Eu agradeço a sua critica pois ela está revelando que eu preciso EXPLICAR melhor a coisa.
a) eu não estou propondo criar uma nova linguagem - é apenas um modelo para ser aplicado em situações especificas, além é claro da comunicação cientifica, que por sua própria natureza "precisa ser precisa"
b) um fato já suficientemente pesquisado revela que as empresas, por exemplo, sofrem de sérios problemas de comunicação interna (e também externa)
c) é comum também os escritores não informarem o significado de algumas palavras chaves de seus textos o que gera interpretações subjetivas; fazer-se entender é um pré-requisito básico da comunicação, assim como VERIFICAR se o ouvinte realmente entendeu o que ouviu .
d) não é a beleza da lingua portuguesa ou de qualquer outra lingua que está em questão e sim o uso da palavra certa no lugar certo, nas ocasiões em que o uso do sistema é recomendado
e) a proposta é que as pessoas interessadas em adquirir (ou aprimorar) a clareza e a precisão na comunicacão, adotem o modelo do LPC sem abandonar o (s) seu (s) modelos preferidos; trata-se, portanto de adotar um novo modelo sem abandonar os já utilizados. A comunicação eficaz requer diferentes estilos, dependendo inclusive de quem seja nosso interlocutor (ou leitor).
MC
Ps. Existe sim um modelo de comunicação em que o escritor pode deixar o leitor à vontade para interpretar como quiser o seu texto. A música, a poesia, o romance, o cinema, o teatro usam livremente a linguagem sem ter que se submeter ao rigor semântico. Mas o artista cria também uma "linguagem estruturada" (ou sistêmica) conforme revela esse excelente artigo sobre a
linguagem de Shakespeare:
Shakespeare, um artista da palavra
Barbara
Heliodora
especial para a Folha
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2506200005.htm
Depois de cerca de duas
décadas dominadas pela crítica daquilo que Harold Bloom rotula de "a
escola dos ressentidos", é um prazer ver sair, tão logo depois do
personalíssimo livro do mesmo Bloom, a notável e mais do que objetiva
"Shakespeare's Language" (A Linguagem de Shakespeare), análise da
obra de William Shakespeare (1564-1616) por Frank Kermode, um dos mais notáveis
estudiosos da poesia em nosso tempo. Kermode começa sua obra explicando que a
dedica a um público não-profissional, por acreditar que este tem sido muito mal
servido pela crítica moderna. Esta tem dado pouca atenção justamente a seu tema
principal, a linguagem de Shakespeare, pela qual, considera ele, ou passam
quase sem lhe notar a existência ou a ela se referem em termos recônditos, que
levam os leitores a vê-la como relíquia complicadora e não como elemento vivo.
Pois é essa linguagem que Kermode, que foi professor "Lord
Northcliffe" de inglês moderno no University College, em Londres, professor
"Edward 7º" de literatura inglesa em Cambridge e professor
"Charles Eliot Norton" de poesia em Harvard, analisa com imenso
conhecimento de teoria literária -voltado, igualmente, para o grande processo
evolutivo graças ao qual, para usar seus termos precisos, Shakespeare passa da
poesia da página para a poesia da cena. As grandes mudanças nos meios de
expressão, para Kermode, levam seu livro a uma divisão em duas partes: na
primeira são englobadas todas as peças escritas até 1599, analisadas de modo
mais sucinto em um só conjunto, enquanto a segunda, mais longa, examina
separadamente "Julio Cesar", "Hamlet", "Troilus e
Cressida", "Medida por Medida", "Otelo", "Rei
Lear", "Macbeth", "Antônio e Cleópatra", "Tímon
de Atenas", "Coriolano", "Péricles",
"Cymbeline", "Conto de Inverno", "A Tempestade"
e, finalmente, "Henrique 8º" com "The Two Noble Kinsmen",
do mesmo modo que já havia incluído peças com linguagem semelhante junto a um
ou outro título.
"Shakespeare's Language" se propõe básica e
essencialmente como um estudo da poesia na obra dramática do bardo de
Stratford; mas ao longo do caminho encontramos repetidas referências aos
sonetos e, principalmente, ao poema "The Phoenix and Turtle", sempre
citados como ilustrações do domínio de Shakespeare sobre a expressividade da
linguagem poética. O que distingue a posição de Kermode é a lucidez de sua
imensa admiração por Shakespeare como supremo artista da palavra, que permanece
em todos os momentos aquém da "bardolatria". Aos puristas delirantes,
que não aceitam nenhuma possibilidade de interferência de colaboradores nos
textos dramáticos, ele lembra o quanto eram estes vulneráveis em razão da
precariedade dos métodos e meios de publicação, alterações em remontagens
devidas à transmissão oral etc. (afora os casos de verdadeira colaboração).
Ouvido treinado
Na introdução que antecede as duas partes de análise das obras, Kermode é
magistralmente esclarecedor. Além de referir-se às reconhecidas dificuldades de
compreensão devidas a mudanças semânticas ocorridas desde a época em que
Shakespeare viveu, lembra o autor ao shakespeariano não-profissional a maior
facilidade que tinha o público original do poeta de entender trechos que hoje
nos pedem mais de uma leitura, simplesmente porque aquele tinha o ouvido muito
mais treinado do que o nosso para a apreciação da literatura oral, enquanto a
nossa época é muito mais visual. Não é à toa que o elisabetano ia ao teatro
"ouvir" uma peça.
Outro aspecto pouco lembrado que aqui merece sua devida atenção é o fato de
William Shakespeare ter vivido em uma época em que era regra aprender a ser
poeta, primordialmente, pela obediência às regras da retórica; e em toda a
primeira parte do livro o que Kermode destaca é justamente o caminho traçado
por Shakespeare desde sua fase inicial, de grande uso da retórica.
Fica a poesia, nas primeiras aventuras dramáticas, estritamente voltada para o
uso das regras e dos recursos segundo os quais o poeta seria bom ou mau, e o
processo de libertação, de individualização, pode ser apreciado também pelo uso
inicial, como em "A Comédia dos Erros", da permanente equivalência da
frase com o verso, com cada dez sílabas (ou pentâmetros iâmbicos) contendo um
pensamento completo. O pensamento expressado em vários versos, como o uso de
versos quebrados em dois ou três pequenas frases ditas por personagens
diversos, é produto do amadurecimento no domínio da forma essencialmente
dramática.
Mas talvez a contribuição mais significativa da análise de Kermode seja a que
concerne ao crescente uso da hendíadis, que o autor explica como "um modo
de tornar estranha uma única idéia por partir a expressão em dois, de modo que
ela passa a exigir uma explicação, como uma metáfora pequenina e muitas vezes
um tanto sinistra", e que aqui usamos segundo a definição do "Aurélio":
"Figura de retórica que consiste em exprimir por dois substantivos ligados
por coordenação uma idéia que normalmente se representaria subordinando um
deles ao outro".
Muito embora Kermode já encontre alguns exemplos desse uso em peças anteriores,
é no "Hamlet" que ele se assevera como recurso de imenso potencial
para a evocação de idéias e climas: "Things rank and gross",
"the book and volume", "oppressed and fear-surprised eye"
etc. Depois do altíssimo número de exemplos dessa figura de retórica em sua
primeira grande tragédia, quando tanto pesa para a criação do clima de
ambiguidades, incertezas e hesitações, ela continua presente, mas reduzida a um
dentre muitos recursos retóricos, mesmo que sempre um pouco favorita.
Nas análises específicas da segunda parte, o trabalho de Kermode é sempre
revelador: mesmo contestando as interpretações redutoras recentes que vêem
Shakespeare apenas como um produto sociopolítico de seu tempo, ele escreve
sobre a alta qualidade da linguagem do "Julio César", a primeira peça
escrita para o novo teatro da companhia para a qual Shakespeare escrevia, o
Globe, notando que, ao mesmo tempo em que ele usa sua imensa inventividade para
compactar, omitir, dar mais foco e alterar relacionamentos tais como os
encontrou em Plutarco, a peça é "intensamente política, fato que tem
influência determinante sobre a sua linguagem", mas nada a faz
político-partidária como querem alguns críticos das últimas décadas.
O longo capítulo sobre "Hamlet" enfoca em particular a total novidade
da obra, impossível de ser enquadrada em qualquer fórmula e, em termos de
amplitude dramática, efetivamente nova, incomparavelmente mais abrangente do
que tudo o que existe de anterior a ela. A tragédia exibe uma variedade de
situações, condições e personagens que só puderam existir porque, àquela
altura, em 1601, Shakespeare dominava a tal ponto o seu uso da língua inglesa,
já conquistara uma tal flexibilidade de formas, que foi capaz de criar esse
universo dramático inteiramente novo.
Isso não significa que o poeta esquecesse de qualquer de seus estágios
anteriores, pois nada o impede de recorrer a eles quando conveniente ou
necessário, como nos antiquados versos da
"comédia-dentro-da-comédia".
A ênfase sobre a justiça e os valores éticos nas chamadas "problem
plays" ("Troilus e Cressida", "All's Well That Ends
Well" e "Medida por Medida") é interessante em particular quando
Kermode as vê como experiências com a linguagem nem sempre bem-sucedidas, mais
interessante nos grandes debates da primeira, em boa parte da última, e dura e
contorcida na segunda, com determinados versos de tal modo compactos que
simplesmente descobrir o que está na verdade sendo dito é muitas vezes mais
difícil do que qualquer interpretação posterior do pensamento.
Já em "Otelo", o nível do vocabulário de Iago é usado para a
caracterização da sordidez e mesquinhez de sua verdadeira personalidade, quando
ele está só ou no ambiente de caserna que as atividades militares da tragédia
sugerem; o nível é alterado, no entanto, quando interessa a ele apresentar sua
aparência de "honest Iago". Essa espécie de quase dupla personalidade
é parte integrante da importância do tema verdade/aparência que domina a peça,
expressado pela frequência dos verbos "to think", "to seem"
ou, a fim de determinar o que pensar, "to see" e "to
observe".
A linguagem vai ficando cada vez mais densa e oblíqua, mas é ocioso continuar a
tentar resumir os comentários de Frank Kermode sobre todas as obras pós-1599,
porque o realmente significativo em "Shakespeare's Language" não é
este ou aquele comentário ou esclarecimento, mas o conjunto. Não é possível, no
entanto, deixar de chamar a atenção para o fato de o crítico considerar, com
grande justeza, que nas obras da maturidade o leitor, se quiser realmente
apreciar as peças de Shakespeare, terá de se dar ao trabalho de prestar muita
atenção aos detalhes, pois estes são profundamente reveladores.
O aspecto mais interessante do notável trabalho de Kermode, no entanto, me
parece ser sua consciência da importância da linguagem na obra dramática de
Shakespeare, mas também sua clara consciência de que as peças, justamente
enquanto obras dramáticas, são muito mais do que isso, e que a importância da
linguagem só se faz notar por ser ela um dos instrumentos para a expressão da
imaginação, da capacidade criativa com que o poeta cria aqueles textos que
foram concebidos para tomar vida no palco.
O puro e simples conhecimento, a total intimidade que Frank Kermode tem tanto
com as obras de Shakespeare quanto com os idiomas da poesia, a acuidade com que
ele analisa as obras sem jamais permitir que a perfeita objetividade diminua em
qualquer mínima medida sua inesgotável admiração por Shakespeare fazem de
"Shakespeare's Language" uma contribuição à exegese das peças que tem
tudo para vir a se juntar ao pequeno e precioso núcleo de obras críticas de
interesse permanente, que se destaca do dilúvio do que podemos chamar de
"shakespearianices" de momento.
On Sex 08/05/15 19:16 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
Caro MC,
Já ouviu o José Simão na Band News? Ele sempre diz o seguinte, antes de comentar sobre placas que os ouvintes enviam a ele de todo o lugar do Brasil, com avisos engraçados e escritos de forma errada. Ele diz: o brasileiro escreve errado mas todo mundo se entende! Taí! Esse é o objetivo da coisa. Precisamos nos entender. E, com raras exceções, é isso que sempre acontece. Nos entendemos, quer pela linguagem escrita ou falada. Não precisamos de uma única palavra para designar uma única coisa. Aquilo que você conhece por salsicha, aqui em Curitiba chamamos de vina. E, se alguém pedir uma vina no Rio, a princípio não vai receber, mas é só mencionar seu sinônimo que tá tudo certo. E o balconista da lanchonete terá aprendido que salsicha e vina são a mesma coisa. O próximo curitibano que pedir vina será atendido.
A riqueza de um vocabulário se mede pela quantidade de sinônimos, pela adequação no contexto, pelas figuras de linguagem, pelas expressões idiomáticas, até pelas gírias. O que você está se propondo a fazer e que jamais chegará perto de conseguí-lo, é robotizar a linguagem. E isso é empobrecê-la. Imagine um diálogo entre duas pessoas falando Calilzês. Piadas não serão mais possíveis pois a graça delas, em sua maioria está no contexto. Exageros na hora de contar vantagens também não dá. Histórias de pescador perderão a graça. Gírias, nem pensar. Imagine se alguém inventar de pegar no seu pé!
Terão de ser criadas milhões de novas palavras para que não hajam sinônimos, verbos terão que ser revistos e também criados aos milhões. O Kid Bengala terá que encontrar novo apelido porque bengala será apenas outra coisa. Pé de mesa será apenas uma catacrese. Aliás, nem esta poderá mais existir. Deverá ser inventado um nome para o pé da mesa. Sugiro blastrocrana. Que tal? As palavras ficarão cada vez mais difíceis de pronunciar porque a combinação de letras para formá-las está ficando cada vez mais complexa. Enfim, meu caro, pare de se preocupar com essas coisas. E não venha se fazendo de herói, imaginando ser o salvador da pátria. Que alguém tem que acabar com a polissemia e quetais. Se alguém não entende algumas coisas dentro do contexto, e me parece que você é um desses casos, tanto que não entendeu a minha ironia do artigo do Roundup X autismo, então o problema é localizado. Não vale a pena adaptar o idioma a esses casos, simplificando-o binariamente. É melhor se adaptar ao idioma, tentar compreendê-lo em toda a sua magnitude e riqueza. Algo que foi construído ao longo de séculos não pode ser desprezado dessa forma. Tente entender melhor nossa linguagem. A graça está em tudo isso. Nos diferentes significados das palavras conforme o caso, na entonação de uma frase que lhe confere diferentes conotações, nas vírgulas, que, se trocadas mudam o sentido da frase. A língua portuguesa é maravilhosa. O Calilzês é horroroso! É chato pacacete!!
*BW*
Em Sexta-feira, 8 de Maio de 2015 17:15, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
"Tenha santa paciência!! Não existe essa tal precisão linguística!" Belmiro Wolski
O sr. quis dizer que existe outra precisão linguistica que não essa tal, ou que não existe nenhuma precisão linguistica?
Se existe outra, qual seria a diferença entre a outra e essa tal?
Obrigado, pacientemente.
Mtnos Calil
Ps. Considero a hipótese de que o sr. não tenha compreendido os fundamentos da matematização da linguagem, hipótese essa que estaria associada a esta outra hipótese, segundo a qual eu não informei ou expliquei a contento quais seriam estes fundamentos.
============================
Em Qui 07/05/15 19:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>> "A persistência é o caminho da vitória".
- Persistir no erro é caminho para a vitória?
- Não existem outros caminhos para a vitória? ( se ainda fosse: "é um dos caminhos...")
- Persistir na frente de combate e levar um tiro é caminho para a vitória?( depende do contexto, vitória em que sentido e de quem? dele ?ou do grupo?)
- que vitória? Em que sentido?
Tenha santa paciência!! Não existe essa tal precisão linguística! Existe comunicação. E é o que interessa. A interpretação fora de contexto é uma deficiência. Não é regra!
Tradução: santa nesse caso não tem nada a ver com a religião, auréola, etc, onde etc quer dizer outras coisas relacionadas à santa mas que não no sentido de santidade. Paciência não é aquele jogo de cartas, cartas não são as do correio, são não é antônimo de doente. E por aí vai... Bacana!
*BW*
Em Quinta-feira, 7 de Maio de 2015 17:50, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
Impressionante! Essa palavrinha assanhada que tu jogaste na mesa - contexto - abriu um campo conceitual rico de conteúdo para a matematização da linguagem. Este novo conceito para o processo de matematizaçao da linguagem (sem números, fórmulas, teoremas,etc) é o seguinte: quando um enunciado é elaborado de uma forma lógico-semântica precisa, a sua compreensão não depende de nenhum contexto.
Porém para obedecer submissamente ao nosso désposta do rigor linguistico fui googlear uma pesquisa sobre o termo, quando me deparei com um artigo redigido por uma professora de filosofia da PUC e autora de uma tese de doutorado no âmbito da filosofia da linguagem.
Neste artigo ela referenda esse elogio ao teu aclamado contexto:
O contexto da enunciação é de uma importância tal, que é quase impossível avaliar. Por 'contexto' entendo, pelo menos, o tempo, o lugar, a situação, os temas que constituem o foco imediato de interesse e as histórias pessoais tanto do locutor, quanto daqueles a quem ele se endereça. Além do contexto existe, é claro, a convenção lingüística [...]. O requisito [...] para que uma expressão na sua utilização referencial seja corretamente aplicada [...] é de que a coisa se encontre em certa relação com o locutor e com o contexto de elocução (STRAWSON, 1977, p. 29).
Imediatamente lhe enviei esta mensagem:
Prezada Professora.
Estou trabalhando há alguns anos no tema "lógica e precisão na comunicação" e acabei criando um modelo de comunicação para ser utilizado em algumas circunstâncias, baseado em alguns pressupostos como este:
Todo enunciado deve ser feito de tal maneira que não dê margem a nenhuma "interpretação. Para tanto o seu autor deve deixar muito claro qual é o significado que está atribuindo aos termos chaves utilizados.
Como a sra. defende a tese de que a compreensão de um enunciado depende do contexto, gostaria de abrir uma comunicação entre nós para que a minha tese possa ser derrubada. Estou montando um curso de lógica na comunicação para psicólogos com a participação de uma psicóloga e psicoterapeuta.
abraços
Mtnos Calil
Consultor organizacional multidisciplinar - São Paulo, SP.
Ps1. Exemplos de frases que não dependem de contexto e que tiveram - e continuam tendo - fortissima influência na minha vida:
a) A depressão é um processo emocional que paralisa as forças vitais
b) Para enfrentar a ansiedade da velhice, viva intensamente
c) Para ser feliz realize suas potencialidades
d) Deus, dai-me a coragem para mudar as coisas que eu posso mudar, a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar e a sabedoria para distinguir a diferença.
f) O sentido da vida está no prazer de viver
g) O bom humor é pré-requisito da felicidade
e) Para realizar suas potencialidades, se puder, faça uso deste triângulo estratégico quântico: caos, acaso e imprevisibilidade.
Ps2. Estou em contato com um prof. da PUC de São Paulo que é fã da univocidade para ver se faremos algo em conjunto.
Algumas horas depois ela me respondeu concordando com a minha proposta de discutirmos o assunto.
Prossigo agora respondendo à tua última mensagem:
Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin:
> "A persistência é o caminho da vitória"
Aquele sujeito (ligeiramente amalucado, salientemos) resolveu absorver integralmente o ditado do Chaplin e está iniciando
os procedimentos para fixar um prego de 12 cm em uma parede de concreto através da repetida "bordoagem" de sua testa na
cabeça do dito prego.
Pensa ele: "Porra, o Chaplin foi um sujeito prá lá de
genial, então o que ele disse servirá para a minha
tarefa: vou pregar essa porra de prego com a testa!"
A persistência é o caminho da vitória! Verdade!
(contexto: a persistência desse amalucado é o Caminho da vitória profissional do médico da UTI que
Irá atender esse mané, após ele desmaiar com a testa estropiadáça". Viu só como o ditado do Chaplin é mesmo verdadeiro? hahahahahaha
*PB*
Prezado PB
O que tu chamaste de contexto é apenas uma informação a respeito da maluquice do seguidor da frase. E de fato informações como essa, são (exageradamente) consideradas como um contexto necessário para a compreensão do enunciado. A forma que eu encontrei de matar o contexto é transformá-lo numa simples informação, necessária e suficiente para a perfeita compreensão do enunciado. No seu exemplo, basta informar que o sujeito é maluco para a frase ter uma ÚNICA e PRECISA compreensão. Essa informação não tem, porém, sequer a consistência suficiente para constituir um contexto.
Abraços fora de contexto (ou com o contexto explicito ou implicito).
Mtnos Calil
Ps. Ocorre que muitos filósofos (e até cientistas) não utilizam um modelo de comunicação que facilita a compreensão dos enunciados – pelo contrário, eles dificultam! Por sua vez, os leitores adoram “interpretar” o que os outros escrevem ou falam. Grande parte das interpretações transformam – ou seja adulteram - o significado original. .
Em Qui 07/05/15 12:11, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
> Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin:
> "A persistência é o caminho da vitória"
Aquele sujeito (ligeiramente amalucado, salientemos) resolveu
absorver integralmente o ditado do Chaplin e está iniciando
os procedimentos
para fixar um prego de 12 cm em uma parede
de concreto
através da repetida "bordoagem" de sua testa na
Pensa ele: "Porra, o Chaplin foi um sujeito prá lá de
genial, então o que ele disse servirá para a minha
tarefa: vou pregar essa porra de prego com a testa!"
A persistência é o caminho da vitória! Verdade!
(contexto: a persistência desse amalucado é o
caminho
da vitória profissional do médico da UTI que
irá
atender esse mané, após ele desmaiar com a testa
estropiadáça". Viu só como o ditado do Chaplin é mesmo
Prezado Pesky.
Agora vou sair e na volta respondo sua ultima mensagem que fala em "100% definida".
Abraços
Mtnos Calil
Ps1. Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin: "A persistência é o caminho da vitória"
Ps2. Uma profa. de filosofia da PUC aceitou o desafio. Ela, como você, afirma que a compreensão de um enunciado depende do contexto. Aliás todo o mundo fala isso, né?