comunicação de massa, da escola e da conversa
franca em casa.
De pouca serventia será a conscientização, no entanto, se
o acesso ao preservativo não for universal. Sem medidas
mais agressivas para aumentar a produção e fazer a
camisinha chegar às mãos do usuário, nossa política de
combate à Aids ficará restrita a investir somas cada vez
mais astronômicas para tratar dos que contraíram o vírus.
Sem prevenir, só resta "correr atrás do prejuízo", como
diz o povo.
Se a sociedade brasileira conseguiu dar um exemplo
humanitário inigualável no campo do tratamento da Aids,
foi por meio de inovações técnicas e de seriedade
administrativa. Por que não fazer o mesmo na área de
prevenção? Por que não ousarmos espalhar preservativos
pelo país inteiro? Além da educação, essa é a única
estratégia preventiva de eficácia demonstrada em todos os
estudos realizados.






SUBJECT: Imperdivel 1 000 001 !!!
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/07/2001 09:04

Tenho a anunciar que hoje fui o visitante 1 000 001 do Imperdível.

Joao

Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Olá todos,
>
> Em 1,5 anos um sítio de pura cultura científica atingirá o seu milhão de visitas, amanhã ás 12:00 horas. Em termos de Educação, com todo o prestígio que temos por parte da mídia e governantes (?), isso é realmente acalentador. Meu ego está super acariciado, pelo expressivo número, e pelas mensagens que recebo de alunos e professores.
>
> Agradeço a todos os amigos que contribuíram para tal sucesso.
>
> []'
> Léo
>
> PS:
> Geração, transmissão e distribuição da energia elétrica: http://www.feiradeciencias.com.br/sala12/12_19.htm
>
> Teoria das cores (noções básicas): http://www.convex.com.br/esquina/feiradeciencias/sala09/09_15.htm (esse é o provisório do imperdível ... daqui, após análise, passa pro definitivo on-line) ==> aguardo sugestões da leitura.
>
> MongaDarwin: http://www.convex.com.br/esquina/feiradeciencias/sala09/09_16.htm (veja a evolução do 'macaco' para o homem em alguns minutos!) Aguardando sugestões.
>
> Para 2a feira mais 27 projetos na Sala 10 de Ondulatória e Acústica.
> ==================================================
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: Human Mating
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/07/2001 15:36

--- In ciencialist@y..., "Raul Sturari Jr." <raulsturari@i...> wrote:
> Gostaria de levantar outro exemplo: existem muitos casais em que uma das
> pessoas é infértil, mas que são felizes mesmo sem uma prole, ou ainda são=

> felizes adotando crianças (genes alheios hehehehe). Onde está a voz de
> comando dos genes nesse caso pra nos dizer 'procure outro(a), esse aí não=

> serve pra nós!'? Vc pode até dizer que tudo bem, os genes não tinham como=

> 'saber' no momento da escolha, mas depois de descoberto o fato, isso não
> deveria mudar a opinião da pessoa, acabar com a atração, sei la?

'Human mating' recebe o nome tecnico de
'sacanagem'...

A resposta simples e' q. genes nao tEm voz
de comando -- nem metaforicamente.

Organismos sao frutos de interacao entre genes
e ambiente. O comportamente humano faz parte
da nossa biologia e como tal eh tbm fruto dessa
interacao.

Imagine-se inicialmente o cao utilizado por Pavlov.
Ele saliva ao ver a comida, sua reacao eh:

comida -----> salivar

Dirao alguns: oras isso e' por q. os genes para salivar
ao ver a comida foram selecionados -- o cao ao salivar
prepara a mucosa bucal para receber o alimento. Ao
longo de milhares de anos/geracoes caes q. nao salivavam
ao ver a comida alimentavam-se pior do q. os q. salivavam e
com isso teriam menos filhotes e os genes da salivacao ao
ver a comida se espalhou pela populacao de caes.

Pavlov fez entao a preparacao de tocar a campainha antes
de apresentar o alimento, depois de um tempo o cao salivava
ja' ao ouvir o toque da campainha, antes da comida ser visivel.

Diriam aqueles alguns: ora isso e' por q. existe o gene para
salivar ao tocar a campainha q. foi selecionado ao longo da
evolucao --? Espero q. nao.

Essa questao do reflexo Pavloviano faz parte de um contexto
mais geral -- a do aprendizado ou da adaptacao fisiologica.
(A capacidade de aprender sim, poderia ser fruto de uma selecao
pelas pressoes evolutivas.)

Existe certo grau de plasticidade comportamental em diversos
organismos -- entre os quais se inclui os seres humanos e q.
faz parte ate' de um grupo particularmente afeito ao uso dessa
plasticidade.

A afeicao aos filhos, o desejo de procriar, a furia sexual --
tudo isso nao esta' necessariamente sob o jugo e tutela
direta dos genes. Mas certamente fazem parte do resultado
de uma equacao:

Genes + Ambiente = Fenotipo

O ambiente muda (a cultura pode fazer parte desse ambiente),
o fenotipo muda -- o comportamento muda.

(O gde desafio da biologia e' entender essa equacao acima...)

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: [RN] RADIOGRAFIA DA CIENCIA
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
CC: sbcr@egroups.com
DATE: 16/07/2001 16:54

FOLHA ONLINE, 16-07-2001

MINISTERIO FAZ RADIOGRAFIA CIENTIFICA DO BRASIL

Ricardo Bonalume Neto

Uma radiografia detalhada da ciencia brasileira foi apresentada
oficialmente na 53» Reuniao Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciencia).

Os numeros indicam que a ciencia brasileira tem progredido constantemente,
mesmo em meio 'as "esporadicas crises pelas quais passa o pais", segundo
mostrou em outra conferencia Evando Mirra de Paula e Silva, presidente do
CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnologico),
orgao federal de fomento 'a pesquisa que esta' comemorando 50 anos em
2001. (Ciencia online, e)

http://www.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u4288.shtml

Diretrizes para Ciencia, Tecnologia e Inovacao
http://www.mct.gov.br/sobre/noticias/2001/12_07a.htm

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Explicacao x Descricao
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: 'Ciencialist' <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/07/2001 17:43

Salve, Ciencialisteiros!

Há algum tempo li no caderno "Mais" da Folha de São
Paulo de 24/06/2001 o artigo "Os Limites da Explicacao
Cientifica" de Steven Weinberg. O autor baseou-se na
observação de Ludwig Wittgenstein de que "na base de
toda a visão moderna do mundo está a ilusão de que as
chamadas leis da natureza são as explicações de
fenômenos naturais". Ele [Weinberg] defende que o
máximo que a Ciência pode é *descrever* a natureza e
que tentar *explicá-la* pressupõe querer saber dos
*propósitos* da natureza.

Também acho que investigar a natureza teleologicamente
ultrapassa o escopo da imparcialidade científica. Isso
seria especulação. Porém, sem essa especulação, sem
elaborar conjecturas acerca da finalidade da natureza,
não se desenvolve a criatividade necessária que um
cientista deve ter, creio, para descobrir algo novo.

Recomendo a leitura do artigo, pois acho que será um
bom tema para discussão.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/07/2001 20:04

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Monday, July 16, 2001 4:38 AM
Subject: Re: [ciencialist] O "profeta" Gell-Mann

> Ia exatamente comentar esse aparte dado pelo amigo Paulo Sérgio Dias e vi,
> a seguir, que o amigo Sérgio me antecipou.
> E era isso justamente o que escreveria: "A se citar Ciência, a idéia de
> 'modelo', usado para a descrição do fenômeno, já está implícita." Não é
> necessário escrever mais nada!
> Uma coisa só pode ser dita como "bem compreendida pela ciência" quando for
> referido o modelo que lastrea essa compreenção ... é justamente o
> *inverso* do que o amigo Paulo propõe.

Concordo, mas entendo perfeitamente a colocação do Paulo. Pois ele está
justamente demonstrando que a escola brasileira dos dias atuais não chama a
atenção devida para esta idealidade científica que vocês estão apontando. E
o aluno, via de regra, fica com aquela impressão transmitida por leigos
através da imprensa. Nos dias atuais também não se fabricam mais jornalistas
científicos no estilo J.Reis como antigamente - faz exceção o Belisário, mas
ele ainda está atuando num novo modelo de jornalismo científico, o
jornalismo online, que ainda é elitista.

Não me refiro apenas aos secundaristas. O universitário brasileiro somente
chega a entender o que vocês afirmam quando faz uma boa Iniciação
Científica. E o número dos que fazem Iniciação Científica é desprezível em
relação ao número de universitários brasileiros.

> ...Veja, por exemplo, a grande 'novidade' que a mídia
> televisiva leva ao ar...

Pois é, não preciso dizer mais nada. Aliás, se todos soubessem dar o devido
valor para o que chamamos "verdade científica", muito do que tenho afirmado
aqui na Ciencialist passaria por redundante. E vejam que estou me referindo
a uma elite intelectual.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Evolucao.
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/07/2001 20:52

Encontrei um site sobre evolucao simplesmente sensacional.

http://www.becominghuman.org/

Tem um documentario em Flash de mais de 30 min. Talvez com uso de
modem fique um pouco lento.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna







SUBJECT: Re: O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Sérgio M. M: Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/07/2001 21:54


> Concordo, mas entendo perfeitamente a colocação do Paulo. Pois ele
está
> justamente demonstrando que a escola brasileira dos dias atuais não
chama a
> atenção devida para esta idealidade científica que vocês estão
apontando.

Eu queria dizer, que do meu ponto de vista, a portuguesa tb não.

> Não me refiro apenas aos secundaristas. O universitário brasileiro
somente
> chega a entender o que vocês afirmam quando faz uma boa Iniciação
> Científica.

Pois ai tb, onde eu tb me incluo.
Mas o que é uma Iniciação Cientifica ? (algo tipo iniciação maçonica?)

Saudações,

Sérgio M.M. Taborda




SUBJECT: Re: Human Mating
FROM: "Sérgio M. M: Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/07/2001 22:00

> Pavlov fez entao a preparacao de tocar a campainha antes
> de apresentar o alimento, depois de um tempo o cao salivava
> ja' ao ouvir o toque da campainha, antes da comida ser visivel.
>
> Diriam aqueles alguns: ora isso e' por q. existe o gene para
> salivar ao tocar a campainha q. foi selecionado ao longo da
> evolucao --? Espero q. nao.
>
(...)
> Genes + Ambiente = Fenotipo
>
> O ambiente muda (a cultura pode fazer parte desse ambiente),
> o fenotipo muda -- o comportamento muda.
>
> (O gde desafio da biologia e' entender essa equacao acima...)

Finalmente alguma coisa que não fanática pelo "poder" dos genes.
Já dava por perdido que alguem se lembrasse do efeito do Ambiente!
Obrigado Takata

[]

Sérgio M.M. Taborda




SUBJECT: Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: "Sérgio M. M: Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/07/2001 22:08

> NOVA: Se você pudesse falar diretamente com as multidões de pessoas
> que acreditam que vão para cama e talvez sejam seqüestradas por
> alienígenas, o que você gostaria de dizer a elas?
>
> SAGAN: Se eu estivesse falando com um grupo de abduzidos, eu acho
que
> a primeira coisa que eu faria seria lhes dizer que estou seguro que
a
> dor que é expressada é genuína, que eles não estão simplesmente
> inventando isso. E é muito importante ser compassivo.

E se eu estivesse falando com um grupo de seguidores de sagan tb lhes
diria o mesmo. E que o mérito que veêm neste senhor não é nada mais
que sua imaginação. É normal, e comum darmos mérito a quem julgamos
ser melhor que nós, ou que faça coisas que não fazemos, ou diga coisa
que não entendemos.

É normal. Não ha que ter vergonha. E pedindo um pouco de
objectividade, acho que eles concordariam comigo. Que ele era um bom
comunicador, mas que era muito mais que isso. Criou muita confusão e
idol...perdão, respeito profundo.


Claro que posso estar engando, e existem execpções que não se
explicam.Tal e qual no caso que ele falou.

;-)

[]
Sérgio M.M. Taborda








SUBJECT: Ciencia para Leigos
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/07/2001 22:36

>E era isso justamente o que escreveria: "A se citar Ciência, a idéia de
'modelo', usado >para a descrição do fenômeno, já está implícita." Não é
necessário escrever mais nada!
>Uma coisa só pode ser dita como "bem compreendida pela ciência" quando for
referido o >modelo que lastrea essa compreenção ... é justamente o *inverso*
do que o amigo Paulo >propõe.

- Compreendo o que voces querem dizer, mas
estou falando da visao que LEIGOS, como eu,
acabam assumindo, ao ler livros de divulgacao
cientifica.

- Os especialistas sabem que se trata de um modelo,
se ha' ou nao controversias, etc., etc., mas
os iniciantes nao sabem disso.

- Por exemplo, li recentemente alguns capitulos
sobre Fisica Quantica, no livro do Hallyday
(um livro de Fisica para estudantes de faculdade),
e se eu nao fosse participante desta lista,
jamais saberia que as coisas que estao ditas
nesse livro podem nao estar totalmente
corretas.

- Alias, a respeito da Fisica Quantica, o unico
desta lista que me alertou sobre a possibilidade
de ser um conjunto de ideias erroneas, foi
o Alberto. Nao estou dizendo que ele esta'
certo ou errado, pois nao tenho conhecimento
para isso. Mas pelo menos eu ja' sei que
nem tudo o que aparece a respeito desse assunto,
nos livros didaticos, e' aceito plenamente
pelos entendidos no assunto.


- Em suma, pelo menos nos livros didaticos,
ou nos livros de divulgacao cientifica, os
autores deveriam ser mais explicitos, pois
eles SABEM que nao estao escrevendo para
peritos no assunto, mas sim para pessoas
que muito provavelmente nao saberao
fazer uma diferenciacao entre o que
seja "verdade" (sim, nos, leigos pensamos
que isso existe de modo absoluto, quando ouvimos
um cientista renomado falar) e "modelo cientifico"


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O "profeta" Gell-Mann
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/07/2001 06:32

----- Original Message -----
From: "Sérgio M. M: Taborda"
Sent: Monday, July 16, 2001 9:54 PM
Subject: [ciencialist] Re: O "profeta" Gell-Mann

> Mas o que é uma Iniciação Cientifica? (algo tipo iniciação maçonica?)

Boa pergunta. Não conheço a iniciação maçônica mas a distinção entre os
ideais científicos e os ideais maçônicos parecem-me por demais conflitantes
e suficientes para que se possa distinguir uma iniciação científica de uma
iniciação maçônica.

É óbvio que estou referindo-me a um Regime de Iniciação Científica ideal e
sob certos aspectos utópico. Na prática a teoria é outra e assim como tenho,
vez ou outra, denunciado a existência de feudos acadêmicos, não é raro
encontrarmos, em meio a estas excrescências, verdadeiros monastérios a
propalarem a doutrina dogmática de Thomas Kuhn, recheada de todo o seu
esoterismo.

O verdadeiro Regime de Iniciação Científica é aquele proposto a dar as
condições necessárias e suficientes para que o universitário, dentro de seu
campo de atuação, aprenda a ser livre e criativo, a ponto tal que possa
libertar-se *o mais rapidamente possível* de seus "mestres e gurus". E desta
forma consiga prosseguir por seu caminho ciente de que os únicos trilhos a
limitarem seus movimentos constituem-se na lógica, na razão e no método
científico.

São raríssimos os cientistas que conseguem produzir uma verdadeira ciência
enquanto atrelados a seus gurus. E a iniciação científica somente se
justifica caso consiga colaborar para a formação de "cientistas produtivos"
(perdoe-me a redundância, mas é que mídia do Brasil criou a expressão
"cientista improdutivo").

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia para Leigos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/07/2001 11:34


Paulo Sérgio escreve:
|
|
| - Em suma, pelo menos nos livros didaticos,
| ou nos livros de divulgacao cientifica, os
| autores deveriam ser mais explicitos, pois
| eles SABEM que nao estao escrevendo para
| peritos no assunto, mas sim para pessoas
| que muito provavelmente nao saberao
| fazer uma diferenciacao entre o que
| seja "verdade" (sim, nos, leigos pensamos
| que isso existe de modo absoluto, quando ouvimos
| um cientista renomado falar) e "modelo cientifico"
|

Oi Paulo e todos,

a coisa é bem mais séria do que *apenas* isso.
É o modelo de Ensino no Brasil que, na década de 60 passou da Escola européia (notadamente a francesa) para a 'Escola americana'. O CESCEM. CESCEA e decorrentes começaram a influenciar o ensino através das provas com 'cruzinhas' e testes.
Até então nem se cogitava em questões desse tipo.
================
[Nota histórica --- quando fiz vestibular para o ITA, a prova de Física apresentava 10 questões (e recordo, com saudades, que a questão de termologia tinha enunciado de 1/2 página!) --- e o vestibular para a F.F.C.L.U.S.P. (Maria Antônia) - Física - foram tb 10 questões teóricas e ... PROVA ORAL !].
================
Dai prá frente, os livros didáticos mudaram, os professores mudaram, os alunos mudaram, "os conceitos mudaram" (raríssimo hoje encontrar um aluno do ensino médio que saiba o conceito de resistência elétrica --- para a maioria é uma tal de 'dificuldade para a passagem da corrente' ou algo assim) (Ah! hoje o Newton tem três leis e o princípio da inércia vem primeiro.) e as perguntas feitas pelos alunos mudaram (hoje é: "o que vai cair na prova?" --- no * meu tempo* essa pergunta não era conhecida, havia apenas a indicação do Mestre: "prova dia 20" --- e estava mais do que implícito que se tratava de toda matéria dada até então).

Em 1962 um bom livro didático era: Física na Escola Secundária (Blackwood et. al., Trad. José Leite Lopes e Jayme Tiomno) ou a pesada série de Tore Nils Olof Folmer-Johnson, onde jamais, neles, se vê um único teste. Havia perguntas de conceito tais como : "Que se entende por Sistema Inercial de coordenadas?" ou "Em tempos antigos, feiticeiros pretendiam fazer milagres quando transportavam água em peneiras. Explique como é possível."; hoje temos testes do tipo: "A fórmula para calcular o campo elétrico de carga puntiforme é: (a) ... (b) ... (c) ... (d) ... (e)...

Vê ... até os tempos mudaram, era 1962, hoje é 2001! :-)

E assim caminham nossos jovens .....(além de seus 6 graus de liberdade!).

[]'
Léo
===============






SUBJECT: Re: Human Mating
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/07/2001 15:33

--- In ciencialist@y..., "Sérgio M. M: Taborda" <sergiotaborda@e...> wrote:=

> Finalmente alguma coisa que não fanática pelo "poder" dos genes.
> Já dava por perdido que alguem se lembrasse do efeito do Ambiente!

Tendo eu estudado um pouco de Biologia, torna-se uma
obrigacao moral de minha parte saber isso pelo menos -- a
despeito de minha profunda 'ingnoranca' sobre outras coisas.

Nao posso embarcar na patacoada do 'genes rule!'... Eu chuto
q. a confusao comecou com a briga com o pessoal de humanas.

Como eles so' viam a questao do ambiente, o pessoal de biologicas
tinha q. enfatizar a questao genetica pra contra-argumentar a visao
q. podemos chamar talvez de pan-culturalismo. So' q. acharam q.
em oposicao ao pan-culturalismo se propunha o pan-geneticismo --
'nature vs nurture' (natureza contra criacao) -- o q. nao era e nao e'
verdade. A visao biologica sempre (claro, desde a descoberta dos
fatores inatos) foi: 'nature and nurture' (natureza e criacao)...

Ja' disse alhures: muita vez os 'defensores' da biologia sao inimigos
mais terriveis da biologia do q. seus adversarios declarados...

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/07/2001 17:49

hmmmmmm Acabei não entendendo muito bem o q você quis dizer...
Se foi
uma espetada contra a adoração a Sagan, tudo bem, mas eu só
achei
esta parte da entrevista boa e mandei, afinal, os 'abduzidos'
realmente precisam de compreensão mais do que de ceticismo
rígido (o
que não é o caso para certos charlatães ligados aos
'abduzidos').

Agora, vc por acaso não acha que abduções por alienígenas
realmente
ocorram, acha? :)

Até mais,

MK
http://www.ceticismoaberto.br.cf

--- In ciencialist@y..., "Sérgio M. M: Taborda"
<sergiotaborda@e...>
wrote:
> E se eu estivesse falando com um grupo de seguidores de sagan tb
lhes
> diria o mesmo. E que o mérito que veêm neste senhor não
é nada mais
> que sua imaginação. É normal, e comum darmos mérito a quem
julgamos
> ser melhor que nós, ou que faça coisas que não fazemos, ou
diga
coisa
> que não entendemos.
>
> É normal. Não ha que ter vergonha. E pedindo um pouco de
> objectividade, acho que eles concordariam comigo. Que ele era um
bom
> comunicador, mas que era muito mais que isso. Criou muita
confusão
e
> idol...perdão, respeito profundo.
>
>
> Claro que posso estar engando, e existem execpções que não se
> explicam.Tal e qual no caso que ele falou.
>
> ;-)




SUBJECT: En: [sbcr] agora acabou ...
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <secularismo@yahoogroups.com>, <ciencialist@yahoogroups.com>, <CienciaCidadania@intl.egroups.com>
DATE: 17/07/2001 21:16




Taí. Agora acabou. Há tempos que eu venho avisando. Depois me chamam de intolerante, preconceituoso. Agora acabou.



Subject: [FCB] [RN] BIBLIA NO CURRICULO


PRIMEIRA HORA (Curitiba), 13-07-2001 DIV>
A BÍBLIA AGORA É LEI NAS ESCOLAS
Ricardo Sabbag
Está criada mais uma polêmica no sistema educacional paranaense. AgoraDIV>
é lei: a Bíblia Sagrada faz parte do currículo das escolas de ensinoDIV>
médio e fundamental do estado. Sancionado pelo governador Jaime Lerner,
o projeto de lei do deputado estadual e pastor da Igreja Universal
Edson Praczyk (PL) deve entrar em prática nas escolas já a partir do
segundo semestre letivo. "O projeto não cria uma disciplina comum, mas
recomenda a leitura da Bíblia nas várias disciplinas que já existem,DIV>
como língua portuguesa, história e geografia", explica o pastor Edson.DIV>
O deputado, que deve retornar de licença assim que a Assembléia retomeDIV>
seus trabalhos, garante que sua iniciativa não tem caráter religioso:
"É o uso da Bíblia em todos os aspectos, exceto o religioso." [e]
[Sem link]
Pastor Edson Praczyk
Pastor Edson Praczyk, Projeto de Lei
Pastor Edson Praczyk, Últimas Notícias



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [sbcr] agora acabou ...
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <secularismo@yahoogroups.com>, <ciencialist@yahoogroups.com>, <CienciaCidadania@intl.egroups.com>
DATE: 17/07/2001 21:17







E aí?
Qual é a sugestão de ação?
Tem alguma coisa que possamos fazer?
SDS,
ASM

1) Formar um subgrupo mais específicamente político, mais preocupado com separação de igreja e estado do que com ceticismo, medicina alternativa, e outras coisas que não vêm ao caso agora. Conselho contra a Discriminação das Minorias Não Religiosas, algo assim.

2) Escrever uma carta aberta à imprensa. Em nome do SBCR, ou do CDMNR, da STR, do FCB, ou de uma coalizão de grupos. Sei lá. Não é hora de politicagem. O assunto é urgente.

3) Entrar em contato com as comunidades judaica, muçulmana, etc. Minorias religiosas em geral, que possam se opor a esse absurdo.

4) Uma vez que tivermos um grupo mais forte, composto não só de ateístas mas também de minorias religiosas, entrar na justiça. Afinal, é inconstitucional!

Taí. Quem quer participar?





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re:agora acabou ...
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/07/2001 22:12

Em uma análise superficial
é quase certo que essa lei é inconstitucional.

==

Portanto, não acabou, está começando.


[]'s

Celso Galli Coimbra
=================

----- Original Message -----
From: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
To: <secularismo@yahoogroups.com>; <ciencialist@yahoogroups.com>;
<CienciaCidadania@intl.egroups.com>
Sent: Tuesday, July 17, 2001 9:16 PM
Subject: [ciencialist] En: [sbcr] agora acabou ...





Taí. Agora acabou. Há tempos que eu venho avisando. Depois me chamam de
intolerante, preconceituoso. Agora acabou.



Subject: [FCB] [RN] BIBLIA NO CURRICULO


PRIMEIRA HORA (Curitiba), 13-07-2001 DIV>
A BÍBLIA AGORA É LEI NAS ESCOLAS
Ricardo Sabbag
Está criada mais uma polêmica no sistema educacional paranaense. AgoraDIV>
é lei: a Bíblia Sagrada faz parte do currículo das escolas de ensinoDIV>
médio e fundamental do estado. Sancionado pelo governador Jaime Lerner,
o projeto de lei do deputado estadual e pastor da Igreja Universal
Edson Praczyk (PL) deve entrar em prática nas escolas já a partir do
segundo semestre letivo. "O projeto não cria uma disciplina comum, mas
recomenda a leitura da Bíblia nas várias disciplinas que já existem,DIV>
como língua portuguesa, história e geografia", explica o pastor Edson.DIV>
O deputado, que deve retornar de licença assim que a Assembléia retomeDIV>
seus trabalhos, garante que sua iniciativa não tem caráter religioso:
"É o uso da Bíblia em todos os aspectos, exceto o religioso." [e]
[Sem link]
Pastor Edson Praczyk
Pastor Edson Praczyk, Projeto de Lei
Pastor Edson Praczyk, Últimas Notícias



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]







SUBJECT: Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/07/2001 22:28

> Agora, vc por acaso não acha que abduções por
> alienígenas realmente ocorram, acha? :)

Como que VOCÊ sabe se ocorrem ou não?

--Nicolau




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SUBJECT: ativismo
FROM: "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/07/2001 23:11

Da uma força nessa aí Coimbra.

No mínimo podemos iniciar nosso ativismo adormecido nas listas
científicas/céticas.

SDS,

ASM

----- Original Message -----
From: Celso Galli Coimbra <c.galli@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, July 17, 2001 10:12 PM
Subject: [ciencialist] Re:agora acabou ...


> Em uma análise superficial
> é quase certo que essa lei é inconstitucional.
>
> ==
>
> Portanto, não acabou, está começando.
>
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> =================
>
> ----- Original Message -----
> From: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
> To: <secularismo@yahoogroups.com>; <ciencialist@yahoogroups.com>;
> <CienciaCidadania@intl.egroups.com>
> Sent: Tuesday, July 17, 2001 9:16 PM
> Subject: [ciencialist] En: [sbcr] agora acabou ...
>
>
>
>
>
> Taí. Agora acabou. Há tempos que eu venho avisando. Depois me chamam de
> intolerante, preconceituoso. Agora acabou.
>
>
>
> Subject: [FCB] [RN] BIBLIA NO CURRICULO
>
>
> PRIMEIRA HORA (Curitiba), 13-07-2001 DIV>
> A BÍBLIA AGORA É LEI NAS ESCOLAS
> Ricardo Sabbag
> Está criada mais uma polêmica no sistema educacional paranaense.
AgoraDIV>
> é lei: a Bíblia Sagrada faz parte do currículo das escolas de ensinoDIV>
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> Edson Praczyk (PL) deve entrar em prática nas escolas já a partir do
> segundo semestre letivo. "O projeto não cria uma disciplina comum, mas
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> como língua portuguesa, história e geografia", explica o pastor
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SUBJECT: Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/07/2001 23:45

--- In ciencialist@y..., Nicolau Werneck <nwerneck@y...> wrote:
> > Agora, vc por acaso não acha que abduções por
> > alienígenas realmente ocorram, acha? :)
>
> Como que VOCÊ sabe se ocorrem ou não?

Vc está certo, é errado prejulgar. Porém, acho que é
óbvio que na
ausência de evidência, devo duvidar da veracidade de
afirmações de
que seres humanos são seqüestrados por extraterrestres
humanóides. É
algo muito incrível para ser aceito sem reservas.

O maior e melhor argumento que os defensores têm é a
similaridade
entre os relatos. Sagan até fala disso, porém eu creio que o
argumento da similaridade seja falho, um mito. Há semelhanças,
mas
também há diferenças gritantes entre diversos relatos, mesmo
entre os
contemporâneos e mais recentes, e mesmo conterrâneos! O
padrão de
semelhanças e diferenças pode então ser explicado (e talvez
possa
apenas ser explicado) devido à influência cultural.
Há dois textos traduzidos essenciais para demolir o argumento de
similaridade:

- Por que começamos a chamá-los de Grays?
Martin Kottmeyer sobre a origem do termo e suas implicações.
Os 'Grays' são grays?
http://orbita.starmedia.com/cabertobr1/kott_grays.htm

- A maldição das múmias espaciais
Martin Kottmeyer analisa as semelhanças e as impressionantes
DIFERENÇAS entre quatro famosas histórias de abdução.
http://orbita.starmedia.com/cabertobr1/kott_smum.htm

Curiosamente, o primeiro relato moderno 'estudado' de abdução é
brasileiro, o 'caso' Villas Boas, nos anos 50. Mas é claro que a
coisa só explodiu com o caso dos Hill, nos EUA, nos anos 70. É
bom
notar como o relato de Villas Boas é bem diferente do dos Hill:
ele
transou com uma ET, segundo ele diz, com aspecto bem humano. Os Hill
disseram que foram examinados por ETs 'grays'. Houve exames com
conotação sexual, mas nenhuma relação de 'quarto grau'...

O Brasil também teve, ainda nos anos 50, um dos 'casos' que
poderiam
ter provado a 'ufologia', a suposta explosão de um disco voador em
Ubatuba. Posteriormente, supostos pedaços deste disco apareceram.
Eles continham pureza artificial de magnésio, inalcançável
tecnicamente no ano da suposta explosão, mas convenientemente
alcançável na época em que o fragmento simplesmente apareceu na
mesa
de um jornalista. Hoje em dia, quando nós temos a tecnologia que
poderia constatar facilmente materiais de origem extraterrestre, os
pedaços de discos voadores estão mais escassos... Implantes que
são
indistingüíveis de vidro, colágeno e outros materiais comuns
(talvez
porque SEJAM materiais comuns) passaram a surgir.

Eu sou meio fã de Carl Sagan, e não posso deixar de citá-lo:
"as
implicações são tão profundas seja isso verdadeiro ou falso,
que nós
temos que exigir os mais rigorosos padrões de evidência.
Precisamente
porque é tão excitante"

[]'s

MK
http://www.ceticismoaberto.br.cf




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [sbcr] agora acabou ...
FROM: "Marcelo Gunther Dull" <mgd.ez@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>, <secularismo@yahoogroups.com>, <CienciaCidadania@intl.egroups.com>
DATE: 18/07/2001 08:26

Eu topo.


----- Original Message -----
From: Alexandre S. M. <alex@energias.com.br>
To: <secularismo@yahoogroups.com>; <ciencialist@yahoogroups.com>;
<CienciaCidadania@intl.egroups.com>
Sent: Tuesday, July 17, 2001 9:17 PM
Subject: [ciencialist] Re: [sbcr] agora acabou ...


>
>
>
>
>
>
> E aí?
> Qual é a sugestão de ação?
> Tem alguma coisa que possamos fazer?
> SDS,
> ASM
>
> 1) Formar um subgrupo mais específicamente político, mais preocupado com
separação de igreja e estado do que com ceticismo, medicina alternativa, e
outras coisas que não vêm ao caso agora. Conselho contra a Discriminação das
Minorias Não Religiosas, algo assim.
>
> 2) Escrever uma carta aberta à imprensa. Em nome do SBCR, ou do CDMNR,
da STR, do FCB, ou de uma coalizão de grupos. Sei lá. Não é hora de
politicagem. O assunto é urgente.
>
> 3) Entrar em contato com as comunidades judaica, muçulmana, etc.
Minorias religiosas em geral, que possam se opor a esse absurdo.
>
> 4) Uma vez que tivermos um grupo mais forte, composto não só de ateístas
mas também de minorias religiosas, entrar na justiça. Afinal, é
inconstitucional!
>
> Taí. Quem quer participar?
>
>
>
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> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
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SUBJECT: Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/07/2001 10:02

> Eu sou meio fã de Carl Sagan, e não posso deixar de
> citá-lo:

Eu também sou super fã dele, até corto o cabelo
igual, mas além de ler livros dele na adolescência, li
também muitas histórias em quadrinhos de terror, e
detestaria passar pela experiência de afirmar que esse
tipo de coisa não acontece, e depois se acontecesse
comigo, ninguém acreditar! :)

Tem muita gente louca nesse mundo... Se eu fosse
apostar quanto à veracidade ou não de alguma dessas
histórias, apostaria que era ilusão das pessoas. Mas
não é por isso que vamos desqualificar os relatos, e
sair por aí fazendo piadinas. Não é assim que se faz
ciência.

A comunidade científica mostra certo desprezo não só
por esses casos, mas por outros também em que pessoas
"mal-intencionadas" saem criando fantasis gigantescas,
como se não tivessesm jogado RPG quando mais jovens.
Pegas essas religiões do Ashtar Sheran, e sei lá mais
o que... Eles também não tem uma postura nada
científica para tratar do assunto.

Enfim, deveria haver um esforço maior da comunidade
científica pra tratar desses assuntos "místicos".
Como que chama mesmo aquele escritos inglês? Qquer
coisa Sheldrake... Esse cara que tem a manha! Eu não
li direito os livros dele, mas dá pra sacar que ele
mede as coisas com mais cuidado antes de sair falando
a favor ou contra as descrições apressadas das outras
pessoas.

PS: Sim, é difícil ser fã de Carl Sagan e ler livros
de astrologia... Mas eu vivo com isso :)


--Nicolau



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SUBJECT: RES: agora acabou ...
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/07/2001 10:08

> -----Mensagem original-----
> De: Alexandre S. M. [mailto:alex@energias.com.br]
> Enviada em: Terça-feira, 17 de Julho de 2001 13:18
> Para: secularismo@yahoogroups.com; ciencialist@yahoogroups.com;
> CienciaCidadania@intl.egroups.com
> Assunto: [ciencialist] Re: [sbcr] agora acabou ...
>
> E aí?
> Qual é a sugestão de ação?
> Tem alguma coisa que possamos fazer?
> SDS,
> ASM
>
> 2) Escrever uma carta aberta à imprensa. Em nome do SBCR,
> ou do CDMNR, da STR, do FCB, ou de uma coalizão de grupos.
> Sei lá. Não é hora de politicagem. O assunto é urgente.
>
> Taí. Quem quer participar?
>

Olá, Alexandre (xará)

Já que vc sugeriu, desenvolva um texto
(carta aberta à imprensa) e
envie-nos para apreciação e eventuais
inclusões/alterações. A idéia é boa mas
deve ser muito bem fundamentada. É também
uma boa chance de nosso grupo defender
pontos de vista em comum publicamente.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/07/2001 13:21

--- In ciencialist@y..., Nicolau Werneck <nwerneck@y...> wrote:
> Eu também sou super fã dele, até corto o cabelo
> igual, mas além de ler livros dele na adolescência, li
> também muitas histórias em quadrinhos de terror, e
> detestaria passar pela experiência de afirmar que esse
> tipo de coisa não acontece, e depois se acontecesse
> comigo, ninguém acreditar! :)

Olha, se acontecesse comigo, a menos que eu conseguisse uma prova
física do que ocorreu, eu não acreditaria em mim mesmo. Eu
já não
confio tanto em minha própria percepção, principalmente depois
de ler
tanto sobre ETs... e sobre as febres de histeria que ocorreram e
ainda ocorrem na Índia, África e por todo mundo.

Não quis caçoar dos abduzidos, o próprio trecho que enviei
é
contrário a isso. Eu fui é meio irônico porque tive a
impressão de
que alguém interessado em ciência estava insinuando que as
abduções
ocorrem, sem fornecer nenhum argumento.

Na boa,

MK
http://www.ceticismoaberto.br.cf






SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia para Leigos
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/07/2001 17:24


Olá Paulo e lista,

Se me permite uma pequena intervenção:

> - Os especialistas sabem que se trata de um modelo,
> se ha' ou nao controversias, etc., etc., mas
> os iniciantes nao sabem disso.
>
> - Por exemplo, li recentemente alguns capitulos
> sobre Fisica Quantica, no livro do Hallyday

Paulo, este exemplo foi realmente infeliz... O livro de Halliday não é para
leigos, e é claro que você não iria receber orientação leiga, e sim para
estudantes de faculdade...

Eu falo isso porque tambem sou leigo em física, e é por isso que eu SÓ leio
livros para leigos. :-) Se quiser aprender física quântica não vi nada
melhor que o livro "Alice no País do Quantum" de Robert Gilmore. Você vai
adorar este livro: ele é feito para leigos, no entanto você fica bem por
dentro do assunto: as noções básicas, um pouco mais avançadas, os problemas
que a teoria encontra, as possíveis soluções... Vale a pena.

Outro livro que te deixa por dentro da física é o famosíssimo livro do
Stehphen Hawking "Uma Breve História do Tempo" que, coincidentemente, estou
lendo novamente agora, na versão original. :-)

Um grande abraço,

Gabriel Antunes




SUBJECT: Re: [ciencialist] Explicacao x Descricao
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/07/2001 17:34



Olá Alexandre e lista,

> Também acho que investigar a natureza teleologicamente
> ultrapassa o escopo da imparcialidade científica. Isso
> seria especulação. Porém, sem essa especulação, sem
> elaborar conjecturas acerca da finalidade da natureza,
> não se desenvolve a criatividade necessária que um
> cientista deve ter, creio, para descobrir algo novo.

Essa especulação, a qual você se refere, seria tentar dizer, por exemplo,
por quê E = mc2. Não há o que se pensar sobre isso. Confirmando o que o
autor falou, a ciência DESCREVE a natureza e não a explica.

Quanto a achar que a especulação a respeito da finalidade da natureza ajuda
no processo criativo, não há porque acreditar nisso, visto que esse tipo de
especulação é completa e visivelmente sem pé nem cabeça; não concorda?

Um grande abraço,

Gabriel Antunes




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/07/2001 17:38


Olá lista,

> comunicador, mas que era muito mais que isso. Criou muita
> confusão e idol...perdão, respeito profundo.
>
> Claro que posso estar engando

Não acredito nesta possibilidade.... :-)

Concordo plenamente com o que você disse: Sagan conseguiu criar uma "aura de
idolatria" não merecida em seus livros...

Aliás... o que que ele fez mesmo pra ciência além de escrever livros bonitos
e divulgar a ciência?

Um grande abraço,

Gabriel Antunes




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/07/2001 17:43


Olá Marcelo e lista,

> hmmmmmm Acabei não entendendo muito bem o q você quis
> dizer...
> Se foi uma espetada contra a adoração a Sagan, tudo bem,
> mas eu só achei esta parte da entrevista boa e mandei, afinal,

Eu também achei boa a parte.

> os 'abduzidos' realmente precisam de compreensão mais do
> que de ceticismo rígido (o que não é o caso para certos
> charlatães ligados aos 'abduzidos').

Quer dizer que há exceções para a conduta racional? Por que deve-se
abandonar o ceticismo NESTE caso... temos que ter pena deles? Acho que todos
devem ser tratados da mesma maneira: racional, e não tratar pior pessoas só
porque tem opinião contrária a nossa (os charlatões no caso).

Tanto abduzidos com traumas quanto charlatões que se aproveitam deles devem
ser tratados da mesma maneira.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/07/2001 17:46


Olá Marcelo e lista,

> Vc está certo, é errado prejulgar. Porém, acho que é
> óbvio que na ausência de evidência, devo duvidar da
> veracidade de afirmações de que seres humanos são
> seqüestrados por extraterrestres humanóides. É
> algo muito incrível para ser aceito sem reservas.

Certo; no entanto, o grande número de pessoas que descrevem suas abduções
não pesam a favor de que acreditemos que abduções existem?

Um grande abraço,

Gabriel Antunes





SUBJECT: Comparacao : Prometeismo Genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: scientia_una <scientiauna@grupos.com.br>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>
DATE: 18/07/2001 18:26

Comparacao (rapida): Prometeismo x Genismo
================================
By : Joao Carlos H. Barcellos 18/07/2001


Notacao :
P: Prometeismo (http://www.prometheism.net/)
G: Genismo (http://groups.yahoo.com/group/Genismo)



-Objetivos:
P: Criacao de uma nova especie humana superior
G: maximizacao da felicidade

-Como alcancar os objetivos :
P: Atraves da Eugenia e da Engenharia Genetica
G: Atraves da conscientizacao do que somos e de nossa
mudanca de valores.

-Valores :
P: O capital genetico eh o maior valor que temos superior a qqr outra
riqueza.
G: Os genes sao nosso maior valor ( nisso sao equivalentes )

-Bases :
P: Empirismo e Neo-Dawinismo
G: Tambem

-Deus :
P: Nao faz restricao
G: O ateismo eh mandatorio

-Unioes :
P: Unioes entre parceiros sao restritas a caracteristica fenotipicas
como inteligencia, e nao ao amor.
G: As unioes devem ser feitas, sempre que possivel, com base no
instinto do amor.

Alguns comentarios :
O prometeismo e o Genismo sao filosofias que quase nao se excluem.
Um genista ( seguidor do genismo ) pode ser um prometeista e o oposto
as vezes poderia acontecer. ( Um genista deve ser ateu e unioes
devem privilegiar o amor a outros valores ).

Minha maior critica ao prometeismo eh relativa as unioes com base em
criterios que nao sejam sentimentais. Se esta restricao for muito forte
o amor pode deixar de existir e o grupo poderia perder um de seus
grandes
prazeres que eh a paixao e o amor.

Eu tambem nao sei se sao mandatorios ou apenas conselhos que esta
filosofia fornece em suas "Regras e Estrategias" se forem regras
obrigatorias
entao eu rejeitaria esta doutrina.

[]s
jocax
PS: Nao estou tao certo q consegui traduzir o texto corretamente
mas de qqr modo deu para entender as ideias principais.

====================================
Prometheans coming together to breed a new human species
with a higher intellect and love of one's people. A
communion
of intellect and beauty for the simple reason that
it
can be
done. This creation is what gives us purpose and
meaning. No
other justification is required for this program to
advance our
Promethean species.

Contact Us





Principles and Goals

I. We are both a nation and a religion. Whether we will be a
diasporic
nation, a nation with boundaries, or
both, will depend on circumstances currently beyond our control. But in

the
future, a homeland must be
sought for by any means available.

II. Our aim is to create a genetically enhanced race that will
eventually
become a new, superior species. In
the short-term, this will be achieved via eugenics and genetic
engineering.

III. There are many reasons why we want to achieve this:

a.) Technology has outpaced the human brain in modernization -- we

must now play catchup
using eugenics and do it alone if necessary.
b.) The world is caught in a dysgenic trend from which we want to
be
freed.
c.) This is a way of maximizing our viability -- the survival and
probability of survival of our
genes. A more intelligent species will be more fit to adapt to new

environments and to face new
threats and obstacles.
d.) We see this as the noble thing to do, the idealization of
humanity
and beyond-humanity. We
seek to bring ourselves closer to Godhood. Through eugenics and
other
forms of improvement,
we will bring higher civilization, higher creativity, higher
consciousness to the Universe. What
Nature used to do via natural selection, we will now take into our

own
hands with directed and
deliberate evolution.


IV. We must not concern ourselves with others that are caught in the
dysgenic cycle. We must only be
concerned with the success of other competing eugenics' programs that
will
pose a threat to our own new
species, for speciation will not travel along a single vector when
humans
compete using the new
technologies.

V. Any eugenics' program has equal validity to use the state's
coercive
power to improve human genetic
capital. Genetic capital is now more valuable than land and/or
territory
aside from some scarce resources.
DNA or genetic capital is the most valuable commodity in the universe.

VI. Behavioral tolerance should flow naturally out of a highly
intelligent, eugenic society that is ethically
cohesive. It must be accepting of many different preferences or
freedoms of
personal conduct that might
offend, but does no harm to the group. That is, elimination of
consensual
crimes is a given in a society that
through intelligence and understanding of human behavior in others can
tolerate deviants who do no harm.


VII. We are not a cult or sect. Our principles are firmly grounded in

empiricism and neo-Darwinism. Our
purpose is merely to do what we believe is noble, using science to
create a
new human species because
that is what we want to do. No irrational dogma is required or desired.

The
eugenic state is a sovereign
state, with or without borders.

VIII. As creators we do not submit to dogma or blind faith, but only
to
empirical knowledge. Likewise, we
have no need of holy men, only wise men. As individuals, we only submit

to
the goals of the project, and to
nothing else. And in allowing us to be part of the creation, the group
gives back to the individual a sense of
purpose and fulfillment. Eugenic is that which makes us come closer to
our
image of god in a technological
and ever expanding universe. No limits, and no regrets.

Rules and Strategies

I. The danger of curing the effects of genetic disease through
postnatal
intervention, and the
accumulation of bad genes, is equivalent to allowing toxins to build up

in
the environment and curing them
with vitamin supplements. Resources must not be wasted on curing
disease
when it is more cost effective
to merely eliminate the disease from the genetic capital of the eugenic

nation. We can easily live with
numerous minor genetic flaws, but it should never be policy to correct
obviously adverse genetic diseases
when they can be detected and eliminated from the gene pool, even
though
that is not our primary goal.

II. Eventually, the goal of a eugenically equalized society is to
displace representative democracy with
direct democracy. Only in this way can the corruption inherent in
democracy
be eliminated. This direct
democracy requires that all members of society be highly intelligent
and
capable of understanding the
issues as well as our elite representatives do now.

III. Neither any single woman nor man must be forced to procreate or
to
spend time raising children. The
genes of the group flow in all of us, and resource acquisition is as
important as having children to the
success of the group. That is, it is each person's choice where to
contribute. It may be more beneficial to
hire breeders for having the children rather than force women who
prefer an
intellectual life over being
pregnant. And the same with raising children. Group goals are met by
everyone becoming a specialist in
what they do best, as long as it contributes in some way.

IV. Eugenicists can be classified as breeders, enforcers, or
nurturers.
That is, there will be those who
want to participate but not necessarily pass on their own genes for
various
reasons. Everyone will be
productive and further the cause, but not everyone needs to do it in
the
same manner. Specialization is
efficiency. And our genes run throughout the tribe, not in individual
families, though family cohesiveness
will not be frowned upon as a natural instinct.

V. Racial purity is not a valid concept for a eugenicist. Since we
are
breeding and genetically splicing our
way into a new species, racial components are ever changing. The only
valid
concept is one of group
cohesiveness. We want to be with people who are like us, that is
similarity
in phenotype bonds the group
together, not racial purity.

VI. Allegiance and patriotism to the group takes precedence before
attachment to one's religion or
patriotism to the country where one just happens to reside. Going to
war
for the state because of shared
loyalties is dysgenic. Only patriotism to the eugenic state requires
your
sacrifice and allegiance.

VII. The patterns of sexual attractiveness must be understood and
resisted. For example, too many males
will seek an attractive woman over an intelligent one. This
evolutionary
desire must be evaluated and
counteracted. But means are available. Sex and reproduction are no
longer
linked, and communities that
extend beyond the simple family unit can live with this anomaly. It
should
be recognized and tolerated. The
same goes for not requiring women to bear children. Bearing children
and
parenthood need not be linked,
bonding to children in humans occurs some time AFTER birth, unlike
other
species.

VIII. Potential children are in abundant supply and the world is
overpopulated with people without a future.
Every child brought into this world should be of the finest intellect
possible, and free of genetic diseases
or abnormalities. Every generation needs to be an incremental step in
the
evolution to a new species. The
only traits to be altered during the first genesis shall be an increase

in
overall intelligence, typical
intellectual engagement(TIE), and patriotism. Other behavioral traits
must
only be altered when there is no
longer a danger from competitive species and our knowledge of our
species
has progressed to a state of
understanding that makes behavioral traits modification beyond
question.
Until then, we must retain the full
spectrum of human variation for the sake of higher adaptability and
survivability.

IX. Our genders are equal because no more division of labor is
required.
The mind is the only machine
that is really important. Breeding is no longer the result of sex.
Breeding
will be directed by intelligent
purposefulness for genetically enhanced children.

X. Warfare, that ever present component that drove group evolution
to
reach Homo Sapiens will continue.
Eugenicists will be attacked and we will always be outnumbered. Brains
must
be used in place of soldiers if
we are to hold off attacks and detractors. But war it shall be, even if

only intellectual warfare, until we can
overcome our own human nature for hostility towards the other—and the
other
is no longer a threat.




SUBJECT: Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/07/2001 20:35

--- In ciencialist@y..., "Gabriel Antunes" <gabriel101@u...> wrote:
>
> Olá Marcelo e lista,
>
> > Vc está certo, é errado prejulgar. Porém, acho que é
> > óbvio que na ausência de evidência, devo duvidar da
> > veracidade de afirmações de que seres humanos são
> > seqüestrados por extraterrestres humanóides. É
> > algo muito incrível para ser aceito sem reservas.
>
> Certo; no entanto, o grande número de pessoas que descrevem suas
abduções
> não pesam a favor de que acreditemos que abduções existem?

Na febre das bruxas na Idade Média, não só a enorme maioria
das
pessoas na Europa relatavam bruxas e seus feitios como a Igreja e
muitas autoridades também entravam nessa. Nem por isso bruxas
existiam...

Muitas pessoas falam do homem-macaco na Índia... E muitas ainda
falam
de bruxas na África...

O grande número de pessoas a reltara abduções alienígenas
é recente,
extremamente recente. É um fenômeno que começou nos anos 70,
se
propagou bastante nos anos 80 e 90 (onde livros de Hopkins e Strieber
viraram best-sellers) e agora assume conotações mais místicas e
religiosas, à medida que nenhuma prova é encontrada.

O grande número de pessoas relatarem coisas que nós podemos
traçar de
volta às suas origens na fantasia na verdade acaba pesando
contra...

> Um grande abraço,

Falou,

MK
http://www.ceticismoaberto.br.cf




SUBJECT: Re: Comparacao : Prometeismo Genismo
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/07/2001 20:39

João,

esses aspectos eugênicos do "prometeísmo"
chamam-se também de racismo.
==
Crime classificado como hediondo, inafiançável
e imprescritível ...
==
Aquelas idéias são completamente "inviáveis" para
a vida social fora de um presídio.
==
Local onde elas serão naturalmente acolhidas.

[]'s

Celso Galli Coimbra


----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: "scientia_una" <scientiauna@grupos.com.br>; "CienciaList"
<ciencialist@yahoogroups.com>; "excalibur2" <excalibur2@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, July 18, 2001 6:26 PM
Subject: [ciencialist] Comparacao : Prometeismo Genismo


Comparacao (rapida): Prometeismo x Genismo
================================
By : Joao Carlos H. Barcellos 18/07/2001


Notacao :
P: Prometeismo (http://www.prometheism.net/)
G: Genismo (http://groups.yahoo.com/group/Genismo)



-Objetivos:
P: Criacao de uma nova especie humana superior
G: maximizacao da felicidade

-Como alcancar os objetivos :
P: Atraves da Eugenia e da Engenharia Genetica
G: Atraves da conscientizacao do que somos e de nossa
mudanca de valores.

-Valores :
P: O capital genetico eh o maior valor que temos superior a qqr outra
riqueza.
G: Os genes sao nosso maior valor ( nisso sao equivalentes )

-Bases :
P: Empirismo e Neo-Dawinismo
G: Tambem

-Deus :
P: Nao faz restricao
G: O ateismo eh mandatorio

-Unioes :
P: Unioes entre parceiros sao restritas a caracteristica fenotipicas
como inteligencia, e nao ao amor.
G: As unioes devem ser feitas, sempre que possivel, com base no
instinto do amor.

Alguns comentarios :
O prometeismo e o Genismo sao filosofias que quase nao se excluem.
Um genista ( seguidor do genismo ) pode ser um prometeista e o oposto
as vezes poderia acontecer. ( Um genista deve ser ateu e unioes
devem privilegiar o amor a outros valores ).

Minha maior critica ao prometeismo eh relativa as unioes com base em
criterios que nao sejam sentimentais. Se esta restricao for muito forte
o amor pode deixar de existir e o grupo poderia perder um de seus
grandes
prazeres que eh a paixao e o amor.

Eu tambem nao sei se sao mandatorios ou apenas conselhos que esta
filosofia fornece em suas "Regras e Estrategias" se forem regras
obrigatorias
entao eu rejeitaria esta doutrina.

[]s
jocax
PS: Nao estou tao certo q consegui traduzir o texto corretamente
mas de qqr modo deu para entender as ideias principais.

====================================
Prometheans coming together to breed a new human species
with a higher intellect and love of one's people. A
communion
of intellect and beauty for the simple reason that
it
can be
done. This creation is what gives us purpose and
meaning. No
other justification is required for this program to
advance our
Promethean species.

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Principles and Goals

I. We are both a nation and a religion. Whether we will be a
diasporic
nation, a nation with boundaries, or
both, will depend on circumstances currently beyond our control. But in

the
future, a homeland must be
sought for by any means available.

II. Our aim is to create a genetically enhanced race that will
eventually
become a new, superior species. In
the short-term, this will be achieved via eugenics and genetic
engineering.

III. There are many reasons why we want to achieve this:

a.) Technology has outpaced the human brain in modernization -- we

must now play catchup
using eugenics and do it alone if necessary.
b.) The world is caught in a dysgenic trend from which we want to
be
freed.
c.) This is a way of maximizing our viability -- the survival and
probability of survival of our
genes. A more intelligent species will be more fit to adapt to new

environments and to face new
threats and obstacles.
d.) We see this as the noble thing to do, the idealization of
humanity
and beyond-humanity. We
seek to bring ourselves closer to Godhood. Through eugenics and
other
forms of improvement,
we will bring higher civilization, higher creativity, higher
consciousness to the Universe. What
Nature used to do via natural selection, we will now take into our

own
hands with directed and
deliberate evolution.


IV. We must not concern ourselves with others that are caught in the
dysgenic cycle. We must only be
concerned with the success of other competing eugenics' programs that
will
pose a threat to our own new
species, for speciation will not travel along a single vector when
humans
compete using the new
technologies.

V. Any eugenics' program has equal validity to use the state's
coercive
power to improve human genetic
capital. Genetic capital is now more valuable than land and/or
territory
aside from some scarce resources.
DNA or genetic capital is the most valuable commodity in the universe.

VI. Behavioral tolerance should flow naturally out of a highly
intelligent, eugenic society that is ethically
cohesive. It must be accepting of many different preferences or
freedoms of
personal conduct that might
offend, but does no harm to the group. That is, elimination of
consensual
crimes is a given in a society that
through intelligence and understanding of human behavior in others can
tolerate deviants who do no harm.


VII. We are not a cult or sect. Our principles are firmly grounded in

empiricism and neo-Darwinism. Our
purpose is merely to do what we believe is noble, using science to
create a
new human species because
that is what we want to do. No irrational dogma is required or desired.

The
eugenic state is a sovereign
state, with or without borders.

VIII. As creators we do not submit to dogma or blind faith, but only
to
empirical knowledge. Likewise, we
have no need of holy men, only wise men. As individuals, we only submit

to
the goals of the project, and to
nothing else. And in allowing us to be part of the creation, the group
gives back to the individual a sense of
purpose and fulfillment. Eugenic is that which makes us come closer to
our
image of god in a technological
and ever expanding universe. No limits, and no regrets.

Rules and Strategies

I. The danger of curing the effects of genetic disease through
postnatal
intervention, and the
accumulation of bad genes, is equivalent to allowing toxins to build up

in
the environment and curing them
with vitamin supplements. Resources must not be wasted on curing
disease
when it is more cost effective
to merely eliminate the disease from the genetic capital of the eugenic

nation. We can easily live with
numerous minor genetic flaws, but it should never be policy to correct
obviously adverse genetic diseases
when they can be detected and eliminated from the gene pool, even
though
that is not our primary goal.

II. Eventually, the goal of a eugenically equalized society is to
displace representative democracy with
direct democracy. Only in this way can the corruption inherent in
democracy
be eliminated. This direct
democracy requires that all members of society be highly intelligent
and
capable of understanding the
issues as well as our elite representatives do now.

III. Neither any single woman nor man must be forced to procreate or
to
spend time raising children. The
genes of the group flow in all of us, and resource acquisition is as
important as having children to the
success of the group. That is, it is each person's choice where to
contribute. It may be more beneficial to
hire breeders for having the children rather than force women who
prefer an
intellectual life over being
pregnant. And the same with raising children. Group goals are met by
everyone becoming a specialist in
what they do best, as long as it contributes in some way.

IV. Eugenicists can be classified as breeders, enforcers, or
nurturers.
That is, there will be those who
want to participate but not necessarily pass on their own genes for
various
reasons. Everyone will be
productive and further the cause, but not everyone needs to do it in
the
same manner. Specialization is
efficiency. And our genes run throughout the tribe, not in individual
families, though family cohesiveness
will not be frowned upon as a natural instinct.

V. Racial purity is not a valid concept for a eugenicist. Since we
are
breeding and genetically splicing our
way into a new species, racial components are ever changing. The only
valid
concept is one of group
cohesiveness. We want to be with people who are like us, that is
similarity
in phenotype bonds the group
together, not racial purity.

VI. Allegiance and patriotism to the group takes precedence before
attachment to one's religion or
patriotism to the country where one just happens to reside. Going to
war
for the state because of shared
loyalties is dysgenic. Only patriotism to the eugenic state requires
your
sacrifice and allegiance.

VII. The patterns of sexual attractiveness must be understood and
resisted. For example, too many males
will seek an attractive woman over an intelligent one. This
evolutionary
desire must be evaluated and
counteracted. But means are available. Sex and reproduction are no
longer
linked, and communities that
extend beyond the simple family unit can live with this anomaly. It
should
be recognized and tolerated. The
same goes for not requiring women to bear children. Bearing children
and
parenthood need not be linked,
bonding to children in humans occurs some time AFTER birth, unlike
other
species.

VIII. Potential children are in abundant supply and the world is
overpopulated with people without a future.
Every child brought into this world should be of the finest intellect
possible, and free of genetic diseases
or abnormalities. Every generation needs to be an incremental step in
the
evolution to a new species. The
only traits to be altered during the first genesis shall be an increase

in
overall intelligence, typical
intellectual engagement(TIE), and patriotism. Other behavioral traits
must
only be altered when there is no
longer a danger from competitive species and our knowledge of our
species
has progressed to a state of
understanding that makes behavioral traits modification beyond
question.
Until then, we must retain the full
spectrum of human variation for the sake of higher adaptability and
survivability.

IX. Our genders are equal because no more division of labor is
required.
The mind is the only machine
that is really important. Breeding is no longer the result of sex.
Breeding
will be directed by intelligent
purposefulness for genetically enhanced children.

X. Warfare, that ever present component that drove group evolution
to
reach Homo Sapiens will continue.
Eugenicists will be attacked and we will always be outnumbered. Brains
must
be used in place of soldiers if
we are to hold off attacks and detractors. But war it shall be, even if

only intellectual warfare, until we can
overcome our own human nature for hostility towards the other-and the
other
is no longer a threat.






SUBJECT: Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/07/2001 20:40

--- In ciencialist@y..., "Gabriel Antunes" <gabriel101@u...> wrote:
> Concordo plenamente com o que você disse: Sagan conseguiu criar
uma "aura de
> idolatria" não merecida em seus livros...
>
> Aliás... o que que ele fez mesmo pra ciência além de
escrever
livros bonitos
> e divulgar a ciência?

O maior atributo e dom de Sagan sem dúvida foi a comunicação.
Mas ele
esteve envolvido e contribuiu para diversos projetos e idéias
interessantes irem para a frente, entrew eles:
- A Voyager levar aquelas mensagens para ETs;
- O próprio SETI;
- E, o que é pouco conhecido, a divulgação e estudo da idéia
de
inverno nuclear, em 1984. Foi principalmente graças à Sagan que
esta
idéia ganhou força (é claro, porq tinha bases científicas
tb). Ou
seja, uma das coisas q ele fez pode ter sido ajudar a acabar com a
Guerra Fria (1984 foi um dos picos da Guerra Fria).

Por isso, louvemos Sagan :)

Até logo,


MK
http://www.ceticismoaberto.br.cf




SUBJECT: Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/07/2001 20:46

--- In ciencialist@y..., "Gabriel Antunes" <gabriel101@u...> wrote:
> > os 'abduzidos' realmente precisam de compreensão mais do
> > que de ceticismo rígido (o que não é o caso para certos
> > charlatães ligados aos 'abduzidos').
>
> Quer dizer que há exceções para a conduta racional? Por que
deve-se
> abandonar o ceticismo NESTE caso... temos que ter pena deles? Acho
que todos
> devem ser tratados da mesma maneira: racional, e não tratar pior
pessoas só
> porque tem opinião contrária a nossa (os charlatões no
caso).
>
> Tanto abduzidos com traumas quanto charlatões que se aproveitam
deles devem
> ser tratados da mesma maneira.

Gabriel, eu me expressei meio mal. Não propus que o ceticismo seja
abandonado em favor da ajuda aos abduzidos, mas que o ceticismo em
relação a pessoas que de bom coração acreditam em prováveis
alucinações deve ter uma abordagem diferente, sem ser agressiva ou
excessivamente incisiva. Senão, só contribue-se para que os
abduzidos
achem que estão sendo perseguidos, o que não os ajuda em nada.

Agora, em relação a charlatães, como os terapeutas de
abdução, é
preciso sermos curtos, grossos e insistentes. Mesmo que estes
terapeutas aparentem acreditar, tb de bom coração, no que induzem.
Porque com boas ou más intenções, o que eles fazem é nocivo.

Enfim, é preciso olhar para as pessoas com quem queremos conversar
sobre ceticismo.

Até,

MK
http://www.ceticismoaberto.br.cf




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia para Leigos
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/07/2001 21:10


----- Original Message -----
From: Gabriel Antunes <gabriel101@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, July 18, 2001 5:24 PM
Subject: Re: [ciencialist] Ciencia para Leigos


>
> Olá Paulo e lista,
>(...)
> Eu falo isso porque tambem sou leigo em física, e é por isso que eu SÓ
leio
> livros para leigos. :-) Se quiser aprender física quântica não vi nada
> melhor que o livro "Alice no País do Quantum" de Robert Gilmore. Você vai
> adorar este livro: ele é feito para leigos, no entanto você fica bem por
> dentro do assunto: as noções básicas, um pouco mais avançadas, os
problemas
> que a teoria encontra, as possíveis soluções... Vale a pena.

Tem uma resenha sobre esse livro em:

http://www.comciencia.br/resenhas/alicequantum.htm

Inté,
Belisário





SUBJECT: Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/07/2001 22:24

a iluminada "justiça" dos céticos ...
isso ainda vai terminar em religião fundamentalista.


Porque vocês não fazem alguma coisa
REALMENTE, lá em Curitiba, por exemplo ?


Derrubem a legislação da obrigatoriedade
de leitura da Bíblia.


Ou vão engolir esse sapo ( olhem que ele é bem grande ... ) ?
E o pior vem no rastro dessa lei.


Mostrem-se coerentes com o ceticismo de
vocês. É uma ótima oportunidade para
mostrar que vocês têm ação.


Se não fizerem algo com relação "aquilo"
podem começar em mudar para uma
SBCSA ( as duas últimas significam: Sem Ação )


[]'s

Celso Galli Coimbra
==================
----- Original Message -----
From: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, July 18, 2001 5:43 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes



Olá Marcelo e lista,

> hmmmmmm Acabei não entendendo muito bem o q você quis
> dizer...
> Se foi uma espetada contra a adoração a Sagan, tudo bem,
> mas eu só achei esta parte da entrevista boa e mandei, afinal,

Eu também achei boa a parte.

> os 'abduzidos' realmente precisam de compreensão mais do
> que de ceticismo rígido (o que não é o caso para certos
> charlatães ligados aos 'abduzidos').

Quer dizer que há exceções para a conduta racional? Por que deve-se
abandonar o ceticismo NESTE caso... temos que ter pena deles? Acho que todos
devem ser tratados da mesma maneira: racional, e não tratar pior pessoas só
porque tem opinião contrária a nossa (os charlatões no caso).

Tanto abduzidos com traumas quanto charlatões que se aproveitam deles devem
ser tratados da mesma maneira.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes







SUBJECT: Re: agora acabou ...
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/07/2001 04:17

Uma boa chance a mais para mostrar
que o ceticismo discursa e não age ...


As medidas sugeridas são ineficientes, Medeiros.


[]'s

Celso Galli Coimbra
================

----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, July 18, 2001 10:08 AM
Subject: [ciencialist] RES: agora acabou ...


> -----Mensagem original-----
> De: Alexandre S. M. [mailto:alex@energias.com.br]
> Enviada em: Terça-feira, 17 de Julho de 2001 13:18
> Para: secularismo@yahoogroups.com; ciencialist@yahoogroups.com;
> CienciaCidadania@intl.egroups.com
> Assunto: [ciencialist] Re: [sbcr] agora acabou ...
>
> E aí?
> Qual é a sugestão de ação?
> Tem alguma coisa que possamos fazer?
> SDS,
> ASM
>
> 2) Escrever uma carta aberta à imprensa. Em nome do SBCR,
> ou do CDMNR, da STR, do FCB, ou de uma coalizão de grupos.
> Sei lá. Não é hora de politicagem. O assunto é urgente.
>
> Taí. Quem quer participar?
>

Olá, Alexandre (xará)

Já que vc sugeriu, desenvolva um texto
(carta aberta à imprensa) e
envie-nos para apreciação e eventuais
inclusões/alterações. A idéia é boa mas
deve ser muito bem fundamentada. É também
uma boa chance de nosso grupo defender
pontos de vista em comum publicamente.

[]'s

Alexandre Medeiros






SUBJECT: Ativismo
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/07/2001 08:26

He,he...Isso é verdade.

E pelo que noto isso também te irrita, né Coimbra. :)

Então porque não entra nessa briga também, ou vc é criacionista? :)

SDS,

ASM. :)


----- Original Message -----
From: Celso Galli Coimbra <c.galli@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, July 18, 2001 10:24 PM
Subject: [ciencialist] Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes


> a iluminada "justiça" dos céticos ...
> isso ainda vai terminar em religião fundamentalista.
>
>
> Porque vocês não fazem alguma coisa
> REALMENTE, lá em Curitiba, por exemplo ?
>
>
> Derrubem a legislação da obrigatoriedade
> de leitura da Bíblia.
>
>
> Ou vão engolir esse sapo ( olhem que ele é bem grande ... ) ?
> E o pior vem no rastro dessa lei.
>
>
> Mostrem-se coerentes com o ceticismo de
> vocês. É uma ótima oportunidade para
> mostrar que vocês têm ação.
>
>
> Se não fizerem algo com relação "aquilo"
> podem começar em mudar para uma
> SBCSA ( as duas últimas significam: Sem Ação )
>
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> ==================
> ----- Original Message -----
> From: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Sent: Wednesday, July 18, 2001 5:43 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
>
>
>
> Olá Marcelo e lista,
>
> > hmmmmmm Acabei não entendendo muito bem o q você quis
> > dizer...
> > Se foi uma espetada contra a adoração a Sagan, tudo bem,
> > mas eu só achei esta parte da entrevista boa e mandei, afinal,
>
> Eu também achei boa a parte.
>
> > os 'abduzidos' realmente precisam de compreensão mais do
> > que de ceticismo rígido (o que não é o caso para certos
> > charlatães ligados aos 'abduzidos').
>
> Quer dizer que há exceções para a conduta racional? Por que deve-se
> abandonar o ceticismo NESTE caso... temos que ter pena deles? Acho que
todos
> devem ser tratados da mesma maneira: racional, e não tratar pior pessoas

> porque tem opinião contrária a nossa (os charlatões no caso).
>
> Tanto abduzidos com traumas quanto charlatões que se aproveitam deles
devem
> ser tratados da mesma maneira.
>
> Um grande abraço,
>
> Gabriel Antunes
>
>
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/07/2001 09:06

> De: Gabriel Antunes [mailto:gabriel101@uol.com.br]

> [..] Sagan conseguiu criar uma "aura de
> idolatria" não merecida em seus livros...
>
> Aliás... o que que ele fez mesmo pra ciência
> além de escrever livros bonitos e divulgar
> a ciência?

Olá, Gabriel, listeiros,

Sagan foi responsável pelo projeto Voyager, co-responsável
pelo projeto Viking I e II, as primeiras sondas a pousar
em Marte no final de 70, entre outros trabalho de
exploração espacial dos quais não me recordo agora.

Como cientista teórico, astrônomo especificamente, foi
o primeiro a prever com extrema precisão sobre a atmosfera
de Vênus e seu efeito estufa. Mais tarde sondas enviadas
ao planeta confirmaram suas teorias.

Fez um trabalho excelente sobre o inverno nuclear,
consequência inevitável de uma guerra nuclear, demonstrando
que ninguém na Terra estaria seguro com relação aos efeitos
colaterais de uma guerra desse tipo. Como um colega
da lista bem lembrou, isso talvez tenha sido decisivo
para o fim (?) da guerra fria.

E tb fez uma coisa que cientista nenhum fez com a audácia
dele: apontou o dedo no nariz daquele cauboi do Reagan
num debate sobre as consequências de uma guerra nuclear.

Também escreveu sobre antropologia no excelente "Sombras de
Antepassados Esquecidos", sobre inteligência em "Os Dragões
do Éden".

E se existe mais gente "ligada" em ciência hoje em dia
foi também por influência do trabalho dele.

Acho que é só isso.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: ativismo
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/07/2001 13:37

--- In ciencialist@y..., "Alexandre Sedlacek Moana" <alex@e...> wrote:
> No mínimo podemos iniciar nosso ativismo adormecido nas listas
> científicas/céticas.

Coordenadas:

Ministerio Publico do Estado do Parana'
http://www.mp.pr.gov.br/

Governo do Parana'
http://www.pr.gov.br/

Assembleia Legislativa do Estado do Parana'
http://www.pr.gov.br/assembleia

A mim me parece q. a greve da policia (ou das
mulheres dos policiais), a rebeliao do presidio
e os baixos indices de popularidade: consegue
ser menos popular do q. o Alckmin -- levou-o
a tomar medidas a la Garotinho.

Mas isso nao me parece ser o escopo desta lista.
Existem outras relacionadas a ativismo secular --
cetico ou nao.

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia para Leigos
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/07/2001 15:58

Gabriel:


> Se me permite uma pequena intervenção:

Faco questao disso. E' muito chato quando envio
mensagens e ninguem "da' bola" :)


> > - Os especialistas sabem que se trata de um modelo,



> Paulo, este exemplo foi realmente infeliz... O livro de Halliday não é
para
> leigos, e é claro que você não iria receber orientação leiga, e sim para
> estudantes de faculdade...
>
> Eu falo isso porque tambem sou leigo em física, e é por isso que eu SÓ
leio
> livros para leigos. :-)

- Ok, ok. E' que eu sou estudante... Tenho de acompanhar o
livro indicado pelo professor. Curso Matematica, mas tenho 1 ano de
Fisica, e mais seis meses de Pratica de Ensino de Fisica. Os amigos da
lista nao precisam se preocupar, pois recentemente o MEC determinou que
Matematicos NAO PODERAO lecionar Fisica, embora a ideia de todos era que
isso seria possivel, legalmente falando. Para o bem da educacao do pai's,
parece que agora apenas FISICOS (licenciatura, talvez ?) podem lecionar
Fisica. Agora so' resta torcer para que o pessoal da licenciatura em
Fisica se prepare direitinho para a tarefa. Alguem tem maiores detalhes
a respeito ?


> Se quiser aprender física quântica não vi nada
> melhor que o livro "Alice no País do Quantum" de Robert Gilmore. Você vai
> adorar este livro: ele é feito para leigos, no entanto você fica bem por
> dentro do assunto: as noções básicas, um pouco mais avançadas, os
problemas
> que a teoria encontra, as possíveis soluções... Vale a pena.
>

- Obrigado pela dica. Vou l^e-lo. Vi a resenha que o Belisario fez
(http://www.comciencia.br/resenhas/alicequantum.htm) e, em sua opiniao, o
livro e' bom.

- Entretanto (com todo o respeito que tenho pela opiniao do Belisario),
talvez o Alberto encontre nesse livro motivos para uma serie de objecoes
(so' digo isso por que ele proprio tem se manifestado, nesta lista, contra a
Fisica Quantica). Estou colocando isso pelo seguinte: Ao ler o livro, eu
nao terei condicoes de avaliar se o que o autor esclarece e' ou nao e' tema
de controversia. Se o autor nao for EXPLICITO em dizer que tal ou qual
fenomeno esta' sendo estudado, que ha' opinioes contrarias, etc., eu nao
poderei saber disso.

> Outro livro que te deixa por dentro da física é o famosíssimo livro do
> Stehphen Hawking "Uma Breve História do Tempo" que, coincidentemente,
estou
> lendo novamente agora, na versão original. :-)

- Obrigado por mais essa dica. Tambem pretendo ler esse livro. Mas a
questao que coloco permanece: Ja' ouvi, nesta lista, alguns pareceres
contrarios `as opinioes
do Hawking...

- O ponto que quero deixar claro e': Se os especialistas, conhecedores das
deficiencias
de certos livros didaticos e dos livros de divulgacao cientifica, nao se
manifestarem,
os leitores comuns continuarao recebendo informacoes controversas, assumindo
que
sao conhecimentos aceitos de modo geral pela comunidade cientifica.


PS: Apenas para deixar claro que nao estou de "antemao" desconfiando do
livro
sugerido por voce e pelo Belisario, destaco o seguinte trecho da resenha
(feita
pelo Belisario):

> [...] Gilmore adota a postura de que o significado preciso dos conceitos
quânticos
> não pode ser explicado totalmente de uma só vez e transforma o que seria
uma
> dificuldade em um método de exposição assumido.


- Pelo que o Belisario escreveu, o autor (Gilmore) parece que foi cuidadoso
o suficiente
para tratar o assunto sob varios angulos, e deixou claro que as
controversias existem.
Acho que foi por causa desse cuidado que o Belisario teceu comentarios
positivos a
respeito da obra. Espero que tenhamos cada vez mais "Belisarios" por ai'
:)

[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br







SUBJECT: ENC: [ciencialist] Re: [Genismo] Afinal de contas, o genismo é inovador?
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/07/2001 17:07

--- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
>
> olhem... tô tendendo a pensar que o genismo é só mais uma expressão de
> neonazismo...
>
> []s,
> Sheila.

Q. tal a gente falar sobre Ciencia?

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/07/2001 17:16



"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

>
> Fez um trabalho excelente sobre o inverno nuclear,
> consequência inevitável de uma guerra nuclear, demonstrando
> que ninguém na Terra estaria seguro com relação aos efeitos
> colaterais de uma guerra desse tipo. Como um colega
> da lista bem lembrou, isso talvez tenha sido decisivo
> para o fim (?) da guerra fria.

O trabalho sobre o inverno nuclear do Sagan é considerado por
muitos como um dos grandes flops cientificos dos últimos 20
anos. Os cálculos iniciais estavam errados e o efeito de inverno
nuclear e o próprio Sagan corrigiu-os já no início dos anos
90. Seja como for, a questão política foi colocada de forma
errada pelo próprio Sagan. Sagan tentou convencer-nos de que
não devemos fazer uma guerra nuclear, não porque isso mata
milhões ou talvez bilhões de pessoas, mas porque isso destroi
o planeta. Como se matar milhões de pessoas não fosse motivo mais
que suficiente para evitar uma guerra nuclear. Nunca a guerra
nuclear foi vista como aceitavel por nenhum dos lados em confronto.
O perigo de guerra nuclear resultou de uma corrida às armas, não
resultou da efectiva vontade de as usar.

A guerra fria acabou porque a URSS implodiu. A URSS implodiu
porque entrou num beco sem saída incapaz de satisfazer a ambição
dos seus cidadãos e incapaz de acompanhar o desenvolvimento
tecnológico americano. No final do império a URSS gastava valores
absurdos na defesa, cerca de 13% do PIB, enquanto os americanos
actualmente gastam 3% e alguns países europeus apenas 1 ou 2%.
A guerra fria não acabou porque as posições pacifistas venceram,
ou pelo menos não acabou porque elas venceram no ocidente.

> E tb fez uma coisa que cientista nenhum fez com a audácia
> dele: apontou o dedo no nariz daquele cauboi do Reagan
> num debate sobre as consequências de uma guerra nuclear.

Fez exactamente aquilo que um cientista não deve fazer. Utilizou
calculos errados para defender uma posição politica falaciosa.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: RES: agora acabou...
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/07/2001 17:30

> -----Mensagem original-----
> De: Celso Galli Coimbra [mailto:c.galli@terra.com.br]
>
> Uma boa chance a mais para mostrar
> que o ceticismo discursa e não age ...
>
> As medidas sugeridas são ineficientes, Medeiros.

Celso,

Quais medidas são eficientes?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: Ativismo
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/07/2001 17:45

O ensino religioso em escolas
sempre é proselitista.
===
===
As escolas públicas, quanto a isso,
têm que respeitar a liberdade de pensamento,
inclusive religioso.
===
Já disse que há o que fazer do ponto
de vista jurídico, e penso que não cabe
nesta lista estar examinando isso.
===
Uma representação fundamentada tecnicamente
no Ministério Público e/ou na OAB do Paraná
são opções mais fáceis, em que pese
haver as mais difíceis que são mais seguras
pelo resultado imediato,
===
Essas instituições mencionadas
têm competência para entrar com Ação declaratória
de inconstitucionalidade direta que
retira a existência da lei.
===
Há uma estratégia
de deputados evangélicos buscarem o proselitismo
através do currículo das escolas.
===
Assim como há a dos transplantadores,
já posta em prática aqui em Porto Alegre,
em colocar no currículo escolar
a "Educação para o Transplante",
desde o início do primeiro grau.
===
Ambas representam uma violência
à formação escolar de um indivíduo.

[]'s

Celso Galli Coimbra
===================



----- Original Message -----
From: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, July 19, 2001 8:26 AM
Subject: [ciencialist] Ativismo


He,he...Isso é verdade.

E pelo que noto isso também te irrita, né Coimbra. :)

Então porque não entra nessa briga também, ou vc é criacionista? :)

SDS,

ASM. :)


----- Original Message -----
From: Celso Galli Coimbra <c.galli@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, July 18, 2001 10:24 PM
Subject: [ciencialist] Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes


> a iluminada "justiça" dos céticos ...
> isso ainda vai terminar em religião fundamentalista.
>
>
> Porque vocês não fazem alguma coisa
> REALMENTE, lá em Curitiba, por exemplo ?
>
>
> Derrubem a legislação da obrigatoriedade
> de leitura da Bíblia.
>
>
> Ou vão engolir esse sapo ( olhem que ele é bem grande ... ) ?
> E o pior vem no rastro dessa lei.
>
>
> Mostrem-se coerentes com o ceticismo de
> vocês. É uma ótima oportunidade para
> mostrar que vocês têm ação.
>
>
> Se não fizerem algo com relação "aquilo"
> podem começar em mudar para uma
> SBCSA ( as duas últimas significam: Sem Ação )
>
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> ==================
> ----- Original Message -----
> From: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Sent: Wednesday, July 18, 2001 5:43 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
>
>
>
> Olá Marcelo e lista,
>
> > hmmmmmm Acabei não entendendo muito bem o q você quis
> > dizer...
> > Se foi uma espetada contra a adoração a Sagan, tudo bem,
> > mas eu só achei esta parte da entrevista boa e mandei, afinal,
>
> Eu também achei boa a parte.
>
> > os 'abduzidos' realmente precisam de compreensão mais do
> > que de ceticismo rígido (o que não é o caso para certos
> > charlatães ligados aos 'abduzidos').
>
> Quer dizer que há exceções para a conduta racional? Por que deve-se
> abandonar o ceticismo NESTE caso... temos que ter pena deles? Acho que
todos
> devem ser tratados da mesma maneira: racional, e não tratar pior pessoas

> porque tem opinião contrária a nossa (os charlatões no caso).
>
> Tanto abduzidos com traumas quanto charlatões que se aproveitam deles
devem
> ser tratados da mesma maneira.
>
> Um grande abraço,
>
> Gabriel Antunes





SUBJECT: ENC: [ciencialist] Re: [Genismo] Afinal de contas, o genismo é inovador?
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/07/2001 18:10


desculpem... é que a única formação que tenho é em geologia.

Valeu por tudo pessoal! Tô indo nessa.

[]s,

Sheila.

-----Mensagem original-----
De: rmtakata@altavista.net [mailto:rmtakata@altavista.net]



--- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
>
> olhem... tô tendendo a pensar que o genismo é só mais uma expressão de
> neonazismo...
>
> []s,
> Sheila.

Q. tal a gente falar sobre Ciencia?

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/07/2001 18:12

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> o planeta. Como se matar milhões de pessoas não fosse motivo mais
> que suficiente para evitar uma guerra nuclear.

Nao foi motivo suficiente para se evitar a Segunda Gde Guerra.
Na guerra nao se esta' mesmo nem ai' se milhoes de pessoas
morrem, desde q. se saia vencendor -- e de preferencia os milhoes
de pessoas mortas sejam do inimigo.

Mas se todos morrem, nao ha' vencedor -- na verdade todos perdem.
Logo, a morte de todos e' muito mais convincente do q. a morte
de muitos. (Se a morte de muitos fosse so' do lado aliado tbm seria
bastante convincente -- i.e., ao mostrar q. uma guerra trara' a derrota,
ainda q. permita a sobrevivencia...)

Mas tem razao ao afirmar q. nao foram os apelos pacifistas q.
venceram.

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abducoes
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/07/2001 18:21

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...>
wrote:
> Seja como for, a questão política foi colocada de forma
> errada pelo próprio Sagan. Sagan tentou convencer-nos de que
> não devemos fazer uma guerra nuclear, não porque isso mata
> milhões ou talvez bilhões de pessoas, mas porque isso destroi
> o planeta. Como se matar milhões de pessoas não fosse motivo
mais
> que suficiente para evitar uma guerra nuclear. Nunca a guerra
> nuclear foi vista como aceitavel por nenhum dos lados em confronto.
> O perigo de guerra nuclear resultou de uma corrida às armas,
não
> resultou da efectiva vontade de as usar.

Não creio que possamos afirmar que ela nunca foi considerada como
aceitável por nenhum dos lados, principalmente nos anos 50 e 60. E
embora seja óbvio que para nós seja inconcebível aceitar a
morte de
milhões ou bilhões, para os militares é perfeitamente
concebível. E o
trabalho de Sagan ressoou por lá, até mesmo em Edward Teller.

Mesmo que a guerra nuclear fosse evitada, sempre existiu a idéia
de
que ela acabaria não sendo tão avassaladora a ponto de ser
irreversível. Ao mostrar que o inverno nuclear atingiria todo o
mundo
por um longo período de tempo, essa idéia recebeu mais um
golpe,
afinal, mesmo que só um dos lados fosse atingido os efeitos do
inverno nuclear atingiriam todo globo.

> A guerra fria acabou porque a URSS implodiu. A URSS implodiu
> porque entrou num beco sem saída incapaz de satisfazer a
ambição
> dos seus cidadãos e incapaz de acompanhar o desenvolvimento
> tecnológico americano. No final do império a URSS gastava
valores
> absurdos na defesa, cerca de 13% do PIB, enquanto os americanos
> actualmente gastam 3% e alguns países europeus apenas 1 ou 2%.
> A guerra fria não acabou porque as posições pacifistas
venceram,
> ou pelo menos não acabou porque elas venceram no ocidente.

A URSS implodiu, mas ainda é um grande mistério o porquê
dela não ter
explodido. Ela simplesmente poderia, confrontada com sua derrocada,
ter começado uma Guerra Mundial na esperança de que no fim
ainda
sobrasse algo. Muitos cogitam que no começo dos anos 80, antes da
ascenção de Reagan e Tatcher, se a URSS tivesse atacado, poderia
ter
vencido. O inverno nuclear pode ter sido mais um fator para a
conscientízação de que era provável que não sobrasse nada
mesmo.

MK
http://www.ceticismoaberto.br.cf




SUBJECT: Re: agora acabou...
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/07/2001 18:29

Entrem com uma representação técnica jurídica
contra o Estado do Paraná,
mostrando a inconstitucionalidade da lei,
assinada pelo maior número de pessoas,
junto ao Ministério Público do
Paraná.
===
Para isso é suficiente seu um cidadão do Estado
do Paraná.
===
O Ministério Público tem competência para entrar
com Ação Declaratória de Inconstitucionalidade Direta,
cujos resultados valem para todos ( por ser direta ),
retirando a existência
da lei.
===
Essa mesma competência também tem a OAB e outras
Instituições,
mas é melhor o MP.
===
Outra providência, que não depende de instituições,
é o pai de um aluno entrar com uma ação para que
ele não assista as aulas. Se o Estado contestar
sustentando que ele tem que assisti-las, em 15 dias o (s)
Autor (es) entra (m) no mesmo processo com um
incidente declaratório de inconstitucionalidade.
E o juiz vai ter que declarar por sentença se ela
é ou não inconstitucional, terminando o processo todo
nessa declaração incidental.
===
É assim que se pode promover a declaração
indireta de inconstitucionalidade de uma lei
(criando um incidente).
===
Pela via indireta ela só vale para quem obteve
o resultado, não para todos, mas depois o MP
terá que assumir a declaração direta, que valerá
para todos.
===
Em *linhas gerais* é isso.
===
E estará criado um fato que facilmente
será debatido e virá a público.
Será noticia ao natural.
===
Sugestão (_sem brincadeiras_):
evitem de fazer postulado cético no arrazoado
ao Ministério Público.
Isso caí mal para profissionais que
têm que examinar apenas a questão
técnica.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra
=================
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, July 19, 2001 5:30 PM
Subject: [ciencialist] RES: agora acabou...


> -----Mensagem original-----
> De: Celso Galli Coimbra [mailto:c.galli@terra.com.br]
>
> Uma boa chance a mais para mostrar
> que o ceticismo discursa e não age ...
>
> As medidas sugeridas são ineficientes, Medeiros.

Celso,

Quais medidas são eficientes?

[]'s

Alexandre Medeiros







SUBJECT: O milho geneticamente modificado do tipo 'Starlink' foi proibido nos Estados Unidos.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/07/2001 19:13

Direito_Saúde -- 19.07.2001
======================
Marko Ajdaric


===

O milho geneticamente modificado do tipo 'Starlink' foi proibido nos Estados
Unidos. O uso desta variedade particular para produzir alimentos destinados
ao consumo humano não foi autorizado pelas autoridades norte-americanas, em
razão de seu potencial alérgico.


===

A Agência para a Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos (EPA)
proclamou o severo veredicto com base nos resultados de dois estudos
diferentes que não demonstravam com clareza se os grãos do novo tipo de
milho podem provocar alergias ou não.

===

Na dúvida, a EPA preferiu dizer 'não' ao Starlink, que não ameaça nem ao
menos chegar à União Européia. O comissário para a Proteção dos
Consumidores, David Byrne, assegura que, até hoje, não foi feito ao
Executivo europeu nenhum pedido de autorização para a comercialização do
milho Starlink.

===


Em conseqüência do veto norte-americano, este tipo de cultivo não foi
aprovado pela Comissão Européia. Nem alimentos contendo milho Starlink nem
derivados deste tipo de produto poderão ser vendidos legalmente nos países
do bloco.(ANSA)

==========================
ENDERECOS E INSTRUCOES:
==========================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===






SUBJECT: Economia e Termodinamica
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/07/2001 22:13

Bem, nao li a pagina cujo endereco passo pra vcs agora. Mas pra quem achar
o tema interessante:

Borisas Cimbleris -- ECONOMY AND THERMODYNAMICS
http://ecen.com/eee9/ecoterme.htm

Nao sei se se encontra nessa pagina apoio 'as especulacoes q. fiz sobre o
assunto.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Afinal de contas, o genismo é inovador?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
CC: <hcaprini@uol.com.br>
DATE: 20/07/2001 00:35

O Nazismo fez amplo uso da ciência.
===
A história da ciência não pode ser contada
ignorando esse fato.


[]'s

Celso Galli Coimbra
===================
From: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
To: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, July 19, 2001 6:10 PM
Subject: ENC: [ciencialist] Re: [Genismo] Afinal de contas, o genismo é
inovador?



desculpem... é que a única formação que tenho é em geologia.

Valeu por tudo pessoal! Tô indo nessa.

[]s,

Sheila.

-----Mensagem original-----
De: rmtakata@altavista.net [mailto:rmtakata@altavista.net]



--- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
>
> olhem... tô tendendo a pensar que o genismo é só mais uma expressão de
> neonazismo...
>
> []s,
> Sheila.

Q. tal a gente falar sobre Ciencia?

[]s,

Roberto Takata







SUBJECT: Lei de Godwin
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/07/2001 00:43

Vendo alguns debates na lista, lembrei de uma coisa que vi no
Nonio.com ( http://www.nonio.com ).

Lei de Godwin
-"Na Usenet , à medida que uma discussão se prolonga, a probabilidade
de aparecer uma comparação envolvendo Nazis ou Hitler aproxima-se de
um"
Em muitos grupos, quando isto acontece, há a tradição de considerar a
thread acabada, e de declarar quem quer que tenha mencionado os Nazis
como o perdedor da discussão. Normalmente, quem traz Hitler à baila
fá-lo em desespero de causa e com o intuito de chamar, directa ou
subtilmente, Nazi ao seu oponente. Quando as coisas chegam a este
ponto a discussão torna-se inútil. Como corolário, qualquer discussão
sobre nazis está condenada à partida porque Hitler e Nazi vêm à baila
muito rapidamente, e uma vez que a lei de Godwin menciona a palavra
Nazi qualquer discussão sobre esta lei acabará por degenerar
rapidamente"
http://www.everything2.com/index.pl?node_id=158290&lastnode_id=124


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: agora acabou...
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/07/2001 01:05


> ===
> Sugestão (_sem brincadeiras_):
> evitem de fazer postulado cético no arrazoado
> ao Ministério Público.
> Isso caí mal para profissionais que
> têm que examinar apenas a questão
> técnica.
> ===
>

Alguém aí por acaso falou que ser CÉTICO é algum tipo de religião ou coisa
assim?Um culto? Ou é cinismo puro?

Estou ouvindo besteiras desse tipo sem parar........Falta de informações?

Esta acontecendo algum tipo de confusão, eu acredito.

SDS,

ASM






SUBJECT: Re: Lei de Godwin
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
CC: <hcaprini@uol.com.br>
DATE: 20/07/2001 01:20

Entre pessoas todas educadas isso não acontece.
===
O argumento _"mencionou nazi"_ é porque está sem argumento
é apenas um sofisma, para ensejar a concordinância.
===
Uma petição de principio.
===
A Alemanha HOJE está indenizando as vítimas do
nazismo e o NAZISMO continua por ai,
principalmente no Brasil com outros nomes.
===

[]'s

Celso Galli Coimbra


Ps.: Godwin era legislador ?

============================




----- Original Message -----
From: <lrb@if.ufrgs.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Friday, July 20, 2001 12:43 AM
Subject: [ciencialist] Lei de Godwin


Vendo alguns debates na lista, lembrei de uma coisa que vi no
Nonio.com ( http://www.nonio.com ).

Lei de Godwin
-"Na Usenet , à medida que uma discussão se prolonga, a probabilidade
de aparecer uma comparação envolvendo Nazis ou Hitler aproxima-se de
um"
Em muitos grupos, quando isto acontece, há a tradição de considerar a
thread acabada, e de declarar quem quer que tenha mencionado os Nazis
como o perdedor da discussão. Normalmente, quem traz Hitler à baila
fá-lo em desespero de causa e com o intuito de chamar, directa ou
subtilmente, Nazi ao seu oponente. Quando as coisas chegam a este
ponto a discussão torna-se inútil. Como corolário, qualquer discussão
sobre nazis está condenada à partida porque Hitler e Nazi vêm à baila
muito rapidamente, e uma vez que a lei de Godwin menciona a palavra
Nazi qualquer discussão sobre esta lei acabará por degenerar
rapidamente"
http://www.everything2.com/index.pl?node_id=158290&lastnode_id=124


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna








SUBJECT: Re: Genismo...
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: excalibur2@yahoogroups.com
CC: fflch@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/07/2001 08:12


Fabrício Alves Diniz wrote:

> Olá Jocax!
>
> Me desculpe pessoal, vou passar a enviar as respostas apenas para lista do
> Genismo... sei que muitos já estão ficando chateados. :-( Me desculpem....
>
> Porém, ainda continuo com a mesma posição:
> O Genismo não interfere em nada na vida das pessoas (pelo menos no meu caso
> e creio que também poderia ser aplicado a outras pessoas, que PODE ser como
> você disse: eu já possuia um pensamento meio que "genista" (ou racional de
> preferir) e portanto não faz diferença pra mim) e é UTÓPICO.
>

O Genismo nao eh utopico pois eu o pratico e estou muito feliz com ele :-)


>
> Não acho que isso seja uma CONTRADIÇÃO, pois digo utópico no sentido de que
> não consegue NUNCA atingir suas metas, ou seja, maximizar a felicidade e dar
> uma sensação de imortalidade,

Claro que sim!, como eu sou o UNICO genista declarado entao eu posso
dizer que TODOS os genistas estao plenamente gratificados e se sentem
muitissimos felizes em seguir a doutrina ! :-))


> e isso porque ele já é praticado
> incoscientemente pela maioria dos seres humanos, que se fosse realmente
> verdade, já estariam bem próximos das promessas feitas por sua teoria, o que
> não acho que é o caso. E mais uma vez, volto a bater na mesma tecla de que a
> humanidade NÃO precisa da sua existência. :-))
>

Vc nao entendeu, ptaricar o Genismo INCONSCINETEMENTE NAO EH
praticar o genismo. O genismo para ser genismo tem que trazer para o
CONSCIENTE o q esta no INconscisnte, NECESSARIAMENTE.
Devemos portanto ter SEMPRE em mente o "proposito" dos genes.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Afinal de contas, o genismo é inovador?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/07/2001 08:19

Nao entendi a colocacao....
Vc quer dizer que tudo que se utiliza da ciencia
deve ser visto com mais cautela do que os que nao se utilizam dela ?
[]s
jocax

Celso Galli Coimbra wrote:

> O Nazismo fez amplo uso da ciência.
> ===
> A história da ciência não pode ser contada
> ignorando esse fato.
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> ===================
> From: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
> To: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
> Sent: Thursday, July 19, 2001 6:10 PM
> Subject: ENC: [ciencialist] Re: [Genismo] Afinal de contas, o genismo é
> inovador?
>
> desculpem... é que a única formação que tenho é em geologia.
>
> Valeu por tudo pessoal! Tô indo nessa.
>
> []s,
>
> Sheila.
>
> -----Mensagem original-----
> De: rmtakata@altavista.net [mailto:rmtakata@altavista.net]
>
> --- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
> >
> > olhem... tô tendendo a pensar que o genismo é só mais uma expressão de
> > neonazismo...
> >
> > []s,
> > Sheila.
>
> Q. tal a gente falar sobre Ciencia?
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/




SUBJECT: Programa de Astronomia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>
DATE: 20/07/2001 08:26

Subject: [Dicas-L]Programa de Astronomia
Date: Fri, 20 Jul 2001 03:42:52 -0300 (BRT)
From: queiroz@unicamp.br (Rubens Queiroz de Almeida #200503# )
--------------------------------------------------------------------
Programa de Astronomia
---------------------------------------------------------------------
Colaboração: Andre Kajita

Para os astronomos amadores ou quem simplesmente gosta de olhar para
os planetas, existe um programa chamado "Open Universe" que exibe os
planetas e alguns objetos de nosso sistema solar em 3D com bitmaps de
alta resolucao. Com ele é possivel fazer uma breve excursao pelo
sistema solar, pulando de planeta em planeta aleatoriamente ou voce
mesmo pode montar seu roteiro turistico.

O programa oferece varios angulos de cameras (voce pode observar a
Terra de Marte ou ver o sol nascer na Terra da Lua por exemplo) alem
da camera livre aonde voce pode, se conseguir, navegar de um planeta a
outro.

O forte dele é a representacao tridimensional dos planetas e seus
satelites e isso demanda bastante da maquina e é recomendado uma
placa de video 3D com suporte a OpenGL mas vale a pena!

A versao original é para o Linux mas existe um porte para o Windows,
o site é http://www.openuniverse.org/
---------------------------------------------------------------
As mensagens da lista Dicas-L são veiculadas diariamente
para 14940 assinantes.

A redistribuição desta e outras mensagens da lista Dicas-L pode
ser feita livremente, deste que o conteúdo, inclusive esta nota,
não sejam modificados.
---------------------------------------------------------------






SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abduc oes
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/07/2001 08:40

> De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]

> O trabalho sobre o inverno nuclear do Sagan é considerado por
> muitos como um dos grandes flops cientificos dos últimos 20
> anos. Os cálculos iniciais estavam errados e o efeito de inverno
> nuclear e o próprio Sagan corrigiu-os já no início dos anos
> 90.

Talvez os dados em que se baseou para realizar os cálculos
não tenham sido obtidos com rigor. Até aí você está coberto
de razão. Ele cometeu erros. Mas não foi esse o ponto
que eu quiz ressaltar e sim a iniciativa de realizar o estudo.

> Seja como for, a questão política foi colocada de forma
> errada pelo próprio Sagan. Sagan tentou convencer-nos de que
> não devemos fazer uma guerra nuclear, não porque isso mata
> milhões ou talvez bilhões de pessoas, mas porque isso destroi
> o planeta. Como se matar milhões de pessoas não fosse motivo mais
> que suficiente para evitar uma guerra nuclear. Nunca a guerra
> nuclear foi vista como aceitavel por nenhum dos lados em confronto.
> O perigo de guerra nuclear resultou de uma corrida às armas, não
> resultou da efectiva vontade de as usar.

Talvez tenha sido mesmo uma gafe, mas não acho que foi
deliberado.

> A guerra fria acabou porque a URSS implodiu. A URSS implodiu
> porque entrou num beco sem saída incapaz de satisfazer a ambição
> dos seus cidadãos e incapaz de acompanhar o desenvolvimento
> tecnológico americano. No final do império a URSS gastava valores
> absurdos na defesa, cerca de 13% do PIB, enquanto os americanos
> actualmente gastam 3% e alguns países europeus apenas 1 ou 2%.
> A guerra fria não acabou porque as posições pacifistas venceram,
> ou pelo menos não acabou porque elas venceram no ocidente.
>
> > E tb fez uma coisa que cientista nenhum fez com a audácia
> > dele: apontou o dedo no nariz daquele cauboi do Reagan
> > num debate sobre as consequências de uma guerra nuclear.
>
> Fez exactamente aquilo que um cientista não deve fazer. Utilizou
> calculos errados para defender uma posição politica falaciosa.

Não concordo. Em termos de política não há tempo para fundamentar
opiniões (de cunho político) com certezas científicas. Você tem
que dar cartas, bater na mesa e blefar. Política é jogo. Você deve
confrontar seu adversário mesmo que não tenha plena convicção do
que está falando. É mais por intuição. E acima de tupo, o
pacifismo que Sagan defendia era legítimo. Resumindo: cientistas
de prestígio podem e devem usar de sua influência para meter
o dedo no nariz de políticos sim, ainda que seus argumentos
não sejam dos mais sólidos. Política funciona assim.

Você está certo num ponto. Pouca ou nenhuma influência teve o
movimentos pacifistas no fim da guerra fria. Foram o cenário
político e econômico que determinou. Mas este mesmo cenário
poderá levar a uma corrida alucinada de volta às armas. Mais
uma vez entra o jogo político.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Quioto e a economia
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/07/2001 10:27


Segue-se um arigo interessante sobre Quioto. O artigo responde
a duas perguntas:
quanto custa implementar o protocolo
e
qual o real impacto de Quioto no clima

Joao

THURSDAY JULY 19 2001
Let's clear the air over Kyoto - it's
simply daft economics and dubious
science
PHILIP STOTT
When Europe was told in March that President Bush had "no
interest" in implementing the Kyoto protocol, it went hysterical. It
was worse than his predecessor not having had sex with "that
woman". "The Toxic Texan" had blasphemed against good liberal
taste and was instantly transmogrified into what one German
newspaper has called the "Climate Killer".

This week European ecochondria returned to Bonn, where 180
countries are meeting, yet again, for 11 days to try to find a
diplomatic solution to the impasse. Europe remains theologically
committed to the protocol, an extension of the Rio convention,
which gave all developed countries legally-binding targets for cuts
in their emissions of so-called greenhouse gases from 1990 levels
- the EU 8 per cent and the US 7 per cent - to be achieved by
2008-12.

Unfortunately, the economists who made these calculations failed
to take into account economic growth, especially in the IT sector,
which now means that, for the United States to meet the target, it
would need to reduce greenhouse gas emissions by up to 40 per
cent, a political and economic impossibility. We would do well to
recall that even under the seemingly environmentally friendly
Clinton-Gore Administration the Senate rejected Kyoto by 95 to
0.

Europe, however, continues to argue that Kyoto is the only way
forward. But is it? Standing back from the hype, it becomes
obvious that its command-and-control approach to climate change
will not work, politically, economically, or scientifically.

Economic models suggest that if Kyoto goes ahead, somewhere
between $20 and $170 billion will flow into the great black hole
that is Russia and the Ukraine. Both countries have struggling
economies currently producing barely half of their 1990 emission
levels. So they were all too ready to agree to freeze their emissions
to 1990 levels, well knowing that this would give them massive
carbon credits to trade and sell. And Russia is now back in Bonn,
seeking even more credits.

Just think what could be done with such funds. David G. Victor, of
the Council for Foreign Relations, an American think-tank, has
argued that $20 billion dollars would be sufficient to wipe out the
public debt of 22 countries. And Jeffrey Sachs, of Harvard
University, has shown that a mere $5 billion of external aid could
begin to manage the Aids epidemic which is sweeping Africa.
Genuine "green" alternatives are endless.

Yet Kyoto will cost billions of dollars to implement - according
to one estimate $350 billion - money which could be spent on
clean water for the world or clearing the public debt of all 41 of
the world's poorest countries.

We have, therefore, to be very sure that Kyoto will work
scientifically. And here is the rub. It won't. Even if all 180
countries were to sign up and meet their targets - a most unlikely
scenario - the inherent complexity of climate means that there is
no more than a possibility that temperature would be reduced by
between 0.07 and 0.2 Celsius by 2100. [segundo o IPCC, a temperatura
em 2100 deverá aumentar entre 1 e 6 graus pelo que o efeito Quioto
é desprezável]

Moreover, climate remains way beyond the grasp of our computer
models, so that the millions of factors controlling climate change
will probably confound us all by doing something totally
unpredictable. And we will have squandered the money we need
to continue to grow, to adapt and to develop.

Sadly, for Europe, Kyoto has become gesture politics; for many
greens it is simply another chance to shame the evil American
Empire. In reality, Kyoto is a self-indulgent, dangerously expensive
exercise that will do nothing to help the poor or to control climate,
a force over which we have no more control than did King Canute
over the waves and the tides.

And how moral is this strident European position? It is worth
noting that the countries of the EU produce nearly double the
carbon dioxide emissions of the United States per unit area, a fact
rarely mentioned. Secondly, few countries in Europe are anywhere
near meeting their own Kyoto targets. Thirdly, at the November
2000 negotiations in The Hague it was the fundamentalist "green"
countries of Europe, such as France and Sweden, which
undermined John Prescott's attempts to make a pragmatic deal
with the American negotiators. No wonder Mr Prescott became
punchdrunk and lost his temper with the French environment
Minister, Dominique Voynet.

Kyoto will not work, and the sooner Europe recognises this the
better. The way forward must be through incentives for energy
diversification, the normal economic process of decarbonisation
and adaptation to climate change, whatever its direction. We in
Europe should stop throwing petulant stones in the greenhouse.

Philip Stott is Professor of Biogeography at the School of
Oriental and African Studies (SOAS) in the University of
London.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abduc oes
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/07/2001 13:35



"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

> >
> > Fez exactamente aquilo que um cientista não deve fazer. Utilizou
> > calculos errados para defender uma posição politica falaciosa.
>
> Não concordo. Em termos de política não há tempo para fundamentar
> opiniões (de cunho político) com certezas científicas. Você tem
> que dar cartas, bater na mesa e blefar. Política é jogo. Você deve
> confrontar seu adversário mesmo que não tenha plena convicção do
> que está falando. É mais por intuição. E acima de tupo, o
> pacifismo que Sagan defendia era legítimo. Resumindo: cientistas
> de prestígio podem e devem usar de sua influência para meter
> o dedo no nariz de políticos sim, ainda que seus argumentos
> não sejam dos mais sólidos. Política funciona assim.

Esse tipo de estratégia pode convencer a populaça mas não me
cenvence a mim. Cientista com essa atitude troca credibilidade
por influência politica. Aliás, o Sagan deve estar a dar voltas
na tumba. Ele nunca aprovaria o que você acabou de escrever.

Segundo a sua opinião, o pensamento racional e crítico é inutil na
política. Eu considero que não.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: Afinal de contas, o genismo é inovador?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/07/2001 13:56

Não disse isso.

A sua pergunta já é portadora de uma interpretação,
que por sinal não é a minha.


Eu limitei-me a mencionar um fato.

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Friday, July 20, 2001 8:19 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Afinal de contas, o genismo é inovador?


Nao entendi a colocacao....
Vc quer dizer que tudo que se utiliza da ciencia
deve ser visto com mais cautela do que os que nao se utilizam dela ?
[]s
jocax

Celso Galli Coimbra wrote:

> O Nazismo fez amplo uso da ciência.
> ===
> A história da ciência não pode ser contada
> ignorando esse fato.
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> ===================
> From: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
> To: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
> Sent: Thursday, July 19, 2001 6:10 PM
> Subject: ENC: [ciencialist] Re: [Genismo] Afinal de contas, o genismo é
> inovador?
>
> desculpem... é que a única formação que tenho é em geologia.
>
> Valeu por tudo pessoal! Tô indo nessa.
>
> []s,
>
> Sheila.
>
> -----Mensagem original-----
> De: rmtakata@altavista.net [mailto:rmtakata@altavista.net]
>
> --- In ciencialist@y..., "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
> >
> > olhem... tô tendendo a pensar que o genismo é só mais uma expressão de
> > neonazismo...
> >
> > []s,
> > Sheila.
>
> Q. tal a gente falar sobre Ciencia?
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>




SUBJECT: Re: agora acabou...
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/07/2001 14:13

Você claramente confundiu o que está escrito
nesse parágrafo.

[]'s

Celso Galli Coimbra
================
----- Original Message -----
From: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Friday, July 20, 2001 1:05 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: agora acabou...



> ===
> Sugestão (_sem brincadeiras_):
> evitem de fazer postulado cético no arrazoado
> ao Ministério Público.
> Isso caí mal para profissionais que
> têm que examinar apenas a questão
> técnica.
> ===
>

Alguém aí por acaso falou que ser CÉTICO é algum tipo de religião ou coisa
assim?Um culto? Ou é cinismo puro?

Estou ouvindo besteiras desse tipo sem parar........Falta de informações?

Esta acontecendo algum tipo de confusão, eu acredito.

SDS,

ASM







SUBJECT: RES: RES: RES: [ciencialist] Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abduc oes
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/07/2001 15:13

JMiranda:
Fez exactamente aquilo que um cientista não deve fazer. Utilizou
calculos errados para defender uma posição politica falaciosa.

Medeiros:
Não concordo. Em termos de política não há tempo para fundamentar
opiniões (de cunho político) com certezas científicas. Você tem
que dar cartas, bater na mesa e blefar. Política é jogo. Você deve
confrontar seu adversário mesmo que não tenha plena convicção do
que está falando. É mais por intuição. E acima de tupo, o
pacifismo que Sagan defendia era legítimo. Resumindo: cientistas
de prestígio podem e devem usar de sua influência para meter
o dedo no nariz de políticos sim, ainda que seus argumentos
não sejam dos mais sólidos. Política funciona assim.

J.Miranda:
Esse tipo de estratégia pode convencer a populaça mas não me
cenvence a mim. Cientista com essa atitude troca credibilidade
por influência politica. Aliás, o Sagan deve estar a dar voltas
na tumba. Ele nunca aprovaria o que você acabou de escrever.
Segundo a sua opinião, o pensamento racional e crítico é inutil na
política. Eu considero que não.

Medeiros:
Exatamente este é o ponto! Você disse como a politica
*deveria ser* e concordo plenamente contigo. Porém,
eu disse como a política *é*. Você não tem como discordar
nesse ponto.
Se 10% da política fosse pautado pelo pensamento racional
e crítico a humanidade estaria numa situação muito melhor.
Mas não é o que acontece. A regra é a demagogia, a hipocrisia,
o populismo. Para fazer política e se dar bem o político
deve baixar o nível. Ou seja, deve aprender a lição de
Maquiavel. Maquiavel não disse como a política deveria ser,
mas como ela é.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Alerta Virus
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/07/2001 16:14

Ontem recebi três e-mails contendo virus. Hoje recebi comunicado da MacAfee
alertando para o fato e dizendo que o virus é de grande risco. O comunicado
da MacAfee diz:


**********************************************
McAfee.com has seen a large and growing number of consumer computers
infected with W32/SirCam@MM. This is a HIGH RISK VIRUS FOR CONSUMERS. The
infected email can come from addresses that you recognize. Attached is a
file with two different extensions. The file name itself varies.
The email message can appear as follows:
Subject: [filename (random)]
Body: [content varies]

---ENGLISH VERSION---

Hi! How are you?
I send you this file in order to have your advice
or I hope you can help me with this file that I send
or I hope you like the file that I sendo you
or This is the file with the information that you ask for
See you later. Thanks

---SPANISH VERSION---
Hola como estas ?
Te mando este archivo para que me des tu punto
de vista
or Espero me puedas ayudar con el archivo
que te mando
or Espero te guste este archivo que te mando
or Este es el archivo con la información que
me pediste
Nos vemos pronto, gracias

The virus searches for .GIF, .JPG, .JPEG, .MPEG, .MOV, .MPG, .PDF, .PNG,
.PS, and .ZIP files in the MY DOCUMENTS folder and attempts to send copies
of these documents to email recipients found in the Windows Address Book and
addresses found in cached files.

***************************************

Hoje recebi mais um e-mail deste tipo. A única solução é NÃO ABRIR ANEXOS
(copiem-no para um diretório ou um disquete e antes de abrir testem o
antivirus, não esquecendo que este é um virus ultra-recente e pode não ser
detectado -- ou seja, atualizem antes o anti-virus). O virus copia o nome de
um dos arquivos constantes do computador infectado e envia-o como sendo o
nome do anexo. Por exemplo, um dos e-mails que recebi ontem vinha como
"Congresso de Psicologia.doc" (obs.: o anexo não era doc e sim pif,
verificado em "propriedades"). Quase abri o arquivo pensando que fosse algo
para a revista Integração, da qual sou editor. Outro anexo recebeu a
denominação "Porto Alegre.pif". Todos pertenciam à versão em Inglês e os
dizeres do e-mail coincidiam com o da MacAfee: "Hi! How are you? I send you
this file in order to have your advice. See you later. Thanks"

Essa mensagem não foi feita para ser reproduzida (SPAN) mas apenas no
sentido de alertar os amigos ciencialisteiros. Mesmo porque não é impossível
que um dos quatro computadores que enviou a msg seja de alguém da
Ciencialist (ou seja, é de alguém que contém meu e-mail em seu catálogo de
endereços) e que deve estar em apuros.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Alerta Virus
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/07/2001 16:40

Recebi essa porcaria mais de 3 vezes hoje também. A extensão que veio para
mim foi um .DOC disfarçado.

Cheguei a um ponto que não abro mais os mails, só depois de olhar os códigos
fonte html.

Ta enchendo o saco esse negócio de Vírus!

O pior é que esse ainda tem que executar. E os que são scripts automáticos
para o navegador e outlook? Aí sim ferram os sistemas.

Pelas listas recebi muitos esse último mês.

Coloquem algum anti-vírus bom aí que agora o custo-benefício parece que esta
compensando.

SDS,

ASM



----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
To: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Friday, July 20, 2001 4:14 PM
Subject: [ciencialist] Alerta Virus


> Ontem recebi três e-mails contendo virus. Hoje recebi comunicado da
MacAfee
> alertando para o fato e dizendo que o virus é de grande risco. O
comunicado
> da MacAfee diz:
>
>
> **********************************************
> McAfee.com has seen a large and growing number of consumer computers
> infected with W32/SirCam@MM. This is a HIGH RISK VIRUS FOR CONSUMERS. The
> infected email can come from addresses that you recognize. Attached is a
> file with two different extensions. The file name itself varies.
> The email message can appear as follows:
> Subject: [filename (random)]
> Body: [content varies]
>
> ---ENGLISH VERSION---
>
> Hi! How are you?
> I send you this file in order to have your advice
> or I hope you can help me with this file that I send
> or I hope you like the file that I sendo you
> or This is the file with the information that you ask for
> See you later. Thanks
>
> ---SPANISH VERSION---
> Hola como estas ?
> Te mando este archivo para que me des tu punto
> de vista
> or Espero me puedas ayudar con el archivo
> que te mando
> or Espero te guste este archivo que te mando
> or Este es el archivo con la información que
> me pediste
> Nos vemos pronto, gracias
>
> The virus searches for .GIF, .JPG, .JPEG, .MPEG, .MOV, .MPG, .PDF, .PNG,
> .PS, and .ZIP files in the MY DOCUMENTS folder and attempts to send copies
> of these documents to email recipients found in the Windows Address Book
and
> addresses found in cached files.
>
> ***************************************
>
> Hoje recebi mais um e-mail deste tipo. A única solução é NÃO ABRIR ANEXOS
> (copiem-no para um diretório ou um disquete e antes de abrir testem o
> antivirus, não esquecendo que este é um virus ultra-recente e pode não ser
> detectado -- ou seja, atualizem antes o anti-virus). O virus copia o nome
de
> um dos arquivos constantes do computador infectado e envia-o como sendo o
> nome do anexo. Por exemplo, um dos e-mails que recebi ontem vinha como
> "Congresso de Psicologia.doc" (obs.: o anexo não era doc e sim pif,
> verificado em "propriedades"). Quase abri o arquivo pensando que fosse
algo
> para a revista Integração, da qual sou editor. Outro anexo recebeu a
> denominação "Porto Alegre.pif". Todos pertenciam à versão em Inglês e os
> dizeres do e-mail coincidiam com o da MacAfee: "Hi! How are you? I send
you
> this file in order to have your advice. See you later. Thanks"
>
> Essa mensagem não foi feita para ser reproduzida (SPAN) mas apenas no
> sentido de alertar os amigos ciencialisteiros. Mesmo porque não é
impossível
> que um dos quatro computadores que enviou a msg seja de alguém da
> Ciencialist (ou seja, é de alguém que contém meu e-mail em seu catálogo de
> endereços) e que deve estar em apuros.
>
> [ ]'s
> Alberto
> http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>




SUBJECT: RES: RES: RES: [ciencialist] Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abduc oes
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/07/2001 16:58

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> wrote:
> J.Miranda:
> Esse tipo de estratégia pode convencer a populaça mas não
me
> cenvence a mim. Cientista com essa atitude troca credibilidade
> por influência politica. Aliás, o Sagan deve estar a dar
voltas
> na tumba. Ele nunca aprovaria o que você acabou de escrever.
> Segundo a sua opinião, o pensamento racional e crítico é
inutil na
> política. Eu considero que não.
>
> Medeiros:
> Exatamente este é o ponto! Você disse como a politica
> *deveria ser* e concordo plenamente contigo. Porém,
> eu disse como a política *é*. Você não tem como
discordar
> nesse ponto.
> Se 10% da política fosse pautado pelo pensamento racional
> e crítico a humanidade estaria numa situação muito melhor.
> Mas não é o que acontece. A regra é a demagogia, a
hipocrisia,
> o populismo. Para fazer política e se dar bem o político
> deve baixar o nível. Ou seja, deve aprender a lição de
> Maquiavel. Maquiavel não disse como a política deveria ser,
> mas como ela é.

Peraí, mas vcs estão falando como se Sagan tivesse errado de
propósito! Ele provavelmente sabia da imprecisão de seus
cálculos,
mas deve ter achado urgente divulgá-los, mesmo imprecisos.
Coincidentalmente (?) o ano em que Sagan publicou foi um dos
últimos
auges da Guerra Fria, quando ocorreu mesmo um incidente surreal entre
submarinos nucleares americano e soviético e reuniões e acordos
decisivos eram feitas.
E no fim o inverno nuclear ocorre, apenas não tão intenso
quanto
predito inicialmente.

MK
http://www.ceticismoaberto.br.cf





SUBJECT: virus Sircam.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>
DATE: 20/07/2001 17:12

Prezado(a) Colega:
Divulgamos endereço contendo dicas sobre o virus SIRCAM :
http://coala.sibi.usp.br


From: ricardinho <ricardinho@sibi.usp.br>

Para computadores infectados com o virus Sircam.

O arquivo em anexo deve ser utilizado no *MS-DOS* (Obs.: No Windows nao
funcionara) da seguinte forma:
regedit pretty.reg

Esta modificacao no registro permitira que o windows volte a executar
normalmente arquivos .exe

[]'s
..:[ Ricardo ]:..




REGEDIT4

[HKEY_CLASSES_ROOT\exefile\shell\open\command]
@="\"%1\" %*"

[HKEY_LOCAL_MACHINE\Software\CLASSES\exefile\shell\open\command]
@="\"%1\" %*"




SUBJECT: Re: RES: RES: RES: [ciencialist] Re: Entrevista com Carl Sagan sobre abduc oes
FROM: Joo Mrio Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/07/2001 17:16

JMiranda:
Fez exactamente aquilo que um cientista no deve fazer. Utilizou
calculos errados para defender uma posio politica falaciosa.

Medeiros:
No concordo. Em termos de poltica no h tempo para fundamentar
opinies (de cunho poltico) com certezas cientficas. Voc tem
que dar cartas, bater na mesa e blefar. Poltica jogo. Voc deve
confrontar seu adversrio mesmo que no tenha plena convico do
que est falando. mais por intuio. E acima de tupo, o
pacifismo que Sagan defendia era legtimo. Resumindo: cientistas
de prestgio podem e devem usar de sua influncia para meter
o dedo no nariz de polticos sim, ainda que seus argumentos
no sejam dos mais slidos. Poltica funciona assim.

J.Miranda:
Esse tipo de estratgia pode convencer a populaa mas no me
cenvence a mim. Cientista com essa atitude troca credibilidade
por influncia politica. Alis, o Sagan deve estar a dar voltas
na tumba. Ele nunca aprovaria o que voc acabou de escrever.
Segundo a sua opinio, o pensamento racional e crtico inutil na
poltica. Eu considero que no.

Medeiros:
Exatamente este o ponto! Voc disse como a politica
*deveria ser* e concordo plenamente contigo. Porm,
eu disse como a poltica **. Voc no tem como discordar
nesse ponto.
Se 10% da poltica fosse pautado pelo pensamento racional
e crtico a humanidade estaria numa situao muito melhor.
Mas no o que acontece. A regra a demagogia, a hipocrisia,
o populismo. Para fazer poltica e se dar bem o poltico
deve baixar o nvel. Ou seja, deve aprender a lio de
Maquiavel. Maquiavel no disse como a poltica deveria ser,
mas como ela .

JMiranda:
A questo uma questo estratgica. Cada um deve perguntar:
qual a minha maior preocupao poltica? A minha resposta a
esta pergunta : a minha maior preocupao renovar a poltica,
acabar com a demagogia e o populismo. (Eu no acho que a
hipocrisia seja um defeito. A hipocrisia um atributo de um
poltico, no um atributo das ideias que ele defende. Um
assassino que defende a ideia "no matars" est absolutamente
certo, mas um hipcrita). Se a meu objectivo combater a
demagogia eu tenho que promover o pensamento critico e racional e
usa-lo como arma poltica e no posso ser demagogo. Mais importantes
que os objectivos de curto prazo so os de longo prazo.


--
joo
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: RES: [ciencialist] Alerta Virus
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/07/2001 17:44

Dica: o InoculateIT da CA é free para uso doméstico. É o mesmo antivirus
para ambiente corporativo.
Façam o download em www.cai.com

[]'s

Alexandre Medeiros

> -----Mensagem original-----
> De: Alexandre S. M. [mailto:alex@energias.com.br]
> Enviada em: Sexta-feira, 20 de Julho de 2001 08:41
> Para: ciencialist@yahoogroups.com
> Assunto: Re: [ciencialist] Alerta Virus
>
>
> Recebi essa porcaria mais de 3 vezes hoje também. A extensão
> que veio para
> mim foi um .DOC disfarçado.
>
> Cheguei a um ponto que não abro mais os mails, só depois de
> olhar os códigos
> fonte html.
>
> Ta enchendo o saco esse negócio de Vírus!
>
> O pior é que esse ainda tem que executar. E os que são
> scripts automáticos
> para o navegador e outlook? Aí sim ferram os sistemas.
>
> Pelas listas recebi muitos esse último mês.
>
> Coloquem algum anti-vírus bom aí que agora o custo-benefício
> parece que esta
> compensando.
>
> SDS,
>
> ASM
>
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
> To: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
> Sent: Friday, July 20, 2001 4:14 PM
> Subject: [ciencialist] Alerta Virus
>
>
> > Ontem recebi três e-mails contendo virus. Hoje recebi comunicado da
> MacAfee
> > alertando para o fato e dizendo que o virus é de grande risco. O
> comunicado
> > da MacAfee diz:
> >
> >
> > **********************************************
> > McAfee.com has seen a large and growing number of consumer computers
> > infected with W32/SirCam@MM. This is a HIGH RISK VIRUS FOR
> CONSUMERS. The
> > infected email can come from addresses that you recognize.
> Attached is a
> > file with two different extensions. The file name itself varies.
> > The email message can appear as follows:
> > Subject: [filename (random)]
> > Body: [content varies]
> >
> > ---ENGLISH VERSION---
> >
> > Hi! How are you?
> > I send you this file in order to have your advice
> > or I hope you can help me with this file that I send
> > or I hope you like the file that I sendo you
> > or This is the file with the information that you ask for
> > See you later. Thanks
> >
> > ---SPANISH VERSION---
> > Hola como estas ?
> > Te mando este archivo para que me des tu punto
> > de vista
> > or Espero me puedas ayudar con el archivo
> > que te mando
> > or Espero te guste este archivo que te mando
> > or Este es el archivo con la información que
> > me pediste
> > Nos vemos pronto, gracias
> >
> > The virus searches for .GIF, .JPG, .JPEG, .MPEG, .MOV,
> .MPG, .PDF, .PNG,
> > .PS, and .ZIP files in the MY DOCUMENTS folder and attempts
> to send copies
> > of these documents to email recipients found in the Windows
> Address Book
> and
> > addresses found in cached files.
> >
> > ***************************************
> >
> > Hoje recebi mais um e-mail deste tipo. A única solução é
> NÃO ABRIR ANEXOS
> > (copiem-no para um diretório ou um disquete e antes de
> abrir testem o
> > antivirus, não esquecendo que este é um virus ultra-recente
> e pode não ser
> > detectado -- ou seja, atualizem antes o anti-virus). O
> virus copia o nome
> de
> > um dos arquivos constantes do computador infectado e
> envia-o como sendo o
> > nome do anexo. Por exemplo, um dos e-mails que recebi ontem
> vinha como
> > "Congresso de Psicologia.doc" (obs.: o anexo não era doc e sim pif,
> > verificado em "propriedades"). Quase abri o arquivo
> pensando que fosse
> algo
> > para a revista Integração, da qual sou editor. Outro anexo recebeu a
> > denominação "Porto Alegre.pif". Todos pertenciam à versão
> em Inglês e os
> > dizeres do e-mail coincidiam com o da MacAfee: "Hi! How are
> you? I send
> you
> > this file in order to have your advice. See you later. Thanks"
> >
> > Essa mensagem não foi feita para ser reproduzida (SPAN) mas
> apenas no
> > sentido de alertar os amigos ciencialisteiros. Mesmo porque não é
> impossível
> > que um dos quatro computadores que enviou a msg seja de alguém da
> > Ciencialist (ou seja, é de alguém que contém meu e-mail em
> seu catálogo de
> > endereços) e que deve estar em apuros.
> >
> > [ ]'s
> > Alberto
> > http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm
> >
> >
> >
> > &&& --- &&&
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> > &&& --- &&&
> >
> > Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
> http://docs.yahoo.com/info/terms/
> >
> >
> >
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
> http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: En: Santos Dumont
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Luis R. Brudna" <lrb@if.ufrgs.br>, "Luinha" <luinha@esquinas.com.br>, João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>, "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>, <airsmither@ig.com.br>
DATE: 20/07/2001 19:04

Aos amigos (e patriotas),
[]'
Léo
==============
-----Mensagem Original-----
De: <arprass@FISICA.NET>
Para: <TERRA_FSN@TERRADIRETO.TERRA.COM.BR>
Enviada em: sexta-feira, 20 de julho de 2001 14:50
Assunto: Santos Dumont


| Amigos da Fisica.NET,
|
| Como cientista acho o patriotismo um sentimento perigoso. Prefiro pensar na humanidade como uma só.Mas, não posso evitar de ter meus brios brasileiros afetados.
|
| Os americanos estão organizando uma grande festa nacional para comemorar a invenção do avião pelos irmãos Wright.
|
| Vejam em:
| http://www.centennialofflight.gov/
|
|
| Bem, o motivo desse e-mail é solicitar, a quem desejar ajudar, material para elaboração de um site especial sobre Santos Dumont. Qualquer coisa ajuda: textos, fotos, links, imagens, vídeos, etc.
|
| Vamos fazer um site a altura desse nosso grande compatriota.
|
| Um grande abraço,
|
|
| Alberto Ricardo Präss
| www.fisica.net




SUBJECT: Um Almoco Light....
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/07/2001 21:56

'Um Almoço Light'
Sobre 'viver de luz' e beber urina

http://www.ceticismoaberto.br.cf

MK




SUBJECT: HELP - Imperdivel
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/07/2001 22:40

Ois pessoal,

Estava terminando um trabalhinho sobre questões básicas de gravitação e, na questão 11propunha:

"A força gravitacional que atua sobre uma partícula em repouso no campo gravitacional é a mesma que age na parícula quando em movimento. Isso não é trivial, e diria mesmo uma qualidade bastante estranha da força gravitacional.
Como contraste, observamos que uma partícula eletrizada com carga de prova q e em repouso num campo elérico E* fica sujeita apenas á força elétrica F* = q.E* (independente da existência de outros campos), enquanto que, quando em movimento, fica sujeita a uma força elétrica e uma magnética, cuja expressão geral é F* = q(E* + v*xB*), onde v* é a velocidade e B* a indução magnética.
Qual a razão disso?"

Ao iniciar o texto sobre a razão disso escrevi, apaguei, escrevi, apaguei e tou parado. Não consegui escrever nada convincente dentre minhas explicações. Help!

[]'
Léo
===============




SUBJECT: Re: [ciencialist] HELP - Imperdivel
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/07/2001 11:51

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Friday, July 20, 2001 10:40 PM
Subject: [ciencialist] HELP - Imperdivel

> "A força gravitacional que atua sobre uma partícula em repouso no campo
> gravitacional é a mesma que age na partícula quando em movimento. Isso não
> é trivial, e diria mesmo uma qualidade bastante estranha da força
> gravitacional."

Olá, Léo

Realmente, a questão não é trivial. Aliás, creio que NÃO EXISTE experiência
alguma a nos GARANTIR que a primeira frase seja totalmente verdadeira. Pelo
que sei, a experiência de Cavendish foi efetuada com partículas em repouso e
as partículas astronômicas (planetas), que estariam em condições propícias
a nos fornecerem respostas convincentes, apresentam alguns efeitos anômalos
como, por exemplo, o desvio do perihélio de Mercúrio, ainda não explicáveis
pela teoria que endossa a afirmação (a física do século XIX). A física de
Einstein não nega esta afirmação mas, em contrapartida, promove uma
distorção espaço-temporal deglutível apenas pelos adeptos do lema "teoria
boa é aquela que funciona", conquanto sequer conheçam, em profundidade, o
que "dizem funcionar".

A idéia, a justificar a identidade das forças, apoia-se na noção de "ação
instantânea a distância", algo que DIZEM fazer parte da física newtoniana.
Com efeito, Newton utilizou-se deste argumento como algo a se APROXIMAR à
realidade na maioria dos casos. Mas chamou a atenção para que em outros
possíveis casos, os físicos não caíssem nesse ABSURDO. Um de seus
comentários a respeito já foi citado aqui, na Ciencialist, inúmeras vezes,
mas não custa nada repetí-lo:

"É inconcebível que a matéria bruta inanimada possa, sem a mediação de
alguma coisa, que não é material, atuar sobre, e afetar outra matérria
sem contato mútuo, como deve ser, se a gravitação no sentido de Epicuro
for essencial e inerente a ela. E esta á uma razão pela qual desejo não
me seja atribuída a gravidade inata. Que a gravitação seja inata,
inerente e essencial à matéria, de modo que um corpo possa atuar sobre
outro a distância, através do vácuo, sem a mediação de mais nenhuma
coisa, pela qual e através da qual sua ação e sua força fosse
transportada de um até outro, é para mim absurdo tão grande, que
acredito que homem algum que tenha em questões filosóficas competente
faculdade de pensar, possa cair nele. A gravidade deve ser causada por
um agente que atua constantemente, de acordo com certas leis; mas deixo
à consideração de meus leitores se este agente é material ou imaterial."
(Newton)

Ora, se existe "alguma coisa" a mediar as forças gravitacionais, e
supondo-se que esta "alguma coisa" seja "emitida" por corpos dotados de
massa, quero crer que o movimento dos corpos de prova não seja imune aos
efeitos produzidos por essa "alguma coisa". Parece-me existir aqui algo do
mesmo tipo do efeito Lienard e Wiechert descrito no final do século XIX
para o eletromagnetismo. Este efeito, quando pensado como exclusivo do
eletromagnetismo, tem sido utilizado como algo a reforçar a relatividade de
Einstein. Não obstante, quando extrapolado para a gravitação, destroça todos
os gnomos criados pela relatividade moderna, razão pela qual os físicos
"modernos", com raríssimas exceções, fazem questão de ignorar.

Espero ter confirmado sua estranheza ao dizer: "Isso não é trivial, e diria
mesmo uma qualidade bastante estranha da força gravitacional."

> Ao iniciar o texto sobre a razão disso escrevi, apaguei, escrevi, apaguei
> e tou parado. Não consegui escrever nada convincente dentre minhas
> explicações. Help!

Não vai ser fácil. Como convencer os jovens que a "maravilhosa" física
teórica do século XX é um absurdo tão grande, que "acredito que homem algum
que tenha em questões filosóficas competente faculdade de pensar, possa cair
nela"? ;-) Só mesmo apelando para um pensamento de Einstein:

"A história das descobertas científicas e técnicas revela-nos quanto o
espírito humano carece de idéias originais e de imaginação criadora. E
mesmo quando as condições exteriores e científicas para o aparecimento
de uma idéia já existem há muito, será preciso, na maioria dos casos,
uma outra causa exterior a fim de que se chegue a se concretizar. O
homem tem, no sentido literal da palavra, que se chocar contra o fato
para que a solução lhe apareça. Verdade bem comum e pouco exaltante para
nosso orgulho."

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Re: Um Almoco Light....
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/07/2001 13:05

> 'Um Almoço Light'
> Sobre 'viver de luz' e beber urina
> http://www.ceticismoaberto.br.cf

Aí vai uma pequena entrevista com Jamuheen (a tal que diz que pode
viver somente de luz e ar), em um site cético da Austrália:

http://www.abc.net.au/science/correx/archives/jasmuheen.htm

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"Language is a city to the building of which every human being brought
a stone." - Ralph Waldo Emerson





SUBJECT: Re: [ciencialist] HELP - Imperdivel
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/07/2001 16:37



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Ois pessoal,
>
> Estava terminando um trabalhinho sobre questões básicas de gravitação e, na questão 11propunha:
>
> "A força gravitacional que atua sobre uma partícula em repouso no campo gravitacional é a mesma que age na parícula quando em movimento. Isso não é trivial, e diria mesmo uma qualidade bastante estranha da força gravitacional.
> Como contraste, observamos que uma partícula eletrizada com carga de prova q e em repouso num campo elérico E* fica sujeita apenas á força elétrica F* = q.E* (independente da existência de outros campos), enquanto que, quando em movimento, fica sujeita a uma força elétrica e uma magnética, cuja expressão geral é F* = q(E* + v*xB*), onde v* é a velocidade e B* a indução magnética.
> Qual a razão disso?"
>
> Ao iniciar o texto sobre a razão disso escrevi, apaguei, escrevi, apaguei e tou parado. Não consegui escrever nada convincente dentre minhas explicações. Help!
>
> []'
> Léo
>
Oi,

a diferença pode ser pensada de algumas maneiras. Uma delas é a
seguinte: no eletromagnetismo, temos uma força proveniente de um campo
tensorial, tensor eletromagnético composto pelas componentes do campo
elétrico e do magnético enquanto que na gravitação newtoniana, o campo é
vetorial, o campo gravitacional. Pensando em termos de potenciais, o
potencial gravitacional (o famoso Fi) é suficiente para estudar o
movimento de qualquer partícula sob ação do campo gravitacional, no
eletromagnetismo, entretanto, a teoria não parte de um potencial escalar
mas sim de um potencial quadri-vetorial cuja componente temporal é o
potencial eletrostático fi e as espaciais são as componentes do
potencial vetor A (de onde se pode calcular o campo magnético via
rotacional)
A consequência deste fato é a seguinte: o movimento, quando estudado no
espaço-tempo, equivale a rotações, desta maneira, um potencial escalar,
como o gravitacional newtoniano, não varia quando há movimento da
partícula teste (aquela que sofre a ação do campo) já no caso do
eletromagnetismo, como o campo é um quadrivetor, ele varia quando
mudamos para um referencial em movimento.

um abraço, Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Santos Dumont
FROM: "Oliver T.-S. Lee" <olee@ucla.edu>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/07/2001 14:39

Oi pessoal,

Um dia desses eu estava assisitindo o History (ou Discovery) channel
daqui dos eua. De acordo com o que eles falaram, os Wright brothers
iventaram um aviao que nao decolava por conta propria. Eles usaram uma
especie de catapulta para propulsionar o aviao ao ar. Nesse programa,
disse que 3 meses e meio depois, um Brasileiro (Santos Dumont) construiu um
aviao que conseguiria decolar sozinho.
Agora, nao sei se isso eh verdadeiro. Mas aqui ninguem ouviu do
Santos Dumont. :(

[]s,
OLee
P.S.: Meu Portugues esta muito mau. Desculpe pelos meus erros.


At 07:04 PM 7/20/2001 -0300, you wrote:
>Aos amigos (e patriotas),
>[]'
>Léo
>==============
>-----Mensagem Original-----
>De: <arprass@FISICA.NET>
>Para: <TERRA_FSN@TERRADIRETO.TERRA.COM.BR>
>Enviada em: sexta-feira, 20 de julho de 2001 14:50
>Assunto: Santos Dumont
>
>
>| Amigos da Fisica.NET,
>|
>| Como cientista acho o patriotismo um sentimento perigoso. Prefiro pensar
>na humanidade como uma só.Mas, não posso evitar de ter meus brios
>brasileiros afetados.
>|
>| Os americanos estão organizando uma grande festa nacional para comemorar
>a invenção do avião pelos irmãos Wright.
>|
>| Vejam em:
>| http://www.centennialofflight.gov/
>|
>|
>| Bem, o motivo desse e-mail é solicitar, a quem desejar ajudar, material
>para elaboração de um site especial sobre Santos Dumont. Qualquer coisa
>ajuda: textos, fotos, links, imagens, vídeos, etc.
>|
>| Vamos fazer um site a altura desse nosso grande compatriota.
>|
>| Um grande abraço,
>|
>|
>| Alberto Ricardo Präss
>| www.fisica.net
>
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
>http://docs.yahoo.com/info/terms/




SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Santos Dumont
FROM: "Enrico" <enrico@rol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/07/2001 15:27

Sim, o fato é verdadeiro, porem se considera o Brasileiro pois o avião
dele decolou e posou sozinho, ou seja sem ajuda externa. Apenas nos USA que
não reconhecem Santos Dumont como pai da aviação. Afinal de contas, eles
querem ser os maiorais e não aceitam que algo tão importante não tenha sido
invenção de um americano.

Enrico


----- Original Message -----
From: Oliver T.-S. Lee <olee@ucla.edu>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Sunday, July 22, 2001 2:39 PM
Subject: Re: [ciencialist] En: Santos Dumont


Oi pessoal,

Um dia desses eu estava assisitindo o History (ou Discovery) channel
daqui dos eua. De acordo com o que eles falaram, os Wright brothers
iventaram um aviao que nao decolava por conta propria. Eles usaram uma
especie de catapulta para propulsionar o aviao ao ar. Nesse programa,
disse que 3 meses e meio depois, um Brasileiro (Santos Dumont) construiu um
aviao que conseguiria decolar sozinho.
Agora, nao sei se isso eh verdadeiro. Mas aqui ninguem ouviu do
Santos Dumont. :(

[]s,
OLee
P.S.: Meu Portugues esta muito mau. Desculpe pelos meus erros.


At 07:04 PM 7/20/2001 -0300, you wrote:
>Aos amigos (e patriotas),
>[]'
>Léo
>==============
>-----Mensagem Original-----
>De: <arprass@FISICA.NET>
>Para: <TERRA_FSN@TERRADIRETO.TERRA.COM.BR>
>Enviada em: sexta-feira, 20 de julho de 2001 14:50
>Assunto: Santos Dumont
>
>
>| Amigos da Fisica.NET,
>|
>| Como cientista acho o patriotismo um sentimento perigoso. Prefiro pensar
>na humanidade como uma só.Mas, não posso evitar de ter meus brios
>brasileiros afetados.
>|
>| Os americanos estão organizando uma grande festa nacional para comemorar
>a invenção do avião pelos irmãos Wright.
>|
>| Vejam em:
>| http://www.centennialofflight.gov/
>|
>|
>| Bem, o motivo desse e-mail é solicitar, a quem desejar ajudar, material
>para elaboração de um site especial sobre Santos Dumont. Qualquer coisa
>ajuda: textos, fotos, links, imagens, vídeos, etc.
>|
>| Vamos fazer um site a altura desse nosso grande compatriota.
>|
>| Um grande abraço,
>|
>|
>| Alberto Ricardo Präss
>| www.fisica.net
>
>
>
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>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
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>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
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Para sair da lista envie um mail para
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Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/






SUBJECT: suicdio celular
FROM: Mozart Pimentel <mozp@usa.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/07/2001 18:56

O artigo abaixo foi publicado na revista eletrtnica 700km:
http://www.700km.com.br

Nco tem sido difmcil encontrar pessoas que conhecem pessoas que cometeram
suicmdio. Os deprimidos andam soltos, cada vez em maior nzmero. Mas cilula
cometendo suicmdio? Isso parece um tanto estranho.

Bactirias nco fazem isso. Geralmente elas sco assassinadas (como num gole de
Yakult) ou sofrem acidente (como o do caminhco de Yakult que consternou essa
redagco). Mas em organismos multicelulares, como nss, cilulas programam sua
morte! E por varios motivos.

Vocj sabia que ja teve uma membrana entre os dedos, como as pererecas?! Sim,
quando somos embriues, dentro da barriga da mce, passamos por uma fase que
lembra muito nossos ancestrais, que um dia tiveram uma fina membrana entre
cada um dos dedos das mcos e dos pis. Pois essas membranas sco compostas de
cilulas, que morrem num dado momento preciso do desenvolvimento embrionario e
por um processo bem controlado. I a apoptose. I mais ou menos como a cauda do
girino, quando esta se metamorfoseando (bonita palavra!) em sapo.

Cilulas que sco invadidas por parasitas tambim podem cometer suicmdio, e `s
vezes ir alim. Um vegetal i invadido por um fungo (vocj ja achou uma magc ou
laranja embaixo da geladeira depois de duas ou trjs semanas). Ta, nco i da
fruta que vou falar, mas da folha da arvore. Sabe o que acontece? Se tiver
tempo, a cilula invadida se mata e sinaliza para as vizinhas que foi invadida
e estas tambim cometem suicmdio; assim, o fungo perde sua capacidade de
proliferagco, ou a tem diminumda.

Outras situagues de estresse celular tambim podem induzir ` morte programada,
como por exemplo quando um organismo i exposto a concentragues altas de metais
pesados como chumbo, merczrio etc..

Em todos esses casos o mecanismo de morte i semelhante: algumas protemnas sco
ativadas no citoplasma e no nzcleo da cilula; estas fazem, por exemplo, com
que o DNA (o comandante geral das atividades celulares) se fragmente em
pequenos pedacinhos que nco funcionam mais. O nzcleo se desfaz em pequenas
bolhas, bem como a cilula como um todo. A membrana celular nco se rompe, como
nos casos de necrose, que i outro assunto. Assim, no tecido onde isso
acontece, podemos observar fragmentos celulares, o que i uma caractermstica de
que ali alguma coisa esta errada.

Curioso i que alguns invasores, principalmente vmrus, conseguem burlar o
sistema de alarme da cilula e impedir que ela cometa suicmdio. Eles produzem
algumas protemnas que impedem a ativagco das protemnas que levam ` morte
celular programada! Curiosmssima essa co-evolugco: a cilula i impedida de se
matar para que o vmrus consiga proliferar e mata-la depois. I uma questco de
tortura mesmo.

Mas a histsria nco para am. Em breve falarei sobre assassinato celular, quando
cilulas matam cilulas do seu prsprio organismo.

E nss aqui achando que a humanidade i complexa e cheia de meandros
inexplicaveis!




SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Santos Dumont
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/07/2001 20:27



Enrico wrote:
>
> Sim, o fato é verdadeiro, porem se considera o Brasileiro pois o avião
> dele decolou e posou sozinho, ou seja sem ajuda externa. Apenas nos USA que
> não reconhecem Santos Dumont como pai da aviação. Afinal de contas, eles
> querem ser os maiorais e não aceitam que algo tão importante não tenha sido
> invenção de um americano.
>
> Enrico
>
Oi,

parece que há um outro fato importante nessa história. O vôo do Santos
Dumont foi documentado e testemunhado por centenas de pessoas em Paris
(se não me engano) enquanto que o dos irmãos Wright foi apenas regitrado
em fotografias com pouquíssimas ou nenhuma testemunha.

Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Santos Dumont
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/07/2001 23:08

----- Original Message -----
From: "Enrico"
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Sunday, July 22, 2001 3:27 PM
Subject: Re: [ciencialist] En: Santos Dumont

> Sim, o fato é verdadeiro, porem se considera o Brasileiro pois o avião
> dele decolou e posou sozinho, ou seja sem ajuda externa. Apenas nos USA
> que não reconhecem Santos Dumont como pai da aviação. Afinal de contas,
> eles querem ser os maiorais e não aceitam que algo tão importante não
> tenha sido invenção de um americano.

Isso tudo é verdade. Aliás, aquela joça bolada pelos irmãos Wright está
muito mal contada, pois nem isso eles realmente inventaram. Eles
simplesmente construíram algo semelhante a uma flecha voadora, coisa que os
índios americanos utilizavam há séculos, se bem que em tamanho muito menor e
destinado a outras finalidades.

Não obstante, nota-se que os americanos gostam de enfatizar os feitos de
seus compatriotas, por mais ridículos que sejam esses feitos. O contrário
acontece no Brasil. A mídia brasileira, no caso da aviação, está quase
adotando a versão americana. Isto não acontece apenas com os inventores (e
por sinal, o número de inventos de brasileiros é algo fora de série) e não é
falha exclusiva de nossa mídia. Conta-se, nos bastidores de nossa ciência,
que Carlos Chagas não recebeu o prêmio Nobel graças à brilhante intervenção
de nossa Academia de Ciências, que foi contra a premiação. Um dado
interessante, e a deixar todo o mundo de cabelo em pé, é que no ano em que
Carlos Chagas foi indicado, todos os concorrentes estrangeiros retiraram sua
indicação, pois estavam certos da vitória do brasileiro. Tanto é que nesse
ano, graças à intervenção da Academia Brasileira de Ciências, ninguém ganhou
o prêmio de medicina. Como diria o Boris Casói, isto é uma vergonha.

Por falar nisso, alguém leu na nossa imprensa alguma notícia parabenizando o
Léo pelo 1.000.000 de acessos? Estou começando a desconfiar que nós não
merecemos ter um Santos Dumont, um Carlos Chagas, um... Deixa pra lá.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Re: En: Santos Dumont
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/07/2001 10:57

--- In ciencialist@y..., "Oliver T.-S. Lee" <olee@u...> wrote:
> Oi pessoal,
>
> Um dia desses eu estava assisitindo o History (ou Discovery)
channel
> daqui dos eua. De acordo com o que eles falaram, os Wright
brothers
> iventaram um aviao que nao decolava por conta propria. Eles usaram
uma
> especie de catapulta para propulsionar o aviao ao ar. Nesse
programa,
> disse que 3 meses e meio depois, um Brasileiro (Santos Dumont)
construiu um
> aviao que conseguiria decolar sozinho.
> Agora, nao sei se isso eh verdadeiro. Mas aqui ninguem ouviu
do
> Santos Dumont. :(


Não sou nenhum especialista em aeronáutica, mas como bom cético vejo
com desconfiança certas coisas que podem ser resultado de patriotada
por parte de ambos os lados. Segundo eu sei, os irmãos Wright fizeram
o primeiro vôo em 1903, decolando sem a ajuda da catapulta, que só
foi incorporada ao projeto em 1904. E essa catapulta, conforme se
pode ver nos filmes da época, não lançava o avião no ar como alguém
poderia pensar, e sim ajudava a dar um impulso horizontal na partida.
Em resumo, servia para acelerar mais rápido o avião.

De qualquer forma, até 1905 os Wright já tinham feito vários vôos nos
EUA, inclusive cobrindo distâncias de até 40 km. O vôo de Santos
Dumont com o 14 Bis em 1906 cobriu apenas 60 metros, a uma distância
de 2 a 3 metros do solo.

Por serem poucos os registros do primeiro vôo dos Wright em 1903, sem
a catapulta, é possível até que seja mentira, o que daria a Santos
Dumont o mérito de ter feito a primeira decolagem conseguida com a
própria potência do avião. Mas será que isso teria sido realmente uma
contribuição significativa para a tecnologia aeronáutica? O 14 bis
era um aparelho totalmente diferente da idéia que temos de um avião.
Ele tinha uma hélice atrás do avião, depois vinham o motor e as asas
em forma de caixotes, depois o piloto que comandava de pé, e o que
ficava à mais à frente era o que se parecia com uma cauda. Em resumo,
parecia um avião voando para trás. O desenho que se firmou para os
aviões foi o dos Wright, que era bem semelhante ao daqueles biplanos
(aviões com duas asas superpostas) que costumamos associar com
histórias dos tempor do Barão Vermelho e ainda hoje são usados para
acrobacias. O próprio Santos Dumont mudou seu projeto mais adiante
colocando o motor à frente e a cauda atrás, como no Demoiselle.

[]s
Ronaldo Cordeiro
Dicionário Céptico: http://www.dicceptico.cjb.net




SUBJECT: Organ donor strategy fails to tackle fear -- doctors.net.uk - News
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>, <attacorg@yahoogroups.com>, <attac-sp@yahoogroups.com>, <bem-vind@attac.org>
DATE: 23/07/2001 21:07

Direito_Saúde -- 23.07.2001
======================
URL ao final do texto
===============================
Organ donor strategy fails to tackle fear
===============================
David Evans, Cambridge


July 19 - The UK strategy to double the number of
organ donors may be doomed due to its failure
to tackle donors' fears.

===

That was a finding of study presented yesterday
to the British Psychological Society Social Section
Annual Conference held at Surrey University.

===

The University of Sussex study looked at the attitudes
to organ donation of more than 500 people.

===

Participants feared organ donation was irrelevant
and costly, worried about the fate of their organs
and relatives' reactions.

===

Negative emotion was the most significant attitude
highlighted regarding organ donation.

===

Researchers said the government's plan to boost
donor numbers could fail due to its focus on positive
arguments and failure to counter fears.


==========
Comments
==========


· (pripley) 19/07/2001

===

Sod your relatives' reaction:

how about the prospect of having your thorax
sawed open and then split apart, and your heart
then being lifted out - all with you not even having
had an EEG done to confirm brain death,
OR a general anaesthetic, just in case?

===

Add to this that the person who certifies
you "brain stem dead" may well be a committed
member of the local transplant team.

===

Sorry, but I discourage anyone from carrying
a donor card. I might make exceptions for
certain individuals.

===

· (dwevansmd) 21/07/2001

===

I fully concur. With David Hill and others,
I have been trying to make the macabre facts
and intellectual dishonesty known for some 20 years
- pretty ineffectually, in the face of overwhelming
pro-transplant propaganda, it has often seemed.
Perhaps we may soon see a change in the dismissive
attitude to logical and scientific criticism which has
prevailed up to now amongst the hierarchy of the
Medical Royal Colleges and the Department of Health.
There are, of course, some very powerful influences
at work in protecting a large industry and cherished
reputations. But, in light of the Bristol and Alder
Hey affairs, and the GMC's well publicised failures,
it does seem possible that challenges to
"established practice" may now have some
chance of being heard on their merits.

===

A generous-minded and hitherto trusting public
has been deceived (by Departmental propaganda)
for far too long. The forthright exposure of what is actually
involved in obtaining viable hearts (and other organs)
for transplant purposes will offend some and will,
sadly, cause distress to some parents who have given
"consent" to the abuse of their dying children for these
wicked (and dubiously legal) procedures.
But if that is the price to be paid for the foreclosure
of this unethical practice - based as it is on bad science,
deception of the professions and public, and the
protection of what 'The Times' has called the
"doctors' club culture" - then it must be paid.
That price will increase with every parent persuaded
to allow his or her child to be eviscerated, paralysed
but not anaesthetised, after a diagnosis of
"death certified by brain stem tests" - the term
now officially preferred (as it is now longer credible
to maintain that the UK bedside tests have the power
to diagnose death of the whole of the brain stem).
The tests cannot, of course, even diagnose permanent
loss of the few reflexes assessed (see Coimbra's work
on "global ischemic penumbra" - which also makes
the point that the crucial apnoea test may exacerbate
brain damage and even prove lethal). Perhaps relatives
who are told that their child is "brain stem dead" will
have grounds for legal action if they were not asked
for specific consent to the performance of the
apnoea test, a full explanation having been given
to them of its lack of possible benefit to their child
and its potential to cause him or her great harm.

===

David Evans, Cambridge.

====================================

SUBJECT: teoria das supercordas
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/07/2001 10:55

Olá pessoal,

Estou postando depois de algum tempo afastado. Tirei férias e estava
lendo "O Universo Elegante" de Brian Greene, um livro de divulgação
sobre a teoria das supercordas, finalmente traduzido para o português.

Incrível como essa teoria é difícil matematicamente. Depois de trinta
anos e a contribuição de milhares de pesquisadores, tudo o que se têm
é um esboço da teoria.

Essa teoria visa unificar a mecânica quântica e a teoria da
relatividade, ou seja, unificar toda a física numa única teoria.

Ela postula a existência de nove ou dez dimensões espaciais, sendo
que seis ou sete dessas dimensões seriam tão recurvadas e pequenas
que não poderiam ser detectadas. A teoria também não faz previsões
que possam ser testadas num futuro próximo. Aliás, os cientistas
ainda não conhecem as equações exatas da teoria, muito menos suas
soluções.

Por tudo isso, sempre achei a teoria das supercordas um mero
exercício teórico, abstrato demais e sem utilidade prática.

O grande mérito desse livro, na minha opinião, é que ele consegue
mostrar que existe beleza e simplicidade por trás da confusão de
dimensões recurvadas e da complexidade matemática. Ele faz nós
desejarmos que a teoria esteja correta, e é convincente ao argumentar
que essa teoria é o único caminho verossímel para uma teoria
unificada a surgir nos últimos trinta anos.

Se a teoria se provar correta, talvez seja a maior conquista da
história da ciência. Dezenas de nomes até agora relativamente
desconhecidos entrarão para o panteão dos grandes físicos. Por
exemplo, quem já ouviu falar de Edward Witten? Ele é citado no livro
como talvez o maior físico de todos os tempos. Eu acho que o autor
pegou pesado, mas não tenho conhecimento para avaliar.

Ainda não acabei o livro, e já esqueci metade do que li, mas
recomendo a todos que se interessam por ciência. O autor é
extremamente didático e evita o jargão técnico, usando metáforas as
vezes até simplórias demais. Mas dá prá ter uma idéia do que eles
estão fazendo, e da beleza do negócio.

[]´s

André





SUBJECT: Re: Santos Dumont
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/07/2001 11:41

Olá Oliver

> --- In ciencialist@y..., "Oliver T.-S. Lee" <olee@u...> wrote:
> > Oi pessoal,
> >
> > Um dia desses eu estava assisitindo o History (ou Discovery)
> channel
> > daqui dos eua. De acordo com o que eles falaram, os Wright
> brothers
> > iventaram um aviao que nao decolava por conta propria. Eles
usaram
> uma
> > especie de catapulta para propulsionar o aviao ao ar. Nesse
> programa,
> > disse que 3 meses e meio depois, um Brasileiro (Santos Dumont)
> construiu um
> > aviao que conseguiria decolar sozinho.
> > Agora, nao sei se isso eh verdadeiro. Mas aqui ninguem
ouviu
> do
> > Santos Dumont. :(
>

Pelo que entendi, eles mencionaram o Santos Dumont no documentário e
atribuíram a ele o primeiro avião que decolava sozinho. É isso mesmo?
Se foi então acho que foi correto. Não houve patriotada. O que você
quis dizer com "aqui ninguém ouviu do Santos Dumont"?

Seria honesto aqui fazermos um exercíco de alteridade e autocrítica.

O que nós diríamos se os Irmãos Wright fossem brasileiros e Santos
Dumont americano?

Podemos considerar o 14-bis realmente o percursor, tecnologicamente
falando, do avião moderno?

Parece-me que o grande mérito dos Irmãos Wright foi que eles criaram
uma indústria a partir de sua invenção, que acabou dando origem à
moderna indústria aeronáutica americana. Na europa outros
empreendedores deram origem à indústria aeronáutica de maneira
independente, com o holandês Fokker. Não foi o caso de Santos Dumont,
que aparentemente foi um dândi aristocrático (embora gênio) sem
apetite pelo empreendimento comercial e com aversão ao lucro, na mais
pura tradição aristocrática brasileira. Quem sabe se ele tivesse uma
mentalidade mais comercial, hoje os grandes aviões não estariam
voando de "marcha-a-ré" e o 14-bis não seria considerado o verdadeiro
percursor de todos os aviões? :-)

[]´s

André




SUBJECT: Re: [ciencialist] HELP - Imperdivel
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/07/2001 16:19

Oi Eduardo, Alberto e adoradores do vôo planado .........

chegando do rancho li as mensagens do Alberto e a sua sobre meu Help.
Tudo indica que devo tirar essa questão da minha lista aos meninos do ensino médio. Imaginou eu colocando algo sobre 'quadri-vetor' ... até os professores que consultam o site viriam me perguntar se enlouqueci! A inclusão de um produto vetorial já esquenta a cuca deles!

Apreciaria um novo tipo de consideração no assunto levando para a seguinte proposta (que foi o ponto que comecei a escrever e apaguei): o campo 'produzido' por massas é exclusivamente de atração (pelo fato da não existência de massa negativa). Não há a equivalência formal massa -- carga ou massa -- pólo magnético. etc.
Veja se nessa linha de pensamento dá prá sair alguma coisa.

[]'
Léo
============
-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron" <dgueron@mailbr.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: sábado, 21 de julho de 2001 16:37
Assunto: Re: [ciencialist] HELP - Imperdivel


|
|
| Luiz Ferraz Netto wrote:
| >
| > Ois pessoal,
| >
| > Estava terminando um trabalhinho sobre questões básicas de gravitação e, na questão 11propunha:
| >
| > "A força gravitacional que atua sobre uma partícula em repouso no campo gravitacional é a mesma que age na parícula quando em movimento. Isso não é trivial, e diria mesmo uma qualidade bastante estranha da força gravitacional.
| > Como contraste, observamos que uma partícula eletrizada com carga de prova q e em repouso num campo elérico E* fica sujeita apenas á força elétrica F* = q.E* (independente da existência de outros campos), enquanto que, quando em movimento, fica sujeita a uma força elétrica e uma magnética, cuja expressão geral é F* = q(E* + v*xB*), onde v* é a velocidade e B* a indução magnética.
| > Qual a razão disso?"
| >
| > Ao iniciar o texto sobre a razão disso escrevi, apaguei, escrevi, apaguei e tou parado. Não consegui escrever nada convincente dentre minhas explicações. Help!
| >
| > []'
| > Léo
| >
| Oi,
|
| a diferença pode ser pensada de algumas maneiras. Uma delas é a
| seguinte: no eletromagnetismo, temos uma força proveniente de um campo
| tensorial, tensor eletromagnético composto pelas componentes do campo
| elétrico e do magnético enquanto que na gravitação newtoniana, o campo é
| vetorial, o campo gravitacional. Pensando em termos de potenciais, o
| potencial gravitacional (o famoso Fi) é suficiente para estudar o
| movimento de qualquer partícula sob ação do campo gravitacional, no
| eletromagnetismo, entretanto, a teoria não parte de um potencial escalar
| mas sim de um potencial quadri-vetorial cuja componente temporal é o
| potencial eletrostático fi e as espaciais são as componentes do
| potencial vetor A (de onde se pode calcular o campo magnético via
| rotacional)
| A consequência deste fato é a seguinte: o movimento, quando estudado no
| espaço-tempo, equivale a rotações, desta maneira, um potencial escalar,
| como o gravitacional newtoniano, não varia quando há movimento da
| partícula teste (aquela que sofre a ação do campo) já no caso do
| eletromagnetismo, como o campo é um quadrivetor, ele varia quando
| mudamos para um referencial em movimento.
|
| um abraço, Eduardo.
|
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] HELP - Imperdivel
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/07/2001 17:16

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Oi Eduardo, Alberto e adoradores do vôo planado .........
>
> chegando do rancho li as mensagens do Alberto e a sua sobre meu Help.
> Tudo indica que devo tirar essa questão da minha lista aos meninos do ensino médio. Imaginou eu colocando algo sobre 'quadri-vetor' ... até os professores que consultam o site viriam me perguntar se enlouqueci! A inclusão de um produto vetorial já esquenta a cuca deles!
>
> Apreciaria um novo tipo de consideração no assunto levando para a seguinte proposta (que foi o ponto que comecei a escrever e apaguei): o campo 'produzido' por massas é exclusivamente de atração (pelo fato da não existência de massa negativa). Não há a equivalência formal massa -- carga ou massa -- pólo magnético. etc.
> Veja se nessa linha de pensamento dá prá sair alguma coisa.
>
> []'
> Léo
> ============

Oi,

Eu sei que o que escrevi eh complicado para ser passado a alunos do ensino medio. Se vc nao colocar um certo formalismo matematico, a resposta tem que ser dada por argumento empiricos apenas. Por exemplo, a forca gravitacional esta relacionada apenas a massa que eh uma caracteristica imutavel (do ponto de vista classico) de um corpo. A forca eletrostatica eh apenas um aspecto ou
uma projecao de uma forca "maior" que e a eletromagnetica. Neste caso devemos levar em conta, pensando em circuitos, tanto o potencial quanto a corrente eletrica que nada mais eh do que deslocamento de cargas. Este deslocamento de cargas eh responsavel por alteracoes tanto no cam[po eletrico quanto no magnetico e voce nao consegue introduzir este deslocamento corretamente no potencial
eletrostatico. Na gravitacional vc pode colocar massinhas para correr mas o resultado ser apenas um potencial que depende tambem do tempo.

um abraco, Eduardo.




SUBJECT: Re: [ciencialist] HELP - Imperdivel
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/07/2001 23:47

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Tuesday, July 24, 2001 4:19 PM
Subject: Re: [ciencialist] HELP - Imperdivel

> Apreciaria um novo tipo de consideração no assunto levando para a seguinte
> proposta (que foi o ponto que comecei a escrever e apaguei): o campo
> 'produzido' por massas é exclusivamente de atração (pelo fato da não
> existência de massa negativa). Não há a equivalência formal massa --
> carga ou massa -- pólo magnético. etc.
> Veja se nessa linha de pensamento dá prá sair alguma coisa.

Tanto não há a equivalência massa --> carga, pelos motivos expostos, como
também creio que poderíamos dizer que não há uma equivalência
carga --> massa, por motivos que comentarei abaixo.

Quando falamos em massa, não é raro surgir a pergunta: Qual massa? A
inercial ou a gravitacional? Essa pergunta não existe em eletromagnetismo.
Por mais que se diga que massa inercial e massa gravitacional retratem a
mesma coisa, existe ainda um mistério por trás dessa identidade entre coisas
definidas por critérios diversos e, à primeira vista, não relacionados. Digo
à primeira vista pois sabemos existir o princípio da equivalência de
Einstein, algo já profusamente comentado aqui na Ciencialist e de aceitação,
para dizer o mínimo, controvertida.

Quando falamos em carga, as perguntas que surgem são de outro tipo: A carga
é positiva ou negativa? Ou então: A carga está em movimento ou em repouso? A
primeira pergunta, como sabemos, não tem lugar no estudo das massas. Afinal,
o que seria massa negativa? A segunda, como mostrei na mensagem anterior,
fará sentido ao pensarmos na massa gravitacional e num equivalente ao
efeito Lienard-Wiechert, e não sei se seria algo digno de ser exposto num
artigo destinado a secundaristas. Se bem que, acredito, seria bem mais
deglutível do que aquela história do potencial quadrivetorial cuja
componente temporal seria a rebinboca da parafuseta a me lembrar das
tergiversações litigantes que há cerca de um mês debandaram, aqui pela
Ciencialist, em distorções judiciais triangulares tuteladas por missivistas
causídicos e a simularem verdadeiros determinismos filosófico-caóticos a
perpetrarem degenerescências obliterantes per omnia saecula saeculorum.

Lembro ainda que a idéia de massa negativa tem um duplo sentido. Por um
lado, existe a idéia de se associar a massa negativa à antimatéria, o que a
meu ver está errado. A simetria matéria-antimatéria retrata propriedades
eletromagnéticas. Ou seja, existe o elétron e o anti-elétron ou o pósitron,
mas supõe-se, até prova em contrário, que o pósitron tenha massa idêntica à
do elétron. A atração entre matéria e antimatéria dá-se pelas
características eletromagnéticas das partículas. Por outro lado, existe a
idéia de se associar massa negativa com antigravidade. Creio que aqui a
coisa também seria complicada, pois o modelo eletromagnético não seria
equivalente a esta dualidade gravitação e anti-gravitação. Ou seja, dois
corpos semelhantes se atraem (sejam as massas positivas ou negativas),
caracterizando a gravitação; e dois corpos de massas distintas, admitindo-se
que existam, um positivo e outro negativo, deveriam se repelir,
caracterizando a antigravitação. Sinceramente, creio que a saída não é por
aí. Eu acredito num efeito antigravitacional e simétrico ao gravitacional
mas diria que tudo isso situa-se no terreno das conjecturas teóricas e
conquanto não seja nada para ser desprezado, deve-se tomar muito cuidado ao
se adentrar por esse terreno. Comento alguma coisa no item 9 (Polarização
espacial macroscópica) e seguintes do artigo "O Princípio Unificante da
Filosofia Oriental", que está em meu website em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/FilCien/ci_or03.htm , mas
não sei se a maioria dos nossos professores secundaristas teriam
discernimento para diferenciar conjecturas de "verdades" científicas. Mesmo
sabendo de antemão que muitas "verdades" de hoje serão falseadas amanhã, e
que muitas conjecturas virão a ser corroboradas a ponto de se transformarem
nas "verdades" do amanhã, e apesar de pregar a revolução permanente em
ciência, como educador sinto-me muitas vezes de mãos atadas. E o seu site
foi proposto para desempenhar uma função educacional importantíssima e num
sentido totalmente oposto ao do meu que também têm uma função educacional
importante, ainda que firmada em diretrizes diversas e às vezes, até mesmo,
antagônicas.

Espero ter ajudado, ainda que ciente de ter apontado mais dúvidas e/ou
impecilhos do que soluções. De qualquer forma, trata-se de um assunto que
merece ser apresentado no seu site e a vantagem dessa discussão creio
residir justamente em trazer à tona todas as dificuldades inerentes ao tema.
Daí você escolhe o que deve e/ou pode ou não comentar.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm





SUBJECT: HELP - Mal de Parkinson
FROM: "Peter/UFMT" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/07/2001 16:03

Postando a pedido de uma amiga.

Links e informações serão bem-vindas.

==================================================
Caros amigos do grupo,

Há mais ou menos uns dez anos, percebendo sua falta de controle muscular e dificuldade em falar, principalmente quando nervoso, meu pai, um homem que atualmente tem 73 anos, resolveu procurar um medico. Para nossa surpresa, foi diagnosticada a doença de Parkinson (desculpe-me se estiver escrito errado).

Dentre vários médicos especialistas, vários remédios foram medicados. Alguns surtiram efeitos positivos, outros bem negativos. Levando da melhor maneira possível, vemos meu pai encurvar-se dia após dia, esquecer coisas já ditas e caminhar com certa dificuldade.

Dá muita pena ver um homem que sempre foi um esportista, saudável como garoto, enfrentar dificuldades para viver sozinho.

##########
Peço a vocês qualquer informação que achem que possa mudar os conceitos pré-estabelecidos desta doença.
##########

Ao lermos uma reportagem, há 3 ou 4 anos atrás, pudemos perceber que o tratamento do medico estava completamente defasado. O que ajudou e muito meu pai, pois com o novo tratamento, teve melhoras significantes.

Tudo o que me mandarem será valido. Além de servir como informação, a leitura agrada demais a ele.

Tive um conhecimento superficial sobre o diagnostico da doença de Parkinson poder ser errôneo. Parece-me que na Inglaterra, foi descoberta uma nova doença com as mesmas características. Qualquer informação é valida.

Agradeço antecipadamente,

Liliane Mattoso.
==================================================

Abraços.

Peterson Leal.





SUBJECT: Re: HELP - Mal de Parkinson
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/07/2001 16:28

--- In ciencialist@y..., "Peter/UFMT" <peterlsm@t...> wrote:
> Postando a pedido de uma amiga.
>
> Links e informações serão bem-vindas.

http://www.parkinson.org.br/

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] HELP - Mal de Parkinson
FROM: centaurus@mtv.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 25/07/2001 18:14

realmente descobriu-se uma doença causada pela ausencia de ferro.Vi no jornal
da globo ,que foi na Inglaterra e que muitas pessoas em que se pensava ter
o mal de parkinson tinham na verdade essa doença.


-- Mensagem original --

>Postando a pedido de uma amiga.
>
>Links e informações serão bem-vindas.
>
>==================================================
>Caros amigos do grupo,
>
> Há mais ou menos uns dez anos, percebendo sua falta de controle muscular
>e dificuldade em falar, principalmente quando nervoso, meu pai, um homem
>que atualmente tem 73 anos, resolveu procurar um medico. Para nossa surpresa,
>foi diagnosticada a doença de Parkinson (desculpe-me se estiver escrito
errado).
>
> Dentre vários médicos especialistas, vários remédios foram medicados.
>Alguns surtiram efeitos positivos, outros bem negativos. Levando da melhor
>maneira possível, vemos meu pai encurvar-se dia após dia, esquecer coisas
>já ditas e caminhar com certa dificuldade.
>
> Dá muita pena ver um homem que sempre foi um esportista, saudável como
>garoto, enfrentar dificuldades para viver sozinho.
>
>##########
> Peço a vocês qualquer informação que achem que possa mudar os conceitos
>pré-estabelecidos desta doença.
>##########
>
> Ao lermos uma reportagem, há 3 ou 4 anos atrás, pudemos perceber que
>o tratamento do medico estava completamente defasado. O que ajudou e muito
>meu pai, pois com o novo tratamento, teve melhoras significantes.
>
> Tudo o que me mandarem será valido. Além de servir como informação,
a
>leitura agrada demais a ele.
>
> Tive um conhecimento superficial sobre o diagnostico da doença de Parkinson
>poder ser errôneo. Parece-me que na Inglaterra, foi descoberta uma nova
doença
>com as mesmas características. Qualquer informação é valida.
>
> Agradeço antecipadamente,
>
> Liliane Mattoso.
>==================================================
>
>Abraços.
>
>Peterson Leal.
>
>
>
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>Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Ions negativos no ar
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/07/2001 21:34

Apreciaria sugestes mdico/biolgicas sobre as 'bencias' do ar ionizado negativamente.

No imperdvel tenho o esquema de um simples ionizador de ambientes e, um consulente que o montou (e disse que nos E.U.A. esse tipo de aparelho existe em todos os escritrios e super-comum nos shoppings) que saber "se agora ele est se sentido melhor" e "porque".

Assim como ele, gostaria de saber detalhes das qualidades maravilhosas da presena desses ons negativos no ambiente. Houve poca em que a 'onda' era at andar 'com um prego exposto' no sapato (interligando corpo e solo) para descarregar a carga positiva acumulada no corpo humano (que fazia mal!).
Tal ionizador (para os interessados em sade instantnea) est na sala 15 do imperdvel (eletrnica).

[]'
Lo

PS: Estou analisando e conjeturando sobre o modo de colocar a tal questo das massas/cargas/plos no site. Assim que tiver algo envio para o Alberto e Eduardo darem o 'visto'.

================
Luiz Ferraz Netto [Lo]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br


[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]



SUBJECT: genismo e google
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/07/2001 12:18


A forma mais moderna de medir a influencia de uma teoria é através
de uma pesquisa no Google:

http://www.google.com/search?as_q=genismo&lr=lang_pt

Genismo 50 entradas.
memética 257
relatividade 10100
mecânica quântica 3710
criacionismo 897
cristianismo 28 200
teoria da evolução 2 230
comunismo 14 300
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: O erro do Fabricio
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo@yahoogroups.com
CC: excaliburciencia@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogroups.com, despertar@yahoogroups.com, Francisco Prosdocimi Santos <franc@icb.ufmg.br>, fflch@yahoogroups.com, acropolis <acropolis@yahoogroups.com>
DATE: 26/07/2001 13:56

O erro do Fabricio
=============

Bom,
para quem pegou "o bonde andando", eu fiz um resumo da discussao :

O Fabricio achou um defeito na "mensagem 95" da lista do genismo que
dizia que a pressao seletiva que mantinha os genes malevolos ( inveja,
vinganca, odio, egoismo etc..) ativos na sociedade cessaria se
os individuos fossem genistas.

A ausencia de pressao seletiva faz com que os genes associados aa
dada caracteristica sejam degradados ja que tais caracteristicas
deixariam de conferir vantagem evolutiva ao individuo.

Para demonstrar este ponto ele mostrou que "genistas degenerados"
ou seja, seguidores do genismo que nao seguem o 5. mandamento etico
de "respeito aos genes alheios", apresentariam vantagens evolutivas
sobre os "genistas puros" - os que seguem os 5 mandamentos.

Essa aparente vantagem-seletiva dos genistas-degenerados em
relacao aos genistas-puros, que se fosse devido a um fator genetico,
fariam com que os primeiros fariam com que seus genes dominassem
o pool genetico em relacao aos genistas-puros.

Cabe aqui a pergunta : O que aconteceria com as pessoas nao genistas
seguidoras de outras doutrinas como o catolicismo etc... ?
A ideia eh que tais doutrinas foram extintas em relacao ao genismo
por estarem extremamente em desvantagem-evolutiva em relacao
aos seguidores do genismo. Isso acontece porque os seguidores
genistas usam a razao para perpetuar seus genes que eh uma
ferramente MUITO superior aos instintos.
Pessoas nao genistas nao buscam racionalmente perpetuar seus genes,
elas buscam, principalmente,o prazer e a fuga da dor,
o que nem sempre corresponde a uma vantagem para seus genes.
Assim foi assumido na discussao que estas outras doutrinas ja
teriam sido extintas.

O Fabricio tinha argumentado que por ter descoberto uma falha
no processo evolutivo de eliminacao de genes malevolos via
genismo estava furado havia tambem refutado o genismo.

Mas ele estava enganado pois nunca foi a proposta principal
do genismo eliminar genes malevolos. Sua proposta sempre
foi maximizar a felicidade atraves da eliminacao de conflitos
gemeticos ( memesXgenes ou NaturezaXCultura ou MenteXBiologia).
Pois as mutacoes memeticas ( culturais e ideologicas ) produzidas
pela sociedade poderiam entrar em conflito com instintos e desejos
naturais do ser humano que visam, antes de mais nada,
a perpetuacao genetica do individuo.

Mas, voltando ao problema levantado, o de que uma sociedade
genista nao poderia eliminar os genes malevolos pq
os genistas-degenerados teriam vantagens seletivas em
relacao aos genistas puros, me parece haver algum problema:

Os genistas-degenerados nao seguem o 5. mandamento mas
sendo genistas eles seguirao os 4 primeiros.

Isso significa que eles, racionalmente e conscientemente,
batalharao para a perpetuacao de seus genes !
Oras, agindo dessa maneira, de qualquer modo, eles
*tambem* estariam eliminando a pressao seletiva de seus
genes malignos. Isso aconteceria como disse no apendice
que : SEM respeitar o 5. mandamento do genismo os genes
malevolos seriam TAMBEM eliminados. Ou seja a mensagem 95
se mantem valida MESMO que os genistas-degenerados
nao respeitem o 5.mandamento !!

===================================
Apendice
----------
Antes de entrar no merito da questao propriamente, eu gostaria de dizer
que a logica e a essencia da mensagem 95, que mostra como os genes malevolos
poderiam ser extirpados, esta essencialmente correta, se nao vejamos:

Vamos, por hora, DESCONSIDERAR o 5. mandamento genista que
diz que devemos "respeitar os genes dos outros para termos o nosso respeitado".

Com a aplicacao dos 4 mandamentos apenas, o genista nao teria necessariamente
necessidade de ser etico e ele poderia conscientemente, em favor de seus genes,
aplicar todo tipo de maldade, MESMO SEM VONTADE, apenas para perpetuar
seus genes o que o faria levar grande vantagem sobre TODAS as outras formas
primitivas de comportamento, particularmente a do politico tradicional que rouba

por impulso por vontade de enriquecer e gozar a vida. Ou seja, o genista que
age fria e racionalmente teria grande vantagem evolutiva sobre TODOS os demais
membros da sociedade, (principalmente em relacao aos nao genistas que agem
apenas instintivamente), e seus genes fatalmente dominariam TODA a populacao.

Soh que agindo racionalmente a favor dos genes, como observei na mensagem 95,
levaria INEXORAVELMENTE a EXTINSAO de todos os sentimentos que
foram substituidos pela razao pela AUSENCIA da *pressao seletiva* que
os mantem no pool genetico da populacao. Isto faria com que a populacao
toda, a longo prazo, se tornasse geneticamente NAO MA.
Ou seja, os genes malevolos estariam ELIMINADOS.
Nao existe falha nesta argumentacao e ela eh perfeitamente evolutiva.

Mas NAO PODEMOS eticamente promover a extirpacao do mandamento 5
pois este seria um caminho *muito dolorido* para se chegar a uma sociedade
altruista. Entao deveremos tentar arrumar a sociedade mantendo o 5 mandamento.
Fim do apendice
====================
=====================================
[]s
jocax






SUBJECT: Moral prescinde de religiao?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: 'Ciencialist' <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/07/2001 14:09

Moral prescinde de religiao? Isso já foi debatido
aqui no Ciencialist sem uma conclusão
satisfatória.

Este texto extraído de "Sombras de Antepassados
Esquecidos" (Carl Sagan e Ann Druyan) nos faz
refletir sobre o assunto.

"Nos anais da ética dos primatas existem relatos
que mais parecem parábolas. Considere, por exemplo,
os Macaco mulatta. Também conhecidos por macacos-rhesus,
vivem em grupos de primos estritamente fechados. Visto
que o macaco-rhesus que você salva tem, estatisticamente,
grandes possibilidades de partilhar muitos dos seus
genes (partindo do princípio de que você é outro
macaco-rhesus), justifica-se, portanto, que corra
riscos para o salvar e não será necessária uma descrição
pormenorizada dos graus de consanguinidade. Numa
experiência laboratorial os macacos-rhesus só recebiam
alimentos se puxassem uma corrente e, com isso,
aplicassem um choque elétrico a um macaco-rhesus de
outra família, cujo sofrimento podiam observar através
de um vidro espelhado. Se não o fizessem, passavam
fome. Depois de perceberem como a coisa funcionava, os
macacos recusavam-se muitas vezes a puxar a corrente;
numa sessão apenas 13% o fizeram - 87% preferiram ficar
com fome. Um deles passou quase duas semanas sem comer,
preferindo isso a fazer mal ao companheiro. Os que
tinham, eles próprios, levado choques em experiências
anteriores ainda se mostraram mais renitentes em puxar
a corrente. O respectivo estatuto social ou o sexo dos
macacos-rhesus pouco significado tiveram na sua relutância
em fazerem mal a outros.

Se nos pedissem para escolhermos entre os cientistas
humanos que propuseram aos macacos este acordo faustino
e os próprios macacos - que passaram fome só para não
provocarem sofrimento a outros -, as nossas simpatias
de ordem moral não recairiam sobre os cientistas. As
suas experiências permitem-nos, no entanto, vislumbrar
em seres não humanos uma voluntariedade angélica para
fazer sacrifícios com vista a salvar outros - mesmo que
esses outros não sejam parentes próximos. Pelos padrões
humanos convencionais, estes macacos-rhesus - que nunca
foram à catequese, nunca ouviram falar dos dez mandamentos,
nunca assistiram, enfadados, a uma única aula de educação
cívica na escola preparatória - parecem exemplares no
seus fundamentos morais e corajosa resistência contra
o mal. Entre os macacos-rhesus, pelo menos neste caso,
o heroísmo é a norma. Se a situação se invertesse e a
prisioneiros humanos fosse proposto o mesmo acordo por
macacos-rhesus cientistas, faríamos nós a mesma coisa?
Na história da humanidade há alguns seres sublimes cuja
memória veneramos por, conscientemente, se terem
sacrificado por outros, mas por cada um deles há uma
imensidade de outros que nada fizeram. Não teríamos
uma visão mais otimista do futuro da humanidade se
tivéssemos a certeza de que os nossos padrões
morais estavam à altura dos deles?"

Talvez, instintivamente (ou inconscientemente) nós
tenhamos um modelo ético que devemos seguir para o
benefício do coletivo. Se aceitarmos isso como
verdadeiro podemos concluir que a prática de atos
antiéticos são plenamente conscientes e
ser antiético vai contra nossos instintos. Mas
isso talvez seja muita especulação...

[]'s

Alexandre Medeiros
Analista Consultor * mailto:alexandre.medeiros@consultmail.net
AC Nielsen do Brasil - Grupo VNU * http://www.acnielsen.com
Tel. *(0xx11) 4613-7469 - Fax (0xx11) 4613-7077


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: genismo e google
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/07/2001 14:41

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
>
> A forma mais moderna de medir a influencia de uma teoria é através
> de uma pesquisa no Google:
>
> http://www.google.com/search?as_q=genismo&lr=lang_pt
>
> Genismo 50 entradas.
> memética 257
> relatividade 10100
> mecânica quântica 3710
> criacionismo 897
> cristianismo 28 200
> teoria da evolução 2 230
> comunismo 14 300
> --


E que tal
Espiritismo 79.600

(a imensa maioria em português. Curiosamente, muito mais links do que
em francês. E essa "ciência" foi criada na França...)

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: [ciencialist] genismo e google
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/07/2001 16:03

----- Original Message -----
From: "João Mário Miranda"
Sent: Thursday, July 26, 2001 12:18 PM
Subject: [ciencialist] genismo e google


> A forma mais moderna de medir a influencia de uma teoria é através
> de uma pesquisa no Google:
> Genismo 50 entradas.
> memética 257
> relatividade 10100
> mecânica quântica 3710
> criacionismo 897
> cristianismo 28 200
> teoria da evolução 2 230
> comunismo 14 300

Falou e disse. Aliás, segui sua sugestão com as palavras Genismo e Jocax e
obtive os seguintes resultados:
Genismo 73 entradas
Jocax 182 entradas

Ou seja, até o Jocax está à frente do Genismo.
:-))))))))))))))))))))))))))))))))))))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm

PS.: Não tenho nada contra o Genismo, tanto que uma ou mais das 73 citações
são do meu site, o quase-Imperdível Espaço Científico Cultural. As demais
são quase todas ou da Ciencialist ou de sites de membros da Ciencialist.



SUBJECT: Como pensar enquanto se dorme?
FROM: Gustavo Nunes Martins <namosca@zaz.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/07/2001 18:48

Ha algum modo de conseguirmos pensar consciente e logicamente enquanto
dormimos? Como se faz isso?

Atenciosamente,
Gustavo



SUBJECT: Re: Como pensar enquanto se dorme?
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/07/2001 22:55

Esta questao eh bastante intrigante a ampla. Em um sonho eu jah
consegui 'saber' que estava sonhando, de algum modo eu sabia que
estava dormindo e no sonho ou pensei... 'como vou fazer para
acordar?... hmm.. jah sei.. quem sabe se eu tentar dormir no sonho eu
acorde da realidade' isso jah faz um booom tempo... e jah nao lembro
se a tecnica deu certo. :) Provavelmente o 'saber' que estav dormindo
tambem fazia parte dos delirios do sonho. Nao sei se alguem tem a
resposta pra isso.

Atualmente estou iniciando a leitura do livro 'O misterio da
consciencia' do Antonio Damasio e percebo que a consciencia nao eh
algo tao simples (nas opinioes do Damasio). Preciso ler mais um pouco
para falar algo do livro.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna


--- In ciencialist@y..., Gustavo Nunes Martins <namosca@z...> wrote:
> Ha algum modo de conseguirmos pensar consciente e logicamente
enquanto
> dormimos? Como se faz isso?
>
> Atenciosamente,
> Gustavo



SUBJECT: RES: Como pensar enquanto se dorme?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/07/2001 09:30

> De: Gustavo Nunes Martins [mailto:namosca@zaz.com.br]
>
> Ha algum modo de conseguirmos pensar consciente e logicamente enquanto
> dormimos? Como se faz isso?

Não sei se há alguma técnica para isso, se
um poderoso autocontrole pode favorecer este
processo mental.

Já aconteceu comigo de sonhar com a solução
bem complicada de um algoritmo que estava
há dias me atormentando. Era um problema
que envolvia matrizes de até seis dimensões.
O mais engraçado é que foi num daqueles dias
que fui dormir completamente "desencanado"
do problema. De repente eu sonhei com uma
solução muito mais simples e eficiente do que
a que estava utilizando. Acordei de madrugada
e fui rabiscar o fluxograma. Voltei a dormir.
No dia seguinte, bingo!

Mas aconteceu pouquíssimas vezes. :-(

Talvez seja possível induzir isso com
alguma técnica de relaxamento e concentração.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Como pensar enquanto se dorme?
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/07/2001 09:39

Esta questao eh bastante intrigante a ampla. Em um sonho eu jah
consegui 'saber' que estava sonhando, de algum modo eu sabia que
estava dormindo e no sonho ou pensei... 'como vou fazer para
acordar?... hmm.. jah sei.. quem sabe se eu tentar dormir no sonho eu
acorde da realidade' isso jah faz um booom tempo... e jah nao lembro
se a tecnica deu certo. :) Provavelmente o 'saber' que estav dormindo
tambem fazia parte dos delirios do sonho. Nao sei se alguem tem a
resposta pra isso.
-----------------------

Teve uma época que eu tinha sonhos lúcidos, conscientes, constantemente.
Eu podia escolher o que fazer dentro do cenario do sonho e podia até mesmo
alterar o proprio cenario do sonho.
Isso coincidiu com uma epoca que eu estava treinando umas meditações
estranhas antes de dormir, mas não posso dizer se as duas coisas tem
relação. Também nem posso ter certeza se essa "sensação de lucidez" não era
delirio do sonho.

Quanto a dormir no sonho, a pouco tempo atras isso aconteceu comigo pela
primeira vez. É muito estranho sonhar que está dormindo... Não achava que
fosse possivel.

------------------------
Atualmente estou iniciando a leitura do livro 'O misterio da
consciencia' do Antonio Damasio e percebo que a consciencia nao eh
algo tao simples (nas opinioes do Damasio). Preciso ler mais um pouco
para falar algo do livro.
-------------------

Estou com vontade de ler esse livro.
Gostaria de saber suas opiniões quando terminar de ler...

Até mais...

<Bruno Woltzenlogel Paleo>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Como pensar enquanto se dorme?
FROM: "Emilson Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/07/2001 11:19


Também já tive experiências deste tipo. Não sei se faziam
parte dos delírios do sonho como você fala, pq lembro
bem que eu podia "controlar" o sonho, ou seja, eu tomava
decisões aparentemente conscientes, como se eu estivesse
mesmo acordado.

Emilson.

----- Original Message -----
From: <lrb@if.ufrgs.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, July 26, 2001 10:55 PM
Subject: [ciencialist] Re: Como pensar enquanto se dorme?


Esta questao eh bastante intrigante a ampla. Em um sonho eu jah
consegui 'saber' que estava sonhando, de algum modo eu sabia que
estava dormindo e no sonho ou pensei... 'como vou fazer para
acordar?... hmm.. jah sei.. quem sabe se eu tentar dormir no sonho eu
acorde da realidade' isso jah faz um booom tempo... e jah nao lembro
se a tecnica deu certo. :) Provavelmente o 'saber' que estav dormindo
tambem fazia parte dos delirios do sonho. Nao sei se alguem tem a
resposta pra isso.

Atualmente estou iniciando a leitura do livro 'O misterio da
consciencia' do Antonio Damasio e percebo que a consciencia nao eh
algo tao simples (nas opinioes do Damasio). Preciso ler mais um pouco
para falar algo do livro.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna


--- In ciencialist@y..., Gustavo Nunes Martins <namosca@z...> wrote:
> Ha algum modo de conseguirmos pensar consciente e logicamente
enquanto
> dormimos? Como se faz isso?
>
> Atenciosamente,
> Gustavo


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SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Como pensar enquanto se dorme?
FROM: "Emilson Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/07/2001 11:23

Mais uma coisa que também aconteceu comigo de forma
muito parecida!

Eu estava pensando muito em como resolver uma equação
diferencial, se não me engano (pois já faz alguns anos que
isso aconteceu). O fato é que quando estava no ônibus
indo pra faculdade, eu cochilei um pouco e simplesmente
enxerguei o modo como resolver que eu tanto procurava.
Eu vi mesmo, literalmente, a "sacada" escrita num papel.

Fiquei pensando em como esse processo pode ocorrer na
mente, mas não cheguei a ler nada sobre o assunto.

Emilson.

----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Friday, July 27, 2001 9:30 AM
Subject: [ciencialist] RES: Como pensar enquanto se dorme?


> De: Gustavo Nunes Martins [mailto:namosca@zaz.com.br]
>
> Ha algum modo de conseguirmos pensar consciente e logicamente enquanto
> dormimos? Como se faz isso?

Não sei se há alguma técnica para isso, se
um poderoso autocontrole pode favorecer este
processo mental.

Já aconteceu comigo de sonhar com a solução
bem complicada de um algoritmo que estava
há dias me atormentando. Era um problema
que envolvia matrizes de até seis dimensões.
O mais engraçado é que foi num daqueles dias
que fui dormir completamente "desencanado"
do problema. De repente eu sonhei com uma
solução muito mais simples e eficiente do que
a que estava utilizando. Acordei de madrugada
e fui rabiscar o fluxograma. Voltei a dormir.
No dia seguinte, bingo!

Mas aconteceu pouquíssimas vezes. :-(

Talvez seja possível induzir isso com
alguma técnica de relaxamento e concentração.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Como pensar enquanto se dorme?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/07/2001 11:42

Olá Medeiros e demais 'dormentes'

Esse 'sonhar' com uma questão e acordar dia seguinte com a resposta não é fato corriqueiro prá mim, aliás exercito isso. Essa 'técnica' aprendi com o Prof. T. N. O. Folmer-Johnson, particular amigo; dizia ele: "Quando uma questão parece complicada e a solução não lhe vem de imediato só há uma solução "decorre-a". Desse modo vc a terá á disposição a qualquer momento ... e muito são os momentos ociosos onde poderemos 'regurgitar' aquele enunciado." Ainda adoto essa técnica, e não estranho acordar com a solução ou pelo menos um bom encaminhamento paraa questão.

[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 27 de julho de 2001 09:30
Assunto: [ciencialist] RES: Como pensar enquanto se dorme?


> De: Gustavo Nunes Martins [mailto:namosca@zaz.com.br]
>
> Ha algum modo de conseguirmos pensar consciente e logicamente enquanto
> dormimos? Como se faz isso?

Não sei se há alguma técnica para isso, se
um poderoso autocontrole pode favorecer este
processo mental.

Já aconteceu comigo de sonhar com a solução
bem complicada de um algoritmo que estava
há dias me atormentando. Era um problema
que envolvia matrizes de até seis dimensões.
O mais engraçado é que foi num daqueles dias
que fui dormir completamente "desencanado"
do problema. De repente eu sonhei com uma
solução muito mais simples e eficiente do que
a que estava utilizando. Acordei de madrugada
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No dia seguinte, bingo!

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[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: RES: Como pensar enquanto se dorme?
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/07/2001 14:52

Metendo o meu bedelho na questao:

e' possivel ter um certo grau de consciencia qdo
se sonha.

Nao chega a ser uma tecnica, mas podemos controlar
mais ou menos com o q. vamos sonhar -- basta q. se
pense com o q. se quer sonhar ao deitar. Depois de
um tempo boa parte das vezes de fato sonhamos com
o q. queremos antes de dormir.

Isso ajuda tbm a dominarmos mais conscientemente
os rumos de nossos sonhos. (Monica Carvalho, cuide-se!)

Quem tem sonhos pesadelares pode tentar fazer
isso -- mas e' claro q. em persistindo o sintomo deve
se procurar um profissional -- um medico de disturbio
do sono, por exemplo.

Nao sei q. efeitos colaterais isso pode trazer. Depois
de um tempo, eu me enchi de controlar os meus
sonhos e ja' desencanei.

Bem, em relacao aos pensamentos -- e' possivel
um certo grau de pensamento logico -- mas e'
preciso tomar algum cuidado: na maior parte das
vezes temos apenas a *sensacao* de pensar em
algo brilhante. O ideal e' acordar no meio do sonho
e anotar o pensamento -- e depois verificar se tem
alguma logica.

Qto a se ter insights durante o sonho -- o mais famoso
caso e' o de Kekule' com a formula estrutural do benzeno.
Mas isso ocorre tbm qdo se esta' acordado e nao se
esta' pensando no problema. Considera-se q. ha' um
processamento subjacente q. manda so' a resposta pra
consciencia -- seria a base tbm da intuicao.

Bem, em todo caso, o ja' citado Damasio, demonstra q,
a consciencia e' fruto de uma interacao entre o cerebro
e o resto do corpo -- com uma constante troca de
informacoes.

Qdo dormimos, esse fluxo de informacoes e' alterado --
por exemplo, os estimulos do cerebro para os membros
estao diminuidos -- de modo q. nao saimos correndo
eqto sonhamos. Atencao q. aqui e' pura especulacao
de minha parte: imagino q. essa troca diminuida altere
a nossa percepcao de consciencia e por isso na maior
parte das vezes temos uma imagem distorcida de nos
mesmos -- podemos sonhar q. estamos em uma situacao
totalmente inusitada, mas aceitarmos essa condicao
com naturalidade durante o sonho (e so' depois q
acordamos e' q nos perguntamos: q. diabos eu estaria
fazendo la'?). Nao tenho confirmacao, mas parece q.
os sonambulos em geral apresentam um sonho mais
vivido ('realistico'), talvez refletindo a permanencia em
um certo grau do fluxo de informacoes entre o cerebro
e o resto do corpo.

Talvez isso signifique q. controlarmos conscientemente
o sonho, e assim termos a possibilidade de pensarmos
mais logicamente, induza a um sono mais superficial --
de-nos a sensacao de q. nao descansamos bem...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: A expressao das emocoes no homem e nos animais
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, acropolis <acropolis@yahoogroups.com>, excalibur2 <excaliburciencia@yahoogroups.com>, Despertar <despertar@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/07/2001 16:00

A expressão das emoções no homem e nos animais
Charles Darwin

Prefácio
O grande biólogo e meu altamente reputado mestre Jacob von Uexküll,
disse certa vez, um tanto quanto pessimista, que a verdade de hoje nada
mais era do que o erro de amanhã. Ao que um outro grande biólogo, também
um de meus mais admirados professores, Otto Koehler, respondeu: “Não, a
verdade de hoje é o caso particular de amanhã!” Certamente, essa segunda
afirma-ção contém uma verdade muito mais profunda do que a primei-ra.

Em ciência, e particularmente em biologia, o descobridor de um novo
princípio explicativo está sempre sujeito a superesti-mar o alcance de
sua aplicação.

Quando Jacques Loeb descobriu o princípio do tropismo, chegou a
acreditar, e esperar, que todo comportamento humano e animal pudesse ser
explicado com ba-se na interação dos tropismos. Quando 1. P. Pavlov
descobriu a resposta condicionada, pensava aproximadamente o mesmo de
seu princípio explicativo.
Os escritos de Sigmund Freud estão cheios de generalizações semelhantes.

Podemos indulgentemen-te considerar essa pequena fraqueza como uma
merecida prerrogativa do gênio, pois os alunos dos grandes homens,
apesar de não tão bons descobridores, serão melhores na verificação do
que seus inspirados mestres, e podemos confiar neles para segurar as
asas do gênio quando este ameaça voar alto demais.

Somente quando os alunos degeneram em discípulos que aceitam sem
questionamento as afirmações ambiciosas do mestre é que surge o perigo,
e que o recém-nascido monstro epistemófago (devorador de conhecimento),
mais um “ismo”, ergue sua cabeça horrenda.

Entretanto, o maior dos descobridores no campo da biologia não cometeu
esse erro: quando Charles Darwin descobriu a seleção natural — o
princípio explicativo que estaria destinado a mudar nossa concepção do
homem e do mundo mais do que qualquer outro antes dele — decididamente
não superestimou a quantidade de fenômenos que poderiam ser explicados
por seu intermédio.

Se errou, foi ao não completar sua teoria. Por essa razão, incomoda-me
profundamente o termo “darwinismo”. É uma calúnia injusta que acusa o
grande homem de um pecado que, mais do que qualquer outro, ele
abominaria.

Os biólogos modernos são muito mais “darwinistas” do que Darwin, e com
razão.

Somos mais insistentes em nossa busca por uma pressão seletiva mais
definida sempre que alguma construção mais elaborada da natureza
desperta nossa curiosidade e nossa demanda por uma explicação causal.

A partir de Darwin, re-petidos sucessos tornaram-nos confiantes de que,
sempre que mais um dos intrigantes produtos da evolução trouxer-nos um
enigma, uma diligente e rigorosa busca por pressões seletivas
especificas nos fornecerá uma solução.
Arrisco-me a afirmar que qualquer forma de estrutura ou comportamento,
mesmo as mais provocantemente inacreditáveis, pode ser entendida, pelo
menos em princípio, como o resultado da pressão seletiva exercida por
sua função de sobrevivência específica.
Estamos sempre prontos a perguntar “Para quê?”, o que para nós não
implica professar uma teleologia mística. Quando perguntamos: “Para que
o gato tem unhas curvas e retráteis?”, e respondemos: “Para pegar ratos
com elas!” Estamos simplesmente afirmando, de maneira resumida, que
pegar ratos era a função primordial cuja enorme importância para a
sobrevivência criou gatos com essa particular formação das unhas, e que
ela o fez pelo mesmo processo de seleção por meio do qual um criador
humano produz linhagens de galinhas capazes de ter uma enorme produção
de ovos, ou pequineses com minúsculos focinhos.

Como todos os descobridores científicos verdadeiramente grandes, Darwin
possuía uma habilidade que chegava a ser intrigante para raciocinar
sobre hipóteses não só provisórias e vagas como também subconscientes.

Ele deduziu conseqüências acertadas a partir de fatos mais suspeitados
do que propriamente conhecidos, e verificou tanto a teoria quanto os
fatos pela óbvia veracidade das suas conclusões.
Em outras palavras, um homem como Darwin sabe muito mais do que pensa
saber, e não surpreende que as conseqüências de seu conhecimento cheguem
tão longe em diferentes direções. Diferentes áreas da pesquisa biológica
foram inspiradas por ele, e cada uma delas o considera, com razão, seu
originador e pioneiro.

O que surpreende é a extensão com que pesquisas adicionais, baseadas em
hipóteses de Darwin e estendendo-as em todas as direções imagináveis,
têm invariavelmente confirmado seu acerto em todos os pontos essenciais.

A área do estudo do comportamento comumente chamada etologia, que pode
ser definida resumidamente como a biologia do comportamento, tem um
direito especial de considerar Charles Darwin como seu santo padroeiro.

Ela é mais dependente do enfoque selecionista do que qualquer outra
ciência biológica que eu pudesse citar, e cumpriu sua parte na
verificação das teorias de Darwin.

Mais ainda, em seu livro A expressão das emoções no homem e nos animais
Charles Darwin anteviu, de forma verdadeiramente visionária, os maiores
problemas com que se defrontam os etologistas atualmente, e traçou uma
estratégia de pesquisa que eles ainda utilizam. Lendo nas entrelinhas é
possível perceber que Darwin estava perfeitamente consciente de um fato
que, apesar de simples, é tão fundamental para o estudo biológico do
comportamento que sua redescoberta por Charles Otis Whitman e Oskar
Heinroth é considerada, com justiça, o ponto de partida da etologia.

Esse fato, ainda ignorado por muitos psicólogos, consiste simplesmente
em que padrões comportamentais são características tão confiáveis e
conservadas nas espécies quanto as formas dos ossos, dos dentes, ou de
qualquer outra estrutura corporal.
Semelhanças entre comportamentos hereditários unem membros de uma
espécie, de um gênero, e mesmo de unidades taxonômicas maiores,
exatamente da mesma maneira como o fazem as características corporais.

A persistência conservativa de padrões comportamentais, mesmo depois de
sobreviverem na evolução de uma espécie à sua função original, é
exatamente a mesma dos órgãos; em outras palavras, eles podem tornar-se
“vestigiais” ou “rudimentares” da mesma forma que estes últimos. Ou
então, ao perder uma função, podem desenvolver outra, como ocorreu com a
primeira fenda branquial ao transformar-se no meato acústico quando
nossos ancestrais passaram da vida aquática para a terrestre.

Darwin demonstra, de maneira perfeitamente convincente, que processos
análogos ocorreram na evolução de padrões motores, como no caso, por
exemplo, do “rosnar” em que um movimento expressivo com função puramente
comunicativa se desenvolveu a partir do padrão motor da mordida, que,
como forma de agressão, praticamente desapareceu na espécie humana.

Admitir que padrões comportamentais têm evolução exatamente igual à dos
órgãos leva ao reconhecimento de outro fato: eles também têm o mesmo
tipo de transmissão hereditária. Em outras palavras, a adaptação dos
padrões comportamentais de um organismo ao seu meio se dá exatamente da
mesma maneira que a de seus órgãos, isto é, mediante as informações que
a espécie acumulou, ao longo de sua evolução, pelo antiqüíssimo método
da seleção e mutação.
Isso se aplica não só a padrões relati-vamente rígidos de forma e
comportamento, mas também aos complicados mecanismos de modificação
adaptativa, entre os quais estão aqueles geralmente incluídos na
concepção de aprendizado.

Em minha opinião, é no campo do estudo do comportamen-to que as
incontestáveis verdades contidas em A expressão das emoções no homem e
nos animais alcançam suas conseqüências mais abrangentes, no plano
teórico, prático e até político.

É nessa convicção que se apóia minha justificativa interior para
escrever este prefácio. Não duvido, no entanto, que muitos outros
biólogos, trabalhando em campos diferentes, poderiam dizer o mesmo com
igual direito. Acredito que mesmo hoje ainda não percebemos precisamente
o quanto Charles Darwin sabia.

Konrad Lorenz




SUBJECT: Re:Erros do Francisco - Jocax
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/07/2001 16:14

Nao iria mais me meter nessa historia,
mas dada 'a avalanche de 'achismos' sobre
genetica, achei por bem intervir. (Nao, nao
sou nenhuma 'otoridade' em genetica...)

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> o acao do individuo. Quero dizer que ninguem ENSINA a outrem a ter
> odio, amor, inveja, etc... Todos os sentimentos ja estao incrustrados
> *geneticamente* no cerebro do organismo.

E' uma afirmacao ousada. Mas tto ousada qto nao bem
fundamentada em dados empiricos.

O fato de eventualmente nao ser ensinado, nao significa q. seja
inato -- pode ser aprendido por experiencia propria. Se
uma crianca nao e' criada em um ambiente q. a estimule, ela
pode nao desenvolver certas caracteristicas. O sentimento de
confianca se desenvolve em um ambiente em q. se estimule com
carinho, p.e.

> o comportamento consciente gene-perpetuativo ( genismo ) alem de
> eliminar os genes malevolos eliminaria TAMBEM os sentimentos
> benignos como o INSTINTO do amor.

Nao ha' possibilidades de uma pressao seletiva
eliminar por completo um alelo desvantajoso da
populacao se ele for do tipo recessivo.

Qdo se encontra em uma proporcao muito baixa,
o alelo tendera' a ficar em heterozigose na populacao --
em sendo recessivo nao sofrera' pressao negativa para
sua eliminacao.

(Vale para o oposto tbm -- um alelo recessivo vantajoso
nao necessariamente ira' se espalhar pela populacao.)

> Se um evento periodico tem uma probabilidade de acontecer ( uma mutacao )
> este evento FATALMENTE ira acontecer desde que esperemos
> uma quantidade suficiente de periodos. Veja :

A mutacao nao e' um evento periodico -- do contrario
nao se falaria em termos probabilisticos. Mas o resto
do raciocinio vale. Com porens.

> Vc acha realmante que o sentimento eh ensinado via cultura ???????

Se nao o fosse, ao menos parcialmente, nao haveria
tta diversidade comportamental em meio 'a uma homogeneidade
genetica.

- receita: estudar um pouco de antropologia.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Erros do Francisco - Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 27/07/2001 17:02

rmtakata@altavista.net wrote:

>
> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> > o acao do individuo. Quero dizer que ninguem ENSINA a outrem a ter
> > odio, amor, inveja, etc... Todos os sentimentos ja estao incrustrados
> > *geneticamente* no cerebro do organismo.
>
> E' uma afirmacao ousada. Mas tto ousada qto nao bem
> fundamentada em dados empiricos.
>

O q eu estou afirmando eh que os sentimentos sao padroes hereditarios que
GERAM IMPULSOS para acoes que visariam uma resposta adequada
do pto de vista perpetuativo. Se um macaco quer roubar o harem do
outro isto poderia gerar ODIO no macaco que possui o harem que o levaria a
LUTAR contra o outro macaco. O sentimento de odio NAO ditaria
exatamente o comportamento agressivo mas ESTIMULARIA-O.

Assim todos os sentimentos seriam padroes biologicos de estimulos
a determinados 'inputs' ambientais.
( Exatamente como a FOME o eh . Ninguem aprende a ter fome como ninguem
aprederia a ter odio. Sao impulsos INATOS)

Ok, ok, nao posso provar mas as evidencias saoo estas : Todos os humanos
apresentam estes impulsos INDEPENDENTEMENTE de sua educacao.


>
> O fato de eventualmente nao ser ensinado, nao significa q. seja
> inato -- pode ser aprendido por experiencia propria. Se
> uma crianca nao e' criada em um ambiente q. a estimule, ela
> pode nao desenvolver certas caracteristicas. O sentimento de
> confianca se desenvolve em um ambiente em q. se estimule com
> carinho, p.e.
>

Sim o sentimento pode ser ATIVADO ou nao dependendo da
sua interacao com o ambiente. Mas ele se ativaria em reacao a
um estimulo adequado sem que ninguem precisasse ensina-lo.


>
> > o comportamento consciente gene-perpetuativo ( genismo ) alem de
> > eliminar os genes malevolos eliminaria TAMBEM os sentimentos
> > benignos como o INSTINTO do amor.
>
> Nao ha' possibilidades de uma pressao seletiva
> eliminar por completo um alelo desvantajoso da
> populacao se ele for do tipo recessivo.

SIM, vc tem razao !!.
Entao terei um problema pela frente :
saber se ou quais sentimentos sao recessivos e quais sao
dominantes !


>
> Qdo se encontra em uma proporcao muito baixa,
> o alelo tendera' a ficar em heterozigose na populacao --
> em sendo recessivo nao sofrera' pressao negativa para
> sua eliminacao.
>

Uma selecao ARTIFICIAL poderia dar cabo destes restantes !! :-)


>
> (Vale para o oposto tbm -- um alelo recessivo vantajoso
> nao necessariamente ira' se espalhar pela populacao.)
>
> > Se um evento periodico tem uma probabilidade de acontecer ( uma mutacao )
> > este evento FATALMENTE ira acontecer desde que esperemos
> > uma quantidade suficiente de periodos. Veja :
>
> A mutacao nao e' um evento periodico -- do contrario
> nao se falaria em termos probabilisticos. Mas o resto
> do raciocinio vale. Com porens.

Vc nao entendeu o raciocinio. Eu chamei de evento periodico
cada nascimento. Por exemplo a cada 30segundos nasce uma crianca
no mundo. Se a probabilidade de um ovulo sofrer uma mutacao no
gene "tal" eh P, entao qual o numero medio de nascimentos
que teriamos que esperar para que esta mutacao pudesse ser observada?
Ou : Qtos nascimentos (peroiodos) seriam necessarios para que tenhamos
uma probabilidade de 90% para que o bebe apresente esta mutacao
neste gene? Isso pode ser calculado.



>
>
> > Vc acha realmante que o sentimento eh ensinado via cultura ???????
>
> Se nao o fosse, ao menos parcialmente, nao haveria
> tta diversidade comportamental em meio 'a uma homogeneidade
> genetica.

O sentimento NAO eh ensinado . O que eh, NA VERDADE,
ensinado eh como reagir a este sentimento.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] A expressao das emocoes no homem e nos animais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/07/2001 17:03

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
Sent: Friday, July 27, 2001 4:00 PM
Subject: [ciencialist] A expressao das emocoes no homem e nos animais


> Otto Koehler, respondeu: "Não, a verdade de hoje é o caso particular de
> amanhã!"

Isto é uma meia-verdade e, não obstante, é profusamente ensinada como
verdade para os jovens universitários. Até mesmo aqui na Ciencialist já fui
combatido com argumentos a se apoiarem nesta meia-verdade. Muitas vezes,
esta idéia retrata à evolução do conhecimento humano. Outras vezes acoberta
inúmeras falácias, pois o homem, em seu egocentrismo, esquece-se dos
inúmeros erros que comete e conserva apenas idéias a se encaixarem no novo
paradigma que lhe aparece como "verdadeiro". Em outras palavras, conserva os
"casos particulares" que lhe convém.

Pergunto: O criacionismo é caso particular do darwinismo? O calórico é caso
particular da termodinâmica? O flogisto é caso particular da química?

Digo mais: A física de Newton NÃO É caso particular da física moderna.
Concordo que a física newtoniana necessita de algumas adaptações à luz das
experiências efetuadas no século XX, adaptações estas que foram previstas
pelo próprio Newton. Feitas essas adaptações, a "nova física" comportará a
física de Newton como caso particular. Não obstante, entre essa "nova
física" e a física antiga permanecerá uma lacuna, correspondente a um século
de teorizações, e a não ser ocupada por nada a não ser pelo vazio, pois o
que é certo não pode ser um caso particular do que é errado.

Não se iludam. O fim da física "moderna" (quântica e relatividade) se
avizinha e os grandes arroubos teóricos da física do século XX têm o seu
lugar garantido na história das ciências ao lado das fenomenais teorias do
flogisto e do calórico.

Aos teorizadores físicos: Mãos a obra! Um século de experimentos vos
comtemplam e merecem explicações racionais. Do contrário, e a persistir a
demência dos dias atuais, nada lhes restará a não ser enforcarem-se com as
supercordas. ;-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: : Como pensar enquanto se dorme?
FROM: centaurus@mtv.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/07/2001 17:45

Essa história de resolver problemas enquanto dormia é antiga a constatar
do filosófo Socrátes e O método sonhado por Rene Descartes além de vários
outros casos relatados pela história por aí afora.Dizem os espirítas , que
quando sonhamos , nosso espiríto adentra em outras dimensões sendo estas
de acordo com o grau de consciencia do espírito , ou seja , estariamos em
dimensões mais "profundas" da realidade proporcionalmente ao grau de sabermos
que estamos lá.Existe até uma "ciencia" ,que estuda isso e técnicas para
tomarmos consciencia da realidade do lado de lá ,chamada de Projeciologia.Aconteceu
comigo ,de solucionar um problema matemático sonhando e de ter um certo
controle sobre os sonhos.Já vi artigos ,relatando alguns magos da Idade
Média que tinham o conhecimento dos fatos sob a ótica espírita e , aproveitavam
para influenciar as pessoas enquanto elas estavam dormindo para obter vantagens
em terra.Não que eles torna-se os influenciados em zumbis , mas procediam
de forma bastante sutil . A questão é:

Será que tais dimensões existem????

Se existirem , existe vida inteligente por lá??

Seriam os espíritos???

A física quantica admite a existencia de 9 a 10 dimensões sendo imperceptíveis
aos nossos órgãos(a partir da 4°) pelo fato de serem "degeneradas".

O que seriam os fenomenos paranormais???Os médiuns???Tirando o charlatanismo
e o sensacionalismo , como explicar o poder de algumas pessoas de saber
o que vc pensa sem ter nunca visto vc??

Coisa que me importuna até hoje , foi um médium que pedia para pensar em
quaquer coisa e o miserável sabia o que eu estava pensando.

Quem garante que de certa forma eles não desenvolveram outros sentidos capazes
de tal feito??

Já ouviram falar de transcomunicação instrumental???

Sei que só a comprovação e o rigor da ciencia ,para desmistificação ou a
confirmação de tais feitos , mais o que disse FOI UM FATO e isso já basta
para vermos que tem algo estranho que exige no mínimo uma investigação mais
apurada.





-- Mensagem original --

>Metendo o meu bedelho na questao:
>
>e' possivel ter um certo grau de consciencia qdo
>se sonha.
>
>Nao chega a ser uma tecnica, mas podemos controlar
>mais ou menos com o q. vamos sonhar -- basta q. se
>pense com o q. se quer sonhar ao deitar. Depois de
>um tempo boa parte das vezes de fato sonhamos com
>o q. queremos antes de dormir.
>
>Isso ajuda tbm a dominarmos mais conscientemente
>os rumos de nossos sonhos. (Monica Carvalho, cuide-se!)
>
>Quem tem sonhos pesadelares pode tentar fazer
>isso -- mas e' claro q. em persistindo o sintomo deve
>se procurar um profissional -- um medico de disturbio
>do sono, por exemplo.
>
>Nao sei q. efeitos colaterais isso pode trazer. Depois
>de um tempo, eu me enchi de controlar os meus
>sonhos e ja' desencanei.
>
>Bem, em relacao aos pensamentos -- e' possivel
>um certo grau de pensamento logico -- mas e'
>preciso tomar algum cuidado: na maior parte das
>vezes temos apenas a *sensacao* de pensar em
>algo brilhante. O ideal e' acordar no meio do sonho
>e anotar o pensamento -- e depois verificar se tem
>alguma logica.
>
>Qto a se ter insights durante o sonho -- o mais famoso
>caso e' o de Kekule' com a formula estrutural do benzeno.
>Mas isso ocorre tbm qdo se esta' acordado e nao se
>esta' pensando no problema. Considera-se q. ha' um
>processamento subjacente q. manda so' a resposta pra
>consciencia -- seria a base tbm da intuicao.
>
>Bem, em todo caso, o ja' citado Damasio, demonstra q,
>a consciencia e' fruto de uma interacao entre o cerebro
>e o resto do corpo -- com uma constante troca de
>informacoes.
>
>Qdo dormimos, esse fluxo de informacoes e' alterado --
>por exemplo, os estimulos do cerebro para os membros
>estao diminuidos -- de modo q. nao saimos correndo
>eqto sonhamos. Atencao q. aqui e' pura especulacao
>de minha parte: imagino q. essa troca diminuida altere
>a nossa percepcao de consciencia e por isso na maior
>parte das vezes temos uma imagem distorcida de nos
>mesmos -- podemos sonhar q. estamos em uma situacao
>totalmente inusitada, mas aceitarmos essa condicao
>com naturalidade durante o sonho (e so' depois q
>acordamos e' q nos perguntamos: q. diabos eu estaria
>fazendo la'?). Nao tenho confirmacao, mas parece q.
>os sonambulos em geral apresentam um sonho mais
>vivido ('realistico'), talvez refletindo a permanencia em
>um certo grau do fluxo de informacoes entre o cerebro
>e o resto do corpo.
>
>Talvez isso signifique q. controlarmos conscientemente
>o sonho, e assim termos a possibilidade de pensarmos
>mais logicamente, induza a um sono mais superficial --
>de-nos a sensacao de q. nao descansamos bem...
>
>[]s,
>
>Roberto Takata
>
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Re:Erros do Francisco - Jocax
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/07/2001 18:04

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> Ok, ok, nao posso provar mas as evidencias saoo estas : Todos os humanos
> apresentam estes impulsos INDEPENDENTEMENTE de sua educacao.

Vc tem provas dessa afirmacao?

> Sim o sentimento pode ser ATIVADO ou nao dependendo da
> sua interacao com o ambiente. Mas ele se ativaria em reacao a
> um estimulo adequado sem que ninguem precisasse ensina-lo.

Vc esta' supondo apenas q. exista e q. fique em um
estado dormente. O q. se questiona e': quais os indicios
de q. seja assim?

> Uma selecao ARTIFICIAL poderia dar cabo destes restantes !! :-)

Uma simples selecao nao. Teria q. partir para a pratica
abominavel da eugenia -- analisando em nivel molecular
quem tem ou nao um dado alelo.

Isso e' invasao de privacidade genetica. As empresas de
seguro estao de olho nessa possibilidade.

A gde burrice da eugenia e' q. nao se sabe quais variantes
serao vantajosas no futuro -- o ambiente nao eh permanentemente
estavel -- nem em escala historica.

Ja' apresentamos diversos exemplos de caracteristicas vantajosas
q. passaram a ser desvantajosas e vice-versa.

Em termos populacionais a carga genetica e' interessante qdo
se pensa na evolucao. Embora em instante especifico essa carga
faca sempre q. a populacao como um todo nao se encontre em um
estado otimo de adaptacao, e' ela quem garante a adaptabilidade
da populacao -- quase sempre ha' um individuo q. estara' melhor
adaptado para a nova situacao, sem a necessidade de se esperar
geracoes para o aparecimento fortuito de uma mutacao vantajosa.

> > > Se um evento periodico tem uma probabilidade de acontecer ( uma mutacao )
> > > este evento FATALMENTE ira acontecer desde que esperemos
> > > uma quantidade suficiente de periodos. Veja :
> >
> > A mutacao nao e' um evento periodico -- do contrario
> > nao se falaria em termos probabilisticos. Mas o resto
> > do raciocinio vale. Com porens.
>
> Vc nao entendeu o raciocinio. Eu chamei de evento periodico
> cada nascimento. Por exemplo a cada 30segundos nasce uma crianca

Mas nao mesmo. Leia o q. vc escreveu. Se eu nao entendi
o seu raciocinio e' porq. vc escreveu errado.

Vc falou em um evento periodico e pos a expressao mutacao
entre parenteses -- isso significa q. a mutacao e' o aposto,
i.e., e' dela que se esta' falando qdo se disse 'evento periodico
com certa probabilidade de acontecer'...

Se o evento e' periodico nao faz sentido falar em probabilidade
de acontecer. Ele acontece a cada xis tempo. Nesse sentido
sim, fatalmente ele ira' acontecer se esperarmos uma quantidade
suficiente de periodos -- quantidade essa q. corresponde ao
periodo desse evento.

> > Se nao o fosse, ao menos parcialmente, nao haveria
> > tta diversidade comportamental em meio 'a uma homogeneidade
> > genetica.
>
> O sentimento NAO eh ensinado . O que eh, NA VERDADE,
> ensinado eh como reagir a este sentimento.

O fato de vc achar q. nao e' ensinado e q. seja verdade
q. o q. se ensina e' apenas a reacao a esse sentimento nao
torna isso verdadeiro. Embora seja direito seu achar o q.
bem entender. Apenas nao confunda conviccao pessoal com
certeza objetiva.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: : Como pensar enquanto se dorme?
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/07/2001 18:21

--- In ciencialist@y..., centaurus@m... wrote:
> Será que tais dimensões existem????

Nao ha' nenhum indicio de q. existam. Assim como
nao ha' nenhum indicio q. sustente uma resposta
positiva para as duas perguntas seguintes.

> Se existirem , existe vida inteligente por lá??
>
> Seriam os espíritos???

> A física quantica admite a existencia de 9 a 10 dimensões sendo impercept=
íveis
> aos nossos órgãos(a partir da 4°) pelo fato de serem "degeneradas".

A fisica quantica nao admite isso. Essas dimensoes
extras sao teorizacoes da chamada teoria das supercordas.

E nao se fala em degeneracao, mas em uma 'compactacao' --
essas dimensoes estao la'.

Ainda nao existe nenhum experimento a dar apoio a essa teoria.

De todo modo, essas dimensoes extras sao dimensoes fisicas -- nao
se parecendo em nada com as dimensoes citadas acima.

> O que seriam os fenomenos paranormais???Os médiuns???Tirando o charlatani=
smo
> e o sensacionalismo , como explicar o poder de algumas pessoas de saber
> o que vc pensa sem ter nunca visto vc??

Os fenomenos paranormais sao fenomenos supostos. Em
geral mal documentados ou rotulados como tais mesmo em
casos em q. explicacoes mais simples e bem terrenas sao
perfeitamente aplicaveis.

Tirando o charlatanismo e o sensacionalismo sobra alguma coisa
a ser explicada?

Mesmo q. sobrasse nao viria nisso nenhum indicio forte
para o paranormal... a menos de q. se pudesse estuda'-los
de modo controlado, sistematico e reitarado.

> Coisa que me importuna até hoje , foi um médium que pedia para pensar em=

> quaquer coisa e o miserável sabia o que eu estava pensando.

Nao poderia ser a tecnica da leitura fria?

Em muitos casos e' bastante simples imaginar o q.
as pessoas estao pensando. Basta prestar atencao
no q. estao olhando, na feicao delas. Pessoas com
algum treinamento sao capazes de obter resultados
muito bons. (Minha mae quase sempre adivinhava
no q. eu estava pensando...)

E quase sempre e' bastante facil faze-las pensar
q. estamos pensando o q. elas estao pensando.
(Quem namora ou namorou sabe como isso e' facil...)

> Quem garante que de certa forma eles não desenvolveram outros sentidos ca=
pazes
> de tal feito??

Ninguem. O problema e' q. ninguem garante q. eles
desenvolveram outros sentidos...

> Já ouviram falar de transcomunicação instrumental???

Ja'. Isso posso afiancar q. e' uma furada total.

Sao sons e imagens sem nitidez. Sempre as pessoas
acabam influenciadas e comecam a enxergar padroes
onde nao ha' nenhum.

Vc ja' deve ter ouvido falar em teste de Rorscharch.
Sao aquelas em q. as pessoas dizem o q. veem em
manchas formadas ao acaso.

A validade como diagnostico psicologico do teste e'
no minimo duvidoso. Mas mostra bem q. as pessoas
sao capazes de enxergar coisas onde nao estao --
especialmente rostos humanos.

> para vermos que tem algo estranho que exige no mínimo uma investigação ma=
is
> apurada.

Tem pelo menos 150 anos de investigacao intensa.
Ate' hj nao se encontrou nada mais substancial.
Q. continuem a busca.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Off-topic - Xadrez
FROM: "Peter/UFMT" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/07/2001 19:11

CURIOSIDADES E ALGUNS MOTIVOS PARA
APRENDER A JOGAR XADREZ

Uma pesquisa feita com os melhores atletas de diversas modalidades esportivas inclusive jogadores de tênis de mesa, goleiros de futebol e artistas marciais, revelou serem os jogadores de Xadrez os que possuem reflexos mais rápidos.


Karpov venceu seu primeiro torneio internacional (categoria absoluta) em 1967, em Trince, na Tchecoslováquia, o fato pitoresco é que Karpov foi enviado por engano, os soviéticos pensavam que fosse um torneio da categoria junior; mas Karpov deu mostra de seu potencial como futuro campeão mundial e venceu o torneio, os participantes devem ter imaginado 'se o junior fez este estrago, imagine o que fariam os adultos'.


Tartakower , o mais espirituoso dos escritores de xadrez, dividiu os jogadores em 4 categorias:
Jogadores fracos que não sabem que são fracos; são ignorantes - evite-os.
Jogadores fracos que sabem que são fracos; são inteligentes - ajude-os.
Jogadores fortes que não sabem que são fortes; são modestos - respeite-os.
Jogadores fortes que sabem que são fortes; são sábios - siga-os.


O ex-campeão mundial Boris Spasski, um anti-comunista ferrenho que conseguiu emigrar da União Soviética no início dos anos 80, costuma dizer que o stalinismo resistiu muito mais tempo por causa do xadrez, uma vez que todas as reuniões dos intelectuais para conspirar contra o regime acabavam em torneios de xadrez. Na verdade o torneio era uma fachada para as reuniões ilegais, mas se tornava o prato principal dos encontros.


Em 1956 quando Bob Fischer ganhou o Campeonato de Juniores dos EUA recebeu como prêmio uma máquina de escrever portátil e declarou: "Isto é muito mais bonito que ir à escola!" No ano seguinte ganha novamente e adivinha o prêmio.... Uma outra máquina de escrever!!! E por certo não achou muita graça ja que foi o mesmo do ano anterior.


Em 1965 quando venceu pela 1a vez o campeonato brasileiro Mequinho jogava a penúltima rodada com Olício Gadia, quando a partida foi suspensa, então Gadia, convícto que o garoto Mecking não se arriscaria em uma sessão de suspensas já que o empate lhe garantia título, falou:
-- Proponho o empate!
-- Proponho que o senhor abandone!! - exclamou Mequinho.
O riso foi geral entre os assistentes. A seguir, o garoto demonstrou com presteza como ganharia o final. Gadia,muito sem jeito,abandonou na hora. - fonte: Epopéia do Campeonato Brasileiro de Xadrez volume II de Waldemar Costa


Um episodio contado nas Biografias de Lenin. Volodia (apelido familiar de Lenin) e Alexandre Ulianov (seu irmao mais velho) jogavam xadrez quando a sua mae se aproxima e da uma ordem a Volodia. Este responde rudemente e nao interrompeu o jogo.A mae insistiu e obteve nova resposta grosseira. Foi entao que Sacha (apelido familiar de Alexandre Ulianov)disse:"Ou vai fazer o que mammae pediu ou nao jogo mais com voce". So entao Lenin foi cumprir a ordem.


Você sabia que O supercomputador Deep Blue, projetado para enfrentar o campeão mundial Garry Kasparov, pesa 1400 Kg e é formado por 512 processadores trabalhando em paralelo e é capaz de analisar 200 milhões de posições por segundo,o seu consumo é de 846Watts.


Você sabia que a peça que hoje conhecemos como Dama ou Rainha já foi chamada anteriormente de Ministro? Seu nome foi mudado devido ao numero de mulheres que estavam praticando o esporte!


O documento mais antigo, sobre o jogo do xadrez, é provavelmente a pintura mural da câmara mortuária de Mera, em Sakarah (nos arredores de Gizé, no Egito). Ao que parece, essa pintura, que representa duas pessoas jogando xadrez, ou algo semelhante, data de aproximadamente 3000 anos antes da era cristã.


Cálculos matemáticos estabelecem que o rei, partindo da sua casa inicial (E1), e seguindo o caminho mais curto, ou seja, em 7 lances, pode atingir a oitava casa (E8) de 393 modos diferentes.


Um fim de partida com o rei e torre contra rei pode formar 216 posições diferentes de mate, ao passo que um final de rei e dama contra rei, pode formar 364 posições.


Numa partida, após o primeiro lance (saída das brancas e resposta das pretas), podem reproduzir-se 400 posições diferentes. Após os 4 primeiros lances, este número se eleva a 318.979.564.000. após os primeiros 10 lances, o número de posiçõs diferentes é de: 169.518.829.100.554.000.000.000.000.000. (calculando a população da Terra, em 5 bilhões de habitantes, se todos se ocupassem 24 horas por dia, em compor estas posições, na média de uma posição por minuto, levariam apenas: 64.000.000.000.000 de anos!


Dois reis podem ocupar no tabuleiro 3612 posições diferentes. Dois reis e duas peças quaisquer podem forma, aproximadamente, 12.000.000 de posições diferentes. Dez peças: 34.254.125.120.000.000


Em 1950, foi achado o manuscrito árabe de Sarajevo, cópia ao que parece, de um texto do ano 897. O manuscrito pretende que Aristóteles teria aconselhado seu discípulo Alexandre Magno, nos seguintes termos; "Vejo que viajas constantemente. Quando estiveres só, quanto te sentires um estrangeiro no mundo, joga xadrez. Este jogo erguerá teu espírito e será teu conselheiro na guerra."


A partida mais longa, terminada em vitória, é a que Wolf ganhou de Duras (Carlsbad, 1907): 168 lances, durando 22 horas e meia.


O mestre inglês J.H. Blackburne jogou aproximadamente 50.000 partidas em 40 anos: 1860-1900.


O mestre Janowski fez, numa partida, um sacrifício de dama e anunciou a seguir, mate em 10 lances. Idêntica proeza foi realizada por Alekhine numa simultânea, em Paris, 1913.


A Sra. J.W. Gilbert, 1879, numa partida por correspondência com G.H. Gossip, anunciou mate em 35 lances! (Steinitz comprovou a sua exatidão) Possivelmente, este é o mate anunciado de maior número de lances.


O Xadrez é o passatempo favorito de uma tribo que habita as montanhas do Sumatra.


O Xadrez, a Música e a Matemática são os únicos setores da atividade humana em que se conhecem casos de crianças prodígio.


O campeão nacional absoluto mais jovem de todos os tempos e de todas as modalidades esportivas é um jogador de Xadrez. Trata-se do peruano Júlio Granda Zuñinga, campeão nacional aos 6 anos de idade.


Na década de 1980, na ex-URSS, por duas vezes um jogador de Xadrez foi eleito atleta do ano, destacando-se entre praticantes de todas as outras modalidades. Foram eles: Anatoli Karpov (1981) e Garry Kasparov (1985).


O Xadrez é o único esporte em que uma mulher conseguiu conquistar um campeonato nacional numa competição mista contra homens. Trata-se da campeã húngara Judit Polgar, considerada a melhor jogadora de todos os tempos.


O Xadrez é a única modalidade esportiva que permite a uma pessoa enfrentar grande número de adversários ao mesmo tempo, em condições de aproximada igualdade.


O Xadrez é disciplina escolar obrigatória na Romênia e as notas em Matemática dependem em 33% do desempenho no Xadrez.


Embora algumas pessoas relutem em aprender Xadrez, por considerá-lo um jogo difícil, há casos de crianças com menos de 4 anos que aprendem jogar apenas assistindo a outras pessoas. Portanto, se você ainda não joga Xadrez, agora não há mais desculpa! Aprenda já.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Erros do Francisco - Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/07/2001 19:18

rmtakata@altavista.net wrote:

> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> > Ok, ok, nao posso provar mas as evidencias saoo estas : Todos os humanos
> > apresentam estes impulsos INDEPENDENTEMENTE de sua educacao.
>
> Vc tem provas dessa afirmacao?

Vc tem provas que ela eh falsa ?
Einstein , ou Newton tinham provas qdo propuseram suas teorias.
ninguem tem provas todos tem evidencia disso.

Basta ver q todos ensinamos as pessoas a nao ter odio e isso
nao surte efeito pois o odio vem quer queiramos quer nao.
Vc acha realmente q vc pode ensinar algeum a nunca ter raiva?

>
>
> > Sim o sentimento pode ser ATIVADO ou nao dependendo da
> > sua interacao com o ambiente. Mas ele se ativaria em reacao a
> > um estimulo adequado sem que ninguem precisasse ensina-lo.
>
> Vc esta' supondo apenas q. exista e q. fique em um
> estado dormente. O q. se questiona e': quais os indicios
> de q. seja assim?

Os indicios sao o comportamento das pessoas que APESAR dos
ensinamentos eticos que recebem a vida toda agem CONTRA ele.

>
>
> > Uma selecao ARTIFICIAL poderia dar cabo destes restantes !! :-)
>
> Uma simples selecao nao. Teria q. partir para a pratica
> abominavel da eugenia -- analisando em nivel molecular
> quem tem ou nao um dado alelo.

Nao eh abominavel se isso for feito a nivel de ovo fertilizado ( Blastocito? )


>
>
> Isso e' invasao de privacidade genetica. As empresas de
> seguro estao de olho nessa possibilidade.
>
> A gde burrice da eugenia e' q. nao se sabe quais variantes
> serao vantajosas no futuro -- o ambiente nao eh permanentemente
> estavel -- nem em escala historica.
>

Isso justificaria que NAO devamos tentar melhorar o mundo?

[]s
jocax



SUBJECT: Re:Erros do Francisco - Jocax
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/07/2001 19:48

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> Vc tem provas que ela eh falsa ?
> Einstein , ou Newton tinham provas qdo propuseram suas teorias.
> ninguem tem provas todos tem evidencia disso.

Qdo pergunto por provas, elas significam indicios.

Ninguem tem provas de q. nao exista um McDonalds
em Jupiter...

Vc e' quem tem o onus da prova, vc e' quem tem q.
apresentar indicios de q. todos os sentimentos sao
geneticamente determinados.

Eu estou apenas utilizando a navalha de Occam:
se nao ha' indicios de q. um sentimento esteja la' --
nao ha' uma manifestacao comportamental -- nao
ha', em principio, razao para aventar q. ele exista,
mas nao se manifeste.

> Basta ver q todos ensinamos as pessoas a nao ter odio e isso
> nao surte efeito pois o odio vem quer queiramos quer nao.
> Vc acha realmente q vc pode ensinar algeum a nunca ter raiva?

Sim, podemos. E' o fenomeno q. se chama de sublimacao.
Algo bastante similar 'as pessoas q. sao capazes de deixar
de sentir dor -- nao e' apenas deixar de responder 'a dor,
mas deixar de registra'-la do modo normal.

Por outro lado podemos ensinar as pessoas a nao terem afeto.

> Os indicios sao o comportamento das pessoas que APESAR dos
> ensinamentos eticos que recebem a vida toda agem CONTRA ele.

Isso nao prova nada. Afinal como vc mesmo disse: comportamento
e' diferente de sentimento. Dois pesos e duas medidas?

E pra isso se por como indicio confiavel seria preciso isolar as
principais fontes de ruidos: ele ter aprendido de algum modo
por experiencia propria (afinal, mesmo q. lhe joguem um
discurso, ele pode aprender por imitacao -- ja' q. a pratica
dos pais e educadores e' diferente do q. pregam), ele priorizar
algum principio etico fundamental q. seja contra um preceito
etico secundario (matar para evitar q. outra pessoa seja morta),
ele agir em funcao de outros sentimentos... Ainda ha' muitas
duvidas razoaveis para se aceitar tranquilamente a tese de
q. todos os sentimentos sao inatos e geneticamente determinados:
ate' porq. existem caracteristicas inatas, mas q. nao sao determinadas
geneticamente.

> Nao eh abominavel se isso for feito a nivel de ovo fertilizado ( Blastocito? )

Nao e' abominavel para vc e os defensores das
tecnicas eugenicas. Como vej e' totalmente dependente
de julgamentos eticos.

> > A gde burrice da eugenia e' q. nao se sabe quais variantes
> > serao vantajosas no futuro -- o ambiente nao eh permanentemente
> > estavel -- nem em escala historica.
> >
>
> Isso justificaria que NAO devamos tentar melhorar o mundo?

Isso mostra como a eugenia nao serve pra melhorar o mundo.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Erros do Francisco - Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/07/2001 20:04

rmtakata@altavista.net wrote:

> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> > Vc tem provas que ela eh falsa ?
> > Einstein , ou Newton tinham provas qdo propuseram suas teorias.
> > ninguem tem provas todos tem evidencia disso.
>
> Qdo pergunto por provas, elas significam indicios.

Eu te dou um indicio bastante bom :
Vc conhece UM UNICO homem adulto no mundo que NUNCA sentiu
raiva?

>
> > Basta ver q todos ensinamos as pessoas a nao ter odio e isso
> > nao surte efeito pois o odio vem quer queiramos quer nao.
> > Vc acha realmente q vc pode ensinar algeum a nunca ter raiva?
>
> Sim, podemos. E' o fenomeno q. se chama de sublimacao.
> Algo bastante similar 'as pessoas q. sao capazes de deixar
> de sentir dor -- nao e' apenas deixar de responder 'a dor,
> mas deixar de registra'-la do modo normal.

Eu nao acredito nisso ( problema meu claro ),
mas vc poderia me mostrar algum artigo num periodico
de prestigio, nature ou science, nao vale paginas soltas na
internet, que mostram que eh possivel deixar de sentir
dor ou raiva? ( Nao vale por alguns momentos
tem q ser durante a vida )

Pq isso nao eh aplicado nos presos por exemplo?

Pq nao eh aplicado nas cirurgias para evitar a anestesia?


>
> Por outro lado podemos ensinar as pessoas a nao terem afeto.
>
> > Os indicios sao o comportamento das pessoas que APESAR dos
> > ensinamentos eticos que recebem a vida toda agem CONTRA ele.
>
> Isso nao prova nada. Afinal como vc mesmo disse: comportamento
> e' diferente de sentimento. Dois pesos e duas medidas?

Eh um indicio SIM. Nao uma prova.
Os comportamentos raivosos sao ditados basicamente pelo sentimento
raivoso. Quem se comportaria raivosamente SEM ter a raiva?


>
>
> E pra isso se por como indicio confiavel seria preciso isolar as
> principais fontes de ruidos:

realmente parece vc nunca viu uma crianca :
Com uma ano de idade ela ja sente raiva qdo lhes retiramos um
brinquedo , vc acha q alguem a ensinou???


>
> > > A gde burrice da eugenia e' q. nao se sabe quais variantes
> > > serao vantajosas no futuro -- o ambiente nao eh permanentemente
> > > estavel -- nem em escala historica.
> > >
> >
> > Isso justificaria que NAO devamos tentar melhorar o mundo?
>
> Isso mostra como a eugenia nao serve pra melhorar o mundo.

Vc acha q extirpar o ODIO a VINGANCA da populacao toda
NAO eh melhora-la ? ???

[]s
jocax



SUBJECT: Re: Off-topic - Xadrez
FROM: "WBC" <wbc@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/07/2001 20:05

Peter,

Como "viciado" em xadrez, adorei o e-mail, valeu!!!

Abraços,

Wagner Campodonio

-----Mensagem original-----
De: Peter/UFMT <peterlsm@terra.com.br>
Para: ciencialist@yahoogroups.com <ciencialist@yahoogroups.com>
Data: Sexta-feira, 27 de Julho de 2001 17:15
Assunto: [ciencialist] Off-topic - Xadrez


>CURIOSIDADES E ALGUNS MOTIVOS PARA
>APRENDER A JOGAR XADREZ
>
>Uma pesquisa feita com os melhores atletas de diversas modalidades
esportivas inclusive jogadores de tênis de mesa, goleiros de futebol e
artistas marciais, revelou serem os jogadores de Xadrez os que possuem
reflexos mais rápidos.
>
>
>Karpov venceu seu primeiro torneio internacional (categoria absoluta) em
1967, em Trince, na Tchecoslováquia, o fato pitoresco é que Karpov foi
enviado por engano, os soviéticos pensavam que fosse um torneio da categoria
junior; mas Karpov deu mostra de seu potencial como futuro campeão mundial e
venceu o torneio, os participantes devem ter imaginado 'se o junior fez este
estrago, imagine o que fariam os adultos'.
>
>
>Tartakower , o mais espirituoso dos escritores de xadrez, dividiu os
jogadores em 4 categorias:
>Jogadores fracos que não sabem que são fracos; são ignorantes - evite-os.
>Jogadores fracos que sabem que são fracos; são inteligentes - ajude-os.
>Jogadores fortes que não sabem que são fortes; são modestos - respeite-os.
>Jogadores fortes que sabem que são fortes; são sábios - siga-os.
>
>
>O ex-campeão mundial Boris Spasski, um anti-comunista ferrenho que
conseguiu emigrar da União Soviética no início dos anos 80, costuma dizer
que o stalinismo resistiu muito mais tempo por causa do xadrez, uma vez que
todas as reuniões dos intelectuais para conspirar contra o regime acabavam
em torneios de xadrez. Na verdade o torneio era uma fachada para as reuniões
ilegais, mas se tornava o prato principal dos encontros.
>
>
>Em 1956 quando Bob Fischer ganhou o Campeonato de Juniores dos EUA recebeu
como prêmio uma máquina de escrever portátil e declarou: "Isto é muito mais
bonito que ir à escola!" No ano seguinte ganha novamente e adivinha o
prêmio.... Uma outra máquina de escrever!!! E por certo não achou muita
graça ja que foi o mesmo do ano anterior.
>
>
>Em 1965 quando venceu pela 1a vez o campeonato brasileiro Mequinho jogava a
penúltima rodada com Olício Gadia, quando a partida foi suspensa, então
Gadia, convícto que o garoto Mecking não se arriscaria em uma sessão de
suspensas já que o empate lhe garantia título, falou:
>-- Proponho o empate!
>-- Proponho que o senhor abandone!! - exclamou Mequinho.
>O riso foi geral entre os assistentes. A seguir, o garoto demonstrou com
presteza como ganharia o final. Gadia,muito sem jeito,abandonou na hora. -
fonte: Epopéia do Campeonato Brasileiro de Xadrez volume II de Waldemar
Costa
>
>
>Um episodio contado nas Biografias de Lenin. Volodia (apelido familiar de
Lenin) e Alexandre Ulianov (seu irmao mais velho) jogavam xadrez quando a
sua mae se aproxima e da uma ordem a Volodia. Este responde rudemente e nao
interrompeu o jogo.A mae insistiu e obteve nova resposta grosseira. Foi
entao que Sacha (apelido familiar de Alexandre Ulianov)disse:"Ou vai fazer o
que mammae pediu ou nao jogo mais com voce". So entao Lenin foi cumprir a
ordem.
>
>
>Você sabia que O supercomputador Deep Blue, projetado para enfrentar o
campeão mundial Garry Kasparov, pesa 1400 Kg e é formado por 512
processadores trabalhando em paralelo e é capaz de analisar 200 milhões de
posições por segundo,o seu consumo é de 846Watts.
>
>
>Você sabia que a peça que hoje conhecemos como Dama ou Rainha já foi
chamada anteriormente de Ministro? Seu nome foi mudado devido ao numero de
mulheres que estavam praticando o esporte!
>
>
>O documento mais antigo, sobre o jogo do xadrez, é provavelmente a pintura
mural da câmara mortuária de Mera, em Sakarah (nos arredores de Gizé, no
Egito). Ao que parece, essa pintura, que representa duas pessoas jogando
xadrez, ou algo semelhante, data de aproximadamente 3000 anos antes da era
cristã.
>
>
>Cálculos matemáticos estabelecem que o rei, partindo da sua casa inicial
(E1), e seguindo o caminho mais curto, ou seja, em 7 lances, pode atingir a
oitava casa (E8) de 393 modos diferentes.
>
>
>Um fim de partida com o rei e torre contra rei pode formar 216 posições
diferentes de mate, ao passo que um final de rei e dama contra rei, pode
formar 364 posições.
>
>
>Numa partida, após o primeiro lance (saída das brancas e resposta das
pretas), podem reproduzir-se 400 posições diferentes. Após os 4 primeiros
lances, este número se eleva a 318.979.564.000. após os primeiros 10 lances,
o número de posiçõs diferentes é de:
169.518.829.100.554.000.000.000.000.000. (calculando a população da Terra,
em 5 bilhões de habitantes, se todos se ocupassem 24 horas por dia, em
compor estas posições, na média de uma posição por minuto, levariam apenas:
64.000.000.000.000 de anos!
>
>
>Dois reis podem ocupar no tabuleiro 3612 posições diferentes. Dois reis e
duas peças quaisquer podem forma, aproximadamente, 12.000.000 de posições
diferentes. Dez peças: 34.254.125.120.000.000
>
>
>Em 1950, foi achado o manuscrito árabe de Sarajevo, cópia ao que parece, de
um texto do ano 897. O manuscrito pretende que Aristóteles teria aconselhado
seu discípulo Alexandre Magno, nos seguintes termos; "Vejo que viajas
constantemente. Quando estiveres só, quanto te sentires um estrangeiro no
mundo, joga xadrez. Este jogo erguerá teu espírito e será teu conselheiro na
guerra."
>
>
>A partida mais longa, terminada em vitória, é a que Wolf ganhou de Duras
(Carlsbad, 1907): 168 lances, durando 22 horas e meia.
>
>
>O mestre inglês J.H. Blackburne jogou aproximadamente 50.000 partidas em 40
anos: 1860-1900.
>
>
>O mestre Janowski fez, numa partida, um sacrifício de dama e anunciou a
seguir, mate em 10 lances. Idêntica proeza foi realizada por Alekhine numa
simultânea, em Paris, 1913.
>
>
>A Sra. J.W. Gilbert, 1879, numa partida por correspondência com G.H.
Gossip, anunciou mate em 35 lances! (Steinitz comprovou a sua exatidão)
Possivelmente, este é o mate anunciado de maior número de lances.
>
>
>O Xadrez é o passatempo favorito de uma tribo que habita as montanhas do
Sumatra.
>
>
>O Xadrez, a Música e a Matemática são os únicos setores da atividade humana
em que se conhecem casos de crianças prodígio.
>
>
>O campeão nacional absoluto mais jovem de todos os tempos e de todas as
modalidades esportivas é um jogador de Xadrez. Trata-se do peruano Júlio
Granda Zuñinga, campeão nacional aos 6 anos de idade.
>
>
>Na década de 1980, na ex-URSS, por duas vezes um jogador de Xadrez foi
eleito atleta do ano, destacando-se entre praticantes de todas as outras
modalidades. Foram eles: Anatoli Karpov (1981) e Garry Kasparov (1985).
>
>
>O Xadrez é o único esporte em que uma mulher conseguiu conquistar um
campeonato nacional numa competição mista contra homens. Trata-se da campeã
húngara Judit Polgar, considerada a melhor jogadora de todos os tempos.
>
>
>O Xadrez é a única modalidade esportiva que permite a uma pessoa enfrentar
grande número de adversários ao mesmo tempo, em condições de aproximada
igualdade.
>
>
>O Xadrez é disciplina escolar obrigatória na Romênia e as notas em
Matemática dependem em 33% do desempenho no Xadrez.
>
>
>Embora algumas pessoas relutem em aprender Xadrez, por considerá-lo um jogo
difícil, há casos de crianças com menos de 4 anos que aprendem jogar apenas
assistindo a outras pessoas. Portanto, se você ainda não joga Xadrez, agora
não há mais desculpa! Aprenda já.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Off-topic - Xadrez
FROM: "merlin" <merlin@imagelink.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/07/2001 21:06

Por favor, voces conhecem uma lista de discussao a respeito de xadrez ?
Eu gostaria de participar.

Atenciosamente,
Ragnarok
----- Original Message -----
From: WBC <wbc@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Friday, July 27, 2001 8:05 PM
Subject: [ciencialist] Re: Off-topic - Xadrez


> Peter,
>
> Como "viciado" em xadrez, adorei o e-mail, valeu!!!
>
> Abraços,
>
> Wagner Campodonio
>
> -----Mensagem original-----
> De: Peter/UFMT <peterlsm@terra.com.br>
> Para: ciencialist@yahoogroups.com <ciencialist@yahoogroups.com>
> Data: Sexta-feira, 27 de Julho de 2001 17:15
> Assunto: [ciencialist] Off-topic - Xadrez
>
>
> >CURIOSIDADES E ALGUNS MOTIVOS PARA
> >APRENDER A JOGAR XADREZ
> >
> >Uma pesquisa feita com os melhores atletas de diversas modalidades
> esportivas inclusive jogadores de tênis de mesa, goleiros de futebol e
> artistas marciais, revelou serem os jogadores de Xadrez os que possuem
> reflexos mais rápidos.
> >
> >
> >Karpov venceu seu primeiro torneio internacional (categoria absoluta) em
> 1967, em Trince, na Tchecoslováquia, o fato pitoresco é que Karpov foi
> enviado por engano, os soviéticos pensavam que fosse um torneio da
categoria
> junior; mas Karpov deu mostra de seu potencial como futuro campeão mundial
e
> venceu o torneio, os participantes devem ter imaginado 'se o junior fez
este
> estrago, imagine o que fariam os adultos'.
> >
> >
> >Tartakower , o mais espirituoso dos escritores de xadrez, dividiu os
> jogadores em 4 categorias:
> >Jogadores fracos que não sabem que são fracos; são ignorantes - evite-os.
> >Jogadores fracos que sabem que são fracos; são inteligentes - ajude-os.
> >Jogadores fortes que não sabem que são fortes; são modestos -
respeite-os.
> >Jogadores fortes que sabem que são fortes; são sábios - siga-os.
> >
> >
> >O ex-campeão mundial Boris Spasski, um anti-comunista ferrenho que
> conseguiu emigrar da União Soviética no início dos anos 80, costuma dizer
> que o stalinismo resistiu muito mais tempo por causa do xadrez, uma vez
que
> todas as reuniões dos intelectuais para conspirar contra o regime acabavam
> em torneios de xadrez. Na verdade o torneio era uma fachada para as
reuniões
> ilegais, mas se tornava o prato principal dos encontros.
> >
> >
> >Em 1956 quando Bob Fischer ganhou o Campeonato de Juniores dos EUA
recebeu
> como prêmio uma máquina de escrever portátil e declarou: "Isto é muito
mais
> bonito que ir à escola!" No ano seguinte ganha novamente e adivinha o
> prêmio.... Uma outra máquina de escrever!!! E por certo não achou muita
> graça ja que foi o mesmo do ano anterior.
> >
> >
> >Em 1965 quando venceu pela 1a vez o campeonato brasileiro Mequinho jogava
a
> penúltima rodada com Olício Gadia, quando a partida foi suspensa, então
> Gadia, convícto que o garoto Mecking não se arriscaria em uma sessão de
> suspensas já que o empate lhe garantia título, falou:
> >-- Proponho o empate!
> >-- Proponho que o senhor abandone!! - exclamou Mequinho.
> >O riso foi geral entre os assistentes. A seguir, o garoto demonstrou com
> presteza como ganharia o final. Gadia,muito sem jeito,abandonou na hora. -
> fonte: Epopéia do Campeonato Brasileiro de Xadrez volume II de Waldemar
> Costa
> >
> >
> >Um episodio contado nas Biografias de Lenin. Volodia (apelido familiar de
> Lenin) e Alexandre Ulianov (seu irmao mais velho) jogavam xadrez quando a
> sua mae se aproxima e da uma ordem a Volodia. Este responde rudemente e
nao
> interrompeu o jogo.A mae insistiu e obteve nova resposta grosseira. Foi
> entao que Sacha (apelido familiar de Alexandre Ulianov)disse:"Ou vai fazer
o
> que mammae pediu ou nao jogo mais com voce". So entao Lenin foi cumprir a
> ordem.
> >
> >
> >Você sabia que O supercomputador Deep Blue, projetado para enfrentar o
> campeão mundial Garry Kasparov, pesa 1400 Kg e é formado por 512
> processadores trabalhando em paralelo e é capaz de analisar 200 milhões de
> posições por segundo,o seu consumo é de 846Watts.
> >
> >
> >Você sabia que a peça que hoje conhecemos como Dama ou Rainha já foi
> chamada anteriormente de Ministro? Seu nome foi mudado devido ao numero de
> mulheres que estavam praticando o esporte!
> >
> >
> >O documento mais antigo, sobre o jogo do xadrez, é provavelmente a
pintura
> mural da câmara mortuária de Mera, em Sakarah (nos arredores de Gizé, no
> Egito). Ao que parece, essa pintura, que representa duas pessoas jogando
> xadrez, ou algo semelhante, data de aproximadamente 3000 anos antes da era
> cristã.
> >
> >
> >Cálculos matemáticos estabelecem que o rei, partindo da sua casa inicial
> (E1), e seguindo o caminho mais curto, ou seja, em 7 lances, pode atingir
a
> oitava casa (E8) de 393 modos diferentes.
> >
> >
> >Um fim de partida com o rei e torre contra rei pode formar 216 posições
> diferentes de mate, ao passo que um final de rei e dama contra rei, pode
> formar 364 posições.
> >
> >
> >Numa partida, após o primeiro lance (saída das brancas e resposta das
> pretas), podem reproduzir-se 400 posições diferentes. Após os 4 primeiros
> lances, este número se eleva a 318.979.564.000. após os primeiros 10
lances,
> o número de posiçõs diferentes é de:
> 169.518.829.100.554.000.000.000.000.000. (calculando a população da Terra,
> em 5 bilhões de habitantes, se todos se ocupassem 24 horas por dia, em
> compor estas posições, na média de uma posição por minuto, levariam
apenas:
> 64.000.000.000.000 de anos!
> >
> >
> >Dois reis podem ocupar no tabuleiro 3612 posições diferentes. Dois reis e
> duas peças quaisquer podem forma, aproximadamente, 12.000.000 de posições
> diferentes. Dez peças: 34.254.125.120.000.000
> >
> >
> >Em 1950, foi achado o manuscrito árabe de Sarajevo, cópia ao que parece,
de
> um texto do ano 897. O manuscrito pretende que Aristóteles teria
aconselhado
> seu discípulo Alexandre Magno, nos seguintes termos; "Vejo que viajas
> constantemente. Quando estiveres só, quanto te sentires um estrangeiro no
> mundo, joga xadrez. Este jogo erguerá teu espírito e será teu conselheiro
na
> guerra."
> >
> >
> >A partida mais longa, terminada em vitória, é a que Wolf ganhou de Duras
> (Carlsbad, 1907): 168 lances, durando 22 horas e meia.
> >
> >
> >O mestre inglês J.H. Blackburne jogou aproximadamente 50.000 partidas em
40
> anos: 1860-1900.
> >
> >
> >O mestre Janowski fez, numa partida, um sacrifício de dama e anunciou a
> seguir, mate em 10 lances. Idêntica proeza foi realizada por Alekhine numa
> simultânea, em Paris, 1913.
> >
> >
> >A Sra. J.W. Gilbert, 1879, numa partida por correspondência com G.H.
> Gossip, anunciou mate em 35 lances! (Steinitz comprovou a sua exatidão)
> Possivelmente, este é o mate anunciado de maior número de lances.
> >
> >
> >O Xadrez é o passatempo favorito de uma tribo que habita as montanhas do
> Sumatra.
> >
> >
> >O Xadrez, a Música e a Matemática são os únicos setores da atividade
humana
> em que se conhecem casos de crianças prodígio.
> >
> >
> >O campeão nacional absoluto mais jovem de todos os tempos e de todas as
> modalidades esportivas é um jogador de Xadrez. Trata-se do peruano Júlio
> Granda Zuñinga, campeão nacional aos 6 anos de idade.
> >
> >
> >Na década de 1980, na ex-URSS, por duas vezes um jogador de Xadrez foi
> eleito atleta do ano, destacando-se entre praticantes de todas as outras
> modalidades. Foram eles: Anatoli Karpov (1981) e Garry Kasparov (1985).
> >
> >
> >O Xadrez é o único esporte em que uma mulher conseguiu conquistar um
> campeonato nacional numa competição mista contra homens. Trata-se da
campeã
> húngara Judit Polgar, considerada a melhor jogadora de todos os tempos.
> >
> >
> >O Xadrez é a única modalidade esportiva que permite a uma pessoa
enfrentar
> grande número de adversários ao mesmo tempo, em condições de aproximada
> igualdade.
> >
> >
> >O Xadrez é disciplina escolar obrigatória na Romênia e as notas em
> Matemática dependem em 33% do desempenho no Xadrez.
> >
> >
> >Embora algumas pessoas relutem em aprender Xadrez, por considerá-lo um
jogo
> difícil, há casos de crianças com menos de 4 anos que aprendem jogar
apenas
> assistindo a outras pessoas. Portanto, se você ainda não joga Xadrez,
agora
> não há mais desculpa! Aprenda já.
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Re:Erros do Francisco - Jocax
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/07/2001 22:53

Barcellos, por favor, nao responda
'as perguntas apenas retoricas, certo?

A menos q. vc nao concorde com a
resposta dada -- mas ai' discorde da
argumentacao apontando o q. vc
acha q. esta' errado e nao respondendo
'as perguntas retoricas.

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> Eu te dou um indicio bastante bom :
> Vc conhece UM UNICO homem adulto no mundo que NUNCA sentiu
> raiva?

E qual a indicio q. isso mostra? Nenhum. Ja'
discutimos longamente sobre o q. uma simples
contagem quer dizer.

Ja' vi pessoas com apenas um braco -- isso quer
dizer q. genes nao participam na construcao do
braco? Nao.

Nunca vi uma pessoa ser raptada por alienigenas,
isso quer dizer q. nao ser raptado por alienigenas
e' genetico? Nao.

Os organismos sao construidos pela interacao
entre os genes e o ambiente em q. se desenvolvem.

Se uma caracteristica e' fixa -- e a irascibilidade nao
e' (apresenta varios graus de manifestacao) --
significa q. tto o ambiente como os genes sao
invariaveis (ou q. a alteracao em um esta' associado
a uma alteracao compensatoria em outro).

Conheco varios casos de pessoas adultas q.
nunca sentiram raiva -- mas eles apresentam
problemas neurologicos (nao necessariamente
geneticos).

> Eu nao acredito nisso ( problema meu claro ),
> mas vc poderia me mostrar algum artigo num periodico
> de prestigio, nature ou science, nao vale paginas soltas na
> internet, que mostram que eh possivel deixar de sentir
> dor ou raiva? ( Nao vale por alguns momentos
> tem q ser durante a vida )

Por q. nao valeira por momentos? Isso ja'
demonstra a factibilidade do processo.

Ha' casos de pessoas q. ficaram paraplegicas
e deixaram de sentir dor ou qq outra sensacao
na regiao abaixo da lesao na medula. Casos
de infeccoes cutaneas, como a hanseniase
tbm podem levar 'a analgesia.
Nao e' ensinado, mas e' uma caracteristica
ambiental.

O estudo abaixo mostra como a expectativa influencia
na potencializacao da percepcao dolorosa.

Severeijns R, Vlaeyen JWS, van den Hout MA,
Weber WEJ 2001 -- Pain catastrophizing predicts
pain intensity, disability, and psychological
distress independent of the level of physical
impairment. CLINICAL JOURNAL OF PAIN
17: (2) 165-72.

Aqui relata a eficacia da hipnose no controle
da percepcao da dor.

Benhaiem, Jean-Marc; Attal, Nadine; Chauvin,
Marcel; Brasseur, Louis; Bouhassira, Didier 2001 --
Local and remote effects of hypnotic suggestions of analgesia
Pain 89: (2-3) 167-73.

Jensen MP, Barber J, Williams-Avery RM,
Flores L, Brown MZ 2000 -- The effect of hypnotic
suggestion on spinal cord injury pain.
JOURNAL OF BACK AND MUSCULOSKELETAL
REHABILITATION 14: (1-2) 3-10.

Existem outros metodos para o controle
psicologico da dor.

> Pq isso nao eh aplicado nos presos por exemplo?

Quem disse q. nao e'? Apenas q. o
metodo mais eficaz -- a lavagem cerebral --
nao e' eticamente aceitavel.

Mas esse tipo de 'argumentacao' e'
respondida assim:

Nem sempre o q. e' possivel e' viavel.
Nem sempre o q. e' viavel e' aplicado.

(Por q. nao acabamos com a fome no
mundo? Por q. nao diminuimos o nosso
desperdicio de energia e material? Por q.
nao eh possivel?)

Outros modos de se controlar a populacao
carceraria: aplicacao de bloqueadores de
testosterona, lobotomia, castracao fisica ou
quimica... Por q. nao se usam tais metodos?

Por q. sao invasivos, sao anti-eticos. Assim,
a lavagem cerebral tbm e' assim vista.

Utiliza-se ocasionalmente o metodo mais
suave, porem menos eficiente de ressocializacao
do preso: programas de educacao, atividades
de reintegracao, palestras, atividades religiosas...

> Pq nao eh aplicado nas cirurgias para evitar a anestesia?

Em alguns casos simples de fato e' feito isso.
Pessoas alergicas a anestesicos sao hipnotizadas
em pequenas cirurgias como extracao de dente.
Outros efeitos de sugestionamento tbm sao
utilizados.

> Eh um indicio SIM. Nao uma prova.

Como eu disse: as provas a q. me refiro
sao os indicios. E o q. vc apresentou nao e'
um indicio seguro -- existem diversas interpretacoes
alternativas viaveis.

> Os comportamentos raivosos sao ditados basicamente pelo sentimento
> raivoso. Quem se comportaria raivosamente SEM ter a raiva?

Um ator, e.g.

> realmente parece vc nunca viu uma crianca :
> Com uma ano de idade ela ja sente raiva qdo lhes retiramos um
> brinquedo , vc acha q alguem a ensinou???

Vc esta' a ensinando a sentir raiva ao maltrata'-la.

A raiva e' um estado mental consciente. Ela
ocorre qdo nos tornamos consciente de uma
resposta de nosso corpo -- uma resposta de
agressividade dirigida a uma objeto q. causa
a irritacao.

Assim a pessoa pode ficar com raiva de uma
mesa, ao dar uma topada com ela. Nao e'
raro darmos um soco nela ao darmos com
a canela em sua quina.

Se temos a consciencia de q. uma mesa nao
e' um agente agressor -- ela nao tem vontade,
logo nao tem proposito de nos machucar. Q.
a topada foi acidental, podemos nao mais sentir
essa raiva. Isso pode ocorrer inconscientemente
tbm. Podemos ficar sem o impulso inicial de
revidar contra um objeto inanimado. (Tente
fazer isso como um exercicio. No comeco
tera' q. controlar o impulso inicial. Depois de
um tempo nao havera' mais nem esse impulso.
E' mais ou menos como tocar piano ou andar
de bicicleta -- depois de um tempo os movimentos
ficam automaticos. Nao deixa de ser uma especie
de lavagem cerebral auto-aplicada.)

> > Isso mostra como a eugenia nao serve pra melhorar o mundo.
>
> Vc acha q extirpar o ODIO a VINGANCA da populacao toda
> NAO eh melhora-la ? ???

Nao necessariamente. Certo nivel de beligerancia
e' necessario para a manutencao da viabilidade do
individuo -- um palerma total sera' totalmente subjugado.

Pode-se mais produtivamente canalizar odio e
desejo de vinganca para acoes construtivas como:
competitividade, ambicao, forca de vontade --
todos sentimentos q. podem ser ensinados...

Agora, claro q. alguns sentimentos provavelmente
sao inatos e muitos geneticamente condicionados.
O fato de se contestar q. todos os sentimentos
sejam geneticos nao quer dizer, obviamente q.
se acha q. todos os sentimentos sao determinados
pela cultura e aprendizado.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Off-topic - Xadrez
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/07/2001 23:00

--- In ciencialist@y..., "Peter/UFMT" <peterlsm@t...> wrote:
> Tartakower , o mais espirituoso dos escritores de xadrez, dividiu os joga=
dores em 4 categorias:
> Jogadores fracos que não sabem que são fracos; são ignorantes - evite-os.=

> Jogadores fracos que sabem que são fracos; são inteligentes - ajude-os.
> Jogadores fortes que não sabem que são fortes; são modestos - respeite-os=
.
> Jogadores fortes que sabem que são fortes; são sábios - siga-os.

O Belisario postou algo parecido com isso como um proverbio arabe.

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/8368

"Nada se perde, nada se cria. Tudo se copia" --
Jose' Abelardo Barbosa de Medeiros (1917-1988).

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Off-topic - Xadrez
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/07/2001 23:15


Assunto: Re: [ciencialist] Re: Off-topic - Xadrez


| Por favor, voces conhecem uma lista de discussao a respeito de xadrez ?
| Eu gostaria de participar.
|
| Atenciosamente,
| Ragnarok

O Drauzio Varela está empenhado no processo e já escreveu um livro a respeito envolvendo o Carandirú. Parece-me que já existe uma lista de discussão.

[]'
Léo
=============:--)============



SUBJECT: Re: Off-topic - Xadrez
FROM: "WBC" <wbc@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/07/2001 11:58

Eu conheço uma boa: Clube deXadrez Virtual (CXV)

Para entrar na lista envie um e-mail em branco para:
assinar-cxv@grupos.com.br

Abraços,

Wagner Campodonio


-----Mensagem original-----
De: Emilson Leite <emilson@iag.usp.br>
Para: ciencialist@yahoogroups.com <ciencialist@yahoogroups.com>
Data: Sábado, 28 de Julho de 2001 15:03
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Off-topic - Xadrez


>Não conheço, mas um site muito bom é do melhor jogador do mundo, Kasparov.
>
>www.kasparov.com
>
>Lá vc encontra partidas analisadas, entrevistas com grandes jogadores,
>resumo
>de torneios, etc.
>Um abraço,
>Emilson.
>
>----- Original Message -----
>From: "merlin" <merlin@imagelink.com.br>
>To: <ciencialist@yahoogroups.com>
>Sent: Friday, July 27, 2001 9:06 PM
>Subject: Re: [ciencialist] Re: Off-topic - Xadrez
>
>
>> Por favor, voces conhecem uma lista de discussao a respeito de xadrez ?
>> Eu gostaria de participar.
>>
>> Atenciosamente,
>> Ragnarok
>> ----- Original Message -----
>> From: WBC <wbc@terra.com.br>
>> To: <ciencialist@yahoogroups.com>
>> Sent: Friday, July 27, 2001 8:05 PM
>> Subject: [ciencialist] Re: Off-topic - Xadrez
>>
>>
>> > Peter,
>> >
>> > Como "viciado" em xadrez, adorei o e-mail, valeu!!!
>> >
>> > Abraços,
>> >
>> > Wagner Campodonio
>> >
>> > -----Mensagem original-----
>> > De: Peter/UFMT <peterlsm@terra.com.br>
>> > Para: ciencialist@yahoogroups.com <ciencialist@yahoogroups.com>
>> > Data: Sexta-feira, 27 de Julho de 2001 17:15
>> > Assunto: [ciencialist] Off-topic - Xadrez
>> >
>> >
>> > >CURIOSIDADES E ALGUNS MOTIVOS PARA
>> > >APRENDER A JOGAR XADREZ
>> > >
>> > >Uma pesquisa feita com os melhores atletas de diversas modalidades
>> > esportivas inclusive jogadores de tênis de mesa, goleiros de futebol e
>> > artistas marciais, revelou serem os jogadores de Xadrez os que possuem
>> > reflexos mais rápidos.
>> > >
>> > >
>> > >Karpov venceu seu primeiro torneio internacional (categoria absoluta)
>em
>> > 1967, em Trince, na Tchecoslováquia, o fato pitoresco é que Karpov foi
>> > enviado por engano, os soviéticos pensavam que fosse um torneio da
>> categoria
>> > junior; mas Karpov deu mostra de seu potencial como futuro campeão
>mundial
>> e
>> > venceu o torneio, os participantes devem ter imaginado 'se o junior fez
>> este
>> > estrago, imagine o que fariam os adultos'.
>> > >
>> > >
>> > >Tartakower , o mais espirituoso dos escritores de xadrez, dividiu os
>> > jogadores em 4 categorias:
>> > >Jogadores fracos que não sabem que são fracos; são ignorantes -
>evite-os.
>> > >Jogadores fracos que sabem que são fracos; são inteligentes -
ajude-os.
>> > >Jogadores fortes que não sabem que são fortes; são modestos -
>> respeite-os.
>> > >Jogadores fortes que sabem que são fortes; são sábios - siga-os.
>> > >
>> > >
>> > >O ex-campeão mundial Boris Spasski, um anti-comunista ferrenho que
>> > conseguiu emigrar da União Soviética no início dos anos 80, costuma
>dizer
>> > que o stalinismo resistiu muito mais tempo por causa do xadrez, uma vez
>> que
>> > todas as reuniões dos intelectuais para conspirar contra o regime
>acabavam
>> > em torneios de xadrez. Na verdade o torneio era uma fachada para as
>> reuniões
>> > ilegais, mas se tornava o prato principal dos encontros.
>> > >
>> > >
>> > >Em 1956 quando Bob Fischer ganhou o Campeonato de Juniores dos EUA
>> recebeu
>> > como prêmio uma máquina de escrever portátil e declarou: "Isto é muito
>> mais
>> > bonito que ir à escola!" No ano seguinte ganha novamente e adivinha o
>> > prêmio.... Uma outra máquina de escrever!!! E por certo não achou muita
>> > graça ja que foi o mesmo do ano anterior.
>> > >
>> > >
>> > >Em 1965 quando venceu pela 1a vez o campeonato brasileiro Mequinho
>jogava
>> a
>> > penúltima rodada com Olício Gadia, quando a partida foi suspensa, então
>> > Gadia, convícto que o garoto Mecking não se arriscaria em uma sessão de
>> > suspensas já que o empate lhe garantia título, falou:
>> > >-- Proponho o empate!
>> > >-- Proponho que o senhor abandone!! - exclamou Mequinho.
>> > >O riso foi geral entre os assistentes. A seguir, o garoto demonstrou
>com
>> > presteza como ganharia o final. Gadia,muito sem jeito,abandonou na
>hora. -
>> > fonte: Epopéia do Campeonato Brasileiro de Xadrez volume II de Waldemar
>> > Costa
>> > >
>> > >
>> > >Um episodio contado nas Biografias de Lenin. Volodia (apelido familiar
>de
>> > Lenin) e Alexandre Ulianov (seu irmao mais velho) jogavam xadrez quando
>a
>> > sua mae se aproxima e da uma ordem a Volodia. Este responde rudemente e
>> nao
>> > interrompeu o jogo.A mae insistiu e obteve nova resposta grosseira. Foi
>> > entao que Sacha (apelido familiar de Alexandre Ulianov)disse:"Ou vai
>fazer
>> o
>> > que mammae pediu ou nao jogo mais com voce". So entao Lenin foi cumprir
>a
>> > ordem.
>> > >
>> > >
>> > >Você sabia que O supercomputador Deep Blue, projetado para enfrentar o
>> > campeão mundial Garry Kasparov, pesa 1400 Kg e é formado por 512
>> > processadores trabalhando em paralelo e é capaz de analisar 200 milhões
>de
>> > posições por segundo,o seu consumo é de 846Watts.
>> > >
>> > >
>> > >Você sabia que a peça que hoje conhecemos como Dama ou Rainha já foi
>> > chamada anteriormente de Ministro? Seu nome foi mudado devido ao numero
>de
>> > mulheres que estavam praticando o esporte!
>> > >
>> > >
>> > >O documento mais antigo, sobre o jogo do xadrez, é provavelmente a
>> pintura
>> > mural da câmara mortuária de Mera, em Sakarah (nos arredores de Gizé,
no
>> > Egito). Ao que parece, essa pintura, que representa duas pessoas
jogando
>> > xadrez, ou algo semelhante, data de aproximadamente 3000 anos antes da
>era
>> > cristã.
>> > >
>> > >
>> > >Cálculos matemáticos estabelecem que o rei, partindo da sua casa
>inicial
>> > (E1), e seguindo o caminho mais curto, ou seja, em 7 lances, pode
>atingir
>> a
>> > oitava casa (E8) de 393 modos diferentes.
>> > >
>> > >
>> > >Um fim de partida com o rei e torre contra rei pode formar 216
posições
>> > diferentes de mate, ao passo que um final de rei e dama contra rei,
pode
>> > formar 364 posições.
>> > >
>> > >
>> > >Numa partida, após o primeiro lance (saída das brancas e resposta das
>> > pretas), podem reproduzir-se 400 posições diferentes. Após os 4
>primeiros
>> > lances, este número se eleva a 318.979.564.000. após os primeiros 10
>> lances,
>> > o número de posiçõs diferentes é de:
>> > 169.518.829.100.554.000.000.000.000.000. (calculando a população da
>Terra,
>> > em 5 bilhões de habitantes, se todos se ocupassem 24 horas por dia, em
>> > compor estas posições, na média de uma posição por minuto, levariam
>> apenas:
>> > 64.000.000.000.000 de anos!
>> > >
>> > >
>> > >Dois reis podem ocupar no tabuleiro 3612 posições diferentes. Dois
reis
>e
>> > duas peças quaisquer podem forma, aproximadamente, 12.000.000 de
>posições
>> > diferentes. Dez peças: 34.254.125.120.000.000
>> > >
>> > >
>> > >Em 1950, foi achado o manuscrito árabe de Sarajevo, cópia ao que
>parece,
>> de
>> > um texto do ano 897. O manuscrito pretende que Aristóteles teria
>> aconselhado
>> > seu discípulo Alexandre Magno, nos seguintes termos; "Vejo que viajas
>> > constantemente. Quando estiveres só, quanto te sentires um estrangeiro
>no
>> > mundo, joga xadrez. Este jogo erguerá teu espírito e será teu
>conselheiro
>> na
>> > guerra."
>> > >
>> > >
>> > >A partida mais longa, terminada em vitória, é a que Wolf ganhou de
>Duras
>> > (Carlsbad, 1907): 168 lances, durando 22 horas e meia.
>> > >
>> > >
>> > >O mestre inglês J.H. Blackburne jogou aproximadamente 50.000 partidas
>em
>> 40
>> > anos: 1860-1900.
>> > >
>> > >
>> > >O mestre Janowski fez, numa partida, um sacrifício de dama e anunciou
a
>> > seguir, mate em 10 lances. Idêntica proeza foi realizada por Alekhine
>numa
>> > simultânea, em Paris, 1913.
>> > >
>> > >
>> > >A Sra. J.W. Gilbert, 1879, numa partida por correspondência com G.H.
>> > Gossip, anunciou mate em 35 lances! (Steinitz comprovou a sua exatidão)
>> > Possivelmente, este é o mate anunciado de maior número de lances.
>> > >
>> > >
>> > >O Xadrez é o passatempo favorito de uma tribo que habita as montanhas
>do
>> > Sumatra.
>> > >
>> > >
>> > >O Xadrez, a Música e a Matemática são os únicos setores da atividade
>> humana
>> > em que se conhecem casos de crianças prodígio.
>> > >
>> > >
>> > >O campeão nacional absoluto mais jovem de todos os tempos e de todas
as
>> > modalidades esportivas é um jogador de Xadrez. Trata-se do peruano
Júlio
>> > Granda Zuñinga, campeão nacional aos 6 anos de idade.
>> > >
>> > >
>> > >Na década de 1980, na ex-URSS, por duas vezes um jogador de Xadrez foi
>> > eleito atleta do ano, destacando-se entre praticantes de todas as
outras
>> > modalidades. Foram eles: Anatoli Karpov (1981) e Garry Kasparov (1985).
>> > >
>> > >
>> > >O Xadrez é o único esporte em que uma mulher conseguiu conquistar um
>> > campeonato nacional numa competição mista contra homens. Trata-se da
>> campeã
>> > húngara Judit Polgar, considerada a melhor jogadora de todos os tempos.
>> > >
>> > >
>> > >O Xadrez é a única modalidade esportiva que permite a uma pessoa
>> enfrentar
>> > grande número de adversários ao mesmo tempo, em condições de aproximada
>> > igualdade.
>> > >
>> > >
>> > >O Xadrez é disciplina escolar obrigatória na Romênia e as notas em
>> > Matemática dependem em 33% do desempenho no Xadrez.
>> > >
>> > >
>> > >Embora algumas pessoas relutem em aprender Xadrez, por considerá-lo um
>> jogo
>> > difícil, há casos de crianças com menos de 4 anos que aprendem jogar
>> apenas
>> > assistindo a outras pessoas. Portanto, se você ainda não joga Xadrez,
>> agora
>> > não há mais desculpa! Aprenda já.
>> >
>> >
>> >
>> > &&& --- &&&
>> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
>> > Para sair da lista envie um mail para
>> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>> > &&& --- &&&
>> >
>> > Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
>> http://docs.yahoo.com/info/terms/
>> >
>> >
>>
>>
>> &&& --- &&&
>> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>> http://www.ciencialist.hpg.com.br
>> Para sair da lista envie um mail para
>> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>> &&& --- &&&
>>
>> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
>http://docs.yahoo.com/info/terms/
>>
>>
>>
>>
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Off-topic - Xadrez
FROM: "Emilson Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/07/2001 15:00

Não conheço, mas um site muito bom é do melhor jogador do mundo, Kasparov.

www.kasparov.com

Lá vc encontra partidas analisadas, entrevistas com grandes jogadores,
resumo
de torneios, etc.
Um abraço,
Emilson.

----- Original Message -----
From: "merlin" <merlin@imagelink.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Friday, July 27, 2001 9:06 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Off-topic - Xadrez


> Por favor, voces conhecem uma lista de discussao a respeito de xadrez ?
> Eu gostaria de participar.
>
> Atenciosamente,
> Ragnarok
> ----- Original Message -----
> From: WBC <wbc@terra.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Sent: Friday, July 27, 2001 8:05 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Off-topic - Xadrez
>
>
> > Peter,
> >
> > Como "viciado" em xadrez, adorei o e-mail, valeu!!!
> >
> > Abraços,
> >
> > Wagner Campodonio
> >
> > -----Mensagem original-----
> > De: Peter/UFMT <peterlsm@terra.com.br>
> > Para: ciencialist@yahoogroups.com <ciencialist@yahoogroups.com>
> > Data: Sexta-feira, 27 de Julho de 2001 17:15
> > Assunto: [ciencialist] Off-topic - Xadrez
> >
> >
> > >CURIOSIDADES E ALGUNS MOTIVOS PARA
> > >APRENDER A JOGAR XADREZ
> > >
> > >Uma pesquisa feita com os melhores atletas de diversas modalidades
> > esportivas inclusive jogadores de tênis de mesa, goleiros de futebol e
> > artistas marciais, revelou serem os jogadores de Xadrez os que possuem
> > reflexos mais rápidos.
> > >
> > >
> > >Karpov venceu seu primeiro torneio internacional (categoria absoluta)
em
> > 1967, em Trince, na Tchecoslováquia, o fato pitoresco é que Karpov foi
> > enviado por engano, os soviéticos pensavam que fosse um torneio da
> categoria
> > junior; mas Karpov deu mostra de seu potencial como futuro campeão
mundial
> e
> > venceu o torneio, os participantes devem ter imaginado 'se o junior fez
> este
> > estrago, imagine o que fariam os adultos'.
> > >
> > >
> > >Tartakower , o mais espirituoso dos escritores de xadrez, dividiu os
> > jogadores em 4 categorias:
> > >Jogadores fracos que não sabem que são fracos; são ignorantes -
evite-os.
> > >Jogadores fracos que sabem que são fracos; são inteligentes - ajude-os.
> > >Jogadores fortes que não sabem que são fortes; são modestos -
> respeite-os.
> > >Jogadores fortes que sabem que são fortes; são sábios - siga-os.
> > >
> > >
> > >O ex-campeão mundial Boris Spasski, um anti-comunista ferrenho que
> > conseguiu emigrar da União Soviética no início dos anos 80, costuma
dizer
> > que o stalinismo resistiu muito mais tempo por causa do xadrez, uma vez
> que
> > todas as reuniões dos intelectuais para conspirar contra o regime
acabavam
> > em torneios de xadrez. Na verdade o torneio era uma fachada para as
> reuniões
> > ilegais, mas se tornava o prato principal dos encontros.
> > >
> > >
> > >Em 1956 quando Bob Fischer ganhou o Campeonato de Juniores dos EUA
> recebeu
> > como prêmio uma máquina de escrever portátil e declarou: "Isto é muito
> mais
> > bonito que ir à escola!" No ano seguinte ganha novamente e adivinha o
> > prêmio.... Uma outra máquina de escrever!!! E por certo não achou muita
> > graça ja que foi o mesmo do ano anterior.
> > >
> > >
> > >Em 1965 quando venceu pela 1a vez o campeonato brasileiro Mequinho
jogava
> a
> > penúltima rodada com Olício Gadia, quando a partida foi suspensa, então
> > Gadia, convícto que o garoto Mecking não se arriscaria em uma sessão de
> > suspensas já que o empate lhe garantia título, falou:
> > >-- Proponho o empate!
> > >-- Proponho que o senhor abandone!! - exclamou Mequinho.
> > >O riso foi geral entre os assistentes. A seguir, o garoto demonstrou
com
> > presteza como ganharia o final. Gadia,muito sem jeito,abandonou na
hora. -
> > fonte: Epopéia do Campeonato Brasileiro de Xadrez volume II de Waldemar
> > Costa
> > >
> > >
> > >Um episodio contado nas Biografias de Lenin. Volodia (apelido familiar
de
> > Lenin) e Alexandre Ulianov (seu irmao mais velho) jogavam xadrez quando
a
> > sua mae se aproxima e da uma ordem a Volodia. Este responde rudemente e
> nao
> > interrompeu o jogo.A mae insistiu e obteve nova resposta grosseira. Foi
> > entao que Sacha (apelido familiar de Alexandre Ulianov)disse:"Ou vai
fazer
> o
> > que mammae pediu ou nao jogo mais com voce". So entao Lenin foi cumprir
a
> > ordem.
> > >
> > >
> > >Você sabia que O supercomputador Deep Blue, projetado para enfrentar o
> > campeão mundial Garry Kasparov, pesa 1400 Kg e é formado por 512
> > processadores trabalhando em paralelo e é capaz de analisar 200 milhões
de
> > posições por segundo,o seu consumo é de 846Watts.
> > >
> > >
> > >Você sabia que a peça que hoje conhecemos como Dama ou Rainha já foi
> > chamada anteriormente de Ministro? Seu nome foi mudado devido ao numero
de
> > mulheres que estavam praticando o esporte!
> > >
> > >
> > >O documento mais antigo, sobre o jogo do xadrez, é provavelmente a
> pintura
> > mural da câmara mortuária de Mera, em Sakarah (nos arredores de Gizé, no
> > Egito). Ao que parece, essa pintura, que representa duas pessoas jogando
> > xadrez, ou algo semelhante, data de aproximadamente 3000 anos antes da
era
> > cristã.
> > >
> > >
> > >Cálculos matemáticos estabelecem que o rei, partindo da sua casa
inicial
> > (E1), e seguindo o caminho mais curto, ou seja, em 7 lances, pode
atingir
> a
> > oitava casa (E8) de 393 modos diferentes.
> > >
> > >
> > >Um fim de partida com o rei e torre contra rei pode formar 216 posições
> > diferentes de mate, ao passo que um final de rei e dama contra rei, pode
> > formar 364 posições.
> > >
> > >
> > >Numa partida, após o primeiro lance (saída das brancas e resposta das
> > pretas), podem reproduzir-se 400 posições diferentes. Após os 4
primeiros
> > lances, este número se eleva a 318.979.564.000. após os primeiros 10
> lances,
> > o número de posiçõs diferentes é de:
> > 169.518.829.100.554.000.000.000.000.000. (calculando a população da
Terra,
> > em 5 bilhões de habitantes, se todos se ocupassem 24 horas por dia, em
> > compor estas posições, na média de uma posição por minuto, levariam
> apenas:
> > 64.000.000.000.000 de anos!
> > >
> > >
> > >Dois reis podem ocupar no tabuleiro 3612 posições diferentes. Dois reis
e
> > duas peças quaisquer podem forma, aproximadamente, 12.000.000 de
posições
> > diferentes. Dez peças: 34.254.125.120.000.000
> > >
> > >
> > >Em 1950, foi achado o manuscrito árabe de Sarajevo, cópia ao que
parece,
> de
> > um texto do ano 897. O manuscrito pretende que Aristóteles teria
> aconselhado
> > seu discípulo Alexandre Magno, nos seguintes termos; "Vejo que viajas
> > constantemente. Quando estiveres só, quanto te sentires um estrangeiro
no
> > mundo, joga xadrez. Este jogo erguerá teu espírito e será teu
conselheiro
> na
> > guerra."
> > >
> > >
> > >A partida mais longa, terminada em vitória, é a que Wolf ganhou de
Duras
> > (Carlsbad, 1907): 168 lances, durando 22 horas e meia.
> > >
> > >
> > >O mestre inglês J.H. Blackburne jogou aproximadamente 50.000 partidas
em
> 40
> > anos: 1860-1900.
> > >
> > >
> > >O mestre Janowski fez, numa partida, um sacrifício de dama e anunciou a
> > seguir, mate em 10 lances. Idêntica proeza foi realizada por Alekhine
numa
> > simultânea, em Paris, 1913.
> > >
> > >
> > >A Sra. J.W. Gilbert, 1879, numa partida por correspondência com G.H.
> > Gossip, anunciou mate em 35 lances! (Steinitz comprovou a sua exatidão)
> > Possivelmente, este é o mate anunciado de maior número de lances.
> > >
> > >
> > >O Xadrez é o passatempo favorito de uma tribo que habita as montanhas
do
> > Sumatra.
> > >
> > >
> > >O Xadrez, a Música e a Matemática são os únicos setores da atividade
> humana
> > em que se conhecem casos de crianças prodígio.
> > >
> > >
> > >O campeão nacional absoluto mais jovem de todos os tempos e de todas as
> > modalidades esportivas é um jogador de Xadrez. Trata-se do peruano Júlio
> > Granda Zuñinga, campeão nacional aos 6 anos de idade.
> > >
> > >
> > >Na década de 1980, na ex-URSS, por duas vezes um jogador de Xadrez foi
> > eleito atleta do ano, destacando-se entre praticantes de todas as outras
> > modalidades. Foram eles: Anatoli Karpov (1981) e Garry Kasparov (1985).
> > >
> > >
> > >O Xadrez é o único esporte em que uma mulher conseguiu conquistar um
> > campeonato nacional numa competição mista contra homens. Trata-se da
> campeã
> > húngara Judit Polgar, considerada a melhor jogadora de todos os tempos.
> > >
> > >
> > >O Xadrez é a única modalidade esportiva que permite a uma pessoa
> enfrentar
> > grande número de adversários ao mesmo tempo, em condições de aproximada
> > igualdade.
> > >
> > >
> > >O Xadrez é disciplina escolar obrigatória na Romênia e as notas em
> > Matemática dependem em 33% do desempenho no Xadrez.
> > >
> > >
> > >Embora algumas pessoas relutem em aprender Xadrez, por considerá-lo um
> jogo
> > difícil, há casos de crianças com menos de 4 anos que aprendem jogar
> apenas
> > assistindo a outras pessoas. Portanto, se você ainda não joga Xadrez,
> agora
> > não há mais desculpa! Aprenda já.
> >
> >
> >
> > &&& --- &&&
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> > &&& --- &&&
> >
> > Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
> http://docs.yahoo.com/info/terms/
> >
> >
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>



SUBJECT: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Peter/UFMT" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/07/2001 17:03

Prezado "Centaurus" e demais amigos da lista.

Segue *EM ANEXO* um micro-debate sobre TCI (Transcomunicação instrumental), assim chamada por alguns "médiuns" e parapsicólogos a habilidade de gravar "vozes de espíritos".

Eu sou um dos debatedores, representando o ponto de vista cético.


>> Existe até uma "ciencia" ,que estuda isso e técnicas para
>> tomarmos consciencia da realidade do lado de lá ,chamada
>> de Projeciologia.Aconteceu comigo ,de solucionar um
>> problema matemático sonhando e de ter um certo
>> controle sobre os sonhos.

Projeciologia não é ciência. Talvez nem pseudociência. Está mais próxima da crença e da superstição.

Estudei esse termo no tempo que fui espírita. Além disso, o exemplo que você colocou também não seria de projeciologia, seria da chamada "inspiração subconsciente".


>> Já vi artigos ,relatando alguns magos da Idade Média que
>> tinham o conhecimento dos fatos sob a ótica espírita e ,
>> aproveitavam para influenciar as pessoas enquanto elas
>> estavam dormindo para obter vantagens em terra.

Na idade Média também acreditavam em dragões, súcumbus, íncubus, demônios e até que a Terra era plana.


>> Seriam os espíritos???

Isso poderia ser perguntado de outra maneira, se variar apenas a *crença* religiosa:
Seria Jesus?
Seria o "inconsciente coletivo"?
Seriam os arquétipos?
Seria Buda trazendo impressões do nirvana?
Seria o duende?
Seria a fada-do-dente?
Seria... ?

Até lá, nem Jesus, nem insconciente coletivo, nem o duente, nem os espíritos, e nem o *produto* de alguma doutrina religiosa tratá uma resposta racional à essa questão. É apenas uma maneira de "explicar", mas não de concluir mediante um esclarecimento racional.


>> O que seriam os fenomenos paranormais???

Talvez SUSAN BLACKMORE, em "Questionando o Paranornal"; ou ainda JAMES RANDI possa responder muito bem essa questão.

www.csicop.org


>> Os médiuns???Tirando o charlatanismo e o sensacionalismo

Tirando isso? Nada.


>> como explicar o poder de algumas pessoas de saber
>> o que vc pensa sem ter nunca visto vc??

Falácia da Petição de Princípio. Você está pressupondo que *existem* pessoas que sabem o que "vc pensa sem ter nunca visto vc" e continua seguindo como se isso fosse um fato verdadeiro (e aceito).


>> Já ouviram falar de transcomunicação instrumental???

Já. Inclusive há um mês tive um debate com um "transcomunidador" (que também é intitulado "médium"). E foi, pelo menos, decepcionante.

Ocorreu numa lista de maçons e rosacruzes, da qual faço parte e procuro manter algum nível de conhecimento científico por lá (pelo menos a ponto de não deixar que a frase "comprovado cientificamente" seja usada indiscriminadamente).

*ESTOU ENVIANDO EM ANEXO* esse micro-debate.

Gostaria da opinião dos demais amigos listeiros.

Abraços.

Peterson Leal.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: : Como pensar enquanto se dorme?
FROM: centaurus@mtv.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/07/2001 17:17

valeu!!!

-- Mensagem original --

>--- In ciencialist@y..., centaurus@m... wrote:
>> Será que tais dimensões existem????
>
>Nao ha' nenhum indicio de q. existam. Assim como
>nao ha' nenhum indicio q. sustente uma resposta
>positiva para as duas perguntas seguintes.
>
>> Se existirem , existe vida inteligente por lá??
>>
>> Seriam os espíritos???
>
>> A física quantica admite a existencia de 9 a 10 dimensões sendo impercept=

>íveis
>> aos nossos órgãos(a partir da 4°) pelo fato de serem "degeneradas".
>
>A fisica quantica nao admite isso. Essas dimensoes
>extras sao teorizacoes da chamada teoria das supercordas.
>
>E nao se fala em degeneracao, mas em uma 'compactacao' --
>essas dimensoes estao la'.
>
>Ainda nao existe nenhum experimento a dar apoio a essa teoria.
>
>De todo modo, essas dimensoes extras sao dimensoes fisicas -- nao
>se parecendo em nada com as dimensoes citadas acima.
>
>> O que seriam os fenomenos paranormais???Os médiuns???Tirando o charlatani=

>smo
>> e o sensacionalismo , como explicar o poder de algumas pessoas de saber
>> o que vc pensa sem ter nunca visto vc??
>
>Os fenomenos paranormais sao fenomenos supostos. Em
>geral mal documentados ou rotulados como tais mesmo em
>casos em q. explicacoes mais simples e bem terrenas sao
>perfeitamente aplicaveis.
>
>Tirando o charlatanismo e o sensacionalismo sobra alguma coisa
>a ser explicada?
>
>Mesmo q. sobrasse nao viria nisso nenhum indicio forte
>para o paranormal... a menos de q. se pudesse estuda'-los
>de modo controlado, sistematico e reitarado.
>
>> Coisa que me importuna até hoje , foi um médium que pedia para pensar
>em=

>
>> quaquer coisa e o miserável sabia o que eu estava pensando.
>
>Nao poderia ser a tecnica da leitura fria?
>
>Em muitos casos e' bastante simples imaginar o q.
>as pessoas estao pensando. Basta prestar atencao
>no q. estao olhando, na feicao delas. Pessoas com
>algum treinamento sao capazes de obter resultados
>muito bons. (Minha mae quase sempre adivinhava
>no q. eu estava pensando...)
>
>E quase sempre e' bastante facil faze-las pensar
>q. estamos pensando o q. elas estao pensando.
>(Quem namora ou namorou sabe como isso e' facil...)
>
>> Quem garante que de certa forma eles não desenvolveram outros sentidos
>ca=

>pazes
>> de tal feito??
>
>Ninguem. O problema e' q. ninguem garante q. eles
>desenvolveram outros sentidos...
>
>> Já ouviram falar de transcomunicação instrumental???
>
>Ja'. Isso posso afiancar q. e' uma furada total.
>
>Sao sons e imagens sem nitidez. Sempre as pessoas
>acabam influenciadas e comecam a enxergar padroes
>onde nao ha' nenhum.
>
>Vc ja' deve ter ouvido falar em teste de Rorscharch.
>Sao aquelas em q. as pessoas dizem o q. veem em
>manchas formadas ao acaso.
>
>A validade como diagnostico psicologico do teste e'
>no minimo duvidoso. Mas mostra bem q. as pessoas
>sao capazes de enxergar coisas onde nao estao --
>especialmente rostos humanos.
>
>> para vermos que tem algo estranho que exige no mínimo uma investigação
>ma=

>is
>> apurada.
>
>Tem pelo menos 150 anos de investigacao intensa.
>Ate' hj nao se encontrou nada mais substancial.
>Q. continuem a busca.
>
>[]s,
>
>Roberto Takata
>
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>



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SUBJECT: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Peter/UFMT" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/07/2001 17:19


Acho que não está mais sendo possível enviar *anexos*. Então converti em texto puro e estou enviando o anexo da minha última mensagem dessa forma. Segue abaixo.


MICRO-DEBATE
TCI - Transcomunicação Instrumental
(gravação de vozes de espíritos)

Representando o ponto de vista da paranormalidade está Marco Aurélio, 2° Grau de Templo da AMORC e pesquisador de TCI.

Representando o ponto de vista cético está Peterson Leal, ex-rosacruz, 9° Grau de Templo AMORC

O micro-debate ocorreu em uma lista-de-discussão exclusiva para iniciados rosacruzes e maçons (os primeiros tem afinidade com estudos paranormais, que são estudados em alguns Graus dessa organização).

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[ 1. MARCO AURÉLIO ]

Já que ninguém se arvorou em comentar sobre TCI (compreendo, pois é um assunto complexo, passível de conhecimentos mais aprofundados para que seja melhor compreendido), aguardem amanhã um breve ensaio (estou sem tempo hoje) sobre a referida área que está surgindo "oficialmente" somente agora aos olhos do mundo físico, tridimensional..., além de provas materiais (portanto, irrefutáveis, queiram ou não).

Marco Aurélio FRC


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[ 2. PETERSON LEAL ]

Prezado Marco Aurélio:
Saudações.

>> Já que ninguém se arvorou em comentar sobre TCI

Bem, não tenho muito o que comentar, afinal, você mesmo disse que tem "provas materiais", sendo portanto "irrefutáveis"... Em Ciência não existem "provas irrefutáveis"

Mas estamos aguardando as provas da TCI e o artigo que você prometeu.

Abraços.

Peterson Leal, F.R.C.


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[ 3. MARCO AURÉLIO ]

Êpa, espera aí, Peterson. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Não seja excessivamente "literal", cara! Qdo eu disse "provas irrefutáveis", foi só uma força de expressão. Vc, presupostamente é uma pessoa inteligente, há de convir que eu jamais poderia dizer "irrefutável" ao pé da letra. Senão, estaria sendo contraditório comigo mesmo e não adotaria o lema daquela máxima do C.J. Keyser sobre a "certeza absoluta", lembra? Portanto, não se exaspere e seja um melhor "tradutor" de entrelinhas. (se fôssemos levar tudo a ferro e a fogo como vc faz... hi, ia ser difícil se fazer "entender"...).

Bem, sem mais enrolações, qto às vozes em anexo, eu explico:
1-"Como é grande a minha dor" - foi captada por umas amiga transcomunicadora. Pressupõe-se (eu disse PRESSUPÕE-SE) que seja de uma entidade sofredora lamentando-se;
2-Esse "cacarejar" foi captado após eu ter perguntado sobre o Atlético Mineiro, que na época estava fazendo a final contra o Corinthians. É som raro na TCI aqueles provenientes de aves e outros animais. Raramente eles são captados.
3-Aconteceu numa época qdo foi perguntado sobre um amigo transcomunicador de nome Lázaro, e então surgiu: "O Lázaro sumiu". Ouçam como é nítido.
OK. Não disse que tais sons sejam DE FATO de entidades de outros mundos ou dimensões. Mas, o "irrefutável" nesse caso, é que as estações de rádio pelas quais eles são sintonizados, estão isentas de interferências pois estão "inter-estações", ou seja, sem qualquer chance de ser de uma rádio FM ou AM. (maiores informações, acessem os sites sobre o assunto). Afinal, seria muita conicidência, pois as respostas foram concomitante às perguntas (no caso da entidade sofredora, do Galo e sobre o paradeiro do Lázaro).
E tem mais! A prova que eu achei mais crível foi a que meu irmão deu.

Explico: meu irmão Márcio, o mais velho lá de casa, passou para o Outro Lado em fev/97, com 48 anos. Algum tempos depois, surgiu-nos a "voz" dele numa das captações! O mais impressionante é a semelhança dessa "voz" com a que ele tinha, qdo era vivo! Senão, convenhamos: ou existe espírito imitador ou foi ele de fato, pois todas as vozes têm timbres diferentes, tais como as digitais que são únicas. Esta e outras mensagens dele (todas captadas pela Phyllis, a transcomunicadora minha amiga que disse acima) - ou do imitador - posso enviar aos interessados em PVT (é só pedir).

No mais, chegou a hora de uma nova forma de comunicação (nem tanto, pois o Padre Lendell é um de seus precursores) se instalar. Houve um tempo em que o rádio e a televisão eram invenções, pura ficção científica. Hoje, os céticos dizem o mesmo qto à TCI. Mas, aos poucos a verdade surgirá. Essa é absoluta, pois contra a prova cabal, não há ceticismo que derrube! Só não vai acreditar, quem não quiser. Se non e vero e bene trovatto.

No mais, crer ou não crer não é a questão. É entender, o problema maior.

Prova não convence ninguém, eu sei. Se assim fôsse, médico não fumaria. O que convence uma pessoa não é a natureza da prova, é a sua capacidade de entender! Mas, se essa pessoa não possui tal capacidade de entender, não adianta insistir. Assim como o estômago não consegue metabolizar certos alimentos, o mesmo acontece com a mente. Certas mentes são incapazes de deglutir certas ideías. Se o fazem, as vomitam depois.

E para bom entendedor, meia palavra basta.
M.A.


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[ 4. PETERSON LEAL ]

Prezado Marco Aurélio:
Saudações.

Li atentamente sua mensagem e vou apenas destacar os pontos que mais me chamaram a atenção:

>> Não seja excessivamente "literal", cara! Qdo eu
>> disse "provas irrefutáveis", foi só uma força de
>> expressão. Vc, presupostamente é uma pessoa
>> inteligente, há de convir que eu jamais poderia
>> dizer "irrefutável" ao pé da letra.
(...)
>> Portanto, não se exaspere e seja um melhor "tradutor"
>> de entrelinhas. (se fôssemos levar tudo a ferro e a fogo
>> como vc faz... hi, ia ser difícil se fazer "entender"...).

Hummm... reli o texto e não encontrei nenhum indicativo de que a palavra "irrefutável" fosse metafórica ou "força de expressão". No caso dessa última, então foi bem forte mesmo, já que a colocação, ainda mais entre parênteses >> (portanto, irrefutáveis, queiram ou não) << e *não estava entre aspas*. A expressão veio no fim do parágrafo, o que torna um pouco mais difícil fazer pensar que se tratasse de uma simples força de expressão. Além disso, eu apenas tenho uma presunção de que seria difícil você dizer "irrefutável" ao pé da letra, mas nunca achei que isso *jamais* poderia vir a ocorrer.

Há diversas formas de textos, como você sabe tanto quanto eu. Há os meramente informativos, os literários, os científicos, técnicos, cultos, etc. A mensagem que você postou *não era literária*, nem "popular", nem uma saudação ou um simples "aviso". Falava de um assunto que, pelo menos *pretende* informar uma coisa real e objetiva. Em textos informativo-científicos geralmente nunca se utiliza palavras meramente qualificadas pela "força de expressão", assim eu não fui um "mau tradutor de entrelinhas", haja vista que geralmente nessa forma de comunicação informativa *não literária* as palavras geralmente não são subjetivas.

Por fim, se um caso desses ocorre comigo, normalmente pediria desculpas pela colocação errada ou mal compreendida, afinal, não vejo problema algum em se retratar. De qualquer forma, se você está dizendo que foi apenas "força de expressão", tudo bem. Mas é preciso estar atendo que a maneira como a expressão foi colocada dava sim, a possibilidade de uma interpretação literal.


>> Houve um tempo em que o rádio e a televisão eram
>> invenções, pura ficção científica. Hoje, os céticos dizem
>> o mesmo qto à TCI. Mas, aos poucos a verdade
>> surgirá. Essa é absoluta, pois contra a prova cabal,
>> não há ceticismo que derrube! Só não vai acreditar,
>> quem não quiser.

No primeiro exemplo, não é porque o que foi "ontem" ficção científica e hoje é realidade, que obrigatoriamente toda ficção científica de hoje será realidade amanhã. Se fosse assim, então vamos esperar os "invasores de marte", que ainda é ficção científica. Teremos comprovado o Monstro do Lago Ness, o "chupacabras", a "viagem ao centro da terra", o "homem invisível", e centenas de outras coisas.

Quando ao fato de que "aos poucos a verdade surgirá", isso depende do que *acreditamos* poder ser a verdade. Às vezes ela nos surpreende. Os céticos não tem problema algum com evidências, apenas com conceitos de "verdade absoluta".

De qualquer forma, *acreditar* geralmente é mesmo uma questão de querer. Muitas pessoas acreditam em vários tipos de coisa, e geralmente é porque querem acreditar ou porque não tem conhecimentos suficiente para ter explicações alternativas. Não faria muito sentido eu dizer que "acredito" ter dois olhos. Deve haver um critério para o léxico das palavras. Uma boa evidência geralmente dispensa a crença. Esta últia é geralmente aplicada justamente nas coisas que não tem uma evidência bastante sólida, por isso é preciso "acreditar" na coisa.


>> Prova não convence ninguém, eu sei. Se assim
>> fôsse, médico não fumaria. O que convence uma
>> pessoa não é a natureza da prova, é a sua
>> capacidade de entender!

Penso um pouco diferente. Acho possível, sim, que provas convençam. Talvez nem em todos os casos, seja a ressalva, mas, por exemplo, um médico pode fumar mesmo estando bem convencido e entendendo perfeitamente que o cigarro lhe faz mal. Só que a lógica de nossas atitudes não é a mesma lógica formal, silogística e indutiva. Não somos "obrigados" a seguir a lógica, e acho que é aqui que está a síntese da coisa. Muitas pessoas não acham problema em perder alguns anos de vida por certo tipo de prazer.

As religiões, seitas, crenças e superstições não são obrigadas a seguirem a lógica, a razão e a Ciência para chegarem às conclusões que atingem, e muitas pessoas que as seguem estão perfeitamente conscientes disso. Um exemplo: recentemente, em um debate que estou tendo com um pastor evangélico e doutorado em Teologia, ficou estabelecido após certas investigações que nunca existiu um Jesus Cristo histórico, ou seja, tal homem como descrito na bíblia é mera invenção. A resposta dele foi que isso é melhor ainda, afinal é uma maneira dele exercitar sua crença e fé. Ele continuou dizendo que se houvesse uma prova de que ele tivesse existido não seria necessário ter fé nisso.


>> Mas, se essa pessoa não possui tal capacidade
>> de entender, não adianta insistir. Assim como o
>> estômago não consegue metabolizar certos alimentos,
>> o mesmo acontece com a mente. Certas mentes são
>> incapazes de deglutir certas ideías. Se o fazem, as
>> vomitam depois.

Não sei se há realmente um problema nisso. Milhões de pessoas preferem acreditar em coisas pouco prováveis. Elas querem forçar, de toda maneira, os fatos a se encaixarem em suas crenças. Geralmente essas pessoas são incapazes de "deglutir" o método científico. Por outro lado, muitas pessoas também não aceitam suposições ou coisas que não estejam bem estruturadas, ou com sólido apoio em evidências. Entre os dois extremos há ainda miríades de possibilidades.

Penso que o mais importante é que essas pessoas, independente de pensarem diferente ou não de mim, estão exercendo sua *liberdade de escolha*. Para um evangélico pode parecer ignorância um espírita "não se dar conta de que aquilo é coisa do diabo", ou para um espírita, um evangélico pode parecer ignorante por acreditar em tais coisas ou não ter uma "mente aberta" para suas considerações.

O ideal seria se pudéssemos ter a liberdade analisar todas as idéias e escolher aquelas que melhor se adaptam às nossas características e/ou necessidades psicológicas e culturais, sem que isso implicasse parecermos ignorantes aos outros. Senão todo mundo fica ignorante para todo mundo, apenas pela forma das pessoas chegarem à *sua* verdade ao exercerem essa liberdade.

Seria ideal também que as pessoas pudessem argumentar e mostrar os motivos pelos quais acreditam em algo, sem que isso significasse que é ou deixa de ser ignorante, sem que isso depreciasse seu valor de qualquer forma. Uma das coisas que mais fiz na vida foi mudar de opinião. Às vezes, olhar algo de uma maneira diferente pode trazer novas informações sobre esse algo.

Mas nem sempre seguimos à risca esse preceito. Não me importo muito em achar, para mim mesmo, alguém ignorante. Talvez porque eu nunca ache alguém realmente ignorante. As pessoas pensam diferente, foram educadas em culturas diferentes, têm informações e experiências diversas, etc. Mas às vezes pode ser que eu fale sobre o que *julgo* ser ignorância. Digo *julgo* porque dentro de mim sempre há uma parte que considera a possibilidade da ignorância ser minha.

Agora, voltando ao assunto da chamada "TCI", bem, não há muito a dizer. As teorias são muito falhas, requerem dados pouco discutíveis, não são falseáveis e não há controle na experiência. Enfim, as pesquisas sobre TCI não são científicas.

Não estou dizendo que precisam ser aceitas pela Comunidade Científica, ser publicada na Nature ou na Science para serem verdadeiras. Claro, TCI sequer foi mencionada nessas publicações oficiais. As informações que tenho são de cientistas da Comunidade Científica.

A conclusão é que não existe a TCI. Trata-se de casos de apofenia relacionados à *seleção de amostras*. Acompanhou-se de perto muitos "peritos" em TCI, mas o que se observou é que haviam pelo menos milhares de coletas até que se encontre algo que lembre uma frase. Mesmo assim as frases analisadas não queriam dizer aquilo que os pesquisadores acreditavam estar ouvindo. Em muitos casos a diferença era muito grande, praticamente não havia como supor relações. Mas nossos cérebros são treinados em encontrar padrões tanto visuais quanto fonéticos em amostras caóticas.

Tentava-se de tudo para fazer as amostras se encaixarem à teoria. Houveram até mesmo os que diziam ser "em outra língua". Entre produções caóticas de ruídos, chiados e interferências diversas (nenhum dos ambientes é completamente livre delas--inclusive das originárias da próprias condições do equipamento), uma entre milhares de amostras realmente parecia que uma ou outra delas lembrava uma frase conhecida.

Se jogarmos por exemplo oito dados, aleatoriamente, por muitas vezes, em algum momento é possível que todos eles dêem o mesmo número. A TCI é semelhante a olhar para milhares de núvens no céu e, ao se estar falando sobre um objeto, o reconhecermos em alguma das núvens. Em exaustivos testes, a interpretação de TCI por aqueles que acreditam na teoria foi demonstrado tratar-se de um evento conhecido na Ciência como "Cum Hoc Ergo Propter Hoc" (acontecerem juntos então estão relacionados), que é um estabelecimento errôneo do nexo de causalidade entre dois eventos.

Quando milhares de amostras não apresentavam uma boa seleção, até mesmo ruídos como chiados, revelados em elevações de azimute e gerados por motivos diversos e posteriormente identificados serviam como "evidências" de que dessa vez animais tentavam comunicar-se.

Pessoalmente, vejo o exemplo do "galo" como um grande despercídio de tempo e um desnecessário sacrifício do bom-senso. Mas algumas pessoas acreditam nisso.

Não é científico. Se aspira a um dia encontrar uma comprovação nesse sentido, trata-se de pseudociência. Não estou dizendo é impossível que algum dia ocorra um fenômeno pouco compreendido nessa área, que realmente não tenha nenhuma outra explicação. Mas nem isso provaria que tratam-se de espíritos. A Parapsicologia têm diversas outras teorias que explicariam bem tudo isso, sem precisar dos espíritos.

Mas não estou muito interessado em "explicações". Até uma superstição "explica" os fenômenos que não compreende.

Se alguém me disser que *acredita* em TCI, nada terei a acrescentar ou a comentar. Mas se alguém me disse que TCI tem comprovações científicas, ah, isso não tem mesmo. Até lá a única bravata que os crentes poderão contar será que "aos poucos a verdade surgirá", que "haverão" provas cabais e "certezas absolutas".

Por fim, a maior desculpa daquele que tem sua crença rejeitada no confronto com a realidade ao molde científico ou no fogo-cruzado dos céticos, é que ela "não foi entendida". Assim eles terão pelo menos o benefício da dúvida dos mais inclinados a aceitar as coisas pela crença, e talvez até possam dizer que o problema é que "os cientistas são materialistas" ou que "os céticos são incapazes de compreender tais idéias"...

Abraços.

Peterson Leal.



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[ 5. MARCO AURÉLIO ]

Prezado Peterson,
Saudações.

Respeito tudo o que disse. Infelizmente, discordo da maioria. Não que sejam "mentirosas", mas seus evasivos (desculpe-me a sinceridade) conceitos não coadunam com os meus. No mais, é bom debater. Mas, vc não acha que devemos ser mais objetivos qdo não concordamos com algo? Não vai nenhuma crítica aqui, mas o excesso de vocábulos que vc tanto aprecia e emprega em sua retórica, nem sempre "dizem coisa com coisa". Isto faz a discussão se perder. Em outras palavras, esse seu discurso um tanto chegado ao "rodeio" nos faz perder o fio da meada. Objetividade, como o próprio nome diz, significa simplicidade. E a simplicidade é a forma mais inteligente de argumentar. Qdo há excesso de "alternativas", a conversa fica cansativa e acabamos por perder o entusiasmo em debater o assunto em pauta. Não acha? Ops, desculpe, com certeza vc "não acha", pois ainda estou para descobrir algo que faça vc concordar, hehehe. (será que existe?)

A vida é isso aí. Um dia, todos nós aprenderemos. Eu disse "todos nós", sem excessão. E com os pés no chão, claro. Tudo é válido, meu amigo! Paz profunda ("profunda" neste caso não significa intensidade, ou seja, que a pessoa deva estar em paz total, como se isentasse da realidade. Não é isso, significa "equilíbrio pessoal")
M.A.

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[ 6. PETERSON LEAL ]

Prezado Marco Aurélio:
Saudações.

>> Mas, vc não acha que devemos ser mais objetivos
>> qdo não concordamos com algo? Não vai nenhuma
>> crítica aqui, mas o excesso de vocábulos que vc
>> tanto aprecia e emprega em sua retórica, nem
>> sempre "dizem coisa com coisa". Isto faz a discussão
>> se perder. Em outras palavras, esse seu discurso
>> um tanto chegado ao "rodeio" nos faz perder o fio
>> da meada.


Sem problemas. Embora eu faça parte de 14 listas-de-discussão, escreva artigos para jornais e sites, e ninguém tenha achado que faço "rodeio" ou não diga diretamente o que quero dizer, farei o máximo possível para que nossa comunicação seja feita da melhor maneira possível. Vamos lá:

Quando eu disse:
"TCI", bem, não há muito a dizer. As teorias são muito falhas, requerem dados pouco discutíveis, não são falseáveis e não há controle na experiência. Enfim, as pesquisas sobre TCI não são científicas.

Eu quis dizer:
Pesquisas sobre TCI não são científicas.


Quando eu disse:
A conclusão é que não existe a TCI.

Eu quis dizer:
Não existem vozes de espíritos gravadas ou captadas.


Quando eu disse:
Tentava-se de tudo para fazer as amostras se encaixarem à teoria.

Eu quis dizer:
As pesquisas sobre TCI são falhas.


Quando eu disse:
Pessoalmente, vejo o exemplo do "galo" como um grande despercídio de tempo e um desnecessário sacrifício do bom-senso.

Eu quis dizer:
Não há fundamento em tais crenças. Não procedem do bom-senso.


Quando eu disse:
Não é científico.

Eu quis dizer:
Não é científico.


Ainda assim eu prefiro que tudo fique da maneira como escrevi, da primeira vez. O que você chama de "rodeios" eu chamo de *fundamentação*.

Não gosto de monólogos do tipo "eu acho e pronto". Ou "Isso é irrefutável, e fim de papo", ou ainda "isso não é científico". E terminar. Gosto de DIZER O MOTIVO PELO QUAL TENHO CERTA OPINIÃO.

E não vou mudar esse modo de escrever.


>> Não acha? Ops, desculpe, com certeza vc "não acha",
>> pois ainda estou para descobrir algo que faça vc
>> concordar, hehehe. (será que existe?)

Se existe, ou deixa de existir, também não é minha preocupação. Nunca precisei mentir o que penso para ter que conquistar a simpatia de alguém. E, se não conquistar, pode ser que a culpa não seja minha.

Se alguém quer acreditar em saci-pererê ou espíritos falando ao microfone isso não me importa. Não é esse tipo de coisa que irá me fazer gostar mais ou menos de uma pessoa.

Se alguém detestar pessoas que admiro, como Carl Sagan, Einstein, o Dalai Lama, etc. ainda haverá uma grande possibilidade de eu ter boa amizade com essa pessoa.

O problema é que às vezes algumas pessoas querem que você concorde com as idéias delas, e disso depende o sentimento que ela terá por você. Paciência... não posso querer que todos ajam como eu. Aliás, até hoje nunca conheci ninguém que agradou a todos, ao mesmo tempo.

Não se preocupe se eu não concordar com muitas de suas idéias. Muita gente também não concorda com algumas das minhas.

O excesso de alternativas, como o amigo colocou, não me incomoda nem um pouco. Significa apenas que ainda há muito a pesquisar.

Sei que é preferível, muitas vezes, uma resposta "sim" ou "não". Eu também gostaria de ter todas as respostas, ou de pelo menos ter certeza se uma coisa "é" ou "não é". Mas prefiro o "talvez" quando não tenho uma opinião formada sobre um assunto, ou dados suficientes para uma conclusão final. Talvez isso esteja relacionado ao fato que eu não acredite em "conclusões finais".

Com o passar do tempo, tanto os estudos de Física quando de Sociologia me levaram quase a uma aversão a conceitos "fechados". Como diz Raul Seixas, gosto de ser um "metamorfose ambulante".

Ainda assim tenho os pés bem presos no chão. Acho necessário o equilíbrio entre o ceticismo e a mente aberta para as mudanças. Como diz um velho ditado cético, "é preciso ter a mente aberta, mas nem tanto que o cérebro caia para fora".

Há diversos tipos de céticos. Há os da "linha moderada", como eu, que preferem uma abertura maior da mente, e os da "linha dura", como James Randi, que oferecem logo um prêmio de um milhão de dólares para qualquer um que prove um fato sobrenatural, paranormal ou mediúnico.

Concordo que "tudo é válido", como você falou.

Mas há coisas que são opostas e não podem existir simultaneamente. Pelo menos não do mesmo ponto de vista, sob as mesmas condições ou ao mesmo tempo.

Ao que me parece, isso acontece com os espíritos. Tanto os que se materializam quanto os que falam em microfones. Céticos e espíritos nunca estão no mesmo lugar, ao mesmo tempo. Segundo o Sr. Chico Xavier, a resposta é que "os espíritos ficam tímidos e os dons mediúnicos diminuem bastante diante dos céticos", ao que Carl Sagan completou: "chegando a desaparecer totalmente na frente de um desmistificador tão competente quanto James Randi"...

Aliás, "algumas vozes" pareceu cair como uma luva para esse tipo de assunto...
(risos)...

Abraços.

Peterson.



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[ 7. MARCO AURÉLIO ]

Caro Morrone,

De fato a vida nos reserva surpresas. Ou melhor, ela sempre há de nos revelar novidades que farão certos conceitos - sobre os mais variados assuntos, é bom ressaltar - nossos caírem por terra, digo, nossos "pré-conceitos". E isto acontece sobretudo para aqueles ávidos curiosos ou buscadores eméritos. Pieguices à parte, o fato é que até divertido "descobrir as coisas", desvendar mistérios. E quando tiver que repensar os valores (visando alcançar a almejada maestria, o domínio da vida) terá que ser suficientemente "humilde" para saber "ver" com os olhos e "sentir" com o coração. É o caso da TCI: peremptoriamente "desacreditada" pelo Peterson (não o culpo, tampouco o critico, já disse: cada um vê até onde pode ou até onde sente... Prevalece a máxima "degustibus non est disputandum") que tem seus argumentos e "acredita" neles. Paciência. Não é o caso de discutir quem está certo ou errado. O objetivo de nossos debates é justamente este: expor nosso ponto de vista e compreender que mais dia menos dia poderemos (vamos) aprender com nossos erros e com nossos acertos.

Enfim, sem me deixar cair no redemoinho das palavras, pois sei que esta ladainha cansa (temos que aprender que em Internet, deve-se ser objetivo e menos prolixo possível, ou seja, tentar se fazer entender através de poucas palavras), vou transcrever, a seguir, um breve excerto que li ontem à noite, quando folheava a Revista Planeta. E ele veio a calhar, coadunando com as últimas discussões:

"A ciência e a tecnologia parecem haver ocupado o lugar de antigos sentimentos religiosos. A tecnologia faz inúmeros milagres que assombrariam um cidadãos de cemm anos atrás. Eles também parecem ter efeitos mágicos e hipnóticos sobre nós. Os satélites geoestacionários, as viagens espaciais, a clonagem de animais e mesmo alguns objetos de uso diário, como o celular, o fax e o controle remoto da TV, para não falar da própria imagem de televisão ou do correio eletrônico, implicam processos que, na prática, são incompreensíveis para o cidadão médio e, portanto, mais ou menos milagrosos. A própria luz elétrica é um pequeno milagre. Na biologia, na informática, na física, na medicina e na astronomia, estamos indo além do plano físico. Aprendemos a dominar as parcelas cada vez maiores da luz astral e do akasha. O que antes apenas os místicos e iogues treinados realizavam por meios extra-sensoriais e em níveis superiores de consciência, hoje é feito por meios instrumentais, no plano físico e intelectual, por técnicos e pesquisadores treinados. A consciência científica se expande e toca a dimensão sagrada da vida. (...)O maior milagre, o fato mais extraordinário - e muito mais importante do que multiplicar pães, clonar ovelhas, viajar para Marte ou caminhar sem tocar o solo - é o poder de purificar nossas próprias emoções e nossos pensamentos. Essa é uma mudança quântica!"

É isso aí, caro amigo e demais Frátres e Sorores. Esta é a vida!
Paz profunda.
Marco Aurélio FRC


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[ 8. PETERSON LEAL ]

Prezado Marco Aurélio:
Saudações.

>> É o caso da TCI: peremptoriamente "desacreditada"
>> pelo Peterson (não o culpo, tampouco o critico, já disse:
>> cada um vê até onde pode ou até onde sente...
>> Prevalece a máxima "degustibus non est disputandum")
>> que tem seus argumentos e "acredita" neles. Paciência.

Marco, quero deixar claro que não sou "eu" que desacredito a tal "TCI". Nem tenho poder para tal. Tenho apenas uma *fundamentação científica* para não aceitá-la como um fato verdadeiro.

Pode parecer estranho que eventos muito raros sejam detectados pela Ciência, como a ocorrência de buracos negros, quasares e pulsares há milhares de anos-luz de nosso planeta, os pormenores da luta entre um leucócito e um corpo invasor, ou ainda o agrupamento quântico necessário para formar quarks.

A Ciência admite desde a *possibilidade* de outras dimensões, através da Teoria das Supercordas, até uma variação presente por todo o universo (radiação-de-fundo de 2,5°K em todo o universo). Pelo efeito Doppler, sabemos desde a velocidade com que as galáxias se afastam de um ponto matemático até a proporção de como uma simples ponte de neurônios pode alterar nossa percepção da própria realidade.

Sabemos hoje que o geomagnetismo pode influenciar no humor das pessoas, e algumas pesquisas parecem indicar que há um nexo entre alguns conflitos sociais e a incidência de forças eletromagnéticas, tanto verificadas pela ocorrência de elementos metálicos no subsolo quanto pela formação de tempestades.

Desde estudos sobre a possibilidade da lua e dos ventos solares terem influência na divisão de nosso DNA até a Psicologia, Sociologia e História serem capazes de servir como uma intrumento de previsão dos conflitos sociais. Embora nem tudo seja aceito, certamente muito é estudado.

Mas muitas pessoas são alheias ao que acontece na vanguarda cientifica. Elas não tem culpa, afinal, moramos em um País onde a divulgação de Ciência é relegada a níveis alarmantes. Naquilo que chamam de "horário nobre" da televisão verificamos, cada vez mais, a alienação tanto mental quanto moral. Existe uma guerra contra a informação. A ideologia existente por detrás das tramas políticas e que reina nos bastidores do poder, traz a lume uma velha e solerte forma de escravização física e mental.

Poucos sabem, e talvez isso possa parecer ficção científica para quem não acompanha diretamente os passos da das fronteiras científicas, mas existem até conjecturas para, talvez um dia, colonizar o planeta Marte. A explosão de bombas de reação em cadeia com elementos que, combinados com a atmosfera marciana geram hidrogênio, nitrogênio e oxigênio são idéias que eventualmente aparecem. O projeto Biosfera2 já existe há muitos anos.

Ao contrário do que se pensa, a Comunidade Científica não tem a "mente fechada" ou uma perspectiva meramente materialista/imediatista. Nos laboratórios mais avançados as possibilidades de ação da mente sobre a matéria, a comunicação mental por via implícita e a ocorrência de fenômenos pouco convencionais certamente já foram ampla e exaustivamente investigados -- de mente aberta. Infelizmente não houveram evidências.

A soma de todos os sinais captados pelo telescópio Hubble com todas as antenas instaladas no planeta Terra, que recebem sinais para mapear parte do cosmos nas telas dos astrônomos, é tão fraca que sua energia, armazenada por um ano, ainda seria menor do que a energia contida em um mísero floco de neve. Mas pouca gente sabe disso.

Os periódicos NATURE e SCIENCE, como fontes oficiais das pesquisas da Comunidade mostram até onde vão as minúcias utilizadas e consideradas nesses experimentos. Vou ainda mais longe. Não seria necessário, para a Ciência, alguém movimentar uma caneta para comprovar a telecinese. Bastaria um deslocamento de *MICRONS* (milésima parte de um milímetro). Seria o suficiente para verificar que realmente uma força atuou.

Não seria necessária a ordenação magnética de uma fita K7 ou a condensação em grosseiras ondas-de-rádio para que isso servisse de evidência para a chamada "Transcomunicação Instrumental" fosse considerada como um FATO. Bastaria o comando externo inteligente para mudar UM BIT (controladamente) de informação em *qualquer tipo de mídia* (não apenas em rádio) para que admitíssemos que realmente há um fato intrigante e merecedor de mais profundidade. Seja ou não na presença dos chamados "médiuns".

Mas isso não acontece. As investigações mais detalhadas revelam que *não há um comando inteligente* por detrás dos "fenômenos", como são apresentados. Coloco entre aspas, pois quando confrontamos esses "fenômenos" com a aleatoriedade retornada em milhares de amostras, verificamos que não se trata de mais do que *seleção de amostras*. Quando algo parece ocorrer, verificou-se a presença de outros elementos possíveis causadores de interferência. Percebemos que os "pesquisadores" da chamada "TCI" *não* consideravam como possíveis geradores de interferência coisas que aparelhos mais sutis mostravam que eram assim. Não apenas o Geomagnetismo, nem o ruído-de-fundo, nem os ventos solares. Não o indeterminismo quântico, nem a somatória das ondas emitidas pelos próprios aparelhos, nem as milhares de ondas eletromagnéticas que circundam nosso ar. Muito mais passa despercebido pelos pesquisadores da "TCI".

Ou seja: nas únicas possibilidade de sabermos realmente se a TCI traz uma informação *válida*, há apenas o silêncio.

Eu mesmo não tenho uma fração a mais de ceticismo do que os cientistas que investigam as fronteiras, tanto das pesquisas do insólito quanto das mais (e menos) conhecidas.

Não sou *eu* quem "desacredita" a TCI. Mas diante dos fatos que conheço e das minuciosas investigações feitas de forma científica sobre esse tema, só posso dizer que tal fato é muito, muito improvável. Em termos de proporção, as evidências que temos sobre a TCI indicam que acreditar nela é tão fundamentado quanto acreditar em qualquer mito folclórico ou religioso.

Inclusive os "motivos" de seus defensores são os mesmos. Semelhante a qualquer outra crença, alguns dizem que é necessário "sentir" a TCI. Ou "querer" ver, tanto até modificar o próprio eixo da realidade.

Bem, deslocar esse eixo, "querer sentir" pode realmente manifestar muitas coisas.

Pelo menos 900 MILHÕES de pessoas são hindús. Destes, milhares acreditam ver um elefante cor-de-rosa com quatro braços. Trata-se de uma manifestação do deus Vishnü, segundo eles. Muitos relatos de TCI não são muito mais do que isso: a vontade de ver algum padrão significativo dentro de uma amostra. Qualquer ruído compreendido entre 800 e 5200Hz pode ser compreendido imediatamente como uma "voz". Acima ou abaixo disso poderia ser um animal, talvez. As possibilidades são muito grandes.

Se você procurar por bastante tempo por uma pedra em formato de faca, pode ser que demore muito tempo para encontrar. Talvez encontre uma lasca que represente uma lâmina quase perfeita. Em uma investigação ainda mais profunda, examinando diversos terrenos e pedreiras, é até bem provável que ache uma lâmina com o design de uma faca, ou seja, uma parte cortante e outra que serve para pegar.

Não é razoável concluir que a "faca" encontrada seja explicada unicamente por que alguém a esculpiu. Facas naturais existem, inclusive com o design semelhante às quais construímos.

Muitas pessoas olham para a lua e juram ver o mapa do Brasil de cabeça para baixo. Aliás, é até difícil, por exemplo, olhar para o mapa da Itália e nào ver uma bota, não é mesmo? É a "bota de Mussolini", alguém pode dizer. Mas também não é razoável achar que as crateras lunares tenham mesmo algum *nexo de causalidade* com o mapa do Brasil, ou que o formato do mapa da Itália realmente queira representar uma bota.

No que trata-se de uma grande mancha, John Michael, um dos sucessores de P.D. Ouspenski (in "O Quarto Caminho") diz reconhecer o rosto de Gurdieff em uma fotografia tirada do Sol, à luz de raios X.

Às vezes as coincidências são tão simultâneas e fortes que até mesmo os mais céticos cientistas podem se enganar. Isso já ocorreu com a "face de Marte", nas montanhas de Cidônia, fotografadas em Marte pela nave Mars02 e posteriormente pela Viking. Alguns acharam até algumas pirâmides no planalto elevado de Elysium. A manchete de 20 de novembro de 1984 do "Weekly Word News", um tablóide sensacionalista dizia: "AFIRMAÇÃO SURPREENDENTE DE CIENTISTA SOVIÉTICO: TEMPLOS EM RUÍNA ENCONTRADOS EM MARTE, SONDA ESPACIAL DESCOBRE VESTÍGIOS DE UMA CIVILIZAÇÃO DE 50 MIL ANOS". A semelhança com um rosto era tanta que, para alguns cientistas desavisados podia mesmo ser uma evidência inteligente. O fato ocorreu porque alguns milhares de bits se perderam na transmissão, retornando o valor "0" (preto). Meses depois, quando o sistema captou os dados de forma integral, pode-se perceber que tratava-se apenas de mais um grande monte, sem semelhanças verdadeiras com um rosto humano...

Com a TCI ocorre algo semelhante. Nossos cérebros tem uma tendência natural em encontrar padrões conhecidos. Procuramos reconhecer semelhanças com o que nos é familiar. Entre milhões de amostras de ruídos e chiados, o impossível seria não encontrar algo que parecesse com uma palavra ou lembrasse até mesmo uma frase de nossa língua!

Soma-se a isso a expectativa de *querer ouvir*, tanto da parte daqueles que poderiam ter no experimento algo que comprovasse sua pesquisa, quanto daquele que anseia pelo consolo de poder sustentar a crença de que realmente o ente querido falecido ainda "vive" de alguma forma.

Seria muito interessante se pudéssemos ouvir a voz de nossos entes queridos através de algum aparelho. Eu mesmo ficaria muito satisfeito com uma prova dessa possibilidade.

Mas o cientista não pode dizer que algo está "cientificamente comprovado" até que hajam evidências que realmente comprovem uma coisa.

Pode ser que um dia a TCI venha a demonstrar alguma evidência verdadeira. Mas também pode ser que isso nunca aconteça. Então, para os próprios pesquisadores atuais que acreditam na TCI, será necessário rever a teoria, os métodos ou então concluir que ela não existe. Ou declarar-se agnóstico sobre o tema.

De qualquer forma, para as exaustivas e detalhadas investigações feitas pela Comunidade Científica, não há qualquer evidência ou amostra válida que venha a comprovar a existência da TCI.

Abraços.

Peterson Leal.



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[ 9. MARCO AURÉLIO ]

Caro Peterson,

Não posso dizer que não gostei de sua explanação.

Está bem embasada e tem nexo. Ora, não poderia ser diferente, vc diria. É claro, a ciência precisa comprovar a presença, ou não, da TCI na realidade física do planeta! Caso contrário, ela obviamente tornar-se-á inócua e sem fundamento. OK.

Não me cabe tecer mais comentários sobre este assunto que, pelo visto, já tocou as raias da exaustão.

No mais, vamos ao encalço dessa "inatingível" verdade. Um dia, quem sabe, poderemos galgar o fio da meada... Pretensões à parte...
M.A, F.R.C.


--------------------------------------------------------------------------------

[ Fim ]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Fernando Boni" <boni@melim.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/07/2001 20:50

Nunca existira alguma ciencia que prove ceticamente que a Projecao Astral ou
Viagem astral eh puramente fruto do cerebro...
Projeciologia nao eh uma crenca, quem estuda isso em instituicoes nao eh
qualquer um, estuda com maquinas especiais e sabe sobre ondas cerebrais e
etc...
Eu me projeto a um ano, ja ouvi milhares de relatos, provas e me pergunto
como eu aprendi o Mantra OM se eu nao sabia nem o que era um Mantra ??
Minha mente simplesmente criou isso de uma hora pra outra ? Eu pesquisei
sobre mantras e descobri que todas as informacoes que aprendi com
amparadores espirituais estavam certas. Ninguem eh capaz de provar isso com
o conhecimento aprovado que se tem hoje, mas TODOS sao capazes de se
projetar com exercicios, tente voce mesmo...



----- Original Message -----
From: "Peter/UFMT" <peterlsm@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Saturday, July 28, 2001 5:03 PM
Subject: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO


> Prezado "Centaurus" e demais amigos da lista.
>
> Segue *EM ANEXO* um micro-debate sobre TCI (Transcomunicação
instrumental), assim chamada por alguns "médiuns" e parapsicólogos a
habilidade de gravar "vozes de espíritos".
>
> Eu sou um dos debatedores, representando o ponto de vista cético.
>
>
> >> Existe até uma "ciencia" ,que estuda isso e técnicas para
> >> tomarmos consciencia da realidade do lado de lá ,chamada
> >> de Projeciologia.Aconteceu comigo ,de solucionar um
> >> problema matemático sonhando e de ter um certo
> >> controle sobre os sonhos.
>
> Projeciologia não é ciência. Talvez nem pseudociência. Está mais
próxima da crença e da superstição.
>
> Estudei esse termo no tempo que fui espírita. Além disso, o exemplo
que você colocou também não seria de projeciologia, seria da chamada
"inspiração subconsciente".
>
>
> >> Já vi artigos ,relatando alguns magos da Idade Média que
> >> tinham o conhecimento dos fatos sob a ótica espírita e ,
> >> aproveitavam para influenciar as pessoas enquanto elas
> >> estavam dormindo para obter vantagens em terra.
>
> Na idade Média também acreditavam em dragões, súcumbus, íncubus,
demônios e até que a Terra era plana.
>
>
> >> Seriam os espíritos???
>
> Isso poderia ser perguntado de outra maneira, se variar apenas a
*crença* religiosa:
> Seria Jesus?
> Seria o "inconsciente coletivo"?
> Seriam os arquétipos?
> Seria Buda trazendo impressões do nirvana?
> Seria o duende?
> Seria a fada-do-dente?
> Seria... ?
>
> Até lá, nem Jesus, nem insconciente coletivo, nem o duente, nem os
espíritos, e nem o *produto* de alguma doutrina religiosa tratá uma resposta
racional à essa questão. É apenas uma maneira de "explicar", mas não de
concluir mediante um esclarecimento racional.
>
>
> >> O que seriam os fenomenos paranormais???
>
> Talvez SUSAN BLACKMORE, em "Questionando o Paranornal"; ou ainda JAMES
RANDI possa responder muito bem essa questão.
>
> www.csicop.org
>
>
> >> Os médiuns???Tirando o charlatanismo e o sensacionalismo
>
> Tirando isso? Nada.
>
>
> >> como explicar o poder de algumas pessoas de saber
> >> o que vc pensa sem ter nunca visto vc??
>
> Falácia da Petição de Princípio. Você está pressupondo que *existem*
pessoas que sabem o que "vc pensa sem ter nunca visto vc" e continua
seguindo como se isso fosse um fato verdadeiro (e aceito).
>
>
> >> Já ouviram falar de transcomunicação instrumental???
>
> Já. Inclusive há um mês tive um debate com um "transcomunidador" (que
também é intitulado "médium"). E foi, pelo menos, decepcionante.
>
> Ocorreu numa lista de maçons e rosacruzes, da qual faço parte e
procuro manter algum nível de conhecimento científico por lá (pelo menos a
ponto de não deixar que a frase "comprovado cientificamente" seja usada
indiscriminadamente).
>
> *ESTOU ENVIANDO EM ANEXO* esse micro-debate.
>
> Gostaria da opinião dos demais amigos listeiros.
>
> Abraços.
>
> Peterson Leal.
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Fernando Boni" <boni@melim.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/07/2001 23:04

Entendi Peter, mas o assunto nao liga Espiritismo, Projeciologia, Projeçao,
eh um fato, ou os execicios com chakras que eu faço que causam vibracoes eh
o vento? Eu sinto pulsacao, pressao etc... A projeciologia nao eh uma
organizacao secreta de adoradores satanicos que tem um demonio chamado Elo
que liga o corpo humano ao espirito com intencoes de conquistar o mundo, ela
tem a intencao de fazer voce se conhecer melhor e conhecer a vida como ela
é. O mantra OM nao é algo totalmente fora de nexo, é um conhecimento escrito
a milhares de anos em livros, ou existem gravuras de elefantes cor-de-rosas
nos livros ? Ja fizeram testes com projetores a muito tempo, e somente 1 e 6
conseguiram identificar o objeto que estava numa sala escura... A maioria
nao consegue sobre pressao projetar.
Putz cara, entao como eu consigo visitar lugares onde eu nunca fui? Como o
conhecimento do Mantra OM foi passado se a minha infancia inteira eu "joguei
bola". :). Se voce deixar o papel para cima aberto, em um lugar visivel
podemos ate tentar. A ciencia comprova que exsistem particulas menores
ainda, assim como repartindo um atomo temos espacos entre as particulas
enormes, e cada atomo se separa d outro por um espaco, os planetas sao como
atomos, entre todos os corpos existe o vazio e talvez se ultrapassarmos a
borda do universo poderemos encontrar mais vazio e dai outro universo
formado por outra explosao.
Deus pode ser um unico atomo que apartir dele vieram outros mais, e mais e
mais :) A ciencia prova que existem mais tres estados: plasma, superplasma e
hiperplasma. Pode haver outras dimensoes no meio da nossa, nunca se sabe.
Voce que estudou o esoterismo sabe disso, que podem existem 7 planos com 7
sub-planos cada um... Cara, axo que o papo nao resulta em nada, voce tenque
viver a projecao, ninguem esta aki pra provar pra ninguem pq a verdadeira
prova eh akela q vc eh testemunha, somente vc para vive-la. Eu posso dizer
que a projecao eh real pq existe uma particula tal e tal e tal. E dai? Eh
preciso viver.


----- Original Message -----
From: "Peter/UFMT" <peterlsm@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Sunday, July 29, 2001 12:00 AM
Subject: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO


> Prezado Fernando Boni:
> Saudações.
>
> >> Nunca existira alguma ciencia que prove ceticamente
> >> que a Projecao Astral ou Viagem astral eh puramente
> >> fruto do cerebro...
>
> Falácia de Apelo à Ignorância.
> Assim como você não pode provar que "não existem sacis-pererês",
lobisomens, etc. O ônus da prova é de quem alega que alguma coisa existe.
>
>
> >> Projeciologia nao eh uma crenca,
>
> Os espíritas também dizem que sua religião não é uma crença. Eles
afirmam que é uma "certeza". Os evangélicos afirmam que sua fé vem da
"evidência" que o "espirito santo" dá para eles. Só o fato de você não
admitir que a projeciologia é uma crença, já se trata de uma crença sem
fundamento científico.
>
>
> >> quem estuda isso em instituicoes nao eh qualquer um
>
> O que é "qualquer um"?
>
>
> >> estuda com maquinas especiais e sabe sobre ondas
> >> cerebrais e etc...
>
> Isso não significa nada. Guerras movidas por fanatismo religioso
também utilizam tecnologia avançada para tentar alcançar seus objetivos.
>
>
> >> Eu me projeto a um ano, ja ouvi milhares de relatos, provas
> >> e me pergunto como eu aprendi o Mantra OM se eu nao
> >> sabia nem o que era um Mantra ??
>
> "Ouvir relatos" não é atestado científico da substancialidade desses
relatos.
> Há quase 960 milhões de hindús em nosso planeta. Grande parte destes
acredita em Brahma, Vishnú e Shiva. Vishnú é um elefante cor-de-rosa com
quatro braços. Eles garantem ter milhares de relatos e "ver" através da
"terceira visão" este ser mitológico. Mas tudo isso está apenas na cabeça
deles.
>
> Provavelmente é o que está ocorrendo com a sua.
>
>
> >> Minha mente simplesmente criou isso de uma hora pra
> >> outra ? Eu pesquisei sobre mantras e descobri que todas
> >> as informacoes que aprendi com amparadores espirituais
> >> estavam certas. Ninguem eh capaz de provar isso com
> >> o conhecimento aprovado que se tem hoje,
>
> Falácia da Evidência Anedota.
>
> Eu já fui esotérico por quase oito anos, filiado às mais antigas
Escolas iniciáticas e sociedades secretas de todos os tipos. Eu realmente
acreditava também que fazia "projeções psíquicas", etc.
>
> É realmente maravilhoso você acreditar nessas coisas. Quem não
gostaria de ter poderes psíquicos? Mas infelizmente é uma ilusão. E inverter
o ônus da prova não ajuda em nada.
>
> Muito do que ouvimos (e não nos damos conta, objetivamente) quando já
adultos, ou vemos quando crianças pode se manifestar no futuro sob a forma
de um conhecimento que não sabemos localizar exatamente de onde veio.
>
> Se eu te disser que ontem participei dum jantar com o drácula, a
múmia, o chupacabras e o lobisomem, você acha que realmente isso será uma
boa evidência do que estou afirmando?
>
> Algo semelhante ocorre com suas declarações. É como o dragão
invisível de Carl Sagan.
>
> E só há uma maneira de você provar que isso não é uma crença. É
mostrando do que você realmente é capaz. Tenho em cima do meu guarda-roupas
um papel com quatro números e cinco letras, esperando há mais de três anos
que algum médium/paranormal os descubra.
>
> Você é capaz?
>
> Mas podemos ir um pouco mais adiante, afinal, como você disse, já deve
ter alguma experiência no assunto. Um ano, não é mesmo?
>
> Que tal você provar que isso realmente é mais do que acreditar em
papai-noel? Algo interessante seria realizarmos uma prova científica e
controlada com você. Ou, como todos os paranormais e médiuns, você perde
seus poderes diante de céticos?
>
> Meu desafio é simples. Sorteio quatro números e cinco letras, do outro
lado de uma parede e os escrevo num papel. E você, se "projetando" poderá
descubrir quais são, não é mesmo? Isso poderá até contar com o auxílio de
algumas pessoas dessa lista, que também tem interesse nisso.
>
> De qualquer forma, se eu fosse você, seria mais ousado. Que tal se
candidatar para um teste controlado (semelhante a esse que eu coloquei), mas
com a possibilidade de ganhar US$1.000.000 (UM MILHÃO DE DÓLARES)?
>
> "Eu, James Randi, através da James Randi Educational Foundation (
www.randi.org ), pagarei a quantia de US$1.100.000,00 (um milhão e cem mil
dólares) a qualquer pessoa ou pessoas que demonstrem qualquer capacidade
vidente, sobrenatural ou paranormal de qualquer tipo sob condições adequadas
de teste".
>
> Ou suas "viagens astrais" já o fizeram se desprender completamente dos
valores materiais?
>
> Ou seus poderes não funcionam em condições de teste? Nesse caso, as
hipóteses que restam são: 1.) Você é um charlatão; 2.) Você é um
mistificador inconsciente (como eu fui), e realmente acredita que pode
realizar tal façanha; 3.) Você pode ter algum problema psicológico.
>
>
> >> mas TODOS sao capazes de se projetar
> >> com exercicios, tente voce mesmo...
>
> Sim... compreendo... assim como "todos são capazes de sentir o
espírito santo"... "basta querer". Ou ainda, como dizem os hindús, "tente um
contato com Krishna! Ele responderá você." (Krishna é um homem com pele azul
e que vive em um mundo encantado).
>
> Segundo os umbandistas, qualquer um pode entrar em contato com os
"orixás". Basta realizar o ritual de iniciação deles ("fazer a cabeça").
Alguns crentes nas visitas extraterrestres afirmam que basta você realmente
acreditar e os extraterrestres farão um contato com você. O Grupo GALAX, em
Curitiba promete isso. Já leu aqueles livros do "Universo em Desencanto" --
a "Cultura Racional"?
>
> Mas, derrepente, *você* pode estar falando a verdade!
>
> Nesse caso, não terá problemas em aceitar o meu desafio (ou o de James
Randi). Terá?
>
> Abraços.
>
> Peterson Leal.
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
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> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>



SUBJECT: Re: Off-topic - Xadrez
FROM: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/07/2001 23:34

>
> Você sabia que O supercomputador Deep Blue, projetado para
enfrentar o campeão mundial Garry Kasparov, pesa 1400 Kg e é formado
por 512 processadores trabalhando em paralelo e é capaz de analisar
200 milhões de posições por segundo,o seu consumo é de 846Watts.


Caro Peter (conterrâneo...)

Decerto houve algum erro nesse consumo. Não que eu esteja procurando
polemizar ou "caçar tchifre em cabeça de cavalo", mas para u'a
máquina essencialmente eletro-eletrônica pesando 1400 kg gastar
apenas 846 Watts, eu creio que é muito pouco.

[]s.

Daniel



SUBJECT: Tautócronas
FROM: "merlin" <merlin@imagelink.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/07/2001 23:56


Por favor gostaria de saber se alguém sabe ou tem alguma referência de como
se prova que uma tautócrona é um arco de ciclóide , SEM USAR TRANSFORMADAS
DE LAPLACE (q é a solução tradicional).

Obviamente eu não quero partir da fórmula da ciclóide e provar que satisfaz
a equação da tautócrona. Quero construir a solução da ciclóide.

Agradeço antecipadamente,
Ragnarok



SUBJECT: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Peter/UFMT" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/07/2001 00:00

Prezado Fernando Boni:
Saudações.

>> Nunca existira alguma ciencia que prove ceticamente
>> que a Projecao Astral ou Viagem astral eh puramente
>> fruto do cerebro...

Falácia de Apelo à Ignorância.
Assim como você não pode provar que "não existem sacis-pererês", lobisomens, etc. O ônus da prova é de quem alega que alguma coisa existe.


>> Projeciologia nao eh uma crenca,

Os espíritas também dizem que sua religião não é uma crença. Eles afirmam que é uma "certeza". Os evangélicos afirmam que sua fé vem da "evidência" que o "espirito santo" dá para eles. Só o fato de você não admitir que a projeciologia é uma crença, já se trata de uma crença sem fundamento científico.


>> quem estuda isso em instituicoes nao eh qualquer um

O que é "qualquer um"?


>> estuda com maquinas especiais e sabe sobre ondas
>> cerebrais e etc...

Isso não significa nada. Guerras movidas por fanatismo religioso também utilizam tecnologia avançada para tentar alcançar seus objetivos.


>> Eu me projeto a um ano, ja ouvi milhares de relatos, provas
>> e me pergunto como eu aprendi o Mantra OM se eu nao
>> sabia nem o que era um Mantra ??

"Ouvir relatos" não é atestado científico da substancialidade desses relatos.
Há quase 960 milhões de hindús em nosso planeta. Grande parte destes acredita em Brahma, Vishnú e Shiva. Vishnú é um elefante cor-de-rosa com quatro braços. Eles garantem ter milhares de relatos e "ver" através da "terceira visão" este ser mitológico. Mas tudo isso está apenas na cabeça deles.

Provavelmente é o que está ocorrendo com a sua.


>> Minha mente simplesmente criou isso de uma hora pra
>> outra ? Eu pesquisei sobre mantras e descobri que todas
>> as informacoes que aprendi com amparadores espirituais
>> estavam certas. Ninguem eh capaz de provar isso com
>> o conhecimento aprovado que se tem hoje,

Falácia da Evidência Anedota.

Eu já fui esotérico por quase oito anos, filiado às mais antigas Escolas iniciáticas e sociedades secretas de todos os tipos. Eu realmente acreditava também que fazia "projeções psíquicas", etc.

É realmente maravilhoso você acreditar nessas coisas. Quem não gostaria de ter poderes psíquicos? Mas infelizmente é uma ilusão. E inverter o ônus da prova não ajuda em nada.

Muito do que ouvimos (e não nos damos conta, objetivamente) quando já adultos, ou vemos quando crianças pode se manifestar no futuro sob a forma de um conhecimento que não sabemos localizar exatamente de onde veio.

Se eu te disser que ontem participei dum jantar com o drácula, a múmia, o chupacabras e o lobisomem, você acha que realmente isso será uma boa evidência do que estou afirmando?

Algo semelhante ocorre com suas declarações. É como o dragão invisível de Carl Sagan.

E só há uma maneira de você provar que isso não é uma crença. É mostrando do que você realmente é capaz. Tenho em cima do meu guarda-roupas um papel com quatro números e cinco letras, esperando há mais de três anos que algum médium/paranormal os descubra.

Você é capaz?

Mas podemos ir um pouco mais adiante, afinal, como você disse, já deve ter alguma experiência no assunto. Um ano, não é mesmo?

Que tal você provar que isso realmente é mais do que acreditar em papai-noel? Algo interessante seria realizarmos uma prova científica e controlada com você. Ou, como todos os paranormais e médiuns, você perde seus poderes diante de céticos?

Meu desafio é simples. Sorteio quatro números e cinco letras, do outro lado de uma parede e os escrevo num papel. E você, se "projetando" poderá descubrir quais são, não é mesmo? Isso poderá até contar com o auxílio de algumas pessoas dessa lista, que também tem interesse nisso.

De qualquer forma, se eu fosse você, seria mais ousado. Que tal se candidatar para um teste controlado (semelhante a esse que eu coloquei), mas com a possibilidade de ganhar US$1.000.000 (UM MILHÃO DE DÓLARES)?

"Eu, James Randi, através da James Randi Educational Foundation ( www.randi.org ), pagarei a quantia de US$1.100.000,00 (um milhão e cem mil dólares) a qualquer pessoa ou pessoas que demonstrem qualquer capacidade vidente, sobrenatural ou paranormal de qualquer tipo sob condições adequadas de teste".

Ou suas "viagens astrais" já o fizeram se desprender completamente dos valores materiais?

Ou seus poderes não funcionam em condições de teste? Nesse caso, as hipóteses que restam são: 1.) Você é um charlatão; 2.) Você é um mistificador inconsciente (como eu fui), e realmente acredita que pode realizar tal façanha; 3.) Você pode ter algum problema psicológico.


>> mas TODOS sao capazes de se projetar
>> com exercicios, tente voce mesmo...

Sim... compreendo... assim como "todos são capazes de sentir o espírito santo"... "basta querer". Ou ainda, como dizem os hindús, "tente um contato com Krishna! Ele responderá você." (Krishna é um homem com pele azul e que vive em um mundo encantado).

Segundo os umbandistas, qualquer um pode entrar em contato com os "orixás". Basta realizar o ritual de iniciação deles ("fazer a cabeça"). Alguns crentes nas visitas extraterrestres afirmam que basta você realmente acreditar e os extraterrestres farão um contato com você. O Grupo GALAX, em Curitiba promete isso. Já leu aqueles livros do "Universo em Desencanto" -- a "Cultura Racional"?

Mas, derrepente, *você* pode estar falando a verdade!

Nesse caso, não terá problemas em aceitar o meu desafio (ou o de James Randi). Terá?

Abraços.

Peterson Leal.



SUBJECT: Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/07/2001 00:42

Caro Fernando,

> os execicios com chakras que eu faço que causam vibracoes eh
> o vento?

Defina essa vibração, por favor.

> Eu sinto pulsacao, pressao etc...

Naturalmente. Do contrário estaria me comunicando com o além...

>O mantra OM nao é algo totalmente fora de nexo,

Eu não consigo ver nexo em repetir OMMMMM.... várias vezes sentado na
posição de lótus igual aos gurus de filmes de comédia. Talvez você
possa me
dizer.

>é um conhecimento escrito a milhares de anos em livros,

Falácia ad antiquitatem. E daí que foi escrita há milhares de anos?
Isso só
me prova que tal conhecimento está, no mínimo, desatualizado.

>ou existem gravuras de elefantes cor-de-rosas nos livros ?

Milhares delas.

> Ja fizeram testes com projetores a muito tempo, e somente 1 e 6
conseguiram identificar o objeto que estava numa sala escura...

Que testes? Onde? Quem? Quando?

> A maioria nao consegue sobre pressao projetar.

Bem típico...

> Se voce deixar o papel para cima aberto, em um lugar visivel
> podemos ate tentar.

Me avisem.

> Cara, axo que o papo nao resulta em nada, voce tenque
> viver a projecao, ninguem esta aki pra provar pra ninguem pq a
verdadeira
> prova eh akela q vc eh testemunha, somente vc para vive-la. Eu
posso dizer
> que a projecao eh real pq existe uma particula tal e tal e tal. E
dai? Eh
> preciso viver.

Certa vez, alguém por aí disse que "os cientistas não levam você ao
laboratório domingo de manhã, agarram sua mão e gritam: - A gravidade
existe! Eu vou ter fé! Ela existe!".

[]s
Raul




SUBJECT: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Peter/UFMT" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/07/2001 02:52

Prezado Fernando Boni:
Saudações.

>> o assunto nao liga (...) Projeciologia (...) é um fato

Um "fato" não demonstrável, como você mesmo admitiu. Portanto, não faz sentido falar em "fatos" desse ponto de vista.


>> ou os execicios com chakras que eu faço que causam
>> vibracoes eh o vento?

Há vários tipos de vibração, e muitas não precisam estar relacionadas ao vento. Novamente sua colocação ficou vaga e, dentro da mirada que você situou, me lembra mais uma Falácia de Pergunta Complexa.


>> A projeciologia nao eh uma organizacao secreta (...)

Sendo ou deixando de ser tais coisas, o que me importa é o caráter demonstrável, empírico, testável e controlado da coisa, pelo menos enquanto estiver sendo colocado numa LISTA DE CIÊNCIA, diferente do que seria se o fosse numa lista de RELIGIÃO e de "ESPIRITISMO".


>> ela tem a intencao de fazer voce se conhecer melhor
>> e conhecer a vida como ela é.

*BIOLOGIA* é o nome da ciência que estuda a vida.
Sua crença deveria, portanto, estar figurando em algum ramo de "auto-ajuda" esotérica.


>> O mantra OM nao é algo totalmente fora de nexo, é
>> um conhecimento escrito a milhares de anos em livros

Argumento "Ad Antiquitatem".
Você poderia tentar um bom diálogo se evitasse o uso de falácias e de *apelos à motivos*.


>> A maioria nao consegue sobre pressao projetar.

Então vamos para o desafio 1 - escolhemos um lugar, de comum acordo, com os cientistas/céticos que são amigos meus aqui da lista (a maioria mora em São Paulo e eu não moro) e você terá UMA SEMANA para, do conforto da sua casa, descobrir quais são os quatro números e as cinco letras.

Ou isso também é "muita pressão"???


>> Putz cara, entao como eu consigo
>> visitar lugares onde eu nunca fui?

Você já ouviu o ditado "Alegações extraordinárias requerem provas extraordinárias"? Pense bem antes de propor algo do tipo para um cético. Diferente das pessoas inclinadas à credulidade, aceitaremos o fato se ele for demostrando *mediante evidência*, e não de relatos de "causos" pessoais.


>> A ciencia comprova que exsistem particulas
>> menores ainda (...)

Falácia da Pista Falsa.
Por favor, nos ater ao assunto principal, ok?


>> Deus pode ser um unico atomo que apartir dele (...)

Deuses, anjos, demônios, cristos e virgens são assuntos de TEOLOGIA/religião, e não de ciência.


>> Voce que estudou o esoterismo sabe disso, que
>> podem existem 7 planos com 7 sub-planos cada um

Sim, mas eu também estudei os contos de Machado de Assis e várias obras literárias em Teoria da Literatura, na universidade. Mas isso não quer dizer que eu acredite nisso.

As alegações do esoterismo são baseadas em *crença* - tanto quanto de qualquer outra religião, crença ou superstição.


>> Cara, axo que o papo nao resulta em nada,

Não vai resultar apenas se você insistir em manter isso no campo dos fatos não-demonstráveis, assim todas as outras crença resultam em *nada* no confronto com a realidade.


>> voce tenque viver a projecao, ninguem esta aki pra provar
>> pra ninguem pq a verdadeira prova eh akela q vc eh
>> testemunha, somente vc para vive-la.

Seus argumentos estão começando a se manifestar extremamente religiosos. Já demonstrei que frases que dependem de "você tem que viver isso para ver" são utilizadas por toda a qualquer outra forma de crença.


>> Se voce deixar o papel para cima aberto,
>> em um lugar visivel podemos ate tentar.

É a única parte dessa mensagem que me interessou. Vou lhe fazer uma pergunta e espero uma resposta DIRETA e OBJETIVA. Nesses termos que você colocou:

VOCÊ ACEITA O DESAFIO?

Aguardo sua resposta.

Abraços.

Peterson Leal.



SUBJECT: xadrez via net
FROM: holanda_lb@zipmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/07/2001 14:56

Se querem jogar partidas de xadrez via internet com pessoas das mais
variadas partes do mundo, visitem

http://games.yahoo.com/games/login?game=Chess

Como o Ciencialist faz parte do Yahoo então não será necessário nem
se cadastrar: basta-se usar a mesma senha do a mesma senha do Yahoo.
(Não que eu ache o melhor - é apenas o único gratuito que conheço).

Abraços
Leandro.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: centaurus@mtv.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/07/2001 15:54

Prezado Takata.

A questão da advinhação dos meus pensamentos encontra-se em aberto , pois
vc justificou que mães e namoradas advinham o que pensamos , tudo bem ,
mas há de concordar que conseguem isso , pq já nos conhecem a um tempo suficiente
para terem êxito .O que dizer de uma pessoa que nunca te viu na vida???Apoio-me
na ciencia , mas essa é de deixar qualquer um desconfiado.Poderia ter sido
induzido a pensar algo ou hipnotizado , mas garanto(pelo menos depois de
investigar todas as possibilidades de eu ter sido enganado) que isso não
aconteceu . Aguardo resposta sua e de quem quiser se pronunciar.

-- Mensagem original --

>Prezado Fernando Boni:
>Saudações.
>
>>> o assunto nao liga (...) Projeciologia (...) é um fato
>
> Um "fato" não demonstrável, como você mesmo admitiu. Portanto, não
faz
>sentido falar em "fatos" desse ponto de vista.
>
>
>>> ou os execicios com chakras que eu faço que causam
>>> vibracoes eh o vento?
>
> Há vários tipos de vibração, e muitas não precisam estar relacionadas
>ao vento. Novamente sua colocação ficou vaga e, dentro da mirada que você
>situou, me lembra mais uma Falácia de Pergunta Complexa.
>
>
>>> A projeciologia nao eh uma organizacao secreta (...)
>
> Sendo ou deixando de ser tais coisas, o que me importa é o caráter
demonstrável,
>empírico, testável e controlado da coisa, pelo menos enquanto estiver sendo
>colocado numa LISTA DE CIÊNCIA, diferente do que seria se o fosse numa
lista
>de RELIGIÃO e de "ESPIRITISMO".
>
>
>>> ela tem a intencao de fazer voce se conhecer melhor
>>> e conhecer a vida como ela é.
>
> *BIOLOGIA* é o nome da ciência que estuda a vida.
> Sua crença deveria, portanto, estar figurando em algum ramo de "auto-ajuda"
>esotérica.
>
>
>>> O mantra OM nao é algo totalmente fora de nexo, é
>>> um conhecimento escrito a milhares de anos em livros
>
> Argumento "Ad Antiquitatem".
> Você poderia tentar um bom diálogo se evitasse o uso de falácias e
de
>*apelos à motivos*.
>
>
>>> A maioria nao consegue sobre pressao projetar.
>
> Então vamos para o desafio 1 - escolhemos um lugar, de comum acordo,
>com os cientistas/céticos que são amigos meus aqui da lista (a maioria
mora
>em São Paulo e eu não moro) e você terá UMA SEMANA para, do conforto da
sua
>casa, descobrir quais são os quatro números e as cinco letras.
>
> Ou isso também é "muita pressão"???
>
>
>>> Putz cara, entao como eu consigo
>>> visitar lugares onde eu nunca fui?
>
> Você já ouviu o ditado "Alegações extraordinárias requerem provas extraordinárias"?
>Pense bem antes de propor algo do tipo para um cético. Diferente das pessoas
>inclinadas à credulidade, aceitaremos o fato se ele for demostrando *mediante
>evidência*, e não de relatos de "causos" pessoais.
>
>
>>> A ciencia comprova que exsistem particulas
>>> menores ainda (...)
>
> Falácia da Pista Falsa.
> Por favor, nos ater ao assunto principal, ok?
>
>
>>> Deus pode ser um unico atomo que apartir dele (...)
>
> Deuses, anjos, demônios, cristos e virgens são assuntos de TEOLOGIA/religião,
>e não de ciência.
>
>
>>> Voce que estudou o esoterismo sabe disso, que
>>> podem existem 7 planos com 7 sub-planos cada um
>
> Sim, mas eu também estudei os contos de Machado de Assis e várias obras
>literárias em Teoria da Literatura, na universidade. Mas isso não quer
dizer
>que eu acredite nisso.
>
> As alegações do esoterismo são baseadas em *crença* - tanto quanto
de
>qualquer outra religião, crença ou superstição.
>
>
>>> Cara, axo que o papo nao resulta em nada,
>
> Não vai resultar apenas se você insistir em manter isso no campo dos
>fatos não-demonstráveis, assim todas as outras crença resultam em *nada*
>no confronto com a realidade.
>
>
>>> voce tenque viver a projecao, ninguem esta aki pra provar
>>> pra ninguem pq a verdadeira prova eh akela q vc eh
>>> testemunha, somente vc para vive-la.
>
> Seus argumentos estão começando a se manifestar extremamente religiosos.
>Já demonstrei que frases que dependem de "você tem que viver isso para
ver"
>são utilizadas por toda a qualquer outra forma de crença.
>
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> É a única parte dessa mensagem que me interessou. Vou lhe fazer uma
pergunta
>e espero uma resposta DIRETA e OBJETIVA. Nesses termos que você colocou:
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> VOCÊ ACEITA O DESAFIO?
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> Abraços.
>
>Peterson Leal.
>
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>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: centaurus@mtv.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/07/2001 15:56

Fernando , se podes fazer isso ,a maneira mais segura de confiarmos em vc
é provando assim como um "paranormal" me provou que podia ler meu pensamento.Se
não podes , melhor calar - te , pois acreditar por acreditar em algo não
basta.


-- Mensagem original --

>Prezado Fernando Boni:
>Saudações.
>
>>> o assunto nao liga (...) Projeciologia (...) é um fato
>
> Um "fato" não demonstrável, como você mesmo admitiu. Portanto, não
faz
>sentido falar em "fatos" desse ponto de vista.
>
>
>>> ou os execicios com chakras que eu faço que causam
>>> vibracoes eh o vento?
>
> Há vários tipos de vibração, e muitas não precisam estar relacionadas
>ao vento. Novamente sua colocação ficou vaga e, dentro da mirada que você
>situou, me lembra mais uma Falácia de Pergunta Complexa.
>
>
>>> A projeciologia nao eh uma organizacao secreta (...)
>
> Sendo ou deixando de ser tais coisas, o que me importa é o caráter
demonstrável,
>empírico, testável e controlado da coisa, pelo menos enquanto estiver sendo
>colocado numa LISTA DE CIÊNCIA, diferente do que seria se o fosse numa
lista
>de RELIGIÃO e de "ESPIRITISMO".
>
>
>>> ela tem a intencao de fazer voce se conhecer melhor
>>> e conhecer a vida como ela é.
>
> *BIOLOGIA* é o nome da ciência que estuda a vida.
> Sua crença deveria, portanto, estar figurando em algum ramo de "auto-ajuda"
>esotérica.
>
>
>>> O mantra OM nao é algo totalmente fora de nexo, é
>>> um conhecimento escrito a milhares de anos em livros
>
> Argumento "Ad Antiquitatem".
> Você poderia tentar um bom diálogo se evitasse o uso de falácias e
de
>*apelos à motivos*.
>
>
>>> A maioria nao consegue sobre pressao projetar.
>
> Então vamos para o desafio 1 - escolhemos um lugar, de comum acordo,
>com os cientistas/céticos que são amigos meus aqui da lista (a maioria
mora
>em São Paulo e eu não moro) e você terá UMA SEMANA para, do conforto da
sua
>casa, descobrir quais são os quatro números e as cinco letras.
>
> Ou isso também é "muita pressão"???
>
>
>>> Putz cara, entao como eu consigo
>>> visitar lugares onde eu nunca fui?
>
> Você já ouviu o ditado "Alegações extraordinárias requerem provas extraordinárias"?
>Pense bem antes de propor algo do tipo para um cético. Diferente das pessoas
>inclinadas à credulidade, aceitaremos o fato se ele for demostrando *mediante
>evidência*, e não de relatos de "causos" pessoais.
>
>
>>> A ciencia comprova que exsistem particulas
>>> menores ainda (...)
>
> Falácia da Pista Falsa.
> Por favor, nos ater ao assunto principal, ok?
>
>
>>> Deus pode ser um unico atomo que apartir dele (...)
>
> Deuses, anjos, demônios, cristos e virgens são assuntos de TEOLOGIA/religião,
>e não de ciência.
>
>
>>> Voce que estudou o esoterismo sabe disso, que
>>> podem existem 7 planos com 7 sub-planos cada um
>
> Sim, mas eu também estudei os contos de Machado de Assis e várias obras
>literárias em Teoria da Literatura, na universidade. Mas isso não quer
dizer
>que eu acredite nisso.
>
> As alegações do esoterismo são baseadas em *crença* - tanto quanto
de
>qualquer outra religião, crença ou superstição.
>
>
>>> Cara, axo que o papo nao resulta em nada,
>
> Não vai resultar apenas se você insistir em manter isso no campo dos
>fatos não-demonstráveis, assim todas as outras crença resultam em *nada*
>no confronto com a realidade.
>
>
>>> voce tenque viver a projecao, ninguem esta aki pra provar
>>> pra ninguem pq a verdadeira prova eh akela q vc eh
>>> testemunha, somente vc para vive-la.
>
> Seus argumentos estão começando a se manifestar extremamente religiosos.
>Já demonstrei que frases que dependem de "você tem que viver isso para
ver"
>são utilizadas por toda a qualquer outra forma de crença.
>
>
>>> Se voce deixar o papel para cima aberto,
>>> em um lugar visivel podemos ate tentar.
>
> É a única parte dessa mensagem que me interessou. Vou lhe fazer uma
pergunta
>e espero uma resposta DIRETA e OBJETIVA. Nesses termos que você colocou:
>
>
> VOCÊ ACEITA O DESAFIO?
>
> Aguardo sua resposta.
>
> Abraços.
>
>Peterson Leal.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: centaurus@mtv.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/07/2001 15:58

Gostaria de saber onde encontro algo sobre esses tipos de falácias.Quem
souber , avise-me.

-- Mensagem original --

>Prezado Fernando Boni:
>Saudações.
>
>>> o assunto nao liga (...) Projeciologia (...) é um fato
>
> Um "fato" não demonstrável, como você mesmo admitiu. Portanto, não
faz
>sentido falar em "fatos" desse ponto de vista.
>
>
>>> ou os execicios com chakras que eu faço que causam
>>> vibracoes eh o vento?
>
> Há vários tipos de vibração, e muitas não precisam estar relacionadas
>ao vento. Novamente sua colocação ficou vaga e, dentro da mirada que você
>situou, me lembra mais uma Falácia de Pergunta Complexa.
>
>
>>> A projeciologia nao eh uma organizacao secreta (...)
>
> Sendo ou deixando de ser tais coisas, o que me importa é o caráter
demonstrável,
>empírico, testável e controlado da coisa, pelo menos enquanto estiver sendo
>colocado numa LISTA DE CIÊNCIA, diferente do que seria se o fosse numa
lista
>de RELIGIÃO e de "ESPIRITISMO".
>
>
>>> ela tem a intencao de fazer voce se conhecer melhor
>>> e conhecer a vida como ela é.
>
> *BIOLOGIA* é o nome da ciência que estuda a vida.
> Sua crença deveria, portanto, estar figurando em algum ramo de "auto-ajuda"
>esotérica.
>
>
>>> O mantra OM nao é algo totalmente fora de nexo, é
>>> um conhecimento escrito a milhares de anos em livros
>
> Argumento "Ad Antiquitatem".
> Você poderia tentar um bom diálogo se evitasse o uso de falácias e
de
>*apelos à motivos*.
>
>
>>> A maioria nao consegue sobre pressao projetar.
>
> Então vamos para o desafio 1 - escolhemos um lugar, de comum acordo,
>com os cientistas/céticos que são amigos meus aqui da lista (a maioria
mora
>em São Paulo e eu não moro) e você terá UMA SEMANA para, do conforto da
sua
>casa, descobrir quais são os quatro números e as cinco letras.
>
> Ou isso também é "muita pressão"???
>
>
>>> Putz cara, entao como eu consigo
>>> visitar lugares onde eu nunca fui?
>
> Você já ouviu o ditado "Alegações extraordinárias requerem provas extraordinárias"?
>Pense bem antes de propor algo do tipo para um cético. Diferente das pessoas
>inclinadas à credulidade, aceitaremos o fato se ele for demostrando *mediante
>evidência*, e não de relatos de "causos" pessoais.
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>
>>> A ciencia comprova que exsistem particulas
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> Falácia da Pista Falsa.
> Por favor, nos ater ao assunto principal, ok?
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> Deuses, anjos, demônios, cristos e virgens são assuntos de TEOLOGIA/religião,
>e não de ciência.
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>
>>> Voce que estudou o esoterismo sabe disso, que
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>
> Sim, mas eu também estudei os contos de Machado de Assis e várias obras
>literárias em Teoria da Literatura, na universidade. Mas isso não quer
dizer
>que eu acredite nisso.
>
> As alegações do esoterismo são baseadas em *crença* - tanto quanto
de
>qualquer outra religião, crença ou superstição.
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>>> Cara, axo que o papo nao resulta em nada,
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> Aguardo sua resposta.
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> Abraços.
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SUBJECT: Re: xadrez via net
FROM: "WBC" <wbc@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/07/2001 16:43

Leandro,

Vc acabou de sugerir o meu site preferido de Xadrez... :-)

Vcs podemme encontrar lá pelo nick "bacciotti"

Abraços,

Wagner Campodonio


-----Mensagem original-----
De: holanda_lb@zipmail.com.br <holanda_lb@zipmail.com.br>
Para: ciencialist@yahoogroups.com <ciencialist@yahoogroups.com>
Data: Domingo, 29 de Julho de 2001 14:56
Assunto: [ciencialist] xadrez via net


> Se querem jogar partidas de xadrez via internet com pessoas das mais
>variadas partes do mundo, visitem
>
>http://games.yahoo.com/games/login?game=Chess
>
> Como o Ciencialist faz parte do Yahoo então não será necessário nem
>se cadastrar: basta-se usar a mesma senha do a mesma senha do Yahoo.
> (Não que eu ache o melhor - é apenas o único gratuito que conheço).
>
>Abraços
>Leandro.
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>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Fernando Boni" <boni@melim.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/07/2001 16:44

Oi galera, eu nao tenho conhecimento vasto sobre pesquisas sobre esses
fenomenos, o que basta pra mim eh que eles acontecem comigo e eu tenho plena
razao e consciencia de que isso nao eh coisa da minha cabeça. Eu tambem sou
muito cetico trabalho com programacao, coisas logicas... Ninguem aqui eh
obrigado a acreditar em tudo que se pode medir e nem ficar fazer rotulos dos
tipos de perguntas ou texto que eu estou escrevendo. Eu nao tenho
conhecimento suficiente para demonstrar que minhas crencas tem bases em
coisas logicas, nao sou capaz de escrever um how-to sobre projecao para um
fisico, somente sou capaz de falar o que acontece comigo. Alegacoes
estraordinarias que requerem provas extraordinarias? Eu falo do jeito que eu
quero, eu quero provas, como eu consigo me lembras de experiencias em
lugares que fisicamente nao sou capaz de ir por diversoes motivos. Nao quero
provar nada pra voces, quero que voce me expliquem porque isso pode
acontecer :). Eu tenho conhecimento de muitos estudos realizados sobre isso,
eu somente tenho, nao quer dizer que eu sei, se quiserem saber vao atraz. Eu
pareco ser um pouco grosseiro devido a minha resposta sem nexo, mas o que eu
realmente quero dizer que eu me desculpo por ter sido objetivo na minha
primeira mensagem hehe ao ponto de querer confrontar sendo que eu so tenho
conhecimento de estudos, mas de datas e nem de nomes. :) Voces pensam que eu
tambem nao quero saber o porque disso? Eh tao real, tao interativo(essa eh a
palavra certa), acho que nao pode ser algo com uma logica certa como a de
lembrancas passadas, imagens criadas pelo cerebro.


----- Original Message -----
From: <centaurus@mtv.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Sunday, July 29, 2001 3:56 PM
Subject: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO


> Fernando , se podes fazer isso ,a maneira mais segura de confiarmos em vc
> é provando assim como um "paranormal" me provou que podia ler meu
pensamento.Se
> não podes , melhor calar - te , pois acreditar por acreditar em algo não
> basta.
>
>
> -- Mensagem original --
>
> >Prezado Fernando Boni:
> >Saudações.
> >
> >>> o assunto nao liga (...) Projeciologia (...) é um fato
> >
> > Um "fato" não demonstrável, como você mesmo admitiu. Portanto, não
> faz
> >sentido falar em "fatos" desse ponto de vista.
> >
> >
> >>> ou os execicios com chakras que eu faço que causam
> >>> vibracoes eh o vento?
> >
> > Há vários tipos de vibração, e muitas não precisam estar relacionadas
> >ao vento. Novamente sua colocação ficou vaga e, dentro da mirada que você
> >situou, me lembra mais uma Falácia de Pergunta Complexa.
> >
> >
> >>> A projeciologia nao eh uma organizacao secreta (...)
> >
> > Sendo ou deixando de ser tais coisas, o que me importa é o caráter
> demonstrável,
> >empírico, testável e controlado da coisa, pelo menos enquanto estiver
sendo
> >colocado numa LISTA DE CIÊNCIA, diferente do que seria se o fosse numa
> lista
> >de RELIGIÃO e de "ESPIRITISMO".
> >
> >
> >>> ela tem a intencao de fazer voce se conhecer melhor
> >>> e conhecer a vida como ela é.
> >
> > *BIOLOGIA* é o nome da ciência que estuda a vida.
> > Sua crença deveria, portanto, estar figurando em algum ramo de
"auto-ajuda"
> >esotérica.
> >
> >
> >>> O mantra OM nao é algo totalmente fora de nexo, é
> >>> um conhecimento escrito a milhares de anos em livros
> >
> > Argumento "Ad Antiquitatem".
> > Você poderia tentar um bom diálogo se evitasse o uso de falácias e
> de
> >*apelos à motivos*.
> >
> >
> >>> A maioria nao consegue sobre pressao projetar.
> >
> > Então vamos para o desafio 1 - escolhemos um lugar, de comum acordo,
> >com os cientistas/céticos que são amigos meus aqui da lista (a maioria
> mora
> >em São Paulo e eu não moro) e você terá UMA SEMANA para, do conforto da
> sua
> >casa, descobrir quais são os quatro números e as cinco letras.
> >
> > Ou isso também é "muita pressão"???
> >
> >
> >>> Putz cara, entao como eu consigo
> >>> visitar lugares onde eu nunca fui?
> >
> > Você já ouviu o ditado "Alegações extraordinárias requerem provas
extraordinárias"?
> >Pense bem antes de propor algo do tipo para um cético. Diferente das
pessoas
> >inclinadas à credulidade, aceitaremos o fato se ele for demostrando
*mediante
> >evidência*, e não de relatos de "causos" pessoais.
> >
> >
> >>> A ciencia comprova que exsistem particulas
> >>> menores ainda (...)
> >
> > Falácia da Pista Falsa.
> > Por favor, nos ater ao assunto principal, ok?
> >
> >
> >>> Deus pode ser um unico atomo que apartir dele (...)
> >
> > Deuses, anjos, demônios, cristos e virgens são assuntos de
TEOLOGIA/religião,
> >e não de ciência.
> >
> >
> >>> Voce que estudou o esoterismo sabe disso, que
> >>> podem existem 7 planos com 7 sub-planos cada um
> >
> > Sim, mas eu também estudei os contos de Machado de Assis e várias
obras
> >literárias em Teoria da Literatura, na universidade. Mas isso não quer
> dizer
> >que eu acredite nisso.
> >
> > As alegações do esoterismo são baseadas em *crença* - tanto quanto
> de
> >qualquer outra religião, crença ou superstição.
> >
> >
> >>> Cara, axo que o papo nao resulta em nada,
> >
> > Não vai resultar apenas se você insistir em manter isso no campo dos
> >fatos não-demonstráveis, assim todas as outras crença resultam em *nada*
> >no confronto com a realidade.
> >
> >
> >>> voce tenque viver a projecao, ninguem esta aki pra provar
> >>> pra ninguem pq a verdadeira prova eh akela q vc eh
> >>> testemunha, somente vc para vive-la.
> >
> > Seus argumentos estão começando a se manifestar extremamente
religiosos.
> >Já demonstrei que frases que dependem de "você tem que viver isso para
> ver"
> >são utilizadas por toda a qualquer outra forma de crença.
> >
> >
> >>> Se voce deixar o papel para cima aberto,
> >>> em um lugar visivel podemos ate tentar.
> >
> > É a única parte dessa mensagem que me interessou. Vou lhe fazer uma
> pergunta
> >e espero uma resposta DIRETA e OBJETIVA. Nesses termos que você colocou:
> >
> >
> > VOCÊ ACEITA O DESAFIO?
> >
> > Aguardo sua resposta.
> >
> > Abraços.
> >
> >Peterson Leal.
> >
> >
> >&&& --- &&&
> >VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> >http://www.ciencialist.hpg.com.br
> >Para sair da lista envie um mail para
> >ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> >&&& --- &&&
> >
> >Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
> >
> >
> >
> >
>
>
>
> _____________________________________
> eMTV: receba a mordomia eletrônica!
> http://mtv.uol.com.br/emtv
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>



SUBJECT: Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/07/2001 17:23


> Gostaria de saber onde encontro algo sobre esses tipos de
falácias.Quem
> souber , avise-me.

Este é um excelente lugar pra se começar:

http://www.strbrasil.com.br/Scientia/falacias.htm

Abraços,

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

A good man gone wrong is usually a bad man found out.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Virus???
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/07/2001 18:22

Falso vírus. Isso faz parte do windows.

Joao

Guilherme Landi wrote:
>
> Olá, recebi a mensagem abaixo de outra lista e gostaria de saber se a mesma é verdade!
>
> Alguém pode informar?
>
> >Olá pessoal!
> >Um amigo me avisou, verifiquei na minha máquina, eu tinha, e deletei o
> >danado abaixo. Façam o mesmo!
> >
> >Procure no seu computador pelo arquivo: sulfnbk.exe Vá ao iniciar, procurar
> >(ou localizar) e localize este arquivo e apague-o imediatamente, caso seja
> >encontrado (ele se aloja no c:/windows/command).
> >Após isto esvazie a lixeira! Trata-se de um vírus que vem através de
> e-mails
> >sem você perceber e pretende destruir o seu computador no dia 25.
> >Sem mais,
> >Um abraço
> >>
> >Também encontrei-o. Verifiquem suas máquinas, por favor!
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Virus???
FROM: "Guilherme Landi" <landi@artefinal.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/07/2001 18:32

Olá, recebi a mensagem abaixo de outra lista e gostaria de saber se a mesma é verdade!

Alguém pode informar?

>Olá pessoal!
>Um amigo me avisou, verifiquei na minha máquina, eu tinha, e deletei o
>danado abaixo. Façam o mesmo!
>
>Procure no seu computador pelo arquivo: sulfnbk.exe Vá ao iniciar, procurar
>(ou localizar) e localize este arquivo e apague-o imediatamente, caso seja
>encontrado (ele se aloja no c:/windows/command).
>Após isto esvazie a lixeira! Trata-se de um vírus que vem através de
e-mails
>sem você perceber e pretende destruir o seu computador no dia 25.
>Sem mais,
>Um abraço
>>
>Também encontrei-o. Verifiquem suas máquinas, por favor!






[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] xadrez via net
FROM: centaurus@mtv.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/07/2001 18:43

Quem souber uma página de matemática em português de NÌVEL , por favor ,
avise-me , pois só encontro porcarias na net.Quando falo isso , quero dizer
, com trabalhos,assuntos de nível superior , curiosidades ,dentre outras
coisas.

-- Mensagem original --

> Se querem jogar partidas de xadrez via internet com pessoas das mais
>variadas partes do mundo, visitem
>
>http://games.yahoo.com/games/login?game=Chess
>
> Como o Ciencialist faz parte do Yahoo então não será necessário nem
>se cadastrar: basta-se usar a mesma senha do a mesma senha do Yahoo.
> (Não que eu ache o melhor - é apenas o único gratuito que conheço).
>
>Abraços
>Leandro.
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>



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SUBJECT: Re: [ciencialist] xadrez via net
FROM: "merlin" <merlin@imagelink.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/07/2001 22:44

A página das Olimpíadas Brasileiras é um ponto de referência.
www.obm.org.br

Atenciosamente,
Ragnarok

----- Original Message -----
From: <centaurus@mtv.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Sunday, July 29, 2001 6:43 PM
Subject: Re: [ciencialist] xadrez via net


Quem souber uma página de matemática em português de NÌVEL , por favor ,
avise-me , pois só encontro porcarias na net.Quando falo isso , quero dizer
, com trabalhos,assuntos de nível superior , curiosidades ,dentre outras
coisas.

-- Mensagem original --

> Se querem jogar partidas de xadrez via internet com pessoas das mais
>variadas partes do mundo, visitem
>
>http://games.yahoo.com/games/login?game=Chess
>
> Como o Ciencialist faz parte do Yahoo então não será necessário nem
>se cadastrar: basta-se usar a mesma senha do a mesma senha do Yahoo.
> (Não que eu ache o melhor - é apenas o único gratuito que conheço).
>
>Abraços
>Leandro.
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Tautócronas
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/07/2001 23:05



merlin wrote:
>
> Por favor gostaria de saber se alguém sabe ou tem alguma referência de como
> se prova que uma tautócrona é um arco de ciclóide , SEM USAR TRANSFORMADAS
> DE LAPLACE (q é a solução tradicional).
>
> Obviamente eu não quero partir da fórmula da ciclóide e provar que satisfaz
> a equação da tautócrona. Quero construir a solução da ciclóide.
>
> Agradeço antecipadamente,
> Ragnarok
>

Caro Merlin,

a maior dificuldade do problema é chegar às equações diferenciais para
a tautócrona. Tradicionalmente, se chega a elas resolvendo o problema da
braquistócrona já que há um formalismo direto para se resolver a questão
do menor tempo usando cálculo variacional. A ciclóide soluciona o
problema da braquistócrona e também é uma tautócrona.
As equações diferenciais não lineares, como a em questão, possuem
técnicas variadas de solução mas quase sempre elas partem de um chute.
Não há necessariamente um modo padrão de resolvê-las tanto que a maioria
não tem solução analítica. No caso da braquistócrona, vc minimiza o
funcional:

Int{[(1+(y')^2)/y]^(1/2) dx} usando equações de Euler-Lagrange e depois
de alguma manipulação chega a:

d/dx((1+(y')^2)y)=0. Que pode ser reescrito como

y(1+(y')^2)=c onde c é uma constante arbitrária definida pelas
condições iniciais. ('=d/dx)

Para se chegar a forma paramétrica tradicional da eq. da ciclóide, o
mais perto que vc pode chegar sem dar um chute é reescrever a eq. acima
supondo que x=x(u) e y=y(u). Desta maneira, terá:

c [(x')^2]/y=x'^2+y'^2 (onde '=d/du)

Por comparação com a eq. x'^2+y'^2=c cuja solução é trivial (senos e
co-senos) vc supõe que y' e x' se escrevem como a(u^n+cos(u)) e
b(u^m+sen(u)). Aí vc testa se essa hipótese é coerente e quais os
vínculos para m e n. Vc vai chegar a uma solução que dependerá de 2
condições iniciais, coerente com a ordem das equações (segunda). Desta
maneira, vc resolve o problema, entretanto, vc teve que dar um chute,
fazer uma tentativa como é feito na maioria dos problemas de solução
exata de eq. diferenciais ordinárias.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Tautócronas
FROM: "merlin" <merlin@imagelink.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/07/2001 23:05

Muito obrigado pela resposta Eduardo, mas como se resolve a braquistócrona
eu já sabia. É claro que a braquistócrona e a tautócrona são arcos de
ciclóide e obviamente possuem a mesma solução , porém a formulação do
problema não é o mesmo e obviamente a forma de resolver também não é a
mesma.

Conforme vc sabe a braquistócrona é a curva de mais rápido descendente entre
dois pontos que não estejam na mesma vertical e tradicionalmente a solução é
alcançada por cálculo variacional conforme vc muito bem colocou.

Agora eu estou falando especificamente da solução da tautócrona, partindo do
problema inicial chegar a uma resposta (que é a ciclóide). Como nós sabemos
tautócrona é a curva que possui a propriedade do tempo de queda de um corpo
independer da posição inicial. Dada essa propriedade , como chegar a
solução ? Eu conheço um caminho que é por transformadas de Laplace, mas ele
não serve para os meus objetivos.

Portanto eu desejo outra solução para o problema da tautócrona.
Espero ter sido mais claro desta vez.

Atenciosamente,
Ragnarok


----- Original Message -----
From: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Sunday, July 29, 2001 11:05 PM
Subject: Re: [ciencialist] Tautócronas


>
>
> merlin wrote:
> >
> > Por favor gostaria de saber se alguém sabe ou tem alguma referência de
como
> > se prova que uma tautócrona é um arco de ciclóide , SEM USAR
TRANSFORMADAS
> > DE LAPLACE (q é a solução tradicional).
> >
> > Obviamente eu não quero partir da fórmula da ciclóide e provar que
satisfaz
> > a equação da tautócrona. Quero construir a solução da ciclóide.
> >
> > Agradeço antecipadamente,
> > Ragnarok
> >
>
> Caro Merlin,
>
> a maior dificuldade do problema é chegar às equações diferenciais para
> a tautócrona. Tradicionalmente, se chega a elas resolvendo o problema da
> braquistócrona já que há um formalismo direto para se resolver a questão
> do menor tempo usando cálculo variacional. A ciclóide soluciona o
> problema da braquistócrona e também é uma tautócrona.
> As equações diferenciais não lineares, como a em questão, possuem
> técnicas variadas de solução mas quase sempre elas partem de um chute.
> Não há necessariamente um modo padrão de resolvê-las tanto que a maioria
> não tem solução analítica. No caso da braquistócrona, vc minimiza o
> funcional:
>
> Int{[(1+(y')^2)/y]^(1/2) dx} usando equações de Euler-Lagrange e depois
> de alguma manipulação chega a:
>
> d/dx((1+(y')^2)y)=0. Que pode ser reescrito como
>
> y(1+(y')^2)=c onde c é uma constante arbitrária definida pelas
> condições iniciais. ('=d/dx)
>
> Para se chegar a forma paramétrica tradicional da eq. da ciclóide, o
> mais perto que vc pode chegar sem dar um chute é reescrever a eq. acima
> supondo que x=x(u) e y=y(u). Desta maneira, terá:
>
> c [(x')^2]/y=x'^2+y'^2 (onde '=d/du)
>
> Por comparação com a eq. x'^2+y'^2=c cuja solução é trivial (senos e
> co-senos) vc supõe que y' e x' se escrevem como a(u^n+cos(u)) e
> b(u^m+sen(u)). Aí vc testa se essa hipótese é coerente e quais os
> vínculos para m e n. Vc vai chegar a uma solução que dependerá de 2
> condições iniciais, coerente com a ordem das equações (segunda). Desta
> maneira, vc resolve o problema, entretanto, vc teve que dar um chute,
> fazer uma tentativa como é feito na maioria dos problemas de solução
> exata de eq. diferenciais ordinárias.
>
> um abraço, Eduardo.
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAO
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/07/2001 23:11

Prezado Fernando Boni:
Saudações fraternas.

>> Oi galera, eu nao tenho conhecimento vasto
>> sobre pesquisas sobre esses fenomenos

Recuou na hora certa (infelizmente).


>> o que basta pra mim eh que eles acontecem comigo
>> e eu tenho plena razao e consciencia de que isso
>> nao eh coisa da minha cabeça.

Exatamente como o hindú não acredita que o elefante cor-de-rosa
de quatro braços (Vishnu) não é apenas "coisa da sua cabeça".


>> Eu tambem sou muito cetico trabalho
>> com programacao, coisas logicas...

Sem querer ofender, mas de ceticismo o amigo obviamente não
entende nada. O cometimento de tantas falácias é uma demonstração
básica disso. E não é o fato de trabalhar com programação que muda
isso. Por acaso professores universitários de Ética
*obrigatoriamente* serão pessoas éticas??


>> Ninguem aqui eh obrigado a acreditar em tudo que
>> se pode medir e nem ficar fazer rotulos dos tipos
>> de perguntas ou texto que eu estou escrevendo.

Sua frase ficou mal colocada. Por favor, explique essa parte.


>> Eu nao tenho conhecimento suficiente para demonstrar
>> que minhas crencas tem bases em coisas logicas

Isso apenas como sua "projeciologia" é ilógica.


>> nao sou capaz de escrever um how-to sobre projecao para
>> um fisico, somente sou capaz de falar o que acontece comigo.

Então seu problema é com um psicólogo. Ou (para criar polêmica
aqui na lista), com um PSICANALISTA. Observe novamente o que você
escreveu. Um psicólogo é um dos melhores profissionais para "ouvir
o que acontece com as pessoas", se esse é o problema.


>> Eu falo do jeito que eu quero, eu quero provas, como eu
>> consigo me lembras de experiencias em lugares que
>> fisicamente nao sou capaz de ir por diversoes motivos.

Acho que sei o que está ocorrendo com você. Já ouviu falar no
caso GUV?


>> Nao quero provar nada pra voces

Agora voltou atrás? Desistiu tão cedo!


>> quero que voce me expliquem
>> porque isso pode acontecer :).

Eu duvido que você estivesse disposto a aceitar a explicação
para isso. Será que está?


>> Eu tenho conhecimento de muitos estudos realizados
>> sobre isso, eu somente tenho, nao quer dizer que eu sei,
>> se quiserem saber vao atraz.

Novamente uma falácia da "Inversão do Ônus da Prova".


>> Eu pareco ser um pouco grosseiro
>> devido a minha resposta sem nexo

De forma alguma você está parecendo grosseiro.

Está parecendo assustado e muito confuso. É essa a impressão
que está transmitindo.


>> me desculpo por ter sido objetivo na minha primeira
>> mensagem hehe ao ponto de querer confrontar
>> sendo que eu so tenho conhecimento de estudos

Isso me parece uma grave contradição.

Anteriormente você disse que seu conhecimento é proveniente de
*FATOS* que ocorriam com você, e que não tinha explicação devido à
falta de estudos; -- agora você volta ao assunto e dá novo sentido
às suas alegações, dizendo que só tem conhecimento de "estudos"...


>> Eh tao real, tao interativo(essa eh a palavra certa),
>> acho que nao pode ser algo com uma logica certa
>> como a de lembrancas passadas, imagens criadas
>> pelo cerebro.

Me diz uma coisa, amigo.

Você disse anteriormente que estava disposto a dar uma prova de
sua suposta habilidade em "ver fora do corpo". Depois voltou atrás
e já não aceita mais esse desafio (MESMO TENDO UMA SEMANA PARA
REALIZAR A FAÇANHA!).

Está, pelo menos, disposto a aceitar CONTINUAR O DEBATE sobre o
tema?

Aguardo sua reposta.

Abraços.

Peterson Leal.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Tautócronas
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/07/2001 05:55



merlin wrote:
>
> Muito obrigado pela resposta Eduardo, mas como se resolve a braquistócrona
> eu já sabia. É claro que a braquistócrona e a tautócrona são arcos de
> ciclóide e obviamente possuem a mesma solução , porém a formulação do
> problema não é o mesmo e obviamente a forma de resolver também não é a
> mesma.
>
> Conforme vc sabe a braquistócrona é a curva de mais rápido descendente entre
> dois pontos que não estejam na mesma vertical e tradicionalmente a solução é
> alcançada por cálculo variacional conforme vc muito bem colocou.
>
> Agora eu estou falando especificamente da solução da tautócrona, partindo do
> problema inicial chegar a uma resposta (que é a ciclóide). Como nós sabemos
> tautócrona é a curva que possui a propriedade do tempo de queda de um corpo
> independer da posição inicial. Dada essa propriedade , como chegar a
> solução ? Eu conheço um caminho que é por transformadas de Laplace, mas ele
> não serve para os meus objetivos.
>
> Portanto eu desejo outra solução para o problema da tautócrona.
> Espero ter sido mais claro desta vez.
>

Oi,

bem, agora foi mais claro eu pensei que vc queria uma resolução da eq.
diferencial da ciclóide. Andei pesquisando e não achei nada mais simples
do que a resolução via transformada de Laplace. Há umas técnicas com
derivadas fracionárias que, no fundo, equivalem a que usa transformadas
de Laplace no problema da tautócrona mais simples, a que nos referimos
com o potencial gravitacional escrito da forma U=-mgh.
Amanhã posso procurar referências melhores mas desde já digo que o
ideal é buscar livros que tratem de equações integrais ou
íntegro-diferenciais. Só para saber, por que vc não quer a solução com
transformadas de Laplace? O problema fica tão mais simples...

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: Debate sobre genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: lrb@if.ufrgs.br, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, " Fabrício Alves Diniz" <fabricio@cyberpl.com.br>
DATE: 30/07/2001 07:45

Ok Brudna, vc tem razao.

Por mim o debate nao teria saido da lista do Genismo. Acontece que
o Fabricio decidiu "exporta-lo", com suas criticas, e eu me senti no
dever de tambem responder nas listas onde ele exportou as criticas.

Mas, doravante, procurarei nao dar reply na ciencialist se ele
se comprometer a fazer o mesmo.

[]s
jocax



lrb@if.ufrgs.br wrote:

> Serah que o debate sbre genismo nao poderia ser direcionado para a
> sua lista de discussao?
>
> Ateh mais.
> Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialis
> Estou em 'ferias' ateh quarta feira e posso demorar pra responder.



SUBJECT: Influencia de genes no suicidio
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excaliburciencia@yahoogroups.com>
DATE: 30/07/2001 10:04

MEDICINA - Folha de São Paulo, 30 de julho de 2001

Cientistas da UFMG analisam variações na sequência de DNA
que podem estar ligadas ao comportamento humano

Estudo busca influência de genes no suicídio
ISABEL GERHARDT
DA REPORTAGEM LOCAL

Até que ponto os genes podem moldar variações no
comportamento humano? O debate entre os que acreditam que
a personalidade pode ser geneticamente pré-determinada e
os que condenam essa visão, afirmando que o ambiente é
fundamental, deverá ser enriquecido por um estudo
brasileiro que procura determinar a influência de certos
genes no comportamento suicida das pessoas.
Pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas
Gerais) estão estudando as variações que ocorrem na
sequência de DNA de alguns dos genes de fatores
relacionados à serotonina -um neurotransmissor associado
às alterações do humor, à depressão e aos mecanismos do
sono e da alimentação- e tentando associá-las à
transmissão do comportamento suicida.
"Sabemos que o suicídio é, pelo menos parcialmente,
determinado geneticamente", afirma Humberto Corrêa, do
Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, um dos autores
do estudo. O desafio, segundo o pesquisador, é descobrir
quais os genes responsáveis por tal comportamento.
Como estudos anteriores do grupo da UFMG revelaram que a
redução da função serotoninérgica pode estar associada ao
comportamento suicida em pacientes deprimidos e
esquizofrênicos, os genes associados a essa função são os
principais candidatos.
De acordo com Corrêa, a função serotoninérgica é "uma
equação complexa", que depende do funcionamento de
inúmeras enzimas, transportadores e receptores de
serotonina, cada qual codificado por um gene diferente. O
grupo se dedica, no momento, à análise das variações de
cinco genes.

Variações individuais
O trabalho de Corrêa envolve uma das áreas mais
promissoras da biologia molecular, o estudo de
polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs, na sigla em
inglês).
Os SNPs ("snips") são variações numa certa posição do
genoma, que ocorrem aproximadamente a cada mil pares de
bases (as letras A, C, G e T). Ter um A ou um G numa
determinada posição de um gene pode significar a
diferença entre ter uma proteína defeituosa -que causará
o surgimento de uma doença- ou não.
Os pesquisadores da UFMG afirmam que procurar genes
associados ao suicídio não significa ignorar que questões
sociais e culturais estão ligadas ao fenômeno.
Para o médico Marco Aurélio Romano-Silva, coordenador do
estudo, independente da cultura ou da sociedade, o
suicídio ocorrerá nas pessoas que teriam uma
vulnerabilidade biológica (neuroquímica e
genética). "Poderíamos dizer que a cultura serviria como
maior ou menor repressor da expressão da vulnerabilidade
biológica ao suicídio", afirma.
Romano-Silva afirma que existem culturas em que as taxas
de suicídio são muito baixas (e dá como exemplo a
islâmica) e outras em que são muito altas (países do
Leste Europeu). Assim como existem variações em razão do
sexo -homens se suicidam mais do que mulheres- e da
idade -suicidam-se mais os jovens de 15 a 30 anos e
pessoas idosas.
Os pesquisadores chamam a atenção ainda para o fato de
que, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde),
houve um aumento global de 60% na mortalidade por
suicídio nas últimas décadas e que há uma tendência de
aumento nas taxas de suicídio em países do Terceiro Mundo
como o Brasil.

Entre um T e um C
O primeiro gene a ser analisado pelo grupo da UFMG foi o
5HT-2C, um receptor da serotonina. Os pesquisadores
estudaram um polimorfismo desse gene: uma mutação na
posição 102 da sequência de DNA, de um T para um C.
Trabalhos anteriores haviam mostrado que essa variação
poderia estar associada a sintomas psiquiátricos. No
entanto, depois de avaliarem 300 pessoas, Corrêa e Romano-
Silva concluíram que esse polimorfismo particular (no
gene 5HT-2C) não estaria associado ao comportamento
suicida ou ao diagnóstico psiquiátrico. "Estamos
estudando agora os outros genes", afirma Corrêa.

=====================================
GENÉTICA - Folha de São Paulo,30 de julho de 2001

Genoma e ética são tema de um encontro em SP
O Instituto Goethe promove nos dias 1º e 2 de agosto o
seminário "Ética e Genética". No evento serão discutidos
os desafios sociais e morais que surgem pelo uso da
informação genômica, do patenteamento de genes e da
clonagem reprodutiva. Especialistas do Brasil e da
Alemanha participarão do seminário: Andrew Simpson e Luiz
Fernando Lima Reis, do Instituto Ludwig, Jens Reich, da
Universidade Humboldt, de Berlim, Renato Nalini, juiz do
Tribunal de Alçada Criminal, Renato Janine Ribeiro, da
USP, Ludger Honnefelder, do Instituto de Ciência e Ética,
de Bonn, Marco Segre, da Sociedade Brasileira de Bioética
e Mayana Zatz, da USP. O seminário começa às 18h, no
auditório do Instituto Goethe (rua Lisboa, 974). A
entrada é franca. Informações pelo telefone 0/xx/11/3088-
4288. (DA REDAÇÃO)










SUBJECT: Re: [ciencialist] Tautócronas
FROM: "merlin" <merlin@imagelink.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/07/2001 10:49

Antes de mais nada, eu gostaria de agradecer imensamente o seu interesse
pelo assunto, Eduardo.

Há alguns (muitos) anos atrás, quando era um aluno de graduação de Física,
eu li um artigo sobre a braquistócrona relativística, e fiz um trabalho
sobre tautócrona relativística, que nunca cheguei a publicar. Só que perdi
o trabalho e quero "ressuscitá-lo". Agora vc imaginar mais facilmente pq
não serve a solução de Transformadas de Laplace, elas não se adequam ao caso
relativístico. A transformada inversa não pode ser encontrada em tabelas
neste caso.

Mas sei que existe outra solução, pq pesquisei na época e achei. O meu
trabalho foi feito desta outra maneira (que infelizmente não recordo),
embora as integrais não gerassem uma resposta 'bonita' , mas utlizei
técnicas de cálculo numérico.

Bom, acho que agora tudo ficou esclarecido.

Atenciosamente,
Ragnarok
----- Original Message -----
From: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, July 30, 2001 5:55 AM
Subject: Re: [ciencialist] Tautócronas


>
>
> merlin wrote:
> >
> > Muito obrigado pela resposta Eduardo, mas como se resolve a
braquistócrona
> > eu já sabia. É claro que a braquistócrona e a tautócrona são arcos de
> > ciclóide e obviamente possuem a mesma solução , porém a formulação do
> > problema não é o mesmo e obviamente a forma de resolver também não é a
> > mesma.
> >
> > Conforme vc sabe a braquistócrona é a curva de mais rápido descendente
entre
> > dois pontos que não estejam na mesma vertical e tradicionalmente a
solução é
> > alcançada por cálculo variacional conforme vc muito bem colocou.
> >
> > Agora eu estou falando especificamente da solução da tautócrona,
partindo do
> > problema inicial chegar a uma resposta (que é a ciclóide). Como nós
sabemos
> > tautócrona é a curva que possui a propriedade do tempo de queda de um
corpo
> > independer da posição inicial. Dada essa propriedade , como chegar a
> > solução ? Eu conheço um caminho que é por transformadas de Laplace, mas
ele
> > não serve para os meus objetivos.
> >
> > Portanto eu desejo outra solução para o problema da tautócrona.
> > Espero ter sido mais claro desta vez.
> >
>
> Oi,
>
> bem, agora foi mais claro eu pensei que vc queria uma resolução da eq.
> diferencial da ciclóide. Andei pesquisando e não achei nada mais simples
> do que a resolução via transformada de Laplace. Há umas técnicas com
> derivadas fracionárias que, no fundo, equivalem a que usa transformadas
> de Laplace no problema da tautócrona mais simples, a que nos referimos
> com o potencial gravitacional escrito da forma U=-mgh.
> Amanhã posso procurar referências melhores mas desde já digo que o
> ideal é buscar livros que tratem de equações integrais ou
> íntegro-diferenciais. Só para saber, por que vc não quer a solução com
> transformadas de Laplace? O problema fica tão mais simples...
>
> um abraço, Eduardo.
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
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> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Globo terrestre invertido
FROM: "Emilson Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/07/2001 11:14

Certa vez visitei o observatório astronômico em Campinas
e em uma das salas havia um globo terrestre invertido.
Imediatamente perguntei ao cara que estava dando explicações
sobre telescópios o porque daquilo. Ele me disse que essa
era a posição correta, que era assim que os astronautas
viam a Terra do espaço e que a forma como o globo é
apresentado é pura convenção dos países desenvolvidos,
que se situam, em sua maioria, no "norte".

Alguém pode me dar uma dica de onde ler mais sobre isso?
A meu ver, um astronauta fora do campo de gravidade terrestre
não teria noção de onde é o norte ou o sul no planeta Terra,
supondo que ele não sabe das convenções atuais.

Emilson P. Leite.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Erros do Francisco - Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/07/2001 13:12

rmtakata@altavista.net wrote:

> Barcellos, por favor, nao responda
> 'as perguntas apenas retoricas, certo?

Nao entendi...
Vc agora quer me dizer o q eu devo ou nao responder ? !?!?

>
> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> > Eu te dou um indicio bastante bom :
> > Vc conhece UM UNICO homem adulto no mundo que NUNCA sentiu
> > raiva?
>
> E qual a indicio q. isso mostra? Nenhum. Ja'
> discutimos longamente sobre o q. uma simples
> contagem quer dizer.

Eh um *indicio* de que se o odio fosse algo cultural apenas
seria muito mais facil de encontrar. EH dificil encontrar alguem
que nasca com 7 dedos pelo fato de 5 dedos ser genetico
mas eh facil encontrar pessoas que nao sabem ler
ja ler eh algo que se aprende.



>
> Ja' vi pessoas com apenas um braco -- isso quer
> dizer q. genes nao participam na construcao do
> braco? Nao.

Mas o fato de ser dificil de encontra-las significa que
ter 2 bracos deve ser um indicio de que o traco eh genetico.


>
>
> Nunca vi uma pessoa ser raptada por alienigenas,
> isso quer dizer q. nao ser raptado por alienigenas
> e' genetico? Nao.
>

O exemplo nao se enquadra visto que ser ou nao raptado nao
faz parte da propriedade da pessoa.

Voce mesmo deveria saber que, ao estudar uma anomalia genetica,
os pesquisadores vao procurar o mesmo traco em pessoas da familia
que apresentam o problema. Se muitas pessoas da familia compartilham
da enfermidade isto aponta um *indicio* de que o traco eh genetico.


>
> > Eu nao acredito nisso ( problema meu claro ),
> > mas vc poderia me mostrar algum artigo num periodico
> > de prestigio, nature ou science, nao vale paginas soltas na
> > internet, que mostram que eh possivel deixar de sentir
> > dor ou raiva? ( Nao vale por alguns momentos
> > tem q ser durante a vida )
>
> Por q. nao valeira por momentos? Isso ja'
> demonstra a factibilidade do processo.
>

Pq o sentimento eh ativado dependendo das circunstancias.

Vc nao sente raiva o tempo todo mas o sentimento esta latente,
preparado para se manifestar assim que um input adequado seja
fornecido.



>
> Ha' casos de pessoas q. ficaram paraplegicas
> e deixaram de sentir dor ou qq outra sensacao
> na regiao abaixo da lesao na medula. Casos
> de infeccoes cutaneas, como a hanseniase
> tbm podem levar 'a analgesia.
> Nao e' ensinado, mas e' uma caracteristica
> ambiental.

Mas elas nascem preparadas para sentir dor do mesmo modo
que nascem preparadas para sentir raiva.
CLARO que pode haver problemas de gestacao que impecam
a pessoa de ter seu desenvolvimento normal e tais pessoas
nao sentem dor. Ja foi relatado na televisao o caso de um
menino que nao sentia dor e por isso vivia quebrando os ossos.
Mas sao casos anomalos. A capacidade de sentir dor eh geneticamente
determinada.


>
>
> O estudo abaixo mostra como a expectativa influencia
> na potencializacao da percepcao dolorosa.
>
> Severeijns R, Vlaeyen JWS, van den Hout MA,
> Weber WEJ 2001 -- Pain catastrophizing predicts
> pain intensity, disability, and psychological
> distress independent of the level of physical
> impairment. CLINICAL JOURNAL OF PAIN
> 17: (2) 165-72.
>
> Aqui relata a eficacia da hipnose no controle
> da percepcao da dor.
>
> Benhaiem, Jean-Marc; Attal, Nadine; Chauvin,
> Marcel; Brasseur, Louis; Bouhassira, Didier 2001 --
> Local and remote effects of hypnotic suggestions of analgesia
> Pain 89: (2-3) 167-73.
>
> Jensen MP, Barber J, Williams-Avery RM,
> Flores L, Brown MZ 2000 -- The effect of hypnotic
> suggestion on spinal cord injury pain.
> JOURNAL OF BACK AND MUSCULOSKELETAL
> REHABILITATION 14: (1-2) 3-10.
>
> Existem outros metodos para o controle
> psicologico da dor.

Isso NAO quer dizer que a capacidade de sentir dor nao seja
genetica. Ter 2 bracos eh um traco genetico mas se vc decepar um vc
fica com um soh braco. Se vc tomar um analgesico ou anestesia
vc tambem nao sentira dor mas isso nao quer dizer q a capacidade
de sentir dor nao seja geneticamente determinada..

Mas esta conversa esta muito chata
e eu estou sem tempo para tentar te convencer que a capacidade
de sentir eh geneticamente determinada.

[]s
jocax


>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Genismo x Sentimentos
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/07/2001 13:20



centaurus@mtv.com.br wrote:

> Gostaria de saber qual o questionamento que originou tal discussão.
>

Eu coloquei um resumo no site :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/459

[]s
jocax




SUBJECT: RES: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/07/2001 13:38

> -----Mensagem original-----
> De: Fernando Boni [mailto:boni@melim.com.br]

> Voces pensam que eu tambem nao quero saber o porque
> disso? Eh tao real, tao interativo(essa eh a palavra
> certa), acho que nao pode ser algo com uma logica
> certa como a de lembrancas passadas, imagens
> criadas pelo cerebro.

Prezado Boni,

Na verdade vc procurou na Ciencialist respostas
que pudessem satisfazer sua "dúvida" de modo positivo,
ou seja, de forma que reforçasse sua crença no dom
da "projeção".

Porém, vc não ouviu o que queria e agora está confuso.

Crer sem fundamento na razão, sem questionamento, é fé
cega, é dogmatismo. Você deve admitir para si mesmo,
ainda que remotamente, que pode estar se iludindo e
que sua mente pode estar lhe pregando uma peça, apenas
porque você deseja com tanta intensidade acreditar
numa explicação sobrenatural para um fenômeno que
deve ser psicologicamente autoinduzido.

Mas, o fato de vc se autoquestionar já é um grande avanço.
Não desista de descobrir a verdade com base na evidência,
na razão e na lógica.

Abraços,

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: A expressao das emocoes.....
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excaliburciencia@yahoogroups.com>, scientia_una <scientiauna@grupos.com.br>
DATE: 30/07/2001 15:11

A expressão das emoções no homem e nos animais

Charles Darwin

14. Considerações finais e resumo

" Os três princípios fundamentais que determinaram os principais
movimentos expressivos — Sua herança — Sobre o papel que exerceram a
vontade
e a intencionalidade na aquisição de várias expressões — O
reconhecimento
instintivo das expressões — A relação do nosso tema com a unidade
específica das raças humanas — Sobre a aquisição sucessiva de diferentes

expressões pelos ancestrais do homem — A importância das expressões
...."




".....Todos concordam que os principais movimentos expressivos de homens
e animais
inferiores são inatos ou hereditários, isto é, não foram aprendidos
pelo indivíduo, O
aprendizado e a imitação têm tão pouco a ver com muitos desses
movimentos que eles
estão desde cedo e ao longo da vida muito além do nosso controle; por
exemplo, o
relaxamento das artérias da pele no enrubescimento e o aumento da
atividade do
coração na raiva. Podemos ver crianças, com apenas dois ou três anos,
mesmo as que
nasceram cegas, enrubescendo de vergonha; e o couro cabe-ludo nu de um
recém
nascido cora quando ele fica transtornado. Bebês choram de dor logo
depois de nascer,
e suas feições já têm a mesma aparência dos anos seguintes. Esses fatos
apenas já
bastam para demonstrar que, de nossas expressões, muitas das mais
importantes não
foram aprendidas. Mas chama a atenção que algumas, que são certamente
inatas,
requerem prática por parte do indivíduo antes de serem desempenhadas de
forma
completa e perfeita; por exemplo, chorar e rir. A hereditariedade da
maioria de nossos
movimentos expressivos explica por que os nascidos cegos os exibem tão
bem quanto
os que têm visão, como me foi dito pelo rev. R. H. Blair. Podemos assim
também
compreender por que jovens e velhos de raças muito diferentes, tanto
entre os homens
quanto entre os animais, expressam um mesmo estado de espírito com os
mesmos
movimentos............."

Capitulo completo:
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/482

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Globo terrestre invertido
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/07/2001 15:49

Nicolau Werneck wrote:

> > Ele me disse que essa era a posição correta, que era
> assim que os astronautas viam a Terra do espaço
>
> Isso é ridículo! Desde Newton que essa idéia de
> "orientação ABSOLUTAMENTE certa" já devia ter sido
> abolida de todas as mentes do nosso planeta! É igual
> falar que "a Terra gira em torno do céu".
>
> E tem mais: esse papo de que os países do norte nos
> impõe que eles ficam "em cima", e nós, pobrinhos,
> ficamos "em baixo" é muito patético!
>
> Quem usa mapas de verdade, em seus trabalhos, e não em
> conversinhas de butequim, não demoram colocar o norte
> apontando pra outro ângulo, e a centralizá-lo de
> maneira a facilitar sua consulta.
>
> Se aquela disposição em que o norte fica pra cima e o
> oceano pacífico fica encostando nas bordas é a mais
> famosa do mundo, não é porque o Illuminati decidiu que
> ia controlar o mundo assim, mas porque historicamente
> geógrafos do mundo todo tiveram mais facilidade em
> trabalhar desse jeito para analisar determinados tipos
> de problema.
>
> Os professores de geografia deviam ensinar mais
> cartografia, ensinar mais sobre os tipos de projeção,
> ensinar mais sobre a adequação de um mapa a
> deterinadas atividades... é um problema tão
> interessante....
>
> acho que vou escrever um artigo sobre isso no meu
> fanzine! :)
>
> --N1c01au
>
> _

Oi,

Na Australia eles tambem colocam o mapa de cabeca pra baixo sem complexo algum. O que o
astronomo falou acho que nao tem muito sentido mas o fato de os professores ensinarem que o mapa
pode ser colocado com o hemisferio sul para cima eh importante para mostrar aos alunos que nao ha
uma orientacao fixa apesar de termos nos acostumado com a convencao utilizada no hemisferio norte.
Isso eh uma coisa tao simples mas que abre a cabeca de um aluno jovem tanto do ponto de vista
fisico ou matematico para que ele se acostume com convencoes e referenciais como do ponto de vista
politico.

Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Globo terrestre invertido
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/07/2001 16:19

> Ele me disse que essa era a posição correta, que era
assim que os astronautas viam a Terra do espaço

Isso é ridículo! Desde Newton que essa idéia de
"orientação ABSOLUTAMENTE certa" já devia ter sido
abolida de todas as mentes do nosso planeta! É igual
falar que "a Terra gira em torno do céu".

E tem mais: esse papo de que os países do norte nos
impõe que eles ficam "em cima", e nós, pobrinhos,
ficamos "em baixo" é muito patético!

Quem usa mapas de verdade, em seus trabalhos, e não em
conversinhas de butequim, não demoram colocar o norte
apontando pra outro ângulo, e a centralizá-lo de
maneira a facilitar sua consulta.

Se aquela disposição em que o norte fica pra cima e o
oceano pacífico fica encostando nas bordas é a mais
famosa do mundo, não é porque o Illuminati decidiu que
ia controlar o mundo assim, mas porque historicamente
geógrafos do mundo todo tiveram mais facilidade em
trabalhar desse jeito para analisar determinados tipos
de problema.

Os professores de geografia deviam ensinar mais
cartografia, ensinar mais sobre os tipos de projeção,
ensinar mais sobre a adequação de um mapa a
deterinadas atividades... é um problema tão
interessante....


acho que vou escrever um artigo sobre isso no meu
fanzine! :)

--N1c01au



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/07/2001 16:22

On Sat, 28 Jul 2001, Fernando Boni wrote:
> Eu me projeto a um ano, ja ouvi milhares de relatos, provas e me pergunto
> como eu aprendi o Mantra OM se eu nao sabia nem o que era um Mantra ??

Assistindo televisão???

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/07/2001 16:30

On Sat, 28 Jul 2001, Fernando Boni wrote:
> A ciencia prova que existem mais tres estados: plasma, superplasma e
> hiperplasma.

Voce poderia me indicar onde existem informações científicas a respeito
disso???

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vapor
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/07/2001 17:14

olá,

no segundo grau (atual ensino médio) dizem que vapor é o gás que pode ser
liquefeito por aumento de pressão, a palavra gás seria usada para gases em
que isso não pode ser feito. Aguardo respostas de melhor nível... :-)

[]s,
Stafusa


On Mon, 30 Jul 2001, Frederico Bortolato wrote:

> Ola a todos
>
> Tenho uma dúvida simples mas que anda me atormentando: qual a definição de vapor? Esse termo é usado apenas para água em estado gasoso ou pode ser usado para qualquer outra substancia? Existe uma definição exata para esse termo?
>
>
> Saudações
>
>
> Fred.
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Vapor
FROM: "Frederico Bortolato" <frederico@hexasolution.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/07/2001 17:16

Ola a todos

Tenho uma dúvida simples mas que anda me atormentando: qual a definição de vapor? Esse termo é usado apenas para água em estado gasoso ou pode ser usado para qualquer outra substancia? Existe uma definição exata para esse termo?


Saudações


Fred.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: galileu
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/07/2001 17:41

A revista Galileu do mês de agosto parece muito interessante, senão
no conteúdo, está pelos assuntos.

http://galileu.globo.com/

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/07/2001 18:05

Que diabos é esse 'Mantra OM' que tanto falam?
Por acaso é alguma broadcasting em OM (ondas médias)?
Será que posso aprender algo sobre esse 'Mantra OM' simplesmente dormindo?
Se houver jeito, dá prá substituir esse 'Mantra OM' por 'equações diferenciais abelianas'? Ou precisa ser 'OM', 'AM' ou 'FM'?
Por que será que eu nunca ouvi relato algum sobre alguém se projetar (a menos que seja do alto de uma ponte) a um ano ("eu me projeto a um ano")?

Puxa! Como tem gente *prendada* nesse mundo? Será que todos foram brindes de quermesses?

[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 30 de julho de 2001 16:22
Assunto: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO


On Sat, 28 Jul 2001, Fernando Boni wrote:
> Eu me projeto a um ano, ja ouvi milhares de relatos, provas e me pergunto
> como eu aprendi o Mantra OM se eu nao sabia nem o que era um Mantra ??

Assistindo televisão???

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/07/2001 18:08

Putz grila! Cada vez sinto-me mais ignorante. Mal consigo trabalhar com o tal de plasma, e agora já me informam que existe um tal de superplasma e hiperplasma!
Será que não conseguimos acompanhar os esotéricos em suas descobertas?
[]'
Léo
=============
-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 30 de julho de 2001 16:30
Assunto: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO


On Sat, 28 Jul 2001, Fernando Boni wrote:
> A ciencia prova que existem mais tres estados: plasma, superplasma e
> hiperplasma.

Voce poderia me indicar onde existem informações científicas a respeito
disso???

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Vapor
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/07/2001 18:27

A boa resposta para o assunto está na equação de estado de Van Der Waals e os experimentos com o s tubos de Naterer. Entram em consideração a pressão crítica, temperatura crítica e volume crítico. A curva (superfície) de estado (complicada para desenhar aqui) pode ser vista em livros de termodinâmica.
Aliás, esses tubos de Naterer nos mostram coisas estranhas - identificação líquido vapor sem separação em duas fases; gás que está no estado líquido etc.

[]'
Léo
=============
-----Mensagem Original-----
De: "Frederico Bortolato" <frederico@hexasolution.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 30 de julho de 2001 17:16
Assunto: [ciencialist] Vapor


Ola a todos

Tenho uma dúvida simples mas que anda me atormentando: qual a definição de vapor? Esse termo é usado apenas para água em estado gasoso ou pode ser usado para qualquer outra substancia? Existe uma definição exata para esse termo?


Saudações


Fred.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Fernando Boni" <boni@melim.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/07/2001 19:01

aff
nao vou discutir com ceticos abertos somente a um livro e nao ao universo.


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, July 30, 2001 6:08 PM
Subject: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO


> Putz grila! Cada vez sinto-me mais ignorante. Mal consigo trabalhar com o
tal de plasma, e agora já me informam que existe um tal de superplasma e
hiperplasma!
> Será que não conseguimos acompanhar os esotéricos em suas descobertas?
> []'
> Léo
> =============
> -----Mensagem Original-----
> De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
> Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Enviada em: segunda-feira, 30 de julho de 2001 16:30
> Assunto: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
>
>
> On Sat, 28 Jul 2001, Fernando Boni wrote:
> > A ciencia prova que existem mais tres estados: plasma, superplasma e
> > hiperplasma.
>
> Voce poderia me indicar onde existem informações científicas a respeito
> disso???
>
> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@fisica.ufpr.br
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Fernando Boni" <boni@melim.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/07/2001 19:12


From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, July 30, 2001 1:38 PM
Subject: RES: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO

> > De: Fernando Boni [mailto:boni@melim.com.br]
>
> > Voces pensam que eu tambem nao quero saber o porque
> > disso? Eh tao real, tao interativo(essa eh a palavra
> > certa), acho que nao pode ser algo com uma logica
> > certa como a de lembrancas passadas, imagens
> > criadas pelo cerebro.
>
> Prezado Boni,
>
> Na verdade vc procurou na Ciencialist respostas
> que pudessem satisfazer sua "dúvida" de modo positivo,
> ou seja, de forma que reforçasse sua crença no dom
> da "projeção".
>
> Porém, vc não ouviu o que queria e agora está confuso.
>
> Crer sem fundamento na razão, sem questionamento, é fé
> cega, é dogmatismo. Você deve admitir para si mesmo,
> ainda que remotamente, que pode estar se iludindo e
> que sua mente pode estar lhe pregando uma peça, apenas
> porque você deseja com tanta intensidade acreditar
> numa explicação sobrenatural para um fenômeno que
> deve ser psicologicamente autoinduzido.
>
> Mas, o fato de vc se autoquestionar já é um grande avanço.
> Não desista de descobrir a verdade com base na evidência,
> na razão e na lógica.
>
> Abraços,
>
> Alexandre Medeiros

Isso mesmo Alexandre, sinceramente ninguem aqui eh melhor que ninguem e
muitos tem mania de superioridade(falacias, perguntas??? dane-se e desculpe
o termo, mas eu quero respostas nao ser analisado e nem criticado). Nao sou
fanatico, por isso quero respostas. Nao quero criticas, quero respostas pois
voces com essas criticas so se demonstram ao suficiente para analizar as
minhas experiencias ou provas que posso botar aqui. Se nessas quatro vezes
extremamente reais e conscientes eu estou fora do corpo? Eu vivo como um
robo como eu posso acreditar numa besteira dessa? E se todas as emocoes que
eu senti foram farca, as noites de concentracao e etc... Eu so tenho uma
certeza, por causa das projecoes eu virei uma pessoa muito melhor e mais
equilibrada ao mundo. Eu quero acreditar no que eu sinto, mas como a ciencia
surpreende pode muito bem haver uma explicacao como essa. Um amigo fisico me
disse que voce deve acreditar em tudo que se pode medir... Quem disse que
nao podemos medir um psicossoma ou as energia para-espirituais? Nao podemos
porque eu certamente posso concluir que, nao temos conhecimento sobre isso
AINDA. A clonagem era vista antigamente como algo impossivel, quem sabe se
descobrirmos outras dimensoes e particulas muito mais pequenas nesse mesmo
espaco e concluir que vivemos e temos Alma? Sera algo normal... Amanha podem
provar que podemos ver elefantes voando em tapetes magicos, basta termos
conhecimento suficiente e tecnologia para explicar porque temos Alma ou se
podemos botar um elefante em um tapete voando ;) Eu vou sair dessa lista,
porque a maioria na esta aberta a discutir e nem admitir isso que eu falei.
Talvez existem mais coisas entre o ser humano e a vida que a ciencia nao
consegue ver, mas com o tempo... Quem sabe ?





SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Fernando Boni" <boni@melim.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/07/2001 19:15

Luiz, o mantra OM eh uma palavra.
A luz eh uma palavra.
Mas ela lembra a mesma merda... uma luz
Light? Luz? a mesma merda
OM? Vida
:)
Sons universais.
Amor: Eh amor
Love: ...
Quem faz a acao eh a palavra, a causa eh a mentalizacao o pensamento de
amor, fraternidade etc.
E o fruto eh a interiozacao e a exteriorizacao de energias.



----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, July 30, 2001 6:05 PM
Subject: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO


> Que diabos é esse 'Mantra OM' que tanto falam?
> Por acaso é alguma broadcasting em OM (ondas médias)?
> Será que posso aprender algo sobre esse 'Mantra OM' simplesmente dormindo?
> Se houver jeito, dá prá substituir esse 'Mantra OM' por 'equações
diferenciais abelianas'? Ou precisa ser 'OM', 'AM' ou 'FM'?
> Por que será que eu nunca ouvi relato algum sobre alguém se projetar (a
menos que seja do alto de uma ponte) a um ano ("eu me projeto a um ano")?
>
> Puxa! Como tem gente *prendada* nesse mundo? Será que todos foram brindes
de quermesses?
>
> []'
> Léo
> ===============
> -----Mensagem Original-----
> De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
> Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Enviada em: segunda-feira, 30 de julho de 2001 16:22
> Assunto: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
>
>
> On Sat, 28 Jul 2001, Fernando Boni wrote:
> > Eu me projeto a um ano, ja ouvi milhares de relatos, provas e me
pergunto
> > como eu aprendi o Mantra OM se eu nao sabia nem o que era um Mantra ??
>
> Assistindo televisão???
>
> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@fisica.ufpr.br
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>
> &&& --- &&&
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> http://www.ciencialist.hpg.com.br
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> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>



SUBJECT: Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/07/2001 19:20

Fernando,

> > > A ciencia prova que existem mais tres estados: plasma,
superplasma e
> > > hiperplasma.
> nao vou discutir com ceticos abertos somente a um livro e nao ao
universo.

De qual livro você está falando? Foi VOCÊ quem disse que a ciência
prova que existem mais três estados, e não alguém desta lista. A
Ciência não usa o "universo" para disseminar seus conhecimentos, e
sim, livros, artigos, publicações, etc.

É só nos dizer em qual fonte você viu que existiam tais estados! Só
isso? Será que consegue?

Não se enrole nas suas próprias palavras... Se foi em um livro que
você viu isso (mais de três estados), ótimo. Se não foi em um livro, é
só dizer onde foi! Simples, não?

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"When your IQ rises to 28, sell." - Professor Irwin Corey to a
heckler.




SUBJECT: Re: Vapor
FROM: "Frederico Bortolato" <frederico@hexasolution.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/07/2001 19:47

Ola Leo

Mas existe alguma diferença nos termos vapor e estado gasoso? Ou seja,
quando dizemos vapor d'água estamos nos referindo a água no estado gasoso?
Ou são coisas distintas? É nesse ponto que gostaria de tirar minhas dúvidas,
pois na pouca literatura que disponho os autores parecem colocar as duas
como a mesma coisa.

Obrigado pela ajuda.


Fred.


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, July 30, 2001 6:27 PM
Subject: Re: [ciencialist] Vapor


A boa resposta para o assunto está na equação de estado de Van Der Waals e
os experimentos com o s tubos de Naterer. Entram em consideração a pressão
crítica, temperatura crítica e volume crítico. A curva (superfície) de
estado (complicada para desenhar aqui) pode ser vista em livros de
termodinâmica.
Aliás, esses tubos de Naterer nos mostram coisas estranhas - identificação
líquido vapor sem separação em duas fases; gás que está no estado líquido
etc.

-----Mensagem Original-----
De: "Frederico Bortolato" <frederico@hexasolution.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 30 de julho de 2001 17:16
Assunto: [ciencialist] Vapor

Tenho uma dúvida simples mas que anda me atormentando: qual a definição de
vapor? Esse termo é usado apenas para água em estado gasoso ou pode ser
usado para qualquer outra substancia? Existe uma definição exata para esse
termo?





SUBJECT: Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/07/2001 19:50

> Isso mesmo Alexandre, sinceramente ninguem aqui eh melhor que
ninguem e
> muitos tem mania de superioridade(falacias, perguntas??? dane-se e
desculpe
> o termo, mas eu quero respostas nao ser analisado e nem criticado).

Você acha que identificar problemas na comunicação efetiva é mania de
superioridade? Você não pode se esquecer que só se pode responder a
alguém quando entende-se exatamente uma pergunta. Se ela vem imbuída
de falácias, imprecisões ou outros problemas, não há como ajudar.

Quando você vai ao médico você o considera com mania de superioridade
quando ele começa a fazer diversas perguntas? Ou você simplesmente
chega na consultório, senta, despeja tudo o que você "acha" que tem
(ou o que você sente) e espera que ele simplesmente escreva uma
receita?

Primeiro é necessário um diálogo, onde são descartadas as falhas de
comunicações e são detalhadas as suas dúvidas. Pelo visto, empacamos
na parte inicial, mas vamos torcer para superar isso!


> Nao sou
> fanatico, por isso quero respostas. Nao quero criticas, quero
respostas pois
> voces com essas criticas so se demonstram ao suficiente para
analizar as
> minhas experiencias ou provas que posso botar aqui. Se nessas quatro
vezes
> extremamente reais e conscientes eu estou fora do corpo? Eu vivo
como um
> robo como eu posso acreditar numa besteira dessa? E se todas as
emocoes que
> eu senti foram farca, as noites de concentracao e etc...

É aí que você tem que fornecer dados para que possam ser analisados!
Analisar somente com essas informações fica muito difícil? (Médicos
fazem diagnósticos de doenças graves ou raras por telefone?)
Por exemplo: você poderia fazer um experimentos, mesmo que sob a
"direção" daqui do fórum, via e-mail mesmo. Para que se torne algo
interativo e possamos descobrir mais.

Detalhe mais como foram essas "saídas" do corpo, o que aconteceu, onde
você visitou, o que viu, etc. Depois conte como foi seu processo de
verificação, ou seja, como você conferiu que o que vira quando fora do
corpo batia com a realidade. Esse tipo de informação é essencial para
podermos começar a análise e as "experiências".


> Eu so tenho uma
> certeza, por causa das projecoes eu virei uma pessoa muito melhor e
mais
> equilibrada ao mundo.

Isso é muito bom. O importante é saber que o bem estar interior
independe de as coisas existirem "fisicamente".


> Eu quero acreditar no que eu sinto, mas como a ciencia
> surpreende pode muito bem haver uma explicacao como essa.

Aí temos que separar as coisas um pouco. Separar o que você "sente"
daquilo que "existe". Quando sentimos algo, significa que nosso
cérebro interpreta algo a partir das impressões sensoriais, que podem
ter sido geradas externamente ao corpo (pelos nossos 5 sentidos) ou
internamente (pelo próprio cérebro ou outros órgãos internos). Nesse
sentido você pode confiar naquilo que "sente", pois é algo que
efetivamente está ocorrendo em seu cérebro. Por outro lado, precisamos
saber se o que você sente é algo que existe realmente ou é algo gerado
apenas dentro de seu corpo. Por exemplo: certas pessoas que têm
membros amputados, podem sentí-los ainda, mesmo após anos. Imagine,
sentir dor em um braço que já não existe mais! Isso realmente existe,
é uma sensação gerada dentro do próprio corpo. O indivíduo REALMENTE
sente dor, não é mentira, a dor é REAL, mas é motivado por uma causa
apenas interna ao corpo, não tem existência "externa", ningém está
causando mau algum a seu braço inexistente, percebe?


> Um amigo fisico me
> disse que voce deve acreditar em tudo que se pode medir... Quem
disse que
> nao podemos medir um psicossoma ou as energia para-espirituais? Nao
podemos
> porque eu certamente posso concluir que, nao temos conhecimento
sobre isso
> AINDA.

Realmente, não dá para se provar que isso nunca poderá ser feito. Isso
também não significa que isso necessariamente será feito. Somente
deve-se ficar com o pé atrás em relação a algo que não foi ainda
feito. O importante é ficar atento.

> A clonagem era vista antigamente como algo impossivel, quem sabe se
> descobrirmos outras dimensoes e particulas muito mais pequenas nesse
mesmo
> espaco e concluir que vivemos e temos Alma? Sera algo normal...
Amanha podem
> provar que podemos ver elefantes voando em tapetes magicos, basta
termos
> conhecimento suficiente e tecnologia para explicar porque temos Alma
ou se
> podemos botar um elefante em um tapete voando ;)

Sim, podem provar. Como também podem não provar... O fato de algo
"poder ser feito um dia" não significa necessariamente que "será feito
um dia". Portanto, não é por aí que devemos nos guiar na busca da
verdade e da ciência. Afinal, muitas das coisas vistas antigamente
como impossíveis hoje são possíveis, mas muito mais coisas ainda que
antes eram impossíveis continuam sendo impossíveis...

Avancemos passo ante passo, com bastante evidências, demonstrações,
medições e ceticismo! Se a ciência chegou até aqui, com tudo o que
vemos à nossa volta, foi por causa desses critérios.


> Eu vou sair dessa lista,
> porque a maioria na esta aberta a discutir e nem admitir isso que eu
falei.

Todos estão abertos a dicutir, o problema é que você nunca diz
exatamente o que acontece, como acontece, onde acontece, em que
circunstâncias, etc, limita-se apenas a reclamar por terem criticado a
sua forma de se expressar... Quer que as pessoas primeiro acreditem
que você sai do corpo para depois aceitar algo em troca. Mude um pouco
de estratégia, primeiro ajude-nos a demonstrar o que realmente
acontece. Se não você não encontrará respostas satisfatórias nem aqui
e nem em lugar algum!


> Talvez existem mais coisas entre o ser humano e a vida que a ciencia
nao
> consegue ver, mas com o tempo... Quem sabe ?

Com o tempo... só o tempo dirá! Qualquer julgamento para qualquer lado
será precipitado, portanto não é algo que se possa usar como argumento
por nenhuma das partes, não é mesmo?

Abraços,

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

A hug warms the soul and places a smile in the heart.




SUBJECT: [RN] FERMILAB ON-LINE
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/07/2001 20:52

Secrets of the Atom Revealed
By Jeffrey Benner
2:00 a.m. July 27, 2001 PDT

You can find a lot of information on the Web, but you just couldn't
find a decent picture of the subatomic universe online.
Until now.
Scientists at the Fermilab in Illinois, home to the world's most
powerful atom smasher, announced Wednesday that data collected during
the last big round of experiments into the depths of the atom is now
available online. [e]

http://www.wired.com/news/print/0,1294,45588,00.html


#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"Somebody left the cork out of my lunch." - W.C. Fields




SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/07/2001 22:07

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Monday, July 30, 2001 6:08 PM
Subject: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO

> Putz grila! Cada vez sinto-me mais ignorante. Mal consigo trabalhar com o
> tal de plasma, e agora já me informam que existe um tal de superplasma e
> hiperplasma!

Superplasma é o plasma sanguíneo do Superhomem e hiperplasma é o plasma de
um suposto Superhomem resistente à kriptonita. Seria, na realidade, um
Hiperhomem. Tudo isso foi devidamente comprovado na década de 50 e o
trabalho foi publicado no Planeta Diário.

> Será que não conseguimos acompanhar os esotéricos em suas descobertas?

Os esotéricos não estão com nada. Sequer conseguiram explicar como o Homem
Aranha consegue escalar edifícios, e isso não era segredo para nenhum garoto
nascido na década de 40. Pelo visto não se fabricam mais garotos como
antigamente.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAO
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/07/2001 01:04

Prezado Fernando Boni:
Saudações.

>> nao vou discutir com ceticos abertos
>> somente a um livro e nao ao universo.
(...)
>> eu quero respostas nao ser analisado e nem criticado

Mas eu não estou aberto *somente* a um livro. Estou aberto
também às evidências que puderem vir fora de livros, como é o caso
do DESAFIO que eu te fiz, aqui mesmo no mundo real, no "universo",
como você diz.

Só que você voltou atrás...


>> ninguem aqui eh melhor que ninguem e muitos tem
>> mania de superioridade(falacias, perguntas???

Fernando, por favor, acompanhe meu raciocínio.

1.) Em primeiro lugar, falácias somente invalidam o processo
lógico de um argumento. Ou seja, apenas foi demonstrado que seus
argumentos ou afirmações não são lógicas.

2.) Por outro lado, em momento algum você tentou mostrar que as
falácias apontadas em seus argumentos estão erradas.
Implicitamente, isso demonstra que você concorda que seus
argumentos carecem de lógica.

3.) A *qualidade* de nossa resposta para suas "dúvidas" pode
ser de diversas categorias. Podem ser respostas baseadas na lógica
racional ou na ilógica (crença sem fundamentos).

4.) Para que o ítem 3 (acima) produza uma resposta lógica,
obviamente procuraremos eliminar os erros de lógica em suas
colocações, para que possamos ter uma idéia mais próxima da
realidade do que realmente acontece. Nesse ponto do processo, fazer
análises e perguntar é simplesmente inevitável.

5.) Ficando assim, SE você quer uma resposta lógica, ENTÃO não
se irrite se ignorarmos ou pedirmos correções de suas afirmações
desconexas/ilógicas.

6.) SENÃO (caso não queira uma resposta lógica/científica), me
avise que EU JÁ TENHO UMA RESPOSTA PARA EXPLICAR SUA
"PROJECIOLOGIA", dentro dessa ótica.


>> Eu so tenho uma certeza, por causa das projecoes eu
>> virei uma pessoa muito melhor e mais equilibrada ao mundo

Isso é quase um "Argumentum ad Lazarum".

Você não acha pelo menos suspeito que pessoas que acreditam no
elefante cor-de-rosa de quatro braços dos hindús (Vishnu), também
utilizem essa crença para dizerem que "viram uma pessoa muito
melhor e mais equilibrada", e assim sucessivamente com todas as
demais formas de crença religiosa?

Afinal de contas, se esse motivo é o que há em comum para
"justificar" quase todas as formas de crença, porque você acha que
teria algo de especial quando é utilizado para justificar a sua?


>> Eu quero acreditar no que eu sinto,

Meu amigo, seja sensato. Você está disposto a ignorar as
evidências negativas, pois *quer acreditar*.

Eu posso provar que você não tem esses "poderes", mas você foge
ao confronto. Assim nosso diálogo está simplesmente sem propósitos.


>> A clonagem era vista antigamente como algo impossivel

Hoje em dia a existência do lobisomem é algo visto como muito
improvável pela Ciência. O mesmo acontece também com o papai-noel,
com a sereia e com o curupira.

Não produz nenhuma informação prática usar termos de comparação
baseados em *Analogia Estendida* para querer reforçar um argumento
de mera *possibilidade*, sem que haja a menor evidência dessas
possibilidades.

Isso fica completamente sem sentido quando se pretende usar o
mesmo raciocínio para apoiar algo que se diga ser comprovável e ter
utilidade prática.

Pense nisso.

Abraços.

Peterson Leal.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Vapor
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/07/2001 04:01

Oi Frederico,
então vamos por partes:

Quando a água evapora de um vaso aberto, um 'pacote' de moléculas do vapor se chocam (interação de campos) com as moléculas do ar, recuam, e tornam a entrar no líquido. No vaso fechado, essa passagem de 'pacotes' de líquido a gasoso (vapor) ocorre até que ocorra o equilíbrio (moléculas que abandonam o líquido = moléculas que retornam ao líquido) e chegamos ao estado de vapor saturante, definindo a pressão máxima de vapor, naquela temperatura da experiência.
Em particular, definimos como temperatura de ebulição da água àquela temperatura em que a pressão de vapor é igual á pressão sobre o líquido (para o vaso aberta é a pressão atmosférica).

A moléculas é sempre do mesmo tipo (H2O), o que determina se é líquido ou vapor é o 'estado de agrupamento' delas. Na água as moléculas estão agrupadas em pacotes contendo 8 a 10 moléculas (preciso confirmar esses números), no vapor estão agrupadas em pacotes de 2 a 4 (?) e, elevando-se cada vez mais a temperatura, pode-se ter a molécula livre, isolada ... é o estado de gás, que para a água ocorre lá pelos 3000 graus célsius.

Quem determina se o estado é líquido (pacote grande), vapor (pacote pequeno) ou gás (moléculas livres) é o jogo entre temperatura, pressão e volume. Para a água a temperatura crítica é o ponto chave para diferenciar os estados de vapor e de gás. Se a temperatura do gás d'água é superior á crítica, por maior que seja a pressão não ocorrerá a liquefação (não passa para o estado líquido).
Não estou com o 'prontuário de física' em mãos mas, a temperatura crítica para a água é algo ao redor dos 370 graus célsius e a pressão crítica lá pelo 20 MPa.

Vou dar uma vasculhada no assunto por aqui e ver se há mais detalhes importantes para essa distinção vapor/gás.

[]'
Léo
=============
-----Mensagem Original-----
De: "Frederico Bortolato" <frederico@hexasolution.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 30 de julho de 2001 19:47
Assunto: [ciencialist] Re: Vapor


| Ola Leo
|
| Mas existe alguma diferença nos termos vapor e estado gasoso? Ou seja,
| quando dizemos vapor d'água estamos nos referindo a água no estado gasoso?
| Ou são coisas distintas? É nesse ponto que gostaria de tirar minhas dúvidas,
| pois na pouca literatura que disponho os autores parecem colocar as duas
| como a mesma coisa.
|
| Obrigado pela ajuda.
|
|
| Fred.
|
|
| ----- Original Message -----
| From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
| To: <ciencialist@yahoogroups.com>
| Sent: Monday, July 30, 2001 6:27 PM
| Subject: Re: [ciencialist] Vapor
|
|
| A boa resposta para o assunto está na equação de estado de Van Der Waals e
| os experimentos com o s tubos de Naterer. Entram em consideração a pressão
| crítica, temperatura crítica e volume crítico. A curva (superfície) de
| estado (complicada para desenhar aqui) pode ser vista em livros de
| termodinâmica.
| Aliás, esses tubos de Naterer nos mostram coisas estranhas - identificação
| líquido vapor sem separação em duas fases; gás que está no estado líquido
| etc.
|
| -----Mensagem Original-----
| De: "Frederico Bortolato" <frederico@hexasolution.com.br>
| Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
| Enviada em: segunda-feira, 30 de julho de 2001 17:16
| Assunto: [ciencialist] Vapor
|
| Tenho uma dúvida simples mas que anda me atormentando: qual a definição de
| vapor? Esse termo é usado apenas para água em estado gasoso ou pode ser
| usado para qualquer outra substancia? Existe uma definição exata para esse
| termo?
|
|
|
|
| &&& --- &&&
| VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
| ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
| &&& --- &&&
|
| Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
|
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/07/2001 08:26

On Mon, 30 Jul 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Putz grila! Cada vez sinto-me mais ignorante. Mal consigo trabalhar
> com o tal de plasma, e agora já me informam que existe um tal de
> superplasma e hiperplasma! Será que não conseguimos acompanhar os
> esotéricos em suas descobertas?
> Léo

Pois a questão é justamente esta. Ele diz que isto existe, eu quero saber
onde.


> On Sat, 28 Jul 2001, Fernando Boni wrote:
> > A ciencia prova que existem mais tres estados: plasma, superplasma e
> > hiperplasma.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/07/2001 08:29

On Mon, 30 Jul 2001, Fernando Boni wrote:
> aff
> nao vou discutir com ceticos abertos somente a um livro e nao ao
> universo.

Eu só quero saber onde está qualquer citação científica da prova da
existência do plasma, superplasma e hiperplasma. Nada mais do que isto.


> > > A ciencia prova que existem mais tres estados: plasma, superplasma e
> > > hiperplasma.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: galileu
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/07/2001 09:36

--- In ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> wrote:
> A revista Galileu do mês de agosto parece muito interessante, senão
> no conteúdo, está pelos assuntos.
>
> http://galileu.globo.com/
>
> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@f...


Crelação ao criacionismo, a revista retratou o assunto como o que
realmente é: coisa de religioso e reflexo da ignorância da sociedade
norte-americana. Não creio que fosse mesmo um assunto a merecer
reportagem pela revista mas ainda bem que foi a Galileu que tomou a
iniciativa, antes que "algum aventureiro" o fizesse.

[]s
Ronaldo Cordeiro
Dicionário Céptico: http://www.cetico.hpg.com.br



SUBJECT: Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/07/2001 15:23

> Que diabos é esse 'Mantra OM' que tanto falam?

"OM" também tem o seguinte significado:

Oman is the only country with a name beginning
with the letter O. The domain name om is also a
word from Sanskrit and represents the essence of
the universe in Hinduism.

Abraços,

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"The reason people sweat is so they won't catch fire when making
love." - Don Rose




SUBJECT: Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/07/2001 15:39

Nao sei se alguem ja' respondeu por mim.

Bem, e' dificil falar sem ter o conhecimento exato
da situacao.

Mas existe uma tecnica chamada leitura fria ---
muito utilizada pelos chamados mentalistas:
quem supostamente leriam mentes.

Existem variacoes mais sofisticadas, mas uma
bastante comum e' comecar com questionamentos
genericos e a propria vitima, digo, cliente ou paciente
vai dando as dicas para o charla... digo, o adivinho
ir refinando seus chutes.

Pode comecar assim:

"Vejo q. vc tem uma gde preocupacao..."

A pessoa ja' vai logo dizendo:

"Sim, e' verdade... estou com dividas..."

Quase todo mundo possui algum tipo de
preocupacao... Dinheiro, saude e amor sao
os principais.

"Alguem proximo de vc esteve doente?"

Isso e' muito provavel q. dej uma resposta
positiva. Ate' porq. nao se fala qdo esteve
doente e nem quem esteve doente.

Se ainda assim a resposta e' negativa, o
adivinho pode se sair com esta:

"Entao alguem ficara' doente... Fique
atento..."

Nas tecnicas mais simples nao se faz
afirmacoes categoricas -- ao menos
de inicio -- faz-se uma exploracao por
meio de perguntas. Quem faz afirmacoes
acaba sendo o proprio consulente.

E apenas pelo fato de nunca se ter
visto alguem na vida nao significa q
nao se possa conhecer nada sobre a
pessoa.

Nos mesmo fazemos a todo momento
julgamentos sobre pessoas q. nao
conhecemos na intimidade: o modo de
falar, as roupas, o penteado, a preocupacao
com maquiagem dao dicas sobre as
pessoas.

Qdo os estilistas dizem q. o vestir e'
uma linguagem, eles nao deixam de ter
certa razao.

Outras dicas sao as posturas do consulente.
Se a pessoa se inclina em direcao com os
olhos bem abertos significa q. ela esta'
acreditando ou pelo menos muito interessada.

Somos impressionaveis. E do mesmo modo
como estamos dispostos a enxergar padroes
nos testes de Rorscharch e vozes em meio a
ruidos, estamos dispostos a enxergar padroes
de acertos nessas adivinhacoes --- em geral
ignoramos os erros crassos q. os adivinhos
cometem. Colhemos apenas os acertos, e ainda
os potencializamos -- achamos q. eles acertaram
com mais detalhes do q. de fato ocorreu.

Eu tenho certeza de q. eu mesmo ficaria
impressionado. Mas isso nao significaria
muita coisa -- como humano (sim, eu sou
humano) tenho as mesmas propensoes.

[]s,

Roberto Takata

-- In ciencialist@y..., centaurus@m... wrote:
> Prezado Takata.
>
> para terem êxito .O que dizer de uma pessoa que nunca te viu na vida???Ap=
oio-me
> na ciencia , mas essa é de deixar qualquer um desconfiado.Poderia ter sid=
o




SUBJECT: Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/07/2001 15:47

--- In ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> wrote:
>> Eu só quero saber onde está qualquer citação científica da prova da
> existência do plasma, superplasma e hiperplasma. Nada mais do que isto.

Plasma existe -- e' apenas o gas ionizado -- com os eletrons
separados dos nuclideos devido 'a alta temperatura.
E' o q. temos nas estrelas.

Mas esse plasma nada tem a ver com psicoplasma, ectoplasma
e quetais.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/07/2001 16:30

Não mexam com os ectoplasmas pois essa é minha praia.
Essa modalidade de energia concentrada em forma de 'plasma frio' pode ser convertida em calor ou eletricidade ao passar do estado de plasma para o simples estado de vapor. Há uma grande liberação de energia.
É sobre isso que estou trabalhando em meu laboratório e a pretensão é fazer funcionar um liquidificador usando ectoplasma.
Tudo indica que o ectoplasma será muito útil no motor a explosão ao passar repentinamente de plasma-frio para vapor (totalmente não poluente).
O grande desgaste de minha parte é a concentração nos espíritos fornecedores de ectoplasma. Parece que eles estão percebendo a finalidade prática e financeira do produto, desviando de seu propósito inicial que é a reencarnação. Por isso tenho conseguido apenas uma centena de gramas de ectoplasma por sessão de concentração.
Aqui não se trata de falácia alguma e quem estiver interessado posso enviar todo o roteiro experimental para o projeto mas, vou advertindo, é preciso ter algum equipamento laboratorial mínimo (bobina de Tesla, gerador de Van de Graaff, lâmpada de plasma, tubos de Braun, tubos de Pucker, bomba de vácuo, bomba aspirante-premente, registros e torneiras de vidro etc.)

[]'
Léo
==============

-----Mensagem Original-----
De: <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: terça-feira, 31 de julho de 2001 15:47
Assunto: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO


--- In ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> wrote:
>> Eu só quero saber onde está qualquer citação científica da prova da
> existência do plasma, superplasma e hiperplasma. Nada mais do que isto.

Plasma existe -- e' apenas o gas ionizado -- com os eletrons
separados dos nuclideos devido 'a alta temperatura.
E' o q. temos nas estrelas.

Mas esse plasma nada tem a ver com psicoplasma, ectoplasma
e quetais.

[]s,

Roberto Takata



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SUBJECT: Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/07/2001 16:45

--- In ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...> wrote:
> Os esotéricos não estão com nada. Sequer conseguiram explicar como o Home=
m
> Aranha consegue escalar edifícios, e isso não era segredo para nenhum gar=
oto
> nascido na década de 40. Pelo visto não se fabricam mais garotos como
> antigamente.

O Homem-Aranha obviamente adquiriu
propriedades eletrostaticas especiais
depois do acidente com a aranha exposta
a uma alta dose de radiacao.

Ele escala paredes aderindo-se por
eletricidade estatica. Seu sentido de
aranha tbm eh um campo eletrico
ampliado. Interacoes eletricas entre
as fibras de actina e miosina mais
intensas dao uma forca espetacular
ao espetacular Homem-Aranha.

Ainda nao se sabe ao certo, mas
o modo como essa alteracao se deu
provavelmente foi pelas propriedades
mutagenicas das proteinas alteradas
do veneno de aranha -- como a aranha
foi irradiada, nao poderia contaminar
radioativamente o sangue do jovem
Peter Parker.

As proteinas devem ter ativado ou
suprimido a expressao de proto-
oncogenes -- levando a uma processo
de quase-cancer -- aumentando as
taxas de proliferacao celular, mas sem
a perda total do controle. Isso poderia
explicar a capacidade de recuperacao
aligera do heroi. Isso pode ter ocasionado
tbm alteracao em proteinas de membrana --
especialmente canais de ions q promoveriam
as alteracoes nas propriedades bioeletricas
do PP, tornando-o o homem-aranha.

Seu acurado senso de equilibrio pode se
dever tbm 'a percepcao do campo magnetico
terrestre, via seu eletrocampo. E/ou pelo
aumento da sensibilidade do sistema vestibular.
Essa ultima possibilidade e' reforcada por
pelo menos um episodio em q. o heroi ficava
desnorteado atacado por uma labirintite -- o
q. faz com q. a percepcao pelo campo eletrico
de seu corpo nao substitua de todo a funcao
de equilibrio do sistema vestibular.

Pro primeiro semestre de 2002 se preve a
estreia -- finalmente -- do longa com o amigo
da vizinhanca.

http://www.spiderman.sonypictures.com/

"Grandes poderes trazem grandes IRresponsabilidades"
George W. Bush.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/07/2001 16:53

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> tenho conseguido apenas uma centena de gramas de ectoplasma por sessão de=
concentração.

O pe. Quededo, digo, Quemedo, digo, Quevedo, digo...
nao, eh Quevedo mesmo, pode lhe dar alguma ajuda.

Ele estara' dando curso de parapsicologia -- a ciencia
em q. a psicologia pa'ra -- por esses dias: 4 e 5 de agosto
no Cento de Eventos Sao Luis em S. Paulo. (R$30,00 a
inscricao).

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Chuva COLORIDA
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/07/2001 19:09

Alguém tem maiores informações sobre o fato?

==================================================
Chuva colorida atinge estado indiano e confunde cientistas

Segunda, 30 de julho de 2001, 15h41
Algumas regiões do estado indiano de Kerala receberam nos últimos dois
dias uma chuva colorida. As gotas vermelhas, amarela e pretas deixaram
confusos os cientistas, que não sabem explicar a origem do fenômeno.

O diretor do Instituto Cess, responsável pela análise da água, Dr. Baba,
disse ao jornal indiano Deccan Herald que os cientistas não têm dados
suficientes para explicar a chuva colorida. Alguns cientistas do Centro
de Observações Meteorológicas da Índia, em Nova Delhi, disseram que ao
fenômeno pode ser resultado de impurezas presentes na atmosfera, ou mesmo
na coloração do solo. Disseram também que esse pode ser um fenômeno
temporário.

http://www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/mundo/2001/07/30/069.htm
==================================================

Peterson Leal.



SUBJECT: Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/07/2001 20:26

--- In ciencialist@y..., "Marcelo Barbosa" <embs@u...> wrote:
> > Que diabos é esse 'Mantra OM' que tanto falam?
>
> "OM" também tem o seguinte significado:
>
> Oman is the only country with a name beginning
> with the letter O. The domain name om is also a
> word from Sanskrit and represents the essence of
> the universe in Hinduism.

E tbm e' o prefixo dos avioes da Eslovaquia.

Pode ser abreviacao de ondas medias,
Organizacao Martinez (a rede CNT, do
Parana', antes se chamava rede OM).

Nos estudos biologicos pode representar
um indice de materia organica (organic
matter), membrana oocitica (oocyte
membrane), nome de um gene de rato:
Ovum mutant, gene de drosofila (Optic
morphology, metabolismo oxidativo
(oxidative metabolism)

Em geologia pode significar: montmorillonito
organofilico (orgaophilic montmorillonite).

Em ambos pode ser microscopia optica
(optical microscropy).

Em fisica pode significar membrana aberta
(ou algo assim: open membrane theory).

Em quimica a representacao de um
oxido metalico: OM com M representando
(Ca++, Fe++ e assim por diante); oxygen mustard.

Em medicina: otite media (otitis media),
o osso ociptomental, o remedio omeprazol,
medicina ocupacional (occupational medicine),
de uma substancia reguladora de expressao
genica oncostatina-M, medicao em clinica
(office measurement), osteomielite, oscilometrico,
osteomalacia, mau halito (oral malodor), medula
externa (outer medula), massa ossea (osseous mass).

Em administracao gerenciamento de
operacoes (operation management).

Em titulos: ordem de merito (order of merit)

Existe uma escrita variante do Om mistico:
o Aum -- q. parece refletir mais a sonoridade
no portugues.

Mas isso nao me parece ser assunto da lista,
sei la'.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: En: Saiba o que seus sonhos querem dizer
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/07/2001 22:46

Curso de Interpretação de Sonhos e de Auto Conhecimento
-----Mensagem Original-----
De: Grupo de Estudos C. G. Jung
Enviada em: terça-feira, 31 de julho de 2001 19:21
Assunto: Saiba o que seus sonhos querem dizer


Curso de Interpretação de
Sonhos e de Autoconhecimento
Abordagem de C.G.Jung - Não é necessário nenhuma formação anterior

Quem vive 60 anos dorme 20 anos e sonha cerca de 5 anos.
Os sonhos expressam a sabedoria milenar da natureza e tentam nos orientar nos obstáculos da vida, nas dificuldades do dia a dia.
Todos nós temos sonhos quando dormimos, mas o que eles significam?
Responder a esta questão e a muitas outras é um dos objetivos do curso.




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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: MHS
FROM: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/08/2001 00:33

Prezados amigos,

Resolvendo para meus alunos a prova de Física do último vestibular da UEM (Universidade Estadual de Maringá - PR) - um dos maiores de nossa região - divergi quanto ao gabarito oficial de uma das questões.

A situação é a seguinte: deixa-se cair uma esfera sobre um plano, a partir de uma altura qualquer. Supondo a não-existência de forças dissipativas (atrito) e que os choques da esfera com o plano são perfeitamente elásticos, qual será o movimento descrito pela esfera? A resposta oficial é: um MHS. No entanto, divirjo de tal resposta. Vejamos:

Num MHS a aceleração não é constante (visto que existe uma força restauradora dependente da posição do corpo), como (com boa aproximação) podemos supor em um movimento de corpo de reduzidas dimensões próximo à superfície da Terra. Portanto, se partirmos da equação da aceleração de um MHS, e a integrarmos, jamais chegaremos a um resultado idêntico para a equação das posições de um MHS e de um MRUV (aceleração constante); isto leva a crer que o movimento na situação descrita NÃO se trata de um MHS.

Quem tiver interesse e se dispuser a auxiliar-me nesta dúvida, o endereço para download da prova é http://www.uem.br/redirect.php?to=www.cvu.uem.br/, prova 4 (Física e Química). A questão é a de número 12.

Se eu estiver equivocado, por gentileza gostaria de ver uma prova de que o movimento é de fato um MHS.

Agradeço antecipadamente a atenção dos amigos.

Um abraço a todos,

Godoy.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/08/2001 01:52



Antonio Godoy wrote:
>
> Prezados amigos,
>
> Resolvendo para meus alunos a prova de Física do último vestibular da UEM (Universidade Estadual de Maringá - PR) - um dos maiores de nossa região - divergi quanto ao gabarito oficial de uma das questões.
>
> A situação é a seguinte: deixa-se cair uma esfera sobre um plano, a partir de uma altura qualquer. Supondo a não-existência de forças dissipativas (atrito) e que os choques da esfera com o plano são perfeitamente elásticos, qual será o movimento descrito pela esfera? A resposta oficial é: um MHS. No entanto, divirjo de tal resposta. Vejamos:
>
> Num MHS a aceleração não é constante (visto que existe uma força restauradora dependente da posição do corpo), como (com boa aproximação) podemos supor em um movimento de corpo de reduzidas dimensões próximo à superfície da Terra. Portanto, se partirmos da equação da aceleração de um MHS, e a integrarmos, jamais chegaremos a um resultado idêntico para a equação das posições de um MHS e de um MRUV (aceleração constante); isto leva a crer que o movimento na situação descrita NÃO se trata de um MHS.
>
> Quem tiver interesse e se dispuser a auxiliar-me nesta dúvida, o endereço para download da prova é http://www.uem.br/redirect.php?to=www.cvu.uem.br/, prova 4 (Física e Química). A questão é a de número 12.
>
> Se eu estiver equivocado, por gentileza gostaria de ver uma prova de que o movimento é de fato um MHS.
>
> Agradeço antecipadamente a atenção dos amigos.
>
> Um abraço a todos,
>
> Godoy.
>
>
Oi,

Não me lembro o que é chamado de MHS no segundo grau mas, pelo que vi
das provas, acho que se chama MHS no ensino médio todos os movimentos
periódicos sem atrito, simétricos, etc, ou seja, podendo se definir uma
frequência, um período, um ponto de velocidade nula e um ponto de
velocidade máxima, eles chamam de MHS. Não creio que esteja importando
se é um oscilador harmônico ou um pêndulo simples.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/08/2001 02:18

----- Original Message -----
From: "Antonio Godoy"
Sent: Wednesday, August 01, 2001 12:33 AM
Subject: [ciencialist] MHS

> ...divergi quanto ao gabarito oficial de uma das questões.
> A situação é a seguinte: deixa-se cair uma esfera sobre um plano, a partir
> de uma altura qualquer. Supondo a não-existência de forças dissipativas
> (atrito) e que os choques da esfera com o plano são perfeitamente
> elásticos, qual será o movimento descrito pela esfera? A resposta oficial
> é: um MHS.

Olá, Godoy

É isso que dá botar físico "moderno" fazendo questões de vestibular. ;-)

> No entanto, divirjo de tal resposta. Vejamos:

Não é preciso nem ver. :-)) O movimento pode até mesmo ser considerado
harmônico (MH), no sentido que os dicionários dão à palavra (quase sinônimo
de movimento periódico), mas NÃO É harmônico SIMPLES (MHS).

> Se eu estiver equivocado, por gentileza gostaria de ver uma prova de que o
> movimento é de fato um MHS.

E eu continuo procurando por uma prova a me convencer de que a física
moderna não se apóia na idéia de fluidos elétricos, algo tão inexistente
quanto o flogisto dos alquimistas ou o calórico dos precursores da
termodinâmica. Quem sabe encontremos tais provas com o autor da questão.
;-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm





SUBJECT: evolução da cooperação
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/08/2001 09:18

Em especial para genistas e antigenistas

ftp://ftp.vub.ac.be/pub/projects/Principia_Cybernetica/Papers_Heylighen/Memes&Cooperation.txt

Boas leituras!!
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/08/2001 09:22

> -----Mensagem original-----
> De: rmtakata@altavista.net [mailto:rmtakata@altavista.net]
>
> O Homem-Aranha obviamente adquiriu
> propriedades eletrostaticas especiais
> depois do acidente com a aranha exposta
> a uma alta dose de radiacao.
> .....
> Seu acurado senso de equilibrio pode se
> dever tbm 'a percepcao do campo magnetico
> terrestre, via seu eletrocampo. E/ou pelo
> aumento da sensibilidade do sistema vestibular.
> Essa ultima possibilidade e' reforcada por
> pelo menos um episodio em q. o heroi ficava
> desnorteado atacado por uma labirintite -- o
> q. faz com q. a percepcao pelo campo eletrico
> de seu corpo nao substitua de todo a funcao
> de equilibrio do sistema vestibular.
>
> Pro primeiro semestre de 2002 se preve a
> estreia -- finalmente -- do longa com o amigo
> da vizinhanca.

> "Grandes poderes trazem grandes IRresponsabilidades"
> George W. Bush.

Ô Takata,

Já pensou em escrever ficção científica?

[]'s

Alexandre Medeiros

PS: A frase do Bush (W) é essa mesmo?


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/08/2001 09:29

Olá Antonio,

vc está com toda razão. O movimento da bola quicar e saltar, sendo o choque perfeitamente elástico, é um "movimento periódico"; é também um movimento oscilatório ou vibratório uma vez que a bola inverte regularmente seu sentido de movimento, MAS NÃO É UM MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS)!

Vamos por partes.
a) por que é periódico? - Por que atende á definição de função periódica, ou seja : y=f(x) é periódica se e somente se existe valores A>0, real, tal que f(x+k.A) = f(x) qualquer que seja k do conjunto dos relativos. O menor dos A que atende á definição é denominado de período (T) da função.

b) por que é oscilatório? - Por que tem o sentido de movimento regularmente invertido

c) por que não é MHS? - Por que a lei de movimento não é harmônica. São harmônicas as leis em cosseno, seno e somas delas. A lei de movimento da bola quicando é a(t) = g = cte. A lei de movimento do MHS é a(t) = -k.s(t) , onde a(t) é a aceleração escalar, k é uma constante positiva (exatamente igual ao quadrado da pulsação do movimento) e s(t) é sua lei horária.
A lei horária do MHS pode ser posta de diversas formas; chamando w de pulsação e &o de fase inicial temos:

s = a.cos(w.t + &o) ou s = A.cosw.t + B.senw.t, com A = a.cos&o e B = -a.sen&o.

d) Qual o maior disparate ao identificar o movimento de quicar da bola com um MHS? - No MHS o ponto oscila em torno de uma posição de equilíbrio sujeito a uma força restauradora do tipo elástica. No quicar da bola ela não oscila em torno de nenhuma posição de equilíbrio, não está sujeita (permanentemente) á ação de força restauradora e não é do tipo elástica (a força peso é constante.)

e) que tipo é realmente o movimento da bola ao quicar? - É uma conversão linear de energia potencial em cinética de modo periódico; cada fase do movimento (descida/subida) desenvolve-se como um MRUV.

f) finalizando - O MHS pode ser visualizado como a projeção de um MCU sobre um diâmetro ... o movimento do quicar da bola nem de perto segue a projeção de um movimento circular e uniforme.

[]'
Léo
==================
-----Mensagem Original-----
De: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 1 de agosto de 2001 00:33
Assunto: [ciencialist] MHS


Prezados amigos,

Resolvendo para meus alunos a prova de Física do último vestibular da UEM (Universidade Estadual de Maringá - PR) - um dos maiores de nossa região - divergi quanto ao gabarito oficial de uma das questões.

A situação é a seguinte: deixa-se cair uma esfera sobre um plano, a partir de uma altura qualquer. Supondo a não-existência de forças dissipativas (atrito) e que os choques da esfera com o plano são perfeitamente elásticos, qual será o movimento descrito pela esfera? A resposta oficial é: um MHS. No entanto, divirjo de tal resposta. Vejamos:

Num MHS a aceleração não é constante (visto que existe uma força restauradora dependente da posição do corpo), como (com boa aproximação) podemos supor em um movimento de corpo de reduzidas dimensões próximo à superfície da Terra. Portanto, se partirmos da equação da aceleração de um MHS, e a integrarmos, jamais chegaremos a um resultado idêntico para a equação das posições de um MHS e de um MRUV (aceleração constante); isto leva a crer que o movimento na situação descrita NÃO se trata de um MHS.

Quem tiver interesse e se dispuser a auxiliar-me nesta dúvida, o endereço para download da prova é http://www.uem.br/redirect.php?to=www.cvu.uem.br/, prova 4 (Física e Química). A questão é a de número 12.

Se eu estiver equivocado, por gentileza gostaria de ver uma prova de que o movimento é de fato um MHS.

Agradeço antecipadamente a atenção dos amigos.

Um abraço a todos,

Godoy.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: Saiba o que seus sonhos querem dizer
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/08/2001 09:40

> Curso de Interpretação de Sonhos e de Auto Conhecimento
> -----Mensagem Original-----
> De: Grupo de Estudos C. G. Jung
> Enviada em: terça-feira, 31 de julho de 2001 19:21
> Assunto: Saiba o que seus sonhos querem dizer
>
>
> Curso de Interpretação de
> Sonhos e de Autoconhecimento
> Abordagem de C.G.Jung - Não é necessário nenhuma formação anterior
>
> Quem vive 60 anos dorme 20 anos e sonha cerca de 5 anos.
> Os sonhos expressam a sabedoria milenar da natureza e tentam nos
> orientar nos obstáculos da vida, nas dificuldades do dia a dia.
> Todos nós temos sonhos quando dormimos, mas o que eles significam?
> Responder a esta questão e a muitas outras é um dos objetivos do
curso.

A hipótese de que os "sonhos expressam a sabedoria milenar da natureza"
é tão "científica" quanto a afirmação de que "os desenhos de faces nas
nuvens mostram o estado de espírito da atmosfera". São ótimas alegorias
para se desenvolver teorias metafísicas, de pouca ou nenhuma utilidade
prática.

Sergio Navega.




SUBJECT: Re: MHS
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/08/2001 12:21

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
Pregunta:

nao podemos considerar esse movimento como metade de um MHS?

Nao estao pedindo pra desconsiderar as interacoes do choque?
Com alteracao instantanea do sentido da velocidade e da acelaracao
(esta relativa ao sentido do movimento)?

A queda nao poderia ser considerada -- nessa situacao ideal --
a metade de aproximacao do perigeo (como e' dado o nome do
ponto medio da trajetoria em MHS)? E a subida a metade de
afastamento?

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/08/2001 12:27

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@=
u...> wrote:
> Já pensou em escrever ficção científica?

Pois e', fiquei em duvida entre escrever um livro sobre
homeopatia ou sobre a politica tecno-cientifica
brasileira.

> PS: A frase do Bush (W) é essa mesmo?

Na verdade, nao. E' uma parodia com o mote do
Homem-Aranha... Como o titio Bush tem gdes
poderes -- e bota poderes nisso -- mas nenhuma
responsabilidade em quesitos de cooperacao
internacional: tratado de Kyoto (o Miranda vai
defende-lo), contra armas biologicas, contra o
trafico de armas e assim por diante -- cuidei q a
frase lhe caia muito bem (com as devidas correcoes...)
E ate' e' bem tipica gafe q. o Bush filho cometeria.
(Depois dessa nunca mais terei o visto para
os EUA aprovado...)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: EUA debatem a clonagem no Congresso
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excaliburciencia@yahoogroups.com>
DATE: 01/08/2001 12:33

BIOÉTICA - Folha de São Paulo, 1 de agosto de 2001.

País discute dois projetos de lei que regulamentam
pesquisa com embriões; Bush é contra o financiamento
público

EUA debatem a clonagem no Congresso
DA REDAÇÃO

Foram abertos ontem os debates no Congresso dos EUA para
a criação de uma lei que permitirá -ou não- a clonagem de
seres humanos, com finalidade reprodutiva ou terapêutica.
Na última segunda, o presidente George W. Bush reiterou
sua oposição à clonagem de seres humanos. Para a Casa
Branca, "os problemas morais e éticos que cercam a
clonagem humana não devem ser ignorados na busca de
descobertas científicas".
Desde a ovelha Dolly, em 1996, dois tipos de clonagem,
antes impensáveis, tornaram-se plausíveis. A criação de
clones humanos é descartada pela maioria dos cientistas
por questões técnicas e éticas, mas o uso de células
clonadas na reposição de tecidos e órgãos é defendida por
muitos.
O cerne são as células-tronco, que podem se transformar
em praticamente qualquer tecido. Embriões humanos são a
fonte de células-tronco de maior possibilidade de
manipulação.
A técnica de clonagem terapêutica permite o uso dessas
células em estudos para o tratamento de doenças como mal
de Alzheimer, de Parkinson e diabetes.
As técnicas de clonagem reprodutiva e terapêutica são
muito próximas, e discussões éticas que as cercam se
misturam com a forte oposição ao uso de células-tronco.
Igreja Católica e grupos que defendem que embriões têm
vida são os maiores opositores.
O Congresso norte-americano está discutindo dois projetos
de lei. Um deles, apresentado pelo deputado republicano
David Weldon, se aprovado, tornaria crime federal a
clonagem de seres humanos e a produção de embriões para
pesquisa. O outro, do também republicano Jim Greenwood,
proíbe a clonagem com fins reprodutivos, mas permite a
com finalidade terapêutica.
Muitos membros do Congresso são a favor de financiamento
federal para pesquisa com células-tronco extraídas de
embriões humanos descartados por clínicas de fertilidade.
Muitos deputados enfatizam a diferença entre esse
trabalho e a criação de embriões para uso científico.
O debate sobre clonagem vem num contexto diferente do
sepultamento de uma lei anticlonagem no Senado dos EUA em
1998, pois Bush, que apóia uma lei sobre clonagem mais
restritiva, está avaliando se permitirá financiamento
federal para estudos com células-tronco embrionárias.

Outros países
O pioneiro na legalização de estudos com células-tronco
foi o Reino Unido. Em dezembro de 2000, o Parlamento
britânico aceitou a clonagem de embriões humanos com
finalidade médica.
A França adota uma postura cautelosa, ao permitir o uso
dos embriões restantes de processos de fertilização, mas
proíbe que eles sejam criados simplesmente com fins
investigativos.
No Brasil não há lei regulamentando a pesquisa com
células-tronco embrionárias, nem a clonagem. Apesar
disso, resoluções do Conselho Federal de Medicina proíbem
a manipulação de material genético humano -ou seja,
experimentos com embriões são considerados antiéticos.
=======================================
Temor de eugenia influencia decisão na Alemanha
ISABEL GERHARDT
DA REPORTAGEM LOCAL - Folha de São Paulo, 1 de agosto de
2001.

Em nenhum país europeu a discussão sobre a ética em
pesquisas genéticas é tão intensa quanto na Alemanha.
Ludger Honnefelder, 65, diretor do Instituto de Filosofia
da Universidade de Bonn e diretor-executivo do Centro
Alemão de Referência de Ética nas Ciências Biológicas,
participou recentemente de um painel de cientistas que
aconselhou o governo do Estado da Renânia do Norte-
Vestfália sobre a importação de células-tronco
embrionárias. A decisão do governador, de apoiar as
pesquisas feitas pela Universidade de Bonn, poderá
influenciar o governo alemão em qual posição tomar quanto
à importação de células-tronco. Honnefelder, que está em
São Paulo para participar de um seminário no Instituto
Goethe, falou à Folha sobre o debate que está ocorrendo
na Alemanha.
Folha - Qual é a percepção pública alemã quanto à
possibilidade de manipulação genética de células-tronco
embrionárias?
Ludger Honnefelder - No momento, temos um debate muito
intenso na Alemanha, mais do que nos outros países
europeus. O debate esquentou depois que o Reino Unido
anunciou que permitiria a pesquisa com células-tronco
embrionárias. Antes disso, já existia uma discussão sobre
clonagem reprodutiva e diagnóstico pré-implantação de
embriões (que aponta defeitos). O governo acha necessário
uma mudança na lei, que abra a possibilidade para a
realização do teste. Há uma proposta que permite o teste
em alguns casos. Na verdade, hoje, na Alemanha, existem
três debates: clonagem reprodutiva, diagnóstico pré-
implantação e pesquisa com células-tronco embrionárias.
Folha - O sr. acredita que o debate seja tão intenso
devido ao fantasma da eugenia?
Honnefelder - Eu acho que é diferente no caso de
diagnóstico pré-implantação. Existe um temor de repetir a
prática da eugenia. Mas não iniciada pelo Estado e sim
pela própria população. Eugenia pela compaixão, não-
intencional, mas que pode ter como consequência a
discriminação ou o estigma sobre grupos com algum tipo de
deficiência.
Folha - Esse tipo de debate envolve questões técnicas e
morais. Mas, no caso das células-tronco embrionárias,
impedir a pesquisa nessa área pode significar atrasar a
cura de muitas doenças, como mal de Alzheimer e diabetes.
Até que ponto decisões desse tipo podem ser tomadas
considerando apenas o aspecto científico?
Honnefelder - Mesmo os cientistas estão divididos no que
diz respeito a qual seria a maneira mais correta de
conduzir pesquisas com células-tronco embrionárias. A
dificuldade para o público e para o Parlamento alemão é
decidir qual é a medida da necessidade, seja para a
pesquisa com células-tronco embrionárias, a clonagem
terapêutica ou o uso de células-tronco adultas. Pesquisas
mostram que metade da população é a favor do diagnóstico
genético pré-implantação de embriões e dois terços são
contra a pesquisa com células-tronco, talvez porque vejam
as consequências desse tipo de estudo ainda de forma
muito distante de suas vidas. Temos o exemplo do que
aconteceu com a engenharia genética na área médica. As
pessoas que inicialmente eram contra a produção de
insulina por meio da engenharia genética hoje são a favor.










SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Saiba o que seus sonhos querem dizer
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/08/2001 12:48


-----Mensagem Original-----
De: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 1 de agosto de 2001 09:40
Assunto: [ciencialist] Re: Saiba o que seus sonhos querem dizer


| > Curso de Interpretação de Sonhos e de Auto Conhecimento
| > -----Mensagem Original-----
| > De: Grupo de Estudos C. G. Jung
| > Enviada em: terça-feira, 31 de julho de 2001 19:21
| > Assunto: Saiba o que seus sonhos querem dizer
| >
| >
| > Curso de Interpretação de
| > Sonhos e de Autoconhecimento
| > Abordagem de C.G.Jung - Não é necessário nenhuma formação anterior
| >
| > Quem vive 60 anos dorme 20 anos e sonha cerca de 5 anos.
| > Os sonhos expressam a sabedoria milenar da natureza e tentam nos
| > orientar nos obstáculos da vida, nas dificuldades do dia a dia.
| > Todos nós temos sonhos quando dormimos, mas o que eles significam?
| > Responder a esta questão e a muitas outras é um dos objetivos do
| curso.
|
| A hipótese de que os "sonhos expressam a sabedoria milenar da natureza"
| é tão "científica" quanto a afirmação de que "os desenhos de faces nas
| nuvens mostram o estado de espírito da atmosfera". São ótimas alegorias
| para se desenvolver teorias metafísicas, de pouca ou nenhuma utilidade
| prática.
|
| Sergio Navega.
|

Oi Sérgio,

vc deixou de ler a parte mais importante da mensagem original:

"Não é necessário nenhuma formação anterior"

e eu complemento:

"Não é necessário, nem conveniente, nenhuma formação anterior".

[]'
Léo
================



SUBJECT: Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/08/2001 13:12

> --- In ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...> wrote:
> > nascido na década de 40. Pelo visto não se fabricam mais garotos como
> > antigamente.

Bem, o Homem-Aranha foi criado em 1962
por Steve Ditko e Stan Lee -- na revista
Amazing Fantasy numero 15... Na epoca nao
existiam, como hoje, marmanjoes de mais
de 20 anos lendo gibis (excetuando os soldados)
-- era mais coisa de garotos. Mais quem nasceu
a partir do final zinho da decada de 40, com seus 13
anos, q. deveria acompanhar as desventuras do
heroi.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: MHS
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/08/2001 13:30

Oi Roberto e mm.hh.ss.....

foi bastante oportuno eu seu retorno ao problema MHS.

Oportuno por 2 motivos:

1. Suas observações não procedem. As leis de forças que regem o MHS são totalmente distintas daquelas propostas na questão. Mesmo 'metade do movimento' é um mero movimento uniformemente variado seguindo as leis: s = (1/2)g.t^2 ; v = g.t e a= g = cte.
O ponto médio da trajetória do MHS é denominado "ponto de equilíbrio" pois, nesse ponto é nula a resultante das forças que agem no ponto.

Nota importante: Vamos fazer um buraco que atravessa a Terra diametralmente. Se abandonarmos uma bolinha na boca desse buraco (e desprezando uma porrada de coisas) ela oscilará de extremo a extremo realizando MHS ....
MAS, se da boca do poço lançarmos verticalmente par cima a bolinha, ela subira bem alto, pára, inverte o sentido de movimento, desce, entra no buraco, atravessa a Terra, sai do outro lado, 'sobe', pára, 'desce', entra no buraco, atravessa a Terra, sai do buraco .... e começa tudo de novo. Pois bem, no trecho dentro da Terra é MHS, fora NÃO É MHS, pois a lei de força é do tipo inversamente proporcional ao quadrado da distância, totalmente diferente do que quando dentro do buraco.

2. Realmente a oportunidade boa nada tem a ver com o item (1) acima. É que esqueci de citar o IMPERDÍVEL!!!!!
Todas as possibilidades de sistemas que executam MHS estão lá no maravilhoso Imperdível ... que deve ser recomendado ao professor que fez a questão do MHS.

Vejam em : http://www.feiradeciencias.com.br/sala04/04_16.htm ==> "16 em 1 ... o MHS".

Eis um resumo da coisa:

Introdução
Descrição
Condições de contorno Ilustrações
Técnica das demonstrações
Propósito e agradecimentos

Elasticidade

(1) Sistema massa-mola
(2) Sistema massa-corda
(3) Sistema massa-barra esbelta
(4) Sistema disco-eixo
(5) Sistema massa-barra

Gravitacionais
(6) Pêndulo matemático
(7) Partícula dentro da esfera
(8) Pêndulo físico
(9) Cilindro não-homogêneo
(10) Partícula-túnel através da Terra

Acústicos
(11) Sistema pistão-cilindro
(12) Ressoador de Helmholtz

Hidrostáticos
(13) Líquido em tubo em U
(14) Sistema cilindro flutuante-líquido

Elétricos
(15) Circuito indutância-capacitância

Extras
(16) Prancha sobre roletes
(17) Oscilador não-harmônico simples

Deliciem-se com essa maravilha do MHS :-)

[]'
Léo

PS: quem quiser ver o resumo da cinemática do MHS, está no provisório do Imperdível (irá para on-line hoje ou amanhã):
www.convex.com.br/esquina/feiradeciencias/sala04/04_RE09.htm
====================




-----Mensagem Original-----
De: <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 1 de agosto de 2001 12:21
Assunto: [ciencialist] Re: MHS


--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
Pregunta:

nao podemos considerar esse movimento como metade de um MHS?

Nao estao pedindo pra desconsiderar as interacoes do choque?
Com alteracao instantanea do sentido da velocidade e da acelaracao
(esta relativa ao sentido do movimento)?

A queda nao poderia ser considerada -- nessa situacao ideal --
a metade de aproximacao do perigeo (como e' dado o nome do
ponto medio da trajetoria em MHS)? E a subida a metade de
afastamento?

[]s,

Roberto Takata



&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
&&& --- &&&

Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: MHS
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/08/2001 14:19

errata -
no endereço do provisório (Cinemática do MHS), faltou o "_" entre o RE e o 09. Eis o correto:

www.convex.com.br/esquina/feiradeciencias/sala04/04_RE_09.htm

[]'
Léo
==============
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 1 de agosto de 2001 13:30
Assunto: Re: [ciencialist] Re: MHS


Oi Roberto e mm.hh.ss.....

foi bastante oportuno eu seu retorno ao problema MHS.

Oportuno por 2 motivos:

1. Suas observações não procedem. As leis de forças que regem o MHS são totalmente distintas daquelas propostas na questão. Mesmo 'metade do movimento' é um mero movimento uniformemente variado seguindo as leis: s = (1/2)g.t^2 ; v = g.t e a= g = cte.
O ponto médio da trajetória do MHS é denominado "ponto de equilíbrio" pois, nesse ponto é nula a resultante das forças que agem no ponto.

Nota importante: Vamos fazer um buraco que atravessa a Terra diametralmente. Se abandonarmos uma bolinha na boca desse buraco (e desprezando uma porrada de coisas) ela oscilará de extremo a extremo realizando MHS ....
MAS, se da boca do poço lançarmos verticalmente par cima a bolinha, ela subira bem alto, pára, inverte o sentido de movimento, desce, entra no buraco, atravessa a Terra, sai do outro lado, 'sobe', pára, 'desce', entra no buraco, atravessa a Terra, sai do buraco .... e começa tudo de novo. Pois bem, no trecho dentro da Terra é MHS, fora NÃO É MHS, pois a lei de força é do tipo inversamente proporcional ao quadrado da distância, totalmente diferente do que quando dentro do buraco.

2. Realmente a oportunidade boa nada tem a ver com o item (1) acima. É que esqueci de citar o IMPERDÍVEL!!!!!
Todas as possibilidades de sistemas que executam MHS estão lá no maravilhoso Imperdível ... que deve ser recomendado ao professor que fez a questão do MHS.

Vejam em : http://www.feiradeciencias.com.br/sala04/04_16.htm ==> "16 em 1 ... o MHS".

Eis um resumo da coisa:

Introdução
Descrição
Condições de contorno Ilustrações
Técnica das demonstrações
Propósito e agradecimentos

Elasticidade

(1) Sistema massa-mola
(2) Sistema massa-corda
(3) Sistema massa-barra esbelta
(4) Sistema disco-eixo
(5) Sistema massa-barra

Gravitacionais
(6) Pêndulo matemático
(7) Partícula dentro da esfera
(8) Pêndulo físico
(9) Cilindro não-homogêneo
(10) Partícula-túnel através da Terra

Acústicos
(11) Sistema pistão-cilindro
(12) Ressoador de Helmholtz

Hidrostáticos
(13) Líquido em tubo em U
(14) Sistema cilindro flutuante-líquido

Elétricos
(15) Circuito indutância-capacitância

Extras
(16) Prancha sobre roletes
(17) Oscilador não-harmônico simples

Deliciem-se com essa maravilha do MHS :-)

[]'
Léo

PS: quem quiser ver o resumo da cinemática do MHS, está no provisório do Imperdível (irá para on-line hoje ou amanhã):
www.convex.com.br/esquina/feiradeciencias/sala04/04_RE09.htm
====================




-----Mensagem Original-----
De: <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 1 de agosto de 2001 12:21
Assunto: [ciencialist] Re: MHS


--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
Pregunta:

nao podemos considerar esse movimento como metade de um MHS?

Nao estao pedindo pra desconsiderar as interacoes do choque?
Com alteracao instantanea do sentido da velocidade e da acelaracao
(esta relativa ao sentido do movimento)?

A queda nao poderia ser considerada -- nessa situacao ideal --
a metade de aproximacao do perigeo (como e' dado o nome do
ponto medio da trajetoria em MHS)? E a subida a metade de
afastamento?

[]s,

Roberto Takata



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: centaurus@mtv.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/08/2001 15:48

Poderia explicar o que é ectoplasma???Como ele surge na natureza??Se a experiencia
é real , a descreva aqui.Você tem evidencias???Provas reais???



-- Mensagem original --

>Não mexam com os ectoplasmas pois essa é minha praia.
>Essa modalidade de energia concentrada em forma de 'plasma frio' pode ser
>convertida em calor ou eletricidade ao passar do estado de plasma para
o
>simples estado de vapor. Há uma grande liberação de energia.
>É sobre isso que estou trabalhando em meu laboratório e a pretensão é fazer
>funcionar um liquidificador usando ectoplasma.
>Tudo indica que o ectoplasma será muito útil no motor a explosão ao passar
>repentinamente de plasma-frio para vapor (totalmente não poluente).
>O grande desgaste de minha parte é a concentração nos espíritos fornecedores
>de ectoplasma. Parece que eles estão percebendo a finalidade prática e
financeira
>do produto, desviando de seu propósito inicial que é a reencarnação. Por
>isso tenho conseguido apenas uma centena de gramas de ectoplasma por sessão
>de concentração.
>Aqui não se trata de falácia alguma e quem estiver interessado posso enviar
>todo o roteiro experimental para o projeto mas, vou advertindo, é preciso
>ter algum equipamento laboratorial mínimo (bobina de Tesla, gerador de
Van
>de Graaff, lâmpada de plasma, tubos de Braun, tubos de Pucker, bomba de
vácuo,
>bomba aspirante-premente, registros e torneiras de vidro etc.)
>
>[]'
>Léo
>==============
>
>-----Mensagem Original-----
>De: <rmtakata@altavista.net>
>Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
>Enviada em: terça-feira, 31 de julho de 2001 15:47
>Assunto: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
>
>
>--- In ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> wrote:
>>> Eu só quero saber onde está qualquer citação científica da prova da
>> existência do plasma, superplasma e hiperplasma. Nada mais do que isto.
>
>Plasma existe -- e' apenas o gas ionizado -- com os eletrons
>separados dos nuclideos devido 'a alta temperatura.
>E' o q. temos nas estrelas.
>
>Mas esse plasma nada tem a ver com psicoplasma, ectoplasma
>e quetais.
>
>[]s,
>
>Roberto Takata
>
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>



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SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: "Anderson" <globalx@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/08/2001 16:07

Oi,
Sou novo na lista e sou estudante de vestibular tb! Ja li a resposta de
todos e me surgiu a seguinte duvida: e se o elaborador nao estivesse
considerando q o peso e constante pois, mesmo que insignificante, a
aceleracao da gravidade muda com a altura... nesse caso nao poderiamos
considerar um MHS? Nao sei se minha duvida tem fundamento, mas esta ai....

Obrigado,
Anderson


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, August 01, 2001 9:29 AM
Subject: Re: [ciencialist] MHS


Olá Antonio,

vc está com toda razão. O movimento da bola quicar e saltar, sendo o choque
perfeitamente elástico, é um "movimento periódico"; é também um movimento
oscilatório ou vibratório uma vez que a bola inverte regularmente seu
sentido de movimento, MAS NÃO É UM MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS)!

Vamos por partes.
a) por que é periódico? - Por que atende á definição de função periódica, ou
seja : y=f(x) é periódica se e somente se existe valores A>0, real, tal que
f(x+k.A) = f(x) qualquer que seja k do conjunto dos relativos. O menor dos A
que atende á definição é denominado de período (T) da função.

b) por que é oscilatório? - Por que tem o sentido de movimento regularmente
invertido

c) por que não é MHS? - Por que a lei de movimento não é harmônica. São
harmônicas as leis em cosseno, seno e somas delas. A lei de movimento da
bola quicando é a(t) = g = cte. A lei de movimento do MHS é a(t) = -k.s(t) ,
onde a(t) é a aceleração escalar, k é uma constante positiva (exatamente
igual ao quadrado da pulsação do movimento) e s(t) é sua lei horária.
A lei horária do MHS pode ser posta de diversas formas; chamando w de
pulsação e &o de fase inicial temos:

s = a.cos(w.t + &o) ou s = A.cosw.t + B.senw.t, com A = a.cos&o e B
= -a.sen&o.

d) Qual o maior disparate ao identificar o movimento de quicar da bola com
um MHS? - No MHS o ponto oscila em torno de uma posição de equilíbrio
sujeito a uma força restauradora do tipo elástica. No quicar da bola ela não
oscila em torno de nenhuma posição de equilíbrio, não está sujeita
(permanentemente) á ação de força restauradora e não é do tipo elástica (a
força peso é constante.)

e) que tipo é realmente o movimento da bola ao quicar? - É uma conversão
linear de energia potencial em cinética de modo periódico; cada fase do
movimento (descida/subida) desenvolve-se como um MRUV.

f) finalizando - O MHS pode ser visualizado como a projeção de um MCU sobre
um diâmetro ... o movimento do quicar da bola nem de perto segue a projeção
de um movimento circular e uniforme.

[]'
Léo
==================
-----Mensagem Original-----
De: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 1 de agosto de 2001 00:33
Assunto: [ciencialist] MHS


Prezados amigos,

Resolvendo para meus alunos a prova de Física do último vestibular da UEM
(Universidade Estadual de Maringá - PR) - um dos maiores de nossa região -
divergi quanto ao gabarito oficial de uma das questões.

A situação é a seguinte: deixa-se cair uma esfera sobre um plano, a partir
de uma altura qualquer. Supondo a não-existência de forças dissipativas
(atrito) e que os choques da esfera com o plano são perfeitamente elásticos,
qual será o movimento descrito pela esfera? A resposta oficial é: um MHS. No
entanto, divirjo de tal resposta. Vejamos:

Num MHS a aceleração não é constante (visto que existe uma força
restauradora dependente da posição do corpo), como (com boa aproximação)
podemos supor em um movimento de corpo de reduzidas dimensões próximo à
superfície da Terra. Portanto, se partirmos da equação da aceleração de um
MHS, e a integrarmos, jamais chegaremos a um resultado idêntico para a
equação das posições de um MHS e de um MRUV (aceleração constante); isto
leva a crer que o movimento na situação descrita NÃO se trata de um MHS.

Quem tiver interesse e se dispuser a auxiliar-me nesta dúvida, o endereço
para download da prova é http://www.uem.br/redirect.php?to=www.cvu.uem.br/,
prova 4 (Física e Química). A questão é a de número 12.

Se eu estiver equivocado, por gentileza gostaria de ver uma prova de que o
movimento é de fato um MHS.

Agradeço antecipadamente a atenção dos amigos.

Um abraço a todos,

Godoy.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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http://docs.yahoo.com/info/terms/






SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/08/2001 17:26

Oi, Léo, Alberto, Eduardo, Takata e demais,

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, August 01, 2001 1:30 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: MHS


> Nota importante: Vamos fazer um buraco que atravessa a Terra
diametralmente. Se abandonarmos uma bolinha na boca desse buraco (e
desprezando uma porrada de coisas) ela oscilará de extremo a extremo
realizando MHS ....

Inclusive, esse exemplo foi citado por mim em sala de aula quando da
resolução da questão. Esse é um caso clássico de MHS, mas eu tinha certeza
de que o proposto pelo examinador como correto era uma "viagem".

Eu não resolvi a prova no dia da liberação do gabarito oficial, porque
estive afastado dos cursinhos de Maringá neste semestre (tenho atuado
predominantemente no ensino médio... mais gratificante e menos estressante).
Infelizmente, não cabe mais recurso quanto à questão (o prazo é de 24h após
a divulgação do gabarito oficial); no entanto procurei hoje à tarde um
jornal para mostrar a resolução correta do problema, e estou aguardando que
eles entrem em contato.

Gostaria de pedir a permissão do Léo e demais participantes da thread para
citar sua argumentação e seu nome na reportagem, bem como o endereço web do
Imperdível.

O que lastimo profundamente é que outros professores da região tenham
deixado passar batido um erro deste tipo... Eu vivo em uma cidadezinha bem
pequena, longe da selvagem concorrência dos maiores cursinhos
pré-vestibulares, então não tenho geralmente pressa para resolver a prova.
Espero meus alunos de terceiro ano retornarem às aulas para resolvermos
juntos as questões, tentando assim estimular sua consciência crítica quanto
à maneira de cobrar os conhecimentos de física em vestibulares. Mas os
"figurões" da região, mesmo divulgando em primeira mão os gabaritos das
provas (como propaganda de suas instituições de ensino) e analisando as
questões em grupo, deixam sempre escapar erros conceituais como este. E
ainda por cima elogiam a comissão do vestibular!! Vejam o link
http://www.nobel.com.br/vestibular/fisica.php3 , que é do site do mais
respeitado colégio da região... É uma apologia à imbecilização dos exames
vestibulares. A prova contém dois erros de gabarito (a citada questão de MHS
e mais outra), não faz nenhuma referência aos fenômenos físicos do cotidiano
e ainda por cima é elogiada. É mole??

Desculpem o desabafo, mas às vezes isso tudo me irrita um pouco.

Um abraço,

Godoy.



SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/08/2001 18:14

On Wed, 1 Aug 2001, Anderson wrote:

> Oi,
> Sou novo na lista e sou estudante de vestibular tb! Ja li a resposta de
> todos e me surgiu a seguinte duvida: e se o elaborador nao estivesse
> considerando q o peso e constante pois, mesmo que insignificante, a
> aceleracao da gravidade muda com a altura... nesse caso nao poderiamos
> considerar um MHS? Nao sei se minha duvida tem fundamento, mas esta ai....
>
> Obrigado,
> Anderson


Nao, nao poderiamos, pois o fato eh que no MHS a aceleracao da particula
eh nula quando ela passa pela posicao de equilibrio, e isso nao ocorreria
na superficie terrestre, considerando ou nao a variacao de g devido a
altura.

[]s,
Stafusa
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Sent: Wednesday, August 01, 2001 9:29 AM
> Subject: Re: [ciencialist] MHS
>
>
> Olá Antonio,
>
> vc está com toda razão. O movimento da bola quicar e saltar, sendo o choque
> perfeitamente elástico, é um "movimento periódico"; é também um movimento
> oscilatório ou vibratório uma vez que a bola inverte regularmente seu
> sentido de movimento, MAS NÃO É UM MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS)!
>
> Vamos por partes.
> a) por que é periódico? - Por que atende á definição de função periódica, ou
> seja : y=f(x) é periódica se e somente se existe valores A>0, real, tal que
> f(x+k.A) = f(x) qualquer que seja k do conjunto dos relativos. O menor dos A
> que atende á definição é denominado de período (T) da função.
>
> b) por que é oscilatório? - Por que tem o sentido de movimento regularmente
> invertido
>
> c) por que não é MHS? - Por que a lei de movimento não é harmônica. São
> harmônicas as leis em cosseno, seno e somas delas. A lei de movimento da
> bola quicando é a(t) = g = cte. A lei de movimento do MHS é a(t) = -k.s(t) ,
> onde a(t) é a aceleração escalar, k é uma constante positiva (exatamente
> igual ao quadrado da pulsação do movimento) e s(t) é sua lei horária.
> A lei horária do MHS pode ser posta de diversas formas; chamando w de
> pulsação e &o de fase inicial temos:
>
> s = a.cos(w.t + &o) ou s = A.cosw.t + B.senw.t, com A = a.cos&o e B
> = -a.sen&o.
>
> d) Qual o maior disparate ao identificar o movimento de quicar da bola com
> um MHS? - No MHS o ponto oscila em torno de uma posição de equilíbrio
> sujeito a uma força restauradora do tipo elástica. No quicar da bola ela não
> oscila em torno de nenhuma posição de equilíbrio, não está sujeita
> (permanentemente) á ação de força restauradora e não é do tipo elástica (a
> força peso é constante.)
>
> e) que tipo é realmente o movimento da bola ao quicar? - É uma conversão
> linear de energia potencial em cinética de modo periódico; cada fase do
> movimento (descida/subida) desenvolve-se como um MRUV.
>
> f) finalizando - O MHS pode ser visualizado como a projeção de um MCU sobre
> um diâmetro ... o movimento do quicar da bola nem de perto segue a projeção
> de um movimento circular e uniforme.
>
> []'
> Léo
> ==================
> -----Mensagem Original-----
> De: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Enviada em: quarta-feira, 1 de agosto de 2001 00:33
> Assunto: [ciencialist] MHS
>
>
> Prezados amigos,
>
> Resolvendo para meus alunos a prova de Física do último vestibular da UEM
> (Universidade Estadual de Maringá - PR) - um dos maiores de nossa região -
> divergi quanto ao gabarito oficial de uma das questões.
>
> A situação é a seguinte: deixa-se cair uma esfera sobre um plano, a partir
> de uma altura qualquer. Supondo a não-existência de forças dissipativas
> (atrito) e que os choques da esfera com o plano são perfeitamente elásticos,
> qual será o movimento descrito pela esfera? A resposta oficial é: um MHS. No
> entanto, divirjo de tal resposta. Vejamos:
>
> Num MHS a aceleração não é constante (visto que existe uma força
> restauradora dependente da posição do corpo), como (com boa aproximação)
> podemos supor em um movimento de corpo de reduzidas dimensões próximo à
> superfície da Terra. Portanto, se partirmos da equação da aceleração de um
> MHS, e a integrarmos, jamais chegaremos a um resultado idêntico para a
> equação das posições de um MHS e de um MRUV (aceleração constante); isto
> leva a crer que o movimento na situação descrita NÃO se trata de um MHS.
>
> Quem tiver interesse e se dispuser a auxiliar-me nesta dúvida, o endereço
> para download da prova é http://www.uem.br/redirect.php?to=www.cvu.uem.br/,
> prova 4 (Física e Química). A questão é a de número 12.
>
> Se eu estiver equivocado, por gentileza gostaria de ver uma prova de que o
> movimento é de fato um MHS.
>
> Agradeço antecipadamente a atenção dos amigos.
>
> Um abraço a todos,
>
> Godoy.
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
> http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
> http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/08/2001 18:16


Alias, como jah observado, nao ha ponto de equilibrio algum...



On Wed, 1 Aug 2001, Jefferson Stafusa Elias Portela wrote:

> On Wed, 1 Aug 2001, Anderson wrote:
>
> > Oi,
> > Sou novo na lista e sou estudante de vestibular tb! Ja li a resposta de
> > todos e me surgiu a seguinte duvida: e se o elaborador nao estivesse
> > considerando q o peso e constante pois, mesmo que insignificante, a
> > aceleracao da gravidade muda com a altura... nesse caso nao poderiamos
> > considerar um MHS? Nao sei se minha duvida tem fundamento, mas esta ai....
> >
> > Obrigado,
> > Anderson
>
>
> Nao, nao poderiamos, pois o fato eh que no MHS a aceleracao da particula
> eh nula quando ela passa pela posicao de equilibrio, e isso nao ocorreria
> na superficie terrestre, considerando ou nao a variacao de g devido a
> altura.
>
> []s,
> Stafusa
> >
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
> > To: <ciencialist@yahoogroups.com>
> > Sent: Wednesday, August 01, 2001 9:29 AM
> > Subject: Re: [ciencialist] MHS
> >
> >
> > Olá Antonio,
> >
> > vc está com toda razão. O movimento da bola quicar e saltar, sendo o choque
> > perfeitamente elástico, é um "movimento periódico"; é também um movimento
> > oscilatório ou vibratório uma vez que a bola inverte regularmente seu
> > sentido de movimento, MAS NÃO É UM MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS)!
> >
> > Vamos por partes.
> > a) por que é periódico? - Por que atende á definição de função periódica, ou
> > seja : y=f(x) é periódica se e somente se existe valores A>0, real, tal que
> > f(x+k.A) = f(x) qualquer que seja k do conjunto dos relativos. O menor dos A
> > que atende á definição é denominado de período (T) da função.
> >
> > b) por que é oscilatório? - Por que tem o sentido de movimento regularmente
> > invertido
> >
> > c) por que não é MHS? - Por que a lei de movimento não é harmônica. São
> > harmônicas as leis em cosseno, seno e somas delas. A lei de movimento da
> > bola quicando é a(t) = g = cte. A lei de movimento do MHS é a(t) = -k.s(t) ,
> > onde a(t) é a aceleração escalar, k é uma constante positiva (exatamente
> > igual ao quadrado da pulsação do movimento) e s(t) é sua lei horária.
> > A lei horária do MHS pode ser posta de diversas formas; chamando w de
> > pulsação e &o de fase inicial temos:
> >
> > s = a.cos(w.t + &o) ou s = A.cosw.t + B.senw.t, com A = a.cos&o e B
> > = -a.sen&o.
> >
> > d) Qual o maior disparate ao identificar o movimento de quicar da bola com
> > um MHS? - No MHS o ponto oscila em torno de uma posição de equilíbrio
> > sujeito a uma força restauradora do tipo elástica. No quicar da bola ela não
> > oscila em torno de nenhuma posição de equilíbrio, não está sujeita
> > (permanentemente) á ação de força restauradora e não é do tipo elástica (a
> > força peso é constante.)
> >
> > e) que tipo é realmente o movimento da bola ao quicar? - É uma conversão
> > linear de energia potencial em cinética de modo periódico; cada fase do
> > movimento (descida/subida) desenvolve-se como um MRUV.
> >
> > f) finalizando - O MHS pode ser visualizado como a projeção de um MCU sobre
> > um diâmetro ... o movimento do quicar da bola nem de perto segue a projeção
> > de um movimento circular e uniforme.
> >
> > []'
> > Léo
> > ==================
> > -----Mensagem Original-----
> > De: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
> > Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
> > Enviada em: quarta-feira, 1 de agosto de 2001 00:33
> > Assunto: [ciencialist] MHS
> >
> >
> > Prezados amigos,
> >
> > Resolvendo para meus alunos a prova de Física do último vestibular da UEM
> > (Universidade Estadual de Maringá - PR) - um dos maiores de nossa região -
> > divergi quanto ao gabarito oficial de uma das questões.
> >
> > A situação é a seguinte: deixa-se cair uma esfera sobre um plano, a partir
> > de uma altura qualquer. Supondo a não-existência de forças dissipativas
> > (atrito) e que os choques da esfera com o plano são perfeitamente elásticos,
> > qual será o movimento descrito pela esfera? A resposta oficial é: um MHS. No
> > entanto, divirjo de tal resposta. Vejamos:
> >
> > Num MHS a aceleração não é constante (visto que existe uma força
> > restauradora dependente da posição do corpo), como (com boa aproximação)
> > podemos supor em um movimento de corpo de reduzidas dimensões próximo à
> > superfície da Terra. Portanto, se partirmos da equação da aceleração de um
> > MHS, e a integrarmos, jamais chegaremos a um resultado idêntico para a
> > equação das posições de um MHS e de um MRUV (aceleração constante); isto
> > leva a crer que o movimento na situação descrita NÃO se trata de um MHS.
> >
> > Quem tiver interesse e se dispuser a auxiliar-me nesta dúvida, o endereço
> > para download da prova é http://www.uem.br/redirect.php?to=www.cvu.uem.br/,
> > prova 4 (Física e Química). A questão é a de número 12.
> >
> > Se eu estiver equivocado, por gentileza gostaria de ver uma prova de que o
> > movimento é de fato um MHS.
> >
> > Agradeço antecipadamente a atenção dos amigos.
> >
> > Um abraço a todos,
> >
> > Godoy.
> >
> >
> > [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
> >
> >
> > &&& --- &&&
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> >
> > Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
> > http://docs.yahoo.com/info/terms/
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> > Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
> > http://docs.yahoo.com/info/terms/
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> > Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
> >
> >
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/08/2001 18:33



Anderson wrote:
>
> Oi,
> Sou novo na lista e sou estudante de vestibular tb! Ja li a resposta de
> todos e me surgiu a seguinte duvida: e se o elaborador nao estivesse
> considerando q o peso e constante pois, mesmo que insignificante, a
> aceleracao da gravidade muda com a altura... nesse caso nao poderiamos
> considerar um MHS? Nao sei se minha duvida tem fundamento, mas esta ai....
>
> Obrigado,
> Anderson
>
Oi,

não porque a força em questão seria proporcional ao inverso do quadrado
da distância enquanto que no oscilador harmônico, ela varia com a
distância.

Eduardo.

PS: De qq maneira, ainda não sei o que se define como MHS no ensino
médio, ou melhor, o que não se define como MHS. Pelo que me lembro, a
gente não aprende as funções de movimento da partícula mas apenas
relações entre períodos, frequências, etc.


SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/08/2001 19:11

----- Original Message -----
From: "Anderson"
Sent: Wednesday, August 01, 2001 4:07 PM
Subject: Re: [ciencialist] MHS


> Oi,
> Sou novo na lista e sou estudante de vestibular tb!

Benvindo à Ciencialist. Una-te aos bons e serás melhor :-))

> Ja li a resposta de
> todos e me surgiu a seguinte duvida: e se o elaborador nao estivesse
> considerando q o peso e constante pois, mesmo que insignificante, a
> aceleracao da gravidade muda com a altura... nesse caso nao poderiamos
> considerar um MHS? Nao sei se minha duvida tem fundamento, mas esta ai....

Toda dúvida tem fundamento e a sua tem também lógica. É claro que podemos
sempre, e na maioria das vezes devemos, utilizar a aproximação para "peso
constante". Não obstante, mesmo na situação real e não aproximada, o
movimento jamais seria harmônico simples, a não ser no caso indicado pelo
Léo (movimento no interior do planeta e em torno do centro). No caso do
problema o corpo estaria sujeito a uma força do tipo f = f(1/r^2) e não do
tipo f = f(r) (lei de Hooke --> f = -kx) que seria a necessária e a
caracterizar o MHS.

Estou respondendo às pressas pois estou de saída para o trabalho, mas acho
que o que escrevi acima está certo. Se alguém quiser cair de pau no que
escrevi leve em consideração este fato.

Espaço para o meu comercial :-)). Comento alguma coisa a respeito de MHS em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/mhs.htm . Não é
muito mas dá para entender que não se trata de um movimento qualquer em
torno de um ponto central. Tem até uma bolinha que vai andar prá lá e prá cá
na tela do seu computador simulando um MHS. Isso é parte do que denomino
metodologia Net-In, algo que ainda não desenvolvi completamente por falta de
colaboradores. O artigo sobre metodologia Net-In está em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/artigos/net_in.htm

Recebi outra msg do Godoy mas não tive tempo de lê-la pois já estou
atrasado. Até mais.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm





SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/08/2001 19:15

Olá Anderson,

em meu nome e de todos os colegas do ciencialist, seja bem vindo.

Anderson, o fato de ter considerado o movimento da bola numa pequena região sobre a superfície da Terra de modo que o peso fique constante, apenas serve para simplificar o estudo do movimento que será um perfeito MRUV. Para o MRUV a lei de força é exatamente essa R* = cte =/= 0.
Se considerar que bola suba bastante alto (digamos, que tenha altura máxima de 400 km!) haverá alguma alteração no valor da aceleração da gravidade (e não pense que será algo exagerado!) e a lei de força passará a ser do tipo R* =k/d^2, ou seja, uma lei do tipo do inverso do quadrado da distância da bola ao centro da Terra. O movimento da bola no seu vai/volta-bate-vai/volta (tudo num processo ideal) não será mais do tipo uniformemente variado (e a lei horária pode ser obtida integrando-se duas vezes a lei de força) ... mas, nem de perto um MHS.

O MHS tem características rígidas:

a) a aceleração deve ser proporcional á elongação (espaço do ponto), com o sinal trocado; a constante de proporcionalidade é exatamente o quadrado da pulsação: a = - w^2.x. A lei de força no MHS é: R* = -m.w^2.x (totalmente diferente das duas anteriores).

b) a aceleração e a elongação estão sempre em oposição de fase (quando a aceleração é máxima a elongação é nula e, vice-versa.

c) a velocidade está em quadratura de fase, adiantada, em relação á elongação. Os vetores de Fresnell mostram essas características facilmente.

Para finalizar ......... se vc tentar equacionar o movimento do pêndulo admitindo que num dado intervalo de tempo sua aceleração é constante ... nunca chegará ao MHS que ele realiza.

[]'
Léo
=================
-----Mensagem Original-----
De: "Anderson" <globalx@brfree.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 1 de agosto de 2001 16:07
Assunto: Re: [ciencialist] MHS


| Oi,
| Sou novo na lista e sou estudante de vestibular tb! Ja li a resposta de
| todos e me surgiu a seguinte duvida: e se o elaborador nao estivesse
| considerando q o peso e constante pois, mesmo que insignificante, a
| aceleracao da gravidade muda com a altura... nesse caso nao poderiamos
| considerar um MHS? Nao sei se minha duvida tem fundamento, mas esta ai....
|
| Obrigado,
| Anderson
|
|
| ----- Original Message -----
| From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
| To: <ciencialist@yahoogroups.com>
| Sent: Wednesday, August 01, 2001 9:29 AM
| Subject: Re: [ciencialist] MHS
|
|
| Olá Antonio,
|
| vc está com toda razão. O movimento da bola quicar e saltar, sendo o choque
| perfeitamente elástico, é um "movimento periódico"; é também um movimento
| oscilatório ou vibratório uma vez que a bola inverte regularmente seu
| sentido de movimento, MAS NÃO É UM MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS)!
|
| Vamos por partes.
| a) por que é periódico? - Por que atende á definição de função periódica, ou
| seja : y=f(x) é periódica se e somente se existe valores A>0, real, tal que
| f(x+k.A) = f(x) qualquer que seja k do conjunto dos relativos. O menor dos A
| que atende á definição é denominado de período (T) da função.
|
| b) por que é oscilatório? - Por que tem o sentido de movimento regularmente
| invertido
|
| c) por que não é MHS? - Por que a lei de movimento não é harmônica. São
| harmônicas as leis em cosseno, seno e somas delas. A lei de movimento da
| bola quicando é a(t) = g = cte. A lei de movimento do MHS é a(t) = -k.s(t) ,
| onde a(t) é a aceleração escalar, k é uma constante positiva (exatamente
| igual ao quadrado da pulsação do movimento) e s(t) é sua lei horária.
| A lei horária do MHS pode ser posta de diversas formas; chamando w de
| pulsação e &o de fase inicial temos:
|
| s = a.cos(w.t + &o) ou s = A.cosw.t + B.senw.t, com A = a.cos&o e B
| = -a.sen&o.
|
| d) Qual o maior disparate ao identificar o movimento de quicar da bola com
| um MHS? - No MHS o ponto oscila em torno de uma posição de equilíbrio
| sujeito a uma força restauradora do tipo elástica. No quicar da bola ela não
| oscila em torno de nenhuma posição de equilíbrio, não está sujeita
| (permanentemente) á ação de força restauradora e não é do tipo elástica (a
| força peso é constante.)
|
| e) que tipo é realmente o movimento da bola ao quicar? - É uma conversão
| linear de energia potencial em cinética de modo periódico; cada fase do
| movimento (descida/subida) desenvolve-se como um MRUV.
|
| f) finalizando - O MHS pode ser visualizado como a projeção de um MCU sobre
| um diâmetro ... o movimento do quicar da bola nem de perto segue a projeção
| de um movimento circular e uniforme.
|
| []'
| Léo
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| -----Mensagem Original-----
| De: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
| Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
| Enviada em: quarta-feira, 1 de agosto de 2001 00:33
| Assunto: [ciencialist] MHS
|
|
| Prezados amigos,
|
| Resolvendo para meus alunos a prova de Física do último vestibular da UEM
| (Universidade Estadual de Maringá - PR) - um dos maiores de nossa região -
| divergi quanto ao gabarito oficial de uma das questões.
|
| A situação é a seguinte: deixa-se cair uma esfera sobre um plano, a partir
| de uma altura qualquer. Supondo a não-existência de forças dissipativas
| (atrito) e que os choques da esfera com o plano são perfeitamente elásticos,
| qual será o movimento descrito pela esfera? A resposta oficial é: um MHS. No
| entanto, divirjo de tal resposta. Vejamos:
|
| Num MHS a aceleração não é constante (visto que existe uma força
| restauradora dependente da posição do corpo), como (com boa aproximação)
| podemos supor em um movimento de corpo de reduzidas dimensões próximo à
| superfície da Terra. Portanto, se partirmos da equação da aceleração de um
| MHS, e a integrarmos, jamais chegaremos a um resultado idêntico para a
| equação das posições de um MHS e de um MRUV (aceleração constante); isto
| leva a crer que o movimento na situação descrita NÃO se trata de um MHS.
|
| Quem tiver interesse e se dispuser a auxiliar-me nesta dúvida, o endereço
| para download da prova é http://www.uem.br/redirect.php?to=www.cvu.uem.br/,
| prova 4 (Física e Química). A questão é a de número 12.
|
| Se eu estiver equivocado, por gentileza gostaria de ver uma prova de que o
| movimento é de fato um MHS.
|
| Agradeço antecipadamente a atenção dos amigos.
|
| Um abraço a todos,
|
| Godoy.
|
|
| [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/08/2001 19:30

=============================
-----Mensagem Original-----
De: <centaurus@mtv.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 1 de agosto de 2001 15:48
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO


Poderia explicar o que é ectoplasma???Como ele surge na natureza??Se a experiencia
é real , a descreva aqui.Você tem evidencias???Provas reais???
=============================
Ectoplasma é o material (mais exatamente um plasma-frio) com que os espíritos trabalham para reencarnar um ser no plano físico material. Esse material é altamente susceptível á luz e, devido a isso, os trabalhos sobre ectoplasma e mesmo as operações de reencarnações devem ser feitos no escuro.
Ele não surge na natureza, ele já existe no plano espiritual assim como o ar existe no plano físico material. A transferência de um plano para o outro requer energia espiritual sob alta concentração. Há pessoas mais dotadas do que outras para obter o grau certo de concentração. São as pessoas que têm o universo como seu campo de trabalho e usam a sabedoria milenar da natureza.
A transferência do ectoplasma do plano espiritual para o físico que eu faço em sessões de concentração aqui no meu laboratório ainda não atinge o grau perfeito por falha minha (ainda não aprendi toda a sabedoria milenar da natureza, estou no grau 7) e assim, só consigo poucos decigramas do material ... mas o suficiente para manter uma lâmpada néon funcionando por 78 horas numa conversão de eficiência de apenas 0,02%.
As evidências!!?? Todos que me conhecem sabe que eu trabalho nisso há bom tempo e parte da energia que absorvo desse plasma-frio é que me permite escrever todo o meu sítio na www. que agora já está com 1 016 123 consultas. Sem essa energia jamais poderia escrever tudo aquilo pois, realmente, nunca estudei nada do que escrevo ... tudo vem da sabedoria do ectopasma. Quer prova mais real que essa?

um abraço,

Léo
====================


-- Mensagem original --

>Não mexam com os ectoplasmas pois essa é minha praia.
>Essa modalidade de energia concentrada em forma de 'plasma frio' pode ser
>convertida em calor ou eletricidade ao passar do estado de plasma para
o
>simples estado de vapor. Há uma grande liberação de energia.
>É sobre isso que estou trabalhando em meu laboratório e a pretensão é fazer
>funcionar um liquidificador usando ectoplasma.
>Tudo indica que o ectoplasma será muito útil no motor a explosão ao passar
>repentinamente de plasma-frio para vapor (totalmente não poluente).
>O grande desgaste de minha parte é a concentração nos espíritos fornecedores
>de ectoplasma. Parece que eles estão percebendo a finalidade prática e
financeira
>do produto, desviando de seu propósito inicial que é a reencarnação. Por
>isso tenho conseguido apenas uma centena de gramas de ectoplasma por sessão
>de concentração.
>Aqui não se trata de falácia alguma e quem estiver interessado posso enviar
>todo o roteiro experimental para o projeto mas, vou advertindo, é preciso
>ter algum equipamento laboratorial mínimo (bobina de Tesla, gerador de
Van
>de Graaff, lâmpada de plasma, tubos de Braun, tubos de Pucker, bomba de
vácuo,
>bomba aspirante-premente, registros e torneiras de vidro etc.)
>
>[]'
>Léo
>==============
>
>-----Mensagem Original-----
>De: <rmtakata@altavista.net>
>Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
>Enviada em: terça-feira, 31 de julho de 2001 15:47
>Assunto: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
>
>
>--- In ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> wrote:
>>> Eu só quero saber onde está qualquer citação científica da prova da
>> existência do plasma, superplasma e hiperplasma. Nada mais do que isto.
>
>Plasma existe -- e' apenas o gas ionizado -- com os eletrons
>separados dos nuclideos devido 'a alta temperatura.
>E' o q. temos nas estrelas.
>
>Mas esse plasma nada tem a ver com psicoplasma, ectoplasma
>e quetais.
>
>[]s,
>
>Roberto Takata
>
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/08/2001 19:43

Olá Godoy,

da minha parte total liberação (e pode inclusive citar meu e.mail particular - leo@barretos.com.br ). Claro que o Imperdível (www.feiradeciencias.com.br ) deve ser citado ... é até uma boa divulgação.

Quanto ao desabafo, putz!, é o que fazemos por aqui habitualmente!

Retorne sempre! Apreciaríamos te-lo como uma constante (em relação ao tempo) =/= 0 por aqui.

[]'
Léo
==============
-----Mensagem Original-----
De: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 1 de agosto de 2001 17:26
Assunto: Re: [ciencialist] MHS


| Oi, Léo, Alberto, Eduardo, Takata e demais,
|
| ----- Original Message -----
| From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
| To: <ciencialist@yahoogroups.com>
| Sent: Wednesday, August 01, 2001 1:30 PM
| Subject: Re: [ciencialist] Re: MHS
|
|
| > Nota importante: Vamos fazer um buraco que atravessa a Terra
| diametralmente. Se abandonarmos uma bolinha na boca desse buraco (e
| desprezando uma porrada de coisas) ela oscilará de extremo a extremo
| realizando MHS ....
|
| Inclusive, esse exemplo foi citado por mim em sala de aula quando da
| resolução da questão. Esse é um caso clássico de MHS, mas eu tinha certeza
| de que o proposto pelo examinador como correto era uma "viagem".
|
| Eu não resolvi a prova no dia da liberação do gabarito oficial, porque
| estive afastado dos cursinhos de Maringá neste semestre (tenho atuado
| predominantemente no ensino médio... mais gratificante e menos estressante).
| Infelizmente, não cabe mais recurso quanto à questão (o prazo é de 24h após
| a divulgação do gabarito oficial); no entanto procurei hoje à tarde um
| jornal para mostrar a resolução correta do problema, e estou aguardando que
| eles entrem em contato.
|
| Gostaria de pedir a permissão do Léo e demais participantes da thread para
| citar sua argumentação e seu nome na reportagem, bem como o endereço web do
| Imperdível.
|
| O que lastimo profundamente é que outros professores da região tenham
| deixado passar batido um erro deste tipo... Eu vivo em uma cidadezinha bem
| pequena, longe da selvagem concorrência dos maiores cursinhos
| pré-vestibulares, então não tenho geralmente pressa para resolver a prova.
| Espero meus alunos de terceiro ano retornarem às aulas para resolvermos
| juntos as questões, tentando assim estimular sua consciência crítica quanto
| à maneira de cobrar os conhecimentos de física em vestibulares. Mas os
| "figurões" da região, mesmo divulgando em primeira mão os gabaritos das
| provas (como propaganda de suas instituições de ensino) e analisando as
| questões em grupo, deixam sempre escapar erros conceituais como este. E
| ainda por cima elogiam a comissão do vestibular!! Vejam o link
| http://www.nobel.com.br/vestibular/fisica.php3 , que é do site do mais
| respeitado colégio da região... É uma apologia à imbecilização dos exames
| vestibulares. A prova contém dois erros de gabarito (a citada questão de MHS
| e mais outra), não faz nenhuma referência aos fenômenos físicos do cotidiano
| e ainda por cima é elogiada. É mole??
|
| Desculpem o desabafo, mas às vezes isso tudo me irrita um pouco.
|
| Um abraço,
|
| Godoy.
|
|
| &&& --- &&&
| VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
| ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
| &&& --- &&&
|
| Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
|
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/08/2001 22:40

----- Original Message -----
From: "Antonio Godoy"
Sent: Wednesday, August 01, 2001 5:26 PM
Subject: Re: [ciencialist] MHS

> Gostaria de pedir a permissão do Léo e demais participantes da thread
> para citar sua argumentação e seu nome na reportagem, bem como o endereço
> web do Imperdível.

Não creio ter dito nada de relevante para o esclarecimento da questão mas
disponha dos meus escritos a respeito e em particular de meu apoio --que,
por sinal, não é muito bem visto no "Olimpo Físico" :-)),-- a seu
posicionamento. Quanto ao Léo, é só não usar o Santo Nome dEle em vão ;-)
que não haverá nenhum problema.

> O que lastimo profundamente é que outros professores da região tenham
> deixado passar batido um erro deste tipo...

Não creio ser difícil alguém, lendo rapidamente a questão, não se dar conta
do erro. Mas é lamentável que o erro tenha sido cometido por quem formulou o
vestibular; ou que não tenha sido observado pelos professores que, "a
posteriori", se dispuseram a resolver e/ou a comentar a prova.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm





SUBJECT: Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/08/2001 22:51

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Não mexam com os ectoplasmas pois essa é minha praia.
> É sobre isso que estou trabalhando em meu laboratório e a pretensão
é fazer funcionar um liquidificador usando ectoplasma.
> Aqui não se trata de falácia alguma e quem estiver interessado
posso enviar todo o roteiro experimental para o projeto mas, vou
advertindo, é preciso ter algum equipamento laboratorial mínimo
(bobina de Tesla, gerador de Van de Graaff, lâmpada de plasma, tubos
de Braun, tubos de Pucker, bomba de vácuo, bomba aspirante-premente,
registros e torneiras de vidro etc.)
>
> []'
> Léo


Ajudaria ter um cíclotron?

[].s

Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/08/2001 23:58

> Nao, nao poderiamos, pois o fato eh que no MHS a aceleracao da particula
> eh nula quando ela passa pela posicao de equilibrio, e isso nao ocorreria
> na superficie terrestre, considerando ou nao a variacao de g devido a
> altura.

Estava lendo os emails referentes ao assunto e fiquei com 1 duvidas, por
favor me ajudem :)

A aceleração não é 0 em nenhum momento do movimento da bola ?

Digo, se equacionarmos a equação de modo simplorio não encontrei aceleração =
0 no sistema, mas penso que no momento que a bolinha bate no chão tem
aceleração 0, logo depois a velocidade desta faz com que ela seja amassada e
posteriormente se desamasse como uma mola (esse amassar e desamassar não
seria metade de um ciclo de MHS ?)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/08/2001 00:49



--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Não mexam com os ectoplasmas pois essa é minha praia.
> É sobre isso que estou trabalhando em meu laboratório e a pretensão
é fazer funcionar um liquidificador usando ectoplasma.
> Aqui não se trata de falácia alguma e quem estiver interessado
posso enviar todo o roteiro experimental para o projeto mas, vou
advertindo, é preciso ter algum equipamento laboratorial mínimo
(bobina de Tesla, gerador de Van de Graaff, lâmpada de plasma, tubos
de Braun, tubos de Pucker, bomba de vácuo, bomba aspirante-premente,
registros e torneiras de vidro etc.)
>
> []'
> Léo


Ajudaria ter um cíclotron?

[].s

Daniel

Absolutamente! Totalmente dispensável e até prejudicial. Já viu alguém que lida com os espíritos usar um ciclotron?
Imaginou uma massa de ectoplasma (plasma-frio) sendo usado como projétil ou como alvo no ciclotron? Ectoplasma não pode fazer curvas sob altas velocidades! Sabia disso? Poderíamos pensar num acelerador linear ... vá lá, um péletron, mas nunca ciclotron ou bévatron. O ectoplasma sob ação de força centrípeta intensa sofre um efeito de mudança de plano (algo parecido com o tunelamento) parte dele passa para o plano espiritual e parte permanece no plano físico e limitado da matéria.
Ele deve ser aprisionado (melhor dizendo, acalantado) em frasco de vidro esférico para que não surjam tensões internas em direções privilegiadas. Em frasco cônico ele muda de cor exibindo radiações de Cherenkov (um lindo azulado celeste) que se intensifica do fundo para o gargalo.
A boa técnica para usá-lo como energia elétrica é colocá-lo em frasco esférico e introduzir dois 'eletrodos' (o nome não é bem apropriado pois não são sólidos, nem metálicos e nem condutores) de peles distintas (eu uso retângulos de 3X5 cm de pele de ovelha e pele de pastor alemão (capa preta). Só consigo, por enquanto eficiência de 0,02%.
Gostaria de ter 'eletrodos' de orelha de girafa e de língua de gato ... mas, tá difícil.

Bem, continuarei com meus experimentos. Tenho tomado chás chineses (receitas milenares) para melhorar a meditação e concentração ... vejamos.

[]'
Léo
================



SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/08/2001 01:16


De: "Leonardo Stern" <roxo@jedi.com.br>


| > Nao, nao poderiamos, pois o fato eh que no MHS a aceleracao da particula
| > eh nula quando ela passa pela posicao de equilibrio, e isso nao ocorreria
| > na superficie terrestre, considerando ou nao a variacao de g devido a
| > altura.
|
| Estava lendo os emails referentes ao assunto e fiquei com 1 duvidas, por
| favor me ajudem :)
|
| A aceleração não é 0 em nenhum momento do movimento da bola ?
|
| Digo, se equacionarmos a equação de modo simplorio não encontrei aceleração =
| 0 no sistema, mas penso que no momento que a bolinha bate no chão tem
| aceleração 0, logo depois a velocidade desta faz com que ela seja amassada e
| posteriormente se desamasse como uma mola (esse amassar e desamassar não
| seria metade de um ciclo de MHS ?)
|
|

Olá Leonardo,

O enunciado declara que a interação esfera-solo é perfeitamente elástica; isso é até bem plausível para uma pequena esfera de aço sobre mármore. Admitamos que a esfera sofra uma deformação de 1/10 do mm e o tempo de impacto (duração do choque) seja de 10 ms. Durante essa fase é cabível admitir que a resultante das forças sobre ela seja proporcional á deformação e de sentido contrário. Nesses 10 ms seu movimento é MHS (a coisa não é exatamente assim tão simplória pois temos a considerar a deformação permanente por parte do mármore --- sempre ficará uma minúscula mossa no local de impacto --- microscópica, perhaps).
MAS isso NÃO É o movimento geral da bola como pretende o examinador. Fuçando no âmago do processo até podemos encontrar alguns milisegundos de MHS.... mas, assim que a bola desencostar do solo, acabou a festa, puro MRUV.
Para o examinador, o choque foi apenas um artifício para inverter o sentido da velocidade ao chegar ao solo ... mas a inversão do sentido lá em cima (ponto mais alto) nada tem a ver com choque mecânico.

Se quisermos achar MHS em todo o "movimento" da bola será fácil, basta colocar o referencial nela, pegar um átomo dela e pensar na sua agitação térmica em torno de uma posição de equilíbrio!

[]'
Léo
===========



SUBJECT: Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/08/2001 03:10

>Peterson Leal.
*ESTOU ENVIANDO EM ANEXO* esse micro-debate.
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


A ciencialist nao estah aceitando arquivos em anexo por motivos de
seguranca (virus). Use o velho e bom copiar/colar.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist
PS: estou respondendo mensagens antigas e por isso posso estar
cometendo algum erro.




SUBJECT: Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/08/2001 03:16

--- In ciencialist@y..., lrb@i... wrote:
> >Peterson Leal.
> *ESTOU ENVIANDO EM ANEXO* esse micro-debate.
> >
> > [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> A ciencialist nao estah aceitando arquivos em anexo por motivos de
> seguranca (virus). Use o velho e bom copiar/colar.
>

Imediatamente apos eu enviar esta mensagem jah percebi que o anexo
foi devidamente enviado. Acho melhor eu ler as mensagens atrasadas
antes de responder. :)

Ateh mais.
Luis Brudna
- voltando de viagem



SUBJECT: Evolutionary_Psychology
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/08/2001 08:47

Montes de artigos que interessarão, mais uma vez, aos genistas e
aos anti-genistas.

http://directory.google.com/Top/Science/Biology/Sociobiology/Evolutionary_Psychology/Publications/Reviews/


--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: [Re:] [ciencialist] MHS
FROM: "IVAN MAMEDE CARLOS" <mamede@redealuno.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/08/2001 11:50



Mas neste caso, eu acho que essa aceleração não é constante, é?
Ao meu ver, se a aceleração fosse constante não seria um choque perfeitamente
elástico, seria? Tem que lembrar que o problema não deixou claro que a situação
é descrita na superfície da Terra. Eu acho que tem que encarar como se fosse um
sistema isolado. De qualquer forma, eu acho que o problema não está muito bem
feito.
Escrevi alguma besteira?

Ivan

On ( Wed, 1 Aug 2001 00:33:23 -0300), ciencialist@yahoogroups.com wrote:

>
>Prezados amigos,
>
>Resolvendo para meus alunos a prova de Física do último vestibular da UEM
(Universidade Estadual de Maringá - PR) - um dos maiores de nossa região -
divergi quanto ao gabarito oficial de uma das questões.
>
>A situação é a seguinte: deixa-se cair uma esfera sobre um plano, a partir de
uma altura qualquer. Supondo a não-existência de forças dissipativas (atrito) e
que os choques da esfera com o plano são perfeitamente elásticos, qual será o
movimento descrito pela esfera? A resposta oficial é: um MHS. No entanto,
divirjo de tal resposta. Vejamos:
>
>Num MHS a aceleração não é constante (visto que existe uma força restauradora
dependente da posição do corpo), como (com boa aproximação) podemos supor em um
movimento de corpo de reduzidas dimensões próximo à superfície da Terra.
Portanto, se partirmos da equação da aceleração de um MHS, e a integrarmos,
jamais chegaremos a um resultado idêntico para a equação das posições de um MHS
e de um MRUV (aceleração constante); isto leva a crer que o movimento na
situação descrita NÃO se trata de um MHS.
>
>Quem tiver interesse e se dispuser a auxiliar-me nesta dúvida, o endereço para
download da prova é http://www.uem.br/redirect.php?to=www.cvu.uem.br/, prova 4
(Física e Química). A questão é a de número 12.
>
>Se eu estiver equivocado, por gentileza gostaria de ver uma prova de que o
movimento é de fato um MHS.
>
>Agradeço antecipadamente a atenção dos amigos.
>
>Um abraço a todos,
>
>Godoy.
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: "IVAN MAMEDE CARLOS" <mamede@redealuno.usp.br>
TO: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
CC: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/08/2001 12:23



Mas neste caso, eu acho que essa aceleração não é constante, é?
Ao meu ver, se a aceleração fosse constante não seria um choque perfeitamente
elástico, seria? Tem que lembrar que o problema não deixou claro que a situação
é descrita na superfície da Terra. Eu acho que tem que encarar como se fosse um
sistema isolado. De qualquer forma, eu acho que o problema não está muito bem
feito.
Escrevi alguma besteira?

Ivan


On ( Wed, 1 Aug 2001 17:26:49 -0300), "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
wrote:

>
>Oi, Léo, Alberto, Eduardo, Takata e demais,
>
>----- Original Message -----
>From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
>To: <ciencialist@yahoogroups.com>
>Sent: Wednesday, August 01, 2001 1:30 PM
>Subject: Re: [ciencialist] Re: MHS
>
>
>> Nota importante: Vamos fazer um buraco que atravessa a Terra
>diametralmente. Se abandonarmos uma bolinha na boca desse buraco (e
>desprezando uma porrada de coisas) ela oscilará de extremo a extremo
>realizando MHS ....
>
>Inclusive, esse exemplo foi citado por mim em sala de aula quando da
>resolução da questão. Esse é um caso clássico de MHS, mas eu tinha certeza
>de que o proposto pelo examinador como correto era uma "viagem".
>
>Eu não resolvi a prova no dia da liberação do gabarito oficial, porque
>estive afastado dos cursinhos de Maringá neste semestre (tenho atuado
>predominantemente no ensino médio... mais gratificante e menos estressante).
>Infelizmente, não cabe mais recurso quanto à questão (o prazo é de 24h após
>a divulgação do gabarito oficial); no entanto procurei hoje à tarde um
>jornal para mostrar a resolução correta do problema, e estou aguardando que
>eles entrem em contato.
>
>Gostaria de pedir a permissão do Léo e demais participantes da thread para
>citar sua argumentação e seu nome na reportagem, bem como o endereço web do
>Imperdível.
>
>O que lastimo profundamente é que outros professores da região tenham
>deixado passar batido um erro deste tipo... Eu vivo em uma cidadezinha bem
>pequena, longe da selvagem concorrência dos maiores cursinhos
>pré-vestibulares, então não tenho geralmente pressa para resolver a prova.
>Espero meus alunos de terceiro ano retornarem às aulas para resolvermos
>juntos as questões, tentando assim estimular sua consciência crítica quanto
>à maneira de cobrar os conhecimentos de física em vestibulares. Mas os
>"figurões" da região, mesmo divulgando em primeira mão os gabaritos das
>provas (como propaganda de suas instituições de ensino) e analisando as
>questões em grupo, deixam sempre escapar erros conceituais como este. E
>ainda por cima elogiam a comissão do vestibular!! Vejam o link
>http://www.nobel.com.br/vestibular/fisica.php3 , que é do site do mais
>respeitado colégio da região... É uma apologia à imbecilização dos exames
>vestibulares. A prova contém dois erros de gabarito (a citada questão de MHS
>e mais outra), não faz nenhuma referência aos fenômenos físicos do cotidiano
>e ainda por cima é elogiada. É mole??
>
>Desculpem o desabafo, mas às vezes isso tudo me irrita um pouco.
>
>Um abraço,
>
>Godoy.
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/08/2001 12:39

Oi, Eduardo, Léo, Alberto e demais,

----- Original Message -----
From: "Eduardo Gueron" <dgueron@mailbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, August 01, 2001 6:33 PM
Subject: Re: [ciencialist] MHS

> PS: De qq maneira, ainda não sei o que se define como MHS no ensino
> médio, ou melhor, o que não se define como MHS. Pelo que me lembro, a
> gente não aprende as funções de movimento da partícula mas apenas
> relações entre períodos, frequências, etc.

No ensino médio, a maioria dos livros e apostilas trata o MHS como a
projeção de um MCU sobre um diâmetro. Inclusive as funções da posição, da
velocidade e da aceleração são tratadas da maneira adequada (como as do
cursos de física geral em nível superior). Diversas obras abordam também
rudimentos da dinâmica de um Oscilador Harmônico Simples, em sistemas
pendulares e do tipo massa-mola. Algumas bibliografias que gostaria de citar
(às quais têm acesso diversos estudantes de nível médio):

[1] CARRON, W e GUIMARÃES, O. As Faces da Física. 1ª ed., Moderna, São
Paulo, 1997, pp. 427-439.

[2] NUNES, D. (PARANÁ). Física. 6ª ed., v.2, Ática, São Paulo, 1998, pp.
306-327.

[3] RAMALHO, F. , FERRARO, N. e SOARES, P. Os Fundamentos da Física. 7ª ed.,
v.2, Moderna, São Paulo, pp. 382-413.

[4] GASPAR, A. Física. 1ª ed., v.2, Ática, São Paulo, 2000, pp. 10-30.

[5] PENTEADO, P. Física: Conceitos e Aplicações. 1ª ed. v.2, Moderna, São
Paulo, 1998, pp. 339-368.

[6] ALVARENGA, B. e MÁXIMO, A. Curso de Física. 5ª ed., v.2, Scipione, São
Paulo, 2000, pp. 301-306.

[7] BISCUOLA, G. e MAIALI, A. Física. 2ª ed., Saraiva, São Paulo, 1997,
pp.323-332.

[8] AMALDI, U. Imagens da Física - As idéias e experiências: do pêndulo aos
quarks. 1ª ed., Scipione, São Paulo, 1992, pp. 59-61 e 96-99.

[9] BUECHE, F. Principles of Physics. 5th ed., McGraw-Hill USA, New York,
1988, pp. 278-288.

[10] BONJORNO, J. ; BONJORNO, R. ; BONJORNO, V. e RAMOS, C. Temas de Física.
1ª ed., v.2, FTD, São Paulo, 1998, pp. 248-275.

[11] CURSO POSITIVO. Apostila de Terceirão, 1ª ed., v.4, Positivo, Curitiba,
1998, física B.

[12] LÉO. O Imperdível. Disponível na internet via
http://www.feiradeciencias.com.br !!!!

Como é possível ver em TODAS as bibliografias citadas, a distinção ente
movimento oscilatório geral e o caso particular do MHS é explicitada nos
textos de maneira bastante clara. Até mesmo as obras que "derrapam"
conceitualmente em alguns temas, na situação específica da análise do MHS
não apresentam qualquer tipo de divergência ou equívoco.

Cabe citar que a referência [11] é adotada pelos colégios estaduais de nossa
região, em sua esmagadora maioria. Muitos de meus alunos (que também
estudaram com um dos materiais acima citados -não o [11]) consideraram
visivelmente incorreta a afirmativa de que se tratava de um MHS na situação
descrita no problema. Quase todos perceberam que o movimento seria retilíneo
e uniformemente variado na situação-problema. Portanto -com todo o respeito
que sempre tenho por suas opiniões- creio que sua afirmação (a não
diferenciação entre movimento vibratório e MHS no ensino médio) não possui
pertinência.

Um grande abraço,

Godoy.

>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/08/2001 12:44

Antonio Godoy wrote:

> Oi, Eduardo, Léo, Alberto e demais,
>
> ----- Original Message -----
> From: "Eduardo Gueron" <dgueron@mailbr.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Sent: Wednesday, August 01, 2001 6:33 PM
> Subject: Re: [ciencialist] MHS
>
> > PS: De qq maneira, ainda não sei o que se define como MHS no ensino
> > médio, ou melhor, o que não se define como MHS. Pelo que me lembro, a
> > gente não aprende as funções de movimento da partícula mas apenas
> > relações entre períodos, frequências, etc.
>
> No ensino médio, a maioria dos livros e apostilas trata o MHS como a
> projeção de um MCU sobre um diâmetro. Inclusive as funções da posição, da
> velocidade e da aceleração são tratadas da maneira adequada (como as do
> cursos de física geral em nível superior). Diversas obras abordam também
> rudimentos da dinâmica de um Oscilador Harmônico Simples, em sistemas
> pendulares e do tipo massa-mola. Algumas bibliografias que gostaria de citar
> (às quais têm acesso diversos estudantes de nível médio):
>
> [1] CARRON, W e GUIMARÃES, O. As Faces da Física. 1ª ed., Moderna, São
> Paulo, 1997, pp. 427-439.
>
> [2] NUNES, D. (PARANÁ). Física. 6ª ed., v.2, Ática, São Paulo, 1998, pp.
> 306-327.
>
> [3] RAMALHO, F. , FERRARO, N. e SOARES, P. Os Fundamentos da Física. 7ª ed.,
> v.2, Moderna, São Paulo, pp. 382-413.
>
> [4] GASPAR, A. Física. 1ª ed., v.2, Ática, São Paulo, 2000, pp. 10-30.
>
> [5] PENTEADO, P. Física: Conceitos e Aplicações. 1ª ed. v.2, Moderna, São
> Paulo, 1998, pp. 339-368.
>
> [6] ALVARENGA, B. e MÁXIMO, A. Curso de Física. 5ª ed., v.2, Scipione, São
> Paulo, 2000, pp. 301-306.
>
> [7] BISCUOLA, G. e MAIALI, A. Física. 2ª ed., Saraiva, São Paulo, 1997,
> pp.323-332.
>
> [8] AMALDI, U. Imagens da Física - As idéias e experiências: do pêndulo aos
> quarks. 1ª ed., Scipione, São Paulo, 1992, pp. 59-61 e 96-99.
>
> [9] BUECHE, F. Principles of Physics. 5th ed., McGraw-Hill USA, New York,
> 1988, pp. 278-288.
>
> [10] BONJORNO, J. ; BONJORNO, R. ; BONJORNO, V. e RAMOS, C. Temas de Física.
> 1ª ed., v.2, FTD, São Paulo, 1998, pp. 248-275.
>
> [11] CURSO POSITIVO. Apostila de Terceirão, 1ª ed., v.4, Positivo, Curitiba,
> 1998, física B.
>
> [12] LÉO. O Imperdível. Disponível na internet via
> http://www.feiradeciencias.com.br !!!!
>
> Como é possível ver em TODAS as bibliografias citadas, a distinção ente
> movimento oscilatório geral e o caso particular do MHS é explicitada nos
> textos de maneira bastante clara. Até mesmo as obras que "derrapam"
> conceitualmente em alguns temas, na situação específica da análise do MHS
> não apresentam qualquer tipo de divergência ou equívoco.
>
> Cabe citar que a referência [11] é adotada pelos colégios estaduais de nossa
> região, em sua esmagadora maioria. Muitos de meus alunos (que também
> estudaram com um dos materiais acima citados -não o [11]) consideraram
> visivelmente incorreta a afirmativa de que se tratava de um MHS na situação
> descrita no problema. Quase todos perceberam que o movimento seria retilíneo
> e uniformemente variado na situação-problema. Portanto -com todo o respeito
> que sempre tenho por suas opiniões- creio que sua afirmação (a não
> diferenciação entre movimento vibratório e MHS no ensino médio) não possui
> pertinência.
>
> Um grande abraço,
>
> Godoy.
>

Bem,

em vista dos esclarecimentos, se conclui que a questao do vestibular esta totalmente
equivocada e merece ser anulada porque nao ha maneira ou aproximacao que considere uma bola
quicando como um oscilador harmonico simples.

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Psicologia Evolutiva
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, fflch <fflch@egroups.com>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, scientia_una <scientiauna@grupos.com.br>
DATE: 02/08/2001 12:58

O que é Psicologia Evolutiva?

William A. Spriggs O que é Psicologia Evolutiva?

A Psicologia evolutiva é a ciência que busca

explicar, graças aos mecanismos universais
de
comportamento, o porquê das ações dos seres
humanos. A Psicologia evolutiva procura
reconstruir os problemas com os quais nossos

ancestrais se defrontaram em seus ambientes
primitivos, e os comportamentos de solução
de
problemas que criaram para resolver esses
desafios específicos. A partir da
reconstrução
dessas adaptações de solução de problemas,
essa ciência tenta estabelecer as origens comuns de nossos
comportamentos ancestrais, e como essas origens comportamentais
se manifestam atualmente em culturas nas mais remotas regiões de
nosso planeta. O objetivo último é o comportamento que visa a
transmissão dos genes de uma geração à geração seguinte.

De acordo com a definição proposta por Tooby e Cosmides:"A psicologia
evolutiva constitui-se simplesmente na psicologia que leva em
consideração os conhecimentos adicionais
que a biologia da evolução tem a oferecer, na expectativa de que a
compreensão do processo que moldou a
mente humana impulsionará a descoberta de sua arquitetura."


UMA EXPLICAÇÃO MAIS DETALHADA:
A crença de que todos os seres
humanos possuem áreas inatas em seus
cérebro que possuem conhecimentos
específicos que os auxiliam a adaptar-se
aos ambientes locais, constitui o cerne
da psicologia evolutiva. Essas áreas são
altamente especializadas e são ativadas
somente quando se necessita alguma
informação. Essas áreas, ao serem
ativadas, fornecem ao cérebro
determinados algoritmos (instruções
estruturadas) que evoluíram a partir de
nossos remotos ancestrais,
transmitidos para adaptar-se a todas as situações com que nós,
enquanto seres humanos, agora nos defrontamos. Alguns cientistas
postulam a hipótese de que essas áreas estão interconectadas às
áreas de memória a longo prazo e que nos auxiliam na resolução de
problemas.
Essas áreas cerebrais são conhecidas por uma variedade de
denominações:

estruturas cognitivas avançadas;
mecanismos especiais de aprendizagem;
mecanismos de funcionamento psicológico;
mecanismos de funcionamento mental;
mecanismos computacionais funcionalmente especializados; e
mecanismos algorítmicos darwinianos


A capacidade de encontrar a localização exata desses módulos
algorítmicos ainda está longe de ser alcançada, mas o mapeamento
geral dessas áreas tem sido possível graças à varredura (scan) de
cérebros que permite localizar a atividade neuronal e a partir de
disfunções comportamentais resultantes de danos cerebrais ou
outras patologias.

Conhecer como essas áreas funcionam em relação ao
meio-ambiente e à cultura nos quais os seres humanos se
encontram constituem as outras áreas de pesquisas nas quais a
psicologia evolutiva demonstra grande potencial. Essas áreas de
pesquisa objetivam configurar modelos de comportamento baseados
em estudos de primatas, em pesquisas de populações de
coletores-caçadores e a partir de evidências antropológicas nas
melhores probabilidades de resolução de problemas de nossos
padrões ancestrais de comportamento. É a partir desses estudos
que os psicólogos evolutivos constróem as probabilidades de
comportamente em nossas culturas modernas e nos mostram o
porquê daquilo que fazemos -- baseados na biologia.





Os biólogos afirmam que a diferença em termos de DNA entre os
seres humanos e nossos primos chimpanzés é de apenas 1.4%
- isto significa que compartilhamos 98.6% de nosso genoma.
Esta magnífica reprodução em bico de pena, realizada pelo
renomado artista de Utah, Gregory Frehner, vai maravilhá-lo.
Ambas as espécies estão ligadas entre si por hélices de DNA,
em uma interpretação artística. Somente disponível aqui. Clique
na imagem acima para visitar minha página na Amazon.com
zShop para comprar sem receio usando seu cartão de crédito.
Na minha opinião, o
motivo pelo qual a psicologia
evolutiva é importante
reside no fato de que tanto os
pesquisadores como os
eruditos, estão finalmente
colaborando no sentido
de alcançar um consenso
sobre como o cérebro
humano e,
consequentemente, as
emoções humanas,
evoluíram. Quando
soubermos como emoções tais
quais o preconceito, o
ódio e a raiva evoluíram,
podemos começar a mudar
esses mecanismos
comportamentais
negativos. Fazemos isso ao
estarmos conscientes e
controlaremos então o fluxo
dessas emoções em nosso
cérebro. É essa
autoconsciência e
autocontrole que nos torna
humanos. Portanto, os
criacionistas não têm nada
que temer da parte dos
cientistas que desejam
recuar a linha do tempo
da criação da humanidade de
modo a incluir nossos
primos primatas. Nossa
consciência superior nos
separa de nossa parte
animal. Demonstramos que
podemos controlar
nossas emoções e assim
mudar nossos padrões de
comportamento exterior.
Porém devemos
reconhecer que nossos
corpos ainda nos ligam ao
nosso passado ancestral.

Do ponto de vista do
tempo evolutivo, não nos resta
muito tempo antes que
provoquemos, de maneira
deliberada, mutações
genéticas. Existem três
períodos da evolução. O
primeiro período nos é
familiar: a Seleção
natural. Aqui, os defeitos
hereditários são
erradicados sem a consciência
humana. O segundo
período é a Manipulação
Deliberada: a eliminação
dos defeitos genéticos
através da manipulação
deliberadas dos genes. O
terceiro período é a
Evolução Volitiva: A mutação
deliberada da estrutura
genética através da Terapia
Gênica. (Que Deus nos
socorra... por favor estudem
a história da Eugenia)



Em homenagem a Charles Darwin


Embora eu tenha dificuldades em relação a alguns pontos da teoria
da seleção natural de Charles Darwin, não questiono o efeito de sua
teoria sobre nossa autoconsciência. A teoria da seleção natural de
Darwin é monumental na direção comportamental do futuro desse
planeta. Assim como seu predecessor Galileo, Darwin e suas teorias
evolucionárias tem sido e ainda são, atacadas por forças religiosas
amedrontadas em pensar em um mundo onde o poder da autoridade
e o direito de ser o porta voz de Deus sejam diminuídos.
Compreendo o medo que atiça essa sentimento: eles podem perder
influência. Especialmente, o medo da diminuição da família e o caos
resultante, que acontecerá se tais teorias são aceitas, não ressoa
em ouvidos racionais. Mas também compreendo a importância da
psicologia evolutiva e as descobertas que essa nova ciência está
trazendo ao mundo quanto ao verdadeiro aprendizado do
comportamento humano. A maior parte do sofrimento humano,
inclusive a possibilidade de conflitos globais, resulta de nossa
ignorância quanto à evolução dos mecanismos de comportamento.
Isso requer a aceitação da teoria da evolução. Em 1609, quando a
Igreja condenou Galileo a prisão domiciliar perpétua, as autoridades
eclesiásticas recusaram-se a observar através do telescópio de
Galileo e perceber a lógica de seus argumentos. A Igreja insistia que
os pobres encontram conforto em Deus e se refugiam da miséria que
os circundam através da permanência na ignorância. As pessoas
comuns descobriram as teorias de Galileo de qualquer maneira. A
verdade não pode ser escondida eternamente.


Em homenagem a Jane Goodall

Se existe alguém que tenha influenciado ao máximo a conexão humana com
nossos primos primatas e que
tenha transmitida essa mensagem de modo claro, esse alguém é Jane
Goodall. Nascida em 3 de abril de
1934, parece que desde o início esta garotinha linda e irrequieta foi
selecionada pelo destino para o
aprendizado de suas tarefas futuras. Nascida no centro de Londres e
criada em "The Birches, a modesta
propriedade de sua família, na cidade de Bournemouth, Jane Goodall era
fascinada com a natureza e os
animais. Sua família a encorajava em todas as oportunidades a aumentar
seus conhecimentos em qualquer
assunto que a fascinasse. A religião também desempenhou um papel
importante na vida dessa jovem; criada
no Cristianismo e reforçada pelas estreitas relações de uma forte
família matriarcal, ela aprendeu o poder
das preces junto com os valores humanos da compaixão, coragem,
honestidade e tolerância.

Em seu livro autobiográfico, Reason for Hope, 1999, Jane. Goodall nos
conta a estória de seus primeiro animal
empalhado, Jubilee, um enorme bebê chimpanzé empalhado, criado para
comemorar o primeiro chimpanzé
nascido no Zoológico de Londres. Porém foram as estórias de aventura de
Tarzan, o Homem Macaco,
escritas por Edward Rice Burrourghs que lhe forneceu a inspiração
verdadeira para partir para a África e
fazer o possível para ajudar os animais. Na Inglaterra, quando ainda não
existia televisão ou os livros de
Harry Potter para adolescentes, ela escalava a velha árvore em seu
quintal e deixava sua mente vagar
enquanto lia as estórias de aventuras do herói africano. Ela mesmo
revela que sentia uma ponta de ciúme
que se misturava com suas fantasias quando Jane entrava em cena naquelas
aventuras da selva africana.

Como sua família não dispunha de recursos para pagar seus estudos
superiores, e devido a sua deficiência
em língua estrangeira, o que significava não ser selecionada para uma
bolsa de estudos, ela se
desesperava para achar uma solução de como viajar para a África.
Seguindo o conselho de sua mãe de que
devia tornar-se uma secretária, pois "...as secretárias podem trabalhar
não importa aonde", a srta. Goodall,
aos 19 anos, partiu para Londres para aprender secretariado. Nessa
cidade, ela passava a maior parte de
seu tempo livre explorando as galerias de arte, em especial a galeria
Tate e o Museu de História Natural; ela
aproveitou ao máximo toda a atmosfera cultural da cidade. Mas foi só
depois de receber uma carta de um
antigo colega de escola convidando-a a visitar a fazenda de sua família
na África, que sua vida mudou
totalmente.

Economizando cada centavo durante quase dois anos, a srta. Goodal, com
23 anos de idade partiu para o
continente africano. Graças a uma série de circunstâncias únicas, a
srta. Goodal foi introduzida a Richard
Leaky que ficou tão impressionado com seu conhecimento sobre os primatas
e sobre história natural que
lhe ofereceu, de imediato, trabalho como sua secretária particular.
Pode-se suspeitar que Leakey planejava
algo mais grandioso, posto que ele acreditava que as mulheres era mais
pacientes e deliberadas em suas
observações científicas. O motivo que me leva a afirmar que talvez ele
tivesse um grande plano era o fato
de que Jane Goodall era apenas uma do trio de observadoras femininas que
Leaky organizara e financiara.
(Diane Fossey foi enviada para Ruanda para estudar os gorilas, Birute
Galdikas foi enviada para a Indonésia
para estudar os orangutangos e Goodall para o Gombe National Park para
observar os chimpanzés -- por
isso elas eram chamadas as "Garotas Leaky". ) Em menos de dois anos,
Leaky enviou sua pupila para a
selva para estudar os chimpanzés.

Quando a srta. Goodall tornou-se mais familiar com os chimpanzés ela
começou a dar-lhes nomes; uma
prática científica imperdoável, posto que os "animais" deviam receber
números e não nomes. O motivo
disso era manter uma perspectiva distanciada do sujeito e não
influenciar as observações. Mas, não
somente ela lhes deu nomes, mas também percebia neles personalidades
vívidas e emoções quase
humanas - um pecado ainda maior. Isto deveu-se ao fato de que a srta.
Goodal não tinha recebido sua
instrução nas fábricas de ensino de ciência que nos chamamos de
universidades; sua formação religiosa e
moral a conduzia a observações apaixonadas e ela considerava os
chimpanzés como espíritos familiares;
ela apenas registrava o que observava e acreditava profundamente que
suas observações eram a verdade.
A ciência e a humanidade estão melhores devido a suas observações
"não-científicas". Como a srta. Goodal
observou e confirmou as observações de outros primatologistas, os
chimpanzés apresentam
comportamentos similares a todas as culturas humanas ao redor do
planeta. Os chimpanzés já foram
observados beijando-se, abraçando-se, dando-se as mãos, dando palminhas
nas costas um do outro,
pavoneando-se, fazendo cócegas, chutando e brigando. Mas sua observação
mais importante surgiu
quando ela viu o chimpanzé Davi Barbacinzenta usar uma ferramenta para
retirar cupins do solo.
Evidentemente, ninguém acreditou nela até que um fotógrafo da National
Geographic capturou com sua
câmara os chimpanzés de Gombe usando as ferramenta que ela havia
descrito.

Graças a seu amor pela natureza e pelos animais; sua determinação em
alcançar seus objetivos; sua
paciência nas observações; sua concordância em suportar críticas sobre
suas descobertas da parte de seus
colegas "diplomados"; sua coragem em enfrentar comentários maliciosos de
que era "A Garota da Capa da
Geographic",mas, acima de tudo, por sua dedicação em tornar esse mundo
um lugar seguro através da
educação dos jovens, eu homenageio a srta Goodal neste site. Ela nos dá
a todos uma razão para almejar
por um futuro melhor.


Em homenagem a Edward O. Wilson

Em sua obra de 1975, Sociobiology: The New Synthesis, E.O. Wilson
trouxe a perspectiva evolutiva para as ciências sociais. Ele foi
ruidosamente vaiado por um barulhento coro de críticos que
basicamente afirmavam que Wilson queria reduzir a sociedade às
leis da genética. Em seu livro, ele refere-se a sua síntese como:
Sociobiologia. Os estudantes chegaram até a lhe jogar um balde de
água gelada durante uma de suas palestras. A homenagem que
presto é porque ele teve a coragem de anunciar suas teorias para um
mundo acomodado e politicamente correto. Precisamos de mais
pessoas com a sabedoria e a experiência de Wilson para nos
conduzir através da escuridão de nossos comportamentos
escondidos e para nos desbravar novos caminhos através do caos.
Pesquisas recentes em neurociência e estudos sociais têm
corroborado a maior parte de suas teorias. Hoje, minha única queixa
é que Wilson nunca realmente aceitou o uso da expressão
"psicologia evolutiva" e prefiro que a consideremos apenas como
uma "sociobiologia humana". Sinto muito, chefão! E querem saber
porque? Porque no universo das pessoas comuns, não temos tempo
para palavreados floridos que nos deixam isolados e perdidos. A
função do cérebro é pegar as descrições, fórmulas, teorias,
problemas, etc. complicados e reduzi-los ao método mais simples e
mais rápido de transmissão e transformação da informação em ação
que sentimos nos seja o mais apropriado. (Existe até mesmo uma
palavra para descrever o processo cerebral: Reificação). Nos velhos
tempos de nossos ancestrais, isso significava sobrevivência. A
expressão psicologia evolutiva tem duas palavras que ajudam o
cérebro a enquadrar o sentido da síntese perfeitamente. Como
demonstrado. No dia 20 de novembro de 1998 recebi a seguinte
mensagem por email:

"Que FANTÁSTICO o seu site. Estava sonhando acordado no ônibus
e a frase "psicologia evolutiva" surgiu na minha mente. Entrei online e
comecei a navegar. O primeiro site que escolhi (no Yahoo!) foi o seu.
Não preciso surfar mais. ISSO NUNCA TINHA ME ACONTECIDO
ANTES! Normalmente passo horas surfando e quando finalmente
encontro algo, já estou cansado. Com você gasto meu tempo
aprendendo! Muito obrigado." Marge Dolane.

Um outro exemplo que vem ao caso: A publicação oficial da revista
da sociedade Human Behavior and Evolution Society se chama Evolution and

Human Behavior. Antigamente chamava-se: Ethology and
Sociobiology. Não estamos nos tornando menos inteligente
enquanto espécie, mas as pessoas práticas estão tendo mais
influência. Não darei ouvidos aos argumentos de "emburrecimento"
da ciência .

Eu acho que sei qual o motivo da relutância de Wilson. Todos os
cientistas desejam crédito para sua própria teoria ou descoberta, e
este estimado cientista não é uma exceção. Mas um dos testes de
um grande cientistas é a humildade com que se apresenta ao
mundo. Assim, no que me diz respeito, Sr. Wilson, eu o homenageio
por seu insight, sabedoria e coragem. E, pelo menos neste sítio da
Internet, você é o pai da psicologia evolutiva.


Em homenagem a Leda Cosmides e John Tooby

O campo da psicologia evolutiva deve muito ao antropólogo John Tooby e a
psicóloga Leda Cosmides. Foi
graças ao ensaio, "The Psychological Foundations of Culture" (The
Adapted Mind, Barkow, J.H., Cosmides,
L., and Tooby, J. (Eds.) 1992, Oxford University Press, New York), que
essa ciência se unificou em uma
entidade que acredita em si mesma. O ponto de vista deles é que os
princípios da teoria da evolução estão
sendo ignorados devido a influência dominadora do Modelo Padrão de
Ciência Social e devem ser
reexaminados. Esse "padrão" propõe que os seres humanos nascem com um
cérebro com propósitos
genéricos que não contém instruções congênitas codificadas em seu
hardware (natureza), e que necessita
o "preenchimento" com instruções dadas por aqueles que o rodeiam,
(educação). Na opinião de Tooby e
Cosmides, a incapacidade de ver a ciência da biologia em psicologia é
devida essencialmente às tentativas
da humanidade em ser gentil e "politicamente correta" que influenciaram
as normas sociais que regiam a
sociedade nos anos 60 e 70. A premissa deles no ensaio Psychological
Foundation of Culture era atrasar o
relógio do tempo de volta às nossas origens de primatas e renovar nossa
busca por comportamento
humano hoje equipadas com novos conhecimentos multidisciplinares e,
"...Portanto, para compreender as
relações entre a biologia e a cultura, devemos primeiro compreender a
arquitetura de nossa psicologia
avançada." (Ibid., p. 3). Foi essa premissa que deu origem a teoria
"modular" do cérebro e a base da
psicologia evolutiva. É por isso que presto homenagem a esses dois
destemidos indivíduos que devem
suportar as pedras e flechas das críticas da cultura popular por
defender suas crenças. Penso que o ponto
de vista deles sobre o futuro da psicologia evolutiva dá rumo e sentido
a essa ciência e diz tudo:

"Assim como hoje alguém pode abrir o livro de Anatomia de Gray em
qualquer página e encontrar uma
descrição intrincadamente detalhadas de alguma parte da morfologia
típica de nossa espécie evoluída, nos
prevemos que em 50 ou 100 anos, será possível abrir uma obra de
referência equivalente em psicologia e
encontrar descrições detalhadas de processamento de informação de
inúmeras adaptações da mente
humana, inclusive como elas são mapeadas na neuroanatomia correspondente
e como elas são construídas
nos programas de desenvolvimento." Ibid., p. 68

Por esta visão e coragem, eu os homenageio nesta seção., William A.
Spriggs, 19 de maio de 1999


Adendo: Em 22 de outubro de 1996, o papa João Paulo II, o líder
espiritual de todos os católicos romanos, ao dirigir-se aos membros
da reunião da Pontifícia Academia de Ciências em Roma, afirmou
que a Igreja Católica não mantém nenhuma objeção relativa ao
ensino da evolução às crianças. Ele disse que, como a alma humana
emergiu dos blocos constituintes da matéria viva criada por Deus,
consequentemente a Igreja não contesta os caminhos que os seres
humanos tem trilhado.


Referências
"(The Adapted Mind, Barkow, J.H., Cosmides, L., and Tooby, J. (eds)
1992, Oxford University Press, New
York)

William A. Spriggs
Email:wspriggs@mindspring.com

Extraido de :
www.epub.org.br/cm/n11/opiniao/evolutive-p.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/08/2001 13:06

Olá, Ivan, Léo, Alberto, Eduardo e demais amigos,

----- Original Message -----
From: "IVAN MAMEDE CARLOS" <mamede@redealuno.usp.br>
To: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
Cc: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, August 02, 2001 12:23 PM
Subject: Re: [ciencialist] MHS

> Mas neste caso, eu acho que essa aceleração não é constante, é?
> Ao meu ver, se a aceleração fosse constante não seria um choque
perfeitamente
> elástico, seria?

Há que fazer uma distinção: como o Léo deixou claro em msg anterior, DURANTE
o choque (desconsiderando-se n detalhes) é até possível aproximar-se o
movimento por um MHS, uma vez que existirá uma deformação na esfera (e
também no anteparo) e isto provocará o surgimento de uma força restauradora
dependente diretamente de tal deformação. APÓS o choque, e EM TODOS OS
INSTANTES ONDE NÃO EXISTIREM FORÇAS IMPULSIVAS DE CONTATO ATUANDO, o
movimento será retilíneo e uniformemente variado. Não sei se você domina o
ferramental matemático necessário, mas se construirmos a equação diferencial
do movimento a partir das forças que atuam na situação e acharmos suas
soluções, veremos que jamais obteremos a expressão característica das
posições em um MHS.

>Tem que lembrar que o problema não deixou claro que a situação
> é descrita na superfície da Terra.

Não deixou explícito, mas a análise das outras alternativas (especialmente a
04 e a 32) deixa implícito que estamos na superfície de um planeta ou pelo
menos em algum lugar onde existam forças de campo atuando (vixxx.... vou
comprar briga com o Alberto por falar em campo!!). Voltemos: se existem
forças de campo atuando, no ensino médio só são estudadas duas interações
deste tipo: a eletromagnética e a gravitacional. Como não se menciona a
existência de qualquer carga elétrica ou polaridade magnética nos corpos
envolvidos, por exclusão concluímos tratar-se de interação gravitacional. A
interação gravitacional FORA de corpos sólidos é descrita por uma lei do
quadrado inverso. Uma força deste tipo (inversamente proporcional ao
quadrado da distância) NUNCA fará uma partícula nas condições do problema
mover-se em MHS. O movimento será oscilatório, mas nào será idêntico ao do
oscilador harmônico simples.

No caso em que supuséssemos a ausência de forças de campo, a bolinha na
situação (d) não se moveria, e não teria qualqer possibilidade de estar em
MHS. Lembre-se que o "tapinha" só foi dado nas esferas (a) e (b)! E ainda
que alguém desse um tapinha na bola, cessada a interação mão-esfera ela
estaria em MRU (princípio da Inércia, de Galileu) até atingir o plano.
Cessada a força impulsiva durante a colisão, ela seguiria em MRU (novamente
o princípio da inércia) para o "além", não estando em hipótese alguma em
MHS.

> Eu acho que tem que encarar como se fosse um
> sistema isolado.

O que isso muda na análise do movimento? Nesse caso teríamos a situação de
inércia descrita anteriormente.

> De qualquer forma, eu acho que o problema não está muito bem
> feito.

Hehhehhehhhehhhehe!!! Eis o X da questão!

Abraços,

Godoy



SUBJECT: Embrionica
FROM: gladston@unilestemg.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/08/2001 13:58

Nos últimos meses tenho me interessado muito por engenharia
evolucionária, especialmente por certas tentativas de "reproduzir"
(equivalentes a) mecanismos biológicos em dispositivos eletrônicos
(reprodução, cicatrização, etc.). Essa área costuma ser chamada de
Embriônica, que utiliza inspiração ontogenética para construir seus
dispositivos. Gostaria de saber se alguém na lista tem algum
conhecimento no assunto.

Gladstone Barbosa Alves.



SUBJECT: Coeficiente de atrito
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/08/2001 14:03

Sobre uma mesa vc tem um copo com areia e uma régua. Determine o coeficiente de atrito da areia com areia.
[]'
Léo
====================



SUBJECT: Re: [ciencialist] MHS
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/08/2001 14:18

Godoy escreve:

| >
| > [12] LÉO. O Imperdível. Disponível na internet via
| > http://www.feiradeciencias.com.br !!!! <============ importante deixar essa linha!
| >
| > Como é possível ver em TODAS as bibliografias citadas, a distinção ente
| > movimento oscilatório geral e o caso particular do MHS é explicitada nos.....

Eduardo escreve:

|
| Bem,
|
| em vista dos esclarecimentos, se conclui que a questao do vestibular esta totalmente
| equivocada e merece ser anulada porque nao ha maneira ou aproximacao que considere uma bola
| quicando como um oscilador harmonico simples.
|
| um abraco, Eduardo.


Mas, para esticar o assunto, se a bola estivesse girando sobre uma circunferência, com movimento uniforme, poderíamos pensar esse movimento da bola como um MHS?

[]'
Léo
PS: Estou de saída pro rancho ...... domingo pela noite verei as maravilhosas sugestões para o coeficiente de atrito (mensagem anterior) e essa da bola que executa MHS. girando sobre a circunferência, com velocidade constante.




SUBJECT: Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/08/2001 14:24

>
> Isso mesmo Alexandre, sinceramente ninguem aqui eh melhor que
ninguem e
> muitos tem mania de superioridade(falacias, perguntas??? dane-se e
desculpe
> o termo, mas eu quero respostas nao ser analisado e nem criticado).
Nao sou
> fanatico, por isso quero respostas. Nao quero criticas, quero
respostas pois
> voces com essas criticas so se demonstram ao suficiente para
analizar as
> minhas experiencias ou provas que posso botar aqui. Se nessas
quatro vezes
> extremamente reais e conscientes eu estou fora do corpo? Eu vivo
como um
> robo como eu posso acreditar numa besteira dessa? E se todas as
emocoes que
> eu senti foram farca, as noites de concentracao e etc... Eu so
tenho uma
> certeza, por causa das projecoes eu virei uma pessoa muito melhor e
mais
> equilibrada ao mundo. Eu quero acreditar no que eu sinto, mas como
a ciencia
> surpreende pode muito bem haver uma explicacao como essa. Um amigo
fisico me
> disse que voce deve acreditar em tudo que se pode medir... Quem
disse que
> nao podemos medir um psicossoma ou as energia para-espirituais? Nao
podemos
> porque eu certamente posso concluir que, nao temos conhecimento
sobre isso
> AINDA. A clonagem era vista antigamente como algo impossivel, quem
sabe se
> descobrirmos outras dimensoes e particulas muito mais pequenas
nesse mesmo
> espaco e concluir que vivemos e temos Alma? Sera algo normal...
Amanha podem
> provar que podemos ver elefantes voando em tapetes magicos, basta
termos
> conhecimento suficiente e tecnologia para explicar porque temos
Alma ou se
> podemos botar um elefante em um tapete voando ;) Eu vou sair dessa
lista,
> porque a maioria na esta aberta a discutir e nem admitir isso que
eu falei.
> Talvez existem mais coisas entre o ser humano e a vida que a
ciencia nao
> consegue ver, mas com o tempo... Quem sabe ?

Hiiii... o cara saiu mesmo!

7/30/2001 7:51 pm boni@melim.com.br Unsubscribe via email

E eu estava esperando o grande desafio. Algum outro 'paranormal' na
lista disposto a aceitar o desafio do Peterson Leal?

O cara saiu usando o velho argumento .. depois dessa lembrei da
frase de Carl Sagan.

"But the fact that some geniuses were laughed at does not imply that
all who are laughed at are geniuses. They laughed at Columbus, they
laughed at Fulton, they laughed at the Wright brothers. But they also
laughed at Bozo the Clown."
--Carl Sagan

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna








SUBJECT: Re: [ciencialist] Embrionica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/08/2001 14:29

================================================
-----Mensagem Original-----
De: <gladston@unilestemg.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 2 de agosto de 2001 13:58
Assunto: [ciencialist] Embrionica


Nos últimos meses tenho me interessado muito por engenharia
evolucionária, especialmente por certas tentativas de "reproduzir"
(equivalentes a) mecanismos biológicos em dispositivos eletrônicos
(reprodução, cicatrização, etc.). Essa área costuma ser chamada de
Embriônica, que utiliza inspiração ontogenética para construir seus
dispositivos. Gostaria de saber se alguém na lista tem algum
conhecimento no assunto.

Gladstone Barbosa Alves.
===================================================

Para reproduzir mecanismos e organismos biológicos eu costumo usar de ectoplasma em lugar de dispositivos eletrônicos (reprodução garantida, sem cicatrização alguma). Mas isso é outro assunto de capital importância e estou de saída pro rancho para entrar em alfa e profundas meditações.
Deixo os amigos apresentarem suas sugestões.
[]'
Léo
===================================================



SUBJECT: Re: MHS
FROM: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/08/2001 14:29

Olá, Ivan, Léo, Alberto, Eduardo e demais amigos,

----- Original Message -----
From: "IVAN MAMEDE CARLOS" <mamede@redealuno.usp.br>
To: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
Cc: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, August 02, 2001 12:23 PM
Subject: Re: [ciencialist] MHS

> Mas neste caso, eu acho que essa aceleração não é constante, é?
> Ao meu ver, se a aceleração fosse constante não seria um choque
perfeitamente
> elástico, seria?

Há que fazer uma distinção: como o Léo deixou claro em msg anterior, DURANTE
o choque (desconsiderando-se n detalhes) é até possível aproximar-se o
movimento por um MHS, uma vez que existirá uma deformação na esfera (e
também no anteparo) e isto provocará o surgimento de uma força restauradora
dependente diretamente de tal deformação. APÓS o choque, e EM TODOS OS
INSTANTES ONDE NÃO EXISTIREM FORÇAS IMPULSIVAS DE CONTATO ATUANDO, o
movimento será retilíneo e uniformemente variado. Não sei se você domina o
ferramental matemático necessário, mas se construirmos a equação diferencial
do movimento a partir das forças que atuam na situação e acharmos suas
soluções, veremos que jamais obteremos a expressão característica das
posições em um MHS.

>Tem que lembrar que o problema não deixou claro que a situação
> é descrita na superfície da Terra.

Não deixou explícito, mas a análise das outras alternativas (especialmente a
04 e a 32) deixa implícito que estamos na superfície de um planeta ou pelo
menos em algum lugar onde existam forças de campo atuando (vixxx.... vou
comprar briga com o Alberto por falar em campo!!). Voltemos: se existem
forças de campo atuando, no ensino médio só são estudadas duas interações
deste tipo: a eletromagnética e a gravitacional. Como não se menciona a
existência de qualquer carga elétrica ou polaridade magnética nos corpos
envolvidos, por exclusão concluímos tratar-se de interação gravitacional. A
interação gravitacional FORA de corpos sólidos é descrita por uma lei do
quadrado inverso. Uma força deste tipo (inversamente proporcional ao
quadrado da distância) NUNCA fará uma partícula nas condições do problema
mover-se em MHS. O movimento será oscilatório, mas nào será idêntico ao do
oscilador harmônico simples.

No caso em que supuséssemos a ausência de forças de campo, a bolinha na
situação (d) não se moveria, e não teria qualqer possibilidade de estar em
MHS. Lembre-se que o "tapinha" só foi dado nas esferas (a) e (b)! E ainda
que alguém desse um tapinha na bola, cessada a interação mão-esfera ela
estaria em MRU (princípio da Inércia, de Galileu) até atingir o plano.
Cessada a força impulsiva durante a colisão, ela seguiria em MRU (novamente
o princípio da inércia) para o "além", não estando em hipótese alguma em
MHS.

> Eu acho que tem que encarar como se fosse um
> sistema isolado.

O que isso muda na análise do movimento? Nesse caso teríamos a situação de
inércia descrita anteriormente.

> De qualquer forma, eu acho que o problema não está muito bem
> feito.

Hehhehhehhhehhhehe!!! Eis o X da questão!

Abraços,

Godoy



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Genetica do Comportamento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>, fflch <fflch@egroups.com>, scientia_una <scientiauna@grupos.com.br>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/08/2001 15:02

Genética do Comportamento

Entrevista com Prof. Dr.André Ramos

Dirigida por Prof. Marco Calegaro






O Prof. Dr. André Ramos éum dos poucos cientistas brasileiros que
pesquisa na área da Genéticado
comportamento. Ele voltou recentemente da França e tem novidades na área
para nos contar.

1) Sabemos que a genética do comportamento é uma abordagem bastante
recente.Como podemos
caracteriza-la?

Genética comportamentalé a área de intersecção entre a genética e as
ciências comportamentais. Por
causa da diversidade de abordagens e de metodologias que podem ser
adotadas no estudo do
comportamento, estaárea pode interessar e atingir diversos campos
científicos,como a etologia, a
psicologia, a psiquiatria, a farmacologia e as neurociências de maneira
geral.

Combinando métodos da genéticacom métodos clássicos de estudos
comportamentais, a genética do
comportamento busca compreender os mecanismos genéticos e
neurobiológicos envolvidos em diversos
comportamentos animais e humanos.

A verificação da importância dos fatores genéticos, a análise da
arquitetura destes fatores (herdabilidade,
dominância, efeito materno, etc.) e, em últimainstância, a identificação
dos genes propriamente ditos, são
alguns dos passos que percorreremos na genética comportamental.

Após várias décadas onde características psicológicas e comportamentais
foram vistas como o resultado
exclusivo (ou quase) de fatores ambientais, os comportamentalistas das
décadas de 60 e 70 começaram a
aceitar e compreender a importância das influências genéticas sobre o
comportamento.

A partir daí, a revolução da engenharia genética forneceu as ferramentas
necessárias ao estudo do
comportamento associado à genética molecular.Com a identificação, a
nível de DNA, de genes capazes de
modular certos comportamentos, estaremos dando um grande passo na
pesquisa de traços normais e
patológicos da personalidade humana,o que deve trazer novos métodos de
prevenção, diagnóstico e
tratamento de distúrbios psiquiátricos.

2) Como podemos caracterizar a posição conhecida como “determinismo
genético”?A genética
comportamental reforça esse ponto de vista?

Historicamente, tanto no meio científico como entre o público leigo,
comportamentos animais e humanos
têm sido vistos de uma maneira dicotômica, ou seja, certos
comportamentos são classificados como
instintivos (genéticamente determinados)e outros como aprendidos
(adquiridos através da interaçãocom o
meio ambiente).

Como já disse, durante boa parte deste século, a psicologia enfatizou de
maneira exagerada a influência
ambiental sobre o comportamento, negligenciando os aspectos genéticos.
Deve ficar claro que o
surgimento da genética do comportamento, ao contrário do que pensam
alguns, não representa um
deslocamento para o outro extremo da visão dicotômica, onde
comportamentos seriam agora vistos como
traços determinados genéticamente,sem influências ambientais. Não, isto
seria o que chamamos de
determinismo genético.

Numa visão determinística, nossa fisiologia, nossa personalidade e nosso
comportamento seriam definidos
por nossos genes, que guardariam de maneira absoluta, quase mágica,os
segredos de nosso destino. Esta
visão está ultrapassada e o público leigo deve aos poucos compreender
isso.

Hoje acredita-se que todo o comportamento depende, em maior ou menor
grau, de fatores genéticos e de
fatores ambientais, interagindo de maneira extremamente complexa. Logo,
a perguntas e determinado
comportamento é herdado ou aprendido, a rigor, deixa de ter sentido.

Os genes definem tendências e as experiências individuais as modulam.
Para a expressão de todo o gene,
são necessárias certas condições externas (bioquímicas, fisiológicas e
físicas). Portanto, qualquer alteração
externa pode representar uma determinada influência sobre o resultado
final, no nosso caso, sobre o
comportamento. Além disso, acreditamos que os comportamentos, de maneira
geral, são influenciados não
por um, mas por muitos genes diferentes, o que aumenta ainda mais a sua
complexidade.

3) Quais são os principais métodos utilizados na genética
comportamental?

Como eu comentei acima, a genética do comportamento utiliza uma gama de
métodos extremamente ampla
e variada. Na realidade, não existem métodos específicos da genética do
comportamento, pois as
ferramentas disponíveis são oriundas, ou do vasto campo da genética
(incluindo a biologia molecular) ou
das ciências comportamentais.

O que é específico da genética do comportamento, é justamente a
integração ou combinação de
ferramentas genéticas e comportamentais. Mas vejamos um rápido (e
necessariamente superficial) resumo
dos métodos utilizados nos últimos 30 anos de pesquisa. Tanto em animais
quanto em seres humanos, as
primeiras duas décadas dagenética do comportamento foram basicamente
dominadas por abordagens
quantitativas da genética (sendo as abordagens mendelianas clássicas
raras e as moleculares inexistentes).

Em animais de laboratório, eram (e são) comuns as comparações de
diferentes linhagens em relação a uma
série de comportamentos de interesse. Diferenças comportamentais entre
linhagens que diferem
geneticamente, sugerem, fortemente, influências genéticas no
comportamentoem questão.

Outra estratégia bastante explorada foi a seleção genética bidirecional.
A partir de uma população
geneticamente heterogênea, seleciona-se e cruza-se os extremos para um
determinado comportamento
(e.g. de fecação, consumo de álcool, locomoção, aprendizado, etc.), até
a obtenção, após várias gerações,
de duas linhagens contrastantes. Cruzamentos entre linhagens
contrastantes, com obtenção de gerações
filhas e netas, também serviu a dissecar a arquitetura genética de
diferentes medidas comportamentais.

Em seres humanos, estudos familiares servem a verificar se indivíduos
aparentados apresentam maior
semelhança comportamental do que indivíduos não parentes, o que
sugeriria (sem no entanto demonstrar),
um componente herdável no comportamento. Estudos com pares de gêmeos
idênticos, gêmeos fraternos e
com irmãos biológicos ou adotivos, são uma ferramenta muito importante
para demonstrar e quantificar a
importância da herdabilidade em características psicológicas e
comportamentais em humanos(e.g. traços de
personalidade).

A era da engenharia genética e da biologia molecular trouxe, como para
muitas outras áreas, uma revolução
nas técnicas, ambições e perspectivas da genética do comportamento.
Hoje, pode-se fazer uma busca,
através de todo o genoma, de locos (regiões genômicas) contendo genes
capazes de influenciar
comportamentos complexos. São os chamados QTL (Quantitative Trait
Locus), com os quais eu próprio
venho trabalhando. Eles podem ser identificados em animais, pelo
cruzamento de linhagens
contrastantes,ou em seres humanos, através de estratégias como a
«sib-pair analysis ».

Ainda em humanos, vêm se tornando numerosos os estudos de associação,
onde as freqüênciasde
diferentes alelos para um gene candidato (para um neuroreceptor, por
exemplo) são comparadas entre
indivíduos afetados e nãoafetados por um determinado traço
psicopatológico ou comportamental.

Em modelos animais, podemos hoje criar linhagens onde um determinado
gene de interesse
comportamental foi completa e permanentemente inativado (knockout).
Podemos, por outro lado, inativar
parcial e temporiariamente a expressão de um gene, com a técnica do «
oligo antisense ». Podemos ainda
super expressar um gene, através de animais transgênicos.

As técnicas, enfim, são numerosas e evoluem constantemente. Maiores
detalhes podem ser encontrados,
por exemplo, em um livro, recentemente publicado, do qual eu tive o
privilégio de participar.
Neurobehavioral Genetics: Methods and Applications, foi editado por
Byron Jones e Pierre Mormède e
publicado por CRC Pressem julho de 1999.


O Autor
Prof. Dr. André Ramos (entrevistado)

Professor Adjunto da disciplina de Genética
Departamento de Biologia Celular, Embriologia e
Genética, CCB
Universidade Federal de Santa Catarina
Florianópolis, SC, Membro de banca examinadora
em concurso público para Professor de Genética
na Universidade do Estado de Santa Catarina,
1994
Membro de banca examinadora de Dissertação de
Mestrado em Farmacologia da UFSC, 1999,
Membro do corpo editorial da Revista Biotemas,
periódico científico do CCB, UFSC, 1998-1999,
Assessor ad hoc da FAPESP

Prof. Marco Calegaro
(entrevistador)

Extraido de:
www.epub.org.br/cm/n10/opiniao/entrevista.htm








SUBJECT: RES: [ciencialist] Pensar dormindo e TRANSCOMUNICACAO
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/08/2001 15:14

> -----Mensagem original-----
> De: (Brudna) lrb@if.ufrgs.br [mailto:lrb@if.ufrgs.br]
>
> Hiiii... o cara saiu mesmo!
>
> E eu estava esperando o grande desafio. Algum outro 'paranormal' na
> lista disposto a aceitar o desafio do Peterson Leal?
>

Iconoclastas! Ganhamos mais um inimigo!

Se a Santa Inquisição retornasse nós seríamos os primeiros a arder na
fogueira, não por bruxaria, mas por zombar das bruxas!

Rá-rá-rá-rá-rá-rá!!! (isso é risada e não a invocação do Deus Sol)

Peterson, da próxima vez tente uma confissão: "Sim, eu sou uma grande
fraude! Eu me iludi! O que vai ser da minha miserável existência material!"

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Coeficiente de atrito
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/08/2001 15:40


O que acha do seguinte?

Chacoalhamos o copo para que, no topo, a areia fique plana. Entao medimos
o diametro do fundo do copo e, por ultimo, verificamos a que altura temos
que elevar uma de suas bordas para que a areia comece a mover-se. Com
esses dados calculamos o angulo com a horizontal, e com este e a gravidade
calculamos a forca que foi necessaria (peso efetivo) para que a areia
comecasse a se mover e, com esta forca, calculamos o coef.

[]s
Stafusa


On Thu, 2 Aug 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:

> Sobre uma mesa vc tem um copo com areia e uma régua. Determine o coeficiente de atrito da areia com areia.
> []'
> Léo
> ====================
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: centaurus@mtv.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/08/2001 15:43

e qual o endereço do seu site???Lá vc explica tudo???Vc aqui falou pouco
sobre esse tal de ectoplasma.

-- Mensagem original --

>=============================
>-----Mensagem Original-----
>De: <centaurus@mtv.com.br>
>Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
>Enviada em: quarta-feira, 1 de agosto de 2001 15:48
>Assunto: Re: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
>
>
>Poderia explicar o que é ectoplasma???Como ele surge na natureza??Se a
experiencia
>é real , a descreva aqui.Você tem evidencias???Provas reais???
>=============================
>Ectoplasma é o material (mais exatamente um plasma-frio) com que os espíritos
>trabalham para reencarnar um ser no plano físico material. Esse material
>é altamente susceptível á luz e, devido a isso, os trabalhos sobre ectoplasma
>e mesmo as operações de reencarnações devem ser feitos no escuro.
>Ele não surge na natureza, ele já existe no plano espiritual assim como
o
>ar existe no plano físico material. A transferência de um plano para o
outro
>requer energia espiritual sob alta concentração. Há pessoas mais dotadas
>do que outras para obter o grau certo de concentração. São as pessoas que
>têm o universo como seu campo de trabalho e usam a sabedoria milenar da
natureza.
>A transferência do ectoplasma do plano espiritual para o físico que eu
faço
>em sessões de concentração aqui no meu laboratório ainda não atinge o grau
>perfeito por falha minha (ainda não aprendi toda a sabedoria milenar da
natureza,
>estou no grau 7) e assim, só consigo poucos decigramas do material ...
mas
>o suficiente para manter uma lâmpada néon funcionando por 78 horas numa
conversão
>de eficiência de apenas 0,02%.
>As evidências!!?? Todos que me conhecem sabe que eu trabalho nisso há bom
>tempo e parte da energia que absorvo desse plasma-frio é que me permite
escrever
>todo o meu sítio na www. que agora já está com 1 016 123 consultas. Sem
essa
>energia jamais poderia escrever tudo aquilo pois, realmente, nunca estudei
>nada do que escrevo ... tudo vem da sabedoria do ectopasma. Quer prova
mais
>real que essa?
>
>um abraço,
>
>Léo
>====================
>
>
>-- Mensagem original --
>
>>Não mexam com os ectoplasmas pois essa é minha praia.
>>Essa modalidade de energia concentrada em forma de 'plasma frio' pode
ser
>>convertida em calor ou eletricidade ao passar do estado de plasma para
>o
>>simples estado de vapor. Há uma grande liberação de energia.
>>É sobre isso que estou trabalhando em meu laboratório e a pretensão é
fazer
>>funcionar um liquidificador usando ectoplasma.
>>Tudo indica que o ectoplasma será muito útil no motor a explosão ao passar
>>repentinamente de plasma-frio para vapor (totalmente não poluente).
>>O grande desgaste de minha parte é a concentração nos espíritos fornecedores
>>de ectoplasma. Parece que eles estão percebendo a finalidade prática e
>financeira
>>do produto, desviando de seu propósito inicial que é a reencarnação. Por
>>isso tenho conseguido apenas uma centena de gramas de ectoplasma por sessão
>>de concentração.
>>Aqui não se trata de falácia alguma e quem estiver interessado posso enviar
>>todo o roteiro experimental para o projeto mas, vou advertindo, é preciso
>>ter algum equipamento laboratorial mínimo (bobina de Tesla, gerador de
>Van
>>de Graaff, lâmpada de plasma, tubos de Braun, tubos de Pucker, bomba de
>vácuo,
>>bomba aspirante-premente, registros e torneiras de vidro etc.)
>>
>>[]'
>>Léo
>>==============
>>
>>-----Mensagem Original-----
>>De: <rmtakata@altavista.net>
>>Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
>>Enviada em: terça-feira, 31 de julho de 2001 15:47
>>Assunto: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
>>
>>
>>--- In ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> wrote:
>>>> Eu só quero saber onde está qualquer citação científica da prova da
>>> existência do plasma, superplasma e hiperplasma. Nada mais do que isto.
>>
>>Plasma existe -- e' apenas o gas ionizado -- com os eletrons
>>separados dos nuclideos devido 'a alta temperatura.
>>E' o q. temos nas estrelas.
>>
>>Mas esse plasma nada tem a ver com psicoplasma, ectoplasma
>>e quetais.
>>
>>[]s,
>>
>>Roberto Takata
>>
>>
>>
>>&&& --- &&&
>>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>>Para sair da lista envie um mail para
>>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>>&&& --- &&&
>>
>>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>>
>>
>>
>>
>>
>>&&& --- &&&
>>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>>Para sair da lista envie um mail para
>>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>>&&& --- &&&
>>
>>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>>
>>
>>
>>
>
>
>
>_____________________________________
>eMTV: receba a mordomia eletrônica!
>http://mtv.uol.com.br/emtv
>
>
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>



_____________________________________
eMTV: receba a mordomia eletrônica!
http://mtv.uol.com.br/emtv





SUBJECT: Re: [ciencialist] Coeficiente de atrito
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/08/2001 15:43


Em adicao: como eh obvia, e a mais simples resposta que imaginei...
deve ter algum problema, pois se fosse tao simples nao teria
enviado, creio.
bye,
Stafusa (sempre se corrigindo)

On Thu, 2 Aug 2001, Jefferson Stafusa Elias Portela wrote:

>
> O que acha do seguinte?
>
> Chacoalhamos o copo para que, no topo, a areia fique plana. Entao medimos
> o diametro do fundo do copo e, por ultimo, verificamos a que altura temos
> que elevar uma de suas bordas para que a areia comece a mover-se. Com
> esses dados calculamos o angulo com a horizontal, e com este e a gravidade
> calculamos a forca que foi necessaria (peso efetivo) para que a areia
> comecasse a se mover e, com esta forca, calculamos o coef.
>
> []s
> Stafusa
>
>
> On Thu, 2 Aug 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> > Sobre uma mesa vc tem um copo com areia e uma régua. Determine o coeficiente de atrito da areia com areia.
> > []'
> > Léo
> > ====================
> >
> >
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Coeficiente de atrito
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/08/2001 16:07

>Em adicao: como eh obvia, e a mais simples resposta
que imaginei... deve ter algum problema (...)

Tem o problema de medir o peso da areia que
deslisou, né? A gente sabe de antemão?

--Nicolau



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Coeficiente de atrito
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/08/2001 16:44


Tens razao, burrice a minha... ele nao disse que esse dado era... dado.

Pra dizer a verdade, me parece estranho falar de atrito entre um grao de
areia e os demais, uma vez estes podem atuar como verdadeiras paredes
uns para os outros.

Bem, materiais granulares nao sao simples, e nada sei sobre eles, talvez
mais alguem da lista (talvez quem propos o problema) possa nos dizer algo.

[]s,
Stafusa

On Thu, 2 Aug 2001, Nicolau Werneck wrote:

> >Em adicao: como eh obvia, e a mais simples resposta
> que imaginei... deve ter algum problema (...)
>
> Tem o problema de medir o peso da areia que
> deslisou, né? A gente sabe de antemão?
>
> --Nicolau
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Coeficiente de atrito
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/08/2001 16:49

> Tens razao, burrice a minha... ele nao disse que
esse dado era... dado.
Foi burrice não, sô! :)

> Bem, materiais granulares nao sao simples, e nada
sei sobre eles, talvez mais alguem da lista (talvez
quem propos o problema) possa nos dizer algo.

Eu li uma vez, não me lembro onde, sobre um estudo
que estava sendo feito sobre a maneira com que o arroz
desliza sobre si mesmo ser diferente da de outros
grãos. Alguém já ouviu falar nisso??
Aliás, saiu uma matéria, acho que numa ciência hoje,
uma vez sobre estudos de movimentos de grãos, e tinha
um lance de misturar areia de duas cores, botar pra
rodar, e desenhar um pentagrama, alguém aí conhece
isso??

--Nicolau



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Coeficiente de atrito
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/08/2001 17:23


Existe um artigo na revista "a Física na Escola" da SBF:

http://www.sbf.if.usp.br/WWW_pages/Journals/Fne/Vol2/Num1

que fala de materiais granulares... nao tem muito a ver com a discussao, e
tambem tem o problema de meu netscape "cair" quando tento acessa-lo,
entretando tive acesso nao eletronico a ele e, como curiosidade ao menos,
ateh que nao eh tao mal...

sem grandes contribuicoes,

Stafusa



On Thu, 2 Aug 2001, Nicolau Werneck wrote:

> > Tens razao, burrice a minha... ele nao disse que
> esse dado era... dado.
> Foi burrice não, sô! :)
>
> > Bem, materiais granulares nao sao simples, e nada
> sei sobre eles, talvez mais alguem da lista (talvez
> quem propos o problema) possa nos dizer algo.
>
> Eu li uma vez, não me lembro onde, sobre um estudo
> que estava sendo feito sobre a maneira com que o arroz
> desliza sobre si mesmo ser diferente da de outros
> grãos. Alguém já ouviu falar nisso??
> Aliás, saiu uma matéria, acho que numa ciência hoje,
> uma vez sobre estudos de movimentos de grãos, e tinha
> um lance de misturar areia de duas cores, botar pra
> rodar, e desenhar um pentagrama, alguém aí conhece
> isso??
>
> --Nicolau
>
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SUBJECT: Vida artificial.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/08/2001 19:10

Claus O. Wilke, Jia Lan Wang, Charles Ofria, Richard E. Lenski, and
Christoph Adami 2001-- Evolution of digital organisms at high mutation
rate leads to survival of the flattest. Nature 412, 331-3.

http://nemus.dllab.caltech.edu/pubs/nature01/

Estudo saindo do forno mostra q. organismos virtuais qdo submetidos a uma
gde pressao de mutacao sao selecionados em direcao aos com menor
capacidade reprodutiva.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Trafico de argaos confirmado -- 02.08.2001
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>, <bioetica@widesoft.com.br>, <responsabilidade-civil@widesoft.com.br>, <faroljuridico@egroups.com>
DATE: 02/08/2001 21:47

Direito_Saúde -- 02.08.2001
======================

Reportagem confirma tráfico de órgãos na China
=====================================

Quinta, 02 de agosto de 2001, 07h46

===

Logo depois da execução, com um tiro na nuca,
o corpo do chinês Fu Xinrong
foi arrastado por quatro homens até um caminhão.
Naquele mesmo dia, um hospital na cidade de Nanchang
comprou o cadáver e retirou os rins, transplantando-os
para um paciente.

===


Embora as denúncias de tráfico de
órgãos não sejam novidade na China,
essa é a primeira vez que um caso é
trazido à tona com detalhes.
A história foi levantada por uma revista
estatal da própria China, mas o governo nega
as acusações. Fu Xinrong foi
declarado culpado de assassinato e condenado
à morte pelo tribunal municipal de Pingxiang,
na província de Jiangxi.

===

A execução, em 30 de maio
de 2000, foi seguida do transporte do cadáver
até um hospital em Nanchang,
capital da província. Onze meses depois,
a família ainda não havia recebido
qualquer notificação para recolher o corpo ou as cinzas.

===

"É compreensível que meu irmão pague pelo
assassinato com a própria vida,
mas não é justo que o tribunal tome a liberdade
de vender o corpo", disse
Fu Mulan, irmã do sentenciado.

===

Segundo a revista, o pai de Fu teria se
suicidado ao saber do fato. O acontecimento
confirma as denúncias levantadas no final do
mês passado por Wang Guoqi, um médico chinês que
busca asilo político nos Estados Unidos.
Guoqi contou que os condenados têm
os rins, as córneas e a pele retirados logo após a execução.
A família - que é obrigada a pagar a bala usada na morte
- nunca é consultada sobre os
transplantes.
Como o corpo é cremado em seguida,
as pistas do roubo de órgãos desaparecem.

===

Os receptores, geralmente estrangeiros
de países vizinhos, como Malásia,
Indonésia e Cingapura, pagam até US$ 15 mil
por um rim saudável. Como em
uma operação comercial, os valores são tabelados.
O esquema é tolerado
porque envolve uma rede de funcionários
de vários setores públicos. Como a
acusação serviu de argumento para o pedido
de asilo de Guoqi, alguns deputados americanos
chegaram a duvidar de seu depoimento.

===

O governo chinês
afirma que transplantes ilegais não acontecem
e que todos os órgãos são doados por meio de formulários
preenchidos pelas famílias, como exige a lei.


Preocupados com as denúncias,
os EUA estudam um projeto para impedir a
entrada de médicos chineses interessados
em fazer estágio no país.

http://www.terra.com.br/mundo/2001/08/02/013.htm

==================================
http://groups.yahoo.com/group/direito_saude
==================================


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: metafísica
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/08/2001 09:43

Imagine-se um cientista muito inteligente com um computador
muito poderoso. Imagine-se que o cientista conseguia simular
um universo completo e que nele vivem criaturas inteligentes
que vivem as suas vidas. Digamos que o cientistas utilizou
uma boa e consistente teoria física e tudo o mais decorre
dessa física. Estamos a partir do principio que num universo
suficientemente complexo a vida inteligente emergiria algures.

A pergunta que eu coloco é a seguinte: Poderão os seres
inteligentes descobrir a natureza do seu Universo e provar
a existência de um criador, por exemplo dirigindo uma
câmara de filmar para a cara do fulano quando ele está
sentado a analisar os resultados do seu universo?

Acho que a resposta depende do tipo de universo criado. Se
programa de computador lesse apenas as condições iniciais e
não voltasse a receber dados do exterior o criador estaria a
salvo e nunca ninguém lhe poderia pedir contas. No entanto
as criaturas poderiam analisar o estado actual do universo e
poderiam tentar determinar as condições iniciais e a partir
dessas condições poderiam descobrir a natureza do criador. É
claro que o criador vai passar o resto dos seus dias a analisar
as experiências. As criaturaspoderão enviar mensagens ao
criador, mas a saída de informação causa alguma perturbação
detectável? Poderá o criador medir o que se passa na simulação
sem a perturbar?

Um programa de computador atrasa-se ligeiramente quando exporta
dados. Qualquer coisa que se assemelhe a um atraso pode ser uma
prova de que existe um criador a ler dados.

Um conselho aos criadores: o vosso programa deve exportar dados
de forma igualmente distribuida ao longo do tempo. Exportação de
dados a cada 24 horas, por exemplo, provocarão uma perturbação
demasiado grande e não passará despercebida pelas criaturas.

Um conselho à criatura com pendor para a metafísica: procura
grandes perturbações no fluxo do tempo. Se não encontrares
grandes perturbações procura pelas pequenas e encontrarás o criador.

Pergunta final: o tempo do criador e o tempo das criaturas são
tempos diferentes. O criador deseja certamente que do seu ponto
de vista o tempo das criaturas pareça rápido. Só que o tempo de
computação depende do realismo da simulação, da velocidade do
computador e do tamanho do universo. Qual é a relação entre todas
estas variáveis?

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: RES: metafísica
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/08/2001 10:52

> De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
>
> Imagine-se um cientista muito inteligente com um computador
> muito poderoso. Imagine-se que o cientista conseguia simular
> um universo completo e que nele vivem criaturas inteligentes
> que vivem as suas vidas. Digamos que o cientistas utilizou
> uma boa e consistente teoria física e tudo o mais decorre
> dessa física. Estamos a partir do principio que num universo
> suficientemente complexo a vida inteligente emergiria algures.
>
> A pergunta que eu coloco é a seguinte: Poderão os seres
> inteligentes descobrir a natureza do seu Universo e provar
> a existência de um criador, por exemplo dirigindo uma
> câmara de filmar para a cara do fulano quando ele está
> sentado a analisar os resultados do seu universo?

Só poderão descobrir a natureza do seu universo utilizando
meios que não violem as leis do modelo físico estabelecido
para este universo simulado. O criador poderia criar
algoritmos que inviabilizem qualquer tentativa nesse sentido.
As criaturas estariam para sempre aprisionadas no
universo simulado. Se não existir esta barreira, as criaturas
vão ter de aprender a interagir com o ambiente externo à
simulação, para, só depois disso, poderem conhecer o criador.
Filmar a cara do fulano criador é uma interação desse tipo.

> Acho que a resposta depende do tipo de universo criado. Se
> programa de computador lesse apenas as condições iniciais e
> não voltasse a receber dados do exterior o criador estaria a
> salvo e nunca ninguém lhe poderia pedir contas. No entanto
> as criaturas poderiam analisar o estado actual do universo e
> poderiam tentar determinar as condições iniciais e a partir
> dessas condições poderiam descobrir a natureza do criador. É
> claro que o criador vai passar o resto dos seus dias a analisar
> as experiências. As criaturas poderão enviar mensagens ao
> criador, mas a saída de informação causa alguma perturbação
> detectável? Poderá o criador medir o que se passa na simulação
> sem a perturbar?

Isso já está além da especulação criativa. É "delirium tremems"!
Brincadeirinha! :-))

Perturbação? Hmm! Talvez não. Se o fluxo de informação não
violar as regras do modelo físico não acho que haverá
perturbação.

Presumindo, porém, que, uma vez estabelecida as condições
iniciais do universo e suas leis físicas, não acho que seja
possível mudar tais leis. Aí sim, qualquer tentativa poderia
provocar uma perturbação detectável. Por exemplo: o criador
resolve mudar a lei do inverso dos quadrados, para, digamos,
o inverso dos cubos. Que estrago! Seu universo entraria em
colapso!

> Um programa de computador atrasa-se ligeiramente quando exporta
> dados. Qualquer coisa que se assemelhe a um atraso pode ser uma
> prova de que existe um criador a ler dados.
> Um conselho aos criadores: o vosso programa deve exportar dados
> de forma igualmente distribuida ao longo do tempo. Exportação de
> dados a cada 24 horas, por exemplo, provocarão uma perturbação
> demasiado grande e não passará despercebida pelas criaturas.
>
> Um conselho à criatura com pendor para a metafísica: procura
> grandes perturbações no fluxo do tempo. Se não encontrares
> grandes perturbações procura pelas pequenas e encontrarás o criador.

Como vc mesmo sugeriu, a exportação de dados pode ser
constante e não periódica. E aí? Como você vai perceber
uma perturbação no fluxo de tempo?

> Pergunta final: o tempo do criador e o tempo das criaturas são
> tempos diferentes. O criador deseja certamente que do seu ponto
> de vista o tempo das criaturas pareça rápido. Só que o tempo de
> computação depende do realismo da simulação, da velocidade do
> computador e do tamanho do universo. Qual é a relação entre todas
> estas variáveis?

Pergunta difícil, hein! :-(

Explique melhor o que são estas tais variáveis. Se for o que estou
pensando, o conjunto destas variáveis pode tender ao infinito e
então estaríamos diante de um sistema não linear, algo bem
semelhante ao caos.

Como um computador pode administrar o caos? Ele vai precisar
de advogados!!! :-))))

Vou assistir Matrix e O 13º Andar de novo...

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] metafísica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 03/08/2001 11:08

João Mário Miranda wrote:

> Imagine-se um cientista muito inteligente com um computador
> muito poderoso. Imagine-se que o cientista conseguia simular
> um universo completo e que nele vivem criaturas inteligentes
> que vivem as suas vidas. Digamos que o cientistas utilizou
> uma boa e consistente teoria física e tudo o mais decorre
> dessa física. Estamos a partir do principio que num universo
> suficientemente complexo a vida inteligente emergiria algures.
>
> A pergunta que eu coloco é a seguinte: Poderão os seres
> inteligentes descobrir a natureza do seu Universo e provar
> a existência de um criador, por exemplo dirigindo uma
> câmara de filmar para a cara do fulano quando ele está
> sentado a analisar os resultados do seu universo?

Nao. sendo um universo virtual eles nao necessariamente teriam acesso
aos dispositivos de I/O desta maquina. (Seus habitantes
seriam virtuais e portanto simulados).


>
>
> Acho que a resposta depende do tipo de universo criado. Se
> programa de computador lesse apenas as condições iniciais e
> não voltasse a receber dados do exterior o criador estaria a
> salvo e nunca ninguém lhe poderia pedir contas. No entanto
> as criaturas poderiam analisar o estado actual do universo e
> poderiam tentar determinar as condições iniciais e a partir
> dessas condições poderiam descobrir a natureza do criador.

Nao creio , uma vez que as proprias leis fisica seriam arbitrarias
e colocadas no computador sem mesmo a necessidade de se
parecerem com as leis "reais" que estao no universo do criador.


> É
> claro que o criador vai passar o resto dos seus dias a analisar
> as experiências. As criaturaspoderão enviar mensagens ao
> criador, mas a saída de informação causa alguma perturbação
> detectável? Poderá o criador medir o que se passa na simulação
> sem a perturbar?

Sim podera. Lembre-se que por se tratar de um universo virtual
o programa pode ser interrompido congelando-se o estado do
universo assim como vc faz quando esta DEBUGANDO um programa
onde as variaveis ficam em memoria enquanto vc pode inspeciona-las.


>
>
> Um programa de computador atrasa-se ligeiramente quando exporta
> dados. Qualquer coisa que se assemelhe a um atraso pode ser uma
> prova de que existe um criador a ler dados.

Nao, os dados ficam dentro do universo virtual e nao precisam ser
exportadosd para q possam ser lido como disse acima.


>
>
> Um conselho aos criadores: o vosso programa deve exportar dados
> de forma igualmente distribuida ao longo do tempo. Exportação de
> dados a cada 24 horas, por exemplo, provocarão uma perturbação
> demasiado grande e não passará despercebida pelas criaturas.
>
> Um conselho à criatura com pendor para a metafísica: procura
> grandes perturbações no fluxo do tempo. Se não encontrares
> grandes perturbações procura pelas pequenas e encontrarás o criador.
>
> Pergunta final: o tempo do criador e o tempo das criaturas são
> tempos diferentes. O criador deseja certamente que do seu ponto
> de vista o tempo das criaturas pareça rápido. Só que o tempo de
> computação depende do realismo da simulação, da velocidade do
> computador e do tamanho do universo. Qual é a relação entre todas
> estas variáveis?
>
>

Vai depender da tecnologia, por exemplo se nosso universo for virtual
entao um seculo de nosso tempo poderia correspnder a um segundo
no universo real.

[]s
jocax

===============================
"O Simulador "


Na mesa de um Bar professor e aluno divagam :

Aluno :- A Historia da computacao tem cerca de uns 300 anos, e vista do
seus primordios, o que temos hoje pareceria ficcao cientifica.

Prof : - De fato, principalmente no campo da simulacao.
Vc poderia imaginar entao daqui ha uns 3 milhoes de anos, como
seria o
poder computacional ?!

Aluno: - Acho que e’ quase impossivel , mesmo imaginar !

Prof : - De fato, provavelmente, nao sera nem mesmo o homo-sapiens que
habitara a terra, se e’ que ela ainda existira.

Aluno : - Com esses computadores imagine a qualidade e o poder de
simulacao, acho que poderiam simular quase tudo.

Prof : - Sim , creio que ate’ mesmo um universo virtual poderia ser
simulado em tais maquinas, talvez, por exemplo, com cada atomo desse
universo sendo representado por um objeto...

Aluno: - Nesta simulacao, talvez ate’ mesmo algum tipo de ‘vida’
poderia aparecer, nao ?

Prof : - Perfeitamente, seria um otimo laboratorio para o estudo da
evolucao! Creio que ate’ formas de vida inteligentes poderiam aparecer
de um tal simulador.

Aluno: - Poderiam estas formas de vida inteligente descobrir que estao
sendo ‘simuladas’ dentro de um computador? e que na verdade sao
criaturas virtuais?

Prof: - Creio que elas poderiam ter indicios de que sao objetos virtuais
desde que tenham alcancado um nivel cultural e tecnologico avancado.

Aluno : - Como assim ?

Prof : - Mesmo um computador avancadissimo teria certas limitacoes : sua
precisao de calculo continuaria finita e o tempo de processamento nao
poderia ser instantaneo.

Aluno : E Dai?

Prof :- Neste caso estes seres virtuais poderiam perceber que nao
conseguiriam medir a posicao de uma particula com precisao infinita,
uma vez que o computador que simula a particula tem precisao finita.
Um outro indicio seria perceber que as leis fisicas de seu mundo, como
que por magica, obedecem a formulas matematicas simples,
fruto do modelo matematico que o simulador segue.

Aluno : -Interessante ! A propria velocidade maxima de propagacao de
informacao neste mundo deveria estar limitada a um valor maximo.

Prof. : - Sim , decorrente das proprias limitacoes de precisao e
velocidade do simulador. Haveria um efeito de tunelamento na qual uma
particula atravessa uma barreira, que poderia ser facilmente explicado
pela imprecisao computacional.

Aluno : - Sera que tais seres aceitariam uma tal constatacao,
a de que sao, na realidade, 'seres virtuais' ?

Prof : - Nao creio , seria algo muito duro de se aceitar. Como se todo
seu universo fizesse parte de um ‘sonho’ que poderia se apagar a
qualquer momento.

Aluno : - E os responsaveis pelo experimento ? Teriam coragem de
desligar o simulador desse universo virtual?

Prof : - Nao sei , o jeito e’ esperar para ver. De qualquer modo,
quando nos desligarem nao sentiremos nada mesmo !

------------------------------------------------
Joao Carlos Holland de Barcellos ( jocax@usp.br)
Set/1997
Extraido de :

http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/39


> --
> joão
> http://www.nonio.com
> http://www.explicacoes.com
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: RES: metafísica
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/08/2001 11:31

Jocax,

Posso mandar seu conto "O Simulador" para uns amigos, obviamente com os
devidos créditos?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/08/2001 12:28

Claro, eh uma honra :-)

pode ateh torna-lo publico.

[]s
jocax

"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

> Jocax,
>
> Posso mandar seu conto "O Simulador" para uns amigos, obviamente com os
> devidos créditos?
>
> []'s
>
> Alexandre Medeiros
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/08/2001 13:29

Respondendo ao Jocax e ao Alexandre,

Vou tentar explicar onde eu quero chegar. O tipo de universo que nós
podemos simular está limitado pelo poder do computador que possuímos.
Esse poder depende da energia/massa disponível e a velocidade de
processamento está limitada pela velocidade
da luz. Sendo assim, para um determinado tamanho do universo simulado o
tempo de simulação está limitado.

Para alem disso, a textura física do universo simulado terá sempre que
ser discreta e não contínua. O mesmo é verdade para o tempo.

Não é óbvio para mim que seja possível criar um universo deste tipo
sem deixar indícios claros de que se trata de uma simulação. Os
físicos virtuais poderiam supor que o universo é uma simulação e a
partir daí descobrir que o meta-universo tem que ter determinadas
características mínimas, caso contrário a simulação não seria
possível. É óbvio que eles não poderiam determinar as características
exactas apenas da física observável porque isso significaria que nós
só podemos criar um e só um tipo de mundo virtual. Mas estamos aqui
a excluir a possibilidade de o nosso universo não afectar as
simulações. Pode ser criado um mundo perfeitamente hermético em a
consciência possa emergir? Ou será que o hermetismo torna a
consciência impossível?

Para que não haja comunicação entre o nosso universo e o universo
simulado parece-me que a física terá que ser sempre deterministica.
Nenhum elemento aleatório poderá ser adicionado durante a simulação.
Será mesmo possível criar um mundo interessante com uma física
determinista?

Outra questão interessante. Imaginemos um físico virtual que estuda
partículas elementares . O que é que ele irá encontrar como partícula
fundamental? Uma vez que o tecido do espaço simulado é necessariamente
discreto, não iria ele encontrar coisas muito estranhas, contrárias
à percepção habitual? Não existiria neste universo um Princípio de
Heisenberg qualquer que poderia levar os físicos virtuais a especular
sobre um metauniverso? A questão é que, como o tecido do espaço
virtual é necessariamente discreto é muito difícil esconder o que está
por detrás da simulação. Terá sempre que existir um limite às
observações que levarão os físicos virtuais a suspeitar que existe
uma ordem superior. Poderá o cientista que faz o programa esconder
o facto de existirem variáveis escondidas?




--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: RES: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/08/2001 14:43

> -----Mensagem original-----
> De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
>
> Respondendo ao Jocax e ao Alexandre,
>
> Vou tentar explicar onde eu quero chegar. O tipo de universo que nós
> podemos simular está limitado pelo poder do computador que possuímos.
> Esse poder depende da energia/massa disponível e a velocidade de
> processamento está limitada pela velocidade
> da luz. Sendo assim, para um determinado tamanho do universo
> simulado o tempo de simulação está limitado.

Atribuir tamanho ao universo é uma coisa esquisita. Lembra-se daquela
anedota do cara que, para percorrer 10 metros só pode avançar até a metade
do percurso até o final? No primeiro avança 5 metros, no segundo 2 e 1/2, e
assim sucessivamente. Ele estará sempre em movimento, com desaceleração
contínua, sem JAMAIS parar e sem JAMAIS atingir o fim do percurso.

> Para alem disso, a textura física do universo simulado terá sempre que
> ser discreta e não contínua. O mesmo é verdade para o tempo.

Disserte mais sobre "[...] textura física do universo simulado terá sempre
que
ser discreta e não contínua. O mesmo é verdade para o tempo." O que é
textura discreta? E discreta e não contínua? Seria o invólucro intangível do
universo: "Ops! Tem uma parede aqui no final do universo! O que será que tem
do outro lado?"

> Não é óbvio para mim que seja possível criar um universo deste tipo
> sem deixar indícios claros de que se trata de uma simulação. Os
> físicos virtuais poderiam supor que o universo é uma simulação e a
> partir daí descobrir que o meta-universo tem que ter determinadas
> características mínimas, caso contrário a simulação não seria
> possível. É óbvio que eles não poderiam determinar as
> características exactas apenas da física observável porque
> isso significaria que nós só podemos criar um e só um tipo
> de mundo virtual. Mas estamos aqui a excluir a possibilidade de
> o nosso universo não afectar as simulações. Pode ser criado
> um mundo perfeitamente hermético em a consciência possa
> emergir? Ou será que o hermetismo torna a consciência impossível?

Talvez possível, se for criado com esse propósito: consciência.

> Para que não haja comunicação entre o nosso universo e o universo
> simulado parece-me que a física terá que ser sempre deterministica.
> Nenhum elemento aleatório poderá ser adicionado durante a simulação.

Só não entendi qual a relação de causa e efeito entre "ser sempre
determinística" [a física] e "impossibilidade de comunicação entre o
universo real (sic!) e o virtual", pois mesmo sendo impossível adicionar
elementos aleatórios durante a simulação, você pode, de dentro mesmo da
simulação, gerar elementos aleatórios e assim quebrar o determinismo. Só não
sei se isso poderia levar à violação das próprias leis físicas do simulador.

Talvez o Princípio da Incerteza seja este elemento aleatório! Se procedente
tal afirmação, não descarto a possíbilidade de sermos virtuais.

> Será mesmo possível criar um mundo interessante com uma física
> determinista?

Acho que seria um mundo interessante sim. Embora, num universo determinista,
conhecendo as variáveis atuais, vc possa fezer engenharia reversa e
descobrir as condições iniciais, o mesmo não vale para descobrir o que vai
acontecer a longo prazo. Você pode DETERMINAR infinitas possibilidades
futuras de acordo com as condições atuais. Mas como saber qual delas
ocorrerá? Isso pode levar a outra conjectura: se o Princípio da Incerteza é
inevitável, será impossível criar um universo determinístico.

> Outra questão interessante. Imaginemos um físico virtual que estuda
> partículas elementares. O que é que ele irá encontrar como partícula
> fundamental? Uma vez que o tecido do espaço simulado é necessariamente
> discreto, não iria ele encontrar coisas muito estranhas, contrárias
> à percepção habitual?

Que coisas estranhas? Dê exemplos estranhos.

> Não existiria neste universo um Princípio de
> Heisenberg qualquer que poderia levar os físicos virtuais a especular
> sobre um metauniverso? A questão é que, como o tecido do espaço
> virtual é necessariamente discreto é muito difícil esconder o
> que está
> por detrás da simulação. Terá sempre que existir um limite às
> observações que levarão os físicos virtuais a suspeitar que existe
> uma ordem superior. Poderá o cientista que faz o programa esconder
> o facto de existirem variáveis escondidas?

Isso é um paradoxo. Só podem existir variáveis ocultas em termos de
contexto. No sistema como um todo não faz sentido falar em variáveis
ocultas. Mesmo em termos de contexto você pode deduzir as variáveis ocultas
utilizando álgebra booleana. Basta conhecer a função do contexto. Ok! Nem
sempre é possível identificar a função de um contexto, ou identificá-la de
modo equivocado. Talvez a física quântica que o Alberto Mesquita tanto
detona seja um desses contextos cuja função não foi identificada
corretamente.

Mas isso não responde à questão fundamental. Por que o universo existe?
Digo: pode ter um motivo para o criador de universos virtuais, mas qual será
o motivo da existência do universo do criador de universos?


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/08/2001 15:04



"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

>
> Atribuir tamanho ao universo é uma coisa esquisita. Lembra-se daquela
> anedota do cara que, para percorrer 10 metros só pode avançar até a metade
> do percurso até o final? No primeiro avança 5 metros, no segundo 2 e 1/2, e
> assim sucessivamente. Ele estará sempre em movimento, com desaceleração
> contínua, sem JAMAIS parar e sem JAMAIS atingir o fim do percurso.

Quando eu falo em tamanho, falo em número de graus de liberdade.
A quantidade de informação necessária para especificar o universo
simulado tem que ser sempre menor ou igual à informação necessária
para especificar o nosso universo. É claro que o tempo também é
um factor. Podemos simular universos maiores que o nosso, mas
isso demoraria mais tempo que o tempo percepcionado pelos físicos
virtuais.

>
> > Para alem disso, a textura física do universo simulado terá sempre que
> > ser discreta e não contínua. O mesmo é verdade para o tempo.
>
> Disserte mais sobre "[...] textura física do universo simulado terá sempre
> que
> ser discreta e não contínua. O mesmo é verdade para o tempo." O que é
> textura discreta? E discreta e não contínua? Seria o invólucro intangível do
> universo: "Ops! Tem uma parede aqui no final do universo! O que será que tem
> do outro lado?"

O equivalente a átomos ou algo ainda mais fundamental.

> > Para que não haja comunicação entre o nosso universo e o universo
> > simulado parece-me que a física terá que ser sempre deterministica.
> > Nenhum elemento aleatório poderá ser adicionado durante a simulação.
>
> Só não entendi qual a relação de causa e efeito entre "ser sempre
> determinística" [a física] e "impossibilidade de comunicação entre o
> universo real (sic!) e o virtual",

Se não se pode adicionar informação a meio da simulação o resultado
está determinado desde o início.

>pois mesmo sendo impossível adicionar
> elementos aleatórios durante a simulação, você pode, de dentro mesmo da
> simulação, gerar elementos aleatórios e assim quebrar o determinismo. Só não
> sei se isso poderia levar à violação das próprias leis físicas do simulador.

Como é que se geram elementos aleatórios com algorítmos? Tenho
impressão que é impossível. Um programa com a mesma entrada de
dados produz sempre o mesmo resultado. A fonte de aleatoriedade tem
que ser externa. Por exemplo, a partir do relógio do computador.

> > Será mesmo possível criar um mundo interessante com uma física
> > determinista?
>
> Acho que seria um mundo interessante sim. Embora, num universo determinista,
> conhecendo as variáveis atuais, vc possa fezer engenharia reversa e
> descobrir as condições iniciais,

Isso não é verdade. Ou pelo menos não é óbvio. Só quando os fenómenos
são reversiveis é que é possível determinar o passado a partir do
presente.

> o mesmo não vale para descobrir o que vai
> acontecer a longo prazo. Você pode DETERMINAR infinitas possibilidades
> futuras de acordo com as condições atuais.

Num universo determinista o pode, em principio, ser determinado a
partir do presente. O passado, só se os fenómenos forem reversíveis.


> > Outra questão interessante. Imaginemos um físico virtual que estuda
> > partículas elementares. O que é que ele irá encontrar como partícula
> > fundamental? Uma vez que o tecido do espaço simulado é necessariamente
> > discreto, não iria ele encontrar coisas muito estranhas, contrárias
> > à percepção habitual?
>
> Que coisas estranhas? Dê exemplos estranhos.

Coisas análogas à mecânica quântica. O micro comportar-se-ia sempre
de forma diferente que o macro.


> Isso é um paradoxo. Só podem existir variáveis ocultas em termos de
> contexto. No sistema como um todo não faz sentido falar em variáveis
> ocultas. Mesmo em termos de contexto você pode deduzir as variáveis ocultas
> utilizando álgebra booleana. Basta conhecer a função do contexto. Ok! Nem
> sempre é possível identificar a função de um contexto, ou identificá-la de
> modo equivocado.

A ideia é que os físicos virtuais pressentiriam a ausência de
variáveis que o físico simulador saberia perfeitamente quais são.
Isto é, para os físicos virtuais, essas variáveis são ocultas,
para nós essas variáveis são reais. É isto que você quer dizer com
contexto.

>
> Mas isso não responde à questão fundamental. Por que o universo existe?
> Digo: pode ter um motivo para o criador de universos virtuais, mas qual será
> o motivo da existência do universo do criador de universos?

Mas essa é fácil. Podemos imaginar que os nossos físicos simulados
também podem criar mundos simulados e que o nosso cientista imaginário
também vive num. É tudo simulações encaixadas umas nas outras até ao
infinito.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/08/2001 15:26

João Mário Miranda wrote:

> Respondendo ao Jocax e ao Alexandre,
>
> Vou tentar explicar onde eu quero chegar. O tipo de universo que nós
> podemos simular está limitado pelo poder do computador que possuímos.

Nao estou tao certo disso nao. Acho q a velocidade da simulacao
esta limitada pelo computador de simulacao e nao o tipo de
universo que pode ser simulado.


>
> Esse poder depende da energia/massa disponível e a velocidade de
> processamento está limitada pela velocidade
> da luz. Sendo assim, para um determinado tamanho do universo simulado o
> tempo de simulação está limitado.

Bom, talvez dependa o qto se queira avancar na simulacao , neh?


>
>
> Para alem disso, a textura física do universo simulado terá sempre que
> ser discreta e não contínua. O mesmo é verdade para o tempo.
>

Acho que sim.


>
> Não é óbvio para mim que seja possível criar um universo deste tipo
> sem deixar indícios claros de que se trata de uma simulação.

Sim, ei citei no meu "simulador" que os indicios seriam a quantizacao
e as leis fisicas seguirem modelos matematicos.


> Os
> físicos virtuais poderiam supor que o universo é uma simulação e a
> partir daí descobrir que o meta-universo tem que ter determinadas
> características mínimas, caso contrário a simulação não seria
> possível.

Sim.


> É óbvio que eles não poderiam determinar as características
> exactas apenas da física observável porque isso significaria que nós
> só podemos criar um e só um tipo de mundo virtual. Mas estamos aqui
> a excluir a possibilidade de o nosso universo não afectar as
> simulações.

Acho q ele pode afetar *muito* pouco. A flexibilidade de modelos
eh enorme, praticamente imlimitado....

> Pode ser criado um mundo perfeitamente hermético em a
> consciência possa emergir? Ou será que o hermetismo torna a
> consciência impossível?

Claro que nao. A consciencia poderia surgir naturalmente
no universo virtual assim como surgiu no nosso universo.
Nao podemos afirmar q nosso universo nao esta sendo simulado
tambem ! :-)

>
>
> Para que não haja comunicação entre o nosso universo e o universo
> simulado parece-me que a física terá que ser sempre deterministica.

Nao vejo o porque disso.

>
> Nenhum elemento aleatório poderá ser adicionado durante a simulação.
> Será mesmo possível criar um mundo interessante com uma física
> determinista?

Pq?, acho possivel.

Mas o computador poderia ter um gerador aleatorio que poderia participar
da simulacao se fosse o caso.

Surge uma interessante questao:
O universo deles seria determinista para nos. Mas para eles eu ACHO
que nao poderia ser ! Interessante, neh?

>
>
> Outra questão interessante. Imaginemos um físico virtual que estuda
> partículas elementares . O que é que ele irá encontrar como partícula
> fundamental?

Acho q vai depender do modelo do universo virtual.


> Uma vez que o tecido do espaço simulado é necessariamente
> discreto, não iria ele encontrar coisas muito estranhas, contrárias
> à percepção habitual?

Como a mecanica quantica que temos aqui ?!?! :-)


> Não existiria neste universo um Princípio de
> Heisenberg qualquer que poderia levar os físicos virtuais a especular
> sobre um metauniverso?

Sim, podem especular , mas nao vejo onde poderiam chegar...

( E se tentassem criar um didive by zero = big-bang ? :-) )


> A questão é que, como o tecido do espaço
> virtual é necessariamente discreto é muito difícil esconder o que está
> por detrás da simulação. Terá sempre que existir um limite às
> observações que levarão os físicos virtuais a suspeitar que existe
> uma ordem superior. Poderá o cientista que faz o programa esconder
> o facto de existirem variáveis escondidas?
>

Boa ideia !
Veja q situacao interessante: a pessoa que faz o programa
nao sabe , na verdade, o fruto de sua simulacao assim
como quem fez o programa que derrotou o Kasparov..

Se existir um gerador aleatorio no programa simulador
nem quem fez o programa poderia saber predizer seu futuro, neh?

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/08/2001 16:42



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> Boa ideia !
> Veja q situacao interessante: a pessoa que faz o programa
> nao sabe , na verdade, o fruto de sua simulacao assim
> como quem fez o programa que derrotou o Kasparov..
>
> Se existir um gerador aleatorio no programa simulador
> nem quem fez o programa poderia saber predizer seu futuro, neh?


Mas a questão é que não existem geradores aleatórios. Os geradores
aleatórios que existem são 1 de dois tipos:

1 - geram um numero aleatório através de um algoritmo perfeitamente
deterministico a partir de outra variável interna à simulação. O
número gerado pode sempre ser previsto por quem conhece o algoritmo
e o número inicial.

2 - geram um numero aleatório através de um algoritmo perfeitamente
deterministico a partir de informação que vem do mundo físico
externo. Um habitante da simulação não consegue prever o futuro
mas consegue perceber que está a entrar informação do universo
externo. O gerador não é aleatório do ponto de vista do cientista
que vive no mundo físico.

É por isso que eu digo algures que uma simulação isolada da realidade
é sempre deterministica para quem vive lá dentro.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: off topic: Campeao de xadrez desafia computador
FROM: "L.B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/08/2001 17:34

Olá pessoal,
Falando em mundo virtual, aqui vai uma notícia sobre inteligência
artificial no mundo real...


Campeão de xadrez desafia computador

O campeão mundial de xadrez Vladimir Kramnik está
disposto a enfrentar Deep Fritz, o mais avançado computador dedicado à
modalidade.
De acordo com a Ananova, Kramnik, antigo pupilo de
Kasparov, está confiante na supremacia das capacidades humanas sobre a
tecnologia.
A partida, marcada para dia 12 de Outubro, será um
'remake' da disputa homem versus máquina, protagonizada por Garry
Kasparov, há alguns anos. No entanto, apesar da derrota do antigo
professor, Kramnik, de 25 anos, está confiante nas suas
possibilidades.
As regras da competição sofreram algumas alterações. Ao
contrário de Kasparov, Kramnik poderá ver os jogos disputados
anteriormente pelo computador. Além disso, a partida será interrompida
de seis em seis horas, para compensar a ausência de cansaço da
máquina.
Resta saber se este equilíbrio de forças é suficiente
para garantir a vitória do campeão de xadrez sobre o poderoso
computador.

fonte:
http://www.digito.pt/tecnologia/noticias/tec4180.html
____________________________________________________________________

Abraços,
Leandro.



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/08/2001 17:51

João Mário Miranda wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> >
> > Boa ideia !
> > Veja q situacao interessante: a pessoa que faz o programa
> > nao sabe , na verdade, o fruto de sua simulacao assim
> > como quem fez o programa que derrotou o Kasparov..
> >
> > Se existir um gerador aleatorio no programa simulador
> > nem quem fez o programa poderia saber predizer seu futuro, neh?
>
> Mas a questão é que não existem geradores aleatórios. Os geradores
> aleatórios que existem são 1 de dois tipos:
>
> 1 - geram um numero aleatório através de um algoritmo perfeitamente
> deterministico a partir de outra variável interna à simulação. O
> número gerado pode sempre ser previsto por quem conhece o algoritmo
> e o número inicial.
>
> 2 - geram um numero aleatório através de um algoritmo perfeitamente
> deterministico a partir de informação que vem do mundo físico
> externo. Um habitante da simulação não consegue prever o futuro
> mas consegue perceber que está a entrar informação do universo
> externo.

Nao creio q conseguiria, para ele seriam fenomenos aleatorios
como os sao, para nos, o fenomeno do decaimento de uma particula.
Nao sabemos o q causa o decaimento...


> O gerador não é aleatório do ponto de vista do cientista
> que vive no mundo físico.

Sim , mas poderia se-lo se o gerador pegasse informacoes
de um detector radioativo ! :-))))

>
>
> É por isso que eu digo algures que uma simulação isolada da realidade
> é sempre deterministica para quem vive lá dentro.
>

Eu acho q eh justamente o contrario !!
Com certezsa para quem esta DENTRO do universo virtual vai ser SEMPRE
indeterministica. Percebe q o proprio fato de tentar determinar provoca efeito na
determinacao ?

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/08/2001 20:18



João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> >
> > Boa ideia !
> > Veja q situacao interessante: a pessoa que faz o programa
> > nao sabe , na verdade, o fruto de sua simulacao assim
> > como quem fez o programa que derrotou o Kasparov..
> >
> > Se existir um gerador aleatorio no programa simulador
> > nem quem fez o programa poderia saber predizer seu futuro, neh?
>
> Mas a questão é que não existem geradores aleatórios. Os geradores
> aleatórios que existem são 1 de dois tipos:
>
> 1 - geram um numero aleatório através de um algoritmo perfeitamente
> deterministico a partir de outra variável interna à simulação. O
> número gerado pode sempre ser previsto por quem conhece o algoritmo
> e o número inicial.
>
> 2 - geram um numero aleatório através de um algoritmo perfeitamente
> deterministico a partir de informação que vem do mundo físico
> externo. Um habitante da simulação não consegue prever o futuro
> mas consegue perceber que está a entrar informação do universo
> externo. O gerador não é aleatório do ponto de vista do cientista
> que vive no mundo físico.
>
> É por isso que eu digo algures que uma simulação isolada da realidade
> é sempre deterministica para quem vive lá dentro.
>
> --
Oi,

Isso ocorre de fato, em outras palavras, não há processo lógico
computacional deteminístico. Um dos objetivos principais de um
computador quântico é justamente este, pegar fenômenos que são, segundo
a mecânica quântica, aleatórios e gerar condições verdadeiramente
probabilísticas. Usar-se-ia, para tanto, decaimento de semicondutores,
processos moleculares, etc...

Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/08/2001 22:20



Eduardo Gueron wrote:
>
>
> Isso ocorre de fato, em outras palavras, não há processo lógico
> computacional deteminístico

Corrigindo: não há processo computacional probabilístico, aleatório.


SUBJECT: Sonho Lúcido
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/08/2001 23:17

Talvez isso signifique q. controlarmos conscientemente
o sonho, e assim termos a possibilidade de pensarmos
mais logicamente, induza a um sono mais superficial --
de-nos a sensacao de q. nao descansamos bem...
----------------------

É. Eu acho que eu descansava menos quando controlava meus sonhos.
Em parte por causa disso, eu tambem "desencanei" de controlá-los. Agora só
faço isso de vez em quando.

Outra coisa: Estamos discutindo sobre os sonhos, mas nem temos uma definição
precisa do que são. Talvez a propria ideia de ter consciencia e controle no
"sonho", já o desqualifique como tal.

Até...

<Bruno Woltzenlogel Paleo>






SUBJECT: Computador procura origem do Universo
FROM: "L.B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/08/2001 16:44

Computador procura origem do Universo



Um supercomputador, desenvolvido na Inglaterra, irá tentar desvendar
a origem do Universo. A poderosa máquina, a maior da Academia
Britânica e a mais poderosa da Europa, tentará responder a uma das
questões mais complexas da humanidade: ''Como foi criado o Universo?''

De acordo com a Agência Reuters, o computador custa cerca de 440 mil
contos. No entanto, de acordo com a Universidade de Durham, na
Inglaterra, não se trata de um mau investimento. A máquina cosmológica
é capaz de armazenar conteúdos da Livraria Britânica e ainda lhe sobra
espaço na memória.
O supercomputador, constituído por 152 processadores, consegue
realizar 10 mil milhões de cálculos por segundo. Utilizando informação
astrológica, pode criar simulações detalhadas da formação do Universo.

Por isso, Carlos Frenk, do Departamento de Física da Universidade,
afirma: ''A nova máquina permite recrear toda a evolução do Universo,
desde o Big Bang até aos nossos dias''. ''O Computador será
confrontado com um dos grandes desafios da ciência: o conhecimento das
origens do Universo'', salientou.
A máquina foi apresentada por Patricia Hewitt, secretária de Estado
britânica do Comércio e Indústria.

Fonte:
http://www.digito.pt/tecnologia/noticias/tec4187.html

__________________________________________________________________


Abraços,
Leandro.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Computador procura origem do Universo
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/08/2001 16:48



"... Utilizando informação ASTROLÓGICA, pode criar ..."

Preferiria, pessoalmente, que utilizassem informações astronômicas... :-)

[]s,
Stafusa




On Sat, 4 Aug 2001, L.B. Holanda wrote:

> Computador procura origem do Universo
>
>
>
> Um supercomputador, desenvolvido na Inglaterra, irá tentar desvendar
> a origem do Universo. A poderosa máquina, a maior da Academia
> Britânica e a mais poderosa da Europa, tentará responder a uma das
> questões mais complexas da humanidade: ''Como foi criado o Universo?''
>
> De acordo com a Agência Reuters, o computador custa cerca de 440 mil
> contos. No entanto, de acordo com a Universidade de Durham, na
> Inglaterra, não se trata de um mau investimento. A máquina cosmológica
> é capaz de armazenar conteúdos da Livraria Britânica e ainda lhe sobra
> espaço na memória.
> O supercomputador, constituído por 152 processadores, consegue
> realizar 10 mil milhões de cálculos por segundo. Utilizando informação
> astrológica, pode criar simulações detalhadas da formação do Universo.
>
> Por isso, Carlos Frenk, do Departamento de Física da Universidade,
> afirma: ''A nova máquina permite recrear toda a evolução do Universo,
> desde o Big Bang até aos nossos dias''. ''O Computador será
> confrontado com um dos grandes desafios da ciência: o conhecimento das
> origens do Universo'', salientou.
> A máquina foi apresentada por Patricia Hewitt, secretária de Estado
> britânica do Comércio e Indústria.
>
> Fonte:
> http://www.digito.pt/tecnologia/noticias/tec4187.html
>
> __________________________________________________________________
>
>
> Abraços,
> Leandro.
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Novo microscopio utiliza anti-materia
FROM: "L.B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/08/2001 17:06

Microscópio utiliza anti-matéria



O SPM (Scanning Positron Microscope), como é denominado, está a ser
desenvolvido pela Universidade Militar de Munique, na Alemanha,
utilizando anti-matéria para gerar as imagens resultantes das
análises, mais precisamente os positrões, ou anti-electrões, que
possuem a mesma massa do electrão mas com as demais propriedades
opostas a este último.

Segundo a reportagem publicada pela Scientifc American, este
microscópio adquire os positrões de um isótopo de sódio, que depois
passam por uma série de campos eléctricos que servem para focar o
feixe de positrões, fazendo com que este venha a ter um diâmetro de
dois mícron.

Será com este minúsculo feixe que a análise dos materiais será
realizada. Graças à carga dos positrões, o feixe é direccionado para
as imperfeições do material que são como ''lacunas'' formadas a partir
da falta de um núcleo com carga positiva naquela área.

Como não existe o núcleo, a probabilidade da existência de electrões
também é reduzida, pelo que a probabilidade de anulação dos positrões
com os electrões é reduzida, promovendo uma maior duração de vida para
o feixe.

Ao anularem-se, os positrões e os electrões geram uma luminosidade e,
com a medição do intervalo de tempo entre a emissão do feixe e a luz
resultante da anulação das partículas, é possível o cálculo do número
de lacunas existentes numa dada região.

Os responsáveis pelo SPM esperam desenvolver mais o microscópio que,
a médio prazo, poderá ser utilizado para analisar falhas como a
corrosão ou até mesmo problemas em materiais semicondutores.

Fonte:
http://www.digito.pt/tecnologia/noticias/tec4192.html
__________________________________________________________________

Abraços,
Leandro.




SUBJECT: Re: Computador procura origem do Universo
FROM: "L.B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/08/2001 17:12

Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@f...> wrote:


> "... Utilizando informação ASTROLÓGICA, pode criar ..."
>
> Preferiria, pessoalmente, que utilizassem informações
astronômicas... :-)
>
> []s,
> Stafusa


Eu também! Na verdade, penso que era isso o que a jornalista quis
dizer... (ele e eu comemos barriga nessa) :o)
Valeu o aviso.

Abraços,
Leandro.

>
> On Sat, 4 Aug 2001, L.B. Holanda wrote:
>
> > Computador procura origem do Universo
> >
> >
> >
> > Um supercomputador, desenvolvido na Inglaterra, irá tentar
desvendar
> > a origem do Universo. A poderosa máquina, a maior da Academia
> > Britânica e a mais poderosa da Europa, tentará responder a uma das
> > questões mais complexas da humanidade: ''Como foi criado o
Universo?''
> >
> > De acordo com a Agência Reuters, o computador custa cerca de 440
mil
> > contos. No entanto, de acordo com a Universidade de Durham, na
> > Inglaterra, não se trata de um mau investimento. A máquina
cosmológica
> > é capaz de armazenar conteúdos da Livraria Britânica e ainda lhe
sobra
> > espaço na memória.
> > O supercomputador, constituído por 152 processadores, consegue
> > realizar 10 mil milhões de cálculos por segundo. Utilizando
informação
> > astrológica, pode criar simulações detalhadas da formação do
Universo.
> >
> > Por isso, Carlos Frenk, do Departamento de Física da
Universidade,
> > afirma: ''A nova máquina permite recrear toda a evolução do
Universo,
> > desde o Big Bang até aos nossos dias''. ''O Computador será
> > confrontado com um dos grandes desafios da ciência: o conhecimento
das
> > origens do Universo'', salientou.
> > A máquina foi apresentada por Patricia Hewitt, secretária de
Estado
> > britânica do Comércio e Indústria.
> >
> > Fonte:
> > http://www.digito.pt/tecnologia/noticias/tec4187.html
> >
> > __________________________________________________________________
> >
> >
> > Abraços,
> > Leandro.
> >
> >
> >
> > &&& --- &&&
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@y...
> > &&& --- &&&
> >
> > Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
> >
> >



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Computador procura origem do Universo
FROM: "Pablo \(Main\)" <pablo@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/08/2001 17:36


Sobre a questão em tela, me parece que....
O texto foi elaborado por um legítimo português, daqueles de
Portugal mesmo, conforme denunciam os trechos: "cerca de 440 mil contos" ou
"A nova máquina permite recrear toda a evolução" e a fonte
"http://www.digito.pt"

NÃO ESTOU CERTO DO QUE DIGO, mas essas "falhas" (duvido que qualquer
máquina do mundo tenha capacidade de "recrear" TODO o universo, mas talvez
possa recrIar) podem ser porque o texto foi escrito por um português e, quem
sabe, lá não se usa recrear por recriar.

Com relação ao termo ASTROLOGIA, existe uma possibilidade de (não
sei se isso é verdade), em Portugual, utilizarem a palavra ASTROLOGIA no
sentido de ASTROLOGIA NATURAL, que, segundo o Aurélio (que é brasileiro),
nada mais é do que um sinonimo para ASTRONOMIA.

Alguém pode confirmar isso?

[]s
Pablo
----- Original Message -----
From: "L.B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Saturday, August 04, 2001 5:12 PM
Subject: [ciencialist] Re: Computador procura origem do Universo


> Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@f...> wrote:
>
>
> > "... Utilizando informação ASTROLÓGICA, pode criar ..."
> >
> > Preferiria, pessoalmente, que utilizassem informações
> astronômicas... :-)
> >
> > []s,
> > Stafusa
>
>
> Eu também! Na verdade, penso que era isso o que a jornalista quis
> dizer... (ele e eu comemos barriga nessa) :o)
> Valeu o aviso.
>
> Abraços,
> Leandro.
>
> >
> > On Sat, 4 Aug 2001, L.B. Holanda wrote:
> >
> > > Computador procura origem do Universo
> > >
> > >
> > >
> > > Um supercomputador, desenvolvido na Inglaterra, irá tentar
> desvendar
> > > a origem do Universo. A poderosa máquina, a maior da Academia
> > > Britânica e a mais poderosa da Europa, tentará responder a uma das
> > > questões mais complexas da humanidade: ''Como foi criado o
> Universo?''
> > >
> > > De acordo com a Agência Reuters, o computador custa cerca de 440
> mil
> > > contos. No entanto, de acordo com a Universidade de Durham, na
> > > Inglaterra, não se trata de um mau investimento. A máquina
> cosmológica
> > > é capaz de armazenar conteúdos da Livraria Britânica e ainda lhe
> sobra
> > > espaço na memória.
> > > O supercomputador, constituído por 152 processadores, consegue
> > > realizar 10 mil milhões de cálculos por segundo. Utilizando
> informação
> > > astrológica, pode criar simulações detalhadas da formação do
> Universo.
> > >
> > > Por isso, Carlos Frenk, do Departamento de Física da
> Universidade,
> > > afirma: ''A nova máquina permite recrear toda a evolução do
> Universo,
> > > desde o Big Bang até aos nossos dias''. ''O Computador será
> > > confrontado com um dos grandes desafios da ciência: o conhecimento
> das
> > > origens do Universo'', salientou.
> > > A máquina foi apresentada por Patricia Hewitt, secretária de
> Estado
> > > britânica do Comércio e Indústria.
> > >
> > > Fonte:
> > > http://www.digito.pt/tecnologia/noticias/tec4187.html
> > >
> > > __________________________________________________________________
> > >
> > >
> > > Abraços,
> > > Leandro.
> > >
> > >
> > >
> > > &&& --- &&&
> > > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > > Para sair da lista envie um mail para
> > > ciencialist-unsubscribe@y...
> > > &&& --- &&&
> > >
> > > Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
> http://docs.yahoo.com/info/terms/
> > >
> > >
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Computador procura origem do Universo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/08/2001 17:36



"L.B. Holanda" wrote:

>
> Eu também! Na verdade, penso que era isso o que a jornalista quis
> dizer... (ele e eu comemos barriga nessa) :o)
> Valeu o aviso.

Na verdade, a jornalista não sabe a diferença.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Computador procura origem do Universo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/08/2001 17:46



"Pablo (Main)" wrote:

>
> NÃO ESTOU CERTO DO QUE DIGO, mas essas "falhas" (duvido que qualquer
> máquina do mundo tenha capacidade de "recrear" TODO o universo, mas talvez
> possa recrIar) podem ser porque o texto foi escrito por um português e, quem
> sabe, lá não se usa recrear por recriar.

Não!

recrear=brincar
recriar=criar de novo

No entanto as palavras têm a mesma origem latina.


> Com relação ao termo ASTROLOGIA, existe uma possibilidade de (não
> sei se isso é verdade), em Portugual, utilizarem a palavra ASTROLOGIA no
> sentido de ASTROLOGIA NATURAL, que, segundo o Aurélio (que é brasileiro),
> nada mais é do que um sinonimo para ASTRONOMIA.
>
> Alguém pode confirmar isso?


Não. Em Portugal Astrologia não é a mesma coisa que astronomia.
É claro que poderá querer dizer a mesma coisa, mas no dia-a-dia
astrologia não é utilizada para designar astronomia. Só que este
"dia-a-dia" aplica-se ao pequeno grupo de pessoas que sabe a
diferença entre astronomia e astrologia.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Computador procura origem do Universo
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/08/2001 18:06

Olá lista,

(faz tempo que eu não escrevo hein :-)

> > NÃO ESTOU CERTO DO QUE DIGO, mas essas
> > "falhas" (duvido que qualquer máquina do mundo tenha
> > capacidade de "recrear" TODO o universo, mas talvez
> > possa recrIar) podem ser porque o texto foi escrito por um
> > português e, quem sabe, lá não se usa recrear por recriar.
>
> Não!
> recrear=brincar
> recriar=criar de novo
> No entanto as palavras têm a mesma origem latina.

Olha, não sei be a procedência desta informação; mas, abrindo qualquer livro
de Huberto Rodhen (filósofo brasileiro que foi amigo de Einstein) você vai
ver uma breve explicação sobre a palavra latina CREAR e a moderna
tranformação CRIAR. CREAR, significa criar a partir do nada, como por
exemplo, "Deus crEou o Universo" ou "O pintor creou uma fantástica obra
artística" ou "Eisntein creou a teoria da relatividade". Criar serve para,
por exemplo, "O homem cria gado" ou "Criei meu filho".

Talvez o RECREAR do texto se refira a este termo.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Computador procura origem do Universo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/08/2001 18:34

Isso contradiz o meu dicionário.
Não que eu confie muito nele, mas o certo é que contradiz.

Joao

Gabriel Antunes wrote:
>
> Olá lista,
>
> (faz tempo que eu não escrevo hein :-)
>
> > > NÃO ESTOU CERTO DO QUE DIGO, mas essas
> > > "falhas" (duvido que qualquer máquina do mundo tenha
> > > capacidade de "recrear" TODO o universo, mas talvez
> > > possa recrIar) podem ser porque o texto foi escrito por um
> > > português e, quem sabe, lá não se usa recrear por recriar.
> >
> > Não!
> > recrear=brincar
> > recriar=criar de novo
> > No entanto as palavras têm a mesma origem latina.
>
> Olha, não sei be a procedência desta informação; mas, abrindo qualquer livro
> de Huberto Rodhen (filósofo brasileiro que foi amigo de Einstein) você vai
> ver uma breve explicação sobre a palavra latina CREAR e a moderna
> tranformação CRIAR. CREAR, significa criar a partir do nada, como por
> exemplo, "Deus crEou o Universo" ou "O pintor creou uma fantástica obra
> artística" ou "Eisntein creou a teoria da relatividade". Criar serve para,
> por exemplo, "O homem cria gado" ou "Criei meu filho".
>
> Talvez o RECREAR do texto se refira a este termo.
>
> Um grande abraço,
>
> Gabriel Antunes
>
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> http://www.ciencialist.hpg.com.br
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--
joão
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SUBJECT: homem aquático
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 04/08/2001 18:45

Se calhar esta é a mais interessante teoria produzida por
um cientista amador nos últimos 50 ou 100 anos. Entre
a fase tipo chimpanzé e a fase humana o Homem terá passado
por um ambiente aquático:

http://www.amazon.co.uk/exec/obidos/ASIN/0285635182/
--
joão
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SUBJECT: Re: Coeficiente de atrito
FROM: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/08/2001 19:37

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Sobre uma mesa vc tem um copo com areia e uma régua. Determine o
coeficiente de atrito da areia com areia.
> []'
> Léo
> ====================

Pessoal, eu não acredito!

Eu vi, há cerca de vinte anos atrás, no Halliday, volume 1, tomo 1,
como se mede o coeficiente de atrito da areia.
Com os dados fornecidos pelo Leo, fica mole!

Pega-se o copo e, cuidadosamente se verte a areia sobre a mesa,
procurando manter o fluxo em queda sempre na mesma posição.
Daí com a régua dá p/ medir a base e a altura do cone formado pelo
monte.
O coeficiente de atrito é a tangente do ângulo formado pela lateral
do cone.

Eu não havia respondido antes por achar que seria muito fácil alguém
lembrar de ter visto isso no referido livro...




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Computador procura origem do Universo
FROM: "Carol" <carolsturari@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/08/2001 18:27


----- Original Message -----
From: Gabriel Antunes
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Saturday, August 04, 2001 6:06 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Computador procura origem do Universo



Olá,
Sou nova na lista e gostaria de dar minha contribuição ao assunto em tela. Podemos notar que, em espanhol, há também ambas as palavras, com a tradução idêntica ao português, no mesmo sentido explicado pelo Gabriel. Notem a diferença nas frases: "Dios es el crEador del universo" e "Esa es la crIada, la empleada doméstica" Em inglês podemos ter uma idéia ainda mais nítida ao observar o uso das palavras "criate" e "raise". Exemplos: "Creator=God"e "I was born and raised in Campinas"
[]'s
Carol






Olá lista,

(faz tempo que eu não escrevo hein :-)

> > NÃO ESTOU CERTO DO QUE DIGO, mas essas
> > "falhas" (duvido que qualquer máquina do mundo tenha
> > capacidade de "recrear" TODO o universo, mas talvez
> > possa recrIar) podem ser porque o texto foi escrito por um
> > português e, quem sabe, lá não se usa recrear por recriar.
>
> Não!
> recrear=brincar
> recriar=criar de novo
> No entanto as palavras têm a mesma origem latina.

Olha, não sei be a procedência desta informação; mas, abrindo qualquer livro
de Huberto Rodhen (filósofo brasileiro que foi amigo de Einstein) você vai
ver uma breve explicação sobre a palavra latina CREAR e a moderna
tranformação CRIAR. CREAR, significa criar a partir do nada, como por
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artística" ou "Eisntein creou a teoria da relatividade". Criar serve para,
por exemplo, "O homem cria gado" ou "Criei meu filho".

Talvez o RECREAR do texto se refira a este termo.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Coeficiente de atrito
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/08/2001 19:14

Cheguei do rancho ..... vejamos as leituras gerais (e arquibancadas).....

De: "Jefferson Stafusa Elias Portela"
Assunto: Re: [ciencialist] Coeficiente de atrito


O que acha do seguinte?

Chacoalhamos o copo para que, no topo, a areia fique plana. Entao medimos
o diametro do fundo do copo e, por ultimo, verificamos a que altura temos
que elevar uma de suas bordas para que a areia comece a mover-se. Com
esses dados calculamos o angulo com a horizontal, e com este e a gravidade
calculamos a forca que foi necessaria (peso efetivo) para que a areia
comecasse a se mover e, com esta forca, calculamos o coef.

[]s
Stafusa

Olá Stafusa ... esqueça o copo, eu só o coloquei na questão para não ter que escrever assim: "sobre uma mesa temos um certa quantidade de areia e uma régua .....". tente novamente.

[]'
Léo
===============


On Thu, 2 Aug 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:

> Sobre uma mesa vc tem um copo com areia e uma régua. Determine o coeficiente de atrito da areia com areia.
> []'
> Léo
> ====================
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SUBJECT: Ectoplasma e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/08/2001 19:27

Olá 'Centaurus', e interessados na teoria ectoplasmática.

Ainda não abri, no meu sítio, a Sala para aquisição e aplicação do ectoplasma, por um motivo simples que passo a explicar:
O ectoplasma, por enquanto, havia se identificado como um plasma-frio e com tal hipótese não estava conseguindo um rendimento adequado no processo de conversão.
Nesse fim de semana fui pro rancho e lá, entrando em alfa, os sonhos deixaram bem claro onde estava meu erro. Consegui vislumbrar onde está o furo da hipótese (até então aceita) e qual a verdadeira composição do ectoplasma. É impressionante, ele é uma mistura de éter, flogístico e hetorode. O radical 'plasma' havia deturpado os resultados, a ponto de, apesar de permitir excelente explicação para o paradoxo de Olbers, desfigurar o conceito todo.
Agora sim, numa simples concentração consegui aprisionar 200 g de ectoplasma num balão de Florence.
Assim que a estrutura toda do projeto estiver escrita, colocarei no sítio para que todos possam dele desfrutar e continuar as experimentações.

[]'
Léo
=====================

De: <centaurus@mtv.com.br>
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO


e qual o endereço do seu site???Lá vc explica tudo???Vc aqui falou pouco
sobre esse tal de ectoplasma.

-- Mensagem original --

>=============================
>-----Mensagem Original-----
>De: <centaurus@mtv.com.br>
>Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
>Enviada em: quarta-feira, 1 de agosto de 2001 15:48
>Assunto: Re: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
>
>
>Poderia explicar o que é ectoplasma???Como ele surge na natureza??Se a
experiencia
>é real , a descreva aqui.Você tem evidencias???Provas reais???
>=============================
>Ectoplasma é o material (mais exatamente um plasma-frio) com que os espíritos
>trabalham para reencarnar um ser no plano físico material. Esse material
>é altamente susceptível á luz e, devido a isso, os trabalhos sobre ectoplasma
>e mesmo as operações de reencarnações devem ser feitos no escuro.
>Ele não surge na natureza, ele já existe no plano espiritual assim como
o
>ar existe no plano físico material. A transferência de um plano para o
outro
>requer energia espiritual sob alta concentração. Há pessoas mais dotadas
>do que outras para obter o grau certo de concentração. São as pessoas que
>têm o universo como seu campo de trabalho e usam a sabedoria milenar da
natureza.
>A transferência do ectoplasma do plano espiritual para o físico que eu
faço
>em sessões de concentração aqui no meu laboratório ainda não atinge o grau
>perfeito por falha minha (ainda não aprendi toda a sabedoria milenar da
natureza,
>estou no grau 7) e assim, só consigo poucos decigramas do material ...
mas
>o suficiente para manter uma lâmpada néon funcionando por 78 horas numa
conversão
>de eficiência de apenas 0,02%.
>As evidências!!?? Todos que me conhecem sabe que eu trabalho nisso há bom
>tempo e parte da energia que absorvo desse plasma-frio é que me permite
escrever
>todo o meu sítio na www. que agora já está com 1 016 123 consultas. Sem
essa
>energia jamais poderia escrever tudo aquilo pois, realmente, nunca estudei
>nada do que escrevo ... tudo vem da sabedoria do ectopasma. Quer prova
mais
>real que essa?
>
>um abraço,
>
>Léo
>====================
>
>
>-- Mensagem original --
>
>>Não mexam com os ectoplasmas pois essa é minha praia.
>>Essa modalidade de energia concentrada em forma de 'plasma frio' pode
ser
>>convertida em calor ou eletricidade ao passar do estado de plasma para
>o
>>simples estado de vapor. Há uma grande liberação de energia.
>>É sobre isso que estou trabalhando em meu laboratório e a pretensão é
fazer
>>funcionar um liquidificador usando ectoplasma.
>>Tudo indica que o ectoplasma será muito útil no motor a explosão ao passar
>>repentinamente de plasma-frio para vapor (totalmente não poluente).
>>O grande desgaste de minha parte é a concentração nos espíritos fornecedores
>>de ectoplasma. Parece que eles estão percebendo a finalidade prática e
>financeira
>>do produto, desviando de seu propósito inicial que é a reencarnação. Por
>>isso tenho conseguido apenas uma centena de gramas de ectoplasma por sessão
>>de concentração.
>>Aqui não se trata de falácia alguma e quem estiver interessado posso enviar
>>todo o roteiro experimental para o projeto mas, vou advertindo, é preciso
>>ter algum equipamento laboratorial mínimo (bobina de Tesla, gerador de
>Van
>>de Graaff, lâmpada de plasma, tubos de Braun, tubos de Pucker, bomba de
>vácuo,
>>bomba aspirante-premente, registros e torneiras de vidro etc.)
>>
>>[]'
>>Léo
>>==============
>>
>>-----Mensagem Original-----
>>De: <rmtakata@altavista.net>
>>Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
>>Enviada em: terça-feira, 31 de julho de 2001 15:47
>>Assunto: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
>>
>>
>>--- In ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> wrote:
>>>> Eu só quero saber onde está qualquer citação científica da prova da
>>> existência do plasma, superplasma e hiperplasma. Nada mais do que isto.
>>
>>Plasma existe -- e' apenas o gas ionizado -- com os eletrons
>>separados dos nuclideos devido 'a alta temperatura.
>>E' o q. temos nas estrelas.
>>
>>Mas esse plasma nada tem a ver com psicoplasma, ectoplasma
>>e quetais.
>>
>>[]s,
>>
>>Roberto Takata
>>
>>
>>
>>&&& --- &&&
>>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>>Para sair da lista envie um mail para
>>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>>&&& --- &&&
>>
>>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>>
>>
>>
>>
>>
>>&&& --- &&&
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>>http://www.ciencialist.hpg.com.br
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>>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>>
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>
>
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>_____________________________________
>eMTV: receba a mordomia eletrônica!
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Coeficiente de atrito
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/08/2001 19:31

Olá Jefferson,

apreciaria despertá-lo da falácia de seu pensamento. Não é porque foi inserido no ciencialist que um problema deva ser 'complicado'. Pode ser exatamente o oposto. A solução, por sinal, é mais trivial que a que vc propôs, com a ajuda do copo. Pense novamente usando apenas .... areia e régua.

[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: "Jefferson Stafusa Elias Portela" <stafusa@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 2 de agosto de 2001 15:43
Assunto: Re: [ciencialist] Coeficiente de atrito



Em adicao: como eh obvia, e a mais simples resposta que imaginei...
deve ter algum problema, pois se fosse tao simples nao teria
enviado, creio.
bye,
Stafusa (sempre se corrigindo)

On Thu, 2 Aug 2001, Jefferson Stafusa Elias Portela wrote:

>
> O que acha do seguinte?
>
> Chacoalhamos o copo para que, no topo, a areia fique plana. Entao medimos
> o diametro do fundo do copo e, por ultimo, verificamos a que altura temos
> que elevar uma de suas bordas para que a areia comece a mover-se. Com
> esses dados calculamos o angulo com a horizontal, e com este e a gravidade
> calculamos a forca que foi necessaria (peso efetivo) para que a areia
> comecasse a se mover e, com esta forca, calculamos o coef.
>
> []s
> Stafusa
>
>
> On Thu, 2 Aug 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> > Sobre uma mesa vc tem um copo com areia e uma régua. Determine o coeficiente de atrito da areia com areia.
> > []'
> > Léo
> > ====================
> >
> >
> > &&& --- &&&
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> > &&& --- &&&
> >
> > Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
> >
> >
>
>
> &&& --- &&&
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>
>


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Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Coeficiente de atrito
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/08/2001 20:28

De: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>

Assunto: [ciencialist] Re: Coeficiente de atrito


--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Sobre uma mesa vc tem um copo com areia e uma régua. Determine o
coeficiente de atrito da areia com areia.
> []'
> Léo
> ====================

##Pessoal, eu não acredito!

Olá Daniel, eu acredito!

##Eu vi, há cerca de vinte anos atrás, no Halliday, volume 1, tomo 1,
como se mede o coeficiente de atrito da areia.
Com os dados fornecidos pelo Leo, fica mole!

Pega-se o copo e, cuidadosamente se verte a areia sobre a mesa,
procurando manter o fluxo em queda sempre na mesma posição.
Daí com a régua dá p/ medir a base e a altura do cone formado pelo
monte.
O coeficiente de atrito é a tangente do ângulo formado pela lateral
do cone.

Eu não havia respondido antes por achar que seria muito fácil alguém
lembrar de ter visto isso no referido livro...##

Eis a resposta dada pelo Daniel (ao relembrar Halliday ... vinte anos atrás!). Vou apenas dar um toque 'pessoal' nessa resposta.

Eu prefiro realizar a experiência assim: encosto a régua perpendicularmente á mesa (zero - ou proximo de -- na mesa) segurando-a com uma das mãos; com a outra, vou derramando areia contra a régua. A areia escorre pela régua e começa a formar um cone ao redor da régua. Repare que a inclinação do cone (ângulo entre a geratriz e a mesa) não se altera conforme se acrescenta areia. esse ângulo é uma constante em se tratando daquela areia sobre aquela areia. A qualquer momento pode-se dividir a altura do cone pela metade da base (ao retirar a régua suavemente). A tangente trigonométrica, resultado dessa divisão, é o ângulo de atrito.

Comentários:
Aquele ângulo é o 'talude' daquela areia sobre aquela areia. Cada tipo de areia (cada deserto) terá um talude diferente. Todas as dunas de um mesmo deserto devem ter 'obrigatoriamente' a mesma inclinação, mesmo talude. Uma duna do Sahara (?) tem inclinação diferente de qualquer outro deserto (e é isso que nos permite ver 'erros' em filmes --- o filme da Legião Estrangeira apresentava dunas com taludes de deserto típico americano!).

Ao se cortar uma estrada para rodovias, os paredões devem ser testados (e o teste é derramar a terra da encosta para medir o ângulo de talude) para se fazer o talude (inclinação do paredão) adequado. Ângulo maior é desperdício tremendo de $$$, horas de trabalho, transporte etc; ângulo menor serão deslizamentos a serem consertados.

Em suma, cada montinho, de cada areia, de cada tipo de arroz, de cada tipo de feijão, milho etc. tem seu 'correto' talude e, com isso permite uma fácil identificação.

Aproveitando os embalos desse final de domingo, comento o mesmo resultado para os vinhos (sou um apreciador desse líquido misterioso).
Pegue uma faca e coloque a lâmina na horizontal; pingue espaçadamente gotas de vinho de procedências diferentes ... e o 'talude' (achatamento da gota pela sua tensão superficial) será diferente para cada um deles. Ocê acha que um Merlot pode ser confundido com um Cabernet? :-))

[]'
Léo
===========



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SUBJECT: Re: Ectoplasma e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/08/2001 23:49


> Agora sim, numa simples concentração consegui aprisionar 200 g de
ectoplasma num balão de Florence.

> Sem essa energia jamais poderia escrever tudo aquilo pois,
realmente, nunca estudei nada do que escrevo ... tudo vem da
sabedoria do ectopasma.

Léo, me desculpe, mas tá difícil de engolir. Eu só fico imaginando
porque você ainda não foi reclamar o prêmio de 1 milhão de dólares
junto ao Randi. E outra: porque o tal ectoplasma 'sabe' apenas o que
já foi descoberto? Será que ele pode responder como surgiu o
universo?

[]s
Raul



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ectoplasma e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/08/2001 04:11


-----Mensagem Original-----
De: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: domingo, 5 de agosto de 2001 23:49
Assunto: [ciencialist] Re: Ectoplasma e TRANSCOMUNICAÇÃO



> Agora sim, numa simples concentração consegui aprisionar 200 g de
ectoplasma num balão de Florence.

> Sem essa energia jamais poderia escrever tudo aquilo pois,
realmente, nunca estudei nada do que escrevo ... tudo vem da
sabedoria do ectopasma.

##Léo, me desculpe, mas tá difícil de engolir.##

Bem, ectoplasma não é exatamente para ser engolido. Sinceramente, isso ainda não me passou pela cabeça. Com ele se pode fazer boca ... dificilmente engolir a si mesmo!


##Eu só fico imaginando porque você ainda não foi reclamar o prêmio de 1 milhão de dólares
junto ao Randi.##

Ora, estou ainda em fase de estudo sobre a coisa. Seria um atrevimento, nessa fase, querer apresentar esses resultados até mesmo numa revista como a da SBF. A colheita de dados ainda é irrisória!

#E outra: porque o tal ectoplasma 'sabe' apenas o que já foi descoberto? Será que ele pode responder como surgiu o universo?#

Não sei de onde vc tirou essa afirmação de que o ectoplasma 'sabe' algo, ele apenas permite que entre na minha cabeça os conhecimentos e a sabedoria de outros (em particular, nada sabia de coisas de 'contabilidade' mas, concentrando-me 10 minutos no meu vizinho já posso até começar a escrever sobre o assunto) e se 'sabe' precisaríamos ainda descobrir a maneira como fazer a pergunta.
Pense num alienígena descendo em seu quintal. Como vc chegará até ele e perguntará: "Oh meu ... tudo legal? Qual é o barato por ai a fora? Com certeza ele responderá: "Llhas erbinbáceas don espiron basê".
Por outro lado, não sei como ele saberia responder sobre o nascimento do universo ... nem sei se eles são eternos? será que o ectoplasma que aprisionei não é de uma formação recente? ... um bebê no plano espiritual?

Uma coisa é notória, ele sabe diferenciar precisamente as linhas de indução de dois campos distintos ... o que é melhor sabe diferenciar campos produzidos por correntes dos domínios de Wheistrass e campos de correntes galvânicas.

[]'
Léo
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[]'
Léo
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[]s
Raul


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SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/08/2001 09:59

Eduardo Gueron wrote:

> > É por isso que eu digo algures que uma simulação isolada da realidade
> > é sempre deterministica para quem vive lá dentro.
> >
> > --
> Oi,
>
> Isso ocorre de fato, em outras palavras, não há processo lógico
> computacional deteminístico. Um dos objetivos principais de um
> computador quântico é justamente este, pegar fenômenos que são, segundo
> a mecânica quântica, aleatórios e gerar condições verdadeiramente
> probabilísticas. Usar-se-ia, para tanto, decaimento de semicondutores,
> processos moleculares, etc...
>

Nao creio que para quem esta dentro do universo virtual este universo
seja deterministico.
Quem esta fora dele pode ser deterministico mas para quem esta dentro
nunca sera.

Acho que da para provar isso utilizando-se o teorema de godel.
Mas da para pensar que se a pessoa virtual que esta dentro do universo
comecar a computar seu proprio pensamento ou analisar o que ela
mesma faria a seguir, eh algo meio paradoxal....
Da umas situacoes bem interessantes :-)

[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/08/2001 10:18

Há uma diferença entre "universo deterministico" e "capacidade
de um habitante do universo em prever o futuro".

--
joão
http://www.nonio.com
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Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> Eduardo Gueron wrote:
>
> > > É por isso que eu digo algures que uma simulação isolada da realidade
> > > é sempre deterministica para quem vive lá dentro.
> > >
> > > --
> > Oi,
> >
> > Isso ocorre de fato, em outras palavras, não há processo lógico
> > computacional deteminístico. Um dos objetivos principais de um
> > computador quântico é justamente este, pegar fenômenos que são, segundo
> > a mecânica quântica, aleatórios e gerar condições verdadeiramente
> > probabilísticas. Usar-se-ia, para tanto, decaimento de semicondutores,
> > processos moleculares, etc...
> >
>
> Nao creio que para quem esta dentro do universo virtual este universo
> seja deterministico.
> Quem esta fora dele pode ser deterministico mas para quem esta dentro
> nunca sera.
>
> Acho que da para provar isso utilizando-se o teorema de godel.
> Mas da para pensar que se a pessoa virtual que esta dentro do universo
> comecar a computar seu proprio pensamento ou analisar o que ela
> mesma faria a seguir, eh algo meio paradoxal....
> Da umas situacoes bem interessantes :-)
>
> []s
> jocax
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SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/08/2001 13:51

Mas Joao por iso que eu acho que eh relativo:
Um universo virtual pode ser deterministico por pessoas
que nao participam deste universo como o cientista criador
que estuda seu universo do computador. Este seu universo eh
perfeitamente deterministico.

Mas um computador virtual ou um ser que esteja DENTRO deste universo virtual
eu *acredito* que nao podera nunca determinar completamente o estado
futuro deste universo e eu acho que eh possivel provar isso por godel
por exemplo. as ainda nao sei auql seria o formalismo.

[]s
jocax

João Mário Miranda wrote:

> Há uma diferença entre "universo deterministico" e "capacidade
> de um habitante do universo em prever o futuro".
>
> --
> joão
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>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > Eduardo Gueron wrote:
> >
> > > > É por isso que eu digo algures que uma simulação isolada da realidade
> > > > é sempre deterministica para quem vive lá dentro.
> > > >
> > > > --
> > > Oi,
> > >
> > > Isso ocorre de fato, em outras palavras, não há processo lógico
> > > computacional deteminístico. Um dos objetivos principais de um
> > > computador quântico é justamente este, pegar fenômenos que são, segundo
> > > a mecânica quântica, aleatórios e gerar condições verdadeiramente
> > > probabilísticas. Usar-se-ia, para tanto, decaimento de semicondutores,
> > > processos moleculares, etc...
> > >
> >
> > Nao creio que para quem esta dentro do universo virtual este universo
> > seja deterministico.
> > Quem esta fora dele pode ser deterministico mas para quem esta dentro
> > nunca sera.
> >
> > Acho que da para provar isso utilizando-se o teorema de godel.
> > Mas da para pensar que se a pessoa virtual que esta dentro do universo
> > comecar a computar seu proprio pensamento ou analisar o que ela
> > mesma faria a seguir, eh algo meio paradoxal....
> > Da umas situacoes bem interessantes :-)
> >
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SUBJECT: A consciencia animal
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>, acropolis <acropolis@yahoogroups.com>
DATE: 06/08/2001 14:41

+ ciência, Folha de São Paulo,04 de agosto de 2001.

Segundo o etólogo Donald Griffin, da Universidade
Harvard, os cientistas tendem a ser categóricos demais ao
dizer que só os humanos são conscientes

A consciência animal
Gail Vines
Da "New Scientist"

Cerca de 60 anos atrás, o biólogo de Harvard Donald
Griffin e seu colega estudante Robert Galambos
descobriram que os morcegos se orientam e caçam no escuro
usando seu próprio mecanismo de sonar. Na época, parecia
incrível. Como um morcego podia fazer algo que nem mesmo
os militares tinham aperfeiçoado?
Mas Griffin estava apenas começando....

Artigo completo:
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/545



SUBJECT: A nova super-rede
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 06/08/2001 14:47

A nova super-rede
Marcelo Gleiser

especial para a Folha de São Paulo,04 de agosto de 2001.

O desenvolvimento dos computadores nos últimos 15 anos
vem modificando profundamente a pesquisa científica nas
áreas mais variadas, da cosmologia até a geologia e a
genética. Eu me lembro, quando ainda era estudante de
doutorado em meados dos anos 80, da dificuldade que era
rodar um programa relativamente simples. Primeiro, era
preciso ir ao prédio onde estavam os terminais de acesso
aos computadores (caso não fosse necessária a leitura de
cartões). Depois, era longa a espera até que o pequeno
processador calculasse as derivadas de que precisava para
resolver a minha equação. Finalmente, eu tinha de esperar
os resultados serem impressos na impressora central e
ficar na fila para recebê-los. Era possível fazer um
gráfico das soluções, mas a tecnologia existemnte era
bastante primitiva. Para a maioria das pessoas, criar uma
animação das soluções era coisa de ficção científica.
As ciências físicas baseiam-se em modelos matemáticos
usados na descrição dos fenômenos naturais. Muitas vezes
essa descrição envolve equações que não podem ser
resolvidas "à mão", isto é, não é possível encontrar
soluções dessas equações em termos de funções matemáticas
comuns, como o seno ou o logaritmo. Em outros casos,
temos de resolver muitas equações ao mesmo tempo, o que
seria humanamente impossível. É aqui que residem as mais
importantes aplicações dos computadores nas ciências
físicas: o que não podemos resolver à mão, resolvemos
numericamente, por meio de cálculos aproximados
realizados em computadores. Claro, quanto mais complicada
a equação (ou equações), mais poderoso deve ser o
computador. Por exemplo, hoje sabemos que as galáxias não
estão distribuídas pelo cosmo ao acaso, mas sim
respeitando uma estrutura extremamente complexa. Uma
imagem útil na descrição da distribuição de galáxias é a
de um banho de espuma. As galáxias estão distribuídas na
superfície das bolhas, enquanto seu interior é
essencialmente vazio. Usando a lei da gravitação, é
possível simularmos a distribuição de galáxias observada
por astrônomos, testando assim as teorias de formação da
estrutura cósmica. Para isso são usados os computadores
mais poderosos do mundo, capazes de resolver mais de 258
milhões de equações conjuntamente, com 512 processadores
em paralelo.
Em cálculos dessa natureza, quanto maior o número de
processadores, melhor. É aqui que entra a idéia da "super-
rede": por todo o mundo, milhões de computadores passam
uma enorme parte de seu tempo em hibernação, esperando
por novos cálculos ou tarefas. Por que não criar uma
super-rede, capaz de identificar quais computadores estão
sendo subutilizados, integrando-os em cálculos feitos em
outros computadores? Como um gigantesco polvo estendendo
seus tentáculos, a super-rede otimizaria o uso dos
computadores, conectando máquinas em Pequim e São Paulo
para realizar os cálculos de um meteorologista russo ou
de um geólogo australiano.
Tal como com o desenvolvimento da internet, são os
físicos que vêm tentando desenvolver programas capazes de
reconhecer quais nódulos na super-rede são utilizáveis em
um dado momento e como integrá-los nos cálculos,
oferecendo ao mesmo tempo uma interface que torna a sua
utilização relativamente fácil. Por exemplo, os programas
sendo testados atualmente decidem por si só como otimizar
a distribuição das tarefas entre os vários nódulos. Essas
incluem não só a resolução de equações em simulações,
mas, também, a análise de enormes quantidades de dados.
Como um outro exemplo, experimentos envolvendo colisões
de partículas elementares a altas energias produzem
milhares de trilhões de bits de dados por ano, cujas
análises mais primárias necessitam de 20 trilhões de
operações por segundo. O computador mais veloz atualmente
pode processar "apenas" 3 trilhões de dados por segundo.
O apetite por maiores velocidades de processamento e
armazenamento de dados só tende a crescer.
Dois problemas essenciais com a super-rede são a
fidelidade e a rapidez na transmissão de informação, além
da segurança. Como um gigantesco animal cibernético, é
importante que a super-rede tenha excelentes sistemas
cardiovascular (para o fluxo de informação) e imunológico
(na defesa contra um vírus). Caso contrário, a super-rede
será a Torre de Babel da era da informática.




----------------------------------------------------------
----------------------
Marcelo Gleiser é professor de física teórica do
Dartmouth College, em Hanover (Estados Unidos), e autor
do livro "A Dança do Universo"






SUBJECT: Aparelho de choques
FROM: "Pablo \(Main\)" <pablo@uol.com.br>
TO: "CienciaList" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/08/2001 15:03


Ola curiosos:

Outro dia, engrandecendo minha cultura científica assintindo
televisão, deparei-me com um anúncio de um aparelho que fazia abdominais
pelo usuário, sem que este fizesse qualquer esforço.
Fique curioso sobre o funcionamento do "treco" e gostaria de mais
informações caso alguém as tenha.
Sei que consiste em um aparelho que emite pulsos elétricos, fazendo
com que nossa musculatura se comprima, mas que tipo de choque é esse? Qual a
relação amperagem/voltagem necessária para que estimule um músculo a
contrair e ao mesmo tempo não nos machuque, ou queime?
Achei bem interessante a idéia e gostaria, caso possível, de montar
um aparelho similar para mim, mas com o objetivo de fazer alguns testes e
brincadeiras, para uma feira de ciências (tenho um primo mais novo em busca
de alguma coisa para apresentar na feira do colégio).

Obrigado
[]s
Pablo



SUBJECT: Re: [ciencialist] homem aquático
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/08/2001 15:37

On Sat, 4 Aug 2001, João Mário Miranda wrote:
> Se calhar esta é a mais interessante teoria produzida por um cientista
> amador nos últimos 50 ou 100 anos. Entre a fase tipo chimpanzé e a
> fase humana o Homem terá passado por um ambiente aquático:
> http://www.amazon.co.uk/exec/obidos/ASIN/0285635182/

Faz tempo que estou atrás de algo da Elaine Morgan em português. Não tenho
informações suficientes para fazer um parecer sobre sua teoria.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Aparelho de choques
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/08/2001 15:40

Será que alguém vai se lembrar de usar a máquina fotográfica? Deixo a deixa a todos. he he he :-)
[]'
Léo
============
-----Mensagem Original-----
De: "Pablo (Main)" <pablo@uol.com.br>
Para: "CienciaList" <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 6 de agosto de 2001 15:03
Assunto: [ciencialist] Aparelho de choques


|
| Ola curiosos:
|
| Outro dia, engrandecendo minha cultura científica assintindo
| televisão, deparei-me com um anúncio de um aparelho que fazia abdominais
| pelo usuário, sem que este fizesse qualquer esforço.
| Fique curioso sobre o funcionamento do "treco" e gostaria de mais
| informações caso alguém as tenha.
| Sei que consiste em um aparelho que emite pulsos elétricos, fazendo
| com que nossa musculatura se comprima, mas que tipo de choque é esse? Qual a
| relação amperagem/voltagem necessária para que estimule um músculo a
| contrair e ao mesmo tempo não nos machuque, ou queime?
| Achei bem interessante a idéia e gostaria, caso possível, de montar
| um aparelho similar para mim, mas com o objetivo de fazer alguns testes e
| brincadeiras, para uma feira de ciências (tenho um primo mais novo em busca
| de alguma coisa para apresentar na feira do colégio).
|
| Obrigado
| []s
| Pablo
|
|
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|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ectoplasma e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: centaurus@mtv.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/08/2001 16:23

assim fica difícil...hetorode???Como faço para entrar em estado alpha e
manipular meus pensamentos para fazer essas coisas mirabolantes???Será que
posso saber de tudo assim???voce disse que era capaz de entrar no pensamento
ou coisa assim e aprender sobre algo que outra pessoa sabe(a história da
contabilidade).Como faço isso???Que princípios estão por trás disso???Se
vc é capaz , então eu e qualquer outro dessa lista deveria também ser.Por
que os espirítos resolveram te privilegiar???Por que vc não fica logo rico???Entenda
, pensei que vc ia explicar mas só fez complicar ainda mais.Aguardo explicações
e caso não saiba , entre em alpha novamente e descubra-as.


-- Mensagem original --

>Olá 'Centaurus', e interessados na teoria ectoplasmática.
>
>Ainda não abri, no meu sítio, a Sala para aquisição e aplicação do ectoplasma,
>por um motivo simples que passo a explicar:
>O ectoplasma, por enquanto, havia se identificado como um plasma-frio e
com
>tal hipótese não estava conseguindo um rendimento adequado no processo
de
>conversão.
>Nesse fim de semana fui pro rancho e lá, entrando em alfa, os sonhos deixaram
>bem claro onde estava meu erro. Consegui vislumbrar onde está o furo da
hipótese
>(até então aceita) e qual a verdadeira composição do ectoplasma. É impressionante,
>ele é uma mistura de éter, flogístico e hetorode. O radical 'plasma' havia
>deturpado os resultados, a ponto de, apesar de permitir excelente explicação
>para o paradoxo de Olbers, desfigurar o conceito todo.
>Agora sim, numa simples concentração consegui aprisionar 200 g de ectoplasma
>num balão de Florence.
>Assim que a estrutura toda do projeto estiver escrita, colocarei no sítio
>para que todos possam dele desfrutar e continuar as experimentações.
>
>[]'
>Léo
>=====================
>
>De: <centaurus@mtv.com.br>
>Assunto: Re: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
>
>
>e qual o endereço do seu site???Lá vc explica tudo???Vc aqui falou pouco
>sobre esse tal de ectoplasma.
>
>-- Mensagem original --
>
>>=============================
>>-----Mensagem Original-----
>>De: <centaurus@mtv.com.br>
>>Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
>>Enviada em: quarta-feira, 1 de agosto de 2001 15:48
>>Assunto: Re: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
>>
>>
>>Poderia explicar o que é ectoplasma???Como ele surge na natureza??Se a
>experiencia
>>é real , a descreva aqui.Você tem evidencias???Provas reais???
>>=============================
>>Ectoplasma é o material (mais exatamente um plasma-frio) com que os espíritos
>>trabalham para reencarnar um ser no plano físico material. Esse material
>>é altamente susceptível á luz e, devido a isso, os trabalhos sobre ectoplasma
>>e mesmo as operações de reencarnações devem ser feitos no escuro.
>>Ele não surge na natureza, ele já existe no plano espiritual assim como
>o
>>ar existe no plano físico material. A transferência de um plano para o
>outro
>>requer energia espiritual sob alta concentração. Há pessoas mais dotadas
>>do que outras para obter o grau certo de concentração. São as pessoas
que
>>têm o universo como seu campo de trabalho e usam a sabedoria milenar da
>natureza.
>>A transferência do ectoplasma do plano espiritual para o físico que eu
>faço
>>em sessões de concentração aqui no meu laboratório ainda não atinge o
grau
>>perfeito por falha minha (ainda não aprendi toda a sabedoria milenar da
>natureza,
>>estou no grau 7) e assim, só consigo poucos decigramas do material ...
>mas
>>o suficiente para manter uma lâmpada néon funcionando por 78 horas numa
>conversão
>>de eficiência de apenas 0,02%.
>>As evidências!!?? Todos que me conhecem sabe que eu trabalho nisso há
bom
>>tempo e parte da energia que absorvo desse plasma-frio é que me permite
>escrever
>>todo o meu sítio na www. que agora já está com 1 016 123 consultas. Sem
>essa
>>energia jamais poderia escrever tudo aquilo pois, realmente, nunca estudei
>>nada do que escrevo ... tudo vem da sabedoria do ectopasma. Quer prova
>mais
>>real que essa?
>>
>>um abraço,
>>
>>Léo
>>====================
>>
>>
>>-- Mensagem original --
>>
>>>Não mexam com os ectoplasmas pois essa é minha praia.
>>>Essa modalidade de energia concentrada em forma de 'plasma frio' pode
>ser
>>>convertida em calor ou eletricidade ao passar do estado de plasma para
>>o
>>>simples estado de vapor. Há uma grande liberação de energia.
>>>É sobre isso que estou trabalhando em meu laboratório e a pretensão é
>fazer
>>>funcionar um liquidificador usando ectoplasma.
>>>Tudo indica que o ectoplasma será muito útil no motor a explosão ao passar
>>>repentinamente de plasma-frio para vapor (totalmente não poluente).
>>>O grande desgaste de minha parte é a concentração nos espíritos fornecedores
>>>de ectoplasma. Parece que eles estão percebendo a finalidade prática
e
>>financeira
>>>do produto, desviando de seu propósito inicial que é a reencarnação.
Por
>>>isso tenho conseguido apenas uma centena de gramas de ectoplasma por
sessão
>>>de concentração.
>>>Aqui não se trata de falácia alguma e quem estiver interessado posso
enviar
>>>todo o roteiro experimental para o projeto mas, vou advertindo, é preciso
>>>ter algum equipamento laboratorial mínimo (bobina de Tesla, gerador de
>>Van
>>>de Graaff, lâmpada de plasma, tubos de Braun, tubos de Pucker, bomba
de
>>vácuo,
>>>bomba aspirante-premente, registros e torneiras de vidro etc.)
>>>
>>>[]'
>>>Léo
>>>==============
>>>
>>>-----Mensagem Original-----
>>>De: <rmtakata@altavista.net>
>>>Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
>>>Enviada em: terça-feira, 31 de julho de 2001 15:47
>>>Assunto: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
>>>
>>>
>>>--- In ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> wrote:
>>>>> Eu só quero saber onde está qualquer citação científica da prova da
>>>> existência do plasma, superplasma e hiperplasma. Nada mais do que isto.
>>>
>>>Plasma existe -- e' apenas o gas ionizado -- com os eletrons
>>>separados dos nuclideos devido 'a alta temperatura.
>>>E' o q. temos nas estrelas.
>>>
>>>Mas esse plasma nada tem a ver com psicoplasma, ectoplasma
>>>e quetais.
>>>
>>>[]s,
>>>
>>>Roberto Takata
>>>
>>>
>>>
>>>&&& --- &&&
>>>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>>>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>>>Para sair da lista envie um mail para
>>>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>>>&&& --- &&&
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>>>
>>>
>>>
>>>
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>>>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>>>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>>>Para sair da lista envie um mail para
>>>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>>>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
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>>eMTV: receba a mordomia eletrônica!
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SUBJECT: matemática
FROM: centaurus@mtv.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/08/2001 16:49

alguém sabe como se prova que a partir do quinto grau(não sei se é a partir
do quarto ou quinto) , polinomios não tem fórmula definida para achar suas
raízes????quem não souber indique pelo menos um site decente de matemática
porque só encontro porcarias.


-- Mensagem original --

>Olá 'Centaurus', e interessados na teoria ectoplasmática.
>
>Ainda não abri, no meu sítio, a Sala para aquisição e aplicação do ectoplasma,
>por um motivo simples que passo a explicar:
>O ectoplasma, por enquanto, havia se identificado como um plasma-frio e
com
>tal hipótese não estava conseguindo um rendimento adequado no processo
de
>conversão.
>Nesse fim de semana fui pro rancho e lá, entrando em alfa, os sonhos deixaram
>bem claro onde estava meu erro. Consegui vislumbrar onde está o furo da
hipótese
>(até então aceita) e qual a verdadeira composição do ectoplasma. É impressionante,
>ele é uma mistura de éter, flogístico e hetorode. O radical 'plasma' havia
>deturpado os resultados, a ponto de, apesar de permitir excelente explicação
>para o paradoxo de Olbers, desfigurar o conceito todo.
>Agora sim, numa simples concentração consegui aprisionar 200 g de ectoplasma
>num balão de Florence.
>Assim que a estrutura toda do projeto estiver escrita, colocarei no sítio
>para que todos possam dele desfrutar e continuar as experimentações.
>
>[]'
>Léo
>=====================
>
>De: <centaurus@mtv.com.br>
>Assunto: Re: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
>
>
>e qual o endereço do seu site???Lá vc explica tudo???Vc aqui falou pouco
>sobre esse tal de ectoplasma.
>
>-- Mensagem original --
>
>>=============================
>>-----Mensagem Original-----
>>De: <centaurus@mtv.com.br>
>>Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
>>Enviada em: quarta-feira, 1 de agosto de 2001 15:48
>>Assunto: Re: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
>>
>>
>>Poderia explicar o que é ectoplasma???Como ele surge na natureza??Se a
>experiencia
>>é real , a descreva aqui.Você tem evidencias???Provas reais???
>>=============================
>>Ectoplasma é o material (mais exatamente um plasma-frio) com que os espíritos
>>trabalham para reencarnar um ser no plano físico material. Esse material
>>é altamente susceptível á luz e, devido a isso, os trabalhos sobre ectoplasma
>>e mesmo as operações de reencarnações devem ser feitos no escuro.
>>Ele não surge na natureza, ele já existe no plano espiritual assim como
>o
>>ar existe no plano físico material. A transferência de um plano para o
>outro
>>requer energia espiritual sob alta concentração. Há pessoas mais dotadas
>>do que outras para obter o grau certo de concentração. São as pessoas
que
>>têm o universo como seu campo de trabalho e usam a sabedoria milenar da
>natureza.
>>A transferência do ectoplasma do plano espiritual para o físico que eu
>faço
>>em sessões de concentração aqui no meu laboratório ainda não atinge o
grau
>>perfeito por falha minha (ainda não aprendi toda a sabedoria milenar da
>natureza,
>>estou no grau 7) e assim, só consigo poucos decigramas do material ...
>mas
>>o suficiente para manter uma lâmpada néon funcionando por 78 horas numa
>conversão
>>de eficiência de apenas 0,02%.
>>As evidências!!?? Todos que me conhecem sabe que eu trabalho nisso há
bom
>>tempo e parte da energia que absorvo desse plasma-frio é que me permite
>escrever
>>todo o meu sítio na www. que agora já está com 1 016 123 consultas. Sem
>essa
>>energia jamais poderia escrever tudo aquilo pois, realmente, nunca estudei
>>nada do que escrevo ... tudo vem da sabedoria do ectopasma. Quer prova
>mais
>>real que essa?
>>
>>um abraço,
>>
>>Léo
>>====================
>>
>>
>>-- Mensagem original --
>>
>>>Não mexam com os ectoplasmas pois essa é minha praia.
>>>Essa modalidade de energia concentrada em forma de 'plasma frio' pode
>ser
>>>convertida em calor ou eletricidade ao passar do estado de plasma para
>>o
>>>simples estado de vapor. Há uma grande liberação de energia.
>>>É sobre isso que estou trabalhando em meu laboratório e a pretensão é
>fazer
>>>funcionar um liquidificador usando ectoplasma.
>>>Tudo indica que o ectoplasma será muito útil no motor a explosão ao passar
>>>repentinamente de plasma-frio para vapor (totalmente não poluente).
>>>O grande desgaste de minha parte é a concentração nos espíritos fornecedores
>>>de ectoplasma. Parece que eles estão percebendo a finalidade prática
e
>>financeira
>>>do produto, desviando de seu propósito inicial que é a reencarnação.
Por
>>>isso tenho conseguido apenas uma centena de gramas de ectoplasma por
sessão
>>>de concentração.
>>>Aqui não se trata de falácia alguma e quem estiver interessado posso
enviar
>>>todo o roteiro experimental para o projeto mas, vou advertindo, é preciso
>>>ter algum equipamento laboratorial mínimo (bobina de Tesla, gerador de
>>Van
>>>de Graaff, lâmpada de plasma, tubos de Braun, tubos de Pucker, bomba
de
>>vácuo,
>>>bomba aspirante-premente, registros e torneiras de vidro etc.)
>>>
>>>[]'
>>>Léo
>>>==============
>>>
>>>-----Mensagem Original-----
>>>De: <rmtakata@altavista.net>
>>>Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
>>>Enviada em: terça-feira, 31 de julho de 2001 15:47
>>>Assunto: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
>>>
>>>
>>>--- In ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> wrote:
>>>>> Eu só quero saber onde está qualquer citação científica da prova da
>>>> existência do plasma, superplasma e hiperplasma. Nada mais do que isto.
>>>
>>>Plasma existe -- e' apenas o gas ionizado -- com os eletrons
>>>separados dos nuclideos devido 'a alta temperatura.
>>>E' o q. temos nas estrelas.
>>>
>>>Mas esse plasma nada tem a ver com psicoplasma, ectoplasma
>>>e quetais.
>>>
>>>[]s,
>>>
>>>Roberto Takata
>>>
>>>
>>>
>>>&&& --- &&&
>>>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>>>http://www.ciencialist.hpg.com.br
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>>eMTV: receba a mordomia eletrônica!
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SUBJECT: Re: [ciencialist] matemática
FROM: Adam Luiz de Azevedo <adam@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/08/2001 17:05

O ideal é você procurar em uma biblioteca livros sobre Teoria de
Galois e aprender a teoria (se você realmente deseja provar este teorema).

On Mon, 6 Aug 2001 centaurus@mtv.com.br wrote:

> alguém sabe como se prova que a partir do quinto grau(não sei se é a partir
> do quarto ou quinto) , polinomios não tem fórmula definida para achar suas
> raízes????quem não souber indique pelo menos um site decente de matemática
> porque só encontro porcarias.
>
>
> -- Mensagem original --
>
> >Olá 'Centaurus', e interessados na teoria ectoplasmática.
> >
> >Ainda não abri, no meu sítio, a Sala para aquisição e aplicação do ectoplasma,
> >por um motivo simples que passo a explicar:
> >O ectoplasma, por enquanto, havia se identificado como um plasma-frio e
> com
> >tal hipótese não estava conseguindo um rendimento adequado no processo
> de
> >conversão.
> >Nesse fim de semana fui pro rancho e lá, entrando em alfa, os sonhos deixaram
> >bem claro onde estava meu erro. Consegui vislumbrar onde está o furo da
> hipótese
> >(até então aceita) e qual a verdadeira composição do ectoplasma. É impressionante,
> >ele é uma mistura de éter, flogístico e hetorode. O radical 'plasma' havia
> >deturpado os resultados, a ponto de, apesar de permitir excelente explicação
> >para o paradoxo de Olbers, desfigurar o conceito todo.
> >Agora sim, numa simples concentração consegui aprisionar 200 g de ectoplasma
> >num balão de Florence.
> >Assim que a estrutura toda do projeto estiver escrita, colocarei no sítio
> >para que todos possam dele desfrutar e continuar as experimentações.
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> >Léo
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> >De: <centaurus@mtv.com.br>
> >Assunto: Re: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
> >
> >
> >e qual o endereço do seu site???Lá vc explica tudo???Vc aqui falou pouco
> >sobre esse tal de ectoplasma.
> >
> >-- Mensagem original --
> >
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> >>De: <centaurus@mtv.com.br>
> >>Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
> >>Enviada em: quarta-feira, 1 de agosto de 2001 15:48
> >>Assunto: Re: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
> >>
> >>
> >>Poderia explicar o que é ectoplasma???Como ele surge na natureza??Se a
> >experiencia
> >>é real , a descreva aqui.Você tem evidencias???Provas reais???
> >>=============================
> >>Ectoplasma é o material (mais exatamente um plasma-frio) com que os espíritos
> >>trabalham para reencarnar um ser no plano físico material. Esse material
> >>é altamente susceptível á luz e, devido a isso, os trabalhos sobre ectoplasma
> >>e mesmo as operações de reencarnações devem ser feitos no escuro.
> >>Ele não surge na natureza, ele já existe no plano espiritual assim como
> >o
> >>ar existe no plano físico material. A transferência de um plano para o
> >outro
> >>requer energia espiritual sob alta concentração. Há pessoas mais dotadas
> >>do que outras para obter o grau certo de concentração. São as pessoas
> que
> >>têm o universo como seu campo de trabalho e usam a sabedoria milenar da
> >natureza.
> >>A transferência do ectoplasma do plano espiritual para o físico que eu
> >faço
> >>em sessões de concentração aqui no meu laboratório ainda não atinge o
> grau
> >>perfeito por falha minha (ainda não aprendi toda a sabedoria milenar da
> >natureza,
> >>estou no grau 7) e assim, só consigo poucos decigramas do material ...
> >mas
> >>o suficiente para manter uma lâmpada néon funcionando por 78 horas numa
> >conversão
> >>de eficiência de apenas 0,02%.
> >>As evidências!!?? Todos que me conhecem sabe que eu trabalho nisso há
> bom
> >>tempo e parte da energia que absorvo desse plasma-frio é que me permite
> >escrever
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> >essa
> >>energia jamais poderia escrever tudo aquilo pois, realmente, nunca estudei
> >>nada do que escrevo ... tudo vem da sabedoria do ectopasma. Quer prova
> >mais
> >>real que essa?
> >>
> >>um abraço,
> >>
> >>Léo
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> >>-- Mensagem original --
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> >>>Não mexam com os ectoplasmas pois essa é minha praia.
> >>>Essa modalidade de energia concentrada em forma de 'plasma frio' pode
> >ser
> >>>convertida em calor ou eletricidade ao passar do estado de plasma para
> >>o
> >>>simples estado de vapor. Há uma grande liberação de energia.
> >>>É sobre isso que estou trabalhando em meu laboratório e a pretensão é
> >fazer
> >>>funcionar um liquidificador usando ectoplasma.
> >>>Tudo indica que o ectoplasma será muito útil no motor a explosão ao passar
> >>>repentinamente de plasma-frio para vapor (totalmente não poluente).
> >>>O grande desgaste de minha parte é a concentração nos espíritos fornecedores
> >>>de ectoplasma. Parece que eles estão percebendo a finalidade prática
> e
> >>financeira
> >>>do produto, desviando de seu propósito inicial que é a reencarnação.
> Por
> >>>isso tenho conseguido apenas uma centena de gramas de ectoplasma por
> sessão
> >>>de concentração.
> >>>Aqui não se trata de falácia alguma e quem estiver interessado posso
> enviar
> >>>todo o roteiro experimental para o projeto mas, vou advertindo, é preciso
> >>>ter algum equipamento laboratorial mínimo (bobina de Tesla, gerador de
> >>Van
> >>>de Graaff, lâmpada de plasma, tubos de Braun, tubos de Pucker, bomba
> de
> >>vácuo,
> >>>bomba aspirante-premente, registros e torneiras de vidro etc.)
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> >>>Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
> >>>Enviada em: terça-feira, 31 de julho de 2001 15:47
> >>>Assunto: [ciencialist] Re: Pensar dormindo e TRANSCOMUNICAÇÃO
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> >>>--- In ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> wrote:
> >>>>> Eu só quero saber onde está qualquer citação científica da prova da
> >>>> existência do plasma, superplasma e hiperplasma. Nada mais do que isto.
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> >>>E' o q. temos nas estrelas.
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> >>>Roberto Takata
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ectoplasma e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/08/2001 17:20

----- Original Message -----
From: Centauros
Sent: Monday, August 06, 2001 4:23 PM
Subject: Re: [ciencialist] Ectoplasma e TRANSCOMUNICAÇÃO

Centauros wrotou, dirigindo-se ao Léo:

> Por que os espirítos resolveram te privilegiar???
> Entenda, pensei que vc ia explicar mas só fez complicar ainda
> mais. Aguardo explicações e caso não saiba, entre em alpha novamente e
> descubra-as.

É isso aí. Tô contigo e não abro. Eu acho que o Léo está escondendo os
ectoplasmas só pra gente não descobrir como foi que ele conseguiu chegar no
1 milhão de acessos ao seu site (hoje está em 1.015.928). Essa história de
que ele só conseguiu 300 gramas de ectoplasma está mal contada. Ele deve
estar transmitindo ectoplasma por e-mail, tal e qual um virus, e isso está
fazendo com que o nosso computador acesse o site dele. E eu estou penando
para chegar nos 50000 acessos. Help, pelo amor do Léo, alguém entre no meu
site :-))

Que tal realizarmos uma rebelião no Reino do Léo?

[ ]'s
Alberto, um dos cavaleiros do apocalipse quântico
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: homem aquático
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/08/2001 18:14

E' um exercicio interessante de ficcao.
Mas se baseia em selecao de indicios,
superinterpretacao e interpretacao
erronea.

P. exemplo:

Langdon JH 1997 -- Umbrella hypotheses
and parsimony in human evolution: a
critique of the Aquatic Ape Hypothesis.
JOURNAL OF HUMAN EVOLUTION
33 (4): 479-94.

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Se calhar esta é a mais interessante teoria produzida por
> um cientista amador nos últimos 50 ou 100 anos. Entre
> a fase tipo chimpanzé e a fase humana o Homem terá passado
> por um ambiente aquático:
>
> http://www.amazon.co.uk/exec/obidos/ASIN/0285635182/
> --
> joão
> http://www.nonio.com
> http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Trafico de orgaos humanos?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/08/2001 19:38

Tinha certeza de q. encontraria na lista uma remissao a esta entrevista do
JT:

No mercado negro de orgaos humanos, um rim por US$ 800
http://www.jt.estadao.com.br/editorias/2001/08/05/ger027.html

A entrevistada, uma certa Nancy Scheper-Hughes, la' pelas tantas responde
assim a uma pergunta:

"La' tem venda de orgaos, sim. Nao vou dizer o nome do hospital, porque
eles foram muito bons para mim." (Referindo-se a um hospital em Recife.)

Bons tempos em q. mimoso tinha nome... (Na verdade nunca teve, mas
enfim...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ectoplasma e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/08/2001 20:45

Alberto escreveu no dia 6/agosto ás 17:22 horas:

| É isso aí. Tô contigo e não abro. Eu acho que o Léo está escondendo os
| ectoplasmas só pra gente não descobrir como foi que ele conseguiu chegar no
| 1 milhão de acessos ao seu site (hoje está em 1.015.928). Essa história de
| que ele só conseguiu 300 gramas de ectoplasma está mal contada. Ele deve
| estar transmitindo ectoplasma por e-mail, tal e qual um virus, e isso está
| fazendo com que o nosso computador acesse o site dele. E eu estou penando
| para chegar nos 50000 acessos. Help, pelo amor do Léo, alguém entre no meu
| site :-))

Agora são 20:22 horas do mesmo dia e o site está com 1.025.753 acessos, ou seja 9.825 acessos em 4 horas!
Fato é fato ... verifiquem! E, de verdade em verdade vos digo, a partir de amanhã entram em cena os Resumos Especiais de Física (cinemática já pronto, até com MHS ... e com suas composições em mesma direção e em eixos ortogonais). Que espiritual inspiração! Como é ilustrativo passar de um plano espiritual para outro e em cada um deles encontrar o ecto correto com a informação que interessa. E vcs ainda pensam que o Google é funcional.
As superfícies reversas do 3o ao 5o plano, por exemplo, permitem acessos aos conhecimentos de cálculo diferencial.
vou dar um exemplo ... um segundo para eu entrar em alfa e selecionar o ecto 4.........................
Ah! Lá está um pensamento, vejamos:
integral de x três. dx, sobre raíz quadrada de 1 menos x dois. Como? ah! sim fazer uma mudança de variável
x = sent (logo, x dois = senquadrado de t e dx = cost.dt ... então raíz de 1-senquadrado de t = raiz de cosquadrado de t = cost),. Certo, entendi, raíz de 1 menos x quadrado igual a cost.
A integral original torna-se ... e lá vai ele dando todas as dicas ......... e o final é:
=(menos)raíz quadrada de 1 menos xdois (mais) produto de (1-xdois).raíz de 1-xdois) sobre três (mais) constante.
Haan... quem diria?

Creio que abrirei uma sala no Imperdível para explicar como se faz derivada, diferencial e cálculo integral. Não sei o que é isso ... mas é tudo tão simples!

[]'
Léo
======================




SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/08/2001 21:31



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> Mas Joao por iso que eu acho que eh relativo:
> Um universo virtual pode ser deterministico por pessoas
> que nao participam deste universo como o cientista criador
> que estuda seu universo do computador. Este seu universo eh
> perfeitamente deterministico.
>
> Mas um computador virtual ou um ser que esteja DENTRO deste universo virtual
> eu *acredito* que nao podera nunca determinar completamente o estado
> futuro deste universo e eu acho que eh possivel provar isso por godel
> por exemplo. as ainda nao sei auql seria o formalismo.
>
> []s
> jocax
>
>
Oi,

o Teorema de Goedel não fala sobre sistemas determinísticos ou
aleatórios mas, basicamente, que não é possível escrever uma aritimética
que seja ao mesmo tempo consistente e completa. Consistência significa
que a partir de um conjunto de axiomas não há teoremas que contradizem
outros na mesma lógica axiomática e ser completa significa que todas as
verdades lógicas são teoremas dentro deste sistema axiomático, ou seja,
todas as sentenças verdadeiras são tautologias. Como, a princípio, todo
sistema lógico axiomático pode ser representado como uma aritimética,
este resultado se estende para todos os sistema axiomáticos.
O fato de não haver como computar um sistema aleatório não se relaciona
com o teorema em questão mas com a própria estrutura de processos
computáveis, ou seja, com a própria estrutura de frases lógicas.

[] Eduardo.


SUBJECT: Teoria do Caos
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 07/08/2001 08:58


From: "Lúcia H. Medeiros" <lchm@terra.com.br>
Reply-To: acropolis@yahoogroups.com

Teoria do caos

(Breve) Definição

Quando pensamos em caos vem-nos logo à cabeça a desordem e
a anarquia. Algo similar à imagem inicial. Nada disso! A teoria
do caos não pode explicar a desordem que temos na secretária.

O caos pode explicar, isso sim, a dinâmica complexa encontrada
em padrões simples. De uma forma mais simples podemos dizer
que sistemas que obedecem a leis exactas da natureza,
produzem muitas vezes resultados aleatórios.
O que antigamente era simples torna-se agora complicado, mas em
compensação, o que antes se pensava ser complicado tornou-se
simples.

A teoria do caos trata do estudo de sistemas dinâmicos
complexos não-lineares. Ora o que querem dizer todos estes
palavrões? Complexo pode ser interpretado literalmente,
não-linear é toda a função de transformação da função x (por
exemplo) que seja não-linear. Por outras palavras polinómios
diferentes do tipo ax + b, onde o declive (ou inclinação) da recta
nos é dado pelo valor de a, e a ordenada é b quando a recta
cruza o eixo das abcissas (eixo dos xx). O que faz com que a
função y seja uma função não-linear de x é se x surge
multiplicada por uma outra variável, ou multiplicada por si
própria. Dinâmicos implicam não constante e não periódico.

Efeito Borboleta

Outra definição mais elaborada diz-nos que o caos é o estudo
de sistemas determinísticos que apresentam uma forte
dependência aos parâmetros iniciais, que originam
resultados aparentemente aleatórios, ou caóticos. Recuemos um
pouco no passado para compreender melhor. Vamos até 1961
encontrar Edward Lorenz a trabalhar num modelo
computacional de previsão meteorológica através de um
punhado de equações diferenciais. Lorenz encontrava-se
extremamente satisfeito por acreditar que tinha descoberto uma
certa ordem na imprevisibilidade meteorológica. Ele não sabia,
mas estava prestes a descobrir um sistema caótico. Certo dia no
Inverno desse ano, Lorenz necessitava de examinar uma
sequência numa longa extensão de tempo. Para poupar tempo,
em vez de começar tudo de novo, começou logo pela metade.

Pelas leis de Sir Isaac Newton tudo deveria correr da mesma
forma, mas não. Quando voltou, Lorenz deu de caras com um
resultado totalmente oposto ao da sequência inicial.
Primeiramente pensou que o computador tivesse avariado de
vez, mas foi quando se apercebeu de que o problema estava nos
números que ele digitado. Inicialmente ele introduziu 0,506127.

Da segunda vez colocou apenas 0,506. Ele tinha apenas
arredondado o número! A diferença entre eles era apenas de
alguns milésimos, mas os resultados finais de ambos eram
totalmente distintos. Os erros provaram ser catastróficos. Em
1979 publica no jornal dos meteorologistas um artigo com o
seguinte título: "Predictability: Does a flap of a butterfly's
wings in Brazil set off a tornado in Texas". O título pegou e
ficou conhecido por Efeito Borboleta, ou Butterfly Effect.

Queria ele dizer no seu artigo que algo tão insignificante como o
bater de asas duma borboleta no Brasil, poderá provocar um
tornado no Texas. Decerto já reparam que em certos dias quando
saem de casa apenas cinco minutos mais tarde, chegam ao
trabalho ou à escola já em cima da hora, senão mesmo muito
atrasados. Isto é apenas um dos exemplos que podemos dar
sobre a teoria do caos. Já agora e a título de curiosidade,
sabiam que as diferenças genéticas entre o Homem e o
chimpanzé são apenas de dois por cento (2%)!
Lorenz pegou no modelo anterior e conseguiu reduzi-lo a apenas
três equações diferenciais não-lineares, mais ou menos assim:

(1) dx/dt = -10x + 10y

(2) dy/dt = 28x - y + xz

(3) dz/dt = - 8x/3 + xy

No entanto no caos não se pode aplicar a hipótese "ceteris
paribus", uma vez que ele é dinâmico. Ou seja para a análise do
sistema não podemos fixar umas variáveis para podermos
estudar as outras. Aqui isso não se aplica, exactamente porque
ele é dinâmico, está em constante mutação.

Representação Geométrica

De acordo com Benoit Mandelbrot "As nuvens não são esferas,
as montanhas não são cones, (...), nem a luz viaja em linha
recta". Todas estas formas geométricas ortodoxas perdem a sua
estrutura quando ampliadas ou diminuidas. Um círculo numa
escala muito maior não é nada mais que uma recta. Veja-se o
caso de apenas à 500 anos se pensar que a Terra era plana,
porque à escala humana não víamos mais que uma linha recta
no horizonte. Mandelbrot inventou o termo fractal para descrever
um objecto geométrico que nunca perde a sua estrutura qualquer
que seja a distância de visão. Quando surgiram os fractais
pouco ou nada estavam relacionados com o caos. Com o tempo
veio-se a descobrir que são primos matemáticos. Na realidade
os fractais são as linguagem que nos ilustram a forma do caos.

Aplicações

A teoria do caos interessa-se por questões de ordem e desordem
na Natureza. O caos procura a ordem existente em padrões
complexos ou aleatórios, ao contrário do que muitas vezes se
pode pensar. Ela "coloca o seu enfâse na ordem inerente a um
sistema, o comportamento universal de sistemas similares". No
cerne da teoria do caos está a ordem escondida em factos que
nos surgem à primeira vista desordenados. A teoria do caos
permite-nos ver para além da visão clássica "newtoniana" das
coisas. O caos veio permitir uma grande interdisciplinareidade
entre ciências, ligando por exemplo a matemática e a biologia. A
sua aplicação nas mais variadas ciências: Educação; Saúde;
Políticas Sociais; Demografia; etc, etc, trouxeram-nos uma nova
perspectiva sobre os acontecimentos. Isto permite-nos
compreender melhor as irregularidades e contrariedades da
natureza e da realidade.



SUBJECT: Recrutar Mulheres para clonagem
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 07/08/2001 15:43

BIOÉTICA-Folha de São Paulo,7 de agosto de 2001

Severino Antinori pode perder licença profissional

Médico italiano quer recrutar 200 mulheres para criar
clone humano
DA REUTERS

O controvertido médico italiano Severino Antinori afirmou
que a clonagem de seres humanos com fins terapêuticos é
um avanço científico que não pode nem deve ser impedido.
Antinori voltara às manchetes anteontem, depois de dizer
ao jornal britânico "Sunday Times" que planeja envolver
200 mulheres na tentativa de obter um clone, num país não-
identificado do Leste Europeu.
"A clonagem vai nos ajudar a pôr fim a muitas doenças,
dar a homens inférteis a chance de ter filhos. Não
podemos perder essa oportunidade", disse o médico.
Antinori anunciou que vai apresentar sua posição hoje num
encontro da Academia Nacional de Ciências dos Estados
Unidos. Disse que vai argumentar contra o banimento da
clonagem votado na Câmara dos Representantes dos EUA na
semana passada.
Cientistas norte-americanos defendem a clonagem de
embriões humanos unicamente para pesquisa científica.
Antinori quer implantá-los no útero de mulheres dispostas
a dar os clones à luz, mas não confirmou se vai iniciar o
projeto em novembro.
A clonagem reprodutiva é proibida na maioria dos países.
O novo governo da Itália não se pronunciou sobre a
questão desde que foi eleito, em maio, mas deve apoiar a
proibição.
O Conselho Médico da Itália, órgão disciplinar para
profissionais da área, apóia a clonagem apenas para a
cura de doenças. Iniciou processo contra Antinori em
março, quando foram anunciados seus planos. O
representante do órgão em Roma disse ontem que o médico
pode perder a licença para exercer a profissão






SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/08/2001 19:21

Eduardo Gueron wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > Mas Joao por iso que eu acho que eh relativo:
> > Um universo virtual pode ser deterministico por pessoas
> > que nao participam deste universo como o cientista criador
> > que estuda seu universo do computador. Este seu universo eh
> > perfeitamente deterministico.
> >
> > Mas um computador virtual ou um ser que esteja DENTRO deste universo virtual
> > eu *acredito* que nao podera nunca determinar completamente o estado
> > futuro deste universo e eu acho que eh possivel provar isso por godel
> > por exemplo. as ainda nao sei auql seria o formalismo.
> >
> > []s
> > jocax
> >
> >
> Oi,
>
> o Teorema de Goedel não fala sobre sistemas determinísticos ou
> aleatórios mas, basicamente, que não é possível escrever uma aritimética
> que seja ao mesmo tempo consistente e completa. Consistência significa
> que a partir de um conjunto de axiomas não há teoremas que contradizem
> outros na mesma lógica axiomática e ser completa significa que todas as
> verdades lógicas são teoremas dentro deste sistema axiomático, ou seja,
> todas as sentenças verdadeiras são tautologias. Como, a princípio, todo
> sistema lógico axiomático pode ser representado como uma aritimética,
> este resultado se estende para todos os sistema axiomáticos.
> O fato de não haver como computar um sistema aleatório não se relaciona
> com o teorema em questão mas com a própria estrutura de processos
> computáveis, ou seja, com a própria estrutura de frases lógicas.
>

Veja que um sistema logico computavel segue regras logicas , mais precisamente
booleanas, que formalmente formam o sistema logico.

Poderiamos formaliza-lo como S(u,v, 0) o estado inicial do sistema S
no tempo t=0 onde u seria o conjunto de posicoes de suas particulas
neste instante e v as regras logicas de interacao entre os elementos de u.

Ou seja, u representaria as particulas e v as leis fisicas deste universo
virtual S.

A logica booleana da simulacao computacional nos informaria como
a partir de um estado qualquer S(u',v,t) chegar num novo estado S(u" ,v,t+1).

O sistema virtual S formaria um sistema logico consistente onde
a problematica se referiria em determinar o futuro do estado S num tempo
T qualquer.

Se S forma um sistema godeliano, entao existirao perguntas sobre
S(u,v,t) que nao poderao ser respondidas e neste caso o sistema
eh nao deterministico.

[]s
jocax
PS: Nao sei se faz algum sentido isto tudo que falei
mas que ficou bonito ficou ! :-))



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: joao <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/08/2001 19:26



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Se S forma um sistema godeliano, entao existirao perguntas sobre
> S(u,v,t) que nao poderao ser respondidas e neste caso o sistema
> eh nao deterministico.


Na verdade aplicação do teorema de Godel a S(u,v,t) provaria que
existe pelo menos um S(u" ,v,t1) que não pode ser obtido a partir
de S(u',v,t0) qualquer que seja t1 ou S(u',v,t0).

Godel provou que em determinados sistemas lógicos não é possivel
chegar a determinados teoremas a partir dos axiomas iniciais.

u' == axiomas
t == númro de operações para chegar ao teorema actual
v == rgras lógicas.

Decorre daqui que isso não segnifica que o sistema lógico não
seja deterministico. Todos os sistemas lógicos são deterministicos.

Joao


SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/08/2001 14:12

joao wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Se S forma um sistema godeliano, entao existirao perguntas sobre
> > S(u,v,t) que nao poderao ser respondidas e neste caso o sistema
> > eh nao deterministico.
>
> Na verdade aplicação do teorema de Godel a S(u,v,t) provaria que
> existe pelo menos um S(u" ,v,t1) que não pode ser obtido a partir
> de S(u',v,t0) qualquer que seja t1 ou S(u',v,t0).
>

Na verdade o teorema provaria que existe infinitos estados S([u"],v,t1)
no qual *nao* se poderia provar que poderiam ser alcancados
*nem* que nao poderiam ser alcancados. Seriam estados indeterminados.



>
> Godel provou que em determinados sistemas lógicos não é possivel
> chegar a determinados teoremas a partir dos axiomas iniciais.
>
> u' == axiomas
> t == númro de operações para chegar ao teorema actual
> v == rgras lógicas.
>
> Decorre daqui que isso não segnifica que o sistema lógico não
> seja deterministico. Todos os sistemas lógicos são deterministicos.
>

Joao, aqui eu nao concordo.
Veja : O universo virtual eh deterministico visto por fora dele.

Mas quem ou qualquer coisa que esta *dentro* deste universo nao
pode determinar seu futuro. E por isso este universo eh NAO deterministico
para estas entidades.

Uma ideia da prova eh a seguinte: Suponha que algum computador ou alguem
esteja determinando o futuro do universo ateh um tempo futuro T e imprimindo
isto num papel ou gravando na memoria.
Uma hora este alguem vai ter que escrever que ele escreveu uma linha
neste papel ou na memoria. Mas este fato de ter escrito esta linha TAMBEM
vai precisar ser escrito pois faz parte da previsao, mas esta linha que seria
escrita tambem teria que ser escrita e assim por diante de modo que o
futuro JAMAIS poderia ser determinado !!

Eh como o programa que nao pode imprimir ele mesmo !

[]s
jocax
PS1: Adorei , genial ! Eu me amo !! :-)))
PS2: Desculpa eu sou louco mesmo !!






SUBJECT: Re: [ciencialist] Ectoplasma e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: centaurus@mtv.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/08/2001 14:48

e onde fica sua página tão visitada???por que teima em dizer???Pelo seu
raciocínio ,então esses conhecimentos foram construídos por algum ser pensante
em algum lugar no espaço-tempo e ficaram a vagar por aí numa dimensão meio
bizarra.Então , poderias captar , o raciocício de algum extraterrestre
, de uma civilização mais avançada , e descobrir por exemplo, o que aconteceu
um milionésimo de segundo após o big-bang e como vencer distancias incomensuráveis.Poderias
também descobrir quem matou John Kennedy , já que o planejamento mental
"está por aí".Poderias até trabalhar na polícia , aposto que iam te pagar
bem.Tambem podes prever "um futuro arquitetado por algum ser pensante "
e dizer que tem o dom de antever as coisas.O que não podes é ficar dizendo
, dizendo e não provar ABSOLUTAMENTE NADA DO QUE FALAS.Como disse , estás
complicando em vez de ajudando.Não sei se isso não passa de publicidade
do sobrenatural , mas se és uma pessoa séria , devia ensinar a todos aqui
para pelo menos testarmos.Nada melhor que a comprovação empírica.E peço
mais uma vez o endereço do seu site(viu sua estratégia publicitária está
dando certo). Se achas que falar sobre integral prova alguma coisa , devia
ser antes de mais nada pastor da universal ou montar alguma seita "new
age".Aguardo uma postura de gente da tua parte.

Centaurus.

"os homens fazem as ferramentas e as ferramentas refazemm os homens"







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eMTV: receba a mordomia eletrônica!
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SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: joao <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/08/2001 14:52



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> >
> > Na verdade aplicação do teorema de Godel a S(u,v,t) provaria que
> > existe pelo menos um S(u" ,v,t1) que não pode ser obtido a partir
> > de S(u',v,t0) qualquer que seja t1 ou S(u',v,t0).
> >
>
> Na verdade o teorema provaria que existe infinitos estados S([u"],v,t1)
> no qual *nao* se poderia provar que poderiam ser alcancados
> *nem* que nao poderiam ser alcancados. Seriam estados indeterminados.

Não. Como eu disse é que estava certo. Godel encontrou um (só um)
teorema que o sistema não pode encontrar. Ele depois enontrou
outras por modificação do sistema. Adicionou o teorema como
premissa. Aqui, o universo é o sistema, u' são as premissas e u''
os teoremas.


> Joao, aqui eu nao concordo.
> Veja : O universo virtual eh deterministico visto por fora dele.
>
> Mas quem ou qualquer coisa que esta *dentro* deste universo nao
> pode determinar seu futuro. E por isso este universo eh NAO deterministico
> para estas entidades.
>
> Uma ideia da prova eh a seguinte: Suponha que algum computador ou alguem
> esteja determinando o futuro do universo ateh um tempo futuro T e imprimindo
> isto num papel ou gravando na memoria.
> Uma hora este alguem vai ter que escrever que ele escreveu uma linha
> neste papel ou na memoria. Mas este fato de ter escrito esta linha TAMBEM
> vai precisar ser escrito pois faz parte da previsao, mas esta linha que seria
> escrita tambem teria que ser escrita e assim por diante de modo que o
> futuro JAMAIS poderia ser determinado !!
>
> Eh como o programa que nao pode imprimir ele mesmo !

A sua prova só está correcta se o univeso não possuir
autosemelhança. De qualquer das fomas não provou o que se
pretendia.

Um universo é deterministico se as mesmas causas levarem sempre ao
mesmo resultado final. Esta definição de deterministico não é
subjectiva. Não depende de quem faz a previsão.

Joao


SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/08/2001 15:17

joao wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > >
> > > Na verdade aplicação do teorema de Godel a S(u,v,t) provaria que
> > > existe pelo menos um S(u" ,v,t1) que não pode ser obtido a partir
> > > de S(u',v,t0) qualquer que seja t1 ou S(u',v,t0).
> > >
> >
> > Na verdade o teorema provaria que existe infinitos estados S([u"],v,t1)
> > no qual *nao* se poderia provar que poderiam ser alcancados
> > *nem* que nao poderiam ser alcancados. Seriam estados indeterminados.
>
> Não. Como eu disse é que estava certo. Godel encontrou um (só um)
> teorema que o sistema não pode encontrar. Ele depois enontrou
> outras por modificação do sistema. Adicionou o teorema como
> premissa. Aqui, o universo é o sistema, u' são as premissas e u''
> os teoremas.
>

Joao , poderemos verificar, mas nao importa o teorema *original*
de godel importa que o teorema diz que existem infinitos teoremas
que nao se pode provar se sao verdadeiros e NEM se sao falsos.

No nosso caso, as premissas sao (u) em t=0 as leis deste universo (v)
que tambem fazem parte das premissas e a logica booleana classica
que faz o computador simular tal universo.


>
> > Joao, aqui eu nao concordo.
> > Veja : O universo virtual eh deterministico visto por fora dele.
> >
> > Mas quem ou qualquer coisa que esta *dentro* deste universo nao
> > pode determinar seu futuro. E por isso este universo eh NAO deterministico
> > para estas entidades.
> >
> > Uma ideia da prova eh a seguinte: Suponha que algum computador ou alguem
> > esteja determinando o futuro do universo ateh um tempo futuro T e imprimindo
> > isto num papel ou gravando na memoria.
> > Uma hora este alguem vai ter que escrever que ele escreveu uma linha
> > neste papel ou na memoria. Mas este fato de ter escrito esta linha TAMBEM
> > vai precisar ser escrito pois faz parte da previsao, mas esta linha que seria
> > escrita tambem teria que ser escrita e assim por diante de modo que o
> > futuro JAMAIS poderia ser determinado !!
> >
> > Eh como o programa que nao pode imprimir ele mesmo !
>
> A sua prova só está correcta se o univeso não possuir
> autosemelhança. De qualquer das fomas não provou o que se
> pretendia.

Nao entendi.
Onde esta o erro da prova?

>
>
> Um universo é deterministico se as mesmas causas levarem sempre ao
> mesmo resultado final. Esta definição de deterministico não é
> subjectiva. Não depende de quem faz a previsão.
>

Nao importa se o resultado final sera o mesmo ou nao.
O importante eh que ninguem dentro do universo podera
determinar seu estado futuro completamente.

[]s
jocax
PS: Alguem ja provou isso, como eu fiz, antes?



SUBJECT: Psicologia Evolutiva (2)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/08/2001 15:32

INSTITUIÇÃO:

1.UNESP

Departamento de Psicologia Evolutiva, Social e Escolar:
http://www.assis.unesp.br/deptopse.htm

2.Assoc. Brasileira de Psicólogos e Profissionais de Saúde Mental on
line: ABRAPSMOL

http://www.abrapsmol.com.br/



REVISTAS E PERIÓDICOS:

1.Revista Cérebro e Mente

http://www.epub.org.br/cm/

2. Revista Neuropsiconews

http://www.neuropsiconews.org.br/

3. Revista da Federação Brasileira de Psicodrama- FEBRAP:

http://febrap.org.br/revista/sinopses.shtml



ARTIGOS:

1.O que é Psicologia Evolutiva?

http://www.epub.org.br/cm/n11/opiniao/evolutive-p.htm

2.A Base Material dos Sentimentos:
http://www.epub.org.br/cm/n12/opiniao/sentimentos.html

3.Catapulta do Emocional:

http://www.epub.org.br/cm/n11/opiniao/catapulta.htm

4.O Pensamento Abstrato:

http://www.epub.org.br/cm/n12/opiniao/pensamento.html

5.A Arte e o Cérebro no Processo da Aprendizagem:

http://www.epub.org.br/cm/n12/opiniao/criatividade2.html

6.O Cérebro e as Artes Visuais:

http://www.epub.org.br/cm/n10/opiniao/cairasco/art.html

Interdisciplinaridade e o Estudo da Mente:

http://www.epub.org.br/cm/n06/opiniao/interdisc.htm

7.Consciência:

http://www.epub.org.br/cm/n05/opiniao/concien1.htm

8.Percepção e Realidade:

http://www.epub.org.br/cm/n04/opiniao/percepcao.htm

9.Aprendendo Quando Somos Jovens:

http://www.epub.org.br/cm/n03/opiniao/elson1.htm

10.Consciência:

http://www.epub.org.br/cm/n02/opiniao/elson2.htm

11.Cérebro e Ambiente:

http://www.epub.org.br/cm/n01/Amb_env/cer_amb.htm

12.Cérebro: Para Que?

http://www.epub.org.br/cm/n01/elson/elson.htm

13.Memória e Consciência:

http://www.epub.org.br/cm/n01/elson/elson3.htm

14.Alterações do Pensamento:

http://www.psiqweb.med.br/cursos/pensam.html

15.O direito ao passado:

http://www.unesp.br/jornal/julho/psico.htm

16. VYGOTSKY :

http://www.english.sk.com.br/sk-vygot.html







ENTREVISTAS

1.Entrevista com Marvin Minsky : A Mente, Inteligência Artificial e
Emoções:

http://www.epub.org.br/cm/n07/opiniao/minsky/minsky.htm

2.Entrevista com Rodolfo Llinás: Consciência e o Cérebro

http://www.epub.org.br/cm/n06/opiniao/llinas.html

3.Entrevista com Ivan Izquierdo :A MEMÓRIA

http://www.epub.org.br/cm/n04/opiniao/izquierdo.htm





































SUBJECT: Re: [ciencialist] Ectoplasma e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/08/2001 19:00

Oi Centaurus,

falando assim eu não discuto mais, não conto qual é o meu site (por isso pouca gente sabe do url), não estou interessado no que aconteceu naquele milionésimo de segundo do big-Ben (isso não é coisa de relógio cuco?), não estou interessado em saber quem matou o cidadão ai em baixo (nem sei quem é!), não fico vagando por dimensões bizarras, não tenho pretensões em trabalhar na polícia e isso não é publicidade do sobrenatural ... naturalmente!
Quanto ao desenho da máquina para aprisionar ectoplasma em frasco de Florence posso fazer e enviar para quem quiser.
[]'
Léo
================
-----Mensagem Original-----
De: <centaurus@mtv.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 8 de agosto de 2001 14:48
Assunto: Re: [ciencialist] Ectoplasma e TRANSCOMUNICAÇÃO


e onde fica sua página tão visitada???por que teima em dizer???Pelo seu
raciocínio ,então esses conhecimentos foram construídos por algum ser pensante
em algum lugar no espaço-tempo e ficaram a vagar por aí numa dimensão meio
bizarra.Então , poderias captar , o raciocício de algum extraterrestre
, de uma civilização mais avançada , e descobrir por exemplo, o que aconteceu
um milionésimo de segundo após o big-bang e como vencer distancias incomensuráveis.Poderias
também descobrir quem matou John Kennedy , já que o planejamento mental
"está por aí".Poderias até trabalhar na polícia , aposto que iam te pagar
bem.Tambem podes prever "um futuro arquitetado por algum ser pensante "
e dizer que tem o dom de antever as coisas.O que não podes é ficar dizendo
, dizendo e não provar ABSOLUTAMENTE NADA DO QUE FALAS.Como disse , estás
complicando em vez de ajudando.Não sei se isso não passa de publicidade
do sobrenatural , mas se és uma pessoa séria , devia ensinar a todos aqui
para pelo menos testarmos.Nada melhor que a comprovação empírica.E peço
mais uma vez o endereço do seu site(viu sua estratégia publicitária está
dando certo). Se achas que falar sobre integral prova alguma coisa , devia
ser antes de mais nada pastor da universal ou montar alguma seita "new
age".Aguardo uma postura de gente da tua parte.

Centaurus.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ectoplasma e TRANSCOMUNICAÇÃO - FIM
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/08/2001 19:05

The End para a thread Ectoplasma e Transcomunicação. Muito desgaste ecto-cerebral.
Desculpo-me frente a todos os leigos na teoria ectoplasmática = eter + flogístico + heterode.

[]'
Léo
=============



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: metafísica
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/08/2001 21:37



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> >
> > Não. Como eu disse é que estava certo. Godel encontrou um (só um)
> > teorema que o sistema não pode encontrar. Ele depois enontrou
> > outras por modificação do sistema. Adicionou o teorema como
> > premissa. Aqui, o universo é o sistema, u' são as premissas e u''
> > os teoremas.
> >
>
> Joao , poderemos verificar, mas nao importa o teorema *original*
> de godel importa que o teorema diz que existem infinitos teoremas
> que nao se pode provar se sao verdadeiros e NEM se sao falsos.


Mas o teorema não diz isso.

> > > Eh como o programa que nao pode imprimir ele mesmo !
> >
> > A sua prova só está correcta se o univeso não possuir
> > autosemelhança. De qualquer das fomas não provou o que se
> > pretendia.
>
> Nao entendi.
> Onde esta o erro da prova?

Esqueça. Acho que me enganei. A minha intuição diz-me que as
coisas não são assim tão simples.

>
> >
> >
> > Um universo é deterministico se as mesmas causas levarem sempre ao
> > mesmo resultado final. Esta definição de deterministico não é
> > subjectiva. Não depende de quem faz a previsão.
> >
>
> Nao importa se o resultado final sera o mesmo ou nao.
> O importante eh que ninguem dentro do universo podera
> determinar seu estado futuro completamente.

Mas isso não é a mesma coisa que "determinismo".

> PS: Alguem ja provou isso, como eu fiz, antes?

Eu não conhecia a prova, mas também não sou especialista.
Provavelmente alguém já estudou estas coisas em detalhe.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ectoplasma e TRANSCOMUNICAÇÃO
FROM: "Felipe L. Crusius" <crusius@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/08/2001 03:31

----- Original Message -----
From: <centaurus@mtv.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, August 08, 2001 2:48 PM
Subject: Re: [ciencialist] Ectoplasma e TRANSCOMUNICAÇÃO


> e onde fica sua página tão visitada???por que teima em dizer???Pelo seu
> raciocínio ,então esses conhecimentos foram construídos por algum ser
pensante
> em algum lugar no espaço-tempo e ficaram a vagar por aí numa dimensão meio
> bizarra.Então , poderias captar , o raciocício de algum extraterrestre
> , de uma civilização mais avançada , e descobrir por exemplo, o que
aconteceu
> um milionésimo de segundo após o big-bang e como vencer distancias
incomensuráveis.Poderias
> também descobrir quem matou John Kennedy , já que o planejamento mental
> "está por aí".Poderias até trabalhar na polícia , aposto que iam te pagar
> bem.Tambem podes prever "um futuro arquitetado por algum ser pensante "
> e dizer que tem o dom de antever as coisas.O que não podes é ficar
dizendo
> , dizendo e não provar ABSOLUTAMENTE NADA DO QUE FALAS.Como disse , estás
> complicando em vez de ajudando.Não sei se isso não passa de publicidade
> do sobrenatural , mas se és uma pessoa séria , devia ensinar a todos aqui
> para pelo menos testarmos.Nada melhor que a comprovação empírica.E peço
> mais uma vez o endereço do seu site(viu sua estratégia publicitária está
> dando certo). Se achas que falar sobre integral prova alguma coisa , devia
> ser antes de mais nada pastor da universal ou montar alguma seita "new
> age".Aguardo uma postura de gente da tua parte.
>
> Centaurus.

Poxa, até eu, que estou cursando o Ensino Médio por supletivo, entendi.
A teoria do Prof. Léo é magnífica! Como você pode afirmar o contrário? :o)
[Risos, risos e mais risos]

[]'s!
Felipe L. Crusius (crusius@uol.com.br)
ICQ/UIN: 113124050
Yahoo! ID: lipecrusius



SUBJECT: Pisa ... no volante
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/08/2001 11:00

Ol pessoal,
apreciaria respostas ... quem se habilita?

(a) qual a altura da torre de Pisa?
(b) por que o volante do automvel retorna espontaneamente para a posio 'linha reta' ao largarmos o volante aps uma curva?

[]'
Lo
=============
Luiz Ferraz Netto [Lo]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br


[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]



SUBJECT: enxadristas utilizam regioes "desligadas"
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excaliburciencia@yahoogroups.com>, scientia_una <scientiauna@grupos.com.br>
DATE: 09/08/2001 13:50

PANORÂMICA _ Folha de São Paulo, 9 de agosto de 2001.

NEUROLOGIA

Mestres enxadristas utilizam regiões do
cérebro "desligadas" nos amadores
Ser um grande mestre enxadrista é apenas uma questão de
usar a cabeça. Ou melhor, de como usar a cabeça. Estudo
feito por pesquisadores da Alemanha mostrou que há
diferenças significativas entre as áreas do cérebro
utilizadas por jogadores de xadrez profissionais e
amadores durante uma partida. E o desenvolvimento dessa
capacidade pode até ser inato.
O grupo, da Universidade de Konstanz, fez imageamento
magnético do cérebro de 20 jogadores, dos quais 10 eram
grandes mestres (categoria máxima do xadrez). Cada
jogador travava uma disputa com um computador, enquanto a
equipe media a atividade cerebral.
Os jogadores menos experientes apresentaram alta
atividade no lóbulo temporal, uma região do cérebro
normalmente associada à memória recente. Já os mestres
acionavam os córtices frontal e parietal, ligados à
memória de longo prazo.
Os dados corroboram a hipótese de que os profissionais
enxadristas, após vários anos de prática, acabam formando
um banco de dados dos possíveis movimentos executados por
seus adversários, armazenado na memória de longo prazo. O
jogador compara a situação atual do jogo a coisas que viu
antes, rapidamente estabelecendo os padrões da jogada.
"Esse é o único jeito de fazer direito. Com informação
suficiente em seu banco de dados, você pode tomar
vantagem ao reconhecer conexões, entender complexidades e
fazer algo novo", diz Ognjen Amidzic, um dos autores do
estudo, que está publicado hoje na "Nature".
Os amadores mantiveram seu foco nas regiões da memória
recente, processando movimentos como se fossem
inesperados. "É como jogar sem entender a complexidade do
que está acontecendo no tabuleiro de xadrez. Apenas
movendo as peças por lá", afirma Amidzic, que já pratica
o esporte há 20 anos.
Os cientistas acreditam que o segredo do sucesso esteja
na forma como as informações são armazenadas nas regiões
de memória de longo prazo. "Especulamos que possa ser uma
coisa inata", sugere Amidzic -para sua própria frustração.
"Quando criança, eu queria me tornar um grande mestre",
conta. "Eu trabalhava duro nisso, muitas horas todos os
dias. Mas alcancei um nível em que não conseguia mais
melhorar. Agora sei por quê." (SALVADOR NOGUEIRA, DA
REPORTAGEM LOCAL)






SUBJECT: Re: [ciencialist] Pisa ... no volante
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/08/2001 15:09

On Thu, 9 Aug 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
> (a) qual a altura da torre de Pisa?

Não sei, mas duas pizzas empilhadas e bem recheadas tem em média uma
polegada.

> (b) por que o volante do automóvel retorna espontaneamente para a
> posição 'linha reta' ao largarmos o volante após uma curva?

Não sei, mas o meu chute é que os pneus de trás empurram o carro em linha
reta para frente.

Agora deixa eu levantar meu escudo antes que venha a primera pedra.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pisa ... no volante
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/08/2001 15:14




> On Thu, 9 Aug 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
> > (a) qual a altura da torre de Pisa?

EH a o tamanho da sombra multiplicado pela tangente do angulo formado
entre a sombra e a hipotenusa do triangulo Torre-Sombra.

>
> > (b) por que o volante do automóvel retorna espontaneamente para a
> > posição 'linha reta' ao largarmos o volante após uma curva?
>

Ao fazer a curva as rodas descrevem um circulo no qual o ponto CENTRAL
da roda nao se move em relacao ao solo.

Os pontos da roda que estao mais afastados em relacao ao solo movem-se
mais rapidamente ,neste circulo externo, do que o solo sofrendo uma forca
de atrito para tras.

Os pontos da roda que estao na parte interna em relacao ao centro da
roda descrevem um circulo de diametro MENOR e por isso
sao obrigadas a acompanhar a roda sofrendo uma forca para frente

Estas duas forcas fazem a roda sofrer um torque no sentido
contrario.

Eh isso aih Leo?

[]s
jocax



SUBJECT: Carta a Luis Ferraz Neto.
FROM: centaurus@mtv.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/08/2001 17:46

esperava mesmo que acreditasse tão facilmente que um físico formado da usp
não soubesse calcular uma integral ???Que estavas a recorrer a métodos fantásticos(para
não dizer fantasiosos)e transcendentais???Ou vc não sabe do que fala mas
é verdade , ou és um maluco(há uma falha nessa assertiva....).Parabéns
pelo seu site ,ele é muito bom na parte de física para 2° grau , por isso
tantas visitas.Foi um lapso afirmar que fazias propaganda do sobrenatural.Mas
vejo que vc não é muito sério ,pois fez afirmações que não podia provar.Uma
dica: pela sua cara ,devias aproveitar as ondas mentais do plano deformaniano
da dimensão hipo-bizarra e sentir as emanações de casais tendo múltiplos
orgasmos ,que parecem ser melhores que uma masturbação harmônica-caótica
, só tenha cuidado para não se viciar .

E NÃO SE FALA MAIS DISSO SEM PROVAS!!!!

PS:devido ao nível das explanações tanto da minha pessoa como a de Luiz
Ferraz Neto , para as pessoas sérias dessa lista ,peço minhas sinceras desculpas.

-- Mensagem original --

>The End para a thread Ectoplasma e Transcomunicação. Muito desgaste ecto-cerebral.
>Desculpo-me frente a todos os leigos na teoria ectoplasmática = eter +
flogístico
>+ heterode.
>
>[]'
>Léo
>=============
>
>
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>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>



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SUBJECT: Re: Pisa ... no volante
FROM: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/08/2001 23:39

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Olá pessoal,
> apreciaria respostas ... quem se habilita?
>
> (a) qual a altura da torre de Pisa?
> (b) por que o volante do automóvel retorna espontaneamente para a
posição 'linha reta' ao largarmos o volante após uma curva?


Olá Leo e os demais "espectadores"

A Torre de Pisa tem A-P-R-O-X-I-M-A-D-A-M-E-N-T-E 55 metros de altura.
Sim, porque de um lado ele é mais alta que de outro... É como
perguntar qual a a´rea do Brasil, mas com maré alta ou maré baixa?

Quanto ao retorno do volante à posição central, isso se deve à
inclinação do eixo sobre o qual as rodas pivotam. É o mesmíssimo caso
da inclinação do garfo dianteiro de uma bicicleta, embora as
geometrias envolvidas sejam um tanto diversa.
Vejam bem, se o garfo da bicicleta estivesse exatamente ortogonal à
tangente que passa pelo ponto de contato do pneu com o chão,
estaríamos numa condição de equilíbrio instável e não conseguiríamos
andar um metro sequer sem as mão no guidão, coisa que estamos
bastante familiarizados a ver com ciclistas abusados pelas nossa vias.
No caso do automóvel, quando acontece do volanta não retornar (fica
"bobo") ou então quando retorna muito mais rápido que o normal,
existe algum problema de "alinhamento de suspensão", indicando que o
ângulo que se chama de "caster" (não confundir com o ectoplasminha
camarada...) tem menor ou maior ângulo, respectivamente, que o
preconizado pelo fabricante.

That's all, folks!

[]s.

Daniel




SUBJECT: Re: Pisa ... no volante
FROM: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/08/2001 23:43

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Olá pessoal,
> apreciaria respostas ... quem se habilita?
>
> (a) qual a altura da torre de Pisa?
> (b) por que o volante do automóvel retorna espontaneamente para
a
posição 'linha reta' ao largarmos o volante após uma curva?


Olá Leo e os demais "espectadores"

A Torre de Pisa tem A-P-R-O-X-I-M-A-D-A-M-E-N-T-E 55 metros de altura.
Sim, porque de um lado ele é mais alta que de outro... É como
perguntar qual a a´rea do Brasil, mas com maré alta ou maré
baixa?

Quanto ao retorno do volante à posição central, isso se deve
à inclinação do eixo sobre o qual as rodas pivotam. É o
mesmíssimo caso da inclinação do garfo dianteiro de uma bicicleta,
embora as geometrias envolvidas sejam um tanto diversas.

Vejam bem, se o garfo da bicicleta estivesse exatamente ortogonal
à tangente que passa pelo ponto de contato do pneu com o chão,
estaríamos numa condição de equilíbrio instável e não conseguiríamos
andar um metro sequer sem as mãos no guidão, coisa que estamos
bastante familiarizados a ver com ciclistas abusados pelas nossa vias.
No caso do automóvel, quando acontece do volante não retornar (fica
"bobo") ou então quando retorna muito mais rápido que o normal,
existe algum problema de "alinhamento de suspensão", indicando que
o ângulo que se chama de "caster" (não confundir com o ectoplasminha
camarada...) tem menor ou maior ângulo, respectivamente, que o
preconizado pelo fabricante.

That's all, folks!

[]s.

Daniel




SUBJECT: desculpas e adendo...
FROM: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/08/2001 23:48

Existe uma sutil diferença na ortografia entre as duas msgs sobre a
última questão Leonina. Favor considerar a segunda, pois cliquei em
send por engano quendo deveria ter clicado preview...

O adendo fica por conta da minha solidariedade ao renomado cientista
Leo, que tem ainda de pé a minha oferta de usar meu cíclotron, caso
seja necessário.

[]s.

Daniel



SUBJECT: Re: Pisa ... no volante
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/08/2001 16:00

--- In ciencialist@y..., "Daniel Margotti" <damich@b...> wrote:


> Quanto ao retorno do volante à posição central, isso se deve
> à inclinação do eixo sobre o qual as rodas pivotam. É o
> mesmíssimo caso da inclinação do garfo dianteiro de uma bicicleta,
> embora as geometrias envolvidas sejam um tanto diversas.

Não seria simplesmente a inércia do carro?

>
> Vejam bem, se o garfo da bicicleta estivesse exatamente ortogonal
> à tangente que passa pelo ponto de contato do pneu com o chão,
> estaríamos numa condição de equilíbrio instável e não
>conseguiríamos
> andar um metro sequer sem as mãos no guidão,

Qual o problema do garfo estar exatamente ortogonal? A estabilidade
da bicicleta é garantida pelo momento de inércia das rodas girando.
Não entendi a relação com a posição do garfo.


coisa que estamos
> bastante familiarizados a ver com ciclistas abusados pelas nossa
vias.
> No caso do automóvel, quando acontece do volante não retornar (fica
> "bobo") ou então quando retorna muito mais rápido que o normal,
> existe algum problema de "alinhamento de suspensão", indicando que
> o ângulo que se chama de "caster" (não confundir com o
ectoplasminha
> camarada...) tem menor ou maior ângulo, respectivamente, que o
> preconizado pelo fabricante.
>

Novamente, para o carro continuar fazendo a curva não seria
necessário uma força mantendo as rodas na posição? Cessando-se a
força sobre o volante, não seria natural o carro continuar em linha
reta, através da boa e velha inércia?

[]´s

André



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pisa ... no volante
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/08/2001 19:35



>
> Qual o problema do garfo estar exatamente ortogonal? A estabilidade
> da bicicleta é garantida pelo momento de inércia das rodas girando.
> Não entendi a relação com a posição do garfo.
>

Oi,

a estabilidade da bicicleta é garantida, principalmente, pela relação
entre a direção do torque (por causa do peso) e da velocidade,
simplificadamente,
nada mais é do que a relação de direção entre aceleração e deslocamento
como órbitas
de planetas, satélites etc. A razão que faz com que a bicicleta não caia
não tem nada
a ver com as rodas girando, se ao invés de girar as rodas deslizassem, a
bicicleta tb
não cairia (bem, dependendo do piloto).

Eduardo


SUBJECT: Re: Pisa ... no volante
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/08/2001 19:49

--- In ciencialist@y..., Eduardo Gueron <dgueron@m...> wrote:
>
> Oi,
>
> a estabilidade da bicicleta é garantida, principalmente, pela
relação
> entre a direção do torque (por causa do peso) e da velocidade,

Que relação? Se eu paro de pedalar o torque é zero. Eu vou cair por
causa disso?

> simplificadamente,
> nada mais é do que a relação de direção entre aceleração e
deslocamento
> como órbitas
> de planetas, satélites etc.

Cumé?


A razão que faz com que a bicicleta não caia
> não tem nada
> a ver com as rodas girando, se ao invés de girar as rodas
deslizassem, a
> bicicleta tb
> não cairia (bem, dependendo do piloto).

Mas você não escreveu que a estabilidade depende do torque? Se não
houver nada girando onde entra o torque?

[]'s

André





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pisa ... no volante
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/08/2001 22:20

Oi comedores de pizzas e motoristas domingueiros :-)

Inda bem que voltei do rancho hoje pelas 16 h para ir á festinhas do 'dadi's day' de meus dois filhotes; se demorasse pouco mais o momento giroscópico da bicicleta e outros conceitos ......

(a) Bem, 'altura' da Torre de Pisa é a distância (segmento de perpendicular) entre o plano da base (plano horizontal da Terra na região) e o mais afastado plano paralelo que toca a torre. E essa altura eu não sei, por isso perguntei.

(b) Aqui prefiro dar umas dicas:

1. # se vcs encherem os pneus dianteiros do carro de água (em lugar de ar) e estando numa reta com cerca de 80 km/h conseguirão fazer alguma curva?
# equilibrar-se sobre uma bicicleta 'parada' é tão fácil como fazê-lo com ela andando?
# se encher os pneus da bicicleta com água, como isso afeta a estabilidade?

2. # Em lugar de duas rodas de carros interligadas pelo mesmo eixo e girando juntas, com mesma velocidade linear, ao redor de um mesmo ponto central (centro da curva que realizam), pensemos em dois satélites geo-estacionários (mesma velocidade linear) interligados por uma longa haste de aço de 5 km de comprimento e direção que passa pelo centro da Terra (giram juntos em torno desse ponto central).
Que aconteceriam com os satélites? Ou com a haste?
# quando um trem faz uma curva que flange (saliência da roda), de um par de rodas, aplica mais força contra seu trilho?

Fiz até uma figurinha disso e vou tentar anexar aqui mas, se não funcionar o envio de anexo, coloquei uma cópia em www.convex.com.br/esquina/feiradeciencias/Atual/roda_satelite.gif (é o provisório do Imperdível).

[]'
Léo



-----Mensagem Original-----
De: <andrebaptista@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 10 de agosto de 2001 19:49
Assunto: [ciencialist] Re: Pisa ... no volante


--- In ciencialist@y..., Eduardo Gueron <dgueron@m...> wrote:
>
> Oi,
>
> a estabilidade da bicicleta é garantida, principalmente, pela
relação
> entre a direção do torque (por causa do peso) e da velocidade,

Que relação? Se eu paro de pedalar o torque é zero. Eu vou cair por
causa disso?

> simplificadamente,
> nada mais é do que a relação de direção entre aceleração e
deslocamento
> como órbitas
> de planetas, satélites etc.

Cumé?


A razão que faz com que a bicicleta não caia
> não tem nada
> a ver com as rodas girando, se ao invés de girar as rodas
deslizassem, a
> bicicleta tb
> não cairia (bem, dependendo do piloto).

Mas você não escreveu que a estabilidade depende do torque? Se não
houver nada girando onde entra o torque?

[]'s

André




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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Carl Sagan sobre a viagem no tempo
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/08/2001 22:24

'Sagan sobre a viagem no tempo'
Carl Sagan, o astrônomo, autor premiado com um Pulitzer e
popularizador
legendário da ciência, deu esta entrevista durante o making of
de "Time
Travel". De acordo com seus títulos, ele discute aspectos enigmáticos
da
área -- de como definir o tempo a como seria o interior de um buraco
de
minhoca -- com talento e uma dose refrescante de humor. Sagan era
professor
de Astronomia e Ciências do Espaço da David Duncan e diretor do
Laboratório
para Estudos Planetários na Universidade de Cornell quando morreu em
1996.

http://orbita.starmedia.com/cabertobr1/sagan_time.htm

---
MK
http://www.ceticismoaberto.br.cf



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pisa ... no volante
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/08/2001 23:57



andrebaptista@uol.com.br wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., Eduardo Gueron <dgueron@m...> wrote:
> >
> > Oi,
> >
> > a estabilidade da bicicleta é garantida, principalmente, pela
> relação
> > entre a direção do torque (por causa do peso) e da velocidade,
>
> Que relação? Se eu paro de pedalar o torque é zero. Eu vou cair por
> causa disso?
>
> > simplificadamente,
> > nada mais é do que a relação de direção entre aceleração e
> deslocamento
> > como órbitas
> > de planetas, satélites etc.
>
> Cumé?
>
> A razão que faz com que a bicicleta não caia
> > não tem nada
> > a ver com as rodas girando, se ao invés de girar as rodas
> deslizassem, a
> > bicicleta tb
> > não cairia (bem, dependendo do piloto).
>
> Mas você não escreveu que a estabilidade depende do torque? Se não
> houver nada girando onde entra o torque?
>
> []'s
>
> André
>
>
A bicicleta tenda a cair para o lado se estivermos parado, considerando
todo o formato da bicicleta, a resultante final é uma força que tende a
tombá-la, ou seja, a bicicleta gira em torno de um eixo fictício que
está no chão (pense em uma pista reta, ideal, sem que a roda escorregue
para o lato, etc) até tombar. É neste sentido que pensamos em variação
do momento angular e portanto torque resultante.

De outra maneira, pense na força localizada que atua na parte superior
da bicicleta, no banco ou na sua cabeça. Neste momento a resultante é
uma força quase que horizontal mas com uma pequena inclinação para baixo
formanto um vetor no sentido do lado que a bicicleta está um pouquinho
tombada já que a bicicleta nunca fica totalmente simétrica. Quando a
bicicleta está em movimento, temos uma força resultante que é "quase"
normal ao movimento (o "quase" é porque nunca nos mantemos sempre
retinhos, sem tremer, etc...). Se ficássemos quietinhos, faríamos um
grande círculo no chão e não cairíamos, daí a analogia com órbitas, como
fazem os artistas que andam de monociclo no circo. Nós, meros mortais,
simplesmente fazemos pequeníssimos movimentos com o corpo e mexemos com
a roda dianteira da bicicleta. Estes micro movimentos são suficientes
para mantermos a estabilidade e mudarmos a direção do torque já que
mudamos constantemente a direção lateral da força resultante. No fundo,
o que fazemos, é aproximar uma reta por pedaços de círculos com
concavidade alternada, mais ou menos assim, ~~~~~~ :)

O fato de a roda girar acrescenta uma pequena estabilidade ao problema
mas muito pouco, quase desprezível. Por esta razão que, além de andar de
bicicleta, "podemos" andar de patins de gelo com uma perna levantada (só
quem é bom, não tentem fazer em casa), esqui e todos aqueles negocinhos
que deslizam mas não giram.

[]'s Eduardo.


SUBJECT: [CA] Os gnomos das cuecas e a ugologia
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/08/2001 02:14

Os gnomos das cuecas e a ugologia
http://orbita.starmedia.com/cabertobr1/UGO.htm

<<<<
Os gnomos das cuecas e a UGOlogia
----------------------------------------------------------------------
------


Alguma vez uma de suas cuecas sumiu misteriosamente? Sua namorada,
esposa,
empregada ou mãe nada sabiam deste desaparecimento? Ou você sentiu-se
envergonhado de perguntar? Você não está sozinho. Você presenciou o
fenômeno
dos gnomos das cuecas.

Budd Weiser é uma das muitas testemunhas deste fenômeno. No dia 23 de
fevereiro de 1974, ele procurou sua cueca de listras vermelhas. Não a
encontrou, e foi tomado por uma sensação estranha. Esta é a
sensação "cueca
perdida", ilustrada no best-seller americano "Missing Underpants" do
doutor
John Quack. A hipótese de roubo foi tomada como ridícula, e Weiser
estava à
beira de um colapso nervoso quando finalmente encontrou o terapeuta
Quack.
Ele custava a lembrar-se do ocorrido, até que como um último recurso
Quack
utilizou a hipnose.

Foi então que surgiu a bombástica revelação: foram os gnomos que
roubaram
suas cuecas. Budd Weiser lembrou-se de estar deitado quando se sentiu
subitamente paralisado. Pequenos gnomos das cuecas atravessaram a
parede em
fila e calmamente abriram a gaveta do armário para roubar sua cueca.
Um
deles chegou inclusive a subir no peito de Weiser, que agoniado
tentava
gritar mas não conseguia - na verdade ele mal conseguia respirar.
Depois os
gnomos saíram, novamente em fila atravessando a parede, e ele
recuperou seus
movimentos.

Relatos semelhantes vêm surgindo de todo o mundo. As pessoas têm a
intrigante sensação "cueca perdida" e só descobrem a verdade quando
são
hipnotizadas por terapeutas qualificados, capazes de desbloquear as
memórias
que os gnomos procuraram esconder. Tais terapeutas são estudiosos da
ugologia, que estuda UGOs (do inglês Underwear Gnomes Observations, ou
Observações de Gnomos das Cuecas).

Os gnomos das cuecas e a ugologia representam não só um mistério
intrigante.
É um assunto da mais alta relevância econômica e social. Estima-se
que algo
em torno de três a quatro cuecas somem por ano para cada usuário de
cueca. E
o fenômeno é mundial, atingindo mais de 1 bilhão de pessoas em todo
mundo -
é preciso levar em conta que em muitas culturas o uso da cueca não é
de
praxe. Mesmo assim, seriam mais de 4 bilhões de cuecas sumindo
anualmente!

Jeovaerd, editor da revista UGO comenta: "Com 4 bilhões de cuecas
sumindo
anualmente, mesmo que apenas 0,1% fosse devido aos gnomos das cuecas,

teríamos 4 milhões de roubos por ano! A ugologia é um fato, e só não
vê quem
não quer". Jeovaerd ainda alardeia que "os ugologistas não precisam
provar
nada a ninguém. Só precisam fazer seu trabalho e pronto!", o que
reflete a
indignação dos ugologistas frente aos céticos e desmascaradores que
parecem
ter medo de enxergar a verdade.

E Jeovaerd está certo: existem diversas evidências e milhares de
relatos por
todo o mundo. Há o caso dos gnomos de Ubatuba em 1957, quando um dos
gnomos
deixou cair seu capuz. Alguns anos depois, pedaços deste capuz
chegaram a
jornalistas e descobriu-se que era de um tipo de nylon que não
existia em
57. Infelizmente, estes pedaços foram perdidos com o tempo, desconfia-
se que
o governo tenha encoberto as provas. Diversas pegadas de gnomos
também foram
fotografadas, assim como fotos de gnomos existem aos montes.

Porém, qual o sentido disto tudo? Por que os gnomos roubam nossas
cuecas?

Em "A Verdade Nua" (The Naked Truth) o audacioso Erlanger Von Diether
revela
os planos secretos dos gnomos das cuecas. Eles pretendem obrigar
todos os
homens do mundo a usar cuecas apertadas e assim torná-los gradualmente
estéreis até a extinção da raça humana. O roubo de cuecas é feito para
obrigar a compra de cuecas novas e cada vez mais apertadas.

Estudos científicos demonstram que o homem moderno tem um número cada
vez
menor de espermatozóides por mililitro de esperma. Diether demonstra
que a
razão é clara: poucos sabem, mas o motivo pelo qual os homens têm o
saco
pendurado é porque a produção de espermatozóides requer uma
temperatura de 1
a 2 graus menor que a do resto do corpo, e isso é alcançado deixando
o saco
a certa distância. As cuecas deixam o saco muito perto do corpo e
impedem
esta refrigeração, de forma que o uso continuado de cuecas prejudica
cada
vez mais a produção de sêmen. "As cuecas são o instrumento do
Apocalipse!"
defende Diether.

O livro de Diether vai mais além. Revela as ligações entre os gnomos
das
cuecas e as empresas multinacionais de roupa íntima. A tecnologia para
produção de cuecas apertadas não existia até o século XIX. Existiam
apenas
cuecas samba-canção. Foi só depois do advento dos gnomos das cuecas é
que
surgiram as cuecas apertadas. Fica assim claro que a tecnologia de
cuecas
apertadas foi imposta pelos gnomos e adotada por empresas como a
Zorba para
acabar com a humanidade.

Porém, outros ugologistas discordam da hipótese de Diether e duvidam
da
malevolência dos pequenos gnomos, citando casos em que os gnomos
transmitiram mensagens benéficas e importantes, como "Usem sempre
camisinha"
, "Visite seu urologista", "Faça o exame de próstata" ou "Troquem de
cueca
diariamente". Tais ugologistas entretanto apontam para a existência
de uma
conspiração governamental com os gnomos, a única explicação para a
falta de
provas e dificuldades encontradas.

A divulgação da existência de gnomos das cuecas em nosso planeta
causaria
pânico em toda população, e o sigilo e encobrimento procuram
preservar o
status quo. O governo teria firmado um acordo com os gnomos, e em
troca de
permitir o roubo de cuecas, receberia tecnologia para roupa íntima e
assuntos relacionados. Os implantes de silicone, que só surgiram nos
anos
70, e o biquíni, surgido nos anos 50, seriam apenas algumas das
tecnologias
recebidas dos gnomos.

Afinal, quais seriam as reais intenções dos gnomos? Por que o governo
encobre este fenômeno? O grande mistério dos gnomos das cuecas
continua
intrigando.

Livros recomendados:

- Cuecas Perdidas, tradução de 'Missing Underpants';
- Gnomos das Cuecas: investigando os gnomos com e sem hipnose;
- A Verdade Nua, tradução de 'The Naked Truth';


*AVISO: Esta é uma sátira, feita para fazer rir e sem pretensões muito
profundas. As referências a personagens e datas da ufologia não são
rigorosas, por exemplo, Däniken que é satirizado pelo fictício
Diether não é
um defensor da idéia de que os ETs sejam maus. É importante notar que
se
esta sátira alude ao ridículo que existe na UFOlogia, isso não
significa que
a UFOlogia seja em si algo ridículo e sem importância. A UFOlogia
pode ser
um tema fascinante, palco para novas descobertas científicas e até
mesmo
para o aperfeiçoamento da democracia e do esclarecimento. Basta para
isso o
comprometimento com o método científico e a aplicação do ceticismo
saudável,
exatamente o que 'Ceticismo Aberto' defende e procura promover. Enfim,
criticar o lixo que existe na UFOlogia não é chamar a UFOlogia de
lixo.
>>>>

---
MK
http://www.ceticismoaberto.br.cf



SUBJECT: Re: [ciencialist] [CA] Os gnomos das cuecas e a ugologia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/08/2001 06:25

----- Original Message -----
From: "Marcelo Kunimoto"
Sent: Saturday, August 11, 2001 2:14 AM
Subject: [ciencialist] [CA] Os gnomos das cuecas e a ugologia


> Os gnomos das cuecas e a ugologia
> http://orbita.starmedia.com/cabertobr1/UGO.htm
> ...
> *AVISO: Esta é uma sátira, feita para fazer rir e sem pretensões muito
> profundas.

Pô, e eu pensando que se tratasse de coisa séria, como a teoria ectoplásmica
do Léo. Assim não brinco mais. Vou tirar minhas bolinhas elementares de
campo. ;-)

> Enfim, criticar o lixo que existe na UFOlogia não é chamar a UFOlogia de
> lixo.

Concordo 100%. Aliás, é o que eu sempre digo não apenas sobre a ufologia mas
também sobre a física moderna. Retirem o lixo, digo, "os fluidos elétricos"
da física moderna e retornaremos a uma verdadeira física, a apoiar-se na
observação do que realmente existe na natureza e, conseqüentemente, no
método científico.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: you for information on where
FROM: Enirton <ferreirateles@uol.com.br>
TO:
DATE: 11/08/2001 19:05

Drivers. Check the box which says to "Specify a location:". Do no press the "Next >" button yet.
Insert Disk 1, or the CD-ROM provided with your printer.
Type in "d:\win98usb" and press the "Next >" button. (If your CD-ROM drive is assigned to a letter other than "d:", type that letter instead. If you are using a diskette type in "a:\win98usb".

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Pisa ... no volante
FROM: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/08/2001 22:19

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> --- In ciencialist@y..., "Daniel Margotti" <damich@b...> wrote:
>
>
> > Quanto ao retorno do volante à posição central, isso se deve
> > à inclinação do eixo sobre o qual as rodas pivotam. É o
> > mesmíssimo caso da inclinação do garfo dianteiro de uma
bicicleta,
> > embora as geometrias envolvidas sejam um tanto diversas.
>
> Não seria simplesmente a inércia do carro?

A inércia nesse caso não é o fator determinante, é mesmo por causa do
ângulo de inclinação.
Raciocine: será que TODOS os fabricantes de bicicleta (e motocicleta)
colocam um ângulo no garfo só para ficar bonito?
E esse mesmo ãngulo está presente em automóveis, caminhões, ônibus...
até tratores (não todos) têm esse mesmo ângulo.

> >
> > Vejam bem, se o garfo da bicicleta estivesse exatamente ortogonal
> > à tangente que passa pelo ponto de contato do pneu com o chão,
> > estaríamos numa condição de equilíbrio instável e não
> >conseguiríamos
> > andar um metro sequer sem as mãos no guidão,
>
> Qual o problema do garfo estar exatamente ortogonal? A estabilidade
> da bicicleta é garantida pelo momento de inércia das rodas girando.
> Não entendi a relação com a posição do garfo.
>
>
A posição do garfo mantém a roda dinateira apontada p/ frente. O
fato dos ciclistas abusados não caírem decorre principalmente de eles
poderem manter uma trajetória controlável através desse artifício.

> coisa que estamos
> > bastante familiarizados a ver com ciclistas abusados pelas nossa
> vias.
> > No caso do automóvel, quando acontece do volante não retornar
(fica
> > "bobo") ou então quando retorna muito mais rápido que o normal,
> > existe algum problema de "alinhamento de suspensão", indicando que
> > o ângulo que se chama de "caster" (não confundir com o
> ectoplasminha
> > camarada...) tem menor ou maior ângulo, respectivamente, que o
> > preconizado pelo fabricante.
> >
>
> Novamente, para o carro continuar fazendo a curva não seria
> necessário uma força mantendo as rodas na posição? Cessando-se a
> força sobre o volante, não seria natural o carro continuar em linha
> reta, através da boa e velha inércia?
>

>
André, com carros mais elaborados, com maior nível de conforto,
dependendo da inclinação da curva, nem precisamos virar o volante
para que ele contorne a curva... Mas isso são casos particulares, só
que ocorrem. E tudo devido ao esmero com que os engenheiros projetam
a suspensão e suas variáveis geométricas.
Com carros de produção massificada, os fatores econômicos limitam
bastante esses efeitos.


> []´s
> André


[]s.
Daniel



SUBJECT: Re: Pisa ... no volante
FROM: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/08/2001 22:37

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> --- In ciencialist@y..., Eduardo Gueron <dgueron@m...> wrote:
> >
> > Oi,
> >
> > a estabilidade da bicicleta é garantida, principalmente, pela
> relação
> > entre a direção do torque (por causa do peso) e da velocidade,
>
> Que relação? Se eu paro de pedalar o torque é zero. Eu vou cair por
> causa disso?
>
André, esse torque referido não é o torque que dá movimento às rodas.
É o torque devido à inclinaçãodo eixo! Você já sentou num kart? mesmo
que seja um kart indoor. com ele parado, tenta virar o volante. Vai
ver que existe uma força contrária àquela que vc aplica para virar ,
seja p/ qualquer um dos lados. Por quê??? Por causa do torque
desenvolvido pela inclinação do eixo sobre o qual as rodas pivotam.

> > simplificadamente,
> > nada mais é do que a relação de direção entre aceleração e
> deslocamento
> > como órbitas
> > de planetas, satélites etc.
>
> Cumé?

É... Nessa eu tb digo: cumé???


>
> A razão que faz com que a bicicleta não caia
> > não tem nada
> > a ver com as rodas girando, se ao invés de girar as rodas
> deslizassem, a
> > bicicleta tb
> > não cairia (bem, dependendo do piloto).
>
> Mas você não escreveu que a estabilidade depende do torque? Se não
> houver nada girando onde entra o torque?
>
> []'s
>
> André

Mais um exemplo prático...
Existem uns "veículos" feitos para descer encostas nevadas que em vez
de terem rodas, têm dois esquis, um fixo na traseira (quer dizer fixo
no sentido de movimento lateral, mas ele tem um pivô p/ acompanhar as
diferenças do perfil em que está apoiado) e um dianteiro orientável
por meio de um guidão. Naturalçmente tem um banco (selim) e apoio
para os pés. NÃO TEM RODAS. Mas portanto ela se move (ops! enganei de
frase...), mas portanto ele se mantém em equilíbrio quando está em
movimento, EXATAMENTE como uma bicicleta. Por que não cai????

[]s.
Daniel




SUBJECT: Re: Pisa ... no volante
FROM: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/08/2001 23:02

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Oi comedores de pizzas e motoristas domingueiros :-)
>
> Inda bem que voltei do rancho hoje pelas 16 h para ir á festinhas
do 'dadi's day' de meus dois filhotes; se demorasse pouco mais o
momento giroscópico da bicicleta e outros conceitos ......
>
> (a) Bem, 'altura' da Torre de Pisa é a distância (segmento de
perpendicular) entre o plano da base (plano horizontal da Terra na
região) e o mais afastado plano paralelo que toca a torre. E essa
altura eu não sei, por isso perguntei.
>
> (b) Aqui prefiro dar umas dicas:
>
> 1. # se vcs encherem os pneus dianteiros do carro de água (em
lugar de ar) e estando numa reta com cerca de 80 km/h conseguirão
fazer alguma curva?

Alguma curva sim, não TODAS as curvas...

> # equilibrar-se sobre uma bicicleta 'parada' é tão fácil como
fazê-lo com ela andando?

Requer treino, mas não é a coisa mais difícil do mundo.

> # se encher os pneus da bicicleta com água, como isso afeta a
estabilidade?

Bem, o momento de inércia fica maior. Ficaria mais difícil promover
uma mudança angular no eixo de rotação pelo efeito giroscópico.
Portanto ela se move (de novo???), portanto deverá ficar mais estável.


>
> 2. # Em lugar de duas rodas de carros interligadas pelo mesmo eixo
e girando juntas, com mesma velocidade linear, ao redor de um mesmo
ponto central (centro da curva que realizam), pensemos em dois
satélites geo-estacionários (mesma velocidade linear) interligados
por uma longa haste de aço de 5 km de comprimento e direção que passa
pelo centro da Terra (giram juntos em torno desse ponto central).
> Que aconteceriam com os satélites? Ou com a haste?

Considerando a distância astronômica (literalmente!) que um satélite
geoestacionário fica da terra (cerca de 36.000 km), cinco quilômetros
não devem representar uma diferença considerável. Então, como os
dois estão com a mesma velocidade angular e quilibrados em relação à
Terra, a tal haste apenas consolidaria o sistema, ou seja vai
transformar tudo numúnico satélite, não sofrendo tração nem
compressão.

> # quando um trem faz uma curva que flange (saliência da roda),
de um par de rodas, aplica mais força contra seu trilho?
>

Acho que os flanges são principalmente solicitados ao se iniciar a
curva, porque uma vez dentro dela, esta tem uma inclinação calculada
para que compensar os efeitos centrífugos do movimento.
mas caso a curva seja plana, os flanges das rodas externa à curva são
os que impedem o trem de descarrilhar (note´se que esses flanges
normalmente estão "por dentro").

> Fiz até uma figurinha disso e vou tentar anexar aqui mas, se não
funcionar o envio de anexo, coloquei uma cópia em
www.convex.com.br/esquina/feiradeciencias/Atual/roda_satelite.gif (é
o provisório do Imperdível).
>
> []'
> Léo

[]s.
Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pisa ... no volante
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/08/2001 01:02


> > > simplificadamente,
> > > nada mais é do que a relação de direção entre aceleração e
> > deslocamento
> > > como órbitas
> > > de planetas, satélites etc.
> >
> > Cumé?
>
> É... Nessa eu tb digo: cumé???
>
Daniel,

leia a minha segunda mensagem que está melhor explicada do que a
primeira.
Acho que não deve tê-la visto dada a hora em que foi enviado a seu
e-mail

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: Pisa ... no volante
FROM: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/08/2001 14:11


> >
> Daniel,
>
> leia a minha segunda mensagem que está melhor explicada do
que a
> primeira.
> Acho que não deve tê-la visto dada a hora em que foi enviado a seu
> e-mail
>
> []'s Eduardo.

Ok, Eduardo. Li e entendi. Aquele meu exemplo de "abominável
bicicleta das neves" se encaixa exatamente no caso: não
necessariamente deve haver algo em rotação para que o equilíbrio seja
estabelecido.

[]s.

Daniel



SUBJECT: codificaçao genética
FROM: centaurus@mtv.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/08/2001 20:22


alguém poderia me explicar de maneira simples e entendível como se procede
a codificação genética??O que é códon ???RNAt , RNAm e RNAr???Como é o "algoritmo"
de codificação???


-- Mensagem original --

>
> From: "Lúcia H. Medeiros" <lchm@terra.com.br>
> Reply-To: acropolis@yahoogroups.com
>
> Teoria do caos
>
> (Breve) Definição
>
> Quando pensamos em caos vem-nos logo à cabeça a desordem e
> a anarquia. Algo similar à imagem inicial. Nada disso! A teoria
> do caos não pode explicar a desordem que temos na secretária.
>
> O caos pode explicar, isso sim, a dinâmica complexa encontrada
> em padrões simples. De uma forma mais simples podemos dizer
> que sistemas que obedecem a leis exactas da natureza,
> produzem muitas vezes resultados aleatórios.
> O que antigamente era simples torna-se agora complicado, mas em
> compensação, o que antes se pensava ser complicado tornou-se
> simples.
>
> A teoria do caos trata do estudo de sistemas dinâmicos
> complexos não-lineares. Ora o que querem dizer todos estes
> palavrões? Complexo pode ser interpretado literalmente,
> não-linear é toda a função de transformação da função x (por
> exemplo) que seja não-linear. Por outras palavras polinómios
> diferentes do tipo ax + b, onde o declive (ou inclinação) da recta
> nos é dado pelo valor de a, e a ordenada é b quando a recta
> cruza o eixo das abcissas (eixo dos xx). O que faz com que a
> função y seja uma função não-linear de x é se x surge
> multiplicada por uma outra variável, ou multiplicada por si
> própria. Dinâmicos implicam não constante e não periódico.
>
> Efeito Borboleta
>
> Outra definição mais elaborada diz-nos que o caos é o estudo
> de sistemas determinísticos que apresentam uma forte
> dependência aos parâmetros iniciais, que originam
> resultados aparentemente aleatórios, ou caóticos. Recuemos um
> pouco no passado para compreender melhor. Vamos até 1961
> encontrar Edward Lorenz a trabalhar num modelo
> computacional de previsão meteorológica através de um
> punhado de equações diferenciais. Lorenz encontrava-se
> extremamente satisfeito por acreditar que tinha descoberto uma
> certa ordem na imprevisibilidade meteorológica. Ele não sabia,
> mas estava prestes a descobrir um sistema caótico. Certo dia no
> Inverno desse ano, Lorenz necessitava de examinar uma
> sequência numa longa extensão de tempo. Para poupar tempo,
> em vez de começar tudo de novo, começou logo pela metade.
>
> Pelas leis de Sir Isaac Newton tudo deveria correr da mesma
> forma, mas não. Quando voltou, Lorenz deu de caras com um
> resultado totalmente oposto ao da sequência inicial.
> Primeiramente pensou que o computador tivesse avariado de
> vez, mas foi quando se apercebeu de que o problema estava nos
> números que ele digitado. Inicialmente ele introduziu 0,506127.
>
> Da segunda vez colocou apenas 0,506. Ele tinha apenas
> arredondado o número! A diferença entre eles era apenas de
> alguns milésimos, mas os resultados finais de ambos eram
> totalmente distintos. Os erros provaram ser catastróficos. Em
> 1979 publica no jornal dos meteorologistas um artigo com o
> seguinte título: "Predictability: Does a flap of a butterfly's
> wings in Brazil set off a tornado in Texas". O título pegou e
> ficou conhecido por Efeito Borboleta, ou Butterfly Effect.
>
> Queria ele dizer no seu artigo que algo tão insignificante como o
> bater de asas duma borboleta no Brasil, poderá provocar um
> tornado no Texas. Decerto já reparam que em certos dias quando
> saem de casa apenas cinco minutos mais tarde, chegam ao
> trabalho ou à escola já em cima da hora, senão mesmo muito
> atrasados. Isto é apenas um dos exemplos que podemos dar
> sobre a teoria do caos. Já agora e a título de curiosidade,
> sabiam que as diferenças genéticas entre o Homem e o
> chimpanzé são apenas de dois por cento (2%)!
> Lorenz pegou no modelo anterior e conseguiu reduzi-lo a apenas
> três equações diferenciais não-lineares, mais ou menos assim:
>
> (1) dx/dt = -10x + 10y
>
> (2) dy/dt = 28x - y + xz
>
> (3) dz/dt = - 8x/3 + xy
>
> No entanto no caos não se pode aplicar a hipótese "ceteris
> paribus", uma vez que ele é dinâmico. Ou seja para a análise do
> sistema não podemos fixar umas variáveis para podermos
> estudar as outras. Aqui isso não se aplica, exactamente porque
> ele é dinâmico, está em constante mutação.
>
> Representação Geométrica
>
> De acordo com Benoit Mandelbrot "As nuvens não são esferas,
> as montanhas não são cones, (...), nem a luz viaja em linha
> recta". Todas estas formas geométricas ortodoxas perdem a sua
> estrutura quando ampliadas ou diminuidas. Um círculo numa
> escala muito maior não é nada mais que uma recta. Veja-se o
> caso de apenas à 500 anos se pensar que a Terra era plana,
> porque à escala humana não víamos mais que uma linha recta
> no horizonte. Mandelbrot inventou o termo fractal para descrever
> um objecto geométrico que nunca perde a sua estrutura qualquer
> que seja a distância de visão. Quando surgiram os fractais
> pouco ou nada estavam relacionados com o caos. Com o tempo
> veio-se a descobrir que são primos matemáticos. Na realidade
> os fractais são as linguagem que nos ilustram a forma do caos.
>
> Aplicações
>
> A teoria do caos interessa-se por questões de ordem e desordem
> na Natureza. O caos procura a ordem existente em padrões
> complexos ou aleatórios, ao contrário do que muitas vezes se
> pode pensar. Ela "coloca o seu enfâse na ordem inerente a um
> sistema, o comportamento universal de sistemas similares". No
> cerne da teoria do caos está a ordem escondida em factos que
> nos surgem à primeira vista desordenados. A teoria do caos
> permite-nos ver para além da visão clássica "newtoniana" das
> coisas. O caos veio permitir uma grande interdisciplinareidade
> entre ciências, ligando por exemplo a matemática e a biologia. A
> sua aplicação nas mais variadas ciências: Educação; Saúde;
> Políticas Sociais; Demografia; etc, etc, trouxeram-nos uma nova
> perspectiva sobre os acontecimentos. Isto permite-nos
> compreender melhor as irregularidades e contrariedades da
> natureza e da realidade.
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>



_____________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] : Como pensar enquanto se dorme?
FROM: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/08/2001 23:06



> A física quantica admite a existencia de 9 a 10 dimensões sendo
imperceptíveis
> aos nossos órgãos(a partir da 4°) pelo fato de serem "degeneradas".
>
> O que seriam os fenomenos paranormais???Os médiuns???Tirando o
charlatanismo
> e o sensacionalismo , como explicar o poder de algumas pessoas de saber
> o que vc pensa sem ter nunca visto vc??
>
> Coisa que me importuna até hoje , foi um médium que pedia para pensar em
> quaquer coisa e o miserável sabia o que eu estava pensando.
>


Sei que etou meio atrasadinha nessa discussao (como sempre, alias), mas
estava conversando exatamente sobre isso com minha prima esse fim de semana
e tenho uma teoria sobre isso, mas nao sei se é viavel e gostaria de saber a
opiniao de voces sobre isso.

Todos sabemos que só usamos uma parte de nosso cerebro e que o universo é
feito de energia (tirando o mistissismos de lado, todo o corpo irradia
energia) e de frequencias. nao poderia ser esse tipo de leitura de mente uma
frequencia em que dois corpos se encontram? poderia essa pessoa (que le
pensamentos e outras coisas inexplicaveis) conseguir usar uma parte do
cerebro que as outras nao conseguem, sem que afete sua inteligencia (sem que
seja um genio, quero dizer)?

Tenho a opiniao que a ciencia pode explicar todo o desconhecido. Sou ateia,
portanto nao acredito em uma forca mistica que olha por nós. acho que se
algo deu inicio ao Big Bang, nao é nada parecido com o deus das religioes e
nao esta atuando no universo hoje em dia. a nossa ciencia ainda é muito
nova, acho que em um futuro bem futuro as nossas questoes todas vao ser
resolvidas. Para isso, o cerebro humano só precisa se desenvolver mais,
tanto quanto a inteligencia quanto ao que conseguimos perceber com nossos
sentidos (o que conseguimos ver, etc).

ah, quanto ao pensar enquanto domirmos, o pouco que li sobre isso dizia que
quando domirmos, nosso cerebro recolhe tudo que aprendemos e vimos durante o
dia e "decidi" o que resolve colocar como memoria e o que resolve jogar
fora. é um estado de selecao. isto é um estagio do sono, talvez nos outros é
que ocorre esse sonho que se resove uma questao de matematica, mas acredito
que no estagio desse sonho nós estamos meio que conscientes (de repente
seria o primeiro estagio, desculpe mas esqueci o nome dos estagios) por isso
conseguimos "dialogar" conosco.

Danni.




SUBJECT: Re: [ciencialist] codificaçao genética
FROM: Fernando Henrique Ferraz <ogm60@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/08/2001 23:44


At 20:22 12/08/2001 -0300, you wrote:

>alguém poderia me explicar de maneira simples e entendível como se procede
>a codificação genética??O que é códon ???RNAt , RNAm e RNAr???Como é o
>"algoritmo"
>de codificação???

de uma olhada nesse site, está explicado de forma bem didática:
http://www.biomania.com.br/biologia/biodna.htm


_________________________________________________________
Do You Yahoo!?
Get your free @yahoo.com address at http://mail.yahoo.com



SUBJECT: [ciencialist] particulas quanticas
FROM: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/08/2001 00:02

alguem conhece um bom site sobre particulas quanticas (bosons e fermions),
inclusive das particulas previstas pela supersimetria? um bom livro tb ajuda
(embora o site seja mais barato....)

obrigado,
danni.




SUBJECT: Pergunta filosófica
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/08/2001 00:25

Caros colegas,

O nascimento de um clone humano refutaria a existência da alma?

[]s
Raul



SUBJECT: Re: [ciencialist] particulas quanticas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/08/2001 06:07

----- Original Message -----
From: "Morais"
Sent: Monday, August 13, 2001 12:02 AM
Subject: [ciencialist] particulas quanticas

> alguem conhece um bom site sobre particulas quanticas (bosons e fermions),
> inclusive das particulas previstas pela supersimetria? um bom livro tb
> ajuda (embora o site seja mais barato....)

Como não sei o nível em que você se encontra a respeito, sugiro um site para
iniciantes no assunto: Vá para http://www.if.ufrj.br/~miriam/hep.html e
clique em "A aventura das partículas".

Em tempo:

Não sei a que se destina esta sua vontade em aprender a física quântica. Se
é para um trabalho escolar, tudo bem. Se você pretende ser um filósofo ou
mesmo um estudioso de história da ciência, o assunto também será
extremamente útil no futuro. Do contrário, se você pretende ser um físico de
verdade, aprenda a respeito do tema tão somente aquilo que seus professores
obrigarem-no a deglutir sem mastigação alguma, pois do contrário você
quebrará seus dentes. E se não deglutir, eles não lhe darão o diploma.

Dentro de 10 anos a física quântica será tão importante para a humanidade
quanto as teorias do flogisto ou do calórico. Daqui a 10 anos ainda se
falará muito sobre ufologia, criacionismo, astrologia e inúmeras outras
baboselas que a maioria dos céticos de carteirinha vivem tentando derrubar
de uma maneira totalmente acientífica (pois não é fácil derrubar uma
pseudociência cientificamente). Não obstante, nada, absolutamente nada,
permanecerá da teoria quântica que está por aí, a não ser nos livros de
história das ciências ao lado das teorias do flogisto, do calórico, dos
fluidos elétricos, da monadologia, do geocentrismo, etc.

[ ]'s
Alberto
Um dos cavaleiros do apocalipse quântico
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pergunta filosófica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/08/2001 06:33

----- Original Message -----
From: "Raul Sturari Jr."
Sent: Monday, August 13, 2001 12:25 AM
Subject: [ciencialist] Pergunta filosófica

> O nascimento de um clone humano refutaria a existência da alma?

O que é alma? Já existe alguma definição ou mesmo conceituação científica
para este conceito? Se sim, esclareça-nos, pois creio que aqui na
Ciencialist ninguém estaria em condições de responder cientificamente a esse
seu questionamento sem conhecer seu posicionamento a respeito.

Do contrário, diria que a ciência não pode refutar argumentos acientíficos.
Podemos, quando muito, estabelecer uma demarcação entre o que é ciência e o
que não é ciência. Utilizando-se destes critérios, podemos dizer que o
estudo da alma situa-se no território da "não-ciência". Ora, se você é um
estudioso deste território e apesar disso me afirmar que a alma existe, eu
não terei argumentos, dentre aqueles que utilizo no meu território, para
comprovar se você está certo ou errado.

Vamos então tentar, utilizando argumentos não científicos, analisar a sua
questão. Porque o nascimento de um clone humano iria refutar a existência da
alma? Eu poderia simplesmente dizer que ao gerar um clone eu estaria ao
mesmo tempo gerando uma nova alma. Esta nova alma poderia ser criada por um
anjo, a fiscalizar as clonagens humanas; ou então por um processo semelhante
ao que ocorre na fecundação. Se a fecundação cria um novo ser vivo, porque
ela não poderia também criar uma nova alma? E se o processo tem algo de
análogo à fecundação, porque ele não poderia ser análogo nos dois sentidos.

Mudando um pouco de assunto, diria que séculos atrás achou-se que com a
mudança do geocentrismo para o heliocentrismo, isto refutaria muitas
religiões, pois a bíblia afirma que "Deus parou o Sol e não a Terra". O
tempo passou, o heliocentrismo vingou, e os religiosos perceberam a
relatividade da afirmação (a não ser alguns fanáticos que ainda interpretam
a bíblia ao pé da letra e são ainda adeptos do geocentrismo). O que você
propõe é do mesmo tipo e a falácia do argumento também.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Thread antiga
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/08/2001 07:45

Numa thread passada falvamos sobre a distino entre gs e vapor. Achei hoje uma 'linha' de Jay Orear com a definio:
"O gs quando em equilbrio com seu lquido chama-se geralmente vapor"

No concordo com a 'linha' (mesmo sendo um Jay Orear ... afinal, nunca estive preso palavra da autoridade ... e no agora que vou comear) de distino.
Ainda vejo a diferena em termos de temperatura, presso e nmeros de molculas de H2O que fazem o 'pacote' "lquido", "vapor" e "gs".
Quando muito, poderia incluir os termos 'vapor' e 'gs' na denominao genrica de --- estado gasoso ---.

[]'
Lo
===================
Luiz Ferraz Netto [Lo]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br


[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]



SUBJECT: A alergia do isolamento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excaliburciencia@yahoogroups.com>
DATE: 13/08/2001 08:02

DRAUZIO VARELLA - Folha de São Paulo, 11 de agosto de
2001.

A alergia do isolamento

Criança pobre pega doença infecciosa, as ricas sofrem de
alergia.
Nos países industrializados, as crianças e os
adolescentes têm mais asma e doenças alérgicas. O aumento
da frequência é proporcional à renda da família, à
melhora das condições gerais de habitação e de saúde e à
redução do número de pessoas na família.
Crianças criadas com muitos irmãos e as que frequentam
creches adquirem infecções corriqueiras, essenciais para
o desenvolvimento harmonioso dos mecanismos de imunidade.
Na ausência delas, instalam-se doenças alérgicas, porque
o sistema imunológico desregulado agride os próprios
tecidos do organismo. É o caso dos brônquios na asma e da
pele nos eczemas, por exemplo.
Pesquisadores da Universidade do Arizona publicaram na
revista "The New England Journal of Medicine" um estudo
no qual acompanharam 1.035 crianças a partir do
nascimento e avaliaram o aparecimento de asma no período
dos 6 aos 13 anos de idade. Os resultados mostraram que a
convivência com outras crianças durante os seis primeiros
meses de vida de fato reduz a incidência de asma no
futuro.
A hipótese de que as alergias das crianças mais ricas
sejam devidas à falta de exposição aos germes do ambiente
também foi testada por investigadores finlandeses. Os
autores partiram da teoria de que a variedade da flora
comensal presente no intestino das crianças poderia
ativar mais adequadamente o sistema imunológico e
proteger melhor contra doenças alérgicas do que as
infecções esporádicas da infância (geralmente de natureza
respiratória).
Num estudo publicado na revista "Lancet", os autores
acompanharam 132 crianças do nascimento aos dois anos de
idade. Durante a gravidez, as mães foram divididas em
dois grupos: metade recebeu placebo (produto inerte) e a
outra foi tratada por via oral de duas a quatro semanas
com culturas de lactobacilos, germes componentes da flora
intestinal não-patogênica. Era exigência do estudo que
todas as mulheres participantes tivessem pelo menos um
parente em primeiro grau que sofresse de alergia. Durante
os primeiros seis meses de vida, as crianças receberam o
mesmo tratamento das mães (placebo ou lactobacilos). O
grupo tratado com os germes apresentou um número de casos
de eczema 50% menor.
Se o sistema imunológico humano precisa mesmo ser
estimulado por germes transmitidos aos bebês para se
desenvolver em plenitude e como as sociedades afluentes
cada vez isolam mais seus filhos entre cortinas e
carpetes abarrotados de alérgenos, devemos esperar um
número crescente de pessoas de imunidade mais frágil no
futuro.
Isso nos tornará mais dependentes de desinfetantes e de
antibióticos. Teremos de viver na limpeza obsessiva:
qualquer contaminação poderá causar doença e haverá
necessidade de antibióticos para combatê-la.
Acontece que as bactérias não são idiotas. Durante 3,5
bilhões de anos, foram habitantes exclusivas do planeta.
E predominam até hoje: constituem mais da metade da
biomassa terrestre -a soma das massas de todos os seres
vivos, incluindo árvores, elefantes e mosquitos.
Tanto sucesso evolucionista deve-se a uma estratégia
simples: dividir-se freneticamente. No microscópio, é
fácil ver: elas adquirem a forma de um oito, copiam o
material genético e mandam uma cópia para cada parte do
oito. Então a parte de cima se separa da de baixo e
surgem duas bactérias-filhas, cópias xerox da mãe.
Como a divisão muitas vezes acontece numa fração de
minuto, as bactérias aprenderam a fazer cópias do próprio
material genético em velocidade vertiginosa: são máquinas
de copiar DNA.
A pressa é inimiga da perfeição, como é sabido. Por causa
dela, as bactérias-filhas nascem com diferenças sutis em
relação à mãe, produtos de erros pontuais da maquinaria
copiadora. Muitas morrem por isso, outras levam vantagem
à custa deles. Os erros de cópia provocam diversidade
entre as bactérias.
Para complicar e aumentar mais a versatilidade genética,
as bactérias são mestras numa segunda arte: a de
transmitir informação genética de uma para outra. Há 30
anos, quase todas as cepas de estafilococo respondiam à
penicilina. Hoje é necessário sorte para encontrar uma
que o faça. Os estafilococos disseminaram os genes da
resistência à penicilina entre eles.
A existência de cepas rebeldes exige a criação de novos
desinfetantes e de antibióticos mais poderosos. A
velocidade com a qual conseguimos gerar informação
científica para inventá-los, entretanto, é bem menor do
que a das bactérias em gerar diversidade genética para
resistir a eles. Enquanto a humilde penicilina reinou
durante décadas, o antibiótico de hoje custa uma fortuna
e fica obsoleto em pouco tempo.
Perderemos essa guerra?
Acho que não. Já sabemos muito e aprenderemos mais sobre
as bactérias, os fungos e os vírus. Passaremos a usar
desinfetantes e agentes antimicrobianos com sabedoria,
apenas nos casos em que forem absolutamente necessários.
E, provavelmente, seremos capazes de realizar o antigo
sonho da medicina: fortalecer as defesas contra as
infecções e modular a intensidade da resposta imunológica
para que ela não se volte contra nós mesmos.







SUBJECT: RES: [ciencialist] Pergunta filosófica
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/08/2001 09:39

> De: Raul Sturari Jr. [mailto:raulsturari@ig.com.br]

> O nascimento de um clone humano refutaria a existência da alma?

Muito pouco. Mesmo entre os religiosos esclarecidos há um consenso sobre a
individualidade do ser, ou seja, o clone seria outra pessoa, teria outras
memórias, outras experiências.

Mas esta questão poderia ser perturbadora no caso da inteligência
artificial, na criação de andróides ou na duplicação de mentes.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] particulas quanticas
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/08/2001 15:15


Olá Alberto e lista,

> Daqui a 10 anos ainda
> se falará muito sobre ufologia, criacionismo, astrologia e inúmeras
> outras baboselas que a maioria dos céticos de carteirinha vivem
> tentando derrubar de uma maneira totalmente acientífica (pois não é
> fácil derrubar uma pseudociência cientificamente).

Vocês viram aquela matéria do Fantástico, domingo na Globo?

Fiquei muito intrigado com as "adivinhações" do astrólogo que eles
contrataram... Me contaram, eu nãi vi, mas pelo que eu sei, pegaram a Leila
do vôlei, uma atriz conhecida e um delegado e entregaram os "mapas astrais"
de cada um deles para o astrólogo. Em seguida fizeram perguntas do tipo:
qual é a profissão de A, de B e de C. Me disseram que o astrólogo deu várias
dentro.

Um amigo meu disse que para não cair na conclusão de que a astrologia
funciona, ele têm que admitir que aquilo tudo foi marmelada... Acho meio
perigoso ficar "achando" essas coisas.

Se alguém viu a reportagem, poderia falar um pouco sobre.

Um abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Descoberta exigira revisao de terapias
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/08/2001 15:37

Descoberto fator genético que predispõe à ansiedade
EL PAÍS
em português

Sábado, 11 de Agosto de 2001
Pesquisadores afirmam que a descoberta exigirá revisão das
terapias psiquiátricas
Xavier Pujol Gebella

Barcelona - Uma alteração genética no cromossomo 15 é o principal fator
de risco
para que se desencadeiem transtornos de ansiedade, a doença psiquiátrica
mais
freqüente no mundo ocidental.

De acordo com os resultados de uma pesquisa
publicada na revista "Cell", considerada a mais influente no mundo da
biologia
molecular, a duplicação de uma extensa zona do cromossomo 15, no qual se

encontram de 20 a 60 genes, é responsável pela potencialização dos
mecanismos
cerebrais que regulam os processos de alerta.

Nessas condições, determinados fatores ambientais, assim como
características
próprias da personalidade, acentuam a possibilidade de sofrer
transtornos de
pânico, agorafobia, fobia social e outras formas de ansiedade.

A pesquisa, iniciada há mais de seis anos, foi dirigida por Xavier
Estivill, do
Centro de Genética Médica e Molecular do Instituto de Pesquisas
Oncológicas, e
por Antoni Bulbena, do Departamento de Psiquiatria do Hospital do Mar,
ambos em
Barcelona. A origem da mesma remonta a uma curiosa associação descrita
por
Bulbena há uma década entre o fenômeno de lassidão articular,
relativamente
freqüente entre a população e que se caracteriza por uma maior
flexibilidade das
articulações, e transtornos de ansiedade. A associação levou Bulbena a
buscar
mecanismos genéticos que explicassem o fenômeno.

Em colaboração com Estivill, Bulbena recrutou voluntários de um povoado
de
Barcelona de apenas 2 mil habitantes. O estudo de suas características
genéticas,
junto com a identificação de pessoas com transtornos de ansiedade, teve
como
resultado a primeira evidência genética que explica a suscetibilidade de
sofrerem
uma enfermidade psiquiátrica que afeta entre 10% e 15% da população
mundial.

Predisposição
A causa desses transtornos, explicou Estivill, vem da duplicação de uma
extensa
zona do cromossomo 15, na qual provavelmente se encontram de 20 a 60
genes. Entre
eles, devido a um fenômeno de contigüidade, os que conferem as
características de
lassidão articular e alguns dos que predispõem a sofrer de ansiedade, o
que
explica a coincidência de quadros clínicos. A região, denominada DUP25,
se
encontra ladeada por longas seqüências repetitivas de DNA, cuja
longitude se
situa entre 13 mil e 60 mil nucleotídeos, as letras do genoma.

A presença dessas seqüências de ambos os lados da região DUP25, indicou
Estivill,
explica "muito provavelmente" a origem da duplicação e reforça o papel
do que até
muito recentemente se considerava DNA "lixo", constituído por extensas
regiões do
genoma nas quais não existe nenhum gene. O fenômeno de duplicação,
"presente em 7%
da população geral", causa a maior expressão dos genes responsáveis por
lassidão
articular e ansiedade, distúrbios que se deveriam, portanto, a algo como
um
excesso de genes.

Isso provocaria a existência de um maior número de conexões neurológicas

envolvidas nos mecanismos de alerta, ou que essas fossem mais sensíveis.
Assim,
determinadas situações ambientais, somadas a traços próprios da
personalidade e
de caráter, acentuariam as probabilidades de desenvolver quadros
clínicos de
agorafobia, fobia social, pânico, fobias simples em relação a animais,
objetos ou
situações específicas e, em geral, a diversas formas de ansiedade.

Pânico e fobia social
As análises genéticas feitas entre o grupo de voluntários, esclareceu o
pesquisador, deixam pouco lugar para dúvidas. A região DUP25 coincide em
60% dos
casos de lassidão articular e de diversas formas de ansiedade. Por outra
parte,
todos os pacientes com transtornos de pânico e fobia social contêm essa
mesma
região duplicada, que se encontra presente em 87% dos casos de lassidão
articular.
Somente 20% das pessoas que apresentam a duplicação não têm nenhum tipo
de
ansiedade.

As futuras implicações dessa pesquisa, segundo Estivill, são de grande
transcendência. Em primeiro lugar, pela relação existente entre
ansiedade e
depressão, sobre a qual agora se poderão iniciar trabalhos para
comprovar se
existe uma base genética comum ou pelo menos relacionada. Por outro
lado, porque
o trabalho constitui a "primeira evidência genética" que explica uma
patologia
complexa de tipo psiquiátrico para a qual se poderão começar a estudar
"genes
candidatos".

A pesquisa, concluiu Estivill, reforça a importância da "revolução
biológica da
psiquiatria", condicionada pela existência de fenômenos bioquímicos que
incidem
no comportamento. Resultados como esses obrigarão a revisar boa parte
das
terapias psiquiátricas, enquanto ajudarão a definir os mecanismos de
ação de
drogas específicas.
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves







SUBJECT: Problema da OIimpíada Brasileira de Física
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/08/2001 15:57

Olá lista,

Negócio é o seguinte. Participei da Olimpíada Brasileira de Física que se
realizou dia 11/08 (sábado) às 13:00, e vi uma questão que, para mim, a
princípio, é meio polêmica. Gostaria que os físicos de plantão dessem o seu
parecer a respeito dela.

Aliás, tive um rendimento muito ruim nesta Olimpíada.

Mas é fato que cerca de 2 terços da prova era MECÂNICA, matéria que eu não
dominava tão bem quanto termofísica, por exemplo. Mas, como a primeira prova
da Olimpíada de Física é optativa, vou estudar mais e ver se eu consigo ir
melhor na segunda. :-)

Aqui vai o problema...

Uma partícula de massa m é erguida do solo até uma altura h, através de uma
força constante F, como ilustrado na figura. A partícula sobe em movimento
retilíneo e uniforme. Os efeitos de resistência do ar são desprezados.

________________
| /\
/\ |
|| | h
O |
__|________ \/_____

(eu sei, eu sei, o desenho tá horrível... :-o É o seguinte: uma bola, a "O",
está sendo puxada por uma força F na vertical. Na figura, a bola está no
meio do caminho...)

Considerando tal situação, assinale a alternativa correta:

a) a energia mecânica da partícula permanece constante durante todo o
processo de subida
b) a força F não é conservativa
c) o trabalho realizado pela força F é igual à variação da energia cinética
da partícula
d) na subida, a nergia cinética da partícula diminui, mas sua energia
potencial gravitacional aumenta
e) a energia potencial gravitacional da partícula não se altera durante o
processo de subida

Depois eu falo a resposta certa. :-)

Um abraço,

Gabriel Antunes




SUBJECT: Re: [ciencialist] particulas quanticas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/08/2001 16:10

Ola Gabriel,
Eu nao vi mas posso dar um papite "Inconsciente Coletivo" !! :-))

Se todos sao doutrinados a acreditar que escorpionino eh tarado.
que Taurino eh nao sei o que , que o Leonino eh nao sei la que outro.
Entao, todos os que acreditam em astrologia terao uma *tendencia*
a formar um padrao de caracteristicas compativeis.
Os que nao acreditarem nao sofrerao esta influencia...

[]s
jocax



Gabriel Antunes wrote:

> Olá Alberto e lista,
>
> > Daqui a 10 anos ainda
> > se falará muito sobre ufologia, criacionismo, astrologia e inúmeras
> > outras baboselas que a maioria dos céticos de carteirinha vivem
> > tentando derrubar de uma maneira totalmente acientífica (pois não é
> > fácil derrubar uma pseudociência cientificamente).
>
> Vocês viram aquela matéria do Fantástico, domingo na Globo?
>
> Fiquei muito intrigado com as "adivinhações" do astrólogo que eles
> contrataram... Me contaram, eu nãi vi, mas pelo que eu sei, pegaram a Leila
> do vôlei, uma atriz conhecida e um delegado e entregaram os "mapas astrais"
> de cada um deles para o astrólogo. Em seguida fizeram perguntas do tipo:
> qual é a profissão de A, de B e de C. Me disseram que o astrólogo deu várias
> dentro.
>
> Um amigo meu disse que para não cair na conclusão de que a astrologia
> funciona, ele têm que admitir que aquilo tudo foi marmelada... Acho meio
> perigoso ficar "achando" essas coisas.
>
> Se alguém viu a reportagem, poderia falar um pouco sobre.
>
> Um abraço,
>
> Gabriel Antunes
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Re: [ciencialist] particulas quanticas
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/08/2001 16:24

Gabriel Antunes wrote:

> Olá Alberto e lista,
>
> > Daqui a 10 anos ainda
> > se falará muito sobre ufologia, criacionismo, astrologia e inúmeras
> > outras baboselas que a maioria dos céticos de carteirinha vivem
> > tentando derrubar de uma maneira totalmente acientífica (pois não é
> > fácil derrubar uma pseudociência cientificamente).
>
> Vocês viram aquela matéria do Fantástico, domingo na Globo?
>
> Fiquei muito intrigado com as "adivinhações" do astrólogo que eles
> contrataram... Me contaram, eu nãi vi, mas pelo que eu sei, pegaram a Leila
> do vôlei, uma atriz conhecida e um delegado e entregaram os "mapas astrais"
> de cada um deles para o astrólogo. Em seguida fizeram perguntas do tipo:
> qual é a profissão de A, de B e de C. Me disseram que o astrólogo deu várias
> dentro.
>
> Um amigo meu disse que para não cair na conclusão de que a astrologia
> funciona, ele têm que admitir que aquilo tudo foi marmelada... Acho meio
> perigoso ficar "achando" essas coisas.
>
> Se alguém viu a reportagem, poderia falar um pouco sobre.
>
> Um abraço,
>
> Gabriel Antunes

Oi,

eu vi um pedaco mas encheu o saco depois. Ha uma serie de testes com astrologia feitos com
rigor cientifico e estatistico tentando relacionar data do nascimento (hora, local, etc) com
fatos como tempo de casamento, profissao, etc e sempre tem dado resultado negativo, ou seja,
sem a minima correlacao. Estou sem as fontes de cabeca mas se for no site da scicop vera
varios dados sobre o assunto.
Como cetico, nao posso dizer a priori que o que foi feito no Fantastico foi armacao,
sugestao, edicao ou algo do genero mas duvido que um espaco grande desse na Globo seja por
intencoes puramente ilustrativas ainda mais com astrologos e numerologos fazendo um sucesso
enorme nas emissoras concorrentes... Nao observei nenhum tipo de investigacao na reportagem ou
testes como misturar os mapas para ver se as pessoas se identificam com um mapa que nao e seu.

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Problema da OIimpíada Brasileira de Física
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/08/2001 16:34

Gabriel Antunes wrote:

> Olá lista,
>
> Negócio é o seguinte. Participei da Olimpíada Brasileira de Física que se
> realizou dia 11/08 (sábado) às 13:00, e vi uma questão que, para mim, a
> princípio, é meio polêmica. Gostaria que os físicos de plantão dessem o seu
> parecer a respeito dela.
>
> Aliás, tive um rendimento muito ruim nesta Olimpíada.
>
> Mas é fato que cerca de 2 terços da prova era MECÂNICA, matéria que eu não
> dominava tão bem quanto termofísica, por exemplo. Mas, como a primeira prova
> da Olimpíada de Física é optativa, vou estudar mais e ver se eu consigo ir
> melhor na segunda. :-)
>
> Aqui vai o problema...
>
> Uma partícula de massa m é erguida do solo até uma altura h, através de uma
> força constante F, como ilustrado na figura. A partícula sobe em movimento
> retilíneo e uniforme. Os efeitos de resistência do ar são desprezados.
>
> ________________
> | /\
> /\ |
> || | h
> O |
> __|________ \/_____
>
> (eu sei, eu sei, o desenho tá horrível... :-o É o seguinte: uma bola, a "O",
> está sendo puxada por uma força F na vertical. Na figura, a bola está no
> meio do caminho...)
>
> Considerando tal situação, assinale a alternativa correta:
>
> a) a energia mecânica da partícula permanece constante durante todo o
> processo de subida
> b) a força F não é conservativa
> c) o trabalho realizado pela força F é igual à variação da energia cinética
> da partícula
> d) na subida, a nergia cinética da partícula diminui, mas sua energia
> potencial gravitacional aumenta
> e) a energia potencial gravitacional da partícula não se altera durante o
> processo de subida
>
> Depois eu falo a resposta certa. :-)
>
> Um abraço,
>
> Gabriel Antunes
>

A resposta certa eh a (A) se nao levamos em conta a aceleracao inicial e a final, ou seja, o
momento em que a particula ganha movimento antes de chegar a MRU e o momento em que ela para na
altura h.

Eduardo.



SUBJECT: Re: : Como pensar enquanto se dorme?
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/08/2001 19:29

--- In ciencialist@y..., "Morais" <ardm@u...> wrote:
> Todos sabemos que só usamos uma parte de nosso cerebro e que o universo é=

> feito de energia (tirando o mistissismos de lado, todo o corpo irradia
> energia) e de frequencias. nao poderia ser esse tipo de leitura de mente =
uma
> frequencia em que dois corpos se encontram? poderia essa pessoa (que le
> pensamentos e outras coisas inexplicaveis) conseguir usar uma parte do
> cerebro que as outras nao conseguem, sem que afete sua inteligencia (sem =
que
> seja um genio, quero dizer)?

Danni,

legal a sua participacao. Mas vamos aos
porens.

Essa historia de q. so' usamos uma parte
do cerebro e' um mito. A historia e' longa,
mas se nao usassemos o cerebro em sua
capacidade normal, a parte ociosa tenderia
a ser rapidamente eliminada ao longo das
geracoes pela selecao natural -- o nosso
cerebro e os tecidos nervosos em geral
sao bastante dispendiosos em termos de
energia.

Cada organismo tem uma capacidade finita
e bastante limitada em geral para amealhar
energia. Rapidamente surgiriam individuos
q. nao produziriam as estruturas inuteis e
tenderiam a apresentar uma boa vantagem
reprodutiva -- a energia 'economizada' poderia
ser realocada em outras funcoes de gde
importancia: como a reproducao ou outra
estrutura q. lhe conferisse maior capacidade
de sobrevivencia durante a vida reprodutiva.

Outra questao e' q. ate' hj nao se encontrou
nenhuma estrutura no cerebro humano q. fosse capaz
de capitar eventuais ondas eletromagneticas
emitidas por outros organismos.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Pergunta filosófica
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/08/2001 19:34

Nada refuta a existencia da alma. E pouca
coisa poderia provar tbm -- e ate' hj nao se
encontrou isso.

Pense em um irmao gemeo -- um clone
e' como se fora um irmao gemeo. Um irmao
gemeo refuta a ideia da alma?

Um modo de encarar a questao e' q. a ideia
da alma esta' ligada a nocao de individualidade --
um individuo e' unico (segundo a visao espiritualista),
porq. sua alma e' unica.

A personalidade dos gemeos, parecida o qto seja,
encerra individualidade distinta.

Com o clone seria a mesma coisa. E os espiritualistas
nao se sentirao ameacado sob esse aspecto.

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., "Raul Sturari Jr." <raulsturari@i...> wrote:
> Caros colegas,
>
> O nascimento de um clone humano refutaria a existência da alma?
>
> []s
> Raul




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Pergunta filosófica
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/08/2001 19:39

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@=
u...> wrote:
> Mas esta questão poderia ser perturbadora no caso da inteligência
> artificial, na criação de andróides ou na duplicação de mentes.

Tbm acho q. nao. A individualidade continua
a salvo.

http://groups.yahoo.com/group/sbcr/message/477

(Na verdade tem toda uma linha de discussao q.
talvez seja interessante acompanhar -- mais do q.
apenas os meus achismos:

http://groups.yahoo.com/group/sbcr/message/475)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Pergunta filosófica
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/08/2001 20:45

Não sei se já foi mencionado aqui, mas no programa fantástico ontem o
assunto era exatamente este. Foram perguntar a vários religiosos o
que eles achavam da clonagem, e vários disseram que o clone não teria
alma, porque o homem não pode criar a alma. Não sei se essa é a
posição oficial da igreja católica, mas um padre foi entrevistado e
disse isso.

Clones não tem alma. Isso sim é que é escrever certo por linhas
tortas! :-)


--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> Nada refuta a existencia da alma. E pouca
> coisa poderia provar tbm -- e ate' hj nao se
> encontrou isso.
>
> Pense em um irmao gemeo -- um clone
> e' como se fora um irmao gemeo. Um irmao
> gemeo refuta a ideia da alma?
>
> Um modo de encarar a questao e' q. a ideia
> da alma esta' ligada a nocao de individualidade --
> um individuo e' unico (segundo a visao espiritualista),
> porq. sua alma e' unica.
>
> A personalidade dos gemeos, parecida o qto seja,
> encerra individualidade distinta.
>
> Com o clone seria a mesma coisa. E os espiritualistas
> nao se sentirao ameacado sob esse aspecto.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> --- In ciencialist@y..., "Raul Sturari Jr." <raulsturari@i...>
wrote:
> > Caros colegas,
> >
> > O nascimento de um clone humano refutaria a existência da alma?
> >
> > []s
> > Raul



SUBJECT: Re: [ciencialist] Problema da OIimpíada Brasileira de Física
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/08/2001 21:50


-----Mensagem Original-----
De: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2001 15:57
Assunto: [ciencialist] Problema da OIimpíada Brasileira de Física


| Olá lista,
|
| Negócio é o seguinte. Participei da Olimpíada Brasileira de Física que se
| realizou dia 11/08 (sábado) às 13:00, e vi uma questão que, para mim, a
| princípio, é meio polêmica. Gostaria que os físicos de plantão dessem o seu
| parecer a respeito dela.
|
| Aliás, tive um rendimento muito ruim nesta Olimpíada.
|
| Mas é fato que cerca de 2 terços da prova era MECÂNICA, matéria que eu não
| dominava tão bem quanto termofísica, por exemplo. Mas, como a primeira prova
| da Olimpíada de Física é optativa, vou estudar mais e ver se eu consigo ir
| melhor na segunda. :-)
|
| Aqui vai o problema...
|
| Uma partícula de massa m é erguida do solo até uma altura h, através de uma
| força constante F, como ilustrado na figura. A partícula sobe em movimento
| retilíneo e uniforme. Os efeitos de resistência do ar são desprezados.
|
| ________________
| | /\
| /\ |
| || | h
| O |
| __|________ \/_____
|
| (eu sei, eu sei, o desenho tá horrível... :-o É o seguinte: uma bola, a "O",
| está sendo puxada por uma força F na vertical. Na figura, a bola está no
| meio do caminho...)
|
| Considerando tal situação, assinale a alternativa correta:
|
| a) a energia mecânica da partícula permanece constante durante todo o
| processo de subida
| b) a força F não é conservativa
| c) o trabalho realizado pela força F é igual à variação da energia cinética
| da partícula
| d) na subida, a nergia cinética da partícula diminui, mas sua energia
| potencial gravitacional aumenta
| e) a energia potencial gravitacional da partícula não se altera durante o
| processo de subida
|
| Depois eu falo a resposta certa. :-)
|
| Um abraço,
|
| Gabriel Antunes
|

Olá Gabriel,

Eu ficaria com a resposta (A) mas,
a questão realmente deixa mesmo a pensar uma vez que o sistema de forças que age na partícula ficou escondido.

Para visualizar a coisa, pense numa polia fixa ideal pela qual passa um cordel ideal que tenha nas extremidades dois blocos de massas iguais. O sistema está em equilíbrio dinâmico, ou seja, se vc o colocou em repouso ele permanecerá em repouso mas, se vc deu uma velocidade inicial Vo o sistema continuará com essa velocidade inicial.
Examinando apenas um dos blocos vc verá agindo nele a força peso (mg) e a tensão no fio T = mg (pois o sistema não está acelerado). Assim a tal força F da questão nada mais é que a força T = mg, equilibrante do peso do bloco tb = mg.
Uma vez que, se um bloco sobe, ou outro desce, a energia mecânica do *sistema* permanece invariável. Para cada bloco o trabalho da *resultante* das forças é nulo, o sistema é conservativo e não ocorre variação na energia mecânica. Um dos blocos ganha energia potencial ... o outro perde; a energia cinética de ambos permanece constante.

O 'golpe' do examinador (ou do autor da questão) foi 'ocultar' a outra parte do sistema e deixar por conta do participante a conclusão. Aliás, era de se esperar algo assim numa 'maratona de física'.

[]'
Léo
===========



SUBJECT: Re: : Como pensar enquanto se dorme?
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/08/2001 22:18

Danni escreveu:
> Todos sabemos que só usamos uma parte de nosso cerebro e que o
universo é


Como o Takata jah falou, a ideia de que usamos somente uma parte do
cerebro (normalmente falam em 10%) eh um mito.

Aproveito para passar alguns links sobre isto. Jah enviei esta lista
de links para varias listas, desculpe a repeticao.

Do We Use Only 10% of Our Brain?
( http://faculty.washington.edu/chudler/tenper.html )

Myths About the Brain: 10 percent and Counting
( http://www.brainconnection.com/topics/?main=fa/brain-myth )

What Is the Capacity of Our Brain?
( http://www.epub.org.br/cm/n04/brainstorming/capacity.htm )

How Much of Our Brain Do We Use?
( http://exn.ca/Main/JaysBrain/jb-19980128.cfm )

Brain Drain
( http://www.newscientist.com/lastword/answers/lwa607body.html )

The Ten-Percent Myth
( http://www.csicop.org/si/9903/ten-percent-myth.html )


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna







SUBJECT: Re: [ciencialist] Thread antiga
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/08/2001 22:21

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Monday, August 13, 2001 7:45 AM
Subject: [ciencialist] Thread antiga

> Numa thread passada falávamos sobre a distinção entre gás e vapor. Achei
> hoje uma 'linha' de Jay Orear com a definição:
> "O gás quando em equilíbrio com seu líquido chama-se geralmente vapor"
> Não concordo com a 'linha' (mesmo sendo um Jay Orear ... afinal, nunca
> estive preso á palavra da autoridade ... e não é agora que vou começar) de
> distinção.

Realmente, parece-me que alguma coisa está errada: ou o texto original ou a
tradução. Acima da chamada temperatura crítica Tc (propriedade de uma
substância química) a substância química considerada somente existe na forma
de gás. Abaixo da temperatura Tc podemos considerar três regiões num gráfico
PV, conforme existam as fases líquida, gasosa, ou uma mistura das duas *em
equilíbrio*.

Digamos então que exista uma substância *totalmente na fase gasosa* e em
temperatura abaixo da temperatura crítica. Por estar abaixo da temperatura
crítica costuma-se chamar a esta substância de vapor, para distinguí-la do
gás acima da temperatura crítica. Se comprimirmos esta substância
isotérmicamente, num determinado momento verificaremos a existência de
líquido e vapor. Neste caso, mas não antes disso, o vapor estará em
equilíbrio com o líquido. E permanecerá em equilíbrio durante tentativa de
nova compressão. Na realidade, a pressão não cairá durante essa tentativa
mas o volume se reduzirá até o ponto em que todo o vapor tenha se
transformado em líquido.

Percebe-se então que o verdadeiro gás (substância acima da temperatura
crítica), ao contrário do vapor, jamais estará em equilíbrio com seu
líquido. Talvez tenha sido esse o sentido pretendido por Jay Orear em sua
afirmação.

Em outras palavras, um gás verdadeiro seria aquela substância que está numa
temperatura tal que jamais se liquefaz por compressão isotérmica, tal e qual
o gás ideal.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: Problema da OIimpíada Brasileira de Física
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/08/2001 09:29

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
>
>
> Eu ficaria com a resposta (A) mas,
> a questão realmente deixa mesmo a pensar uma vez que o sistema de
forças que age na partícula ficou escondido.
>
> Para visualizar a coisa, pense numa polia fixa ideal pela qual
passa um cordel ideal que tenha nas extremidades dois blocos de
massas iguais. O sistema está em equilíbrio dinâmico, ou seja, se vc
o colocou em repouso ele permanecerá em repouso mas, se vc deu uma
velocidade inicial Vo o sistema continuará com essa velocidade
inicial.
> Examinando apenas um dos blocos vc verá agindo nele a força peso
(mg) e a tensão no fio T = mg (pois o sistema não está acelerado).
Assim a tal força F da questão nada mais é que a força T = mg,
equilibrante do peso do bloco tb = mg.
> Uma vez que, se um bloco sobe, ou outro desce, a energia mecânica
do *sistema* permanece invariável. Para cada bloco o trabalho da
*resultante* das forças é nulo, o sistema é conservativo e não ocorre
variação na energia mecânica. Um dos blocos ganha energia
potencial ... o outro perde; a energia cinética de ambos permanece
constante.

Léo, o problema não fala em energia do sistema, mas sim em *energia
mecânica da partícula*. Porque deve ser uma polia que ergue a
partícula? Não pode ser uma máquina qualquer, e nesse caso haverá
dissipação de energia?. Eu pulo essa questão. :-)

[]´s

André



>
> O 'golpe' do examinador (ou do autor da questão) foi 'ocultar' a
outra parte do sistema e deixar por conta do participante a
conclusão. Aliás, era de se esperar algo assim numa 'maratona de
física'.
>
> []'
> Léo
> ===========



SUBJECT: Re: Problema da OIimpíada Brasileira de Física
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/08/2001 09:36

Olá Gabriel

Se não for uma questão "arrisca-tudo", eu chutaria b)
Como não sabemos a natureza da força que age sobre a partícula, ela
*pode* ser não conservativa, não é mesmo?

[]´s

André


> -----Mensagem Original-----
> De: "Gabriel Antunes" <gabriel101@u...>
> |
> | Uma partícula de massa m é erguida do solo até uma altura h,
através de uma
> | força constante F, como ilustrado na figura. A partícula sobe em
movimento
> | retilíneo e uniforme. Os efeitos de resistência do ar são
desprezados.
> |
> | ________________
> | | /\
> | /\ |
> | || | h
> | O |
> | __|________ \/_____
> |
> | (eu sei, eu sei, o desenho tá horrível... :-o É o seguinte: uma
bola, a "O",
> | está sendo puxada por uma força F na vertical. Na figura, a bola
está no
> | meio do caminho...)
> |
> | Considerando tal situação, assinale a alternativa correta:
> |
> | a) a energia mecânica da partícula permanece constante durante
todo o
> | processo de subida
> | b) a força F não é conservativa
> | c) o trabalho realizado pela força F é igual à variação da
energia cinética
> | da partícula
> | d) na subida, a nergia cinética da partícula diminui, mas sua
energia
> | potencial gravitacional aumenta
> | e) a energia potencial gravitacional da partícula não se altera
durante o
> | processo de subida
> |
> | Depois eu falo a resposta certa. :-)
> |
> | Um abraço,
> |
> | Gabriel Antunes
> |
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Problema da OIimpíada Brasileira de Física
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/08/2001 10:09

>
> Léo, o problema não fala em energia do sistema, mas sim em *energia
> mecânica da partícula*. Porque deve ser uma polia que ergue a
> partícula? Não pode ser uma máquina qualquer, e nesse caso haverá
> dissipação de energia?. Eu pulo essa questão. :-)
>
> []´s
>
> André
>

A energia mecanica da particula se conserva durante o trajeto independente da fonte
responsavel pela forca constante do problema. Como a forca e constante, podemos associar-lhe,
um potencial proporcional a altura e, consequentemente, uma energia potencial.
Uma vez que o movimento durante a subida possui velocidade constante, deduz-se, inclusive,
que a forca tem modulo e direcao iguais ao peso da bola e sentido oposto e a energia potencial
do sistema se mantem constante (soma-se <-mgh> do potencial gravitacional com o <ch> da forca
constante dada). Sabemos que a forca pode ser calculada (no problema unidimensional em questao)
como menos a derivada dos potenciais em relacao a altura (h), ficamos com c=mg ja que F=-P). A
energia mecanica da particula sera En.mec=-mgh+ch+En.cinetica, como a velocidade eh constante,
a En.cinetica eh constante e como mgh-ch=0 (ou constante arbitraria) teremos que En.mec se
mantem constante, portanto, sem duvida, a resposta eh a <A>.
Note que a energia do sistema, se considerada a natureza da forca, pode nao ser constante
mas isso nao estah em questao.
A resposta 'B' nao pode ser assinalada porque a forca eh conservativa pelo menos dentro da
limitacao do problema afinal ela eh constante e se equilibra perfeitamente com o peso tanto que
o movimento se mantem retilineo e uniforme. Poderiamos realizar o problema se a bolinha fosse
carregada e tivessemos um campo eletrico uniforme puxando-a para cima.

[]'s Eduardo.



SUBJECT: Re: Problema da OIimpíada Brasileira de Física
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/08/2001 14:18

--- In ciencialist@y..., Eduardo <dgueron@m...> wrote:
> >
>
> A energia mecanica da particula se conserva durante o trajeto
independente da fonte
> responsavel pela forca constante do problema. Como a forca e
constante, podemos associar-lhe,
> um potencial proporcional a altura e, consequentemente, uma energia
potencial.

Porquê? Para se associar um potencial a uma força não é necessário
que esta cumpra outras condições, como por exemplo, o trabalho
realizado por ela deve ser independente da trajetória? (depende
apenas do ponto inicial e final, e não da geometria do percurso?)
Como podemos saber se esta força obedece essas condições , se não
sabemos seu valor em todos os pontos do espaço?

[]´s

André






SUBJECT: HPG FDP
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/08/2001 14:36

O HPG apagou a pagina da Ciencialist que eu tinha feito por lah (
http://www.ciencialist.hpg.com.br ). Que sacanagem!

Eu mandei uma mensagem perguntando se estava indo contra alguma
norma do servico, eles nao responderam e agora resolveram
simplesmente apagar todo site. :/

O provavel problema estah no fato de eu ter enviado uns 3000
arquivos com mensagens da lista :). Mas tentei fazer tudo de acordo
com o servico, vai ver acharam qquer picuinha soh para apagar o site.

Provavelmente esta 'limpa' se deve ao fato de que o HPG foi
adquirido pelo IG.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - procurando nova hospedagem
ps: quando o novo site estiver no ar eu aviso.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Problema da OIimpíada Brasileira de Física
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/08/2001 14:39

andrebaptista@uol.com.br wrote:

> --- In ciencialist@y..., Eduardo <dgueron@m...> wrote:
> > >
> >
> > A energia mecanica da particula se conserva durante o trajeto
> independente da fonte
> > responsavel pela forca constante do problema. Como a forca e
> constante, podemos associar-lhe,
> > um potencial proporcional a altura e, consequentemente, uma energia
> potencial.
>
> Porquê? Para se associar um potencial a uma força não é necessário
> que esta cumpra outras condições, como por exemplo, o trabalho
> realizado por ela deve ser independente da trajetória? (depende
> apenas do ponto inicial e final, e não da geometria do percurso?)
> Como podemos saber se esta força obedece essas condições , se não
> sabemos seu valor em todos os pontos do espaço?
>
> []´s
>
> André

Andre,

como eu disse, podemos associar um potencial a essa forca considerando
o problema unidimensional dado. Neste contexto, a forca eh dada como constante
(isso foi dado no problema). Toda a forca que pode ser escrita como um gradiente de
uma funcao eh conservativa e essa funcao com o sinal trocado eh o que definimos como
potencial, portanto se vc sabe a expressao da forca vc pode saber se ela eh conservativa
ou nao. Nesse caso, foi dado que a forca eh um vetor constante apontado para cima e deduzimos
que o seu modulo eh igual ao Peso da bola (porque esta em MRU).

No caso unidimensional, toda forca que so dependa somente da posicao, ou seja nao dependa
da velocidade ou da aceleracao, eh sempre conservativa.

No caso bidimensional, supondo que F=(Fx,Fy) - F eh um vetor -, teremos que achar uma
funcao
U tal que Fx=-dU/dx e Fy=-dU/dy. Para que isso seja possivel, usamos a condicao de
integrabilidade

d2U/dxdy=d2U/dydx o que equivale a dFx/dy=dFy/dx, se isso ocorrer, F eh conservativa.

Se quiser pensar que o problema dado eh bidimensional, basta usar o que foi dito na
questao: F=(0,-P)
(Constante na direcao y). Portanto, Fx=0 e Fy=-P. Isto posto, teremos que dFx/dy=0=dFy/dx o
que nos garante a exitencia de um potencial U (que nesse caso eh U=P*y). Partindo dai vc
define energia potencial devido a forca F, soma com a energia potencial gravitacional e com a
energia cinetica e ve que o resultado, a energia mecanica da particula, eh uma constante

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Problema da OIimpíada Brasileira de Física
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/08/2001 14:52

>

Oi,

ha um outro jeito bem simples de se pensar na conservacao da energia mecanica neste caso. A
forca resultante eh nula ja que o corpo se mantem com velocidade uniforme. O trabalho resultante
sera, portanto, nulo porque Fdx=0 para qq dx ja que F=0. Alem disso, a energia cinetica nao
varia. Conclui-se, com isso, que a variacao da energia mecanica eh nula.

[]'s Eduardo.




SUBJECT: Re: HPG FDP
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/08/2001 15:02

--- In ciencialist@y..., lrb@i... wrote:
> O HPG apagou a pagina da Ciencialist que eu tinha feito por lah (
> http://www.ciencialist.hpg.com.br ). Que sacanagem!

Sei q. nao adianta nada, mas eu mandei
um email em protesto para o HPG/IEG.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: HPG FDP
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/08/2001 15:12

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> --- In ciencialist@y..., lrb@i... wrote:
> > O HPG apagou a pagina da Ciencialist que eu tinha feito por lah
(
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br ). Que sacanagem!
>
> Sei q. nao adianta nada, mas eu mandei
> um email em protesto para o HPG/IEG.
> Roberto Takata

Obrigado! De certa forma sou culpado. Eles me acusaram de 2
infracoes, 'mirroring' e 'remote loading'.

Sou realmente culpado pelo remote loading pq usei o HPG para umas
imagens que eram lidas em um site do Geocities. Mas essas imagens nao
passavam de 200k. Mas nao importa se roubei galinha ou banco.. sou
culpado. :)

Mas na questao do mirroring acho que nao tenho tanta culpa assim.
Mandei um mail para o HPG perguntando se meu procedimento era
inadequado, eles NAO responderam.

Mas pelo que entendi no mail, eles liberam novamente a conta se eu
nao cometer os mesmos crimes, menos mal.

Ateh mais.
Luis Brudna - arrependido por ter usado o 'jeitinho brasileiro'.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Problema da OIimpíada Brasileira de Física
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/08/2001 15:56


-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo" <dgueron@mailbr.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: terça-feira, 14 de agosto de 2001 14:52
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Problema da OIimpíada Brasileira de Física


>

Oi,

ha um outro jeito bem simples de se pensar na conservacao da energia mecanica neste caso. A
forca resultante eh nula ja que o corpo se mantem com velocidade uniforme. O trabalho resultante
sera, portanto, nulo porque Fdx=0 para qq dx ja que F=0. Alem disso, a energia cinetica nao
varia. Conclui-se, com isso, que a variacao da energia mecanica eh nula.

[]'s Eduardo.


O que vai de encontro exatamente com que escrevi na primeira mensagem:

"Uma vez que, se um bloco sobe, ou outro desce, a energia mecânica do *sistema* permanece invariável. Para cada bloco o trabalho da *resultante* das forças é nulo, o sistema é conservativo e não ocorre variação na energia mecânica."

Independentemente da existência do outro bloco (processo mais simples que imaginei para desenvolver a questão) ou da possível máquina que realize esse trabalho. O trabalho da resultante é nulo.
De início havia pensado em usar como exemplo o bate-estaca ... depois resolvi simplificar para o caso da polia e dois bloquinhos.

Ao fim e ao cabo fica reforçada a resposta como sendo (A).

[]'
Léo
===============



SUBJECT: Re: Problema da OIimpíada Brasileira de Física
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/08/2001 16:48

Eduardo, concordo que a sua explicação é correta matematicamente. A
força constante para cima pode ser considerada como o gradiente de um
campo conservativo, assim como a força da gravidade é o gradiente do
campo gravitacional.

Mas fisicamente não faz muito sentido. Que campo é esse? Em certas
condições, poderia ser um campo elétrico, mas não está explicitado no
problema.

A questão é: uma pessoa subindo pelo elevador esta aumentando sua
energia mecânica, não está? Mesmo que o elevador suba a uma
velocidade constante. O elevador aplica uma força constante sobre a
pessoa a ergue. Quando o elevador chega no último andar, a energia
gasta pelo motor do elevador se transformou em parte em energia
térmica e em parte energia potencial gravitacional da pessoa e da
cabine do elevador. Mas o elevador não é um campo conservativo. A
pessoa não é obrigada a descer pelo elevador. Ela pode usar sua
energia potencial como quiser. Pode descer pela escada, ou se atirar
de parapente pela janela.

A "energia potencial" da força vertical implicaria a existência de
uma energia disponível para que o indivíduo suba pelo elevador sem
nenhum gasto adicional de energia. Por exemplo, através de um sistema
de polias sem atrito, como exemplificou o leo. Mas não existem polias
sem atrito. E alguém precisa colocar a polia em movimento.

Achei esse questão bem anti-didática. Afinal, a resposta dada pelos
organizadores era a mesmo?

[]´s

André






SUBJECT: Re: [ciencialist] HPG FDP
FROM: "Leonir G. Klusener" <leonirgk@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/08/2001 17:00

Quanto espaço ocupam essas mensagens?
De repente posso ajudar...

----- Original Message -----
From: <lrb@if.ufrgs.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, August 14, 2001 2:36 PM
Subject: [ciencialist] HPG FDP


O HPG apagou a pagina da Ciencialist que eu tinha feito por lah (
http://www.ciencialist.hpg.com.br ). Que sacanagem!

Eu mandei uma mensagem perguntando se estava indo contra alguma
norma do servico, eles nao responderam e agora resolveram
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O provavel problema estah no fato de eu ter enviado uns 3000
arquivos com mensagens da lista :). Mas tentei fazer tudo de acordo
com o servico, vai ver acharam qquer picuinha soh para apagar o site.

Provavelmente esta 'limpa' se deve ao fato de que o HPG foi
adquirido pelo IG.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - procurando nova hospedagem
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Problema da OIimpíada Brasileira de Física
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/08/2001 17:42



andrebaptista@uol.com.br wrote:
>
> Eduardo, concordo que a sua explicação é correta matematicamente. A
> força constante para cima pode ser considerada como o gradiente de um
> campo conservativo, assim como a força da gravidade é o gradiente do
> campo gravitacional.
>
> Mas fisicamente não faz muito sentido. Que campo é esse? Em certas
> condições, poderia ser um campo elétrico, mas não está explicitado no
> problema.
>
> A questão é: uma pessoa subindo pelo elevador esta aumentando sua
> energia mecânica, não está? Mesmo que o elevador suba a uma
> velocidade constante. O elevador aplica uma força constante sobre a
> pessoa a ergue. Quando o elevador chega no último andar, a energia
> gasta pelo motor do elevador se transformou em parte em energia
> térmica e em parte energia potencial gravitacional da pessoa e da
> cabine do elevador. Mas o elevador não é um campo conservativo. A
> pessoa não é obrigada a descer pelo elevador. Ela pode usar sua
> energia potencial como quiser. Pode descer pela escada, ou se atirar
> de parapente pela janela.
>
> A "energia potencial" da força vertical implicaria a existência de
> uma energia disponível para que o indivíduo suba pelo elevador sem
> nenhum gasto adicional de energia. Por exemplo, através de um sistema
> de polias sem atrito, como exemplificou o leo. Mas não existem polias
> sem atrito. E alguém precisa colocar a polia em movimento.
>
> Achei esse questão bem anti-didática. Afinal, a resposta dada pelos
> organizadores era a mesmo?
>
> []´s
>

> André
>

Oi,

o motor pode perder energia e, consequentemente, todo o sistema mas,
ainda assim, a energia mecânica da partícula será a mesma. A fonte que
gera a força pode perder energia, o próprio elevador é um exemplo disso,
não há motor perfeito ou moto contínuo. A enegia mecânica da bolinha,
entretanto, não se perde qualquer que seja a força já que, durante o
movimento da bolinha, ela não sofre processo dissipativo. O exemplo dado
pelo Léo poderia ser melhorado se o contra peso fosse maior o suficiente
para que, considerando o atrito da roldana, a bolinha subiria com
velocidade constante.
Como falei logo na primeira mensagem, vc só pode considerar que não há
perda de energia mecânica durante a subida (o problema deixa claro que
está interessado nesta parte do movimento) esquecendo os extremos do
movimento. Se forem considerados as acelerações iniciais e a final, a
energia não se conserva. Pensando no elevador, o instante em que ele
começa a sair do térreo e o instante em que ele começa a diminuir a
velocidade antes de parar no andar de origem não são considerados no
problema.
Para qualquer fonte de força possível nesse problema, a energia
mecânica da bolinha é conservada por todos os argumentos já citados. A
única restrição é que a bolinha em si não sofra processo dissipativo
(como a resistência do ar). O motor ou a fonte geradora de força sempre
perde energia.
Resolvendo matematicamente qualquer exemplo (como o elevador) vc tem
que a força resultante se anula e portanto o trabalho mecânico
resultante sobre a bolinha é nulo. O formalismo matemático da energia
potencial que eu falei era mais para mostrar que a resposta B, que vc
havia sugerido, está errada. Mas para mostrar que a resposta A está
certa, basta estudar o conceito de trabalho.

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Resposta do problema da OBF e novo problema
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/08/2001 21:28

Olá lista,

Eu deixei a discussão correr um pouco para depois dar a resposta.

A resposta certa é, como alguém tinha mencionado, a B, "A força não é
conservativa"... Eu respondi A, porque, dentre as alternativas de resposta
da questão, me pareceu a "menos errada"... Todas as alternativas não me
pareciam corretas.

Mas dei uma estudadinha e percebi bem claramente porque a alternativa B é
realmente a correta.

A energia mecânica é calculada somando a energia potencial do corpo com a
sua energia cinética (até aí tudo bem). Subindo, o corpo está ganhando
energia potencial (gravitacional) e tem energia cinética constante,
portanto, a energia mecânica está variando, o que caracteriza um sistema
não-conservativo.

Já que deu pano pra manga, vou colocar outra questão aqui que, na minha
opinião, foi complicada...

A figura a seguir representa uma partícula de massa m, presa a um fio ideal
e inextensível de comprimento L. O fio faz um ângulo (Theta) constante com a
vertical. Durante seu movimento, a partícula descreve uma circunferência
horizontal, num movimento circular e uniforme. O movimento ocorre no vácuo.
A aceleração da gravidade é g.

____________________
| \
| \ |
| \ |
| \ L \/
| \ g
| theta \
| \
| O m

(vale ressaltar que o corpo ("O") mantém o ângula theta com o eixo,
desenvolvendo uma trajetória circular)

Nestas circunstâncias, podemos afirmar que:
a) o corpo está em equilíbrio, já que apresenta força resultante nula
b) o corpo não está em equilíbrio, pois para mantê-lo em sua trajetória
circular existe uma força dirigida para fora da circunferência
c) a situação na qual Theta é constante e igual a 90 graus é fisicamente
impossível
d) se o fio for cortado, o corpo seguirá indefinidamente em movimento
retilíneo e uniforme, numa direção tangente à circunferência
e) ao montarmos este mesmo dispositivo na Lua, o tempo gasto pelo corpo para
dar uma volta completa seria menor que aquele medido na Terra

Valeu pela ajuda! ;-)

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] particulas quanticas
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/08/2001 22:04


Olá Fabrício,

> Realmente ele "acertou" a profissão de 1, e o restante houve uma
> "manipulação" do Fantástico para que ficasse meio correto.

Realmente, e essa foi a única parte que eu vi. Mas, mesmo acertando a
profissão de uma pessoa, já é algo bem difícil de acontecer. Para continuar
com a opinião de que a astrologia não funciona serei obrigado a pensar que
aquele acerto foi ao acaso... e isso é meio complicado... Deixo em aberto:
se por um lado já li pesquisas concluindo que a astrologia não funciona, li
outras que afirmam o contrário.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Seleção: natural ou artifical?
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/08/2001 22:22


Olá Takata e lista,

> Cada organismo tem uma capacidade finita
> e bastante limitada em geral para amealhar
> energia. Rapidamente surgiriam individuos
> q. nao produziriam as estruturas inuteis e
> tenderiam a apresentar uma boa vantagem
> reprodutiva -- a energia 'economizada' poderia
> ser realocada em outras funcoes de gde
> importancia: como a reproducao ou outra
> estrutura q. lhe conferisse maior capacidade
> de sobrevivencia durante a vida reprodutiva.

Este trecho me lembrou de uma questão interessante: falando sério... :-)
Seleção Natural em humanos eu já não acredito mais.

- o homem não prima mais a reprodução (temos muitas pessoas que não se
reproduzem)
- o homem próprio faz a sua seleção de acordo com o que ele acha melhor: a
constituição federal
- afirmar que um humano menos apto (feio, menos inteligente, mais fraco e
mais vulnerável a problemas de saúde) reproduzirá menos que um indivíduo de
características "evolutivamente" boas (inteligente, forte, bonito, saudável)
já não serve mais, na minha opinião
- a medicina preserva dentro da espécie indivíduos que já deveriam estar
mortos, o que, na minha opinião, é o principal fator que acabou com a
seleção natural

Pessoas pobres, ou seja, em situações mais difíceis de sobrevivência, se
reproduzem até mais que ricos, que tem um ambiente mais amigável para
sobreviver. Claro que, na linha da miséria, a mortalidade é enorme; ali
ainda podemos ver a seleção NATURAL atuando. Nos demais casos, o homem mesmo
faz a sua seleção e beneficia evolutivamente quem ele quiser (atores são um
bom exemplo).

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Aparelho de choques
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/08/2001 22:43



Olá Pablo,

> Achei bem interessante a idéia e gostaria, caso possível, de
> montar um aparelho similar para mim, mas com o objetivo de fazer
> alguns testes e brincadeiras, para uma feira de ciências (tenho um
> primo mais novo em busca de alguma coisa para apresentar na feira
> do colégio).

Conselho de quem adora uma Feira de Ciências... :-) Diz para ele montar uma
cadeira elétrica! Sério! Foi o melhor trabalho que eu já fiz e até hoje ela
está lá montada no canto do meu quarto. Muita gente queria ver a cadeira
elétrica funcionando e não paravam de vir crianças querendo sentar na
cadeira. :-)

Mas, é claro, têm que ser igual a dos filmes: compra aquela chave clássica
da cadeira elétrica, compra as presilhas e manda fazer um capecete de ferro.
Claro, têm que dar choque (não na cabeça :)... Outra coisa que deixa o
trabalho bom são cartazes com o funcionamento da
cadeira elétrica (amperagem, voltagem, direção da corrente, duração dos
choques...), os efeitos que o choque faz no seu corpo, o histórico, as
curiosidades (exemplo: a primeira pessoa a sentar numa cadeira elétrica não
morreu de primeira e tiveram que dar um choque durante muito tempo pois a
amperagem era baixa) e até pode levantar a questão de "se deve ou não
utilizar a cadeira elétrica?").

Se quiser mais detalhes é só perguntar.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes

p.s: http://www.theelectricchair.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta do problema da OBF e novo problema
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/08/2001 23:08


-----Mensagem Original-----
De: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: terça-feira, 14 de agosto de 2001 21:28
Assunto: [ciencialist] Resposta do problema da OBF e novo problema


| Olá lista,
|
| Eu deixei a discussão correr um pouco para depois dar a resposta.
|
| A resposta certa é, como alguém tinha mencionado, a B, "A força não é
| conservativa"... Eu respondi A, porque, dentre as alternativas de resposta
| da questão, me pareceu a "menos errada"... Todas as alternativas não me
| pareciam corretas.
|
| Mas dei uma estudadinha e percebi bem claramente porque a alternativa B é
| realmente a correta.
|
| A energia mecânica é calculada somando a energia potencial do corpo com a
| sua energia cinética (até aí tudo bem). Subindo, o corpo está ganhando
| energia potencial (gravitacional) e tem energia cinética constante,
| portanto, a energia mecânica está variando, o que caracteriza um sistema
| não-conservativo.
|
| Já que deu pano pra manga, vou colocar outra questão aqui que, na minha
| opinião, foi complicada...
|
| A figura a seguir representa uma partícula de massa m, presa a um fio ideal
| e inextensível de comprimento L. O fio faz um ângulo (Theta) constante com a
| vertical. Durante seu movimento, a partícula descreve uma circunferência
| horizontal, num movimento circular e uniforme. O movimento ocorre no vácuo.
| A aceleração da gravidade é g.
|
| ____________________
| | \
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| | \ L \/
| | \ g
| | theta \
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| | O m
|
| (vale ressaltar que o corpo ("O") mantém o ângula theta com o eixo,
| desenvolvendo uma trajetória circular)
|
| Nestas circunstâncias, podemos afirmar que:
| a) o corpo está em equilíbrio, já que apresenta força resultante nula
| b) o corpo não está em equilíbrio, pois para mantê-lo em sua trajetória
| circular existe uma força dirigida para fora da circunferência
| c) a situação na qual Theta é constante e igual a 90 graus é fisicamente
| impossível
| d) se o fio for cortado, o corpo seguirá indefinidamente em movimento
| retilíneo e uniforme, numa direção tangente à circunferência
| e) ao montarmos este mesmo dispositivo na Lua, o tempo gasto pelo corpo para
| dar uma volta completa seria menor que aquele medido na Terra
|
| Valeu pela ajuda! ;-)
|
| Gabriel Antunes
|

Bem, não vou discutir se a tal alternativa da questão anterior é "A" ou "B". Já chegamos á conclusão que era "A".

Vamos á nova questão:

Tudo indica tratar-se do pêndulo cônico numa situação ideal e no vácuo.
As forças que agem na bolinha são apenas o seu peso (mg) e a força de tração por parte do fio (T) --- num referencial inercial ligado ao laboratório. A resultante dessas duas forças caracteriza a resultante centrípeta necessária ao movimento circular e uniforme.
Sendo L o comprimento do fio e indicando por R a distância da bolinha até ao eixo vertical temos sen(theta)=R/L.
A resultante centrípeta é a componente da T dada por Fcp=Tsen(theta) e a equilibrante do peso é mg =Tcos(theta), donde fcp = mgsen(theta)/cos(theta) = mg.tg(theta).
A aceleração centrípeta será acp = v^2/R = g.tg(theta) donde v^2= Rgtg(theta) ou v = sqrt[Rgtg(theta)].
Se o fio quebrar a bolinha sai tangenciando a circunferência, logo, na horizontal e, a partir dai ficará sujeita apenas á aceleração da gravidade e descreverá trajetória parabólica.
Vejamos as alternativas:
A) o corpo está em equilíbrio, já que apresenta força resultante nula
Errada - no referencial do laboratório, inercial, há uma resultante centrípeta que garante o MCU e, nesse referencial a resultante não é nula.
Colocando-se referencial na bolinha ela estará realmente 'em repouso', mas devemos acrescentar a força de inércia -m.acp. Entretanto, nesse referencial não se pode dizer que ela executa movimento circular e uniforme, como afirma o enunciado.
B) o corpo não está em equilíbrio, pois para mantê-lo em sua trajetória circular existe uma força dirigida para fora da circunferência
A primeira parte, "o corpo não está em equilíbrio" é correta, mas a segunda parte está errada. Essa força para fora da circunferência só apareceria no sistema ligado á bolinha e não poderíamos falar em circunferência.
C) a situação na qual Theta é constante e igual a 90 graus é fisicamente impossível
CORRETA. Para theta constante e igual a 90 graus, a resultante centrípeta deveria ser horizontal e não teria componente para equilibrar o peso da bolinha. Quanto mais leve a bolinha mais perto desse 90 graus o ângulo poderá chegar. Como a bolinha tem massa m e a gravidade no local é g o peso é não nulo e a situação proposta é realmente impossível.
D) se o fio for cortado, o corpo seguirá indefinidamente em movimento retilíneo e uniforme, numa direção tangente à circunferência
Errado ... como já comentado seguirá trajetória algo parabólica.
E) ao montarmos este mesmo dispositivo na Lua, o tempo gasto pelo corpo para dar uma volta completa seria menor que aquele medido na Terra
Errado, supondo que seja mantido constante o ângulo theta, o raio da circunferência descrita é, como visto R = L.sen(theta) = const.
A velocidade angular da bolinha vem de w^2.R = g.tg(theta). Usando essas duas expressões (de R e de w) tira-se o período T = 2pi.sqrt(L.cos(theta)/g) . como g na Lua é menor que g na Terra, o período AUMENTA. O tempo para dar uma volta completa é MAIOR do que aquele medido na Terra.

[]'
Léo
=============
================







SUBJECT: Re: [ciencialist] Aparelho de choques
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/08/2001 23:24


-----Mensagem Original-----
De: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: terça-feira, 14 de agosto de 2001 22:43
Assunto: Re: [ciencialist] Aparelho de choques


|
|
| Olá Pablo,
|
| > Achei bem interessante a idéia e gostaria, caso possível, de
| > montar um aparelho similar para mim, mas com o objetivo de fazer
| > alguns testes e brincadeiras, para uma feira de ciências (tenho um
| > primo mais novo em busca de alguma coisa para apresentar na feira
| > do colégio).
|
| Conselho de quem adora uma Feira de Ciências... :-) Diz para ele montar uma
| cadeira elétrica! Sério! Foi o melhor trabalho que eu já fiz e até hoje ela
| está lá montada no canto do meu quarto. Muita gente queria ver a cadeira
| elétrica funcionando e não paravam de vir crianças querendo sentar na
| cadeira. :-)
|
| Mas, é claro, têm que ser igual a dos filmes: compra aquela chave clássica
| da cadeira elétrica, compra as presilhas e manda fazer um capecete de ferro.
| Claro, têm que dar choque (não na cabeça :)... Outra coisa que deixa o
| trabalho bom são cartazes com o funcionamento da
| cadeira elétrica (amperagem, voltagem, direção da corrente, duração dos
| choques...), os efeitos que o choque faz no seu corpo, o histórico, as
| curiosidades (exemplo: a primeira pessoa a sentar numa cadeira elétrica não
| morreu de primeira e tiveram que dar um choque durante muito tempo pois a
| amperagem era baixa) e até pode levantar a questão de "se deve ou não
| utilizar a cadeira elétrica?").
|
| Se quiser mais detalhes é só perguntar.
|
| Um grande abraço,
|
| Gabriel Antunes
|
| p.s: http://www.theelectricchair.com
|

Tenho algumas perguntas não tão sérias tais como: o que é amperagem? o que é voltagem? o que é direção da corrente?
Será que a morte por eletrocussão depende só da "amperagem ser alta". Na solda elétrica essa tal de "amperagem" pode chegar aos 3000 A ... e nunca ouvi falar de um serralheiro que tenha tomado algum choque com a máquina de solda elétrica!
Fazer uma cadeira elétrica para uma Feira de Ciências é crime contra a juventude. Toda criança vai querer sentar nessa cadeira ... e uma delas poderá ter problemas cardíacos!
Não aprecio a idéia de levantar a questão da existência da cadeira elétrica, ou da guilhotina ... lembra da guilhotina?
O JCMail do dia 8 traz isso:
"Porem, na cena do guilhotinamento de Lavoisier, O Metodo criticou a revolucao francesa no protesto de Lagrange (levou menos de um segundo para cortar esta cabeca, mas levara' mais de um seculo para produzir outra igual), ridicularizou a necessidade de democratizacao da Academia de Ciencias nas criticas ao cidadao Marat, mas nao falou que Lavoisier e seu sogro (tambem guilhotinado na mesma manha do dia 8 de maio de 1894) coletavam impostos para o rei e se beneficiavam com a malquista Fermier, que Lavoisier mandou construir um muro ao redor de Paris para controlar a coleta e que foi acusado de molhar a polvora para obter mais lucros."

É isso ai.

[]'
Léo
==============




SUBJECT: Re: [ciencialist] Aparelho de choques
FROM: "Pablo \(Main\)" <pablo@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/08/2001 00:18


Oi Gabriel:

Muito obrigado pela dica... gostei muito da idéia. Estou olhando o
site agora mesmo e acho que vou indicar isso!!

Valeu!
Pablo

----- Original Message -----
From: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, August 14, 2001 10:43 PM
Subject: Re: [ciencialist] Aparelho de choques


>
>
> Olá Pablo,
>
> > Achei bem interessante a idéia e gostaria, caso possível, de
> > montar um aparelho similar para mim, mas com o objetivo de fazer
> > alguns testes e brincadeiras, para uma feira de ciências (tenho um
> > primo mais novo em busca de alguma coisa para apresentar na feira
> > do colégio).
>
> Conselho de quem adora uma Feira de Ciências... :-) Diz para ele montar
uma
> cadeira elétrica! Sério! Foi o melhor trabalho que eu já fiz e até hoje
ela
> está lá montada no canto do meu quarto. Muita gente queria ver a cadeira
> elétrica funcionando e não paravam de vir crianças querendo sentar na
> cadeira. :-)
>
> Mas, é claro, têm que ser igual a dos filmes: compra aquela chave clássica
> da cadeira elétrica, compra as presilhas e manda fazer um capecete de
ferro.
> Claro, têm que dar choque (não na cabeça :)... Outra coisa que deixa o
> trabalho bom são cartazes com o funcionamento da
> cadeira elétrica (amperagem, voltagem, direção da corrente, duração dos
> choques...), os efeitos que o choque faz no seu corpo, o histórico, as
> curiosidades (exemplo: a primeira pessoa a sentar numa cadeira elétrica
não
> morreu de primeira e tiveram que dar um choque durante muito tempo pois a
> amperagem era baixa) e até pode levantar a questão de "se deve ou não
> utilizar a cadeira elétrica?").
>
> Se quiser mais detalhes é só perguntar.
>
> Um grande abraço,
>
> Gabriel Antunes
>
> p.s: http://www.theelectricchair.com
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta do problema da OBF e novo problema
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/08/2001 08:25

Gabriel Antunes wrote:

> Olá lista,
>
> Eu deixei a discussão correr um pouco para depois dar a resposta.
>
> A resposta certa é, como alguém tinha mencionado, a B, "A força não é
> conservativa"... Eu respondi A, porque, dentre as alternativas de resposta
> da questão, me pareceu a "menos errada"... Todas as alternativas não me
> pareciam corretas.
>
> Mas dei uma estudadinha e percebi bem claramente porque a alternativa B é
> realmente a correta.
>
> A energia mecânica é calculada somando a energia potencial do corpo com a
> sua energia cinética (até aí tudo bem). Subindo, o corpo está ganhando
> energia potencial (gravitacional) e tem energia cinética constante,
> portanto, a energia mecânica está variando, o que caracteriza um sistema
> não-conservativo.
>
> Já que deu pano pra manga, vou colocar outra questão aqui que, na minha
> opinião, foi complicada...
>
> A figura a seguir representa uma partícula de massa m, presa a um fio ideal
> e inextensível de comprimento L. O fio faz um ângulo (Theta) constante com a
> vertical. Durante seu movimento, a partícula descreve uma circunferência
> horizontal, num movimento circular e uniforme. O movimento ocorre no vácuo.
> A aceleração da gravidade é g.
>
> ____________________
> | \
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> | \ L \/
> | \ g
> | theta \
> | \
> | O m
>
> (vale ressaltar que o corpo ("O") mantém o ângula theta com o eixo,
> desenvolvendo uma trajetória circular)
>
> Nestas circunstâncias, podemos afirmar que:
> a) o corpo está em equilíbrio, já que apresenta força resultante nula
> b) o corpo não está em equilíbrio, pois para mantê-lo em sua trajetória
> circular existe uma força dirigida para fora da circunferência
> c) a situação na qual Theta é constante e igual a 90 graus é fisicamente
> impossível
> d) se o fio for cortado, o corpo seguirá indefinidamente em movimento
> retilíneo e uniforme, numa direção tangente à circunferência
> e) ao montarmos este mesmo dispositivo na Lua, o tempo gasto pelo corpo para
> dar uma volta completa seria menor que aquele medido na Terra
>
> Valeu pela ajuda! ;-)
>
> Gabriel Antunes
>

Oi,

Insisto que a resposta B so sera correta se comparamos os extremos do movimento. Pegando
como exemplo um campo eletrico, isto equivaleria a desligar a fonte. No campo eletrico temos
um contra-exemplo muito claro de forca conservativa.
Se ha um campo de forcas, no calculo da energia mecanica este campo tem que ser levado em
conta nao interessa se ele vem de um outro planeta ou de uma carga. A forca gravitacional nao
tem um status superior a alguma outra forca de natureza desconhecida. Se a resposta certa, dada
pelo elaborador da prova, for B, pode contestar.
Ha algum site oficial desta olimpiada?

[]'s Eduardo.



SUBJECT: RES: [ciencialist] Seleção: natural ou artifical?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/08/2001 08:26

> De: Gabriel Antunes [mailto:gabriel101@uol.com.br]
> > Takata escreveu:
> > Cada organismo tem uma capacidade finita
> > e bastante limitada em geral para amealhar
> > energia. Rapidamente surgiriam individuos
> > q. nao produziriam as estruturas inuteis e
> > tenderiam a apresentar uma boa vantagem
> > reprodutiva -- a energia 'economizada' poderia
> > ser realocada em outras funcoes de gde
> > importancia: como a reproducao ou outra
> > estrutura q. lhe conferisse maior capacidade
> > de sobrevivencia durante a vida reprodutiva.
>
> Este trecho me lembrou de uma questão interessante: falando
> sério... :-)
> Seleção Natural em humanos eu já não acredito mais.
>
> - o homem não prima mais a reprodução (temos muitas pessoas que não se
> reproduzem)

Isso não é a regra.

> - o homem próprio faz a sua seleção de acordo com o que ele
> acha melhor: a
> constituição federal

Qual o nexo causal?

> - afirmar que um humano menos apto (feio, menos inteligente,
> mais fraco e
> mais vulnerável a problemas de saúde) reproduzirá menos que
> um indivíduo de
> características "evolutivamente" boas (inteligente, forte,
> bonito, saudável)
> já não serve mais, na minha opinião
> - a medicina preserva dentro da espécie indivíduos que já
> deveriam estar
> mortos, o que, na minha opinião, é o principal fator que acabou com a
> seleção natural
>
> Pessoas pobres, ou seja, em situações mais difíceis de
> sobrevivência, se
> reproduzem até mais que ricos, que tem um ambiente mais amigável para
> sobreviver. Claro que, na linha da miséria, a mortalidade é
> enorme; ali
> ainda podemos ver a seleção NATURAL atuando. Nos demais
> casos, o homem mesmo
> faz a sua seleção e beneficia evolutivamente quem ele quiser
> (atores são um
> bom exemplo).

Só um porém. As estatísticas dizem que a miséria é a regra
em todo o mundo. Só no Brasil quase metade da população
está abaixo da linha de pobreza. A seleção natural atua
sobre estas pessoas.

Este assunto sempre nos faz remeter à questão da Eugenia.
Produzir seres humanos melhores? Hmm! Parece uma idéia boa
desenvolver uma pessoa com um sistema imunológico poderoso
em vez de desenvolver antibióticos.

Só que aquelas pessoas miseráveis, metade ou mais da
população mundial (África, América Latina, Oriente Médio,
Asia), ou seja, os "deltas" do Admirável Mundo Novo não
se beneficiarão desta nova ideologia/tecnologia.

Isso me faz lembrar de outra coisinha: os "deltas" do
mundo todo anseiam ser como os "alfas e betas" norte-
americanos e europeus. Todavia, nós sabemos que o
planeta Terra não tem recursos para atender a uma
demanda de consumo no padrão dos "alfas" para toda
a população. Umas cinco Terras não daria conta.

Para que os "alfas" mantenham seu padrão de consumo
NECESSARIAMENTE deverá continuar existindo uma
horda de "gamas, deltas e épsilons semi-aleijões"
miseráveis.

Não adianta queimar neurônios para saber
porque existe a miséria. Devemos nos perguntar
porque poucos são tão ricos.

Vocês já se perguntaram porque os "alfas" --
especialmente os norte americanos -- são tão
obesos?

Conclusão: o maior problema da humanidade É
DE ORDEM MORAL. Nem tecnologia, nem eugenia,
nem nada de nada resolverá nossas mazelas.

Seremos miseráveis enquanto eles, os glutões,
não fizerem uma dieta.

Acho que fugi do tema, mas não resisti. :-))

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Campo Elétrico
FROM: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/08/2001 09:49

Olá amigos listeiros,

Tenho uma dúvida e gostaria que os caros amigos ajudassem-me a esclarecê-la.

Imaginemos um condutor esférico de raio R carregado com uma carga elétrica +q, no vácuo. É sabido que esta carga se distribuirá sobre a superfície externa de tal condutor, com uma densidade superficial uniforme de carga que chamarei de [sig] = q/4piR^2 (como o html faz falta nessas horas... :)). Muito bem. Aplicando a Lei de Gauss para a situação em questão, vemos que para pontos tão próximos quanto se queira da superfície esférica a intensidade do campo elétrico será dada por E=[sig]/&0, onde &0 é a permissividade elétrica do vácuo. Portanto, a intensidade do campo em tais condições poderá também ser expressa por E=(1/4pi&0)*q/R^2.

Até aí, tudo bem. Acontece que se a esfera for não-condutora, o valor do campo passa (para pontos muito próximos da superfície) para E'=[sig]/2&0 -resultado obtido novamente através da aplicação imediata da Lei de Gauss à situação-problema. Isto também é claro, e leva à expressão para o campo elétrico superficial de uma esfera não-condutora E'=E/2. Só que, como já mencionei, este é o resultado obtido nas condições de aplicação da Lei de Gauss a um elemento de área de uma esfera NÃO-CONDUTORA.

O que eu gostaria de saber é porque alguns livros de ensino médio mostram o resultado E'=E/2 na superfície de uma esfera CONDUTORA. Fiz uma varredura em minha biblioteca e consultei os seguintes livros de nível superior que abordam explicitamente o assunto:

- Halliday
- Reitz-Milford
- Anita Macedo
- Alonso-Finn
- Introdução à Física, do IST de Coimbra

Os do ensino médio são:

- Apostila do Positivo (Ctba.)
- Ramalho
- Pecê
- Beatriz Alvarenga
- Alberto Gaspar

Os únicos de ensino médio a trazerem o resultado E'=E/2 são a apostila do Positivo, o Ramalho e o Pecê. No caso dos livros de ensino superior, apenas o Alonso-Finn trata especificamente do problema (v.2, página 133-134). A explicação deles é satisfatória, baseando-se na diferenciação entre superfície no sentido físico e matemático do termo, i.e., considerando a carga superficial distribuída entre várias camadas atômicas. Acontece que, na prática (pelo menos a meu ver) o campo elétrico NA superfície do condutor não é igual ao campo em um ponto dentro da distribuição de cargas (como quis argumentar o citado livro). Se quisermos medir a intensidade de campo, iremos fazê-lo a partir de regiões que tocam a superfície carregada sem penetrá-la -donde se conclui facilmente que o campo elétrico medido será muito próximo de E, não de E'.

Será que estou raciocinando corretamente ou falei um montão de asneiras? Se é este o caso, desculpem o deslize.

Um abraço,

Godoy


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Campo Elétrico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/08/2001 11:45

Olá Antonio,

O resultado E'=E/2 para pontos na superfície é simples aplicação do teorema do valor médio (veja limites e derivadas); No interior é ZERO, no exterior e numa vizinhança de valor epsilon é E e, de acordo com tal teorema, na superfície será E/2.
Veja Teorema do valor médio.

[]'
Léo
==============
-----Mensagem Original-----
De: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 15 de agosto de 2001 09:49
Assunto: [ciencialist] Campo Elétrico


Olá amigos listeiros,

Tenho uma dúvida e gostaria que os caros amigos ajudassem-me a esclarecê-la.

Imaginemos um condutor esférico de raio R carregado com uma carga elétrica +q, no vácuo. É sabido que esta carga se distribuirá sobre a superfície externa de tal condutor, com uma densidade superficial uniforme de carga que chamarei de [sig] = q/4piR^2 (como o html faz falta nessas horas... :)). Muito bem. Aplicando a Lei de Gauss para a situação em questão, vemos que para pontos tão próximos quanto se queira da superfície esférica a intensidade do campo elétrico será dada por E=[sig]/&0, onde &0 é a permissividade elétrica do vácuo. Portanto, a intensidade do campo em tais condições poderá também ser expressa por E=(1/4pi&0)*q/R^2.

Até aí, tudo bem. Acontece que se a esfera for não-condutora, o valor do campo passa (para pontos muito próximos da superfície) para E'=[sig]/2&0 -resultado obtido novamente através da aplicação imediata da Lei de Gauss à situação-problema. Isto também é claro, e leva à expressão para o campo elétrico superficial de uma esfera não-condutora E'=E/2. Só que, como já mencionei, este é o resultado obtido nas condições de aplicação da Lei de Gauss a um elemento de área de uma esfera NÃO-CONDUTORA.

O que eu gostaria de saber é porque alguns livros de ensino médio mostram o resultado E'=E/2 na superfície de uma esfera CONDUTORA. Fiz uma varredura em minha biblioteca e consultei os seguintes livros de nível superior que abordam explicitamente o assunto:

- Halliday
- Reitz-Milford
- Anita Macedo
- Alonso-Finn
- Introdução à Física, do IST de Coimbra

Os do ensino médio são:

- Apostila do Positivo (Ctba.)
- Ramalho
- Pecê
- Beatriz Alvarenga
- Alberto Gaspar

Os únicos de ensino médio a trazerem o resultado E'=E/2 são a apostila do Positivo, o Ramalho e o Pecê. No caso dos livros de ensino superior, apenas o Alonso-Finn trata especificamente do problema (v.2, página 133-134). A explicação deles é satisfatória, baseando-se na diferenciação entre superfície no sentido físico e matemático do termo, i.e., considerando a carga superficial distribuída entre várias camadas atômicas. Acontece que, na prática (pelo menos a meu ver) o campo elétrico NA superfície do condutor não é igual ao campo em um ponto dentro da distribuição de cargas (como quis argumentar o citado livro). Se quisermos medir a intensidade de campo, iremos fazê-lo a partir de regiões que tocam a superfície carregada sem penetrá-la -donde se conclui facilmente que o campo elétrico medido será muito próximo de E, não de E'.

Será que estou raciocinando corretamente ou falei um montão de asneiras? Se é este o caso, desculpem o deslize.

Um abraço,

Godoy


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: Seleção: natural ou artifical?
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/08/2001 12:20

Olá Gabriel,

--- In ciencialist@y..., "Gabriel Antunes" <gabriel101@u...> wrote:
>
> Este trecho me lembrou de uma questão interessante: falando
sério... :-)
> Seleção Natural em humanos eu já não acredito mais.

Para dizer que a seleção natural não está mais atuando, seria
necessário demonstrar que todos os genes disponíveis no "pool" da
humanidade estão sendo transmitidos na mesma proporção. Isso é muito
difícil.

>
> - o homem não prima mais a reprodução (temos muitas pessoas que não
se
> reproduzem)

Um motivo para acreditar que a evolução continua agindo. Os gens
daqueles que não se reproduzem serão paulatinamente substituidos
pelos genes dos que se reproduzem. Só não haveria evolução se você
provasse que o pool de genes dos dois grupos é identico.


> - o homem próprio faz a sua seleção de acordo com o que ele acha
melhor: a
> constituição federal

Não entendi

> - afirmar que um humano menos apto (feio, menos inteligente, mais
fraco e
> mais vulnerável a problemas de saúde) reproduzirá menos que um
indivíduo de
> características "evolutivamente" boas (inteligente, forte, bonito,
saudável)
> já não serve mais, na minha opinião


Em primeiro lugar, carcateristicas "evolutivamente" boas não são
conhecidas "a priori". Nada garante que é melhor ser forte do que ser
fraco, com relação a evolução. O único critério é a adaptabilidade.
Em segundo lugar, quem é que disse que os bonitos e inteligentes não
estão se reproduzindo mais?? Tem muito tico-tico criando filhote de
cuco.


> - a medicina preserva dentro da espécie indivíduos que já deveriam
estar
> mortos, o que, na minha opinião, é o principal fator que acabou com
a
> seleção natural

Não. Isso apenas prova que a inteligência é a melhor adapatação de
todas, e dispensa outras defesas naturais, já que pode desenvolver
suas próprias defesas.

>
> Pessoas pobres, ou seja, em situações mais difíceis de
sobrevivência, se
> reproduzem até mais que ricos, que tem um ambiente mais amigável
para
> sobreviver.

A riqueza proporcionou aos europeus uma explosão demográfica muito
maior que outros povos, nos últimos duzentos anos.


[]´s

André



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta do problema da OBF e novo problema
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/08/2001 14:01


Olá Eduardo,

> Se a resposta certa, dada pelo elaborador da prova, for B, pode
> contestar.
> Ha algum site oficial desta olimpiada?

Sim, é o http://www.sbf1.if.usp.br/olimpiadas/

Vou contestar sim. E vou aproveitar e ver se há outras questões que podem
ser contestadas. Qualquer coisa eu peço ajuda de vocês. Valeu!

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Aparelho de choques
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/08/2001 14:15

Olá Léo e lista,

> Tenho algumas perguntas não tão sérias tais como: o que é
> amperagem? o que é voltagem? o que é direção da corrente?

Bom, falando em amperagem, quis me referir só aos amperes da cadeira
elétrica e falando em volts, ao número de volts utilizados pela cadeira
elétrica para matar uma pessoa. Falando em direção da corrente, quis dizer
onde o choque é aplicado e em que direção corre a eletricidade (da cabeça
aos pés).

Mas pela maneira que você colocou, parece que eu falei uma besteira... Na
verdade eu não sei muito sobre eletricidade e nem vou estudar isso AGORA.

> Será que a morte por eletrocussão depende só da "amperagem ser
> alta". Na solda elétrica essa tal de "amperagem" pode chegar aos
> 3000 A ... e nunca ouvi falar de um serralheiro que tenha tomado
> algum choque com a máquina de solda elétrica!

Não... Mas eu não falei isso.

> Fazer uma cadeira elétrica para uma Feira de Ciências é crime
> contra a juventude. Toda criança vai querer sentar nessa cadeira ...
> e uma delas poderá ter problemas cardíacos!

Um choque de 0,5 segundos e 110 volts pode causar esses danos?

> Não aprecio a idéia de levantar a questão da existência da cadeira
> elétrica, ou da guilhotina ... lembra da guilhotina?

Certo, mas eu não defendia a existência da cadeira elétrica, eu só levantava
a questão para a discussão.

Um abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excaliburciencia@yahoogroups.com>
DATE: 15/08/2001 15:15

Num texto sobre a evolucao da inteligencia :
http://server.epub.org.br/cm/n12/mente/evolution/evolution02_p.html

Estava escrito :

"As seqüências de DNA dos grandes antropóides são 96,4% similar àqueles
dos humanos. Em outras palavras, todas as nossas diferenças entre
cérebro, inteligência, dexteridade, linguagem, etc, são codificadas em
somente 3,6% de todos os genes
que constituem nossos genomas. "

Sempre que leio algo comparando percentualmente genomas de 2 especies
distintas surge-me esta duvida:

A comparacao eh feita emtermos de genes ou em termos de pares de base?

Quando dizemos que um homem tem 99,9% do seu codigo genetico igual
ao de outro, esta se dizendo que seu material genetico tem 99,9%
sequencia
de pares de base iguais ou que tem 99,9% de genes identicos?

Caso a resposta seja : a comparacao eh feita em relacao ao materiao
genetico
e, nao aos genes,entao, o artigo acima, acredito , estaria errado pois
os
macacos poderiam compartilhar 94% de nosso material genetico e no
entanto
nao compartilhar um unico gene. Ou seja Todo gene humano poteria ter
alguma diferenca em relacao ao do macaco e mesmo assim a semelhanca
em termos de pares de base seriam grandes.

Alguem saberia dizer como eh feita esta comparacao?

[]s
jocax





SUBJECT: [ciencialist] inconsciente coletivo e genismo
FROM: "Esteban Lopez Moreno" <esteban@idhi.org.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/08/2001 15:22

Caro Jocax
Tenho acompanhado com admirição e muitas ressalvas suas mensagens acerca do
genismo. Fiquei muito curioso com sua colocacao acerca do inconsciente
coletivo.
O Sr. vê alguma relacao entre os genes/memes e o inconsciente coletivo?
Um abraço,
Esteban.



Ola Gabriel,
Eu nao vi mas posso dar um papite "Inconsciente Coletivo" !! :-))

Se todos sao doutrinados a acreditar que escorpionino eh tarado.
que Taurino eh nao sei o que , que o Leonino eh nao sei la que outro.
Entao, todos os que acreditam em astrologia terao uma *tendencia*
a formar um padrao de caracteristicas compativeis.
Os que nao acreditarem nao sofrerao esta influencia...

[]s
jocax



Gabriel Antunes wrote:

> Olá Alberto e lista,
>
> > Daqui a 10 anos ainda
> > se falará muito sobre ufologia, criacionismo, astrologia e inúmeras
> > outras baboselas que a maioria dos céticos de carteirinha vivem
> > tentando derrubar de uma maneira totalmente acientífica (pois não é
> > fácil derrubar uma pseudociência cientificamente).
>
> Vocês viram aquela matéria do Fantástico, domingo na Globo?
>
> Fiquei muito intrigado com as "adivinhações" do astrólogo que eles
> contrataram... Me contaram, eu nãi vi, mas pelo que eu sei, pegaram a
Leila
> do vôlei, uma atriz conhecida e um delegado e entregaram os "mapas
astrais"
> de cada um deles para o astrólogo. Em seguida fizeram perguntas do tipo:
> qual é a profissão de A, de B e de C. Me disseram que o astrólogo deu
várias
> dentro.
>
> Um amigo meu disse que para não cair na conclusão de que a astrologia
> funciona, ele têm que admitir que aquilo tudo foi marmelada... Acho meio
> perigoso ficar "achando" essas coisas.
>
> Se alguém viu a reportagem, poderia falar um pouco sobre.
>
> Um abraço,
>
> Gabriel Antunes
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Re: [ciencialist] Campo Elétrico
FROM: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/08/2001 15:27

Oi, Léo e demais amigos

> O resultado E'=E/2 para pontos na superfície é simples aplicação do
teorema do valor médio (veja limites e derivadas); No interior é ZERO, no
exterior e numa vizinhança de valor epsilon é E e, de acordo com tal
teorema, na superfície será E/2.
> Veja Teorema do valor médio.

Ok quanto ao teorema do valor médio, mas imagine uma ponta de prova de um
medidor de intensidade de campo que tocasse a superfície da esfera
condutora. Estaríamos falando da ponta de prova tocando o ponto médio da
distribuição de cargas nesse caso? "Na superfície", não estaríamos sempre
numa situação física de impossibilidade de penetração do medidor nas
"camadas de átomos que contém a carga", devido à repulsão eletrostática
entre os elétrons da ponta de prova e os da esfera condutora? O valor
medido, seria E ou E'?

Acho que ainda não entendi bem o problema, mas me parece que há algo
esquisito. Porque o campo elétrico na superfície de um condutor genérico
seria [sig]/&0 (segundo vários autores, este é o campo NA superfície de um
condutor carregado, e para pontos infinitesimalmente próximos) e no caso da
esfera [sig]/2&0 (resultado obtido para corpos não-condutores)? Desculpe-me,
mas acho que não estou atinando com a física do problema (matematicamente
até que o compreendo -o que questiono na verdade é a validade experimental
deste resultado).

Um grande abraço,

Godoy



SUBJECT: Re: [ciencialist] inconsciente coletivo e genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/08/2001 15:41

Esteban Lopez Moreno wrote:

> Caro Jocax
> Tenho acompanhado com admirição e muitas ressalvas suas mensagens acerca do
> genismo. Fiquei muito curioso com sua colocacao acerca do inconsciente
> coletivo.
> O Sr. vê alguma relacao entre os genes/memes e o inconsciente coletivo?
>

Ola,
Sr. eh seu pai ! Me chama de "vc", que, apesar do corpo de velho, ainda
tenho o cerebro emocional de um adolescente de 15 ! :-)

Eu nao sei se este termo, "inconsciente coletivo", tem uma definicao cientifica
ou mesmo uma definicao precisa. Acredito que nao.
Contudo, poderiamos redefinr o termo como um conjunto de memes
e tendencias hereditarias que sao compartilhadas pela grande maioria
dos individuos.

Qdo disse que os signos do zodiaco faziam parte do
"inconsciente coletivo" quis dizer que tal cultura pode estar tao difundida
pela populacao que, mesmo que ela nao saiba, ela pode ser influenciada
por ela por acreditar que pessoas de determinado signo "devem" se
comportar da maneira padrao dada pelo signo....

[]s
jocax


> Um abraço,
> Esteban.
>
> Ola Gabriel,
> Eu nao vi mas posso dar um papite "Inconsciente Coletivo" !! :-))
>
> Se todos sao doutrinados a acreditar que escorpionino eh tarado.
> que Taurino eh nao sei o que , que o Leonino eh nao sei la que outro.
> Entao, todos os que acreditam em astrologia terao uma *tendencia*
> a formar um padrao de caracteristicas compativeis.
> Os que nao acreditarem nao sofrerao esta influencia...
>
> []s
> jocax
>
> Gabriel Antunes wrote:
>
> > Olá Alberto e lista,
> >
> > > Daqui a 10 anos ainda
> > > se falará muito sobre ufologia, criacionismo, astrologia e inúmeras
> > > outras baboselas que a maioria dos céticos de carteirinha vivem
> > > tentando derrubar de uma maneira totalmente acientífica (pois não é
> > > fácil derrubar uma pseudociência cientificamente).
> >
> > Vocês viram aquela matéria do Fantástico, domingo na Globo?
> >
> > Fiquei muito intrigado com as "adivinhações" do astrólogo que eles
> > contrataram... Me contaram, eu nãi vi, mas pelo que eu sei, pegaram a
> Leila
> > do vôlei, uma atriz conhecida e um delegado e entregaram os "mapas
> astrais"
> > de cada um deles para o astrólogo. Em seguida fizeram perguntas do tipo:
> > qual é a profissão de A, de B e de C. Me disseram que o astrólogo deu
> várias
> > dentro.
> >
> > Um amigo meu disse que para não cair na conclusão de que a astrologia
> > funciona, ele têm que admitir que aquilo tudo foi marmelada... Acho meio
> > perigoso ficar "achando" essas coisas.
> >
> > Se alguém viu a reportagem, poderia falar um pouco sobre.
> >
> > Um abraço,
> >
> > Gabriel Antunes
> >
> > &&& --- &&&
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
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> > Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
> http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta do problema da OBF e novo problema
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/08/2001 15:42

Gabriel Antunes wrote:

> Olá Eduardo,
>
> > Se a resposta certa, dada pelo elaborador da prova, for B, pode
> > contestar.
> > Ha algum site oficial desta olimpiada?
>
> Sim, é o http://www.sbf1.if.usp.br/olimpiadas/
>
> Vou contestar sim. E vou aproveitar e ver se há outras questões que podem
> ser contestadas. Qualquer coisa eu peço ajuda de vocês. Valeu!
>
> Gabriel Antunes
>

Oi,

eu enviei uma mensagem a um dos organizadores regionais (o do DF). Se vc quiser, envie a
outro membro da organizacao. Andei pensando e conclui que a ideia da olimpiada eh lidar com
limitaacoes tipicas do estudo de fisica do segundo grau, deste modo eles estao considerando um
movimento cujo grafico altura x tempo seria um triangulo retangulo. O problema eh que este
tipo de situacao nao existe, ou vc compara o instante final com o inicial desprezando o que
ocorre no meio do caminho, neste caso a resposta correta seria a (B), ou vc esquece os
instantes inicial e final e pensa em um corpo subindo em MRU cuja resposta certa seria (A).

[]'s Eduardo.



SUBJECT: TopCade e + 50.000 !!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/08/2001 22:15

[Propaganda sem fins lucrativos, acho!]

Oi pessoal,
O Imperdível entrou para a lista do Top3 - 2a. semana de agosto - no TopCadê:

http://www.topcade.com.br/ciencia/20010802ciencia.shtm

Infelizmente, apesar dessa bravata educacional, não sei o que fazer com essa indicação do Topcadê e nem como fazer para votar (a página não dá acesso a isso ... acredito) para poder 'pedir votos' aos amigos. Sei lá qual será o prêmio, talvez uma viagem á Lua!! ... ou a São Paulo ... ou a Betelgeuse-gama!

O que interessa, entretanto, é o amanhã ...... 1 050 000 consultas no Imperdível! Lembram do dia 16 do mês anterior, aqueles miseráveis 1 000 000!

[]''

Léo
=============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Campo Elétrico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/08/2001 22:28


-----Mensagem Original-----
De: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 15 de agosto de 2001 15:27
Assunto: Re: [ciencialist] Campo Elétrico


| Oi, Léo e demais amigos
|
| > O resultado E'=E/2 para pontos na superfície é simples aplicação do
| teorema do valor médio (veja limites e derivadas); No interior é ZERO, no
| exterior e numa vizinhança de valor epsilon é E e, de acordo com tal
| teorema, na superfície será E/2.
| > Veja Teorema do valor médio.
|
| Ok quanto ao teorema do valor médio, mas imagine uma ponta de prova de um
| medidor de intensidade de campo que tocasse a superfície da esfera
| condutora. Estaríamos falando da ponta de prova tocando o ponto médio da
| distribuição de cargas nesse caso? "Na superfície", não estaríamos sempre
| numa situação física de impossibilidade de penetração do medidor nas
| "camadas de átomos que contém a carga", devido à repulsão eletrostática
| entre os elétrons da ponta de prova e os da esfera condutora? O valor
| medido, seria E ou E'?
|
| Acho que ainda não entendi bem o problema, mas me parece que há algo
| esquisito. Porque o campo elétrico na superfície de um condutor genérico
| seria [sig]/&0 (segundo vários autores, este é o campo NA superfície de um
| condutor carregado, e para pontos infinitesimalmente próximos) e no caso da
| esfera [sig]/2&0 (resultado obtido para corpos não-condutores)? Desculpe-me,
| mas acho que não estou atinando com a física do problema (matematicamente
| até que o compreendo -o que questiono na verdade é a validade experimental
| deste resultado).
|
| Um grande abraço,
|
| Godoy

Olá Antonio,

Qualquer que seja o aparelho de teste ele irá interferir na delicada medição, e o motivo é simples; ao aproximar a ponta de prova das cargas da superfície ocorrerá o fenômeno de indução eletrostática nessa ponta. Cargas de sinais opostos ao da superfície ficarão 'presas' na ponta de prova e as cargas de mesmo sinal irão para o aparelho de medição (a medida será proporcional á essas cargas induzidas).
Essas cargas na ponta de prova, através do campo que produzem, alteram a distribuição de cargas na superfície próxima. Nos laboratórios de 'alta-precisão' a esfera condutora eletrizada é enorme em confronto com a ponta do sensor. Se isso não é providenciado, a ponta de prova praticamente passa a pertencer ao pequeno condutor utilizado na experimentação e teremos um evidente 'poder das pontas', com grande concentração de linhas de força perto da ponta de prova.

Acredito que a melhor maneira de teorizar a coisa é imaginar uma esfera de raio cada vez maior e, no infinito teremos uma superfície plana eletrizada. Examine como é o campo na proximidade desse condutor plano eletrizado (use o amigo Gauss) e faça uma extrapolação do resultado.

Que tal?

[]'
Léo
=============




SUBJECT: Re: [EXCALIBUR] Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: excaliburciencia@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/08/2001 01:03

On Wednesday 15 August 2001 03:15 pm, you wrote:
> Num texto sobre a evolucao da inteligencia :
> http://server.epub.org.br/cm/n12/mente/evolution/evolution02_p.html
>
> Estava escrito :
>
> "As seqüências de DNA dos grandes antropóides são 96,4% similar àqueles
> dos humanos. Em outras palavras, todas as nossas diferenças entre
> cérebro, inteligência, dexteridade, linguagem, etc, são codificadas em
> somente 3,6% de todos os genes
> que constituem nossos genomas. "
>
> Sempre que leio algo comparando percentualmente genomas de 2 especies
> distintas surge-me esta duvida:
>
> A comparacao eh feita emtermos de genes ou em termos de pares de base?
>
> Quando dizemos que um homem tem 99,9% do seu codigo genetico igual
> ao de outro, esta se dizendo que seu material genetico tem 99,9%
> sequencia
> de pares de base iguais ou que tem 99,9% de genes identicos?
>
> Caso a resposta seja : a comparacao eh feita em relacao ao materiao
> genetico
> e, nao aos genes,entao, o artigo acima, acredito , estaria errado pois
> os
> macacos poderiam compartilhar 94% de nosso material genetico e no
> entanto
> nao compartilhar um unico gene. Ou seja Todo gene humano poteria ter
> alguma diferenca em relacao ao do macaco e mesmo assim a semelhanca
> em termos de pares de base seriam grandes.
>
> Alguem saberia dizer como eh feita esta comparacao?

A contagem realmente deve ser nas bases, por duas razoes:

1- Para citar o texto:

"As seqüências de DNA dos grandes antropóides são 96,4% similar àqueles dos
humanos"

2- Acredito que "material genetico" seria uma referência explícita à
sequência genômica propriamente dita, enquanto que o gene é um certo
exercício de abstração.

Ainda mais que a estimativa da quantidade de genes do sr humano nao eh
absolutamente confiável.

abracos
Felipe


SUBJECT: TopCade e + 50.000 !!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/08/2001 09:51


-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 15 de agosto de 2001 22:15
Assunto: TopCade e + 50.000 !!!


[Propaganda sem fins lucrativos, acho!]

Oi pessoal,
O Imperdível entrou para a lista do Top3 - 2a. semana de agosto - no TopCadê:

http://www.topcade.com.br/ciencia/20010802ciencia.shtm

Infelizmente, apesar dessa bravata educacional, não sei o que fazer com essa indicação do Topcadê e nem como fazer para votar (a página não dá acesso a isso ... acredito) para poder 'pedir votos' aos amigos. Sei lá qual será o prêmio, talvez uma viagem á Lua!! ... ou a São Paulo ... ou a Betelgeuse-gama!

O que interessa, entretanto, é o amanhã ...... 1 050 000 consultas no Imperdível! Lembram do dia 16 do mês anterior, aqueles miseráveis 1 000 000!

[]''

Léo
=============




SUBJECT: En: [ciencialist] Campo Elétrico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/08/2001 09:51


-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 15 de agosto de 2001 22:28
Assunto: Re: [ciencialist] Campo Elétrico



-----Mensagem Original-----
De: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 15 de agosto de 2001 15:27
Assunto: Re: [ciencialist] Campo Elétrico


| Oi, Léo e demais amigos
|
| > O resultado E'=E/2 para pontos na superfície é simples aplicação do
| teorema do valor médio (veja limites e derivadas); No interior é ZERO, no
| exterior e numa vizinhança de valor epsilon é E e, de acordo com tal
| teorema, na superfície será E/2.
| > Veja Teorema do valor médio.
|
| Ok quanto ao teorema do valor médio, mas imagine uma ponta de prova de um
| medidor de intensidade de campo que tocasse a superfície da esfera
| condutora. Estaríamos falando da ponta de prova tocando o ponto médio da
| distribuição de cargas nesse caso? "Na superfície", não estaríamos sempre
| numa situação física de impossibilidade de penetração do medidor nas
| "camadas de átomos que contém a carga", devido à repulsão eletrostática
| entre os elétrons da ponta de prova e os da esfera condutora? O valor
| medido, seria E ou E'?
|
| Acho que ainda não entendi bem o problema, mas me parece que há algo
| esquisito. Porque o campo elétrico na superfície de um condutor genérico
| seria [sig]/&0 (segundo vários autores, este é o campo NA superfície de um
| condutor carregado, e para pontos infinitesimalmente próximos) e no caso da
| esfera [sig]/2&0 (resultado obtido para corpos não-condutores)? Desculpe-me,
| mas acho que não estou atinando com a física do problema (matematicamente
| até que o compreendo -o que questiono na verdade é a validade experimental
| deste resultado).
|
| Um grande abraço,
|
| Godoy

Olá Antonio,

Qualquer que seja o aparelho de teste ele irá interferir na delicada medição, e o motivo é simples; ao aproximar a ponta de prova das cargas da superfície ocorrerá o fenômeno de indução eletrostática nessa ponta. Cargas de sinais opostos ao da superfície ficarão 'presas' na ponta de prova e as cargas de mesmo sinal irão para o aparelho de medição (a medida será proporcional á essas cargas induzidas).
Essas cargas na ponta de prova, através do campo que produzem, alteram a distribuição de cargas na superfície próxima. Nos laboratórios de 'alta-precisão' a esfera condutora eletrizada é enorme em confronto com a ponta do sensor. Se isso não é providenciado, a ponta de prova praticamente passa a pertencer ao pequeno condutor utilizado na experimentação e teremos um evidente 'poder das pontas', com grande concentração de linhas de força perto da ponta de prova.

Acredito que a melhor maneira de teorizar a coisa é imaginar uma esfera de raio cada vez maior e, no infinito teremos uma superfície plana eletrizada. Examine como é o campo na proximidade desse condutor plano eletrizado (use o amigo Gauss) e faça uma extrapolação do resultado.

Que tal?

[]'
Léo
=============





SUBJECT: Bolas !!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/08/2001 12:00

Recebi uma interessante pergunta:
"Como faço para fazer esferas de aço com + ou - 10mm passarem por algo, como um funil por exemplo, sem travar? Algo onde pudesse ser colocado uma grande quantidade de esferas em cima e saisse uma de cada vez."

Algumas sugestões?

[]'
Léo
=============




SUBJECT: Re: Seleção: natural ou artifical?
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/08/2001 12:46

--- In ciencialist@y..., "Gabriel Antunes" <gabriel101@u...> wrote:

Bem, na verdade tenho pouco ou nada a acrescentar
ao q. nosso colega Roviralta ja expos.

De fato, a humanidade deve sofrer hj muito
menor pressao evolutiva do antes ou do q.
outros organismos. Mas isso nao significa q.
seja inexistente ou mesmo q. nao seja
significativa.

Um porem ao comentario do Andre', q.
disse q. sem selecao deveria haver uma
manutencao da proporcao dos alelos
no 'pool' genico. Na verdade ha' casos
em q. a proporcao dos alelos pode se
manter constante justamente por causa
da selecao.

Nos casos de alelos de hemoglobina,
existe uma variante q. causa anemia
falciforme -- branda qdo em heterozigose
e geralmente fatal qdo em homozigose.

Em regioes da Africa com alta incidencia
de malaria, os heterozigotos levam
vantagem ja' q. adquirem uma maior
resistencia ao protozoario da doenca
(parasita de celulas sanguineas). A
selecao do heterozigoto leva 'a
manutencao das proporcoes alelicas.

Outro caso possivel -- dentre outros --
e' a selecao dependente de frequencia.
Em um lago -- se nao me engano tbm
em algum pais africano (acho q. o Vitoria) --
existe uma especie de peixes q. se alimenta
de escamas de outros peixes. Na populacao
encontramos dois tipos desses lepidofagos:
um com a boca voltada para a direita e
outro para a esquerda. Isso faz com q. possam
abordar as vitimas pela lateral, arrancando
o alimento. Bem, essa quiralidade bucal e'
hereditaria. Flutuacoes ocorrem na proporcao,
mas gira em torno de 1:1. Isso ocorre porq.
se o peixe com a boca para a esquerda
aumenta muito, naturalmente o com a boca
para o outro lado comeca a ter mais
vantagem -- ja' q. as vitimas (ou por selecao
ou por aprendizado) passam a ficar mais
atentas para o lado direito (flanco de ataque
dos com a boca para a esquerda). Se
ocorro o contrario em termos populacionais,
tbm se inverte a relacao de vantagem
competitiva.

Tbm e' verdade q. pode ocorre evolucao sem
selecao. Fenomenos chamados genericamente
de deriva genetica criam uma variacao da
proporcao alelica por questoes estatisticas.

(Acho q. so' o exemplo da malaria e
o gene da hemoglobina mostra q. ainda
ocorre selecao natural nos seres humanos.
Doencas geneticas tbm sao exemplos disso.)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Leis da fisica podem mudar
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 16/08/2001 13:02

COSMOLOGIA- Folha de São Paulo, 16 de agosto de 2001

Observação de nuvens de gás com 12 bilhões de anos sugere
variação temporal em número fundamental da natureza

Leis da física podem mudar, indica estudo
JAMES GLANZ
DO "THE NEW YORK TIMES"

Uma equipe internacional de cientistas descobriu que as
leis básicas da natureza, tal como são entendidas hoje,
podem estar mudando ligeiramente à medida que o Universo
envelhece. Isso poderia levar à reforma de todos os
manuais de física e desafiar premissas fundamentais sobre
o funcionamento do cosmos.
Os pesquisadores usaram o maior telescópio do mundo para
estudar o comportamento de átomos metálicos em nuvens
gasosas à distância de 12 bilhões de anos-luz da Terra
[cada ano-luz tem 9,5 trilhões de quilômetros".
As observações revelaram padrões de absorção de luz que a
equipe só conseguiu explicar postulando mudanças em uma
constante básica da natureza envolvida na intensidade da
atração entre partículas com carga elétrica.
Se confirmada, a conclusão pode significar que outras
constantes consideradas imutáveis, como a velocidade da
luz, também podem ter mudado na história do cosmos. O
trabalho foi liderado por John K. Webb, da Universidade
da Nova Gales do Sul (Austrália). Será publicado dia 27
na prestigiada publicação "Physical Review Letters"
(prl.aps.org).
Especialistas que examinaram o artigo não conseguiram
identificar falhas óbvias. Como as consequências seriam
de grande alcance, porém, e como as divergências em
relação às medidas esperadas são sutis, muitos estão
céticos quanto à chance de a descoberta sobreviver ao
teste do tempo. Dizem que vão esperar por comprovação
independente antes de decidir se o achado é verdadeiro.
Por outro lado, o estudo combina com novas visões
teóricas do Universo, particularmente com a previsão de
que dimensões até então desconhecidas possam compor a
trama do espaço.
Mesmo cientistas que participam do projeto foram
cautelosos. "É possível que haja uma evolução temporal
das leis da física", disse Webb. "Se estiver correto, é a
descoberta da minha vida."
O astrofísico Rocky Kolb, do Fermilab, que não participou
do estudo, disse que a descoberta não só impõe revisões
na cosmologia, mas também acrescenta credibilidade a uma
teoria não-confirmada da física, a de cordas, que prevê
dimensões extras.
"As implicações, se for verdade, seriam tão enormes que
[o trabalho" é algo que as pessoas deveriam levar a
sério", disse Kolb.
A magnitude da mudança observada pelo grupo é mínima,
chegando a apenas 1 parte em 100 mil -num número chamado
constante da estrutura fina- em 12 bilhões de anos. Essa
constante, também conhecida como alfa, é definida com
base em quantidades mais familiares, como a velocidade da
luz e a força de atração eletrônica dentro dos átomos.
Até mesmo essa pequena mudança abalaria a física e a
cosmologia, disse Sheldon Glashow, Nobel de Física de
1979. Considerando a inesperada natureza do achado,
Glashow disse que há boas chances de que uma explicação
mais mundana acabe surgindo.
Segundo o pesquisador Rogério Rosenfeld, do Instituto de
Física Teórica da Unesp, ainda é cedo para dizer que se
trata de uma nova descoberta. Mas, "se isso for
confirmado, significa que os modelos atuais estão
incompletos."







SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/08/2001 13:03

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
>A comparacao eh feita emtermos de genes ou em termos de pares de base?

O Felipe ja' comentou sobre isso. Mas
gostaria de fazer alguns comentarios a
mais.

E' pela sequencia, mas certamente nao
pela sequencia completa -- o genoma
humano so' agora terminou de ser
sequenciado e o de outros primatas
ainda nao foi terminado.

Esses numeros se referem a certos
trechos -- e' feito uma amostragem.

As primeiras comparacoes foram
feitas no entanto qdo ainda nao se
tinha sequenciamento de genoma.
Eram feitas 'a base de padroes de
bandas presentes nos cromossomos
tratados com corantes especificos.
Mais de 90% das bandas presentes
nos cromossomos dos chimpanze's
eram encontrados nos cromossomos
humanos (pelas bandas pOde-se
mesmo estabelecer homologias
entre trechos presentes em cromossomos
diferentes -- temos um par a mais de
cromossomo do q. os chimpanzes --
mas dois pares dos cromossomos dos
chimpanzes correspondem 'a metade
de um dos cromossomos humanos --
pode ter havido fusao nos chimpanzes
ou fissao nos humanos.)

> Quando dizemos que um homem tem 99,9% do seu codigo genetico igual
> ao de outro, esta se dizendo que seu material genetico tem 99,9%
> sequencia

Na verdade o ser humano tem 100% do codigo genetico
igual ao de uma bacteria. O codigo genetico e' a relacao
entre trincas de bases no ARNm e o aminoacido correspondente.
Pelo fato do codigo genetico da maioria dos organismos
serem identicos e' q. e' possivel a biotecnologia --
do contrario as genes inseridos em outros organismos
seriam expressos em proteinas diferentes.

> macacos poderiam compartilhar 94% de nosso material genetico e no
> entanto nao compartilhar um unico gene.

E' o q. de fato ocorre. Na verdade nao compartilhamos
um unico gene 100% identico com praticamente
ninguem -- nem mesmo com nossos irmaos gemeos --
ja' q. ocorrem pequenas mutacoes ao longo
do desenvolvimento. Por isso Dawkins caracteriza genes
como unidades de recombinacao e nao como unidades
de codificacao de polipeptideos -- so' assim faz sentido
falar 'genes egoistas'.

Mas o texto nao esta' de todo errado. A gde maioria
das diferencas na sequencia presentes nao afetam
o produto da expressao genica. Somente uma fracao
dos genes deve ser a responsavel pelas diferencas
observadas entre as especies de gdes primatas --
possivelmente envolvendo os genes reguladores do
desenvolvimento.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: R e d e m o i n h o s
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 16/08/2001 13:40

R e d e m o i n h o s

número 7, 1 a 15 de agosto de 2001.


Informativo quinzenal da Cidade do Conhecimento - IEA/USP.


Veja um resumo com os destaques do que está girando na 7a.
edição:


E d i t o r i a l


Leia sobre os dilemas e oportunidades que cercam o
desenvolvimento das cidades digitais no Brasil.


N o t í c i a s


- Cátedra Globo

- Correio da Cidade

- Precisa-se

- Cidade na Mídia

- Gente na Cidade

- Escola


A n á l i s e


A cada edição de Redemoinhos publicaremos artigos curtos, de
análise e crítica das tendências no mundo das redes de
conhecimento em suas várias dimensões. No sétimo número,
leia o artigo "O impacto da Tecnologia de Dados na sociedade
do futuro", de Valdemar W. Setzer, professor do Departamento
de Ciência da Computação do Instituto de Matemática e
Estatística (IME) da USP.

Acesse a íntegra do 7o. número da Redemoinhos em:

http://www.cidade.usp.br/redemoinhos/

Veja também o novo web site da Cidade do Conhecimento:

http://www.cidade.usp.br/





SUBJECT: Re: [ciencialist] particulas quanticas
FROM: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/08/2001 13:42

obrigado pela dica, vou checar o site.
já li alguns livros que dizem alguma coisa sobre fisica quantica (todos de
cientistas renomados), mas em somente um ou dois capitulos ou de maneira
superficial. gostaria de ler um livro só sobre esse assunto. um tempo atras
quase comprei "O quark e o Jaguar" (nao me lembro o autor agora, sorry), mas
prefiri comprar "Hiperespaco" que, alias, é maravilhoso.
Nao tenho formacao fisica, estudo na federal do rj biologia, mas sou uma
eternamente apaixonada pela fisica/astronomia.

estou aperta a mais sugestoes e nao se preocupe, nao fico somente na
explicacao do professor... vou mai adiante.
abraco,
daniela.


----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
To: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, August 13, 2001 6:07 AM
Subject: Re: [ciencialist] particulas quanticas


> ----- Original Message -----
> From: "Morais"
> Sent: Monday, August 13, 2001 12:02 AM
> Subject: [ciencialist] particulas quanticas
>
> > alguem conhece um bom site sobre particulas quanticas (bosons e
fermions),
> > inclusive das particulas previstas pela supersimetria? um bom livro tb
> > ajuda (embora o site seja mais barato....)
>
> Como não sei o nível em que você se encontra a respeito, sugiro um site
para
> iniciantes no assunto: Vá para http://www.if.ufrj.br/~miriam/hep.html e
> clique em "A aventura das partículas".
>
> Em tempo:
>
> Não sei a que se destina esta sua vontade em aprender a física quântica.
Se
> é para um trabalho escolar, tudo bem. Se você pretende ser um filósofo ou
> mesmo um estudioso de história da ciência, o assunto também será
> extremamente útil no futuro. Do contrário, se você pretende ser um físico
de
> verdade, aprenda a respeito do tema tão somente aquilo que seus
professores
> obrigarem-no a deglutir sem mastigação alguma, pois do contrário você
> quebrará seus dentes. E se não deglutir, eles não lhe darão o diploma.
>
> Dentro de 10 anos a física quântica será tão importante para a humanidade
> quanto as teorias do flogisto ou do calórico. Daqui a 10 anos ainda se
> falará muito sobre ufologia, criacionismo, astrologia e inúmeras outras
> baboselas que a maioria dos céticos de carteirinha vivem tentando derrubar
> de uma maneira totalmente acientífica (pois não é fácil derrubar uma
> pseudociência cientificamente). Não obstante, nada, absolutamente nada,
> permanecerá da teoria quântica que está por aí, a não ser nos livros de
> história das ciências ao lado das teorias do flogisto, do calórico, dos
> fluidos elétricos, da monadologia, do geocentrismo, etc.
>
> [ ]'s
> Alberto
> Um dos cavaleiros do apocalipse quântico
> http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] particulas quanticas
FROM: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/08/2001 13:51

eu acho que tem muitas maneiras de dar "varias dentro". é só falar que, por
exemplo, o mapa astral da leila mostra ser uma pessoa lutadora que vai atras
do que quer (o que ela parece ser por causa da sua profissao e tudo mais).
muitas pessoas se dizem lutadoras ou teve alguma epoca em suas vidas ou
situacao que foram lutadoras e se lembram. alem do mai, se a pessoa já
acredita em astrologia (o que nao é raro no brasil e no mundo), ela vai
ajudar o astrologo o maximo possivel, nao estou falando em inventar
informacaoes, mas concordar se pelo menos uma vez na vida ela já foi
lutadora.

acho que no proximo domingo, um astronomo (ou um cetico a astrologia, nao
lembro), vai ter seu mapa astral lido. vamos ver no que sai. infelizmente
nao vou poder ver, mas se voces puderem enviar o resultado para a lista,
agradeceria muito.
abracos,
danni.


----- Original Message -----
From: Gabriel Antunes <gabriel101@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, August 13, 2001 3:15 PM
Subject: Re: [ciencialist] particulas quanticas


> Vocês viram aquela matéria do Fantástico, domingo na Globo?
>
> Fiquei muito intrigado com as "adivinhações" do astrólogo que eles
> contrataram... Me contaram, eu nãi vi, mas pelo que eu sei, pegaram a
Leila
> do vôlei, uma atriz conhecida e um delegado e entregaram os "mapas
astrais"
> de cada um deles para o astrólogo. Em seguida fizeram perguntas do tipo:
> qual é a profissão de A, de B e de C. Me disseram que o astrólogo deu
várias
> dentro.
>
> Um amigo meu disse que para não cair na conclusão de que a astrologia
> funciona, ele têm que admitir que aquilo tudo foi marmelada... Acho meio
> perigoso ficar "achando" essas coisas.
>




SUBJECT: Transplantes -- Em busca da morte: Jornal do Brasil -- 13.01.1998
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/08/2001 13:51

Publicado no Jornal
do Brasil de 13.01.1998
___________________

EM BUSCA DA MORTE
___________________

Cícero Galli Coimbra*

___________________


"Em 1987, o pesquisador e médico californiano
Alan Shewmon qualificou os procedimentos destinados
a diagnosticar a morte encefálica como IMORAIS,
pela possibilidade de incluírem pacientes recuperáveis
entre os caracterizados como mortos."
___________________


Tal como ocorre, por exemplo,
com um tornozelo contundido, ao sofrer
uma lesão o cérebro incha progressivamente.
Como se encontra no interior de uma caixa
óssea rígida (o crânio), o cérebro não encontra
espaço suficiente para acomodar o volume
adicional provocado pelo inchaço, o qual é
chamado de edema cerebral pelos médicos.



Assim, em poucas horas a pressão no interior
do crânio eleva-se, comprimindo os vasos
sanguíneos e dificultando a circulação.



Ao cair aproximadamente à metade,
a quantidade de sangue circulante não é mais
suficiente para sustentar a atividade do cérebro,
mas é ainda capaz de manter a sua vitalidade.



Em outras palavras, nessa situação
o cérebro encontra-se inerte, sem função
detectável, mas ainda vivo.



O indivíduo encontra-se em coma e seu
eletroencefalograma pode também não mostrar
atividade elétrica.



Pode ser erradamente diagnosticado como
em estado de morte cerebral principalmente
se forem utilizados critérios estabelecidos em 1968,
quando se acreditava que a completa ausência
das funções neurológicas ao longo de algumas horas
podia ter como única causa a morte do cérebro.

___


Até há alguns anos, a medicina não dispunha
de recursos eficazes para o tratamento do edema
cerebral.



Assim, nos indivíduos portadores de lesões cerebrais
mais severas, o agravamento do edema levaria
invariavelmente à piora da deficiência circulatória.



Ao atingir níveis inferiores a um quinto do normal,
a irrigação sanguínea passa a ser insuficiente
para manter a vida do tecido cerebral, levando
à destruição das células nervosas.



As células cerebrais poderiam sustentar-se vivas
por tempo indefinido recebendo um volume
de sangue situado entre a metade e um quinto
dos valores normais.



Infelizmente, no entanto, ao manter-se inativo,
o cérebro deixa de produzir e liberar na corrente
sanguínea substâncias que mantêm ativo o coração,
de tal forma que em alguns dias sobrevém a parada
cardíaca e a morte do indivíduo.



Incompreensivelmente, a parada do coração
que ocorre somente a esse tempo, tem sido
lembrada como evidência de que o indivíduo
já se encontraria morto por ocasião do
desaparecimento dos sinais de atividade neurológica.



Ao contrário do que esperariam os defensores
dessa hipótese, no entanto, uma publicação
da mais prestigiosa instituição de saúde norte-americana
( o NIH ) em 1980, sobre o resultado de 146 autópsias
realizadas nesses pacientes, relatou que diversos deles
não se encontravam com o cérebro difusamente
destruído, mesmo por ocasião da parada cardíaca.



Em 1987 o pesquisador e médico californiano
Alan Shewmon qualificou os procedimentos destinados
a diagnosticar a morte encefálica como IMORAIS,
pela possibilidade de incluírem pacientes recuperáveis
entre os caracterizados como mortos.

__


Em março de 1997, uma alternativa simples
e eficaz foi demonstrada para solução do problema.



Utilizando um recurso a que recorre qualquer
desportista ao aplicar bolsas de gelo sobre uma torção
do tornozelo, um grupo de médicos alemães da


_*Universidade de Heidelberg*_


demonstraram que a redução da temperatura
para 33ºC instantaneamente normaliza a pressão
no interior do crânio e, ao longo das horas seguintes,
reduz drasticamente o edema cerebral.



Os resultados foram tão surpreendentes
que o tratamento encontra-se agora sendo
instituído dentro das primeiras 6 horas após
a ocorrência da lesão cerebral, na tentativa
de evitar-se que esses pacientes atinjam
uma deficiência circulatória suficientemente
grave a ponto de comprometer a vitalidade do cérebro.



Vítimas de traumatismo craniano em coma profundo
( Glasgow 3, pupilas dilatadas e sem reação à luz )
encontram-se reassumindo atividades anteriores
ao acidente DEZ vezes mais freqüentemente,
graças à redução da temperatura.



Argumentações apontando tais recursos
como ainda ``em fase experimental'' perdem
validade em face do próprio código de ética
médica brasileiro, que faculta aos médicos
recorrerem a métodos não convencionais
quando não existem outras alternativas para
salvar a vida do paciente sob seus cuidados.

___


Essa urgência descobre a incompatibilidade
entre tentar-se salvar a vida, ou alternativamente
esforçar-se, laboriosamente, ao longo de horas,

_*em diagnosticar a morte*_.


Testes como o da apnéia,

considerados como necessários para o "diagnóstico''
de morte encefálica, e que preconizam desligar-se
o respirador por DEZ minutos, claramente podem
reduzir a pressão sanguínea, acentuando a deficiência
circulatória e determinando, então sim, a


morte das células cerebrais.

___


Perseguir a morte,

não a vida,


eis ao que a autoritária e inconstitucional
lei de transplantes de órgãos induz os médicos
brasileiros, ao estabelecer


penas pecuniárias


para a instituição hospitalar que não comunicar
às centrais captadoras de órgãos a presença em suas
dependências de pacientes com o quadro clínico
de morte encefálica.


O dilema descobre a face mais cruel do sistema
de saúde nacional, que não valoriza a eficiência
da prevenção de doenças.


No Brasil, a causa mais freqüente da necessidade
de transplante renal e provavelmente cardíaco é


_*a hipertensão arterial não tratada*_,


que poderia ser eliminada pela simples orientação médica.


O paciente hipertenso deveria ser informado
quando às desastrosas conseqüências da suspensão
do tratamento ou do uso irregular de medicamentos
anti-hipertensivos, que leva à lenta, progressiva
e silenciosa


destruição dos rins e do coração,


determinando também a ocorrência de casos
graves de derrames.


Ao contrário, mal preparados por escolas médicas
deficitárias, premidos por baixos salários e pela
necessidade de atenderem a múltiplos empregos,
muitos profissionais dedicam a seus pacientes
apenas o tempo necessário ao preenchimento
do receituário.


Desatentos à gravidade de sua situação,
os pacientes suspendem o tratamento após
constatarem que a pressão normalizou-se com
o uso dos remédios prescritos, julgando-se curados.


Sem provocar sintomas,

a pressão volta a elevar-se, reiniciando-se o processo
de destruição dos órgãos internos.


O signatário deste texto desafia a que se averigúe
qual o percentual dos pacientes hipertensos

( 16 milhões de brasileiros )


sabem que sua doença pode levá-los

à diálise ou ao transplante.


Produzimos

CANDIDATOS A RECEPTORES E A DOADORES,


alimentando continuamente a

dispendiosa necessidade de transplantes,

mas NENHUM dos envolvidos no sistema nacional
de captação de órgãos aproveita qualquer oportunidade
oferecida pelos meios de comunicação para orientar
hipertensos, procurando impedir que qualquer
das duas filas de desesperançosos
continue a aumentar.
___

Consultem o site

http://www.epm.br/dneuro/mortencefalica/htm .

___________________________________

*Médico Neurologista Phd,
Livre docente, Professor adjunto e
Chefe da Disciplina de Neurologia Experimental
do Departamento de Neurologia
e Neurocirurgia da UNIFESP


___________________________________________

Saiba mais sobre os erros declaratórios da
morte encefálica em:

http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
http://www.epm.br/dneuro/mortencefalica.htm
http://www.epm.br/dneuro/apnea.htm
http://www.epm.br/dneuro/opinioes.htm
http://www.epm.br/dneuro/brdeath.html
http://www.epub.org.br/bjmbr/year1999/v32n12/3633c.htm
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
____________________________________________








SUBJECT: Re: [ciencialist] Leis da fisica podem mudar
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/08/2001 13:56

> Se confirmada, a conclusão pode significar que
outras
> constantes consideradas imutáveis, como a velocidade
> da luz, também podem ter mudado na história do
cosmos.
Isso é ridículo. Não precisamos de precedentes pra
lançar uma hipótese dessas. Descobrirem que, por
exemplo, a constante de permissividade elétrica do
vácuo têm se alterado com o tempo, não é pretexto pra
se afirmar "com mais certeza" que, digamos, a
constante gravitacional vai mudar.

(a não ser que esse texto esteja falando do fato da
velocidade da luz ser calculável a partir de outras
constantes, e de ser uma delas a questionada...)

++nicolau




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/08/2001 14:00

rmtakata@altavista.net wrote:

> > macacos poderiam compartilhar 94% de nosso material genetico e no
> > entanto nao compartilhar um unico gene.
>
> E' o q. de fato ocorre. Na verdade nao compartilhamos
> um unico gene 100% identico com praticamente
> ninguem -- nem mesmo com nossos irmaos gemeos --
> ja' q. ocorrem pequenas mutacoes ao longo
> do desenvolvimento.

Acho que voce pirou legal !! Neh ? :-))



==================


A taxa de mutação pode ser estimada mais objetivamente, através da observação da taxa pela qual
mudanças genéticas
espontâneas aparecem em uma grande população de células, em um período de tempo relativamente
curto. Isto pode ser
feito estimando-se a freqüência de aparecimento de novos mutantes em uma extensa população
animal (em uma colônia de
moscas-de-fruta ou camundongos, por exemplo), ou ainda procurando-se mudanças em proteínas
específicas em células
cultivadas. Embora os números obtidos em ambos os casos serem apenas aproximados, eles são
consistentes com um erro
de freqüência na mudança de um par de bases, aproximadamente, a cada 10^9 pares de bases para
cada geração. Em
conseqüência, um único gene que codifica uma proteína de tamanho médio (contendo cerca de 10^3
pares de bases) sofrerá
uma mutação em cada 10^6 gerações. Este número é pelo menos aproximadamente consistente com a
estimativa
evolucionária, já descrita, na qual uma mutação aparece em um gene qualquer de uma linhagem a
cada 200.000 anos.

====================
Reparação do DNA

A sobrevivência a longo prazo de uma espécie pode ser aumentada através de mudanças genéticas,
mas a sobrevivência de
um indivíduo demanda estabilidade genética. A manutenção da estabilidade genética necessita não
apenas de um mecanismo
extremamente preciso para replicação do DNA, antes da célula se dividir, mas também de
mecanismos para reparação das
muitas lesões acidentais que ocorrem continuamente no DNA. A maioria de tais mudanças
espontâneas no DNA são
temporárias, porque elas são imediatamente corrigidas por processos coletivamente denominados
reparação do DNA. Muito
raramente os processos de manutenção do DNA das células falham, permitindo uma mudança
permanente no DNA. Tal
mudança é denominada mutação, e ela pode destruir um organismo se ocorrer em uma posição vital
na seqüência de DNA.




==============
Mutação - "Biologia Molecular da Célula" pag 242-245
( Nao sei o autor do livro nem o titulo mas posso perguntar
pra pessoa que me mandou )



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: : Como pensar enquanto se dorme?
FROM: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/08/2001 14:12

oi roberto,


> Essa historia de q. so' usamos uma parte
> do cerebro e' um mito.

já ouvi alguma coisa do tipo, mas confesso que sempre fiquei na duvida.

> mas se nao usassemos o cerebro em sua
> capacidade normal, a parte ociosa tenderia
> a ser rapidamente eliminada ao longo das
> geracoes pela selecao natural -- o nosso
> cerebro e os tecidos nervosos em geral
> sao bastante dispendiosos em termos de
> energia.

rapidamente?

> Cada organismo tem uma capacidade finita
> e bastante limitada em geral para amealhar
> energia. Rapidamente surgiriam individuos
> q. nao produziriam as estruturas inuteis e
> tenderiam a apresentar uma boa vantagem
> reprodutiva -- a energia 'economizada' poderia
> ser realocada em outras funcoes de gde
> importancia: como a reproducao ou outra
> estrutura q. lhe conferisse maior capacidade
> de sobrevivencia durante a vida reprodutiva.

de novo, rapidamente? concordo que o minimo valor energetico gastado pelo
individuo é o mais forte nos olhos da selecao natural, mas talvez (ainda
estou estipulando) o cerebro nao sofra essa selecao pq precisa permanecer
por "inteiro". Ou pode-se existir a possibilidade de mesmo o cerebro
"inteiro" conseguir sobreviver a selecao, porque nao existe nenhuma
caracteristica na sobrevivencia do dia a dia (comida, acasalamento, etc) que
o impossibilite de ser descartado pela selecao natural. assim, os dois
"tipos" de cerebro sobreviveriam.

outra coisa, já ouvi falar que a selecao natural darwiniana nao está
totalmente completa, assim como a relatividade de einstein. pode-se ter um
novo ganho aí. tudo o que quero dizer é que o nosso cerebro assim como o
nosso codigo genetico tem muitas coisas obscurecidas ainda. só estamos no
comeco. acho que quase todo o tipo de sobrenatural ou misticismo (coloco
"quase" porque tem sempre a execaozinha chatinha, mas nao quer dizer que
eseja deus ou um espirito, etc) pode ser explicada pela ciencia, tanto pela
que vamos descobrir em nos mesmos (dna, cerebro) ou no universo afora, ou
seja, as leis fisicas (e quem sabe outras). nao sei se um dia vamos saber
tudo, mas só sei que vai demorar muitas geracoes ainda. (de novo, essa é a
minha opiniao). acho que a ciencia ainda tem, infelizmente ou felizmente,
muito caminho para sempre ainda.

> Outra questao e' q. ate' hj nao se encontrou
> nenhuma estrutura no cerebro humano q. fosse capaz
> de capitar eventuais ondas eletromagneticas
> emitidas por outros organismos.
>

pode nao ser por meio de ondas, eu só dei um exemplo (quando falei de ondas
serem captadas pelo cerebro), pode ser de outra forma. o importante é que a
experiencia psiquica pode ser comprovada pela ciencia, embora ainda nao
termos certos conhecimentos ainda para tal fato. sou da opiniao de que tudo
o que ocorre no universo (talvez aqui exista a impossibilidade da excecao,
mas as vezes ela sempre aparece) tem origem nele proprio, ou seja, nao
existe nada alem mexendo os pauzinhos. o problema é que as pessoas tendem a
colocar o que nao entendem como sendo obra de deus ou outra figura mistica,
assim como antigamente achavam que os deuses traziam a chuva e como hoje a
maioria das pessoas acreditam que ovnis sao discos voadores (quando na
verdade sao o que a sigla quer dizer: objetos voadores nao identificados).

abracos,
daniela.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Seleção: natural ou artifical?
FROM: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/08/2001 14:30


>
> Isso me faz lembrar de outra coisinha: os "deltas" do
> mundo todo anseiam ser como os "alfas e betas" norte-
> americanos e europeus. Todavia, nós sabemos que o
> planeta Terra não tem recursos para atender a uma
> demanda de consumo no padrão dos "alfas" para toda
> a população. Umas cinco Terras não daria conta.
>
> Para que os "alfas" mantenham seu padrão de consumo
> NECESSARIAMENTE deverá continuar existindo uma
> horda de "gamas, deltas e épsilons semi-aleijões"
> miseráveis.
>

concordo plenamente, é por isso que escuto desde pequenininha que o brasil é
o país do futuro e sei que vai ficar em futuro por muito tempo. um futuro
que nao chega infelizmente enquanto nao sairmos do campo dominados e
dominadores. outro ponto que acho que contribui com a pobreza mundial é a
alta natalidade. 6 bilhoes de pessoas é muito para a terra, mas as pessoas
nao param de ter pencas de filhos.

abracoes,
daniela.



SUBJECT: Questão de Física
FROM: "abcde" <fernando017@bol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/08/2001 16:13

Como eu já vi algumas perguntas relacionadas a física, gostaria que alguem me ajudasse com essa:

Uma bala é disparada com velocidade de 408 m/s contra um alvo. O ruído que causa ao atingir o alvo é ouvido pelo atirador 2,2 s após o disparo. Supondo que a velocidade da bala é constante e que a velocidade do som no ar é de 340 m/s, determine a distância entre o alvo e o atirador.

Eu sei que a resposta é 408 metros, mas eu não sei resolver essa questão. Quem souber, por favor, faça a resolução completa para eu poder entender.

Espero que alguem me ajude!


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bolas !!!
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/08/2001 16:27



Luiz Ferraz Netto wrote:

> Recebi uma interessante pergunta:
> "Como faço para fazer esferas de aço com + ou - 10mm passarem por algo, como um funil por exemplo, sem travar? Algo onde pudesse ser colocado uma grande quantidade de esferas em cima e saisse uma de cada vez."
>
> Algumas sugestões?
>

EU tenho uma ideia :
Coloca-se as bolas num funil que contem tubos de secao quadradas com o
seu lado medindo cerca de 1,5 vezes o diametro da bola.
Assim todas as bolas ficam em tubos.
Depois as saidas dos tubos sao direcionados a um
mecanismo que permite q saia uma bola de cada vez
este mecanismo eh acionado pela energia cinetica da primeira bola
que cai.
Agora o problema eh de relojoeiro para fazer o mecanismo
mas eh importante notar q nao existe forca de atrito que
possam travar as bolas... pois todas estao em dutos.

[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] Questão de Física
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/08/2001 16:47


- definição: v = x/t --> x/v = t , sendo x: distância, t: tempo,
v: velocidade;

- a distância que a bala percorre até o alvo é a mesma que o som
percorre de volta até o atirador: x;

- o tempo de ida da bala ao alvo é de t1 = x/vb , sendo vb = 408 m/s
a velocidade da bala;

- o tempo que o som leva para vir do alvo até o atirador é de
t2 = x/vs , sendo vs = 340 m/s a velocidade do som;

- o tempo total (ida da bala, vinda do som do impacto) é T = t1 + t2 :
T = x/vb + x/vs = (1/vb + 1/vs)*x --> x = T*[1/(1/vb + 1/vs)]

- substituindo: x = 2.2*[1/(1/408 + 1/340)] = 2.2*[1/(0.0053921568630]
= 2.2*[185.454545...] = 408 m

Espero ter sido claro.

[]s,
Stafusa





On Thu, 16 Aug 2001, abcde wrote:

> Como eu já vi algumas perguntas relacionadas a física, gostaria que alguem me ajudasse com essa:
>
> Uma bala é disparada com velocidade de 408 m/s contra um alvo. O ruído que causa ao atingir o alvo é ouvido pelo atirador 2,2 s após o disparo. Supondo que a velocidade da bala é constante e que a velocidade do som no ar é de 340 m/s, determine a distância entre o alvo e o atirador.
>
> Eu sei que a resposta é 408 metros, mas eu não sei resolver essa questão. Quem souber, por favor, faça a resolução completa para eu poder entender.
>
> Espero que alguem me ajude!
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Bolas !!!
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/08/2001 17:39

> > Algo onde pudesse ser colocado uma grande
> >quantidade de esferas em cima e saisse uma de
> > cada vez."

> Assim todas as bolas ficam em tubos.

Mas e pra colcoar as bolinhas nesses tubos?
... Acho que de um jeito ou de outro, vamos acabar
tendo que colocar algum mecanismo que dê uma sacudida
nas bolas. Assim, elas travam e destravam o tempo
todo.
Agora, uma possibilidade é dotar todas as bolas de
uma boa carga elétrica, e passar algum isolante em
volta delas, pode? :) Afinal, é exatamente o que
acontece com a água!

++Nico1au



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SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/08/2001 19:02

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:

Primeiro e' preciso distinguir a mutacao em
nivel fenotipico -- a mutacao observavel em
termos de caracteristicas mais prontamente
detectaveis -- em nivel de polipeptideo --
a sequencia de aminoacidos -- e a mutacao
em nivel de genoma -- a sequencia de
bases.

Uma mutacao na sequencia de bases nao
necessariamente se reflete em uma mutacao
na sequencia de aminoacidos -- ja' q. o codigo
genetico e' degenerado -- isto e', a maioria dos
aminoacidos sao codificados por mais de uma
trinca de bases.

Uma mutacao na sequencia de aminoacidos
nao necessarimente altera o fenotipo -- ja' q.
o aminoacido pode nao ocupar uma posicao
determinante para o funcionamento do polipeptideo
ou pode ser q. um aminoacido diferente, mas
com propriedade equivalente para a funcao:
por exemplo, um aminoacido basico por outro --
seja incorporado.

Se analisamos a frequencia de mutacao em
nivel fenotipico podemos introduzir ainda um
outro porem. No caso de humanos, so' contaremos
os individuos q. chegarem a termo, i.e., q.
nascam -- mas uma boa parte dos embrioes
gerados sao abortados por problemas geneticos e
essas mutacoes deleterias nao chegam a ser
computadas.

Em humanos, as taxas de mutacoes observaveis
sao de cerca de 1: 10.000 a 1: 100.000 por
gameta. Note-se q. as mutacoes observaveis
sao uma subestimativa das mutacoes efetivas
na sequencia de nucleotideos (estou usando aqui
bases e nucleotideos como sinonimos gerais --
embora nao sejam a mesma coisa).

Mas devo, de fato, corrigir a redacao deu a entender
q. ate' com os irmaos gemeos todos os nossos genes
sao diferentes. Praticamente 100% dos nossos genes
sao diferentes se comparados com o de individuos
sem parentesco direto. Com os irmaos gemeos a maioria
dos genes sao iguais, mas mesmo nesse caso nao ha' um
partilhamento de 100% dos genes.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: : Como pensar enquanto se dorme?
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/08/2001 19:19

--- In ciencialist@y..., "Morais" <ardm@u...> wrote:
> > mas se nao usassemos o cerebro em sua
> > capacidade normal, a parte ociosa tenderia
> > a ser rapidamente eliminada ao longo das
> > geracoes pela selecao natural -- o nosso
> > cerebro e os tecidos nervosos em geral
> > sao bastante dispendiosos em termos de
> > energia.
>
> rapidamente?

sim, bastante rapido. algumas centenas de
geracoes possivelmente. mas isso considerando-se
o cerebro no estagio atual de desenvolvimento.
tendo-se em conta q. antes em nossos ancestrais
o tamanho da massa encefalica era menor do q.
um terco do atual temos q. levar em conta q.
em vez de ser eliminado, na verdade um cerebro
gde e ocioso na verdade nem teria se desenvolvido.

> de novo, rapidamente? concordo que o minimo valor energetico gastado pelo=

> individuo é o mais forte nos olhos da selecao natural, mas talvez (ainda
> estou estipulando) o cerebro nao sofra essa selecao pq precisa permanecer=

> por "inteiro". Ou pode-se existir a possibilidade de mesmo o cerebro
> "inteiro" conseguir sobreviver a selecao, porque nao existe nenhuma
> caracteristica na sobrevivencia do dia a dia (comida, acasalamento, etc) =
que
> o impossibilite de ser descartado pela selecao natural. assim, os dois
> "tipos" de cerebro sobreviveriam.

entenda q. o nosso cerebro atual e'
diferente do cerebro ancestral.

eu duvido da tese de q. o cerebro
atual precise ser mantido integro --
ao menos tao integro assim: temos
casos de lesoes q. nao afetam outras
capacidades psiquicas (especula-se
q. seja essa a caracteristica q. tenha
levado 'a interpretacao erronea de q.
so' usamos uma fracao da capacidade
cerebral).

mas admitamos q. o nosso cerebro atual
para funcionar deve estar integro.

isso certamente nao deve significar q. nao
tenha passado por um estagio menos
complexo -- com relacoes inextricaveis
entre os componentes q. atualmente
encontramos em nossos cerebros.

mas nao houvesse uma pressao seletiva
q. sobrepujasse a questao de eficiencia
energetica, dificilmente uma massa encefalica
tao gde poderia ter se desenvolvido ao
longo das geracoes.

> outra coisa, já ouvi falar que a selecao natural darwiniana nao está
> totalmente completa, assim como a relatividade de einstein. pode-se ter u=
m

depende do q. se entende por completo.

de todo modo nao existe, tto qto se sabe,
muito espaco para um cerebro tao gde.

mas e' fato q. utilizamos todo o cerebro.
e e' fato tbm q. nao existe nenhum
indicio maior de telepatia, precognicao ou
algo do genero.

> minha opiniao). acho que a ciencia ainda tem, infelizmente ou felizmente,=

> muito caminho para sempre ainda.

certamente sempre havera' coisas
novas a se descobrir.

> pode nao ser por meio de ondas, eu só dei um exemplo (quando falei de ond=
as
> serem captadas pelo cerebro), pode ser de outra forma. o importante é que=
a

a comunicacao so' pode se dar por
transmissao de energia -- e isso so'
pode se dar por dois meios, segundo
entemos a fisica atualmente: por
transferencia de materia -- cheiro,
gosto, etc -- ou de energia por meio de
ondas: sons, luz, vibracao mecanica
do solo, etc.

nao existe nenhuma estrutura q.
dej conta disso. pode ser q. no futuro
se encontre, mas nada atualmente
nos indica para q. nos inclinemos
a levar isso em consideracao.

> experiencia psiquica pode ser comprovada pela ciencia, embora ainda nao
> termos certos conhecimentos ainda para tal fato. sou da opiniao de que tu=
do

em tese pode. mas o fato e' q. ainda
nao o foi. e nao pense q. nao ha'
pesquisa intensa em cima disso.

estudiosos de psi gastam uma boa
grana buscando isso. mas continuam
frustrados -- embora sempre esperancosos.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: : Como pensar enquanto se dorme?
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/08/2001 19:50

>
> sim, bastante rapido. algumas centenas de
> geracoes possivelmente. mas isso considerando-se
> o cerebro no estagio atual de desenvolvimento.
> tendo-se em conta q. antes em nossos ancestrais
> o tamanho da massa encefalica era menor do q.
> um terco do atual temos q. levar em conta q.
> em vez de ser eliminado, na verdade um cerebro
> gde e ocioso na verdade nem teria se desenvolvido.
>
> > de novo, rapidamente? concordo que o minimo valor energetico gastado
pelo=
>
> > individuo é o mais forte nos olhos da selecao natural, mas talvez (ainda
> > estou estipulando) o cerebro nao sofra essa selecao pq precisa
permanecer=
>
> > por "inteiro". Ou pode-se existir a possibilidade de mesmo o cerebro
> > "inteiro" conseguir sobreviver a selecao, porque nao existe nenhuma
> > caracteristica na sobrevivencia do dia a dia (comida, acasalamento, etc)
=
> que
> > o impossibilite de ser descartado pela selecao natural. assim, os dois
> > "tipos" de cerebro sobreviveriam.
>
> entenda q. o nosso cerebro atual e'
> diferente do cerebro ancestral.

mas as leis da natureza sao as mesmas, entao acho que, mesmo no estagio mais
evoluido atual do cerebro humano a evolucao leva o mesmo ritmo e estou
aberta a provas ao contrario, mas enquanto nao as houver, continuo com o
modelos classico (se voce souber de alguma prova gostaria de saber).

> eu duvido da tese de q. o cerebro
> atual precise ser mantido integro --
> ao menos tao integro assim: temos
> casos de lesoes q. nao afetam outras
> capacidades psiquicas (especula-se
> q. seja essa a caracteristica q. tenha
> levado 'a interpretacao erronea de q.
> so' usamos uma fracao da capacidade
> cerebral).

eu nao disse que o cerebro *precisa* estar integro, o exemplo de lesoes que
voce deu já é uma prova. assim como o cerebro com lesoes pode funcionar, um
sem lesoes ("inteiro" nesse caso) tambem pode. tudo depende se ele pode
sobreviver a selecao natural.

>
> > outra coisa, já ouvi falar que a selecao natural darwiniana nao está
> > totalmente completa, assim como a relatividade de einstein. pode-se ter
u=
> m
>
> depende do q. se entende por completo.
>
> de todo modo nao existe, tto qto se sabe,
> muito espaco para um cerebro tao gde.
>

chamo de completa quando nao há falhas, ou seja, execoes. naos ei ao exato
asa execoes da selecao natural (confesso que fiquei surpresa quando soube
que a teoria nao esta completa), mas a relatividade tem a falha de nao se
adequar a mecanica quantica que é a teoria mais testada atualmente. as
falhas e as execoes podem, e acho que é, ser frutos da nossa atual limitacao
de compreencao da natureza (pq nosso cerebro nao é tal desenvolvido ainda).

> mas e' fato q. utilizamos todo o cerebro.
> e e' fato tbm q. nao existe nenhum
> indicio maior de telepatia, precognicao ou
> algo do genero.
>

usei o exemplo do cerebro pq é a nossa ferramenta de raciocinio e de
percepcao. nao acho que seja um fato como voce pos, de nao haver indicios de
telepatia. pode ser atualmente, mas o cerebro ainda continua sendo um
misterio apesar de estar sendo estudado mais profundamente e se revelando
aos poucos.
mas pode ser que haja outro caminho para explicar isso, o que precisamos é
de muito experimento e provas.


> a comunicacao so' pode se dar por
> transmissao de energia -- e isso so'
> pode se dar por dois meios, segundo
> entemos a fisica atualmente: por
> transferencia de materia -- cheiro,
> gosto, etc -- ou de energia por meio de
> ondas: sons, luz, vibracao mecanica
> do solo, etc.
>
> nao existe nenhuma estrutura q.
> dej conta disso. pode ser q. no futuro
> se encontre, mas nada atualmente
> nos indica para q. nos inclinemos
> a levar isso em consideracao.

isso nao quer dizer muita coisa, apenas que nao podemos afirmar que isso ou
aquilo existe. Na epoca de galileu, ninguem supunha sobre curvamento do
espaco-tempo e no fim do seculo passado alguns cientistas pensaram já ter
conhecimento de tudo que existia para se descobrir. devemos manter a mente
aberta quanto a isso, podem existir coisas que nao conhecemos (e podemos
explicar) mas só acreditarmos com provas claro. ainda tem muita coisa para
ser encontrada no futuro.

> experiencia psiquica pode ser comprovada pela ciencia, embora ainda nao
> > termos certos conhecimentos ainda para tal fato. sou da opiniao de que
tu=
> do
>
> em tese pode. mas o fato e' q. ainda
> nao o foi. e nao pense q. nao ha'
> pesquisa intensa em cima disso.

com certeza há, com pesquisas é que chegamos lá.



SUBJECT: Re: : Como pensar enquanto se dorme?
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/08/2001 20:33

--- In ciencialist@y..., "Danni Morais" <ardm@u...> wrote:
> mas as leis da natureza sao as mesmas, entao acho que, mesmo no estagio m=
ais
> evoluido atual do cerebro humano a evolucao leva o mesmo ritmo e estou
> aberta a provas ao contrario, mas enquanto nao as houver, continuo com o
> modelos classico (se voce souber de alguma prova gostaria de saber).

pelo fato das leis serem as mesmas q.
se imagina q. sem selecao o cerebro nao
poderia ter atingido o estagio atual de
tamanho e complexidade.

se se cria uma massa a mais q. nao
traz nenhum ganho, os q. nao possuem
esse peso morto, em media, tEm mais
chance de sobrevivencia. e a tendencia
e' q. essa variante: cerebro maior, seja
eliminada pela variante cerebro menor.

> eu nao disse que o cerebro *precisa* estar integro, o exemplo de lesoes q=
ue
> voce deu já é uma prova. assim como o cerebro com lesoes pode funcionar, =
um
> sem lesoes ("inteiro" nesse caso) tambem pode. tudo depende se ele pode
> sobreviver a selecao natural.

a questao e' q. dificilmente ele sobreviveria
'a selecao natural se nao trouxesse um
ganho q. compensasse o seu gasto.

> chamo de completa quando nao há falhas, ou seja, execoes. naos ei ao exat=
o

em quais excecoes vc esta' pensando?

> usei o exemplo do cerebro pq é a nossa ferramenta de raciocinio e de
> percepcao. nao acho que seja um fato como voce pos, de nao haver indicios=
de
> telepatia. pode ser atualmente, mas o cerebro ainda continua sendo um

e' um fato mesmo nao ha' indicios maiores
da telepatia. nao quer dizer q. nao havera'.
mas isso nao e' um cheque em branco para
q. especulemos sobre a existencia dela.

do mesmo modo como nao ha' indicios de
q. o coelhinho da Pascoa nao existe, e isso nao
nos permite q. contemos com a sua existencia.

> mas pode ser que haja outro caminho para explicar isso, o que precisamos =
é
> de muito experimento e provas.

e eqto nao houver provas, nao precisamos
contar com isso.

> > nao existe nenhuma estrutura q.
> > dej conta disso. pode ser q. no futuro
> > se encontre, mas nada atualmente
> > nos indica para q. nos inclinemos
> > a levar isso em consideracao.
>
> isso nao quer dizer muita coisa, apenas que nao podemos afirmar que isso =
ou
> aquilo existe. Na epoca de galileu, ninguem supunha sobre curvamento do
> espaco-tempo e no fim do seculo passado alguns cientistas pensaram já ter=

> conhecimento de tudo que existia para se descobrir. devemos manter a ment=
e
> aberta quanto a isso, podem existir coisas que nao conhecemos (e podemos
> explicar) mas só acreditarmos com provas claro. ainda tem muita coisa par=
a
> ser encontrada no futuro.

isso pode dizer bastante coisa, como
no caso do coelhinho da Pascoa ou
lojas de refeicao ligeira em Mercurio
neste exato momento...

na epoca de Galileu tbm nao se sonhava
com cromoterapia (no Ocidente), isso nao
quer dizer q. hj seja aceitavel.

melhor deixar claro q. ninguem
esta' fechando as portas para a
telepatia. a enfase e' apenas q.
nao ha' nada q. nos diga q. ela
seja possivel. do mesmo modo como
nao ha' nada q. diga q. seja possivel
a Claudia Schiffer se apaixonar por mim.

> > em tese pode. mas o fato e' q. ainda
> > nao o foi. e nao pense q. nao ha'
> > pesquisa intensa em cima disso.
>
> com certeza há, com pesquisas é que chegamos lá.

Se houver algum lugar pra se chegar por esse
caminho.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 17/08/2001 10:57

> Mas devo, de fato, corrigir a redacao deu a entender
> q. ate' com os irmaos gemeos todos os nossos genes
> sao diferentes. Praticamente 100% dos nossos genes
> sao diferentes se comparados com o de individuos
> sem parentesco direto..........

Acho que vc vai ter que corrigir a redacao de novo :-) ,
ou eu estou errado? :

Fiz um calculo *estimado* de quantos genes identicos partilham
2 seres humanos quaisquer.

Consideremos alguns dados :
[1]- Tamanho do genoma em pares de base = 3E9

[2]- Numero de SNPs = 1,7E6
1 SNIP uma troca de par de base em relacao a um genoma fixo de
comparacao.

[3]- Numero de Genes = 4E4

[4]- Junk-DNA ( Dna lixo ) = 1/3 do Genoma

[5]- Numero de aminoacidos = 20


==============
De (1) e (4) achamos uma estimativa para o numero
de pb do genoma nao lixo :

3E9/3 = 1E9 [6]

de (3) e (6) calculamos o numero medio de pares de base
por gene :

Tamanho medio do gene = 1E9/4E4 = 2,5E4 = 25 mil pb por gene[7]


De (1) e (2) Podemos calcular a "frequencia" media de SNPs :
Frequencia = 3E9 / 1,7E6 = 1,7E3 [8] =
uma alteracao a cada 1,7 mil pares de base

Considerando que a cada trinca de Pbs um dos 20 aminoacidos
sao possiveis e considerando que uma trinca permite 64
combinacoes, teremos uma redundancia ou "barreira anti mutacao"
com uma taxa de 20/64. Podemos entao corrigir a frequencia
efetiva de MIPs
MIPs corrigido = 1,7E3 / ( 20/64 ) =
5E3 [9] = Numero medios de Pbs que efetivamente mudam o
aminoacido. A cada 5 mil pb temos uma mudanca efetiva no genoma.



De (7) e (9) poderemos estimar o numero de mutacoes media
por gene : 2,5eE4 / 5E3 = 5 [10]


Ou seja, se supusermos que cada mutacao ocasiona
um alelo diferente, teremos, em media, 5 alelos por gene,

Ou seja 20% de chances, em media, de compartilharmos um dado
alelo com uma pessoa qualquer.

Como temos 40mil genes segue que compartilhamos em media
8 mil genes identicos com uma pessoa qualquer.

Ufa !!

[]s
jocax







SUBJECT: Inconsciente coletivo e genismo
FROM: "Esteban Lopez Moreno" <esteban@idhi.org.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/08/2001 13:55

Jocax...
>Sr. eh seu pai ! Me chama de "vc", que, apesar do corpo de velho, ainda
>tenho o cerebro emocional de um adolescente de 15 ! :-)
Ok, você!

>Eu nao sei se este termo, "inconsciente coletivo", tem uma definicao
cientifica
>ou mesmo uma definicao precisa. >Acredito que nao.
Também não creio que o termo inconsciente coletivo tenha uma definição
científica, o que no entanto não a invalida como hipótese. A nível
individual, pelo menos, parece que o termo inconsciente tem uma significação
bem aceita.

>Contudo, poderiamos redefinr o termo como um conjunto de memes
>e tendencias hereditarias que sao compartilhadas pela grande maioria
>dos individuos.
Acho esta definição muito imprecisa, mas tb nao tenho muito conhecimento do
assunto.
>Qdo disse que os signos do zodiaco faziam parte do
>"inconsciente coletivo" quis dizer que tal cultura pode estar tao difundida
>pela populacao que, mesmo que ela nao saiba, ela pode ser influenciada
>por ela por acreditar que pessoas de determinado signo "devem" se
>comportar da maneira padrao dada pelo signo....

A cultura e o inconsciente são duas palavras bem distintas. Mas o que
me chama a atenção é tentar compreender como os processos coletivos
podem interferir nos memes. Ou, de outra forma, conforme os hábitos
tornem-se mais aceitos podem "incorporar" na manifestação genética. A
seleção natural seria a resposta,
mas neste caso agiria a nível psicológico?! Corrija-me, por favor.
Outra, como começam a surgir a nível histórico? São processos de origem
puramente aleatória ou causais ou os dois?
Por exemplo:Juquinha tropeça numa pedra grande, logo depois Aninha tambem
tropeça na
mesma pedra. Os dois taxam aquela pedra com mal augurio (alguns de seus
memes estao sendo ativados?). Entao, seus amigos ficam sabendo, passam tb a
ter aquela pedra com uma "energia" nefasta (mais memes sao ativados).
Juquinha e Aninha casam (seus memes nao passam a geracao seguinte, apenas o
material genético, certo?...). A próxima geração tinha uma "tendência"
genetica a acreditar na estória da pedra, mas os memes foram ativados
culturalmente (...?). Após 1000 anos, muitos membros da espécie já tem...
e milhares de anos depois quase todos passam a acreditar
que há muito tempo atrás havia naquele local uma pedra que.. etc. Mas mesmo
sem acreditar na estoria, muitas pessoas tropeçam na mesma pedra, pois seus
memes estao sendo influenciados culturalmente ao longo de gerações...

Agradeço seu auxílio.
Um abraço,
Esteban.











SUBJECT: Re: [ciencialist] Inconsciente coletivo e genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/08/2001 14:16

Esteban Lopez Moreno wrote:

>
> A cultura e o inconsciente são duas palavras bem distintas. Mas o que
> me chama a atenção é tentar compreender como os processos coletivos
> podem interferir nos memes. Ou, de outra forma, conforme os hábitos
> tornem-se mais aceitos podem "incorporar" na manifestação genética. A
> seleção natural seria a resposta,
> mas neste caso agiria a nível psicológico?! Corrija-me, por favor.

Veja que habitos nao sao incorporados nos genes normalmente.
Alguns animais possuem habitos que estao incorporados nos genes
assim como o homem deve possuir outros poucos. Eh fato
tambem que os memes influenciam a probabilidade de sobrevivencia
e isso pode influenciar genes que tenham maior facilidade de aceitar
tais memes (que sejam evolutivamente vantajosos). Wilson chama
de CO-EVOLUCAO a evolucao dos genes e da cultura,
uma influenciando a outra. Mas esta influencia eh muito lenta no sentido
cultura -> gene, de modo que os genes nao sao influenciados facilmente
, ou melhor , rapidamene, pela cultura.....



>
> Outra, como começam a surgir a nível histórico? São processos de origem
> puramente aleatória ou causais ou os dois?
> Por exemplo:Juquinha tropeça numa pedra grande, logo depois Aninha tambem
> tropeça na
> mesma pedra. Os dois taxam aquela pedra com mal augurio (alguns de seus
> memes estao sendo ativados?). Entao, seus amigos ficam sabendo, passam tb a
> ter aquela pedra com uma "energia" nefasta (mais memes sao ativados).
> Juquinha e Aninha casam (seus memes nao passam a geracao seguinte, apenas o
> material genético, certo?...). A próxima geração tinha uma "tendência"
> genetica a acreditar na estória da pedra, mas os memes foram ativados
> culturalmente (...?). Após 1000 anos, muitos membros da espécie já tem...
> e milhares de anos depois quase todos passam a acreditar
> que há muito tempo atrás havia naquele local uma pedra que.. etc. Mas mesmo
> sem acreditar na estoria, muitas pessoas tropeçam na mesma pedra, pois seus
> memes estao sendo influenciados culturalmente ao longo de gerações...
>

Veja , suponha que a historia da pedra fosse verdadeira no sentido
de que naquela regiao a pedra ficasse escorregadia deviso ao limbo
ou limo e que um escorregao poderia trazer grave prejuizo aa saude.
Neste caso as pessoas que nao acreditassem na pedra teriam mais chances
de escorregar e se ferir perigosamente. As que tinham tendencia de acreditar
na pedra tinham mais chances de sobreviver e passar estes genes.

Se a pedra fosse realmente muito perigosa e ateh mortal, eh possivel
que depois de milhares de geracoes o medo da pedra fosse se incorporando
ao patrimonio genetico, assim como ter medo de altura tambem o foi.

Acho q eh mais ou menos essa a explicacao de como alguns animais
como tartarugas marinhas e gansos, fazem sua viagem migratoria anual
ao mesmo lugar. De alguma forma a rota da viagem deve ficar gravada
em seus genes porque esse caminho era evolutivamente muito vantajoso
para os animais que os seguissem.....

Mas cuidado: Os memes mudam muito rapidamente para que, atualmente,
se possa dizer que algum dele ira se impregnar em nossos genes.
Para que um meme se impregne em nossos genes, o meme tem que
ser muitissimo estavel e muito vantajoso do ponto de vista evolutivo.


[]s
jocax



SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/08/2001 15:52

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> Acho que vc vai ter que corrigir a redacao de novo :-) ,
> ou eu estou errado? :

Eu nao precisarei reescrever.

Se a gente partisse hj de uma populacao 100%
identica das genes seus calculos nao estariam
muito longe do q. ocorre.

Mas temos uma historia evolutiva de algumas
geracoes.

Considerando correto o seu valor de 20% por
geracao -- e supondo a origem da especie
humana ha' uns 100.000 anos e ignorando
a variabilidade genetica entao existente e
assumindo um tempo medio de 20 anos
por geracao (e' um chute bem alto) --
teremos cerca de 5.000 geracoes -- e a
probabilidade de compartilhamento genetico
tendendo a zero.

Na verdade o valor de distanciamento genetico
por geracao e' bem menor. Mas ainda assim
em termos de sequencia a probabilidade dois
alelos tomados na populacao ao acaso serem
exatamente iguais e' praticamente zero. Por
isso os geneticistas de populacao assumem
uma diluicao de 50% a cada geracao nos genes
transmitidos 'a descendencia.

Mas como disse, e' preciso tomar cuidado
com o q. se esta' chamando de mutacao para
nao se confundir as contas.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/08/2001 16:22

rmtakata@altavista.net wrote:

>
> Considerando correto o seu valor de 20% por
> geracao --

Nao entendi, eu nao calculei nada "por geracao".

Meu calculo eh uma estimativa de numero medio de
alelos por gene, baseados nos dados do genoma......


> e supondo a origem da especie
> humana ha' uns 100.000 anos e ignorando
> a variabilidade genetica entao existente

Por que ignorar isso? Isso eh irreal.


> e
> assumindo um tempo medio de 20 anos
> por geracao (e' um chute bem alto) --
> teremos cerca de 5.000 geracoes -- e a
> probabilidade de compartilhamento genetico
> tendendo a zero.

Pq tende a zero se, como vc sabe, a frequencia relativa
de um alelo recessivo, tende a permanecer a mesma ?
( Assumindo as condicoes de Hardy-Weinberg )

Nao estou entendendo onde vc quer chegar e nem
onde tais suposicoes invalidam meu calculo.....


>
>
> Na verdade o valor de distanciamento genetico
> por geracao e' bem menor. Mas ainda assim
> em termos de sequencia a probabilidade dois
> alelos tomados na populacao ao acaso serem
> exatamente iguais e' praticamente zero.

Realmente nao vejo porque vc insiste nisso.

Tome o caso do alelo saguineo (ABO) .
Temos uma probabilidade nao nula de uma pessoa
compartilhar o mesmo tipo sanguineo conosco.
O mesmo nao deve ser diferente para outros alelos
como cor de olhos etc...

Sabemos que muitos alelos se fixaram na populacao
, ou por deriva genetica, ou por representar grande vantagem
evolutiva, assim por exemplo, todos temos 2 olhos nas faces,
5 dedos nas maos , ou seja existem muitos alelos que tem
100% de chances de serem idenicos em todos os individuos.

Essa historia de que a chance de compartilharmos um dado
alelo com outra pessoa ser zero para mim eh completamente absurda.


[]s
jocax




SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/08/2001 17:25

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> rmtakata@a... wrote:
>
> >
> > Considerando correto o seu valor de 20% por
> > geracao --
>
> Nao entendi, eu nao calculei nada "por geracao".

Pois e'. Nesse caso nao faria muito sentido
o calculo de q. vc fez.

Tomemos como exemplo uma sequencia curta hipotetica:

aaaaa aaaaa aaaaa

Podemos ter apenas uma substituicao em relacao a
esse padrao por genoma e ainda assim teremos
46 sequencias diferentes possiveis:

Taaaa aaaaa aaaaa
aTaaa aaaaa aaaaa
aaTaa aaaaa aaaaa
.
.
.
aaaaa aaaaa aaaaT
.
.
.
aaaaa aaaaC aaaaa
.
.
.
aaaaa aaaaa aaaaG

> > e supondo a origem da especie
> > humana ha' uns 100.000 anos e ignorando
> > a variabilidade genetica entao existente
>
> Por que ignorar isso? Isso eh irreal.

Isso se chama concessao -- se considerarmos
a variabilidade original a divergencia atual
esperada seria ainda maior.

> Pq tende a zero se, como vc sabe, a frequencia relativa
> de um alelo recessivo, tende a permanecer a mesma ?
> ( Assumindo as condicoes de Hardy-Weinberg )

Tende a zero por causa das novas mutacoes q.
sao introduzidas. Nao se pode falar em Hardy-Weinberg
se temos mutacao.

> Nao estou entendendo onde vc quer chegar e nem
> onde tais suposicoes invalidam meu calculo.....

Ue', tao somente 'a afirmacao de q. em termos de
sequencia estritamente somos todos diferentes uns
dos outros.

> Tome o caso do alelo saguineo (ABO) .
> Temos uma probabilidade nao nula de uma pessoa
> compartilhar o mesmo tipo sanguineo conosco.
> O mesmo nao deve ser diferente para outros alelos
> como cor de olhos etc...

Como eu disse existe uma diferenca entre
considerar a variacao em nivel de sequencia
e em nivel de proteina.

O alelo A e' um grupo de alelos q. produzem
o antigeno A -- eles nao tEm necessariamente
a mesmissima sequencia de nucleotideos, apenas
apresentam uma sequencia de aminoacidos na
proteina suficientemente semelhantes. (Na verdade
o alelo A nao codifica diretamente o antigeno, mas
uma enzima q. atua sobre um substrato gerando
o antigeno.)

Idem pro alelo B e pro alelo O -- no caso dos alelos O
o gene nao e' funcional: a enzima nao e' sintetizada.

> Sabemos que muitos alelos se fixaram na populacao
> , ou por deriva genetica, ou por representar grande vantagem
> evolutiva, assim por exemplo, todos temos 2 olhos nas faces,
> 5 dedos nas maos , ou seja existem muitos alelos que tem
> 100% de chances de serem idenicos em todos os individuos.

Vc esta' confundindo os niveis de analise.
Realmente o fenotipo 2 olhos e 5 dedos nas maos
sao praticamente monomorficos na populacao.
Isso nao e' o mesmo q. dizer q. as sequencias sejam
necessariamente identicas.

Como ja' dito, algumas mutacoes nao causam alteracoes
no fenotipo.

> Essa historia de que a chance de compartilharmos um dado
> alelo com outra pessoa ser zero para mim eh completamente absurda.

Nao duvido q. pra vc seja um absurdo.
Mas pra um geneticista da populacao nao e'.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/08/2001 17:59

rmtakata@altavista.net wrote:

> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> > rmtakata@a... wrote:
> >
> > >
> > > Considerando correto o seu valor de 20% por
> > > geracao --
> >
> > Nao entendi, eu nao calculei nada "por geracao".
>
> Pois e'. Nesse caso nao faria muito sentido
> o calculo de q. vc fez.
>

Entao pq vc mencionou "por geracao"?



>
> Tomemos como exemplo uma sequencia curta hipotetica:
>
> aaaaa aaaaa aaaaa
>
> Podemos ter apenas uma substituicao em relacao a
> esse padrao por genoma e ainda assim teremos
> 46 sequencias diferentes possiveis:
>

Veja bem , acho q vc nao entendeu.
Eu ja peguei as informacoes das susbstituicoes medias
do genoma chamadas de SNIPs que ocorrem *uma vez* a cada
1,7 milhoes de pares de base.
O resto dos pares de base sao identicos em todos os humanos.
Isso eh dado do projeto genoma.


> > > e supondo a origem da especie
> > > humana ha' uns 100.000 anos e ignorando
> > > a variabilidade genetica entao existente
> >
> > Por que ignorar isso? Isso eh irreal.
>
> Isso se chama concessao -- se considerarmos
> a variabilidade original a divergencia atual
> esperada seria ainda maior.

Veja bem, vc nao entendeu. EU nao estou fazendo
uma estimativa de como seremos daqui a 100 mil anos
ou de como eramos a 100 mil anos atras.
Eu peguei dados atuais e estou analisando *tao somente*
a posicao genomica da humanidade atual.
Nao sei pq vc quer voltar no passado, nao me
baseei em nada do passado para saber o presente.



>
> > Nao estou entendendo onde vc quer chegar e nem
> > onde tais suposicoes invalidam meu calculo.....
>
> Ue', tao somente 'a afirmacao de q. em termos de
> sequencia estritamente somos todos diferentes uns
> dos outros.

Eu conseiderei um gene a sequencia de Pbs que geram a mesma
proteina. Para isso euu introduzi o fator de redundancia dos
nucleotidios na geracao do aminoacido de (20/64). Com esta
correcao alguns sequencias diferentes seriam considerados o
mesmo gene por gerar a mesma proteina. Ou seja considerei
o aspecto *funcional*.

Se quisermos considerar genes como sendo a *estrita sequencia*
de pares de base e nao a sequencia que gera a mesma proteina,
entao, bastara nao fazer a correcao que fiz de 20/64 e teremos um fator
multiplicativo de 3,2. E se quisermos ser mais rigorosos ainda
poderemos maximizar este fator supondo que cada SNP gera 4 alelos ,
que eh o maximo que ele poderia gerar, que dara um fator de
12,8 o que teriamos entao *ainda* 64 alelos por gene que implicaria
que compartilhariamos 1,6% de genes identicos ou seja 625 genes identicos,
com a mesma sequencia de bases.

[]s
jocax





SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/08/2001 18:24

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> Entao pq vc mencionou "por geracao"?

por q. e' o unico modo com q. a coisa faz sentido:
pensar em termos de geracoes para a uma taxa
de mutacao.

> Veja bem , acho q vc nao entendeu.
> Eu ja peguei as informacoes das susbstituicoes medias
> do genoma chamadas de SNIPs que ocorrem *uma vez* a cada
> 1,7 milhoes de pares de base.
> O resto dos pares de base sao identicos em todos os humanos.
> Isso eh dado do projeto genoma.

Ja' pensou na possibilidade vc estar
errando?

Note q. vc nao disse uma substituicao a
cada 1,7 milhoes de bases, mas sim de 1,7 milhoes
de substituicoes a cada genoma -- tto e' q.
vc dividiu um pelo outro e encontrou o
valor de uma substituicao a cada 1,7 mil bases.
Isso esta' na ordem de grandeza de um
gene medio generico: cerca de 1.000 pares
de base (alguns bem gdes podem chegar a
mais de 10.000 pares de base).

Essas substituicoes de acordo com o q. vc
fala se refere ao numero de substituicoes
em relacao a um padrao. Nao significa q.
essas substitucoes ocorram sempre em
pontos equivalentes do genoma de individuo
para individuo.

Sim, a maior parte dos nucleotideos serao
identicos, mas se considerando o gene, eles
nao terao a mesma sequencia.

> Veja bem, vc nao entendeu. EU nao estou fazendo
> uma estimativa de como seremos daqui a 100 mil anos
> ou de como eramos a 100 mil anos atras.
> Eu peguei dados atuais e estou analisando *tao somente*
> a posicao genomica da humanidade atual.
> Nao sei pq vc quer voltar no passado, nao me
> baseei em nada do passado para saber o presente.

Qdo se faz um corte, estaremos estipulando
a posicao em um dada geracao. Apenas estou
considerando isso na escala evolutiva pra
chegar 'a mesma conclusao de q. praticamente
nao partilhamos nenhum gene exatamente identico
com outra pessoa.

> Eu conseiderei um gene a sequencia de Pbs que geram a mesma
> proteina. Para isso euu introduzi o fator de redundancia dos
> nucleotidios na geracao do aminoacido de (20/64). Com esta
> correcao alguns sequencias diferentes seriam considerados o
> mesmo gene por gerar a mesma proteina. Ou seja considerei
> o aspecto *funcional*.

Como eu disse e' preciso entender o q.
se esta' falando. Eu falei q. em termos de
sequencia praticamente nao partilhamos
nenhum gene e e' o q. vc esta' confirmando.

Recomendo fortemente a reler as minhas
mensagens com mais calma e atencao.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/08/2001 18:39

rmtakata@altavista.net wrote:

> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
>
> > Veja bem , acho q vc nao entendeu.
> > Eu ja peguei as informacoes das susbstituicoes medias
> > do genoma chamadas de SNIPs que ocorrem *uma vez* a cada
> > 1,7 milhoes de pares de base.

Ok, aqui eu me enganei , mas na hora do calculo eu utilizei
a informacao corretamente.


>
> > O resto dos pares de base sao identicos em todos os humanos.
> > Isso eh dado do projeto genoma.
>
> Ja' pensou na possibilidade vc estar
> errando?
>

Para isso estamos discutindo.
Vc tambem ja pensou nisso?:-)

>
> Note q. vc nao disse uma substituicao a
> cada 1,7 milhoes de bases, mas sim de 1,7 milhoes
> de substituicoes a cada genoma -- tto e' q.
> vc dividiu um pelo outro e encontrou o
> valor de uma substituicao a cada 1,7 mil bases.
> Isso esta' na ordem de grandeza de um
> gene medio generico: cerca de 1.000 pares
> de base (alguns bem gdes podem chegar a
> mais de 10.000 pares de base).
>

Sim, por isso disse q eu utilizei a informacao corretamente.

>
> Essas substituicoes de acordo com o q. vc
> fala se refere ao numero de substituicoes
> em relacao a um padrao. Nao significa q.
> essas substitucoes ocorram sempre em
> pontos equivalentes do genoma de individuo
> para individuo.
>

Sim, por isso q disse que era uma estimativa.

>
> Sim, a maior parte dos nucleotideos serao
> identicos, mas se considerando o gene, eles
> nao terao a mesma sequencia.
>
> > Veja bem, vc nao entendeu. EU nao estou fazendo
> > uma estimativa de como seremos daqui a 100 mil anos
> > ou de como eramos a 100 mil anos atras.
> > Eu peguei dados atuais e estou analisando *tao somente*
> > a posicao genomica da humanidade atual.
> > Nao sei pq vc quer voltar no passado, nao me
> > baseei em nada do passado para saber o presente.
>
> Qdo se faz um corte, estaremos estipulando
> a posicao em um dada geracao. Apenas estou
> considerando isso na escala evolutiva pra
> chegar 'a mesma conclusao de q. praticamente
> nao partilhamos nenhum gene exatamente identico
> com outra pessoa.
>

Entendi, vc nao esta refutando o calculo vc esta propondo
OUTRO calculo para tentar chegar a numeros diferentes.
Mas aih existe um equivoco.: Se sua teoria nao bate com os
fatos, o problema eh da sua teoria !! :-)
Nao dos fatos.


>
> > Eu conseiderei um gene a sequencia de Pbs que geram a mesma
> > proteina. Para isso euu introduzi o fator de redundancia dos
> > nucleotidios na geracao do aminoacido de (20/64). Com esta
> > correcao alguns sequencias diferentes seriam considerados o
> > mesmo gene por gerar a mesma proteina. Ou seja considerei
> > o aspecto *funcional*.
>
> Como eu disse e' preciso entender o q.
> se esta' falando. Eu falei q. em termos de
> sequencia praticamente nao partilhamos
> nenhum gene e e' o q. vc esta' confirmando.
>
> Recomendo fortemente a reler as minhas
> mensagens com mais calma e atencao.
>
>

E vc nao leu nada do que escrevi a seguir neh ?
Poxa ! :-(((((((((((((((((((((((((((((((

[]s
jocax





SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/08/2001 18:54

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> Para isso estamos discutindo.
> Vc tambem ja pensou nisso?:-)

E' sempre a primeira possibilidade.
Mas uma revisada na literatura antes
sempre e' bom.

> > Isso esta' na ordem de grandeza de um
> > gene medio generico: cerca de 1.000 pares
> > de base (alguns bem gdes podem chegar a
> > mais de 10.000 pares de base).
>
> Sim, por isso disse q eu utilizei a informacao corretamente.

Pois entao. Em termos de sequencia
praticamente todos os genes sao
diferentes.

> > em relacao a um padrao. Nao significa q.
> > essas substitucoes ocorram sempre em
> > pontos equivalentes do genoma de individuo
> > para individuo.
>
> Sim, por isso q disse que era uma estimativa.

So' q. a melhor estimativa se nao se
tem um modelo e' pensar em termos
aleatorios. Se um difere 1% do padrao
e outro tbm, a probabilidade de q.
sejam iguais entre si seria mais ou menos
de 0,1%

> Entendi, vc nao esta refutando o calculo vc esta propondo
> OUTRO calculo para tentar chegar a numeros diferentes.
> Mas aih existe um equivoco.: Se sua teoria nao bate com os
> fatos, o problema eh da sua teoria !! :-)
> Nao dos fatos.

Nao se chega a numeros diferentes, mas
a valores identicos. Nao refuto os seus
calculos ja' q. eles dao a base da afirmacao
dos geneticistas.

Nao ha' problema algum na teoria q. nem
e' minha.

> E vc nao leu nada do que escrevi a seguir neh ?
> Poxa ! :-(((((((((((((((((((((((((((((((

Eu li. Vc e' quem encanou com a
historia de q. todos (praticamente todos)
os nossos genes diferem da de outra
pessoa (tomada ao acaso) da populacao.

E eu esclareci pra q. se deve atentar para
as diferencas do q. se entende por mutacao
qdo utilizamos um ou outro nivel de referencia --
nivel fenotipico ou nivel de sequencia.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Embrionica
FROM: "Enrico" <enrico@rol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/08/2001 21:45

Oi, Gostaria de saber se vc obteve alguma informação.

Enrico
----- Original Message -----
From: <gladston@unilestemg.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Thursday, August 02, 2001 1:58 PM
Subject: [ciencialist] Embrionica


Nos últimos meses tenho me interessado muito por engenharia
evolucionária, especialmente por certas tentativas de "reproduzir"
(equivalentes a) mecanismos biológicos em dispositivos eletrônicos
(reprodução, cicatrização, etc.). Essa área costuma ser chamada de
Embriônica, que utiliza inspiração ontogenética para construir seus
dispositivos. Gostaria de saber se alguém na lista tem algum
conhecimento no assunto.

Gladstone Barbosa Alves.


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SUBJECT: Re: Embrionica
FROM: gladston@unilestemg.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/08/2001 11:54

--- In ciencialist@y..., "Enrico" <enrico@r...> wrote:
> Oi, Gostaria de saber se vc obteve alguma informação.
>
> Enrico

O Takata me enviou as referencias abaixo. Algumas delas jah conhecia,
mas outras mais recentes nao. Dê uma olhada tb na Scientific
American, creio que deste mês: "Go forth and replicate", Moshe Sipper
e James Reggia, p.27-35. O site do Sipper também é uma boa fonte de
informação:

http://lslwww.epfl.ch/~moshes/

Uma outra direçao interessante parece ser a construção
de "bioprocessadores" para análise do genoma humano, que anda
atraindo as gigantes tecnológicas (Motorola, Hitachi). Até onde sei o
grupo de Sipper tb criou um chip desses.

Peço desculpas por ter postado na lista (tive problemas com o e-mail
do Enrico).

Referencias:

Gordon R 2001 -- Making waves:
The paradigms of developmental
biology and their impact on artificial
life and embryonics. CYBERNETICS
AND SYSTEMS 32 (3-4): 443-58.

Mange D, Sipper M, Stauffer A,
Tempesti G 2000 -- Toward robust
integrated circuits: The embryonics
approach. PROCEEDINGS OF
THE IEEE 88 (4) :516-41.

Mange D, Sipper M, Marchal P 1999 --
Embryonic electronics. BIOSYSTEMS
51 (3): 145-52.

Tempesti G, Mange D, Stauffer A
1999 -- The embryonics project:
A machine made of artificial cells.
RIVISTA DI BIOLOGIA-BIOLOGY
FORUM 92 (1): 143-88.

Mange D, Stauffer A, Tempesti G
1998 -- Embryonics: A macroscopic
view of the cellular architecture.
EVOLVABLE SYSTEMS: FROM
BIOLOGY TO HARDWARE 1478:
174-84.

Mange D, Stauffer A, Tempesti G
1998 -- Embryonics: A microscopic view
of the molecular architecture. EVOLVABLE
SYSTEMS: FROM BIOLOGY TO HARDWARE
1478: 185-95.

Mange D, Sanchez E, Stauffer A,
Tempesti G, Marchal P, Piguet C 1998 --
Embryonics: A new methodology for
designing field-programmable gate arrays
with self-repair and self-replicating
properties. IEEE TRANSACTIONS ON
VERY LARGE SCALE INTEGRATION
(VLSI) SYSTEMS 6 (3): 387-99.

Mange D, Madon D, Stauffer A, Tempesti G
1997 -- Von Neumann revisited: A Turing
machine with self-repair and self-reproduction
properties.ROBOTICS AND AUTONOMOUS
SYSTEMS 22 (1): 35-58.

Sipper M, Mange D, Stauffer A 1997 --
Ontogenetic hardware. BIOSYSTEMS
44 (3): 193-207.

DEGARIS H 1991 -- GENETIC
PROGRAMMING - ARTIFICIAL
NERVOUS SYSTEMS ARTIFICIAL
EMBRYOS AND EMBRYOLOGICAL
ELECTRONICS. LECTURE NOTES
IN COMPUTER SCIENCE
496: 117-23.





SUBJECT: Re: Embrionica
FROM: gladston@unilestemg.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/08/2001 11:57

--- In ciencialist@y..., gladston@u... wrote:
> Uma outra direçao interessante parece ser a construção
> de "bioprocessadores" para análise do genoma humano, que anda
> atraindo as gigantes tecnológicas (Motorola, Hitachi). Até onde sei
o
> grupo de Sipper tb criou um chip desses.

Para que quiser conhecer:

IEEE Spectrum, march 2001
"Making Genes to Probe Genes" Samuel K. Moore
p. 54-60.

Gladstone.



SUBJECT: Ajuda em Mecanica Quantica
FROM: Arnaldo <arnaldojr@linkway.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/08/2001 12:05

Olá, por acaso algum participante da lista sabe resolver o problema a seguir :

Poço cúbico tridimensional.

V(x,y,z)= 0 se 0 menor x menor L e 0 menor y menor L e 0 menor z menor L
infinito pra outras formas

Gostaria de obter as autofuncoes e as autoenergias, normalizadas.

tentando resolver, eu nao consegui encontrar sol. pra eq. de Schrodinger e
normaliza-la.
Se alguem souber resolver e puder me ajudar, com dicas, etc, eu ficarei grato.


Obrigado,

Arnaldo



SUBJECT: Re: Embrionica
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/08/2001 14:52

--- In ciencialist@y..., gladston@u... wrote:
> IEEE Spectrum, march 2001
> "Making Genes to Probe Genes" Samuel K. Moore
> p. 54-60.

Gladstone (a pedra agradecida? re re...),

vc esta´ falando o biochip?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re:[ciencialist] Dúvidas
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/08/2001 21:14

Ol Centaurus!
Para suas dvidas de Biologia :

1.Curso de Biologia Molecular da Escola Paulista de
Medicina
http://www.assis.unesp.br/~egalhard/matdidat.htm


2.Scielo ( Scientific eletronic library online):
http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_serial&pid=1415-4757&lng=pt&nrm=iso

[]s
Tnia




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SUBJECT: OVNIs: A Hipotese Psicossocial
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/08/2001 22:35

De http://www.ceticismoaberto.br.cf

<<<
OVNIs: A Hipótese Psicossocial
por Steven Novella, MD, Editor NEJS
The New England Journal of Skepticism Vol. 3 N. 4 (2000)

----------------------------------------------------------------------

Milhões de americanos acreditam que nós estamos sendo visitados por
uma raça de seres alienígenas. Estes aliens supostamente voam em
naves com forma de disco, habitualmente seqüestram humanos para algum
propósito experimental que nós só podemos imaginar, alguns acreditam
que eles são responsáveis por fenômenos tais como mutilações de gado
e círculos no trigo, e que nosso governo está ciente de tudo e
comprometido em um encobrimento há décadas para esconder esta verdade
chocante do público.

Ou, talvez não.

Aqueles que aderem ao ceticismo científico como o melhor método de
discernir a verdade são freqüentemente colocados na posição de
negadores, negando as alegações de pseudocientistas ou aqueles com
uma visão de mundo anti-científica. Opor-se a tais alegações é um
valioso e necessário empreendimento, mas que é pintado muitas vezes
com negatividade. Além disso, apenas indicar que uma alegação
extraordinária em particular é muito improvável, embora possa estar
correta, é geralmente insatisfatório ao público.

É muito mais adequado não só se opor a uma alegação improvável, mas
também propor em seu lugar uma hipótese alternativa. Isto é
especialmente verdadeiro quando um alegado fenômeno paranormal cresce
em tais proporções que exige algum tipo de explicação, como se tornou
certamente o caso do fenômeno OVNI.

A crença em OVNIs está agora difundida em nossa sociedade. Relatos de
avistamentos e contatos de vários tipos atingem a cifra dos milhões.
A crença de que o Fenômeno OVNI é o resultado de visitas alienígenas
à Terra é conhecida como a hipótese extraterrestre (ETH, do inglês
extraterrestrial hypothesis). A posição cética padrão é normalmente
declarada em termos de rejeitar a ETH devido à evidência
insuficiente. Mas o tamanho e extensão do fenômeno OVNI tem levado
muitos a acreditar que algo deve estar ocorrendo; onde há tanta
fumaça, argumenta-se, deve haver algum fogo.

Ao invés de apenas refutar a ETH, portanto, a resposta cética é
melhor formulada com uma hipótese alternativa, a qual eu chamarei de
hipótese psicossocial (PSH - psychosocial hypothesis). Os elementos
da PSH não são nada novos, e têm sido parte da resposta cética padrão
a alegações da ETH durante anos, mas compilar estes elementos em uma
hipótese englobadora nos permite comparar a ETH e a PSH para ver qual
se ajusta melhor à evidência disponível.

Continua em: http://orbita.starmedia.com/cabertobr1/psh.htm

(Não enviado inteiro por ser um texto muito longo, porém grandemente
recomendado)

MK
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SUBJECT: Mistura de raças
FROM: "Fernando" <fsa@canbrasnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/08/2001 20:11

Com toda essa miscigenação que existe hoje, será possível que no futuro exista apenas uma raça humana?


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/08/2001 20:18

Mas nesse caso, nesse ambiente temporal, não poderia aparecer uma mutação
que criaria uma nova?
Não é assim que funciona?

SDS,

ASM

----- Original Message -----
From: Fernando <fsa@canbrasnet.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Sunday, August 19, 2001 8:11 PM
Subject: [ciencialist] Mistura de raças


Com toda essa miscigenação que existe hoje, será possível que no futuro
exista apenas uma raça humana?


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Planeta dos macacos
FROM: Arnaldo <arnaldojr@linkway.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 00:21

Olá pessoal, gostaria de saber se alguém entendu o filme do planeta dos
macacos!!
Por favor alguém poderia me explicar, já assisti duas vezes e nao ficou bem
claro na minha cabeça.
Obrigado!

Abraços.



SUBJECT: Planeta dos macacos
FROM: Arnaldo <arnaldojr@linkway.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 00:25

Olá pessoal, gostaria de saber se alguém entendu o filme do planeta dos
macacos!!
Por favor alguém poderia me explicar, já assisti duas vezes e nao ficou bem
claro na minha cabeça.
Obrigado!

Abraços.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Aparelho de choques
FROM: Arnaldo <arnaldojr@linkway.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 01:25

At 01:43 15/08/01 +0000, you wrote:


>Olá Pablo,
>
> > Achei bem interessante a idéia e gostaria, caso possível, de
> > montar um aparelho similar para mim, mas com o objetivo de fazer
> > alguns testes e brincadeiras, para uma feira de ciências (tenho um
> > primo mais novo em busca de alguma coisa para apresentar na feira
> > do colégio).
>
>Conselho de quem adora uma Feira de Ciências... :-) Diz para ele montar uma
>cadeira elétrica! Sério! Foi o melhor trabalho que eu já fiz e até hoje ela
>está lá montada no canto do meu quarto. Muita gente queria ver a cadeira
>elétrica funcionando e não paravam de vir crianças querendo sentar na
>cadeira. :-)
>
>Mas, é claro, têm que ser igual a dos filmes: compra aquela chave clássica
>da cadeira elétrica, compra as presilhas e manda fazer um capecete de ferro.
>Claro, têm que dar choque (não na cabeça :)... Outra coisa que deixa o
>trabalho bom são cartazes com o funcionamento da
>cadeira elétrica (amperagem, voltagem, direção da corrente, duração dos
>choques...), os efeitos que o choque faz no seu corpo, o histórico, as
>curiosidades (exemplo: a primeira pessoa a sentar numa cadeira elétrica não
>morreu de primeira e tiveram que dar um choque durante muito tempo pois a
>amperagem era baixa) e até pode levantar a questão de "se deve ou não
>utilizar a cadeira elétrica?").
>
>Se quiser mais detalhes é só perguntar.
>
>Um grande abraço,
>
>Gabriel Antunes
>
>p.s: http://www.theelectricchair.com
>
>
Pocha Gabriel q legal vc ter montado tal cadeira elétrica...
Só uma dúvida, qual a amperagem e a voltagem da sua cadeira, e tb se souber
me informar os valores das amperagem e voltagem utilizadas na cadeira real,
utilizada no EUA por exemplo??

Só por curiosidade, um dia passeando por SP num shopping, um amigo meu, me
levou pra tomar uns "choques" num simulador de cadeira elétrica.
A sensaçao é horrível, lá o processo de simulaçao de choques é a trepidacao
de um bastao no qual vc segura com os bracos, ate a cabeça trepida, e cada
vez mais ingtenso, o mais legal é o final, se vc aguenta ficar lá, sai uma
fumacinha detras da cabeça, é muito louco, mas ao mesmo tempo é uma
sensaçao esquisita.


Abraços,

Arnaldo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Planeta dos macacos
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 07:36

Arnaldo wrote:

> Olá pessoal, gostaria de saber se alguém entendu o filme do planeta dos
> macacos!!
> Por favor alguém poderia me explicar, já assisti duas vezes e nao ficou bem
> claro na minha cabeça.
> Obrigado!
>
> Abraços.
>
> &&& --- &&&

Oi,

quem souber por favor envie uma mensagem diretamente ao Arnaldo porque ainda nao vi o filme

e nao gostaria que estragassem o final....

[]'s Eduardo.



SUBJECT: Prevendo o destino do cosmo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 08:00

Micro/Macro. Caderno mais, 19 de agosto de 20001.

Prevendo o destino do cosmo
Marcelo Gleiser
especial para a Folha

Todos os dias, milhões (bilhões?) de pessoas lêem o seu
horóscopo em jornais e revistas, ansiosos por antecipar
os eventos de suas vidas: Será que terei sorte na
loteria? No amor? No trabalho? Será que viverei por
muitos anos? É extremamente sedutor tentar prognosticar o
nosso destino, tentar burlar as surpresas que o tempo nos
trará. Esse interesse em prognosticar o futuro não se
restringe à nossa vida individual. Se as nossas vidas têm
uma duração finita, o que será do cosmo em que vivemos?
Afinal, a Terra também tem uma história, com um princípio
(há 4,6 bilhões de anos), um meio (a época atual) e um
fim (em aproximadamente 5 bilhões de anos, quando o Sol
entrar em seus estertores finais).
Apesar do tom pessimista, o fim da Terra não representa
necessariamente o fim da espécie humana. Podemos imaginar
que, em alguns milhões de anos (ou menos), iremos
desenvolver tecnologias capazes de nos transportar para
um outro sistema planetário, colonizando outras partes da
galáxia do mesmo modo que exploradores do século 16
colonizaram novos continentes. Mas a situação se complica
se o Universo entrar em pane. Nos últimos 50 anos, a
cosmologia mostrou que o cosmo também tem uma história,
com um princípio (há aproximadamente 14 bilhões de anos),
um meio (a época atual, em que o Universo contém bilhões
de galáxias e, no mínimo, uma espécie inteligente) e um
fim. E, se o Universo inteiro desaparecer, realmente
estaremos encurralados pelo fim do tempo. A menos, claro,
que descubramos passagens para outros universos, o que no
momento viola várias leis da física. Deixando de lado tal
possibilidade, a questão do fim do cosmo se torna
extremamente importante: o que diz a cosmologia a
respeito?
Até 1998, a resposta era imediata: o destino do Universo
depende da quantidade de matéria que ele possui. A física
que descreve a evolução do Universo é ditada pela teoria
da relatividade geral, de Einstein. Para tornar as coisas
mais simples, uma excelente analogia pode ser feita entre
o destino cósmico e um foguete escapando da gravidade
terrestre. No caso do foguete, duas forças estão em jogo:
a gravidade terrestre atrai o foguete, dificultando o seu
escape (e o foguete atrai a Terra de volta, sem muitos
resultados), e as turbinas do foguete o impulsionam em
direção ao espaço.
Quanto mais potente for o foguete, maior a altura que ele
alcançará. No final, o foguete atingirá uma velocidade
suficiente para escapar da gravidade terrestre. Essa
velocidade é conhecida como "velocidade de escape" (a
velocidade de escape para a Terra é de 11 quilômetros por
segundo). Portanto, existe uma competição entre a
gravidade terrestre e a potência das turbinas do foguete.
Voltando ao Universo, a competição é semelhante: a
quantidade total de matéria no Universo tende a diminuir
sua taxa de expansão, como se o Universo estivesse
tentando escapar de sua própria gravidade. Portanto, tudo
depende de quanta matéria (e energia, pois, devido à
famosa relação E=mc2, não podemos separar as duas) existe
no Universo. Se o Universo tiver menos matéria do que a
sua densidade crítica (a densidade de "escape"), sua
gravidade não será suficiente para reverter a sua
expansão em contração. Caso contrário, o Universo entrará
em uma fase de contração que terminará em seu colapso
final. O desafio é então "medir" a quantidade de matéria
no Universo e compará-la com a densidade crítica. Mas, em
1998, tudo mudou.
Astrônomos descobriram que o Universo está passando por
uma fase em que a sua expansão está sendo acelerada. Essa
aceleração não cabe no modelo simples do Universo
escapando da própria gravidade. Para que o Universo
esteja acelerando, um outro ingrediente é necessário, uma
espécie de antigravidade, conhecida como constante
cosmológica.
A presença da constante cosmológica complica as previsões
do destino do Universo baseadas apenas em sua quantidade
de matéria. Por exemplo, é perfeitamente possível que o
Universo tenha densidade acima da crítica, sem jamais
entrar em colapso. Para piorar, não basta medirmos o
valor atual da constante cosmológica. E se ele mudar no
futuro, por exemplo, indo a zero? Caso a aceleração
cósmica seja confirmada, será difícil (se não impossível)
prevermos o destino do cosmo. Teremos de aprender a viver
com essa incerteza.

=============================
+ notas

Apresentando o fim do mundo
O colunista do Mais! Marcelo Gleiser falará na quarta-
feira sobre seu novo livro, "O Fim da Terra e do Céu"
(Companhia das Letras), às 20h, no teatro Sesc Vila
Mariana (r. Pelotas, 141, SP), e, na quinta, também às
20h, no Museu do Universo (r. Vice-Governador Rubens
Berardo, 100, RJ). Informações pelo tel. 0/xx/11/ 3224-
3473, das 14h às 17h.






----------------------------------------------------------
----------------------
Marcelo Gleiser é professor de física teórica do
Dartmouth College, em Hanover (Estados Unidos), e autor
do livro "A Dança do Universo"







SUBJECT: Re: [ciencialist] Planeta dos macacos
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 08:34

MAs como assim?

O que vc acha que ficou mal explicado no filme?


SDS,

ASM
----- Original Message -----
From: Arnaldo <arnaldojr@linkway.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, August 20, 2001 12:21 AM
Subject: [ciencialist] Planeta dos macacos


Olá pessoal, gostaria de saber se alguém entendu o filme do planeta dos
macacos!!
Por favor alguém poderia me explicar, já assisti duas vezes e nao ficou bem
claro na minha cabeça.
Obrigado!

Abraços.


&&& --- &&&
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Planeta dos macacos
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 08:40

He,he...

Aï eduardo, sugiro que quando o assunto contiver "planeta dos macacos" vc
apague a mensagem antes de ler. ;)

SDS,

ASM
----- Original Message -----
From: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, August 20, 2001 7:36 AM
Subject: Re: [ciencialist] Planeta dos macacos


> Arnaldo wrote:
>
> > Olá pessoal, gostaria de saber se alguém entendu o filme do planeta dos
> > macacos!!
> > Por favor alguém poderia me explicar, já assisti duas vezes e nao ficou
bem
> > claro na minha cabeça.
> > Obrigado!
> >
> > Abraços.
> >
> > &&& --- &&&
>
> Oi,
>
> quem souber por favor envie uma mensagem diretamente ao Arnaldo porque
ainda nao vi o filme
>
> e nao gostaria que estragassem o final....
>
> []'s Eduardo.
>
>
> &&& --- &&&
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>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Planeta dos macacos
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 09:07

Olhei o código dela e não vi vírus nenhum.

Chegou para vc com algum anexo? Quem foi o remetente?

SDS,

ASM
----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, August 20, 2001 9:16 AM
Subject: Re: [ciencialist] Planeta dos macacos


A mensagem com assunto "Planeta dos Macacos" contém vírus!

[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: "Arnaldo" <arnaldojr@linkway.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 20 de agosto de 2001 00:25
Assunto: [ciencialist] Planeta dos macacos


Olá pessoal, gostaria de saber se alguém entendu o filme do planeta dos
macacos!!
Por favor alguém poderia me explicar, já assisti duas vezes e nao ficou bem
claro na minha cabeça.
Obrigado!

Abraços.


&&& --- &&&
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Questão de Física
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 09:08


-----Mensagem Original-----
De: "abcde" <fernando017@bol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 16 de agosto de 2001 16:13
Assunto: [ciencialist] Questão de Física


Como eu já vi algumas perguntas relacionadas a física, gostaria que alguem me ajudasse com essa:

Uma bala é disparada com velocidade de 408 m/s contra um alvo. O ruído que causa ao atingir o alvo é ouvido pelo atirador 2,2 s após o disparo. Supondo que a velocidade da bala é constante e que a velocidade do som no ar é de 340 m/s, determine a distância entre o alvo e o atirador.

Eu sei que a resposta é 408 metros, mas eu não sei resolver essa questão. Quem souber, por favor, faça a resolução completa para eu poder entender.

Espero que alguem me ajude!

========================
Olá 'fghij',

veja se essa solução lhe agrada:

Com referencial no solo e eixo de movimento (x) definido pela posição de disparo e pelo alvo, tomemos por origem dos tempos o instante de disparo. Ambos os movimentos em questão são uniformes (velocidades constantes). As leis de movimento serão, com as convenções adotadas:

(a) Xb = Vb.t = 408.t
(b) Xs = D - Vb(t - ti) = D - 340(t - ti) [D = distância até o alvo e ti = instante em que o projétil atinge o alvo]

Se em (a) substituirmos t por ti teremos Xb = D, logo:
(c) D = 408.ti;

Se em (b) substituirmos t por 2,2 teremos Xs = 0 (som chega ao atirador), logo
(d) 0 = D - 340(2,2 - ti).

Trabalhando com as duas últimas (c) e (d):
(e) 408ti = 340(2,2 - ti) ou ti = 1s

Levando esse resultado (e) em (c) vem: D = 408.ti = 408 m <==== resposta

Conclusão:
Usamos das expressões (a)(b)(c)(d)(e), onde eliminando-se os parêntesis obtemos, abcde, ou seja, o nome do consulente! :-)

Léo
===============





SUBJECT: Re: [ciencialist] Bolas !!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 09:10


-----Mensagem Original-----
De: "Nicolau Werneck" <nwerneck@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 16 de agosto de 2001 17:39
Assunto: Re: [ciencialist] Bolas !!!


| > > Algo onde pudesse ser colocado uma grande
| > >quantidade de esferas em cima e saisse uma de
| > > cada vez."
|
| > Assim todas as bolas ficam em tubos.
|
| Mas e pra colcoar as bolinhas nesses tubos?
| ... Acho que de um jeito ou de outro, vamos acabar
| tendo que colocar algum mecanismo que dê uma sacudida
| nas bolas. Assim, elas travam e destravam o tempo
| todo.
| Agora, uma possibilidade é dotar todas as bolas de
| uma boa carga elétrica, e passar algum isolante em
| volta delas, pode? :) Afinal, é exatamente o que
| acontece com a água!
|
| ++Nico1au
|

E se enchermos o frasco que contém as bolas, com água, será que resolverá o problema?

[]'
Léo
============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 09:11

rmtakata@altavista.net wrote:

> > > Isso esta' na ordem de grandeza de um
> > > gene medio generico: cerca de 1.000 pares
> > > de base (alguns bem gdes podem chegar a
> > > mais de 10.000 pares de base).
> >
> > Sim, por isso disse q eu utilizei a informacao corretamente.
>
> Pois entao. Em termos de sequencia
> praticamente todos os genes sao
> diferentes.
>
>

Nao ,
em termos de sequencia estrita compartilhariamos (20% / 3,2) = 6% =
2500 genes identicos ( com a sequencia identica ).

[]s
jocax



SUBJECT: Duvida de versão
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 09:13

Como passo para o inglês a seguinte frase que utilizarei na refração:

"Coloquei o vidro do óculos dentro do copo que contém água cristalina."

[]'
Léo
================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Planeta dos macacos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 09:16

A mensagem com assunto "Planeta dos Macacos" contém vírus!

[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: "Arnaldo" <arnaldojr@linkway.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 20 de agosto de 2001 00:25
Assunto: [ciencialist] Planeta dos macacos


Olá pessoal, gostaria de saber se alguém entendu o filme do planeta dos
macacos!!
Por favor alguém poderia me explicar, já assisti duas vezes e nao ficou bem
claro na minha cabeça.
Obrigado!

Abraços.


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Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida de versão
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 09:28



Marcelo Barbosa wrote:
>
> > Como passo para o inglês a seguinte frase que utilizarei na
> refração:
> >
> > "Coloquei o vidro do óculos dentro do copo que contém água
> cristalina."
>
> Eu traduziria como:
>
> "I put the glasses' lenses in the glass with crystalline water."

Talvez fique melhor:

"I put the lenses inside the glass of crystalline water."

ou, como provavelmente o copo já foi mencionado anteriormente:

"I put the lenses inside the glass of water."

ou, caso o copo esteja a ser mencionado pela primeira vez

"I put the lenses inside a glass of crystalline water."

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: Duvida de versão
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 09:34

> Como passo para o inglês a seguinte frase que utilizarei na
refração:
>
> "Coloquei o vidro do óculos dentro do copo que contém água
cristalina."

Eu traduziria como:

"I put the glasses' lenses in the glass with crystalline water."

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"The reason people sweat is so they won't catch fire when making
love." - Don Rose




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 10:18

On Sun, 19 Aug 2001, Fernando wrote:
> Com toda essa miscigenação que existe hoje, será possível que no
> futuro exista apenas uma raça humana?

E existe alguma raça diferente da humana?

Defina raça.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: RES: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 10:52

> De: TARCISIO BORGES [mailto:tbs97@fisica.ufpr.br]
> > Com toda essa miscigenação que existe hoje, será possível que no
> > futuro exista apenas uma raça humana?
>
> E existe alguma raça diferente da humana?
>
> Defina raça.


A advertência do Tarciso é fundamental.

Mal e porcamente conseguimos definir bem as etnias da espécie humana. O que
dizer então de raças!!

Mas, voltando ao cerne da questão, o fator que promove a diferenciação
étnica é o isolamento geográfico. Um isolamento muito longo (milhares de
anos?, dezenas de milhares de anos?) virá a produzir diferenciação racial.
Se o isolamento for muitíssimo longo (centenas de milhares de anos?
milhões?) a probabilidade de especiação será muito alta. (Obs: estou
considerando espécies complexas, como os vertebrados; seres unicelulares
devem ter uma taxa de diferenciação bem maior).

Considerando que não há mais isolamento geográfico entre as populações
humanas, dada à facilidade de locomoção que a tecnologia viabilizou, há uma
tendência de uniformização étnica em curso.

Num futuro distante TODOS terão ascendência negróide, eurasiana, mongolóide,
etc, etc...

E torço para que isto aconteça logo, assim acho que cessarão essas bobagens
de raça ariana, raça negra, raça do raio que o parta! :-)

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 11:03



>Num futuro distante TODOS terão ascendência negróide, eurasiana,
mongolóide,
>etc, etc...

>E torço para que isto aconteça logo, assim acho que cessarão essas bobagens
>de raça ariana, raça negra, raça do raio que o parta! :-)

>Alexandre Medeiros

Sabe, eu não descarto que realmente existam diferenças que desconheçamos
dentro das diversas etnias humanas. Diferenças intelectuais, visto que
físicas já são evidentes.

O que acham?

SDS,

ASM



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 11:14

Se não me engano 2/3 da diversidade genética ocorre em África.
Isto significa que quando as raças são divididas em negróide, eurasiana
e mongolóide a divisão não capta as verdadeiras
diferenças entre os seres humanos. Se calhar a diferença entre
dois negroides são maiores que as diferenças entre um euroasiático
e um mongolóide.


--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 11:17

>
>
> Puxa! Não recordo onde li ou ouvi o seguinte: "Se um crime for cometido por um nordestino ele cumprirá apenas 1/3 da sentença dada por um crime equivalente efetuado por um sulista (ou paulista --- não recordo)". E a justificação era justamente o 'desenvolvimento cerebral e intelectual' do nordestino em relação ao sulista, função da alimentação, condição geográfica, água etc.
> Ou seja, em algum lugar das leis penais há uma referência a isso ou algo equivalente. Quem sabe algo a respeito?
> Essa longínqua recordação em meu minúsculo cérebro veio á baila ao se tocar nesse assunto.
>
> []'
> Léo

Ai.. Ai...

Tenho medo cada vez que abro uma dessas mensagens "Re: [ciencialist] Mistura de raças"...

[]'s Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 11:56


-----Mensagem Original-----
De: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 20 de agosto de 2001 11:03
Assunto: Re: [ciencialist] Mistura de raças


|
|
| >Num futuro distante TODOS terão ascendência negróide, eurasiana,
| mongolóide,
| >etc, etc...
|
| >E torço para que isto aconteça logo, assim acho que cessarão essas bobagens
| >de raça ariana, raça negra, raça do raio que o parta! :-)
|
| >Alexandre Medeiros
|
| Sabe, eu não descarto que realmente existam diferenças que desconheçamos
| dentro das diversas etnias humanas. Diferenças intelectuais, visto que
| físicas já são evidentes.
|
| O que acham?
|
| SDS,
|
| ASM
|

Puxa! Não recordo onde li ou ouvi o seguinte: "Se um crime for cometido por um nordestino ele cumprirá apenas 1/3 da sentença dada por um crime equivalente efetuado por um sulista (ou paulista --- não recordo)". E a justificação era justamente o 'desenvolvimento cerebral e intelectual' do nordestino em relação ao sulista, função da alimentação, condição geográfica, água etc.
Ou seja, em algum lugar das leis penais há uma referência a isso ou algo equivalente. Quem sabe algo a respeito?
Essa longínqua recordação em meu minúsculo cérebro veio á baila ao se tocar nesse assunto.

[]'
Léo
===========



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 11:58



>Puxa! Não recordo onde li ou ouvi o seguinte: "Se um crime for cometido por
um nordestino ele cumprirá apenas >1/3 da sentença dada por um crime
equivalente efetuado por um sulista (ou paulista --- não recordo)". E a
>justificação era justamente o 'desenvolvimento cerebral e intelectual' do
nordestino em relação ao sulista, função da >alimentação, condição
geográfica, água etc.
>Ou seja, em algum lugar das leis penais há uma referência a isso ou algo
equivalente. Quem sabe algo a respeito?
>Essa longínqua recordação em meu minúsculo cérebro veio á baila ao se tocar
nesse assunto.

>[]'
>Léo

Mas problemas de alimentação são comprovadamente influenciadores do
desenvolvimento intelectual, não é verdade? Ou me enganaram?

SDS,

ASM



SUBJECT: a astrologia não funciona...
FROM: "L.B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 13:26

--- In ciencialist@y..., "Gabriel Antunes" <gabriel101@u...> wrote:
>
> Olá Fabrício,
>
> > Realmente ele "acertou" a profissão de 1, e o restante houve uma
> > "manipulação" do Fantástico para que ficasse meio correto.
>
> Realmente, e essa foi a única parte que eu vi. Mas, mesmo acertando
a
> profissão de uma pessoa, já é algo bem difícil de acontecer. Para
continuar
> com a opinião de que a astrologia não funciona serei obrigado a
pensar que
> aquele acerto foi ao acaso... e isso é meio complicado... Deixo em
aberto:
> se por um lado já li pesquisas concluindo que a astrologia não
funciona, li
> outras que afirmam o contrário.
>
> Um grande abraço,
>
> Gabriel Antunes

Gostaria de conhecer tais pesquisas nas quais mostram que a
astrologia funciona.
Estaríamos diante de uma nova força física ainda não conhecida? Sim
porque as outras quatro não dão conta de explicar a astrologia... se é
que ela funciona...

Abraços
Leandro.



SUBJECT: Re: Embrionica
FROM: gladston@unilestemg.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 13:50

Exatamente Takata. Mandei a referencia com um erro. Na realidade eh

"Making chips to probe genes"

Gladstone.

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> --- In ciencialist@y..., gladston@u... wrote:
> > IEEE Spectrum, march 2001
> > "Making Genes to Probe Genes" Samuel K. Moore
> > p. 54-60.
>
> Gladstone (a pedra agradecida? re re...),
>
> vc esta´ falando o biochip?
>
> []s,
>
> Roberto Takata



SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 14:20

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> Nao ,
> em termos de sequencia estrita compartilhariamos (20% / 3,2) = 6% =
> 2500 genes identicos ( com a sequencia identica ).


Xiii,

vamos tentar de novo. utilizemos o seu tamanho medio
dos genes de 25 mil pb (na verdade com os seus dados
deveria ser de 50 mil pb -- vc utilizou o total de pb codificantes
como sendo igual ao do ADN q. nao codifica nenhuma
proteina, mas tudo bem...).

E' uma alteracao a cada 1700 pb. Entao em cada gene
temos em media: 25/1,7 alteracoes ou 14,7 alteracoes
por gene.

Pra q. dois genes tenham uma mesma sequencia, as
14,7 alteracoes devem ocorrer exatamente no mesmo
ponto e a mesma alteracao deve ocorrer.

Por questao de simplificacao vamos considerar apenas
alteracoes na terceira base. Entao temos em cada gene
medio: 8.333 pontos de alteracoes possiveis.

Vamos arredondar o 14,7 para 14 alteracoes. Cada
alteracao pode assumir uma de tres bases diferentes.

Pense de novo na combinatoria possivel de alteracoes.

Eu prefiro utilizar os dados disponiveis na literatura de
um tamanho medio de genes de cerca de 1.000 pb.
Considerando-se apenas uma alteracao por gene em
media, e considerando apenas 333 sitios desse gene
como passiveis de alteracao. Temos 1 chance em 333
de q. a alteracao ocorra no mesmo sitio para duas
copias de um mesmo gene. E 1 chance em 3 de q. a
alteracao correspondente seja a mesma. A chance e' de
1 em 1.000: 0,001%.

Mas utilizemos os seus dados: combinatoria de 14
pontos em 8.333 possiveis nos da':
8,8.10^43. Ou (1,13.10^ -42)%... (Isso sem dividir esse
valor por 3^14...)

Lamento, mas nao sao 6% de genes com sequencias
exatamente iguais em duas pessoas tomadas ao acaso
na populacao.

Como vc bem notou, 2% de diferenca na sequencia
entre chimpanze's e humanos nao significava q. apenas
2% dos genes deveriam apresentar diferenca entre si.
O mesmo ocorre entre humanos. Claro q. de outro modo
nao apresentar nenhum gene identico nao significa
q. o genoma seja completamente diferente. A questao e'
q. analisando estritamente a sequencia, um trecho como:

aaaaa

difere de

aaaaT

como de

TTTTT

Mas isso e' outra historia.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: a astrologia não funciona...
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 14:32

--- In ciencialist@y..., Eduardo <dgueron@m...> wrote:

Por isso o melhor metodo para
avaliar o grau de acuidade de uma descricao
e' pedir para q. as descricoes sejam anonimas e
se retirem todas as referencias sobre a idade e
o sexo.

Ai' as pessoas terao acesso a todas as descricoes
e tentara' ver qual melhor se encaixa no historico
de vida dela. (ou atribui notas de 0 a 5 ou de 0 a
10 para cada descricao.)

Acertar o horoscopo da Arlete Sales -- a unica q.
teve a profissao descoberta (nao assisti ao ultimo
Fanatico) -- e' moleza. O cara e' astrologo e
deve fazer o mapa astral de todas as pessoas
famosas. So' cruzar o dado da data, hora e local
de nascimento e teremos uma boa base para
um chute bem calibrado.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 14:47

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> copias de um mesmo gene. E 1 chance em 3 de q. a
> alteracao correspondente seja a mesma. A chance e' de
> 1 em 1.000: 0,001%.

Ups! 0,001 ou 0,1%.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] a astrologia não funciona...
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 14:53

"L.B. Holanda" wrote:

> --- In ciencialist@y..., "Gabriel Antunes" <gabriel101@u...> wrote:
> >
> > Olá Fabrício,
> >
> > > Realmente ele "acertou" a profissão de 1, e o restante houve uma
> > > "manipulação" do Fantástico para que ficasse meio correto.
> >
> > Realmente, e essa foi a única parte que eu vi. Mas, mesmo acertando
> a
> > profissão de uma pessoa, já é algo bem difícil de acontecer. Para
> continuar
> > com a opinião de que a astrologia não funciona serei obrigado a
> pensar que
> > aquele acerto foi ao acaso... e isso é meio complicado... Deixo em
> aberto:
> > se por um lado já li pesquisas concluindo que a astrologia não
> funciona, li
> > outras que afirmam o contrário.
> >
> > Um grande abraço,
> >
> > Gabriel Antunes
>
> Gostaria de conhecer tais pesquisas nas quais mostram que a
> astrologia funciona.
> Estaríamos diante de uma nova força física ainda não conhecida? Sim
> porque as outras quatro não dão conta de explicar a astrologia... se é
> que ela funciona...
>
> Abraços
> Leandro.

Oi,

bem, quem viu a contraprova ontem no Fantastico pode perceber quao manipulada havia sido a
primeira vez.

O astrologo fala coisas para mulheres como: Vc eh muito romantica e generosa. A maioria das
pessoas, mesmo que nao seja, ira concordar com isso para agradar ou para falar bem de si mesma.


Para a jovem escritora que havia sido menina de rua, ele disse algo como: Entre os 13 e 14
anos vc passava por uma fase em que se sentia sozinha e ao mesmo tempo sentia florescer as
ideias... Ora, isso nada mais eh do que uma descricao mais ou menos generalizada da
adolescencia de qualquer um... Esse caso, inclusive, foi bem patetico porque o astrologo disse
que a menina era muito ligada ao lar e etc... O que ocorre eh que ela, na realidade, fugira de
casa por volta dos 10 anos.

A questao eh bem mais simples do que parece: Caracteristicas de pessoas medias sao dadas
generalizadamente, quando o astrologo conhece um pouco o cliente, e capaz de, pela roupa,
semblante, etc, melhorar um pouco mais os dados fazendo com que as pessoas credulas, de um modo
geral, se identificquem com as tais caracteristicas comuns . Por exemplo o que ele disse da
ultima analisada, uma mulher com uns 40/50 anos: "Vc eh uma pessoa que quer ver o seu trabalho
valorizado" Eu pergunto, quem nao quer?

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Re: Embrionica
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 14:56

--- In ciencialist@y..., gladston@u... wrote:
> Exatamente Takata. Mandei a referencia com um erro. Na realidade eh
> "Making chips to probe genes"

Biochips tbm entram na embrionica?

E computacao biomolecular e cibernetica?

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: [RN] Pesquisadores buscam base científica para a homeopatia
FROM: "Frederico Bortolato" <frederico@hexasolution.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 15:08

FOLHA DE SAO PAULO - 19/08/2001
Pesquisadores buscam base científica para a homeopatia

ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR
da Folha de S.Paulo, em San Francisco

Uma pesquisa internacional, envolvendo cinco universidades européias, chegou
a resultados que podem trazer, pela primeira vez, base científica à
homeopatia. "Detectamos efeitos que não podem se explicados pela
farmacologia tradicional", disse à Folha Madeleine Ennis, professora da
Queen's University, em Belfast, Irlanda do Norte, uma das chefes da
experiência.

O trabalho acaba de ser publicado na revista científica "Inflammation
Research". Ennis, uma especialista em asma infantil, decidiu participar do
trabalho "por hobby" e, admite, o fez com um viés anti-homeopatia. "Eu
sempre dizia que homeopatia era baboseira. Mas os resultados que acabei
encontrando, positivos, não foram exatamente os que eu esperava." A
coordenação geral da pesquisa foi de Marcel Roberfroid, da Universidade
Católica de Louvain, Bélgica. (e)

http://www.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u4636.shtml





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] [RN] Pesquisadores buscam base científica para a homeopatia
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 15:15

O que se segue é tirado da notícia da Folha.
Qual é a conclusão que um cientista sério tiraria disto?
Erro experimental, sem a mínima dúvida ...
Joao

Histamina e basófilos

Na experiência recém-publicada, a equipe de
Ennis trabalhou com uma substância fabricada
naturalmente pelo organismo, a histamina, e
com o efeito que a histamina provoca quando
posta em contato com certos glóbulos brancos,
chamados basófilos. Histamina e basófilos
estão envolvidos em alergias e inflamações.

Os basófilos produzem histamina, que, a partir
de uma determinada concentração, passa a
inibir sua própria produção. Os cientistas
prepararam soluções ultradiluídas de histamina
(diluídas a ponto de não haver mais histamina
na mistura) e outras que só continham água.
Puseram histamina e água, separadamente, em
contato com os basófilos.

O senso comum indicava que o efeito seria nulo
em todos os casos, já que a histamina era tão
infinitamente diluída que só restava água na
mistura. Mas não foi o que aconteceu. Dos
quatro laboratórios que fizeram a comparação,
em três a histamina diluída teve efeito sobre os
basófilos -e a água "pura" não fez nada. No
quarto laboratório, o efeito também foi
detectado, mas os números ficaram um pouco
abaixo do que seria estatisticamente relevante.
Total de medições: 3.674.

Que mecanismo estaria em ação? A ciência
ainda não sabe. Ennis evita o discurso quase
místico -que fala em "energia" e "forças
espirituais"- de muitos defensores da
homeopatia. "Como cientista, cabe a mim
procurar uma explicação racional para o
fenômeno." Ela diz que, ao contrário de
Benveniste em 1988, não tem "nenhuma teoria
fantástica" para explicar os resultados. "Sou
diferente de Benveniste. Não sou capaz de sair
pulando por aí, dizendo que encontrei a
verdade."



--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Prevendo o destino do cosmo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 15:30

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
Sent: Monday, August 20, 2001 8:00 AM
Subject: [ciencialist] Prevendo o destino do cosmo


> Marcelo Gleiser
> especial para a Folha
>...Teremos de aprender a viver com essa incerteza.

Mais uma incerteza?????

Help!!! Para o mundo que eu quero descer! ;-)))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: Pesquisadores buscam base científica para a homeopatia
FROM: "Frederico Bortolato" <frederico@hexasolution.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 15:47

Ola Joao

Tendo a concordar com você, apesar de considerar sua afirmação forte demais.
Postei a notícia aqui pois na minha posição de não cientista e leigo no
assunto tratado pela notícia, achei que os companheiros das listas mais
qualificados pudessem analisar a questão com muito mais seriedade e
propriedade do que meus achismos e opiniões pessoais. Aguardo comentários de
todos que se interessarem.

Saudações


Fred.

----- Original Message -----
From: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, August 20, 2001 3:15 PM
Subject: Re: [ciencialist] [RN] Pesquisadores buscam base científica para a
homeopatia


O que se segue é tirado da notícia da Folha.
Qual é a conclusão que um cientista sério tiraria disto?
Erro experimental, sem a mínima dúvida ...
Joao





SUBJECT: Re: Pesquisadores buscam base científica para a homeopatia
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 15:57

--- In ciencialist@y..., "Frederico Bortolato" <frederico@h...> wrote:
> Tendo a concordar com você, apesar de considerar sua afirmação forte dema=
is.

Nao da' pra fazer uma analise profunda
sem ter em maos o trabalho original.

Mas fazendo uma consulta no banco de
dados da ISI, notamos q. a historia nao
e' de hj. A pesquisadora ja' havia publicado
em um suplemento da revista um resumo
sobre o trabalho (ou um outro na mesma
linha) em 1999 -- cerca de dois anos atras.

A imprensa tem o pessimo habito de
descontextualizar linhas de pesquisa.

Se o trabalho e' consistente deve ser
passivel de reproducao por outros
laboratorios.

Outro pessimo habito da imprensa e'
achar q. a publicacao e' a etapa final
de um trabalho. Sera' preciso passar
pelo crivo nao apenas dos editores
e acessores da revista, mas tbm de
testes independentes comprobatorios
do achado.

Lendo a reportagem nao da' pra saber
em q. a pesquisa difere dos achados
de Benveniste pra q. possamos ter
mais confiabilidade.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] [RN] Pesquisadores buscam base científica para a homeopatia
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 16:02



Eduardo wrote:

>
> Oi,
>
> o cientista serio que pertencesse a area, poderia repetir a experiencia. Eh isso que fazem
> algumas vezes os "referees" de revistas do nivel da Nature como ultimo recurso. De qq maneira,
> nao podemos ser dogmaticos mesmo em areas recheadas de picaretagem, se a experiencia esta
> correta e os resultados sao serios e passiveis de repeticao, temos que respeita-los e
> explica-los. A critica que se faz a homeopatia eh justamente a ausencia de resultados, de
> analise e critica cientifica.
> Pessoalmente, entretanto, acho que podem haver falhas no experimento ou fatores menores nao
> levados em conta. Mas o que eu acho pessoalmente nao importa...

Mas é óbvio que existe uma falha na investigação. A investigação
compara:

- água pura

com

- histamina infinitamente diluida em água


Como a água existe há biliões de anos "água pura" é coisa que
não existe. Toda a água já entrou em contacto com milhentas
substâncias ao ponto de se poder afirmar que toda a água é
"histamina infinitamente diluida em água". Não é possível fazer
uma experiência destas sem um controlo, porque o controlo não
existe. A teoria da homeopatia garante-nos que "água pura" é
coisa que não existe. Segundo a homeopatia, toda a água é:

- histamina infinitamente diluida em água
- âçucar infinitamente diluido em água
- sal infinitamente diluido em água
- urina infinitamente diluida em água
- "qualquer coisa" infinitamente diluida em água


--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 16:09

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos
<jocax@u...> wrote:
> > Nao ,
> > em termos de sequencia estrita compartilhariamos (20% / 3,2) =
6% =
> > 2500 genes identicos ( com a sequencia identica ).
>
>
> Xiii,
>
> vamos tentar de novo. utilizemos o seu tamanho medio
> dos genes de 25 mil pb (na verdade com os seus dados
> deveria ser de 50 mil pb -- vc utilizou o total de pb codificantes
> como sendo igual ao do ADN q. nao codifica nenhuma
> proteina, mas tudo bem...).
>
> E' uma alteracao a cada 1700 pb. Entao em cada gene
> temos em media: 25/1,7 alteracoes ou 14,7 alteracoes
> por gene.

Sim, mas vc deve lembrar que estas alteracoes estao relacionadas
ao genoma humano como um todo e nao a um genoma em particular.
Ou seja. estas 14 mutacoes por gene referem-se a todas as
alteracoes que um gene poderia sofrer na media em *todos* os
seres humanos. Se a posicao do SNP ( mutacao ) no genoma
dependesse de cada ser humano entao o numero de SNPs seria muito
maior pois para cada ser humano poderiamos ter uma mutacao numa
posicao diferente. Portanto a interpretacao do SNP eh que esta mutacao
esta localizada numa posicao fixa do genoma para qualquer pessoa.

Entao estas 14 variacoes num gene poderiam estar todas
concentradas num mesmo gene ( improvavel ) como totalmente
separadas em 14 alelos ( mais provavel ) ou numa situacao
intermediaria variando de 2 a 14 alelos. O pior caso seria o
que eu supus onde todas as mutacoes estariam separadas
em varios alelos. O que daria em termos de sequencia estrita
100/14 = 7% de probabilidade.




>
> Pra q. dois genes tenham uma mesma sequencia, as
> 14,7 alteracoes devem ocorrer exatamente no mesmo
> ponto e a mesma alteracao deve ocorrer.

Vc nao entendeu, as 14 alteracoes formam 14 possiveis alelos
no pool genetico. Assim 2 pessoas tem 1/14 de chance de possuirem
o mesmo alelo com as mesmas alteracoes.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: Mistura de raças
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 16:11

Estudos com analise de genes nao encontraram
nenhuma diferenca significativa entre as diversas
populacoes humanas.

Como Miranda disse, ha' mais variacao genetica
entre os membros de populacoes negroides
do q. entre uma populacao negroide e outra
populacao de 'raca' diferente. E isso e' valido
de maneira geral para qq outra populacao humana.

A diferenciacao genetica se concentra obviamente
nas caracteristicas associadas para a distincao
dos tipos. Mas basear o conceito de raca de modo
tautologico como esse seria o mesmo q. considerar
os portadores da sindrome de Down como uma
raca a parte -- devido 'a sua diferenciacao genetica
associada a suas caracteristicas.

Mas especificamente 'a pergunta de Fernando,
a homogeneizacao genetica nas populacoes humanas
ja' existe. Aparentemente nunca houve uma distincao
muito gde. Se a homogeneizacao ira' avancar ainda
mais? Coisa q. o tempo dira'.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: Oliver Lee <olee@ucla.edu>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 16:12

"Raca" e' uma palavra que antropologos e biologos nao gostam de
usar (pelo ou menos eu nao). O que distingue um chines de um africano e' a
sequencia do DNA (markers).

Como o Alexandre Madeiros disse, a geografia foi um dos fatores
que influenciaram a diferenciacao (eg fisica) dos seres humanos. O tipo de
comida e ferramentas foram outros fatores. Se voce quiser saber como essas
diferencas ocorreram, veja as teorias de "Multiregional hypothesis",
"Mitochondrial Eve hypothesis" e "Weak Garden of Eden hypothesis".

Voltando a sua pergunta, com a miscigenacao, todo aquele DNA ira
se misturando, e no futuro tudo ficara uma grande mistura. Por exemplo, o
Brasil tem uma historia de 500 anos de mistura de 'racas': cablocos,
mulatos etc. Se levamos ao nivel mundial, seremos nada mais o que somos
hoje: Homo sapiens.

OLee

At 08:11 PM 8/19/01 -0300, you wrote:
>Com toda essa miscigenação que existe hoje, será possível que no futuro
>exista apenas uma raça humana?
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
>http://docs.yahoo.com/info/terms/


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [RN] Pesquisadores buscam base científica para a homeopatia
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 16:18

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> coisa que não existe. Segundo a homeopatia, toda a água é:
>
> - histamina infinitamente diluida em água
> - âçucar infinitamente diluido em água
> - sal infinitamente diluido em água
> - urina infinitamente diluida em água
> - "qualquer coisa" infinitamente diluida em água

Deve se ter em mente q. tais
diluicoes nao passaram pelo metodo
de dinamizacao hanemanniana
ou sucussao homeopatica q. e'
o q. garante a apropriada preparacao
dos medicamentos homeopaticos
(no q. isso difere de mandingas e
sortilegios e' coisa para analise).

Mas mesmo q. a agua pura devesse
ser considerada agua 'pura' -- entao
nao se esperaria um efeito menor
dessa agua em relacao ao teste.

A questao e' saber se os resultados
sao reprodutiveis de modo independente.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: RES: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 16:18

> De: Alexandre S. M. [mailto:alex@energias.com.br]
>
> Sabe, eu não descarto que realmente existam diferenças que
> desconheçamos dentro das diversas etnias humanas. Diferenças
> intelectuais, visto que físicas já são evidentes.
>
> O que acham?

Eu acho que essa especulação é perigosíssima e que dá
margem à interpretações racistas. Até onde conheço todas
as pesquisas sérias sobre diferenças de intelecto entre
raças são inconclusivas.

Desde final do século XIX até meados do século XX as
pesquisas eram fajutas, com erros que iam desde baixa
amostragem estatística, exames de QI com questões que
exigiam conhecimentos prévios, etc.

O próprio conceito de inteligência é controverso mesmo
entre especialistas. Como, então, podemos medir alguma
coisa da qual não conhecemos profundamente?

Mas, afinal, o que iríamos ganhar se descobríssemos
que os eurasianos são 0,01% mais inteligentes que negros?

NADA! Necas de pitibiribas!

Se fossem tão espertos teriam percebido que aquele
austríaco louco era apenas um vigarista. Esse é
particularmente um estigma que os pobres alemães
vão ter de suportar para sempre.

Além disso, inteligência superior não é
necessariamente sinônimo de moralidade elevada.
Em termos de moralidade o mundo estaria bem melhor
se fosse povoado por portadores de Síndrome de Dawn.
Eles sabem distinguir o certo do errado como ninguém!

Né?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 16:24



"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
> > De: Alexandre S. M. [mailto:alex@energias.com.br]
> >
> > Sabe, eu não descarto que realmente existam diferenças que
> > desconheçamos dentro das diversas etnias humanas. Diferenças
> > intelectuais, visto que físicas já são evidentes.
> >
> > O que acham?
>
> Eu acho que essa especulação é perigosíssima e que dá
> margem à interpretações racistas. Até onde conheço todas
> as pesquisas sérias sobre diferenças de intelecto entre
> raças são inconclusivas.

Há uma diferença entre ciência e ética. Mesmo que a ciência
mostrasse que há raças mais inteligentes que outras o racismo
continuaria a ser eticamente incorrecto.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: Planeta dos macacos
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 16:25

Não vou contar o final, mesmo porque é uma bobagem que não merece
comentários. Vejam o filme original, muito melhor.

Queria apenas comentar uma coisa absolutamente ridícula desta nova versão,
em que supostamente teriam caprichado tanto na caracterização dos macacos.

Eles devem achar que a única diferença que existe entre um homem e um
chipanzé e um gorila é a cabeça, já que os macacos do filme continuam com as
proporções humanas dos membros e do tronco. Esse é um erro de anatomia
simples, mas seria passável se eles não submetessem os macacos com corpo de
proporções humanas (braço curto, pernas compridas) ao constrangimento de
terem que correr em "quatro mãos". O efeito é ridículo, já que os macacos
tem que correr de cabeça baixa e pernas traseiras encurvadas, numa posição
completamente desajeitada e antinatural. Melhor seria macacos correndo de pé
como no file original.

[]´s

André

----- Original Message -----
From: "Arnaldo" <arnaldojr@linkway.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, August 20, 2001 12:21 AM
Subject: [ciencialist] Planeta dos macacos


> Olá pessoal, gostaria de saber se alguém entendu o filme do planeta dos
> macacos!!
> Por favor alguém poderia me explicar, já assisti duas vezes e nao ficou
bem
> claro na minha cabeça.
> Obrigado!
>
> Abraços.
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Planeta dos macacos
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 16:31

On Mon, 20 Aug 2001, Andre Roviralta Dias Baptista wrote:
> Não vou contar o final, mesmo porque é uma bobagem que não merece
> comentários. Vejam o filme original, muito melhor.

Esqueçam Planeta dos Macacos. Final Fantasy é MUITO superior. Tem um lance
meio místico mas a história mata a pau. O melhor filme de ficção deste ano
[até agora].

[]s
TARCISIO BORGES [ansiosamente aguarda The Lord of The Rings]
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] [RN] Pesquisadores buscam base científica para a homeopatia
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 16:49

João Mário Miranda wrote:

> O que se segue é tirado da notícia da Folha.
> Qual é a conclusão que um cientista sério tiraria disto?
> Erro experimental, sem a mínima dúvida ...
> Joao
>
> Histamina e basófilos
>
> Na experiência recém-publicada, a equipe de
> Ennis trabalhou com uma substância fabricada
> naturalmente pelo organismo, a histamina, e
> com o efeito que a histamina provoca quando
> posta em contato com certos glóbulos brancos,
> chamados basófilos. Histamina e basófilos
> estão envolvidos em alergias e inflamações.
>
> Os basófilos produzem histamina, que, a partir
> de uma determinada concentração, passa a
> inibir sua própria produção. Os cientistas
> prepararam soluções ultradiluídas de histamina
> (diluídas a ponto de não haver mais histamina
> na mistura) e outras que só continham água.
> Puseram histamina e água, separadamente, em
> contato com os basófilos.
>
> O senso comum indicava que o efeito seria nulo
> em todos os casos, já que a histamina era tão
> infinitamente diluída que só restava água na
> mistura. Mas não foi o que aconteceu. Dos
> quatro laboratórios que fizeram a comparação,
> em três a histamina diluída teve efeito sobre os
> basófilos -e a água "pura" não fez nada. No
> quarto laboratório, o efeito também foi
> detectado, mas os números ficaram um pouco
> abaixo do que seria estatisticamente relevante.
> Total de medições: 3.674.
>
> Que mecanismo estaria em ação? A ciência
> ainda não sabe. Ennis evita o discurso quase
> místico -que fala em "energia" e "forças
> espirituais"- de muitos defensores da
> homeopatia. "Como cientista, cabe a mim
> procurar uma explicação racional para o
> fenômeno." Ela diz que, ao contrário de
> Benveniste em 1988, não tem "nenhuma teoria
> fantástica" para explicar os resultados. "Sou
> diferente de Benveniste. Não sou capaz de sair
> pulando por aí, dizendo que encontrei a
> verdade."
>
>

Oi,

o cientista serio que pertencesse a area, poderia repetir a experiencia. Eh isso que fazem
algumas vezes os "referees" de revistas do nivel da Nature como ultimo recurso. De qq maneira,
nao podemos ser dogmaticos mesmo em areas recheadas de picaretagem, se a experiencia esta
correta e os resultados sao serios e passiveis de repeticao, temos que respeita-los e
explica-los. A critica que se faz a homeopatia eh justamente a ausencia de resultados, de
analise e critica cientifica.
Pessoalmente, entretanto, acho que podem haver falhas no experimento ou fatores menores nao
levados em conta. Mas o que eu acho pessoalmente nao importa...

[]'s Eduardo.



SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 16:53

--- In ciencialist@y..., "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@u...> wrote:
> Sim, mas vc deve lembrar que estas alteracoes estao relacionadas
> ao genoma humano como um todo e nao a um genoma em particular.
> Ou seja. estas 14 mutacoes por gene referem-se a todas as
> alteracoes que um gene poderia sofrer na media em *todos* os
> seres humanos. Se a posicao do SNP ( mutacao ) no genoma
> dependesse de cada ser humano entao o numero de SNPs seria muito
> maior pois para cada ser humano poderiamos ter uma mutacao numa
> posicao diferente. Portanto a interpretacao do SNP eh que esta mutacao
> esta localizada numa posicao fixa do genoma para qualquer pessoa.

A SNP sim, mas nao a mutacao. Veja bem, a SNP so' e'
considerada se em um dado sitio um nucleotideo variante
se aprensenta em mais de 1% da populacao (ou da amostra).
Uma mutacao so' precisa se apresentar em um unico
individuo para alterar a sequencia.

Vejamos um caso:

aaaaa

E temos as sequencias:

01 - Taaaa
02 - aTaaa
03 - aaTaa
04 - aaaTa
05 - Caaaa
06 - aCaaa
07 - aaCaa
08 - aaaCa
09 - aaaaC
10 - Gaaaa
11 - aGaaa
12 - aaGaa
13 - aaaGa
14 - aaaaG

Pra facilitar a explanacao vamos
considerar q. o criterio para a SNP
seja de 8%.

Na primeira posicao os nucleotideos
variantes dao pouco mais de 7%
cada, nao sendo portanto computados
no calculo do SNP. Na segunda a mesma
coisa e assim por diante.

Pelo criterio adotado todas as sequencias
sao iguais 'a referencia. Nao ha' polimorfismo
de um unico sitio, mesmo q. na verdade haja
alelismo e nenhum seja igual a outro.

Mas consideremos 14 posicoes fixas.
Cada posicao pode ter um de tres
nucleotideos diferentes da referencia.

Serao entao 3^14 combinacoes possiveis.
(Na verdade poderiamos ainda considerar a
insercao ou delecao como uma outra variante).
Duas pessoas poderao ter o mesmo
alelo com uma chance em 2.3^14.

> Vc nao entendeu, as 14 alteracoes formam 14 possiveis alelos
> no pool genetico. Assim 2 pessoas tem 1/14 de chance de possuirem
> o mesmo alelo com as mesmas alteracoes.

Mesmo q. consideramos apenas 14 alelos,
a chance de duas pessoas partilharem o
mesmo alelo e' de 1/14^2 e nao de 1/14,
isto e', 0,5%...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Mistura de raças
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 16:57

Olá Roberto,

----- Original Message ----- From: <rmtakata@altavista.net>



> Estudos com analise de genes nao encontraram
> nenhuma diferenca significativa entre as diversas
> populacoes humanas.

Então as raças não existem? Ou são só produto do preconceito? Será que uma
criança pura, criada livre de quaisquer preconceitos, não conseguiria
distinguir dois grupos distintos, por exemplo, em uma sala com cinco
europeus e cinco africanos?

Escrevo isso porque toda que leio artigos minimizando as diferenças entre as
raças, ou comparando as diferenças entre as raças com as diferenças
intrínsecas no interior de cada raça, para concluir que as diferenças entre
raças são muito menores, tenho a impressão de estar diante de uma atitude
politicamente correta de negar a existencia de raças. Será que esse é o
melhor caminho para combater o preconceito?

Li em algum lugar que classificar as pessoas pelos traços externos e pela
cor da pele é tão arbitrário quanto classificá-las pelo tipo sanguíneo ou
pela presença do gene que causa intolerancia à lactose, por exemplo. Mas as
pessoas de tipo sanguineo "A" nunca formaram um grupo isolado, por isso acho
inválido esse tipo de comparação.

>
> Como Miranda disse, ha' mais variacao genetica
> entre os membros de populacoes negroides
> do q. entre uma populacao negroide e outra
> populacao de 'raca' diferente. E isso e' valido
> de maneira geral para qq outra populacao humana.


Podemos introduzir vinte raças para classificar a população africana, então.
Qual o problema?

>
> A diferenciacao genetica se concentra obviamente
> nas caracteristicas associadas para a distincao
> dos tipos. Mas basear o conceito de raca de modo
> tautologico como esse seria o mesmo q. considerar
> os portadores da sindrome de Down como uma
> raca a parte -- devido 'a sua diferenciacao genetica
> associada a suas caracteristicas.


Mas os portadores da SD vivem em grupos isolados? São descendentes de
portadores da SD?

>
> Mas especificamente 'a pergunta de Fernando,
> a homogeneizacao genetica nas populacoes humanas
> ja' existe. Aparentemente nunca houve uma distincao
> muito gde. Se a homogeneizacao ira' avancar ainda
> mais? Coisa q. o tempo dira'.


Com certeza a homogeneização (eta palavra dificil) está ocorrendo, devido ao
fim do isolamento das populações. Mas é evidente também que o isolamento
produziu distinções físicas entre as populações, e que se esse isolamento se
perpetuasse por mais tempo (não sei quanto), essas populações poderiam se
tormar espécies diferentes. As raças existentes são um pequeno passo, não
importa o quão pequeno, abortado pela história, para o o surgimento de
várias espécies a partir da nossa. Isso nunca vai ocorrer, mas é impossível
negar a existência das raças, não importa o quão pequenas sejam as
diferenças.
Existe uma tendência ao desaparecimento das raças devido a miscigenação, mas
também existem barreiras culturais que tornam esse processo lento. Tenho a
impressão que a miscigenação ainda é um processo muito lento e difícil. Nós
particularmente vivemos em um país em que houve uma miscigenação
extremamente alta, devido a certas peculiaridades culturais e históricas.
Mas veja o caso dos países de colonização anglo-saxã, por exemplo. Nos EUA,
por exemplo, parece existir uma opção pela não miscigenação, tanto por parte
de brancos quanto de negros (eu particularmente odeio essas denominações,
pois somos todos tons de bege ou marrom)


[]´s

André



SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 17:04



"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
> > De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
> > Há uma diferença entre ciência e ética. Mesmo que a ciência
> > mostrasse que há raças mais inteligentes que outras o racismo
> > continuaria a ser eticamente incorrecto.
>
> Absolutamente correto. Mas poderiam usar o argumento da
> evidência científica para justificar medidas racistas.

A questão é que a evidência cientifica não pode ser usada
para discriminar pela mesma razão que as evidentes diferenças
entre os sexos (muito maiores que as diferenças entre raças)
não podem ser usadas para descriminar ninguém.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 17:05


> De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
> Há uma diferença entre ciência e ética. Mesmo que a ciência
> mostrasse que há raças mais inteligentes que outras o racismo
> continuaria a ser eticamente incorrecto.

Absolutamente correto. Mas poderiam usar o argumento da
evidência científica para justificar medidas racistas.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 17:07

> De: Alexandre S. M. [mailto:alex@energias.com.br]
> Mas problemas de alimentação são comprovadamente influenciadores do
> desenvolvimento intelectual, não é verdade? Ou me enganaram?

É verdade. Mas isso é um fator ambiental e não genético.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 17:08



>Eu acho que essa especulação é perigosíssima e que dá
>margem à interpretações racistas. Até onde conheço todas
>as pesquisas sérias sobre diferenças de intelecto entre
>raças são inconclusivas.

ENtão acha que devemos descartar a busca de precisão para essa informação?
Esta pregando a aceitação, como uma crença, que somos iguais não importando
a verdade?


>Mas, afinal, o que iríamos ganhar se descobríssemos
>que os eurasianos são 0,01% mais inteligentes que negros?
>NADA! Necas de pitibiribas!

Crença....Qual a base disso?

Eu acho isso perigoso, na verdade.
Não me importa quão agradável ou não possa ser, acho que a verdade deve
imperar.


>Se fossem tão espertos teriam percebido que aquele
>austríaco louco era apenas um vigarista. Esse é
>particularmente um estigma que os pobres alemães
>vão ter de suportar para sempre.

?? Que argumentos científicos são esses? Emocionais?

>Além disso, inteligência superior não é
>necessariamente sinônimo de moralidade elevada.

E...? O que tem isso com a questão proposta?

>Em termos de moralidade o mundo estaria bem melhor
>se fosse povoado por portadores de Síndrome de Dawn.
>Eles sabem distinguir o certo do errado como ninguém!
>Né?

??

Ummm....preconceitos? A ciência deve parar de questionar se ferir conceitos
morais? Errei de lista?

SDS,

ASM




SUBJECT: Re: Mistura de raças
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 17:09


----- Original Message ----- From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@uol.com.br>

>
> Eu acho que essa especulação é perigosíssima e que dá
> margem à interpretações racistas. Até onde conheço todas
> as pesquisas sérias sobre diferenças de intelecto entre
> raças são inconclusivas.
>
> Desde final do século XIX até meados do século XX as
> pesquisas eram fajutas, com erros que iam desde baixa
> amostragem estatística, exames de QI com questões que
> exigiam conhecimentos prévios, etc.

Um bom livro sobre esse assunto é "A Falsa Medida do Homem" de S. J. Gould.
Meio chato, na verdade.

Então vamos oficializar que esse assunto é "Tabu"?




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mistura de raças
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 17:11

On Mon, 20 Aug 2001, Andre Roviralta Dias Baptista wrote:
> Então as raças não existem? Ou são só produto do preconceito? Será que uma
> criança pura, criada livre de quaisquer preconceitos, não conseguiria
> distinguir dois grupos distintos, por exemplo, em uma sala com cinco
> europeus e cinco africanos?

Geneticamente não há diferença nenhuma.

> Escrevo isso porque toda que leio artigos minimizando as diferenças entre as
> raças, ou comparando as diferenças entre as raças com as diferenças
> intrínsecas no interior de cada raça, para concluir que as diferenças entre
> raças são muito menores, tenho a impressão de estar diante de uma atitude
> politicamente correta de negar a existencia de raças. Será que esse é o
> melhor caminho para combater o preconceito?

Não há sentido em se discutir se existem ou não raças dentro da espécie
humana se o conceito de raça não for definido. Enquanto isso qualquer
discussão é fútil.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 17:12

E.....?


----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de <alxmpub@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, August 20, 2001 5:07 PM
Subject: RES: [ciencialist] Mistura de raças


> De: Alexandre S. M. [mailto:alex@energias.com.br]
> Mas problemas de alimentação são comprovadamente influenciadores do
> desenvolvimento intelectual, não é verdade? Ou me enganaram?

É verdade. Mas isso é um fator ambiental e não genético.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: Mistura de raças
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 17:17


de: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
>
> > De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
> > Há uma diferença entre ciência e ética. Mesmo que a ciência
> > mostrasse que há raças mais inteligentes que outras o racismo
> > continuaria a ser eticamente incorrecto.
>
> Absolutamente correto. Mas poderiam usar o argumento da
> evidência científica para justificar medidas racistas.
>

Mas não estamos abrindo um precedente perigoso? Esse cerceamento à liberdade
de pesquisa científica pode parecer pequeno e irrelevante, mas quantos
outros motivos "politicamente corretos" nos aguardam no futuro?

Só poderemos fazer pesquisas que chegam a conclusões bonitas e politicamente
corretas?

[]´s

André



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mistura de raças
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 17:26

É esse o caso com a postagem desse assunto.

O bloqueio apareceu antes da problematização racional.

Um preconceito e crença como outra qualquer.

Nada científico.

SDS,

ASM
----- Original Message -----
From: Andre Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, August 20, 2001 5:17 PM
Subject: [ciencialist] Re: Mistura de raças


>
> de: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
> >
> > > De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
> > > Há uma diferença entre ciência e ética. Mesmo que a ciência
> > > mostrasse que há raças mais inteligentes que outras o racismo
> > > continuaria a ser eticamente incorrecto.
> >
> > Absolutamente correto. Mas poderiam usar o argumento da
> > evidência científica para justificar medidas racistas.
> >
>
> Mas não estamos abrindo um precedente perigoso? Esse cerceamento à
liberdade
> de pesquisa científica pode parecer pequeno e irrelevante, mas quantos
> outros motivos "politicamente corretos" nos aguardam no futuro?
>
> Só poderemos fazer pesquisas que chegam a conclusões bonitas e
politicamente
> corretas?
>
> []´s
>
> André
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
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> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>



SUBJECT: Re: Mistura de raças
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 17:30


de: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>

> On Mon, 20 Aug 2001, Andre Roviralta Dias Baptista wrote:
> > Então as raças não existem? Ou são só produto do preconceito? Será que
uma
> > criança pura, criada livre de quaisquer preconceitos, não conseguiria
> > distinguir dois grupos distintos, por exemplo, em uma sala com cinco
> > europeus e cinco africanos?
>
> Geneticamente não há diferença nenhuma.

Nenhuma? Então as diferenças observadas (cor da pele, traços faciais,
compleição física) são causadas pelas diferenças de criação e alimentação?


>
> > Escrevo isso porque toda que leio artigos minimizando as diferenças
entre as
> > raças, ou comparando as diferenças entre as raças com as diferenças
> > intrínsecas no interior de cada raça, para concluir que as diferenças
entre
> > raças são muito menores, tenho a impressão de estar diante de uma
atitude
> > politicamente correta de negar a existencia de raças. Será que esse é o
> > melhor caminho para combater o preconceito?
>
> Não há sentido em se discutir se existem ou não raças dentro da espécie
> humana se o conceito de raça não for definido. Enquanto isso qualquer
> discussão é fútil.


Então não existem espécies também, pois o conceito não pode ser definido de
forma lógica, já que se considerarmos todos os seres vivos atuais e
passados, existe um "continuum" entre eles, já que um filho não pode
pertencer a uma espécie distinta da dos pais, por definição.

Se as raças não existem, não existe o racismo também. Ou alguém pode
discriminar outra pessoa com base em algo que não existe? As vezes só as
crianças conseguem ver que o rei está nu.

[]´s

André




SUBJECT: RES: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 17:32

> De: Alexandre S. M. [mailto:alex@energias.com.br]
> >Eu acho que essa especulação é perigosíssima e que dá
> >margem à interpretações racistas. Até onde conheço todas
> >as pesquisas sérias sobre diferenças de intelecto entre
> >raças são inconclusivas.
>
> ENtão acha que devemos descartar a busca de precisão para
> essa informação?
> Esta pregando a aceitação, como uma crença, que somos iguais
> não importando
> a verdade?

Mas qual a utilidade desta precisão?

> >Mas, afinal, o que iríamos ganhar se descobríssemos
> >que os eurasianos são 0,01% mais inteligentes que negros?
> >NADA! Necas de pitibiribas!
>
> Crença....Qual a base disso?
>
> Eu acho isso perigoso, na verdade.
> Não me importa quão agradável ou não possa ser, acho que a
> verdade deve
> imperar.

Então qual seria o ganho de uma pesquisa dessas? O que
a verdade traria de bom?

> >Se fossem tão espertos teriam percebido que aquele
> >austríaco louco era apenas um vigarista. Esse é
> >particularmente um estigma que os pobres alemães
> >vão ter de suportar para sempre.
>
> ?? Que argumentos científicos são esses? Emocionais?

Não são argumentos científicos, nem emocionais. É
um fato histórico. Os alemães são um dos povos mais
estigmatizado do mundo no que diz respeito ao racismo.
Não significa que não nomos menos racistas que eles,
mas eles cerregam o estigma.

> >Além disso, inteligência superior não é
> >necessariamente sinônimo de moralidade elevada.
>
> E...? O que tem isso com a questão proposta?

Tem tudo a ver quando questionamos a utilidade de
ums pesquisa dessas. A ciência deve servir para
melhorar a condição de vida de toda a humanidade.
Por isso, não dá para ignorar as conseqüências
morais dos atos praticados em nome da ciência.
A ciência é imparcial mas os cientistas não.

> >Em termos de moralidade o mundo estaria bem melhor
> >se fosse povoado por portadores de Síndrome de Dawn.
> >Eles sabem distinguir o certo do errado como ninguém!
> >Né?
>
> ??
>
> Ummm....preconceitos? A ciência deve parar de questionar se
> ferir conceitos morais? Errei de lista?

Não deve parar de questionar. Mas deve ser questionada
moralmente quanto aos propósitos de sua aplicação.

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 17:38

ASM:
> > Mas problemas de alimentação são comprovadamente influenciadores do
> > desenvolvimento intelectual, não é verdade? Ou me enganaram?
>

Medeiros:
> É verdade. Mas isso é um fator ambiental e não genético.

ASM:
> E.....?

Estávamos falando sobre diferenças de intelecto entre "raças".
Então eu disse que se existir diferença, deve ser desprezível.

Eu disse também que isso é moralmente perigoso, pois
justificaria medidas racistas.

E:

Se essas diferenças existem, devem ser de ordem ambiental e
não genética.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: RES: RES: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 17:41

> > > De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
> > > Há uma diferença entre ciência e ética. Mesmo que a ciência
> > > mostrasse que há raças mais inteligentes que outras o racismo
> > > continuaria a ser eticamente incorrecto.
> >
> > Absolutamente correto. Mas poderiam usar o argumento da
> > evidência científica para justificar medidas racistas.
>
> A questão é que a evidência cientifica não pode ser usada
> para discriminar pela mesma razão que as evidentes diferenças
> entre os sexos (muito maiores que as diferenças entre raças)
> não podem ser usadas para descriminar ninguém.

A gente sabe disso. Mas, explique isso para os caras que
fazem Política, Igrejas, Facções paramilitares...


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Mistura de raças
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 17:46

--- In ciencialist@y..., "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@u..=
.> wrote:
> Então as raças não existem? Ou são só produto do preconceito? Será que um=
a
> criança pura, criada livre de quaisquer preconceitos, não conseguiria
> distinguir dois grupos distintos, por exemplo, em uma sala com cinco
> europeus e cinco africanos?

E se pegarmos um aborigene australiano e
o colocarmos no meio? A crianca sabera' distinguir?

> raças são muito menores, tenho a impressão de estar diante de uma atitude=

> politicamente correta de negar a existencia de raças. Será que esse é o
> melhor caminho para combater o preconceito?

E' politicamente correto. Mas sera' q. so'
por q. e' politicamente correto estara'
errada?

E' fato q. as diferencas intrapopulacionais
e' maior do q. as interpopulacionais.

O melhor caminho pra combater o preconceito
e' ensinar aos nossos filhos q. isso e' errado.
Se houvesse diferenca, o preconceito continuaria
a ser algo errado.

> Li em algum lugar que classificar as pessoas pelos traços externos e pela=

> cor da pele é tão arbitrário quanto classificá-las pelo tipo sanguíneo ou=

> pela presença do gene que causa intolerancia à lactose, por exemplo. Mas =
as
> pessoas de tipo sanguineo "A" nunca formaram um grupo isolado, por isso a=
cho
> inválido esse tipo de comparação.

Pessoas de pelo mais claras ou escuras tbm nao.
Nao houve uma cessacao de trocas genicas entre
as populacoes. Consideremos, por exemplo, entao
o caso do gene cuja copia defeituosa causa a
fibrose cistica -- isso e' hereditario, devemos pensar
nessas pessoas como sendo uma raca diferente?
E os mormons q. so' casam entre si? Ou os quakers?
Quao isolado tem q. ser o grupo?

Por outro lado, os nigerianos, angolanos, bantus e
outros estao no Brasil isolados de sua populacao
original por seculos -- eles sao uma raca distinta?

Quem garante q. os portadores do gene do tipo
A nunca formaram um grupo isolado?

> Podemos introduzir vinte raças para classificar a população africana, ent=
ão.
> Qual o problema?

O problema e' q. como eu disse isso e'
verdadeiro para praticamente qq outra
populacao. Entre os 'caucasianos' a diversidade
genetica e' maior entre si do q. entre a media
dos 'caucasianos' e a media dos 'mongoloides'.

E acabamos tbm q. em vez de racas
chegamos ao nivel de populacoes.
E esse nivel de distincao racial passa
a nao fazer sentido algum. So' pra
caricaturizar a situacao: faria sentido
um criterio de distincao de raca q.
chegasse ao nivel de individuo?
Existiria a raca Roberto Takata, a raca
Rosangela Takata, Carlos Silva, Bento
Goncalves, Nina Bo Bardi, Ataulfo Alves,
Georgina de Freitas, Castor de Andrade,
Uma Thurman, Ivete Sangalo...

> Mas os portadores da SD vivem em grupos isolados? São descendentes de
> portadores da SD?

Os portadores de Alzheimer em geral o
sao. Idem para os portadores de polidactilia.
Ter um himen mais ou menos elastico,
habilidade de navegacao, capilosidade,
inclinacao artistica (os circenses serao uma
raca distinta? ou os circenses do Garcia
serao um raca distinta dos circenses do
Voador?).

> várias espécies a partir da nossa. Isso nunca vai ocorrer, mas é impossív=
el
> negar a existência das raças, não importa o quão pequenas sejam as
> diferenças.

Se vc quer chamar as populacoes de raca, tudo bem.
E' um criterio meio estranho, mas se acha q. lhe
convem. So' teriamos q. nos perguntar o q. faremos
com a definicao de populacao nesse caso...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 17:47


>Mas qual a utilidade desta precisão?

Entendi mais ou menos o seu ponto de vista, pode ser mais vantajoso nem
saber disso, não é?

Mas vc pagaria o preço? Deixar de descobrir por uma vantagem moral?

>Então qual seria o ganho de uma pesquisa dessas? O que
>a verdade traria de bom?

Eu não sei, mas nem vc sabe....

>A ciência deve servir para
>melhorar a condição de vida de toda a humanidade.
>Por isso, não dá para ignorar as conseqüências
>morais dos atos praticados em nome da ciência.
>A ciência é imparcial mas os cientistas não.

Em parte eu concordo, ms vc deixaria de pesquisar as propriedades nucleares
se soubesse que um dia lançariam uma bomba para matar pessoas?


>Não deve parar de questionar. Mas deve ser questionada
>moralmente quanto aos propósitos de sua aplicação.

Concordo quanto a aplicação, mas discordo quanto a evitar a busca da
informação.
É uma diferença sutil, mas acho que muda tudo.

SDS,

ASM



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Mistura de raças
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 17:49

> De: Andre Roviralta Dias Baptista [mailto:andrebaptista@uol.com.br]
>
> de: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
> >
> > > De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
> > > Há uma diferença entre ciência e ética. Mesmo que a ciência
> > > mostrasse que há raças mais inteligentes que outras o racismo
> > > continuaria a ser eticamente incorrecto.
> >
> > Absolutamente correto. Mas poderiam usar o argumento da
> > evidência científica para justificar medidas racistas.
> >
>
> Mas não estamos abrindo um precedente perigoso? Esse
> cerceamento à liberdade
> de pesquisa científica pode parecer pequeno e irrelevante, mas quantos
> outros motivos "politicamente corretos" nos aguardam no futuro?

Motivos? Os mesmos de sempre. Guerra, fome, ganância, ódio, enfim
a famigerada natureza humana. Às vezes, é SIM, necessário por freios
à "liberdade" que fatalmente, sem freios, descamba para a libertinagem.

> Só poderemos fazer pesquisas que chegam a conclusões bonitas
> e politicamente corretas?

Putz! Agora eu me senti comparado aos ecochatos que só
comem alface. :-(


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mistura de raças
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 17:49

On Mon, 20 Aug 2001, Andre Roviralta Dias Baptista wrote:
> Então não existem espécies também, pois o conceito não pode ser definido de
> forma lógica, já que se considerarmos todos os seres vivos atuais e
> passados, existe um "continuum" entre eles, já que um filho não pode
> pertencer a uma espécie distinta da dos pais, por definição.

Há um continuum de ancestrais, mas não de espécies atuais. Não há falta de
lógica na definição de espécie visto que o conceito é bem definido e
observado.

> Se as raças não existem, não existe o racismo também. Ou alguém pode
> discriminar outra pessoa com base em algo que não existe?

Falta lógica em seu argumento.

> As vezes só as crianças conseguem ver que o rei está nu.

As crianças também acreditam que existem montros nos armários.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: RES: RES: RES: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 17:51



"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

> > A questão é que a evidência cientifica não pode ser usada
> > para discriminar pela mesma razão que as evidentes diferenças
> > entre os sexos (muito maiores que as diferenças entre raças)
> > não podem ser usadas para descriminar ninguém.
>
> A gente sabe disso. Mas, explique isso para os caras que
> fazem Política, Igrejas, Facções paramilitares...

Os cidadãos fazem a política. Ao explicar isso aqui e noutros
locais eu estou a fazer política.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: RES: [ciencialist] Mistura de raças
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 17:58

> De: Alexandre S. M. [mailto:alex@energias.com.br]

Medeiros:
> >Mas qual a utilidade desta precisão?

ASM:
> Entendi mais ou menos o seu ponto de vista, pode ser mais
> vantajoso nem saber disso, não é?
>
> Mas vc pagaria o preço? Deixar de descobrir por uma vantagem moral?

Medeiros:
Talvez um dia eu mude de opinião. Mas se eu descobrisse
uma verdade que pudesse provocar convulsão social eu a guardaria
para mim por muito tempo. Acho que essa foi a posição de Darwin
quando descobriu a Evolução. Enfim, realmente eu não tenho
certeza do que faria.

Medeiros:
> >Então qual seria o ganho de uma pesquisa dessas? O que
> >a verdade traria de bom?

ASM:
> Eu não sei, mas nem vc sabe....

Medeiros:
Não seria prudente esperar, refletir para amadurecer
a idéia acerca das conseqüências perigosas de uma
pesquisa.

Medeiros:
> >A ciência deve servir para
> >melhorar a condição de vida de toda a humanidade.
> >Por isso, não dá para ignorar as conseqüências
> >morais dos atos praticados em nome da ciência.
> >A ciência é imparcial mas os cientistas não.

ASM:
> Em parte eu concordo, ms vc deixaria de pesquisar as
> propriedades nucleares
> se soubesse que um dia lançariam uma bomba para matar pessoas?

Medeiros:
Sim. Mesmo sabendo que outro o faria. Minha sede pelo
conhecimento não deve comprometer a vida.

Medeiros:
> >Não deve parar de questionar. Mas deve ser questionada
> >moralmente quanto aos propósitos de sua aplicação.

ASM:
> Concordo quanto a aplicação, mas discordo quanto a evitar a busca da
> informação.
> É uma diferença sutil, mas acho que muda tudo.

Medeiros:
Muda tudo.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 18:10

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> --- In ciencialist@y..., "Joao Carlos Holland de Barcellos"
<jocax@u...> wrote:
> > Sim, mas vc deve lembrar que estas alteracoes estao relacionadas
> > ao genoma humano como um todo e nao a um genoma em particular.
> > Ou seja. estas 14 mutacoes por gene referem-se a todas as
> > alteracoes que um gene poderia sofrer na media em *todos* os
> > seres humanos. Se a posicao do SNP ( mutacao ) no genoma
> > dependesse de cada ser humano entao o numero de SNPs seria muito
> > maior pois para cada ser humano poderiamos ter uma mutacao numa
> > posicao diferente. Portanto a interpretacao do SNP eh que esta
mutacao
> > esta localizada numa posicao fixa do genoma para qualquer pessoa.
>
> A SNP sim, mas nao a mutacao. Veja bem, a SNP so' e'
> considerada se em um dado sitio um nucleotideo variante
> se aprensenta em mais de 1% da populacao (ou da amostra).
> Uma mutacao so' precisa se apresentar em um unico
> individuo para alterar a sequencia.
>

As SNP podem ser consideradas mutacoes que ficaram no pool genetico
da especie. Uma mutacao em um unico individuo eh rara e
por isso nao poderia ocorrer em 1,7 milhoes de posicao de seu genoma
de uma ora para outra.
Os SNPs sao alteracoes mais ou menos fixas no genoma e
sao ateh mapeadas.

Se um SNP ocorre na posicao 120 no cromossomo 10 onde a letra
C foi trocada pela letra G, por exemplo, isso nao significa
que as outras trocas das outras 2 letras deveriam ocorrer.
Como os SNPs sao mutacoes que de certa forma se fixaram na populacao
nao eh de se esperar que teremos toda uma variacao de letras
na *mesma posicao* do genoma. Por isso seu exemplo nao se
aplica.

>
> > Vc nao entendeu, as 14 alteracoes formam 14 possiveis alelos
> > no pool genetico. Assim 2 pessoas tem 1/14 de chance de possuirem
> > o mesmo alelo com as mesmas alteracoes.
>
> Mesmo q. consideramos apenas 14 alelos,
> a chance de duas pessoas partilharem o
> mesmo alelo e' de 1/14^2 e nao de 1/14,
> isto e', 0,5%...
>

Calculemos entao:

Num dado locus temos, por exemplo, 14 alelos possiveis,
sabendo-se que uma pessoa eh portadora de um deste alelos
qual a probabilidade de outra pessoa porta-lo tambem?

Sabemos que cada pessoa recebe 2 alelo do mesmo gene,
um do pai e outro da mae.

A probabilidade de *nao* vir do pai *nem* da mae eh :

Q=(1-1/14)(1-1/14) = 0,86

A probalilidade de vir de qualquer um dos dois eh de :

P=1-Q = 14 % de chances de apresentar o alelo.

Ou seja, partilhamos 14% de genes com outra pessoa.

[]s
jocax






SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 19:09

--- In ciencialist@y..., "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@u...> wrote:
> As SNP podem ser consideradas mutacoes que ficaram no pool genetico
> da especie. Uma mutacao em um unico individuo eh rara e
> por isso nao poderia ocorrer em 1,7 milhoes de posicao de seu genoma
> de uma ora para outra.
> Os SNPs sao alteracoes mais ou menos fixas no genoma e
> sao ateh mapeadas.

SNP nao sao alteracoes fixas no genoma -- do
contrario nao se falaria em polimorfismo. Uma
alteracao fixa no genoma e' aquela q. se apresenta
em praticamente 100% dos individuos.

> Se um SNP ocorre na posicao 120 no cromossomo 10 onde a letra
> C foi trocada pela letra G, por exemplo, isso nao significa
> que as outras trocas das outras 2 letras deveriam ocorrer.
> Como os SNPs sao mutacoes que de certa forma se fixaram na populacao
> nao eh de se esperar que teremos toda uma variacao de letras
> na *mesma posicao* do genoma. Por isso seu exemplo nao se
> aplica.

Claro q. e' de se esperar. O SNP e' apenas um
indicativo de um sitio q. apresenta uma variacao
nucleotidica. Em geral tem q. ter pelo menos dois
nucleotideos possiveis na posicao -- do contrario
nao ha' polimorfismo.

Podemos pegar essa situacao minima e teremos:
2^14 combinacoes possiveis.

(Mas considerando-se os dados Centro Americano
de Informacao Biotecnologica (NCBI) -- q. participa
do projeto genoma: os SNP ocorrem em media a
cada 100 a 300 bases.

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/SNP/overview.html)

E alem disso o SNP desconsidera as mutacoes
individuais. Considerando-se isso chegamos
aos ~100% de diferenca.

> Num dado locus temos, por exemplo, 14 alelos possiveis,
> sabendo-se que uma pessoa eh portadora de um deste alelos
> qual a probabilidade de outra pessoa porta-lo tambem?

Ta', ok em relacao a isso.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 20:22

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> --- In ciencialist@y..., "Joao Carlos Holland de Barcellos"
<jocax@u...> wrote:
> > As SNP podem ser consideradas mutacoes que ficaram no pool
genetico
> > da especie. Uma mutacao em um unico individuo eh rara e
> > por isso nao poderia ocorrer em 1,7 milhoes de posicao de seu
genoma
> > de uma ora para outra.
> > Os SNPs sao alteracoes mais ou menos fixas no genoma e
> > sao ateh mapeadas.
>
> SNP nao sao alteracoes fixas no genoma -- do
> contrario nao se falaria em polimorfismo. Uma
> alteracao fixa no genoma e' aquela q. se apresenta
> em praticamente 100% dos individuos.

Nao disse que sao alelos que se fixaram no genoma, disse
que sao mutacoes que permanecerao no pool de forma suficiente
estavel ( mais ou menos fixas ) que receberam um tratamento
especial, ou seja foram mapeados.



>
> > Se um SNP ocorre na posicao 120 no cromossomo 10 onde a letra
> > C foi trocada pela letra G, por exemplo, isso nao significa
> > que as outras trocas das outras 2 letras deveriam ocorrer.
> > Como os SNPs sao mutacoes que de certa forma se fixaram na
populacao
> > nao eh de se esperar que teremos toda uma variacao de letras
> > na *mesma posicao* do genoma. Por isso seu exemplo nao se
> > aplica.
>
> Claro q. e' de se esperar. O SNP e' apenas um
> indicativo de um sitio q. apresenta uma variacao
> nucleotidica. Em geral tem q. ter pelo menos dois
> nucleotideos possiveis na posicao -- do contrario
> nao ha' polimorfismo.

SNPs quer dizer um polimorfismo de um unico nucleotidio
portanto precisa haver pelo menos uma troca de base
em relacao a um genoma padrao. Mas isso nao siginifica
que devemos ter todas as possibilidades possiveis para
aquele nucleotidio, muito pelo contrario, o que eh
esperado eh uma *unica* troca de letras na posicao mapeada.


>
> Podemos pegar essa situacao minima e teremos:
> 2^14 combinacoes possiveis.

O genoma tambem poderia ter 4^3bilhoes de combinacoes
possiveis mas isso nao ocorre ocorre apenas cerca de 1,7 milhoes
delas.


>
> (Mas considerando-se os dados Centro Americano
> de Informacao Biotecnologica (NCBI) -- q. participa
> do projeto genoma: os SNP ocorrem em media a
> cada 100 a 300 bases.
>
> http://www.ncbi.nlm.nih.gov/SNP/overview.html)

Ta, temos uma diferenca significativa de numeros aqui.
Eu peguei o site do National Human Genome Research Institute (NHGRI)
que pertence ao U.S. Department of Health and Human Services.
E achei em : http://www.nhgri.nih.gov/NEWS/vignettes.html#10

10. SNP MAP: COMPANION VOLUME TO THE BOOK OF LIFE

The Book of Life, the human genome sequence, is analogous to a
basic parts list for the human species, because human beings are 99.9
percent similar. But that 0.1 percent difference-one in every 1,000
letters-contributes to our individuality, and taken as a whole, can
explain the genetic basis of disease.
In a companion volume to the Book of Life, scientists have created a
catalogue of 1.4 million single-letter differences, or single
nucleotide polymorphisms (SNPs)-with their exact location in the human
genome. This SNP map, the word's largest publicly available catalogue
of SNPs, promises to revolutionize both mapping diseases and tracing
human history ...


Ou seja, uma diferenca de um fator 3 a 10 vezes maior.



>
> E alem disso o SNP desconsidera as mutacoes
> individuais. Considerando-se isso chegamos
> aos ~100% de diferenca.

As mutacoes individuais sao minimas em relacao aos
SNPs, com isso chegamos a uma semelhanca de 8% em
genes de sequencia identica.

[]s
jocax





SUBJECT: Re: a astrologia não funciona...
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 20:32

--- In ciencialist@y..., "Carol" <carolsturari@u...> wrote:
> Carol:
> Não dá, Roberto, pq eles "precisam" da data de nascimento prá montar =
o mapa...
> Mas o sexo não foi especificado no Fantástico.

Pra fazer o mapa as informacoes sao passadas.
Mas depois q. e' feito o mapa e a analise, nao
se faz referencia a datas ou sexo da pessoa.
Quem tem q. decidir se esta' correto ou nao,
sao as proprias pessoas q. tiveram seus mapas
tracados. Mas sem saber qual e' o seu verdadeiro
mapa.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: a astrologia não funciona...
FROM: "Carol" <carolsturari@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 20:43


Roberto:
>Por isso o melhor metodo para
avaliar o grau de acuidade de uma descricao
e' pedir para q. as descricoes sejam anonimas e
se retirem todas as referencias sobre a idade e
o sexo.

Carol:
Não dá, Roberto, pq eles "precisam" da data de nascimento prá montar o mapa...
Mas o sexo não foi especificado no Fantástico.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Mistura de raças
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 20:49

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> --- In ciencialist@y..., "Andre Roviralta Dias Baptista"
<andrebaptista@u..=
> .> wrote:
> > Então as raças não existem? Ou são só produto do preconceito?
Será que um=
> a
> > criança pura, criada livre de quaisquer preconceitos, não
conseguiria
> > distinguir dois grupos distintos, por exemplo, em uma sala com
cinco
> > europeus e cinco africanos?
>
> E se pegarmos um aborigene australiano e
> o colocarmos no meio? A crianca sabera' distinguir?

Uma criança africana possivelmente sim. Ela não irá confundir o
aborigene como um de seu proprio grupo (ou raça, categoria,
população, etc), e, sem querer ser eurocentrico (mas já sendo),
provavelmente não confundirá o aborigene com os europeus. O
importante é que uma criança dificilmente irá confundir uma pessoa de
outra etnia (ou raça, categoria, população, grupo, etc) com uma da
sua própria. Existe um senso natural de identificação entre
indivíduos da mesma população. Essa distincão dos seres humanos em
raças pode não fazer sentido do ponto de vista biológico, mas
certamente faz sentido em termos sociologicos. Categorias são
construções artificiais que não existem na natureza, apenas na nossa
mente. Construimos essas categorias conforme elas sejam úteis e
adequadas ao nosso campo de estudo. Talvez nosso desacordo esteja em
examinar o mesmo tipo de classificação do ponto de vista de
disciplinas distintas. Topo concordar com você que o conceito de
raças não tem nenhum significado especial do ponto de vista
biológico, mas ainda assim eu não a desprezaria a importancia do
conceito de raça (ou etnia, etc) para a sociologia, história e outras
disciplinas.


>
> > raças são muito menores, tenho a impressão de estar diante de uma
atitude=
>
> > politicamente correta de negar a existencia de raças. Será que
esse é o
> > melhor caminho para combater o preconceito?
>
> E' politicamente correto. Mas sera' q. so'
> por q. e' politicamente correto estara'
> errada?
>

Não disse isso... Disse que *pode* estar errado, apesar de ser PC


> E' fato q. as diferencas intrapopulacionais
> e' maior do q. as interpopulacionais.

Mas as pequenas diferenças interpopulacionais possuem a propriedade
especial de serem facilmente detectáveis pelo senso comum. Um inglês
branquelo branco no meio de uma tribo africana (Dr. Livingstone, eu
presumo?) provavelmente chamará mais atenção que uma pessoa de tipo
sanguineo "A" no meio de pessoas com tipo "B".

>
> O melhor caminho pra combater o preconceito
> e' ensinar aos nossos filhos q. isso e' errado.

Concordo.

> Se houvesse diferenca, o preconceito continuaria
> a ser algo errado.

Existe diferença e eu adoro. Negras, índias, latinas, germanicas,
japonesas, são bem diferentes entre si, cada grupo com sua beleza
típica (mais as inúmeras possibilidades de combinação). Talvez a
diferença seja desprezível biologicamente, mas não o é sob outros
pontos de vista. Não somos apenas "homo biologicus". Entender e
aceitar as diferenças é a melhor política.



>
> > Li em algum lugar que classificar as pessoas pelos traços
externos e pela=
>
> > cor da pele é tão arbitrário quanto classificá-las pelo tipo
sanguíneo ou=
>
> > pela presença do gene que causa intolerancia à lactose, por
exemplo. Mas =
> as
> > pessoas de tipo sanguineo "A" nunca formaram um grupo isolado,
por isso a=
> cho
> > inválido esse tipo de comparação.
>
> Pessoas de pelo mais claras ou escuras tbm nao.
> Nao houve uma cessacao de trocas genicas entre
> as populacoes. Consideremos, por exemplo, entao
> o caso do gene cuja copia defeituosa causa a
> fibrose cistica -- isso e' hereditario, devemos pensar
> nessas pessoas como sendo uma raca diferente?
> E os mormons q. so' casam entre si? Ou os quakers?
> Quao isolado tem q. ser o grupo?
>
> Por outro lado, os nigerianos, angolanos, bantus e
> outros estao no Brasil isolados de sua populacao
> original por seculos -- eles sao uma raca distinta?
>
> Quem garante q. os portadores do gene do tipo
> A nunca formaram um grupo isolado?
>
> > Podemos introduzir vinte raças para classificar a população
africana, ent=
> ão.
> > Qual o problema?
>
> O problema e' q. como eu disse isso e'
> verdadeiro para praticamente qq outra
> populacao. Entre os 'caucasianos' a diversidade
> genetica e' maior entre si do q. entre a media
> dos 'caucasianos' e a media dos 'mongoloides'.
>
> E acabamos tbm q. em vez de racas
> chegamos ao nivel de populacoes.
> E esse nivel de distincao racial passa
> a nao fazer sentido algum. So' pra
> caricaturizar a situacao: faria sentido
> um criterio de distincao de raca q.
> chegasse ao nivel de individuo?
> Existiria a raca Roberto Takata, a raca
> Rosangela Takata, Carlos Silva, Bento
> Goncalves, Nina Bo Bardi, Ataulfo Alves,
> Georgina de Freitas, Castor de Andrade,
> Uma Thurman, Ivete Sangalo...
>
> > Mas os portadores da SD vivem em grupos isolados? São
descendentes de
> > portadores da SD?
>
> Os portadores de Alzheimer em geral o
> sao. Idem para os portadores de polidactilia.
> Ter um himen mais ou menos elastico,
> habilidade de navegacao, capilosidade,
> inclinacao artistica (os circenses serao uma
> raca distinta? ou os circenses do Garcia
> serao um raca distinta dos circenses do
> Voador?).
>
> > várias espécies a partir da nossa. Isso nunca vai ocorrer, mas é
impossív=
> el
> > negar a existência das raças, não importa o quão pequenas sejam as
> > diferenças.
>
> Se vc quer chamar as populacoes de raca, tudo bem.
> E' um criterio meio estranho, mas se acha q. lhe
> convem. So' teriamos q. nos perguntar o q. faremos
> com a definicao de populacao nesse caso...

Não estou confundindo população com raça. Os franceses pertencem a
uma população diferente da minha, assim como os italianos e
espanhóis. Mas eu posso me passar por primo de um espanhol ou
italiano qualquer, posso ser confundido na rua. Já no Japão ou na
China eu sou um estranho, as pessoas vão me identificar imediatamente
como um diferente. Então o problema não só de população, existe outra
coisa.

Não sou biólogo. Se os biólogos desprezam o conceito de raça é porque
esse tipo de classificação é inútil, ou não tem um sentido lógico
dentro da disciplina biologia. Mas é um conceito intuitivo e
arraigado no senso comum, provavelmente porque nossos sentidos
primitivos não captam a natureza como ela é na realidade, em sim
mesma, mas sim dão uma enfase desproporcional a pequenas diferenças
físicas que existem entre certos grupos humanos.

O racismo, infelizmente, não é apenas uma maldade "inventada", mas um
sentimento que possivelmente tem origem nessa capacidade humana de
identificar os "seus" e os "outros" com base em algumas
caracteristicas físicas. É necessário reconhecer isso para se
combater o racismo de forma adequada.

[]'s

André




SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 20:58

--- In ciencialist@y..., "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@u...> wrote:
> Nao disse que sao alelos que se fixaram no genoma, disse
> que sao mutacoes que permanecerao no pool de forma suficiente
> estavel ( mais ou menos fixas ) que receberam um tratamento
> especial, ou seja foram mapeados.

Nao ha' necessidade nenhuma de ser
estavel. Ninguem supoem q. sua proporcao
esteja fixa na populacao.

> SNPs quer dizer um polimorfismo de um unico nucleotidio
> portanto precisa haver pelo menos uma troca de base
> em relacao a um genoma padrao. Mas isso nao siginifica
> que devemos ter todas as possibilidades possiveis para
> aquele nucleotidio, muito pelo contrario, o que eh
> esperado eh uma *unica* troca de letras na posicao mapeada.

Nao e' esperada uma unica troca apenas. Em
qq posicao e' esperada q. se encontre qq uma das
bases ocasionalmente. O SNP se refere geralmente
a bases q. se apresentem em mais de um porcento
da amostra. Outras bases podem ocorrer e e' o q.
em geral obtemos.

> > Podemos pegar essa situacao minima e teremos:
> > 2^14 combinacoes possiveis.
>
> O genoma tambem poderia ter 4^3bilhoes de combinacoes
> possiveis mas isso nao ocorre ocorre apenas cerca de 1,7 milhoes
> delas.

Na verdade ocorrem 12 bilhoes delas aproximadamente (em verdade, em
verdade bem mais do q. isso -- ja' q cada celula apresenta
uma sequencia especifica, ou algo como 1 quintilhao de sequencias).
Isso e' em funcao do espaco amostral ser menor do q. o universo possivel.
E indica q. cada mutacao deve acabar por gerar um alelo
distinto (alelo no nivel de sequencia).

> Ta, temos uma diferenca significativa de numeros aqui.
> Eu peguei o site do National Human Genome Research Institute (NHGRI)
> que pertence ao U.S. Department of Health and Human Services.
> E achei em : http://www.nhgri.nih.gov/NEWS/vignettes.html#10

Nao ha' diferenca, Barcellos. A sua referencia e'
a respeito de um catalogo -- SNP mapeados para serem
utilizados como referencias em outros estudos. E nao
a todos os SNP q. efetivamente se encontram no
genoma.

> > E alem disso o SNP desconsidera as mutacoes
> > individuais. Considerando-se isso chegamos
> > aos ~100% de diferenca.
>
> As mutacoes individuais sao minimas em relacao aos
> SNPs, com isso chegamos a uma semelhanca de 8% em
> genes de sequencia identica.

Sao minimas, mas e' o q. basta para caracterizar uma
sequencia diferente. Ja' mostrei como isso e' possivel
em mensagem anterior.

So' uma referencia de Graur e Li --
Fundamentals of Molecular Evolution 2000.

"The gene diversity measures h and H are used
extensively for eletrophoretic and restriction enzyme
data. However, they are mostly unsuitable for
DNA sequence data, since the extent of genetic
variation at the DNA level in nature is quite extensive.
In particular, when long sequences are considered,
each sequence in the sample is likely to be
different by one or more nucleotides from the other
sequences, and in most cases both h and H will be
close to 1."

h e H sao medidas de heterozigosidade dos genes.
h e' a medida de um loco especifico e H e' a media
dos locos estudados. Se nao ha' variacao alelica
nao se espera heterozigosidade e os dois valores
sao 0, mas se a variacao e' muito grande, espera-se
q, todos os individuos sejam heterozigotos e o valor
vai para 1.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Dah licenca né !!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/08/2001 21:47

Não é a maior glória da 'alface' da Terra, mas .... eis:
=============
-----Mensagem Original-----
De: "Cláudio de Oliveira" <webmaster@cade.com.br>
Para: <leo@barretos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 20 de agosto de 2001 12:36
Assunto: Parabéns! Seu site é um Top Cadê?


| Prezado Webmaster,
|
| Parabéns! Seu site foi escolhido para entrar na lista do Top Cadê?
| [http://www.topcade.com.br], uma seleção do maior catálogo de busca do país
| que tem como objetivo destacar os melhores sites da Internet Brasil.
|
| O site http://www.feiradeciencias.com.br foi avaliado por nossa equipe
| editorial,
| segundo critérios de conteúdo, design e funcionalidades e figura agora como
| um dos mais completos na categoria Ciência e Tecnologia
| (http://www.topcade.com.br/ciencia/20010802ciencia.shtm).
|
| Junto com esta mensagem estamos enviandos duas opções de selo de qualidade
| que podem ser utilizados em sua página, com um link para o endereço acima.
| Existe uma versão animada e outra estática, a escolha é sua.
| Atenção: o uso do selo do Top Cadê? não é obrigatório.
|
| A divisão de categorias da seleção segue as 16 principais categorias do
| catálogo, formando assim um painel completo da Web brasileira. Serão
| escolhidos 3 sites por semana em cada uma das 16 categorias. Ao final do mês
| os usuários votam para escolher o vencedor daquele mês, entre os 12 sites
| indicados. No final do ano é escolhido o grande vencedor em cada uma das 16
| categorias.
|
| Para garantir a qualidade dos sites apresentados, a escolha contará com duas
| etapas. Primeiro o site é selecionado pela equipe editorial do Cadê?, que
| desde o início da Internet brasileira sempre esteve em contato com o melhor
| da rede. Depois os sites indicados em cada mês participam de uma votação
| aberta a todos os internautas, onde será escolhido o Top do mês em cada uma
| das 16 categorias do Cadê?.
|
| Você pode obter maiores informações lendo o regulamento no link:
| http://www.topcade.com.br/topregulamento.shtm
|
| Oportunamente mandaremos o selo de votação para sua página.
|
| Atenciosamente,
|
| Cláudio de Oliveira
| Gerente de Produto do Cadê?
===================
É isso ai! Agradeço aos amigos que participaram na batalha de se conseguir algum espaçinho para a Educação.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: Mistura de raças
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 22:03

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> > E se pegarmos um aborigene australiano e
> > o colocarmos no meio? A crianca sabera' distinguir?
>
> Uma criança africana possivelmente sim. Ela não irá confundir o
> aborigene como um de seu proprio grupo (ou raça, categoria,
> população, etc), e, sem querer ser eurocentrico (mas já sendo),
> provavelmente não confundirá o aborigene com os europeus. O

Como ela classificara' um
indiano?

Uma crianca africana provavelmente achara'
a diferenca entre um nigeriano e um senegales
tao gritante qto achamos q. um japones e'
diferente de um alemao.

Japoneses sabem distinguir um chines de
um coreano. E se sentem ofendidos ao
serem confundidos com um deles. E a
reciproca e' verdadeira.

> Mas as pequenas diferenças interpopulacionais possuem a propriedade
> especial de serem facilmente detectáveis pelo senso comum. Um inglês
> branquelo branco no meio de uma tribo africana (Dr. Livingstone, eu
> presumo?) provavelmente chamará mais atenção que uma pessoa de tipo
> sanguineo "A" no meio de pessoas com tipo "B".

Assim como esse ingles branquelo branco (a
repeticao e' proposital?) se destacaria no meio
de outros ingleses brancos nao tao braquelos
ou talvez nao se destacasse tto assim em algum
canto de Marrocos. (Nossa eterna mania de
achar q. a Africa e' tudo igual...)

So' damos sentido a 'raca' na medida em q.
pegamos os extremos. Se dermos uma passeada
pelo globo, notaremos q. existem uma gradacao
bem mais sutil do q. entre as diferentes especies
ou racas de caes. Um indiano sera' um caucasiano,
um negroide, um asiatico? E um siberiano? E um
polinesio?

Qdo vc fala em europeu vc fala em turco?
Passarao os turcos desapercebidos pela
ruas alemas? Qual a diferenca entre um turco
e um grego e deste para um siciliano? E de
um siciliano para um italiano do sul? E de
um italiano do sul para um italiano do norte?
E de um italiano do norte prum cantones suico?

Qual a diferenca entre o turco e um libanes?
Do libanes para um arabe? De um arabe para
um egipcio? E de um egipcio para um marroquino?
De um marroquino para um tuaregue? Do tuaegue
pro mouro e do mouro pro cara de Niger? E deste
prum nigeriano?

E de um arabe pra um afegao? Um afegao prum
paquistanes? Um paquistanes pra um caxemir?
Um caxemir prum hindu? Um hindu prum bangkok
e deste prum tailandes? De um tailandes prum chines
e do chines pro mongol. Do mongol pro povo da
estepe siberiana? E os siberianos pros eslavos
russos? Eslavos russos pros eslavos propriamente
dito e destes pros nordicos?

> Existe diferença e eu adoro. Negras, índias, latinas, germanicas,

A diferenca a q. me refiro naturalmente
e' a genetica interpopulacional.

> Não estou confundindo população com raça. Os franceses pertencem a
> uma população diferente da minha, assim como os italianos e
> espanhóis. Mas eu posso me passar por primo de um espanhol ou
> italiano qualquer, posso ser confundido na rua. Já no Japão ou na
> China eu sou um estranho, as pessoas vão me identificar imediatamente
> como um diferente. Então o problema não só de população, existe outra
> coisa.

Se vc tiver 2,50m tbm sera' automaticamente
diferente. Do mesmo modo como um pigmeu
contrasta com um cacador nugong. Branco
e' diferente do negro -- mas vai
passando pelos tons de cinza. Onde sera' feito o
corte? Isso e' arbitrario. Diagnosticar racas depende
desse corte arbitrario.

(O Pedro Malan nao tem cara de japones? Ou a
Leila? E o Paulo Francis?)

> caracteristicas físicas. É necessário reconhecer isso para se
> combater o racismo de forma adequada.

Nao e' preciso admitir q. existam bases
geneticas q. sustentem a classificacao de
racas para reconhecer q. existe o problema
do racismo e do preconceito. Assim como nao
e' preciso admitir a criacao especial para
reconhecer o equivoco da interpretacao
literal da Biblia.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: DNA repair
FROM: "Sandra Rosario" <matricarya@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 22:26

Olá,

Estou lendo uma artigo sobre leucopenia e o autor cita que o fármaco em
questão atua sobre "DNA repair". Alguém poderia me explicar o que é isto?

Sandra


_________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: DNA repair
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 22:41

Provavelmente se refere a uma
intereferencia no sistema de reparo do ADN.

Existem enzimas q. reconhecem
erros na sequencia de ADN -- pareamentos
errados, dimerizacao ou alteracoes nas
bases, etc (cada qual geralmente por
uma proteina diferente) -- e removem
essas alteracoes ou ativam sistemas
q. facam isso.

Esse farmaco deve atuar em uma
dessas enzimas ou em algum ponto
desses processos.

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., "Sandra Rosario" <matricarya@h...> wrote:
> Olá,
>
> Estou lendo uma artigo sobre leucopenia e o autor cita que o fármaco em
> questão atua sobre "DNA repair". Alguém poderia me explicar o que é isto?=

>
> Sandra




SUBJECT: maquina que raciocina melhor
FROM: "L.B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/08/2001 23:25

Olá pessoal.
Ao ler a notícia abaixo, me perguntei:
- Será que estamos longe da primeira máquina que raciocina melhor do
que nós?

Abraços
Leandro.

P.S.: Eu ficaria contente se pudesse efetuar 1 cálculo por segundo
corretamente.

12 bilhões de cálculos por segundo


O ASCI White, construído pela IBM, é capaz de realizar
12 bilhões de cálculos por segundo e tem capacidade para armazenamento
de 450 biliões de bytes em informação. Por outras palavras: o
computador, que todo junto encheria dois campos de basebol, vai
realizar num segundo uma operação que uma máquina normal levaria 10
milhões de anos a calcular.
O super computador, sediado no Lawrence Livermore
National Laboratory, na Califórnia, foi criado a pensar nos
engenheiros nucleares, que dentro em breve vão poder saber como é que
explode uma bomba, sem que seja necessário testá-la.
A intenção é que dentro de 4 anos, possa ser realizada a
primeira simulação a partir de um computador que efectuar 100 biliões
de cálculos por segundo (quase 8 vezes mais potente que o actual ASCI
White).

A Compaq está, entretanto, a trabalhar num computador
que realiza 30 bilhões de cálculos e que poderá estar pronto em 2003.

____________________________________________________________________
Fonte:
http://www.digito.pt/tecnologia/noticias/tec4257.html




SUBJECT: Re: [ciencialist] a astrologia não funciona...
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 10:26

On Monday 20 August 2001 02:53 pm, you wrote:
>
> Oi,
>
> bem, quem viu a contraprova ontem no Fantastico pode perceber quao
> manipulada havia sido a primeira vez.
>
> O astrologo fala coisas para mulheres como: Vc eh muito romantica e
> generosa. A maioria das pessoas, mesmo que nao seja, ira concordar com isso
> para agradar ou para falar bem de si mesma.
>
>
> Para a jovem escritora que havia sido menina de rua, ele disse algo
> como: Entre os 13 e 14 anos vc passava por uma fase em que se sentia
> sozinha e ao mesmo tempo sentia florescer as ideias... Ora, isso nada
> mais eh do que uma descricao mais ou menos generalizada da adolescencia de
> qualquer um... Esse caso, inclusive, foi bem patetico porque o astrologo
> disse que a menina era muito ligada ao lar e etc... O que ocorre eh que
> ela, na realidade, fugira de casa por volta dos 10 anos.
>
> A questao eh bem mais simples do que parece: Caracteristicas de pessoas
> medias sao dadas generalizadamente, quando o astrologo conhece um pouco o
> cliente, e capaz de, pela roupa, semblante, etc, melhorar um pouco mais os
> dados fazendo com que as pessoas credulas, de um modo geral, se
> identificquem com as tais caracteristicas comuns . Por exemplo o que ele
> disse da ultima analisada, uma mulher com uns 40/50 anos: "Vc eh uma pessoa
> que quer ver o seu trabalho valorizado" Eu pergunto, quem nao quer?
>

Existe uma "tecnica de divinacao" CIENTIFICA, voce sabia? Ela se baseia, como
tem sido mencionado a respeito da astrologia aqui, em pequenos aspectos
fisicos e uma rapida e superficial analise do comportamento geral da pessoa.
A pessoa vai respondendo com emocoes e curiosidade, e isso vai alimentando o
"clarividente" com informacoes cada vez mais precisas sobre o background da
pessoa entrevistada. Note que em momento nenhum o "clarividente" dessa
tecnica esta "predizendo" algo sobre o futuro, mas sim descobrindo sobre o
passado da pessoa. Sabendo seu passado, pode dar um chute interessante para o
futuro, que se encaixaria no seu padrao unico. Ate mesmo para o futuro
proximo.

A tecnica se chama LEITURA FRIA, e recomendo buscar no google (cold reading),
para os interessados.

Talvez seja isso que a maioria dos charlatoes usam. O que tambem nao
signifique todo o misticismo seja uma farsa.

Felipe


SUBJECT: Relatividade Especial ou Restrita (ao Léo)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/08/2001 10:49

Está sendo inaugurada hoje a novíssima SALA 23 no Imperdível com a minha teoria da relatividade, a qual, apreciaria muito, que tivesse algo a ver com a teoria da relatividade de Einstein.
Quem achar alguma semelhança (o que não será mera coincidência) avise-me :-))

www.feiradeciencias.com.br/sala23/index23.asp

[]'
Léo
PS: Para os jovens (só para os têm menos de 21 anos) tb inaugura-se nas Salas 04 e 05 os Resumos de Física. Quem passou dessa idade ou já sabe isso ai tudo ou está aprendendo via astrologia da globo.
=============



SUBJECT: Re: [ciencialist] a astrologia não funciona...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/08/2001 10:59

Felipe escreve:
|
| A tecnica se chama LEITURA FRIA, e recomendo buscar no google (cold reading),
| para os interessados.
|
| Talvez seja isso que a maioria dos charlatoes usam. O que tambem nao
| signifique todo o misticismo seja uma farsa.
|
| Felipe

Todo misticismo é uma farsa, consciente ou não. O místico poderá até estar acreditando naquilo que diz ... apenas não faz e não pode mostrar o que alega, em condições cientificamente planejadas.
Meu particular amigo, médico (cardiologista) e 'vulnerável' [:-)](não sei se esse é o grau máximo da credulidade dos rosa-cruzes) acredita 'piamente' no retorno no Ramsés III e tenta me ensinar como 'sentir' as cores aproximando as mãos. É um barato!! Um cardiologista !!!

[]'
Léo
============



SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 11:18

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> --- In ciencialist@y..., "Joao Carlos Holland de Barcellos"
<jocax@u...> wrote:
> > Nao disse que sao alelos que se fixaram no genoma, disse
> > que sao mutacoes que permanecerao no pool de forma suficiente
> > estavel ( mais ou menos fixas ) que receberam um tratamento
> > especial, ou seja foram mapeados.
>
> Nao ha' necessidade nenhuma de ser
> estavel. Ninguem supoem q. sua proporcao
> esteja fixa na populacao.

Veja bem se por absurdo estes SNPs desaparecessem da populacao
em uma geracao, por exemplo, nao teria sentido mapea-los.

O mapeamento dos SNPs ocorre simplesmente pq:
- Eles correspondem a uma parcela significativa da populacao
( como vc diz, talvez acima de 1% )
-O Fato de representar uma parcela relativamente significativa
implica que tais SNPs nao desaparecerao em "uma geracao" e por
isso sao relativamente estaveis.
- Obvio que depois de milhares de anos todos os SNPs
ou grande parte deles poderao ser alterados e o mapeamento
deveria ser refeito.
- SNps representam a variabilidade genetica da populacao
na epoca em que foram mapeados.


>
> > SNPs quer dizer um polimorfismo de um unico nucleotidio
> > portanto precisa haver pelo menos uma troca de base
> > em relacao a um genoma padrao. Mas isso nao siginifica
> > que devemos ter todas as possibilidades possiveis para
> > aquele nucleotidio, muito pelo contrario, o que eh
> > esperado eh uma *unica* troca de letras na posicao mapeada.
>
> Nao e' esperada uma unica troca apenas. Em
> qq posicao e' esperada q. se encontre qq uma das
> bases ocasionalmente. O SNP se refere geralmente
> a bases q. se apresentem em mais de um porcento
> da amostra. Outras bases podem ocorrer e e' o q.
> em geral obtemos.

A probabilidade de termos 2 polimorfismos na mesmissima
posicao no genoma eh bastante improvavel. Por isso que
eu disse q apenas uma unica troca de par de base eh esperada
para cada SNP.

>
> > Ta, temos uma diferenca significativa de numeros aqui.
> > Eu peguei o site do National Human Genome Research Institute
(NHGRI)
> > que pertence ao U.S. Department of Health and Human Services.
> > E achei em : http://www.nhgri.nih.gov/NEWS/vignettes.html#10
>
> Nao ha' diferenca, Barcellos. A sua referencia e'
> a respeito de um catalogo -- SNP mapeados para serem
> utilizados como referencias em outros estudos. E nao
> a todos os SNP q. efetivamente se encontram no
> genoma.

Mas la falava claramente que devemos ter 1 SNP para cada
1000 bases e nao 100 ou 300. Pq estaria errado esta informacao?


>
> > > E alem disso o SNP desconsidera as mutacoes
> > > individuais. Considerando-se isso chegamos
> > > aos ~100% de diferenca.
> >
> > As mutacoes individuais sao minimas em relacao aos
> > SNPs, com isso chegamos a uma semelhanca de 8% em
> > genes de sequencia identica.
>
> Sao minimas, mas e' o q. basta para caracterizar uma
> sequencia diferente. Ja' mostrei como isso e' possivel
> em mensagem anterior.

Estamos falando em estatisticas algumas mutacoes
nao iriam mudar estes numeros. Os SNPs sao a chave
da questao. "Qtos genes compartilhamos ? "


[]s
jocax




SUBJECT: Re: Mistura de raças
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 12:02

--- In ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> wrote:
> On Mon, 20 Aug 2001, Andre Roviralta Dias Baptista wrote:
> > Então não existem espécies também, pois o conceito não pode ser
definido de
> > forma lógica, já que se considerarmos todos os seres vivos atuais
e
> > passados, existe um "continuum" entre eles, já que um filho não
pode
> > pertencer a uma espécie distinta da dos pais, por definição.
>
> Há um continuum de ancestrais, mas não de espécies atuais. Não há
falta de
> lógica na definição de espécie visto que o conceito é bem definido e
> observado.

O indivíduo A pode ser classificado como da mesma espécie B, e B como
da mesma espécie que C, isso não implicará necessariamente que A seja
classificado como pertencente a mesma espécie que C. Já li pelo menos
um relato de que isso ocorre com uma espécie atual, uma espécie de
gaivota do hemisfério norte que possui uma distribuição geográfica
leste-oeste ao redor do globo. Partindo de um determinado ponto e
seguindo para leste, os indivíduos dessa espécie vão apresentando
ligeiras variações que vão aumentando conforme progradimos, de tal
forma que quando completamos a volta ao mundo e voltamos ao ponto
incial, constatamos que a espécie que estamos acompanhando é uma
espécie distinta da espécie original. Em um determinado ponto do
globo os dois extremos da distribuição convivem mas não cruzam entre
si, constituindo claramente duas espécies distintas naquela região.

Por outro lado não há porque desconsiderar o continuum de ancestrais,
já que os fósseis também são classificados em espécies. Se tivermos
que classificar todos os indivíduos intermediários teremos que
incorrer sempre em arbitrariedades e imprecisões. Isso não invalida a
prática de classificação em espécies, pois a mesma tem se mostrado
muito útil, embora não totalmente precisa.

Em geral as classificações são categorias arbitrárias inventadas pela
mente humana para organizar num sistema inteligivel a diversidade da
natureza. Podemos classificar os animais por proximidade filo-
genética, hábitos alimentares, nicho ecológico, etc. Toda
classificação tem suas vantagens e limitações.

Podemos da mesma forma classificar os indíviduos por sexo, idade etc,
ou pela cor da pele e traços faciais e chamar isso de classificação
racial. É uma classificação como outra qualquer, e o fato de haver
individuos com caracteristicas intermediárias exige que cometamos
imprecisões e arbitrariedades, como em qualquer outra classificação.

Agora, se você me disser:

"Não devemos classificar as pessoas por seus traços exteriores, pois
isso é um comportamento odioso e estimula o preconceito e a
xenofobia."

É um juízo de valor válido.

>
> > Se as raças não existem, não existe o racismo também. Ou alguém
pode
> > discriminar outra pessoa com base em algo que não existe?
>
> Falta lógica em seu argumento.

Se as pessoas não podem ser classificadas pela cor da pele, não podem
ser agrupadas em grupos (embora arbitrários) por esse critério, como
poderão ser discrimnadas???
Qual a falta de lógica?
É possível discriminar as pessoas com base em algo que não existe?
Por exemplo, podemos discriminar as pessoas com base na cor da
sua "aura"? Existe sentido nessa afirmação?


>
> > As vezes só as crianças conseguem ver que o rei está nu.
>
> As crianças também acreditam que existem montros nos armários.


Neste caso basta abrir o armário e mostrar que não existem monstros.
Mas quando o rei está nu, é preciso tecer uma longa e sofismática
explicação politicamente correta para demostrar que, na verdade, o
rei está vestido.

[]´s

André





SUBJECT: Re: Mistura de raças
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 12:53

Pegue uma linha evolutiva direta que vai da origem da vida
ateh o homo sapiens.

Existem diversas especies que seguiram esta linha evolutiva.

O caminho evolutivo forma um continuo e nao se pode dizer
exatamente onde termina uma especie e comeca outra.

Se fizermos 2 cortes nesta linha, por um periodo de tempo
suficientemente longo, sempre teremos 2 especies diferentes.

Enquanto esivermos seguindo uma linha evolutiva, e desprezando
suas ramificacoes, teremos sempre uma variacao relativamente
continua de genes e caracteristicas o que dificulta bastante
a distincao entre 2 especies uma vez que elas nao viveram
no mesmo periodo de tempo.


Contudo, ao fazermos um corte transversal na linha evolutiva,
cruzamos varias especies habitando o mesmo tempo-espaco.

Se observarmos 2 especies quaisquer sabemos que a diferenciacao
se originou num ancestral comum a ambas epecies. Tal diferenciacao
se formou devido a um isolamento genetico entre membros
desta especie ancestral comum. O isolamento genetico pode ser
devido a varias causas, entre elas, o distanciamento geografico.

Eh possivel que o distanciamento geografico comece a promover
mudancas fenotipicas visiveis e que serao depois realcadas
pela preferencia sexual das especies sendo diferenciadas,
formando assim um feed-back positivo no sentido de que
a separacao geografica nao seja o fator mais importante
nesta diferenciacao.

Surge, naturalmente, uma pergunta de ordem quantitativa :
Qual o *minimo fluxo* genetico ( miscigenacao ) entre
os habitantes de 2 grupos separados geograficamente para
que a diferenciacao nao aconteca ?

Sem esta resposta nao poderemos dizer que o fluxo genico
entre os diferentes continentes que hoje formam o globo
sejam suficientes para conter a diferenciacao de especies.
Sem um numero teorico quantitativo tudo nao passara de especulacao.

Nem tao pouco podemos dizer que nossos genomas sao suficientemente
parecidos se *tambem nao sabemos* qual o minimo de diferenca
entre 2 genomas para que possamos garantir que 2 individuos
pertencam a mesma especie !

Pode ser ateh que ja existam 2 especies de homo sapiens em
pontos distantes do planeta hoje, ou que va existir em 2 seculos...


Sem dados quantitativos tudo eh especulacao....

[]s
jocax



SUBJECT: Re: Embrionica
FROM: gladston@unilestemg.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 13:02

Um trecho que me fez pensar sobre isso:

"A Self-Repairing Multiplexer-Based FPGA Inspired by Biological
Processes" PhD Thesis, Gianluca Tempesti. Logic Systems Laboratory,
École Polytechnique Féderále de Lausanne, Suíça.

Disponível em HTML
http://lslwww.epfl.ch/pages/embryonics/thesis/


"Our laboratory has been involved in this kind of FPGA-based systems
for many years. Among the most interesting project, we can mention:
[...]
GENSTORM [68], a dedicated processor for matching DNA or protein
sequences with known pattern families. By implementing dedicated
algorithms in hardware, GENSTORM can overcome the slower clock rate
in a very computationally-intensive application."

[68]E. Mosanya, J.-M. Puiatti, E. Sanchez. "Hardware Implementation
of Generalized Profile Search on the GENSTORM Machine". In Proc. IEEE
Symposium on Field-Programmable Custom Computing Machines (FCCM98),
Napa, CA, April 1998.

Ao que me parece o uso de hardware reconfigurável pode ser útil
nesses casos. Consequentemente, a aplicação de técnicas evolutivas
para projetar esses dispositivos já deve estar sendo aplicada.

Com relação a computação biomolecular tb acho que deve haver alguma
ligação, mas preciso buscar mais informações.

[]s
Gladstone.


--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> --- In ciencialist@y..., gladston@u... wrote:
> > Exatamente Takata. Mandei a referencia com um erro. Na realidade
eh
> > "Making chips to probe genes"
>
> Biochips tbm entram na embrionica?
>
> E computacao biomolecular e cibernetica?
>
> []s,
>
> Roberto Takata



SUBJECT: Virus ... !0000
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/08/2001 15:22

Gostei dessa idéia que recebi. Realmente é útil e funciona!
[]'
Léo
===========
Para evitar a disseminação de vírus que se auto enviam por e'mail, crie um
contato no seu address book com o nome de :

!0000

sem endereço do e-mail nos detalhes.


Esse contato vai aparecer em primeiro lugar na sua lista de endereços. Se o
vírus tentar se auto-enviar para todos os endereços do seu address book, seu
computador vai colocar uma mensagem de erro dizendo que: "A mensagem não
pôde ser enviada. Um ou mais destinatários não tem um endereço de e-mail.
Favor checar seu Address Book e tenha a certeza de todos os seus
destinatários têm um endereço de e-mail válido".

Basta você clicar em OK e a mensagem ofensiva não vai ter sido enviada para
ninguém, e obviamente nenhuma modificação vai ter sido feita na sua lista de
contatos original. O vírus então será então automaticamente armazenado no
seu arquivo "drafts" ou "outbox". Vá até eles e apague a mensagem.

Desta forma voce consegue detectar que seu computador está infectado, alem
de poder impedir que o virus se espalhe.

=====================



SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 15:35

--- In ciencialist@y..., "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@u...> wrote:
> Veja bem se por absurdo estes SNPs desaparecessem da populacao
> em uma geracao, por exemplo, nao teria sentido mapea-los.

Ninguem falou q. eles desapareceriam em
uma geracao ou de hora pra outra. A questao
e' q. eles nao sao estaveis: eles estao em
eterna transicao para o estado seguinte.

> A probabilidade de termos 2 polimorfismos na mesmissima
> posicao no genoma eh bastante improvavel. Por isso que
> eu disse q apenas uma unica troca de par de base eh esperada
> para cada SNP.

Nao se tem 2 polimorfismos na mesma posicao --
o polimorfismo e' um fenomeno, ocorre ou nao.
Se ha' ou nao formas variantes e' q. determinam
a ocorrencia de polimorfismo: nao importa se e' uma
ou mais variantes. Mas nao e' improvavel q. um
sitio polimorfico apresente mais de uma forma alternativa.

> Mas la falava claramente que devemos ter 1 SNP para cada
> 1000 bases e nao 100 ou 300. Pq estaria errado esta informacao?

Fala q. se espera uma alteracao a cada 1.000 bases
nao propriamente um SNP.

> Estamos falando em estatisticas algumas mutacoes
> nao iriam mudar estes numeros. Os SNPs sao a chave
> da questao. "Qtos genes compartilhamos ? "

Ja' foi mostrado aqui como uma sequencia com *zero*
SNPs pode apresentar variacoes alelicas.

A questao nao e' exatamente estatistica, ja' q. estamos --
eu pelo menos estou -- falando da individualidade
dos genes de cada pessoa (considerando estritamente
a sequencia inteira).

"Qtos genes compartilhamos?" -- a resposta depende do
nivel da pergunta.

De certa forma compartilhamos praticamente 100% dos
locos. Genes correspondentes q. codificam um polipeptideo
correspondente. Isso nos da' identidade como especie.

Em termos de variantes com efeitos fenotipicos temos
entre 5 e 20 por loco. (O seu calculo mostrou como isso
reduz bastante a similaridade genetica para algo em
torno de 14%.)

Em termos de sequencias a variacao e' muito gde.
Praticamente cada pessoa possui uma sequencia
propria.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mistura de raças
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 15:38

On Tue, 21 Aug 2001 andrebaptista@uol.com.br wrote:
> Podemos da mesma forma classificar os indíviduos por sexo, idade etc,
> ou pela cor da pele e traços faciais e chamar isso de classificação
> racial. É uma classificação como outra qualquer, e o fato de haver
> individuos com caracteristicas intermediárias exige que cometamos
> imprecisões e arbitrariedades, como em qualquer outra classificação.

Agora sim concordo com vc.

> "Não devemos classificar as pessoas por seus traços exteriores, pois
> isso é um comportamento odioso e estimula o preconceito e a
> xenofobia."
> É um juízo de valor válido.

Mas não tem qualquer valor científico.

> Se as pessoas não podem ser classificadas pela cor da pele, não podem
> ser agrupadas em grupos (embora arbitrários) por esse critério, como
> poderão ser discrimnadas???
> Qual a falta de lógica?

Falta lógica no ponto que vc disse em que a não existência de raças
implicaria na não existência de racismo. O problema é que até agora não
foi definido claramente o que é raça. Se raça for a cor da pele então cai
nas imprecisões e arbitrariedades descritas por vc mesmo no primeiro
parágrafo. Concordo que exista preconceito baseado em cor de pele, altura,
religião, traços faciais, etc, mas definir isso como raça e chamar o
preconceito a estas características de racismo é outro passo.

Não estou negando o preconceito, o que eu quero é uma definição de raça.

> Neste caso basta abrir o armário e mostrar que não existem monstros.

Faça isso para uma criança que tenha este tipo de fobia e veja se ela se
convence.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] maquina que raciocina melhor
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 15:43

> O ASCI White, construído pela IBM, é
> capaz de realizar
> 12 bilhões de cálculos por segundo e tem capacidade
> para armazenamento
> de 450 biliões de bytes em informação.
Que eu saiba, ninguém mais preocupado em eficiência
de processamento faz qualquer cosia sem PROCESSAMENTO
PARALELO. Eu duvido que isso seja uma máquina só. Como
assim? em pleno século XXI, as pessoas ainda acham que
criar UMA máquina muito rápida é a melhor solução??

> foi criado a pensar nos
> engenheiros nucleares, que dentro em breve vão poder
> saber como é que
> explode uma bomba, sem que seja necessário testá-la.
Bom, na verdade eles nunca saberão até testá-la...
Eles podem no máximo é executar uma simulação baseada
num modelo científico, e ter fé de que corresponderia
à realidade! e viva Popper! :)

--nicolau



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SUBJECT: Racas e diversidade genetica
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 16:23

Pra quem assina o WebofScience ou
tem acesso vale a pena dar uma lida.

Harding, Rosalind M. 2000 --
Diversity, not divergence: Genetic
History of Modern Humans, 8th CEPH
Annual Conference, Faculté de
Médecine Lariboisière Saint-Louis,
Paris, France, 24–26 May 2000.
Trends in Genetics 16 (9): 381

http://e5500.fapesp.br/cgi-bin/sciserv.pl?
collection=journals&journal=01689525
&issue=v16i0009&article=381_dnd
&form=pdf&file=file.pdf

'The importance of re-evaluating
assumptions made for reconstructing
history is well illustrated by discussions
of phylogenetic concepts such as 'race'.
[...] Is is well know that differences among
human populations are explained by less
than 15% of the variance in the ~0.08%
of the DNA that is polymorphic. An even
smaller percentage accounts for 'racial'
differences between groups of individuals
chosen as representative 'Africans', 'Asians'
and 'Europeans'. One way to accommodate
perceptions of marked racial divisions is to
suggest, first, that a limited number of genes
are involved in racial phenotypes and, second,
that patterns of population differences in
these genes are due to selection, in particular,
adaptation to climate. Such racial differences
follow selection gradients, and therefore provide
no evidence for a history of accumulating
divergence between Africans, Asians and
Europeans."

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Racas e diversidade genetica
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 16:36

Scientists at for-profit company Celera Genomics and
taxpayer-funded Human Genome Project claimed race is
not part of science because their research, which was
published in the most recent issues of scientific journals
Science and Nature, showed that only one-hundredth of 1
percent of each human's genetic makeup is different.

"Any two humans on this planet are more than 99.9
percent identical at the molecular level. Racial and ethnic
differences are all indeed only skin deep," said Eric Lander,
director of the human genome sequencing lab at the
Whitehead Institute, one of the major labs that
contributed to the international Human Genome Project.

That could be good news, and perhaps a score against
those who would use biological differences to promote
racism.

However, part of the fractional percentage that's different
contains genetic variations known as single nucleotide
polymorphisms, or SNPs (pronounced "snips"). SNPs are
small gene variations that give people different hair colors,
make individuals more prone to certain diseases and
determine how people react to drugs.

Some believe data gleaned from SNPs can lead to specific
races being automatically associated with specific diseases
and conditions. In essence, they say this will lead to
science-based ethnic discrimination.

Friday at the American Association for the Advancement of
Science annual meeting, Troy Duster, a sociologist at the
University of California at Berkeley, will explain why he
believes removing race from the list of scientific concepts
is dangerous.

"There is a lot of interest now in using (gene variation)
frequencies to specify what are called ethnic affiliation
markers, which are a way to identify with some probability
what part of a population group someone might be coming
from," Duster said.

The Sanger Centre in Cambridge, England will undertake a
project using 400,000 new tests for genetic variations. The
researchers hope to determine the medical significance of
genetic variations in black Americans, white Americans and
Asian Americans.

Duster worries that projects like this will lead to
discrimination against minority ethnicities.

Celera and the Human Genome Project each estimate in
their papers that about 1.5 million SNPs exist in humans.

Celera used DNA from five volunteers -- three women and
two men, ethnically African-American, Chinese, Hispanic
and white, to create its human genome map.

Craig Venter, Celera's president and chief scientific officer,
said that the ethnicities of the DNA donors had no impact
on the outcome of the human genome map, and he used a
racially varied group in part to prove this point.

"No serious scholar in this field thinks that race is a
scientific concept. It just is not," Venter said.

Duster also said, for example, that the genetic test for
cystic fibrosis accurately predicts the gene for those of
European ancestry, but not for Asians or Latinos or
Hispanics.

"Whether or not we develop a genetic test for different
mutations is dependent upon not the science or the
medicine, but politics -- namely, whether a group has a lot
of power," Duster said.

He said that cystic fibrosis occurs in Zuni Indians as much
as it occurs in those of European descent, but no accurate
genetic test exists for Zunis.

Duster also mentioned what he termed the "darker"
potential uses of this technology: racial profiling. The FBI
is
entering SNP information into the Combined DNA Index
System, or CODIS, which holds DNA profiles from convicted
offenders.

"In some situations that might be a proxy for ethnicity," he
said. "And we're saying race is not a scientific issue."

Extraido de :
www.wired.com/news/technology/0,1282,41619,00.html




SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 16:59

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
>
> > Mas la falava claramente que devemos ter 1 SNP para cada
> > 1000 bases e nao 100 ou 300. Pq estaria errado esta informacao?
>
> Fala q. se espera uma alteracao a cada 1.000 bases
> nao propriamente um SNP.
>

Tanto se pegarmos o numero total de SNPs estimandos de
a) Tot SNPs = 1,7E6

como se pegarmos a porcentagem estimada :
0,1% do genoma de 3E9 =
b)Tot SNPs = 3E6

Teremos entao, para o numero medio de pbs entre SNPs de :
a) 3E9 / 1,7E 6 = 1700 pbs entre SNPs ou

b) 3E9 / 3E6 = 1000 pbs entre SNPs


Isso mostra que 100 ou 300 pbs entre SNPs talvez seja
um calculo estimado *antes* do projeto genoma, ja que
a diferenca eh muito grande.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: Duvida sobre comparacao de genoma
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 18:03

--- In ciencialist@y..., "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@u...> wrote:
> Isso mostra que 100 ou 300 pbs entre SNPs talvez seja
> um calculo estimado *antes* do projeto genoma, ja que
> a diferenca eh muito grande.

Pode ser. Mas uma ordem de gdeza de 10
para estimativas e' mais ou menos o esperado
de incerteza.

E como as estimativas q. trabalham com
1 SNP: 100-300 pb estimam um tamanho medio
de 1.000 pb por gene, daria entre 3 e 10
sitios polimorficos por gene.

Os seus dados trabalham indicam 1 SNP: 1.000
para genes entre 20.000-30.000 pb -- tbm com
cerca de 3 sitios polimorficos por gene.

[Mas mesmo com 0 sitio polimorfico por gene
(a 1% ou mesmo a 0,01%) e' possivel se ter
uma diversidade genetica em nivel de sequencia.]

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: maquina que raciocina melhor
FROM: "L.B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 18:41

--- In ciencialist@y..., Nicolau Werneck <nwerneck@y...> wrote:


> Que eu saiba, ninguém mais preocupado em eficiência
> de processamento faz qualquer cosia sem PROCESSAMENTO
> PARALELO. Eu duvido que isso seja uma máquina só. Como
> assim? em pleno século XXI, as pessoas ainda acham que
> criar UMA máquina muito rápida é a melhor solução??

Não entendo de computação, mas acho que nem sempre a eficiência de
processamento está ligada com processar em paralelo... ouvi dizer que
tal processamento tem suas desvantagens. Creio que dependa mais do que
vai processar para se ter vantagem em se usar processamento em
paralelo.

> > foi criado a pensar nos
> > engenheiros nucleares, que dentro em breve vão poder
> > saber como é que
> > explode uma bomba, sem que seja necessário testá-la.
> Bom, na verdade eles nunca saberão até testá-la...
> Eles podem no máximo é executar uma simulação baseada
> num modelo científico, e ter fé de que corresponderia
> à realidade! e viva Popper! :)


É óbvio que certas quantidades não poderiam ser preditas com precisão
total apenas através de simulações.
Agora, negar a eficiência dessas simulações soa quase como querer
testar palitos de fósforo ou camisinhas antes de vender para se ter
certeza que funcionariam na hora desejada :o)
Negar a eficiência das simulações, ao meu ver, não faz sentido.


Abraços
Leandro.



SUBJECT: Grau de Doutor ... em astrologia !
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/08/2001 18:55

JCEMail - No 1856 (dessa semana)
[]'
Léo
=========================================
22. Titulo de doutora a astrologa causa crise na Sorbonne

Adam Sage escreve de Paris para "The Times":

A Sorbonne, outrora a mais prestigiosa Universidade da Franca, esta' sendo criticada por ser hoje o refugio de academicos excentricos e irracionais que carecem de rigor intelectual.

A critica esta' num relatorio sobre a decisao da instituicao de conceder o titulo de doutorado a Elisabeth Teissier, astrologa que assessora importantes personalidades francesas, entre elas o ex-presidente Francois Mitterrand.

Muitos cientistas franceses aderiram ao pedido para que o doutorado de Teissier seja revogado. Eles descarregaram zombarias sobre a tese dela, de 900 paginas: A situacao epistemologica da astrologia por meio da ambivalencia fascinacao/rejeicao em sociedades pos-modernas.

Em abril, Teissier, de 63 anos, tornou-se doutora de sociologia por uma banca examinadora na Sorbonne, depois de defender sua tese em exame oral.

A mulher, que em outros tempos assessorou Mitterrand sobre a Guerra do Golfo, argumentou que a astrologia era considerada injustamente por intelectuais uma "materia marginal".

Os academicos da banca causaram furor quando felicitaram a astrologa diante de um publico formado por seus clientes endinheirados. Mas Bernard Lahire, professor de sociologia na Ecole Normale Superiore, de elite, disse em seu relatorio sobre o assunto:

"Nao que esta seja uma tese ruim de sociologia. E' uma tese totalmente sem sociologia. So' defende o ponto de vista do astrologo e carece de tudo que possa ser descrito como cientifico."

Os astrofisicos Jean Audouze e Jean-Claude Pecker acrescentam: "Isto e' uma nao-tese que e' so' uma justificativa da astrologia. Nao existem evidencias que deem apoio 'as suas afirmacoes."

A preocupacao com o declinio da Sorbonne e' cada vez maior. Lahire, por exemplo, disse que nao se deve culpar madame Teissier. "A culpa e' da instituicao. Ela e' um refugio de professores sem rigor que 'as vezes sao francamente anti-racionais."

Fundada no seculo 13, a Universidade foi apanhada na turbulencia que atinge o sistema de ensino superior frances, incapaz de atender 'a altura o crescente numero de alunos. (O Estado de SP, 18/8)
=========================




SUBJECT: Re: Racas e diversidade genetica
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 19:59

Deixa ver se eu entendi, Roberto.

As semelhanças entre os indivíduos habitantes de uma determinada
região seriam devidas mais à adaptação a condições ambientais
semelhantes do que ao parentesco filogenético. Isso explicaria a
semelhança de caracteres entre aborígenes e africanos, e entre os
próprios africanos de diferentes etnias. Seria em pequena escala uma
"evolução convergente", produzindo indivíduos mais parecidos na
aparencia externa do que no DNA. Então um africano pode ser mais
próximo geneticamente de um europeu do que de outro africano.
É isso?

[]'s

André


--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> Pra quem assina o WebofScience ou
> tem acesso vale a pena dar uma lida.
>
> Harding, Rosalind M. 2000 --
> Diversity, not divergence: Genetic
> History of Modern Humans, 8th CEPH
> Annual Conference, Faculté de
> Médecine Lariboisière Saint-Louis,
> Paris, France, 24–26 May 2000.
> Trends in Genetics 16 (9): 381
>
> http://e5500.fapesp.br/cgi-bin/sciserv.pl?
> collection=journals&journal=01689525
> &issue=v16i0009&article=381_dnd
> &form=pdf&file=file.pdf
>
> 'The importance of re-evaluating
> assumptions made for reconstructing
> history is well illustrated by discussions
> of phylogenetic concepts such as 'race'.
> [...] Is is well know that differences among
> human populations are explained by less
> than 15% of the variance in the ~0.08%
> of the DNA that is polymorphic. An even
> smaller percentage accounts for 'racial'
> differences between groups of individuals
> chosen as representative 'Africans', 'Asians'
> and 'Europeans'. One way to accommodate
> perceptions of marked racial divisions is to
> suggest, first, that a limited number of genes
> are involved in racial phenotypes and, second,
> that patterns of population differences in
> these genes are due to selection, in particular,
> adaptation to climate. Such racial differences
> follow selection gradients, and therefore provide
> no evidence for a history of accumulating
> divergence between Africans, Asians and
> Europeans."
>
> []s,
>
> Roberto Takata



SUBJECT: Re: Racas e diversidade genetica
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 20:13

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> próprios africanos de diferentes etnias. Seria em pequena escala uma
> "evolução convergente", produzindo indivíduos mais parecidos na
> aparencia externa do que no DNA. Então um africano pode ser mais
> próximo geneticamente de um europeu do que de outro africano.
> É isso?

Em linhas gerais e' isso. Vc resumiu muito bem
a situacao.

Se fizermos uma analise de 'clusters' de
caracteristicas geneticas, agruparemos
individuos de populacoes sem uma
correlacao clara de continentes geograficos.

Nao estou com o livro aqui q. mostra
uma analise filogenetica de diferentes
populacoes.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: ilusao
FROM: "L.B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 21:22

Olá pessoal.
Recebi esse teste e o achei curioso.


TESTE: rápido e impressionante: conte, quantas letras "F" tem no texto
abaixo:


FINISHED FILES ARE THE RE-
SULT OF YEARS OF SCIENTIF-
IC STUDY COMBINED WITH
THE EXPERIENCE OF YEARS








Contou?
Somente leia abaixo após ter contado os "F".
OK?
..















Quantos??? 3??? Talvez 4???





..

..








Errado, são 6 (seis) - não é piada!
Volte para cima e leia mais uma vez!
A explicação está mais abaixo ...
..
..
..
..
..


O cérebro não consegue processar a palavra "OF".
Loucura, não?

Quem conta todos os 6 "F" na primeira vez é um "gênio", 3 é normal, 4
é mais raro, 5 mais ainda, e 6 quase ninguém.

_____________________________________________________________

Alguém conhece o porquê do cérebro não processar a palavra "of" na
contagem?
Será que seria apenas uma espécie de descuido do cérebro? Ou mais uma
falha da visão humana?
Será que os resultados são como preditos mesmo? Comigo o teste deu
certo. Gostaria de saber se o cérebro é assim mesmo ou se o teste deu
certo comigo por coincidência e essa é mais uma falácia do tipo
daquela história propagada pelos exotéricos de que só usamos 10 (ou 3?
não me lembro agora) por cento do cérebro (a verdade é que usamos todo
o cérebro).

Abraços
Leandro.



SUBJECT: Re: ilusao
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 21:59

--- In ciencialist@y..., "L.B. Holanda" <holanda_lb@z...> wrote:
> Olá pessoal.
> Recebi esse teste e o achei curioso.
> TESTE: rápido e impressionante: conte, quantas letras "F" tem no texto
> abaixo:

Putz, isso ainda circula na internet?
Sera' um otimo teste de hipotese da teoria
dos memes.

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/7192
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/3780

> Alguém conhece o porquê do cérebro não processar a palavra "of" na
> contagem?

Consegue. Os q. nao leem ingles notam o 'efe' do 'of'
direitinho. Os q. falam ingles de modo mais fluente
leem o 'of' com o som de 'ov'...

So' como curiosidade experimente fazer uma busca
em um sitio de procura pela expressao:

"FINISHED FILES ARE THE"

O padrao de referencia da lista parece ser o
Google, mas ele nao permite busca pela
frase exata...

Achei 671 pelo Altavista, 1.384 por um outro
sitio. Como o Google nao permite a busca
por frase exata, utilizando-se as palavras-chave:
"finished files result years scietific study combined
experience" -- encontramos 8.720 paginas.

A referencia mais antiga q. encontrei data de
fevereiro de 1996:

http://member.aol.com/areoasis/Oasis/scotoma1.html

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mistura de raças
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 22:00

On Monday 20 August 2001 04:57 pm, you wrote:
> Olá Roberto,
>
> ----- Original Message ----- From: <rmtakata@altavista.net>
>
> > Estudos com analise de genes nao encontraram
> > nenhuma diferenca significativa entre as diversas
> > populacoes humanas.
>
> Então as raças não existem? Ou são só produto do preconceito? Será que uma
> criança pura, criada livre de quaisquer preconceitos, não conseguiria
> distinguir dois grupos distintos, por exemplo, em uma sala com cinco
> europeus e cinco africanos?
>

Acho que o que o Tarcisio quer dizer com isso eh que na taxonomia o conceito
de raca eh muito mais amplo que o de especie. Entao eh mais provavel haver a
diferenciacao entre especies ou subespecies, do que criar-se um outro ramo
mais grosso na arvore.

Mas mesmo essa diferenciacao ja eh um tanto improvavel nas circunstancias
atuais de comunicacao do mundo.

No seu exemplo da crianca livre de preconceito, note o seguinte: ela deve
saber que existem diferencas na caracterizacao fisica de cada individuo,
tornando nossa natureza rica em possibilidades, mas que isso nao o torna
realmente diferente dos outros (exceto em casos extremos - nanismo, sindrome
de Down, etc).

Pergunto-lhe: se for criada uma vila "isolada" com anoes, que casam com
anoes, e tem filhos anoes, tornar-se-ao esses anoes uma raca diferente da
nossa?

abracos
Felipe


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mistura de raças
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 22:05

On Monday 20 August 2001 05:30 pm, you wrote:
> de: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
>
> > On Mon, 20 Aug 2001, Andre Roviralta Dias Baptista wrote:
> > > Então as raças não existem? Ou são só produto do preconceito? Será que
>
> uma
>
> > > criança pura, criada livre de quaisquer preconceitos, não conseguiria
> > > distinguir dois grupos distintos, por exemplo, em uma sala com cinco
> > > europeus e cinco africanos?
> >
> > Geneticamente não há diferença nenhuma.
>
> Nenhuma? Então as diferenças observadas (cor da pele, traços faciais,
> compleição física) são causadas pelas diferenças de criação e alimentação?
>
> > > Escrevo isso porque toda que leio artigos minimizando as diferenças
>
> entre as
>
> > > raças, ou comparando as diferenças entre as raças com as diferenças
> > > intrínsecas no interior de cada raça, para concluir que as diferenças
>
> entre
>
> > > raças são muito menores, tenho a impressão de estar diante de uma
>
> atitude
>
> > > politicamente correta de negar a existencia de raças. Será que esse é o
> > > melhor caminho para combater o preconceito?
> >
> > Não há sentido em se discutir se existem ou não raças dentro da espécie
> > humana se o conceito de raça não for definido. Enquanto isso qualquer
> > discussão é fútil.
>
> Então não existem espécies também, pois o conceito não pode ser definido de
> forma lógica, já que se considerarmos todos os seres vivos atuais e

Quem disse que o conceito nao pode ser definido de forma logica? Para que
serve a taxonomia entao?


> passados, existe um "continuum" entre eles, já que um filho não pode
> pertencer a uma espécie distinta da dos pais, por definição.

Esta definicao esta errada. Uma mais aproximada de especie seria "Dois
individuos sao da mesma especie se podem gerar prole fertil". Exempo: um
cavalo eh da mesma "raca" que um jumento, mas sua prole (a mula) nao eh
fertil. Disse minha "tia Teteca".


> Se as raças não existem, não existe o racismo também. Ou alguém pode
> discriminar outra pessoa com base em algo que não existe? As vezes só as
> crianças conseguem ver que o rei está nu.

EXATO! Por isso o racismo devia existir! Mas se ele existe, nao eh por razoes
naturais, mas socio-culturais.


abracos
Felipe


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ilusao
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 22:15

No Google, as palavras mais comuns são ignoradas a não ser
que sejam precedidas de um "+". Por exemplo:

"FINISHED FILES ARE THE"

deve levar um "+" antes do "are":

"FINISHED FILES +ARE THE"

Joao

rmtakata@altavista.net wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., "L.B. Holanda" <holanda_lb@z...> wrote:
> > Olá pessoal.
> > Recebi esse teste e o achei curioso.
> > TESTE: rápido e impressionante: conte, quantas letras "F" tem no texto
> > abaixo:
>
> Putz, isso ainda circula na internet?
> Sera' um otimo teste de hipotese da teoria
> dos memes.
>
> http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/7192
> http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/3780
>
> > Alguém conhece o porquê do cérebro não processar a palavra "of" na
> > contagem?
>
> Consegue. Os q. nao leem ingles notam o 'efe' do 'of'
> direitinho. Os q. falam ingles de modo mais fluente
> leem o 'of' com o som de 'ov'...
>
> So' como curiosidade experimente fazer uma busca
> em um sitio de procura pela expressao:
>
> "FINISHED FILES ARE THE"
>
> O padrao de referencia da lista parece ser o
> Google, mas ele nao permite busca pela
> frase exata...
>
> Achei 671 pelo Altavista, 1.384 por um outro
> sitio. Como o Google nao permite a busca
> por frase exata, utilizando-se as palavras-chave:
> "finished files result years scietific study combined
> experience" -- encontramos 8.720 paginas.
>
> A referencia mais antiga q. encontrei data de
> fevereiro de 1996:
>
> http://member.aol.com/areoasis/Oasis/scotoma1.html
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] maquina que raciocina melhor
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/08/2001 22:34

On Tuesday 21 August 2001 03:43 pm, you wrote:
> > O ASCI White, construído pela IBM, é
> > capaz de realizar
> > 12 bilhões de cálculos por segundo e tem capacidade
> > para armazenamento
> > de 450 biliões de bytes em informação.
>
> Que eu saiba, ninguém mais preocupado em eficiência
> de processamento faz qualquer cosia sem PROCESSAMENTO
> PARALELO. Eu duvido que isso seja uma máquina só. Como
> assim? em pleno século XXI, as pessoas ainda acham que
> criar UMA máquina muito rápida é a melhor solução??

CERTAMENTE eh uma maquina com VARIOS processadores. E isso requer
processamento paralelo, como voce apontou, e problemas e programas
especificos, como o Holanda ressaltou.

Mas ia ser legal se ela coubesse no meu quarto... ;)

Felipe


SUBJECT: Re: maquina que raciocina melhor
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 00:11

--- In ciencialist@y..., "L.B. Holanda" <holanda_lb@z...> wrote:
> Olá pessoal.
> Ao ler a notícia abaixo, me perguntei:
> - Será que estamos longe da primeira máquina que raciocina
melhor do
> que nós?


Certamente. É importante lembrar que o cérebro humano não evoluiu
para fazer cálculos matemáticos. Não acredito que tenha havido
nenhuma pressão seletiva nesse sentido, por isso tivemos nós mesmos
que "inventar" o cálculo mental, que é bastante limitado. Nisso as
máquinas são muito melhores do que nós. No entanto, o raciocínio
humano (felizmente) não é só cálculos. Fazemos coisas que as máquinas
estão longe de fazer com eficiência, como reconhecer imagens,
independentemente de posição, ângulo, distância e fonte de luz. Outro
exemplo é o reconhecimento da fala e a compreensão da linguagem.

Para resumir, muitas das habilidades mentais que são
consideradas "inteligentes", e que foram desenvolvidas pela
civilização, como fazer cálculos complicados ou jogar xadrez, as
máquinas já fazem melhor. No entanto, ainda estão longe de fazer
algumas coisas que uma criança de 3 anos faz com facilidade (na
verdade, as máquinas ainda estão longe de emular o chimpanzé).


[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mistura de raças
FROM: Arnaldo <arnaldojr@linkway.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 00:21

At 17:11 20/08/01 -0300, you wrote:
>On Mon, 20 Aug 2001, Andre Roviralta Dias Baptista wrote:
> > Então as raças não existem? Ou são só produto do preconceito? Será que uma
> > criança pura, criada livre de quaisquer preconceitos, não conseguiria
> > distinguir dois grupos distintos, por exemplo, em uma sala com cinco
> > europeus e cinco africanos?
>
>Geneticamente não há diferença nenhuma.
Como vc pode afirmar q nao há diferença geneticamente, nas diferentes raças!!!
Quem define a cor da pele é o gene responsável por essa característica,
portanto existe diferença genetica entre as diferenças raças.



SUBJECT: Re: maquina que raciocina melhor
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 00:31

--- In ciencialist@y..., Nicolau Werneck <nwerneck@y...> wrote:
> > O ASCI White, construído pela IBM, é
> > capaz de realizar
> > 12 bilhões de cálculos por segundo e tem capacidade
> > para armazenamento
> > de 450 biliões de bytes em informação.
> Que eu saiba, ninguém mais preocupado em eficiência
> de processamento faz qualquer cosia sem PROCESSAMENTO
> PARALELO. Eu duvido que isso seja uma máquina só. Como
> assim? em pleno século XXI, as pessoas ainda acham que
> criar UMA máquina muito rápida é a melhor solução??


A confusão deve ter aparecido porque uma máquina só pode ter sim
múltiplos processadores e executar uma coisa chamada processamento
paralelo em larga escala. O ASCI White tem 8.192 processadores:

http://www.rs6000.ibm.com/hardware/largescale/supercomputers/asciwhite

E isso nem mesmo é uma idéia nova. O Deep Blue, da mesma família
RS/6000, usado para jogar xadrez, já era assim. Bem antes disso já
existiam mainframes com processamento vetorial.


> > foi criado a pensar nos
> > engenheiros nucleares, que dentro em breve vão poder
> > saber como é que
> > explode uma bomba, sem que seja necessário testá-la.
> Bom, na verdade eles nunca saberão até testá-la...
> Eles podem no máximo é executar uma simulação baseada
> num modelo científico, e ter fé de que corresponderia
> à realidade! e viva Popper! :)


Na verdade já fazem isso há muito tempo. Não sei com que precisão a
simulação corresponde à realidade, mas o comentário é que
recentemente os EUA passaram a concordar com tratados internacionais
de redução de testes de armamentos nucleares simplesmente porque não
precisam mais deles. Bem, mas aí já é especulação e eu não quero
entrar na lista dos paranóicos conspiratórios. Mas só pra se ter uma
idéia, uma vez em 1991 eu fiz uma compra de um desses computadoes
Risc para uma empresa. Tivemos que assinar um termo imposto pelo
governo americano de que não usaríamos o computador em testes
nucleares (!). E era um equipamente muitíssimo inferior aos de agora.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: : Como pensar enquanto se dorme?
FROM: Arnaldo <arnaldojr@linkway.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 00:35

At 17:12 16/08/01 +0000, you wrote:



>Olá Daniela
>
> "O problema é que as pessoas tendem a colocar o que nao entendem como
> sendo obra de deus ou outra figura mistica".


Entao, como vc explicaria tais fenomenos a essas pessoas ?







SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: : Como pensar enquanto se dorme?
FROM: Arnaldo <arnaldojr@linkway.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 00:38


>mas a relatividade tem a falha de nao se
>adequar a mecanica quantica que é a teoria mais testada atualmente.???

Mas quem te falou q a relatividade precisa conter a mecanica quantica??
Hj sabemos q para explicar a origem do universo desde o instante inicial,
precisamos de uma teoria q englobe os dois extremos, fenomenos macoscopicos
e microscopicos, ou seja, a mec quantica e a relatividade geral, muitas
pesquisas mostram q no inicio do universo elas atuaram juntas na formaçao
do cosmos.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Racas e diversidade genetica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 07:45

rmtakata@altavista.net wrote:

> --- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> > próprios africanos de diferentes etnias. Seria em pequena escala uma
> > "evolução convergente", produzindo indivíduos mais parecidos na
> > aparencia externa do que no DNA. Então um africano pode ser mais
> > próximo geneticamente de um europeu do que de outro africano.
> > É isso?
>
> Em linhas gerais e' isso. Vc resumiu muito bem
> a situacao.
>
> Se fizermos uma analise de 'clusters' de
> caracteristicas geneticas, agruparemos
> individuos de populacoes sem uma
> correlacao clara de continentes geograficos.
>
> Nao estou com o livro aqui q. mostra
> uma analise filogenetica de diferentes
> populacoes.
>

Eu nao concordo muito com esta abordagem. Deixe-me explicar:
Existem genes "controladores" que controlam a ativacao de outros
genes. Assim, um unico gene diferente pode fazer mais diferenca
entre 2 individuos do que se eles tivessem 20 outros genes diferentes.

Sem conhecermos a "semantica" dos genes *poderemos* nos
enganar ao compararmos genomas simplesmente contando
qtos alelos sao semelhantes ou diferentes.

[]s
jocax




SUBJECT: RES: [ciencialist] Grau de Doutor ... em astrologia !
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/08/2001 08:38

> De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
> JCEMail - No 1856 (dessa semana)
> []'
> Léo
> =========================================
> 22. Titulo de doutora a astrologa causa crise na Sorbonne
>

Em breve: Doutorado em Ciências Ocultas...


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: ilusao
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/08/2001 08:47

> De: L.B. Holanda [mailto:holanda_lb@zipmail.com.br]

> Alguém conhece o porquê do cérebro não processar a
> palavra "of" na
> contagem?
> Será que seria apenas uma espécie de descuido do
> cérebro? Ou mais uma
> falha da visão humana?
> Será que os resultados são como preditos mesmo? Comigo
> o teste deu
> certo. Gostaria de saber se o cérebro é assim mesmo ou se o teste deu
> certo comigo por coincidência e essa é mais uma falácia do tipo
> daquela história propagada pelos exotéricos de que só usamos 10 (ou 3?
> não me lembro agora) por cento do cérebro (a verdade é que usamos todo
> o cérebro).

O cérebro realiza operações por aproximação, não exigindo
exatidão de cálculos para solucionar problemas do cotidiano.

Ou seja, contar quantas letras têm um livro não tem a menor
relevância (coisa que o Word faz muito bem) se comparada à
capacidade de compreensão do texto.

Enfim, o cérebro não foi "projetado" para finalidades
sem utilidade prática.

Exemplo: poucas pessoas são capazes de deduzir matematicamente
os cálculos de balística. Mas todos são capazes de prever
com razoável acerto onde uma bola vai cair depois do chute.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: maquina que raciocina melhor
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/08/2001 09:03

> De: rcordeiro@writeme.com [mailto:rcordeiro@writeme.com]
> --- In ciencialist@y..., "L.B. Holanda" <holanda_lb@z...> wrote:
> > Olá pessoal.
> > Ao ler a notícia abaixo, me perguntei:
> > - Será que estamos longe da primeira máquina que raciocina
> > melhor do que nós?
>
> Certamente. É importante lembrar que o cérebro humano não evoluiu
> para fazer cálculos matemáticos. Não acredito que tenha havido
> nenhuma pressão seletiva nesse sentido, por isso tivemos nós mesmos
> que "inventar" o cálculo mental, que é bastante limitado. Nisso as
> máquinas são muito melhores do que nós. No entanto, o raciocínio
> humano (felizmente) não é só cálculos. Fazemos coisas que as máquinas
> estão longe de fazer com eficiência, como reconhecer imagens,
> independentemente de posição, ângulo, distância e fonte de luz. Outro
> exemplo é o reconhecimento da fala e a compreensão da linguagem.

Ops! O cérebro é sim uma poderosa máquina de executar cálculos,
porém, inacessível conscientemente. O próprio reconhecimento
de imagens requer uma quantidade de cálculos monstruosa. Nenhum
supercomputador consegue ver (e reconhecer, interpretar) tão bem
quanto nós ou um camundongo.

> Para resumir, muitas das habilidades mentais que são
> consideradas "inteligentes", e que foram desenvolvidas pela
> civilização, como fazer cálculos complicados ou jogar xadrez, as
> máquinas já fazem melhor. No entanto, ainda estão longe de fazer
> algumas coisas que uma criança de 3 anos faz com facilidade (na
> verdade, as máquinas ainda estão longe de emular o chimpanzé).

Correto! Na verdade, as máquinas estão longe de emular uma
bactéria (respeitadas suas devidas proporções).

Além da limitação de hardware, ainda está para nascer um
software capaz de emular a visão em toda sua extensão.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Cerebro 100%
FROM: "Mr. Vain" <vain@uai.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 09:20

Ops!?!?

Onde eu encontro informações (site) sobre a utilização do cérebro
humano? Digo, sobre refutação da velha questão que diz que usamos
apenas 3% da nossa capacidade cerebral.

[ ]'s

Marcelo Garcia



SUBJECT: Leis de conservacao ... de equacoes ????
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/08/2001 09:59

Oi pessoal!
Estou preparando um glossário para o Imperdível (até letra E, já on-line). São descrições bem sucintas de termos científicos (claro!). Mas, ao chegar na letra L, uma pancada de leis sobre fenômenos da natureza, ENTREI NA QUÂNTICA.
Bolas!!! O que são as leis de conservação na quântica, são leis da conservação na NATUREZA ou leis de conservação de EQUAÇÕES?!!!!!!!!!!

Critiquem, please, essas *leis naturais* e, lembrem-se, o Imperdível não é site polêmico e sim de informações *realmente* científicas:

lei da conservação da estranheza. Em interações nucleares fortes, a soma aritmética dos números de estranheza é a mesma em ambos os membros da equação.

lei da conservação dos bárions. Quando un bárion se desintegra ou reage com outra particula, o número de bárions é o mesmo em ambos os membros da equação.

lei da conservação dos léptons. Em uma reação nuclear da qual participam léptons a soma aritmética dos números leptônicos zero em ambos os membros da equação.

[]'
Léo
====================




SUBJECT: Re: [ciencialist] Leis de conservacao ... de equacoes ????
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 10:00



Luiz Ferraz Netto wrote:

> Critiquem, please, essas *leis naturais* e, lembrem-se, o Imperdível não é site polêmico e sim de informações *realmente* científicas:
>
> lei da conservação da estranheza. Em interações nucleares fortes, a soma aritmética dos números de estranheza é a mesma em ambos os membros da equação.
>

"... em ambos os membros da equacao.." !?!?!?!?!?!?!?

Acho que isso nao tem muito sentido, uma vez que os termos dos membros
de uma equacao podem ser remanejados livremente de um lado para
o outro dela..

Eu acho q vc deveria dizer : A soma dos numeros de XXX deve ser
o mesmo antes e depois DO PROCESSO, ou seja, em qualquer tempo
do sistema ( fechado )..... Quero dizer q a quantidade XXX deve ser conservada.
Nao seria melhor assim ?

[]s
jocax



SUBJECT: lógica e proibicionimo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/08/2001 10:10

Vamos imaginar que o governo proibia a publicidade aos cigaros
com os argumentos seguintes:

Premissa P1: como todos os anuncios aos cigarros transmitem a ideia
de que fumar é sinónimo de virilidade.
Premissa P2: mas na realidade fumar causa impotencia
conclusão C1: então os anúncios aos cigarros são falaciosos

Premissa P3=C1:como os anúncios aos cigarros são falaciosos
conclusão C2:então devem ser poibidos.


A pergunta é: como é que estes argumentos podem ser rebatidos?
Nota: quem concordar com os argumentos deve procurar fazer o
papel de Advogado do Diabo.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Cerebro 100%
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/08/2001 10:14


-----Mensagem Original-----
De: "Mr. Vain" <vain@uai.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 22 de agosto de 2001 09:20
Assunto: [ciencialist] Cerebro 100%


Ops!?!?

Onde eu encontro informações (site) sobre a utilização do cérebro
humano? Digo, sobre refutação da velha questão que diz que usamos
apenas 3% da nossa capacidade cerebral.

[ ]'s

Marcelo Garcia
=================

No Senado Federal !
Lá, 3% é o máximo!

[]'
Léo
=================




SUBJECT: Re: [ciencialist] Leis de conservacao ... de equacoes ????
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/08/2001 10:24


-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 22 de agosto de 2001 10:00
Assunto: Re: [ciencialist] Leis de conservacao ... de equacoes ????


|
|
| Luiz Ferraz Netto wrote:
|
| > Critiquem, please, essas *leis naturais* e, lembrem-se, o Imperdível não é site polêmico e sim de informações *realmente* científicas:
| >
| > lei da conservação da estranheza. Em interações nucleares fortes, a soma aritmética dos números de estranheza é a mesma em ambos os membros da equação.
| >
|
| "... em ambos os membros da equacao.." !?!?!?!?!?!?!?
|
| Acho que isso nao tem muito sentido, uma vez que os termos dos membros
| de uma equacao podem ser remanejados livremente de um lado para
| o outro dela..
|
| Eu acho q vc deveria dizer : A soma dos numeros de XXX deve ser
| o mesmo antes e depois DO PROCESSO, ou seja, em qualquer tempo
| do sistema ( fechado )..... Quero dizer q a quantidade XXX deve ser conservada.
| Nao seria melhor assim ?
|
| []s
| jocax
|

É Jocax, mas é assim que aparecem nos compêndios. Dai minha *estranheza*. As coisas são citadas em termos de "lados da equação".
[]'
Léo
=================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Leis de conservacao ... de equacoes ????
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 10:45



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Oi pessoal!
> Estou preparando um glossário para o Imperdível (até letra E, já on-line). São descrições bem sucintas de termos científicos (claro!). Mas, ao chegar na letra L, uma pancada de leis sobre fenômenos da natureza, ENTREI NA QUÂNTICA.
> Bolas!!! O que são as leis de conservação na quântica, são leis da conservação na NATUREZA ou leis de conservação de EQUAÇÕES?!!!!!!!!!!
>
> Critiquem, please, essas *leis naturais* e, lembrem-se, o Imperdível não é site polêmico e sim de informações *realmente* científicas:
>
> lei da conservação da estranheza. Em interações nucleares fortes, a soma aritmética dos números de estranheza é a mesma em ambos os membros da equação.
>
> lei da conservação dos bárions. Quando un bárion se desintegra ou reage com outra particula, o número de bárions é o mesmo em ambos os membros da equação.
>
> lei da conservação dos léptons. Em uma reação nuclear da qual participam léptons a soma aritmética dos números leptônicos zero em ambos os membros da equação.
>
> []'
> Léo
> ====================
>
>
Oi,

pensando em sistemas quânticos com análogo clássico, por exemplo o
potencial de Coulomb usado para estudar o átomo de hidrogênio, vc verá
que se conservam as mesmas quantidades. O momento angular classicamente
se conserva quando uma partícula está sob ação de um campo central
(Coulomb, gravitacional), da mesma maneira se conserva o momento angular
do elétron no estudo quântico do átomo assim como a sua energia só que,
nesse caso particular, os espectro de valores do momento angular e da
energia são discretos enquanto que classicamente são contínuos. Vc pode,
ainda, acrescentar o spin que também se conserva. Outro exemplo pode ser
a colisão elástica de partículas livres, tanto clássica quanto
quanticamente o momento total se conserva assim como a energia total do
sistema, obviamente o formalismo é bem diferente nos dois casos.
Matematicamente, vc pode estudar vários sistemas clássicos através de um
formalismo hamiltoniano e, usando a função de Hamilton, descobrir
grandezas que se conservam, i.e., não variam com o tempo se não houver
um fator externo agindo. Quanticamente, normalmente partimos da mesma
função de Hamilton e o que se conservava classicamente se conservará
quanticamente, entretato, o problema será resolvido de maneira
totalmente diferente.

[]'s Eduardo.


SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: maquina que raciocina melhor
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 10:54

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Ops! O cérebro é sim uma poderosa máquina de executar cálculos,
> porém, inacessível conscientemente. O próprio reconhecimento
> de imagens requer uma quantidade de cálculos monstruosa. Nenhum
> supercomputador consegue ver (e reconhecer, interpretar) tão bem
> quanto nós ou um camundongo.


Isso é um assunto muito interessante. Na verdade, o que o cérebro faz
não são cálculos como nós os conhecemos, com operações matemáticas,
variáveis, passos, etc. As máquinas é que fazem as coisas assim. Se o
cérebro tivesse que avaliar as velocidades e distâncias para ver se
daria pra atravessar a rua fazendo cálculos do jeito que as máquinas
fazem, seríamos atropelados.

Os computadores é que têm que fazer tudo na forma de cálculos porque
são apenas máquinas digitais (máquinas digitais geralmente só sabem
fazer soma, complemento e deslocamento - fazem todas as outras
operações com combinações destas). Enquanto um simples circuito
analógico pode gerar a integral de uma função, um computador digital
tem que fazer uma série de operações pesadas para fazer a mesma
coisa. Comparando grosseiramente, um controle de "graves/agudos" de
um rádio é um circuito extremamente simples, enquanto que para fazer
a mesma coisa num computador é preciso converter o sinal para
números, executar uma série de cálculos e depois converter os números
em sinal novamente.

[]s
Ronaldo




SUBJECT: Re: Cerebro 100%
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 11:00

--- In ciencialist@y..., "Mr. Vain" <vain@u...> wrote:
> Ops!?!?
>
> Onde eu encontro informações (site) sobre a utilização do cérebro
> humano? Digo, sobre refutação da velha questão que diz que usamos
> apenas 3% da nossa capacidade cerebral.
>
> [ ]'s
>
> Marcelo Garcia


O mito mais comum é falarem em 10%. 3% é a primeira vez que eu vejo
(daqui a pouco vão diminuir pra 1%). Aí vão algumas dicas:

Ten Percent and Counting - BrainConnection.com
http://www.brainconnection.com/topics/?main=fa/brain-myth

90% of a Brain is a Terrible Thing to Waste - The New England Journal
of Skepticism
http://www.theness.com/brain.html

"What is the Capacity of the Brain," a Brain and Mind Journal
Brainstorming article (revista brasileira)
http://www.epub.org.br/cm/n04/brainstorming/capacity.htm

Brain Drain - the Last Word Archive
http://www.newscientist.com/lastword/answers/lwa607body.html

The Ten-Percent Myth from the Skeptical Inquirer
http://www.csicop.org/si/9903/ten-percent-myth.html

The 10% Solution
http://www.psg.com/~ted/bcskeptics/ratenq/Re3.2-Brain10.html

[]s
Ronaldo





SUBJECT: Re: Mistura de raças
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 11:01

Olá Felipe
>
> Pergunto-lhe: se for criada uma vila "isolada" com anoes, que casam
com
> anoes, e tem filhos anoes, tornar-se-ao esses anoes uma raca
diferente da
> nossa?
>

Imagino que qualquer grupo isolado por periodo sufientemente longo se
tornará não uma raça, mas uma espécie diferente. Uma curiosidade
seria tentar verificar o contrário: quanto tempo dois grupos
completamente isolados entre si permanecerão fazendo parte da mesma
espécie? Se os ambientes forem muito semelhantes, será que
a "unidade" será mantida por mais tempo, ou a "deriva genética" é
mais ou menos constante?

[]´s

André



SUBJECT: Re: [ciencialist] lógica e proibicionimo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/08/2001 11:01


"João Mário Miranda"
Assunto: [ciencialist] lógica e proibicionimo


>Vamos imaginar que o governo proibia a publicidade aos cigaros
com os argumentos seguintes:

>Premissa P1: como todos os anuncios aos cigarros transmitem a ideia
de que fumar é sinónimo de virilidade.
>Premissa P2: mas na realidade fumar causa impotencia

Léo: A premissa P2 não condiz 'integralmente' com a realidade. Muitos poderão apresentar exemplos e fatos de que isso não é 'verdade'. Mesmo o conceito de impotência (a menos de uma constatação médica, de motivos alheios ao cérebro) é relativo. A lei de Weber-Fechner garante que o 'tesão' varia com o logarítmo do estímulo. Será que um touro seria tão viril se tivesse sempre a mesma vaca?

>conclusão C1: então os anúncios aos cigarros são falaciosos.

Léo: Os anúncios, de modo geral, o são. Todo anúncio tende a 'exagerar' suas qualidades em relação ao concorrente(s). Qual é o branco mais branco? o do Omo? Esse anúncio do governo também pode estar 'exagerando' um pouco. O que não impede seus anúncios de irem 'ao ar'.
Como a premissa P2 é 'falha', a conclusão C1 tb o é.

>Premissa P3=C1:como os anúncios aos cigarros são falaciosos

Léo: Premissa P4= como a lógica do governo é falaciosa

>conclusão C2:então devem ser poibidos.

Léo: conclusão C2: então devem ser proibidos tanto o cigarro como os anúncios do governo.

[]'
Léo



A pergunta é: como é que estes argumentos podem ser rebatidos?
Nota: quem concordar com os argumentos deve procurar fazer o
papel de Advogado do Diabo.
--
joão
http://www.nonio.com
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SUBJECT: Re: Mistura de raças
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 11:31

--- In ciencialist@y..., Felipe Figueiredo <philsf@a...> wrote:
> >
> > Então não existem espécies também, pois o conceito não pode ser
definido de
> > forma lógica, já que se considerarmos todos os seres vivos atuais
e
>
> Quem disse que o conceito nao pode ser definido de forma logica?
Para que
> serve a taxonomia entao?

O conceito de espécies é útil, embora não seja exato.

>
>
> > passados, existe um "continuum" entre eles, já que um filho não
pode
> > pertencer a uma espécie distinta da dos pais, por definição.
>
> Esta definicao esta errada. Uma mais aproximada de especie
seria "Dois
> individuos sao da mesma especie se podem gerar prole fertil".
Exempo: um
> cavalo eh da mesma "raca" que um jumento, mas sua prole (a mula)
nao eh
> fertil. Disse minha "tia Teteca".


Essa definição apenas especifica como dois indivíduos podem ser
classificados como sendo da mesma espécie. Mas quando extendemos esse
conceito para tentar englobar toda uma população de indivíduos,
surgem problemas, pois o conceito de "mesma espécie" não é
transitivo. "a" pode ser da mesma espécie que "b" e que "c". Isso não
implica que "c" seja da mesma espécie de "b".

Num conjunto de N indivíduos, nada garante que todos os indíviduos
gerem descendentes férteis entre si. E se esta condição for
obedecida, certamente foram deixados de fora do grupo indivíduos que
gerariam descendentes férteis com alguns, mas não todos, elementos do
grupo.

Por último, como usar esse critério para classificar indivíduos do
mesmo sexo? :-)

>
>
> > Se as raças não existem, não existe o racismo também. Ou alguém
pode
> > discriminar outra pessoa com base em algo que não existe? As
vezes só as
> > crianças conseguem ver que o rei está nu.
>
> EXATO! Por isso o racismo devia existir! Mas se ele existe, nao eh
por razoes
> naturais, mas socio-culturais.


A resposta certa é: devemos combater o racismo de qualquer jeito,
porque queremos. Nada garante que as razões sejam apenas socio-
culturais e não naturais. Aliás, será que isso existe? Comportamentos
e sentimentos inventados pelo homem, do nada, sem nenhum apoio nas
caracteristicas biológicas do próprio homem? Se o homem é
intrinsecamente bom, quem inventa as coisas ruins? A sociedade? Mas a
sociedade nada mais é do que um grupo de seres humanos. A não ser que
passemos a acreditar no Diabo.

[]´s

André




SUBJECT: Re: lógica e proibicionimo
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 11:49

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Vamos imaginar que o governo proibia a publicidade aos cigaros
> com os argumentos seguintes:
>
> Premissa P1: como todos os anuncios aos cigarros transmitem a ideia
> de que fumar é sinónimo de virilidade.

A propaganda incutiu na cabeça das mulheres que um cowboy fumando
cigarro parece viril. Então um cowboy fumando cigarro parecerá, de
fato, viril, aos olhos de mulheres que foram doutrinadas pela
propaganda.

> Premissa P2: mas na realidade fumar causa impotencia

Só 1/3, o cowboy ainda tem a lingua e os dedos. Além disso um cowboy
impotente não incomoda tanto a noite, quando a mulher está cansada e
com dor de cabeça. E na manhã seguinte ela estará bonita e descansada
para ir passear no shopping center.

[]´s

André


> conclusão C1: então os anúncios aos cigarros são falaciosos
>
> Premissa P3=C1:como os anúncios aos cigarros são falaciosos
> conclusão C2:então devem ser poibidos.
>
>
> A pergunta é: como é que estes argumentos podem ser rebatidos?
> Nota: quem concordar com os argumentos deve procurar fazer o
> papel de Advogado do Diabo.
> --
> joão
> http://www.nonio.com
> http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: maquina que raciocina melhor
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 12:04

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> wrote:

>
> Correto! Na verdade, as máquinas estão longe de emular uma
> bactéria (respeitadas suas devidas proporções).
>
> Além da limitação de hardware, ainda está para nascer um
> software capaz de emular a visão em toda sua extensão.
>

Precisamos distinguir duas coisa diferentes: uma é emular o cérebro
humano, outra o ser humano inteiro. Não é possível emular o cérebro
humano sem entender o efeito que o corpo inteiro tem sobre ele, mas
penso que um dia seremos capazes de conseguir um computador com
capacidade semelhante a humana, mas não será um perfeito emulador da
mente humana.

Você escreveu que as máquinas estão longe de emular uma bactéria,
certamente está se referindo a bactéria inteira, pois obviamente ela
não tem nada que se assemelhe a um cérebro (sistema nervoso). Mas
parece que recentemente cientistas conseguiram a incrível façanha de
emular o cérebro de um caracol.

[]´s

André


]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: maquina que raciocina melhor
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 12:16

--- In ciencialist@y..., rcordeiro@w... wrote:

> Os computadores é que têm que fazer tudo na forma de cálculos
porque
> são apenas máquinas digitais (máquinas digitais geralmente só sabem
> fazer soma, complemento e deslocamento - fazem todas as outras
> operações com combinações destas). Enquanto um simples circuito
> analógico pode gerar a integral de uma função, um computador
digital
> tem que fazer uma série de operações pesadas para fazer a mesma
> coisa.

Será então impossível construir máquinas com IA baseadas nesse tipo
de tecnologia?
Mas não podemos, teoricamente, criar "máquinas virtuais" de qualquer
tipo num computador tradicional que seja suficientemente poderoso?

Como está o debate atualmente em relação à IA? Existe ainda quem
questione sua viabilidade ou é tudo uma questão de "como" e "quando"?

[]´s

André



SUBJECT: Re: [ciencialist] Concurso do Maior Numero MX
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 12:54

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Caros colegas,
> Antes que a ideia morra comigo resolvi divulga-la.
>
> Certo tempo pensei que de todas as civilizacoes inteligentes existente
> no universo alguma certamente ja representou o maior numero de todo
> o universo.
> Sim, os numeros sao infinitos, mas alguem ja escreveu ou representou o
> maior de todo o conjunto de numeros ja representados ( escritos ).
>
> Saberia esta pessoa que seu numero era o maior de todos no universo?
> Provavelmente nao.
>
> De qqr modo estou promovendo aqui o concurso de quem escreve o
> maior numero real.
>
> A ideia eh que se use um numero finito de caracteres, por exemplo
> 50 caracteres, e o concurso seria de quem escreveria o maior numero
> restringindo-se a esta qtdade de caracteres e alem disso seria possivel
> as operacoes : + , - , * , / , ! ( Fatorial ) , ^ ( potencia )
> e principalmente DEF e IF. Espacos em branco nao sao computados.
>
> Alem do mais apenas 5 algarismos poderiam ser utilizados.
>
> A instrucao DEF permitiria ao competidor criar novas funcoes ,
> mas o numero de caracteres para definer esta funcao seria computado.
>
> EU comeco escrevendo o primeiro numero candidato ( MX)
> a ser o maior do universo :
>
> DEF A(X,N) = X^A(X,N-1) If N>1
> A(X,1) =X
> MX= A(9,9)
>
> ==========================
> Obs : Eu utilizei menos de 50 caracteres nao brancos
> e utilizei 5 algarismos ( 1,1,1,9,9 )
>
> Meu numero MX seria : A(9,9) = 9^A(9,8) = 9^( 9^A(9,7) )
> = 9^(9^(9^A(9,6))) =.... 9^(9^(9^(9^(9(....9)))))))
>
> []s
> jocax
>

A(9,9)+1, ganhei!




SUBJECT: Concurso do Maior Numero MX
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 22/08/2001 13:08

Caros colegas,
Antes que a ideia morra comigo resolvi divulga-la.

Certo tempo pensei que de todas as civilizacoes inteligentes existente
no universo alguma certamente ja representou o maior numero de todo
o universo.
Sim, os numeros sao infinitos, mas alguem ja escreveu ou representou o
maior de todo o conjunto de numeros ja representados ( escritos ).

Saberia esta pessoa que seu numero era o maior de todos no universo?
Provavelmente nao.

De qqr modo estou promovendo aqui o concurso de quem escreve o
maior numero real.

A ideia eh que se use um numero finito de caracteres, por exemplo
50 caracteres, e o concurso seria de quem escreveria o maior numero
restringindo-se a esta qtdade de caracteres e alem disso seria possivel
as operacoes : + , - , * , / , ! ( Fatorial ) , ^ ( potencia )
e principalmente DEF e IF. Espacos em branco nao sao computados.

Alem do mais apenas 5 algarismos poderiam ser utilizados.

A instrucao DEF permitiria ao competidor criar novas funcoes ,
mas o numero de caracteres para definer esta funcao seria computado.

EU comeco escrevendo o primeiro numero candidato ( MX)
a ser o maior do universo :

DEF A(X,N) = X^A(X,N-1) If N>1
A(X,1) =X
MX= A(9,9)

==========================
Obs : Eu utilizei menos de 50 caracteres nao brancos
e utilizei 5 algarismos ( 1,1,1,9,9 )

Meu numero MX seria : A(9,9) = 9^A(9,8) = 9^( 9^A(9,7) )
= 9^(9^(9^A(9,6))) =.... 9^(9^(9^(9^(9(....9)))))))

[]s
jocax





SUBJECT: RES: [ciencialist] Concurso do Maior Numero MX
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/08/2001 13:53

> De: Eduardo [mailto:dgueron@mailbr.com.br]
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Caros colegas,
> > Antes que a ideia morra comigo resolvi divulga-la.
> >
> > Certo tempo pensei que de todas as civilizacoes
> inteligentes existente
> > no universo alguma certamente ja representou o maior numero de todo
> > o universo.
> > Sim, os numeros sao infinitos, mas alguem ja escreveu ou
> representou o
> > maior de todo o conjunto de numeros ja representados ( escritos ).
> >
> > Saberia esta pessoa que seu numero era o maior de todos no universo?
> > Provavelmente nao.
> >
> > De qqr modo estou promovendo aqui o concurso de quem escreve o
> > maior numero real.
> >
> > A ideia eh que se use um numero finito de caracteres, por exemplo
> > 50 caracteres, e o concurso seria de quem escreveria o maior numero
> > restringindo-se a esta qtdade de caracteres e alem disso
> seria possivel
> > as operacoes : + , - , * , / , ! ( Fatorial ) , ^ ( potencia )
> > e principalmente DEF e IF. Espacos em branco nao sao computados.
> >
> > Alem do mais apenas 5 algarismos poderiam ser utilizados.
> >
> > A instrucao DEF permitiria ao competidor criar novas funcoes ,
> > mas o numero de caracteres para definer esta funcao seria computado.
> >
> > EU comeco escrevendo o primeiro numero candidato ( MX)
> > a ser o maior do universo :
> >
> > DEF A(X,N) = X^A(X,N-1) If N>1
> > A(X,1) =X
> > MX= A(9,9)
> >
> > ==========================
> > Obs : Eu utilizei menos de 50 caracteres nao brancos
> > e utilizei 5 algarismos ( 1,1,1,9,9 )
> >
> > Meu numero MX seria : A(9,9) = 9^A(9,8) = 9^( 9^A(9,7) )
> > = 9^(9^(9^A(9,6))) =.... 9^(9^(9^(9^(9(....9)))))))
> >
> > []s
> > jocax
> >
>
> A(9,9)+1, ganhei!

A(9,9)+1^oo ,eu ganhei!


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Concurso do Maior Numero MX
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 14:04



Eduardo wrote:

> >
>
> A(9,9)+1, ganhei!
>

Eduardo,
a Funcao "A" vc nao pode utiliza-la pois *nao* faz parte das funcoes
disponiveis padrao ( +, -, *, / , ^, ! ) ,
a menos q vc a defina outra vez......

Por enquanto meu numero eh o maior
mas sei q sera desbancado logo ....

[]s
jocax





SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Concurso do Maior Numero MX
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 14:10

"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

> > A(9,9)+1, ganhei!
>
> A(9,9)+1^oo ,eu ganhei!
>

A funcao "A" Nao pode ser reutilizada a menos q vc readefina
nos seus 50 bytes disponiveis.

Apenas as funcoes padrao estao disponiveis.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: Concurso do Maior Numero MX
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 14:39

lim (1/x), x--> 0

ganhei



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Concurso do Maior Numero MX
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 14:53

andrebaptista@uol.com.br wrote:

> lim (1/x), x--> 0
>

Nao esta matematicamente bem definido
e limite nao pertence aas funcoes padroes

[]s
jocax



SUBJECT: Teste das cores
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 22/08/2001 15:13

Nao sei se tem valor cientifico,
mas achei interessante !

http://www.bne.com.br/

Va em :

Nossos Servicos ==> Teste das cores

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mistura de raças
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 15:15

On Wed, 22 Aug 2001, Arnaldo wrote:
> >Geneticamente não há diferença nenhuma.
> Como vc pode afirmar q nao há diferença geneticamente, nas diferentes raças!!!
> Quem define a cor da pele é o gene responsável por essa característica,
> portanto existe diferença genetica entre as diferenças raças.

Defina raça.


[ai ai... tudo de novo...]

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: maquina que raciocina melhor
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 15:30

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> Será então impossível construir máquinas com IA baseadas nesse tipo
> de tecnologia? [digital]
> Mas não podemos, teoricamente, criar "máquinas virtuais" de
qualquer
> tipo num computador tradicional que seja suficientemente poderoso?


Acredito que seja possível sim. O que acontece é que isso depende do
avanço da tecnologia para criar máquinas cada vez mais rápidas, de
forma que consigam simular digitalmente a física do mundo real.

A área do áudio está cheia de exemplos. Nos anos 70 quando os
estúdios de gravação precisavam acrescentar efeitos de reverberação
em vozes, instrumentos, etc, usavam as caixas com molas (spring
reverb) ou placas (plate reverb). Quando a tecnologia digital se
desenvolveu ao ponto de conseguir processar os cálculos necessários
para simular esse tipo de efeito em tempo real, surgiram os digital
reverbs que varreram os aparelhos antigos do mapa.

Mas talvez para alguns casos como a IA esse tipo de abordagem seja
muito "força bruta". Talvez existam maneiras mais eficientes de se
simular coisas como o processamento de imagens do cérebro sem ter que
apelar para algoritmos monstruosos. Se bão me engano, o pessoal que
pesquisa redes neurais tenta trabalhar com múltiplos processadores
realizando tarefas bem simples.



>
> Como está o debate atualmente em relação à IA? Existe ainda quem
> questione sua viabilidade ou é tudo uma questão de "como"
e "quando"?


Bom, nos idos de 60 diziam que inteligência artificial seriam coisas
como um computador jogar xadrez. O conceito acabou mudando com o
tempo. Acredito que quando descobrirem o "como", os processadores já
vão estar tão desenvolvidos que o "quando" virá rápido.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: <ciencialist@yahoogroups.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 15:54


Olá,

Esta mensagem é uma notificação para informá-lo que um novo arquivo foi adicionado no grupo ciencialist.

Arquivo : /logic2.exe
Carregado por : jocax@usp.br
Descrição : Atravesse todos sem deixar os canibais em maior numero

Você pode acessar o arquivo pela URL:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/logic2.exe

Para saber mais sobre compartilhamento de arquivos no grupo, leia:

http://help.yahoo.com/help/us/groups/files

Atenciosamente,

jocax@usp.br






SUBJECT: Re: [ciencialist] Leis de conservacao ... de equacoes ????
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 16:04

On Wed, 22 Aug 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Acho que isso nao tem muito sentido, uma vez que os termos dos membros
> de uma equacao podem ser remanejados livremente de um lado para o
> outro dela..

Os membros de uma equação não são remanejados de um lado para o outro.

A+B=C => A=C-B

É assim que se aprende na escola, mas o correto matematicamente é o
seguinte:

A+B=C => A+B(-B)=C(-B) => A=C-B

Multiplica-se sempre os dois lados da equação pelo mesmo fator e não
importa quanto remanejamentos de faça a equação sempre dá igual dos dois
lados, por isso o nome equação.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Leis de conservacao ... de equacoes ????
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 16:08

On Wed, 22 Aug 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Acho que isso nao tem muito sentido, uma vez que os termos dos membros
> de uma equacao podem ser remanejados livremente de um lado para
> o outro dela..

Perdoe-me. Não havia compreendido seu email e acabei sendo apenas chato,
ignore meu email anterior.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Concurso do Maior Numero MX
FROM: centaurus@mtv.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 17:28

esses 50 caracteres seriam a definição da função????ou seria o número em
si???é na base 10????e os outros 5 caracteres???O que significa (1,1,1,9,9)???Acho
que não entendi como esses três primeiros uns entraram.Gostaria que vc deixasse
mais claro , essa questão é bastante interessante.

-- Mensagem original --

>> De: Eduardo [mailto:dgueron@mailbr.com.br]
>>
>> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>>
>> > Caros colegas,
>> > Antes que a ideia morra comigo resolvi divulga-la.
>> >
>> > Certo tempo pensei que de todas as civilizacoes
>> inteligentes existente
>> > no universo alguma certamente ja representou o maior numero de todo
>> > o universo.
>> > Sim, os numeros sao infinitos, mas alguem ja escreveu ou
>> representou o
>> > maior de todo o conjunto de numeros ja representados ( escritos ).
>> >
>> > Saberia esta pessoa que seu numero era o maior de todos no universo?
>> > Provavelmente nao.
>> >
>> > De qqr modo estou promovendo aqui o concurso de quem escreve o
>> > maior numero real.
>> >
>> > A ideia eh que se use um numero finito de caracteres, por exemplo
>> > 50 caracteres, e o concurso seria de quem escreveria o maior numero
>> > restringindo-se a esta qtdade de caracteres e alem disso
>> seria possivel
>> > as operacoes : + , - , * , / , ! ( Fatorial ) , ^ ( potencia )
>> > e principalmente DEF e IF. Espacos em branco nao sao computados.
>> >
>> > Alem do mais apenas 5 algarismos poderiam ser utilizados.
>> >
>> > A instrucao DEF permitiria ao competidor criar novas funcoes ,
>> > mas o numero de caracteres para definer esta funcao seria computado.
>> >
>> > EU comeco escrevendo o primeiro numero candidato ( MX)
>> > a ser o maior do universo :
>> >
>> > DEF A(X,N) = X^A(X,N-1) If N>1
>> > A(X,1) =X
>> > MX= A(9,9)
>> >
>> > ==========================
>> > Obs : Eu utilizei menos de 50 caracteres nao brancos
>> > e utilizei 5 algarismos ( 1,1,1,9,9 )
>> >
>> > Meu numero MX seria : A(9,9) = 9^A(9,8) = 9^( 9^A(9,7) )
>> > = 9^(9^(9^A(9,6))) =.... 9^(9^(9^(9^(9(....9)))))))
>> >
>> > []s
>> > jocax
>> >
>>
>> A(9,9)+1, ganhei!
>
>A(9,9)+1^oo ,eu ganhei!
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>



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eMTV: receba a mordomia eletrônica!
http://mtv.uol.com.br/emtv





SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Concurso do Maior Numero MX
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 18:16

centaurus@mtv.com.br wrote:

> esses 50 caracteres seriam a definição da função????

O numero total de caracteres que vc pode utilizar para COMPOR
seu numero MX , candidato a ser o maior numero do universo,
nao podera exceder 50 caracteres ( exceto os espacos em branco ).

Por exemplo vc poderia ter um numero MX=99999!!!!..!!!!!
ou seja 99999 seguidos de 42 sinais de fatoriais !
"MX=" ocupa 3 caracteres , o numero "99999" ocupam 5
sobram 42 caracteres.


> ou seria o número em
> si???é na base 10????e os outros 5 caracteres???

Vc pode utilizar ateh no maximo 5 algarismos quaisquer.
Eu utilizei 3 na definicao de minha funcao "A" por isso
sobraram 2 algarismos que eu utilizei para compor o
numero MX=A(9,9)


> O que significa (1,1,1,9,9)???

significa que eu utilizei 3 algarismos "1" para compor a definicao da funcao
mais 2 algarismos "9" para definir o numero MX em termos da funcao
que eu defini.


> Acho
> que não entendi como esses três primeiros uns entraram.Gostaria que vc deixasse
> mais claro , essa questão é bastante interessante.
>

Estes "1" entraram da definicao da funca A
veja A(X,1) = X <--- aqui eu utilizei umdos "1"

[]s
jocax


>
> -- Mensagem original --
>
> >> De: Eduardo [mailto:dgueron@mailbr.com.br]
> >>
> >> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >>
> >> > Caros colegas,
> >> > Antes que a ideia morra comigo resolvi divulga-la.
> >> >
> >> > Certo tempo pensei que de todas as civilizacoes
> >> inteligentes existente
> >> > no universo alguma certamente ja representou o maior numero de todo
> >> > o universo.
> >> > Sim, os numeros sao infinitos, mas alguem ja escreveu ou
> >> representou o
> >> > maior de todo o conjunto de numeros ja representados ( escritos ).
> >> >
> >> > Saberia esta pessoa que seu numero era o maior de todos no universo?
> >> > Provavelmente nao.
> >> >
> >> > De qqr modo estou promovendo aqui o concurso de quem escreve o
> >> > maior numero real.
> >> >
> >> > A ideia eh que se use um numero finito de caracteres, por exemplo
> >> > 50 caracteres, e o concurso seria de quem escreveria o maior numero
> >> > restringindo-se a esta qtdade de caracteres e alem disso
> >> seria possivel
> >> > as operacoes : + , - , * , / , ! ( Fatorial ) , ^ ( potencia )
> >> > e principalmente DEF e IF. Espacos em branco nao sao computados.
> >> >
> >> > Alem do mais apenas 5 algarismos poderiam ser utilizados.
> >> >
> >> > A instrucao DEF permitiria ao competidor criar novas funcoes ,
> >> > mas o numero de caracteres para definer esta funcao seria computado.
> >> >
> >> > EU comeco escrevendo o primeiro numero candidato ( MX)
> >> > a ser o maior do universo :
> >> >
> >> > DEF A(X,N) = X^A(X,N-1) If N>1
> >> > A(X,1) =X
> >> > MX= A(9,9)
> >> >
> >> > ==========================
> >> > Obs : Eu utilizei menos de 50 caracteres nao brancos
> >> > e utilizei 5 algarismos ( 1,1,1,9,9 )
> >> >
> >> > Meu numero MX seria : A(9,9) = 9^A(9,8) = 9^( 9^A(9,7) )
> >> > = 9^(9^(9^A(9,6))) =.... 9^(9^(9^(9^(9(....9)))))))
> >> >
> >> > []s
> >> > jocax
> >> >
> >>
> >> A(9,9)+1, ganhei!
> >
> >A(9,9)+1^oo ,eu ganhei!
> >
> >
> >[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
> >
> >
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> >VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> >http://www.ciencialist.hpg.com.br
> >Para sair da lista envie um mail para
> >ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> >Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Re: [ciencialist] lógica e proibicionimo
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/08/2001 19:02

Para combater um argumento, deve-se combater suas premissas.
A premissa P1 pode ser combatida apresentando-se como evidência
um comercial no qual o cigarro não seja apresentado como
exemplo de virilidade (acho que existem comerciais assim).
Se o pessoal alterar essa premissa para "a maioria dos
comerciais..." então vai ficar mais difícil: será necessário
buscar evidências estatísticas de que em sua maioria os
comerciais não mostram exemplos de virilidade. Mas aí
a conclusão já ficará prejudicada.

A premissa P2 pode ser questionada: "Quais os estudos que
demonstram que fumar está causalmente ligado à impotência?"
A falha em apresentar esses estudos irá trazer dúvidas acerca
da afirmação que essa premissa faz.

Até mais,
Sergio Navega.





-----Original Message-----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
To: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
Date: Quarta-feira, 22 de Agosto de 2001 10:19
Subject: [ciencialist] lógica e proibicionimo


Vamos imaginar que o governo proibia a publicidade aos cigaros
com os argumentos seguintes:

Premissa P1: como todos os anuncios aos cigarros transmitem a ideia
de que fumar é sinónimo de virilidade.
Premissa P2: mas na realidade fumar causa impotencia
conclusão C1: então os anúncios aos cigarros são falaciosos

Premissa P3=C1:como os anúncios aos cigarros são falaciosos
conclusão C2:então devem ser poibidos.


A pergunta é: como é que estes argumentos podem ser rebatidos?
Nota: quem concordar com os argumentos deve procurar fazer o
papel de Advogado do Diabo.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com

&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em:
http://docs.yahoo.com/info/terms/





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: maquina que raciocina melhor
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/08/2001 19:03

From: andrebaptista@uol.com.br <andrebaptista@uol.com.br>
>
> Será então impossível construir máquinas com IA baseadas nesse tipo
> de tecnologia?
> Mas não podemos, teoricamente, criar "máquinas virtuais" de qualquer
> tipo num computador tradicional que seja suficientemente poderoso?
>
> Como está o debate atualmente em relação à IA? Existe ainda quem
> questione sua viabilidade ou é tudo uma questão de "como" e "quando"?

A grande questão da IA não é o tipo de processador, arquitetura nem
hardware superpoderoso. A grande questão é *o que* deve fazer um
sistema processador de informação para ser considerado inteligente.
Há diversas correntes atualmente, e o que se sabe é que algumas
delas estão desacreditadas (a corrente lógica, por exemplo).

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: Leis de conservacao ... de equacoes ????
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/08/2001 19:58

>
> Os membros de uma equação não são remanejados de um lado para o
outro.
>
> A+B=C => A=C-B
>
> É assim que se aprende na escola, mas o correto matematicamente é o
> seguinte:
>
> A+B=C => A+B(-B)=C(-B) => A=C-B
>
> Multiplica-se sempre os dois lados da equação pelo mesmo fator e não
> importa quanto remanejamentos de faça a equação sempre dá igual dos
dois
> lados, por isso o nome equação.
> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@f...

Como eu sofri no aprendizado por causa de coisas como "passa pro
outro lado multiplicando"... ficava tentando entender qual era o
segredo dessa magica. :) Depois que me dei conta do que estava por
tras, passei a detestar uso imediato de 'macetes'.

Ateh mais.
Luis Brudna









SUBJECT: Efeito Hawthorne
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/08/2001 01:31

Caros colegas,

Gostaria de chamar ateno para um um trecho da reportagem sobre o 'efeito placebo' feita pela Superinteressante:

"Carlini analisa a histria de Joo dentro do contexto do sistema de sade brasileiro. Em geral, diz ele, os pacientes costumam ser atendidos em ambulatrio, enfrentar filas de espera e consultas rpidas, cada vez com um profissional diferente. Quando so selecionados para participar de um estudo, recebem toda a ateno da equipe mdica, em horrios agendados, e tm o tratamento supervisionado do comeo ao fim. Esse paciente, ao ser tratado dessa maneira, deseja melhorar. Ficar bom uma forma de agradecer ao mdico que o atende com tanta ateno, diz Carlini. Ele e outros cientistas reconhecem que a gratido do paciente pode desencadear o efeito placebo, assim como outros fatores presentes na relao com o mdico. Um cumprimento mais afetuoso ou mesmo um procedimento complexo, como a cirurgia, tambm podem induzir uma melhora."

Ao meu ver, houve um erro por parte da reportagem ao relacionar esse fato ao placebo. Na verdade, este o efeito Hawthorne em ao.

Grosso modo, este efeito ocorre quando paciente se sente especial por fazer parte da pesquisa e quer ser um 'bom' paciente, fazendo o mximo para agradar o pesquisador, por vezes subnotificando efeitos adversos. Ou ento: "the tendency for people to improve their performance after any change when they know their performance is being studied -- a common potential confound when testing user interface changes for whether they represent an improvement or not."

Apesar de haver apenas referncias quanto ao seu impacto em empresas, este efeito bem conhecido pelos epidemiologistas por sua importncia em ensaios clnicos.

[]s
Raul

Explicaes detalhadas sobre o efeito Hawthorne:
http://www.mankato.msus.edu/dept/comdis/kuster/Infostuttering/Harrison/hawthorne.html



[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mistura de raças
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 02:29

On Wednesday 22 August 2001 11:31 am, you wrote:
> > Esta definicao esta errada. Uma mais aproximada de especie
>
> seria "Dois
>
> > individuos sao da mesma especie se podem gerar prole fertil".
>
> Exempo: um
>
> > cavalo eh da mesma "raca" que um jumento, mas sua prole (a mula)
>
> nao eh
>
> > fertil. Disse minha "tia Teteca".
>
> Essa definição apenas especifica como dois indivíduos podem ser
> classificados como sendo da mesma espécie. Mas quando extendemos esse
> conceito para tentar englobar toda uma população de indivíduos,
> surgem problemas, pois o conceito de "mesma espécie" não é
> transitivo. "a" pode ser da mesma espécie que "b" e que "c". Isso não
> implica que "c" seja da mesma espécie de "b".
>
> Num conjunto de N indivíduos, nada garante que todos os indíviduos
> gerem descendentes férteis entre si. E se esta condição for
> obedecida, certamente foram deixados de fora do grupo indivíduos que
> gerariam descendentes férteis com alguns, mas não todos, elementos do
> grupo.
>
> Por último, como usar esse critério para classificar indivíduos do
> mesmo sexo? :-)

voce pode me dar o exemplo de alguma especie em que individuos do mesmo sexo
procriam?

> > > Se as raças não existem, não existe o racismo também. Ou alguém
>
> pode
>
> > > discriminar outra pessoa com base em algo que não existe? As
>
> vezes só as
>
> > > crianças conseguem ver que o rei está nu.
> >
> > EXATO! Por isso o racismo devia existir! Mas se ele existe, nao eh
>
> por razoes
>
> > naturais, mas socio-culturais.
>
> A resposta certa é: devemos combater o racismo de qualquer jeito,
> porque queremos. Nada garante que as razões sejam apenas socio-
> culturais e não naturais. Aliás, será que isso existe? Comportamentos
> e sentimentos inventados pelo homem, do nada, sem nenhum apoio nas
> caracteristicas biológicas do próprio homem? Se o homem é

Claro! Por que nao? O que mais vemos por ai, eh pessoas tomando decisoes ou
atitudes "porque querem". Que estranheza ha nisso? Voce nunca quis fazer algo
sem pensar numa boa razao para faze-lo?


> intrinsecamente bom, quem inventa as coisas ruins? A sociedade? Mas a
> sociedade nada mais é do que um grupo de seres humanos. A não ser que
> passemos a acreditar no Diabo.

E quem disse que o homem eh intrinsecamente bom? Ja ouviu dizer "as criancas
as vezes sao crueis"? Eu acredito nisso literalmente! Eh precisamente o homem
quem inventa o racismo e todas as coisas ruins. Pessoas como eu e voce. So
que com poder politico, ou belico, ou ainda, hoje em dia, social (a midia
moldando opinioes publicas).

Voce quer dizer que realmente acredita que o racismo passou a existir pq
realmente existem "racas" diferentes? Porque, como ha diferencas aparentes
(cor da pele, formato da cabeca, estatura, etc), entao os grupos sao
diferentes?

Ou tera sido por acaso que o racismo comecou na Europa, na epoca do
Obscurantismo da Igreja e da expansao territorial? Tera a Igreja Catolica
parte na concepcao do Racismo? (sera que foi sem querer que disseram naquela
epoca que "os negros nao tem alma, portanto nao tem direitos"?)

Nao, eu nao acho que o homem seja intrinsecamente bom. Sinto muito.

abracos
Felipe


SUBJECT: Ponto de mutacao
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/08/2001 04:29

Ôi, turma

Em minhas NGAM (leia-se Net-Google-Andanças pela Madrugada) encontrei um
site jóia sobre física quântica. Quem diria, depois de tanto tempo de
críticas e desconfianças, estou quase atingindo o "ponto de mutação". Vou
relatar apenas um pequeno trecho, magnífico por sinal. O Léo que se cuide,
pois sua teoria ectoplásmica está prestes a ser superada pela "Apometria e
Física Quântica". O trecho é o seguinte:

______________________

"O Dr. Lacerda deduziu com clareza a lei que rege o pensamento como operação
da Alma:

O pensamento irradia-se em todas as direções a partir da mente, por meio de
corpúsculos mentais energéticos. Quando devidamente potencializado através
de uma mesa paranormal e canalizado através de um sensitivo ao plano
etérico, dado o grande potencial energético do mundo material, poderá ser
modulado pelos altos seres, Mentores, etc... realizando ações e produzindo
efeitos notáveis. O comando do dirigente por meio de pulsos cumulativos de
energia cósmica, por ele e pela mesa, atraída e somada às energias vitais do
próprio corpo, passa ao plano astral, e, em conformidade com as descobertas
e revelações da Física Quântica, transformadas as freqüências vibratórias em
massa magnética, atua de maneira decisiva sobre as entidades a elas
dirigida.Uma das primeiras revelações da ação da Física Quântica no plano
etérico dos falecidos, nos é relatada pelo Dr. Lacerda em seu livro na
página 100, onde a vovó Joaquina, para auxiliar o dirigente, sugere: "Pois
então dê uma zinversão no Spin dele", um mago extremamente confiante e
poderoso. E o mago desmoronou."

______________________

Não é fantástico? Quanta sabedoria quantum-cósmica! Mas a coisa não para por
aí não! Tem muito mais quântica no pedaço, como inversão do spin, salto
quântico e até mesmo um pouquinho de relatividade. Como diria o Bohr, quem
nunca questionou a física quântica não entendeu a física quântica. E graças
a esse site, após muitas críticas estou começando a entender a física
quântica e a admirá-la.

Vale a pena entrar no site pois em termos de física quântica nunca li nada
melhor. Ops, quase ia esquecendo. O URL é
http://www.solarisweb.net/ocultismo5.htm

[ ]'s
Alberto
Um dos quase ex-Cavaleiros do Apocalipse Quântico
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm

PS: Aproveitem para entrar no meu site hoje, antes que eu desista de atacar
a física quântica e delete todo o conteúdo do mesmo.



SUBJECT: maior numero
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/08/2001 09:04

A minha contribuição para o maior número com 50 caracteres:

DEF A(N) = N^A(N-1) If N>1
A(1)=N
MX= A(A(A(A(A(A(9))))))

Na verdade este tem 49. Ainda posso colocar um "!"
algures. Qual é o melhor sítio para o colocar?
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: conceito de espécie
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/08/2001 09:13

Qual é a definição de espécie nos seguintes casos:

- bactérias (bactérias reproduzem-se por divisão e
trocam plasmideos entre "espécies"
- plantas que se reproduzem assexuadamente
- especiação em anel em que de um dos lados do anel
os individuos se cruzam uns com os outros e do outro
os individuos não se cruzam
- vírus

??


--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] maior numero
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 09:38

João Mário Miranda wrote:
>
> A minha contribuição para o maior número com 50 caracteres:
>
> DEF A(N) = N^A(N-1) If N>1
> A(1)=N
> MX= A(A(A(A(A(A(9))))))

Correcção:
A(1)=9

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: maquina que raciocina melhor
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 10:03

--- In ciencialist@y..., "Sergio Navega" <snavega@a...> wrote:

> A grande questão da IA não é o tipo de processador, arquitetura nem
> hardware superpoderoso. A grande questão é *o que* deve fazer um
> sistema processador de informação para ser considerado inteligente.
> Há diversas correntes atualmente, e o que se sabe é que algumas
> delas estão desacreditadas (a corrente lógica, por exemplo).

Passar no "teste de Turing" já não seria um bom começo?
Ou, colocando o problema contrário, como demonstrar que uma máquina
que passe nesse teste *não* é inteligente?

(para quem não sabe, o teste de Turing consiste basicamente em
colocar o computador para conversar com um humano via "chat" por
exemplo. Se o computador puder "enganar" qualquer humano por um tempo
indefinido, isto é, se ninguém for capaz de decidir se se trata de um
computador ou de outro humano, então o computador pode ser
considerado inteligente)

[]´s

André



SUBJECT: Re: [ciencialist] maior numero
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 10:40

João Mário Miranda wrote:

> João Mário Miranda wrote:
> >
> > A minha contribuição para o maior número com 50 caracteres:
> >
> > DEF A(N)=N^A(N-1)If N>1
> > A(1)=N
> > MX= A(A(A(A(A(A(9))))))
>
> Correcção:
> A(1)=9
>
> --
> joão
> http://www.nonio.com
> http://www.explicacoes.com
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Re: [ciencialist] maior numero
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 10:42

Ta legal Joao Miranda,
Acho q vc eh o privilegiado que escreveu
o maior numero do universo (por hora) !

Vc poderia colocar este concurso no seu SITE O que vc acha ?

[]s
jocax



João Mário Miranda wrote:

> João Mário Miranda wrote:
> >
> > A minha contribuição para o maior número com 50 caracteres:
> >
> > DEF A(N) = N^A(N-1) If N>1
> > A(1)=N
> > MX= A(A(A(A(A(A(9))))))
>
> Correcção:
> A(1)=9
>
> --
> joão
> http://www.nonio.com
> http://www.explicacoes.com
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/



SUBJECT: Re: Mistura de raças
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 10:56

--- In ciencialist@y..., Felipe Figueiredo <philsf@a...> wrote:

André:
> > Num conjunto de N indivíduos, nada garante que todos os indíviduos
> > gerem descendentes férteis entre si. E se esta condição for
> > obedecida, certamente foram deixados de fora do grupo indivíduos
que
> > gerariam descendentes férteis com alguns, mas não todos,
elementos do
> > grupo.
> >
> > Por último, como usar esse critério para classificar indivíduos do
> > mesmo sexo? :-)
>

Felipe:
> voce pode me dar o exemplo de alguma especie em que individuos do
mesmo sexo
> procriam?

André:
Existem algumas espécies hermafroditas, mas na maioria das espécies
indivíduos da mesma espécie não procriam. Então a questão é: como
decidir se são da mesma espécie?



André:
> > A resposta certa é: devemos combater o racismo de qualquer jeito,
> > porque queremos. Nada garante que as razões sejam apenas socio-
> > culturais e não naturais. Aliás, será que isso existe?
Comportamentos
> > e sentimentos inventados pelo homem, do nada, sem nenhum apoio nas
> > caracteristicas biológicas do próprio homem? Se o homem é
>

Felipe:
> Claro! Por que nao? O que mais vemos por ai, eh pessoas tomando
decisoes ou
> atitudes "porque querem". Que estranheza ha nisso? Voce nunca quis
fazer algo
> sem pensar numa boa razao para faze-lo?


André:
As decisões e atitudes que o homem pode tomar são limitadas por sua
natureza biológica. Isso é inevitável.


André:
>
> > intrinsecamente bom, quem inventa as coisas ruins? A sociedade?
Mas a
> > sociedade nada mais é do que um grupo de seres humanos. A não ser
que
> > passemos a acreditar no Diabo.
>


Felipe:
> E quem disse que o homem eh intrinsecamente bom? Ja ouviu dizer "as
criancas
> as vezes sao crueis"? Eu acredito nisso literalmente! Eh
precisamente o homem
> quem inventa o racismo e todas as coisas ruins. Pessoas como eu e
voce.

André:
Não tem sentido dizer que o racismo é uma invenção, como a lâmpada ou
a máquina a vapor. Eu posso destruir uma lampada, mas o racismo é bem
mais complicado. Combater o racismo exige um grande esforço de
educação e conscientização. É preciso que as pessoas introjetem a
idéia de que o racismo é ruim e errado, para reprimir, sublimar ou
aprender a lidar de algum modo com seus sentimentos negativos com
relação ao estrangeiro e ao diferente.


So
> que com poder politico, ou belico, ou ainda, hoje em dia, social (a
midia
> moldando opinioes publicas).
>
> Voce quer dizer que realmente acredita que o racismo passou a
existir pq
> realmente existem "racas" diferentes?

R. Takata et al me convenceram que não existem raças, so sentido
biológico da palavra. Mas existem sim pessoas com cor de pele e
traços diferentes, e muitas pessoas discriminam por causa disso.


Porque, como ha diferencas aparentes
> (cor da pele, formato da cabeca, estatura, etc), entao os grupos
sao
> diferentes?


Não estou aqui para julgar se são ou não diferentes, mas as pessoas
julgam pela aparência!!


>
> Ou tera sido por acaso que o racismo comecou na Europa, na epoca do
> Obscurantismo da Igreja e da expansao territorial?

Epa. Agora você tem que provar o que escreveu. Que não havia racismo
antes do cristianismo.


Tera a Igreja Catolica
> parte na concepcao do Racismo? (sera que foi sem querer que
disseram naquela
> epoca que "os negros nao tem alma, portanto nao tem direitos"?)

Os romanos já consideravam os escravos (de todas as cores) como
mercadorias.

>
> Nao, eu nao acho que o homem seja intrinsecamente bom. Sinto muito.
>

Eu também não.

[]´s

André



SUBJECT: Causas do autismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 23/08/2001 11:53

MEDICINA- Folha de São Paulo, 23 de agosto de 2001

Pesquisa acha causas genéticas do autismo
Estudando 150 pares de irmãos afetados pelo autismo,
cientistas dos EUA e da Europa conseguiram determinar
regiões de quatro cromossomos (2, 7, 16 e 16) ligadas ao
surgimento da doença, anunciaram ontem os Institutos
Nacionais de Saúde dos EUA.






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Cerebro 100%
FROM: "Carol" <carolsturari@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/08/2001 13:17

Aqui vão mais alguns sites sobre o assunto...
[]'s
Carol

=====

Do We Use Only 10% of Our Brain?
( http://faculty.washington.edu/chudler/tenper.html )

Myths About the Brain: 10 percent and Counting
( http://www.brainconnection.com/topics/?main=fa/brain-myth )

What Is the Capacity of Our Brain?
( http://www.epub.org.br/cm/n04/brainstorming/capacity.htm )

How Much of Our Brain Do We Use?
( http://exn.ca/Main/JaysBrain/jb-19980128.cfm )

Brain Drain
( http://www.newscientist.com/lastword/answers/lwa607body.html )









Ronaldo Wrote:

Ten Percent and Counting - BrainConnection.com
http://www.brainconnection.com/topics/?main=fa/brain-myth

90% of a Brain is a Terrible Thing to Waste - The New England Journal
of Skepticism
http://www.theness.com/brain.html

"What is the Capacity of the Brain," a Brain and Mind Journal
Brainstorming article (revista brasileira)
http://www.epub.org.br/cm/n04/brainstorming/capacity.htm

Brain Drain - the Last Word Archive
http://www.newscientist.com/lastword/answers/lwa607body.html

The Ten-Percent Myth from the Skeptical Inquirer
http://www.csicop.org/si/9903/ten-percent-myth.html

The 10% Solution
http://www.psg.com/~ted/bcskeptics/ratenq/Re3.2-Brain10.html

[]s
Ronaldo





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Mistura de raças
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 13:45

--- In ciencialist@y..., Arnaldo <arnaldojr@l...> wrote:
> Como vc pode afirmar q nao há diferença geneticamente, nas diferentes raç=
as!!!
> Quem define a cor da pele é o gene responsável por essa característica,
> portanto existe diferença genetica entre as diferenças raças.

Ok, entao definirei racas para quem tem
fibrose cistica, sague tipo A ou qq outra
caracteristica geneticamente condicionada.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Mistura de raças
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 14:07

--- In ciencialist@y..., Felipe Figueiredo <philsf@a...> wrote:
> Esta definicao esta errada. Uma mais aproximada de especie seria "Dois
> individuos sao da mesma especie se podem gerar prole fertil". Exempo: um
> cavalo eh da mesma "raca" que um jumento, mas sua prole (a mula) nao eh
> fertil. Disse minha "tia Teteca".

Cavalo e jumento nao sao da mesma raca --
um cavalo manga-larga e' da mesma
raca q. outro manga-larga, ou um quarto-de-milha
e' da mesma raca q. outro quarto-de-milha...

Cavalo e jumento pertencem a especies
diferentes dentro de um mesmo genero --
/Equus cabalus/ e /E. asinus/ respectivamente.

So' como curiosidade: o cruzamento
reciproco cavalo x jumenta e egua x jumento
nao produzem o mesmo resultado.

Em portugues denomina-se genericamente
de mulo e mula. Mas em ingles por exemplo
ha' diferenca entre hinny (primeiro caso
de cruzamento) e mule (segundo caso).
Credita-se a diferenca (tamanho da orelha
e outras compleicoes fisicas) ao fenomeno
do 'imprinting' genomico.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Racas e diversidade genetica
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 14:14

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> Eu nao concordo muito com esta abordagem. Deixe-me explicar:
> Existem genes "controladores" que controlam a ativacao de outros
> genes. Assim, um unico gene diferente pode fazer mais diferenca
> entre 2 individuos do que se eles tivessem 20 outros genes diferentes.

Esqueceu-se q. esses genes reguladores tbm se
misturam com os cruzamentos?

A questao e' q. se nao existe uma diferenciacao
genetica significativa em outros locos, isso significa
q. nao houve um isolamento reprodutivo muito
gde. Um unico gene q. controle o desenvolvimento
pode fazer muita diferenca morfologica, mas
isso nao define raca, nem diferenciacao filogenetica.

Se formos nos ater simplesmente 'a morfologia
voltamos duzentos anos na pratica taxonomica
e juntamos os cetaceos com os peixes.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Grau de Doutor ... em astrologia !
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 14:15

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@=
u...> wrote:
> Em breve: Doutorado em Ciências Ocultas...

Ja' existe. Ou algo muito parecido.

Existem cursos superiores de 'ciencias' esotericas
nos EUA, na Inglaterra e na India.

Pelo menos na India tais cursos tEm
reconhecimento oficial.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mistura de raças
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 14:30



rmtakata@altavista.net wrote:

> Em portugues denomina-se genericamente
> de mulo e mula. Mas em ingles por exemplo
> ha' diferenca entre hinny (primeiro caso
> de cruzamento) e mule (segundo caso).
> Credita-se a diferenca (tamanho da orelha
> e outras compleicoes fisicas) ao fenomeno
> do 'imprinting' genomico.

A Science de há duas semanas falava desse tipo de fenómenos
que eles juntaram sob o nome de "epigenética". E também referia
esse exemplo.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Teste das cores
FROM: "Carol" <carolsturari@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>, "excalibot" <excalibur-ot@yahoogroups.com>, "Genismo" <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 23/08/2001 14:35


Jocax,
Esse teste foi extremamente falho comigo...
[]'s
Carol



Jocax wrote
Nao sei se tem valor cientifico,
mas achei interessante !

http://www.bne.com.br/

Va em :

Nossos Servicos ==> Teste das cores

[]s
jocax



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: maquina que raciocina melhor
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/08/2001 14:38

From: andrebaptista@uol.com.br <andrebaptista@uol.com.br>
--- In ciencialist@y..., "Sergio Navega" <snavega@a...> wrote:
> > A grande questão da IA não é o tipo de processador, arquitetura nem
> > hardware superpoderoso. A grande questão é *o que* deve fazer um
> > sistema processador de informação para ser considerado inteligente.
> > Há diversas correntes atualmente, e o que se sabe é que algumas
> > delas estão desacreditadas (a corrente lógica, por exemplo).
>
> Passar no "teste de Turing" já não seria um bom começo?
> Ou, colocando o problema contrário, como demonstrar que uma máquina
> que passe nesse teste *não* é inteligente?

O teste de Turing é a principal referência atual, infelizmente.
Não o acho adequado, pois é empiricamente falho (depende de quem
é o "juiz"). Inteligência é um conceito que para mim está associado
à capacidade de um indivíduo de gerar informação e conhecimento
através de suas interações com o meio ambiente. O teste de
Turing se preocupa essencialmente em avaliar o quanto um
computador "sabe", e não em "como" ele soube. Se eu fizer uma
criança de 3 anos decorar a equação de Schrödinger e se
ela conseguir escrevê-la de memória para uma platéia que está
assistindo, não podemos dizer que a criança é "inteligente"
como alguém que realmente compreende a equação. Ela apenas
decorou os símbolos. O teste de Turing é ótimo apenas para
revelar quão bom é o computador para decorar símbolos arbitrários.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Racas e diversidade genetica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 15:58

rmtakata@altavista.net wrote:

> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> > Eu nao concordo muito com esta abordagem. Deixe-me explicar:
> > Existem genes "controladores" que controlam a ativacao de outros
> > genes. Assim, um unico gene diferente pode fazer mais diferenca
> > entre 2 individuos do que se eles tivessem 20 outros genes diferentes.
>
> Esqueceu-se q. esses genes reguladores tbm se
> misturam com os cruzamentos?
>

Nao importa.
Lembra daquela especie de passaros que formavam 2 especies distintas
de acordo com sua localizacao geografica?
Existiam, entre estas duas especies, uma outra que se assemelhava geneticamente
as 2 e por isso poderiam cruzar com estas 2 outras indistintamente.

Isso mostra que mesmo que exista uma variacao continua de gentotipo
entre uma especie e outra, isso nao impede que as 2 especies, dos extremos,
sejam distintas.

Recebi recentemente um artigo que fornecia um exemplo:
"...Um estudo divulgado em janeiro constatou esse modelo de evolução em populações do pássaro
asiático felosa troquilóide. À medida que essa espécie se espalha ao redor do planalto tibetano,
alguns de seus traços mudam, como a música que os machos cantam para atrair as fêmeas. Na
Sibéria, no norte do continente, duas variações dessa espécie desenvolveram cantos tão distintos
que as fêmeas de uma não reconhecem os machos da outra. A descoberta significa que esses dois
grupos, apesar de serem muito semelhantes, não podem se reproduzir entre si, o que indica que se
separaram em duas espécies. “Darwin acreditava que a evolução ocorria sem grandes saltos. Nós
observamos essa evolução gradual na felosa troquilóide”, diz o autor do estudo, o ecólogo Darren
Irwin, da Universidade de Lund, Suécia....."



O que eu quero dizer eh que *podemos* estar inexoravelmente sendo
especiados. E que a tendencia de todos os seres vivos talvez seja
o da especiacao mesmo. Quer queiramos quer nao queiramos.

Tal especiacao poderia ter como inicio a deteccao de tracos fenotipicos
ou seja,a especiacao poderia se iniciar por diferencas morfologicas como no
exemplo do canto dos passaros ou mesmo da cor da pele ou
formato das orelhas etc..
Isso vai depender de como a escolha sexual eh predominantemente feita.
Se for pela aparencia, pela beleza, entao tracos externos teriam
grande predominancia na formacao de especies.

Se esta teoria se confirmar entao o termo "raca" poderia estar definido
como sendo diferencas suficientemente detectaveis para que assim sejam
consideradas.

Claro que nao podemos dizer aos passaros : "Olha, eles tem um canto
um pouco diferente nao eh por isso que vc nao deva acasalar-se com eles".

Nos humanos podemos tentar agir assim.
Nao sei se isso teria efeito na pratica.
Mas se a especiacao esta em curso, ou nao, isso *nao* implica que
devamos discriminar pessoas racialmente.

Quero dizer que MESMO que possamos definir o conceito de raca
discernindo uma serie de atributos externos isso NAO IMPLICA que devamos
discriminar ou dar a uns mais direitos que a outros.

Mas e se a especiacao de fato ocorrer talvez, por exempo, daqui ha
uns 10 mil anos? E se tivermos na terra 2 ou mais especies de homo sapiens?
A etica e a justica poderia se manter incolume?

Minha resposta eh SIM, *desde* que comecamos a respeitar TODAS
as outras especies de animais , particulaemente aquelas que confinamos
em matadouros para nos alimentar e outras que as escravizamos
tambem de forma egoista.

Sem uma mudanca de paradigma em termos de diretos de todas
as especies, dificilmente poderemos evitar conflitos se uma especiacao
humana vier a ocorrer.


[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Concurso do Maior Numero MX
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 17:24

On Wednesday 22 August 2001 02:39 pm, you wrote:
> lim (1/x), x--> 0
>
> ganhei

Na verdade nao, pois o concurso eh para achar um numero. E esse limite nao
nos gera um numero, e sim uma ideia.

De qualquer forma, alem de voce nao ter definido a operacao de limite, eh
muito facil alguem chegar e a partir desse limite lhe mostrar um maior. Como:

lim (1/x^2), x->0 .

Alias, pq voce nao fez lim x, x->oo ?


SUBJECT: Re: Racas e diversidade genetica
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 17:28

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos
<jocax@u...> wrote:
> > Esqueceu-se q. esses genes reguladores tbm se
> > misturam com os cruzamentos?
> >
>
> Nao importa.
> Lembra daquela especie de passaros que formavam 2 especies distintas
> de acordo com sua localizacao geografica?
> Existiam, entre estas duas especies, uma outra que se assemelhava
geneticamente
> as 2 e por isso poderiam cruzar com estas 2 outras indistintamente.

Nao se cruzam indistintamente. Tto assim o
e' q. os extremos sao incompativeis.

Na especie humana nao existe nada parecido --
potencialmente todas as populacoes podem se
intercruzar.

No caso de especies, os genes reguladores
importam pouco para determinar o isolamento
reprodutivo -- q. e' o q. conta para a
definicao padrao. E' possivel ter 100% de
semelhanca genetica e constituir-se em
especies separadas -- basta a organizacao
cromossomica impedir o cruzamento.
(Existem um sem numero de mecanismos de
especiacao e consequentemente um sem
numero de padroes de especiacao -- o
padrao de distincao em racas, subespecies
e especies e' uma delas; mas e' possivel
haver especiacao por hibridacao, poliploidia,
reorganizacao cromossomica, alteracao puntual
em genes de reconhecimento especifico...)

Mas para se caracterizar racas e' preciso
q. haja uma distincao genetica. Coisa q.
nao ha' na especie humana.

> Recebi recentemente um artigo que fornecia um exemplo:

Isso nao e' um artigo. E' um trecho
de uma infeliz reportagem da Superinteressante.

> O que eu quero dizer eh que *podemos* estar inexoravelmente sendo
> especiados. E que a tendencia de todos os seres vivos talvez seja
> o da especiacao mesmo. Quer queiramos quer nao queiramos.

Pouco provavel com o intercruzamento.
A menos q. as pressoes seletivas sejam
suficientemente gdes para sobrepujar --
o q. parece pouco provavel.

> Se esta teoria se confirmar entao o termo "raca" poderia estar
definido
> como sendo diferencas suficientemente detectaveis para que assim
sejam
> consideradas.

Raca pode ser definida do modo como
quiser. Pode-se definir raca como
uma xicara cheia de cafe'. A questao
e' saber se ela e' operacional.

Raca, tal qual definida para outras
especies, nao se aplica 'a especie
humana: diferencas geneticas significativas
distintas para cada linhagem.

> Mas se a especiacao esta em curso, ou nao, isso *nao* implica que
> devamos discriminar pessoas racialmente.

Analises geneticas indicam exatamente
o contrario. No Brasil praticamente
todos tEm genes misturados das 'racas'
q. compuseram o pais. Mesmo nos EUA
em q. existe uma cultura maior de segregacao
existe um fluxo genetico bastante gde.
(Aparentemente isso tem se intensificado
com o aumento da populacao latina -- q.
serve de ponte genetica entre negros e brancos.)

Mas so' o tempo dira' qual o resultado
disso.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Humor na ciencia atualizada
FROM: "WBC" <wbc@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/08/2001 17:54

Luis,

Adorei o site, parabéns!!!

Abraços,

Wagner Campodonio


-----Mensagem original-----
De: lrb@if.ufrgs.br <lrb@if.ufrgs.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Data: Sexta-feira, 24 de Agosto de 2001 22:43
Assunto: [ciencialist] Humor na ciencia atualizada


> Atualizei todo o site da pagina Humor na ciencia
>
>http://www.humornaciencia.cjb.net
>
> Fiz grandes mudancas no visual, se alguem encontrar algum erro eh
>soh me avisar. :)
>
>
>Ateh mais.
>Luis Roberto Brudna
>
>
>
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
>



SUBJECT: Re: Mistura de raças
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 18:16

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> espécie? Se os ambientes forem muito semelhantes, será que
> a "unidade" será mantida por mais tempo, ou a "deriva genética" é
> mais ou menos constante?

Depende de uma serie de fatores.

Em uma edicao da Science dedicada
'a evolucao (25 de junho de 99),
fala de um estudo sobre duas populacoes
de lagartos australianos separadas
por alguns milhoes de anos por uma
cadeia de montanhas apresentaram
pouca diferenciacao genetica entre si por
todo esse periodo -- eqto q. uma populacao
comparada com outra do mesmo lado
da montanha, mas q. habitavam ambientes
diferentes apresentaram uma maior
divergencia.

Em um cenario sem selecao, com a
evolucao comandada por eventos
de deriva genetica, a taxa evolutiva
seria muito pequena. A taxa de
substituicao genetica, isto, o numero
de mutantes se tornando fixos
na populacao em um periodo de tempo,
e' igual 'a taxa de mutacao:
independe do tamanho da populacao.
Como a taxa de mutacao e' em
geral muito baixa, a evolucao por
deriva genetica e' muito lenta -- devendo
contar pouco para a efetiva taxa de
especiacao. A evolucao neutra (sem selecao
ou com baixo indice de selecao) deve
ser mais levada em conta para a diversidade
intraespecifica do q. para fenomenos
evolutivos como a formacao de novas
especies.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mistura de raças
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 18:18

On Thursday 23 August 2001 10:56 am, you wrote:
> --- In ciencialist@y..., Felipe Figueiredo <philsf@a...> wrote:
>
> André:
> > > Num conjunto de N indivíduos, nada garante que todos os indíviduos
> > > gerem descendentes férteis entre si. E se esta condição for
> > > obedecida, certamente foram deixados de fora do grupo indivíduos
>
> que
>
> > > gerariam descendentes férteis com alguns, mas não todos,
>
> elementos do
>
> > > grupo.
> > >
> > > Por último, como usar esse critério para classificar indivíduos do
> > > mesmo sexo? :-)
>
> Felipe:
> > voce pode me dar o exemplo de alguma especie em que individuos do
>
> mesmo sexo
>
> > procriam?
>
> André:
> Existem algumas espécies hermafroditas, mas na maioria das espécies
> indivíduos da mesma espécie não procriam. Então a questão é: como
> decidir se são da mesma espécie?

Mas uma especie hermafrodita possui OS DOIS SEXOS. Seu sexo masculino procria
com um sexo feminino, e vice versa. Mesmo que haja partenogenese
(auto-fecundacao) num ser hermafrodita, ele nao esta procriando no mesmo sexo.

>
> Felipe:
> > E quem disse que o homem eh intrinsecamente bom? Ja ouviu dizer "as
>
> criancas
>
> > as vezes sao crueis"? Eu acredito nisso literalmente! Eh
>
> precisamente o homem
>
> > quem inventa o racismo e todas as coisas ruins. Pessoas como eu e
>
> voce.
>
> André:
> Não tem sentido dizer que o racismo é uma invenção, como a lâmpada ou
> a máquina a vapor. Eu posso destruir uma lampada, mas o racismo é bem
> mais complicado. Combater o racismo exige um grande esforço de
> educação e conscientização. É preciso que as pessoas introjetem a
> idéia de que o racismo é ruim e errado, para reprimir, sublimar ou
> aprender a lidar de algum modo com seus sentimentos negativos com
> relação ao estrangeiro e ao diferente.

Voce pode facilmente destruir um invento, mas jamais a ideia que o gerou.
Como a ideia do invento material mora no mesmo espaco que a ideia do racismo,
o mesmo acontece para o racismo: voce matar um racista, ops, pode eliminar o
racismo de um individuo (tomemos VOCE por exemplo), mas ainda assim podera
haver o racismo no ar, proveninente das outras mentes que o circundam no seu
ambiente.

Nao era pra ser uma tarefa simples. Se voce tambem concorda que o racismo eh
canceroso para a sociedade, por que estamos discutindo de onde ele veio?


> > Ou tera sido por acaso que o racismo comecou na Europa, na epoca do
> > Obscurantismo da Igreja e da expansao territorial?
>
> Epa. Agora você tem que provar o que escreveu. Que não havia racismo
> antes do cristianismo.

Eu deixei a pergunta no fim do email exatamente por nao saber a resposta para
isso. Mas duas coisas sao certas:

1- existem religioes racistas
2- Se a Igreja Catolica (e nao o cristianismo) nao ajudou a "inventar" o
racismo, ela propagou o erro, compartilhando assim a culpa.

> Tera a Igreja Catolica
>
> > parte na concepcao do Racismo? (sera que foi sem querer que
>
> disseram naquela
>
> > epoca que "os negros nao tem alma, portanto nao tem direitos"?)
>
> Os romanos já consideravam os escravos (de todas as cores) como
> mercadorias.

Como disse, eles propagaram esse erro de julgamento, pois lhes era
conveniente. Hoje em dia nao se toleraria a escravidao aberta, direitos
humanos, etc. Mas quem garante que se nao fosse assim, a Igreja Catolica
ainda nao pregaria que "escravos nao tem alma"?

Mas isso ja eh outra discussao. E sugiro que nao nos enveredemos por esses
matos, que isso certamente vai gerar uma "flame war" nada benigna aa lista.
Aconteceu do assunto gerar 100 emails diarios em outra lista sobre ciencia de
que participo "ativamente".

abracos
Felipe


SUBJECT: Re: conceito de espécie
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 18:24

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Qual é a definição de espécie nos seguintes casos:
>
> - bactérias (bactérias reproduzem-se por divisão e
> trocam plasmideos entre "espécies"
> - plantas que se reproduzem assexuadamente
> - especiação em anel em que de um dos lados do anel
> os individuos se cruzam uns com os outros e do outro
> os individuos não se cruzam
> - vírus
>
> ??

Na maioria dos casos as especies
acabam sendo definidas segundo
diferencas morfologicas -- nao e'
possivel fazer experimentos de
cruzamento com todas as especies.
No caso da especiacao em anel,
se nao houver uma diferenciacao
muito gde entre as populacoes
contiguas, as duas populacoes das
extremidades podem ser classificadas
dentro de uma mesma especie --
mesmo q. elas nao se cruzem entre si.

Virus sao classificados em especies
distintas se apresentam uma diferenca
no genoma de cerca de 20%.

As plantas podem ser classificadas
de acordo com a morfologia -- mesmo
q. entre em conflito com o conceito
biologico de especie -- ou por
cariotipo -- q. e' uma especie de
morfologia, aplicada aos cromossomos.

Bacterias sao classificadas de acordo
com a morfologia.

E' possivel classificar as especies
segundo analise estatistica por
'cluster' de caracteristicas: em
um grafico plotam-se os pontos
correspondentes a algumas
caracteristicas -- e de acordo com
q, formem padroes de agrupamento --
nuvens de pontos proximos, q. se
destaquem de outras nuvens,
podemos tentar inferir separacao
especifica (e' preciso tomar
cuidado com isso -- algumas
vezes acabam por classificar
como especies distintas machos
e femeas, ou adultos e jovens...)

Nao e' facil.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Teste das cores
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 18:31

--- In ciencialist@y..., "Carol" <carolsturari@u...> wrote:

Vejam a resposta q. eu tive abaixo:

[]s,

Roberto Takata

----------------

Roberto

Como você opera, age, frente aos seus objetivos e
desejos:
Precisa de ambiente calmo. Quer libertar-se da
tensão, de conflitos e desacordos. Esforça-se por
controlar a situação e resolver seus problemas, por
um procedimento cauteloso. Tem grande
sensibilidade e apurada noção de detalhes.

Suas preferências reais:
É ativo, desenvolto e inquieto. Sente-se frustrado
pela lentidão com que os acontecimentos desejados
se desenrolam. Isto leva a irritabilidade, volubilidade
e falta de persistência, quando busca determinado
objetivo.

Sua situação real:
Está disposto a tornar-se emocionalmente envolvido,
já que se sente muito isolado e sozinho. É
egocêntrico; portanto, ofende-se com facilidade,
muito embora procure evitar o conflito aberto.

O que você quer evitar:
Interpretação fisiológica: Tensão resultante de
restrição ou limitação desagradável. Interpretação
psicológica: Quer liberdade para reafirmar as
próprias convicções e princípios, e merecer o
respeito a que todo indivíduo tem direito como
cidadão. Deseja aproveitar-se de toda oportunidade
possível, sem ter de sujeitar-se a limitações ou
restrições.Em suma: Desejo de controlar o próprio
destino.

Seu problema real:
Não deseja envolver-se em diferenças de opinião,
litígios ou discussão, preferindo que o deixem em
paz.




SUBJECT: Re: Mistura de raças
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/08/2001 19:31

--- In ciencialist@y..., Felipe Figueiredo <philsf@a...> wrote:
> Mas uma especie hermafrodita possui OS DOIS SEXOS. Seu sexo masculino procria
> com um sexo feminino, e vice versa. Mesmo que haja partenogenese
> (auto-fecundacao) num ser hermafrodita, ele nao esta procriando no mesmo sexo.

Existem especies, especialmente de
microorganismos, q. praticam sexo --
troca de genes -- sem q. haja um
macho e uma femea: qq um pode
trocar material genetico com qq um.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Racas e diversidade genetica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/08/2001 09:34

rmtakata@altavista.net wrote:

> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos
> <jocax@u...> wrote:
> > > Esqueceu-se q. esses genes reguladores tbm se
> > > misturam com os cruzamentos?
> > >
> >
> > Nao importa.
> > Lembra daquela especie de passaros que formavam 2 especies distintas
> > de acordo com sua localizacao geografica?
> > Existiam, entre estas duas especies, uma outra que se assemelhava
> geneticamente
> > as 2 e por isso poderiam cruzar com estas 2 outras indistintamente.
>
> Nao se cruzam indistintamente. Tto assim o
> e' q. os extremos sao incompativeis.

Vc nao entendeu : Nao disse q os extremos se cruzam indistintamente
disse que existe uma especie intermediaria que cruza com os extremos
embora os extremos nao cruzem entre si.



>
>
> Na especie humana nao existe nada parecido --
> potencialmente todas as populacoes podem se
> intercruzar.

Vc nao sabe se existe ou nao pois nao sabemos o limite
teorico para que 2 seres sejam da mesma especie.
Como disse *pode* existir 2 individuos no mundo *hoje*
que facam parte de especies distintas.

>
> No caso de especies, os genes reguladores
> importam pouco para determinar o isolamento
> reprodutivo -- q. e' o q. conta para a
> definicao padrao.

Os genes reguladores importam mais do que a maioria
dos outros genes ja que ele define o funcionamento de
muitos outros genes.


> E' possivel ter 100% de
> semelhanca genetica e constituir-se em
> especies separadas -- basta a organizacao
> cromossomica impedir o cruzamento.

Isso nao eh verdade uma vez que a organizacao
cromossomica *tambem eh definido geneticamente*
e portanto se temos uma organizacao cromossomica
diferente eh pq existe(m) gene(s) que definiram esta
organizacao e portanto nao pode ser 100% semelhantes.



>
> Mas para se caracterizar racas e' preciso
> q. haja uma distincao genetica. Coisa q.
> nao ha' na especie humana.
>

Eu posso definir raca , por exemplo, atraves de um unico gene:
Quem possuir o alelo de um gene X em homozigotose eh da raca R-X
quem possuir o alelelo Y em homozigotose eh da raza R-Y
quem possuir em heterozigotose eh mestico.
Se a definicao eh util ou nao eh outro problema.


>
> > Recebi recentemente um artigo que fornecia um exemplo:
>
> Isso nao e' um artigo. E' um trecho
> de uma infeliz reportagem da Superinteressante.

Vc esta dizendo que as informacoes do artigo sao falsas?


>
>
> > O que eu quero dizer eh que *podemos* estar inexoravelmente sendo
> > especiados. E que a tendencia de todos os seres vivos talvez seja
> > o da especiacao mesmo. Quer queiramos quer nao queiramos.
>
> Pouco provavel com o intercruzamento.
> A menos q. as pressoes seletivas sejam
> suficientemente gdes para sobrepujar --
> o q. parece pouco provavel.
>

Pura especulacao, posso dizer justamente o contrario.



>
> > Se esta teoria se confirmar entao o termo "raca" poderia estar
> definido
> > como sendo diferencas suficientemente detectaveis para que assim
> sejam
> > consideradas.
>
> Raca pode ser definida do modo como
> quiser. Pode-se definir raca como
> uma xicara cheia de cafe'. A questao
> e' saber se ela e' operacional.
>
> Raca, tal qual definida para outras
> especies, nao se aplica 'a especie
> humana: diferencas geneticas significativas
> distintas para cada linhagem.
>

Como disse o termo pode ser usado para mostrar
uma tendencia de selecao sexual , atraves de caracteristicas
visiveis , que levaria a inexoravel especiacao.


>
> > Mas se a especiacao esta em curso, ou nao, isso *nao* implica que
> > devamos discriminar pessoas racialmente.
>
> Analises geneticas indicam exatamente
> o contrario. No Brasil praticamente
> todos tEm genes misturados das 'racas'
> q. compuseram o pais. Mesmo nos EUA
> em q. existe uma cultura maior de segregacao
> existe um fluxo genetico bastante gde.

Se o fluxo genetico eh grande ou pequeno eh especulacao
ja que *nao* sabemos o fluxo MINIMO para que a especiacao
nao se faca.


>
> (Aparentemente isso tem se intensificado
> com o aumento da populacao latina -- q.
> serve de ponte genetica entre negros e brancos.)

La os "cucarachas" sao tao discriminados qto os negros.
Qual a percentagem de brancos que se casam com latinos ou negros?


>
>
> Mas so' o tempo dira' qual o resultado
> disso.
>

Isso eu concordo

[]s
jocax




SUBJECT: Seres humanos teriam cerca de 40 mil genes
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 24/08/2001 11:22

GENOMA- Folha de São Paulo, 24 de agosto de 20001

Seres humanos teriam cerca de 40 mil genes

Dois grupos independentes de cientistas concluíram que o
número de genes do homem é de cerca de 40 mil, segundo o
jornal "The New York Times".
Em fevereiro, quando o Projeto Genoma Humano e a empresa
Celera publicaram seus estudos nas revistas "Nature"
e "Science", respectivamente, a estimativa era que o
número total de genes da espécie fosse de cerca de 30
mil. Os dois novos estudos estão na última edição da
revista científica "Cell" (www.cell.com).
Em julho, um trabalho da Universidade do Estado de Ohio
(EUA) na revista "Genome Biology" (www.genomebiology.com)
trazia outra informação: o número correto seria de 65 mil
a 75 mil genes.
Toda a confusão em torno do número correto de genes é
decorrência dos métodos usados na identificação das
regiões que codificam proteínas espalhadas no meio do
chamado DNA-lixo (sequências no genoma sem função
conhecida). (DA REDAÇÃO)
====================================
BIOLOGIA - Folha de São Paulo, 24 de agosto de 20001

Equipe separa elefantes em duas espécies

Pesquisadores do Laboratório de Diversidade Genômica do
Instituto Nacional do Câncer dos EUA apontam que o
elefante africano, na verdade, pode não ser uma, mas duas
espécies. Os dois tipos, Loxodonta africana e Loxodonta
cyclotis, são semelhantes na aparência, mas têm
características genéticas distintas. (DA ASSOCIATED
PRESS)









SUBJECT: Mudancas na Ciencialist (administrador)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/08/2001 14:53


O sistema do Yahoo indicou que eu deveria fazer algumas alteracoes
para ajustar o idioma do grupo e eu prossegui. Ou seja, agora a
Ciencialist parece estar ajustada para somente portugues.

Se alguem encontrar alguma dificuldade devido a esta mudanca, me
avise.

Parece que algumas mensagens sumiram da pagina do sistema, alguem
confirma essa minha duvida?

Agora o endereco da lista estah como ciencialist^yahoogrupos.com.br
( ^ = @ ), mas acho que os enderecos antigos continuam funcionando.


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist



SUBJECT: Humor na ciencia atualizada
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/08/2001 22:43

Atualizei todo o site da pagina Humor na ciencia

http://www.humornaciencia.cjb.net

Fiz grandes mudancas no visual, se alguem encontrar algum erro eh
soh me avisar. :)


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna






SUBJECT: esoterismo em doses quanticas
FROM: "L.B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/08/2001 23:43

"Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...> wrote:

> Ôi, turma

Olá Alberto, e pessoal da lista.

> ______________________
>
> Não é fantástico? Quanta sabedoria quantum-cósmica! Mas a coisa não
>para por aí não! Tem muito mais quântica no pedaço, como inversão do
>spin, salt quântico e até mesmo um pouquinho de relatividade. Como
>diria o Bohr, quem nunca questionou a física quântica não entendeu a
>física quântica. E graças a esse site, após muitas críticas estou
>começando a entender a física quântica e a admirá-la.
>

Não sei se entendi o que você quis dizer, mas pareceu-me que está a
sugerir que a mecânica quântica é esotérica.
O que tem se visto é que você tem razão!
No meu tempo de graduação em física (época em que eu era cristão, mas
isso é outra história), conheci um amigo que era espírita (uma facção
do cristianismo)0 e que dizia que o espiritismo estava em concordância
com as leis da Física. Conversamos muito sobre (na verdade discordamos
muito sobre) e o autor o qual ele gostava de fazer referência era
Fritjofr Capra em "O Tao da Física". Dizem que ele se desculpou depois
por ter escrito o livro e que era prematuro tirar as conclusões que
ele citava no livro. Não sei se ele se desculpou ou não.
Ainda sobre a quântica: temos mecânica quântica sendo usada para dar
base ao argumento à "memória da água" que os homeopatas esotéricos
afirmam ter, temos psicologia quântica (esta, atribuem a culpa por uma
frase que o Bohr teria dito), cura quântica, etc.
Alguém poderia dizer que a mecânica quântica favorece a existência do
esoterismo. Mas não é toda a verdade.
Na verdade qualquer teoria científica estaria "em acordo" com algum
tipo de esoterismo e muitos tipos de esoterismo estão "de acordo" com
teorias científicas diferentes. Exemplos:

. "de acordo" com a Teoria da Evolução das Espécies de Charles Darwin:

Catolicismo, Espiritismo.

. não de acordo com a Teoria da Evolução:

Catolicismo (já estiveram contra, bastou um "ajuste" na sua
interpretação e agora estão concordando com a teoria da Evolução),
cristianismo fundamentalista. Tem ainda o islamismo.

Nesses poucos exemplos que dei, mostrei quatro interpretações dentro
do cristianismo. Ou seja, o cristianismo em si, é favorável e contra a
teoria da evolução.

O mesmo acontece com a mecânica aristotélica, a de newton, a do
Assis, a sua, etc... todas vão estar "de acordo" com algum tipo de
esoterismo.

Moral da história: o esoterismo não serve para validar ou invalidar
teorias/modelos científicos.

Abraços
Leandro.



SUBJECT: Off - Traduçao...
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/08/2001 00:32

Eu traduzi o texto em
http://www.theness.com/articles/starchild-nejs0301.html
E a tradução está em
http://orbita.starmedia.com/cabertobr1/starchild.htm

Só que eu traduzi os seguintes termos médicos, e analfabeto que sou
na área, queria saber se estão certos.

hydrocephalus - hidrocefalite ?
cranial sutures - ????

Se alguém puder, por favor, confira a tradução (devem haver mais
erros, não só de termos médicos) e mande-me um e-mail com as
correções devidas...

Agradeço desde já,

MK
http://www.ceticismoaberto.br.cf



SUBJECT: Re: [ciencialist] esoterismo em doses quanticas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/08/2001 05:26

----- Original Message -----
From: "L.B. Holanda"
Sent: Friday, August 24, 2001 11:43 PM
Subject: [ciencialist] esoterismo em doses quanticas


> Olá Alberto, e pessoal da lista.

Olá Holan... Ops, tá parecendo o olê, olê olê olá ;-))

> Não sei se entendi o que você quis dizer, mas pareceu-me que está a
> sugerir que a mecânica quântica é esotérica.

Talvez não seja intencionalmente esotérica, mas que é bastante esotérica,
isso lá é. :-))

> O que tem se visto é que você tem razão!

Agora foi você quem falou. ;-))

> No meu tempo de graduação em física (época em que eu era cristão, mas
> isso é outra história), conheci um amigo que era espírita (uma facção
> do cristianismo)0 e que dizia que o espiritismo estava em concordância
> com as leis da Física. Conversamos muito sobre (na verdade discordamos
> muito sobre) e o autor o qual ele gostava de fazer referência era
> Fritjofr Capra em "O Tao da Física". Dizem que ele se desculpou depois
> por ter escrito o livro e que era prematuro tirar as conclusões que
> ele citava no livro. Não sei se ele se desculpou ou não.

Eu tenho a impressão que não. Ao que parece ele simplesmente refutou
possíveis falsas interpretações que estavam dando a seu texto. Aliás, acho
mesmo que ele foi muito bonzinho com a quântica e na minha opinião ele
estudou bastante mas não entendeu nada a filosofia oriental. Pois existe
pelo menos um ramo da filosofia oriental (aquela pregada por Lao Tse, mas
não por seus pretensos seguidores) que não tem nada de esotérico e adapta-se
muito mais à verdadeira física do que à "física moderna". Dizer que a
"física" quântica apóia-se na filosofia de Lao-Tse seria, a meu ver, uma
ofensa a Lao-Tse. Quanto ao confucionismo ou outros orientalismos, não está
mais aqui quem falou.

> Ainda sobre a quântica: temos mecânica quântica sendo usada para dar
> base ao argumento à "memória da água" que os homeopatas esotéricos
> afirmam ter, temos psicologia quântica (esta, atribuem a culpa por uma
> frase que o Bohr teria dito), cura quântica, etc.
> Alguém poderia dizer que a mecânica quântica favorece a existência do
> esoterismo. Mas não é toda a verdade.

Concordo contigo e espero que tenham entendido que estava apenas brincando
com os quânticos na msg anterior. Assim que a física quântica ruir, o que
não vai demorar muito, esotérico algum vai querer falar em cura quântica
e/ou outra babosela quântica qualquer. Da mesma maneira que os esotéricos de
hoje não mais valorizam, pelo menos em público, o flogisto ou o calórico.
Conseqüentemente, se eles persistirem acreditando em fenômenos quânticos, ou
mesmo nos fluidos elétricos que apoiam toda a "física moderna", isto se dará
a sete chaves e será este mais um dos segredos a ser assimilado apenas pelos
iniciados na sabedoria alquímica.

> Na verdade qualquer teoria científica estaria "em acordo" com algum
> tipo de esoterismo e muitos tipos de esoterismo estão "de acordo" com
> teorias científicas diferentes. Exemplos:
> ."de acordo" com a Teoria da Evolução das Espécies de Charles Darwin:
> Catolicismo, Espiritismo.
> . não de acordo com a Teoria da Evolução:
> Catolicismo (já estiveram contra, bastou um "ajuste" na sua
> interpretação e agora estão concordando com a teoria da Evolução),
> cristianismo fundamentalista. Tem ainda o islamismo.
> Nesses poucos exemplos que dei, mostrei quatro interpretações dentro
> do cristianismo. Ou seja, o cristianismo em si, é favorável e contra a
> teoria da evolução.

Espero ter justificado acima meu posicionamento a respeito.

> O mesmo acontece com a mecânica aristotélica, a de newton, a do
> Assis, a sua, etc... todas vão estar "de acordo" com algum tipo de
> esoterismo.

Talvez sim, talvez não, e isso não depende dos cientistas, mas dos
esotéricos. O que é certo é que nenhuma destas teorias está de acordo com a
aceitação alquímica da existência dos fluidos elétricos. Isto é uma
prerrogativa das "físicas" quântica e relativística. Existe também a teoria
ectoplásmica do Léo, mas este é um assunto por demais sério para ser
discutido aqui.

> Moral da história: o esoterismo não serve para validar ou invalidar
> teorias/modelos científicos.

Sem dúvida. E é por isso que eu vivo dizendo que a física quântica não serve
para nada, nem mesmo para validar ou invalidar coisas sérias. ;-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm

Em tempo: Na mensagem 10541, em resposta ao Belisário, comentei o seguinte:

Alberto (msg 10531):
Repito meu argumento para os que não entenderam o que eu pretendi dizer,
pois é possível que entendam agora através desse exemplo do Sérgio. NÃO
EXISTEM EFEITOS QUÂNTICOS, MAS TÃO SOMENTE EFEITOS FÍSICOS.

Belisário (msg 10538):
Isto dos parágrafos acima, com o perdão da expressão, me parece um jogo
de palavras. Por "efeito quântico", ninguém jamais quis dizer efeitos
atribuídos à teoria quântica. Qualquer efeito quântico ou efeito
clássico, ou relativístico, ou etc., é um efeito físico. Efeitos
quânticos são simplesmente fenômenos físicos que não puderam ser
explicados satisfatoriamente pela física clássica e o puderam através da
física quântica.

Alberto (msg 10541):
Do ponto de vista lingüístico talvez você tenha razão, parece ser um
jogo de palavras. Na prática, no entanto, a teoria é outra. O jovem está
sendo treinado sim, a acreditar que determinados efeitos existem graças
exclusivamente à física quântica. Não somente efeitos, como até mesmo
equipamentos. Existem até aqueles que afirmaram aqui, e em outras listas
ou news, que eu não poderia falar mal da física quântica através de um
computador, pois o computador seria para eles um "equipamento quântico".
E não são secundaristas a fazerem conjecturas vagas e infundadas. Não! A
maioria dos que afirmaram essas idéias eram indivíduos pós-graduandos ou
pós-graduados em física. Um destes (do uol.ciencia) estava fazendo, na
época, pós-graduação em física de partículas, na Inglaterra.

Apenas para comprovar o que disse, aconteceu de novo. E foi no news
"uol.educacao.ciencia" e a msg ainda está lá (24/08/01) na thread
"Constantes não constantes" (16/08/01). Um tal de Sergio, que tem o e-mail
com final "ifi.unicamp.br" chegou a afirmar o seguinte:

"Devo dizer lhe q a quantica e a mais bem sucedida teoria deste seculo!
E tao bem sucedida que lhe permite, por exemplo, esquentar comida no seu
microondas, ver televisao e mais espantoso ainda, utilizar este
computador!!! Este computador e quantico, meu senhor!! Ele so funciona
porque nele estao sendo utilizadas ideias quanticas!!! Tente fazer um
computador utlizando suas teorias. Se ele funcionar eu devolvo tudoo que
gastei com minhas pesquisas inuteis!"

Que mais dizer? Apenas lamentar.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Off - Traduçao...
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/08/2001 08:29

From: Marcelo Kunimoto <airsmither@ig.com.br>
> Eu traduzi o texto em
> http://www.theness.com/articles/starchild-nejs0301.html
> E a tradução está em
> http://orbita.starmedia.com/cabertobr1/starchild.htm
>
> Só que eu traduzi os seguintes termos médicos, e analfabeto que sou
> na área, queria saber se estão certos.
>
> hydrocephalus - hidrocefalite ?
> cranial sutures - ????

Marcelo,
Também não sou conhecedor de termos médicos, mas eu faria
as seguintes traduções:

hydrocephalus - hidrocéfalo (hidrocefalite seria "hydrocephalitis")
cranial sutures - suturas cranianas

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: =?iso-8859-1?q?Off_-_Tradu=E7ao...?=Off - Traduçao...
FROM: dra_savat@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/08/2001 10:30

--- Em ciencialist@y..., "Marcelo Kunimoto" <airsmither@i...> escreveu
> Eu traduzi o texto em
> http://www.theness.com/articles/starchild-nejs0301.html
> E a tradução está em
> http://orbita.starmedia.com/cabertobr1/starchild.htm
>
> Só que eu traduzi os seguintes termos médicos, e analfabeto que sou
> na área, queria saber se estão certos.
>
> hydrocephalus - hidrocefalite ?

Olá Marcelo!

Hydrocecephalus = hidrocefalia
Hydrocephalic= hidrocéfalo ou hidrocefálico

Obs: os nomes: líquido cérebro-espinhal, fluído cérebro-espinhal,
líquor, assim como suas versões em inglês e suas abre-viações (LCE,
FCE, LCR, etc) são usados indistintamente e, significando a mesma
coisa.


> cranial sutures - ????

suturas cranianas : União ou articulação de dois ossos que engranzam
um no outro, por meio de recorte dentado. Como por exemplo: a sutura
lambdóide, que une o osso occipital aos dois ossos parietais, e cuja
forma lembra o lambda , sutura sagital , que une os dois ossos
parietais...
Abraços
Tânia

>
> Se alguém puder, por favor, confira a tradução (devem haver mais
> erros, não só de termos médicos) e mande-me um e-mail com as
> correções devidas...
>
> Agradeço desde já,
>
> MK
> http://www.ceticismoaberto.br.cf



SUBJECT: =?iso-8859-1?q?Re:_=3D=3Fiso-8859-1=3Fq=3FOff=5F-=5FTradu=3DE7ao...=3F=3DOff_-_Tradu=E7ao...?=Re: =?iso-8859-1?q?Off_-_Tradu=E7ao...?=Off - Traduçao...
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/08/2001 11:44

Valeu hein! Vou dar uma corrigida agora mesmo...

Abraço,

MK
http://www.ceticismoaberto.br.cf


--- Em ciencialist@y..., dra_savat@b... escreveu
> Olá Marcelo!
>
> Hydrocecephalus = hidrocefalia
> Hydrocephalic= hidrocéfalo ou hidrocefálico
>
> Obs: os nomes: líquido cérebro-espinhal, fluído cérebro-espinhal,
> líquor, assim como suas versões em inglês e suas abre-viações (LCE,
> FCE, LCR, etc) são usados indistintamente e, significando a mesma
> coisa.
>
>
> > cranial sutures - ????
>
> suturas cranianas : União ou articulação de dois ossos que
engranzam
> um no outro, por meio de recorte dentado. Como por exemplo: a
sutura
> lambdóide, que une o osso occipital aos dois ossos parietais, e
cuja
> forma lembra o lambda , sutura sagital , que une os dois ossos
> parietais...
> Abraços
> Tânia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resumo 563
FROM: "Clóvis A. S. Maia" <gytuin@mailbr.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/08/2001 14:36

Ola Alberto,

Parece-me obvio que a opiniao expressa pelo tal Sergio se justifica pelo
seguinte: boa parte dos componentes usados em um computador sao corretamente
modelados em fisica da materia condensada usando metodos que tem por base a
mecanica quantica.
Eh claro que a frase dele reflete tambem um equivoco que muita gente
faz: achar que a natureza funciona como funciona porque nossas teorias nos
dizem que assim o eh. Porem, tenho certeza que o proprio Sergio, se parar
para refletir 2 segundos, reconhecera que houve uma má arquitetacao da
frase.
Podemos colocar o "desafio" dele, de modo mais objetivo, da seguinte
maneira: tente explicar o comportamento de um semicondutor (como aquelas
juncoes semicondutoras que usam nos computadores) usandos teorias
que nao tenham por base a mecanica quantica. Caso consiga, remeta o artigo
ao Sr. Sergio cobrando-o o reembolso pelas inuteis pesquisas.

Ate,
Clovis

-----------------------------------------------
Alberto Mesquita wrote:

Apenas para comprovar o que disse, aconteceu de novo. E foi no news
"uol.educacao.ciencia" e a msg ainda está lá (24/08/01) na thread
"Constantes não constantes" (16/08/01). Um tal de Sergio, que tem o e-mail
com final "ifi.unicamp.br" chegou a afirmar o seguinte:

"Devo dizer lhe q a quantica e a mais bem sucedida teoria deste seculo!
E tao bem sucedida que lhe permite, por exemplo, esquentar comida no seu
microondas, ver televisao e mais espantoso ainda, utilizar este
computador!!! Este computador e quantico, meu senhor!! Ele so funciona
porque nele estao sendo utilizadas ideias quanticas!!! Tente fazer um
computador utlizando suas teorias. Se ele funcionar eu devolvo tudoo que
gastei com minhas pesquisas inuteis!"

Que mais dizer? Apenas lamentar.




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SUBJECT: esoterismo em doses classicas
FROM: "L.B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/08/2001 16:16

Olá Mesquita,


"Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...> wrote:

>Talvez não seja intencionalmente esotérica, mas que é bastante
>esotérica, isso lá é. :-))

É como eu disse:

Na verdade qualquer teoria científica estaria "em acordo" com algum
tipo de esoterismo e muitos tipos de esoterismo estão "de acordo" com
teorias científicas diferentes.
Assim, a mecânica clássica, ainda que não seja intencionalmente
esotérica, é bastante esotérica também. E daí que as duas permitam
interpretações esotéricas? Isso não falsearia nenhuma das duas.



>[Leandro] O mesmo acontece com a mecânica aristotélica, a de >newton,
a do Assis, a sua, etc... todas vão estar "de acordo" com >algum tipo
de esoterismo.


"Alberto Mesquita Filho"

> Talvez sim, talvez não, e isso não depende dos cientistas, mas >dos
esotéricos. O que é certo é que nenhuma destas teorias está de >acordo
com a aceitação alquímica da existência dos fluidos elétricos.

A mensagem

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/10538

já respondeu devidamente sua colocação. Ademais, reforço a pergunta:
Além do seu desagrado com o Criador (sim porque você deve estar deve
estar irado com o Criador - se é que existe - pelo fato da natureza
ser quantica em sua realidade fundamental), existe alguma previsão
experimental na sua teoria?
Mas se quiser optar por continuar em deixar sua teoria no campo do
espiritualismo, tudo bem.

Abraços
Leandro.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Teste das cores
FROM: "Carol" <carolsturari@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/08/2001 17:10



Roberto,
Apesar de não te conhecer, acredito q essa definição não seja própria à vc... Estou errada? :)

-----"Não deseja envolver-se em diferenças de opinião,
litígios ou discussão, preferindo que o deixem em
paz"




----- Original Message -----
From: rmtakata@altavista.net
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Thursday, August 23, 2001 6:31 PM
Subject: [ciencialist] Re: Teste das cores


--- In ciencialist@y..., "Carol" <carolsturari@u...> wrote:

Vejam a resposta q. eu tive abaixo:

[]s,

Roberto Takata

----------------

Roberto

Como você opera, age, frente aos seus objetivos e
desejos:
Precisa de ambiente calmo. Quer libertar-se da
tensão, de conflitos e desacordos. Esforça-se por
controlar a situação e resolver seus problemas, por
um procedimento cauteloso. Tem grande
sensibilidade e apurada noção de detalhes.

Suas preferências reais:
É ativo, desenvolto e inquieto. Sente-se frustrado
pela lentidão com que os acontecimentos desejados
se desenrolam. Isto leva a irritabilidade, volubilidade
e falta de persistência, quando busca determinado
objetivo.

Sua situação real:
Está disposto a tornar-se emocionalmente envolvido,
já que se sente muito isolado e sozinho. É
egocêntrico; portanto, ofende-se com facilidade,
muito embora procure evitar o conflito aberto.

O que você quer evitar:
Interpretação fisiológica: Tensão resultante de
restrição ou limitação desagradável. Interpretação
psicológica: Quer liberdade para reafirmar as
próprias convicções e princípios, e merecer o
respeito a que todo indivíduo tem direito como
cidadão. Deseja aproveitar-se de toda oportunidade
possível, sem ter de sujeitar-se a limitações ou
restrições.Em suma: Desejo de controlar o próprio
destino.

Seu problema real:
Não deseja envolver-se em diferenças de opinião,
litígios ou discussão, preferindo que o deixem em
paz.



&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Re: [ciencialist] esoterismo em doses classicas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/08/2001 23:44

----- Original Message -----
From: "L.B. Holanda"
Sent: Saturday, August 25, 2001 4:16 PM
Subject: [ciencialist] esoterismo em doses classicas

> > O que é certo é que nenhuma destas teorias está de acordo
> > com a aceitação alquímica da existência dos fluidos elétricos.

> A mensagem
> http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/10538
> já respondeu devidamente sua colocação.

A resposta não me satisfez, conforme expus na mensagem 10541. E acredito que
não satisfez plenamente nem mesmo ao seu autor, haja vista a adenda
observada na msg 10539, mas isso é uma opinião minha. Aliás, gosto de
discutir com o Belisário porque ele vai direto no ponto crucial de minhas
críticas, ao contrário dos demais defensores da física quântica. Ele pelo
menos admite, nem que seja em nível conjectural, as falácias das teorias que
estuda e/ou defende. E responde sem papaguear e com o ferramental que
possui, e que, por sinal, é bastante amplo.

Se você se satisfez com a explicação que não houve, parabéns. Continue então
estudando os fluidos elétricos inexistentes e permaneça a brincar de
esconde-esconde com as partículas elementares da "física" moderna que a bem
da verdade não são interpretadas nem como ondas nem como corpúsculos, ou
seja, são nada.

> Ademais, reforço a pergunta:
> Além do seu desagrado com o Criador (sim porque você deve estar deve
> estar irado com o Criador - se é que existe - pelo fato da natureza
> ser quantica em sua realidade fundamental), existe alguma previsão
> experimental na sua teoria?

Quantas vezes vou ter que responder a essa pergunta? Sim existem previsões
experimentais na minha teoria e creio que a grande maioria dos membros da
Ciencialist já as conhecem. Quanto ao Criador, tanto se me faz se ele joga
dados ou gamão em suas horas vagas. Quanto à natureza diria que contra
dogmas não há argumentação e portanto fico na minha.

> Mas se quiser optar por continuar em deixar sua teoria no campo do
> espiritualismo, tudo bem.

Para não ouvir imbecilidades como essa é que prefiro discutir com o
Belisário, com o Fábio Chalub, ou com alguns outros que vez ou outra se
dispõem a encarar *de frente* as minhas críticas à física quântica e/ou as
minhas idéias heréticas. Você diz tudo e não diz nada. É um autêntico
exemplar de cientista nacional a papaguear e/ou a se refugiar nas saias de
ídolos do Olimpo Acadêmico e que muito pouco fazem para retirar a ciência
nacional do nível medíocre em que está.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resumo 563
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/08/2001 00:11

----- Original Message -----
From: "Clóvis A. S. Maia"
Sent: Saturday, August 25, 2001 2:36 PM
Subject: Re: [ciencialist] Resumo 563


Olá Clóvis

> Parece-me obvio que a opiniao expressa pelo tal Sergio se justifica pelo
> seguinte: boa parte dos componentes usados em um computador sao
> corretamente modelados em fisica da materia condensada usando metodos que
> tem por base a mecanica quantica.
> Eh claro que a frase dele reflete tambem um equivoco que muita gente
> faz: achar que a natureza funciona como funciona porque nossas teorias nos
> dizem que assim o eh. Porem, tenho certeza que o proprio Sergio, se parar
> para refletir 2 segundos, reconhecera que houve uma má arquitetacao da
> frase.

Sim, mas já ouvi essa "frase mal arquitetada" uma infinidade de vezes e
sempre por alguém tentando defender as "miraculosas proezas" da "física"
quântica. Já a ouvi até mesmo proferida por "eminentes" professores do
assunto em palestras acadêmicas. Será que os "físicos" quânticos são tão
descuidados, a ponto de repetirem seguidamente um erro que poderia ser
evitado com uma "reflexão de 2 segundos"? Não, essa história está mal
contada e a sua justificativa pra mim "não cola".

> Podemos colocar o "desafio" dele, de modo mais objetivo, da seguinte
> maneira: tente explicar o comportamento de um semicondutor (como aquelas
> juncoes semicondutoras que usam nos computadores) usandos teorias
> que nao tenham por base a mecanica quantica. Caso consiga, remeta o artigo
> ao Sr. Sergio cobrando-o o reembolso pelas inuteis pesquisas.

Pois é! Sempre que exponho a crítica surge, como por milagre, essa
explicação a concordar com a minha lógica. Mas porque essa idéia somente
surge após a minha crítica? Será que os físicos quânticos não são
suficientemente honestos consigo mesmos? Será que precisam se enganar ou
enganar os demais, em especial os jovens estudantes, afirmando que a física
quântica é o que realmente não é? Isso a meu ver retrata falsidade
ideológica e a meu ver a "física" quântica dos dias atuais somente se
sustenta às custas dessa falsidade ideológica. Nenhum político sério [existe
isso??? ;-)] gastaria um centavo com idéias quânticas se realmente soubesse
que na realidade está jogando dinheiro no lixo.

Quanto às "teorias que não tenham por base a mecânica quântica e/ou a
"física" da matéria condensada", pergunto: Que tal pensarmos seriamente na
adoção de teorias que NÃO tenham por base a idéia dos fluidos elétricos
incompressíveis?

Ou muito me engano ou essa pergunta não será respondida aqui. Enfim, "água
mole em pedra dura, tanto bate até que fura".

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Psicologia cognitivo-comportamental
FROM: rmichelsr <kerkshomaq@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/08/2001 03:28

Alguém aqui na lista sabe em que princípios se baseia
a psicologia cognitivo-comportamental e se possui
fundamentação cientifíca sólida? Seria ela mais
uma psicoterapia pseudocientifíca?
Agradeço, desde já por
quaisquer informações.
Robson Michel.





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SUBJECT: Avancos da genetica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 27/08/2001 09:51

GENÉTICA – Folha de São Paulo, 27 de agosto de 2001.

Americanos encontram região do cromossomo 4 ligada a
longevidade

Vida longa é obra de poucos genes
DA REDAÇÃO

Pesquisadores do Children's Hospital de Boston, EUA, e
outras instituições descobriram uma região do cromossomo
4 que contém um gene ou um conjunto de genes associados a
uma expectativa de vida acima da média.
A descoberta, relatada na próxima edição da revista
científica americana "Proceedings of the National Academy
of Sciences", refuta a visão corrente entre os geriatras
de que a longevidade seja algo complexo demais para ser
influenciado por apenas um punhado de genes. Até agora,
acreditava-se que pelo menos mil deles estivessem
relacionados a ela.
"Este é o primeiro estudo a encontrar genes ligados à
longevidade em humanos", disse Thomas Perls, co-autor do
estudo.
A pesquisa resolveu buscar as causas da longevidade, em
vez de usar a abordagem tradicional em estudos desse
gênero, que é procurar sequências de DNA ligadas a
doenças do envelhecimento.
Perls e seus colegas varreram o DNA de 137 pares de
irmãos excepcionalmente longevos (de 91 a 109 anos).
Usando 400 marcadores, ou "etiquetas" genéticas, tentaram
descobrir o que aquelas pessoas tinham em comum em seu
DNA. A busca os levou a uma região no cromossomo 4 que
contém de 100 a 500 genes. Apenas um, ou no máximo uns
poucos, acreditam os autores do estudo, têm relação com a
alta expectativa de vida dos portadores.
Os cientistas esperam, agora, identificar exatamente
o "gene matusalém" humano e entender seu funcionamento.
============================================
NEUROLOGIA – Folha de São Paulo, 27 de agosto de 2001.

Bloqueio de molécula mensageira do cérebro faz roedores
perderem interesse pela droga, afirmam europeus

Camundongo transgênico rejeita cocaína
RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL

Camundongos mutantes que não têm o menor interesse em
cocaína, não importa qual o tamanho ou pureza da dose,
foram criados por cientistas na Europa.
Esses roedores não só não desenvolveram o vício, ao
contrário de seus colegas com genes normais, como também
não mostraram a atividade frenética típica dos
cocainômanos, como é praxe nos viciados humanos.
A descoberta reforça a possibilidade de se criar a longo
ou médio prazo um medicamento eficaz para o tratamento de
viciados na droga, capaz de convencer o cérebro a não
mais fazer uso dessa substância estimulante, para a qual
o sistema nervoso humano está perfeitamente adaptado.
Os cientistas sabem que até moscas-das-frutas ficam
viciadas em cocaína. Depois de dose, elas voam
irregularmente e tentam conseguir mais droga.
Qualquer medicamento novo ainda deverá demorar, pois não
só a droga como também os potenciais remédios afetam
importantes sistemas de transmissão de impulsos do
sistema nervoso.
A cocaína é um produto natural existente nas folhas de
coca. Não se sabe exatamente qual a sua função no
cotidiano da planta, mas há quem pense que ela atue como
defesa contra insetos.
Para se transformar em algo que o organismo deseja
ardentemente, é preciso que a cocaína se integre na
química cerebral. Um dos efeitos da droga é aumentar a
produção de certos neurotransmissores, substâncias que
agem na transmissão de impulsos químicos entre os nervos.
Os cientistas mostraram que os camundongos mutantes
podiam até ter um aumento no cérebro de um desses
neurotransmissores, a dopamina, mas que mesmo assim não
ficavam viciados.
A equipe de pesquisa foi liderada por François Conquet,
da empresa farmacêutica GlaxoSmithKline, em Lausanne,
Suíça. O artigo descrevendo o estudo está na edição de
setembro da revista científica "Nature Neuroscience"
(www.nature.com/neuro/).
Os camundongos aprenderam a usar alavancas para obter
comida. Quando também se incluiu cocaína injetável
nessa "comida", eles logo ficaram viciados.
O passo seguinte foi ver o que acontecia com os
camundongos mutantes. Foram produzidos roedores
geneticamente alterados incapazes de fabricar um
neurotransmissor da família dos glutamatos, conhecido
como mGluR5.
O resultado foi que os mutantes logo se desinteressaram
pela cocaína. Não só não ficaram viciados, como também
não demonstraram a hiperatividade típica dos usuários da
droga.
No entanto, um tratamento baseado no bloqueio do mGluR5 é
uma possibilidade ainda distante. Os glutamatos são
importantes neurotransmissores, envolvidos com a memória
e as atividades motoras. Remédios que os bloqueiem podem
causar efeitos colaterais indesejáveis. Além disso, a
própria ação da cocaína no cérebro ainda é pouco
conhecida.
"Mas sejam quais forem os mecanismos envolvidos, os
resultados presentes sugerem que o mGluR5 é essencial
para os efeitos locomotores e de auto-administração da
cocaína", afirmaram os autores do estudo.
===========================================
The New York Times, August 27, 2001.

Avanço das pesquisas cria mercado promissor para células-
tronco
Andrew Pollack

MENLO PARK, Califórnia – Para um homem que supostamente
está nadando em fama e importância, Thomas B. Okarma
parece um pouco mal-humorado. “Posso estar sendo
desagradável, mas creio que estamos sofrendo uma invasão
excessiva por parte da mídia”, disse o empresário
recentemente, refletindo o estresse causado por ter que
conceder tantas entrevistas.
Okarma é o executivo chefe da Geron Corporation, que
controla grande parte dos direitos de utilização das
células-tronco embrionárias, já que a empresa foi a
primeira a financiar o isolamento desse tipo de células,
em 1998, na Universidade do Wisconsin. Algum dia as
células-tronco podem ser utilizadas para a fabricação de
tecidos de coração, fígado ou cérebro, para pacientes que
tiveram esses órgãos danificados, permitindo que o
próprio organismo controle a reconstituição das partes
afetadas.
No dia nove de agosto último, o presidente Bush disse que
permitiria que verbas federais fossem utilizadas para a
pesquisa com células-tronco embrionárias, o que poderia
auxiliar os cientistas a acelerar o desenvolvimento do
tratamento de doenças. E isso, em longo prazo,
significaria lucros para a Geron. Segundo alguns
cientistas, a decisão do presidente, que restringe as
pesquisas financiadas por verbas federais às linhagens
dessas células já existentes, vai força-los a utilizar
aquelas células cujos direitos comerciais são controlados
pela Geron.
“É aqui que está o centro do universo, em se tratando de
células-tronco”, diz Okarma.
Mas, no momento, o centro do universo não é exatamente o
que se pode chamar de um local tranquilo. Os cientistas
acadêmicos já estão acusando a Geron de possuir um
monopólio dos direitos de patentes, afirmando que isso
poderia retardar as pesquisas que podem levar ao
tratamento de doenças como o diabetes e o mal de
Parkison.
A Geron está no momento às voltas com um processo na
justiça federal movido pelo seu próprio parceiro de
negócios, uma fundação da Universidade do Wisconsin, que
questiona se a empresa tem o direito a fazer outros usos
da tecnologia.
Enquanto isso, aqueles que acreditam que os trabalhos com
as células-tronco são imorais , criticam a empresa.
Pessoas desesperadas, portadoras de doenças incuráveis,
estão implorando à Geron que encontre um tratamento para
os seus males, embora, na prática, não haja previsão de
que nenhuma técnica terapêutica esteja pronta nos
próximos anos. Além disso, novas organizações têm
exercido pressões sobre a empresa com pedidos de
investigações.
Mas o maior desafio pode estar no setor empresarial. Wall
Street parece acreditar que a Geron, longe de ser uma
instituição fadada a nadar em lucros fenomenais, tende a
quebrar dentro de algum tempo. Segundo os analistas do
mercado de ações, a empresa é muito boa quando se trata
de apresentar descobertas científicas, sendo porém fraca
quando o negócio é demonstrar resultados lucrativos.
Poucas empresas causaram tanta excitação no mundo
científico quanto a Geron, que surgiu a partir da
intrigante tarefa de lutar contra o envelhecimento. Além
do seu papel na pesquisa de células-tronco, a Geron
isolou os genes da telomerase, um enzima que tem sido
descrita, com uma dose de exagero, como sendo um elixir
da juventude, já que desempenha papéis cruciais tanto com
relação ao envelhecimento quanto no processo de
crescimento de células cancerosas. A Geron também
adquiriu a empresa que detém os direitos comerciais à
tecnologia utilizada na criação da ovelha Dolly, o
primeiro mamífero clonado, em 1996.
“Trata-se do mais valioso monopólio de patentes no campo
da biotecnologia”, afirma Lissa Morgenthaler, gerente da
Monterey Murphy New World Biotechnology.
Mesmo assim, nenhum analista das maiores firmas
corretoras de ações de Wall Street acompanha o desempenho
da companhia. Isso se deve em parte ao fato de a Geron,
que teve um prejuízo de US$ 150 milhões (R$ 381 milhões)
desde a sua criação, em 1990, estar muito distante de
apresentar lucros. Ela teve um prejuízo de US$ 45 milhões
(R$ 114,3 milhões) no ano passado, sobre rendimentos de
US$ 6,6 milhões (R$ 16,5 milhões).
“Não estou interassado em investir em modismos”, afirma
Lowell Sears, da Sears Capital Management, de Los Altos,
na Califórnia. “Prefiro esperar um pouco mais para ver
como os negócios da empresa se comportam”. Sears, ex-
chefe do setor de finanças da Agmen, uma empresa de
biotecnologia, afirma que vendeu a maior parte das suas
ações da Geron no ano passado, já que o programa de
telomerase da companhia se atrasou e não ficou claro se
as células-tronco se tornariam um negócio viável.
Portanto, talvez não seja nenhuma surpresa o fato de
Okarma, um médico que hoje em dia é empresário, estar um
pouco irritado. Mas, durante uma entrevista de duas horas
na sede da Geron, nesta cidade suburbana do Vale do
Silício, Okarma prometeu que vai fazer com que o
patrimônio científico da empresa se materialize em curas.
E também em lucros.
“Esta companhia vai dominar o setor de medicina
regenerativa”, afirmou, utilizando o termo referente aos
tratamentos que permitem que o corpo promova a sua
própria cura. “É para isso que estou aqui”.
Ele afirma que Wall Street simplesmente não avaliou com
suficiente atenção a sua empresa, que emprega 130
funcionários. “Caso alguém examinar o nosso relatório
anual e ler o seu conteúdo, não vai se deparar com
tecnologia e sim com produtos”, afirma o empresário.
Okarma, de 55 anos, diz que a Geron já descobriu como
transformar células-tronco humanas em células do coração
que, segundo ele, “pulsam” nos frascos do laboratório.
Segundo Okarma, a Geron também já saberia como criar
células do fígado e do cérebro. O próximo passo seria
fabricar essas células em grandes quantidades. Ele prevê
que a empresa poderia começar a fazer os primeiros
transplantes de células para os pacientes dentro de três
anos. Bem mais cedo do que muitos cientistas acreditam
ser o tempo necessário para que tal terapia esteja
pronta, a fim de ser utilizada em testes clínicos. Ele
não diz qual será o primeiro tipo de célula a ser
utilizado, mas a companhia está desenvolvendo um projeto
relacionado ao tratamento do mal de Parkison.
A patente das células-tronco embrionárias é propriedade
de uma fundação afiliada à Universidade de Wisconsin, que
está fornecendo as células para pesquisadores de vários
locais. Mas é a Geron que detém os direitos exclusivos
sobre a comercialização de tratamentos que utilizam seis
diferentes tipos de células derivadas das células-tronco,
como, por exemplo, as células nervosas e as células
hepáticas. Ele quer adquirir os direitos sobre 12 outros
tipos de células, mas a Universidade de Wisconsin entrou
com um processo na justiça para evitar que isso ocorra,
alegando que seria melhor se a tecnologia fosse
disseminada.
Okarma afirma que a intenção da Geron não é impedir que
outras pessoas façam pesquisas ou desenvolvam tratamentos
baseados nas células-tronco. Mas se, por exemplo, alguém
descobrir como transformar células-tronco em células
pancreática produtoras de insulina, a Geron exigiria o
recebimento de royalties pela comercialização do
tratamento.
“Se houvesse atualmente dez empresas trabalhando em
pesquisas com o diabetes, isso seria ótimo para a Geron,
por significar o pagamento de dez royalties”, afirma. O
processo tem a sua contrapartida. Caso a Geron quisesse
comercializar o seu próprio tratamento para diabetes, a
empresa teria que adquirir a licença tecnológica das
outras companhias para poder transformar as células-
tronco em células pancreáticas.
O futuro da Geron pode estar nas mãos de Okarma, mas a
sua agenda foi feita por Michael West, um biólogo celular
que acreditava que a ciência poderia combater o
envelhecimento. Após receber o título de Ph.D. do Baylor
College of Medicine, em Houston, ele criou a empresa em
1990 e largou a escola de medicina para buscar o seu
sonho, em 1992, quando a empresa recebeu financiamentos
de alguns grandes investidores.
A Geron – cujo nome é derivado da palavra grega que
significa “homem idoso” – abraçou a tarefa de tentar
criar uma teoria que explicasse a razão pela qual as
células envelhecem. Ela se concentrou nos telômeros,
fragmentos de DNA que recobrem os cromossomos, assim como
as extremidades plastificadas de cadarços de sapatos.
Cada vez que a célula se divide, os telômeros ficam mais
curtos. Quando eles se esgotam, geralmente após ocorrerem
entre 20 e 100 divisões celulares, a célula pára de se
dividir e começa a morrer.
Juntamente com colaboradores, a Geron se lançou em uma
corrida para descobrir os genes responsáveis pela
produção da telomerase,uma enzima feita por determinadas
células, que faz com que os telômeros voltem a possuir o
seu tamanho original. Quando a Geron demonstrou, no
início de 1998, que a telomerase poderia aumentar a
duração da vida de células cultivadas em tubo de ensaio,
houve uma sensação de descoberta da fonte da
juventude. “Muita gente pensou que colocaríamos
telomerase na água a ser bebida, de forma que as pessoas
passassem a viver por 300 anos”, diz Okarma. Mas, o fato
de as células serem capazes de ter uma vida mais longa
não significa que o organismo inteiro também possa viver
mais.
A companhia tem tentado se distanciar da ênfase nas
tecnologias contra o envelhecimento, tendo chegado mesmo
a remover uma ampulheta que fazia parte da sua logomarca.
Os executivos da Geron acreditam que a telomerase possa
ser utilizada para rejuvenescer células em processo de
envelhecimento a fim de acelerar processos de cura. Mas o
principal foco da empresa tem sido em tentar neutralizar
a telomerase para combater o câncer.
As células cancerosas produzem telomerase, que permite
que elas se reproduzam descontroladamente. Portanto, uma
droga que inibisse a telomerase teria o potencial para
ser utilizada no tratamento de todos os tipos de câncer.
E, devido ao fato de a maior parte das células normais do
organismo não produzirem a telomerase, tal droga teria
pouco efeito sobre as células normais.
No entanto, a busca por uma droga que neutralize a
telomerase está levando mais tempo do que o esperado. A
Geron, que esperava iniciar os testes clínicos com tal
substância no ano passado, admite que ainda vai precisar
de um ou dois anos para atingir essa meta. A Pharmacia, a
grande empresa farmacêutica que financiava grande parte
das pesquisas da Geron nesse setor, abandonou a sociedade
em janeiro.
Além disso, a maior parte dos cientistas diz, atualmente,
que, mesmo que a telomerase fosse neutralizada, um tumor
ainda poderia crescer substancialmente antes que os
telômeros das células se esgotassem, fazendo com que as
células morressem.
“Podemos matar o tumor, mas antes disso o seu volume vai
aumentar dez vezes de tamanho”, afirma Judith Campisi,
cientista do Lawrence Berkeley National Laboratory, que
colabora com a Geron na área de pesquisa sobre a
telomerase. “A idéia de que a inibição da telomerase
representaria a cura para todo tipo de câncer foi
exagerada, inclusive pela mídia”, critica Campisi.
Okarma, que é casado e tem dois filhos, nasceu e foi
criado em uma fazenda de Nova Jersey, sendo graduado em
medicina e tendo um doutorado em farmacologia molecular
pela Universidade de Stanford. Aqueles que o conhecem
costumam descreve-lo como sendo muito inteligente e
articulado.
“Eu acho que Tom é um indivíduo extremamente energético e
intenso, que realmente deseja dar a sua contribuição para
a ciência”, afirma John Walker, diretor da Geron e chefe
da Microcide Pharmaceuticals e da Axys Pharmaceuticals.
Desde que o debate sobre as células-tronco esquentou,
Okarma tem defendido ativamente as pesquisas com essas
células. Mas ele não permite que os cientistas da empresa
sejam entrevistados, alegando que eles precisam se
concentrar no trabalho. “Não se trata de um processo
simples de demonstração e explicação. Eu sou o porta-voz
desta companhia e ponto final”, afirma Okarma.
Ele diz simpatizar com aqueles que acreditam que as
pesquisas são imorais porque envolvem a destruição de
embriões, que, segundo essas pessoas, são tidos como
vidas humanas já formadas.
“Fui criado segundo os ensinamentos da Igreja Católica”,
afirma. “Vocês acham que me sinto bem quando ouço que
essas pesquisas são criticadas pelo papa?”.
Mas Okarma, que disse ter abandonado a prática da
religião há décadas, acrescenta que os pontos de vista
poderão mudar quando os benefícios da terapia celular se
materializarem.
“Qual é o objetivo da religião?”, questiona. “Tornar a
sociedade melhor. E não é isso o que estamos tentando
fazer aqui?”.
Segundo ele, no passado havia objeções de natureza
religiosa ao uso da anestesia para aliviar a dor das
parturientes, porque há uma passagem bíblica que afirma
que Eva teria que sofrer as dores do parto após ter sido
expulsa do paraíso.
Tradução: Danilo Fonseca











SUBJECT: Re: esoterismo em doses classicas
FROM: "L.B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/08/2001 13:13

Olá Alberto e demais,

Infelismente, eu não poderei responder seu email (que aliás nem tive
tempo de ler) até sexta-feira agora, no sábado eu escrevo a resposta
com carinho.
Até lá, você vai ter que continuar irado com o Criador pelo fato da
natureza ser quântica e não clássica.

Abraços e até sexta,
Leandro.



SUBJECT: Re: Racas e diversidade genetica
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/08/2001 13:30

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos
<jocax@u...> wrote:
> Vc nao entendeu : Nao disse q os extremos se cruzam indistintamente
> disse que existe uma especie intermediaria que cruza com os extremos
> embora os extremos nao cruzem entre si.

Nao necessariamente ha' um cruzamento indistinto.
Pode haver uma certa direcionalidade dos cruzamentos.

> Vc nao sabe se existe ou nao pois nao sabemos o limite
> teorico para que 2 seres sejam da mesma especie.
> Como disse *pode* existir 2 individuos no mundo *hoje*
> que facam parte de especies distintas.

Assim como a Catherine Zeta Jones *pode*
aparecer em casa e se declarar apaixonada por mim...

E como nao sabemos o limite teorico do q.
seja um numero podemos ter um numero q. seja
ao mesmo tempo igual e diferente de si mesmo...

> Os genes reguladores importam mais do que a maioria
> dos outros genes ja que ele define o funcionamento de
> muitos outros genes.

Continua nao definindo uma especie. A questao
e' bastante complexa nos detalhes. De toda
forma considere o seguinte: em muitas especies
machos e femeas diferem entre si -- em muitas
especies a diferenca e' extrema: em uma especie
de peixe abissal o macho e' apenas um saco fundido
ao corpo da femea -- claramente existe uma
acao diferenciada dos genes reguladores para um
ou outro sexo. Idem no caso de femeas operarias
e rainhas no caso de himenopteros coloniais.
E ainda no caso de himenopteros, existe uma
especie de vespa de figo em q. existem duas
formas de macho: uma alada e outra sem asa --
bastante distintas entre si na forma -- continuam
sendo da mesma especie.

No caso de moscas-das-frutas, ha' diversas especies
cripticas: nao se distinguem morfologicamente entre
si, mas sao claramente distintas no quesito genetico.

Em alguns casos a separacao entre especies
nao e' nem ao menos genetica. Existem especies
de vespas q. sao parasitas por especies diferentes
de protozoarios. A presenca de protozoarios
diferentes criam uma barreira reprodutiva entre
populacoes distintas. Qdo artificialmente se substitui
o protozoario parasita, a barreira se desfaz.

> Isso nao eh verdade uma vez que a organizacao
> cromossomica *tambem eh definido geneticamente*
> e portanto se temos uma organizacao cromossomica
> diferente eh pq existe(m) gene(s) que definiram esta
> organizacao e portanto nao pode ser 100% semelhantes.

Nao precisa haver genes q. definam uma
organizacao.

Digamos q. temos um unico cromossomo com
tres genes: A, B e C -- nessa ordem em
um e como A, C e B em outra especie.
Essa inversao cromossomica q. e' tao
somente uma questao fisica e nao genetica
pode delimitar a existencia de duas especies
distintas -- cada gene mantendo (ao menos
inicialmente) a mesmissima sequencia.

> Eu posso definir raca , por exemplo, atraves de um unico gene:
> Quem possuir o alelo de um gene X em homozigotose eh da raca R-X
> quem possuir o alelelo Y em homozigotose eh da raza R-Y
> quem possuir em heterozigotose eh mestico.
> Se a definicao eh util ou nao eh outro problema.

Nao e' util. Nao se diferencia por esse criterio
raca de individuo.

Podemos definir um matematico como uma xicara
de cafe'...

> > Isso nao e' um artigo. E' um trecho
> > de uma infeliz reportagem da Superinteressante.
>
> Vc esta dizendo que as informacoes do artigo sao falsas?

Nao. Estou dizendo q. a reportagem -- q. nao
e' um artigo -- falou uma serie de bobagens.
Mas sim foi publicado na Nature um estudo sobre
a especiacao em anel.

> > Pouco provavel com o intercruzamento.
> > A menos q. as pressoes seletivas sejam
> > suficientemente gdes para sobrepujar --
> > o q. parece pouco provavel.
>
> Pura especulacao, posso dizer justamente o contrario.

Nao e' pura especulacao. Sim, vc pode dizer
justamente o contrario -- assim como se pode
dizer q. o homem nao foi 'a Lua.

Se nao houver uma pressao seletiva suficientemente
forte para sobrepujar o fluxo genetico a tendencia
e' mesmo de homegeneizacao entre duas populacoes.

Isso e' matematicamente estabelecido e experimentalmente
corroborado. Dej uma estudada em genetica de populacoes --
especialmente no capitulo de influencia de migracoes.

> Como disse o termo pode ser usado para mostrar
> uma tendencia de selecao sexual , atraves de caracteristicas
> visiveis , que levaria a inexoravel especiacao.

Uma selecao sexual nao necessariamente leva
'a especiacao. A selecao poderia ser do tipo
balanceadora ou dependente de frequencia --
a tendencia da ocorrencia do fenomeno da escolha
do macho ou da femea rara nas populacoes humanas
e' mais afim da dependente de frequencia.

> Se o fluxo genetico eh grande ou pequeno eh especulacao
> ja que *nao* sabemos o fluxo MINIMO para que a especiacao
> nao se faca.

Sabemos sim. Em uma populacao do tamanho das
humanas basta em media um individuo por seculo
para manter a homogeneizacao -- salvo se houvesse
uma pressao seletiva suficientemente forte.

O fato de vc nao saber nao significa q. ninguem saiba.
(Especialmente qdo nao se conhece o campo sobre o qual
se opina, mas mesmo em se tratando de especialistas
um 'nao me consta', 'nao e' de meu conhecimento',
'nao q. eu saiba' deve ser considerado com muita cautela.)

> > (Aparentemente isso tem se intensificado
> > com o aumento da populacao latina -- q.
> > serve de ponte genetica entre negros e brancos.)
>
> La os "cucarachas" sao tao discriminados qto os negros.
> Qual a percentagem de brancos que se casam com latinos ou negros?

Pequena, mas e' o bastante para garantir uma homogeneizacao --
mantida as condicoes atuais. (Certamente ha' mais de um
casamento por seculo.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Teste das cores
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/08/2001 13:38

--- In ciencialist@y..., "Carol" <carolsturari@u...> wrote:
> Roberto,
> Apesar de não te conhecer, acredito q essa definição não seja
própria à vc... Estou errada? :)
>
> -----"Não deseja envolver-se em diferenças de opinião,
> litígios ou discussão, preferindo que o deixem em
> paz"

:-)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Racas e diversidade genetica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/08/2001 15:25

rmtakata@altavista.net wrote:

> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos
> <jocax@u...> wrote:
> > Vc nao entendeu : Nao disse q os extremos se cruzam indistintamente
> > disse que existe uma especie intermediaria que cruza com os extremos
> > embora os extremos nao cruzem entre si.
>
> Nao necessariamente ha' um cruzamento indistinto.
> Pode haver uma certa direcionalidade dos cruzamentos.
>

Nao soh pode haver uma uma direcionalidade como deve haver esta
polarizacao..

>
> > Vc nao sabe se existe ou nao pois nao sabemos o limite
> > teorico para que 2 seres sejam da mesma especie.
> > Como disse *pode* existir 2 individuos no mundo *hoje*
> > que facam parte de especies distintas.
>
> Assim como a Catherine Zeta Jones *pode*
> aparecer em casa e se declarar apaixonada por mim...

Acho mais provavel a hipotese abaixo.


>
>
> E como nao sabemos o limite teorico do q.
> seja um numero podemos ter um numero q. seja
> ao mesmo tempo igual e diferente de si mesmo...
>
> > Os genes reguladores importam mais do que a maioria
> > dos outros genes ja que ele define o funcionamento de
> > muitos outros genes.
>
> Continua nao definindo uma especie.

Eu nao disse que a especie era definida pelos genes reguladores.
Disse que eles fazem mais diferenca no fenotipo do que a
maioria dos outros genes.


>
> Em alguns casos a separacao entre especies
> nao e' nem ao menos genetica. Existem especies
> de vespas q. sao parasitas por especies diferentes
> de protozoarios. A presenca de protozoarios
> diferentes criam uma barreira reprodutiva entre
> populacoes distintas. Qdo artificialmente se substitui
> o protozoario parasita, a barreira se desfaz.
>

Mas a tendencia eh q se a barreira se mantiver a especiacao
se fara.


>
> > Isso nao eh verdade uma vez que a organizacao
> > cromossomica *tambem eh definido geneticamente*
> > e portanto se temos uma organizacao cromossomica
> > diferente eh pq existe(m) gene(s) que definiram esta
> > organizacao e portanto nao pode ser 100% semelhantes.
>
> Nao precisa haver genes q. definam uma
> organizacao.
>

A estrutura cromossomica eh definida geneticamente na especie.
Se temos 23 pares de cromossomos eh pq existem genes
que definiram estas estrutura e nao outra qualquer.
Claro que mutacoes podem mudar isso.


>
> Digamos q. temos um unico cromossomo com
> tres genes: A, B e C -- nessa ordem em
> um e como A, C e B em outra especie.
> Essa inversao cromossomica q. e' tao
> somente uma questao fisica e nao genetica

Nao eh nao.
Se formam duas especies distintas esta sequencia eh ditada por
genes.


>
> > Eu posso definir raca , por exemplo, atraves de um unico gene:
> > Quem possuir o alelo de um gene X em homozigotose eh da raca R-X
> > quem possuir o alelelo Y em homozigotose eh da raza R-Y
> > quem possuir em heterozigotose eh mestico.
> > Se a definicao eh util ou nao eh outro problema.
>
> Nao e' util. Nao se diferencia por esse criterio
> raca de individuo.

Entao por qual criterio se diferencia?
Eh util se a preferencia sexual de R-X sao os R-X e a
preferencia sexual de R-Y seja os R-Y. Isso , a longo prazo,
poderia provocar uma especiacao. ( Como o canto dos passaros )


>
> > > Pouco provavel com o intercruzamento.
> > > A menos q. as pressoes seletivas sejam
> > > suficientemente gdes para sobrepujar --
> > > o q. parece pouco provavel.
> >
> > Pura especulacao, posso dizer justamente o contrario.
>
> Nao e' pura especulacao. Sim, vc pode dizer
> justamente o contrario -- assim como se pode
> dizer q. o homem nao foi 'a Lua.
>
> Se nao houver uma pressao seletiva suficientemente
> forte para sobrepujar o fluxo genetico a tendencia
> e' mesmo de homegeneizacao entre duas populacoes.

O "suficientemente forte" eh relativo.
De qqr modo a preferencia sexual pode ser esta pressao seletiva
e por isso q eu disse que os atributos fenotipicos externos poderiam
ser muito mais importantes na caracterizacao de raca do que simplesmente
a comparacao genotipica de alelos quaisquer.


>
>
> Isso e' matematicamente estabelecido e experimentalmente
> corroborado. Dej uma estudada em genetica de populacoes --
> especialmente no capitulo de influencia de migracoes.

Claro que migracoes tem influencia mas talvez nao o suficiente para
deter a especiacao e sim atrasa-las.
Veja o caso dos passaros de muitas outras especies que *mesmo povoando
o mesmo habitat* acabam por se especiar.
Isso quer dizer que nao eh necessario uma barreira geografica para
q a especiacao ocorra, talvez uma simples diferneciacao fenotipica
esterna seja suficiente para isso. Por que outra razao temos
milhoes de especies habitando uma regiao? Se a vida se originou
de uma unica proto-celula e se no planeta temos hoje milhoes de especies
diferentes eh pq a tendencia deve ser a especiacao mesmo.

>
>
> > Como disse o termo pode ser usado para mostrar
> > uma tendencia de selecao sexual , atraves de caracteristicas
> > visiveis , que levaria a inexoravel especiacao.
>
> Uma selecao sexual nao necessariamente leva
> 'a especiacao.

Nao disse *necessariamente* , disse que eh um fator que pode levar.


> A selecao poderia ser do tipo
> balanceadora ou dependente de frequencia --
> a tendencia da ocorrencia do fenomeno da escolha
> do macho ou da femea rara nas populacoes humanas
> e' mais afim da dependente de frequencia.
>
> > Se o fluxo genetico eh grande ou pequeno eh especulacao
> > ja que *nao* sabemos o fluxo MINIMO para que a especiacao
> > nao se faca.
>
> Sabemos sim. Em uma populacao do tamanho das
> humanas basta em media um individuo por seculo
> para manter a homogeneizacao -- salvo se houvesse
> uma pressao seletiva suficientemente forte.
>

Gostaria de ver estes calculos, sua base, suas premissas.
O que significa suficientemente forte. E, principalmente,
por quais criterios quantitativos vc diz que a preferencia sexual
da populacao nao eh suficientemente forte para promover a especiacao.


>
> > > (Aparentemente isso tem se intensificado
> > > com o aumento da populacao latina -- q.
> > > serve de ponte genetica entre negros e brancos.)
> >
> > La os "cucarachas" sao tao discriminados qto os negros.
> > Qual a percentagem de brancos que se casam com latinos ou negros?
>
> Pequena, mas e' o bastante para garantir uma homogeneizacao --
> mantida as condicoes atuais. (Certamente ha' mais de um
> casamento por seculo.)
>

Gostaria e ver os calculos numericos em que vc apoia sua
posicao. Tamanho da populacao, qtadde de filhos etc..
E se estes calculos levariam em conta a preferencia sexual ou
supoe, para o espalhamento do alelo migrante, ausencia de
fatores seletivos...

[]s
jocax



SUBJECT: [RN] Perigo no PVC
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/08/2001 16:55

====================================================================
UFPR pesquisa perigos do PVC Bolsas de sangue e chupetas na lista de
produtos investigados por cientistas

A dona de casa fazendo compras no supermercado. O bebê mordendo a
chupeta. O paciente submetido a uma transfusão de sangue. Todos podem
estar sendo contaminados, sem saber, por um tóxico presente no saco
plástico das compras, na chupeta e na bolsa de coleta do sangue.

O inimigo invisível escondido nos utensílios aparentemente inofensivos é o
ftalato DEHP. A substância é utilizada para dar maleabilidade ao plástico
comum, conhecido como PVC (policloreto de vinila).

O professor Paulo Dalsenter, do Departamento de Farmacologia da
Universidade Federal do Paraná (UFPR), explica que o DEHP, quando em
contato com alimentos, saliva ou medicamentos, pode se soltar do plástico
e provocar a contaminação.

Uma pesquisa da UFPR que está sendo desenvolvida pelo próprio Dalsenter,
juntamente com a mestranda Gladys Santana, já demonstrou que o ftalato
bloqueia a ação da testosterona, o hormônio masculino, em ratos de
laboratório.

Supõe-se que as reações no corpo humano sejam semelhantes. Dependendo das
doses a que a pessoa seja submetida e do tempo de exposição, a falta do
hormônio pode provocar infertilidade em adultos e má formação da genitália
em crianças.

O estudo brasileiro é corroborado por uma pesquisa da Universidade de
Winsconsin (EUA). Em Porto Rico, um grupo de garotas de 6 a 7 anos, com
altas taxas do ftalato no sangue, tiveram desenvolvimento precoce dos
órgãos sexuais.

O professor Dalsenter afirma desconhecer estudos científicos que detalhem
qual seriam os limites máximos de DEHP suportáveis pelo organismo, sem que
se desenvolvam danos à saúde.
====================================================================

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: Racas e diversidade genetica
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/08/2001 17:23

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> Eu nao disse que a especie era definida pelos genes reguladores.
> Disse que eles fazem mais diferenca no fenotipo do que a
> maioria dos outros genes.

E a diferenca de fenotipo nao implica em uma diferenciacao
genetica q. implique em reconhecimento de raca ou de especie.

> Mas a tendencia eh q se a barreira se mantiver a especiacao
> se fara.

Depende de muitas coisas. Mas uma visao possivel
e' q. a especiacao ja' se fez, uma vez q. ha' a barreira.

> > Nao precisa haver genes q. definam uma
> > organizacao.
>
> A estrutura cromossomica eh definida geneticamente na especie.
> Se temos 23 pares de cromossomos eh pq existem genes
> que definiram estas estrutura e nao outra qualquer.

Onde vc leu isso?

> > Digamos q. temos um unico cromossomo com
> > tres genes: A, B e C -- nessa ordem em
> > um e como A, C e B em outra especie.
> > Essa inversao cromossomica q. e' tao
> > somente uma questao fisica e nao genetica
>
> Nao eh nao.
> Se formam duas especies distintas esta sequencia eh ditada por
> genes.

Por q. vc acha isso?

> > > Eu posso definir raca , por exemplo, atraves de um unico gene:
> > > Quem possuir o alelo de um gene X em homozigotose eh da raca R-X
> > > quem possuir o alelelo Y em homozigotose eh da raza R-Y
> > > quem possuir em heterozigotose eh mestico.
> > > Se a definicao eh util ou nao eh outro problema.
> >
> > Nao e' util. Nao se diferencia por esse criterio
> > raca de individuo.
>
> Entao por qual criterio se diferencia?

A questao e' q por esse criterio q. vc
quer aplicar podemos chamar dois individuos
qq como pertencentes a racas diferentes --
podem mesmo ser um filho de outro (com
ambos os pais pertencentes a uma mesma
raca sensu barcellos... e tbm e' pouco util
uma vez q. ja' temos os termos homozigotico e
heterozigotico para se referir a isso.)

> > Se nao houver uma pressao seletiva suficientemente
> > forte para sobrepujar o fluxo genetico a tendencia
> > e' mesmo de homegeneizacao entre duas populacoes.
>
> O "suficientemente forte" eh relativo.

Claro q. e' relativo. E' relativo 'a taxa de migracao.

> De qqr modo a preferencia sexual pode ser esta pressao seletiva
> e por isso q eu disse que os atributos fenotipicos externos poderiam
> ser muito mais importantes na caracterizacao de raca do que simplesmente
> a comparacao genotipica de alelos quaisquer.

Bem, dado q. os morenos preferem as loiras
e vice-versa, podemos esquecer isso.

> Claro que migracoes tem influencia mas talvez nao o suficiente para
> deter a especiacao e sim atrasa-las.
> Veja o caso dos passaros de muitas outras especies que *mesmo povoando
> o mesmo habitat* acabam por se especiar.
> Isso quer dizer que nao eh necessario uma barreira geografica para
> q a especiacao ocorra, talvez uma simples diferneciacao fenotipica
> esterna seja suficiente para isso. Por que outra razao temos
> milhoes de especies habitando uma regiao? Se a vida se originou
> de uma unica proto-celula e se no planeta temos hoje milhoes de especies
> diferentes eh pq a tendencia deve ser a especiacao mesmo.

A migracao se refere 'a integracao de um
individuo de uma populacao A em uma
populacao B.

Mas vamos fazer algumas consideracoes:
- a vida nao se originou de uma *unica*
proto-celula.
- existem diversos casos de especiacao
reticulada, com a absorcao do patrimonio
genetico de uma especie em outra.
- existe uma tendencia de diferenciacao
por especializacao de nichos - o q. nao
quer dizer q. isso possa ser transportado
impunentemente para um caso particular.
- a migracao nao podera' deter a diferenciacao
genetica se ela tiver uma taxa muito baixa.

Existem algumas especies cosmopolitas:
baratas, pardais, mosca domestica,
mosca-do-mediterraneo, ratos, mosquitos...
essas especies tbm nao apresentam uma
gde divergencia devido ao gde fluxo
genetico entre as populacoes.

> > Uma selecao sexual nao necessariamente leva
> > 'a especiacao.
>
> Nao disse *necessariamente* , disse que eh um fator que pode levar.

Um cometa tbm e' um fator q. pode levar
'a especiacao. Decida-se se vc esta'
discutindo em termos estritamente
teoricos ou se esta' propondo um
modelo real da evolucao da especie humana.

> Gostaria de ver estes calculos, sua base, suas premissas.
> O que significa suficientemente forte. E, principalmente,
> por quais criterios quantitativos vc diz que a preferencia sexual
> da populacao nao eh suficientemente forte para promover a especiacao.

Vc tem o Futuyma pode dar uma lida por la'.
Existem livros de Genetica de Populacoes
na biblioteca do IB, pode consultar 'a vontade.

Vc vera' q. o F medio pode ser mantido a
0,50 com um Nm de apenas 0,25 -- um migrante
a cada 4 geracoes: o q. em termos humanos
resulta em 1 pessoa a cada seculo mais ou menos.
(Isso para o caso de neutralidade.)
Se alguem mais se interessar eu ponho os
calculos aqui.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: esoterismo em doses classicas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/08/2001 17:50

----- Original Message -----
From: "L.B. Holanda"
Sent: Monday, August 27, 2001 1:13 PM
Subject: [ciencialist] Re: esoterismo em doses classicas


> Olá Alberto e demais,

> Infelismente, eu não poderei responder seu email (que aliás nem tive
> tempo de ler) até sexta-feira agora, no sábado eu escrevo a resposta
> com carinho.
> Até lá, você vai ter que continuar irado com o Criador pelo fato da
> natureza ser quântica e não clássica.


Olá, Leandro

Espero que você me perdoe pela maneira grosseira com que conclui a última
mensagem. Sei que mereço uma resposta a altura, mas ainda assim agradeço por
sua falta de tempo, pois pelo menos pude exprimir antecipadamente o meu
arrependimento por uma explosão momentânea.

Quanto ao mais, você conhece minha maneira de pensar e não há porque
repetí-la aqui a menos que surjam novos argumentos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Psicologia cognitivo-comportamental
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/08/2001 17:56

Robson,

Não conheço muito de perto as aplicações terapeuticas das
psicologias cognitiva e comportamental, conheço mais
os aspectos teóricos dessas disciplinas e não os clínicos.
São certamente mais bem fundamentados do que, por exemplo,
a psicanálise freudiana. O behaviorismo, em especial, talvez
seja até mesmo excessivamente rígido em sua forma de conduzir
sua teorização. Sei de sucessos desta última principalmente
na eliminação de certas fobias. Se eu tivesse que optar
entre psicanálise e qualquer uma dessas duas, ficaria
com uma das duas, e não a psicanálise.

Até mais,
Sergio Navega.


-----Original Message-----
From: rmichelsr <kerkshomaq@yahoo.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Date: Segunda-feira, 27 de Agosto de 2001 03:28
Subject: [ciencialist] Psicologia cognitivo-comportamental


>Alguém aqui na lista sabe em que princípios se baseia
>a psicologia cognitivo-comportamental e se possui
>fundamentação cientifíca sólida? Seria ela mais
>uma psicoterapia pseudocientifíca?
> Agradeço, desde já por
>quaisquer informações.
> Robson Michel.
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Racas e diversidade genetica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/08/2001 19:40

rmtakata@altavista.net wrote:

> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> > Eu nao disse que a especie era definida pelos genes reguladores.
> > Disse que eles fazem mais diferenca no fenotipo do que a
> > maioria dos outros genes.
>
> E a diferenca de fenotipo nao implica em uma diferenciacao
> genetica q. implique em reconhecimento de raca ou de especie.
>

Nao implica necessariamente mas pode ser feito a morfologia
sao caracteristicas fenotipicas..
De raca eh simples , uma vez q raca nao eh um conceito biologicamente
bem definido, entao podemos definir atraves de caracteristicas fenotipicas .
De especie pode ser definido , basta que o fenotipo seja suficientemente
diferente para que o cruzamento entre eles seja inviavel ou seja
o cruzamento por meios naturais seja impossivel.


>
> > > Nao precisa haver genes q. definam uma
> > > organizacao.
> >
> > A estrutura cromossomica eh definida geneticamente na especie.
> > Se temos 23 pares de cromossomos eh pq existem genes
> > que definiram estas estrutura e nao outra qualquer.
>
> Onde vc leu isso?

No mesmo lugar que li que ter 5 dedos nos pes eh uma caracteristica genetica.
Mas vc pode pensar o seguinte : se a estrutura cromossomica nao fosse
genetica teriamos uma gama muito maior de estruturas cromossomicas
na populacao e isso inviabilizaria todo o processo de formacao de
gametas uma vez que eles tem um processo que depende da estrutura
cromossomica.


>
> > > Digamos q. temos um unico cromossomo com
> > > tres genes: A, B e C -- nessa ordem em
> > > um e como A, C e B em outra especie.
> > > Essa inversao cromossomica q. e' tao
> > > somente uma questao fisica e nao genetica
> >
> > Nao eh nao.
> > Se formam duas especies distintas esta sequencia eh ditada por
> > genes.
>
> Por q. vc acha isso?

Pelas razoes acima.

>
>
> > > > Eu posso definir raca , por exemplo, atraves de um unico gene:
> > > > Quem possuir o alelo de um gene X em homozigotose eh da raca R-X
> > > > quem possuir o alelelo Y em homozigotose eh da raza R-Y
> > > > quem possuir em heterozigotose eh mestico.
> > > > Se a definicao eh util ou nao eh outro problema.
> > >
> > > Nao e' util. Nao se diferencia por esse criterio
> > > raca de individuo.
> >
> > Entao por qual criterio se diferencia?
>
> A questao e' q por esse criterio q. vc
> quer aplicar podemos chamar dois individuos
> qq como pertencentes a racas diferentes --
> podem mesmo ser um filho de outro (com
> ambos os pais pertencentes a uma mesma
> raca sensu barcellos... e tbm e' pouco util
> uma vez q. ja' temos os termos homozigotico e
> heterozigotico para se referir a isso.)
>

E acho q o melhor criterio eh o que mostraria uma tendencia
de especiacao na populacao. Portanto teria que ser atraves
de fenotipos perceptiveis.



>
> > > Se nao houver uma pressao seletiva suficientemente
> > > forte para sobrepujar o fluxo genetico a tendencia
> > > e' mesmo de homegeneizacao entre duas populacoes.
> >
> > O "suficientemente forte" eh relativo.
>
> Claro q. e' relativo. E' relativo 'a taxa de migracao.

Nao basta ter migracao se nao houver miscigenacao.

>
>
> > De qqr modo a preferencia sexual pode ser esta pressao seletiva
> > e por isso q eu disse que os atributos fenotipicos externos poderiam
> > ser muito mais importantes na caracterizacao de raca do que simplesmente
> > a comparacao genotipica de alelos quaisquer.
>
> Bem, dado q. os morenos preferem as loiras
> e vice-versa, podemos esquecer isso.

Claro que SE as pessoas de uma raca preferem as da raca oposta
a tendencia natural seria a homogenizacao.
Mas na maioria dos continentes nao acho q eh isso que ocorre.


>
>
> > Claro que migracoes tem influencia mas talvez nao o suficiente para
> > deter a especiacao e sim atrasa-las.
> > Veja o caso dos passaros de muitas outras especies que *mesmo povoando
> > o mesmo habitat* acabam por se especiar.
> > Isso quer dizer que nao eh necessario uma barreira geografica para
> > q a especiacao ocorra, talvez uma simples diferneciacao fenotipica
> > esterna seja suficiente para isso. Por que outra razao temos
> > milhoes de especies habitando uma regiao? Se a vida se originou
> > de uma unica proto-celula e se no planeta temos hoje milhoes de especies
> > diferentes eh pq a tendencia deve ser a especiacao mesmo.
>
> A migracao se refere 'a integracao de um
> individuo de uma populacao A em uma
> populacao B.

Melhor dizendo, de seus genes.....


>
>
> Mas vamos fazer algumas consideracoes:
> - a vida nao se originou de uma *unica*
> proto-celula.

Como nao ?????????????
Vc acha q a vida surgiu em varios locais
independentemente?????????

>
> - existem diversos casos de especiacao
> reticulada, com a absorcao do patrimonio
> genetico de uma especie em outra.

Precisamos distinguir se o alelo em questao fornece uma
vantagem evolutiva ou eh neutro.

>
> - existe uma tendencia de diferenciacao
> por especializacao de nichos - o q. nao
> quer dizer q. isso possa ser transportado
> impunentemente para um caso particular.

Mas veja que no caso humano temos *inumeros* nichos
por isso a especiacao eh mais facil em termos
probabilisticos.


>
> - a migracao nao podera' deter a diferenciacao
> genetica se ela tiver uma taxa muito baixa.
>
> Existem algumas especies cosmopolitas:
> baratas, pardais, mosca domestica,
> mosca-do-mediterraneo, ratos, mosquitos...
> essas especies tbm nao apresentam uma
> gde divergencia devido ao gde fluxo
> genetico entre as populacoes.
>

Mas possuem especies , nao possuem ?
Ou todas formam uma unica especie no mundo todo?



>
> > > Uma selecao sexual nao necessariamente leva
> > > 'a especiacao.
> >
> > Nao disse *necessariamente* , disse que eh um fator que pode levar.
>
> Um cometa tbm e' um fator q. pode levar
> 'a especiacao. Decida-se se vc esta'
> discutindo em termos estritamente
> teoricos ou se esta' propondo um
> modelo real da evolucao da especie humana.
>

Todo modelo ou teoria eh , por definicao, eh teorico


>
> > Gostaria de ver estes calculos, sua base, suas premissas.
> > O que significa suficientemente forte. E, principalmente,
> > por quais criterios quantitativos vc diz que a preferencia sexual
> > da populacao nao eh suficientemente forte para promover a especiacao.
>
> Vc tem o Futuyma pode dar uma lida por la'.
> Existem livros de Genetica de Populacoes
> na biblioteca do IB, pode consultar 'a vontade.
>
> Vc vera' q. o F medio pode ser mantido a
> 0,50 com um Nm de apenas 0,25 -- um migrante
> a cada 4 geracoes: o q. em termos humanos
> resulta em 1 pessoa a cada seculo mais ou menos.
> (Isso para o caso de neutralidade.)
> Se alguem mais se interessar eu ponho os
> calculos aqui.
>

Vou ver se eu acho

[]s
jocax



SUBJECT: Re: Racas e diversidade genetica
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/08/2001 20:21

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> De raca eh simples , uma vez q raca nao eh um conceito biologicamente
> bem definido, entao podemos definir atraves de caracteristicas fenotipicas .

Na verdade raca eh mais ou menos bem
definida biologicamente. O q. ocorre e' q.
o conceito biologico de raca qdo aplicada
'as populacoes humanas, ela nao e' muito
boa -- justamente pela falta de diferenciacao
genetica.

> De especie pode ser definido , basta que o fenotipo seja suficientemente
> diferente para que o cruzamento entre eles seja inviavel ou seja
> o cruzamento por meios naturais seja impossivel.

Ha' uma serie de problemas com
cada conceito de especie. Em geral
se aplica a um dado grupo, o conceito
mais operacional.

No caso de humanos, o conceito biologico
e' o q. melhor se aplica. E e' tudo uma especie
so', com pouco tendencia geral de divergencia.

> > > A estrutura cromossomica eh definida geneticamente na especie.
> > > Se temos 23 pares de cromossomos eh pq existem genes
> > > que definiram estas estrutura e nao outra qualquer.
> >
> > Onde vc leu isso?
>
> No mesmo lugar que li que ter 5 dedos nos pes eh uma caracteristica genetica.

Em qual livro esta' escrito q. o numero de
cromossomos e' definido por um ou mais genes?

> Mas vc pode pensar o seguinte : se a estrutura cromossomica nao fosse
> genetica teriamos uma gama muito maior de estruturas cromossomicas
> na populacao e isso inviabilizaria todo o processo de formacao de
> gametas uma vez que eles tem um processo que depende da estrutura
> cromossomica.

A constante gravitacional nao e' genetica e
nem por isso ela varia.

Em um caso biologico -- a osmose nao e'
definida geneticamente.

Nao e' preciso genes q. regulem o numero
de cromossomos na formacao de gametas --
basta q. haja regulacao no pareamento.
E isso independe do numero de cromossomos --
apenas q. devem ser pares.

Existem diversas especies cujo numero
de cromossomos e' bastante variavel --
alguns cromossosmo se fundem outros
se quebram em dois...

> E acho q o melhor criterio eh o que mostraria uma tendencia
> de especiacao na populacao. Portanto teria que ser atraves
> de fenotipos perceptiveis.

Nao vejo a vantagem de ter q. classificar
isso como raca...

> > Claro q. e' relativo. E' relativo 'a taxa de migracao.
>
> Nao basta ter migracao se nao houver miscigenacao.

Os calculos sobre migracao levam isso em conta.

> Claro que SE as pessoas de uma raca preferem as da raca oposta
> a tendencia natural seria a homogenizacao.
> Mas na maioria dos continentes nao acho q eh isso que ocorre.

Bem, entao de uma estudadinha, ok?

A proposito: O q. e' raca oposta?

> > Mas vamos fazer algumas consideracoes:
> > - a vida nao se originou de uma *unica*
> > proto-celula.
>
> Como nao ?????????????
> Vc acha q a vida surgiu em varios locais
> independentemente?????????

E vc acha q. a vida surgiu uma unica vez?
Vc tem um meio com diversos coacervados
e diversos sistemas geneticos -- acha mesmo
q. o envelopamento do sistema genetico
ocorreu uma unica vez?

> Mas veja que no caso humano temos *inumeros* nichos
> por isso a especiacao eh mais facil em termos
> probabilisticos.

inumeros nichos?

> > Existem algumas especies cosmopolitas:
> > baratas, pardais, mosca domestica,
> > mosca-do-mediterraneo, ratos, mosquitos...
> > essas especies tbm nao apresentam uma
> > gde divergencia devido ao gde fluxo
> > genetico entre as populacoes.
> >
>
> Mas possuem especies , nao possuem ?
> Ou todas formam uma unica especie no mundo todo?

Nao existe mais de uma especie de
Periplaneta americana, de Ceratitis capitata,
de Rattus rattus, de Culex quinquifasciens, de
Passer domesticus...

> > Um cometa tbm e' um fator q. pode levar
> > 'a especiacao. Decida-se se vc esta'
> > discutindo em termos estritamente
> > teoricos ou se esta' propondo um
> > modelo real da evolucao da especie humana.
>
> Todo modelo ou teoria eh , por definicao, eh teorico

Vc pode pensar em algo estritamente
em termos de teoria -- sem preocupacao
com a realidade ou pode se preocupar
com a procedencia da teoria.

Pode se pensar sobre o q. aconteceria
se Elvis Presley nao tivesse morrido e
se elegido presidente dos EUA ou
descartar essa possibilidade por nao
ser algo possivel na pratica.

> Vou ver se eu acho

Qq coisa eu posso lhe indicar um
livro mais especifico.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Chat sobre criacionismo vs evolucionismo
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/08/2001 21:06

Michelson Borges, membro da sociedade criacionista brasileira.

28/08/01 - 'as 18hs.

http://galileu.globo.com/chat/index.htm

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Cabos de audio
FROM: "Fernando Santos" <fcmts@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/08/2001 22:13


Uma curiosidade,

Estou passando o link para uma lista de discussão de audiófilos onde a
principal
questão é:
Até que ponto a qualidade (preço) de um cabo influencia no desempenho do
equipamento de som ?
De um lado, pessoas que investiram esperançosamente e concluíram ter
feito um
ótimo negócio após testarem os novos cabos.
De outro, os céticos que, baseados em supostos conhecimentos teóricos,
dizem
que os cabos não fazem a diferença descrita (principalmente para sinais
digitais),
não aceitam testes sem controles e alegam influências psicológicas naqueles
generosos
consumidores.
Quem estará com a razão ?

http://forums.consumerreview.com/crforum?13@@.ee7a124


Abraço,

Fernando Santos





SUBJECT: Re: [ciencialist] Psicologia cognitivo-comportamental
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/08/2001 01:51

Sergio Navega" <snavega@attglobal.net> wrote:

>conheço mais os aspectos teóricos dessas disciplinas e não os clínicos.
> São certamente mais bem fundamentados do que, por exemplo,
> a psicanálise freudiana.

Sergio
Faz muito que não faço intervenção. Creio que vc tem todo o direito a opinar
e é bom que assim seja.

No entanto se vc não conhece os resultados é porque não sabe e eu me vejo
na obrigação de dizer que tenho outra opinião, mas sim, conheço resultados
e revistas sobre investigação empírica sobre psicoterapia psicanalítica.
Para que pasmem, certas revistas psicanalíticas ja estão entrando em bases
de dados que só aceitavam revistas de ciencias exatas (química, física,
etc.). Veja: não se tornaram mais benevolentes na exigencia.

Que é isso de dizer "parece que se curaram certas fobias" ? É pouco seria a
afirmação. Creio que vc nunca entrou em contacto com a psicanálise.
Realmente eu gostaria de saber qual a hipótese psicanalítica com a que vc
não está de acordo. Esta historia de que a psicanálise não é científica ja é
uma afirmação religiosa. É feio dizer que se respeita a psicanálise. Além do
mais usam o nome para qualquer coisa.

O poder explicativo de suas hipóteses é tão grande que as pessoas que tocam
de ouvido pensam que suas opiniões têm valor.

O cognitivismo é muito serio e tem uma efetividade muito definida. Creio que
muitas vezes enche alguns espaços que a psicanálise não cobre. Quem crê que
uma ou outra posição teórica é infalível ou panaceia, não sabe o que é
opinião científica.

Atualmente não existe método psicoterapêutico "bom para tudo". Cada método
tem suas limitações. A melhor coisa não é tanto saber para que serve esta ou
aquela terapia e sim quais seus limites. Seria melhor dizer para que cada
uma não serve que louvar ou desqualificar qualquer uma.

Para certas fobias muitas terapias serviram. Sessão espírita e candomblé
também. Houve gente que teve fobias desaparecidas sem terapia nenhuma.
Assim, para estas fobias o candomblé, a psicanálise e o cognitivismo tem o
mesmo valor.

Existem muitas pesquisas serias sobre estas terapias. O cognitivismo, nas
depressões, por exemplo, tem algum êxito com o modelo da aprendizagem do
desvalimento . Com as desordens graves da alimentação (anorexia, bulimia,
etc) o cognitivismo tem sido de grande ajuda.

Hoje o que se pratica é um conjunto de terapias de impacto múltiplo, em que
uma supre as deficiencias da outra.

Por favor, a opinião por simpatia tem pouco valor. Vc tem todo o direito de
dizer que gosta mais de uma que de outra. Vc escolheria uma porque não sabe
muito sobre a outra. É uma atitude a respeitar, mas poderia perder algo
valioso recusando informar-se.
Um abraço

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: : Como pensar enquanto se dorme?
FROM: "Danni Morais" <stargirl@london.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/08/2001 08:39




> >Olá Daniela
> >
> > "O problema é que as pessoas tendem a colocar o que nao entendem como
> > sendo obra de deus ou outra figura mistica".
>
>
> Entao, como vc explicaria tais fenomenos a essas pessoas ?
>

a ciencia ainda nao sabe explicar tal fato, mas vale sempre lembrar que ja pensou-se ser obra de deuses o fato de chover (existia ate danca da chuva!). hoje todos sabemos que eh apenas o ciclo da agua... infelizmente a ciencia caminha em passinhos porque eh necessario varias experiencias ate se chegar no finalmente. Uma vida (60 a 70 anos em media) eh muito pouco para resolucionar os misterios da natureza. e infelizmente tb (embora alguns digam que felizmente), o ser humano eh muito impaciente e quer tudo muito rapido. Vale lembrar que a ciencia moderna eh bastante nova se comparada a idade da humanidade.

em outra nova totalmente diferente, eu nao acredito que perdi a entrevista do marcelo geliser no jo. mas imagino a besteirada que deve ter sido, visto que o jo se acha super inteligente e quando se trata de perguntas na area da ciencia, so sabe ser um imbecil (visto a entrevista com o ronaldo mourao). mas bem que queria ter visto (como tambem ter ido na palestra do planetario do rio!) damn london city...

abracos,
daniela.

--

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: : Como pensar enquanto se dorme?
FROM: "Danni Morais" <stargirl@london.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/08/2001 08:42

>
> >mas a relatividade tem a falha de nao se
> >adequar a mecanica quantica que é a teoria mais testada atualmente.???
>
> Mas quem te falou q a relatividade precisa conter a mecanica quantica??
> Hj sabemos q para explicar a origem do universo desde o instante inicial,
> precisamos de uma teoria q englobe os dois extremos, fenomenos macoscopicos
> e microscopicos, ou seja, a mec quantica e a relatividade geral, muitas
> pesquisas mostram q no inicio do universo elas atuaram juntas na formaçao
> do cosmos.
>
>

ha ha, foi exatamente isto que quis dizer... a mec. quantica e a relatividade de maos dadas na teoria unificada para que o macro e o micro co-habitem...

abracos,
daniela.
--

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SUBJECT: RES: Racas e diversidade genetica
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/08/2001 09:01

Olá, Takata, Jocax.

Estou acompanhando a discussão com muito interesse.
Mas um trecho me despertou especial atenção:

> > > Mas vamos fazer algumas consideracoes:
> > > - a vida nao se originou de uma *unica*
> > > proto-celula.
> >
> > Como nao ?????????????
> > Vc acha q a vida surgiu em varios locais
> > independentemente?????????
>
> E vc acha q. a vida surgiu uma unica vez?
> Vc tem um meio com diversos coacervados
> e diversos sistemas geneticos -- acha mesmo
> q. o envelopamento do sistema genetico
> ocorreu uma unica vez?

Takata, explica isso direito.
É porque a probabilidade de aparecimento
da vida a partir de matéria inanimada é
tão incrivelmente remota que é difícil
aceitar que ela tenha surgido mais de uma
vez de modos independentes.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Psicologia cognitivo-comportamental
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/08/2001 09:15

From: Marco A. Andrade <logos@pccp.com.ar>
>Sergio Navega" <snavega@attglobal.net> wrote:
>
>>conheço mais os aspectos teóricos dessas disciplinas e não os clínicos.
>> São certamente mais bem fundamentados do que, por exemplo,
>> a psicanálise freudiana.
>
>Sergio
>Faz muito que não faço intervenção. Creio que vc tem todo o direito a
opinar
>e é bom que assim seja.

Marco,

Opinar realmente é fácil, sustentar a opinião é mais complicado.
Já que você, corretamente, me questiona, vou ver o que posso fazer
sobre este assunto.

>
>No entanto se vc não conhece os resultados é porque não sabe e eu me vejo
>na obrigação de dizer que tenho outra opinião, mas sim, conheço resultados
>e revistas sobre investigação empírica sobre psicoterapia psicanalítica.

Eu apreciaria ter acesso a alguns nomes dessas publicações. Estou
pronto para me surpreender, mas apenas se forem resultados
cientificamente aceitáveis.

>Para que pasmem, certas revistas psicanalíticas ja estão entrando em bases
>de dados que só aceitavam revistas de ciencias exatas (química, física,
>etc.). Veja: não se tornaram mais benevolentes na exigencia.

Mas talvez essas revistas estejam alterando um pouco as proposições
iniciais da psicanálise, questionando alguns dos "dogmas" freudianos.
Será que ainda é possível achar que a sofisticada busca por
auto-realização do homem moderno tem algo de sério a ver com
impulsos sexuais e agressivos?

>
>Que é isso de dizer "parece que se curaram certas fobias" ? É pouco seria a
>afirmação. Creio que vc nunca entrou em contacto com a psicanálise.

Como eu falei, não conheço muito o aspecto clínico. Minha seara é
mais a modelagem cognitiva de capacidades gerais, e não de
disfunções. O pouco que sei sobre a psicanálise vem da leitura
e conversa com partidários e críticos, e não por experiência própria.

>Realmente eu gostaria de saber qual a hipótese psicanalítica com a que vc
>não está de acordo. Esta historia de que a psicanálise não é científica ja
é
>uma afirmação religiosa. É feio dizer que se respeita a psicanálise. Além
do
>mais usam o nome para qualquer coisa.

As idéias propostas por Freud parecem ser teorizações interessantes,
mas cujo teor está mais para a metafísica do que para a modelagem
científica moderna. Até onde conheço o assunto, suas postulações
teóricas não tem como ser suportadas empiricamente. E não estou
dizendo "achar evidências que estejam de acordo", pois se o caso
fosse só esse, eu tenho certeza de que seria possível justificar
qualquer teoria, por mais maluca que seja (inclusive a dos "duendes"
da Xuxa).

Digo que é necessário fazer modelos teóricos cujas partes e relações
causais sejam confirmáveis e também que sejam a *única* explicação
plausível para os fenômenos que estamos vendo. É questão de
simplicidade, mas também de coerência, refutabilidade e integração
com outras disciplinas. Não vejo a psicanálise progredindo nessas
áreas.

Um conceito como "pulsão", tão querido dos psicanalistas, tem tudo
a ver com modelos abstratos e metafísicos. Não vejo como esse
conceito possa ser suportado empiricamente sem apelar para
outros conceitos teóricos (e não refutáveis).

>
>O poder explicativo de suas hipóteses é tão grande que as pessoas que tocam
>de ouvido pensam que suas opiniões têm valor.

Não é difícil bolar teorias com grande poder explicatório, ainda
mais se usam conceitos que não podem ser "derrubados" por nenhuma
evidência.

>
>O cognitivismo é muito serio e tem uma efetividade muito definida. Creio
que
>muitas vezes enche alguns espaços que a psicanálise não cobre. Quem crê que
>uma ou outra posição teórica é infalível ou panaceia, não sabe o que é
>opinião científica.

Concordo que aquele que julga sua teorização imbatível não sabe o que
é ciência. Entretanto, minhas experiências com psicanalistas costumam
me sugerir que estou lidando exatamente com esse tipo de pessoa.
Questionado, um psicanalista apela para outros conceitos de sua
teoria, e não para *evidências* que suportem aquilo que foi contestado.

>
>Atualmente não existe método psicoterapêutico "bom para tudo". Cada método
>tem suas limitações. A melhor coisa não é tanto saber para que serve esta
ou
>aquela terapia e sim quais seus limites. Seria melhor dizer para que cada
>uma não serve que louvar ou desqualificar qualquer uma.

É exatamente a falta de integração que torna problemáticas as terapias
atuais (*todas* elas). Se nenhuma se dá com as outras, isto significa
que elas não têm como *refutar* o que a outra propõe. Achar que é
necessário diversidade para tratar de algo complexo parece ser uma
boa desculpa para manter táticas que não têm como ser justificadas.
É um demérito para todas as terapias, não só para a psicanálise.
Se é para progredir, que se procure integração e coerência, e não
diversidade e linguagens distintas. Afinal, temos apenas um
fenômeno diante de nós, a mente humana.

>
>Para certas fobias muitas terapias serviram. Sessão espírita e candomblé
>também. Houve gente que teve fobias desaparecidas sem terapia nenhuma.
>Assim, para estas fobias o candomblé, a psicanálise e o cognitivismo tem o
>mesmo valor.

Não só tem o mesmo valor, mas também tem o mesmo significado científico,
ou seja, nenhum.

O efeito placebo também produz esse tipo de reação em relação a
medicações. Não é por isso que vamos comparar a alopatia com a
homeopatia. Em minha visão, são coisas incomparáveis. A primeira
tenta suportar sua ação através de estudos rigorosos e métodos
estatisticamente válidos. A outra busca "efetividade" através
de auto-engano e concepções místicas.

>
>Existem muitas pesquisas serias sobre estas terapias. O cognitivismo, nas
>depressões, por exemplo, tem algum êxito com o modelo da aprendizagem do
>desvalimento . Com as desordens graves da alimentação (anorexia, bulimia,
>etc) o cognitivismo tem sido de grande ajuda.
>
>Hoje o que se pratica é um conjunto de terapias de impacto múltiplo, em que
>uma supre as deficiencias da outra.

Eu ficaria mais contente se fosse possível buscar uma integração
e unificação dessas matérias. Não acho convincente a argumentação
de que psicologia é algo "diferente" das demais ciências. Todas lidam
com a explicação do que ocorre no mundo natural (o cérebro e a mente
das pessoas fazem parte das atividades que considero têm explicação
naturalística, e não mística). A diversidade, como já disse, é
algo que depõe contra todas as táticas.

>
>Por favor, a opinião por simpatia tem pouco valor. Vc tem todo o direito de
>dizer que gosta mais de uma que de outra. Vc escolheria uma porque não sabe
>muito sobre a outra. É uma atitude a respeitar, mas poderia perder algo
>valioso recusando informar-se.

Como falei, não sou conhecedor do uso clínico dessas disciplinas, meu
interesse é em ciência cognitiva, e não em comportamentos anormais.

Minhas opiniões sobre psicanálise vêm de críticos muito melhor
qualificados do que eu. Faço aqui simplesmente uma exposição pública
de que acho os argumentos desses críticos muito válidos. Em especial,
um que respeito muito é Robyn Dawes, que tem um livro muito esclarecedor
sobre esse assunto:

Dawes, Robyn M. (1994) House of Cards, Psychology and Psychotheraphy
Built on Myth. The Free Press, New York.

Nesse livro de mais de 330 páginas, Dawes faz uma sistematica demolição
do "feudo" psicanalítico, não apelando para opiniões, mas sim
utilizando-se de metódico e rigoroso acompanhamento dos resultados
das proposições dos psicanalistas. Em uma passagem, Dawes afirma:

"The results of such analyses, however, also imply that the
credentials and experience of the therapist don't matter"
pg 54.

Ele revela que não há diferenças mensuráveis entre os tratamentos
executados por profissionais com pós-graduação e por
para-profissionais, revelando que o incremento de teoria não
acompanha uma melhora na prática. Cheira a pseudo-ciência, não é?

Até mais,
Sergio Navega.





SUBJECT: GAMETICA - A Etica como um jogo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, acropolis <acropolis@yahoogroups.com>, Filosofia-Usp <filosofia-usp@yahoogroups.com>, PortAberta <PortAberta@yahoogroups.com>, Despertar <despertar@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 28/08/2001 09:17

GAMETICA - A Etica como um jogo
================================
Joao Carlos Holland de Barcellos ( ago/2001)

Como introducao a este artigo desejo citar dois trechos do livro do
Richard Dawkins - "O Gene Egoísta" que me passaram:

"Os homens e os babuínos evoluíram por selecção natural. Se examinarmos
a
forma como a selecção natural opera, parece sugerir que qualquer coisa
que
tenha evoluído por selecção natural deve ser egoísta. Se a nossa
expectativa
não se confirmar, se notarmos que o comportamento humano é
verdadeiramente
altruísta, estaremos diante de qualquer coisa intrigante, algo que
necessita
de uma explicação..."

"...Mesmo no grupo de altruístas haverá, quase certamente, uma minoria
divergente que se recusará a fazer qualquer sacrifício. Se existir
apenas um
rebelde egoísta, preparado para explorar o altruísmo dos restantes, ele,
por
definição, terá maior probabilidade do que eles de sobreviver e
procriar.
Cada um dos seus filhos terá tendência a herdar os seus traços egoístas.

Após várias gerações desta selecção natural, o grupo de altruístas será
dominado pelos indivíduos egoístas e será indistinguível do grupo
egoísta.
Mesmo admitindo o improvável acaso da existência inicial de grupos
altruístas puros, sem qualquer rebelde, é muito difícil ver o que
impedirá a
migração de indivíduos egoístas, provindos de grupos egoístas vizinhos
e,
por casamento cruzado, a contaminação da pureza dos grupos altruístas."


Eh clara a constatacao de que qualquer grupo de replicantes,
que evoluam por selecao natural, devam possuir uma dose
egoismo intrinseco.

Em especies que vivem em grupos sociais organizados, onde os
membros da especie sejam, em geral, ferteis, este egoismo nato
deve ser interpretado na sua forma ampla:
Um conjunto de capacidades de sentimentos anti-altruistas
entre os quais : o ódio , inveja, ciumes, desdém, desprezo,
nojo, avareza, vinganca entre outros.

Tais sentimentos egoistas, que eu costumo chamar de sentimentos
"malevolos", sao patrocinados pelo que eu chamei de "genes-malevolos".
Tais genes malevolos, permitiram que os individuos que os portavam
tivessem uma vantagem evolutiva em relacao aos nao portadores e,
atraves de muitas geracoes, estes genes acabaram por se fixar na
populacao de modo que devemos esperar que nestas sociedades todos,
em maior ou menor grau, sejam portadores.

Na especie humana, que vive em sociedade, com o advento da linguagem,
e da cultura (memes), estabeleceu-se uma moral que permitiu uma
reducao do conflito de interesses e, com isso, que a sociedade se
mantivesse num nivel organizacional relativamente estavel.

Mas seguir uma etica implica, muitas vezes, em reprimir os instintos
anti-sociais. Existe todo um espectro ou variabilidade de individuos
cada qual com uma maior ou menor capacidade de reprimir tais instintos
cobrindo toda a gama possivel da adaptabilidade social.

A capacidade de seguir a etica depende nao somente da constituicao
fenotipica do caracter do individuo como tambem do meio, ou seja,
da pressao em que o individuo eh submetido.

O fator de adaptabilidade social e capacidade de resistir as pressoes
do ambiente e reprimir os instintos tambem deve ser geneticamente
influenciado.

Nao podemos supor que a humanidade sempre teve a mesma capacidade
de seguir uma moral. Tal capacidade nao se fez sem que houvesse uma
pressao social para que fosse seguida. A pressao social eh feita
na forma de punicao aos que desrespeitassem as regras de conduta.

Sem uma penalidade imposta pelo grupo social ao infrator nenhuma
etica poderia existir. A etica sem punicao eh inocua.

Individuos que transgridem a etica social e sao descobertos
tem sua penalidade de alguma forma proporcional a sua infracao.
Uma penalidade sempre diminui o poder perpetuativo do infrator,
isto eh, tende a diminuir a possibilidade do infrator de perpetuar
seus genes em relacao ao individuo que nao sofre a punicao.

Assim, podemos perceber dois focos de pressao seletiva atuando sobre
o pool genetico em relacao aas emocoes:

1- A pressao seletiva no sentido de se respeitar as normas morais
vigentes sob pena de ser excluido/discriminado ou mesmo
punido pela sociedade.

Esta pressao selecionou o que eu costumo chamar de "genes sociais",
que conferem ao individuo uma maior ou menor adequacao aas normas
sociais e a capacidade de respeitar outros individuos do grupo
reduzindo desta forma os conflitos. Como exemplo , do lado oposto,
encontramos os chamados "animais selvagens" que, por nao viverem
num ambiente social, dificilmente sao domesticados e por isso,
quase sempre, sao mantidos enjaulados : dificilmente conseguem
ser domesticados ou seguirem algum tipo de regra de boas maneiras.

Um dos sub-produtos desta pressao seletiva para adequacao social
podem vir na forma de sentimentos ou emocoes como o remorso,
a vergonha , o pudor etc..



2- A pressao seletiva no sentido de *nao* se respeitar as normas no
intuito de se auferir vantagens evolutivas.
O individuo que consegue burlar a o sistema vigilante social
no sentido de auferir vantagens ou recursos as custas dos
outros, sem ser punido, tem naturalmente uma vantagem evolutiva
sobre os demais. Portanto existe uma pressao seletiva no sentido
de nao se respeitar a etica se as vantagens auferidas forem
suficientemente grandes para compensar o risco da punicao.

Individuos que tem a capacidade de auferir vantagens
evolutivas mentindo e usando todo tipo de estratagema para
nao serem descobertoe e nao serem punidos tendem portanto a
se tornarem mais bem sucedidos do que os que seguem as normas
rigorosamente. Existe uma forca, portanto, aos individuos
se tornarem perfidos e falsos.

Um dos sub-produtos desta pressao seletiva para a *nao* adequacao
social podem vir na forma de sentimentos ou emocoes como a cobiça,
a ganancia, a preguiça etc...


Eh importante notar que muito do que fazemos, no sentido
de respeitar ou nao a etica, esta em nossa capacidade de
refrear ou nao nossos impulsos.

Assim, todos os elementos do grupo social serao eternamente
pressionados por forcas antagonicas que por sua vez provocarao
conflitos e sofrimentos em seus elementos.

Haveria um modo de virar o jogo ?
Poderiamos de alguma maneira manter a coesao etica do grupo e,
ao mesmo tempo, tornar a vida menos repressora e mais feliz?

Existiria uma maneira de que nao sentissemos o peso da
responsabilidade moral e, *principalmente*, que nao fizesse
da **perfidia e da falsidade caracteristicas evolutivamente
vantajosas** ?

A reposta, felizmente, eh positiva desde que a sociedade
possua meios tecnologicos suficientes para tal empreitada.

A solucao para a retirada da pressao evolutiva que mantem
e etimula a falsidade a mentira e todos os sentimentos malevolos
que conferem vantagem evolutiva a seus possuidores
seria uma nova etica que eu batizei de GAMETICA.

A gametica eh a etica vista como um jogo e nao como um
dever moral.

Eh algo totalmente revolucionario e eu nao sei se um
dia a sociedade estara pronta para coloca-la em pratica.

Atualmente, em nossa sociedade, de niveis tecnologicos
embrionarios, esta etica eh claramente impossivel de ser
implantada. Mas no futuro podera nao ser assim.

A gametica propoe que a moral nao mais exista mas a etica sim.
Existiria as regras de conduta mas nao o dever moral de
pratica-las. O infrator nao seria visto como um ente malevolo
mas sim como um perdedor, que arriscou e perdeu.

Nao existiria o dever moral de seguir a etica mas sim
a necessidade de segui-la para nao ser punido.

A pessoa infratora nao seria vista como uma pessoa mah
e sim como uma pessoa que arriscou e perdeu e, como
foi descoberta, deveria ser punida. Como em um jogo.

Claro que um ambiente deste tipo soh seria possivel
onde os niveis de vigilancia fossem grandes pois haveria
inicialmente uma tendencia maior das pessoas cometerem
o ilicito ja que nao haveria mais pressao moral
para que agissem corretamente. A unica pressao a ser
considerada seria o peso da punicao que deveria ser
rigorosa o suficiente para desencorajar o ato anti-etico.

Com esta etica nao haveria a pressao seletiva para a
falsidade e perfidia pois todos seriam vistos como
"jogadores" que poderiam ou nao se arriscar.

A ideia desta etica eh seria fazer com que a pressao
seletiva que fortalece e mantem os genes que patrocinam os
sentimentos anti-sociais seja extinta colocando todos os
individuos no mesmo nivel de igualdade na competicao da vida.
Desta maneira o "falso" nao levaria vantagem sobre o "honesto"
pois nao haveria razao de o honesto agir honestamente
permitindo que o desonesto sempre levasse vantagem.

Mas esta etica soh seria possivel numa sociedade altamente
informatizada e vigilante onde qqr comportamento anti-social
pudesse ser detectado. Todos seriam "suspeitos" ateh prova
em contrario.
Todos seriam "jogadores" e saberiam as regras da nova etica
social. Arriscar quebra-las seria um simples risco ( e alto ) de ser
punido e nao um dever moral.

Nao sei se tal etica poderia algum dia ser implantada
de qualquer modo fica sendo mais um texto teorico
sobre uma nova etica : A Gametica.

[]s
jocax

PS: Artigo de comemoracao ao 1 ano da lista do Genismo
http://groups.yahoo.com/group/Genismo



SUBJECT: Re: Cabos de audio
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/08/2001 09:59

Bom, dizem que para todo problema existe uma solução simples,
direta... e errada. A questão dos cabos não pode ser avaliada assim:
fazem diferença/não fazem diferença. Em alguns casos fazem muita
diferença, em outros não fazem diferença quase nenhuma.

Por exemplo, um sinal de microfone, que é bem fraco, vai ser muito
amplificado antes de ser gravado. Qualquer chiado, zumbido da rede
elétrica de 60Hz, estações de rádio, ou mesmo pancadas no cabo serão
amplificados também. Experimente pegar um cabo de microfone como se
fosse um chicote e dar um golpe no chão. Vc vai ouvir o ruído da
pancada sendo gerado pelo próprio cabo, e não pela cápsula do
microfone. Guitarras apresentam o mesmo problema. Por isso fabricam-
se cabos com várias camadas (para a blindagem, para não reter
eletricidade estática, para reduzir impactos) como os Spectraflex.

Por outro lado, depois que o sinal é amplificado, como na saída do
amplificador para as caixas, esse tipo de interferência tende a ser
desprezível. Talvez aí vc tenha que se preocupar com perdas
resistivas se estiver usando cabos muito longos, ou finos demais para
a potência que está usando.

De qualquer forma, o fator "preço" pode ser bem enganador. Eu mesmo,
certa vez, já paguei caro por uns cabos muito bonitinhos e com
aparência de coisa profissional. A idéia era usá-los para ligar uma
mesa de som na entrada do amplificador, mas até mesmo apertá-los com
a mão introduzia o zumbido de 60Hz da rede. Cortei os cabos para ver
o que tinha dentro, e descobri que a malha, que deveria blindar o fio
do sinal, na verdade corria paralela a ele sem envolvê-lo(!). Foram
direto pro lixo.

[]s
Ronaldo



--- In ciencialist@y..., "Fernando Santos" <fcmts@u...> wrote:
>
> Uma curiosidade,
>
> Estou passando o link para uma lista de discussão de audiófilos
onde a
> principal
> questão é:
> Até que ponto a qualidade (preço) de um cabo influencia no
desempenho do
> equipamento de som ?
> De um lado, pessoas que investiram esperançosamente e
concluíram ter
> feito um
> ótimo negócio após testarem os novos cabos.
> De outro, os céticos que, baseados em supostos conhecimentos
teóricos,
> dizem
> que os cabos não fazem a diferença descrita (principalmente para
sinais
> digitais),
> não aceitam testes sem controles e alegam influências psicológicas
naqueles
> generosos
> consumidores.
> Quem estará com a razão ?
>
> http://forums.consumerreview.com/crforum?13@@.ee7a124
>
>
> Abraço,
>
> Fernando Santos



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Racas e diversidade genetica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/08/2001 10:17

rmtakata@altavista.net wrote:

> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> > De raca eh simples , uma vez q raca nao eh um conceito biologicamente
> > bem definido, entao podemos definir atraves de caracteristicas fenotipicas .
>
> Na verdade raca eh mais ou menos bem
> definida biologicamente. O q. ocorre e' q.
> o conceito biologico de raca qdo aplicada
> 'as populacoes humanas, ela nao e' muito
> boa -- justamente pela falta de diferenciacao
> genetica.
>

Se especie ja apresenta seus graus de dificuldades na sua definicao
raca eh algo muito mais dificil. Achei um site interessante sobre o assunto :

"CONCEITO DE RAÇA E DE POVO
1 - Introdução
É bastante conhecido o fato de que, biologicamente, os seres humanos pertencem a uma única
espécie, Homo sapiens. É
também evidente que a população mundial é variada no que se refere aos aspectos morfológicos:
estatura, cor da pele, formato do
rosto e do nariz, cor e tipo de cabelos, etc. Bastante problemática, porém, é a divisão da
humanidade em em populações variadas
ou raças.(1)
Seja qual for a classificação dotada, podem formar-se com as raças humanas, e empregando
um critério simplista, três
grandes grupos ou troncos raciais levando-se em conta, como fundamental, cor da pele, a qual,
diga-se de passagem, implica
quase sempre outros caracteres morfológicos distintos. Estes troncos raciais são: o europeu, o
mongolóide e o negróide. (2)."
Extraido de : www.racashumanas.hpg.com.br/conceito.html


>
> > De especie pode ser definido , basta que o fenotipo seja suficientemente
> > diferente para que o cruzamento entre eles seja inviavel ou seja
> > o cruzamento por meios naturais seja impossivel.
>
> Ha' uma serie de problemas com
> cada conceito de especie. Em geral
> se aplica a um dado grupo, o conceito
> mais operacional.
>
> No caso de humanos, o conceito biologico
> e' o q. melhor se aplica. E e' tudo uma especie
> so', com pouco tendencia geral de divergencia.

Eu sei que eh uma especie soh.
O problema eh se a especie tendera a se especiar ou nao.
Eu estou defendendo a ideia que cedo ou tarde
a especie humana se especiara e surgira deste tronco
homo sapiens outras especies derivadas.

Acho que na verdade isso ateh da para se provar.
Se partirmos da premissa que *todos* os seres vivos
evoluem para novas especies entao havera uma epoca
que o homo sapiens de agora sera substituido por outra
especie. Claro que poderalevar muitos milhares de anos...
Mas obviamente a populacao toda nao passara de uma especie
para outra de um dia para o outro. Havera necesariamente
um tempo que as duas especies , a nova e a velha, coexistirao.
Pronto, teremos 2 especies de homo sapiens habitando o
planeta ao mesmo tempo.


>
>
> > > > A estrutura cromossomica eh definida geneticamente na especie.
> > > > Se temos 23 pares de cromossomos eh pq existem genes
> > > > que definiram estas estrutura e nao outra qualquer.
> > >
> > > Onde vc leu isso?
> >
> > No mesmo lugar que li que ter 5 dedos nos pes eh uma caracteristica genetica.
>
> Em qual livro esta' escrito q. o numero de
> cromossomos e' definido por um ou mais genes?

Talvez no mesmo livro que vc *aprendeu* que a especie humana
possui 23 pares de cromossomos. Vc lembra o nome do livro?

Veja bem, 23 pares de cromossomos eh uma caracteristica fenotipica
da especie humana, obviamente isso eh determinado geneticamente.


>
>
> > Mas vc pode pensar o seguinte : se a estrutura cromossomica nao fosse
> > genetica teriamos uma gama muito maior de estruturas cromossomicas
> > na populacao e isso inviabilizaria todo o processo de formacao de
> > gametas uma vez que eles tem um processo que depende da estrutura
> > cromossomica.
>
> A constante gravitacional nao e' genetica e
> nem por isso ela varia.
>
> Em um caso biologico -- a osmose nao e'
> definida geneticamente.
>
> Nao e' preciso genes q. regulem o numero
> de cromossomos na formacao de gametas --

Claro que sim. Todo o mecanismo eh ditado geneticamente.
Nao estou dizendo que existem genes *especificos* apenas
para a estrutura cromossomica e sim que a estrutura cromossomica
da especie humana eh genetica.
Se eu trouxer o parecer de um prof. Doutor em genetica vc
acreditaria?



>
> basta q. haja regulacao no pareamento.
> E isso independe do numero de cromossomos --
> apenas q. devem ser pares.
>
> Existem diversas especies cujo numero
> de cromossomos e' bastante variavel --
> alguns cromossosmo se fundem outros
> se quebram em dois...
>

Mas nas especies que elas se mantem fixas em todos os individuos
eh pq existe genes que sinalizam isso.
De curiosidade qual a especie que tem o numero de cromossomos
variavel?

>
> > E acho q o melhor criterio eh o que mostraria uma tendencia
> > de especiacao na populacao. Portanto teria que ser atraves
> > de fenotipos perceptiveis.
>
> Nao vejo a vantagem de ter q. classificar
> isso como raca...
>

Pq as racas a meu ver, apontam tendencias de especiacao.
Se a especiacao sofre pressao do selecionamento sexual eh natural
que a raca seja definido em termos de caracteristicas perceptiveis.


>
> > > Claro q. e' relativo. E' relativo 'a taxa de migracao.
> >
> > Nao basta ter migracao se nao houver miscigenacao.
>
> Os calculos sobre migracao levam isso em conta.

Eu gostaria de ver estes calculos bem detalhados ,
quais as hipoteses consideradas etc....


>
>
> > Claro que SE as pessoas de uma raca preferem as da raca oposta
> > a tendencia natural seria a homogenizacao.
> > Mas na maioria dos continentes nao acho q eh isso que ocorre.
>
> Bem, entao de uma estudadinha, ok?

Me poupe destes comentarios inuteis ,ok?
Vc vai gostar q eu te mande estudar genetica tambem?
Assim coisa vai descambar para a baixaria, neh?

Se um nao quer dois nao casam.
Nao basta que os zulus prefiram as suecas se as suecas nao preferem
os zulus.


>
>
> A proposito: O q. e' raca oposta?

Qqr raca q nao seja a mesma.

>
>
> > > Mas vamos fazer algumas consideracoes:
> > > - a vida nao se originou de uma *unica*
> > > proto-celula.
> >
> > Como nao ?????????????
> > Vc acha q a vida surgiu em varios locais
> > independentemente?????????
>
> E vc acha q. a vida surgiu uma unica vez?

Obviamente que sim.


>
> Vc tem um meio com diversos coacervados
> e diversos sistemas geneticos -- acha mesmo
> q. o envelopamento do sistema genetico
> ocorreu uma unica vez?

Calma , depois q surgiu o primeiro replicador obviamente
derivados deste outros evoluiram.
Eh bastante improvavel q a vida tenha aparecido em diferentes
pontos independentemente.



>
>
> > Mas veja que no caso humano temos *inumeros* nichos
> > por isso a especiacao eh mais facil em termos
> > probabilisticos.
>
> inumeros nichos?

sim, poderemos considerar cada habitat , cada cultura , como
sendo um nicho. O ambiente de um tribo TUTSI obviamente eh
muito diferente de um ambiente high-tech da California.
Ambas comunidades sofrem pressoes seletivas bastante
diferenciadas.


[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Dúvidas
FROM: "Danni Morais" <stargirl@london.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/08/2001 13:34

um bom livro (se conseguir ler pois eh muito tecnico e, na minha opiniao chato por ter explicacoes nos minimos detalhes ate que vc se perca) eh o "The cell". nao lembro o nome do autor, mas em qualquer livraria universitaria voce encontra, pois esse livro eh usado por toda a area biomedica, desde biologia a medicina. voce pode procurar em bibliotecas da faculdade porque o livro em si eh muito carinho (comprei o meu ano passado por 110 reais, se nao me engano). tem tudo explicado (sai uma edicao nova a cada 2 anos, se nao me engano) e fotos maravilhosas. vale tirar xerox da parte que te interessa se voce tiver acesso a bibliotecas universitarias.

abracos,
daniela.



> Biologia
> Sobre como funciona a replicação do dna ,códon , rnas só encontro explicações
> como se tudo fosse mágica e a página www.biomania.com.br indicada por um
> desta lista é muito fraquinha para explicar o processo de codificação genética
> .Pediria que algum colega desta lista explicasse direitinho como tudo funciona.
> Matemática
> Tenho também questões de Teoria dos grafos que gostaria que se alguém daqui
> pudesse responde-las ficaria grato.Eis-las:
>
> 1-Suponha um grafo planar com 'k' componentes conexos , " e " arestas e
> "v" vértices.Suponha que o plano está dividido em "r" regiões por uma representação
> planar deste grafo.Ache a fórmula de "r"
> em função de "e" , "v" e "k".
>
> 2-Mostre que se G é um grafo conexo simples com "v" vértices e "e" arestas
> , então o menor número de subgrafos planares de G tal que G é a união destes
> subgrafos é pelo menos [e/(3v - 6)]->os colchetes indicam que a resposta
> é a parte inteira do número.
>
>
> Grato por quem puder ajudar.
>
>
>
>
> _____________________________________
> eMTV: receba a mordomia eletrônica!
> http://mtv.uol.com.br/emtv
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Groups é sujeito às regras descritas em: http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>

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SUBJECT: Re: RES: Racas e diversidade genetica
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/08/2001 14:59

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@=
u...> wrote:
> Estou acompanhando a discussão com muito interesse.

Parabenizo-o pela paciencia e coragem.
Qq discussao minha com o Barcellos e'
absolutamente inutil... (Alias qq discussao
minha com qq outra pessoa...)

> Takata, explica isso direito.
> É porque a probabilidade de aparecimento
> da vida a partir de matéria inanimada é
> tão incrivelmente remota que é difícil
> aceitar que ela tenha surgido mais de uma
> vez de modos independentes.

Nao e' tao incrivelmente remota assim...
Essa impressao provavelmente se deu
pela insistencia de Wickramasinghe (nao
sei como se escreve o nome desse cara)
e Fred Hoyle (recentemente falecido) na
Teoria da Panespermia -- com a qual
argumentavam q. a vida seria um evento
muito improvavel de ocorrer: a famosa
metafora do furacao em um ferro-velho.

Reproduzo aqui parte do q. escrevi
noutra lista:

----------
Keefe, AD; Szostak, JW - Functional
proteins from a random sequence library.
Nature 410: 715-8.

O estudo foi feito assim. De uma biblioteca
inicial com 6.10^12 sequencias de ARN-m criados
aleatoriamente e q. codificavam proteinas de
80 aminoacidos, os pesquisadores fizeram 18 rodadas
de selecao e amplificacao das sequencias selecionadas
q. se ligavam a moleculas de ATP.

Ao final encontraram 4 familias de proteinas q.
se ligavam ao ATP e q. nao tinham nenhuma
relacao de homologia com as proteinas conhecidas
com a mesma propriedade. Baseados nonumero de
proteinas funcionais antes da mutagenese, estimou-se
q. a frequencia de proteinas funcionais na
biblioteca aleatoria inicial era de 1 em 10^11.

Isso da' uma margem bastante gde de seguranca para
q. o acaso desse conta do surgimento de proteinas
funcionais -- a probabilidade nao e' tao esmagadoramente
pequena e o numero de eventos e' suficientemente gde.
A chance de se acertar na Mega-Sena e' de uma em
36 bilhoes: 3,6.10^10 -- apenas 3 vezes menor do q. a
probabilidade encontrada para as proteinas. Seriam os
bilhetes premiados trazidos pelos cometas?

http://groups.yahoo.com/group/CienciaCidadania/message/1322
----------

Bem, mas estamos ja' falando em celularizacao
dos sistemas geneticos. E' bastante plausivel e
provavel q. houvessem diversos sistemas geneticos
no q. se convencionou chamar de 'sopa primordial' --
a essas alturas ja' nem tao primordial assim.

O primeiro passo para a celularizacao supoem-se
q, se desse pelo englobamento de sistemas geneticos
pelados por capsulas de bolhas de gordura (os
coacervados) -- q. tbm deveriam existir em um numero
bastante elevado. A questao da probabilidade passa
a trabalhar agora contra a possibilidade de ocorrer
uma unica vez no sentido contrario -- q. *so'* tivesse
ocorrido uma vez (ao inves de 'q. tivesse ocorrido
*mesmo* uma unica vez').

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Racas e diversidade genetica
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/08/2001 15:44

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> Se especie ja apresenta seus graus de dificuldades na sua definicao
> raca eh algo muito mais dificil. Achei um site interessante sobre o assunto :

Se vc reparou o texto fala exatamente da
questao da aplicacao do termo raca na especie
humana.

Agora legal q. de mim vc cobra sitios especializados
de instituicoes de renome para citacoes e vc pode
pegar o primeiro q. aparece. (Embora em uma olhada
superficial a pagina pareca ok. Recomendo q. vc
dej uma olhada a mais nela.)

> Acho que na verdade isso ateh da para se provar.
> Se partirmos da premissa que *todos* os seres vivos
> evoluem para novas especies entao havera uma epoca
> que o homo sapiens de agora sera substituido por outra
> especie. Claro que poderalevar muitos milhares de anos...
> Mas obviamente a populacao toda nao passara de uma especie
> para outra de um dia para o outro. Havera necesariamente
> um tempo que as duas especies , a nova e a velha, coexistirao.
> Pronto, teremos 2 especies de homo sapiens habitando o
> planeta ao mesmo tempo.

A especie humana pode de repente se especiar
como um todo. Em havendo um gde fluxo genico
entre as diferentes populacoes, como parece haver,
podemos ter uma especiacao -- em havendo especiacao --
por anagenese em lugar de cladogenese.

> > > No mesmo lugar que li que ter 5 dedos nos pes eh uma caracteristica genetica.
> >
> > Em qual livro esta' escrito q. o numero de
> > cromossomos e' definido por um ou mais genes?
>
> Talvez no mesmo livro que vc *aprendeu* que a especie humana
> possui 23 pares de cromossomos. Vc lembra o nome do livro?

Eu posso citar pelo menos 15 livros -- e provavelmente
haja umas vintenas -- com a informacao sobre o n da
especie humana. E em nenhum deles fala q. esse
n e' geneticamente determinado.

> > Nao e' preciso genes q. regulem o numero
> > de cromossomos na formacao de gametas --
>
> Claro que sim. Todo o mecanismo eh ditado geneticamente.
> Nao estou dizendo que existem genes *especificos* apenas
> para a estrutura cromossomica e sim que a estrutura cromossomica
> da especie humana eh genetica.
> Se eu trouxer o parecer de um prof. Doutor em genetica vc
> acreditaria?

Pode trazer. Nao vou *acreditar*, mas irei
discutir com ele. Mas antes vc esta' confundindo
cariotipo com estrutura cromossomica.

> > Existem diversas especies cujo numero
> > de cromossomos e' bastante variavel --
> > alguns cromossosmo se fundem outros
> > se quebram em dois...
>
> Mas nas especies que elas se mantem fixas em todos os individuos
> eh pq existe genes que sinalizam isso.

So' porq. vc quer.

> De curiosidade qual a especie que tem o numero de cromossomos
> variavel?

Diversas. Algumas lobelias, miosotis. Casos de poliploidia
em plantas e' ate' covardia.

LAMMERS TG 1993 -- CHROMOSOME-NUMBERS OF
CAMPANULACEAE .3. REVIEW AND INTEGRATION
OF DATA FOR SUBFAMILY LOBELIOIDEAE.
AMERICAN JOURNAL OF BOTANY 80 (6): 660-75.

Stepankova J 2001 -- Non-adaptive hypothesis of
allopatric cytotype distribution in Myosotis lamottiana
(Boraginaceae). FOLIA GEOBOTANICA 36: (2) 147-61.

Em trutas:

COLIHUEQUE N, ITURRA P, DIAZ N, VELOSO A, ESTAY F
1992 -- KARYOLOGICAL ANALYSIS AND IDENTIFICATION
OF HETEROCHROMOSOMES IN EXPERIMENTAL
GYNOGENETIC OFFSPRING OF RAINBOW-TROUT
(ONCORHYNCHUS-MYKISS, WALBAUM). REVISTA
BRASILEIRA DE GENETICA 15: (3) 535-46.

Raposa do artico:

Filistowicz A, Przysiecki P, Zaton-Dobrowolska
M, Zajaczkowska A, Switonski M 2001 --
Effect of karyotype polymorphism on
reproduction of arctic fox (Alopex lagopus L.)
CZECH JOURNAL OF ANIMAL SCIENCE 46: (2) 55-61.

> Pq as racas a meu ver, apontam tendencias de especiacao.
> Se a especiacao sofre pressao do selecionamento sexual eh natural
> que a raca seja definido em termos de caracteristicas perceptiveis.

Entao vc quer assumir a priori uma coisa q.
se quer provar... certo. Muy logico...

> Eu gostaria de ver estes calculos bem detalhados ,
> quais as hipoteses consideradas etc....

Ja' dei as dicas de livros...

> > > Claro que SE as pessoas de uma raca preferem as da raca oposta
> > > a tendencia natural seria a homogenizacao.
> > > Mas na maioria dos continentes nao acho q eh isso que ocorre.
> >
> > Bem, entao de uma estudadinha, ok?
>
> Me poupe destes comentarios inuteis ,ok?
> Vc vai gostar q eu te mande estudar genetica tambem?
> Assim coisa vai descambar para a baixaria, neh?

Vc pode me mandar estudar genetica,
so' q. eu ja' estudei (e continuo estudando).
Estou aconselhando vc dar uma estudada,
ja' q. nao apenas vc nao acredita no q. eu
falo, como acha q. eu estou dizendo inverdades,
entao e' mais simples vc ir direto aos livros:
ja' q. e' deles q. eu papagaio tudo.

> Se um nao quer dois nao casam.
> Nao basta que os zulus prefiram as suecas se as suecas nao preferem
> os zulus.

E quem disse q. as suecas nao
gostam de zulus? Veja o sucesso q.
negros fazem em paises nordicos -- nao
sei se chegam a casar, mas o sucesso
sensual e' gde.

E como ja' foi dito, nao e' preciso q.
haja a preferencia por 'racas opostas'
(o q. quer q. isso signifique) -- basta
q ocasionalmente haja um casamento
entre membros de populacoes distintas.

> > A proposito: O q. e' raca oposta?
>
> Qqr raca q nao seja a mesma.

Entao 2 e' oposto a 1... entendi...
Nova definicao de oposicao tbm?

> > > Como nao ?????????????
> > > Vc acha q a vida surgiu em varios locais
> > > independentemente?????????
> >
> > E vc acha q. a vida surgiu uma unica vez?
>
> Obviamente que sim.

Vc nao se cansa de responder a perguntas
retoricas... vc quer q. eu as retire?

> Calma , depois q surgiu o primeiro replicador obviamente
> derivados deste outros evoluiram.
> Eh bastante improvavel q a vida tenha aparecido em diferentes
> pontos independentemente.

Nao precisa ser em diferentes pontos
independentemente. Mas sim q. fosse no
mesmo ponto concomitantemente.
Nao necessariamente somos descendentes do
primeiro replicador -- q. surgiu bem antes das
primeiras proto-celulas. E nao necessariamente
somos descendentes da primeira proto-celula.

> sim, poderemos considerar cada habitat , cada cultura , como
> sendo um nicho. O ambiente de um tribo TUTSI obviamente eh
> muito diferente de um ambiente high-tech da California.
> Ambas comunidades sofrem pressoes seletivas bastante
> diferenciadas.

Ha, ha, ha... Tente publicar isso em
uma revista de bioantropologia...
Eu tentei conversar um pouco a serio,
mas realmente assim fica inviavel...
Bem, papito, fico nessa.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: =?iso-8859-1?Q?Re: [ciencialist] D=FAvidas?=Re: [ciencialist] Dúvidas
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/08/2001 15:55

--- In ciencialist@y..., "Danni Morais" <stargirl@l...> wrote:
> ate que vc se perca) eh o "The cell".

Molecular Biology of the Cell. 1994. 3a. ed.
Bruce Alberts, Dennis Bray, Julian Lewis,
Martin Raff, Keith Roberts e James D. Watson (sim, aquele)

> vale tirar xerox da parte que te interessa se voce tiver acesso a bibliotecas universitarias.

Opa, opa, opa... nao se esqueca dos direitos de copia.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Segredos
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/08/2001 18:17

Fernando wrote:

> Se até o DNA humano está sendo decifrado, por que ainda não descobriu-se as fórmulas de alguns produtos famosos, como por exemplo a Coca-Cola?
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

Oi,

A formula da coca-cola eh conhecida, o problema eh o processo exato de mistura. Da mesma maneira se conhece o material dos aquedutos romanos mas
a tecnica com que foram construidos ainda nao eh totalmente conhecida.

Eduardo.



SUBJECT: Segredos
FROM: "Fernando" <fsa@canbrasnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/08/2001 18:24

Se até o DNA humano está sendo decifrado, por que ainda não descobriu-se as fórmulas de alguns produtos famosos, como por exemplo a Coca-Cola?


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Cabos de audio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/08/2001 19:04

Nossa! entrou macumba e psicologia até em cabos de áudio? Justo nessas porcarias de cabos!
As freqüências de áudio vão, quando muito até 20 kHz e, com essa faixa não é necessário tanto zelo uma vez que o efeito de superfície (ou de pele, que levam as correntes para a periferia dos cabos) é desprezível. Qualquer cabo flexível compatível com a corrente de áudio é o suficiente.

Acredito que o problema das péssimas recepções de áudio, principalmente nos aparelhos de TV, estão relacionados com a porcaria dos alto-falantes desses aparelhos (que estão dentro da própria caixa da TV).

Explico:

Os bons alto-falantes, com campo de indução da ordem de 0,5 T, não são blindados adequadamente, são caros e não podem ser colocados dentro da própria caixa do receptor de TV pois seu campo magnético pode alterar a convergência tão acuradamente ajustada pelos ímãs na coleira do TRC. Então, que fazer, as montadoras de TV põem uma porcaria de alto-falante dentro da TV, com campo de indução abaixo de 0,1 T e cuja faixa de reprodução não alcança nem de perto os 10 kHz. Conclusão, ao se assistir um programa com músicas clássicas, o arco do violino pode passar prá cá e prá lá ... e nada se escuta (para os bons agudos do violino tem-se acima dos 14 kHz).
Assim, os 'grandes entendedores de áudio' ficam na frente da TV vendo apenas o movimento do arco de violino.

As boas montadoras, sabendo que não podem colocar bons alto-falantes dentro da caixa de TV, pelo menos colocam na lateral um plugue (mono ou estéreo) para que o consumidor insira externamente suas caixas acústicas. A melhoria do som, com isso, é algo notável.

Aliás, recomendo a todos esse comportamento, coloquem caixas acústicas ligadas externamente em seus receptores de TV ... a assustem-se com a riqueza de áudio transmitidos na faixa de FM e com belíssima qualidade. Os noveleiros vão até escutar suspiros de atores. Quanto som 'escondido' nos receptores normais de TV!

Quanto aos cabos de áudio, qualquer porcaria serve.

[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: "Fernando Santos" <fcmts@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 27 de agosto de 2001 22:13
Assunto: [ciencialist] Cabos de audio


|
| Uma curiosidade,
|
| Estou passando o link para uma lista de discussão de audiófilos onde a
| principal
| questão é:
| Até que ponto a qualidade (preço) de um cabo influencia no desempenho do
| equipamento de som ?
| De um lado, pessoas que investiram esperançosamente e concluíram ter
| feito um
| ótimo negócio após testarem os novos cabos.
| De outro, os céticos que, baseados em supostos conhecimentos teóricos,
| dizem
| que os cabos não fazem a diferença descrita (principalmente para sinais
| digitais),
| não aceitam testes sem controles e alegam influências psicológicas naqueles
| generosos
| consumidores.
| Quem estará com a razão ?
|
| http://forums.consumerreview.com/crforum?13@@.ee7a124
|
|
| Abraço,
|
| Fernando Santos
|
|
|
|
| &&& --- &&&
| VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
| ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
| &&& --- &&&
|
| Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
|
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Racas e diversidade genetica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/08/2001 19:31

rmtakata@altavista.net wrote:

Ja q vc nao quer continuar o papito serei bem atencioso
ok?


> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> > Se especie ja apresenta seus graus de dificuldades na sua definicao
> > raca eh algo muito mais dificil. Achei um site interessante sobre o assunto :
>
> Se vc reparou o texto fala exatamente da
> questao da aplicacao do termo raca na especie
> humana.

Eh verdade, eu coloquei o texto pq ele define a raca como conhecemos
atualmente onde a enfase esta nos atributos externos e perceptiveis.
Eu acredito, mas nao tenho certeza, que eh pq tais atributos podem
dirigia a especie para uma especiacao devido a selecao sexual.
Obviamente eu posso estar errado.


>
>
> Agora legal q. de mim vc cobra sitios especializados
> de instituicoes de renome para citacoes e vc pode
> pegar o primeiro q. aparece. (Embora em uma olhada
> superficial a pagina pareca ok. Recomendo q. vc
> dej uma olhada a mais nela.)

Ok, desculpa eu nao pretendia provar meu ponto de vista com o texto
apenas expor uma faceta dele.


>
>
> > Acho que na verdade isso ateh da para se provar.
> > Se partirmos da premissa que *todos* os seres vivos
> > evoluem para novas especies entao havera uma epoca
> > que o homo sapiens de agora sera substituido por outra
> > especie. Claro que poderalevar muitos milhares de anos...
> > Mas obviamente a populacao toda nao passara de uma especie
> > para outra de um dia para o outro. Havera necesariamente
> > um tempo que as duas especies , a nova e a velha, coexistirao.
> > Pronto, teremos 2 especies de homo sapiens habitando o
> > planeta ao mesmo tempo.
>
> A especie humana pode de repente se especiar
> como um todo. Em havendo um gde fluxo genico
> entre as diferentes populacoes, como parece haver,
> podemos ter uma especiacao -- em havendo especiacao --
> por anagenese em lugar de cladogenese.
>

Se vc disser mutar como um todo em um tempo de algumas
centenas de anos, ou poucos milhares, eu posso ateh concordar
mas veja o q estava pensando : Se a especie vai evoluir entao deve nascer
um primeiro ser da nova especie. Qdo este ser da nova especie nascer
coexistira num mesmo espaco-tempo 2 especies distintas de homo sapiens..





>
> > > > No mesmo lugar que li que ter 5 dedos nos pes eh uma caracteristica genetica.
> > >
> > > Em qual livro esta' escrito q. o numero de
> > > cromossomos e' definido por um ou mais genes?
> >
> > Talvez no mesmo livro que vc *aprendeu* que a especie humana
> > possui 23 pares de cromossomos. Vc lembra o nome do livro?
>
> Eu posso citar pelo menos 15 livros -- e provavelmente
> haja umas vintenas -- com a informacao sobre o n da
> especie humana. E em nenhum deles fala q. esse
> n e' geneticamente determinado.
>

Ta bom , mas veja meu pensamento se a estrutura cromossomica
nao fosse determinado por genes haveria muito mais variabilidade
desta estrutura do que temos atualmente.
Como esta estrutura nao muda em praricamente em nenhum ser humano
saudavel , tudo indica q eh um traco genetico.
Sempre leio ( ou lia ) em compendios escolares que falavam da especie humana
quase uma de suas definicoes , era sua estrutura de 23 pares de croomossomos
sendo um sexual.....
Ok, eu sei q isso nao prova nada, e que antes da semantica dos genes
do projeto genoma pode-se falar q eh especulacao, mas sao indicios
para mim, bem fortes....





>
> > > Nao e' preciso genes q. regulem o numero
> > > de cromossomos na formacao de gametas --
> >
> > Claro que sim. Todo o mecanismo eh ditado geneticamente.
> > Nao estou dizendo que existem genes *especificos* apenas
> > para a estrutura cromossomica e sim que a estrutura cromossomica
> > da especie humana eh genetica.
> > Se eu trouxer o parecer de um prof. Doutor em genetica vc
> > acreditaria?
>
> Pode trazer. Nao vou *acreditar*, mas irei
> discutir com ele. Mas antes vc esta' confundindo
> cariotipo com estrutura cromossomica.
>

Ta, pode ser, para mim eram sinonimos no sentido de que o
cariotipo define a forma e a quantidade dos cromossomos
na especie.


>
> > > Existem diversas especies cujo numero
> > > de cromossomos e' bastante variavel --
> > > alguns cromossosmo se fundem outros
> > > se quebram em dois...
> >
> > Mas nas especies que elas se mantem fixas em todos os individuos
> > eh pq existe genes que sinalizam isso.
>
> So' porq. vc quer.
>

Nao creio....

>
>
> > Pq as racas a meu ver, apontam tendencias de especiacao.
> > Se a especiacao sofre pressao do selecionamento sexual eh natural
> > que a raca seja definido em termos de caracteristicas perceptiveis.
>
> Entao vc quer assumir a priori uma coisa q.
> se quer provar... certo. Muy logico...
>

Realmente nao vi isso.
Eu pensei o seguinte : se a especiacao sofre forte influencia da
selecao sexual e a raca eh um conceito que mostra um caminho
, talvez abortado, de especiacao, eh natural que a raca seja definida
em termos de atributos perceptiveis.....


>
> > Eu gostaria de ver estes calculos bem detalhados ,
> > quais as hipoteses consideradas etc....
>
> Ja' dei as dicas de livros...

Obrigado.

>
>
> > Se um nao quer dois nao casam.
> > Nao basta que os zulus prefiram as suecas se as suecas nao preferem
> > os zulus.
>
> E quem disse q. as suecas nao
> gostam de zulus? Veja o sucesso q.
> negros fazem em paises nordicos -- nao
> sei se chegam a casar, mas o sucesso
> sensual e' gde.
>

Sem bases estatisticas eh um achismo de ambas as partes.



>
> E como ja' foi dito, nao e' preciso q.
> haja a preferencia por 'racas opostas'
> (o q. quer q. isso signifique) -- basta
> q ocasionalmente haja um casamento
> entre membros de populacoes distintas.

Este calculo eu ainda nao vi para poder concordar.
Precisa-se ver quais hipoteses foram assumidas para
se faze-lo.

>
> > Calma , depois q surgiu o primeiro replicador obviamente
> > derivados deste outros evoluiram.
> > Eh bastante improvavel q a vida tenha aparecido em diferentes
> > pontos independentemente.
>
> Nao precisa ser em diferentes pontos
> independentemente. Mas sim q. fosse no
> mesmo ponto concomitantemente.
> Nao necessariamente somos descendentes do
> primeiro replicador -- q. surgiu bem antes das
> primeiras proto-celulas. E nao necessariamente
> somos descendentes da primeira proto-celula.

Nao necessariamente, mas provavelmente.
Estava tratando replicador como proto-celula.
A ideia que eu tenho eh q as especies , desde a origem da vida,
nunca pararam de se especiar e nao seria nos humanos
que isso se daria


>
>
> > sim, poderemos considerar cada habitat , cada cultura , como
> > sendo um nicho. O ambiente de um tribo TUTSI obviamente eh
> > muito diferente de um ambiente high-tech da California.
> > Ambas comunidades sofrem pressoes seletivas bastante
> > diferenciadas.
>
> Ha, ha, ha... Tente publicar isso em
> uma revista de bioantropologia...
> Eu tentei conversar um pouco a serio,
> mas realmente assim fica inviavel...
> Bem, papito, fico nessa.
>

ok,
[]s
jocax



SUBJECT: Re: RES: Racas e diversidade genetica
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/08/2001 23:28

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> A chance de se acertar na Mega-Sena e' de uma em
> 36 bilhoes: 3,6.10^10 -- apenas 3 vezes menor do q. a
> probabilidade encontrada para as proteinas. Seriam os
> bilhetes premiados trazidos pelos cometas?

O Brudna me avisou da besteira q. eu
cometi. Calculei o arranjo e nao a combinatoria.
Obvio q. as chances nao podem ser na ordem
de bilhoes -- cada brasileiro teria q. apostar umas
duzentas vezes...

As chances reais na Mega Sena sao de 1 pra
50 milhoes mais ou menos (pronto, podem apostar
sossegados agora...).

(De qq forma as chances de 1 pra 10^11 nao
e' nada mal em se tratando de compostos
quimicos -- q. costumam se contar aos mols...)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Cabos de audio
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/08/2001 15:02

On Tue, 28 Aug 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Aliás, recomendo a todos esse comportamento, coloquem caixas acústicas
> ligadas externamente em seus receptores de TV ... a assustem-se com a
> riqueza de áudio transmitidos na faixa de FM e com belíssima
> qualidade. Os noveleiros vão até escutar suspiros de atores. Quanto
> som 'escondido' nos receptores normais de TV!

Já fiz isso!! É realmente maravilhoso!!

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Cabos de audio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/08/2001 07:41



On Tue, 28 Aug 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Aliás, recomendo a todos esse comportamento, coloquem caixas acústicas
> ligadas externamente em seus receptores de TV ... a assustem-se com a
> riqueza de áudio transmitidos na faixa de FM e com belíssima
> qualidade. Os noveleiros vão até escutar suspiros de atores. Quanto
> som 'escondido' nos receptores normais de TV!

Já fiz isso!! É realmente maravilhoso!!

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br

Aliás, nessa "seção de dicas" para o ciencialist (:-) acrescento:

Como eu o faço, liguem as saídas de áudio (esquerda, direita) do decodificador da SKY em um bom amplificador de áudio, estéreo, com potências cerca de 10 a 20 W(rms). Desse amplificador sai um *único* cabo de áudio estéreo (fino e blindado), que entra pela parede (via conduit da antena) e se distribui pela casa toda (quartos, sala, varanda, laboratório, quintal etc.). Em cada um desses locais há duas pequenas e boas caixas acústicas de 8 ohms cada dotadas de potenciômetro de 30 ohms, 4 watts (para controle da intensidade sonora).
Pronto. É só ligar o SKY no canal de música, selecionar (please, depois de tudo isso, não vá selecionar roqui rol!) e escutar a música ambiente onde quiser.
Nótula: Agora estou digitando com fundo musical ... e não é Wagner.

[]'
Léo
================



SUBJECT: Re: [ciencialist] a astrologia não funciona...
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/08/2001 11:28

Grande Leo,

On Tuesday 21 August 2001 10:59 am, you wrote:
> Felipe escreve:
> | A tecnica se chama LEITURA FRIA, e recomendo buscar no google (cold
> | reading), para os interessados.
> |
> | Talvez seja isso que a maioria dos charlatoes usam. O que tambem nao
> | signifique todo o misticismo seja uma farsa.
> |
> | Felipe
>
> Todo misticismo é uma farsa, consciente ou não. O místico poderá até estar
> acreditando naquilo que diz ... apenas não faz e não pode mostrar o que
> alega, em condições cientificamente planejadas. Meu particular amigo,
> médico (cardiologista) e 'vulnerável' [:-)](não sei se esse é o grau máximo
> da credulidade dos rosa-cruzes) acredita 'piamente' no retorno no Ramsés
> III e tenta me ensinar como 'sentir' as cores aproximando as mãos. É um
> barato!! Um cardiologista !!!

Na verdade, isso eh mais uma suposicao que uma verade. Se ele (o mistico) nao
pode provar que o que diz eh verdade, por outro lado, ninguem prova que eh
mentira! Fica uma disputa de ideologias em que os espectadores escolhem
lados. O publico cetico prefere a opcao cientifica, palpavel. O "resto" (do
povo menos exigente), opta pela explicacao mais simples (e mais misteriosa)
do misticismo. Talvez o misticismo de uma forma geral seja uma historia
simplista, tendenciosa e nao esclarece quase nada. Mas a palavra misticismo
eh usada para definir mais coisas que essa minha descricao alcanca, entao
acho um tanto injusto de nossa parte "jogar fora o bebe junto com a agua do
banho".

abracos
Felipe



SUBJECT: Re: [ciencialist] a astrologia não funciona...
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/08/2001 14:50

From: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
>On Tuesday 21 August 2001 10:59 am, you wrote:
>> Felipe escreve:
>> | A tecnica se chama LEITURA FRIA, e recomendo buscar no google (cold
>> | reading), para os interessados.
>> |
>> | Talvez seja isso que a maioria dos charlatoes usam. O que tambem nao
>> | signifique todo o misticismo seja uma farsa.
>> |
>> | Felipe
>>
>> Todo misticismo é uma farsa, consciente ou não. O místico poderá até
estar
>> acreditando naquilo que diz ... apenas não faz e não pode mostrar o que
>> alega, em condições cientificamente planejadas. Meu particular amigo,
>> médico (cardiologista) e 'vulnerável' [:-)](não sei se esse é o grau
máximo
>> da credulidade dos rosa-cruzes) acredita 'piamente' no retorno no Ramsés
>> III e tenta me ensinar como 'sentir' as cores aproximando as mãos. É um
>> barato!! Um cardiologista !!!
>
>Na verdade, isso eh mais uma suposicao que uma verade. Se ele (o mistico)
nao
>pode provar que o que diz eh verdade, por outro lado, ninguem prova que eh
>mentira! Fica uma disputa de ideologias em que os espectadores escolhem
>lados. O publico cetico prefere a opcao cientifica, palpavel. O "resto" (do
>povo menos exigente), opta pela explicacao mais simples (e mais misteriosa)
>do misticismo. Talvez o misticismo de uma forma geral seja uma historia
>simplista, tendenciosa e nao esclarece quase nada. Mas a palavra misticismo
>eh usada para definir mais coisas que essa minha descricao alcanca, entao
>acho um tanto injusto de nossa parte "jogar fora o bebe junto com a agua do
>banho".
>

Opa, aqui temos um pequeno probleminha. Concordo que há certos tipos
de proposições (declarações) que não podem ser nem "provadas" nem
"desprovadas". Mas a declaração do "médico" amigo do Léo tem toda
a pinta de ser testável. Faz-se um experimento com algumas cores,
escolhe-se alguma forma de controle e compara-se a predição da
pessoa com as predições obtidas jogando-se uma moeda. Se forem
estatisticamente comparáveis, então, babau para a idéia de que
dá para sentir cores com as mãos. O médico estaria refutado.

Agora, suponhamos que os resultados sejam positivos (ou seja, há
alguma vantagem estatística em se "sentir" a cor de um objeto
com as mãos). O passo seguinte é idealizar algumas hipóteses
(que também sejam passíveis de teste) e aí partir para checá-las,
com a finalidade de estabelecer mecanismos causais. Qualquer
hipótese "mística" deverá ser colocada de forma não metafísica,
senão não dá nem para conversar. O teste da proposição (com
possibilidade de falha) é indispensável.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] a astrologia não funciona...
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/08/2001 15:08

On Thursday 30 August 2001 02:50 pm, you wrote:
>
> Opa, aqui temos um pequeno probleminha. Concordo que há certos tipos
> de proposições (declarações) que não podem ser nem "provadas" nem
> "desprovadas". Mas a declaração do "médico" amigo do Léo tem toda
> a pinta de ser testável. Faz-se um experimento com algumas cores,
> escolhe-se alguma forma de controle e compara-se a predição da
> pessoa com as predições obtidas jogando-se uma moeda. Se forem
> estatisticamente comparáveis, então, babau para a idéia de que
> dá para sentir cores com as mãos. O médico estaria refutado.
>
> Agora, suponhamos que os resultados sejam positivos (ou seja, há
> alguma vantagem estatística em se "sentir" a cor de um objeto
> com as mãos). O passo seguinte é idealizar algumas hipóteses
> (que também sejam passíveis de teste) e aí partir para checá-las,
> com a finalidade de estabelecer mecanismos causais. Qualquer
> hipótese "mística" deverá ser colocada de forma não metafísica,
> senão não dá nem para conversar. O teste da proposição (com
> possibilidade de falha) é indispensável.

O problema de se fazer uma analise estatistica como essa, eh que ela nao eh
inteiramente confiavel. Entendo que eh uma arma poderosissima, mas voce nao
pode deixar o sujeito "sentindo cores" por horas, dias seguidos, sem cair na
hipotese que se for verdade, o sentido dele pode ficar "cansado" depois de
varias tentativas, ficando mais sujeito a erros.

Entao, propondo uma secao de testes, teriamos que pegar varias pessoas, e
faze varias secoes, com intervalos de dias (semanas?) entre as secoes, para
garantir o descanso. Desse modo poder-se-ia obter uma massa de dados
realmente grande, que daria uma margem de confianca maior ao teste.

Nao importa o modelo que o estatistico use, se ele tiver poucas amostras, a
confianca eh baixa.


PS: Meu ceticismo quanto aa estatistica vem do fato que estudo matematica, e
estou acostumado a lidar com verdades absolutas. Em matematica, 99,9999% de
certeza, na verdade eh mentira. A menos que voce redefina a verdade - o que
eh uma pratica comum, e gera conhecimento interessante, mais abrangente.


SUBJECT: Re: [ciencialist] a astrologia não funciona...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/08/2001 15:20



| Grande Leo,
|
| On Tuesday 21 August 2001 10:59 am, you wrote:
| > Felipe escreve:
| > | A tecnica se chama LEITURA FRIA, e recomendo buscar no google (cold
| > | reading), para os interessados.
| > |
| > | Talvez seja isso que a maioria dos charlatoes usam. O que tambem nao
| > | signifique todo o misticismo seja uma farsa.
| > |
| > | Felipe
| >
| > Todo misticismo é uma farsa, consciente ou não. O místico poderá até estar
| > acreditando naquilo que diz ... apenas não faz e não pode mostrar o que
| > alega, em condições cientificamente planejadas. Meu particular amigo,
| > médico (cardiologista) e 'vulnerável' [:-)](não sei se esse é o grau máximo
| > da credulidade dos rosa-cruzes) acredita 'piamente' no retorno no Ramsés
| > III e tenta me ensinar como 'sentir' as cores aproximando as mãos. É um
| > barato!! Um cardiologista !!!
|
| Na verdade, isso eh mais uma suposicao que uma verade. Se ele (o mistico) nao
| pode provar que o que diz eh verdade, por outro lado, ninguem prova que eh
| mentira! Fica uma disputa de ideologias em que os espectadores escolhem
| lados. O publico cetico prefere a opcao cientifica, palpavel. O "resto" (do
| povo menos exigente), opta pela explicacao mais simples (e mais misteriosa)
| do misticismo. Talvez o misticismo de uma forma geral seja uma historia
| simplista, tendenciosa e nao esclarece quase nada. Mas a palavra misticismo
| eh usada para definir mais coisas que essa minha descricao alcanca, entao
| acho um tanto injusto de nossa parte "jogar fora o bebe junto com a agua do
| banho".
|
| abracos
| Felipe
|

Grande Felipe,

A banheira do então bebe aqui em casa (agora o Guto tá com 2,6 anos) é provida de uma tela que impede que rebento acompanhe a água :-). É um filtro!
Pergunto, onde está o filtro para o povo que acredita no misticismo?

Esse filtro seria justamente o conhecimento científico, mínimo e indispensável, para todo ser pensante ao penetrar na fase adulta. Isso não existe! A população geral (mesmo muitos que já passaram pelos bancos escolares ... que é a maioria dos chamados 'educados') não cultua esse filtro.
E, se não há filtro, qualquer coisa que se lhes diz é aceitável. O próprio místico pertence a essa categoria (as exceções são tão raras que não vale a pena comentar), ele nada entende de como usar a ciência (nem mesmo aquela que eventualmente tenha-lhe sido ministrada).

Para ele a ciência são "frases" de alguns expoentes da ciência (e para ele aquilo é a palavra da autoridade) que ele as interpreta da maneira mais ao rés-do-chão possível. Einstein disse: "Deus não joga dados". Pronto! """Deus existe (porque Einstein falou) e é um ente de índole superior que não admite jogos, pois isso é coisa do Diabo."""

Adianta falar para tais indivíduos que se alguém usa a "telecinese" para empurrar uma cadeira, a cadeira deve usar uma "cadeirocinese" para empurrar esse alguém (e ele já leu algo sobre ação e reação!)?
Adianta falar que 'se minha mão emite ondas na fixa do amarelo para a outra mão', as duas mãos devem se repelir?
Adiante falar que nos filmes de 'mocinho e bandido' um tiro de carabina não pode jogar o indivíduo pela janela e cair do outro lado da rua, porque a conservação da quantidade de movimento não o permite?
Adiante falar que para o ectoplasma tomar a forma de um corpo e reproduzir todas as funções de um ser vivente ele precisaria ter consigo todas as informações para converter energia em matéria, moldá-la, definir as funções específicas, dar o Vo para iniciar o funcionamento etc. etc. etc.?

Se o místico não consegue provar o que diz e permitir que todos os demais reproduzam a 'coisa', é porque 'sua verdade' é falsa. A contra-prova é inerente ao fato!

Se eu digo a vc que com certos ingredientes vou fazer pão, vc fica por perto olhando, tento, tento e não sai pão; que comportamento vc toma? Dizer que com aqueles ingredientes * eu* não sei fazer pão ... mas outros podem conseguir?
E então teremos que testar todos os místicos, um por um, e verificar que com aqueles ingredientes nenhum é capaz de fazer pão? E ... como a quantidade de místicos é enorme ... fica a dúvida "com aqueles ingredientes pode-se ou não fazer pão".............na dúvida, pró réu?
Nota: Os ingredientes são: caneta, toco de cigarro, folha de zinco, água e sal.

[]'
Léo
=============




SUBJECT: Re: [ciencialist] a astrologia não funciona...
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/08/2001 16:46

From: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
>On Thursday 30 August 2001 02:50 pm, you wrote:
>>
>> Opa, aqui temos um pequeno probleminha. Concordo que há certos tipos
>> de proposições (declarações) que não podem ser nem "provadas" nem
>> "desprovadas". Mas a declaração do "médico" amigo do Léo tem toda
>> a pinta de ser testável. Faz-se um experimento com algumas cores,
>> escolhe-se alguma forma de controle e compara-se a predição da
>> pessoa com as predições obtidas jogando-se uma moeda. Se forem
>> estatisticamente comparáveis, então, babau para a idéia de que
>> dá para sentir cores com as mãos. O médico estaria refutado.
>>
>> Agora, suponhamos que os resultados sejam positivos (ou seja, há
>> alguma vantagem estatística em se "sentir" a cor de um objeto
>> com as mãos). O passo seguinte é idealizar algumas hipóteses
>> (que também sejam passíveis de teste) e aí partir para checá-las,
>> com a finalidade de estabelecer mecanismos causais. Qualquer
>> hipótese "mística" deverá ser colocada de forma não metafísica,
>> senão não dá nem para conversar. O teste da proposição (com
>> possibilidade de falha) é indispensável.
>
>O problema de se fazer uma analise estatistica como essa, eh que ela nao eh
>inteiramente confiavel. Entendo que eh uma arma poderosissima, mas voce nao
>pode deixar o sujeito "sentindo cores" por horas, dias seguidos, sem cair
na
>hipotese que se for verdade, o sentido dele pode ficar "cansado" depois de
>varias tentativas, ficando mais sujeito a erros.

Não é necessário que os dados sejam coletados em uma única sessão. Só
seria se houvesse algo em nossa hipótese que exigisse isso (algo como
uma "influência de dia propício", por exemplo). Mas isso só iria
alterar o protocolo do teste, e não o seu método de validação.

>
>Entao, propondo uma secao de testes, teriamos que pegar varias pessoas, e
>faze varias secoes, com intervalos de dias (semanas?) entre as secoes, para
>garantir o descanso. Desse modo poder-se-ia obter uma massa de dados
>realmente grande, que daria uma margem de confianca maior ao teste.
>
>Nao importa o modelo que o estatistico use, se ele tiver poucas amostras, a
>confianca eh baixa.

Dá para contrabalançar as poucas amostras justamente quando se tem
uma hipótese forte para verificar. Tudo depende do tipo de hipótese
que se faz. Se um sujeito fala que acerta a cor de um objeto só
de aproximar a mão em 95% das vezes, é fácil pendurar uma curva
gaussiana nesse patamar e testar a sua alegação com métodos
estatísticos triviais. Se o sujeito diz que é capaz de
identificar o azul de outras cores com grande certeza, então basta
colocá-lo para identificar essa cor entre 5 outras. A chance de
acertar é a mesma de se jogar um dado. Em meia hora dá para fazer
um bocado de testes, suficientes para obter certezas superiores
a uma chance por mil ou mais.

>
>PS: Meu ceticismo quanto aa estatistica vem do fato que estudo matematica,
e
>estou acostumado a lidar com verdades absolutas.

Recomendo que você também encare a matemática com certo ceticismo.
A matemática era a única disciplina que podia se gabar de possuir
verdades absolutas. Isso, hoje em dia, já não vale mais. Nem a
matemática pode ser dita como possuindo apenas verdades absolutas,
como foi demonstrado por Kurt Göedel e depois desenvolvido por
muitos outros, até chegarmos ao ponto de haver coisas na matemática
que são simplesmente "não conhecíveis", como diz Gregory Chaitin.

>Em matematica, 99,9999% de
>certeza, na verdade eh mentira. A menos que voce redefina a verdade - o que
>eh uma pratica comum, e gera conhecimento interessante, mais abrangente.
>

A grande questão (e que confunde muita gente) é que matemática é
um formalismo que nós humanos criamos, e que não tem garantia de
representar fidedignamente a realidade exterior. Nossas teorias mais
bem construidas são apenas "esperanças". Todo o nosso conhecimento
tem um gosto indutivo de "probabilidade", e não de certeza. Quando
usamos a matemática para codificar nossas leis e teorias acerca
do mundo, estamos nos comprometendo com uma representação. Além
dessa representação ter falhas intrínsecas, a sua conexão com
o mundo é meramente um efeito de conveniência: enquanto estiver
dando certo, a gente usa. No dia em que não der certo, nós somos
obrigados a mudar a nossa representação. Afinal, nós não
podemos mudar os fundamentos de operação do mundo, só podemos
tentar entendê-lo.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: O Rosto em Marte estava ao contrario!
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/08/2001 22:32

- O Rosto em Marte estava ao contrário!
Impressionante descoberta de Gary Posner! Nós estávamos vendo o
monumento ao
contrário!
http://orbita.starmedia.com/cabertobr1/marsupdown.htm


MK
http://www.ceticismoaberto.br.cf



SUBJECT: Re: [ciencialist] Psicologia cognitivo-comportamental
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/08/2001 02:36

"Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br> wrote:

>Mas talvez essas revistas estejam alterando um pouco as >proposições
iniciais da psicanálise, questionando alguns dos >"dogmas" freudianos.

Esta é uma afirmação marota. Eu, que conheço este tema, digo que não não há
nenhum dogma freudiano e muito menos questionamento. A psicanálise é um
método de trabalho. Quem não o segue, faz qualquer outra coisa. Como Vc não
leu nenhuma, não diga estas coisas que só servem para provocar. Como se pode
argumentar com "talvez"?

> Será que ainda é possível achar que a sofisticada busca por
> auto-realização do homem moderno tem algo de sério a ver >com impulsos
sexuais e agressivos?

Não existe nada em psicanálise que fale ou postule esta tal de
auto-realização. Só serve para investigar sintomas. As pessoas até se
"auto-realizam" apesar dos sintomas. Nunca se fala de Weltanshaung, nem
felicidade, nem amor quando se postulam objetivos psicanalíticos.


.
> Um conceito como "pulsão", tão querido dos psicanalistas, >tem tudo a ver
com modelos abstratos e metafísicos. Não >vejo como esse conceito possa ser
suportado >empiricamente sem apelar para outros conceitos teóricos (e >não
refutáveis).

A hipótese freudiana de pulsão não é muito difícil de explicar. Em primeiro
lugar a palavra é nova. A palavra original, em alemão, é "trieb", cuja
tradução literal é algo assim como "tendência instintiva" ou "derivado de
instinto", em inglês traduziram como "instinctual drive", sendo que
atualmente usam só "drive". Quando Freud propôs o termo, usou uma palavra
comum do vocabulário alemão. Trieb não é nenhum termo técnico. Não entendo o
que tem de metafísico considerar simplesmente o aspecto psíquico dos
conteúdos mentais.

Quando K. Lorenz usou o termo em seus livros, ninguem se queichou.

Freud considerou que, em termos fisiológicos, os fenômenos vitais são um
conjunto de tendências ao equilíbrio de diferentes estados (como, por
exemplo, falta de glicose no organismo, necessidade de oxigênio para a
respiração celular, etc.). Quando faltam muitos elementos, uma das
possibilidades é, por exemplo, a sensação de fome. Um aspecto psíquico da
questão é a conclusão já intelectual e verbalizada numa determinada
linguagem de algo assim como "tenho fome".

Para ser mais exatos, pulsão é fundamentalmente um estado de tensão gerado
por um desequilíbrio interno. Nunca me passou pela cabeça que um estado de
tensão possa ser identificado com um conceito metafísico. Esta famosa pulsão
é um fenômeno quantitativo interno.

Por outro lado, Freud no menciona de que quantidade se trata (nem algo
elétrico ou nenhum tipo especial de energia). Poderia ser um desequilíbrio
químico causado por reações catalisadas por enzimas. Um desequilíbrio
geraria uma tendência (pulsão, trieb) a um restabelecimento do equilíbrio.
Isto ocorre só com uma ação específica. Exemplo: um recém nascido tem fome e
só fica calmo depois de mamar (ação específica).

No aparelho psíquico (Freud não disse mente) do recém nascido ficam
registrados basicamente três coisas: o estado de tensão de necessidade
(fome), um objeto que satisfaz (mamilo) e o modo de satisfazer (chupar e
engolir). Para Freud a primeira experiência de satisfação é muito
importante.

Estes três registros permanecem na memória e se associam cada vez que um
recém nascido sente fome. Então se reativam estes registros, ou seja, a
criança recorda. Freud denominou desejo à reativação dos três registros.
Chamou por este nome porque este esta situação se pode reativar sem fome.
Então o bebê chupa. Quando ocorre uma queda da tensão no organismo esta é
registrada como prazer.Ou seja: prazer para Freud é queda de tensão
percebida no nível psíquico. Sexualidade não é mais que isso (para Freud e,
claro, para a psicanálise). O aparelho psíquico passa a ser então um
processador de estímulos. Às vezes Freud diz que é um aparelho de descarga
de tensão (isto que dizer pulsional, creio que não é metafísico).

Deve haver um estado em que este fenômeno não é nem puramente físico ao níve
l dos tecidos e nem puramente conceitual. Simplesmente deve ser uma
elaboração puramente mental (cerebral) em que o resultado é sentido como
algo assim como uma tendência, uma inclinação a, a isto chamou trieb,
pulsão. Não vejo como isto seria metafísico.



Em realidade, quando ele postulou o conceito, disse que, desde um mundo de
tendências biológicas puramente físico-químicas, deve haver um terreno em
que, antes de passar ao mundo conceitual do pensamento verbal, tem que
existir um aspecto intermediário. Este é o que se caracterizaria como
pulsão. Em realidade eu não gosto deste termo. Prefiro derivado instintivo,
tendência instintiva. Os franceses e a famosa escola lacaniana forçaram a
introdução desta expressão.

Estes postulados se encontram bem desenvolvidos num trabalho de Freud (um
rascunho) cujo título é "Projeto de Psicologia", de 1895. Antes de criticar
até seria bom ler da fonte.
Também as Conferencias de Introdução à Psicanálise, de 1917.

Envio algumas fontes bibliográficas úteis e serias (juro que não é
esoterismo nem medicina alternativa).

Psychotherapy Research. Guilford Publications. New York, 72 Spring Street.
NY. 10012. USA. ISSN 1050-3307. (è uma boa Revista que eu recebo).

Luborsky, L; Crits Chistoph, P. (1990). Undestanding Transference. The CCRT
Method.
(The Core Conflictual Relationship Theme). New York. Basic Books. 313 pp.
ISBN 0-465-08857-0.

Luborsky, L; Crits Chistoph, P.;Mintz, J; Auerbach, A. (1988).Who Will
Benefit from Psychotherapy.( Predicting Therapeutic Outcomes). New York.
Basic Books.
ISBN 0-465-09189-X

Horowiz, M.J.(1991).Person Schema and Maladaptative Interpersonal Patterns.
Chicago. Univesrity of Chicago Press.

Malan, D.H.V. (1976) Toward the Validation of Dinamic Psychotherapy. New
Yor. Plenum

Dahl, H.; Kächele, H & Thomä, H. (Eds.) (1988) Psychoanalytic Process
Research Strategies. New York. Springer-Verlag.

Neste último livro tem um capítulo:

Teller, V Artificial Intelligence as a Basic Science for Psychoanalytic
Research.

Este último autor apresentou um trabalho, em colaboração, num congresso de
inteligência artificial cuja referencia é a seguinte:

Teller, V & Dahl, H. (1981) The Framework for Model of Psychoanalytic
Inference. Proceedings of the Seventh International Joint Conference o
Artificial Inteligence, 1, pp 394-400.

Um abraço

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar





SUBJECT: fisico-quimica das solucoes
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/08/2001 07:28

Novo artigo postado no meu site intitulado "Introdução à físico-química das
soluções", no URL
http://www.geocities.com/ecientificocultural/BFQ/solu01.htm

Tópicos constantes do artigo:
A - Conceitos Gerais
A-1 Sistemas dispersos
A-2 Concentração das soluções
A-3 Definição de Estado de um sistema
A-4 Intervalo matemático. Funções
B - Soluções Gasosas
B-1 Generalidades
B-2 Leis gerais dos gases
a) Lei de Boyle
b) Lei de Charles
c) Lei de Avogadro
B-3 Intervalo matemático. Gráfico de uma função
B-4 Equação geral de estado
B-5 Significado e valores de R
B-6 Mistura de gases
B-7 Reações químicas entre gases
B-8 Gases reais
B-9 Intervalo matemático. Limites
a) Conceito intuitivo
b) Conceito formal
c) Aplicações práticas
C - Soluções Líquidas
C-1 Generalidades
C-2 Liquefação e vaporização
C-3 Líquidos voláteis
C-4 Significado físico de pressão de vapor
C-5 Solução de gás em líquido
C-6 Intervalo matemático. Diferenciais
C-7 Lei de Henry
C-8 Gases dissolvidos no plasma sanguíneo
a) Gás carbônico
b) Oxigênio
C-9 Lei de Raoult
C-10 Solução ideal

Obs.: Recentemente surgiu aqui na Ciencialist dúvida a respeito do conceito
"vapor". Este assunto é apresentado no item C-2: Liquefação e Vaporização.

O artigo ainda não foi linkado às demais páginas do site e portanto, até que
isto ocorra (dentro de 1 ou 2 dias), sua leitura é privilégio dos leitores
desta mensagem.

Comentários serão bem-vindos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Cabos de audio
FROM: "Alvaro Neiva" <aneiva@provide.psi.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/08/2001 11:35

Bom dia Léo,

Cabos e conexões de áudio podem gerar uma boa dor de cabeça, dependendo da
situação...Por exemplo, no palco de um show de porte podemos ter cerca de
120 kW de lâmpadas na iluminação cênica, ligadas a dimmers (controladores
de potência eletrônicos) que usam Triacs e SCR para recortar a tensão da
rede elétrica, fornecendo energia durante apenas parte dos ciclos da mesma e
assim controlando a intensidade da luz emitida. Ao fazer isto, os dimmers
geram vários kW de harmônicos, mesmo com indutores de filtro em suas saídas.
No mesmo palco, vamos ter uns 50 cabos de microfone de 15 a 20m de
comprimento, ligados a cada um dos canais de entrada das mesas de som,
correndo em várias direções e nem sempre podendo evitar a proximidade com a
fiação das lâmpadas...numa situação destas, temos de ser extremamente
cuidadosos com a blindagem e qualidade de nossos cabos.
Do outro lado, o comprimento da fiação entre os amplificadores e os
alto-falantes não influi apenas na perda de potência introduzida, cuja
importância também vai depender da situação, por exemplo: uma perda de 1 dB
( 26%) dificilmente será perceptível como redução de volume e poderá ser
considerada desprezível em um sistema doméstico de 50 W, mas em um de 50 kW
e considerando a eficiência real da amplificação uns 50%, estaremos falando
de 26 kW que estarão sendo drenados da rede elétrica para se transformar em
calor...Além da perda de potência, existe um parâmetro chamado de fator de
amortecimento, que é a razão entre a impedância do alto-falante e a
impedância de saída do amplificador. Quando esta razão está abaixo de 50,
considerando as perdas na fiação, aparecem alterações significativas tanto
na resposta de freqüência quanto na resposta a sons percussivos e na função
de excursão do cone do alto-falante, o que pode causar danos mecânicos ao
mesmo caso a caixa acústica seja usada próximo a seus limites. Isto tem sido
bem documentado em trabalhos apresentados na AES ( Audio Engineering
Society), inclusive por brasileiros como o Rosalfonso Bortoni, engenheiro
cujos trabalhos de mestrado e doutorado foram feitos na UFSC sobre estágios
de saída de potência para amplificadores transistorizados, estando
disponíveis nos sites da Studio R e Biamp ( http://www.studior.com.br ou
http://www.biamp.com.br ).

Abs.

Álvaro Neiva


----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, August 28, 2001 7:04 PM
Subject: Re: [ciencialist] Cabos de audio


Nossa! entrou macumba e psicologia até em cabos de áudio? Justo nessas
porcarias de cabos!
As freqüências de áudio vão, quando muito até 20 kHz e, com essa faixa não é
necessário tanto zelo uma vez que o efeito de superfície (ou de pele, que
levam as correntes para a periferia dos cabos) é desprezível. Qualquer cabo
flexível compatível com a corrente de áudio é o suficiente.
........
Aliás, recomendo a todos esse comportamento, coloquem caixas acústicas
ligadas externamente em seus receptores de TV ... a assustem-se com a
riqueza de áudio transmitidos na faixa de FM e com belíssima qualidade. Os
noveleiros vão até escutar suspiros de atores. Quanto som 'escondido' nos
receptores normais de TV!

.........
Quanto aos cabos de áudio, qualquer porcaria serve.

[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: "Fernando Santos" <fcmts@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 27 de agosto de 2001 22:13
Assunto: [ciencialist] Cabos de audio


|
| Uma curiosidade,
|
| Estou passando o link para uma lista de discussão de audiófilos onde a
| principal
| questão é:
| Até que ponto a qualidade (preço) de um cabo influencia no desempenho do
| equipamento de som ?
| De um lado, pessoas que investiram esperançosamente e concluíram ter
| feito um
| ótimo negócio após testarem os novos cabos.
| De outro, os céticos que, baseados em supostos conhecimentos teóricos,
| dizem
| que os cabos não fazem a diferença descrita (principalmente para sinais
| digitais),
| não aceitam testes sem controles e alegam influências psicológicas
naqueles
| generosos
| consumidores.
| Quem estará com a razão ?
|
| http://forums.consumerreview.com/crforum?13@@.ee7a124
|
|
| Abraço,
|
| Fernando Santos
|





SUBJECT: Re: Racas humanas
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/08/2001 15:41

Fiquei devendo alguns trabalhos
publicados sobre a discussao.

[]s,

Roberto Takata

---------------

Templeton AR 1998 -- Human races:
A genetic and evolutionary perspective.
AMERICAN ANTHROPOLOGIST
100: (3) 632-50.

Abstract:
Race is generally used as a synonym for
subspecies, which traditionally is a
geographically circumscribed, genetically
differentiated population. Sometimes
traits show independent patterns of
geographical variation such that some
combination will distinguish most
populations from all others. To avoid
making "race" the equivalent of a
local population, minimal thresholds of
differentiation are imposed. Human
"races" are below the thresholds used
in other spec ies, so val id traditional
subspecies do not exist in humans. A
"subspecies" can also be defined as
a distinct evolutionary lineage within a
species. Genetic surveys and the
analyses of DNA haplotype trees show
that human "races" are not distinct lineages,
and that this is not due to recent admixture;
human "races" are not and never were "pure."
Instead, human evolution has been and is
characterized by many locally differentiated
populations coexisting at any given time,
but with sufficient genetic contact to make
all of humanity a single lineage sharing
a common evolutionary fate.

Santos EJM, Epplen JT, Epplen C 1997 --
Extensive gene flow in human populations
as revealed by protein and microsatellite DNA
markers. HUMAN HEREDITY 47: (3) 165-72.

Abstract:
Population genetic studies are mainly based
on the description of genetic variability and
on interpopulational comparisons using
genetic distance measures, The evolutionary
dynamics of the populations are inferred from
these parameters and accurate estimates
of gene flow may be critical, The present study
reevaluates the role of gene flow in human
populations by different statistical methods
from a number of microsatellite and protein
polymorphism data, The estimated number of
individuals exchanged per generation (Nm)
was greater than 1 in all data sets with all
statistical methods, The correlation between
geographic and genetic distances suggests a
pattern of isolation by distance, characteristic
of demographic and genetic equilibrium
conditions among populations worldwide, Thus
the high values of Nm may be interpreted
as a reflection of high gene flow between
geographically close populations, As expected,
gene flow appears to exert a pivotal role in
the genetic history of humans.




SUBJECT: confiabilidade da matematica
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/08/2001 22:21


> >PS: Meu ceticismo quanto aa estatistica vem do fato que estudo matematica,
> >e estou acostumado a lidar com verdades absolutas.
>
> Recomendo que você também encare a matemática com certo ceticismo.
> A matemática era a única disciplina que podia se gabar de possuir
> verdades absolutas. Isso, hoje em dia, já não vale mais. Nem a
> matemática pode ser dita como possuindo apenas verdades absolutas,
> como foi demonstrado por Kurt Göedel e depois desenvolvido por
> muitos outros, até chegarmos ao ponto de haver coisas na matemática
> que são simplesmente "não conhecíveis", como diz Gregory Chaitin.

Entendo que o teorema meta-matematico de Goedel cause um certo impacto na
sociedade, principalmente aos que lidam com, e estudam matematica, mas eh
preciso entender o que significa o (complicado) resultado.

Ele nao provou que a matematica nao garante verdades. O que era considerado
verdade absoluta, ainda eh e sempre sera (pela absoluteza dessa verdade) uma
verdade absoluta. O que se achava, eh que TUDO poderia ser demonstrado com
axiomas. Alguns achavam que bastaria um numero finito de axiomas, o que
resultou no AXIOMA DA ESCOLHA (mas isso ja eh outra historia). Goedel provou,
entre outras coisas, que nao so existem infinitas verdades a serem provadas,
como existem verdades que nao podem ser provadas (ou desprovadas). Note que
isso nao toca naquilo que ja era verdade (ou nao-verdade).

> >Em matematica, 99,9999% de
> >certeza, na verdade eh mentira. A menos que voce redefina a verdade - o
> > que eh uma pratica comum, e gera conhecimento interessante, mais
> > abrangente.
>
> A grande questão (e que confunde muita gente) é que matemática é
> um formalismo que nós humanos criamos, e que não tem garantia de
> representar fidedignamente a realidade exterior. Nossas teorias mais
> bem construidas são apenas "esperanças". Todo o nosso conhecimento
> tem um gosto indutivo de "probabilidade", e não de certeza. Quando

Nao posso concordar com essa ultima afirmacao. A matematica PURA, eh um bom
contra-exemplo disso. Voce nao deve confundir matematica, com modelos fisicos.

A matematica usada no modelo garante os resultados dentro do modelo, e isso
eh tao absoluto quanto qualquer outra verdade matematica. Agora, se o
resultado do modelo nem sempre bate com o resultado do mundo real, eh outra
questao. Todo modelo por si eh uma simplificacao do mundo real. Esse eh um
dogma classico da fisica, desde que ela existe.

Pondo de outra forma, o resultado do modelo eh VERDADE, sempre que suas
hipoteses iniciais sao integralmente satisfeitas. E isso eh dificil.

> usamos a matemática para codificar nossas leis e teorias acerca
> do mundo, estamos nos comprometendo com uma representação. Além
> dessa representação ter falhas intrínsecas, a sua conexão com
> o mundo é meramente um efeito de conveniência: enquanto estiver
> dando certo, a gente usa. No dia em que não der certo, nós somos
> obrigados a mudar a nossa representação. Afinal, nós não
> podemos mudar os fundamentos de operação do mundo, só podemos
> tentar entendê-lo.

Completando o que disse antes, as falhas intrinsecas sao do modelo, nao da
matematica usada para testa-lo, e "manusea-lo".

abracos
Felipe


SUBJECT: Re: [ciencialist] confiabilidade da matematica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/08/2001 23:05

----- Original Message -----
From: "Felipe Figueiredo"
Sent: Friday, August 31, 2001 10:21 PM
Subject: [ciencialist] confiabilidade da matematica


> > > estou acostumado a lidar com verdades absolutas.
> > (...)
> Voce nao deve confundir matematica com modelos fisicos.

Perfeito!!! Se você não tivesse dito mais nada, apenas esta frase valeria
por toda a sua mensagem e, talvez, até mesmo, por todas as mensagens
postadas na Ciencialist no ano de 2001, sem demérito algum pelas msgs da
Ciencialist, de altíssimo nível por sinal. Mas... Quantos realmente conhecem
e/ou valorizam essa verdade?

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] confiabilidade da matematica
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/09/2001 09:01

From: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
>> >PS: Meu ceticismo quanto aa estatistica vem do fato que estudo
matematica,
>> >e estou acostumado a lidar com verdades absolutas.
>>
>> Recomendo que você também encare a matemática com certo ceticismo.
>> A matemática era a única disciplina que podia se gabar de possuir
>> verdades absolutas. Isso, hoje em dia, já não vale mais. Nem a
>> matemática pode ser dita como possuindo apenas verdades absolutas,
>> como foi demonstrado por Kurt Göedel e depois desenvolvido por
>> muitos outros, até chegarmos ao ponto de haver coisas na matemática
>> que são simplesmente "não conhecíveis", como diz Gregory Chaitin.
>
>Entendo que o teorema meta-matematico de Goedel cause um certo impacto na
>sociedade, principalmente aos que lidam com, e estudam matematica, mas eh
>preciso entender o que significa o (complicado) resultado.
>
>Ele nao provou que a matematica nao garante verdades. O que era considerado
>verdade absoluta, ainda eh e sempre sera (pela absoluteza dessa verdade)
uma
>verdade absoluta. O que se achava, eh que TUDO poderia ser demonstrado com
>axiomas. Alguns achavam que bastaria um numero finito de axiomas, o que
>resultou no AXIOMA DA ESCOLHA (mas isso ja eh outra historia). Goedel
provou,
>entre outras coisas, que nao so existem infinitas verdades a serem
provadas,
>como existem verdades que nao podem ser provadas (ou desprovadas). Note que
>isso nao toca naquilo que ja era verdade (ou nao-verdade).

Concordo. Isso está de acordo com o que eu disse, que a matemática
não pode ser dita como possuindo apenas verdades absolutas, ou seja,
há também certos "buracos". Contudo, aquilo que não é buraco, é
provável como verdadeiro de forma definitiva.

>
>> >Em matematica, 99,9999% de
>> >certeza, na verdade eh mentira. A menos que voce redefina a verdade - o
>> > que eh uma pratica comum, e gera conhecimento interessante, mais
>> > abrangente.
>>
>> A grande questão (e que confunde muita gente) é que matemática é
>> um formalismo que nós humanos criamos, e que não tem garantia de
>> representar fidedignamente a realidade exterior. Nossas teorias mais
>> bem construidas são apenas "esperanças". Todo o nosso conhecimento
>> tem um gosto indutivo de "probabilidade", e não de certeza. Quando
>
>Nao posso concordar com essa ultima afirmacao. A matematica PURA, eh um bom
>contra-exemplo disso. Voce nao deve confundir matematica, com modelos
fisicos.

É exatamente por não confundir os dois que eu disse que nosso conhecimento
tem gosto probabilístico, e não certeza. Você provavelmente vai
discordar, mas eu não vejo alguns ramos da matemática pura como parte
do que eu defino como "conhecimento". Conhecimento, em minha forma de
conceituar o termo, *precisa* ter algum ponto de ligação com a
nossa realidade. Se não tem, então é metafísica filosófica.

>
>A matematica usada no modelo garante os resultados dentro do modelo, e isso
>eh tao absoluto quanto qualquer outra verdade matematica. Agora, se o
>resultado do modelo nem sempre bate com o resultado do mundo real, eh outra
>questao.

Mas é essa a questão fundamental. Veja, nós podemos iniciar uma nova
matemática apenas com a criação de novos axiomas e regras de inferência.
Essa nova matemática pode ser tão perfeita quanto a que já temos
hoje. Podemos criar uma outra, com diferentes axiomas. E outra, e outra,
e outra. Talvez se possa dizer que existem infinitas (ou pelo menos,
um número muito grande) de possibilidades de "matemáticas" diferentes.
Todas elas "perfeitas", dentro do limite dessa palavra. O que é que
diferencia toda essa coleção de formalizações daquela(s) matematica(s)
que usamos hoje em dia? É apenas a sua aplicabilidade para algum
caso concreto, físico. É apenas a sua proximidade com alguma noção
exterior ao nosso pensar.

>Todo modelo por si eh uma simplificacao do mundo real. Esse eh um
>dogma classico da fisica, desde que ela existe.
>
>Pondo de outra forma, o resultado do modelo eh VERDADE, sempre que suas
>hipoteses iniciais sao integralmente satisfeitas. E isso eh dificil.

É por isso que "verdade" é uma palavra que só pode ser usada em
contextos matemáticos ou filosóficos. Se temos qualquer ligação
com o mundo real, não se pode usar essa palavra em seu sentido
absoluto.

>
>> usamos a matemática para codificar nossas leis e teorias acerca
>> do mundo, estamos nos comprometendo com uma representação. Além
>> dessa representação ter falhas intrínsecas, a sua conexão com
>> o mundo é meramente um efeito de conveniência: enquanto estiver
>> dando certo, a gente usa. No dia em que não der certo, nós somos
>> obrigados a mudar a nossa representação. Afinal, nós não
>> podemos mudar os fundamentos de operação do mundo, só podemos
>> tentar entendê-lo.
>
>Completando o que disse antes, as falhas intrinsecas sao do modelo, nao da
>matematica usada para testa-lo, e "manusea-lo".
>

Concordo plenamente. Mas aquilo que acho "falho" não é a estrutura
intrínseca do modelo. Como falei, não é tão difícil criar um grande
número de modelos intrinsecamente coerentes (embora não completos).
O difícil é fazer esses modelos espelharem a realidade de alguma
forma. Talvez a grande questão aqui seja de cunho filosófico.

Ciência, do jeito que enxergo, é algo que "usa" nossas abstrações
para representar e modelar o mundo. O mundo é sempre o único juiz
dessa nossa tentativa. Modelos teóricos (ou abstrações filosóficas)
que não tenham nada a ver com o mundo real são inúteis, em meu ver.

Isso pode parecer excessivamente logico-positivista, mas é algo
que aprendi a cultuar. Se nós gastamos tempo fazendo uma teoria
metafísica, totalmente descolada da realidade, só o que podemos
obter dela é prazer intelectual. É o esporte favorito dos filósofos,
o "armchair thinking". Fora disso, essas teorias não têm
implicação prática (pois se tivessem alguma, então já não seriam
coisas totalmente descoladas da realidade).

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Psicologia cognitivo-comportamental
FROM: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/09/2001 10:46

From: Marco A. Andrade <logos@pccp.com.ar>
>"Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br> wrote:
>
>>Mas talvez essas revistas estejam alterando um pouco as >proposições
>iniciais da psicanálise, questionando alguns dos >"dogmas" freudianos.
>
>Esta é uma afirmação marota. Eu, que conheço este tema, digo que não não há
>nenhum dogma freudiano e muito menos questionamento. A psicanálise é um
>método de trabalho. Quem não o segue, faz qualquer outra coisa. Como Vc não
>leu nenhuma, não diga estas coisas que só servem para provocar. Como se
pode
>argumentar com "talvez"?

O meu "talvez" foi apenas para refletir que estou bastante disposto
a modificar meu julgamento assim que eu obtiver evidências em
contrário. Por enquanto, continuo achando que psicanálise é dogmática.
Afinal, quem fala em Id, ego, superego, está falando em conceitos
que não tem como serem experimentalmente demonstrados (ao menos
não mais fortemente do que postular demoniozinhos verdes que residem
dentro de nossa cabeça cochichando algumas coisas para nós).

>
>> Será que ainda é possível achar que a sofisticada busca por
>> auto-realização do homem moderno tem algo de sério a ver
>>com impulsos sexuais e agressivos?
>
>Não existe nada em psicanálise que fale ou postule esta tal de
>auto-realização.

Eu sei disso. E isso é uma falha, a meu ver. Mais detalhes abaixo.

>Só serve para investigar sintomas. As pessoas até se
>"auto-realizam" apesar dos sintomas. Nunca se fala de Weltanshaung, nem
>felicidade, nem amor quando se postulam objetivos psicanalíticos.

Este é um dos pontos em que critico Freud e asseclas. Como você
disse, apesar dos sintomas, as pessoas se auto-realizam. Não seria
esta tendência à auto-realização uma constatação de que o mecanismo
causal primário aqui não são as "pulsões", mas sim algo mais
fundamental ainda?

Só para exemplificar meu ponto, a psicologia humanista de Abraham
Maslow, por exemplo, coloca um modelo totalmente diferente de
Freud. Lá se fala explicitamente na "auto-realização" e na pirâmide
de necessidades.

Essa teorização de Maslow tem tudo para ser mais uma "filosofia"
como a própria psicanálise. Só que as idéias de Maslow permite que
se faça certas predições. E algumas dessas predições já foram
testadas, com sucesso.

>.
>> Um conceito como "pulsão", tão querido dos psicanalistas, >tem tudo a
ver
>com modelos abstratos e metafísicos. Não >vejo como esse conceito possa
ser
>suportado >empiricamente sem apelar para outros conceitos teóricos (e >não
>refutáveis).
>
>A hipótese freudiana de pulsão não é muito difícil de explicar. Em primeiro
>lugar a palavra é nova. A palavra original, em alemão, é "trieb", cuja
>tradução literal é algo assim como "tendência instintiva" ou "derivado de
>instinto", em inglês traduziram como "instinctual drive", sendo que
>atualmente usam só "drive". Quando Freud propôs o termo, usou uma palavra
>comum do vocabulário alemão. Trieb não é nenhum termo técnico. Não entendo
o
>que tem de metafísico considerar simplesmente o aspecto psíquico dos
>conteúdos mentais.

A metafísica aqui é que esses estados mentais que são postulados
não tem como ser experimentalmente avaliados. Não se pode fazer
predição alguma a partir dessas teorias. Essas concepções são
o que eu chamo de "teorias que explicam o passado", mais ou menos
como História ou Arqueologia (só que pior). Levanta-se evidências
históricas e se tenta "explicá-las" com o modelo que se tem em
mãos. Essa é a questão: *sempre* um psicanalista terá como
"explicar" um determinado conjunto de comportamentos históricos.
Sempre ele será capaz de dizer porque uma pessoa se comportou
de tal e tal forma.

Mas aí é que está: isso não é ciência! Ciência é algo que usa
o passado para sugerir alguns modelos e teorias e depois esses
modelos e teorias fazem *predições* que são confirmadas ou não
experimentalmente. Em paleoantropologia, por exemplo, faz-se
sim uma "teoria do passado" mas essa teoria tem predições que
podem ser falsificadas a qualquer momento. Basta encontrar um
fóssil que esteja em desacordo com a teoria e pronto, teremos
que alterar a teoria para conformá-la com as evidências. Em
psicanálise, não há como fazer isso: não se altera a teoria
em função de novas evidências, só o que se faz é "usar" a
teoria corrente para fins explanatórios. A psicanálise parece
não ter como ser questionada.

>
>Quando K. Lorenz usou o termo em seus livros, ninguem se queichou.
>
>Freud considerou que, em termos fisiológicos, os fenômenos vitais são um
>conjunto de tendências ao equilíbrio de diferentes estados (como, por
>exemplo, falta de glicose no organismo, necessidade de oxigênio para a
>respiração celular, etc.). Quando faltam muitos elementos, uma das
>possibilidades é, por exemplo, a sensação de fome. Um aspecto psíquico da
>questão é a conclusão já intelectual e verbalizada numa determinada
>linguagem de algo assim como "tenho fome".

Freud não explicaria bem porque isso seria uma sensação de prazer em
uma pessoa que estivesse lutando para perder peso. Ela vai sentir
fome, mas estará feliz, pois está lutando para obter uma melhora
na aparência.

>
>Para ser mais exatos, pulsão é fundamentalmente um estado de tensão gerado
>por um desequilíbrio interno. Nunca me passou pela cabeça que um estado de
>tensão possa ser identificado com um conceito metafísico. Esta famosa
pulsão
>é um fenômeno quantitativo interno.

Posso concordar que é necessário postular a existência de algum tipo
de pulsão. A questão é identificar de forma adequada. Freud se fixa
em pulsões de agressão, sexualidade, fome, etc. Os humanistas falam
em termos diferentes, auto-realização, auto-estima, necessidades
cognitivas, necessidades de segurança, etc.

>
>Por outro lado, Freud no menciona de que quantidade se trata (nem algo
>elétrico ou nenhum tipo especial de energia). Poderia ser um desequilíbrio
>químico causado por reações catalisadas por enzimas. Um desequilíbrio
>geraria uma tendência (pulsão, trieb) a um restabelecimento do equilíbrio.
>Isto ocorre só com uma ação específica. Exemplo: um recém nascido tem fome
e
>só fica calmo depois de mamar (ação específica).

Isso funciona bem em bebês e em ratinhos de Skinner. Mas não parece
funcionar bem em adultos.

>
>No aparelho psíquico (Freud não disse mente) do recém nascido ficam
>registrados basicamente três coisas: o estado de tensão de necessidade
>(fome), um objeto que satisfaz (mamilo) e o modo de satisfazer (chupar e
>engolir). Para Freud a primeira experiência de satisfação é muito
>importante.

Freud propõe, em minha visão, uma teoria muito fraca. Imagine um
alpinista que está escalando uma montanha muito difícil. Ele está
chegando ao topo, com as mãos machucadas, dores no corpo, cansaço.
No entanto, ao chegar ao topo e apesar de exaurido fisicamente,
essa pessoa estará mais feliz do que nunca. Maslow explica melhor
esse tipo de situação, e a sua explicação sugere situações em que
se pode testar suas idéias.

>
>Estes três registros permanecem na memória e se associam cada vez que um
>recém nascido sente fome. Então se reativam estes registros, ou seja, a
>criança recorda. Freud denominou desejo à reativação dos três registros.
>Chamou por este nome porque este esta situação se pode reativar sem fome.
>Então o bebê chupa. Quando ocorre uma queda da tensão no organismo esta é
>registrada como prazer.Ou seja: prazer para Freud é queda de tensão
>percebida no nível psíquico. Sexualidade não é mais que isso (para Freud e,
>claro, para a psicanálise). O aparelho psíquico passa a ser então um
>processador de estímulos. Às vezes Freud diz que é um aparelho de descarga
>de tensão (isto que dizer pulsional, creio que não é metafísico).
>
>Deve haver um estado em que este fenômeno não é nem puramente físico ao
níve
>l dos tecidos e nem puramente conceitual. Simplesmente deve ser uma
>elaboração puramente mental (cerebral) em que o resultado é sentido como
>algo assim como uma tendência, uma inclinação a, a isto chamou trieb,
>pulsão. Não vejo como isto seria metafísico.
>
> Em realidade, quando ele postulou o conceito, disse que, desde um mundo de
>tendências biológicas puramente físico-químicas, deve haver um terreno em
>que, antes de passar ao mundo conceitual do pensamento verbal, tem que
>existir um aspecto intermediário. Este é o que se caracterizaria como
>pulsão. Em realidade eu não gosto deste termo. Prefiro derivado instintivo,
>tendência instintiva. Os franceses e a famosa escola lacaniana forçaram a
>introdução desta expressão.

Parece que aqui concordamos, também acho que a escola lacaniana é
complicada. Na verdade, meu antagonismo é mais contra Lacan e outros
pós-modernos do que contra Freud. Admiro Freud por ter sido um pensador
muito importante e por ter reforçado as idéias de influência do
inconsciente no comportamento.

Só acho que suas teorias precisariam ter evoluido muito. Mas quando
se fala de Jacques Lacan, estamos falando de metafísica pura. E ele
consegue algum sucesso exatamente porque aquilo que ele fala (além
de ser praticamente incompreensível) tem todo o ar de "coisas que não
podem ser desprovadas". Não parece haver como "refutar" Lacan e suas
sandices.

>
>Estes postulados se encontram bem desenvolvidos num trabalho de Freud (um
>rascunho) cujo título é "Projeto de Psicologia", de 1895. Antes de criticar
>até seria bom ler da fonte.
>Também as Conferencias de Introdução à Psicanálise, de 1917.
>
>Envio algumas fontes bibliográficas úteis e serias (juro que não é
>esoterismo nem medicina alternativa).
>
>Psychotherapy Research. Guilford Publications. New York, 72 Spring Street.
>NY. 10012. USA. ISSN 1050-3307. (è uma boa Revista que eu recebo).
>
>Luborsky, L; Crits Chistoph, P. (1990). Undestanding Transference. The CCRT
>Method.
>(The Core Conflictual Relationship Theme). New York. Basic Books. 313 pp.
>ISBN 0-465-08857-0.
>
>Luborsky, L; Crits Chistoph, P.;Mintz, J; Auerbach, A. (1988).Who Will
>Benefit from Psychotherapy.( Predicting Therapeutic Outcomes). New York.
>Basic Books.
>ISBN 0-465-09189-X
>
>Horowiz, M.J.(1991).Person Schema and Maladaptative Interpersonal Patterns.
>Chicago. Univesrity of Chicago Press.
>
>Malan, D.H.V. (1976) Toward the Validation of Dinamic Psychotherapy. New
>Yor. Plenum
>
>Dahl, H.; Kächele, H & Thomä, H. (Eds.) (1988) Psychoanalytic Process
>Research Strategies. New York. Springer-Verlag.

Grato pelas referências, acredito que algumas delas possam ser realmente
interessantes. Vou certamente procurar adquirir algumas delas.

>
>Neste último livro tem um capítulo:
>
>Teller, V Artificial Intelligence as a Basic Science for Psychoanalytic
>Research.
>
>Este último autor apresentou um trabalho, em colaboração, num congresso de
>inteligência artificial cuja referencia é a seguinte:
>
>Teller, V & Dahl, H. (1981) The Framework for Model of Psychoanalytic
>Inference. Proceedings of the Seventh International Joint Conference o
>Artificial Inteligence, 1, pp 394-400.
>

Esta última referência me interessou mais. Eu já tinha ouvido falar
de approaches psicanaliticos a IA, é sempre bom ouvir novas idéias.

Até mais,
Sergio Navega.




SUBJECT: Re: [ciencialist] a astrologia não funciona...
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/09/2001 01:42

Olá parceiros !

Segue abaixo uma parte do texto que postei em 11/01/2000 (msg # 3161),
referente ao reconhecimento de cores pelo tato.
Mas, isto nada tem a ver com a re-encarnação da feiosa múmia de Ramses III;
(se ao menos tivessem escolhido a re-encarnação da Cleópatra até que eu
torceria para isso.) No bom sentido, é claro.
Afinal, bom-gosto é fundamental.

[s] Neville
---------------------------
>>> . . . . .
Bem pessoal, neste assunto eu tenho um depoimento pessoal.
No tempo de escola costumava brincar com a turma dizendo que eu conseguia
"enxergar" com a ponta dos dedos. Para testar, fechava os olhos e passava a
ponta dos dedos sobre uma capa de revista e (de fato) identificava as cores
principais das fotos.
O truque era o seguinte: obviamente eu não via cor alguma, mas tinha
suficiente sensibilidade táctil para perceber as diferentes texturas das
tintas de impressão. Era bastante fácil identificar a cor vermelha pela
"aspereza" e trepidação ao deslizar o dedo; a preta dava sensação de ser
"grossa", densa; a amarela era bastante lisa e fina, tal como o verde, porem
este era um pouco mais "áspero" ; o azul e outras cores mistas eram mais
difíceis de acertar, mas eram algo entre o verde e o preto.
>>>> . . . . . .
--- Fim da mensagem encaminhada ---
--------------------------
PS- Notem que há necessidade de tocar no papel para reconhecer a textura;
é necessário também um pouco de treino usando o mesto tipo de material
empregado no teste, como, por exemplo, as capas de revista de uma
mesma
publicação.




SUBJECT: Nova Teoria
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/09/2001 03:19

Oi gente

Eu costumo dizer que o número de teorizadores brasileiros está muito aquém
de nossas necessidades. Em virtude disso, sempre fico feliz quando surge, no
pedaço, um novo teorizador, dotado de boas intenções. Conheço muito bem as
dificuldades que ele irá encontrar pela frente. Quase sempre é alguém que
está fora do Olimpo Acadêmico, visto que os "deuses" da ciência não vêem com
bons olhos aqueles que não seguem a risca os mandamentos do Olimpo, tão bem
documentados na bíblia do Thomas Kuhn.

Aliás, o surgimento de teorizadores fora dos domínios acadêmicos, não é
virtude nacional e isto também se lê na bíblia citada. Ou seja, à medida em
que a "ciência normal" começa a capengar, e os acadêmicos não conseguem mais
esconder suas decepções embaixo do tapete e/ou "inventar" hipóteses "ad
hoc", com a única finalidade de proteger seus dogmas de fé, começam a
pipocar notícias sobre idéias alternativas provenientes de outros rincões.

Obviamente, nada disso aconteceria se houvesse respeito mútuo entre
acadêmicos e teorizadores marginalizados e/ou se fosse adotado o lema
popperiano de "revolução permanente". Ora, dirão vocês: Como separar o joio
do trigo? E eu perguntaria em resposta: Os nossos acadêmicos não estão em
condições de avaliar uma nova teoria? Afinal, com que finalidade formam-se
doutores neste país? Apenas para que eles nos informem quais são as revistas
confiáveis e editadas no exterior?

Bem, não precisam responder. Também não quero solicitar aqui que leiam a
minha teoria pois, certo ou errado, eu não estou mais a precisar de ninguém.
Minhas cartas já foram lançadas e nem eu mesmo posso modificar o resultado
do "jogo". O tempo será o único juiz implacável, seja contra mim, seja
contra aqueles que se ofereceram gratuitamente como adversários.

A finalidade desta mensagem é solicitar que leiam o trabalho de alguém que
acredito seja um jovem teorizador e que humildemente enviou-me um e-mail,
creio que na esperança de que eu o citasse na seção "Novas Teorias" de meu
website (o que aliás já foi feito). Rigorosamente falando, ele não pediu
nada, apenas atendeu à solicitação que fiz em meu site.

O assunto em particular me interessa, mas eu não me encontro em condições de
proferir um julgamento sobre o trabalho. Primeiro, porque eu sou um
teorizador e o teorizador nem sempre é a pessoa ideal para julgar teorias de
terceiros; e em segundo, porque é um trabalho relacionado à física quântica
e ainda que proponha modificações profundas no núcleo da teoria, parece-me
conservar alguns de seus postulados básicos; e em terceiro porque está
intimamente relacionado à resolução de equações diferenciais através de
computador, utilizando-se do Cálculo Numérico, e essa não é a minha praia.

Uma síntese do artigo está em http://www.geocities.com/aferraonetobr/ e a
partir daí pode-se obter o artigo na íntegra no formato doc (cerca de 5 Mb).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: fotossintese artificial
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/09/2001 09:06

The Boston Globe, September 1, 2001

Cientistas se aproximam da fotossíntese artificial

Gareth Cook

Há um século, os químicos têm um sonho aparentemente
impossível: capturar os reluzentes raios de sol em um
frasco de água e transformá-los em combustível.

Esse passe de mágica, que toda árvore e qualquer planta
de vaso é capaz de fazer sem esforço, seria uma fonte não
poluente inexaurível de energia para todas as máquinas da
humanidade se os cientistas conseguissem copiá-lo.

Daniel Nocera, professor de química do MIT, divulgará na
sexta-feira (7), pela revista "Science", que deu um passo
importante nesta busca, desenvolvendo uma técnica que
utiliza a luz para extrair hidrogênio de um líquido.
Hidrogênio é um gás que se queima de forma limpa.

"Isto é realmente excitante", disse James McCusker,
professor adjunto de química da Universidade Estadual de
Michigan. "As idéias que estão apresentando servirão de
base para novos avanços tecnológicos".

Já se fala de uma economia baseada no hidrogênio, quando
o mundo não mais depender de combustíveis fósseis obtidos
da vida vegetal em decomposição. Para tornar isso
realidade, Nocera e outros cientistas que trabalham com
a "fotossíntese artificial" estão correndo para descobrir
o segredo da natureza, antes que a sociedade queime a
energia armazenada por incontáveis gerações de plantas.

"Estamos vivendo com a luz do sol capturada há milhões de
anos atrás", disse John Sofranko, diretor executivo do
Instituto Americano de Engenheiros Químicos.

Os cientistas disseram que a descoberta de Nocera está
longe de resolver o problema energético e é muito
ineficiente para ser usada comercialmente, mas representa
a primeira vez que a luz foi usada para gerar gás
hidrogênio pela adição de pequena quantidade de
catalisador a um líquido. Como o catalisador pode ser
reutilizado, como acontece com as plantas, o processo,
teoricamente, poderia ser usado para gerar grandes
quantidades de hidrogênio com a luz.

"Ele realmente abriu uma porta, dando aos químicos nova
maneira de atacar o problema", disse McCusker, que
escreveu um comentário sobre o artigo da "Science",
ressaltando sua importância.

Uma árvore comum de bordo faz extração de energia solar
parecer incrivelmente simples. Na primavera, as folhas
pontudas da árvore se espalham, para coletar raios
solares, combinando dióxido e carbono e água para criar
açúcares que armazenam energia. O processo é tão
eficiente que a árvore pode sobreviver longos invernos,
muito tempo depois que seus coletores de energia mudaram
de cor e caíram por terra.

Os detalhes da fotossíntese, no entanto, são
incrivelmente complexos, com moléculas fazendo uma dança
longa e precisamente coreografada, que se desenvolveu em
um processo evolutivo de bilhões de anos.

Ao tentar copiar essa dança, os avanços foram lentos. Em
1998, Thomas Moore e uma equipe de pesquisadores da
Universidade Estadual do Arizona anunciaram que haviam
alcançado um marco importante, usando a luz e uma
membrana artificial para formar a molécula chamada "ATP",
que é o armazém biológico de energia.

A descoberta gerou excitação, por suas potenciais
aplicações como combustível de miniaturas de máquinas,
uma área de extensa pesquisa.

A reação, no entanto, não funcionava com água e dióxido
de carbono e, portanto, ficou aquém da eficiência simples
da fotossíntese.

Nocera disse que havia escolhido uma estratégia diferente
porque a fotossíntese em uma folha depende de uma vasta
rede de minúsculas membranas.

"Se você olha uma folha de perto, parece algo como a
cidade de Nova York", comparou. "É uma gigantesca questão
de arquitetura".

Ao invés disso, Nocera concentrou-se em descobrir uma
forma de usar a luz para dividir a água em seus
componentes, hidrogênio e oxigênio. Estes, então,
poderiam ser combinados para gerar energia. É assim que
funcionam as células de combustível, como as utilizadas
por foguetes espaciais. As células de combustível, por
sua vez, têm como subproduto a água, que, com a luz,
poderia ser dividida novamente em seus componentes,
completando um ciclo que faria da luz eletricidade sem
desperdício.

Na mais recente pesquisa, Nocera foi capaz de criar uma
espécie de molécula, usando um metal chamado ródio, que
libera o hidrogênio de uma solução ácida quando iluminada
pela luz.

Os próximos passos, disse, serão aprimorar a molécula
para que possa fazer a mesma coisa com a água, ao invés
de solução ácida, e descobrir uma molécula que faça um
processo análogo para extrair gás oxigênio da água.

Existe pequena chance de que Nocera, com uma vida de
trabalho, consiga realizar tanto quanto uma única folha
de grama.

Tradução: Deborah Weinberg



SUBJECT: Alpha da Constelação Mensa
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: "Urania" <urania_br@yahoogroups.com.br>, Ciência-List <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "Olympium" <olympium-olympia@yahoogroups.com>
DATE: 03/09/2001 20:46

Olá,

Alguém sabe se a estrela alpha da constelação Mensa tem nome???

Até mais...

<Bruno Woltzenlogel Paleo>
http://br.geocities.com/dopelganger5/
bwp@terra.com.br - UIN: 77325094





SUBJECT: Re: [ciencialist] fotossintese artificial
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/09/2001 20:48

Meus trabalhos com o ectoplasma, além de nacional, vai vencer essa turma da fotossíntese artificial. Quero ver eles fazerem um liquidificador funcionar com essa técnica primata que até as folhas são capazes de fazer! Ainda nem dominaram o plano astral!

[]'
Léo
==============
-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: "CienciaList" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 3 de setembro de 2001 09:06
Assunto: [ciencialist] fotossintese artificial


| The Boston Globe, September 1, 2001
|
| Cientistas se aproximam da fotossíntese artificial
|
| Gareth Cook
|
| Há um século, os químicos têm um sonho aparentemente
| impossível: capturar os reluzentes raios de sol em um
| frasco de água e transformá-los em combustível.
|
| Esse passe de mágica, que toda árvore e qualquer planta
| de vaso é capaz de fazer sem esforço, seria uma fonte não
| poluente inexaurível de energia para todas as máquinas da
| humanidade se os cientistas conseguissem copiá-lo.
|
| Daniel Nocera, professor de química do MIT, divulgará na
| sexta-feira (7), pela revista "Science", que deu um passo
| importante nesta busca, desenvolvendo uma técnica que
| utiliza a luz para extrair hidrogênio de um líquido.
| Hidrogênio é um gás que se queima de forma limpa.
|
| "Isto é realmente excitante", disse James McCusker,
| professor adjunto de química da Universidade Estadual de
| Michigan. "As idéias que estão apresentando servirão de
| base para novos avanços tecnológicos".
|
| Já se fala de uma economia baseada no hidrogênio, quando
| o mundo não mais depender de combustíveis fósseis obtidos
| da vida vegetal em decomposição. Para tornar isso
| realidade, Nocera e outros cientistas que trabalham com
| a "fotossíntese artificial" estão correndo para descobrir
| o segredo da natureza, antes que a sociedade queime a
| energia armazenada por incontáveis gerações de plantas.
|
| "Estamos vivendo com a luz do sol capturada há milhões de
| anos atrás", disse John Sofranko, diretor executivo do
| Instituto Americano de Engenheiros Químicos.
|
| Os cientistas disseram que a descoberta de Nocera está
| longe de resolver o problema energético e é muito
| ineficiente para ser usada comercialmente, mas representa
| a primeira vez que a luz foi usada para gerar gás
| hidrogênio pela adição de pequena quantidade de
| catalisador a um líquido. Como o catalisador pode ser
| reutilizado, como acontece com as plantas, o processo,
| teoricamente, poderia ser usado para gerar grandes
| quantidades de hidrogênio com a luz.
|
| "Ele realmente abriu uma porta, dando aos químicos nova
| maneira de atacar o problema", disse McCusker, que
| escreveu um comentário sobre o artigo da "Science",
| ressaltando sua importância.
|
| Uma árvore comum de bordo faz extração de energia solar
| parecer incrivelmente simples. Na primavera, as folhas
| pontudas da árvore se espalham, para coletar raios
| solares, combinando dióxido e carbono e água para criar
| açúcares que armazenam energia. O processo é tão
| eficiente que a árvore pode sobreviver longos invernos,
| muito tempo depois que seus coletores de energia mudaram
| de cor e caíram por terra.
|
| Os detalhes da fotossíntese, no entanto, são
| incrivelmente complexos, com moléculas fazendo uma dança
| longa e precisamente coreografada, que se desenvolveu em
| um processo evolutivo de bilhões de anos.
|
| Ao tentar copiar essa dança, os avanços foram lentos. Em
| 1998, Thomas Moore e uma equipe de pesquisadores da
| Universidade Estadual do Arizona anunciaram que haviam
| alcançado um marco importante, usando a luz e uma
| membrana artificial para formar a molécula chamada "ATP",
| que é o armazém biológico de energia.
|
| A descoberta gerou excitação, por suas potenciais
| aplicações como combustível de miniaturas de máquinas,
| uma área de extensa pesquisa.
|
| A reação, no entanto, não funcionava com água e dióxido
| de carbono e, portanto, ficou aquém da eficiência simples
| da fotossíntese.
|
| Nocera disse que havia escolhido uma estratégia diferente
| porque a fotossíntese em uma folha depende de uma vasta
| rede de minúsculas membranas.
|
| "Se você olha uma folha de perto, parece algo como a
| cidade de Nova York", comparou. "É uma gigantesca questão
| de arquitetura".
|
| Ao invés disso, Nocera concentrou-se em descobrir uma
| forma de usar a luz para dividir a água em seus
| componentes, hidrogênio e oxigênio. Estes, então,
| poderiam ser combinados para gerar energia. É assim que
| funcionam as células de combustível, como as utilizadas
| por foguetes espaciais. As células de combustível, por
| sua vez, têm como subproduto a água, que, com a luz,
| poderia ser dividida novamente em seus componentes,
| completando um ciclo que faria da luz eletricidade sem
| desperdício.
|
| Na mais recente pesquisa, Nocera foi capaz de criar uma
| espécie de molécula, usando um metal chamado ródio, que
| libera o hidrogênio de uma solução ácida quando iluminada
| pela luz.
|
| Os próximos passos, disse, serão aprimorar a molécula
| para que possa fazer a mesma coisa com a água, ao invés
| de solução ácida, e descobrir uma molécula que faça um
| processo análogo para extrair gás oxigênio da água.
|
| Existe pequena chance de que Nocera, com uma vida de
| trabalho, consiga realizar tanto quanto uma única folha
| de grama.
|
| Tradução: Deborah Weinberg
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Alpha da Constelação Mensa
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/09/2001 20:53


> Alguém sabe se a estrela alpha da constelação Mensa tem nome???

Creio que não. Pelo menos é o diz a seguinte lista:

http://www.cosmobrain.com/cosmobras/res/constelacoes.html

Abraços,

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

A belly button is for salt when you eat celery in bed.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova Teoria
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/09/2001 08:28

Oi Alberto,

Mais uma vez, obrigado pela sua resposta.

Depois de anos de pesquisa, eu posso dizer com certeza que "esta praia"
nunca foi frequentada anteriormente.
A dificuldade que vc sente em trabalhar com Cálculo Numérico, equações
diferenciais e computação avançada, não é uma exclusividade sua: Não há, no
mundo inteiro, nenhuma referência que apresente uma solução para o problema
proposto. As dificuldades são traduzidas em custos, e é aí que a coisa pega.
É preciso meses de dedicação, pesquisando métodos numéricos adequados à
solução do problema e programando um problema razoavelmente complexo.
Eu não tenho a intenção de convencer vc ou a algum internauta a investir
tempo refazendo todo o meu trabalho.
Eu prefiro apenas popularizar um fenômeno encontrado minha teoria que se
comporta como as partículas sub-atômicas. Portanto, num meio elástico,
propagam-se ondas que podem sofrer refração, reflexão, difração,
interferência, etc... Além disso, se forem incluídas algumas
não-linearidades, como as descritas no meu texto, aparecerá um novo
fenômeno, muito semelhante a uma partícula.
No meu entendimento, é tão importante tomar conhecimento deste fenômeno
quando se estuda Mecânica Quântica, quanto estudar "difração" quando se
estudam "Ondas".
É importante notar que o fenômeno encontrado não é uma teoria, mas sim um
resultado matemático, uma constatação. A associação deste fenômeno com as
partículas é sim uma teoria. Da mesma forma, as ondas mecânicas não são
teorias, são constatações, mas a teoria ondulatória da luz é uma teoria,
pois sugere uma associação de um fenômeno ondulatório (ondas) com o fenômeno
físico, a luz.

Eu achei muito interessante uma discussão na sua página sobre um modelo
geométrico que se propõe a mostrar uma coincidência entre o desenho obtido e
os níveis energéticos dos orbitais atômicos como descritos por Linus
Pauling.
Trata-se de uma curiosa coincidência (talvez apenas uma coincidência) e que
revelaria uma proposta de configuração atômica "cristalina", onde os
elétrons ocupariam aquelas posições.

"Puxando a sardinha para o meu lado", na minha teoria o elétron é estático
em relação ao núcleo. Não é preciso que ele fique girando para não
preciptar-se sobre o núcleo. Como partícula, o elétron é um dos fenômenos
descritos na minha teoria e sendo um fenômeno, eu mostro por matemática
numérica que ele sofre uma atração coulumbiana quando a distância for
suficientemente grande, mas ao se aproximar do núcleo ele sofre uma forte
repulsão não coulumbiana, descrita conforme as não linearidades que foram
introduzidas.
Num átomo complexo, os vários elétrons irão formar um conjunto estático,
como gemas de ovos num copo, que se espremem entre si, mas não se misturam,
não se rompem e nem perdem as suas identidades. Esta seria sim, uma
disposição estática e cristalina.
Neste contexto, é possível ajustar as não linearidades, de forma a
reproduzir com exatidão as posições eletrônicas em relação ao núcleo e os
níveis energéticos, conforme descritos por Linus Pauling.


[ ]'s
Antonio Ferrão Neto


----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, September 03, 2001 3:19 AM
Subject: [ciencialist] Nova Teoria


> Oi gente
>
> Eu costumo dizer que o número de teorizadores brasileiros está muito aquém
> de nossas necessidades. Em virtude disso, sempre fico feliz quando surge,
no
> pedaço, um novo teorizador, dotado de boas intenções. Conheço muito bem as
> dificuldades que ele irá encontrar pela frente. Quase sempre é alguém que
> está fora do Olimpo Acadêmico, visto que os "deuses" da ciência não vêem
com
> bons olhos aqueles que não seguem a risca os mandamentos do Olimpo, tão
bem
> documentados na bíblia do Thomas Kuhn.
>
> Aliás, o surgimento de teorizadores fora dos domínios acadêmicos, não é
> virtude nacional e isto também se lê na bíblia citada. Ou seja, à medida
em
> que a "ciência normal" começa a capengar, e os acadêmicos não conseguem
mais
> esconder suas decepções embaixo do tapete e/ou "inventar" hipóteses "ad
> hoc", com a única finalidade de proteger seus dogmas de fé, começam a
> pipocar notícias sobre idéias alternativas provenientes de outros rincões.
>
> Obviamente, nada disso aconteceria se houvesse respeito mútuo entre
> acadêmicos e teorizadores marginalizados e/ou se fosse adotado o lema
> popperiano de "revolução permanente". Ora, dirão vocês: Como separar o
joio
> do trigo? E eu perguntaria em resposta: Os nossos acadêmicos não estão em
> condições de avaliar uma nova teoria? Afinal, com que finalidade formam-se
> doutores neste país? Apenas para que eles nos informem quais são as
revistas
> confiáveis e editadas no exterior?
>
> Bem, não precisam responder. Também não quero solicitar aqui que leiam a
> minha teoria pois, certo ou errado, eu não estou mais a precisar de
ninguém.
> Minhas cartas já foram lançadas e nem eu mesmo posso modificar o resultado
> do "jogo". O tempo será o único juiz implacável, seja contra mim, seja
> contra aqueles que se ofereceram gratuitamente como adversários.
>
> A finalidade desta mensagem é solicitar que leiam o trabalho de alguém que
> acredito seja um jovem teorizador e que humildemente enviou-me um e-mail,
> creio que na esperança de que eu o citasse na seção "Novas Teorias" de meu
> website (o que aliás já foi feito). Rigorosamente falando, ele não pediu
> nada, apenas atendeu à solicitação que fiz em meu site.
>
> O assunto em particular me interessa, mas eu não me encontro em condições
de
> proferir um julgamento sobre o trabalho. Primeiro, porque eu sou um
> teorizador e o teorizador nem sempre é a pessoa ideal para julgar teorias
de
> terceiros; e em segundo, porque é um trabalho relacionado à física
quântica
> e ainda que proponha modificações profundas no núcleo da teoria, parece-me
> conservar alguns de seus postulados básicos; e em terceiro porque está
> intimamente relacionado à resolução de equações diferenciais através de
> computador, utilizando-se do Cálculo Numérico, e essa não é a minha praia.
>
> Uma síntese do artigo está em http://www.geocities.com/aferraonetobr/ e a
> partir daí pode-se obter o artigo na íntegra no formato doc (cerca de 5
Mb).
>
> [ ]'s
> Alberto
> http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm
>
>
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> Para sair da lista envie um mail para
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova Teoria
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/09/2001 11:15

----- Original Message -----
From: "Antonio"
Sent: Tuesday, September 04, 2001 8:28 AM
Subject: Re: [ciencialist] Nova Teoria

Olá, Antônio

> A dificuldade que vc sente em trabalhar com Cálculo Numérico, equações
> diferenciais e computação avançada, não é uma exclusividade sua: (...)

Para ser sincero, acho muito interessante essa abordagem e noto com
satisfação a sua preocupação em esclarecer o leitor sobre as diferenças
entre a observação do fenômeno, matemático em origem, e as teorias
propriamente ditas, a se utilizarem dessa constatação na explicação do mundo
físico.

> Não há, no mundo inteiro, nenhuma referência que apresente uma solução
> para o problema proposto.

Acredito. Não obstante, o Cálculo Numérico em sí é bastante utilizado, até
mesmo antes do advento dos computadores, como você mesmo parece ter dado
a entender em seu trabalho. Sob esse aspecto vejo que determinadas críticas
poderão surgir não ao seu trabalho em si, mas às superficialidades do mesmo.
Aliás, críticas superficiais e quase sempre destituídas de conteúdo, é o que
você mais receberá, e digo isso por experiência própria (milito na
teorização em ciência desde 1970). Por exemplo, um tal de Bruno respondeu à
mesma mensagem minha, postada no "uol.educacao.ciencia", de maneira
satírica, afirmando que você "redescobriu o conceito de campo quântico como
Dirac o propôs em 1932". Ora, não foi isso que captei de uma leitura
superficial de seu trabalho. Mesmo correndo o risco de dizer alguma asneira,
pois não conheço em profundidade a obra de Dirac, diria utilizando as suas
palavras que Dirac "apresentou o problema" (chegou a uma equação a partir de
hipóteses físicas) e você, na primeira parte de seu trabalho, está efetuando
o caminho inverso, qual seja, está "em busca da solução".

> As dificuldades são traduzidas em custos, e é aí que a coisa pega.
> É preciso meses de dedicação, pesquisando métodos numéricos adequados à
> solução do problema e programando um problema razoavelmente complexo.

Em vista do que se gasta no estudo dos "gnomos" quânticos, diria que esse
dinheiro nem seria tanto e, a meu ver, seria bem empregado.

> Eu não tenho a intenção de convencer vc ou a algum internauta a investir
> tempo refazendo todo o meu trabalho.

Não há necessidade de todo o mundo repetir as experiências realizadas pelos
demais cientistas. Assim como não preciso executar a experiência de Faraday
para acreditar na mesma, creio que seria suficiente a verificação do
resultado por algumas fontes fidedignas, e isto é o que realmente acaba
acontecendo com quase todos os fenômenos constatatos experimentalmente. No
momento, a única fonte de referência que tenho a respeito é você, e tanto
posso acreditar nos seus resultados como não, mas jamais poderei afirmar que
você está errado. Seria essa uma atitude muito leviana de minha parte.

> É importante notar que o fenômeno encontrado não é uma teoria, mas sim um
> resultado matemático, uma constatação. A associação deste fenômeno com as
> partículas é sim uma teoria. Da mesma forma, as ondas mecânicas não são
> teorias, são constatações, mas a teoria ondulatória da luz é uma teoria,
> pois sugere uma associação de um fenômeno ondulatório (ondas) com o
> fenômeno físico, a luz.

Com efeito. E diria mais: esse mesmo fenômeno poderá ser compatível com mais
de uma teoria. Ou seja, se você conseguiu decifrar fenômenos que se escondem
por trás de uma ou mais equações diferenciais, na realidade você está
apontando fatos à primeira vista compatíveis com todas as teorias que, tendo
por base determinadas hipóteses, chegam a esta(s) equação(ões)
diferencial(ais). Digo "à primeira vista" pois a equação poderá ser, por
exemplo, conseqüente a uma ou duas hipóteses e o fenômeno, observado através
do Cálculo Numérico, poderá vir a contradizer uma terceira hipótese que não
entrou na dedução da equação. E é aí que entra aquela história da criação de
hipóteses "ad hoc" a superproteger uma teoria mal fundamentada.

> Eu achei muito interessante uma discussão na sua página sobre um modelo
> geométrico que se propõe a mostrar uma coincidência entre o desenho obtido
> e os níveis energéticos dos orbitais atômicos como descritos por Linus
> Pauling. Trata-se de uma curiosa coincidência (talvez apenas uma
> coincidência) e que revelaria uma proposta de configuração atômica
> "cristalina", onde os elétrons ocupariam aquelas posições.

Com efeito, este é também um achado matemático, no caso geométrico. Não
existe teoria alguma, apenas um convite à teorização.

> "Puxando a sardinha para o meu lado", na minha teoria o elétron é estático
> em relação ao núcleo. Não é preciso que ele fique girando para não
> preciptar-se sobre o núcleo. Como partícula, o elétron é um dos fenômenos
> descritos na minha teoria e sendo um fenômeno, eu mostro por matemática
> numérica que ele sofre uma atração coulumbiana quando a distância for
> suficientemente grande, mas ao se aproximar do núcleo ele sofre uma forte
> repulsão não coulumbiana, descrita conforme as não linearidades que foram
> introduzidas.

Nesse ponto a matemática dá lugar à física e começam a surgir as hipóteses e
daí as teorias. Pela minha teoria o elétron (próton) não gera um campo
coulombiano e, portanto, não preciso apelar para inversão de forças e/ou
para as interações fortes da física "moderna" tradicional. Não existindo
essa inversão, não existe ponto de equilíbrio (onde a força seria zero) e
portanto o "meu" elétron deve estar em movimento. O que não significa dizer
que deva irradiar energia, pois ele não está sujeito às mesmas leis
constatadas no macrocosmo com cargas elétricas. Em outras palavras, o
elétron não é um mero ponto material, ele tem uma estrutura, e essa
estrutura não tem simetria esférica, à semelhança das cargas elétricas.
Conseqüentemente, não será qualquer aceleração que irá responder por uma
irradiação energética.

> Num átomo complexo, os vários elétrons irão formar um conjunto estático,
> como gemas de ovos num copo, que se espremem entre si, mas não se
> misturam, não se rompem e nem perdem as suas identidades. Esta seria sim,
> uma disposição estática e cristalina.
> Neste contexto, é possível ajustar as não linearidades, de forma a
> reproduzir com exatidão as posições eletrônicas em relação ao núcleo e os
> níveis energéticos, conforme descritos por Linus Pauling.

Pois é, é sempre possível ajustar teorias contraditórias a um mesmo achado
matemático. A dúvida que surge, e "puxando agora a sardinha para o meu lado"
;-), e se esse conjunto estático estaria realmente a representar os
elétrons. Parece-me mais provável que esse conjunto estático estaria a
refletir a existência de um campo estacionário. O campo sim seria
estacionário e as partículas estariam viajando em altas velocidades por este
campo. Ou seja, as partículas em um movimento muito especial gerariam um
campo estacionário a se adaptar a equações diferenciais que, ao serem
resolvidas, traduzir-se-iam no campo e não nas partículas em si. É assim que
vejo a dualidade corpúsculo-onda, algo que rigorosamente falando não existe.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Alpha da Constelação Mensa
FROM: centaurus@mtv.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/09/2001 17:31

Fiz um curso de astronomia e nunca ouvir falar desta constelação "mensa"....Se
puder forneça todos os nomes desta constelação inclusive o genitivo para
que eu possa identificar.forneça também ascenção reta e declinação de tal
estrela como os dados da constelação.

-- Mensagem original --

>Olá,
>
>Alguém sabe se a estrela alpha da constelação Mensa tem nome???
>
>Até mais...
>
><Bruno Woltzenlogel Paleo>
>http://br.geocities.com/dopelganger5/
>bwp@terra.com.br - UIN: 77325094
>
>
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Alpha da Constelação Mensa
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/09/2001 19:14


> Fiz um curso de astronomia e nunca ouvir falar desta constelação
"mensa"....Se
> puder forneça todos os nomes desta constelação inclusive o genitivo
para
> que eu possa identificar.forneça também ascenção reta e declinação
de tal
> estrela como os dados da constelação.

Algumas informações sobre a constelação Mensa ("Mesa" em português):

http://einstein.stcloudstate.edu/Dome/constellns/men.html


#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"Men have a much better time of it than woman; for one thing they
marry later; for another thing they die earlier." - H.L. Mencken




SUBJECT: Sylvia Browne e James Randi
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/09/2001 03:53

Caros colegas,

Estava assistindo a tv a cabo ontem (03/09) quando me deparei com o Larry King entrevistando a Sylvia Browne, conhecida 'Psychic' americana, na CNN e falando ao vivo, direto de Miami, com ningum menos que Randi.

Fiquei bastante emocionado e louco para ver o Randi destroar a "Psychic" picareta ( perdoem o pleonasmo).

Mas, para minha desagradvel surpresa, o que vi foi um Randi aptico e pouco elucidativo em seus comentrios sobre os "poderes" adivinhatrios de Sylvia. O melhor que fez foi lanar o conhecido desafio de um milho de dlares.

Em um determinado momento uma mulher ao telefone perguntou a Sylvia se seu filho morto estava bem. Ento houve o seguinte dilogo:

Sylvia: - It was an accident, wasn't it?
Mulher: - Yeah. He was murdered.
Sylvia: - I see two people.
Mulher: - Yeah...
Sylvia: - People scattared, didn't they?
Mulher: - Yeah...
Sylvia: I see a friend of your son involved... He's name was Fulano de tal. And I also see Beutrano there.
Mulher: Yeah. Oh my God!

A tal paranormal disse o nome e sobrenome dos caras e a mulher do outro lado respondeu que 'sim'. Como isso foi possvel? Ser que estava combinado?

Ao final, Sylvia disse que Randi deveria checar seu ventrculo esquerdo e ele respondeu que iria ao cardiologista no dia seguinte e mandaria um relatrio completo de seu corao para Larry e Sylvia. Mas pera...o Randi j velho. No seria nada anormal se ele tivesse, por exemplo, uma leve hipertrofia de ventrculo esquerdo.

Algum a assistiu?

[]s
Raul


[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sylvia Browne e James Randi
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/09/2001 04:00

Havia esquecido de mandar os links:

Larry King
http://www.cnn.com/CNN/Programs/larry.king.live/

Sylvia Browne
http://www.sylvia.org

James Randi
http://www.randi.org/

[]s
Raul



SUBJECT: Re: Sylvia Browne e James Randi
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/09/2001 08:54

> Fiquei bastante emocionado e louco para ver o Randi destroçar
a "Psychic" picareta ( perdoem o pleonasmo).
>
> Mas, para minha desagradável surpresa, o que vi foi um Randi
apático e pouco elucidativo em seus comentários sobre os "poderes"
adivinhatórios de Sylvia. O melhor que fez foi lançar o conhecido
desafio de um milhão de dólares.

## Tambem assisti e concordo que o Randi tava apagado. Quem sabe...
ele sabe que ela tem poderes ,e tava com o coracao (ventriculo
esquerdo) na mao. heheheh


> Em um determinado momento uma mulher ao telefone perguntou a Sylvia
se seu filho morto estava bem. Então houve o seguinte diálogo:
>
> Sylvia: - It was an accident, wasn't it?
> Mulher: - Yeah. He was murdered.
> Sylvia: - I see two people.
> Mulher: - Yeah...
> Sylvia: - People scattared, didn't they?
> Mulher: - Yeah...
> Sylvia: I see a friend of your son involved... He's name was Fulano
de tal. And I also see Beutrano there.
> Mulher: Yeah. Oh my God!
>
> A tal paranormal disse o nome e sobrenome dos caras e a mulher do
outro lado respondeu que 'sim'. Como isso foi possível? Será que
estava combinado?

## Perdi os 10 min iniciais e vou olhar pela internet (depois) para
entender pq o Larry King estava antepatico com o Randi. Era sorrisos
com a mistica e com o Randi eram soh perguntas tipo "e-agora-cetico-
metido-a-sabichao-como-voce-explica-isso?!".
O resto eu gravei em video, pq meu ingles nao eh bom e preciso
rever pra nao perder as coisas. Alias, minhas observacoes sao sobre o
que entendi. :)

## Outra coisa que achei bastante chata eh que as pessoas que
ligaram para falar no programa eram mulheres 'geleia' que queriam uma
consulta com a mistica. A mistica falava algumas coisas, nem sempre
tao especificas (ao que parece) como o relatado acima, e as mulheres
se derretiam em gemidos. Esse 'Yeah. Oh my god.' e pronto nao eh
muito claro. Se ela conseguir acertar tanto assim.. do nada... eh
caso para altas investigacoes... alguns misticos vao logo
falar... "siiiim, soh AGORA voce foi perceber!!?? Nos estamos falando
isso a ANOS !!!" :) , mas nao adianta... sou cetico cabeca dura...
continuo chato. Nao tenho mente aberta nao... junta muita mosca. :)



> Ao final, Sylvia disse que Randi deveria checar seu ventrículo
esquerdo e ele respondeu que iria ao cardiologista no dia seguinte e
mandaria um relatório completo de seu coração para Larry e Sylvia.
Mas peraí...o Randi já é velho. Não seria nada anormal se ele
tivesse, por exemplo, uma leve hipertrofia de ventrículo esquerdo.
> Alguém aí assistiu?
> []s
> Raul


## Essa do ventriculo esquerdo foi bem especifica, nao eh dificil
ela errar pelo simples chute... pq o Randi jah tah bem velho. Mas se
ela acertar, mais um ponto pra ela... alias...

## Em tempo, alguem conhece algum vidente por ai... to precisando
de umas consulta ... to cuns pobrema. hehe

Ateh mais.
Luis Brudna - o eVidente.





SUBJECT: Re: Sylvia Browne e James Randi
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/09/2001 09:12


O texto de todo dialogo do programa estah disponivel em

http://www.cnn.com/TRANSCRIPTS/0109/03/lkl.00.html


Ateh mais.
Luis Brudna



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sylvia Browne e James Randi
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/09/2001 12:37

Com a transcrição do programa pude recuperar um trecho da conversa no qual
Sylvia 'chuta' e erra feio. E o pior é que dá uma desculpa esfarrapada e sem
nexo para o erro, segue em frente e ninguém diz nada. Eu não sei porque o
Randi não aproveitou essa...

Aí vai o trecho:


CALLER: This is someone who's deceased?

BROWNE: No, no, this person's alive.

CALLER: OK.

BROWNE: Yes. Now, the person...

KING: Are you asking about someone who's deceased, ma'am?

CALLER: Yes, sir.

BROWNE: Now, OK, but see, when you ask me a question, I'm going to get the
whole thing. It's like Rosemary Althea does, we get the whole thing. Now,
who is the older woman that's passed over, very small, sharp features?

============

Aí vai o trecho que eu havia mencionado no outro e-mail:


BROWNE: You know, there was two people involved with this.

CALLER: OK.

BROWNE: And one of the person's names -- we have to be awfully careful --
was a person by the name of Curtis, with an L.

CALLER: OK.

BROWNE: And then there was a Lee J. Roth that had -- that knows a lot.

CALLER: OK.

BROWNE: I'm not saying these are actually the perpetrators. But all of a
sudden, when this happened, everybody scattered.

CALLER: Yes. It happened broad daylight, and then supposedly people saw
something, but...

BROWNE: Yes, but see, everybody was afraid.

CALLER: Yes.

KING: How was your son killed?

CALLER: He was murdered on the streets of Detroit.

=========================

Percebem como a Sylvia pergunta como o garoto morreu? Por que ela não
adivinhou?

E quanto aos nomes, eu acho que ela os inventou e esse "ok" da mulher
significava "estou entendendo" e não "sim, eles estavam lá".

[]s
Raul




SUBJECT: Re: Sylvia Browne e James Randi
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/09/2001 16:07

--- In ciencialist@y..., lrb@i... wrote:
>
> O texto de todo dialogo do programa estah disponivel em
>
> http://www.cnn.com/TRANSCRIPTS/0109/03/lkl.00.html
>
>
> Ateh mais.
> Luis Brudna


Caso alguém tenha ficado curioso a respeito do desafio de um certo
Victor Zemet, citado pela Sylvia Browne, o nome correto é Victor
Zammit:

http://www.victorzammit.com

Essa figura é velha conhecida nos círculos da "transcomunicação
instrumental" e escreveu um livro defendendo a vida após a morte, com
o subtítulo de "as provas objetivas irrefutáveis" (uau!)

Zammit oferece 1 milhão de dólares a qualquer um que refutar
as "provas" da existência da vida após a morte. Ora, quem afirma que
essas provas existem é que tem que apresentá-las. O que Zammit está
fazendo, apresentando um desafio que não pode ser vencido, o próprio
Randi já fez há alguns anos, satirizando Uri Geller e oferecendo um
milhão para quem desentortasse com o poder da mente uma colher torta
que Randi dizia ter debaixo da cama.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Loucos !
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/09/2001 19:54

17. Estudo confirma: e' universal a imagem do cientista como louco

Evanildo da Silveira escreve para "O Estado de SP":

A imagem do cientista como maluco ou um homem de jaleco branco, oculos e
tubo de ensaio nas maos e' universal e aparece bem cedo no imaginario das
pessoas.

O historiador da ciencia Leopoldo de Meis, da UFRJ, que estuda o tema ha'
dez anos, comprovou isso numa pesquisa com estudantes de varios paises,
publicada no seu livro Ciencia e Educacao - O Conflito Humano Tecnologico.

Meis estudou criancas de tres faixas etarias - 5 a 7 anos, 10 a 13 anos e 15
a 17anos - do Brasil, EUA, Franca, Italia, Mexico, Chile, India e da
Nigeria.

"Para evitar o problema de restricao do vocabulario, principalmente com as
mais novas, pedimos 'as criancas que fizessem desenhos de cientistas",
explica.

"A imagem do cientista desenhada praticamente por todas as criancas e
adolescentes de todos os paises foi a de um homem vestindo um jaleco branco,
trabalhando em um laboratorio, com vidraria, sugerindo um quimico."

Embora tenha concluido que a imagem que as criancas tem dos cientistas,
independentemente de fatores culturais, pois e' semelhante em todos os
paises, Meis nao sabe por que isso ocorre.

"A grande freqüencia com que elas desenham vidrarias talvez seja reflexo de
um conceito predominante na Europa dos seculos 18 e 19, que identificava o
cientista com um quimico."

Os desenhos das criancas estudados por Meis mostram tambem o cientista quase
sempre do sexo masculino e, 'as vezes, maluco.

O pesquisador atribui essa imagem 'a influencia do romance Frankenstein, de
1816, da escritora inglesa Mary Shelley, considerada a primeira feminista do
mundo, que nao pintou o cientista com boas cores.
(O Estado de SP, 2/9)


[]'
Léo
=============



SUBJECT: Meu clone, meu servical.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/09/2001 19:58

18. Para Vaticano, clonagem e' racista

O Vaticano considera a clonagem humana "uma nova forma de racismo", segundo
documento divulgado nesta quarta-feira, referente 'a Conferencia das Nacoes
Unidas sobre o Racismo.

"As tradicionais formas de exclusao - discriminacao racial, xenofobia e
intolerancia - juntam-se 'as novas formas de racismo como a exploracao
sexual de mulheres e criancas e metodos artificiais de procriacao, em
particular, a clonagem", destaca o documento, elaborado pelo Conselho de
Justica e Paz.

De acordo com o texto do Vaticano, "existe risco de uma nova forma de
racismo, porque o desenvolvimento dessas tecnicas podem conduzir a criacao
de uma subespecie de serea humanos essencialmente destinados a serem usados
por poucos, em uma nova e terrivel forma de escravidao".
(O Estado de SP com informacoes da AP e EFE, 30/8)


[]'
Léo



SUBJECT: Multas para os professores
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/09/2001 20:02

De Demerson Dias - news socialismo-br
[]'
Léo
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Pessoas,

Estarrecido, tomei conhecimento de decisão judicial proferida em MG na
qual a autoridade judicante condena mestres e Estado a pagarem multa pela
ausência das aulas em decorrência de greve de docentes. Atribui inclusive
uma curiosa multa sobre os professores de um real por cada aluno que perder
uma aula.
Não vou contestar o inusitado da decisão, inclusive porque o país carece
de ousadia jurídica. Mas é preciso ter em mente que não se resolve problemas
estruturais e conjunturais através de medidas meramente formais. Daí que o
que poderia ser encarado como atitude corajosa descamba para o primarismo no
trato com uma questão social fundamental e complexa.
De relance ouvi o magistrado alegar que a questão da reivindicação dos
professores deveria ser resolvida em foro próprio e os alunos não podem ser
prejudicados em razão disso. Não deixa de ser curioso que, a rigor, se puna
os envolvidos por não chegar a um acordo. Eis uma herança inusitada do
Varguismo.
Curioso também é a mídia que conseguiu encontrar estudantes num surto de
aplicação reivindicando as aulas. Percebe-se que não só o movimento
estudantil não está coeso no apoio aos docentes, como a telinha seduz até
mesmo os estudantes a esquecerem o perpétuo esforço que fazem para cabular
aulas.
Menciono tais estudantes e a mídia porque junto ao magistrado cometem um
mesmo equívoco que a um mesmo tempo é ingênuo e estúpido. Completamente
submissos à manipulação neoliberal confundem educação com o simulacro das
qualidades totais e que tais modernosos que nos impingem produtos adornados
na medida para nos sujeitar à mediocridade.
Ensino, agora, nenhuma relação mais guarda com transmissão de conhecimento,
muito menos com cidadania, que dirá, fortalecer a dignidade. Para o douto
juiz, basta que o Estado garanta a permanência em sala de aula.
Foge à sua preocupação o nível e o conteúdo pedagógico sem os quais o
ensino se transforma em mera estatística governamental para "iludir" o Banco
Mundial. Trata-se de corroborar a mesma farsa segundo a qual a eliminando-se
a repetência escolar se promove imediatamente o nível do ensino.
Tudo como uma diabólica e secular mentalidade de subalternidade que
marca, como ao gado, a auto-estima das populações periféricas e preteridas.
Percebo como é grave a leviandade com que se trata o Estado Democrático
de Direito na presente democracia liberal (ao fim, globalitária e
plutocrática) que nos condena a sermos perpetuamente quintal, colônia e
sub-raça.
O tipo de decisão proferida traveste a democracia de um mero jogo de
interesses em que tudo pode se resumir a uma peça abstrata de direito que,
deslocada da realidade conjuntural, acaba por produzir um alternativa mais
bizarra ainda que a própria situação que leva os docentes à greve.
Os alunos fingirão que estão aprendendo algo, para dar satisfação aos
familiares> Estes, aos poucos vão perdendo seus valores tradicionais para um
mundo que tanto quanto muda velozmente precariza a qualidade das relações
humanas.
Professores devem fingir que educam, como se da entrega da dignidade por
salários vis e de propostas pedagógicas infames pudesse ser parido um
sistema de ensino que nos afaste do abismo civilizatório em que o
capitalismo nos meteu.
E por fim o Estado deve seguir sua sanha arrecadatória, a predação da
sociedade e dos aparelhos do Estado e a destinação imposta de parcelas cada
vez mais volumosas de suas receitas para as obrigações fiscais ditadas em
algum gabinete dos organismos internacionais.
Nesse contexto, uma decisão que poderia ser um arroubo de indignação e
coragem pela precarização do ensino no país transforma-se em caricatura da
crise social em que é prolatada. Não importam mais as finalidades da
sociedade. O que nos move é mantermos as aparências.
Essa perspectiva tem vida efêmera. É como a embalagem oca de um produto
que no primeiro confronto com a realidade irá demonstrar tardiamente que não
basta coragem para ousar. É preciso saber qual é o problema que deve ser
atacado.
Do contrário, estaremos apenas formando uma escória incapaz de reconhecer
até mesmo quando deve lutar por dignidade. Aplicado a outras áreas, podemos
imaginar os hospitais com todos os funcionários, mas sem estruturas,
aparelhos e medicamentos deixando de ser casas de saúde para converterem-me
em mera triagem do necrotério.
O que esperar de uma sociedade na qual um magistrado, da altura de sua
posição social não consegue distinguir a educação da sustentação de um
sistema falido. Nem parece que neste país nasceu um certo Paulo Freire.
Triste a memória de um país mal educado.

Vida Plena

Démerson Dias



SUBJECT: Sylvia X Randi - baixaria
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/09/2001 20:04

Olhando novamente o site *da* Sylvia Browne encontrei a seguinte
declaracao..

"S Y L V I A V S J A M E S R A N D I
Sylvia was on Larry King Live (9/3/01) with guest skeptic James
Randi. The whole world saw that Randi is a godless bigot with one
mission - destruction. To see more information about Randi, including
allegations of pedophilia, visit the following website:
http://www.geocities.com/randiexpert2001 "

Que baixaria, essa mistica eh de vomitar.


Enquanto escrevia este e-mail percebi que o site que atacava o Randi
com acusacoes pesadas (e provavelmente falsas) comecou a apresentar
problemas... curioso... nunca tinha visto essa mensagem no sistema
Geocities.
'Sorry, this site is temporarily unavailable!
The web site you are trying to access has exceeded its allocated data
transfer. Visit our help area for more information. '

Jogando verde pra colher maduro... serah que o geocities tirou o
site do ar? Por pedido de terceiros? Muuuiiito estraaanho. Essa
novela vai longe.


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna



SUBJECT: Re: Sylvia X Randi - baixaria
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/09/2001 21:02

> Jogando verde pra colher maduro... serah que o geocities tirou o
> site do ar? Por pedido de terceiros? Muuuiiito estraaanho. Essa
> novela vai longe.

Minha teoria conspiracionista nao funcionou. O site voltou a
funcionar novamente. :)

Quem gostou do 'caso' eh soh acompanhar atraves do forum que tem
no site do Randi ( http://www.randi.org )

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - acompanhando a novela.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova Teoria
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/09/2001 02:42

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, September 04, 2001 11:15 AM
Subject: Re: [ciencialist] Nova Teoria


Oi Alberto,



> > A dificuldade que vc sente em trabalhar com Cálculo Numérico, equações
> > diferenciais e computação avançada, não é uma exclusividade sua: (...)
>
> Para ser sincero, acho muito interessante essa abordagem e noto com
> satisfação a sua preocupação em esclarecer o leitor sobre as diferenças
> entre a observação do fenômeno, matemático em origem, e as teorias
> propriamente ditas, a se utilizarem dessa constatação na explicação do
mundo
> físico.
>

Mas a abordagem numérica não é muito bem aceita pelos físicos. Eles são
excelentes matemáticos analíticos, mas deixam muito a desejar no que se
refere à matemática numérica.
Se você for visitar o Instituto de Física da USP, por exemplo, vc entenderá
bem o que eu estou dizendo. Eles adoram ficar trancados em salas de aula
discutindo equações matemáticas com todas aquelas suas notações complexas e
chegam a conclusões muito limitadas e sempre dentro de um padrão ditado por
cientistas famosos da primeira metade do século XX. As sagradas bases da
mecânica quântica são intocáveis e o que é mais absurdo: Indiscutíveis. Na
limitada visão destes físicos, aquelas verdades são absolutas e pronto.
Eu vejo nisso uma sombra da dominação extrangeira sobre o que seria uma
filosofia genuinamente brasileira. O que os nossos físicos fazem é repetir o
que os extrangeiros já fizeram há muitos anos. As nossas universidades
adotam modelos de ensino europeus e qualquer coisa diferente do que nos é
imposto, cai no ridículo.



> > Não há, no mundo inteiro, nenhuma referência que apresente uma solução
> > para o problema proposto.
>
> Acredito. Não obstante, o Cálculo Numérico em sí é bastante utilizado, até
> mesmo antes do advento dos computadores, como você mesmo parece ter dado
> a entender em seu trabalho. Sob esse aspecto vejo que determinadas
críticas
> poderão surgir não ao seu trabalho em si, mas às superficialidades do
mesmo.
> Aliás, críticas superficiais e quase sempre destituídas de conteúdo, é o
que
> você mais receberá, e digo isso por experiência própria (milito na
> teorização em ciência desde 1970). Por exemplo, um tal de Bruno respondeu
à
> mesma mensagem minha, postada no "uol.educacao.ciencia", de maneira
> satírica, afirmando que você "redescobriu o conceito de campo quântico
como
> Dirac o propôs em 1932". Ora, não foi isso que captei de uma leitura
> superficial de seu trabalho. Mesmo correndo o risco de dizer alguma
asneira,
> pois não conheço em profundidade a obra de Dirac, diria utilizando as suas
> palavras que Dirac "apresentou o problema" (chegou a uma equação a partir
de
> hipóteses físicas) e você, na primeira parte de seu trabalho, está
efetuando
> o caminho inverso, qual seja, está "em busca da solução".
>

Eu quero sim receber críticas, mas preciso filtrar aquelas que não forem
sérias, ou sem um teor científico ou mesmo demasiadamente superficiais .
Eu conheço a obra de Dirac e a Eletrodinâmica Quântica (QED).
Existe sim uma afinidade entre a minha teoria e o trabalho de Dirac, embora
essa afinidade seja muito fraca. Na verdade, seria mais preciso dizer que as
teorias de topologia da eletrodinâmica quântica, algumas delas envolvendo a
teoria dos nós, estão mais próximas da minha abordagem. Aliás, eu comento
isso no meu texto. Também alguém poderia caracterizar a minha teoria como
uma "Quantum Gauge Theory". Entretanto, é um absurdo dizer que a abordagem
de Dirac é a mesma abordagem que uso em meu trabalho. Se alguém disse isso,
é porque não leu pelo menos um dos dois trabalhos, o meu ou o trabalho de
Dirac.
QED lida com processos envolvendo a criação de partículas elementares à
partir da energia eletromagnética. Isto significa que a QED e teorias afins
olham o problema de fora para dentro. Eu olho o problema de dentro para
fora. A minha teoria visa explicar COMO ocorrem estes processos. QED tenta
explicar os resultados em termos de suas observações. Eu tento mostrar que
os fenômenos observados numa simulação podem ser associados com as
observações físicas. Esta associação é o que faz do meu trabalho uma teoria.
Como você bem disse, eu estou usando o caminho inverso. Existe uma sutil,
mas gigantesca diferença entre ambas as abordagens.
Em termos práticos, apenas para ressaltar a diferença, com a minha abordagem
eu posso obter resultados e explicar fenômenos jamais obtidos, explicados ou
descritos antes em qualquer teoria, seja a de Dirac ou de qualquer outra.

> > As dificuldades são traduzidas em custos, e é aí que a coisa pega.
> > É preciso meses de dedicação, pesquisando métodos numéricos adequados à
> > solução do problema e programando um problema razoavelmente complexo.
>
> Em vista do que se gasta no estudo dos "gnomos" quânticos, diria que esse
> dinheiro nem seria tanto e, a meu ver, seria bem empregado.
>

Um aspecto importante é que os custos envolvendo a matemática analítica se
limitam a um lápis, um pedaço de papel e algum tempo do cientista. Já a
matemática numérica muitas vezes envolve altos custos. As vezes, estes
custos devem considerar a utilização de máquinas com alto nível de
processamento, utilizando arquitetura paralela e que produz em segundos os
resultados que um PC produziria em meses de processamento. Estes
super-computadores precisam ser programados por pessoas treinadas e envolvem
complexos algorítmos que são aperfeiçoados ao longo do tempo, ajustando-se
ao hardware da máquina. Eu estou falando de um investimento de vários
milhões de dólares.
Muitas empresas ou instituições guardam estes desenvolvimentos "à sete
chaves". Infelizmente, muito retrabalho é feito e muita informação se perde
com estes segredos industriais.

Pensar em reproduzir os cálculos numéricos que eu proponho numa escala maior
do que a apresentada no meu texto e em um computador inadequado, como um PC
ou mesmo uma máquina Risc, seria como tentar produzir o filme "Jurassic
Park" há trinta anos atrás: - Impossível!
Eu consegui reproduzir os meus resultados num PC simulando uma mebrana como
um meio bidimensional elástico não-linear, mas numa situação bastante
limitada. Uma simulação mais realística envolveria muito mais capacidade
computacional.

> > Eu não tenho a intenção de convencer vc ou a algum internauta a investir
> > tempo refazendo todo o meu trabalho.
>
> Não há necessidade de todo o mundo repetir as experiências realizadas
pelos
> demais cientistas. Assim como não preciso executar a experiência de
Faraday
> para acreditar na mesma, creio que seria suficiente a verificação do
> resultado por algumas fontes fidedignas, e isto é o que realmente acaba
> acontecendo com quase todos os fenômenos constatatos experimentalmente. No
> momento, a única fonte de referência que tenho a respeito é você, e tanto
> posso acreditar nos seus resultados como não, mas jamais poderei afirmar
que
> você está errado. Seria essa uma atitude muito leviana de minha parte.
>

Eu vejo algumas barreiras para que alguma instituição interesse-se em
estudar a minha teoria.
A primeira é o desconhecimento. A internet não é infinita, mas talvez seja o
exemplo mais próximo de uma fonte de informação infinita. É muito fácil
achar lixo na web e este fato "mascara" os trabalhos sérios, dificultando a
procura pelos mesmos e desmotivando os pesquisadores mais sérios.
Além do desconhecimento, existem aqueles que lêem o meu texto, mas não
acreditam nos resultados e não querem investir muito tempo e dinheiro
investigando algo no qual não acreditam. Eles preferem esperar que alguém no
exterior diga-lhes no que eles devem acreditar ou não. Sofrem da "Síndrome
da Dependência" e vão, é claro, sempre serem dependentes.
Outra dificuldade é que o meu texto ainda não está em Inglês. Isto é uma
enorme barreira para os pesquisadores extrangeiros. Eu leio, escrevo e falo
fluentemente em Inglês, mas antes de traduzir o meu texto eu quero produzir
um original em Portugês livre de erros e até mesmo didaticamente reescrito,
com certeza contando com a colaboração de meus colegas ... ;-) Além disso, o
texto de uma tese não pode, em hipótese alguma conter erros ortográficos
e/ou gramaticais.
Outras dificuldades seriam aquelas já apontadas por você, em todos estes
anos militando nesta área.
Mas eu não me preocupo com isso. Se eu estiver correto e se isto tiver que
acontecer, acontecerá e no dia em que acontecer, será como uma bomba.
Talvez, em algum momento futuro eu esteja assistindo ao telejornal e ouça
que algum gringo descobriu a minha teoria. Ele pode ter trocado o meu nome
pelo dele, ou mesmo ter feito uma descoberta independente. Aí eu terei dois
trabalhos: O primeiro é reivindicar os meus direitos de copyright e o
segundo é de sair xingado a todos os aqueles que não me deram crédito no
momento em que eu estava precisando :-).
E se isso acontecer com a sua teoria, Alberto, pode contar com a minha ajuda
para xingar :-D
Mas eu também ficaria feliz se alguém descobrisse algum "furo" na minha
teoria. Pelo menos seria uma resposta, e eu ficaria feliz do mesmo jeito. A
única coisa que realmente me incomoda são as "não-respostas".

> > É importante notar que o fenômeno encontrado não é uma teoria, mas sim
um
> > resultado matemático, uma constatação. A associação deste fenômeno com
as
> > partículas é sim uma teoria. Da mesma forma, as ondas mecânicas não são
> > teorias, são constatações, mas a teoria ondulatória da luz é uma teoria,
> > pois sugere uma associação de um fenômeno ondulatório (ondas) com o
> > fenômeno físico, a luz.
>
> Com efeito. E diria mais: esse mesmo fenômeno poderá ser compatível com
mais
> de uma teoria. Ou seja, se você conseguiu decifrar fenômenos que se
escondem
> por trás de uma ou mais equações diferenciais, na realidade você está
> apontando fatos à primeira vista compatíveis com todas as teorias que,
tendo
> por base determinadas hipóteses, chegam a esta(s) equação(ões)
> diferencial(ais). Digo "à primeira vista" pois a equação poderá ser, por
> exemplo, conseqüente a uma ou duas hipóteses e o fenômeno, observado
através
> do Cálculo Numérico, poderá vir a contradizer uma terceira hipótese que
não
> entrou na dedução da equação. E é aí que entra aquela história da criação
de
> hipóteses "ad hoc" a superproteger uma teoria mal fundamentada.
>

Sim, você entendeu.

> > Eu achei muito interessante uma discussão na sua página sobre um modelo
> > geométrico que se propõe a mostrar uma coincidência entre o desenho
obtido
> > e os níveis energéticos dos orbitais atômicos como descritos por Linus
> > Pauling. Trata-se de uma curiosa coincidência (talvez apenas uma
> > coincidência) e que revelaria uma proposta de configuração atômica
> > "cristalina", onde os elétrons ocupariam aquelas posições.
>
> Com efeito, este é também um achado matemático, no caso geométrico. Não
> existe teoria alguma, apenas um convite à teorização.
>

Sim, eu entendi. Devem existir muitas outras coincidências como esta. Talvez
uma delas corresponda à realidade. Talvez fosse necessário construir
desenhos não em duas dimensões, que é o plano do papel, mas talvez no espaço
3D, ou talvez 4D, 5D, ...
No espaço 3D, a circunferência seriam substituídas por esferas, e aí vai ...

> > "Puxando a sardinha para o meu lado", na minha teoria o elétron é
estático
> > em relação ao núcleo. Não é preciso que ele fique girando para não
> > preciptar-se sobre o núcleo. Como partícula, o elétron é um dos
fenômenos
> > descritos na minha teoria e sendo um fenômeno, eu mostro por matemática
> > numérica que ele sofre uma atração coulumbiana quando a distância for
> > suficientemente grande, mas ao se aproximar do núcleo ele sofre uma
forte
> > repulsão não coulumbiana, descrita conforme as não linearidades que
foram
> > introduzidas.
>
> Nesse ponto a matemática dá lugar à física e começam a surgir as hipóteses
e
> daí as teorias. Pela minha teoria o elétron (próton) não gera um campo
> coulombiano e, portanto, não preciso apelar para inversão de forças e/ou
> para as interações fortes da física "moderna" tradicional. Não existindo
> essa inversão, não existe ponto de equilíbrio (onde a força seria zero) e
> portanto o "meu" elétron deve estar em movimento. O que não significa
dizer
> que deva irradiar energia, pois ele não está sujeito às mesmas leis
> constatadas no macrocosmo com cargas elétricas. Em outras palavras, o
> elétron não é um mero ponto material, ele tem uma estrutura, e essa
> estrutura não tem simetria esférica, à semelhança das cargas elétricas.
> Conseqüentemente, não será qualquer aceleração que irá responder por uma
> irradiação energética.
>

Como você pode observar no meu texto, eu tenho uma forte tendência a ser
racionalista. Isto significa que se eu não posso descrever o Universo em
termos de uma abordagem clássica, como pretendiam os físicos do final do
século XIX, pelo menos eu gostaria de ter argumentos muito fortes para tais
"assumptions" e também uma ligação clara entre as duas abordagens,
mostrando inclusive a interface entre a abordagem clássica e esta nova
abordagem.

Em outras palavras, temos duas abordagens: Uma clássica e outra, vamos
dizer, quântica, cada uma com suas respectivas leis.

O que define uma ou outra abordagem parece ser a quantidade de movimento, de
acordo com Heisenberg, ou as energias envolvidas, ou até mesmo as dimensões
consideradas.
Temos, então leis fortes e bastante distintas nos dois extremos. A pergunta
que eu faço é: O que acontece no meio? Quando é que uma partícula de energia
ou dimensões intermediárias deixa de pertencer a um lado e passa a pertencer
ao outro? Além disso, qual o mecanismo que forma este processo?

Na minha opinião, uma teoria completa teria que responder à estas perguntas.
Tomemos por exemplo, a Relatividade Especial de Einstein. De um lado, temos
as equações de Newton, invariantes com relação à velocidade e de outro lado,
as de Einstein, variantes com relação à velocidade. O que acontece entre
elas? Ora, o componente variante se reduz, tendendo à zero, conforme a
velocidade diminui. Temos, então, duas mecânicas, a clássica e a
relativística, reduzidas a uma só.

Já na mecânica quântica, o que se faz é simplesmente estabelecer-se leis que
"valem porque valem", dentro de uma espécie de "recipiente probabilístico",
que são os orbitais eletrônicos do átomo de Niels Bohr. Ok, e na fronteira
deste recipiente, qual é a lei vigente? Qual o mecanismo que descreve estas
leis?
Isto fere a intuição dos racionalistas há muitos anos, como Einstein e de
Broglie, entre outros.

Alguém poderia me aparecer com a equação de Schrödinger, mas eu precisaria
de mais, eu precisaria de reduzir as equações de Maxwell às de Schrödinger
ou vice-versa, como feito por Einstein em relação às duas mecânicas, mas
isso não é possível, mesmo na QED. A propósito, a equação de Schrödinger não
pode ser provada e deve ser considerada como uma suposição fundamental da
teoria quântica.

Na atual abordagem quântica, existe um vazio no que diz respeito a estas
explicações.

Eu estou me propondo a responder a estas perguntas, inclusive mostrando
numericamente como se chegar à equação de Schrödinger. Esta é mais uma prova
de que a minha abordagem é diferente da de Dirac.

> > Num átomo complexo, os vários elétrons irão formar um conjunto estático,
> > como gemas de ovos num copo, que se espremem entre si, mas não se
> > misturam, não se rompem e nem perdem as suas identidades. Esta seria
sim,
> > uma disposição estática e cristalina.
> > Neste contexto, é possível ajustar as não linearidades, de forma a
> > reproduzir com exatidão as posições eletrônicas em relação ao núcleo e
os
> > níveis energéticos, conforme descritos por Linus Pauling.
>
> Pois é, é sempre possível ajustar teorias contraditórias a um mesmo achado
> matemático. A dúvida que surge, e "puxando agora a sardinha para o meu
lado"
> ;-), e se esse conjunto estático estaria realmente a representar os
> elétrons. Parece-me mais provável que esse conjunto estático estaria a
> refletir a existência de um campo estacionário.

Sim, o elétron não seria mais do que uma distorção "permanente" nos campos
eletromagnéticos, assim como o fenômeno que eu descobri é uma distorção
permanente num meio elástico não-linear, mas com capacidade de se locomover
de um lado a outro. Pode ser chamado de uma "contração" ou "deformação" além
de "distorção". Eu as chamo, genéricamente, de "fenômenos".

> O campo sim seria
> estacionário e as partículas estariam viajando em altas velocidades por
este
> campo. Ou seja, as partículas em um movimento muito especial gerariam um
> campo estacionário a se adaptar a equações diferenciais que, ao serem
> resolvidas, traduzir-se-iam no campo e não nas partículas em si. É assim
que
> vejo a dualidade corpúsculo-onda, algo que rigorosamente falando não
existe.
>

A sua descrição assemelha-se à das "ondas vazias", que Einstein, com um
toque de auto-ironia, chamava "Gespensterfelder", que em Alemão significa
"campos-fantasmas". Era uma espécie de "campo diretor", que era de natureza
ondulatório, mas transportava no seu interior um conjunto de partículas.
Assim, no momento da difração, refração ou interferência, a onda assume o
seu papel ondulatório, mas na hora de colidir com o anteparo, só as
partículas aparecem. Se eu entendi a sua teoria, como uma derivação ou uma
variante desta interpretação, eu a acho muito interessante.

Entretanto, no meu modelo, o fenômeno, É a partícula em si. A simulação
matemática mostra que estes fenômenos ( "vulgo contração, deformação ou
distorção") são móveis. Não existiria a necessidade de se postular a
existência de partículas dentro de ondas. As ondas trasforman-se em
partículas e vice-versa.

Para entender isso, deve-se entender como um anteparo funciona. Se for um
anteparo fotográfico, ou um conjunto de milhares de sensores fotoelétricos
dispostos de maneira a formar uma placa receptora, ou enfim, seja lá o que
for, o anteparo, para que possa ser útil, sempre capta energia radiante.
Mesmo numa simples paredinha, por exemplo pintada de branco, se você puder
ver raios difratados incidindo sobre o anteparo, estes são pontos de luz que
estão sendo refletidos difusamente para o espaço e atingindo os seus olhos.
Isto significa que houve uma interação entre as moléculas da tinta e a luz
incidente.
Quando uma onda suficientemente energética aproxima-se de um anteparo, as
moléculas que formam o anteparo comportam-se como se estivessem modificando
o espaço (elástico) ao seu redor e "sugam" a energia de uma ampla região e
fazem aparecer uma partícula, que eu chamo de fenômeno. A onda, que se
constitue de energia potencial elástica e cinética (alternando-se
mutuamente), desaparece, dando lugar a um fenômeno que possui, no seu estado
estático, somente energia potencial elástica com valor equivalente à soma de
energia potencial+cinética "roubada" da onda no meio elástico.
Durante uma difração, por exemplo, a onda "enxerga" o ambiente, mas o
ambiente também "enxerga" a onda. A interação onda-ambiente define se o
fenômeno aparece ou não, e isto é, para mim, a dualidade onda-partícula.
Por incrível que pareça isto é o resultado de uma simulação numérica em
computador, onde as moléculas foram modeladas simplificadamente com o uso de
outros fenômenos fixados na disposição de um anteparo.
Não estamos habituados com este comportamento, pois quando pensamos em
ondas, somos levados a pensar em termos de ondas mecânicas em meios
lineares, ou quase lineares, possuindo um comportamento que faz parte de
nosso dia-a-dia. Isto já está gravado em nossos cérebros.
Entretanto, este bizarro comportamento aparece quando introduzimos as
não-linearidades descritas no meu texto.

Certamente não há nehuma referência que faça uma descrição como esta. Eu
posso afirmar isso, porque não seria possível prever este bizarro
comportamento sem realizar a simulação. Nem mesmo Dirac seria capaz disso
... ;-)


[ ]'s
Antonio





SUBJECT: Re: Sylvia X Randi - baixaria
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/09/2001 04:30

Acho bom deixar o link para a explicação de Randi àquela baixaria:

http://groups.google.com/groups?selm=8F7AAB66AINSnewsfeed%
40207.54.80.23&output=gplain

MK
http://www.ceticismoaberto.br.cf




SUBJECT: Alguem ja ouviu falar nisso?
FROM: gladston@unilestemg.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/09/2001 14:08

Olha o que recebi a pouco,

alguem tem alguma coisa a dizer (confirmação, refutação, etc.)?

> ÁGUA NO MICROONDAS
>
> Esta mensagem foi enviada pelo Sr. Cyro Rodrigues Barretto,
funcionário da
> Petrobrás, e tomamos a liberdade de divulgá-la, devido a
importância do
> assunto e a gravidade das conseqüências que estão envolvidas com o
fato
> relatado.
>
>
> CUIDADO AO AQUECER ÁGUA NO MICROONDAS
>
>
> Acho que a informação seguinte é importante para qualquer pessoa
que use
um
> forno de microondas para aquecer água.
>
>
> Há cinco dias atrás meu filho de 26 anos decidiu beber uma xícara
de café
> instantâneo.
>
> Ele pegou uma xícara com água e a colocou num microondas para
esquentá-la
> (algo que já tinha feito inúmeras vezes).
>
> Não sei para quanto tempo ele ajustou o equipamento, mas ele me
disse que
> queria que
>
> a água fervesse. Quando o tempo expirou, ele retirou a xícara do
forno.
>
> Quando ele olhou para a xícara, notou que a água não estava
fervendo, mas
de
> repente a água espirrou em seu rosto. A xícara ficou intacta até o
momento
> em que ele a atirou para longe, mas toda a água bateu em seu rosto,
devido
a
> energia concentrada.
>
> Seu rosto ficou todo chamuscado e com queimaduras de 1o e 2o graus,
que
> podem lhe deixar com cicatrizes.
>
> Ele também pode vir a perder uma parte do seu olho esquerdo.
>
> Enquanto isso, no hospital o médico que o atendeu nos disse que esse
> acidente é bastante comum e que água (sozinha) não deve jamais ser
aquecida
> no forno de microondas.
>
>
> Se a água for aquecida desta forma, alguma coisa deve ser colocada
na
xícara
> para difundir a energia, como uma pequena lasca de madeira, um
saquinho de
> chá, etc.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Alguem ja ouviu falar nisso?
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/09/2001 15:08

On Thu, 6 Sep 2001 gladston@unilestemg.br wrote:
> Olha o que recebi a pouco,
> alguem tem alguma coisa a dizer (confirmação, refutação, etc.)?
>
> > ÁGUA NO MICROONDAS

Realmente a água ferve de forma abrupta no microondas, mas não mais que
algumas [grandes] bolhas de ar sendo expelidas. O máximo que pode ocorrer
é que um pouco de água fervente caia em sua mão se a xícara ou copo
estiver muito cheio [mas cheio mesmo, até a borda].

O tom do email é nitidamente alarmista e a história tem grandes chances de
ser falsa.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Alguem ja ouviu falar nisso?
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/09/2001 20:34


> Realmente a água ferve de forma abrupta no microondas, mas não mais que
> algumas [grandes] bolhas de ar sendo expelidas. O máximo que pode ocorrer
> é que um pouco de água fervente caia em sua mão se a xícara ou copo
> estiver muito cheio [mas cheio mesmo, até a borda].

Eu já penso diferente, li no Halliday que a agua vai aa 103 graus no
microondas, sem ferver. Creio que se este equilibrio é quebrado de alguma
forma, temos consequencias similares ao que pode ocorrer em calderias
defeituosas ....


SUBJECT: Re: Alguem ja ouviu falar nisso?
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/09/2001 03:10

Essa mensagem jah foi debatida aqui na Ciencialist

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/3317?threaded=1

mas nao significa que o assunto estah encerrado. :) Soh coloco o link
como referencia.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna


> > Realmente a água ferve de forma abrupta no microondas, mas não
mais que
> > algumas [grandes] bolhas de ar sendo expelidas. O máximo que pode
ocorrer
> > é que um pouco de água fervente caia em sua mão se a xícara ou
copo
> > estiver muito cheio [mas cheio mesmo, até a borda].
>
> Eu já penso diferente, li no Halliday que a agua vai aa 103 graus
no
> microondas, sem ferver. Creio que se este equilibrio é quebrado de
alguma
> forma, temos consequencias similares ao que pode ocorrer em
calderias
> defeituosas ....



SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova Teoria
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/09/2001 04:36

----- Original Message -----
From: "Antonio"
Sent: Thursday, September 06, 2001 2:42 AM
Subject: Re: [ciencialist] Nova Teoria

Olá Antônio

> Mas a abordagem numérica não é muito bem aceita pelos físicos. (...).
> Se você for visitar o Instituto de Física da USP, por exemplo, vc
> entenderá bem o que eu estou dizendo. Eles adoram ficar trancados em salas
> de aula discutindo equações matemáticas com todas aquelas suas notações
> complexas e chegam a conclusões muito limitadas e sempre dentro de um
> padrão ditado por cientistas famosos da primeira metade do século XX.

Já notei essa preferência, o que por si só não retrataria mal algum, mas
ainda não havia percebido essa ojeriza pelo Cálculo Numérico. Mesmo porque
no Ifusp a gente cruza com a turma do bacharelado em física, a turma da
licenciatura, os matemáticos do imeusp e os engenheiros da poli, e os
gostos são dos mais diversos. Mas creio que você tem razão no que diz,
principalmente quando fala dos "intocáveis", como logo abaixo.

> As sagradas bases da
> mecânica quântica são intocáveis e o que é mais absurdo: Indiscutíveis.

Este sim é o mal maior. Quando digo que física quântica confunde-se com
religião, na realidade estou referindo-me muito mais à postura desses
sacerdotes quânticos do que da teoria em si. Nem mesmo as religiões mais
tradicionais chegam a pregar um dogmatismo tão ortodoxo quanto o dos
intocáveis.

> Na limitada visão destes físicos, aquelas verdades são absolutas e pronto.
> Eu vejo nisso uma sombra da dominação extrangeira sobre o que seria uma
> filosofia genuinamente brasileira. O que os nossos físicos fazem é repetir
> o que os extrangeiros já fizeram há muitos anos.

Sem dúvida. Aliás, somos o país do Zé Carioca e hoje em dia o que mais
formamos em nossas universidades de primeira linha, como a usp, são
papagaios cultos. Bem, nem tanto assim. Muitos não conseguem papaguear e
postam-se como macacos de auditório a aplaudir a decoreba dos primeiros.

> > ...Por exemplo, um tal de Bruno respondeu à
> > mesma mensagem minha, postada no "uol.educacao.ciencia", de maneira
> > satírica, afirmando que você "redescobriu o conceito de campo quântico
> > como Dirac o propôs em 1932".

Apenas uma adenda. Em msg de 5/set/00 o Bruno diz que não pretendeu ser
irônico, como eu interpretei aqui, mas que realmente estava dando os
parabéns a você, ao que respondi: "Se é assim, perdoe-me pela má
interpretação do texto." Creio que devia esta explicação aos colegas da
Ciencialist. No mais, continuo quebrando o pau com o Bruno sobre os
fundamentos da física quântica. O que é que eu posso fazer? Eles se recusam
a discutir qualquer coisa que não se apóie no que você chamou por "bases
sagradas". Então eu acabo entrando na deles.

> > Em vista do que se gasta no estudo dos "gnomos" quânticos, diria que
> > esse dinheiro nem seria tanto e, a meu ver, seria bem empregado.

> As vezes, estes
> custos devem considerar a utilização de máquinas com alto nível de
> processamento, utilizando arquitetura paralela e que produz em segundos os
> resultados que um PC produziria em meses de processamento. Estes
> super-computadores precisam ser programados por pessoas treinadas e
> envolvem complexos algorítmos que são aperfeiçoados ao longo do tempo,
> ajustando-se ao hardware da máquina. Eu estou falando de um investimento
> de vários milhões de dólares.

Não imaginei que super-computadores desse porte fossem ainda necessários.
Aliás, o máximo que fiz nessa área (Cálculo Numérico) foi a obtenção de
tabelas relativas à resolução da equação de Bessel, creio que em 1991. Nessa
época um PC executava a tarefa em cerca de 30 segundos. Lembro ainda que
colegas do ifusp (alunos) duvidaram que eu conseguisse obter a solução em
minha HP portátil e eu venci o desafio, mas a pobre máquina levava cerca de
20 minutos para chegar ao mesmo resultado. Ficava-se com a impressão de que
ela tinha entrado num loop infinito quando, de repente, ela parava e
fornecia o resultado. Hoje creio que um PC resolveria esse sistema em 2 ou 3
segundos mas, sem dúvida, isso é uma brincadeira se comparado a sua
proposta. De qualquer forma, se compararmos os custos com o que se gasta num
CERN ou mesmo num laboratório subterrâneo captador de neutrinos, e
compararmos gastos com benefícios, talvez os seus milhões se justifiquem.

> Outra dificuldade é que o meu texto ainda não está em Inglês. Isto é uma
> enorme barreira para os pesquisadores extrangeiros.

Há muito tempo eu costumava dizer a respeito: Hei de vencer, mesmo sendo
brasileiro e escrevendo em português. De certa feita o prof. Newton da
Costa, para quem dei carona até a unesp de Rio Claro, onde ambos fomos fazer
palestra no centro acadêmico do curso de matemática, afirmou: No Brasil
você não encontrará um único físico em condições de criticar a sua teoria.
Achei que ele estava exagerando. Passado alguns anos traduzi minha teoria
para o inglês e comecei a perceber que no exterior existem alguns críticos
de fato, ao contrário do que se vê aqui no Brasil onde, com raríssimas
exceções (uma das quais encontrei aqui na Ciencialist), os "críticos" apenas
sabem repetir: "a quântica é boa porque funciona", ou "você não pode falar
mal da quântica utilizando um computador pois este é um aparato quântico",
ou "quando você publicar a teoria na revista X eu darei a minha opinião"
[como se, então, precisasse ;-)], etc, isto quando não partem para críticas
ofensivas e até mesmo recheadas com palavras de baixo calão. Custo a
acreditar que um dia esse país teve físicos do porte de Mário Schenberg,
Abrão de Morais, Rocha Barros, etc e alguns que já estão em fim de carreira
ou aposentados (Cesar Lattes, Leite Lopes, etc).

> Mas eu também ficaria feliz se alguém descobrisse algum "furo" na minha
> teoria. Pelo menos seria uma resposta, e eu ficaria feliz do mesmo jeito.
> A única coisa que realmente me incomoda são as "não-respostas".

Isto é o que de pior pode acontecer a um teorizador: Ser mantido no
ostracismo. E, não obstante, é o que mais acontece aqui no Brasil. Qualquer
crackpot estrangeiro é melhor visto em seu país do que um teorizador bem
intencionado aqui no Brasil. Enfim, isso é algo que faz parte da nossa
cultura, assim como a fome, a desnutrição, a desidratação, a deseducação,
etc. E uma das maneiras de tentar modificar esse descalabro é fazer o que
temos feito, é lutar, é participar ativamente de listas de discussão como
esta,...enfim, é dar o exemplo para que outros um dia possam vencer num
estádio onde mal conseguimos competir. E é por isso que eu não me canso de
dizer: Viva a internet!

> Em outras palavras, temos duas abordagens: Uma clássica e outra, vamos
> dizer, quântica, cada uma com suas respectivas leis.

As vezes eu tenho a impressão que pessoas como você, ao falarem comigo, e ao
se lembrarem de comentários meus aqui proferidos, ficam com receio de
utilizar a palavra "quântica", como se isso fosse "me tirar do sério" ;-)).
Não sei se foi o caso, mas essa frase tem um "vamos dizer" que soou-me nesse
sentido. Vejo isso com muita graça, pois na realidade os meus "oponentes"
(não é o seu caso) preocupam-se tanto em saber "o que eu tenho contra a
física quântica" que eu acabo mesmo incorporando o papel de adversário dos
físicos quânticos. E na realidade eu não sou nada disso. Simplesmente eu
levantei algumas hipóteses que não se encaixam na mente daqueles que aceitam
as hipóteses quânticas. Não obstante, ao discutir com essa turma às vezes
flagro-me a admirar homens como Bohr, Einstein, Schrödinger, Planck,
Heisenberg, Dirac, dentre outros, de uma forma como jamais eles foram
admirados por estes meus "oponentes" que se julgam seus seguidores. E as
vezes fica-me aquela impressão de que na realidade eles não estão defendendo
teorias ou idéias desses autores, pois demonstram não conhecê-los em
profundidade, mas estão meramente em defesa de ninharias distribuídas pelo
CNPq ou pela Capes ou pela Fapesp e a satisfazer os caprichos de seus
orientadores. E estes últimos de tudo fazem para que não surjam idéias
novas, pois sabem que autores de novas idéias serão aqueles que em breve
intervalo de tempo estarão a participar da divisão do bolo, ou seja, das
ninharias anteriormente referidas. E é aí que a filosofia capitalista
selvagem do Kuhn se encaixa perfeitamente. E é aí que as idéias
revolucionárias do Popper mostram-se perigosas. E é aí que a ciência do
Brasil fica estagnada e na mão de medíocres, como deu a entender Schenberg.

> O que define uma ou outra abordagem parece ser a quantidade de movimento,
> de acordo com Heisenberg, ou as energias envolvidas, ou até mesmo as
> dimensões consideradas.
> Temos, então leis fortes e bastante distintas nos dois extremos. A
> pergunta que eu faço é: O que acontece no meio? Quando é que uma partícula
> de energia ou dimensões intermediárias deixa de pertencer a um lado e
> passa a pertencer ao outro? Além disso, qual o mecanismo que forma este
> processo? Na minha opinião, uma teoria completa teria que responder à
> estas perguntas.

Eu acho que no passado muitos já se fizeram essa pergunta e ficaram sem
resposta. Hoje creio que os quânticos não aceitam a existência de uma
fronteira real como esta. Ou seja, uma bola de futebol também teria, para
eles, um comportamento quântico. A distinção seria devida ao comprimento de
onda associado ao objeto estudado.

Eu já vejo as coisas de uma forma diferente e talvez deva esta visão ao fato
de ter entrado na física pela porta dos fundos. Muito antes de estudar
física estudei biofísica e bioquímica. E percebi que a proteína é estudada
sobre quatro níveis diferentes a que se dá o nome de estrutura primária,
secundária, terciária e quaternária. Ao passar de uma estrutura para a outra
é como se aplicássemos um zoom numa figura de computador. E percebemos que a
cada zoom aplicado a estrutura é totalmente diferente da anterior. E isto é
algo extremamente elementar e verificado não apenas no estudo das proteínas,
mas quase que em qualquer objeto que se preste a ser examinado em grande
aumento. Por exemplo, se você for examinar um fluido, como a água, muitos
zooms hipotéticos serão necessários para o desaparecimento de seu amorfismo.
Não obstante, chegará o momento em que você enxergará apenas moléculas de
água entremeadas pelo vazio. Ou seja, nesse nível estrutural a água deixa de
ser amorfa. Novos zooms (hipotéticos) agora mostrarão estruturas novas e
diferentes da molécula, como os átomos de hidrogênio e oxigênio, seguidos de
núcleos e eletrosfera... Dá para perceber onde quero chegar?

Coloque agora um zoom numa carga elétrica daquelas utilizada por Coulomb
quando comprovou sua lei do eletromagnetismo. Você continuará enxergando
sempre cargas elétricas semelhantes aos objetos experimentais de Coulomb? Ou
enxergará partículas outras? E essas partículas, supondo-se que tenham uma
estrutura diferente da carga elétrica coulombiana, geram um campo idêntico
ao observado por Coulomb? Alguém comprovou isso experimentalmente? Não,
ninguém comprovou e a probabilidade estatística de que isso seja verdade
deve ser algo da ordem de um sobre a idade do universo em segundos, ou seja,
praticamente igual a zero. E não obstante, e a partir de estudos teóricos de
Lorentz efetuados no final do século XIX (antes da observação dos raios
catódicos por Thomsom), aceita-se esta impossibilidade como uma verdade
absoluta e incontestável. E durante mais de 100 anos quase todos os físicos
teóricos ficaram brincando de esconde-esconde com esses elétrons
inexistentes. Pois que os elétrons que existem não são nada disso, têm uma
estrutura, são materiais, emitem um campo não coulombiano e tal que quando
perfilados com seus semelhants na superfície de um condutor o conjunto
satisfaz a lei de Coulomb.

Pois bem, respondo agora a sua pergunta. "Uma partícula deixa de pertencer a
um lado e passa a pertencer ao outro" quando ela deixa de ser algo que
existe apenas na cabeça dos físicos quânticos (por exemplo, a carga elétrica
puntiforme) e passa a se comportar como algo observável num laboratório, tal
e qual os objetos utilizados na experiência de Coulomb. Em outras palavras,
não existe fronteira alguma e a física a me garantir essa inexistência é a
fisica newtoniana aplicada às estruturas elementares como elas realmente
são, e não como sonharam os físicos do século vinte.

> Tomemos por exemplo, a Relatividade Especial de Einstein. De um lado,
> temos as equações de Newton, invariantes com relação à velocidade e de
> outro lado, as de Einstein, variantes com relação à velocidade. O que
> acontece entre elas? Ora, o componente variante se reduz, tendendo à zero,
> conforme a velocidade diminui. Temos, então, duas mecânicas, a clássica e
> a relativística, reduzidas a uma só.

O problema aqui é de natureza um pouco diversa, mas a falácia cometida foi
do mesmo tipo. Lembro que Einstein deixou bem claro, no livro que escreveu
com Infeld, que fez uma opção ao verificar que a relatividade clássica
incompatibilizava-se com o eletromagnetismo. Esse depoimento de Einstein é
quase que uma confissão, se bem que justificada através da lógica que
apresenta no livro. Einstein OPTOU pelo eletromagnetismo em detrimento da
relatividade clássica. Pois Einstein optou por um eletromagnetismo já
modificado por Lorentz e com equações indevidamente ajustadas e a
funcionarem para partículas que não existiam. Lembro também que essa não foi
a única justificativa, mas foi a principal e definitiva, como relatado pelo
próprio Einstein. É óbvio que se hoje pretendermos voltar atrás nesta opção,
deveremos justificar fenômenos outros relacionados à luz, à curvatura do
espaço, à dilatação do tempo, à transformação massa-energia, etc. Mas nada
disso é impossível e tudo isso é perfeitamente compatível com uma física
genuinamente newtoniana que não se apóie na idéia de fluidos elétricos
incompressíveis de Lorentz.

> Eu estou me propondo a responder a estas perguntas, inclusive mostrando
> numericamente como se chegar à equação de Schrödinger. Esta é mais uma
> prova de que a minha abordagem é diferente da de Dirac.

Pois se existe uma equação que funciona, porque não utilizá-la? Quem sabe
você consiga através dos supercomputadores responder o que há por trás
dessas equações que funcionam, sabe-se lá porque. Ou, como teria dito
Schödinger: "Esperamos que a vacilação de conceitos e opiniões signifique
apenas um intenso processo de transformação que conduzirá finalmente a algo
melhor do que as confusas séries de fórmulas que cercam o nosso tema." Se
você tem meios de chegar a esse "algo melhor" por uma via diferente da
minha, ou daquela sugerida por Schrödinger, por que não o fazer?

> > O campo sim seria
> > estacionário e as partículas estariam viajando em altas velocidades por
> > este campo. Ou seja, as partículas em um movimento muito especial
> > gerariam um campo estacionário a se adaptar a equações diferenciais que,
> > ao serem resolvidas, traduzir-se-iam no campo e não nas partículas em
> > si. É assim que vejo a dualidade corpúsculo-onda, algo que rigorosamente
> > falando não existe.

> A sua descrição assemelha-se à das "ondas vazias", que Einstein, com um
> toque de auto-ironia, chamava "Gespensterfelder", que em Alemão significa
> "campos-fantasmas". Era uma espécie de "campo diretor", que era de
> natureza ondulatório, mas transportava no seu interior um conjunto de
> partículas. Assim, no momento da difração, refração ou interferência, a
> onda assume o seu papel ondulatório, mas na hora de colidir com o
> anteparo, só as partículas aparecem. Se eu entendi a sua teoria, como uma
> derivação ou uma variante desta interpretação, eu a acho muito
> interessante.

Eu diria que seria mais uma variante. Essa idéia de Einstein parece-me estar
mais de acordo com aquela outra da "onda piloto" de Bhom. O que Einstein
chama de "diretor" Bhom chama de "piloto". Aliás, Bhom foi fortemente
influenciado por Einstein nessa sua idéia. No meu caso, as partículas seriam
"emissoras" do campo. E o campo uma vez emitido estaria liberto das
partículas emissoras. Essa idéia está mais de acordo com aquela "alguma
coisa imaterial" citada por Newton e que seria emitida por corpos dotados de
matéria na gênese do campo gravitacional.

O fato de algumas vezes ter-se a impressão de que o campo seria o
fundamental e a partícula secundária (ou seja, o campo "dirigindo" ou
"pilotando" a partícula), é porque em muitos casos esse campo, ainda que
emitido, dá a impressão de ficar aprisionado sob uma forma estacionária. E
isso acontece exatamente na constituição da estrutura atômica, quando a
equação de Schrödinger parece atingir seu auge (em especial no átomo de
hidrogênio).

> Entretanto, no meu modelo, o fenômeno, É a partícula em si. (...)

Quanto ao trecho que se segue, e que cortei aqui, diria que a metodologia
parece ser fantástica, mas não sou a pessoa indicada para opinar, pelo menos
nessa fase inicial quando tenho mais dúvidas do que críticas ou sugestões. O
modelo parece ser interessante mas ficaram-me algumas dúvidas primárias.
Seria esse modelo o único a explicar os seus achados experimentais (digo
experiência no sentido matemático, mas não deixa de ser uma experiência
simulada). Por outro lado, o que seria uma "partícula em si"? Seria um
tijolo compacto, seria um tijolo inflável e a se dilatar e se contrair? Mas
isso não poderia ser interpretado como algo emitido e aprisionado numa forma
estacionária, como referi acima, e a que chamei de campo? Pois em outras
ocasiões essa campo poderia se libertar da partícula. E até que ponto esse
campo pode ser considerado ou não como uma onda? Afinal, o que é uma onda
não mecânica e a se propagar no vácuo? Pois no macrocosmo a onda
eletromagnética contém campos, mas o campo elétrico (ou o magnético) não é
visto como uma onda do mesmo tipo da onda eletromagnética. Normalmente nem
mesmo chegam a ser considerados onda. Veja bem, não precisa responder, estou
apenas pensando enquanto escrevo (ou, se estivesse falando diria que estou
pensando em voz alta).

Bem, é isso aí ;-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Eratostenes e o Tamanho da Circunferencia da Terra
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/09/2001 06:56

Amigos:

- Desculpem usar a lista para os fins que
vou expor a seguir, mas... acho que e' por
uma causa nobre. [Espero que caiam nessa,
pois preciso de uma ajudinha :) ]

- Preciso apresentar um seminario na
aula de "Filosofia e Historia da
Matematica" (faz parte do meu curso de
graduacao em Licenciatura Matematica -
estou no 3o. ano)

- Escolhi um tema e escrevi um pequeno artigo,
explicando como Eratostenes, no seculo III aC,
usou conceitos elementares de Geometria, para
calcular COM EXCELENTE APROXIMACAO, o tamanho
da circunferencia da Terra.

- Como gostaria de apresentar algo simples,
mas "bem feito", com o maximo de precisao
historica (e com precisao matematica, e' claro),
gostaria de contar com a ajuda dos amigos
que se dispusessem a ler o artigo e tirar
algumas duvidas a respeito de alguns pontos
sobre o assunto. A questao e' que, como nao
encontrei o assunto muito detalhado em nenhum livro,
tive de juntar um pouquinho de cada um, para formar
um todo um pouco mais consistente, e acabei fazendo
algumas "suposicoes" a respeito do pensamento
que Eratostenes seguiu. Em suma, preciso saber se
minha pesquisa esta' coerente com aquilo que
os amigos sabem a respeito do assunto, ou se cometi
algum "deslize" historico.


- Se alguem se dispuser em ler o artigo e me auxiliar
com comentarios, solicito que enviem um e-mail diretamente
para mim, e eu lhe enviarei um arquivo, formato Word 97.

- Mesmo que voce^ nao conheca nada sobre o assunto, ainda
assim poderia ajudar, se lesse o artigo e me enviasse
duvidas a respeito de pontos obscuros de meu texto (duvidas
que, talvez, muitos dos colegas de classe tambem
venham a ter). Assim, eu poderia "ir mais fundo" na pesquisa
e tentar incluir mais informacoes, para melhorar a qualidade
do trabalho.

- Muito obrigado pela atencao de todos.

[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br





SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova Teoria
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/09/2001 21:29

Oi Alberto,


> Já notei essa preferência, o que por si só não retrataria mal algum, mas
> ainda não havia percebido essa ojeriza pelo Cálculo Numérico.

O Cálculo Numérico ou Matemática Numérica é tão "exata", no sentido matemático, quanto a Matemática Analítica.
Mas existe uma tendência pela descrição usando a Matemática Analítica, herdado da primeira metade do século XX, quando os físicos não tinham outra alternativa senão adotar a Matemática Analítica.
Eu acredito que a ojeriza pelo Cálculo Numérico não seja expresso pelo gosto do pessoal, mas sim pela quase total falta de conhecimento deste pessoal num assunto muitíssimo importante para qualquer área da ciência (não apenas a Física), que é a resolução numérica de equações diferenciais. Na Europa e EUA, a situação é muito diferente. Nos EUA, os primeiros computadores foram construídos (entre eles o famoso ENIAC), exatamente para resolver equações diferenciais descrevendo a trajetória de foguetes.
Se você mesmo fizer uma pesquisa entre os mestres e doutores das universidades brasileiras, perguntando para eles, por exemplo, "o que é, para que serve, como funciona e onde se aplica um método de integração implícito?". Você verá que muito poucos saberão responder a esta pergunta, enquanto que, em algumas universidades nos EUA, isso é como perguntar "o que é uma equação do segundo grau" para um estudante secundarista. Esta é uma situação muito grave, em vista da importância do assunto.

Mas mesmo no exterior existe alguma resistência. Quando se fala em "equacionar um problema", espera-se por fórmulas e não por uma resolução numérica ...

> no Ifusp a gente cruza com a turma do bacharelado em física, a turma da
> licenciatura, os matemáticos do imeusp e os engenheiros da poli, e os
> gostos são dos mais diversos. Mas creio que você tem razão no que diz,
> principalmente quando fala dos "intocáveis", como logo abaixo.
>
> > As sagradas bases da
> > mecânica quântica são intocáveis e o que é mais absurdo: Indiscutíveis.
>
> Este sim é o mal maior. Quando digo que física quântica confunde-se com
> religião, na realidade estou referindo-me muito mais à postura desses
> sacerdotes quânticos do que da teoria em si. Nem mesmo as religiões mais
> tradicionais chegam a pregar um dogmatismo tão ortodoxo quanto o dos
> intocáveis.
>
> > Na limitada visão destes físicos, aquelas verdades são absolutas e pronto.
> > Eu vejo nisso uma sombra da dominação extrangeira sobre o que seria uma
> > filosofia genuinamente brasileira. O que os nossos físicos fazem é repetir
> > o que os extrangeiros já fizeram há muitos anos.
>
> Sem dúvida. Aliás, somos o país do Zé Carioca e hoje em dia o que mais
> formamos em nossas universidades de primeira linha, como a usp, são
> papagaios cultos. Bem, nem tanto assim. Muitos não conseguem papaguear e
> postam-se como macacos de auditório a aplaudir a decoreba dos primeiros.
>

100% de acordo.

> > > ...Por exemplo, um tal de Bruno respondeu à
> > > mesma mensagem minha, postada no "uol.educacao.ciencia", de maneira
> > > satírica, afirmando que você "redescobriu o conceito de campo quântico
> > > como Dirac o propôs em 1932".
>
> Apenas uma adenda. Em msg de 5/set/00 o Bruno diz que não pretendeu ser
> irônico, como eu interpretei aqui, mas que realmente estava dando os
> parabéns a você, ao que respondi: "Se é assim, perdoe-me pela má
> interpretação do texto." Creio que devia esta explicação aos colegas da
> Ciencialist. No mais, continuo quebrando o pau com o Bruno sobre os
> fundamentos da física quântica. O que é que eu posso fazer? Eles se recusam
> a discutir qualquer coisa que não se apóie no que você chamou por "bases
> sagradas". Então eu acabo entrando na deles.
>
> > > Em vista do que se gasta no estudo dos "gnomos" quânticos, diria que
> > > esse dinheiro nem seria tanto e, a meu ver, seria bem empregado.
>
> > As vezes, estes
> > custos devem considerar a utilização de máquinas com alto nível de
> > processamento, utilizando arquitetura paralela e que produz em segundos os
> > resultados que um PC produziria em meses de processamento. Estes
> > super-computadores precisam ser programados por pessoas treinadas e
> > envolvem complexos algorítmos que são aperfeiçoados ao longo do tempo,
> > ajustando-se ao hardware da máquina. Eu estou falando de um investimento
> > de vários milhões de dólares.
>
> Não imaginei que super-computadores desse porte fossem ainda necessários.
> Aliás, o máximo que fiz nessa área (Cálculo Numérico) foi a obtenção de
> tabelas relativas à resolução da equação de Bessel, creio que em 1991. Nessa
> época um PC executava a tarefa em cerca de 30 segundos. Lembro ainda que
> colegas do ifusp (alunos) duvidaram que eu conseguisse obter a solução em
> minha HP portátil e eu venci o desafio, mas a pobre máquina levava cerca de
> 20 minutos para chegar ao mesmo resultado. Ficava-se com a impressão de que
> ela tinha entrado num loop infinito quando, de repente, ela parava e
> fornecia o resultado. Hoje creio que um PC resolveria esse sistema em 2 ou 3
> segundos mas, sem dúvida, isso é uma brincadeira se comparado a sua
> proposta. De qualquer forma, se compararmos os custos com o que se gasta num
> CERN ou mesmo num laboratório subterrâneo captador de neutrinos, e
> compararmos gastos com benefícios, talvez os seus milhões se justifiquem.
>

Bem, o porte do computador depende do problema que você tem em mãos.
No meu caso, além de ter que representar uma grande matriz de elementos acoplados, representando uma membrana (em 2D) ou um meio elástico tridimensional (formando uma espécie de éter em 3D), eu também tenho que utilizar métodos numéricos avançados, que se traduzem por um enorme incremento no volume de processamento.
Quanto à matriz de elementos, imaginando-se um quadrado de 1000 por 1000 elementos, teremos 1000x1000= 1.000.000 elementos (aproximadamente 1 Mega elementos). Cada elemento acopla-se ao seu vizinho por quatro molas não lineares. Para cada elemento é preciso memorizar a sua posição e velocidade, além de algumas matrizes necessárias como passo intermediário para a integração. Até aqui, para descrever esta membrana, estamos utilizando, pelo menos, algumas dezenas de megabytes de memória.
A memória gasta para um problema 1000x1000 não é problemática, pode-se utilizar um PC para isso (e foi o que utilizei para descobrir o fenômeno e suas propriedades), mas já seria problemática para problemas 3D (1000x1000x1000 = 1.000.000.000 = 1 Giga elementos), o que iria requerer algumas dezenas de gigabytes de memória. Um PC já não seria adequado.

Mas o maior problema não é a memória, mas o tempo/volume de processamento. Estes osciladores devem ser representados por sucessivas "fotografias" da membrana ao longo do tempo, cada "fotografia" separada da anterior por uma fração de tempo que é o passo de integração. Cada "fotografia" é resolvida dentro de um loop entre todos os elementos, demorando muitas horas para processar.
Este tipo de problema é bem conhecido dos engenheiros mecânicos, na resolução de problemas de estruturas mecânicas usando o Métodos das Diferenças Finitas.
Usando-se um super-computador com arquitetura vetorial ou paralela. Estes computadores possuem muitos processadores e com isso, é possível processar cada elemento ou um conjunto de elementos em paralelo. Isto significa, que cada "fotografia" ficaria pronta em segundos e em minutos teríamos um "filme" mostrando o comportamento da membrana.


> > Outra dificuldade é que o meu texto ainda não está em Inglês. Isto é uma
> > enorme barreira para os pesquisadores extrangeiros.
>
> Há muito tempo eu costumava dizer a respeito: Hei de vencer, mesmo sendo
> brasileiro e escrevendo em português. De certa feita o prof. Newton da
> Costa, para quem dei carona até a unesp de Rio Claro, onde ambos fomos fazer
> palestra no centro acadêmico do curso de matemática, afirmou: No Brasil
> você não encontrará um único físico em condições de criticar a sua teoria.
> Achei que ele estava exagerando. Passado alguns anos traduzi minha teoria
> para o inglês e comecei a perceber que no exterior existem alguns críticos
> de fato, ao contrário do que se vê aqui no Brasil onde, com raríssimas
> exceções (uma das quais encontrei aqui na Ciencialist), os "críticos" apenas
> sabem repetir: "a quântica é boa porque funciona", ou "você não pode falar
> mal da quântica utilizando um computador pois este é um aparato quântico",
> ou "quando você publicar a teoria na revista X eu darei a minha opinião"
> [como se, então, precisasse ;-)], etc, isto quando não partem para críticas
> ofensivas e até mesmo recheadas com palavras de baixo calão. Custo a
> acreditar que um dia esse país teve físicos do porte de Mário Schenberg,
> Abrão de Morais, Rocha Barros, etc e alguns que já estão em fim de carreira
> ou aposentados (Cesar Lattes, Leite Lopes, etc).
>

Eu acredito que, o Físico Brasileiro tem medo de expressar seus pensamentos por duas razões.
A primeira por ter medo de ser ridicularizado. Como você pode ter percebido na própria internet, o Brasileiro é especialista em "tirar um sarro" das outras pessoas, mas não é capaz, ele próprio de pensar ou trazer uma justificativa razoável para as suas críticas. Como resultado, são como "cigarras" tirando sarro de "formigas", mas na hora de consumir tecnologia, são obrigados a comprar tecnologia e pagar caro por ela. Neste momento é que a graça acaba para o Brasileiro e começa para o extrangeiro.
A segunda razão seria por não acreditar que o seu pensamento pode superar o de muitos extrangeiros, como o pensamento dos grandes nomes de cientistas Brasileiros, que você cita, e que superaram alguns extrangeiros. Mas se você observar, estes grandes Físicos não tem/tinham medo de expressarem as suas idéias. Algumas eram bastante revolucionárias ou iconoclastas, e procuravam abalar os "inabaláveis" alicerces da mecânica quântica. Mas eles o fazem/faziam.

Aqui vale, entretanto uma observação. É necessário que sejamos auto-críticos com aquilo que dizemos. Eu acho que devemos expressar os nossos pensamentos e até sentimentos, mas com um certo cuidado. É muito comum encontramos textos, na internet e até em livros, muito revolucionários, mas desprovidos de justificativas e provas científicas. O autor imagina um cenário próprio, mas não diz de onde aquilo veio, porque aquilo foi construído, para que serve e para onde aquilo conduzirá. Isso funciona como um universo encapsulado dentro de sua própria visão, isolada do universo real. Não explica fatos e nem produz resultados observáveis.
Como resultado, podemos ver muito texto na internet sem qualidade.

Ee acredito que alguns critérios precisariam ser adotados. O primeiro, é o método experimental. Este método é, por si só, a própria definição de ciência.
Outros critérios poderiam ser: Fundamentação Matemática, Racionalismo, Reducionismo, Abrangência, Consequências/Previsão, Referências, Simplicidade, etc...

Explicando melhor, uma teoria é tanto melhor quanto:
- melhor puder explicar fenômenos observáveis. Este é o método experimental;
- melhor fundamentada estiver sob o ponto de vista matemático;
- mais racional for. Embora não obrigatório, é sempre preferível podermos entender uma teoria em termos de nosso censo comum, do que ficarmos lidando com especulações difíceis ou impossíveis de serem concebidas, como os "gnomos" da mecânica quântica. Este seria um bom critério de desempate: Entre duas teorias, uma racional e outra não racional, eu ficaria com a racional;
- mais reducionista for. Várias teorias seriam reduzidas a uma só. É melhor ter uma teoria unificando várias, do que várias teorias isoladas e desconexas.
- abrangente for. Uma boa teoria deve explicar o maior número de fenômenos possível;
- maior for o número de consequências ou previsões obtidas. Uma boa teoria deve explicar não só as observações que foram utilizadas para desenvolvê-la (segundo o método experimental), mas deve produzir consequências e permitir que se façam previsões fundamentadas nesta nova teoria;
- melhor referenciada estiver. Outras boas teorias podem servir de alicerce para uma nova teoria. Esta nova teoria será tanto melhor quanto melhor forem as teorias por ela referenciada. Por exemplo, a teoria cinética dos gases é hoje tão bem aceita que uma referência à ela é quase tão válida quanto a um fato experimentalmente observável. Isto não significa que não existam opositores a ela.
- mais simples for. Entre duas teorias, empatadas em outros critérios, sendo uma extremamante complexa e outra simples, eu optaria pela mais simples.

Alguns outros critérios poderiam ser adotados, como a idade da teoria, indicações, publicações de referências ou critérios mais subjetivos, como popularidade ou análise técnica de uma mesa examinadora.
Estes critérios serveriam para pontuar uma teoria, sendo uma teoria tanto melhor quanto maior for a sua pontuação. A teoria cinética dos gases, na minha opinião, teria uma pontuação alta, enquanto que os "gnomos" quânticos receberiam uma merecida pontuação baixa.

O próprio autor poderá fazer uma auto-análise e pontuar o seu próprio trabalho antes de publicá-lo.
Uma pontuação baixa serviria para que o próprio autor revesse os seus conceitos e talvez adotasse um caminho alternativo.
Uma pontuação alta, além de merecer uma publicação, iria incentivar os pensadores a seguirem adiante com as suas especulações, livre das ironias.


> > Mas eu também ficaria feliz se alguém descobrisse algum "furo" na minha
> > teoria. Pelo menos seria uma resposta, e eu ficaria feliz do mesmo jeito.
> > A única coisa que realmente me incomoda são as "não-respostas".
>
> Isto é o que de pior pode acontecer a um teorizador: Ser mantido no
> ostracismo. E, não obstante, é o que mais acontece aqui no Brasil. Qualquer
> crackpot estrangeiro é melhor visto em seu país do que um teorizador bem
> intencionado aqui no Brasil. Enfim, isso é algo que faz parte da nossa
> cultura, assim como a fome, a desnutrição, a desidratação, a deseducação,
> etc. E uma das maneiras de tentar modificar esse descalabro é fazer o que
> temos feito, é lutar, é participar ativamente de listas de discussão como
> esta,...enfim, é dar o exemplo para que outros um dia possam vencer num
> estádio onde mal conseguimos competir. E é por isso que eu não me canso de
> dizer: Viva a internet!

Viva a internet! A disseminação do conhecimento e a propagação das idéias por meio da internet finalmente ultrapassa as fronteiras, alcançando os povos antes condenados à ao isolamento cultural...

>
> > Em outras palavras, temos duas abordagens: Uma clássica e outra, vamos
> > dizer, quântica, cada uma com suas respectivas leis.
>
> As vezes eu tenho a impressão que pessoas como você, ao falarem comigo, e ao
> se lembrarem de comentários meus aqui proferidos, ficam com receio de
> utilizar a palavra "quântica", como se isso fosse "me tirar do sério" ;-)).

Eu acho que a mecânica quântica tira qualquer um do sério.:-). O próprio Niels Bohr, um de seus fundadores, disse: "Qualquer pessoa que não fique chocada com a teoria quântica, não a compreendeu".


> Não sei se foi o caso, mas essa frase tem um "vamos dizer" que soou-me nesse
> sentido. Vejo isso com muita graça, pois na realidade os meus "oponentes"
> (não é o seu caso) preocupam-se tanto em saber "o que eu tenho contra a
> física quântica" que eu acabo mesmo incorporando o papel de adversário dos
> físicos quânticos. E na realidade eu não sou nada disso. Simplesmente eu
> levantei algumas hipóteses que não se encaixam na mente daqueles que aceitam
> as hipóteses quânticas.

Francamente sim, você teve a sutileza para captar este "vamos dizer". Duas palavras dizento tanto... ;-)
Particularmente eu gosto da forma "rebelde" como você trata os assuntos de Física. Você é "rebelde" no bom sentido, mas conhece e respeita o pensamento de outros.
Além disso, é raro encontrarmos Físicos capazes de enfrentar desafios discutindo aspectos básicos, sem aceitar gratuítamente tudo o que lhes é oferecido.
Uma vez eu fiz algumas perguntas na seção de Física do Terra, que encaminha as perguntas aos docentes do IFUSP. Entre outras perguntas, eu lembro que eu perguntei porque que a Lua não cai sobre a Terra ou escapa de sua órbita, sendo que o equilíbrio Força-Centrípeta e Força-Centrífuga (fictícia) constitue-se num sistema de equilíbrio instável. Para entender melhor a minha pergunta, tente equilibrar um imã no ar, suspenso pela ação de outro imã, sem tocá-lo. Você verá que o equíbrio é tão instável quanto tentar colocar uma caneta em pé. Outra tentativa que não obteria sucesso é a de tentar reproduzir a miniatura de um modelo terra-sol ou terra lua ou do próprio Sistema Solar, utilizando cargas elétricas para simular a gravitação. Mesmo em situações ideais, como ausência de atrito e vácuo perfeito, o sistema iria colapsar em poucos segundos.
Um único meteoro colidindo sobre a Lua deveria alterar a sua quantidade de movimento fazendo com que a sua "órbita matematicamente perfeita" mudasse para uma espiral em rota de colisão com a Terra, ou escapando para fora. Isso poderia não acontecer durante alguns dias, mas deveria acontecer ao longo de bilhões de anos. A Lua possui inúmeras crateras, denunciando estas colisões ... Além das colisões, de onde surge a energia para o fenômeno das marés? Não é predominantemente da atração lunar? Bem toda esta energia potencial, capaz de suspender vários metros de oceanos em toda a terra, não teria que representar uma perda, ao longo de bilhões de anos? Eu sei que felizmente estou errado, mas eu não recebi nenhuma resposta a esta e outras questões ...

> Não obstante, ao discutir com essa turma às vezes
> flagro-me a admirar homens como Bohr, Einstein, Schrödinger, Planck,
> Heisenberg, Dirac, dentre outros, de uma forma como jamais eles foram
> admirados por estes meus "oponentes" que se julgam seus seguidores. E as
> vezes fica-me aquela impressão de que na realidade eles não estão defendendo
> teorias ou idéias desses autores, pois demonstram não conhecê-los em
> profundidade, mas estão meramente em defesa de ninharias distribuídas pelo
> CNPq ou pela Capes ou pela Fapesp e a satisfazer os caprichos de seus
> orientadores. E estes últimos de tudo fazem para que não surjam idéias
> novas, pois sabem que autores de novas idéias serão aqueles que em breve
> intervalo de tempo estarão a participar da divisão do bolo, ou seja, das
> ninharias anteriormente referidas. E é aí que a filosofia capitalista
> selvagem do Kuhn se encaixa perfeitamente. E é aí que as idéias
> revolucionárias do Popper mostram-se perigosas. E é aí que a ciência do
> Brasil fica estagnada e na mão de medíocres, como deu a entender Schenberg.
>
> > O que define uma ou outra abordagem parece ser a quantidade de movimento,
> > de acordo com Heisenberg, ou as energias envolvidas, ou até mesmo as
> > dimensões consideradas.
> > Temos, então leis fortes e bastante distintas nos dois extremos. A
> > pergunta que eu faço é: O que acontece no meio? Quando é que uma partícula
> > de energia ou dimensões intermediárias deixa de pertencer a um lado e
> > passa a pertencer ao outro? Além disso, qual o mecanismo que forma este
> > processo? Na minha opinião, uma teoria completa teria que responder à
> > estas perguntas.
>
> Eu acho que no passado muitos já se fizeram essa pergunta e ficaram sem
> resposta. Hoje creio que os quânticos não aceitam a existência de uma
> fronteira real como esta. Ou seja, uma bola de futebol também teria, para
> eles, um comportamento quântico. A distinção seria devida ao comprimento de
> onda associado ao objeto estudado.
>

Sim, eu já conhecia esta resposta, dentro dos moldes quânticos. Este é um exemplo clássico.
Mas eu insisto que estou insatisfeito, pois embora prevaleça uma fraquíssima e indetectável onda associada à bola de futebol, uma extensão da mecânica quântica aos limites da mecânica não se transforma em mecânica clássica, ou vice-versa. Além disso, o que acontece com as probabilidades da Mecânica Quântica? Porque a abordagem estocástica não persiste no mundo clássico?
Não precisa responder, isso é mais um sentimento de que alguma coisa não está bem explicada, do que uma pergunta.
Eu conheço as respostas clássicas a essas perguntas.

> Eu já vejo as coisas de uma forma diferente e talvez deva esta visão ao fato
> de ter entrado na física pela porta dos fundos. Muito antes de estudar
> física estudei biofísica e bioquímica. E percebi que a proteína é estudada
> sobre quatro níveis diferentes a que se dá o nome de estrutura primária,
> secundária, terciária e quaternária. Ao passar de uma estrutura para a outra
> é como se aplicássemos um zoom numa figura de computador. E percebemos que a
> cada zoom aplicado a estrutura é totalmente diferente da anterior. E isto é
> algo extremamente elementar e verificado não apenas no estudo das proteínas,
> mas quase que em qualquer objeto que se preste a ser examinado em grande
> aumento. Por exemplo, se você for examinar um fluido, como a água, muitos
> zooms hipotéticos serão necessários para o desaparecimento de seu amorfismo.
> Não obstante, chegará o momento em que você enxergará apenas moléculas de
> água entremeadas pelo vazio. Ou seja, nesse nível estrutural a água deixa de
> ser amorfa. Novos zooms (hipotéticos) agora mostrarão estruturas novas e
> diferentes da molécula, como os átomos de hidrogênio e oxigênio, seguidos de
> núcleos e eletrosfera... Dá para perceber onde quero chegar?
>

Sim, é uma abordagem fantástica... Um planeta é algo muito diferente de uma cidade, mas uma cidade é um zoom do planeta...

> Coloque agora um zoom numa carga elétrica daquelas utilizada por Coulomb
> quando comprovou sua lei do eletromagnetismo. Você continuará enxergando
> sempre cargas elétricas semelhantes aos objetos experimentais de Coulomb? Ou
> enxergará partículas outras? E essas partículas, supondo-se que tenham uma
> estrutura diferente da carga elétrica coulombiana, geram um campo idêntico
> ao observado por Coulomb? Alguém comprovou isso experimentalmente? Não,
> ninguém comprovou e a probabilidade estatística de que isso seja verdade
> deve ser algo da ordem de um sobre a idade do universo em segundos, ou seja,
> praticamente igual a zero. E não obstante, e a partir de estudos teóricos de
> Lorentz efetuados no final do século XIX (antes da observação dos raios
> catódicos por Thomsom), aceita-se esta impossibilidade como uma verdade
> absoluta e incontestável. E durante mais de 100 anos quase todos os físicos
> teóricos ficaram brincando de esconde-esconde com esses elétrons
> inexistentes. Pois que os elétrons que existem não são nada disso, têm uma
> estrutura, são materiais, emitem um campo não coulombiano e tal que quando
> perfilados com seus semelhants na superfície de um condutor o conjunto
> satisfaz a lei de Coulomb.
>

Na minha teoria, eu também considero que o campo gerado pelo elétron não é coulombiano nas proximidades do mesmo, mas passa a ser coulombiano quando as distâncias consideradas são grandes.
Ou seja, elétrons sujeitos a campos elétricos, por exemplo, entre o catodo e anodo de uma válvula, estes descrevem uma trajetória de acordo com as leis de Coulomb.
Por outro lado, nas proximidades dos átomos, os elétrons estariam sujeitos a campos fortíssimos (não reprodutíveis macroscopicamente) e estes campos seriam fortemente não lineares, exatamente como o que foi simulado na membrana não linear, no meu texto. Para grandes distâncias, continua valendo a lei linear (Coulomb) e para pequenas distâncias, as leis são diferentes, fortemente não-lineares, havendo inclusive uma inversão de sinal, no caso próton+elétron=átomo de hidrogênio.
Os elétrons perfilados, produziriam à distância, um campo coulombiano.

O único exemplo de campo não linear macroscópico seria, na minha teoria, aquele gerado por supercondutores. O efeito Miller, observado quando se faz um imã pairar sobre o campo, seria uma manifestação desta não linearidade.
Um provável outro exemplo seria a do buraco negro ...

> Pois bem, respondo agora a sua pergunta. "Uma partícula deixa de pertencer a
> um lado e passa a pertencer ao outro" quando ela deixa de ser algo que
> existe apenas na cabeça dos físicos quânticos (por exemplo, a carga elétrica
> puntiforme) e passa a se comportar como algo observável num laboratório, tal
> e qual os objetos utilizados na experiência de Coulomb. Em outras palavras,
> não existe fronteira alguma e a física a me garantir essa inexistência é a
> fisica newtoniana aplicada às estruturas elementares como elas realmente
> são, e não como sonharam os físicos do século vinte.
>

Eu precisaria de mais detalhes ...

> > Tomemos por exemplo, a Relatividade Especial de Einstein. De um lado,
> > temos as equações de Newton, invariantes com relação à velocidade e de
> > outro lado, as de Einstein, variantes com relação à velocidade. O que
> > acontece entre elas? Ora, o componente variante se reduz, tendendo à zero,
> > conforme a velocidade diminui. Temos, então, duas mecânicas, a clássica e
> > a relativística, reduzidas a uma só.
>
> O problema aqui é de natureza um pouco diversa, mas a falácia cometida foi
> do mesmo tipo. Lembro que Einstein deixou bem claro, no livro que escreveu
> com Infeld, que fez uma opção ao verificar que a relatividade clássica
> incompatibilizava-se com o eletromagnetismo. Esse depoimento de Einstein é
> quase que uma confissão, se bem que justificada através da lógica que
> apresenta no livro. Einstein OPTOU pelo eletromagnetismo em detrimento da
> relatividade clássica. Pois Einstein optou por um eletromagnetismo já
> modificado por Lorentz e com equações indevidamente ajustadas e a
> funcionarem para partículas que não existiam. Lembro também que essa não foi
> a única justificativa, mas foi a principal e definitiva, como relatado pelo
> próprio Einstein. É óbvio que se hoje pretendermos voltar atrás nesta opção,
> deveremos justificar fenômenos outros relacionados à luz, à curvatura do
> espaço, à dilatação do tempo, à transformação massa-energia, etc. Mas nada
> disso é impossível e tudo isso é perfeitamente compatível com uma física
> genuinamente newtoniana que não se apóie na idéia de fluidos elétricos
> incompressíveis de Lorentz.
>
> > Eu estou me propondo a responder a estas perguntas, inclusive mostrando
> > numericamente como se chegar à equação de Schrödinger. Esta é mais uma
> > prova de que a minha abordagem é diferente da de Dirac.
>
> Pois se existe uma equação que funciona, porque não utilizá-la? Quem sabe
> você consiga através dos supercomputadores responder o que há por trás
> dessas equações que funcionam, sabe-se lá porque. Ou, como teria dito
> Schödinger: "Esperamos que a vacilação de conceitos e opiniões signifique
> apenas um intenso processo de transformação que conduzirá finalmente a algo
> melhor do que as confusas séries de fórmulas que cercam o nosso tema." Se
> você tem meios de chegar a esse "algo melhor" por uma via diferente da
> minha, ou daquela sugerida por Schrödinger, por que não o fazer?
>

Veja bem, eu não tenho uma equação que funciona. Eu tenho uma simulação em computador que funciona.
Sob o ponto de vista de "rigor científico", a simulação em computador deve ter a mesma força que uma equação.
A palavra "equação" reflete a necessidade de se traduzir a realidade física em termos de equações analíticas, dentro dos moldes que os físicos preferem. Mas, embora eu não tenha a equação, eu posso mostrar numericamente que os resultados obtidos na simulação são compatíveis com os resultados que seriam obtidos pelo uso da equação de Schrödinger. Eu preciso comparar resultados determinísticos com resultados probabilísticos.
O algorítmo que eu uso poderia ser encarado como uma formulação matemática. Einstein, quando precisou descrever a Relatividade Geral, precisou lançar mão de uma ferramente importante que já existia na época: Os tensores. Eu estou usando o que existe de disponível para a minha descrição: Os computadores.


> > > O campo sim seria
> > > estacionário e as partículas estariam viajando em altas velocidades por
> > > este campo. Ou seja, as partículas em um movimento muito especial
> > > gerariam um campo estacionário a se adaptar a equações diferenciais que,
> > > ao serem resolvidas, traduzir-se-iam no campo e não nas partículas em
> > > si. É assim que vejo a dualidade corpúsculo-onda, algo que rigorosamente
> > > falando não existe.
>
> > A sua descrição assemelha-se à das "ondas vazias", que Einstein, com um
> > toque de auto-ironia, chamava "Gespensterfelder", que em Alemão significa
> > "campos-fantasmas". Era uma espécie de "campo diretor", que era de
> > natureza ondulatório, mas transportava no seu interior um conjunto de
> > partículas. Assim, no momento da difração, refração ou interferência, a
> > onda assume o seu papel ondulatório, mas na hora de colidir com o
> > anteparo, só as partículas aparecem. Se eu entendi a sua teoria, como uma
> > derivação ou uma variante desta interpretação, eu a acho muito
> > interessante.
>
> Eu diria que seria mais uma variante. Essa idéia de Einstein parece-me estar
> mais de acordo com aquela outra da "onda piloto" de Bhom. O que Einstein
> chama de "diretor" Bhom chama de "piloto". Aliás, Bhom foi fortemente
> influenciado por Einstein nessa sua idéia.

Este é apenas um detalhe de tradução. Neste contexto, "piloto" e "diretor" são sinônimos.

> No meu caso, as partículas seriam
> "emissoras" do campo. E o campo uma vez emitido estaria liberto das
> partículas emissoras. Essa idéia está mais de acordo com aquela "alguma
> coisa imaterial" citada por Newton e que seria emitida por corpos dotados de
> matéria na gênese do campo gravitacional.
>

A palavra "emissora" sugere um certo movimento de algo saindo de uma fonte em direção ao infinito. Você quer dizer que existe o movimento de alguma coisa da partícula em direção ao infinito, como partículas ou algo parecido e que isso seria o campo? Seriam partículas sem matéria e energia? Ou você quer apenas dizer que "emissão" é apenas o campo gerado pelas particulas?

Na minha teoria, existe como que uma ruptura do espaço físico em torno do que seria o ponto central da partícula. Entendendo a membrana como um éter bidimensional (embora eu não seja adepto da idéia do éter, preciso tomá-lo emprestado para demonstrar o meu raciocínio), a partícula forma como que um buraco redondo na membrana, concêntrico com o centro da partícula. Na verdade é como se a membrana fosse "rasgada", formando este buraco, mas este "rasgo" é reconstituível. Se você tiver o texto de minha teoria, o que eu estou falando de "rasgo", nada mais é do que as molas não-lineares M45 e M56, extremamente distendidas, da figura 7. É lógico que, para ser um "rasgo" de verdade, as molas deveriam estar quebradas de verdade, mas a nível comportamental, eu observei que o seu movimento parece-se como uma ruptura, um "rasgo" ou um "buraco".
As outras molas estão dentro da região linear, funcionam como molas normais, enquanto que estas duas estão "rompidas".
Estou chamando esta mudança de estado, de ruptura. Isto porque, se vc tiver uma mola destas em suas mãos e começar a esticá-las, gradualmente, vai chegar um instante que ela irá rapidamente passar do seu comprimento atual para um novo comprimento maior sem esforço. No início, a força aplicada é proporcional ao deslocamento, mas chega num ponto em que ela apresenta um comportamento como que um "estouro" ou "ruptura", mas ela estaciona em outro comprimento. Se você tentar reduzir o seu comprimento original, a estória se repete. Esta é a característica não linear do meu modelo matemático.
Mas as molas "rompidas" são importantes no processo de restauração da membrana. Se não houvesse este estágio de ruptura, a ruptura seria não reversível. Como num passe de mágica, a membrana rompe-se de um lado da partícula e restaura-se do outro, formando o movimento. Temos, então, uma espécie de buraco, ou ruptura viajante, que eu chamei de fenômeno. Isto não é uma idealização de minha mente, isso é resultado de uma simulação.
O difícil é traduzir em palavras uma observação bizarra como essa. Eu me sinto como se estivesse descrevendo um ser alienígena ...;-)

Eu ainda não realizei os cálculos necessários e ainda é cedo para dizer isso, mas é possível que os buracos negros sejam também rupturas do espaço físico. Neste ponto, eles seriam uma gigantesca versão gravitacional de uma partícula sub-atômica. Na fronteira do buraco negro existiria um espaço físico extremamante tenso, "rompido" como na interpretação da membrana, com as molas trabalhando na região linear. Mas a uma longa distância, o campo seria gravitacional, como o conhecemos. Nesta longa distância e com este baixo nível de tensão gravitacional, molas estariam trabalhando na região linear.


> O fato de algumas vezes ter-se a impressão de que o campo seria o
> fundamental e a partícula secundária (ou seja, o campo "dirigindo" ou
> "pilotando" a partícula), é porque em muitos casos esse campo, ainda que
> emitido, dá a impressão de ficar aprisionado sob uma forma estacionária. E
> isso acontece exatamente na constituição da estrutura atômica, quando a
> equação de Schrödinger parece atingir seu auge (em especial no átomo de
> hidrogênio).
>
> > Entretanto, no meu modelo, o fenômeno, É a partícula em si. (...)
>
> Quanto ao trecho que se segue, e que cortei aqui, diria que a metodologia
> parece ser fantástica, mas não sou a pessoa indicada para opinar, pelo menos
> nessa fase inicial quando tenho mais dúvidas do que críticas ou sugestões. O
> modelo parece ser interessante mas ficaram-me algumas dúvidas primárias.
> Seria esse modelo o único a explicar os seus achados experimentais (digo
> experiência no sentido matemático, mas não deixa de ser uma experiência
> simulada).


A parte especulativa, que é a teoria em si, pode sim conter erros de interpretação ou de associação. Na verdade, a simulação que eu consegui realizar é ainda muito primária. Entretanto, eu consegui constatar a presença de um fenômeno, que possue características próximas das partículas físicas. Neste ponto estabelece-se uma associação, que pode sim estar errada. Outros modelos muito mais completos e complexos precisam ser criados para descrever com mais exatidão a realidade física dos campos que tornam-se não lineares.
Talvez a sua própria teoria possa assumir este modelo, ou uma modificação dele, impulsionando as suas idéias e fortalecendo-as como uma teoria.
Este não é um destino final, mas sim a porta de um longo caminho.


Por outro lado, o que seria uma "partícula em si"? Seria um
> tijolo compacto, seria um tijolo inflável e a se dilatar e se contrair? Mas
> isso não poderia ser interpretado como algo emitido e aprisionado numa forma
> estacionária, como referi acima, e a que chamei de campo? Pois em outras
> ocasiões essa campo poderia se libertar da partícula. E até que ponto esse
> campo pode ser considerado ou não como uma onda?


A visão que temos da matéria, de acordo com o nosso senso comum, é de que ela tem que ser algo compacto, algo muito distinto dos campos. Mas se você pensar bem, você irá compreender que isso por ser uma mera ilusão.

Para entender o que eu quero dizer, pense no seguinte:
Se você estiver usando uma camiseta de malha, una os dedos polegar e indicador e dê um beliscão no tecido da sua camiseta, na altura do seu peito e puxe o tecido para frente do seu corpo e em seguida solte o tecido.
Se você não puxou muito forte e a camiseta não rasgou, você verá uma pequena deformação no tecido, que com o tempo deverá acomodar-se ao que era antes. Mas eu gostaria de chamar a sua atenção para este "calombinho" que se formou no tecido.
Mesmo se você não for barrigudo como eu, este "calombinho" vai ficar parado, ele não se move para baixo ou para cima, ele fica estático, preso à trama do tecido.
Mas se você pudesse modificar as características do tecido, introduzindo as não-linearidades apresentadas no meu texto, este "calombinho", além de assumir um formato melhor definido e bem estável, ele seria capaz de se mover! Se você desse um empurrãozinho com os dedos ele ficaria se movendo e ricocheteando nas barras e retornando para o meio do tecido, como uma molécula de um gás dentro de um recipiente.
Bem, não se decepcione pela simplicidade, mas isso é o princípio básico do que seria uma versão simplificada e bidimensional da minha partícula. A sua camiseta, modificada com as não linearidades e esticada bidimensionalmente e infinita, seria a minha membrana, um modelo etéreo que emprestará o seu "equacionamento" aos campos.

Mas o que seriam os campos? Bem, o "calombinho" que ainda deve estar na sua camiseta, possui, na sua versão modificada, um formato melhor definido e estável, como já disse. Nesta versão, o "calombinho", que seria a minha partícula, possui um formato mais parecido com um "vulcãozinho", com um pico central, enquanto que o resto do tecido vai abaixando, aproximando-se assintoticamente do que seria a sua posição original (antes de ser puxada). Bem, por favor, não se decepcione novamente com a simplicidade da minha interpretação, mas isso seria o que eu chamo de "campo" no meu modelo. A altura do tecido seria o potencial e a inclinação do tecido o campo elétrico. Toda esta região, onde o tecido vai abaixando, à medida em que se distancia do centro da partícula, tendendo à posição original, é a região de campo. Note que, de fato, o campo é mais intenso nas imediações da partícula (inclinação) e tende a zero no infinito, conforme a lei de Coulomb.

Uma outra partícula colocada nesta mesma região irá também gerar um campo sobreposto ao primeiro e mais, irá sofrer uma atração !

As ondas propagam-se, como num meio normal, mas uma frequênica alta poderá gerar espontâneamente partículas... Esta formação de pertículas segue a equação de Schrödinger ... Bem, existem inúmeras outras constatações compatíveis com o observado experimentalmente ... Este é o método experimental ...

- Note também o alto reducionismo em torno deste modelo ...
- Abrangência: Neste simples modelo já estamos falando em Eletromagnetismo Clássico e Schrödinger! ... E a coisa vai longe...
- Fundamentada Matematicamente? Sim, numéricamente ..
- Racional? Sim, comparada com os gnomos quânticos ...
- Simplicidade? Eu não sei se me fiz entender. Esta é a maior dificuldade desta teoria... ;-) Mas embora seja difícil de se explicar por ser muito diferente do que esperariam os cientistas, eu acho que ela é extremamente simples.
- Referenciada? Não, eu não precisei me basear em nenhuma outra teoria ...
- Consequências/Previsões? São inúmeras ...

Embora nesta discussão eu tenha utilizado uma visão etérea, portanto incorreta em princípio, podemos utilizar estas mesmas não linearidades e postular que os campos eletromagnéticos possuam não-linearidades semelhantes.
Historicamente, Maxwell tomou emprestado todo o equacionamento da mecânica dos fluídos e da teoria da elasticidade para formular as suas equações. A minha proposta é fazer o mesmo caminho, só que não partindo de um fluído ou meio elástico linear, mas partindo de um modelo que seria um aperfeiçoamento da membrana bidimensional, extendida a outras dimensões e abrangendo o magnetismo (integrado, é logico ao campo elétrico) e a Relatividade.


[ ]'s
Antonio



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova Teoria
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/09/2001 03:38




> O Cálculo Numérico ou Matemática Numérica é tão "exata", no sentido matemático, quanto a Matemática Analítica.
> Mas existe uma tendência pela descrição usando a Matemática Analítica, herdado da primeira metade do século XX, quando os físicos não tinham outra alternativa senão adotar a Matemática Analítica.
> Eu acredito que a ojeriza pelo Cálculo Numérico não seja expresso pelo gosto do pessoal, mas sim pela quase total falta de conhecimento deste pessoal num assunto muitíssimo importante para qualquer área da ciência (não apenas a Física), que é a resolução numérica de equações diferenciais. Na Europa e EUA, a situação é muito diferente. Nos EUA, os primeiros computadores foram construídos (entre eles o famoso ENIAC), exatamente para resolver equações diferenciais descrevendo a trajetória de foguetes.
> Se você mesmo fizer uma pesquisa entre os mestres e doutores das universidades brasileiras, perguntando para eles, por exemplo, "o que é, para que serve, como funciona e onde se aplica um método de integração implícito?". Você verá que muito poucos saberão responder a esta pergunta, enquanto que, em algumas universidades nos EUA, isso é como perguntar "o que é uma equação do segundo grau" para um estudante secundarista. Esta é uma situação muito grave, em vista da importância do assunto.
>
> Mas mesmo no exterior existe alguma resistência. Quando se fala em "equacionar um problema", espera-se por fórmulas e não por uma resolução numérica ...
>
Oi,

eu não vou entrar no mérito da teoria alternativa em si mas me permita
discordar de sua colocação sobre cálculo numérico. Se vc der uma passada
em institutos de física do Brasil todo, verá que a maioria dos teóricos
resolve problemas usando algum tipo de ferramenta numérica. Só para
citar alguns exemplos: Quem estuda fluidos usa cálculo numérico para
resolução de EDPs via elemento finito ou diferença finita, quem estuda
astrofísica usa computadores para estudar problemas de muitos corpos,
quem trabalha com caos não vive sem computador para simular fractais,
seções de Poincaré, etc. Isso sem falar dos físicos estatísticos, dos
que estudam mecânica quântica de muitos corpos e de todos que usam
Runge-Kutta para resolver sistemas de equações diferenciais ordinárias.
Quase todas as situações físicas reais não possuem soluções analíticas
mesmo em problemas de mecânica Newtoniana. Um pêndulo simples (mecânica
newtoniana básica) é um exemplo trivial cuja solução numérica é
importante e, no caso perturbado, necessária.
Quase todos os físicos teóricos com quem já me relacionei usam ou
usaram de alguma forma métodos numéricos, portanto, creio que a sua
afirmação sobre ojeriza a cálculo numérico está equivocada. Ademais, o
cálculo numérico é apenas uma ferramenta, antes de os computadores
existirem, os problemas eram resolvidos, geralmente, por aproximações,
funções especiais ou, simplesmente, não solucionados. Não tem sentido
uma teoria baseada na "matemática numérica" mas sim métodos numéricos
para resolver problemas.

Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova Teoria
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/09/2001 11:13

Olá Eduardo,

Obrigado pela sua opinião.
Você tem razão quando diz que o cálculo numérico é usado no Brasil e em todo
o mundo todo para resolver EDPs, astrofísica, fractais, etc..., mesmo antes
do advento dos computadores.
Eu também conheço vários Físicos no Brasil que utilizam Matemática Numérica.
Mas que tipo de Matemática Numérica?
Os problemas que você cita (com exceção das EDPs), são na sua maioria,
resolvidos pelo Método de Runge-Kutta de 4a. ordem, que é um dos mais
simples métodos de integração que existem. São raros os Físicos que ao menos
conhecem os métodos de integração implícitos, por exemplo. É disso que eu
estou falando, não apenas do uso trivial do Cálculo Numérico, que são os
métodos normalmente utilizados para resolver os exemplos citados.
Apenas como um exemplo, existe uma obra em dois volumes, de Ernst Hairer e
outros, onde o RK4 é discutido em apenas 4 páginas (135-138, 1o vol.). Bem,
a obra, em seus dois volumes totalizam, 1.142 páginas !!! Isto, só para
indicar a porcentagem de conhecimento que alguns Físicos possuem sobre o
cálculo numérico...
Já as EDPs são muitas vezes resolvidas com o uso de CADs ou pacotes prontos,
como Mathematica, Matlab, SAS, entre outros. Mas estes pacotes são limitados
e não são capazes de resolver o problema que eu venho propondo. Os problemas
de EDPs resolvidos no Brasil também são triviais, como o campo num
dielétrico, o cálculo de lajes, algumas aplicações triviais em mecânica,
etc...
Eu pesquisei este assunto no Brasil e no exterior. Eu sei do que eu estou
falando. O nível dos profissionais, pesquisadores, professores e alunos das
escolas Brasileiras deixa muito a desejar nesta importante área. Uma
abordagem séria deste assunto envolveria muito dinheiro... Se você é um bom
"entendedor", não preciso dizer mais nada ... ;-)

Eu estou FORTEMENTE em desacordo com a sua afirmação: "Não tem sentido uma
teoria baseada na "matemática numérica" mas sim métodos numéricos para
resolver problemas". E é exatamente nesta afirmação que eu ressalto a
"ojeriza" dos Físicos sobre o Cálculo Numérico.

No meu entendimento, a "matemática numérica" é tão completa na descrição de
um problema físico, quanto a "matemática analítica". Estamos falando em
matemática, em ambos os casos.
Qual seria o motivo pelo qual não teria sentido uma teoria baseada na
"matemática numérica" ? Talvez a "tradição" dos Físicos? "Ojeriza"?

Veja que no meu caso não seria possível uma descrição analítica, visto que o
problema inicial não teria solução analítica. Entretanto eu realizo uma
resolução numérica e obtenho resultados muito próximos daqueles encontrados
no escopo da QED. Ora, porque não associar estes resultados numéricamente
obtidos com a realidade física, como uma teoria?
Newton associou a expressão F=mA com a realidade física, o movimento dos
corpos. Eu estou associando uma simulação matemática com a realidade física.
Qual é a diferença?

Esta espécie de "inversão" na ordem para resolver o problema proposto é um
dos pontos marcantes de minha abordagem. O que os Físicos esperariam é uma
formulação analítica, de preferência utilizando operadores como o
Laplaciano, que ao serem aplicados a determinadas condições de contorno
permitissem uma resolução numérica de um problema em particular. Mas aí
seria papel dos engenheiros. O papel do Físico seria somente a formulação
analítica.
O que eu fiz foi diferente. Eu tenho um problema cuja solução se assemelha
com a realidade e estou fazendo o caminho inverso, partindo da solução
numérica...



[]'s
Antonio

----- Original Message -----
From: "Eduardo Gueron" <dgueron@mailbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, September 08, 2001 3:38 AM
Subject: Re: [ciencialist] Nova Teoria


>
>
>
> > O Cálculo Numérico ou Matemática Numérica é tão "exata", no sentido
matemático, quanto a Matemática Analítica.
> > Mas existe uma tendência pela descrição usando a Matemática Analítica,
herdado da primeira metade do século XX, quando os físicos não tinham outra
alternativa senão adotar a Matemática Analítica.
> > Eu acredito que a ojeriza pelo Cálculo Numérico não seja expresso pelo
gosto do pessoal, mas sim pela quase total falta de conhecimento deste
pessoal num assunto muitíssimo importante para qualquer área da ciência (não
apenas a Física), que é a resolução numérica de equações diferenciais. Na
Europa e EUA, a situação é muito diferente. Nos EUA, os primeiros
computadores foram construídos (entre eles o famoso ENIAC), exatamente para
resolver equações diferenciais descrevendo a trajetória de foguetes.
> > Se você mesmo fizer uma pesquisa entre os mestres e doutores das
universidades brasileiras, perguntando para eles, por exemplo, "o que é,
para que serve, como funciona e onde se aplica um método de integração
implícito?". Você verá que muito poucos saberão responder a esta pergunta,
enquanto que, em algumas universidades nos EUA, isso é como perguntar "o que
é uma equação do segundo grau" para um estudante secundarista. Esta é uma
situação muito grave, em vista da importância do assunto.
> >
> > Mas mesmo no exterior existe alguma resistência. Quando se fala em
"equacionar um problema", espera-se por fórmulas e não por uma resolução
numérica ...
> >
> Oi,
>
> eu não vou entrar no mérito da teoria alternativa em si mas me permita
> discordar de sua colocação sobre cálculo numérico. Se vc der uma passada
> em institutos de física do Brasil todo, verá que a maioria dos teóricos
> resolve problemas usando algum tipo de ferramenta numérica. Só para
> citar alguns exemplos: Quem estuda fluidos usa cálculo numérico para
> resolução de EDPs via elemento finito ou diferença finita, quem estuda
> astrofísica usa computadores para estudar problemas de muitos corpos,
> quem trabalha com caos não vive sem computador para simular fractais,
> seções de Poincaré, etc. Isso sem falar dos físicos estatísticos, dos
> que estudam mecânica quântica de muitos corpos e de todos que usam
> Runge-Kutta para resolver sistemas de equações diferenciais ordinárias.
> Quase todas as situações físicas reais não possuem soluções analíticas
> mesmo em problemas de mecânica Newtoniana. Um pêndulo simples (mecânica
> newtoniana básica) é um exemplo trivial cuja solução numérica é
> importante e, no caso perturbado, necessária.
> Quase todos os físicos teóricos com quem já me relacionei usam ou
> usaram de alguma forma métodos numéricos, portanto, creio que a sua
> afirmação sobre ojeriza a cálculo numérico está equivocada. Ademais, o
> cálculo numérico é apenas uma ferramenta, antes de os computadores
> existirem, os problemas eram resolvidos, geralmente, por aproximações,
> funções especiais ou, simplesmente, não solucionados. Não tem sentido
> uma teoria baseada na "matemática numérica" mas sim métodos numéricos
> para resolver problemas.
>
> Eduardo.
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
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>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Alguem ja ouviu falar nisso?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/09/2001 14:05

Realmente, como já alertou o Brudna, a thread já passeou por aqui. Apenas vou comentar, pois acredito ser necessário, o seguinte trecho de sua mensagem:

"Creio que se este equilibrio é quebrado de alguma
| forma, temos consequencias similares ao que pode ocorrer em calderias
| defeituosas ...."

As notórias explosões em caldeiras não se deve a esse efeito de possível 'sobrebulicão', a causa é outra, a *calefação*.
O pessoal preenche a caldeira com água 'comum', mineralizada e, com as constantes 'fervuras' o mineral, os sais, o resíduo vai ficando e adere ás paredes da caldeira. Essa crosta de sais é um isolante térmico e, com o passar do tempo, vai elevando o tempo necessário para iniciar a produção do vapor e, um vez conseguido isso, nota-se um boa queda na eficiência do processo, mesmo que a chapa da caldeira já beire ao rubro!.
O funcionário nervoso pode dar um chute na caldeira, bater uma grande ferramenta ou mesmo por conta própria 'descolar' uma boa parte dessa crosta ... nesse momento a água entra em contato com a parede da caldeira que está em temperatura bem acima da ebulição, ocorre a calefação e a produção de um tremendo excesso de vapor ... o aumento repentino da pressão incumbe-se do resto .........BBUUUUMMMMMMMMM!

[]'
Léo
================


-----Mensagem Original-----
De: "Leonardo Stern" <roxo@jedi.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 6 de setembro de 2001 20:34
Assunto: Re: [ciencialist] Alguem ja ouviu falar nisso?


|
| > Realmente a água ferve de forma abrupta no microondas, mas não mais que
| > algumas [grandes] bolhas de ar sendo expelidas. O máximo que pode ocorrer
| > é que um pouco de água fervente caia em sua mão se a xícara ou copo
| > estiver muito cheio [mas cheio mesmo, até a borda].
|
| Eu já penso diferente, li no Halliday que a agua vai aa 103 graus no
| microondas, sem ferver. Creio que se este equilibrio é quebrado de alguma
| forma, temos consequencias similares ao que pode ocorrer em calderias
| defeituosas ....
|
| &&& --- &&&
| VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
| ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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| Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
|
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova Teoria
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/09/2001 20:44

Caro Antônio

Ueeebaaa !

Até que enfim alguém perto de uma antiga proposição. Já faz um bom tempo
que venho propondo a 'teoria das micro-bolhas', que consiste basicamente em
definir as partículas materiais como regiões em que o espaço físico colapsa,
ou seja, 'pontos de descontinuidade (singularidades) do espaço'. Uma
possível imagem seria pensar essas partículas como micro buracos-negros, com
dimensões pontuais; uma espécie de micro-bolha dentro da qual as velocidades
seriam infinitas, ou seja, onde o espaço (distâncias) e nem o tempo não
existam.
Também imagino o espaço físico como um meio elástico (o que é muito
diferente de um espaço puramente matemático) que estaria extremamente
deformado junto a estas 'singularidades' e acumulando fortes tensões, [que
também poderiam ser chamadas de 'bolhas', 'nós' ou ainda de 'dobras no
espaço'].

As diferenças entre as várias partículas poderiam ser modeladas em função de
tensões características próximas ao 'horizonte dos eventos', de cada tipo
dessas singularidade.

Algumas vantagens que imediatamente decorrem dessa definição seriam:

- a matéria é 'impenetrável' [pois nela o espaço não existe, alias, nem a
matéria existiria].

- a arrebentação de uma dessas bolhas liberaria uma considerável quantidade
de energia ; essa energia corresponderia simplesmente ao relaxamento da
'tensão elástica do espaço acumulada junto ao horizonte de eventos da
singularidade', (o que também facilitaria a conceituação de 'energia' e de
sua propagação como vibração elástica do espaço).

- a junção de duas bolhas também liberaria energia referente à economia das
tensões elásticas junto ao 'horizonte de eventos' na nova bolha.

Claro ! Há também várias objeções fortes a serem explicadas, mas, muitas
outras conseqüências e uma grande economia de hipóteses favorecem o uso
deste modelo e portando acho que mereceria ser investigado e melhorado.

[s] Neville





SUBJECT: Popper, segundo Soros
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/09/2001 21:53

<<Fui muito influenciado por Karl Popper, filósofo da ciência, cujo livro A
Sociedade Aberta e seus Inimigos me fez entender um pouco os regimes nazista
e comunista, que vivenciara em primeira mão como adolescente na Hungria (...)
Absorvi as idéias de Popper sobre o pensamento crítico e o método científico.
E o fiz de forma crítica, vindo a divergir dele num ponto importante. Popper
sustentava que os mesmos métodos e critérios se aplicam às ciências naturais
e sociais. Já eu me defrontei com uma diferença vital: nas ciências sociais,
o pensamento constitui parte do próprio tema em estudo, ao passo que as
ciências naturais tratam de fenômenos que ocorrem independentemente do
pensamento de qualquer pessoa. Com isso, os fenômenos naturais sujeitam-se ao
modelo do método científico de Popper, mas não os fenômenos sociais”. É
preciso ser um bom leitor para apresentar divergências.>> (George Soros)


SUBJECT: Popper, segundo Soros
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/09/2001 21:59

<<Fui muito influenciado por Karl Popper, filosofo da ciencia, cujo livro A
Sociedade Aberta e seus Inimigos me fez entender um pouco os regimes nazista
e comunista, que vivenciara em primeira mao como adolescente na Hungria (...)
Absorvi as ideias de Popper sobre o pensamento critico e o metodo cientifico.
E o fiz de forma critica, vindo a divergir dele num ponto importante. Popper
sustentava que os mesmos metodos e criterios se aplicam aas ciencias naturais
e sociais. Já eu me defrontei com uma diferença vital: nas ciencias sociais,
o pensamento constitui parte do proprio tema em estudo, ao passo que as
ciencias naturais tratam de fenomenos que ocorrem independentemente do
pensamento de qualquer pessoa. Com isso, os fenomenos naturais sujeitam-se ao
modelo do metodo cientifico de Popper, mas nao os fenomenos sociais”. Eh
preciso ser um bom leitor para apresentar divergencias.>> (George Soros)


SUBJECT: Popper, segundo Soros
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/09/2001 22:05

(desta vez acerto!)

<<Fui muito influenciado por Karl Popper, filosofo da ciencia, cujo livro A
Sociedade Aberta e seus Inimigos me fez entender um pouco os regimes nazista
e comunista, que vivenciara em primeira mao como adolescente na Hungria (...)
Absorvi as ideias de Popper sobre o pensamento critico e o metodo cientifico.
E o fiz de forma critica, vindo a divergir dele num ponto importante. Popper
sustentava que os mesmos metodos e criterios se aplicam aas ciencias naturais
e sociais. Jah eu me defrontei com uma diferenca vital: nas ciencias sociais,
o pensamento constitui parte do proprio tema em estudo, ao passo que as
ciencias naturais tratam de fenomenos que ocorrem independentemente do
pensamento de qualquer pessoa. Com isso, os fenomenos naturais sujeitam-se ao
modelo do metodo cientifico de Popper, mas nao os fenomenos sociais ”. Eh
preciso ser um bom leitor para apresentar divergencias.>> (George Soros)


SUBJECT: Re: [ciencialist] Popper, segundo Soros
FROM: joao <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/09/2001 23:20

Soros tem uma fundação cujo objectivo é o de promover
sociedades abertas em países acabados de sair de ditaduras
que se baseia ñas ideias di Popper.

Joao

manuelbulcao@aol.com wrote:
>
> (desta vez acerto!)
>
> <<Fui muito influenciado por Karl Popper, filosofo da ciencia, cujo livro A
> Sociedade Aberta e seus Inimigos me fez entender um pouco os regimes nazista
> e comunista, que vivenciara em primeira mao como adolescente na Hungria (...)
> Absorvi as ideias de Popper sobre o pensamento critico e o metodo cientifico.
> E o fiz de forma critica, vindo a divergir dele num ponto importante. Popper
> sustentava que os mesmos metodos e criterios se aplicam aas ciencias naturais
> e sociais. Jah eu me defrontei com uma diferenca vital: nas ciencias sociais,
> o pensamento constitui parte do proprio tema em estudo, ao passo que as
> ciencias naturais tratam de fenomenos que ocorrem independentemente do
> pensamento de qualquer pessoa. Com isso, os fenomenos naturais sujeitam-se ao
> modelo do metodo cientifico de Popper, mas nao os fenomenos sociais ”. Eh
> preciso ser um bom leitor para apresentar divergencias.>> (George Soros)
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html


SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova Teoria
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/09/2001 09:14

----- Original Message -----
From: "Antonio"
Sent: Friday, September 07, 2001 9:29 PM
Subject: Re: [ciencialist] Nova Teoria

> Oi Alberto,

Olá, Antonio

Estou "trabalhando" praticamente em tempo integral no news
uol.carreiras.fisica e não tem me sobrado tempo para debates com os amigos
da Ciencialist. Enfim, você é o "culpado" ;-)) pois eu fui divulgar a sua
teoria no news uol e acabei encontrando um físico quântico pela frente que,
após termos trocado alguns "sopapos", dignou-se a me contestar sobre
até onde os fundamentos de minha teoria entram em atrito com os fundamentos
da física quântica.

Li a sua última mensagem e esbocei a intenção de respondê-la mas francamente
ainda não encontrei tempo para isso. Fiquei feliz ao ver que outros com o
Eduardo e o Neville responderam a sua mensagem e quero crer que ambos estão
em melhores condições do que eu para entrar no mérito da sua teoria que,
afinal, é o que realmente importa para todos nós. Dessa forma, deixarei sua
msg na pasta "mensagens a responder" e se perceber que na mesma há realmente
algo que mereça maiores esclarecimentos de minha parte, enviarei os
comentários oportunamente. Até lá, permanecerei assistindo de camarote o seu
sucesso na thread que inaugurei.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova Teoria
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/09/2001 16:06

Caro Neville,

Obrigado pelo comentrio e desculpe-me pelo tamanho da resposta... ;-)
Quando um Fsico estuda as leis do Universo, ele projeta em sua mente o que seria a sua prpria interpretao do Universo.
Depois, ele tenta descrever esta projeo em termos de equaes, modelos ou palavras. Esta ser ento a sua viso de universo, a sua forma de pensar. Embore eu tambm use palavras, a minha descrio tem o formato de um modelo numrico, ou uma simulao.
Quando a descrio assume um formato utilizando palavras, existem muitas formas de se dizer a mesma coisa.
Pense em como foi difcil para a tripulao do capito James Cook descrever como era um canguru para a coroa Britnica em 1770, quando a Austrlia foi descoberta. Talvez ele o tenha descrito como um cachorro com patas dianteiras atrofiadas, patas trazeiras bem desenvolvidas, com um grande rabo e que se locomove saltando, ... Note a necessidade de se comparar um canguru a um cachorro, embora eles sejam animais de espcie diferentes.
Numa descrio do que seria a bizarra Mecnica Quntica, elementos comparativos como estes seriam inevitveis.
No nosso caso, eu vejo que existe um sentimento comum sobre a interpretao da realidade fsica.
Vrias pessoas de diferentes pontos de vista, opinam diferentemente sobre o que esto "vendo". Na verdade o que elas esto vendo a mesma coisa, mas uma v de perfil, outra de frente, etc... As pessoas descrevem os seus pensamentos com algumas diferenas, mas no fundo, esto descrevendo a mesma coisa ...
Eu acredito que muitas das teorias de ns, das bolhas (entre elas as suas "micro-bolhas"), deformaes de campo, singularidades, defeitos, etc... sejam tentativas de descrever a mesma coisa ou quase a mesma coisa. Em outras palavras, deve existir uma grande afinidade entre a sua teoria, a minha e a de outros cientistas.

No incio da dcada de 80, quando eu estava estudando Mecnica Quntica, eu peguei um livro de Fsico-Qumica (Walter J. Moore, 2o. Volume, trad.) na biblioteca da escola, e fiquei chocado quando li o seguinte trecho na parte introdutria do captulo 13- Partculas e Ondas:
"(...), um avano na teoria de campo poderia demonstrar que as partculas elementares seriam simplesmente defeitos, vrtices ou outras singularidades nos campos contnuos. Neste caso, teramos uma vitria para a teoria de campo. (pargrafo) A situao contempornea que uma tcnica matemtica poderosa tem sido desenvolvida, que fornece, pelo menos provisoriamente e para uma faixa limitada de problemas, uma sntese satisfatria dos conceitos corpuscular e de campo. Esta tcnica denominada mecnica quntica.(...)".
O texto acima chamou-me ateno em dois pontos: Primeiro a possibilidade das partculas serem defeitos nos campos contnuos e segundo, o fato de ser a mecnica quntica incompleta, restrita a uma faixa limitada de problemas.
A se julgar pelo seu livro, Moore sabia muito bem do que estava falando. Moore foi uma autoridade neste asssunto e estava declarando a mecnica quntica como "incompleta". Alm disso, Moore certamente estava sintetizando em poucas palavras toda uma corrente de pensamento que esteve h muitos anos presente na mente de muitos Fsicos. Veja tambm que esta no uma criao exclusiva de minha mente, ou da sua, mas uma antiga corrente de pensamento.
Eu fiquei chocado porque este era um texto introdutrio e o que viria a seguir, ou seja, todo o formalismo da mecnica quntica, iria descartar um desenvolvimento partindo-se das singularidades de campo, o que para mim, seria muito mais natural. De fato isto no aconteceu, logo a seguir veio a equao de Schrdinger, que nada mais do que a equao de onda, conforme D'Alembert e a relao de De Broglie, batidas num liquidificador e entregues para todos os cientistas do mundo engulirem como uma verdade absoluta. ;-)
De l para c eu vim estudando como poderia uma singularidade de campo tornar-se algo permanente, como uma bolha, um vrtice, uma deformao ou algo parecido.
Eu logo percebi que os campos, como descrito pelas equaes de Maxwel, no poderiam criar eles mesmos esta distoro no espao. Em outras palavras, no havia singularidades nas equaes de Maxwel. Eu comecei a pensar, ento, que poderia haver uma regio linear, onde as equaes de Maxwel fossem aplicadas tal como elas so e outra regio, ainda desconhecida, onde as equaes de Maxwel precisassem sofrer uma alterao, gerando a desejada no-linearidade. Neste momento, percebi a necessidade de tornar as equaes de Maxwel, equaes de alguma forma no-lineares, dentro de um certo domnio, mas continuando lineares dentro do domnio clssico. Com isso, eu iria conseguir um outro caminho, uma nova abordagem, para o que seria uma outra mecnica quntica. Mas a pergunta bvia era: Porque ningum fez isso antes?
Esta era a resposta: No instante em que eu mesmo tentei desenvolver este novo caminho, encontrei uma gigantesca barreira. No livro de Paul Davies & John Gribbin, "The Matter Myth", ed. Penguin, pg. 47, h uma sntese: "(...) nonlinear systems are notoriously hard to study mathematically". Na prtica, qualquer probleminha com mais de cinco osciladores, teria que ser resolvido por clculo numrico, mesmo se os osciladores fossem lineares. Uma tentativa de resolv-los analiticamente, obtendo-se a funo horria de cada oscilador iria produzir equaes enormes, crescendo em uma rpida progresso, conforme se aumenta o nmero de osciladores. Mas, no caso linear, a soluo numrica encaixava-se muito bem, sendo muito bem resolvidas por vrios mtodos disponveis at ento (1980). Entretanto, quando eu tentava resolver o mesmo problema numericamente, mas introduzindo pequenas distores nas funes que definiam as "constantes" das molas dos osciladores, ou seja, quando eu introduzia no-linearidades, o algoritmo empregado ficava completamente maluco. Naquela poca eu no entendia porque. Revisei e refiz os meus programas vrias vezes e o resultado era o mesmo, ou seja no havia resultado.
Ao longo de vrios anos, eu descobri que os Fsicos do passado no progrediram numa eventual tentativa de se introduzir no-linearidades nos campos, obtendo-se com isso uma nova mecnica quntica, simplesmente porque no havia Matemtica Numrica suficiente para isso.
Somente no incio na dcada de 90, eu percebi que o problema no solucionado por mim h quase dez anos atrs, encaixava-se numa classe de problemas chamada de "stiff problems" e que de fato, at a dcada de 70, ou mesmo incio da dcada de 80, no havia literatura incluindo algoritmos capazes de solucionar este tipo de problema, que so os mtodos implcitos. O resultado "maluco" que eu obtive nada mais era do que a instabilidade do mtodo explcito quando aplicado a este tipo de problema.
Apenas como curiosidade, o primeiro autor a publicar um livro com um algortmo implcito foi Gear, em 1971, mas os algortmos computacionais representando estes mtodos implcitos somente se tornariam populares partir da dcada de 80. Alguns programas e mtodos ainda permanecem sigilosamente confinados em instituies ou empresas, como NASA, IBM, entre outras, sendo consideradas propriedade industrial !
Durante a dcada de 90 eu esbarrei nas limitaes de hardware e mesmo nas dificuldades de se implementar este algortmo, mas eu consegui alguns resultados, que embora sejam limitados, permitiram-me esboar uma Nova Fsica.
Neste sentido, eu devo aqui no agradecer a ajuda que no recebi de todos aqueles que tambm no conheciam este assunto, e que deveriam conhecer, mas que ficam mamando nas tetas do governo e intituies como CNPq, Fapesp, etc ... :-)

Eu tambm concordo com voc quando diz: "Claro ! H tambm vrias objees fortes a serem explicadas, mas, muitas outras conseqncias e uma grande economia de hipteses favorecem o uso deste modelo e portando acho que mereceria ser investigado e melhorado".
Existe um campo enorme pela frente. Tudo tem que ser investigado, discutido, alterado, aperfeioado, etc ...

Neste momento, eu estou procurando algum patrocnio para o desenvolvimento de alguns modelos matemticos que podero resultar numa teoria mais completa. Em breve eu estarei formando uma equipe, onde talvez alguns colegas desta lista sejam convidados para este incrvel desafio. evidente que eu precisarei tambm de Matemticos (com nfase na parte numrica) e Programadores.


[s] Antonio

----- Original Message -----
From: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, September 08, 2001 8:44 PM
Subject: Re: [ciencialist] Nova Teoria


> Caro Antnio
>
> Ueeebaaa !
>
> At que enfim algum perto de uma antiga proposio. J faz um bom tempo
> que venho propondo a 'teoria das micro-bolhas', que consiste basicamente em
> definir as partculas materiais como regies em que o espao fsico colapsa,
> ou seja, 'pontos de descontinuidade (singularidades) do espao'. Uma
> possvel imagem seria pensar essas partculas como micro buracos-negros, com
> dimenses pontuais; uma espcie de micro-bolha dentro da qual as velocidades
> seriam infinitas, ou seja, onde o espao (distncias) e nem o tempo no
> existam.
> Tambm imagino o espao fsico como um meio elstico (o que muito
> diferente de um espao puramente matemtico) que estaria extremamente
> deformado junto a estas 'singularidades' e acumulando fortes tenses, [que
> tambm poderiam ser chamadas de 'bolhas', 'ns' ou ainda de 'dobras no
> espao'].
>
> As diferenas entre as vrias partculas poderiam ser modeladas em funo de
> tenses caractersticas prximas ao 'horizonte dos eventos', de cada tipo
> dessas singularidade.
>
> Algumas vantagens que imediatamente decorrem dessa definio seriam:
>
> - a matria 'impenetrvel' [pois nela o espao no existe, alias, nem a
> matria existiria].
>
> - a arrebentao de uma dessas bolhas liberaria uma considervel quantidade
> de energia ; essa energia corresponderia simplesmente ao relaxamento da
> 'tenso elstica do espao acumulada junto ao horizonte de eventos da
> singularidade', (o que tambm facilitaria a conceituao de 'energia' e de
> sua propagao como vibrao elstica do espao).
>
> - a juno de duas bolhas tambm liberaria energia referente economia das
> tenses elsticas junto ao 'horizonte de eventos' na nova bolha.
>
> Claro ! H tambm vrias objees fortes a serem explicadas, mas, muitas
> outras conseqncias e uma grande economia de hipteses favorecem o uso
> deste modelo e portando acho que mereceria ser investigado e melhorado.
>
> [s] Neville
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos sujeito s regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>


[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova Teoria
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/09/2001 16:10

Oi Alberto,

As minhas respostas também são dirigidas a você, assim como aos colegas da
lista...
Se não tiver muito tempo e quiser opinar sobre pontos isolados, fique à
vontade.
Enquanto isso, se vc puder, divulgue a minha página também entre o pessoal
que está no uol.
A divulgação também colabora para o desenvolvimento e sucesso de uma teoria.

Um abraço,
Antonio

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, September 09, 2001 9:14 AM
Subject: Re: [ciencialist] Nova Teoria


> ----- Original Message -----
> From: "Antonio"
> Sent: Friday, September 07, 2001 9:29 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Nova Teoria
>
> > Oi Alberto,
>
> Olá, Antonio
>
> Estou "trabalhando" praticamente em tempo integral no news
> uol.carreiras.fisica e não tem me sobrado tempo para debates com os amigos
> da Ciencialist. Enfim, você é o "culpado" ;-)) pois eu fui divulgar a sua
> teoria no news uol e acabei encontrando um físico quântico pela frente
que,
> após termos trocado alguns "sopapos", dignou-se a me contestar sobre
> até onde os fundamentos de minha teoria entram em atrito com os
fundamentos
> da física quântica.
>
> Li a sua última mensagem e esbocei a intenção de respondê-la mas
francamente
> ainda não encontrei tempo para isso. Fiquei feliz ao ver que outros com o
> Eduardo e o Neville responderam a sua mensagem e quero crer que ambos
estão
> em melhores condições do que eu para entrar no mérito da sua teoria que,
> afinal, é o que realmente importa para todos nós. Dessa forma, deixarei
sua
> msg na pasta "mensagens a responder" e se perceber que na mesma há
realmente
> algo que mereça maiores esclarecimentos de minha parte, enviarei os
> comentários oportunamente. Até lá, permanecerei assistindo de camarote o
seu
> sucesso na thread que inaugurei.
>
> [ ]'s
> Alberto
> http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: Popper, segundo Soros
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/09/2001 16:27

George Soros e' um espertalhao.

Quebrou um banco ingles e quase quebra
o Brasil (se e' q nao o fez). E de brinde ainda
emplacou um empregado seu em um importante
posto economico destas terrinhas -- no coracao do
Banco Central.

O objetivo de Soros, como o de qq outro agente
economico, e' o de obter ganhos.

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., joao <jmiranda@e...> wrote:
> Soros tem uma fundação cujo objectivo é o de promover
> sociedades abertas em países acabados de sair de ditaduras
> que se baseia ñas ideias di Popper.
>
> Joao




SUBJECT: Re: [ciencialist] Psicologia cognitivo-comportamental
FROM: Márcio Botelho <marciobotelho@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/09/2001 17:25

Caro amigo Sérgio Navega,

Estou acompanhando seu debate na ciencialist sobre a psicanálise. Achei
muito interessante seus argumentos e concordo com eles, estendendo-os para a
teoria de Jung. Aliás, escolher entre Jung e Freud é questão de gosto, visto
que ambos explicam os mesmos fenômenos de modos diferentes, mas com o mesmo
dogmatismo e sem que nenhum critério extrínseco de validade possa ser
aplicado a elas eficientemente. É como escolher entre ser católico e
espírita.
Assim, gostaria de saber se vc conhece alguma obra sobre o tema que refute
sistemática e eficientemente a psicanálise como ciência.
Abraços,

Márcio Botelho.



SUBJECT: Re: Popper, segundo Soros
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/09/2001 17:27

O funcionário é um dos ultimos Diretores do Banco Central.


Segundo FHC eles são amigos (Soros e ele).


[]'s

Celso Galli Coimbra


----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, September 09, 2001 4:27 PM
Subject: [ciencialist] Re: Popper, segundo Soros


> George Soros e' um espertalhao.
>
> Quebrou um banco ingles e quase quebra
> o Brasil (se e' q nao o fez). E de brinde ainda
> emplacou um empregado seu em um importante
> posto economico destas terrinhas -- no coracao do
> Banco Central.
>
> O objetivo de Soros, como o de qq outro agente
> economico, e' o de obter ganhos.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> --- In ciencialist@y..., joao <jmiranda@e...> wrote:
> > Soros tem uma fundação cujo objectivo é o de promover
> > sociedades abertas em países acabados de sair de ditaduras
> > que se baseia ñas ideias di Popper.
> >
> > Joao
>

>
>
>


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Popper, segundo Soros
FROM: joao <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/09/2001 18:34



rmtakata@altavista.net wrote:

> O objetivo de Soros, como o de qq outro agente
> economico, e' o de obter ganhos.

Sim, desde que a palavra ganho seja entendida de uma forma lata.
Os agentes económicos estão interessados em poder, comida,
propriedade e liberdade em geral. O que também pode incluir o
poder de se mudar o mundo com base na nossa teoria política
preferida. Quem tem muito dinheiro, não quer mais dinheiro, quer
outras coisas.

Joao


SUBJECT: Re: Popper, segundo Soros
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/09/2001 19:51

--- In ciencialist@y..., joao <jmiranda@e...> wrote:
> Sim, desde que a palavra ganho seja entendida de uma forma lata.

Lata de sardinha ou de caviar? (Eu sei, foi podre esta.)

> Os agentes económicos estão interessados em poder, comida,
> propriedade e liberdade em geral. O que também pode incluir o
> poder de se mudar o mundo com base na nossa teoria política

Sei, Soros e' o salvador do mundo...

> preferida. Quem tem muito dinheiro, não quer mais dinheiro, quer
> outras coisas.

Joao, vc nao e' ingenuo...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Resposta a um velho desafio
FROM: "Sérgio M. M: Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/09/2001 19:54


Olá Pessoal. []

Como não tenho tempo neste momento para seguir as discuções actuais
da lista, intertive-me a passear pelo site da lista.
Daqui fui levado à página de discuções e dessa a este tema:
O desafio de diferenciar a direita da esquerda.(msg 569)

Desculpem o atrazo e provávelmente a inutilidade desta resposta,mas
não tenho nada que fazer agora :))

Ao problema,foi dada a resposta :
> Então vou tentar definir através de vetores e geometria misturando
anatomia:
> (Ajudem-me nos detalhes)
>
> Imaginem um plano P cortando NOSSO PRÓPRIO CORPO verticalmente
separando o lado da frente do de trás.

Esta resposta recebeu a critica de ter uma definição anatómica.

Mas é necessário este plano P.
Esta é a Quebra de Simetria necessária para resolver o problema.

Mas para defenir vectores é preciso outra quebra de simetria. O
Alto /Baixo.

Estas simetrias são sempre aplicáveis a qq objecto.
O alto/baixo se define com o sentido do peso.
O frente/atras se define pelo vector que une o Observador ao
objecto. O plano "da frente" é aquele que tem uma distancia menor ao
observador. No caso humano, é aquele que tem menor distancia aos
olhos.
Então temos 2 vectores , um que aponta para "baixo" , o do peso.
E um que aponta para "a frente" o do observador.
Defenimos aqui para simplicidade , o primeiro como o Vector X e o
segundo como o Vector Y
Aplicando a Operação Produto Externo entre X e Y, Obtemos um terceiro
vector. Chamaremos Vector Z

Então a definiçao dada antes ;

> Direita = posições no espaço apontadas no mesmo sentido dos vetores
>paralelos ao vetor D.

Apresenta-se agora como:

Direita = Sentido relativo ao observador, que no espaço, é paralelo
ao vector Z. Ou, O sentido,relativo ao observador,do vector Z.

O lado esquerdo define-se como o oposto ao lado direito.

Por esta definição até mesmo uma Esfera tem lado direito e esquerdo
Já que o vector peso existe sempre e o observador tb.

Execpções:

Imaginemos que estamos no espaço onde não existe peso.
Como defenir agora ?

Fácil.
O observador imagina-se posicionado na terra . i.e. , com os pés na
terra. O sentido que o peso teria então ( da cabeça para os pés ) é
então usado por translação para qq ponto do espaço, usando o
observador como modelo.
O sentido Alto/baixo é então na realidade o sentido cabeça-pés do
observador humano na posição normal.

E se não houver observador para defenir o 2° vector ?

Bom, ai não é necessário defenir esquerda e direita, pois não ? :)))
Ninguém vai ver ! :))


Esta definição, acho eu, é mais imdependente do objecto, e da
anatomia. Usa o peso que é algo de essencia fisica, e o observador.
(notar que as palavras Esquerda e Direita não têm significado
matemático)
Por esta definição poderão verificar de que lado ficam os orgão
pâncreas e figado, e não ao contrário. Já que uma estátua não tem
figado :)) mas tem lado direito.


Note-se que um observador estiver frente a outro, a direita de um
será a esquerda do outro. Como todos sabemos.

Finalmente, para o observador , saber qual é a sua propria direita, o
método referido tb funciona, pois a distancia olhos - frente do
objecto (frente dele proprio), é menor que a distancia olhos - costas.


Espero que esteja resolvido este importantisssimo problema de saber
direito o que está à esqerda :)


Cumprimentos a todos,

Sérgio M.M. Taborda




SUBJECT: Re: Resposta a um velho desafio
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/09/2001 19:59

--- In ciencialist@y..., "Sérgio M. M: Taborda" <sergiotaborda@e...> wrote:=

> Espero que esteja resolvido este importantisssimo problema de saber
> direito o que está à esqerda :)

E' facil, ao menos no Brasil.

Quem xinga os outros de anacronicos esta' 'a direita,
quem xinga os outros de neoliberais esta' 'a esquerda.
Quem e' xingado por todo mundo esta' ao centro.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Resposta a um velho desafio
FROM: joao <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/09/2001 20:06



rmtakata@altavista.net wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., "Sérgio M. M: Taborda" <sergiotaborda@e...> wrote:=
>
> > Espero que esteja resolvido este importantisssimo problema de saber
> > direito o que está à esqerda :)
>
> E' facil, ao menos no Brasil.
>
> Quem xinga os outros de anacronicos esta' 'a direita,
> quem xinga os outros de neoliberais esta' 'a esquerda.
> Quem e' xingado por todo mundo esta' ao centro.
>

Outra definição possível:

- quem é a favor da liberdade económica e contra as liberdades
individuais está à direita
-- quem é a favor das liberdades individuais e contra as liberdades
económicas está à esquerda
- quem é a favor de ambas as liberades é um liberal.

joao


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Popper, segundo Soros
FROM: joao <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/09/2001 20:33



rmtakata@altavista.net wrote:

> Sei, Soros e' o salvador do mundo...

Ninguém é o salvador do mundo, mas a personalidade do Soros
é extremamente complexa. Exemplos:

Soros apoiante da taxa tobin:

http://www.google.com/search?hl=pt&q=%22george+soros%22+tobin

Soros como anticapitalista e estatista:
http://www.capitalism.org/
http://capitalismmagazine.com/1998/march/mar98_letters.htm

Soros filantropo:
http://vs02.tvsecure.com/~vs021b5/neac/statements/archives/arch1198/kman.shtml

E ainda falta o Soros especulador, o Soros refugiado, o Soros
poperiano etc etc

Joao


SUBJECT: Re: Resposta a um velho desafio
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/09/2001 20:33

--- In ciencialist@y..., joao <jmiranda@e...> wrote:
> - quem é a favor da liberdade económica e contra as liberdades
> individuais está à direita
> -- quem é a favor das liberdades individuais e contra as liberdades
> económicas está à esquerda
> - quem é a favor de ambas as liberades é um liberal.

Hmmm, claro, claro, e' so' uma piada.

Mas tecnicamente a definicao acima de esquerda e'
problematica. A esquerda nao pregava a didadura
do proletariado?

Ou: ao q. me consta Fidel Castro e' considerado de
esquerda. Idem pro PC chines e pro Pol Pot e o
Khmer Vermelho... nao ha' ou nao havia muita
liberdade individual sob esses governos. (Nem no
stalinismo.)

Uma definicao mais pragmatica seria:

- e' de esquerda quem e' contra a direita;
- e' de direita quem e' contra a esquerda;
- e' de centro quem pergunta: qual a diferenca
entre elas?

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Resposta a um velho desafio
FROM: joao <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/09/2001 20:50



rmtakata@altavista.net wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., joao <jmiranda@e...> wrote:
> > - quem é a favor da liberdade económica e contra as liberdades
> > individuais está à direita
> > -- quem é a favor das liberdades individuais e contra as liberdades
> > económicas está à esquerda
> > - quem é a favor de ambas as liberades é um liberal.
>
> Hmmm, claro, claro, e' so' uma piada.
>
> Mas tecnicamente a definicao acima de esquerda e'
> problematica. A esquerda nao pregava a didadura
> do proletariado?


Acho que a minha definição só se aplica em países de brandos
costumes. Em Portugal, a esquerda que defendia a reforma
agrária e quem sabe, o fuzilamento dos capitalistas, agora
defende os homosexuais e as famílias não tradicionais. Aliás,
alguns estalinistas foram para o governo e agora defendem as
privatizações.



Outra definição possível à luz da globalização:

direita: aqueles que são contra a mobilidade das pessoas
mas contra a mobilidade dos capitais;

esquerda: aqueles que são contra a mobilidade dos capitais
mas não das pessoas.


Joao


SUBJECT: Re: Resposta a um velho desafio
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/09/2001 20:51

Um referencial mais seguro -- se e' q. as leis
fisicas valem em todos os pontos -- talvez
seja mesmo o comportamento de um eletron em
movimento sob acao de um campo eletrico.

Poderia tbm definir pela alteracao do
eixo de polarizacao optica de certas
substancias -- levogiras e dextrogiras.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Resposta a um velho desafio
FROM: joao <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/09/2001 20:54

Não percebi muito bem o problema, mas um referencial possível é
uma mão direita. Será que uma mão direita no meio de um espaço
vazio é reconhecível como uma mão direita? Acho que sim. Pelo menos
é completamente diferente de uma mão esquerda.

Joao

rmtakata@altavista.net wrote:
>
> Um referencial mais seguro -- se e' q. as leis
> fisicas valem em todos os pontos -- talvez
> seja mesmo o comportamento de um eletron em
> movimento sob acao de um campo eletrico.
>
> Poderia tbm definir pela alteracao do
> eixo de polarizacao optica de certas
> substancias -- levogiras e dextrogiras.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html


SUBJECT: Re: Resposta a um velho desafio
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/09/2001 21:21

--- In ciencialist@y..., joao <jmiranda@e...> wrote:
> Não percebi muito bem o problema, mas um referencial possível é
> uma mão direita. Será que uma mão direita no meio de um espaço
> vazio é reconhecível como uma mão direita? Acho que sim. Pelo menos
> é completamente diferente de uma mão esquerda.

Bem pra quem conhece a mao direita nao haveria problemas...
Poderiamos pensar assim: temos um bando de criancas q.
estao perdidas no meio do deserto e so' podem se comunicar
via radio com um posto policial. As criancas nao sabem o q.
e' direita ou o q. e' esquerda, mas devem avancar a estrada e
pegar o caminho da direita.

(Bem, nesse caso nao adianta a gente falar em eletrons e
quiralidade optica... Nao me perguntem por q. nao se pode
instruir as criancas a aguardar no local para serem resgatadas.
Nao vale dizer: estenda seus indicadores para a frente e os
polegares para dentro -- a mao q. formar um L sera' a esquerda.)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Popper, segundo Soros
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/09/2001 21:27

--- In ciencialist@y..., joao <jmiranda@e...> wrote:
> Ninguém é o salvador do mundo, mas a personalidade do Soros
> é extremamente complexa. Exemplos:

Claro q. e' complexa (nao sei se o
'extremamente' se aplica). Alguem
q. seja muito obvio nao sobrevive
no mercado de especulacao.
Por isso nunca ganhei no War
(ainda q. o fator sorte pese muito
por causa do lancamento dos dados,
isso tende a se diluir com o passar das
rodadas -- a menos q. alguem se
fortaleca demais no comeco).

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Nova Teoria
FROM: neville@catanduva.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/09/2001 22:45

-----------------
Antônio escreveu:
>>> . . . .Em breve eu estarei formando uma equipe, onde talvez
alguns
colegas desta lista sejam convidados para este incrível
desafio. . . . . .
------------------

Prezado Antônio:

No que depender de mim, o convite está aceito de ante-mão !
Apesar das muitas limitações que tenho, conte com a meu entusiasmo e
colaboração no que for possível.

[s] Neville
-----------------




SUBJECT: Re: Loucos !
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/09/2001 00:00

>
> O historiador da ciencia Leopoldo de Meis, da UFRJ, que estuda o
tema ha'
> dez anos, comprovou isso numa pesquisa com estudantes de varios
paises,
> publicada no seu livro Ciencia e Educacao - O Conflito Humano
Tecnologico.

Convidei o Leopoldo para participar como convidado especial da
Ciencialist, mas ele disse que no momento estah sem tempo e que
futuramente poderia aparecer por aqui. Mas acho que foi mais pra ser
gentil... ele dificilmente terah esse tempo para nos... os mortais. :)

Vou continuar com os convites de 'cientistas famosos' do Brasil...
quem sabe algum dia algum aceita. :) Se alguem quiser convidar e/ou
sugerir nomes, eh soh falar comigo.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist

ps1: Assisti uma excelente palestra dele, no ultimo congresso da SBQ
(Sociedade Brasileira de Quimica).
ps2: Nao sabia da existencia desse livro.



SUBJECT: Re: Nova Teoria
FROM: ego_sun@yahoo.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/09/2001 02:24

Olá a todos, olá Antônio,

Não consegui ainda baixar seu arquivo do site, mas devo estar
terminando o download em breve. Se for útil, tenho interesse em
colaborar com o trabalho em andamento. Sou engenheiro eletrônico, e
embora já há um bom tempo não trabalhe com métodos numéricos, creio
qué seria possível ajudar. Gostaria de saber se sua simulação prevê a
unificação da relatividade e da teoria quântica, uma vez que o modelo
de partículas como processos no campo gera como consequência quase
imediata a relatividade (se no arquivo isso está respondido só vou
saber no meio da semana!).

[]s

ego


--- In ciencialist@y..., "Antonio" <a_ferrao@t...> wrote:




SUBJECT: RES: [ciencialist] Eratostenes e o Tamanho da Circunferencia da T erra
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/09/2001 08:46

Pode mandar

> -----Mensagem original-----
> De: Paulo Sergio Dias [mailto:psdias@globo.com.br]
> Enviada em: Quinta-feira, 6 de Setembro de 2001 22:56
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Eratostenes e o Tamanho da Circunferencia da
> Terra
>
>
> Amigos:
>
> - Desculpem usar a lista para os fins que
> vou expor a seguir, mas... acho que e' por
> uma causa nobre. [Espero que caiam nessa,
> pois preciso de uma ajudinha :) ]
>
> - Preciso apresentar um seminario na
> aula de "Filosofia e Historia da
> Matematica" (faz parte do meu curso de
> graduacao em Licenciatura Matematica -
> estou no 3o. ano)
>
> - Escolhi um tema e escrevi um pequeno artigo,
> explicando como Eratostenes, no seculo III aC,
> usou conceitos elementares de Geometria, para
> calcular COM EXCELENTE APROXIMACAO, o tamanho
> da circunferencia da Terra.
>
> - Como gostaria de apresentar algo simples,
> mas "bem feito", com o maximo de precisao
> historica (e com precisao matematica, e' claro),
> gostaria de contar com a ajuda dos amigos
> que se dispusessem a ler o artigo e tirar
> algumas duvidas a respeito de alguns pontos
> sobre o assunto. A questao e' que, como nao
> encontrei o assunto muito detalhado em nenhum livro,
> tive de juntar um pouquinho de cada um, para formar
> um todo um pouco mais consistente, e acabei fazendo
> algumas "suposicoes" a respeito do pensamento
> que Eratostenes seguiu. Em suma, preciso saber se
> minha pesquisa esta' coerente com aquilo que
> os amigos sabem a respeito do assunto, ou se cometi
> algum "deslize" historico.
>
>
> - Se alguem se dispuser em ler o artigo e me auxiliar
> com comentarios, solicito que enviem um e-mail diretamente
> para mim, e eu lhe enviarei um arquivo, formato Word 97.
>
> - Mesmo que voce^ nao conheca nada sobre o assunto, ainda
> assim poderia ajudar, se lesse o artigo e me enviasse
> duvidas a respeito de pontos obscuros de meu texto (duvidas
> que, talvez, muitos dos colegas de classe tambem
> venham a ter). Assim, eu poderia "ir mais fundo" na pesquisa
> e tentar incluir mais informacoes, para melhorar a qualidade
> do trabalho.
>
> - Muito obrigado pela atencao de todos.
>
> []'s
> Paulo Sérgio Dias
> psdias@globo.com.br
>
>
>
>
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> Para sair da lista envie um mail para
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Ser humano dispara explosao evolutiva
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 10/09/2001 15:32

BIOLOGIA – Folha de São Paulo, 7 de setembro de 2001

Introdução de antibióticos e herbicidas aumenta resistência de
organismos, induzindo "corrida armamentista"

Ser humano dispara explosão evolutiva
RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL

O ser humano é hoje a força mais poderosa agindo sobre a evolução dos
seres vivos, como demonstra de maneira dramática o aumento da
resistência de organismos causadores de doenças e pragas agrícolas.

E se a medicina e a agricultura não encontrarem meios de reduzir o ritmo
desse processo evolutivo, o homem vai continuar às voltas com uma
"corrida armamentista" contra essas pestes que vai causar prejuízos
crescentes, já estimados hoje entre 33 bilhões a 50 bilhões de dólares
só nos EUA.

Os fatos básicos já estão disponíveis há vários anos. Mas a idéia de que
o homem precisa reduzir seu impacto na própria evolução biológica está
sendo formulada agora por autores como Stephen Palumbi, da Universidade
Harvard, autor de um artigo publicado hoje na revista "Science"
(www.sciencemag.org).

O artigo resume o livro de Palumbi publicado este ano, "The Evolution
Explosion: How Humans Cause Rapid Evolutionary Change", ou "A Explosão
da Evolução: Como os Humanos Causam Mudança Evolutiva Rápida".

Um dos casos citados por ele é a evolução da resistência a drogas do
vírus causador da Aids, o HIV.

"Alguns problemas são globais. Se um país tratar o HIV com apenas uma
droga, isso poderia gerar um país inteiro cheio de vírus resistentes a
essa droga, que poderiam se espalhar pelo mundo. Subestimar o potencial
evolutivo desse vírus é talvez o erro mais sério, e evitável, que nós
podemos fazer", disse Palumbi à Folha.
"O HIV evoluiu tão rápido que em dois anos ele estará tão diferente de
quando começou do que nós em relação aos chimpanzés."

São necessárias três coisas para que um organismo vivo evolua de acordo
com o processo chamado de "seleção natural darwiniana", obra do
naturalista inglês Charles Robert Darwin (1809-1882).

É preciso existir uma variação natural entre as características dos
organismos, esses traços devem conferir alguma vantagem para o indivíduo
e o traço deve ser hereditário, passível de ser transmitido de pai para
filho.

Ao usar apenas uma droga contra um organismo, o homem está praticando
uma forma de seleção, deixando vivos só os que têm resistência. Eles se
multiplicam e viram maioria na população.

Praticamente todas as doenças causadas por bactérias desenvolveram
resistência aos antibióticos usados contra elas, diz Palumbi. O
resultado é uma corrida armamentista, em que a indústria tenta criar
novos antibióticos, e as bactérias desenvolvem resistência.

Ele exemplifica com infecções por bactérias do gênero Staphylococcus,
que eram tratadas com penicilina, antibiótico introduzido em 1943. Já em
1946 notou-se resistência à droga. Criou-se um "efeito cascata": depois
se usou meticilina, que foi substituída por vancomicina e assim por
diante, à medida que surgia resistência.

"Em um hospital, esforços locais como seleção cíclica de antibióticos ou
lavar as mãos podem reduzir a incidência de resistência. Mas países onde
a disponibilidade de antibióticos nas farmácias é fácil têm índices
maiores de resistência, e isso só pode ser resolvido no plano nacional",
diz.

Ele sugere várias medidas para diminuir o ritmo da evolução induzida
pelo ser humano.
Em casos como o HIV, o certo é continuar usando várias drogas no
tratamento. É preciso ter certeza de que a dosagem certa está sendo
tomada pelo paciente.
Rotação de herbicidas e uso de métodos não-químicos de controle reduzem
o problema da resistência de ervas daninhas.

Deixar uma parte do campo sem plantas protegidas pode ajudar a diminuir
a resistência de insetos. Esses chamados "refúgios" mantém na população
de insetos as variedades não-resistentes, que se reproduzem com os mais
resistentes e ajudam a "diluir" na população os genes de resistência.







SUBJECT: Re: Resposta a um velho desafio
FROM: "Sérgio M. M: Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/09/2001 00:54

> --- In ciencialist@y..., joao <jmiranda@e...> wrote:
> > Não percebi muito bem o problema, mas um referencial possível é
> > uma mão direita.

O problema era exactamente defenir o que que significa "estar à
direita"

A palavra direita como oposição de esquerda, tem defenições por
´convenção. Convenciona-se que um dos lados chamamos de "à direita"
e outro "à esquerda"
Mas como saber qual é a mao direita se não sabes o que é direita?

A palavra "direita" não tem sentido antes da sua defenição e portanto
defenir "direita" como " o local da mão direita" é uam defenição
circular e fechada, que não se pode quebrar por ser recorrente.

A politica chamada "DE direita" e DE "esquerda", advém da localização
realativa "À direita" e "À esquerda" dos parlamentares. Não sei
precisar se no inglês ou no francês.

A politica DE direita é aquela a que estão subjacentes as ideias dos
que se sentavam À direita em tal parlamento.

A vossa discussão baseava-se em QUEM pertence AO Grupo DA direita. O
que é diferente de : O QUÊ está À direita DE.

As classificações direita e esquerda são relativas e denotam
posição , como acima , de lado, etc...
A questão era, como defenir "cientificamente" o conceito de "à
direita" e a sua cara metade "à esquerda".


>Será que uma mão direita no meio de um espaço
> > vazio é reconhecível como uma mão direita? Acho que sim. Pelo
menos
> > é completamente diferente de uma mão esquerda.


Pois é. De facto. Mas pq chamas a essa mão, a direita ?
Pq essa informação te foi incutida por uso da tua memoria com base
numa convenção.Como defenir essa convenção indepedentemente da
anatomia? do objecto? e/ou do observador?
Como a defenição de segundo, ou metro; por exemplo.

> temos um bando de criancas q.
> estao perdidas no meio do deserto e so' podem se comunicar
> via radio com um posto policial. As criancas nao sabem o q.
> e' direita ou o q. e' esquerda, mas devem avancar a estrada e
> pegar o caminho da direita.
>
> (Bem, nesse caso nao adianta a gente falar em eletrons e
> quiralidade optica... Nao me perguntem por q. nao se pode
> instruir as criancas a aguardar no local para serem resgatadas.
> Nao vale dizer: estenda seus indicadores para a frente e os
> polegares para dentro -- a mao q. formar um L sera' a esquerda.)

Como disse um professor meu um dia, quando falava sobre integrais em
R^3 , teorema de Gauss e afins: "Agora teriamos de defenir Dentro"

:)

Mas... pq não vale fazer isso ?


Sergio M. M. Taborda




SUBJECT: TOP-CADE ... conto com vcs.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/09/2001 11:57

Ajudem-me a ganhar uma viagem para Marte .... conto com vcs para votarem no Feira de Ciências no Top-Cadê.

Eis a última mensagem deles:
===================
Prezado webmaster Luiz Ferraz Netto,

já começou a votação para o Top Cadê? dos indicados do mês de Agosto!

Seu site está concorrendo ao título de Top Site do mês de Agosto na
categoria Ciência e Tecnologia.
Lembre que os vencedores de cada mês serão os finalistas que participarão de
uma votação no início de 2002 para que seja escolhido o site Top Cadê? do
ano de 2001 em cada uma de nossas 16 categorias.

Junto com esta mensagem estamos enviandos o selo de votação que pode ser
utilizado em sua página para incentivar seus visitantes a participar, com um
link para o endereço de votação de sua página:
http://www.topcade.com.br/ciencia/votacienciaago2001.shtm

=====================================
Basta clicar nesse endereço, fazer a inscrição para ser "jurado" e votar 'conscientemente' no Feiras.

[]'
Léo
================



SUBJECT: Bomba atômica
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/09/2001 16:19

Prezados amigos,
Saudações fraternas.

Como sou orígem étnica árabe/iraquiana, recebi há poucos intantes o
comunidado de amigos islâmicos, por e-mail, de que há duas bombas atômicas
colocadas por uma terroristas muito bem organizados enterradas em solo
norte-americano. Disseram que uma está em Nova York e outra em Wachington,
e que elas estão lá como medida de segurança em casos de violento ataque
americano. Eles ainda me deram uma descrição parcial da bomba, e disseram
que ela chega a ter um poder aproximadamente 300 vezes maior que a Little
Boy (a bomba de Hiroshima).

As fontes são pessoais e seriam muito confiáveis, especialmente porque
não são um hoax e só circularam entre aqueles que tem um contato estreito
com o Islã.Como sou muito cético, acho isso muito improvável (embora não
seja realmente impossível, e em algumas situações será uma coisa até
previsível).

Me digam uma coisa: acham que isso é realmente possível??

Abraços fraternos.

Peterson Leal.



SUBJECT: E-mail ressuscita Nostradamus depois de atentado nos EUA
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/09/2001 00:27

11/09/2001 - 20h18
E-mail ressuscita Nostradamus depois de atentado nos EUA

FRANCISCO MADUREIRA
Editor de Informtica da Folha Online

Bastou acontecer o grande ataque terrorista aos EUA para Nostradamus ser "ressuscitado", bem como suas mensagens apocalpticas. Michel de Notre Dame (1503-1566) viveu na Frana.

Uma de suas centrias (profecias escritas em verso) foi divulgada pela internet como augrio da Terceira Guerra Mundial. A mensagem cita um trecho sobre um "grande trovo na cidade de Deus".

"Na Cidade de Deus haver um grande trovo. Dois irmos sero rasgados pelo caos, enquanto a fortaleza sofre, o grande lder sucumbir. A Terceira Grande Guerra comear quando a cidade estiver em chamas", diz o e-mail.

Os dois irmos, no caso, seriam as torres gmeas do World Trade Center, que desabaram hoje aps serem atingidas em Nova York por avies desviados por terroristas em Boston.

Outras mensagens que circulavam na web citavam trechos bblicos do Apocalipse de Joo. "Estas so as duas oliveiras e os dois candelabros que esto firmes diante do Senhor da terra (...) Eles tm o poder de mudar as guas em sangue (...) Quando, porm, completarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo combater contra eles, os vencer e os matar", diz o e-mail.

Quem espalhou a mensagem pela internet tambm quis relacionar as duas oliveiras e os dois candelabros s torres do World Trade Center, e os "vencidos" como os norte-americanos, que detm poder de "mudar as guas em sangue".

http://www.uol.com.br/folha/informatica/ult124u7889.shl


[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Nova Teoria
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/09/2001 00:44

Olá Ego,

Desculpe pela demora em responder. Obrigado e parabéns pela sua excelente e
muito oportuna pergunta.
Sim, a minha teoria prevê a unificação da relatividade e da teoria quântica.
O meu texto apenas esboça um comentário sobre o assunto, porque até hoje eu
ainda não fui capaz de reproduzir o meu pensamento em simulação: Faltou-me
hardware.
A proposta inicial de um modelo "etéreo" iria chocar-se de frente com a
relatividade restrita, mas isso se cada elemento for constituído de um
sistema oscilatório conforme as leis de Newton, traduzindo-se em uma espécie
de meio elástico material, um "éter". Mas porque as leis de Newton teriam
que se aplicar aos elementos? Na minha abordagem, isso não seria necessário.
Aliás isso não seria correto se eu fosse parar por aí. A minha teoria não é
uma teoria de éter.
Uma alteração no elemento base, que definiria o comportamento de todo o
espaço físico, inclusive a formação e definição de matéria, iria
precisamente poder relacionar o movimento da matéria com o tempo.
Entretanto, sabe-se que, sem movimento de matéria, não seria possível
definir-se o tempo.
Para solucionar isso, apenas como um artifício de cálculo, eu utilizo duas
entidades "temporais". A primeira descreve um "tempo fictício", que no
modelo "etéreo" não modificado, seria um "tempo absoluto", ou o "tempo da
simulação". A segunda entidade temporal descreve um "tempo relativo", ou
"tempo físico", que seria um tempo medido conforme o movimento dos
fenômenos. Não havendo movimento de fenômenos, o "tempo físico"
desapareceria.
Define-se, então, dois observadores: Um que sería um de nós, os que estão
observando a simulação, e outro que seria um dos seres vivendo no universo
formado por átomos que são formados por partículas e estas nada mais são do
que os fenômenos. Falando em termos mais atuais, o primeiro observador
estaria vivendo na "Realidade" e o segundo, numa "Realidade Virtual".
A alteração do modelo faria surgir, imediatamente, a natureza ortogonal dos
campos elétricos: Os campos magnéticos .
A alteração do modelo poderá ser efetuada de duas formas:
A primeira, partindo-se da própria cosmologia relativística de Einstein,
observando-se todos os seus princípios básicos, como o Princípio de Mach e o
Tempo Cósmico, o Princípio da Equivalência, o Princípio da Invariância e o
Princípio da Relatividade Geral.
Portanto, é possível, à partir das equações de campo da Relatividade Geral,
produzirmos um modelo de elemento que, quando funcionando acoplado a muitos
outros, naquela nossa simulação, produz um universo de ondas e partículas
tal qual a realidade física.
A segunda, seria alterando-se interativamente o modelo e verificando-se o
resultado na simulação.

Aproveitando que vc é engenheiro, uma das minhas tentativas para esta
abordagem foi com a utilização de Computadores Analógicos.
Como vc deve saber, Computadores Analógicos foram muito utilizados na década
de 60/70 para resolver equações diferenciais, com o uso de circuitos
especiais, muitas vezes utilizando Amplificadores Operacionais (AmpOps) em
diversas configurações, como Integrador, Diferenciador, Somador, etc...
Hoje, o uso destes circuitos está confinado a Controles de Servomecanismos e
poucas aplicações industriais.
Há alguns anos, eu tentei desenhar uma membrana formada por osciladores
compostos de circuitos com AmpOps. Cada elemento de minha membrana seria um
oscilador constituído por uma série de circuitos, envolvendo AmpOps. Desta
forma, eu estaria fugindo do Cálculo Numérico e poderia simular, inclusive,
as não-linearidades, que mais tarde, conforme descobri, formariam os
fenômenos descritos no meu texto. Poderíamos, então, visualizar num painel
de leds, os fenômenos em tempo real, com seus movimentos e suas
propriedades... É lógico que o projeto morreu no papel, devido ao seu alto
custo... Sriam milhares de AmpOps, cada um custando mais de dois dólares na
época...
É evidente que, se isso fosse fácil, alguém já o teria feito antes...
Então eu pensei, será que não seria possível encomendar um chip customizado,
com milhares destes circuitos encapsulados ? Quanto isso custaria ?
Se você souber a resposta, em termos atualizados, eu agradeceria ...


[s]
Antonio

----- Original Message -----
From: <ego_sun@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, September 10, 2001 2:24 AM
Subject: [ciencialist] Re: Nova Teoria


> Olá a todos, olá Antônio,
>
> Não consegui ainda baixar seu arquivo do site, mas devo estar
> terminando o download em breve. Se for útil, tenho interesse em
> colaborar com o trabalho em andamento. Sou engenheiro eletrônico, e
> embora já há um bom tempo não trabalhe com métodos numéricos, creio
> qué seria possível ajudar. Gostaria de saber se sua simulação prevê a
> unificação da relatividade e da teoria quântica, uma vez que o modelo
> de partículas como processos no campo gera como consequência quase
> imediata a relatividade (se no arquivo isso está respondido só vou
> saber no meio da semana!).
>
> []s
>
> ego
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>
> --- In ciencialist@y..., "Antonio" <a_ferrao@t...> wrote:
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Nova Teoria
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/09/2001 02:08


Oi,

aproveitando a onda, alguém tem idéia de quantas novas teorias sobre
tudo surgem por mês no Brasil? Ou no mundo? Sei que na Unicamp, o
Instituto de Física recebe aproximadamente umas 10 por mês. Eu pergunto,
portanto, dada a complexidade das novas propostas, como julgá-las? Como
verificar se alguma delas carrega uma modificação importante nas leis da
física? Alguém tem alguma sugestão?

[]s Eduardo.


SUBJECT: Teoria e Determinismo
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
DATE: 12/09/2001 03:30

Olá Antonio,

Gostei muito da sua teoria apesar de não dispor de conhecimento suficiente
para avalia-la completamente. Existe um trecho que me deixou um pouco confuso.

"É importante notar que, até mesmo o indeterminismo e a não-causalidade
observadas na mecânica quântica continuam valendo. Imaginando um universo
bidimensional, construído por um hipotético éter bidimensional, ou seja, uma
gigantesca membrana elástica não linear, como descrito no meu texto, pode-se
imaginar a formação de partículas sobre o mesmo.

A união de muitas partículas formariam corpos maiores. Imaginando-se que
alguns corpos adquiram alguma uma espécie de vida e que esta vida seja
inteligente, a mesma não seria capaz de observar o seu próprio universo de
forma causal e determinística. Entretanto, um outro ser, habitando, por
exemplo o espaço tridimensional, poderia observar a membrana, equacioná-la e
determinar com precisão as posições e velocidades das partículas, assim como
descrever a membrana de uma forma causal. Existiriam, portanto, duas
realidades distintas, uma causal e determinística e outra não causal e
indeterminística."

Esse determinismo incluiria os seres INTELIGENTES contindos no universo mais
simples ? O comportamento do mesmo estaria previsto ?

Se o comportamento dos seres não pode ser previsto .. a interferencia dele no
universo tbm é indeterminada .. e os sistemas, consequentemente o seriam,
certo ?

Ou vc sugeriu um determinismo absoluto ou eu não entendi algum pedaço. Por
favor, me ilumine.

um abraço
Leonardo Stern


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Nova Teoria
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/09/2001 04:30

----- Original Message -----
From: "Eduardo Gueron"
Sent: Wednesday, September 12, 2001 2:08 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Nova Teoria

Olá, Eduardo

> aproveitando a onda, alguém tem idéia de quantas novas teorias sobre
> tudo surgem por mês no Brasil? Ou no mundo? Sei que na Unicamp, o
> Instituto de Física recebe aproximadamente umas 10 por mês. Eu pergunto,
> portanto, dada a complexidade das novas propostas, como julgá-las? Como
> verificar se alguma delas carrega uma modificação importante nas leis da
> física? Alguém tem alguma sugestão?

Embora como tenho sempre deixado claro aqui na Ciencialist não seja um
adepto da filosofia de Thomas Kuhn, sempre reconheci Thomas Kuhn como um
grande estudioso de história da ciência e um excelente observador do
comportamento dos cientistas. As respostas às perguntas que você faz não são
imediatas e eu diria que o tema é bastante complexo a partir da própria
definição do que seria teoria científica. Mas mesmo aceitando-se o conceito
genérico que nos vem a mente, e que normalmente não dista muito da
realidade, outras complexidades surgem e vou aqui reproduzir apenas uma,
muito bem descrita por Thomas Kuhn e a relacionar-se à gênese de teorias.

"Existem, em princípio, somente três tipos de fenômenos a propósito dos
quais pode ser desenvolvida uma nova teoria. O primeiro tipo compreende os
fenômenos já bem explicados pelos paradigmas existentes. Tais fenômenos
raramente fornecem motivos ou um ponto de partida para a construção de uma
teoria. Quando o fazem, ... as teorias resultantes raramente são aceitas,
visto que a natureza não proporciona nenhuma base para uma discriminação
entre as alternativas. Uma segunda classe de fenômenos compreende aqueles
cuja natureza é indicada pelos paradigmas existentes, mas cujos detalhes
somente podem ser entendidos após uma maior articulação da teoria. Os
cientistas dirigem a maior parte de sua pesquisa a esses fenômenos, mas tal
pesquisa visa antes à articulação dos paradigmas existentes do que à
invenção de novos. Somente quando esses esforços de articulação fracassam é
que os cientistas encontram o terceiro tipo de fenômeno: as anomalias
reconhecidas, cujo traço característico é a sua recusa obstinada a serem
assimiladas aos paradigmas existentes. Apenas esse último tipo de fenômeno
faz surgir novas teorias."

Eu diria que dentre essas dez teorias que o ifunicamp recebe por mês, onze
;-) pertencem às duas primeiras categorias citadas. Não acredito que no
mundo inteiro surjam, em todas as áreas do conhecimento, dez teorias por mes
que poderiam ser incluídas na terceira categoria referida por Kuhn. Mesmo
porque as universidades, não estimulam seus alunos a adentrarem por selvas
nunca dantes exploradas, a menos que o paradigma aceito tenha se esfacelado
a olhos vistos, na verdadeira acepção do termo. Ou seja, as universidades, e
quero crer que a Unicamp não faça exceção a esta regra mundial, colaboram
grandemente para a despersonalização total de qualquer estímulo criativo
ainda presente no jovem e que não tenha sido extirpado no segundo grau (o
que também acontece).

Em termos mundiais, parece-me que a Alemanha faz exceção a esta regra. Este
sistema de Partidão, ou seja, "partido único em ciência", parece não ser
muito bem visto na Alemanha, onde admite-se a existência de Escolas de
Pensamento conflitantes. Aliás, esta é uma tradição centenária da Alemanha a
justificar o dito popular a pregar que "só se pode filosofar em alemão". Com
efeito, construir uma teoria revolucionária é uma atividade científica mas a
obra em si tem muito de filosofia. Um site alemão que divulga teorias
revolucionárias em física, também chamadas alternativas, é o Borderlands of
Science. Eles têm uma página web a catalogar as 10 últimas teorias
alternativas apresentadas por cientistas de todo o mundo e a triagem não é
lá essas coisas (aparecem também artigos que a meu ver não seriam de
teorias). O rodízio desta página, via de regra, dá-se em algo em torno de um
a três meses e posso dizer isso por experiência própria: uma de minhas
teorias permaneceu nesta página por cerca de três meses. A página citada
está em http://www.borderlands.de/links.browse.php3

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Bomba atômica
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/09/2001 06:48

Por favor, não contribua para o pânico.

Joao

Peterson Leal wrote:
>
> Prezados amigos,
> Saudações fraternas.
>
> Como sou orígem étnica árabe/iraquiana, recebi há poucos intantes o
> comunidado de amigos islâmicos, por e-mail, de que há duas bombas atômicas
> colocadas por uma terroristas muito bem organizados enterradas em solo
> norte-americano. Disseram que uma está em Nova York e outra em Wachington,
> e que elas estão lá como medida de segurança em casos de violento ataque
> americano. Eles ainda me deram uma descrição parcial da bomba, e disseram
> que ela chega a ter um poder aproximadamente 300 vezes maior que a Little
> Boy (a bomba de Hiroshima).
>
> As fontes são pessoais e seriam muito confiáveis, especialmente porque
> não são um hoax e só circularam entre aqueles que tem um contato estreito
> com o Islã.Como sou muito cético, acho isso muito improvável (embora não
> seja realmente impossível, e em algumas situações será uma coisa até
> previsível).
>
> Me digam uma coisa: acham que isso é realmente possível??
>
> Abraços fraternos.
>
> Peterson Leal.
>
> &&& --- &&&
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joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] E-mail ressuscita Nostradamus depois de atentado nos EUA
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/09/2001 06:51

Há uma refutação parcial dessa profecia aqui:

http://www.nonio.com/article.php?sid=774&mode=nested&order=0&thold=0#1112


Joao


"Raul Sturari Jr." wrote:
>
> 11/09/2001 - 20h18
> E-mail ressuscita Nostradamus depois de atentado nos EUA
>
> FRANCISCO MADUREIRA
> Editor de Informática da Folha Online
>
> Bastou acontecer o grande ataque terrorista aos EUA para Nostradamus ser "ressuscitado", bem como suas mensagens apocalípticas. Michel de Notre Dame (1503-1566) viveu na França.
>
> Uma de suas centúrias (profecias escritas em verso) foi divulgada pela internet como augúrio da Terceira Guerra Mundial. A mensagem cita um trecho sobre um "grande trovão na cidade de Deus".
>
> "Na Cidade de Deus haverá um grande trovão. Dois irmãos serão rasgados pelo caos, enquanto a fortaleza sofre, o grande líder sucumbirá. A Terceira Grande Guerra começará quando a cidade estiver em chamas", diz o e-mail.
>
> Os dois irmãos, no caso, seriam as torres gêmeas do World Trade Center, que desabaram hoje após serem atingidas em Nova York por aviões desviados por terroristas em Boston.
>
> Outras mensagens que circulavam na web citavam trechos bíblicos do Apocalipse de João. "Estas são as duas oliveiras e os dois candelabros que estão firmes diante do Senhor da terra (...) Eles têm o poder de mudar as águas em sangue (...) Quando, porém, completarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo combaterá contra eles, os vencerá e os matará", diz o e-mail.
>
> Quem espalhou a mensagem pela internet também quis relacionar as duas oliveiras e os dois candelabros às torres do World Trade Center, e os "vencidos" como os norte-americanos, que detém poder de "mudar as águas em sangue".
>
> http://www.uol.com.br/folha/informatica/ult124u7889.shl
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Bomba atômica
FROM: "silvio cordeiro filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/09/2001 08:30

sr. peterson:
nao considero fraternas suas saudaçoes.
mais um terroristazinho querendo assustar as pessoas.
se vocês deixassem o fundamentalismo e procurassem o trabalho proficuo, o
estudo sem preconceito, o respeito pelos próprios compatriotas, teriam
melhores condiçao de vida.
enquanto nao houver um entendimento que vivemos todos em um só barco,
enquanto existirem deuses antropomorfos e religiosos fanáticos, nada de bom
pode-se esperar da humanidade.
lamenttável que vocês precisem de assassinar pessoas para impor sua fé.

silvio cordeiro filho

----- Original Message -----
From: Peterson Leal <peterlsm@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, September 11, 2001 4:19 PM
Subject: [ciencialist] Bomba atômica


> Prezados amigos,
> Saudações fraternas.
>
> Como sou orígem étnica árabe/iraquiana, recebi há poucos intantes o
> comunidado de amigos islâmicos, por e-mail, de que há duas bombas atômicas
> colocadas por uma terroristas muito bem organizados enterradas em solo
> norte-americano. Disseram que uma está em Nova York e outra em Wachington,
> e que elas estão lá como medida de segurança em casos de violento ataque
> americano. Eles ainda me deram uma descrição parcial da bomba, e disseram
> que ela chega a ter um poder aproximadamente 300 vezes maior que a Little
> Boy (a bomba de Hiroshima).
>
> As fontes são pessoais e seriam muito confiáveis, especialmente porque
> não são um hoax e só circularam entre aqueles que tem um contato estreito
> com o Islã.Como sou muito cético, acho isso muito improvável (embora não
> seja realmente impossível, e em algumas situações será uma coisa até
> previsível).
>
> Me digam uma coisa: acham que isso é realmente possível??
>
> Abraços fraternos.
>
> Peterson Leal.
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bomba atômica
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/09/2001 08:46

Desculpe,

Mas não vi o Peterson ameaçando ninguém e nem assustando.

Também não vi ele impondo nada, e muito menos FÉ!!

Na ânsia de criticar acho que alguns nem lêem as mensagens, né?

Lista de ciência? É assim que as informações são assimiladas aqui?
Deplorável.

SDS,

ASM
----- Original Message -----
From: silvio cordeiro filho <scf@escelsa.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, September 12, 2001 8:30 AM
Subject: Re: [ciencialist] Bomba atômica


> sr. peterson:
> nao considero fraternas suas saudaçoes.
> mais um terroristazinho querendo assustar as pessoas.
> se vocês deixassem o fundamentalismo e procurassem o trabalho proficuo, o
> estudo sem preconceito, o respeito pelos próprios compatriotas, teriam
> melhores condiçao de vida.
> enquanto nao houver um entendimento que vivemos todos em um só barco,
> enquanto existirem deuses antropomorfos e religiosos fanáticos, nada de
bom
> pode-se esperar da humanidade.
> lamenttável que vocês precisem de assassinar pessoas para impor sua fé.
>
> silvio cordeiro filho
>
> ----- Original Message -----
> From: Peterson Leal <peterlsm@terra.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Tuesday, September 11, 2001 4:19 PM
> Subject: [ciencialist] Bomba atômica
>
>
> > Prezados amigos,
> > Saudações fraternas.
> >
> > Como sou orígem étnica árabe/iraquiana, recebi há poucos intantes o
> > comunidado de amigos islâmicos, por e-mail, de que há duas bombas
atômicas
> > colocadas por uma terroristas muito bem organizados enterradas em solo
> > norte-americano. Disseram que uma está em Nova York e outra em
Wachington,
> > e que elas estão lá como medida de segurança em casos de violento ataque
> > americano. Eles ainda me deram uma descrição parcial da bomba, e
disseram
> > que ela chega a ter um poder aproximadamente 300 vezes maior que a
Little
> > Boy (a bomba de Hiroshima).
> >
> > As fontes são pessoais e seriam muito confiáveis, especialmente
porque
> > não são um hoax e só circularam entre aqueles que tem um contato
estreito
> > com o Islã.Como sou muito cético, acho isso muito improvável (embora não
> > seja realmente impossível, e em algumas situações será uma coisa até
> > previsível).
> >
> > Me digam uma coisa: acham que isso é realmente possível??
> >
> > Abraços fraternos.
> >
> > Peterson Leal.
> >
> >
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>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bomba atômica
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/09/2001 08:48

PÔ!!

Se o cara posta aqui é porque julga que aqui não vai haver muitas pessoas
desesperadas que logo criariam pânico.

Relatou um e-mail que recebeu, isso é assunto proibido?

Aqui tem mais preconceito que listas crentes pelo jeito!

SDS,

ASM

----- Original Message -----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, September 12, 2001 6:48 AM
Subject: Re: [ciencialist] Bomba atômica


Por favor, não contribua para o pânico.

Joao

Peterson Leal wrote:
>
> Prezados amigos,
> Saudações fraternas.
>
> Como sou orígem étnica árabe/iraquiana, recebi há poucos intantes o




SUBJECT: Re: [ciencialist] Bomba atômica
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/09/2001 08:53



"Alexandre S. M." wrote:
>
> PÔ!!
>
> Se o cara posta aqui é porque julga que aqui não vai haver muitas pessoas
> desesperadas que logo criariam pânico.
>
> Relatou um e-mail que recebeu, isso é assunto proibido?
>
> Aqui tem mais preconceito que listas crentes pelo jeito!
>

A questão é que aquele email é um potencial hoax. O email afirmava
que fontes confiáveis garantiam que existem duas bombas atómicas
prontas a explodir em cidades americanas. Isso é o que dizem todos
os hoaxes.

Não há nada naquele email que não possa ter sido inventado. Não
há provas, apenas teoria da conspiração. Divulgar esses emails
apenas contribui para a irracionalidade prevalecente.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: E-mail atômico
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/09/2001 09:07

Vamos lá:

>Isso é o que dizem todos os hoaxes.

E???Isso automaticamente o torna um futuro hoax? Nao leva em conta onde foi
postado? Quais os interlocutores, etc,etc?

>Não há nada naquele email que não possa ter sido inventado. Não
>há provas, apenas teoria da conspiração. Divulgar esses emails
>apenas contribui para a irracionalidade prevalecente.

Entendo, mas acho que o Peterson não saiu enviando esse e-mail para outras
listas, essa é a diferença. Considerou que poderia extrair infos mais
precisas postando aqui, e não repulsa automática. Isso é que não acho muito
condizente com a lista de ciência.

Uma refutação ou mesmo um chute probabilístico acharia muito mais
conveniente do que criticar o mail apenas por criticar.

E o pior, chegando a diversas conclusões insanas e semi-ofensas que lhe
foram enviadas, tipo essa: "sr. Peterson:
não considero fraternas suas saudações.
mais um terroristazinho querendo assustar as pessoas."

SDS,

ASM







SUBJECT: RES: [ciencialist] Bomba atômica
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/09/2001 09:48

Peterson,

Se sua fonte é confiável contate pessoalmente a embaixada norte-americana.

> -----Mensagem original-----
> De: Peterson Leal [mailto:peterlsm@terra.com.br]
> Enviada em: Terça-feira, 11 de Setembro de 2001 08:19
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Bomba atômica
>
>
> Prezados amigos,
> Saudações fraternas.
>
> Como sou orígem étnica árabe/iraquiana, recebi há poucos
> intantes o
> comunidado de amigos islâmicos, por e-mail, de que há duas
> bombas atômicas
> colocadas por uma terroristas muito bem organizados enterradas em solo
> norte-americano. Disseram que uma está em Nova York e outra
> em Wachington,
> e que elas estão lá como medida de segurança em casos de
> violento ataque
> americano. Eles ainda me deram uma descrição parcial da
> bomba, e disseram
> que ela chega a ter um poder aproximadamente 300 vezes maior
> que a Little
> Boy (a bomba de Hiroshima).
>
> As fontes são pessoais e seriam muito confiáveis,
> especialmente porque
> não são um hoax e só circularam entre aqueles que tem um
> contato estreito
> com o Islã.Como sou muito cético, acho isso muito improvável
> (embora não
> seja realmente impossível, e em algumas situações será uma coisa até
> previsível).
>
> Me digam uma coisa: acham que isso é realmente possível??
>
> Abraços fraternos.
>
> Peterson Leal.
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bomba atômica
FROM: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/09/2001 15:21

Simplesmente deplorável!

Pena que até em uma lista de ciência vemos esse tipo de pessoa que não se
utiliza da lógica para julgar as coisas.

Baseado no achismo de que o Peterson esta querendo "assustar as pessoas"
teve a coragem de escrever todo um e-mail repudiando seua argumentos.

Aliás... O que é que o Peterson falou de religião!
Nada!

Mais respeito...
e lógica, claro.

O e-mail pode muito bem ser de um terroristazinho (metido à) que quer
polemizar em cima da catástrofe. Mas pode muito bem ser verídico, não pode?

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bomba atômica
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/09/2001 15:21

Vi hoje de manhã no Globo News que isto é apenas o começo, segundo um dos
líderes do movimento anti-talibã extraditado do Afeganistão [não lembro
o nome do fulano]. As bombas exitem mas ainda não estão em território
americano e são, segundo ele, bombas de pequeno porte. Outros atentados
ocorrerão e serão ainda piores do que aconteceu ontem.

O que concordou com as especulações que fiz ontem com amigos e com minha
namorada.

Não sou a favor dos atentados e sinto pelos milhares de inocentes
mortos. Tenho muitos amigos que moram em Nova Iorque. O que vimos na TV
não foi um atentado contra a população [ou governo] americana, mas sim um
atentado contra a civilização.


TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br

On Tue, 11 Sep 2001, Peterson Leal wrote:
> Como sou orígem étnica árabe/iraquiana, recebi há poucos intantes o
> comunidado de amigos islâmicos, por e-mail, de que há duas bombas atômicas
> colocadas por uma terroristas muito bem organizados enterradas em solo
> norte-americano. Disseram que uma está em Nova York e outra em Wachington,
> e que elas estão lá como medida de segurança em casos de violento ataque
> americano. Eles ainda me deram uma descrição parcial da bomba, e disseram
> que ela chega a ter um poder aproximadamente 300 vezes maior que a Little
> Boy (a bomba de Hiroshima).
>
> As fontes são pessoais e seriam muito confiáveis, especialmente porque
> não são um hoax e só circularam entre aqueles que tem um contato estreito
> com o Islã.Como sou muito cético, acho isso muito improvável (embora não
> seja realmente impossível, e em algumas situações será uma coisa até
> previsível).
>
> Me digam uma coisa: acham que isso é realmente possível??



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bomba atômica
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/09/2001 15:38

O propósito do terrorismo é aterrorizar. Para isso o terrorista
conta com ajuda de boatos e irracionalidades várias. Os danos
objectivos são sempre pequenos, mas o público amplifica sempre
10 a 20 vezes esses danos porque há danos subjectivos (como o
aumento irreal da sensação de insegurança).


Joao

TARCISIO BORGES wrote:
>
> Vi hoje de manhã no Globo News que isto é apenas o começo, segundo um dos
> líderes do movimento anti-talibã extraditado do Afeganistão [não lembro
> o nome do fulano]. As bombas exitem mas ainda não estão em território
> americano e são, segundo ele, bombas de pequeno porte. Outros atentados
> ocorrerão e serão ainda piores do que aconteceu ontem.
>
> O que concordou com as especulações que fiz ontem com amigos e com minha
> namorada.
>
> Não sou a favor dos atentados e sinto pelos milhares de inocentes
> mortos. Tenho muitos amigos que moram em Nova Iorque. O que vimos na TV
> não foi um atentado contra a população [ou governo] americana, mas sim um
> atentado contra a civilização.
>
> TARCISIO BORGES
> tbs97@fisica.ufpr.br
>
> On Tue, 11 Sep 2001, Peterson Leal wrote:
> > Como sou orígem étnica árabe/iraquiana, recebi há poucos intantes o
> > comunidado de amigos islâmicos, por e-mail, de que há duas bombas atômicas
> > colocadas por uma terroristas muito bem organizados enterradas em solo
> > norte-americano. Disseram que uma está em Nova York e outra em Wachington,
> > e que elas estão lá como medida de segurança em casos de violento ataque
> > americano. Eles ainda me deram uma descrição parcial da bomba, e disseram
> > que ela chega a ter um poder aproximadamente 300 vezes maior que a Little
> > Boy (a bomba de Hiroshima).
> >
> > As fontes são pessoais e seriam muito confiáveis, especialmente porque
> > não são um hoax e só circularam entre aqueles que tem um contato estreito
> > com o Islã.Como sou muito cético, acho isso muito improvável (embora não
> > seja realmente impossível, e em algumas situações será uma coisa até
> > previsível).
> >
> > Me digam uma coisa: acham que isso é realmente possível??
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Bomba atômica
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/09/2001 15:47

On Wed, 12 Sep 2001, João Mário Miranda wrote:
> O propósito do terrorismo é aterrorizar. Para isso o terrorista
> conta com ajuda de boatos e irracionalidades várias.
> Joao

O propósito do terrorismo profissional é aterrorizar em escala
continental. Para isso o terrorista profissional conta com pilotos
treinados de jumbo e que são suicidas. Eles não precisam de boatos, embora
ajudem.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Manifesto
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/09/2001 17:39

Meus amigos, como humanista e partidário da revolução
pela não violência, como bem nos ensinou Ghandi,
senti profundamente a morte daqueles inocentes no
fatídico episódio de 11 de Setembro de 2001, EUA.

O pior de tudo é que, como ódio leva inevitavelmente
ao ódio, durante a reação de retaliação, muitos
outros inocentes morrerão por causa de uma ação
estúpida, criminosa, covarde de uma meia dúzia de
fanáticos muito, muito equivocados acerca de sua
ideologia.

Na seqüência escrevinhei uma parábola que poderia
ilustrar ao menos uma faceta dos motivos estúpidos
que provocaram a tragédia e de como poderia ser a
solução, sem se utilizar de meios violentos e covardes.

Fraternais abraços a todos,

***

Há uma tribo neste planeta que é mais poderosa que
as outras tribos. Os membros desta tribo são muito
obesos e muito gulosos. Em outras tribos as pessoas
são mais gordinhas, mas não chegam a ser obesas, e a
imensa maioria das tribos é mirrada e esquálida.
Esses menos afortunados querem se parecer com os
glutões, mas é impossível produzir tanta comida no
mesmo nível do apetite dos glutões para todo mundo.
Certo seria que os glutões fizessem um regimezinho,
deixando de devorar compulsivamente tudo que vêm
pela frente.

Os glutões, astutos, sabem disso. Sabem que não há
capacidade de produzir tanto para todas as tribos.
Para manter o "padrão" da gula, são obrigados, a
despeito de tudo que pregam acerca de seu modo de
vida e de sua liberdade, a oprimir aqueles que ameaçam
suas fontes.

Esta hipocrisia, este consumo exagerado e a acelerada
degradação de recursos leva inexoravelmente ao conflito
entre as tribos. Mas a tribo dos glutões é tão poderosa
que pouquíssimos se atreveriam a enfrentá-los. Os ataques,
portanto, são isolados e anônimos.

Deste movimento insano surgem uns ainda mais insanos que
na pretensão de promover justiça, praticam a vingança,
e atacam civis inocentes. Praticam terrorismo. Ferem gente
comum como a gente. Pacatos urbanos que levam suas vidas
ordinárias olhando para o próprio umbigo e ingenuamente
confiante no meio dispendioso de vida que levam. Nem se
dão conta do quanto estão obesos pois todos à sua volta
são obesos.

Só existe uma forma de refrear o apetite dos glutões.
Fazê-los sentir-se envergonhados e arrependidos da imagem
obesa e desengoçada, que em vez de provocar risos, provoca
revolta e dor nos que têm fome.

Quanto aos canalhas assassinos? Bem, neste momento eu
gostaria de acreditar no inferno.

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bomba atômica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/09/2001 18:22

Eis que ........

Oi pessoal, o Peterson Leal não é pessoa inculta, além de possuir um discernimento a toda prova. Foi ele quem nos convidou para dar 'pareceres' no site "defesadafe" onde as discussões são de excelente nível. Tenho certeza que seu e.mail não teve cunho alarmista ou semelhante.

A observação primeira sobre o e,mail, partindo do João ["Por favor, não contribua para o pânico. Joao"] foi apenas uma cautela, talvez infundada por desconhecer o Peterson. Desculpável, parcialmente recriminável.

A mensagem seguinte, do Silvio, foi realmente preconceituosa e impropriamente já entrou no terreno dogmático. Mas, as 'marretadas' já não foram suficientes?
Calma gente ......

[]'
Léo
=====================
-----Mensagem Original-----
De: "Gabriel Antunes" <gabriel101@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 12 de setembro de 2001 15:21
Assunto: Re: [ciencialist] Bomba atômica


| Simplesmente deplorável!
|
| Pena que até em uma lista de ciência vemos esse tipo de pessoa que não se
| utiliza da lógica para julgar as coisas.
|
| Baseado no achismo de que o Peterson esta querendo "assustar as pessoas"
| teve a coragem de escrever todo um e-mail repudiando seua argumentos.
|
| Aliás... O que é que o Peterson falou de religião!
| Nada!
|
| Mais respeito...
| e lógica, claro.
|
| O e-mail pode muito bem ser de um terroristazinho (metido à) que quer
| polemizar em cima da catástrofe. Mas pode muito bem ser verídico, não pode?
|
| Um grande abraço,
|
| Gabriel Antunes
|

|



SUBJECT: Re: [ciencialist] confiabilidade da matematica
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/09/2001 18:22

On Saturday 01 September 2001 09:01 am, you wrote:

> Concordo. Isso está de acordo com o que eu disse, que a matemática
> não pode ser dita como possuindo apenas verdades absolutas, ou seja,
> há também certos "buracos". Contudo, aquilo que não é buraco, é
> provável como verdadeiro de forma definitiva.

Nao! Isso diz exatamente o contrario! A matematica fala de verdades ABSOLUTAS
e nada mais. Os "buracos" a que voce se refere nao sao das tecnicas
matematicas para resolver os modelos, e sim na interpretacao dos resultados
dos modelos.

Alem do mais, mesmo que existam "buracos" na matematica, isso nao invalida o
que ja foi feito ate entao. Ou seja, mesmo que se esbarre em teoremas que nao
podem ser provados (o exemplo dado por Goedel eh extremamente artificial),
isso nao torna menos absolutas as verdades ja provadas como tal, a menos em
casos especificos em que a vontade seja essa (como por exemplo criar modelos
que sejam intrinsecamente diferentes de algum existente, como as geometrias
nao-euclidianas).

Acredito que se houver um buraco, ele sera tapado em uma questao de tempo e,
isso entao proporcianara outros campos de estudo ate entao desconhecidos.

Mas isso nada tem a ver com o que voce estava falando.

> >> >Em matematica, 99,9999% de
> >> >certeza, na verdade eh mentira. A menos que voce redefina a verdade - o
> >> > que eh uma pratica comum, e gera conhecimento interessante, mais
> >> > abrangente.
> >>
> >> A grande questão (e que confunde muita gente) é que matemática é
> >> um formalismo que nós humanos criamos, e que não tem garantia de
> >> representar fidedignamente a realidade exterior. Nossas teorias mais
> >> bem construidas são apenas "esperanças". Todo o nosso conhecimento
> >> tem um gosto indutivo de "probabilidade", e não de certeza. Quando
> >
> >Nao posso concordar com essa ultima afirmacao. A matematica PURA, eh um
> > bom contra-exemplo disso. Voce nao deve confundir matematica, com modelos
>
> fisicos.
>
> É exatamente por não confundir os dois que eu disse que nosso conhecimento
> tem gosto probabilístico, e não certeza. Você provavelmente vai
> discordar, mas eu não vejo alguns ramos da matemática pura como parte
> do que eu defino como "conhecimento". Conhecimento, em minha forma de
> conceituar o termo, *precisa* ter algum ponto de ligação com a
> nossa realidade. Se não tem, então é metafísica filosófica.

Eh uma opiniao sua, e eh claro que eu discordo. Mas esta de pleno acordo com
sua definicao de conhecimento. Eu discordo eh dessa definicao. Para mim a
matematica (e a filosofia e a metafisica, e o que quer que voce nao considere
conhecimento nesse sentido puramente teorico) sao areas do saber que geram
conhecimento. E vou alem: a maioria delas (a matematica incluida,
naturalmente) eh dinamica, evolui com a sociedade.

Eh natural, dai, acreditar que as "descobertas" e os resultados sao altamente
influenciados pelo contexto social da epoca em que se vive. Em troca, a
matematica influencia a sociedade. (Substitua matematica por filosofia,
quando quiser).


> >A matematica usada no modelo garante os resultados dentro do modelo, e
> > isso eh tao absoluto quanto qualquer outra verdade matematica. Agora, se
> > o resultado do modelo nem sempre bate com o resultado do mundo real, eh
> > outra questao.
>
> Mas é essa a questão fundamental. Veja, nós podemos iniciar uma nova
> matemática apenas com a criação de novos axiomas e regras de inferência.
> Essa nova matemática pode ser tão perfeita quanto a que já temos
> hoje. Podemos criar uma outra, com diferentes axiomas. E outra, e outra,
> e outra. Talvez se possa dizer que existem infinitas (ou pelo menos,
> um número muito grande) de possibilidades de "matemáticas" diferentes.
> Todas elas "perfeitas", dentro do limite dessa palavra. O que é que
> diferencia toda essa coleção de formalizações daquela(s) matematica(s)
> que usamos hoje em dia? É apenas a sua aplicabilidade para algum
> caso concreto, físico. É apenas a sua proximidade com alguma noção
> exterior ao nosso pensar.

Exato. E dai? A proximidade com alguma nocao exterior nao eh mais preocupacao
da matematica pura. Isso fica para os cientistas.

> >Todo modelo por si eh uma simplificacao do mundo real. Esse eh um
> >dogma classico da fisica, desde que ela existe.
> >
> >Pondo de outra forma, o resultado do modelo eh VERDADE, sempre que suas
> >hipoteses iniciais sao integralmente satisfeitas. E isso eh dificil.
>
> É por isso que "verdade" é uma palavra que só pode ser usada em
> contextos matemáticos ou filosóficos. Se temos qualquer ligação
> com o mundo real, não se pode usar essa palavra em seu sentido
> absoluto.

Tire isso da sua cabeca. A matematica nao tem nada a ver com o mundo real.

> >> usamos a matemática para codificar nossas leis e teorias acerca
> >> do mundo, estamos nos comprometendo com uma representação. Além
> >> dessa representação ter falhas intrínsecas, a sua conexão com
> >> o mundo é meramente um efeito de conveniência: enquanto estiver
> >> dando certo, a gente usa. No dia em que não der certo, nós somos
> >> obrigados a mudar a nossa representação. Afinal, nós não
> >> podemos mudar os fundamentos de operação do mundo, só podemos
> >> tentar entendê-lo.
> >
> >Completando o que disse antes, as falhas intrinsecas sao do modelo, nao da
> >matematica usada para testa-lo, e "manusea-lo".
>
> Concordo plenamente. Mas aquilo que acho "falho" não é a estrutura
> intrínseca do modelo. Como falei, não é tão difícil criar um grande

Mas foi exatamente isso que voce havia dito! Voce agora esta se
contradizendo, nao? O que eh falho entao? A matematica como um todo?


> número de modelos intrinsecamente coerentes (embora não completos).
> O difícil é fazer esses modelos espelharem a realidade de alguma
> forma. Talvez a grande questão aqui seja de cunho filosófico.
>
> Ciência, do jeito que enxergo, é algo que "usa" nossas abstrações
> para representar e modelar o mundo. O mundo é sempre o único juiz
> dessa nossa tentativa. Modelos teóricos (ou abstrações filosóficas)
> que não tenham nada a ver com o mundo real são inúteis, em meu ver.

Sim. Exatamente por isso que a matematica nao eh uma Ciencia.


> Isso pode parecer excessivamente logico-positivista, mas é algo
> que aprendi a cultuar. Se nós gastamos tempo fazendo uma teoria
> metafísica, totalmente descolada da realidade, só o que podemos
> obter dela é prazer intelectual. É o esporte favorito dos filósofos,
> o "armchair thinking". Fora disso, essas teorias não têm

E dos matematicos! :-)



SUBJECT: Bomba atômica
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/09/2001 19:16

Prezados amigos,
Saudações fraternas.

É interessante (e já comentei isso em outras listas) como a educação
em nosso País está num nível deplorável. Verificamos pessoas que pretendem
discutir assuntos científicos e, no entanto, mal sabem INTERPRETAÇÃO DE
TEXTOS! É ou não é uma situação trágica?

Vejam a situação... eu relato um caso onde eu mesmo deixo claro que
TAMBÉM NÃO SEI a veracidade de um fato, para perguntar o grau de
possibilidade deste... e algumas pessoas "entendem" que eu sou o autor do
caso, que eu pertenço a uma "facção", religião ou grupo, etc. -- É quase
um caso de semi-analfabetismo, porque ser alfabetizado não é caracterizado
apenas por reconhecer e reproduzir os caracteres do nosso alfabeto. Alguém
devidamente alfabetizado deve ser capaz, pelo menos, de interpretar um
texto de poucas linhas (e, vejam, se fosse valer como uma provinha de
Língua Portuguesa, minha mensagem ainda seria ridiculamente pequena).

Muitas vezes utilizamos a Ciencialist para tirar dúvidas, aproveitamos
o contato com pessoas gabaritadas em diversas áreas para sanar questões
que admitimos não ter conhecimento suficiente para ter uma conclusão, ou
simplesmente para ouvir a opinião dos demais colegas.

Talvez pior do que ser semi-analfabeto seja promover o OBSCURANTISMO,
a "ditadura da informação", porque se no primeiro caso verificamos apenas
a ignorância cultural, no segundo lamentamos também com a animosidade
característica daqueles que reagem com agressão (seja física ou verbal)
diante das idéias que discorda ou que simplesmente desconhece...

Um sincero e fraterno abraço a todos os amigos, sejam aqueles que
conhecem o fulcro de minhas motivações, sejam aqueles que ao menos
souberam LER.

Peterson Leal.



SUBJECT: Re: Nova Teoria
FROM: gytuin@mailbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/09/2001 21:36

Ola Eduardo,



Voce tem certeza de que esse numero esta certo? Poderia explicar
melhor essa historia? Voce quer dizer que chegam umas 10 cartas (ou
email, fax?) de pessoas sem ligacao com universidades/institutos de
pesquisa no depto de fisica da Unicamp, defendendo o que seriam novas
teorias??
Alguem chega a responder tais cartas?

Ate,
Clovis

--- In ciencialist@y..., Eduardo Gueron <dgueron@m...> wrote:
>
> Oi,
>
> aproveitando a onda, alguém tem idéia de quantas novas
teorias sobre
> tudo surgem por mês no Brasil? Ou no mundo? Sei que na Unicamp, o
> Instituto de Física recebe aproximadamente umas 10 por mês. Eu
pergunto,
> portanto, dada a complexidade das novas propostas, como julgá-las?
Como
> verificar se alguma delas carrega uma modificação importante nas
leis da
> física? Alguém tem alguma sugestão?
>
> []s Eduardo.



SUBJECT: Abaixo-assinado contra o ensino religioso obrigatório em SP
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: strbrasil@yahoogroups.com, ateus-br@yahoogroups.com, CienciaCidadani@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogrupos.com.br, despertar@yahoogroups.com, fcb@yahoogroups.com, sbcr@yahoogroups.com, secularismo@yahoogroups.com, turma@yahoogroups.com
DATE: 13/09/2001 03:38

Prezados amigos,

Disponibilizei hoje na Área Revolucione da Sociedade da Terra Redonda um
abaixo-assinado on line contra a resolução do CEE que instituiu o ensino
religioso confessional obrigatório nas escolas públicas de São Paulo. Peço
encarecidamente a todos que visitem e assinem. Solicito também que informem
seus amigos para que eles também possam assinar. Há dois textos na STR
explicando o fato, ambos na Área Libertas:

* Ensino Religioso Nas Escolas: Qual Deus?
- http://www.strbrasil.com.br/Libertas/ensino.htm

* O Parlamentar Que Votou Contra Deus
- http://www.strbrasil.com.br/Libertas/parlamentar.htm

Abraços,
Leo Vines, Presidente
Vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br
"Porque concluir é melhor que acreditar."

P.S.: Peço desculpas aos membros de mais de uma lista que receberam
mensagens duplicadas.

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SUBJECT: [Errata] Abaixo-assinado contra o ensino religioso obrigatório em SP
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: strbrasil@yahoogroups.com, ateus-br@yahoogroups.com, CienciaCidadani@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogrupos.com.br, despertar@yahoogroups.com, fcb@yahoogroups.com, sbcr@yahoogroups.com, secularismo@yahoogroups.com, turma@yahoogroups.com
DATE: 13/09/2001 03:41

No e-mail anterior não coloquei o endereço do abaixo-assinado:

http://www.strbrasil.com.br/Revolucione/ensino.htm#Form

Abraços,
Leo Vines

_________________________________________________________________
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SUBJECT: En: Imagens Matemticas e Desenvolvimento Pessoal
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/09/2001 04:53

A que ponto chegaremos? Matemática, meditação, vivências intensivas ...........

[]'
Léo
===================
-----Mensagem Original-----
De: Instituto de Renascimento de São Paulo
Enviada em: quinta-feira, 13 de setembro de 2001 01:50
Assunto: Imagens Matemáticas e Desenvolvimento Pessoal


Convidamos você a conhecer nosso site,

www.renascimento.com.br

Nele você encontrará belas imagens matemáticas (fractais) e muitos textos interessantes sobre diversas áreas de Desenvolvimento Pessoal, tais como Respiração, Meditação e Experiência CO2, além de exercícios, inspiradoras histórias Zen, relatos, comentários e fotos de workshops, vivências intensivas e formações profissionais.

Para ser informado sobre nossas atividades, clique aqui.


Caso não queira receber nossa correspondência, por favor nos desculpe e envie um e-mail em branco para remover@renascimento.com.br


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Campo eletrico .... ANTIIIIIIIGOOOOOO........
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/09/2001 05:18

Lá por 16/08/2001 o amigo Godoi apresentou uma dúvida.

Nessa mensagem 'antiga' foi levantada a questão a respeito do valor do campo eletrostático nos pontos da superfície de um condutor eletrostático em equilíbrio de cargas. É de total conhecimento que, se num ponto próximo a intensidade é E e no interior é 0, então na superfície será E/2.
Ao ser levantada a questão do 'porque' argumentei rapidamente que se tratava da aplicação imediata do *teorema do valor médio* (nosso conhecido da matemática e introduzido no contexto dos limites de funções).
Mas, essa minha resposta, resultado imediato dos aprendizados 'eficientíssimos', ficou rolando na cuca como "não satisfaz ... é uma resposta matemática e não física!". Com pura matemática não de 'sente' o porque desse valor E/2.
Com isso pendente, caiu-me em mãos um exercício de uma esfera condutora entre as placas de um capacitor plano. Ao esboçar as linhas de força entre esferinha e placas e discutir o problema do potencial elétrico, surgiu-me a seguinte idéia que, acredito, levará á solução física da questão:

Consideremos uma carga puntual +q que se encontra á distância r da superfície da Terra (ou um condutor plano infinito). Ela induzirá nesta uma carga de sinal contrário, razão pela qual entre a Terra e a carga existirá uma força de atração. Quanto vale essa força de atração?
Alguém, de sopetão, poderia dizer, k.q2/r2, uma vez que o valor da carga induzida é q. Isso não pode estar correto, uma vez que para essa resposta deve-se pensar que a carga induzida -q está *localizada* em A (figura a).
Para as ilustrações preparei três figuras que podem ser vistas em:
www.feiradeciencias.com.br/sala11/image11/Campo_sup.gif
Na realidade, a carga induzida não está localizada em A e sim distribuída sobre a superfície da Terra, como mostra a figura (b). Portanto, como soma vetorial das 'forcinhas individuais' nas mais variadas direções, fica claro que a força que se busca tem intensidade *menor* que k.q2/r2.
Então, como calcular 'exatamente' essa força de atração?
Pois bem, tudo indica ser necessário analisar o campo eletrostático que existe entre a carga indutora e a Terra. Vamos mapear esse campo.
A superfície da Terra (condutor plano, no contexto) é, por hipótese de condutor em equilíbrio de cargas, equipotencial e, por consequinte, pertinho da superfície da Terra as superfícies equipotenciais devem ser planos paralelos. Por outro lado, perto da esfera eletrizada com carga +q as superfícies equipotenciais devem ter forma esférica, como vemos na figura (b). Com essa distribuição de superfícies equipotenciais podemos esboçar as linhas de forças, as quais cortam perpendicularmente as linhas equipotenciais, como ilustrado na (b) com linhas cheias.
Esse esboço lembra algo? A surgiu a idéia!
Lembra perfeitamente o simétrico do campo que produziria a carga -q colocada abaixo da superfície á distância r. A figura (c) ilustra essa configuração, algo como uma esfera colocada diante de um espelho plano.
Agora ficou fácil calcular a intensidade da força de atração entre a carga +q e a Terra; basta colocar a carga -q á distância r abaixo da superfície (carga virtual) e teremos k.q2/4r2 ! O que resolve a questão do quanto vale essa força !!!! (já é uma conquista).
Ajudem-me a continuar ...........
Isso é equivalente a dizer que a carga +q fica sujeita a um campo eletrostático de intensidade k.q/4r2 [E = F/q] proveniente da carga puntual -q localizada á distância 2r dela.
Assim, a intensidade do campo na superfície, determinado apenas pela carga -q (á distância r) será k.q/r2 (sentido para a carga -q) e determinado apenas pela carga +q (á distância r) é k.q/r2 (também sentido para a carga -q); de modo que o campo resultante das duas cargas, na superfície será 2.k.q/r2.
É ... enrolou novamente! E tou com sono........
[]'
Léo








SUBJECT: Professor explica o desabamento das torres
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 13/09/2001 08:45

Professor da Poli explica o desabamento das torres do World Trade Center
de Nova York

Calor intenso pode ter rompido estrutura e causado desabamento do WTC

As duas torres do World Trade Center, em Nova York (EUA), não cederam
devido ao impacto dos
aviões ou a detonação de explosivos em sua fundações. Paulo Helene,
professor da Escola Politécnica
(Poli) da USP, levantou a hipótese de que a explosão dos aviões teria
gerado um incêndio que
comprometeu a estrutura metálica que sustentava o edifício. Quando o aço
dos pilares se fundiu, o
peso do edifício provocou uma ruptura progressiva da estrutura, laje por
laje, até levá-lo ao chão.

"Havia uma quantidade muito grande de combustível dentro dos aviões,
entre 10 e 20 toneladas, o
suficiente para submeter a estrutura a uma carga térmica muito intensa",
relata o professor. "É provável
que o choque tenha retirado a proteção dos pilares, expondo-os ao calor.
O World Trade Center possuía
uma estrutura de aço que perde a resistência se aquecido a mais de 400
graus. Num incêndio a
temperatura supera facilmente os 1000 graus".

Helene lembra que a estrutura do edifício foi projetada para resistir a
grandes impactos, como o dos
aviões, o que pode descartar a possibilidade do choque ser diretamente
responsável pela queda das
torres. "Prédios muito altos possuem contrapesos para evitar que verguem
com os ventos, tanto que os
edifícios suportaram o impacto inicial e não saíram do prumo. Se o
impacto derrubasse as torres, elas
tombariam na direção oposta aos choques", afirma.

Segundo o professor, um detalhe de construção teria feito que a queda
lembrasse uma implosão. "Os
pilares no centro do edifício suportam um peso menor do que os
localizados em seus extremos. Em
caso de acidente, eles cedem primeiro. O calor aqueceu todas as
estruturas por igual e as torres
caíram de dentro para fora". Para Helene, o uso de estruturas de aço
para sustentar as torres pode ter
facilitado a queda. "Estruturas em concreto são muito mais resistentes
ao fogo. Tanto que tivemos
grandes incêndios em edifícios e viadutos no Brasil e eles não ruíram".

Paulo Helene relata que o terceiro edifício pode ter desabado em
consequência do comprometimento de
sua estrutura com o incêndio, que prosseguiu mesmo com o desabamento das
duas torres. "Neste
caso, o incêndio também provocou rompimento das estruturas, mas o
derretimento do aço levou mais
tempo". No caso das torres, o professor diz que o elevado número de
andares acima do ponto em que
ocorreu o impacto, cerca de 100 metros de altura até o topo, fez com que
o peso sobre a estrutura
fosse maior, o que também deve ter contribuído para uma queda rápida do
edifício quando sua estrutura
cedeu.

Mais informações: (0XX11) 3818-5442 , com o professor Paulo Helene



Agência USP de Notícias - Divisão de Informação, Documentação e Serviços
Online
Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, nº 374, conj. 244, São Paulo -
SP.
Tel.(0xx11) 3818-4411/3818-4691 - Fax: (0xx11) 3818-4476/3818-4689
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Repórteres: André Chaves de Melo andrecms@usp.br, Roger Pascoal
rpascoal@usp.br e Valéria Dias
valdias@usp.br
Estagiários: Álvaro Magalhães, Cauê Muraro caueagen@usp.br, Júlio
Bernardes, Marcelo Gutierres
msg@usp.br e Tatiana Martins Peñuela tpenuela@usp.br


USP CCS - Agência de Notícias - 13 de
setembro - Nº818/01






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Nova Teoria
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/09/2001 09:01

Olá Eduardo,

>
> Oi,
>
> aproveitando a onda, alguém tem idéia de quantas novas teorias sobre
> tudo surgem por mês no Brasil? Ou no mundo? Sei que na Unicamp, o
> Instituto de Física recebe aproximadamente umas 10 por mês. Eu pergunto,
> portanto, dada a complexidade das novas propostas, como julgá-las? Como
> verificar se alguma delas carrega uma modificação importante nas leis da
> física? Alguém tem alguma sugestão?
>
> []s Eduardo.
>

Seria muito pior se o instituto não recebesse nenhuma teoria... :-)
Acho que o ifunicamp deveria ao menos divulgar estas teorias.

Eu estou de acordo com as palavras do Alberto Mesquita (12/Setembro) -
Muitas teorias se encaixam nas duas primeiras categorias por ele citadas.
Eu acredito que, diante dos absurdos proferidos pela mecânica quântica,
desde o nascimento da QED, FALTAM teorias, simplemente porque as explicações
não são satisfatórias na sua totalidade.

Mas supondo que você realmente tenha uma grande quantidade de material a ser
analisado, eu tenho algumas sugestões no sentido de se reduzir o número de
teorias a serem analisadas.
Como já dito pelo Alberto, as teorias devem ser categorizadas.
Desta filtragem, onde entre cada 10, deveriam restar -1 teorias :-), eu
sugeriria uma categorização ainda maior, além da já citada pelo Alberto,
conforme descrito por Thomas Kuhn: "(...)as anomalias reconhecidas, cujo
traço característico é a sua recusa obstinada a serem
assimiladas aos paradigmas existentes. Apenas esse último tipo de fenômeno
faz surgir novas teorias."

Existem várias formas de se dizer a mesma coisa. Existem muitas teorias que
se assemelham a outras teorias, apresentando palavras e abordagens
diferentes, mas dizendo a mesma coisa. Também, algumas teorias são
especializações de outras teorias mais genéricas. Outras, que apresentam
correções às anomalias pré-existentes, conforme citado por Kuhn, carecem de
uma análise URGENTE. Outras, que não trazem nada de novo em relação às já
existentes, podem ser colocadas de lado para uma análise futura...

Eu acredito que todas essas teorias recebidas pelo instituto, possam ser
categorizadas dentro de um número relativamente pequeno de "Tipos de
Teorias".
Dentro desta categorização, elas poderiam ser classificadas quanto ao seu
teor científico (leia sobre o que seria uma "pontuação" no meu email de
7/9/2001), sua abordagem, originalidade, simplicidade, importância
(econômica/científica), etc...
Somente examinando-se o seu teor científico, algumas destas teorias poderiam
ser descartadas numa primeira análise.
Outras, pertencentes a uma mesma categoria, poderiam ser analisadas aos
"lotes".
Uma rejeição SEMPRE deveria vir acompanhada de uma justificativa científica.

Mas uma coisa é certa: A incapacidade de um instituto em analisar uma teoria
NÃO pode servir como motivo para o instituto descartar uma teoria. Pelo
contrário, o instituto deve ser dotado de todo pessoal e ferramental
matemático, computacional, experimental, etc... para realizar as suas
análises de forma autônoma. O não conhecimento de algum tópico matemático,
por exemplo, deve servir de estímulo para que o mesmo seja estudado, para
que, pelo menos numa futura análise, esta limitação esteja vencida.
Infelizmente, na prática isto é o que mais acontece. O intituto não possui
condições de fazer uma análise mais profunda e o autor da teoria fica sem
uma resposta.

Diante desta incapacitação técnica, eu acredito que deva existir uma maior
interação entre os diversos institutos no Brasil. Neste sentido, algumas
categorias deveriam ser direcionadas para institutos mais "especializados".

Citando como exemplo a minha teoria, eu poderia dizer que muito poucos
intitutos, ou talvez nenhum instituto Brasileiro possui físicos que sequer
conhecem os métodos numéricos implícitos empregados no desenvolvimento de
minha teoria.
Diante dessa vergonha nacional, eu fiquei sem uma resposta, simplesmente
porque os físicos não sabem matemática numérica o suficiente. Diante disso,
a resposta é o silêncio. - É um absurdo.
A atitude mais sensata seria primeiro reconhecer que o assunto não é
dominado. Segundo, passar-se a conhecer o assunto.
Dada a sua complexidade, "passar a conhecer o assunto" significa não apenas
procurar livros em bibliotecas, mas trazer professores do Brasil que já
dominem este assunto ou mesmo do exterior, profissionais de empresas
públicas ou privadas, promover congressos, simpósios, palestras, cursos,
etc...Custos? Se o governo ou empresas privadas não participassem, os
participantes pagariam, como se faz em todos os congressos. O mais sensato
seria uma participação de empresas, governo e dos participantes. O papel
principal do instituto é a promoção do evento.
Com isso, cria-se uma "cultura" em torno deste assunto, útil não apenas para
para o exame de minha teoria, ou de uma outra qualquer, mas sim para
inúmeras aplicações, abrangendo, inclusive algumas áreas estratégicas de
nossa Ciência e Tecnologia.
Ora, não é preciso dizer como um intituto deve funcionar, mas em linha
gerais ele deve ser um centro gerador e disseminador de cultura.

O Brasil, NÃO pode ficar acéfalo dentro de qualquer área de conhecimento e é
papel dos institutos cuidar para que isso não aconteça.


Um abraço,

Antonio Ferrão Neto



----- Original Message -----
From: "Eduardo Gueron" <dgueron@mailbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, September 12, 2001 2:08 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Nova Teoria


>
> Oi,
>
> aproveitando a onda, alguém tem idéia de quantas novas teorias sobre
> tudo surgem por mês no Brasil? Ou no mundo? Sei que na Unicamp, o
> Instituto de Física recebe aproximadamente umas 10 por mês. Eu pergunto,
> portanto, dada a complexidade das novas propostas, como julgá-las? Como
> verificar se alguma delas carrega uma modificação importante nas leis da
> física? Alguém tem alguma sugestão?
>
> []s Eduardo.
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Nova Teoria
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/09/2001 10:34

----- Original Message -----
From: "Antonio"
Sent: Thursday, September 13, 2001 9:01 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Nova Teoria


Olá Antônio

> Ora, não é preciso dizer como um intituto deve funcionar, mas em linha
> gerais ele deve ser um centro gerador e disseminador de cultura.
> O Brasil, NÃO pode ficar acéfalo dentro de qualquer área de conhecimento e
é
> papel dos institutos cuidar para que isso não aconteça.

Pois é. Eu já li essa mesma conclusão num contexto um pouco diferente, mas
bastante relacionado a seu discurso. O contexto era o seguinte: "Tecnologia
não se importa, o que se importa são equipamentos; tecnologia se
desenvolve."

Mas como desenvolver tecnologia a apoiar-se numa ciência nacional que não
existe? Ou que, se existe, não está nas universidades?!! Pois pelo que
entendi, os nossos centros universitários sequer estão preparados para
separar o joio do trigo!!!! Pelo que entendi, 10 artigos "originais" por mês
seriam suficientes para promover o caos numa Universidade padrão A!

Onde estão os cientistas brasileiros? Não precisa responder, eu só queria
perguntar. ;-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Re: Bomba atômica
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/09/2001 10:41

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> O propósito do terrorismo é aterrorizar. Para isso o terrorista
> conta com ajuda de boatos e irracionalidades várias. Os danos
> objectivos são sempre pequenos, mas o público amplifica sempre
> 10 a 20 vezes esses danos porque há danos subjectivos (como o
> aumento irreal da sensação de insegurança).
>
>

No terrorismo tradicional existe sempre um objetivo, ou um manifesto,
ou uma exigência, ou uma chantagem, etc. O único objetivo que se
poderia depreender do "terror pelo terror" seria a tentativa de
causar uma instabilização interna, o que facilitaria uma revolução ou
um golpe. Por esse motivo desconfiei da origem interna dos atentados
(a turma de Oklahoma), mas parece que os fatos estão desmentindo essa
hipótese. O que nos leva a segunda e última explicação do "terror
pelo terror": o fanatismo religioso. Não há reinvidicação, protesto
ou reclamação alguma, apenas ódio e fanatismo. Afinal o fanatismo
sobrevive assim mesmo, através da perpetuação do ódio e do
irracionalismo.

André



SUBJECT: Re: En: Imagens Matemáticas e Desenvolvimento Pessoal
FROM: marcus_1@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/09/2001 11:29

Olá pessoal.

Pois é...
Creio que a distância entre objetos científicos e místicos, na mente
do leigo, é muito pequena (ele não entende nem um nem outro, logo,
está a um passo da mistificação dos conceitos científicos). A mídia
ajuda na medida em que abre suas possibilidades a pessoas que fazem
interpretações erradas de conceitos físicos (Mec. Quântica),
matemáticos, filosóficos e outros.
Não vejo solução, a não ser que cada um, segundo a sua formação, trate
de corrigir estes falsos conceitos da melhor forma que encontrar. Isto
não garantirá a solução, mas será um passo na direção dela.

Marcus.


> A que ponto chegaremos? Matemática, meditação, vivências intensivas
...........
>
> []'
> Léo
> ===================




SUBJECT: Re: Manifesto
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/09/2001 11:31

Olá Alexandre

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> wrote:
> ***
>
>
> Esta hipocrisia, este consumo exagerado e a acelerada
> degradação de recursos leva inexoravelmente ao conflito
> entre as tribos. Mas a tribo dos glutões é tão poderosa
> que pouquíssimos se atreveriam a enfrentá-los. Os ataques,
> portanto, são isolados e anônimos.
>

Os ataques terroristas são deploráveis em quaisquer circunstâncias.
Ainda haveria um resíduo de lógica se esses ataques fossem um
protesto contra o a concentração de renda, a ameaça ecológica, o
consumismo desenfreado, etc. Ou fosse uma guerra por poder e
riquezas. Neste caso sua parábola seria apropriada. Mas parece que o
buraco é mais embaixo, e as motivações dos terroristas muito mais
obscuras e sinistras. Alguns fundamentalistas islâmicos tem dado a
entender que é o próprio modo de vida ocidental - a liberdade de
informação, de opinião, sexual, religiosa, etc que é uma ameaça
ao "valores" desses fundamentalistas, e portanto deve ser combatido e
extirpado. O fanatismo se alimenta da miséria economica e cultural,
portanto não tem nenhum interesse em combate-la. Além do mais como
culpar os EUA pela miséria no oriente médio, se eles tem uma riqueza
fabulosa o petróleo, apenas ela está concentrada nas mãos de poucos?
Como culpá-los pela miséria na África, Ásia e América Latina se eles
se tornaram a maior potência econômica e industrial do mundo na
década de 1890, quase completamente isolados do resto do mundo, e com
uma produção 95% voltada para o mercado interno? Muito mais lógico
seria culpar os "bonzinhos" europeus, por séculos de imperialismo.

Diante da ameaça do fanatismo religioso, todas nossas divergências
ideológicas perdem o sentido. Tratemos de preservar nossa liberdade e
nossa segurança, depois vamos discutir política, história e filosofia.

[]´s

André






SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Manifesto
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/09/2001 11:44

André,

Perfeita sua observação.

Todavia, eu apenas abordei uma faceta do problema
todo, como já tinha dito antes. Naturalmente, os
motivos de toda essa insanidade incorporam inúmeras
facetas e são por demais complexos para abordar em
poucas linhas. A abordagem ampla preencheria um
compêndio imenso.

É isso aí,

[]'s

Alexandre Medeiros

> -----Mensagem original-----
> De: andrebaptista@uol.com.br [mailto:andrebaptista@uol.com.br]
> Enviada em: Quinta-feira, 13 de Setembro de 2001 03:31
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Re: Manifesto
>
>
> Olá Alexandre
>
> --- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> <alxmpub@u...> wrote:
> > ***
> >
> >
> > Esta hipocrisia, este consumo exagerado e a acelerada
> > degradação de recursos leva inexoravelmente ao conflito
> > entre as tribos. Mas a tribo dos glutões é tão poderosa
> > que pouquíssimos se atreveriam a enfrentá-los. Os ataques,
> > portanto, são isolados e anônimos.
> >
>
> Os ataques terroristas são deploráveis em quaisquer circunstâncias.
> Ainda haveria um resíduo de lógica se esses ataques fossem um
> protesto contra o a concentração de renda, a ameaça ecológica, o
> consumismo desenfreado, etc. Ou fosse uma guerra por poder e
> riquezas. Neste caso sua parábola seria apropriada. Mas parece que o
> buraco é mais embaixo, e as motivações dos terroristas muito mais
> obscuras e sinistras. Alguns fundamentalistas islâmicos tem dado a
> entender que é o próprio modo de vida ocidental - a liberdade de
> informação, de opinião, sexual, religiosa, etc que é uma ameaça
> ao "valores" desses fundamentalistas, e portanto deve ser combatido e
> extirpado. O fanatismo se alimenta da miséria economica e cultural,
> portanto não tem nenhum interesse em combate-la. Além do mais como
> culpar os EUA pela miséria no oriente médio, se eles tem uma riqueza
> fabulosa o petróleo, apenas ela está concentrada nas mãos de poucos?
> Como culpá-los pela miséria na África, Ásia e América Latina se eles
> se tornaram a maior potência econômica e industrial do mundo na
> década de 1890, quase completamente isolados do resto do mundo, e com
> uma produção 95% voltada para o mercado interno? Muito mais lógico
> seria culpar os "bonzinhos" europeus, por séculos de imperialismo.
>
> Diante da ameaça do fanatismo religioso, todas nossas divergências
> ideológicas perdem o sentido. Tratemos de preservar nossa liberdade e
> nossa segurança, depois vamos discutir política, história e filosofia.
>
> []´s
>
> André
>
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Manifesto
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/09/2001 12:41



"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

> Esses menos afortunados querem se parecer com os
> glutões, mas é impossível produzir tanta comida no
> mesmo nível do apetite dos glutões para todo mundo.

Isso não é verdade. As projecções económicas para o próximo
século sugerem que os países em desenvolvimento vão
atingir o nível actual dos países desenvolvidos dentro de 50 anos.

> Certo seria que os glutões fizessem um regimezinho,
> deixando de devorar compulsivamente tudo que vêm
> pela frente.

Isso parte do principio que a riqueza é divisivel. Não é. A riqueza
reside nos cérebros das pessoas e na organização das instituições
e empresas. Não se pode repartir educação nem conhecimentos
organizativos. São coisas que demoram anos a aprender.

>
> Os glutões, astutos, sabem disso. Sabem que não há
> capacidade de produzir tanto para todas as tribos.

Isso é falso.

> Para manter o "padrão" da gula, são obrigados, a
> despeito de tudo que pregam acerca de seu modo de
> vida e de sua liberdade, a oprimir aqueles que ameaçam
> suas fontes.


Você está a sugerir que os povos mais pobres são oprimidos pelos
EUA. Nada mais falso. São oprimidos pelos seus governantes e pelas
suas oligarquias.

> Esta hipocrisia, este consumo exagerado e a acelerada
> degradação de recursos leva inexoravelmente ao conflito
> entre as tribos. Mas a tribo dos glutões é tão poderosa
> que pouquíssimos se atreveriam a enfrentá-los. Os ataques,
> portanto, são isolados e anônimos.

Falta explicar para que servem estes ataques. Será uma expressão
da inveja. Algo como, "já que eu não sou rico tu tens que estar
morto"?


> Só existe uma forma de refrear o apetite dos glutões.
> Fazê-los sentir-se envergonhados e arrependidos da imagem
> obesa e desengoçada, que em vez de provocar risos, provoca
> revolta e dor nos que têm fome.

Mas porque é que as pessoas que conseguem criar riqueza haveriam
de se sentir envergonhadas? Aqueles que não produzem nada é que
deviam estar envergonhadas. Aquelas que destroem riqueza e a vida
humana nem vale a pena falar.


--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Nova Teoria
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/09/2001 14:10

gytuin@mailbr.com.br wrote:

> Ola Eduardo,
>
> Voce tem certeza de que esse numero esta certo? Poderia explicar
> melhor essa historia? Voce quer dizer que chegam umas 10 cartas (ou
> email, fax?) de pessoas sem ligacao com universidades/institutos de
> pesquisa no depto de fisica da Unicamp, defendendo o que seriam novas
> teorias??
> Alguem chega a responder tais cartas?
>
> Ate,
> Clovis

Oi,

obviamente que o numero nao eh exato. Eu nao sou professor nem aluno do IFGW mas fiz minha
graduacao la, de qq maneira, o q sei sao que pessoas vem ao instituto e sao encaminhadas aos
departamentos ou aos professores que tem disposicao ou conhecimento (depende da especialidade)
para atende-los. Muitos vem pessoalmente mesmo. Ha tambem e-mails e cartas que sao distribuidos
aos chefes de departamento que respondem ou nao, dependendo da boa vontade, disposicao e
seriedade da teoria.
Veja, estou falando de teorias propostas por pessoas que nao pertencem a nenhum instituto de
fisica (ou de areas afins) que procuram a opiniao de especialistas. Ha professores que
literalmente andam para as novas teorias mas ha outros que procuram levar a serio e fazem as
criticas cabiveis. Eu coloquei este dado na lista mais para que se saiba que ha muita tentativa
sendo feita no Brasil e no mundo de teorias novas e revolucionarias nao triviais, no entanto,
nao ha tempo nem capacidade suficiente para se por a prova tudo.
Nao ha uma ma vontade generalizada, falo por exemplo por mim, se me apresentassem uma nova
teoria em que eu acreditasse ser revolucionaria mesmo que fosse algo fora das normas
estabelecidas, certamente me proporia a colaborar com o projeto (dentro das minhas limitacoes
obviamente). Que cientista nao gostaria de participar diretamente de uma revolucao na ciencia?

[]'s Eduardo.



SUBJECT: RES: [ciencialist] Manifesto
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/09/2001 14:48

> De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
>
> "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
> > Esses menos afortunados querem se parecer com os
> > glutões, mas é impossível produzir tanta comida no
> > mesmo nível do apetite dos glutões para todo mundo.
>
> Isso não é verdade. As projecções económicas para o próximo
> século sugerem que os países em desenvolvimento vão
> atingir o nível actual dos países desenvolvidos dentro de 50 anos.

Também vi que em 50 anos os recursos naturais, especialmente
água potável estarão seriamente comprometidos, e outros, esgotados!

> > Certo seria que os glutões fizessem um regimezinho,
> > deixando de devorar compulsivamente tudo que vêm
> > pela frente.
>
> Isso parte do principio que a riqueza é divisivel. Não é. A riqueza
> reside nos cérebros das pessoas e na organização das instituições
> e empresas. Não se pode repartir educação nem conhecimentos
> organizativos. São coisas que demoram anos a aprender.

Eu estou falando na relação Consumo x Recursos.
O que vc tem a dizer sobre o fato de que só os EUA
despejam na atmosfera quase 1/3 dos gases de efeito
estufa produzidos da queima de combustíveis fósseis
em todo o mundo.

> > Os glutões, astutos, sabem disso. Sabem que não há
> > capacidade de produzir tanto para todas as tribos.
>
> Isso é falso.

Não é. Eles mesmos fizeram a pesquisa na qual seriam
necessárias 2,5 Terras para atender a demanda mundial
no padrão de consumo dos países ricos. Os recursos
estão se esgotando e rapidamente.

> > Para manter o "padrão" da gula, são obrigados, a
> > despeito de tudo que pregam acerca de seu modo de
> > vida e de sua liberdade, a oprimir aqueles que ameaçam
> > suas fontes.
>
>
> Você está a sugerir que os povos mais pobres são oprimidos pelos
> EUA. Nada mais falso. São oprimidos pelos seus governantes e pelas
> suas oligarquias.

Foi exatamente isto que eu quis sugerir. Além da opressão pelos
seus próprios governantes e suas oligarquias. Bem lembrado!

> > Esta hipocrisia, este consumo exagerado e a acelerada
> > degradação de recursos leva inexoravelmente ao conflito
> > entre as tribos. Mas a tribo dos glutões é tão poderosa
> > que pouquíssimos se atreveriam a enfrentá-los. Os ataques,
> > portanto, são isolados e anônimos.
>
> Falta explicar para que servem estes ataques. Será uma expressão
> da inveja. Algo como, "já que eu não sou rico tu tens que estar
> morto"?

É provável! Agregado ainda ao fator "fanatismo religioso".

> > Só existe uma forma de refrear o apetite dos glutões.
> > Fazê-los sentir-se envergonhados e arrependidos da imagem
> > obesa e desengoçada, que em vez de provocar risos, provoca
> > revolta e dor nos que têm fome.
>
> Mas porque é que as pessoas que conseguem criar riqueza haveriam
> de se sentir envergonhadas? Aqueles que não produzem nada é que
> deviam estar envergonhadas. Aquelas que destroem riqueza e a vida
> humana nem vale a pena falar.

As pessoas que conseguem CRIAR riquezas de fato não devem jamais
se sentir envergonhadas. São heróis! São empreendedores!
Só quem TRABALHA pode CRIAR riquezas.
Mas aquele que ACUMULA e NÃO DISTRIBUI deveria ter vergonha de
se olhar no espelho. Distribuir não significa dar esmola, significa
investir em produção, educação, tecnologia, etc.

Que raio de riqueza um especulador financeiro produz?

São esses caras os GLUTÕES. E eles dominam o mercado mundial.
Não estou atacando o acionista das grandes industrias, os grandes
produtores de bens e serviços. Estou atacando aquele agiota safado
que tira dinheiro dos contribuintes dos países ricos e empresta
aos países pobres (ou melhor: aos ricos dos países pobres) a juros
escorchantes.

Aqui nessa "terrinha mardita" de Brasil EU, contribuinte, pago
caríssimo pelos juros aos "investidores". No primeiro espirro
que dou o "investidor" clica um botão e transfere toda a grana
para um banco europeu ou americano.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Manifesto
FROM: ego_sun@yahoo.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/09/2001 15:03

Olá lista, olá Alexandre,

É curioso, já ouvi diversas vezes essa referência sobre a estimativa
de crescimento econômico dos países em desenvolvimento. Vc poderia me
dar mais detalhes sobre isso? Onde posso encontrar tal estimativa?
Quem a produz e que pressupostos são utilizados para sua construção??
E, principalmente, quantos e quais seriam esses países em
desenvolvimento?

Faço essa pergunta porque essas previsões não parecem corresponder ao
que observo nos jornais diários, e, particularmente, não correspondem
ao que sinto, e percebo que as pessoas sentem, na pele, como
habitante de um suposto país em desenvolvimento.

[]s

ego


--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
>
>
> "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
> Isso não é verdade. As projecções económicas para o próximo
> século sugerem que os países em desenvolvimento vão
> atingir o nível actual dos países desenvolvidos dentro de 50 anos.
>




SUBJECT: Comemoracao dos palestinos
FROM: ego_sun@yahoo.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/09/2001 15:11

Caros listeiros,

Recebi uma mensagem agora há pouco a respeito das cenas que mostravam
palestinos comemorando o ataque a Nova York. Segundo essa mensagem,
as imagens seriam na verdade de 1991, dizendo respeito na realidade à
celebração da invesão do kwaiti. alguém teria como verificar essas
informações?

[]s

Ego



SUBJECT: complementacao
FROM: ego_sun@yahoo.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/09/2001 15:15

olá listeiros,

Só completando, as imagens são da CNN



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Manifesto
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/09/2001 16:33

Ops! Não fui eu quem disse. Foi o João Mário Miranda.

É com vc João

[]'s

Alexandre

> -----Mensagem original-----
> De: ego_sun@yahoo.com.br [mailto:ego_sun@yahoo.com.br]
> Enviada em: Quinta-feira, 13 de Setembro de 2001 07:04
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Re: Manifesto
>
>
> Olá lista, olá Alexandre,
>
> É curioso, já ouvi diversas vezes essa referência sobre a estimativa
> de crescimento econômico dos países em desenvolvimento. Vc poderia me
> dar mais detalhes sobre isso? Onde posso encontrar tal estimativa?
> Quem a produz e que pressupostos são utilizados para sua construção??
> E, principalmente, quantos e quais seriam esses países em
> desenvolvimento?
>
> Faço essa pergunta porque essas previsões não parecem corresponder ao
> que observo nos jornais diários, e, particularmente, não correspondem
> ao que sinto, e percebo que as pessoas sentem, na pele, como
> habitante de um suposto país em desenvolvimento.
>
> []s
>
> ego
>
>
> --- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> >
> >
> > "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
> > Isso não é verdade. As projecções económicas para o próximo
> > século sugerem que os países em desenvolvimento vão
> > atingir o nível actual dos países desenvolvidos dentro de 50 anos.
> >
>
>
>
> &&& --- &&&
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Manifesto
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/09/2001 18:21

Olá Alexandre,

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> wrote:

>
> As pessoas que conseguem CRIAR riquezas de fato não devem jamais
> se sentir envergonhadas. São heróis! São empreendedores!
> Só quem TRABALHA pode CRIAR riquezas.
> Mas aquele que ACUMULA e NÃO DISTRIBUI deveria ter vergonha de
> se olhar no espelho. Distribuir não significa dar esmola, significa
> investir em produção, educação, tecnologia, etc.
>
> Que raio de riqueza um especulador financeiro produz?
>
> São esses caras os GLUTÕES. E eles dominam o mercado mundial.
> Não estou atacando o acionista das grandes industrias, os grandes
> produtores de bens e serviços. Estou atacando aquele agiota safado
> que tira dinheiro dos contribuintes dos países ricos e empresta
> aos países pobres (ou melhor: aos ricos dos países pobres) a juros
> escorchantes.

Só uma perguntinha: quando você vai investir seu dinheiro suado, você
escolhe a instituição que paga os juros maiores ou os menores? Quando
você tem que escolher entre duas instituições que pagam o mesmo juro,
você opta por um banco de 200 anos ou uma corretora que foi fundada
ontem? Você prefere investir seu dinheiro num país com instituições
sólidas ou num país que está sempre ameaçando com moratória? Se você
escolheu sempre a primeira alternativa, você está do lado dos
agiotas. Porque é um grande número de pessoas raciocinando dessa
maneira que faz com que os juros para o Brasil sejam maiores do que
para outros países. Você não pode condenar um investidor ou agente
financeiro se ele estiver operando estritamente dentro da lei e
pagando seus impostos. Ele está desempenhando um papel importante de
alocação e administração de recursos. Claro que nesta área existe a
possibilidade de jogadas desonestas, e por isso a legislação do
mercado financeiro é muito rígida em diversos países, como os EUA.


[]'s

André



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: Manifesto
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/09/2001 20:40


> > -----Mensagem original-----
> > De: ego_sun@yahoo.com.br [mailto:ego_sun@yahoo.com.br]
> > Enviada em: Quinta-feira, 13 de Setembro de 2001 07:04
> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Assunto: [ciencialist] Re: Manifesto
> >
> >
> > Olá lista, olá Alexandre,
> >
> > É curioso, já ouvi diversas vezes essa referência sobre a estimativa
> > de crescimento econômico dos países em desenvolvimento. Vc poderia me
> > dar mais detalhes sobre isso? Onde posso encontrar tal estimativa?
> > Quem a produz e que pressupostos são utilizados para sua construção??
> > E, principalmente, quantos e quais seriam esses países em
> > desenvolvimento?

1- produto interno bruto dos EUA é 30 vezes maior do que em 1800
2- produto interno bruto do Reino Unido é 15 vezes maior do que em
1800
3 - entre 1950 e 1995 o PIB per capita dos países desenvolvidos
aumentou 218% e o dos subdesenvolvidos aumentou 201%
4 - os dados anteriores são per capita o que é notável porque
a população dos países em desenvolvimento aumentou muito.
5 - a desigualdade entre os mais pobres e os mais ricos quando
medida a partir do PIB per capita está a diminuir muito lentamente.
6 - a desigualdade entre os mais pobres e os mais ricos quando
medida a partir do poder de compra está a diminuir rapidamente.
7 - O número de pobres permanece constante em número absoluto e
está a diminuir em percentagem.
8 - o rendimento per capita do Brasil passou de 0.4 para 1 desde
1950 (unidades relativas). Mais que duplicou.
9 - nos países em desenvolvimento, o analfabetismo passou de
75% para 15% (acho que estes números se referem a crianças).
10 - nos países em desenvolvimento a mortalidade infatil passou
de 180 por mil em 1950 para menos de 60 por mil em 2000.
11 - Na India, a taxa de fertilidade passou de 6 para 3 filhos por
mulher.

Quanto ao futuro:

O futuro depende de cenários. Segundo os cenários do IPPC, os
países em desenvolvimente atingirão o nível actual dos países
em desenvolvidos dentro de 50 anos. A distinção entre os cenários
dá um bocado de trabalho e não vou fazer isso, a não ser que haja
muito interesse nisso.

Fonte: "The Skeptical environmentalist, measuring the real
state of the world"



> > Faço essa pergunta porque essas previsões não parecem corresponder ao
> > que observo nos jornais diários, e, particularmente, não correspondem
> > ao que sinto, e percebo que as pessoas sentem, na pele, como
> > habitante de um suposto país em desenvolvimento.

A questão é que:

1 -os jornais preferem as más notícias às boas
2 - o facto de as coisas estarem a melhorar não satisfaz as
pessoas.
3 - as pessoas não querem ser ricas daqui a 50 anos, querem
ser ricas agora.
4 - as pessoas gostam de se queixar e de fazer sentir aos
outros que são responsáveis pelo seu estado.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Manifesto
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/09/2001 22:18



"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

> > Isso não é verdade. As projecções económicas para o próximo
> > século sugerem que os países em desenvolvimento vão
> > atingir o nível actual dos países desenvolvidos dentro de 50 anos.
>
> Também vi que em 50 anos os recursos naturais, especialmente
> água potável estarão seriamente comprometidos, e outros, esgotados!

O Banco Mundial considera que um país tem falta de água se a
água disponível for inferior a 2740 litros per capita e por dia.
Neste momento, 3.4% da população mundial está abaixo desse nível
e daqui a 50 anos esse valor será de 18% da população mundial.

No entanto, países como Israel estão neste momento abaixo desse
nível. Israel consome 900 litros de água per capita e por dia.
As pessoas em Israel não passam sede porque a água é utilizada
racionalmente e o país importa comida de outros países. A
agricultura consome a maior parte da água e neste momento a
utilização é muito pouco eficiente em todo o lado. Com a tecnologia
actual é possível poupar mais de 50% da água que se consome. No
futuro, os países mais afectados simplesmente passarão a utilizar a
água de forma mais eficiente e não precisarão de consumir os tais
2740 litros. Poderão ainda optar por outras soluções como a
importação de alimentos de países ricos em água ou a desalinização.
Países como o Kuwait vivem com 30 litros de água por dia e por pessoa
porque usam água desalinizada. Em termos globais a água não é um
problema, o prblema é que ela pode ser um bem escasso em alguns
lugares, mas esse é um problema solúvel (como todos os problemas).

Os dados numéricos são do "Skeptical environmentalist" e foram
retirados de tabelas d organizações mundiais.



> > Isso parte do principio que a riqueza é divisivel. Não é. A riqueza
> > reside nos cérebros das pessoas e na organização das instituições
> > e empresas. Não se pode repartir educação nem conhecimentos
> > organizativos. São coisas que demoram anos a aprender.
>
> Eu estou falando na relação Consumo x Recursos.
> O que vc tem a dizer sobre o fato de que só os EUA
> despejam na atmosfera quase 1/3 dos gases de efeito
> estufa produzidos da queima de combustíveis fósseis
> em todo o mundo.


Isso já se tornou uma religião. Por um lado, esse argumento é
sofisticado demais para justificar o descontentamento dos
pobres. Os pobres não estão chateados com os EUA porque eles
poluem, mas porque eles são os únicos com capacidade para
poluir. O facto de os EUA poluirem não impede os outros de
também o fazerem e nenhum país pobre deixa de poluir para salvar
o ambiente. Ambiente é prioridade de gente rica e sofisticada
ou desculpa de pobre invejoso.

Por outro lado, a análise económica da poluição por CO2 é
extremamente favorável. Eu não troco as condições de vida
que tenho agora pelas condições de vida de há um sécula atrás.
Em 1950 a esperança de vida mundial era de 45 anos, agora é de
75. Eu não troco essa esperança de vida pelo desaparecimento
intantâneo dos 0.6 graus que a temperatura global subiu nos
últimos 100 anos.

Para o futuro, nem as previsões são tão seguras nem os possíveis
efeitos de um aquecimento global são tão catastrofistas como se quer
fazer crer.
Basicamente, os países em desenvolvimento podem desenvolver-se
muito mais sem corrermos o risco de termos mais catástrofes
ambientais.

Eu não estou disposto a evitar perigos imaginários, que resultam
> > > Os glutões, astutos, sabem disso. Sabem que não há
> > > capacidade de produzir tanto para todas as tribos.
> >
> > Isso é falso.
>
> Não é. Eles mesmos fizeram a pesquisa na qual seriam
> necessárias 2,5 Terras para atender a demanda mundial
> no padrão de consumo dos países ricos. Os recursos
> estão se esgotando e rapidamente.

recursos energéticos: existem reservas conhecidas de petróleo
para mais 50 anos, mas as reservas de petróleo conhecidas
estão a aumentar constantemente. Para alem disso, existem
reservas não rentáveis que se tornarão rentáveis se os preços
subirem. Nesse caso, o prazo de 50 anos pode ser extendido por
outros 50 ou 100 ou mais ainda. Reservas energéticas de gás
natural e carvão dão para centenas de anos. Finalmente, a
energia solar tornar-se-á rentável por volta de 2030. É preciso
não esquecer que o Homem não é estúpido e que a energia solar
disponível é virtualmente inesgotável. Já para não falar em
fusão nuclear.

Metais: o preço dos principais metais está a cair há mais de
um século e as reservas conhecidas desses metais estão a
aumentar e medem-se em desenas ou centenas de anos.

Comida: a produtividade agricola está a aumentar continuamente
há desenas de anos e espera-se que continue a aumentar
principalmente porque os países em desenvolvimento ainda estão
muito longe da produtividade dos desenvolvidos. Os preços dos
produtos alimentares continuam a descer há decadas e a Terra
pode alimentar os 10 mil milhões de habitante que terá em 2100.




> >
> > Você está a sugerir que os povos mais pobres são oprimidos pelos
> > EUA. Nada mais falso. São oprimidos pelos seus governantes e pelas
> > suas oligarquias.
>
> Foi exatamente isto que eu quis sugerir. Além da opressão pelos
> seus próprios governantes e suas oligarquias. Bem lembrado!

Essa é uma visão extremamente retorcida dos factos. Quem vive
numa ditadura fundamentalista e medieval é oprimido pelos EUA?

São os EUA que oprimem as mulheres afgãs? São os EUA que promovem a
excisão no Sudão?


> > Mas porque é que as pessoas que conseguem criar riqueza haveriam
> > de se sentir envergonhadas? Aqueles que não produzem nada é que
> > deviam estar envergonhadas. Aquelas que destroem riqueza e a vida
> > humana nem vale a pena falar.
>
> As pessoas que conseguem CRIAR riquezas de fato não devem jamais
> se sentir envergonhadas. São heróis! São empreendedores!
> Só quem TRABALHA pode CRIAR riquezas.
> Mas aquele que ACUMULA e NÃO DISTRIBUI deveria ter vergonha de
> se olhar no espelho. Distribuir não significa dar esmola, significa
> investir em produção, educação, tecnologia, etc.

Mas você conhece alguém que acumula e não reinveste? Pode é não
reinvestir onde você quer, mas as pessoas só reinvestem onde
vale a pena reinvestir. Reinvestir onde não vale a pena, como
num país corrupto é dar esmola (aos curruptos e incompetentes).


> Que raio de riqueza um especulador financeiro produz?

Um especulador só existe porque determinados valores se encontram
artificialmente valorizados num local e desvalorizados noutro.
Saber distinguir uma coisa da outra requer inteligência e vontade
de correr riscos. Esse é o trabalho do especulador: mostrar o real
valor das coisas. Os especuladores ganham dinheiro com sistemas
financeiros incompetentes que tentam enganar o público valorizando
artificialmente a moeda ou as acções. Mas todos são livres de criar
mercados à prova de especuladores, por introdução de uma taxa tipo
Tobin. A qestão é que esses mercados não são competitivos e não
teriam muitos negócios. Porque será?


> São esses caras os GLUTÕES. E eles dominam o mercado mundial.
> Não estou atacando o acionista das grandes industrias, os grandes
> produtores de bens e serviços. Estou atacando aquele agiota safado
> que tira dinheiro dos contribuintes dos países ricos e empresta
> aos países pobres (ou melhor: aos ricos dos países pobres) a juros
> escorchantes.

Não percebi... Se o mercado for aberto, a taxa de juro é a mais
baixa possível dadas as condições do país pobre. Aliás, ninguém
é obrigado a emprestar dinheiro. Só pede emprestado quem quer
e só aceita a taxa quem quer. Essa é a natureza do mercado.

> Aqui nessa "terrinha mardita" de Brasil EU, contribuinte, pago
> caríssimo pelos juros aos "investidores". No primeiro espirro
> que dou o "investidor" clica um botão e transfere toda a grana
> para um banco europeu ou americano.

Não percebi. Dinheiro não é de graça. É preciso pagar por ele.
Podemos proibir os empréstimos, mas não me parece que isso seja
solução. Podemos emitir papel, mas isso também não é solução.
Podemos nacionalizar a economia ... Não sei, não percebo nada
disso, mas não estou a ver alternativa ao sistema em que o
agiota ganha dinheiro com a agiotagem. Um sistema em que o
agiota não ganha dinheiro, é um sistema em que o agiota não o
empresta. Você não quer o dinheiro de graça, ou quer? Já sei,
você quer o dinhheiro a uma taxa razoável... Mas o que é
razoável para si não é razoável para o agiota que prefere
agiotar com outra pessoa com um índice de razoabilidade diferente.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: [Fwd: [EFR] Alice]
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 14/09/2001 08:05




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Manifesto
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/09/2001 09:39

João,

Diante destes dados é difícil refutar sua
tese. Não tenho muitos argumentos.

Com toda a honestidade do mundo, como eu
gostaria que você estivesse certo e eu
redondamente enganado. Mas o quadro que eu vejo
aqui no Brasil, e de modo geral é o quadro
de todo o terceiro mundo, não me permite
apostar no otimismo.

Não quero que vc pense que sou derrotisma,
alarmista ou apocalíptico. Pois sou justamente
o oposto e por isso que encaro o futuro com
muita preocupação.

Falam que o analfabetismo no Brasil está em
queda desde mil novecentos e guaraná com rolha,
mas a molecada é sistematicamente
aprovada para a próxima série independentemente
de suas notas. Os professores do nível fundamental
são de um preparo sofrível.

Aqui no Brasil quem sabe escrever o nome não
é considerado analfabeto absoluto. Chamam-no de
semi-alfabetizado. Dessa forma é que os dados
são enviados para a ONU/UNESCO que por sua
vez conclui feliz da vida que o analfabetismo
no Brasil esta acabando. Mentira. Alfabetizado
é alguém capaz de interpretar textos e não
apenas identificar letras ou palavras.

Minha mãe foi professora da rede pública e
lembro de ver redações de seus alunos de quarta
série. A maioria era ininteligível.

Eu conheço gente (e muita) que fez faculdade
e fala coisas do tipo "menas vezes" ou "estou meia
chateada". Gente que não consegue interpretar
texto de embalagem de leite em pó. Gente que
estraga aparelhos domésticos logo que chega
da loja porque não entende o manual de
instruções.

Logo, ao menos os dados sobre educação eu posso
refutar.

E no geral, acho que os dados das pesquisas,
podem estar sendo mal interpretados.

Assim, esses números que você nos mostrou
não corresponde ao que eu percebo.

Minha filha virá ao mundo daqui dois meses e,
repito, como eu gostaria de acreditar em você.
Mas... estou cético.

Acho que vou pedir cidadania portuguesa já que
meus avós eram da terra de Camões, Pessoa e
Saramago. Vivendo no primeiro mundo talvez eu
mude de idéia.

Quem sabe eu não lhe faça uma visita. :-)

[]'s

Alexandre Medeiros


> -----Mensagem original-----
> De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
> Enviada em: Quinta-feira, 13 de Setembro de 2001 14:19
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: Re: RES: [ciencialist] Manifesto
>
>
>
>
> "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
> > > Isso não é verdade. As projecções económicas para o próximo
> > > século sugerem que os países em desenvolvimento vão
> > > atingir o nível actual dos países desenvolvidos dentro de 50 anos.
> >
> > Também vi que em 50 anos os recursos naturais, especialmente
> > água potável estarão seriamente comprometidos, e outros, esgotados!
>
> O Banco Mundial considera que um país tem falta de água se a
> água disponível for inferior a 2740 litros per capita e por dia.
> Neste momento, 3.4% da população mundial está abaixo desse nível
> e daqui a 50 anos esse valor será de 18% da população mundial.
>
> No entanto, países como Israel estão neste momento abaixo desse
> nível. Israel consome 900 litros de água per capita e por dia.
> As pessoas em Israel não passam sede porque a água é utilizada
> racionalmente e o país importa comida de outros países. A
> agricultura consome a maior parte da água e neste momento a
> utilização é muito pouco eficiente em todo o lado. Com a tecnologia
> actual é possível poupar mais de 50% da água que se consome. No
> futuro, os países mais afectados simplesmente passarão a utilizar a
> água de forma mais eficiente e não precisarão de consumir os tais
> 2740 litros. Poderão ainda optar por outras soluções como a
> importação de alimentos de países ricos em água ou a desalinização.
> Países como o Kuwait vivem com 30 litros de água por dia e por pessoa
> porque usam água desalinizada. Em termos globais a água não é um
> problema, o prblema é que ela pode ser um bem escasso em alguns
> lugares, mas esse é um problema solúvel (como todos os problemas).
>
> Os dados numéricos são do "Skeptical environmentalist" e foram
> retirados de tabelas d organizações mundiais.
>
>
>
> > > Isso parte do principio que a riqueza é divisivel. Não é.
> A riqueza
> > > reside nos cérebros das pessoas e na organização das instituições
> > > e empresas. Não se pode repartir educação nem conhecimentos
> > > organizativos. São coisas que demoram anos a aprender.
> >
> > Eu estou falando na relação Consumo x Recursos.
> > O que vc tem a dizer sobre o fato de que só os EUA
> > despejam na atmosfera quase 1/3 dos gases de efeito
> > estufa produzidos da queima de combustíveis fósseis
> > em todo o mundo.
>
>
> Isso já se tornou uma religião. Por um lado, esse argumento é
> sofisticado demais para justificar o descontentamento dos
> pobres. Os pobres não estão chateados com os EUA porque eles
> poluem, mas porque eles são os únicos com capacidade para
> poluir. O facto de os EUA poluirem não impede os outros de
> também o fazerem e nenhum país pobre deixa de poluir para salvar
> o ambiente. Ambiente é prioridade de gente rica e sofisticada
> ou desculpa de pobre invejoso.
>
> Por outro lado, a análise económica da poluição por CO2 é
> extremamente favorável. Eu não troco as condições de vida
> que tenho agora pelas condições de vida de há um sécula atrás.
> Em 1950 a esperança de vida mundial era de 45 anos, agora é de
> 75. Eu não troco essa esperança de vida pelo desaparecimento
> intantâneo dos 0.6 graus que a temperatura global subiu nos
> últimos 100 anos.
>
> Para o futuro, nem as previsões são tão seguras nem os possíveis
> efeitos de um aquecimento global são tão catastrofistas como se quer
> fazer crer.
> Basicamente, os países em desenvolvimento podem desenvolver-se
> muito mais sem corrermos o risco de termos mais catástrofes
> ambientais.
>
> Eu não estou disposto a evitar perigos imaginários, que resultam
> > > > Os glutões, astutos, sabem disso. Sabem que não há
> > > > capacidade de produzir tanto para todas as tribos.
> > >
> > > Isso é falso.
> >
> > Não é. Eles mesmos fizeram a pesquisa na qual seriam
> > necessárias 2,5 Terras para atender a demanda mundial
> > no padrão de consumo dos países ricos. Os recursos
> > estão se esgotando e rapidamente.
>
> recursos energéticos: existem reservas conhecidas de petróleo
> para mais 50 anos, mas as reservas de petróleo conhecidas
> estão a aumentar constantemente. Para alem disso, existem
> reservas não rentáveis que se tornarão rentáveis se os preços
> subirem. Nesse caso, o prazo de 50 anos pode ser extendido por
> outros 50 ou 100 ou mais ainda. Reservas energéticas de gás
> natural e carvão dão para centenas de anos. Finalmente, a
> energia solar tornar-se-á rentável por volta de 2030. É preciso
> não esquecer que o Homem não é estúpido e que a energia solar
> disponível é virtualmente inesgotável. Já para não falar em
> fusão nuclear.
>
> Metais: o preço dos principais metais está a cair há mais de
> um século e as reservas conhecidas desses metais estão a
> aumentar e medem-se em desenas ou centenas de anos.
>
> Comida: a produtividade agricola está a aumentar continuamente
> há desenas de anos e espera-se que continue a aumentar
> principalmente porque os países em desenvolvimento ainda estão
> muito longe da produtividade dos desenvolvidos. Os preços dos
> produtos alimentares continuam a descer há decadas e a Terra
> pode alimentar os 10 mil milhões de habitante que terá em 2100.
>
>
>
>
> > >
> > > Você está a sugerir que os povos mais pobres são oprimidos pelos
> > > EUA. Nada mais falso. São oprimidos pelos seus governantes e pelas
> > > suas oligarquias.
> >
> > Foi exatamente isto que eu quis sugerir. Além da opressão pelos
> > seus próprios governantes e suas oligarquias. Bem lembrado!
>
> Essa é uma visão extremamente retorcida dos factos. Quem vive
> numa ditadura fundamentalista e medieval é oprimido pelos EUA?
>
> São os EUA que oprimem as mulheres afgãs? São os EUA que promovem a
> excisão no Sudão?
>
>
> > > Mas porque é que as pessoas que conseguem criar riqueza haveriam
> > > de se sentir envergonhadas? Aqueles que não produzem nada é que
> > > deviam estar envergonhadas. Aquelas que destroem riqueza e a vida
> > > humana nem vale a pena falar.
> >
> > As pessoas que conseguem CRIAR riquezas de fato não devem jamais
> > se sentir envergonhadas. São heróis! São empreendedores!
> > Só quem TRABALHA pode CRIAR riquezas.
> > Mas aquele que ACUMULA e NÃO DISTRIBUI deveria ter vergonha de
> > se olhar no espelho. Distribuir não significa dar esmola, significa
> > investir em produção, educação, tecnologia, etc.
>
> Mas você conhece alguém que acumula e não reinveste? Pode é não
> reinvestir onde você quer, mas as pessoas só reinvestem onde
> vale a pena reinvestir. Reinvestir onde não vale a pena, como
> num país corrupto é dar esmola (aos curruptos e incompetentes).
>
>
> > Que raio de riqueza um especulador financeiro produz?
>
> Um especulador só existe porque determinados valores se encontram
> artificialmente valorizados num local e desvalorizados noutro.
> Saber distinguir uma coisa da outra requer inteligência e vontade
> de correr riscos. Esse é o trabalho do especulador: mostrar o real
> valor das coisas. Os especuladores ganham dinheiro com sistemas
> financeiros incompetentes que tentam enganar o público valorizando
> artificialmente a moeda ou as acções. Mas todos são livres de criar
> mercados à prova de especuladores, por introdução de uma taxa tipo
> Tobin. A qestão é que esses mercados não são competitivos e não
> teriam muitos negócios. Porque será?
>
>
> > São esses caras os GLUTÕES. E eles dominam o mercado mundial.
> > Não estou atacando o acionista das grandes industrias, os grandes
> > produtores de bens e serviços. Estou atacando aquele agiota safado
> > que tira dinheiro dos contribuintes dos países ricos e empresta
> > aos países pobres (ou melhor: aos ricos dos países pobres) a juros
> > escorchantes.
>
> Não percebi... Se o mercado for aberto, a taxa de juro é a mais
> baixa possível dadas as condições do país pobre. Aliás, ninguém
> é obrigado a emprestar dinheiro. Só pede emprestado quem quer
> e só aceita a taxa quem quer. Essa é a natureza do mercado.
>
> > Aqui nessa "terrinha mardita" de Brasil EU, contribuinte, pago
> > caríssimo pelos juros aos "investidores". No primeiro espirro
> > que dou o "investidor" clica um botão e transfere toda a grana
> > para um banco europeu ou americano.
>
> Não percebi. Dinheiro não é de graça. É preciso pagar por ele.
> Podemos proibir os empréstimos, mas não me parece que isso seja
> solução. Podemos emitir papel, mas isso também não é solução.
> Podemos nacionalizar a economia ... Não sei, não percebo nada
> disso, mas não estou a ver alternativa ao sistema em que o
> agiota ganha dinheiro com a agiotagem. Um sistema em que o
> agiota não ganha dinheiro, é um sistema em que o agiota não o
> empresta. Você não quer o dinheiro de graça, ou quer? Já sei,
> você quer o dinhheiro a uma taxa razoável... Mas o que é
> razoável para si não é razoável para o agiota que prefere
> agiotar com outra pessoa com um índice de razoabilidade diferente.
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> joão
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: genética de população
FROM: dra_savat@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/09/2001 14:24

Olá !
Será que alguém poderia me ajudar com algumas dúvidas?
Que mecanismos podem explicar a deriva genética de um gene recessivo
responsável por uma síndrome com elevada morbidade, como a fibrose
cística, por exemplo, , que tem uma freqüência gênica de 1/40-1/50?
Vcs tem conhecimento de alguma ocorrência ambiental que justifique
esta freqüência elevada, como o furacão de 1750 justifica a alta
freqüência do gene para a acromatopsia na população de Mokil?
Abraços
Tânia





SUBJECT: genética de população
FROM: dra_savat@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/09/2001 14:50

Olá !
Será que alguém poderia me ajudar com algumas dúvidas?
Que mecanismos podem explicar a deriva genética de um gene recessivo
responsável por uma síndrome com elevada morbidade, como, por
exemplo, a fibrose cística, que tem uma freqüência gênica de 1/40-
1/50?
Vcs tem conhecimento de alguma ocorrência ambiental que justifique
esta freqüência elevada, como o furacão de 1750 justifica a alta
freqüência do gene para a acromatopsia na população de Mokil?
Abraços
Tânia




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Manifesto
FROM: ego_sun@yahoo.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/09/2001 14:51

Olá listeiros, olá João,

Veja bem, eu sei que para pessoas com mentalidade cientificista
apresentar números é algo que impressiona. Mas muitas vezes deixamos
de ter senso crítico em relação a esses resultados. Vamos então tentr
aplicar um pouco de ceticismo a esses dados fornecidos. Em primeiro
lugar, vamos supor, incialmente, que esses dados estão corretos ok??
Depois, se for conveniente, examinamos a confiabilidade dos dados.

Primeiramente, sem ler o livro (isso é um livro, não??) que vc citou,
e baseando-me apenas nos dados fornecidos (supondo que refitam a
sequência e proporções do mesmo), poderíamos observar, primeiramente,
que dá-se certo peso aos países anglo-saxões, como se vê pelas duas
primeiras informações. É possível vislumbrar explicações para isso,
mas é algo a se pontuar. Citar dados dos EUA e do Reino Unido, as
respctivas potências dos séculos 19 e 20, não tem muito valor a menos
que sejam comparadas a outros países (mas claro que talvez esses
indicadores não estajam disponíveis). Por outro lado, o crescimento
mostrado deveria ser comparado também à inflação do período, para
termos uma idéia do crescimento real. Um milhão de dólares hoje é uma
pequena fortuna, mas há cerca de um seculo possivelmente era mais
significativo. Mas vale, pq para ter uma idéia global, temos que ver
também a situação deles. Aliás, valeria aqui observar a absurda
diferença de 100% no aumento relativo do PIB dos dois países.

Seria interessante também ter os números absolutos das rendas per
capta tanto dos países desenvolvidos como dos países sub (suponho que
ele adote a classificação dualista), pois isso de repente me lembra
um pouco aquela velha história dos garoto que tirou, em sequência, 1
e 2 nas suas avaliações finais, e argumentou "É, eu perdi, mas tive
uma melhora de 100%) :o). Além disso, embora o rescimento
populacional possa ter sido realmente maior em países
subdesenvolvidos, foi, no último século, um fato mundial, e não
presente apenas em países em desenvolvimento. E, se formos reparar,
alguns dos dados posteriores apresentados até contradizem essa
tendência (menção à fertilidade na Índia).

Uma característica estranha que percebo também é a ênfase dada ao PIB
cnesses dados. Se tomássemos o PIB do Brasil colônia, e da América
Espanhola em geral, possivelmente chegaríamos à conclusão de que eram
extremamente ricos, pois com os recursos naturais e o outro
disponíveis, seu PIB deveria ser, se não um dos maiores do mundo,
pelo menos bom relativamente à média da época. Mas o que adianta uma
grande produção interna se existe uma evasão de divisas gigantesca?
Ou se, além disso, não entram investimentos exteriores? No livro, por
acaso existem dados, pelo menos, sobre o Produto Nacional Bruto
desses países?

Há ainda a questão de, aparentemente, ficarmos limitados ao período
pós-guerra (possivelmente associado à ONU), que, efetivamente, foi
uma fase de grande euforia econômica mundial. É muito fácil obter
dados positivos quando se parte de uma situação muito ruim, e quando
a maior parte dos países está quebrada e recuperando-se de uma
guerra, uma situação que permanenceu por aproximadamente 20 anos, e,
que marcou também o início de uma das fases mais intervencionistas da
história. Entender esse periódo é algo complexo, e não se resume a
dizer que os que não cresceram foram os que não trabalharam.

Por outro lado, seria necessário verificar algumas informações. A
diminuição da pobreza contradiz outros levantamentos que já li (posso
fazer uma busca se necessário), e seria bom ter uma visão das
condições dessa estatística (universo, período, parâmetros, etc).

Finalmente, poderíamos questionar sobre os detalhes de todas essas
informações. Pessoalmente, já tentei fazer pesquisas estatísticas
simples sobre parâmetros aqui do Brasil mesmo, e obtive
supreeendentes dificuldades. A ONU, por exemplo, é uma instituição
respeitábilíssima quanto a ação social e humana, e como mediadora
entre conflitos, mas não devemos idelizá-la em demasia, e esquecer
que é uma entidade política e não filantrópica. Não sei se está
gabaritada a informar sobre as situações dos países. Existem
interesses em apresentar relatórios a instituições internacionais, e
não saberia dizer até que ponto isso afeta o resultado dos
relatórios, ou os critérios de avaliação. Deixei isso para o final
por ser especulatório.

E, uma pergunta, que diabos é o IPPC?? Os países em desenvovimento
atingirão o nível de quê?? De todos os indicadores econômicos??

Os cenários são importantes, pos revelam os pressupostos das
análises. Mas não acho necessário ter tanto trabalho. Vamos ver
primeiro para onde a conversa nos leva?

Em relação aos últimos comentários, bom , acho simplesmente um mito a
idéia de que os jornais só se preocupam com coisas ruins. Não é o que
vejo nos jornais, não é o que observo nas pessoas, e acredito que as
pessoas que dizem isso podem ter essa tendência. A imprensa quer
qualquer coisa que chame a atenção. Supor que as pessoas se preocupam
"mais" com coisas ruins que com coisas boas, e que o que vemos é um
reflexo dessa atitude, é uma visão particular do ser humano. Não
chego a ser Rousseauniano, mas não é o que observo na prática. Mas
talvez a questão seja que acontecem mais coisas ruins do que coisas
boas, se quisermos uma resposta tão linear. Do mesmo modo, poderíamos
dizer (e não estou dizendo) que existe aqui uma tendência a culpa,
que inverte o discurso e tenta mostrar causas nas pessoas, e não no
ambiente.

Outra coisa, embora numeros agradem muito aos profissionais de
exatas, as ciências sociais têm a já batida dificuldade de
equacionamento, e medição, e não têm a mesma confiabilidade de uma
medida de temperatura. Realmente, um dos aspectos do senso crítico é
justamente a verificação imediata daquilo que é dito. E, nesse caso,
porque deveríamos acreditar nas promessas para daqui a 50 anos, e se
as coisa melhoram, porque não estamos mais satisfeitos? A esse
respeito existe realmente muito a dizer, e podemos entrar em um, para
mim, indesejado debate infindável. No caso específico desses dados,
acho que talves a análise das extrapolações, que devem ser baseadas
nas variações dos indicadores, seria instrutiva.

[]s

Ego


--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> 1- produto interno bruto dos EUA é 30 vezes maior do que em 1800
> 2- produto interno bruto do Reino Unido é 15 vezes maior do que em
> 1800
> 3 - entre 1950 e 1995 o PIB per capita dos países desenvolvidos
> aumentou 218% e o dos subdesenvolvidos aumentou 201%
> 4 - os dados anteriores são per capita o que é notável porque
> a população dos países em desenvolvimento aumentou muito.
> 5 - a desigualdade entre os mais pobres e os mais ricos quando
> medida a partir do PIB per capita está a diminuir muito lentamente.
> 6 - a desigualdade entre os mais pobres e os mais ricos quando




SUBJECT: Re: Nova Teoria
FROM: ego_sun@yahoo.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/09/2001 14:58

Olá listeiros, olá Antônio,

Não estou conseguindo fazer o download do arquivo .doc, por isso
ainda não respondi a mensagem. Em relação à sua pergunta, acho que
posso descobrir algo. Respondo essa em pvt, ok?

Seria uma boa colocar o arquivo zipado em vez de no formato .doc.

[]s





--- In ciencialist@y..., "Antonio" <a_ferrao@t...> wrote:
> Olá Ego,
>
> Desculpe pela demora em responder. Obrigado e parabéns pela sua
excelente e
> muito oportuna pergunta.
> Sim, a minha teoria prevê a unificação da relatividade e da teoria
quântica.
> O meu texto apenas esboça um comentário sobre o assunto, porque até
hoje eu
> ainda não fui capaz de reproduzir o meu pensamento em simulação:
Faltou-me
> hardware.
> A proposta inicial de um modelo "etéreo" iria chocar-se de frente
com a
> relatividade restrita, mas isso se cada elemento for constituído de
um
> sistema oscilatório conforme as leis de Newton, traduzindo-se em
uma espécie
> de meio elástico material, um "éter". Mas porque as leis de Newton
teriam
> que se aplicar aos elementos? Na minha abordagem, isso não seria
necessário.
> Aliás isso não seria correto se eu fosse parar por aí. A minha
teoria não é
> uma teoria de éter.
> Uma alteração no elemento base, que definiria o comportamento de
todo o
> espaço físico, inclusive a formação e definição de matéria, iria
> precisamente poder relacionar o movimento da matéria com o tempo.
> Entretanto, sabe-se que, sem movimento de matéria, não seria
possível
> definir-se o tempo.
> Para solucionar isso, apenas como um artifício de cálculo, eu
utilizo duas
> entidades "temporais". A primeira descreve um "tempo fictício", que
no
> modelo "etéreo" não modificado, seria um "tempo absoluto", ou o
"tempo da
> simulação". A segunda entidade temporal descreve um "tempo
relativo", ou
> "tempo físico", que seria um tempo medido conforme o movimento dos
> fenômenos. Não havendo movimento de fenômenos, o "tempo físico"
> desapareceria.
> Define-se, então, dois observadores: Um que sería um de nós, os que
estão
> observando a simulação, e outro que seria um dos seres vivendo no
universo
> formado por átomos que são formados por partículas e estas nada
mais são do
> que os fenômenos. Falando em termos mais atuais, o primeiro
observador
> estaria vivendo na "Realidade" e o segundo, numa "Realidade
Virtual".
> A alteração do modelo faria surgir, imediatamente, a natureza
ortogonal dos
> campos elétricos: Os campos magnéticos .
> A alteração do modelo poderá ser efetuada de duas formas:
> A primeira, partindo-se da própria cosmologia relativística de
Einstein,
> observando-se todos os seus princípios básicos, como o Princípio de
Mach e o
> Tempo Cósmico, o Princípio da Equivalência, o Princípio da
Invariância e o
> Princípio da Relatividade Geral.
> Portanto, é possível, à partir das equações de campo da
Relatividade Geral,
> produzirmos um modelo de elemento que, quando funcionando acoplado
a muitos
> outros, naquela nossa simulação, produz um universo de ondas e
partículas
> tal qual a realidade física.
> A segunda, seria alterando-se interativamente o modelo e
verificando-se o
> resultado na simulação.
>
> Aproveitando que vc é engenheiro, uma das minhas tentativas para
esta
> abordagem foi com a utilização de Computadores Analógicos.
> Como vc deve saber, Computadores Analógicos foram muito utilizados
na década
> de 60/70 para resolver equações diferenciais, com o uso de circuitos
> especiais, muitas vezes utilizando Amplificadores Operacionais
(AmpOps) em
> diversas configurações, como Integrador, Diferenciador, Somador,
etc...
> Hoje, o uso destes circuitos está confinado a Controles de
Servomecanismos e
> poucas aplicações industriais.
> Há alguns anos, eu tentei desenhar uma membrana formada por
osciladores
> compostos de circuitos com AmpOps. Cada elemento de minha membrana
seria um
> oscilador constituído por uma série de circuitos, envolvendo
AmpOps. Desta
> forma, eu estaria fugindo do Cálculo Numérico e poderia simular,
inclusive,
> as não-linearidades, que mais tarde, conforme descobri, formariam os
> fenômenos descritos no meu texto. Poderíamos, então, visualizar num
painel
> de leds, os fenômenos em tempo real, com seus movimentos e suas
> propriedades... É lógico que o projeto morreu no papel, devido ao
seu alto
> custo... Sriam milhares de AmpOps, cada um custando mais de dois
dólares na
> época...
> É evidente que, se isso fosse fácil, alguém já o teria feito
antes...
> Então eu pensei, será que não seria possível encomendar um chip
customizado,
> com milhares destes circuitos encapsulados ? Quanto isso custaria ?
> Se você souber a resposta, em termos atualizados, eu agradeceria ...
>




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: Manifesto
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/09/2001 18:37



ego_sun@yahoo.com.br wrote:

> Primeiramente, sem ler o livro (isso é um livro, não??)

Sim, é um livro ...

>que vc citou,
> e baseando-me apenas nos dados fornecidos (supondo que refitam a
> sequência e proporções do mesmo), poderíamos observar, primeiramente,
> que dá-se certo peso aos países anglo-saxões, como se vê pelas duas
> primeiras informações. É possível vislumbrar explicações para isso,
> mas é algo a se pontuar. Citar dados dos EUA e do Reino Unido, as
> respctivas potências dos séculos 19 e 20, não tem muito valor a menos
> que sejam comparadas a outros países (mas claro que talvez esses
> indicadores não estajam disponíveis).

Dados de variação do PIB per capita para vários grupos de países
entre 1800 e 2000:

europa do norte: aumentou 14 vezes
europa periférica: aumentou 8 vezes (talvez mais)
américa latina: aumentou 7 vezes
áfrica: aumentou 5 vezes

Os números são aproximados porque estou a ler no gráfico.

>Por outro lado, o crescimento
> mostrado deveria ser comparado também à inflação do período, para
> termos uma idéia do crescimento real. Um milhão de dólares hoje é uma
> pequena fortuna, mas há cerca de um seculo possivelmente era mais
> significativo.

Os números que eu transcrevi foram corrigidos para a inflação.
Estes números são sempre calculados a preços de um determinado
ano que é um ano de referência. O PIB é medido, por exemplo, em
dólares de 1997.

>Mas vale, pq para ter uma idéia global, temos que ver
> também a situação deles. Aliás, valeria aqui observar a absurda
> diferença de 100% no aumento relativo do PIB dos dois países.

Não é tão absurda assim. Simplesmente em 1800 o reino unido era
cerca de duas vezes mais rico que os EUA.

> Seria interessante também ter os números absolutos das rendas per
> capta tanto dos países desenvolvidos como dos países sub (suponho que
> ele adote a classificação dualista), pois isso de repente me lembra
> um pouco aquela velha história dos garoto que tirou, em sequência, 1
> e 2 nas suas avaliações finais, e argumentou "É, eu perdi, mas tive
> uma melhora de 100%) :o).

Eu apenas defendi que os países em desenvolvimento estão a melhorar,
não defendi que estão tão ricos como os ricos, o que seria absurdo.
Para alem disso eu enviei dados sobre a variação da desigualdade.

>Além disso, embora o rescimento
> populacional possa ter sido realmente maior em países
> subdesenvolvidos, foi, no último século, um fato mundial, e não
> presente apenas em países em desenvolvimento. E, se formos reparar,
> alguns dos dados posteriores apresentados até contradizem essa
> tendência (menção à fertilidade na Índia).

Não é verdade. Os países rico cresceram muito no sécula XIX e
inicio do sec. XX. A população dos pobres está a crescer no sec
XX. O facto da natalidade estar a baixar nos países em
desenvolvimento só terá efeitos na próxima geração.


> Uma característica estranha que percebo também é a ênfase dada ao PIB
> cnesses dados. Se tomássemos o PIB do Brasil colônia, e da América
> Espanhola em geral, possivelmente chegaríamos à conclusão de que eram
> extremamente ricos, pois com os recursos naturais e o outro
> disponíveis, seu PIB deveria ser, se não um dos maiores do mundo,
> pelo menos bom relativamente à média da época. Mas o que adianta uma
> grande produção interna se existe uma evasão de divisas gigantesca?
> Ou se, além disso, não entram investimentos exteriores? No livro, por
> acaso existem dados, pelo menos, sobre o Produto Nacional Bruto
> desses países?


Nesses casos tem que se contabilizar o PIB do lado do consumo. Ou
então tem que se descontar o produto que é pilhado pelo colonizador
sem ser pago. No entanto, o livro não tem dados de nenhuma colónia.

> Há ainda a questão de, aparentemente, ficarmos limitados ao período
> pós-guerra (possivelmente associado à ONU), que, efetivamente, foi
> uma fase de grande euforia econômica mundial. É muito fácil obter
> dados positivos quando se parte de uma situação muito ruim, e quando
> a maior parte dos países está quebrada e recuperando-se de uma
> guerra, uma situação que permanenceu por aproximadamente 20 anos, e,
> que marcou também o início de uma das fases mais intervencionistas da
> história. Entender esse periódo é algo complexo, e não se resume a
> dizer que os que não cresceram foram os que não trabalharam.

É assim, após a segunda guerra mundial a taxa de crescimento
aumentou em todas as regiões do mundo. Isso é óptimo e não há
racionalização que torne isso uma coisa má. Mesmo assim, a
América do Sul cresceu 3 vezes entre 1800 e 1950. Aliás, a
América do Sul teve um comportamento lamentável após 1980,
provavelmente porque os regimes ditatoriais atingiram o auge da
decadência e currupção.

> Por outro lado, seria necessário verificar algumas informações. A
> diminuição da pobreza contradiz outros levantamentos que já li (posso
> fazer uma busca se necessário), e seria bom ter uma visão das
> condições dessa estatística (universo, período, parâmetros, etc).

Muito vago para comentar.

> relatórios, ou os critérios de avaliação. Deixei isso para o final
> por ser especulatório.


Especulação, de facto.

> E, uma pergunta, que diabos é o IPPC?? Os países em desenvovimento
> atingirão o nível de quê?? De todos os indicadores econômicos??

Enganei-me: IPCC é o organismo da ONU que estuda o aquecimento
global.

> Os cenários são importantes, pos revelam os pressupostos das
> análises. Mas não acho necessário ter tanto trabalho. Vamos ver
> primeiro para onde a conversa nos leva?

ok

> Em relação aos últimos comentários, bom , acho simplesmente um mito a
> idéia de que os jornais só se preocupam com coisas ruins.

Certamente que existem estudos sobre isso...

> Outra coisa, embora numeros agradem muito aos profissionais de
> exatas, as ciências sociais têm a já batida dificuldade de
> equacionamento, e medição, e não têm a mesma confiabilidade de uma
> medida de temperatura.

Dados como a esperança de vida e a mortalidade infantil são
absolutamente objectivos.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: 1.100.000 !!!!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/09/2001 10:41

Quem será, hoje, o felizardo que será o 1.100.000o consulente do Imperdível?

No dia 16/07 (já faz dois meses!) o amigo João do Paquímetro foi a agraciado com a visita 1.000.000 !!

[]'
Léo
=========



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Nova Teoria
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/09/2001 16:00

Olá Alberto e colegas da lista,

> Mas como desenvolver tecnologia a apoiar-se numa ciência nacional que não
> existe? Ou que, se existe, não está nas universidades?!! Pois pelo que
> entendi, os nossos centros universitários sequer estão preparados para
> separar o joio do trigo!!!! Pelo que entendi, 10 artigos "originais" por
mês
> seriam suficientes para promover o caos numa Universidade padrão A!
>
> Onde estão os cientistas brasileiros? Não precisa responder, eu só queria
> perguntar. ;-))
>
Você disse que não precisava responder, mas eu quero responder. ;-)

O tema central da Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, que começa
na próxima terça-feira, pode ser resumido numa expressão um tanto gasta:
"interação universidade-empresa" (jornal "O Estado de São
Paulo"-16/09/2001).
Neste contexto eu lembraria que em países adiantados, muitas universidades
dão lucro, ou seja, além de não precisarem de ajuda financeira de seus
governos, elas ainda geram alguma receita devido às suas produtividades
tecnológica/científicas. É interessante notar como muitas empresas assediam
essas universidades, em busca de incrementos em suas engenharias de produto
ou produção, produto direto de avanços científicos e/ou tecnológicos. Por
trás deste assédio existe um sentimento profundamente patriótico, fruto de
empresas genuinamente nacionais.
Diante de um quadro nacional absurdamente "pífio", no que diz respeito a um
balanço geral de nossa ciência e tecnologia, eu diria que também compete à
sociedade cobrar de nossas universidades um posicionamento mais efetivo.
A primeira medida necessária para se obter algum avanço, seria arrancar os
"papas" de seus tronos e substituí-los por cientistas, professores e
técnicos capacitados. Estes, não demonstrando tal capacidade, seriam
substituídos dentro de um contrato de dois anos, como se faz nos EUA, ou
mesmo nas empresas privadas.

Ciência e Tecnologia é tão importante para o Brasil como a Amazônia. Aliás a
Amazônia estaria melhor protegida se a nossa ciênica e tecnologia fosse mais
avançada. "Patrulhar" a nossa ciência é tão importante como patrulhar as
nossas fronteiras.
Este é um assunto de Soberania Nacional: Trata-se de um patrimônio nacional,
tão importante quanto o nosso território. Se o nosso território nos
alimenta, a ciência/tecnologia também o faz, ou faria se nós a tivéssemos.

Acabar com os "papas" já seria uma revolução. Cientistas improdutivos, que
ficam mamando nas tetas do governo, obtendo recursos para manter trabalhos
de pesquisa inúteis, seriam substituídos por profissionais competentes.

Infelizmente, o Congresso Nacional não está apto a julgar questões
relacionadas à ciência e tecnologia (a menos que fosse ciência política, e
olhe lá... :-) ). Inocentemente, ou não, acreditam que somente a injeção de
dinheiro nos órgão de pesquisa seria o suficiente para incrementar a nossa
tecnologia. - Só se for a tecnologia da corrupção. ;-)
Também, muitos no Congresso Nacional acreditam que podem resolver problemas
complexos e estratégicos com lei genéricas e simplistas. Gastam-se horas e
até dias discutindo-se problemas essencialmente técnicos. Lembram-se da
catastrófica reserva de mercado e a lei de informática dos anos 80? Aguém
desta lista, que esteja lendo este e-mail, possue uma única peça no seu
micro que tenha sido fabricado no Brasil, além do gabinete e talvez o
monitor, que é montado com placas importadas ?

Eu acredito que este assunto é essencialmente técnico e deve ser tratado
pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, em conjunto com outras pastas, como
Economia, Educação e Segurança Nacional.
Na Economia, fala-se muito em "volatilidade de capitais". Basta alguém
tossir, que a nossa Bolsa de Valores despenca e o dólar dispara. A tragédia
em NY é um exemplo disso. Embora alguns países tenham oferecido ajuda aos
EUA, o Brasil, querendo/podendo ou não, irá pagar uma boa parte daquelas
torres.
Ora, falando em termos simples, se em tempos de crise o dinheiro sai do
Brasil, é porque o dono do dinheiro está fora do país. Este, por sua vez, um
dia entrou no Brasil porque ele, ou sua empresa, detinham tecnologia,
sobrepondo-se às empresas nacionais e massacrando-as. Usando outras
palavras, se nós formos visitar os grandes centros empresariais/financeiros
nas grandes capitais do Brasil, iremos notar que o idioma predominantemente
falado não é o Português. Se formos procurar emprego, muitas vezes a nossa
língua nativa não serve. O nosso salário é muito reduzido em relação ao
salário pago para um profissional com "skills" equivalentes no exterior. Os
extrangeiros ocupam as melhores posições e possuem as melhores
oportunidades. Os seus filhos estudam, em nosso território, nas melhores
escolas, etc ....

Resumindo: O Brasil não é nosso.

O cidadão Brasileiro, nascido no Brasil, não tem direito ao que deveria ser
seu. Muitas vezes ele é privado até mesmo de seus direitos mais básicos.
A Ciência e Tecnologia é a principal diferença entre um país subdesenvolvido
e um país desenvolvido, austero, soberano, independente, com menos
desemprego, mais saúde, mais educação, etc ... Todos estes benefícios são
consequências diretas de um país tecnologicamente desenvolvido.
Eu diria que, resolver os problemas de Ciência e Tecnologia seria resolver
grande parte dos principais problemas do Brasil.

Neste ponto eu diria que se o Brasil deve investir algum dinheiro, este
deveria ser principalmente destinado à espionagem industrial.
Se nós nunca ouvimos falar de espionagem industrial sofrida pelo Brasil no
século XX, é porque a espionagem funcionou muito bem: A nossa tecnologia foi
roubada e os espiões não foram detectados.
Não há como resolver os problemas de Ciência e Tecnologia sem um serviço
eficiente de espionagem industrial. Seria como iniciar uma corrida de
fórmula 1 vinte voltas atrás. Neste momento da História Mundial, não há como
o Brasil recuperar o terreno perdido. Eu falo em roubar tecnologia sim! Isso
é algo que pode soar incorreto, mas todos os países desenvolvidos, adotam
"secretamente" esta prática, como único meio de recuperar o terreno perdido
em algumas áreas estratégicas e não ficarem para trás. Os "Tigres
Asiáticos", depois de terem sofrido várias guerras, adotaram esta prática e
venceram: Hoje, destacam-se na tecnologia e economia mundial. No mundo
moderno, não há/haverá espaço para países "inocentes" como o Brasil. É
preciso entendermos que Ciência e Tecnologia é uma guerra, onde tudo vale e
os fracos são derrotados. Os povos derrotados passam a viver numa espécie de
"campo de concentração" gigante, para sempre.
A Lei Nacional de Patentes foi escrita rigorosamente de acordo com os
interesses extrangeiros. Os EUA ditaram o texto, palavra por palavra. O
relator não se deu ao trabalho nem mesmo de pensar no que estava escrevendo.
As leis de patentes existem no mundo inteiro. É lógico que, num Estado de
Direito, é preciso haver proteção de patentes: O comércio mundial requer
estas leis. Entretanto, um país não pode ficar "travado", devido às suas
próprias leis, contrárias aos seus próprios interesses e Soberania. Seria
como criar uma lei proibindo o país de proteger a sua própria fronteira. Na
prática, o que se deve fazer é criar leis não tão severas como as ditadas
pelos EUA, e aplicá-las conforme nossos interesses. Afinal, não é este o
país onde algumas leis "pegam" e outras não? Só que elas "pegam" ou não a
favor dos interesses das minorias ricas ou contra os interesses da maioria
pobre.

Infelizmente, o nosso Exército, que deve ou deveria honrar a nossa Bandeira,
parece mais preocupado em defender os interesses extrangeiros do que os
interesses nacionais. Esquecem-se de que Brasileiros são na sua maioria, as
grandes massas de pequeninos, pobres e sofredores, não uma minoria de
riquíssimos extrangeiros.
Em nome de se estabelecer a ordem nesse país, massacram-se cada vez mais os
nossos pobres irmãos e privilegiam-se o conforto e a segurança de uma
minúscula minoria de avassaladores extrangeiros. Sentem-se seguros e
tranquilos para massacrarem Brasileiros, em nosso próprio território.
Quem não se lembra da fúria como os militantes do MST foram massacrados
neste país. Meus amigos, independentemente de concordar-se ou não com a
postura deste movimento, ELES ERAM BRASILEIROS! Foram massacrados lutando
por terra dentro do Brasil !
Eu não sou petista, nem simpatizante deste partido, mas achei um absurdo o
serviço de "inteligência" brasileira ter espionado, até recentemente, o MST
e o PT, como noticiado pela imprensa. É um absurdo que o FHC, tendo sido
vítima de uma grande repressão militar no passado, possa ter admitido tal
operação, dentro de sua gestão. É evidente que os interesses não são
Brasileiros.
Também acho um absurdo o texto do acordo proposto ao Congresso Nacional
entre o Brasil e os EUA, permitindo que os foguetes e mísseis americanos
decolem da base lançadora de foguetes em Alcântara, Maranhão, sem uma
inspeção brasileira. Este seria, claramente, o primeiro passo para a tomada
da Amazônia.
No meu entendimento, o texto é tão absurdo no seu conteúdo, que é difícil
acreditar que um brasileiro tenha participado da sua elaboração. É evidente
o trabalho de militares brasileiros trabalhando a serviço dos EUA, ou até
mesmo a espionagem americana funcionando dentro do Exército Brasileiro. Não
é à toa que os nossos foguetes não dão certo, embora os engenheiros do
Exército estejam entre os melhores do Brasil e a tecnologia de foguetes já
tenha mais de meio século de existência... Talvez eu esteja exagerando, mas
quando se trata de defender os interesses de nossa pátria, é melhor
exagerarmos. Diantes dos olhos de todo o mundo, os EUA já fizeram coisas
muito piores do que seria uma invasão na Amazônia. Isto sem contar com o que
seria um pretexto aceito por toda a humanidade, exceto os Brasileiros, em
nome da "salvação do pulmão do mundo" (não seria um pulmão, mas ainda seria
um pretexto), ou o que seria "a reserva biológica que poderá salvar a
humanidade, oferecendo drogas para o combate à futuras doenças"...

Alguém poderia perguntar, mas o que isso tem a ver com Ciência e
tecnologia? - Tudo. Ciência e Tecnologia representam Soberania. Soberania é
algo que temos que lutar para consegui-la. Se não tomarmos a tecnologia de
alguém, alguém a tomará de nós. É como território, se não ocuparmos o
espaço, aguém irá ocupá-lo. O Exército tem, como sua obrigação enquanto
agente de Segurança Nacional, utilizar os seus serviços de Inteligência no
sentido de proteger, policiar a nossa tecnologia e digo mais, promover
espionagem no sentido de permitir ao Brasil uma recuperação no cenário
Científico e Tecnológico Mundial.

Embora a cooperação científica seja um caminho possível, não podemos ser
inocentes, temos que nos defender e quando necessário, atacar.


[]'s
Antonio Ferrão Neto






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Nova Teoria
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/09/2001 16:12

Olá Ego e colegas da lista,

O volume de dados acessado pelos que consultaram a minha página em
http://www.geocities.com/aferraonetobr/, acabou atingindo o limite
disponibilizado pela geocities.
Acatando a sugestão do Ego, eu "zipei" o arquivo ".doc" e o deixei
disponível ambas as versões (zipada e não zipada), no seguinte endereço:
http://www.geocities.com/antonioferraoneto/NewTheory.html

Antonio Ferrão Neto

> Olá listeiros, olá Antônio,
>
> Não estou conseguindo fazer o download do arquivo .doc, por isso
> ainda não respondi a mensagem. Em relação à sua pergunta, acho que
> posso descobrir algo. Respondo essa em pvt, ok?
>
> Seria uma boa colocar o arquivo zipado em vez de no formato .doc.
>




SUBJECT: Re: genética de população
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/09/2001 14:37

Tania,

uma das explicacoes possiveis e' pelo fato da alta incidencia
do alelo causador da fibrose se concentrar em certas populacoes
europeias com historico de colera.

O gene correspondente tem uma sequencia similar a uma proteina
de membrana responsavel pelo transporte de ions de cloreto. E a
colera (ou o colera) e' caracterizado por um desbalanco de sais
provocado pela toxina do vibriao q. atua possivelmente em canais de
membrana levando a uma perda de gde qtdade de sais.

Nesse caso nao se trataria propriamente de um fenomeno de deriva, mas
de selecao pregressa.

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., dra_savat@b... wrote:
> Olá !
> Será que alguém poderia me ajudar com algumas dúvidas?
> Que mecanismos podem explicar a deriva genética de um gene
recessivo
> responsável por uma síndrome com elevada morbidade, como, por
> exemplo, a fibrose cística, que tem uma freqüência gênica de 1/40-
> 1/50?
> Vcs tem conhecimento de alguma ocorrência ambiental que justifique
> esta freqüência elevada, como o furacão de 1750 justifica a alta
> freqüência do gene para a acromatopsia na população de Mokil?
> Abraços
> Tânia



SUBJECT:
FROM: "Juliana Belko" <julibelko@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/09/2001 15:31


Olá a todos.
Meu nome é Juliana, tenho 18 anos e estou entrando na lista agora. Não tenho muitos conhecimentos científicos, entrei aqui por recomendação de um amigo para ler mais sobre ciência. Pretendo prestar Ciências Biológicas, mas espero que a lista me traga conhecimentos científicos no geral.

Juliana.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Suspeita de Fraude !
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <faroljuridico@yahoogroups.com>
CC: <responsabilidade-civil@widesoft.com.br>
DATE: 17/09/2001 19:22

Direito_Saúde e Bioética -- 17.09.2001
_______________________________

Revista Consultor Jurídico

http://cf6.uol.com.br/consultor/view.cfm?numero=6584&ad=c


Domingo, 16 de Setembro de 2001



Fraude no ar




CNN teria usado imagens da Guerra do Golfo como atuais



A emissora estatal espanhola, TV3, informou em seu
noticiário das 20h30 desta sexta-feira (14/9) que as
primeiras imagens transmitidas pela CNN, mostrando
comemorações de palestinos pelo atentado covarde contra
edifícios de Nova York, não seriam verdadeiras.



As imagens levadas ao ar seriam de 1991, gravadas durante a
Guerra do Golfo. Para o professor espanhol de Direito Penal,
Joan J. Queralt, ainda que muçulmanos tenham se regozijado
com a tragédia, faltou responsabilidade e compostura à CNN,
uma vez que o impacto das imagens influenciaram
decisivamente no ímpeto de vingança americana.



Para o professor espanhol, a abordagem excessivamente
tendenciosa e simplista da TV americana gera sentimentos
irracionais como o patriotismo cego, que ele define como "o
refúgio dos canalhas", porque se tende a achar que "vale
tudo quando se trata de pátria e segurança".


A revista Consultor Jurídico encaminhou pergunta a respeito
do alegado uso de imagens trocadas à emissora, através do
site CNN.com, às 10h15 deste sábado mas não teve resposta
até às 14h10.



Revista Consultor Jurídico, 15 de setembro de 2001.


---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.277 / Virus Database: 146 - Release Date:
5/9/2001




---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.277 / Virus Database: 146 - Release Date:
5/9/2001



SUBJECT: Re: [ciencialist]
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/09/2001 21:36

Bem vinda Jú. :)

SDS,

ASM :)

----- Original Message -----
From: Juliana Belko <julibelko@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, September 17, 2001 3:31 PM
Subject: [ciencialist]



Olá a todos.
Meu nome é Juliana, tenho 18 anos e estou entrando na lista agora. Não
tenho muitos conhecimentos científicos, entrei aqui por recomendação de um
amigo para ler mais sobre ciência. Pretendo prestar Ciências Biológicas, mas
espero que a lista me traga conhecimentos científicos no geral.

Juliana.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Suspeita de Fraude !
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2001 03:18

Oi gente,

Sobre a suposta fraude da CNN acerca dos palestinos comemorando o atentado ao
WTC, verifiquem o site:

http://www.relatorioalfa.com.br/

[]s
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: Suspeita de Fraude !
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/09/2001 06:31

Reparem que aparecia uma mulher palestina
sem véu ( e em close ) naquela
"oportuna" inserção da CNN.


A Revista Consultor Jurídico que noticiou a
publicação da Emissora Estatal Espanhola
ainda não recebeu uma negativa à sua
carta dirigida à CNN.


[]'s

Celso Galli Coimbra


----- Original Message -----
From: <manuelbulcao@aol.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, September 18, 2001 3:18 AM
Subject: Re: [ciencialist] Suspeita de Fraude !


Oi gente,

Sobre a suposta fraude da CNN acerca dos palestinos comemorando o atentado ao
WTC, verifiquem o site:

http://www.relatorioalfa.com.br/

[]s
Manuel Bulcão




---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.277 / Virus Database: 146 - Release Date: 5/9/2001



SUBJECT: Re: [ciencialist] Suspeita de Fraude !
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2001 08:17

Notícia fácil de inventar. Até agora já recebi pelo menos 3
versões diferentes desse boato. Mas nunca saiu num órgão de
comunicação credível.

Chego à conclusão que as pessoas simplesmente não sabem
processar informação. Chego à conclusão que, apesar de
as pessoas hoje terem acesso a todos os jornais do mundo,
a internet nunca é usada para confirmar notícias e cruzar
informação. É utilizada para propagar desinformação.

Mais assustador: as pessoas não têm a noção de quão desinformadas
é que estão.

--
joão
http://www.nonio.com


Celso Galli Coimbra wrote:
>
> Direito_Saúde e Bioética -- 17.09.2001
> _______________________________
>
> Revista Consultor Jurídico
>
> http://cf6.uol.com.br/consultor/view.cfm?numero=6584&ad=c
>
> Domingo, 16 de Setembro de 2001
>
> Fraude no ar
>
> CNN teria usado imagens da Guerra do Golfo como atuais
>
> A emissora estatal espanhola, TV3, informou em seu
> noticiário das 20h30 desta sexta-feira (14/9) que as
> primeiras imagens transmitidas pela CNN, mostrando
> comemorações de palestinos pelo atentado covarde contra
> edifícios de Nova York, não seriam verdadeiras.
>
> As imagens levadas ao ar seriam de 1991, gravadas durante a
> Guerra do Golfo. Para o professor espanhol de Direito Penal,
> Joan J. Queralt, ainda que muçulmanos tenham se regozijado
> com a tragédia, faltou responsabilidade e compostura à CNN,
> uma vez que o impacto das imagens influenciaram
> decisivamente no ímpeto de vingança americana.
>
> Para o professor espanhol, a abordagem excessivamente
> tendenciosa e simplista da TV americana gera sentimentos
> irracionais como o patriotismo cego, que ele define como "o
> refúgio dos canalhas", porque se tende a achar que "vale
> tudo quando se trata de pátria e segurança".
>
> A revista Consultor Jurídico encaminhou pergunta a respeito
> do alegado uso de imagens trocadas à emissora, através do
> site CNN.com, às 10h15 deste sábado mas não teve resposta
> até às 14h10.
>
> Revista Consultor Jurídico, 15 de setembro de 2001.
>
> ---
> Outgoing mail is certified Virus Free.
> Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
> Version: 6.0.277 / Virus Database: 146 - Release Date:
> 5/9/2001
>
> ---
> Outgoing mail is certified Virus Free.
> Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
> Version: 6.0.277 / Virus Database: 146 - Release Date:
> 5/9/2001
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Quem sabe o que eh
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/09/2001 09:18

Recebi de um consulente via Imperdível. Alguém tem uma dica?
[]'
Léo
=================

"Professor... vou contar-lhe o que vi...
Um conhecido meu a algum tempo atraz mostro-me um vulgo "papel que acende" esse artefato era composto de uma folha de papel com uma solução(me parecia um pó) química revestida por uma camada de contact e quando ligado a uma fonte de tensão, milagrosamente acendia !!!!
Obviamente ele não me contou que solução química era essa ....
Por isso estou pesquisando esse fenômeno para elucidar minha curiosidade.... o Sr. sabe algo disso?"

=================







SUBJECT: Re: Suspeita de Fraude !
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/09/2001 09:22



Sim ... até parece que todas as "noticias" sobre
o episódio em que _"alguns terroristas armados
apenas de canivetes, estiletes e saca rolhas"_ conseguiram
destruir ( com aviões civis..., os referenciais máximos
dos centros econômico e militar da maior potência do mundo ) estão
informando tudo mesmo sobre esse *fenômeno* da arte da guerra.


Realmente, João Mario, parece mesmo que está
tudo muito claro, não é ... ? Alguns canivetes e
estiletes e derruba-se com tudo ...


Parece também que o noticiário da CNN está
contextualizando as notícias e não está manipulando
coisa alguma, não é mesmo João ?


A emissora estatal espanhola, TV3, não é
um órgão de comunicação credível ?



João, você conhece a Revista Consultor Jurídico ?



Leu a notícia ?



Viu que ela reportou-se à própria CNN para esclarecer
essa suspeita ? Leu que a CNN ainda não respondeu
à emissora espanhola ?



Reparou que foi chamada de *suspeita* ?


Portugal ( você está em Portugal ? )
já está querendo "entrar em guerra contra não
se sabe qual país" que o EUA vai escolher entre ( pasme ! )
60 suspeitos ( países, não pessoas ... ), cumprindo
o absurdo do artigo 5o. do Tratado de Whashinton,
mas a Inglaterra parece que não está gostando disso,
porque o serviço de inteligência de lá está processando
informações diferentes.



O governicho_capacho brasileiro já está com a sua caça
particular às bruxas e descobriu ( fantástico !!! ) que o Prefeito
de Ijui, no RS, é um agente infiltrado da milícia do Afeganistão.
Nós temos um Prefeito eleito e perigosíssimo terrorista
e não sabíamos ? Até agora de concreto contra ele
( e deve ser suficiente para você "processar" a informação )
consta o seu sobrenome árabe.


O que é fácil de inventar mesmo ?


Haa ... o governicho brasileiro confiscou bens do terrorista
bilionário no Brasil. ... Mas não consta que
ele tenha bens no Brasil. Pode ?
Confiscou o que então João ?


O que é fácil de inventar ?


Quem não está "processando" informação ?


Processar informação para vc é engolir *desinformação*,
como vem sendo jogada garganta abaixo
nesse país e na maior parte do mundo ?


[]'s

Celso Galli Coimbra




----- Original Message -----
From: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, September 18, 2001 8:17 AM
Subject: Re: [ciencialist] Suspeita de Fraude !


Notícia fácil de inventar. Até agora já recebi pelo menos 3
versões diferentes desse boato. Mas nunca saiu num órgão de
comunicação credível.

Chego à conclusão que as pessoas simplesmente não sabem
processar informação. Chego à conclusão que, apesar de
as pessoas hoje terem acesso a todos os jornais do mundo,
a internet nunca é usada para confirmar notícias e cruzar
informação. É utilizada para propagar desinformação.

Mais assustador: as pessoas não têm a noção de quão desinformadas
é que estão.

--
joão
http://www.nonio.com


Celso Galli Coimbra wrote:
>
> Direito_Saúde e Bioética -- 17.09.2001
> _______________________________
>
> Revista Consultor Jurídico
>
> http://cf6.uol.com.br/consultor/view.cfm?numero=6584&ad=c
>
> Domingo, 16 de Setembro de 2001
>
> Fraude no ar
>
> CNN teria usado imagens da Guerra do Golfo como atuais
>
> A emissora estatal espanhola, TV3, informou em seu
> noticiário das 20h30 desta sexta-feira (14/9) que as
> primeiras imagens transmitidas pela CNN, mostrando
> comemorações de palestinos pelo atentado covarde contra
> edifícios de Nova York, não seriam verdadeiras.
>
> As imagens levadas ao ar seriam de 1991, gravadas durante a
> Guerra do Golfo. Para o professor espanhol de Direito Penal,
> Joan J. Queralt, ainda que muçulmanos tenham se regozijado
> com a tragédia, faltou responsabilidade e compostura à CNN,
> uma vez que o impacto das imagens influenciaram
> decisivamente no ímpeto de vingança americana.
>
> Para o professor espanhol, a abordagem excessivamente
> tendenciosa e simplista da TV americana gera sentimentos
> irracionais como o patriotismo cego, que ele define como "o
> refúgio dos canalhas", porque se tende a achar que "vale
> tudo quando se trata de pátria e segurança".
>
> A revista Consultor Jurídico encaminhou pergunta a respeito
> do alegado uso de imagens trocadas à emissora, através do
> site CNN.com, às 10h15 deste sábado mas não teve resposta
> até às 14h10.
>
> Revista Consultor Jurídico, 15 de setembro de 2001.
>



---
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Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.277 / Virus Database: 146 - Release Date: 5/9/2001



SUBJECT: Re: [ciencialist]
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/09/2001 09:26

Olá Jú (oficializando o batismo) :-)

Bem vinda ao ciencialist. Se mudar de idéia, de Biologia para Física, visite-me em

www.feiradeciencias.com.br com uma recomendação em especial:

www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto00.asp

Um abração,

Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Suspeita de Fraude !
FROM: Joo Mrio Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2001 09:44



Celso Galli Coimbra wrote:
>
> Sim ... at parece que todas as "noticias" sobre
> o episdio em que _"alguns terroristas armados
> apenas de canivetes, estiletes e saca rolhas"_ conseguiram
> destruir ( com avies civis..., os referenciais mximos
> dos centros econmico e militar da maior potncia do mundo ) esto
> informando tudo mesmo sobre esse *fenmeno* da arte da guerra.
>
> Realmente, Joo Mario, parece mesmo que est
> tudo muito claro, no ... ? Alguns canivetes e
> estiletes e derruba-se com tudo ...

Isso tudo veio a propsito de qu? O que que eu tenho a ver
com isso?

> Parece tambm que o noticirio da CNN est
> contextualizando as notcias e no est manipulando
> coisa alguma, no mesmo Joo ?

A mim no me est a manipular. S se deixa manipular quem quer.


> A emissora estatal espanhola, TV3, no
> um rgo de comunicao credvel ?

Se ela transmitiu esta notcia deixou de ser. Mas eu no tenho
provas que ela de facto transmitiu a notcia.

> Joo, voc conhece a Revista Consultor Jurdico ?
>
> Leu a notcia ?

Li o que voc enviou para a lista que falso e sem fundamento.

> Viu que ela reportou-se prpria CNN para esclarecer
> essa suspeita ? Leu que a CNN ainda no respondeu
> emissora espanhola ?

Como que essas notcias so divulgadas sem que os visados possam
responder?

> Reparou que foi chamada de *suspeita* ?

Se a notcia no verdadeira irrelevante. Se suspeita,
irrelevante.


> Portugal ( voc est em Portugal ? )
> j est querendo "entrar em guerra contra no
> se sabe qual pas" que o EUA vai escolher entre ( pasme ! )
> 60 suspeitos ( pases, no pessoas ... ), cumprindo
> o absurdo do artigo 5o. do Tratado de Whashinton,
> mas a Inglaterra parece que no est gostando disso,
> porque o servio de inteligncia de l est processando
> informaes diferentes.

O que que isso tem a ver com divulgao de boatos de internet?

> O governicho_capacho brasileiro j est com a sua caa
> particular s bruxas e descobriu ( fantstico !!! ) que o Prefeito
> de Ijui, no RS, um agente infiltrado da milcia do Afeganisto.
> Ns temos um Prefeito eleito e perigosssimo terrorista
> e no sabamos ? At agora de concreto contra ele
> ( e deve ser suficiente para voc "processar" a informao )
> consta o seu sobrenome rabe.

E o que que eu tenho a ver com isso?


> Quem no est "processando" informao ?

Eu estou, voc devia fazer o mesmo e no devia acreditar em tudo o
que l e em todas as paranoias que ouve.

> Processar informao para vc engolir *desinformao*,

Essa a sua concluso, que falsa.

--
joo
http://www.nonio.com


SUBJECT: oxigénio como poluente
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/09/2001 10:23

Oxygen is a very toxic gas and an extreme
fire hazard. It is fatal in
concentrations of as little as 0.000001 p.p.m.
Humans exposed to the
oxygen concentrations die within a few
minutes. Symptoms resemble very
much those of cyanide poisoning (blue face,
etc.). In higher
concentrations, e.g. 20%, the toxic effect is
somewhat delayed and it
takes about 2.5 billion inhalations before
death takes place. The reason
for the delay is the difference in the
mechanism of the toxic effect of
oxygen in 20% concentration. It apparently
contributes to a complex
process called aging, of which very little is
known, except that it is
always fatal.

However, the main disadvantage of the 20%
oxygen concentration is in the
fact it is habit forming. The first inhalation
(occurring at birth) is
sufficient to make oxygen addiction
permanent. After that, any
considerable decrease in the daily oxygen
doses results in death with
symptoms resembling those of cyanide
poisoning.

Oxygen is an extreme fire hazard. All of the
fires that were reported in
the continental U.S. for the period of the past
25 years were found to be
due to the presence of this gas in the
atmosphere surrounding the buildings
in question.

Oxygen is especially dangerous because it is
odorless, colorless and
tasteless, so that its presence can not be
readily detected until it is
too late.
-- Chemical & Engineering News

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: Suspeita de Fraude !
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2001 10:34

Uma frase que circula nos meios céticos reflete bem a situação: "A
verdade nunca obstrui o caminho de uma boa história". Essa coisa da
CNN ter falsificado as imagens é apenas mais um boato da Internet, e
se a TV3 o divulgou talvez tenha sido porque caiu nele.

Isso está longe de ser incomum na imprensa. Já tivemos a revista Veja
divulgando histórias de 1o. de Abril como a do macarrão crescendo em
árvores, o Jô soares entrevistando o picareta "Omar Khayam" por duas
vezes, a Istoé entrevistando Michael Drosnin (o do "Código da
Bíblia"), uma história falsa sobre o QI de George W. Bush ser a
metade do de Clinton, a lista é interminável.

Sobre o boato da falsificação das imagens pela CNN, sugiro o
site "Urban Legends and Folklore" de David Emmery:

http://urbanlegends.about.com/library/weekly/aa091101aa.htm

Afinal de contas, se não tivesse havido a tal comemoração, por que o
próprio Yasser Arafat teria condenado essas demonstrações?

[]s
Ronaldo


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Direito_Saúde e Bioética -- 17.09.2001
> _______________________________
>
> Revista Consultor Jurídico
>
> http://cf6.uol.com.br/consultor/view.cfm?numero=6584&ad=c
>
>
> Domingo, 16 de Setembro de 2001
>
>
>
> Fraude no ar
>
>
>
>
> CNN teria usado imagens da Guerra do Golfo como atuais
>
>
>
> A emissora estatal espanhola, TV3, informou em seu
> noticiário das 20h30 desta sexta-feira (14/9) que as
> primeiras imagens transmitidas pela CNN, mostrando
> comemorações de palestinos pelo atentado covarde contra
> edifícios de Nova York, não seriam verdadeiras.
>
>
>
> As imagens levadas ao ar seriam de 1991, gravadas durante a
> Guerra do Golfo. Para o professor espanhol de Direito Penal,
> Joan J. Queralt, ainda que muçulmanos tenham se regozijado
> com a tragédia, faltou responsabilidade e compostura à CNN,
> uma vez que o impacto das imagens influenciaram
> decisivamente no ímpeto de vingança americana.
>
>
>
> Para o professor espanhol, a abordagem excessivamente
> tendenciosa e simplista da TV americana gera sentimentos
> irracionais como o patriotismo cego, que ele define como "o
> refúgio dos canalhas", porque se tende a achar que "vale
> tudo quando se trata de pátria e segurança".
>
>
> A revista Consultor Jurídico encaminhou pergunta a respeito
> do alegado uso de imagens trocadas à emissora, através do
> site CNN.com, às 10h15 deste sábado mas não teve resposta
> até às 14h10.
>
>
>
> Revista Consultor Jurídico, 15 de setembro de 2001.
>
>
> ---
> Outgoing mail is certified Virus Free.
> Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
> Version: 6.0.277 / Virus Database: 146 - Release Date:
> 5/9/2001
>
>
>
>
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> Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
> Version: 6.0.277 / Virus Database: 146 - Release Date:
> 5/9/2001



SUBJECT: Re: Suspeita de Fraude !
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/09/2001 10:49

"Para o professor espanhol, a abordagem excessivamente
tendenciosa e simplista da TV americana gera sentimentos
irracionais como o patriotismo cego, que ele define como "o
refúgio dos canalhas", porque se tende a achar que "vale
tudo quando se trata de pátria e segurança".
_________________________________________________

A resposta é simples quanto a Arafat: ele não poderia enfrentar o poder
sem precedentes das imagens que estavam sendo usadas
pela CNN, negando-as apenas.



O controle total da mídia é ocidental ...



Mas a questão, do ponto de vista "cético" ( ? esqueceram o que é isso ? )
está _pendente de esclarecimento_ entre dois órgãos de comunicação
ocidentais. A questão foi colocada como _*suspeita*_ e não como
afirmação, e suspeitas investigam-se.



A propósito, quem acompanhou a cobertura feita na Espanha de todos
esses acontecimentos pôde ver que ela, se não foi a melhor, foi uma
das melhores.


[]'s

Celso Galli Coimbra


----- Original Message -----
From: <rcordeiro@writeme.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, September 18, 2001 10:34 AM
Subject: [ciencialist] Re: Suspeita de Fraude !


Uma frase que circula nos meios céticos reflete bem a situação: "A
verdade nunca obstrui o caminho de uma boa história". Essa coisa da
CNN ter falsificado as imagens é apenas mais um boato da Internet, e
se a TV3 o divulgou talvez tenha sido porque caiu nele.

Isso está longe de ser incomum na imprensa. Já tivemos a revista Veja
divulgando histórias de 1o. de Abril como a do macarrão crescendo em
árvores, o Jô soares entrevistando o picareta "Omar Khayam" por duas
vezes, a Istoé entrevistando Michael Drosnin (o do "Código da
Bíblia"), uma história falsa sobre o QI de George W. Bush ser a
metade do de Clinton, a lista é interminável.

Sobre o boato da falsificação das imagens pela CNN, sugiro o
site "Urban Legends and Folklore" de David Emmery:

http://urbanlegends.about.com/library/weekly/aa091101aa.htm

Afinal de contas, se não tivesse havido a tal comemoração, por que o
próprio Yasser Arafat teria condenado essas demonstrações?

[]s
Ronaldo


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Direito_Saúde e Bioética -- 17.09.2001
> _______________________________
>
> Revista Consultor Jurídico
>
> http://cf6.uol.com.br/consultor/view.cfm?numero=6584&ad=c
>
>
> Domingo, 16 de Setembro de 2001
>
>
>
> Fraude no ar
>
>
>
>
> CNN teria usado imagens da Guerra do Golfo como atuais
>
>
>
> A emissora estatal espanhola, TV3, informou em seu
> noticiário das 20h30 desta sexta-feira (14/9) que as
> primeiras imagens transmitidas pela CNN, mostrando
> comemorações de palestinos pelo atentado covarde contra
> edifícios de Nova York, não seriam verdadeiras.
>
>
>
> As imagens levadas ao ar seriam de 1991, gravadas durante a
> Guerra do Golfo. Para o professor espanhol de Direito Penal,
> Joan J. Queralt, ainda que muçulmanos tenham se regozijado
> com a tragédia, faltou responsabilidade e compostura à CNN,
> uma vez que o impacto das imagens influenciaram
> decisivamente no ímpeto de vingança americana.
>
>
>
> Para o professor espanhol, a abordagem excessivamente
> tendenciosa e simplista da TV americana gera sentimentos
> irracionais como o patriotismo cego, que ele define como "o
> refúgio dos canalhas", porque se tende a achar que "vale
> tudo quando se trata de pátria e segurança".
>
>
> A revista Consultor Jurídico encaminhou pergunta a respeito
> do alegado uso de imagens trocadas à emissora, através do
> site CNN.com, às 10h15 deste sábado mas não teve resposta
> até às 14h10.
>
>
>
> Revista Consultor Jurídico, 15 de setembro de 2001.
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> 5/9/2001


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Suspeita de Fraude !
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/09/2001 11:13

Diz uma coisa Coimbra, eu li uma reportagem no La Nación com o depoimento de
um correspondente que segue os acontecimentos do Abim Ladem.

Ele afirma que a morte do pai do Ladem aconteceu no Texas, durante uma
negociação com empresas petrolíferas do Bush pai...

E seguem mais algumas informações interessantes a respeito do relacionamento
desse pessoal do petróleo.

Viu alguma coisa sobre isso? Tem infos sobre a veracidade?

Os textos em espanhol geralmente correm soltos entre os países de língua
hispânica mesmo.



>
> A propósito, quem acompanhou a cobertura feita na Espanha de todos
> esses acontecimentos pôde ver que ela, se não foi a melhor, foi uma
> das melhores.
>
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
>




SUBJECT: Re: Suspeita de Fraude !
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/09/2001 12:00

Joo,

assunto encerrado com voc.


Nvel de informao seu est perto de zero.


E continua pensando de forma fragmentada.


Ainda vou entender porque Portugal foi o primeiro
Pas a apoiar os EUA numa guerra estpida contra
"no se sabe ainda quem".


Seguido do Brasil ...


Eu no sabia que suspeitas so irrelevantes,
como vc disse, e no devem ser esclarecidas.


[]'s

Celso Galli Coimbra


----- Original Message -----
From: "Joo Mrio Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, September 18, 2001 9:44 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Suspeita de Fraude !




Celso Galli Coimbra wrote:
>
> Sim ... at parece que todas as "noticias" sobre
> o episdio em que _"alguns terroristas armados
> apenas de canivetes, estiletes e saca rolhas"_ conseguiram
> destruir ( com avies civis..., os referenciais mximos
> dos centros econmico e militar da maior potncia do mundo ) esto
> informando tudo mesmo sobre esse *fenmeno* da arte da guerra.
>
> Realmente, Joo Mario, parece mesmo que est
> tudo muito claro, no ... ? Alguns canivetes e
> estiletes e derruba-se com tudo ...

Isso tudo veio a propsito de qu? O que que eu tenho a ver
com isso?

> Parece tambm que o noticirio da CNN est
> contextualizando as notcias e no est manipulando
> coisa alguma, no mesmo Joo ?

A mim no me est a manipular. S se deixa manipular quem quer.


> A emissora estatal espanhola, TV3, no
> um rgo de comunicao credvel ?

Se ela transmitiu esta notcia deixou de ser. Mas eu no tenho
provas que ela de facto transmitiu a notcia.

> Joo, voc conhece a Revista Consultor Jurdico ?
>
> Leu a notcia ?

Li o que voc enviou para a lista que falso e sem fundamento.

> Viu que ela reportou-se prpria CNN para esclarecer
> essa suspeita ? Leu que a CNN ainda no respondeu
> emissora espanhola ?

Como que essas notcias so divulgadas sem que os visados possam
responder?

> Reparou que foi chamada de *suspeita* ?

Se a notcia no verdadeira irrelevante. Se suspeita,
irrelevante.


> Portugal ( voc est em Portugal ? )
> j est querendo "entrar em guerra contra no
> se sabe qual pas" que o EUA vai escolher entre ( pasme ! )
> 60 suspeitos ( pases, no pessoas ... ), cumprindo
> o absurdo do artigo 5o. do Tratado de Whashinton,
> mas a Inglaterra parece que no est gostando disso,
> porque o servio de inteligncia de l est processando
> informaes diferentes.

O que que isso tem a ver com divulgao de boatos de internet?

> O governicho_capacho brasileiro j est com a sua caa
> particular s bruxas e descobriu ( fantstico !!! ) que o Prefeito
> de Ijui, no RS, um agente infiltrado da milcia do Afeganisto.
> Ns temos um Prefeito eleito e perigosssimo terrorista
> e no sabamos ? At agora de concreto contra ele
> ( e deve ser suficiente para voc "processar" a informao )
> consta o seu sobrenome rabe.

E o que que eu tenho a ver com isso?


> Quem no est "processando" informao ?

Eu estou, voc devia fazer o mesmo e no devia acreditar em tudo o
que l e em todas as paranoias que ouve.

> Processar informao para vc engolir *desinformao*,

Essa a sua concluso, que falsa.

--



---
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Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.277 / Virus Database: 146 - Release Date: 5/9/2001



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Suspeita de Fraude !
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2001 12:09

João Mário Miranda wrote:

> Mas a informação é falsa. Os festejos dos palestinos foram
> confirmados por outras fontes independentes como o enviado
> do El Pais:
>
> http://www.elpais.es/articulo.html?d_date=20010912&xref=20010912elpepiint_17&type=Tes&anchor=elpepiint
>
> Joao

Oi,

eu ouvi no radio que o boato havia sido criado por um aluno da Unicamp que dizia, inclusive, que um
professor daquela instituicao iria desmascarar a CNN em breve. O nome do aluno ja foi divulgado (acho que
eh Marcio alguma coisa) e ele tentou desmentir.

Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Suspeita de Fraude !
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2001 12:26



Celso Galli Coimbra wrote:
>
> João,
>
> assunto encerrado com você.
>
> Nível de informação seu está perto de zero.

Claro, você caiu num hoax e os outros é que não estão informados.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Suspeita de Fraude !
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/09/2001 12:33

O duro é sabermos se é uma informação falsa mesmo ou não. Isso é que é
fogo...

Claro, existe uma porcentagem de probabilidade de ser verdadeira, mas quando
optar por uma ou outra informação?

Essa é uma questão complexa, né?

Até que ponto ser cético? Temos interesses e evidências da mesma magnitude..
ou no mínimo próximas o suficiente para deixar a dúvida....

E aí? Hoax ou site de Folclore? :)

SDS,

ASM

----- Original Message -----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, September 18, 2001 12:26 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Suspeita de Fraude !




Celso Galli Coimbra wrote:
>
> João,
>
> assunto encerrado com você.
>
> Nível de informação seu está perto de zero.

Claro, você caiu num hoax e os outros é que não estão informados.

--
joão
http://www.nonio.com

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Suspeita de Fraude !
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2001 12:43

Mas a informação é falsa. Os festejos dos palestinos foram
confirmados por outras fontes independentes como o enviado
do El Pais:

http://www.elpais.es/articulo.html?d_date=20010912&xref=20010912elpepiint_17&type=Tes&anchor=elpepiint


Joao




"Alexandre S. M." wrote:
>
> O duro é sabermos se é uma informação falsa mesmo ou não. Isso é que é
> fogo...
>
> Claro, existe uma porcentagem de probabilidade de ser verdadeira, mas quando
> optar por uma ou outra informação?
>
> Essa é uma questão complexa, né?
>
> Até que ponto ser cético? Temos interesses e evidências da mesma magnitude..
> ou no mínimo próximas o suficiente para deixar a dúvida....
>
> E aí? Hoax ou site de Folclore? :)
>
> SDS,
>
> ASM
>
> ----- Original Message -----
> From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Tuesday, September 18, 2001 12:26 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Suspeita de Fraude !
>
> Celso Galli Coimbra wrote:
> >
> > João,
> >
> > assunto encerrado com você.
> >
> > Nível de informação seu está perto de zero.
>
> Claro, você caiu num hoax e os outros é que não estão informados.
>
> --
> joão
> http://www.nonio.com
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
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joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Suspeita de Fraude !
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/09/2001 12:53

Eu também acho mais provável que seja falso, eu vi os sites contradizendo,
mesmo porque se eu fosse iraquiano, palestino, ou de outro país em conflito,
eu estaria nas ruas fazendo um festão também.

Mas seja a situação, seja o Hoax, que também foi enviado por jornais,
internet, etc,etc...., deixam uma margem para a dúvida.

Vc viu como muitas das notícias são apenas cópias da primeira?

Alguns jornais tem como fonte o jornal vizinho. Isso é muito fácil de se
evidenciar. Lembra naquele dia em que o Estado de SP enviou uma reportagem
de primeira página no caderno de economia falando que o Gov Brasileiro
estava empenhado em incentivar o que resultaria em um acréscimo de 4.000 MWh
??? 4.000 MWh é uma grande residência, por exemplo. O idiota queria dizer
MW, potência, e não consumo.

Bom, o fato é que no mesmo dia eu tive reuniões fora de SP. Em jornais
locais, internet, rádios locais pelas cidades onde passei, TODOS repetiram o
erro!

Acho mais provável que realmente tenha ocorrido a manifestação,
mas........além dela não representar NADA no contexto, pois se fosse assim
deveríamos declarar guerra aos EUA pelo brasileiro espancado entre ontem e
hoje por um grupo de gringos, só por ser estrangeiro, se ela fosse uma
mentira dificilmente ficaríamos sabendo.

SDS,

ASM



----- Original Message -----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, September 18, 2001 12:43 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Suspeita de Fraude !


Mas a informação é falsa. Os festejos dos palestinos foram
confirmados por outras fontes independentes como o enviado
do El Pais:

http://www.elpais.es/articulo.html?d_date=20010912&xref=20010912elpepiint_17
&type=Tes&anchor=elpepiint


Joao




"Alexandre S. M." wrote:
>
> O duro é sabermos se é uma informação falsa mesmo ou não. Isso é que é
> fogo...
>
> Claro, existe uma porcentagem de probabilidade de ser verdadeira, mas
quando
> optar por uma ou outra informação?
>
> Essa é uma questão complexa, né?
>
> Até que ponto ser cético? Temos interesses e evidências da mesma
magnitude..
> ou no mínimo próximas o suficiente para deixar a dúvida....
>
> E aí? Hoax ou site de Folclore? :)
>
> SDS,
>
> ASM
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> From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Tuesday, September 18, 2001 12:26 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Suspeita de Fraude !
>
> Celso Galli Coimbra wrote:
> >
> > João,
> >
> > assunto encerrado com você.
> >
> > Nível de informação seu está perto de zero.
>
> Claro, você caiu num hoax e os outros é que não estão informados.
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> joão
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SUBJECT: Polo Magnetico da Terra
FROM: "Felipe Diesel" <felipediesel@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2001 14:14

Minha professora de física estava passando magnetismo. Quando foi explicar
por que a bússola disse que a Terra é como se fosse um imã gigante, que em
seu interior há minério de ferro que faz a bússula apontar no sentido
norte/sul.
Porém já li em algum lugar sobre um local no Canadá que, devido a imense
quantidade de ferro que lá existe, atrae todas os imãs.
Qual destas duas está certa? Ou existe outra que esteja correta?

felipe

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Polo Magnetico da Terra
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/09/2001 14:15

Será que ela não falou que "é como se "existisse" um grande imã em seu
interior?"

Ela falou que é por causa da concentração de minério de ferro??

Vixe...então tem que parar a extração de ferro, caso contrário as bússolas
vão estragar todas...:)))

SDS,

ASM


----- Original Message -----
From: Felipe Diesel <felipediesel@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, September 18, 2001 2:14 PM
Subject: [ciencialist] Polo Magnetico da Terra


> Minha professora de física estava passando magnetismo. Quando foi explicar
> por que a bússola disse que a Terra é como se fosse um imã gigante, que em
> seu interior há minério de ferro que faz a bússula apontar no sentido
> norte/sul.
> Porém já li em algum lugar sobre um local no Canadá que, devido a imense
> quantidade de ferro que lá existe, atrae todas os imãs.
> Qual destas duas está certa? Ou existe outra que esteja correta?
>
> felipe
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SUBJECT: Polo Magnetico da Terra
FROM: "Felipe Diesel" <felipediesel@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2001 14:16

Minha professora de física estava passando magnetismo. Quando foi explicar
por que a bússola disse que a Terra é como se fosse um imã gigante, que em
seu interior há minério de ferro que faz a bússula apontar no sentido
norte/sul.
Porém já li em algum lugar sobre um local no Canadá que, devido a imense
quantidade de ferro que lá existe, atrae todas os imãs.
Qual destas duas está certa? Ou existe outra que esteja correta?

felipe

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SUBJECT: O Polo Magnetico e a Lua
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2001 14:59

Eu nao tenho certeza mas lembro-me de ter lido ou ouvido
que os polos magneticos sao devidos as imensas correntes
ionizadas de magma ,em estado liquido, que fluem no interior da
crosta terrestre.... ( Talvez estas correntes sejam devido a Lua )

Aproveitando o ensejo, vi no Discovery que a Lua esta se afastando da
Terra, se nao me engano, alguns centimetros por ano, e que este efeito eh
devido as Mares.
Tal afastamento ocacionara uma mudanca na rotacao do eixo da terra
com resultados catastroficos.( Na reportagem foi sugerido ATEH
bloquear o movimento das marehs com imensos diques no oceano....)

Mas pq a Lua estaria se afastando devido as mares?

Se as mares recebem energia da Terra-Lua isso deveria se refletir
na diminuicao da energia potencial entre a terra e a lua e, assim, a lua
deveria se aproxoimar da terra e nao se afastar, ja que afastando-se
da terra, a energia potencial terra-lua aumenta !

Fiquei + louco do que ja sou ?

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] O Polo Magnetico e a Lua
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2001 15:07

Acho que o simple facto de o núcluo, a crosta e o manto terem
densidades diferentes faz com que girem a velocidades diferentes.

Joao

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> Eu nao tenho certeza mas lembro-me de ter lido ou ouvido
> que os polos magneticos sao devidos as imensas correntes
> ionizadas de magma ,em estado liquido, que fluem no interior da
> crosta terrestre.... ( Talvez estas correntes sejam devido a Lua )
>
> Aproveitando o ensejo, vi no Discovery que a Lua esta se afastando da
> Terra, se nao me engano, alguns centimetros por ano, e que este efeito eh
> devido as Mares.
> Tal afastamento ocacionara uma mudanca na rotacao do eixo da terra
> com resultados catastroficos.( Na reportagem foi sugerido ATEH
> bloquear o movimento das marehs com imensos diques no oceano....)
>
> Mas pq a Lua estaria se afastando devido as mares?
>
> Se as mares recebem energia da Terra-Lua isso deveria se refletir
> na diminuicao da energia potencial entre a terra e a lua e, assim, a lua
> deveria se aproxoimar da terra e nao se afastar, ja que afastando-se
> da terra, a energia potencial terra-lua aumenta !
>
> Fiquei + louco do que ja sou ?
>
> []s
> jocax
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
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> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: Suspeita de Fraude !
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2001 15:17

> O governicho_capacho brasileiro já está com a sua caça
> particular às bruxas e descobriu ( fantástico !!! ) que o Prefeito
> de Ijui, no RS, é um agente infiltrado da milícia do Afeganistão.
> Nós temos um Prefeito eleito e perigosíssimo terrorista
> e não sabíamos ? Até agora de concreto contra ele
> ( e deve ser suficiente para você "processar" a informação )
> consta o seu sobrenome árabe.

Hehehe... nao eh IJUI eh CHUI. :) Eu sou natural de IJUI
(atualmente moro em Porto Alegre) e um amigo que tbem eh de lah logo
falou... "daqui a pouco estao confundindo Chui com Ijui" ... e nao eh
que aconteceu! Mas sem stress. :) Obs: nao... eu nao sou um
terrorista. :)

Vou colar na integra as noticias que consegui no site Terra (
http://www.terra.com.br )

##Unicamp desmente boato das imagens da CNN


Segunda, 17 de setembro de 2001, 17h49
A Unicamp está distribuindo nota oficial na qual diz desconhecer a
existência de fitas de vídeo que comprovariam o uso pela CNN de
imagens antigas durante festividade de palestinos. E-mails circulam
pela Internet desde a última sexta-feira, alegando que "um professor
da Unicamp" teria em seu poder fita de vídeo comprovando que a CNN
divulgou cenas de 1991 como se fossem atuais manifestações de
palestinos contentes com as tragédias em Nova York. Leia abixo a
íntegra da nota da Unicamp:

A Reitoria da Unicamp informa que desconhece a existência de uma fita
de vídeo datada de 1991, cujas imagens teriam sido veiculadas pela
rede de televisão CNN como de palestinos comemorando os atentados
terroristas nos Estados Unidos. Sendo a suposta fita de 91, surgiram
logo suspeitas de que as imagens levadas ao ar eram falsas.

Esta informação foi desmentida, logo que se comprovou inverídica, por
Márcio A. V. Carvalho, aluno de mestrado de Lógica e Sociologia da
Unicamp. Ele procurou a Reitoria hoje, 17.09.2001, para esclarecer
que:

- a informação que recebeu, verbalmente, foi de que um professor de
outra instituição de ensino (e não da Unicamp) possuiria a fita
- enviou a informação para uma lista de discussão sobre teoria social
- várias pessoas da lista se interessaram pelo assunto, solicitando
detalhes
- procurou novamente a pessoa que lhe passou a informação, que desta
vez negou conhecimento sobre a fita
- imediatamente, enviou um desmentido para a lista e para todas as
outras pessoas que o procuraram.

A mensagem original, contudo, foi redistribuída para várias partes do
mundo, com graves distorções, inclusive em formato de artigo assinado
pelo estudante. Ele alerta que seu domínio foi hackeado. E-mails têm
sido enviados em seu nome e aqueles datados a partir de 15.09.2001
devem ser ignorados.

Entre as graves distorções está a informação de que um grupo de
pesquisadores da Unicamp estaria avaliando a fita, o que é
completamente improcedente. A Reitoria considera esse desmentido como
definitivo, evitando novas manifestações como cuidado para fazer
cessar a onda de boatos
( link http://www.terra.com.br/informatica/2001/09/17/019.htm )

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

##Vídeo de palestinos divulgado pela CNN é verdadeiro


Segunda, 17 de setembro de 2001, 15h11
Nos últimos dias milhares - talvez milhões - de e-mails estão sendo
enviadas, em português, inglês e espanhol, informando que as imagens
de um grupo de palestinos
comemorando o ataque terrorista ao World Trade Center teriam sido
forjadas pela CNN.

Aparentemente a primeira informação sobre isso foi divulgada por um
suposto aluno da Universidade de Campinas, chamado "Marcio A. V.
Carvalho", cujo e-mail não é divulgado. Ele diz que tem "um
professor", cujo nome também não é divulgado, que teria uma
reportagem gravada de 1991, mostrando as mesmas cenas, quando da
invasão do Kuait. Terra Informática também recebeu o e-mail, mas
assinado por outra pessoa, dizendo que um professor da Unicamp teria
as mesmas imagens em um vídeo de 1991.

Apesar de não aparecer nenhuma informação séria no e-mail,
ele virou uma febre. Somente ontem, o Relatório Alfa recebeu mais de
180 versões dele, em três idiomas, enviados por leitores que se
sentiram enganados pela CNN.

O Relatório Alfa teve acesso às imagens (enviadas em um dos e-emails)
e separou a foto de uma criança usando uma camiseta da seleção
brasileira. Parece que quem forjou a mensagem esqueceu disso.
Ampliamos a foto (que você pode ver em detalhes em
www.relatorioalfa.com.br) e imediatamente contatamos Elá Camarena,
estilista de moda esportiva e professora da Faculdade de Moda Santa
Marcelina, em São Paulo. Ela já trabalhou para as mais
importantes marcas esportivas e nos deu o contato para verificar a
data em que o Brasil passou a ter aquele modelo de camiseta.

Um dos textos de e-mail que está varrendo a rede afirma textualmente
o seguinte:As imagens vendidas e veiculadas pela CNN como sendo de
palestinos comemorando o ataque terrorista ao WTC, são na verdade
imagens de uma comemoração de palestinos pela invasão do Kuwait pelo
Iraque em 1991 !!! Sim, a CNN cometeu o crime de veicular uma imagem
de dez anos atrás para provocar um estado de espírito pró-guerra em
sua audiência! O meu professor, aqui no Brasil, tem fitas de video
com gravações de 1991, com as mesmas imagens; ele esta mandando
emails para a CNN, Globo (a maior rede de TV do Brasil) e jornais,
denunciando o que eu mesmo classifico como um crime contra a opiniao
publica.

O Relatório Alfa separou a foto do menino usando a camiseta do Brasil
e comparou com todas as imagens dos uniformes da seleção brasileira
até o ano de 1994. Nenhuma camiseta do Brasil tinha aquele modelo. Na
verdade, segundo apuramos, a lista lateral colocada no ombro da
camiseta foi inventada pela Nike, que passou a produzir
a camiseta a partir de 94/95. Portanto, o vídeo da CNN não pode ser
de 1991.

Ainda sobre o vídeo da CNN, é muito importante lembrar que não foram
todos os palestinos que comemoraram. Na verdade, a grande maioria
lamentou o acontecido. Foi somente um pequeno grupo que comemorou a
morte de milhares
de pessoas. E a CNN deixou isso claro. Diga-se de passagem que
praticamente todas as imagens posteriores da emissora mostram que o
país está unido e lamenta o acontecido nos Estados Unidos.

Relatório Alfa

( link http://www.terra.com.br/informatica/2001/09/17/013.htm )

- - - - - - - - - - - - - - -

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna





SUBJECT: Re: [ciencialist] O Polo Magnetico e a Lua
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2001 15:27

João Mário Miranda wrote:

> Acho que o simple facto de o núcluo, a crosta e o manto terem
> densidades diferentes faz com que girem a velocidades diferentes.
>

Puxa Joao, Vc acabou de me dar uma luz :

Na verdade, acredito, que o que faz estas correntes aparecerem
nao eh a densidade e sim a distancia em relacao ao eixo de rotacao
da terra. Todos os pontos da terra sao mais ou menos forcados a
girarem numa velocidade angular de 306 graus por dia.

Mas a velocidade "natural" que manteria um ponto em orbita eh
funcao da distancia do eixo de rotacao e da velocidade angular.

Se uma particula eh forcada a girar numa velocidade fora de sua
velocidade angular "natural" isso eh devido a forcas de atrito
que forcam estas particulas a girarem todas na mesma velocidade.

Assim no centro liquido da terra eh possivel que tais correntes
sejam devido ao movimento de rotacao da terra...

Mas o problema do afastamento da lua permamece para mim
ainda um misterio.

[]s
jocax


>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > Eu nao tenho certeza mas lembro-me de ter lido ou ouvido
> > que os polos magneticos sao devidos as imensas correntes
> > ionizadas de magma ,em estado liquido, que fluem no interior da
> > crosta terrestre.... ( Talvez estas correntes sejam devido a Lua )
> >
> > Aproveitando o ensejo, vi no Discovery que a Lua esta se afastando da
> > Terra, se nao me engano, alguns centimetros por ano, e que este efeito eh
> > devido as Mares.
> > Tal afastamento ocacionara uma mudanca na rotacao do eixo da terra
> > com resultados catastroficos.( Na reportagem foi sugerido ATEH
> > bloquear o movimento das marehs com imensos diques no oceano....)
> >
> > Mas pq a Lua estaria se afastando devido as mares?
> >
> > Se as mares recebem energia da Terra-Lua isso deveria se refletir
> > na diminuicao da energia potencial entre a terra e a lua e, assim, a lua
> > deveria se aproxoimar da terra e nao se afastar, ja que afastando-se
> > da terra, a energia potencial terra-lua aumenta !
> >
> > Fiquei + louco do que ja sou ?
> >
> > []s
> > jocax
> >
> > &&& --- &&&
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> > &&& --- &&&
> >
> > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
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SUBJECT: Minha visão genética do amor paterno..
FROM: "Juliana Belko" <julibelko@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/09/2001 17:17

A um tempo atrás, fazendo parte de uma lista de discussão sobre apologética cristã, a defesadafe, eu enviei uma mensagem demonstrando a minha oposição a visão de um rapaz que dizia ser o amor do pai maior pela mãe do que por seus filhos. Não fui questionada na lista do no sentido genético que quis passar na mensagem e gostaria que lessem e caso achassem erros no que escrevi, em relação a genética, me corrigissem.

Suponhamos: o amor foi um sentimento criado pelos genes para garantir suas sobrevivências, dessa forma se você é uma fêmea e 50% dos sues genes está em seu filho e não em seu marido é natural que você zele mais pela sobrevivência de seu filho para que o mesmo transmita esse gene para seus netos, a forma que os genes utilizam para que você faça isso é o amor, sentimento que faz com que um ser cuide do outro, pense no seu bem estar e gaste tempo, energia e alimento com ele. Mas é claro que a sobrevivência de seu filho não depende apenas da sua demonstração direta de amor e dessa forma dos cuidados empregados para o seu bem estar, sozinha não se conseguiria dar a esse filho tudo o que fosse necessário para sua sobrevivência, mesmo porque não se empreendeu nele tempo e recursos para a proliferação apenas de seus genes, mas também dos genes de outro, o seu marido, sendo assim tem que se zelar por ele também, ele não irá transmitir os seus genes, mas irá te ajudar a garantir a transmissão dos mesmos através de seu filho. Desta forma o amor empregado no marido também existirá, mas como garantia no empreendimento dado aos filhos.
Com o marido ocorre de forma parecida. O amor dele é para a preservação de seus genes, como ele sabe que a mãe é quem cuida do seu filho em seu ventre, é quem o alimenta com seu leite e é também que despedirá sobre ele bastante atenção é natural que ele demonstre amor por ela, zele pelo seu bem estar, se preocupe com ela. Ele demonstra amor pelo filho, mas é mais vantajoso demonstra-lo para a mãe para que a mesma esteja disposta a cuidar da criança que compartilha genes com ele e desta forma cooperar para que esse empreendimento de energia, atenção e tempo seja compensado com um filho capaz de gerar descendentes com os genes dos dois avós. O que ele demonstra sentir pela mãe é apenas uma conseqüência do que ele deseja que ocorra para com seus filhos. Ele teve amar mais o filho, pois é este quem carrega seus genes e a forma de demonstrar isso, de garantir a preservação do filho é zelando pela mãe.

Juliana.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Conferencia Nacional de Ciencia, Tecnologia e Inovacao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 18/09/2001 19:23

UOL - Folha de São Paulo, terça-feira, 18 de setembro de 2001
POLÍTICA CIENTÍFICA

Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
começa em Brasília com 1.500 participantes

Pesquisadores debatem déficit de
inovação

RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL

Durante quatro dias, cerca de 1.500 representantes do
governo, da
comunidade científica e do setor privado da economia vão
discutir o
que é possível fazer para que a ciência e a tecnologia
contribuam de
fato para o desenvolvimento do país. A nova palavra-chave,
incluída
no próprio nome da conferência que começa hoje em Brasília,
é
"inovação".
O ambicioso objetivo final é obter um "livro branco" que
consolide
um "projeto nacional a ser executado nos próximos dez anos,
em
parceria com os diversos setores da sociedade", segundo
propõem
os organizadores.
Essa é a segunda grande conferência do gênero organizada
pelo
Ministério da Ciência e Tecnologia -a primeira foi em 1985.
Desde
então o Brasil aumentou sua participação na produção mundial
de
ciência, mas ainda importa muita tecnologia e não consegue
traduzir
o esforço de pesquisa na criação de inovações necessárias
para
estimular o desenvolvimento econômico.

Livro Verde
A conferência é restrita a convidados selecionados pelas
instituições
participantes. Para lastrear as discussões, o ministério e a

Academia Brasileira de Ciências produziram o "Livro Verde de

Ciência, Tecnologia e Inovação", obra que procura mostrar um

retrato detalhado do setor no país. O estudo envolveu mais
de 400
pessoas, coordenadas pelos pesquisadores Cylon Gonçalves da
Silva
e Lúcia Carvalho Pinto de Melo.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg,
afirma
que a produção de artigos científicos por autores
brasileiros tem
crescido significativamente mais que a média mundial.

Poucos resultados
Esse esforço, entretanto, não se refletiu em inovações
aproveitáveis
pela indústria, pela agricultura e pelo setor terciário,
como
demonstra o baixo gasto das empresas em pesquisa e
desenvolvimento (P&D). O gasto em P&D das empresas em
percentagem do Produto Interno Bruto é de 2,2% nos EUA e de
1,8% na Coréia do Sul, mas apenas de 0,3% no Brasil.
Dois dos principais problemas para o desenvolvimento
científico e
tecnológico, e para sua aplicação na economia, são a baixa
escolaridade média do brasileiro e a falta de investimento
privado
em pesquisa e desenvolvimento.
"O problema reside mais na falta de demanda do que na falta
de
oferta de ciência e tecnologia", afirma o físico Cylon
Gonçalves da
Silva, que também é o responsável pela coordenação do
programa
da conferência.
"Você tem a capacidade instalada nas universidades para, se
estimulada e cobrada, reagir e, frequentemente, com rapidez.
Veja
com que rapidez, quando foi preciso, o Brasil formou uma
geração
muito competente de engenheiros de telecomunicações, a
partir de
quase nada", diz Silva, que até recentemente dirigiu a
Associação
Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron (ABTLuS),
entidade que
opera o mais importante equipamento da ciência do país, o
Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), localizado em

Campinas.
"A experiência do síncrotron mostra claramente as limitações
dos
investimentos privados em P&D no país. Usuários industriais
do
laboratório contam-se nos dedos de uma mão", afirma o
físico.
As recomendações finais da conferência certamente vão
incluir
mecanismos de estímulo ao investimento privado em P&D.

Preocupação social
"A idéia da conferência é muito boa", diz a bioquímica Glaci
Zancan,
presidente da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da

Ciência), principal instituição representativa da comunidade

científica nacional.
"Nós gostaríamos de uma discussão para o livro branco
voltada para
o aspecto social", diz ela. "Ciência e tecnologia não podem
se tornar
mais um instrumento em prol da desigualdade", afirma a
presidente
da SBPC.
Dados do "Livro Verde" mostram que a escolaridade média do
brasileiro cresceu, desde 1981, de apenas quatro anos para
seis, o
que representa metade do que se vê em um país em
desenvolvimento como a Coréia do Sul.
"É um problema de conscientização da população de que, em
uma
nação democrática, ela tem mais do que o direito à educação,
ela
tem o dever também", declara Silva. "O grande sucesso dos
"tigres
asiáticos" provém em parte do papel que as famílias dão à
educação
dos filhos", conclui ele.


SERVIÇO - Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e
Inovação. 18 a
21 de setembro, só para convidados. Local: Americel Hall,
Academia de
Tênis, SCES Trecho 4, lote 1B, Setor de Clubes Esportivos
Sul, Brasília, DF.
Tel.: 0/xx/61/447-5517 / Fax.: 0/xx/61/274-2962 / E-mail:
conferencia@mct.gov.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Polo Magnetico e a Lua
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/09/2001 20:34

Nossa! vcs estão extrapolando demais.
Vejamos:

a) o sistema Terra-Lua gira ao redor de um ponto comum, centro de massa do sistema, que está a cerca de 4000 km do centro da Terra (ou cerca de 2000 km abaixo da superfície voltada para a Lua).
b) graças á atração da Lua e a resultante centrípeta do lado oposto temos duas marés diárias na Terra.
c) essas marés são gasosas (ocorre com nossa atmosfera); são líquidas (ocorre com nossos mares e oceanos) e são sólidas (ocorre um toda crosta da Terra de basalto plástico).
d) enquanto as marés líquidas elevam a água até dezenas de metros, a maré sólida chega apenas a cerca de 1 metro;
e) Todas as marés determinam atrito contra o fundo, as camadas anteriores e com a costa .... isso diminui a velocidade de rotação da Terra, cumulativamente, cerca de alguns segundos por século. diminuindo a velocidade de rotação, diminui a quantidade de movimento angular de uma parte do sistema (a Terra), então a outra parte deve adquirir velocidade e conseqüentemente postar-se em órbita cada vez mais afastada. A Lua afasta-se, necessariamente, da Terra, alguns centímetros por século.

A Terra é um corpo altamente eletrizado (negativamente- devido ao incessante bombardeio de raios cósmicos) e sua rotação determina um corrente elétrica com tais cargas em movimento ao redor do eixo; essa corrente superficial, mais as correntes elétricas internas no metal fundido geram o campo magnético da Terra. O pólo Sul desse 'grande ímã' dista cerca de 11 graus do pólo norte geográfico (lá pelas bandas do Canadá). As bússolas tem a extremidade "que apontam para o norte geográfica" 'batizadas de extremidade NORTE e, corretamente apontam para o pólo Sul do grande ímã terrestre.

[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 18 de setembro de 2001 15:27
Assunto: Re: [ciencialist] O Polo Magnetico e a Lua


| João Mário Miranda wrote:
|
| > Acho que o simple facto de o núcluo, a crosta e o manto terem
| > densidades diferentes faz com que girem a velocidades diferentes.
| >
|
| Puxa Joao, Vc acabou de me dar uma luz :
|
| Na verdade, acredito, que o que faz estas correntes aparecerem
| nao eh a densidade e sim a distancia em relacao ao eixo de rotacao
| da terra. Todos os pontos da terra sao mais ou menos forcados a
| girarem numa velocidade angular de 306 graus por dia.
|
| Mas a velocidade "natural" que manteria um ponto em orbita eh
| funcao da distancia do eixo de rotacao e da velocidade angular.
|
| Se uma particula eh forcada a girar numa velocidade fora de sua
| velocidade angular "natural" isso eh devido a forcas de atrito
| que forcam estas particulas a girarem todas na mesma velocidade.
|
| Assim no centro liquido da terra eh possivel que tais correntes
| sejam devido ao movimento de rotacao da terra...
|
| Mas o problema do afastamento da lua permamece para mim
| ainda um misterio.
|
| []s
| jocax
|
|
| >
| > Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
| > >
| > > Eu nao tenho certeza mas lembro-me de ter lido ou ouvido
| > > que os polos magneticos sao devidos as imensas correntes
| > > ionizadas de magma ,em estado liquido, que fluem no interior da
| > > crosta terrestre.... ( Talvez estas correntes sejam devido a Lua )
| > >
| > > Aproveitando o ensejo, vi no Discovery que a Lua esta se afastando da
| > > Terra, se nao me engano, alguns centimetros por ano, e que este efeito eh
| > > devido as Mares.
| > > Tal afastamento ocacionara uma mudanca na rotacao do eixo da terra
| > > com resultados catastroficos.( Na reportagem foi sugerido ATEH
| > > bloquear o movimento das marehs com imensos diques no oceano....)
| > >
| > > Mas pq a Lua estaria se afastando devido as mares?
| > >
| > > Se as mares recebem energia da Terra-Lua isso deveria se refletir
| > > na diminuicao da energia potencial entre a terra e a lua e, assim, a lua
| > > deveria se aproxoimar da terra e nao se afastar, ja que afastando-se
| > > da terra, a energia potencial terra-lua aumenta !
| > >
| > > Fiquei + louco do que ja sou ?
| > >
| > > []s
| > > jocax
| > >
| > > &&& --- &&&
| > > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| > > http://www.ciencialist.hpg.com.br
| > > Para sair da lista envie um mail para
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| > > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
| >
| > --
| > joão
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|
|



SUBJECT: Minutossssss de silêncio
FROM: "WBC" <wbc@terra.com.br>
TO: "Paulo Arthur" <pauloarthur_ssa@yahoo.com.br>, "Lista Educação Ambiental" <educacao_ambiental@grupos.com.br>, "Lista de Piadas do Brasil" <hilario@yahoogrupos.com.br>, "Lista de Piadas DIVIRTA-SE" <funny@grupos.com.br>, "Lista de Piadas de Marajó" <humorista@yahoogroups.com>, "Lista de Biologia do Brasil" <biologia@yahoogroups.com>, "Lista de Biologia da UEFS" <biouefs@yahoogroups.com>, "Lista Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/09/2001 22:45

SOLIDARIEDADE ÀS VITIMAS DO WORLD TRADE CENTER

Se você ainda está chocado com as imagens da semana, aproveite para fazer um minuto de silêncio em homenagem aos 10.000 (?) americanos, a maioria civis inocentes, mortos covardemente por terroristas que ainda não se sabe quem são.

Já que você está em silêncio, fique mais 13 minutos em homenagem aos 13.000 civis iraquianos mortos em 1991 por ordem do Bush Pai. Aproveite para lembrar que naquela ocasião os americanos também fizeram festa, como ao palestinos fizeram semana passada.

Emende mais 20 minutos pelos 200.000 iraniamos mortos pelos iraquianos com armas e dinheiro fornecidos a Sadam Hussein (ainda novinho na época) pelos mesmos americanos que mais tarde virariam sua artilharia contra ele.

Mais 15 minutos pelos russo e 150.000 afeganistãos mortos pelo Taliban, também com armas e dinheiro americano.

Mais 10 minutos pelos 1.000.000 de japoneses mortos direta e diretamente em Hiroshima e Nagazaki, também por ação direta da águia.

Você já está em silêncio uma hora (um minuto pelos americanos e 59 por suas vítimas).

Se você ainda está perplexo fique mais 1 hora em silêncio pelos mortos na guerra do Vietnã, da qual os americanos não gostão de ser lembrados.

Fica aqui o desejo de que o sensacionalismo dos "ataques à Nave Mãe" não apague as mortes miseráveis causadas por eles todos os dias nos países atingidos por sua política expansionista e devastadora, afinal, já que estes crimes sociais não têm "efeitos cinematográficos!" Ficam em subplanos nos noticiários mundiais.

E eles ainda falam em "Freedom"...


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: O Polo Magnetico e a Lua
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2001 23:15

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos
<jocax@u...> wrote:

> Aproveitando o ensejo, vi no Discovery que a Lua esta se afastando
da
> Terra, se nao me engano, alguns centimetros por ano, e que este
efeito eh
> devido as Mares.
> Tal afastamento ocacionara uma mudanca na rotacao do eixo da terra
> com resultados catastroficos.( Na reportagem foi sugerido ATEH
> bloquear o movimento das marehs com imensos diques no oceano....)
>
> Mas pq a Lua estaria se afastando devido as mares?
>


Tim Thompson escreveu um artigo bastante completo a respeito do
efeito das marés e do afastamento da Lua. Está no Talkorigins

http://www.talkorigins.org/faqs/moonrec.html

(costumávamos debater com criacionistas. eles às vezes argumentam que
o afastamento da Lua provaria que a Terra não pode ter bilhões de
anos. O texto foi escrito de forma a ser bastante claro mesmo para
leigos, como é o meu caso)

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: genética de população
FROM: dra_savat@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/09/2001 00:48

Olá Takata, obrigada pela ajuda!
Vou aproveitar a oportunidade para tirar mais uma casquinha....
Se entendi, a vantagem seletiva do heterozigoto pelo aumento da
resistência aos efeitos da infecção gastrointestinal, causada pela
cólera, favoreceu a preservação deste genótipo (seleção positiva). Se
isso for verdadeiro, com o controle epidemiológico desta infecção
devo esperar um declínio gradual da freqüência do gene da fibrose
cística.
Caso isso não ocorra, poderia ser explicado pelo drive meiótico
(distorção na segregação), ou só a freqüência alélica alta de 1/40-
1/50 com uma pequena vantagem do heterozigoto seria suficiente para
preservar uma alta freqüência deste alelo recessivo?
Abraços
Tânia

--- Em ciencialist@y..., rmtakata@a... escreveu
> Tania,
>
> uma das explicacoes possiveis e' pelo fato da alta incidencia
> do alelo causador da fibrose se concentrar em certas populacoes
> europeias com historico de colera.
>
> O gene correspondente tem uma sequencia similar a uma proteina
> de membrana responsavel pelo transporte de ions de cloreto. E a
> colera (ou o colera) e' caracterizado por um desbalanco de sais
> provocado pela toxina do vibriao q. atua possivelmente em canais de
> membrana levando a uma perda de gde qtdade de sais.
>
> Nesse caso nao se trataria propriamente de um fenomeno de deriva,
mas
> de selecao pregressa.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> --- In ciencialist@y..., dra_savat@b... wrote:
> > Olá !
> > Será que alguém poderia me ajudar com algumas dúvidas?
> > Que mecanismos podem explicar a deriva genética de um gene
> recessivo
> > responsável por uma síndrome com elevada morbidade, como, por
> > exemplo, a fibrose cística, que tem uma freqüência gênica de 1/40-
> > 1/50?
> > Vcs tem conhecimento de alguma ocorrência ambiental que
justifique
> > esta freqüência elevada, como o furacão de 1750 justifica a alta
> > freqüência do gene para a acromatopsia na população de Mokil?
> > Abraços
> > Tânia



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Polo Magnetico e a Lua
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/09/2001 08:20

Luiz Ferraz Netto wrote:

> e) Todas as marés determinam atrito contra o fundo, as camadas anteriores e com a costa .... isso diminui a velocidade de rotação da Terra, cumulativamente, cerca de alguns segundos por século. diminuindo a velocidade de rotação, diminui a quantidade de movimento angular de uma parte do sistema (a Terra), então a outra parte deve adquirir velocidade e conseqüentemente postar-se em órbita cada vez mais afastada. A Lua afasta-se, necessariamente, da Terra, alguns centímetros por século.
>

Isso que eu quero entender.
Realmente , minha tenue memoria parece recordar que existe
uma lei para a conservacao do momento angular.

Mas se o momento angular deve ser conservado, pq a lua deve se afastar
ao inves de ela propria ter seu movimento de rotacao aumentado
para compensar a diminuicao de rotacao da terra?

Existe algum "mecanismo" que , para conservar o momento angular do sistema, impulsiona a lua para orbitas mais longinguas ao inves
de simplesmente aumentar a propria rotacao da lua?

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Polo Magnetico e a Lua
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/09/2001 09:01



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> Isso que eu quero entender.
> Realmente , minha tenue memoria parece recordar que existe
> uma lei para a conservacao do momento angular.
>
> Mas se o momento angular deve ser conservado, pq a lua deve se afastar
> ao inves de ela propria ter seu movimento de rotacao aumentado
> para compensar a diminuicao de rotacao da terra?
>
> Existe algum "mecanismo" que , para conservar o momento angular do sistema, impulsiona a lua para orbitas mais longinguas ao inves
> de simplesmente aumentar a propria rotacao da lua?
>
Provavelmente essa órbita não seria estável e a lua seria
"atirada" para longe da Terra. Acho que há uma relação entre
velocidade orbital e distancia para órbitas estáveis.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] O Polo Magnetico e a Lua
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/09/2001 09:18

João Mário Miranda wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> >
> > Isso que eu quero entender.
> > Realmente , minha tenue memoria parece recordar que existe
> > uma lei para a conservacao do momento angular.
> >
> > Mas se o momento angular deve ser conservado, pq a lua deve se afastar
> > ao inves de ela propria ter seu movimento de rotacao aumentado
> > para compensar a diminuicao de rotacao da terra?
> >
> > Existe algum "mecanismo" que , para conservar o momento angular do sistema, impulsiona a lua para orbitas mais longinguas ao inves
> > de simplesmente aumentar a propria rotacao da lua?
> >
> Provavelmente essa órbita não seria estável e a lua seria
> "atirada" para longe da Terra. Acho que há uma relação entre
> velocidade orbital e distancia para órbitas estáveis.
>

Nao falava do movimento de translacao da lua em relacao aa terra,
mas sim um aumento da rotacao da lua em torno de seu proprio
eixo para compensar a perda de rotacao da terra em torno de seu
proprio eixo.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Polo Magnetico e a Lua
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/09/2001 11:52

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> > e) Todas as marés determinam atrito contra o fundo, as camadas anteriores e com a costa .... isso diminui a velocidade de rotação da Terra, cumulativamente, cerca de alguns segundos por século. diminuindo a velocidade de rotação, diminui a quantidade de movimento angular de uma parte do sistema (a Terra), então a outra parte deve adquirir velocidade e conseqüentemente postar-se em órbita cada vez mais afastada. A Lua afasta-se, necessariamente, da Terra, alguns centímetros por século.
> >
>
> Isso que eu quero entender.
> Realmente , minha tenue memoria parece recordar que existe
> uma lei para a conservacao do momento angular.
>
> Mas se o momento angular deve ser conservado, pq a lua deve se afastar
> ao inves de ela propria ter seu movimento de rotacao aumentado
> para compensar a diminuicao de rotacao da terra?
>
> Existe algum "mecanismo" que , para conservar o momento angular do sistema, impulsiona a lua para orbitas mais longinguas ao inves
> de simplesmente aumentar a propria rotacao da lua?
>
> []s
> jocax

Oi,

nao ha conservacao do momento angular total do sistema porque ha perda de energia devido ao atrito das mares com a crosta terrestre (a rotacao da Lua em torno dela mesma nao interessa no caso apesar de ser um pouco afetada pelas mares). Se nao houvesse esse atrito, o movimento das mares seria tal que o sistema chegaria a um equilibrio dinamico, e a Terra/mare poderia ser pensada tal como um elipsoide que gira acompanhando a Lua. O atrito faz com que esse elipsoide se atrase um pouco
diminuindo o que seria a Forca Terra-Lua, isso faz com que a Lua se afaste um pouco e consequentemente a forca Lua-Terra diminua e assim o elipsoide demora um pouco mais a girar. Esse processo eh continuo e causa uma diminuicao lenta e gradual da forca media entre a Terra e a Lua concomitantemente a um afastamento lento da Lua. A consequencia disso eh que daqui a algum tempo a forca nao sera suficiente para manter a Lua em uma orbita fechada (quase eliptica), pensando de outra maneira,
teriamos uma pequena resultante centrifuga na Lua. A Lua, entao, vai procurar um novo lugar para morar...

[]'s Eduardo



SUBJECT: Artefatos atômicos
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/09/2001 12:32

Pessoal, alguém pode me ajudar a ajudar esse amigo?
Belisário

----- Original Message -----

Prezado Belisário,
Poderia me indicar um físico (talvez você mesmo?) que possa me explicar como
é o processo atual de fabricação de artefatos atômicos? Tipo, qual a
estrutura necessária, qual a dimensão mínima, quais os componentes e de que
maneira podem ser detectados?
Um abraço,
Nassif
de pessoas cancelar assinatura



SUBJECT: Re: [ciencialist] Artefatos atômicos
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/09/2001 12:49

Acho que ele está a falar de nanotecnologia. Será?

Se está cá vai a minha tentativa de resposta:

Para já só existem alguns artefatos atómicos que são
obtidos por três vias diferentes:

1 - formação expontânea uma vez criadas as condições químicas
adequadas. É assim que se fazem os nanotubos e futebolenos que
são aquelas moléculas de carbono com muitos átomos. Os
nanotubos deverão ter o diâmetro de um anel de uns 12 átomos
de carbono.

2 - manipulação directa utilizando um microscópio que
se chama de efeito de túnel (ou será de força atómica?).
É assim que se constroem alguns artefactos feitos de nanotubos
ou de átomos de elevado peso molecular. Nada de útil, mas
muito interessante. Estes microscópios manipulam a matéria
átomo a átomo.

3 - cortando a matéria à volta utilizando as mesmas técnicas
que se utilizam para fazer circuitos electricos. (Alguém mais
competente do que eu conseguirá explicar isto melhor). Acho que
esta técnica deve fazer coisas com espessuras da ordem dos
10 a 100 átomos, mas isto é palpite.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


Roberto Belisario wrote:
>
> Pessoal, alguém pode me ajudar a ajudar esse amigo?
> Belisário
>
> ----- Original Message -----
>
> Prezado Belisário,
> Poderia me indicar um físico (talvez você mesmo?) que possa me explicar como
> é o processo atual de fabricação de artefatos atômicos? Tipo, qual a
> estrutura necessária, qual a dimensão mínima, quais os componentes e de que
> maneira podem ser detectados?
> Um abraço,
> Nassif
> de pessoas cancelar assinatura
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Artefatos atômicos
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/09/2001 13:06


Anh... não, está falando de artefatos nucleares, na verdade. Bombas
atômicas, nucleares, etc...
Obrigado pelo retorno, de qualquer forma.
Belisário

----- Original Message -----
From: João Mário Miranda
Sent: Wednesday, September 19, 2001 12:49 PM
Subject: Re: [ciencialist] Artefatos atômicos


> Acho que ele está a falar de nanotecnologia. Será?
>
> Se está cá vai a minha tentativa de resposta:
>
> Para já só existem alguns artefatos atómicos que são
> obtidos por três vias diferentes:
(...)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Artefatos atômicos
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/09/2001 13:10

Roberto Belisario wrote:

> Pessoal, alguém pode me ajudar a ajudar esse amigo?
> Belisário
>
> ----- Original Message -----
>
> Prezado Belisário,
> Poderia me indicar um físico (talvez você mesmo?) que possa me explicar como
> é o processo atual de fabricação de artefatos atômicos? Tipo, qual a
> estrutura necessária, qual a dimensão mínima, quais os componentes e de que
> maneira podem ser detectados?
> Um abraço,
> Nassif
> de pessoas cancelar assinatura
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

Oi,

isso eh piada, nao? Um cara chamado Nassif querendo fabricar artefatos atomicos nao
detectaveis...

Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Artefatos atômicos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/09/2001 14:22


-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo" <dgueron@mailbr.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 19 de setembro de 2001 13:10
Assunto: Re: [ciencialist] Artefatos atômicos


| Roberto Belisario wrote:
|
| > Pessoal, alguém pode me ajudar a ajudar esse amigo?
| > Belisário
| >
| > ----- Original Message -----
| >
| > Prezado Belisário,
| > Poderia me indicar um físico (talvez você mesmo?) que possa me explicar como
| > é o processo atual de fabricação de artefatos atômicos? Tipo, qual a
| > estrutura necessária, qual a dimensão mínima, quais os componentes e de que
| > maneira podem ser detectados?
| > Um abraço,
| > Nassif
| > de pessoas cancelar assinatura
| >
| > &&& --- &&&
| > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| > http://www.ciencialist.hpg.com.br
| > Para sair da lista envie um mail para
| > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
| > &&& --- &&&
| >
| > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
|
| Oi,
|
| isso eh piada, nao? Um cara chamado Nassif querendo fabricar artefatos atomicos nao
| detectaveis...
|
| Eduardo.
|

E o ciencialist vai dar toda a técnica de fabricação de tais engenhos, equacionamento, material, modos de não ser detetados etc.?

Tenho uma resposta para isso: Entre no WORD ... tecle NY (de new york) em maiúsculas, sem espaço entre as duas letras ... selecione as duas letras .... altere o tamanho da fonte para 72 .... altere a fonte para Wingding.

Eis o final da história!

[]'
Léo
==============



SUBJECT: Ensino Superior
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/09/2001 14:33

JCEMAIL N° 1876

13. Como melhorar o ensino superior?, artigo de Jose' Goldemberg

O autor ja' foi ministro da Educacao. Artigo publicado por "O Estado de SP":

Em 98, cerca de 1,7 milhao de jovens concluiram o curso medio, estando, pois, habilitados a fazer um curso superior. Todas as Universidades e institutos de ensino superior do Pais (publicos e privados) tem 900 mil vagas e aceitaram, portanto, 60% dos possiveis candidatos, o que nao parece muito negativo: a competicao existe, mas nao e' exagerada.

O que e' negativo, porem, e' que apenas 13% dos jovens da faixa etaria entre 18 e 24 anos estao nas Universidades, um indice muito menor do que o de outros paises, onde mais de 50% dos jovens fazem cursos de nivel superior.

Essa e' a verdadeira exclusao social, que reduz as possibilidades de desenvolvimento do Brasil e o torna um competidor mediocre no mercado internacional.

Discutir e propor medidas para garantir o acesso dos mais pobres - que sao os que, em sua grande maioria, cursam escolas publicas - ou reservar vagas a grupos etnicos discriminados sao problemas secundarios diante do problema maior: poucos jovens chegam ate' o vestibular das Universidades e apenas uma fracao consegue acesso a elas, sobretudo quando se trata de Universidades publicas (que sao gratuitas, de acordo com o que estabelece a Constituicao federal).

As vagas das Universidades publicas sao apenas 220 mil, e estao crescendo lentamente.

A solucao encontrada para esse problema foi criar um sistema de instituicoes de ensino superior e Universidades privadas - que oferecem quase 700 mil vagas -, que se esta' expandindo a uma taxa superior a 10% ao ano, adicionando cerca de 100 mil vagas anuais.

O que fazer para resolver esta situacao? A opcao obvia seria expandir as matriculas nas Universidades publicas, quer federais ou estaduais, ou, melhor ainda, criar novas Universidades publicas.

Essa solucao e' inviavel, dadas as limitacoes orcamentarias. Cobrar mensalidades dos estudantes a tornaria mais realista, mas seria preciso para isso mudar a Constituicao federal, que garante a gratuidade do ensino.

Isso parece impensavel do ponto de vista politico, mas esta' sendo considerado como opcao no Mexico, onde ate' o acesso 'a Universidade publica e' universal e assegurado a todos os egressos de escola media.

Uma solucao alternativa seria a adocao da proposta do ex-ministro Jarbas Passarinho, que sugeriu que fosse cobrada uma aliquota adicional do Imposto de Renda das familias que tem filhos em Universidades publicas.

Essa nao e' uma ma' ideia, sobretudo numa epoca em que se pensa em aumentar o Imposto de Renda para compensar a queda na sua arrecadacao.

Tal medida ajudaria a corrigir a distorcao historica que vivemos, em que as familias de classe media alta matriculam seus filhos em escolas secundarias particulares de bom nivel - que cobram mensalidades elevadas - para assegurar que consigam vagas em Universidades publicas gratuitas.

Isso e' exatamente o contrario do que ocorre nos EUA, onde as familias economizam durante anos para permitir aos filhos irem 'a Universidade, que la' nao sao gratuitas, nem quando estatais. A escola media e' publica e gratuita nos EUA.

Outra proposta para resolver o problema do aumento de vagas nas Universidades publicas foi feita recentemente pelo Conselho de Reitores das Universidades Publicas do Estado de SP.

A proposta e' criar cursos universitarios de curta duracao (dois anos), o que resolveria problemas em muitas areas.

Ha', de fato, uma distorcao historica no Brasil, que e' a de pensar que todos os cursos superiores devem ter quatro ou cinco anos de duracao, o que pode ser o caso para Engenharia ou Medicina, mas nao necessariamente para inumeras especialidades como Administracao Hospitalar, Assistencia Social, Marketing e outras.

A proposta paulista dobraria o numero de estudantes em Universidades publicas em alguns anos, o que representaria uma expansao significativa no que o sistema publico paulista hoje oferece.

Duvidas existem sobre quao realista e' essa solucao. Cursos de ensino superior de curta duracao sao muito populares nos EUA, mas a tradicao brasileira e' de que eles sao vistos como cursos de nivel inferior aos de quatro ou cinco anos.

Isso foi o que aconteceu com os cursos de Engenharia Operacional de dois anos de duracao, que atendiam bem 'as necessidades de expansao industrial de SP num certo periodo, mas nao prosperaram como se esperava.

Enquanto essas solucoes nao amadurecem - e vao demorar ate' amadurecer -, o ensino universitario privado se expande rapidamente e nao deixa de ser uma solucao para preparar quadros devidamente treinados para impulsionar uma atividade economica e social de grande porte como a do Brasil.

O problema e' que frequentemente o ensino nele ministrado deixa a desejar. No Japao, onde a maioria das instituicoes de ensino superior e' privada, o Estado nao so' as fiscaliza como tambem as subsidia para que seu nivel melhore.

No Brasil, o que se tem feito e' dar bolsas aos estudantes - nunca em numero suficiente -, com um sistema que tem dado origem a distorcoes.

Talvez fosse o caso de tentar ajudar diretamente as proprias instituicoes de ensino superior, desde que baixassem suas anuidades e demonstrassem efetiva melhoria de qualidade na educacao e no treinamento que oferecem. (O Estado de SP, 18/9)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Minha visão genética do amor paterno..
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 19/09/2001 14:36

Juliana Belko wrote:

> A um tempo atrás, fazendo parte de uma lista de discussão sobre apologética cristã, a defesadafe, eu enviei uma mensagem demonstrando a minha oposição a visão de um rapaz que dizia ser o amor do pai maior pela mãe do que por seus filhos. Não fui questionada na lista do no sentido genético que quis passar na mensagem e gostaria que lessem e caso achassem erros no que escrevi, em relação a genética, me corrigissem.
>
> Suponhamos: o amor foi um sentimento criado pelos genes para garantir suas sobrevivências, dessa forma se você é uma fêmea e 50% dos sues genes está em seu filho e não em seu marido é natural que você zele mais pela sobrevivência de seu filho para que o mesmo transmita esse gene para seus netos,

De forma geral sim , mas depende um pouco.
Se vc eh jovem e ama MUITO seu marido e se vc teve apenas
um unico filho com ele entao pode ser vantajoso vc preferir o marido
que o filho uma vez que este marido podera dar a voce muitos filhos
de qualidade. Caso vc esteja proximo da menopausa ou mesmo
na menopausa entao a preferencia vai ser pelos filhos a menos que
vc tenha MUITOS filhos e o marido seja essencial para a perpetuacao
destes outros filhos. Mas normalmente a preferencia eh pelos filhos
mesmo.



> a forma que os genes utilizam para que você faça isso é o amor, sentimento que faz com que um ser cuide do outro, pense no seu bem estar e gaste tempo, energia e alimento com ele. Mas é claro que a sobrevivência de seu filho não depende apenas da sua demonstração direta de amor e dessa forma dos cuidados empregados para o seu bem estar, sozinha não se conseguiria dar a esse filho tudo o que fosse necessário para sua sobrevivência, mesmo porque não se empreendeu nele tempo e recursos para a proliferação apenas de seus genes, mas também dos genes de outro, o seu marido, sendo assim tem que se zelar por ele também, ele não irá transmitir os seus genes, mas irá te ajudar a garantir a transmissão dos mesmos através de seu filho. Desta forma o amor empregado no marido também existirá, mas como garantia no empreendimento dado aos filhos.

Sim, mas o amor ao marido decorre de dois fatores alem deste que
vc citou :
- O marido precisa se sentir amado pois eh uma forma dele
se sentir seguro de nao ser traido e garantir que seus filhos serao
realmente seus. Se a mulher, evolutivamente, precisa do marido para
sua sobrevivencia e de seus filhos, o amor eh uma forma de o
marido permanecer a seu lado
- Se o marido eh bastante qualificado ( tem boas qualidades ) eh natural que o instinto do amor por este homem seja grande pois garantiria
qualidade para os outros futuros filhos.


>
> Com o marido ocorre de forma parecida. O amor dele é para a preservação de seus genes, como ele sabe que a mãe é quem cuida do seu filho em seu ventre, é quem o alimenta com seu leite e é também que despedirá sobre ele bastante atenção é natural que ele demonstre amor por ela, zele pelo seu bem estar, se preocupe com ela.

Sim, alem disso se a mulher for de "qualidade" do ponto de vista de
seus intintos, entao ele a amara pois ela podera lhe dar filhos
de qualidades que perpetuarao seus genes de forma mais eficaz.
( Nota q esta analise eh do ponto de vista instintivo e nao cultural.
do ponto de vista cultural nenhum parceiro pode querer filho algum
mas seus instintos "nao pensam" do mesmo modo).


> Ele demonstra amor pelo filho, mas é mais vantajoso demonstra-lo para a mãe para que a mesma esteja disposta a cuidar da criança que compartilha genes com ele e desta forma cooperar para que esse empreendimento de energia, atenção e tempo seja compensado com um filho capaz de gerar descendentes com os genes dos dois avós. O que ele demonstra sentir pela mãe é apenas uma conseqüência do que ele deseja que ocorra para com seus filhos.

Nem tanto. O amor do homem pela mulher eh principalmente , acredito,devido aa possibilidade dessa mulher gerar filhos de qualidade.



> Ele teve amar mais o filho, pois é este quem carrega seus genes e a forma de demonstrar isso, de garantir a preservação do filho é zelando pela mãe.
>

Na verdade nem tanto.
Como o homem pode ter muitossssssss mais filhos que a
mulher entao a mulher deve amar mais os filhos que o homem.

Mas gostei da sua analise , eh uma boa analise evolutiva
da origem dos sentimentos.



[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Polo Magnetico e a Lua
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/09/2001 15:10

On Tue, 18 Sep 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
> A Terra é um corpo altamente eletrizado (negativamente- devido ao
> incessante bombardeio de raios cósmicos) e sua rotação determina um
> corrente elétrica com tais cargas em movimento ao redor do eixo; essa
> corrente superficial, mais as correntes elétricas internas no metal
> fundido geram o campo magnético da Terra. O pólo Sul desse 'grande
> ímã' dista cerca de 11 graus do pólo norte geográfico (lá pelas bandas
> do Canadá). As bússolas tem a extremidade "que apontam para o norte
> geográfica" 'batizadas de extremidade NORTE e, corretamente apontam
> para o pólo Sul do grande ímã terrestre.

A resposta foi excelente!!!

Mas uma questão que não foi levantada nem respondida é porque os polos
magnéticos da Terra se alternam periodicamente?

Quem souber a resposta ganha o prêmio Nobel ;-)

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: Minha visão genética do amor paterno..
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/09/2001 15:12

Esta' meio complicado o acesso
'a internet por aqui, mas vejamos
o q. a nossa colega Juliana nos
escreveu.

--- In ciencialist@y..., "Juliana Belko" <julibelko@y...> wrote:
> Suponhamos: o amor foi um sentimento criado pelos genes para
garantir suas sobrevivências,

Nao da' pra supor isso, estamos
antropormofisando os genes e falando
em uma linguagem finalista. Uma
caracteristica determinada ou
condicionada geneticamente nao
foi criada para coisa alguma. Ela
surge em funcao de modificacoes
na sequencia de certos trechos do
material genetico e pode ou nao se
perpetuar em funcao entre outras coisas
da vantagem ou desvantagem q. essa
caracteristica confere ao portador.

(Praticamente) sem duvida existe
algum condicionamento genetico
na manifestacao do amor. Mas
nao podemos pensar nisso como um
determinismo genetico. Ha' certamente
diversos genes envolvidos e os fatores
ambientais pesam muito.

> dessa forma se você é uma fêmea e 50% dos sues genes está em seu
> filho e não em seu marido é natural que você zele mais pela
> sobrevivência de seu filho para que o mesmo transmita esse gene
> para seus netos,

Mais linguagem finalista. Isso e'
muito perigoso.

Mas nao e' tao natural q. por se
partilhar uma maior porcao de genes
ou ter uma maior probabilidade de
se partilhar um dado alelo se tenha
maior cuidado com isso.

Em principio, partilhamos mais genes
conosco mesmo do q. com qq individuo.
E' tao natural o egoismo em funcao disso?
(Alguns dirao q. casos esporadicos
de mulheres q. assassinam sua propria
prole por causa da rejeicao de seu
parceiro seja uma demonstracao disso --
mas acabam se esquecendo q. isso e'
uma reacao patologica e e' preciso tomar
certas precaucoes -- nao cabe aqui por
ora discutir o q. seria.)

Devemos ter em mente tbm q. existem
diversos mecanismos na natureza alem
da humana no cuidado parental 'a prole.

Em diversas especies, cabe ao macho
cuidar dos filhotes. A femea ou tem
pouco cuidado ou efetivamente nenhum.
O cuidado parental pode ser inexistente,
incipiente -- restrito 'a incubacao dos
ovos -- ou prolongado -- ate' a idade
reprodutiva ou mais. Os cuidados podem
ser exclusivos de um dos pais, partilhado
com o parceiro ou com outros membros de
um grupo.

Os tipos de cuidados dispensados tbm
variam muito. Pode envolver a busca
ou elaboracao de alimento, protecao
contra predadores, perigos ambientais,
protecao psicologica, entre outras
modalidades q. se combinam de diversas
maneiras.

Tais diferencas podem ser encontradas
dentro de uma mesma especie -- e a humana
nao e' excecao. Diferencas q. variam
de cultura em cultura e principalmente
de individuo para individuo.

Precisamos tomar cuidado com tais analises,
pois podemos racionalizar de tal modo certos
comportamentos q. podemos acabar por querer
justifica'-los. Aquela mulher q. mata seus
proprios filhos pode estar sendo bastante
'racional' ao avaliar (inconscientemente)
q. e' mais vantajoso 'investir' no parceiro --
o q. garante a possibilidade futura de
procriacao e cuidado 'a prole -- do q. na
prole atual. (Vej-se bem ai' tbm o perigo
da linguagem finalista.)

Outra questao q. podemos ver seria q., por
exemplo, existe uma diferenca no modo como
diversos genes se expressam na descendencia
de acordo com o sexo do progenitor do qual
a copia veio. Um mesmo alelo pode funcionar
de modo diferente -- apesar de ter a mesmissima
sequencia -- se for herdado da mae do q. seria
se o fosse do pai.

Alguns genes q. promovem o intenso desenvolvimento
dos anexos embrionarios q. retiram o nutriente
da mae estao ativos qdo sao herdados do pai e
inativos qdo herdados da mae. Genes q. inibem o
crescimento do feto apresentam padrao oposto.
Em uma linguagem figurada seria uma especie de
guerra dos sexos. Podemos pensar nas consequencias
de tais padroes analisando o q. ocorreria se
fosse diferente. Se nao houvesse um mecanismo de
controle e reducao do crescimento do feto por parte
do organismo materno, poderia redundar em um
crescimento excessivo do feto e enfraquecimento
do organismo materno -- a mae morreria bem como
a sua prole e os genes seria selecionados contra.
O macho por sua vez, com genes q. promovem um
supercrescimento nao apresentaria gdes desvantagens,
ja' q. poderia procurar por outras parceiras (ele
nao arrisca o pescoco na gestacao). Por outro lado,
se nao houvesse mecanismos de promocao do crescimento
fetal por parte do organismo paterno, o feto
cresceria muito pouco, se e' q. chegaria a termo.
A mae sobreviveria e poderia procurar novo parceiro
eventualmente, mas o 'investimento' paterno seria
menos seguro -- o filhote apresentaria desvantagem
em relacao ao filhote de um pai q. permitisse um
maior desenvolvimento. A mae estaria sendo menos
amorosa com o seu filhote do q. o pai?

O amor nao e' PARA nada. O amor e' simplesmente.
E isso traz consequencias. Q. podem ser vantajosas
ou desvantajosas em termos de sucesso reprodutivo
dependendo do contexto. Eis o gde problema da linguagem
finalista -- qdo falamos q. algo e' para, qdo pensamos
em termos de objetivo, temos q. o importante e' o
objetivo e assim os meios serao mudados de acordo
para q. os objetivos sejam alcancados.

Os genes nao apresentam essa premeditacao. Eles
nao mudam seus meios de atuacao de modo a manter
seus objetivos. Se eles estao presentes hj e' --
entre outras coisas -- tao somente porq. no passado
eles ou ajudaram ou nao atrapalharam o suficiente.
Os q. nao fizeram isso nao deixaram rastros.

Outro problema dessa linha de raciocinio e' q.
leva a imaginar q. os genes conspiram para a
sobrevivencia mutua. Genes nao conspiram e nao
necessariamente colaboram (como percebemos no
exemplo acima dos genes q. regulam o
desenvolvimento do feto). A 'estrategia' do amor
nao necessariamente beneficia os genes -- em sua
totalidade -- ela pode prejudicar alguns genes --
prejudicaria os genes q. promovem o 'odio',
por exemplo e poderia ser ainda mais dramatico
na medida em q. poderia comprometer mesmo a
existencia do individuo (e de sua colecao de genes).

A sociobiologia, a psicobiologia e a bioantropologia
sao ferramentas importantes, mas precisamos ter
cuidado com o seu uso.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Polo Magnetico e a Lua
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/09/2001 15:17

On Wed, 19 Sep 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Mas se o momento angular deve ser conservado, pq a lua deve se afastar
> ao inves de ela propria ter seu movimento de rotacao aumentado para
> compensar a diminuicao de rotacao da terra?

Porque a Lua não possui sua massa uniformemente distribuída pela
esfera. Há uma concentração de massa no lado voltado para a Terra por
isso não há uma rotação aparente [visto da Terra], apenas um suave
balanço.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: Artefatos atômicos
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/09/2001 15:23

--- In ciencialist@y..., "Roberto Belisario" <rbdiniz@t...> wrote:

Pegue um punhado de uranio, enriqueca-o, provoque uma
reacao em cadeia.

Aplique a formula: E=m.c^2 para calcular a massa de
uranio necessaria. A eficiencia da reacao varia.

Pode-se utilizar plutonio no lugar do uranio -- na
verdade e' mais eficiente.

Se acoplarmos uma pequena bomba nuclear a um compartimento
de um mix balanceado de H2 e H3 podemos desencadear uma reacao
de fusao nuclear liberando uma maior qtdade de energia
por massa total utilizada no artefato.

Podemos ainda criar uma bomba de neutrons com mais vantagem
do q. os outros artefatos -- destroi o inimigo com relativa
pouca destruicao estrutural (especialmente interessante em
movimentos de conquista -- de modo a capturar o potencial de
producao das linhas inimigas).

Para maiores detalhes, deposite 200 milhoes de dolares em
minha conta nas Ilhas Jersey.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Polo Magnetico e a Lua
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/09/2001 16:19



Eduardo wrote:

> O atrito faz com que esse elipsoide se atrase um pouco
> diminuindo o que seria a Forca Terra-Lua,

Nao entendi.
O Atrito das mares tenderia a atrasar a rotacao da terra em seu
proprio eixo e nao o movimento de rotacao do elipsoide terra-lua
em torno de seu eixo, nao eh ?

Pq q forca Terra-Lua iria diminuir se a massa de ambos permanece constante ?

Se o movimento de rotacao do elipsoide, que causa uma forca
centripeta de afastamento, eh atrasado, a tendencia eh a Lua ir de
encontro a Terra e nao vice versa, nao eh ?


[]s
jocax

PS:Tem certeza que num sistema fechado, que nao recebe
nenhuma forca externa nem materia, de fora,
nao tem sua conservacao de momento angular preservado?
(Classicamente Desprezando a energia/massa= mc2 de dissipacao)


> isso faz com que a Lua se afaste um pouco e consequentemente a forca Lua-Terra diminua e assim o elipsoide demora um pouco mais a girar. Esse processo eh continuo e causa uma diminuicao lenta e gradual da forca media entre a Terra e a Lua concomitantemente a um afastamento lento da Lua. A consequencia disso eh que daqui a algum tempo a forca nao sera suficiente para manter a Lua em uma orbita fechada (quase eliptica), pensando de outra maneira,
> teriamos uma pequena resultante centrifuga na Lua. A Lua, entao, vai procurar um novo lugar para morar...
>
> []'s Eduardo
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Polo Magnetico e a Lua
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/09/2001 16:54

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Eduardo wrote:
>
> > O atrito faz com que esse elipsoide se atrase um pouco
> > diminuindo o que seria a Forca Terra-Lua,
>
> Nao entendi.
> O Atrito das mares tenderia a atrasar a rotacao da terra em seu
> proprio eixo e nao o movimento de rotacao do elipsoide terra-lua
> em torno de seu eixo, nao eh ?
>

esqueca a rotacao da Terra em seu proprio eixo (O Dia em que a Terra parou...).
Imagine a Terra como uma bola e a mare como uma capa que, colocada sobre a bola, a transforma em um elipsoide. Se nao fosse o atrito, essa capa tenderia a girar acompanhando a Lua (isso em media, sem considerar oscilacoes, efeitos da atmosfera, etc). Como ha o atrito, a capa "tenta" acompanhar a Lua mas se atrasa (assim como se vc girar uma bussola velha o ponteiro demora um pouquinho para apontar para o norte). Esse atraso faz com que o eixo
maior do elipsoide nao coincida com o eixo que liga os centros da Lua e da Terra distorcendo, assim, a direcao do campo gravitacional da Terra, lembre que o campo nao mais tem a simetria esferica ja que eh gerado por um elipsoide. A forca resultante que atua sobre a Lua passa a ter uma componente centrifuga inexistente na situacao idealizada sem atrito.

>
> Pq q forca Terra-Lua iria diminuir se a massa de ambos permanece constante ?
>

Porque a distancia media entre as duas aumenta

>
> Se o movimento de rotacao do elipsoide, que causa uma forca
> centripeta de afastamento, eh atrasado, a tendencia eh a Lua ir de
> encontro a Terra e nao vice versa, nao eh ?
>

Nao porque na situacao em que o eixo maior do elipsoide e da Lua se alinham e a situacao de maior campo gravitacional, se quiser ver isso de maneira mais simples use a ideia dos metodos da imagem compare os campos:

o O o () Situacao 1


o
O () Situacao 2
o


() = Lua, O= TERRA, o = Alteracao devido as mares aproximada por massinhas concentradas na ponta do elipsoide.

A distancia entre O e () eh a mesma nos dois casos e assim como distancia entre o e O.

Pensando o movimento da Lua como circular e admintindo que a situacao 1 se mantenha, o O o alinhados com (), teremos que mv^2/r da Lua seria igual a forca na direcao do eixo em que se localiza o sistema e tudo se manteria em equilibrio.

Na situacao com atrito, teremos uma forca resultante que nao coincide com o eixo que liga O e () alem de, em modulo, ser menor do que a forca do caso ideal. Isso faz com que F<mv^2/r da situacao ideal. Para que a lua tenda de novo a um movimento circular teriamos que aumentar o valor de r e portanto a lua se afasta da Terra. O processo eh mais complicado porque a Lua nao realiza um movimento circular e o processo eh continuo mas eh interessante que
partamos da situacao alinhada para vermos o que acontece quando se desalinham.

O passo seguinte, eh pensar na situacao ja desalinhada e com a Lua mais distante. Como a forca exercida pela Lua diminui ja que a distancia aumentou, o elipsoide (ou as bolas pequenas) demoram mais ainda para se alinhar e, consequentemente, o processo continua e a distancia Terra Lua aumenta



>
> []s
> jocax
>
> PS:Tem certeza que num sistema fechado, que nao recebe
> nenhuma forca externa nem materia, de fora,
> nao tem sua conservacao de momento angular preservado?
> (Classicamente Desprezando a energia/massa= mc2 de dissipacao)
>

Vc tem razao, o que nao se conserva eh a energia mecanica porque ha uma forca dissipativa em questao, o atrito, que faz com que parte desta seja perdida em forma de calor.

Acho que o momento angular total se conserva mesmo porque o sistema eh isolado e toda alteracao de momento gerada em uma componente, seja rotacao da Lua ou da Terra ou movimento de mares ou translacao, etc.. acaba se compensando em outra de modo que, se integramos tudo, a resultante se anula.

[]s Eduardo



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Polo Magnetico e a Lua
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/09/2001 18:07

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Eduardo wrote:
>
> Vc ainda nao descobriu q eu sou osso "duro de roer"? :-))
>
> > esqueca a rotacao da Terra em seu proprio eixo (O Dia em que a Terra parou...).
> > Imagine a Terra como uma bola e a mare como uma capa que, colocada sobre a bola, a transforma em um elipsoide. Se nao fosse o atrito, essa capa tenderia a girar acompanhando a Lua (isso em media, sem considerar oscilacoes, efeitos da atmosfera, etc). Como ha o atrito, a capa "tenta" acompanhar a Lua mas se atrasa (assim como se vc girar uma bussola velha o ponteiro demora um pouquinho para apontar para o norte). Esse atraso faz com que o eixo
> > maior do elipsoide nao coincida com o eixo que liga os centros da Lua e da Terra distorcendo, assim, a direcao do campo gravitacional da Terra, lembre que o campo nao mais tem a simetria esferica ja que eh gerado por um elipsoide. A forca resultante que atua sobre a Lua passa a ter uma componente centrifuga inexistente na situacao idealizada sem atrito.
> >
>
> Ta quase !
> Considere agora o campo gravitacional gerado por um elipsoide
> em relacao a uma lua que nao esta alinhada com o eixo do Elipsoide.
> Existira uma distancia tal que a lua seguramente nao ultrapassaria
> escaparia e permaneceria em orbita.
> O pior caso seria com o eixo so elipsoide e alua formando 90 graus.
> Neste caso a lua poderia orbitar a terra numa distancia um pouco superior.
> E nao escaparia para o infinito.
> Veja que neste caso hipotetico a tendencia seria a lua se aproximar da
> terra uma vez que o eixo do elipsoide se aprumaria *mais ou menos*
> na direcao da terra fazendo a forca gravitacional aumentar.
> Isso mostra que este mecanismo q vc mencionou nao poderia
> afastar a lua indefinidamente como a reportagem comentou
> e sim colocar a lua numa orbita um pouco mais afastada.
> Ou estou errado?
>
> []s
> jocax

Mais ou menos... O problema eh que o elipsoide em questao nao eh rigido e tende a se alinhar com a Lua. No processo de formacao do sistema Terra-Lua, a mare tendeu a se alinhar com a Lua. Vc poderia, se quiser, colocar a Lua a mao, criando-a do nada, de modo a ficar na posicao 90graus. Nesse caso, ela se aproximaria da Terra aos poucos e os eixos tenderiam a se alinhar. Dependendo da estabilidade das condicoes iniciais, a Lua teria se chocado
com a Terra ha muitos anos e nunca discutiriamos este problema. Isso, inclusive, pode ter ocorrido com algum asteroide em algum planeta qualquer.
Se as condicoes iniciais fossem tais que a Lua jamais se chocasse com a Terra teriamos, provavelmente, o seguinte: A Lua tenderia a se aproximar gradativamente da Terra e os eixos a se alinharem, quando os mesmos se alinhassem comecariamos um processo como o que temos agora e a Lua tenderia a se afastar e se desligar da Terra. Veja que o processo todo nao eh conservativo e portanto nao podemos pensar no problema de tras para frente.
So para colocar mais lenha na fogueira, todas as explicacoes que eu dei sao aproximadas para que tenhamos uma ideia global do problema, entretanto, o problema das mares nao eh totalmente resolvido porque envolve a rotacao da Terra em torno de si, o atrito com a atmosfera, a precessao do eixo de rotacao da Terra, efeitos de natureza relativistica, etc...

[]s Eduardo.



SUBJECT: Re: Artefatos atômicos
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/09/2001 18:31

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:

> Para maiores detalhes, deposite 200 milhoes de dolares em
> minha conta nas Ilhas Jersey.
>


Quem diria! O Takata não é mais o mesmo!
(ou será que foi um clone que postou isso?)

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Polo Magnetico e a Lua
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/09/2001 18:41

Eduardo wrote:

Vc ainda nao descobriu q eu sou osso "duro de roer"? :-))


> esqueca a rotacao da Terra em seu proprio eixo (O Dia em que a Terra parou...).
> Imagine a Terra como uma bola e a mare como uma capa que, colocada sobre a bola, a transforma em um elipsoide. Se nao fosse o atrito, essa capa tenderia a girar acompanhando a Lua (isso em media, sem considerar oscilacoes, efeitos da atmosfera, etc). Como ha o atrito, a capa "tenta" acompanhar a Lua mas se atrasa (assim como se vc girar uma bussola velha o ponteiro demora um pouquinho para apontar para o norte). Esse atraso faz com que o eixo
> maior do elipsoide nao coincida com o eixo que liga os centros da Lua e da Terra distorcendo, assim, a direcao do campo gravitacional da Terra, lembre que o campo nao mais tem a simetria esferica ja que eh gerado por um elipsoide. A forca resultante que atua sobre a Lua passa a ter uma componente centrifuga inexistente na situacao idealizada sem atrito.
>

Ta quase !
Considere agora o campo gravitacional gerado por um elipsoide
em relacao a uma lua que nao esta alinhada com o eixo do Elipsoide.
Existira uma distancia tal que a lua seguramente nao ultrapassaria
escaparia e permaneceria em orbita.
O pior caso seria com o eixo so elipsoide e alua formando 90 graus.
Neste caso a lua poderia orbitar a terra numa distancia um pouco superior.
E nao escaparia para o infinito.
Veja que neste caso hipotetico a tendencia seria a lua se aproximar da
terra uma vez que o eixo do elipsoide se aprumaria *mais ou menos*
na direcao da terra fazendo a forca gravitacional aumentar.
Isso mostra que este mecanismo q vc mencionou nao poderia
afastar a lua indefinidamente como a reportagem comentou
e sim colocar a lua numa orbita um pouco mais afastada.
Ou estou errado?

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] O Polo Magnetico e a Lua
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/09/2001 19:25

Eduardo wrote:

> >
> > Ta quase !
> > Considere agora o campo gravitacional gerado por um elipsoide
> > em relacao a uma lua que nao esta alinhada com o eixo do Elipsoide.
> > Existira uma distancia tal que a lua seguramente nao ultrapassaria
> > escaparia e permaneceria em orbita.
> > O pior caso seria com o eixo so elipsoide e alua formando 90 graus.
> > Neste caso a lua poderia orbitar a terra numa distancia um pouco superior.
> > E nao escaparia para o infinito.
> > Veja que neste caso hipotetico a tendencia seria a lua se aproximar da
> > terra uma vez que o eixo do elipsoide se aprumaria *mais ou menos*
> > na direcao da terra fazendo a forca gravitacional aumentar.
> > Isso mostra que este mecanismo q vc mencionou nao poderia
> > afastar a lua indefinidamente como a reportagem comentou
> > e sim colocar a lua numa orbita um pouco mais afastada.
> > Ou estou errado?
> >
> > []s
> > jocax
>
> Mais ou menos... O problema eh que o elipsoide em questao nao eh rigido e tende a se alinhar com a Lua. No processo de formacao do sistema Terra-Lua, a mare tendeu a se alinhar com a Lua. Vc poderia, se quiser, colocar a Lua a mao, criando-a do nada, de modo a ficar na posicao 90graus. Nesse caso, ela se aproximaria da Terra aos poucos e os eixos tenderiam a se alinhar. Dependendo da estabilidade das condicoes iniciais, a Lua teria se chocado

Sim, mas poderia nao ter se chocado dependendo da sua velocidade
angular. Seria como se o corpo fosse 'capturado' pelo campo
gravitacional e permanecesse em orbita.


>
> com a Terra ha muitos anos e nunca discutiriamos este problema. Isso, inclusive, pode ter ocorrido com algum asteroide em algum planeta qualquer.
> Se as condicoes iniciais fossem tais que a Lua jamais se chocasse com a Terra teriamos, provavelmente, o seguinte: A Lua tenderia a se aproximar gradativamente da Terra e os eixos a se alinharem, quando os mesmos se alinhassem comecariamos um processo como o que temos agora e a Lua tenderia a se afastar e se desligar da Terra.

Nao entendi ainda o "porque" de se desligar se na pior
condicao , com o eixo a 90 graus ela se aproximaria.
Ou seja ela nao poderia ir alem da condicao do eixo de 90 graus,
nao eh ?



> Veja que o processo todo nao eh conservativo e portanto nao podemos pensar no problema de tras para frente.

Se nao eh conservativo isto faria com que a energia dissipada
deveria vir de alguma outra e nao seria, no caso, da energia potencial?
Isso significa que a energia potencial diminuiria para compensar a
dissipacao. Mas a energia potencial diminui qdo a lua se aproxima
da terra e nao o contrario....


>
> So para colocar mais lenha na fogueira, todas as explicacoes que eu dei sao aproximadas para que tenhamos uma ideia global do problema, entretanto, o problema das mares nao eh totalmente resolvido porque envolve a rotacao da Terra em torno de si, o atrito com a atmosfera, a precessao do eixo de rotacao da Terra, efeitos de natureza relativistica,

Ok,
pode ser os efeitos dos ergoplasmas-quanticos que o Leo
esta fazendo em seu laboratorio que escaparam dos dutos e
querem capturar a lua para seu deleite :-))

[]s
jocax

PS: Nao leva a serio , Eh uma brincadeira para o Leo



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Polo Magnetico e a Lua
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/09/2001 20:40

Oi Pessoal,

O Imperdível inaugurou a Sala 24 de Astronomia:

www.feiradeciencias.com.br/sala24/index24.asp

Em A06 temos as figuras sobre o elipsóide das marés;

[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 19 de setembro de 2001 19:25
Assunto: Re: [ciencialist] O Polo Magnetico e a Lua


Eduardo wrote:

> >
> > Ta quase !
> > Considere agora o campo gravitacional gerado por um elipsoide
> > em relacao a uma lua que nao esta alinhada com o eixo do Elipsoide.
> > Existira uma distancia tal que a lua seguramente nao ultrapassaria
> > escaparia e permaneceria em orbita.
> > O pior caso seria com o eixo so elipsoide e alua formando 90 graus.
> > Neste caso a lua poderia orbitar a terra numa distancia um pouco superior.
> > E nao escaparia para o infinito.
> > Veja que neste caso hipotetico a tendencia seria a lua se aproximar da
> > terra uma vez que o eixo do elipsoide se aprumaria *mais ou menos*
> > na direcao da terra fazendo a forca gravitacional aumentar.
> > Isso mostra que este mecanismo q vc mencionou nao poderia
> > afastar a lua indefinidamente como a reportagem comentou
> > e sim colocar a lua numa orbita um pouco mais afastada.
> > Ou estou errado?
> >
> > []s
> > jocax
>
> Mais ou menos... O problema eh que o elipsoide em questao nao eh rigido e tende a se alinhar com a Lua. No processo de formacao do sistema Terra-Lua, a mare tendeu a se alinhar com a Lua. Vc poderia, se quiser, colocar a Lua a mao, criando-a do nada, de modo a ficar na posicao 90graus. Nesse caso, ela se aproximaria da Terra aos poucos e os eixos tenderiam a se alinhar. Dependendo da estabilidade das condicoes iniciais, a Lua teria se chocado

Sim, mas poderia nao ter se chocado dependendo da sua velocidade
angular. Seria como se o corpo fosse 'capturado' pelo campo
gravitacional e permanecesse em orbita.


>
> com a Terra ha muitos anos e nunca discutiriamos este problema. Isso, inclusive, pode ter ocorrido com algum asteroide em algum planeta qualquer.
> Se as condicoes iniciais fossem tais que a Lua jamais se chocasse com a Terra teriamos, provavelmente, o seguinte: A Lua tenderia a se aproximar gradativamente da Terra e os eixos a se alinharem, quando os mesmos se alinhassem comecariamos um processo como o que temos agora e a Lua tenderia a se afastar e se desligar da Terra.

Nao entendi ainda o "porque" de se desligar se na pior
condicao , com o eixo a 90 graus ela se aproximaria.
Ou seja ela nao poderia ir alem da condicao do eixo de 90 graus,
nao eh ?



> Veja que o processo todo nao eh conservativo e portanto nao podemos pensar no problema de tras para frente.

Se nao eh conservativo isto faria com que a energia dissipada
deveria vir de alguma outra e nao seria, no caso, da energia potencial?
Isso significa que a energia potencial diminuiria para compensar a
dissipacao. Mas a energia potencial diminui qdo a lua se aproxima
da terra e nao o contrario....


>
> So para colocar mais lenha na fogueira, todas as explicacoes que eu dei sao aproximadas para que tenhamos uma ideia global do problema, entretanto, o problema das mares nao eh totalmente resolvido porque envolve a rotacao da Terra em torno de si, o atrito com a atmosfera, a precessao do eixo de rotacao da Terra, efeitos de natureza relativistica,

Ok,
pode ser os efeitos dos ergoplasmas-quanticos que o Leo
esta fazendo em seu laboratorio que escaparam dos dutos e
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[]s
jocax

PS: Nao leva a serio , Eh uma brincadeira para o Leo


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Artefatos atômicos
FROM: "Arnaldo Inouye Elias" <aelias@linksat.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/09/2001 22:38

>From: <rmtakata@altavista.net>
>Sent: Wednesday, September 19, 2001 3:23 PM
>Podemos ainda criar uma bomba de neutrons com mais vantagem
>do q. os outros artefatos -- destroi o inimigo com relativa
>pouca destruicao estrutural (especialmente interessante em
>movimentos de conquista -- de modo a capturar o potencial de
>producao das linhas inimigas).

Eu tinha ouvido falar dessa característica da bomba de nêutrons, de não
destruir construções, maquinário, etc. Por que isso ocorre? E como é feito
esse tipo de bomba?
[]s

Arnaldo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Minha viso gentica do amor paterno..
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/09/2001 04:21

------------------
From: "Juliana Belko"
. . . . ser o amor do pai maior pela mãe do que por seus filhos. . . . .
-----------------
Olá Juliana ! Seja bem-vinda ao grupo.

Tratar com variáveis que não tem uma definição precisa ou que sejam de
difícil mensuração é, geralmente, uma questão complicada. Muitas vezes, a
maior parte do trabalho consiste em justificar a metodologia empregada na
obtenção de dados e pequena a parcela usada para interpretar resultados.

Achei interessante seu argumento genético para justificar os níveis de amor
(afeição, apreço, consideração, etc.), mas, como uma sugestão para uma melhor
aferição numérica, talvez pudesse ser usada uma correspondência com as médias
das proporções de despesas com presentes relativas aos diversos membros da
família, usando para isso os resultados dos faturamentos comerciais do dia
dos pais, mães, crianças, secretárias, etc.

Corroborando em parte sua argumentação, um agente funerário me disse que,
geralmente, um pai paga o maior preço pelo caixão do filho do que se for para
a filha, esposa, mãe paterna, pai paterno, pelo próprio (pai previdente),
sogra e sogro, nesta ordem. Claro que esta é uma informação isolada, mas,
talvez, uma estatística usando informações de médicos e funcionários
hospitalares traga informações interessantes nessa área.

[s] Neville



SUBJECT: Lua...
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: Ciência-List <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
CC: "Olympium" <olympium-olympia@yahoogroups.com>
DATE: 20/09/2001 11:00

--------------------------
Acho que o momento angular total se conserva mesmo porque o sistema eh
isolado e toda alteracao de momento gerada em uma componente, seja rotacao
da Lua ou da Terra ou movimento de mares ou translacao, etc.. acaba se
compensando em outra de modo que, se integramos tudo, a resultante se anula.
--------------------------

O momentum angular se conserva em qualquer sistema em que o torque externo
seja zero.
O atrito das marés, por só envolver forças internas (e portanto torques
internos), não pode alterar o momentum angular do sistema.
O atrito só transforma a energia mecanica em energia termica. Não há
conservação de energia mecanica... Desconsiderando a irradiação, a energia
total (mecanica + termica + ...) se conservaria.

A pergunta que devemos fazer é: O torque externo no sistema Terra-Lua é
zero?

E a resposta é não. O torque externo (devido a sol, outros planetas...) não
é nulo e é justamente isso que explica os movimentos de precessão do eixo da
terra e do plano da orbita da lua.

A precessão (um resultado observacional) requer que o torque externo seja
diferente de zero!
Devemos então tentar entender, mostrar, por que ele é diferente de zero...

Well, eu vou indo estudar pra prova de EDP. Até mais...

<Bruno Woltzenlogel Paleo>
http://br.geocities.com/dopelganger5/
bwp@terra.com.br - UIN: 77325094









SUBJECT: Re: Polo Magnetico da Terra
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/09/2001 11:58

Olá Felipe.

Talvez eu repita algo que já foi dito, mas vou resumir o que sei do
assunto já que sou formado em Geofísica.

O interior da terra, tirando-se a crosta, que é como se fosse "a
casca" da terra, é dividido em tres grandes camadas: o manto
(sólido), o núcleo externo (líquido) e o núcleo interno (sólido). Os
núcleos externo e interno são formados quase que totalmente por ferro
com uma pequena fração de níquel. Não é minério de ferro, mas ferro
metálico, praticamente puro. Os modelos mais aceitos para a origem do
campo magnético supoem que ele se originaria a partir de correntes
elétricas no núcleo externo. Como você sabe, ou ficará sabendo agora,
correntes elétricas sempre produzem campos magnéticos. Uma corrente
simples, ao longo de um fio elétrico produz um campo magnético
circular ao redor do fio. Uma corrente elétrica ao longo de um fio
enrolado como uma bobina produz um campo magnético semelhante ao de
um imã metálico comum. Neste caso, falamos em eletroimã. Então o
núcleo externo seria um enorme eletroima. O fato dele ser liquido
explica porque o campo magnético varia tanto de intensidade quanto de
direção ao longo do tempo. Como as correntes elétricas são produzidas
parece ser algo ainda não totalmente formalizado do ponto de vista
matemático, mas certamente está relacionado com os movimentos do
metal líquido dentro do núcleo externo, causado tanto pela convecção
térmica quanto pela rotação da terra.

O campo magnético da terra é extremamente fraco, então perturbações
locais, como uma jazida de minério ferro (hematita ou mais ainda
magnetita) podem afetar e desviar uma bússola de sua orientação
correta. Aparelhos elétricos comuns, também produzem um campo
magnético suficiente para atrair o ponteiro da bússola. Então para se
detectar a orientação do campo magnético terrestre a bússola deve ser
colocada sempre em locais isolados, longe de aparelhos elétricos e
grandes jazidas metálicas.


[]´s

André



--- In ciencialist@y..., "Felipe Diesel" <felipediesel@h...> wrote:
> Minha professora de física estava passando magnetismo. Quando foi
explicar
> por que a bússola disse que a Terra é como se fosse um imã gigante,
que em
> seu interior há minério de ferro que faz a bússula apontar no
sentido
> norte/sul.
> Porém já li em algum lugar sobre um local no Canadá que, devido a
imense
> quantidade de ferro que lá existe, atrae todas os imãs.
> Qual destas duas está certa? Ou existe outra que esteja correta?
>
> felipe
>
> _________________________________________________________________
> Chegou o novo MSN Explorer. Instale já. É gratuito!
> http://explorer.msn.com.br



SUBJECT: Re: O Polo Magnetico e a Lua
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/09/2001 18:20

Olá Jocax

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos
<jocax@u...> wrote:
> Eu nao tenho certeza

Ainda bem que você fez essa ressalva! Eu aprendi vendo os
universitários do show do milhão que depois de uma afirmativa como
essa é melhor desconfiar de tudo o que vem pela frente... :-)

> mas lembro-me de ter lido ou ouvido
> que os polos magneticos sao devidos as imensas correntes
> ionizadas de magma ,em estado liquido, que fluem no interior da
> crosta terrestre

Eu já ouvi coisas piores, como a teoria da terra oca! Para ionizar o
magma você precisaria torná-lo gasoso. O magma é rocha silicatica
derretida (portanto material isolante), que ocorre em pequenas bolsas
espalhadas pela crosta, sempre nas regiões de atrito entre as placas
tectonicas. Não existe um mar de lava. 99,99 % da crosta terrestre é
sólida como a cabeça do G. W. Bush. A região logo abaixo da crosta (o
manto) também é sólida como o Empire State, porém se comporta como
líquido em tempos geológicos (é um sólido que flui muito lentamente).
Só o núcleo externo é líquido.

.... ( Talvez estas correntes sejam devido a Lua )
>
> Aproveitando o ensejo, vi no Discovery que a Lua esta se afastando
da
> Terra, se nao me engano, alguns centimetros por ano, e que este
efeito eh
> devido as Mares.
> Tal afastamento ocacionara uma mudanca na rotacao do eixo da terra
> com resultados catastroficos.( Na reportagem foi sugerido ATEH
> bloquear o movimento das marehs com imensos diques no oceano....)
>
> Mas pq a Lua estaria se afastando devido as mares?
>
> Se as mares recebem energia da Terra-Lua isso deveria se refletir
> na diminuicao da energia potencial entre a terra e a lua e,
assim, a lua
> deveria se aproxoimar da terra e nao se afastar, ja que afastando-se
> da terra, a energia potencial terra-lua aumenta !
>

Como o Leo explicou, simples conservação do momento do sistema.
Diminui o momento da terra e aumenta o da lua. Essa lei de
conservação se não me engano é a única que está de pé desde Newton.


[]'s

André






SUBJECT: Re: O Polo Magnetico e a Lua
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/09/2001 18:27

Olá Eduardo

--- In ciencialist@y..., Eduardo <dgueron@m...> wrote:
>
> nao ha conservacao do momento angular total do sistema porque
ha perda de energia devido ao atrito das mares com a crosta terrestre
(a rotacao da Lua em torno dela mesma nao interessa no caso apesar de
ser um pouco afetada pelas mares).

Errado. Energia é uma coisa, momento é outra. A lei da conservação do
momento é muito mais antiga e mais fundamental. O momento sempre se
conserva num sistema isolado(se não houver interação com um corpo
externo ao sistema) .

[]'s

André

Se nao houvesse esse atrito, o movimento das mares seria tal que o
sistema chegaria a um equilibrio dinamico, e a Terra/mare poderia ser
pensada tal como um elipsoide que gira acompanhando a Lua. O atrito
faz com que esse elipsoide se atrase um pouco
> diminuindo o que seria a Forca Terra-Lua, isso faz com que a Lua se
afaste um pouco e consequentemente a forca Lua-Terra diminua e assim
o elipsoide demora um pouco mais a girar. Esse processo eh continuo
e causa uma diminuicao lenta e gradual da forca media entre a Terra e
a Lua concomitantemente a um afastamento lento da Lua. A consequencia
disso eh que daqui a algum tempo a forca nao sera suficiente para
manter a Lua em uma orbita fechada (quase eliptica), pensando de
outra maneira,
> teriamos uma pequena resultante centrifuga na Lua. A Lua, entao,
vai procurar um novo lugar para morar...
>
> []'s Eduardo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Polo Magnetico e a Lua
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/09/2001 19:27



andrebaptista@uol.com.br wrote:

> >
> > Mas pq a Lua estaria se afastando devido as mares?
> >
> > Se as mares recebem energia da Terra-Lua isso deveria se refletir
> > na diminuicao da energia potencial entre a terra e a lua e,
> assim, a lua
> > deveria se aproxoimar da terra e nao se afastar, ja que afastando-se
> > da terra, a energia potencial terra-lua aumenta !
> >
>
> Como o Leo explicou, simples conservação do momento do sistema.
> Diminui o momento da terra e aumenta o da lua. Essa lei de
> conservação se não me engano é a única que está de pé desde Newton.
>

Ola Andre,
existe alguns problemas com esta abordagem embora ela possa estar
em esencia correta :

1-O problema da conservacao da energia :
a)A terra dissipa energia com o atrito das mares.
b) A lua se afastando da terra ganha energia potencial

Pergunta : De onde viria esta energia toda? Viria toda
ela do movimento de rotacao da terra?

2-Pq para manter a conservacao do movimento angular a lua
deve aumentar sua velociade de translacao em relacao a terra
e nao apenas aumentar seu moviento de rotacao em torno de
seu proprio eixo?

3- Se a Lua se afasta para manter a qtdade de movimento entao
o afastamento maximo ocorreria qdo a Terra parasse de girar.
Neste caso a lua alcancaria uma distancia maxima.
Seria esta distancia suficiente para q ela saisse da orbita ou fosse
capturada por outro planeta?

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Minha visão genética do amor paterno..
FROM: "Lupe BSI" <lupe@bsi.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/09/2001 20:33

Olá lista,
Só para lembrar: muitas características (sentimentos por exemplo) podem ser
consideradas como propriedades emergentes de um sitema complexo, onde a
interação entre as partes que compõe o todo geram novas propriedades,
diferentes de cada uma das partes e que exercem e sofrem influência mútua.
LF


Suponhamos: o amor foi um sentimento criado pelos genes para
> garantir suas sobrevivências,
> Nao da' pra supor isso, estamos
> antropormofisando os genes e falando
> em uma linguagem finalista. Uma
> caracteristica determinada ou
> condicionada geneticamente nao
> foi criada para coisa alguma. Ela
> surge em funcao de modificacoes
> na sequencia de certos trechos do
> material genetico e pode ou nao se
> perpetuar em funcao entre outras coisas
> da vantagem ou desvantagem q. essa
> caracteristica confere ao portador.
>
> (Praticamente) sem duvida existe
> algum condicionamento genetico
> na manifestacao do amor. Mas
> nao podemos pensar nisso como um
> determinismo genetico. Ha' certamente
> diversos genes envolvidos e os fatores
> ambientais pesam muito.
>
> > dessa forma se você é uma fêmea e 50% dos sues genes está em seu
> > filho e não em seu marido é natural que você zele mais pela
> > sobrevivência de seu filho para que o mesmo transmita esse gene
> > para seus netos,
>
> Mais linguagem finalista. Isso e'
> muito perigoso.
>
> Mas nao e' tao natural q. por se
> partilhar uma maior porcao de genes
> ou ter uma maior probabilidade de
> se partilhar um dado alelo se tenha
> maior cuidado com isso.
>
> Em principio, partilhamos mais genes
> conosco mesmo do q. com qq individuo.
> E' tao natural o egoismo em funcao disso?
> (Alguns dirao q. casos esporadicos
> de mulheres q. assassinam sua propria
> prole por causa da rejeicao de seu
> parceiro seja uma demonstracao disso --
> mas acabam se esquecendo q. isso e'
> uma reacao patologica e e' preciso tomar
> certas precaucoes -- nao cabe aqui por
> ora discutir o q. seria.)
>
> Devemos ter em mente tbm q. existem
> diversos mecanismos na natureza alem
> da humana no cuidado parental 'a prole.
>
> Em diversas especies, cabe ao macho
> cuidar dos filhotes. A femea ou tem
> pouco cuidado ou efetivamente nenhum.
> O cuidado parental pode ser inexistente,
> incipiente -- restrito 'a incubacao dos
> ovos -- ou prolongado -- ate' a idade
> reprodutiva ou mais. Os cuidados podem
> ser exclusivos de um dos pais, partilhado
> com o parceiro ou com outros membros de
> um grupo.
>
> Os tipos de cuidados dispensados tbm
> variam muito. Pode envolver a busca
> ou elaboracao de alimento, protecao
> contra predadores, perigos ambientais,
> protecao psicologica, entre outras
> modalidades q. se combinam de diversas
> maneiras.
>
> Tais diferencas podem ser encontradas
> dentro de uma mesma especie -- e a humana
> nao e' excecao. Diferencas q. variam
> de cultura em cultura e principalmente
> de individuo para individuo.
>
> Precisamos tomar cuidado com tais analises,
> pois podemos racionalizar de tal modo certos
> comportamentos q. podemos acabar por querer
> justifica'-los. Aquela mulher q. mata seus
> proprios filhos pode estar sendo bastante
> 'racional' ao avaliar (inconscientemente)
> q. e' mais vantajoso 'investir' no parceiro --
> o q. garante a possibilidade futura de
> procriacao e cuidado 'a prole -- do q. na
> prole atual. (Vej-se bem ai' tbm o perigo
> da linguagem finalista.)
>
> Outra questao q. podemos ver seria q., por
> exemplo, existe uma diferenca no modo como
> diversos genes se expressam na descendencia
> de acordo com o sexo do progenitor do qual
> a copia veio. Um mesmo alelo pode funcionar
> de modo diferente -- apesar de ter a mesmissima
> sequencia -- se for herdado da mae do q. seria
> se o fosse do pai.
>
> Alguns genes q. promovem o intenso desenvolvimento
> dos anexos embrionarios q. retiram o nutriente
> da mae estao ativos qdo sao herdados do pai e
> inativos qdo herdados da mae. Genes q. inibem o
> crescimento do feto apresentam padrao oposto.
> Em uma linguagem figurada seria uma especie de
> guerra dos sexos. Podemos pensar nas consequencias
> de tais padroes analisando o q. ocorreria se
> fosse diferente. Se nao houvesse um mecanismo de
> controle e reducao do crescimento do feto por parte
> do organismo materno, poderia redundar em um
> crescimento excessivo do feto e enfraquecimento
> do organismo materno -- a mae morreria bem como
> a sua prole e os genes seria selecionados contra.
> O macho por sua vez, com genes q. promovem um
> supercrescimento nao apresentaria gdes desvantagens,
> ja' q. poderia procurar por outras parceiras (ele
> nao arrisca o pescoco na gestacao). Por outro lado,
> se nao houvesse mecanismos de promocao do crescimento
> fetal por parte do organismo paterno, o feto
> cresceria muito pouco, se e' q. chegaria a termo.
> A mae sobreviveria e poderia procurar novo parceiro
> eventualmente, mas o 'investimento' paterno seria
> menos seguro -- o filhote apresentaria desvantagem
> em relacao ao filhote de um pai q. permitisse um
> maior desenvolvimento. A mae estaria sendo menos
> amorosa com o seu filhote do q. o pai?
>
> O amor nao e' PARA nada. O amor e' simplesmente.
> E isso traz consequencias. Q. podem ser vantajosas
> ou desvantajosas em termos de sucesso reprodutivo
> dependendo do contexto. Eis o gde problema da linguagem
> finalista -- qdo falamos q. algo e' para, qdo pensamos
> em termos de objetivo, temos q. o importante e' o
> objetivo e assim os meios serao mudados de acordo
> para q. os objetivos sejam alcancados.
>
> Os genes nao apresentam essa premeditacao. Eles
> nao mudam seus meios de atuacao de modo a manter
> seus objetivos. Se eles estao presentes hj e' --
> entre outras coisas -- tao somente porq. no passado
> eles ou ajudaram ou nao atrapalharam o suficiente.
> Os q. nao fizeram isso nao deixaram rastros.
>
> Outro problema dessa linha de raciocinio e' q.
> leva a imaginar q. os genes conspiram para a
> sobrevivencia mutua. Genes nao conspiram e nao
> necessariamente colaboram (como percebemos no
> exemplo acima dos genes q. regulam o
> desenvolvimento do feto). A 'estrategia' do amor
> nao necessariamente beneficia os genes -- em sua
> totalidade -- ela pode prejudicar alguns genes --
> prejudicaria os genes q. promovem o 'odio',
> por exemplo e poderia ser ainda mais dramatico
> na medida em q. poderia comprometer mesmo a
> existencia do individuo (e de sua colecao de genes).
>
> A sociobiologia, a psicobiologia e a bioantropologia
> sao ferramentas importantes, mas precisamos ter
> cuidado com o seu uso.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Minha visão genética do amor paterno..
FROM: "Lupe BSI" <lupe@bsi.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/09/2001 20:37

Olá lista,
Só para lembrar: muitas características (sentimentos por exemplo) podem ser
consideradas como propriedades emergentes de um sitema complexo, onde a
interação entre as partes que compõe o todo geram novas propriedades,
diferentes de cada uma das partes e que exercem e sofrem influência mútua.
LF

> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Polo Magnetico e a Lua
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/09/2001 21:59



andrebaptista@uol.com.br wrote:
>
> Olá Eduardo
>
> --- In ciencialist@y..., Eduardo <dgueron@m...> wrote:
> >
> > nao ha conservacao do momento angular total do sistema porque
> ha perda de energia devido ao atrito das mares com a crosta terrestre
> (a rotacao da Lua em torno dela mesma nao interessa no caso apesar de
> ser um pouco afetada pelas mares).
>
> Errado. Energia é uma coisa, momento é outra. A lei da conservação do
> momento é muito mais antiga e mais fundamental. O momento sempre se
> conserva num sistema isolado(se não houver interação com um corpo
> externo ao sistema) .
>
> []'s
>
> André
>
>
Oi,

já enviei uma mensagem que corrigia essa minha afirmação há mais de 24
horas...

Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Minha visão genética do amor paterno..
FROM: Fernando Henrique Ferraz <ogm60@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/09/2001 23:11

Concordo pletanamente.. os genes têm um papel bem importante na
determinação de nossas características mas não podemos exagerar.
Sentimentos, expressões faciais, humor, etc.. me parecem muito mais um
resultado da cultura e interações sociais, que vai condicionar tais
comportamentos. IMHO é meio ingênuo querer achar que vamos ter um gene para
cada caracterísca emocional.. (raiva, amor, humor, etc)
Como exemplo, temos o caso de Kasper Hauser na Alemanha ou dos 'meninos
lobo' - pessoas que nasceram e ficaram sem influência nenhuma da sociedade,
cultura, outras pessoas. Foi com extrema dificuldade que conseguiram
esboçar alguns poucos sentimentos básicos.. como chorar quanto se está com
medo...


At 20:37 20/09/2001 -0300, you wrote:
>Olá lista,
>Só para lembrar: muitas características (sentimentos por exemplo) podem ser
>consideradas como propriedades emergentes de um sitema complexo, onde a
>interação entre as partes que compõe o todo geram novas propriedades,
>diferentes de cada uma das partes e que exercem e sofrem influência mútua.
>LF


_________________________________________________________
Do You Yahoo!?
Get your free @yahoo.com address at http://mail.yahoo.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] a astrologia não funciona...
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/09/2001 02:35


olha o que ficou "presa" na minha caixa de saida... :o)
Alguem ainda lembra disso?

----------------------------

Grande Leo,

para variar, seus argumentos sao solidos e quase irrefutaveis. Vejamos o que
eu posso fazer... ;-)



On Thursday 30 August 2001 03:20 pm, you wrote:
> Grande Felipe,
>
> A banheira do então bebe aqui em casa (agora o Guto tá com 2,6 anos) é
> provida de uma tela que impede que rebento acompanhe a água :-). É um
> filtro! Pergunto, onde está o filtro para o povo que acredita no
> misticismo?
>
> Esse filtro seria justamente o conhecimento científico, mínimo e
> indispensável, para todo ser pensante ao penetrar na fase adulta. Isso não
> existe! A população geral (mesmo muitos que já passaram pelos bancos
> escolares ... que é a maioria dos chamados 'educados') não cultua esse
> filtro. E, se não há filtro, qualquer coisa que se lhes diz é aceitável. O
> próprio místico pertence a essa categoria (as exceções são tão raras que
> não vale a pena comentar), ele nada entende de como usar a ciência (nem
> mesmo aquela que eventualmente tenha-lhe sido ministrada).

> Para ele a ciência são "frases" de alguns expoentes da ciência (e para ele
> aquilo é a palavra da autoridade) que ele as interpreta da maneira mais ao
> rés-do-chão possível. Einstein disse: "Deus não joga dados". Pronto!
> """Deus existe (porque Einstein falou) e é um ente de índole superior que
> não admite jogos, pois isso é coisa do Diabo."""

Realmente, esse tipo de postura eh triste.


> Adianta falar para tais indivíduos que se alguém usa a "telecinese" para
> empurrar uma cadeira, a cadeira deve usar uma "cadeirocinese" para empurrar
> esse alguém (e ele já leu algo sobre ação e reação!)? Adianta falar que 'se

Deixe-me apontar o seguinte: assisti o I Simposio de Biomatematica e
Bioinformatica no IMPA esse ano, e uma das palestras era sobre a locomocao de
microorganismos ciliados e flagelados. Ele mostrou detalhes de como
funcionavam os cilios e flagelos internamente, e mostrou que pela teoria
classica da fisica aqueles microorganismos nao poderiam se mover, pois a soma
dos torques era zero! No entanto, eles se moviam muito rapido, e no sentido
da onda gerada (como se voce usasse um propulsor no espaco, e se movesse na
direcao da chama). Entao o modelo microscopico deve ser diferente do modelo
macroscopico. Imagino que seria realmente dificil adaptar um modelo
psico-cinetico aas leis fisicas convencionais. O que nao significa que nao
possam existir tais eventos, e pessoas paranormais.

> Se o místico não consegue provar o que diz e permitir que todos os demais
> reproduzam a 'coisa', é porque 'sua verdade' é falsa. A contra-prova é
> inerente ao fato!

A desculpa de alguns eh a mesma dos magicos profissionais, mas concordo que
eh muito comodo para eles se isolarem para nao serem desmascarados. Mesmo
considerando que seja real, e possivel a qualquer pessoa, o mistico tem um
status quo a zelar, nao eh mesmo? Nesse caso, a desculpa eh imoral.


> Se eu digo a vc que com certos ingredientes vou fazer pão, vc fica por
> perto olhando, tento, tento e não sai pão; que comportamento vc toma? Dizer
> que com aqueles ingredientes * eu* não sei fazer pão ... mas outros podem
> conseguir? E então teremos que testar todos os místicos, um por um, e
> verificar que com aqueles ingredientes nenhum é capaz de fazer pão? E ...
> como a quantidade de místicos é enorme ... fica a dúvida "com aqueles
> ingredientes pode-se ou não fazer pão".............na dúvida, pró réu?
> Nota: Os ingredientes são: caneta, toco de cigarro, folha de zinco, água e
> sal.

Mas se voce oferecer o teste, muitos ja recusariam de cara, nao acha? Esses
sao os que estariam desperdicando o tempo dos cientistas. Somente se
interessariam em se expor, os que realmente acreditassem que "a coisa"
realmente funciona, e sao exatamente esses os interessantes, quer para
mostrar que estao errados, quer para mostrar que os ceticos estao.

Felipe


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Polo Magnetico e a Lua
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/09/2001 08:45

Caros colegas da lista,

Muito interessante esta discussão sobre o movimento do sistema terra-lua.
O site sugerido pelo Ronaldo (http://www.talkorigins.org/faqs/moonrec.html)
é também muito interessante.
Mas eu ainda tenho algumas dúvidas. Talvez algum colega especializado em
Astronomia possa responder:
1) Desde que o sistema Terra-Lua existe, a Lua vem se afastando da Terra,
apenas alguns centímetros por ano.
Ora, mesmo considerando que a Lua estivesse perfeitamente "equilibrada"
desde o primeiro minuto da criação do sistema, em milhões de anos, a Lua já
deveria estar suficientemente "desequilibrada" de sua órbita em torno da
Terra, mas registros paleontológicos dão conta de que a Terra possui muito
mais do que isso, mais de quatro bilhões de anos.
2) Como são realizadas estas medições, com precisão de centímetros? Raios
Laser? Ok, mas e o movimento da crosta terrestre? Lembrem-se de que a Terra,
no seu interior é predominantemente líquida. É possível que a Terra
deforme-se alguns centímetros... Nos oceanos, as águas sobem cerca de
vários metros durante as marés, todos os meses.
3) Se a Lua está se afastando da Terra, quando acontecerá o "divórcio"?
4)Sabe-se que os astros possuem trajetórias cônicas, isto é, curvas obtidas
à partir da intersecção de um plano com um cone. Mas no caso da Lua, ele
estaria descrevendo uma espiral com uma baixíssima razão de crescimento, que
não é uma curva cônica. No momento do "divórcio", qual trajetória a Lua
adotaria? Seria uma parábola? Se for uma parábola, como e em que momento a
espiral transforma-se em parábola? A Lua continuaria orbitando o Sol? E o
que aconteceria com a Terra?
5) O fenômeno de afastamento ou aproximação deve acontecer não só com a Lua.
Deve acontecer inclusive com planetas orbitando o Sol. Parece-me que o
satélite Io, orbitando Júpiter, seja um satélite bastante "sofredor" de
interações gravitacionais, resultando inclusive em inúmeras erupções
vulcânicas em sua crosta. Sendo assim, eu gostaria de saber: Qual a órbita
menos estável do Sistema Solar, qual a razão de afastamento ou aproximação e
quando acontecerá a "catástrofe" de separação ou colisão satélite-planeta ou
planeta-Sol?

[]'s
Antonio Ferrão Neto

> > Aproveitando o ensejo, vi no Discovery que a Lua esta se afastando da
> > Terra, se nao me engano, alguns centimetros por ano, e que este efeito
eh
> > devido as Mares.
> > Tal afastamento ocacionara uma mudanca na rotacao do eixo da terra
> > com resultados catastroficos.( Na reportagem foi sugerido ATEH
> > bloquear o movimento das marehs com imensos diques no oceano....)
> >
> > Mas pq a Lua estaria se afastando devido as mares?
> >
>
>
> Tim Thompson escreveu um artigo bastante completo a respeito do
> efeito das marés e do afastamento da Lua. Está no Talkorigins
>
> http://www.talkorigins.org/faqs/moonrec.html
>
> (costumávamos debater com criacionistas. eles às vezes argumentam que
> o afastamento da Lua provaria que a Terra não pode ter bilhões de
> anos. O texto foi escrito de forma a ser bastante claro mesmo para
> leigos, como é o meu caso)
>
> []s
> Ronaldo
>





SUBJECT: Re: [ciencialist] a astrologia não funciona...
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/09/2001 09:57

>
> Deixe-me apontar o seguinte: assisti o I Simposio de Biomatematica e
> Bioinformatica no IMPA esse ano, e uma das palestras era sobre a locomocao de
> microorganismos ciliados e flagelados. Ele mostrou detalhes de como
> funcionavam os cilios e flagelos internamente, e mostrou que pela teoria
> classica da fisica aqueles microorganismos nao poderiam se mover, pois a soma
> dos torques era zero! No entanto, eles se moviam muito rapido, e no sentido


Talvez não seja o caso de a teria não ser aplicável, talvez ela apenas
não tenha sido aplicada corretamente, ou melhor, talvez o modelo utilizado
não fosse suficientemente realístico.

Por exemplo: eu consigo fazer-me girar sobre uma cadeira giratória sem
tocar em nenhum objeto fixo, basta girar os braços rapidamente numa
direção, voltar lentamente à posição original e repetir o procedimento.
Seu funcionamento é o seguinte: girando os braços rapidamente (ou melhor,
começando a girá-los rapidamente [para ter boa aceleração]) vc consegue um
torque suficientemente grande para vencer o atrito, o que não ocorre
quando vc o faz lentamente

Num modelo que despreze o atrito não é possível conseguir tal rotação e
ainda manter a posição original. É possível que algo semelhante tenha
ocorrido nessa "demonstração" a que vc se refere.

bye,
Stafusa




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Minha visão genética do amor paterno..
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/09/2001 10:52



Fernando Henrique Ferraz wrote:

> Concordo pletanamente.. os genes têm um papel bem importante na
> determinação de nossas características mas não podemos exagerar.
> Sentimentos, expressões faciais, humor, etc.. me parecem muito mais um
> resultado da cultura e interações sociais, que vai condicionar tais
> comportamentos.

Engracao, para mim me parecem muito mais um resultado
da heranca genetica do que da cultura.....



> IMHO é meio ingênuo querer achar que vamos ter um gene para
> cada caracterísca emocional.. (raiva, amor, humor, etc)

Nao esqueca que nao precisamos ter um unico gene para cada
caracteristica. Um gene pode influenciar em muitas caracteristicas
simultameamente. Assim o gene que permite a raiva pode influenciar,
em principio, tambem no formato das unhas do dedao do peh.




>
> Como exemplo, temos o caso de Kasper Hauser na Alemanha ou dos 'meninos
> lobo' - pessoas que nasceram e ficaram sem influência nenhuma da sociedade,
> cultura, outras pessoas.

Lembre-se que um gene para expressar-se , em geral, precisa de um
estimulo ambiental. A melanina eh produzida com o estimulo dos
rais solares, por exemplo.
Pessoas que nao aprendem a ler e a escrever em tenra idade tem mais
dificuldades de aprender depois. A capacidade de sentir tambem eh assim.
Os genes conferiram a capacidade do ser humano sentir ( fome, raiva
sede, medo, amor , ira etc.. ) num ambiente normal da especie.
Se vc mudar muito este ambiente eh possivel que isso mude
o grau de percepcao do mundo e mesmo da capacidade de sentir.

[]s
jocax

PS: Alguem realmente acredita que os lobos poderiam cuidar
de uma crianca recem-nascida ?
Acho mais provavel que eles a devorariam.




SUBJECT: Nova pesquisa de opinião para ciencialist
FROM: ciencialist@yahoogrupos.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/09/2001 13:40


Deposite seu voto hoje! Verifique a nova pesquisa de opinião do grupo ciencialist:


Por que há um "desprezo" das Ciências
pela sociedade como um todo? (Se
nenhuma das respostas for satisfatória,
envie seu comentário em pvt)

o Porque para entender Ciência é necessário trabálho árduo, e a maioria não gosta dessa idéia
o Porque fomos educados para decorar conceitos. E Ciência não são apenas conceitos.
o Eu discordo. Acho que a maioria se interessa por ciência
o As pessoas até se interessam. Mas quando começa a "complicar" perdem esse interesse.


Para votar, visite a seguinte web page:

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/polls

Nota: Não responda a esta mensagem. Votos de pesquisas não são coletados por e-mail. Para votar, é preciso ir ao site do Yahoo! Grupos listado acima.

Obrigado!








SUBJECT: motilidade de microorganismos ciliados e flagelados
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/09/2001 14:59

On Friday 21 September 2001 09:57 am, you wrote:
> > Deixe-me apontar o seguinte: assisti o I Simposio de Biomatematica e
> > Bioinformatica no IMPA esse ano, e uma das palestras era sobre a
> > locomocao de microorganismos ciliados e flagelados. Ele mostrou detalhes
> > de como funcionavam os cilios e flagelos internamente, e mostrou que pela
> > teoria classica da fisica aqueles microorganismos nao poderiam se mover,
> > pois a soma dos torques era zero! No entanto, eles se moviam muito
> > rapido, e no sentido
>
> Talvez não seja o caso de a teria não ser aplicável, talvez ela apenas
> não tenha sido aplicada corretamente, ou melhor, talvez o modelo utilizado
> não fosse suficientemente realístico.

Entendi o seu exemplo, mas acho que ele nao se aplica e vou dizer porque.

Confesso que ja me lembro tao bem dos detalhes mencionados na palestra, que
aconteceu ha alguns meses ( http://www.biomat.org ). Mas a nitida impressao
que tive ao assistir aa palestra foi que eles constataram que o universo
microscopico eh fisicamente bem diferente do universo macroscopico. Uma das
razoes eh a resistencia proporcionada pelo meio fluido. Para voce, a agua eh
relativamente fluida, mas para uma bacteria eh como se fosse gelatina, certo?

Eles estavam estudando como funcionava o mecanismo de motilidade dos
microorganismos ciliados e flagelados (segundo eles cilio e flagelo tem a
mesma estrutura interna, diferindo apenas pela quantidade e tamanho).
Infelizmente minhas lembrancas nao vao muito alem do que acabei de relatar.
Talvez ja haja uma publicacao do estudo deles. Seus nomes podem ser
encontrados no site do evento, indicado acima.

Felipe


SUBJECT: Re: [ciencialist] motilidade de microorganismos ciliados e flagelados
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/09/2001 20:59


Se alguem tiver interesse no assunto, o site do palestrante que eu vi no
simposio de bio-matematica eh uma verdadeira overdose de informacao.

http://www.impa.br/~jair/


SUBJECT: Re: Artefatos atômicos
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/09/2001 14:33

http://www.nuc.berkeley.edu/neutronics/todd/nuc.bomb.html
http://nucwww.chem.sunysb.edu/info/nucbomb1.html

Bombas de neutrons sao mais eficientes porq.
convertem bem menos energia em calor e energia
mecanica -- libera mais energia em forma de
radiacao gama e neutrons. O q. causa estrago
nos edificios e´ a onda de choque da explosao
e a alta temperatura da detonacao nuclear. As
pessoas sao mais suscetiveis aos efeitos da
radiacao gama e da penetracao de neutros acelerados.

O resto so´ depois das 200 milhoes de doletas.

(Nao, Ronaldo, o clone maligno foi em outro episodio...
e parece q. ele foi recrutado por um novela por ai´.
A minha causa e´nobre -- vou comprar cestas basicas
para a populacao carente.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: science online grátis
FROM: Joao Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: astronomia@yahoogroups.co.uk
DATE: 22/09/2001 18:23

A edição da Science de 14 de Setembro Grátis para todos até
5 de Outubro.

To ensure maximum accessibility of the 14 September issue to all
subscribers and users of Science, we are making the complete
contents of that issue available free of charge to all visitors to
Science Online (http://www.sciencemag.org) through 5 October 2001.


Joao
http://www.nonio.com


SUBJECT: Milagres!?!?
FROM: "Mr. Vain" <vain@uai.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2001 00:31

Olá turma,

Num debate um dos interlocutores afirmou que os milagres abaixo
são passíveis de comprovação científica. Há alguma
informação sobre isso?

"Milagre de Lanciano, em que uma hóstia e um
cálice de vinho consagrados, se transformam em Corpo
de Sangue humanos, que inexplicavelmente estão incorruptíveis.
Milagre do poche de Juan Diego, em que milagrosamente
se gravou uma estampa de Nossa Senhora de Guadalupe,
que embora esteja em um pano perecível, jamais pereceu
e do qual depois de analisado por analista da Nasa, descobriu-se
coisas extraoridinárias, como o fato de, ao se ampliar
em milhares de vezes o olho de Maria gravado no pano,
se pode ver um grupo de pessoas iguais aquelas que estavam
na frente de Juan Diego quando ocorreu a gravação da
imagem no ponche dele. Corpos incorrupitíveis..."

[ ]'s

Marcelo Garcia







SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Artefatos atômicos
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/09/2001 12:15

Caros colegas da lista,


Onde está o segredo da Bomba Atômica?

Logo após a Segunda Guerra Mundial, houve uma corrida entre as grandes
potências em busca daquela imbatível novidade em termos de tecnologia
militar, iniciada na Alemanha nazista e materializando-se nos EUA, no que se
chamou "Projeto Manhattan".
Criou-se, então uma rede de espionagem e os russos obtiveram acesso a esta
tecnologia. Alguns espiões soviéticos foram condenados à morte e executados
por terem levado à URSS, os segredos da bomba atômica.
Hoje, decorridos mais de cinqüenta anos, muitos países ainda não deitem esta
tecnologia, mesmo alguns países árabes, que como sabemos, gostariam muito de
possuir esta tecnologia para fazerem um enorme estrago em nosso planeta, em
nome de Alá.
Entretanto, nós podemos verificar que pelo menos aparentemente, todo o
segredo da bomba atômica reside no enriquecimento do material combustível
nuclear, podendo ser o Plutônio ou o isótopo Urânio-235. Este seria um
segredo de tecnologia de produção, dominado por muitos países, inclusive o
Brasil.
Uma vez conseguido o combustível nuclear, basta unir as duas metades de uma
massa crítica, que teremos uma explosão nuclear. Isto é o que faria um
artefato nuclear, conforme pode-se observar em detalhes, no site apontado
pelo Roberto Takata.

A pergunta que eu faço é: Onde está o segredo, porque espiões foram mortos e
porque as "sub-potências" não possuem esta tecnologia?

Neste sentido, existe uma desconfiança de minha parte, mas esta é apenas uma
opinião pessoal, de que existe algo tão forte, tão polêmico e desconhecido
pela opinião pública como seria uma "Teoria da Conspiração".
Sabe-se que os países que fazem parte do seleto grupo das potências
atômicas, firmam mútuos acordos reforçando a submissão dos chamados "países
emergentes", entre eles o Brasil, forçando-os a não desenvolverem
tecnologias "atômicas", controlando os seus desenvolvimentos, inclusiva em
áreas "não atômicas".
Além disso, eu acredito que estes países promovem ou divulgam uma ciência
incorreta para os países emergentes !
Alguém poderia discordar, dizendo que um discurso científico não poderia dar
espaço para uma corrente científica errônea. Mas eu refuto esta observação,
dizendo que mesmo naturalmente, os cientistas às vezes percorrem caminhos
totalmente errados e só depois de muitos anos, ou talvez séculos, descobrem
que toda aquela corrente de pensamento estava errada.
Eu tenho um raríssimo livreto contendo alguns "papers" de Fermi e
Oppenheimer, anteriores ao projeto Manhattan: Data de 1941. Existe, neste
livreto um discurso incompatível com o que encontramos nas publicações com
datas posteriores a 1945 e até os dias de hoje! Houve uma mudança no
discurso, e tudo o que estudamos é compatível com essa visão "moderna",
ditada pelos americanos.
Isso me faz lembrar dos inúmeros OVNIs que o exército dos EUA deixou
transparecer para a mídia durante a guerra fria, encobrindo os satélites
espiões por trás de um mito, uma crença popular.
Certa vez, Feynman pousou ao lado de um cofre onde estariam guardados os
segredos da bomba atômica. O que, exatamente haveria dentro daquele cofre?
Aqueles que apreciam a Física e sua História, sabem que este cientista,
Richard Feynman, foi um segundo Einstein, um especialista em Mecânica
Quântica, um gênio. O que estaria ele fazendo ao lado de um cofre contendo
uma Ciência/Tecnologia tão "simplória" e tão "inexpressiva" sob o ponto de
vista científico, embora importantíssima sob o ponto de vista militar?
Pode ser que eu esteja errado, mas eu creio que boa parte da Ciência,
digeridas por nós, em nossas universidades, não seja a mesma versão de
Ciência utilizada por potências atômicas.
Deve existir algum ponto em nossa Ciência que nos impediria de construir uma
bomba atômica ... Neste caso, falo em Ciência e não em Tecnologia.


Bem, é melhor eu para por aqui, antes de ser preso pelo FBI ... ;-)

[]'s
Antonio





> http://www.nuc.berkeley.edu/neutronics/todd/nuc.bomb.html
> http://nucwww.chem.sunysb.edu/info/nucbomb1.html
>
> Bombas de neutrons sao mais eficientes porq.
> convertem bem menos energia em calor e energia
> mecanica -- libera mais energia em forma de
> radiacao gama e neutrons. O q. causa estrago
> nos edificios e´ a onda de choque da explosao
> e a alta temperatura da detonacao nuclear. As
> pessoas sao mais suscetiveis aos efeitos da
> radiacao gama e da penetracao de neutros acelerados.
>
> O resto so´ depois das 200 milhoes de doletas.
>
> (Nao, Ronaldo, o clone maligno foi em outro episodio...
> e parece q. ele foi recrutado por um novela por ai´.
> A minha causa e´nobre -- vou comprar cestas basicas
> para a populacao carente.)
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>




SUBJECT: Internet Banida no Afeganistao
FROM: "L. B. Holanda" <lb_holanda@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2001 12:58

Por que será? (pergunto em tom irônico).
Que os vermes de governos religiosos não nos infestem novamente
(chega de Idades Média!).
E que os responsáveis pelos atentados sejam punidos judicialmente.
Chega de Guerras!


Internet Banida no Afeganistão
Terça-feira, 18 de Setembro de 2001

No Afeganistão, só se pode aceder à Internet com uma permissão
especial do governo taliban. No mês passado, o regime reforçou a
proibição na utilização da rede já decretada anteriormente e ordenou a
perseguição daqueles que não cumprirem estas ordens.
Segundo o site Newsfactor.com, a única ligação autorizada à rede
permitida no país está em poder do gabinete do líder do regime.
"Estabelecer um sistema no Afeganistão através do qual podemos
controlar tudo o que é errado, obsceno, imoral e contra o Islão", é a
justificação dada por Mauli Wakil Ahmad Muttawakil, ministro dos
Negócios Estrangeiros do Afeganistão, que é um dos países com piores
infra-estruturas em termos de telecomunicações do mundo. A restrição
ao acesso não se resumiu apenas aos afegãos, tendo sido igualmente
estendidas às organizações humanitárias, que, para acederem à rede,
têm de se deslocar ao vizinho Paquistão.

Fonte:
http://jornal.publico.pt/2001/09/18/Destaque/X22CX01.html



SUBJECT: Re: Artefatos atômicos
FROM: "L. B. Holanda" <lb_holanda@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2001 13:41

Olá pessoal da lista.
Antônio li o seu email e me pacereu que você se equivocou em alguns
aspectos.

"Antonio" <a_ferrao@t...> wrote:


> Onde está o segredo da Bomba Atômica?
>
> Logo após a Segunda Guerra Mundial, houve uma corrida entre as
>grandes potências em busca daquela imbatível novidade em termos de
>tecnologia militar, iniciada na Alemanha nazista e materializando-se
>nos EUA, no que se chamou "Projeto Manhattan".
>Criou-se, então uma rede de espionagem e os russos obtiveram acesso a
>esta tecnologia. Alguns espiões soviéticos foram condenados à morte e
>executados por terem levado à URSS, os segredos da bomba atômica.

Aqui você se equivocou um pouco. Acontece que se construir a bomba é
tão incrível, como foi que os EUA construíram a primeira?
Não vá me responder que foi um E.T. ou um espírito que deu o segrego.
Vá lá!
É claro que houve espionagem. Mas os E.U.A. não tem uma ciência
infinitamente incrível que nem ao menos copiada pode.
Caso não saiba, a U.R.S.S. estava fazendo a sua bomba e a Alemanha
também. Os E.U.A. foram os primeiros e só isso.
Hoje Índia, Paquistão China e talves Iraque teriam as suas. Caso não
saiba o próprio Brasil tem know-how e tecnologia para fazer não só as
bombas como o avião invisível. Acontece que o Brasil, sabiamente não
faz. E deve haver uma pressão por parte do povo para o desarmamento
mundial e não construção. Ou você acha que o mundo terá paz se todos
estão armados até os dentes?


> Além disso, eu acredito que estes países promovem ou divulgam uma
>ciência incorreta para os países emergentes !

Nada a ver. Tão sem sentido é essa sua afirmação que vários
brasileiros fazem pesquisa ou nos E.U.A. ou aqui em parceria com os
E.U.A.
É um óbvio olulante que certas descobertas não são divulgadas
facilmente, como a tecnologia de ponta da Fórmula 1, para qual
descobertas tornadas públicas podem significar a perda de um
campeonato entre outras coisas.
Não confunda as coisas. Está a dizer que o DNA, átomo, planetas, luas
não existem?


> Isso me faz lembrar dos inúmeros OVNIs que o exército dos EUA deixou
> transparecer para a mídia durante a guerra fria, encobrindo os
>satélites espiões por trás de um mito, uma crença popular.

Nada a ver a comparação. Ao que parece associar OVNI a ET realmente
parece equivocado. Mas, dizer que isso foi obra dos EUA ou de qualquer
militar de outro país carece de provas.
Se você puder, prove a afirmação.


> Certa vez, Feynman pousou ao lado de um cofre onde estariam
>guardados os segredos da bomba atômica. O que, exatamente haveria
>dentro daquele cofre?

Você fala de um jeito que parece que, se não fossem por esses
espiões, o único lugar que o segredo ficaria seria naquele cofre.
Tenha a santa paciência! Qualquer país poderia contruir tal artefato.
Não são aqueles papéis uma tábua de Moisés não.


> Pode ser que eu esteja errado, mas eu creio que boa parte da
>Ciência, digeridas por nós, em nossas universidades, não seja a mesma
>versão de Ciência utilizada por potências atômicas.
> Deve existir algum ponto em nossa Ciência que nos impediria de
>construir uma bomba atômica ... Neste caso, falo em Ciência e não em
>Tecnologia.

Não confunda ciência com segredo de tecnologia. Muitas coisas são
descobertas e não divulgadas unicamente para que foram gastos dinheiro
e esforços para conseguir determinada descoberta e/ou por causa de
haver interesses comerciais ou militares por trás.
É óbvio que numa Universidade não é ensinado aos acadêmicos de
química a fazer Coca-Cola , os de Física a fazer bomba atômica, os de
Engenharia Aeronáutica a fazer aviões F-117. Isso é uma preocupação
para as indústrias da área.



SUBJECT: EUA: Geopolitica da vinganca -- Cesar Benjamin
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
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DATE: 23/09/2001 13:41

Direito_Saúde e Bioética -- 22.09.2001
_______________________________

Geopolítica da vingança


César Benjamin*




Em estado de choque - pelos seus mortos e pela súbita descoberta de sua vulnerabilidade -, os Estados Unidos desejam uma retaliação imediata, de caráter militar, e vão levá-la adiante, ao arrepio de normas e leis. É ingênuo, no entanto, imaginar que uma operação de tamanho porte, como a que está em marcha, obedeça apenas a impulsos emocionais e seja desencadeada sem que tenha relação com metas estratégicas muito bem definidas. O Estado americano acumulou extraordinário poder nos dois últimos séculos exatamente por sua capacidade de nunca perder de vista objetivos de longo prazo, articulados entre si, subordinando a eles cada decisão relevante.





O ataque maciço que se prepara contra o Afeganistão é um aparente non sense. Os Estados Unidos não apresentaram nenhuma evidência de que os afegãos tenham relação com os atentados, e a acusação contra bin Laden foi feita de forma propositalmente vaga e inconsistente, de modo a tornar impossível que o Talebã aceitasse extraditá-lo. A decisão de atacar, claramente, já havia sido tomada. Para as autoridades
americanas, dada a gravidade do crime, submeter uma pessoa ( ou um grupo) a julgamento, meses a fio, seguindo os procedimentos formais, seria uma resposta civilizada, mas fraca.





O mais intrigante, porém, é que à primeira vista o Afeganistão parece ser um péssimo alvo. Chegar em seu território, longe do mar, já é uma encrenca. Combater lá é uma encrenca muito maior. Sua topografia é
montanhosa. Suas estradas são poucas e péssimas. Sua população está dispersa no meio rural. Ao contrário do Iraque e da Sérvia, o país não possui infra-estruturas fixas e instalações produtivas que mereçam ser bombardeadas com mísseis que custam US$ 200 milhões. Quanto às anunciadas operações de comando, os generais americanos não são imbecis para acreditar que rapazes recrutados na Califórnia encontrem bin Laden nos grotões de um país hostil em que a metade da população usa barba e turbante, enquanto a outra metade anda com o rosto coberto. Coisas assim só funcionam bem no cinema.




A resposta a esse enredo confuso pode ser rastreada. Por seu potencial e suas dificuldades, a Ásia é a grande incógnita do sistema-mundo nas próximas décadas. De um lado, tem a segunda maior economia nacional (o Japão), a potência emergente (a China), grandes massas demográficas dotadas de alta laboriosidade, elevado dinamismo tecnológico, experiências de desenvolvimento rápido, empresas e bancos de grande porte, Estados nacionais ciosos de sua independência, capacidade militar (e nuclear) ascendente. Por tudo isso, será uma jogadora de grande peso no século que se inicia. Mas também tem problemas imensos: está longe de criar uma área econômica ou politicamente integrada, abriga grandes
populações em estado de pobreza, permanece dividida por um sem-número de contenciosos de todos os tipos. A ordem mundial americana não foi - e não será - capaz de enquadrar esse continente "exótico", grande demais e forte demais para ser engolido (como a América Latina), marginalizado (como a África), dominado (como o Oriente Médio) ou derrotado (como a ex-União Soviética). Mas, pelo manejo de suas contradições internas, pode mantê-lo contido.




O Pentágono considera que o quarto objetivo estratégico da geopolítica americana é o mais difícil de ser mantido no longo prazo. Ele é assim definido: "Que nenhum poder do hemisfério oriental [ leia-se, Ásia ] possa desafiar o domínio norte-americano sobre os oceanos." Compreende-se a preocupação: o controle simultâneo dos oceanos é, de longe, o elemento central na supremacia militar em escala mundial. Tendo-o conquistado, os Estados Unidos detêm o monopólio da capacidade deslocar e projetar suas
forças.




Ora, criar uma marinha de guerra exige recursos imensos, incompatíveis com manter grandes exércitos envolvidos com problemas territoriais. Daí o permanente esforço americano de fazer com que seus competidores potenciais - especialmente os asiáticos - mantenham-se às voltas com ameaças terrestres, que os próprios Estados Unidos, por sua posição geográfica, não enfrentam. Quando os soviéticos começaram a desenvolver uma marinha de guerra de alcance mundial, os americanos, em um lance de
gênio, os atraíram para uma prolongada guerra terrestre, exatamente no Afeganistão. O resultado todos conhecem.




Uma tensão duradoura no coração da Ásia - ampliando-se a guerra civil latente na região - se ajusta perfeitamente aos interesses estratégicos dos Estados Unidos. Eis uma pista para entender o que vai ocorrer. O Afeganistão tem fronteiras com o Irã, o Paquistão, a China e ex-repúblicas soviéticas, além de ficar muito perto da Índia e da Rússia. É ideal para quem deseja criar uma zona de turbulência capaz de
manter seus adversários voltados para dentro.




Depois da incursão, os Estados Unidos se retirarão em suas embarcações, tendo punido os representantes do mal e, principalmente, semeado uma cizânia que Irã, Paquistão, Rússia, China e Índia terão de administrar por muitos anos. Enquanto isso, a grande esquadra continuará a navegar pelo mundo.



* César Benjamin é editor e autor de A opção brasileira ( Contraponto Editora, 1998 ).





---
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Artefatos atômicos
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/09/2001 19:48

Olá pessoal da lista.


> Antônio li o seu email e me pareceu que você se equivocou em alguns
> aspectos.
>

Expressei meus sentimentos e opiniões, não fatos. É lógico que sentimentos
tornar-se-iam fatos se eu os pudessem provar.
Obviamente eu não posso acessar documentos secretos, apenas fatos subjetivos
que me levaram a tais conclusões.

> > Onde está o segredo da Bomba Atômica?
> >
> > Logo após a Segunda Guerra Mundial, houve uma corrida entre as
> >grandes potências em busca daquela imbatível novidade em termos de
> >tecnologia militar, iniciada na Alemanha nazista e materializando-se
> >nos EUA, no que se chamou "Projeto Manhattan".
> >Criou-se, então uma rede de espionagem e os russos obtiveram acesso a
> >esta tecnologia. Alguns espiões soviéticos foram condenados à morte e
> >executados por terem levado à URSS, os segredos da bomba atômica.
>
> Aqui você se equivocou um pouco. Acontece que se construir a bomba é
> tão incrível, como foi que os EUA construíram a primeira?
> Não vá me responder que foi um E.T. ou um espírito que deu o segrego.
> Vá lá!
> É claro que houve espionagem. Mas os E.U.A. não tem uma ciência
> infinitamente incrível que nem ao menos copiada pode.

Eu não disse isso.
Eu quis dizer que, deve existir algo mais na tecnologia atômica, do que
aquele esqueminha simples que nós aprendemos no colégio. Mais do que isso,
deve existir alguns "pulos do gato" importantes.
Mas o meu sentimento é que isso vai além, entrando no campo da divulgação
científica. Repito: Isso é um sentimento.

> Caso não saiba, a U.R.S.S. estava fazendo a sua bomba e a Alemanha
> também. Os E.U.A. foram os primeiros e só isso.

É sabido que muitos cientistas, principalmente Alemães, imigraram para os
EUA, antes, durante e depois da segunda guerra.

> Hoje Índia, Paquistão China e talves Iraque teriam as suas.

Se o Iraque tiver a sua bomba, nós iremos saber, tão logo comecem as
retaliações para o que poderíamos chamar "Nação Islâmica". Não seria
ridículo ?
Há quem diga que os ataques terroristas tenha sido uma provocação, para que
uma retaliação seja respondida com uma ou várias bombas. Acho que li algo a
este respeito nesta lista, se não me engano.

> Caso não
> saiba o próprio Brasil tem know-how e tecnologia para fazer não só as
> bombas como o avião invisível. Acontece que o Brasil, sabiamente não
> faz.

Discordo. O Brasil não tem know-how nem tecnologia.
Não é possível um país, empresa, ou alguém possuir know-how e tecnologia sem
nunca ter construído ao menos um protótipo.
O Brasil diz possuir esta tecnologia, assim como a tecnologia do míssel
vetor intercontinental, mas no caso do foguete (ou míssel) brasileiro, útil
também para o transporte de satélites, nunca obteve êxito no seu lançamento.
Aliás, os resultados foram patéticos.
Numa hipotética situação onde o Brasil precisasse construir artefatos
nucleares, isso jamais aconteceria em menos de dez anos. As capitais
Brasileiras seriam destruídas em menos de um mês. Portanto, a tecnologia não
existe e digo mais, talvez o Brasil pense saber algo que não sabe. Iria
descobrir isso na hora de testar, assim como aconteceu com os mísseis: O
Brasil achava que sabia construir mísseis mas não sabia. Com as bombas, os
resultados seriam, muito provavelmente, igualmente patéticos.
Com relação ao avião invisível, eu não tinha conhecimento desta tecnologia.
Parece-me claro de que se trata de invisibilidade aos radares inimigos. A
nossa aviação já dispõe desta maravilha? Qual seria a sua aplicação, uma vez
que o nosso exército é defensivo, não interessando se esquivar de nossos
próprios radares?

> E deve haver uma pressão por parte do povo para o desarmamento
> mundial e não construção. Ou você acha que o mundo terá paz se todos
> estão armados até os dentes?

Não, eu acho que ninguém, nem mesmo os EUA, deveriam investir em tal
tecnologia. Talvez eu devesse dizer, principalmente os EUA, que é um país
perigosíssimo para a segurança mundial, com o seu conhecido complexo de
"dono do mundo".

Mas, se é tão estúpido investir-se enormes quantias de dinheiro na
construção destes artefatos nucleares, porque então algumas nações,
principalmente as mais ricas, o fazem? Segurança? Será que a França, por
exemplo, estaria sendo ameaçada? Ou será que ela não quer "ameaçar"?
E porque é que temos que ter o mundo dividido entre "massacradores atômicos"
e "massacráveis atômicos" ?
Ora, eu não quero jogar uma bomba atômica na cabeça de ninguém, mas não
quero receber uma na minha cabeça.
Se é para um país possuir a bomba, então todos tem que a possuir. Se é para
um abrir mão da bomba atômica, então todos os países, inclusive os donos do
mundo, devem abrir mão. É lógico que eu opto pela segunda opção.
Qualquer discussão sobre a "não proliferação de armas nucleares" deveria
iniciar com os países que possuem esta tecnologia. Afinal, o que eles
pretendem com essas armas, usá-las?

Eu também não quero ver meus netos cantarem o Hino Nacional para um país sem
a Amazônia. Imaginem como ficaria o mapa do Brasil sem a Amazônia. O verde
de nossa bandeira ficaria apagado. Eu preferiria ver os meus netos cantando
o Hino Nacional para um Brasil com bombas atômicas, mas com a Amazônia.

> > Além disso, eu acredito que estes países promovem ou divulgam uma
> >ciência incorreta para os países emergentes !
>
> Nada a ver. Tão sem sentido é essa sua afirmação que vários
> brasileiros fazem pesquisa ou nos E.U.A. ou aqui em parceria com os
> E.U.A.

Que tipo de pesquisa? Tecnologia atômica? Certamente que não!

> É um óbvio olulante que certas descobertas não são divulgadas
> facilmente, como a tecnologia de ponta da Fórmula 1, para qual
> descobertas tornadas públicas podem significar a perda de um
> campeonato entre outras coisas.
> Não confunda as coisas. Está a dizer que o DNA, átomo, planetas, luas
> não existem?

DNA, átomo, planetas e luas existem, mas não bombas atômicas colegiais.
Nossos cientistas possuem a idéia de que um artefato nuclear funciona de uma
forma que talvez não funcione.

> > Isso me faz lembrar dos inúmeros OVNIs que o exército dos EUA deixou
> > transparecer para a mídia durante a guerra fria, encobrindo os
> >satélites espiões por trás de um mito, uma crença popular.
>
> Nada a ver a comparação. Ao que parece associar OVNI a ET realmente
> parece equivocado. Mas, dizer que isso foi obra dos EUA ou de qualquer
> militar de outro país carece de provas.
> Se você puder, prove a afirmação.

Isso não foi obra dos EUA, mas os EUA foram omissos ao não divulgarem que
muitos OVNIs eram na verdade sondas militares norte-americanas. Obviamente,
durante plena guerra fria, havia interesse militar para tal comportamento.
Hoje isso é assumido pelos EUA. Eu já li sobre isso muitas vezes.

> > Certa vez, Feynman pousou ao lado de um cofre onde estariam
> >guardados os segredos da bomba atômica. O que, exatamente haveria
> >dentro daquele cofre?
>
> Você fala de um jeito que parece que, se não fossem por esses
> espiões, o único lugar que o segredo ficaria seria naquele cofre.
> Tenha a santa paciência! Qualquer país poderia contruir tal artefato.
> Não são aqueles papéis uma tábua de Moisés não.

Isso é o que todo mundo diz, o que todo mundo "sabe". O que não se explica é
porque uma tecnologia tão "importante para alguns países" ficou mais de 50
anos sem ser desenvolvida. Aqui no Brasil, quando se estuda este assunto, dá
a impressão que podemos construir uma bomba atômica no quintal de nossas
casas...
A China foi recentemente acusada de ter obtido tecnologia atômica por
espionagem. Que tecnologia tão especial seria essa, que justificaria uma
potência como a China investir num empreendimento tão arriscado como a
espionagem nos EUA? Você não acha que teria que valer a pena e que teria que
ser algo muito mais complexo do que algo que o Brasil acha que sabe?
As suas palavras mostram uma certa simplicidade e falta de malícia com
relação ao assunto. Talvez essas "tábuas de Moisés" realmente existam.

O problema é que, com relação a este assunto, existem muitas verdades
simplórias e absolutas a serem "engulidas" sem muita discussão por países
dependentes. Mas perguntas diretas e simples não são respondidas, como todos
os pontos de interrogação deste texto.

> > Pode ser que eu esteja errado, mas eu creio que boa parte da
> >Ciência, digeridas por nós, em nossas universidades, não seja a mesma
> >versão de Ciência utilizada por potências atômicas.
> > Deve existir algum ponto em nossa Ciência que nos impediria de
> >construir uma bomba atômica ... Neste caso, falo em Ciência e não em
> >Tecnologia.
>
> Não confunda ciência com segredo de tecnologia. Muitas coisas são
> descobertas e não divulgadas unicamente para que foram gastos dinheiro
> e esforços para conseguir determinada descoberta e/ou por causa de
> haver interesses comerciais ou militares por trás.

Eu entendo o que você diz. Você está definido a palavra "know-how".
Eu defendo a idéia de que, neste caso, podem existir segredos de ciência,
não apenas segredos de tecnologia.

> É óbvio que numa Universidade não é ensinado aos acadêmicos de
> química a fazer Coca-Cola , os de Física a fazer bomba atômica, os de
> Engenharia Aeronáutica a fazer aviões F-117. Isso é uma preocupação
> para as indústrias da área.

Nos EUA, países desenvolvidos, e países realmente em desenvolvimento (excluo
o Brasil), as universidades participam ativamente do desenvolvimento de
tecnologia de ponta, inclusive na área militar. A integração empresa-escola
é muito mais forte nestes países.
É lógico que muitos assuntos estratégicos não envolvem estudantes
acadêmicos, mas no caso da bomba é muito nítido que existe algo além do
esquema colegial... É a este fato que eu chamo a atenção dos colegas.







SUBJECT: Livros pirata
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2001 00:17

Ai vai um link com alguns livros completos.

http://www.sympad.net/etext1/orig/en/

Na area 'Science' tem o livro Relojoeiro Cego do Richard Dawkins (em
ingles - pdf).

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna







SUBJECT: Opiniao: Religiao, ciencia e terror. Marcelo Gleiser
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <direitos_humanos@yahoogroups.com>, <Direito_Saude@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <constitucional_brasil@yahoogroups.com>, <artigos_juridicos@yahoogroups.com>
DATE: 24/09/2001 04:05

Direito_Saúde e Bioética -- 23.09.2001
________________________________



23/09/2001 - 13h19



Opinião: Religião, ciência e terror

MARCELO GLEISER
da Folha de S.Paulo

É inevitável, após os terríveis acontecimentos do dia 11 de setembro, não refletir sobre suas causas e consequências. Meu plano original para a coluna de hoje, escrita dois dias após o incidente, era discutir as explosões mais violentas que ocorrem no Universo, conhecidas como explosões de raios gama. Aparentemente (não sabemos ainda ao certo), elas estão ligadas ao colapso de objetos estelares gigantescos. Especula-se que essas explosões, de uma fúria inimaginável, estejam relacionadas com o nascimento de galáxias, que por sua vez contêm milhões ou bilhões de estrelas.





Reaparece aqui uma característica fundamental da natureza, a profunda conexão entre destruição e criação, as duas inseparáveis e complementares. Pelo menos, assim pensava eu até o dia 11 de setembro. Hoje, já penso de uma maneira diferente.



A natureza não cria e destrói, ela transforma. São os homens que criam e destroem, e o fazem com apetite igualmente insaciável. O evento de 11 de setembro, quando dois símbolos da supremacia financeira e militar norte-americana foram alvos de ataques terroristas, me parece uma cruel inversão das cruzadas da Idade Média, quando os cristãos marcharam da Europa até Jerusalém para liberá-la do domínio islâmico. Os "Soldados de Cristo" mataram todos os judeus e muçulmanos que encontraram pela frente, em massacres absolutamente abomináveis. E isso em nome de sua religião, de sua profunda crença de que as suas ações homicidas eram perfeitamente justificadas pelo seu objetivo último, a busca pela redenção no dia do Juízo Final. Para os participantes das cruzadas, ao menos aqueles que não detinham interesses econômicos oportunistas, não havia uma distinção entre a realidade e a fantasia. Suas vidas eram parte do grande drama apocalíptico, que pregava que seu martírio e heroísmo seriam consagrados por toda a eternidade no paraíso.





O mesmo tipo de extremismo religioso leva os terroristas islâmicos a se suicidarem, explodindo bombas e aviões comerciais contra alvos do inimigo, matando milhares de pessoas. A guerra deles, o Jihad, é uma guerra tão santa quanto foram as cruzadas para os católicos da Europa medieval. E igualmente assassina e covarde.





A violência abominável desse evento nos mostra quão pouco nós realmente mudamos nos últimos mil anos. A ciência moderna, que tem apenas quatro séculos, transformou nossa civilização, mas não nosso espírito. Se antes usávamos lanças e espadas para matar, hoje usamos aviões e bombas. Nossa imaturidade como espécie jamais foi tão flagrante como agora. Vejo, tristemente, que os ensinamentos da ciência, que nos revelam de forma tão elegante a sabedoria da natureza, não foram capazes de influenciar e amenizar o extremismo religioso que dita o comportamento de tantos indivíduos, incluindo aqueles que optam por matar em nome de sua crença.





É importante discernirmos ciência como método de estudo do mundo natural dos usos que as pessoas fazem dela. A pesquisa imunológica descobre a cura para inúmeras doenças, mas também pode criar armas de destruição. A energia nuclear pode ser usada de forma responsável ou irresponsável, e assim por diante. Quando falo em ciência, falo do seu método de descoberta, de como nos apropriamos do conhecimento a respeito do mundo natural.





Esse método mostra, antes de mais nada, que ninguém é dono da verdade, que o conhecimento é acumulado a partir de um esforço conjunto, que envolve um trabalho de crítica e reavaliação constante, processo em que a única autoridade é o consenso final. Essa definição mostra que a ciência funciona de modo totalmente oposto ao extremismo religioso, em que a única verdade é baseada num dogma absolutamente rígido e inflexível e o debate é inexistente.





Parece-me que o extremismo religioso é uma forma de escravidão espiritual. Na medida em que toda a revelação deve ser aceita com base na fé, nada resta ao indivíduo senão aceitar passivamente essa "verdade", como um autômato que aceita os comandos de seu programa de computador. A ciência pode não ter todas as respostas, mas ao menos oferece autonomia ao indivíduo, fornecendo os instrumentos de sua liberdade. E, ao fazê-lo, nos ensina também a respeitar a vida e a lutar por sua preservação.





------------------------------------------------------------------
Marcelo Gleiser é professor de física teórica do Dartmouth College, em Hanover (Estados Unidos), e autor do livro "O Fim da Terra e do Céu"



http://www.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u4911.shtml


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Milagres!?!?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2001 10:03

Olá Mr. Vain,

Jesus salva ..... mas eu ainda dou preferência ao Ctrl+S.

[]'
Léo
===============

-----Mensagem Original-----
De: "Mr. Vain" <vain@uai.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 23 de setembro de 2001 00:31
Assunto: [ciencialist] Milagres!?!?


Olá turma,

Num debate um dos interlocutores afirmou que os milagres abaixo
são passíveis de comprovação científica. Há alguma
informação sobre isso?

"Milagre de Lanciano, em que uma hóstia e um
cálice de vinho consagrados, se transformam em Corpo
de Sangue humanos, que inexplicavelmente estão incorruptíveis.
Milagre do poche de Juan Diego, em que milagrosamente
se gravou uma estampa de Nossa Senhora de Guadalupe,
que embora esteja em um pano perecível, jamais pereceu
e do qual depois de analisado por analista da Nasa, descobriu-se
coisas extraoridinárias, como o fato de, ao se ampliar
em milhares de vezes o olho de Maria gravado no pano,
se pode ver um grupo de pessoas iguais aquelas que estavam
na frente de Juan Diego quando ocorreu a gravação da
imagem no ponche dele. Corpos incorrupitíveis..."

[ ]'s

Marcelo Garcia






&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
&&& --- &&&

Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html





SUBJECT: Re: Milagres!?!?
FROM: "Mr. Vain" <vain@uai.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2001 16:18

> Olá Mr. Vain,
>
> Jesus salva ..... mas eu ainda dou preferência ao Ctrl+S.

Eh eh eh...
Mas acho que isso independe de religião, a
questão é se realemte há comprovação
"científica" que quaisquer coisa dessa
que seja.

[ ]'s

Marcelo Garcia

> []'
> Léo
> ===============
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Mr. Vain" <vain@u...>
> Para: <ciencialist@y...>
> Enviada em: domingo, 23 de setembro de 2001 00:31
> Assunto: [ciencialist] Milagres!?!?
>
>
> Olá turma,
>
> Num debate um dos interlocutores afirmou que os milagres abaixo
> são passíveis de comprovação científica. Há alguma
> informação sobre isso?
>
> "Milagre de Lanciano, em que uma hóstia e um
> cálice de vinho consagrados, se transformam em Corpo
> de Sangue humanos, que inexplicavelmente estão incorruptíveis.
> Milagre do poche de Juan Diego, em que milagrosamente
> se gravou uma estampa de Nossa Senhora de Guadalupe,
> que embora esteja em um pano perecível, jamais pereceu
> e do qual depois de analisado por analista da Nasa, descobriu-se
> coisas extraoridinárias, como o fato de, ao se ampliar
> em milhares de vezes o olho de Maria gravado no pano,
> se pode ver um grupo de pessoas iguais aquelas que estavam
> na frente de Juan Diego quando ocorreu a gravação da
> imagem no ponche dele. Corpos incorrupitíveis..."
>
> [ ]'s
>
> Marcelo Garcia
>
>
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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> ciencialist-unsubscribe@y...
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http://br.yahoo.com/info/utos.html



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Milagres!?!?
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2001 16:30

On Mon, 24 Sep 2001, Mr. Vain wrote:
> Mas acho que isso independe de religião, a
> questão é se realemte há comprovação
> "científica" que quaisquer coisa dessa
> que seja.

Quanto ao milagre da transubstanciação eu já vi na TV afirmarem que era
comprovado e tal. Mas eu duvido muito.

No segundo caso se ampliarem milhares de vezes a imagem da mariquinha eles
vão dar de cara com a trama do tecido.

O grande lance é: onde estão as provas???

Como Saganista de carteirinha, clamo pelas provas extraordinárias.

O sudário é comprovadamente falso e muita gente acha que ele é verdadeiro,
eles se sentem melhores se iludindo. Já fui cristão, sei como é isso.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br


> > ===============
> > "Milagre de Lanciano, em que uma hóstia e um
> > cálice de vinho consagrados, se transformam em Corpo
> > de Sangue humanos, que inexplicavelmente estão incorruptíveis.
> > Milagre do poche de Juan Diego, em que milagrosamente
> > se gravou uma estampa de Nossa Senhora de Guadalupe,
> > que embora esteja em um pano perecível, jamais pereceu
> > e do qual depois de analisado por analista da Nasa, descobriu-se
> > coisas extraoridinárias, como o fato de, ao se ampliar
> > em milhares de vezes o olho de Maria gravado no pano,
> > se pode ver um grupo de pessoas iguais aquelas que estavam
> > na frente de Juan Diego quando ocorreu a gravação da
> > imagem no ponche dele. Corpos incorrupitíveis..."



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Milagres!?!?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2001 17:13


-----Mensagem Original-----
De: "Mr. Vain" <vain@uai.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 24 de setembro de 2001 16:18
Assunto: [ciencialist] Re: Milagres!?!?


> Olá Mr. Vain,
>
> Jesus salva ..... mas eu ainda dou preferência ao Ctrl+S.

Eh eh eh...
Mas acho que isso independe de religião, a
questão é se realemte há comprovação
"científica" que quaisquer coisa dessa
que seja.

[ ]'s

Marcelo Garcia

=============
Oi Marcelo,

há um ponto de vista não observado nesse seu pedido de comprovação científica. A Ciência só esboça 'comprovações' para fenômenos dentro de um contexto muito bem específico. Para os fenômenos relacionados com o calor há uma teoria vigente; para o som há uma teoria vigente etc. Os enólogos entendem de vinho e o Takata entende de biologia. Cada qual no seu campo de 'verdades'.

Vinho transformar-se em sangue é possível, mas primeiro deverá passar pela fase de ectoplasma; o vinho (a videira) deve morrer (já ouviu falar em espírito de vinho ... é comum entre enólogos) e depois retornar como massa ectoplasmática retida em frasco de Florence. Dessa massa, sob influência de campos temporais da máquina de Kirlian, chega-se ao sangue com certa facilidade.

Não entendo bem esse negócio de incorruptíveis ... tem algo a ver com nossos políticos? Os rostros deles ficam marcados em toalhas do senado ... e espero que sejam incineradas e não simplesmente lavadas com o OMO + + + + branco que os outros.

Não é do propósito da Ciência estudar milagres e sim fenômenos naturais ... de preferência 'paupáveis' e 'visíveis'.
A ciência também pode descambar para o místico mas, para tanto, deve escolher um caminho de difícil acesso até para os físicos, um pântano desconhecido (para não receber muitas críticas) ... assim é o caso da quântica que evoca o lado negro da "Força" nas suas supercordas. O místico da coisa aqui são as matemáticas esdrúxulas só conhecidas de altíssimas autoridades dentro da "Força" e fora do alcance ou da física experimental dos pobres mortais físicos e pequenos matemáticos. Eles evocam soluções paramétricas de equações de ordem 10 e, para os ouvidos (atualmente, orelhas) não apurados dizem ... é a ligação com a gravitação ... e após isso soltam um bafo digno de retornar aos enólogos. Uma confusão.

[]'
Léo
=================

> []'
> Léo
> ===============
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Mr. Vain" <vain@u...>
> Para: <ciencialist@y...>
> Enviada em: domingo, 23 de setembro de 2001 00:31
> Assunto: [ciencialist] Milagres!?!?
>
>
> Olá turma,
>
> Num debate um dos interlocutores afirmou que os milagres abaixo
> são passíveis de comprovação científica. Há alguma
> informação sobre isso?
>
> "Milagre de Lanciano, em que uma hóstia e um
> cálice de vinho consagrados, se transformam em Corpo
> de Sangue humanos, que inexplicavelmente estão incorruptíveis.
> Milagre do poche de Juan Diego, em que milagrosamente
> se gravou uma estampa de Nossa Senhora de Guadalupe,
> que embora esteja em um pano perecível, jamais pereceu
> e do qual depois de analisado por analista da Nasa, descobriu-se
> coisas extraoridinárias, como o fato de, ao se ampliar
> em milhares de vezes o olho de Maria gravado no pano,
> se pode ver um grupo de pessoas iguais aquelas que estavam
> na frente de Juan Diego quando ocorreu a gravação da
> imagem no ponche dele. Corpos incorrupitíveis..."
>
> [ ]'s
>
> Marcelo Garcia
>
>
>
>
>
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> http://www.ciencialist.hpg.com.br
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Para sair da lista envie um mail para
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html





SUBJECT: Cuidado com os rankings científicos
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2001 23:09


----- Original Message -----

Esse artigo é um pouco longo, mas muito interessante, vale a pena ler.

http://www.prometeu.com.br/bb-lea.asp

Cuidado com os rankings científicos

Por que deve-se temer as avaliações sobre quem produz mais ciência, e como
essas avaliações discriminam o Terceiro Mundo.

Lea Velho
(Professora doutora do Departamento de Política Científica e Tecnológica,
Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP)



A avaliação do trabalho científico através de indicadores
quantitativos é um tema que vem ganhando cada vez mais espaço em estudos
acadêmicos e não é por acaso. Essa avaliação, ou melhor, os diversos tipos
de avaliações de trabalhos científicos, são um dos critérios utilizados por
governos e órgãos multinacionais, como a Unesco ou a Organização Mundial da
Saúde, para decidir como direcionar seus recursos destinados à pesquisa e ao
desenvolvimento. Trata-se de um instrumento com o qual está-se decidindo
quem vai ganhar dinheiro para pesquisar ou quem será tido como improdutivo e
que, por isso, vai ter que se contentar com menos ou nenhum recurso. Para os
mais diversos donos e gestores de recursos, faz cada vez mais sentido
utilizar avaliações da produção científica, pois a disponibilidade de
recursos para ciência é limitada e compete com os demais setores de
investimento público. Além disso, o procedimento de deixar a decisão de como
alocar recursos para ciência exclusivamente com os próprios praticantes
dessa atividade é algo questionável e que deixa muito a desejar.

Portanto, são as avaliações quantitativas dos trabalhos científicos
utilizadas internacionalmente que apontam para este ou aquele cientista,
esta ou aquela área do conhecimento, este ou aquele país, como mais férteis
ou mais produtivos. E é aqui onde reside um problema grave para o qual os
avaliadores da ciência nos mais diversos níveis e a comunidade acadêmica em
geral deveriam atentar. Convém aqui também um grave alerta aos jornalistas,
especialmente os especializados na cobertura de temas científicos, que
muitas vezes repercutem a divulgação dessas avaliações com manchetes
seguidas de comentários do tipo "o cientista brasileiro que mais publicou,
ou que é mais citado, é fulano de tal", ou ainda mais grave, "a ciência
brasileira com maior número de citações em trabalhos científicos é esta ou
aquela". O grande problema em generalizações do tipo, tão ao gosto da mídia,
é que elas podem embutir graves erros, motivados por alguns vícios de origem
dos índices usados para essas avaliações.

Falemos do índice que serve de base para quase todas avaliações da
produção científica, o Science Citation Index (SCI), compilado desde 1963
pela empresa americana Institute for Scientific Information (ISI), que
mantém a maior base de dados bibliográfica, hoje disponível também via
internet. O SCI coleta citações a autores feitas em artigos publicados nas
revistas que tem indexadas (há apenas três brasileiras num total de 3.762
revistas. Na lista adicional intitulada "SCI Expanded" há quinze revistas
brasileiras para 5.891 indexadas) e elabora, com estas citações, um lista
dos que mais apareceram, gerando os conceitos e métodos para medir a
literatura científica. O índice lista publicações (artigos e periódicos),
citações e autores (cientistas individuais, projetos, departamentos,
institutos, países), agregados das maneiras mais diversas (por escolas de
pensamento, por grupos teóricos, por especialidades, "redes", aglomerados
etc), a fim de representar estrutural e graficamente os domínios e níveis da
atividade de pesquisa na ciência. Esse tipo de avaliação também foi
impulsionado pelos vastos avanços tecnológicos que permitiram uma base de
dados computadorizada onde uma informação pode ser facilmente encontrada,
como quantas vezes tal cientista foi citado ou qual disciplina tem maior
número de citações. Aparentemente simples e direto, e por isso adotado sem
cerimônias por quase todos os que se dispõem a avaliar produção científica,
o SCI enquanto base de dados, de fato, apresenta uma série de problemas,
tanto do ponto de vista conceitual como metodológico.

A premissa básica dos estudos de citações como medida do desempenho
científico é que uma publicação deve ter certa qualidade básica para gerar
impacto (isto é, o número de citações que um artigo recebe num dado
período). Essa premissa, no entanto é bastante discutível por uma série de
problemas, tais como:

. Há uma reconhecida tendência dos cientistas de se auto-citar (fazer
"propaganda" do seu próprio trabalho) e de citar seus amigos, já que conhece
bem seus trabalhos anteriores e os de seus amigos.

. O sistema de comunicação científica internacional é bastante imperfeito e
o acesso a trabalhos varia consideravelmente, o que torna questionável a
atitude de mensurar algo apenas pelas citações.

. Há uma barreira linguística que muitas vezes separa os cientistas de
determindas publicações indexadas no SCI, de onde são colhidas as citações.

. Trabalhos de pesquisa fundamental são muito mais citados do que os
experimentais, o que não significa que são mais importantes.

. Práticas de publicação variam entre as áreas do conhecimento. Não se pode,
por exemplo, dizer que a física é mais produtiva que a matemática com base
nos trabalhos publicados de uma e outra. São ciências diferentes, com
culturas diferentes no que se refere à divulgação em revistas científicas.

. Trabalhos são citados sem terem sidos lidos e analisados cuidadosamente.

. Citações são muitas vezes feitas de segunda mão, isto é, levantadas de um
outro artigo, sem terem sido lidas e sem dar crédito ao trabalho que
primeiramente as apontou.

. Citações são muitas vezes colocadas depois que o trabalho de pesquisa está
pronto, quase como uma "decoração" para se seguir o "ritual" acadêmico.

Vícios de origem

Há também alguns vícios de origem nas avaliações da ciência por meio de
índices como o SCI. Elas se baseiam muitas vezes em premissas que não são
verdadeiras. Uma delas é a de que o objetivo da ciência é unicamente, ou
principalmente, a produção de novos conhecimentos científicos, como os que
são divulgados em periódicos. Isso ignora outros objetivos da pesquisa
científica tais como a contribuição para solução de problemas nacionais,
regionais, locais; a contribuição para o desenvolvimento tecnológico; a
formação e treinamento de novos pesquisadores e de pessoal qualificado para
as profissões; o aumento do prestígio nacional e internacional de um país (o
que, nas sociedades modernas, tem uma conotação de poder); garantia da
autonomia de um país num determinado setor e a influência sobre a visão de
mundo da sociedade em geral. Esse aspectos todos não são considerados pelos
indicadores de "output" usados convencionalmente, tais como as citações em
periódicos.

Outra premissa equivocada na utilização de índices como o SCI é que o
produto da ciência e sua qualidade refletem-se integralmente nos
instrumentos escritos formais de comunicação científica, particularmente nos
periódicos científicos, ou seja, os cientistas são recompensados pelas
contribuições originais que fazem ao avanço do conhecimento científico por
meio da estima e reconhecimento que recebem de seus pares que lêem seus
artigos publicados.

Ocorre, entretanto, que vários autores consideram que a publicação
formal é apenas um dos tipos de comunicação em ciência -- menos
significativo e radicalmente diferente dos meios informais -- e portanto,
acreditam que faz pouco sentido derivar medidas quantitativas a partir da
literatura científica. Eles argumentam que o conhecimento tácito -- por
exemplo, a aprendizagem de técnicas de laboratório durante o treinamento e
os processos de "negociação" entre colegas -- é parte constitutiva da
ciência e que, por definição, não pode ser descrita na literatura
científica. Ignorar esses meios de comunicação informal, como os indicadores
quantitativos convencionais fazem, é mais do que simplesmente escolher uma
técnica analítica; significa a perpetuação de um relato por demais racional
dos processos científicos, que sistematicamente obscurece suas
características fundamentais. E, "oferecendo uma visão geral objetiva da
ciência 'como ela é', tais métodos implicam um enfoque impropriamente
positivista e realista", nas palavras de D. Edge (1).

Além do conhecimento tácito, outros tipos de conhecimento gerados pela
pesquisa podem não chegar até a literatura científica publicada por uma
série de motivos que podem ser chamados de sociais: falta de motivação em
função do sistema de recompensa vigente; dificuldade de acesso aos
periódicos científicos; cláusula de confidencialidade imposta pela
institutição em que trabalha etc. Mesmo ignorando essas objeções, para
transformar uma contagem de publicações em uma medida do conhecimento
gerado, tem que se admitir que todo artigo contém a mesma contribuição ao
conhecimento -- apesar dessa premissa ser muito pouco plausível.

Na verdade chega a haver um certo consenso no sentido de que número de
publicações não reflete qualidade em ciência, e por isso é que se lança mão
da contagem de citações recebidas por um determinado trabalho como medida de
sua qualidade. Essa equivalência de número de citações com qualidade de um
artigo citado é provavelmente o aspecto mais controverso e debatido em toda
a literatura sobre indicadores científicos. Por mais de vinte anos, alguns
sociólogos têm alertado para o fato de que dados de citação não deveriam ser
usados em pesquisa até que eles fossem melhor entendidos. Um bem conhecido
"aviso prévio" veio de Kaplan (2) que sentia que "é fácil demais fazer
inferências injustificadas a partir de análise de citações", seguido por
Mulkay (3), que afirmava que "o uso dos padrões de citações [.] claramente
envolve uma teoria de citação que está longe de ser satisfatoriamente
elaborada". Além desses autores, vários outros têm enfatizado que a análise
de citações requer, urgentemente, fundamentos epistemológicos mais seguros e
que qualquer relação entre citação e comportamento dos cientistas só pode
ser estabelecida por decreto do analista. Apesar disso, dados de citação têm
se tornado cada vez mais usados, ao ponto de que as observações de Kaplan no
seu artigo inovador de 1965 serem tão relevantes hoje quanto eram naquela
época.

Outra limitação frequentemente apontada dos indicadores científicos de
"output" é que eles não levam em consideração as diferenças significativas
na organização, no sistema de comunicação e no comportamento dos cientistas
das diferentes áreas do conhecimento, de diferentes países, e de naturezas
diferentes de pesquisa -- básica e aplicada. O fato de que a quase
totalidade dos estudos empíricos que tentaram estabelecer as relações entre
citações e reconhecimento terem sido conduzidos nos EUA e principalmente na
área de física no contexto acadêmico, torna a extensão dos indicadores para
as outras áreas, países e contextos, passível de questionamento.
Principalmente quando já se dispõem de informações substantivas pelo menos
sobre as diferenças que existem entre áreas do conhecimento, e mesmo entre
subáreas dentro da mesma área.

Controvérsias estendem-se também ao aspecto técnico da compilação de
informações para construção dos indicadores, isto é, `a metodologia usada na
formação da base de dados. Um problema técnico bastante sério com os
indicadores de "output", em particular, mas que se aplica aos indicadores
científicos em geral, é a falta de um referencial contra o qual se possam
comparar as medidas obtidas. Conforme enfatiza Morison (4), "ninguém tem
qualquer idéia real sobre qual proporção da população científica deveria
estar fazendo radioastronomia, quantos artigos deveriam ser publicados a
cada ano, ou deveriam ser citados por quantos europeus". Dessa maneira, o
que se acaba fazendo é comparar um país com outro, ou o presente com o
passado. Esse critério, no entanto, não nos dá nenhuma garantia de estarmos
caminhando no sentido desejado.

Prioridade ao Primeiro Mundo

Junte-se a isso as tendenciosidades do SCI em favor de países
cientificamente centrais e de língua inglesa que são amplamente conhecidas e
reconhecidas pelos próprios autores que as usam em seus estudos de avaliação
de pesquisa, caso de Frame (5) e Blickenstaff & Moravcsik (6).

O número de citações quando usado particularmente para avaliar pesquisa
em países periféricos tem pouca aplicabilidade. Embora considerando que
citação indica impacto, é óbvio que não pode existir impacto sem
visibilidade. Assim, para certas áreas específicas de pesquisa nas quais as
contribuições à pesquisa internacional é um objetivo legítimo e reconhecido,
as citações podem ser indicadores parciais úteis da visibilidade
internacional dos pesquisadores. Não se deve esperar mais que isso ou que o
número de citações sirva como instrumento de monitoração para comparar
unidades de pesquisa trabalhando no mesmo campo (departamentos, institutos)
dentro de um país ou entre países diferentes.

Quando as fitas contendo as informações do SCI foram descobertas como
instrumentos para se estudar a distribuição da ciência no mundo é evidente
que a América Latina não ia escapar ilesa de ter o esforço científico de
seus países comparado entre si e com o dos outros países do mundo.
Começou-se então a verificar que o critério está cheio de falhas quando se
realiza esse tipo de comparação. Alguns estudos empíricos tornaram esse fato
ainda mais evidente. Primeiramente, Roche & Freites (7) demonstraram que a
contribuição científica da Venezuela era, conforme dados coletados
localmente, pelo menos duas vezes maior que aquela estimada pelo SCI. Além
disso, Cagnin (8) trabalhou com outra base de dados de literatura científica
internacional, o Chemical Abstracts (CA), para avaliar o progresso
científico brasileiro na área de química de 1972 a 1982 e, comparando os
números do CA com os do SCI, constatou que esse último subestimava
consideravelmente a contribuição brasileira na área. Finalmente, num debate
levado a cabo nas páginas da revista Scientometrics entre Velho (9) e
Moravcsik (10) ficou claro que os dados de publicação e citação obtidos
dentro de um determinado país periférico não podem ser comparados com
aqueles obtidos para o mesmo país a partir do SCI e, talvez mais importante,
que o quadro da ciência que se desenha com o uso de cada uma dessas bases de
dados é significativamente diferente.

Pressupostos simplistas para a América Latina

Ainda que estudos usando o SCI continuem a ser conduzidos,
desenvolveu-se um tal descrédito com relação a indicadores científicos
derivados dessa base de dados para se analisar a ciência na América Latina,
que poucos analistas hoje se aventuram nessa direção. Os responsáveis pela
publicação do SCI estão conscientes desse fato, tanto que em 1985 abriram as
portas do quartel-general do Institute for Scientific Information, na
Filadélfia, para abrigar uma reunião financiada pela Fundação Rockfeller e
pela National Science Foundation (EUA), que objetivou especificamente
discutir a questão: "A ciência feita nos países de Terceiro Mundo está
adequadamente representada nos indicadores bibliométricos internacionais de
produtividade científica?". O relatório final dessa reunião menciona que "os
participantes estimaram que apenas metade da produção do Terceiro Mundo que
atinge os padrões internacionais de excelência está incluída no SCI", como
cita Moravcsik (10). Em outras palavras, isso significa que os participantes
consideram que basta multiplicar por dois a contribuição dos países
periféricos hoje detectada pelo SCI e se obterá a produção científica "real"
de qualidade internacional originada desses países. Na verdade, fica claro
que não existe evidência que justitique essa conclusão; ela é baseada apenas
em dois pressupostos, ambos bastante simplistas e, certamente equivocados:

Que a cobertura incompleta da produção científica do Terceiro Mundo pelo SCI
afeta todos os países periféricos e todas a áreas do conhecimento da mesma
maneira. Sabe-se que isso não é verdade; o próprio Frame (11) admite, por
exemplo que a produção científica brasileira é mais subestimada que a dos
outros países latinoamericanos porque está escrita em português. Ao mesmo
tempo, Rabkin (12) apurou que a produção científica das ex-colônias
britânicas na Africa, porque publicada em inglês, tem mais visibilidade
internacional que a de outros países africanos. Além disso, a contribuição
científica dos países periféricos é muito maior em certas áreas de pesquisa
e especialidades do que em outras. Por exemplo, cerca de metade de toda a
produção científica em solos tropicais se origina do Terceiro Mundo, como
informam Chatelin & Arvanitis (13).
Que a literatura científica produzida pelos países periféricos em suas
próprias línguas nativas e não indexada pelo SCI é, geralmente, de baixa
qualidade ou sem interesse para a ciência internacional. Ou seja, aquilo que
é publicado localmente, e não vai aos periódicos mais conhecidos, não
atenderia aos padrões internacionais de "excelência". Esse modelo que faz
uma correspondência direta entre visibilidade internacional e qualidade e
relevância de pesquisa deve ser enfaticamente questionado. Estudos recentes
têm evidenciado que as decisões que os cientistas de países periféricos
tomam em relação a qual periódico publicar seu trabalho científico é
influenciada por uma série de fatores de ordem social e individual, que não
podem ser ditos como mantendo qualquer relação com a "qualidade" da
pesquisa. Isso fica bem claro por estudos como o de Velho (14) sobre a
comunidade científica da área agrícola no Brasil; ou o de Eisemon & Davis
(15), que cobriu as áreas de física, biologia, bioquímica, computação e
engenharia elétrica na Coréia do Sul, Formosa, Singapura e Malásia. A
contribuição principal desses estudos é que eles procuram, junto aos
cientistas, explicações para os comportamentos encontrados. Entre os motivos
identificados por eles para que cientistas prefiram publicar seus trabalhos
em periódicos locais estão: dificuldade de escrever em inglês; falta de
recursos para pagar as despesas de publicação exigidas por vários periódicos
internacionais; sentimento nacionalista de reforçar os periódicos de seus
proprios países e incentivar colegas a escrever na própria língua; atingir
uma audiência que não lê periódicos estrangeiros; dificuldade de acesso aos
periódicos internacionais quando nunca se estudou no exterior e o caráter
nacional ou regional de alguns tópicos de pesquisa focalizados pelos
pesquisadores de países periféricos. Tais motivos apontam para longe da
tradicional interpretação de que aquilo que é publicado na literatura
científica local dos países periféricos (ou melhor, aquilo que não é
"mainstream") é porque tem baixa qualidade, como os trabalhos baseados no
SCI querem nos fazer acreditar. Pelo contrário, eles deixam claro que a
escolha do canal de publicação pelos pesquisadores é feita com base em uma
infinidade de critérios e que esse processo todo tem que ser bem estudado e
compreendido antes que se façam julgamentos sobre a contribuição do Terceiro
Mundo ao conhecimento científico.
Em vistas desses fatos, fica claro que os dados do SCI dizem muito pouco
sobre o tipo e a qualidade de ciência que se faz nos países periféricos e,
consequentemente, de pouco servem como ferramenta para auxiliar a tomada de
decisões em política de C&T. Mesmo que o mantenedor do SCI, o Institute for
Scientific Information, siga recomendações que já lhe foram feitas no
sentido de ampliar sua cobertura dos periódicos de "qualidade internacional"
do Terceiro Mundo, ainda assim o SCI vai continuar refletindo uma parte
apenas do esforco científico desses países, definida através de critérios
que nem sempre são os que interessam a esses países.

É necessário ter claro que os objetivos da pesquisa científica, ou o
peso a ser dado a cada dimensão desses objetivos, variam de país para país,
variam com o tempo dentro de um mesmo país, variam de instituição para
instituição, e mesmo de indivíduo para indivíduo. Esse é um dos grandes
problemas da avaliação, pois os cientistas, os planejadores e financiadores
de pesquisa (públicos ou privados) e o público em geral têm frequentemete
expectativas contraditórias com relação aos objetivos e consequentemente com
relação aos produtos das pesquisas, assim como com relação aos padrões de
excelência pelos quais elas deveriam ser avaliadas.

Além disso, os diversos objetivos da pesquisa não estão necessáriamente
correlacionados, muito pelo contrário. Isso significa que o fato do sistema
científico de um país, uma institutição ou grupo de pesquisa ter um
desempenho excelente com relação a um determinado objetivo não é garantia
alguma de que ele terá desempenho semelhante com relação aos outros
objetivos. Na verdade, é um erro comum eleger uma única dimensão de
eficiência como principal e então usá-la como único padrão para fins de
avaliação. Os planejadores e financiadores frequentemente demandarão
objetivos e resultados que sejam relevantes do ponto de vista econômico ou
social e possivelmente considerarão a questão da excelência técnica ou
acadêmica como irrelevante ou menos importante. Os pesquisadores, por sua
vez, argumentarão que a produção de novos conhecimentos é pré-condição para
qualquer trabalho científico ou tecnológico. As autoridades universitárias
podem insistir na avaliação de grupos de pesquisa em termos de sua
contribuição ao ensino. O erro oposto também é comum e consiste em se
aceitar sem critérios ou análises os objetivos de pesquisa auto-definidos
pelos grupos de pesquisa ou instituições como único critério para sua
avaliação.

Por tudo isso, é extremamente importante que as avaliações de produção
científica levem em consideração que os índices podem abrigar, como já foi
dito, inúmeros vícios de origem. A reprodução dessas quantificações em
reportagens, como se tem feito no Brasil, pode "comprar" essas informações e
equivocadamente repassar ao leitor uma visão do meio científico
primeiro-mundista, parcial e totalmente disforme.



1) EDGE, D. (1979), "Quantitative Measures of Communication in Science: a
Critical Review", History of Science, vol.17, pp.102-134.

2) KAPLAN, N. (1965), "The Norms of Citation Behavior: Prolegomena to the
Footnote", American Documentation, vol.16, nº3, pp.179-184.

3) MULKAY, M.J. (1969), "Some Aspects of Growth in the Natural Sciences",
Social Research, vol.36, nº1, pp.22-52.

4) MORISON, R. S. (1982), "Needs, Leads and Indicators", in M. C. La
Follette (ed), Quality in Science. Cambridge, Mass.: the MIT Press,
pp.33-47.

5) FRAME, J. D.; F. NARIN & M. P. CARPENTER (1977), "The Distribution of
World Science", Social Studies of Science, vol.7, pp.501-516.

6) BLICKENSTAFF, J. & M.J. MORAVCSIK (1982), "Scientific "output" in the
Third World", Scientometrics, vol.4, pp.135-169.

7) ROCHE, M. & Y. FREITES (1982), "Produccion y Flujo de Informacion
Cientifica en un Pais Periferico Americano (Venezuela)", Interciencia,
vol.7, nº5, pp.279-290.

8) CAGNIN, M. A. H. (1985), "Patterns of Research in Chemistry in Brazil",
Interciencia, vol.10, nº2, pp.64-77.

9) VELHO, L. (1986), "The 'Meaning' of Citation in the Context of a
Scientifically Peripheral Country", Scientometrics, vol.9, nº 1-2, pp.71-89.

VELHO, L. (1987a), "The Author and the Beholder: How Paradigm Commitments
Can Influence the Interpretation of Research Results", Scientometrics,
vol.11, nº1-2, pp.59-70.

10) MORAVCSIK, M. J. (1987), "In the Beholder's Eye: a Possible
Reinterpretation of Velho's Results on Brazilian Agricultural Research",
Scientometrics, vol.11, nº1-2, pp.53-57.

11) FRAME, J. D. (1977), "Mainstream Research in Latin America and the
Caribbean", Interciencia, vol.2, pp.143-147.

12) RABKIN Y. M.; T. O. EISEMON; J.J. LAFITTE-HOUSSAT & E.M. RATHGEBER
(1979), "Citation Visibility of Africa's Science", Social Studies of
Science, vol.9, pp.499-506.

13) CHATELIN, Y. & R. ARVANITIS (1988), "Research on Soils and Agriculture
of LDCs: the Balance Between International and Regional Trends, Social
Studies of Science, no prelo.

14) VELHO, L. (1985), "Science on the Periphery: a Study of the Agricultural
Scientific Community in Brazilian Universities", tese de Doutorado
apresentada `a Universidade de Sussex, Inglaterra.

15) EISEMON, T. O. & C. H. DAVIS (1988), "Publication Strategies of
Scientists in Four Peripheral Asian Scientific Communities: Some Issues in
the Measurement and Interpretation of Non Mainstream Science", Centre for
Cognitive and Ethnographic Studies, McGill University, Canada (mimeo, a ser
publicado como capítulo de livro)



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SUBJECT: Re: Cuidado com os rankings científicos
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2001 17:33

> Cuidado com os rankings científicos
>
> Por que deve-se temer as avaliações sobre quem produz mais ciência,
e como
> essas avaliações discriminam o Terceiro Mundo.
>

:) Aproveitando o gancho, um texto da 'Humor na ciencia'
http://www.humornaciencia.cjb.net

Para solucionar o problema, eh soh seguir a 'corrente de citacoes'.


###Corrente de citações

Agora acabaram os seus problemas com a falta de citação do seu nome
em outros trabalhos. Através deste sistema você conseguirá centenas
de citações aumentando muito o seu prestígio junto ao comunidade
científica!

Esta carta já circulou pelo mundo sete vezes. Agora ela está em suas
mãos! O procedimento é simples:

- na sua próxima publicação científica inclua a lista de nomes que
você está recebendo

- retire o primeiro nome da lista, coloque o seu nome na última
posição da lista

- envie uma copia desta carta com o seu nome na lista para 10 outros
colegas cientistas

Não quebre esta corrente! Só assim você terá garantido o seu sucesso.

O Doutor Engan Hado participou desta inovadora idéia e teve seu nome
citado 9 670 vezes! Veja o seu relato:

"Esta idéia é incrível! Eu não pude acreditar quando vi que meu nome
estava ganhando fama no mundo científico de maneira muito simples. Eu
até fui agraciado com o prêmio Esel da Universidade de Frankenfurt!"

Segue a lista com os nomes:

1 - Adriana G. Ladeira
Geometria eucidiana de espaços não-lineares em sistemas do tetraedro
de base quadrada.
Mathematics Yesterday - 12, 76-85 (1992)

2 - Charles Tão
Influência dos vapores de metino em compostos poliméricos alfa-
saturados.
Journal of Non-Materials Chemistry - 23, 65-66 (1994)

3 - Rupert Shell Fake
Determinação de polietileno tereftalato em coprólitos.
Geology Untamed - 45, 56-450 (1999)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna






SUBJECT: Sobre as origens da fisica moderna
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/09/2001 17:39

Sobre as origens da física moderna

(Editorial da Revista Integração número 26 - no prelo - Adaptado de mensagem
enviada para o news uol.carreiras.fisica.)


Caro Bruno:

Dentre as inúmeras controvérsias que venho apontando e que caracterizam
nosso diálogo gostaria, nesta mensagem, de focalizar a atenção em algo que
julgo fundamental. Aliás, você há de ter notado que venho mudando o enfoque
de meu discurso. Não que assuma, do ponto de vista epistemológico, ter
cometido algum erro; mas percebo que você está um passo à frente da maioria
daqueles com quem discuti o assunto anteriormente. Quero, então, expressar a
idéia da existência de uma autêntica física clássica, ao lado de outra,
também chamada clássica e newtoniana, mas a negar o que de mais importante
Newton nos legou.

Essa física, supostamente newtoniana, foi aquela que efetivamente
consagrou-se como tal na última década do século XIX; e era essa a física a
não explicar o espectro de radiação do corpo negro ou a experiência de
Michelson-Morley. Digno de nota é que os físicos da época não conheciam
elétrons, a não ser no terreno de idéias mal levadas em consideração --como
as de Faraday-- se bem que apoiadas na experimentação. Pois foi esta física
que, de maneira indevida, aceitou que qualquer coisa que pudesse
manifestar-se por efeitos elétricos ou magnéticos deveria reduzir-se aos
elementos básicos da teoria de Maxwell. E, não obstante, está patente na
monumental obra de Maxwell, e em vários de seus capítulos, que toda a
matemática apresentada adotou, como pressuposta, a existência dos fluidos
elétricos. A única concessão que Maxwell fez a respeito foi dar a entender
que, para ele, tanto fazia conceber a existência de um único fluido elétrico
como apelar para as teorias de dois fluidos elétricos, como a demonstrar uma
certa indiferença para com as briguinhas que pipocavam entre seus
contemporâneos e que Maxwell demonstrou, habilmente, estarem desprovidas de
sentido para a finalidade almejada.

As idéias de Maxwell em hipótese alguma garantem a existência de partículas
elementares, mesmo porque a teoria foi construída independentemente dessa
noção e, quero crer, da maneira como aconteceu, pois não seria possível
prevê-las pela teoria em si. Por outro lado, a existência de partículas
elementares não falsearia a teoria de Maxwell e tampouco modificaria seu
núcleo, a menos que se tentasse reconstruí-la de maneira que comportasse
essa existência. O que não se pode, a meu ver, é assumir gratuitamente que,
pela teoria de Maxwell, essas partículas gerassem um campo idêntico aos
objetos macroscópicos utilizados por Maxwell em suas hipóteses básicas,
quais sejam, carga elétrica e corrente elétrica. E é exatamente nesse ponto
que começam nossas divergências.

Você diz que o campo de um elétron ou, em suas palavras, o quantum do campo
eletrônico, teria simetria esférica, a exemplo do campo de uma carga
elétrica. E eu digo que esse campo não pode ser coulombiano, apoiando-me na
experimentação como deveria ser interpretada por um físico clássico de fato,
se bem que não por outro físico clássico a já assumir como verdadeiro aquilo
que, para mim, seria um absurdo. Mas, então, você afirma que todas as
experiências eletromagnéticas efetuadas retratam o comportamento coulombiano
que, pelo que você deu a entender, seria um campo a variar com o inverso do
quadrado da distância. Mas isso, por si só, não é um campo coulombiano. O
campo magnético de um elemento de corrente (lei de Biot-Savart) varia com o
inverso do quadrado da distância e não é um campo coulombiano: nem é
elétrico, nem é de simetria esférica. O campo "de efeitos elétricos" da
minha teoria*, sob o ponto de vista matemático, é muito parecido com o campo
da lei de Biot-Savart; ele tem um co-seno no lugar do seno ou então o que
chamo "produto vetorial interno" no lugar do produto vetorial externo ou
tradicional; e, também, não tem simetria esférica, mas também varia com o
inverso do quadrado da distância; para uma direção constante, ele cai
exatamente da maneira observada na lei de Coulomb.

Por que então eu afirmaria que o campo de um elétron não pode ser
coulombiano na visão de um físico clássico de fato? Porque para esse físico
clássico todos os fenômenos observados deveriam ser explicados por meio dos
postulados básicos de sua física clássica; e quando falo em postulados não
estou me referindo aos princípios da mecânica de Newton, mas aos axiomas ou
pressupostos da física newtoniana e que, de maneira sucinta, caracterizariam
o que afirmei como sendo os pilares básicos dessa física: espaço, tempo,
matéria, movimento da matéria e informação do movimento da matéria. E digo
mais: por esses axiomas não há como confundir espaço com tempo nem matéria
com movimento da matéria. Ou seja, se nós quisermos manter os axiomas da
física newtoniana intactos, não poderemos, em hipótese alguma, apoiados
agora na experimentação, interpretarmos as experiências por meio da
aceitação a priori da existência de um elétron responsável por algo que
possa ser caracterizado como o campo de uma carga elétrica coulombiana e,
como tal, de simetria esférica.

Em outras palavras: qualquer experiência a "garantir", sem dar margem a
dúvidas, que o campo elétrico gerado por um elétron é coulombiano, estaria a
meu ver falseando, de maneira irrefutável, a física newtoniana. Mas... essa
experiência já foi feita? Na sua opinião, parece que sim. Na minha opinião,
parece que não; se tirarmos a média de nossas opiniões, diria que a
problemática ainda não foi resolvida, pois a mim parece que as coisas ainda
não foram elucidadas da maneira como enfatizei, qual seja: sem dar margem a
dúvidas. É claro que essa média não é para ser levada a sério, pois o
falseamento não é algo a se sujeitar a opiniões pessoais. Sob esse aspecto
diria que estou fazendo um inocente jogo de palavras.

Vamos então aceitar, ainda que por hipótese, que o que eu digo não seja
assim tão sem fundamento; e que até o momento nós
estivéssemos --raciocinando
como alguém a viver no final do século XIX-- a contemplar uma física
clássica
ainda não falseada. Nessas condições, Lorentz jamais poderia supor
gratuitamente que o campo de um elétron seria coulombiano, nem mesmo após a
experiência de Thompson (1897), a supostamente medir a relação e/m; e nem
mesmo após a experiência de Millikan, efetuada bem mais tarde. O máximo que
se poderia dizer, após a experiência de Thompson ter sido efetuada, seria
que o elétron está sujeito a uma força que poderia ser do tipo coulombiano,
mas que também poderia não ser. Optou-se, então, pela primeira afirmativa e,
com isso, construiu-se uma nova física que se assumiu como sendo a própria
física clássica. E essa é a verdadeira origem do que chamei em outra
mensagem de "física clássica na visão de um físico moderno dos dias atuais",
ou seja, aquela que não consegue explicar grande número dos fenômenos que
ocorrem na natureza; ou seja, a física clássica foi falseada por um decreto
e, salvo maior juízo, creio que poderíamos chamá-lo de Decreto de Lorentz.
Esse decreto acabou sendo referendado como tal por todos os físicos do
século XX, até mesmo por aqueles que jamais se satisfizeram com a física do
século XX e que, na minha modesta opinião, constituem a imensa maioria dos
físicos que conheci, seja pessoalmente, seja por meio das leituras que fiz a
respeito desses descontentamentos manifestos. Eles não querem admitir que
estão errados, mas se expressam com freqüência por meio dessa peculiar
idiossincrasia.

Assumindo-se esse decreto como irrevogável, irretratável e irrecorrível
(olha aí a origem do partido único, que chamei em outra mensagem de Partidão
da física moderna, a existir mesmo antes de Thomas Kuhn ter nascido), não
existe mais física newtoniana, ou seja, a física newtoniana foi abolida da
face da Terra por decreto. O que sobrou da mesma convencionou-se continuar
chamando de física clássica e, por extensão, aquela que, por não explicar
grande parte de fenômenos que ocorrem na natureza, precisaria sujeitar-se a
algumas modificações em seus pilares básicos. E, daí, surgiu a física
moderna com a relatividade, de um lado, e a física quântica, de outro. E daí
surgiu aquela história de assumir que, em casos limites, a física moderna
confunde-se com a física clássica. Sim, é verdade, mas confunde-se tão
somente com a física clássica que aceita uma natureza fluido-coulombiana
para as partículas elementares, ou seja, aquela que por não ter dado certo
precisou de adaptações que a despersonalizaram, a menos de uma condição
limite.

Quando digo então que a física quântica apóia-se na noção de fluidos
elétricos, entenda-se: a física quântica tornou-se necessária porque a
física que tentou expandir para o microcosmo as idéias do modelo dos fluidos
elétricos de Maxwell --e que funcionava muito bem para o macrocosmo-- não
conseguiu explicar alguns fenômenos importantes encontrados na natureza e
relacionados ao comportamento das partículas do microcosmo. Em minha maneira
resumida de focar o problema, via de regra devida ao fato de não me darem
chance de expressar o que efetivamente penso, fica aquela impressão, que não
pretendi dar, de que os físicos quânticos estariam fluidificando as
partículas. Isto se confunde ainda mais quando interpretado sob o ponto de
vista da dualidade corpúsculo-onda e/ou do chamado colapso ou descolapso da
função de onda. Mas essa é uma outra fluidificação que tem a sua lógica
própria, a apoiar-se nos conceitos de onda, nuvem ou mesmo densidade
probabilística. Esse é um outro problema que raramente chega a me
interessar, a não ser quando tento entender como foi que uma coisa que
evoluiu a partir de um erro deu origem àquela matemática que dá certo sem
que se saiba onde, quando e nem porquê. (A.M.F)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Entrevista com Cesar Lattes (e Danhoni)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2001 22:49

Pra quem gosta de ver briga de fisicos... e algo mais.

Trechos:

[Aposentado desde 1986, Lattes diz aceitar a Bíblia como a origem da
matéria. "Sou judeu, católico apostólico romano, stalinista, cristão,
ortodoxo, animista e maometano", brinca, ao ser questionado sobre
religião.]


[Mas a pergunta: se nada pode escapar de um buraco negro, como pôde
o Universo nesse ponto singular se expandir? Ou seja, é uma coisa
muito fantasiosa.] Danhoni, falando do Big Bang.


[Einstein é um palhaço, plagiador! Um século de tapeação e ninguém
desmascarou.] Lattes


[JU – Como vocês avaliam a física no Brasil?
Danhoni – A ciência brasileira está muito condicionada pela
Califórnia, que tem um indexador de revistas científicas, o
ISI, "Institute for Scientific Information" (Web of Cience), um
grande truste que indexa revistas do mundo inteiro – oito mil dentre
cerca de 150 mil publicações, pouquíssimas no Brasil. E se você não
publica nessas revistas, não faz ciência séria. A ciência séria,
portanto, está atrelada à ciência que é feita no primeiro mundo.]

Para ver a entrevista na integra visite:

http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/ago2001/unihoje_ju165pag
10.html

e nao esqueca da sequencia em

http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/ago2001/unihoje_ju165pag
11.html


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna






SUBJECT: Falta de investimento do setor privado leva Brasil a ficar atrás da Croácia no ranking de desenvolvimento tecnológico
FROM: Margareth Treichel Glüger <gluger@tcheweb.com.br>
TO: "Ciencialist@Yahoogrupos. Com. Br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/09/2001 23:18

PessoALL:

Resolvi repassar. Só confirma o que já sabemos, não?
Saudações,
Margareth :þ)

http://www.jb.com.br/
Domingo, 23 de Setembro de 2001

Abismo entre pesquisa e progresso
Falta de investimento do setor privado leva Brasil a ficar atrás da
Croácia no ranking de desenvolvimento tecnológico



DANIELLE NOGUEIRA
Os modestos investimentos do setor privado brasileiro em pesquisa abriram
um abismo entre a produção científica nacional e a aplicação desse
conhecimento. Enquanto o Brasil ocupa o 17° lugar no ranking internacional
de publicação de artigos científicos, acima da Bélgica e da Noruega, no
Índice de Avanço Tecnológico (IAT), divulgado recentemente pela ONU, o país
cai para a 43ª posição, atrás dos vizinhos Chile e Argentina e de países
arrasados pela guerra, como a Croácia. Os dados constam do Livro Verde,
documento elaborado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia que servirá de
base para traçar estratégias para atrair o capital privado para a pesquisa,
transformando descoberta científica em inovação tecnológica.
Em 1999, foram aplicados R$ 8,4 bilhões em pesquisa e desenvolvimento no
Brasil, o equivalente a 0,87% do PIB. Estamos pouco atrás da Espanha, que
investiu 0,9% do PIB no mesmo ano. A comparação seria motivo de euforia se
investimento fosse sinônimo de resultado. No IAT, que mede o desenvolvimento
tecnológico, os espanhóis ficaram 24 lugares acima de nós. Um dos principais
fatores para essa diferença está na participação das empresas no
financiamento da pesquisa. No Brasil, elas responderam por 35,7% dos
recursos em 1999. Nos países europeus, o percentual chega a 70%.

Patentes - Para constatar essas diferenças, não é preciso olhar para o
Primeiro Mundo. A Coréia do Sul investiu mais de 2,5% do PIB em pesquisa
naquele ano, dos quais mais da metade veio do setor privado. O resultado é
sensível. Enquanto o Brasil depositou apenas 113 pedidos de patente nos
Estados Unidos em 2000, o tigre asiático encaminhou 3.472 pedidos. ''A
Coréia do Sul soube transformar conhecimento em tecnologia. O Brasil não
conseguiu fazer isso. Formamos 5 mil doutores por ano, mas não conseguimos
avançar na inovação tecnológica'', diz Roberto Nicolsky, membro do conselho
de tecnologia da Firjan.

O descaso do empresariado brasileiro tem razões estruturais. Num mercado
fechado, de pouca competitividade, e no qual o Estado assumiu o papel de
industrializar o país, os empresários não viam necessidade de investir em
modernização. ''Era mais fácil importar tecnologia que investir. Mas essa
cultura nos traz graves problemas. O primeiro é que a tecnologia importada
não é voltada para nossa realidade e, em geral, é defasada. O segundo é que
pela maioria dos contratos de transferência tecnológica, somos proibidos de
exportar os produtos derivados da tecnologia adquirida'', diz o economista
Edson Nunes, ex-presidente do IBGE e pro-reitor da Universidade Cândido
Mendes. Só em 1999, os royalties pagos por empresas brasileiras para
aquisição de tecnologia totalizaram US$ 1,9 bilhão.

Defasagem - O presidente da Fiesp, Horácio Lafes Piva, reconhece a
negligência do setor privado. ''No Brasil, a pesquisa se concentra nas
universidades públicas. Nós, empresários, não temos dados a devida
importância a essa questão'', diz Piva, que participou da Conferência
Nacional de Tecnologia, semana passada, em Brasília. O presidente da
Academia Brasileira de Ciências, Eduardo Krieger, também presente na
conferência, faz coro. ''Nos países desenvolvidos, as grandes indústrias
fazem pesquisa. Não há mais defasagem entre criação e aplicação'', afirma.

Nicolsky faz o mea culpa, mas critica o governo pela falta de subsídios.
''O investimento em tecnologia é de alto risco. Se o governo não dividir os
custos com o empresariado, dificilmente assistiremos a um aporte de recursos
privados em pesquisa. Nos países desenvolvidos, a renúncia fiscal pode
chegar a dois terços dos recursos investidos em pesquisa'', diz.

Diagnóstico - O ministro de Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg
reconhece que o cenário não é favorável ao investimento privado, mas
assegura que a situação vai mudar nos próximos anos. ''O que estava faltando
era fazer o dever de casa: fazer um diagnóstico, traçar planos, estabelecer
metas, verificar as possibilidades. Esse foi o objetivo do Livro Verde'',
afirma Sardenberg, que aposta nos fundos setoriais e na lei de inovação
tecnológica para aproximar universidades e empresas e, com isso, diminuir o
gap entre produção de conhecimento e inovação tecnológica.

Para o economista e editor Cesar Benjamin, as novas políticas de fomento à
pesquisa devem ser acompanhadas por mudanças no modelo econômico.
''Tradicionalmente, os setores de ponta da indústria foram entregues às
multinacionais e estas preferem fazer pesquisa na sede. Dessa forma, dão
empregos a pesquisadores estrangeiros e tiram vagas de nossos cientistas'',
diz Benjamin, acrescentando que, com a privatização, as empresas que mais
investiam em tecnologia, como a Telebrás, passaram a ser controladas por
sócios estrangeiros, que tendem a transferir as atividades de pesquisa para
seus países.

Colaborou Leonardo Echeverria



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: hipoteses mesquitianas
FROM: "L. B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2001 00:00

"Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...> wrote:

Olá Mesquita e demais membros da lista.
Aproveitando que você ainda não tirou seu site do ar, proponho que
explique para gente como funcionam essas hipóteses que você tem feito
(ou usado) para alguns entes físicos.
(Eu sei, você já vem falando nisso há um bocado de tempo, mas sempre
é bom que você refresque a memória da gente, não acha?)
Gostaria de fazer algumas a perguntas a começar por uma: como você
imagina ser a carga elétrica? Quero dizer, suponha que uma carga de
módulo q possa ser isolada dentro de uma caixa. Como fica o campo que
ela cria? Ou não cria campo? (Suponha que só exista a carga e a caixa
e que aquela não interage com esta).
Espero que não se importe em explicar.

Abraços
Leandro.



SUBJECT: Re: Artefatos atômicos
FROM: "L. B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2001 00:13

Olá Antônio.

"Antonio" <a_ferrao@t...> wrote:


> Eu quis dizer que, deve existir algo mais na tecnologia atômica, do
que
> aquele esqueminha simples que nós aprendemos no colégio. Mais do que
isso,
> deve existir alguns "pulos do gato" importantes.
> Mas o meu sentimento é que isso vai além, entrando no campo da
divulgação
> científica. Repito: Isso é um sentimento.

É verdade. Existem detalhes que não são revelados como em muitas
outras produções industriais. Até alguns segredos de culinária não são
revelados a ninguém nem ensinados em cursos.

Leandro:
E deve haver uma pressão por parte do povo para o desarmamento
mundial e não construção. Ou você acha que o mundo terá paz se todos
estão armados até os dentes?

Antônio:
Não, eu acho que ninguém, nem mesmo os EUA, deveriam investir em tal
tecnologia. Talvez eu devesse dizer, principalmente os EUA, que é um
país perigosíssimo para a segurança mundial, com o seu conhecido
complexo de "dono do mundo".
Mas, se é tão estúpido investir-se enormes quantias de dinheiro na
construção destes artefatos nucleares, porque então algumas nações,
principalmente as mais ricas, o fazem? Segurança? Será que a França,
por exemplo, estaria sendo ameaçada? Ou será que ela não quer
"ameaçar"? E porque é que temos que ter o mundo dividido entre
"massacradores atômicos" e "massacráveis atômicos" ?

Leandro:

Eu não entendo algumas coisas. Se o mundo está defendendo o
desarmamento mundial e se isso vinha ocorrendo, por que você acha
melhor o Brasil entrar na contramão dessa corrida desarmamentista?
A paz deve ser buscada pelo desarmamento de todos e não armando tudo
e a todos.
E sem contar que os gastos em armas nucleares são elevadíssimos e
injustificáveis. Mesmo que se diga que existem novas tecnologias
"periféricas" que acabam sendo descobertas, ainda sim não se
justificam.
Vivemos um momento onde um risco de guerra nuclear é iminente e
iminente o fim da espécie humana (e de outras espécies também). Lutar
pelo desarmamento é lutar pela nossa sobrevivência.
Nunca concordei com a frase "se queres paz, prepara-te para a
guerra". Ela só torna verdade num mundo de bárbaros e não num mundo de
nações.

Abraços
Leandro.



SUBJECT: Re: [ciencialist] hipoteses mesquitianas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2001 03:19

----- Original Message -----
From: "L. B. Holanda"
Sent: Wednesday, September 26, 2001 12:00 AM
Subject: [ciencialist] hipoteses mesquitianas

> Olá Mesquita e demais membros da lista.
> Aproveitando que você ainda não tirou seu site do ar,

E nem vou tirar. Aliás, meu site é uma colaboração que presto no sentido a
que "possamos um dia retornar aos tempos em que a física era uma ciência
inteligível". Em outras palavras, é um site voltado à física clássica e
pretendo "mantê-lo no ar" por muito tempo, em homenagem ao meu xará (Albert
Einstein) que teria dito que "a física clássica flutua no ar". ;-)

> proponho que
> explique para gente como funcionam essas hipóteses que você tem feito
> (ou usado) para alguns entes físicos.
> (Eu sei, você já vem falando nisso há um bocado de tempo, mas sempre
> é bom que você refresque a memória da gente, não acha?)

Concordo. "Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura."

> Gostaria de fazer algumas a perguntas a começar por uma: como você
> imagina ser a carga elétrica?

Na minha teoria a carga elétrica não surge por hipótese mas em conseqüência
das hipóteses. Logo, não há porque imaginar algo é dedutível de outros
artefatos imaginários como, por exemplo, o "meu" elétron. A carga elétrica é
uma entidade real, pertencente ao nosso universo macroscópico e que
manifesta-se por propriedades constatáveis há séculos e mensuradas a partir
da experiência de Coulomb. Não há o que imaginar pois macroscopicamente ela
é o que é. A imaginação começa quando os físicos supõem que a carga elétrica
é constituída por "cargas elétricas" menores e estas últimas por outras
cargas elétricas menores ainda até chegarmos no elétron que para eles
continua sendo a unidade última de carga elétrica. Seria o mesmo que dizer
que a água é constituída por frações de água e estas últimas por outras
frações ainda menores de água até chegarmos na molécula de água que
poderíamos erradamente pensar que seria a unidade última da água
macroscópica (quantum de água) e, como tal, tão amorfa quanto a água que
bebemos. E não obstante, sabemos que a molécula de água não é um elemento
infinitesimal de volume de água e não é amorfa como sugere sua imagem
macrocósmica. Qualquer um que estudou alguma vez na vida noções elementares
de mecânica dos fluidos jamais cairia neste erro crasso.

Procurando eliminar a burrice que vigora na física há mais de 100 anos,
tentei imaginar um elétron não tão imbecil quanto este que é imposto aos
universitários. Pois o "meu" elétron gera um campo próprio, bastante
diferente do campo de Coulomb e, não obstante, quando milhares de elétrons
agrupam-se na superfície de um condutor eu consigo integrar este campo de
maneira a chegar num campo exatamente coulombiano. A coisa é tão elementar
que não me resta outra coisa a fazer a não ser recorrer a um outro
pensamento de Einstein:

"A história das descobertas científicas e técnicas revela-nos quanto o
espírito humano carece de idéias originais e de imaginação criadora. E
mesmo quando as condições exteriores e científicas para o aparecimento
de uma idéia já existem há muito, será preciso, na maioria dos casos,
uma outra causa exterior a fim de que se chegue a se concretizar. O
homem tem, no sentido literal da palavra, que se chocar contra o fato
para que a solução lhe apareça. Verdade bem comum e pouco exaltante para
nosso orgulho. (A. Einstein)

> Quero dizer, suponha que uma carga de
> módulo q possa ser isolada dentro de uma caixa. Como fica o campo que
> ela cria? Ou não cria campo? (Suponha que só exista a carga e a caixa
> e que aquela não interage com esta).

Sinceramente, noto por estas perguntas que você está demasiadamente cego
para sequer desconfiar do que estou falando. Estas perguntas já foram
respondidas por Coulomb, creio que em 1789. A minha teoria não modifica em
nada a teoria de Maxwell. A teoria de Maxwell vale para o macrocosmo. Esta
mesma teoria tem se mostrado impotente para explicar os fenômenos do
microcosmo e não porque esteja errada, mas porque o microcosmo é formado por
partículas que geram campos diferentes do campo coulombiano. O ELÉTRON NÃO É
UMA CARGA ELÉTRICA, no sentido macroscópico do termo.

O campo de "efeitos elétricos" de um elétron é, pela minha teoria, E = -
Kcos&/r^2 na direção do que chamo "eixo do elétron" e & é o ângulo entre
esta direção e a reta passando pelo elétron e pelo ponto onde se mede o
campo. Imagine agora um condutor esférico (condutor 1) com milhares de
elétrons esparços uniformemente por sua superfície e com seus eixos
perpendiculares a superfície. Efetue a integração do campo do elétron citado
acima para toda a superfície e encontre o campo que irá agir sobre um único
elétron próximo a esse condutor. Com esse campo em mente, imagine agora um
segundo condutor (condutor 2) idêntico ao primeiro e calcule a força que irá
agir sobre cada um dos elétrons desse segundo condutor. Efetue agora nova
integração de maneira a calcular a força que a primeira população de
elétrons (condutor 1) exercerá sobre a segunda população de elétrons
(condutor 2). Se você não cometer nenhum erro de cálculo, garanto que
chegará na lei de Coulomb expressa em função de número de elétrons N1 (do
condutor 1) e N2 (do condutor 2), qual seja, F = CN1N2/r^2, em que C é uma
constante.

> Espero que não se importe em explicar.

De maneira alguma. O problema é que é praticamente impossível entender-se
uma teoria quando não se quer fazer nenhum esforço para aceitar as hipóteses
dessa teoria. E as hipóteses são extremamente elementares, ainda que
estranhas para quem passou por anos de lavagem cerebral quantum-relativista.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm





SUBJECT: Para relaxar: Poesia científica
FROM: "Sandro Silva" <anhangah@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2001 09:18

Olá Amigos

Um amigo me passou um link sobre um poeta que
utiliza ciência como pano de fundo para o seu
trabalho:

http://www.poemas.co.uk/card.html

Uma prévia

*********************************************************
COSMIC CANTICLE - Ernesto Cardenal www.poemas.co.uk/card.html

Cantiga 1


Big Bang

In the beginning there was nothing
neither space
nor time.
The entire universe concentrated
in the space of the nucleus of an atom,
and before even less, much less than a proton,
and even less still, an infinitely dense mathematical point.
And that was Big Bang.
The Great Explosion.
The universe subjected to relations of uncertainty,
its radius of curvature undefined,
its geometry imprecise
with the uncertainty principle of Quantum Mechanics,
spherical geometry overall but not in its detail,
like any common or garden potato undecidedly round,
imprecise and constantly changing besides in imprecision
all in a wild agitation,
it was the quantic era of the universe,
period in which nothing was certain:
even the "constants" of nature fluctuating at random,
that is
real conjectures in the realm of the possible.
Protons, neutrons & electrons were
completely banal.
It was justified to say that in the beginning
matter was completely disintegrated.
Everything dark in the cosmos.
*********************************************************


ex corde

Sandro Silva






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SUBJECT: Re: Falta de investimento do setor privado leva Brasil a ficar atrás da Croácia no ranking de desenvolvimento tecnológico
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2001 10:35


Oi. Saiu na revista Com Ciência uma entrevista com o Carlos Henrique de
Brito Cruz, presidente da Fapesp, onde ele aborda justamente essas questões.
Abaixo, mando um trecho da entrevista onde ele tenta responder à questão: já
que o Brasil tem boa pesquisa, comparável em alguns a aspectos a países como
a Coréia, mas não converte essa pesquisa em tecnologia, em produto de alto
valor agregado, e que o problema é que há muito pouca pesquisa feita pelas
empresas, o que fazer para reverter essa situação? Nesse trecho, Brito
enfatiza a importância da ação do Estado, com subsídios e isenção de
impostos para que os as empresas passem a fazer pesquisa.

A íntegra da entrevista está no site:

http://www.comciencia.br/entrevistas/brito.htm

Antes da entrevista, um trecho de uma mensagem postada em outra lista
que motivou o envio desse trecho da entrevista para lá, e que coloca
algumas dificuldades da questão:

------------------------
Um dos grandes desafios existentes é aproximar empresas de institutos de
pesquisa e vice-versa. Há um distanciamento básico. De um lado, anos de
fechamento econômico não ensinaram as empresas a inovar e a buscar
desenvolvimento de novos produtos. De outro, os institutos e a universidade
não têm por hábito buscar mercado e clientes.
As empresas reclamam da falta de pressa dos institutos. Os pesquisadores
reclamam do imediatismo das empresas. Finalmente, há um conjunto de
pesquisas sendo tocadas, mas pouca disponibilidade de informações para que
as empresas saibam como e a quem recorrer para suas necessidades
tecnológicas.
Sem romper esse nó, a ciência não será um fator gerador de competitividade
no Brasil.
Como romper esse nó?
Creio que, dada a excelência do grupo, valeria a pena uma discussão mais
aprofundada sobre esse que, considero eu, seja o nó maior não só para o
desenvolvimento das ciências, como da própria econômica brasileira.
------------

Agora, o trecho da entrevista:
Belisário

----------------

Com Ciência- Discutiu-se na Conferência sobre como avançar nisso [promover a
pesquisa dentro da empresa]?
Brito Cruz- Sim, a terceira coisa mais importante na Conferência Regional é
justamente que foram colocadas em pauta algumas propostas concretas sobre
como envolver a empresa mais intensamente na atividade da pesquisa. Essas
propostas fazem parte de uma categoria de ações baseadas em apoio do estado
à pesquisa na empresa - que também, de alguma maneira, tira debaixo do
tapete uma expressão que no Brasil há muito tempo tem sido maldita:
"subsídios do Estado" à empresa. É algo que tem que existir, todo mundo faz.
O governo dos EUA dá subsídio à empresa para que faça pesquisa. O governo da
Inglaterra faz isso, o governo da França faz. O governo do Brasil tem que
fazer também, se quiser ter empresa competitiva. Esses três resultados da
Conferência Regional vão se intensificar na Conferência Nacional, inclusive
do ponto de vista de concretização, de realização.

Com Ciência- A grande pergunta para quem acompanha essa recente discussão
sobre pesquisa na empresa que o senhor aponta é justamente como fazer. Como
o senhor mesmo diz em um de seus artigos, formamos muitos doutores, temos
uma ciência razoavelmente avançada, comparável, segundo alguns parâmetros,
com países como a Coréia do Sul, mas não conseguimos revertê-la em produtos
com algum valor agregado, produtos de alta tecnologia. A questão é
justamente como fazer para reverter essa situação... fale um pouco mais
sobre isso.
Brito Cruz- Isso passa pela palavra subsídio e pelo apoio do Estado. E, na
verdade, não é algo que temos que inventar: o ponto de partida aqui é
perceber que a gente não precisa nem olhar para fora do Brasil, basta olhar
para dentro. Aqui há exemplos importantíssimos e extremamente relevantes,
mesmo do ponto de vista do utilitarismo econômico, de conhecimento virando
riquezas: a Embraer, a soja e os seus derivados da Embrapa, as comunicações
ópticas em Campinas, a Central Telefônica Trópico, desenvolvida pelo CPqD, a
extração de Petróleo da Petrobrás - a auto-suficiência brasileira em
petróleo, vem sendo feita na base de tecnologia, não na base de fazer
buracos no chão e achar petróleo por acidente. E todos os exemplos são
medidos em unidades de bilhão de reais por ano - é coisa grande. Se você
quiser concretizar mais, pense na balança de exportações brasileira. Os dois
principais itens são os aviões a jato da Embraer - US$ 2 bilhões por ano - e
soja e seus derivados - US$ 3 bilhões por ano. Somado, dá US$ 5 bilhões. O
total de exportações do Brasil neste ano foi de US$ 48 bilhões. Então, 10%
das exportações brasileiras são diretamente relacionadas com ciência e
tecnologia, da mais sofisticada que você possa encontrar. Então bastaria
verificarmos como é que essas coisas deram certo e ver o que temos que fazer
para repetir [esses desempenhos].

Com Ciência- E por que elas deram certo?
Brito Cruz- As primeiras coisas que você encontra em todos os casos é apoio
do Estado. A Embraer virou o que é por causa desse apoio. Nunca teria sido
possível criar uma empresa de aviões no Brasil, que hoje é a quarta ou
terceira principal empresa de fabricação de aviões do mundo, se não tivesse
havido um enorme apoio do Estado brasileiro no início da Embraer. E apoio de
que forma: através de encomendas, para garantir vendas para aquela empresa.
A Força Aérea, o Exército compram aviões. Assim garante-se que você vai
comprar daquela empresa e não vai comprar de outros, viabilizando aquela
empresa a investir. A soja, da Embrapa - hoje os produtores de soja não são
estatais, são privados - mas quem é que fez a semente, quem é que fez a
semente boa para a soja funcionar no Maranhão? Há 20 anos atrás, todo mundo,
não só no Brasil, pensava que soja era para ser plantada no Rio Grande do
Sul. Nunca imaginariam que se poderia ter uma plantação no Maranhão. Hoje, a
soja brasileira é a mais produtiva do mundo, mais produtiva do que a
norte-americana. Quem planta é o produtor privado, mas quem desenvolveu a
tecnologia da soja foi a Embrapa: apoio do Estado brasileiro. A Central
Trópico - CPqD junto com empresas - é outro exemplo. Então, o apoio do
Estado para fazer desenvolvimento tecnológico é essencial. Nós vimos e
estamos vendo isso no Brasil, e os outros países todos vêem. Nos EUA, o
governo federal dirige 25 bilhões de dólares por ano para subsidiar
atividades de pesquisa e desenvolvimento da empresa. Na Inglaterra, um
número um pouco menor (pois a Inglaterra é menor), mas é uma fração grande.

Com Ciência- E de que formas o governo pode apoiar?
Brito Cruz- Esse apoio acontece de duas formas. Uma são as encomendas
tecnológicas: o Estado usa o seu poder de compra para viabilizar o
desenvolvimento de tecnologia. De novo, temos exemplo interessante e recente
no Brasil, que está nos jornais todo dia: os remédios contra a Aids. O poder
de comprar do Ministério da Saúde viabilizando o desenvolvimento de
tecnologia feito na Fiocruz para produzir esses remédios. Ou o caso dos
genéricos, que, no caso, são produzidos por laboratórios privados, mas no
Brasil. O segundo mecanismo, que é o segundo mais utilizado no mundo
inteiro, são as isenções fiscais, a renúncia fiscal, as chamadas leis de
incentivo. Por exemplo: na Espanha, numa empresa que fizer um investimento
em pesquisa e desenvolvimento, para cada dólar investido ela pode descontar
30 centavos no imposto que ela tem a pagar. Então o custo da empresa é
reduzido em 30%. Assim, por exemplo, fica mais fácil para a asa do avião da
Embraer ser fabricada na Espanha do que em São Paulo. É por isso que a asa é
feita na Espanha... Esses mecanismos de subsídios e de isenção fiscal são
tão relevantes no Primeiro Mundo que, no acordo Trips [Agreement on
Trade-Related Aspects of Intelectual Property Rights] da Organização Mundial
do Comércio (OMC) - o acordo da OMC sobre o que o Estado pode fazer e o que
não pode, esse no qual o Brasil foi processado por ajudar a Embraer - um dos
poucos subsídios que é mencionado explicitamente no acordo como aceitável é
o subsídio a atividades de pesquisa e desenvolvimento industrial, desde que
não ultrapasse 75% do custo da pesquisa. Por que está escrito isso no acordo
da OMC? Porque os EUA querem fazer isso, a Inglaterra quer, a França quer, a
Alemanha quer. Então temos que fazer isso aqui no Brasil também. Esse é o
jeito de se ter empresas que fazem pesquisas.

----- Original Message -----
From: Margareth Treichel Glüger

> PessoALL:
>
> Resolvi repassar. Só confirma o que já sabemos, não?
> Saudações,
> Margareth :þ)
>
> http://www.jb.com.br/
> Domingo, 23 de Setembro de 2001
>
> Abismo entre pesquisa e progresso
> Falta de investimento do setor privado leva Brasil a ficar atrás da
> Croácia no ranking de desenvolvimento tecnológico
>
>
>
> DANIELLE NOGUEIRA
> Os modestos investimentos do setor privado brasileiro em pesquisa
abriram
> um abismo entre a produção científica nacional e a aplicação desse
> conhecimento. Enquanto o Brasil ocupa o 17° lugar no ranking internacional
> de publicação de artigos científicos, acima da Bélgica e da Noruega, no
> Índice de Avanço Tecnológico (IAT), divulgado recentemente pela ONU, o
país
> cai para a 43ª posição, atrás dos vizinhos Chile e Argentina e de países
> arrasados pela guerra, como a Croácia. Os dados constam do Livro Verde,
> documento elaborado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia que servirá de
> base para traçar estratégias para atrair o capital privado para a
pesquisa,
> transformando descoberta científica em inovação tecnológica.
(...)




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Artefatos atômicos
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2001 10:43

Oi Leandro,

> Leandro:
> E deve haver uma pressão por parte do povo para o desarmamento
> mundial e não construção. Ou você acha que o mundo terá paz se todos
> estão armados até os dentes?
>
> Antônio:
> Não, eu acho que ninguém, nem mesmo os EUA, deveriam investir em tal
> tecnologia. Talvez eu devesse dizer, principalmente os EUA, que é um
> país perigosíssimo para a segurança mundial, com o seu conhecido
> complexo de "dono do mundo".
> Mas, se é tão estúpido investir-se enormes quantias de dinheiro na
> construção destes artefatos nucleares, porque então algumas nações,
> principalmente as mais ricas, o fazem? Segurança? Será que a França,
> por exemplo, estaria sendo ameaçada? Ou será que ela não quer
> "ameaçar"? E porque é que temos que ter o mundo dividido entre
> "massacradores atômicos" e "massacráveis atômicos" ?
>
> Leandro:
>
> Eu não entendo algumas coisas. Se o mundo está defendendo o
> desarmamento mundial e se isso vinha ocorrendo, por que você acha
> melhor o Brasil entrar na contramão dessa corrida desarmamentista?
> A paz deve ser buscada pelo desarmamento de todos e não armando tudo
> e a todos.
> E sem contar que os gastos em armas nucleares são elevadíssimos e
> injustificáveis. Mesmo que se diga que existem novas tecnologias
> "periféricas" que acabam sendo descobertas, ainda sim não se
> justificam.
> Vivemos um momento onde um risco de guerra nuclear é iminente e
> iminente o fim da espécie humana (e de outras espécies também). Lutar
> pelo desarmamento é lutar pela nossa sobrevivência.

Antonio:
Estou 100% de acordo. O Brasil deve estar a favor da corrida
desarmamentista.
Seria bom que TODOS os povos pensassem como você.

Leandro:
> Nunca concordei com a frase "se queres paz, prepara-te para a
> guerra". Ela só torna verdade num mundo de bárbaros e não num mundo de
> nações.

Antonio:
Também estou de acordo, mas confesso que sinto que o Brasil está ficando
cada vez mais submisso e desprotegido quanto a segurança de seu território.
É difícil ver as grandes potências com essas armas e o Brasil apenas como um
provável alvo. É muito difícil levar um tapa e oferecer a outra face...
Não defendo a idéia de se construir artefatos nucleares ou outras armas
igualmente mortíferas, mas a conscientização dos povos do mundo inteiro no
sentido de "desinventarem" estas armas que a humanidade jamais deveria ter
conhecido. Isso precisa acontecer no campo diplomático, como na campanha de
desarmamento, mas isso tem que começar pelos países ricos. Entretanto, os
donos do mundo não abrem mão desta tecnologia. É isto que está errado.
Os povos desarmados devem, unidos, EXIGIREM o desarmamento dos outros.


[]'s
Antonio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Polo Magnetico da Terra
FROM: "Felipe Diesel" <felipediesel@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2001 16:40

Valeu

Mais uma pergunta:
- Por que o polo magnético não fica no mesmo local do polo geográfico?

FeLipe


----Original Message Follows----
From: andrebaptista@uol.com.br
Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: Polo Magnetico da Terra
Date: Thu, 20 Sep 2001 14:58:32 -0000

Olá Felipe.

Talvez eu repita algo que já foi dito, mas vou resumir o que sei do
assunto já que sou formado em Geofísica.

O interior da terra, tirando-se a crosta, que é como se fosse "a
casca" da terra, é dividido em tres grandes camadas: o manto
(sólido), o núcleo externo (líquido) e o núcleo interno (sólido). Os
núcleos externo e interno são formados quase que totalmente por ferro
com uma pequena fração de níquel. Não é minério de ferro, mas ferro
metálico, praticamente puro. Os modelos mais aceitos para a origem do
campo magnético supoem que ele se originaria a partir de correntes
elétricas no núcleo externo. Como você sabe, ou ficará sabendo agora,
correntes elétricas sempre produzem campos magnéticos. Uma corrente
simples, ao longo de um fio elétrico produz um campo magnético
circular ao redor do fio. Uma corrente elétrica ao longo de um fio
enrolado como uma bobina produz um campo magnético semelhante ao de
um imã metálico comum. Neste caso, falamos em eletroimã. Então o
núcleo externo seria um enorme eletroima. O fato dele ser liquido
explica porque o campo magnético varia tanto de intensidade quanto de
direção ao longo do tempo. Como as correntes elétricas são produzidas
parece ser algo ainda não totalmente formalizado do ponto de vista
matemático, mas certamente está relacionado com os movimentos do
metal líquido dentro do núcleo externo, causado tanto pela convecção
térmica quanto pela rotação da terra.

O campo magnético da terra é extremamente fraco, então perturbações
locais, como uma jazida de minério ferro (hematita ou mais ainda
magnetita) podem afetar e desviar uma bússola de sua orientação
correta. Aparelhos elétricos comuns, também produzem um campo
magnético suficiente para atrair o ponteiro da bússola. Então para se
detectar a orientação do campo magnético terrestre a bússola deve ser
colocada sempre em locais isolados, longe de aparelhos elétricos e
grandes jazidas metálicas.


[]´s

André




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Polo Magnetico da Terra
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2001 17:44

On Wed, 26 Sep 2001, Felipe Diesel wrote:
> Mais uma pergunta:
> - Por que o polo magnético não fica no mesmo local do polo geográfico?
> FeLipe

Por uma simples razão: uma coisa não tem nada a ver com a outra. O polo
geográfico tem a ver com a rotação da Terra e o polo magnético tem a ver
com o movimento dos materiais ferrosos no núcleo da Terra.

Uma outra pergunta:
- Porque o polo magnético deveria ficar no mesmo lugar do polo
geográfico? Não há razão nenhuma para isso.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Milagres!?!?
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2001 17:49

Pensei que havia mandado para a lista, mas tinha ido apenas para o
Felipe. Peço desculpas a ele pela duplicata.

On Mon, 24 Sep 2001, Felipe Figueiredo wrote:
> Eu sempre quis ver um prova, confirmando ou nao a veracidade do sudario. Voce
> poderia me indicar as referencias que atestam a conclusao que voce menciona?
> Felipe

http://www.cetico.hpg.com.br/sudario.html

É uma pequena descrição do problema e segue onde foi publicado na Nature:

Damon, P. E., Donahue, D. J., Gore, B. H., Hatheway, A. L., Jull,
A. J. T., Linick, T. W., Sercel, P. J., Toolin, L. J., Bronk., C. R.,
Hall., E. T., Hedges, R. E. M., Housley, R., Law., I. A., Perry, C.,
Bonani, GT., Trumbore, S., Woelfli, W., Ambers, J. C., Bowman, S. G. E.,
Leese, M. N. and Tite, M. S., 1989,
"Radiocarbon dating of the Shroud of Turin", Nature 337, pág 611-615.

Vc possivelmente conseguirá ler o volume 337 da Nature em uma biblioteca
de biologia da universidade federal mais próxima de sua casa :-)

O volume atual é 413.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Milagres!?!?
FROM: Fernando Henrique Ferraz <ogm60@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2001 20:51

Acerca do santo sudário..., vi há muito tempo atrás aqui na lista, mas não
consegui achar o autor, um excelente artigo que mostra uma visão que todos
parecem ignorar a respeito dessa questão.. A argumentação anda nas linhas de:
"Não importa na verdade se o sudário é datado da época de cristo ou da
idade média.. (o que parece ser a questão central dos debates). Muitas
pessoas eram condenadas a morte na cruz pelo Império Romano, a maioria
ficava presa por certo período, e durante esse tempo ficava com as
barbas por fazer e os cabelos longos (jesus-looking), e muitas tambem eram
'enroladas' num sudario e colocadas em criptas... Portanto o sudário
realmente pode ser datado da época de Cristo, o que ninguem parece querer
enxergar é: Como se prova que a imagem é de Jesus Cristo, mesmo porque como
se prova que qualquer pessoa existiu naquela epoca. se nem documentos de
nascimento rigorosos há..."


At 17:49 26/09/2001 -0300, you wrote:
>Pensei que havia mandado para a lista, mas tinha ido apenas para o
>Felipe. Peço desculpas a ele pela duplicata.
>
>On Mon, 24 Sep 2001, Felipe Figueiredo wrote:
> > Eu sempre quis ver um prova, confirmando ou nao a veracidade do
> sudario. Voce
> > poderia me indicar as referencias que atestam a conclusao que voce
> menciona?
> > Felipe
>
><http://www.cetico.hpg.com.br/sudario.html>http://www.cetico.hpg.com.br/sudario.html


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SUBJECT: Ataque aereo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2001 07:47

Subject:
[movimento-filo] ATAQUE AÉREO EDUCACIONAL
Date:
Thu, 27 Sep 2001 03:24:00 +0000
From:
"Edison Rodrigues Filho" <er_filho@hotmail.com>
Reply-To:
movimento-filo@yahoogroups.com




Ataque aéreo

Há dois aviões sobrevoando a comunidade científica
brasileira. Destinam-se a desmanchar pelo menos duas
instituições de pesquisa federais existentes no Rio de
Janeiro.

Um, pilotado pelo ministro da Ciência e Tecnologia,
Ronaldo Sardenberg, voa na direção do Laboratório
Nacional de Computação Científica. Até bem pouco tempo
o governo o apresentava como prova do seu empenho no
desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro.
Pretende-se desmontar (&#8220;a médio prazo&#8221;) o seu programa
de pós-graduação.

O outro avião, pilotado pelo professor José Galízia
Tundisi, que presidiu uma comissão destinada a avaliar
as instituições de estudos científicos, tem como alvo
o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. Sugere o
desmanche do seu programa de pós-graduação. No ano
passado, o CBPF formou 18 doutores e 12 mestres.

Os programas das duas instituições não custam metade
dos R$ 15 milhões que FFHH torrou no famoso pavilhão
brasileiro da Feira de Hanover, no ano passado.

Elio Gaspari
23 de setembro de 2001





SUBJECT: En: o cientista emocional
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2001 10:52


Belisário.

----- Original Message -----
From: Renata Pagliarussi

"Infelizmente, quando a mídia noticia que algo deu errado em ciência, o mais
provável é que tenha sido alguma calamidade: o vazamento de um produto
químico letal -- como em incidentes passados envolvendo metilmercúrio,
dioxina e policloretos de difenil -- ou um acidente nuclear como os de Three
Mile Island e Chernobyl. Embora seja provavelmente mais apropriado
classificá-los como acidentes tecnológicos, não como científicos, o fato é
que os repórteres raramente fazem essa distinção.

Ao contrário dos erros tecnológicos, erros em ciência raramente são notícia.
Em consequência, o público poucas vezes toma conhecimento dos caminhos
equivocados pelos quais os cientistas muitas vezes enveredam. Mesmo no caso
em que se divulga uma idéia científica incorreta, ninguém sabe que ela é
incorreta; e quando se chega à idéia correta, ela é apresentada como uma
nova descoberta e a velha idéia é simplesmente esquecida. Mesmo em revistas
científicas, relatos de resultados negativos raramente chegam a ser
impressos, a despeito do fato de que podem ser muito úteis para os que
trabalham na área.

Parte do problema está em como a ciência é ensinada -- a saber, como uma
espécie de marcha grandiosa. Quase todos os manuais científicos apresentam o
material como uma sequência lógica de capítulos. Qual uma locomotica, o
texto vai abrindo caminho através da ciência a ser apresentada, sem jamais
se desviar do seu trajeto para mostrar quão trabalhoso foi levar as idéias a
seu pleno amadurecimento.

Os fatos, afinal, e mesmo as teorias, são apenas história. É o processo que
é a ciência viva, é o que torna a atividade excitante para os que a
praticam. Isso, na verdade, não é entendido pelos leigos, que também se
enganam quanto ao caráter dos praticantes da ciência, que julgam da mesma
forma que o trabalho que os cientistas realizam: frio, insensível -- em
suma, carente de sentimento humano.

Frequentemente, porém, o processo de descoberta científica está carregado de
emoção. Quando se apresenta uma nova idéia, é provável que o cientista
esteja pisando nas teorias de outros. Os que sustentam uma idéia mais antiga
podem não a abandonar de bom grado.

Como se sente um perdedor quando vê uma teoria querida ser aniquilada?
Quando vê, talvez, que até mesmo a importalidade escapar-lhe das mãos? (...)

(...) Certamente, um dos maiores estímulos na ciência é o simples prazer de
descobrir coisas, de aprender algo novo sobre o mundo à nossa volta. Se os
cientistas fossem santos, eles poderiam satisfazer-se com isso; e, em sua
maioria, eles não são motivados pelos ganho monetário. Quando descobrem
algo, porém, eles em geral querem que o mundo saiba disso. Visões de um
Prêmio Nobel podem dançar diante de seus olhos.

(...) Em alguns casos, as novas idéias na ciência apareceram como ameaças
não apenas a outros cientistas, como tabém às crenças do público. "

Hall Helman, Os grandes debates da ciência. Fundação Ed. da UNESP, 1998, 1ª
reimpressão






SUBJECT: Cuidado, seu email pode estar sendo vigiado!!!
FROM: "WBC" <wbc@terra.com.br>
TO: "Wagner Guerreiro" <wguerreiro@ig.com.br>, "Paulo Arthur" <pauloarthur_ssa@yahoo.com.br>, "Lista Educação Ambiental" <educacao_ambiental@grupos.com.br>, "Lista de Piadas News" <piadas.news@grupos.com.br>, "Lista de Biologia do Brasil" <biologia@yahoogroups.com>, "Lista Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "Danovan Novaes" <danovan@globo.com>, "Cristiano Villela Dias" <c.villeladias@lycos.com>
DATE: 27/09/2001 11:18

A Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) está investigando um cibernauta espanhol que enviou vários e-mails humorísticos sobre os atentados ao World Trade Center e sobre Osama Bin Laden.

O jovem, que vive em Valência, teria enviado aos amigos alguns e-mails com imagens do World Trade Center e uma fotomontagem com a cara de Mr. Bean no corpo de Osama Bin Laden, com o título de Bean Laden.

No dia 13 de Setembro, o cibernauta recebeu um e-mail da Agência onde foi informado que, por ordem das autoridades locais em Madrid, a empresa que lhe fornecia o serviço de correio eletrônico tinha bloqueado a sua conta.

O jovem suspeita que as mensagens enviadas por outras contas de e-mail também poderão estar sendo desviadas e reencaminhadas para a NSA.

Segundo o diário espanhol El Mundo, o cibernauta corre o risco de ser considerado "persona non grata" nos Estados Unidos e ser proibido de entrar no país.

Na sequência dos atentados de 11 de Setembro contra o World Trade Center e o Pentágono, o FBI solicitou a várias empresas relacionadas com Internet, incluíndo o serviço Hotmail da Microsoft, que instalassem o sistema de vigilância "Carnivore", durante alguns dias.

O objetivo era tentar recolher pistas sobre os ataques terroristas, mas a medida relançou a polêmica em torno da privacidade dos usuários na Internet.



Fonte: http://www.securenet.com.br/noticia.php?id_noticia=1055



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ataque aereo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2001 11:47


|
| Ataque aéreo
|
| Há dois aviões sobrevoando a comunidade científica
| brasileira. Destinam-se a desmanchar pelo menos duas
| instituições de pesquisa federais existentes no Rio de
| Janeiro.
|
| Um, pilotado pelo ministro da Ciência e Tecnologia,
| Ronaldo Sardenberg, voa na direção do Laboratório
| Nacional de Computação Científica. Até bem pouco tempo
| o governo o apresentava como prova do seu empenho no
| desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro.
| Pretende-se desmontar (&#8220;a médio prazo&#8221;) o seu programa
| de pós-graduação.
|
| O outro avião, pilotado pelo professor José Galízia
| Tundisi, que presidiu uma comissão destinada a avaliar
| as instituições de estudos científicos, tem como alvo
| o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. Sugere o
| desmanche do seu programa de pós-graduação. No ano
| passado, o CBPF formou 18 doutores e 12 mestres.
|
| Os programas das duas instituições não custam metade
| dos R$ 15 milhões que FFHH torrou no famoso pavilhão
| brasileiro da Feira de Hanover, no ano passado.
|
| Elio Gaspari
| 23 de setembro de 2001
|

E o Elio Gaspari precisa estudar um pouco de Física pois, o avião que "voa na direção do Laboratório Nacional de Computação Científica" pode muito bem estar afastando-se dele! O homem parece que tem espírito americano, não sabe diferenciar "direção" e "sentido".

[]'
Léo
=================




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ataque aereo
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2001 11:51

> E o Elio Gaspari precisa estudar um pouco de Física pois, o avião que
"voa na direção do Laboratório Nacional de Computação Científica" pode
muito bem estar afastando-se dele! O homem parece que tem espírito
americano, não sabe diferenciar "direção" e "sentido".


Puxa... esses nomes são só uma convençãozinha de álgebra vetorial...

Na linguagem corrente (que foi a utilizada no texto) a expressão
"na direção de" tem exatamente o significado (digo, o sentido) por ele
utilizado. Na verdade a frase "... voar no sentido do lab..." é um bocado
deselegante e obscura (devido aos muitos significados de "sentido").

Segundo o dicionário on-line da porto editora
(http://www.portoeditora.pt/dol/default.asp)
direcção pode significar, dentre outras coisas:

orientação; rumo; lado; lado para onde se caminha ou se está voltado;

Em álgebra vetorial "orientação" significa "direção"+"sentido", portanto,
é ainda mais correta, no caso, que apenas "sentido".

bye,
Stafusa




SUBJECT: Re: Polo Magnetico da Terra
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2001 12:15

Olá Pessoal,

O que o Tarcísio disse está correto. Como o campo magnético é formado
basicamente pelo movimento de turbilhões de ferro líquido no núcleo
externo, e sujeito a perturbações e oscilações de direção e
intensidade, não há porque os pólos magnético e geográfico
coincidirem.
Se você quiser, essa é mais uma prova de que não há "design
inteligente" na natureza.

[]´s

André




--- In ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> wrote:
> On Wed, 26 Sep 2001, Felipe Diesel wrote:
> > Mais uma pergunta:
> > - Por que o polo magnético não fica no mesmo local do polo
geográfico?
> > FeLipe
>
> Por uma simples razão: uma coisa não tem nada a ver com a outra. O
polo
> geográfico tem a ver com a rotação da Terra e o polo magnético tem
a ver
> com o movimento dos materiais ferrosos no núcleo da Terra.
>
> Uma outra pergunta:
> - Porque o polo magnético deveria ficar no mesmo lugar do polo
> geográfico? Não há razão nenhuma para isso.
>
> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@f...



SUBJECT: Re: [ciencialist] En: o cientista emocional
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 27/09/2001 13:09

Como todo cientista tambem eh um homem entao ele esta sujeito
ao imperativo genico que busca a propria perpetuacao ( dos genes )
e nem sempre a riqueza eh o unico (ou o melhor) meio de perpetuar
genes.

A fama, o status , o reconhecimento social sao formas tao eficazes
ou mais que o dinheiro na busca instintiva da perpetuacao
genetica.

Agimos como cachorros : sem saber que o motivo ultimo de nossos
desejos sao estratagemas "ardilosamente" montados pelos genes
para garantir sua propria perpetuacao.

[]s
jocax


Roberto Belisario wrote:

> Belisário.
>
> ----- Original Message -----
> From: Renata Pagliarussi
>
> "Infelizmente, quando a mídia noticia que algo deu errado em ciência, o mais
> provável é que tenha sido alguma calamidade: o vazamento de um produto
> químico letal -- como em incidentes passados envolvendo metilmercúrio,
> dioxina e policloretos de difenil -- ou um acidente nuclear como os de Three
> Mile Island e Chernobyl. Embora seja provavelmente mais apropriado
> classificá-los como acidentes tecnológicos, não como científicos, o fato é
> que os repórteres raramente fazem essa distinção.
>
> Ao contrário dos erros tecnológicos, erros em ciência raramente são notícia.
> Em consequência, o público poucas vezes toma conhecimento dos caminhos
> equivocados pelos quais os cientistas muitas vezes enveredam. Mesmo no caso
> em que se divulga uma idéia científica incorreta, ninguém sabe que ela é
> incorreta; e quando se chega à idéia correta, ela é apresentada como uma
> nova descoberta e a velha idéia é simplesmente esquecida. Mesmo em revistas
> científicas, relatos de resultados negativos raramente chegam a ser
> impressos, a despeito do fato de que podem ser muito úteis para os que
> trabalham na área.
>
> Parte do problema está em como a ciência é ensinada -- a saber, como uma
> espécie de marcha grandiosa. Quase todos os manuais científicos apresentam o
> material como uma sequência lógica de capítulos. Qual uma locomotica, o
> texto vai abrindo caminho através da ciência a ser apresentada, sem jamais
> se desviar do seu trajeto para mostrar quão trabalhoso foi levar as idéias a
> seu pleno amadurecimento.
>
> Os fatos, afinal, e mesmo as teorias, são apenas história. É o processo que
> é a ciência viva, é o que torna a atividade excitante para os que a
> praticam. Isso, na verdade, não é entendido pelos leigos, que também se
> enganam quanto ao caráter dos praticantes da ciência, que julgam da mesma
> forma que o trabalho que os cientistas realizam: frio, insensível -- em
> suma, carente de sentimento humano.
>
> Frequentemente, porém, o processo de descoberta científica está carregado de
> emoção. Quando se apresenta uma nova idéia, é provável que o cientista
> esteja pisando nas teorias de outros. Os que sustentam uma idéia mais antiga
> podem não a abandonar de bom grado.
>
> Como se sente um perdedor quando vê uma teoria querida ser aniquilada?
> Quando vê, talvez, que até mesmo a importalidade escapar-lhe das mãos? (...)
>
> (...) Certamente, um dos maiores estímulos na ciência é o simples prazer de
> descobrir coisas, de aprender algo novo sobre o mundo à nossa volta. Se os
> cientistas fossem santos, eles poderiam satisfazer-se com isso; e, em sua
> maioria, eles não são motivados pelos ganho monetário. Quando descobrem
> algo, porém, eles em geral querem que o mundo saiba disso. Visões de um
> Prêmio Nobel podem dançar diante de seus olhos.
>
> (...) Em alguns casos, as novas idéias na ciência apareceram como ameaças
> não apenas a outros cientistas, como tabém às crenças do público. "
>
> Hall Helman, Os grandes debates da ciência. Fundação Ed. da UNESP, 1998, 1ª
> reimpressão
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ataque aereo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2001 13:09

He he he ... nada como polemizar .........

Primeiro, não o culpo por consultar um dicionário do portoeditora como base de julgamento a termos científicos. Se assim o fizermos teremos um caos geral (e arquibancada!) na Física. Esse dicionário também traz as bobagens de voltagem, amperagem, wattagem ... sugerindo que as *unidades* volt, ampère, watt ... agem e são tratadas como grandezas. Seguindo isso, que vem no dicionário, começarei a usar: newtagem, cubicagem, metragem, joulagem, pascagem, coulombagem e outras tantas bobagens! O dicionário também traz voltímetro, amperímetro e paquímetro, mas não traz cronímetro! Alguém precisa indicar á portoeditora um tal de Sistema Internacional de Unidades e suas Leis ... quem sabe a partir disso se leia no dicionário: voltômetro, amperômetro e cronômetro, para aparelhos de medição indireta, e paquímetro, para aparelho de medição direta.

O dicionário também traz: direcção (o que já está errado ... e qualquer brasileiro sabe que é direção) como sinônimo de 'orientação' e gera confusão sobre se estamos indo ou voltando. Quem caminha da direção norte-sul está simplesmente perdido! Precisa de uma bússola para decidir para "que lado" quer ir!

Segundo, não sugeri a troca dos termos 'direção' por 'sentido' na frase do Elio; apenas comentei que o piloto não sabe prá onde vai indo (segundo o Elio).

Entendo as convençõezinhas da álgebra as, quais são aceitas por toda comunidade científica, assim como entendo que alguém batizou a carga do elétron com o nome de 'negativa' (e tem gente que pensa que o elétron é negativo por constatação experimental!) e a do próton como 'positiva'. O dicionário diz que isso é mera convenção? Salienta que absolutamente nada na Física se altera se em todos os compêndios trocarmos positivo por negativo e vice-versa?

Polemizando temos .........

[]'
Léo
===================
-----Mensagem Original-----
De: "Jefferson Stafusa Elias Portela" <stafusa@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 27 de setembro de 2001 11:51
Assunto: Re: [ciencialist] Ataque aereo


> E o Elio Gaspari precisa estudar um pouco de Física pois, o avião que
"voa na direção do Laboratório Nacional de Computação Científica" pode
muito bem estar afastando-se dele! O homem parece que tem espírito
americano, não sabe diferenciar "direção" e "sentido".


Puxa... esses nomes são só uma convençãozinha de álgebra vetorial...

Na linguagem corrente (que foi a utilizada no texto) a expressão
"na direção de" tem exatamente o significado (digo, o sentido) por ele
utilizado. Na verdade a frase "... voar no sentido do lab..." é um bocado
deselegante e obscura (devido aos muitos significados de "sentido").

Segundo o dicionário on-line da porto editora
(http://www.portoeditora.pt/dol/default.asp)
direcção pode significar, dentre outras coisas:

orientação; rumo; lado; lado para onde se caminha ou se está voltado;

Em álgebra vetorial "orientação" significa "direção"+"sentido", portanto,
é ainda mais correta, no caso, que apenas "sentido".

bye,
Stafusa



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ataque aereo
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2001 13:18

> Primeiro, não o culpo por consultar um dicionário do portoeditora como
base de julgamento a termos científicos. Se assim o fizermos teremos um

Os erros (por mais terríveis e numerosos que sejam) que este dicionário
possui nos verbetes de caráter científico não são de modo algum relevantes
para a discussão pois o texto não tem a menor pretensão de ser científico,
como já foi dito:
"...Na linguagem corrente (que foi a utilizada no texto)..."

> Segundo, não sugeri a troca dos termos 'direção' por 'sentido' na frase
do Elio; apenas comentei que o piloto não sabe prá onde vai indo (segundo
o Elio).

OK.

> Entendo as convençõezinhas da álgebra as, quais são aceitas por toda

Ao contrário do que muitos possam pensar, vetores não são "flechinhas" ou
"entes utilizados para caracterizar grandezas físicas com módulo, direção
e sentido". São elementos de um espaço vetorial, espaço este que pode ser,
(além do bem conhecido R3) por exemplo, o das matrizes (de determinado
tamanho) ou o das funções. E, nestes casos e em qualquer caso um pouquinho
mais geral, não têm a menor importância as convençõezinhas de "direção" e
"sentido" que, portanto, são bem menos relevantes que a da carga elétrica.

bye,
Stafusa




SUBJECT: Opiniao/sugestão/correcoes
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2001 15:05

João do paquímetro escreve:
"Nonio: Fazer a festa, deitar os foguetes..."

E para contradizer que nem todo autor escreve, auto-critica, auto-elogia etc. ... e corre atrás da vareta do foguete, eis meu pedido:

Lá pelos idos do 18/09/2001 comentávamos sobre as marés etc... e até postei uma mensagem, a meu ver esclarecendo a questão. A partir dela surgiram novos comentários e chegou-se aos pólos magnéticos etc......

Ao reler minha própria mensagem percebi que o cerne do problema não foi realmente mencionado e, como é realmente um assunto palpitante resolvi escrever algo mais completo sobre o dito cujo.
Chamei de "Estudando as Marés" e, no meio disso tudo saiu também um ataque fulminante á astrologia (algo que não havia pensado antes), uma explicação decente para a microgravidade (com justas críticas aos jornalistas não especializados) de que tanto fala a NASA e um modelo didático para a explicação disso tudo que deu mesmo vontade de correr atrás da vareta do foguete.

Mas, como o texto é algo contencioso preciso de opinião/sugestão/comentários/correções da língua pátria antes de colocá-lo on-line.

Esse texto está 'oculto' em:
www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto39.asp

Agradeço a leitura e reconhecimento ao meu pedido,

[]'
Léo




SUBJECT: Self organized criticallity
FROM: "Lupe BSI" <lupe@bsi.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2001 15:11

Olá lista,
"Self organized criticallity" pode ser considerado como um sistema no limite do caos (como a quarta ordem de organização-interação proposta pelo pessoal do Instituto Santa Fé)?
LF


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Teletransporte?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2001 17:44

26/09/2001 - 21h39
Dinamarqueses dão mais um passo para o
teletransporte

SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo

Físicos da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, deram um grande passo
para
derrubar o muro que separa o microcosmo da mecânica quântica do mundo
macro da vida cotidiana e da tecnologia. Conseguiram unir os destinos
_ainda
que por uma fração de segundo_ de trilhões de átomos separados no
espaço.

A recompensa para a ciência, caso consiga dar muitos outros passos
nessa
direção, virá na forma de computadores muito superiores aos atuais. E,
quem
sabe, na forma do teletransporte, um velho sonho da ficção científica.

Brian Julsgaard e dois colegas de Aarhus foram capazes de induzir uma
estranha propriedade em duas amostras compostas por cerca de 1 trilhão
de
átomos de césio cada -o fenômeno conhecido como entrelaçamento. Embora

tenha sido obtido com poucas partículas, é a primeira vez que um
objeto
macroscópico é levado a esse estado.

O trabalho está publicado na edição de amanhã da revista britânica
"Nature"
(www.nature.com).

O fantasma de Einstein

Em 1935, Albert Einstein, Boris Podolsky e Nathan Rosen haviam
publicado um
trabalho com a intenção de desmascarar a teoria da mecânica quântica,
que
consideravam maluca demais para ser levada a sério.

Partindo de preceitos teóricos, mostraram que seria possível duas
partículas se
"entrelaçarem", de modo que a determinação de certa característica em
uma
delas imediatamente seria transposta para a outra, não importando a
distância
entre elas.

Mas o próprio Einstein definiu o entrelaçamento como uma
"fantasmagórica
ação a distância". Acontece que os partidários da mecânica quântica
estavam
corretos, e o fenômeno de partículas entrelaçadas realmente existe.

Em 1997, cientistas da Universidade de Innsbruck, na Áustria, levaram
o
entrelaçamento às manchetes ao anunciar que haviam usado a técnica
para
teletransportar um fóton (partícula de luz) instantaneamente de um
ponto a outro
de uma sala. O experimento envolvia apenas três partículas.

Agora, o número de elementos envolvidos na manipulação quântica sobe
para a
casa dos trilhões com o feito de Julsgaard. Ele disparou um laser
(feixe
organizado de fótons) sobre duas amostras de césio, fazendo com que
elas
ficassem entrelaçadas.

O entrelaçamento valeu para todas as partículas da amostra, mas durou
apenas
meio milissegundo (metade de um milésimo de segundo). Conforme os
átomos
das amostras interagiam com outros elementos, como por exemplo os
recipientes que os guardavam, iam perdendo o caráter entrelaçado, até
ele se
desfazer totalmente.

Além de ser o primeiro experimento a envolver um conjunto grande de
partículas
entrelaçadas, ele tem outro diferencial: a criação do entrelaçamento
foi obtida
sem que as amostras precisassem interagir uma com a outra, sendo o
fenômeno induzido apenas pelo disparo do laser.

"Essa característica significa que o entrelaçamento pode ser obtido a
distâncias
consideráveis, o que é obviamente importante para a comunicação
quântica",
disse à Folha Eugene Polzik, um dos colegas de Julsgaard envolvidos no

experimento.

Comunicação quântica é a idéia de usar o entrelaçamento para
transmitir
informações. Suponha que Alice e Bob queiram trocar mensagens usando a

"fantasmagórica ação a distância" (Alice e Bob são os nomes preferidos
dos
físicos para dar exemplos). Cada um deles ganha uma partícula
entrelaçada. Se
Alice altera o estado da sua partícula, a outra é automaticamente
modificada, e
Bob imediatamente fica sabendo. Se mensagens forem codificadas em
estados
quânticos de partículas, é possível trocar informações.

Xerox atômico

Da mesma maneira funcionariam outras, e mais audaciosas, idéias, como
o
teletransporte _algo semelhante a um xerox atômico a distância.

Para transportar uma pessoa, por exemplo, seria preciso colocar no
local de
destino um conjunto de átomos representativo da composição do
indivíduo e
entrelaçá-lo com as partículas da própria pessoa.

"Teríamos a mesma quantidade dos mesmos tipos de átomo em cada um dos
locais e transferiríamos o estado quântico dos átomos do local um para
o local
dois. Como átomos no mesmo estado quântico são indistinguíveis, é como
se
os tivéssemos transportado do ponto um ao dois", diz Polzik.

Embora o entrelaçamento de trilhões de átomos já seja bastante
significativo,
ainda está longe o momento em que alguém sairá por aí dizendo "Beam me
up,
Scotty", como o capitão Kirk fazia no seriado "Jornada nas Estrelas"
para ser
levado de volta à nave.

"O teleporte de qualquer objeto quântico complexo, mesmo de uma
bactéria, iria
exigir transferir o estado descrito por zilhões de parâmetros, como
posição e
momento de todos os elétrons etc. Isso é uma enorme quantidade de
informação e será muito difícil de fazer. Por ora estamos pensando em
teleportar
apenas um parâmetro de uma amostra atômica, e isso já é
suficientemente
difícil."

A equipe agora trabalha para melhorar ainda mais o grau de
entrelaçamento de
suas amostras e tentar o teletransporte atômico.



SUBJECT: Astrólgo prevê atentado nos EUA de 10 a 20/12
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2001 19:06

Help
Atenção, céticos: oportunidade de ouro. Astrólogos, tarólogos e cia.
arriscam previsões sobre o conflito atual. Alguns prevêem novo ataque
terrorista nos EUA entre 10 e 20 de dezembro.

Detalhes em:

http://www.terra.com.br/planetanaweb/reconectando/agrandeteia/ataque_marcado
.htm

Belisário

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Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Revista Com Ciência - divulgação científica
http://www.comciencia.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Astrólgo prevê atentado nos EUA de 10 a 20/12
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2001 19:52

Se acertarem, mais uma corja de astrólogos sendo formada.

Se errarem.......todos esquecem.....ou então "faltou fé".

SDS,

ASM

----- Original Message -----
From: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
To: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, September 27, 2001 7:06 PM
Subject: [ciencialist] Astrólgo prevê atentado nos EUA de 10 a 20/12


> Help
> Atenção, céticos: oportunidade de ouro. Astrólogos, tarólogos e cia.
> arriscam previsões sobre o conflito atual. Alguns prevêem novo ataque
> terrorista nos EUA entre 10 e 20 de dezembro.
>
> Detalhes em:
>
>
http://www.terra.com.br/planetanaweb/reconectando/agrandeteia/ataque_marcado
> .htm
>
> Belisário




SUBJECT: Transgênicos - uma boa fonte
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2001 21:07

Help
Oi, pessoal. Recomendo com vigor o livrinho "Os Alimentos Transgênicos",
de Marcelo Leite, coleção Folha Explica. Faz uma interessante compilação
sobre a polêmica sobre os transgênicos, incluindo informações básicas sobre
biologia molecular e engenharia genética. Incluindo alguns fatos e dados
muito bons e estratégicos para se ter no bolso na hora de se argumentar
sobre o tema. Faz um panorama, uma "visão do todo", fundamental para que se
orientar pelo confuso debate que está se dando hoje. Diria também que é
ótimo para quem for escrever sobre esse tema.

Só espero que do ponto de vista científico ele seja razoavelmente
preciso, isso eu não tenho condições de avaliar.

Até,
Belisário

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Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Astrólgo prevê atentado nos EUA de 10 a 20/12
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2001 21:58

Olá pessoal,

Até entendo a turma do Tarot e cia fazendo previsões mas ... astrólogos?
Como é que as 'influências' dos astros poderiam permitir uma previsão de um acontecimento, num dado local, numa dada época. Os astros alinhados favorecem os terroristas?
Realmente, não consigo atinar com isso!

[]'
Léo
=============
-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
Para: "Ciencialist - grupo de discussão" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 27 de setembro de 2001 19:06
Assunto: [ciencialist] Astrólgo prevê atentado nos EUA de 10 a 20/12


| Help
| Atenção, céticos: oportunidade de ouro. Astrólogos, tarólogos e cia.
| arriscam previsões sobre o conflito atual. Alguns prevêem novo ataque
| terrorista nos EUA entre 10 e 20 de dezembro.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Falta de investimento do setor privado leva Brasil a ficar atrás da Croácia no ranking de desenvolvimento tecnológico
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/09/2001 07:58

Caros colegas da lista,

É um grande risco dizermos que "investimento" é tudo o que o Brasil precisa
na área de Ciência e Tecnologia. Seria como dizermos que "material de
pintura e/ou escultura" é tudo o que necessitaríamos para termos um
Michelangelo.
O governo deve investir a quantia certa no momento certo, conforme os
resultados dos novos talentos forem surgindo. Isso é o que aconteceu com a
Embraer e é o que está acontecendo com a área de Biotecnologia no Brasil.
Neste ponto, deve-se usar mais a palavra "incentivo" do que a palavra
"investimento".
Outros fatores, como o risco, Engenharia de Produto e Produção, subsídios,
integração universidade-empresa, etc..., também são importantes.
Uma boa dose de ânimo e auto-estima seria útil aos cientistas brasileiros.
Muitos não acreditam na capacidade criativa brasileira e como resultado, no
Brasil, nada se descobre, tudo se "redescobre", depois que a patente já foi
registrada. Até mesmo o Brasil foi uma "redescoberta" da América!

Outro ponto que me chama atenção é o conformismo brasileiro diante desta
catastrófica situação da Ciência e Tecnologia Brasileira.
Eu fiquei horrorizado com as conclusões da conferência realizada em
Brasília. Foi dito que o Brasil cresceu muito nos últimos trinta anos e que
a expectativa para os próximos dez anos é bastante favorável. Eu não entendi
de que Brasil eles estavam falando, mas certamente não é o Brasil que eu
conheço. Talvez fosse uma reunião de cegos ou débeis-mentais...
A Ciência e Tecnologia Brasileira não tem, nem de longe, a dimensão do
Brasil. É uma Ciência pífia, improdutiva e altamente dependente. Num balanço
geral, se fosse para dar uma nota aos cientistas brasileiros, esta não seria
zero, pois alguma coisa foi feita, mas seria muito próxima de zero.
Eu diria ainda que boa parte deste fracasso se deve a esses "papas" que
ocupam, sem a devida competência, altos postos nas nossas universidades,
institutos e governo. Alguns deles estiveram presentes na conferência de
Brasília.
Considerando-se que o desenvolvimento científico é de vital importância para
a Economia e Soberania do Brasil, só nos resta "parabenizar" estes homens
que estão destruindo gradativamente o nosso país.
Eu já falei sobre isso nesta lista. O assunto é muito sério...


[]'s
Antonio

> Oi. Saiu na revista Com Ciência uma entrevista com o Carlos Henrique de
> Brito Cruz, presidente da Fapesp, onde ele aborda justamente essas
questões.
> Abaixo, mando um trecho da entrevista onde ele tenta responder à questão:

> que o Brasil tem boa pesquisa, comparável em alguns a aspectos a países
como
> a Coréia, mas não converte essa pesquisa em tecnologia, em produto de alto
> valor agregado, e que o problema é que há muito pouca pesquisa feita pelas
> empresas, o que fazer para reverter essa situação? Nesse trecho, Brito
> enfatiza a importância da ação do Estado, com subsídios e isenção de
> impostos para que os as empresas passem a fazer pesquisa.
>
> A íntegra da entrevista está no site:
>
> http://www.comciencia.br/entrevistas/brito.htm
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Falta de investimento do setor privado leva Brasil a ficar atrás da Croácia no ranking de desenvolvimento tecnológico
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/09/2001 20:53

----- Original Message -----
From: "Antonio"
Sent: Friday, September 28, 2001 7:58 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Falta de investimento do setor privado leva
Brasil a ficar atrás da Croácia no ranking de desenvolvimento tecnológico


Prezados Ciencialisteiros

Desde o início desta thread fiquei tentado a me manifestar. Não o fiz em
primeiro lugar por falta de tempo, pois estou preparando uma palestra a ser
ministrada na próxima segunda-feira e, em segundo lugar, graças àquele
desânimo inicial que se apossa de nós brasileiros quando nos propomos a
retratar o óbvio, o que todos estamos cansados de saber ou de repetir em
conversas de botequim ou até mesmo no Olimpo Acadêmico onde via de regra
aprende-se a "deixar tudo como está para ver como é que fica" e/ou então
a "tapar o Sol com a peneira".

Este assunto, não só no setor da ciência mas também no da educação ou da
política, lembra-me dos "anos dourados", época em que os membros da
geração dos meus avós tentavam incutir-nos a idéia de que o Brasil seria o
país do futuro. E os membros da minha geração acreditaram que este futuro
esplendoroso viria pois que também nos foi ensinado que Deus era brasileiro,
logo só nos restava esperar. E o brasileiro acomodou-se e passou a
acreditar na "geração expontânea" de cientistas, educadores e políticos, a
nos conduzirem ao paraíso. E o brasileiro acomodou-se ao paternalismo e a
esperar, a esperar, a esperar,... pelo "milagre brasileiro". Por inúmeras
vezes os economistas chegaram a nos iludir que este milagre estava por
demais próximo e por número igual de vezes constatamos que estávamos sendo
ludibriados. E, não obstante, continuamos a esperar, a esperar, a esperar...
Até quando?!!!

Pois vejo-me hoje neste futuro quase caótico, muito bem sintetizado em
termos de Ciência e Tecnologia pelo Antonio (vide abaixo), e quase sem saber
o que dizer aos meus netos. Pois o Brasil é o que é graças ao comodismo ou
marasmo dos membros da minha geração a permitirem que salafrários ocupassem
cargos importantes em setores tão fundamentais como os da ciência, da
educação ou da política. Por isso, não me contento em simplesmente ter de
dizer aos meus netos que o século XX foi o século da mentira. Não, enquanto
eles crescem, pretendo dizer-lhes mais: Que o século XXI poderá vir a ser
tão bom quanto pintaram meus avós, desde que eles se empenhem efetivamente
na construção deste futuro, desde que mirem-se e aprendam com os nossos
erros. Que deixem o paternalismo de lado e expulsem os vendilhões dos
templos que militam na ciência, na educação e na política. Chega de esperar!
Não existe crise quando não há vontade em superar viscissitudes passageiras.
Crise implica em dinamismo histórico e representa, utilizando o significado
econômico do termo, dado pelo Novo Dicionário Aurélio, "o ponto de transição
entre uma época de prosperidade e outra de depressão, ou vice-versa".

Como já escrevi em algum lugar de meu passado:

"Crise, de fato, não existe; ou, quem sabe, dentro da relatividade
temporal histórica exista como algo a ser rememorado por nossos
descendentes remotos e a denunciar o alheamento por que passou os
setores científico, educacional e político brasileiros durante o século
XX. Crise, de fato, não existe e quem dera venha de fato a existir; não
como produto do descaso de nossos governantes, mas em decorrência
de sua vontade política em acertar, algo que, via de regra, inexiste em
nossas casas legislativas, ministérios, entidades corporativistas e/ou
autarquias.

Crise, de fato, não existe: O que, de fato, existe, e quiçá possamos um
dia dizer existia, chama-se MARASMO."

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm


> Caros colegas da lista,
>
> É um grande risco dizermos que "investimento" é tudo o que o Brasil
> precisa na área de Ciência e Tecnologia. Seria como dizermos que "material
> de pintura e/ou escultura" é tudo o que necessitaríamos para termos um
> Michelangelo.
> O governo deve investir a quantia certa no momento certo, conforme os
> resultados dos novos talentos forem surgindo. Isso é o que aconteceu com a
> Embraer e é o que está acontecendo com a área de Biotecnologia no Brasil.
> Neste ponto, deve-se usar mais a palavra "incentivo" do que a palavra
> "investimento".
> Outros fatores, como o risco, Engenharia de Produto e Produção, subsídios,
> integração universidade-empresa, etc..., também são importantes.
> Uma boa dose de ânimo e auto-estima seria útil aos cientistas brasileiros.
> Muitos não acreditam na capacidade criativa brasileira e como resultado,
> no Brasil, nada se descobre, tudo se "redescobre", depois que a patente já
> foi registrada. Até mesmo o Brasil foi uma "redescoberta" da América!
> Outro ponto que me chama atenção é o conformismo brasileiro diante desta
> catastrófica situação da Ciência e Tecnologia Brasileira.
> Eu fiquei horrorizado com as conclusões da conferência realizada em
> Brasília. Foi dito que o Brasil cresceu muito nos últimos trinta anos e
> que a expectativa para os próximos dez anos é bastante favorável. Eu não
> entendi de que Brasil eles estavam falando, mas certamente não é o Brasil
> que eu conheço. Talvez fosse uma reunião de cegos ou débeis-mentais...
> A Ciência e Tecnologia Brasileira não tem, nem de longe, a dimensão do
> Brasil. É uma Ciência pífia, improdutiva e altamente dependente. Num
> balanço geral, se fosse para dar uma nota aos cientistas brasileiros, esta
> não seria zero, pois alguma coisa foi feita, mas seria muito próxima de
> zero.
> Eu diria ainda que boa parte deste fracasso se deve a esses "papas" que
> ocupam, sem a devida competência, altos postos nas nossas universidades,
> institutos e governo. Alguns deles estiveram presentes na conferência de
> Brasília.
> Considerando-se que o desenvolvimento científico é de vital importância
> para a Economia e Soberania do Brasil, só nos resta "parabenizar" estes
> homens que estão destruindo gradativamente o nosso país.
> Eu já falei sobre isso nesta lista. O assunto é muito sério...



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Livros pirata
FROM: "Juliana Belko" <julibelko@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/09/2001 22:54

Mando um link para quem tem o Acrobat: http://www.uol.com.br/cultvox/
Têm o Dicionário Filosófico do Voltaire, livros do Bertrand Russell entre outros.

Juliana.

----- Original Message -----
From: lrb@if.ufrgs.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, September 24, 2001 12:17 AM
Subject: [ciencialist] Livros pirata


Ai vai um link com alguns livros completos.

http://www.sympad.net/etext1/orig/en/

Na area 'Science' tem o livro Relojoeiro Cego do Richard Dawkins (em
ingles - pdf).

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna






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SUBJECT: Mitos da Ciência
FROM: "Juliana Belko" <julibelko@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/09/2001 23:46

Li uma frase em uma propaganda da revista Galileu e gostaria que me respondessem se é correto dizer que a Ciência têm mitos.

"Galileu transforma o conhecimento em uma grande atração. Além de desvendar os mitos da Ciência e os grandes mistérios da Humanidade, a revista fala de meio ambiente (...)"

Grata,
Juliana.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mitos da Ciência
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2001 03:00

Juliana,

Por detrás das perguntas aparentemente mais simples é que se escondem as
maiores dúvidas.

> Li uma frase em uma propaganda da revista Galileu e gostaria que me
respondessem se é correto dizer que a Ciência têm mitos.
>

A Palavra "mito" tem muitos significados. Veja alguns deles:
1 Fábula que relata a história dos deuses, semideuses e heróis da
Antiguidade pagã. 2 Interpretação primitiva e ingênua do mundo e de sua
origem. 3 Tradição que, sob forma alegórica, deixa entrever um fato natural,
histórico ou filosófico. 4 Exposição simbólica de um fato. 5 Coisa
inacreditável. 6 Enigma. 7 Utopia. 8 Pessoa ou coisa incompreensível.

É claro que a ciência tem mitos, já que ela feita pelos mesmos homens que
fazem os mitos! Porém, o que isso quer dizer?
Vejamos o trecho da revista que você citou:

> "Galileu transforma o conhecimento em uma grande atração. Além de
desvendar os mitos da Ciência e os grandes mistérios da Humanidade, a
revista fala de meio ambiente (...)"

Será mesmo que Galileu é "tudo isso" ou será que ele é mais um dos "mitos"
da ciência? Sim, Galileu tem uma importância fundamental na história da
ciência, mas não tanta quanto o texto citado acima parece atribuir a ele.
Assim como muitas afirmações tidas como verdadeiras com base na tradição e
num conhecimento primitivo - os mitos - foram questionadas por Galileu,
também podemos questionar hoje em dia se a própria imagem de Galileu - pelo
menos essa que a revista passa - não é também um mito.

A chave da sua pergunta não está na questão da existência do "mito" na
ciência, mas sim na questão "do que as pessoas entendem por ciência". A
ciência é feita por homens que crêem em mitos, que fazem os mitos e, vez por
outra, os desmistificam. Portanto, a melhor forma de compreender os "mitos"
da ciência é procurar saber como se constrói a a própria ciência.

Para saber mais sobre Galileu consulte os links que encontrará nessa página:
http://www.google.com/search?q=galileu+galilei&btnG=Pesquisa+Google&hl=pt&lr
=lang_pt

É isso ai. Espero ter ajudado.

Abraços,

Prof. José Carlos.



SUBJECT: Re: Mitos da Ciência
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2001 16:07

--- In ciencialist@y..., "Prof. José Carlos" <j.c@i...> wrote:
> Será mesmo que Galileu é "tudo isso" ou será que ele é mais um dos "mitos=
"
> da ciência? Sim, Galileu tem uma importância fundamental na história da
> ciência, mas não tanta quanto o texto citado acima parece atribuir a ele.=


Galileu no texto citado se refere a uma revista
de jornalismo sobre assuntos de ciencia e tecnologia.

http://galileu.globo.com

E' concorrente da Superinteressante. Ambas andam
brigando pra ver quem baixa mais o nivel -- a SI saiu
atras, mas agora esta' ganhando de goleada.

Com a troca do editor da revista Galileu (ex-Globo Ciencia),
parece q. ela esta' entrando mais nos eixos.

Ja' a SI com a entrada de um editor marqueteiro perdeu
todos os escrupulos. Ostenta um titulo interno de 'revista
do ano' como se fosse um reconhecimento com algum
significado alem do universo Abril e vomita numeros de
vendagens (a extinta Noticias Populares tinha uma boa
vendagem e nao se traduzia exatamente em qualidade
jornalistica).

Mauricio Tuffani, o assessor editorial da Galileu, tem se
mostrado muito mais responsavel q. o Senhor Adriano
Silva, diretor de redacao da Superinteressante. Embora
a Galileu ainda escorregue com capas sobre Arca de Noe'
e o continente perdido da Atlantida (pra apenas no corpo
da reportagem entender q. nao se trata bem disso), ela
nao comete crimes como as capas da SI sobre Duesberg
e cia e anti-vacinistas (desentendido q. nao se desfaz no
texto, piora, na verdade).

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mitos da Ciência
FROM: "Felipe Diesel" <felipediesel@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2001 17:13


Alguém tem uma sugestão de uma revista deste tipo, porém que não falem tanta
besteira?

[]'s
felipe

----Original Message Follows----
From: rmtakata@altavista.net
Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: Mitos da Ciência
Date: Sun, 30 Sep 2001 19:07:48 -0000

--- In ciencialist@y..., "Prof. José Carlos" <j.c@i...> wrote:
> Será mesmo que Galileu é "tudo isso" ou será que ele é mais um dos
"mitos=
"
> da ciência? Sim, Galileu tem uma importância fundamental na história da
> ciência, mas não tanta quanto o texto citado acima parece atribuir a
ele.=


Galileu no texto citado se refere a uma revista
de jornalismo sobre assuntos de ciencia e tecnologia.

http://galileu.globo.com

E' concorrente da Superinteressante. Ambas andam
brigando pra ver quem baixa mais o nivel -- a SI saiu
atras, mas agora esta' ganhando de goleada.

Com a troca do editor da revista Galileu (ex-Globo Ciencia),
parece q. ela esta' entrando mais nos eixos.

Ja' a SI com a entrada de um editor marqueteiro perdeu
todos os escrupulos. Ostenta um titulo interno de 'revista
do ano' como se fosse um reconhecimento com algum
significado alem do universo Abril e vomita numeros de
vendagens (a extinta Noticias Populares tinha uma boa
vendagem e nao se traduzia exatamente em qualidade
jornalistica).

Mauricio Tuffani, o assessor editorial da Galileu, tem se
mostrado muito mais responsavel q. o Senhor Adriano
Silva, diretor de redacao da Superinteressante. Embora
a Galileu ainda escorregue com capas sobre Arca de Noe'
e o continente perdido da Atlantida (pra apenas no corpo
da reportagem entender q. nao se trata bem disso), ela
nao comete crimes como as capas da SI sobre Duesberg
e cia e anti-vacinistas (desentendido q. nao se desfaz no
texto, piora, na verdade).

[]s,

Roberto Takata




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mitos da Ciência
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2001 17:24

Ops, que furo o meu heim? :DDD

----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, September 30, 2001 4:07 PM
Subject: [ciencialist] Re: Mitos da Ciência


>
> Galileu no texto citado se refere a uma revista
> de jornalismo sobre assuntos de ciencia e tecnologia.
>
> http://galileu.globo.com
>

Conheço a revista e, relendo a pergunta da Juliana fica claro que não é a
respeito de Galileu Galilei que ela está tratando. Em todo o caso, para não
perder a viajem, fica ai mais um exemplo de mito: o de que sabemos ler
depois que passamos a escrever livros! (ou o de que revistas de divulgação
científica desvendem mitos científicos).

>
> Roberto Takata
>

Obrigado pelo apontamento Roberto.

Abraços,

José Carlos



SUBJECT: Re: Mitos da Ciência
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2001 18:40


Que tal a revista Com Ciência?

www.comciencia.br

As edições anteriores estão no link "reportagens".

Belisário

----- Original Message -----
From: Felipe Diesel <felipediesel@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, September 30, 2001 5:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Mitos da Ciência


>
> Alguém tem uma sugestão de uma revista deste tipo, porém que não falem
tanta
> besteira?
>
> []'s
> felipe
>
> ----Original Message Follows----
> From: rmtakata@altavista.net
> Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: [ciencialist] Re: Mitos da Ciência
> Date: Sun, 30 Sep 2001 19:07:48 -0000
>
> --- In ciencialist@y..., "Prof. José Carlos" <j.c@i...> wrote:
> > Será mesmo que Galileu é "tudo isso" ou será que ele é mais um dos
> "mitos=
> "
> > da ciência? Sim, Galileu tem uma importância fundamental na história da
> > ciência, mas não tanta quanto o texto citado acima parece atribuir a
> ele.=
>
>
> Galileu no texto citado se refere a uma revista
> de jornalismo sobre assuntos de ciencia e tecnologia.
>
> http://galileu.globo.com
>
> E' concorrente da Superinteressante. Ambas andam
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> atras, mas agora esta' ganhando de goleada.
>
> Com a troca do editor da revista Galileu (ex-Globo Ciencia),
> parece q. ela esta' entrando mais nos eixos.
>
> Ja' a SI com a entrada de um editor marqueteiro perdeu
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>
> Mauricio Tuffani, o assessor editorial da Galileu, tem se
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> a Galileu ainda escorregue com capas sobre Arca de Noe'
> e o continente perdido da Atlantida (pra apenas no corpo
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Falta de investimento do setor privado leva Brasil a ficar atrás da Croácia no ranking de desenvolvimento tecnológico
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2001 22:10

Caro Alberto e colegas da lista,

>... Por isso, não me contento em simplesmente ter de
> dizer aos meus netos que o século XX foi o século da mentira. Não,
enquanto
> eles crescem, pretendo dizer-lhes mais: Que o século XXI poderá vir a ser
> tão bom quanto pintaram meus avós, desde que eles se empenhem efetivamente
> na construção deste futuro, desde que mirem-se e aprendam com os nossos
> erros. Que deixem o paternalismo de lado e expulsem os vendilhões dos
> templos que militam na ciência, na educação e na política. Chega de
esperar!

Você deveria escrever um livro sobre este assunto!
Concordo com tudo o que você disse, embora eu tenha uma opinião diferente
quanto ao que dizer aos meus netos.
A Ciência e Tecnologia possui vários "bondes". Muitos deles já se foram na
segunda metade do século XX e o Brasil já perdeu a maioria destes bondes.
No bonde da informática, por exemplo, os "Tigres Asiáticos" conseguiram
embarcar nas décadas de 70, 80 e 90. O Brasil, com aquela estúpida "Lei de
Reserva de Mercado", nunca embarcou neste bonde. É preciso entender que,
agora, para embarcarmos no bonde, teríamos que correr atrás dele, numa ação
muito mais complicada do que seria termos embarcado no bonde na hora certa.
Falando em termos concretos, para entrarmos agora na indústria de
computadores, por exemplo, seria necessário um investimento de muitos
bilhões de dólares, sendo este um investimento a fundo perdido pois não
sabemos se seríamos capazes de competir com a tecnologia já existente.
Para corrermos atrás desta indústria, seria necessário movermos ações
pontuais, empresa por empresa, universidade por universidade
estabelecendo-se "join-ventures" com empresas e universidades estrangeiras,
detentoras de tal tecnologia. Este seria um processo muito demorado,
exigindo-se um esforço muito forte do governo no sentido de agir
pontualmente, não com a criação de leis amplas e genéricas, mas atuando em
cada caso individualmente, como tem ocorrido com a Embraer, por exemplo, que
recebe um "carinho especial" de nosso governo.
Este assunto não poderia ser tratado por políticos, mas por técnicos
extremamente rápidos e eficientes.
Quanto ao que dizer aos meus netos, bem, o Brasil perdeu este bonde, e mais
aquele outro e aquele outro... Mas não fiquem esperando o bonde passar
novamente, pois ele só passa uma vez ... Na Informática, por exemplo, o
Brasil sempre será dependente da tecnologia estrangeira e cada vez mais.
Portanto, não são crises, mas momentos históricos perdidos, graças à
incompetência de homens que nada fizeram e ainda permanecem em seus postos.

> Este assunto, não só no setor da ciência mas também no da educação ou da
> política ...

Sim eu concordo que este é um assunto também relacionado com educação e
política, mas infelizmente, a maioria do nosso povo, a nossa opinião
pública, não é capaz de enxergar o tamanho do rombo que a carência
científica e tecnológica produzem em nosso país. Ou, pelo menos, este
assunto não chega a ter a merecida polêmica como a crise política, com toda
aquela máquina de corrupção existente em nosso país.
É preciso que nós, cientistas ou amantes da ciência, cientes de tal
situação, coloquemos um megafone em nossas bocas e saiamos por aí divulgando
que a ciência é mais do que apenas importante, ela é vital para o nosso
país. Além disso, como você disse, "Que deixem o paternalismo de lado e
expulsem os vendilhões dos templos que militam na ciência, na educação e na
política". É preciso arrancarmos este câncer com todas as suas raízes
infiltradas nos diversos segmentos de nossa sociedade, e cobrarmos de nossos
cientistas algo muito simples. Se é ciência que eles produzem, onde estão os
seus resultados? Não há resultado? Fora!

Com relação à educação, parece-me que agora, depois de muitas décadas ou
mesmo gerações, alguém finalmente percebeu que havia algo de muito errado
com o nosso sistema de ensino.
Embora eu considere o atual ministro da educação muito fraco, com uma
política educacional cheia de falhas "gritantes", eu tenho que admitir que
ele, em alguns anos de governo, fez mais pela educação do que todos os
outros ministros da educação anteriores em conjunto. Isto não é um elogio ao
ministro Paulo Renato, mas um "elogio" aos seus predecessores.
Mas fica aqui uma dúvida: Se era tão óbvio que muita coisa estava errada em
nosso sistema de ensino, porque então ninguém fez nada, durante tantas
décadas? Há que se dizer que, neste caso, estamos tratando de uma classe
intelectualmente privilegiada de nosso povo. Onde estavam estes
débeis-mentais que não se manifestaram?
Coisas óbvias como o ainda remanescente "terrorismo intelectual" que é o
vestibular, o ensino gratuito para ricos e pago para os pobres,
universidades excelentes e péssimas, currículo escolar inadequado,
integração empresa-escola, etc ... passaram décadas sem serem ao menos
questionadas. Nós fomos vítimas de uma "burrice coletiva", gastando muito
tempo estudando em alto nível de detalhe e complexidade, assuntos que nós
nunca iríamos utilizar. Estou dizendo alguma mentira? Eu até concordo que
estes assuntos poderiam ser estudados com um menor nível de detalhe e
complexidade, formando o que poderíamos chamar de uma "cultura geral",
reservando-se o esforço extra para detalhar assuntos que realmente sejam de
interesse do estudante, ou mesmo redistribuindo melhor os recursos de ensino
entre um maior número de alunos.
Eu trabalhei e morei na Austrália por dois anos. Lá, o sistema de ensino é
diferente de tudo o que existe no mundo e funciona muito bem. O aluno não é
massacrado com um currículo extenso, contendo matérias que estão fora de sua
área de interesse. Por que o Brasil não poderia ser também diferente? Por
que um candidato a uma faculdade de Direito precisa decorar a tabela
periódica dos elementos químicos, incluindo a distribuição eletrônica em
níveis energéticos (Linus Pauling)? Não seria suficiente ele saber que os
elementos químicos e tais níveis energéticos existem? (E olha lá!)
Aliás, hoje em dia, a informação está na internet. Na maioria dos casos, não
há a necessidade de se memorizar, mas saber como acessar a informação. Nas
nossas escolas, é proibido "colar". Num ambiente profissional, ou mesmo
científico, a "cola" é fundamental.
Ainda reforçando a questão do foco curricular no ensino Brasileiro,
ensinam-se detalhes gramaticais da língua Inglesa num nível tão avançado que
a maioria dos nativos dos países desta língua não dominam tais detalhes.
Entretanto, se você tenta comunicar-se com um destes estudantes em Inglês,
eles não serão capazes de ouvir ou falar.
Ouvir e falar fluentemente em Inglês é muito importante, mas são os detalhes
de regrinhas gramaticais que diferenciam um candidato a vestibular de outro
e este passa a ser o foco do estudo para um estudante de segundo grau. Se
você perguntar para um cidadão comum dos EUA, Inglaterra ou Austrália, o que
é "Present Perfect" ele responderá "What?!?", embora eles o utilizem
normalmente, inconscientemente. Já os estudantes Brasileiros saberiam
responder a pergunta, mas não seriam capazes de participar de uma
conferência em Inglês. Isto é um absurdo, pois quando se aprovou o ensino de
línguas no Brasil, esperava-se que os estudantes fossem capazes de se
comunicarem em Inglês ao completarem o segundo grau. Há, portanto, uma grave
distorção no ensino de língua Inglesa e muitas outras matérias do ensino
Brasileiro.
Na minha opinião, o ensino de línguas deveria ser iniciado quando a criança
estivesse no pré-primário, aos cinco anos de idade, estendendo-se até o
início da adolescência, aos doze ou treze anos, com um alto enfoque para a
conversação. Daí por diante, se o aluno optar por especializar-se em
gramática daquela língua, visando ser um Tradutor, Intérprete ou Professor
de Inglês, seria uma opção sua, mas os demais não seriam afetados.
Profissionalmente falando, na maioria dos casos, o Inglês requerido é de
conversação. A leitura e escrita básica passa a ser natural para quem fala o
idioma. Um alto nível no detalhamento de gramática da língua Inglesa vai
além da necessidade para a maioria das profissões.
As distorções continuam nas universidades. O curso de engenharia, por
exemplo, seja qual modalidade for, é essencialmente um curso de Cálculo. Se
você percorrer as matérias estudadas na engenharia, você notará que, além do
próprio Cálculo, matérias como Resistência dos Materiais, Mecânica dos
Fluídos, Mecânica Geral, Eletromagnetismo, Eletrônica, Física, Química,
etc..., todas estas matérias envolvem uma pequena dose de conceito e uma
forte dose de Cálculo. Mesmo matérias específicas, como Antenas para os Eng.
Eletrônicos, também continuam utilizando fortemente o Cálculo. Entretanto,
muitos dos engenheiros que se formam jamais utilizarão Cálculo na sua vida
profissional. Eu sou Engenheiro Eletrônico e nunca precisei resolver uma
única integral em minha vida profissional. Sou formado há mais de 15 anos,
mas exerci a profissão apenas nos 5 primeiros anos.
Eu não acho que se deva reduzir o uso de Cálculo no currículo das escolas de
engenharia, mas deve-se cobrar das empresas um posicionamento e até mesmo um
comprometimento quanto ao que elas desejam dos estudantes. Com a escassez de
profissionais com curso superior no Brasil, é um absurdo desperdiçar aqueles
que se formam, atribuindo-lhes tarefas que poderiam ser executadas por
técnicos de segundo grau. Seria preferível não investir tanto tempo,
esforços e dinheiro. Isso faz parte de uma ampla discussão integrando
empresas e escolas, para melhor direcionar o investimento em educação.
Infelizmente, não acredito que as coisas mudem a curto prazo.


[]'s
Antonio







SUBJECT: Fw: [acropolis] Novo arquivo carregado em acropolis
FROM: "Thiago Maia" <thiagomaiasantos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2001 23:52


----- Original Message -----
From: acropolis@yahoogrupos.com.br
To: acropolis@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, September 23, 2001 11:30 AM
Subject: [acropolis] Novo arquivo carregado em acropolis



Olá,

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SUBJECT: Fw: [acropolis] Novo arquivo carregado em acropolis
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DATE: 30/09/2001 23:58




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Sent: Sunday, September 23, 2001 11:54 AM
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SUBJECT: Boletim Terra Redonda 003
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: Lista@strbrasil.com.br
DATE: 01/10/2001 01:25

******* Boletim Terra Redonda *******
Número 003 - Julho/Agosto/Setembro 2001
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br

== Neste Número:
* STR Precisa de Ajuda Financeira
* Abaixo-assinado Contra o Ensino Religioso Obrigatório nas Escolas
* Terceiro Debate da STR, Sobre "Vida Após Morte"
* Encontros Regionais da STR em SP, no RJ e no RS
* Chat da STR Funcionando Novamente
* Seja Editor da STR!
* Novos Textos e Ensaios
* Informações
----------------------------------------------------------------------

* STR Precisa de Ajuda Financeira

Nossa organização está precisando de verbas para continuar no ar. O novo
servidor que hospeda nossas páginas possui um limite mensal de dados
transferidos. A média de visitas diárias da STR está crescendo sempre, o que
faz com que ultrapassemos cada vez mais este limite. Isto significa que os
custos de hospedagem da STR são cada vez mais altos. Infelizmente, a entrada
de verbas com associações e vendas de produtos não é suficiente para cobrir
estes custos.

Como medida de emergência, retiramos a Área Humor do ar mês passado
quando estouramos o limite de transferência. Solicitamos, então, que os
visitantes e membros cadastrados (grátis) tornem-se
membros associados (pagantes), através da Área Membros (
http://www.strbrasil.com.br/Membros ), para que não precisemos mais tomar
este tipo de medida paliativa.

Pode-se também contribuir comprando nossos produtos, através da Área
Compras ( http://www.strbrasil.com.br/Compras ), ou sendo anunciante em
nosso website ( http://www.strbrasil.com.br/anuncie.htm ). Lembramos que
nossas finanças são públicas e podem ser vistas na Seção Finanças, em
http://www.strbrasil.com.br/financas.htm . Ajude a STR a crescer cada vez
mais!

* Abaixo-assinado Contra o Ensino Religioso Obrigatório nas Escolas

A STR, em conjunto com o grupo Secularismo&Cidadania (
http://groups.yahoo.com/group/secularismo ) e a Sociedade Brasileira de
Céticos e Racionalistas ( http://www.ceticos.org ), iniciou uma campanha
pública contra o ensino religioso obrigatório nas escolas públicas do estado
de São Paulo. Participe do Abaixo-assinado da STR, disponível na Área
Revolucione ( http://www.strbrasil.com.br/Revolucione/ensino.htm ), que
colherá assinaturas para serem enviadas ao governo paulista.

* Terceiro Debate da STR, Sobre "Vida Após Morte"

O terceiro debate da STR terá "Vida Após Morte" como tema. Será iniciado
no dia 03/11/2001. Os participantes serão o professor de botânica e
espírita, Marcos Arduin, e o cético Ronaldo Cordeiro, da Comissão de
Biologia do Fórum Cético Brasileiro. Mais informações em
http://www.strbrasil.com.br/Debate/debate0300.htm .

* Encontros Regionais da STR em SP, no RJ e no RS

No dia 20/10/2001 realizaremos os encontros regionais da STR em São
Paulo, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. De acordo com a pesquisa de
opinião sobre os encontros ( http://vote.pollit.com/survey/519958?ns=16 ),
os participantes desejam que debates sejam realizados nos encontros.
Gravaremos e transcreveremos o conteúdo do que for debatido e publicaremo na
STR. O tema para os debates ainda não foi definido; visite com frequência a
Área Principal da STR ( http://www.strbrasil.com.br/principal.htm ) para
saber qual serão os temas, os endereços dos encontros e a lista de pessoas
confirmadas.

| Estado | Local | Contato |
|--------|-------------|-----------------------------|
| SP | Indefinido | Sottomaior@strbrasil.com.br |
| RJ | Planetário | Vines@strbrasil.com.br |
| RS | Bar do Beto | Brudna@strbrasil.com.br |

* Chat da STR Funcionando Novamente

O bate-papo on line da STR está funcionando novamente. Através da Área
Chat ( http://www.strbrasil.com.br/Chat ), você pode conversar com os
editores, membros e visitantes da STR. Visite e conheça pessoas que pensam
com você! As reuniões acontecem todas as quartas-feiras e domingos, a partir
das 22h.

* Seja Editor da STR!

Novas vagas para Editor da STR. Você pode fazer parte de nossa equipe!
Vagas para as Áreas Notícias, Revolucione, Debate, Compras e Frases. Também
para Editor de Inglês, Espanhol, Português, Marketing & Divulgação, Relações
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candidatos para avaliar os mais aptos para os cargos. LEmbramos que todos os
Editores trabalham voluntariamente.

* Novos Textos e Ensaios

Estes são os textos e ensaios que foram publicados neste último
trimestre. Visite a Seção Novidades ( http://www.strbrasil.com.br/novo.htm )
para uma lista completa. Não se esqueça de enviar seus comentários e
críticas, preenchendo o formulário no final de cada texto.

30/09/2001
- Os Mísseis Desgovernados da Religião - Prometa a um jovem que a morte não
é o fim e ele irá, com toda boa vontade, causar um desastre
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
19/09/2001
- Sem Fé No Absurdo
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
18/09/2001
- Minha Sant@rroba dos Últimos Emails!
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
17/09/2001
- Outra Controversa Tentativa de Estabelecer a Eficiência Clínica das
Orações Intercessórias
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
15/09/2001
- O Charlatão Que Tentou Calar O Cientista
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
14/09/2001
- Ontopsicologia: Uma Panacéia Falaciosa, Clone das Religiões
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
- Homeopatía Contra AIDS e Mídia Irresponsável
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
11/09/2001
- Os vivos podem conversar com os mortos? Médiuns dizem se conectar ao mundo
dos espíritos, mas céticos reagem: "prove"
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
08/09/2001
- Criando Seus Filhos no Ateísmo
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
03/09/2001
- Programa Fantástico testa a astrologia de forma incorreta, fazendo-a
parecer algo que realmente funciona
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
02/09/2001
- Criando Filhos Sem Religião
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
01/09/2001
- Ensino Religioso Nas Escolas: Qual Deus?
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
18/08/2001
- Além da Renovação-- Capítulo 2: A Subcultura Evangélica
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
28/08/2001
- Os Dez Mandamentos São Fósseis Morais
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
26/08/2001
- Carta Sobre a Alma
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
24/08/2001
- O Parlamentar Que Votou Contra Deus
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
23/08/2001
- As Absurdas e Ignorantes Leis Judias, Ou de Como Iavé Condenou À Morte
Raparigas Inocentes
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
- Quem É O Pai da Mentira?
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
- Entrevista Sobre Clonagem Humana Com Renato Zamora Flores
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
22/08/2001
- Criação Ex Nihilo - Sem Deus
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
19/08/2001
- O Relógio no Deserto
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
18/08/2001
- Dissecando a Declaração de Oklahoma
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
09/08/2001
- A Construção do Estado Ateísta
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
02/08/2001
- Lanchonete McDonald's propagando a quiromancia em toalhas de papel
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
27/07/2001
- Universidade Estácio de Sá ministrando cursos de esoterismo no Rio de
Janeiro
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
24/07/2001
- O Pastor Rebelde: Fervendo de Ódio Pelo Bispo Macedo
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm
20/07/2001
- Nos Bastidores do Reino: A Vida Secreta na Igreja Universal do Reino de
Deus (Parte IV)
http://www.strbrasil.com.br/Libertas/texto.htm
- Nos Bastidores do Reino: A Vida Secreta na Igreja Universal do Reino de
Deus (Parte III)
http://www.strbrasil.com.br/Libertas/texto.htm
- Nos Bastidores do Reino: A Vida Secreta na Igreja Universal do Reino de
Deus (Parte II)
http://www.strbrasil.com.br/Libertas/texto.htm
02/07/2001
- Veja a Luz
http://www.strbrasil.com.br/Area/texto.htm

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Este boletim lhe foi enviado pois você se registrou como Membro (
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SUBJECT: Imperdivel ... duplo IBEST
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2001 09:08

> Parabéns, o site http://www.feiradeciencias.com.br já está concorrendo ao Prêmio iBest 2002 Brasil!


CATEGORIA: Educação e Treinamento
LINK: http://www.ibest.com.br/prevoting/prevote.asp?IDSite=380&IDCategoria=42&NomeSite=Feira%20de%20Ciências&Selo=1


CATEGORIA: Arte e Cultura
LINK: http://www.ibest.com.br/prevoting/prevote.asp?IDSite=380&IDCategoria=40&NomeSite=Feira%20de%20Ciências&Selo=1 <


Lá no TopCadê? estou concorrendo a uma viagem à Marte ... agora, com dupla indicação do IBEST, acredito que poderei escolher qualquer galáxia para visitar. VOTE NO IMPERDIVEL e faça seu autor um viajante das galáxias!

[]'
Léo
===========



SUBJECT: Bolhas podem afundar embarcacoes
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2001 12:39

Folha de São Paulo, segunda-feira, 01 de outubro de 2001
FÍSICA

Bolhas de gás podem afundar
embarcações

DA "NEW SCIENTIST"

Poderiam bolhas ascendentes afundar um navio em pleno mar?
Parece um tanto exagerado, mas testes de laboratório
comprovaram
que bolhas podem de fato afundar objetos flutuantes.
A constatação dá força a uma das possíveis explicações para
o
sumiço de embarcações no chamado Triângulo das Bermudas e no

mar do Norte. A hipótese é que bolhas de metano (gás formado
na
decomposição de material orgânico) liberadas de
reservatórios no
fundo do oceano tenham sido responsáveis pelos misteriosos
desaparecimentos.
O matemático grego Arquimedes foi o primeiro a postular que,
para
algo flutuar, grosso modo a densidade do líquido precisa ser
superior
à do objeto. Com base nisso, é possível supor que o acúmulo
de
bolhas na água acabe por reduzir sua densidade média,
fazendo com
que afundem objetos que normalmente flutuariam.
O teste dessa idéia foi feito por Bruce Denardo e
colaboradores da
Escola Naval Pós-Graduada de Monterey, Califórnia (EUA).
Eles
encheram um recipiente de quatro litros com água e
distribuíram
globos de aço pela superfície.
Todas estavam flutuando. Eles então injetaram ar por baixo
do
recipiente, em velocidades variáveis, e observaram com que
facilidade as bolinhas afundavam. "Ficamos surpresos de a
teoria
ter sido confirmada", diz Denardo.
Apesar disso, os cientistas não consideram a questão
encerrada. É
possível que no mar os efeitos sejam outros, uma vez que os
refluxos de água em ambiente aberto são diferentes. O estudo
mais
detalhado do fenômeno poderia ajudar um barco a permanecer
flutuando, ou ainda a criar uma arma para afundar
embarcações.
O artigo de Denardo e seus colaboradores sobre o experimento
foi
publicado na revista especializada "American Journal of
Physics"
(http://ojps.aip.org/ajp/), volume 69, pág. 1.064.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bolhas podem afundar embarcacoes
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2001 15:07

> O estudo mais detalhado do fenômeno poderia ajudar
um
> barco a permanecer flutuando, ou ainda a criar uma
> arma para afundar embarcações.

Já repararam que sempre que se descobre algum
fenômeno novo, as possibilidades bélicas de sua
exploração estão sempre entre as primeiras a se
manifestarem?...

++nicolau



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Bolhas podem afundar embarcacoes
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2001 15:12

Pô, mas isso é fácil de saber o porquê.......

São as utilizações geralmente mais simples...

Simples questão de entalpia,he,he,he......:))

SDS,

ASM
----- Original Message -----
From: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 01, 2001 3:07 PM
Subject: Re: [ciencialist] Bolhas podem afundar embarcacoes


> > O estudo mais detalhado do fenômeno poderia ajudar
> um
> > barco a permanecer flutuando, ou ainda a criar uma
> > arma para afundar embarcações.
>
> Já repararam que sempre que se descobre algum
> fenômeno novo, as possibilidades bélicas de sua
> exploração estão sempre entre as primeiras a se
> manifestarem?...
>
> ++nicolau
>
>
>
>



SUBJECT: off-topic
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2001 17:42

Enquanto o mundo se diverte com bolhas e natalpia faço solicitações.
Preciso de duas ilustrações para um artigo da Sala 23 - Mundo Atômico - Átomo de Bohr; são elas:

Espectro de emissão do átomo de hidrogênio na região visível e próxima da região ultravioleta

Espectro de absorção do átomo de sódio. (as raias podem ser linhas brilhantes sobre fundo escuro).

Quem tiver isso ou puder indicar algo, agradeço

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bolhas podem afundar embarcacoes
FROM: "Carol" <carolsturari@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2001 19:26

Blasfêmia! Como podem falar isso?? Esses sumiços são obra de Deus!! Rsrsrs...
"----- testes de laboratório comprovaram que bolhas podem de fato afundar objetos flutuantes. A constatação dá força a uma das possíveis explicações para o sumiço de embarcações no chamado Triângulo das Bermudas e no mar do Norte. A hipótese é que bolhas de metano (gás formado na decomposição de material orgânico) liberadas de
reservatórios no fundo do oceano tenham sido responsáveis pelos misteriosos desaparecimentos."


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Boletim Terra Redonda 003
FROM: "Carol" <carolsturari@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2001 19:32


Gostaria de ler as mensagens postadas sobre a vida secreta na Igreja Universal do Reino de Deus, mas não consegui. Os endereços estão corretos? E onde está a Parte I?

20/07/2001
- Nos Bastidores do Reino: A Vida Secreta na Igreja Universal do Reino de
Deus (Parte IV)
http://www.strbrasil.com.br/Libertas/texto.htm
- Nos Bastidores do Reino: A Vida Secreta na Igreja Universal do Reino de
Deus (Parte III)
http://www.strbrasil.com.br/Libertas/texto.htm
- Nos Bastidores do Reino: A Vida Secreta na Igreja Universal do Reino de
Deus (Parte II)
http://www.strbrasil.com.br/Libertas/texto.htm



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Para-hidrogénio
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2001 19:33

Alguém me consegue dar uma ideia da plausibilidade do texto que se
segue?


Orthohydrogen and parahydrogen are two different isomers of hydrogen.
Orthohydrogen is that state of hydrogen molecules in which the spins
of the two nuclei are parallel. Parahydrogen is that state of hydrogen
molecules in which the spins of the two nuclei are antiparallel.
The different characteristics of orthohydrogen and parahydrogen lead
to different physical properties. For example, orthohydrogen is highly
combustible whereas parahydrogen is a slower burning form of hydrogen.
Thus,~orthohydrogen and parahydrogen can be used for different
applications. Conventional electrolytic cells make only orthohydrogen
and parahydrogen. Parahydrogen, conventionally, is difficult and
expensive to make.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: off-topic
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2001 19:40


Léo,

No livro: "Atomic spectra and atomic structure", de Gerhard Herzberg,
editora Dover, logo na pág. 5, as duas primeiras figuras têm as seguintes
legendas:

"Fig. 1. Emission Spectrum of the Hydrogen Atom in the Visible and Near
Ultraviolet Region"
"Fig. 2. Absorption Spectrum of the Na Atom"

Esse livro pode ser encontrado em bibliotecas universitárias (caso você
tenha um scanner...). Ou mesmo comprado em livrarias que vendem livros
importados, pois os livros da Dover são bastante populares e baratos. Mas
trata-se de um livro muito antigo; seu valor é mais histórico.

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 01, 2001 5:42 PM
Subject: [ciencialist] off-topic


> Enquanto o mundo se diverte com bolhas e natalpia faço solicitações.
> Preciso de duas ilustrações para um artigo da Sala 23 - Mundo Atômico -
Átomo de Bohr; são elas:
>
> Espectro de emissão do átomo de hidrogênio na região visível e próxima da
região ultravioleta
>
> Espectro de absorção do átomo de sódio. (as raias podem ser linhas
brilhantes sobre fundo escuro).
>
> Quem tiver isso ou puder indicar algo, agradeço
>
> []'
> Léo
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Boletim Terra Redonda 003
FROM: "Daniel Cid (sinistrow)" <danielcid@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2001 21:22

O texto se encontra disponivel em :
http://www.strbrasil.com.br/Libertas/reino4.htm

[]`z


--
Daniel B. Cid (swx)




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: off-topic
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2001 21:43


-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 1 de outubro de 2001 19:40
Assunto: [ciencialist] Re: off-topic


|
| Léo,
|
| No livro: "Atomic spectra and atomic structure", de Gerhard Herzberg,
| editora Dover, logo na pág. 5, as duas primeiras figuras têm as seguintes
| legendas:
|
| "Fig. 1. Emission Spectrum of the Hydrogen Atom in the Visible and Near
| Ultraviolet Region"
| "Fig. 2. Absorption Spectrum of the Na Atom"
|
| Esse livro pode ser encontrado em bibliotecas universitárias (caso você
| tenha um scanner...). Ou mesmo comprado em livrarias que vendem livros
| importados, pois os livros da Dover são bastante populares e baratos. Mas
| trata-se de um livro muito antigo; seu valor é mais histórico.
|
| Até,
| Belisário

E o Léo, preso aqui em Barretos-City onde só há uma Faculdade e cujo chefe da cadeira de Física ao vir visitar meu laboratório particular conseguiu, com bastante esforço, reconhecer 5% dos aparelhos e experimentos que lhe apresentei.
Quer que eu comente os livros da biblioteca universitária daqui?
Bons tempos aqueles que trabalhei no IFUSP , quantos livros, revistas etc. (e de vez em quando visitava a biblioteca do IQUSP).

O único jeito é eu passar para meu plano astral, com um scanner astral e tirar uma cópia astral. :-)))

De todo modo, agradeço ... valeu, tá anotado.

[]'
Léo
==================



SUBJECT: Re: [ciencialist] off-topic
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2001 23:03

Léo,

> Preciso de duas ilustrações para um artigo da Sala 23 - Mundo Atômico -
Átomo de Bohr; são elas:
>
> Espectro de emissão do átomo de hidrogênio na região visível e próxima da
região ultravioleta
>
> Espectro de absorção do átomo de sódio. (as raias podem ser linhas
brilhantes sobre fundo escuro).
>

Dê uma olhada nos links abaixo (mas não espere nada espetacular)
- http://www.colorado.edu/physics/2000/quantumzone/index.html
- http://www.chem.uidaho.edu/~honors/spectra.html
- http://csep10.phys.utk.edu/astr162/lect/light/absorption.html
- http://www.che.ilstu.edu/genchemhelphomepage/topicreview/bp/ch6/bohr.html

Abraços,

Prof. José Carlos



SUBJECT: Re: [ciencialist] Para-hidrogénio
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2001 23:18

>From: "João Mário Miranda"
> Alguém me consegue dar uma ideia da plausibilidade do texto que se
> segue?

João,

Dê uma olhada nesse link e veja se ajuda.
- http://www.cchem.com/opcat/

Abraços,

Prof. José Carlos




SUBJECT: pseudociencia no nonio
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/10/2001 19:55

Esta semana o nonio é dedicado às pseudociências: método Waldorf,
Antroposofia, energia grátis, numerologia, galinhas envenenadas,
microondas assassinos e tudo o mais que os leitores se lembrem
de submeter. Boas leituras! E já agora, estou a precisar de
uma ajudinha para desmontar tantas histórias. [joao]


Matematica: O mistério do 11 no ataque ao WTC
Este site apresenta várias coincidências (?) que têm a ver com o
numero 11 e o ataque ao WTC. A não perder!
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=818


Educacao: Waldorf: Quem é dono da verdade?
Neste site , afirma-se precisamente o contrário daquilo que tem
sido até agora apresentado sobre a pedagogia Waldorf,
nomedamente que não é racista. E agora?
1 comentário
http://www.nonio.com/article.php?sid=817


Analise: WTC: As noticias chocantes e horríveis que não vemos
Pela nossa casa adentro, a partir do dia 11 Set. entraram a cada
minuto repetidamente até à exaustão as imagens dos aviões a irem
contra as torres. No artigo deste link
http://www.rumormillnews.net/cgi-bin/config.pl?read=12290, o
autor relembra as notícias chocantes e horríveis de que não nos
lembramos neste momento, sobre os mortos e estropiados pelo
mundo fora devido à intervenção directa e indirecta dos E.U.A.:
120.000 na Guatemala, 30.000 no Chile, 800.000 na Indonésia
(dos quais 250.000 em Timor), 30.000 na Nicarágua, 80.000 em
El Salvador, etc, etc, etc.
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=816


Medicina: Histórias de terror: A carne de frango
Sugiro que dêm uma vista de olhos a este site ...antes da vossa
refeição.
2 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=813


Educacao: Ensino alternativo para Portugal
A Pedagogia Waldorf foi introduzida por Rudolf Steiner em 1919,
em Stuttgart, Alemanha, inicialmente através de uma escola para os
filhos dos operários da fábrica de cigarros Waldorf-Astória (daí
seu nome), a pedido deles. Distinguindo-se desde o início por
ideais e métodos pedagógicos até hoje revolucionários, ela cresceu
continuamente, com interrupção durante a 2a. guerra mundial, e
proibição no leste europeu até o fim dos regimes comunistas. Hoje
conta com mais de 700 escolas no mundo inteiro (aí excluídos os
jardins de infância Waldorf isolados). [continua]
8 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=812


Ciencia: Será que o forno de microondas é realmente seguro?
Já repararam que quando se fala/escreve sobre os possíveis
perigos dos fornos microondas, só se fala sobre os perigos para
fora do forno? E o que é que acontece com os alimentos? Será que
estes sofrem alguma alteração na sua estrutura molecular,
alterações essas que poderão afectar a nossa saúde (veja os
alimentos genéticamente modificados!)? O artigo sobre o assunto
em http://www.nexusmagazine.com/microwave.html dá que pensar!

0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=811


Ambiente: O que é feito da energia grátis, sem fim e não poluente
prometida ?
A energia (eléctrica, mecânica, etc) grátis, sem fim e não poluente é
algo de que se vem falando desde o início do séc. XX. De vez em
quando ouve-se falar (TV), e aparecem em jornais artigos sobre
alguém que inventou mais um dispositivo que permite obter energia
mais barata. Pelo mundo fora já foram inventados dispositivos que
permitem obter energia limpa grátis e sem fim. Mas continuamos a
pagar a energia cada vez mais cara! Porque é que os carros
funcionam ainda básicamente do mesmo modo que o primeiro
Ford? Respostas para isto encontrei em nexusmagazine.
4 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=810


Cultura: A cultura ocidental é melhor do que a cultura árabe?
O debate desta semana centra-se à volta do tema A cultura
ocidental é melhor do que a cultura árabe? Este é apenas o
mote. A ideia é explorar as questões relacionadas com esta
pergunta. Explico melhor na continuação.[continua]
2 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=809


Filosofia: Diálogos Teológicos
Iluminado: Podemos ser optimistas mesmo em relação às coisas
mais cruéis. Podemos sempre pensar que o ataque terrorista ao
WTC foi uma extraordinária demonstração de fé.

Philosophical Mind: Mas a fé não é isso, isso é fanatismo. Uma
pessoa que acredita realmente em Deus não se suicida porque a
vida é uma dádiva de Deus e só Deus a pode tirar. Uma pessoa
que verdadeiramente crê em Deus está consciente da dádiva da
vida e nunca tirará nem a própria vida nem a de outros e muito
menos em nome de Deus. [continua]
1 comentário
http://www.nonio.com/article.php?sid=808


Quimica: Relógio de iodo
Como se pode fazer um relógio com uma solução de iodo?
ABELA
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=807


Nonio: :-)
Só aqui estou a escrever este comentário apenas para dizer
obrigado a todos os colaboradores do nonio... este é sem dúvida o
melhor site em português sobre ciência... :-)
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=806


Ficcaocientifica: Filmes em cartaz
Estão neste momento em cartaz (Portugal) dois filmes muito
interessantes, Planeta dos Macacos e A. I. - Inteligência Artificial.
Este último já foi motivo de uma notícia aqui no nónio. Alguém
tentou descobrir quem é Jeanine Sala? O Planeta dos Macacos
também é um tanto enigmático. O que acham destes filmes e como
é que interpretaram o Planeta dos Macacos?
6 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=805


Paleontologia: Dúvidas sobre a extinção do pérmico
O fim do denominado período pérmico ocorreu há 250 milhões de
anos e coincidiu com uma extinção em massa que poderá ter sido
causada por um cometa. Um novo estudo relatado nesta notícia no
Público defende que as causas são internas e não externas ao
planeta. Como é que se sabe isso? Sabe-se, ou pensa saber-se,
porque se extinguiram muito mais animais marinhos do que
terrestres e um cometa teria afectado todos por igual. Logo, o que
quer que tenha sido, terá atingido mais os mares que a terra.

Notícias antigas sobre a extinção do Pérmico:
Meteorito provocou extinção há 250 Milhões de anos - Novas
Provas

Hoje também saiu uma notícia sobre a descoberta de ovos de
titanossauro fossilizados.
3 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=804


Economia: Enigma económico
Alice tem $100 000 no banco. Paga esses $100 000 a uma
empresa para construir uma casa. Fica com uma casa que vale
$100 000, e a empresa fica com $100 000 no banco.

De onde vêm os $100 000 a mais?
15 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=803


Nonio: ideias para debates
Para que o nónio seja cada vez mais um fórum democrático feito
pelos leitores estou a pedir sugestões para temas para os próximos
debates. Já que o primeiro teve tanto sucesso acho que devemos
continuar. Que temas é que gostariam de ver discutidos? Não pode
ser nada demasiado especializado, nem demasiado localizado (já
que o nónioé um fórum internacional ).
2 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=802


Biotecnologia: Comportamento geneticamente modificado
Uma notícia muito interessante na Nature relata uma experiência em
que arganazes (uma espécie de roedor) foram infectados por um
vírus que modificou a forma como eles se relacionam uns com os
outros. Os arganazes tornaram-se mais fieis às fêmeas e mais
próximos de outros machos. O vírus infectou cérebro dos
arganazes com um gene que torna o cérebro mais receptivo a uma
hormona (vasopressin) relacionada com as ligações afectivas.
Comentários?
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=801


Ambiente: Ozono do Árctico influenciado por ondas de calor
Este artigo na Nature explica que o desaparecimento anual da
camada de ozono no Árctico é afectada por ondas de calor que
percorrem a atmosfera e atingem a estratosfera. Quando as ondas
de calor não são suficientemente fortes, as temperaturas são mais
baixas na estratosfera e as reacções que consomem o ozono são
mais intensas. O artigo explica ainda porque é que as temperaturas
baixas são propícias ao desaparecimento de ozono.
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=800


Fisica: Qual é a esfera?
Duas esferas têm o mesmo peso e o mesmo tamanho, mas uma
delas é oca. Claro que não são feitas do mesmo material. De que
forma é que podemos descobrir qual é a oca e qual não é?
10 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=799


--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: hipoteses mesquitianas
FROM: "L. B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/10/2001 22:50

Olá Alberto e demais,

Continuando a nossa conversa, há algum tempo parada, como é, em suas
hipóteses, que se soluciona o problema do átomo mais simples: o de
hidrogênio?

Abraços
Leandro



SUBJECT: Guerras que o mundo não vê
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/10/2001 02:15

Guerras do terceiro mundo não têm audiência


Terça-feira, 2 de outubro de 2001

Carolina Cimenti/Redação Terra

No dia 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos e o mundo pararam para
assistir - ao vivo e a cores - aos maiores ataques terroristas da história.
Os atentados a Nova York e Washington deixaram quase 7 mil mortos e milhares
de feridos. Poucas horas depois, quase todos os países ao redor do globo já
haviam se pronunciado e ofereciam apoio à "guerra contra o terrorismo".
Outros conflitos no mundo, porém, não têm tanta audiência nem suas vítimas
recebem atenção especial da comunidade internacional.

Em janeiro de 1975, tinha início a guerra civil em Angola. Ex-colônia
portuguesa (a maior parte dos escravos trazidos da África para o Brasil
vieram de Angola), o país ganhou junto com a independência, em 1974, uma
violenta guerra entre os três grupos que queriam liderar o governo de
transição. A economia de Angola, que depois da escravidão passou a ser
baseada na exploração do diamante e do petróleo, está extremamente
prejudicada. As estradas e ferrovias do país estão destruídas e é impossível
cultivar a terra por causa das minas terrestres que mutilam e matam adultos
e crianças diariamente. Nos últimos 26 anos, mais de um milhão de pessoas
morreram no conflito mais longo que já existiu na África.

Um conflito que começou em 1988 entre o Azerbaidjão, ex-república soviética,
e o país vizinho, a Armênia, já deixou mais de 30 mil mortos e dezenas de
milhares de refugiados. Os dois Estados disputam o território de
Nagorno-Karabakh, província que auto-proclamou sua independência, localizada
no sudoeste do Azerbaidjão. Um cessar-fogo entre 1994 e 1998 não impediu que
a guerra voltasse a existir na fronteira dos dois países. O Azerbaidjão quer
recuperar sua soberania sobre a região, e a Armênia defende uma solução que
conceda o máximo de autonomia ao território independentista. O papa João
Paulo II realizou em setembro deste ano uma visita histórica à Armênia,
lançando um apelo para o fim do conflito.

Outra região do mundo que vive uma guerra "em silêncio" é o Sri Lanka, que
tem uma história marcada pelos confrontos entre cingaleses e tâmeis. A
numerosa população tâmil no país é herança de sucessivas invasões da Índia
no país. Mais de 64 mil pessoas morreram desde 1983, quando rebeldes
militantes tâmeis começaram a realizar atentados contra os cingaleses para
tentar criar uma pátria tâmil no norte e leste do país. A guerrilha Tigres
da Libertação Tâmil Eelam (TLTE) combate o Exército e o governo. No momento,
um acordo de paz é mediado pela Noruega para acabar com o conflito étnico.


Com informações da Reuters


************* // ******************

Um pouco de informação sempre é bom.

José Carlos




SUBJECT: Seminario de Jesus
FROM: "rkenedi" <rkenedi@plugue.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/10/2001 05:20

Alguem na lista conhece algum representante do Seminario de Jesus aqui no Brasil. Também, estou procurando um site em português, alguem tem conhecimento?

Seminário de Jesus é um grupo de aprox. 200 pessoas altamente preparados e qualificadas que pesquisam e estudam o tema Jesus Cristo, tentando mostrar sua verdade. É patrocinado pelo Institute Westar na California .
Obrigado
Ronald


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/10/2001 09:56

----- Original Message -----
From: "L. B. Holanda"
Sent: Tuesday, October 02, 2001 10:50 PM
Subject: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas

> Olá Alberto e demais,
> Continuando a nossa conversa, há algum tempo parada, como é, em suas
> hipóteses, que se soluciona o problema do átomo mais simples: o de
> hidrogênio?

Olá Leandro e demais.

Existe um mito, injustificável a meu ver, de que a física clássica emperra
quando de sua tentativa de chegar ao microcosmo, o mundo dos átomos. Já
relatei em mensagem recente (Sobre as origens de física moderna - msg
11518 - 25/09/01 - http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/11518 )
alguns argumentos a me convencerem de que a física clássica foi vilipendiada
por um decreto tão espúrio quanto aqueles que os políticos vez ou outra
tentam nos impingir. E os grandes físicos clássicos da época, ou não
conseguiram enxergar essa disparidade (por exemplo Planck ou Thomsom), ou já
estavam mortos (por exemplo, Maxwell).

Assim é que Dirac (The Principles of Quantum Mechanics, fourth edition,
1967) chega a se reportar à física clássica nos seguintes termos:

The necessity for a departure from classical mechanics is clearly shown
by experimental results. In the first place the forces known in
classical electrodynamics are inadequate for the explanation of the
remarkable stability of atoms and molecules, which is necessary in order
that materials may have any definitive phisical and chemical properties
at all. The introduction of new hypothetical forces will not save the
situation, since there exist general principles of classical mechanics,
holding for all kinds of forces, leading to results in direct
disagreement with observation.

Ora, que mecânica clássica é essa a se mostrar incompatível com os
resultados experimentais? Seria a mecânica newtoniana? Ou seria aquela
deturpada pelos argumentos eletrodinâmicos supostamente clássicos e
introduzidos com o "decreto" de Lorentz? Note bem: "as forças conhecidas na
eletrodinâmica clássica são inadequadas para a explicação da notável
estabilidade de átomos e moléculas..." Mas que eletrodinâmica "clássica" é
essa que vai frontalmente contra os axiomas da física clássica genuinamente
newtoniana? (vide mensagem citada acima). Essa eletrodinâmica de Lorentz não
é clássica nem aqui nem no Afeganistão!!! E esse argumento de Dirac nada
mais é senão o produto de uma deturpação ideológica, afim de justificar a
introdução de conceitos abstratos e absurdos que são apresentados em seu
livro após essas considerações preliminares. Pois quer queiram, quer não, e
Dirac demonstra que estar perfeitamente ciente disso, a física quântica
somente justifica sua existência por cima das possíveis falácias da física
clássica. E se essas falácias não existirem, a física quântica reduz-se a
NADA.

Por outro lado, porque introduzir "novas forças hipotéticas"? As de Lorentz
não se mostraram suficientes? É essa a física que esses físicos aprenderam
com Newton? Quando nada se justificar, introduza uma hipótese "ad hoc" aqui,
outra ali, e pronto?!!! São esses os mitos em que vocês acreditam? Pois
então fiquem com Dirac ou Lorentz e eu ficarei com Newton. Fiquem com as
verbas do CNPq e eu ficarei com minha consciência tranqüila. Fiquem com seus
dogmas e eu continuarei irado com o meu Deus pelo fato dele simular ser um
jogador de dados.

Quanto à pergunta em si (vide acima), diria que a resposta não é elementar,
mas conseqüente ao aprofundamento de argumentos apresentados em três
artigos, dentre outros, que escrevi recentemente:

1) Uma curiosa coincidência (1983):
http://www.geocities.com/ecientificocultural/coincidencia.html
2) O elétron emissor de informações eletromagnéticas (1999):
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron2/emissor01.htm
3) O spin que não é giro (2001):
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron2/parep.htm

Estarei a disposição para discutí-los e/ou aprofundar minhas idéias caso
mostre-se conveniente. Não estou com a solução final mas com a rota a ser
seguida para que possamos chegar à mesma por uma via não fantasiosa e 100%
clássica. Em várias partes do mundo estão pipocando idéias novas a
demonstrarem que os físicos "modernos" cometeram, por cerca de um século,
erros por demais infantis. Aqueles que não entrarem nessa onda, muito em
breve ficarão falando sozinhos e/ou irão se transformar em motivo de chacota
pelos seus pares. "Ouça o que eu digo pois o que eu digo não está nos
livros" ;-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Seminario de Jesus
FROM: "silvio cordeiro filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/10/2001 11:12

verdade??? jesus???
jesus!!

silvio

=o=

Alguem na lista conhece algum representante do Seminario de Jesus aqui no
Brasil. Também, estou procurando um site em português, alguem tem
conhecimento?

Seminário de Jesus é um grupo de aprox. 200 pessoas altamente preparados e
qualificadas que pesquisam e estudam o tema Jesus Cristo, tentando mostrar
sua verdade. É patrocinado pelo Institute Westar na California .
Obrigado
Ronald





SUBJECT: Jornalismo e ciência no Rio
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/10/2001 11:12

Help
Ao pessoal do Rio:

7. O que falta para o jornalismo científico dar mais destaque para a
pesquisa brasileira é palestra de Marcelo Leite, editor de ciência do jornal
Folha de São Paulo, a ser realizada dia 18 de outubro, quinta-feira, às
10:30, Auditório do Pavilhão Arthur Neiva, Fundação Oswaldo Cruz, Av.
Brasil, 4365, Rio de Janeiro.

Fonte: Boletim Ciência e Sociedade. Ciência & Sociedade é o informativo
eletrônico do Centro de Estudos do Museu da Vida (Casa de Oswaldo
Cruz/Fiocruz). Para recebê-lo por e-mail, contacte: cestudos@coc.fiocruz.br

Até,
Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Revista Com Ciência - divulgação científica
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------



SUBJECT: Fw: Ciência & Sociedade no. 14
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/10/2001 11:17

Help
Recomendo a todos esse boletim semanal. Sempre vem coisas
interessantíssimas. Para recebê-lo por e-mail, é só contactar o e-mail no
fim da mensagem. (A versão original vem em HTML).

Belisário

----- Original Message -----
From: Centro de Estudos do Museu da Vida
Sent: Monday, October 01, 2001 4:40 PM
Subject: Ciência & Sociedade n. 14

Neste informe:
O público leigo deve participar de decisões relacionadas à ciência?
Pesquisa em células tronco e clonagem são temas de debate on line
Duplo Schwarzenegger em filme sobre clonagem
A relação entre ciência e a mídia
Começa a 7a Mostra Ver Ciência
'Education Arena', site para se manter atualizado na área de educação
O que falta para o jornalismo científico dar mais destaque para a pesquisa
brasileira

1. O público leigo deve participar de decisões relacionadas à ciência? O
governo da Dinamarca acredita que sim. Desde 1987, o Danish Board of
Technology vem promovendo as conferências de consenso, também chamadas
conferências do cidadão, para envolver pessoas leigas em discussões sobre
temas científicos. Trata-se de um evento que reúne representantes de
diferentes segmentos da sociedade em torno de um problema científico e
tecnológico que tem impacto social, para aprofundar os diversos pontos de
vista e deliberar os possíveis encaminhamentos para o problema. Ao final,
produz-se um relatório que efetivamente é levado em conta no momento de
elaboração da legislação daquele país. Temas já abordados: tecnologia
genética na indústria e na agricultura, irradiação de alimentos, mapeamento
do genoma humano, poluição do ar, tecnologia educacional, cartões de
identidade eletrônica, tecnologia informacional em transportes, produção
integrada na agricultura, limites e avaliação de riscos para substâncias
químicas para alimentos e o meio ambiente, terapia gênica e alimentos
geneticamente modificados. Um interessante artigo, escrito por Lars Klüver,
que relata a experiência dinamarquesa nessa área, está disponível em
http://www.tekno.dk/udgiv/pps/pps.htm Para ficar por dentro de evento
similar ocorrido na Austrália, sobre alimentos transgênicos:
http://www.abc.net.au/science/slab/consconf/ As informações sobre o encontro
britânico sobre dejetos radioativos estão em
http://www.ukceed.org/consensus_conference/contents.htm

2. Pesquisa em células tronco e clonagem são temas de debate on line -
Promovido pelo House of Lords Select Committee on Stem Cell Research, o
debate virtual já está em andamento e ocorre até 19 de outubro. O objetivo é
encorajar a participação pública, buscando obter um conjunto de pontos de
vista distintos, que servirão como subsídios para o comitê considerar e
gerar um documento sobre o tema. Para se cadastrar na lista:
http://www.publicevidence.net/ A home-page traz vários documentos sobre o
tema, como o interessante especial sobre clonagem elaborado pela New
Scientist.

3. Duplo Schwarzenegger em filme sobre clonagem - O filme O sexto dia reúne
preocupações éticas, morais e legais em torno das novas tecnologias da
genética, em particular da clonagem humana. Os riscos da biotecnologia e a
possibilidade de perda de controle dos produtos dela resultantes também
estão presentes no roteiro. O filme sugere, ainda, a importância de se
estabelecerem limites para os cientistas e para suas pesquisas. Um dos seus
pontos inovadores é apresentar o clone como um ser humano comum, com seus
dilemas e sua crise de identidade. Está enganado quem imaginou que verá uma
apologia contra as novas tecnologias. Misturando uma postura crítica e
irônica, esse filme hollywoodiano também apresenta supostas vantagens da
clonagem. E tudo isto no ritmo à la James Bond, com muitas perseguições,
explosões, empresários inescrupulosos e cientistas arrependidos. A direção é
de Roger Spottiswoode, que esteve à frente do 007 Tomorrow Never Dies. No
elenco, Arnold Schwarzenegger em dose dupla, Michael Rapaport e Robert
Duvall. O sexto dia - uma referência à passagem bíblica em que Deus criou o
homem no sexto dia - foi lançado no final do ano passado e está disponível
nas videolocadoras.

4. A relação entre ciência e a mídia - Who's Misunderstanding Whom? -
Science, society and the media é documento escrito por Ian Hargreaves,
professor de jornalismo na Universidade de Cardiff, em que busca apresentar
algumas das questões atuais na discussão sobre o tema; inclui o depoimento
de alguns jornalistas especializados em ciência. O apêndice traz algumas
orientações da Royal Society para editores, em que se discute a
responsabilidade dos cientistas ao lidar com a mídia e apresenta algumas
sugestões de como os jornalistas podem abordar as incertezas na ciência. O
relatório completo está disponível em:
http://www.esrc.ac.uk/whom/whofirst.html

5. Começa a 7a Mostra Ver Ciência - Mostra internacional de Ciência na TV,
no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, de 29 de setembro a 10
de outubro. A home-page do evento divulga a programação para o publico geral
e as sessões especiais para as escolas, bem como disponibiliza o catálogo
completo com as sinopses dos filmes: http://www.verciencia.com.br/

6. 'Education Arena' - É site dedicado a pessoas que queiram se manter
atualizadas na área de educação. Reúne cerca de 80 periódicos científicos
importante e inclui um sistema de busca para artigos. Para "science
education", por exemplo, apresenta uma listagem de 230 artigos, alguns deles
abordando também divulgação científica e cultura científica. Ressalte-se, no
entanto, que muitos deles não estão disponíveis gratuitamente. O site
inclui, ainda, a base de dados ERA (Educational Research Abstracts), que
disponibiliza por um período restrito para teste 18.000 abstracts de 700
periódicos. Para quem quer escrever artigos científicos, o site traz dicas e
instruções para autores de vários publicações. Confira em:
http://www.educationarena.com/educationarena/homepage.htm

7. O que falta para o jornalismo científico dar mais destaque para a
pesquisa brasileira é palestra de Marcelo Leite, editor de ciência do jornal
Folha de São Paulo, a ser realizada dia 18 de outubro, quinta-feira, às
10:30, Auditório do Pavilhão Arthur Neiva, Fundação Oswaldo Cruz, Av.
Brasil, 4365, Rio de Janeiro.

____________________________________________________________________________
___________________
Ciência & Sociedade é o informativo eletrônico do Centro de Estudos do Museu
da Vida (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz). Coordenadora do Centro de Estudos:
Magali Romero Sá. Editora de Ciência & Sociedade: Luisa Massarani. Projeto
gráfico: Luis Claudio Calvert - Centro de Criação. Informações, sugestões,
comentários, críticas etc. são bem-vindas, pelo endereço eletrônico
cestudos@coc.fiocruz.br. Se você não quer mais receber Ciência & Sociedade,
utilize o mesmo email.


-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Revista Com Ciência - divulgação científica
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] off-topic
FROM: "Juliana Belko" <julibelko@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/10/2001 14:19

Talvez vc encontre algo no altavista.com.br procurando em imagens.

Juliana.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Seminario de Jesus
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2001 15:36

http://www.westarinstitute.org/


http://strbrasil.com.br/Atheos/jesus.htm

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., "rkenedi" <rkenedi@p...> wrote:
> Alguem na lista conhece algum representante do Seminario de Jesus
aqui no Brasil. Também, estou procurando um site em português, alguem
tem conhecimento?
>
> Seminário de Jesus é um grupo de aprox. 200 pessoas altamente
preparados e qualificadas que pesquisam e estudam o tema Jesus
Cristo, tentando mostrar sua verdade. É patrocinado pelo Institute
Westar na California .
> Obrigado
> Ronald
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Seminario de Jesus
FROM: "rkenedi" <rkenedi@plugue.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/10/2001 15:44

Roberto,
obrigado pela informação.
O artigo da STR eu tenho
Abraços
Ronald
----- Original Message -----
From: rmtakata@altavista.net
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 03, 2001 3:36 PM
Subject: [ciencialist] Re: Seminario de Jesus


http://www.westarinstitute.org/


http://strbrasil.com.br/Atheos/jesus.htm

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., "rkenedi" <rkenedi@p...> wrote:
> Alguem na lista conhece algum representante do Seminario de Jesus
aqui no Brasil. Também, estou procurando um site em português, alguem
tem conhecimento?
>
> Seminário de Jesus é um grupo de aprox. 200 pessoas altamente
preparados e qualificadas que pesquisam e estudam o tema Jesus
Cristo, tentando mostrar sua verdade. É patrocinado pelo Institute
Westar na California .
> Obrigado
> Ronald
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Seminario de Jesus
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2001 16:21

De nada, Ronald,

Tem um texto provocativo:

http://galileu.globo.com/edic/117/rep_cristianismo.htm

E como comparacao na mesma revista em outra edicao:

http://galileu.globo.com/edic/113/rep_jesus.htm

(Isso e' um dos exemplos q. ilustram as trilhas da
revista Galileu q. comentei por cima em outra mensagem.)

Apropo, alguem tinha perguntado de uma revista
de jornalismo sobre temas de ciencia e tecnologia
q. fosse confiavel. A gente nao pode dormir no ponto.
Todas, por melhores q. sejam, cometem escorregoes --
alguns, como a Superinteressante, tombos homericos.
Ja' devem ter comentado sobre a Ciencia Hoje, publica-
cao da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciencia.
E' mais uma revista mais afim de divulgacao cientifica,
do q. de jornalismo, mas dessas areas de ciencias
para leigos, e' a melhor em minha opiniao.

Numa classificacao estritamente pessoal (nao ha'
criterios objetivos bem estabelecidos) de acuracia no
tratamento de temas cientificos:

- Ciencia Hoje*
- Ciencia Hoje para Criancas*
- Galileu*
- Pato Donald
- Folha de S. Paulo
- O Estado de S. Paulo
- Veja
- Epoca
- MAD
- Destino
- UFO
- Planeta
- Sexto Sentido
- Familia Crista
- Isto E'
- Folha Universal
- Superinteressante*

* - principais veiculos brasileiros
impressos especializados em divulgacao
cientifica e/ou jornalismo voltado
à temas de C&T (outras publicacoes
podem possuir classificacao intermediaria
às aqui apresentadas)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] pseudociencia no nonio
FROM: luizln@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2001 17:02

Alguem na lista e' adepto/defensor da pedagogia Waldorf?

> Educacao: Waldorf: Quem é dono da verdade?
> Neste site , afirma-se precisamente o contrário daquilo
> que tem sido até agora apresentado sobre a pedagogia
> Waldorf, nomedamente que não é racista. E agora?
(...)
> A Pedagogia Waldorf foi introduzida por Rudolf Steiner
> em 1919, em Stuttgart, Alemanha, inicialmente através
> de uma escola para os filhos dos operários da fábrica
> de cigarros Waldorf-Astória (daí seu nome), a pedido
> deles. Distinguindo-se desde o início por ideais e métodos
> pedagógicos até hoje revolucionários, ela cresceu
> continuamente, com interrupção durante a 2a. guerra
> mundial, e proibição no leste europeu até o fim dos regimes
> comunistas. Hoje conta com mais de 700 escolas no
> mundo inteiro (aí excluídos os jardins de infância
> Waldorf isolados). [continua]

Minha duvida sobre ela sempre foi: porque ainda
adotar a pedagogia Waldorf, que tem os seus
fundamentos baseados em crencas do inicio do
seculo XX, anterior a quase tudo o que conhecemos
hoje sobre aprendizagem e desenvolvimento
cognitivo?

Nao acho que ha' racismo ou coisa parecida nesta
pedagogia. Acho apenas que ela e' baseada no
conhecimento do seculo antepassado de pedagogia,
e que teve mudancas em mais de 90% desde entao.

Como todo esse (quase um) seculo de descobertas
e' ignorado. Porque deve merecer atencao, hoje?

Quanto a ser aplicado em centenas de escolas,
nao vejo grande vantagem nisso. As escolas sao
empresas que nunca vao `a falencia, porque sempre
colocam a culpa de maus resultados nos outros,
nunca em si propria ou em suas praticas.

Na escola, se um ou se poucos nao "aprendem",
a culpa e'(sao) desse(s) aluno(s) que ja' nao
estudam como antigamente. Se muitos alunos
nao aprendem, a culpa e' do professor.

Com desculpas como estas, muito comum no
meio escolar, quando uma escola diz (ou muitas
centenas delas dizem) que estao obtendo um
grande sucesso, nao da' pra acreditar, ou nao da'
pra avaliar se o sucesso e' por causa da escola
ou apesar da escola.

Isso torna inconclusivo o argumento de que o
"sucesso" da escola (ou de centenas delas)
demonstra a validade da pedagogia.

[ ]s, Luiz Lima


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas
FROM: luizln@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2001 17:02

Caro Alberto,

> > Continuando a nossa conversa, há algum tempo parada, como é, em
> > suas hipóteses, que se soluciona o problema do átomo mais simples:
> > o de hidrogênio?
(...)
> Existe um mito, injustificável a meu ver, de que a física clássica
> emperra quando de sua tentativa de chegar ao microcosmo, o mundo dos
> átomos.

Cheguei agora na lista, mas achei curiosa a proposta de revalidacao da
fisica classica, ainda mais em detrimento da fisica moderna.

E acrescentaria mais algumas questoes, alem da solucao do atomo do
hidrogenio (vou ler os 3 artigos que voce indicou):

- poderia solucionar classicamente outros atomos, alem do hidrogenio?
- como se explicaria a superfluidez? - e o tunelamento?

Lembrando coisas como a superfluidez e o tunelamento nao sao
gedankenexperiments. Nos podemos verificar tais fenomenos.

E como reexplicar, sem a mecanica quantica, o efeito fotoeletrico?


Como ja' disse, cheguei agora, por isso ainda estou tentando me
inteirar das discussoes.

Dai' me ocorreu uma duvida. O que voce esta' propondo tem a ver com a
dialetica da escola de Copenhagen versus a escola de Trieste, ou nada
a ver?


> Quanto à pergunta em si
(...)
> "como é, em suas hipóteses, que se soluciona o problema do átomo
> mais simples: o de hidrogênio?"
(...)
> diria que a resposta não é elementar, mas conseqüente ao
> aprofundamento de argumentos apresentados em três artigos, dentre
> outros, que escrevi recentemente:
(...)

Mais um questionamento.

Se voce ainda nao consegue resultados com as suas conviccoes, apenas
ve os indicios, nao seriam prematuras ou precipitadas as suas
conclusoes?

Nao seria melhor continuar trabalhando, e passar a questionar a
mecanica moderna depois de ter algum resultado?

Suas conviccoes quanto aos resultados que voce ainda nao obteve nao
estao em desacordo com o metodo cientifico, enquanto viola o Principio
da Nao Precipitacao (imparcialidade antes da obtencao dos resultados)?
Isso nao pode afetar o seu julgamento?


Por favor, nao leve a mal as minhas perguntas, as perguntas de alguem
que ainda nao teve a honra de conhece-lo. Estou apenas interessado na
discussao, e estas foram as duvidas que me apareceram.


[ ]s, Luiz Lima


SUBJECT: Re: [ciencialist] pseudociencia no nonio
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2001 17:19

As escolas Waldorf não são só criticadas por causa do método.
também são criticadas por causa dos conteúdos dos progrmas.
Os críticos acusam as escolas de ensinarem pseudociencia e
de ensinarem teorias completamente sem fundamento que justificam
o racismo.

joão
http://www.nonio.com


luizln@bol.com.br wrote:
>
> Alguem na lista e' adepto/defensor da pedagogia Waldorf?
>
> > Educacao: Waldorf: Quem é dono da verdade?
> > Neste site , afirma-se precisamente o contrário daquilo
> > que tem sido até agora apresentado sobre a pedagogia
> > Waldorf, nomedamente que não é racista. E agora?
> (...)
> > A Pedagogia Waldorf foi introduzida por Rudolf Steiner
> > em 1919, em Stuttgart, Alemanha, inicialmente através
> > de uma escola para os filhos dos operários da fábrica
> > de cigarros Waldorf-Astória (daí seu nome), a pedido
> > deles. Distinguindo-se desde o início por ideais e métodos
> > pedagógicos até hoje revolucionários, ela cresceu
> > continuamente, com interrupção durante a 2a. guerra
> > mundial, e proibição no leste europeu até o fim dos regimes
> > comunistas. Hoje conta com mais de 700 escolas no
> > mundo inteiro (aí excluídos os jardins de infância
> > Waldorf isolados). [continua]
>
> Minha duvida sobre ela sempre foi: porque ainda
> adotar a pedagogia Waldorf, que tem os seus
> fundamentos baseados em crencas do inicio do
> seculo XX, anterior a quase tudo o que conhecemos
> hoje sobre aprendizagem e desenvolvimento
> cognitivo?
>
> Nao acho que ha' racismo ou coisa parecida nesta
> pedagogia. Acho apenas que ela e' baseada no
> conhecimento do seculo antepassado de pedagogia,
> e que teve mudancas em mais de 90% desde entao.
>
> Como todo esse (quase um) seculo de descobertas
> e' ignorado. Porque deve merecer atencao, hoje?
>
> Quanto a ser aplicado em centenas de escolas,
> nao vejo grande vantagem nisso. As escolas sao
> empresas que nunca vao `a falencia, porque sempre
> colocam a culpa de maus resultados nos outros,
> nunca em si propria ou em suas praticas.
>
> Na escola, se um ou se poucos nao "aprendem",
> a culpa e'(sao) desse(s) aluno(s) que ja' nao
> estudam como antigamente. Se muitos alunos
> nao aprendem, a culpa e' do professor.
>
> Com desculpas como estas, muito comum no
> meio escolar, quando uma escola diz (ou muitas
> centenas delas dizem) que estao obtendo um
> grande sucesso, nao da' pra acreditar, ou nao da'
> pra avaliar se o sucesso e' por causa da escola
> ou apesar da escola.
>
> Isso torna inconclusivo o argumento de que o
> "sucesso" da escola (ou de centenas delas)
> demonstra a validade da pedagogia.
>
> [ ]s, Luiz Lima
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

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joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Off-topic "Ciência Cognitiva"
FROM: "Juliana Belko" <julibelko@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/10/2001 22:26

Uma amiga está fazendo um trabalho sobre Ciência Cognitiva e eu gostaria de saber se alguém tem algum material sobre o assunto. Definições e/ou tópicos sobre isso.

Juliana.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] pseudociencia no nonio
FROM: luizln@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/10/2001 08:23

Caro Joao,

> As escolas Waldorf não são só criticadas por causa do método.
> também são criticadas por causa dos conteúdos dos progrmas.
> Os críticos acusam as escolas de ensinarem pseudociencia e
> de ensinarem teorias completamente sem fundamento que justificam o
> racismo.

Para evitar mal entendidos: nao sou defensor ou adepto da
pedagogia Waldorf. Muito pelo contrario.

Eu sei que esta pedagogia e' nazistoide (veja bem, nao disse
que e' nazista, apenas que os seus principios e os seus metodos
sao compativeis com o nazismo) e que tem um pe' no esoterismo
(como ver ciclos de sete anos no desenvolvimento do individuo).

Ate' sou vitima das criticas dos adeptos (por anos participei de
pesquisas em informatica educativa, e os adeptos da pedagogia
Waldorf pedem "pelamordedeus" que os pais "tenham consciencia"
e nao deixem os seus filhos sequer se aproximarem de um computador,
porque (sic) "usar um computador e' prejudicial ao desenvolvimento da
crianca").

E sei que esta pedagogia tem muitos adeptos, mesmo no Brasil,
inclusive em postos academicos de destaque.

Por isso pensei na possibilidade de haver algum defensor nesta
lista, e fugi a uma discussao direta que depende de crenca/fe',
como seria discutir o racismo, procurando uma abordagem mais
objetiva.

A questao que levantei tem como foco mais direto questionar a
validade cientifica da pedagogia Waldorf. Quer dizer, se e'
cientifica, por que nao evoluiu com a evolucao do conhecimento
da pedagogia?

Inversamente, se nao e' cientifica, entao por que se apresenta
como uma ciencia (pedagogia)? Falsidade ideologica, para enganar
os desavisados?

Foi por ai' a minha intervencao.

> joão
> http://www.nonio.com
>
> luizln@...br wrote:
>
> Alguem na lista e' adepto/defensor da pedagogia Waldorf?
>
> > Educacao: Waldorf: Quem é dono da verdade?
> > Neste site , afirma-se precisamente o contrário daquilo
> > que tem sido até agora apresentado sobre a pedagogia
> > Waldorf, nomedamente que não é racista. E agora?

[ ]s, Luiz Lima


SUBJECT: Re: [ciencialist] Off-topic "Ciência Cognitiva"
FROM: "JOHN CONSTANTINE" <jconstan@sercomtel.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2001 10:07

Olá Juliana,

Existe uma lista de discussão sobre ciência cognitiva, o endereço é:
cienciacognitiva-subscribe@yahoogrupos.com.br, ou algo assim. O moderador é
o Rogério Guimarães e há por lá gente das mais variadas áreas.

----- Original Message -----
From: "Juliana Belko" <julibelko@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 03, 2001 10:26 PM
Subject: [ciencialist] Off-topic "Ciência Cognitiva"


> Uma amiga está fazendo um trabalho sobre Ciência Cognitiva e eu
gostaria de saber se alguém tem algum material sobre o assunto. Definições
e/ou tópicos sobre isso.
>
> Juliana.
>
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> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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http://br.yahoo.com/info/utos.html
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>



SUBJECT: Genes da linguagem
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 04/10/2001 11:04

UOL - Folha de São Paulo, quinta-feira, 04 de outubro de 2001

GENÉTICA

Trecho do cromossomo 7 parece ter papel fundamental na
formação de conexões do cérebro cruciais para a fala

Britânico acha um dos genes da
linguagem

MARCELO LEITE
EDITOR DE CIÊNCIA

Se você ouvir por aí que descobriram o gene da gramática ou da
linguagem, desconfie. Não que a pesquisa divulgada hoje na revista
"Nature" seja por isso menos importante -afinal, trata-se do primeiro
gene comprovadamente relacionado com a capacidade de aprender
a falar. Mas não é "o" gene de comportamento algum.
A descoberta de cientistas britânicos se refere a um trecho de
DNA com o código bioquímico para o organismo em
desenvolvimento produzir uma proteína capaz de ligar e desligar
outros genes (um fator de transcrição).
Como o mau funcionamento desse trecho do genoma torna algumas
pessoas quase incapazes de falar, os geneticistas concluíram que os
genes sob sua influência devem desempenhar papel fundamental na
montagem dos circuitos cerebrais.
"É extraordinário pensar que temos agora um ponto de entrada para
entender um dos traços mais importantes que nos distinguem de
outros animais", disse Anthony Monaco, que trabalha no Wellcome
Trust, a instituição britânica mais envolvida no Projeto Genoma
Humano (PGH).
"A descoberta de um gene envolvido na fala e na linguagem está
entre os primeiros frutos do Projeto Genoma Humano para as
ciências cognitivas", comenta na mesma edição da "Nature"
(www.nature.com) o pesquisador americano Steven Pinker, do
Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ele é o autor do
best-seller "Como a Mente Funciona" (Companhia das Letras).
O próximo passo para desvendar as raízes moleculares da
linguagem, na opinião de Pinker, seria comparar o gene FOXP2 do
homem com seu equivalente em primatas. Monaco disse por e-mail
à Folha que já está em contato com Svante Pääbo, do Instituto Max
Planck para Antropologia Evolutiva (Alemanha), para realizar esse
experimento.
Pääbo confirmou que colabora há seis meses com o grupo de
Monaco. Segundo o pesquisador do Max Planck, já foram
sequenciados (transcritos) os genes FOXP2 de chimpanzés, gorilas,
orangotangos e macacos resos, mas ele não informou quais foram
os resultados da comparação.

"Gene da gramática"
Esse trecho do cromossomo 7 já havia sido apresentado, quase dez
anos atrás, como o gene da gramática. Foi batizado como SPCH1
(do inglês "speech", fala), embora nem pudesse ser considerado um
gene no sentido estrito (DNA com o código de uma proteína). Na
mesma época, era comum encontrar manchetes sobre o gene da
agressividade ou da homossexualidade, hoje esquecidos.
Seria injusto, porém, se o FOXP2 -o gene propriamente dito agora
identificado dentro do trecho SPCH1- tivesse o mesmo destino. São
fortes as indicações obtidas pelo grupo de Monaco de que ele
desempenha um papel importante no desenvolvimento da prontidão
para a linguagem e a fala com que nascem todos os bebês humanos
-ou quase todos.
Como ocorre com frequência na genética, o gene foi localizado
graças a pessoas nas quais ele não funciona. É o caso da família
conhecida como KE, em que três gerações sofrem de um distúrbio
de linguagem chamado dispraxia oral do desenvolvimento.
Os portadores desse distúrbio têm dificuldade para articular sons em
palavras. Tal dificuldade não pode, porém, ser explicada por
deficiências motoras ou cognitivas. O trecho que se encontra
alterado na família chegou a ser batizado de "gene da gramática"
porque os KEs tropeçam em tarefas como completar o exercício:
"Todo dia eu jogo. Ontem eu ...".
A chave do enigma (no caso, o gene FOXP2) só pôde ser
encontrada com um novo paciente, identificado no artigo só como
CS. Sem ser parente dos KEs, ele tinha um distúrbio de linguagem
em tudo semelhante.
Esmiuçando seu cromossomo 7, descobriram que tinha uma única
letra trocada entre os milhares de caracteres químicos que
compõem o código do gene FOXP2. Esse erro de revisão faz com
que a proteína correspondente ganhe um tijolo destoante na sua
arquitetura. Isso parece impedi-la de realizar a tarefa de ligar e
desligar os genes certos para guiar as conexões do cérebro.
Monaco estuda também as raízes genéticas de outros distúrbios,
como autismo e dislexia. "Acreditamos que a suscetibilidade
genética para esses três distúrbios pese muito mais do que qualquer
influência ambiental."
Monaco, que durante a década de 90 participou do mapeamento do
cromossomo X para o Projeto Genoma Humano, disse que, sem o
PGH, a pesquisa seria factível, "mas teria tomado muito, muito mais
tempo". Boa parte da pesquisa foi realizada "in silico", ou seja,
garimpando genes por computador nos bancos de dados de
sequências de DNA do PGH.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Off-topic "Ciência Cognitiva"
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/10/2001 12:12

Existe um indice de alguns artigos relacionados a este tema em :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/604

[]s
jocax


Juliana Belko wrote:

> Uma amiga está fazendo um trabalho sobre Ciência Cognitiva e eu gostaria de saber se alguém tem algum material sobre o assunto. Definições e/ou tópicos sobre isso.
>
> Juliana.
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html



SUBJECT: Mais um ataque a^2 cultura !!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2001 13:07

De "Ronaldo Rogério de Freitas Mourão"

Saudacoes Inconformadas!

Caro Amigo,

O Rio de Janeiro está a beira de uma grande perda. Querem montar um "atentado terrorista" contra à cultura, contra à educação e contra à ciência e à tecnologia carioca! Querem fechar ou pior ainda desintegrar o MUSEU
DE ASTRONOMIA E CIÊNCIAS AFINS que fica na Rua General Bruce, 586 no bairro de São Cristóvão, Rio de Janeiro.
Esta desintegração vai atingir também o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e o Observatório Nacional, a
mais antiga instituição científica do Brasil. Todas elas patrimônios culturais do Brasil e do Rio de Janeiro.
Esse dano atinge a todos nós, e aos nossos filhos. É acabar com o pouco que temos de caráter público para servir à nossa população.
Quando percebemos hoje o dano da "globalização" perversa, tumultuada e quase sempre excludente entendemos que nossa única contraposição a isso é o "saber".
A verdadeira âncora cambial de uma nação é a ciência e tecnologia.
Você conhece minha luta para a difusão da ciência, como um instrumento para a qualificação social e o desenvolvimento de nosso país e do seu povo. A briga pela energia solar, pela popularização da informática,
por ações nas ruas e nas escolas, nas praças, nas praias, para que nossas crianças sejam futuros cientistas, qualificam-me a lhe pedir esse apoio.
Ciência vai a praia, o Teatro vai a praia, e a Popularização da informática, além da defesa da memória científica, foram iniciativas pioneiras do Museu no Brasil.
Somente a difusão do conhecimento, da cultura, da disseminação do saber pode ajudar-nos ao enfrentamento econômico, e reverter situações indesejadas numa cidade que tem tudo de "maravilhosa" mas que precisa buscar uma qualidade de vida também "maravilhosa", sob pena de nos convertermos numa megacidade sem futuro!
Neste momento como brasileiro e carioca, peço que nos ajudem a impedir esse ato de barbaridade que visa atingir a toda uma cidade.Por favor, denuncie, proteste, escreva para os jornais, fale com seus filhos, mobilizem as
escolas e as universidades, telefone para as emissoras de televisão, passe um e-mail para os ministros, os governadores, prefeitos, senadores, deputados federais e estaduais, e os vereadores. Tente salvar um
patrimônio da cidade e do Brasil!!!
O Governo Federal não pode deixar de dar apoio à pesquisa, ao ensino e à divulgação da ciência na nossa cidade, que foi capital federal até 1960.

Ronaldo Rogério de Freitas Mourão
www.ronaldomourao.com
=========================
[]'
Léo
=========================
PS: No meu parecer, escrever e.mails para a 'grandiosa' parcela política de nossa nação é total perda de tempo. Para o 'bom' político, quanto mais o povo se distanciar das Ciências melhor será; quando mais se aproximar do misticismo melhor será.
2002 vem ai! (junto com SilvoSantos, claro!) e, para que não esqueçam a minha bandeira vou reapresentar: "*Jamais re-eleja político! ... acabemos com essa profissão*". Já que AINDA temos obrigação de votar, vote em quem for lutar pelo VOTO NÃO OBRIGATÓRIO.
=========================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2001 14:25

----- Original Message -----
From: Luiz Lima
Sent: Wednesday, October 03, 2001 5:02 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas

Caro Luiz Lima

> Cheguei agora na lista, mas achei curiosa a proposta de revalidacao da
> fisica classica, ainda mais em detrimento da fisica moderna.
> E acrescentaria mais algumas questoes, alem da solucao do atomo do
> hidrogenio (vou ler os 3 artigos que voce indicou):

> - poderia solucionar classicamente outros atomos, alem do hidrogenio?

Sem dúvida. O caminho que aponto não se traduz na resolução de uma ou mais
equações, mas na obtenção da estrutura atômica de maneira racional e não
meramente matemática. Por exemplo, Newton chegou a suas equações a
explicarem a estrutura de sistemas planetários após ter amplo conhecimento
do que seria o sistema solar. Os físicos modernos realizaram o caminho
inverso. Assumiram a estrutura atômica como sendo planetária e tentaram
aplicar aí as equações de Newton. Como as coisas não deram certo,
modificaram as equações mas persistiram no erro de tentar forçar suas idéias
esdrúxulas a respeitarem equações que aparentemente davam certo. Nenhum
físico moderno tem a menor noção espaço-temporal do que seja a estrutura
atômica e, no entanto, estão fortemente abastecidos com equações que dão
certo sem que se saiba onde, quando e nem porque. Isso, no sentido
newtoniano do termo, não é física. Sequer é algo que possa ser encaixado no
conceito moderno (pós-renascentista) de ciência.

Não digo que desprezo equações. Aliás, o caminho que proponho está
intimamente relacionado a adaptar a estrutura atômica ao que denomino
equação do elétron (A = w/r). Esta equação, que não tem nada a ver com a
chamada equação de Dirac, dita o campo eletromagnético "emitido" por um
elétron (e também próton) 100% clássico. A partir dessa equação e das
hipóteses que me levaram à mesma (expostas em meu trabalho "A equação do
elétron e o eletromagnetismo") concluo pela associação de elétrons e prótons
dois a dois na estrutura de todos os átomos. O átomo de hidrogênio é o
exemplo mais simples e constituído por apenas um desses pares. À medida que
o "bolo cresce" e a estrutura vai se complicando, nota-se uma tendência para
o agrupamento desses pares elétron-próton (e também nêutrons) em estruturas
semelhantes ao átomo de Hélio, que seria a base "anatômica" dos átomos mais
complexos.

O que estou expondo tem muito de especulação, se bem que não sejam
especulações infundadas. Como newtoniano que sou, "não faço hipóteses"; e
hipótese, no caso newtoniano, refere-se a "especulações infundadas", pois no
sentido moderno do termo (especulações com fundamento) creio não existir
cientista algum que tenha levantado mais hipóteses do que Newton.

> - como se explicaria a superfluidez? - e o tunelamento?

Prefiro não falar sobre superfluidez pois ainda não expandi minhas teorias
nessa direção. Digo apenas que o termo superfluidez lembra-me
"eletrodinâmica dos fluidos" e esta lembra-me do "decreto" de Lorentz que,
juntamente com a "teoria dos elétrons livres" ou dos "fluidos elétricos
incompressíveis" embasa toda a física do estado sólido com suas variações.
Ou seja, elimine o "decreto" de Lorentz e nada mais fará sentido nesta área,
até mesmo as explicações dos efeitos que os físicos modernos atribuem ao que
chamam superfluidez. Elimine o "decreto" de Lorentz e verifique que a física
moderna deverá ser totalmente refeita. Elimine o "decreto" de Lorentz e
perceba que a física clássica tem potencial suficiente para explicar tudo o
que a física moderna diz explicar com suas equações que dizem funcionar sem
que se saiba onde, quando e nem porque. Elimine o "decreto" de Lorentz e
descubra que a física é uma ciência coerente com a realidade física e não
apenas uma "invenção" a existir unicamente na cabeça dos físicos modernos.

Quando ao tunelamento, lembro que esse fenômeno foi inicialmente descrito
por Newton e não é nada que não possa ser explicado por um físico clássico
com o pé nas costas ;-). Já discuti esse assunto aqui na Ciencialist mas no
momento não estou com as referências. Nada que não possa ser rediscutido,
mas lembro que a discussão seria bastante longa.

> Lembrando coisas como a superfluidez e o tunelamento nao sao
> gedankenexperiments. Nos podemos verificar tais fenomenos.

Sem dúvida. Aliás, tudo o que se observa experimentalmente deve ter uma
explicação. O que é observado e não se repete, não pertence ao âmbito da
ciência. Sim, existe alguma coisa real e a responder pelo que os físicos
modernos chamam de superfluidez e tunelamento. Daí a dizermos serem o
que os físicos modernos afirmam que são, vai uma distância muito grande.

> E como reexplicar, sem a mecanica quantica, o efeito fotoeletrico?

Aceitando uma estrutura atômica 100% clássica e desprezando a teoria dos
elétrons livres (ou dos fluidos elétricos incompressíveis) de Lorentz.

> Como ja' disse, cheguei agora, por isso ainda estou tentando me
> inteirar das discussoes.
> Dai' me ocorreu uma duvida. O que voce esta' propondo tem a ver com a
> dialetica da escola de Copenhagen versus a escola de Trieste, ou nada
> a ver?

Não. O que estou propondo tem a ver com a lógica newtoniana e também
popperiana. Quanto à dialética da escola de Copenhagen diria que, tanto
quanto Bohr, sou um admirador da dialética oriental (yin e yang), mas isso é
um outro assunto que não tem nada a ver com a maneira como Bohr expandiu
essa dialética para a compreensão dos fenômenos físicos (princípio de
complementaridade, etc). Se quiser saber o que penso a respeito de física e
dialética oriental sugiro que leia "Ensaios sobre filosofia e ciência
orientais" em www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/FilCien/ci_or00.htm

> Mais um questionamento.
> Se voce ainda nao consegue resultados com as suas conviccoes, apenas
> ve os indicios, nao seriam prematuras ou precipitadas as suas
> conclusoes?

Até o momento não conclui nada. Estou apenas deixando patente que pode-se
chegar à "verdade" por uma via diversa daquela apontada pelos físicos
modernos. E é suficiente ler afirmações da grande maioria dos físicos
modernos de respeito para perceber que eles estão cientes de estarem num
túnel sem saída, ainda que sem a coragem para retornar a seu início. É
possível que eles estejam à espera de que alguém mostre-lhes que a física
comporta outros túneis.

> Nao seria melhor continuar trabalhando, e passar a questionar a
> mecanica moderna depois de ter algum resultado?

Creio que está havendo aqui uma inversão de valores. Só comecei a questionar
a física quântica a partir do momento que passaram a criticar a minha teoria
pelo fato dela ir contra os dogmas quânticos. Aqui na Ciencialist ninguém
quer discutir seriamente a minha teoria, querem apenas que eu aponte minhas
insatisfações para com a física quântica. Você mesmo, quer que eu explique a
superfluidez e o tunelamento. Sem dúvida, se a minha teoria procura retratar
a estrutura íntima da matéria, ela deve chegar a esses fenômenos, porém no
seu devido tempo. Existem coisas mais básicas e mais importantes a serem
explicadas e mais coerentes com as hipóteses iniciais da minha teoria.
Porque eu haveria de explicar, nesta fase, coisas que são coerentes com as
hipóteses da teoria quântica? Por outro lado, para explicar experimentos que
já foram "vestidos" com uma "roupagem" quântica, eu acabo sendo obrigado
a extrair essa roupagem. E nesta extração acusam-me de estar indo contra a
física quântica. Ora, na minha visão, superfluidez e tunelamento são coisas
totalmente diversas do que afirmam os quânticos. São efeitos observados sim,
mas não representam nada do que se afirma. Como então chegar a uma linguagem
comum? Ou eu deveria virar as costas para os quânticos, a exemplo do que
eles fazem comigo? Pois eles não querem discutir tais efeitos sobre o prisma
das minhas hipóteses!

> Suas conviccoes quanto aos resultados que voce ainda nao obteve nao
> estao em desacordo com o metodo cientifico, enquanto viola o Principio
> da Nao Precipitacao (imparcialidade antes da obtencao dos resultados)?
> Isso nao pode afetar o seu julgamento?

Não sei a que método científico você se refere. Seria aquele que vem sendo
ignorado pelos físicos há cerca de 100 anos? Estou apenas propondo uma
teoria. Essa teoria tem hipóteses falseáveis. Essa teoria faz previsões.
Essa teoria merece ser testada. Porque então os físicos experimentais
recusam-se a testá-la? Por que os físicos teóricos recusam-se a me ouvir?
Estariam com medo? Quem está sendo imparcial?

> Por favor, nao leve a mal as minhas perguntas, as perguntas de alguem
> que ainda nao teve a honra de conhece-lo. Estou apenas interessado na
> discussao, e estas foram as duvidas que me apareceram.

Pois não leve a mal a minha maneira enfática de responder aos
questionamentos. Citando Popper: "A arte da argumentação é uma forma
peculiar da arte de combater - com palavras em vez de espadas -, uma arte
inspirada pelo interesse em nos aproximarmos da verdade acerca do Mundo.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas
FROM: luizln@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/10/2001 17:30


> > Cheguei agora na lista, mas achei curiosa a proposta
(...)
> O caminho que aponto não se traduz na resolução de uma
> ou mais equações, mas na obtenção da estrutura atômica
> de maneira racional e não meramente matemática.
(...)

Mas voce ainda emprega equacoes, nao? Ou nem
isso? (Newton nao usava equacoes, porque elas nao
tinham sido inventadas naquela epoca)

Eu continuaria fazendo uma serie de perguntas, que
levariam a varias outras mensagens, mas acho que seria
uma forma longa, tediante e chata, alem de pouco
frutifera, de discutir (e de eu - talvez um dia - conseguir
entender a proposta).

Voce teria um texto introdutorio de suas ideias?
(Nao somente textos de defesa delas frente a criticas)


> > Por favor, nao leve a mal as minhas perguntas,
(...)
> > Estou apenas interessado na discussao, e estas
> > foram as duvidas que me apareceram.
>
> Pois não leve a mal a minha maneira enfática de
> responder aos questionamentos.

Entao estamos entendidos que nao temos a intencao
de agressao mutua, apenas estilos de escrever que
podem parecer agressivos a quem nao nos conhece.


> [ ]'s
> Alberto

[ ]s, Luiz Lima


SUBJECT: Ig Nobel 2001
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/10/2001 18:20

Assista hoje a premiacao do IgNobel 2001.

"The 2001 Ig® Nobel prizes will be awarded in a gala ceremony
Thursday, October 4, 7:30 pm Eastern Daylight Time, in Sanders
Theatre, Harvard University. "

Nao sei exatamente que horas eh isso aqui no Brasil :), mas algumas
imagens jah estao sendo transmitidas.

http://www.improbable.com/ig/ig-webcast.html

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna






SUBJECT: Re: hipoteses mesquitianas
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2001 18:31


----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho

> ----- Original Message -----
> From: Luiz Lima
> Sent: Wednesday, October 03, 2001 5:02 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas

> > Suas conviccoes quanto aos resultados que voce ainda nao obteve nao
> > estao em desacordo com o metodo cientifico, enquanto viola o Principio
> > da Nao Precipitacao (imparcialidade antes da obtencao dos resultados)?
> > Isso nao pode afetar o seu julgamento?

Alberto:
> Não sei a que método científico você se refere. Seria aquele que vem sendo
> ignorado pelos físicos há cerca de 100 anos? Estou apenas propondo uma
> teoria. Essa teoria tem hipóteses falseáveis. Essa teoria faz previsões.
> Essa teoria merece ser testada. Porque então os físicos experimentais
> recusam-se a testá-la? Por que os físicos teóricos recusam-se a me ouvir?
> Estariam com medo? Quem está sendo imparcial?

Oi, Alberto. Permita-me meter o meu bedelho: Como irão os físicos testar
a sua teoria se você mesmo diz que ela não tem ainda nenhum resultado
numérico? Do ponto de vista experimental, há que se comparar resultados
numéricos com experimentos. Sem resultados numéricos, a sua acusação à
comundiade científica de não querer testar sua teoria fica injusta. Por mais
solitário que você esteja nessa empreitada, essa necessidade continua
valendo.

Desta forma, o problema com a sua teoria vai muito além de um simples
conservadorismo ideológico dos tais "físicos quânticos". Eu diria que você
deveria concentrar-se em um problema específico a fim de conseguir pelo
menos um único resultado numérico. Todas as teorias científicas da Física
pós-Galileu, das mais às menos heterodoxas, de Newton às supercordas,
passando por David Bohm e André Assis - e incluindo a Física Quântica -, são
capazes de produzir resultados numéricos confrontáveis com a experiência.

Em tempo: isso não é um ataque, é um conselho.

Abraço,
Belisário

P.S. - Não gostei muito da afirmação de Popper... Parece que ele via a
arte de argumentar do ponto de vista competitivo. Eu prefiro tentar
argumentar sob o ponto de vista colaborativo. Apesar de, na prática, muita
gente argumentar na maior parte das vezes como Popper descreve.

----
Alberto:
Citando Popper: "A arte da argumentação é uma forma
peculiar da arte de combater - com palavras em vez de espadas -, uma arte
inspirada pelo interesse em nos aproximarmos da verdade acerca do Mundo.
----




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2001 02:46

----- Original Message -----
From: Luiz Lima
Sent: Thursday, October 04, 2001 5:30 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas


> Mas voce ainda emprega equacoes, nao? Ou nem
> isso? (Newton nao usava equacoes, porque elas nao
> tinham sido inventadas naquela epoca)

Sem dúvida, mas como espero ter deixado claro, as equações não constituem o
modelo físico, mas surgem em decorrência do modelo. Newton foi um dos
precursores do Cálculo e como tal efetuava integrações com palavras, no
lugar de símbolos. A simbologia veio mais tarde. Lembro também que Maxwell
chegou a sentir a necessidade de inventar equações. O rotacional (curl) é
decorrente de suas idéias, ainda que tenha sido inventado por um seu amigo.
Curiosamente, a minha teoria também levou-me à necessidade de "inventar"
algoritmos matemáticos tais como o "produto vetorial interno" e o
"translacional". O "meu" elétron gera um campo vetorial A = w/r. Ao calcular
o rotacional de A chego no que chamo "campo de efeitos magnéticos" e ao
calcular o translacional de A chego no que chamo "campo de efeitos
elétricos". Como variante, posso também utilizar os produtos vetoriais
"externo" e "interno" (o primeiro nada mais é senão o produto vetorial
clássico). Neste caso, ao invés do campo vetorial A, utilizo-me de um campo
escalar "fi" (grego). "A" e "fi" equivalem aos potenciais da teoria de
Maxwell, se bem que na minha teoria não sejam potenciais (não são
calibráveis).

Em ciência, e até o final do século XIX, os algoritmos matemáticos sempre
surgiram após a física. Ao que parece, as universidades de hoje não fabricam
mais físicos como antigamente ;-)). Hoje utiliza-se o método da tentativa e
erro: Inventam-se equações e procuram-se por fenômenos a se adaptarem às
mesmas.

> Eu continuaria fazendo uma serie de perguntas, que
> levariam a varias outras mensagens, mas acho que seria
> uma forma longa, tediante e chata, alem de pouco
> frutifera, de discutir (e de eu - talvez um dia - conseguir
> entender a proposta).
> Voce teria um texto introdutorio de suas ideias?
> (Nao somente textos de defesa delas frente a criticas)

Vou citar os mais fundamentais:

1. A equação do elétron e o eletromagnetismo. Texto longo com a teoria
completa do ponto de vista do eletromagnetismo do elétron (e/ou do próton).
Pode ser lido em www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron/eletron0.htm

2. Sobre a natureza f'ísico-matemática do elétron. Alguns aspectos da teoria
exposta no artigo anterior, mas em forma sintética e com a matemática
utilizada. Em
www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron2/eletronfismat1.htm

3. O elétron emissor de informações eletromagnéticas. Aspectos relacionados
à reação de radiação, ao campo do elétron no átomo (campos estacionários),
etc. Em www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron2/emissor01.htm

4. Similaridades entre campos de velocidade e o campo eletromagnético. Não
se relaciona propriamente à teoria mas tem a mesma como "pano de fundo".
Este tema eu apresentei num seminário de mecânica dos fluidos na Usp (creio
que em 1993) e ninguém se deu conta de que eu estava preparando terreno para
introduzir a minha teoria. Graças a isso tirei 10 com louvor no seminário.
Esta foi a última vez que me permitiram falar em público numa universidade
pública brasileira. Em
www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron2/flettner1.htm

5. O spin que não é giro. Texto curto a mostrar como posso explicar
classicamente coisas que os físicos quânticos vivem dizendo não ter
explicação clássica alguma. Este texto, juntamente com outros (em especial
aquele citado em 3), representa a meu ver uma porta de entrada para a
construção de um modelo clássico para a estrutura atômica. Em
www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron2/parep.htm

6. Variáveis escondidas e a termodinâmica. Trata-se de uma outra teoria,
porém intimamente relacionada à teoria do elétron, em especial nos aspectos
heurísticos, se bem que não expostos no texto. Em
www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron2/termodinamica.htm

8. O que são ondas eletromagnéticas. Exponho nesse artigo, bastante
elementar, aspectos úteis para quem pretender se aprofundar na minha teoria.
Em www.geocities.com/ecientificocultural/Usenet/dialogos04.htm

9. O espaço curvo euclidiano e a relatividade galileana. Como nos dois
artigos anteriores, não se refere propriamente à teoria do elétron mas algo
a complementar a mesma. Não há como retornar a física clássica
conservando-se a relatividade de Einstein. Logo torna-se necessária uma
explicação clássica para os chamados efeitos relativísticos. Esse artigo
apresenta alguns detalhes a respeito. Em
www.geocities.com/ecientificocultural/Relat/espaco_curvo01.htm

10. O fenômeno luz e as falácias relativas às relatividades. Esse artigo
aborda aspectos relativísticos sob um ângulo diverso do artigo anterior,
ainda que a complementar o mesmo. Em
www.geocities.com/ecientificocultural/Relat/luz01.htm

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2001 02:52

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisario"
Sent: Thursday, October 04, 2001 6:31 PM
Subject: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas


> Oi, Alberto. Permita-me meter o meu bedelho: Como irão os físicos testar
> a sua teoria se você mesmo diz que ela não tem ainda nenhum resultado
> numérico? Do ponto de vista experimental, há que se comparar resultados
> numéricos com experimentos.

Mas eu nunca fiz essa afirmação!!! Pelo contrário, na msg 10541
(http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/10541 ) de 08/julho/2001
afirmei o seguinte:

"Já disse, em mensagens anteriores (e está explícito em meus artigos),
que a trajetória de um feixe de elétrons ao passar pelo interior de um
condutor carregado (local de campo elétrico praticamente nulo, pela
teoria de Maxwell) pode ser estimada pela minha teoria (conhecida a
geometria do condutor). A trajetória prevista contraria a teoria de
Maxwell e parece-me ir contra a "filosofia" quântica atual."

Ora, se afirmo que a trajetória pode ser estimada pela minha teoria, que
outro resultado numérico você espera? Você quer que eu diga exatamente qual
será essa trajetória? Pois então diga-me exatamente qual é a geometria do
condutor, qual é a carga elétrica do condutor e qual a velocidade inicial do
feixe de elétrons. Do contrário não poderei fornecer dado algum, se bem que
acredito que qualquer físico experimental que esteja disposto a testar a
teoria poderá encontrar estes dados por si só.

Por exemplo, se o condutor for esférico o campo a agir sobre o elétron será
E = 2NKr/3R^3, em que N é o número de elétrons do condutor, K uma constante
a ser compatibilizada com as unidades (pode ser obtida da lei de Coulomb), e
R é o raio do condutor. O elétron do feixe estará sujeito a uma força dada
por F = CEcos&, sendo & o ângulo entre E e a direção da propagação do feixe.
A constante C poderá ser estimada previamente por uma experiência do tipo
Thomsom.

Pergunto agora: Qual foi o dado numérico que Einstein forneceu quando previu
o desvio para a posição das estrelas durante o eclipse? Nenhum!!! Ele
simplesmente forneceu uma equação, mesmo porque não sabia qual estrela iria
ser observada, não é mesmo? Pois a situação aqui é muito parecida. Ou será
que os físicos experimentais de hoje não sabem mais chegar de uma equação à
trajetória? ;-) Pudera, o que é o elétron para eles? ;-))

> Sem resultados numéricos, a sua acusação à
> comundiade científica de não querer testar sua teoria fica injusta. Por
> mais solitário que você esteja nessa empreitada, essa necessidade continua
> valendo.

Pois espero ter deixado claro que a acusação procede. Físico algum quer
testar a minha teoria, seja por medo de que ela falseie seus conhecimentos,
seja por medo de ser alijado da comunidade a que pertence por seus pares, os
donos da ciência.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: hipoteses mesquitianas
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2001 04:31


----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 05, 2001 2:52 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas


> ----- Original Message -----
> From: "Roberto Belisario"
> Sent: Thursday, October 04, 2001 6:31 PM
> Subject: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas
>
>
> > Oi, Alberto. Permita-me meter o meu bedelho: Como irão os físicos testar
> > a sua teoria se você mesmo diz que ela não tem ainda nenhum resultado
> > numérico? Do ponto de vista experimental, há que se comparar resultados
> > numéricos com experimentos.
>
> Mas eu nunca fiz essa afirmação!!! Pelo contrário, na msg 10541
> (http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/10541 ) de
08/julho/2001
> afirmei o seguinte:
>
> "Já disse, em mensagens anteriores (e está explícito em meus artigos),
> que a trajetória de um feixe de elétrons ao passar pelo interior de um
> condutor carregado (local de campo elétrico praticamente nulo, pela
> teoria de Maxwell) pode ser estimada pela minha teoria (conhecida a
> geometria do condutor). A trajetória prevista contraria a teoria de
> Maxwell e parece-me ir contra a "filosofia" quântica atual."
>
> Ora, se afirmo que a trajetória pode ser estimada pela minha teoria, que
> outro resultado numérico você espera? Você quer que eu diga exatamente
qual
> será essa trajetória? Pois então diga-me exatamente qual é a geometria do
> condutor, qual é a carga elétrica do condutor e qual a velocidade inicial
do
> feixe de elétrons. Do contrário não poderei fornecer dado algum, se bem
que
> acredito que qualquer físico experimental que esteja disposto a testar a
> teoria poderá encontrar estes dados por si só.
>
> Por exemplo, se o condutor for esférico o campo a agir sobre o elétron
será
> E = 2NKr/3R^3, em que N é o número de elétrons do condutor, K uma
constante
> a ser compatibilizada com as unidades (pode ser obtida da lei de Coulomb),
e
> R é o raio do condutor. O elétron do feixe estará sujeito a uma força dada
> por F = CEcos&, sendo & o ângulo entre E e a direção da propagação do
feixe.
> A constante C poderá ser estimada previamente por uma experiência do tipo
> Thomsom.
>
> Pergunto agora: Qual foi o dado numérico que Einstein forneceu quando
previu
> o desvio para a posição das estrelas durante o eclipse? Nenhum!!! Ele
> simplesmente forneceu uma equação, mesmo porque não sabia qual estrela
iria
> ser observada, não é mesmo? Pois a situação aqui é muito parecida. Ou será
> que os físicos experimentais de hoje não sabem mais chegar de uma equação
à
> trajetória? ;-) Pudera, o que é o elétron para eles? ;-))

Oi. Einstein deu um valor numérico, sim. No seu artigo original sobre o
tema, "Sobre a influência da gravidade na propagação da luz" (Annalen der
Physik, 35 (1911)), ele conclui explicitamente: "Um raio de luz que passasse
junto do Sol sofreria assim uma deflexão de 4.10**(-4) = 0,83 segundo de
arco. A distância angular entre uma estrela e o centro do Sol apresenta-se
acrescida deste valor." Como se sabe, ele errou no cálculo, e depois que
Eddington & cia. mediu a deflexão ele os refez e encontrou o dobro disso.

Vou dar uma olhada nessas equações que você mostrou e pensar numa
geometria que já foi testada e mais tarde te dou um retorno.

Abraço,
Belisário





SUBJECT: Boletim "Ciencia e Sociedade"
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/10/2001 15:52

Divulgando...

"Ciência e Sociedade" é um informativo eletrônico produzido pelo
Centro de
Estudos do Museu da Vida/Fiocruz, cujo objetivo é disponibilizar
novidades
na área de divulgação científica, compreensão pública da ciência,
ciência e
arte, ciência e literatura e a interface entre ciência e público de
uma
maneira geral. É orientado para a profissionais que trabalham em
divulgação
científica e áreas afins, bem como demais pessoas que se interessem
pelos
temas. O serviço é gratuito. Para se cadastrar basta enviar uma
mensagem
para cestudos@coc.fiocruz.br.

- - -

Abaixo estou enviando uma copia em texto puro do ultimo boletim que
recebi, o original eh em HTML e portanto de leitura mais agradavel.

---------
Neste informe:

-O público leigo deve participar de decisões relacionadas à ciência?
-Pesquisa em células tronco e clonagem são temas de debate on line
-Duplo Schwarzenegger em filme sobre clonagem
-A relação entre ciência e a mídia
-Começa a 7a Mostra Ver Ciência
-`Education Arena', site para se manter atualizado na área de
educação


O que falta para o jornalismo científico dar mais destaque para a
pesquisa brasileira
1. O público leigo deve participar de decisões relacionadas à
ciência? O governo da Dinamarca acredita que sim. Desde 1987, o
Danish Board of Technology vem promovendo as conferências de
consenso, também chamadas conferências do cidadão, para envolver
pessoas leigas em discussões sobre temas científicos. Trata-se de um
evento que reúne representantes de diferentes segmentos da sociedade
em torno de um problema científico e tecnológico que tem impacto
social, para aprofundar os diversos pontos de vista e deliberar os
possíveis encaminhamentos para o problema. Ao final, produz-se um
relatório que efetivamente é levado em conta no momento de elaboração
da legislação daquele país. Temas já abordados: tecnologia genética
na indústria e na agricultura, irradiação de alimentos, mapeamento do
genoma humano, poluição do ar, tecnologia educacional, cartões de
identidade eletrônica, tecnologia informacional em transportes,
produção integrada na agricultura, limites e avaliação de riscos para
substâncias químicas para alimentos e o meio ambiente, terapia gênica
e alimentos geneticamente modificados. Um interessante artigo,
escrito por Lars Klüver, que relata a experiência dinamarquesa nessa
área, está disponível em http://www.tekno.dk/udgiv/pps/pps.htm Para
ficar por dentro de evento similar ocorrido na Austrália, sobre
alimentos transgênicos: http://www.abc.net.au/science/slab/consconf/
As informações sobre o encontro britânico sobre dejetos radioativos
estão em http://www.ukceed.org/consensus_conference/contents.htm


2. Pesquisa em células tronco e clonagem são temas de debate on line –
Promovido pelo House of Lords Select Committee on Stem Cell
Research, o debate virtual já está em andamento e ocorre até 19 de
outubro. O objetivo é encorajar a participação pública, buscando
obter um conjunto de pontos de vista distintos, que servirão como
subsídios para o comitê considerar e gerar um documento sobre o tema.
Para se cadastrar na lista: http://www.publicevidence.net/ A home-
page traz vários documentos sobre o tema, como o interessante
especial sobre clonagem elaborado pela New Scientist.


3. Duplo Schwarzenegger em filme sobre clonagem – O filme O sexto dia
reúne preocupações éticas, morais e legais em torno das novas
tecnologias da genética, em particular da clonagem humana. Os riscos
da biotecnologia e a possibilidade de perda de controle dos produtos
dela resultantes também estão presentes no roteiro. O filme sugere,
ainda, a importância de se estabelecerem limites para os cientistas e
para suas pesquisas. Um dos seus pontos inovadores é apresentar o
clone como um ser humano comum, com seus dilemas e sua crise de
identidade. Está enganado quem imaginou que verá uma apologia contra
as novas tecnologias. Misturando uma postura crítica e irônica, esse
filme hollywoodiano também apresenta supostas vantagens da clonagem.
E tudo isto no ritmo à la James Bond, com muitas perseguições,
explosões, empresários inescrupulosos e cientistas arrependidos. A
direção é de Roger Spottiswoode, que esteve à frente do 007 Tomorrow
Never Dies. No elenco, Arnold Schwarzenegger em dose dupla, Michael
Rapaport e Robert Duvall. O sexto dia – uma referência à passagem
bíblica em que Deus criou o homem no sexto dia – foi lançado no final
do ano passado e está disponível nas videolocadoras.


4. A relação entre ciência e a mídia – Who's Misunderstanding Whom? –
Science, society and the media é documento escrito por Ian
Hargreaves, professor de jornalismo na Universidade de Cardiff, em
que busca apresentar algumas das questões atuais na discussão sobre o
tema; inclui o depoimento de alguns jornalistas especializados em
ciência. O apêndice traz algumas orientações da Royal Society para
editores, em que se discute a responsabilidade dos cientistas ao
lidar com a mídia e apresenta algumas sugestões de como os
jornalistas podem abordar as incertezas na ciência. O relatório
completo está disponível em: http://www.esrc.ac.uk/whom/whofirst.html


5. Começa a 7a Mostra Ver Ciência – Mostra internacional de Ciência
na TV, no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, de 29 de
setembro a 10 de outubro. A home-page do evento divulga a programação
para o publico geral e as sessões especiais para as escolas, bem como
disponibiliza o catálogo completo com as sinopses dos filmes:
http://www.verciencia.com.br/


6. `Education Arena' – É site dedicado a pessoas que queiram se
manter atualizadas na área de educação. Reúne cerca de 80 periódicos
científicos importante e inclui um sistema de busca para artigos.
Para "science education", por exemplo, apresenta uma listagem de 230
artigos, alguns deles abordando também divulgação científica e
cultura científica. Ressalte-se, no entanto, que muitos deles não
estão disponíveis gratuitamente. O site inclui, ainda, a base de
dados ERA (Educational Research Abstracts), que disponibiliza por um
período restrito para teste 18.000 abstracts de 700 periódicos. Para
quem quer escrever artigos científicos, o site traz dicas e
instruções para autores de vários publicações. Confira em:
http://www.educationarena.com/educationarena/homepage.htm


7. O que falta para o jornalismo científico dar mais destaque para a
pesquisa brasileira é palestra de Marcelo Leite, editor de ciência do
jornal Folha de São Paulo, a ser realizada dia 18 de outubro, quinta-
feira, às 10:30, Auditório do Pavilhão Arthur Neiva, Fundação Oswaldo
Cruz, Av. Brasil, 4365, Rio de Janeiro.


----------
Ateh mais.
Luis Roberto Brudna




SUBJECT: Re: Boletim "Ciencia e Sociedade"
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/10/2001 16:22

Ops... o Belisario jah tinha enviado a mesma mensagem... falha
minha. Mas vale para reforcar. :)


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - agora com o cerebro ligado



SUBJECT: Erro matemtico
FROM: "Luiz C. Santos" <luicsan@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/10/2001 18:18

Olá,

Será que alguém consegue me explicar o problema
abaixo?

Eu, Tu e Ele... fomos comer no restaurante e no final
a conta deu R$30,00.

Fizemos o seguinte: cada um deu dez mangos...

Eu: R$ 10,00
Tu:: R$ 10,00
Ele::R$ 10,00

O garçom levou o dinheiro e o dono do restaurante
disse o seguinte:

"Esses três já são clientes antigos do restaurante,
então vou devolver R$5,00 para eles"...

O garçom, muito esperto, fez o seguinte: pegou R$ 2,00
para ele e deu R$1,00 para cada um de nós...

No final ficou assim:

Eu: R$ 10,00 (- R$ 1,00 que foi devolvido) = Eu
gastou R$ 9,00
Tu: R$ 10,00 (- R$ 1,00 que foi devolvido) = Tu
gastou R$ 9,00
Ele: R$ 10,00 (- R$ 1,00 que foi devolvido) = Ele
gastou R$ 9,00

Logo, se cada um de nós gastou R$ 9,00, o que nós três
gastamos juntos, foi R$ 27,00.

E se o garçom pegou R$ 2,00 para ele, temos:

Nós: R$ 27,00
Garçom: R$ 2,00
TOTAL: R$ 29,00

Aonde foi parar o outro R$ 1,00 ????




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Erro matemtico
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/10/2001 18:42

> Nós: R$ 27,00
> Garçom: R$ 2,00
> TOTAL: R$ 29,00
>
> Aonde foi parar o outro R$ 1,00 ????

...Essa soma não tinha que dar 30.
Essa aqui sim:

Dono do restaurante: 25
Garçom: 2
Clientes: 3

++nicolau



_______________________________________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Erro matemático
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2001 21:03

> Eu: R$ 10,00 (- R$ 1,00 que foi devolvido) = Eu
> gastou R$ 9,00
> Tu: R$ 10,00 (- R$ 1,00 que foi devolvido) = Tu
> gastou R$ 9,00
> Ele: R$ 10,00 (- R$ 1,00 que foi devolvido) = Ele
> gastou R$ 9,00
>
> Nós: R$ 27,00
> Garçom: R$ 2,00
> TOTAL: R$ 29,00

Não se pode somar o que já está somado! "Nós" gastou R$ 27,00, DOS
QUAIS: R$ 25,00 ficaram para o restaurante e R$ 2,00 para o garçon (27
= 25 + 2).

De uma outra forma:
Dos R$ 30,00, R$ 25,00 ficaram para o restaurante, R$ 2,00 para o
garçon e R$ 3,00 foram devolvidos para "Nós" (30 = 25 + 2 + 3).

Espero ter esclarecido.

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"É preciso viver, não apenas existir." - Plutarco (46 - 120 DC)




SUBJECT:
FROM: centaurus@mtv.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/10/2001 21:14



-- Mensagem original --

>> Eu: R$ 10,00 (- R$ 1,00 que foi devolvido) = Eu
>> gastou R$ 9,00
>> Tu: R$ 10,00 (- R$ 1,00 que foi devolvido) = Tu
>> gastou R$ 9,00
>> Ele: R$ 10,00 (- R$ 1,00 que foi devolvido) = Ele
>> gastou R$ 9,00
>>
>> Nós: R$ 27,00
>> Garçom: R$ 2,00
>> TOTAL: R$ 29,00
>
>Não se pode somar o que já está somado! "Nós" gastou R$ 27,00, DOS
>QUAIS: R$ 25,00 ficaram para o restaurante e R$ 2,00 para o garçon (27
>= 25 + 2).
>
>De uma outra forma:
>Dos R$ 30,00, R$ 25,00 ficaram para o restaurante, R$ 2,00 para o
>garçon e R$ 3,00 foram devolvidos para "Nós" (30 = 25 + 2 + 3).
>
>Espero ter esclarecido.
>
>#--------------------<>------------------#
>Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
>embs@uol.com.br
>
>"É preciso viver, não apenas existir." - Plutarco (46 - 120 DC)
>
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
>



_____________________________________
eMTV: receba a mordomia eletrônica!
http://mtv.uol.com.br/emtv





SUBJECT: Re: [ciencialist] Erro matemático
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2001 22:30


----- Original Message -----
From: "Luiz C. Santos" <luicsan@yahoo.com>

> No final ficou assim:
>
> Eu: R$ 10,00 (- R$ 1,00 que foi devolvido) = Eu
> gastou R$ 9,00
> Tu: R$ 10,00 (- R$ 1,00 que foi devolvido) = Tu
> gastou R$ 9,00
> Ele: R$ 10,00 (- R$ 1,00 que foi devolvido) = Ele
> gastou R$ 9,00
>
> Logo, se cada um de nós gastou R$ 9,00, o que nós três
> gastamos juntos, foi R$ 27,00.
>
> E se o garçom pegou R$ 2,00 para ele, temos:
>
> Nós: R$ 27,00
> Garçom: R$ 2,00
> TOTAL: R$ 29,00
>
> Aonde foi parar o outro R$ 1,00 ????
>

O gato que estava embaixo da mesa comeu! :)))

Brincadeirinha, esse problema é uma das muitas jóias do livro de Júlio César
de Mello e Souza (pseudônimo Malba Tahan), "O Homem que Calculava", um
clássico que deve estar lá opela 42a edição. Procure em livrarias e compre,
você vai amar.

A solução do problema é simples e não há nenhum erro na "matemática" e sim
na interpretação do problema... mas pensando bem, acho que vai lhe fazer um
bem incrível ler esse livro, por isso deixo pra você comprá-lo e descobrir a
solução lá, com o esperto Beremiz. :DDD

Abraços,

José Carlos



SUBJECT: CONVITE
FROM: "IV ENCOBIO" <wbc@terra.com.br>
TO: "Lista Educação Ambiental" <educacao_ambiental@grupos.com.br>
CC: <bio-l@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <ornitobr@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/10/2001 00:14

Prezados,

O Diretório Acadêmico de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de
Feira de Santana tem o prazer de encaminhar o folder (1ª Circular) do IV
Encontro de Biologia da UEFS (IV ENCOBIO-UEFS).

Como todos tomarão conhecimento, a programação ainda está passível de
alterações, e o prazo máximo para envio dos resumos expandidos está bem
apertado (09 de novembro).

Esperando a participação de todos, desde já nos colocamos a inteira
disposição para mais informações.

Atenciosamente,

Comissão Organizadora IV ENCOBIO-UEFS

----------


---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.274 / Virus Database: 144 - Release Date: 23/08/01


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/10/2001 03:53

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisario"
Sent: Friday, October 05, 2001 4:31 AM
Subject: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas

> Oi. Einstein deu um valor numérico, sim. No seu artigo original sobre o
> tema, "Sobre a influência da gravidade na propagação da luz" (Annalen der
> Physik, 35 (1911)), ele conclui explicitamente: "Um raio de luz que
> passasse junto do Sol sofreria assim uma deflexão de 4.10**(-4) = 0,83
> segundo de arco. A distância angular entre uma estrela e o centro do Sol
> apresenta-se acrescida deste valor."

Para variar, cometi mais um erro devido à precipitação na construção de
argumentos ;-)). Pensei num desenho da experiência, que vi há muito tempo, e
ocorreu-me que o cálculo tivesse sido da trajetória e não de uma deflexão
angular constante. De qualquer forma, creio que, também para variar, você
entendeu a comparação, ainda que errada ;-)). Dos males, o menor, pois creio
que muitos aqui iriam aceitar o argumento numa boa, e isso não seria bom,
nem para mim, nem para eles.

> Como se sabe, ele errou no cálculo, e depois que
> Eddington & cia. mediu a deflexão ele os refez e encontrou o dobro disso.

Bem, se até Einstein errou, por que é que não posso cometer um errinho aqui,
outro acolá.... ;-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Erro matemático : Interpretacao algebrica
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/10/2001 10:21

Amigos:

- Permitam-me uma interpretacao "formalmente" algebrica
sobre o problema apresentado abaixo. A algebra e'
facil, mas um pouco chata. Se voces nao gostarem
de acompanhar o raciocinio, desculpem, mas e' o
unico modo de entender onde esta' o erro.


> Eu: R$ 10,00 (- R$ 1,00 que foi devolvido) = Eu
> gastou R$ 9,00
> Tu: R$ 10,00 (- R$ 1,00 que foi devolvido) = Tu
> gastou R$ 9,00
> Ele: R$ 10,00 (- R$ 1,00 que foi devolvido) = Ele
> gastou R$ 9,00
>
> Logo, se cada um de nós gastou R$ 9,00, o que nós três
> gastamos juntos, foi R$ 27,00.
>
> E se o garçom pegou R$ 2,00 para ele, temos:
>
> Nós: R$ 27,00
> Garçom: R$ 2,00
> TOTAL: R$ 29,00
>
> Aonde foi parar o outro R$ 1,00 ????


A) GARCOM "HONESTO"

A.1) Algebricamente, a conta "correta" seria esta:

10 + 10 + 10 = 30


A.2) Se o gerente deu um desconto de 5, entao, um
garcon "honesto" deveria subtrair 5 DE AMBOS
OS MEMBROS DA EQUACAO:

(10 + 10 + 10 ) - 5 = 30 - 5

A.3) Entao, a conta ficaria assim:

25 = 25

E os tres amigos ficariam com o problemao
de dividir os cinco reais de troco
(5 / 3)



Prosseguindo:
=============

A.4) O garcon quis levar vantagem, e acabou ajudando
na divisao, do seguinte modo:


(10 + 10 + 10) - 5 = 30 - 5

(ate' aqui, nada de mais)


A.5) Porem, o garcom, se fosse honesto,
deveria continuar com a algebra, e apresentar
a seguinte conta, aos clientes:

(10 + 10 + 10) - 3 - 2 = 25


(ou seja, deveria ter EXPLICITADO que os 5 de troco
estavam sendo desmembrados em duas partes (3 e 2)


A.6) Entao, os tres amigos saberiam que deveriam
dividir o troco de 3:

(10 + 10 + 10) - (1 + 1 + 1) - 2 = 30 - 5

(desmembrando o 3 em (1 + 1 + 1)


A.7) Agora, tirando os "1" dos parenteses:

(10 + 10 + 10) - 1 -1 - 1 - 2 = 30 - 5


A.8) Agrupando os valores pagos com seus respectivos
trocos (propriedade associativa da adicao):

(10 -1) + (10 -1) + (10 -1) - 2 = 30 - 5

*** Notem que ate' aqui, as contas "conferem",
e todo mundo esta' sabendo que o garcom vai
ficar com 2 reais.


A.9) Ficamos com:

9 + 9 + 9 - 2 = 30 - 5

27 - 2 = 30 - 5
25 = 25

*** Ou seja, dessa forma, o garcom mostrou, algebricamente,
(basta olhar a penultima linha das contas) que ele ficou
com dois reais




B) GARCOM "HONESTO"

Porem, o garcom, apesar de conhecer as regras da algebra,
cometeu um erro voluntario, que foi o seguinte:

B.1) A conta original era esta:

10 + 10 + 10 = 30


B.2) O gerente deu o desconto de 5, mas o garcom trapaceou
na algebra:

(10 + 10 + 10 ) - 3 = 30 - 5

*** Notem que no lado direito da equacao,
aparece a conta que o garcom "sabe" que
e' a correta, mas no lado esquerdo o garcom
escreveu a conta "aparente", dizendo aos
clientes que o desconto foi de apenas 3, e nao
de 5.

Ora, aqui e' que esta' o erro. O garcom nao pode
subtrair 5 de um lado e subtrair apenas 3 do outro
lado ! Desse modo, a conta fica assim:


(10 + 10 + 10 ) - (1 + 1 + 1) = 30 - 5
(10 + 10 + 10 ) - 1 -1 -1 = 30 - 5
(10 -1) + (10 -1) + (10- 1) = 30 - 5
9 + 9 + 9 = 30 - 5
27 = 25 ( o que e' falso !!!)



B.3) Para piorar a situacao, agora nos tentamos
conferir o calculo, fazendo o processo ao contrario:

27 = 25 ( partimos de uma resposta falsa !!!)

- Agora, vamos somar 2 de um lado, e 5 de outro,
o que e' MAIS UM ERRO:

27 + 2 = 25 + 5

29 = 30 !!!


C) RESUMO DA HISTORIA:

C.1) Primeiro, o garcom cometeu o erro (voluntario)
de subtrair 3 de um lado e 5 de outro, na equacao

C.2) Depois, na conferencia, nos tomamos uma
equacao FALSA (outro erro) e somamos 2 de um lado
e 5 de outro (mais um erro ainda)

C.3) Bem, so' por esses dois erros cometidos ja'
se explica que os valores nao batem.

C.4) Mas, se alguem ainda esta' lendo esta justificativa,
eis o motivo da diferenca de $ !:

- A conferencia seria um modo de "corrigir o erro"
(afinal, as conferencias servem para detectar erros).
Porem, nessa conferencia, nos deveriamos, para corrigir
o erro, SOMAR 2 ao lado direito (pois o garcom sutraiu
5, quando deveria, pela algebra, ter subtraido apenas 3,
ja' que foi isso que ele subtraiu do lado esquerdo)

- No entanto, em vez de somarmos 2 ao lado direito,
para consertar o erro (27 = 25 + 2), somamos 5 !:
27 = 25 + 5

- Agora, o lado direito esta' 3 unidades a mais !

- Por fim, aos 27 dos tres amigos, somamos 2 do garcom
(ERRADO NOVAMENTE):

27 + 2 = 25 + 5
29 = 30

- Assim, o lado direito, que estava 3 unidades a mais,
ficou com apenas 1 unidade a mais !

- Ufa !!! Sei que esta explicacao foi um "saco" para quem
nao se interessa pelo assunto, mas se a demonstracao
nao for feita algebricamente, nao e' possivel explicar
de onde apareceu a diferenca. Ou seja, a diferenca apareceu
de diversos errinhos algebricos. Logo, a resposta para
"Quem ficou com o $ 1" poderia ser:

"O caos provocado pela quebra das regras da algebra".


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: hipoteses mesquitianas
FROM: "L. B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/10/2001 11:35

Olá Lima, Mesquita, e pessoal,

Luiz Lima:

(vou ler os 3 artigos que voce indicou):

Leandro:

Eu também vou, embora até o momento eu tenha apenas lido "Os
átomos Também Amam" e "Confesso que Blefei", ambos escritos pelo
Alberto. Quando comparamos com o livro "Evolução das Idéias da Física"
de Einstein & Infeld, e em uma PRÉ-AVALIAÇÃO, vê se que a forma como
abordam e explicam a física é muito melhor no livro do Einstein. Os
problemas são melhores explicados, ainda que o livro do Einstein seja
voltado mais a problemas de gravitação.

Luiz Lima:

> - poderia solucionar classicamente outros atomos,
alem do hidrogenio?

Leandro:

Eu havia feito essa pergunta relativa a esse átomo mais
simples para que tenhamos, através de uma explicação do Alberto de um
sistema físico simples, uma visão mais clara dos modelos alternativos
sempre citados por ele e, dentre os quais, qual ele ache mais
conveniente e o porquê disso.
Se, no momento, o Alberto através de um modelo novo, não
conseguir explicar um fenômeno novo, não significa NECESSARIAMENTE que
tal modelo esteja errado. PODE ser, apenas, que o fenômeno novo não
foi abordado de maneira conveniente pelo modelo novo.

Alberto:

[...] Por exemplo, Newton chegou a suas equações explicarem a
estrutura de sistemas planetários após ter amplo conhecimento do que
seria o sistema solar. Os físicos modernos realizaram o caminho
inverso. Assumiram a estrutura atômica como sendo planetária e
tentaram aplicar aí as equações de Newton.

Leandro:

Aqui eu não entendi o que você queria dizer. Quer dizer que (a) as
equações de Newton devem ser alteradas ou que (b) os elétrons não são
partículas partículas pontuais? (c) Ou ainda quer sugerir que os
elétrons não seriam nem partículas localizadas?

Se você sugerir a solução (a), isso não é nenhuma novidade: a Mecânica
Quântica e a Relativística já propuseram as alterações convenientes a
mais de 100 anos. Alterar não é novidade. Gostaria de saber, se esse é
o caso, como seria a sua.
Se você sugere (b) ou (c) gostaria de saber como faz para não haver
contradições em suas hipóteses.

Alberto:

[...] Não digo que desprezo equações. Aliás, o caminho que
proponho está intimamente relacionado a adaptar a
estrutura atômica ao que denomino equação do elétron (A = w/r).

Leandro:

Explique, então, o que seriam as grandezas A, w e r. E defina para a
gente que tipo de grandezas são: se escalares, pseudo-escalares,
vetoriais, etc.

Alberto:
[...] O que estou expondo tem muito de especulação, se bem que não
sejam especulações infundadas.
Leandro:

Isso é comum em modelos/teorias novos.

Luiz Lima:

como se explicaria a superfluidez? - e o tunelamento?

Leandro:

Até onde eu entendi, no modelo proposto pelo Alberto, o efeito
túnel fica sem explicação. Nesse aspecto, é mais um dos resultados
experimentais que ele estaria "jogando para debaixo do tapete". Um
poderia sugerir que a Física Moderna, por ter muito menos coisas sendo
"jogadas debaixo do tapete" seria melhor. Mas, é como eu disse, se, no
momento, o Alberto através de um modelo novo, não conseguir explicar
um fenômeno novo, não significa NECESSARIAMENTE que tal modelo esteja
errado. PODE ser, apenas, que o fenômeno novo não foi abordado de
maneira conveniente pelo modelo novo.

Alberto:

Prefiro não falar sobre superfluidez pois ainda não expandi
minhas teorias nessa direção. [...]
Quando ao tunelamento, lembro que esse fenômeno foi
inicialmente descrito por Newton e não é nada que não possa ser
explicado por um físico clássico com o pé nas costas ;-).

Leandro:

Até onde sei, essa afirmação SERIA FALSA. Na verdade, uma partícula
que tenha uma dada energia cinética JAMAIS conseguiria transpor um
potencial que tenha uma energia maior, usando a mecânica clássica.
Acontece que quando se mede, vê-se que isso de fato ocorre! Via
mecânica quântica, uma partícula, devido ao caráter de onda
probabilística que possui, conseguiria transpor potenciais mesmo que a
energia dele seja maior que a energia da partícula.

Alberto:
Já discuti esse assunto aqui na Ciencialist mas no momento não estou
com as referências. Nada que não possa ser rediscutido, mas lembro que
a discussão seria bastante longa.

Leandro:
Não só o tunelamento NÃO FOI DISCUTIDO longamente, acho que
foram uns 2 ou 3 emails, aqui na lista, como não fora dada a solução
do ponto de vista clássico. Mas poderia ser que eu não estava na lista
no momento. De qualquer forma, estamos aguardando a explicação
clássica para o fenômeno.

Luiz Lima:

>Mais um questionamento.
> Se voce ainda nao consegue resultados com as suas conviccoes, apenas
> ve os indicios, nao seriam prematuras ou precipitadas as suas
>conclusoes?

Leandro:

Sem dúvidas. Se há uma afirnação, ela deve ser provada. Isso
do ponto de vista científica. Se o Alberto preferir levar suas
hipóteses para o campo da religião aí ele pode afirmar o que quiser
sem provar nada.

Luiz Lima:

>Nao seria melhor continuar trabalhando, e passar a questionar a
mecanica moderna depois de ter algum >resultado?

Leandro:

Sem dúvidas.

Albeto:

[...] Ou eu deveria virar as costas para os quânticos, a exemplo do
que eles fazem comigo? Pois eles não querem discutir tais efeitos
sobre o das minhas hipóteses!

Leandro:

Coitadinho do Alberto! Acho que devemos então ter pena de você
nesse caso! Eu de minha parte, peço desculpas se fui rude ou se não
aplaudi suas teorias sem conhecê-las profundamente e nem ver
ABSOLUTAMENTE nenhum resultado experimental.

De minha parte, digo que houve SIM uma preocupação de conhecer
suas idéias. Digo isso que eu tenho, AINDA, dois livros comigo que
foram escritos por você. Estou só aguardando uma explicação mais
profunda de suas idéias. E REALMENTE expero que HAJA uma explicação
mais profunda de sua parte. Posso não ter lido com calma suas idéias
em seu site, mas tenho dois livros escritos pelo seu punho que suponho
aborarem o mesmo assunto.

Luiz Lima:
> Suas conviccoes quanto aos resultados que voce
ainda nao obteve nao
> estao em desacordo com o metodo cientifico,
enquanto viola o Principio
> da Nao Precipitacao (imparcialidade antes da
obtencao dos resultados)?
> Isso nao pode afetar o seu julgamento?
Alberto:

[...] Estou apenas propondo uma teoria. Essa teoria
tem hipóteses falseáveis. Essa teoria faz previsões. Essa teoria
merece ser testada. Porque então os físicos recusam-se a testá-la?
Por que os físicos teóricos recusam-se a me Estariam com medo? Quem
está sendo imparcial?

Leandro:

Alberto, MENTIR NÃO! Pare de se fazer de coitadinho e valorize
suas idéias pelo brilhantismo e não por pena!

Suas idéias foram não só discutidas, aos quais incluo boas explicações
dadas por Belisário e Borges (até excluo a minha devido ao que somente
as explicações deles bastariam para um julgo imparcial).
Qualquer um da lista TAMBÉM pode procurar no "search" da
ciencialist por:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9001

Aonde um problema por você foi proposto. E em

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9140

Aonde um contra-argumento de sua hipótese é mostrado pelo
Borges. E em:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9005

Aonde tal contra-argumento é mais explicado pelo Luiz Ferraz
Neto.

Eu REALMENTE não acho que em mais de 20 anos de estudo essa é
a única experiência que você teve para propor. O que eu acho é que não
devemos sair por aí gastando tempo e materiais de laboratório para
ficar testando qualquer teoria que vá surgindo.
O que acharia você de testar então um experimento de uma máquina que
supostamente criaria campos antigravitacionais? Sim, pois, segundo o
que está escrito em um de seus dois livros que tenho, você É PROFESSOR
da Universidade São Judas Tadeu e TEM acesso a laboratórios por lá e
também teria acesso a verbas para realizar experimentos. Que tal?
Seu raciocínio me parece equivocado. Você diz que se alguém
não testa suas idéias ele não pode dizer que estão erradas? Quer dizer
que se você não testa a idéias de campos antigravitacionais e outras
idéias igualmente "revolucionárias" você DEVERIA concordar com todas
elas? Isso é equivocado, penso eu.

SE suas idéias não passarem nem pelo crivo das argumentações
teórias por que devemos perder tempo em medir as previsões
experimentais dela?

Por enquanto, suas idéias não vem passando pelo crivo teórico. Eu,
REALMENTE não acho, ainda, que elas estejam erradas. Por isso que
proponho novas discussões antes de sair perdendo tempo em preparar
experimento e gastando materiais sem se saber ao certo o que se vai
medir e como interepretar os dados da medida. É o que eu acho.


Abraços
Leandro.




SUBJECT: Re: hipoteses mesquitianas
FROM: "L. B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/10/2001 12:46

Olá Mesquita, Luiz e pessoal,


Luiz Lima:


> > - poderia solucionar classicamente outros atomos, alem do
hidrogenio?

Leandro:

Essa pergunta, eu também havia feito. Até agora ou não vi ou não
entendi a resposta. Fiz em

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/11574

Repita, por gentileza e com paciência comigo (afinal, sou lerdo para
aprender idéias muito "revolucionárias").

Alberto Mesquita Filho:
>
> Sem dúvida. O caminho que aponto não se traduz na resolução de uma
>ou mais equações, mas na obtenção da estrutura atômica de maneira
>racional e não meramente matemática.

Acho que você se equivocou completamente: quando se vai no
laboratório e se incide luz sobre uma ampola contendo átomos de
hidrogênio, mede-se somente algumas energias para as quais o átomo se
excita e re-emite a luz incidida. Sendo que para as outras energias,
os átomos não absorvem.
Assim, do experimento, temos, as seguinte energia medidas (em
elétron-volt):
Primeiro nível de excitaçao: 13,6 eV
Segundo: 3,39 eV
Terceiro: 1,51 eV
Quarto: 0,85 eV
Etc.

Se usamos a previsão nos dada pela mecânica quântica, essas medidas
experimentais surgem naturalmente:

E(n) = - (13,6 eV)/n²

Aonde n² significa n elevado ao quadrado e o sinal negativo vem
porque o potencial entre elétron e próton é atrativo.
(A equação acima pode ser demonstrada naturalmente pela física).

Minha perguntaa, que até agora não obtive resposta é: se usamos suas
idéias esses resultados experimentais surgem? Quero dizer, por suas
hipóteses, como se obtêm tais valores?
Agora, se suas hipóteses NÃO SÃO capazes, pelo menos, ter a mesma
previsão para um sistema físico tão simples, fica complicado
aceitá-las inicialmente. E pior seria se TODOS os resultados
experimentais são "jogados para debaixo do tapete", ficaria MAIS
DIFÍCIL AINDA não rejeitar suas hipóteses. Daí ela entraria para o
campo da religião, aonde se aceita idéias independente de fatos.
De qualquer forma, aguardo a resposta para as perguntas:

1) Quer dizer que (a) as equações de Newton devem ser alteradas ou que
(b) os elétrons não são partículas partículas pontuais? (c) Ou ainda
quer sugerir que os elétrons não seriam nem partículas localizadas? Se
você sugerir a solução (a), isso não é nenhuma novidade: a Mecânica
Quântica e a Relativística já propuseram as alterações convenientes a
mais de 100 anos. Alterar não é novidade. Gostaria de saber, se esse é
o caso, como seria a sua. Se você sugere (b) ou (c) gostaria de saber
como faz para não haver contradições em suas hipóteses.

2) Explique, então, o que seriam as grandezas A, w e r. E defina para
a gente que tipo de grandezas são: se escalares, pseudo-escalares,
vetoriais, etc. na equação A = w/r.


Abraços
Leandro.



SUBJECT: Re: hipoteses mesquitianas
FROM: "Sérgio M. M: Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/10/2001 18:36

Alberto:

Prefiro não falar sobre superfluidez pois ainda não expandi
minhas teorias nessa direção. [...]
Quando ao tunelamento, lembro que esse fenômeno foi
inicialmente descrito por Newton e não é nada que não possa ser
explicado por um físico clássico com o pé nas costas ;-).

Leandro:

Até onde sei, essa afirmação SERIA FALSA. Na verdade, uma partícula
que tenha uma dada energia cinética JAMAIS conseguiria transpor um
potencial que tenha uma energia maior, usando a mecânica clássica.
Acontece que quando se mede, vê-se que isso de fato ocorre! Via
mecânica quântica, uma partícula, devido ao caráter de onda
probabilística que possui, conseguiria transpor potenciais mesmo que a
energia dele seja maior que a energia da partícula.

Sérgio:

A frase "Até onde sei, essa afirmação SERIA FALSA. Na verdade (..) "
sofre
de um problema.
Ela assume que existe uma verdade.
Ora o que existe é uma hipótese.Isto é que é cientifico afirmar.
E segundo as hipóteses da mecânica clássica, não seria possível
prever o
fenómeno chamado de Efeito Túnel , ou Tunelamento (como vem a ser
chamado
aqui )
É importante entender que a mecânica clássica, nem a quântica, nem
nenhuma,
são Verdade.
E aquilo que elas afirmam não se pode confundir com o que existe e
acontece.

Em, rigor, a mecânica clássica trabalha com partículas. Isto é,
objectos
particulares.
E para uma única partícula, não é possível , por nenhuma teoria que
ela
passa a barreira de potencial.
A mecânica clássica não trabalha com probabilidades . No seu campo
tudo ou é
Sim (1) ou Não (0)

A mecânica moderna (Física Estatística) vem alterar um pouco isto,
introduzindo o conceito real que as partículas não são particulares.
Ou
seja, os efeitos que observamos são gerados por conjuntos e
interacções de
conjuntos de partículas e não pelas partículas em si.
Assim, um conjunto de partículas tem uma energia média ( que é igual
à da
mecânica clássica, pois trata todas as partículas como iguais ) MAS
cada
partícula em si, pode ter mais ou menos energia que a média. (Função
Dispersão)
Donde, existe a probabilidade de existir uma partícula com mais
energia que
a barreira, e portanto, que ela passe a barreira. Aparecendo assim o
efeito
túnel.

Isto não tem nada de estranho e é obvio desde que se considere as
hipóteses
correctas dentro dos modelos descritos.
Reparem com a conclusão moderna se baseia na hipótese clássica :
Nenhuma
partícula com energia menor que a barreira de potencial pode
ultrapassar
essa barreira.
Só que é aplicado a um CONJUNTO e não a um objecto Particular.
Este conjunto é Descrito por Funções de Onda.

A Hipótese da M. Quântica, é que APENAS UMA partícula também pode ser
descrita por esse conjunto. Seria um conjunto singular. E é essa a
diferença
que eleva a MQ ao estatuto de "incrível"
Contudo, não me lembro de experiências que tenham sido feitas com
objectos
particulares.
Normalmente são sempre Feixes que funcionam por meio de valores
MÉDIOS e
portanto com CONJUNTOS NÃO singulares.
A MQ toma o todo pela parte. E ainda não provou os seus postulados.
Apenas
, resultados que advém desses postulados. E como sabemos, este
resultado não
implica que os postulados estejam correctos.
Muito menos que sejam verdade.... ou falsos.

Cumprimentos,

Sérgio




SUBJECT: Base de Alcantara
FROM: "Raul Sturari" <raulsturari@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/10/2001 20:42

Caros colegas,

Recebi isto por e-mail e gostaria de saber se mais um hoax. Algum a
sabe de alguma coisa sobre a base militar de Alcntara?

[]s
Raul

=================================

>> Carlos Alberto Carrera Vieira - SUPST/STRJO/STDRS
>>
>>
>> ABSURDO TOTAL.
>>
>> CENTRO DE LANAMENTO DE ALCNTARA
>>
>> Estados Unidos aumentam o seu territrio Um fato muito importante passou
>> batido na mdia. Tirando algumas matrias pouco focadas e pequenas
>notinhas
>> na internet, nada mais foi dito. Talvez porque no haja interesse de que
>> essa informao seja divulgada com a devida ateno. Mas a verdade que
>um
>> fato dessa magnitude no pode ser ignorado.
>>
>> O governo brasileiro firmou acordo com o governo dos E.U.A. para uso do
>> Centro de Lanamento de Alcntara (CLA), a 20 quilmetros de So Lus, no
>> Maranho. At a, nada de anormal. Mas se atentarmos para os termos desse
>> acordo" veremos uma realidade que perturbaria qualquer cidado do mundo.
>>
>> Nosso governo entregou uma parte de nosso territrio para os E.U.A.
>Falando
>> assim pode parecer exagero, mas na realidade, no h exagero nenhum em
>> afirmar que uma rea de aproximadamente 620 quilmetros quadrados do
>> territrio brasileiro est sob domnio absoluto do governo
>norte-americano.
>>
>> A dominao tal, que nenhum cidado brasileiro pode entrar nessa rea,
>> que abrange todo o CLA, sem autorizao prvia do governo dos EUA, e o
>> governo brasileiro no pode exercer nenhuma atividade no local sem prvia
>> autorizao. Alm disso, os americanos tm permisso (leia-se direito) de
>> desembarcar equipamentos fechados em contineres sem que nossas
>autoridades
>> competentes possam vistori-los.
>>
>> Sendo assim, fica caracterizada a total perda de jurisdio de nosso
>> governo nesta rea dentro do estado do Maranho. Em condies normais e
>> sensatas, um acordo como esse deveria trazer muitos benefcios para o
>nosso
>> pas. O CLA um dos melhores pontos do
>> planeta para lanamento de foguetes ao espao.
>>
>> A explicao simples, o CLA est muito prximo da linha do Equador, que
>> divide os hemisfrios Norte e Sul, por isso os foguetes apresentam uma
>> melhora no desempenho que proporciona uma economia de 30% de combustvel.
>>
>> Trata-se de uma economia significativa nos custos de Lanamento num
>mercado
>> internacional que gasta US$ 4,5 bilhes por ano. Entretanto, todos esses
>> benefcios
>> no sero usufrudos pelo governo brasileiro, que gastou US$ 300 milhes
>na
>> construo do CLA.
>>
>> Esse potencial fantstico foi "dado" em uma bandeja por US$ 40 milhes
por
>> ano para nossos "irmos" norte-americanos.
>>
>> Isso mais parece a teoria da conspirao, afinal sempre esteve presente
no
>> imaginrio do povo a possibilidade de os EUA tentarem invadir nosso pas,
>> sobretudo a Amaznia.
>>
>> Desde os tempos da morte de Getlio era muito claro na cabea das pessoas
>> uma suposta conspirao ianque contra nosso pas. Para muitas pessoas da
>> poca, os americanos teriam assassinado o ento presidente.
>>
>> Quando se pensa na Amazonia, ento, muitos so os boatos de que os
>> norte-americanos estariam estudando tornar nossa floresta um territrio
de
>> domnio internacional. Porm, nunca nada disso havia tomado forma
>concreta,
>> no passava de boatos paranicos.
>>
>> A diferena que agora no boato, FATO. O Ministro de Estado da
>> Cincia e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, assinou este "acordo",
>> representando o Brasil. Ento a coisa est valendo. Para que se tenha
>ideia
>> do absurdo que tal documento representa
>> para a soberania nacional, basta observar algumas das obrigaes
>> brasileiras.
>>
>> Na prtica, nenhum pas inimigo dos EUA poder utilizar o CLA, mesmo com
>> autorizao do Brasil e em misso de pesquisa. Nenhum representante
>> brasileiro ter acesso a equipamentos e tecnologias trazidas pelos
>> americanos, salvo com permisso deles. Caso seja dada permisso, essa
>> tecnologia jamais poder ser utilizada por nossos cientistas para
>> aprimoramento de nossos foguetes e espaonaves.
>>
>> Qualquer acordo firmado entre o Brasil e outro pas, dever respeitar os
>> termos deste "acordo". Somente pessoas autorizadas pelo governo
>> norte-americano podero entrar no territrio do CLA.
>>
>> O governo brasileiro deve garantir seus maiores esforos para que tudo
>> corra bem. Caso algo no v bem, do ponto de vista do governo daquele
>pas,
>> eles podero retirar todos os equipamentos e dados de nosso territrio,
>> cabendo ao nosso governo facilitar para que tal operao transcorra de
>> forma harmnica. Nenhum continer lacrado poder ser aberto
>> em territrio brasileiro, ou seja, os norte-americanos podero trazer e
>> retirar qualquer coisa de nosso pas sem que nossas autoridades possam
>> contestar.
>>
>> Esses so apenas alguns pontos do "acordo". Existem mais e mais clusulas
>> nas quais nosso governo se curva diante do imperialismo americano com a
>> naturalidade que uma colnia se curva diante de sua metrpole.
>>
>> Isto posto, fica a pergunta: Voc, cidado brasileiro, concorda com esse
>> acordo"?
>> Independentemente da sua resposta, o seu representante institucional j
>> concordou. Voc, de fato, se sente representado?
>>
>> Se a resposta for "no", est na hora de gritarmos por nossa vontade.
>> Porque depois, no adianta virem dizer que no sabiam. Haja leo de
peroba
>> para eles e fantasias de palhao para ns.
>>
>>
>> Comemore agora o 7 de setembro , antes que seja obrigado a comemorar o "
4
>> de julho ".
>>
>>
>> Se vc no gostou disso divulgue e alerte a quem vc conhece
>>



[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/10/2001 21:37

----- Original Message -----
From: "L. B. Holanda"
Sent: Saturday, October 06, 2001 11:35 AM
Subject: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas

Caro Leandro

Suas mensagens de 06/10/01, embora possuam conteúdo, foram escritas mais no
estilo questionador. Nada contra. Digo apenas que, via de regra, as
respostas exigem maior espaço discursivo do que as perguntas; e tanto mais
se verificarmos que grande parte das suas perguntas relacionam-se a teorias
minhas e/ou a minha postura como teorizador e escritor ou, até mesmo, como
profissional. Dito isso, permita-me que responda por partes, provavelmente
nesta e em outras mensagens que, oportunamente, se seguirão a esta.

> ...embora até o momento eu tenha apenas lido "Os átomos Também Amam" e
> "Confesso que Blefei", ambos escritos pelo Alberto.

Esses livros foram escritos na década de 80 (anos de 83 e 85 respectivamente
e publicados em 84 e 87). O primeiro, retrata o "insight" que tive e a
levar-me a repensar a física clássica. Lembro que nesta época minha física
restringia-se ao segundo grau, se bem que ministrado nos anos 50, quando
ainda existiam professores de segundo grau no estilo de Antonio de Souza
Teixeira Junior (meu professor), Tore Nills Oloff Former-Johnson (creio que
teria sido professor do Léo), e muitos outros mitos que ministravam uma
física clássica que hoje não se aprende nem mesmo nos dois primeiros anos
das melhores faculdades de física do Brasil (posso dizer isso por
experiência própria, como relato mais abaixo) e talvez do mundo. Mas, de
qualquer forma, era uma física elementar e sem Cálculo, o que a meu ver
consistia numa vantagem. Percebia-se que o Cálculo fazia falta como
ferramenta, mas que não era essencial para que se entendesse o que há de
fundamental na física. O aluno de hoje não aprende física de fato. Aprende
Cálculo e depois fica brincando de equacionar situações irreais, hipotéticas
e sem significado físico algum. Às vezes nem chega a esse requinte e fica
brincando com o computador, sem sequer saber o significado das equações que
estão sendo "resolvidas". Digo isso também por experiência própria, pois
vivenciei muito com os estudantes de graduação do ifusp da década de 90. Ao
contrário do Antonio, que tem demonstrado saber levar seus problemas para o
computador, o aluno de hoje aprende tão somente a se tornar dependente da
máquina que resolve a tudo como que por mágica. Procure ler o desabafo de
Mário Schenberg, por ocasião de seus 70 anos comemorados na usp, e perceba
que estou apenas adaptando o que ele afirma para os dias atuais (naquela
época o computador era uma criança).

Nesse secundário estudei bastante física nos livros do Teixeira, do Johnson
(lembro-me inclusive de um de seus livros de problemas que era um verdadeiro
terror e, não obstante, essencial para os que pretendiam entrar na medicina
da Usp ou na Politécnica). Li também a coleção completa do Pieroni (que
fazia o vestibular de física da medicina da Usp), o livro do Salmeron
(eletricidade e magnetismo), a coleção Sears e tantos outros que chegaram a
me dar uma cultura geral bastante importante para o prosseguimento de meus
estudos.

Após graduar-me em medicina optei pela especialização num tema de
Clínico-Química ainda engatinhando no Brasil. Precisei estudar bastante
Biofísica e Bioquímica como autônomo. Em 1975 resolvi fazer pós-graduação em
Fisiologia com área de concentração em Biofísica do Nefron (como médico
exercia a Nefrologia, pois a Clínico-Química praticamente não existia no
Brasil). Nessa pós-graduação tomei contato com o Cálculo, com a
Termodinâmica em nível superior e, em particular, com muitos físicos que
estudavam Biofísica.

Em 1980 larguei a medicina e fui trabalhar em função administrativa na então
Faculdade São Judas Tadeu (hoje universidade). Meu único contato com minhas
origens resumia-se em ser também professor de Bioquímica e Biofísica do
curso de Biologia e algumas palestras que fazia em Congressos e Simpósios de
outras universidades, sempre que convidado. Nessa época comecei a escrever
algo que viria a ser um livro para meus alunos, mas que jamais conclui em
virtude de minha postura como cientista ter sofrido uma mudança radical.

Tratava-se de um livro, quase um tratado, com mais de 60 capítulos (um dos
capítulos introdutórios, "Físico-química das soluções", está em meu
website). Após ter escrito vários capítulos, cheguei à conclusão que o livro
deveria começar com algo relativo à origem dos seres vivos visto sob o
aspecto da biofísica e bioquímica. Na "introdução deste capítulo
introdutório" julguei que deveria fazer comentários sobre a origem do
Universo. Passei então a procurar na minha coleção da Scientific American
algo sobre o tema e comecei a estudar o Big-Bang. Li também uns dez livros
sobre o assunto e escritos por físicos ou astrônomos. Nessa época eu já
havia lido a "Evolução das Idéias da Física", de Einstein e Infeld, e vários
outros livros de física moderna escritos para o leigo (Gamov, Gribbin, um
físico russo famoso cujo nome está me fugindo por ora, etc) e, portanto, as
hipóteses relativísticas não eram totalmente estranhas para mim. Do ponto de
vista heurístico-epistemológico, digo mesmo que conhecia bastante sobre o
assunto, e creio que poucos graduados em física nos dias atuais leram tanto
quanto eu havia lido até então.

Pois foi ao estudar as teorias do Big-Bang que tive o "insight" inicial e
descrito no primeiro dos livros citados (Os átomos também amam). Embora eu
não soubesse exatamente onde e porquê, a relatividade de Einstein mostrou-se
para mim como que apoiada em alicerces muito frouxos. Este livro procura
então explorar esta frouxidão, ainda que avance por outros assuntos
correspondentes a uma sucessão de outros "insights" que tive na época e que
apontavam-me para um novo caminho relacionado à estrutura íntima da matéria.

No segundo livro (Confesso que blefei) comecei a enxergar as coisas por
outro ângulo. Vi-me agora envolvido com os alicerces da física quântica e
tive a sensação de que não apenas eram tão frouxos quanto os da relatividade
(pois apoiavam-se nos mesmos argumentos básicos) como também davam suporte
aos primeiros. Ou seja, parecia haver uma interdependência tão grande entre
física quântica e relatividade que era impossível implodir uma sem que a
outra desabasse em sua totalidade. Isso, aliás, ficou muito nítido no debate
entre Einstein e Bohr. Ou seja, Einstein tentou mexer nos alicerces da
física quântica e Bohr, SEM DEFENDER A QUÂNTICA, simplesmente mostrou para
Einstein que qualquer tentativa nesta direção abalaria profundamente sua
relatividade. Na realidade, Bohr não venceu o debate pois Einstein
simplesmente, e literalmente, "fugiu da raia", ao constatar que sua dileta
teoria estava comprometida nos alicerces. Curiosamente, relatividade e
quântica são duas teorias fortemente interdependentes e que, sob certos
aspectos, se contradizem, e creio já ter comentado algo a respeito aqui na
Ciencialist.

Concluo este segundo livro (Os átomos também amam) dando a entender que
qualquer tentativa de prosseguimento nesses estudos deveria passar por uma
reformulação dos conceitos de eletromagnetismo relativos a partículas
elementares. Comento isso com as seguintes palavras (capítulo 27, página
202): "Falei muito sobre as equações de Maxwell, mas desta vez *sem blefar*.
Espero escrever, em época oportuna, um estudo crítico sobre as mesmas". E
algumas linhas após, afirmo: "Como se vê, a teoria de Maxwell apoiou-se
rigidamente em dados experimentais, mas entrou para um terreno
representacional que não corresponde à realidade. E assim sendo, deu origem
a duas teorias irreais: a relatividade restrita e a mecânica quântica.
Matematicamente corretas, mas não mais do que isso."

O *blefar* a que me refiro, até mesmo no título do livro, relaciona-se ao
fato de na época eu não conhecer as equações de Maxwell em sua formulação
tradicional, ainda que conhecesse todas as leis a elas relacionadas. No
primeiro livro guiei-me pela intuição e como conhecia as leis achei que
não precisava das equações, uma vez que as leis se me mostravam como irreais
quando de suas aplicações ao microcosmo. Ora, se as equações sintetizam as
leis, de alguma maneira elas pareciam estar sendo supervalorizadas. No
segundo livro já conhecia as equações e notei que a intuição não me
enganara, mas ainda não estava em condições de reformular a teoria de
Maxwell a ponto de poder explorar com esta nova teoria o microcosmo.

Em 1990 fui estudar física no Ifusp (graduação) e conclui o curso básico,
incluindo Cálculo, e fiz inúmeras disciplinas optativas que me interessavam,
em especial disciplinas relacionadas a teorias de campo e úteis para que
pudesse equacionar minhas idéias. Não me preocupei com a obtenção do
diploma, tanto que cursei muito mais optativas do que o necessário para tal.
Em 1993 fui obrigado a largar o curso por motivos profissionais, mas a essa
altura já havia equacionado a teoria. Foi então que publiquei meu terceiro
livro, "A equação do elétron e o eletromagnetismo", exposto em meu site
quase na íntegra, em dois artigos, e com ligeiras modificações.

> Quando comparamos com o livro "Evolução das Idéias da Física"
> de Einstein & Infeld, e em uma PRÉ-AVALIAÇÃO, vê se que a forma como
> abordam e explicam a física é muito melhor no livro do Einstein. Os
> problemas são melhores explicados, ainda que o livro do Einstein seja
> voltado mais a problemas de gravitação.

Não só, mas também. Aliás, acho que ele comenta muito pouco sobre
gravitação, mas isso pode ser encarado como um dado subjetivo. Acho também
que sua comparação não é muito feliz. O livro de Einstein foi escrito na
década de 30 (creio que em 1935), quando a relatividade já estava totalmente
desenvolvida e a quântica estava em seus anos áureos, já quase totalmente
coroada. O meu livro, pelo contrário, representa um convite a uma nova
maneira de "pensar a física". Foi escrito quando minha teoria ainda era uma
criança, sob o clima dos "insights" em série. Seria o caso de compará-los
com um suposto livro que Einstein tivesse escrito anteriormente a 1905
(relatividade restrita) ou entre 1905 e 1911 (relatividade geral). Como esse
suposto livro parece-me não existir, creio que não há o que se comparar no
sentido proposto (melhor explicação dos problemas). Poderia, quando muito,
comparar minhas experiências de pensamento, e relativas ao Big-Bang, com
aquelas idéias referidas a Einstein quando tentou imaginar a "luz parada".
Aliás, creio que comento algo sobre isso num dos livros.

Apesar disso, se fosse reescrever estes livros para uma segunda edição,
creio que mudaria muito pouco. Certamente iria corrigir algumas gafes que
cometi e que jamais foram criticadas por físico algum da usp, ainda que a
livraria do cefisma da década de 80 tenha vendido cerca de 200 exemplares
dos mesmos (A biblioteca do ifusp também recebeu 3 exemplares de cada, mas a
última vez que procurei pelos mesmos disseram-me que tais livros não
existiam). Curiosamente, flagrei algumas "críticas" bastante estranhas e que
talvez um dia eu publique num anedotário.

> Alberto:
> > [...] Por exemplo, Newton chegou a suas equações explicarem a
> > estrutura de sistemas planetários após ter amplo conhecimento do que
> > seria o sistema solar. Os físicos modernos realizaram o caminho
> > inverso. Assumiram a estrutura atômica como sendo planetária e
> > tentaram aplicar aí as equações de Newton.

> Leandro:
> Aqui eu não entendi o que você queria dizer. Quer dizer que (a) as
> equações de Newton devem ser alteradas...

Ainda não cheguei nesse ponto ;-), se bem que não veja nenhuma heresia
nisso pois a meu ver o modelo de Newton está muito bem descrito e nota-se
que as equações funcionam para o modelo e qualquer generalização não é
isenta de riscos. Assim como costumo dizer que a teoria de Maxwell vale para
cargas elétricas e correntes elétricas, mas não para elétrons e prótons,
quero crer que o mesmo cuidado deva ser tomado com qualquer generalização do
tipo, até mesmo com respeito às equações de Newton e, em especial, aquelas
relacionadas a campos (por exemplo, a lei gravitacional de Newton). Aliás,
Newton demonstra em sua obra estar perfeitamente ciente dos riscos inerentes
a extrapolações deste tipo, tanto que as faz em condições ultraparticulares.

> ...ou que (b) os elétrons não são partículas partículas pontuais?

Certamente não são. Ponto é um ente matemático ou geométrico. Elétron é um
ente físico. Uma coisa é assumir, numa equação, que um corpo possa ser
"representado" por um ponto, como a Terra ao transladar em torno do Sol;
outra coisa, totalmente diferente e errada, seria dizer que esse corpo é um
ponto. A equação funciona mas não corresponde a essa "expectativa" física,
ainda que traduza o que é observado experimentalmente. E pergunto? Até onde
funciona? Será que o desvio anômalo do periélio de Mercurio não seria
conseqüente a essa ultravalorização da característica puntiforme do planeta?

> (c) Ou ainda quer sugerir que os elétrons não seriam nem partículas
> localizadas?

Também não. A esse respeito vou apenas reproduzir aqui a hipótese 1 da minha
teoria "A equação do elétron e o eletromagnetismo":

O elétron (proton) pode ser representado matematicamente por sua posição
P, em relação a um dado referencial, P = P(x, y, z, t), e por um vetor w
dado por w = (wx, wy, wz) estando este último relacionado à estrutura
interna do elétron (próton).

> Se você sugerir a solução (a), isso não é nenhuma novidade: a Mecânica
> Quântica e a Relativística já propuseram as alterações convenientes a
> mais de 100 anos. Alterar não é novidade. Gostaria de saber, se esse é
> o caso, como seria a sua.

Como disse acima, as alterações seriam relativas às equações de campo e não
propriamente à mecânica de Newton. A Mecânica Quântica e a Relativística
conservam as equações de campo intocáveis (gravitação e eletromagnetismo) e
assumem uma física clássica de partículas nas quais estas equações deveriam
ser respeitadas. Como as coisas não dão certo, modifica-se a mecânica de
Newton, forçando-a a se adaptar ao que não deu certo, chegando-se assim na
quântica e na relatividade. No meu caso eu modifico as equações de campo e
assumo a mecânica de Newton como correta. Antes que me perguntem, diria que
ainda não procedi a uma revisão profunda da equação gravitacional aplicada
ao microcosmo, mas sinto que será necessária e por um mecanismo muito
semelhante ao proposto para o eletromagnetismo (teoria das informações).
Numa teoria das informações, em nível microcósmico, não há como assumir a
pontualidade física de partículas elementares, sob pena de sermos obrigados
a curvar o espaço e/ou dilatar/contrair o tempo. E isso é exatamente o que a
relatividade de Einstein faz.

> Se você sugere (b) ou (c) gostaria de saber como faz para não haver
> contradições em suas hipóteses.

Não sei que contradições seriam essas. Minhas hipóteses são quatro e não se
contradizem entre si. Por outro lado, assumo como correta a mecânica
newtoniana (se bem que não a física clássica do final do século XIX, em
especial após o decreto de Lorentz). Também não vejo contradições entre
minhas hipóteses e a mecânica newtoniana. Que outra contradição haveria? Já
recebi MUITAS "críticas" de "físicos de respeito" a dizerem que a minha
teoria entra em contradição com a teoria quântica ou com a relatividade.
Isso, para mim, não é crítica. Isso é piada ou, talvez, ignorância. Qualquer
um que entenda um pouquinho de lógica da teorização perceberá, após ler as
minhas hipóteses, que se a minha teoria concordar, quer com a física
quântica, quer com a teoria da relatividade, alguma coisa está errada!!!
;-)). Que respeito eu posso ter com físicos desse tipo? Se não querem
aceitar a minha teoria, tudo bem, isso é o que mais ocorre na fase inicial
de qualquer teoria alternativa, e não espero nada diferente com a minha
teoria. O que não posso tolerar é que existam "físicos de respeito" desse
nível ocupando postos importantes nas universidades brasileiras, e com o
dinheiro não só, mas também, do meu imposto de renda.

> Alberto:
> > [...] Não digo que desprezo equações. Aliás, o caminho que
> > proponho está intimamente relacionado a adaptar a
> > estrutura atômica ao que denomino equação do elétron (A = w/r).

> Leandro:
> Explique, então, o que seriam as grandezas A, w e r. E defina para a
> gente que tipo de grandezas são: se escalares, pseudo-escalares,
> vetoriais, etc.

Continuarei oportunamente a partir desse ponto.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: Base de Alcantara
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/10/2001 22:09


Raul,

Recebi esse texto há uns meses através do boletim informativo da agência
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em Pernambuco datado de 7
de agosto (isso não é, entretanto, atestado de veracidade). Ali dizia que o
texto foi publicado no site www.politicaglobal.com.br . O autor era
apresentado como Marcel Frota. Esse Marcel Frota trabalha no Política
Global, e lá deve ter o e-mail dele. Enviei o texto para um amigo
antropólogo que tem escrito sobre essa história de Alcântara e ele me passou
os comentários abaixo.

Na edição de fevereiro da Com Ciência saíram três textos sobre essa
polêmica:

http://www.comciencia.br/reportagens/espaco/espc02.htm
http://www.comciencia.br/reportagens/espaco/espc04.htm
http://www.comciencia.br/reportagens/espaco/espc05.htm

Belisário

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-----------------------------------
Isso veio da Notícias da SBPC/PE - No. 55 - 07/08/2001

2. ESTADOS UNIDOS AUMENTAM SEU TERRITÓRIO. Marcel Frota.

Publicado em www.politicaglobal.com.br

Um fato muito importante passou batido na mídia. Tirando algumas matéria
pouco focadas e pequenas notinhas na internet, nada mais foi dito. Talvez
porque não haja interesse de que essa informação seja divulgada com a devida
atenção. Mas a verdade é que um fato dessa magnitude não pode ser ignorado.

O governo brasileiro firmou acordo com o governo dos E.U.A. para uso do
Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), a 20 quilômetros de São Luis, no
Maranhão. Até aí, nada de anormal. Mas se atentarmos para os termos desse
"acordo" veremos uma realidade que perturbaria qualquer cidadão do mundo.
Nosso governo entregou uma parte de nosso território para os E.U.A.

Falando assim pode parecer exagero, mas na realidade, não há exagero nenhum
em afirmar que uma área de aproximadamente 620 quilômetros quadrados do
território brasileiro está sob domínio absoluto do governo norte-americano.
A dominação é tal, que nenhum cidadão brasileiro pode entrar nessa área, que
abrange todo o CLA, sem autorização prévia do governo dos EUA, e o governo
brasileiro não pode exercer nenhuma atividade no local sem prévia
autorização.

***Comentário:
Isso só é verdade p/ os períodos de lançamento de foguetes norte-americanos.


Continuando:
Além disso, os americanos têm permissão (leia-se direito) de
desembarcar equipamentos fechados em contêineres sem que nossas autoridades
competentes possam vistoriá-los.

*** Comentário:
Isso sim é verdade. E eu acho isso sério. Todo mundo acha que isso é
paranóia mas os gringos podem lançar objetos militares sem que saibamos. E o
pior é que quem manda lá agora é o Bush.

Continuando:
Sendo assim, fica caracterizada a total
perda de jurisdição de nosso governo nesta área dentro do estado do
Maranhão.

Em condições normais e sensatas, um acordo como esse deveria trazer muitos
benefícios para o nosso país.

*** Comentário:
De fato, os números que eles divulgam sobre o aluguel são baixos. Existem
pessoas que dizem que o valor seria maior, mas não revelado.

Continuando:
O CLA é um dos melhores pontos do planeta para
lançamento de foguetes ao espaço. A explicação é simples, o CLA está muito
próximo da linha do Equador, que divide os hemisférios Norte e Sul, por isso
os foguetes apresentam uma melhora no desempenho que proporciona uma
economia de 30% de combustível. Trata-se de uma economia significativa nos
custos de lançamento num mercado internacional que gasta US$ 4,5 bilhões por
ano.

Entretanto, todos esses benefícios não serão usufruídos pelo governo
brasileiro, que gastou US$ 300 milhões na construção do CLA. Esse potencial
fantástico foi "dado" em uma bandeja por US$ 40 milhões por ano para nossos
"irmãos" norte-americanos.

*** Comentário
Não falei que era baixo. É isso mesmo.

Continuando:

Isso mais parece a teoria da conspiração, afinal
sempre esteve presente no imaginário do povo a possibilidade de os EUA
tentarem invadir nosso país, sobretudo a Amazônia. Desde os tempos da morte
de Getúlio era muito claro na cabeça das pessoas uma suposta conspiração
yankee contra nosso país. Para muitas pessoas da época, os americanos teriam
assassinado o então presidente. Quando se pensa na Amazônia, então, muitos
são os boatos de que os norte-americanos estariam estudando tornar nossa
floresta um território de domínio internacional. Porém, nunca nada disso
havia tomado forma concreta, não passava de boatos paranóicos. A diferença é
que agora não é boato, é FATO.

*** Comentário
Não é fato não. P/ mim uma coisa não tem nada a ver com a outra. Apesar de
tb achar que os gringos estão de olho na Amaz.


Continuando:
O Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, assinou
este "acordo", representando o Brasil. Então a coisa está valendo.

***Comentário:
Acho que não, ainda não foi aprovado pelo congresso.

Continuando:

Para que
se tenha idéia do absurdo que tal documento representa para a soberania
nacional, basta observar algumas das obrigações brasileiras. Na prática,
nenhum país inimigo dos EUA poderá utilizar o CLA, mesmo com autorização do
Brasil e em missão de pesquisa.

*** Comentário:
É verdade. Mas repare que esse "na prática"significa aqueles que não
assinaram o tratado anti-mísseis.

Continuando:

Nenhum representante brasileiro terá acesso
a equipamentos e tecnologias trazidas pelos americanos, salvo com permissão
deles. Caso seja dada permissão, essa tecnologia jamais poderá ser utilizada
por nossos cientistas para aprimoramento de nossos foguetes e espaçonaves.
Qualquer acordo firmado entre o Brasil e outro país, deverá respeitar os
termos deste "acordo". Somente pessoas autorizadas pelo governo
norte-americano poderão entrar no território do CLA O governo brasileiro
deve garantir seus maiores esforços para que tudo corra bem. Caso algo não
vá bem, do ponto de vista do governo daquele país, eles poderão retirar
todos os equipamentos e dados de nosso território, cabendo ao nosso governo
facilitar para que tal operação transcorra de forma harmônica. Nenhum
contêiner lacrado poderá ser aberto em território brasileiro, ou seja, os
norte-americanos poderão trazer e retirar qualquer coisa de nosso país sem
que nossas autoridades possam contestar.

*** Comentário:]
Sim, isso é verdade.

Continuando:

Esses são apenas alguns pontos do "acordo". Existem mais e mais cláusulas
nas quais nosso governo se curva diante do imperialismo americano com a
naturalidade que uma colônia se curva diante de sua metrópole.

Isto posto, fica a pergunta: Você, cidadão brasileiro, concorda com esse
"acordo"? Independentemente da sua resposta, o seu representante
institucional já concordou. Você, de fato, se sente representado? Se a
resposta for "não", está na hora de gritarmos por nossa vontade. Porque
depois, não adianta virem dizer que não sabiam.Haja óleo de peroba para eles
e fantasias de palhaço para nós.

----- Original Message -----
From: Raul Sturari <raulsturari@ig.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, October 06, 2001 8:42 PM
Subject: [ciencialist] Base de Alcantara


> Caros colegas,
>
> Recebi isto por e-mail e gostaria de saber se é mais um "hoax". Alguém aí
> sabe de alguma coisa sobre a base militar de Alcântara?
>
> []s
> Raul
>
> =================================
>
> >> Carlos Alberto Carrera Vieira - SUPST/STRJO/STDRS
> >>
> >>
> >> ABSURDO TOTAL.
> >>
> >> CENTRO DE LANÇAMENTO DE ALCÂNTARA
> >>
> >> Estados Unidos aumentam o seu território Um fato muito importante
passou
> >> batido na mídia. Tirando algumas matérias pouco focadas e pequenas
> >notinhas
> >> na internet, nada mais foi dito. Talvez porque não haja interesse de
que
> >> essa informação seja divulgada com a devida atenção. Mas a verdade é
que
> >um
> >> fato dessa magnitude não pode ser ignorado.
> >>
> >> O governo brasileiro firmou acordo com o governo dos E.U.A. para uso do
> >> Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), a 20 quilômetros de São Luís,
no
> >> Maranhão. Até aí, nada de anormal. Mas se atentarmos para os termos
desse
> >> acordo" veremos uma realidade que perturbaria qualquer cidadão do
mundo.
> >>
> >> Nosso governo entregou uma parte de nosso território para os E.U.A.
> >Falando
> >> assim pode parecer exagero, mas na realidade, não há exagero nenhum em
> >> afirmar que uma área de aproximadamente 620 quilômetros quadrados do
> >> território brasileiro está sob domínio absoluto do governo
> >norte-americano.
> >>
> >> A dominação é tal, que nenhum cidadão brasileiro pode entrar nessa
área,
> >> que abrange todo o CLA, sem autorização prévia do governo dos EUA, e o
> >> governo brasileiro não pode exercer nenhuma atividade no local sem
prévia
> >> autorização. Além disso, os americanos têm permissão (leia-se direito)
de
> >> desembarcar equipamentos fechados em contêineres sem que nossas
> >autoridades
> >> competentes possam vistoriá-los.
> >>
> >> Sendo assim, fica caracterizada a total perda de jurisdição de nosso
> >> governo nesta área dentro do estado do Maranhão. Em condições normais e
> >> sensatas, um acordo como esse deveria trazer muitos benefícios para o
> >nosso
> >> país. O CLA é um dos melhores pontos do
> >> planeta para lançamento de foguetes ao espaço.
> >>
> >> A explicação é simples, o CLA está muito próximo da linha do Equador,
que
> >> divide os hemisférios Norte e Sul, por isso os foguetes apresentam uma
> >> melhora no desempenho que proporciona uma economia de 30% de
combustível.
> >>
> >> Trata-se de uma economia significativa nos custos de Lançamento num
> >mercado
> >> internacional que gasta US$ 4,5 bilhões por ano. Entretanto, todos
esses
> >> benefícios
> >> não serão usufruídos pelo governo brasileiro, que gastou US$ 300
milhões
> >na
> >> construção do CLA.
> >>
> >> Esse potencial fantástico foi "dado" em uma bandeja por US$ 40 milhões
> por
> >> ano para nossos "irmãos" norte-americanos.
> >>
> >> Isso mais parece a teoria da conspiração, afinal sempre esteve presente
> no
> >> imaginário do povo a possibilidade de os EUA tentarem invadir nosso
país,
> >> sobretudo a Amazónia.
> >>
> >> Desde os tempos da morte de Getúlio era muito claro na cabeça das
pessoas
> >> uma suposta conspiração ianque contra nosso país. Para muitas pessoas
da
> >> época, os americanos teriam assassinado o então presidente.
> >>
> >> Quando se pensa na Amazonia, então, muitos são os boatos de que os
> >> norte-americanos estariam estudando tornar nossa floresta um território
> de
> >> domínio internacional. Porém, nunca nada disso havia tomado forma
> >concreta,
> >> não passava de boatos paranóicos.
> >>
> >> A diferença é que agora não é boato, é FATO. O Ministro de Estado da
> >> Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, assinou este "acordo",
> >> representando o Brasil. Então a coisa está valendo. Para que se tenha
> >ideia
> >> do absurdo que tal documento representa
> >> para a soberania nacional, basta observar algumas das obrigações
> >> brasileiras.
> >>
> >> Na prática, nenhum país inimigo dos EUA poderá utilizar o CLA, mesmo
com
> >> autorização do Brasil e em missão de pesquisa. Nenhum representante
> >> brasileiro terá acesso a equipamentos e tecnologias trazidas pelos
> >> americanos, salvo com permissão deles. Caso seja dada permissão, essa
> >> tecnologia jamais poderá ser utilizada por nossos cientistas para
> >> aprimoramento de nossos foguetes e espaçonaves.
> >>
> >> Qualquer acordo firmado entre o Brasil e outro país, deverá respeitar
os
> >> termos deste "acordo". Somente pessoas autorizadas pelo governo
> >> norte-americano poderão entrar no território do CLA.
> >>
> >> O governo brasileiro deve garantir seus maiores esforços para que tudo
> >> corra bem. Caso algo não vá bem, do ponto de vista do governo daquele
> >país,
> >> eles poderão retirar todos os equipamentos e dados de nosso território,
> >> cabendo ao nosso governo facilitar para que tal operação transcorra de
> >> forma harmônica. Nenhum contêiner lacrado poderá ser aberto
> >> em território brasileiro, ou seja, os norte-americanos poderão trazer e
> >> retirar qualquer coisa de nosso país sem que nossas autoridades possam
> >> contestar.
> >>
> >> Esses são apenas alguns pontos do "acordo". Existem mais e mais
cláusulas
> >> nas quais nosso governo se curva diante do imperialismo americano com a
> >> naturalidade que uma colônia se curva diante de sua metrópole.
> >>
> >> Isto posto, fica a pergunta: Você, cidadão brasileiro, concorda com
esse
> >> acordo"?
> >> Independentemente da sua resposta, o seu representante institucional já
> >> concordou. Você, de fato, se sente representado?
> >>
> >> Se a resposta for "não", está na hora de gritarmos por nossa vontade.
> >> Porque depois, não adianta virem dizer que não sabiam. Haja óleo de
> peroba
> >> para eles e fantasias de palhaço para nós.
> >>
> >>
> >> Comemore agora o 7 de setembro , antes que seja obrigado a comemorar o
"
> 4
> >> de julho ".
> >>
> >>
> >> Se vc não gostou disso divulgue e alerte a quem vc conhece
> >>




SUBJECT: A relatividade geral viola a conservaao de energia ?
FROM: rmichelsr <kerkshomaq@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/10/2001 23:57

Se segundo a relatividade geral a gravidade é
interpretada como uma deformaçao da geometria do
espaço-tempo(e portanto não portando energia), corpos
que sao acelerados ou desacelerados por um campo
gravitacional não violariam o principio da conservacão
de energia ?
Robson Michel





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SUBJECT: Café Expresso.
FROM: "Gandalf The Grey" <physics@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2001 00:41

Quando se toma um café expresso com aquela camada de espuma pode-se observer
um efeito interessante.

Quando se coloca a colher, a espuma se afasta em direção às bordas...

E quando se retira a colher a espuma volta a cobrir toda a superfície do
café.

Alguém poderia me explicar por que?



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2001 05:36

----- Original Message -----
From: "L. B. Holanda"
Sent: Saturday, October 06, 2001 11:35 AM
Subject: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas

(Continuação - 2a parte)

> Alberto:
> [...] Não digo que desprezo equações. Aliás, o caminho que
> proponho está intimamente relacionado a adaptar a
> estrutura atômica ao que denomino equação do elétron (A = w/r).

> Leandro:
> Explique, então, o que seriam as grandezas A, w e r. E defina para a
> gente que tipo de grandezas são: se escalares, pseudo-escalares,
> vetoriais, etc.

Ora, o que você me pede é que exponha aqui quase toda a teoria. Pois da
maneira como a desenvolvi, eu vou "em busca" de uma equação (a equação do
elétron) que esteja de acordo com as minhas idéias iniciais sobre o elétron
(exposta nos livros que você leu) e que satisfaça plenamente o
eletromagnetismo macroscópico e experimental e que explique também, e de
maneira clássica, as experiências que, para os físicos modernos, não têm
explicação clássica alguma (obviamente aceitando-se o elétron postulado pelo
decreto de Lorentz). Apenas deixo as idéias provisoriamente de lado, pois
nos meus livros citados elas foram vestidas com uma "roupagem"
excessivamente especulativa, ainda que justificáveis filosoficamente
falando. Conservo então apenas aquelas propriedades geométrico-espaciais
para o elétron.

Como disse na mensagem anterior, esse elétron é "bem localizado no espaço" e
"não puntual". Ou seja, o elétron tem uma estrutura bem definida, ainda que
não necessariamente determinável. Em outras palavras, eu posso assumir, como
faço nos livros citados, que o elétron seja uma partícula girante. Essa
hipótese de giro, no entanto, não é necessária e essencial e, como tal, não
faz parte da teoria. Estou assumindo-a aqui apenas para tornar este resumo
menos indigesto. Este giro, ou ALGO EQUIVALENTE na estrutura do elétron,
seria o responsável por suas propriedades eletromagnéticas. Assim sendo, se
não houvesse o giro (ou algo equivalente) não existiria campo
eletromagnético algum gerado por essa estrutura puramente material (e não
ondulatória). Em outras palavras, essa partícula, em virtude de seu giro,
informaria sua vizinhança imediata que está girando (o campo seria uma
propriedade informativa do tipo de movimento da matéria e, portanto,
genuinamente mecânico, como suposto pelo materialismo mecanicista clássico).

Lembro ainda que o campo *não é* uma onda no sentido clássico do termo, pois
uma onda exige um meio para se propagar (o suposto éter dos físicos do
século XIX). O campo, na minha teoria, seria algo de *natureza imaterial*
emitido pelo elétron. Se quiser, chame-o por quintessência do universo, ou
por espírito da matéria (Newton) ou que outro nome queira dar. Da mesma
forma que os físicos do final do século XIX ( Einstein também não fugiu à
regra em sua relatividade, e deixou isso explícito) sentiram a necessidade
da postulação de um éter imaterial, Newton sentiu a necessidade de postular
um "ente imaterial" a se propagar pelo espaço e a gerar a gravitação; e eu
expandi essa idéia para o eletromagnetismo. Realmente, a quintessência
existe e comprova-se essa existência pela análise da experimentação. O que
não se sabe é a sua natureza e por cima disso faz-se muita especulação:
éter, espírito da matéria, curvatura do espaço, vácuo quântico, fótons
virtuais, etc. Nenhuma teoria física sobrevive sem apelar para pelo menos
uma dessas "fantasias". A minha não faz exceção.

Retornando ao tema: Ora, se o giro (ou equivalente) é fundamental na gênese
do campo, esse elétron não pode ser puntual, pois um ponto não gira. Posso
até mesmo considerá-lo, em condições ultra-específicas, matematicamente
puntual para efeitos de conveniências de natureza matemática (e normalmente
faço isso), mas não posso afirmar categoricamente que sua estrutura física é
puntiforme. Quando penso numa associação de elétrons sobre um condutor, ou
numa corrente elétrica, devo considerar essa direção de giro, ao contrário
do assumido por Lorentz ao expandir o eletromagnetismo de Maxwell para as
partículas elementares.

Como disse acima, o giro não é essencial para o modelo teórico. O que é
necessário é que o elétron possua uma propriedade matemática a representar
ou este giro ou o que quer que seja equivalente ao mesmo. E interpreto essa
propriedade matemática como sendo um vetor w. Esse w não é uma velocidade
angular e nem tem unidades de velocidade angular, mas é um vetor
convenientemente definido para representar a direção e o sentido do possível
momento angular do elétron. Defino então o elétron (hipótese 1 - o elétron
matemático) por sua posição P e por essa propriedade matemática w a
refletir-se nas propriedades eletromagnéticas do elétron (a se apoiarem na
análise da experimentação). Digo também que esse w não deve ser confundido
com o "spin", ainda que relacione-se de alguma maneira ao que chamo por
"spin clássico". De qualquer forma, e como já descrevi aqui (O spin que não
é giro), o giro por si só não seria suficiente para a existência do
*fenômeno* "spin".

A hipótese 2 (o elétron emissor) assume o campo eletromagnético do elétron
como "alguma coisa" emitida para o espaço e a projetar essa propriedade w.
Perceba que ao assumir essa hipótese eu não afirmo de antemão saber o que
seria essa "alguma coisa". É óbvio que eu já tinha alguma idéia a respeito,
mas ao teorizar preciso embasar quaisquer expectativas nos achados
experimentais. Deixo então o leitor com aquela impressão de que estou a
procura de algo que não sei exatamente o que seja, pois preciso ir
encaixando a experimentação gradativamente. Sem dúvida alguma, ao encontrar
as hipóteses e/ou descrever a teoria eu já sabia onde ia chegar. Minhas
hipóteses iniciais eram em número bem maior do que quatro mas, no decorrer
dos anos, entre 1983 e 1992, fui enxugando a teoria até chegar no número
ideal de hipóteses. Já que você leu meus livros primitivos, certamente deve
ter notado o número excessivo de especulações que fiz nessa época. Nada
contra, são especulações a meu ver, e em geral, bem fundamentadas, mas são
excessivas e às vezes até mesmo redundantes, analisando-se-as sobre o prisma
de hoje. Lembro ainda que nesses livros vou muito além de considerar apenas
a gênese do campo eletromagnético do elétron: Procuro, dentre outras coisas,
por uma estrutura do elétron a compatibilizar-se com a emissão e absorção de
corpúsculos de Newton (não exatamente dos fótons definidos em física
moderna). Nada disso foi necessário para a explicação dos efeitos
relacionados à gênese do campo eletromagnético em si, pois um elétron "em
repouso" (embora necessariamente girante ou com alguma propriedade
equivalente) não emite corpúsculos de Newton, a exemplo dos fótons virtuais
assumidos como emitidos na eletrodinâmica quântica.

Na hipótese 3 (a equação do elétron) eu assumo a possibilidade de se
representar matematicamente todos os efeitos eletromagnéticos gerados pelo
campo do elétron através de um campo vetorial "A" que seria função de sua
posição e da orientação espacial de seu vetor w (definido na hipótese 1).
"A" seria então função de w e de r, ou seja, A = f(w,r). Ao falar em r estou
admitindo a possibilidade de um centro físico para a estrutura do elétron e
deixando patente que sob esse aspecto, mas apenas nesse, pode-se pensar num
elétron puntiforme. Rigorosamente falando, o campo do elétron somente existe
como tal exteriormente a um hipotético raio do elétron.

Perceba que eu não defino "A" a não ser através de uma função à primeira
vista desconhecida de duas variáveis relacionadas à posição P e à orientação
w do elétron. Ou seja, a hipótese simplesmente afirma a existência de uma
relação matemática *a ser encontrada*. E este "ser encontrada" significa
adequar-se à experimentação, ou seja, aos dados observacionais consagrados
como tais.

A hipótese 4 (o elétron sensor) simplesmente completa o raciocínio ao
assumir que assim como o elétron gera um campo "A", ele também responde a
campos "A" gerados por outros elétrons.

Em síntese, aí estão apresentadas e esgotadas as possibilidades
teórico-dedutivas. A partir de então deve-se partir para a confrontação das
hipóteses com a experimentação. E é nesse confronto que chego na função A =
w/r. Pois esta é a única equação capaz de gerar todos os efeitos
eletromagnéticos observados em laboratório. Rigorosamente falando, digo que
todo o eletromagnetismo pode ser sintetizado numa única equação, a "equação
do meu elétron".

Curiosamente, este "A" assemelha-se muito com o vetor potencial magnético,
também representado costumeiramente por "A". Mas, como disse em mensagem
anterior, "meu" vetor "A" não é calibrável, mas definido pela equação A =
w/r. Logo este "A" não é do tipo potencial, ainda que seja matematicamente
similar em algumas circunstâncias.

O rotacional de "A" fornece o que chamo "campo de efeitos magnéticos" de
"um" elétron. Esse campo é matematicamente idêntico àquele da lei de
Biot-Savart. Curiosamente, um elétron "em repouso" (porém girante ou
equivalente) gera um "campo de efeitos magnéticos". O movimento de
translação não seria necessário para tal. Alguns mais precipitados vêem
nisso uma falácia da teoria e/ou algo a não se compatibilizar com a
experimentação. Não preciso dizer que os que assim raciocinam são aqueles
que assumem, como postulado líquido e certo, o decreto de Lorentz e
interpretam as experiências sob o prisma desse dogma.

O translacional de "A", que nada mais é senão o vetor cujo módulo iguala a
divergência, e que tem a direção de w, fornece o que chamo "campo de efeitos
elétricos" de "um" elétron. Esse campo é bem diferente do campo da lei de
Coulomb e tem simetria cilíndrica. Ele é bastante parecido com o campo da
lei de Biot-Savart, trocando-se o seno pelo cosseno. Quando integrado para
uma superfície esférica chega-se facilmente à lei de Coulomb. Quando
integrado para um fio conduzindo uma corrente elétrica, e considerando-se a
disposição dos elétrons com w na direção da corrente, chega-se a um campo
elétrico resultante igual a zero.

Um cuidado a ser tomado: O translacional, ao contrário do rotacional, não
obedece à propriedade distributiva. Logo, se somarmos os campos "A" de dois
ou mais elétrons, o campo resultante não será útil para o cálculo do campo
elétrico. Em outras palavras, a soma dos translacionais não é equivalente ao
translacional da soma. Esta é outra característica a diferenciar o "meu"
vetor "A" do vetor potencial magnético. Perceba que nas equações de Maxwell
o vetor potencial magnético não entra sozinho, mas havendo efeitos elétricos
ele surge junto com o potencial elétrico. Na minha teoria existe apenas o
vetor "A" ou apenas o escalar "fi", ou um ou o outro, nunca os dois. A
escolha é meramente questão de gosto por grandezas primárias definidas como
escalares ou vetoriais. O escalar "fi" seria o equivalente (porém com as
mesmas restrições relativas à calibração) do potencial elétrico. Não se faz
necessária a introdução de ambas as grandezas (A e fi), mesmo porque elas
não são independentes, mas estão relacionadas segundo uma equação bastante
elementar: "A" é igual a "fi" multiplicado pelo versor de w (que é o versor
do próprio A).

> Até onde eu entendi, no modelo proposto pelo Alberto, o efeito
> túnel fica sem explicação.

Continuarei oportunamente (3a parte) a partir desse ponto.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Recebi e retransmito
FROM: "rkenedi" <rkenedi@plugue.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2001 11:44

CUIDADO..
TOMEM CUIDADO COM EMAILS ENVIADOS POR UM INDIVÍDUO QUE TEM ESTE
ENDEREÇO....
ricardolima@cepromat.com.br
ELE TEM REPASSADO PARA TODOS OS EMAILS QUE CONSEGUE, MENSAGENS
GERALMENTE
SEM ASSUNTO. COM UM ANEXO QUE É O VIRUS - SIRCAM.
SUGIRO QUE DELETEM MENSAGENS DELE...SEM ABRIR.
POR FAVOR REPASSEM ESTA NOTICIA AOS SEUS AMIGOS.
ELE DEVE ESTAR COLHENDO OS ENDEREÇOS DAQUELES EMAILS QUE NÃO REMETIDOS PARA
VÁRIAS PESSOAS, SEM SE USAR O CCO.
UM ABRAÇO A TODOS



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: A relatividade geral viola a conservaçao de energia ?
FROM: "Sérgio M. M: Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2001 12:30

--- In ciencialist@y..., rmichelsr <kerkshomaq@y...> wrote:
> Se segundo a relatividade geral a gravidade é
> interpretada como uma deformaçao da geometria do
> espaço-tempo(e portanto não portando energia),

Em lado nenhum é intrepretada como energia.
Sempre é modelada por um Campo. O Campo Gravitico.
E este Campo é que contêm energia. Energia Potêncial

> corpos
> que sao acelerados ou desacelerados por um campo
> gravitacional não violariam o principio da conservacão
> de energia ?

Não.

E = T + V
T -> Energia Cinética
V -> Energia Potêncial

A energia total E do sistema, campo+ corpo é connstante.
Quanto o corpo acelera, T aumenta e V diminui, e quando o
corpo "trava" T diminui e V aumenta.

O Principio da Conservação da Energia [Total] mantém-se
(aliás, caso contrário, seria um sacrilégio ou uma heresia)


Cumprimentos,

Sérgio




SUBJECT: Re: [ciencialist] Base de Alcantara
FROM: "JOHN CONSTANTINE" <jconstan@sercomtel.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2001 13:18

Olá,

Pelo que eu sei a base de Alcântara foi locada aos americanos, logo, eles
são possuidores de sua área tal qual qualquer inquilino é possuidor da casa
que aluga.

Sobre o resto eu não sei, mas me parece um pouco de exagero.




SUBJECT: Re: Recebi e retransmito
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2001 13:31


O Sircam faz isso com qualquer pessoa que tenha seu computador infectado
(inclusive com qualquer um desta lista), não só com esse infeliz que está
tendo seu e-mail divulgado em toda a internet como se fosse um criminoso.

Por favor, parem de reenviar esta mensagem, porque isso funciona como um
verdadeiro ataque sobre a caixa de e-mails desse cidadão, posto que zilhões
de pessoas podem enviar e-mails para esse endereço querendo saber se é isso
mesmo, ou repassando para servidores, "queimando" a imagem de uma pessoa
inocente - além de ser uma flagrante violação de privacidade. O propósito da
pessoa que lançou essa mensagem pela primeira vez na rede era provavelmente
ferrar com o e-mail de alguém. E nós internautas embarcamos na farsa e
fazemos exatamente o jogo. E isso poderia estar acontecendo com qualquer um
de nós.

Em qualquer situação envolvendo vírus, a primeira coisa a fazer - antes
inclusive de apertar o botão forward - é sempre informar-se sobre o vírus.
Um jeito fácil é visitar esse site (Symantec):

http://www.symantec.com/search/

e procurando pelo vírus em questão no search.

Até,
Belisário

P.S. - Sugestões (gerais, não tendo necessariamente a ver com a mensagem
do rkenedi):

1 - Desconfiar sempre das mensagens apócrifas, principalmente as
escritas em caixa-alta - uma das assinaturas dos hoaxes ("trotes").

2 - Jamais repassar mensagens que contenham frases do tipo "enviem essa
mensagem para todas as pessoas que vocês conhecem". Isso é uma das
principais assinaturas dos hoaxes. Se for repassar, tirar essa frase, que só
causa problema.

3 - Se for repassar algo, certificar-se de que o texto contém a fonte da
informação (não o e-mail de quem enviou a mensagem, refiro-me à fonte da
informação).

4 - Quando se receber um e-mail com informações interessantes, checar
sua veracidade antes de sair distribuindo para "todas as pessoas que se
conhece".

5 - Se não for possível encontrar a fonte ou checar a veracidade e se
for repassar a mensagem, repassá-la como uma pergunta ("alguém pode me dizer
se isso aí é verdade?"), e não como uma certeza.

6 - (Que pode substituir todos os outros quatro) Ser crítico quanto à
Internet. Sabemos que não devemos acreditar em qualquer coisa que vemos na
televisão, nem que lemos em jornais, revistas, etc.. Apelemos então para o
mesmo princípio com relação à Internet, que é muito mais fácil de ser
manipulada.

----- Original Message -----
From: rkenedi <rkenedi@plugue.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 07, 2001 11:44 AM
Subject: [ciencialist] Recebi e retransmito


> CUIDADO..
> TOMEM CUIDADO COM EMAILS ENVIADOS POR UM INDIVÍDUO QUE TEM ESTE
> ENDEREÇO....
> ricardolima@cepromat.com.br
> ELE TEM REPASSADO PARA TODOS OS EMAILS QUE CONSEGUE, MENSAGENS
> GERALMENTE
> SEM ASSUNTO. COM UM ANEXO QUE É O VIRUS - SIRCAM.
> SUGIRO QUE DELETEM MENSAGENS DELE...SEM ABRIR.
> POR FAVOR REPASSEM ESTA NOTICIA AOS SEUS AMIGOS.
> ELE DEVE ESTAR COLHENDO OS ENDEREÇOS DAQUELES EMAILS QUE NÃO REMETIDOS
PARA
> VÁRIAS PESSOAS, SEM SE USAR O CCO.
> UM ABRAÇO A TODOS




SUBJECT: Re: A relatividade geral viola a conservaçao de energia ?
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2001 13:33


----- Original Message -----
From: Sérgio M. M: Taborda

(...)
> O Principio da Conservação da Energia [Total] mantém-se
> (aliás, caso contrário, seria um sacrilégio ou uma heresia)
>
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio

Sem querer ser chato, mas, se fosse o contrário, não seria sacrilégio ou
heresia, mas apenas uma teoria diferente. Sacrilégios e heresias são para
dogmas, e queremos livrar a ciência deles, certo? :)

Belisário

SUBJECT: Criacionistas
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/11/2001 10:04


Um site sobre criacionismo que promete desafios ao
evolucionismo e ao "status quo" da comunidade científica, utilizado
em massa por religiosos para justificar seus argumentos:
www.scb.org.br

[]'s.

Peterson Leal.



SUBJECT: Possessões demoniacas
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/11/2001 00:48


[ Raul ]:
(sobre possessão demoníaca):
>> Será que algum colega cético poderia me ajudar?

Raul, percebo que o problema da tal "possessão demoníaca" está muito relacionado ao contexto discutido aqui mesmo na lista sobre o sacerdote vodu que "mata" o crente de sua seita através de simples gesto simbólico.
Demônios não existem, mas então porquê algumas pessoas dizem que eles podem possuir corpos? Posso responder isso devolvendo outra pergunta: já percebeu que só as pessoas crentes no demônio são suscetíveis de serem possuídas pelos mesmos?
É preciso estar vivenciando este "modelo de verdade", baseando sua realidade pessoal nos princípios dessa crença para que os efeitos psicossomáticos possam se manifestar.
Certa vez um amigo, pastor da igreja Universal (com o qual converso eventualmente) disse que todos aqueles que conhecem "a palavra de deus" (bíblia) e a negam só o fazem pelo motivo de estarem sendo influenciadas pelo diabo. Eu lhe disse que efeitos psicológicos só ocorriam se a pessoa fosse fortemente influenciada a "manifestar" o efeito negativo de sua crença, e que para tal esta deveria estar bem estabelecida ou então ser bem conhecida. Parti em seguida para um desafio: disse que rejeitava completamente a bíblia, que para mim este livro representa uma das piores criações da mente humana. Isso dentro da igreja (do templo, junto com o pastor). E continuei dizendo para que ele e seus obreiros rezassem o máximo possível para que "o diabo" se manifestasse. Cheguei a dizer que o poder do deus deles estava "em xeque". O pastor colocou a mão em minha cabeça e começou a orar, pediu em nome do "espírito santo" e disse que "deus tinha obrigagação de cumprir sua promessa", etc. Depois de uns 20 minutos ele e seus assistentes se cansaram, e ele disse que não sabia direito porque não tinha ocorrido nada.
Voltei a minha resposta: porquê eu não acreditava naquilo.
Mas seu eu tivesse uma crença firme, poderia inclusive ignorar dor e entrar em estados de transe que são absolutamente dependentes do modelo de verdade sob o qual instalo minhas bases psicológicas de realidade. Esses modelos de verdade vão desde as manifestações do "espírito santo" entre os petencostais, o transe hipnótico dos adoradores do pavão e dos dervixes no Oriente Médio, o rastejar como répteis dos adoradores de Set e Káli (Índia), a morte do crente vodu, a cura desta ou daquela religião, etc.

É interessante, mas até mesmo os que se consideram paranormais, místicos, gurus ou religiosos se obrigam a admitir que nenhum de seus embustes, digo, de seus fenômenos ocorrem com céticos, tornando-se impossíveis diante de ateus teóricos ou dos céticos da "linha dura". Outros afirmam que céticos tem uma capacidade de dizimar as "energias" boas ou más que poderiam lhe influenciar, pois suas mentes são barreiras fechadas para viscissitudes das realidades que dependem da imaginação do sobrenatural.
Esses fatos são um bom começo.

Além disso, vale lembrar que na Bíblia, há histórias fabulosas de cobras falantes (Gênesis 3:4-5); uma árvore com frutos que quando comidos proporcionam o conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2:17;3:5-7); outra árvore cujos frutos dão a imortalidade (Gênesis 3:22); uma voz vinda de um arbusto em chamas (Êxodos 3:4); um jumento falante (Números 22:28); rodas que se transformam em serpentes (Êxodos 7:10-12); água se transformando em sangue (Êxodos 7:19-22); água nascendo da pedra (Números 20:11); um defunto que renasce quando seu corpo toca os ossos de um profeta (Reis II 13:21); pessoas ressuscitando dos mortos (Reis I 17:21-22; Reis II 4:32-35; Atos 9:37-40).
Há também relatos do Sol parando (Jó 10:13); a divisão do mar (Êxodos 14:21-22); ferro flutuando (Reis II 6:5-6); a sombra retrocedendo dez degraus (Reis II 20:9-11); uma bruxa trazendo a alma de Samuel de volta do mundo dos mortos (Samuel I 28:3-15); dedos sem um corpo escrevendo num muro (Daniel 5:5); um homem que viveu por três dias e três noites no estômago de um peixe (Jonas 1:17); pessoas andando sobre as águas (Mateus 14:26-29); uma virgem fecundada por Deus (Mateus 1:20); a cegueira curada por cuspe (Marcos 8:23-25); uma piscina que curava os que nela mergulhassem (João 5:2-4) e anjos e demônios interferindo nos assuntos terrestres (Atos 5:17-20; Lucas 11:24-26).
A Bíblia também também diz que o morcego é um pássaro (Levíticos 11:13,19), que o coelho e a lebre ruminam (Levíticos 11:5-6), e que a semente de mostarda "é a menor de todas as sementes"(Mateus 13:32). Conclusões e crenças errôneas.
A Bíblia também contem versículos que mencionam dragões (Jeremias 51:34), Unicórnios (Isaías 34:7) e outros animais fabulosos (Isaías 11:8). Com base nestes versos, muitos naturalistas da Idade Média acreditavam que essas criaturas míticas de fato existiram.
É preciso demonstrar que o "demônio" está na mesma perspectiva desses mitos e incongruências, desse mundo estranho e absurdo que só existe na bíblia. Não é de se estranhar que vivenciar isso tudo como verdade só pode trazer estados alterados de consciência, para não dizer perturbação da sanidade mental.

Muito ainda poderia se falar sobre isso, mas muito provém de abstrações e analogias lógicas contidas aqui. Espero poder ter ajudado um pouco.

[ ] 's

Peterson Leal.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Possesses demoniacas
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/11/2001 00:50

Desculpem a última mensagem em HTML (esqueci de remover a
formatação).

[ Raul ]:
(sobre possessão demoníaca):
>> Será que algum colega cético poderia me ajudar?

Raul, percebo que o problema da tal "possessão demoníaca" está
muito relacionado ao contexto discutido aqui mesmo na lista sobre o
sacerdote vodu que "mata" o crente de sua seita através de simples
gesto simbólico.
Demônios não existem, mas então porquê algumas pessoas dizem
que eles podem possuir corpos? Posso responder isso devolvendo
outra pergunta: já percebeu que só as pessoas crentes no demônio
são suscetíveis de serem possuídas pelos mesmos?
É preciso estar vivenciando este "modelo de verdade", baseando
sua realidade pessoal nos princípios dessa crença para que os
efeitos psicossomáticos possam se manifestar.
Certa vez um amigo, pastor da igreja Universal (com o qual
converso eventualmente) disse que todos aqueles que conhecem "a
palavra de deus" (bíblia) e a negam só o fazem pelo motivo de
estarem sendo influenciadas pelo diabo. Eu lhe disse que efeitos
psicológicos só ocorriam se a pessoa fosse fortemente influenciada
a "manifestar" o efeito negativo de sua crença, e que para tal esta
deveria estar bem estabelecida ou então ser bem conhecida. Parti em
seguida para um desafio: disse que rejeitava completamente a
bíblia, que para mim este livro representa uma das piores criações
da mente humana. Isso dentro da igreja (do templo, junto com o
pastor). E continuei dizendo para que ele e seus obreiros rezassem
o máximo possível para que "o diabo" se manifestasse. Cheguei a
dizer que o poder do deus deles estava "em xeque". O pastor colocou
a mão em minha cabeça e começou a orar, pediu em nome do "espírito
santo" e disse que "deus tinha obrigagação de cumprir sua
promessa", etc. Depois de uns 20 minutos ele e seus assistentes se
cansaram, e ele disse que não sabia direito porque não tinha
ocorrido nada.
Voltei a minha resposta: porquê eu não acreditava naquilo.
Mas seu eu tivesse uma crença firme, poderia inclusive ignorar
dor e entrar em estados de transe que são absolutamente dependentes
do modelo de verdade sob o qual instalo minhas bases psicológicas
de realidade. Esses modelos de verdade vão desde as manifestações
do "espírito santo" entre os petencostais, o transe hipnótico dos
adoradores do pavão e dos dervixes no Oriente Médio, o rastejar
como répteis dos adoradores de Set e Káli (Índia), a morte do
crente vodu, a cura desta ou daquela religião, etc.

É interessante, mas até mesmo os que se consideram paranormais,
místicos, gurus ou religiosos se obrigam a admitir que nenhum de
seus embustes, digo, de seus fenômenos ocorrem com céticos,
tornando-se impossíveis diante de ateus teóricos ou dos céticos da
"linha dura". Outros afirmam que céticos tem uma capacidade de
dizimar as "energias" boas ou más que poderiam lhe influenciar,
pois suas mentes são barreiras fechadas para viscissitudes das
realidades que dependem da imaginação do sobrenatural.
Esses fatos são um bom começo.

Além disso, vale lembrar que na Bíblia, há histórias fabulosas
de cobras falantes (Gênesis 3:4-5); uma árvore com frutos que
quando comidos proporcionam o conhecimento do bem e do mal (Gênesis
2:17;3:5-7); outra árvore cujos frutos dão a imortalidade (Gênesis
3:22); uma voz vinda de um arbusto em chamas (Êxodos 3:4); um
jumento falante (Números 22:28); rodas que se transformam em
serpentes (Êxodos 7:10-12); água se transformando em sangue (Êxodos
7:19-22); água nascendo da pedra (Números 20:11); um defunto que
renasce quando seu corpo toca os ossos de um profeta (Reis II
13:21); pessoas ressuscitando dos mortos (Reis I 17:21-22; Reis II
4:32-35; Atos 9:37-40).
Há também relatos do Sol parando (Jó 10:13); a divisão do mar
(Êxodos 14:21-22); ferro flutuando (Reis II 6:5-6); a sombra
retrocedendo dez degraus (Reis II 20:9-11); uma bruxa trazendo a
alma de Samuel de volta do mundo dos mortos (Samuel I 28:3-15);
dedos sem um corpo escrevendo num muro (Daniel 5:5); um homem que
viveu por três dias e três noites no estômago de um peixe (Jonas
1:17); pessoas andando sobre as águas (Mateus 14:26-29); uma virgem
fecundada por Deus (Mateus 1:20); a cegueira curada por cuspe
(Marcos 8:23-25); uma piscina que curava os que nela mergulhassem
(João 5:2-4) e anjos e demônios interferindo nos assuntos
terrestres (Atos 5:17-20; Lucas 11:24-26).
A Bíblia também também diz que o morcego é um pássaro
(Levíticos 11:13,19), que o coelho e a lebre ruminam (Levíticos
11:5-6), e que a semente de mostarda "é a menor de todas as
sementes"(Mateus 13:32). Conclusões e crenças errôneas.
A Bíblia também contem versículos que mencionam dragões
(Jeremias 51:34), Unicórnios (Isaías 34:7) e outros animais
fabulosos (Isaías 11:8). Com base nestes versos, muitos
naturalistas da Idade Média acreditavam que essas criaturas míticas
de fato existiram.
É preciso demonstrar que o "demônio" está na mesma perspectiva
desses mitos e incongruências, desse mundo estranho e absurdo que
só existe na bíblia. Não é de se estranhar que vivenciar isso tudo
como verdade só pode trazer estados alterados de consciência, para
não dizer perturbação da sanidade mental.

Muito ainda poderia se falar sobre isso, mas muito provém de
abstrações e analogias lógicas contidas aqui. Espero poder ter
ajudado um pouco.

[ ] 's

Peterson Leal.



SUBJECT: Possesso demoncaca
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/11/2001 23:59


Achei um site com explicações interessantes sobre possessões
demoníacas, médiuns e incorporação de espíritos, que procura uma
orientação científica e sugere alguns desafios. Estou "devorando"
os textos e, embora não concorde exatamente com tudo, não há
dúvidas que o tema é tratado de forma interessante e bastante
objetiva.
Vai aí a sugestão: http://www.seitahell.hpg.com.br

Acho que alguns artigos merecem ser até comentados.

[ ] 's.

Peterson Leal.



SUBJECT: Marqus de Sade
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/11/2001 12:25

Saudações amigos listeiros!

Gostaria que alguém pudesse me dizer se o texto abaixo é mesmo
do Marquês de Sade.
Segue aí um épico leterário. Prendam a respiração... essa é a
nossa lei, e a alegria do mundo!

==================================================
"QUEM FOI DEUS"
"Como posso examinar, como posso representar o horrível deus
cristão? Vejamos como essa religião nô-lo descreve...

O Deus desse culto infame deve ser inconseqënte e bárbaro: cria
hoje um mundo de cuja construção se arre pende amanhã. É tão fraco
que jamais consegue imprimir no homem o cunho que deseja. O homem,
dele emanado, domina-o, pode ofendê-lo e por isso merecer eternos
suplícios. Que Deus fraco! Como pôde criar tudo quanto vemos se não
conseguiu criar o homem à sua imagem! Dirão talvez: se ele tivesse
criado o homem perfeito, o homem não teria mérito. Que chatice! Que
necessidade tem o homem de merecer alguma coisa de seu Deus? Se ele
o tivesse criado perfeito, o homem nunca poderia praticar o mal e
só então essa obra teria sido digna de um Deus. Deixar ao homem a
escolha é tentá-lo. Deus, na sua infinita paciência, sabia o
resultado disso; em conseqüencia, foi de propósito que ele perdeu a
criatura por ele mesmo formada. Que deus horrível esse, que
monstro! Que celerado, digno do nosso ódio, da nossa implacável
vingança! E não contente com o que fez, ainda para convertê-lo,
condená-o ao batismo, maldizendo-o, queimando-o no fogo eterno...

Mas nada disso modifica o homem. Um ser mais poderoso que Deus, o
Diabo, conservará sempre o seu império, desafia o Criador, e
consegue, por suas seduções, debochar o rebanho que o Eterno tinha
reservado para si mesmo. Nada vencerá jamais o poder do demônio
sobre o homem. Então, o Deus horrível, louvado pelos idiotas
imagina coisa mais horrível ainda: tem um filho, um único filho que
lhe nasceu não sabemos como, pois O HOMEM FODE E QUIS QUE DEUS
TAMBÉM FODESSE ilegalmente e separasse do céu essa parte de si
mesmo. Imagina-se talvez que essa descida do céu se fizesse num
raio celeste entre um cortejo de anjos, à vista do universo
inteiro... Nada disso: foi no seio duma PUTA JUDIA, e numa pocilga,
que o redentor dos homens apareceu entre eles! Sua honrosa missão
será melhor que o lugar em que nasceu?

Sigamos um instante esse personagem. Que diz? Que fez? Que missão
sublime dele recebemos? Que mistério nos revela? Que dogma nos
prescreve? Em que atos nos transparece sua grandeza? Infância
ignorada, SERVIÇOS certamente LIBERTINOS prestados pelo moleque aos
padres do templo de Jerusalém. Em seguida, desaparece durante
quinze anos, aproveitados para se envenenar com todas as demências
da escola do Egito, que ele transporta para a Judéia. Assim que
reaparece, a loucura começa a se manifestar: declara-se filho de
Deus, igual a seu pai, associa a essa aliança um outro fantasm que
chama de Espírito Santo, e essas três pessoas, assegura ele,
formaram um só deus verdadeiro. Quanto mais esse mistério assusta a
razão, tanto mais ele assegura que há mérito em adotá-lo, perigo em
repudiá-lo! Foi por todos nós, afirma O IMBECÍL, que ele se
encarnou, embora sendo Deus, no seio duma mulher. O universo se
convencerá disso, à vista dos incríveis milagres que irá realizar.
NUM JANTAR DE BÊBEDOS, dizem que O SAFADO MUDOU A ÁGUA EM VINHO; no
deserto alimentou alguns celerados com provisões escondidas por
seus sectários; um de seus camaradas finge que morreu para que ele
o ressuscite; transportou-se a uma montanha onde, diante de dois ou
três apenas de seus partidários, faz umas mágicas das quais se
envergonharia hoje um péssimo pretidigitador. Amaldiçoando com
furor todos os que não acreditam nele, o safado promete o céu a
todos os idiotas que lhe prestam ouvidos. Nada escreve, pois é
ignorante; fala pouco, pois é burro; age ainda menos pois é fraco.
Cansa os magistrados que se impacientam ao ouvir seus discursos
sediosos, embora espaçados. O charlatão acaba morrendo numa cruz
deois de ter assegurado aos vilões que o seguem que, cada vez que
for invocado, descerá de novo entre eles.

Deixe-se suplicar sem que seu pai, o Deus sublime do qual afirma
descender, lhe dê o menor socorro; é tratado como o último de todos
os celerados do qual era indigno de ser o chefe. Seus satélites
reúnem-se: 'Estamos perdidos, dizem, e nossas esperanças
malogradas, se não conseguirmos salválo de maneira brilhante.
embriaguemos os guardas que lhe cercam o túmulo, roubemos-lhe o
corpo, publiquemos que ressuscitou; é um meio seguro. Assim
conseguiremos que acreditem nessa farça, nossa religião ficará
apoiada, será propagada no mundo inteiro... trabalhemos...' A farça
se propala; a ousadia e a tenacidade tomam o lugar do verdadeiro
mérito; o corpo é roubado, os bobos, as mulheres, as crianças
gritam que é um milagre, mas na própria cidade onde tão grandes
maravilhas se operam, na cidade regada pelo sangue dum Deus,
ninguém se converte. Mais ainda: é fato tão pouco digno de nota que
nenhum historiador a ele se refere. Tão somente os discípulos,
cúmplices desse impostor, pensam em tirar partido da fraude, mas
não imediatamente.

Essa consideração é essencial. Deixam correr vários anos a fim de
melhor usar o insigne disfarce; só então erigem o edifício
combalido de tão nojenta doutrina. Os homens gostam de mudanças.
Cansados do depotismo dos imperadores, estavam loucos por uma
revolução. Ouvem os hipócritas e o progresso dos discipulos é
rápido: eis a hitória de um dos maiores erros da humanidade. Os
altares de Vênus e Marte transformam-se nos de Jesus e Maria."
==================================================

Peterson Leal.



SUBJECT: Marqus de Sade
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/11/2001 23:19


[ André Roviralta ]:
>> Não sei se é do próprio ou não, mas este "épico leterário"
>> está bem a altura do que foi o "gênio" Marquês de Sade.

Não tenho conhecimento se o tal Marquês de Sade foi ou deixou
de ser um gênio. Além do mais, desculpe se o texto ofendeu suas
superstições (não estou dizendo que foi isso que ocorreu),
reconsiderei e acho que esta lista não foi mesmo o melhor lugar
para tirar esse tipo de dúvida. Você tem razão.
Ah, e sobre o termo "leterário" eu o coloquei sob o prisma
semiótico, na pressa acho que esqueci de colocar as aspas (estou
com teclado novo, daqueles ergonômicos e pouco acostumado com o
mesmo -- e quase cometo o "pecado" de digitar seu sobrenome como
"reviravolta").

[ ] 's.

Peterson Leal.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eficacia simbolica
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/11/2001 23:27


João Carlos, esse assunto da "morte vodu" está acendendo
constantemente o "sinal vermelho" do meu ceticismo. O tema já está
desgastado e e cada impressão parece tender tacitamente para
embuste, falácia da seleção de amostras ou metafísica apoiada em
mera crença. Mesmo assim, também acho que *pode* ser possível que
ocorra uma morte rápida entre o povo supersticioso, embora esse meu
"achismo"seja muito questionável.

De qualquer forma, embora não comparilhe integralmente de suas
afirmações, seus questionamentos estão sendo bastante pertinentes e
também quero ver as respostas.

[ ]'s

Peterson Leal.



SUBJECT: Bioerros
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/11/2001 23:53

Pesquisando um pouco na NET encontrei o site:

BIOERROS - Home page dos erros dos livros de ciências e biologia.
http://euripedeshomepage.vila.bol.com.br/inicial.htm

Neste site são comentados 79 de um total de 368 erros
detectados nos livros de biologia de Amabis, Sônia Lopes, José Luis
Soares, Sérgio Linhares e Wilson Paulino, respectivamente das
editoras Moderna, Saraiva, Scipione e Ática,os dois últimos.
É também analisado 46 erros, de um total de 1002 erros,
encontrados em 10 livros de ciências da 7ª série (o corpo humano).
Como segunda propositura, apresenta também colunas
interessantes para os professores e alunos: biocuriosidades,
biomacetes, biocontrovérsias e erros nos dicionários da língua
portuguesa.

E também:
Explicação de algumas falácias:
http://www.ssilva777.hpg.com.br/evol/falacias_indice.htm

[ ] 's
Peterson Leal.