Alguns comentários sobre a mensagem 85269, onde julguei pertinente.
Alberto: Na msg 85198 [http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/85198], mostrei como esse «campo refrator» agiria durante a refração propriamente dita, quando os raios de luz passam de um meio transparente para outro (por exemplo, ar/vidro ou vácuo/vidro). Utilizei para tanto uma analogia mecânica descrita pelo próprio Newton. Na figura abaixo está representado este campo gerado pelo vidro mas situado exteriormente ao mesmo, ou seja, no vácuo. A curvatura da luz ocorreria, segundo Newton, antes do raio de luz atingir o vidro, ou seja, enquanto está no vácuo. Os raios seriam as trajetórias de corpúsculos de luz.
Victor: Sem comentários. Figura mantida para referências.
Alberto: Notar que, para um mesmo campo, esta trajetória depende apenas da direção original dos raios e da velocidade escalar v1 (velocidade da luz no vácuo). Em outras palavras, depende apenas do vetor velocidade v1. Isso está descrito na msg 85198 e é o que ocorre em campos conservativos como o gravitacional. O exemplo mais simples é aquele a mostrar que todos os corpos caem igualmente, independentemente de suas massas.
Victor: Ok, a trajetória no meio mais refringente depende da direção de v1 ( c ).
Refração nada tem a ver com efeitos gravitacionais. Parecer, parece; como parecem as fórmulas para forças elétricas e gravitacionais, por exemplo, mas só isso.
Não há vinculação, de qualquer espécie, entre esses fenômenos, fisicamente falando.
A analogia falha, também, pelo seguinte: a trajetória da luz no mesmo meio mais refringente depende, também, da frequência(ou cor) da luz, sendo que a velocidade da radiação de qualquer cor(ou frequência) é, exatamente, a mesma, qualquer que seja o meio.
O índice de refração de um meio refringente, isotrópico e homogêneo, dessa forma, está ligado, assim, intrínsecamente, à frequência da radiação que penetra naquele meio.
Sendo o índice de refração uma propriedade física do material, este pode ser identificado via desvio(refração) de qualquer radiação monocromática.
Nos experimentos normais, cotidianos, é extremamente difícil notar isso, impossível até, dado que os índices de refração do meio, para cada cor, são muito próximos. Por exemplo, com duas decimais, há um tipo de vidro em que o desvio da luz vermelha, monocromática, corresponde a um índice de refração igual a 1,51; já para outro tipo de radiação monocromática, como a luz violeta o índice que lhe corresponde é 1,52. E observe que o vermelho e o violeta estão em extremos opostos do espectro! Para outros tipos, como vidro fumê (1,4), viidro blindado (1,50) e Água pura(à temperatura de 20ºC( 1,3321), os índices de refração para cada uma das frequências do espectro estão mais próximos ainda dos valores indicados entre parêntesis.
A razão é que, sendo diferenças entre os valores dos índices para as frequências do espectro muito pequenas, nosso olho não tem o poder discriminador suficiente para percebê-las.
Então, numa refração comum, como quando vemos uma colher dentro de um copo d´água, não observamos cores de qualquer tipo. Mas, elas estão lá.
Alberto: Como então, no caso da luz, e assumindo-a corpuscular, poderíamos ter trajetórias diferentes para raios de cores diferentes, sabendo-se que v1 = c é o mesmo para todas as cores?
Victor: Em relação a ser a luz corpuscular ou não, só se sabe, com certeza, o seguinte:
a luz comporta-se, como se fosse algo corpuscular, em umas situações; e como algo que tem frequência e se espalha no espaço, em outras situações.
V1 = c define se vai haver ou não refração, mas não é a causa da dispersão, que impõe das trajetórias diferentes para cada componente do espectro, como comentado anteriormente. Aliás, este é mais um dos aspectos da refração que a teoria corpuscular não está aparelhada para explicar. Trata-se de fenomenologia tipicamente ondulatória.
Então, pergunto, de volta: como uma teoria que não tem elementos para aferir parâmetros ondulatórios, em seu escopo, pode descrever coisas do tipo?
Alberto: Este é um dado importante e que não chegou a ser comentado nas réplicas às minhas msgs.
Victor: Sem dúvida, é um dado importante.
Mas eu, particularmente, não o comentei, nas ocasiões que o assunto surgiu por aquí, por não julgar necessário.
Já justifiquei isso anteriormente.
Para mim, e dentro do escopo científico que conheço, apesar de nada ter de parecido com qualquer trivialidade, o fato ora enfocado é por demais conhecido.
Como entendo, também, que estas coisas devem entrar em debates com objetivos igualmente didáticos, para proporcionar às pessoas uma compreensão de que, por exemplo, a história de uma equação como
seno i / seno r = n = c / veloc. no meio , estabelecida como uma lei de validade incontestável, antes chegar aos nossos lápis, percorreu um caminho longo e tortuoso, no espaço e no tempo, passando por diversas interpretações e dando origem e inúmeras querelas - que, ainda hoje, continuam - e sendo manipulada por homens muito inteligentes e especiais mentalmente, não se resume apenas na simplicidade da forma e nos cálculos que enseja.
Representa, antes de mais nada, um estrato de como a ciência funciona, e de como as mentes envolvidas referenciam os fenômenos, ao longo dos processos, e do tempo.
Neste sentido é que, em minha opinião, todos os debates devam ser estabelecidos. E irei sempre estar presente para colaborar com o pouco que sei, sempre e quando as oportunidades surgirem; e, naturalmente, se estiver, ainda, "bulindo".
Alberto: Pelo visto os ciencialisteiros contrários à luz corpuscular estão mais preocupados em repetir as baboseiras que ouvem nas universidades (por exemplo, que Foucault teria «acabado com a festa» ao demonstrar experimentalmente que as velocidades observadas no modelo mecânico não satisfazem a experimentação) do que raciocinar um pouquinho e verificar que, a primeira vista, o modelo é incompatível com a lógica newtoniana.
Victor: Antes de mais nada, é minha opinião, como já deixei claro nas conversas anteriores: não se deve ser contra ou favor a coisa alguma, em se tratando de duas teorias científicas para explicar os mesmos fenômenos. Os resultados que a teoria e as réguas e relógios exibem é que são relevantes, pois eles, e somente eles, é que têm a palavra final, infirmar ou confirmar uma delas, ou dar créditos parciais a ambas. Mesmo assim, isto não implica em que se deva abandonar-se o caráter provisório de todas elas, por mais conforme que sejam, em relação às suas previsões e aos dados respectivos. Mesmo que aconteça de o observador, de lambuja, até nem entender o que lhe vem das réguas e relógios, em termos de essencialidades! Não importa, realmente.
"Meu penso e meu eu acho", minhas impressões pessoais, não significam nada, absolutamente nada, perante réguas e relógios. Simples assim.
Quanto à lógica Newtoniana a que alude, desculpe, mas não vejo sentido na afirmação, no que quis significar.
Não há pertinência... lógica...
A "lógica" ondulatória nada tem a ver com a "lógica" corpuscular. Nada mesmo. São duas coisas completamente diferentes, embora, complementares, insisto em repetir. Embora critique isso. Mas que se pode fazer?
Aliás, em minha opinião, esse negócio de lógica nunca foi parâmetro sequer razoável para definir o comportamento de qualquer dos aspectos em que a Natureza se faz presente, fisicamente falando ou não.
Quando algo bate com "nossa lógica", ou com a de algum guru, no que tange à ciência, isto, simplesmente, é apenas incidental.
Não querendo me contrapor à desqualificação que, talvez inconscientemente, jogou mais acima, tenho de acrescentar o seguinte comentário - que nem deveria, pois isto é uma discussão meramente científica, ou deveria ser.
Informal, sim, mas científica. Que não sou de ferro. O que vem a seguir nada tem de científico, ou comprovado, mas é a impressão que me ficou, em face das leituras que fiz, sabe, aquele "feeling", cheio de subjetividades alopradas que ficam, após as leituras das fofocas a respeito de uma dada situação? Por aí.
Cara pálida aquí querer dizer que o <<acabado com a festa>> foi um expressão que usou, não para denigrir o que quer que seja. Este não é seu feitio. Cara pálida ter muitos defeitos. Mas, deste tipo, nop(Só quando pisam nos seus calos...).
Mas, mesmo que não tivesse o objetivo de dar um tom ameno ao assunto - como sempre faz-, usando aforismos e outras figuras que objetivam desopilar, que este é seu estilo, às vezes até compulsivo e quase automático - ainda assim, ainda assim, estaria muito longe de ser uma baboseira que "ouviu" na universidade. Ainda que a informação exposta estivesse equivocada, ainda assim não seria uma baboseira(Bobagem, sandice, tolice, babosice, babugeira.).
Ela, estaria, apenas, equivocado. O que fica bem distante da conotação que o amigo atribuiu ao que julgou como fato.
Tudo, sem problemas de minha parte. Só comentando.
Mas, a bem da verdade, que festa mesmo era aquela? Havia uma?
Pensando bem, agora, vejo que até podia ter havido mesma uma "festa", em termos de euforia científica, em relação a esse tema!
Senão vejamos, conforme o chato do Watson e suas tiradas simplistas está sussurando em meu ouvido.
Fresnel, que estabeleceu, pela primeira vez, todo o formalismo matemático para descrever os fenômenos ondulatórios, mesmo sem fazer qualquer consideração à natureza da luz, a não ser sua crença de que haveria um éter cujas vibrações seriam seu suporte e a manifestação de sua realidade - o que fez de maneira genial - apresentou seus resultados a Laplace, Poisson e outros, da Academia de Ciências. Nessa comunicação, Fresnel surfava sobre coisas como os fenômenos de difração, as próprias leis de Descartes e a propagação retilínea da luz.
Poisson teve o bom senso científico, matemático que era, de dar atenção e examinar toda aquela "estranha" estrutura matemático-ondulatória. Que nada dizia a respeito de dados empíricos. Como se sabe, concluiu que, simplesmente, aquilo estava errado, muito errado mesmo. Que, se Fresnel estivesse certo em suas "encucações", muito estilizadas, segundo os cálculos que ele mesmo, Poisson, ensaiara, a luz deveria produzir no centro da sombra projetada, num anteparo, um certo ponto luminoso, após passar por um pequeno orifício. Algo assim, segundo ele, era simplesmente impossível. Ponto. Arago viu outros horizontes no que aquelas equações representavam e no que queriam dizer. Alguns historiadores dizem, também, que o próprio Poisson sugeriu que alguém montasse um experimento para verificar o que havia descoberto usando o formalismo de Fresnel, e que lhe dera, talvez, aquele frio no estômago.
O objetivo era mostrar que Fresnel e suas "loucuras" matemáticas estava errado.
Experimentos foram feitos por Arago...e o tal ponto apareceu lá. Brilhante, como previsto, faceiro e risonho...
Poisson rendeu-se a tais fatos. Mas ainda restaram alguns heróis da resistência, como Biot.
Mas não sei se depois da tpm foi feliz...
Havia também a questão da velocidade da luz no meio mais refringente, já predita, nesse novo contexto, como menor, ao invés de maior. Que Foucalt mostrou experimentalmente, alguns anos depois que sim, a luz tem uma velocidade menor num meio diferente do vácuo.
Tudo isso, e mais as discussões acaloradas, davam o tom da música, que não era nem samba nem xote, com certeza.
Então, a festa era esse rebuliço saudável e que é salutar, em ciência. Desde que haja desprendimento e mente aberta.
Então, não é tão "baboseira" expressar que Foucalt, ajudou a acabar uma "festa" que, em verdade, representava a estagnação do científica, que atrasou o desenvolvimento da teoria ondulatória por cerca de um século, pois as pessoas que dançavam eram exatamente aquelas de mentes brilhantes, como as mencionadas acima, obnubiladas pela intransigência e a paixão à teoria corpuscular, com tudo isso atrelado firmemente ao respeito à autoridade científica de Newton - que esta autoridade ninguém contesta - foram elementos decisivos nessa sequência de acontecimentos. E tenho a consciência que o faziam sem maldades, ou com outras intenções.
Dogmas, dogmas Newtonianos, como quaisquer dogmas que se prezem, proibiam, sutilmente, que uma teoria alternativa, como a ondulatória, fosse apreciada. Foi preciso que visionários, de mentes abertas, como Fresnel, Arago, Foucalt e outros, acabassem "aquela festa", mudando-lhe o salão e a orquestra, para que os novos maestros pudessem indicar acordes para novos estilos.
Com a participação decisiva de muitos dos antigos dançarinos. E todos viveram felizes para sempre.
Contudo, ao fim, e ao cabo, cerca 1/2 século depois, um "maluco", chamado Einstein veio e mostrou que a festa inicial poderia até ter continuado, mas com a teoria corpuscular fazendo par com a teoria ondulatória, para dança de famosos nenhum botar defeito.
No Faustão, a vitória seria certa.
Mas e quem queria saber de uma coisa assim, muito antes de Arago, Poisson, Laplace e todos aqueles, de algo que sai por aí afora, "se requebrando" todinha?
No que respeita, ainda, à difração, aproveito o ensejo para retornar o assunto, pois está relacionado ao contexto, sobre como alguém que, num passado lá no comecinho, justificava dispersão durante uma refração. A seguir, reproduzo um texto que trata do assunto:
"Os raios luminosos não são corpúsculos leves emanados dos corpos luminosos? Se a refração se efetua pela atração, é preciso que os senos de incidência estejam em proporção dada com os da refração(em referência à lei da refração de Descartes- ênfase minha). Os raios de luz ao passarem do vidro para o vazio inclinam-se para o vidro. Basta que os raios sejam corpúsculos de diferentes tamanhos para que possam produzir as diferentes cores e os diferentes graus de refringibilidade; os corpúsculos menores podem produzir o violeta.."
Aí estão, assim, na última sentença da fala de Newton, os fundamentos de meu comentário anterior sobre as dimensões lineares dos furinhos com o diâmetro de cada uma dessas partículas, que você, de imediato, deu uma baita desqualificada. Aquele "inocente" comentário tem origem no próprio Newton e em ninguém ou nada mais. E aproveito, também, para estendê-lo um pouco mais, no que concerne à difração propriamente dito. Então, tome um pequeno furo num anteparo, tão pequeno que um balaio nem dá para ver. E seja um feixe de luz solar, branca, com todas as cores do espectro. O feixe, segundo a premissa acima, seria composto de partículas com dimensões lineares diferentes, uma para cada partícula representativa de uma dada cor. A menor começando com o corpúsculo da luz violeta, as demais de dimensões crescentes, conforme as cores do espectro, até o vermelho, cujas dimensões lineares seriam maiores. Pois bem, o furinho no anteparo é fixo. Se tiver tiver diâmetro menor ou igual ao de dado corpúsculo, apenas deixará passar os corpúsculos de dimensões lineares igual ou menor.
Infelizmente é isto que a teoria corpuscular permite prever. E, para piorar, sequer, seria um filtro de luz.
E, sim, nem difração, nem interferência, nem nada.
Nada no anteparo após o furo, a não ser um pontinho branco, se os motivos são os propostos pelo autor do texto acima citado.
Que, por acaso, é do próprio Newton, em seu "querie 29.
Então, amigo, o meu <<acabou a festa>>, que você deplorou, foi uma maneira "light" que usei para expressar o que, agora, corroboro, de uma maneira completa. Sobre como Newton explica outras coisas, também, como a dupla refração, não há dúvidas de que mostra seu empenho e sua inteligência em tentar tirar leite do bode. Mas, em absoluto, convence, mesmo usando a sua tal "logica" Newtoniana, que comentei mais acima.
E o que é pior ainda. O discurso não é coerente com os pressupostos.
É demérito para ele? Claro que não. É demérito para seus seguidores mais radicais que, mesmo sabendo do que a ciência logrou a respeito, se mantêm aferrados àquelas idéias? Não sei. Mas é compreensível.
Sabe o que eu acho, e isto é pessoal?
Duvido que Newton após ler o trabalho de Hooke sobre a transversatilidade da propagação luminosa, coisa que explicou da maneira mais clara e coerente, bem como o tratado de Huygens, que sabemos chegou a estudar, no que tange dupla à dupla refração, não tenha querido, de leve, dar um "arriê" em suas posturas, o que teria sido um gool para a ciência. Mas...
Alberto: Sim, mas eu disse «a primeira vista». Como torná-lo então compatível? Será que os corpos realmente caem igualmente em um campo gravitacional? Será que isto seria realmente válido para 100% dos casos? A experiência diz que sim, mas em que casos esta experiência foi feita?
Victor: Sim, caem. E isto é válido para 100% dos casos que observamos e dos que já foram testados, de maneira controlada. Uma experiência que pode ser feita, facilmente: pular de um prédio de uns 30 andares, juntamente com um companheiro, ou companheira e poderão verificar que um parece estar em repouso em relação ao outro, enquanto caem. E se a altura for bem maior, podem até namorar um pouco, se for uma companheira. Afinal, não precisa de mais que 8 segundos.
Mas uma coisa eu digo: esse tipo de experimento não é muito bom para a saude não!...
Quem avisa, amigo é.
Até mais ver em outros papos, eventualmente, com coisas como bi-refringência e coisas mais complexas, como a formação do arco-iris no céu, ou refração, reflexão e difração em superfícies delgadas. Gostaria de saber como você explica essas coisas bonitas em termos de uma teoria corpuscular.
Como vez nos outros casos. Já que estamos no fogo, atiçá-lo é preciso.
Uma aviso: se passar por baixo do arco-iris, pode ou virar mulher ou descobrir uma botija com muito ouro. Particularmente, prefiro esta última opção...
Sds,
Victor.
A msg relaciona-se a «Sobre o campo refrator e as cores da luz 2», onde discuto a temática que deixei para reflexão dos amigos.
Sinto muito mas acabei desistindo de enviá-la mais vezes. Se alguém quiser recebê-la em pvt é só solicitar.
Volto a dizer: A Ciencialist está bichada e estou quase desistindo de participar dela. Se alguém estiver disposto a recriá-la em outro provedor darei todo o apoio e me mudarei para lá (com a condição de que não hajam censuras takatianas). Não crio a lista por absoluta falta de tempo e por respeito ao Brudna a quem admiro muito, mas creio que no momento ele também está sem tempo.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
SUBJECT: Re: [ciencialist] 3D sem óculos e ilusão auditiva
FROM: Gil <nanolink01@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/09/2013 13:46
PQP, me senti um noob de internet!
Fora isso, já vi 3D sem óculos. É bacana, mas cansativo!
SUBJECT: Eis o prêmio que é ter um pai assim.
FROM: José Victor <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/09/2013 16:50
Sabem, as pessoas, ao invés de viverem dizer, “seja o
que Deus”, o mais acertado, seria: seja o que o DNA quiser!
Pois, o DNA é quem tem, realmente, o comando de mando, nesse
jogo. Teve vida, DNA nele.
Fora as brincadeiras acima, o artigo abaixo relata a saga de
um pai em busca da vida e segurança de sua filhota.
Um exemplo. Felizmente, este pai tem as condições mentais e
técnicas para, ele próprio, cuidar de coisa tão complexa.
http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/bbc/2013/09/21/pai-descobre-sozinho-mutacao-genetica-que-afeta-sua-filha.htm
Irei acompanhar seu trabalho, até onde puder.
Sds,
Victor.
SUBJECT: ENC: I Círculo de Curiosidade (no Café Quântico)
FROM: José Victor <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/09/2013 11:42
Amigos,
Gosto muito do site abaixo e dos temas que o Prof. Matheus
aborda. É fácil inscrever-se. O próprio site mostra os caminhos e as regras.
Esse trabalho que o Prof. Matheus faz é profissional. Parece que
ele resolveu tirar seu ganha pão daqui. Já acompanhei umas aulas dele e algumas
palestras. Realmente, o jovem profissional sabe do que fala. Para quem só quer
recordar e ficar por dentro da ciência – os temas são bem abrangentes –
pode fazê-lo sem dificuldades ou enfados. E para quem aprender mesmo, como auxílio
a eventual curso que faça, o nível didático e as questões resolvidas e
comentadas são o melhor prato.
Hoje, às 20:30, se ainda estiver “bulindo”, farei o
possível para ouvir sobre o tema ” Matéria e Energia Escura
realmente existem ou devemos alterar as equações da Relatividade Geral?”.
Acho que dá tempo fazer a inscrição até às 20:30 h. Corram,
antes que a “promoção” acabe...
Sds,
Victor.
De:
cafequantico@googlegroups.com [mailto:cafequantico@googlegroups.com] Em nome
de Matheus Lobo
Enviada em: domingo, 22 de setembro de 2013 10:20
Para: cafequantico@googlegroups.com
Assunto: I Círculo de Curiosidade (no Café Quântico)
Hoje teremos o "I
Círculo de Curiosidade" no Café Quântico.
Data: domingo (22/SET/13)
Horário: 20h30
Local: Internet (Sala Virtual)
Tema (norteador)
Matéria e Energia Escura realmente existem ou devemos alterar as equações da
Relatividade Geral?
Mais informações em
http://www.cafequantico.com.br/i-circulo-de-curiosidade/
(por favor divulgue no Facebook)
--
Você recebeu esta mensagem porque está inscrito no Grupo "Café Quântico".
---
Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "Café
Quântico" dos Grupos do Google.
Para cancelar a inscrição neste grupo e parar de receber seus e-mails, envie um
e-mail para cafequantico+unsubscribe@googlegroups.com.
Para obter mais opções, acesse https://groups.google.com/groups/opt_out.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Quarentena do Yahoo-
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/09/2013 14:44
Muito do que você expôs eu já havia comentado em mensagens que enviei
inúmeras vezes e não sei por que razão elas não foram postadas. Como já disse,
estou prestes a abandonar a Ciencialist em virtude deste caos. Por ora ficarei
na espreita enviando msgs de pouco conteúdo e na esperança de que sejam
postadas.
Já é difícil discutir com você com a lista funcionando nos trinks,
haja vista sua maneira extremamente confusa e por demais redundante de tratar a
maioria dos temas (e o Hélio e o Belmiro que o digam). Agora, do jeito que a
Ciencialist está... sinceramente não dá.
Um grande abraço e ficarei na espera de que o caos se
resolva.
[
]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga
elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
SUBJECT: O campo refrator e as cores da luz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/09/2013 17:02
Sobre
o «campo refrator» e as cores da luz – 2ª. Parte
(Esta msg está
sendo reenviada pela quinta vez, pois outras quatro semelhantes foram consumidas
pelo Yahoo)
Na msg 85269 [
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/85269]
expus algo a sugerir uma incompatibilidade entre o comportamento de objetos
sujeitos à ação de campos conservativos e a observação da decomposição da luz
branca ao atravessar um prisma, a denotar que cores diferentes sofrem refrações
diferentes. Fosse a luz constituída por corpúsculos simples, a teoria do campo
refrator (vide msgs 85140 e 85198) não conseguiria explicar este fenômeno.
Vejamos agora como sair desse impasse.
1) Em primeiro lugar seria interessante entender como seria a
luz «material», segundo Newton. Digo luz «material» e não luz corpuscular porque
a rigor Newton não chegou a descrever «seus» corpúsculos de luz, se bem que
esses hipotéticos corpúsculos tenham sido enaltecidos como se fossem pequenas
bolinhas por muitos dentre seus seguidores ou críticos. O que Newton chegou a
descrever e definir, logo no início de sua obra, foram os raios de luz. Segundo
suas palavras:
By the Rays of Light I understand its least Parts, and
those as well Successive in the same Lines, as Contemporary in several
Lines.
[NEWTON, I, 1730 (fourth edition), Opticks, Dover Publications
Inc. (1979), New York, p.1]
Se a «menor parte» da luz é um raio de luz como definido
acima (conforme Newton), não podemos pensar que sua unidade estrutural e
funcional (ou seja, a menor parte a conservar todas as propriedades de luz)
fosse uma bolinha!!! Quando muito, e para simplificar ao máximo, seriam pequenas
cordas, como mostra a figura 1. Nesta imagem temos algumas cordas «Sucessivas»
(na mesma linha horizontal) e algumas «Contemporâneas» (na mesma vertical).
Poderíamos pensar nas cores como relacionadas, por exemplo, ao comprimento das
cordas [qualquer semelhança com comprimento de onda é mera coincidência ;-) e
qualquer semelhança com a idéia de fóton, idem].
Figura 1: Um feixe de luz homogênea (de uma
cor só) e a
estrutura primária de suas partes, (em vermelho) a
simularem
pequenas cordas. Essas partes foram referidas por Newton
como
“raios de luz”.
Com respeito a esta «mera coincidência» vale a pena fazer uma
ligeira pausa para destacar uma observação feita pelo Assis ao traduzir o livro
Optiks de Newton: «... deve-se creditar a Newton a prioridade no
reconhecimento e na mensuração quantitativa da periodicidade da luz. Foi Newton
quem estabeleceu a dependência dos comprimentos desses períodos com a cor
produzida pela luz e com o índice de refração do meio. As medidas de Newton
foram tão precisas que Young as utilizou mais de cem anos depois para calcular o
que hoje chamamos de comprimento de onda da luz.» [ASSIS, A.K.T em Newton,
I, Óptica, Edusp, São Paulo, 2002, p. 210, Ref.87.]. Em outras palavras, este
comprimento é realmente idêntico, em extensão, àquilo que posteriormente
passou-se a chamar por comprimento de onda.
2) Em segundo lugar, poderíamos pensar em analogias mecânicas
e que para o caso em apreço, seria a trajetória de uma corda em um campo
gravitacional. Uma corda flexível, de baixa elasticidade e inicialmente
retilínea, ao passar em alta velocidade (inicialmente na direção do eixo maior
da corda) por um campo gravitacional poderia assumir a disposição mostrada na
figura 2.
Figura
2: Possível trajetória de uma corda em um campo gravitacional
A corda contorce-se ligeiramente e, em determinados trechos,
pode dar a impressão de estar andando parcialmente de lado. Após a curvatura a
corda prossegue em sua disposição retilínea, como se quase nada houvesse
acontecido além da mudança da direção. O centro de massa da corda deve se
comportar de maneira semelhante àquele observado para um corpo rígido, e a
trajetória deve depender apenas do campo e da velocidade de entrada neste campo.
Cordas com massas diferentes, mas com a mesma velocidade inicial, seguiriam uma
trajetória idêntica.
O mesmo seria de se esperar para os raios de luz imaginados
como pequenas cordas frente ao campo refrator. Consequentemente o impasse
continua e as pequenas cordas não podem ser tão simples quanto mostrado na
figura 1.
3) Fixemos agora a atenção num dos aspectos relacionados à
elasticidade e que foi desprezado no exemplo anterior. Vamos nos contentar, por
ora, com a queda livre no vácuo e num campo gravitacional e vamos pensar em
outro exemplo, pois a elasticidade das cordas é, via de regra, muito pequena
e/ou não apropriada para o estudo. Sejam então dois sistemas, AB e CD (figura
3), o primeiro constituído pelos corpos A e B unidos por uma mola e o segundo
constituído pelos corpos C e D unidos por uma haste rígida. A, B, C e D tem
massas iguais e a mola e a haste idem.
Figura
3: Queda livre dos sistemas AB e CD definidos no texto
Os dois sistemas A+B+mola e C+D+haste estão fixos ao teto e
apoiados em uma prancha p (em roxo) disposta de maneira tal a que a mola não
fique distendida inicialmente (nesta situação AB e CD têm o mesmo comprimento).
Num dado momento solta-se B e D do teto e, concomitantemente, retira-se a
prancha p de sua posição. Os dois sistemas iniciarão um movimento de queda
livre. Pergunto: Qual dos dois centros de massa atingirá primeiro a hipotética
linha S mostrada na figura 3. A altura h deve ser concebida como tão grande
quanto se possa imaginar e o campo não deve ser aproximado para uniforme mas sim
pensado rigorosamente como dependente de 1/r².
Ora, se a mola se distende durante a queda (pois a força
gravitacional em A é sempre ligeiramente superior à força gravitacional em B), o
sistema AB ganha energia potencial na mola, o que não ocorre com o sistema CD
pois a haste é rígida. Se os centros de massa (CM) dos dois sistemas
permanecessem lado a lado, o sistema AB teria retirado mais energia (cinética +
potencial da mola) do campo gravitacional do que o sistema CD (apenas energia
cinética). A menos que isso fosse compensado por uma menor energia cinética de
AB, mas neste caso os CM não andariam lado a lado. Consequentemente o CM do
sistema CD deve atingir a hipotética linha S antes do CM do sistema AB. Temos
então uma aparente violação da lei da queda livre. O paradoxo é resolvido graças
ao conhecimento da estrutura secundária dos dois sistemas (diferença entre mola
e haste) e apelando para o caráter conservativo do campo (conservação da
energia).
4) Se ao invés de queda livre pensarmos nos sistemas AB e CD
como tendo uma velocidade inicial em outra direção que não aquela que passa pelo
centro do campo gravitacional, as trajetórias serão curvas. Neste caso os corpos
seguirão trajetórias distintas, e a maior curvatura será aquela apresentada pelo
sistema CD (CD manifesta em maior intensidade os efeitos cinéticos produzidos
pelo campo).
5) Percebe-se então que se pode compatibilizar a mecânica
newtoniana com a existência de um espectro de refração, aceitando-se a idéia de
luz corpuscular filamentosa e da existência de um campo refrator. Os corpúsculos
no sentido de bolinhas, caso existam, não estão absolutamente soltos, como em
uma rajada de metralhadora. Quiçá haja, no lugar da mola, algum campo através do
qual esses corpúsculos interagem entre si assumindo aquela estrutura imaginada
por Newton como «raios de luz» e com a distância entre um corpúsculo A e outro B
relacionada à cor manifestada pelo raio de luz.
6) Há que se notar que este «raio material», ao atravessar um
plano, comportaria um período (intervalo de tempo Dt
entre a passagem de A e B) e uma frequencia (1/Dt).
Este assunto já foi aqui apresentado com bem menos detalhes em
julho de 2006 na msg 56057
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga
elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
SUBJECT: Sexto reenvio da mesma mensagem
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/09/2013 17:10
Sobre
o «campo refrator» e as cores da luz – 2ª. Parte
(Esta msg está
sendo reenviada pela sexta vez, pois outras cinco semelhantes foram consumidas
pelo Yahoo)
Retirei as figuras para ver se é este o problema
Na msg 85269 [
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/85269]
expus algo a sugerir uma incompatibilidade entre o comportamento de objetos
sujeitos à ação de campos conservativos e a observação da decomposição da luz
branca ao atravessar um prisma, a denotar que cores diferentes sofrem refrações
diferentes. Fosse a luz constituída por corpúsculos simples, a teoria do campo
refrator (vide msgs 85140 e 85198) não conseguiria explicar este fenômeno.
Vejamos agora como sair desse impasse.
1) Em primeiro lugar seria interessante entender como seria a
luz «material», segundo Newton. Digo luz «material» e não luz corpuscular porque
a rigor Newton não chegou a descrever «seus» corpúsculos de luz, se bem que
esses hipotéticos corpúsculos tenham sido enaltecidos como se fossem pequenas
bolinhas por muitos dentre seus seguidores ou críticos. O que Newton chegou a
descrever e definir, logo no início de sua obra, foram os raios de luz. Segundo
suas palavras:
By the Rays of Light I understand its least Parts, and
those as well Successive in the same Lines, as Contemporary in several
Lines.
[NEWTON, I, 1730 (fourth edition), Opticks, Dover Publications
Inc. (1979), New York, p.1]
Se a «menor parte» da luz é um raio de luz como definido
acima (conforme Newton), não podemos pensar que sua unidade estrutural e
funcional (ou seja, a menor parte a conservar todas as propriedades de luz)
fosse uma bolinha!!! Quando muito, e para simplificar ao máximo, seriam pequenas
cordas, como mostra a figura 1. Nesta imagem temos algumas cordas «Sucessivas»
(na mesma linha horizontal) e algumas «Contemporâneas» (na mesma vertical).
Poderíamos pensar nas cores como relacionadas, por exemplo, ao comprimento das
cordas [qualquer semelhança com comprimento de onda é mera coincidência ;-) e
qualquer semelhança com a idéia de fóton, idem].
Clique
aqui para ver a figura
Figura
1: Um feixe de luz homogênea (de uma cor só) e a
estrutura primária
de suas partes, (em vermelho) a simularem
pequenas cordas. Essas partes foram
referidas por Newton
como “raios de luz”.
Com respeito a esta «mera coincidência» vale a pena fazer uma
ligeira pausa para destacar uma observação feita pelo Assis ao traduzir o livro
Optiks de Newton: «... deve-se creditar a Newton a prioridade no
reconhecimento e na mensuração quantitativa da periodicidade da luz. Foi Newton
quem estabeleceu a dependência dos comprimentos desses períodos com a cor
produzida pela luz e com o índice de refração do meio. As medidas de Newton
foram tão precisas que Young as utilizou mais de cem anos depois para calcular o
que hoje chamamos de comprimento de onda da luz.» [ASSIS, A.K.T em Newton,
I, Óptica, Edusp, São Paulo, 2002, p. 210, Ref.87.]. Em outras palavras, este
comprimento é realmente idêntico, em extensão, àquilo que posteriormente
passou-se a chamar por comprimento de onda.
2) Em segundo lugar, poderíamos pensar em analogias mecânicas
e que para o caso em apreço, seria a trajetória de uma corda em um campo
gravitacional. Uma corda flexível, de baixa elasticidade e inicialmente
retilínea, ao passar em alta velocidade (inicialmente na direção do eixo maior
da corda) por um campo gravitacional poderia assumir a disposição mostrada na
figura 2.
A corda contorce-se ligeiramente e, em determinados trechos,
pode dar a impressão de estar andando parcialmente de lado. Após a curvatura a
corda prossegue em sua disposição retilínea, como se quase nada houvesse
acontecido além da mudança da direção. O centro de massa da corda deve se
comportar de maneira semelhante àquele observado para um corpo rígido, e a
trajetória deve depender apenas do campo e da velocidade de entrada neste campo.
Cordas com massas diferentes, mas com a mesma velocidade inicial, seguiriam uma
trajetória idêntica.
O mesmo seria de se esperar para os raios de luz imaginados
como pequenas cordas frente ao campo refrator. Consequentemente o impasse
continua e as pequenas cordas não podem ser tão simples quanto mostrado na
figura 1.
3) Fixemos agora a atenção num dos aspectos relacionados à
elasticidade e que foi desprezado no exemplo anterior. Vamos nos contentar, por
ora, com a queda livre no vácuo e num campo gravitacional e vamos pensar em
outro exemplo, pois a elasticidade das cordas é, via de regra, muito pequena
e/ou não apropriada para o estudo. Sejam então dois sistemas, AB e CD (figura
3), o primeiro constituído pelos corpos A e B unidos por uma mola e o segundo
constituído pelos corpos C e D unidos por uma haste rígida. A, B, C e D tem
massas iguais e a mola e a haste idem.
Clique aqui para
ver a figura
Figura 3: Queda livre dos sistemas
AB e CD definidos no texto
Os dois sistemas A+B+mola e C+D+haste estão fixos ao teto e
apoiados em uma prancha p (em roxo) disposta de maneira tal a que a mola não
fique distendida inicialmente (nesta situação AB e CD têm o mesmo comprimento).
Num dado momento solta-se B e D do teto e, concomitantemente, retira-se a
prancha p de sua posição. Os dois sistemas iniciarão um movimento de queda
livre. Pergunto: Qual dos dois centros de massa atingirá primeiro a hipotética
linha S mostrada na figura 3. A altura h deve ser concebida como tão grande
quanto se possa imaginar e o campo não deve ser aproximado para uniforme mas sim
pensado rigorosamente como dependente de 1/r².
Ora, se a mola se distende durante a queda (pois a força
gravitacional em A é sempre ligeiramente superior à força gravitacional em B), o
sistema AB ganha energia potencial na mola, o que não ocorre com o sistema CD
pois a haste é rígida. Se os centros de massa (CM) dos dois sistemas
permanecessem lado a lado, o sistema AB teria retirado mais energia (cinética +
potencial da mola) do campo gravitacional do que o sistema CD (apenas energia
cinética). A menos que isso fosse compensado por uma menor energia cinética de
AB, mas neste caso os CM não andariam lado a lado. Consequentemente o CM do
sistema CD deve atingir a hipotética linha S antes do CM do sistema AB. Temos
então uma aparente violação da lei da queda livre. O paradoxo é resolvido graças
ao conhecimento da estrutura secundária dos dois sistemas (diferença entre mola
e haste) e apelando para o caráter conservativo do campo (conservação da
energia).
4) Se ao invés de queda livre pensarmos nos sistemas AB e CD
como tendo uma velocidade inicial em outra direção que não aquela que passa pelo
centro do campo gravitacional, as trajetórias serão curvas. Neste caso os corpos
seguirão trajetórias distintas, e a maior curvatura será aquela apresentada pelo
sistema CD (CD manifesta em maior intensidade os efeitos cinéticos produzidos
pelo campo).
5) Percebe-se então que se pode compatibilizar a mecânica
newtoniana com a existência de um espectro de refração, aceitando-se a idéia de
luz corpuscular filamentosa e da existência de um campo refrator. Os corpúsculos
no sentido de bolinhas, caso existam, não estão absolutamente soltos, como em
uma rajada de metralhadora. Quiçá haja, no lugar da mola, algum campo através do
qual esses corpúsculos interagem entre si assumindo aquela estrutura imaginada
por Newton como «raios de luz» e com a distância entre um corpúsculo A e outro B
relacionada à cor manifestada pelo raio de luz.
6) Há que se notar que este «raio material», ao atravessar um
plano, comportaria um período (intervalo de tempo Dt
entre a passagem de A e B) e uma frequencia (1/Dt).
Este assunto já foi aqui apresentado com bem menos detalhes em
julho de 2006 na msg 56057
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga
elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
SUBJECT: Bati meu recorde
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/09/2013 18:28
Enviei uma mensagem sete vezes para a Ciencialist (a partir do dia 17 - hoje é dia 22) em continuação à msg 85269 e nenhuma delas foi postada.
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Alberto
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Quarentena do Yahoo-
FROM: José Victor <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/09/2013 18:34
Alberto,
“Já é difícil discutir com você
com a lista funcionando nos trinks, haja vista sua maneira extremamente confusa e
por demais redundante
de tratar a maioria dos temas (e o Hélio e o Belmiro que o digam). Agora, do
jeito que a Ciencialist está... sinceramente não dá.”
Bem,
bem...
Quanto a não responder, é uma opção que só diz respeito a você.
Um sujeito sábio certamente não responderia a atributos como os
destacados em amarelo,
por considerar, de maneira justa, que tais avaliações são
decorrentes de como o avaliador realmente enxergou ou se põe em relação às
coisas que leu. E que isto, em verdade, não é problema seu.
Em minha opinião, e é o que tenho adotado, o que tem que se fazer
é, em não concordando, mostrar onde o argumento está errado(e ás vezes, por uma
questão de respeito, limitar-se apenas a criticar os aspectos que julga não
estarem corretos, cientificamente falando): com fatos , com dados, e com as
mesmas ferramentas que foram usadas. E esperar réplicas. Afinal, numa discussão
destas, o que menos importa é o ego dos debatedores; o que importa é se os conteúdos
serão úteis, de alguma maneira, para quem mais se dá ao trabalho de ler.
Mas, numa boa porção de vezes, isto não tem acontecido
estritamente nesse sentido. Outros, simplesmente, se saem com respostas
estranhas que nada têm a ver com o assunto discutido.
Pelas razões acima, e por não ser o sábio a que me referi, permito-me
umas considerações sobre os destaques que fiz em seu texto.
Sobre o “Já é difícil discutir com você com a lista funcionando
nos trinks”, realmente, confesso, que já jamais imaginei que fosse assim. Mas
deixa prá lá.
Sobre o “extremamente confusa”, só tenho a comentar o
seguinte: nos meus textos não há nada no conteúdo que qualquer um não possa
usar com segurança, em qualquer situação. Que você não aceite os argumentos,
bem, isto não é problema meu repito; mas uma coisa eu garanto: mas o culpado não
está no que escrevo, nem na maneira que escrevo.
Sobre
o “demais
redundante’, realmente não sei o que quer dizer. A menos que tenha
um conceito de redundante diferente do meu. Você quer dizer: repetir os mesmos
conceitos?. Se for isto, paciência. Ou, será em razão de, por exemplo, não
economizar no uso de expressões como “realidade obtida com réguas e relógios”, não é problema meu, ou
coisa o valha, entre outras?
Pois,
num arrazoado, isto, primeiro: é um recurso didático e argumentativo válido; segundo,
os conceitos têm que ser os mesmos, não posso sair por aí mudando o significado
das coisas que refletem o comportamento da Natureza, só para lhe satisfazer ou
a quem pensa sei lá como, mas certamente contrário aos rumos científicos atuais.
Ou posso?
E
mais: já disse a você e a Hélio, por mais de uma vez, que não é
dessa maneira, que
se referem aos conteúdos científicos de meus textos, ou o tanto quanto disso eles
se aproximem, desqualificando-os ou a ao seu autor –e tem acontecido em
relação a ambos - que irão invalidar os argumentos usados.
Se
há coisa errada, caro, qual o problema em mostrar isso, provando com
argumentos válidos, matemáticos ou resultantes de réguas e relógios, que está
errado?
O
máximo que pode acontecer é o criticado agradecer pelo esclarecimento, e
pronto. Afinal, errar é preciso. Faz parte do aprendizado. Em todos os
sentidos. Então...
E
já que mencionou possíveis testemunhas dos delitos, fico cá com sérias
dúvidas, a respeito de se as referências de vocês dois se referem apenas aos
argumentos e ao estilo em que os tais são escritos, ou se, e não mais que “ou
se”, referem-se ao autor, um de “tal de JVictor”. Que ousa
criticar o guru Newton, ainda que sobre aspectos que não deveriam deixar a
menor dúvida. O cara, também, era humano, e sujeito a falhas. Eu é que não o
menor problema em expor o que penso a respeito, seja Newton, Einstein, ou quem
quer que seja. Ou deveria ter?
E
vou me permitir mais uma “redundância”, voltando a um assunto
fartamente já comentado:
O
amigo fez uma crítica severa ao um tal de <<acabado a festa >> que
usei com uma espécie de aforismo, com o fito de dar um destaque a um pensamento
pessoal, baseado em uma interpretação que faço da história. Disse que tal
impostura deve ter sido “ouvida na universidade ou sabe-se lá onde “.
Tudo bem, está no seu direito de pensar o que quer que seja.
Mas
no texto do último e-mail, que “Não vou me dar ao trabalho de responder
a sua msg”, eu disse de onde extraí a “impostura” :
Do
próprio Newton, com suas palavras, registradas em cartório. Não vi outra
maneira de interpretar o que está ali escrito.
Está
tudo lá, quem souber ler e tiver olhos de ver, verá.
Permita-me
só mais uns comentários sobre como interpreto algumas coisas devidas a Newton(extraídas
do que escreveu, não do que escreveram sobre ele).
Newton
em muitas de suas “queries”, quando usava analogias, ou não, não dava
a estas analogias o sentido em que cientificamente devam ser usadas: ou seja,
como meras analogias. Para os que lhe sucederam, as tais eram a própria natureza
das coisas postuladas que, parece, deveriam representar a mais nua e crua
realidade.
E,
sinceramente, e sem considerar isso qualquer demérito, e até onde pude extrair
de suas posturas científicas, você, pessoalmente, é dessa linha. Tudo bem. E
não está só, pelo que vejo. Mas, claramente, isto não é assim, segundo penso.
Analogias,
de qualquer tipo, devem ser consideradas, não pelas semelhanças como os
fenômenos estudados, mas pelas
relações existentes, conforme disse um dos mais profícuos e geniais usuários
do método:
J.C.Maxwel,
que logrou elaborar a mais útil, mais bela e poderosa teoria de todos os tempos,numa
estrutura matemática extraordinária, usando...analogias. Advindas da
mecânica e da termodinâmica, principalmente.
Tudo
para entender como as relações descobertas por Faraday, Ampere, Coulomb e
tantos outros, se vinculavam entre si. E de suas analogias, resultou a
unificação de campos elétricos e magnéticos e tudo o mais que veio com a Teoria
Eletromagnética.
Onde
se pode apreciar essas suas analogias, vitais em seu trabalho: Parte III de um
seu artigo de 1862.
Após
extrair as relações matemáticas que lhe satisfizeram, em termos dos resultados
fornecidos por “réguas e relógios” de outros – que ele mesmo
não era experimentalista – abandonou as analogias, pois haviam cumprido
seus papéis. Robert P. Crease, em “As grandes equações”, diz que
Maxwell jogou a água da bacia fora, mas preservou o bebê.(Bela imagem, essa).
Que era o que interessava.
Algo
semelhante a comparar um referencial com um andaime. Encaixa como a chave certa
na fechadura certa.
Jamais
ele iria se aferrar a uma realidade ilusória de engrenagens mecânicas entre vórtices.
Bem,
queira desculpar mais estas poucas, confusas, redundantes e mal traçadas linhas.
Sds,
Victor.
De:
ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em
nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: domingo, 22 de setembro de 2013 14:45
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Quarentena do Yahoo-
Muito
do que você expôs eu já havia comentado em mensagens que enviei inúmeras vezes
e não sei por que razão elas não foram postadas. Como já disse, estou prestes a
abandonar a Ciencialist em virtude deste caos. Por ora ficarei na espreita
enviando msgs de pouco conteúdo e na esperança de que sejam postadas.
Já
é difícil discutir com você com a lista funcionando nos trinks, haja vista sua
maneira extremamente confusa e por demais redundante de tratar a maioria dos
temas (e o Hélio e o Belmiro que o digam). Agora, do jeito que a Ciencialist
está... sinceramente não dá.
Um
grande abraço e ficarei na espera de que o caos se resolva.
[
]´s
Alberto
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Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Bati meu recorde
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/09/2013 19:55
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br Mas
indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana
e a Terra se move. E a história se repetirá.
*****************************
Sent: Sunday, September 22, 2013 6:28 PM
Subject: [ciencialist] Bati meu recorde
Enviei uma mensagem sete vezes para a Ciencialist (a partir do dia 17 - hoje
é dia 22) em continuação à msg 85269 e nenhuma delas foi
postada.
[]´s
Alberto
http:ecientificocultural.com.br
SUBJECT: Re: [ciencialist] Quarentena do Yahoo-
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/09/2013 22:07
Olá Victor
Vou de verde e cortei o que achei desnecessário
manter.
From:
JVictor
Sent: Saturday, September 21, 2013
9:49 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: RES: [ciencialist] Quarentena
do Yahoo-
Victor: Refração nada tem
a ver com efeitos gravitacionais. Parecer, parece; como parecem as
fórmulas para forças elétricas e gravitacionais, por exemplo, mas só
isso.
Alberto: De fato não tem. Lembre-se, no
entanto, que estou comparando dois campos conservativos. Um é bem conhecido, o
outro é suposto existir, ou hipotético.
Victor: Não há vinculação, de
qualquer espécie, entre esses fenômenos, fisicamente falando.
Alberto: Não
estou vinculando nada que não seja o estabelecimento de um relacionamento lógico
entre uma coisa e outra coisa. Você não enxerga porque está ignorando as
hipóteses apresentadas. É incrível observar alguém que se diz tão
apaixonado pela matemática, não conseguir utilizar hipóteses, ainda que sejam à
primeira vista absurdas. O que uma lavagem cerebral bem feita consegue fazer!!!
Victor: A analogia falha,
também, pelo seguinte: a trajetória da luz no mesmo meio mais refringente
depende, também, da frequência(ou cor) da luz, sendo que a velocidade da
radiação de qualquer cor(ou frequência) é, exatamente, a mesma, qualquer
que seja o meio.
Alberto: Pois é! Você não consegue visualizar, ainda que por hipótese,
uma luz corpuscular. Lembro, não obstante, que uma rajada de metralhadora também
tem uma frequência.
Victor: O índice de
refração de um meio refringente, isotrópico e homogêneo, dessa forma, está
ligado, assim, intrínsecamente, à frequência da radiação que penetra
naquele meio.
Alberto: De fato está ligado
mas... e daí? Volto a dizer: frequência não é exclusividade de fenômenos
ondulatórios.
Victor: Sendo o índice de
refração uma propriedade física do material, este pode ser identificado via
desvio(refração) de qualquer radiação monocromática. Nos experimentos normais, cotidianos, é
extremamente difícil notar isso, impossível até, dado que os índices de
refração do meio, para cada cor, são muito próximos. Por
exemplo, com duas decimais, há um tipo de vidro em que o desvio da luz
vermelha, monocromática, corresponde a um índice de refração igual a
1,51; já para outro tipo de radiação monocromática, como a luz
violeta o índice que lhe corresponde é 1,52. E observe que
o vermelho e o violeta estão em extremos opostos do espectro! Para outros
tipos, como vidro fumê (1,4), viidro blindado (1,50) e Água pura(à temperatura de 20ºC(
1,3321), os índices de refração para cada uma das frequências do espectro estão
mais próximos ainda dos valores indicados entre
parêntesis.
A razão é que, sendo diferenças entre
os valores dos índices para as frequências do espectro muito pequenas, nosso
olho não tem o poder discriminador suficiente para percebê-las.
Então, numa
refração comum, como quando vemos uma colher dentro de um copo d´água, não
observamos cores de qualquer tipo. Mas, elas estão lá.
Alberto: Pura
verborreia [uso de uma quantidade excessiva de palavras e de enorme fluência,
para dizer coisas de pouco conteúdo ou importância para o que está sendo
debatido] ou verborragia.
Alberto (msg anterior): Como então, no caso da luz, e
assumindo-a corpuscular, poderíamos ter trajetórias diferentes para raios de
cores diferentes, sabendo-se que v1 = c é o mesmo para todas as cores?
Victor: Em relação a
ser a luz corpuscular ou não, só se sabe, com certeza, o seguinte:
a luz comporta-se,
como se fosse algo corpuscular, em umas situações; e como algo que tem
frequência e se espalha no espaço, em outras
situações.
Alberto: Volto a dizer. Você não consegue visualizar,
ainda que por hipótese, uma luz corpuscular. Luz corpuscular é luz corpuscular.
Dualidade é dualidade. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Se
você não consegue se desvencilhar, ainda que temporariamente, desses gnomos
(como a dualidade), então realmente não dá para discutir
nada.
Victor: V1 = c
define se vai haver ou não refração, mas não é a causa da dispersão, que impõe
das trajetórias diferentes para cada componente do espectro, como comentado
anteriormente. Aliás, este é mais um dos aspectos da refração que a teoria
corpuscular não está aparelhada para explicar. Trata-se de fenomenologia
tipicamente ondulatória. Então, pergunto, de volta: como uma teoria que não tem elementos
para aferir parâmetros ondulatórios, em seu escopo, pode descrever coisas do
tipo?
Alberto: E eu pergunto: Como um indivíduo que
não consegue raciocinar por hipóteses consegue discutir coisas do tipo? Você
parte do pressuposto que a teoria corpuscular não explica nada e acaba
concluindo que a premissa é verdadeira. Isso tem nome:
tautologia.
Victor: [...] Fresnel, que
estabeleceu, pela primeira vez, todo o formalismo matemático para
descrever os fenômenos ondulatórios, mesmo sem fazer qualquer consideração à
natureza da luz, a não ser sua crença de que haveria um éter cujas vibrações
seriam seu suporte e a manifestação de sua realidade - o que fez de maneira
genial - apresentou seus resultados a Laplace, Poisson e outros, da
Academia de Ciências. Nessa comunicação, Fresnel surfava sobre coisas como os
fenômenos de difração, as próprias leis de Descartes e a propagação retilínea da
luz.
Victor:
Poisson teve o bom senso científico,
matemático que era, de dar atenção e examinar toda aquela "estranha" estrutura
matemático-ondulatória. Que nada dizia a respeito de dados empíricos. Como
se sabe, concluiu que, simplesmente, aquilo estava errado, muito errado mesmo.
Que, se Fresnel estivesse certo em suas "encucações", muito estilizadas,
segundo os cálculos que ele mesmo, Poisson, ensaiara, a luz deveria
produzir no centro da sombra projetada, num anteparo, um certo ponto luminoso,
após passar por um pequeno orifício. Algo assim, segundo ele, era
simplesmente impossível. Ponto. Arago viu outros horizontes no que aquelas
equações representavam e no que queriam dizer. Alguns historiadores dizem,
também, que o próprio Poisson sugeriu que alguém montasse um experimento para
verificar o que havia descoberto usando o formalismo de Fresnel, e que lhe dera,
talvez, aquele frio no estômago.
Victor:
O
objetivo era mostrar que Fresnel e suas "loucuras" matemáticas estava
errado. Experimentos foram feitos por Arago...e o tal ponto apareceu lá.
Brilhante, como previsto, faceiro e risonho...Poisson rendeu-se a tais fatos. Mas ainda restaram alguns heróis
da resistência, como Biot.
Alberto: Essa história é muito bonita, mas retrata apenas
metade da verdade. O problema é que Poisson, ainda que adepto da teoria
corpuscular, não se deu conta de que esse ponto luminoso deveria existir se a
luz fosse como Fresnel estava propondo mas que também deveria existir se a luz
fosse como Newton tinha proposto séculos atrás. Se quiser eu posso mostrar que a
teoria do campo refrator prevê a existência dos pontos de Arago. Ou seja, a
experiência não conclui nada, a não ser que a luz se comportou como deveria se
comportar, qualquer que fosse a teoria dentre as que estavam em conflito. Em
outras palavras, Poisson cometeu um grande erro (ao subvalorizar a teoria
corpuscular que defendia) e, em cima desse erro, os «ondulatórios» fizeram a
festa.
Victor: Havia também a
questão da velocidade da luz no meio mais refringente, já predita, nesse novo
contexto, como menor, ao invés de maior. Que Foucalt mostrou
experimentalmente, alguns anos depois que sim, a luz tem uma velocidade
menor num meio diferente do vácuo.
Alberto: Recuso-me a discutir isto por mais
uma vez. Este seu refrão não está com nada a não ser para demonstrar que você
não tem contra-argumento para o que eu já disse aqui centenas de vezes e você
faz questão de ignorar.
Victor: No que respeita,
ainda, à difração, aproveito o ensejo para retornar o assunto, pois está
relacionado ao contexto, sobre como alguém que, num passado lá no
comecinho, justificava dispersão durante uma refração. A seguir, reproduzo um
texto que trata do assunto:
Victor:
"Os raios luminosos não são
corpúsculos leves emanados dos corpos luminosos? Se a refração se efetua pela
atração, é preciso que os senos de incidência estejam em proporção dada com os
da refração(em referência à lei da refração de Descartes- ênfase
minha). Os raios de luz ao passarem do vidro para o vazio
inclinam-se para o vidro. Basta que os raios sejam corpúsculos
de diferentes tamanhos para que possam produzir as diferentes cores e os
diferentes graus de refringibilidade; os corpúsculos menores podem produzir o
violeta.."
Victor:
Aí estão, assim, na última sentença
da fala de Newton, os fundamentos de meu comentário anterior sobre as dimensões
lineares dos furinhos com o diâmetro de cada uma dessas partículas, que você, de
imediato, deu uma baita desqualificada. Aquele "inocente" comentário tem origem
no próprio Newton e em ninguém ou nada mais.
Alberto: Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Não
sei onde é que você leu sobre esses absurdos furinhos, isso é invenção sua. Não
vou repetir aqui a baita desqualificada mas mantenho o que
disse.
Victor: E aproveito, também,
para estendê-lo um pouco mais, no que concerne à difração propriamente dito.
Então, tome um pequeno furo num anteparo, tão pequeno que um balaio nem dá para
ver. E seja um feixe de luz solar, branca, com todas as cores do espectro. O
feixe, segundo a premissa acima, seria composto de partículas com dimensões
lineares diferentes, uma para cada partícula representativa de uma dada cor. A
menor começando com o corpúsculo da luz violeta, as demais de dimensões
crescentes, conforme as cores do espectro, até o vermelho, cujas dimensões
lineares seriam maiores. Pois bem, o furinho no anteparo é fixo. Se tiver tiver
diâmetro menor ou igual ao de dado corpúsculo, apenas deixará passar os
corpúsculos de dimensões lineares igual ou menor.
Alberto: Volto a dizer. Isto é totalmente sem sentido
[furinho menor do que o corpúsculo!!! – Tem dó, meu, isso é brincadeira]. Refaça
a argumentação ou então não diga mais nada a esse
respeito.
Victor: Infelizmente é isto
que a teoria corpuscular permite prever. E, para piorar, sequer, seria um filtro
de luz. E, sim,
nem difração, nem interferência, nem nada. Nada no
anteparo após o furo, a não ser um pontinho branco, se os motivos são os
propostos pelo autor do texto acima citado. Que, por acaso, é do próprio Newton, em seu "querie
29.
Alberto: Newton não assume que os corpúsculos tenham tamanhos
diferentes mas sim diz: «basta que tenham diferentes
tamanhos para que...». Mesmo porque se você for ler o início desta seção do
Livro III notará que são questões propostas para estudos posteriores. Ele está
simplesmente apontando um caminho, mas não está dizendo que o caminho é este,
mesmo porque ele está simplificando a coisa tremendamente, frente ao que ele já
houvera escrito em capítulos anteriores. Por outro lado, repito: esses
«furinhos» são invenções suas. Newton fez muitos
furinhos com pregos, mas não fez nenhum, nem em pensamento, com o tamanho
absurdo que você está
propondo.
Alberto (msg anterior): Sim, mas eu disse «a primeira vista».
Como torná-lo então compatível? Será que os corpos realmente caem igualmente em
um campo gravitacional? Será que isto seria realmente válido para 100% dos
casos? A experiência diz que sim, mas em que casos esta experiência foi
feita?
Victor: Sim, caem. E isto é
válido para 100% dos casos que observamos e dos que já foram testados, de
maneira controlada. Uma experiência que pode ser feita, facilmente: pular
de um prédio de uns 30 andares, juntamente com um companheiro, ou companheira e
poderão verificar que um parece estar em repouso em relação ao outro, enquanto
caem. E se a altura for bem maior, podem até namorar um pouco, se for uma
companheira. Afinal, não precisa de mais que 8
segundos.
Alberto: Neste caso leia a msg 85319 ou
então http://ecientificocultural.com/ciencialist/msg01.htm. Se os namorados estiverem presos um ao objeto AB e o outro ao
objeto CD creio que não conseguirão se beijar durante todo esse intervalo de
tempo igual a 8 segundos.
Victor: Até mais ver em
outros papos, eventualmente, com coisas como bi-refringência e coisas mais
complexas, como a formação do arco-iris no céu, ou refração, reflexão e difração
em superfícies delgadas. Gostaria de saber como você explica essas coisas
bonitas em termos de uma teoria corpuscular.
Alberto: Não há como explicar nada sem lançar
mão de hipóteses. E uma vez que você se recusa a aceitar as hipóteses
apresentadas, fica o dito pelo não
dito.
Observação: Não confundir «lançar mão de hipótese» com «inventar hipóteses». Estas últimas
são ad hoc, ou seja, são formuladas com o único objetivo de legitimar
ou defender uma teoria. As outras não, são as próprias hipóteses das teorias
(não existem teorias sem hipóteses, postulados, suposições, princípios ou que
outro nome se pretenda dar à
coisa).
[
]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga
elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se
repetirá.